Você está na página 1de 11

2013/1S – EM33D – Cálculo Numérico

Lista 04 – Interpolação – APS

Problema 1. Utilize os polinômios de Lagrange de grau no máximo dois para encontrar uma aproximação para:

a) f (0, 43) se f (0) = 1, f (0, 25) = 1, 64872, f (0, 50) = 2, 71828 e f (0, 75) = 4, 48169

b) f (0, 25) se f (−1) = 0, 861994, f (−0, 50) = 0, 958020, f (0) = 1, 0986123 e f (0, 5) = 1, 294376.

Os polinômios de Lagrange de grau n são dados por


n n
X Y (x − x j )
Pn(x) = Lk(x)f (xk), Lk(x) = ,
(xk − x j )
k=0 j =0,j  k

em que os (n + 1) pontos xk são os nós de interpolação.


(a) Para estimar f (0, 43) com um polinômio de grau no máximo dois, utilizamos três nós de
interpolação. Por proximidade, escolhemos x0 = 0, 25, x1 = 0, 50 e x2 = 0, 75. Assim, temos
2 3
(x − x1)(x − x2) x− 4 x− 4
L0(x) = = 1 2  1 3  = 8x2 − 10x + 3
(x0 − x1)(x0 − x2) −4 4−4
4
(x − x0)(x − x2)
L1(x) = = −16x2 + 16x − 3
(x1 − x0)(x1 − x2)
(x − x0)(x − x1)
L2(x) = = 8x2 − 6x + 1
(x2 − x0)(x2 − x1)

tal que
2
X
P2(x) = Lk(x)f (xk) = L0(x)f (x0) + L1(x)f (x1) + L0(x)f (x2)
k=0
= 1, 64872[8x2 − 10x + 3] + 2, 71828[−16x2 + 16x − 3] + 4, 48169[8x2 − 6x + 1]
P2(x) = 5, 55080x2 + 0, 11514 x + 1, 27301

Portanto,

P2(0, 43) = 2, 34886 ≈ f (0, 43).

(b) Novamente, por proximidade escolhemos x0 = −0, 50, x1 = 0 e x2 = 0, 50 para obtermos os


polinômios

(x − x1)(x − x2)
L0(x) = = 2x2 − x
(x0 − x1)(x0 − x2)
(x − x0)(x − x2)
L1(x) = = 1 − 4x2
(x1 − x0)(x1 − x2)
(x − x0)(x − x1)
L2(x) = = 2x2 + x
(x2 − x0)(x2 − x1)

com os quais construímos P2(x):


2
X
P2(x) = Lk(x)f (xk)
k=0
= 0, 958020[2x2 − x] + 1, 0986123[1 − 4x2] + 1, 294376[2x2 + x]
= 0, 1103428 x2 + 0, 336356 x + 1, 0986123.

1
Assim,

P2(0, 25) = 1, 189597 ≈ f (0, 25).

Problema 2. Para as funções dadas, utilize os pontos x0 = 0, x1 = 0, 6 e x2 = 0, 9 para determinar um polinômio


interpolador de grau n 6 2 e encontre uma aproximação para f (0, 45). Calcule o erro absoluto.

a) f (x) = cos x c) f (x) = ln (x + 1)


b) f (x) = 1+x d) f (x) = tg x

Os polinômios com grau menor ou igual a dois podem ser obtidos a partir do polinômio interpolador
de Lagrange construído com os nós x0 = 0, x1 = 0, 6 e x2 = 0, 9. Independentemente de f (x),
encontramos:

6  9 
(x − x1)(x − x2) x − 10 x − 10 50 150
L0(x) = = 6  9 
= x2 − x+1
(x0 − x1)(x0 − x2) 0 − 10 0 − 10 27 54
9 
(x − x0)(x − x2) (x − 0) x − 10 50 x2
L1(x) = = 6  6 9  =5x−
(x1 − x0)(x1 − x2) − 0 10 − 10 9
10
6 
(x − x0)(x − x1) (x − 0) x − 10 100 x2 20 x
L2(x) = = 9  9 6 = −
(x2 − x0)(x2 − x1) 27 9

10
− 0 10 − 10

(a) Para f (x) = cos (x) temos, portanto,

f (x0) = cos (0) = 1, f (x1) = cos (0, 6) = 0, 825335, f (x2) = cos (0, 9) = 0, 621609

de tal modo que

2
X
P2(x) = Lk(x)f (xk) = −0, 431086x2 − 0, 032455x + 1
k=0

P2(0, 45) = 0, 898100 ⇒ |P (0, 45) − f (0, 45)| = 0, 002347.


