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ENTREVISTA DIA DAS MÃES FSP – 14.05.

2023

Bio

1. Ser mãe é algo que você sempre desejou?


Sim, sempre quis/pensei em ter filhos, mesmo que hoje eu pense que mal sabia o que
isso realmente significava. Sempre disse que gostaria de ter 3 filhos, pq achava que 2
(meus pais tiveram apenas 2) era pouco. Mas, Deus me deu apenas 1.

2. Como percebeu que havia chegado a hora de ser mãe (ou o que sentiu quando
soube que estava grávida)?
Conversando com Amir, pensando em tempo de casamento, minha idade, preparo
adequado em termos de carreira (tentando abrir espaço adequado para a
maternidade).

A bem da verdade, por diversas questões de saúde, eu imaginava que demoraria bem
mais a engravidar, então a gravidez rápida nos pegou “de surpresa” porque apesar de
todo preparo que tentamos fazer, quando efetivamente me vi grávida estávamos os
dois desempregados contrariando a todos os planejamentos que tínhamos.

3. Muitas mães sonham e planejam uma maternidade perfeita. Como foi para você
lidar com as expectativas durante a gestação e a realidade após o parto?

Minha história de gestação, parto e primeira maternidade passa bem longe de


qualquer expectativa de perfeição... não tive muito tempo para ter grandes
expectativas/planejamentos na gravidez porque já na 20ª semana descobrimos que
minha gravidez era de alto risco e tive que entrar em repouso absoluto. Com muitos
sustos e dilemas, esse repouso durou 6 semanas e Elisa nasceu prematura extrema
com 990g e 35cm na última semana do 5º mês de gestação.

A nossa realidade pós parto envolveu quase 70 dias de UTI, diversas dificuldades,
medos reais de perda, uma internação minha com risco real de vida.

4. Como você lidou com as mudanças na sua vida, incluindo alterações em seu
trabalho, relacionamentos e vida social?

Maternidade precisa envolver doação, não tem jeito... o dia tem 24 horas para todos.
Incluir um filho, envolve abrir mão de outras coisas para respeitar as prioridades dadas
por Deus.

Os relacionamentos a nossa volta vão se moldando naturalmente, famílias com filhos,


ou mesmo casais/pessoas que gostem de estar com crianças se atraem. Pessoas que
não tenham tanta afinidade com crianças se afastam temporariamente...
relacionamentos são cíclicos. Se afastam e depois são retomados em diferentes fases
da vida. Isso não foi um peso tão grande pra mim.
No nosso caso, profissionalmente, Amir e eu tentamos nos preparamos para que eu
desse uma boa desacelerada na minha carreira nessa primeira infância do bebê. A
ideia era abrir meu escritório para tentar fazer as coisas “caberem”, mas da forma que
as coisas foram bombásticas eu realmente precisei parar minha carreira por
praticamente 2 anos e retomei muito vagarosamente a partir disso. Acho que esse foi
o ponto mais difícil de lidar, porque eu sempre trabalhei fora e gostava bastante de
exercer minha profissão, mas olhando pra trás vejo o valor desse intervalo, o quanto
esse intervalo foi transitório e mesmo o quanto Deus honrou essa retomada
progressiva no momento em que ela foi possível.

5. Qual a principal diferença entre a Gabriela antes de ser mãe e após se tornar mãe?

Gabriela antes de ser mãe vivia de planilhas e planejamentos, Gabriela depois de ser
mãe ainda gosta muito de planejamentos, mas lida bem melhor a provisão divina e a
imprevisibilidade decorrente da maternidade.

Gabriela antes de ser mãe achava que seria uma mãe muito mais dura e inflexível do
que a mãe que me tornei pós toda a experiencia da UTI – Deus teve misericórdia da
minha filha.

Doutrina

1. Como as Escrituras moldaram sua perspectiva seu papel como mãe?

2. O que em sua opinião significa ser uma mãe que vive o Evangelho de Cristo?

3. Como você acha que a Bíblia pode ser usada como auxílio para mães que buscam
orientação e apoio?

4. Como você ensina seus filhos sobre sua fé e como você os incentiva a aplicar seus
ensinamentos em suas próprias vidas?

5. Cada vez mais famílias tem lidado com a dificuldade em ter filhos, o que tem se
tornado uma grande angústia para alguns. Como aplicar a verdade do Evangelho a
situação destas pessoas? (bônus)

BÔNUS: Se até aqui Deus não te deu filhos, mesmo que esse seja o maior desejo do
seu coração, lembre-se que seu desejo é válido e genuíno, mas o motivo maior do seu
viver sempre deve ser Cristo, assim como de qualquer mulher que os tenha. Você pode
glorificar plenamente ao Senhor como você está hoje, é pra isso que Ele te chama…
Meu conselho pra você é: derrame o desejo do seu coração diante do seu Senhor, com
toda a sinceridade do seu coração e se disponha a servi-lo como você estiver hoje.
Desafios da mãe moderna

1. Hoje existem milhares de vozes dizendo sobre o que, de fato, significa ser mãe. Qual
resultado esta confusão de teorias tem causado nas mulheres? (a. I)

Quantidade de informações que nos rodeiam (teorias diversas para todos os assuntos)
- resultados: (i) mães distraídas mais preocupadas com o que é importante (alimentar,
vestir, dormir) do que com o que é essencial (apontar para Cristo);

2. Você não acha que esta suposta sabedoria tem gerado até um certo desprezo
com relação ao que outras gerações já aprenderam? (a. II)

Quantidade de informações que nos rodeiam (teorias diversas para todos os assuntos)
- resultados: (ii) mães arrogantes que desconsideram a sabedoria prática de outras
gerações ou mesmo outras opiniões já que são versadas em seus próprios estudos
(solidão na maternidade);

3. Com as redes sociais e as influencers a comparação é inevitável. Que resultado


você tem percebido entre as mães? (b. II)

(i) mães deprimidas por não conseguirem viver o que outras mães “vivem”;
(ii) mães “mentirosas” vivendo de aparências;

4. O que acontece quando elas percebem que estão buscando um padrão


inalcançável? (b. III)

(iii) mães exaustas tentando chegar no padrão que nunca foi colocado por Deus;

5. Como conciliar ao mesmo tempo o desejo de ser uma boa mãe com as falhas
diárias (c. I)

Deus deu essa missão sabendo da nossa incapacidade. Isso não é desculpa para errar,
mas motivo para andar sempre em dependência e humildade. Nós vamos falhar. Isso,
infelizmente, é uma certeza (mesmo que eu não quisesse que fosse).

6. E como alcançar isso na prática? (c. I e c. II)

Isso me faz ter duas necessárias atitudes:

(i) estar pronta pra reconhecer minhas falhas e pedir perdão para a minha filha sempre
que precisar apontando para Cristo como o único sem pecado;

(ii) viver pedindo mais sabedoria e capacitação ao Senhor.

7. Reflexão final

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