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Licenciatura
Mestrado Integradoem
emEngenharia
Engenharia Civil
TOPOGRAFIA
AULAS TEÓRICO-PRÁTICAS
Eng.Manuel
Carlos Adélio Rodrigues
Moreno
2012/13
Topografia: Aulas Teórico-Práticas
TOPOGRAFIA
AULAS TEÓRICO-PRÁTICAS
ÍNDICE
I – CARTAS TOPOGRÁFICAS
1. Objetivo
Representação gráfica da superfície terrestre e respetiva leitura e interpretação com
vista à realização de diversos trabalhos no âmbito da Engenharia Civil.
2. Definições
Carta ou planta topográfica – representação gráfica, numa superfície plana, reduzindo
as dimensões, dos acidentes naturais e artificiais da superfície terrestre.
Sinais convencionais:
3. Representação do relevo
Curvas de nível
Equidistância natural (E) – distância, constante, entre os planos horizontais
sucessivos.
Equidistâncias usuais:
1/50.000 25 m
1/25.000 10 m
1/10.000 ou escala com denominador inferior a 10.000 a equidistância a
utilizar é igual, em metros, à milésima parte do denominador da escala.
(ex. 2.000 2m)
Curvas mestras – curvas de nível, representadas a traço muito espesso, para melhorar
a percepção visual (geralmente uma em cada cinco curvas).
Linha de maior declive – linha do terreno que, em cada um dos seus pontos, faz o
maior ângulo com a horizontal; a linha de maior declive é normal às curvas de nível.
Se o declive entre duas curvas de nível for superior a 1, as curvas devem ser
substituídas pelo símbolo de terreno escarpado.
Vale:
É constituído por duas superfícies – margens ou flancos – cuja interseção
(aresta) se faz de tal modo que a concavidade fica voltada para cima. A aresta
dos vales constitui uma linha de reunião das águas e designa-se por linha de
água ou talvegue.
No tergo, as cotas crescem de fora para dentro e, no vale, em sentido contrário.
A relação entre a área (s) determinada numa carta à escala 1/N e a área (S) real é dada
por:
S = s×N2
P3
h
12 23
P1 34
E
51
45
P4
P5
2 1
y2
4 2
y3 3
y1 S 3
1 S
y4
4
x1 x2 x4 x3 x
y1 y 2 y y3 y y4 y y1
S ( x2 x1 ) 2 ( x3 x 2 ) 3 ( x3 x 4 ) 4 ( x4 x1 )
2 2 2 2
S 1
2 x1 y4 y2 x2 y1 y3 x3 y2 y4 x4 y3 y1
Generalizando:
n
S 1
2 x (y
i 1
i i 1 yi 1 ) com xn+1 = x1 e yn+1 = y1
Ou:
x4 x1 x2 x3 x4
y4 y1 y2 y3 y4
S 1
2 x1 y4 x2 y1 x3 y2 x4 y3 x1 y2 x2 y3 x3 y4 x4 y1
n n
S 1
2 ( x i y i 1 xy i i 1 ) com xn+1 = x1 e yn+1 = y1
i 1 i 1
yn
y1 y2 y3 S yn-2
yn-1
A D
d d
S – área da figura ABCD
d – amplitude constante do intervalo entre as ordenadas
yi – ordenadas (marcadas perpendicularmente ao segmento AD – maior dimensão da
figura)
y yn
S d 1 y 2 y3 ... y n1
2
A área da figura é igual ao produto da soma da média das ordenadas extremas com as
ordenadas intermédias pela amplitude constante do intervalo.
Método de Simpson
Para a mesma figura, dividida num número par de intervalos, substitui-se o contorno
correspondente a um par de intervalos por um arco de parábola. Pode deduzir-se que:
A área da figura obtém-se multiplicando a soma das ordenadas extremas, com o dobro
das ordenadas de ordem ímpar e o quádruplo das ordenadas de ordem par por um
terço da amplitude constante do intervalo.
4.4. Planímetro
k – constante instrumental
n = nf - ni – diferença das leituras registadas
nf ni – leituras final e inicial, respetivamente
D – nónio de décimas
Para grandes superfícies, devem ser consideradas parcelas mais pequenas de forma
que se possa avaliar a respetiva área com o polo do planímetro exterior a cada parcela
em que a figura foi dividida.
