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CENTRO DE FORMAÇÃO EM SEGURANÇA URBANA – CFSU

DIRETORIA DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL

FORMAÇÃO GCM 3ª CLASSE

São Paulo

2014
Defesa Pessoal Tática

Técnicas de Defesa e Imobilização

Curso desenvolvido para o


Centro de Formação em
Segurança Urbana, para
adequação dos processos
educacionais dessa casa de
ensino.

Certificação Iso 9001

Você é o protagonista desta História.

São Paulo

2013
SUMÁRIO

1- APRESENTAÇÃO..............................................................3
2- INTRODUÇÃO....................................................................3
3- OBJETIVO GERAL............................................................4
4- OBJETIVO ESPECÍFICO...................................................5
5- DEFESA PESSOAL X DEFESA TÁTICA?........................5
6.1 – REAÇÃO PASSIVA X REAÇÃO ATIVA........................6
7- POSTURA..............................................................................7
7.1 TRABALHO EM EQUIPE
6- HISTÓRIA DAS ARTES MARCIAIS....................................10
6.1- OLIMPÍADAS.................................................................11
6.2- LUTAS GREGAS...........................................................11
6.3- DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO DAS ARTES
MARCIAIS OCIDENTAIS E ORIENTAIS.............................12
7- HISTÓRIA DO BASTÃO TONFA........................................13
8- CONCLUSÃO.......................................................................52
9- BIBLIOGRAFIA....................................................................53

DEFESA PESSOAL TÁTICA - TÉCNICAS DE DEFESA E


IMOBILIZAÇÃO
1- APRESENTAÇÃO
Esta apostila objetiva apenas os estudos acadêmicos. As técnicas e
metodologias descritas são extremamente lesivas e não devem ser usadas ou
praticadas sem a devida cautela. Os autores não têm qualquer responsabilidade, em
que Esfera do Direito for, por ferimento, danos ou prejuízos, sejam provocados por
acidente ou intencionalmente, que possam ser atribuídos aos ensinamentos,
técnicas ou ideias contidas nesta obra. Esta apostila não tem o objetivo de orientar
autodidatas, sendo importante e indispensável a supervisão e acompanhamento de
um instrutor capacitado. Ninguém está autorizado a se intitular instrutor apenas por
ter sido discente ou ter lido este manual.

2- INTRODUÇÃO
Devido a necessidade de capacitação, qualificação profissional e excelência
no serviço de segurança, a introdução das técnicas operacionais de contenção nas
corporações, são de extrema relevância, a necessidade premente do uso de
ações e equipamentos menos lesivos vem de encontro a este anseio, desde
que, observados os parâmetros legais e legítimos do uso da força.
As técnicas utilizadas neste curso são eficientes e acessíveis a todos, visam
imobilizar e minimizar as ações do delituoso, baseando-se em técnicas que são
norteadas pela força da mente e do intelecto, sem colocar a força física como a
principal ferramenta do agente operador de segurança. As técnicas de manuseio
dos equipamentos, quando treinadas com regularidade, qualificam o agente a
conter e imobilizar, anulando ou evitando qualquer tipo de ataque. Pautado no
controle mental, evita colocar apenas a força física como princípio da ação
policial.
As técnicas aqui abordadas não tem pretensão esportiva, não visam a
beleza de movimentos nem tão pouco a criação de heróis, tem como objetivo
principal, nas situações reais de perigo, o de preservar a integridade física e a
vida; do agente, de terceiros e ou mesmo do agressor, enfatizando que
aumenta a auto confiança e o auto controle nas situações de estresse
operacional.
As técnicas de defesa e imobilização - TDI não são utilizadas como
modalidade esportiva e não propõem belos movimentos ou tão pouco a criação de
super heróis. Tem como objetivo principal em situações reais de perigo, preservar a
integridade física e a vida; do agente, de terceiros e ou mesmo do pretenso
agressor, enfatizando o aumento da auto confiança e do auto controle nas situações
de estresse operacionais às quais o agente é submetido no dia a dia.

