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Semana
O T EOREMA F UNDAMENTAL
2
DO C ÁLCULO
TEOREMA 2.1
Demonstração
Ver a prova do teorema 3.1 do caderno didático.
i i
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Exemplo 2.2
Nos exercı́cios seguintes, considere a função F definida para
todo x ∈ R. Mostre que F é derivável em R e calcule F ′ (x).
Z x3 Z x2 p
a. F(x) = t cost dt b. F(x) = 1 + t 4 dt
0 −sen2 x
Solução:
Z x
a. Podemos escrever F(x) = (H ◦ G)(x), onde H(x) = t cos t dt
0
e G(x) = x3 .
Pela primeira forma do Teorema Fundamental do Cálculo, H(x)
é derivável em R e H ′ (x) = x cos x. Também G(x) é derivável
em R e G′ (x) = 3x2 . Logo, pela regra da cadeia, F = H ◦ G é
derivável em R.
Z −sen2 x p Z x2 p
=− 1 + t 4 dt + 1 + t 4 dt
0 0
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2 1 MÓDULO 1
H(x) =
0
Pela primeira forma do Teorema√ Fundamental do Cálculo, H(x)
é derivável em R e H ′ (x) = 1 + x4 , também G(x) é derivável
em R e G′ (x) = −2 sen x cos x. Logo, pela regra da cadeia,
(H ◦ G) é derivável em R e,
SEMANA
q p
= 1 + (−sen2 x)4 ·(−2 sen x cos x) = −2 sen x cos x 1 + sen8 x.
Analogamente, L(x) é derivável e L′ (x) = 2x, logo, pela regra
da cadeia, (H ◦ L) é derivável em R e,
Exemplo 2.3
Z x2
sen 2t
Considere a função G(x) = 2x + dt. Mostre que
0 1 + t2
G é derivável em R e determine: a. G(0) b. G′ (x)
Solução:
Z 0
sen 2t
a. É claro que G(0) = 2(0)+ dt = 0. Vamos mostrar que
0 1 + t2
G é derivável em R.
Z x
sen 2t
Podemos escrever G(x) = 2x+(H ◦L)(x), onde H(x) = dt
1 + t2 0
e L(x) = x2 .
Pela primeira forma do Teorema Fundamental do
sen 2x
Cálculo, H(x) é derivável em R e H ′ (x) = . Também
1 + x2
′
L(x) é derivável em R e L (x) = 2x. Logo, pela regra da cadeia,
(H ◦ L) é derivável em R e,
sen(2(x2 )) sen(2x2 )
= · 2x = 2x .
1 + (x2 )2 1 + x4
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Exemplo 2.4
8 1
Assim, f (0) = = .
16 2
Definição 2.1
Sejam a < b e f : [a, b] → R contı́nua em [a, b]. Uma função
G : [a, b] → R é chamada de uma primitiva de f ou uma anti-
derivada para f em [a, b] se: G′ (x) = f (x) para todo x ∈ [a, b].
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Desde que: Podemos concluir que:
′
xn+1 xn+1
= xn (n 6= −1) G(x) = , (n 6= −1) é uma pri-
n+1 n+1
mitiva de f (x) = xn
(− cos x)′ = sen x G(x) = − cos x é uma primitiva de
f (x) = sen x
SEMANA
(sen x)′ = cos x G(x) = sen x é uma primitiva de
f (x) = cos x
(tg x)′ = sec2 x G(x) = tg x é uma primitiva de
f (x) = sec2 x
(− cotg x)′ = cossec2 x G(x) = − cotg x é uma primitiva de
f (x) = cossec2 x
(sec x)′ = sec x tg x G(x) = sec x é uma primitiva de
f (x) = sec x tg x
(− cossec x)′ = cossec x cotg x G(x) = − cossec x é uma primitiva de
f (x) = cossec x cotg x
1
(− arcsen x)′ = √ G(x) = arcsen x é uma primitiva de
1 − x2 1
f (x) = √
1 − x2
1
(− arctg x)′ = √ G(x) = arctg x é uma primitiva de
1 + x2 1
f (x) = √
1 + x2
1
(− arcsec x)′ = √ G(x) = arcsec x é uma primitiva de
x x2 − 1 1
f (x) = √
x x2 − 1
TEOREMA 2.2
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E XEMPLOS DE A PLICAÇÃO
C ALCULANDO UMA I NTEGRAL D EFINIDA USAN -
DO A S EGUNDA F ORMA DO T EOREMA F UNDA -
MENTAL DO C ÁLCULO
Exemplo 2.5
√
1+ y
Z 4
Calcule dy.
