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Cálculo Diferencial e Integral I

Aula 3: Funções exponenciais, logarı́tmicas e


trigonométricas

Turma Online - Prof. Rogério Mol

Universidade Federal de Minas Gerais

1o semestre /2020
Funções injetivas

Definição
Uma função f : A → B é dita injetiva (ou injetora, ou ainda função
um a um) se ela nunca assume o mesmo valor duas vezes.
Isto é, se f (x) 6= f (y ) sempre que x, y ∈ A com x 6= y .
Funções injetivas

Definição
Uma função f : A → B é dita injetiva (ou injetora, ou ainda função
um a um) se ela nunca assume o mesmo valor duas vezes.
Isto é, se f (x) 6= f (y ) sempre que x, y ∈ A com x 6= y .

I Equivalentemente: f é injetiva se, sempre que f (x) = f (y ), então


x = y.
Funções injetivas

Definição
Uma função f : A → B é dita injetiva (ou injetora, ou ainda função
um a um) se ela nunca assume o mesmo valor duas vezes.
Isto é, se f (x) 6= f (y ) sempre que x, y ∈ A com x 6= y .

I Equivalentemente: f é injetiva se, sempre que f (x) = f (y ), então


x = y.
I Teste da reta Horizontal: uma função é injetiva se e somente se
toda reta horizontal intercepta seu gráfico em no máximo um ponto.
Funções injetivas

I Exemplo. A função f (x) = x 3 é injetiva?


Funções injetivas

I Exemplo. A função f (x) = x 3 é injetiva?


I Solução. Sim, pois

f (x) = f (y ) ⇐⇒ x 3 = y 3 ⇐⇒ x = y .
Funções injetivas

I Exemplo. A função f (x) = x 3 é injetiva?


I Solução. Sim, pois

f (x) = f (y ) ⇐⇒ x 3 = y 3 ⇐⇒ x = y .

I Exemplo. A função f (x) = x 2 é injetiva?


Funções injetivas

I Exemplo. A função f (x) = x 3 é injetiva?


I Solução. Sim, pois

f (x) = f (y ) ⇐⇒ x 3 = y 3 ⇐⇒ x = y .

I Exemplo. A função f (x) = x 2 é injetiva?


I Solução. Não pois f (x) = f (−x) para todo x. Por exemplo,
f (2) = f (−2) = 4.
Funções sobrejetivas

Definição
Uma função f : A → B é dita sobrejetiva ou sobrejetora se seu
conjunto imagem é igual ao contradomı́nio, isto é, se Im(f ) = B.
Isso significa que para todo y ∈ B, existe x ∈ A tal que f (x) = y .
Funções sobrejetivas

Definição
Uma função f : A → B é dita sobrejetiva ou sobrejetora se seu
conjunto imagem é igual ao contradomı́nio, isto é, se Im(f ) = B.
Isso significa que para todo y ∈ B, existe x ∈ A tal que f (x) = y .

I Exemplo. A função f (x) = x 3 é sobrejetora?


Funções sobrejetivas

Definição
Uma função f : A → B é dita sobrejetiva ou sobrejetora se seu
conjunto imagem é igual ao contradomı́nio, isto é, se Im(f ) = B.
Isso significa que para todo y ∈ B, existe x ∈ A tal que f (x) = y .

I Exemplo. A função f (x) = x 3 é sobrejetora?



I Solução. Sim, poi dado um número y ∈ R, o número x = 3 y tem
y como imagem:
√ √
f (x) = f ( 3 y ) = ( 3 y )3 = y .
Funções sobrejetivas

Definição
Uma função f : A → B é dita sobrejetiva ou sobrejetora se seu
conjunto imagem é igual ao contradomı́nio, isto é, se Im(f ) = B.
Isso significa que para todo y ∈ B, existe x ∈ A tal que f (x) = y .

I Exemplo. A função f (x) = x 3 é sobrejetora?



I Solução. Sim, poi dado um número y ∈ R, o número x = 3 y tem
y como imagem:
√ √
f (x) = f ( 3 y ) = ( 3 y )3 = y .

I Exemplo, A função f (x) = x 2 é sobrejetora?


Funções sobrejetivas

Definição
Uma função f : A → B é dita sobrejetiva ou sobrejetora se seu
conjunto imagem é igual ao contradomı́nio, isto é, se Im(f ) = B.
Isso significa que para todo y ∈ B, existe x ∈ A tal que f (x) = y .