3- OBJETIVO GERAL
Conscientização teórica e prática, relativas à aplicabilidade funcional da
imobilização e da contenção em ações que visem a intervenção de injusta agressão
ou detenção, observando o uso legal e progressivo da força, e ainda os direitos e
deveres individuais e coletivos, bem como, os conceitos do novo modelo policial e
de Segurança Urbana com Cidadania. A força utilizada deve ser proporcional e
baseada na necessidade da ação que o agente de segurança pública enfrenta
devendo ser imediata. A força utilizada não deve caracterizar punição ao individuo
agressor, que não cabe ao agente de segurança julgar, proferir e executar sentença.
O objetivo de utilizar a força é neutralizar o individuo em ação que caracterize
desrespeito às leis, ou que possam vir causar um mal à sociedade.
Conscientização teórica e prática, relativas à aplicabilidade funcional do
equipamento. Utilização de técnicas em imobilizações e contenções nas ações
que visem intervenção de uma injusta agressão ou delito, observando o uso
legal e diferenciado da força, bem como o direito e deveres individual e
coletivo.
Orientar o agente que sua utilização deve seguir os conceitos do novo
modelo policial e de Segurança Urbana com Cidadania. Quando constatado o
delito a força utilizada deverá ser imediata, proporcional e baseada na
necessidade da ação que o agente de segurança enfrenta. A força utilizada não
deve caracterizar- se em punição ao individuo agressor, não cabe ao agente de
segurança julgar, proferir e executar sentença. O objetivo de utilizar a força é
neutralizar o individuo em ação que caracterize desrespeito às leis, ou que
possam vir causar um mal à sociedade.
4- OBJETIVO ESPECÍFICO
Proporciar o desenvolvimento do poder combativo ao educando,
aperfeiçoando suas habilidades naturais e seus reflexos, através de treinamento
sistemático em técnicas de defesa pessoal, com a finalidade de dotá-lo de
autoconfiança para o desempenho de sua atividade profissional.

DEFESA PESSOAL POLICIAL


Numa sociedade, o emprego da força por parte do agente da lei deve ser
estritamente limitado à necessidade e proporcionalidade. Somente se emprega a
força para anular a resistência (Art. 284 do Código de Processo Penal), proteger
a vida do agente, de terceiros ou então para deter um criminoso. A defesa
pessoal é empregada de forma a impedir ou cessar uma agressão direta ou
indireta (contra si ou contra terceiros).

Capacitar o Agente de Segurança no uso Técnicas de Menor Potencial


Ofensivo para contenção, algemar e conduzir infratores, observando o Uso
Diferenciado da Força (UDF) e as diretrizes da Declaração dos Direitos
Humanos (DDHH).

6- HISTÓRIA DAS ARTES MARCIAIS


O livro PAIDEIA descreve de uma forma bem expansiva sobre a formação do
Homem Grego. A Grécia foi a mãe da Cultura Ocidental, pois dela vem a Filosofia, a
Astronomia, a Matemática, a Política, as estratégias de Guerra. A formação
espiritual também estava integrada na vida dos Gregos. O Grande Filósofo Sócrates
(pai da Filosofia) morreu por se recusar a aceitar apenas a formação militar para o
homem grego. Ele achava fundamental a formação integral e completa, para assim
formar cidadãos e não somente soldados (que seriam facilmente manipulados pelos
políticos). Sócrates foi obrigado a tomar veneno. Os livros de Homero (Ilíada e
Odisseia) retratam muito do caráter do homem grego. Na guerra de Tróia, percebe-
se pela primeira vez na história uma equipe de forças especiais militares (invasão
com o cavalo de madeira). No retorno da guerra para a Grécia, o único que volta
para sua casa é Ulisses (Odisseu), pois na ilha com Circe, foi o único que não quis
riqueza, nem poder de se tornar um dos deuses mitológicos. Por essa conduta de
Humildade foi presenteado pelos deuses com sua volta para casa e retomou seu
reino. O livro de Homero não foi escrito por ele, pois além de serem cegos, os
gregos achavam que no papel é fácil mentir e dizendo as histórias pessoalmente, a
mentira seria descoberta, então para mostrar a veracidade de suas palavras, não a
escreviam, mas contavam seus relatos.
Os Espartanos eram o símbolo maior do soldado grego. Serviam o exército
dos 12 aos 60 anos. A formação grega de batalha ainda é usada pelas tropas de
choque policiais. Os “HOPLITAS” como eram conhecidos, diziam que o homem só é
realmente livre quando sente desprezo pela morte. Achavam que quanto mais
vivessem nesta terra, mais atrasado seria seu desenvolvimento espiritual. Quando
amaldiçoavam alguém diziam “espero que viva para sempre”. A coragem era muito
valorizada, tanto que, quando um soldado grego ia para a guerra, suas mulheres
diziam “Volte da Guerra com seu escudo ou sobre ele”, ou seja, venha vitorioso ou
morto, mas lute pelo povo grego. O escudo grego, de acordo com a formação de
batalha, protegia o soldado ao lado, e este era protegido pelo escude de seu
companheiro. No escudo do soldado grego havia uma figura em relevo de uma
abelha em tamanho natural. A abelha simbolizava para eles a união pelo bem da
sociedade, pois trabalham juntas e combatem juntas. Fazem o mel mais doce e
possuem o ferrão mais ardido. Diziam que a ultima coisa que seus inimigos veriam
antes de morrer seria a abelha de seu escudo. Houve um relato que ao retornar da
guerra um soldado foi morto por sua mãe, quando viu feridas nas costas dele (sinal
que havia tentado fugir do combate, colocando em risco as vidas de outros gregos).
Antes de entrar para o exército, os garotos eram treinados para roubar e se
fossem pegos apanhavam em praça pública. Assim eles estavam sendo treinados
para sobreviver em qualquer situação (roubo), sabendo que se fossem pegos pelo
inimigo seriam mortos (não apenas apanhar). Outro relato da determinação grega foi
de um garoto que roubou uma raposa e viram soldados gregos se aproximarem.
Escondeu a raposa em suas vestes, sendo chamado para conversar com estes
soldados (que não perceberam o roubo). A conversa se estendeu durante vários
minutos, quando o garoto caiu de repente sem vida. Atônitos, os soldados tentaram
entender a situação. Acharam a raposa devorando as vísceras do menino, que não
gritou nem exprimiu sinais de dor.

