Você está na página 1de 14

op JotlJtur ou opeuãZEurJ? Jlrlt1lo.

\ o 'S' rl o(ltuJ'l Jp àPllllllln -toc1 Lllãalturll e[IJ]sIS o1l ollir"


Jrunlo,\'1'7 'ochual Jp JPtspIUn rod eutalsrs olt oilEJluâ un.be ;p Jlunlo.\ o clucso-idc-l 7 :lltl
Etãrcsrp eüIroJ ens eu ,SV : +V@ - I)
OLLIOJ 1I,
Enur)uoJ ELUToJ Ens eu : o- |
#
oruol as-Je^àrcsa epod oe5enbe €ssg 'epeprnuuuol Ep
oeSenba eled oprznperl ess?ru ep oe5e,uesuoc ep ordlourrd oe acepeqo en39 Ep olueLLIL\orLl
o 'odrual âp opolrãd opeululJelap uIn ã]u€Jnp ecger8oa8 oertie.r euec eLun Jerâplsuo) rs J(
ocruqH oÔNYTYS z'Z
'(886I '71 7a ap upelclzpe) zrualsrs Lun ourol ooÉ91o"rprq olf,Ic O :g'7 eln8rg
^\orl3
C)
C
(rl
-
E
a
C
n
m
7l
n
(l
i
SEUEãf,ü 3 SOI]
ered olueueo:s3
'oêul?JJãlqns oluoluuo3sã e uS-tr: 't .
,1ercr;rednsclns olue[rzofse 'oe5e-r]1gur ap sossero-rd so uroJ 'loudor{nsqns azáb e lsottr'.]
It o3ÍucI H oSNV-lv8 03lco'loucI H o'lcll)
I
I
BAI,ANCO HIDRICO

sistcma. Designa-se por balanco hídrico a aplicação da cquação da continuidade a uma


certa região durantc detern-rin:rdo pcríodo de tempo, sendo escrita em funcão das variár,eis
do ciclo hidrológico.

As regiões em que sc lazcm estudos de balanços híclricos são definidas normalmente em


Íünção clo objetivo qLre se pretende alcancar, poclendo, no el]tanto. haver restrições c1e
carácter político e administrativo a atcnder na clefinição dessas rcgiões.

A Figura 2.2 ilustra como o b:rlanço híclrico é aplicado ao nosso planeta em distintas partes.
O balanço é Íbito em termos dos valores médios das r,ariár,eis, considerando cssas rnédias
obtidzrs para Lrm períoclo de tempo bastante longo. Para um período longo, a variação
rnédia do armazenamento é nula, pelo que a entrada de água no domínio consiclerado tem
cle ser igual à saícla de água. Assim, corn os valores expressos cm milhares de km3. para os
oce2lnos a prccipitação (a5B) mais o escoamento superficial e subterrâneo (44,8) igualam a
evaporação (502,8). A nír'el dos continentes, a precipitação (119) iguala a er.aporacão e a
evapotranspiraçào (74,2) mais o escoamento supcrficial e subterrâneo (44,8). Finalmente,
quar-rdo se considcra a atmosÍêra, a evaporação dos <-rceanos (502,i3) mais a cvaporação
e evapotranspiração dos continentes (74,2) iguaiam a precipitação sobre os oceanos ('158)
mais a precipitação sobre os continentes (119).

i\ Figr,rra 2.4. uma r,ersiio do ciclo hidrológico duma região ondc sc consideram três cama-
das a superficic do terreno, a camada superficial do solo e a camada proÍunda (aquífero),
ó um csquema útil, porque permite uma tradução lacil do balanço hídrico crn termos ma-
temáticos considerando dir,'ersos l'olumcs de controlo.

Nesta Íigura, as l,aliár,'eis que reprc\cntam os volumes de água entraclos ou saíclos em de-
terminaclo inten'alo de tempo têm o seguinte signiÍicado:

P precipitzição;
Qt, Qz escoamento superficial qlre entra e s:ri da região;
Gt, Gz escoamcnto subterrâneo que entra e sai da região;
t er,aporação a partir de águas superficiais;
E? o,aporação do solo e transpiração cias plantas;
Tso,Tatl água do solo e água subtcrrânea que reaparccem à superficie (ressurgência);

I infiltração (no solo);