Planímetro digital
Com os planímetros digitais basta percorrer o contorno da figura para se obter a área
medida na carta.
5. Cálculo de volumes
A1 4 AM A2
V h
6
No caso de não ser possível medir AM, considerar como estimativa o seguinte valor:
A1 2 A1 A2 A2
AM
4
resultando:
A1 A1 A2 A2
V h
3
Neste caso, a área da secção equidistante das bases é igual à média das áreas das
secções extremas:
A1 A2
AM
2
resultando:
A1 A2
V h
2
O volume total pode ser calculado considerando volumes parciais, delimitados por
faces planas e paralelas, equidistantes, resultando:
A A n n 1
V 1 2 A1 A 2 ... A n 1 1 2 A n h 1 Ai h
2 i2
Este método, por ser de aplicação simples e conduzir a precisão adequada, é utilizado
frequentemente na quantificação dos volumes de escavação e aterro necessários à
construção de uma estrada bem como na determinação de volumes de albufeiras.
V = h×AM
Este método é mais trabalhoso que o método da média das áreas, já que implica a
determinação da área (AM) da secção equidistante das bases.
h1 h2 h3 h4
V Ab
4
Neste método o rigor será tanto maior quanto menor for a área da base, sendo
aconselhável dividir o volume total em vários volumes parciais.
Fases a considerar:
V S hm
V – volume
e) O volume total será dado pela soma algébrica dos volumes calculados
anteriormente.
Exemplo: a2 b1 a3
a1 c1 d1 b2
ESCAVAÇÃO
ATERRO
b6 b3
d3 d2
a5 b5 b4 a4
a – cotas de trabalho nos vértices das arestas côncavas da superfície considerada;
b – cotas de trabalho nos vértices das arestas laterais da superfície considerada;
c – cotas de trabalho nos vértices das arestas convexas da superfície considerada;
d – cotas de trabalho nos vértices das arestas interiores da superfície considerada;
S – área da quadrícula (suposta constante).
4
V S a b 3c d
2 4
Para calcular separadamente os volumes de escavação e de aterro determinar a
linha de separação respetiva e considerar iguais a zero as cotas de trabalho
adjacentes.
EXERCÍCIOS:
1. Com base na planta topográfica à escala 1/2000 que se apresenta, desenhe o perfil
longitudinal resultante da interseção do terreno com um plano vertical cujo traço
é AB, sabendo que as coordenadas retangulares destes pontos são:
MA = -29649,50 m MB = -29374,80 m
PA = 184910,00 m PB = 184852,40 m
0 20 40 60 80 100 m
0 20 40 60 80 100 m
3. Determine a área de uma parcela de terreno com quatro lados, sabendo que as
coordenadas dos vértices são as seguintes:
x1 = 100,00 m y1 = 180,00 m
x2 = 140,00 m y2 = 100,00 m
x3 = 180,00 m y3 = 120,00 m
x4 = 210,00 m y4 = 200,00 m
-0,5% 2 7
5
90 85
A B
1/1 000
100 (M)
80 (P) 55
P
50
1:1000
II – NIVELAMENTO
1. Objetivo
Determinação das diferenças de nível entre pontos do terreno.
2. Definições
Diferença de nível entre dois pontos – distância, medida na vertical, entre as
superfícies de nível que contêm esses pontos.
H = d tg i
z B
H
i
H = d cotg z
A
d
H = lA – lB
lB
B
lA – leitura na mira em A
H
lA
lB – leitura na mira em B
A
É o método mais preciso. Os desníveis podem ser obtidos com a precisão da ordem do
milímetro.
4. Nivelamento geométrico
4.1. Nível
Nível ótico:
Nível bloco – nível de luneta fixa (não basculante), com nivela tórica solidária à
luneta;
Utilizando níveis óticos, com miras dotadas de escalas de ínvar e com dispositivos de
leitura especiais (micrómetros) é possível realizar leituras com a resolução de 0,01
mm. Este tipo de equipamento utiliza-se sobretudo na observação de obras.
