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19 de Maio de 2020
Índice
1 Interpolação
Introdução
Interpolação de Lagrange
Interpolação de Newton
Diferenças divididas
Interpolação inversa e aplicação
Erro de interpolação
g(xi ) = yi , i = 0, 1, 2, . . . , n
Designação:
Nós de interpolação: x0 , x1 , x2 , . . . , xn (Sempre distintos entre si)
Valores nodais: y0 , y1 , y2 , . . . , yn
Crispiniano Furtado e Olga Lima Interpolação 19 de Maio de 2020 3 / 29
Introdução
Questões importantes
Como escolher a classe de funções interpoladoras a utilizar?
Como determinar concretamente a função interpoladora?
...
Aplicações da interpolação
Cálculo de funções fornecidas por tabelas quando se pretende avaliar
a função em pontos não tabelados;
Quando se conhecem apenas alguns dos valores de uma função, por
exemplo obtidos experimentalmente;
Aproximação de funções cujo cálculo seja complexo ou exija grande
esforço;
Base de muitos métodos numéricos.
p(x ) = (x − z1 ) · (x − z2 ) · · · (x − zk ) · r (x )
p(xi ) = yi , i = 0, 1, . . . , n.
Lk (xj ) = δkj ,
Exemplo
Pretende-se determinar o polinómio de grau menor ou igual a 3 que
interpola os valores da seguinte tabela:
x −1 0 2 3
y 6 −12 18 24
Obs.: De acordo com a tabela, x0 = −1, x1 = 0, x2 = 2, x3 = 3, y0 = 6,
y1 = −12, y2 = 18, y3 = 24.
Exemplo - Cont.
(x − x1 ) (x − x2 ) (x − x3 ) 1
L0 (x ) = = − x (x − 2) (x − 3)
(x0 − x1 ) (x0 − x2 ) (x0 − x3 ) 12
(x − x0 ) (x − x2 ) (x − x3 ) 1
L1 (x ) = = (x + 1) (x − 2) (x − 3)
(x1 − x0 ) (x1 − x2 ) (x1 − x3 ) 6
(x − x0 ) (x − x1 ) (x − x3 ) 1
L2 (x ) = = − (x + 1) x (x − 3)
(x2 − x0 ) (x2 − x1 ) (x2 − x3 ) 6
(x − x0 ) (x − x1 ) (x − x2 ) 1
L3 (x ) = = (x + 1) x (x − 2)
(x3 − x0 ) (x3 − x1 ) (x3 − x2 ) 12
Algumas considerações:
Muito fácil.
Uma mudança da posição ou do número dos nós altera
completamente os polinómios. Torna-se necessário recalcular todos os
polinómios Lk .
Se um ou mais valores nodais forem alterados, os polinómios Lk
mantêm-se, sendo apenas necessário recalcular a combinação destes
para obter p(x ).
p (x ) = a0 + a1 W0 (x ) + . . . + an Wn−1 (x )
onde
W0 (x ) = x − x0
W1 (x ) = (x − x0 ) (x − x1 )
...
Wn−1 (x ) = (x − x0 ) (x − x1 ) · · · (x − xn−1 )
Wi , i = 0, 1, . . . , n − 1 são designados por polinómios nodais.
p0 (x ) = a0
p1 (x ) = a0 + a1 W0 (x ) ,
p2 (x ) = a0 + a1 W0 (x ) + a2 W1 (x ) ,
...
↓
p0 (x ) = a0
pk (x ) = pk−1 (x ) + ak Wk−1 (x ) , k = 1, . . . , n.
yk − pk−1 (xk )
ak = , k = 0, 1, 2, . . . , n
Wk−1 (xk )
então o polinómio pk interpola os valores (yj )kj=0 nos nós (xj )kj=0 , para
k = 0, 1, 2, . . . , n.
Exemplo
Pretende-se determinar o polinómio na forma de Newton, de grau menor
ou igual a 2, que interpola os valores da seguinte tabela:
x −1 2 3
y 1 3 5
Obs.: De acordo com a tabela, x0 = −1, x1 = 2, x2 = 3, y0 = 1, y1 = 3 e
y2 = 5.
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Interpolação polinomial - Forma de Newton
Exemplo - Cont.
Nó 0:
p0 (x ) = y0 = 1
W0 (x ) = x − x0 = x + 1
Nó 1:
y1 − p0 (x1 ) 2
p1 (x ) = p0 (x ) + W0 (x ) = 1 + (x + 1)
W0 (x1 ) 3
W1 (x ) = (x − x0 ) (x − x1 ) = (x + 1) (x − 2)
Nó 2:
y2 − p1 (x2 )
p2 (x ) = p1 (x ) + W1 (x ) =
W1 (x2 )
2 1
1+ (x + 1) + (x + 1) (x − 2)
3 3
O polinómio interpolador na forma de Newton é dado por
p (x ) = p2 (x ) .
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Interpolação polinomial - Forma de Newton
Algumas considerações:
a consideração de novos nós apenas exige o cálculo dos coeficientes
adicionais, aproveitando os cálculos entretanto já efectuados.
Não interessa a ordem pela qual os nós são apresentados.
com 0 ≤ m ≤ k ≤ n − 1.
2 1
p (x ) = 1 + (x + 1) + (x + 1) (x − 2)
3 3
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Interpolação inversa
Sejam f : [a, b] → R, (xi )ni=0 nós distintos em [a, b] e yi = f (xi ) ,
i = 0, 1, . . . , n.
Interpolação directa de f Vs Interpolação inversa de f
Directa: consiste em obter o polinómio p de menor grau tal que
p(xi ) = yi , i = 0, 1, . . . , n.
Nós: x0 , x1 , . . . , xn
Valores nodais: y0 , y1 , . . . , yn
q(yi ) = xi , i = 0, 1, . . . , n.
Nós: y0 , y1 , . . . , yn
Valores nodais: x0 , x1 , . . . , xn
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Interpolação inversa - Aplicação
Uma das aplicações da interpolação inversa é a determinação de zeros de
funções.
Exemplo
3
Determine uma aproximação do zero de f (x ) = sin (x ) − e −x em [0, 1].
2
Resolução:
Como f (0) = −1 e f (1) = 0.89433 e f é contínua em [0, 1], então
existe s ∈ [0, 1] tal que f (s) = 0.
Como f 0 (x ) > 0 em [0, 1], então f é estritamente crescente em [0, 1]
e, por isso, f admite inversa nesse intervalo.
∴ f (s) = 0 ⇔ s = f −1 (0).
Utiliza-se a interpolação inversa.
x 0 0.4 0.6 1
y = f (x ) −1.00000 −0.08619 0.29815 0.89433
1 (k)
f [x0 , x1 , . . . , xk ] = f (ξ).
k!
1
e(x ) ≡ f (x ) − p(x ) = f (n+1) (ξ)Wn (x )
(n + 1)!
onde Wn (x ) = (x − x0 ) (x − x1 ) . . . (x − xn ) .
hn+1
≤ · max f (n+1) (z) (1)
4(n + 1) z∈[a,b]
h2
× 4 ≤ 5 × 10−5
4×2