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Princípios de Comunicação
(Modulação Angular)
1 - Modulação Angular
1.1 Modulação em fase
1.2 Modulação em freg_uência
1.3 Modulação por um único tom
1.3.1 Em fase
1.3.2 Em freg_uência
2 - Espectro de um sinal FM
2.1 Potência de um sinal FM
2.2 Largura de faixa de um sinal FM
2.3 Modulação com faixa estreita
4 - Detetores de FM
4.1 Detetor Travis ou Discriminador diferencial
4.2 Discriminador Foster-Seeley
4.3 Detetor de Relação
4.4 Demodulação FM com Phase Locked Loôp
4.4.1 Princ~pio de operação do PLL.
4.4.2 Modelo Matemático
4.4.3 Análise no dominio da freg_uência
4.4.4 O PLL como demodulador de FJ!i[
4.4.5 Estudo do comportamento do Sistema
4.4.6 Eg_uação de malha para alguns filtros
4•4•7 Algumas considerações de projeto
4.4.8 Exemplo de Projeto
4.5 Deteção Digital de FM
4.6 Detetor de Quadratura
4.6.1 Detetor de coincidencia usando porta E.
- 1 -
5 - Receptores de FM
5-l Amplificador de RF
5.2 Conversor de frequência
5.3 Amplificador de FI
5·4 Limitador
5.5 Discriminador
5.6 Controle automático de frequência (CAF)
5.7 Pré-ênfase e de-ênfase
6 - FM estéreo
6.1 Introdução / transmissão
6.2 Recepção estereofÔnica
6.3 Decodificador de FM estéreo utilizando circuito integrado
- 2 -
1. :MODULAÇÃO .ANGULAR
- 3 -
Assim a frequência instantânea do sinal PM fica dada :por:
1 à:8i(t) 1 ~(t)
i'i(t) = = fc + K
2fl' dt :p dt
21Y
~ uma for~
de modulação angular, na qual a frequência an-
gular instantânea wi(t) é igual à frequência da portadora não modu-
lada mais uma componente variante no tem:po que é :pro:poarcional ao
sinal modulante aplicado.
ou w.(t)
l.
= wc + 21'fk..,m(t)
...
- 4 -
As formas de onda da figura seguinte mostram uma portadora
modulada em frequência e em fase por um tom de audio senoidal. Oose~
ve que a distinção entre a modulação em frequência e em fase só pode
ser feita quando comparamos com o sinal modulante.
r. ~
r~
' ~
I l\ (\ \ ' '\ r\
',j \
vvI \ \
!
~ \, Jv vv l \
- 5 -
1.3. Modulação por um único tom.
onde:
+ 2'1'1' k-A
rm
cos2'll' f t = w
.m 0
onde:
6.1: = é chamado de desvio de frequência,
.
e representa o ma-
ximo deslocamento de frequênoia do sinal fll a partir da freg_uêncià
da portadora • Note que o desvio de frequência é proporcional à ampl!
tude do sinal modulante, mas é independente da freg_uência deste ·sinal.
O ângulo de fase instantâneo do sinal FM será dada por:
6 1 (t) --~t
0 w1 (t)dt = w0 t + 2Wât senwmt
2'11 fm
~ FM = I =
- 6 -
Dependendo do valor do fndice de modulação ~odemoa ter dóis
casos de modulação em frequência.
a) FM de faixa estreita mf ~equeno com~arado com um radiano (mf~0,2)
o) FM d.e faixa larga. mf grande com~axa.do com um radiano.
- 7-
l
e wenO.o terell!Os:
1
21Y
Jn(m:r) ~ n rn l!
= ( '""'2""') -
(~/2)2
l!(n+l)!
.,.
Czn:r/2) 4
2!(n+2)!
(~/2)6
3!(n+3)! + ···]
l
portanto An = Jn(m:r)
- 8 -
TAllELA DAS FUNÇ0ES DE BESSEL DE PRIJ.IEIRA ESPIWIE
o.oo 1.00 - - M
- - - - - - - --
- - - -
0.25 0.98 0.12 - - - - - - - - -
- - -
0.3 0.94 0.24 0.03 - - - -
1.0 0,77 0,44 o.u 0.02 - - - - - -
1.5
2.0
0.51
0,22
Oo56
o.sa
0.23 o.o6 o.o1
0.35 0.13 o.o3
- - - - - - - - -
- - - - - - - -
- - -
"' 2.5 -0.05 0.50 0.45 0.22 0.07 0.02
3.0 -0,26 0.34 0.49 0.31 0.12 0.04 o.o1
4·0 -0.40 -0.07 0.36 0.43 0.28 0.13 0.03 0,02
5.0 -0.16 -0.33 0,05 0.36 0.39 0.26 0.1) o.o5 .o.o2
6.0 0.15 -0.28 -0.24 o.n 0,)6 0.36 0.25 0.13 0.06 0.02
1·0 0.30 o.oo -0.30 -0.17 0,16 0.35 0.34 0.23 0.13 o.o6 0.02 - -- - -
-
- -
a. o 0.17 0,23 -0.11 -0.29 -0.10 0.19 o.34 0.32 0.22 0.13 o.o~ o.o3 - -
--
9.0 -0.09 0.24 Ool4 -0,18 -0.27 -0.06 0,20 0.33 0.30 0.21 0,12 o.o6 0,03 o.o1 - -
w.o -0.25
12.0 o.o5
0.04
-o.22
0.25
-o.oa
o.o6 -o.22 -0.23 -o.o1 0,22
0.20 0.18 -0.07 -0.24 -0.17
0.31
0.05
0.29
0.23
0.20
0.30
0.12
0.27
0,06
0.20
0.03
0.12
o.o1
0.07
-
0.03
-
o.o1
15.0 -0.01 0.21 0.04 -0.19 -0.12 0.13 0.21 0,03 -0.17 -0.22 -0,09 0.10 0.24 0,28 0,25 0.16 0,12
A equação para o sinal F1J torna-se portanto:
s(t) = Re [A c ejwct
L .Jn(~). ejnwmtl
n=-00 ~
00
= .A.c Re
[L n=-00
Jn(m:r) ej(•o + "'•)']
= Ao .