Nível digital:
Com este nível podem ser
utilizadas miras graduadas com
escalas em código de barras,
permitindo a leitura e registo
automáticos, tornando mais
fáceis e fiáveis as operações de
campo. Com este tipo de níveis
é possível realizar leituras com
a resolução de 0,5 mm.
Nível laser:
Consiste num emissor de raios laser que varre um plano horizontal. A mira
dispõe de um alvo capaz de detetar o raio emitido, registando-se a altura ao solo
deste alvo.
4.2. Erros
Erros mais frequentes:
- linha de visada não horizontal;
- mira inclinada.
Compensação:
O erro de fecho de nivelamento h deverá ser distribuído igualmente pelas
diferenças de nível que dizem respeito aos pontos que transmitem o
nivelamento, isto é, aquelas em cujo cálculo intervêm niveladas atrás.
Tolerância:
t c L
J2
A 3
J1
4
5
1
2
6
J3 B
Visada intermédia
Visada atrás
Visada adiante
Dados:
Cota A – 46,321 m
Cota B – 42,627 m
A 0,725 46,321
0,067 -1
1 0,658 46,387
0,374
2 1,032 46,013
0,219
3 1,251 45,794
0,605
4 0,320 1,856 45,189
0,729 -1
5 0,502 1,049 44,459
0,088 -1
6 0,414 44,546
1,919
B 2,333 42,627
Verificação:
(visadas atrás) - (visadas adiante) = (diferenças de nível)
1,547 - 5,238 = -3,691
Erro de fecho:
h = 42,627 - 46,321 - (-3,691) = -0,003 m
Compensação:
-0,003/3 = -0,001 m
EXERCÍCIOS:
2 7
2,950
1,540 1,720
2,520 A 2,030
E3
E1
1,820
4 2,200 1,760 1,650
3 1,430
6
E2 1,935 5
9 1,900
2 0,815 5 0,767
10 1,257
E 2 3 1,467 E 4 6 2,405 E6
11 1,999
4 0,999 7 1,543
12 0,627
a) Faça um esquema representando em planta uma possível posição relativa dos
pontos visados e das estações.
b) Calcule as cotas compensadas dos pontos visados, sendo conhecidas as cotas dos
pontos:
H1 = 82,154 m; H5 = 80,814 m; H12 = 83,065 m
1 1,523
2 1,043 1,634
3 2,403 1,912
4 1,473 0,915
5 2,325 2,321
X 2,678 0,376
6 1,415 1,001
7 1,104 1,010
6 0,105 1,511
X' 1,013 1,790
5 1,439 2,950
4 0,662 0,590
3 1,817 2,150
2 1,740 0,945
1 1,631
4. Pretende-se executar uma vala, com vista ao assentamento de uma conduta, cuja
inclinação longitudinal deverá ser de 1,5%. Durante a execução da obra, foram
materializados ao longo da vala cinco marcas (A, B, C, D e E) distando entre si
de 40 m. Com recurso a um nível ótico, visou-se uma mira colocada na marca C,
tendo-se registado o valor de 1,965 m.
Sabendo que a marca situada no ponto C deverá subir 0,035 m, relativamente à
sua posição inicial, determine as leituras que deveriam ser realizadas para a mira
colocada nas diferentes marcas, de forma a garantir que a conduta é assente com a
inclinação referida, descendente de A para E.
Referência – lr = 1,5282 m
Na fase final do ensaio as leituras realizadas em condições semelhantes foram:
Sapata – ls = 2,3074 m
Referência – lr = 1,4849 m
Calcule o assentamento sofrido pela sapata.
A D G
Calcule a altura do topo de cada estaca acima
do solo nos referidos 9 pontos, sabendo que a
cota da marca de referência R é de 52,950 m.
B E H
C F I
CADERNETAS DE NIVELAMENTO
III – TAQUEOMETRIA
1. Objetivo
Determinação da posição planimétrica e altimétrica dos pontos do terreno em relação
a um ponto estação, sendo a posição no plano definida, regra geral, através de
coordenadas polares (ângulos e distâncias).