Ê recarga (percolação para os aquíÍêros);
e as variár,eis que reprcscntam os r.olumes de água armazenaclos em detcrminado instante
têm o scguintc significaclo:
sll sEpol Jllb o!,5uJlu LrrJ ãs-ErluJT, IErJr].rJdnsqns olos Llp irpplull.l 1l'ol.lurJxJ.ro(1 oru,
'sJor5J.r serlno ru.tccl soJllpill so.lur:1ec1 so
.rã.)àloqutsl sllclurr-r JluJurl?.\rlulJ-l onrJ.rJxJ rrnr -t
G'z)
u,SV: (,""+zC)- (U+rp;
:g"res o"regrnbe o eted olrrplrl oSueleq g
'oe5enbe elseu
U â , srâ^€u€^ sep unuãsne € âs-âlo\
: os"t,
\6 6) ",sV 0 + tg + g + zb) - (u"" + 1 r@ * 4)
:uJâs ocrrpq o5uepq o 'ouâl.râ1 op arcgradns z suuede JeJeprsuoc as zro8e ag
'o,lr.rpni ,
o',5rru1uc1 o.rrlrlclso-r o rulllJ{u ouu 'oprtls.r url ou15.r.r rlp louJlrrr ott ur.l.{.rr
anTr sos-^rlo,rcl url.rcs .rocl 'anb urlua.E:nss:r.r u o uõ-,rur;: u 'ou5ul11r1ur r Llr:r:roledr: oEII .r
-enbo rl"^eu ;nb .,rs-:r1oç '.rpllrJzllllr-r1l àurnlo,\ op llrlo] oç5rr.ru.r r elu;sa.idr.r qV .)l-,1
(r z) SV : (tE + g + zD + zO)- (Ip + Iô+d)
:oe5enbe clnrnh'es s €-:rs-.r-:-
'1'; e.rn8r4 elr EpulLIesJJde: our5er E r?po] J"JJprsrroJ as es'olduraxà Jod 'soJrJprq.ro5rt,.'
-ucl sã]uãpuodsc-rroc so reJàlaqulsa ruepod JS urrsse 'eraprsrroc es enb oer8e-r e âurJoJrr(., I
lleouc-rretqn s en5u) o:c3rnbr ou ollr J ureuazeur-re'o 1os
op iung-radns epuurul Eu oluJrueuJZE||rJe'srerogredns ou5ua1:p a oe5uelar btrç, rosq' "-.('
'orr.rpn{ o5uupq op lentdecuoc ou5elueserdeg :p'7 z.rnErg
; i1. ;-1 ;':
i'
g,$ r,': l':: :,;,
:
:-i;;j
.:ô:/ -:qg
4!;,1il'- :' :l-'l:lbe,
D;,P I
À
+r
df ,f o.
t+ ocràcrlH oÕr{vrvs oDrI]9'rouorH o'rcr3
BALANÇO HÍDRICO

expressas como
variárreis de fluxo que inten'êm nas equações de balanços hídricos são
\rolumes num dado interwaio de tempo.

A equação do balanço hídrico pode ser considera\relmente simplificada quando a região


de tempo, da or-
considerada é a bacia hidrográfica e quando se adotem longos períodos
naturais, outra
dem de 30 anos ou mais. Numa bacia hidrográfica, não há, em condições
Por outro 1ado, num
entrada de água além da precipitação e há uma única saída de água1.
perante
longo período de tempo, a Variação do volume armazenado pode ser desprezada
os valores acumulados das outras variárreis. Assim, nessas
condições, a equação do balanço
hídrico pode ser escrita na seguinte forma:

P-(Qr+E+ET):s

II
(2.+)

A equação anterior, com as variáveis clivididas pelo número de anos de obsen'ação,


escreve-se
P - lprl_E -+ ETl : s (2.5)

onde a "-" representa a média anual de cada variável'


são clara-
As variáveis hidrológicas, como a precipitação, o escoamento ou a evaporacão,
em Moçambique, isto
mente influenciadas por uma ciclicidade anual. Em Portugal como
é bem eüdente nas duas mais importantes variáveis do ciclo
hidrológico, a precipitação e
o escoamento. com efeito,tanto a precipitação como o escoamento atingem valores ele-

I vados nos meses de dezembro a março ao passo que no período de


seus valores são bastante baixos.
junho a setembro os

Por outro 1ado, verificam-se anos em que ocorre elevada precipitação e grandes
escoamen-

tos, até mesmo cheias, ao passo que em outros anos a precipitação é escassa, podendo
originar situações de seca.
por isso, em muitas aplicações, interessa utilizar os valores acumulados anuais de precipita-
baianços hídricos anuais. Nesses casos, não convém
ção e escoamento, por exemplo para
adotar como período de registo o ano ciül (1 janeiro 31 dezembro) pois isso correspon-
um ano
deria a repartir por dois anos uma mesma época húmida. Considera-se por isso
especial designado por ano hidrológico.
a diüsão
Toma-se para início do ano hidrológico o fim da época de estiagem, o que eüta
de água
duma mesma época de chuvas e permite considerar que a variação do volume
armazenado, A,S, é desprezáveI. Assim, para o hidroiógico pode escrever-se

P-(Qr+E+ET):s (2.6)

ntosubterrâneoqueatravessaos1imitesdabaciahidrográficaépouco
importante.

