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M-04-PMRN

SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANÇA PÚBLICA E DA


DEFESA SOCIAL
POLÍCIA MILITAR

MANUAL TÉCNICO

MUNIÇÕES DE MENOR POTENCIAL


OFENSIVO

1º Edição
2018
M-04-PMRN

SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANÇA PÚBLICA E DA


DEFESA SOCIAL
POLÍCIA MILITAR

MANUAL TÉCNICO

MUNIÇÕES DE MENOR POTENCIAL


OFENSIVO

1º Edição
2018
Este Manual é dedicado a todos os Policiais Militares que buscam dentro da Técnica e da
Doutrina, prestar um melhor serviço à população, e que trazem consigo a preocupação de
difundir o conhecimento e preparar tecnicamente os homens e mulheres que fazem as
Policiais Militares do Brasil.

PELA PAZ E PELA ORDEM!

“O treinamento não se deve restringir a uma preleção diária sobre um assunto ou


ocorrência, leitura de ordens, escalas de serviço e recomendações sobre “o que fazer”; mas,
principalmente, ao treinamento de procedimentos-padrão, ensinando “como fazer””.

Manual de Padronização de Procedimentos Policias-Militares, M-13-PM, PMESP (2003,


p.19)
SUMÁRIO

CAPÍTULO I - INTRODUÇÃO
ARTIGO I - Generalidades ................................................................................... 6
ARTIGO II - Histórico .......................................................................................... 8
CAPÍTULO II - CARACTERÍSTICAS
ARTIGO I - Classificação e Composição ............................................................. 9
ARTIGO II - Calibre e Funcionamento .............................................................. 10
CAPÍTULO III – MUNIÇÕES DE IMPACTO CONTROLADO (MIC)
ARTIGO I - Generalidades ................................................................................. 11
ARTIGO II - Munições de Impacto Controlado (MIC) Cal .12 ......................... 15
ARTIGO III - Munições de Impacto Controlado (MIC) Cal. 37/40mm ............. 19
ARTIGO IV - Munições de Impacto Controlado (MIC) Cal. 40mm “NT” ........ 21
CAPÍTULO IV – MUNIÇÕES DE JATO DIRETO (MJD)
ARTIGO I - Generalidades ................................................................................. 23
ARTIGO II - Munições Jato Direto (MJD) Cal. 12 ............................................ 24
ARTIGO III - Munições Jato Direto (MJD) Cal. 37/40mm ............................... 25
CAPÍTULO V - MUNIÇÕES EXPLOSIVAS (ME)
ARTIGO I - Generalidades ................................................................................. 26
ARTIGO II - Munição Explosiva (ME) Cal.40mm ............................................ 27
CAPÍTULO VI – MUNIÇÕES DE EMISSÃO FUMÍGENA (MEF)
ARTIGO I - Generalidades ................................................................................. 28
ARTIGO II - Munições de Emissão Fumígena (MEF) Cal 37/40mm ................ 30
CAPÍTULO VII – CONSIDERAÇÕES FINAIS
ARTIGO I - Procedimentos para avaliação de desempenho de Munições ........ 32
ARTIGO II - Armazenamento ............................................................................ 33
ARTIGO III – Das Instruções de Habilitação ..................................................... 34
ARTIGO III – Considerações diversas ............................................................... 34
REFERÊNCIAS 35
CAPÍTULO I

INTRODUÇÃO

ARTIGO I

GENERALIDADES

FINALIDADE

O presente manual tem por finalidade regular o emprego de munições de menor


potencial ofensivo (MuMPO) em uso na Policia Militar do RN, abrangendo não somente as
munições de impacto controlado, mas sim todas as munições que tenham como finalidade não
causar o evento morte no oponente. Assim, deixaremos de abordar granadas, espargidores,
armas de incapacitação neuro muscular (Taser/Spark), dispositivos pirotécnicos, dispositivos
sonoros e demais artefatos.

Não é intenção desse Manual demonstrar especificamente os conceitos de Uso


Diferenciado da Força (UDF), apesar de que várias definições e ilustrações façam menção a
mesma pois o uso das MuMPO são parte integrante do UDF. Tal assunto será especificado em
manual próprio.

Atualmente, encontra-se disponível em uso na corporação majoritariamente, munições


das empresas Condor Não Letais S/A e da Companhia Brasileira de Cartuchos, sendo ambas
objeto de estudos, mas que em linhas gerais podem ser aplicadas as demais munições que por
ventura sejam adotadas pela corporação, no que tange aos procedimentos de emprego.

A simples leitura deste manual não habilita o Policial no uso e manuseio, devendo
possuir treinamento especifico para habilitar o seu uso.

Toda instrução só deve ocorrer com instrutor devidamente habilitado

DEFINIÇÃO

Pelos dispositivos legais existentes no Brasil, seguiremos as duas definições contida


em seus textos, sendo a Portaria Interministerial 4.226/10 e a Lei Federal 13.060/14 a saber:

Munições de Menor Potencial Ofensivo são “aquelas projetadas e/ou empregadas,


especificamente, com a finalidade de conter1, debilitar2 ou incapacitar3 temporariamente
pessoas, preservando vidas e minimizando danos à sua integridade. ” (BRASIL, 2010) (grifo
nosso)

1
Impedir de prosseguir
2
Reduzir a capacidade de ação do oponente
3
Interromper a capacidade de reação do oponente
“São aqueles projetados especificamente para, com baixa probabilidade de causar
mortes ou lesões permanentes, conter, debilitar ou incapacitar temporariamente
pessoas.” (BRASIL, 2014)

ASPECTOS LEGAIS

O uso de Instrumentos de Menor Potencial Ofensivo como um todo são amplamente


defendidos dentro dos Princípios Básicos sobre o Uso da Força e Armas de Fogo adotado no
Oitavo Congresso das Nações Unidas sobre “Prevenção do Crime e o Tratamento dos
Infratores”, realizado em Havana, Cuba, de 27 de agosto a 07 de setembro de 1990.

[...] Os Governos e os organismos de aplicação da lei devem desenvolver um leque


de meios tão amplo quanto possível e habilitar os funcionários responsáveis pela
aplicação da lei com diversos tipos de armas e de munições, que permitam uma
utilização diferenciada da força e das armas de fogo. Para o efeito, deveriam ser
desenvolvidas armas neutralizadoras não letais, para uso nas situações
apropriadas, tendo em vista limitar de modo crescente o recurso a meios que
possam causar a morte ou lesões corporais. [...] (grifo nosso)

A Portaria Interministerial 4.226/2010 SEDH/MJ, que Estabelece Diretrizes sobre o


Uso da Força pelos Agentes de Segurança Pública, que veio normatizar o uso diferenciado da
força pelos agentes de segurança pública, reforçam a validade de sua utilização.

Art. 2º Os órgãos de segurança pública deverão priorizar a utilização dos


instrumentos de menor potencial ofensivo, desde que o seu uso não coloque em risco
a integridade física ou psíquica dos policiais, e deverão obedecer aos seguintes
princípios: [...]

Art. 3º Os cursos de formação e capacitação dos agentes de segurança pública


deverão incluir conteúdo programático que os habilite ao uso dos instrumentos não
letais. [...]

[...]19. Deverá ser estimulado e priorizado, sempre que possível, o uso de técnicas e
instrumentos de menor potencial ofensivo pelos agentes de segurança pública, de
acordo com a especificidade da função operacional e sem se restringir às unidades
especializadas. [...]

