Você está na página 1de 43

Segurança e

Saúde
Cuidados com o corpo

Condições emocionais

Postura corporal sobre duas rodas

Consequências de pilotar após ingestão de bebidas


alcoólicas, medicamentos e substâncias
psicoativas

1
Segurança e Saúde

Cuidados com o corpo

Todos os condutores de veículos automotores devem ter cuidado especial como seu
corpo, a começar por uma alimentação leve; não devemos comer em demasia, porque
podemos ter sonolência. Quanto ao sono, devemos dormir pelo menos 8 (oito) horas
diariamente para que nosso corpo esteja sempre descansado.

• Exposição ao sol
A exposição exagerada ao sol é prejudicial à saúde, principalmente quando não há nenhum
tipo de proteção contra os raios ultravioleta. E os motociclistas ficam totalmente expostos
aos malefícios desta exposição durante o dia a dia de trabalho. Para diminuir o risco de
desenvolver doenças de pele, são necessários alguns cuidados básicos:

• Usar óculos escuros com proteção UVA + UVB;


• Usar protetor solar no mínimo com fator 30 de proteção, reaplicar o produto a cada 2 horas;
• Hidratar a pele com cremes após a exposição solar;
• Ao retirar o capacete utilizar bonés;
• Sempre que possível evite a exposição ao sol entre 9h e 16h.

• Exposição à poluição emitida pelos veículos automotores


No trânsito, vários poluentes são emitidos, como monóxido de carbono, dióxido de enxofre,
dióxido de nitrogênio e ozônio, aumentando o risco de desenvolver lesões inflamatórias no
sistema pulmonar, ocasionando doenças respiratórias. Para diminuir estes riscos, todos os
veículos automotores (caminhões, carros, ônibus, motocicletas, etc.) devem manter em dia
a manutenção dos veículos para certificarem-se de que a emissão dos poluentes está de
acordo com os níveis permitidos pela legislação. Também é necessário que os órgãos
competentes realizem com eficiência a fiscalização destes veículos, tirando das ruas aqueles
que estiverem poluindo mais do que o permitido.

2
EVITANDO LESÕES POR ESFORÇO REPETITIVO (LER)

Muitos motociclistas sentem dores nas costas e nas mãos, mas não sabem que estas
dores podem ser evitadas, antes de se transformarem em lesões sérias. Alguns exercícios
simples podem contribuir para o condicionamento físico, e até mesmo auxiliar o próprio ato
de pilotar, evitando assim acidentes por falta de atenção causada por dores musculares.

Alongamento
Relaxa os músculos encurtados por falta de movimento ou por
doenças nas articulações (juntas), proporcionando melhor
desempenho para executar os movimentos. Benefícios da
realização de alongamentos durante o horário de trabalho:
- Relaxamento muscular;
- Melhora da circulação sanguínea;
- Aumento da flexibilidade do corpo;
- Melhora da postura;
- Redução das dores;
- Revitalização das energias e aumento do bem estar.

ALONGAMENTOS E EXERCÍCIOS PARA PUNHO, MÃO E DEDOS

- Segure a mão sem dobrar o cotovelo, incluindo


o polegar; procure dobrar o punho para baixo
até alongar; mantenha a posição por 20
segundos. Repita duas vezes com cada mão e,
depois, faça o mesmo exercício com o punho
voltado para cima.
- Segure uma bola maleável procurando usar
todos os dedos. Aperte-a tão firmemente
quanto possível por cinco segundos.

3
Repita 10 vezes o movimento com cada uma das mãos. Realize esse exercício pelo menos
uma vez por dia.

ALONGAMENTOS PARA REGIÃO LATERAL DO CORPO E LOMBAR

- Apoie as mãos firmemente sobre


a parte de trás dos quadris, perto
das nádegas.
Incline-se para trás, até sentir
alongar a coluna. Mantenha-se
nessa posição por 20 segundos.

- Fique em pé, com o braço sobre a cabeça. Incline-se para


a direita até sentir alongar a musculatura lateral desta
região. Mantenha a posição por 20 segundos. Faça o
mesmo para o lado esquerdo. Repita o exercício, duas
vezes para cada lado.

4
Condições emocionais

Motoristas, motociclistas, pedestres, passageiros e ciclistas estão no trânsito se


deslocando para diferentes destinos e com objetivos igualmente diversos: retorno do
trabalho, ida a um compromisso importante ou apenas a passeio. Porém, todos se deparam
com situações estressantes, como barulho de buzinas, congestionamentos e desrespeito às
leis de trânsito. Não raro, esse ambiente democrático torna-se hostil e se revela ideal para a
troca de afrontas entre os usuários. Para que acidentes não agravem esse cenário, manter
a paciência e a calma são determinantes.
Os aspectos físicos e psíquicos podem influenciar na ocorrência de acidentes. Os
mais comuns são:

• Aspectos físicos
Uma pessoa cansada ou com sono não tem condições de dirigir. O sono e o cansaço,
muitas vezes, são mais fortes do que a vontade de permanecer acordado e a pessoa
adormece sem perceber. Por isso, é importante descansar nos momentos de folga, para
dirigir com maior tranquilidade durante a jornada de trabalho.

5
• Aspectos Psíquicos
Os aspectos psíquicos influenciam bastante na maneira de ser das pessoas. Alguém que
passou por uma emoção muito forte, como por exemplo, o falecimento de uma pessoa
querida, poderá ter o seu comportamento alterado. As pessoas diferem muito entre si quanto
aos aspectos psíquicos. Assim, há pessoas que se irritam com mais facilidade, outras são
mais tranquilas, outras ainda não se deixam abalar por fatos desagradáveis. Mas,
independentemente do tipo psíquico da pessoa, uma coisa é certa: ao
dirigir irritado, nervoso ou sob emoções fortes, o motorista pode causar acidentes.

Postura corporal sobre duas rodas

POSTURA IDEAL PARA PILOTAR

• A cabeça deve estar sempre levemente levantada e os olhos não devem permanecer fixos
em um único ponto. Não incline a cabeça junto com o corpo ao fazer as curvas.
• Os ombros devem estar sempre relaxados.
• O quadril se posiciona o mais próximo possível do tanque de combustível de forma que as
pernas fiquem em posição que permita virar o guidão sem esforço dos
ombros.
• A coluna deve ser mantida ereta para evitar a fadiga e problemas com a coluna vertebral.
• Braços relaxados com os cotovelos levemente para dentro e dobrados, funcionando como
molas para ajustar a distância do tronco ao guidão.
• Punhos alinhados em relação às mãos e estas centralizadas em relação às manoplas.
• Mãos e pés devem ser mantidos distantes dos pontos aquecidos da motocicleta.
• Pés paralelos ao solo, apontados para frente, sobre as pedaleiras em todos os momentos
da condução. Pé direito sobre o pedal de freio traseiro.
• O peso adicional que altera a frenagem e a realização de curvas deve ser verificado.

