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Índice
Introdução
Problema geral da interpolação
Polinómio interpolador
Método dos coeficientes indeterminados
Polinómio interpolador de Lagrange
p ( x0 ) f ( x0 )
p ( x1 ) f ( x1 )
p ( xn ) f ( xn )
x0 x1 x2 x3 x4 x5 x
No que segue, p será uma função polinomial.
Observação
Outro tipo de função p (função racional, função trigonométrica,
etc.) poderia ter sido escolhida; o tipo de função escolhida para a
interpolação é, à priori, arbitrária e deve ser adequada às
características que pretendemos que a função possua.
Polinómio interpolador
Considere-se uma função real f de variável real, cujos pontos
a0 a1 x0 an x0 n f 0
a0 a1 x1 an x1 f1
n
a a x a x n f
0 1 n n n n
1 x0 ... x0 n a0 f 0
n f
1 x ... x a
1 1
1
1
n
1 xn ... xn n f n
a
0
a 2 .5a1 2. 5 2
a 2 2 .5 3
a3 0.39794
a0 2.6a1 2.6 2 a2 2.63 a3 0.41497
a0 0.33540
a 0.50502
1
a2 0.09750
a3 0.00833
Assim, o polinómio pretendido é:
p3 ( x) 0.33540 0.50502x 0.09750x 2 0.00833x 3 .
onde
( x x0 ) ( x x1 ) ( x xk 1 ) ( x xk 1 ) ( x xn )
Lk ( x) , k 0,1,..., n
( xk x0 ) ( xk x1 ) ( xk xk 1 ) ( xk xk 1 ) ( xk xn )
Verifica-se que
0 se k j
Lk ( x j )
1 se k j
Deste modo temos:
( x x1 )( x x2 ) ( x 0.2)( x 0.4) 1
L0 ( x) ( x 2 0.6 x 0.08)
( x0 x1 )( x0 x2 ) (0 0.2)(0 0.4) 0.08
( x x0 )( x x2 ) ( x 0)( x 0.4) 1
L1 ( x) ( x 2 0 .4 x )
( x1 x0 ) ( x1 x2 ) (0.2 0)(0.2 0.4) 0.04
( x x0 )( x x1 ) ( x 0)( x 0.2) 1
L2 ( x) ( x 2 2 .6 x )
( x2 x0 )( x2 x1 ) (0.4 0)(0.4 0.2) 0.08
Fazendo p2 ( x) f ( x0 ) L0 ( x) f ( x1 ) L1 ( x) f ( x2 ) L2 ( x),
obtem-se p2 ( x) x x 4.
2
d1 = f ( x1 ) f ( x0 )
f[x0, x1]
x1 x0
f ( x2 ) f ( x0 ) [ f ( x1 ) f ( x0 )]( x2 x0 )
d2 =
( x2 x0 )( x2 x1 ) ( x1 x0 )( x2 x0 )( x2 x1 )
f ( x2 ) f ( x0 ) [ f ( x1 ) f ( x0 )]( x2 x0 )
d2
( x2 x0 )( x2 x1 ) ( x1 x0 )( x2 x0 )( x2 x1 )
1 f ( x2 ) f ( x1 ) f ( x1 ) f ( x0 ) [ f ( x1 ) f ( x0 )]( x2 x0 )
x2 x0 ( x2 x1 ) ( x1 x0 )( x2 x1 )
1 f ( x2 ) f ( x1 ) [ f ( x1 ) f ( x0 )] ( x2 x0 )
1
x2 x0 ( x2 x1 ) ( x2 x1 ) ( x1 x0
)
1 f ( x2 ) f ( x1 ) f ( x1 ) f ( x0 )
x2 x0 ( x2 x1 ) ( x1 x0 )
1
f [ x1 , x2 ] f [ x0 , x1 ] f [ x0 , x1 , x2 ]
x2 x0
Continuando deste modo, obtêm-se os coeficientes, chamados diferenças
divididas:
d 0 f [ x0 ]
d1 f [ x0 , x1 ]
d 2 f [ x0 , x1 , x2 ]
d n f [ x0 , x1 ,..., xn 1 , xn ]
onde
f [ x1 , x2 ,..., xk ] f [ x0 , x1 ,..., xk 1 ]
f [ x0 , x1 ,..., xk ] , k 1,2,..., n.
xk x0
Verifica-se que se é uma permutação do conjunto
{0, 1, ..., n}, então
pn ( x) f [ x0 ] f [ x0 , x1 ]( x x0 ) f [ x0 , x1 , x2 ]( x x0 )( x x1 ) ....
f [ x0 , x1 ,..., , xn ]( x x0 )( x x1 )...( x xn 1 )
fi f xi
f i ,i 1,...,i j f [ xi , xi 1..., xi j ]
x Ordem 0 Ordem 1 Ordem 2 Ordem 3 Ordem 4
x0 f0
f 0 ,1
x1 f1 f 0,1, 2
f1, 2 f 0,1, 2,3
x2 f2 f1, 2,3 f 0,1, 2,3, 4
f 2,3 f1, 2,3, 4
x3 f3 f 2 , 3, 4
f 3, 4
x4 f4
Estudo do erro de truncatura da
interpolação polinomial
Teorema
Seja f uma função contínua com derivadas contínuas até à ordem n+1 no
intervalo [a,b]. Seja pn o polinómio interpolador de f nos nós
a = x0< x1< ...< xn= b. Então, para cada x a, b existe a, b tal que
en ( x ) f ( x) pn ( x)
f ( n 1) ( )
( x x0 ) ( x x1 ) ( x xn )
(n 1)!
f ( n 1) ( )
en ( x ) ( x x0 ) ( x x1 ) ( x xn ) , x0 , xn
(n 1)!
en x f x pn x M x x0 ... x xn
onde
max f
x x0 , xn
n 1
x
M .
n 1!
Caso a expressão analítica da função f não seja conhecida, temos a seguinte
estimativa para o erro:
en ( x ) M x x0 ... x xn
f ( n 1) ( )
en ( x ) ( x x0 ) ( x x1 ) ( x xn ) , x0 , xn
(n 1)!
en ( x ) f [ x0 , x1 , , xn , x] ( x x0 ) ( x x1 ) ( x xn )
implica
f ( n1) ( )
f [ x0 , x1 ,, xn , x]
(n 1)!
Interpolação inversa
Dados n+1 pontos distintos x0 , f0 , x1, f1 ,..., xn , f n com xi a,b.
Neste caso, não é possível fazer uma estimativa do erro cometido. Podemos
obter uma estimativa do erro da aproximação de f(x) por pn(x), e não uma
estimativa do erro da aproximação x .
Se f é invertível num intervalo contendo y , podemos fazer a interpolação de
x f 1 ( y) g ( y).
Uma condição suficiente para que uma função contínua num intervalo [a,b]
seja invertível é que a função seja monótona crescente (ou decrescente) nesse
intervalo.
Se f é invertível, o problema de obter f ( x ) y é facilmente
resolvido, construindo o polinómio pn que interpola f 1 no
Para isso, basta considerar x como uma função de y e aplicar algum dos
métodos estudados para interpolação:
x f 1 ( y ) pn ( y)
Desta forma, o erro de truncatura cometido pode ser medido, utilizando as expressões
desenvolvidas anteriormente. Uma estimativa para o erro é dada por:
max g ( n1) (t )
t f 0 , f n
en ( y ) ( y f 0 )( y f1 )( y f n )
(n 1)!