No estado do Rio Grande do Norte o Artigo 1º da Lei Estadual 8.691 de 18 de agosto


de 2005, que Dispõe sobre o uso de armas e munições não-letais no território do Estado
autorizou a utilização das “armas não letais”, após 11 anos de proibição: “Art. 1º. Fica
autorizada a utilização de armas e munições não-letais por integrantes das Polícias Civil e
Militar, em operação em todo o território do Estado do Rio Grande do Norte”

E por fim, a Lei Nº 13.060/2014 que disciplina o uso dos instrumentos de menor
potencial ofensivo pelos agentes de segurança pública, em todo o território nacional, trouxe
para dentro do contexto de lei federal a sua autorização de uso e estimulo a sua adoção,
evitando que leis estaduais por ventura viessem a proibi-la de alguma maneira.

ARTIGO II

HISTÓRICO

Entre as décadas de 50 e 60, bastonetes de madeira, foram usados contra grevista e


manifestantes anti-britânicos em Hong-Kong. Os projeteis eram apontados para o chão, para
atingir as pernas, evitando ferimentos mais graves. Essas munições ficaram conhecidas como
Knee-knockers (batedor de joelhos em tradução livre).4 As munições de múltiplos bastonetes
geralmente continham cinco projéteis. Já nos Estados Unidos Balas de borracha foram
introduzidas nos Estados Unidos para reprimir manifestantes anti-guerra e de direitos civis na
década de 19605.

Durante os anos 70, os ingleses desenvolveram projéteis de plástico e borracha para


uso nas ruas de Belfast, na Irlanda do Norte. Essas munições eram disparadas de um lançador
de granadas de gás, um bastonete longo era lançado na multidão com muita eficácia. Entre
1970 e 2005 foram disparados aproximadamente 125 mil dessas munições na Irlanda do
Norte, tornando os britânicos os maiores usuários da história. Demonstrou ser seguro quando
disparado contra os membros ou parte inferiores do corpo, porém logo no início da adoção de
tais munições, percebeu-se que poderia ser letal ao ser disparado de uma distância muito curta
e em certas partes do corpo.6

Atualmente, forças policiais e militares dispõem de uma gama de munições, dos mais
variados tipos e formatos para evitar o uso da força letal nos diversos tipos de ocorrências que
os seus integrantes possam se deparar, salvaguardando a vida do agressor.

4
MASSACHUSETTS, 2016
5
www.slate.com, 2000
6
WILLIAMS, 2012
CAPÍTULO II

CARACTERÍSTICAS

ARTIGO I

CLASSIFICAÇÃO, COMPOSIÇÃO

CLASSIFICAÇÃO

As Munições de Menor Potencial Ofensivo são classificadas em:

a) Munições de Impacto Controlado (MIC);

b) Munições Jato Direto (MJD);

c) Munições Explosivas (ME);

d) Munições de Emissão Fumígena (MEF).

COMPOSIÇÃO

De modo geral os cartuchos de munições de menor potencial ofensivo a serem


empregadas nas espingardas e lançadores são compostos por:

a) Projétil - Dos mais variados tipos são em sua maioria compostos de elastômero
macio, contudo, existem modelos com projéteis explosivos, cargas lacrimogêneas,
pó inócuo, etc.

b) Espoleta - Pequeno corpo metálico que contém determinada quantidade de mistura


explosiva destinada a inflamar a carga de projeção. É alojada na base do estojo
através de pressão e a percussão ocorre quando ela é comprimida, e como a
mistura é sensível ao choque, inflama-se e dá início a combustão da carga de
projeção (pólvora) do cartucho.

c) Carga de Projeção (ou pólvora) - É um propelente sólido que possui queima


controlada e progressiva, e ao queimar geram gases a uma velocidade muito
rápida, e que ocupam volumes muitas vezes maior que os sólidos que os geraram.
Mediante esta ação os projéteis são expulsos do interior do cano dos respectivos
armamentos.

d) Bucha - São estruturas que tem a finalidade de agrupar os componentes internos


do cartucho e conduzir a carga (ou projétil) para fora da arma. Apesar que os
fabricantes não a identificam na estrutura das munições, podemos por analogia
adotar a mesma terminologia devido a sua semelhança e finalidade. Podendo ser
confeccionado em papelão ou plástico. Para munições de emissão fumígena tal
estrutura não é encontrada.

e) Culote – Confeccionado em alumínio e abriga a carga de projeção. Modelos


antigos possuíam culote de plástico aonde facilmente quebravam e ocasionavam
incidentes de tiro.

f) Tampa – Ainda que nos manuais de munições letais tal estrutura não exista, para
algumas munições de impacto controlado e jato direto serve para manter os
projéteis compactados dentro do estojo.

g) Estojo – Serve para agrupar todos os demais componentes num único corpo.

ARTIGO II

CALIBRE E FUNCIONAMENTO

CALIBRES

Existem os seguintes calibres a serem considerados:


a) Calibre 12;
b) Calibre 37 mm, 38mm, 38.1 mm e 40mm x 46mm.

O estojo das munições no calibre 12 apresenta como características gerais:

 Ser confeccionado em plástico branco translúcido, o que permite a observação


do tipo de projétil presente em seu interior, além de diferenciar os cartuchos
que contém balins ou balotes de chumbo, que normalmente são vermelhos, cor
consagrada mundialmente para indicar um padrão de perigo;
 Seu formato é cilíndrico e possui base reforçada com aro de metal tipo latão
(que facilita a extração do estojo);
 Não se oxida facilmente, resistindo à corrosão e possui propriedades de
expandir-se quando da percussão;
 Estojo de fogo central porque a espoleta é colocada no centro da base;

O estojo das munições no calibre 37/40 mm apresentam como características gerais


igual as características dos estojos cal.12, porém são confeccionados em alumínio.

FUNCIONAMENTO

O funcionamento se dará após a percussão da espoleta, aonde será ignitado uma carga
de projeção, disparando o (s) projéteis (s) do seu interior.
Fig. 01: Composição Geral das MuMPO
Fonte: Arquivo Pessoal do Autor

CAPÍTULO III

MUNIÇÕES DE IMPACTO CONTROLADO (MIC)

ARTIGO I

GENERALIDADES

DEFINIÇÃO

São munições em que seu (s) projétil (eis) são fabricados geralmente em borracha
butílica, podendo ter variação de composição, tendo como característica geral possuir baixa
energia cinética.

Conforme Widder, Blutz e Milosh (1997, P.1) definem em seu trabalho a respeito de
projeteis não letal:
“O principal objetivo na performance de projéteis não-letais antipessoal de impacto
é de dissuadir de forma confiável ou incapacitar sem causar ferimentos que
requerem atenção médica além de primeiros socorros simples ou que deixam danos
permanentes”

Os efeitos de sua utilização no oponente é dor e hematomas, devido a transferência da


energia cinética aliado ao desenho do projétil, sendo que quando utilizado dentro dos
parâmetros técnicos corretos, não causam traumas permanentes ou morte.

Fig.2 - Estrutura química da borracha butílica.