6.1- OLIMPÍADAS
Os gregos sempre tiveram próximos os lados espirituais e religiosos, tanto
que nunca iam para combate sem consultar os oráculos sacerdotais. A palavra
“Marche”, usada pelos exércitos de todo o mundo, é uma variação do grito de
saudação grego ao Deus da Guerra “Marte”. As Próprias Olimpíadas eram um
tributo aos Deuses. Paravam-se guerras nas épocas das olimpíadas. Os gregos
acreditavam que os vencedores das olimpíadas, por terem habilidades
diferenciadas, eram filhos de humanos com Deuses, tanto que eram chamados de
semideuses. Tinham estátuas erguidas em praça pública e tinham histórias
(mitologias) criadas para terem seus nomes imortalizados. Grandes nomes como
Hércules, Jasão e Ulisses foram campeões olímpicos. Isso ocorria para todas as
modalidades como corridas, saltos, arremessos, lutas, etc. Os jogos olímpicos eram
feitos no monte Olimpo, lar de Zeus o deus chefe dos deuses gregos.

6.2- LUTAS GREGAS


Hermes (Mercúrio) era o patrono das lutas. Nos jogos olímpicos, havia três
modalidades de lutas: o Pugilato, a Luta olímpica e o Pankration Athlima.
No Pugilato, os dois lutadores tiravam a sorte e quem vencia o sorteio
começava o combate. O vencedor do sorteio socava o rosto do adversário, sendo
que este tinha que ficar totalmente parado. Depois era a vez de que levou o soco
socar. Seguia-se esta sequencia (ora um socava, ora outro socava) até um deles
cair ou desistir. Era um teste de resistência física/facial.
A luta olímpica era como um “Judô sem quimono”, onde através de
arremessos, empurrões e alavancas, tinham como objetivo encostar as costas do
adversário no chão.
O Pankration Athlima era o vale-tudo, onde havia socos, chutes, arremessos,
chaves, estrangulamentos, etc. Quando nesses combates um dos lutadores vinha a
matar o oponente, a vitória era dada ao falecido e o matador desclassificado, pois
este tirou a vida de um filho da Grécia, que poderia defender o país em uma guerra.
Filmes: Paulo, Alexandre o Grande, 300 de Esparta, Pankration antigo no
Monte Olimpo (Grécia).
6.3- DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO DAS ARTES MARCIAIS
OCIDENTAIS E ORIENTAIS.
Alexandre o Grande, grego da Macedônia, conquistou o mundo chegando até
a Índia, levando também a cultura grega das vestimentas, alimentação, filosofia,
ciência, juntamente com as lutas. Da luta grega (Pankration Athlima) com a cultura
marcial local, surgiu o Vajramushti (luta Indiana). Um aluno de Buda (Sidarta
Gautama) lutador de Vajramushti chamado Bodhidarma, foi incumbido de ensinar o
budismo aos monges de um local onde havia muitos arbustos pequenos (em chinês
chama-se Shao Lin). Como os monges dormiam nas meditações, Bodhidarma criou
exercícios baseado nos movimentos dos animais para fortalecer o espírito dos
monges, para que estes meditassem por mais tempo. Surgiu assim o Kung Fú de
Shaolin, que foi propagado pela china, criando vários estilos de Kung Fú. Quando
levaram estes conhecimentos para outros países da Ásia, surgiram vários estilos de
lutas como o Judô, Karatê e Aikidô no Japão; o Hapkidô e o Tae Kwon Dô na
Coréia; o Viet Vo Dão e o Kwan Ki Dô no Vietnã, etc. Percebe-se assim que a arte
marcial organizada mais antiga é a Grega (Pankration Athlima). No ocidente, o
Pankration era a luta sem armas dos Gladiadores e dos Cavaleiros Medievais. Um
relato da época Romana é sobre a perseguição de cristãos, sendo que estes na
maioria das vezes acabavam no Coliseu (circo romano), como atração de suas
mortes. Um dos cristãos que estava preso chamado Nestor pediu a São Demétrio
que rezasse para que saísse vitorioso em combate. Na arena o lutador solicitou ao
imperador que se vencesse o Gladiador, todos os Cristãos seriam libertados, sendo
aceita a proposta. O cristão venceu o Gladiador, mas quando o Imperador soube
que a vitória se obteve com as orações de São Demétrio, não cumpriu o
determinado, mandando matar todos os Cristãos ali presentes.
Das Lutas Gregas surgiram no ocidente o Savate (francês), Wrestling, Tele-
Catch (espetáculo), Boxe e luta Greco-Romana.
As Olimpíadas modernas foram retomadas pelo Barão de Coubertin, que
colocou novas regras para a luta grega, criando o Wrestling (mesmas regras da Luta
