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Lemma[section] Example[section]
Interpolação
17 de maio de 2022
Índice
1 Interpolação
Introdução
Interpolação - Preliminares
Interpolação de Lagrange
Interpolação de Newton
Diferenças divididas
Interpolação inversa e aplicação
Erros de interpolação
Interpolação com nós equidistantes
Interpolação segmentada - Splines
g(xi ) = yi , i = 0, 1, 2, . . . , n
Designação:
Nós de interpolação: x0 , x1 , x2 , . . . , xn (Sempre distintos entre si)
Valores nodais: y0 , y1 , y2 , . . . , yn
Crispiniano Furtado e Olga Lima Interpolação 17 de maio de 2022 6 / 48
Introdução
Questões importantes
Como escolher a classe de funções interpoladoras a utilizar?
Como determinar concretamente a função interpoladora?
...
Teorema 1 (Weierstrass)
Seja [a, b] um intervalo real e f uma função
contínua em [a, b]. Então, qualquer que
seja ϵ > 0, existe uma função polinomial p
tal que
p(x ) = (x − z1 ) · (x − z2 ) · · · (x − zk ) · r (x )
p(xi ) = yi , i = 0, 1, . . . , n.
i=0
xk − xi
i̸=k
Lk (xj ) = δkj ,
k=0
Exemplo
Pretende-se determinar o polinómio de grau menor ou igual a 3 que
interpola os valores da seguinte tabela:
x −1 0 2 3
y 6 −12 18 24
Obs.: De acordo com a tabela, x0 = −1, x1 = 0, x2 = 2, x3 = 3, y0 = 6,
y1 = −12, y2 = 18, y3 = 24.
Exemplo - Cont.
(x − x1 ) (x − x2 ) (x − x3 ) 1
L0 (x ) = = − x (x − 2) (x − 3)
(x0 − x1 ) (x0 − x2 ) (x0 − x3 ) 12
(x − x0 ) (x − x2 ) (x − x3 ) 1
L1 (x ) = = (x + 1) (x − 2) (x − 3)
(x1 − x0 ) (x1 − x2 ) (x1 − x3 ) 6
(x − x0 ) (x − x1 ) (x − x3 ) 1
L2 (x ) = = − (x + 1) x (x − 3)
(x2 − x0 ) (x2 − x1 ) (x2 − x3 ) 6
(x − x0 ) (x − x1 ) (x − x2 ) 1
L3 (x ) = = (x + 1) x (x − 2)
(x3 − x0 ) (x3 − x1 ) (x3 − x2 ) 12
Algumas considerações:
Relativamente fácil.
Uma mudança da posição ou do número dos nós altera
completamente os polinómios. Torna-se necessário recalcular todos os
polinómios Lk .
Se um ou mais valores nodais forem alterados, os polinómios Lk
mantêm-se, sendo apenas necessário recalcular a combinação destes
para obter p(x ).
p (x ) = a0 + a1 W0 (x ) + . . . + an Wn−1 (x )
onde
W0 (x ) = x − x0
W1 (x ) = (x − x0 ) (x − x1 )
...
Wn−1 (x ) = (x − x0 ) (x − x1 ) · · · (x − xn−1 )
Wi , i = 0, 1, . . . , n − 1 são designados por polinómios nodais.
p0 (x ) = a0
p1 (x ) = a0 + a1 W0 (x ) ,
p2 (x ) = a0 + a1 W0 (x ) + a2 W1 (x ) ,
...
↓
p0 (x ) = a0
pk (x ) = pk−1 (x ) + ak Wk−1 (x ) , k = 1, . . . , n.
yk − pk−1 (xk )
ak = , k = 1, 2, . . . , n
Wk−1 (xk )
então o polinómio pk interpola os valores (yj )kj=0 nos nós (xj )kj=0 , para
k = 0, 1, 2, . . . , n.
Exemplo
Pretende-se determinar o polinómio na forma de Newton, de grau menor
ou igual a 2, que interpola os valores da seguinte tabela:
x −1 2 3
y 1 3 5
Obs.: De acordo com a tabela, x0 = −1, x1 = 2, x2 = 3, y0 = 1, y1 = 3 e
y2 = 5.
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Interpolação polinomial - Forma de Newton
Exemplo - Cont.
Nó 0:
p0 (x ) = y0 = 1
W0 (x ) = x − x0 = x + 1
Nó 1:
y1 − p0 (x1 ) 2
p1 (x ) = p0 (x ) + W0 (x ) = 1 + (x + 1)
W0 (x1 ) 3
W1 (x ) = (x − x0 ) (x − x1 ) = (x + 1) (x − 2)
Nó 2:
y2 − p1 (x2 )
p2 (x ) = p1 (x ) + W1 (x ) =
W1 (x2 )
2 1
1+ (x + 1) + (x + 1) (x − 2)
3 3
O polinómio interpolador na forma de Newton é dado por
p (x ) = p2 (x ) .
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Interpolação polinomial - Forma de Newton
Algumas considerações:
A consideração de novos nós apenas exige o cálculo dos coeficientes
adicionais, aproveitando os cálculos entretanto já efetuados.
Não interessa a ordem pela qual os nós são apresentados.
com 0 ≤ m ≤ k ≤ n − 1.
2 1
p (x ) = 1 + (x + 1) + (x + 1) (x − 2)
3 3
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Interpolação inversa
Sejam f : [a, b] → R, (xi )ni=0 nós distintos em [a, b] e yi = f (xi ) ,
i = 0, 1, . . . , n.
Interpolação direta de f Vs Interpolação inversa de f
Direta: consiste em obter o polinómio p de menor grau tal que
p(xi ) = yi , i = 0, 1, . . . , n.