(b) Para f (x) = 1 + x temos, portanto,

√ √ √
f (x0) = 1 = 1, f (x1) = 1, 6 = 1, 264911, f (x2) = 1, 9 = 1, 378404

de tal modo que

2
X
P2(x) = Lk(x)f (xk) = −0.070228x2 + 0.483655x + 1
k=0

P2(0, 45) = 1, 203423 ⇒ |P (0, 45) − f (0, 45)| = 0, 000735.

(c) Para f (x) = ln (1 + x) temos, portanto,

f (x0) = ln (1) = 0, f (x1) = ln (1, 6) = 0, 470003, f (x2) = ln (1, 9) = 0, 641853,

2
de tal modo que
2
X
P2(x) = Lk(x)f (xk) = 0, 923676x − 0, 233894x2
k=0

P2(0, 45) = 0, 368290 ⇒ |P (0, 45) − f (0, 45)| = 0, 003272.

(d) Para f (x) = tg(x) temos, portanto,

f (x0) = tg(0) = 0, f (x1) = tg(0, 6) = 0, 684136, f (x2) = tg(0, 9) = 1, 260158,

de tal modo que


2
X
P2(x) = Lk(x)f (xk) = 0, 866492x2 + 0, 620332x
k=0

P2(0, 45) = 0, 454614 ⇒ |P (0, 45) − f (0, 45)| = 0, 028440.


Problema 3. Use o método de Neville para aproximar 3 com as seguintes funções e os seguintes valores:

a) f (x) = 3x e os valores de f em x0 = −2, x1 = −1, x2 = 0, x3 = 1 e x4 = 2;



b) f (x) = x e os valores de f em x0 = 0, x1 = 1, x2 = 2, x3 = 4 e x4 = 5.

c) Compare a precisão da aproximação nas partes (a) e (b).

O método de Neville consiste em se valer da seguinte igualdade:

(x − x j )Pm1, ,m j −1,mj +1, ,mk(x) − (x − xi)Pm1, ,mi −1,mi+1, ,mk(x)


Pm1,m2, ,mk(x) =
xi − x j

em que Pm1, ,mk(x) é o polinômio interpolador de f nos pontos xm1, , xmk. Assim, denotando por

Qi,j = Pi−j ,i−j +1, ,i−1,i(x)

o polinômio, avaliado em x, que interpola f nos (j + 1) pontos xi− j , xi− j +1, ,xi, a seguinte tabela
pode ser recursivamente construída (da esquerda para a direira e, então, de cima para baixo):

x0 P0 ≡ Q0,0
x1 P1 ≡ Q1,0 P0,1 ≡ Q1,1
x2 P2 ≡ Q2,0 P1,2 ≡ Q2,1 P0,1,2 ≡ Q2,2
x3 P3 ≡ Q3,0 P2,3 ≡ Q3,1 P1,2,3 ≡ Q3,2 P0,1,2,3 ≡ Q3,3
x4 P4 ≡ Q4,0 P3,4 ≡ Q4,1 P2,3,4 ≡ Q4,3 P1,2,3,4 ≡ Q4,3 P0,1,2,3,4 ≡ Q4,4

Isto é, para um ponto x pré-fixado (no qual desejamos avaliar o polinômio interpolador),

(x − x1)P0(x) − (x − x0)P1(x) (x − x1)Q0,0 − (x − x0)Q1,0


P0,1(x) ≡ ⇒ Q1,1 =
x0 − x1 x0 − x1

e, de maneira análoga para todo Qi,j , até que

(x − x4)Q3,3 − (x − x0)Q4,3
Q4,4 = .
x0 − x4

3
Observe que Qi,j é o valor do polinômio interpolador de grau j gerado pelos pontos (em sequência)
xi− j , , xi, avaliado no ponto x.

