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MATERIAL SEM FINS LUCRATIVOS

MANUAL DE CONHECIMENTOS BÁSICOS


EM PROCEDIMENTOS ENVOLVENDO
ACIDENTES COM ANIMAIS PEÇONHENTOS
E PLANTAS NA PRÁTICA DO AIRSOFT.

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RÁPIDAS CONSIDERAÇÕES.
Antes mesmo de adentrarmos ao estudo que propomos, importante
salientar que o presente material não possui fins profissionais, nem mesmo
substitui procedimentos adotados por pessoal formalmente credenciado para o
correto tratamento de ocorrências desta natureza. Portanto, o que oferecemos
é, tão somente, a veiculação de informações para o conhecimento mínimo
acerca de animais que oferecem risco e de como adotar a menor intervenção
humana no que diz respeito ao Atendimento Pré-Hospitalar (APH) em referidos
casos. Sendo assim, ao primeiro sinal de ocorrência envolvendo os seres objeto
deste levantamento, não hesite em acionar imediatamente o socorro mais
próximo.
Vez ou outra, no mundo do Airsoft, ouvimos comentários sobre a
ocorrência de acidentes com animais ou plantas vitimando jogadores, os quais,
em sua maioria, ocasionados por abelhas, marimbondos e urtigas. Já com
menos frequência, mas não raros, encontramos, também, acidentes
ocasionados por cobras, escorpiões, aranhas e centopeias.
Mesmo que a probabilidade de um evento como este acontecer com
você seja remota, é de suma importância estar sempre preparado, caso
necessite entrar em ação na “hora do sufoco”.

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1. ABELHA.
Geralmente em troncos de árvores na mata, telhados ou em recantos
de paredes, bem como forro de edificações, ocos de árvores e pedras, estão as
colmeias de abelha, quase sempre com centenas de exemplares, os quais se
tornam extremamente agressivos para defender a habitação, caso sintam-se
ameaçados e atiçadas por ruídos, odores fortes, tremores, vibrações e
movimentos rápidos que chamem atenção.

ATAQUE.
O ataque é através de ferroadas.
Como possui músculos próprios, o ferrão continua a injetar a peçonha
mesmo após a separação do resto do corpo. Ao atacar nas proximidades de um
enxame, as primeiras abelhas liberam um feromônio que faz com que outras
invistam contra o mesmo alvo, podendo ocasionar acidente com centenas de
picadas.
OBS: De preferência, corra para longe da colmeia, com movimentos
de zig zag.
OBS: Para retirar os ferrões, jamais puxe com os dedos, mas com
algum objeto que o permita raspá-los de sua pele.
SINTOMAS.
Em muitos casos, ocorre apenas dor e inchaço no local da picada. Em
casos menos frequentes, uma reação alérgica com risco de morte pode causar
dificuldade para respirar, inchaço da língua, náuseas e perda de consciência.
Isso pode exigir cuidados médicos emergenciais.
PROCEDIMENTOS INICIAIS MÍNIMOS.
Sem a possibilidade de atendimento médico imediato, recomenda-se
proceder conforme o descrito abaixo:
– Retirar imediatamente os ferrões para evitar que todo o veneno seja
injetado na vítima. Para isso, não utilize o dedo ou pinça, a fim de não
comprimir a bolsa de veneno. Recomenda-se retirar os ferrões com o auxílio de
uma lâmina de canivete ou faca, raspando cuidadosamente rente à pele;
– Lavar abundantemente os locais atingidos com água corrente, sem
esfregar a pele para não espalhar mais rapidamente o veneno;
– Aplicar bolsas de gelo no local das picadas para diminuir o inchaço;
– Aplicar no local das ferroadas, sem esfregar, uma pomada com
antialérgico e analgésico para amenizar as dores;

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– Nos casos de pessoas alérgicas e nos pacientes que não estão


passando bem, procurar atendimento médico com urgência.

2. MARIMBONDO.
Os marimbondos costumam fazer suas casas em troncos de árvores,
presos a galhos e em beirais de casas, convivendo em dezenas, e, a depender
do caso, em centenas.
No Estado do Ceará, existe, com maio frequência, a ocorrência de
três espécies de marimbondo, popularmente conhecidas como: amarelo,
vermelho e preto.