2. Definições
Levantamento topográfico – conjunto de operações (trabalhos de campo e de
gabinete) que visam a representação dos pormenores planimétricos e altimétricos
definidores do terreno.
Ângulo de inclinação de uma direção – ângulo que essa direção faz com o plano
horizontal.
Ângulo zenital (vertical) de uma direção – ângulo que essa direção faz com a vertical
do lugar.
Estádia – sistema ótico que permite obter linhas de visada concorrentes num ponto de
posição conhecida, denominado centro de analatismo. A estádia é constituída por dois
ou mais fios horizontais (fios estadimétricos) gravados no retículo da luneta.
Constituição de um taqueómetro:
Base – está ligada ao terreno através de um suporte (tripé) e pode ser nivelada por
meio de três parafusos nivelantes. Dispõe ainda de um prumo ótico que
permite centrar o aparelho sobre um ponto materializado no terreno.
Alidade – pode girar em torno de eixo vertical e contém a luneta que possui
movimento de rotação no plano vertical. A luneta é estadiada, sendo
constituída por sistemas óticos (objetiva e ocular) e pelo retículo, lâmina
onde são gravados os fios estadimétricos.
Taqueómetro digital
Estação total
4. Fórmulas taqueométricas
Mira colocada a
w/2
perpendicularmente O
l L
ao eixo da estádia w/2
d b
D=KL
l’ l3
3
i
l2
l’
l1 1
z h
w/2
O i
a H
B
D
z – ângulo zenital
i – ângulo de inclinação
a – altura do aparelho
h – altura trigonométrica
l’ l cos i com l = l3 – l1
D’ = K l cos i
D = D’ cos i D = K l cos2i
D = G cos2i D = G sen2z
H = a + h – l2
Nos levantamentos realizados com taqueómetro e mira obtém-se, regra geral, uma
precisão do decímetro nas distâncias e do centímetro nos desníveis.
Com estação total, é possível obter para as distâncias e desníveis uma precisão da
ordem do(s) milímetro(s).
5. Cálculo de cotas
HP = HEst + H
HP – Cota do ponto visado
Erro de fecho
Sempre que os pontos estação e/ou visados constituem uma linha de nivelamento
fechada (pontos inicial I e final F de cotas conhecidas ou coincidentes), ter-se-á que
calcular o erro de fecho (resultante dos erros de observação):
Este erro de fecho será distribuído igualmente por todos os desníveis referentes aos
pontos que constituem a linha de nivelamento fechada, obtendo-se os desníveis
corrigidos.
O cálculo das cotas dos pontos visados deverá ser precedido da correção dos
desníveis.
EXERCÍCIOS:
(1,30)
(1,50)
HA = 89,53 m; HD = 91,67 m.
6. Para se determinar a diferença de cotas entre dois pontos A e B, que não são
visíveis entre si, estacionou-se um taqueómetro em cada um dos pontos e visou-se
uma marca que dista 120,4 m e 318,6 m de A e B, respetivamente.
A altura do aparelho e o ângulo zenital em A foram de 1,63 m e 90,150 grados,
respetivamente, e as mesmas grandezas em B foram de 1,85 m e 95,150 grados.
Calcule a diferença de cotas entre os pontos A e B.
8.1. Sabendo que a estação E3 tem de cota 100,000 m, determine as cotas dos pontos 1
a 12.
IV – COORDENADAS RETANGULARES
1. Objetivo
Determinação da posição dos pontos do terreno através de coordenadas retangulares
planas.
2. Definições
Sistema de eixos:
Eixo das ordenadas (P) – coincidente com o meridiano na origem; direção do
Norte;
Eixo das abcissas (M) – coincidente com a perpendicular ao meridiano na
origem; perpendicular ao eixo dos PP.
Coordenadas:
MA – distância à meridiana
PA – distância à perpendicular
(BA)
PB
(BC)
B
PC
(AB) C
PA
A
MA MB MC M
Ângulo que a direção AB faz com o eixo dos PP (Norte), medido no sentido
retrógrado (sentido do movimento dos ponteiros do relógio) a partir do
Norte.