I Exemplo. A função f (x) = x 3 é sobrejetora?



I Solução. Sim, poi dado um número y ∈ R, o número x = 3 y tem
y como imagem:
√ √
f (x) = f ( 3 y ) = ( 3 y )3 = y .

I Exemplo, A função f (x) = x 2 é sobrejetora?


I Solução. Não, pois qualquer número negativo não está na imagem
de f . Por exemplo, não existe x ∈ R tal que f (x) = x 2 = −2.
Funções bijetivas

Definição
Uma função f : A → B é dita bijetiva (ou bijetora) se ela é
simultaneamente injetiva e sobrejetiva. Isso equivale à seguinte
afirmação: para todo y ∈ B existe um único x ∈ A tal que f (x) = y (o
“existe” corresponde à sobrejetividade, o “único” corresponde à
injetividade).
Funções bijetivas

Definição
Uma função f : A → B é dita bijetiva (ou bijetora) se ela é
simultaneamente injetiva e sobrejetiva. Isso equivale à seguinte
afirmação: para todo y ∈ B existe um único x ∈ A tal que f (x) = y (o
“existe” corresponde à sobrejetividade, o “único” corresponde à
injetividade).

I Exemplo. A função f (x) = x 3 é bijetiva?


Funções bijetivas

Definição
Uma função f : A → B é dita bijetiva (ou bijetora) se ela é
simultaneamente injetiva e sobrejetiva. Isso equivale à seguinte
afirmação: para todo y ∈ B existe um único x ∈ A tal que f (x) = y (o
“existe” corresponde à sobrejetividade, o “único” corresponde à
injetividade).

I Exemplo. A função f (x) = x 3 é bijetiva?


I Solução. Sim, vimos que ela é injetiva e sobrejetiva.
Funções bijetivas

Definição
Uma função f : A → B é dita bijetiva (ou bijetora) se ela é
simultaneamente injetiva e sobrejetiva. Isso equivale à seguinte
afirmação: para todo y ∈ B existe um único x ∈ A tal que f (x) = y (o
“existe” corresponde à sobrejetividade, o “único” corresponde à
injetividade).

I Exemplo. A função f (x) = x 3 é bijetiva?


I Solução. Sim, vimos que ela é injetiva e sobrejetiva.
I Exemplo 2.: A função f (x) = x 2 é bijetiva?
Funções bijetivas

Definição
Uma função f : A → B é dita bijetiva (ou bijetora) se ela é
simultaneamente injetiva e sobrejetiva. Isso equivale à seguinte
afirmação: para todo y ∈ B existe um único x ∈ A tal que f (x) = y (o
“existe” corresponde à sobrejetividade, o “único” corresponde à
injetividade).

I Exemplo. A função f (x) = x 3 é bijetiva?


I Solução. Sim, vimos que ela é injetiva e sobrejetiva.
I Exemplo 2.: A função f (x) = x 2 é bijetiva?
I Solução. Não, vimos que ela não é nem injetiva e nem sobrejetiva.
Funções Inversas
Definição
Seja f : A → B uma função bijetiva, com o domı́nio A e contradomı́nio
B. Então sua inversa é a função

f −1 : B → A,

com domı́nio B e contradomı́nio A, definida pela seguinte regra:

f −1 (y ) = x ⇔ f (x) = y

.
Ou seja, dado y ∈ B, como f é bijetiva, existe um único x ∈ A tal
que f (x) = y . Esse valor de x é tomado como f −1 (y ).
Funções Inversas
Definição
Seja f : A → B uma função bijetiva, com o domı́nio A e contradomı́nio
B. Então sua inversa é a função

f −1 : B → A,

com domı́nio B e contradomı́nio A, definida pela seguinte regra:

f −1 (y ) = x ⇔ f (x) = y

.
Ou seja, dado y ∈ B, como f é bijetiva, existe um único x ∈ A tal
que f (x) = y . Esse valor de x é tomado como f −1 (y ).
I Segue da definição que f (f −1 (y )) = y para todo y ∈ B e que
f −1 (f (x)) = x para todo x ∈ A.
Funções Inversas
Definição
Seja f : A → B uma função bijetiva, com o domı́nio A e contradomı́nio
B. Então sua inversa é a função

f −1 : B → A,

com domı́nio B e contradomı́nio A, definida pela seguinte regra:

f −1 (y ) = x ⇔ f (x) = y

.
Ou seja, dado y ∈ B, como f é bijetiva, existe um único x ∈ A tal
que f (x) = y . Esse valor de x é tomado como f −1 (y ).
I Segue da definição que f (f −1 (y )) = y para todo y ∈ B e que
f −1 (f (x)) = x para todo x ∈ A.
I Temos o seguinte fato: uma função possui inversa se e somente se f
é uma bijeção.
Funções Inversas
Definição
Seja f : A → B uma função bijetiva, com o domı́nio A e contradomı́nio
B. Então sua inversa é a função

f −1 : B → A,

com domı́nio B e contradomı́nio A, definida pela seguinte regra:

f −1 (y ) = x ⇔ f (x) = y

.
Ou seja, dado y ∈ B, como f é bijetiva, existe um único x ∈ A tal
que f (x) = y . Esse valor de x é tomado como f −1 (y ).
I Segue da definição que f (f −1 (y )) = y para todo y ∈ B e que
f −1 (f (x)) = x para todo x ∈ A.
I Temos o seguinte fato: uma função possui inversa se e somente se f
é uma bijeção.
I Atenção: f −1 (x) não é o mesmo que (f (x))−1 = 1/f (x).
Funções Inversas

Como achar a inversa da função f : A → B?


Funções Inversas

Como achar a inversa da função f : A → B?


I Passo 1. Escreva y = f (x).
Funções Inversas

Como achar a inversa da função f : A → B?


I Passo 1. Escreva y = f (x).
I Passo 2. Se possı́vel, resolva essa equação para x em termos de y .
Você obterá x = f −1 (y ).
Funções Inversas

Como achar a inversa da função f : A → B?


I Passo 1. Escreva y = f (x).
I Passo 2. Se possı́vel, resolva essa equação para x em termos de y .
Você obterá x = f −1 (y ).
I Passo 3. Para expressar f −1 como uma função de x, troque x por y .
Funções Inversas

Como achar a inversa da função f : A → B?


I Passo 1. Escreva y = f (x).
I Passo 2. Se possı́vel, resolva essa equação para x em termos de y .
Você obterá x = f −1 (y ).
I Passo 3. Para expressar f −1 como uma função de x, troque x por y .
I Exemplo. Encontre a inversa de f : R → R dada por f (x) = x 3 .
Funções Inversas

Como achar a inversa da função f : A → B?


I Passo 1. Escreva y = f (x).
I Passo 2. Se possı́vel, resolva essa equação para x em termos de y .
Você obterá x = f −1 (y ).
I Passo 3. Para expressar f −1 como uma função de x, troque x por y .
I Exemplo. Encontre a inversa de f : R → R dada por f (x) = x 3 .
I Solução.
Passo 1. y = x 3

Passo 2. ⇒ x = 3 y √

Passo 3. f −1 (y ) = 3 y ⇒ f −1 (x) = 3 x.
Funções Inversas
I Se f : D ⊂ R → R é uma função real, o gráfico de f −1 é obtido
refletindo-se o gráfico de f em torno da reta y = x.
Funções Inversas
I Se f : D ⊂ R → R é uma função real, o gráfico de f −1 é obtido
refletindo-se o gráfico de f em torno da reta y = x.
I Exemplo. Esboce o gráfico da inversa da função f : R → R dada
por f (x) = x 3 .
Funções Inversas
I Se f : D ⊂ R → R é uma função real, o gráfico de f −1 é obtido
refletindo-se o gráfico de f em torno da reta y = x.
I Exemplo. Esboce o gráfico da inversa da função f : R → R dada
por f (x) = x 3 .
I Solução.

f
Função exponencial
Definição
Seja a > 0, com a 6= 1. A função f : R → R+ definida por f (x) = ax é
chamada de função exponencial.
Função exponencial
Definição
Seja a > 0, com a 6= 1. A função f : R → R+ definida por f (x) = ax é
chamada de função exponencial.

I Se x = n ∈ N, então
ax = an = |a ·{z
· · a} .
n vezes
Função exponencial
Definição
Seja a > 0, com a 6= 1. A função f : R → R+ definida por f (x) = ax é
chamada de função exponencial.

I Se x = n ∈ N, então
ax = an = |a ·{z
· · a} .
n vezes
I Se x = −n ∈ Z, com n > 0, então

1
ax = a−n = .
an
Função exponencial
Definição
Seja a > 0, com a 6= 1. A função f : R → R+ definida por f (x) = ax é
chamada de função exponencial.

