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INSTITUTO DE ESTUDOS E PESQUISAS DO VALE DO ACARAÚ – IVA

CURSO: LICENCIATURA EM BIOLOGIA

RICARDO JUNIOR SILVA CARVALHO

PERCEPÇÃO DOS ALUNOS SOBRE A IMPORTÂNCIA DA


ECOLOGIA NAS AULAS DE BIOLOGIA DA ESCOLA CORONEL
AFREDO SILVANO

Reriutaba
2015
RICARDO JUNIOR SILVA CARVALHO

PERCEPÇÃO DOS ALUNOS SOBRE A IMPORTÂNCIA DA


ECOLOGIA NAS AULAS DE BIOLOGIA DA ESCOLA CORONEL
AFREDO SILVANO

Artigo apresentado ao Curso de Licenciatura em


Biologia da Universidade Estadual Vale do Acaraú
– UVA, como requisito à obtenção do título de
Licenciado.

Prof. Orientadora: Ellen de Vasconcelos da Cunha

RERIUTABA 2015
RICARDO JUNIOR SILVA CARVALHO

PERCEPÇÃO DOS ALUNOS SOBRE A IMPORTÂNCIA DA


ECOLOGIA NAS AULAS DE BIOLOGIA DA ESCOLA CORONEL
AFREDO SILVANO

Artigo apresentado no Curso de Licenciatura em Biologia da Universidade Estadual


Vale do Acaraú – UVA, como requisito à obtenção do título de Licenciado.

COMISSÃO EXAMINADORA

_______________________________________________________________
Professora Orientadora Ellen de Vasconcelos da Cunha
Instituto de Estudos e Pesquisas Vale do Acaraú – IVA

_______________________________________________________________
Professora Avaliadora Luana Aragão Portela
Instituto de Estudos e Pesquisas Vale do Acaraú – IVA

_______________________________________________________________
Professor Avaliador
Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA

Reriutaba, _______ de __________________ de 2015.


PERCEPÇÃO DOS ALUNOS SOBRE A IMPORTÂNCIA DA
ECOLOGIA NAS AULAS DE BIOLOGIA DA ESCOLA CORONEL
AFREDO SILVANO
Ricardo Junior Silva Carvalho¹
Ellen Vasconcelos Cunha²

RESUMO: A Ecologia é uma ciência de origem recente, no processo de ensino esse ramo da
ciência contém elementos básicos que permite, adotar posturas, observar e analisar fatos do
ponto de vista ambiental e compreender a relação do homem com a natureza. Como qualquer
área do conhecimento científico ainda em início está em constante discussão e reformulação e
necessita de muito mais tempo de adaptação no processo de ensino escolar. O enfoque
ecológico no ensino de Biologia apesar dos avanços das propostas curriculares, necessita-se
de superar barreiras e buscar estratégias para os problemas do processo ensino-aprendizagem.
O presente trabalho teve como objetivo averiguar o conhecimento dos alunos sobre o ensino
de Ecologia e as dificuldades dos alunos em entender o assunto. A pesquisa realizada foi de
caráter qualitativo, auto aplicado com questões objetivas a 26 alunos do 3° Ano do Ensino
Médio da Escola Coronel Alfredo Silvano. Foi observado que 73,07% dos alunos já
estudaram Ecologia e 26,93% nunca estudaram Ecologia nas aulas de Biologia. Outro
resultado encontrado, foi em relação a dificuldade no estudo de Ecologia, em que 53,84%
afirmaram não entender as nomenclaturas, 3,85% afirmaram não entender a metodologia do
professor, 7,69% não consegue relacionar o tema com o dia-a-dia e 0% disseram que a
dificuldade não é por falta de interesse no sobre o assunto. Referente aos métodos utilizados
para o entendimento da Ecologia, 25,82% disseram ser o uso de slides, 10,40% responderam
ser os debates sobre o tema, 7,59% afirmaram ser necessário vídeos e filmes, 45,10%
afirmaram ser necessário aulas de campo, 3,60% disseram ser aulas de laboratório e 0%
responderam ser necessárias apenas o uso de quadro branco. Foi possível concluir que os
alunos possuem pouco conhecimento sobre Ecologia. Percebe-se que a forma de como os
alunos compreendem ecologia interfere durante a aula, e que muitas das vezes o professorado
não compreendem os processos de transformações que ocorrem nessa área, dificultando o
processo de aprendizagem. Além de que o estudo da Ecologia é um tema bastante vasto, que
envolve um conjunto de relações de difícil compreensão, necessitando da aproximação dos
conteúdos estudados com a realidade, o que nem sempre ocorre durante as aulas.

Palavras-chave: Ecologia, Ensino, Conhecimento, Aprendizagem.

