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Números Cardinais
Sumário
2.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
2.2 Funções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
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Unidade 2 Introdução
2.1 Introdução
conjunto?
de função, abordado aqui de forma breve, que será desenvolvido com maiores
2.2 Funções
função identidade f :
Exemplos particularmente simples de funções são a
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Números Cardinais Unidade 2
f (x) = f (x0 ) ⇒ x = x0 .
Nos três exemplos dados acima, apenas o terceiro é de uma função injetiva.
(Dois triângulos diferentes podem ter a mesma área e dois segmentos distintos
podem ter a mesma mediatriz mas números naturais diferentes têm sucessores
diferentes.)
f (x) = y .
Nos três exemplos dados acima, apenas o segundo apresenta uma função
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Unidade 2 A Noção de Número Cardinal
imagem da função f .
Nos Exemplos 1, 2 e 3, a imagem da função f é o conjunto dos números
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Números Cardinais Unidade 2
de N.
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Unidade 2 A Noção de Número Cardinal
Definição 6 Diz-se que dois conjuntos X e Y tem omesmo número cardinal quando
o mesmo cardinal.
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Números Cardinais Unidade 2
Sejam X = {1} e Y = {1, 2}. Evidentemente não pode existir uma Exemplo 10
correspondência biunívoca f : X → Y , portanto X e Y não têm o mesmo
número cardinal.
os conjuntos nitos e diz-se que ∅ tem zero elementos. Assim, por denição,
Diz-se que um conjunto X é innito quando ele não é nito. Isto quer
dizer que X não é vazio e que, não importa qual seja n ∈ N , não existe
correspondência biunívoca f : In → X .
No Exemplo 6 acima, temos X = I5 e f : X → Y é uma contagem
conjunto N dos números naturais é innito. Com efeito, dada qualquer função
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Unidade 2 Conjuntos Finitos
seguintes:
(Veja, por exemplo, [Lima]: Curso de Análise, vol. 1, págs. 33-38.) A primeira
parte do item 4. acima é conhecida como o princípio das casas de pombos : se
há mais pombos do que casas num pombal, qualquer modo de alojar os pombos
deverá colocar pelo menos dois deles na mesma casa. As vezes, o mesmo fato
O princípio das casas de pombos, com toda sua simplicidade, possui inte-
número. Vamos provar que todo número natural m possui um múltiplo cuja
representação decimal contém apenas os algarismos 3 ou 0. Para isso, conside-
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Números Cardinais Unidade 2
assegura que existem elementos x1 < x2 no conjunto X tais que f (x1 ) = f (x2 ).
Isto signica que x1 e x2 , quando divididos por m, deixam o mesmo resto. Logo
Vamos usar o princípio das gavetas para provar que, numa reunião com n Exemplo 12
pessoas (n ≥ 2), há sempre duas pessoas (pelo menos) que têm o mesmo nú-
mero de amigos naquele grupo. Para ver isto, imaginemos n caixas, numeradas
com 0, 1, . . . , n − 1. A cada uma das n pessoas entregamos um cartão que
tem naquele grupo. As caixas de números 0 e n−1 não podem ambas receber
cartões pois se houver alguém que não tem amigos ali, nenhum dos presentes
para serem depositados em n − 1 caixas. Pelo princípio das gavetas, pelo menos
uma das caixas vai receber dois ou mais cartões. Isto signica que duas ou mais
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Unidade 2 Exercícios Recomendados
juntos.
3. Prove que, dado um conjunto com n elementos, é possível fazer uma la
com seus subconjuntos de tal modo que cada subconjunto da la pode
único elemento.
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Referências Bibliográcas
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Unidade 2 Textos Complementares
usá-la. Mas é indispensável a cada momento ter a noção precisa do que se está
fazendo.
números reais que são os valores destas funções num dado ponto x. Por outro
lado, quando se trata de uma função polinomial, o bom-senso nos leva a dizer
a função x2 − 5x + 6
em vez da forma mais correta e mais pedante a função p:R→R tal que
p(x) = x2 − 5x + 6
domínio Y. Sem que eles sejam especicados, não existe a função. Assim
maior subconjunto X ⊂R tal que a fórmula f (x) = 1/x dene uma função
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Unidade 2
f (x) por meio de uma fórmula que envolve x. Mas em geral não precisa ser
assim. A natureza da regra que ensina como obter f (x) quando é dado x é
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Unidade 2 Textos Complementares
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Unidade 2
não foi a adoção da linguagem e da notação dos conjuntos e sim suas desco-
var que não pode haver uma correspondência biunívoca entre N e o conjunto
Além disso, ele mostrou que a reta, o plano e o espaço tri-dimensional (ou
mesmo espaços com dimensão superior a três) têm o mesmo número cardinal.
a referência [Lima].) Mas isto não é verdadeiro paraX innito. Por exemplo,
se denirmos a função f : N → N pondo, para cada n ∈ N, f (n) = número
h : N → N e ϕ : N → N, denidas por
f (n) = n + 1,
g(n) = n + 30,
(2.1)
h(n) = 2n e
ϕ(n) = 3n
são injetivas mas não são sobrejetivas. Estas quatro funções são protagonistas
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Unidade 2 Textos Complementares
E ordena:
o recém-chegado.
Mas cou sem saber o que fazer quando, horas depois, chegou um trem com
Passe cada hóspede do quarto n para o quarto 2n. Isto deixará vagos todos
Pensando melhor: mude quem está no quarto n para o quarto 3n. Os novos
hóspedes, ponha-os nos quartos de número 3n+2. Deixaremos vagos os quartos
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Unidade 2
Não confunda conjunto innito com aquele que tem um número muito grande
Já ouvi isto uma innidade de vezes, trata-se de uma mera força de expressão.
Não há distâncias innitas (mesmo entre duas galáxias bem afastadas) e até
ter sempre em mente que nenhum número natural n é maior do que todos os
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Unidade 2 Textos Complementares
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