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Os Prostrados.
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De (mar/2022) a (jan/2023).

Escrito por henrique I. M. Borel.

Este é um livro de fantasia e aventura sem fins lucrativos, é meu primeiro livro e está sendo estrito no final de meu ano
letivo do ensino médio, ao leitor que irá começar a ler recomendo ter a noção de minha falta de experiencia e que foi
escrito sobre o único objetivo de um hobby diário, não houve estudos, correções ou qualquer trabalho mais elaborado
que um desenho durante um intervalo de escola.

Ao emu mundo de RPG criado durante a quarentena de 2019 a 2021, este livro é baseado em seu mundo. Por fim,
espero que aproveite a leitura.
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Capítulo 1
Parte 1
"A Casa"
Sob campos desformes, e temporais vastos. Há uma casa, uma solitária casa com uma coloração de milho
envelhecido. A aparência era de desolação e abando nado, mas não estava. Um rato de cauda azul, estava
roendo as bordas de um livro de enciclopédia sobre fungos, em um quarto escuro e solitário como uma
caminhada sobre a noite em um dia ruim. Ouvia-se apenas as ranhuras da madeira e os sussurros constantes
do vento, mas logo é interrompido por um

barulho, uma voz, baixa e calma.

- Está quieto de mais, não concorda.

disse uma voz.

O rato olhou e viu a sombra, com um olhar subliminar. Era semelhante a ele, mas, não há via cores era
apenas um escuro acinzentado.

- De onde você veio.

- Não importa, devemos nos preparar para viagem.

O rato ficou perplexo, não com o que a sombra havia dito, mas com a naturalidade. Como se já houvesse
feito milhares de vezes.

Latidos são ouvidos ao lado de fora da casa. Logo cessarão, mas, deram lugar a passos na entrada. da casa.
Um medo percorria o rato.

-Vamos, não vai querer ver um "medonho"

O rato concordou com relutância, pagou sua mochila e saiu pala janela quebrada. Podia ser ouvido estalos
dentro da casa e vozes de pessoas fazendo sons. O rato olha para sua casa com a porta aberta, e vê,
silhuetas e muitas pessoas vagando de forma zumbi ficada pala casa.

- O que é um "medonho"?

- Ninguém sabe com exatidão, pois ninguém conseguiu se aproximar muito de um sem desaparecer, ou ter
inúmeros tramas.

Ambos caminham pelos vastas colinas e pradarias em busca de um lugar para repousar por um instante, e
repor as energias
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- Para onde vamos?

disse o rato, meio ofegante

- Precisarei de sua ajuda para voltar a ser físico novamente. Você não acha que eu sempre fui uma sombra?
Eu era igual a você.

- Está, mais o que aconteceu para você ser uma sombra

- Foi uma máquina, alguma coisa azul e vermelha com barulhos de serra. Nós não nos conhecemos, mas
podemos ajudar um ao outro

Após uma longa caminhada para dois ratos, encontram uma gruta, escura e ornamentada, mas totalmente
solitária. Gotas de uma futura chuva começam a cair sobre a grama seca, os ratos entram, como em um
consenso natural, na gruta. Sem nem uma hipótese de seu futuro inserto, leem de ser com certeza
indesejável a ambos.
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Parte 2

"Os esquecidos"
Estava especialmente escuro e silencioso a única coisa que iluminava o ambiente era aluz da entrada, que
ainda permanecia em um tom acinzentado, porém, mais fraca. *croque* *croques*, ouve-se sons de pedras
caindo.

Os ratos olhão ao redor, mas veem apenas a constância da cor cinza; porém param ao perceber que um
movimento, uma mão saindo de traz de uma pedra, com unhas vermelhas como de um sangue seco, augo
está saindo, o rato esconde-se entre um vão de rochas espessas. Uma criatura pálida, humanoide, com
olhos, nariz, orelhas e unhas vermelhas, ela olha ao redor, farejando, buscando sua presa, conserte-a está
com fome, sua barriga é claramente notável, seu corpo estava magro quase desnutrido. Se-movia de forma
lenta enquanto grumava com dor.