________________________________________________________________
¹ Acadêmico do Curso de Licenciatura em Biologia do Instituto e Pesquisas Vale do Acaraú – IVA
² Professora Orientadora do Instituto de Estudos e Pesquisas Vale do Acaraú – IVA
1 Introdução

A Ecologia é uma ciência recente e em expansão, que tem buscado refletir e tentado
resolver os problemas humanos, têm como princípio a responsabilização de reconhecer as
carências de todos os seres vivos, além disso, ensinar ecologia tem um sentido mais amplo
quando a humanidade compreende sua relação com o ambiente e se questiona sobre seu papel
de degradação e de conservação (MOTOKANE, 2000).
Segundo Motokane (2000) a ecologia tem passado por transformações, discussões e
ampliações no foco de ação, durante longos anos confundiu-se a ciência ecologia como um
movimento voltado para transformação social.
Segundo Brasil (1998) os conceitos e informação da Ecologia são extremamente
importantes para a temática ambiental que estuda as relações entre os organismos vivos e os
componentes do espaço em que estes organismos habitam, para o estudo das relações há o
enfoque em temas como produção, consumo e decomposição, cadeias e teias alimentares,
ciclo de materiais, fluxo de energia, meio ambiente entre outros. Ao tratar de meio ambiente
se fala apenas de aspectos biológicos e físicos, no entanto como o ser humano faz parte do
meio, outras relações podem ser estabelecidas como sociais, culturais etc (MOTOKANE,
2000). Com esta intersecção de várias áreas do conhecimento diz-se que a ecologia é uma
área de conhecimento interdisciplinar (BRASIL, 1998).
Manzanal & Jiménez (1995), escrevem que para o ensino, o valor da ecologia se apóia
na idéia de que essa ciência abarca elementos básicos para a compreensão das relações da
espécie humana com seu entorno. Além disso, ensinar ecologia passa a ter um sentido mais
amplo quando a humanidade compreende a sua relação com a biosfera e começa a questionar-
se quanto ao seu papel na conservação e degradação do entorno.
A ecologia apresenta a interação entre os seres vivos, o estudo desse tema permite que
os alunos compreendam o funcionamento do planeta e que a alteração dos componentes de
um sistema gera complicações em outros. Também permite que os alunos reflitam sobre o
fato de que o ser humano é um transformador ativo e passivo da natureza, e que desequilíbrios
ocasionados por ele afetam a vida no planeta (BRASIL, 2002).
Diante disso, o objetivo deste trabalho foi analisar o ensino de Ecologia e suas
dificuldades na disciplina de Biologia da Escola de Ensino Médio Cel. Alfredo Silvano,
Reriutaba, Ceará.
2.1 A Ecologia nas Aulas de Biologia

Segundo Krasilchik (1996) a Biologia contribui para que o indivíduo compreenda a


importância e os conhecimentos que a ciência e a tecnologia propiciam, além de que os
conhecimentos biológicos contribuem para que o indivíduo tome decisões que levam em
conta o papel do homem na biosfera.
Para compreender os conhecimentos científicos faz-se necessário a contextualização e
aplicação do conhecimento em situações simuladas ou reais (BRASIL, 2002). Fato que nem
sempre acontece ao ensinar de biologia, dificultando o processo de ensino e aprendizagem de
ecologia em específico.
Investigações sobre os processos de ensino-aprendizagem de conceitos ecológicos é
um dos temas que se fazem necessários para uma ampliação das reflexões sobre o ensino de
ecologia, como indicam Berzal & Barberá (1993). Os autores salientam que há poucos
estudos sobre o processo ensino-aprendizagem de conceitos. Essa escassez de trabalhos,
ocasiona dificuldades para as alunas e alunos compreenderem conceitos ecológicos e outros
que se relacionam a ele, e ainda obstáculos para o professor que ensina tais conceitos.
Munson (1994), preocupado com os conceitos espontâneos que os alunos têm sobre
ecologia apresenta um trabalho que tem por finalidade subsidiar a composição de currículos
de Educação Ambiental. Nesse trabalho o autor pontua a importância de conhecer os
conceitos espontâneos dos alunos, para servirem como elementos de construção conceitual
coerente e indicação para o professor sobre o que deve ser modificado.
Mananzal & Jiménez (1995) atentam para a importância do estudo do ensino de
ecologia como sendo essencial precisar dos tipos de componentes do ecossistema e as
relações que os estudantes podem estabelecer para a compreensão de princípios básicos.
Para autores como Barman et al. (1995), que estudaram os conceitos de cadeia e teia
alimentar, os estudos levaram à conclusões de que a descoberta dos conceitos prévios dos
alunos permite ao professor concentrar-se nos tópicos nos quais os alunos têm maiores
dificuldades. Além disso, os alunos têm oportunidade de refletir sobre suas próprias idéias e
os professores, por sua vez, poderiam usar essa oportunidade para contrapor as idéias dos
alunos com as aceitas pela ciência.
Pereira (1993) comenta que o ensino de ecologia deve proporcionar experiências que
possibilitem colocar as pessoas em contato direto com o mundo para sensibilizá-las, discutir a
importância do meio ambiente para o bem-estar do homem e para o exercício da cidadania. É,
ainda, fundamental preparar os indivíduos para a avaliação dos problemas ambientais quanto
ao desenvolvimento econômico, no que se refere aos aspectos da degradação ambiental e
quanto à qualidade de vida, bem como proporcionar o desenvolvimento dos sentidos ético e
social.

