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Escola de Aviação civil Skyleader LTDA

VITOR DE ALMEIDA ROCHA

Materiais Compósitos

São Paulo
2021
VITOR DE ALMEIDA ROCHA

MATERIAIS COMPÓSITOS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à


Escola de Aviação Civil Skyleader LTDA, como
parte dos requisitos para obtenção do título de
Técnico em Mecânica de Manutenção de
Aeronaves- Módulo Célula.

Área de Concentração: Manutenção Aeronáutica.

São Paulo
2015
VITOR DE ALMEIDA ROCHA

MATERIAIS COMPÓSITOS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à


Escola de Aviação Civíl LTDA”, como parte dos
requisitos para obtenção do título de Técnico em
Mecânica de Manutenção de Aeronaves- Módulo
Célula.

Data da aprovação: _____ / ______ / ______.

________________________________________

Escola de Aviação Civíl Skyleader LTDA.


Dedico este trabalho ao excelentíssimo Mestre
Professor Miguel Arcanjo, por quem sempre terei
uma enorme gratidão.
RESUMO

O desacoplamento do eixo árvore de um conjunto de cabeçote fixo de um


torno mecânico convencional, é um processo necessário quando se visa uma
reforma ou manutenção interna do conjunto do cabeçote.Isto ocorre devido ao
fato do eixo árvore estar acoplado a diversas peças do conjunto e encobrir
algumas outras.
Para este processo de desacoplamento é utilizado uma ferramenta com o
nome de saca eixo arvore por fuso, que como o próprio nome sugere tem a
função de desacoplar o eixo árvore do restante do conjunto do cabeçote
fixo.Apesar de ser uma ferramenta de simples utilização, ela apresenta risco
de acidentes ao mantenedor que a opera, comprometendo a sua ergonomia.
Sendo assim, este presente trabalho visava fazer um desenvolvimento de
pesquisa de um novo dispositivo que elimine tais riscos de acidentes,
tornando-o à ferramenta ideal para realizar o desacoplamento do eixo arvore
do conjunto de um torno mecânico convencional. Foi projetado um novo
dispositivo chamado de saca eixo arvore por cabo catracado,mas devido ao
mal-dimensionamento, não obteve o resultado esperado, mas aprimorou o
senso de pesquisa do grupo e o trabalho em equipe.

PALAVRAS-CHAVE : Eixo árvore, Cabeçote fixo, Torno mecânico,


Manutenção, Acidentes, ergonomia.
ABSTRACT
Escola SENAI “Frederico Jacob”

LUCAS PATRICIO
MARCOS HENRIQUE
PAULO HENRIQUE MODESTO
VITOR DE ALMEIDA ROCHA
WESLEY DOS SANTOS MORAIS

SACA EIXO-ÁRVORE POR CABO CATRACAD

São Paulo
2015
Escola SENAI “Frederico Jacob”

LUCAS PATRICIO
MARCOS HENRIQUE
PAULO HENRIQUE MODESTO
VITOR DE ALMEIDA ROCHA
WESLEY DOS SANTOS MORAIS

SACA EIXO-ÁRVORE POR CABO CATRACAD

São Paulo
2015
KEYWORDS: Tree Axis Fixed Head, Lathe, maintenance, accidents,
ergonomics.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura1. 1 - Torno mecânico Romi t240....................................................................12


Figura1. 2 - Cabeçote fixo sobre bancada para realizar alguma................................13
Figura1. 3 - Vista superior do conjunto interno do cabeçote fixo, com os nomes de
suas principais peças..................................................................................................14
Figura1. 4 - Exemplo de croqui do conjunto interno de um cabeçote fixo de torno
mecânico.....................................................................................................................15
Figura1. 5 - Saca eixo árvore por fuso desmontado...................................................16

Figura 3. 1 - Saca eixo arvore por fuso montado no cabeçote fixo. [Autoria do grupo ;
2015]............................................................................................................................19
Figura 3. 2 Cone do fuso apoiado na face traseira do eixo árvore do cabeçote fixo.
[Autoria do grupo ; 2015].............................................................................................19
Figura 3. 3 - Processo de desmontagem do eixo árvore d conjunto do cabeçote fixo.
[Autoria do grupo ; 2015].............................................................................................20