6
Consequências de pilotar após ingestão de bebidas
alcoólicas, medicamentos e substâncias
psicoativas

• Álcool
Dirigir após ingerir bebida alcoólica é um ato criminoso. Mesmo assim, 70% dos
acidentes fatais são causados pelo uso do álcool, com o jovem sendo geralmente a maior
vítima.

• Drogas e Medicamentos
A automedicação é uma prática prejudicial à saúde, pois pode acarretar sérias
consequências ao organismo. Alguns remédios também podem atrapalhar o ato de dirigir.
Por isso, não se deve tomar medicamento sem prescrição médica. Obtenha informações
médicas sobre os efeitos dos medicamentos. A leitura da bula também pode ajudar na
decisão se é aconselhável o ato de dirigir.
As drogas são substâncias de origem natural ou sintética que alteram o comportamento
das pessoas quando são consumidas. Consumir substâncias ilícitas e dirigir veículo são
coisas totalmente incompatíveis.
As reações provocadas no organismo pelo consumo de álcool são variadas. O sistema
nervoso é alterado, podendo passar da euforia e excesso de confiança para a depressão
total. Os reflexos, perigosamente comprometidos, tornam-se lentos, interferindo na

7
capacidade de avaliar riscos e dirigir com segurança. Por isso, jamais utilize álcool ou outras
drogas antes de dirigir.

RESOLUÇÃO 356/2010 DO CONTRAN


Estabelece requisitos mínimos de segurança para o transporte
remunerado de passageiros (mototáxi) e de cargas (motofrete)
em motocicleta e motoneta, e dá outras providências.

https://www.gov.br/infraestrutura/pt-
br/assuntos/transito/conteudo-
contran/resolucoes/resolucao_contran_356_10.pdf

8
Noções básicas de
Legislação

Legislação de trânsito (normas gerais de circulação


e conduta)

Aspectos do direito civil e criminal relacionado a


trânsito

9
Noções básicas de Legislação

Legislação de trânsito (normas gerais de circulação e conduta)

O Código de Trânsito Brasileiro é fundamental para a organização das regras, mas o


seu principal objetivo é fazer com que menos acidentes ocorram. Dessa forma, os motoristas
terão mais cuidados em relação a própria segurança e a saúde de todos os envolvidos no
trânsito, como, por exemplo, os pedestres.
Um dos destaques importantes em relação ao documento é o fato dele enquadrar todos
os cenários, sendo extremamente completo em relação ao assunto. Caso você siga todas
as indicações e normas colocadas pelo código, dificilmente você poderá gerar algum
problema de trânsito.

Art. 1º O trânsito de qualquer natureza nas vias terrestres do território nacional, abertas à
circulação, rege-se por este Código.

§ 5º Os órgãos e entidades de trânsito pertencentes ao Sistema Nacional de Trânsito darão


prioridade em suas ações à defesa da vida, nela incluída a preservação da saúde e do meio
ambiente.

Conceitos: Anexo I CTB

10
CTB - CAPÍTULO-III

DAS NORMAS GERAIS DE CIRCULAÇÃO E CONDUTA

Apresentamos a seguir, os principais artigos do CTB,


que estão relacionados ao comportamento dos condutores
e a atividade dos mototaxistas e motofretistas.

Art. 27. Antes de colocar o veículo em circulação nas vias


públicas, o condutor deverá verificar a existência e as boas
condições de funcionamento dos equipamentos de uso
obrigatório, bem como assegurar-se da existência de combustível suficiente para chegar ao
local de destino.
Art. 29. O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas à circulação obedecerá às
seguintes normas:
I - a circulação far-se-á pelo lado direito da via, admitindo-se as exceções devidamente
sinalizadas;
II - o condutor deverá guardar distância de segurança lateral e frontal entre o seu e os demais
veículos, bem como em relação ao bordo da pista, considerando-se, no momento, a
velocidade e as condições do local, da circulação, do veículo e as condições climáticas;
IV - quando uma pista de rolamento comportar várias faixas de circulação no mesmo sentido,
são as da direita destinadas ao deslocamento dos veículos mais lentos e de maior porte,
quando não houver faixa especial a eles destinada, e as da esquerda, destinadas à
ultrapassagem e ao deslocamento dos veículos de maior velocidade;
V - o trânsito de veículos sobre passeios, calçadas e nos acostamentos, só poderá ocorrer
para que se adentre ou se saia dos imóveis ou áreas especiais de estacionamento;
IX - a ultrapassagem de outro veículo em movimento deverá ser feita pela esquerda,
obedecida a sinalização regulamentar e as demais normas estabelecidas neste Código,
exceto quando o veículo a ser ultrapassado estiver sinalizando o propósito de entrar à
esquerda;

11
Art. 35. Antes de iniciar qualquer manobra que implique um deslocamento lateral, o condutor
deverá indicar seu propósito de forma clara e com a devida antecedência, por meio da luz
indicadora de direção de seu veículo, ou fazendo gesto convencional de braço.
Art. 40. O uso de luzes em veículo obedecerá às seguintes determinações
§1º Os veículos de transporte coletivo de passageiros, quando circularem em faixas ou pistas
a eles destinadas, e as motocicletas, motonetas e ciclomotores deverão utilizar-se de farol
de luz baixa durante o dia e à noite.
Art. 42. Nenhum condutor deverá frear bruscamente seu veículo, salvo por razões de
segurança.
Art. 44. Ao aproximar-se de qualquer tipo de cruzamento, o condutor do veículo deve
demonstrar prudência especial, transitando em velocidade moderada, de forma que possa
deter seu veículo com segurança para dar passagem a pedestre e a veículos que tenham o
direito de preferência.
Art. 45. Mesmo que a indicação luminosa do semáforo lhe seja favorável, nenhum condutor
pode entrar em uma interseção se houver possibilidade de ser obrigado a imobilizar o veículo
na área do cruzamento, obstruindo ou impedindo a passagem do trânsito transversal.
Art. 54. Os condutores de motocicletas, motonetas e ciclomotores só poderão circular
nas vias:
I - utilizando capacete de segurança, com viseira ou óculos protetores;
II - segurando o guidom com as duas mãos;
III - usando vestuário de proteção, de acordo com as especificações do CONTRAN.
Art. 55. Os passageiros de motocicletas, motonetas e ciclomotores só poderão ser
transportados:
I - utilizando capacete de segurança;
II - em carro lateral acoplado aos veículos ou em assento suplementar atrás do condutor;
III - usando vestuário de proteção, de acordo com as especificações do CONTRAN.
Art. 57. Os ciclomotores devem ser conduzidos pela direita da pista de rolamento,
preferencialmente no centro da faixa mais à direita ou no bordo direito da pista sempre que
não houver acostamento ou faixa própria a eles destinada, proibida a sua circulação nas vias
de trânsito rápido e sobre as calçadas das vias urbanas.