(a) Como f (x) = 3x, o valor de 3 será estimado pela avaliação dos polinômios interpoladores no
ponto x = 0, 5, utilizando os nós de interpolação dados

x0 = −2, x1 = −1, x2 = 0, x3 = 1, x4 = 2

tais que

1 1
f (x0) = Q0,0 = , f (x1) = Q1,0 = , f (x2) = Q2,0 = 1, f (x3) = Q3,0 = 3, f (x4) = Q4,0 = 9.
9 3

Assim, construímos a tabela do método de Neville:

x0 = −2 Q0,0 = 1/9
x1 = −1 Q1,0 = 1/3 Q1,1 = 0, 6666
x2 = 0 Q2,0 = 1 Q2,1 = 1, 3333 Q2,2 = 1, 5000
x3 = 1 Q3,0 = 3 Q3,1 = 2, 0000 Q3,2 = 1, 8333 Q3,3 = 1, 7777
x4 = 2 Q4,0 = 9 Q4,1 = 0, 0000 Q4,2 = 1, 5000 Q4,3 = 1, 6666 Q4,4 = 1, 7083

O algoritmo do método está implementado abaixo:

(%i1) reset()$ kill(all)$ reset()$ kill(all)$


(%i1) f(x) := 3^x;
X : 0.5;
x[0]:-2; x[1]:-1; x[2]:0; x[3]:1; x[4]:2;
n : 4;
array(Q,n,n);
(%i1) for i:0 thru n step 1 do Q[i,0] : f(x[i]);
(%i11) for i:1 thru n step 1 do (
for j:1 thru i step 1 do (
Q[i,j] : ((X-x[i-j])*Q[i,j-1] - (X-x[i])*Q[i-1,j-1])/(x[i]-x[i-j]) )
)
(%i12) array(D,n)$
for i:0 thru n do (
for j:0 thru n do ( D[j] : Q[i,j] ),
disp(listarray(D)) );
 
1
, Q0,1, Q0,2, Q0,3, Q0,4
9
 
1
, 0.66666666666667, Q1,2, Q1,3, Q1,4
3
[1, 1.333333333333333, 1.5, Q2,3, Q2,4]

[3, 2.0, 1.833333333333333, 1.777777777777778, Q3,4]

[9, 0.0, 1.5, 1.666666666666667, 1.708333333333334]

(%o13) done
√ √
(b) Como f (x) = x , o valor de 3 será estimado pela avaliação dos polinômios interpoladores no
ponto x = 3, utilizando os nós de interpolação dados

x0 = 0, x1 = 1, x2 = 2, x3 = 4, x4 = 5

4
tais que

1 1
f (x0) = Q0,0 = , f (x1) = Q1,0 = , f (x2) = Q2,0 = 1, f (x3) = Q3,0 = 3, f (x4) = Q4,0 = 9.
9 3

Assim, construímos a tabela do método de Neville:

x0 = 0 Q0,0 = 0, 0000
x1 = 1 Q1,0 = 1, 0000 Q1,1 = 3, 0000
x2 = 2 Q2,0 = 1, 4142 Q2,1 = 1, 8284 Q2,2 = 1, 2426
x3 = 4 Q3,0 = 2, 0000 Q3,1 = 1, 7071 Q3,2 = 1, 7475 Q3,3 = 1, 6213
x4 = 5 Q4,0 = 2, 2360 Q4,1 = 1, 7639 Q4,2 = 1, 7260 Q4,3 = 1, 7367 Q4,4 = 1, 6906

O algoritmo do método está implementado abaixo:

(%i14) reset()$ kill(all)$ reset()$ kill(all)$


(%i1) f(x) := float(sqrt(x));
X : 3;
x[0]:0; x[1]:1; x[2]:2; x[3]:4; x[4]:5;
n : 4;
array(Q,n,n);
(%i1) for i:0 thru n step 1 do Q[i,0] : f(x[i]);
(%i11) for i:1 thru n step 1 do (
for j:1 thru i step 1 do (
Q[i,j] : ((X-x[i-j])*Q[i,j-1] - (X-x[i])*Q[i-1,j-1])/(x[i]-x[i-j]) )
)
(%i12) array(D,n)$
for i:0 thru n do (
for j:0 thru n do ( D[j] : Q[i,j] ),
disp(listarray(D)) );
[0.0, Q0,1, Q0,2, Q0,3, Q0,4]

[1.0, 3.0, Q1,2, Q1,3, Q1,4]

[1.414213562373095, 1.82842712474619, 1.242640687119286, Q2,3, Q2,4]

[2.0, 1.707106781186548, 1.747546895706429, 1.621320343559643, Q3,4]

[2.23606797749979, 1.76393202250021, 1.726048528291102, 1.736797711998765, 1.69060676462\


3116]

(%o13) done

(c) Como podemos calcular 3 ≈ 1, 7320 vemos que o erro absoluto obtido é
√ √
item (a): Q4,4 − 3 = 0, 0237 item (b): Q4,4 − 3 = 0, 0414.

Embora ambos os casos apresentem boa aproximação


√ com menor erro relativo no primeiro caso,
observa-se que as interpolações de f (x) = x envolvendo os pontos x3 e x4 apresentam melhor
aproximação
√ do valor exato (duas últimas linhas da segunda tabela). Isso se deve à menor variação
de x em torno de x = 3 (quando comparada, por exemplo, com a variação exponencial de 3x em
torno de x = 0, 5).

5
Problema 4. Seja P3(x) o polinômio interpolador para os dados (0, 0), (1/2, y), (1, 3) e (2, 2) (todos na forma
(x, f (x))). Encontre y se o coeficiente de x3 em P3(x) for 6.

O polinômio P3 foi construído sobre os pontos x0 = 0, x1 = 1/2, x2 = 1 e x3 = 2. Para determinar


o coeficiente de x3, basta utilizarmos a forma de Lagrange e computarmos, apenas, os coeficientes
dos termos cúbicos em x em cada uma das funções Lk(x), para k = 0, 1, 2, 3:

1
L0(x) = x3 + O(1, x, x2) = −x3 + O(1, x, x2)
(x0 − x1)(x0 − x2)(x0 − x3)
1 8
L1(x) = x3 + O(1, x, x2) = x3 + O(1, x, x2)
(x1 − x0)(x1 − x2)(x1 − x3) 3
1
L2(x) = x + O(1, x, x ) = −2x3 + O(1, x, x2)
3 2
(x2 − x0)(x2 − x1)(x2 − x3)
1 1
L3(x) = x3 + O(1, x, x2) = x3 + O(1, x, x2)
(x3 − x0)(x3 − x1)(x3 − x2) 3

em que O(1, x, x2) representa todos os termos que multiplicam x2 e x, bem como os termos
constantes. Assim, o polinômio interpolador será

3  
X 8 1
P3(x) = Lk(x)f (xk) = −f (x0) + f (x1) − 2f (x2) + f (x3) x3 + O(1, x, x2).
3 3
k=0

Ou seja,

8 1 8 34 17
−0 + y − 2.3 + 2 = 6 ⇒ y= ⇒ y= .
3 3 3 3 4

Problema 5. Suponha que x j = j para j = 0, 1, 2, 3 e que seja sabido que

P0,1(x) = x + 1, P1,2(x) = 3x − 1, P1,2,3(1, 5) = 4.

Encontre P0,1,2,3(1, 5).

Utilizando o resultado que nos permite escrever, recursivamente, os polinômios interpoladores,


temos:

(x − x2)P0,1(x) − (x − x0)P1,2(x)
P0,1,2(x) =
x0 − x2
(x − 2)(x + 1) − (x − 0)(3x − 1) x2 − x − 2 − 3x2 + x
= =
0−2 −2
2
P0,1,2(x) = x + 1.