0 (AB) 2
Orientação inversa:
+ se (AB)
- se (AB)
0 grados
400 grados
4º Quadrante 1º Quadrante
3º Quadrante 2º Quadrante
200 grados
3. Transmissão de orientações
Dados:
(AB)
- Ângulo das direções AB e BC
Pedido:
(BC)
Resolução:
+ se (AB)
- se (AB)
4. Transporte de coordenadas
Dados:
Coordenadas do ponto A (MA; PA)
(AB)
Comprimento AB
Pedido:
Coordenadas do ponto B (MB; PB)
Resolução:
MB = MA + AB sen (AB)
PB = PA + AB cos (AB)
5. Cálculo de orientações
Dados:
Coordenadas do ponto A (MA; PA)
Coordenadas do ponto B (MB; PB)
Pedido:
(AB)
Resolução:
MB MA M
tg(AB)
PB PA P
(AB)* M P (AB)
6. Cálculo da distância
Dados:
Coordenadas do ponto A (MA; PA)
Coordenadas do ponto B (MB; PB)
Pedido:
Comprimento AB
Resolução:
AB (M B M A ) 2 (PB PA ) 2
MB MA
AB
sen(AB)
PB PA
AB
cos(AB)
7. Mudança de referencial
Conhecidas as coordenadas retangulares de um ponto A (xA; yA) definidas num
sistema de eixos x/y, determinar as coordenadas deste mesmo ponto A (rA; sA) num
sistema de eixos r/s.
y
s
xA A
Δ2 θ
yA
r
θ
sA rA θ
O Δ1 x
1 = yA tg
rA = xA cos + yA sen
2 = xA tg
sA = - xA sen + yA cos
y
s
sA
xO'
O' r
yA yO'
O xA x
rA
rA = xA – xO’
sA = yA – yO’
EXERCÍCIOS:
D MA = - 65,43 m PA = - 42,68 m
MB = - 12,98 m PB = + 10,15 m
MC = + 40,02 m PC = - 0,19 m
B BD BC
C ângulo ABD = ângulo DBC
D
C
V – INTERSEÇÕES
1. Objetivo
Determinação das coordenadas retangulares de um ponto, com base na medição de
ângulos azimutais e/ou distâncias realizada no terreno.
2. Definições
Interseção direta – estação nos pontos de coordenadas conhecidas, visando-se o ponto
de coordenadas a determinar;
Grandezas medidas:
Ângulos – e
Pedido:
Coordenadas do ponto P A B
Resolução:
Determinação de (AB) e AB
Determinação de (AP)
(AP) = (AB) -
Determinação de AP
Coordenadas do ponto P
MP = MA + AP sen (AP)
PP = PA + AP cos (AP)
Grandezas medidas:
Distâncias – AP e BP
Pedido:
Coordenadas do ponto P
A B
Resolução:
Determinação de (AB) e AB
2 2 2
BP AP AB 2 AP AB cos
2 2 2
AB AP BP
cos
2 AB AP
Determinação de (AP)
(AP) = (AB) -
Coordenadas do ponto P
MP = MA + AP sen (AP)
PP = PA + AP cos (AP)
Ângulos – e
Pedido:
Coordenadas do ponto P
P
Resolução:
Determinação de
= (BA) – (BC)
Determinação de e
= + = 2 - ( + + )
+=
sen
=T
sen
sen
arctg
T cos
Determinação de (AP)
(AP) = (AB) +
sen( )
AP AB
sen
Coordenadas do ponto P
MP = MA + AP sen (AP)
PP = PA + AP cos (AP)
6. Problema de Hansen
P1
Dados:
Coordenadas de dois pontos – A e B
1 1
Grandezas medidas:
Pedido:
2
Coordenadas dos pontos P1 e/ou P2 2
P2
Resolução:
Determinação de e
Relação entre os comprimentos dos lados que concorrem num ponto (P1):
AP1 P1 P2 P1 B
1
P1 P2 P1 B AP1
+ = - (1 + 1) =
sen
arctg
T cos
EXERCÍCIOS:
MA = -42029,89 m; PA = 67777,69 m
MB = -41912,21 m; PB = 68366,62 m
P
Determine as coordenadas do ponto P, sabendo
que:
MA = -42434,10 m ; PA = 68504,65 m
C
A
MB = -42027,14 m; PB = 68075,13 m
MC = -41912,21 m; PC = 68366,62 m
B
= 35,7994 grados
= 32,5895 grados
= 68,0710 grados
1
D
C 2
= 40,140 grados
D F
= 42,280 grados
B
5. Considere a figura anexa que representa a posição de quatro vértices, dos quais
são conhecidas as seguintes coordenadas:
MA = -5350,40 m MB = -5208,98 m
PA = 10490,50 m PB = 10631,82 m B
Admita ainda que foram realizadas as
seguintes medições: A D
AC = 150,00 m
= 50,000 grados
= 98,500 grados C
= 135,400 grados
Determine as coordenadas dos vértices C e D.