Caminhava por entre o chão desregular e desforme, analisando com cautela. A sombra caminha pelos
caminhos como se não existisse, pois não há corpo físico ou mesmo distinção entre uma sombra e a
escuridão. Após um tempo de espera, a criatura vai em direção ao Leste da gruta.

- Vamos é só caminhar com calma e em direção ao Noroeste, ela não parece ter boa visão.

O rato temendo por sua vida, foi cautelosamente por entre os vãos de rochas e estalactites. O rato percebe
um túnel na parede, perfeitamente redondo. Indo em sua direção, pode se perceber olhos a observar o
túnel, um vigia voraz, a criatura claramente sabe que eles estão querendo entrar no túnel. Posicionada de
forma evidente, em frente ao túnel a criatura repousa, para passar em frente, os ratos terão de confrontá-la.

- Deixe que eu a distraio, para que você possa passar

Pedras são movidas, e com grunhidos a criatura vai em sua direção. Um grito estridente em elevados tomas
são claramente percebidos. Com um pavor e crente de que irá morrer, o rato corre em disparada
atravessando o buraco. Após vários minutos, em uma caminhada acelerada, o rato sai da caverna sozinho.
Sem ideia do que fazer sai de perto da caverna em linha reta, ficando entre um aglomerado de grama,
totalmente estático as redondezas apresentam o que parece ser uma vila ao horizonte.

"o que será que farei, sem companhia ou direção"

Pensou o rato, de forma um tanto melancólica. Mas, este silencio momentâneo é quebrado por um barulho,
uma gigante silhueta se move da direção de gruta, com um brilho vermelho reluzente. Esmagando pedras
por onde passa, o ser de metal e energia contínua seu trajeto. O vento movimenta a grama, o rato volta para
as ruinas da gruta, tudo está molhado; gotas caem, e uma garoa se transforma em uma chuva.

A única coisa presente são pedras e o corpo da criatura, sua pele ara branca em contraste as escuras pedras
e seu sangue vermelho. O rato se move em direção a vila de casas com telhados de palha, entre caminhos de
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grama alta.
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Capítulo 2
Parte 1
"Inconsistente"
Uma casa, foi a principal coisa que notou ao se aproximar da pequena cidade, "minha casa abandonada ara
melhor" pensou com sertã arrogância. Pessoas andavam e transportavam coisas de lugares a outros, mas, a
única coisa em evidência era uma escultura de madeira na praça da cidade, uma criatura bípede com quatro
pernas, uma boca que se estendia até o abdômen, chifres e muitos olhos. "talvez horrenda, talvez bizarra,
mas, com certeza medonha", pensava quando já estava em cima de um telhado, pode ver, com três ou
quatro metros de altura, a estátua de uma cria devorando um homem. Com um símbolo em sua base.

Estranha mente o rato o reconhecia "já vi isso em alguns livros com este símbolo em que rói", na estátua
havia um leve avermelhado, como tinta derramada que rapidamente limpada, as pessoas agiam normal
mente perante tau obra. O rato se escondera em um sótão de uma casa um pouco mais afortunada e limpa
e afastada da cidade, pois lá, pode se alimentar mais agradável mente.

Em um sótão sujo e não limpo a vários dias, vende um casal, um homem e mulher com um uma estranha
felicidade, "há augo incomum" pensou "para pessoas que vivem em condições tão precárias e não tendo um
relacionamento tão próximo, “estão felizes de mais” raciocina.

- Querida, nunca estive mais feliz do que no dia de hoje.

diz o homem com um largo sorriso em sua fase claramente forçada.

- Que ótimo querido.

A mulher diz enquanto range os dedos sobre os outros de forma desesperada; o rato anda sobre o sótão
sujo vendo muitas teias, "há uma aranha" pensou com um certo receio, indo a lugares mais escuros apenas
encontrou, seus corpos esqueléticos imóveis, sem causa aparente de tau condição.

O casal, após um tempo, onde o homem ficava sentado lendo um livro com um largo sorriso e a mulher
sentada estática olhando a prede. Se vestiram com vestes cerimoniais e saíram de casa, o rato se aproveitou
da situação, se alimentando de poucos queijos, pães e carnes penduradas. Após um tempo é reparável, o
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céu está vermelho; mas, com certeza a coisa pelo qual o reto reparou mais eram os gritos vindos do centro
da cidade. Olhando fixamente para cidade avermelhada, pensava, "augo ruim está acontecendo";
entretanto, em sincronia, via uma alta criatura se aproximando.

