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Relação de Autores

Adeildo Cabral da Silva


Licenciado e Bacharel em Geografia (UFPB); Especialista em Ensino de Ge-
ografia (UFRN); Especialista em Saneamento Ambiental (Universidade Ma-
ckenzie/SP); Mestre e Doutor em Ciências da Engenharia Ambiental (USP);
Pós-Doutorado em Engenharia Civil (Universidade do Porto/PT); Coorde-
nador do Programa de Pós-Graduação em Tecnologia e Gestão Ambiental
(PGTGA/IFCE); Professor do Departamento da Construção Civil do Instituto
Federal do Ceará (IFCE) – Campus Fortaleza.
E-mail: adeildocabral@gmail.com / cabral@ifce.edu.br

Albano Oliveira Nunes


Licenciado em Física (UERN); Especialista em Gestão Educacional (UDESC/
UECE); Mestre em Ensino de Ciências Naturais e Matemática (UFRN); Doutor
em Engenharia de Teleinformática (UFC); Professor Efetivo da Secretaria da
Educação do Ceará (SEDUC) atuando na EEEP Elsa Maria Porto Costa Lima;
Professor da Faculdade do Vale do Jaguaribe (FVJ).
E-mail: albano@fvj.br

Albino Oliveira Nunes


Licenciado em Química (UERN); Mestre em Ensino de Ciências Naturais e
Matemática (UFRN); Doutor em Química (UFRN); Professor do Instituto Fe-
deral do Rio Grande do Norte (IFRN).
E-mail: albino.nunes@ifrn.edu.br

Aline de Carvalho Oliveira


Tecnóloga em Gestão Ambiental (IFCE); Mestre em Biotecnologia (UFC); Pro-
fessora Efetiva do Instituto Federal do Ceará (IFCE) – Campus Maracanaú.
E-mail: alinecaroli@gmail.com

Aline Fernandes Alves de Lima Previtera


Licenciada em Ciências Biológicas (UFC); Mestre em Oceanografia Biológica
(FURG); Professora Efetiva da Rede Municipal de Ensino de Fortaleza, Ceará.
E-mail: alinefalima@yahoo.com

Amanda Sousa Silvino


Bacharel e Licenciada em Ciências Biológicas (UFC); Mestre em Desenvolvi-
mento e Gestão Territorial Integrada (Chair UNESCO, França); Doutoranda
em Ambiente e Sociedade (UNICAMP).
E-mail: amandasilvino@gmail.com
Jorge Iván Sánches Botero
Biólogo pela Universidade de Antioquia; Doutor em Ecologia (UFRJ); Profes-
sor Adjunto IV da Universidade Federal do Ceará (UFC).
E-mail: jisbar.ufc@gmail.com
José Batista de Sousa
Graduando em Ciências Biológicas (URCA); Bolsista do PIBID/URCA na EEEP
Raimundo Saraiva Coelho, Juazeiro do Norte/CE.
E-mail: batista_sousa2009@hotmail.com
José Venício dos Santos
Tecnólogo em Gestão Ambiental (IFPI).
E-mail: veni_santos@yahoo.com.br
Juliana Felipe Farias
Licenciada em Geografia (UFC); Doutorado em Geografia (UFC); Pós-Douto-
rado em Geografia (UFC).
E-mail: julianafelipefarias@yahoo.com.br
Larissa Neris Barbosa
Técnica em Hospedagem (EEEPCFO); Licencianda em Geografia (UFC).
E-mail: larissa_nerisb@hotmail.com

Lizandro Pereira de Abreu


Tecnólogo em Gestão Ambiental (IFPI); Especialização em Gerenciamento
de Recursos Ambientais (IFPI); Professor do Ensino Básico, Técnico e Tecno-
lógico do Instituto Federal do Maranhão (IFMA).
E-mail: lizandropabreu@gmail.com
Maria Ivanilda de Aguiar
Engenharia Agrônoma (UFC); Mestre em Agronomia com ênfase em Solos e
Nutrição de Plantas (UFV); Doutora em Ecologia e Recursos Naturais (UFC);
Professora Adjunta da Universidade da Integração Internacional da Lusofo-
nia Afro-Brasileira (UNILAB).
E-mail: ivanilda@unilab.edu.br
Maria Katiane de Lima
Licenciada em Ciências Biológicas (FECLESC/UECE); Mestranda em Ecologia
e Recursos Naturais (UFC).
E-mail: katianelima18@hotmail.com
Mariana da Silva de Lima
Bacharel e Licenciada em Ciências Biológicas (UFC); Mestre em Biotecnolo-
gia (UFC); Professora Efetiva do Instituto Federal do Ceará (IFCE) – Campus
Caucaia.
E-mail: marybr@gmail.com
Sumário
Apresentação _________________________________________15

