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SÉRIE KRIPTONITA

5/5 – ELIMINANDO A KRIPTONITA

INTRODUÇÃO
Chegamos a ultima mensagem dessa série que nos trouxe até aqui lições poderosas para que nos tornemos
filhos mais fortes e maduros na fé. Você já entendeu o que é a ‘kriptonita” – uma pedra que tira a força do
personagem que ilustra essa serie, o Superman, e o impede de cumprir o seu propósito como herói na ficção
- que de forma figurada representa tudo o que também nos enfraquece e afasta de Cristo e de todo o
propósito Dele para cada um de nós. Apendemos o que é a “kriptonita”, como identificá-la em nossas vidas,
os seus efeitos, e HOJE vamos iniciar a jornada de ELIMINAR a “kriptonita’. Portanto, o ultimo tema dessa
série será ELIMINANDO A KRIPTONITA – tudo para que possamos finalizar com chave de ouro e você seja
liberto por completo de tudo o que tem impedido você de triunfar no sobrenatural poder que há na presença
de Deus, e viver a plenitude do propósito de Dele para a sua vida.
Mas entenda que quando nos dispomos a um processo como esse, de eliminar a “kriptonita”, ou seja, lançar
fora tudo que não pertence ao Senhor na sua vida e que por fim, rouba a sua força, e toda a vitalidade do seu
espírito, precisamos estar cientes que seremos CONFRONTADOS. E onde há confronto, há desconforto.
“Sem mais, irmãos, despeço-me de vocês! Procurem aperfeiçoar-se, exortem-se mutuamente, tenham um
só pensamento, vivam em paz. E o Deus de amor e paz estará com vocês” (2 Coríntios 13:11).
EXORTAR, segundo o dicionário Bíblico, significa avisar com o intuito de advertir – chamar a atenção – avisar
- dar conselho – palavra que busca reformar e melhorar costumes, atos ou opiniões.
Eu até poderia facilmente te conduzir por um caminho mais fácil, mais gostoso, menos invasivo, mas eu seria
completamente negligente com a Palavra – e se tem uma coisa que zelamos aqui nesse lugar, e que jamais
negligenciaremos, é a verdade da Palavra de Deus. Então aguenta firme aí e permita que o Espírito Santo
realize e complete a obra maravilhosa que Ele já deu início na sua vida, inclusive ao longo dessa série. Abra o
seu coração para que saímos nessa noite daqui libertos e completamente livres para viver a plenitude da vida
de cristo em nós e todo o Seu propósito.
1. O CONFRONTO
Não evite confrontar a “kriptonita”! As consequências a longo prazo serão devastadoras. Veja:
Nem todos que me chamam: ‘Senhor! Senhor!’ entrarão no reino dos céus, mas apenas aqueles que, de fato,
fazem a vontade de meu Pai, que está no céu. No dia do juízo, muitos me dirão: ‘Senhor! Senhor! Não
profetizamos em teu nome, não expulsamos demônios em teu nome e não realizamos muitos milagres em teu
nome?’. Eu, porém, responderei: ‘Nunca os conheci. Afastem-se de mim, vocês que desobedecem à lei!’
(Mateus 7. 21-23).
Temos que lembrar que não poucos, nem alguns, mas MUITOS estarão diante de Jesus no dia do julgamento
acreditando totalmente que receberão a entrada para o Reino de Deus, mas ouvirão as palavras: “Nunca os
conheci. Afastem-se de mim, vocês que praticam o mal!” (Mateus 7. 23). Quem são essas pessoas? Espíritas?
Pessoas de outra religião? Que participam de rituais? Se examinarmos as palavras de Jesus, descobriremos
que essas pessoas estão bem no nosso meio; elas frequentam a igreja – estão aqui hoje, inclusive – e
professam o cristianismo. Então vamos resumir: Jesus está falando de pessoas que acreditam nos
ensinamentos do Evangelho (quem aqui acredita na Palavra de Deus?), elas O chamam de Senhor, estão
emocionalmente envolvidas, dão voz a mensagem, e são ativas no serviço cristão (onde estão as pessoas
ativas no serviço cristão aqui hoje?). Nós a identificaríamos facilmente como verdadeiros cristãos. Porém a
Palavra diz que o Senhor vai olhar e dizer: “Nunca os conheci!” Então qual é o fator de separação? Como se
diferem dos crentes autênticos? Jesus continua dizendo: “Afastem-se de mim, que praticam o mal!” O termo
chave óbvio aqui é “praticam o mal”. Primeiramente o que é praticar o mal? Vem da palavra grega anomia. O
Dicionário Grego Thayer a define como “a condição de viver sem lei, por não ter conhecimento dela ou violá-
la.” De forma simples, aquele que pratica o mal não adere à autoridade da Palavra de Deus. A pessoa - mesmo
sendo um cristão que acredita na Palavra, está envolvido, dá voz a mensagem, é ativo no serviço cristão - peca
regularmente sem arrependimento genuíno. Essa pessoa é idolatra dos tempos modernos. Esses homens ou
mulheres não tropeçam esporadicamente. Ao contrário, evitam, ignoram, negligenciam ou desobedecem à
Palavra de Deus habitualmente. Fazem da vida ímpia uma pratica – alguns por acreditarem que partes das
Escrituras não querem dizer mesmo aquilo, outros por pensarem que alguns versículos não são relevantes
para hoje, e A MAIORIA por acreditar que estão cobertos por uma graça não bíblica. Mas se fossem
verdadeiramente salvas pela graça, iriam não apenas desprezar o pensamento, mas também escolheriam
afastar-se do pecado voluntário repetitivo. Crucificariam a carne com suas paixões e desejos, e buscariam um
caráter santo e frutos. Essa é a marca de um verdadeiro crente. Esse é o tipo de crente que o Senhor
reconhecerá, em vez de dizer: “Nunca os conheci!”
Perceba o que diz 1 João 2. 3: “Sabemos que o conhecemos, se obedecemos aos seus mandamentos. Aquele
que diz: ‘Eu o conheço’, mas não obedece aos seus mandamentos, é mentiroso, e a verdade não está nele.”
Essa declaração se alinha perfeitamente à forma como Jesus começa todo esse discurso: “Pelos frutos vocês
os reconhecerão” (Mateus 7. 20). Os frutos que Jesus está falando não é o serviço cristão, pregar a Palavra,
nem frequentar a igreja, pois aqueles que não poderão entrar no Céu terão essas qualidades. Entenda: Você
certamente encontrará essas qualidades em um verdadeiro cristão. Na realidade, uma pessoa nem pode ser
crente de verdade sem essas qualidades. Mas, possuir essas qualidades não significa que alguém é um filho
genuíno de Deus. A pergunta decisiva é: Você se arrependeu de sua prática voluntária do pecado e está
buscando apaixonadamente obedecer a Deus? Seja sincero na sua resposta! Um teste decisivo importante é:
Você considera o “vá e não peques mais” (João 5. 14) uma opção ou uma obrigação?