;
I I
ele tuàpuelsâ 3s enb tr8ursse1,11 â Eullulnro3 Jp seuef,Iqlue5otu serra3nqp sapue-rli sep
oruol Sosel tuã Irlg olrnur olsl 'lEpnec eluãpuodsãJJoc o J o]uênH€ eulnlo^ o leululJsl,
9
elrurrod olrrpli o5ueieq op og5enbã e to8r-r tunBIE ruol oPurullsê las epod E e relnller l
rrpãu âP sreceJ ops e'A '2' oruo3 'oduràl âP olEluâ}ui op rug ou 3 or)Iul ou eJl{nql? I
s
sopeuâzeurru sãurnlo,\ so ogs I+?s, â a eluernp rluãnuã âLunlo^ op e o€Serode,\e
's '?v
'aluange eurnlo^ op 'og5elrdlf,eJd Ep sãLunlo^ so eJuãur€^qlrdsor oES ',,{ ) E ''A '7 enb r
\L b) +g i++g : (.,.,1 + E) (,,A+ d)
- -
:otuo-)
,7y ocltual ep o{erLrâlur run ãlueJnp sopezrlrq€luoc sêurnlo^ Jp sotuJel tue íãs--ra^el:rs.l
ãpod oruplr{ o5u€leq o 'ua8e;:uq Purn rp ErreJnqlu Ep os€c ou 'oldruox: rod 'seprJ)Llt:
-o) or?s o5ue1uq ou urerlue anb sâtuelsãr s€ sppol opuenb uJrtigloJplq Iã^EIJe^ erunp role-\
op og5eullurãlâp E a opezl1rln o ollrpJtl oSueleq o rnb Luâ oluãnbe+ oe5enlls Ellno eru-l
.s€pnorluot ogs oJrrplq o5uupq ou ru€rlue ãnb s€ s€pol opuunb 'szcr8olo.rprq srãÀ€Ire.\ sEP
o€suurlse no oe5rpeu €u opuãuroJ 1uqo13 o.r.ra op oz5eurlsa E ã oldurexã urn 'sro5enlrs rp
apeporrz^ êpuer8 Elunu ep€zl1lln ? ãnb ã IIlg ollnrrr EJUouIETJaJ Elrrn ã ocIrpILI oSuuleq I
(oouE.I
'soJêJrnbz urã 3 olos ou sopeuaz€urJe sârunlo^ o oe5eJrdsueJl'oeseJode^J
-Jolqns olueru€olse 'eS-ruoa; 'oz5e:l1gur ep seJolu^ sop oeseurqsã no oe5lpãru € sep€I)ossl
'olue1ue ou 'urJSJns sepeplnJgrp sãJon?ur sV 'seroql sE oluernp olãlxê oesrleJd Iã Eoz1l.i
urot soprpeur rJS ulepod solr tuã sl€pneJ sO 'eplrlo^uê eeJi? e Epo] eJ€d og5ulod€"Il\r
srodãp es-opuêzeJ 'aluarulenluod eprperu e o€5elrdrlêJd e 'oldruexã Jod 'sJluêIUJ-LIJi
"
-ur srâ^Err€^ sil ãluêurepenbepu -reruqse no rrpeu àp epupln)glp eu ã]ueurledrcut:d eplse-r
olrrpll o5ueleq op oe5ezrptn uoc socrlg-rd suurelqo-rd ep oE5nlosêr Eu olnf,elsqo roIELu O
'oJqnlno 3p I € €5Jruof otl8olorprq ouu o
oer8e; essau uIJqurel 'sred o opo] uro êpPpIruJoJIun rz Jelueru B;ed 'seru oJqure,\ou ãp I ruJ
'opecrpur eurrtrz oluêurrpacord o uroJ op-rocr? Jp 'crJJs êUoNI oEüJJ e eJ€d ocr8o1o"rprt1 our:
op orlrur o 'enbrqtue5or\ Iug 'elurn5ãs ouu op orquãles ep 0g E oue tun ãp oJqnlno 3p
I âp re^ enb opor-rad o ocÉg1o"rprq ouu ourol es-nolopE 'anbrqrue5o14 ua a lzlinpo4 utg
'ocr8g1o"rprt1 ouE op olrlur er€d opElop!
o Jos ê^ep oe5elarrocoln" ãp êluJrJUão) oxreq srllu o aur8uo enb seru 6 'oe5e1e-t.rorolne
Jp ãluerJuaol op Jole^ o 'orclur Jp sstu ep €ÀIlEuJã:|lE Epec u;ed 'es-euruuslâp â orJiLlI
nãs o EJ"d sàsârlr sãluãJâJrp 'êluâLuepeuJell" 'opuelope srunue soluJur"oJsà ãp SaIJJS ês
-rueurJoJ '1el e.ie4 'socr8glo.rprq soue so,\rsselns sop elrlsllelsâ erluJpuâdap e ;eznururtu JII,I
-nco.rd ãp o ogtuã 9 ocrSglorprq oue op oltrur op oç5rugap E oPEloP€ olueu-rrpaco;d I
"red
'lr^rt ouE o ossesn ãs osEl erJalJluo3E oEU eluàLu€I^qo ânb o 'soJlno sop
sun seluâpuãdapur alueruetrrlsrlelsã ruelas socr8oloJprq soue so ãnb 'rueqruul 'es-e;nco-t6
ODIUOIH OSNY'IVB'OSICOTOUOIH O'II]I3
BALANÇOS HÍDRICOS GLOBAIS

