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2020 – 2021 S1
Cálculo II
Patrícia Xufre
Pedro Chaves
Exame Normal
Nº:
1
Cálculo II 2020 – 2021 S1
Exame Normal
3. (6 val) Lembra-se da Chloe, da Vida Secreta dos Nosso Bichos? Pois é, ela está cada vez mais preguiçosa,
logo mais redonda também. Porém, nada a demove da ideia de passar o dia a dormitar entre o frigorífico
e a televisão. Por isso, pede ajuda à Gigi e ao Max para encontrar o melhor spot da casa para colocar a
sua cama. Como a sua prioridade é comer, o seu objetivo é encontrar o lugar da casa que minimiza a distância
ao frigorífico. A Gigi e o Max decidem que o melhor é representar a planta da casa no 1º quadrante de um
referencial cartesiano. Marcam a posição do frigorífico com uma fotografia, e pintam a cinzento 𝐴, a área
onde, dada a disposição dos móveis, a Chloe pode estar, se quiser ver televisão. Os segmentos de reta 𝑟 e
𝑠 estão contidos nas retas de equação, respetivamente, 3𝑥 + 2𝑦 = 156 e 2𝑥 + 3𝑦 = 78.
2
Cálculo II 2020 – 2021 S1
Exame Normal
Tópicos Correção
1.
a.
• Explicar porque 𝑓 é diferenciável, pelo que o teorema dos acréscimos finitos se aplica a 𝑓 em 𝐿 =
{∈ ℝ2 : (𝑥, 𝑦) = (1 − 𝜆)(0,0) + 𝜆(2,2) ∧ 𝜆 ∈ [0,1]}
• Mostrar que ∃𝑐 ∈ 𝐿 ∖ {{0,0}, {2,2}}: ∇𝑓 (𝑐) ⋅ (2,2) = 0
• Concluir que 𝑐 é perpendicular a (2,2), logo perpendicular à reta de equação 𝑦 = 𝑥
b.
(i)
• Explicar porque 𝑔 é de classe 𝐶 1 em (1,1)
2 1
• Mostrar que 𝐽𝑔 (1,1) = [ ]
1 1
• Mostrar que |𝐽𝑔 (1,1)| = 1 ≠ 0
(ii)
• Explicar porque 𝑖 é diferenciável
• Mostrar que 𝑔(1,1) = (3,3)
1 −1
• Mostrar que 𝐽ℎ (3,3) = [ ]
−1 2
• Mostrar que 𝑖𝑢′ (3,3) = −1 ≠ 0 ou que 𝑖𝑣′ (3,3) = 1 ≠ 0, pelo que (3,3) não é ponto de estacionaridade de 𝑖
• Concluir que (3,3) não é extremante de 𝑖
2.
a.
• Mostrar que 𝐹 é diferenciável e que 𝐹𝑥′ , 𝐹𝑦′ e 𝐹𝑧′ são diferenciáveis e homogéneas de grau 1
• Mostrar que ∇𝐹 (1,2,3) = (1,1, −1)
• Explicar porque a identidade de Euler se aplica a 𝐹 em (1,2,3) e mostrar que 𝐹(1,2,3) = 0
• Explicar porque 𝐹 é de classe 𝐶 3 em (1,2,3)
• Dizer que |𝐽𝑧𝐹 (1,2,3)| = −1 ≠ 0
3
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b.
• Explicar porque 𝑓(1,2) = 3
• Mostrar que ∇𝑓 (1,2) = (1,1)
• Mostrar que 𝑔(𝑥, 𝑦) = 𝑥 + 𝑦
• Resolver o problema, mostrando que o único ponto de estacionaridade da função ℎ: ℝ → ℝ, definida por
9−𝑥2
ℎ(𝑥) = 𝑔 (𝑥,
2
) é 1, que ℎ′′ (1) = −1 < 0, e que ℎ(1) = 5
• Alternativamente, mostrar que os único ponto de estacionaridade da função ℒ: ℝ3 → ℝ, definida por
1 1
̅ (1 , 1,4)| = 4 > 0 e
ℒ(𝜆, 𝑥, 𝑦) = 𝑥 + 𝑦 + 𝜆(9 − 𝑥 2 − 2𝑦) é ( , 1,4), que |𝐻ℒ ( , 1,4)| = 4 > 0 ou que |𝐻
2 2 2
que 𝑓(1,4) = 5
9 𝑥2
• Alternativamente, representar graficamente a curva de equação 𝑦 = 2 − 2
, o conjunto de retas de equação
𝑦 = 𝑘 − 𝑥, com 𝑘 ∈ ℝ, e mostrar que a primeira curva é tangente a uma reta do segundo conjunto em (1,4),
que esta curva está associada a um 𝑘 superior àqueles a que todas as outras retas do conjunto que intersetam
a curva estão associadas e que 𝑓(1,4) = 5
c.
