Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ROBERTO MARINUCCI*
Introdução
Nos últimos anos, é cada vez mais comum tratar do fenômeno migratório da América
Latina e Caribe em termos de emigração extra-regional. De fato, cresceu de forma significativa,
desde a década de 80 do século passado, o número de latino-americanos e caribenhos que
migram para a América do Norte ou outros continentes. Os desafios da migração extra-regional,
no entanto, parecem estar ocultando a migração intra-latino-americana e caribenha, ou seja, a
migração internacional intra-regional, realizada entre os países da região (América Latina e
Caribe).
Essa migração, apesar de não ter a relevância numérica da emigração extra-regional,
continua sendo extremamente significativa, abarcando desafios e potencialidades, sobretudo em
vista da promoção dos direitos humanos e da integração regional. Neste trabalho, vamos
apresentar dados e análises introdutórias sobre as migrações internacionais intra-regionais na
América Latina e no Caribe, destacando as mudanças que ocorreram nas últimas décadas, os
principais fluxos e os desafios mais urgentes.
1. As fontes de pesquisa
Antes de entrar especificamente no estudo do tema deste ensaio, são necessárias algumas
observações sobre as fontes de dados sobre as migrações latino-americanas e caribenhas. Em
geral, ao trabalhar esse assunto, os pesquisadores privilegiam os dados dos censos nacionais
assim como elaborados pelo projeto IMILA (Investigación de la Migración Internacional en
Latinoamérica) do CELADE1 (Centro Latinoamericano y Caribeño de Demografía), bem como
pelo programa REDATAM2.
Mesmo sendo um instrumento fundamental e precioso para a avaliação dos fluxos
migratórios, os dados dos censos nacionais apresentam várias deficiências. Em primeiro lugar,
oferecem uma visão estática da realidade migratória, não conseguindo captar determinados tipos
de mobilidade humana, como os movimentos sazonais, cíclicos e transitórios que não implicam
uma mudança estável de residência. Além disso, os dados censitários encontram sérias
dificuldades em medir a imigração ou emigração de tipo irregular, característica marcante da
época contemporânea. Finalmente, a ausência de integração e articulação entre os vários
organismos de pesquisa nacionais faz com que as datas e a periodicidade dos censos variem de
país a país, bem como os tipos de questionários. Tudo isso prejudica a confiabilidade e a reta
utilização desses dados.
A própria CEPAL reconhece que a migração intracontinental está assumindo novas
características, às vezes, de difícil medição e avaliação. “Al respecto - sempre de acordo com a
CEPAL - algunos indicios permiten aseverar que la migración adquirió formas alternativas al
traslado de residencia, operando bajo modalidades temporales o circulares que implican
reversibilidad en los flujos”3. Nesta perspectiva, as estatísticas oficiais não dão conta de oferecer
um quadro exaustivo e completo das dinâmicas migratórias continentais.
*
Missiólogo, pesquisador do CSEM – Centro Scalabriniano de Estudos Migratórios – www.csem.org.br.
1
Sobre CELADE, ver: http://www.eclac.cl/celade/default.asp
2
Sobre REDATAM, ver: http://www.eclac.cl/redatam/
3
CEPAL. Migración internacional, derechos humanos y desarrollo. Santiago de Chile: Naciones Unidas, 2006, p. 89.
2. Premissas históricas
Antes de abordar as migrações intra-regionais contemporâneas, é importante um conciso
olhar sobre os deslocamentos populacionais que caracterizaram a história da região, a fim de
avaliar os traços de continuidade e descontinuidade. Historicamente, América Latina e Caribe
foram palcos de grandes fluxos migratórios. Podemos sinalizar 5 grandes etapas.