Fonte: http://www.rubberpedia.com/borrachas/borracha-isobutileno-isopreno.php
BALÍSTICA EXTERNA
“A balística externa é o estudo das forças que atuam nos projéteis e nos
correspondentes movimentos destes durante a sua travessia da atmosfera, desde que ficaram
livres das influências dos gases propulsantes, até aos presumíveis choques com os seus
alvos.” (https://pt.wikipedia.org/wiki/Bal%C3%ADstica_externa).
Além da diferença conceitual entre ambas as munições, a principal diferença entre elas
se constitui que as MIC possuem energia cinética bem abaixo das munições destinadas a força
letal.
Segundo Teixeira (2015) energia cinética “é a forma de energia que os corpos em
movimento possuem. Ela é proporcional à massa e à velocidade da partícula que se move”,
tendo como unidade de energia expressa em Joule (J).

Sua fórmula é descrita como Ec= m.v2


2
Aonde:

- “m” é a massa expressa em Kg,


- “v” é a velocidade expressa em metros por segundo (m/s)

Comparativamente temos os seguintes resultados


MuMPO7 8:

 AM 403-PSR: 110J (a 5 metros)


 AM 470 Soft Punch: 161J (a 5 metros)
 AM 404 – Tri Impact Super: 101J (a 20 metros)

Munições Letais9 10:

 Cal .38 SPECIAL Chumbo Ogival Curto: 177J


 Cal .40 S&W Encamisado Total Ponta Plana: 532J
 Cal 7,62x51 mm Encamisado Total Pontiagudo Comum: 3.276J

Soma-se a isso a forma do projétil (diâmetro, comprimento e seção transversal oposta


à resistência do ar) sofre grande influencia da resistência do ar (elemento frenador),
interferindo na estabilidade da projeção, precessão (mudança do eixo de rotação) e nutação
em relação ao eixo de trajetória, possuindo apenas o movimento de translação, principalmente
para as munições mais rudimentares.

Além disso, em comparação as munições letais, as MIC possuem uma maior área de
impacto além do próprio material no qual é fabricado seus projéteis serem feitos para a maior
parte da energia ser transferido para o oponente (o projétil da munição AM 470 é altamente
deformável, pois é fabricado a base de talco inócuo com um involucro de borracha altamente

7
Distância Mínima recomendado pelo fabricante
8
FERREIRA, 2015
9
Medido na boca do cano
10
COMPANHIA BRASILEIRA DE CARTUCHOS, 2013
flexível, e o projétil das munições NT de impacto controlado são feito de Etileno Acetato de
Viníla, conhecido popularmente como EVA).

Por fim, as MIC possuem distâncias mínimas de utilização, que se configura o


máximo de energia aceitável para não causar lesões exacerbadas no oponente, (perdendo
velocidade durante essa trajetória, e consequentemente energia cinética, até atingir a distância
de segurança), ao passo que as munições letais não possuem tal restrição.

USO DIFERENCIADO DA FORÇA

O enquadramento da utilização de tais munições dentro dos modelos de Uso


Diferenciado da Força11, encontra-se no penúltimo nível de força (“Táticas defensivas não
letais”) aonde tal situação se configura quando o policial ao deparar com atitudes agressivas
do suspeito, deve tomar medidas apropriadas para deter imediatamente a ação agressiva, bem
como ganhar e manter o controle do suspeito.

Nesta situação o controle físico já não é conveniente ou colocará demasiadamente em


risco a integridade física do policial ou de terceiros, necessitando utilizar arma de fogo para
deter, incapacitar ou debilitar o oponente, conforme a situação se configurar, porém, sem
colocar- em risco a vida do agressor

A questão da lesividade causadas no oponente, oriundo da utilização de munições de


impacto controlado, devem ser ponderados no sentido que a sua utilização é o último recurso
“não-letal” antes de recorrer ao uso da força letal.

Assim o usuário de tais munições tem que possuir a total consciência do seu uso
correto e das consequências do seu mal-uso, devendo por isso somente utilizar tais munições
policiais devidamente treinados e capacitados.

A não observância de parâmetros técnicos na utilização de tais munições pode por em


risco a credibilidade de toda a corporação, bem como a validade da utilização dos
Instrumentos de Menor Potencial Ofensivo, além das responsabilidades judiciais e
administrativas do usuário.

Fig. 3: Modelo de Uso Diferenciado da Força


Fonte: SENASP

11
Ainda que exista variação de modelos de UDF, conforme cada país ou Corporação Policial, o seu uso sempre
será como maior nível de força “não-letal”.
O tiro policial com munições de impacto controlado não dever ser empregado para
dispersão de multidões, visando assim a incapacitação de alvo selecionado que coloque em
risco a tropa ou a terceiros, ou ainda a patrimônio público ou privado.

EMPREGO

Ao utilizá-las, o policial deve ter o cuidado de atirar somente nos membros inferiores
(região das pernas), evitando, portanto, a cabeça, tórax e baixo ventre, pois o risco de graves
lesões permanentes na caixa craniana e demais órgãos é muito alto.

A expressão “da linha da cintura para baixo” é equivocada, pois devemos livrar o
baixo ventre para não causar lesões permanentes, como esterilidade nos homens, perfuração
do intestino entre outros efeitos danosos.

Observações importantes em relação ao emprego são:

 Se empregadas a distâncias inferiores das recomendadas pelos fabricantes,


poderão causar grave lesão ou mesmo o resultado morte à pessoa atingida;
 Se empregadas a distâncias acima das recomendadas têm sua eficiência
comprometida, ou seja, pode-se não alcançar o resultado desejado de se atingir
o agressor ou mesmo se atingi-lo, não será com a energia necessária para se
fazer cessar a agressão e se alcançar a intimidação física e psicológica;
 Não realizar disparos para o alto e ao solo (ricochete), devido a
imprevisibilidade da trajetória;
 Não empregar em planos diferentes (elevado ou abaixo) ou até mesmo
barricado, pois dificilmente conseguirá se atingir a região das pernas.

DISTÂNCIA DE UTILIZAÇÃO

Deverá ser seguido estritamente as prescrições do fabricante quanto a distância


mínima de utilização;

EXCLUDENTE DE ILICITUDE

Caso o policial venha a se deparar diante de uma ameaça letal real, contra ele ou
terceiros, aonde se justifique o uso da força letal, o uso de munição de impacto controlado
poderá ser utilizado como tal (distâncias inferiores a recomendada e em local diverso das
pernas) dentro das excludentes de ilicitudes existentes no código penal e código penal militar
ARTIGO II

MUNIÇÕES DE IMPACTO CONTROLADO (MIC) Cal. 12

ARMAMENTO

Consideraremos a utilização em espingardas calibre 12, podendo ser lançadas por


espingardas tipo “pump action”, ou semi-automáticas no regime pump. Caso haja
disponibilidade deve-se utilizar aquelas dotadas de coloração laranja. Assim não
recomendamos a utilização de munições de impacto controlado nos cassetetes/bastãos
projetor devido a baixa precisão, limitação em carregamento, tamanho do cano, etc.

CARACTERÍSTICAS GERAIS

Compostas por projéteis de borracha possuem carga de projeção menor do que nos
modelos de “caça”, sendo de maneira geral empregadas a partir de 20 metros e as de emprego
para curtas distâncias a partir de 05 metros.