L
n=-OO
Jn(mi') cos ( w0 + nwm Jt
s(i') = .A.c
2
·Ln:c-oo
f c- 3 fm fc-fm
--------r-----7fc--~2~f~m-----.-------f~cL-----fc--+~fm----7
fc--+7
27fm--~f~c~+~3~f~m----- f
- 10 -
2.1. Potência de um sinal FM
s(t) = A0 • L
n=-oo
Jn(lllt').eos [ w0 + nwm J·t
e va.l.e:
A 2
p = c
2
onde:
2
Ac é a potência média de cada faixa lateral
2
- 11 -
Com o aumento do indioe de modulação mais a mais potência é
trans~erida para as fre~uências laterais, aumentando assim suas ampli
a) -m~ =O
f
fc
' I I I I I I I I
fc
....roE ....E
({)
....E
I
....+E
~
E
-E
ro
I
u
'+-
I
....u -u
2.6 F
....u u
.,__ +u
....
BT
o) mf = 10 e ~m = 7,5 KE:z
21l. f= 150KHz
I
illlilllilllilllil li fc
1 i
B=210KHz
- 12 -
d) ~ = 2 rm = lOKRz 1Af=40K I
II I I I
fc
8=80 KHz
,
e produzida.,
Para mr = 5 e :fm = 15 KRz .1'!.{2 = 75KRz
Pela tabela das funções de Bessel, para m:r = 5 até a componente
de s~ ordem é produzida com amplitude maior que 1% da portadora não
modulada. O coeficiente de Bessel s (mf) é bem menor do que 0,01 de
9
modo a ser considerado despres!vel.
Através da tabela de funções de Bessel podemos notar que o número
de componentes significativas maior do que 1% da unidade, aumenta com
o Índice de modulação e, diminue com o aumento da frequência do sinal
modulante, mantendo a amplitude do sinal de audio constante.
- 13 -
Pode~os
também definir uma largura de faixa como aquela que trans-
mite todas as faixas laterais cuja amplitude seja maior do que 1% da
portadora não modulada. Assim=
.BT = 2.nmax fm
0,1 2
0,3 4
0,5 4
1.0 6
2.0 8
5·0 16
10.0 28
20.0 50
30.0 70
- 14 -
A largura de fa:i.xa para a transmissão usando a regra de Carlson
#
sera:
=180KHz
16 X 15 = 240 KHz
200KHz
f c~
Jo(m.r)~ l
ass:im:
Jl (mf) ~ mf/2
Jn(mf) = 0 1
- 15 -
Ac
Espectro do sinal
mfAc
1 f
fc-fm !c fc fm
-mfAc
MODULADOR
-
m (t)
INTEGRADOR DE
PRODUTO
+ s(t)
AcsenWc t
DESLOCADOR
PORTADORA
DE FASE 90°
-
dada por:
- 16 -
;}Wm
~Wm
FM
CLS
sina I MODULADOR DE
MULTIPLICADOR s (t)
INTEGRADOR FASE DE FAIXA
modulante SI (t) DE FREQUENCIA sinal FM
ESTREITA
OSCILADOR
A CRISTAL
- 17 -
seja. s 1 (t) a. sa.ida do modulad.or de fase,
s 1 (t) = ~ cos [2Trflt + 2'!Íkf ): m(t) dtJ
onde:
fl: freg_uência do oscilador a cristal
k!': constante
- 18 -
Para produzirmos na saida do transmissor o máximo desvio de fre-
quênoia de 75KHz, devemos fazer uma multiplicação total de frequên -
aia por 3000. Contudo se fizermos isso di:t·e·bamente, a frequência da
portadora, será muito maior do que o valor desejado, que é 90MHz. Pa
ra evitarmos isso, usamos dois estágios de multiplicação de frequên-
oia com estágio intermediário de conversao, como mostra o d5.agrama -
abaixo onde: f
nl , n2 =
6 f
. 75000
= 3000
6 1 25
~·~-~ -···~·~·~··~
m(t)
-- M®U~AVOR
J>E FASE
FAI )<A
õSTREITA
MULTIPLICA
DE
l'RE~UENCit\
n1
@
.::::._
.
MISTUI(ADOil
® MtJLIIPLICAl:ül(
DI'
HEQ\JENGIA
n2
OSCILAJXR ()S(.l~ADOR
A A
C.í<ISTI),L C!< i,;TAL
- 19 -
3.2. Mêtodo direto
L~
c (t)
A frequência de oscilação do oscilador acima é dada por:
1
:ti(t) = :ro
[1 + ~c cos2~ i'mt
J-1/2
o
onde f o = 1
211 vc~ + L2) co '
sendo ..6.c
co
- 20 -
A expressão para fi(t) pode ser aproximada por:
b.c teremos:
2 co
O modulador de reatânoia é
meio muito popular para geração de
um
ondas PM. Considere o circuito da .figura abaixo.:
c
e R Reatância Equivalente
- 21 -
Se os valores de R e C forem escolhidos de tal forma ~ue
portanto teremos:
C6 q = gm. RC
Portanto a impedância Z pode ser vista como uma capaoitância ,
cujo valor é dado acima. Caso a transcondutância gm variar com a
tensão de ga.te aplicada a capacitância equivalente irá variar com a
tensão aplicada.
Essa capacitância, é colocada terminais do circuito tanque de um
oscilador, para se obter o gerador de FM. O dispositivo ativo a ser
usado pode ser um JFET uma válvul.a ou um .BJT (transistor ~ipolar).
OSCILADOR
- 22 -
m (t) ONDA FM
vco -------- ESTABILIZADA
- 23 -
4 • DETETORES DE FM
I
v
SAlDA DE AUDJO
!\}\
- 24 -
SAlDA DO
FILTRO
I
I
A I
--~-----
I
I I
--i---J
1 I
--·---- --------------
.