1. Em primeiro lugar não podemos deixar de lembrar dos povos indígenas da região.
Acredita-se que os primeiros povoamentos da América foram realizados por grupos humanos que
vieram pelo norte da Ásia, através do estreito de Bering. De acordo com recentes teorias, o
território sul-americano teria sido atingido, também, por grupos que navegaram através do
Oceano Pacífico vindos da Austrália, Malásia e Polinésia. Esses povos realizaram, no decorrer da
própria história, intensos movimentos migratórios internos, inclusive na busca da “terra sem
males”, de acordo com um mito guarani. Ainda hoje, os povos indígenas da região continuam se
deslocando de diferentes maneiras. Todavia, a exploração indiscriminada da Amazônia, a
construção de barragens e as próprias restrições na mobilidade humana fronteiriça estão
prejudicando essas populações que, há alguns anos, tentam se organizar a fim de reivindicar os
próprios direitos.
2. Uma segunda etapa migratória é representada pela chegada dos europeus a partir do final
do século XV. Não é objetivo deste estudo aprofundar as causas e as conseqüências da conquista
dos territórios indígenas por parte das potências coloniais européias. Interessa-nos aqui apenas
lembrar que, com a chegada dos europeus, os deslocamentos indígenas transformaram-se em
verdadeiras fugas da escravidão, do genocídio, das doenças, da negação das próprias culturas e
religiões.
Ao mesmo tempo, cabe lembrar da chegada forçada dos escravos africanos que povoaram
várias regiões do continente, tanto na América do Sul (sobretudo Brasil e Colômbia), como no
Caribe e na América Central. Assim como os índios, os africanos escravizados perdiam o direito
de ir, sendo confinados entre a senzala e o trabalho. Os povos afro-americanos, apesar de
escravizados, contribuíram e ainda contribuem, na atualidade, de forma determinante para a
caracterização da identidade sócio-cultural da região.
3. A terceira grande etapa é representada pela maciça imigração européia - de forma menor,
asiática - que ocorreu entre 1870 e 1929, ano da crise da Bolsa de Nova Iorque. Essa imigração
foi incentivada por políticas migratórias criadas para atrair imigrantes – sobretudo europeus – a
fim de povoar regiões desabitadas. Acreditava-se, na época, nas potencialidades dos migrantes
enquanto instrumentos de desenvolvimento da região. Já, na Europa, um importante fator de
expulsão foi o forte crescimento demográfico. Estima-se que cerca de 11 milhões de migrantes
de ultramar chegaram na América Latina entre o final do século XIX e o começo do século XX.
A crise de 1929 impulsionou a implementação de políticas imigratórias mais restritivas,
com o conseqüente estancamento do fluxo oriundo da Europa. Após a segunda guerra mundial,
houve uma nova onda da imigração européia, embora de menor proporção.5
4
Cf. MARTINEZ, Jorge; VONO, Daniela. “Geografía migratoria intrarregional de América Latina y el Caribe al
comienzo del siglo XXI”. Revista Norte Grande, n. 34 (2005), p. 41-42.
5
Cf. MAGUID, Alicia. “La migración internacional en el escenario de MERCOSUR: cambios recientes, asimetrías
socioeconómicas y políticas migratorias”, in: Estudios Migratorios Latinoamericanos, a.19, n. 57 (agosto 2005), p.
252; PELLEGRINO, Adela. La migración internacional en América Latina y el Caribe: tendencias y perfiles de los
migrantes. Santiago Chile: CELADE/BID, 2003, p. 11.
6
CEPAL. Migración internacional, derechos humanos y desarrollo. Santiago de Chile: Naciones Unidas, 2006,
p. 72.
Uma das conseqüência mais evidentes dessa queda do número de imigrantes de ultramar
está no fato de que, na atualidade, os principais fluxos imigratórios da região são endôgenos.
Além disso, cabe frisar que, pelo fato de América Latina e Caribe não serem mais pólos de
atração, vários estrangeiros de ultramar regressaram para os países de origem. Da mesma forma,
muitos latino-americanos e caribenhos, como veremos a seguir, resolveram sair da própria terra
em busca de melhores condições de vida.