2.2. Dificuldades no Ensino De Ecologia

De acordo com Solé e Coll (2006) é difícil discernir claramente o papel do ensino/
aprendizagem na educação, pois a multiplicidade e multicausalidade intervêm como variáveis,
tornando o ensino/ aprendizagem imprevisíveis. A complexidade das variáveis que intervêm
na área educacional, de acordo com alguns teóricos da educação, são difíceis de se controlar,
pois na sala de aula muitas coisas acontecem rapidamente e de forma imprevista tornando-se
difícil encontrar referências ou modelos de práticas educativas a serem seguidas (ZABALA,
1998).
Para Fourez (2003) a questão da interdisciplinaridade é complicada, pois raramente
ensina-se como intervir e resolver situações problemáticas junto de outras áreas do
conhecimento, acarretando em uma prática sem reflexão. Lembrando que a importância do
pensamento reflexivo é a capacidade ilimitada de transmitir significados a acontecimento da
vida e objetos que mudam continuamente no processo de construção do conhecimento
(PECHLIYE e TRIVELATO, 2005).
Além disso quando os professores não conseguem transmitir com clareza e de forma
interessante suas idéias sentimentos de apatia e antagonismo são estabelecidos, impedindo a
relação entre o professor e aluno, criando assim uma barreira para o aprendizado
(KRASILCHIK, 1996).
Uma barreira entre o aluno e o professor é um fator problemático na educação, pois
segundo Pechliye e Trivelato (2005) a partir da interação entre professor e aluno que o
conhecimento é (re) construído.
Além disso, a maioria dos professores tem dificuldade de se aproximar da própria
ciência Ecologia, pois não compreendem os avanços que ocorrem nessa área do
conhecimento, não conhecem alguns termos ou não entendem a linguagem utilizada, isso
acontece devido à falta de preparo na formação dos professores e consequentemente leva a
dificuldades em ensinar os conceitos de ecologia (MOTOKANE, 2000).
Trabalhos como o de Jiménez e Sanmartí (1997), que discutem a questão do ensino de
ciências naturais no ensino médio, a problemática que se estabelece para as o ensino de
ciências de um modo geral, também tem relevância na análise do ensino de Ecologia. As
autoras mostram que o professorado tem pouca consciência das transformações que sofre um
determinado conteúdo quando se ensina ao estudante.
Um dos trabalhos que melhor sintetiza a necessidade de atenção ao ensino de Ecologia
é o de Cherif (1992). O autor preocupou-se em estabelecer uma análise sobre as barreiras do
ensino de Ecologia nas escolas de ensino médio. O primeiro problema encontrado por Cherif
foi a falta de preocupação dos ecólogos no que se refere ao ensino de ecologia no ensino
médio. Se por um lado os ecólogos não se interessam pelo ensino da Ecologia no ensino
médio, por outro os educadores não se sentem à vontade, no referente a esse tema, por falta de
trocas com a comunidade científica. Cherif também mostra que os filósofos contemporâneos
da educação têm dado pouca importância à Ecologia.

