Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
2011
Brasília
2011
Jair Cunha Cardoso Filho
Brasília
2011
Autorização
Assinatura: __________________________________
Data: ___/___/___
CDU 351.78(81)
PROPOSTA DE UM MODELO DE AVALIAÇÃO DE EVENTOS DE
QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL DO PRONASCI
2º Semestre de 2010
Banca Examinadora:
__________________________________________
Prof. Dr. Roberto Campos da Rocha Miranda
___________________________________________
Prof. Dr. Rildo José Cosson Mota
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 12
2 REFERENCIAL TEÓRICO ......................................................................................... 15
2.1 Políticas Públicas .......................................................................................................... 15
2.2 Políticas Públicas de Segurança e Políticas de Segurança Pública ............................... 17
2.3 PRONASCI................................................................................................................... 18
2.4 Gestão da Informação e do Conhecimento ................................................................... 20
2.5 Gestão de Competências ............................................................................................... 22
2.5.1 O Modelo de Green ...................................................................................................... 23
2.6 Educação a Distância (EAD) ........................................................................................ 26
2.7 EAD no PRONASCI .................................................................................................... 28
2.8 Avaliação de Resultados de Treinamento ..................................................................... 31
2.9 Indicadores de Monitoramento e Avaliação de Fischer................................................ 32
2.10 Avaliação de Políticas Públicas .................................................................................... 34
2.11 Conclusão do Referencial Teórico ................................................................................ 35
3 METODOLOGIA ......................................................................................................... 37
3.1 Modelo Integrado de Avaliação do Impacto do Treinamento no Trabalho -
IMPACT, de Abbad ...................................................................................................... 38
3.2 Modelo de Avaliação para Cursos no Ensino a Distância, de Rodrigues ..................... 40
3.2.1 Perfil dos alunos ........................................................................................................... 41
3.2.2 Mídias ........................................................................................................................... 42
3.2.3 Estratégia Pedagógica ................................................................................................... 42
3.2.4 Planejamento do curso .................................................................................................. 42
3.2.5 Materiais ....................................................................................................................... 42
3.2.6 Implementação do curso ............................................................................................... 42
3.2.7 Instituição ..................................................................................................................... 43
3.2.8 Avaliação ...................................................................................................................... 43
4 RESULTADOS ............................................................................................................ 44
4.1 Descrição do Modelo .................................................................................................... 44
5 CONCLUSÃO, LIMITAÇÕES E CONTRIBUIÇÕES ............................................... 49
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 51
ANEXO 1 ................................................................................................................................. 54
ANEXO 2 ................................................................................................................................. 55
12
1 INTRODUÇÃO
1
http://portal2.tcu.gov.br/TCU
14
2 REFERENCIAL TEÓRICO
A política pública, para Souza (2006), é um campo holístico, isto é, uma área que
situa diversas unidades em totalidades organizadas, tornando o campo território de várias
disciplinas, teorias e modelos analíticos.
A política pública permite distinguir entre o que o governo pretende fazer e o que,
de fato, faz.
A política pública envolve vários atores e níveis de decisão, embora seja
materializada através dos governos, e não necessariamente se restringe a
participantes formais, já que os informais são também importantes.
A política pública é abrangente e não se limita a leis e regras.
A política pública é uma ação intencional, com objetivos a serem alcançados.
A política pública, embora tenha impactos no curto prazo, é uma política de longo
prazo.
16
Modelos explicativos foram criados no campo da política pública para que melhor se
entenda como e por que um governo faz ou deixa de fazer alguma ação que repercutirá na
vida dos cidadãos.
Segundo Lowi (1964), que desenvolveu a mais conhecida tipologia sobre política
pública, elaborada a partir da máxima “a política pública faz a política”, diferentes tipos de
políticas causam diferentes relações de poder entre os indivíduos e grupos, e diferentes formas
de apoio e de rejeição. Tais relações podem ser preditas com base nos tipos de políticas
públicas, as quais assumem quatro formatos:
Por outro lado, ainda segundo Filocre (2009), políticas de segurança pública estão
associadas a atuações policiais (preventivas ou repressivas) e a políticas sociais, conjugadas
ou não, compromissadas especificamente para a manutenção da ordem pública, conforme se
verifica na figura 1.