Capítulo 1 - Análise e relatos de cursos de Formação


Continuada em Educação Ambiental _______________________17

CAPACITAÇÃO DE AGENTES AMBIENTAIS PARA O SEMIÁRIDO


POR MEIO DE CURSOS DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA
Mariana da Silva de Lima
Aline de Carvalho Oliveira
Amanda Sousa Silvino ____________________________________19

Capítulo 2 - Educação Ambiental e suas relações com a


sustentabilidade _______________________________________33

PRÁTICAS EDUCATIVAS A PARTIR DO TRABALHO DE CAMPO:


UM OLHAR SOBRE A AVENIDA BEIRA-MAR, FORTALEZA/CE
Fábio de Oliveira Matos
Tiago Estevam Gonçalves _________________________________35

TRANSITANDO POR SABERES DIVERSOS NAS TRILHAS DA


EDUCAÇÃO AMBIENTAL: POR UMA RELAÇÃO RENOVADA
COM ECOSSISTEMAS MANGUEZAIS.
João Angelo Peixoto de Andrade
Fábio de Oliveira Matos __________________________________52

RECONHECENDO E CONHECENDO A FAUNA PRESENTE NO


SOLO DA CAATINGA: AÇÕES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL
PARA CONSERVAÇÃO
Jamili Silva Fialho
Aline Fernandes Alves de Lima Previtera
Maria Katiane de Lima
Antônio Wlisses da Silva
Francisca Irislândia Viana Alves _____________________________70
CAPÍTULO 1

Análise e relatos de cursos


de formação continuada
em Educação Ambiental
Capacitação de agentes ambientais
para o semiárido por meio de cursos de
extensão universitária

Mariana da Silva de Lima1


Amanda Sousa Silvino2
Aline de Carvalho Oliveira3
1. Introdução
É perceptível nos dias de hoje que a Educação Ambiental vem
assumindo um papel cada vez mais importante para o desenvolvi-
mento de uma consciência ecológica na nossa sociedade. A finalida-
de principal das ações em Educação Ambiental é estimular práticas
adequadas e responsáveis do uso dos recursos naturais, bem como a
mudança da percepção dos indivíduos para que abandonem a pos-
tura passiva quanto à qualidade do ambiente em que vivem. É neces-
sária e urgente outra postura do corpo social para que seja possível
uma reversão dos índices de degradação ambiental observados na
atualidade (QUINTAS, 2004).
A inserção deste assunto em todas as esferas da educação e da
formação do cidadão é algo fundamental para a mudança de hábitos
por parte da população. No entanto, é importante que esta inserção
aconteça de maneira interligada com outros assuntos transversais,
tornando a abordagem mais atual e mais próxima do cotidiano do in-
divíduo. Logo, abordagens transdisciplinares são de extrema relevân-
cia para que os assuntos tratados pelo educador possam realmente
ser acolhidos pelo educando, tornando-o capaz de transformar na-
turalmente a teoria em prática cotidiana. Desta forma, o objetivo é
alcançado e os conteúdos tratados se tornam mais efetivos em sua
1
Bióloga pela Universidade Federal do Ceará. Docente do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnolo-
gia do Ceará, campus Caucaia.
2
Bióloga pela Universidade Federal do Ceará. Mestre em Ecologia Funcional e Desenvolvimento Sustentável
pela Universidade de Ciências e Tecnologia de Montpellier, França.
3
Tecnóloga em Gestão Ambiental pela Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará. Docen-
te do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará, campus Sobral.

