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Campus Brasília
Curso Superior de Tecnologia em Gestão Pública
BRASÍLIA – DF
2017
Instituto Federal de Brasília
Campus Brasília
Curso Superior de Tecnologia em Gestão Pública
BANCA EXAMINADORA:
_______________________________________________
Katia Guimarães Sousa Palomo
_______________________________________________
Jaqueline Thomazine Brocchi
_______________________________________________
Luciano Pereira da Silva
Brasília – DF
2017
AGRADECIMENTOS
(Henry Ford)
RESUMO
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 50
6
INTRODUÇÃO
1
Neste trabalho, o termo vulnerabilidade social será utilizado numa dimensão sociológica do capital
humano, segundo Atlas da Vulnerabilidade Social (IPEA, 2015).
7
2
Preventivo: porque atua na prevenção da criminalidade e marginalidade de crianças e adolescentes
do DF, conforme decreto 21.104/2000, incisos III e IV.
8
3
Aluno do Programa Bombeiro Mirim.
10
4
Divisão territorial do Distrito Federal.
11
5
Causas externas: fatores independentes do organismo humano, fatores que provocam lesões ou
agravamentos à saúde, levando à morte do indivíduo. Podem ser acidentais (mortes no trânsito,
quedas fatais, etc.) ou violentas (homicídios, suicídios, etc).
6
Causas naturais: indicativas de deterioração do organismo ou da saúde devido a doenças e/ou
envelhecimento.
12
Tabela 2. Evolução dos óbitos de crianças e adolescentes (0 a 19 anos) segundo causa. Brasil.
2010/2013.
Causas Externas
Total óbitos 0
Homicídios
Transporte
Acidentes
acidentes
a 19 anos
Suicídios
externas
externas
naturais
Causas
Causas
Outros
Outras
ANO
% Causas Externas
%Total óbitos
%Homicídios
%Acidentes
0 a 19 anos
%Suicídios
Transporte
acidentes
%Causas
%Causas
%Outros
externas
externas
%Outras
naturais
ANO
crianças e adolescentes passou de 709 em 2010 para 788, sendo que em 2012,
registrou-se 795 casos.
A seguir, os gráficos 1 e 2 ilustram a evolução da taxa de homicídios entre
2000 e 2013 e o crescimento da causa homicídio em comparação com as outras
causas.
Gráfico 1. Evolução das taxas de homicídio (por 100 mil) de crianças e adolescentes (0 a 19).
Brasil. 2000-2013.
Gráfico 2. Evolução das taxas de mortalidade (por 100 mil) por causas externas de crianças e
adolescentes de 0 a 19 anos. Brasil. 1980/2013.
Tabela 4. Óbitos e taxas de homicídio (por 100 mil) de adolescentes de 16 e 17 anos por UF.
Brasil. 2013.
UF Óbitos Taxa Posição quanto à taxa
Alagoas 189 147,0 1º
Espírito Santo 171 140,6 2º
Ceará 373 108,0 3º
Rio Grande do Norte 117 98,1 4º
Distrito Federal 76 83,3 5º
Goiás 183 83,1 6º
Rio de Janeiro 323 62,5 11º
Minas Gerais 359 51,2 16º
São Paulo 283 21,3 25º
Fonte: Mapa da Violência, Waiselfisz (2015). Com adaptações.
Tabela 6. Menores por prática de ato infracional por cidade- satélite (1º semestre 2012).
Região Ação, uso Lesão Ação tráfico Ameaça Roubo a Ação porte Total
administrativa e porte de corporal de drogas transeunte de arma
drogas dolosa
Brasília 124 73 78 32 34 12 353
São Sebastião 18 16 22 09 06 13 84
Paranoá 06 03 03 05 08 04 29
Itapoã 03 04 03 - 02 06 18
Varjão do Torto 07 01 - 04 01 01 14
Lago Norte 02 01 - 03 - - 06
Lago Sul 01 02 - 02 - - 05
Outras cidades do DF 425 244 190 223 210 195 1487
Total 586 344 296 278 261 231 1996
Tabela 8. Número de jovens atendidos por tipo de medida socioeducativa e faixa etária, com
7 8
médias e desvios padrões para o número de jovens sob a medida por mês .