Saúde
Criminalidade Políticas
Políticas Educação
Públicas de
Segurança
Públicas Segurança
Políticas de
Transporte Ordem Pública Segurança
Pública
Etc
Por fim, mas não por último, Filocre (2009) apresenta o conceito de políticas de
segurança pública multissetoriais ou específicas. Segundo o autor, por intermédio da política
de segurança pública multissetorial, o Estado elabora diretrizes que dependem de ações
distribuídas por diversos segmentos, públicos ou privados, seja quanto a órgãos estatais ou
outros agentes envolvidos, seja no que diz respeito a áreas de atuação – educação, família,
sistema prisional, etc. – sempre, evidentemente, com fim específico de manutenção da ordem
18
pública. Os vários setores podem estar envolvidos de forma tal que atuem separada ou
concatenadamente, caso em que a denominação variante adequada é “política de segurança
pública intersetorial”.
Quando a política de segurança pública tem por característica ações acentuadas num
único setor ou se vale da atuação destacada de um único órgão, faz-se presente a política de
segurança pública do tipo específico. Aqui está incluída, por exemplo, aquela centrada
primordialmente na ação policial, caso em que a política de policiamento ganha status de
política de segurança pública.
2.3 PRONASCI
2
Contrato de prestação de serviços celebrado entre o Ministério da Justiça e a Fundação Getúlio Vargas, no
valor estimado de R$ 7.550.000,00 (sete milhões e quinhentos e cinqüenta mil reais), com vigência a partir de
30.10.2007, data de sua assinatura, até 31.12.2010, podendo este prazo ser prorrogado mediante Termo Aditivo
(disponível em http://portal.mj.gov.br/pronasci).
3
Conforme disponível em http://portal.mj.gov.br/pronasci
20
Porém, como afirmam Tarapanoff et al. (2000), a informação dispersa não constitui
conhecimento e este, sem processamento, não produz inteligência. Para que haja geração de
conhecimento e produção de inteligência, o seguinte esquema deve ser observado, conforme
apresentado na Figura 2:
Inteligência, por fim, de acordo com Canongia (1998, p.2-3) é o tratamento, análise e
contextualização do conhecimento produzido que permitem a geração de produtos de
inteligência, que facilitam e otimizam a tomada de decisão no âmbito tático e estratégico
Gestão de competência, portanto, para Sanchez & Heene (1997), é uma estratégia
gerencial que, por meio de conceitos e métodos, permite a identificação, o desenvolvimento e
o efetivo uso de habilidades superiores que levem a empresa a obter vantagens competitivas.
Segundo eles, a gestão estratégica de recursos humanos contribui para gerar vantagem
competitiva sustentável por promover o desenvolvimento de habilidades, produzir um
complexo de relações sociais e gerar conhecimento, ou seja, por desenvolver competência.
O Modelo de Green
I II
III IV
De
Desempenho
O modelo de Green (1999) procura utilizar uma linguagem comum para auxiliar os
funcionários a compreender como suas competências afetam a eficiência da organização,
25
criando um vinculo direto entre os sistemas de recursos humanos da empresa e sua missão,
visão e valores como um todo.
Nesse contexto, e de acordo com Prange (2001, citado por Takahashi, 2007, p. 13), “as
discussões sobre aprendizagem organizacional e organizações de aprendizagem têm sido
propostas para incrementar a intensidade do conhecimento e, portanto, as condições de
sucesso das organizações”.
Para Laaser (1997 apud Coelho Junior, 2004), o advento da educação a distância
possibilitou um aumento na qualidade e rendimento dos sistemas educacionais, na medida em
que os tornam mais acessíveis às pessoas para a reciclagem de conhecimentos e habilidades.
Na mesma ótica, Belloni (1999, apud Coelho Junior, 2004) considera a EAD importante
ferramenta pedagógica, e aponta como características centrais da educação a distância a
disponibilidade, flexibilidade do ensino e a autonomia do aluno, destacando a necessidade da
utilização adequada das tecnologias de mediatização (uso de multimeios) na educação.
necessidades dos estudantes, nos modos e condições de estudo e em seus níveis motivacionais
para aprender.