-.t.F I •+AF f
rv·
I
I
I
rv
I
I
I
(\_;
- 25 -
Do Limitador
A D1
cl )eAB RL )e1
CP el-e2
c2 ) 8cs R,}
c
02
- 26 -
SAlDA DO RESPOSTA DE
DETETO R
(volts)
Y/L~- c~
X Z
1
I
I
CARACTERlSTICA I SINAL DE AUDIO
___ _!I __ _
COMPOSTA
I
;I
:
I
I
·I
[ (Tempo)
-- \
o,
I I I
f
2
f
I fel
-1--'-- - - - - - - - - - - - · - -
1 I I
I I
1 I
I I
I I I
u w I I I
I I
I
I '\J+M PORTADORA DE AMPLITUDE
'\; - - - CONSTANTE E FREQUÊNCIA
RESPOSTA DE VARIÁVEL
L2- c2
A
FREQUENCIA
CENTRAL
I I
CURVA li S li DA SAlDA DOS DOIS DETETORES DE ENVOLTORIA
- 27 -
Se a portadora se desviar além dos pontos x ou w , teremos na
sa{da grande distorção harmônica, porque a curva além desses pontos
já não é linear.
Para um desvio da portadora igual a zero, não deveremos ter si-
nal de áudio. Nestas condições a tensão entre A e .t; ( e AE) deve .. ser
igual a tensão entre B e C (e.t;C). Neste instante a frequência da po~
tadora é fc,e as tensões. eAB e eBC são iguais e em oposição de
fase, a tensão instantânea através de R1 , deverá ser igual à tensão
socre R2 • Como a sa{da é tomada através dos dois resistores, e como
( I e. 1 ! = I <Z 2 1), está deverá ser nula.
À medida que a portadora se desvia acima da sua frequência de
repouso, a sa{da de 1 1 -c , será maior do que a sa{da de L -c 2 , o
1 2
que faz com que a tensão e: seja maior g_ue· IZ •
1 2
Dessa forma, uma mudança na frequência instantânea da portadora
resulta numa mudança linear na tensão de sa{da.
A amplitude d.a tensão de sa{da é proporcional ao desvio de fre-
quência e a frequência em que esta sa{da varia é igual a frequência
de modulação.
A desvantagem deste detetor é a dificuldade de sintonização dos
ci:r·cui tos ressonantes.
- 28 -
Do Limitador A Cz
c Dl
D
CJ.
+VCC
I LJ.
na -
~re~uencia central da portadora. O circuito tan~ue (Lp-Cp) é amplame~
- 29 -
Do Limitador
PARA OS DIODOS
c
: , I
1
~-)
~l ~ 1?T :~
CP
1 ep
~
"
>-
>-+
.,-r~
+2
' ' ' '
_ _...!.._
--r-
; Cs
l
T-
Lp•
~
r
~'"
>-
e
e
:L
L~ !jo
I 2
I
-'-
I+ 2
I
l I
-
~,
- -
lei I
- 30 -
A seguir vemos o diagrama fasorial das tensões e correntes no c ir-
cui.to.
~
CP Lp LJ.'é?LJ. ep Ls Cs
ep eL
J. J.
..
is
. .
L
é?j ePJ. eLJ.
ip
is
eT
) - e2T --y
+
-------- Cs
- 31 -
A tensão desenvolvida sobre Ls está adiantada em relação a is.
A tensão aplicada em cada diodo é então o vetor soma das tensões
de L1 e atraves das metades do enrolamento secundário eonforme segue:
32 -
Nota-se que eDl é maior que eD ,sendo assim o diodo D1 conduzi~á
2
mais que o diodo D2 , desenvolvendo uma tensão em R maior que R .Po~
3 4
tanto se o desvio de frequência aumenta o ângulo e de atraso da co~
rente aumenta e a amplitude da safda aumenta.
Consideremos agora o caso em que a portadora se desloca abaixo da
sua frequência de repouso. Como no caso anterior e e e. permanecem -
p ~
as mesmas.
Para essas frequências o circuito secundário sai da ressonância e
a tensão induzida enxerga agora um circuito capacitivo, uma vez que
a reatância capacitiva supera a indutiva.
Assim, a corrente is fica adiantada em relação à tensão induzida
de um ângulo e
- 33
TENSÃO
DE M
SAlDA
fc FREQUÊNCIA
- 34 -
DJ.
cPl ep Cs c:=:l c3
Ls +
M\ +
Dz
LT
I SAlDA
+ Vcc CAI
~
onde a ~
- 35 -
Então, teremos:
eDl ;
aep - e~
eD2 ;
aep + eT.'
2
- eT
2
- 36 -
Portanto a tensao sobre R + R2 e sobre c e c2 permanecem a es-
1 1
te valor, como a saída não e afetada pelas variaçÕes de amplitude
quando se utiliza o detetar de relação não há necessidade de se uti-
lizar circuitos limitadores.
Entretanto grandes variações na amplitude poderão causar sufici-
ente mudança na saída, por isso alguns fabricantes incluem circuitos
limitadores mesmo com o detetar de relação.
Uma vez que a tensão estabilizadora es é mantida constante, os
capacitares c1 e e2 carregam-se aos valores de pico de eDl e eD 2
/
/
/
A -'8
',
I 2' ' ',
- //.1
+ /
2 ~:.
/+ 2Cs
',' /
/
/
'
'v/
Se a frequencia instantânea da portadora se desviar pal'a uma
frequência acima, então eDl será maior que eD,2 e o diodo DJ condu-
1
zirá mais que D2 •
- 37 -
O capacitor c1 se carrega a um potencial maior ~ue c2 , assim I{
é maior ~ue
I• e a corrente diferencial (I{- I~) através de Ca d~
2
senvolve uma tensão de sáida EAB" Essa tensão é positiva em relação
ao terra com amplitude proporcional ao desvio da portadora.
------
e D~
I
I
's I
- 38 -
4.4 Demodulação FM com Phase Locked Loop
DETETOR
DE FASE
I 0 F. P. B ~
ve( t) ?
y2(t)
IV CO
I
Diagrama em blocos do PLL
- 39 -
Com nenhuma tensão aplic;l-da à entrada do PLL, a tensão de saída
Vs(t) é igual a zero, e o vco opera em sua frequência pré-estabele-
cida (f 0 ). Aplicando um sinal v1 (t) ~ entrada do PLL, o detetor de
fase compara a fase e a frequência deste sinal com a frequência do
vco, e gera uma tensão. . de erro v e (t) que é filtrada, amplificada, e
depois aplicada à'entrada do vco, de maneira a reduzir o erro de fre
quência entre o sinal de entrada e o sinal do vco. Quando a malha es
tá "amarrada", a frequência do vco é igual à frequência do sinal de
entrada. Observe que um erro de fase deve sempre existir para mru1ter
o vco fora de sua frequência de oscilação livre e igual a frequência
do sinal de entrada; esse erro de fase é tanto menor quanto maior for
o ganho da malha.
onde: K
1
= v1 .v2
2
- 40 -
Caso o PLL estiver em lock (amarrado) então w = w e portanto
1 2
• e portanto
Aw = k v (t) = d
o s ~2 ( t)
dt
(I)
- 41 -
Sabemos que:
e que:
~d(s) 1
= (IV)
hCs) 1 + AK R(s)/s
AK R(s) (v)
=
ih (s) s + AK R( s)
onde: K = K0--l.