AM 403 – MONO IMPACT

Munição monoimpacto no cal. 12. com


projétil cilíndrico.
Cartucho com 64 (sessenta e quatro)
milímetros de comprimento e estojo plástico
branco translúcido;
Velocidade – Entre 135 e 165 m/s,
perde velocidade no percurso;
Dispersão - Não há. Desvio da
trajetória devido a ação da gravidade;
Projéteis - 1 projétil cilíndrico simples;
Característica - a mais rudimentar Fig. 4 – AM 403
Fonte: Catalogo Empresa Condor S/A, 2015
dentre as M.I.C. Permite o disparo pontual em
01 oponente. Seu corpo em formato cilíndrico
pode ocasionar desvios em seu eixo de trajetória, vindo a atingir lateralmente ao alvo. Possui
arestas no qual pode ocasionar lesão maior no oponente. Na ausência de outra munição de
impacto único, pode ser utilizado em ações que visem a seleção pontual do alvo
(Desobstrução de via, Reintegração de Posse em área aberta, atuação contra multidões em
locais abertos);
Alcance Efetivo – 20 a 30 metros.
AM 403/A – TRI IMPACT

Munição de borracha tri-impacto no


cal. 12.com (três) projéteis esféricos.
Cartucho com 67 (sessenta e sete)
milímetros de comprimento, estojo plástico
branco translúcido;
Velocidade – Entre 130 e 170m/s,
não perdendo velocidade no seu percurso;
Dispersão - Apresenta uma deflexão
de 1/3 de precisão a cada 10 metros do
disparo, ou seja, observando a distância de
segurança preconizada pelo fabricante (20 Fig. 5 – AM 403/A
metros do oponente), teoricamente apenas 01 Fonte: Catalogo Empresa Condor S/A, 2015
das 03 esferas irá atingir algum membro
inferior do oponente, aumentando o risco de atingir terceiros;
Projeteis - 03 projéteis esféricos de elastômero;
Características - Tornar-se adequada em situações onde a massa, na sua totalidade,
esteja apresentando resistência ativa contundente (rebelião em estabelecimentos prisionais);
Alcance Efetivo– 20 a 30 metros.

AM 403/C

Munição de borracha tri-impacto no


cal. 12. com 3 (três) projéteis cilíndricos.
Cartucho com 63 (sessenta e três)
milímetros de comprimento, estojo plástico
branco translúcido.
Velocidade – Entre 130 e 170m/s,
perdendo velocidade no seu percurso;
Projeteis - 03 projéteis cilíndricos,
que se defletem. Semelhante ao projétil da
AM 403, porém seccionado em três partes
iguais. Fig. 6 – AM 403/C
Característica - Disparo em múltiplos Fonte: Catalogo Empresa Condor S/A, 2015
oponentes. Tornar-se adequada em situações
onde a massa, na sua totalidade, esteja apresentando resistência ativa contundente (rebelião
em estabelecimentos prisionais), porém com potencial lesivo maior devido às características
dos projéteis como arestas, eixo de rotação irregular, etc.
Alcance Efetivo – 10 a 15 metros.
AM 403/M – MULTIMPACT

Munição de borracha multi-


impacto no cal. 12.
Cartucho com 64 (sessenta e
quatro) milímetros de comprimento, estojo
plástico branco translúcido.
Velocidade – Entre 130 e 170m/s,
perdendo velocidade no seu percurso;
Dispersão - Alta dispersão devido
à quantidade de projéteis;
Projéteis - 18 esferas de

elastômero; Fig. 7 – AM 403/M


Característica - Disparo em Fonte: Catalogo Empresa Condor S/A, 2015
múltiplos oponentes. Tornar-se adequada em
situações onde a massa, na sua totalidade, esteja apresentando resistência ativa contundente
(rebelião em estabelecimentos prisionais).
Alcance Efetivo – 10 a 25 metros.

AM 403/P - PRECISION

Munição mono-impacto no cal. 12.


Cartucho com 64 (sessenta e quatro)
milímetros de comprimento, estojo plástico
branco translúcido.
Velocidade – Entre 135 e 165m/s,
não perdendo velocidade no seu percurso;
Dispersão - Não há. Desvio da
trajetória devido a ação da gravidade;
Projétil: 01 (um) projétil de
elastômero na cor amarela dotado de saia
estabilizadora de base oca (holow base) e Fig. 8 – AM 403/P
mola redutora de impacto; Fonte: Catalogo Empresa Condor S/A, 2015
Característica - Disparo pontual em
01 oponente, tornando-se adequado para utilização em Operações de Choque em área aberta,
permitindo selecionar adequadamente o oponente (Desobstrução de via, Reintegração de
Posse em área aberta, atuação contra multidões em locais abertos);
Alcance Efetivo – 20 a 50 metros.
AM 403/PSR PRECISION SHORT RANGE

Munição mono-impacto no cal. 12.


Cartucho com 62,5 (sessenta e dois e
meio) milímetros de comprimento, estojo
plástico branco translúcido;
Velocidade - Em torno de 110 m/s a 5
metros e 75m/s a 20m de distância;
Dispersão - Não há. Desvio da trajetória
em até 9cm a 5 metros devido a ação da
gravidade;
Projétil - 01 projétil com sistema de
mola redutora de impacto, pesando 9 g.
Característica - Disparo pontual em 01 Fig. 9 – AM 403/PSR
oponente, adequado para utilização de Fonte: Catalogo Empresa Condor S/A, 2015
ocorrências em policiamento ostensivo, e
interior de estabelecimentos penais e demais
ambientes confinados e praças desportivas. Permite a utilização de MIC em locais restritos
quanto a distância do oponente.
Alcance Efetivo – 5 a 20 metros.

CBC SÉRIE LESS LETHAL ANTI MOTIM

Composição - Projétil (eis) de


elastômero e plástico;
Peso - 6,6g (Plástico) 7,7g (20 projéteis
de borracha) 12g (3 projéteis de borracha);
Utilização - 05 a 10 m / 10 a 20 m / 20
a 50 m;
Características - para as munições que
contém projéteis de borracha, sua utilização se
adequa em situações onde a massa, na sua
totalidade, esteja apresentando resistência ativa
contundente (rebelião em estabelecimentos
prisionais).
Já munição que contém projéteis de Fig. 10 – Série Less Lethal CBC
plástico, a experiência prática demonstra que Fonte: http://www.cbc.com.br/upload/informativos/4.pdf
o alcance útil das munições com plástico é
muito pequeno, aonde a pouco menos de 5 metros se torna demasiadamente perigoso e acima
de 7 metros ineficiente. Dessa forma recomenda-se a NÃO utilização de munições contendo
projéteis de plástico.
ARTIGO III

MUNIÇÕES DE IMPACTO CONTROLADO (M.I.C.) Cal. 37/40mm

GENERALIDADES

Apesar da visível diferença no tamanho em relação as existentes no cal. .12 as


munições 37/40mm não diferem das já existentes quanto aos locais de impacto e não há
aumento considerável das distâncias mínimas. Para efeito deste manual trataremos os calibres
37/38mm, 38.1 e 40mm apenas como calibres 37/40mm, exceto as munições da série NT que
são exclusivas para o cal. 40mm devido a sua cinta de forçamento.

Consideraremos a utilização em lançadores próprios. Não recomendamos a utilização


de munições de impacto controlado nos lançadores em formato de tonfa devido à baixa
precisão, limitação em carregamento, tamanho do cano, etc.