O rato com prima as pálpebras para fixar na figura, se não era a mesma era extremamente semelhante com
a estátua brevemente vista, um grupo a acompanhava como servos sem proposito, a criatura ruge com certo
um ódio e pressa enquanto caminhava, "meu deus, o que será esta coisa. Que abominação é esta coisa",
com um mau pressentimento, o rato passa por entre caminhos até chegar ao telhado, a onda vê a criatura.
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Parte 2
"Os pedantescos hereges"
Muitos olhões para o único rato em uma singular casa, com seus mantos vermelhos e foices. A antiga
moradora da casa, antes viva, perecia em palhada por entre os chifres da aberração, o escorrimento de
sengue era evidente, os olhos fundos e completamente escuros mostravam pânico e ao mesmo tempo ódio
na criatura. Em pouco tempo, as pessoas se aproximaram da casa; próximos as paredes e acenderão suas
taxas. O fogo logo se alastrou junto a criatura que era lixada com foices e forcados para dentro da casa, em
espanto, o rato pulou para o chão, ouvindo gritos e barulhos de moveis quebrando.

- Gia...sl...Gi..., zele.

Pode ser ouvido, junto aos grunhidos da criatura, "parece estar sofrendo?" se questionou enquanto corria
na direção oposta, até ouvir o desmoronar da casa, acompanhado de um rugido abissal, até que o fogo,
aluzes e os gritos cessassem.

Se escondeu em uma toca que havia cavado. Se via em uma planície com um seu vermelho magenta, os
arredores se escurassem com a penumbra, só e visto um enorme humanoide, com partes caindo de si
mesmo. Em um susto o rato acorda, indo ao exterior via a grama alta, ao tentar voltar ao local se deparou
com as ruinas de uma outrora estonteante casa, fora carbonizada em um desconhecido ritual, apenas cinzas
com muitas mãos saindo da antiga casa e uma espinha dorsal com espinhos e armas presas, o rato supõe ser
da aberração vista anteriormente, agora, claramente retalhada.

Se sentindo observado, o rato se move em direção a floresta antes vista. Escura como dentro de um barril, a
floresta mesmo ao dia, relatava a noite, caminhando por entre troncos de arvores grossas e apodrecidas
mescladas a fungos esponjosos, o ambiente ara estranho e incontrito. O rato sentia que se ficasse por muito
tempo nesta região, seria consumido pela silenciosa, mas, voraz natureza.

Em um momento de observação ouviu uma voz em meio a barulhos incompreensíveis, indo em direção a
partes cada vez mais escuras, já havia inúmeras plantas com espinhos e muito menos animeis. O rato
cauteloso se deparou com um posso, com escadas em espiral e musgo preenchendo as frestas das pedras
antigas e escuras, o rato reconheceu a voz, de sua antiga sombra.

- Rato, rato... Rato.

Não havia sofrimento apenas uma repetição estranha, o rato adentra o posso, que antes escurecida agora
se aproximava de um breu absoluto. As paredes estavam cobertas de símbolos e escritas com e sem textura
ou cortes; descendo por inúmeros degraus, se depara com um grande salão com ocultistas, vestidos com
mantas vermelhas, sussurrando frases incompreensíveis. Ao meio do salão, um símbolo rodeado de pessoas,
o ambiente parecia ter sido abando nado a muito tempo, teias de ranhas e fungos. O rato caminha por entre
rachaduras e buracos nas paredes envelhecidas, ao se aproximar em um corrimão de pera, vê ao meio do
símbolo uma figura branca, encolhido em posição fetal a já anteriormente vista criatura pálida, coberta de
tatuagens pretas pelo corpo, permanece estática, com seres encapuzados ao seu redor falando coisas
incompreensíveis.
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O rato procura pela voz da sombra, mas, percebe não está mais há ouvindo; caminhando por entre
corredores cobertos de destroços, tanto que se fosse um pouco maior não passaria pelas pequenas
passagens; encontrou uma enorme sala cheia cadáveres e esqueletos em jaulas espinhosas, ao fim da sala
sem saída, passando por muitos instrumentos de tortura que emanam a dor, o rato encontra uma piscina,
vermelha e gelatinosa, com um buraco escuro na parede, “sem dúvida é sangue” pensou.