I Se x = n ∈ N, então
ax = an = |a ·{z
· · a} .
n vezes
I Se x = −n ∈ Z, com n > 0, então

1
ax = a−n = .
an
I Se x = p/q ∈ Q, com p, q ∈ Z e q > 0, então

ax = ap/q = q x p .
Função exponencial
Definição
Seja a > 0, com a 6= 1. A função f : R → R+ definida por f (x) = ax é
chamada de função exponencial.

I Se x = n ∈ N, então
ax = an = |a ·{z
· · a} .
n vezes
I Se x = −n ∈ Z, com n > 0, então

1
ax = a−n = .
an
I Se x = p/q ∈ Q, com p, q ∈ Z e q > 0, então

ax = ap/q = q x p .

I A função exponencial f (x) = ax é a única função contı́nua (esse


conceito será apresentado mais a frente) definida nos números reais
que, sobre os números racionais assume valores como acima.
Função exponencial

I Propriedades da exponencial.
Para todos x, y ∈ R e a, b > 0 com a, b 6= 1 vale:
1. ax+y = ax · ay
ax
2. ax−y = y
a
3. (ax )r = arx
4. (ab)x = ax b x
Função Exponencial

Propriedades da função f (x) = ax :


1. f (0) = 1;
2. f é crescente se e somente se a > 1;
3. f é decrescente se e somente se a < 1;
4. f é injetiva.
Função Exponencial

Gráfico da função exponencial:

,
,
Função Exponencial

I A função f = ax : R → R+ é bijetiva. Portanto, existe a inversa


f −1 : R+ → R. Tal inversa é chamada função logarı́tmica na base
a e é denotada por f −1 (x) = loga x.
Temos, assim
loga x : R+ → R.
Da definição de função inversa, temos

loga x = y ⇔ ay = x
Função Exponencial

I A função f = ax : R → R+ é bijetiva. Portanto, existe a inversa


f −1 : R+ → R. Tal inversa é chamada função logarı́tmica na base
a e é denotada por f −1 (x) = loga x.
Temos, assim
loga x : R+ → R.
Da definição de função inversa, temos

loga x = y ⇔ ay = x

I Seguem ainda as seguintes propriedades:

loga ax = x ∀ x ∈ R e aloga x = x ∀ x ∈ R.
Função Logarı́tmica

I Propriedades do Logaritmo:
1. loga (xy
 )= loga x + loga y
x
2. loga = loga x − loga y
y
r
3. loga (x ) = r loga x
logb x
4. loga x = (Mudança de base)
logb a
loga b
5. a =b
Função Logarı́tmica

I Exemplo. Se log10 2 = a e log10 3 = b, verifique:


(a) log10 6 = a + b (b) log10 12 = 2a + b
a
(c) log10 5 = 1 − a (d) log6 2 =
a+b
Função Logarı́tmica

I Exemplo. Se log10 2 = a e log10 3 = b, verifique:


(a) log10 6 = a + b (b) log10 12 = 2a + b
a
(c) log10 5 = 1 − a (d) log6 2 =
a+b
I Solução.
(a) log10 6 = log10 2 · 3 = log10 2 + log10 3 = a + b
(b) log10 12 = log10 22 · 3 = 2 log10 2 + log10 3 = 2a + b
10
(c) log10 5 = log10 = log10 10 − log10 2 = 1 − a
2
log10 2 a
(d) log6 2 = =
log10 6 a+b
Função Logarı́tmica

Propriedades da função f (x) = loga x:


1. f (1) = 0;
2. f é crescente se e somente se a > 1;
3. f é decrescente se e somente se 0 < a < 1;
4. f é injetiva.
Função Logarı́tmica

I Gráfico da função f (x) = loga x.

