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Geremias Antônio

Wildote Valerio Valente

Televisão Monocromática

Academia Militar “Marechal Samora Machel”

Nampula, 2023
Geremias Antônio

Wildote Valerio Valente

Televisão Monocromática

Trabalho em grupo de carácter avaliativo da cadeira


de Sistema de Rádio e Televisão do curso de
Engenharia Electrónica do 4˚ ano, II Semestre,
leccionado pelo docente: Eng.º Luís Massango

Academia Militar “Marechal Samora Machel”

Nampula, 2023
Índice
Introdução........................................................................................................................................1

Televisão..........................................................................................................................................2

Televisão monocromática................................................................................................................2

Reprodução da imagem na televisão............................................................................................3

Funcionamento.............................................................................................................................4

Transmissão Monocromática de banda lateral Residual (vestigial).............................................4

Secções Funcionais do Receptor de TV Monocromático............................................................6

Sintonia.....................................................................................................................................6

Vídeo........................................................................................................................................6

Som...........................................................................................................................................6

Varredura..................................................................................................................................7

Fonte de Alimentação,..............................................................................................................8

Controle....................................................................................................................................8

Processamento de vídeo do Receptor Monocromático................................................................8

Conclusão......................................................................................................................................11

Referencias Bibliografica..............................................................................................................12
Introdução
Neste trabalho ira se abortar sobre a televisão monocromática desde seu funcionamento com
tubos de raios catódicos até os segredos de sua transmissão por modulação de amplitude. Vamos
entender como ela deu os primeiros passos na evolução tecnológica da televisão, moldando o
caminho para as experiências de visualização que conhecemos hoje.

Objectivo geral:

 Analisar a Televisão Monocromática;

Objectivos espcifico:

 Descrever a televisão monocromática;


 Identificar a Transmissão Monocromática;
 Descrever o Processamento de vídeo do Receptor Monocromático.

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Televisão
De acordo com Coelho (2008) a Televisão Surge do grego como tele - distante e do latim visione
– visão. É um sistema electrónico de recepção de imagens e som de forma instantânea”.
Funciona a partir da análise e conversão da luz e do som em ondas electromagnéticas e de sua
reconversão em um aparelho - o televisor - que recebe também o mesmo nome do sistema ou
pode ainda ser chamado de aparelho de televisão.
Classificação dos sistemas de Televisão

Quanto ao tipo de informação pode ser:

 Monocromático (Y);
 Policromático (YUV);
 Estereoscópico (2 × YUV);
 Multivista (N × YUV).

Quanto à definição da imagem pode ser:

 Baixa definição, <300-400 linhas/imagem;


 Média definição, 500-600 linhas/imagem;
 Alta definição, > 1000 linhas/imagem.

Quanto ao modo de transmissão:

 Radiodifusão (terrestre);
 Cabo;
 Satélite;
 Linha telefónica (XDSL);
 Móvel (UMTS).

Televisão monocromática
Monocromia é definida como sendo um tipo de pintura que emprega vários tons de uma mesma
cor, ou podemos dizer que é uma arte feita com uma única cor, isto é, com variação de
tonalidades. Também pode se considerar que é a harmonia obtida através da adição gradual de
branco ou preto a uma única cor primária, secundaria ou terciária. Mono + Cromia = Uma Cor
Nas escalas monocromáticas as misturas com o preto tornam-se mais escuras e com o branco

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ficam mais claras. Na realidade, as coisas, nunca são de uma só matiz ou tonalidade de cor. As
cores recebem influências da luz, da intensidade, dos reflexos e também da nossa própria retina.
“Em televisão monocromática, a imagem é reproduzida em preto-branco e gradações de
cinzento.

