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Universidade Federal Do Sul e Sudeste Do Pará

Campus I

Resumo do texto Solicitado Pelo


Prof. Dr. Rogerio Rego Miranda
Apresentado como Critério Avaliativo Da
Disciplina; Geografia da População
Do Curso de Licenciatura em Geografia
Data da entrega; 10 setembro de 2022
Turma LGF 01017 2022.2
Alunos; Dionni Freitas Furtado
Matricula; 202140206033

Marabá – PA
2022
Introdução
A migração dos povos sempre existiu, entretanto, após as grandes
navegações, que começaram a ocorrer no final do século XV, e principal após a
Segunda Guerra e a globalização da economia, os movimentos migratórios têm se
acentuado. A globalização, assim como o aumento e difusão das novas tecnologias
da informação, estimulam o consumo e os sonhos, criando uma expectativa de
melhora de vida, fazendo com que as pessoas não mais se desloquem de suas
aldeias para as cidades maiores, em seus próprios países, mas busquem o desejo de
se dirigirem para o mundo, para além das suas fronteiras, para países mais ricos,
com mais oportunidades, mais prósperos, com melhores empregos e melhores
condições de vida, o que por muitas as vezes acontece o oposto. Em seguida
dividirei o texto em 3 (três) partes, sendo a primeira; com a autora define o
conceito de imigração e seus aspectos teóricos na mobilidade da população, na
segunda parte mostrarei como a imigração e percebida na visão da “escola
Neoclássica” e na “escola Neomarxista”, já na terceira parte será como se deu os
“contextos dos estudos de mobilidade no brasil”, e principalmente no período entre
os anos 1950 e 1970, época em que o pais viveu o sua, explosão industrial,
acarretando no chamado “Êxodo Rural”.
Na primeira parte, Olga Maria Schild Becker, traz uma definição bastante
clara, e bem didática sobre o conceito; “migração pode ser definida como
mobilidade espacial da população. Sendo um mecanismo de deslocamento
populacional, reflete mudanças nas relações entre as pessoas (relações de
produção) e o seu ambiente físico” (BECKER 1997, p. 323). Alguns fatos que
ocorreram no século XX explodiram ainda mais o fenômeno da imigração, como
por exemplo e queda do muro de Berlim, que no período dividia o mundo em duas
ideias opostas, o que já era um “problema” principalmente para a Europa, já que
foi nesse mesmo período, que começou o bum da explosão de imigração dos países
africanos colonizados, para seus colonizadores Europeus. Um bom exemplo pra se
usar aqui seria o da Argélia, que na atualidade essa migração e tratada como um
problema na França gigantesco.

Nos dias atuais, o Brasil passa, por um fenômeno, que ele não estava
preparado para enfrentar, o grande numero de imigrantes da Venezuela, País que
passa por uma grave crise financeira – pela politica interna e os embargos externos,
que vem sofrendo ao logo dos últimos anos – cerca 262,5 mil migrantes e
refugiados da Venezuela vivem no Brasil, situação semelhante, que vive a Europa
com a Síria sendo o caso mais emblemático, a UNHCR ACNUR (agencia da ONU
para refugiados) estima que, Mais de 13 milhões de pessoas migraram para a
Europa na tentativa de fugir da guerra civil que acontece naquela País.
Na segunda parte como e visto a migração na visão neoclássica “Há mais de
cem anos o geografo inglês RAVENSTEIN (1885) apresentou as "Leis da
Migração" a Sociedade Real Britânica. Analisou a migração interna na Inglaterra
dentro do contexto da Revolução Industrial, destacando os "fatores de atração das
cidades".  (BECKER, 1997, p. 326). “Os principais tópicos então discutidos foram:
migração e distância, migração por etapas, fluxos e contrafluxos, diferenças
urbano-rurais na propensão de migrar, predominância das mulheres nos
deslocamentos de curta distância, tecnologia e migra9ao, dominância do motivo
econômico para os deslocamentos”. (BECKER 1997, P.326)