Educação Ambiental: da teoria à prática 19


abordagem (REIGOTA, 2001; LOUREIRO, 2007).
As instituições de ensino superior têm a missão de atuarem no
ensino, pesquisa e extensão. Os projetos de extensão têm a proposta
de atuação na comunidade na qual a instituição está inserida. Quan-
do atuam com a temática ambiental, estes projetos podem contri-
buir de maneira considerável para solucionar ou mitigar muitas das
problemáticas ambientais a nível regional. No entanto, alguns destes
projetos não tratam do assunto de maneira específica para a região,
deixando muitas vezes a desejar nesse quesito.
O objetivo deste trabalho foi descrever dois projetos de exten-
são com a proposta de trabalhar problemas regionais como recursos
hídricos, Educação Ambiental para o semiárido e formação acadêmi-
ca multidisciplinar.

2. Desenvolvimento
2.1 Fundamentação teórica
O semiárido nordestino é uma região ao mesmo tempo rica em
sua diversidade, complexo em suas inter-relações entre os organis-
mos e sensível aos impactos que potencialmente pode vir a sofrer
(CAVALCANTI et al., 2006; OLIVEIRA, 2007).
A diversidade botânica é uma das suas principais riquezas, pois o
meio com altas temperaturas, disponibilidade hídrica sazonal e forte
incidência luminosa, dentre outros aspectos, faz com que a vegetação
nativa desenvolva diversas defesas químicas ou morfológicas que são
usadas direta ou indiretamente pela população local seja no setor ma-
deireiro, seja como fonte de fitoterápicos, artesanato, dentre outros
usos. A diversidade zoológica é também bastante peculiar, pois ao
longo do tempo, este ambiente foi responsável pela evolução de uma
gama de espécies animais únicas, muitas delas endêmicas, e todas de
fundamental importância para o equilibrado funcionamento do se-
miárido como um todo. Além das riquezas biológicas, é importante
destacar a riqueza cultural da população desta região, o que torna a
interligação dos aspectos ecológicos e culturais algo interessante de
ser abordado em ações educacionais (RODRIGUEZ; SILVA, 2009).
A região semiárida tem mostrado um desenvolvimento urbano
20 Fábio de Oliveira Matos / Francisco Herbert Lima Vasconcelos
Germano de Oliveira Ribeiro / Thomaz Edson Veloso da Silva
e rural considerável. Algo que, consequentemente, tem resultado
em impactos ambientais relevantes, que refletem no aumento dos
índices de desmatamento da caatinga, na diminuição da diversida-
de zoológica local, no desenfreado uso do solo, com consequente
esgotamento de seu potencial produtivo. Este último fator tem sido
responsável pela migração da população rural para zonas urbanas
em busca de novas perspectivas de vida. Este fato está ligado ao
mau uso dos recursos naturais no meio rural, e a descaracterização
da identidade da população de regiões semiáridas, que muitas ve-
zes tem uma visão distorcida da sua relação com o semiárido. Logo,
a Educação Ambiental surge como uma ferramenta para mudar o
conceito que muitos indivíduos, pertencentes à população rural, têm
de seu próprio meio. O educador ambiental é um agente que pode
construir um novo paradigma de convivência com o meio ambiente
nesta realidade (MATTOS; KUSTER, 2004).
O Ceará é um dos estados do Nordeste Brasileiro que tem se
destacado como polo agrícola importante na região, inclusive com
uma participação considerável nas exportações no setor da fruticul-
tura. Além disso, percebe-se um desenvolvimento industrial e econô-
mico no interior do estado, que tem acarretado impactos ambientais
sobre recursos naturais importantes para a região como rios e solos
agricultáveis. Quando se analisa a questão dos recursos hídricos nos
estados que constituem o semiárido brasileiro, esta região é carac-
terizada por fatores que a tornam relativamente vulnerável quando
comparada a outras regiões do Brasil. Contribuem para esta vulnera-
bilidade os solos geralmente rasos, inviabilizando a formação natural
de aquíferos de grande volume; rios em sua maioria intermitentes,
eventos hidrológicos extremos frequentes (cheias e secas) e uma mé-
dia de precipitação de 800mm anuais com médias de evaporação em
torno de 2000mm por ano (VIEIRA; FILHO, 2006). Estes fatores fazem
com que a população desta região tenha que conviver com incerte-
zas na oferta de água, seja para consumo humano, seja para o de-
senvolvimento de atividades economicamente importantes como a
agricultura e pecuária.
Do ponto de vista quantitativo, os recursos hídricos no Ceará
ainda são mal distribuídos, pois enquanto a região metropolitana de