à lronteira com a AÍiica do Sul e, por isso, nào permitem medir em tcrritório nacional o
caudal afluente. Em outros casos, o valor do caudal aflueute obtido por balanço hídriccr
permite calibrar o valor do caudzrl nas estações hiclrométricas a montzllte da albufeira.
Por outro lado, cluando se possam medir também os r''olumcs afluenles, pocle estimar-sc
.E a partir cle (2.7) e conlrontar o r,alor obtido com o valor obticlo por orrtros rnétodos de
cálcr"rlo.

O balanço hídrico é igualmentc Llma componente cetrtral dos modclos de simulação hidro-
lógica2, conformc se apresentzr no Capítulo 10. Tambérn o dimensionamento e exploraçiio
de albufeiras) que se refcrem no Capítr-rlo 14, utilizam lrequentemente modelos cle simula-
ção cuja base é a aplicação secluencial no tempo da equação (2.7) do balanço hídrico.

No estudo irrigação, consideraclas no Capítulo 13, utiliza-se a cqua-


clas necessidades de
o volutne de água
ção do balanço hídrico para a camada superficial clo solo para calculzrr
necessário para o ótimo crescimento das culturas, assirn como a Íiequência da aplicação
da água.

laz-se ainda notar quc caso haja translerências importantcs de água de ou para a rcgião em
zrnálise, por ação do homem, estirs dcverãro também ser contabilizadas no balanço hídrico.

2,3 BALANÇOS HÍDRICOS GLOBAIS

O conhecimento qlrantitativo cada vez melhor quc tem das principais varillveis hiclro-
se

Iógicas permite estabelecer b:rlanços hídricos em grancles rcgiões como os continentcs.


()s
quaclros ses'nintes, baseados em L'l'orrich (1979), Qr-Lintela (1996) c Shildomanor' (1998),
apresentam esses balanços hídricos médios atruais para os r,ários corrtirlelltcs em tcrlnos
de rrolumcs e c1e alturas cle ágr-ra. Nestes quadros, a Améric:r c1o Norte inclui t:rmbóm a
América Central.

No que se refere zro balanço híclrico clos oceanos, o Quaclro 2.3, adaptado de Quintela
(1996) e clc \/or,r,inckel e Orvig (1962), apresenta estimativas cle r,alores móchos anuais. po-
rém alectados por um grau de inccrtcza bastante supcrior ao do b:ilanço hídrico dos cou-
tinentcs. Como refere Peixoto (1994), a precipitação e o escoamcnto clos rios e acir-ríÍêros
não compcnsam ae\raporacão nos oceanosAtlântico e Indico, pelo que dete cxistirtlma
contínua transÍêrência de água para esscs oceanos a partir clos occanos Pacífico e Artico.