Figura 4. 1 - Esboço de estrutura do saca eixo árvore por cabo catracado. [Autoria
do grupo ; 2015]..........................................................................................................21
Figura 4. 2 - Caminho Crítico. [Autoria do grupo ; 2015]............................................23
Figura 4. 3 - Caminho sinalizado 1 [Autoria do grupo ; 2015]....................................24
Figura 4. 4 - Caminho Sinalizado 2 [Autoria do grupo ; 2015]....................................24
Figura 4. 5 - Caminho Sinalizado 3. [Autoria do grupo ; 2015]...................................24
Figura 4. 6 - Saca eixo arvore por cabo catracado desmontado, com nome de suas
peças. [Autoria do grupo ; 2015].................................................................................25
Figura 4. 7 - Saca eixo árvore por cabo catracado montado no cabeçote fixo. [Autoria
do grupo ; 2015]..........................................................................................................26
Figura 4. 8 - Cone apoiado no eixo árvore. [Autoria do grupo ; 2015].......................26
Figura 4. 9 - Forças atuantes no rolamento. [Autoria do grupo ; 2015]......................29
Figura 4. 10 - Forças atuantes nos tubos. [Autoria do grupo ; 2015].........................31
Figura 4. 11 - Ilustração de forças atuantes nos fixadores. [Autoria do grupo ; 2015]
.....................................................................................................................................33

Figura 5. 1 - Ensaio prático do saca eixo arvore por cabo catracado. [Autoria do
grupo ; 2015]...............................................................................................................38
LISTA DE TABELA

Tabela 4. 1 - Diagrama de Gantt. [Autoria do grupo ; 2015].......................................22


Tabela 4. 2 - Lista de Tarefas. [Autoria do grupo ; 2015]...........................................23
Tabela 4. 3 - Indice de rolamentos de rolos conicos.[NSK; 2005]..............................28
Tabela 4. 4 - Tabela de materiais. [Autoria do grupo ; 2015].....................................34
Tabela 4. 5 - Tabela de custos[H/M processos;2009]................................................35
Tabela 4. 6 - Orçamento de manufatura de peças. [Autoria do grupo ; 2015]...........36
Tabela 4. 7 - Sem subsídios do SENAI. [Autoria do grupo ; 2015]............................36
Tabela 4. 8 - Com subsídios do SENAI e do grupo. [Autoria do grupo ; 2015]..........36
Tabela 4. 9 - Tabela de manutenção ROMI. [Autoria do grupo ; 2015]......................37
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

mm : Milímetros.
RPM: Rotações por minuto.
EPI: Equipamento de proteção individual
EPC: Equipamento de proteção coletivo
Kgf: Kilogramaforça
N: Newton
KN: Kilonewton
Pert: Program Evaluation and Review Technique 
Com: Critical Path Method
Y1= Coeficiente de carga axial.
Cor= Carga radial estática máxima.
Ca= Carga axial máxima.
Ce=Carga de extração
MPa: Megapascal
R$ : Reais
LISTA DE SIMBOLOS

%: Porcentagem.
Ø:Diâmetro.
Σ: Somatória.
σe: Tensão de escoamento do material.
σe : Tensão de escoamento admissível do material.
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...............................................................................................12

2 OBJETIVO.....................................................................................................17

3 SITUAÇÃO ATUAL........................................................................................18

3.1 Montagem e funcionamento do saca eixo árvore por fuso.....................18


3.2 Problemas do saca eixo árvore por fuso................................................20
4 SITUAÇÃO PROPOSTA...............................................................................21