1 y2
Exemplo 2.6
π
2
Z
3 2
Calcule x − 2sec x dx.
0 π
i i
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2 1 MÓDULO 1
U SANDO A S EGUNDA F ORMA DO T EOREMA F UN -
DAMENTAL DO C ÁLCULO PARA E NCONTRAR A
Á REA DE UMA R EGI ÃO
Exemplo 2.7
1
SEMANA
Encontre a área da região R limitada pelo gráfico de y = 2 ,
x
pelo eixo x e pelas retas verticais x = 1 e x = 2.
y = x12
R
x
Figura 2.1:
1 1
= − + 1 = unidades de área.
2 2
Exemplo 2.8
Encontre a área da região R no primeiro quadrante, limitada
pelo gráfico de x = y − y2 e pelo eixo y.
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i i
x = y - y2
R
Figura 2.2:
1 1 1
= − = unidades de área.
2 3 6
Z 3π Z π Z 3π
4 2 4
Solução: | cos x| dx = | cos x| dx + | cos x| dx, onde
π
0 0 2
cos x se cos ≥ 0
| cos x| = .
− cos x se cos x < 0
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3π
No intervalo 0, , sabemos que:
4
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π π π
Para 0 ≤ x ≤ , cos x ≥ 0 e para < x ≤ 3 , cos x < 0.
2 2 4
Assim, temos
Z 3π Z π Z 3π
4 2 4
| cos x| dx = cos x dx − π
cos x dx.
0 0 2
SEMANA
i π2 i 34π √ ! √
2 2
= sen x − sen x π = 1 − +1 = 2− .
0 2 2 2
Exemplo 2.10
Z 3
Calcule |x2 − 4| dx
0
x2 − 4 se x2 − 4 ≥ 0
2
|x − 4| =
−x2 + 4 se x2 − 4 < 0
Z 3 Z 2 Z 3
2 2
|x − 4| dx = |x − 4| dx + |x2 − 4| dx =
0 0 2
Z 2 Z 3
= (−x2 + 4) dx + (x2 − 4) dx
0 2
16 16 23
= 16 + 9 − 12 − = 13 − = .
3 3 3
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i i
y = x2-4
y = x2-4
Exercı́cio 2.1
Z x
Embora a fórmula da forma F(x) = f (t) dt possa ser vista
a
como uma maneira estranha de definir uma função, livros de
fı́sica, quı́mica e estatı́stica estão repletos de tais
funções. Por
πt2
Z x
exemplo, a função de Fresnel S(x) = sen dt é as-
0 2
sim chamada em homenagem ao fı́sico francês Augustin Fresnel
(1788-1827), famoso por seus trabalhos de ótica. Essa função
apareceu pela primeira vez na teoria de difração das ondas de
luz de Fresnel, porém, mais recentemente, foi aplicada no pla-
nejamento de autoestradas.
Considere a função de Fresnel S definida acima para todo
x ∈ R. Mostre que S é derivável em R e calcule S′ (x) para todo
x∈R.
πt2
Solução: Observe que f (t) = sen é contı́nua ∀t ∈ R, pois é a
2
πt2
composição das funções contı́nuas g(t) = sent e h(t) = . Note que
2
πt
2
(g ◦ h)(t) = g(h(t)) = sen = f (t).
2
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real arbitrário. Definimos S(x) = sen dt, ∀x ∈ R. Então,
0 2
a 1a forma do Teorema Fundamental do Cálculo e o Exemplo 3.2
do caderno nos permitem afirmar que S é derivável em R e
didático
π x2
S′ (x) = sen , ∀x ∈ R.