7
Ibidem, p. 74.
GRÁFICO 2
POBLACIÓN NACIDA EN AMÉRICA LATINA Y EL CARIBE Y PRESENTE EN EUROPA
Y OTROS PAÍSES CON INFORMACIÓN DISPONIBLE, CIRCA 2000
GRÁFICO 3
Migrantes internacionais na América
Latina e Caribe
(Fonte: IOM, em milhões)
8 7
5,8 6,1 5,9
6
4
2
0
1970 1980 1990 2000
8
CEPAL. Migración internacional, derechos humanos y desarrollo. Santiago de Chile: Naciones Unidas, 2006, p.
90.
Estamos, pois, diante de um fenômeno amplo e complexo, com raízes históricas e culturais,
que não foi interrompido pelo surgimento das fronteiras, no século XIX.
Em geral, as migrações intra-latino-americanas têm um cunho limítrofe: os migrantes
costumam escolher países de fronteira para seus deslocamentos. EsSe fenômeno, bastante antigo,
persiste nos dias de hoje: de acordo com Lelio Mármora10, tradicionais correntes migratórias
limítrofes latino-americanas continuaram existindo, como o caso da migração dA Nicarágua para
Costa Rica, do Haiti para a República Dominicana, da Guatemala para o México, do Paraguai e
Bolívia para Argentina.
Da mesma forma, ao lado das migrações limítrofes, são muito comuns as assim chamadas
migrações fronteiriças, protagonizadas por pessoas ou grupos que ultrapassam as fronteiras
diária, cíclica ou sazonalmente por razões de trabalho. Mesmo após a criação, no século XIX, dos
Estados nacionais com suas fronteiras, as migrações fronteiriças continuaram muito intensas.
Tirando as áreas em que elementos naturais (florestas, desertos, montanhas) as tornavam
complexas, as migrações fronteiriças permaneceram fortes na região, sobretudo quando as
fronteiras dividiam povos da mesma etnia ou com fortes vínculos históricos e comerciais.
9
MARTÍNEZ, Jorge; VONO, Daniela. “Geografía migratoria intrarregional de América Latina y el Caribe al
comienzo del siglo XXI”. Revista de Geografia Norte Grande, Santiago, Chile, n. 34, diciembre, 2005, p. 45.
10
MÁRMORA, Lélio. Políticas de migraciones en América Latina: las respuestas gubernamentales y de la sociedad
civil en la década de los ’90. In: CNPD (org.). Migrações Internacionais. Contribuições para políticas. Brasilia:
CNPD, 2001, p. 34.
11
Cf. PELLEGRINO, Adela. La migración internacional en América Latina y el Caribe: tendencias y perfiles de los
migrantes. Santiago Chile: CELADE/BID, 2003.
12
Cabe lembrar que Panamá e Colômbia eram um único país antes da ocupação dos EUA da área do canal.
13
PELLEGRINO, op. cit., p. 16.
14
MARTÍNEZ; VONO, op. cit., p. 46.
Entrando de forma mais específica nos fluxos migratórios, no que tange aos países de
recepção, América Latina e Caribe apresentam um dado singular: 3 países (Argentina,
Venezuela e Costa Rica) abrigavam, em 2000, 77% dos migrantes intra-regionais. Nesses países,
a porcentagem de imigrantes em relação à população nacional é bastante alta, alcançando 7,5%
no país meso-americano.
Por outro lado, há países em que a presença de imigrantes é extremamente reduzida, como
no caso do Peru (0,1% da população) e da Colômbia (0,2%), mas também do Brasil, onde os
estrangeiros, apesar de totalizar cerca de 700 mil unidades (PNAD 2005), representam apenas
0,3% da população.