2 Os modelos de simulação hidrológica são modelos matemáticos em que sc procura reproduzir as características
prircipais do mol'imento de água numa região a partir da ocorrência de precipitação.
'cluJuIJuoJ epuf, 3p orluâp sãoSrpuoJ JP ãp€prlrqEue^ êpunJ8 E ãluãurJluãpr^J eleHeJ oErr
(seJuãurJuor
o5uEIEq o so oes ànb opunu op srgr8âr srpupr8 se pred oprf,JlJqelse opuJ:
Íepuuazurure enSe ep Ielol ãurnlo,\ op oE5er.rer\ e ;B;oulir rtuorulenbr
opucpod cs oEu 'opeluasa-rde op eluElseq .rrreJrp grr ouB opup runu oer8e: epEp BLLmu
oillrprq o5uul:q o '1u:odura:) JpEprTrqErrE^ cpuc:5 tual se.rrSo1o-rprq sre^EueÀ r^p oruo.l
:sêluâurluol sop sof,rrprq so5ueleq sop sorpenb sou rElou e saluetrodrur soladse sloP !H
'sorlgâlo so e-red soltlouruC.r.r-
oes oau€.rJolqns J lercsJeclns solucureorsJ so 'sorpenb sãlsoN 'solãs JJUutsEq sàluJurrri,
oES ef,r-i.Iv E Jlueurleooclse e erueecg e enb ossed oe 'erop en8e ep sâp€pr1rqruodsip . r-
-oreur ruoc eluêurluol o àlrrJureJell ? 1nS op EJrJàLuy e 's.rirrJurluol soe eluãrrrE-\I]Ill.r;
90t içr 09/ L,BíI TYJO.T,
cto T llPltJlIu\j
Ç9r 0 E9I
9 17. 09n 9EL r'o EIlllr r.) ( )
962 Çti I?, L B'6 edo-rn:1
'lr
00t, 9Z+ 9ZL o'Çf !s).
9/9 EL6 ct(tt
oLt
6Í9 I llrq oP rJr.rrLIII
08t 6BZ 699 B'0e à]-roN oP E.)I.IJiri\'
tEI ZçÇ 989 g'0t IrrJ.i-l)
olueureocsã ogSe.rodeag og5e1rdrce.r4 (rur1 ,91) eary oer8eg
'(oueTuru) s€rpJru srelllru scrnlllr rua osse:c{x; oJrrplq o5uepg :7'7 o.rpen$
çLí çT OZç L9 Ç66Url L,BlI T\.LOJ
069 U 0 069 U g'9 i uPrlJulu\
ç0n z 000 t EOr 9 !o llrrruJJC)
006 z ç92 n Ç91 / B'6 B(lo-r1r'J
OIÇ TI OBI 6I 069 et o'Çi ulslr
0t0 zr çZT LT ÇÇt 6z B, LÍ Ins (rp ll.lr.rJur\-
068 / 0u0 9 OI6 TI B'0e J l.ro\r op 1r.lr.t,)IlrY
0Ç0, ott 9i 0B/ 0u E'0t llJrr.]Y
olueLrreocsg ogSe.rode,rg og5e1rdrce.r4 (aurq 161) ee-ry ogrEag
'(oue7r,ur1) sorpãru srenlre serlrnlo^ ruc ossardxa oJrrprq o5uupg :1.7 o.rpenfi
Lí oDr{olH oÔNY.IYf, ocISÇ'roà(rH oTDrD
r
48 BALANCOS HIDRICOS GLOBAIS

Quadro 2.3: Ralanço híclrico dos oceanos (km3/ano)

Área Transferência
Oceano Precipitação Evaporação Escoarnento
(106 krn2) entre oceaÍros
Atlânticcr 91,7 92 700 12+ 700 21 100 -10 900
Pacífico r / o1/ 2tiO 900 269 U00 14 300 5 400
Íncliccr 7 6,2 100 600 108 200 6 100 -1 s00
Ár'tico 11,7 2 tiot) 0 4 400 7 000
TOT,\L 361,3 +5ri ti00 502 700 +5 900 t)

Quadro 2.4: Balanço hídrico dos oceanos (mm/ano).

Ár.. Transferência
Oceano - r.
.- ^,:
(10" krn-)
Precipitaçào Evaporação Escoarnento
entre oceanos
i\tliutico 91,7 1 010 I 360 23t) - 120
Percíficcr I /O)t I +60 1 510 u0 30
Ínclic'cr /-6,2 1 320 1 +20 ii0 -20
Ártico 14, t- 1U0 0 30t) 480
TOT,\I, .1n l,.l t 26+ 1 391 t27 0

Estas observacõcs contiru-ram r-áliclas quando se consiclcram rcgiões geogrhfic:rs ma.is pe-
clLrenas) corno países. Ncstcs casos) o balanco liíclrico torna-se n'rais cromplcxo. mesflo
cluanclo cstabelecido em terrnos dc valores anuais médios. pela ncccssiclacle cle conside-
rar entraclas ou s:rícl:rs cle Íronteiras tcrrcstres cla reg-ião. Tal é o c:rso cle
água atrar'és clzrs

Rrrt,,ga1:J c dc N'Íoçanrbiclue: PortLrgal rcccbc cscroamento superÍicial atrar,és cla sua Íron-
teira corn a Espanha; \'loçambiquc rcccbe igualmerrte escoalrlcnto superficial lrtrar,és clas
suas Íi'ontciras com os pai:rs riziuh,,r Atiica clo Sul, Suazilânclia. Zimbab\\'e, Zâm-
bia, \{alau.i e 'Ianzâ.nia. C)s cluadros seguintes, aclaptaclos dc I\\G i2002 t e \raz i1 995),
ilnstrarn cst:r situzrc-iho) cLlm os valorcs errtre parêr'rteses reprcscnt:rndo <t escrolrmcrnto total
englobanclo 11 cor-trponcntc translronteiri ça.