2.3 Aula de Campo Como Método de Aprendizagem no Ensino de Ecologia

Dentro da Biologia existem muitos tipos de conteúdos que a partir de uma nova forma
de se trabalhar podem ser aprendidos mais facilmente. Estudar os seres vivos apenas
teoricamente é muito restritivo, sendo bem mais interessante poder vê-los e senti-los em seu
habitat natural. Segundo Viveiro e Diniz (2009), as atividades de campo permitem a
exploração de conceitos, procedimentos e atitudes que são de grande valia em programas de
Educação Ambiental.
Nunes e Dourado (2009) relatam que os professores esperam alcançar por meio da
aula de campo em ambientes naturais, que os alunos adquiram maior respeito pela natureza,
explorando aspectos que não são possíveis dentro da sala de aula, facilitando a assimilação de
informação de forma mais agradável. Também foi destacada a promoção do espírito científico
dos alunos por meio do aumento da capacidade de observação e de descoberta.
O professor que se interessa em mudar a tradicional aula expositiva deve buscar meios
para que os alunos possam estar envolvidos e empenhados no próprio processo de
aprendizagem (MARTINS, 2009). Krasilchik (2004) afirma que um professor pode expor os
conteúdos por meio de uma aula expositiva, o que pode ser uma experiência informativa,
divertida e estimulante, dependendo da forma como ocorra o preparo da aula.
Uma saída da escola ou trabalho de campo, também chamadas de visitas, passeios e
excursões podem estar inseridos no currículo escolar. Esta atividade é caracterizada por ser
mais flexível, por trabalhar o conteúdo proposto e acontecer em ambiente extraclasse da
instituição educacional (KRASILCHIK, 2004; MORAIS e PAIVA, 2009).
No ambiente educacional é fundamental que haja uma reflexão a respeito do
desenvolvimento de iniciativas direcionadas para a educação ambiental, as quais explorem
outros diferentes espaços para a divulgação do ensino de Ciências, tornando as ações
educativas extraescolares, incluindo as atividades em campo como valiosas formas de ampliar
o acesso dos alunos à cultura científica (MARANDINO et al., 2009).
Seniciato e Cavassan (2004) relatam que as aulas de Ciências e Biologia, realizadas
por meio do estudo de campo em ambientes naturais, surtem os efeitos esperados de acordo
com a metodologia de visita ao ambiente empregada, pois ajudam à motivação dos estudantes
das diversas faixas etárias na busca pelo conhecimento.
As aulas de campo são oportunidades em que os alunos poderão descobrir novos
ambientes fora da sala de aula, incluindo a observação e o registro de imagens e/ou de
entrevistas as quais poderão ser de grande valia. Estas aulas também oferecem a possibilidade
de trabalhar de forma interdisciplinar, pois dependendo do conteúdo, podem-se abordar vários
temas (MORAIS e PAIVA, 2009).
Iniciativas de realização envolvendo atividades que diferenciem o cotidiano escolar
têm sido relatadas como formas de levar o aluno a construção do próprio conhecimento que
vem para contrapor a ideia tradicional de ensino por transmissão-recepção de informações. O
construtivismo adota a ideia de que as concepções do indivíduo são formadas a partir da
interação ativa deste com o mundo, sendo o conhecimento uma forma de construção humana
(LIMA et al., 2004).
Dentre os benefícios do uso de aulas de campo em conteúdos relacionados à
ecossistemas, destaca-se o fato de que toda a estrutura para a realização da aula já está pronta
no ambiente, necessitando apenas que o professor planeje e prepare a atividade a ser realizada
para o maior proveito no processo de ensino aprendizagem (SENICIATO et al., 2006; SILVA
e CAVASSAN, 2006).

2.4 O Papel da Mídia Para a Educação Ambiental

Os espaços escolares, concebidos historicamente como espaços formais de educação,


são uma parte do conjunto social de espaços com os quais convivemos e interagimos
cotidianamente. Mesmo antes da internet e da globalização, McLuhan (1968, p. 17-18)
afirmava que “a quantidade pura e simples de informações transmitidas pela imprensa,
revistas, filmes, rádio e televisão excede, de longe, a quantidade de informações transmitidas
pela instrução e pelos textos escolares”.
Essa perspectiva ampliada das fontes de informação e educação de nossa sociedade
concebe o conceito de espaços educadores caros à Educação Ambiental, como afirma a nossa
Política Nacional de Educação Ambiental3 (BRASIL, 1999). Segundo o Programa
Municípios Educadores Sustentáveis do Ministério do Meio Ambiente – MES (2005), esses
espaços demonstram alternativas viáveis para a sustentabilidade e são educadores porque
estimulam ações individuais e conjuntas em prol da coletividade. Entre eles se inserem os
meios de comunicação.
A plataforma das 21 ações prioritárias da Agenda 21 Brasileira (2004, p. 34) entende
que a sustentabilidade exige uma dimensão comunicativa, e coloca a necessidade de se
mobilizar o papel relevante de pedagogia social dos meios de comunicação – televisão, rádio
e jornal – para veicular informação de interesse social, produzir campanhas voluntárias de
esclarecimento, gerando notícias capazes de conscientizar a opinião pública sobre a necessária
mudança de comportamentos.
Em consonância, o Programa Nacional de Educação Ambiental – PRONEA (2005)
teve, como um de seus objetivos, “promover campanhas de Educação Ambiental nos meios de
comunicação de massa, de forma a torná-los colaboradores ativos e permanentes na
disseminação de informações e práticas educativas sobre o meio ambiente”. É evidente o
papel educativo da mídia, sobretudo frente à problemática ambiental contemporânea; porém,
há que se analisar estratégias e conteúdos abordados.
Belmonte (2004), em seu artigo “Menos catástrofes e mais eco jornalismo”, aponta a
necessidade de cobertura de informações ambientais de qualidade e defende o debate público
sobre a questão ambiental, e não apenas enfoques superficiais, baseados em sensacionalismo,
terrorismo, colocando o meio ambiente na audiência do espetáculo, e não da educação.
Para Fonseca (2004), o papel do jornalismo ambiental não é repetir o já sabido com
discursos generalistas numa militância panfletária, mas contribuir na difusão de informações
pertinentes para que a sociedade possa, primeiramente, conhecer os problemas em suas
complexidades, para, então, articular soluções.