12
Parágrafo único. Quando uma via comportar duas ou mais faixas de trânsito e a da direita
for destinada ao uso exclusivo de outro tipo de veículo, os ciclomotores deverão circular pela
faixa adjacente à da direita.
Art. 60. As vias abertas à circulação, de acordo com sua utilização, classificam-se em:
I - vias urbanas:
a) via de trânsito rápido;
b) via arterial;
c) via coletora;
d) via local;
II - vias rurais:
a) rodovias;
b) estradas.
Art. 61. A velocidade máxima permitida para a via será indicada por meio de sinalização,
obedecidas as suas características técnicas e as condições de trânsito.
§ 1º Onde não existir sinalização regulamentadora, a velocidade máxima será de:

§ 2º O órgão ou entidade de trânsito ou rodoviário com circunscrição sobre a via poderá


regulamentar, por meio de sinalização, velocidades superiores ou inferiores àquelas
estabelecidas no parágrafo anterior.
Art. 62. A velocidade mínima não poderá ser inferior à metade da velocidade máxima
estabelecida, respeitadas as condições operacionais de trânsito e da via.

13
Art. 98. Nenhum proprietário ou responsável poderá, sem prévia autorização da autoridade
competente, fazer ou ordenar que sejam feitas no veículo modificações de suas
características de fábrica.

INFRAÇÕES

Art. 191. Forçar passagem entre veículos que, transitando em sentidos opostos, estejam na
iminência de passar um pelo outro ao realizar operação de ultrapassagem:
Infração - gravíssima;
Penalidade – multa (dez vezes) e suspensão do direito de dirigir.
Art. 193. Transitar com o veículo em calçadas, passeios, passarelas, ciclovias, ciclofaixas,
ilhas, refúgios, ajardinamentos, canteiros centrais e divisores de pista de rolamento,
acostamentos, marcas de canalização, gramados e jardins públicos:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa (três vezes).
Art. 231. Transitar com o veículo:
II - derramando, lançando ou arrastando sobre a via:
a) carga que esteja transportando;
b) combustível ou lubrificante que esteja utilizando;
c) qualquer objeto que possa acarretar risco de acidente:
Infração - gravíssima;
Penalidade – multa.
VIII - efetuando transporte remunerado de pessoas ou bens, quando não for licenciado para
esse fim, salvo casos de força maior ou com permissão da autoridade competente:
Infração - média;
Penalidade – multa.
Art. 244. Conduzir motocicleta, motoneta e ciclomotor:
I - sem usar capacete de segurança ou vestuário de acordo com as normas e as
especificações aprovadas pelo Contran;
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa e suspensão do direito de dirigir;

14
Medida administrativa - Retenção do veículo até regularização e recolhimento do documento
de habilitação;
II - transportando passageiro sem o capacete de segurança, na forma estabelecida no inciso
anterior, ou fora do assento suplementar colocado atrás do condutor ou em carro lateral;
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa e suspensão do direito de dirigir;
Medida administrativa - Retenção do veículo até regularização e recolhimento do documento
de habilitação;
III - fazendo malabarismo ou equilibrando-se apenas em uma roda;
IV - com os faróis apagados Revogado
V - transportando criança menor de 10 (dez) anos de idade ou que não tenha, nas
circunstâncias, condições de cuidar da própria segurança:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa e suspensão do direito de dirigir;
Medida administrativa - retenção do veículo até regularização e recolhimento do documento
de habilitação;
VI - rebocando outro veículo;
VII - sem segurar o guidom com ambas as mãos, salvo eventualmente para indicação de
manobras;
VIII – transportando carga incompatível com suas especificações ou em desacordo com o
previsto no § 2o do art. 139-A desta Lei; (Redação dada pela Lei nº 12.009, de 2009)
Infração – grave; (Incluído pela Lei nº 12.009, de 2009)
Penalidade – multa; (Incluído pela Lei nº 12.009, de 2009)
Medida administrativa – apreensão do veículo para regularização. (Incluído pela Lei nº
12.009, de 2009).
IX – efetuando transporte remunerado de mercadorias em desacordo com o previsto no
art.139-A desta lei ou com as normas que regem a atividade profissional dos mototaxistas:
Infração – grave;
Penalidade – multa;
Medida administrativa – apreensão do veículo para regularização.

15
X - com a utilização de capacete de segurança sem viseira ou óculos de proteção ou com
viseira ou óculos de proteção em desacordo com a regulamentação do Contran;
Infração - média;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - retenção do veículo até regularização.
XI - transportando passageiro com o capacete de segurança utilizado na forma prevista no
inciso X do caput deste artigo:
Infração - média;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - retenção do veículo até regularização.

16
Gestão do risco
sobre duas rodas

Conceito e aplicação de pilotagem segura

Estratégias para a prevenção de acidentes


de trânsito

Pilotando em situações adversas e de risco

Importância do uso dos equipamentos de segurança


do motociclista, do passageiro e da motocicleta

17
Gestão do risco sobre duas rodas

Conceito e aplicação de pilotagem segura

No trânsito, os motociclistas são vítimas mais vulneráveis do que os condutores dos


demais veículos motorizados. A afirmação é óbvia, mas certas obviedades precisam ser
repetidas à exaustão e esta é uma delas.
Pilotar uma motocicleta provoca sensação de liberdade. A motocicleta traz vantagens,
como facilidade de ultrapassar em congestionamento, facilidade de estacionamento,
economia do combustível e baixo custo de aquisição se comparado com outros veículos. Só
para exemplificar, o valor que seria gasto diariamente com transporte coletivo, paga a
prestação da moto.
Nas grandes cidades, muitos optam por ter uma moto para fugir do trânsito caótico. Por
essa razão, muitos dizem que ter uma moto é mais prático do que ter um carro, embora não
seja tão seguro. De fato, é grande a vulnerabilidade do motociclista em acidentes de trânsito,
especialmente quando ele não tem consciência desta vulnerabilidade realizando manobras
arriscadas que comprometem a sua integridade física e a dos demais usuários da via.
Quem pilota uma motocicleta deve tomar todos os cuidados para evitar se envolver em
acidentes. Deve desenvolver hábitos salutares, evitando correr riscos. Portanto é
fundamental ter consciência de suas obrigações no trânsito e sempre, sempre praticar a
direção defensiva.
Segundo especialistas, é imprescindível: usar farol aceso quer seja dia ou noite; não
exceder a velocidade máxima da via; respeitar o sinal vermelho do semáforo; não transpor
canteiro central; usar sempre capacete com visor ou com óculos de proteção; não realizar
manobras arriscadas, como "costurar" o trânsito; não ultrapassar pela direita etc. Além disso,
nunca, mas nunca mesmo, trafegar no ponto cego dos motoristas, mas olhar para o
retrovisor dele e observar se ele o percebe; entre outros cuidados, nunca misturar álcool e
direção.

18
Motociclista, procure pilotar sua moto com responsabilidade. Faça com que sua vida
sobre duas rodas seja ao mesmo tempo, emocionante e tranquila. Fique vivo!