Olímpica, onde valem os golpes usando as pernas como alavancas) e a Luta Greco-
Romana (Luta onde as alavancas e arremessos são executados somente com a
força dos braços e troncos, não podendo usar as pernas em nenhuma hipótese). Na
idade média, quando havia desentendimento entre os nobres, estes se desafiavam
para uma “Justa” (onde o vencedor seria premiado pela Justiça de Deus com a Vida,
por estar com a verdade). Aperfeiçoou-se com os duelos de floretes e, com o
advento da arma de fogo, os combatentes ficavam de costas entre si, davam dez
passos e atiravam. Como as armas eram muito caras, devido ao alto preço da
extração de metais do solo e do forjamento das espadas (onde uma espada levava
aproximadamente 01 ano para ser feita), então somente os Nobres podiam duelar
(pobres não tinham dinheiro para comprar armas). O Marquês de Queensberry, da
alta côrte inglesa, cansado de perder vários amigos em duelos (que sempre
acabavam em morte), baseando-se no Pugilato Grego, criou o Pugilismo moderno
(Boxe), onde os desafiantes combatem, mas saem vivos. Por isto o Boxe se chama
a “Nobre Arte”.

5- DEFESA PESSOAL X DEFESA TÁTICA?


Defesa pessoal é o aperfeiçoamento e domínio do instinto de preservação,
constitui-se genericamente de atitudes físicas ou verbais que anulem uma agressão.
Ela pode ser instintiva, resultado de algum treinamento técnico ou mesmo algo
totalmente inesperado por parte de quem reage, evitando o uso de força bruta, ou
seja, outra violência. Quando se fala em treinamento de defesa pessoal, não se
deve pensar somente no domínio das técnicas físicas, mas na aprendizagem do
controle mental e emocional.
Toda reação a uma agressão baseia-se em três elementos:
I. Controle mental/emocional;
II. Técnica adquirida e incorporada com alto reflexo;
III. Treinamento para garantir os dois itens anteriores.
Há uma grande diferença entre a defesa pessoal civil e a policial,
enquanto a defesa pessoal civil não tem compromisso com a técnica e tão
pouco responsabilidade com os resultados lesivos causados, porque sua
intenção principal é a de legítima defesa/fuga, a defesa pessoal policial usada
pelas corporações de segurança, leva em conta o nível de força técnica usada
na contenção e observa que esta seja proporcional à resistência oferecida pelo
infrator/agressor, porque tem, enquanto profissional de segurança, o dever de
preservar a integridade física sua, de terceiros e do agressor, e ainda conduzi-
lo legalmente ao Distrito Policial.
Para tornar-se mais eficiente, a defesa pessoal policial deve pautar-se em
alguns requisitos de fundamental importância, são eles:
1- Quantidade mínima de 2 (dois) agentes em uma ação de contenção e
algemar;
2- Nunca agir sozinho ou com um número de agentes inferior ao de
delituosos;
3- Avaliar o teatro de operações (usar a inteligência), quanto à necessidade
de ação e a força do efetivo presente;
4- Sempre usar o fator surpresa na aplicação das técnicas;
5- Nunca subestimar o delituoso quanto à aparência ou gênero;
6- Quando houver resistência por parte do delituoso, a melhor forma de
minimizar sua reação é levá- lo ao solo, mantendo o mesmo deitado e
contido até a sua algemação.
USO DA FORÇA
- Bater ou contra golpear?
O agente operador enfrente constantemente “a sina do despreparado” deve,
portanto, preocupar- se em mudar este paradigma capaz de denegrir qualquer
corporação agir e expressar- se diferentemente do cidadão chega ser não só
um dever, mas uma obrigação.
Conceitos simples como “bater” para um "paisano” civil, tem para o agente
qualificado um outro sentido, exigindo uma expressão diferente ao referir- se a
uma ação legalista. Quando faz uso da força dá a este “bater” a conotação de
contra golpear, um civil ou um profissional mal qualificado “bate”, um
profissional ciente da responsabilidade funcional que tem, aplica técnicas de
contra golpe, e parar denotar credibilidade não só uma postura impecável é
necessária como também expressar- se tecnicamente correto, saber informar
que sua ação é pautada na legalidade e na legitimidade, é muito importante
porque ele, agente não “bateu” desferiu um golpe técnico objetivando o
desarme ou uma contenção por conta da resistência oferecida diante da ordem
emitida pelo servido de segurança.