ATAQUE.
O ataque vem por meio de ferroada.
Ao contrário das abelhas, os marimbondos não deixam o ferrão no
local da picada. Ao primeiro sinal de agressividade de um dos indivíduos do
ninho, os demais adotam a mesma postura.
SINTOMAS.
A picada de marimbondo normalmente é muito desconfortável,
causando sintomas como dor, inchaço, coceira e vermelhidão intensa no local
da ferroada e, nos casos mais graves, falta de ar e inchaço no rosto, que podem
indicar reações alérgicas mais sérias.

OBS: Caso o inchaço demore mais de 1 semana para desaparecer,


procurar socorro.
OBS: Caso os sintomas piorem ao longo do tempo, buscar socorro.

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OBS: Caso exista muita dificuldade para movimentar o local da


picada, buscar o serviço de saúde.
OBS: Surgem sintomas como inchaço do rosto ou dificuldade para
respirar.
PROCEDIMENTOS INICIAIS MÍNIMOS.
Os procedimentos mínimos iniciais, a título de sugestão, no caso de
picada, são os que seguem:

- Lavar o local com água e sabão, para evitar a entrada de


microrganismos pela picada, que podem piorar a reação da pele.
- Aplicar uma compressa gelada sobre o local da picada por 5 a 10
minutos. Para isso, mergulhe uma compressa ou um pano limpo em água
gelada, retire o excesso de água e coloque sobre o local.
- Passar uma pomada anti-histamínica para picadas, como
Polaramine ou Polaryn.
BÔNUS.
Embora com bem menos frequência, uma espécie vem ganhando
mais espaço pelo Estado do Ceará, inclusive já havendo relatos de acidentes em
Fortaleza e Região Metropolitana, por ser caçadora principalmente de aranhas,
por sua vez grandes frequentadoras de centros urbanos e áreas verdes urbanas.
Trata-se do marimbondo- cavalo, cavalo-do-cão ou marimbondo
caçador, detentor da picada mais dolorosa do mundo dentre os insetos, atingindo
o grau 4 na Escala Schmidt, que mede a intensidade das picadas.
Para efeitos de comparação, a picada de uma abelha é nível 1. Já a
picada dos demais marimbondos é nível 2. A dor da picada de um marimbondo-
cavalo é considerada incapacitante e paralisante, com sua fase aguda
demorando em média 5 minutos.

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Os sintomas e cuidados mínimos iniciais são os mesmos já citados


acima.
3. ESCORPIÃO
Habitam, principalmente, entulhos, edificações abandonadas,
esgotos, locais com umidade e próximos de espelhos de água (corrente ou
parada). Alimentam-se preferivelmente de baratas. Andarilhos em épocas de
chuva, devido ao aumento de temperatura e inundação de suas habitações, os
escorpiões (amarelo ou marrom) figuram elevado número de encontros com
humanos.
ATAQUE.
O escorpião utiliza-se da ferroada por defesa. Assim, a maioria dos
casos de acidentes ocorrem quando este animal é muitas vezes pressionado por
alguma parte de nosso corpo. Portando, é sempre útil verificar objetos, tais como
calçados, entulhos, banheiros inativos, cômodos em edificações abandoadas,
arredores de passagens molhadas e afins.

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SINTOMAS.
A grande maioria dos acidentes com escorpiões é leve (às vezes
picada seca) e o quadro local tem início rápido e duração limitada. Os
acidentados apresentam dor imediata (que geralmente irradia pelo membro
afetado), vermelhidão e inchaço leve por acúmulo de líquido, piloereção (pelos
em pé) e sudorese (suor) localizadas.

PROCEDIMENTOS INICIAIS MÍNIMOS.


- Não amarrar ou fazer torniquete.
- Não aplicar nenhum tipo de substâncias sobre o local da picada
(fezes, álcool, querosene, fumo, ervas, urina), nem fazer curativos que
fechem o local, pois podem favorecer a ocorrência de infecções. Não
aplicar nenhum tipo de remédio do tipo pomada ou afins no local, tendo em
vista que o ponto de veneno, ao interagir com muitos medicamentos,
causa, geralmente, reações indesejadas.
- Não cortar, perfurar ou queimar o local da picada.
- Limpar o local com água e sabão, em abundância e de forma a
não pressionar a região do ferimento, como forma de não acelerar a ação
do veneno.