K..
d (s)
+
clicsl - ....._+ AK1H(s)
cpz(s)
koj5
vco
- 42 -
4.4.4 O PLL como demodulador de FM
O PLL pode ser usado na deteção de sinais FM, com faixa larga
ou estreita, com maior linearidade do que a obtida por outros meios.
Se o PLL está "amarrado" a um sinal modulado em frequência, o
vco segue a frequência instantânea do sinal de entrada, desse modo
a tensão de erro filtrada, que força o vco a manter o "travamento da
malha" (lock) com o sinal de entrada torna-se então a saída demodul.§:
da da onda FM. A linearidade deste sinal demodulado, depende sómente
da linearidade da característica de transferência tensão de contr.ole
contra frequência do vco.
Considere a fase do sinal de entrada como:
(t
4 1 ( t) = 211'Kf ) m( t) dt
0
temos que:
H(s) ;r, (
v;;Cs) = AKl - - - - . 'fl s)
l+AKH(s)/s
- 43 -
Isto significa que a sa{da do PLL é aproximadamente o mesmo si-
nal que originou a onda FM na entrada, a menos de uma constante, logo
a demodulação é executada.
Uma caracter{stica significante do demodulador com PLL, é que
a largura de faixa do sinal modulado em frequência que está presente
na entrada, pode ser muito maior do que a largura de faixa do filtro-
de malha, caracterizado por H(f). A função de transferencia H(f) se-
ria restrita ao sinal em banda base. Então o sinal de contr.ole do vco
tem a largura de faixa do sinal modulante m(t), enquanto que a sa{da
do vco é uma onda FM cuja frequência instantânea é igual à do sinal
de en"'.;rada.
DETETO R d
cf:lCt) H (s) v (t)
DE FASE Kd
ch_Ct)
v co
Ko
d
dt
- 44-
~d.(s) s
=
hCs) s + K Kd. H( s)
0
K0 Kd. H(s)
p2 Cs) =
~l (s) s + K0 Ka.H(s)
1º. Caso Consideremos uma mudança ~m passo, ele valor ~~' na fase
·elo sinal ele entrada assim: ~ 1 (s) = ~~/s e
s t.~
= lim ______ =o (desde que H( o) f. o )
s ... o s+K 0 Kd. H(s)
Desse mod.o a malha percebe uma mudança na fase elo sinal ele en-
trada e nenhum erro na solução ele estado estável é apresentado.
hCs) = t::..w/ s 2
l:::.w t.w
lim ~d.(t) = lim =
t~oo s ... o s + K0 Kd. H(s) Ko Ka. H(o)
- 45 -
Existe um erro de fase. que é dependente do valor do desvio de
frequência,- o produto K0 KdH(o) é frequentemente chamado de "Constan-
te de velocidade" ou " Ganho DC da malha" e é denotado por Kv·
Kv = K0 Kd H(o)
b) H(s) ~ H(o) = 1
- 46 -
chega a causar distorção no sinal demodulado 1 da{ a necessidade de se
trabalhar com baixos desvios e alto ganho da malha. Por outro lado
um alto Kv pode diminuir. muito o ;fator de amortecimento e causar tra:g_
sientes de maior duração.
~ 2.
Ko
I
--
c
1/2
= ~ (--1--]
Ko Kd
= ( \~d rz
R~
---~~r---~n- "!,
}
b) = Rl {. l+s'Z2
~ R2. H(s) =
Zz = R C. s( L 1 +~)+1
c 2
- 47 -
p2(s) KoKd (s 'lz + 1)/ ("Z, + "Zz)
=
2
pl(s) s +s(l +k 0 kd ~)/(~+"Zz) + kokd/("Z,+"Zz)
l/2
/
= [ kokd/"Z, + T2 J
l~
l/2
=
l
2 2, + L 2
[ KoKd/- 1· [ L 2
+
l
Ko Kd
] ~ wn 7 2 ;
2
'
2
wn
=
2
2
s + 2 S" wn s· + w
n
c) filtro ativo
c a(sCR 2 + l)
H(s) =
sGR 2 + l +(l-A)SCR
1
R~
2 l/2
2 $wns + w,
~2(s) =
wn = (KoKdh:,)
2 2 l/2
pl (s) s + 2 ~ wn + w n
J = 1Z__Ckokd/ L:, )
2.
- 48 -
K
v
II) Captura:
- 49 -
1.7
1.6
! 'I I i 1 i i i !i\<=03 I I I' II
1.5
I I I I i i I' I I\ I I i I I I '~i
I·-
1.4 ! I I i i I I lf I I \ I I I I I I
1.3
I
' I I Ii I f ! I ! I' j
1.2
I I I I I /i ! I I i i I I
1. 1 I ! I ! !/r I I \! I I' I
1.0 I I ! li i;-=0.5 \ I I II
3 0.9 I I I I I 1 /i li!"\:\ I ' i ! I I I I
~l 0.8
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0.5
\I I
I
_-,
I
I
I I
-
O.o 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 3.5
.f
- 50 -
A figura abaixo mostra o'diagrama em blocos de um circuito
com PLL operando como um multiplicador de fre~uência. A sa{da do vco
é "amarrada" a um oscilador de referência a cristal com f 1 = 100KHz.
A frequência desa{da do vco f 2 = nf1 , pode variar entre 2 a 31ffiz.
Da{ um divisor programável terá que ser usado com n variar.do de 20
a 30. A frequência livre de oscilação do vco é f = 2,5 1mz.
o
Escolhendo n= 20 vamos determinar os parâmetros da malha e os comp~
nentes do filtro.