USO DA FORÇA E SUAS IMPLICAÇÕES


Como sabemos a utilização da força é facultada ao agente aplicador da lei, é
assegurada também por leis, contudo, essas leis seguem diretrizes regidas a
fim de não transformar uma ação legal e uma ação ilegítima, essas diretrizes
estão relacionadas na portaria interministerial 4226 de 31/12/2010 da Secretaria
Nacional de Segurança/SENASP-MJ. Devemos atentar pra que o uso da força,
seu qual for seu nível será usado somente após a constatação de um crime
seguido de resistência ou tentativa de agressão seja a integridade do agente
ou de outro cidadão.

Direcionamento do uso da força


Devemos considerar que seja qual for o potencial lesivo das técnicas, armas
ou equipamentos disponibilizados ao servidor de segurança, estes sozinhos
não cometem irregularidades sem que alguém os manusei, quem as comete é
aquele desatento às diretrizes que norteiam o seu uso. Então vale lembrar
novamente a necessidade de avaliar se há um crime ou a eminência de um e,
se o infrator oferece resistência, analisar qual dos meios é mais adequado à
ação e relativa à quantidade de energia ao tipo de dificuldade oferecida para a
detenção.

6.1 – REAÇÕES PASSIVA X REAÇÃO ATIVA


Vale salientar que, durante uma ação de contenção policial, é quase
certo que o agente de segurança irá se deparar com a reação por parte do
indivíduo delituoso. Esta reação pode ser classificada como:

1- REAÇÃO PASSIVA: É quando o indivíduo delituoso tenta escapar das


técnicas de contenção aplicada pelo agente de segurança, sem o uso de
agressão física com intenção de empreender fuga;

2- REAÇÃO ATIVA: É quando o indivíduo delituoso tenta escapar das


técnicas de contenção aplicada pelo agente de segurança, com o
objetivo de tentar contra a integridade física do mesmo.
7- POSTURA

A postura e o comportamento do agente em serviço são de suma


importância, ela diz o que se pode esperar deste servidor, o cidadão pagador
de impostos, verá o quanto este será prestativo quando solicitado, já o
“marginal”, verá o quão fácil ou difícil será uma ação delituosa que por ventura
queira praticar. A sua segurança pessoal, a do parceiro, bem como a dos
munícipes, dependerá primordialmente desse “cartão de visitas”.
A postura quando em ação será sempre de pronto emprego, seja com ou sem
equipamento.

7.1 TRABALHO EM EQUIPE

Qualquer trabalho onde não haja preocupação com a organização denotará


amadorismo, para o profissional servidor em segurança não cabe, nem se
pode admitir negligência que levem a esta conotação. Não é só pela cobrança
social, mas também e principalmente pelas cobranças vindas do judiciário.
Portanto, todo trabalho de segurança necessita ser coordenado, não se pode
“bater cabeça”, os riscos inerentes às nossas atribuições vão além da
integridade física, atingem também o administrativo e o judicial, então,
precisam receber a devida atenção por quem será o maior afetado.

Ao abordar- mos a Defesa Pessoal Tática, verificamos que o próprio nome já


diz do que se trata; significa que organização e trabalho em equipe é
extremamente necessário para chegar ao sucesso almejado. A menor célula
tática deverá conter no mínimo 2 integrantes para iniciar uma ação envolvendo
contato físico, vale ressaltar que esse número varia de acordo com a
compleição física, quantidade de infratores e o teatro de operações = local
onde ocorrem os fatos. São muitas as variáveis que antecedem uma tomada
de decisão, requer do agente uma avaliação rápida e precisa para decidir dar
continuidade ou não à ação.