- Rato...

Ouviu do buraco.

- Sombra!

Com espanto o rato corre em sua direção, porém, não havia só sangue na piscina; uma mão em carne viva,
enorme, com nervos e ossos expostos, o agarra de forma violenta e faminta, o puxando para o que agora
eram monstros inconcebíveis não pertencentes a esta terra. Sentindo uma dor absurda, o sangue do rato se
mistura ao outro; sem noção do acorrido, o rato grita em desespero; após alguns segundos se debatendo, o
ambiente silencia, o sangue estático.
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Parte 3
“Perversas catacumbas infesto-as”
A visão estava turva, só havia fome e o vermelho de sua visão; rosnando como um monstro, ele procura
uma presa para saciar uma fome, cheirando e ouvindo o ambiente ele segue o sengue; devorando qualquer
resquício de carne das jaulas, a tempos amaldiçoadas pelos seus moradores infelizes. Voltando ao salão, sem
sutileza; agora sem seres encapuzados, apenas a figura branca, deitada, maior e cheia de cicatrizes; ele
avança em sua direção, mas, a criatura reage quase que instantaneamente, aranhando o rosto do anterior
rato, sem sucesso, os inúmeros espinhos em seu corpo, dilaceraram a mão magra do ser, tendo como última
ação seus rosnados de desespero.

Sobre uma possa de sangue, o rato se observa, estava completamente vermelho, com espinhos de variados
tamanhos, dentes pontiagudos e desproporcionais, mas, o que o assustou foi seu tamanho, quase pudera se
comparar com uma criatura humanoide; inusitadamente, uma dor mental o consumia, seu corpo se
moldava, com um rugido bestial a criatura volta a ser um mero rato, porém, com olhos avermelhados,
semelhante a rosas bem cuidadas; olhando ao redor, o corpo da pálida criatura era quase irreconhecível,
coberto de sangue e cortes que deceparam alguns membros do corpo, o símbolo no chão desapareceu com
a enorme possa de sangue, as velas ao redor estavam apagadas, o silencio predominava enquanto o rato
analisava o ambiente ao seu redor.

Em alguns instantes, um barulho chamou sua atenção, o corpo ensanguentado tremia, emanando uma
nevoa preta, escorrendo de seu corpo como uma cascata; em instantes, não se observava mais o corpo
branco, olhos vermelhos surgiram, a fumaça o observava.

- O que é você?

O rato perguntava; a presença em resposta se moldou em uma forma semelhante ao rato, porém ao invés
sombra plana, era um ser existente, escura como o interior da mais profunda das cavernas. Em espanto o
rato se aproxima; do cadáver só sobrara os ossos com símbolos que estavam em sua pele.

- Onde você estava? O que aconteceu?

O rato exclamava com um claro conforto em revela.

- Acalme-se, quando a criatura avançou em minha direção, fui devorada junto a pedras pela criatura, no
entanto, sobrevivi, como um espirito à parte daquele ser irracional, senti o corpo dala tremer com um
estrondo; esperei muito tempo dentro dela, em algum momento, senti ela ser arrastada para algum lugar,
cortes em sua pele; mas, o pior foi a sensação de ser aprisionada, aram como estar recebendo fortes rajadas
de vento, de todas as direções, logo depois, já havia tantas portas pelo seu corpo que sai com facilidade, e
aqui estou.

- Você parece mais forte.

A sombra o observara.

- Você também; e cheira a sangue com algo meio podre.

O rato a analisava de igual forma.


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- E você a carvão e fuligem.

O rato acalmou-se perante sua presença.

- Vamos sair daqui os seres que vi aqui podem voltar.

- Que seres?

- Homens encapuzados que sussurravam coisas estranhas, mas vamos, esse lugar fede a podridão.