Educação Ambiental: da teoria à prática 21


Fortaleza e o Porto do Pecém, além de grandes áreas destinadas ao
cultivo agrícola para exportação, são destinos prioritários para proje-
tos que visam a melhoria do abastecimento, boa parte das moradias
em vários municípios depende do abastecimento por carros-pipa
(SANTANA et al., 2008).
Com relação aos aspectos qualitativos, uma análise superficial
leva à conclusão de que a água destinada ao consumo direto (beber,
lavar utensílios e alimentos), recreação e irrigação de pequenas áre-
as cultivadas, não é tratada com a merecida importância em muitas
áreas do interior do Estado. Isso é consequência, principalmente, da
carência de conhecimento sobre focos de poluição e da necessidade
de trabalhos constantes em Educação Ambiental para a conscienti-
zação das pessoas que utilizam, de alguma forma, esse recurso natu-
ral (SETTI et al., 2000). Logo, é interessante que sejam inseridas na for-
mação de futuros profissionais da educação desta região noções de
educação ecológica de maneira específica para o semiárido, com um
apelo à valorização regional e ao cuidado com os recursos ambien-
tais disponíveis. Relacionadas a esta necessidade, algumas ações já
têm sido desenvolvidas no sentido de sensibilizar e empoderar a po-
pulação local para a resolução de problemas ambientais locais. Uma
destas ações, que tem obtido resultados satisfatórios nos lugares em
que é aplicada, é o curso de capacitação Vigilantes da Água.
O Programa Vigilantes da Água Global (Global Water Watch -
GWW) foi criado na Universidade de Auburn, no Alabama (EUA), e
expandiu-se para outros países como Brasil, Equador, Indonésia e Fi-
lipinas. No Brasil, o Programa teve início no Vale do Jequitinhonha -
MG, financiado pelo Fundo Cristão para Crianças, chegando ao Ceará
em 2006, através de projeto implementado no Estado pela Embrapa
Agroindústria Tropical.
O princípio central do Programa Vigilantes da Água é a formação
de pessoas das comunidades locais, com o objetivo de torná-las ca-
pacitadas para o monitoramento microbiológico dos cursos de água.
O programa tem como objetivo central formar agentes ambientais,
advindos da população que utiliza o recurso hídrico da área monito-
rada, a fim de que estes se tornem atuantes na análise e discussão dos
resultados do monitoramento. Isto é feito através de treinamento teó-
22 Fábio de Oliveira Matos / Francisco Herbert Lima Vasconcelos
Germano de Oliveira Ribeiro / Thomaz Edson Veloso da Silva
rico–prático sobre análise da água e posterior divulgação, à população,
dos dados acerca da qualidade dos recursos hídricos em questão. Tais
agentes são denominados “Vigilantes da Água” e estes promovem o
chamado monitoramento comunitário participativo, ou seja, é realiza-
do por membros da comunidade local (ARAÚJO et al, 2007).
Os agentes ambientais da comunidade, já treinados pelas insti-
tuições que implementam o programa na área de interesse, realizam
o monitoramento das fontes de água existentes nas comunidades a
que pertencem, empregando técnicas simples e didáticas de análise
da qualidade hídrica. Para tanto, eles recebem kits de monitoramento
certificados pelo programa GWW, que avalia a presença de coliformes
totais e termotolerantes na água para consumo (EMBRAPA, 2010). Os
vigilantes da comunidade, conhecedores da microbacia hidrográfica
da qual fazem parte, podem diagnosticar possíveis focos de conta-
minação e planejar um conjunto de soluções para a erradicação das
fontes de degradação. Também é objetivo do programa a realização
de trabalho contínuo e sistemático de conscientização ambiental da
comunidade visando o uso apropriado dos recursos hídricos.
O projeto apresenta ações bem-sucedidas em várias comunida-
des cearenses, como o Assentamento Rural Santa Bárbara, no Muni-
cípio de Jaguaretama (AIRES et al. 2007; ARAÚJO et al., 2007); a comu-
nidade Neblina, em Morada Nova; e as comunidades de Muquém e
Jardim, em Ibicuitinga (EMBRAPA, 2010).

