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AUTORIDADES
Governador do Estado do Rio de Janeiro
Exmº Sr Cláudio Castro
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ÉTICA, DIREITOS HUMANOS E PROFISSIONAL DE SEGURANÇA -
CIDAPS I/2021
Desenvolvedores
Supervisão EAD
MAJ PM Rodrigo Fernandes Ferreira
Equipe Técnica
SUBTEN PM Wilian Jardim de Souza
2º SGT PM Edson dos Santos Vasconcelos
SD PM Lucas Almeida de Oliveira
Conteudista
MAJ PM Rodrigo Marques Rodrigues
Diagramação
1º SGT PM Eloisa Claudia Clemente de Almeida
Design Instrucional
CB PM Michele Pereira da Silva de Oliveira
Suporte ao Aluno
2º SGT PM Anderson Inacio de Oliveira
2º SGT PM Wallace Reis Fernandes
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ÉTICA, DIREITOS HUMANOS E PROFISSIONAL DE SEGURANÇA -
CIDAPS I/2021
Sumário
INTRODUÇÃO.............................................................................................................................. 7
1. ÉTICA E MORAL ...................................................................................................................... 8
2. MORAL E DIREITO .................................................................................................................. 9
3 . ÉTICA E SEGURANÇA PÚBLICA ......................................................................................... 10
4. CÓDIGO DE CONDUTA PARA OS FUNCIONÁRIOS RESPONSÁVEIS PELA APLICAÇÃO
DA LEI ........................................................................................................................................ 11
5. ESTATUTO DOS POLICIAIS MILITARES ........................................................................... 16
6. POLÍCIA, CIDADANIA E OS DIREITOS HUMANOS ............................................................ 18
7. PAPEL DA POLÍCIA ............................................................................................................... 19
8. O COMPROMISSO DO POLICIAL MILITAR COM A “NÃO DISCRIMINAÇÃO” ................ 19
9. OS MEIOS NÃO VIOLENTOS COMO PRIMEIRA TENTATIVA ............................................. 20
10. PRÁTICAS DE MEDIDAS HUMANITÁRIAS E DE MODERAÇÃO ...................................... 20
11. USO DA FORÇA E DE ARMAS DE FOGO ......................................................................... 21
12. POLICIAMENTO DE REUNIÕES PÚBLICAS ...................................................................... 22
13. O POLICIAL MILITAR E OSGRUPOS VULNERÁVEIS ........................................................ 23
14. DIREITOS HUMANOS, A POLÍCIA E A PROTEÇÃO À CRIANÇA E AO ADOLESCENTE . 23
15. CONDUÇÃO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ....................................................... 25
16. POLÍCIA E DIREITOS HUMANOS DAS MULHERES .......................................................... 26
17. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA .................................................................................................... 29
18. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................................. 31
19. BIBLIOGRAFIA ..................................................................................................................... 32
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Prezado aluno,
Seja bem vindo a nossa disciplina de “Ética, Direitos Humanos e os
Profissionais de Segurança Pública”.
Sabemos que este assunto diz respeito a todos nós enquanto cidadãose ainda
mais enquanto agentes da Lei. Trazemos para você um material para construirmos
reflexões acerca de nossa atuação policial nos mais diversos âmbitos.
Aqui você terá algumas orientações objetivas sobre as condutas éticas e o
respeito aos direitos da pessoa humana, que devem ser adotadas pelo Policial Militar
ao lidar com os mais diferentes tipos de ocorrências. É importante ressaltar que os
preceitos éticos são indispensáveis a atividade do Profissional de Segurança Pública,
pois, na maioria das vezes, o atendimento do policial é de caráter assistencialista à
população.
Vamos começar?
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INTRODUÇÃO
¹ Trabalhando aqui com o papel desempenhado pelo capital humano dentro da organização, podemos definir
competência como “combinações sinérgicas de conhecimentos, habilidades e atitudes, expressas pelo desempenho
profissional, dentro de determinado contexto ou estratégia organizacional
KALIL PIRES, et al.. Gestão por competências em organizações de governo. Brasília: ENAP, 2005
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1. ÉTICA E MORAL
grupo social”1 Assim, o grupo estabelece as normas que guiam o comportamento individual
na sociedade e um exemplo disso é a lei, que determina padrões de conduta.
Decidir sobre a maneira de agir em determinada situação é uma questãoprática e
moral, mas investigar o modo pelo qual decidimos e agimos é competência da ética.
