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LEGISLAÇÃO PROCESSUAL PENAL COMUM – CEFS

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LEGISLAÇÃO PROCESSUAL PENAL COMUM – CEFS

AUTORIDADES

Governador do Estado do Rio de Janeiro


Exmº. Sr. Cláudio Bomfim de Castro e Silva

Secretário de Estado de Polícia Militar


Exmº. Sr. Coronel PM Luiz Henrique Marinho Pires

Subsecretário de Estado de Polícia Militar


Ilmº. Sr. Coronel PM Carlos Eduardo Sarmento da Costa

Diretor-Geral de Ensino e Instrução


Ilmº. Sr. Coronel PM Marcelo André Teixeira da Silva

Comandante do CFAP 31 de Voluntários


Ilmª. Sra. Coronel PM Simone Duque Romeu

Comandante do Centro de Educação a Distância da Polícia Militar


Ilmº. Sr. Tenente-Coronel PM Alexandre Moreira Soares

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APRESENTAÇÃO

Prezados alunos, ao longo de sua carreira e de atuação enquanto agente de segurança


pública, o Policial Militar tem a oportunidade de colocar em prática seus conhecimentos
profissionais.
Deste modo, o Curso Especial de Formação de Sargentos - CEFS é um curso de
aperfeiçoamento profissional do Praça Policial Militar, tendo em vista que o Sargento PM possui
uma posição específica e responsabilidades próprias que deverão ser observadas no exercício
de sua função.
Nesta direção, sendo o Policial Militar elemento fundamental na execução da política de
segurança pública do nosso Estado, o CEFS apresenta-se como um momento interessante para
a retomada da sua qualificação, agora podendo compartilhar e aperfeiçoar sua experiência
profissional ao longo dos anos de atução policial na corporação.
Não obstante, sendo o CEFS na modalidade de ensino a distância, o Sgt PM consegue
usufruir da flexibilidade oferecida por essa modalidade, podendo adequar sua rotina ao
cronograma do curso.
Assim, é fundamental o seu empenho, prezado aluno, pois na modalidade de ensino a
distância, será necessário disciplina e dedicação para o êxito dessa jornada, pois alcançar o
sucesso depende do seu esforço individual.
Convém destacar que na era da informação e da tecnologia, é necessário aprimoramento
constante a fim de garantir uma tropa consciente, respeitosa, pautada em valores morais e
institucionais, permitindo assim o cumprimento de suas funções com dignidade e excelência.
Esperamos que nossos policiais sejam cada vez mais qualificados, bem treinados e
especializados, para cumprirmos nossa missão, buscando cada vez mais a excelência de nossas
ações.
Por fim, desejamos que você aproveite ao máximo os conhecimentos construídos ao
longo do curso e busque uma reflexão acerca de suas funções diante da sociedade e seus
companheiros de profissão e seu papel e lugar estratégico dentro da estrutura hierárquica da
Secretaria de Estado de Polícia Militar.
Que seja um momento de repensar as práticas e fortalecer seu vínculo profissional,
ampliando cada vez mais seus conhecimentos para lidar com as particularidades de ser um
Policial Militar no Estado do Rio de Janeiro.

Bons estudos!
Marcelo André Teixeira da Silva – Coronel PM
Diretor-Geral de Ensino e Instrução

Simone Duque Romeu – Coronel PM


Comandante do CFAP

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DESENVOLVEDORES

CFAP
Supervisão e Coordenação Pedagógica
CAP PM Ped Priscila Medeiros Moura de Lima
CB PM Cíntia Andrade de Araújo
CB PM Fernanda Belísio Oliveira dos Santos
CB PM Layla Simões da Silva
CB PM Eduarda Vasconcellos Dias de Oliveira
Conteudista
1º SGT PM Alexandre Anselmo Ferreira

CEADPM
Supervisão Geral EAD
TEN CEL PM Rodrigo Fernandes Ferreira
Equipe Técnica
SUBTEN PM Willian Jardim de Souza
1º SGT PM Edson dos Santos Vasconcelos
CB PM Lucas Almeida de Oliveira
CB PM Diogo Ramalho Pereira
Diagramação
1º SGT PM Alan dos Santos Oliveira
SD PM Daniel Moreira de Azevedo Júnior
SD PM Alexandre Leite da Silva
SD PM David Wilson Côrtes da Silva
Design Instrucional
CAP PM Ped Vânia Pereira Matos da Silva
Designer Gráfico
SD PM Alexandre Leite da Silva
Filmagem e Edição de Vídeo
CB PM Renan Campos Barbosa
SD PM Alexandre dos Reis Bispo
Suporte ao Aluno
3º SGT PM Tainá Pereira de Pereira

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................... 5
ELEMENTOS FUNDAMENTAIS AO DIREITO PROCESSUAL PENAL ...................................................................... 5
AÇÃO PENAL E ALGUMAS CONSIDERAÇÕES ........................................................................................................ 7
BUSCA E APREENSÃO E ALGUMAS CONSIDERAÇÕES ........................................................................................ 9
PRISÃO E ALGUMAS CONSIDERAÇÕES ................................................................................................................ 13
PROVAS E ALGUMAS CONSIDERAÇÕES ............................................................................................................... 19
CADEIA DE CUSTÓDIA E ALGUMAS CONSIDERAÇÕES ...................................................................................... 22
JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS E ALGUMAS CONSIDERAÇÕES .................................................................... 24
HABEAS CORPUS E ALGUMAS CONSIDERAÇÕES .............................................................................................. 25
CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................................................................... 27
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................................................... 28

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INTRODUÇÃO
DIREITO PROCESSUAL PENAL

Compreender o que vem a ser o Direito Processual Penal e como o


processo penal é instaurado é muito importante em nossa profissão, você
sabia? Você sabe quais os tipos de ação penal que existem no Direito
brasileiro e quem são os titulares de cada um desses tipos? Já parou para
pensar quais são as peças processuais oferecidas para o início da ação
penal?

Nesta disciplina iremos conhecer um pouco desse universo.


É necessário saber distinguir as provas processuais admitidas pelo ordenamento jurídico
brasileiro e como essas provas são produzidas, bem como a sua participação na preservação do
local do crime para a colheita do maior número de objetos e informações possíveis ao deslinde
do caso. Por isso essa disciplina é importante.
Você saberia realizar a revista pessoal e a busca domiciliar seguindo estritamente o que
permite a legislação? E diferenciar as várias formas de prisão existentes no Brasil, incluindo
quem e em que casos poderão prender em flagrante delito e quais os direitos do aprisionado?
Ter conhecimento técnico sobre o instituto do Habeas Corpus e, por derradeiro, o
procedimento a ser adotado quando o delito praticado for de menor potencial ofensivo, segundo
a Lei n.º 9.099/95, com a ressalva dos delitos que envolvam violência doméstica é algo que
precisamos dominar, não acha?
O processo penal é o garantidor dos direitos individuais, dos Direitos Humanos e do
combate à impunidade.