Sendo assim, podemos afirmar com toda propriedade que a maior força que o
GCM tem à sua disposição é a inteligência, raciocinar em fração de segundos
com clareza o levará a uma decisão com menor possibilidade de “efeitos
colaterais”.

CONTROLAR O ADVERSÁRIOS
Para controlar o adversário é necessário aplicar a técnica adequada, no momento
adequado, ou seja, moldar-se à situação conforme a proximidade, peso, altura,
base de pernas, posicionamento, olhar, estado de alerta, ansiedade e outros
fatores que exigem destreza do corpo e da mente. Uma técnica deve ser fácil de
ser aprendida, simples de ser executada e principalmente eficiente. Para dominar
uma técnica é necessário seguir alguns principios:

1. Principio da Repetição: É preciso repetir tantas vezes quanto forem


necessário para incorporar a técnica, fazendo que o tempo entre você
pensar e agir seja cada vez menor. O movimento deve ser o mais natural
possível, a reação deve ser imediata. Chamamos isso de movimento
instintivo/reflexivo.
2. Principio da Dor: A dor é o domínio sobre o seu adversário, quando maior a
dor, maior será o dominio. Podemos utilizar a dor para fazer o adversário
ficar paralizado, destruir sua integridade física ou para distraí-lo. Este
talvez seja o principal vetor para o controle do adversário.
3. Principio da Adaptação: Não é o fator de domínio do advesário que se
adapta à técnica, mas a técnica que se molda ao adversário. Conhecer os
detalhes que fazem a técnica ser efetiva é fundamental, poder adaptá-la ao
adversário é a diferença entre viver ou morrer.
4. Principio da Mudança: Quando uma técnica não der resultado, mude para
outra técnica. O adversário está dificultando a realização da técnica? Você
tenta aplicar uma torção não consegue? Mude a técnica alternando para
uma alavanca, somando a força do adversário à sua.
5. Principio da Versatilidade: Uma técnica para várias situações, várias
técnicas para uma situação. Quanto maior a versatilidade e conhecimento
do lutador, maiores serão suas chances.

AÇÃO CONTINUADA

O termo continuado diz que ao iniciar- mos uma ação, somente cessamos
quando chegamos ao objetivo pressuposto. Vamos compreender melhor,
numa ocorrência em que previamente foi constatado um ato delituoso seguido
de resistência, fica clara a necessidade do uso da força, é realizada então uma
avaliação do risco, seja para o GCM, terceiro ou o próprio delinquente,
decidido o uso de técnicas de defesa e imobilização, o desfecho deverá
ocorrer no Distrito Policial - DP responsável pela área dos fatos.

A legalidade e a legitimidade do trabalho do GCM com êxito total ou parcial


terá amparo somente quando levado à presença da autoridade local na
impossibilidade desta providência é realizado um relatório de registro e
descrição da ocorrência e dos meios utilizados e encaminhados à chefia
imediata, frisamos aqui que o bom senso é sempre muito importante porque o
agente é exposto os tempos inteiros a questões jurídicas e administrativas por
isso deveram encarar toda e qualquer ocorrência com muita seriedade.

O contexto de ação continuada esclarece ao servidor a importância em não


abandonar uma ocorrência pela metade e a relevância em considerar
diferenciado o trabalho que presta à sociedade. Toda a ação realizada em
serviço ou fora dele, basta lembrar que somos operadores de segurança 24
horas, tem supervisão regular e categórica, tanto da sociedade que paga os
impostos que pagam os salários, quanto o governo o qual nos tem como seu
braço comunitário ou repressivo quando necessário.