4.1 Cronograma de Atividades......................................................................22


4.2 Elaboração do Dispositivo.......................................................................25
4.3 Funcionamento do dispositivo.................................................................26
4.4 Concepção de peças:..............................................................................27
4.4.1 Cone.................................................................................................27
4.4.2 Tubos de apoio.................................................................................27
4.4.3 Barra.................................................................................................27
4.5 Cálculos Dimensionais............................................................................28
4.5.1 Calculo de força de extração do eixo-árvore....................................28
4.5.2 Calculo de dimensionamento de tubos de apoio.............................30
4.5.3 Calculo de dimensionamento dos fixadores.....................................32
4.6 MATERIAIS UTILIZADOS.......................................................................34
4.7 Viabilidade...............................................................................................35
5 CONCLUSÃO................................................................................................38

6 REFERÊNCIAS..............................................................................................39

ANEXO A.............................................................................................................40

ANEXO B.............................................................................................................42

ANEXO C.............................................................................................................43

ANEXO D.............................................................................................................44

ANEXO E..............................................................................................................45

ANEXO F..............................................................................................................46
12

1 INTRODUÇÃO

Os tornos são importantes equipamentos em trabalhos de usinagem de peças


metálicas, como parafusos, roscas e demais objetos. Especialmente em mecânica
industrial e metalúrgicas, quaisquer eventuais falhas nessas máquinas podem parar
toda uma produção. Assim como em qualquer ferramenta industrial, a manutenção
de tornos precisa ser uma ação inserida dentro do planejamento de manutenção no
chão de fábrica, afinal, as manutenções preventiva e corretiva evitam ou corrigem
qualquer tipo de avaria nos tornos. [Branco,2012]
O torno mecânico é uma máquina-ferramenta utilizada para executar
operações de usinagem cilíndrica externa ou interna e outras operações que
normalmente são feitas por furadeiras, fresadoras e retificadoras, com adaptações
relativamente simples. Há na indústria diversos tipos de tornos mecânicos, como por
exemplo tornos verticais, tornos revolver, tornos horizontais, torno de platô, entre
outros. Nosso estudo será voltado aos tornos horizontais, conhecidos na indústria
como torno mecânico convencional, cujos diâmetros de eixo árvore sejam de 40mm
a 75mm e comprimento sejam de no máximo 700mm.
A principal característica dos tornos mecânicos convencionais é o movimento
rotativo contínuo realizado pelo eixo árvore, conjugado com o movimento de avanço
da ferramenta de corte.

Figura1. 1 - Torno mecânico Romi t240


13

Um dos conjuntos mais importantes que compõe o torno mecânico é o


cabeçote fixo. O cabeçote fixo é responsável por rotacionar a peça para que a
ferramenta venha ao seu encontro, retirando seu material e usinando-a.
O cabeçote fixo do torno mecânico é constituído de diversas peças, tendo
como principais: carcaça, engrenagem principal ou variando do modelo Polia,
engrenagens e eixo árvore.
A carcaça é a estrutura do cabeçote, ou seja, o corpo que envolve as demais
peças do conjunto. A engrenagem principal é responsável por rotacionar o eixo
árvore que rotaciona a peça, em alguns tornos são utilizadas polias invés de
engrenagem. O eixo arvore é onde é montado a placa onde está preso a peça, este
por sua vez é vazado de ponta a ponta para permitir a passagem de peças cujo
comprimento sejam maiores que os do cabeçote fixo. As engrenagens são
responsáveis por transmitir o RPM desejado para a engrenagem principal ou polia.

Figura1. 2 - Cabeçote fixo sobre bancada para realizar alguma.


14

Figura1. 3 - Vista superior do conjunto interno do cabeçote fixo, com os


nomes de suas principais peças.
15

O desacoplamento do eixo árvore de um conjunto de cabeçote fixo de


um torno mecânico convencional, é um processo necessário quando se visa
uma reforma ou manutenção interna do conjunto do cabeçote. Pois, o mesmo
é acoplado a diversas peças do conjunto, ou impede o acesso as peças
inferiores como mostra o Anexo A.

Figura1. 4 - Exemplo de croqui do conjunto interno de um cabeçote fixo de


torno mecânico.
16

Para este processo de desacoplamento é utilizado uma ferramenta


com o nome de saca eixo arvore por fuso, que como o próprio nome sugere
tem a função de desacoplar o eixo árvore do restante do conjunto do
cabeçote fixo.