Na América do Sul, a República Bolivariana da Venezuela atraiu, historicamente,
populações colombianas. Desde o século XIX registram-se intensos intercâmbios nas regiões
fronteiriças dos dois países. Na segunda metade do século XX, a emigração rumo à Venezuela
tornou-se cada vez mais massiva, sobretudo nos anos 70, devido ao aumento do preço do
petróleo e à conseqüente política de importação de recursos humanos. Tanto Venezuela quanto
Argentina – da qual falaremos mais adiante – tiveram uma relativa diminuição da migração nos
anos oitenta, durante a assim chamada década perdida, mas, já na década de noventa, passaram
por um intenso retorno migratório.
Nos últimos anos, de acordo com Jorge Martinez15, emergiu um novo importante pólo de
atração: o Chile, que registrou um significativo aumento do número de imigrantes na região,
sobretudo do Peru. No entanto, não há unanimidade quanto à avaliação da situação chilena:
15
MARTINEZ, Jorge. “Tendencias recientes de la migración internacional en América Latina y el Caribe”, in:
Estudios Migratorios Latinoamericanos, a.18, n. 54 (agosto 2004) p. 211-240.
16
MARTÍNEZ; VONO, op. cit., p. 46.
17
MARTÍNEZ, op. cit., p. 218.
18
Dados mais recentes, falam de 11 milhões de mexicanos nos EUA (cf. “México, campeón de la migración; 11
millones de expulsados a EU”, disponível em:
http://www.jornada.unam.mx/2007/02/13/index.php?section=economia&article=024n1eco ).
GRÁFICO 5
Imigração Internacional no Cone Sul por lugar de
nascimento (em milhares)
4.000
Restante do
3.000 mundo
Restante da
2.000 América Latina
Cone Sul
1.000
0
1980 1990 2000
Entre os países receptores, o Chile, como vimos, é o que apresenta o incremento maior,
passando de 84 mil estrangeiros, em 1982, para 195 mil em 2002, Apesar disso, participa apenas
com o 4% do total de estrangeiros do Cone Sul. Da mesma forma, o número de imigrantes
internacionais no país continua relativamente pequeno em relação ao restante da populaçõ (1%
do total). De qualquer forma, pelo aumento do número de estrangeiros, o Chile conseguiu reduzir
bastante o saldo migratório intra-regional. Outra característica da imigração chilena é a
feminização: o Chile recebeu um ingente número de mulheres do Equador e, sobretudo, do Peru,
GRÁFICO 6
Saldo migratório intra-regional - Cone Sul (em milhares)
Fonte: CELADE
800
600
400
200 1990
2000
0
-200
-400
Argentina Bolívia Brasil Chile Paraguai Uruguai
Enfim, pode-se inferir que a migração intra-Cone Sul continua bastante intensa e registra,
nos últimos anos, um pequeno aumento, principalmente levando em conta que os números
analisados não incluem os migrantes irregulares.
6. Urbanização
Nos últimos anos, América Latina e Caribe registraram uma sensível diminuição do assim
chamado “êxodo rural” que caracterizou as migrações internas do continente nos anos 60, 70 e
80. Em 2000, três latino-americanos entre quatro viviam em áreas urbanas, sendo que um entre
19
CEPAL, op. cit., p. 100.
20
CEPAL. Panorama Social de América Latina – 2004. Santiago del Chile: CEPAL, 2005, p. 49. As cidades
com mais de 5 milhões de habitantes são: Cidade do México, São Paulo, Buenos Aires, Rio de Janeiro, Lima,
Bogotá e Santiago del Chile.
GRÁFICO 7
Porcentagem migração internacional feminina - 2005
(Fonte: ONU)
52,2 53,4
50,3 50,4 51,3
49,6
47,4
45,5 44,7
21
Ibidem, p. 50.