2
SEMANA
Exercı́cio 2.2
Z x3 √
Defina F(x) = √ t sent dt para todo x ∈ [0, +∞). Mostre
x
que F é derivável em x ∈ (0, +∞) e calcule F ′ (x) para todo
x ∈ (0, +∞).
√
√ √ 1 √ 1 sen( x)
q
1
= x(sen( x)) √ = x (sen( x)) 1 =
4
1 . (2.1)
2 x 2x 2 2x 4
√ 3
= x3 (sen(x3 ))3x2 = x 2 (sen(x3 ))3x2
7
= 3x 2 sen(x3 ). (2.2)
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i i
Exercı́cio 2.3
x + 2 , −2 ≤ x ≤ 0 Z x
Seja f (x) = 2, 0<x≤1 e seja G(x) = f (t) dt.
−2
4 − 2x , 1 < x ≤ 2
Solução:
Z x
a. • Calculemos G(x) = f (t) dt para −2 ≤ x ≤ 0.
−2
Na Figura 2.5, podemos observar o gráfico de f e o fato
que G(x) é a região hachurada.
Figura 2.5:
#x
t2
Z x
Assim, G(x) = (t + 2) dt = + 2t =
−2 2
−2
2 2
x x
= + 2x − (2 − 4) = + 2x + 2.
2 2
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Z x
• Calculemos G(x) = f (t) dt para 0 < x ≤ 1.
−2
2 1 MÓDULO 1
Na Figura 2.6, podemos observar o gráfico de f e o fato
que G(x) é a região hachurada.
SEMANA
Figura 2.6:
Z x Z 0 Z x
Logo, G(x) = f (t) dt = f (t) dt + f (t) dt =
−2 −2 0
#0
t2
Z 0 Z x ix
= (t + 2) dt + 2 dt = + 2t + 2t =
−2 0 2 0
−2
= −(2 − 4) + 2x = 2x + 2.
Z x
• Calculemos G(x) = f (t) dt para 1 < x ≤ 2.
−2
Na Figura 2.7, podemos observar o gráfico de f e o fato
que G(x) é a região hachurada.
Figura 2.7:
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Portanto,
Z x Z 0 Z 1 Z x
G(x) = f (t) dt = f (t) dt + f (t) dt + f (t) dt
−2 −2 0 1
Z 0 Z 1 Z x
= (t + 2) dt + 2 dt + (4 − 2t) dt =
−2
#0x 1
t2
= 2 + 2 + 4t − 2 = 4 + (4x − x2 ) − (4 − 1) =
2
1
= 4 + (4x − x2 ) − 3 = −x2 + 4x + 1.
1
x2 + 2x + 2 , −2x ≤ x ≤ 0
2
Assim resulta que G(x) = .
2x +2 , 0 < x ≤ 1
2
−x + 4x + 1 , 1 < x ≤ 2
Figura 2.8:
Figura 2.9:
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2 1 MÓDULO 1
G é contı́nua em x = 0 e x = 1. De fato,
1 2
lim− G(x) = lim− x + 2x + 2 = lim+ (2x+2) = lim+ G(x) =
x→0 x→0 2 x→0 x→0
= 2 = G(0)
e
lim G(x) = lim− (2x + 2) = lim+ (−x2 + 4x + 1) = lim+ G(x) =
SEMANA
x→1− x→1 x→1 x→1
= 4 = G(1).
Portanto, G é contı́nua no intervalo [−2, 2]. Por outro lado,
pela definição de G, verifica-se que G é derivável nos intervalos
(−2, 0), (0, 1) e (1, 2). Resta verificar a derivabilidade de G em
x = 0 e x = 1.
De fato, G′− (0) = 2 = G′+ (0) e G′− (1) = 2 = G′+ (1), portanto
existem G′ (0) e G′ (1), assim G é derivável no intervalo (−2, 2).
Exercı́cio 2.4
Z x
Seja G(x) = f (t) dt, onde f é a função cujo gráfico é mos-
0
trado na figura seguinte:
Figura 2.10:
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e. Esboce o gráfico de G.
Solução:
Z 0
a. G(0) = f (t) dt = 0
0
Z 2 Z 1 Z 2
G(2) = f (t) dt = f (t) dt + f (t) dt.
