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POLÍCIA MILITAR DO PARÁ

DEPARTAMENTO-GERAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA


SEÇÃO DE ENSINO
SUBSEÇÃO DE FORMAÇÃO CONTINUADA
__________________________________________________________________________

Hugo lobato Marques

PRÉ-PROJETO: A PERCEPÇÃO DO POLICIAL MILITAR NO USO DO


IMPO NO POLICIAMENTO DE PRIMEIRO ESFORÇO: ESTUDO DE
CASO COM POLICIAIS DO 6°BPM

Marituba-PA
2023

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SUMÁRIO

1.INTRODUÇÃO........................................................................................................3

2.JUSTIFICATIVA .....................................................................................................4

3.PROBLEMA ...........................................................................................................6

4.HIPÓTESE .............................................................................................................7

5.OBJETIVOS ...........................................................................................................7

5.1 OBJETIVO GERAL ........................................................................................................7

5.2 OBJETIVO ESPECÍFICO ..............................................................................................7

6.MÉTODOLOGIA.....................................................................................................7

6.1 MÉTODOS DE ABORDAGEM DO TEMA......................................................................7

6.2 MÉTODOS DO PROCEDIMENTO.................................................................................7

6.3 TIPOS DE PESQUISA....................................................................................................8

6.4 TÉCNICAS DE PESQUISA ...........................................................................................8

6.5 DELIMITAÇÃO DO UNIVERSO.....................................................................................8

7.RESULTADO ESPERADO.................................................................................... 9

8.CRONOGRAMA......................................................................................................9

9.BLIBLIIOGRAFIA...................................................................................................9

9.1 BLIBLIOGRAFIA ..........................................................................................................10

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1. INTRODUÇÃO

O objetivo deste trabalho é estudar a utilização de instrumentos de menor


potencial ofensivo por policiais militares que atuam no policiamento ordinário.

À Polícia Militar, como prevê a Constituição Federal de 1988, compete


executar o policiamento ostensivo e a preservação da ordem pública. Tal
competência exige uma série de atividades preventivas e repressivas, nas quais os
policiais treinados pelo órgão devem sempre zelar pelo cumprimento das leis e
normas vigentes.

Nos últimos anos a Policia Militar do Pará vem investindo significativamente


no aprimoramento dos policiais militares. Esses treinamentos incluem a reciclagem
do policial na utilização de nossos armamentos de arma de fogo, assim como,
treinamento para utilização spray de agente lacrimogênio de uso individual.

Seguindo um direcionamento de busca pelo aprimoramento da atividade


policial militar que deve ser o norte a guiar constantemente nossas ações, dar um
treinamento e preparar o policial para lidar com situações de complexidade e saber
utilizar toda a logística que dispõe, visando o menor uso da força, é que vamos
iniciar nossa pesquisa, empenhando-se em saber qual a percepção do policial militar
no uso do impo no policiamento de primeiro esforço realizando um estudo de caso
com policiais do 6°bpm.

Recentemente, tivemos esse assunto em debate, onde varias ocorrências


envolvendo a utilização de IMPO tiveram destaque em nossa policia paraense,
incluindo uma situação onde houve óbito de um policial militar de uma especializada,
que inclusive utilizou o IMPO, porem, o agressor não cessou a injusta agressão e
investiu contra o agente de segurança com uma barra de ferro, causando um
trauma, que posteriormente o levou a óbito. Por isso iremos apresentar autores que
enfatizam de forma teórica o emprego do uso da força por policiais, onde tentaremos
entender, quando e como utilizar o IMPO e até mesmo em que momento é
necessário e legal utilizar a arma de fogo.

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Para atingir os objetivos propostos neste projeto, que busca uma
compreensão do uso de instrumentos com menor potencial ofensivo, serão
consideradas as ações policiais em relação à regulamentação do uso da força
policial, buscando uma compreensão conceitual da questão.