Nas polícias militares, se tornou famoso o Federal Gas Riot Gun M-203Z de 38.1mm
conhecido como “Mosquetão Federal”, que equipou diversas unidades de choque no Brasil.
Até o surgimento de lançadores mais modernos como AM 600 da empresa Condor S/A

Fig. 11 – Lançador Federal Gas Riot Gun M 201 Z


Fonte: http://www.gunsandweapons.net/1417/law-enforcement-stuff/federal-riot-gun.html

Os calibres 37/38mm e 38.1 mm são calibres mais utilizados por Forças Policiais
existindo nos dias de hoje uma tentativa de padronização por lançadores que recebam calibres
entre 37mm até o 40mm evitando a multiplicidade de armas para uma mesma finalidade.

Fig. 12 – Lançador AM 600


Fonte: Arquivo Pessoal do Autor
AM 404 – TRI IMPACT SUPER

Munição de borracha tri-impacto,


com cartucho de 122 (cento e vinte e dois)
milímetros de comprimento, estojo em
alumínio e nos calibres 37/40mm.
Dispersão - 100 cm a 20 metros.
Quanto maior a distância maior a deflexão.
Projéteis - três projéteis ocos de
elastômero pesando 25g cada.
Velocidade - Em torno de 91 m/s a
20m

Característica - Disparo em múltiplos Fig. 13 – AM 404


oponentes. Tornar-se adequada em situações Fonte: Catalogo Empresa Condor S/A, 2015
onde a massa, na sua totalidade, esteja
apresentando resistência ativa contundente (rebelião em estabelecimentos prisionais).
Alcance Efetivo – 20 a 30 metro

AM 404/12E MULTI IMPACT SUPER

Munição de borracha multi-impacto,


nos calibres 37/40mm. Cartucho com 122
(cento e vinte e dois) milímetros de
comprimento, estojo em alumínio.
Dispersão - 100 cm a 20 metros.
Quanto maior a distância maior a deflexão.
Velocidade - Em torno de 58 m/s a
20m
Projéteis - doze projéteis esféricos de
elastômero, pesando 4g cada (mesmo
tamanho dos projéteis contido na AM 403/A)
Fig. 14 – 404/12E
Característica - Disparo em múltiplos Fonte: Catalogo Empresa Condor S/A, 2015
oponentes, quando maior a distância maior a
deflexão. Tornar-se adequada em situações
onde a massa, na sua totalidade, esteja apresentando resistência ativa contundente (rebelião
em estabelecimentos prisionais).
Alcance Efetivo – 20 a 30 metro
AM 470 SOFT PUNCH

Munição com projétil expansível nos


calibres 37/40mm. Cartucho com 122 (cento e
vinte e dois) milímetros de comprimento, estojo
em alumínio
Velocidade – Entre 50 e 60m/s
Dispersão - Não há. Mudança de trajetória
de até 32 cm a 20m, devido ação da gravidade.
Projéteis - 01 (um) projétil expansível,
contendo talco industrial envolto por uma
película de borracha flexível, pesando 76g.
Velocidade - Em torno de 65 m/s a 5m Fig. 15 – AM 470
Característica - Disparo pontual em 01 Fonte: Catalogo Empresa Condor S/A, 2015
oponente, adequado para utilização de
ocorrências em policiamento ostensivo, e locais com espaço restrito. Bastante eficaz em
enfrentamentos a curta distância e para a promoção do tiro seletivo.
Alcance Efetivo – 5 a 20 metros

ARTIGO IV

MUNIÇÃO DE IMPACTO CONTROLADO Cal. 40mm SÉRIE “NT”

GENERALIDADES

No principio foi desenvolvido para atender o mercado externo, porém logo voltou-se
para o mercado interno devido a vasta mesclagem de munições, como por exemplo, munições
de impacto controlado com carga de CS em pó, com carga identificadora, dentre outros.

Sendo de calibre 40mm, é dotada de cinta de forçamento localizada próximo à base do


projétil com finalidade de estabilizar a munição em sua trajetória, tendo em vista, a interação
desta estrutura com as raias do lançador específico para esse calibre.

Esse tipo de tecnologia só irá proporcionar aproveitamento máximo para um disparo


preciso e estável se for projetada por um lançador com alma raiada.

Abordaremos neste manual as munições que a PMRN possui e/ou que fora estudada e
testada previamente pelo autor.
NT 901 - ESPUMA

Munição com projétil plástico no calibre


40mm x 46mm.
Cartucho com 101 (cento e um)
milímetros de comprimento, estojo em alumínio.
Dispersão - Não há. Mudança de
trajetória, devido ação da gravidade.
Projéteis - 01 (um) projétil plástico
dotado de cinta de forçamento, com ponta de
espuma (EVA)
Característica - Disparo pontual em 01
oponente, permitindo tiro seletivo.
Fig. 16 – NT 907
Alcance Efetivo – 10 a 50 metro Fonte: Catalogo Empresa Condor S/A, 2015
Fonte:

NT 901/CS – ESPUMA CS

Munição com projétil no calibre 40mm x


46mm.
Cartucho com 97 (noventa e sete)
milímetros de comprimento, estojo em alumínio
Dispersão - Não há. Mudança de
trajetória de até 13 cm a 20m, devido ação da
gravidade
Projéteis - 01 (um) projétil plástico com
ponta de espuma (EVA), com uma cápsula
frangível, contendo em seu interior CS em pó
para potencializar a incapacitação/debilitação do Fig. 17 – NT 907/CS
oponente, pesando 26g. Fonte: Catalogo Empresa Condor S/A, 2015
Velocidade - Em torno de 92 m/s a 20m
Característica - Disparo pontual em 01 oponente, permitindo tiro seletivo e
contaminação individual por CS.
Distância de utilização – 10 a 30 metro

CONCLUSÃO A RESPEITO DAS MUNIÇÕES DE IMPACTO CONTROLADO

Na doutrina de emprego de MuMPO da PMRN deve ser priorizado as munições com


projéteis únicos, caso haja a disponibilidade de mais de um tipo de munições, nas ocorrências
policiais, exceto no caso de rebeliões em estabelecimento penal, aonde a grande totalidade dos
oponentes apresentam resistência ativa contra a tropa, porém sempre realizando visada nas
pernas, conforme explanado anteriormente.
Tal restrição se deve a grande dispersão dos projéteis e aumentando substancialmente
a probabilidade de atingir áreas sensíveis do corpo ou atingir outra pessoa no qual não seria
alvo da intervenção.

Em ocorrências de radio patrulhamento e de policiamento no interior de eventos


desportivos, culturais e artísticos, ou ainda em locais com ambientes restritos em que a
distância entre o oponente e o policial é reduzido, como residências, deve ser empregado,
munições do tipo “Short Range Precision” ou “Soft Punch” devido a pouca distância para se
empregar munições que exijam distância maior, evitando assim lesão desnecessária no
oponente.

CAPÍTULO IV

MUNIÇÕES DE JATO DIRETO (MJD)

ARTIGO I

GENERALIDADES

São munições que podem se apresentar nos calibres 12 e 37/40mm, acompanhadas de


uma carga de pó lacrimogêneo de Oleoresin de Capsicum (OC) ou de
Ortoclorobenzalmolononitrilo (CS).

Utilizam o recurso do agente lacrimogêneo para reduzir a capacidade combativa do


agressor, necessitando de projetores específicos para sua aplicação.