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- Procurar orientação médica imediata e mais próxima do local da


ocorrência do acidente (UBS, posto de saúde, hospital de referência).
- Se for possível capturar o animal e levá-lo ao serviço de saúde pois
a identificação do escorpião causador do acidente pode auxiliar no diagnóstico.
OBS: Consultar boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde do
Estado do Ceará e verificar contatos da rede de saúde para atendimento
escorpiônico (principalmente IJF).
BÔNUS.
Recentemente, no Ceará, há casos, inclusive noticiados em rede
nacional, de ocorrências envolvendo escorpiões mutantes, os quais
oferecem, após inoculação do veneno, sintomas agressivos e imediatos,
tais como paralisia local ou do membro atacado, dificuldade em deambular,
dificuldade na fala e perda de visão temporária.
4. SERPENTES.
Os espaços destinados à prática do Airsoft são exemplos de
ambientes propícios à existência de serpentes.
No Estado do Ceará, em quase todos os municípios, existem
ocorrências, principalmente, com a espécie Jararaca.
Na Região Metropolitana e Capital nos deparamos com maior
incidência de acidentes com a Coral.
Nas demais regiões temos, além das espécies já citadas, a incidência
de acidentes envolvendo a Cascavel.
Não menos importante, porém, com menor ocorrência, temos a
Surucucu, com predominância no Maciço do Baturité.
Outras serpentes que causam complicações após ataques são:
a Cobra de Cipó, a Cobra Preta e a Cobra Corre Campo, além da famosa
Jibóia.
Somente para efeitos de conhecimento, lembramos os gêneros de
cada espécie:
 Botrópico (jararaca)
 Crotálico (cascavel)
 Laquético (surucucu)
 Elapídico (coral verdadeira)
4.1. JARARACA.
As jararacas são o tipo que mais causa acidentes com serpentes no
Brasil, pois habitam locais muito variados, desde regiões úmidas (como beiras
de rios) até cerrados, áreas rurais e nas margens de grandes cidades.

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ATAQUE.
O ataque da jararaca ocorre quando a mesma se sente ameaçada,
com sua investida ocorrendo através de um rápido bote, cuja a distância,
dependendo da idade do animal, pode variar de 30 a 50 por cento do
comprimento de seu corpo.
SINTOMAS.
O local da picada apresenta dor (quando jovens, a dor é
substancialmente menor), inchaço, sangramento e pode ter manchas
arroxeadas. Sem atendimento, há risco de hemorragia grave que pode levar à
morte.
4.2. CORAL.
Presente de maneira mais intensa nas áreas da Região Metropolitana,
Capital e algumas regiões mais populosas do Estado, a Coral também é
responsável por um grande número de acidentes, pelo fato de ser uma espécie
vivente na maior diversidade de ambientes possíveis.

ATAQUE.
Diferente de todas as demais serpentes de importância médica do
Estado, a Coral é a única que não ataca mediante o bote, mas sim através de
mordida, principalmente se pisoteada, comprimida ou importunada.
Não tentar distinguir se a coral é falsa ou verdadeira. Evite
aproximação e respeite o espaço do animal.

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SINTOMAS.
A picada da coral tem quadro semelhante ao da cascavel, mas o maior
risco de óbito é por paralisia dos músculos da respiração.
4.3. CASCAVEL.
Outro grupo importante é o da cascavel, conhecida pelo chocalho no
final da cauda. Elas habitam preferencialmente áreas abertas de cerrados e de
regiões áridas e semiáridas.

ATAQUE.
O ataque da Cascavel, na maioria dos casos, é o único antecedido
pelo guiso do chocalho que se encontra na ponta de sua cauda, e, caso não
respeitado o sinal de advertência, a mesma pratica um rápido bote.
SINTOMAS.
O local da picada por vezes não apresenta dor, somente um
formigamento. Os sintomas principais são sonolência, visão turva, dor muscular,
náuseas e dor de cabeça.
4.4. SURUCUCU.
Habita, principalmente, regiões do Maciço do Baturité, preferindo ficar
mais isolada, em regiões mais remotas.
ATAQUE.
Apresenta a mesma forma e motivo de ataque das jararacas.