Além desta introdução o trabalho apresentará uma conceituação da palavra


força, assim como, os princípios para sua utilização e como ser usada pelos agentes
da segurança publica. Onde se encaixa os instrumentos de menor potencial ofensivo
dentro da utilização da força pelos agentes de segurança.

2. JUSTIFICATIVA

Levando em consideração que nossas viaturas de serviço ordinário acabam


absorvendo as demandas do cotidiano e a incidência de ocorrências complexas
(manifestações, crises com reféns, ocorrências com pacientes psiquiátricos, Maria
da penha, poluição sonora e etc..) atendidas pelo nosso policiamento vem
aumentam de uma forma considerável e que para tais tipos de ocorrência deve-se
ter não só a qualificação de “ser” policial militar e sim ter uma capacitação
direcionada, equipamentos específicos e instrumentos de menor potencial
ofensivo para lidar com tais situações, visando à minimização de danos a
integridade física, a proteção da vida, tanto de nossos policiais como de todas as
pessoas envolvidas no fato, Inclua perpetradores (cidadãos criminosos), bem como
aqueles na área ao redor do local.

Ocorrências de complexidade maior onde é necessária a utilização de IMPO,


viaturas do policiamento ordinário acabam tendo que “desenrolar” a missão de uma
forma improvisada, dessa forma, colocando em risco a integridade do policial e das
pessoas envolvidas no sinistro, isso acontece na maioria das vezes antes do
policiamento especializado chegar ao local do evento crítico.

“2. Os governos e entidades responsáveis pela aplicação da lei deverão


preparar uma série tão ampla quanto possível de meios e equipar os
responsáveis pela aplicação da lei com uma variedade de tipos de armas e
munições que permitam o uso diferenciado da força e de armas de fogo. Tais
providências deverão incluir o aperfeiçoamento de armas incapacitantes não
letais, para uso nas situações adequadas, com o propósito de limitar cada vez
mais a aplicação de meios capazes de causar morte ou ferimentos às

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pessoas. Com idêntica finalidade, deverão equipar os encarregados de
aplicação da lei com equipamentos de legítima defesa, como escudos,
capacetes, coletes à prova de bala e veículos à prova de bala, a fim de se
reduzir a necessidade do emprego de armas de qualquer espécie.” (PBUFAF
2).
Essa orientação visa com que os governantes que estão diretamente ligados
à chefia das policias militares e agentes de segurança publica em geral, os deem
uma condição significativa para a utilização de instrumentos de menor potencial
ofensivo, bem como o entendimento da necessidade desses instrumentos no seu
cotidiano, com o propósito de limitar cada vez mais a aplicação de meios capazes de
causar morte ou ferimentos às pessoas.

Cabe aos comandos intermediários através de seus batalhões


proporcionarem ao cidadão segurança publica, protegendo o cidadão, seus bens e
seus direitos. Se necessário, podendo utilizar a força.

Segundo o dicionário da língua portuguesa força é:

Força (ô). [Do b-lat. Fortia, PL. neutro subst. De fortis, „forte‟.] S.f. 1. Saúde
física, robustez, vigor: [...]. 2. Energia física: [...] 5. Esforço necessário para
fazer alguma coisa: [...] 8. Ação de obrigar alguém a fazer algo; violência: Em
vez de argumentos, usa a força. [...] 19. Mil. Qualquer conjunto de tropas,
navios ou aeronaves (ou uma combinação deles) estabelecido para fins
operativos ou administrativos: [...] Força pública. Corporação militar, auxiliar,
destinada a manter a ordem pública e a executar serviços de policiamento.
[...] À força. Com ou por violência. [...] (FERREIRA, 1999, pp. 926-927)
O uso da força, no contexto da aplicação da lei, pode ser definido como a
"quantidade de esforço exigido pela polícia para obrigar o cumprimento por um
sujeito não disposto".

Os encarregados da aplicação da lei precisam de certas permissões legais


para usar a força. Esses instrumentos descrevem quando e como eles podem usar
a força, fornecendo uma exceção legal. As etapas devem ser aplicadas
gradativamente respeitando os princípios da aplicação da força: legalidade,
necessidade, proporcionalidade e conveniência.