1
Logaritmo natural
I A função logaritmo natural é a função loge x = ln x, onde
e = 2, 71828... (número de Euler).
O logaritmo natural é a inversa da função exponencial na base e:

ln x = y ⇔ e y = x.
Logaritmo natural
I A função logaritmo natural é a função loge x = ln x, onde
e = 2, 71828... (número de Euler).
O logaritmo natural é a inversa da função exponencial na base e:

ln x = y ⇔ e y = x.
I Propriedades:
1. f (x) = ln x é crescente;
2. e ln x = x ∀ x > 0;
3. ln e x = x ∀ x ∈ R;
ln x
4. loga x = ∀ a > 0 com a 6= 1.
ln a
Logaritmo natural
I A função logaritmo natural é a função loge x = ln x, onde
e = 2, 71828... (número de Euler).
O logaritmo natural é a inversa da função exponencial na base e:

ln x = y ⇔ e y = x.
I Propriedades:
1. f (x) = ln x é crescente;
2. e ln x = x ∀ x > 0;
3. ln e x = x ∀ x ∈ R;
ln x
4. loga x = ∀ a > 0 com a 6= 1.
ln a
I Exemplo. Resolva a equação e 5−3x = 10.
Logaritmo natural
I A função logaritmo natural é a função loge x = ln x, onde
e = 2, 71828... (número de Euler).
O logaritmo natural é a inversa da função exponencial na base e:

ln x = y ⇔ e y = x.
I Propriedades:
1. f (x) = ln x é crescente;
2. e ln x = x ∀ x > 0;
3. ln e x = x ∀ x ∈ R;
ln x
4. loga x = ∀ a > 0 com a 6= 1.
ln a
I Exemplo. Resolva a equação e 5−3x = 10.
I Solução. Calculamos ln dos dois lados:

1
ln(e 5−3x ) = ln 10 ⇒ 5 − 3x = ln 10 ⇒ x = (5 − ln 10).
3
Funções Trigonométricas

I Itentificamos um ângulo θ ∈ [0, 2π) (medido em radianos, com


pontos do cı́rculo unitário

C = {(x, y ); x 2 + y 2 = 1}

(esse é o cı́rculo trigonométrico) da seguinte forma:


medimos o ângulo θ tendo como referência semieixo x positivo, no
sentido anti-horário, e marcamos o ponto P = (x, y ) correspondente.
Para um valor de θ ≥ 0 qualquer, damos tantas voltas quanto
necessário.
Para valores θ < 0, damos voltas no sentido negativo.
Funções Trigonométricas

I Itentificamos um ângulo θ ∈ [0, 2π) (medido em radianos, com


pontos do cı́rculo unitário

C = {(x, y ); x 2 + y 2 = 1}

(esse é o cı́rculo trigonométrico) da seguinte forma:


medimos o ângulo θ tendo como referência semieixo x positivo, no
sentido anti-horário, e marcamos o ponto P = (x, y ) correspondente.
Para um valor de θ ≥ 0 qualquer, damos tantas voltas quanto
necessário.
Para valores θ < 0, damos voltas no sentido negativo.
I Dado θ ∈ R e o ponto P = (x, y ) do cı́rculo trigonométrico como
acima, definimos:
cosseno do ângulo θ: cos θ = x (projeção de P no eixo x);
seno do ângulo θ: sen θ = y (projeção de P no eixo y ).
Funções trigonométricas

I Cı́rculo trigonométrico.

-1 1

-1
Funções Trigonométricas
I Temos então as funções cosseno e seno:

cos : R → R e sen : R → R.
Funções Trigonométricas
I Temos então as funções cosseno e seno:

cos : R → R e sen : R → R.
I Observe que, ∀ θ ∈ R,
1. −1 ≤ cos θ ≤ 1 e −1 ≤ sen θ ≤ 1;
2. cos2 θ + sen 2 θ = 1;
3. cos(θ + 2π) = cos θ e sen (θ + 2π) = sen θ (dizemos que essas
funções são periódicas de perı́odo 2π).
4. cos(θ + π) = − cos θ e sen (θ + π) = −sen θ.
5. cos(−θ) = cos θ (ela é uma função par — seu gráfico é simétrico em
relação ao eixo y ).
6. sen (−θ) = −sen θ (ela é uma função ı́mpar — seu gráfico é
simétrico em relação à origem).

Todas essas propriedades podem ser deduzidas, a partir das


definições, usando o cı́rculo trigonométrico.
Funções pares e ı́mpares

I Uma função f : R → R dita par se f (−x) = f (x) ∀ x ∈ R.


O gráfico de uma função par é simétrico em relação ao eixo y .
Exemplos de funções pares: f (x) = x n com n ∈ N par,
f (x) = cos x.
Funções pares e ı́mpares

I Uma função f : R → R dita par se f (−x) = f (x) ∀ x ∈ R.