0 0 1
Como não temos a definição formal da função f na igualdade
anterior, interpretaremos as integrais do lado direito em termos
de áreas de figuras geométricas elementares. Assim, olhando a
Figura 2.10 e tendo em conta que para t ∈ [0, 4] a função f é
maior ou igual a zero podemos dizer que
G(2) ≈ (área do retângulo de lados 4 e 1)+(área do trapézio de
bases 4 e 2 e altura 1).
(4 + 2)1
Logo, G(2) ≈ (4)(1) + = 4 + 3 = 7.
2
Analogamente,
Z 4 Z 2 Z 4 Z 4
G(4) = f (t) dt = f (t) dt + f (t) dt = G(2)+ f (t) dt.
0 0 2 2
(2)(1)
G(6) ≈ 9+(−área do triângulo de base 2 e altura 1) = 9− = 8.
2
Analogamente,
Z 8 Z 6 Z 8 Z 8
G(8) = f (t) dt = f (t) dt + f (t) dt = G(6)+ f (t) dt
0 0 6 6
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obtemos
SEMANA
b. O maior intervalo aberto onde G é crescente é o intervalo (0, 4).
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e. Esboço de G:
Figura 2.11:
Exercı́cio 2.5
Z x
Seja G(x) = f (t) dt, onde f é a função cujo gráfico é mos-
0
trado na figura seguinte:
4
f
1 2 3 x
4 5 8
-4
Figura 2.12:
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aberto onde G é decrescente.
d. Identifique todos os extremos de G.
e. Encontre os intervalos onde o gráfico de G é côncavo para
cima e os intervalos onde o gráfico de G é côncavo para
baixo.
SEMANA
f. Identifique o(s) ponto(s) de inflexão.
g. Esboce o gráfico de G.
Solução:
Z 0
a. G(0) = f (t) dt = 0
0
Olhando o gráfico de f na Figura 2.12 vemos que
Z 2
G(2) = f (t) dt = −Área do triângulo retângulo de base 2
0
4×2
e altura 4 = − = −4.
2
Como conhecemos o valor de G(2), podemos calcular G(4)
usando esse valor, isto é:
Z 4 Z 2 Z 4 Z 4
G(4) = f (t) dt = f (t) dt + f (t) dt = G(2)+ f (t) dt
0 0 2 2
Z 4
G(4) = −4 + f (t) dt = −4 + (−Área do triângulo retângulo
2
de base 2 e altura 4) = −4 + (−4) = −8.
Analogamente,
Z 5 Z 4 Z 5 Z 5
G(5) = f (t) dt = f (t) dt + f (t) dt = G(4)+ f (t) dt
0 0 4 4
Z 5
G(5) = −8+ f (t) dt = −8+(Área do triângulo retângulo de
4
1×4
base 1 e altura 4) = −8 + = −8 + 2 = −6.
2
Analogamente,
Z 6 Z 5 Z 6 Z 6
G(6) = f (t) dt = f (t) dt + f (t) dt = G(5)+ f (t) dt
0 0 5 5
Z 6
G(6) = −6 + f (t) dt = −6 + (Área do retângulo de base 1 e
5
altura 4) = −6 + (1 × 4) = −6 + 4 = −2.
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i i
Analogamente,
Z 7 Z 6 Z 7 Z 7
G(7) = f (t) dt = f (t) dt + f (t) dt = G(6)+ f (t) dt
0 0 6 6
Z 7
G(7) = −2 + f (t) dt = −2 + (Área do retângulo de base 1 e
6
altura 4) = −2 + (1 × 4) = −2 + 4 = 2.
Analogamente,
Z 8 Z 7 Z 8 Z 8
G(8) = f (t) dt = f (t) dt + f (t) dt = G(7)+ f (t) dt
0 0 7 7
Z 8
G(8) = 2 + f (t) dt = 2 + (Área do triângulo retângulo de
7
1×4
base 1 e altura 4) = 2 + = 2 + 2 = 4.