Ao verem o seu o sol alaranjado anunciava o fim da tarde, há barulhos estranhos por entre e dentro das
“arvores”; a fluorescência dos seres e plantas começará a se revelar, claro sem nunca deixar de causar a má
sensação da própria entidade da floresta escura. Ambos caminham por troncos, troncos curvos, por minutos,
mas, cada vez mais a emoção de desconforto e observação se intensifica e o amarelado com um leve tom de
alaranjado, se transformava em um amarelo chapado, de forma tão repentina como se acordara que ambos
estranhavam o ambiente claramente anormal.

- Vamos procurar um abrigo, sol logo ira se por.

Disse a sombra, enquanto o rato percebia que seu olfato mudara, cheirando coisas ao redor.

- Qual seu nome mesmo? Estamos nesta jornada a uns dias e agora que percebi que não sei seu nome.

- Meu nome é Zilá, Zilá Tiger-Bones; de Mula; e você?

- Eu, meu nome é...

O rato fizera uma longa pausa, estava pensando qual seria seu nome, vivera a maior parte da vida em uma
casa solitária em uma região ampla sem outros seres além dele mesmo; nunca precisou de um nome, não
havia por quem ser chamado. Olhou para uma folha que caia lentamente.

- Meu nome é, Aurélio.

“Parece um bom nome” pensou após dizer, havia visto em um livro, “As Lavouras de Kiamono” cujo nome
do autor é Aurélio, um grande escritor de botânica.

- Onde fica Mula?

- Mula é um arquipélago um pouco ao sul de Renae, é bem distante e frio não tanto quanto Koto, mas é frio.

- Koto?

- É onde estamos, não sabia que estava em Koto?

- Nã...

O rato não completara a resposta, um rugido grosso e ao mesmo tempo agudo, indo rapidamente na
direção deles; ambos correm e se escondem embaixo de raízes e fungos. Uma coisa veloz e fulminante,
movendo-se quadrupede e exalando fumaça; correu em euforia para fora da floresta, deixando um rastro de
destruição e rugidos insanos.

O rato olha para onde a criatura havia corrido, era o fim da floresta, um campo de trigo vasto, avermelhado
pelo fim do dia, com ondas de vento e espantalhos que amedrontam a qualquer coisa; o ser, deixara um
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caminho pela plantação; após um tempo deixando rastros, os rugidos terminaram com um grito alto e que
alertou os ratos, que se perguntaram o repentino silencio, observando o caminho inacabado da colheita de
trigo avermelhada, enquanto o sol se ponha.
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Capítulo 3
Parte 1

“A Herdade Umbreira”
Ambos os ratos ficaram estáticos, mas, a noite quebra o silencio com os grilos e raios do começo de uma
terrível tempestade.

- Vamos contornar o campo, talvez achemos um celeiro.

Disse Zilá.

- É, talvez.

Aurélio sentiu um cheiro, uma impressão perturbadora sobre algo que tinha naqueles campos, só não
queria se aproximar do que quer que fosse aquilo. Ambos caminhavam com certa pressa, a chuva começara
cum gotas volumosas de água; enquanto caminhava olhou para o campo; viu cabeças de pano ou bonecas,
não tinha certeza, apenas veras bocas rasgadas e seres imóveis, apenas observando; “Esta chove muito.”
Pensou Aurélio, mas, chegou ao lado ao lado de um celeiro, só pensou em achar o conforto, seus corpos
estavam extremamente exaustos.

Entraram no celeiro o mais rápido que puderam; encontraram um chão repleto de palha e bovinos em
sonolência; as trovoadas eram abafadas junto a chuva, ambos juntaram dois montes de palha nas vigas do
telhado.

- Bem, até que tivemos sorte, mas; você percebeu a coisa no campo.

Disse Aurélio, enrolado em seu ninho bem confortável

- Sim, mas não deve ser nada, se for, não deve nos afetar; está lá fora.