Figura1. 5 - Saca eixo árvore por fuso desmontado.


17

2 OBJETIVO

Este trabalho tem por objetivo realizar uma melhoria do dispositivo


utilizado para por desacoplar o eixo árvore do restante do conjunto do cabeçote
fixo, para diminuir o risco de acidentes, preservando a ergonomia do
mantenedor.
18

3 SITUAÇÃO ATUAL

Antes da realização de qualquer trabalho, devem ser analisados


possíveis riscos de execução do mesmo. E, a cada estagio do processo deve
ser verificado se há novos riscos para com a ergonomia do mantenedor, pois
em um ambiente industrial a primeira coisa que deve ser levado em conta é a
segurança para com os funcionários de fábrica.[Alves,2011]
São diversos itens que são levados em conta quando o tema é
segurança no trabalho. Desde o uso de EPI’s por parte dos funcionários,como
por exemplo óculos de segurança, botas e protetores auriculares, entre
outros.EPC’s nos equipamentos,como proteções em máquinas , sinalização,
uso de exaustores, entre outros.Até a utilização de ferramentas adequadas e
em bom estado.

3.1 Montagem e funcionamento do saca eixo árvore por fuso.

O saca eixoárvore por fuso é montado de modo que o fuso atravesse o


eixo arvore pela parte traseira do cabeçote fixo,apoiando o cone no eixo
arvore. Depois na outra face do cabeçote, se passa o fuso por dentro do furo
da base com mancal. Os tubos são colocados nas pontas da base com
mancal, fazendo com que fiquem apoiados no cabeçote fixo. Por último, a
porcal é rosqueada no fuso até que a mesma esteja devidamente apoiada no
mancal da base e o dispositivo esteja tensionado de forma que se mantenha
montado sem que o mantenedor o segure.
19

Figura 3. 1 - Saca eixo arvore por fuso montado no cabeçote fixo. [Autoria do
grupo ; 2015]

Figura 3. 2 Cone do fuso apoiado na face traseira do eixo árvore do cabeçote


fixo. [Autoria do grupo ; 2015]

A retirada do eixo-árvore é feita quando aplica-se torque à porca com


uma chave de boca,fazendo uma força de aproximadamente
2600kgf,puxando o eixo árvore para fora do cabeçote fixo, permitindo a sua
manutenção e do restante do conjunto interno.
20

3.2 Problemas do saca eixo árvore por fuso

Apesar de ser uma ferramenta de utilização simples, o saca eixo árvore


por fuso apresenta defeitos.A aplicação de torque aumenta o risco de
acidentes devido ao fato de a chave de boca ser solta do restante do conjunto
do saca eixo árvore, fazendo com que a mesma possa-se soltar durante a
operação.
A aplicação do torque também gera o deslocamento do cabeçote fixo
quando este estiver sobre bancada,devido ao fato da força aplicada ser
perpendicular aos apoios dos tubos de apoio do saca eixo árvore. Desta
forma aumenta-se o risco de acidentes por tombamento.
O deslocamento do cabeçote também faz com que seja utilizado mais
de um mantenedor para a retirada do eixo arvore. Indisponibilizando
mantenedores para demais manutenções em outras máquinas e acrescendo
o valor de preço de mão de obra para no mínimo 200%.

Figura 3. 3 - Processo de desmontagem do eixo árvore d conjunto do


cabeçote fixo. [Autoria do grupo ; 2015]
21

4 SITUAÇÃO PROPOSTA

Pensando na melhoria do saca eixo árvore existente, foi desenvolvido o


saca eixo árvore por cabo catracado. O projeto consisti na substituição do
fuso e porca do atual saca eixo arvore por um guincho manual com
capacidade de 1000 kgf de força, por meio de pequenas adaptações.
Seu corpo não tem muita diferença do dispositivo atual. Seu funcionamento é
de certa forma parecido com o saca eixo-árvore com fuso.