É fato que a EAD tornou-se importante como sistema de ensino e aprendizagem nas
organizações atuais, já que boa parte delas aderiu a programas de ensino a distância, o que
requer um complexo sistema logístico voltado para o planejamento e transmissão dos cursos
oferecidos aos estudantes.
Por fim, a EAD possibilita maior autonomia ao aprendiz no que se refere a como
estudar, quando, onde e que tipo de estratégias esse aprendiz pode utilizar para reter o
conhecimento ensinado. Favorece, assim, a maximização da proatividade do estudante, bem
como a generalização natural do conteúdo aprendido e a aplicação do conteúdo ensinado no
ambiente natural de trabalho. Nesta perspectiva, o rompimento de barreiras de tempo e espaço
é enfatizado como característica essencial da EAD, já que abrange o uso de novas tecnologias,
adaptadas a estratégias pedagógicas próprias, voltadas à independência e autonomia do aluno.
28
E ainda,
Segundo Barroso et al, [2006], trata-se de uma escola virtual destinada ao público-alvo
formado pelos operadores de segurança pública no Brasil, que funciona por meio de uma
estrutura especial denominada telecentro, criada em parceria com cada uma das unidades da
Federação, como instrumento para apoiar o desenvolvimento local de programas de
29
Os telecentros possuem quatro ambientes (telesala, sala web, sala de tutoria e sala de
conexão) perfeitamente definidos, todos eles dotados de recursos de informática,
comunicação de dados e de apoio educacional, conforme descrição a seguir (BARROSO et al,
[2006], p.3-5):
A sala de tutoria, como o próprio nome aduz, é utilizada pelos tutores que desejarem
para realizar as atividades de tutoria. Na sala de conexão situa-se o servidor de conexão do
telecentro com os demais telecentros do Projeto. Nesse servidor estão instalados todos os
arquivos (com programas, dados, cursos e bases de dados locais) necessários para o
funcionamento do software gerenciador de tráfego da sua área e os demais softwares de apoio
às atividades de ensino, aprendizagem e gestão do Projeto. É também no servidor que se
conectam as instituições locais parceiras do telecentro, como universidades, centros de
estudos etc.
Função Tarefas
Gestão do telecentro Matrícula de alunos
Relacionamento com a SENASP
Estabelecimento de parcerias locais
Suporte ao usuário Atendimento ao usuário
Manutenção de equipamentos
Servidor de conexão
Operação Controle da telesala
Controle da sala web
Controle da sala de tutoria
Administração
Ensino Controle de tutoria
Controle de conteúdos
Controle de alunos
Fonte: Barroso et al.[2006], p.6.
Concordando com Lima (2009, p.83), quando afirma que a formação do policial no
Distrito Federal é um tema pouco explorado, especialmente no que se refere à modalidade
EAD, a pesquisa bibliográfica apontou que, particularmente no que se refere à avaliação no
campo do ensino a distância, a literatura trata basicamente de questões relacionadas à
avaliação de aprendizagem. No contexto da avaliação de cursos oferecidos nessa modalidade,
a bibliografia é escassa.
fundamentam, também, o modelo proposto que atende ao objetivo geral especificado. Esses
trabalhos são apresentados na sequência do texto.
A autora sugere, ainda, que a avaliação de impacto deve ser um estudo longitudinal, no
qual se verifique o efeito do treinamento em longo prazo, se identifique os fatores restritivos e
facilitadores do uso das competências adquiridas e as condições necessárias para que seu nível
de utilização melhore.
Avaliar uma política, programa ou ação é um dos estágios do ciclo das políticas
públicas4 que consiste em comparar os resultados alcançados aos objetivos inicialmente
estabelecidos e os meios que foram mobilizados para esse alcance.
Flexor e Leite (2006) afirmam que a avaliação das políticas públicas é uma função que
consiste em apreciar os efeitos atribuídos à ação do governo.
O Tribunal de Contas da União – TCU, de acordo com Alves (2004) busca, por meio
de um instrumento de fiscalização de desempenho denominado Auditoria de Natureza
Operacional, avaliar sistematicamente programas, projetos, atividades e sistemas
governamentais. A avaliação de programas tem o objetivo de examinar a efetividade dos
programas e projetos governamentais em sua fase de pós-implementação.