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SINTOMAS.
Provoca quadro semelhante ao da jararaca, mas também pode haver
diarréia, vômito e pressão baixa.
PROCEDIMENTOS INICIAIS MÍNIMOS.
- Lave o local da picada com água e sabão. Não use nenhum outro
tipo de substância, como folhas ou pó de café, por mais que você tenha ouvido
dizer que irá ajudar;
- Chame socorro imediatamente ou, se não houver serviço de resgate
no local, leve a pessoa até o atendimento médico o mais rápido possível;
- Nesse meio tempo, mantenha o paciente deitado e hidratado, e, caso
o ferimento ocorra nos braços, traga a palma da mão, de referido membro, para
a altura do ombro oposto, deixando-o imobilizado. Caso ocorra ataque em uma
das pernas, nada impede suspendê-las.
- Se for possível, leve a serpente para agilizar a identificação do
soro específico. (dê preferência a fotos ou vídeos do animal, preservando
sua integridade, bem como da fauna)
NÃO QUEIRA DAR UMA DE REI DAS SERPENTES!
NÃO FAÇA.
- Torniquetes não impedem a circulação do veneno e ainda
aumentam o risco de necrose na região;
- Fazer cortes ou furos no local da picada para drenar o veneno
também não tem nenhum efeito, assim como tentar sugar o veneno.
- Essas medidas somente atrasam o início do socorro que irá de fato
ajudar o paciente.
BIZÚ.
ECA, sigla para Escorpião – Cobra – Abelha. Jamais pressionar
os ferimentos ao lavar ou qualquer manobra similar.
5. ARANHA.

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As aranhas recorrentes em nosso estado são, a Marrom, a Armadeira


e a Viúva Negra.
5.1. ARANHA MARROM.
Constroem teias irregulares em fendas de buracos, sob cascas de
árvores, telha, tijolos, atrás de móveis, caixas, bancos, cantos de paredes etc.

ATAQUE.
Não são aranhas agressivas, picando apenas quando comprimidas
pelo corpo.
SINTOMAS.
A picada é pouco dolorosa e uma lesão endurecida e escura costuma
surgir várias horas após, podendo evoluir para ferida com necrose de difícil
cicatrização. Em casos raros, pode ocorrer o escurecimento da urina.
5.2. ARANHA ARMADEIRA.
Habita em áreas florestadas, procurando refúgio sob troncos e rochas.
Comum em plantio de bananas, abrigando-se entre as folhas e os cachos das
bananas. Está adaptada às áreas urbana em ambientes domiciliares e
redondezas.

ATAQUE.

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Normalmente ocorre em período noturno, ao ser comprimida ou caso


se sinta encurralada, posicionando as patas dianteiras para cima, movendo-se
de um lado para o outro.
SINTOMAS.
Causa dor imediata e intensa, com poucos sinais visíveis no local.
Pode ocorrer agitação, náuseas, vômitos e aumento da pressão sanguínea.
5.3. VIÚVA NEGRA.
Constroem teias tridimensionais. Habitam em vegetação rasteira,
arbustos, sauveiros, cupinzeiros, fendas de barrancos e mourões de madeira.
Adaptam-se em área rural nas plantações de trigo e linho, e em área urbana em
ambientes peridomiciliar e domiciliar, abrigandose em beiral de telhados, portas,
janelas e no interior das moradias, principalmente,sob móveis.

ATAQUE.
Quando derrubada, a aranha finge-se de morta ou tenta fugir,
arrastando seu pesado abdômen; porém quando perturbada em excesso ou
comprimida contra o corpo, pode picar com relativa facilidade
SINTOMAS.
Dor na região da picada, contrações nos músculos, suor generalizado
e alterações na pressão e nos batimentos cardíacos.
O veneno da viúva-negra é muito tóxico para o homem. Ele ataca o
sistema nervoso provocando dores musculares muito intensas, náuseas, dor de
cabeça e alterações cardiorrespiratórias, sendo mais grave em crianças e
podendo causar acidentes fatais em pessoas sensíveis.
PROCEDIMENTOS INICIAIS MÍNIMOS PARA TODAS AS ESPÉCIES.
O tratamento comum para todas as picadas de aranha é feito pela
limpeza local da ferida, analgesia e compressas frias para reduzir a dor, elevação
do membro, profilaxia antitetânica (a conduta básica inclui a limpeza