Figura 4. 1 - Esboço de estrutura do saca eixo árvore por cabo catracado.


[Autoria do grupo ; 2015]
22

4.1 Cronograma de Atividades

Para realização da situação proposta, foram usadas duas técnicas de


gerenciamento de projetos: O Diagrama de Gantt que mostra o tempo
planejado e executo de cada tarefa e os responsáveis por elas; a outra
técnica é o método PERT/CPM que mostra as dependências entre as tarefas
criando caminhos entre elas mostrando quais tarefasnão podem ser
atrasadas ou negligenciadas, para que o projeto seja entregue no prazo
estipulado.

Tabela 4. 1 - Diagrama de Gantt. [Autoria do grupo ; 2015]


23

A nossa situação gerou 4 caminhos no método PERT/CPM, que através ta


soma do tempo estipulado de cada tarefa mostra qual caminho levará mais tempo
para a conclusão do projeto; o caminho que leva mais tempo é chamado de
caminho crítico, as tarefas sinalizadas por esse caminho são as tarefas que teve de
ser feitas dentro do prazo estipulado para que o projeto seja entregue dentro do
prazo. O nosso caminho crítico levou 30 semanas os outros caminhos gerados
levaram 15,17 e 28 semanas.

Tabela 4. 2 - Lista de Tarefas. [Autoria do grupo ; 2015]

Figura 4. 2 - Caminho Crítico. [Autoria do grupo ; 2015]


24

Figura 4. 3 - Caminho sinalizado 1 [Autoria do grupo ; 2015]

Figura 4. 4 - Caminho Sinalizado 2 [Autoria do grupo ; 2015]

Figura 4. 5 - Caminho Sinalizado 3. [Autoria do grupo ; 2015]


25

4.2 Elaboração do Dispositivo

A escolha do guincho manual se dá pelo fato de ser um equipamento


de simples obtenção, custo baixo, fácil adaptação em estruturas e força
elevada,variando da capacidade do guincho.Tornando-o uma ferramenta ideal
para a extração do eixo arvore.

Figura 4. 6 - Saca eixo arvore por cabo catracado desmontado, com nome de
suas peças. [Autoria do grupo ; 2015]
26

4.3 Funcionamento do dispositivo.

A diferença no funcionamento ficará por conta do cabo,que será


passado por dentro do eixo arvore e será fixado ao cone por meio de uma
trava.O cone será apoiado na face traseira do eixo arvore, de maneira similar
ao saca eixo arvore por fuso.

Figura 4. 7 - Saca eixo árvore por cabo catracado montado no cabeçote fixo .
[Autoria do grupo ; 2015]

Figura 4. 8 - Cone apoiado no eixo árvore. [Autoria do grupo ; 2015]


27

4.4 Concepção de peças:

Para operações de desbaste das peças foram utilizados tornos mecânicos,


furadeiras ecentro de usinagens (CNC).

4.4.1 Cone
O cone terá a função de receber a tração do cabo do guincho para puxar o
eixo árvore.
Detalhes da peça está em Anexo B.

4.4.2 Tubos de apoio

São utilizados para apoiar a estrutura no cabeçote fixo.


Detalhes da peça em Anexo D.

4.4.3 Barra

Tem a função de servir de fixação para o guincho manual.


Detalhes da peça emAnexo D.
28

4.5 Cálculos Dimensionais

4.5.1 Calculo de força de extração do eixo-árvore

Segundo o catalogo NSK Pr. B01 10/ um rolamento 28622, com


diâmetro interno de 55,562mm , que suporta uma força radial de 129KN e
Y1=1,5.