2.5 Educação Ambiental na Escola

Na visão de Chalita (2002, p. 34), a educação constitui-se na mais poderosa de todas


as ferramentas de intervenção no mundo para a construção de novos conceitos e consequente
mudança de hábitos. É também o instrumento de construção do conhecimento e a forma com
que todo o desenvolvimento intelectual conquistado é passado de uma geração a outra,
permitindo, assim, a máxima comprovada de cada geração que avança um passo em relação à
anterior no campo do conhecimento científico e geral.
A educação ambiental ganhou notoriedade com a promulgação da Lei 9.795, de 27 de
abril de 1999, que instituiu uma Política Nacional de Educação Ambiental e, por meio dela,
foi estabelecida a obrigatoriedade da Educação Ambiental em todos os níveis do ensino
formal da educação brasileira. A lei 9.765/99 precisa ser mencionada como um marco
importante da história da educação ambiental no Brasil, porque ela resultou de um longo
processo de interlocução entre ambientalistas, educadores e governos (BRASIL, 1999).
A escola é um espaço privilegiado para estabelecer conexões e informações, como
uma das possibilidades para criar condições e alternativas que estimulem os alunos a terem
concepções e posturas cidadãs, cientes de suas responsabilidades e, principalmente,
perceberem-se como integrantes do meio ambiente. A educação formal continua sendo um
espaço importante para o desenvolvimento de valores e atitudes comprometidas com a
sustentabilidade ecológica e social (LIMA, 2004).
Segundo Carvalho (2006, p. 71), a Educação Ambiental é considerada inicialmente
como uma preocupação dos movimentos ecológicos com a prática de conscientização, que
seja capaz de chamar a atenção para a má distribuição do acesso aos recursos Naturais, assim
como ao seu esgotamento, e envolver os cidadãos em ações sociais ambientalmente
apropriadas.
A questão central está relacionada à complexidade do que se entende por
transversalidade e como se dá tal procedimento. Campiani (2001, p. 52) afirma que ainda é
pouco clara a definição do conceito de transversalidade, suas implantações nas práticas
pedagógicas precisam ser elucidadas.
Segundo o autor, para a capacitação dos atores sociais envolvidos, no caso do
professor, devem ser incorporados novos conceitos e metodologias que venham ao encontro
da realidade, para que eles sejam atuantes e críticos diante das situações sócio-ambientais e
possam atuar e influenciar nas mudanças de atitudes. O engajamento do poder público,
através do MEC, de Secretarias de Educação através da capacitação maciça (referindo-se à
educação formal) e do cidadão por meio do exercício da cidadania, deve ser constante
(CAMPIANI, 2001).
O trabalho educacional é componente dessas medidas das mais essenciais, necessárias
e de caráter emergencial, pois sabe-se que a maior parte dos desequilíbrios ecológicos está
relacionada a condutas humanas inadequadas impulsionadas por apelos consumistas – frutos
da sociedade capitalista – que geram desperdício, e ao uso descontrolado dos bens da
natureza, a saber, os solos, as águas e as florestas (CARVALHO, 2006).
A Educação Ambiental é conteúdo e aprendizado, é motivo e motivação, é parâmetro e
norma. Vai além dos conteúdos pedagógicos, interage com o ser humano de forma que a troca
seja uma retroalimentação positiva para ambos. Educadores ambientais são pessoas
apaixonadas pelo que fazem. E, para que o respeito seja o primeiro sentimento motivador das
ações, é preciso que a escola mude suas regras para se fazer educação ambiental de uma
forma mais humana (CARVALHO, 2006).
Na visão de Dias (2004), a Educação Ambiental na escola não deve ser
conservacionista, ou seja, aquela cujos ensinamentos conduzem ao uso racional dos recursos
Naturais e à manutenção de um nível ótimo de produtividade dos ecossistemas Naturais ou
gerenciados pelo Homem, mas aquela educação voltada para o meio ambiente que implica
uma profunda mudança de valores, em uma nova visão de mundo, o que ultrapassa bastante o
estado conservacionista.
Ou seja, a Educação Ambiental é aquela que permite o aluno trilhar um caminho que o
leve a um mundo mais justo, mais solidário, mais ético, enfim, mais sustentável (GUEDES,
2006).