Pilotagem segura

É o conjunto de medidas e
procedimentos utilizados para prevenir ou
minimizar os riscos do trânsito. Baseado
na noção de que em todo acidente sempre
está presente uma falha humana
relacionada ou a negligência, ou
imprudência, ou imperícia. Postura
defensiva pretende que o condutor seja um
elemento ativo na redução dos fatores que possam vir a causar acidentes.
Pilotar com segurança significa adotar comportamentos e procedimentos que resultem
em real segurança tanto para o condutor da motocicleta e o passageiro, quanto para os
demais usuários da via, motoristas e pedestres. Avaliar situações de risco e antecipar
possíveis acidentes, deve sempre fazer parte do comportamento do motociclista. Para
realizar a pilotagem com qualidade, é importante que condutor e veículo formem um conjunto
harmônico que resulte em melhor equilíbrio, desempenho e aerodinâmica.
Comportamento consciente é aquele que considera um conjunto de fatores que
possibilitam que todos os envolvidos no trânsito estejam em segurança e tenham seu direito
à liberdade de ir e vir preservado. Os acidentes de trânsito são ocasionados por negligência,
imprudência e imperícia. Para evitá-los é necessário que os pilotos pratiquem a direção
defensiva, que significa dizer que os mesmos observem um conjunto de cuidados que evitam
acidentes, apesar das ações incorretas de terceiros e condições adversas encontradas. O
motociclista consciente evita acidentes.

19
Atitudes defensivas

O condutor defensivo deve ser capaz de planejar e prever suas ações ao volante.
Quando estamos conduzindo uma motocicleta, precisamos usar todos os nossos sentidos e
estar constantemente alerta para detectar possíveis situações de perigo.
A pilotagem segura está diretamente ligada ao comportamento humano, quando
da condução de uma motocicleta, e é preciso inicialmente:

• Respeitar as leis de trânsito.


• Conhecer a motocicleta que vai pilotar
• Fazer a manutenção preventiva da motocicleta.
• Não abusar da autoconfiança.
• Não aceitar desafios ou provocações.

Um Motociclista defensivo:

• Respeita as normas de trânsito.


• Previne-se dos erros dos outros motociclistas e motoristas.
• Está sempre atento aos pedestres, ciclistas e animais.
• Cumpre as determinações dos agentes de trânsito.

Um motociclista defensivo, para pilotar com segurança, observa:

• A via.
• O clima.
• As condições de tráfego.
• A luz.
• As suas condições físicas e mentais.
• Os outros condutores.

20
9 ERROS COMUNS DE PILOTAGEM NA MOTO
https://www.youtube.com/watch?v=jwVs2V9h7n8

Estratégias para a prevenção de acidentes


de trânsito

No trânsito, todos estamos expostos ao RISCO DE ACIDENTES, você pode ter anos
de experiência, ou frequentado muitos cursos de pilotagem – segura, avançada, esportiva,
defensiva, mas poderá enfrentar o erro humano ou mecânico, seja em INFRAÇÕES do
código de trânsito, decisões erradas, nossas próprias falhas e a dos outros… E quando
somos envolvidos em um ACIDENTE percebemos o valor de EQUIPAMENTOS de
proteção, e a prudência, ou seja: Pensamos em SEGURANÇA:

ACIDENTE
É um evento súbito, inesperado, indesejado que causa danos pessoais, materiais e físicos
– Sendo não intencionalubentendemos que ninguém sai de casa buscando se acidentar (e
normalmente achamos que só pode acontecer com os outros).

O erro humano é a causa mais comum dos


acidentes de trânsito.
Princípio geral da Direção Defensiva:
VER E SER VISTO

Pontos cegos dos veículos ou ângulos mortos.


O motociclista, para ter certeza de que não está no ponto cego de um carro, tem que estar
vendo o motorista no retrovisor do veículo que está a sua frente.

21
• Mantenha sempre o farol baixo aceso, mesmo durante o dia.
• Sinalize sempre suas intenções. Use o sinal de seta indicadora.
• Não esqueça o sinal de seta ligado.

NO CORREDOR

É mais seguro, e por isso recomendável, a moto ocupar o mesmo espaço de um


automóvel na via, mantendo sempre distância segura dos outros veículos. Caso seja
inevitável circular pelo corredor, alguns cuidados são fundamentais:

• Avalie as condições da via. Nunca trafegue entre os outros veículos quando não for possível
manter distância segura;
• Torne-se visível ao motorista. Permaneça no centro da faixa quando o trânsito estiver
fluindo. Evite o ponto cego: posição na via em que o condutor não vê o veículo que transita
atrás ou lateralmente a ele;
• Pilote sempre na velocidade permitida, sem ‘costurar’;
• Redobre a atenção quando estiver próximo às paradas de ônibus nos corredores Passa
Rápido;
• Sinalize com leves toques de buzina, quando necessário e em locais em que essa atitude
é permitida;
• Esteja atento a pedestres circulando entre veículos;
• Quando nos corredores, considere sempre que existe grande risco de acidentes. Adote
velocidade reduzida que permita reagir em situações inesperadas;
• Esteja atento à sinalização existente;
• Mantenha distância frontal e lateral segura: distância de segurança.

22
DISTÂNCIA DE SEGURANÇA

Não existe regra única para definir a distância segura a ser adotada. As condições de
clima e da via (pista seca ou úmida, existência ou não de buracos e ondulações) devem ser
sempre consideradas e a distância ampliada em condições adversas. O motociclista deve
avaliar a distância a ser mantida dos outros veículos, levando em conta que esta distância
seja suficiente para permitir, caso necessário, desviar, ultrapassar ou frear com o espaço e
tempo suficientes para prevenir qualquer colisão. Em condições ideais, algumas dicas são
importantes:

• DISTÂNCIA LATERAL SEGURA: Avaliar, quando circulando pelos corredores, se a


distância dos veículos é suficiente para manobras inesperadas. Nas vias que não permitem
este posicionamento, a motocicleta deve ocupar sempre o espaço de um automóvel.

• DISTÂNCIA SEGURA DO VEÍCULO DA FRENTE: medida em tempo: tempo de reação do


condutor + tempo de frenagem, que é de dois segundos entre veículos em movimento.
Condições físicas e emocionais do condutor interferem no tempo de reação assim como em
toda a sua performance. Esta regra, portanto, oferece segurança somente quando o
condutor estiver descansado, sóbrio e sem ter ingerido álcool, drogas ou medicamentos.

NOS CRUZAMENTOS
• Reduza a velocidade;
• Esteja atento à sinalização existente;
• Verifique o tráfego da via transversal quando o semáforo abrir;
• Não pare no meio da pista para fazer a conversão. Contorne o quarteirão, é mais seguro.

CONHEÇA A REGRA DOS DOIS SEGUNDOS

23
Marque um ponto como referência (placa, árvores, etc.), observe o momento em que o
veículo a sua frente passa por ele, então conte 1001, 1002. A dianteira de sua motocicleta
não deve ter passado por ele antes de terminar a contagem. Se passar, reduza a velocidade
para aumentar a distância.
Em situações de risco, como chuva, neblina ou estradas irregulares, aumente a
contagem: 1001, 1002, 1003 até alcançar o ponto de referência; isto lhe dará tempo
suficiente para reagir aos obstáculos.