ELEMENTOS FUNDAMENTAIS AO DIREITO PROCESSUAL


PENAL

Você sabia que o direito processual penal é o ramo


do direito público que regula a função do Estado de julgar as
infrações penais e aplicar as penas? Em outras palavras,
nada mais é do que a violência institucionalizada,
organizada, formalizada e socialmente aceita.
Pode-se ainda dizer que o processo penal surgiu
como um instrumento para evitar a vingança privada, para eliminar o auto juízo, para evitar a
dominação do mais forte, resguardando qualquer pessoa frente a outra, como mecanismo para
aplicar, de forma racionalizada e alheia aos interesses dos envolvidos, a sanção criminal.
Os elementos fundamentais ao processo penal estão em nossa Constituição e por
definição correspondem a um mandamento nuclear do processo penal, sendo o alicerce

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dele, a disposição fundamental que se irradia sobre diferentes normas integrando o


espírito da norma e servindo de critério para sua exata compreensão e inteligência,
definindo a lógica e a racionalidade do sistema processual penal.
Conhecer os princípios permite o entendimento das diferentes partes componentes do
todo unitário do processo penal ou qualquer outra norma.
Em nossa profissão, é comum no calor dos acontecimentos, mover-nos a um
estágio mais emocional que racional. No entanto, devemos entender que violar um
princípio é muito mais grave que transgredir uma norma qualquer, pois implica ofensa não
apenas a um específico mandamento obrigatório, mas a todo sistema de comandos, sendo
a mais grave forma de ilegalidade ou inconstitucionalidade, porque representa
insurgência contra todo o sistema e quiçá a subversão dos valores fundamentais.
Dito isto, eis os princípios fundamentais do processo penal comum:
➢ Princípio do Devido Processo Legal: “Ninguém será privado da liberdade ou
de seus bens sem o devido processo legal”.
➢ Princípio da Verdade Real: A função punitiva do Estado deve ser dirigida àquele
que realmente cometeu uma infração;
➢ Princípio da Imparcialidade do Juiz: Não se pode admitir Juiz parcial. O
Estado deve julgar de forma isenta.
➢ Princípio da Igualdade das Partes: As partes, embora figurem em polos
opostos, situam-se no mesmo plano, com iguais direitos, ônus, obrigações e
faculdades.
➢ Princípio da persuasão racional ou do livre convencimento: Esse princípio
impede que o Juiz julgue com o conhecimento que eventualmente tenha extra-
autos. O Juiz tem inteira liberdade de julgar, valorando as provas como bem
quiser sem, contudo, arredar-se dos autos, pois o que não estiver dentro do
processo é como se não existisse. O poder do juiz está nos autos!
➢ Princípio do Contraditório: “Aos litigantes, em processo judicial ou
administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e a
ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes”.
➢ Princípio da presunção de inocência: Significa que todo acusado é presumido
inocente, até que seja declarado culpado por sentença condenatória, com
trânsito em julgado e tem por objetivo garantir que o ônus da prova cabe à
acusação e não à defesa.
➢ Princípio da prevalência do interesse do réu ou “favor rei” (benefício do
réu):em síntese, havendo dúvidas, o réu se acha solto;
➢ Princípio do duplo grau de jurisdição: Significa que a parte tem o direito de
buscar o reexame da causa pelo tribunal.
➢ Princípio do Juiz/ Promotor natural: Significa o direito de o réu ser julgado por
um juiz/ promotor previamente determinado por lei;
➢ Princípio da ampla defesa: Significa que ao réu é concedido o direito de se

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valer de amplos e extensos métodos para se defender da imputação feita pela


acusação;
➢ Princípio da Intranscendência: Significa que a ação penal não deve
transcender da pessoa a quem foi imputada a conduta criminosa;
➢ Princípio da Vedação das Provas Ilícitas: Significa que a parte não pode
produzir provas não autorizadas pelo ordenamento jurídico ou que não respeitem
as formalidades previstas para a sua formação;
➢ Princípio da vedação da dupla punição e do duplo processo pelo mesmo
fato: Significa que não se pode processar alguém duas vezes com base no
mesmo fato.
Conhecidos alguns dos principais princípios orientadores do processo penal, importante
frisar que a lei processual penal brasileira só é válida em território brasileiro tendo sua eficácia
temporal imediata e não retroativa sob qualquer argumento, exceto para beneficiar o réu, ou seja,
vale no Brasil e da publicação da lei em diante.

AÇÃO PENAL E ALGUMAS CONSIDERAÇÕES

A ação penal é um instituto processual que garante ao Estado a


persecução criminal dos indivíduos que praticam algum delito. Logo, visa dar
a garantia à sociedade de que o infrator não passará impune por crimes
praticados no seio da sociedade. Você sabia disso?

As ações podem ser subdivididas em públicas e privadas.

PÚBLICA

É a ação penal cuja titularidade pertence ao Ministério Público.


A ação penal pública possui alguns princípios, a saber:
➢ Obrigatoriedade ou compulsoriedade: É necessária a existência de prova da
materialidade do crime, combinada com indícios razoáveis de autoria ou
participação e, assim, o Ministério Público é OBRIGADO a oferecer a ação;
➢ Indisponibilidade: Quando oferecida a ação penal, há sempre a necessidade
de o Ministério Público permanecer na relação processual. Se formar sua
convicção pela inocência do réu, poderá requerer sua absolvição, mas não
poderá, de fato, desistir da ação penal;
➢ Indivisibilidade: É obrigatório que se impute os fatos a todos que são
investigados no inquérito, sob pena de gerar arquivamento do processo;
➢ Intranscendência: A imputação não passa da pessoa do réu;
➢ Incondicionada: Na ação penal pública incondicionada, o Ministério Público age

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de ofício, sem ‘provocação’;


➢ Condicionada: Prescinde de representação da pessoa que foi ofendida ou de
requisição do Ministro da Justiça.

PRIVADA

Ocorre quando o representante legal ou ofendido é o autor, devendo o ofendido


apresentar queixa-crime em sede de Juízo.
Tal qual a pública, possui alguns princípios, a saber:
➢ Oportunidade: Direito subjetivo do ofendido de deflagrar (ou não) a ação penal
ou dela desistir a qualquer momento;
➢ Decadência: Esse direito normalmente tem um prazo de seis meses;
➢ Renúncia: Expressa ou tácita – como é uma faculdade do ofendido, o mesmo
pode abrir mão do seu direito;
➢ Disponibilidade: É a possibilidade de desistência, mesmo após o julgamento
(deve ocorrer antes do trânsito em julgado);
➢ Perdão: Tal qual a renúncia pode ser tácito ou expresso;
➢ Perempção: Quando o ofendido quer a ação, chega a propor, mas por desídia
deixa de praticar algum ato necessário ao andamento do processo;
➢ Indivisibilidade: Não é possível que ela seja fracionada em relação aos
infratores;
➢ Intranscendência: A imputação não passa da pessoa do réu;
➢ Exclusiva ou personalíssima: Somente o ofendido/ vítima, e seu representante
legal e em alguns casos, seus sucessores podem ajuizar;
➢ Subsidiária da pública: O ofendido/ vítima, seu representante legal ou
sucessores podem ajuizar, desde que, em casos de ação pública, o Ministério
Público não ofereça denúncia no prazo legal.A título de conhecimento vale
distinguir Denúncia, Notícia Crime, Representação e Queixa, a saber:

A título de conhecimento vale distinguir Denúncia, Notícia Crime,


Representação e Queixa, a saber:

DENÚNCIA: O Ministério Público, alicerçado na autoria e materialidade de algum fato criminoso


(normalmente conhecido através de um inquérito policial), forma sua convicção, denominada
opiniodelicti, iniciando a ação penal pública com o oferecimento da peça inicial, definida no artigo
24 do Código de Processo Penal como denúncia.