Rl.
KD=0,5'frcd ~ Vs
f~ 7
r Rz
f~
wk
DIVISOR v co
n Ko= 107rad
S. V
-
nh
SAlDA
- 51 -
Os parâmetros do filtro R1 , R2 e C determinam as constantes da
malha wn e 3: g_ue governam o comportamento de transientes.
Escolhendo w
n
; 104 rad/s e ! ; 0,8 temos:
6
2,5 X 10
~1 +~ ;
Kv/ 2
;
; 25 ms
wn 10 8
2~ 1 1.6 10- 6
"Z2 ;
•r
;
104
--- ; 0,1596 ms
wn ··v 2,5·
L 1
; 25 - 0,1596 -v 25 ms
= 320 Ohms
-:t,
= = 50 K Ohms
c
5 FM(t) r - - - - - - ,
(a)
LIMITADOR ( b)•IDIFERENCIADORI (c tiMONOESTÁVEL I~
- 52 -
O circttito limitador tem a caracter{stica de um comparador de
tensão, de tal forma g_ue o n{vel de sa{da corresponde a um nível alto,
g_uando o sinal FI~ for positivo, e apresenta uma sa{da baixa quando a
portadora for negativa.
O circuito diferenciador pode ou não ser usado, dependendo do
monoestável que está send.o usado. Se este circuito for usado, um reti
ficador de meia onda deve ser utilizado para eliminar os pulsos nega-
tivos na sáida do diferenciaa.or.
Na sáida do mono~stável a largura dos pulsos é constante, porém
a freg_uência de repetição desses pulsos ob~dece a mesma relação do
sinal de FM g_ue está sendo detetado assim.:
1
tro passa baixas irá fornecer o valor médio instantâneo destes pulses,
assim, na sa{da do filtro teremos
A~
- 53 -
(c) t
I I I
I I
I
I
I
I
(d) I
t
(e) t
- 54 -
FILTRO :':>
Vc
PASSA
l=l 6AlX'AS
Ctt<:C.VtTO
- 1----
llE ~ASAJ)Ol< Vs
sen(kô..w)
2
- 55 -
FILTRO SAlDA.
PASSA
BAIXAS
Vs
R L
_ 6G
sendo Q = e
Q = Q b.w. [
- 56 -
1 1
N
w + Aw wo
o
logo Ql.
( :0 - :o J
,..., 2 Q;
wo
Âw·
2 il' i' wo
como Q. = =
2 'lí B 21! B
1
= = K /:).. w
lrB
onde k = 1/f( B
po:rtanta
t:,.erv 1[
2
- 57 -
::~ E
I
:3
>O
<o
vl v2
>0
>O
v3
5
o
>o <o 9
<O· <o o
t=I
C.z. E
ON.PA. S.ENOI,.DA-1..
DE. F'-S>Al>A
R L
- 58 -
J I I I • t
Sai da
da
Porta E.
1\f'v
o o • t
t
68=45°
(W>Wo)
=J I I I t
~
68=90°
• t
(s~m modulação)
s~~a
Porta f o.O • t.
I I I > t
~
69=135°
• t
(w(wo)
Sai da
Porta
da
E
o o • t
5. RECEPTORES DE FM
- 59 -
\ 17
r-
I
I
.. AMPLIFICADOR
DE R F -
I
f
I
I
I AMPLIFICADOR
1 MISTURADOR - LIMITADOR DISCRIMINADOR
I DE FI
l
L ----- -------- _t_ ---º-~G_- _j
CAF
OSCILADOR
LOCAL [D- AMPLIFICADOR
DE AUDIO
DE ENFASE
5.1. ~~LIFICADOR DE RF
Os receptores de radiodifusão em ~~ operam satisfatoria-
mente sem o estágio amplificador de RF, o que não ocorre com os recepto
res de FM. A razáo disso é que o fator de ruído do dispositivo ativo
usado como misturador é alto e se o sinal recebido for aplicado direta-
mente ao estágio misturador a relação sinal-ruído será muito baixa, de~
truindo a inteligioilidade da informação. Portanto, é necessário ampli-
ficar o sinal recebido para aumentar a relação sinal ruído. Nos recept~
res em AM o estágio amplificador de RF é prescindível, uma vez que o
ruÍdo externo ao receptor, na faixa de operação, supera o ruído gerado
internamente.
O uso do amplificador de RF reduz a interferência da fre
quência imagem, pois assim teremos v~ circuito sintonizado antes do am-
plificador de RF e um antes do misturador, produzindo tuna atenuação
maior na frequência interferente.
O sinal gerado pelo oscilador local pode ser facilmente ir
radiado pela antena receptora, mas isto também pode ser evitado com a
utilização do amplificador de RF.
60
Os receptores de boa qualidade utilizam FET 9 como amplifi-
cadores de RF pelo fato de que estes transistores apresentam caracte-
rísticas de transfe:rência quadrática. Esses dispositivos apresentam-
na saÍda um sinal com componentes de frequências igual ao sinal de
entrada e uma pequena distorção com frequência duas vezes a de entra-
da enquanto que outros dispositivos como, válvulas a vácuo e transis-
tores bipolares, apresentam muito mais componentes de distorção, sen-
do que algumas delas ocorrem bem próximas ao sinal desejado.
Quando um amplificado~ de RF utiliza um dispositivo que
apresenta distorção de 3ª ordem, se uma emissora de sinal fraco for
sintonizada e uma emissora adjacente de sinal forte conseguir alcan -
çar a entrada desse amplificador, a modulação da emissora adjacente (
não desejada) será transferida para a frequência da emissora sintoni-
zada, produzindo uma distorção chamada modulação cruzada (cross mod~
lation). Este tipo de distorção pode ser eliminada com a utilização -
de FET s como amplificador de RF.
A figura seguinte mostra um circuito amplificador de RF
utilizando um MOSFET cem porta dupla cperando em fonte comum.A uti-
lização do MOSFET com porta dupla,, permite que em uma das portas s,t
ja aplicada uma tensão para controle de ganho (CAG).