Derstcs cluaclros r'ê-se que Portug:rl sc situa r:1:rr:Lmente zicir-na c1a mrlclia c1a Flurcrya err ter-
tnos clc prccipit:içào e de escozrrncnto total. mesmc] sen] clrtrar c-m contl ( ull r)s imltnrtlLntc:

' Sempre que no textô se referir Portugal quer-se significar Portugal continental
'oxreq otrnur EJJLroluJ JS Jpeprutnli ap JoJl o[h: 'r,r
op sepunjo-rd a srerlg-redns supturuel se urud e8reoe; rulad epr.r-rosq" oJqurJlJS urJ Elllt \.,
sreru oe5ulrdrce-rd e opues 'ciruseur o Jluãurecrle.rd ehs sàsJtu srop SJSSãu ollrJrlrEoJ:.r
'rtlso8t ep e rorredns olrnur ules oJquràlâs rus oe5ulrdrcc"rd e u.roclure enb e lorqrurzrp .
EJ-IoJo ELuIxlltLI oeSelrcircard E pJoqruê 'o,rre;a,re3 ruc ules orurxilur olueurEolsJ o enb u.
ruàzeJ olllJtueuêzerrI-rll op solr+à sJlsg 'ruàJJoco enb IEJnlEu oluàrutsuãzuruJe Jp sotr-
sour3^ soP opl\ep osEllE ouJl run -rocl olu€lue ou opeleJE 'e,\Jnc ep odr] oruscur o rn;
olpelu ll?suàul oluJtrrl?oJsJ op oE5mqr.rlstp rz 'olueureocsa op ue5r-ro e oe5etidrcc,rcl u (r1tt..
'olso{5e e or11nf ap sesãru sou soxrEq olrntu sotlrru[Lr l].:'
opuãilsJp à oJIeJe,\{ E oJq[IJ.\ou ep SêsJLu sou SoLuIxELu s3Jole^ so opl-rr5urle IunuE , -
o ruoJ 'iu.bn1:o4 rue oe5elrdrcc.rd ep soqlâru sresuãrlr sê-rolEÀ so eluasorcleJ Ç'Z p-rnàrl
'anbrqrue5olf LLIJ Lrr
-rdsuertoc{e,re a ou5eroduÀâ ep roleÀ otle oc opl\Jp'l:t ap oe5u1a: Erunu,sotuê-re}ip ot,l
oes or-rgJIJJJl I?PEJ ruê ope-ra8 olLIJuIpoJSo ep sEJntlu se (srEnsi esenb tucrcs Jnbrqlrrr-1,
ê se cp rtusede ,anb;u]ou elu?s,!J-r.r1,...
Ie:nlrod Jll eqlâur lunue oe5ulrdoe.rd ep seJnllp
'oIJolr-IJJ] oP lorJàILII ou sopu:e5 soluàurEofsâ so seuade rueJJprslrol as opuenb errl,,r..
EIPJTrI ep oxrEqe oPul?'JU'o5trraluor3suEJI oxnHE o E.rJprsuoJ cs opuenb olLrJiilEoJSJ Jil Lr.,
-ure1 e oç5elrdnerd ãp soulrel uIJ EII4V ep prpJur €p euirJu Jtlrelseq Js*uruls onltrcgirlr,
'olp?ul lEnuu IE]o1 oluàrupoJsJ o1l .i
o ruerrldnp enb sruur 'o1ue1ua ou 'so5rrrJtuorjsuerl srepnel s6 'so5r:retuorJslre.rl .!r}tl
--()' Õ(r t ZZ8 0E6 000 0B/ cnbrqurufiolç
l/98r EBg /-tç õ96 096 68 le5nr-ro4
olrrerrreorsg oeSe.rode,rg oe5e1rdrce.r4 (rrrrtl) ee.ry sled
(orrr:/Luru) onbrquru5o1,.,ti ;r p;-nrro4 âp orrrpnl o5rru1e51 :9.7 orperrfJ
(giz)oor IÍ9 tÍL 000 0B/ anbrqrue5olq
(.tt) tz Zç 9tl 002 68 le5nt-ro.1
oluetrr€oJsg oe5e.rodeng oe5e1rdrce.r4 (aurtfea..y s!?d
ouu/tLrr{) rnbrqtuu.lol,n o ie;-nso.1 rp oJuptl o5rrr:p:g :ç.7 o;penfi
ocr'üqIH oÕNvrvs oDrro.IouoIH o.IDID
BALANÇOS HÍDRICOS GLOBAIS

160

Ê
E 120
r n
E
6 loo
n
E
§
380
É
r
I
'$ uo
§o r--l
Eoo
0-
n
lln tr ll
OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR I\4AI JUN JUL AGO SEÍ

Figura 2.5: Distribuição da precipitação mensal méclia


em Portugal continental.