NOTITIA CRIMINIS OU NOTÍCIA-CRIME: É o conhecimento de um fato criminoso, que se leva

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à autoridade. Se materializa por meiode um boletim de ocorrência ou de uma petição, entre outras
formas, e pode ser dirigida ao delegado de polícia, Comandante de Batalhão, ao Ministério
Público ou ao juiz. A lei não impõe rigor formal, mas devem estar presentes na comunicação a
narrativa do fato em todas as suas nuances e a indicação (com possível qualificação) de quem é
provável autor do crime.

REPRESENTAÇÃO: A representação é a manifestação de vontade do ofendido ou da vítima,


através de seu representante legal, nosentido de ser instaurada a ação penal. Ela tem lugar em
crimes que são processados por ação penal pública condicionada, isto é, de titularidade do
Ministério Público, mas sujeitaa essa condição. Trata-se na verdade de umaautorização para
que o órgão ministerial possa propor a ação penal.

QUEIXA: É a peça inicial da ação penal privada, no qual o ofendido ou vítima ingressa com a
açãoem Juízo e a conduz. Da mesma forma que na representação, é a lei que diz quando um
crime se processa mediante ação penal privada.

BUSCA E APREENSÃO E ALGUMAS CONSIDERAÇÕES

A busca pessoal ou revista pessoal caracteriza-se pela inspeção do


corpo do indivíduo com a finalidade de promoção da Segurança Pública,
sendo antecedida por comando verbal. Você sabia?

Diferentemente da busca e apreensão


domiciliar, a busca pessoal independe de mandado
judicial, e pode ser realizada a qualquer tempo e hora.
Em se tratando de mulher, a revista deve ser
feita preferencialmente por outra mulher consoante o
artigo 249 do CPP, inexistindo proibição legal para
que a busca seja feita em face de criança ou
adolescente, idoso, deficiente ou detentor de foro privilegiado. No caso de crianças os
doutrinadores entendem que deve ser na presença do responsável e em local reservado.
É importante deixar claro que a finalidade da busca pessoal não é somente apurar ilícitos,
mas também evitá-los. Daí alguns doutrinadores dividirem-na em busca pessoal investigativa ou
preventiva.
Na abordagem policial, este deve somar o tirocínio policial à proporcionalidade da
ação, para que o poder não se convole em arbítrio. Importantíssimo para nossa profissão
é saber que a desconfiança é legítima quando o policial detecta alguma anomalia no
comportamento do indivíduo, ou algo atípico em suas vestes, pertences ou veículo, no
entanto, será a suspeita frágil, e não fundada, quando o PM se basear exclusivamente em
sua intuição. A despeito disso o STF já decidiu, negando a presença de fundada suspeita
pelo fato de o revistado trajar um blusão suscetível de esconder uma arma, decidindo que

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a fundada suspeita prevista no artigo 244, do CPP, não podendo fundar-se em parâmetros
unicamente subjetivos, exigindo elementos concretos que indiquem a necessidade da
revista, em face do constrangimento que causa.

A busca pessoal preventiva é disciplinada no artigo 244 do CPP e ainda encontra


respaldo em outras leis, como Estatuto do Torcedor, Código de Trânsito Brasileiro e Legislação
de Fiscalização Aduaneira, Decreto Lei Federal nº 667, de 02 de Junho de 1969 que reorganiza
as Polícias Militares e os Corpos de Bombeiros dos Estados, Territórios e do Distrito Federal e
do Decreto 88.777, de 30 de setembro de 1983 - R-200– Regulamento para as Polícias Militares
e Corpos de Bombeiros Militares, a mesma visa a garantir a ordem pública e a incolumidade das
pessoas e do patrimônio. Sua essência é prevenir o cometimento de crimes, tendo em vista que
a segurança pública traduz dever do Estado, portanto é realizada para fiscalizar indivíduos que
ingressem em estabelecimentos públicos e privados, e pessoas e veículos em vias públicas,
decorrendo da inteligência do próprio artigo 144 da CF, bem como da legislação esparsa.
Em nossa missão Constitucional, a prevenção da ocorrência de delitos por meio da
busca pessoal preventiva pode ocorrer também em outras situações nas quais não há dispositivo
legal expresso (escolas, creches, igrejas, centros religiosos, feiras livres, etc.), como na
fiscalização de pessoas que transitem por determinadas regiões estatisticamente afetadas pela
criminalidade violenta (locais de risco), daí a importância de se estudar e conhecer os locais onde
a criminalidade é mais acentuada e direcionar as ações de polícia para tais locais.
A apostila do Curso de Aspectos Jurídicos da Abordagem Policial/EAD, da Secretaria
Nacional de Segurança Pública (BRASIL, 2009, p.15)i, do Ministério da Justiça, explica que
Na mesma página da referida apostila (BRASIL, 2009, p.15), continua a conceituar:

... os Estados Democráticos, por se inspirarem nos ideais da liberdade,


clamam pelo equilíbrio entre a fruição dos direitos de cada um e os
interesses da coletividade, em prol do bem comum. As limitações pautam-
se na necessidade, proporcionalidade e eficácia.

➢ Necessidade: O poder de polícia só deve ser empregado quando for necessário


para evitar possíveis ameaças de perturbações ao interesse público, se outro
meio menos gravoso existir para a preservação da ordem, deverá ser utilizado
com prioridade.
➢ Proporcionalidade: Precisa existir uma relação de equilíbrio entre a limitação
ao direito individual e o prejuízo a ser evitado.

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➢ Eficácia: O ato deve ser apropriado para impedir o dano ao interesse público,
empregando meios legais e humanos, a fim de evitar medidas extremas. Mesmo
com o intuito de realizar o bem comum, não é permitido ao agente público utilizar
de meios ilícitos para atingir seu intento, pois os fins não justificam os meios.

Por conseguinte, ao efetuar a abordagem, o policial, estará agindo com base em seu
poder de polícia, cujos atributos, são a discricionariedade, a auto-executoriedade e a
coercibilidade, se observar os princípios da legalidade, razoabilidade, proporcionalidade e
conveniência.
Para cumprir o mandamus constitucional, a abordagem policial é uma das intervenções
preventivas e uma das principais ferramentas utilizadas pelo policial na sua atividade diária de
combate à criminalidade e preservação da ordem pública.
Reiterando, pois é importantíssimo para nossa profissão saber que para a realização de
revista pessoal (abordagem legítima), deve- se ter em mente que a fundada suspeita é requisito
essencial e indispensável para a sua realização.
Suspeita é uma desconfiança ou suposição, algo intuitivo e frágil, por natureza, razão
pela qual a norma exige fundada suspeita, que é mais concreto e seguro. Assim, quando um
policial desconfiar de alguém, não poderá valer-se, unicamente, de sua experiência ou
pressentimento, necessitando, ainda, de algo mais palpável, como a denúncia feita por
terceiro ou sala de rádio de que a pessoa portaria o instrumento usado para o cometimento do
delito, bem como pode ele mesmo visualizar uma saliência sob a blusa do sujeito, dando nítida
impressão de se tratar de uma arma de fogo. Inúmeras são as possibilidades de se dar
concretude a busca pessoal.