1
• Mostrar que ′′ (𝑥,
𝑓𝑥𝑥 𝑦) = − 2
′′
((𝐹𝑥𝑥 ′′
(𝑥, 𝑦, 𝑓(𝑥, 𝑦)) + 𝐹𝑥𝑧 (𝑥, 𝑦, 𝑓(𝑥, 𝑦)) ⋅ 𝑓𝑥′ (𝑥, 𝑦)) ⋅
(𝐹𝑧′ (𝑥,𝑦,𝑓(𝑥,𝑦)))
• ′′ (1,2)
Mostrar que 𝑓𝑥𝑥 ′′ (1,2,3)
= 3 + 𝐹𝑥𝑧 ′′ (1,2,3)
+ 𝐹𝑧𝑥 ′′ (1,2,3)
+ 𝐹𝑧𝑧
• ′′ (1,2,3)
Explicar porque 𝐹𝑥𝑧 ′′ (1,2,3)
= 𝐹𝑧𝑥
• Explicar porque a identidade de Euler se aplica a 𝐹𝑥′ em (1,2,3) e mostrar que isso implica que 𝐹𝑥𝑧
′′ (1,2,3)
=0
• Explicar porque a identidade de Euler se aplica a 𝐹𝑧′ em (1,2,3) e mostrar que isso implica que 𝐹𝑧𝑧
′′ (1,2,3)
=1
• ′′ (1,2)
Concluir que 𝑓𝑥𝑥 =4
• Explicar porque 𝑓 é de classe 𝐶 3 em (1,2) e mostrar que isso implica que o polinómio de Taylor que aproxima
𝑓 numa vizinhança de (1,2) é 𝑥 + 𝑦 + 2(𝑥 − 1)2
3.
a.
• Dizer que 𝑥 e 𝑦 representam as entradas do ponto onde a Gigi vai colocar a sua cama
• Formalizar o seguinte problema:
𝑥 ≥ 0
𝑦 ≥ 0
ℙ: min𝑥,𝑦 𝑑 2 (𝑥, 𝑦) = ‖(𝑥, 𝑦) − (52,52)‖2 𝑠. 𝑎 {
2𝑥 + 3𝑦 ≥ 78
3𝑥 + 2𝑦 ≤ 156
• Dizer que as variáveis de decisão são 𝑥 e 𝑦, a função objetivo é 𝑑 2, e as restrições são 𝑥 ≥ 0, 𝑦 ≥ 0, 2𝑥 +
3𝑦 ≥ 78 e 3𝑥 + 2𝑦 ≤ 156
4
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b.
• Escrever a expressão geral da função lagrangiana de ℙ: ℒ(𝑥, 𝑦, 𝜆1 , 𝜆2 ) = (𝑥 − 52)2 + (𝑦 − 52)2 +
𝜆1 (78 − 2𝑥 − 3𝑦) + 𝜆2 (156 − 3𝑥 − 2𝑦)
• Escrever as condições de Karush – Kuhn – Tucker de ℙ:
2𝑥 − 104 − 2𝜆1 − 3𝜆2 ≥ 0 ∧ 𝑥 ≥ 0 ∧ 𝑥(2𝑥 − 104 − 2𝜆1 − 3𝜆2 ) = 0
2𝑦 − 104 − 3𝜆1 − 2𝜆2 ≥ 0 ∧ 𝑦 ≥ 0 ∧ 𝑦(2𝑦 − 104 − 3𝜆1 − 2𝜆2 ) = 0
𝕂𝕂𝕋:
2𝑥 + 3𝑦 ≥ 78 ∧ 𝜆1 ≥ 0 ∧ 𝜆1 (78 − 2𝑥 − 3𝑦) = 0
{ 3𝑥 + 2𝑦 ≤ 156 ∧ 𝜆2 ≤ 0 ∧ 𝜆2 (156 − 3𝑥 − 2𝑦) = 0
c. Explicar que as funções das restrições são lineares e, por isso, o teorema da necessidade aplica-se a ℙ
e qualquer minimizante de ℙ é, em conjunto com certos multiplicadores de Lagrange, uma solução de
𝕂𝕂𝕋
d.
2𝑥 − 104 − 2𝜆1 − 3𝜆2 = 0
2𝑦 − 104 − 3𝜆1 − 2𝜆2 = 0
• Resolver o sistema de equações e concluir que (𝑥 ∗ , 𝑦 ∗ , 𝜆1∗ , 𝜆∗2 ) =
𝜆1 = 0
{ 3𝑥 + 2𝑦 = 156
(28,36,0, −16)
• Confirmar que (28,36,0, −16) é uma solução de 𝕂𝕂𝕋
e.
• Mostrar que 𝑑 2 é diferenciável e estritamente convexa
• Explicar porque a função da restrição de menor ou igual é diferenciável e convexa e a função da restrição de
maior ou igual é diferenciável e côncava
• Concluir que o teorema da suficiência se aplica estritamente a ℙ, pelo que (𝑥 ∗ , 𝑦 ∗ ) = (28,36) é um minimizante
global estrito de ℙ
f.