3 Metodologia

O Presente trabalho foi desenvolvido na Escola de Ensino Médio Cel. Alfredo Silvano,
no dia 17 de Março de 2015. Através de uma pesquisa qualitativa.
Para a coleta de dados foi utilizado um questionário, contendo 10 questões objetivas. A
pesquisa utilizou uma amostra de 20 alunos com faixa etária de 15 à 20 anos de ambos os
sexos do 3º ano do Ensino Médio, Turno Manhã.
Os dados obtidos foram tabulados e organizados na forma de gráficos utilizando o
programa Excel.

4 Resultados e Discussão

Quando questionados sobre o conhecimento de algum tema relacionado à Ecologia na


disciplina de Biologia, 73,07% dos alunos disseram que já estudaram temas relacionados à
ecologia nas aulas de Biologia e 26,93% afirmaram não ter estudado tema algum relacionado
à Ecologia nas aulas de Biologia. Esse resultado está mostrado no Gráfico 01.

Gráfico 01. Conhecimento dos alunos sobre o estudo


de Ecologia nas aulas de Biologia.

73,07%
80.00%
70.00%
60.00%
50.00%
26,93%
40.00%
30.00%
20.00%
10.00%
0.00%
Sim Não

Fonte: Pesquisa direta (2015).

Apesar de a Ecologia ser considerada uma área de conhecimento interdisciplinar, a


falta de integração entre ela e as outras áreas do conhecimento é uma grande fonte de
dificuldades no aprendizado de biologia, isso acontece porque o conteúdo é dividido e não há
oportunidade para os alunos relacionarem os mesmos a fim de dar coerência aos fatos e
conceitos aprendidos (KRASILCHIK, 1996).
Questionados sobre quais temas relacionados Ecologia que já foram estudados nas
aulas de biologia, 23,07% dos alunos afirmaram terem estudado Cadeia alimentar, 7,69%
disseram que estudaram Ecossistemas, 34,61% responderam que já estudou Relações entre os
seres vivos e o ambiente, 15,39% disseram ter estudado sobre Biomas, 11,54% afirmaram já
ter estudado sobre Fluxo de energia e níveis tróficos. O resultado está mostrado no Gráfico
02.
Gráfico 02. Estudo de temas relacionado à Ecologia nas
aulas de Biologia.
34,61%
35.00%
30.00%
23,07%
25.00%
20.00% 15,39%
15.00%
11,54%
7,69% 7,70%
10.00%
5.00%
0.00%
r as te as ico co
s
ta em ien om óg fi
en ist b Bi ol
Tr
ó
ali
m
oss am Ec is
ia Ec o o íve
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eT eN EN
r iv vo t e
ta es bi
ta gia
en er a er
ali
m s s H En
ie a eo xo
d nt
r Flu
Ca s e
õe
le aç
R

Fonte: Pesquisa direta (2015).


Segundo Fonseca e Caldeira (2008), o objetivo do estudo da ecologia, na escala
biológica, dá- se em níveis hierárquicos. Assim, para desenvolver seus problemas conceituais
e práticos é necessário de, praticamente, todos os conteúdos da disciplina de biologia. Dessa
maneira, a ecologia pode funcionar como tema gerador para o processo de ensino e
aprendizagem do componente curricular biologia.

Quando questionados sobre quais as dificuldades encontradas ao estudar Ecologia,


53,84% dos alunos entrevistados afirmaram que sentem dificuldade em entender as
nomenclaturas utilizadas, 3,85% afirmaram sentir dificuldade em entender a metodologia
utilizada pelo professor na aula, 7,69% responderam ter dificuldade em Relacionar o tema
com o dia-a-dia, 34,62% disseram não ter dificuldade nenhuma sobre o assunto e 0%
responderam que a dificuldade não é por o desinteresse pelo o assunto sobre Ecologia. O
resultado está mostrado no Gráfico 03.
Gráfico 03. Dificuldades encotradas pelos alunos ao
estudar Ecologia
53.84%
60.00% 34.62%

3.85% 7.69% 0.00%


40.00%
20.00%
0.00%

Fonte: Pesquisa direta (2015).


O Ensino de Ciências não tem apenas o intuito de tornar o alunado um cidadão pleno e
participativo, mas também de ajudar a entender algumas das indagações feitas pelo Homem,
como a compreensão da origem, da reprodução, da evolução da vida em toda sua diversidade
de organização e interação (BRASIL, 2005). Entretanto as dificuldades às vezes ocorrem
porque em ecologia há muitos conteúdos e abordagem que podem ser trabalhadas e os
conceitos ecológicos são importantes na “alfabetização ambiental”, tornando difícil selecionar
o que ensinar e muitas vezes isso atrapalha o professor (MOTOKANE, 2000).

