Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
DISCIPLINA: MA11
Componentes:
Daniel, Darlan, Dhone, Joenilson e
Luíz Carlos Araújo.
2021
FUNÇÕES
Dados os conjuntos X, Y, uma função f : X → Y é uma
regra que diz como associar a cada elemento x ϵ X um
elemento y = f(x) ϵ Y.
O conjunto X chama-se o domínio e Y é o contra-
domínio da função f.
X
X1 •
X2 •
. Domínio de f.
.
.
Xn •
Y
• Y1
• Y2
.
.
. Contra-domínio da função f.
• Yn
•z
Para cada x ϵ X, o elemento f(x) ϵ Y chama-se a imagem
de x pela função f, ou o valor assumido pela função f no
ponto x ϵ X.
Imagem de f.
Exemplos particularmente simples de funções:
1) Função identidade f : X → X, definido por f(x) = x
para todo x ϵ X;
X f X
x1 • • x1
x2 • • x2
. .
. .
. .
xn • • xn
2) Funções constantes f : X → Y, onde se toma um
elemento c ϵ Y e se põe f(x) = c para todo x ϵ X.
X f Y
x1 •
x2 •
.
. • c
.
xn •
Observação: É importante ressaltar que f(x) é a
imagem do elemento x ϵ X pela função f, ou o valor da
função f no ponto x ϵ X. É comum na nossa prática
diária dizermos “a função f(x)” quando deveríamos dizer
a função f.
Como vimos anteriormente uma função consta de três
ingredientes, domínio, contra-domínio e imagem.
Mesmo quando dizemos simplesmente “ a função f ”,
ficam subentendidos seu domínio X e seu contra-
domínio Y. Sem que eles sejam especificados, não
existe a função. Assim sendo, uma pergunta do tipo “
Qual é o domínio da função f(x) = 1/x?”, estritamente
falando não faz sentido. A pergunta correta seria: “ Qual
é o maior subconjunto X Ϲ R tal que a fórmula f(x) =
1/x define uma função f : X → R?”
Segue-se do que foi dito acima as funções f : X → Y e g
: X’ → Y’ são iguais se, e somente se, X = X’, Y = Y’ e
f(x) = g(x) para todo x ϵ X.
X’ Y’
g
c1 • • d1
c2 • • d2
. .
. .
. .
cn • • dn
→ Supondo que X = X’ e Y = Y’ temos que a1= c1,
a2=c2,..., an=cn (I) e b1=d1, b2=d2,...,bn=dn (II);
X f Y
1• • 2
2 • • 4
3 • • 6
4 • • 8
5 • • 10
Obtém-se uma correspondência biunívoca 𝑓: 𝑁 → 𝑃 pondo-se 𝑓 𝑛 =
2𝑛 para todo 𝑛 ∈ 𝑁. O interessante deste exemplo é que P é um
subconjunto próprio de 𝑁.
OBSERVAÇÃO
Para a demonstração da propriedade 1,
usaremos o seguinte Teorema
DEMONSTRAÇÃO:
Seja 𝑋 um conjunto finito qualquer. Vamos mostrar que se
𝑓: 𝐼𝑚 ⟶ 𝑋 e 𝑔: 𝐼𝑛 ⟶ 𝑋 são bijetoras, então 𝑚 = 𝑛.
Caso 1:
Suponhamos que 𝑚 < 𝑛, então 𝐼𝑚 ⊂ 𝐼𝑛 tal que 𝐼𝑚 ≠ 𝐼𝑛 .
RASCUNHO:
Daí, tem-se que 𝑔−1 ⋄ 𝑓: 𝐼𝑚 ⟶ 𝐼𝑛 é uma bijeção, o que • Uma função é inversível, ou
contradiz o TEOREMA 1. seja, possui função inversa,
se, e somente se, ela for
Caso 2: sobrejetiva.
Agora, suponha que 𝑛 < 𝑚, daí 𝐼𝑛 ⊂ 𝐼𝑚 com𝐼𝑛 ≠ 𝐼𝑚 . • 𝑔 −1 é a função inversa de 𝑔.
• 𝑔: 𝐼𝑛 ⟶ 𝑋 ⟹ 𝑔 −1 : 𝑋 ⟶ 𝐼𝑛 (I)
Logo, temos que 𝑓 −1 ⋄ 𝑔: 𝐼𝑛 ⟶ 𝐼𝑚 é uma bijeção, o que
• 𝑓: 𝐼𝑚 ⟶ 𝑋 (II)
contradiz o TEOREMA 1. • De (I) e (II), temos que:
Portanto, temos que, do caso 1 e do caso 2, 𝑚 = 𝑛 𝑔−1 ⋄ 𝑓: 𝐼𝑚 ⟶ 𝐼𝑛 .
DEMONSTRAÇÃO:
Seja a 𝑐𝑎𝑟𝑑𝑋 = 𝑛 e a 𝑐𝑎𝑟𝑑𝑌 = 𝑚.
Por hipótese, temos que 𝑋 é finito e 𝑌 ⊂ 𝑋.
Caso 1:
Se 𝑌 = 𝜙, então 𝑌 é finito e 𝑛 𝑌 < 𝑛(𝑋). (Definição)
Caso 2:
Como 𝑋 é finito, então ∃ 𝑔: 𝐼𝑛 ⟶ 𝑋 que é uma bijeção.
Seja o conjunto 𝐴 = 𝑔−1 (𝑌) ⊂ 𝐼𝑛 . Daí, seja 𝑔𝐴 a restrição da bijeção 𝑔 ao
conjunto 𝐴. Logo, temos 𝑔𝐴 : 𝐴 ⊂ 𝐼𝑛 ⟶ 𝑌 ⊂ 𝑋, que é bijetora.
Suponhamos por absurdo que 𝑐𝑎𝑟𝑑𝑌 > 𝑐𝑎𝑟𝑑𝑋, isto é, 𝑚 > 𝑛.
Como 𝑌 é finito, existe um bijeção 𝑓: 𝐼𝑚 ⟶ 𝑌. Daí, temos que 𝑓 −1 : 𝑌 ⟶ 𝐼𝑚 ,
também bijetora.
Consideremos a função composta ℎ = 𝑓 −1 ⋄ 𝑔: 𝐴 ⊂ 𝐼𝑛 ⟶ 𝐼𝑚 bijetora, pois
composta de duas bijeções é bijetiva.
Isso é um absurdo, pois assim teríamos uma bijeção entre 𝐼𝑚 e sua parte
própria, além disso, supomos que 𝑚 > 𝑛.
Portanto, 𝑚 ≤ 𝑛, ou seja, 𝑐𝑎𝑟𝑑𝑌 ≤ 𝑐𝑎𝑟𝑑𝑋.
EXEMPLO 8 :