+ vcc
CHOQUE DE RF
CA
J; ~ .:I CA
L2
o
CB c4
R,Q ;J;
D
c~ /77
PORTA2
:h
PORTAl F
~ c2 #c3
I
L~
iI
:
- 61 -
No circuito apresentado o Sinal da antena é acoplado à
porta 1 através de c 1 , 1 1 e c 2 que também fazem a sintonia do si-
nal desejado. ·o sinal de saída é obtido no dreno e acoplado ao está-
gio seguinte atravé:o: .de 12 ' c3 e c4.
Os capaci tor,es CA e o choque de RF evitam que o sinal de
RF seja aplicado à fonte de alimentação. O capacitar CB ligado entre
a porta 2 e c terra oferece uma baixa reatância para os sinais o.e RF
que por ventura estiverem presentes naquele ponto.
5.3. AMPLIFICADOR DE FI
A maior parte do g~1ho num receptor, desde a antena até o
detetar é obtida pelo amplificador de FI. Este amplificador consta de
vários estágios de amplificação onde os filtros entre estágios devem
fornecer a atenuação necessária para os sinais de emissoras adjacentes,
bem como, para os espurios que aparecem na saída do misturador. Num
receptor de AM, o amplificador de FI deve apresentar dentro da faixa
de passagem, resposta plana, para receptores de FM é ncessário que o
deslocamento de fase seja linear e para TV os dois requisitos sao ne-
cessário:o. No passado e ainda atualmen·ce em alguns receptores esses
requisitos são obtidos atraves de circuitos duplamente sintonizados
ou simplesmente sintonizados, mas com o advento de circuitos ampli-
- 62 -
ficadores integrados de faixa larga, os circuitos eletrônicos se tor-
naram bastante reduzidos de modo ~ue os transformadores de FI ocupam
a maior parte do circuito. Isso tem estimulado o desenvolvimento de
filtros a cristal, cerâmicos e filtros de onda acustica de superfície
(S~W) ~ue são oem menores, não necessitam sintonia e têm caracterís-
ticas de respotas bem superiores.
#
A fre~uência intermediária comumente utilizada para FM e
10,7MHz e a largura de faixa do amplificador ~eve ser da ordem de
200KHz.
5.4. LIMITADOR
O limitador é um circuito cujo sinal de saída apresenta am
plitude constante para todo sinal de entrada acima de um determinado
nível. Sua função num receptor de FM é eliminar ~ual~uer variação em
amplitude causada por ruÍdo ou outra interferência. O limitador tam -
oém tem a função de CAG uma vez ~ue limita o sinal aplicado ao dis-
criminador. Em alguns receptores de FM o CAG é também obtido atra -
vés de um circuito detetar de envcltÓria, ~ue extrai sinal do ampli-
ficador de FI antes do limitador utilizando o nível de presente em
sua saída, para controlar o ganho de alguns estágios, como 12 Amplifi
cador de FI e amplificador de RF.
Na figura seguinte temos um circuito limitador onde o re -
sistor Rc limita a tensão de alimentação do coletor. Sendo a tensão
dC do coletor, baixa, o transistor será facilmente soore-excitado. A
medida ~ue o sinal de.éntrada aumenta produz cortes nos picos da cor-
rente de coletor limitando assim o sinal.
PARA O
DISCRIMI NADOR
DO AMP.
DE FI
+ vcc
ESTÁGIO LIMITADOR
- 63 -
A caracteristica de transferência do limitador é mostrada a seguir:
CORRENTE DE COLETOR
"
' SINAL NA SAlDA
SINTONIZADO (LIMITADO)
SINAL PRESENTE
-NA ENTRADA DO
LIMITADOR
5.5. DISCRibiTNADOR
O sinal modulado em freg_uencia após ser amplificado e limi-
tado é entregue ao estágio discriminador g_ue se encarrega de retirar
a informação do sinal modulado. As considerações fundamentai.s a res -
peito desta estágio foram feitas g_uando estudamos os detetores de F.M.
- 64 -
Se o oscilador local sofrer um desvio na sua frequência, por exemplo
para c~ma, a FI resultante também estará ac~ma (d~gamos 10,75MHz) ,
aparecendo ass~m na saída do detetar um n~vel ~ proporc~onal ao de~
locamento da FI.
v
COMPONENTE DC NA
----------'!9..:ffi,l4:=j:;:;::;j:==~==:=±,..SAIDA DO DETETOR
f(MHz)
DETETOR
DE
RELAÇÃO
r +Vcc ~--------~---~-----~~
hc .
- 65 -
Os circuitos de CAF normalmente utilizam um diodo (varicap)
~ue varia sua capacitância conforme a tensão reversa aplicada.
A figura seguinte mostra uma curva t{pica de_variação da Cê
pacitancia do varicap em função da tensão reversa aplicada.
CAPACITÂNCIA
DO DIODO(Cd)
CIRCUITO
TANQUE
DO OSCILADOR
' ..
CIRCUITO DE CONTROLE AUTOMATICO DE FREQUENCIA (CAF)
- 66 -
5•7• PR~-tNFASE E TIE-tNFASE
- 67 -
Através da. característica da pré-ênfase verificamos que e~
tre 500Hz e 15KHz. ocorre um aumento gradual no ganho até 17dB. Isto
se faz necessário para aumentar a relação sinal-ruÍdo nas frequências
altas de audio.
R~ R
o~--~~~--J[~---o
c
, ,..
PRE-ENFASE R C= 75JLS
A
I
o------------------~----~0
DE-ENFASE RC=75JLS
GANHO
(dB)
17 ------------------------·-
, ,..
PRE-ENFASE
+3,0
o r----------,~~
-3,0 ---------1-----1
I
"
DE-ENFASE
-17~-~--~-~-=-~-==-~-~~-~-~-~~-~~-=-==-~-=-=-~-~-~------~
500Hz 2,122 KHz 15KHz f
+Vcc
- 68 -
5.8 Circuito de um receptor de FM
Descrição do circuito
A figura seguinte mostra um circuito t1pico de um receptor de
FM onde a entrada poderá ser simétrica ou assimétrica, mediante a
ligação à terra do centro do primário do transformador de entrada -
constitu1do por 1 • Devido à carga da antena e à baixa impedância
1
de entrada apresentada pela ligação base comum do primeiro transis-
tor, o circuito sintonizado 1 , c e c é fortemente amortecido ,
2 1 2
fornecendo a largura de faixa necessária para a cobertura da faixa
de FM, sem a necessidade de sintonia variável.