2.2 Metodologia
Curso Vigilantes da Água.
Este trabalho teve como objetivo desenvolver a conscientização
dos moradores locais do município de Forquilha, Ceará, e o treina-
mento destes no monitoramento bacteriológico da qualidade da
água do açude Forquilha, no período de maio a dezembro de 2010, a
fim de revelar suas condições para abastecimento humano.
A meta a ser alcançada foi a capacitação de agentes comunitá-
rios do município de Forquilha a fim de, ao final do projeto, os pró-
prios moradores do entorno realizarem o monitoramento da quali-
dade da água e desenvolverem ações para a preservação do corpo
hídrico.
Educação Ambiental: da teoria à prática 23
Primeiramente foram organizados encontros de sensibilização
com os moradores do entorno do açude, onde os professores e alunos
do Instituto Federal do Ceará (Campus Sobral) realizaram palestras
com integrantes da comunidade. Os encontros foram realizados na
Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente de Forquilha.
As palestras abordaram conceitos como o ciclo hidrológico, bacia hi-
drográfica e poluição dos corpos hídricos. Foram realizadas três ofici-
nas de capacitação de novos vigilantes da água do município de For-
quilha, os quais foram habilitados a realizar os procedimentos para a
análise microbiológica de maneira barata, de fácil entendimento mas
com resultado cientificamente válido. Esta metodologia, adequada
à comunidade, foi trazida para o Ceará pela Embrapa Agroindústria
Tropical e já foi testada em outros municípios. O procedimento de
análise da água compreende: coleta de água a ser analisada, ino-
culação em placas de petri advindas do IFCE, incubação em estufas
artesanais de isopor e leitura dos resultados obtidos nas análises.
Também se discutiram nas oficinas as práticas de higiene e medidas
sanitárias adequadas para a prevenção de doenças de veiculação hí-
drica; e formas de preservação dos recursos hídricos utilizados pela
população. Posteriormente foi desenvolvido, juntamente com os
participantes, um plano de monitoramento do açude Forquilha. Foi
feito um levantamento de informações a respeito dos usos da água
do açude, das condições microbiológicas da água e identificação de
fontes pontuais e difusas de poluição. Para tanto, saídas de campo
com os participantes da capacitação foram organizadas. Todas as
etapas do projeto foram realizadas com o apoio da Embrapa Agroin-
dústria Tropical, através do projeto Vigilantes da Água.
Por meio do conhecimento dos moradores da região e do que
foi aprendido nas palestras, foram identificados pontos de poluição
no entorno do açude. A seguir, cinco pontos foram escolhidos para se
realizar as análises laboratoriais. Foram coletadas do açude Forquilha
(Forquilha-CE) cinco amostras de água mensalmente, de maio a de-
zembro (exceto julho) de 2010, em cinco pontos distintos que repre-
sentaram maior heterogeneidade, sob maior influência de atividades
do entorno. Recipientes de vidro, esterilizados e com capacidade para
300ml, foram introduzidos fechados na água a uma profundidade de

24 Fábio de Oliveira Matos / Francisco Herbert Lima Vasconcelos


Germano de Oliveira Ribeiro / Thomaz Edson Veloso da Silva
15 centímetros, aproximadamente, e então abertos para a entrada do
líquido. Os frascos foram fechados, conservados em caixa térmica a
4°C e encaminhadas ao Laboratório de Análises de Água e Efluentes
do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará.
Após o trabalho de diagnóstico da área e análise da qualidade
da água, foi feito um mural na Secretaria de Meio Ambiente e Agri-
cultura de Forquilha. O mural foi criado com a proposta de compar-
tilhar com a comunidade os resultados do projeto como as análises
de água e os pontos de poluição detectados. Este instrumento de
divulgação foi construído pelos próprios moradores com a ajuda dos
ministrantes do curso.

Curso Multiplicadores Ambientais do Semiárido.


O curso intitulado Formação de Multiplicadores Ambientais do
Semiárido foi organizado em palestras, minicursos e oficinas temá-
ticas. Além destas, o curso contou com uma imersão de campo na
Reserva Particular do Patrimônio Natural Serra das Almas para uma
vivência prática em Crateús. O projeto foi dividido basicamente em
três momentos principais que veremos a seguir.