Tabela 4. 3 - Indice de rolamentos de rolos conicos.[NSK; 2005]


29

Sabendo que o esforço Maximo na extração se dá por conta do


rolamento rolamento RA ,que por sua vez suporta uma força radial de
129KN , e que é preciso de cerca de 50% do valor Maximo de carga axial
para extrair o rolamento, utilizamos a formula:

0,6
.Cor=Ca
Y1

Segundo a Tabela 4.3 um rolamento 28622, que suporta uma força


radial de 89KN e Y1=1,5 se tem [NSK-2005]:

0,6
.129 KN =52 KN
1,5

Segundo o calculo anterior, o valor de carga axial máxima é de 52KN, e


esforço de carga para desacoplamento do rolamento é igual a 0,5 x Fa então:

0.5 .52 KN =26 KN =2600 KGF

Para se ter uma taxa de segurança para que o dispositivo cumpra sua
função de extração do eixo árvore, deve ser utilizado um guincho de 3000Kgf.

Ce

Figura 4. 9 - Forças atuantes no rolamento. [Autoria do grupo ; 2015]


30

4.5.2 Calculo de dimensionamento de tubos de apoio.

Sabendo que serão utilizados dois tubos de apoio no dispositivo, se


tem dois apoios , criando uma compressão nos tubos.
Para descobrir as forças atuantes em cada tubo se da a formula:

Σ FV =0
Σ FV =−Fva−Fvb+30000 N=0
Σ Fva+ Fvb=30000 N

Para descobrir o valor de Fva , tem que ser feita a somatória de


momento:
Σ M =0
Σ M =Fva.320 mm+ (−30000 N .160 mm ) + Fvb .0
Σ M =320 Fva−4800000 N /mm
320 Fva=4800000 N /mm

4800000 N
Fva= =15000 N
320 mm

Para descobrir o valor de Fvb, se faz novamente o calculo de somatória


de forças em vertical.

Σ FV =−15000 N −Fvb+30000 N=0


Fvb=−30000 N +150000 N
Fvb=−15000 N
31

Os tubos utilizados para a confecção deste protótipo são de aço 1020


laminado,que por sua vez tem uma tensão de escoamento de 210Mpa,
conforme mostra o livro Elementos de maquinas de Shigley, na pag: X.
Para se ter uma tensão admissível do material, desconsidera-se 20%
da tensão de escoamento, desta forma utlizamos a seguinte formula:

210
=175 Mpa
1 ,2

A fórmula para se descobrir a área de um material se da por:

F 15000
A= = A= ≅ 86 mm
σ adm 175

A área de apoio do tubo tem que ser igual á 86mm,sendoassim,será


utilizado um tubo de 2,5’ (63,5mm) e deve ser soldadas tampas de aço 1020
em seus apoios, aumentando a área para 3167 mm , acrescendo de forma
consideravel o dimensionamento do tubo , aumentando o dimensionamento e
diminuindo a chance dos tubos se danificarem devido a força de compressão
aplicada.

Figura 4. 10 - Forças atuantes nos tubos. [Autoria do grupo ; 2015]


32

4.5.3 Calculo de dimensionamento dos fixadores.

Sabendo que devem ser utilizadas duas chapas com 5mm de


expessura para fazer dois fixadores com um apoio fixo cada,que por sua vez
receberão 30000N de força

ΣFV =0
ΣFV =−Fva−Fvb+30000 N=0
Σ Fva+ Fvb=30000 N

Para descobrir o valor de Fva , tem que ser feita a somatória de momento:
ΣM=0
ΣM=Fva . 15 mm+ (−30000 N .7 , 5 mm ) + Fvb . 0
ΣM=15 Fva−225000 N /mm
15 Fva=225000 N /mm

225000 N
Fva= =15000 N
15 mm

Para descobrir o valor de Fvb, se faz novamente o calculo de somatória


de forças em vertical.

ΣFV =−15000 N −Fvb+30000 N=0


Fvb=−30000 N +150000 N
Fvb=−15000 N

As chapas utilizadas para a confecção destas peças são de aço 1020


trefilado, que por sua vez tem uma tensão de escoamento de 390Mpa,
conforme mostra o livro Elementos de maquinas de Shigley, na pag: X.
Para se ter uma tensão admissível do material, desconsidera-se 20% da
tensão de escoamento, desta forma utlizamos a seguinte formula:
33

390
=325 Mpa
1 ,2

A fórmula para se descobrir a área de um material se da por:

F 15000
A= = A= ≅ 47 mm
σ adm 325

A área de apoio , onde receberá a carga de 15000N deve ser igual a


47mm. E sabendo que a expessura da chapa é de 5mm então o furo que se
põem a trava é de :

A=Ø . exp

47
Ø= ≅ 10 mm
5

O diâmetro do furo pra receber a tração deve ser de 10mm.