Figura 1.1: Televisão Monocromática


Fonte: https://www.infomoney.com.br/wp-content/uploads/2019/06/televisao reciclada.png?
fit=615%2C300&quality=50&strip=all

Reprodução da imagem na televisão


As gerações de imagens de televisão eram obtidas, inicialmente, através de Tubos de Raios
Catódicos - (TRC’s). Os TRC’s, a exemplo do Vidicon e Orticon, é basicamente uma espécie de
válvula electrónica de grandes proporções, consistindo de um tubo de vidro, com um canhão de
electrões em uma das extremidades, algumas bobinas e grades (para ajuste do feixe de electrões),
e na extremidade oposta (à do canhão) uma placa feita de material foto condutor ou foto emissor.
O uso de um ou outro material caracteriza o tipo de tecnologia do vídeo câmara: Orticon que usa
foto emissão, Vidicon ou Pumblicon que usam foto condução. Utilizaremos aqui o exemplo do
tubo Vidicon para explicar o funcionamento básico deste dispositivo.

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Figura 1: Tubo de raios catódicos

Fonte: https://hangarmma.com.br/glossary/glossary-categories/tubo-de-raios-catodicos/

Funcionamento
Uma das faces da placa fotocondutora é varrida pelo feixe electrónico que divide a extensão da
mesma em 525 linhas horizontais, a outra face recebe os raios de luz vindos do objecto cuja
imagem será captada. Como a placa é fotocondutora, as variações de incidência de
luz provocarão variações de resistência eléctrica em toda a extensão da mesma, formando uma
imagem “resistiva” do objecto alvo. Por isso, a medida que o feixe de elétrons varre a face da
placa e para cada ponto encontrado sobre esta, é estabelecida uma corrente eléctrica (em direcção
à tensão positiva – figura 2) que varia em função da resistência eléctrica do ponto que sofre a
acção do feixe naquele momento. Essas correntes passam por um resistor de carga que gera uma
queda de tensão, que por sua vez constituirá o desejado sinal de vídeo, ou seja, o conjunto de
sinais eléctricos que representarão a imagem do objecto. Há circuitos adicionais ao TRC que
controlam a varredura do feixe de elétrons sobre a placa alvo (figura 3), além disso, há outros
circuitos que geram um sinal eléctrico linear acrescido de informações, tais como sincronismo
vertical e horizontal, os quais permitirão a reconstrução bidimensional da imagem na tela de um
monitor.

Transmissão Monocromática de banda lateral Residual (vestigial)


A modulação de amplitude de sinal de imagem de televisão monocromática implica a
transmissão de uma banda ampla de frequências de modulação. Em muitos sistemas actuais de
televisão, para transmissão de informação de imagem preto e branco, o sinal de imagem contém

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frequências de modulação tão altas como 4.5 MHz aproximadamente. Para transmitir estas
informações por modulação de amplitude convencional banda lateral dupla seria necessário usar
um canal de transmissão cuja largura de banda fosse de 9MHz aproximadamente para cada
estação emissora de TV. Usando esta modulação, para além de gasto de potência durante a
transmissão, faz com que uma única emissora ocupe uma larga faixa espectral para operar o que
reduz consideravelmente o número de estações a serem licenciadas. Como foi dito antes, a
transmissão de banda lateral residual (VSB) permitirá transmitir a mesma informação em um
canal de 4.5MHz de largura de banda e constitui uma solução prática de compromisso entre a
transmissão de banda lateral dupla e da banda lateral única. A figura que segue mostra as
características de banda lateral residual normalizada implementada em todas emissoras de
televisão monocromática (preto e branco). A componente da frequência portadora de imagem
está separada 1.25MHz do extremo inferior do canal. Todas componentes de frequência lateral
superior produzidas pelas frequências demodulação de vídeo de 4MHz aproximadamente são
transmitidas com uma amplitude normal. As frequências mais altas produzidas pelo sinal de
vídeo são eliminadas a fim de evitar a interferência com sinais de som associados.

Figura 2: Característica de transmissão de banda lateral residual (preto e branco)

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Secções Funcionais do Receptor de TV Monocromático
Qualquer receptor analógico, seja ele monocromático ou a cores, pode ter seus estágios
agrupados de acordo com suas funções, constituindo seções responsáveis por sintonia, vídeo,
som, varredura, alimentação e, nos atuais, controle.