Questionado sobre a realização de perguntas ao professor sobre Ecologia durante as


aulas de Biologia, 34,62% dos alunos entrevistados afirmaram fazer perguntas e 63,38%
disseram não realizarem perguntas ao professor sobre Ecologia nas aulas de Biologia.
Resultado mostrado no Gráfico 04.
Gráfico 04. Perguntas feitas ao professor(a)
relacionado á Ecologia durante as aulas de Biologia.

65.38%
70.00%
60.00%
50.00%
34.62%
40.00%
30.00%
20.00%
10.00%
0.00%
Sim Não

Fonte: Pesquisa direta (2015).


Uma dificuldade que pode ocorrer é a comunicação entre professor e aluno, pois
ocorre por meio de via oral, textos ou imagens, os educadores cada vez mais tem consciência
da dificuldade de comunicação por essas vias, seja porque os professores e os alunos tem
diferenças na compreensão de códigos e valores, ou porque os meios de comunicação de
massa limitam os jovens, enfim, os alunos têm problemas para compreender e comunicar suas
idéias, por outro lado os professores não abrem espaço para ouvirem os alunos então não
ficam sabendo como e o que eles estão pensando (KRASILCHIK, 1996).

Quando questionados sobre qual seria o melhor método para o entendimento dos
conteúdos de Ecologia, 25,82% dos alunos entrevistados afirmaram ser o uso de slides,
10,40% disseram ser as rodas de debates e discussão sobre o tema,7,59% responderam ser
necessário palestras, 7,59% responderam ser necessário o uso de vídeos e filmes,45,10%
afirmaram ser necessários aulas de campo, 3,60% responderam ser necessário aulas de
laboratório e 0% responderam ser necessário apenas o uso do quadro branco. Resultado
mostrado no Gráfico 5.
Gráfico 05. melhor método a ser utilizado nas aulas de
bilogia para compreensão da Ecologia

50% 45.10%
45%
40%
35%
30% 25.82%
25%
20%
10.40%
15% 7.59% 7.59%
10% 3.60%
5% 0.00%
0%
Apenas com Uso de slides Rodas de Palestras Vídeos e Aulas de Aulas de
o uso do debates e Filmes campo laboratório
quadro discussão
branco

Fonte: Pesquisa direta (2015).

Segundo Carvalho (2006) os indivíduos são únicos e cada um deles possui dificuldades e
afinidades, portanto a aprendizagem e a participação varia de pessoa para pessoa. Como a
aprendizagem depende das características pessoais, do ritmo e das motivações e interesses
individuais, a forma mais adequada de ensino a ser utilizada tende a variar segundo as
necessidades do aluno (ZABALA, 1998).
Quando questionado sobre a procura de informações sobre Ecologia fora de sala de
aula, 61,54% dos alunos afirmaram que procuram informações, enquanto que 38,46%
disseram não procura informações sobre Ecologia fora da sala de aula. Resultado mostrado no
Gráfico 06.
Gráfico 06. Informação sobre Ecologia fora do
âmbito escolar.
61.54%
70.00%

60.00% 38.46%
50.00%

40.00%

30.00%

20.00%

10.00%

0.00%
Sim Não

Fonte: Pesquisa direta (2015).

As salas de aulas são consideradas como ambientes convencionais de ensino, o que


significa dizer que os espaços fora de sala de aula podem ser classificados, de acordo como
propõem Xavier e Fernandes (2008), como espaços não convencionais de ensino. A sala de
aula, como afirmam esses autores, é um espaço físico dinamizado pela relação pedagógica,
mas não é o único espaço da ação educativa.

Questionado sobre como eles recebem informações sobre Ecologia, 34,61% dos
entrevistados afirmaram que recebem informações sobre Ecologia através da Internet, 23,07%
responderam que recebem informações através da Televisão, 19,25% disseram receber
informações através de livros, 7,69% afirmaram receber informações através da Mídia
impressa, 15,38% disseram receber informações através do Professor e 0% disseram receber
nenhuma informação sobre Ecologia através de amigos. Resultado mostrado no Gráfico 07.
34.61%
Gráfico 07. Meios de informação sobre ecologia

35.00%
23.07%
30.00% 19.25%
25.00% 15.38%
20.00%
15.00% 7.69%
10.00% 0.00%
5.00%
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Fonte: Pesquisa direta (2015).

Nesse sentido, Figueiredo (2001, p. 197) enfatiza que nessa ótica, a mídia expressa
através dos veículos massivos (televisão, rádio, jornais, revista e Internet) pode ser
considerada uma aliada poderosa junto à educação, pois tem importante papel a cumprir na
sociedade, pois desde que o homem conseguiu utilizar pela primeira vez sons e signos, a
comunicação ganhou papel importantíssimo no processo histórico.