2. AMOR E VERDADE
Agora chegamos ao aspecto mais crítico da eliminação da “kriptonita”: a motivação por trás de matá-la. A
falta dessa força poderosa para destruir a “kriptonita” é mais provavelmente a motivação por trás do pêndulo
na nossa maneira de enxergar o Evangelho. A força da qual estou falando não é nada além do AMOR DE DEUS.
Paulo faz uma declaração poderosa, veja:
“Então não seremos mais como crianças, arrastados pelas ondas e empurrados por qualquer vento de
ensinamentos de pessoas falsas. Essas pessoas inventam mentiras e, por meio delas, levam outros para
caminhos errados. Pelo contrário, falando a verdade com espírito de amor, cresçamos em tudo até
alcançarmos a altura espiritual de Cristo, que é a cabeça” (Efésios 4. 14-15).
O inimigo é muito mais astuto do que lhe damos crédito. Se ele conseguiu enganar Eva num ambiente
perfeito, permeado pela presença de Deus, imagina como é mais fácil agora nos enganar em nosso mundo
corrupto. E o que pode nos proteger contra o engano dos falsos ensinamentos? A resposta é: a VERDADE!
Mas não a verdade sozinha, mas a verdade falada em amor. A verdade separada do amor nos direciona para
o caminho da “letra da lei”, aquilo que mata: o legalismo. Somos surrados pelo legalismo, porque ele é sujo,
cruel e detestável. Para contrariar a sua brutalidade, nós enfatizamos o amor. No entanto, o amor dito sem a
verdade não é, de modo nenhum, amor. É uma falsificação. É uma forma de bondade, simpatia, ternura, e
paciência, todas com aparência de amor verdadeiro. Mas se essas virtudes estiverem fora da verdade, nós
acabaremos inevitavelmente, no caminho do engano. Na nossa sociedade, e por muitos na igreja, tal amor
genuíno é visto como intolerante e detestável. Essa fortaleza tem sido gerada em muitos crentes como
resultado de verem a vida com a perspectiva de setenta ou oitenta anos ao invés das lentes da eternidade.
Nos temos que ver a vida num contexto eterno a fim de compreender o amor verdadeiro. O amor, de acordo
com a perspectiva de vida do mundo, nos abraça como somos e renuncia levar-nos a uma mudança de estilo
de vida. Mas o amor verdadeiro sob a perspectiva eterna diz: “Eu me importo o bastante com você para fazer
com que se sinta desconfortável por alguns instantes a fim de salvá-lo(a) de uma eternidade de tormento,
agonia e sofrimento indescritíveis”.
Existe um inferno real. Não é uma metáfora, nem uma figura de linguagem, nem um local temporário de
castigo, mas aqueles que acabarem lá “serão atormentados dia e noite, para todo o sempre” (Apocalipse 20.
10). Não podemos ignorar as palavras de Jesus: “Estes irão para o castigo eterno” (Mateus 25. 46) nem as
palavras de Paulo: “Eles sofrerão a pena de destruição eterna, a separação da presença do Senhor e da
majestade do Seu poder” (2 Tessalonicenses 1. 9). Deus não criou o inferno para as pessoas, mas para “o diabo
e seus anjos” (Mateus 25. 41).
Jesus foi movido por amor e veio para nos libertar daquilo ao qual nos condenamos. Se ele operou um resgate
tão magnífico, como podemos não levar a sério Sua forma de nos salvar de um destino tão horrível? Porque
você acha que o apóstolo Paulo suportou ser apedrejado, açoitado, espancado, sofrer dias e noites de
adversidades agonizantes e muitas outras dificuldades? Não foi para poder construir um nome, ou para se
tornar um conferencista popular, atrair multidões, ou ser um autor bem conhecido. O AMOR DE DEUS o
compeliu – o amor o conduziu. Ele enxergou através da perspectiva eterna e amou sem medo. Ele não se
acomodou com a popularidade acima da verdade, mas amou as pessoas a quem foi enviado para trazer a
Cristo. Pra finalizar esse segundo tópico, entenda: só há uma fonte de amor, e essa fonte é DEUS. Deus é
amor. Se quisermos crescer em amor, temos que crescer em relacionamento com Deus. E aplicando isso em
nossas vidas, não há “kriptonita” que prevaleça na sua vida!