NAS CURVAS
• Reduza a velocidade antes, mantenha-a constante e retome-a progressivamente ao
término da curva;
• Controle o grau de inclinação;
• Incline o corpo juntamente com a motocicleta;
• Oriente o passageiro (garupa) quanto à inclinação.

24
Sobre como realizar as curvas e frenagens com
segurança, acesse o link do vídeo abaixo.

Guia definitivo de como frear a moto corretamente


https://www.youtube.com/watch?v=4-mkhw1okBU

Frenagem

A frenagem é um dos momentos mais


críticos na pilotagem de uma motocicleta,
pois teremos que fazer reduzir a força que
impulsiona seu deslocamento.
Uma motocicleta 150cc, circulando a
uma velocidade de 60 Km/h, quando tem a
necessidade de frear, segue em frente mais dois segundos e ainda roda 16 metros. Portanto,
se um carro estiver parado a 14 metros da moto, o acidente é praticamente inevitável.
O espaço de frenagem de uma moto depende de vários fatores.

25
Comprovamos que uma Moto Street 150 precisa de 9 metros para frear a 40 km/h,
espaço que quase dobra, indo para 16 metros, se a moto estiver a 60 km/h. Se o piso estiver
molhado, o espaço necessário chega a 20 metros, rodando nos mesmos 60 km/h. Além
disso, evitar ou não um acidente pode depender também do estado dos pneus, da
manutenção dos freios e de seu uso correto.

Frenagem realizada de forma correta: 70% da pressão no freio dianteiro e 30% no


traseiro. Porém, como muita gente usa apenas o freio traseiro, os pilotos mediram o espaço
percorrido usando essa frenagem errada. Como era de se esperar, os espaços foram
praticamente o dobro: a 60 km/h, foram 43m usando só o freio traseiro contra apenas 16m
com a utilização dos dois freios.
Uma demonstração importante para tentar acabar com este vício de alguns
motociclistas. Para quem ainda acredita que usar apenas o freio traseiro é o mais seguro,
realizamos medições a 60 km/h como exemplo. Só usando o freio traseiro (apenas com o
piloto), a moto percorre exatos 43,14 metros contra os 16,02 metros na frenagem normal
(usando os freios dianteiro e traseiro). Ou seja: a moto percorre quase o triplo do espaço até
parar.

CUIDADO COM O PEDESTRE

• Esteja atento a locais que possibilitem a prática de comportamentos inseguros por parte de
pedestres: travessias próximas a pontos de ônibus, escolas, shoppings, hospitais, etc;

26
• Dê sempre preferência ao pedestre, na faixa ou fora dela;
• Esteja atento à possibilidade de pedestres atravessarem a via entre os veículos quando o
trânsito estiver parado ou lento;
• Olhe sempre para os dois lados, a fim de visualizar tudo que passa ao seu redor,
principalmente crianças;

Redobre a atenção em:

• Área escolar.
• Pontos de ônibus.
• Próximo de instituições para deficientes.
• Onde existir crianças brincando.
• Ciclovias.
• Áreas de lazer.

O motociclista deve ceder passagem para o pedestre:


• Ao cruzar à esquerda ou à direita.
• Quando o sinal mudar e ele estiver atravessando.
• Sempre que a situação representar perigo.

Pilotando em situações adversas e de risco

As motocicletas são, geralmente, associadas ao risco de segurança no trânsito, com


maiores índices de acidentes e mortes do que outro tipo de transporte.
O comportamento do motociclista, seu modo de pilotar nas situações adversas de risco
e o uso dos equipamentos de segurança são determinantes para a prevenção desses
acidentes.
Pilotar defensivamente é planejar suas ações, percebendo antecipadamente os riscos
e agir prontamente para evita-los ou controlá-los.

27
Acidente evitável
É aquele em que o motociclista não faz tudo o que pode ser feito para evitar que o acidente
aconteça.

Acidente inevitável
É aquele em que o motociclista fez tudo o que era possível fazer, mas não conseguiu evitar.

Condições adversas
São todos aqueles fatores que, em determinado momento se apresentam em oposição,
podendo prejudicar o seu desempenho no ato de dirigir, tornando maior a possibilidade de
um acidente de trânsito.

CONDIÇÕES ADVERSAS CLIMÁTICAS

Ventos fortes transversais podem desequilibrar os veículos que trafegam em alta


velocidade. Ventos muito fortes podem deslocar sua motocicleta, ocasionando a perda de
estabilidade e o descontrole do veículo. Os ventos também podem ser gerados pelo
deslocamento de ar de outros veículos maiores, que estejam trafegando no mesmo sentido
ou em sentido contrário.

Ventos fortes frontais também podem desequilibrar os veículos que trafegam em alta
velocidade.

Chuva
A chuva diminui a aderência da pista, a visão
diminui em até 50% e podem acontecer
derrapagens, pois a pista torna-se escorregadia.
Mantenha distância do veículo da frente, e observe
os pneus: com o pneu careca o perigo é maior. O
período mais crítico é o início da chuva, porque a
água forma uma a camada deslizante com o óleo

28
que está na via. As vias de paralelepípedo têm menor aderência que as de asfalto. Reduza
a velocidade.

Na chuva a visibilidade é diminuída, a via fica mais escorregadia, o que aumenta o


perigo de acidentes de trânsito. Para evitá-los:

• Reduzir a velocidade, aumentar a distância segura, usar sempre farol aceso (dia/noite) são
itens que sempre vale a pena serem reiterados;
• Evitar passar por poças d’água, que podem ocultar obstáculos e buracos;
• Verificar as condições dos pneus, os mesmos devem estar em perfeitas condições para
evitar a derrapagem/aquaplanagem ao frear.

DERRAPAGEM/AQUAPLANAGEM
A chuva traz consigo estes dois itens que podem ocasionar acidentes, em ambos os casos
há o risco de perda do controle e estabilidade da moto sobre a via. Nestes casos mantenha
aceleração constante, NÃO use os freios, também não faça movimentos bruscos com o
guidom, vire-o levemente para o lado da derrapagem/ aquaplanagem.
Em pista com lama, é necessário andar em velocidade reduzida, usar sempre a
primeira ou segunda marcha, manter a motocicleta direcionada na via (bem ao centro da
mesma – não tente ultrapassar os veículos e nem andar no corredor entre eles), e, como no
caso de aquaplanagem, não utilize os freios, isso pode fazê-lo perder o controle e cair. Como
último recurso, caso a velocidade esteja baixa ao derrapar, utilize o pé como apoio para
endireitar a moto.

Neblina, cerração ou nevoeiro


Em caso de neblina, nevoeiro ou cerração, deve-se usar luz baixa, diminuir a velocidade e
ter atenção redobrada na condução do veículo.

Nevoeiro e neblina são mais comuns em regiões litorâneas e próximas a rios ou


represas. Chegam de repente, trazendo consigo um risco iminente de acidentes. Existem
uma série de medidas que podem auxiliá-lo na prevenção de acidentes:

29
• Reduzir a velocidade, redobrar a atenção, usar farol baixo, aumentar a distância segura
(assim como em demais situações de risco);

• Orientar-se pelas lanternas dos outros veículos e pelas faixas de sinalização da via;
• Andar em velocidade compatível e manter um ritmo constante;
• Frear de forma leve e suave;
• Evitar ultrapassagem em vias de mão-dupla;
• Evite parar, mesmo que seja no acostamento.
Se for imprescindível fazê-lo, deixe a sinalização da motocicleta ligada e demore o
menor tempo possível.