Deve-se atentar que se a buscapessoal for feita sem que haja fundada suspeita,
a conduta do agente policial poderá se caracterizar como crime de abuso de
autoridade.

Já na busca domiciliar, ou seja, aquela feita no domicílio de alguém, mister se faz


mencionar que a casa é asilo inviolável e, portanto, a legislação prevê raras exceções para
autorizar tal busca.

Como exceção ao princípio geral, permite-se o ingressona casa da pessoa:


✓ A qualquer hora, em caso de flagrante delito, desastreou para prestação de
socorro;
✓ Fora de tais hipóteses, somente por meio de mandadojudicial e durante o
dia.

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Doutrinadores indicam outras exceções que, embora não previstas em lei, admitiriam o
ingresso na casa alheira. Assim, aquele que invade o domicílio em legítima defesa de terceiro,
vítima de agressão praticada pelo dono da casa; ou quem o faz em estado de necessidade,
fugindo de um perseguidor; há, ainda, a possibilidade de adentrar a casa no cumprimento de um
dever legal (visita do mata-mosquito), ou no exercício regular de um direito.

Para nossa profissão, é importante conhecer que em se tratando


do crime de tráfico de drogas (art. 33 da Lei nº 11.343/06), crime
permanente, ou seja, a consumação se prolonga no tempo, admitindo o
flagrante a qualquer momento. Dessa forma, o criminoso que, por
exemplo, guarda ou tem em depósito determinada quantidade de droga
em sua residência está continuamente em flagrante delito.

Considerando a exceção trazida pelo próprio dispositivo constitucional a respeito da


inviolabilidade do domicílio, conclui-se que o armazenamento de drogas em determinada
residência permite a entrada de agentes policiais independentemente de autorização judicial, no
entanto, não são poucos os casos em que policiais em patrulhamento rotineiro – ou mesmo em
diligências de campo – deparam com indivíduos em atitudes suspeitas – normalmente próximos
a pontos de venda de drogas – e iniciam uma abordagem que culmina na vistoria de imóveis
residenciais sem a devida autorização judicial, baseada apenas na suspeita de que nesses locais
algo ilícito pode estar sendo armazenado.
Nesses casos, a jurisprudência do STJ se orienta, no geral, no sentido de que o mandado
de busca e apreensão é prescindível, justamente porque se trata de crime permanente, que atrai
a situação de flagrância: É dispensável o mandado de busca e apreensão quando se trata de
flagrante de crime permanente, podendo-se realizar a prisão sem que se fale em ilicitude das
provas obtidas. Doutrina. Precedentes do STJ e do STF.

IMPORTANTE – Contudo, atentar bem a esse novo entendimento da Justiça


Brasileira, o STJ (REsp 1.574.681/RS) flexibilizou essa orientação ao considerar
ilegal a entrada de policiais em uma residência sem autorização do morador, e
confirmou a absolvição que já havia sido proferida pelo Tribunal de Justiça do Rio
Grande do Sul. No caso, o acusado de tráfico havia sido abordado na rua e,
diante dos policiais, correu para sua residência. Os policiais o perseguiram,
entraram no imóvel, ali encontraram certa quantidade de droga e efetuaram a prisão
em flagrante.

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No entendimento do STJ, é impossível considerar lícita a violação do domicílio porque


nenhuma diligência prévia indicava que na casa havia droga armazenada. O que levou os
policiais a entrar na casa fora a mera intuição de que o local pudesse estar sendo utilizado para
atividades ilícitas, sem, contudo, algo concreto que justificasse o afastamento da garantia
constitucional. A situação de flagrância não havia sido identificada, com a segurança necessária,
antes da entrada no imóvel, mas fora descoberta por acaso após a entrada. Não é possível,
portanto, que o estado de flagrância identificado por mera eventualidade sirva para dar guarida
retroativa à violação de domicílio que deveria ter sido precedida de ordem judicial.
Logo, a perdurar esse entendimento da justiça brasileira a entrada em domicílio em que
recaia a suspeita de tráfico de drogas deve se basear em elementos objetivos da prática do
crime, não em simples deduções a respeito do que pode estar acontecendo.

PRISÃO E ALGUMAS CONSIDERAÇÕES

PRISÃO é o cerceamento da liberdade de locomoção, é o encarceramento,


não é? Pode advir de decisão condenatória transitada em julgado, que é a
chamada prisão, pena, ou ainda, ocorrer no curso da persecução penal,
dando ensejo à prisão sem pena, também conhecida por prisão cautelar,
provisória ou processual. Você já parou para pensar sobre isso?

A prisão normalmente é formalizada através de um mandado de prisão, e deve atender


aos seguintes requisitos: ser lavrado pelo escrivão e assinado pelo Juiz competente; designar a
pessoa que tiver de ser presa pelo nome, alcunha ou sinais característicos; indicar o valor da
fiança; ser dirigido ao responsável pela execução da prisão. Deve ser em duas vias, sendo uma
entregue ao preso (informando dia, hora e o local da diligência), ficando a outra com o Juiz
(devidamente assinada pelo preso).

Não há restrição de horário para o cumprimento da prisão, no entanto,


dentro do domicílio somente durante o dia, sendoo ingresso domiciliar, seja a
casa de terceiro ou da própria pessoa a ser presa, o morador será intimado a
entregar o preso ou a entregar-se, à vista da ordem de prisão.

Imaginando que o preso não queira entregar-se é possível que empreenda fuga para
ilidir a diligência, ou para evitar a realização do flagrante, dando ensejo à perseguição. Nesses
casos a legislação permite que a prisão seja realizada em outro município ou estado. Nesse
caso, a autoridade do lugar da prisão procederá à lavratura do auto, remetendo o mesmo ao juiz
local, para aferição de sua legalidade. Só após, os autos e o preso serão remetidos à comarca
originária.

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Agora se o infrator estiver fora do país, a realização da prisão deve atender às leis ou
tratados que dizem respeito à extradição. Já se o mesmo se encontra no território nacional, em
local diverso da jurisdição da autoridade judicial que expediu o mandado, poderá ser deprecada
a sua prisão, devendo constar da precatória o inteiro teor do mandado.
Algumas pessoas, em razão da função desempenhada, terão direito a recolhimento em
quartéis ou a prisão especial, enquanto estiverem na condição de presos provisórios.
Agora, atente que o emprego de força e uso de algemas pelo policial deve ser evitado,
salvo quando indispensável no caso de resistência ou tentativa de fuga do preso. É o que diz a
sumula 11 do STF.