3. DUAS TRISTEZAS
Há dois tipos de tristeza: uma é segundo Deus e a outra é segundo o mundo. Como cada uma se distingue?
As experiências do Rei Saul e do Rei Davi ilustram bem essa diferença. Como falamos na semana passada, Saul
desobedeceu a Deus no incidente com os amalequitas. Quando foi chamado pelo profeta Samuel, ele negou,
mas Samuel foi implacável. Então Saul colocou a culpa no povo, e somente após a persistência do profeta
Saul, ele finalmente disse: "Eu pequei". Depois que confessou, disse rapidamente a Samuel: “Agora honra-me
perante as autoridades do meu povo e perante Israel” (1 Samuel 15. 30). O foco da tristeza de Saul era ele
mesmo. Samuel o havia envergonhado ao confrontá-lo na frente de sua equipe de liderança e do povo. Ele
queria que sua honra fosse restaurada. O Rei Davi, por outro lado, pecou grandemente. Cometeu adultério
com a esposa de outro homem, e manipulou o assassinato do marido dela para cobrir seu pecado. O profeta
Natã o confrontou da mesma forma, na frente de sua equipe de líderes e do povo. No momento em que o
pecado foi exposto, Davi se jogou no chão e disse: “Pequei contra o Senhor” (2 Samuel 12. 13). Saul disse
"Pequei". Davi disse "Pequei contra o Senhor". Aqui está a diferença. Davi fica com o coração partido porque
machucou o coração Daquele a quem amava. Sua tristeza não estava focada em si mesmo, como a de Saul.
Isso se confirma quando Davi passa a noite inteira na presença do Senhor e jejua por sete dias. Ele fica
completamente desolado pelo que cometeu contra Deus. E deixa isso muito claro quando clama: “Contra Ti,
só contra Ti, pequei e fiz o que Tu reprovas; de modo que justa é a Tua sentença e tens razão em condenar-
me” (Salmos 51. 4).
Quão importante para você é ser liberto? Calcule o risco da sua liberdade, mas também calcule o risco da sua
escravidão. Deus é o seu salvador, e não há outro. Nenhum programa de cinco passos, nenhum esforço
humano, nenhuma lista de regras pode nos libertar da escravidão do pecado. No entanto, isso não significa
que Deus nos liberta do nosso pecado enquanto não fazemos nada. Deus irá libertar você, mas busca-Lo
requer ação. Buscar o nosso Pai Celestial com as motivações certas – conhece-Lo, e não para receber algo
Dele – é o que levará você à sua libertação.

