Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
- Notas de Aula -
1 Conjuntos Enumeráveis 1
2 Topologia na Reta 7
2.1 Conjuntos Abertos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
2.2 Conjuntos Fechados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
2.3 Pontos de acumulação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
2.3.1 Pontos de acumulação laterais . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
2.4 Fronteira de um conjunto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
2.5 Conjuntos compactos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
3
4 SUMÁRIO
Capı́tulo 1
Conjuntos Enumeráveis
Definição 1.1 Um conjunto X é dito enumerável se for finito ou quando existir uma
bijeção f : N → X.
1
2 CAPÍTULO 1. CONJUNTOS ENUMERÁVEIS
(i) f (l) > 0 e f (m) > 0 então l e m são pares, ou seja, l = 2x e m = 2y, x, y ∈
N. Daı́, f (l) = f (m) ⇒ x = y ⇒ 2x = 2y ⇒ l = m.
(ii) Exercı́cio!
Temos ∀ y ∈ Y, ∃ n ∈ N|y = xn .
Em particular, se x ∈ X existe nk ∈ N|x = xnk .
***FIGURA***
Seja N′ = {nk |k ∈ N} ⊆ N.
N′ é enumerável. Se N′ for finito então X é finito, logo enumerável.
Seja N′ infinito. Consideremos g : N → N′ definida por g(k) = nk .
***FIGURA***
Temos que (f |N′ ◦ g) : N → X é bijetora como composta de bijetora.
∴ X é enumerável.
Lema 1.1 Dada uma função f : X → Y sobrejetora, então existe uma função g :
Y → X injetora.
Topologia na Reta
7
8 CAPÍTULO 2. TOPOLOGIA NA RETA
2. X = (0, 1) é aberto.
Demonstração. Exercı́cio!
Exemplo 2.8 A interseção enumerável de conjuntos abertos pode não ser aberto.
∞
\
Solução. Para cada n ∈ N, definimos An = (−1/n, 1/n). Então An = {0}.
n=1
∞
\ T
Que An = {0} é simples verificar, pois {0} ⊆ An , ∀ n então {0} ⊆ An .
n=1
∞
\
Seja x ∈ An . Se x 6= 0 então ∃ n| 1/n < |x|.
n=1
⌣
Logo x ∈/ (−1/n, 1/n), pois |x| > 1/n ⇔ x > 1/n ou x < −1/n ւ
T
Portanto x = 0 e An = {0}. ⋄
Exemplo 2.9 Seja F = {x1 , x2 , · · · , xn } um conjunto finito onde x1 < x2 < · · · <
< xn . Então F c = (−∞, x1 ) ∪ (x1 , x2 ) ∪ (x2 , x3 ) ∪ · · · ∪ (xn , +∞) é aberto, ou
seja, o complementar de um conjunto finito é aberto.
Corolário 2.2 Seja I um intervalo aberto tal que I = A ∪ B onde A e B são conjuntos
abertos disjuntos. Então um desses conjuntos é vazio.
Demonstração. Se A ou B não forem vazios então pelo Teorema 2.1 seriam união de
intervalos abertos. Terı́amos então I como união de dois ou mais intervalos abertos. Mas
I já é um intervalo aberto, o que fere a unicidade do Teorema 2.1.
10 CAPÍTULO 2. TOPOLOGIA NA RETA
3. Todo número real é aderente a Q. Com efeito, já foi visto que para todo a ∈ R,
existe uma sequência de números racionais (xn ) tal que xn → a.
Observação 2.5 F ⊆ F .
3. Os fechos dos conjuntos (a, b), [a, b), [a, b], (a, b] são todos iguais a [a, b]. Logo
o único conjunto fechado dentre todos é [a, b].
Demonstração. (⇒) Suponhamos que a seja aderente a X. Então existe (xn ) tal que
xn ∈ X, ∀ n e xn → a.
Logo ∀ǫ > 0, ∃ n0 ≥ 1; n ≥ n0 , |xn − a| < ǫ ou seja, xn ∈ (a − ǫ, a + ǫ) se
n ≥ n0 .
2.2. CONJUNTOS FECHADOS 11
Em particular (a − ǫ, a + ǫ) ∩ X 6= ∅.
(⇐) Suponhamos que ∀ ǫ > 0 tem-se (a − ǫ, a + ǫ) ∩ X 6= ∅. Devemos encontrar
(xn ) tal que xn ∈ X, ∀ n e xn → a.
1 1 1
Em particular, para cada ǫ = , n ∈ N, existe xn ∈ X e xn ∈ a − , a + .
n n n
Ou seja, xn ∈ X e |xn − a| < 1/n.
Vamos mostrar que xn → a. Dado ǫ > 0 existe n0 ≥ 1 tal que se n ≥ n0 então
1/n < ǫ (isto sempre, pois 1/n → 0)
Assim, |xn − a| < 1/n < ǫ se n ≥ n0 .
Demonstração. Exercı́cio.
(b) Existe uma sequência (xn ) de termos de X, dois a dois disjuntos tal que xn → a.
14 CAPÍTULO 2. TOPOLOGIA NA RETA
Demonstração. (a)⇒(b).
Seja a um ponto de acumulação de X. No intervalo (a − 1, a + 1) existe x1 ∈ X,
x1 6= a.
Consideremos agora ǫ1 < min{|x1 − a|, 1/2}.
No intervalo (a − ǫ1 , a + ǫ1 ) existe x2 ∈ X ∩ (a − ǫ1 , a + ǫ1 ) com x2 6= a.
Consideremos agora ǫ2 < min{|x2 − a|, 1/3}.
No intervalo (a − ǫ2 , a + ǫ2 ) existe x3 ∈ X com x3 6= a.
Desta maneira, obtemos uma sequência (xn ) tal que
Exemplo 2.21 X = N.
2.3. PONTOS DE ACUMULAÇÃO 15
∴ X ′ = [0, 1]
⋄
Proposição 2.10 X = X ∪ X ′ .
Exemplo 2.27 Nenhum número racional é isolado de Q (ou R) pois ao redor de qualquer
número racional existem (infinitos) números racionais.
′ ′
Exemplo 2.29 Se X = (2, 3] então: X ′ = [2, 3], X+ = [2, 3) e X− = (2, 3].
Solução. É imediato. ⋄
Proposição 2.14 K é compacto se, e somente se, toda sequência (xn ) com xn ∈ K
admite uma subsequência convergente para a ∈ K.