MA = 1203,06 m; MB = 1431,27 m D B
PA = 759,97 m ; PB = 547,48 m
C
determine as coordenadas das marcas C e D.
MB = 6720,60 m MC = 7000,50 m
PB = 9845,25 m PC = 9650,26 m
VI – POLIGONAIS
1. Objetivo
Densificar a rede de pontos definidos por coordenadas retangulares, através do
transporte sequencial das coordenadas retangulares de vários pontos.
2. Generalidades
Poligonal – conjunto de alinhamentos sucessivos de que se medem os ângulos (ou
azimutes) em cada vértice e os comprimentos dos lados.
1, 2, …, n – vértices da poligonal
Uma poligonal de n vértices tem (n-1) lados
Observações:
αi – ângulos entre as direções de dois lados sucessivos, medidos no sentido
retrógrado e do vértice anterior para o seguinte;
lj – comprimentos dos lados da poligonal.
O ângulo pretendido é obtido por diferença entre os valores das duas direções
azimutais observadas.
Grandezas medidas:
Ângulos em cada vértice – αi (i = 1, 2, …, n)
Comprimentos dos lados – lj (j = 1, 2, …, n-1)
Pedido:
Coordenadas dos vértices intermédios – vértices 2 a (n-1)
n
εα = (nB) – (A1) ±kπ – i
i 1
Este erro, quando inferior ao valor de tolerância angular adotado, deve ser
distribuído uniformemente por todos os ângulos observados, dando origem aos
ângulos compensados α i' .
L LM
2
LP
2
erro de fecho linear
M j
c jM n 1
LM compensação a atribuir à abcissa relativa j
M
j 1
j
Pj
c jP n 1
LP compensação a atribuir à ordenada relativa j
P
j 1
j
4.2. Tolerâncias
Os erros de fecho angular e linear devem ser iguais ou inferiores a tolerâncias
previamente fixadas. No caso de serem superiores, as observações e o cálculo devem
ser repetidos. A precisão de uma poligonal depende do equipamento utilizado e dos
procedimentos adotados no seu levantamento.
Os valores das tolerâncias a adotar devem estar associados à precisão que se pretende.
Para poligonais em que não seja exigida precisão elevada, podem ser considerados os
seguintes valores:
tolerância angular – 0,002 n grados (n - número de vértices)
tolerância linear – 0,01 L 0,10 m (L - desenvolvimento total da
poligonal em km)
O erro de fecho altimétrico deve ser distribuído uniformemente por todos os desníveis
observados, obtendo-se os desníveis médios corrigidos e, consequentemente, as cotas
dos vértices intermédios da poligonal.
5. Exemplo
Cálculo e compensação da poligonal fechada representada na figura seguinte.
Dados:
Grandezas medidas:
Pedido:
Nº de vértices – 4
Nº de lados – 3
A
145,392
1 99,232 0,001 30,30 29,00
180,00 44,625 116,09 -0,01 137,56 0,03
2 290,135 0 146,38 166,59
109,00 134,760 93,15 -0,01 56,60 0,01
3 119,618 0,001 239,52 110,00
300,00 54,379 226,21 -0,03 197,05 0,05
4 295,820 0,001 465,70 307,10
150,200
B
EXERCÍCIOS:
2. Calcule e compense a poligonal fechada, com base nos elementos que constam na
caderneta seguinte:
MD = 1000,50 m MA = 1200,50 m
PD = 598,80 m PA = 598,80 m
MA = 10430,90 m MB = 10430,90 m
PA = 5960,20 m PB = 6110,60 m
A B 0,000 -
C 87,220 207,278
B C 182,315 230,502
A 250,965 -
C A 390,000 207,276
B 34,127 230,506
D 192,299 387,380
MA = 148,96 m MB = 253,76 m
PA = 396,74 m PB = 401,35 m
1. Objetivo
Tratamento das medições realizadas de forma a obter-se um valor (valor mais
provável) que ofereça mais confiança que qualquer das medidas tomadas
isoladamente. A necessidade deste tratamento decorre da impossibilidade de
determinar o verdadeiro valor das grandezas medidas.