4. DESCULPAS

Certo dia um espectador comentou com Jesus sobre como será maravilhoso participar de um banquete no
Reino de Deus. Jesus aproveita o comentário dele para ilustrar uma verdade profunda. Ele disse: “Certo
homem estava preparando um grande banquete e convidou muitas pessoas. Na hora de começar, enviou seu
servo para dizer aos que haviam sido convidados: ‘Venham, pois tudo já está pronto’. Mas eles começaram
um por um, a apresentar desculpas” (Lucas 14. 16-18).

A palavra fundamental nessa parábola é “desculpas”. Você já passou por isso? Pede algo a alguém, seja uma
ajuda, um convite para um jantar ou uma festa, fazer uma tarefa, ir a algum lugar, ou qualquer outro pedido,
e a resposta é uma desculpa de nada. O que desculpas comunicam? É bem simples: o que a pessoa quer fazer
é mais importante do que o seu pedido. Basicamente, estão dizendo: “As minhas prioridades são maiores na
minha lista do que na sua”. O ponto é: quando colocamos alguém, alguma coisa ou atividade antes da Palavra
do Senhor, aquilo que até então não é pecado, se torna pecado. O Senhor deseja que experimentemos todas
as benções maravilhosas que Ele nos deu. Quer que desfrutemos a vida! Ele apenas pede que permaneça em
primeiro lugar na nossa lista de prioridades, o que significa que Ele e Sua vontade tem precedência em
qualquer momento, lugar e atividade. Sem desculpa fajuta, mesmo que seja boa! Abra o seu coração e deixe
Deus trabalhar na sua vida. Exponha a Ele qualquer coisa que tenha se tornado uma desculpa que tem
impedido você de responder a vontade Dele, para o qual Ele tem te chamado. Pare de dar desculpas e não
perca o banquete!

CONCLUSÃO

O profeta Daniel previu uma geração que não irá recuar diante de nenhuma adversidade. Ele profetizou: “O
povo que conhece ao seu Deus se esforçará e fará proezas” (Daniel 11. 32).

Deus é um guerreiro e nós fomos feitos para ser como Ele. Essa é a razão pela qual filmes de super-heróis
atraem profundamente algo dentro de nós. Sabemos de maneira inata que nascemos para a grandeza! Você
é chamado por Deus para ser um herói, um campeão, alguém que vence na vida e faz a diferença no seu
mundo de influência. Seja forte, seja corajoso, aproxime-se do Rei, pois Ele deseja você. Ele anseia ser próximo
e capacitar você. Ele é por você. Ele acredita em você e, o mais importante, ama você com um amor eterno.
Você é um dos verdadeiros heróis desta Terra. Maior é o nosso “Campeão” que está em nós do que o Lex
Luthor deste mundo. Receba força Dele, permita-se ser transformado e seja também instrumento de
transformação de muitas vidas. O seu impacto não será completamente conhecido até o dia em que você se
apresentar diante do trono do Rei. Você ficará tão feliz agora e naquele dia porque não sucumbiu à
“kriptonita”. Então, mate, destrua, e elimine a “kriptonita’ e não lhe dê nenhum espaço - nem sequer uma
pequena abertura - na sua vida. Você foi criado para grande glória e força. Guerreiro (a), você tem um destino,
e este mundo precisa que você o cumpra.

Levante-se! A chave para a força e poder desse exército é que eles “conhecem ao seu Deus” intimamente. A
chave para essa proximidade é a busca incessante por santidade genuína.

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