Disse com confiança, mas estava cansada de mais para raciocinar direito.
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Com raios e trovões, todos dormem; no entanto, uma coisa passa por eles, por entre as vacas e bois, por
entre os currais de madeira velha; curvado e coberto de panos, ele escolhe suas vítimas; com passos suaves
ele ataque, uma vaca ruge auto, a coisa mordia seu pescoço sem piedade, acordando a todos, o gado entra
em desespero coletivo, os ratos buscam entocam-se nos cantos das vigas, apenas esperando o pânico
passar; um estrondo é ouvido, olhando percebem a enorme porta do celeiro com um enorme buraco, seres
com vestes pretas entram, olham ao redor, e perceberem a presença dos ratos; gruem com vozes humanas
roucas e bestiais; até aparecer o que parece o líder deles; com vestes vermelhas e adornos dourados, seus
passos eram amedrontadores, mesmo que focem tão calmos que assemelhava-se ao planar de balões de ar
quente.

O ser puxa de seu manto uma esfera de vidro, que em seu interior continha apenas a escuridão com lances
de luz como estrelas distantes.

- Wobakeybads “Nailynbawubazun” nainocio lynhã ethoceyhocetnai athãhocet knaixo etbaeycioeykba


ethoclyncio hocnononaik ethochoclyn kéhociucionaik lynhã etbahoclyn wobaeylinwohãlynbacio.

Diz o ser em voz alta para a Zilá, apontando a esfera a ela; no mesmo instante ventos fortes a puxam para a
esfera e seus servos, devoram os pescoços dos bovinos estavam por perto, Zilá grita em desespero, com
traços de fumaça preta siando de seu corpo, desmaterializando-a; a esfera completamente escura, é
segurada com certa apreciação, mas, uma das vacas, em pânico corre em sua direção, ao observar esta ação,
a coisa prepara-se, abrindo uma mandíbula horrenda e brutal; mordendo e destroçando o crânio da mesma
sem remorso ou dificuldade.

Estarrecido, Aurélio permanece onde estava; mas, pelo mais puro instinto ruge, em uma tormenta
avassaladora. Sem perceber o que ocorria, apenas via destroços a sua frente, corpos embaixo de vias, era
manhã e cheiro de chuva, que o lembrava de seu antigo e intacto lar.

Um barulho em padrões ressoa, exausta mente o rato vai a sua origem, a esfera movia-se batendo em vigas
de madeira molhada.

- Zilá?

Não houve reposta, mas a esfera continuava a debater-se; o rato pôr fim a segura.

- Onde estou? Aurélio?

O rato olha suas patas, e uma voz vem a sua mente, “Consigo ver por seus olhos, consigo ouvir seus
pensamentos, o que é você? Não sei; mas com certeza augo maligno.”; no mesmo instante, Aurélio larga a
esfera, olha ao redor pega um tecido amarelo, envolvendo a o estranho objeto; não ouvindo mais a voz,
carregando-a nas costas, com algumas movimentações. Aurélio vê um objeto metálico parando a frente,
sobre estranhos círculos pretos; um homem sai de dentro, vestindo uma camisa vermelha listrada e chapéu
de palha; o estranho corre em direção ao seleiro, está assustado, não há sinais de fogo ou qualquer coisa por
perto apenas corpos. O homem parece abalado por perder mais da metade de seu gado, olhando os
entulhos percebe o rato, o olhando fixamente; bípede e com uma esfera preta nas costas, o olhando de
volta, com ambos se perguntando o que ou outro está refletindo.
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Parte 2
“Os talhes do bando derribado”
Wilson escova os dentes, veste-se e vai tomar café da manhã, o dia está lindo, Josh seu filho fez torta de
amora de café da manhã, chegando a fazer uma piada sobre isso. Foi alimentar suas vacas como de costume,
com sua caminhonete verde e encontrou apenas destroços no local, fixando o olho em um rato muito
estanho que estava por lá.

Após um momento de quietude, o rato corre para a plantação, Wilson que não se importava se era normal
ou não, ainda era uma praga; e precisava ser extinta. Pegou um pesticida da bagagem da caminhonete, e
correu atras do roedor até parar em frente à sua planta tação, o rato percebeu isso, mas continuou
correndo. “Tudo bem, se eu não o mato, ele vai” pensou o homem voltando angustiado para os destroços de
seu celeiro. Correndo, o rato percebe uma movimentação indo em sua direção em uma velocidade
incomparável, logo virando-se para sua esquerda, ambos correndo o mais rápido que podiam, ouvindo
laminas cortando tudo sobre suas costas, quase o alcançando ele passa da plantação; voltando as planícies,
ao olhar para traz, assusta-se com os olhos vermelhos que o observavam, quase como faróis de um carro,
sua silhueta ara amedrontadora de tão grande, a única coisa identificável nela eram poucas partes metálicas,
como se estivesse camuflando-se; tendo ser tesa de que não poderia voltar de onde veio olha à sua frente,
vendo uma cidade, grande o suficiente para Aurélio não ver seu fim ou ter uma dimensão de seu tamanho.