2
b. Realmente, note que f só está definida e é contı́nua para x ∈
[0, 8], assim, pela primeira forma do Teorema Fundamental do
Cálculo podemos afirmar que
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Observemos, na Figura 2.12, que o gráfico da função f é for-
mado por segmentos de retas, assim f é definida por funções
lineares:
Se x ∈ (0, 2), notamos que pelo fato de f ser uma função linear
nesse intervalo, f ′ (x) coincide com a inclinação de f . Observa-
mos também no gráfico de f , que a inclinação desse segmento
SEMANA
de reta é negativa (se você quiser poderá conferir analiticamente
esse fato também), assim G′′ (x) = f ′ (x) < 0, logo, o gráfico de
G é côncavo para baixo em (0, 2).
Analogamente,
Se x ∈ (2, 4), notamos que pelo fato de f ser outra função linear
nesse intervalo, f ′ (x) coincide com a inclinação de f . Observa-
mos também no gráfico de f , que a inclinação desse segmento
de reta é positiva, assim G′′ (x) = f ′ (x) > 0, logo, o gráfico de
G é côncavo para cima em (2, 4).
Analogamente,
Se x ∈ (4, 5), notamos que pelo fato de f ser outra função linear
nesse intervalo, f ′ (x) coincide com a inclinação de f . Observa-
mos também no gráfico de f , que a inclinação desse segmento
de reta é positiva, assim G′′ (x) = f ′ (x) > 0, logo, o gráfico de
G é côncavo para cima em (4, 5).
Analogamente,
Se x ∈ (5, 7), notamos que pelo fato de f ser a função linear
constante igual a 4, então f ′ (x) = 0. Por outro lado, f ′ (x)
coincide com a inclinação de f nesse segmento, assim
G′′ (x) = f ′ (x) = 0, então G′ (x) = constante, assim G é também
uma função linear nesse intervalo. Logo, o gráfico de G no
intervalo (5, 7) é o segmento de reta que passa pelos pontos
(5, G(5)) e (7, G(7)).
Finalmente,
Se x ∈ (7, 8), notamos que pelo fato de f ser outra função linear,
f ′ (x) coincide com a inclinação de f nesse intervalo. Observa-
mos também no gráfico de f que a inclinação desse segmento
de reta é negativa, assim G′′ (x) = f ′ (x) < 0. Logo, o gráfico de
G é côncavo para baixo em (7, 8).
i i
i i
g. Esboço de G:
de
Ponto imo abs.
4 (8,4) m áx
2 4 5 6 7 8
x
G
-4
-8 Ponto de
(4,-8) mínimo abs.
Figura 2.13:
Exercı́cio 2.6
Calcule as seguintes integrais definidas:
x − x2
Z −1
a. √ dx
−8 23x
Z π
2
b. π
(2 − cossec2 x) dx
4
Z 3 p
d
c. 4 + x2 dx
0 dx
Solução:
x − x2
Z −1 Z −1 Z −1 2 Z −1 Z −1
x x 1 2 1 5
a. √ dx = √ dx− √ = x dx−
3 x 3 dx
−8 23x −8 23x −8
3
2 x 2 −8 2 −8
3 3 5 3 3 8 3 3(32) 3 3(256)
= (−1)+ (23 ) 3 + − (23 ) 3 = − + + −
10 10 16 16 10 10 16 16
−24 + 768 + 15 − 3840 −3081
= =
80 80
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i i
i i
Z π Z π Z π
2 2 2
b. π
(2 − cossec2 x) dx = π
2 dx − π
cossec2 x dx
2 1 MÓDULO 1
4 4 4
SEMANA
2 4 2 4 2
π
Na igualdade anterior, estamos usando o fato que, cotg = 0 e
2
π
cotg = 1.
4
Z 3 p
d 2
c. 4+x dx
0 dx
d p x
Observe que f (x) = 4 + x2 = √ é uma função
dx 4 + x2
contı́nua em R.
√
A função G(x) = 4 + x2 é uma função contı́nua em R e
d p
G′ (x) = 4 + x2 = f (x) em R.
dx
Assim, é claro que G é uma primitiva ou antiderivada de f em
R.