22
As Regiões Metropolitanas pesquisadas são: Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de
Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre (cf. HAKKERT, Ralph; MARTINE, George. Tendências
Migratórias Recentes no Brasil: As evidências da PNAD de 2004. Taller Nacional sobre “Migración interna y
desarrollo en Brasil: diagnóstico, perspectivas y políticas”. Disponível em:
http://www.eclac.cl/celade/noticias/paginas/4/28454/RHakkert.pdf ).
23
CELADE. Migración interna y distribución espacial. Temas de población y desarrollo, n. 6, 2006, p. 3.
GRÁFICO 8
População estrangeira nascida na AL e no Caribe por gênero (2000)
Total: 1.436 (H) 1.535 (M) - IM 93,5
Rep. Dominicana
Costa Rica
Guatemala
Venezuela
Paraguay
México
Equador
Chile
Brasil
Argentina
Homens Mulheres
A feminização não tem apenas uma conotação quantitativa. De acordo com Maria Nieves
Rico, da CEPAL,
Enfim, cresceu muito, nos últimos anos, o número de mulheres que se deslocam sozinhas,
embora com um projeto migratório de cunho familiar. Em geral, o objetivo continua sendo o
envio de remessas para as famílias e, com freqüência, para os filhos. 25 Esta realidade é muito
comum entre as mulheres que emigram fora da região, sobretudo para os EUA e para a União
24
RICO, Nieves María. Las mujeres latinoamericanas en la migración internacional. CEPAL, 2006, p. 2.
25
Em geral, estima-se que as mulheres enviam mais remessas que os homens. Conforme Villa, “su memoria es más
persistente que la de los hombres, ya que aportan responsablemente con recursos al hogar” (VILLA, Miguel. El
cambiante mapa migratorio de América Latina y Caribe (notas para una exposición). CEPAL, 2004., p. 11).
Las remesas sociales son las ideas, los comportamientos, las identidades, y el
capital social que fluye desde las comunidades de destino hacia las
comunidades de origen, y viceversa. Las ideologías de género sobre las normas,
los roles, y las relaciones de hombres y de mujeres, son remesas sociales
intangibles que acompañan flujos transnacionales de personas, dinero, y otros
objetos materiales. Estos flujos transforman las realidades en ambos lados,
creando nuevas versiones de lo que significa ser hombre o mujer, cómo se
negocian pautas en el hogar, quiénes pueden trabajar fuera de la casa, quiénes
deberían realizar las tareas domésticas, etc. 28
26
RICO, op. cit., p. 2-3.
27
Cf. “Imigrantes brasileiros enviam ao país US$ 7 bilhões”. Em: Folha On-line, 16.03.2007. Disponível em:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u115260.shtml - Acesso: 15.04.2007.
28
RICO, op. cit., p. 8.
8. Tráfico de pessoas
Uma rápida referência deve ser feita também à questão do tráfico de pessoas para fins de
exploração sexual e trabalho escravo. Recentes dados da IOM revelam que em América Latina e
Caribe, em 2006, o tráfico de pessoas para fins de exploração sexual fez cerca de 100 mil
vítimas. O tráfico de pessoas na região não se limita à exploração de mulheres, mas também de
crianças. Em alguns países é muito forte o assim chamado turismo sexual, organizado por
verdadeiras redes transnacionais que podem envolver - além dos aliciadores - agências de
viagem, donos de boates, albergues e motéis, taxistas, motoristas, guias turísticos, garçons,
funcionários de cartórios, entre outros. É uma verdadeira “rede criminosa” que lucra, direta ou
indiretamente, na exploração de mulheres e crianças.
Existem redes de tráficos em nível nacional, latino-americano e internacional. Para o nosso
trabalho, é importante sublinhar a existência de redes de tráfico de pessoas intra-latino-
americanas. No Brasil, por exemplo, sabe-se da existência de cerca de 240 rotas de tráfico que
utilizam o território brasileiro como espaço de origem, trânsito e destino. Segundo Cortés
Castellano,
29
Cf. IOM. The Millennium Development Goals and Migration. Geneva: IOM, 2005, p. 18-20.