Agora, seguindo a idéia do método de Neville,

(1, 5 − x0)Q3,2 − (1, 5 − x3)Q2,2


Q3,3 =
x3 − x0

sendo Q3,3 ≡ P0,1,2,3(1, 5), Q3,2 ≡ P1,2,3(1, 5) = 4 e Q2,2 ≡ P0,1,2(1, 5) = (1, 5)2 + 1 = 3, 25. Assim,

P0,1,2,3(1, 5) = 3, 625.

Problema 6. Suponha que x j = j para j = 0, 1, 2, 3 e que seja sabido que

P0,1(x) = 2x + 1, P0,2(x) = x + 1, P1,2,3(2, 5) = 3.

6
Encontre P0,1,2,3(2, 5).

Seguindo os passos do exercício anterior, temos

(x − x2)P0,1(x) − (x − x1)P0,2(x)
P0,1,2(x) = = 1 + 3x − x2,
x1 − x2

tal que P0,1,2(2, 5) = 2, 5. Assim,

(2, 5 − x0)P1,2,3(2, 5) − (2, 5 − x3)P0,1,2(2, 5)


P0,1,2,3(2, 5) = = 2, 9166.
x3 − x0

Problema 7. Construa todos os polinômios interpoladores de grau um, dois e três para os dados a seguir.
Obtenha uma aproximação do valor especificado utilizando cada um dos polinômios.

a) f (8, 4) se f (8, 1) = 16, 94410, f (8, 3) = 17, 56492, f (8, 6) = 18, 50515 e f (8, 7) = 18, 82091.

b) f (0, 9) se f (0, 6) = −0, 1769446, f (0, 7) = 0, 0137522, f (0, 8) = 0, 2236336 e f (1, 0) = 0, 6580919.

A maneira mais simples (e sistemática) de se construir uma sequência de polinômios interpoladores


para um dado conjunto de pontos é montar a tabela de diferenças divididas de Newton. Estas, são
calculadas recursivamente por
f [xi+1, xi+2, , xi+k] − f [xi , xi+1, , xi+k−1]
f [xi , xi+1, , xi+k] =
xi+k − xi

para k = 1, 2, com f [xi] ≡ f (xi). Assim, para uma malha com quatro nós de interpolação, tem-se:

x0 f [x0]
f [x1] − f [x0]
f [x0, x1] =
x1 − x0
f [x1, x2] − f [x0, x1]
x1 f [x1] f [x0, x1, x2] =
x2 − x0
f [x2] − f [x1] f [x1,x2, x3] − f [x0, x1, x2]
f [x1, x2] = f [x0, x1, x2, x3] =
x2 − x1 x3 − x0
f [x2, x3] − f [x1, x2]
x2 f [x2] f [x1, x2, x3] =
x3 − x1
f [x3] − f [x2]
f [x2, x3] =
x3 − x2
x3 f [x3]

De posse das diferenças divididas, os polinômios interpoladores são dados então por

n k−1
f [x0, , xk]
X Y
Pn(x) = f [x0] + (x − x j ).
k=0 j =0

(a) Substituindo os valores dados, temos

x0 = 8, 1 16, 94410
3, 10409
x1 = 8, 3 17, 56492 0, 06002
3, 13410 −0, 002116
x2 = 8, 6 18, 50515 0, 05875
3, 15760
x3 = 8, 7 18, 82091

7
Assim,

P0,1(x) = f [x0] + f [x0, x1](x − x0)


= 3, 1040x − 8, 1990 ⇒ P0,1(8, 4) = 17, 8753
P1,2(x) = f [x1] + f [x1, x2](x − x1)
= 3, 1341x − 8, 4481 ⇒ P1,2(8, 4) = 17, 8783
P2,3(x) = f [x2] + f [x2, x3](x − x2)
= 3, 1576x − 8, 6502 ⇒ P2,3(8, 4) = 17, 8736