Em particular, no intervalo [0, 3] podemos aplicar a segunda
forma do Teorema Fundamental do Cálculo, e temos
Z 3 p i3 p
d 2
p p
4+x dx = 4 + x2 = 4 + 32 − 4 + 02 =
0 dx 0
√
= 13 − 2
Exercı́cio 2.7
Z 0 19
Calcule 6t 2 t 3 + 1 dt
−1
1 i0 1 1 1
p(t)20 (p(0))20 − (p(−1))20 = [1 − 0] = .
= =
10 −1 10 10 10
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i i
i i
Exercı́cio 2.8
Z 1 p
Calcule x2 x3 + 3 dx
0
1 2h 3 3
i 2h 3 3
i 2h √ i
= · (p(1)) 2 − (p(0)) 2 = (4) 2 − (3) 2 = 8−3 3 .
3 3 9 9
Exercı́cio 2.9
Z 4 Z π
6 1
Calcule x 2 cos(3t) dt dx
0 0
Z π
6 1
Solução: Na integral definida x 2 cos(3t) dt, a variável de integração
0
1
é t. Assim como x 2 não depende de t, segue que:
Z π Z π
6 1 1 6
x cos(3t) dt = x
2 2 cos(3t) dt
0 0
Fazendo p(t) = 3t, temos que p′ (t) = 3 e usando o Exemplo 4.9 que
diz:Z
b i b
“ p′ (x) cos(p(x)) dx = sen(p(x)) = [sen(p(b)) − sen(p(a))].”
a a
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i i
i i
Obtemos que:
2 1 MÓDULO 1
π π π
p′ (t)
Z Z Z
6 1 1 6 1 6
x cos(3t) dt = x
2 2 cos(3t) dt = x 2 cos(p(t)) dt
0 0 0 3
1 1
i π6 1 1
h π i
= x 2 sen(p(t)) = (x 2 ) sen p − sen(p(0))
3 0 3 6
1 1 h π i 1 1
= x2 sen − sen(0) = x2 .
3 2 3
SEMANA
Logo,
π
! #4
x( 2 )+1
Z 4 Z Z 4 1
6 1 1 1 1
x cos(3t) dt
2 dx = x dx =
2
1
0 0 0 3 3 2 +1 0
i
1 2 3 4 2 h 3 i 16
= x2 = 42 = .
3 3 0 9 9
Exercı́cio 2.10
Z sen x
Defina G(x) = t n dt para todo x ∈ R, onde n é um
0
número positivo. Mostre que G é derivável em R e
G′ (x) = (cos x) (senn (x)) para todo x ∈ R.
(Aula 3 do caderno didático, exercı́cio proposto no 1)
Z sen x
Solução: Observe que podemos escrever t n dt = (H ◦ g)(x),
Z x 0
n
onde H(x) = t dt e g(x) = sen x.
0
(H ◦g)′ (x) = H ′ (g(x))g′ (x) = (sen x)n cos x = (cos x)(senn x), para todo
x ∈ R.
C E D E R J 75
i i
i i
Exercı́cio 2.11
Z x3 √
Defina G(x) = t dt para todo x ∈ [0, +∞). Mostre que G é
0 √
derivável em x ∈ [0, ∞) e G′ (x) = 3x2 x3 para todo x ∈ [0, +∞).
(Aula 3 do caderno didático, exercı́cio proposto no 2)
Z x3 √
Solução: Observe que podemos escrever G(x) = t dt =
Z x√ 0
(H ◦ g)(x) para todo x ∈ [0, +∞), onde H(x) = t dt para todo
0
x ∈ [0, +∞) e g(x) = x3 .
√
É claro que, f (t) = t é uma função contı́nua para todo t ∈ [0, +∞).
Assim, pela primeira forma do Teorema Fundamental do Cálculo, po-
√
demos afirmar que H é derivável para todo x ∈ [0, +∞) e H ′ (x) = x.
Por outro lado, a função g(x) = x3 é derivável ∀x ∈ R e g′ (x) = 3x2 ,
logo, pela regra da cadeia H ◦ g é derivável para todo x ∈ [0, +∞) e
√ √
(H ◦g)′ (x) = H ′ (g(x))g′ (x) = x3 3x2 = 3x2 x3 para todo x ∈ [0, +∞).