Nós: x0 , x1 , . . . , xn
Valores nodais: y0 , y1 , . . . , yn
q(yi ) = xi , i = 0, 1, . . . , n.
Nós: y0 , y1 , . . . , yn
Valores nodais: x0 , x1 , . . . , xn
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Interpolação inversa - Aplicação
Uma das aplicações da interpolação inversa é a determinação de zeros de
funções.
Exemplo
3
Determine uma aproximação do zero de f (x ) = sin (x ) − e −x em [0, 1].
2
Resolução:
Como f (0) = −1 e f (1) = 0.89433 e f é contínua em [0, 1], então
existe s ∈ [0, 1] tal que f (s) = 0.
Como f ′ (x ) > 0 em [0, 1], então f é estritamente crescente em [0, 1]
e, por isso, f admite inversa nesse intervalo.
∴ f (s) = 0 ⇔ s = f −1 (0).
Utiliza-se a interpolação inversa.
x 0 0.4 0.6 1
y = f (x ) −1.00000 −0.08619 0.29815 0.89433
1 (k)
f [x0 , x1 , . . . , xk ] = f (ξ).
k!
Demonstração.
Vide (Pina, Heitor; pg. 84)
1
e(x ) ≡ f (x ) − p(x ) = f (n+1) (ξ)Wn (x )
(n + 1)!
onde Wn (x ) = (x − x0 ) (x − x1 ) . . . (x − xn ) .
Demonstração.
Vide (Pina, Heitor; pg. 87)
1
|e(x )| = (n+1)
(ξ)Wn (x )
f
(n + 1)!
1
≤ · max f (n+1) (z) · max |Wn (z)|
(n + 1)! z∈[a,b] z∈[a,b]
hn+1
≤ · max f (n+1) (z) (1)
4(n + 1) z∈[a,b]
h2
× 4 ≤ 5 × 10−5
4×2
∆0h f (x ) = f (x ), ∆h f (x ) = f (x + h) − f (x )
∆k+1
h f (x ) = ∆(∆h f (x )), k = 1, 2, . . .
k
∇0h f (x ) = f (x ), ∇h f (x ) = f (x ) − f (x − h)
h f (x ) = ∇(∇h f (x )), k = 1, 2, . . .
∇k+1 k
h h
δh0 f (x ) = f (x ), δh f (x ) = f (x + ) − f (x − )
2 2
δhk+1 f (x ) = δ(δhk f (x )), k = 1, 2, . . .
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Relação entre as diferenças divididas e as diferenças
Teorema 10
A diferença dividida de ordem i da função f nos nós equidistantes
xk , xk+1 , . . . , xk+i é dada por
1 i
f [xk , xk+1 , . . . , xk+i ] = ∆ f (xk ).
i!hi
Definição 11
Uma função S diz-se um spline polinomial de grau m (onde m ∈ N),
relativo aos nós a = x0 < x1 < . . . < xn = b, quando
1 S coincide com um polinómio Si de grau menor ou igual a m em cada
subintervalo [xi−1 , xi ], i = 1, . . . , n.
2 S ∈ C m−1 ([a, b]; R).
Em que consiste?
Dado um conjunto de nós x0 < x1 < . . . < xn e os valores nodais
y0 < y1 < . . . < yn respectivos, a interpolação por splines de grau m
consiste em encontrar um spline S de grau m relativo aos nós dados tal que
S(xi ) = yi , i = 0, 1, . . . , n.
Algumas questões:
Será que existe spline interpolador?
Será que o spline interpolador é único?
Como se determinam os polinómios Si que definem o spline?
Como se estima o erro na interpolação por splines de uma função?
Si (xi−1 ) = yi−1
Si (xi ) = yi
xi − x x − xi−1
Si (x ) = yi−1 + yi , onde hi = xi − xi−1
hi hi
Majorante do erro
h2
max f ′′ (x )
|e| ≤
8 x ∈[a,b]
com h = max{hi : 1 ≤ i ≤ n}
Exemplo: construção de um s.c.n. que passa por (1, 2), (2, 3), e (3, 5)
S1 (x ), x ∈ [1, 2[
(
S(x ) =
S2 (x ), x ∈ [2, 3]
a0 + b0 (x − 1) + c0 (x − 1)2 + d0 (x − 1)3 , x ∈ [1, 2[
(
=
a1 + b1 (x − 2) + c1 (x − 2)2 + d1 (x − 2)3 , , x ∈ [2, 3]
(. . .)
Exemplo: construção de um s.c.n. que passa por (1, 2), (2, 3), e (3, 5)
S1 (x ), x ∈ [1, 2[
(
S(x ) =
S2 (x ), x ∈ [2, 3]
a0 + b0 (x − 1) + c0 (x − 1)2 + d0 (x − 1)3 , x ∈ [1, 2[
(
=
a1 + b1 (x − 2) + c1 (x − 2)2 + d1 (x − 2)3 , , x ∈ [2, 3]
(. . .)
3 1
2 + (x − 1) + (x − 1)2 , x ∈ [1, 2[
4 4
S(x ) =
3 3 1
3 + (x − 2) + (x − 2)2 − (x − 2)3 , x ∈ [2, 3]
2 4 4
Teorema 12
Sejam dados os nós a = x0 < x1 < . . . < xn = b e os valores nodais
y0 , y1 , . . . , yn . Então, de todas as funções f ∈ C 2 (Ω) que interpolam estes
valores, o spline cúbico natural é a única função que torna mínimo o valor
de Z b ′′ 2
J(f ) = f (x ) dx .
a
5M
|f (x ) − S(x )| ≤ max (xj+1 − xj )4 .
384 0≤j≤n−1