AUSÊNCIA DE ILUMINAÇÃO SOLAR


À noite, a visão dos motoristas só alcança até os limites de iluminação dos faróis, isto é, até
100 metros com luz alta e até 50 metros com luz baixa. Nessa situação, alguns cuidados
básicos devem ser tomados para evitar acidentes:
• Prefira realizar longas viagens durante o dia;
• Utilizar roupas claras para facilitar a visibilidade dos demais motoristas e, em caso de
transportar carona, solicitar a este que também as utilize.

ESCASSEZ DE ILUMINAÇÃO
Quando a luz é escassa, ocorre uma série de fatores que dificultam a visibilidade dos
condutores. O período mais perigoso é ao anoitecer (entre 18h e 21h), quando a iluminação
natural cai rapidamente, o trânsito fica mais intenso e ocorre o cansaço físico daqueles que
estão envolvidos no trânsito.
Nesta situação, você deve verificar antes de sair se os faróis da motocicleta estão
funcionando corretamente, utilizar cores claras para facilitar a visibilidade dos demais
motoristas e evitar transitar em vias de muito movimento: são nelas que ocorre a maior parte
dos acidentes urbanos.

30
EXCESSO DE ILUMINAÇÃO
O excesso de luz pode provocar o ofuscamento da visão do condutor. São fatores que
podem provocar este ofuscamento: luz alta dos faróis dos veículos em sentido contrário,
raios solares sobre os veículos à frente, raios solares ao amanhecer/anoitecer. Nestas
circunstâncias, você pode tomar as seguintes iniciativas para reduzir os danos:

• Piscar o farol, para advertir o veículo que vem em sentido contrário;


• Baixar a luz de sua motocicleta, evitando entrar na guerra da “luz alta”;
• Orientar-se pelo bordo da pista ou pelo meio-fio;
• Diminuir a velocidade e redobrar a atenção.

VENTO/CALOR/FRIO
O vento coloca em perigo a estabilidade da motocicleta e dos demais veículos das vias, e
ainda pode ocasionar riscos adicionais como objetos jogados na pista. Já o calor provoca a
sonolência e cansaço adicional aos pilotos, o que aumenta ainda mais
o risco de acidentes. O frio diminui a sensibilidade das mãos e pés dos motociclistas, o que
pode induzir a erro na realização de manobras.

ANIMAIS
• Esteja alerta nos arredores das matas e esteja preparado para parar.
• Mantenha as mãos firmes e braços relaxados, preparando-se para receber o possível
impacto.

PISO ESCORREGADIO
Areia, óleo ou combustível são materiais fáceis de serem encontrados em nossas vias. Ao
deparar-se com esta situação, fique atento. Se não conseguir evitá-los, passe por cima deles
em velocidade reduzida e evite manobras abruptas.

PEDESTRES NA VIA
Lembre-se que, ao se deparar com pedestres na via, sua ação deve ser rápida para evitar o
choque (atropelamento). Você deve frear antes de desviar. Nunca use os freios durante a

31
inclinação do guidom (desvio), pois você pode perder o controle da motocicleta e a queda
pode ocorrer, agravando a circulação.

SONO
É uma das principais causas de acidentes nas rodovias, principalmente aqueles que
envolvem caminhoneiros, que dirigem grandes distâncias sem parar. Sinais da proximidade
do sono:
• Ao sentir que braços e pernas estão pesados;
• Bocejo;
• Quando a visão estiver embaçada;
• Quando você estiver piscando mais do que o normal.

Sempre que sentir o cansaço, você deve procurar um lugar seguro e fazer uma parada
estratégica, lavar o rosto e descansar por alguns minutos.

MEDICAMENTOS
Ao fazer uso de medicação, leia atentamente a bula, pois alguns medicamentos possuem
reações contrárias que podem alterar os reflexos e dificultar a pilotagem com segurança.
Existem hoje medicamentos cujo uso combinado com direção é expressamente
proibido.
Não faça uso de nenhum medicamento sem orientação médica e, se sentir qualquer
reação, procure-a novamente e busque informações sobre o medicamento.

32
Importância do uso dos equipamentos de segurança
do motociclista, do passageiro e da motocicleta

Para andar de moto com segurança, sabemos que é necessário o uso de diversos
equipamentos. Além do capacete, luvas, jaquetas, protetores de pescoço e outros itens
podem fazer a diferença para salvar sua vida em caso de acidentes de moto.

Os equipamentos de uso obrigatório para o mototaxista e motofretista estão


regulamentados na Resolução 356/10 do CONTRAN:

Art. 1º Os veículos tipo motocicleta ou motoneta, quando autorizados pelo poder concedente
para transporte remunerado de cargas (motofrete) e de passageiros (mototáxi), deverão ser
registrados pelo Órgão Executivo de Trânsito do Estado e do Distrito Federal na categoria
de aluguel, atendendo ao disposto no art. 135 do CTB e legislação complementar.

Art. 2º Para efeito do registro de que trata o artigo anterior, os veículos deverão ter:
I - dispositivo de proteção para pernas e motor em caso de tombamento do veículo, fixado
em sua estrutura, conforme Anexo IV, obedecidas as especificações do fabricante do veículo
no tocante à instalação;

33
II - dispositivo aparador de linha, fixado no
guidom do veículo, conforme Anexo IV; e
III - dispositivo de fixação permanente ou
removível, devendo, em qualquer hipótese,
ser
alterado o registro do veículo para a espécie
passageiro ou carga, conforme o caso,
vedado o uso do mesmo veículo para ambas
as atividades, além do capacete.

Art. 5º Para o exercício das atividades previstas nesta Resolução, o condutor deverá:
I - ter, no mínimo, vinte e um anos de idade;
II - possuir habilitação na categoria "A", por pelo menos dois anos, na forma do art. 147 do
CTB;
III - ser aprovado em curso especializado, na forma regulamentada pelo CONTRAN; e
IV - estar vestido com colete de segurança dotado de dispositivos retrorrefletivos, nos termos
do Anexo III desta Resolução.
Parágrafo único. Para o exercício da atividade de mototáxi o condutor deverá atender aos
requisitos previstos no art. 329 do CTB.
Art. 6º Na condução dos veículos de transporte remunerado de que trata esta Resolução, o
condutor e o passageiro deverão utilizar capacete motociclístico, com viseira ou óculos de
proteção, nos termos da Resolução nº 203, de 29 de setembro de 2006, dotado de
dispositivos retrorrefletivos, conforme Anexo II desta Resolução.
Art. 9º Os dispositivos de transporte de cargas em motocicleta e motoneta poderão ser do
tipo fechado (baú) ou aberto (grelha), alforjes, bolsas ou caixas laterais, desde que atendidas
as dimensões máximas fixadas nesta Resolução e as especificações do fabricante do
veículo no tocante à instalação e ao peso máximo admissível.
§ 1º Os alforjes, as bolsas ou caixas laterais devem atender aos seguintes limites máximos
externos:

34
I - largura: não poderá exceder as dimensões máximas dos veículos, medida entre a
extremidade do guidon ou alavancas de freio à embreagem, a que for maior, conforme
especificação do fabricante do veículo;
II - comprimento: não poderá exceder a extremidade traseira do veículo; e
III - altura: não superior à altura do assento em seu limite superior.
§ 2º O equipamento fechado (baú) deve atender aos seguintes limites máximos externos:
I - largura: 60 (sessenta) cm, desde que não exceda a distância entre as extremidades
internas dos espelhos retrovisores;
II - comprimento: não poderá exceder a extremidade traseira do veículo; e
III - altura: não poderá exceder a 70 (setenta) cm de sua base central, medida a partir do
assento do veículo.
§ 3º O equipamento aberto (grelha) deve atender aos seguintes limites máximos externos:
I - largura: 60 (sessenta) cm, desde que não exceda a distância entre as extremidades
internas dos espelhos retrovisores;
II - comprimento: não poderá exceder a extremidade traseira do veículo; e
III - altura: a carga acomodada no dispositivo não poderá exceder a 40 (quarenta) cm de sua
base central, medida a partir do assento do veículo.
§ 4º No caso do equipamento tipo aberto (grelha), as dimensões da carga a ser transportada
não podem extrapolar a largura e comprimento da grelha.
§ 5º Nos casos de montagem combinada dos dois tipos de equipamento, a caixa fechada
(baú) não pode exceder as dimensões de largura e comprimento da grelha, admitida a altura
do conjunto em até 70 cm da base do assento do veículo.
§ 6º Os dispositivos de transporte, assim como as cargas, não poderão comprometer a
eficiência dos espelhos retrovisores.
Art. 10. As caixas especialmente projetadas para a acomodação de capacetes não estão
sujeitas às prescrições desta Resolução, podendo exceder a extremidade traseira do veículo
em até 15 cm.
Art. 11. O equipamento do tipo fechado (baú) deve conter faixas retrorrefletivas conforme
especificação no Anexo I desta Resolução, de maneira a favorecer a visualização do veículo
durante sua utilização diurna e noturna.

35
Art. 13. O transporte de carga em sidecar ou semirreboques deverá obedecer aos limites
estabelecidos pelos fabricantes ou importadores dos veículos homologados pelo
DENATRAN, não podendo a altura da carga exceder o limite superior o assento da
motocicleta e mais de 40 (quarenta) cm.

Capacete
É obrigatório por lei, e considerado pela maior parte dos motociclistas como o principal
equipamento de proteção. Na maioria dos acidentes fatais, o capacete estava ausente.
De acordo com a resolução 453/2013 do CONTRAN, é obrigatório que condutor e
passageiro de motocicletas utilizem capacete para circular nas vias públicas. Ele deve estar
devidamente afixado à cabeça pelo conjunto formado pela cinta jugular e engate, por
debaixo do maxilar inferior. Por isso, escolher o modelo mais adequado é importante. Um
fato que muitos motociclistas ignoram é o de que mesmo que o capacete tenha qualidade,
se ele for utilizado de forma incorreta – como por exemplo, circular com a viseira levantada
– ele pode provocar danos.
Lesões na cabeça são a maior causa de mortes em acidente de trânsito envolvendo
motocicletas, por isso usar o capacete de maneira correta é imprescindível. O Inmetro
exige que seja colocado na etiqueta interna do capacete, onde aparece data do lote de
fabricação e tamanho, os dizeres: Este capacete foi fabricado para absorver parte da energia
de um impacto pela destruição parcial ou total de seus componentes. Este capacete deve
ser substituído após qualquer choque grave, mesmo que não haja danos visíveis.

Luvas
Devemos selecionar as luvas que menos interferem na sensibilidade dos dedos e das
mãos. As luvas de “meio-dedo” são inadequadas, pois não protegem completamente as
mãos. As mãos são as primeiras a tocar o chão em caso de queda. Portanto, são
indispensáveis para a segurança dos condutores de motocicletas. Existem modelos
adequados para cada tipo de usuários, inclusive com touch finger, recurso que não torna
necessária a retirada das luvas para digitar celulares. Vale lembrar que o uso de
smartphones só deve ser feito com a moto parada e estacionada.

36
Calçados
As botas devem ser pelo menos de “meio cano”, com protetores de canela e de “peito de
pé”. O ideal é utilizar botas de cano alto para proteção dos tornozelos, diminuindo as lesões
nessa parte do corpo em caso de acidente. As botas não devem ter cadarços e se possível
que tenham salto para que se ajustem as pedaleiras.

Vestimentas
As jaquetas de proteção são itens indispensáveis para quem pilota motocicletas. Existem
diversos modelos, todas com proteção para coluna, cotovelos e ombros, partes que
necessitam de cuidado em casos de colisões ou quedas. Também há modelos que contam
com air bag, que infla em casos de quedas, impermeáveis e jaquetas com malhas de kevlar,
mesmo material usado em coletes a prova de bala. Se arrastado no asfalto, ele garante
maior proteção ao motociclista, já que o material tem alta resistência.

Protetor de pescoço
Ele cuida da parte mais frágil do corpo humano. Os protetores são encarregados de
preservar a região, mas são pouco usados pela falta de costume. Protetores de pescoço não
são indicados somente para esportes, mas também para todos os momentos sobre uma
motocicleta.

Protetores de coluna
Feitos de vários tipos de materiais, como ABS, EVA e poliéster. O item é muito importante
para quem anda em alta velocidade, podendo ser usados sem macacão.

Joelheiras e cotoveleiras
Existem modelos mais simples, semi articulados e totalmente articulados, sendo que as
últimas são as mais caras, usadas principalmente para prática de esportes off-road. Assim
como as joelheiras, as cotoveleiras são muito importantes e também já estão se tornando
parte essencial dos equipamentos para muitos que trabalham sobre uma motocicleta.

37
Prática de pilotagem profissional

VERIFICAÇÃO DO VEÍCULO

Inspecione regularmente:

REGULAÇÃO DA CORRENTE
• Apoie a moto no cavalete central;
• Mova a parte central inferior da corrente. A folga deverá ser de 15 a 20 mm;
• Ajuste a folga da corrente (existe uma escala gravada nas extremidades do braço
oscilante), as marcas de referência dos ajustadores deverão ser iguais nos dois lados (direito
e esquerdo) da motocicleta;
• Verifique se não há pinos frouxos, elos presos ou danificados e desgastes excessivos;
• Lubrifique a corrente periodicamente;
• Substitua o conjunto todo (corrente, coroa e pinhão) sempre que necessário.

38
RODAS
• Verifique se os aros não estão amassados;
• Verifique se os raios estão tensionados, firmes ou se há algum quebrado;
• Observe o estado e a pressão do ar nos pneus.