Exercı́cio 2.12
Z x3
Defina G(x) = cost dt para todo x ∈ R. Mostre que G é
x2
derivável em R e G′ (x) = 3x2 cos(x3 ) − 2x cos(x2 ) para todo
x ∈ R.
Z 0 Z x3
Sugestão: Defina G1 (x) = cost dt, G2 (x) = cost dt e
x2 0
note que G(x) = G1 (x) + G2 (x).
(Aula 3 do caderno didático, exercı́cio proposto no 3)
Solução: Usando as propriedades da integral definida, obtemos
Z x3 Z 0 Z x3
G(x) = cost dt = cost dt + cos t dt = G1 (x) + G2 (x)
x2 x2 0
Z x2 Z x3
G(x) = − cos t dt + cost dt.
0 0
76 C E D E R J
i i
i i
Isto é,
2 1 MÓDULO 1
G(x) = −(H ◦ g)(x) + (H ◦ h)(x) = (H ◦ h)(x) − (H ◦ g)(x).
SEMANA
(H ◦ g)′ (x) = H ′ (g(x))g′ (x) = (cos(g(x))g′ (x))
Exercı́cio 2.13
Calcule as seguintes integrais definidas:
Z 2 Z −1
2
1 2
a. x + |x| + 2 dx d. +x dx
−1 −2 x2
π Z 2
1 1
Z
2
b. (5 sen x − 2 cos x) dx e. 2
+ 4 dx
0 1 x x
Z 1
√ Z 2
1 3
c. x dx f. + x + sen x dx
0 1 x3
C E D E R J 77
i i
i i
Solução:
1 −1 x3 −1 −1 (−2)3
1 1
=− + =− + + −
x −2 3 −2 −1 −2 3 3
1 1 8 1 7 3 + 14 17
= 1− − + = + = = .
2 3 3 2 3 6 6
x−1 x−3 2
Z 2 Z 2
1
1 −2 −4
e. + dx = x +x dx = +
1 x2 x4 1 −1 −3 1
1 2
1 1 1 1 1
=− − 3 =− − 3
+ +
x 3x 1 2 3(2) 1 3(1)3
1 1 1 12 − 1 + 8 19
= − + = = .
2 24 3 24 24
78 C E D E R J
i i
i i
Z 2 Z 2
1
f. 3
+ x + sen x dx = (x−3 + x3 + sen x) dx
1 x3 1
2 1 MÓDULO 1
2
x−2 x4 2−2 24 1−2 14
= + − cos x = + − cos 2 − − + cos 1
−2 4 1 −2 4 −2 4
1 1 1
= − + 4 − cos2 + − + cos 1
8 2 4
−1 + 32 + 4 − 2 33
= cos 2 + cos 1 = − cos 2 + cos 1.
8 8
SEMANA
Exercı́cio 2.14
Sendo f (x) = sen(3x), calcule a área da região compreendida
π
entre o gráfico de f , o eixo das abscissas e as retas x = 0 e x = .
3
(Aula 4 do caderno didático, exercı́cio proposto no 2)
en x
y=s
Figura 2.14:
C E D E R J 79
i i
i i
3x)
y = sen (
Figura 2.15:
(3x)
y = sen
Figura 2.16:
1
podemos concluir que G(x) = − cos(3x) é uma primitiva de
3
f (x) = sen(3x).
Assim,
π i π3
1 1 1
Z
3
A(R) = sen(3x) dx = − cos(3x) = − cos(π ) + cos(0)
0 3 0 3 3
1 4
= 1+ = unidades de área.
3 3
80 C E D E R J
i i
i i
Exercı́cio 2.15
√
2 1 MÓDULO 1
Sendo f (x) = x, calcule a área da região compreendida entre
5
SEMANA
y= x
Figura 2.17:
y= x
Figura 2.18:
√
Observe que a função f (x) = 5 x é negativa no intervalo [−1, 0].
Assim, a área da região R esta dada por
6
√ x5 0
Z 0 Z 0
5
1 5
A(R) = − x dx = − x 5 dx = −5 = unidades de área.
−1 −1 6 −1 6
C E D E R J 81
i i