O gráfico de uma função par é simétrico em relação ao eixo y .
Exemplos de funções pares: f (x) = x n com n ∈ N par,
f (x) = cos x.
I Uma função f : R → R dita ı́mpar se f (−x) = −f (x) ∀ x ∈ R.
O gráfico de uma função ı́mpar é simétrico em relação à origem.
Exemplos de funções ı́mpares: f (x) = x n com n ∈ N ı́mpar,
f (x) = sen x.
Funções trigonométricas

I Grafico de f (x) = sen x.

-1
Funções trigonométricas

I Grafico de f (x) = cos x.

-1
Funções Trigonométricas
I A partir das funções cosseno e seno, definimos a função tangente
da seguinte forma:
π sen θ
tan : R \ { + kπ; k ∈ Z} → R, tan θ = .
2 cos θ
Observe que a função tangente não está definida nos pontos
{ π2 + kπ; k ∈ Z} onde cos θ se anula.
Funções Trigonométricas
I A partir das funções cosseno e seno, definimos a função tangente
da seguinte forma:
π sen θ
tan : R \ { + kπ; k ∈ Z} → R, tan θ = .
2 cos θ
Observe que a função tangente não está definida nos pontos
{ π2 + kπ; k ∈ Z} onde cos θ se anula.
I Observe que, ∀ θ ∈ R,
I tan(θ + π) = tan θ (ela é periódica de perı́odo π). De fato,

sen (θ + π) −sen θ sen θ


tan(θ + π) = = = = tan θ.
cos(θ + π) − cos θ cos θ
I tan(−θ) = − tan θ (ela é uma função ı́mpar — seu gráfico é
simétrico em relação à origem). De fato,

sen (−θ) −sen θ


tan(−θ) = = = − tan θ.
cos(−θ) cos θ
Funções trigonométricas

I Grafico de f (x) = tan x.


Funções trigonométricas inversas

I A função f (x) = sen x não é injetiva, nem sobrejetiva. Se tomarmos


como contradomı́nio a sua imagem [−1, 1] e restringirmos seu
domı́nio ao intervalo [−π/2, π/2], temos uma função
f : [−π/2, π/2] → [−1, 1] que é uma bijeção.
Funções trigonométricas inversas

I A função f (x) = sen x não é injetiva, nem sobrejetiva. Se tomarmos


como contradomı́nio a sua imagem [−1, 1] e restringirmos seu
domı́nio ao intervalo [−π/2, π/2], temos uma função
f : [−π/2, π/2] → [−1, 1] que é uma bijeção.
I Portanto, sua inversa está definida:

f −1 : [−1, 1] → [−π/2, π/2].

Essa inversa é chamada de função arcosseno e é denotada por


sin−1 (x) ou por arcsen (x).
Funções trigonométricas inversas

I A função f (x) = sen x não é injetiva, nem sobrejetiva. Se tomarmos


como contradomı́nio a sua imagem [−1, 1] e restringirmos seu
domı́nio ao intervalo [−π/2, π/2], temos uma função
f : [−π/2, π/2] → [−1, 1] que é uma bijeção.
I Portanto, sua inversa está definida:

f −1 : [−1, 1] → [−π/2, π/2].

Essa inversa é chamada de função arcosseno e é denotada por


sin−1 (x) ou por arcsen (x).
I Dado x ∈ [−1, 1], temos que y = arcsen (x) é o único ângulo y no
intervalo [−π/2, π/2] tal que sen y = x.
Funções trigonométricas

I Grafico de f (x) = arcsen x.

-1 1
Funções trigonométricas inversas

I Exemplo. Calcule arcsen (1/2).


Funções trigonométricas inversas

I Exemplo. Calcule arcsen (1/2).


I Solução. Temos sen (π/6) = 1/2. Portanto arcsen (1/2) = π/6.
Funções trigonométricas inversas

I Exemplo. Calcule arcsen (1/2).


I Solução. Temos sen (π/6) = 1/2. Portanto arcsen (1/2) = π/6.
I Exemplo. Calcule cos(arcsen x)
Funções trigonométricas inversas

I Exemplo. Calcule arcsen (1/2).