Através do circuito de entrada o sinal da antena é aplicado -
ao emissor de T que funciona como amplificado:r de RF em base comum.
1
Este tipo de ligação normalmente é utilizado para fornecer o ganho
necessário e baixo n1vel de ru1do. A sintonia é feita no circuito de
coletor através de 1 , c , c e C6
3 4 5
O transistor T2 funciona como oscilador-misturador onde a fre-
quência de oscilação é determinada pelo circuito tanque 1 , c
5 13
c14 , c15 , c16 e pela capacitancia d~ diodo vsricap D1 que é utili
zado para o CAF do oscilador.
O diodo D ligado ao circuito do coletor de T2 atua como CAG
2
Os transistores T , T e T são os amplificadores de FI,onde
3 4 5
a frequencia central e a largura de faixa necessária são obtidas
através dos transformadores sintonizados formados por 1 a 1 12 • O
6
transistor T opera como limitador e 1 , 1 e ~ formam o tran~
5 13 14 5
formador do detetar de relação. A estrutura de de-ênfase é formada
e
6 - FM ESTJ!lREO
6.1 - Introdução/Transmissão
Os sistemas estereofÔnicos envolvem a reprodução de dois -
sinais distintos, por exemplo: o som captado por dois microfones di-
ferentes. Estes sinais devem ser transmitidos de tal modo que no rec
ptor eles possam ser separados e amplificados pelos seus respectivos
canais de audio, denominados de canal esquerdo (E) e canal direito -
(D).
- 651 -
L3 C8 Cl2
L6 L7 L9 LlO
T2 R7
R3 /
I
I
I I
I I
I
,.
I
I
Cl.6,
--'!
o I ' Rll
-=
J.,C26 ;;;027 J.,C28
OAF RlO
=-
r·--- 03 R25
~
Lll Ll2
Rl8 -----. -- R23 IL15 i I
SAlDA PARAO
DEOOOIFIOADOR
ESTER EO
Na radiodifusão estereofônica, os sinais E(t) e D(t) nao sao pro-
'
priamente transmitidos, pois os receptores ,monoa=ais devem ser capa-
zes de receber as transmissõers estereofÔnicás como monofônicas, por
esta razão são transmitidos os sinais soma (E+ D), e o sinal difere!!_
ça (E-D) utilizando a técnica de multiplexação em fre~uência, onde o
sinal (E+D) é idêntico ao sinal para transmissão monofônica e pode
portanto ser detetado por estes receptores.
O sinal soma modula diretamente a: portadora da emissora. O sinal
diferença (E-D), é usado para modular em AMDSB/SC uma sub-portadorade
38KHz ~ue é derivada de uma portadora piloto de 19KHz.
O sinal modulado, juntamente com o sinal soma (E+D), e a portado-
ra piloto formam um sinal composto resultante ~ue modula a fre~uência
da portadora de RF. A portadora piloto é transmitida para sincronizar
a subportadcra de 38KHz do transmissor com a do receptor e assim, fa-
cilitar a demodulação do sinal (E-D). Na figura abaixo temos o diagr~
ma em blocos de um transmissor de FM estereofônico.
REDE MATRICIAL
r--------~
1 I MODULADO'!<.
E(t) I+ SOI'\AJ)OQ
I E-D 35KI+?.
-I 75jJS I -~ BALANC.EA.!X)
I I
I t- I
I
.. +
D(t)
75ys
I
)+-
SúMAJXlR
I
I E+o l X2 J
I
L________ j I
t 19Kih:
&c. A 191<h OSCJLAPo~
\7
! ! t'lêSl"RE
MODULADCR.
J=:i"J
I
So"''ADOR.
Transmissor de FM estereofÔnico
-71.-
sua saída modula a fre~uência da portadora de P~ a ser transmitida.
Uma estação de FM pode também-transmitir música funcional p~
ra restaurantes, casas comerciais etc, ~ue é denominada de SOA(su-
osidiary communication autho:rization). Esta unidade é e~uivalente a
um mini-transmisso:r de F:Nl, com suoportadora de 67KHz modulada por
um sinal de 30 a 7.50ÓRz e com desvio máxime de 7,5YJíz para cada 1~
do, portanto com um Índice de modulação igual a 1. Este sinal tam
bém é multiplexado em fre~uência no sinal modulante, e o espectro -
tct:a.l â.o sinal é mostrado abaixo:
c
100 Dê5V10 MÁXlKO ?<:R>\1"TH>O
()O
'
•
=-- ---- -~
' '
' ''
o
> o,_.
• SU!>-C>-\IAL lô"-TÓ>.~o
"'
0
o
50
...o .----------. r-------.,
E+l) c. ' ' SCA CPC\ O"'~L
o ,_: r----:--~---;
o
~
\Q
"'
o
(). t-O E:-D '
' '
'
I I I I
0,05 15 23 53 59,5 6'7 '74, 5
- T2-
% desv.io % desv.io
o o
t t
L..-
95%
45% 45%
t t
(c) (E + D) ( d) (E - D)
45%
IM
- 73-
Vamos agora admitir que na entrada do canal esquerdo esteja pre-
sente um sinal senoidal, e no direito uma série de pulsos, como na
figura anterior. As riguras (a) e (b) mostram que os picos dos si-
nais de entrada podem desviar a portadora de 45% do desvio máximo, a
figura (c) mostra que o sinal soma E+D pode provocar na portadora -
um desvio de 9o% do desvio máximo.
A envoltÓria correspondente às duas faixas laterais da subporta-
dora modulada em AMDSB/SC é mostrada em (d) e o sinal modulado em
(e). Em (f) temos o sinal mostrado em (e), (E-D)cosw0 t somado com
E + D.
Podemos notar que a amplitude do sinal composto nao é maior do
que o valor de pico dos sinais (E + D) e (E - D). Assim, o desvio
provocado na portadora não irá exceder em 90% do desvio máximo, po~
tanto a adição do sinal(E-D) ao sinal (E+D) não altera o valor de pi-
co. Os 10% rest~~tes do desvio são deixados para a transmissão da
portadora piloto.