IMPORTANTE!!! - Algumas poucas considerações sobre aPrisão em Flagrante:

A prisão em flagrante é a que resulta no momento e no local do crime. É uma medida


restritiva de liberdade, de natureza cautelar e caráter eminentemente administrativo, que não
exige ordem escrita do juiz, porque o fato ocorre inopinadamente.

FLAGRANTE PRÓPRIO: o criminoso é surpreendidocometendo a infração penal ou


quando acaba de cometê-la. A prisão deve ocorrer de imediato, sem odecurso de
qualquer intervalo de tempo.

FLAGRANTE IMPRÓPRIO: o agente é perseguido, logo após a infração, em


situação que faça presumir ser o autor do fato. Não existe um limite temporal parao
encerramento da perseguição.

FLAGRANTE PRESUMIDO: quando o agente é preso, logo depois de cometer a infração, com
instrumentos,armas, objetos ou papéis que presumam ser ele o autor da infração. (Note que esta
espécie não exige perseguição, embora possa existir). fazer um quadrinho, mas tirando esse azul
claro.

Abaixo listamos alguns tipos de flagrantes aceitos pela doutrina e jurisprudência:


➢ Flagrante compulsório ou obrigatório: as polícias civil, militar, rodoviária,
ferroviária e o corpo de bombeiros militar ou qualquer outro órgão com poder de
polícia, desde que em serviço, têm o dever de efetuar a prisão em flagrante,
sempre que a hipótese se apresente.
➢ Flagrante facultativo: é a faculdade legal que autoriza qualquer do povo a
efetuar ou não a prisão em flagrante.

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➢ Flagrante esperado: a atividade da autoridade policial antecede o início da


execução delitiva, ou seja, a polícia antecipa-se ao criminoso, e, tendo ciência
de que a infração ocorrerá, fazendo campana (tocaia), e realizando a prisão
quando os atos executórios são deflagrados. Nada impede que o flagrante
esperado seja realizado por particular.
➢ Flagrante preparado ou provocado: o agente é induzido ou instigado a
cometer o delito, e, neste momento, acaba sendo preso em flagrante. O STF
sumulou no verbete nº 145: “Não há crime quando a preparação do flagrante
pela polícia torna impossível a sua consumação”.
➢ Flagrante prorrogado: a autoridade policial tem a faculdade de aguardar, do
ponto de vista da investigação criminal, o momento mais adequado para realizar
a prisão, ainda que sua atitude implique na postergação da intervenção.
➢ Flagrante forjado: é aquele armado, fabricado, realizado para incriminar pessoa
inocente. É uma modalidade ilícita de flagrante, onde o único infrator é o agente
forjador, que pratica o crime de denunciação caluniosa, e sendo agente público,
também abuso de autoridade.
➢ Flagrante por apresentação ou simplesmente apresentação espontânea:
quem se entrega à polícia não se enquadra em nenhuma das hipóteses legais
autorizadoras do flagrante. IMPORTANTE!!! - Assim, não será autuado.
➢ Flagrante nas infrações de menor potencial ofensivo: Nas infrações de
menor potencial ofensivo, ao invés da lavratura do auto de flagrante, teremos a
realização do (Importante) termo circunstanciado, desde que o infrator seja
imediatamente encaminhado aos juizados especiais criminais ou assume o
compromisso de comparecer, quando devidamente notificado, caso contrário, o
auto será lavrado, recolhendo-se o mesmo ao cárcere, salvo se for admitido
fiança, nas infrações que a comportem, ou se puder livrar-se solto.
Abaixo enumeramos algumas figuras comuns nos autos de flagrante:
➢ Condutor: É aquele que efetua a prisão; pode ser qualquer pessoa, integrante
ou não da força policial e que apresenta o preso à autoridade que presidirá a
lavratura do auto.
➢ Conduzido: É aquele detido em situação de flagrância. Em regra, pode ser
qualquer pessoa.

PESSOAS COM CONDIÇÕES ESPECIAIS

➢ O Presidente da República SOMENTE poderá ser preso com o advento de


sentença condenatória transitada em julgado;
➢ Os diplomatas estrangeiros podem desfrutar da possibilidade de não ser
presos em flagrante, a depender dos tratados e convenções internacionais;

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LEGISLAÇÃO PROCESSUAL PENAL COMUM – CEFS

➢ Os membros do Congresso Nacional só podem ser presos em flagrante por


crime inafiançável;
➢ Os magistrados só poderão ser presos em flagrante por crime inafiançável,
devendo a autoridade fazer a imediata comunicação e apresentação do
magistrado ao Presidente do respectivo Tribunal;
➢ Os membros do MP só poderão ser presos em flagrante por crime
inafiançável, devendo a autoridade fazer em 24 horas a comunicação e
apresentação do membro do MP ao respectivo Procurador-Geral;
➢ Os advogados somente poderão ser presos em flagrante por crime
inafiançável, sendo necessária a presença de representante da OAB, nas
hipóteses de flagrante em razão do exercício profissional, para a lavratura do
auto, sob pena de nulidade;
➢ O motorista que presta pronto e integral socorro à vítima de acidente de
trânsito não será preso em flagrante, nem lhe será exigida fiança.

ALGUMAS POUCAS CONSIDERAÇÕES SOBRE A PRISÃO PREVENTIVA

É a prisão de natureza cautelar mais ampla e semprazo para acabar,


sendo uma eficiente ferramenta de encarceramento durante o inquérito
policial e na fase processual. Ela só se sustenta se presentes o lastro
probatório mínimo a indicar a ocorrência da infração, os eventuais
envolvidos, além de algum motivo legal que fundamente a necessidade do
encarceramento preventivo.

ALGUMAS POUCAS CONSIDERAÇÕES SOBRE A PRISÃO TEMPORÁRIA

É a prisão de natureza cautelar, com prazo preestabelecido de duração, cabível


exclusivamente na fase do inquérito policial, objetivando o encarceramento em razão das
infrações adredemente (propositalmente) indicada na legislação.

ALGUMAS POUCAS CONSIDERAÇÕES SOBRE OS DIREITOS, GARANTIAS


E DEVERES DOS PRESOS

As garantias do preso e do presidiário residem em vivermos em um estado de direito


democrático e, logicamente, aparelhado para tal, todavia, é na Constituição Federal que as
garantais individuais estão contempladas, enunciativamente, daí desdobrando-se para a
legislação ordinária.

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LEGISLAÇÃO PROCESSUAL PENAL COMUM – CEFS

Abaixo, enumeramos algumas:

➢ Princípio da isonomia entre homens e mulheres;


➢ Princípio de legalidade;
➢ Proibição da tortura e dos maus-tratos (tratamento
desumano ou degradante);
➢ Garantia da assistência religiosa;
➢ Preservação da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem,
assegurada indenização, nos casos de violação;
➢ Garantia de que não será discriminado por preconceito racial;
➢ Garantia de que a pena não passará da pessoa do condenado;
➢ Certeza de que a lei regulará a individualização da pena;
➢ Garantia de que “a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de
acordo com a natureza do delito a idade e o sexo do apenado”;
➢ Garantia do “respeito à integridade física e moral”;
➢ Garantia de que “às presidiárias serão asseguradas condições para que
possam permanecer com seus filhos durante o período de amamentação”;
➢ Garantia de que “o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de
permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de
advogados”. Muita atenção nessa garantia, pois é uma das principais causas de
soltura nas chamadas audiências de custódia que o nosso judiciário
recentemente implementou;
➢ Garantia de que “o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua
prisão ou por seu interrogatório policial”;
➢ Garantia de que “a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade
judiciária”;
➢ Garantia de que “o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim
como o que ficar preso além do tempo fixado na sentença”.