Tem como objetivo principal de evitar o contato físico dos agressores com a equipe
policial, bem como, de promover a dispersão desses quando não haja a distância
suficientemente segura para o emprego de outras tecnologias;

No caso das munições de jato direto no calibre 12, os fabricantes autorizam a sua
projeção em espingardas do mesmo calibre, porém, a inteligência prática nos mostra que se
utilizarmos este tipo de armamento poderemos nos deparar com alguns inconvenientes, a
exemplo:

 Perda de percentual significativo de agente lacrimogêneo no interior do cano


das espingardas, principalmente se estas estiverem lubrificadas com óleo;
 Risco de oxidação das partes metálicas das espingardas caso permaneçam
resíduos de agente lacrimogêneo, por falta de manutenção.

Em razão desses inconvenientes, orientamos que para essas tecnologias sejam


utilizados projetores específicos que são oferecidos nos catálogos dos fornecedores.

Para as munições de jato direto nos calibres 37/40mm são utilizados os lançadores dos
mesmos calibres que são empregados com munições de elastômeros e projéteis de emissão.

Observações importantes em relação ao emprego:


a) Apesar de serem batizadas como munições de “jato direto”, não devem ser
direcionadas diretamente no rosto do agressor, sob risco de provocar lesões
graves nos olhos. Recomenda-se que a arma deve ser apontada a um ângulo tal
que permita que a carga lacrimogênea se disperse um pouco acima da cabeça do
agressor;

b) Se empregadas a distâncias maiores que especificadas pelos fabricantes, têm sua


eficiência comprometida, ou seja, pode-se não alcançar o resultado desejado de
se atingir o agressor ou mesmo se atingi-lo, não será hábil para provocar os
efeitos propostos pelo agente lacrimogêneo;

c) Evite o disparo contra o vento, sob risco de provocar a autocontaminação do


agente (efeito blow back);

d) No disparo com munições do cal. 37/40mm, evite realizar a visada junto ao


armamento, sob o risco de ser contaminado pelo recuo do agente através da
culatra, caso não esteja utilizando uma máscara contragases;

e) Munições deste tipo no cal. 12 são pouco eficazes em áreas de operação, por
isso, sugerimos a aplicação de munições de jato direto no cal. 37/40mm por
conter uma quantidade maior de agente lacrimogêneo;

f) Deve-se ficar atento à direção do vento para que a


“nuvem” lacrimogênea não migre para áreas sensíveis como, hospitais, creches,
casas de idosos e etc.;

g) Sempre depois de sua utilização fazer a limpeza do respectivo projetor para que
não ocorra a oxidação;

h) Cautela na hora de direcionar o disparo pois a tampa dos cartuchos poderá vir a
atingir área sensível como o rosto por exemplo

ARTIGO II

MUNIÇÕES JATO DIRETO (MJD) Cal .12

GL 103 – JATO DIRETO CS

Cartucho com carga de cristais de CS e


diluente sólido em pó no cal. 12.
Possui 64 (sessenta e quatro) milímetros
de comprimento, estojo plástico branco
translúcido contendo 3g de carga lacrimogênea
de cristais de CS e diluente em pó
Deve ser disparado contra somente uma
pessoa por vez. Fig. 18 – GL 103
Fonte: Catalogo Empresa Condor S/A, 2015
O disparo deve ser feito a uma distância de 03 (três) metros entre o projetor da
munição e o agressor, apontando-se a arma um pouco acima da cabeça.

GL 104 – JATO DIRETO OC

Cartucho com carga de oleoresin de


capsicum em pó no cal. 12.
Possui 64 (sessenta e quatro) milímetros de
comprimento, estojo plástico branco translúcido
contendo 0,15g de carga lacrimogênea de OC em
pó.
Deve ser disparado contra somente uma
pessoa por vez
O disparo deve ser feito a uma distância de
03 (três) metros entre o projetor da munição e o Fig. 19 – GL 104
agressor, apontando-se a arma um pouco acima da Fonte: Catalogo Empresa Condor S/A, 2015
cabeça.

ARTIGO III

MUNIÇÕES JATO DIRETO (MJD) Cal. 37/40mm

GL 103/A – JATO DIRETO CS

Cartucho com carga de cristais de CS e


diluente sólido em pó no cal. 37/38mm.
Possui 140 (cento e quarenta) milímetros
de comprimento, estojo em alumínio contendo
20g de carga lacrimogênea com cristais de CS e
diluente sólido em pó.
Deve ser disparado contra uma pessoa
por vez ou contra um grupo de até cinco pessoas,
O disparo deve ser feito a uma distância
de 03 (três) metros entre o projetor da munição e
o agressor, apontando-se a arma um pouco acima
da cabeça. Fig. 20 – GL 103/A
Fonte: Catalogo Empresa Condor S/A, 2015
GL 104/A – JATO DIRETO OC

Cartucho com carga de oleoresin de


capsicum em pó no cal. 37/38mm.
Possui 140 (cento e quarenta) milímetros
de comprimento, estojo em alumínio contendo
0,33g de carga lacrimogênea de agente OC em pó.
Deve ser disparado contra uma pessoa por
vez ou contra um grupo de até cinco pessoas, com
a finalidade de deter ou dispersar o (s) infrator
(es),
O disparo deve ser feito a uma distância de
03 (três) metros entre o projetor da munição e o
agressor, apontando-se a arma um pouco acima da Fig. 21 – GL 104/A
cabeça. Fonte: Catalogo Empresa Condor S/A, 2015
Fonte:

CAPÍTULO V

MUNIÇÕES EXPLOSIVAS (ME)

ARTIGO I

GENERALIDADES

São munições que se apresentam nos calibres 12 e 40mm, contendo carga atordoante
de luz e som podendo ser acompanhadas de uma carga de pó lacrimogêneo de CS.

Os projéteis explosivos foram projetados, segundo seus fabricantes, para as finalidades


de desalojar infratores em ambientes fechados e dispersar grupos de agressores localizados a
distâncias superiores à capacidade de arremesso de uma granada manual.

Existem munições projetadas para uso de forma parabólica em relação ao solo que
depois de um dado tempo em segundos apresenta seu resultado a deflagração, ou ainda
munições que deflagram com o impacto em objeto rígido.

Esses projéteis no cal. 12, são de uma forma geral ineficazes para aplicação em
operações e perigosas para operações de desalojamento de perpetradores, considerando seu
longo alcance e a capacidade de excitar materiais combustíveis no cenário da ação.

Outro fator desfavorável à utilização desses projéteis é a sua pequena quantidade de


agente químico, cerca de 08 (oito) gramas, podendo variar de fabricante para fabricante, que
não seria hábil para contaminar um grupo de agressores.

Além da quantidade insuficiente de agente químico, obrigando o operador a aplicar


um grande número de projéteis para alcançar uma concentração eficiente, o seu projetor
(cassetete projetor rosqueável) possui uma capacidade operacional muito reduzida devido ao
seu modo de recarga.

Por fim, não se estabelece pelo fabricante uma distância de segurança entre o projétil e
o oponente, deixando uma grande margem para lesões desnecessárias, ainda que seja pequena
a carga explosiva.

Dessa forma não abordaremos as munições explosivas no Cal .12, neste manual, sendo
proibido sua utilização operacional.

As munições no cal. 40mm, são projéteis de nova geração no Brasil e com uma maior
capacidade de contaminação, atordoamento e alcance útil.