30
CORTÉS CASTELLANOS, Patricia. Mujeres migrantes de América Latina y el Caribe: derechos humanos,
mitos y duras realidades. Santiago de Chile: CEPAL, 2005, p. 64.
31
“Protocolo Adicional da Convenção das Nações Unidas contra a criminalidade organizada transnacional para
Prevenir, Suprimir e Punir o Tráfico de Pessoas especialmente mulheres e crianças”, 12-15 de dezembro de
2000.
32
MÁRMORA, op. cit., p. 35.
33
Ibidem, p. 36.
34
Ibidem, p. 38.
35
Ibidem, p. 42.
Bibliografia
ALONSO, Blanca Sanchez. Algunas reflexiones sobre las políticas de inmigración en América
Latina en la época de las migraciones de masas, in: Estudios Migratorios Latinoamericanos,
a. 18, n. 53 (abril 2004) 155-176.
CEPAL. Migración internacional, derechos humanos y desarrollo. Santiago de Chile: Naciones
Unidas, 2006.
______. Panorama Social de América Latina – 2004. Santiago de Chile: Naciones Unidas, 2005.
CELADE. Migración interna y distribución espacial. Temas de población y desarrollo, n. 6, 2006.
CORTÉS CASTELLANOS, Patricia. Mujeres migrantes de América Latina y el Caribe: derechos
humanos, mitos y duras realidades. Santiago de Chile: CEPAL, 2005.
HAKKERT, Ralph; MARTINE, George. Tendências Migratórias Recentes no Brasil: As
evidências da PNAD de 2004. Taller Nacional sobre “Migración interna y desarrollo en
Brasil: diagnóstico, perspectivas y políticas”. Disponível em:
http://www.eclac.cl/celade/noticias/paginas/4/28454/RHakkert.pdf .
IOM. The Millennium Development Goals and Migration. Geneva: IOM, 2005.
MAGUID, Alicia. “La migración internacional en el escenario de MERCOSUR: cambios
recientes, asimetrías socioeconómicas y políticas migratorias”, in: Estudios Migratorios
Latinoamericanos, a.19, n. 57 (agosto 2005) 249-286.
MÁRMORA, Lelio. Migrações e Política na América Latina: Novos Espaços Cenários, in:
SALES, Teresa; SALLES, Maria do Rosário R. (org.). Políticas Migratórias. América Latina,
Brasil e Brasileiros no Exterior. São Paulo: São Carlos/EdUFSCar/Editora Sumaré, 2002, p.
23-30.
______. Políticas de migraciones en América Latina: las respuestas gubernamentales y de la
sociedad civil en la década de los ’90. In: CNPD (org.). Migrações Internacionais.
Contribuições para políticas. Brasilia: CNPD, 2001, p. 33-44.
MARTINEZ, Jorge. “Tendencias recientes de la migración internacional en América Latina y el
Caribe”, in: Estudios Migratorios Latinoamericanos, a.18, n. 54 (agosto 2004) p. 211-240.
MARTINEZ, Jorge; VONO, Daniela. “Geografía migratoria intrarregional de América Latina y el
Caribe al comienzo del siglo XXI”. Revista Norte Grande, n. 34 (2005) 39-52. Disponível
em:
PALMAS, Luca Queirolo (a cura di). Alla scoperta dell”Europa. Nuove migrazioni dall’America
Latina. Studi Emigrazione, a. XLI, n. 154 (2004).
PATARRA, Neide. “Migrações Internacionais de e para o Brasil Contemporâneo: volumes, fluxos,
significados e políticas”, in: São Paulo em perspectiva, a. 19, n. 3 (Jul/set 2005) 23-33.
PELLEGRINO, Adela. La migración internacional en América Latina y el Caribe: tendencias y
perfiles de los migrantes. Santiago Chile: CELADE/BID, 2003.