P0,1,2(x) = f [x0] + f [x0, x1](x − x0) + f [x0, x1, x2](x − x0)(x − x1)
= 0, 0600x2 + 2, 1201x − 4, 1653 ⇒ P0,1,2(8, 4) = 17, 8771
P1,2,3(x) = f [x1] + f [x1, x2](x − x1) + f [x1, x2, x3](x − x1)(x − x2)
= 0, 0587x2 + 2, 1412x − 4, 2545 ⇒ P1,2,3(8, 4) = 17, 8771

P0,1,2,3(x) = f [x0] + f [x0, x1](x − x0) + f [x0, x1, x2](x − x0)(x − x1) +
+ f [x0, x1, x2, x3](x − x0)(x − x1)(x − x2)
= −0, 0020x3 + 0, 1120x2 + 1, 6862x − 2, 9607 ⇒ P0,1,2,3(8, 4) = 17, 8771

(b) Substituindo, agora, os valores do item (b), temos

x0 = 0, 6 −0, 1769446
1, 906968
x1 = 0, 7 0, 0137522 0, 959229
2, 098813 −1, 785762
x2 = 0, 8 0, 2236336 0, 244925
2, 172291
x3 = 1, 0 0, 6580919
E, portanto,

P0,1(x) = 1, 90697x − 1, 32113 ⇒ P0,1(0, 9) = 0, 3951


P1,2(x) = 2, 09881x − 1, 45542 ⇒ P1,2(0, 9) = 0, 4335
P2,3(x) = 2, 17229x − 1, 51420 ⇒ P2,3(0, 9) = 0, 4409

P0,1,2(x) = 0, 9592x2 + 0, 6600x − 0, 9182 ⇒ P0,1,2(0, 9) = 0, 4527


P1,2,3(x) = 0, 2449x2 + 1, 7314x − 1, 3182 ⇒ P1,2,3(0, 9) = 0, 4384

P0,1,2,3(x) = −1, 7857x3 + 4, 7093x2 − 1, 9472x − 0, 3182 ⇒ P0,1,2,3(0, 9) = 0, 4420

Problema 8. Mostre que ambos os polinômios cúbicos

P (x) = 3 − 2(x + 1) + 0(x + 1)(x) + (x + 1)x(x − 1)

Q(x) = −1 + 4 (x + 2) − 3(x + 2)(x + 1) + (x + 2)(x + 1)(x)

interpolam os dados tabelados abaixo:

x −2 −1 0 1 2
f (x) −1 3 1 −1 3

8
Por que esse resultado não viola a propriedade de unicidade dos polinômios interpoladores?

Para que P e Q interpolem os dados da tabela, é necessário e suficiente que, para cada um dos
pontos da malha de interpolação, P (xk) = f (xk) = Q(xk). Isto, de fato, verifica-se:

x0 = −2 ⇒ f (−2) = −1 = P (−2) = Q(−2)


x1 = −1 ⇒ f (−1) = 3 = P (−1) = Q(−1)
x2 = 0 ⇒ f (0) = 1 = P (0) = Q(0)
x3 = 1 ⇒ f (1) = −1 = P (1) = Q(1)
x4 = 2 ⇒ f (2) = 3 = P (2) = Q(2)

Ou seja, ambos P e Q interpolam f nos pontos xk com k = 0, 1, 2, 3, 4.


Realizando a distributiva e reagrupando os termos de mesma potência em x nos dois polinômios,
percebe-se que P e Q são, de fato, exatamente o mesmo polinômio, escritos de maneiras diferentes:

P (x) = x3 − 3x + 1 = Q(x).

Portanto, obviamente, esse resultado não viola a unicidade do polinômio interpolador. Perceba,
no entanto, que P e Q apresentam a forma de polinômios interpoladores construídos a partir do
método das diferenças divididas, apenas considerando nós de interpolação distintos. Provavel-
mente, f seja, também, este mesmo polinômio. Assim, qualquer polinômio interpolante de grau
maior ou igual a 3 vai coincidir com f , P e Q, para quaisquer nós de interpolação.