A palavra ética surgiu do grego éthos, que significa modo de ser; e a palavra
moral surgiu do latim mores, que quer dizer costume. Assimsendo, etimologicamente,
tais palavras tem relações entre si. Contudo, énecessário estabelecer distinções: moral
é um sistema de normas, princípios e valores que regulamentam as relações entre os
indivíduos, que variam deacordo com o tempo e o espaço e que são aceitas livre e
conscientementepor todos; a ética será a reflexão crítica sobre a moral. De acordo
com Vazquez: “ética é a teoria ou ciência do comportamento moral dos homens em
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socialmente aceitas.
1
LYONS, David. As regras morais e a Ética. São Paulo, Papirus Editora, 1990. p.32
2
VÁZQUEZ, Adolfo Sánchez. Ética. Rio de Janeiro: 23ª ed. Civilização Brasileira, 2002. p.12.
3
Ibid. p. 1
2. MORAL E DIREITO
4
VÁZQUEZ, Adolfo Sánchez. Ética. Rio de Janeiro: 23ª ed. Civilização Brasileira, 2002. p.82.
5
Ibid. p.82
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________________________________
1 BALESTRERI Ricardo Brisola. Direitos Humanos: Coisa de Polícia – Passo fundo-RS, CAPEC, Paster Editora,
1998
6
MARSHAL, T.H. Class, citizenship and social development. Westport: Greenwood Press,1973, p.84.
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Consciente de que a natureza das funções de aplicação da lei para defesa da ordem
pública e a forma como essas funções são exercidas, têm uma incidência direta sobre a
qualidade de vida dos indivíduos e da sociedade no seu conjunto; Consciente das
importantes tarefas que os funcionários responsáveis pela aplicação da lei levam a cabo,
com diligência e dignidade,em conformidade com os princípios dos direitos do homem; Que
qualquer funcionário responsável pela aplicação da lei é um elemento do sistema de justiça
penal, cujo objetivo consiste em prevenir o crime e lutar contra a delinquência, e que a
conduta de cada funcionário do sistema tem uma incidência sobre o sistema no seu
conjunto.
Artigo 1º
Comentário
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Artigo 2º
No cumprimento do dever, os funcionários responsáveis
pela aplicação da lei devem respeitar e proteger a dignidade
humana, manter e apoiar os direitos humanos de todas as
pessoas.
Artigo 3º
Os funcionários responsáveis pela
aplicação da lei só podem empregar a força quando
estritamente necessária e na medida exigida para o
cumprimento do seu dever.
Comentário
O emprego da força por parte dos funcionários responsáveis pela aplicação da
lei deve ser excepcional. Embora se admita que estes funcionários, de acordo com as
circunstâncias, possam empregar uma força razoável, de nenhuma maneira ela
poderá ser utilizada de forma desproporcional ao legítimo objetivo a ser atingido.
O emprego de armas de fogo é considerado uma medida extrema; devem-se fazer
todos os esforços no sentido de restringir seu uso, especialmente contra crianças. Em geral,
armas de fogo só deveriam ser utilizadas quando um suspeito oferece resistência armada
ou, de algum outro modo, põe em risco vidas alheias e medidas menos drásticas são
insuficientespara dominá-lo. Toda vez que uma arma de fogo for disparada, deve-se fazer
imediatamente um relatório às autoridades competentes.
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Artigo 4º
Artigo 5º
Comentário
Artigo 6º
Artigo 7º
Comentário
Qualquer ato de corrupção, tal como qualquer outro abuso de autoridade, é incompatível
com a profissão dos funcionários responsáveis pela aplicação da lei. A lei deve ser aplicada
com rigor a qualquer funcionário que cometa um ato de corrupção. Os governos não podem
esperar que os cidadãos respeitem as leis se estas também não foram aplicadas contra
os próprios agentes do Estado e dentro dos seus próprios organismos.
Artigo 8º
Os funcionários responsáveis pela aplicação da lei que tiverem motivos para acreditar que
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houve ou que está para haver uma violação deste Código, devem comunicar o fato aos
seus superiores e, se necessário, a outras autoridades competentes ou órgãos com
poderes de revisão e reparação.