Com os olhos vermelhos da criatura a inda em suas costas, ele vai para a grande cidade, apenas procurando
um local para passar as próximas noites que vem pela frente. Passando por entre riachos e planícies, ele
chega à cidade, suas casas em primeira vista eram normais, mas ao ver ao longe podia ver pedidos colossais
no centro da cidade. Vendo a entrada de cidade há sujeira por toda parte, podendo entrar na cidade através
de um beco moribundo cheio de latões de lixo e vermes, tendo poucos ratos, mas estes sem consciência ou
intelecto; ao passar pelos becos seu andar e tecido amarelo que segura, chamam a atenção de humanos
barbudos e sujos, que parecem buscar augo de valor nele; Aurélio corre em direção aos prédios de formas
estranhas, seguindo luzes azuis e vermelhas que via, os homens param de o perseguir ao ver uma enorme
muralha branca e lisa, mais alta do que tudo que já havia visto na vida, portas grandes com ornamentos que
brilham, intimidam a todos; não tendo casas em pelo menos cinquenta metros de proximidade em uma
terra esburacada e vazia. Com a aproximação deles, homens vestidos de sobretudo branco, segurando
objetos que não assemelhavam-se a nada para ele; apontam para os perseguidores, num instante, um feixe
de luz passa por cima de Aurélio, olhando, percebe os corpos carbonizados dos homens ao chão, com
buracos em seus peitos ainda em chamas apavoraram o rato que fica imóvel, entretanto, isso o salvou; os
guardas ignoraram sua presença, o mesmo se afasta rapidamente, subindo no telhado de uma casa aos
pedaços, observando a magnitude de uma grande ameaça.
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Parte 3
”O despotismo obscurantista”
Em pouco tempo o rato encontra um lar entre as pilhas de lixo da cidade em ruinas, um latão verde deitado,
com poucas gotas de augo que tem um cheiro repugnante; “Bom, tenho que encontrar uma maneira de ir
até lá” pensa o roedor, e antes que possa fazer qualquer outra coisa, uma voz vem a sua mente, fazendo-o
entrar em transe, “Vá para a casa amarela com uma porta de madeira bem trabalhada ao lado do bar
‘Fagulhas verdes’, é lá que poderá achar uma forma de passar pela muralha”, ao asir do transi, percebe que
estava olhando para a esfera e a guarda em seu manto; andando pela cidade a procura do local, em ruas
cheias de bueiros e fossas fétidas, Aurélio olha ao redor sentindo-se observado; mal sabendo dos olhos
verdes acima das casas, que o observavam.

Do auto das casas, um gato pula em sua direção, quase sem tempo de reação, o rato ocorre, passando por
sacos de lixo, postes quebrados e homens moribundos. Em determinado momento o gato o deixa, para
perseguir outros ratos, Aurélio acalma-se e continua andando até ver uma construção sem porta, da cor
amarelo estragado e descascando, ao lado direito, casas aos destroços, ao esquerdo, um bar destruído,
coberto de lixo e quase irreconhecível, acima uma placa em neon pela metade que simbolizaria um isqueiro
em azul; o rato entra vendo circuitos de computadores velhos, livros de teoria e mofo, o papel de parede
marrom rasgado causa uma má impressão. A poeira se assenta vagarosamente; o chão incrustrado de
sucata, em mistura que quase é orgânica, mas, com componentes de sua antiga função.