AMORTECEDORES
• Verifique as condições do garfo: pressione-os com o guidão, perceba se existe som
metálico e vazamento de óleo.

EMBREAGEM
• Verifique se o cabo está em bom estado, ele não poderá estar desfiando;
• Confira se a folga do manete está regulada para 10 a 15mm na sua extremidade.

LUZES E SETAS
• Verifique farol, setas, lanterna traseira, luz de freio, luzes dos instrumentos e todas as
luzes indicadoras.

FREIOS
• Verifique a folga do manete do freio dianteiro e do pedal do freio traseiro;
• Verifique se a folga da alavanca do freio dianteiro está entre 10 e 20 mm;
• Verifique a distância que o pedal do freio percorre até o início do contato das lonas. Esta
medida deverá ser de 20 a 30 mm. Para ajustar a folga, gire a porca de ajuste no sentido
desejado: sentido horário diminui a folga e sentido anti-horário aumenta a folga.

Consulte sempre o manual do fabricante de sua motocicleta.

USO ADEQUADO DOS EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA

O EPI serve não apenas para mantê-lo dentro o que prevê a legislação (e, com isso,
evitar penalidades), mas, principalmente, para aumentar a segurança diante dos riscos da
profissão. Entre eles, estão:

39
• colisões com outros veículos no trânsito;
• quedas responsáveis por esfoliações ou fraturas;
• choques ou queimaduras decorrentes das baixas temperaturas e do vento;
• insolação pela exposição excessiva ao sol.

Para minimizar esses riscos, os equipamentos e segurança precisam ser utilizados

Capacete
O capacete é, certamente, o EPI para motoqueiro mais conhecido. Existem vários modelos,
sendo que todos têm em comum o fato de protegerem a cabeça contra impactos, cortes e
outras lesões, bem como os olhos — por isso, a viseira para proteção visual é parte
essencial desse equipamento. Os tipos mais comuns de capacete são:

• integral: é totalmente fechado quando está com a viseira abaixada, apenas com pequenas
aberturas estratégias para ventilação — é o modelo mais indicado para profissionais;
• semiaberto: não contém viseira acoplada, por isso, deve ser utilizado junto a óculos de
proteção apropriados — esse modelo é mais utilizado por praticantes de esportes, como o
motocross;
• escamoteável (articulado): a parte frontal do capacete é facilmente aberta quando
acionada. É um modelo que garante praticidade, mas há controvérsias sobre sua eficácia
em relação à segurança.

Jaqueta
As jaquetas são parte do vestuário clássico de um motociclista. Mas elas não são utilizadas
sem motivo: as vestimentas de proteção feitas com materiais que fornecem uma boa
vedação do vento, como o couro, são essenciais nessa profissão, tanto pela exposição ao
sol e à chuva, como pela mudança de temperatura.

Luvas
No mesmo sentido, as luvas de segurança servem para proteger as mãos das baixas
temperaturas e riscos mecânicos, como esfoliações no contato abrupto com o chão, em caso

40
de queda. Como a sensibilidade do tato é primordial para a boa condução do veículo, as
luvas para moto precisam se ajustar perfeitamente às mãos.

Colete reflexivo
O uso de coletes reflexivos é obrigatório pela Portaria nº 251/2008 do Contran. Esse EPI
consiste em vestimentas que permitem a melhor visualização do motociclista, com faixas
fluorescentes que refletem a luz. Desse modo, os riscos de acidentes no trânsito devido à
não percepção de outros motoristas diminuem consideravelmente.

Joelheiras
As joelheiras ajudam a proteger o joelho em caso de queda e esforço excessivo dos
membros inferiores. Para motociclistas, esse item de segurança precisa ser articulado, a fim
de não afetar a movimentação da perna.

Botas
Os calçados de segurança, embora não sejam obrigatórios para motociclistas, são itens
fundamentais para evitar:
• queimaduras decorrentes do frio ou do contato com altas temperaturas;
• quedas de materiais nos pés, que podem causar esmagamentos ou cortes;
• perfurações causadas por pregos ou outros objetos pontiagudos no chão;
• descargas elétricas.

O ideal é optar por botas em materiais que sejam isolantes elétricos, garantam o
conforto térmico e tenham acabamento resistente à água. Além disso, o calçado deve
envolver todo o pé, ficar firme e promover uma boa aderência do solado.

Antena “corta-pipa”
O aparador de linha, conhecido como “antena corta-pipa”, é outro item obrigatório. Ele deve
ser fixado no guidom da moto. A função desse EPI para motoqueiro é sugerida pelo seu
nome popular, pois serve, principalmente, para proteger o trabalhador de linhas de pipa com
cerol.

41
A pasta cortante feita com pedaços de vidro moído, embora já tenha projetos de
criminalização no Brasil, oferece um risco potencial para motociclistas e ainda faz vítimas.

Protetor de motor
De acordo com a Lei nº 12.009/09, junto à Portaria nº 356 do Contran, os motociclistas que
trabalham com o frete de mercadorias precisam providenciar o dispositivo de proteção para
pernas e motor, conhecido como “mata-cachorro”. Esse item consiste em armações de ferro
que são presas ao chassi da moto, evitando danos ao motor, em caso de uma eventual
queda.

ACONDICIONAMENTO DE CARGAS
Após verificar as condições de fixação do baú, verifique como estão armazenadas
dentro dele as cargas que serão transportadas. Antes de iniciar a viagem, faça as seguintes
verificações:

• Se carga está distribuída de maneira uniforme.


• Se o acondicionamento está de acordo com o tipo de carga.

OBS.: O transporte de animais e produtos perigosos não é permitido em veículos utilizados


para o motofrete.

Também o que não se pode, por exemplo, é se utilizar de veículos como motocicletas
para o transporte de materiais ou equipamentos com peso ou dimensões superiores ao
veículo. O transporte em motocicletas deve observar, ainda, a fixação e a localização.
Em relação ao peso, o importante é respeitar a capacidade máxima de carga que o
modelo da moto permite e que está definido no Manual do Proprietário. Isso porque o
excesso de peso compromete a eficiência dos freios da motocicleta, representando sério
risco ao seu condutor.
Quanto às dimensões da carga, elas não podem ultrapassar a largura da moto. Em
relação ao acondicionamento, vale ressaltar que a carga a ser transportada deve estar presa
a um compartimento adequado.

42
No transporte de cargas em motocicletas, outros aspectos devem ser observados em
função da segurança. Um deles é a garantia de que a carga não encobrirá os faróis ou as
lanternas do veículo. O outro é não transportar, nunca, nenhuma carga no guidão.
Não é admissível, e o motociclista estará cometendo infração e colocando sua
segurança em risco se, por exemplo, quiser transportar em seu veículo, escadas, chapas de
grande dimensão ou sacas de cimento, só para lembrar alguns.
Vale destacar, ainda, que se o transporte de carga na motocicleta for frequente e
remunerado, seu proprietário deverá passar por curso específico de formação de motofrete.
Deve, ainda, registrar o veículo na categoria ‘aluguel’, com a necessária autorização do
Poder Público.

43

Você também pode gostar