• Escrever a expressão geral da função lagrangiana de ℙ, com o coeficiente de 𝑥 da equação de 𝑟 como um
parâmetro: ℒ(𝛼, 𝑥, 𝑦, 𝜆1 , 𝜆2 ) = (𝑥 − 52)2 + (𝑦 − 52)2 + 𝜆1 (78 − 2𝑥 − 3𝑦) + 𝜆2 (156 − 𝛼𝑥 − 2𝑦)
• Mostrar que ℒ𝛼′ (28,36,0, −16) = 448
∗
• Concluir que Δ4−3 𝑑 2 (3) ≈ 448
∗′
∗ ′ (3) 𝑑2 (3) 28
• Alternativamente, mostrar que 𝑑 = , o que implica que Δ4−3 𝑑 ∗ (3) ≈ √13
2∗ 13
2√𝑑 (3)
4.
a.
• Explicar porque ℎ é diferenciável
• Explicar porque 𝑓 é contínua, pelo que o teorema fundamental do Cálculo se aplica a 𝑔
• Mostrar que ∇𝑔 (𝑥, 𝑦) = (𝑦𝑓(𝑥𝑦), 𝑥𝑓(𝑥𝑦))
• Mostrar que (0,0) é o único ponto de estacionaridade de 𝑔
0 𝑓(0)
• Mostrar que 𝐻𝑔 (0,0) = [ ]
𝑓(0) 0
• Mostrar que 𝐻𝑔 (0,0) é indefinida, pelo que (0,0) não é um extremante de 𝑔
5
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b.
• Mostrar, recorrendo à primitivação por partes, que 𝑔(1,1) = 1
• Mostrar que ∇𝑔 (1,1) = (𝑒, 𝑒)
• Explicar porque 𝑔 é de classe 𝐶 2 em (1,1) e mostrar que isso implica que o polinómio de Taylor que aproxima
𝑓 numa vizinhança de (1,2) é 1 + 𝑒(𝑥 − 1) + 𝑒(𝑦 − 1)
c.
4 4 𝑚2
• Mostrar que ∫0 𝑔(𝑚, 𝑚) 𝑑𝑚 = ∫0 ∫0 𝑘(𝑡, 𝑚) 𝑑𝑡 𝑑𝑚, com 𝑘(𝑡, 𝑚) = 𝑓(𝑡)
4 𝑚2
• Explicar porque 𝑘 é positiva e que isso implica que ∫0 ∫0 𝑘(𝑡, 𝑚) 𝑑𝑡 𝑑𝑚 é o volume da região entre o gráfico
de 𝑘 e o plano 𝑥𝑂𝑦, em {(𝑡, 𝑚) ∈ ℝ2 : 0 ≤ 𝑚 ≤ 4 ∧ 0 ≤ 𝑡 ≤ 𝑚2 }
4 𝑚2 16 4
• Mostrar que ∫0 ∫0 𝑘(𝑡, 𝑚) 𝑑𝑡 𝑑𝑚 = ∫0 ∫√𝑡 𝑘(𝑡, 𝑚) 𝑑𝑚 𝑑𝑡
d.
1
• Mostrar, recorrendo à primitivação por substituição que, se 𝑡 = ln 𝑎, ∫ 𝑓′′ (𝑡) 𝑑𝑡 = ∫ 𝑑𝑎
𝑎2 +𝑎3
1 1 1 1
• Mostrar, recorrendo ao método dos coeficientes indeterminados, que =− + +
𝑎2 +𝑎3 𝑎 𝑎2 𝑎+1
1 1 1 1
• Mostrar, recorrendo a primitivação direta, que, se 𝑎 = 𝑒 𝑡 , ∫ (− 𝑎 + 𝑎2 + 𝑎+1) 𝑑𝑎 = ln(𝑒 𝑡 + 1) − 𝑡 − 𝑒 𝑡 + 𝐶
1
• Mostrar, recorrendo ao facto de 𝑓′ (0) = ln 2, que 𝑓′(𝑡) = ln(𝑒 𝑡 + 1) − 𝑡 − 𝑒 𝑡 + 1
5.
(𝑥,𝑦)
• Explicar que, se (𝑥, 𝑦) ∈ ℝ2 ∖ {(0,0)} e (̂
𝑥, 𝑦) = , então ‖(̂
𝑥, 𝑦)‖ = 1
‖(𝑥,𝑦)‖
• Mostrar que, sendo 𝑓 homogénea, ∀(𝑥, 𝑦) ∈ ℝ2 ∖ {(0,0)}, 𝑓(𝑥, 𝑦) > 0 > −𝑓(𝑥, 𝑦)
• Explicar porque, sendo 𝑓 contínua, 𝑓(0,0) ≥ 0 ≥ −𝑓(0,0)
• Explicar porque ∀𝑎 ∈ ℝ, (𝑏1 , 𝑏2 ∈ ℝ: 𝑏1 < 𝑏2 ), 𝑔(𝑎, 𝑏1 ) < 𝑔(𝑎, 𝑏2 )
• Explicar porque 𝑔 não tem minimizantes nem maximizantes globais