3. Palestras e Oficinas
A abordagem teórica foi realizada por meio de sete palestras,
duas oficinas e uma vivência. Todas as abordagens foram pensadas
de forma a terem seus assuntos interligados, mesmo com palestran-
tes diferentes, os assuntos se mostraram complementares entre si.
A palestra de abertura tratou sobre Educação no Campo, espe-
cificamente descrevendo as experiências com a população indígena,
gestão ambiental e territorial com os índios da região norte do Cea-
rá. A pressão agrícola sobre o território indígena e como é a relação
dos índios com os produtores daquela região foi relatada, inclusive
tratando também de possíveis ações a respeito da situação no local.
A palestra seguinte abordou aspectos sobre a demarcação de terras
e os conflitos territoriais da população indígena e quilombolas. As
ações ambientais dentro da temática indígena que foram tratadas
estão todas inseridas no contexto do semiárido e os usos de seus re-

Educação Ambiental: da teoria à prática 25


cursos naturais, inclusive a caatinga. Logo, a palestra seguinte tratou
do ecossistema caatinga, suas características e ameaças à ecologia do
sistema, inclusive tratando a respeito de como estes conflitos entre
diferentes usos dos recursos naturais afetam o estado de conservação
deste ambiente. O palestrante seguinte tratou a respeito de como a
Educação Ambiental pode ser um instrumento importante para com-
bater o mau uso dos recursos do semiárido. Descreveu como o setor
agrícola se transformou em um dos protagonistas na ocorrência da
perda da biodiversidade e na queda da qualidade da saúde da popu-
lação rural por meio dos agrotóxicos. Um novo olhar para o semiárido
foi a proposta da palestra seguinte, que mostrou aos participantes
a experiência de observar a caatinga, seus habitats, seu povo e sua
biodiversidade por uma nova perspectiva, a artística. A palestra des-
creveu experiências de captura do cotidiano no ecossistema caatinga
por meio do olhar fotográfico.
No segundo dia de evento, a legislação ambiental foi o foco da
palestra seguinte, tratando principalmente da proteção de unidades
de conservação no semiárido e a eficiência da implantação destas
unidades para a proteção do ambiente. Por fim, a última palestra
descreveu o histórico e as perspectivas da Educação Ambiental e sua
inserção nas questões do semiárido.
As oficinas têm a proposta de abordar determinado assunto de
maneira prática. Logo, duas oficinas foram propostas. A primeira tra-
balhou aspectos lúdicos da Educação Ambiental com os estudantes
e a segunda trabalhou com os alunos atividades de reciclagem.
A vivência foi uma experiência planejada com o objetivo de le-
var os participantes a experimentar um momento de meditação e
percepção de si como integrantes deste ambiente em estudo, que
também são componentes de um todo que precisa ser respeitado,
compreendido e preservado.

26 Fábio de Oliveira Matos / Francisco Herbert Lima Vasconcelos


Germano de Oliveira Ribeiro / Thomaz Edson Veloso da Silva
3.1 Imersão de Campo
A segunda etapa do evento objetivou proporcionar uma imer-
são de campo aos participantes, inserindo os alunos no ambiente
que tanto foi abordado nas oficinas e nas abordagens teóricas.
Ao terceiro dia de curso, os participantes fizeram uma viagem
à Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Serra das Almas,
localizada no município de Crateús e sob a gestão da Organização
Não Governamental Associação Caatinga, entidade ambientalista
que promove ações e projetos para promover a convivência com o
semiárido e a conservação do bioma caatinga.
Na RPPN os estudantes desenvolveram atividades para um
maior envolvimento com o ambiente. Ao chegar na reserva, após as
apresentações da estrutura e do funcionamento do local, os estu-
dantes iniciaram as primeiras atividades de sensibilização em campo.
Uma trilha de 2 Km dentro da floresta decidual preservada para o re-
conhecimento de algumas espécies vegetais e animais mais frequen-
tes. À noite houve um momento de socialização das percepções do
grupo a respeito do evento em sua totalidade, de todas as informa-
ções trocadas com os palestrantes e organizadores até aquele mo-
mento e de todo o conhecimento construído por eles mesmos ao
longo do evento.
No dia seguinte o grupo visitou uma das comunidades do en-
torno que participam de projetos promovidos pela Associação Caa-
tinga. Na ocasião, os visitantes observaram as tecnologias sustentá-
veis disseminadas aos moradores. Estas são importantes alternativas
às atividades não sustentáveis anteriormente realizadas pela comu-
nidade, como por exemplo a produção do carvão vegetal, um dos
maiores vilões da destruição da caatinga.
Após um intervalo para o almoço, outras tecnologias sustentá-
veis foram apresentadas como a produção de mudas nativas para o
reflorestamento de áreas degradadas, além de um banco de semen-
tes de plantas nativas e do processo de produção de mel de abelhas
nativas para a geração de renda para a comunidade local. Todas estas
ações dentro dos limites da RPPN. Com esta última visita, o evento
finalizou suas atividades.
Educação Ambiental: da teoria à prática 27
3.2 Análise da Percepção dos Participantes
Após o término do evento, foi enviado a cada participante um
questionário para que avaliasse o evento e seu aprendizado pesso-
al a respeito do que foi abordado ao longo das palestras, oficinas e
imersão de campo.
Por meio dos questionários foi feita uma análise qualitativa a
respeito do evento e da percepção dos participantes.