Howlett e Hamesh (1995, apud Alves, 2004) citam a Avaliação Administrativa como
um exame da prestação dos serviços governamentais em termos de economicidade, eficiência,
efetividade e conformidade com princípios de justiça e democracia, com a pretensão de
4
O ciclo de políticas públicas é formado por vários estágios: agenda, elaboração, formulação, implementação,
execução, acompanhamento e avaliação.
35
assegurar que as políticas estão atingindo suas metas esperadas pelo mínimo custo possível e
com o menor peso sobre os cidadãos.
3 METODOLOGIA
Conforme anotam Flexor e Leite (2006) existem poucas situações onde o quadro de
referência é compartilhado por todos, e diferentes avaliadores têm grande probabilidade de
divergir quanto aos reais efeitos da ação pública.
Nessa direção, a proposta em tela utiliza os pressupostos elencados por Abbad (1999),
Rodrigues (1998) Fischer (2006), Howlett e Hamesh (1995, apud Alves, 2004) e por Patton
(apud Theodolou, 1995). Segue na esteira das tendências apontadas por Inácio, Anastasia e
Santos (MINAS GERAIS, 2009), e acompanha Fischer (2006) no que se refere à construção
de um modelo de avaliação que possibilite verificar se houve melhoria e aumento da
efetividade da atuação dos profissionais de segurança pública após sua participação em
eventos de qualificação profissional do PRONASCI.
Para tanto, realizou-se uma pesquisa bibliográfica e documental, a qual, segundo
Carvalho (1987, p.110) “é a atividade de localização e consulta de fontes diversas de
informação escrita, para coletar dados gerais ou específicos a respeito de determinado tema”.
Ou, ainda, nos dizeres de Marconi e Lakatos (2005, p.183) a pesquisa bibliográfica “não é
mera repetição do que já foi escrito sobre certo assunto, mas propicia o exame de um tema
sob novo enfoque ou abordagem, chegando a conclusões inovadoras”.
Foi realizada uma revisão integrativa, com análise descritiva dos dados, o que
possibilitou avaliar a qualidade das evidências e a identificação de lacunas no conhecimento
para o desenvolvimento da proposta aqui apresentada.
Foram acessados o Portal do Ministério da Justiça (http://portal.mj.gov.br) e o Portal
Segurança Cidadã (http://mercosul.segurancacidada.org.br/cidada), e consultados livros, teses,
dissertações e artigos publicados em periódicos científicos indexados em bases de dados
eletrônicas, tais como Scielo, bibliotecas virtuais, repositórios institucionais (tais como
RiUnB ) e outros.
Foi consultada a Matriz Curricular Nacional Para Ações Formativas dos Profissionais
da Área de Segurança Pública, e identificados os cursos oferecidos, seus respectivos
conteúdos pedagógicos, carga horária e objetivos de ensino.
O estudo da autora atende também, no que refere à pesquisa bibliográfica realizada para
este trabalho, a um dos objetivos específicos declarados.
Por fim, impacto de treinamento no trabalho pode ser entendido de duas maneiras:
impacto em profundidade, voltado à análise dos resultados e conseqüências diretas de
programas de treinamento, mensurado por itens extraídos diretamente dos objetivos
instrucionais, sob a forma de indicadores específicos do efeito do curso no desempenho do
treinado; e impacto em amplitude, voltado para a análise de resultados cuja abrangência não
se relaciona a objetivos instrucionais específicos, previamente estabelecidos, pois permite ao
treinando avaliar o impacto de habilidades no ambiente de trabalho além dos conteúdos
ministrados pelos programas de treinamento, sendo de nível mais distante em relação ao
impacto em profundidade.
O curso deve ser modulado tendo como base os alunos, considerando a experiência
prévia ou o patamar de conhecimento do tema; a cultura, evitando mensagens
preconceituosas; a linguagem, de modo que seja inteligível e clara; o contexto, considerando
42
3.2.2Mídias
Todos os alunos devem ter acesso a todas as mídias utilizadas no curso. A adequação
implica em estrutura de suporte técnico e pedagógico quando for o caso; as mídias devem
explorar ao máximo seu potencial de comunicação, buscando sempre complementar os pontos
fortes de uma com as limitações de outra, criando um mix que seja o melhor para o curso; no
caso de equipamento compartilhado, ou uso no local de trabalho, deve ser designado tempo
suficiente para as atividades do curso; o uso de mídias ligadas à informática e satélite requer
espaço em disco, nos servidores e linhas de transmissão, que devem ser providenciados.
