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No relato “o cliente torna-se mais irritado e por vezes encerra a sessão dizendo “por hoje
chega, já falamos bastante”, ou “já tá bom, vou pra casa”, ou mesmo, que a terapeuta (T)
não o está ajudando, que não sabe por que isso é importante, que o problema é ela, que ele
só precisa de uma forma de sobreviver/ conviver com isso.”
O comportamento que o cliente tem durante as consultas evidência padrões que acarretam
sofrimento, como Atenção Inflexível, onde tem dificuldades de descrever o próprio
comportamento e de aceitar uma provocação que o faria refletir sobre sua queixa
(relacionamento com a esposa). Pensando na Intervenção Terapêutica e aplicando o
Modelo de Flexibilidade Psicológica, trabalhar a aceitação dos fatos pela visão do cliente
faria com que ele pensasse sobre sua postura e tirasse o fardo que deposita em sua
esposa, assumindo sua parcela de responsabilidade.
Indo além, passando pelas fases o processo terapêutico, ele percorreria todas as fases,
sendo a primeira entender a demanda e iniciar uma mudança de postura, uma vez que
nunca tentou mudar algo em si para resolver a crise apresentada – aqui, temos as
evidências de o cliente não esteve aberto a receber o afeto que a esposa tentava dar, pela
crença limitante de que aquilo seria momentâneo. Na sequência, enfatizar que o
comportamento passivo, de esquiva, é ineficaz e que o peso emocional sobre isso vem do
reflexo de como a sua mãe lidava com problemas de crise dentro da relação, de forma
muito parecida e ineficaz. Na terceira, da fusão cognitiva, o cliente acredita fielmente que
ele não tenha problemas, que não “cause” os problemas dela, e dentro da intervenção é
fazer com o cliente entenda que a postura atual de apenas aceitar a situação, achando que
ela vai se resolver sozinha sem que ele também tenha uma mudança (e não apenas
esperar isso da esposa) seja resposta. Além da autossabotagem, o cliente precisa aceitar
sua parcela de culpa.