Medidas Socioeducativas 12 a 14 anos 15 a 17 anos Total
Liberdade assistida Média por mês 72,08 1090,33 1162,41
Desvio Padrão 6,91 82,37 89,28
Semiliberdade Média por mês 2,00 54,58 56,58
Desvio Padrão 0,85 6,97 7,82
Internação provisória Média por mês 23,33 147,5 170,83
Desvio Padrão 5,05 19,04 24,09
Internação Média por mês 7,33 258,67 266,00
Desvio Padrão 3,65 30,31 33,96
Total Média por mês 104,75 1551,08 1655,83
Desvio Padrão 10,77 105,46 116,23
Fonte: Codeplan (2012)
7
O desvio padrão indica a variação do número de jovens atendidos em cada um dos 12 meses de
2011 em torno da média mensal de atendimentos.
8
Não foram obtidos dados quanto às sanções de advertência, obrigação de reparar o dano e
prestação de serviços à comunidade.
17
9
Trabalho de reorientação do Governo do DF constitui uma nova linha da Codeplan para diagnosticar
e avaliar as políticas públicas voltadas para crianças e adolescentes do DF.
18
ANO Nº HOMICÍDIOS
2015 3.816
2020 4.284
2025 4.751
2030 5.218
2035 5.686
2040 6.153
Fonte: Mapa da Violência, página 19, Waiselfisz (2015). Com adaptações.
10
Previsão pelo método dos mínimos quadrados com os dados de número de homicídios da Tabela
2.4, página 18 do Mapa da Violência 2015. Adolescentes de 16 e 17 anos do Brasil.
19
1.3 Objetivos
1.4 Justificativa
Esse modelo ainda é pouco utilizado, por isso o foco desse trabalho é mostrar as
vantagens dessa ferramenta para a avaliação de políticas públicas, priorizando
principalmente a relação de causalidade entre o problema e o efeito produzido.
Por fim, como contribuição social, o modelo proposto neste estudo facilita a
possibilidade de participação cidadã ao longo do processo da política pública, pois a
visualização geral e a sistematização das ações governamentais permite identificar
falhas e vantagens ao longo do ciclo. Isso contribui para uma gestão mais
democrática, além da transparência no gasto público com o projeto.
22
2. REFERENCIAL TEÓRICO
Secchi (2010) afirma que uma política pública deve ser composta por fases
sequenciais e interdependentes. Para esse autor, toda política pública deve
obedecer11 ao ciclo das políticas públicas, que são identificação do problema,
formação da agenda, formulação de alternativas, tomada de decisão,
implementação, avaliação e extinção.
No processo elencado, deve-se relatar uma etapa primordial e, que é o alvo
desse trabalho, a avaliação da política pública. De acordo com Castro et al (2002), A
política pública é um processo cíclico e não linear, o que significa levar em conta os
efeitos retroalimentadores que a implementação possa ter sobre a formulação e o
desenho das políticas.
11
Segundo Secchi, apesar de sua utilidade heurística (atalho mental), o ciclo de políticas públicas
raramente reflete a real dinâmica da vida de uma política pública.
23
Uma das formas de combater esses problemas seria por meio de políticas
públicas preventivas que privilegiassem esse público alvo. Neste contexto, deve-se
pensar em programas sociais que contemplem crianças, adolescentes e famílias em
situação de vulnerabilidade social.
2.2 Avaliação
12
. Neste trabalho, refere-se à responsabilidade com ética e remete à obrigação, à transparência, de
membros de um órgão administrativo ou representativo de prestar contas a instâncias controladoras
ou a seus representados.
27
3. METODOLOGIA DE PESQUISA
3.2 Universo
Outro meio utilizado para a coleta de dados foi a entrevista (Apêndice) com o
coordenador e a observação. Esses instrumentos foram primordiais para verificar as
vantagens e desvantagens na utilização da ferramenta lógica, bem como direcionar
e desenhar o Programa para os resultados a que se pretende alcançar.