2. Definições
Erros naturais – relacionados com as condições externas à medição, devidas ao vento,
temperatura, refração, etc. (exemplo: inclinação da mira devido ao vento).
Erros pessoais – causados pelas capacidades limitadas dos sentidos humanos (visão).
Erros sistemáticos – resultam de causas conhecidas definidas por lei física ou função
matemática, repetindo-se sempre com a mesma grandeza e sinal se forem mantidas as
condições de observação; têm carácter determinista, podendo ser constantes ou
variáveis. Para evitar ou corrigir os erros sistemáticos deve-se eliminar as causas ou
aplicar as respetivas correções.
Erros acidentais – são os que restam após terem sido eliminados os erros sistemáticos
e os enganos; resultam do efeito acumulado de pequenas causas fortuitas, sendo
imprevisíveis tanto em grandeza como em sinal. Para compensar este tipo de erros é
necessário recorrer à teoria das probabilidades.
Erro verdadeiro xi = X - Xi
Erro aparente, resíduo ou desvio vi = Xo - Xi
Parâmetros de precisão
Noção de peso
i - erro médio quadrático da medição com peso pi
pi
Pedido:
Determinação do erro médio quadrático () associado à grandeza X
2 2 2
F 2 F 2 2
= 1 2 ..... F n
X X
1
X 2 n
Se a precisão das grandezas medidas for caracterizada pelos pesos pi, o peso p
associado à variável dependente X é calculável pela seguinte equação de propagação
dos pesos:
2 2 2
1 F 1 F 1 F 1
.....
p X1 p1 X 2 p 2 X n pn
X = X1 + X2 +... + Xn
= 12 22 ..... n2
Se 1 = 2 =... = n = 1 n
X = X1 X2
= X 22 12 X 12 22
5. Compensação de observações
Para a determinação do valor mais provável de uma grandeza o critério utilizado é o
princípio dos mínimos quadrados.
Tipos de observações:
Indiretas – são aquelas em que se medem certas grandezas para determinar outras,
ligadas às primeiras por relações conhecidas, designadas equações de
observação; exemplo – determinação de uma distância obtida por diferença
ou soma de dois comprimentos.
n
Utilizando o princípio dos mínimos quadrados, dever-se-á minimizar v
i 1
2
i
X i
Valor mais provável X0 i 1
A precisão associada ao valor mais provável pode ser calculada a partir da equação de
propagação dos erros acidentais, resultando:
Erro médio quadrático associado ao valor mais provável 0
n
Como estimativa do erro médio quadrático de uma observação isolada pode-se tomar
o seguinte valor:
v 2
i
n 1
p X i i
Valor mais provável X0 i 1
n
p i 1
i
O valor mais provável é, neste caso, a média ponderada dos valores observados.
A precisão associada ao valor mais provável pode ser calculada a partir da equação de
propagação dos erros acidentais, resultando:
Erro médio quadrático associado ao valor mais provável 0
n
p
i 1
i
n 1
EXERCÍCIOS:
1. O desnível entre dois pontos foi obtido por três processos (A, B e C) tendo-se
registado os seguintes valores:
Processo Desnível (m) e. m. q. (m)
A 64,31 0,04
B 64,15 0,02
C 63,88 0,06
Processo Assentamento e. m. q.