Esta grancle yariabiliclaclc intraanual é agrar.,acla pela r,ariabilidadc interanual cla precipi-
tação e c1o escoamctrto. O Plano Naci<lnal da Água iDi-,\G' 2002t aprcsenta uma
série dc

50 zrnos c1c prcc\titziqão anual sobre o territírrirl. conlorme se ilustra na Íigura seguinte'

1Élü
I.:!jrl
I t:,io
: ll:ll0
, Ê11ü
l' §'ri:r
;: -1{tJ

100
ú
a. : E. 5
,i,
FI
v. d 4
il 5.ãÚÀa
Anos

rm'elde I arror

-kec..hualffidra -\.ÍÉdiã
Figura 2.6: Prccipitação annal módia em Portugal crolltitlental.
ireprocir-rzicia c1c INAG, 2002r

\trifi,cir-se cyue a prccipitaçào anuzrl média para o período dos anos hidrokigicos de 1941/'12
a 1990/91 r,,ariou enrre os 564 mm 119+4/45l c os 1466 mm i1965/66i. A dócada clc't0lbi
p:rrticularmcnte secra. contrastal]do Coln a clécacla rle tlO que corresponcleu a um períoclo
inais hírrnido.
J,upàIH Op slrJr.lqu sep sPrJeq s€ uoJ ;J.ue:il\r op HIIV J :xrrxrPPur) J P.Iq\.olll\
op ser:?q su ruof,'oàturly op HtI\,. iol:a op HlIy:Jtslo op slr.nil.lrd e sr1 'o!iaprro11 'e8nq1 op sllrrpq sp ruol
'otttrf,il op 115y iorno6l a r:5o.1 'lry'opE-\B:J'uu11 'oqur11 op surgg:So:prq sEnlr.l s1r opuJlrioJ'l1roy o1t 1111
uuII[JJP.lnSUElb'JJuJJlUJoltIJl.uEoJ\JJoEJElldlJJJ.]+@
-odsrp su êrlriâ su5urrr.]rp suJr]gururp SE JS-re ruâpod 'enbiquru5o1,,n rp oseJ ou 'rulssy
B'e orpEnõ ou soPL-p
so oes sorpJur srunue SeJolEr\ so'B'z eJn5rd Eu E.rlsnlr ês âru.rojuoc'e1:oç 3 àuo,§-oJlltJ'J
'azacluu7 'orlue3 '1-,S .-, (t-Utl senn€ rp sl€uol8âr sàQ5erlslulurpp sIEnt)E su Lurpuoclsr.l
-JoJ Jnb sJoLSeJ oJurl se opueJâprsuoD 'sàlue)reru srulu upure oes secrfiglorplq srà,\EI.rlt.\
sr€drJuud spp ElrJEJSolS oe5rnqlqsrp €u sJlsuJluoJ so 'le8nuod Jp sp sDJoIJêdns àluetsltLl
àpnlrlEi Jp sourJâl ruâ oesuâlxà llurn 3 iErJolrJrâl EJJts l]run luoJ 'enbrclruru5o14 àP osuJ o-\
'lns P slPur sJOr;r.i
sJJl sJtuelsâJ seri Etsr.:iJJ às ãnb p JorJâdns sâzã.\ sJJJ E sunp ê s1€d op âlJou E sruur sJoL;).;
senp sEu olLrJLUsoJsr Jp ErnllE E ã olâ]uâlv op oEIIiJl ELI EJUIJâ]\ ês enb €p orclop oP -.tr:r:.
) ortuàD op r ruo.li op srqr:ier seu erpgur Ienue oe5elldrca.rd E ànb erlsour 1'3 o.rperíf 61
ÇBt LLç 296 06e 68 TYJOT
LOZ gg9 0rB OnB g ãr\JE3{V
Í9r 6Zt g6ç 099 ru olaiualy
ZçZ z?,9 NBB 09I EZ olea
CTC ZL9 çBI I 000 í,1 orlLiàD
Lt9 9BÇ E?,2I 089 ÍZ ãuoÀi
olueur€ocs[ ogSe.rode.rg oe5e1rdrca.rd (rurt1) ea.ry ogr8eg
'(oueTuu) p8ngo4 rua seor5a.r rod oruprq o5ueleg :4'7 o.rpen[
'1'6 orpen[ ou Jãr\ Jpod âs ãruJoJuoJ'seorSo.r ser.re^ sessJ JJ]uJ se^r]elqlu:ils otltlri:
se5ua.ra.pp eq anb às-€)gr-rrÁ '1'6 ern8rg 'r(e002/Be re1) en311 ep IrT eled seper:c '11111'
'lelueuquoc le8nuo4 ep secgg.r5o:prq sagr8ar ep sào5erlsrururpe oJurJ se opuerâplsuo J
'anbrqrue5olN â lpluâuquor le8nl-ro6 orut, '
'salueurluoc so anb op sesuãlxe soueur alu€lseq segr8âJ ueJoprsuoJ as opuenb oru-(Jli.
'ecge:lioe8 oe5rnqrrlsrp E etrãdsJr enb ou secr8g1o,rprq srê^eue,\ s€p âpepr-ruln8er.rt e ,n'.:
-âprsrrof E erl IeJodlual apepr.reln8ãJJr €p ru?le eJed 'aluàturor.râlue nrr{JJ Js e[ oluo )
'soue âp seuEzãp ãp soporrãd so8uol erud ruacaiaqetsâ âs ànb so anb op sor;1c:
(âJulla.:J:
-urof sreur ãlu€lseq âs-rueuJol odruàl âp sounl soporJJd rrtâ sorrJplq so5ue]eq so
-uoJ Jod 'sesred sop erJor€ur epue;8 ELr à ênbrque5o1.1 rua rueJJo)o sãllr€qleurJs seg5enri..
Iq oDIUGIH OÔtrtVtt g Ol)I9O'tOà(lIH O'lDIi)
52 BALANCOS HIDRICOS GLOBAIS