34
13
Ver detalhes em CASSIOLATO, Marta; GUERESI, Simone. Como elaborar um modelo lógico:
roteiro para formular programas e organizar avaliação. Brasília, setembro, 2010. Páginas 22 à 25:
Procedimentos para Modelo lógico de Programas existentes.
35
A última etapa “validação do modelo lógico” não foi explorada nesta pesquisa,
devido a necessidade da participação e julgamento dos integrantes da equipe
gerencial. A sugestão é que seja realizada uma oficina para a exposição dos
recursos e técnicas utilizados, visualização do modelo, registro de lacunas e
inconsistências. O objetivo principal é que se crie um clima para a participação e
36
Apesar de o trabalho ter limitação para aprofundar nesta última etapa, isso
fica como sugestão para futuras lacunas de pesquisa na área.
14
Os desafios foram retirados da entrevista com o coordenador do Programa, conforme Apêndice,
item 9.
38
15
Os descritores cumprem o papel de enumerar de forma clara os fatos que mostram que o problema
existe e tornam mais preciso o enunciado do problema, para que o mesmo possa ser verificável por
meio da enumeração dos fatos que o evidenciam.(descrição do problema).
39
O Programa Bombeiro Mirim foi criado com base na Lei 2.449 de 1999. Entre
os objetivos do Programa, citado no artigo 2º dessa lei, estão:
16
I - proporcionar a integração entre a corporação , a família e a comunidade;
II - ocupar os menores com atividades cívicas, sócio-culturais, esportivas e
recreativas;
III - orientar os brigadinos sobre o exercício da cidadania;
IV - orientar os brigadinos com noções de primeiros socorros, legislação de
trânsito, prevenção de acidentes e doenças sexualmente transmissíveis,
ecologia e meio ambiente.
16
Refere-se ao Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (organização que mantém o Programa
Bombeiro Mirim).
40
Aumento da GERAL
criminalidade PÚBLICO ALVO Fornecer aos Brigadinos
infanto-juvenil. a oportunidade de
Crianças e completar sua educação,
adolescentes através do desempenho
carentes de 07 a de práticas
Aumento de
Crianças e 14 anos, suplementares ao
crianças e
adolescentes expostos ao processo educativo,
adolescentes no
expostos à risco social. facultando aos mesmos
envolvimento e
situação de um desenvolvimento
uso de drogas.
vulnerabilidade mental, moral, social e
social. BENEFICIÁRIOS físico, preparando-os
para o exercício pleno
Ociosidade de Crianças e
de cidadania.
crianças e adolescentes
adolescentes no atendidos pelo
contraturno Programa ESPECÍFICOS
escolar. Bombeiro Mirim § Ocupar os Brigadinos
com atividades cívicas,
socioculturais,
esportivas e
recreativas;
§ Orientar os Brigadinos
em disciplinas
temáticas e militares;
§ Pôr em disponibilidade
dos Brigadinos opções
de lazer como forma
de prevenção à
criminalidade infanto-
juvenil;
§ Encaminhar o
Brigadino para os
diversos cursos
profissionalizantes, em
conformidade com as
vocações despertadas;
§ Contribuir com a
função do Estado, no
sentido de garantir e
exercitar os direitos e
deveres fundamentais
da criança e do
adolescente previstos
na Constituição
Federal e no Estatuto
da Criança e do
Adolescente.
17
Observações.: A constatação do problema se deu por meio de pesquisa e observação. O objetivo
geral, os objetivos específicos, público-alvo, beneficiários: foram retirados da Lei 2.449 e Decreto
21.104. Os critérios de priorização foram retirados do regimento interno do Programa.
41
•Bombeiros Militares •Realizar parcerias para •Parceria realizada para •Capacitação dos
Instrutores (com capacitação dos capacitação dos bombeiros militares que
formação em educação bombeiros militares que bombeiros (UnB). atuam diretamente no •Melhoria da imagem do
física e pedagógica). atuam no Programa. Programa. Corpo de Bombeiros.