Caminhado por entre tais estruturas, a esfera se move mais violentamente, quase que procurando algo
importante, o rato então a deixa ir adentrando a casa, quanto mais se aprofunda, mais estranho ambiente
fia, descendo escadarias cada vez mais profundas e escuras, até chegar ao último piso, com tinta
fluorescente nas paredes, direcionando a uma máquina humanoide caída no chão, a esfera fica batendo em
sua cabeça, como se sinalizasse, Aurélio caminha em sua direção, percebendo um painel sem botões; ao
tocar na esfera em busca de respostas a penas uma voz ressoa em sua mente, apenas cum uma frase
“procure por algo”, sem entender o porquê não havia mais explicações o rato segue as ordens, sem nem
mesmo se perguntar “o que?”; ao vasculhar a sala, encontra a penas entulhos e descartes de lixo, no
entanto, em uma das pilas havia papeis velhos, quase em completa decomposição. Neles haviam escritas
quase incompreensíveis, porém, havia um desenho; causando uma impressão inusitada, tendo certeza de
que continha algo nunca visto.

Guardou o símbolo e logo depois a esfera, andando pelos estreitos corredores que se seguiam; havia
máquinas imóveis sem reação, de todos os tipos e tamanhos, mas, ao fundo existia uma porta, branca e bem
cuidada, na medida do possível, ainda havendo poeira e marcas de velhice, ao lado um painel de botões
desgastado, Aurélio em dúvida pegou sua esfera

- Que Quel faço?

Em um instante a esfera brilha runas amarelas em seu entorno, a porta a frente, brilha símbolos
semelhantes.
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Abra perante meu poder.

Em um breve momento de espera e contemplação, a porta se abre; Aurélio se pergunta a ligação entre Zilá
e este local, caminhado para uma escadaria ainda mais abaixo de onde estava, tendo certeza de estar bem
distante de sua origem; ao descer as escadarias se depara com um curto corredor, mas, ao final; o rato para,
ao perceber uma estranha “parede”; translucida e imaterial, com o que parece o brilho frenético de velas, a
esfera continua direcionando-o para frente, o rato atravessa-a, como se não existisse qualquer coisa onde
passou, observando com atenção, percebe alguns folículos de pelo flutuando por onde passou; caindo
vagarosamente. O mesmo, olha imediatamente para seu redor vendo velas em cima de mesas de pedra, se
decompondo e recompondo em si mesmas, em um templo enorme, rodeado de livros; entretanto, nada
chama mais atenção, que o enorme símbolo em seu centro; caminhado em sua direção, Aurélio sente um
enorme preção do ambiente, um medo irracional de augo estar vindo em sua direção.

Ao se aproximar do símbolo de forma receosa; percebesse, inúmeras pegadas ao chão, vermelhas algumas
falhadas outras grandes, mas, com um padrão; rodeando o símbolo central, Aurélio chega à ponta do
símbolo, aguardando algo acontecer; perante a um ambiente tão destoante a si, que podia se dizer que o
mesmo era a anomalia no local, com pedestais de ouro manchados de sangue, blocos geométricos de
mármore maciço e simetria total de cada objeto a cada detalhe, mas, há augo no rato que pertence a este
local; há augo inacabado. No mesmo instante a esfera dispara em direção ao centro do enorme símbolo;
rotacionando em alta velocidade, papeis começam a voar, as velas se superaquecem, ventos de todas as
partes e forças giram em torno da esfera que começa a flutuar no ar; “que? que ta contecendo!” pensa o
reto começando a se afastar do que quer que seja isso, quando volta o olhar para o centro, formarão se
sigilos dourados no ar ao redor da esfera, com dois grandes arcos em contra ponto, com uma fumaça preta
com linhas roxas saindo da esfera, formando um olho escorrendo; olhando em direção ao rato, Aurélio se
sentiu estar diante de um abismo infinito, ele se esforçou para não olhar, mas era impossível, brilhava como
o sol; vozes em sua mente gritavam mais alto que qualquer outra coisa que já tenha ouvido na vida, sua
visão fica borrada e distorcia. Por puro instinto, corre em outra direção, usando todas as suas forças para se
distanciar e manter a consciência, a coisa faz um grunhindo ensurdecedor; uma tempestade de vento toma
o ambiente, com folhas e escrituras voando por todas as partes.

“Deve haver uma saída”, papeis e mais papeis consomem seu corpo, sua mente é invadida por inúmeras
escrituras. Mais e mais escura sua visão fica; assim deixando de viver; com o olho observando-o, encoberto
em papeis.

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