Figura 3: Secções Funcionais do Receptor de TV Monocromático


Fonte: Coelho & Carlos Alberto (2008). Notas de aula de Sistemas de Televisão. Rio de Janeiro:
CEFET-RJ

Sintonia
A sintonia trabalha com o sinal modulado, seleccionando o canal desejado, eliminando canais
adjacentes e frequências interferentes, fazendo a conversão para FI, mantendo a sintonia estável
e a amplitude do sinal constante dentro de ampla faixa de variação do sinal recebido.
Vídeo
O vídeo recebe o sinal modulado em FI e faz sua detecção, obtendo o SCV. Se o receptor é
monocromático, amplifica esse sinal (ignorando a sua componente de croma) até o nível
adequado ao Cinescópio (TRC).
Som
O som amplifica e filtra o sinal de 4,5 MHz de modo que reste apenas a modulação de FM. É
feita, então, a demodulação, obtendo-se o sinal de áudio, que é amplificado para ser entregue ao

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alto-falante. Em se tratando de um receptor estereofónico, após a demodulação ocorre a
decodificação, para obterem-se os sinais L e R, que serão amplificados por canais de áudio
distintos.
Varredura
É responsável pela geração das formas de onda que produzem correntes dente de-serra nas
bobinas deflectoras associadas ao cinescópio. Para que a varredura do receptor coincida com a da
fonte de programa, os pulsos de sincronismo que acompanham o SCV são separados da
informação de vídeo e aplicados aos respectivos osciladores - vertical e horizontal. O estágio de
saída horizontal, além de fornecer a corrente de deflexão horizontal, fornece algumas tensões de
alimentação aos circuitos do aparelho e as do TRC, incluindo a MAT (alta tensão de aceleração),
a tensão de foco e a tensão de grade screen. Ou o processo padrão para a detecção e reconstrução
da imagem na televisão, e são os procedimentos padronizados de armazenamento e da
transmissão da imagem usados na maioria de sistemas da imagem em televisão.
Numa varredura de quadriculação, uma imagem é segmentada (cortada) à partir do canto
superior esquerdo em amostras sucessivas chamadas pixéis (elemento de imagem), ou nos
elementos de quadro, ao longo das linhas de varredura. Cada linha de varredura pode ser
transmitida como ela é lida pela câmara (detector). Em um monitor de televisão, a linha de
varredura é de flexionada para trás para uma linha através d e uma imagem, na mesma ordem.
Após cada linha de varredura, a posição da linha de varredura é de flexionada, tipicamente para
baixo, através de um processo conhecido como a exploração vertical, e uma linha de varredura
seguinte é detectada, transmitida, armazenada, recuperada ou apresentada.
Esta reconstrução dos pixéis (elementos de imagem) por fileiras é conhecida como ordem da
quadriculação, ou a ordem da varredura de quadriculação (raster scan). Indicar ou capturar uma
imagem de vídeo linha por linha. Os monitores de tv’s (e os de computador) usam este método,
através do qual os electrões são irradiados (feito a varredura) no fósforo que reveste na tela uma
linha em um movimento da esquerda para a direita começando pelo canto superior esquerdo. Na
extremidade [direita] da linha, o feixe é desligado e movido para trás para a esquerda traçando
uma linha, denominada de “retraço horizontal”. Quando o canto inferior-direito é alcançado, o
injector está retornado ao canto superior-esquerdo, denominado “retraço vertical. ”