Comentário
As disposições contidas neste Código serão observadas sempre que tenham sido
incorporadas à legislação nacional ou à sua prática; caso a legislação ou a prática
contiverem disposições mais limitativas do que as deste Código, devem observar-se
essas disposições mais limitativas. Subentende-se que os funcionários responsáveis
pela aplicação da lei não devem sofrer sanções administrativas ou de qualquer outra
natureza pelo fato de terem comunicado que houve, ou que está prestes a haver, uma
violação deste Código; como em alguns países os meios de comunicação social
desempenham o papel de examinar denúncias, os funcionários responsáveis pela
aplicação da lei podem levar aoconhecimento da opinião pública, através dos referidos
meios, como último recurso, as violações a este Código. Os funcionários responsáveis pela
aplicação da lei que cumpram as disposições deste Código merecem o respeito, o total
apoio e a colaboração da sociedade, do organismode aplicação da lei no qual servem
e da comunidade policial.
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Material revisado e adaptado por Rafael Rocha da Rosa. O professor Rafael Rochaé
Especialista em Filosofia Moderna e Contemporânea pela UERJ Licenciado em História pela
UERJ/FFP.
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6. POLÍCIA, CIDADANIA E OS DIREITOS HUMANOS
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7. PAPEL DA POLÍCIA
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Toda vez que o uso da força e de armas de fogo for inevitável, os policiais devem
exercer moderação no seu uso, minimizando o dano e os ferimentos, respeitando e
preservando a vida humana.
Para estes fins, os policiais devem assegurar que a assistência médica seja
disponível, o mais cedo possível, a qualquer pessoa ferida ou atingida, e que os parentes
e amigos dessas pessoas sejam notificados.
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importante que existe, o direito à vida. O uso da força pela polícia que resulta na
violação do direito à vida representa um claro fracasso de umdos principais objetivos
do policiamento, o da manutenção da segurança dos cidadãos. Dependendo das
circunstâncias, isto poderá ser uma grande quebra, tanto das leis criminais quando das
leis internacionais, que afirmam explicitamente que todos têm direito à vida, à liberdade e à
segurança, e que ninguém será privado arbitrariamente de sua vida.
Entre as privações arbitrárias da vida estão as mortes causadas por execuções
sumárias de criminosos, as mortes como consequência de tortura e maus-tratos, e mortes
causadas pelo uso excessivo da força por parte dos policiais.
As medidas para combater estas terríveis violações do direito à vida são expostas nos
Princípios sobre a Prevenção Eficaz e a Investigação de Execuções Ilegais,
Arbitrárias e Sumárias.
A arbitrariedade praticada pela polícia denota desconhecimento e incompetência
profissional.
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O policial militar é um cidadão muito especial, pois além de exigir que sua
dignidade e seus direitos sejam respeitados, tem a nobre missão de ser um agente de
promoção dos direitos humanos na comunidade.
Sua atuação profissional fará com que a lei seja aplicada e os direitos de todas as
pessoas também sejam respeitados, independente decor, raça, religião, sexo,
classe social, enfim, sem qualquer tipo de discriminação.
O policial militar é o primeiro beneficiário do exercício dos direitoshumanos.
Segundo entendimento da ONU, atentar contra a vida de um policial é atentar contra a
ordem social. O Estado deve criar condições deformação e treinamento, de trabalho, de
suporte material e humano para que a força policial atenda aos princípios de direitos
humanos, começandopela valorização do seu próprio elemento humano.
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ÉTICA, DIREITOS HUMANOS E PROFISSIONAL DE SEGURANÇA -
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da CF/88).
É comum o policial deparar-se com crianças e adolescentes em logradouros
públicos, vulgarmente chamados de menores abandonados ou trombadinhas, porém não
pode este policial esquecer-se de que essascrianças e adolescentes têm também direito à
liberdade, respeito e dignidade (arts. 15 a 18 do ECA).
Devemos atentar que a abordagem com o fito de encaminhar osperambulantes para
abrigos, ainda que por pressões sociais, tornou-seinconstitucional, sendo também ilegal
qualquer apreensão para averiguação.O policial militar tem a obrigação moral de fazer valer
e cumprir os princípios do Estado que visam dar proteção integral à criança e ao
adolescente.
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Observação:
O uso de algema não é vedado, bem como a condução no compartimento fechado da
viatura, devendo a sua utilização justificar-se pelo desenvolvimento físico do adolescente
ou sua manifesta periculosidade, conforme exposto no Aviso n° 22, de 04 Fev 92, do
MinistérioPúblico.
Observação:
Não havendo entidade de atendimento à adolescente infrator (ECA, art. 90, VII), ou
repartição policial especializada, deverá o adolescente apreendido aguardar sua
apresentação ao Ministério Público em dependência separada da destinada a maiores.