Problema 9. Para uma função f , o método de diferenças divididas de Newton fornece o seguinte polinômio
interpolador
16
P3(x) = 1 + 4x + 4x(x − 0, 25) + x(x − 0, 25)(x − 0, 5)
3

para os nós x j = j/4, com j = 0, 1, 2, 3. Encontre f (0, 75).

Como x3 = 3/4 = 0, 75, por definição, o polinômio interpolador (independentemente do método que
foi utilizado para a sua construção) deve coincidir com o valor de f (0, 75). Assim,

f (0, 75) = P3(0, 75) = 6.

Note que sem esta observação, o valor de f (0, 75) = f [x3] poderia ser obtido a partir da construção
reversa da tabela das diferenças divididas de Newton, pois

f [x0] = 1
f [x0, x1] = 4
f [x0, x1, x2] = 4
f [x0, x1, x2, x3] = 16/3

são conhecidos.

Problema 10. Para uma função f , as diferenças divididas de Newton são dadas por

x0 = 0, 0 f [x0] = ?
f [x0, x1] = ?
50
x1 = 0, 4 f [x1] = ? f [x0, x1, x2] =
7
f [x1, x2] = 10
x2 = 0, 7 f [x2] = 6

9
Determine os valores que faltam na tabela.

Pela definição recursiva das diferenças divididas os valores faltantes podem ser facilmente calcu-
lados:

f [x1, x2] − f [x0, x1]


f [x0, x1, x2] =
x2 − x0

50
f [x0, x1] = f [x1, x2] − (x2 − x0)f [x0, x1, x2] = 10 − (0, 7 − 0, 0)
7
= 5

f [x2] − f [x1]
f [x1, x2] =
x2 − x1

f [x1] = f [x2] − (x2 − x1)f [x1, x2] = 6 − (0, 7 − 0, 4)10
= 3

f [x1] − f [x0]
f [x0, x1] =
x1 − x0

f [x0] = f [x1] − (x1 − x0)f [x0, x1] = 3 − (0, 4 − 0, 0)5
= 1

Assim, os valores faltantes são f [x0, x1] = 5, f [x1] = 3 e f [x0] = 1.

Problema 11. Dado

Pn(x) = f [x0] + f [x0, x1](x − x0) + a2(x − x0)(x − x1) + a3(x − x0)(x − x1)(x − x2) +
+ an(x − x0) (x − xn−1)

use Pn(x2) para mostrar que a2 = f [x0, x1, x2].

Como Pn(x) é o polinômio que interpola f nos pontos x0, , xn, Pn(x2) = f (x2). Assim,

f (x2) = Pn(x2) = f [x0] + f [x0, x1](x2 − x0) + a2(x2 − x0)(x2 − x1)

pois todos os termos que multiplicam ak com k > 2 contém o fator (x − x2) que é nulo quando
x = x2. Lembrando que f [x2] = f (x2) e evidenciando a2, encontramos

a2(x2 − x0)(x2 − x1) = f [x2] − f [x0] − f [x0, x1](x2 − x0).

Lembrando que, por definição,

f [x2] − f [x1]
f [x1, x2] = ⇒ f [x2] = f [x1] + f [x1, x2](x2 − x1)
x2 − x1
temos

a2(x2 − x0)(x2 − x1) = f [x1] + f [x1, x2](x2 − x1) − f [x0] − f [x0, x1](x2 − x0)
= f [x1] − f [x0] + f [x1, x2](x2 − x1) − f [x0, x1](x2 − x0).

Novamente, pela definição,

f [x1] − f [x0] = (x1 − x0)f [x0, x1]

10
e, portanto,

a2(x2 − x0)(x2 − x1) = (x1 − x0)f [x0, x1] + f [x1, x2](x2 − x1) − f [x0, x1](x2 − x0)
= (x2 − x1)(f [x1, x2] − f [x0, x1]).

Agora, como por hipótese (da construção do polinômio interpolador) x1  x2  x0, finalmente
encontramos

f [x1, x2] − f [x0, x1]


a2 = = f [x0, x1, x2].
x2 − x0

11

Você também pode gostar