3.3 Resultados e discussões


Curso Vigilantes da Água
Após a capacitação, os moradores e professores organizaram os
dados obtidos de maneira acessível a todos do entorno. O mural foi
confeccionado com os dados laboratoriais, porém os dados técnicos
foram reescritos pelos moradores com uma linguagem acessível à
toda comunidade, com a supervisão dos professores. Esta atividade
foi de extrema relevância tanto para a comunidade local como para a
comunidade acadêmica envolvida. A primeira obteve o conhecimen-
to acerca da gestão e qualidade da água com dados cientificamente
válidos. Contudo, professores e estudantes da instituição envolvida
no projeto também se capacitaram com a experiência, aprendendo
com os moradores como tornar entendível dados técnicos para toda
a comunidade.
Com a finalização do projeto, um grupo de agentes ambientais
comunitários foi formado. Este grupo ficou responsável pela orga-
nização de novos ciclos de palestras para outros moradores do mu-
nicípio, desta vez tendo os primeiros moradores capacitados como
palestrantes. O novo ciclo de palestras ficou sendo acessorado pelos
professores do IFCE, contudo organizado e desenvolvido pelos no-
vos agentes comunitários.
Curso Multiplicadores Ambientais do Semiárido.
Dos 23 participantes, 13 responderam e retornaram os questio-
nários para organização do evento.
Os palestrantes utilizaram uma abordagem participativa ao
longo de cada assunto tratado. Isto foi perceptível no depoimento
28 Fábio de Oliveira Matos / Francisco Herbert Lima Vasconcelos
Germano de Oliveira Ribeiro / Thomaz Edson Veloso da Silva
dos integrantes do grupo analisado. Segundo os depoimentos, essa
forma de explanação foi fundamental para uma construção mais
sólida acerca das temáticas sobre o semiárido, inclusive foi impor-
tante para cada estudante o momento de compartilhar experiências
e problemáticas enfrentadas no cotidiano relacionado às questões
ambientais. Os depoimentos, ao longo das palestras, enriqueceram
a experiência também dos palestrantes, que tomaram conhecimento
de forma mais específica de como a conservação ambiental influen-
cia a qualidade de vida de cada um. A troca de informações e relatos
foi algo bastante enriquecedor para todos que participaram. Além
do aspecto técnico e ecológico a ser tratado, é fundamental objetivar
uma formação crítica por meio da Educação Ambiental através da
promoção de debates e discussões para a formação de sujeitos mais
ativos e atuantes socialmente (MATTOS, 2010).
A imersão de campo foi um dos momentos mais marcantes,
na opinião do grupo. O contato com a floresta da Caatinga pre-
servada, a observação da dinâmica do ecossistema em uma área
que sofreu pouca influência antrópica, além do reconhecimento de
muitas espécies vegetais e animais em seu habitat natural, fez com
que o grupo despertasse uma maior valorização deste ecossistema
ainda pouco estudado e muitas vezes desvalorizado. Ao longo das
trilhas realizadas e dos momentos de campo com os monitores da
Associação Caatinga, foram reconhecidas várias espécies nativas e
descrita sua importância. Algumas delas como o Jatobá (Hymenaea
sp.) e Espinheiro (Crataegus laevigata) são árvores de grande porte
que fazem parte do semiárido, mas o grupo não tinha conhecimento
de sua importância ecológica e econômica para a região.
A observação em campo das iniciativas de organização so-
cial para a convivência com o semiárido, segundo os participantes,
também foi um dos momentos mais significativos para o grupo. Isto
porque vai de encontro à maioria dos canais da mídia convencional
que, quando abordam a questão do semiárido, suas riquezas e po-
tencialidades, muitas vezes não o fazem de maneira satisfatória, su-
bestimando o potencial da região. Dentro do contexto do semiárido,
questões como usos adequados dos recursos naturais pela população
local enquadram-se como importantes temáticas a serem trabalha-