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Figura 4: Varredura
Fonte de Alimentação,
Nos modernos receptores, não atende directamente a todos os circuitos, pois, como visto no
parágrafo anterior, a Saída Horizontal fornece algumas tensões. Na posição de espera (stand-by)
a fonte alimenta apenas a seção de Controle, que fica aguardando o comando ligar, do controle
remoto ou do painel.
Controle
É uma seção que ganhou importância com a evolução tecnológica, servindo de interface entre os
comandos do usuário (através do painel do aparelho ou do remoto) e os circuitos, além de
executar tarefas como a colocação de caracteres na tela e até supervisionar o funcionamento de
todo o aparelho.
Processamento de vídeo do Receptor Monocromático
No receptor monocromático, o vídeo se limita ao sinal de Luminância. Nesse tipo de receptor
torna-se necessário eliminar a subportadora de croma, para evitar dois tipos de interferência na
imagem: a da própria subportadora, menos perceptível, e a de 920 kHz, mais prejudicial. Como
já exposto, os 920 kHz podem ser evitados se a subportadora de croma for eliminada antes do
Detector de Vídeo, o que é conseguido pela curva de resposta de FI. Sendo o aparelho antigo e
não prevendo a redução da faixa de FI, o próprio usuário se encarrega de colocar a croma para
fora da faixa, pelo ajuste de sintonia fina, ao procurar obter a melhor imagem.

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Figura5: Diagrama em blocos dos estágios de vídeo de um televisor monocromático
Fonte: Coelho & Carlos Alberto (2008). Notas de aula de Sistemas de Televisão. Rio de Janeiro:
CEFET-RJ
O sinal que sai do Detector de Vídeo é da ordem de 1 a 3 Vpp e vem acompanhado dos 4,5 MHz
do som, que são transferidos para seu estágio através de uma armadilha (trap) em série. O SCV
passa por um pré-amplificador que funciona como buffer, pois também fornece sinal para o
separador de sincronismo e para o CAG. A Saída de Vídeo entrega ao cinescópio (TRC) o sinal
com amplitude suficiente para excitá-lo entre os níveis de branco e de apagamento.
Considerando a presença dos pulsos de sincronismo, essa amplitude chega a 80 Vpp.

Figura 6: Diagrama esquemático dos estágios de vídeo de um televisor monocromático


Fonte: Coelho & Carlos Alberto (2008). Notas de aula de Sistemas de Televisão. Rio de Janeiro:
CEFET-RJ
Modulação negativa
O sinal é codificado dedicando a gama entre 0 e 33% do nível máximo ao sincronismo e o
restante gama à informação de luminância, com o preto nos 33% e o branco nos100% do nível

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máximo. A modulação negativa garante uma maior protecção em termos de relação sinal/ruído
aos impulsos de sincronismo e a menor distorção do sinal associada à saturação do modulador ou
amplificador (pontos pretos em vez de pontos brancos).

Figura 7: Modulação Positiva e Negativa


Fonte: Coelho & Carlos Alberto (2008). Notas de aula de Sistemas de Televisão. Rio de Janeiro:
CEFET-RJ

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Conclusão
Conclui-se que no processo de reprodução da imagem envolve a conversão da luz em sinais
elétricos por meio de fotocondutores, gerando um sinal de vídeo que representa a imagem do
objeto. A transmissão de televisão monocromática utiliza a modulação de amplitude de sinal de
imagem, que requer uma largura de banda significativa. Para otimizar a transmissão, a
modulação de amplitude de banda lateral residual (VSB) é utilizada.
Os receptores de televisão monocromáticos consistem em seções funcionais, como sintonia,
vídeo, som, varredura, fonte de alimentação e controle. Cada uma dessas seções desempenha um
papel específico na recepção e exibição da imagem. O processamento de vídeo em receptores
monocromáticos envolve a eliminação da subportadora de croma para evitar interferências.
Em resumo, a televisão é um meio de comunicação incrivelmente complexo, que evoluiu ao
longo do tempo com avanços tecnológicos. Ela desempenha um papel fundamental na
transmissão de informações e entretenimento para o público em todo o mundo, e sua
compreensão envolve uma variedade de conceitos técnicos e eletrônicos.

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Referências Bibliográfica
Coelho & Carlos Alberto (2008). Notas de aula de Sistemas de Televisão. Rio de Janeiro:
CEFET-RJ,
Pereira, F. Comunicação de Áudio e Vídeo, Televisão Analógica.
https://www.portalsaofrancisco.com.br/historia-geral/televisao-em-core 29/09/2023

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