I Solução. Temos sen (π/6) = 1/2. Portanto arcsen (1/2) = π/6.
I Exemplo. Calcule cos(arcsen x)
I Solução. No intervalo [−π/2, π/2], temos
√ que cos x ≥ 0.
Como cos2 x + sen 2 x = 1, vale cos x = 1 − sen 2 x.
Portanto,
p p
cos(arcsen x) = 1 − (sen (arcsen x))2 = 1 − x 2 .
Funções trigonométricas inversas

I De forma similar, a função f (x) = cos x não é injetiva, nem


sobrejetiva. Tomamos como contradomı́nio a sua imagem [−1, 1] e
restringimos seu domı́nio ao intervalo [0, π]. Temos assim uma
função f : [0, π] → [−1, 1] que é uma bijeção.
Funções trigonométricas inversas

I De forma similar, a função f (x) = cos x não é injetiva, nem


sobrejetiva. Tomamos como contradomı́nio a sua imagem [−1, 1] e
restringimos seu domı́nio ao intervalo [0, π]. Temos assim uma
função f : [0, π] → [−1, 1] que é uma bijeção.
I Sua inversa é a função

f −1 : [−1, 1] → [0, π].

chamada de função arcocosseno e é denotada por cos−1 (x) ou por


arccos(x).
Funções trigonométricas inversas

I De forma similar, a função f (x) = cos x não é injetiva, nem


sobrejetiva. Tomamos como contradomı́nio a sua imagem [−1, 1] e
restringimos seu domı́nio ao intervalo [0, π]. Temos assim uma
função f : [0, π] → [−1, 1] que é uma bijeção.
I Sua inversa é a função

f −1 : [−1, 1] → [0, π].

chamada de função arcocosseno e é denotada por cos−1 (x) ou por


arccos(x).
I Dado x ∈ [−1, 1], temos que y = arccos(x) é o único ângulo y no
intervalo [0, π] tal que cos y = x.
Funções trigonométricas

I Grafico de f (x) = arccos x.

-1 1
Funções trigonométricas inversas

I Para a função f (x) = tan x, restringimos seu domı́nio ao intervalo


(−π/2, π/2), obtendo uma bijeção f : (−π/2, π/2) → R.
Funções trigonométricas inversas

I Para a função f (x) = tan x, restringimos seu domı́nio ao intervalo


(−π/2, π/2), obtendo uma bijeção f : (−π/2, π/2) → R.
I Sua inversa é a função

f −1 : R → (−π/2, π/2),

chamada de função arcotangente e denotada por tan−1 (x) ou por


arctan(x).
Funções trigonométricas inversas

I Para a função f (x) = tan x, restringimos seu domı́nio ao intervalo


(−π/2, π/2), obtendo uma bijeção f : (−π/2, π/2) → R.
I Sua inversa é a função

f −1 : R → (−π/2, π/2),

chamada de função arcotangente e denotada por tan−1 (x) ou por


arctan(x).
I Dado x ∈ R, temos que y = arctan(x) é o único ângulo y no
intervalo (−π/2, π/2) tal que tan y = x.
Funções trigonométricas

I Grafico de f (x) = arctan x.


Funções Trigonométricas

I A partir das funções trigonométricas elementares, definimos ainda as


seguintes funções:
1
1. sec x = (função secante), definida em R \ { π2 + kπ; k ∈ Z};
cos x
Funções Trigonométricas

I A partir das funções trigonométricas elementares, definimos ainda as


seguintes funções:
1
1. sec x = (função secante), definida em R \ { π2 + kπ; k ∈ Z};
cos x
1
2. cosec x = (função cossecante), definida em R \ {kπ; k ∈ Z};
sen x
Funções Trigonométricas

I A partir das funções trigonométricas elementares, definimos ainda as


seguintes funções:
1
1. sec x = (função secante), definida em R \ { π2 + kπ; k ∈ Z};
cos x
1
2. cosec x = (função cossecante), definida em R \ {kπ; k ∈ Z};
sen x
cos x
3. cotan x = (função cotangente), definida em R \ {kπ; k ∈ Z}.
sen x
Funções Trigonométricas

I A partir das funções trigonométricas elementares, definimos ainda as


seguintes funções:
1
1. sec x = (função secante), definida em R \ { π2 + kπ; k ∈ Z};
cos x
1
2. cosec x = (função cossecante), definida em R \ {kπ; k ∈ Z};
sen x
cos x
3. cotan x = (função cotangente), definida em R \ {kπ; k ∈ Z}.
sen x
I Temos as seguintes relações:
1. tan2 x + 1 = sec2 x;
2. cotan 2 x + 1 = cosec 2 x.

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