Podemos encontrar modelos que utilizam o tempo de retardo para promover a


explosão e as que operam por acionamento através do impacto a anteparos rígidos para
provocar a explosão.

Observações importantes em relação ao emprego:

a) Não realizar o disparo direto (no agressor);

b) Na utilização de projéteis com carga lacrimogênea deve-se observar a direção


do vento, bem como, avaliar se o local permite o emprego deste agente
químico;

c) Na utilização de projéteis explosivos por impacto, avaliar a superfície onde


receberá o impacto para não provocar resultados desastrosos, como a
transfixação do alvo e a explosão em local não desejado;

ARTIGO II

MUNIÇÃO EXPLOSIVA (ME) Cal. 40mm

NT 907 – LUZ E SOM RETARDO

Munição com projétil plástico com


carga explosiva de luz e som no calibre 40mm
x 46mm.
Cartucho com 96 (noventa e seis)
milímetros de comprimento, estojo de
alumínio, espoleta de percussão, carga de
projeção, coluna de retardo e projétil plástico
estabilizado com carga explosiva de luz e
som, pesando 200g.
Dispersão - Não há;
Projéteis - 01 (um) projétil metálico Fig. 22 – NT 907
Fonte: Catalogo Empresa Condor S/A, 2015
Fonte:
estabilizado com carga explosiva de luz e som;
Característica - A percussão da espoleta transmite chama à carga de projeção que
provoca a ejeção do projétil e aciona a coluna de retardo até a detonação da carga explosiva.
Com a explosão ocorre um flash de luz e som de alta intensidade. Não atirar diretamente
contra pessoas, pois o tiro pode ser letal. Recomenda-se para quebrar vidros ou contra
barricadas, provocando distração no oponente e atordoamento;
Retardo – 2 segundos;
Alcance – 20 a 50 metros;
Intensidade luminosa - 3 milhões de candelas;
Pico máximo de pressão sonora- 161 dB a 2 metros da explosão.

CAPÍTULO VI

MUNIÇÕES DE EMISSÃO FUMÍGENA (MEF)

ARTIGO I

GENERALIDADES

São munições que emitem agente químico sublimado e se apresentam nos calibres
37/40mm, podendo ser acompanhadas de uma carga lacrimogênea de
Ortoclorobenzalmolononitrilo (CS) ou de uma carga fumígena de Hexacloretana (HC) ou
ainda de hexacloretana com pigmento colorido.

Esses projéteis funcionam através da dispersão do agente químico no ambiente por


ação de um misto iniciador que promove a queima. Sua principal razão tática se destaca
quando o operador, em razão da distância, não alcança o objetivo através de lançamento de
granadas manuais, recorrendo a uma arma para aplicação dos projéteis de emissão que
poderão alcançar uma distância que proporcione segurança ao Policial.

Os projéteis de emissão foram projetados, segundo seus fabricantes, para as


finalidades de desalojar infratores em ambientes fechados e dispersar grupos de agressores
localizados a distâncias superiores à capacidade de arremesso de uma granada manual.

Porém, não recomendamos a aplicação desses recursos em ambientes confinados


(exceto no caso da utilização em operações especiais ou em caso de rebelião em presídios em
que os meios tradicionais sejam insuficientes), pois a concentração de agente químico poderá
ser muito alta e, pela sua característica de queima poderá provocar incêndios nestes
ambientes.

Deve-se avaliar com muito cuidado a sua aplicação em áreas abertas levando em
consideração o tipo de piso (asfalto, cascalho, areia e etc.), a condição da vegetação (se está
seca ou não) e direção do vento para não causar transtornos em pontos sensíveis como,
escolas, creches, hospitais, casas de idosos e etc.
Essas munições são projetadas em forma parabólica em relação ao solo e depois de um
dado tempo em segundos apresenta seu resultado produzindo uma intensa “nuvem”
lacrimogênea ou fumígena.

Sempre que possível realizar disparos com as seguintes observações importantes em


relação ao emprego:

a) Não realizar o tiro direto no agressor e o tiro em anteparos rígidos;


b) Na utilização de projéteis com carga lacrimogênea deve-se observar a
direção do vento, bem como, avaliar se o local permite o emprego deste
agente químico;
c) Avalie o risco de provocar incêndios em áreas de vegetação seca ou
próximo a locais com presença de materiais combustíveis tais como
papelão, madeira, combustíveis líquidos, entre outros;
d) Não utilizar próximo ou dentro de atmosferas explosivas;
e) Avalie o risco desses projéteis caírem sobre as cabeças das pessoas;

UTILIZAÇÃO

a) Realizar visada direta no alvo;


b) Compensar a visada para as laterais conforme a direção do vento, se for o
caso;
c) Angular o lançador conforme a distância de utilização da munição e a
distância do oponente;
d) Efetuar o disparo

Sempre que puder, realizar os disparos com a vista mais ampla do terreno para poder
observar a contaminação dos oponentes, visualizar os locais aonde os projéteis estão caindo,
etc.
ARTIGO II

MUNIÇÕES DE EMISSÃO FUMÍGENA (MEF) Cal. 37/40mm

GL 201 - MÉDIO ALCANCE LACRIMOGÊNEO

Projétil de Emissão de Médio Alcance


com estojo em alumínio e com carga
lacrimogênea CS no calibre 37/40mm.
Cartucho com 122 (cento e vinte e dois)
milímetros de comprimento;
Adequado para locais estreitos e permite
controlar a quantidade de emissão de agente
químico.
Permite manter o (s) oponentes (s) a
uma distância segura da tropa.

Alcance Médio - 90m Fig. 23 – GL 201


Tempo Médio de Emissão - 25s Fonte: Catalogo Empresa Condor S/A, 2015
Fonte:
Tempo Médio de Retardo – 2,5s

GL 202 - LONGO ALCANCE LACRIMOGÊNEO

Projétil de Emissão de Longo Alcance


com carga lacrimogênea CS no calibre
37/40mm. Cartucho com 122 (cento e vinte
e dois) milímetros de comprimento, estojo em
alumínio com projétil com carga de agente
lacrimogêneo CS.
Adequado para locais estreitos e permite
controlar a quantidade de emissão de agente
químico.
Permite manter o (s) oponentes (s) a uma
distância segura da tropa.
Alcance Médio - 140m Fig. 24 – GL 202
Fonte: Catalogo Empresa Condor S/A, 2015
Tempo Médio de Emissão - 25s Fonte:
Tempo Médio de Retardo – 2,5s
GL 203/L - CARGA QUÍNTUPLA LACRIMOGÊNEA

Projétil de Emissão com carga múltipla


lacrimogênea CS no calibre 37/40mm, contendo
5 (cinco) canisters (discos).
Cartucho com 140 (cento e quarenta)
milímetros de comprimento, estojo em alumínio
com canisters (discos) com carga de 11,5g de
agente lacrimogêneo CS.
Inadequado para locais estreitos devido a
dispersão dos canisters, devido ao risco de cair
sobre casas e demais edificações, porém em
áreas abertas permite contaminar uma grande
área efetuando apenas um disparo;
Alcance Médio - 90m Fig. 25 – GL 203 L
Tempo Médio de Emissão - 25s Fonte: Catalogo Empresa Condor S/A, 2015
Dispersão Média – 5 metros entre os Fonte:
canisters.