LEE (1966) foi o responsável pela criação de outro esquema geral sobre as
migrações. “sua proposição envolvia um conjunto de fatores negativos e positivos
nas áreas de origem e destino dos migrantes, um conjunto de obstáculos
intervenientes e uma serie de fatores pessoais. LEE formulou uma serie de
hipóteses gerais sobre o volume das migrações” (BECKER 1997, p. 327)

Hipóteses sobre o volume de migração


1º O volume da migração dentro de um determinado território, varia com o grau
de diversificação entre áreas incluídas nesse território. 2º O volume da migração
varia com a diversificação entre os povos. 3ºO volume da migração relaciona-se
com a dificuldade de superar os obstáculos intervenientes. 4º O volume da
migração varia com as flutuações da economia. 5ºA menos que freios severos
sejam impostos, tanto o volume como a taxa de tenderão a crescer com o tempo.
6ºO volume e a taxa da migração variam com o estagio de desenvolvimento de
um País ou área.
Hipóteses sobre fluxo e refluxos migratórios
1º A migração tende a ocorrer, em grande parte, seguindo correntes bem
definidas. 2º Para cada corrente migratória importante desenvolve-se uma
contracorrente. 3º A eficiência da corrente (Razão entre a corrente e a
contracorrente, ou a redistribuição liquida da população feita pelos fluxos
opostos) e alta quando os fatores principais do desenvolvimento de uma corrente
migratória são fatores negativos que prevalecem no local de origem. 4º A
eficiência da corrente e da contracorrente tende a ser baixa quando os locais de
origem e destino são semelhantes. 5º A eficiência das correntes migratórias tende
a ser elevada quando os obstáculos intervenientes são grandes. 6º A eficiência de
uma corrente migratória varia conforme as condições econômicas, sendo elevada
nas épocas de prosperidade e baixa nos períodos de depressão.

Olga Maria Schild Becker

O próximo pontoa ser abordado e sobre a visão neomarxista sobre os


fenômenos da migração, os neomarxistas tinha uma crítica bastante fundamentada
sobro a visão neoclássica do mesmo fenômeno. “O fenômeno migratório,
entretanto, vinha sendo exaustivamente teorizado por GAUDEMAR (1977) ao
reconsiderá-Io sob o enfoque neomarxista como mobilidade promovida pelos
movimentos do Capital Falava-se agora da “mobilidade forçada" em oposição a
visão neoclássica, como um ato de decisão pessoal” (BECKER 1997, p. 334)

E por fim tratarei será como se deu os “contextos dos estudos de mobilidade
no brasil”, e principalmente no período entre os anos 1950 e 1970, época em que o
país viveu o sua, “explosão industrial”, acarretando no chamado “Êxodo Rural”.

Durante décadas, os estudos de migração do Brasil basearam-se numa


visão dualística estrutura social. enfatizando os problemas da esfera urbana. A
preocupação dominante com fluxos imigratórios urbanos. Era responsável pela
existência de "viés" nas análises. Como resultado, vinham sendo subestimados os
fluxos "de" e "para" áreas rurais, e, em especial, o processo socioeconômico que
criava deslocamentos. As políticas eram formuladas para áreas. de acelerada
imigração urbana, mesmo sabendo-se que tanto áreas urbanas como rurais
vinham apresentando progressiva deteriorização nas condições de vida de suas
populações.

Olga Maria Schild Becker

Referencias:
 BECKER, Olga Maria Schild. Mobilidade espacial da população: conceitos,
tipologia, contextos. In: CASTRO, Iná Elias; GOMES, Paulo César da Costa;
CORREA, Roberto Lobato (Orgs.). Explorações geográficas. Rio de Janeiro:
Bertrand Brasil, 1997.

https://www.unodc.org/lpo-brazil/pt/frontpage/2021/07/fluxo-de-migrantes-
venezuelanos-no-brasil-cresceu-mais-de-900-em-dois-anos.html

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