Figura 4. 11 - Ilustração de forças atuantes nos fixadores. [Autoria do grupo ;


2015]
34

4.6 MATERIAIS UTILIZADOS

Foram utilizados tais materiais devido ao fato de serem de baixo custo,


uma resistência ao escoamento boa o suficiente ao serviços que são
aplicados e fácil obtenção.

Tabela 4. 4 - Tabela de materiais. [Autoria do grupo ; 2015]


35

4.7 Viabilidade

Para o desenvolvimento do projeto foi necessário aquisição de matéria


prima; para confecção de peças e a compra guincho manual, os custos com
essas aquisições foram subsidiados pelo SENAI e pelos integrantes do grupo,
também foi considerado custo de hora/máquina na confecção das peças;
todos esses custos foram representados e baseados nas tabelas a seguir:

Tabela 4. 5 - Tabela de custos[H/M processos;2009]


36

Tabela 4. 6 - Orçamento de manufatura de peças. [Autoria do grupo ; 2015]

Tabela 4. 7 - Sem subsídios do SENAI. [Autoria do grupo ; 2015]

Tabela 4. 8 - Com subsídios do SENAI e do grupo. [Autoria do grupo ; 2015]


37

Como mostram as tabelas os materiais e os processos utilizados para


confecção do projeto não possuem nenhuma dificuldade de aquisição ou realização,
sendo do ponto vista técnico uma estrutura simples e viável de ser montada.
O custo final do nosso projeto sem os subsídios do SENAI foi de R$ 934,10;
se analisarmos o valor de um torno mecânico que custa entre R$ 10.000,00 e R$
50.000,00 pode ser visto que nosso dispositivo custa quase 10 % do valor de um
torno mecânico. usando o manual de manutenção do torno da marca ROMI como
exemplo vemos que o cabeçote fixo tem que passar por manutenções trimestrais e
anuais; comprovando que possuir um equipamento como esse para a realização
dessa atividade é útil.

Tabela 4. 9 - Tabela de manutenção ROMI. [Autoria do grupo ; 2015]


38

5 CONCLUSÃO

Devido ao guincho manual carbofrite ter a capacidade de apenas


1000kgf e o esforço exercido para a extração do eixo árvore ser de 2600kgf,
não foi possível desacoplar o eixo arvore do conjunto do cabeçote fixo.
Tornando o produto inviável, pois o mesmo foi dimensionado de maneira
inadequada, tanto em peças usinadas, quanto na utilização de um guincho
manual com capacidade bastante inferior do que a necessária para
desacoplar o eixo árvore do conjunto do cabeçote.
Porém, apesar do protótipo não ter atingido o resultado esperado, o
grupo adquiriu bastante conhecimento em termos de pesquisa e em termos
de companheirismo.
Como sugestão para trabalhos futuros, aconselha-se a utilização de um
guincho manual com a capacidade mínima de 3000 kgf. Pois desta forma terá
o resultado esperado.

Figura 5. 1 - Ensaio prático do saca eixo arvore por cabo catracado. [Autoria do
grupo ; 2015]
39

6 REFERÊNCIAS

Tabela de Custos H/M para Processos. Disponível em:


https://tobiasmugge.files.wordpress.com/2009/08/custos.pdf Acesso em maio.
2015.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ASSOCIAÇÃO


BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 14724:2011 11 páginas.
Disponível em :<http://pt.slideshare.net/LazinhaSantos/nbr-14724-2011-nova-
norma-da-abnt-para-trabalhos-acadmicos-11337543> Acesso em 22 maI.
2015.

ISVOR FIAT- CETEM- FIEMG MINAS GERAIS. Disponível em:


<http://edisoncarlos.xpg.uol.com.br/Usinagem_arquivos/TMT%20028.pdf> ..
Acesso em 02 abr. 2015.