APOSTILA DE DEFESA PESSOAL POLICIAL

Noções de Pontos Vitais, de Pressão e de Traumas

Ao atingir um dos trinta e seis pontos vitais pode ocorrer: morte súbita,
paralisia, inconsciência e problemas respiratórios. Um homem pode ser
apenas lesionado se for levemente atingido em um ponto vital, mas um
golpe forte pode ser fatal. Dos trinta e seis pontos vitais, vinte e dois são
na parte frontal e os outros quatorze na retaguarda (costas). Sabe-se
também que se atigirmos pontos na cabeça, causaremos instabilidade
(desequilibrio), no pescoço, podem paralisar diversas regiões do corpo, na
parte superior do tronco, causam paradas respiratórias e na região
inferior, dificultam o suporte de oxigênio no sangue causando sensação de
formigamento ou ainda podem ocasionar fraturas graves.
7- HISTÓRIA DO BASTÃO TONFA
Originalmente a Tonfa, antes de se tornar arma, era usada a mais de 8
séculos atrás na China e no Japão para descascar arroz. Foi apenas um dos
instrumentos agrícolas utilizados na China antiga que tornaram-se armas em função
do desarmamento civil.Tornaram- se armas de madeira pelos habitantes de
Okinawa, no Japão, especificamente para uso no Karatê. Duas Tonfas eram
frequentemente usadas simultaneamente, sendo uma arma muito eficiente contra
ladrões. Os movimentos circulares da Tonfa eram usados como forma de ataque, a
parte lateral era usada para bloquear golpes de armas e as extremidades para
ataques contundentes.

MODELO DE TONFA ANTIGA MODELO DE TONFA MODERNA

Por volta de 1580 foram impostas leis que proibiram o uso e a posse de
armas, até de espadas velhas e enferrujadas, para tentar restaurar a paz e trazer
prosperidade a Okinawa. Isso ajudava a prevenir perdas de vida desnecessárias
entre o povo e prevenir o surgimento de guerras civis, mas deixava os camponeses
de Okinawa sem defesa contra os opressores. Apesar das técnicas de mãos vazias
desenvolvidas nos campos de batalha serem eficazes, não o eram contra ataques
em massa. Hoje substituindo o ultrapassado Cassetete a Tonfa se tornou um bastão
ainda mais resistente feito de fibra sintética, sendo usada como arma de defesa
policial. Decorrente dos desrespeitos aos Direitos Humanos ocorrido na 2° guerra
mundial a Tonfa foi vista pelas forças armadas do Ocidente principalmente pelos
Estados Unidos como uma solução a ser implementada com o intúito de demonstrar
humanização em conflitos solucionados com a utilização de um armamento menos
letal a Tonfa

8- BLOQUEIO COM MÃOS LIVRES


Os bloqueios com as mãos livres (sem uso do armamento menos letal Tonfa)
obviamente devem ser utilizados na situação em que o agressor não faça uso de
objetos, sejam eles convencionais ou não. Entretanto em ambos os casos devemos
atentar que as técnicas de bloqueio serão mais eficientes se utilizadas
adequadamente, haja vista que, cada qual presta- se a defender uma região
específica do corpo. É importante lembrar que toda e qualquer técnica de defesa
utilizada em equipe terá maior ou menor êxito em decorrência do treinamento e
colaboração de todos. Portanto não cabe ao agente de segurança agir
individualmente, salvo situações extremas de sobrevivência.

CONCEITO DE TORRE E SUAS FINALIDADES


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12- CHAVES, CONTENÇÕES, ALGEMAR E CONDUZIR.


As técnicas de alavancas ou chaves neste curso são aplicadas nas
articulações do ombro (articulação glenoidal), do cotovelo (articulação gínglimo) e do
punho (articulação rádio cárpico), devem ser aplicadas sempre com precisão e
sincronia pela equipe, portanto as funções devem ser definidas antes da partida a
“campo”, cada integrante precisa saber qual seu papel na ação e lembrar que esta
terá sucesso quando da utilização do fator surpresa.

4- USO E MANUSEIO DE TONFA


14.1- NOMENCLATURAS DA TONFA
Relativo ao uso legal, necessário e proporcional da força, ressalta – mos que
o uso do armamento menos letal Tonfa estará respaldado em situações de desarme.
A técnica de desarme, dispersão e bloqueios são semelhantes aos de “mãos livres”,
para maior eficiência necessitam de uma base firme e movimentos precisos. Na
ação em que o agressor utiliza-se de um objeto para atacar o agente de segurança,
este fará uso do armamento Tonfa para desarmar e conter a injusta agressão.

BASTÃO TONFA X BASTÃO “CASSETETE”

Entendendo a diferença
Entende- se que, o Bastão tonfa diferentemente do Bastão Cassetete, foi
criado exclusivamente como um equipamento de defesa e contra golpes. Dado
o seu comprimento reduzido e formato em “L” tem um alcance menor que os
Bastões de controle civil, mas uma precisão maior nos golpes, os quais devem
ser precisos e em regiões específicas da estrutura músculo esqueléticas,
somente desta forma alcança- se o objetivo de desarme, desestabilização ou
distração que possibilitará o prosseguimento de uma ação continuada, que
culminará no objetivo desejado pelo agente operador de segurança, a
contenção e detenção do infrator.