Conforme Roover (2002), o serviço policial exige de seus agentes diversas


qualidades que o capacitam no desempenho de seu dever. Em primeiro lugar, esse

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profissional deve saber identificar o momento em que o uso da força é necessário e
legal. Em segundo lugar, deve saber o momento em que deve cessar o uso da força.
Em terceiro lugar, deve saber mensurar o nível de força necessário para atingir seu
objetivo legal, não excedendo o limite de forma arbitrária e nociva. Em todos estes
casos, faz-se importante a capacitação do policial.

Dentro desse universo de utilização da força pelo policial encontramos os


instrumentos de menor potencial ofensivo e seu uso está previsto na doutrina do
“uso progressivo da força”, que visa resguardar a integridade do cidadão e do
policial, bem como delimitar a ação do Estado para que esse não viole nenhum
direito e, por conseguinte, não cometa nenhum abuso ou excesso, esse deve ser
utilizado somente quando indispensável e na medida mínima necessária para fazer
cessar a hostilidade.

O uso progressivo da força diz respeito à seleção adequada de opções de


força pelos agentes de segurança pública como resposta ao nível de submissão do
suspeito ou infrator a ser controlado.

Ao reunir as ferramentas necessárias para diminuir o uso da força, ao


mesmo tempo em que cumprem a legislação pertinente, os agentes da lei atingem
o objetivo desejado, respeitando os direitos individuais.

Para poder observar diferentes níveis de força, o policial deve ter ao seu
alcance uma diversidade de ferramentas com menos capacidade ofensiva, que lhe
permitam avançar ou recuar no nível de força especificado.

A lei brasileira estipula que a força deve ser usada com moderação e pelos
meios necessários para repelir um ataque injusto. No que diz respeito aos meios
necessários, exige que as opções de uso da força sejam diversas, tanto no que se
refere ao número de instrumentos que a polícia pode utilizar quanto à medida que
podem ser utilizados. Essa previsão está diretamente relacionada ao uso
progressivo da força.

Seguindo, devemos saber se o policial militar tem esse entendimento dos


instrumentos de menor potencial ofensivo que está colocado dentro de um universo

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de legalidade pelo uso da força, ate em sua própria defesa como forma de
minimização de qualquer tipo de dano a sua integridade física ou psíquica.

3. PROBLEMA

O policial militar tem a percepção da importância no uso de IMPO em suas


ocorrências, como forma, de reduzir os riscos de dano à sua integridade física e
psíquica, bem como de todas as pessoas envolvidas em uma ocorrência?

4. HIPÓTESE

Pretende-se analisar qual a percepção do policial militar do 6°BPM sobre a


utilização de IMPO no primeiro esforço.

5. OBJETIVOS:

5.1. OBJETIVO GERAL:

Analisar qual a percepção do policial militar do 6°BPM na utilização de IMPO


no seu cotidiano do policiamento ordinário.

5.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Analisar de forma qualitativa a percepção do policial militar do 6° BPM quanto


ao uso de IMPO.

6. METODOLOGIA

Visando alcançar os objetivos propostos neste projeto, onde se busca qual a


percepção sobre a utilização de instrumentos de menor potencial ofensivo, a
metodologia adotada será uma pesquisa qualitativa com pesquisa.

6.1. MÉTODOS DE ABORDAGEM DO TEMA

Segundo Lakatos e Marconi (2007), há quatro tipos de métodos científicos: o


indutivo, o dedutivo, o hipotético-dedutivo e o dialético.

Neste estudo será utilizado o método hipotético - dedutivo.