Estas são garantias sumariamente alinhadas, outraspodendo ser pinçadas do


contexto, na sistemática da ConstituiçãoFederal. Também encontramosdireitos do
preso tanto no Código Penal como na Lei de Execução Penal, aliás ambos da
mesma data ― 11 de julho de 1984.

No CÓDIGO PENAL, destacamos para desmistificar porque no país existe a cultura do


desencarceramento:
➢ O direito à individualização da pena, através do exame de classificação para
cumprimento da pena privativa da liberdade, no regime fechado;
➢ O direito ao regime semiaberto, se a pena de prisão é superior a quatro anos

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LEGISLAÇÃO PROCESSUAL PENAL COMUM – CEFS

e não excede a oito anos;


➢ O direito ao regime aberto, se a pena de prisão for “igual ou inferior a quatro
anos”;
➢ Previsão de que “as mulheres cumprem pena em estabelecimento próprio”;
➢ Previsão de que “o preso conserva todos os direitos não atingidos pela perda
da liberdade”;
➢ Previsão de que “o trabalho do preso será sempre
remunerado, com direito à Previdência Social”;
➢ A certeza de que o doente mental “deve ser recolhido a hospital de custódia
e tratamento psiquiátrico”;
➢ Previsão da detração penal;
➢ A substituição da pena de prisão por penas restritivas de direitos;
➢ A substituição da pena de prisão por multa;
➢ Direito ao livramento condicional;

Já na LEI DE EXECUÇÃO PENAL, os direitos e garantias se acham disciplinados nos


artigos 40 até 43, com a seguinte enunciação:

➢ Direito à integridade física e moral do preso provisório, ou presidiário;


➢ Direito à alimentação;
➢ Direito ao vestuário;
➢ Direito à remuneração pelo trabalho;
➢ Direito à previdência social;
➢ Direito à instituição de um pecúlio;
➢ Direito ao descanso e à recreação, equilibradamente ao trabalho;
➢ Direito ao exercício das atividades profissionais, intelectuais, artísticas e
desportivas anteriores (ao seu encarceramento), desde que compatíveis com a
execução da pena;
➢ Direito à assistência material, à saúde, à assistência jurídica, educacional,
social e religiosa;
➢ Direito à “proteção contra qualquer formade sensacionalismo”;
➢ Direito à “entrevista pessoal e reservada com o advogado”;
➢ Direito à “vista do cônjuge, da companheira, de parentes e amigos em dias
determinados”;
➢ Direito ao “chamamento nominal”;
➢ Direito a “igualdade de tratamento, salvo quanto às exigências de
individualização da pena”;
➢ Direito a “audiência especial com o diretor do estabelecimento”;

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LEGISLAÇÃO PROCESSUAL PENAL COMUM – CEFS

➢ Direito a “representação e petição a qualquer autoridade, em defesa de direito”;


➢ Direito a “contato com o mundo exterior por meio de correspondência escrita,
da leitura e de outros meios de informação que não comprometam amoral e os
bons costumes”;
➢ Direito de “contratar médico de confiança pessoal”.

E para finalizar, abaixo enumeramos alguns deveres dos presos:


✓ Ter bom comportamento na prisão;
✓ Ser obrigado a trabalhar;
✓ Limpar a cela;
✓ Obediência aos funcionários e o respeito a qualquer
pessoa com que vá se relacionar;
✓ Não participar de rebeliões;

✓ Acatar as punições impostas;


✓ Indenizar suas vítimas e o Estado pelas despesas de sua
manutenção.

PROVAS E ALGUMAS CONSIDERAÇÕES

✓ Prova é todo elemento pelo qual se procura mostrar a existência e a veracidade


de um fato. Sua finalidade, no processo, é influenciar no convencimento do Juiz.
✓ Elemento de prova são quaisquer fatos ou circunstâncias em que reside a
convicção do juiz como um depoimento de testemunha, o resultado de perícia e
claro o conteúdo de documentos.
✓ Meio de prova são instrumentos ou atividades pelos quais os elementos de
prova são introduzidos no processo como, por exemplo, o testemunho, o
documento, a perícia.
✓ Fonte de prova são pessoas ou coisas das quais possa se conseguir a prova.
✓ Meio de investigação da prova e o procedimento que tem o objetivo de
conseguir provas materiais, como por exemplo, o inquérito, a interceptação
telefônica, a busca e a apreensão.
✓ Objeto de prova são os fatos principais ou secundários que reclamem uma
apreciação judicial e exijam uma comprovação e cabem a quem acusa.

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LEGISLAÇÃO PROCESSUAL PENAL COMUM – CEFS

No processo penal, a introdução de provas nos autos precisa seguir alguns princípios, a
saber:

CONTRADITÓRIO: prova, tecnicamente é aquela colhida sob o crivo do


contraditório, com a atuação das partes;

IMEDIATIDADE DO JUIZ: a prova deve ser colhida perante o juiz e, como regra,
esse juiz irá julgar (identidade física do juiz);

CONCENTRAÇÃO: em regra as provas devem ser produzidas em uma única


audiência;

COMUNHÃO DAS PROVAS: uma vez produzida, a prova pode serutilizada por ambas
as partes; não há “dono” da prova.

Também no nosso ordenamento jurídico, existem f atos que independem de


prova, como por exemplo, fatos axiomáticos ou intuitivos, ou seja, são os fatos
evidentes e ainda há os fatos notórios, aqueles que são os de conhecimento geral
em determinado meio e existem as presunções legais, ou seja, verdades que a Lei
estabelece, como por exemplo, menor de 18 anos não comete crime, mas ato
infracional.

Não é preciso provar o ‘Direito’, pois, se seu conhecimento é presumido por todos,
principalmente do juiz, aplicador da Lei, no entanto, como exceção a essa regra, é necessário
provar:
➢ Leis estaduais e municipais;
➢ Leis estrangeiras;
➢ Normas administrativas;
➢ Costumes.

OÔNUS DA PROVA é o encargo que as partes têm de provar os fatos que alegam, e
incumbe a quem fizer a alegação/ acusação. É cediço em nosso ordenamento jurídico que cabe
à acusação provar a existência do fato criminoso e de causas que implicam aumento de pena,
autoria e também a prova dos elementos subjetivos do crime (dolo ou culpa). Ao réu, por sua
vez, cabe provar excludentes de ilicitude, de culpabilidade e circunstâncias que diminuam
a pena.

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LEGISLAÇÃO PROCESSUAL PENAL COMUM – CEFS

O juiz tem o ‘livre convencimento motivado’ como regra, adotado pelo nosso
ordenamento jurídico, ou seja, todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão
públicos e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade.