BRANCO RENATA-Melhores formas em manutenção de tornos. Disponível


em: <http://www.mecanicaindustrial.com.br/conteudo/721-melhores-formas-
de-manutencao-de-tornos> Acesso em 30 mai. 2015.

ALVES ELIANE-A segurança em trabalhos de manutenção. Disponível em:


<http://pt.slideshare.net/ElianeAlves1/segurana-em-trabalhos-de-manuteno>
Acesso em 15 mai. 2015.

MANUAL DE MANUTENÇÃO T80807A- Tabela de Manutenção ROMI. pág.


24.

NSK ROLAMENTOS-Pr. B01 10/2005- Tabela 9.2 Ajustes dos rolamentos de


rolos cônicos nos eixos pag A 86

NSK ROLAMENTOS-Pr. B01 10/2005 -Tabela 9 Tolerância pag. C19

NSK ROLAMENTOS-Pr. B01 10/2005 –Formula de carga axial pag. A31

ELEMENTOS DE MAQUINAS SHIGLEY- Tabela de resistência dos materiais.


Pag 1052
40

ANEXO A

TORNO MECÂNICO HORIZONTAL (CABEÇOTE FIXO)


DEFINIÇÃO:

É a parte do torno, cujo eixo principal recebe a rotação do motor


elétrico, através de um jogo de polias ou engrenagens. No eixo
principal está adotado um jogo de engrenagens ABCD (fig.1) a fim
de obter as velocidades reduzidas para tornear o material.

Na outra extremidade do eixo principal está disposto o mecanismo de


inversão (F) (fig.1) do movimento de rotação ao jogo de engrenagens
da grade, para realizar, simultaneamente com a rotação do eixo
principal, os diversos avanços do carro para a ferramenta cortar o
material.

1- Engrenagens da grade.
2- Mecanismo de inversão da marcha.
3- Porca.
4- Bucha de bronze.
5- Anéis.
6- Rolamento de encosto.
7- Polia em degraus.
8 –Luva de acoplamento
9 – Anéis
10- Mancal.
11 – Eixo Principal
12- Rosca para fixação da placa
13-Encosto da placa
14- Mecanismo de redução de velocidade do eixo principal.
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Constituição

a) Cabeçote fixo: Estrutura de ferro fundido, fixado firmemente na


extremidade esquerda do barramento, com a linha de centro do eixo
principal do torno rigorosamente paralela às guias do barramento e na
mesma altura com o centro do cabeçote móvel.
Nele estão alojados os mecanismos de rotação para tornear o material, o
mecanismo de inversão dos avanços da grade para movimentar o
carro e as tabelas das velocidades e avanços apropriados para tornear
os materiais.

b) Eixo principal do torno (fig.2): Além de movimentar o material na


rotação adequada de encontro à ferramenta, recebe a rotação do motor
elétrico pela polia ou engrenagem e transmite os movimentos a todos os
demais mecanismos do torno. É constituído de aço liga, endurecido e
retificado, com um furo que permite a passagem de material comprido a ser
usinado. Na extremidade direita, possui rosca com encosto para fixar as
placas e, no furo, um encaixe cômico padronizado para fixar buchas de
redução, pontas, mandris, brocas, alargadores e pinças. Na extremidade
esquerda, possui rosca para permitir a regulagem da folga longitudinal
do eixo entre os mancais.

O eixo principal do torno é apoiado em mancais de bronze fosforoso ou


rolamento com ajuste de rotação suave, o bastante para que não vibre ao tornear o
material

PRECAUÇÕES:

1- Manter todo o mecanismo do cabeçote fixo constantemente lubrificado.


2- Os mancais do eixo principal devem ser periodicamente ajustados,
permitindo um movimento de rotação suave, devendo ser também,
permanentemente lubrificados.
3- Quando o cabeçote fixo tiver caixa de câmbio de engrenagem, as
mudanças devem ser feitas com o torno desligado.
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