Em relação aos temas relacionados à Ecologia já foi visto na mídia por eles, e que
mais chamaram a atenção dos mesmos, 34,61% dos alunos entrevistados afirmaram terem
visto Poluição ambiental, 11,54% disseram terem visto Esgotamento dos Recursos Naturais,
7,70% responderam ter visto Queimadas, 11,54% disseram ter visualizado Alterações da
Biosfera (efeito estufa) e 34,61% responderam que as Mudanças Climáticas e Aquecimento
Global foi o tema visto na mídia que mais chamou a atenção. O resultado esta Mostrado no
Gráfico 08.
Gráfico 08. Temas visualizado na mídia que chamaram a
atenção dos alunos relacionados à Ecologia.
34.61% 34.61%
30.00%
20.00% 11.54% 7.70% 11.54%
10.00%
0.00%
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Fonte: Pesquisa direta (2015).

Krasilchik (1996) opina sobre os meios de comunicação em massa, segundo ela estes
meios limitam os jovens. Algumas formas de ajudar os alunos em aprender, estimular a
expressão deles e evitar o fracasso escolar são: estimular atividades de pesquisa, investir em
programas de formação continuada para os professores, orientação aos pais e atividades/
trabalhos em grupo para estimular a troca de conhecimentos (CARVALHO, 2006).
Questionados sobre o conhecimento do ponto de vista Ecológico de como evitar a
degradação dos recursos ambientais, 30,76% dos alunos entrevistados responderam que a
forma de evita a degradação dos recursos ambientas seria a Educação na escola voltada para a
sustentabilidade, 26,92% afirmaram ser a Reutilização dos recursos naturais, 26,92%
disseram que seria a Reciclagem, 15,40% afirmaram que seria necessário o Uso consciente de
materiais não renováveis e 0% disseram que nenhuma das alternativas seria necessário para
evitar a degradação dos recursos ambientais. Resultado mostrado no Gráfico 09.
Gráfico 09. Ponto de vista dos alunos sobre como
evitar a degradação dos recursos ambientais

30.76%
35.00% 26.92% 26.92%
30.00%
25.00%
20.00%
15.40%
15.00%
10.00% 0.00%
5.00%
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Ed

Fonte: Pesquisa direta (2015).

Utilizar o meio ambiente que o aluno está inserido é a melhor formar de conscientizá-
lo dos problemas locais para que ele possa ter uma dimensão dos problemas globais, e assim,
conduzir este aluno a mudanças de atitudes. Seria interessante que os alunos não estivessem
alheios aos problemas que fazem parte das comunidades em que eles estão inseridos, pois “a
ação educativa não consegue sair do marco escolar para interessar-se pela comunidade e fazer
como que os alunos participem de suas atividades.” (DIAS, 2004, p. 212).
Questionados quanto à assiduidade com que a escola promove Projetos e Palestras
sobre Ecologia, 40% dos alunos entrevistados afirmaram que são ministrados palestras e
projetos sobre Ecologia na escola, 23% responderam que não há palestras na escola e 37,00%
disseram que as vezes há palestras e projetos informativos sobre Ecologia na escola.
Resultado mostrado no Gráfico 10.
Gráfico 10. Frequencias de palestras informativas
sobre ecologia na escola
40,00% 37,00%
40.00%

35.00%

30.00%
23,00%
25.00%

20.00%

15.00%

10.00%

5.00%

0.00%
Sim Não Ás vezes

Fonte: Pesquisa direta (2015).

É também nesse sentido que apontam os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s)


no Brasil, elegendo “o ensino por projetos como uma alternativa para o desenvolvimento de
uma nova proposta curricular, na qual são enfatizadas: a interação entre áreas do
conhecimento, a contextualização dos conteúdos e a participação ativa dos professores na
elaboração do currículo e no desenvolvimento da metodologia de ensino.” Para o ensino de
ciências é estabelecido, dentre outros, “o objetivo de desenvolver competências e habilidades
que capacitem os alunos a enfrentar as transformações próprias do seu tempo, apresentando
uma postura crítica perante a ciência, a sociedade e suas próprias vidas.” (BRASIL, 2006).

5 Conclusão

Com as pesquisas concluídas foi possível perceber, que os alunos pouco sabem sobre a
importância do estudo de Ecologia. O assunto é pouco comentado, e as informações são
insuficientes. Além disso não há contextualização dos conteúdos estudados, gerando
dificuldades, fazendo com que muitos não acompanhe os conteúdos abordados nas aulas.
Uma das formas mais citadas pelos alunos, para um melhor entendimento do assunto foi
a utilização de aulas de campo, pois através do contato direto com a natureza, fica mais fácil
relacionar os conteúdos estudados, motivando o processo de ensino aprendizagem dos
educandos.

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