• Semana pedagógica
• Bombeiro Militares para • Realizar a semana realizada no recesso • Unidades do Programa •Melhoria no convívio, na
planejamento, pedagógica para escolar (julho). Bombeiro Mirim integração social e na
desenvolvimento e capacitação dos abastecidas com autoestima dos
•Encaminhamento de
pesquisa. Bombeiro Militares que materiais esportivos e participantes.
adolescentes para o 1º
atuam no Programa. suplementares.
•Menor aprendiz do emprego via convênio •Aumento do número de
Projeto Jovem •Receber menor aprendiz com o GDF – Programa •Unidades do Programa crianças e adolescentes
Candango. vinculado ao convênio Jovem Candango. Os Bombeiro Mirim em com consciência cidadã e
com o GDF - Projeto jovens realizam serviços funcionamento social.
•Material para lanche administrativos nas atendendo as crianças e
(leite, seus derivados e Jovem Candango.
unidades do Programa adolescentes. •Melhoria do rendimento
pão). •Receber recursos (lanche) Bombeiro Mirim. escolar dos alunos.
do convênio com o GDF. •Crianças mantidas e
•Kit Uniforme. •Receber recursos (lanche) assistidas pelo programa. •Diminuição da
•Kit Pedagógico. •Receber recursos do do convênio com o GDF. criminalidade e
Corpo de Bombeiros para •Melhoria do rendimento marginalidade infanto-
•Material para a aquisição de uniformes, •Oferta de alimentação escolar dos alunos. juvenil.
publicidade (banner, de kits pedagógicos e de (pão, leite e derivados).
•Direitos respeitados de
placas, panfletos, etc.). materiais esportivos. •Oferta de uniformes e crianças e adolescentes.
•Espaço em unidades dos •Realizar a manutenção da materiais pedagógicos.
mão de obra, estrutura física, verba CBMDF, lanche (GDF), parcerias e colaboradores.
famílias dos beneficiários, famílias e comunidade.
completar sua trabalhos de complemen-
educação por tação à educação formal.
orientação à pesquisa.
Figura 3. Proposta de Modelo Lógico para o Programa Bombeiro Mirim do Paranoá
RECURSOS:
MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO
45
46
5. CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES
alinhado com seus objetivos, pois as suas ações, muitas vezes, não estão voltadas
para a solução das causas do problema. Outro problema é a carência de recursos e
dificuldades de parceria para um melhor direcionamento do Programa que existe na
teoria, mas não ocorre na prática.
Além disso, esse Programa não tem explorado totalmente os fatores favoráveis do
contexto e nem considerado os aspectos desfavoráveis.
Sendo assim, observa-se que a ferramenta do modelo lógico foi de extrema
importância para a sistematização, desenho e direcionamento do Programa
Bombeiro Mirim, além de detectar que ele apresenta falhas e deficiências quanto ao
desempenho e resultados esperados. Cabe também relatar que a pesquisa
apresenta limitação quanto à checagem e validação do modelo lógico, visto serem
atividades que demandam tempo e envolvimento de toda equipe gerencial. Neste
sentido, esse trabalho serve como lacuna de pesquisa para futuras investigações
avaliativas relacionadas com desempenho, sustentabilidade, aprendizagem e
responsabilidade social das organizações.
50
REFERÊNCIAS
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avaliação de políticas. Pensamento estratégico, planejamento governamental e
desenvolvimento no Brasil contemporâneo. Livro 1. Brasília: Ipea, 2015.
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descrição e caracterização da política social. Brasília 05/2002.
CASSIOLATO, Marta; GUERESI, Simone. Como elaborar um modelo lógico: roteiro para
fomular programas e organizar avaliação. Brasília, setembro, 2010.
CERQUEIRA, Daniel et al. Atlas da violência 2016. Brasília: IPEA nº 17, Março/2016.
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WU, Xun; RAMESH, M.; HOWLETT, Michael; e FRITZEN, Scott. Guia de Políticas
Públicas: Gerenciando Processos; Brasília, Enap – 2014. Tradutor: Ricardo Avelar de
Souza – Pangea Centro deTradução, Interpretação e Idiomas Ltda.
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APÊNDICE