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2. BASE LEGAL
a. Constituição Federal de 05 Out de 1988;
b. Constituição Estadual de 03 Out 1989;
c. Decreto n.º 10.030, de 30 de Set de 2019 (Aprova o Regulamento de Produtos
Controlados);
d. Portaria Interministerial nº 4.226, de 31 de Dez de 2010 (Estabelece Diretrizes sobre o
Uso da Força pelos Agentes de Segurança Pública);
e. Lei nº 13.060, de 22 de Dez de 2014 (Disciplina o uso dos instrumentos de menor
potencial ofensivo pelos agentes de segurança pública, em todo o território nacional);
f. Lei nº 13.869 de 05 Set de 2019 (Dispõe sobre os crimes de abuso de autoridade;
altera a Lei nº 7.960, de 21 de dezembro de 1989, a Lei nº 9.296, de 24 de julho de 1996, a Lei nº
8.069, de 13 de julho de 1990, e a Lei nº 8.906, de 4 de julho de 1994; e revoga a Lei nº 4.898,
de 9 de dezembro de 1965, e dispositivos do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940);
g. Lei nº 9.455 de 07 Abr de 1997 (Define os crimes de tortura e dá outras providências).
3. EXECUÇÃO
a. Conceito
Instrumentos de Menor Potencial Ofensivo (IMPO) são aqueles projetados,
especificamente, para conter, debilitar ou incapacitar, temporariamente, as pessoas, visando
cumprir os preceitos validadores do restabelecimento da ordem pública, e simultaneamente,
normas nacionais e internacionais de Direitos Humanos, minimizando ao máximo, os riscos de
lesões permanentes e letalidade.
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b. Emprego
Os Instrumentos de Menor Potencial Ofensivo (IMPO) são utilizados para promover
uso diferenciado da força, a dispersão em Operações de Controle de Distúrbios (OCD), ou, para
garantir a segurança e integridade da tropa, quando não houver a necessidade de emprego da
força letal por parte dos policiais militares.
São munições que utilizam a tecnologia física para obter seus resultados, por meio de
impacto de baixa energia cinética, provocando dor, sem causar lesões graves ou morte, desde que
usadas corretamente. É fundamental conhecer cada munição empregada pela BM, em especial
quanto as suas distâncias de segurança, pois isso, aliado ao ponto de impacto, é que vai fazer
com que as munições sejam efetivamente de baixa letalidade. Caracterizam-se pela composição
do projetil em corpo de borracha (elastômero), com ou sem preenchimento interno de outro
material menos lesivo (pó inócuo), destinadas à proteção e segurança da tropa, podendo ser
utilizadas tanto na espingarda calibre 12 Gauge, nos lançadores AM 637/38 e 640 (Condor), ou
equivalente. Insta destacar que as distâncias devem ser respeitadas, pois, disparos em distâncias
inferiores às recomendadas podem ser letais, em contrapartida, disparos em distâncias
maiores serão ineficientes.
Quando destinados a dissuadir indivíduos, devem ser efetuados disparos nas pernas
evitando a região genital, evitando-se disparos na linha horizontal ou contra o solo, evitando
danos e lesões indesejadas e ricochetes.
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É um acessório utilizado na Cal .12 com o objetivo de aumentar a velocidade do disparos e o agrupamento no alvo.
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2) Munição de impacto controlado (MIC) AM-403/PSR (Precision Short Range)
Cartucho fabricado pela empresa Condor S.A., composto de estojo de plástico
semitransparente, com base de metal, espoleta de percussão, carga de projeção e 1 projetil de
elastômero macio, todo na cor Cinza, com formato aerodinâmico e saia estabilizadora, visando
dar maior precisão ao disparo em um alvo seletivo, que esteja de alguma forma comprometendo
a segurança da tropa. Desenvolvida para ser disparada através de Espingarda Calibre 12 sem
“choke” na distância de 05 à 20 metros, medidos entre a saída do cano da arma e o alvo. As
munições de impacto controlado têm sempre seu ponto de impacto nas pernas evitando a região
genital.
d. Granadas Manuais
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São artefatos bélicos de uso restrito (utilizado por forças policiais quando em serviço)
com peso inferior a 1kg, com o objetivo de facilitar seu transporte e lançamento. Esses
Instrumentos de Menor Potencial Ofensivo são classificados quanto ao TIPO (defensiva/militar
ou ofensiva/policial), quanto ao FUNCIONAMENTO (explosiva mista e emissão), quanto à
PROJEÇÃO (manual ou por artefato próprio) e quanto ao MECANISMO DE
FUNCIONAMENTO (Espoleta Ogival de Tempo/EOT).
g. Treinamento e Habilitação
Deverão ser elaborados procedimentos de habilitação para o uso de cada tipo de
instrumento de menor potencial ofensivo e que incluam avaliação técnica, física e treinamento
específico, com previsão de revisão periódica mínima, conforme preconiza a Lei nº 13.060/14.
Para utilização de todos os instrumentos de menor potencial ofensivo, o policial
militar deverá ser habilitado em curso ou instrução específica, ministrada por instrutor formado
em Curso de Especialização em Operações de Choque, ou equivalente.
Para a habilitação de munição de impacto Controlado, pode ser ministrada por
instrutor formado em curso de especialização em operações de choque ou equivalente ou Curso
de Instrutor do Uso Diferenciado da Força e da Arma de Fogo ou equivalente.
4. PRESCRIÇÕES DIVERSAS
a. Nenhum policial militar deverá portar instrumento de menor potencial ofensivo para o
qual não esteja devidamente habilitado. Sempre que um novo tipo de IMPO for introduzido na
Instituição, deverá ser estabelecido um módulo de treinamento específico com vistas à sua
habilitação.
b. Os instrumentos de menor potencial ofensivo deverão ser armazenados conforme
orientação do fabricante.
c. O policial militar que portar Cal. 12 na função de atirador em Operações de Controle
de Distúrbios, somente utilizará munições de impacto controlado, ficando expressamente vedado
a utilização de munições letais neste tipo de armamento.
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d. O policial militar portador de instrumento de menor potencial ofensivo deverá portar
armamento convencional, a fim de que não se perca o potencial defensivo em situações que
evoluam para um risco maior.
e. A presente Nota de Instrução visa cumprir os princípios da administração pública, em
especial o princípio da eficiência. Desta forma busca-se estabelecer, na Brigada Militar, as
munições de impacto controlado que tenham como fator primordial a seletividade, evitando
danos/lesões secundárias indesejáveis.
f. Os IMPO, porventura, não citados nesta Nota de Instrução, devem ser utilizados
seguindo as instruções do fabricante.
g. As granadas GL305, GL308, GB705 e GB708 serão utilizadas até finalizar os estoques
da Brigada Militar.
h. A presente NI revoga a 2.29/EMBM/2020, de 23 de dezembro de 2020.
Anexos:
Anexo “A” – TABELA DE MUNIÇÕES DE IMPACTO CONTROLADO EMPREGADAS NA BM;
Anexo “B” – TABELA DE GRANADAS POLICIAIS MANUAIS EMPREGADAS PELA BM;
Anexo “C” – TABELA DE GRANADAS POLICIAIS LANÇADAS POR ARTEFATO PRÓPRIO
EMPREGADA PELA BM.
Anexo “D” – TABELA DE ESPARGIDORES DE AGENTES QUÍMICOS EMPREGADOS PELA
BM.
Anexo “E” – RELATÓRIO INDIVIDUAL DE UTILIZAÇÃO DE ESPARGIDOR.