Importante conhecer que boa parte dadoutrina admite a prova ilícita se for o únicomeio
de provar a inocência do acusado no processo, pois estar-se-ia privilegiando bem
maior do que o protegido pela norma, qual seja, a liberdade de um inocente.

Ainda sobre prova ilícita, existe a chamada ‘teoria da árvore envenenada’ que contamina
todos os frutos, logo, se não origem a prova foi obtida de forma ilegal, todo o consequente se
perde por conta dessa teoria aceita no nosso ordenamento.
São considerados meios de prova, a saber:
➢ Perícia – prova técnica;
➢ Interrogatório - Ato em que o acusado é ouvido sobre a imputação a ele dirigida,
sempre na presença do seu defensor. O interrogatório é ato não preclusivo,
isto é, pode ser realizado a qualquer tempo. É permitida também a renovação
do ato a todo tempo, de ofício pelo juiz ou a pedido das partes.
➢ Antes do interrogatório, o juiz deve assegurar o direito de entrevista reservada
com seu defensor, bem como, deve ser alertado do seu direito ao silêncio,
podendo se recusar a responder às perguntas que
lhe forem formuladas, sem que isso seja utilizado em seu prejuízo;
➢ O interrogatório será dividido em duas partes. Na primeira, o juiz deverá
inquirir o acusado a respeito de sua vida pessoal. Na
segunda parte, o acusado será indagado sobre se são
verdadeiras as acusações e perguntas relacionadas ao fato imputado;
➢ Confissão - é o reconhecimento realizado em Juízo, por uma das partes, a
respeito da veracidade dos fatos que lhe são atribuídos e capazes de ocasionar-
lhe consequências jurídicas desfavoráveis.
➢ A confissão não é tida como prova de valor absoluto, e deve ser avaliada, em
conjunto com os demais elementos de prova do processo, verificando-se sua
compatibilidade ou concordância com eles;
➢ Declarações do ofendido – testemunho sob o crivo do contraditório;
➢ Testemunhas – narram do fato aquilo que tem conhecimento. Estão
dispensados de depor, o cônjuge, o ascendente, o descendente e os afins em
linha reta do réu. Eles só serão obrigados a depor caso não seja possível, por
outro modo, obter-se a prova. Neste caso, não se tomará deles o compromisso
de dizer a verdade; eles serão ouvidos como informantes do Juízo. Também
não se tomará o compromisso dos doentes mentais e das pessoas
menores de 14 anos.

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LEGISLAÇÃO PROCESSUAL PENAL COMUM – CEFS

➢ Estão proibidas de depor as pessoas que devam guardar sigilo em razão de


função, ministério, ofício ou profissão, salvo se, desobrigadas pelo interessado,
quiserem dar seu depoimento;
➢ Reconhecimento de pessoas e coisas - É o ato pelo qual uma pessoa admite
e afirma como certa a identidade de outra ou a qualidade de uma coisa;
➢ Acareação - É o ato processual em que se colocam frente a frente duas ou mais
pessoas que fizeram declarações divergentes sobre o mesmo fato;
➢ Documentos - quaisquer escritos, instrumentos ou papéis, públicos ou
particulares.
➢ Indícios - é toda circunstância conhecida e provada, a partir da qual, mediante
raciocínio lógico, chega-se à conclusão da existência de outro fato.

Depoentes são as testemunhas que prestam compromisso legal, ouseja, responderão pelo
crime de falso testemunho se mentirem. Enquanto que informantes, também chamado de
declarantes, são as pessoas que não prestam o compromisso de dizer a verdade.

CADEIA DE CUSTÓDIA E ALGUMAS CONSIDERAÇÕES

Não resta dúvida que o tema “provas” é o eixo central do Processo Penal, pois tudo gira
em torno delas, não é? A prova serve para buscar a reconstituição (aproximativa e parcial)
de um fato passado, histórico, para um juiz “ignorante” (pois ignora os fatos) poder
através do convencimento motivado para alcançar o maior desiderato da justiça, a verdade
real.

Importantíssimo saber que a alteração das fontes contamina os meios e


que sua não preservação afeta a credibilidade desses meios. Por isso a
preservação das fontes deprova, através da manutenção da cadeia de custódia,
situa a discussão no campo da “conexão antijuridicidade da prova ilícita”,
acarretando a inadmissibilidade da prova ilícita.

A preservação das fontes de prova é, portanto, fundamental, principalmente quando se


trata de provas cuja produção ocorre fora do processo, como é o caso das provas
oriundas de locais de crime entre outras. Trata-se de verdadeira condição de validade da prova.

E se faz necessário esse cuidado porque se quer impedir a manipulação indevida da


prova com o propósito de incriminar (ou isentar) alguém de responsabilidade, com vistas a obter
a melhor qualidade da decisão judicial e impedir uma decisão injusta.

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LEGISLAÇÃO PROCESSUAL PENAL COMUM – CEFS

Mas o fundamento vai além ao não se limitar a perquirir a boa ou má-fé dos agentes
policiais/estatais que manusearam a prova. Não se trata nem de presumir a boa-fé, nem a má-
fé, mas sim de objetivamente definir um procedimento que garanta e acredite a prova
independente da problemática em torno do elemento subjetivo do agente.

A preservação da cadeia de custódia exige grande cautela por parte dos agentes do
estado, da coleta à análise, de modo que se exige o menor número de custódios possível e a
menor manipulação do material. O menor número de pessoas manipulando o material faz com
que seja menos manipulado e a menor manipulação, conduz a menor exposição. Expor menos
é proteção e defesa da credibilidade do material probatório.

O ponto cego do direito é o evidente, pois ele seda os sentidos e tem um alto grau
de alucinação. O evidente cega, pois não nos permite ver, ele é “simulacro de
autorreferencialidade” e se basta por si só. Erroneamente, somos levados a crer que o
‘evidente’ dispensa prova, afinal, é evidente! E aqui está o perigo: o desamor do
contraditório.

Se o material genético do suspeito foi encontrado no local do delito, está provado! É


evidente que foi ele... Infelizmente esse atalho para o lugar de conforto proporcionado pelo
binômio evidente = verdade é o sonho de consumo de todo ato decisório. O processo penal então
deve ser um instrumento de correção do caráter alucinatório do evidente, instaurando o
contraditório e submetendo tudo ao fair play, exigindo do juiz um alto grau de profissionalismo
para não se deixar sedar e cegar pelo evidente.

Concluindo a cadeia de custódia da prova é relevante como registro documentado de


toda a cronologia da posse, movimentação, localização e armazenamento do material probatório.
Em apertada síntese, a importância da cadeia de custódia está diretamente endereçada à
integridade da prova. A eventual quebra da cadeia de custódia importa, portanto, na ilicitude da
prova a que se refere aquele conjunto de atos e não só isso, a preservação da fonte da prova
não diz respeito apenas à integridade da cadeia de custódia, mas à impossibilidade de utilização
da prova pela defesa ou acusação e, portanto, refere-se ao comprometimento do contraditório.