BASTÃO TONFA E SUAS FUNÇÕES


Sua função é especifica de bloqueios, contra golpes contusos, chaves,
alavancas, aprisionamento e pressão de membros, tudo em prol da contenção
e imobilização do cidadão infrator que encontra- se resistente à detenção.
Outros equipamentos como o bastão “cassetete” usado comumente por
grupos especiais de CDC – Controle de Distúrbio Civil, com dimensões
variadas, têm função direcionada a dispersão de grupos manifestantes tendo
assim características repressivas, diferentemente da Tonfa com características
essencialmente defensiva, usada na defesa do próprio agente ou na
intervenção de prejuízos a integridade de terceiros.

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15- SAQUES COM EMPUNHADURA SIMPLES


È realizada com uma das mãos (“mão forte” empunha a manopla), utilizada
em ações que exijam postura de prontidão (postura defensiva).

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19- ESTOCADAS
Técnica de manuseio que utiliza as extremidades do cabo e do corpo da
Tonfa com a finalidade de evitar ou cessar uma injusta agressão.
19.1- ESTOCADA CURTA (ponta do cabo da Tonfa)
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20.1- ESTOCADA LONGA (empunhadura simples)


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25- CONTENÇÕES COM TONFA (Alavanca glenoidal)


As imobilizações com a utilização do armamento menos letal Tonfa na imobilização
através de alavancas (chaves) são tão ou mais eficientes que com as mãos livres,
porém a que levar- se em conta que na imperícia os danos físicos podem ser bem
mais traumáticos.

CHAVES DE OMBRO COM USO DA TONFA


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ALAVANCAS (chave de ombro com uso da Tonfa)


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26- CONCLUSÃO

Esclarecido alguns aspectos teóricos voltados à Contenção, Algemação e


Condução de infratores. Podemos afirmar que há subsidíos e embasamentos
suficientes, desde de que, usados os conceitos de legalidade, discricionariedade e
proporcionalidade da força, para que o agente público de segurança faça valer,
mesmo que através do vigor físico, o cumprimento da ordem.
Deve usar de seu poder-dever legal na supressão dos direitos do infrator em
prol dos direitos da maioria, usando técnicas marciais e táticas policiais que isente
ou minimize qualquer dano à sua integridade física, a de terceiros e ou mesmo do
agressor.
É consenso que toda técnica deve ser regularmente treinada a fim de
capacitar o agente facilitando e otimizando suas ações quando necessária uma ação
mais enérgica.
Esclarecido alguns aspectos teóricos voltados à Contenção, Algemação
e Condução de infratores. Podemos afirmar que há subsidíos e embasamentos
suficientes, desde que, usados os conceitos de legalidade, discricionariedade
e proporcionalidade da força, para que o agente público de segurança faça
valer, mesmo que através do vigor físico, o cumprimento da ordem.
Deve usar de seu poder-dever legal na supressão dos direitos do
infrator em prol dos direitos da maioria, usando técnicas marciais e táticas
policiais que isente ou minimize qualquer dano à sua integridade física, a de
terceiros e ou mesmo do agressor.
É consenso que toda técnica deve ser regularmente treinada a fim de
capacitar o agente facilitando e otimizando suas ações quando necessária
uma ação mais enérgica.

27- BIBLIOGRAFIA

KANO, Jigoro. Judo Kodokan. São Paulo, Editora Cultrix, 2009.


STEVENS, John. Três Mestres do Budo. São Paulo, Editora Cultrix, 2007.
JOSÉ BULL,Wagner.Aikido:oconhecimento da Sabedoria: Dobun Historia e
Cultura. São Paulo, Editora Pensamentos,2003.
PRONI,Marcelo Weishaupt. Historia das Artes Marciais: um roteiro de
estudo.Coletânea do I Encontro de História da Educação Física e do Esporte.
Campinas, 1994.
VILELA JÚNIOR, Guanis de Barros. Biomecânica e Cinesiologia-uma
abordagem histórica. Coletânea do II Encontro Nacional de História do Esporte,
Lazer e Educação Física. Ponta Grossa, 1994
HAKIRO, Jorge. Segredos dos Samurais-As Artes Marciais do Japão
Feudal.Tokio(exemplar traduzido).Editora Madras,2000
COSTA, Antonio Tibery. Ami-Jitsu O Caminho da Integração. São Paulo.
Thessaurus Editora, 1993
COP – Contenção Operacional Policial, Registro N° 619.741/2013 Fundação
Biblioteca Nacional
SITES:
www.onu-brasil.org.br/
http://shinkyokushin.com.br/pontos_vitais.php

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