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OBRA

Acidentes por Escorpião


Escorpionismo
Acidente escorpiônico ou escorpionismo é o quadro clínico de envenenamento
provocado quando um escorpião injeta sua peçonha através do ferrão (télson). Os
escorpiões são representantes da classe dos aracnídeos, predominantes nas zonas
tropicais e subtropicais do mundo, com maior incidência nos meses em que ocorre
aumento de temperatura e umidade.

No Brasil, os escorpiões de importância em saúde pública são as seguintes


espécies do gênero Tityus:
Escorpião-amarelo (T. serrulatus) - com ampla
distribuição em todas as macrorregiões do país,
representa a espécie de maior preocupação em função do
maior potencial de gravidade do envenenamento e pela
expansão em sua distribuição geográfica no país,
facilitada por sua reprodução partenogenética e fácil adaptação ao meio urbano.

➢ Escorpião-marrom (T. bahiensis) - encontrado na Bahia e regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul

➢ Escorpião-amarelo-do-nordest
tipo partenogenética. É a espécie mais comum no
Nordeste, apresentando alguns registros nos estados de
São Paulo, Paraná e Santa Catarina.

➢ Escorpião-preto-da-amazônia (T. obscurus) – Principal


causadora de acidentes e óbitos na região Norte e no Estado
de Mato Grosso.
Acidentes com escorpião, o que fazer?
Limpar o local com água e sabão;

Em campo deve ser acionar a equipe de saúde imediatamente e em outras situações


procurar orientação médica imediata e mais próxima do local da ocorrência do acidente,
principalmente em casos com crianças

Se for possível, capturar o animal e levá-lo ao serviço de saúde, pois a identificação do


escorpião causador do acidente pode auxiliar o diagnóstico.

O que não fazer?


Não amarrar ou fazer torniquete;

Não aplicar nenhum tipo de substâncias sobre o local da picada (fezes, álcool,
querosene, fumo, ervas, urina) nem fazer curativos que fechem o local, pois podem
favorecer a ocorrência de infecções;

Não cortar, perfurar ou queimar o local da picada;

Não dar bebidas alcoólicas ao acidentado, ou outros líquidos como álcool, gasolina,
querosene etc., pois não têm efeito contra o veneno e podem agravar o quadro.

Sintomas
Manifestações locais – dor de instalação imediata em praticamente todos os casos,
podendo se irradiar para o membro e ser acompanhada de parestesia, eritema e sudorese
local. Em geral, o quadro mais intenso de dor ocorre nas primeiras horas após o acidente.

Manifestações sistêmicas – após intervalo de minutos até poucas horas (duas a três)
podem surgir, principalmente em crianças, os seguintes sintomas: sudorese profusa,
agitação psicomotora, tremores, náuseas, vômitos, sialorreia, hipertensão ou hipotensão
arterial, arritmia cardíaca, insuficiência cardíaca congestiva, edema pulmonar agudo e
choque. A presença dessas manifestações indica a suspeita do diagnóstico de
escorpionismo, mesmo na ausência de história de picada ou identificação do animal.
Crianças constituem o grupo mais suscetível ao envenenamento sistêmico grave.
Prevenção
Sacudir e examinar roupas e sapatos antes de usá-los, pois
escorpiões podem se esconder neles e picam ao serem
comprimidos contra o corpo;

Evitar colocar as mãos sem luvas em buracos, sob pedras,


troncos podres, em dormentes, em frechas e em árvores;

Usar luvas de raspa de couro ou similar e calçados fechados


durante o manuseio de materiais de construção, transporte de
lenha, madeira e pedras em geral;

Tomar cuidado especial ao encostar-se a locais escuros e


úmidos;

Manter jardins e quintais limpos. Evitar o acúmulo de


entulhos, folhas secas, lixo doméstico e materiais de construção
nas proximidades das casas.

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