GL 203/T - CARGA TRÍPLICE LACRIMOGÊNEA

Projétil de Emissão com carga múltipla


lacrimogênea CS no calibre 37/40mm, contendo
03 (três) canisters (discos).
Cartucho com 122 (cento e vinte e dois)
milímetros de comprimento, estojo em alumínio
com discos (canisters) com carga de 10g agente
lacrimogêneo CS.
Inadequado para locais estreitos devido a
dispersão dos canisters, devido ao risco de cair
sobre casas e demais edificações, porém em
áreas abertas permite contaminar uma grande
área efetuando apenas um disparo; Fig. 26 – GL 203 T
Fonte: Catalogo Empresa Condor S/A, 2015
Alcance Médio - 90m
Tempo Médio de Emissão - 20s
Dispersão Média – 5 metros entre os canisters.
CAPÍTULO VII

CONSIDERAÇÕES FINAIS

ARTIGO I

PROCEDIMENTOS PARA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DE MUNIÇÕES

Caso a OPM venha a identificar falha em suas munições de menor potencial ofensivo
deverá encaminhar o lote através de oficio, solicitando avaliação das MuMPO em questão.

Os procedimentos descritos deverão ser realizados pelo Batalhão de Polícia de


Choque, através de um Oficial detentor do Curso de Operações de Choque ou equivalente, o
qual assinará o relatório e encaminhará a Diretoria de Apoio Logístico para procedimento de
substituição pelo fabricante.

POSSIBILIDADES DE FALHA

- Quebra do percursor das espingardas e lançadores, principalmente as espingardas,


pois devido ao treinamento de manejo inadequado, faz-se disparos em seco em demasia no
qual compromete a vida útil do percursor;

- Em linhas gerais quando apresenta falha na sua utilização a grande maioria se dá pela
espoleta defeituosa, podendo apresentar também problema na carga de projeção (pólvora)
aonde a velocidade das munições saem abaixo do previsto (menor energia cinética),
prejudicando o resultado final;

- Nas MEF pode ocorrer a não emissão do agente químico devido a coluna de retardo
não ter sido devidamente excitada ou quebrada (possibilidade aumenta em caso de disparo em
anteparo rígidos);

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO (ESTOQUES ACIMA DE 500


MUNIÇÕES)12

1. Realizar três disparos, em armamento diferentes, para verificar se o defeito ocorre


no percursor;
2. Descartada a hipótese de falha no percursor, realizar 10 disparos.
3. Caso apresente duas falhas (20%), retirar o lote em questão do uso operacional.
Obs.: Todos os procedimentos deverão ser filmados e fotografado cada etapa descrita
pelo avaliador, inclusive com imagens em detalhe das munições e lotes bem como o número
dos armamentos utilizados.

12
Abaixo de 500 (quinhentas) munições, o fabricante deverá ser contatado diretamente acerca do problema.
MODELO DE RELATÓRIO

Relatório no ____/______ (número sequencial de relatórios realizados/ano de


realização)
Referência: (número do oficio solicitante da avaliação)
Tipo de MuMPO: (Nome da munição, calibre e fabricante)
Lote:
Obs.: (Outra identificação além do lote, se for o caso)
Data de realização do teste:
Local:
Quantidade de Disparos
Quantidade de falhas

Assinatura do Oficial Avaliador


Assinatura do Auxiliar do Avaliador

ARTIGO II

ARMAZENAMENTO

As MuMPO devem ser acondicionadas em local arejado, com umidade relativa do ar


controlada entre 60% e 80% e temperatura entre 22º C a 38º C, devendo ficar suspensa do
solo e afastado da parede.

ARTIGO III

DA INSTRUÇÃO DE HABILITAÇÃO

Só poderá ministrar instrução de habilitação, aqueles que detenham os Cursos de


Operações de Choque/Operações Químicas ou equivalente, ou curso que tenham em sua grade
curricular habilitação em multiplicador de Munições de Impacto Controlado, Jato Direto,
Explosivas e de Emissão, conforme o caso.

Para ser habilitado na condução e utilização de MuMPO, deverá ser realizado prova
escrita e prática, devendo o aluno tirar nota 7,0 (sete) ou maior, sendo que só fará a prova
prática ao passar na prova escrita.

Na prova prática deverá ser avaliado os procedimentos com armamento e local de


lançamento/impacto nos respectivos alvos.

Deverá constar no verso do certificado de conclusão a habilitação no qual fora


submetido e aprovado (MIC, MJD, ME, MEF).
ARTIGO IV

CONSIDERÇÕES DIVERSAS

Fica estabelecido que não poderá ser conduzido pelo mesmo policial, munições de
menor potencial ofensivo e munições letais no cal. 12

Caso esteja disponível espingardas cal. 12 com detalhes laranjas ou amarelos, deverá
ser utilizado tal armamento para a utilização de MuMPO, sendo PROIBIDO o porte da
mesma com munição letal.

O policial militar encarregado de conduzir MuMPO deve ter plena familiarização de


tais munições, pois com o passar do tempo, as informações nas munições se apagam. Dessa
forma o encarregado de conduzir MuMPO não poderá alegar desconhecimento da munição
caso venha a empregar erroneamente, quando as inscrições nos estojos se apagarem. O
encarregado de operar tais armas e equipamentos deverá ser apto a diferencia-las pelo
tamanho e peso, caso decida conduzi-la.
REFERÊNCIAS

CATALOGO: Produtos Condor Não Letal S/A, Rio de Janeiro, 2017.

COMPANHIA BRASILEIRA DE CARTUCHOS. Informativo Técnico: Munições e


Cartuchos para uso policial. 32. ed. Ribeirão Pires: CBC, 2013. Disponível em:
<http://www.cbc.com.br/upload/informativos/4.pdf>. Acesso em: 08 jul. 2015.

FERREIRA, Leonardo Casabona Martins. Sem assunto. [mensagem pessoal] Mensagem


recebida por: <barretogustavo@outlook.com>. em: 02 set. 2015.

GOMES, Manuel Morato. Borracha de Isobutileno Isopreno (IIR), Borracha de


Clorobutil (CIIR) e Borracha de Bromobutil (BIIR): SOBRE A BORRACHA DE BUTIL.
Disponível em: <http://www.rubberpedia.com/borrachas/borracha-isobutileno-isopreno.php>.
Acesso em: 20 dez. 2015

MASSACHUSETTS, American Civil Liberties Union Of. LESS LETHAL


FORCE: Proposed Standards for Massachusetts Law Enforcement Agencies. Disponível em:
<http://aclum.org/sites/all/files/education/less_lethal_report.pdf>. Acesso em: 23 nov. 2016.

MINISTÉRIO DA JUSTIÇA. Portaria Interministerial nº 4.226, de 31 de dezembro de


2010. Estabelece Diretrizes Sobre O Uso da Força Pelos Agentes de Segurança Pública..
Brasília, DF, Disponível em: <http://download.rj.gov.br/documentos/10112/1188889/DLFE-
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MOSNA, Eduardo Xavier. Estudo Comparativo De Munições De Impacto


Controlado. São Paulo: 3º BPChq, 2009.

OLIVEIRA, Leonidas de Andrade; AMORIM JUNIOR, Wanderley Ferreira de;


MARIBONDO, Juscelino de Farias. Histórico da evolução dos lançadores de granada de
assalto alimentados por tambor rotativo. Revista Militar de Ciência e Tecnologia, Brasilia,
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