Educação Ambiental: da teoria à prática 29


das pela Educação Ambiental. Isto pode vir a ser um instrumento va-
lioso de desenvolvimento regional (FARIAS et al., 2012).
O evento como um todo colaborou muito tanto na formação
profissional dos participantes como também na experiência ímpar
dos palestrantes e organizadores. Os momentos de troca de expe-
riências e a imersão de campo, quando vivenciados em conjunto,
se torna ainda mais valioso pois cada integrante do grupo tem uma
percepção específica destas experiências e quando compartilhada,
enriquece o leque de visões do conjunto. Logo, cada estudante se
torna um agente em seu próprio aprendizado, enquanto colabora no
aprendizado do outro.
Este é um dos atuais desafios de nosso projeto em Educação Am-
biental para o semiárido: seu reconhecimento como assunto funda-
mental para a formação do cidadão, ao mesmo tempo em que se mos-
tra uma disciplina capaz de ser abordada por todo indivíduo, de todos
os níveis de formação, por meio das situações experienciadas no coti-
diano. Isto ao mesmo tempo em que preserva sua importância edu-
cacional e social, inclusive como instrumento de valorização regional.

4. Considerações finais
Por meio dos eventos realizados, conclui-se que estas interven-
ções colaboram positivamente no empoderamento comunitário e
também de estudantes universitários em formação que atuarão na
realidade semiárida.
A capacitação Vigilantes da Água foi uma experiência bastante
satisfatória de como a população local pode e deve fazer parte das
soluções de problemas ambientais onde vivem. Os moradores locais
são os mais aptos, por conhecerem a localidade e também por terem
maior potencial de mobilização dentro da comunidade.
O curso “Multiplicadores Ambientais para o Semiárido” mostrou
aos participantes não apenas uma abordagem técnica e teórica da
situação na região Nordeste, mas inovou trazendo um olhar mais hu-
mano ao tema, aproximando os educadores da realidade ecológica
e social de uma área preservada do semiárido, e das experiências e
benefícios que a conservação traz para a região.

30 Fábio de Oliveira Matos / Francisco Herbert Lima Vasconcelos


Germano de Oliveira Ribeiro / Thomaz Edson Veloso da Silva
A extensão universitária é uma forma de atuação da academia
extremamente relevante tanto para a comunidade a ser impactada
com a intervenção (seja por meio de cursos, programas, serviços ofe-
recidos, dentre outros), como também para os profissionais que rea-
lizam estas ações de extensão. Ao final, ambos acumulam uma carga
de aprendizado que não é possível se obter apenas na teoria. A troca
de experiências entre comunidade e academia é algo que deve ser
estimulado e valorizado. Por conta disso, tratar questões ambientais
de maneira prática, envolvendo as comunidades do entorno, é uma
fonte de mudança de paradigma de larga amplitude.
Sensibilizar estudantes universitários para temáticas sociais
que têm impactos diretos com aspectos ambientais do nosso coti-
diano como recursos hídricos, agricultura familiar e conservação da
biodiversidade é um desafio a ser vencido nos cursos superiores. O
ambiente acadêmico ainda trata estas questões, em sua maioria, de
maneira descontínua e não integrada. O foco multidisciplinar das
questões ambientais deve ser tratado em todas as etapas da forma-
ção dos estudantes de todas as áreas. Isto fará com que os futuros
profissionais de nossa sociedade possam ter a visão, atualmente tão
necessária, que o desenvolvimento técnico-científico deve estar alia-
do a um envolvimento ambiental. Só assim será possível reverter este
quadro de degradação que se apresenta, fruto da ausência de com-
prometimento real da sociedade como um todo para com o meio
ambiente. A educação é o instrumento mais eficaz para se mudar
esta realidade.

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32 Fábio de Oliveira Matos / Francisco Herbert Lima Vasconcelos


Germano de Oliveira Ribeiro / Thomaz Edson Veloso da Silva

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