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adequada e a desinfecção utilizando soro fisiológico e antissépticos,


retirada adequada de corpos estranho, desbridar o foco da infecção e
utilizar água oxigenada local) e observação.
De preferência, procurar imunização na rede pública para tétano
como forma a prevenir as complicações acima citadas.
A maioria das reações locais responde a tais medidas.
6. LACRÁIA OU CENTOPÉIA.
Possuem hábitos noturnos e alojam-se sob pedras, cascas de
árvores, folhas no solo e troncos em decomposição ou constroem um sistema
de galerias, contendo uma câmara onde o animal se esconde. Podem também
ser encontradas em arbustos, entulhos, vasos, galerias de esgoto, sob tijolos;
enfim, em qualquer parte da edificação ou arredores que não receba luz solar e
seja úmida. Os esconderijos proporcionam proteção não apenas contra
possíveis predadores, mas também contra a desidratação.

ATAQUE.
O ataque ocorre quando o animal é comprimido, manipulado junto a
algum objeto ou escombro, madeira, rocha etc. Assim, será desferida uma
picada extremamente dolorosa.
A furtividade da centopeia, muitas vezes, apenas deixa o rastro
de dor, fazendo com que a vítima não saiba a procedência dos sintomas.

SINTOMAS.
Dor forte e inchaço (edema) no local da picada. Em acidentes com
lacraias grandes também podem ocorrer febre, calafrios, tremores e suores,
além de uma pequena ferida
TRATAMENTO MÍNIMO INICIAL.
Um cubo de gelo envolvido em um trapo e colocado na picada da
centopeia geralmente alivia a dor. As secreções tóxicas devem ser eliminadas
da pele lavando-a com grande quantidade de água e sabão (recorrente em

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vários tratamentos aqui estudados). Se houver reação cutânea, um creme


corticoide deve ser utilizado.

7. URTIGA.
Sem dúvidas, a maior causadora de acidentes envolvendo praticantes
de Airsoft. Primeiro porque esta planta se encontra em praticamente qualquer
lugar, de qualquer região. Segundo, pela abundância com a qual prolifera,
espalhando-se por extensas áreas de campo, arredores de edificações,
escombros, ruinas, calçadas e em quase todos os tipos de estruturas possíveis.

PICADA E SINTOMAS. URTIGA PODE OCASIONAR A MORTE.


Se analisarmos as folhas de perto, veremos pelos bem finos
recobrindo toda a parte verde. Esses pelos contém ácido fórmico (H2CO2),
que em contato com a pele produz vermelhidão, coceira, ardência (queimaduras)
e, consequentemente, muita dor.
Quando se trata de um caso grave, que pode misturar a reação da
urtiga na pele e outros problemas do organismo, a urticária também pode causar
dificuldade para respirar, dores de estômago, aperto na região do peitoral e
garganta e inchaço na língua e nos lábios.
TRATAMENTO INICIAL MÍNIMO.
- Aplicação de leite de magnésio na extensão da queimadura.
- Jamais coçar a extensão ou parte da queimadura, pois isso
acarretará piora significativa devido ao aprofundamento do ácido que está
atacando a pele.
- Aplicação de pomadas na região para evitar o efeito de queimação
e infecção.
- Casos graves, buscar o socorro imediato.
CANSANÇÃO

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Em um traço comparativo, a cansanção possui o mesmo princípio


ácido da urtiga, mas seus efeitos são bem mais severos quando em contato com
o corpo ou mucosas.

Além dos pelos presentes embaixo das folhas e talos, tais pelos
possuem bolsas em suas extremidades, as quais detém o líquido irritativo, o que
potencializa os sintomas estudados acima.
CONSIDERAÇÕES FINAIS.
Em caso de necessidade de maiores esclarecimentos quanto ao
diagnóstico e tratamento do acidente por animais peçonhentos, entrar em
contato com o Centro de Assistência Toxicológica (CEATOX) : (85) 3255-5050
ou 5012 ou 0800- 722-6001, localizado no Hospital Dr. José Frota (IJF) no
município de Fortaleza – CE.

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