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É necessário que os policiais executem todas as suas funções em consonância
com os princípios da não discriminação; evitem a vitimização e lidem com as suas
consequências; garantam que, ao lidar com asmulheres, a condição especial delas seja
respeitada e suas necessidadesespeciais sejam atendidas.
Se os policiais satisfizerem a todas essas exigências, irão prevenir, ou pelo
menos, remediar, erros ou danos importantes. Irão sensibilizar
amplamente a comunidade e, em alguns casos, prevenir danos muitomaiores ou mesmo
trágicos.
A discriminação no usufruto dos direitos humanos está proibida sobos principais
instrumentos de direitos humanos. Os estados são obrigados a garantir direitos iguais aos
homens e mulheres para usufruir de todos osdireitos civis e políticos. Esse tema está
especificamente na Declaração dosDireitos Humanos e na Convenção sobre a Eliminação
de Todas as Formas de Discriminação contra Mulheres.
A violência contra mulheres, por parte de seus parceiros masculinos, é uma grande violação
dos direitos humanos. Quando esta violência ocorre, isso significa que o Estado
fracassou na proteção do direitoà segurança da pessoa, e talvez mesmo, na tutela
do direito à vida, em relação às pessoas sob sua jurisdição.
As vítimas de delitos sexuais, especialmente o estupro, têm sofrido mais ainda por
causa dos procedimentos antiquados e humilhantes que são utilizados na investigação
do fato. Isso tem dado lugar a uma série de reformas processuais e a programas
especiais para estas vítimas.
Vários Estados têm estabelecido programas segundo os quais eles garantem o
pagamento de todas as despesas médicas das vítimas, tanto para o seu restabelecimento
físico quanto para o psiquiátrico.
Outros Estados promulgaram normas que garantem a completa confidencialidade na
comunicação entre as vítimas do delito e os assistentessociais ou psicológicos.
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Essas leis reconhecem os danos que uma vítima sofreu nesse tipo de delito, um dos
mais prejudiciais do ponto de vista psicológico, e a maioria dos Estados teve que fazer
reformas substanciais nos seus códigos de procedimentos para prevenir abusos contra
as vítimas. Essas garantias contra o tratamento humilhante operam desde o momento em
quea vítima denuncia o delito e exigem que a polícia tome medidas para diminuir o dano
psicológico que produz na vítima a apresentação de umadenúncia desse tipo.
O abuso sexual de mulheres é uma grande violência dos direitos humanos,
constituindo em transgressões criminais. Por este motivo é responsabilidade da polícia
garantir sua eficácia, tanto na prevenção quantono desenvolvimento de tais crimes, e que
a resposta dada às vítimas seja humana e profissionalmente competente. Como prevenção,
a polícia deve aconselhar as mulheres sobre como evitar que se tornem vítimas de ataques
sexuais.
No caso de vítimas, o aparato policial deve propiciar um ambienteagradável
para a realização de entrevistas e exames, sem esquecer-se de coletar e preservar as
provas, tanto da vítima quanto da cena do crime.
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17. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
EXTENSÃO DO PROBLEMA
EFEITOS E CAUSAS
COOPERAÇÃO INTERINSTITUCIONAL
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18. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os abusos e excessos no uso da força pela polícia podem ter um efeito de tornar
impossível a execução de uma tarefa que, por si só, já é difícil. Além disso, esses abusos
ou excessos servem para minar um dos objetivos primordiais do policiamento, o de manter
a paz e a estabilidade social. A ocorrência de incidentes como o uso excessivo da força
pela polícia podem resultar numa inquietação pública de tal monta e ferocidade, que
as instituições policiais se tornem temporariamente incapazes de manter a ordem ou de
proteger a segurança pública. A sociedade não aceita mais umapolícia violenta, mesmo
contra transgressores da lei. Contra criminosos só podem ser adotadas as medidas
previstas na lei.
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ÉTICA, DIREITOS HUMANOS E PROFISSIONAL DE SEGURANÇA -
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19. BIBLIOGRAFIA
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Caro aluno
Bons estudos!!
Atenciosamente,
Equipe Pedagógica
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EXERCÍCIOS DE ÉTICA
1- Defina Moral.
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12- Segurança Pública articula-se à impessoalidade da lei para orientar o policial
a seguir o princípio da imparcialidade em sua atuação, que, em muitos casos, tratará da
mediação de conflitos. Deve-se ter em mente atensão entre a universalidade da lei e a
diversidade de valores dos grupos sociais presentes na sociedade. Desta forma,
relacione segurança pública e a atividade policial.