3.2.3Estratégia Pedagógica
3.2.5 Materiais
professores e estrutura do local de recepção das aulas e/ou dos centros de atendimento;
satisfação dos alunos.
3.2.7 Instituição
3.2.8 Avaliação
Segundo Rodrigues (2008), a revisão bibliográfica que permitiu elaborar seu modelo
de avaliação e a pesquisa sobre estruturas de cursos a distância permite que seu constructo,
além de fornecer diretrizes para uma avaliação consistente de cursos a distância, possa ser
utilizado também para análises comparativas entre dois ou mais cursos e como subsídios para
a própria formatação dos cursos.
44
4 RESULTADOS
Com base nos constructos de Abbad (1999), Rodrigues (1998) e Fischer (2006), foi
desenvolvido, então, um modelo de avaliação de resultado de ação de qualificação
profissional, voltado para o PRONASCI, cujo esquema pode ser visualizado na figura 6, a
seguir.
Avaliação do Curso
- tecnologia apropriada
7, 8, 9, 10,11, - recursos instrucionais
24, 25 - conteúdo do curso
- relacionamento entre módulos e conteúdo do Abbad (1999), Rodrigues
curso (1998), Choo (1998),
- navegabilidade do e entre módulos Tarapanoff (2004), Fischer
- usabilidade da ferramenta de conteúdo utilizada
- interatividade com tutores e demais participantes (2006), Green (1998)
do evento
- organização do curso
- clareza de objetivos do curso
- ênfase no raciocínio crítico
Processo
Resultado
22, 26, 27, 28, - assimilação do conteúdo
29, 30, 31, 32, - transferência do conhecimento
- suporte à aplicação do conhecimento Abbad (1999), Rodrigues
33, 34
- aplicabilidade do conhecimento (1998), Choo (1998),
- explicitação do conhecimento Tarapanoff (2004), Fischer
- valorização profissional do egresso
- imagem profissional (2006), Green (1998)
-imagem da instituição.
47
O modelo proposto poderá ser utilizado para avaliação do resultado de qualquer curso
da Matriz Curricular Nacional na modalidade EAD, para todas as forças policiais (PF, PRF,
PC, PM, CBM, Guardas Municipais) e a qualquer tempo.
= n
(n – 1) x ( 1 - si2 / st2 )
st é variância total.
Embora um valor de alfa de 0,70 seja freqüentemente considerado para uma consistente
estabilidade interna, Nunnally (1978) considera permissível que os valores de alfa possam ser
um pouco menores para questionário nunca aplicados em uma pesquisa exploratória e sugere
o mínimo de 0,60, situação aplicável à ferramenta proposta, demonstrada no Anexo 2.
O estudo ficou limitado aos aspectos teóricos devido ao fato de a Secretaria Nacional
de Segurança Pública (SENASP) ter se negado a disponibilizar dados referentes ao
quantitativo de policiais civis do Distrito Federal que participaram dos eventos de
qualificação a serem estudados, bem como à sua negativa de enviar o questionário eletrônico
para o e-mail dos participantes daqueles cursos, por meio de sua Rede EAD, sob a
justificativa de “não ser possível a disponibilização dos dados e a realização da pesquisa,
junto aos policiais civis do DF, pois [..] Dada a natureza reservada das informações que
compõem o cadastro da Rede EAD, elas só podem ser disponibilizadas para as instituições
da segurança pública.” Isso inviabilizou a aplicação do questionário, mesmo para uma
reduzida amostra.
Uma vez que seu uso pode se dar de forma permanente e longitudinal, acompanhando
diversos eventos de qualificação profissional no âmbito do PRONASCI, sugere-se sua
utilização pelo legislativo, como ferramenta de avaliação dos resultados daquele programa
governamental, antecipando-se à tendência apontada por Inácio, Anastasia e Santos (MINAS
GERAIS, 2009).