Quando o sistema SCA é também transmitido e a transmissão do
canal principal é monofônica, o canal principal modula a portadora -
com 70% do desvio máximo (52,5KHz para cada lado da frequência cen-
tral) e 30% da modulação total é deixado para o SCA.
Quando o SCA é transmitido juntamente com um sinal estereofÔni -
co, o máximo desvio permitido para o SCA é 10% do desvio total. As-
sim os lo% do desvio produzido pelo SCA mais os lo% produzido pela
portadora piloto reduzem a 80% o desvio permitido para o sinal
~ + DJ+ (E- D)cosw0 t.
- 74 -
•
;----------- ----
MONOFONICO
--~ --~
I
DE'.-€.11)ff1Se e
EtP
,r
I
I
1 f\ I'\\' L. DE. f\\.)1)10
I
I
L ....------ _
I __ --- __.. - - - ·--·' •
l
r -------·--------- -------
~ --------------------:
_§~TE:Il.E.OFONICO
E-P
De TE. TO R.
S I'N Cfl.O IV 0
E -.D
MF\TRI2.
PE.·EIIIF!l:>E.
e
I
I
I
I
I ~E(t) 21X.t)
I
I
I
L,. _A_ 19Kih
1----,.1 PRO C E. S:>AllOR
3BKI.Jl C. rltv AI :; D ( A V DI O
I
I
L_------------------------------------------~-----~---
Diagrama em blooos de um reoeptor mono-estéreo
mesmo os autofalantes provavelmente eliminariamessas fre~uências su-
periores. Assim o receptor padrão reproduz sómente o sianl(E + DftCOR
respondendo à radiodifusão monofÔnica.
Um filtro ~ue permite a passagem dos sinais com fre~uências até
15KHz seleciona o sinal~+ D} Um outro filtro passa-faixas selecio-
na a portadora piloto, ~ue é processada para se obter o sinal de
38KHz sincronizado com a do transmissor. Um filtro passa-faixas, sig_
tonizado em 38KHz, seleciona as faixas alterais do sinal (E - D) si t~
das entre 23 e 53 KHz, este sinal é aplicado a um detetor síncrono
juntamente com a portadora de 38KHz, obtendo-se em sua saída o sinal
diferença lE-D) de modulado.
Para ~ue seja possível a separação dos dois canais, os sinais
(E-D) e (E+D) são aplicados a uma rede matricial ~ue se encarrega de
separar o~ canais, fazendo a soma e a subtração destes sinais co-
mo abaixo:
(E + D ) + ( E - D) ; 2 E canal es~uerdo
(E + D) - ( E - D) ; 2 D canal direi to
... -1
F.P.F SllJAL ?I~OTO
1'1kH~
DêT€.TOR
D€. F Fi se
F.P. B
l'l Kl\z
v co
'-- 72 .;.2
'761(1h
- 76 -
O VCG gera um sinal de 76ICffz que passa por dois divisores de
frequência ( ~ 2) para a obtenção de = sinal de frequência de 19KHz.
Este sinal é aplicado junt~ente com a portadora piloto ao detetar -
de fase. Caso haja uma diferença de fase entre estes dois sinais, um
sinal de e=o é a.plicado ao VCO a fim de que sua saída fique sincro-
nizada com o sinal piloto de 19KHz. A subportadcra de 38KHz é retira
da da saÍda o primeiro divisor de frequência, e aplicado ao detetar
Vc c
- 77-
,
e = onda quadxada de 38KHz, amarrada em :fase 'a
subportadora de 38KHz suprimida no transmissor. Este sinal chaveia os
t:t>ansistores Q;~ , Q. , Q. e Q. 6 • Q.uando Q. (Q. 6 ) está saturado (condu-
4 5 3
zindo) Q. (Q. ) está cortado, e, quando Q. (Q. ) está conduzindo Q. (Q. )
4 5 4 5 3 6
está cox·tado. Portanto, do exposto acima, poderíamos dizer que um si
nal da :forma G-(t) = 1 - G+(t) é que chaveia os transistores 11!: e Q. ,
,
4 5
como e mostrado abaixo.
!'"'(t]
-..L
I
_:r.. -r
I ..I..
t
2 4 "4 2
G"(t) '
,
Representando estes sinais em ser i e de Fourier teremos:
G+(t) = 1 + 2
cosw 0 t +
n:
3
cos3w t +
0 21(
...
2
- 7!3 -
Quando o transistor Q está conduzindo a corrente 1 flui através de
3 1
R1 • Como Q é chaveado por G+(t) e r € proporcional a V c (t) a
3 1
tensão desenvolvida através de R é proporcional ao produto
1
V (t).G+(t), assim:
0
k ~E
2
+D) + i
(E-D) + têrmos de frequência altj
sim.
~ (E-D) + têrmos de .~requência alta~
Os têrmos de frequência alta (maiores de 15KHz) podem ser eli~
nades atrave.s de um filtro passa baixas, ou então pelo próprio ampli
ficador de au.dio dos canais esquerdo e direito.
Considerando K = 1 as equações acima tornam-se:
VE = 0,82E + O,l8D
VD = O,l8E + 0,82D
Assim, a menos da influência entre os canais, VE é aproximad!!:
mente o canal esquerdo e VD é aproximadamente o canal direito. Pod~
mos definir a separação (S) entre os canais como segue:
0,82 E o,82D
S = 20 log = 20 log
0,18 D O,l8E
- 79 -
Como Q é chaveado per G-(t), I 2 contribui com uma tensão em R
5 1
g_ue é proporcional a -V 0 (t).G-(t) e sua contribuição nos componen-
tes de freg_uência baixa de VE é dada por:
[o,B2D + O, 18EJ
- 80 -
·'
0,002.ByF
3 ?>K
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No modo monoaural a chave eletrônica abre, e o sinal composto pre
sente na entrada do decodificador aparece em suas duas saídas. Os si-
nais de frequências su.periores a 15KHz sao eliminados pelos capacite-
res do circuito de de-ênfase nos pinos 3 e 6 e nas duas saídas tere -
mos o sinal de informação, monofÔnico; (E+ D).
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Referências:
4 - Mil ler G. M, 11
.odern Electronic Comp1unication 11
Prentice-Hall, 1978.
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