(cm) (cm)
A 2,5 ± 0,1
B 2,8 ± 0,2
d = 490,55 m d = ±1,0 cm
i = 10,310 grados i = ±0,001 grados
10. Para obter o desnível entre os pontos A e B recorreu-se a um nível ótico que
permite obter as leituras com um erro médio quadrático de ±0,5 cm. Face à
posição dos pontos não é possível visar, de uma só estação, os pontos A e B,
havendo necessidade de estabelecer várias estações.
10.2. Admita que, nas condições expressas anteriormente, obteve o valor de 4,581 m
para o desnível entre os pontos A e B. Considere agora que este mesmo desnível
foi determinado com uma estação total, tendo-se obtido o valor de 4,596 m, ao
qual está associado o erro médio quadrático de ±1 cm. Determine, atendendo às
duas medições efetuadas, o valor mais provável para o desnível entre os pontos A
e B e o respetivo erro médio quadrático.
1. Levantamento topográfico
Escolha dos pontos estação – de cada estação devem ser visadas as estações
anterior e seguinte bem como o conjunto de pontos notáveis na sua vizinhança.
Pontos a visar:
- Estação anterior e seguinte (a estação anterior deve ser visada com uma
direção azimutal de 0,000 grados);
- Altura do aparelho;
- Ângulo azimutal;
- Ângulo azimutal;
- Distância horizontal;
- Desnível.
2. Levantamento de poligonais
Modo de proceder:
Escolha dos vértices da poligonal e consequente posição das estações (de cada
vértice deverá ser possível visar o anterior e o seguinte).
- Altura do aparelho;
- Ângulo azimutal;
- Ângulo azimutal;
- Distância horizontal;
- Desnível.
A fim de minimizar ou eliminar alguns dos erros de observação, deve-se ter cuidados
especiais na centragem do aparelho e na pontaria aos alvos colocados nos vértices
contíguos. A escolha do equipamento mais adequado para o levantamento de
poligonais deve ser feita consoante a precisão pretendida para as coordenadas dos
pontos.
3. Nivelamento geométrico
Modo de proceder:
4. Implantação de obras
5. Observação de obras
SOLUÇÕES
I – Cartas topográficas
2. A = 30680 m2.
3. A = 6100 m2.
4. VE = 1350 m3; VA = 580 m3.
5. V = 32114 m3.
6. VE = 850 m3; VA = 1680 m3.
II – Nivelamento
1. εh = 0,005 m.
2. εh1 = 0,009 m; εh2 = -0,003 m.
5. Assentamento = 0,0214 m.
6. Apoio B – 0,021 m; apoio C – 0,029 m.
III – Taqueometria
2. HB = 91,87 m; HC = 90,56 m; altura torre – 14,83 m.
3. εh = -0,004 m.
4. D = 40,02 m; ΔH = 0,30 m.
5. Altura = 32,035 m.
6. ΔH = 5,76 m.
7. D = 70,4 m; ΔH = 3,95 m
8. εh = 0,027 m.
IV – Coordenadas retangulares
1. (FG) = 31,440 grados.
3. MC = -902,41 m; PC = -861,24 m.
4. MD = -28,84 m; PD = 61,77 m.
V – Interseções
1. MP = -41306,05 m; PP = 68219,81 m.
2. MP = -42080,29 m; PP = 69075,13 m.
3. MC = 2742,49 m; PC = 15178,10 m.
4. MD = 74,41 m; PD = 112,06 m; MF = 150,00 m; PF = 145,08 m.
5. MC = -5200,40 m; PC = 10490,45 m; MD = -5150,58 m; PD = 10570,56 m.
6. MC = 1217,39 m; PC = 438,84 m; MD = 1096,48 m; PD = 603,57 m.
7. MD = 6730,40 m; PD = 9240,36 m; MA = 6530,95 m; PA = 9620,50 m.
VI – Poligonais
1. εα = 0,004 grados.
2. εα = -0,004 grados; εLM = -0,09 m; εLP = 0,09 m.
3. εα = 0,002 grados; εLM = -0,03 m; εLP = 0,06 m
4. MD = 11016,16 m; PD = 6065,04 m.
5. εα = -0,003 grados; εLM = 0,08 m; εLP = 0,08 m.
6. MB = 182,81 m; PB = 368,33 m; MD = 352,38 m; PD = 245,83 m.