Sugere-se, por outro lado a aplicação, pelo gestor da Rede EAD/SENASP no Distrito
Federal, da ferramenta de avaliação proposta nos participantes do curso em questão, para que
se possa checar sua validação e consistência interna, de modo que seja factível sua aplicação
em outros cursos patrocinados pelo PRONASCI na modalidade EAD.
REFERÊNCIAS
HOWLETT, M.; HAMESH, M. Studying Public Policy: Policy cycles and policy
subsystems. Ontario: Oxford University Press, 1995.
KIRKPATRICK, D. L. Evaluation of training. In: R L. Craig. Training and development
handbook. 2nd ed. pp.18.1-18.27. New York: McGraw Hill.
LEITE, S. (coord.), FLEXOR, G.; MEDEIROS, L.; DELGADO, N.G.; MALUF, R.
Avaliando a gestão de políticas agrícolas no Brasil: uma ênfase no papel dos policy
makers. Rio de Janeiro: CPDA/UFRRJ – CNPq, 2006. (Relatório de Pesquisa).
LIMA, Cirlane Maria Teixeira de. Formação policial civil e militar no Distrito
Federal: estudo de viabilidade de implantação de um núcleo comum de disciplinas integradas
na modalidade a distância. 2009. 208f. Dissertação (Mestrado Profissional em Tecnologia da
Informação e Comunicação na Formação em EAD) - Consórcio Universidade do Norte do
Paraná (UNOPAR) e Universidade Federal do Ceará (UFC), Londrina, 2009.
LOWI, Theodor J. American Business, Public Policy, Case-Studies, and Political. World
Politics. v. 16. n. 4 (jul/1964), p. 677-715.
MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de metodologia
científica. 6.ed. São Paulo: Atlas, 2005.
MINAS GERAIS. Assembleia Legislativa. Direcionamento Estratégico da ALMG 2010-
2020: mapeamento de tendências: mudanças e inovações no Poder Legislativo no Brasil e no
mundo. [Belo Horizonte], 2009. 85 p. Estudo realizado por Magna Inácio, Fátima Anastasia e
Fabiano Santos. Disponível em:
http://www2.almg.gov.br/hotsites/planejamento_estrategico/index.html. Acesso em: 13 set.
2010.
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA. Secretaria Nacional de Segurança Pública/SENASP: Matriz
Curricular Nacional Para a Formação em Segurança Pública. Brasília, 2008.
MIRANDA, Roberto C. R. Informações Estratégicas: estudo de caso aplicado à ECT.
Dissertação (Mestrado em Ciência da Informação). Brasília: UnB. Departamento de Ciência
da Informação e da Documentação, 1999.
NUNNALLY, Jum C. Psychometric theory. New York: McGraw-Hill, 1978
OLIVEIRA, A. S. S. Políticas de segurança e políticas de segurança pública: da teoria a
prática. In: GABINETE DE SEGURANÇA INSTITUCIONAL. Das políticas de segurança
pública às políticas públicas de segurança. São Paulo: Ilanud, 2002, p. 43-62. Disponível
em: <http://www.observatoriodeseguranca.org/files/livro-prevdocrime%20ILANUD.pdf>.
Acesso em: 22 out. 2010.
RODRIGUES, Rosângela Schwarz. Modelo de avaliação para cursos no ensino a
distância: estrutura, aplicação e avaliação. Dissertação de Mestrado (Engenharia de
Produção). Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 1998. Disponível em
<http://www.eps.ufsc.br/disserta98/roser/index.htm>. Acesso em 15 dez.2010
SANCHEZ. R.; HEENE, A. Reinventing Strategic Management: new theory and practice
for competence-based competition. European Management Journal. v.15, n.3, p. 303-317,
june 1997.
SOUZA, Celina. Políticas Públicas: uma revisão da literatura. Sociologias, Porto Alegre, ano
8, nº 16, jul/dez 2006, p. 20-45.
53
ANEXO 1
Curso considerado no modelo de questionário voltado para a Polícia Civil
do Distrito Federal, conforme Matriz Curricular Nacional
1. Análise Criminal - AC
ANEXO 2
Modelo do questionário eletrônico voltado para a Polícia Civil do Distrito
Federal
56
57
58
59
60
61
62
63