6.2. MÉTODOS DE PROCEDIMENTO

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“Os métodos têm por objetivo proporcionar ao investigador os meios técnicos
para garantir a objetividade e a precisão no estudo dos fatos sociais. Constituem
etapas mais concretas da investigação e se propõem a explicar os fenômenos de
forma menos abstrata. Não são exclusivos entre si, mas devem adequar-se a cada
área da pesquisa. Relacionam-se com as etapas do trabalho”. Dessa forma, o
método empregado nesta pesquisa será:

Monográfico: Proposto por Lê Play em 1830, o método monográfico consiste


no estudo de determinados indivíduos, profissões, condições, instituições, grupos ou
comunidades, com a finalidade de obter generalizações.

6.3 TIPO DE PESQUISA

Quanto aos objetivos, a pesquisa será aplicada, pois irá estudar a percepção
dos policiais militares do 6°BPM quanto ao uso de IMPO;

Quanto ao conceito operativo, será documental, bibliográfica e de campo;

Quanto à natureza, será descritiva;

Quanto aos dados coletados, será qualitativa, para observar a percepção dos
policiais militares do 6°BPM sobre a utilização de IMPO.

6.4 TÉCNICA DE PESQUISA

As técnicas de pesquisa estão relacionadas à coleta de dados (parte prática


da pesquisa). Portanto, “as técnicas são conjuntos de normas usadas
especificamente em cada área das ciências, podendo-se afirmar que a técnica é a
instrumentação específica da coleta de dados” (ANDRADE, 1998, p. 115).

Portanto, neste trabalho será utilizado o método de pesquisa de


documentação direta.

Documentação direta intensiva: será realizada entrevista, aplicada ao cmt do


6° BPM, sobre a disponibilidade de instrumentos de menor potencial ofensivo e a
importância de ter um policiamento ordinário com oc devido conhecimento sobre tal
assunto;

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Documentação direta extensiva: por meio de questionários, com questões
fechadas que serão aplicadas aos policiais que atuam no policiamento ordinário do
6°BPM;

6.5 DELIMITAÇÃO DO UNIVERSO

População: O universo da pesquisa será restrito aos policiais que realizam o


policiamento ordinário do 6° BPM.

Amostra: Policiais que realizam o policiamento ordinário do 6°BPM, o período


que esta pesquisa será realizada (2023).

7. RESULTADOS ESPERADOS:

Analisar a atuação desses policiais frente a ocorrências complexas,


evidenciar a importância de ser ter um Policiamento capacitado, habilitado e com
conhecimento sobre a utilização de IMPO, ajudando, dessa forma, nosso
policiamento ordinário a ter o conhecimento necessário para atuar de uma forma
mais eficiente, inteligente e com maior segurança em ocorrências de maior
complexidade.

8. CRONOGRAMA

ANO 2023
Atividades Març Abr mai jun jul ago set out nov
Formular pesquisa
Aplicar pesquisa
Analise da pesquisa
Coleta de dados estatísticos
Analise dos dados
Conclusão das analises

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9.BIBLIOGRAFIA

MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos da metodologia


científica. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2007. 315 p.

BAYLEY, David H. Padrões de policiamento: um a análise internacional


comparativa. 2. ed. São Paulo: Edusp, 2006.

______. Nota de Instrução nº 001/84-CG. O Uso da Força no Exercício do Poder de


Polícia. Belo Horizonte, MG: Comando Geral. 1984

BAYLEY, David H.; SKOLN ICK, Jerome H. Nova polícia: inovações nas polícias de
seis cidades norte-americanas. 2. ed. São Paulo: Edusp, 2002

ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Princípios Básicos sobre a Utilização da


Força e de Armas de Fogo pelos Funcionários Responsáveis pela Aplicação da Lei
(PBUFAF), 8º Congresso das Nações Unidas – Havana, Cuba, 1990.

ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Código de Conduta para os Funcionários


Responsáveis pela Aplicação da Lei (CCEAL). Resolução n. 34/169, ONU, 1979.

ROOVER, Cees de. Para servir e Proteger. Direitos Humanos e Direito Internacional
Humanitário para Forças Policiais e de Segurança: manual para instrutor. Genebra.
Comitê Internacional da Cruz Vermelha, 2002.

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Aurélio: O Dicionário da Língua


Portuguesa. Século XXI. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.

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