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LEGISLAÇÃO PROCESSUAL PENAL COMUM – CEFS

JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS E ALGUMAS


CONSIDERAÇÕES

Você conhece os tipos de juizados criminas existentes?


Vamos conferir?

Ao Juizado Especial Criminal (JECRIM) compete as infrações penais


de menor potencial ofensivo, assim consideradas:
➢ Todas as contravenções penais;
➢ Crimes com pena máxima em abstrato até 2 anos.

O JECRIM possui duas fases:


➢ Etapa policial- realização do termo circunstanciado;
➢ Etapa judicial – Tentativa de conciliação, transação penal ou audiência de
instrução e julgamento.

No JECRIM, a lei dispensou o inquérito policial e criou em substituição a ele o


instrumento mais simples denominado TERMO CIRCUNSTANCIADO, que conterá um breve
resumo das versões apresentadas pela vítima, testemunhas e autor da infração. A cópia do termo
circunstanciado é encaminhada ao juiz e este designa a audiência preliminar.
Prevalece a oralidade e a celeridade e se busca a composição dos meios, procurando a
reparação financeira. Em não ocorrendo a reparação financeira, busca-se a transação penal
onde o MP propõe uma pena restritiva de direitos ou multa, valendo ressaltar que a transação
penal não é admissão de culpa.
A transação penal cumprida evita a ação penal, pois o Ministério Público deixa de
oferecer a denúncia em face de já ter sido aplicada pena por esse fato e não gera reincidência,
bem como não consta em certidão de antecedentes, ficando registrada na folha de antecedentes
apenas para efeito de impedir nova transação penal em 5 anos e ainda tem a vantagem de não
gerar efeitos civis.
Para nós é importante entender que a sociedade entendeu que tais crimes são menos
importantes para ela (sociedade), pois agridem em menor potencial a vida coletiva, logicamente,
o uso da força e dos poderes de polícia devem ser altamente sopesados ao agir contra infratores
de menor potencial ofensivo.

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LEGISLAÇÃO PROCESSUAL PENAL COMUM – CEFS

HABEAS CORPUS E ALGUMAS CONSIDERAÇÕES

Você saberia explicar o que é uma Habeas Corpus? Vamos esclarecer?

É chamada de habeas corpus a medida que visa proteger o direito do


ser humano de ir e vir ou ainda que é capaz de cessar a violência e coação que indivíduos
possam estar sofrendo. Tecnicamente, entende-se que este instituto é uma ação constitucional
de caráter penal e de procedimento especial, isenta de custas.

IMPETRANTE – aquele
que requer ou impetra a
ordem de habeas corpusa
favor do paciente;

PACIENTE – indivíduo
que sofre a coação, a
ameaça, ou a violência
consumada;

COATOR – quem
pratica ou ordena a
prática do ato coativo ou
da violência;

DETENTOR – quem
mantém o paciente
sobre o seu poder, ou o
aprisiona.

No processo de habeas corpus identificamos as seguintes pessoas:

O HABEAS CORPUS é destinado aos atos administrativos praticados por quaisquer


agentes, independentes se são autoridades ou não, atos judiciários, e atos praticados por
cidadãos. É um direito básico previsto na constituição brasileira.

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LEGISLAÇÃO PROCESSUAL PENAL COMUM – CEFS

São dois os tipos de habeas corpus: o habeas corpus preventivo também


conhecido como salvo-conduto, e o habeas corpus liberatório ou repressivo.
No caso da iminente ameaça a direito, o habeas corpus é chamado de
preventivo; quando o indivíduo já se encontra detido, o habeas corpus é
classificado de liberatório e terá garantido o seu Alvará de Soltura.

Ambos os remédios constitucionais da defesa do corpo acima, almejam a LIBERDADE


PROVISÓRIA do paciente para que este possa eventualmente responder ao processo em que
figura como personagem Réu em liberdade, assim permanecendo até a sentença ou por decisão
ulterior que revogue a conceção garantida outrora.
Muitos outros institutos podem estudar de forma sucinta e prática, contudo, estes estão
aí para nos auxiliar de forma sucinta e prática. Não deixe de aprofundar seus estudos e ampliar
seus conhecimentos.

AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA, SUA APLICAÇÃO E OBJETIVO

Audiência de custódia é um ato do Direito


processual penal em que o acusado por um crime,
preso em flagrante, tem direito a ser ouvido por
um juiz, de forma a que este avalie eventuais
ilegalidades em sua prisão. Este instrumento é
previsto internacionalmente, pelo Pacto de San
José da Costa Rica.
Após ocorrer a prisão em flagrante, o
acusado deve ser levado à audiência de custódia, na qual estarão presentes o juiz, o Ministério
Público, o preso e a Defesa, para que o magistrado analise as
circunstâncias do fato e da prisão com o intuído de definir a necessidade de conversão
em prisão preventiva da prisão em flagrante realizada ou a desnecessidade desta prisão, pondo
o acusado imediatamente em liberdade provisória.
A Audiência de Custódia é uma medida de proteção dos direitos fundamentais do
indivíduo, prevista na Constituição Federal e no Código de Processo Penal, que tem como
objetivo garantir que a prisão preventiva seja utilizada de forma adequada e responsável.
O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que todos os tribunais do país e todos os
juízos a eles vinculados devem realizar, no prazo de 24 horas, audiência de custódia em todas
as modalidades de prisão.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Você, policial militar, pode se perguntar se de fato todas essas informações acerca do
direito são importantes nas suas ações diárias, ou se de fato é fundamental sempre rever todos
os conceitos supracitados.

Basta analisar todo o contexto que envolve suas ações e todos os outros agentes
envolvidos para que você perceba o quanto esses conhecimentos são fundamentais e
necessários sempre ser revistos, inclusive para que você sempre possa se preservar e minimizar
ao máximo o cometimento de uma infração penal principalmente por desconhecer ou não
recordar acerca das legislações vigentes.

Lembre-se sempre que é muito importante e a sociedade conta com você.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Código Penal; Código de Processo Penal; Constituição Federal


– Obra coletiva de autoria da Editora Saraiva com a colaboração de Antonio Luiz de Toledo Pinto,
Márcia Cristina Vaz dos Santos e Lívia Céspedes. 7 ed. São Paulo: Saraiva, 2011.

GRECO, Rogério. Atividade Policial: aspectos penais, processuais penais, administrativos e


constitucionais. 2ª ed.. Niterói - RJ: Impetus, 2010.

HERBELA, Fernanda. Algemas e a Dignidade da Pessoa Humana. Fundamentos Jurídicos do


Uso de Algemas. São Paulo: Lex Editora, 2008.

LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 13ª ed. ver., atual. e ampl. São Paulo:
Saraiva, 2009.

MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. 25ª ed. São Paulo: Atlas, 2010.

NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de Direito Penal – Parte Geral – Parte Especial. 6ª ed. Rio
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RANGEL, Paulo. Direito Processual Penal. 16ª ed. Rio de Janeiro: Lumen Iuris, 2009.

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TOURINHO FILHO, Fernando da Costa. Manual de Processo Penal. 12ª ed. atual. São Paulo:
Saraiva, 2009.

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