13- Quando foi adotado, pela Assembleia Geral das Nações Unidas, o Código de
Conduta para os Funcionários Responsáveis pela aplicação da lei?
14- Considerando que um dos objetivos proclamados na Carta das Nações Unidas é
o da realização da cooperação internacional para o desenvolvimento e encorajamento
do respeito pelos direitos do homem. Complete a informação.
24- Todos os seres humanos nasceram livres e iguais na sua dignidade e seus direitos.
Todos os seres humanos são dotados de direitos iguais e inalienáveis.Os direitos
humanos derivam da dignidade inerente à pessoa humana. Sendo assim, assinale (V)
para verdadeiro e (F) para falso nas alternativas abaixo.
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todas as pessoas contra atos ilegais.
26- Sobre o uso de armas de fogo, assinale (V) para verdadeiro e (F) para falso.
a) ( ) Morte e ferimentos resultantes do uso da força devem ser comunicados aos
Superiores, e qualquer uso arbitrário e abusivo da força deve ser tratado como um
crime. Circunstâncias excepcionais ou calamidades públicas justificam o abandono
dos princípios básicos.
b) ( ) A força não deverá ser usada em relação às pessoas que estão detidas, exceto
quando for absolutamente necessário para a manutenção dasegurança e da ordem, ou
quando a segurança pessoal estiver ameaçada.
c) ( ) Armas de fogo não deverão ser usadas contra pessoas presas, excetono caso de
defesa contra uma ameaça imediata de morte ou de ferimentos graves, ou para
prevenir a fuga de um preso, num caso que apresente essetipo de ameaça.
d) ( ) O uso de armas de fogo não é permitido na autodefesa ou na defesa de outros,
contra a ameaça iminente de morte ou ferimento grave, ou para
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prender uma pessoa que exibe esse tipo de ameaça, quando os meios menos
extremados forem insuficientes.
e) ( ) O uso letal intencional de arma de fogo é proibido, exceto quando
estritamente inevitável, para proteger a vida.
f)( ) Antes de usar armas de fogo contra pessoas, o policial deve identificar-se e dar
uma clara advertência. Deve ser dado um tempo para que a advertência seja
observada, a menos que isto represente probabilidade de morte ou de sério
sofrimento para o policial ou qualquer outra pessoa.
g) ( ) O exercício do poder de usar a força não pode afetar o direito mais
importante que existe, o direito à vida. O uso da força pela polícia que resulta na
violação do direito à vida representa um claro fracasso de um dosprincipais objetivos
do policiamento, o da manutenção da segurança dos cidadãos. Dependendo das
circunstâncias, isto poderá ser uma grande quebra, tanto das leis criminais quando
das leis internacionais, que afirmamexplicitamente que todos têm direito à vida, à
liberdade e à segurança, e que ninguém será privado arbitrariamente de sua vida.
h) ( ) Entre as privações arbitrárias da vida estão as mortes causadas por
execuções sumárias de criminosos, as mortes como consequência de tortura e maus-
tratos, e mortes causadas pelo uso excessivo da força por parte dos policiais.
i) (
) As medidas para combater estas terríveis violações do direito à vida são expostas
nos Princípios sobre a Prevenção Eficaz e a Investigaçãode Execuções Ilegais,
Arbitrárias e
Sumárias.
28-O policial militar é o primeiro beneficiário do exercício dos direitos humanos. Qual
é o entendimento da ONU sobre isso?
30- Com base no Estatuto da Criança e do Adolescente, use (V) para verdadeiro e
(F) para falso.
a) ( ) Antes de sair para atender uma ocorrência envolvendo crianças ou
adolescentes, o policial militar deve esquecer os preconceitos e passar a atender
alguns conceitos básicos do ECA, previstos nos artigos 103, 104 e 105.
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GABARITO
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ÉTICA, DIREITOS HUMANOS E PROFISSIONAL DE
SEGURANÇA - CIDAPS I/2021
18- Os funcionários responsáveis pela aplicação da lei só
podem empregar a força quando estritamente necessária e na
medida exigida para o cumprimento do seu dever.
28- a) (F) b) (V) c) (V) d) (F) e) (V) f) (V) g) (F) h) (V) i) (V) j) (F)
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trabalho, de suporte material e humano para que a força policial
atenda aos princípios de direitos humanos, começando pela
valorização do seu próprio elemento humano.
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