A
N

Aentejo
Agarve
Gentro
Norte
Tejo

í00 ãXl km

Figura 2.7: Delimitação das ARH em Portugal.

predominantemente semiárido, e o resto do País. Em termos de escoamento, a altura anual


média da região Sui é de apenas 20 mm, contrastando com as alturas de escoamento nas
restantes regiões, que são entre 6 e 1 1 vezes superiores.

Nos quadros anteriores não estão incluídos nos valores dos escoamentos a componente
o[.r1, op s1]Lr Lu.)clrrut suur lullll g g['t:lJ âplrot JUo-\ op os opir HtIy s1]p sJoI.hJr sllll lrlrir
()s1r.l ,
JII àplrprlrc[uo(lsrp u J]rrJrrrJprru.rS lltlràrulrl oP-im(lrJtrro) PssJ'l1l5nuod JP o\l 'ç'a
J-'Z so.ryErtl -qolr nr.\ Js oruoJ'lpue,r8 olrrlur il otlrqlnuoJ o{irr a sorlutzr.\ sJsled SOU r?pl}.I.)r-
'rnbrquru5otr,\ urã \11V sup ou5e]lrurlàC :B'Z ernErJ
Bujn^ou - gl
otessê!! - zL
ouDl - !t
Equo6ll - 0! ê!ôNYÉv
m
o6uncll - g auoxo+ue3vgvf=
6E ODIU(IIH O)NV'IVS'ODICO'lOTIOIH OTDID
L-
EXI

Quadro 2.8: Balanço l-rícirico por rcgiircs cm NIoçambiquc imm/anr,;

Região Área (i000 krn2) Precipitação Evaporação Escoarnento


Sul 190 590 570 20
o1
Centro I 072 o. ).) 219
Zarnlte'ze 1.t0 870 7+l 129
(lentro Norte 196 I1 Z
Ô1()
tt) 1 038 18t)
Norte 170 1 050 902 1+B
TO'I]\L 780 951) oz/- tlo

er ,\lentejo. Ern NIoçambique, os grancles contril-rutos acontecem nas rcsiõcs das ,\R \s do
Sul e Zzrmbczc) o tluc laz com clne particularmcnte a resião Sul clependa ern extremo clos
c:rudais provenientes clos países lizinhos.

2.4 EXERCÍCIOS

2.1 Apresente um esquema da lase terrestre do ciclo hidrolóeico, incluindo de forma


razoavelmente pormenorizada os diversos caminhos da água.

-\nnlise a influêncizr cla criaç:io de sranclers albuí'ciras de armazeniunento no ciclcr


hidroiósico consicleraclo para um p:rís ou nma resiào.

2 Refira exemplos de impactos da atividade humana no ciclo hidrológico que se veri-


fiquem na sua região.

2.4 a Figura 2.2, transformando os volumes emr pcrcentrlgens cla prccipitação

i Consider:rnclo os daclos aprescntados neste capítu]o e no capítulo anterior, e aclnii-


tindo que tocla a água dos occanos e ntzr-res estlr ent,oh icla no ciclo l'riclrokigico, calculc
u rrtnl)o dc rr'.irlirrcia lr\pcti\o.

6 Repita o exercício para os rios e para a âgra subterrânea

Comirarc os rcsultados que obteve nos exercícios 2.o c 2.6 com os r.alores aprcsenta-
clos no Qyadro 2.2 clo capítr-r1o :rriterior.

2.8 Calcule a precipitação anual média sobre todo o planeta ern crr/ ano

Você também pode gostar