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Roland Barthes
1. Introdução
2. O Poder 3. A Língua
4. A Literatura 5. A Semiologia
1. Introdução
Contexto
Aula inaugural em Semiologia
Literária no Collège de France em
janeiro de 1977
Percurso acadêmico incomum:
Collège de France
Fundado em 1530 por
François I
À época, chamado
“Collège Royal”,
“lecteurs royaux” e
disciplinas que ainda
não eram lecionadas
na universidade
Collège de France
“Uma outra alegria me vem hoje, [...]: a de
entrar num lugar [...] fora do poder. Pois se me
é permitido interpretar, por minha vez, o
Colégio, direi que, na ordem das instituições,
ele é como uma das últimas astúcias da
História; [...]: o professor não tem aqui outra
atividade senão a de pesquisar e de falar [...] não
de julgar, de escolher, de promover, de sujeitar-
se a um saber dirigido. [...] Sem dúvida ensinar,
falar simplesmente, fora de toda sanção
institucional, não constitui uma atividade que
seja, por direito, pura de qualquer poder: o
poder [...] aí está, emboscado em todo e
qualquer discurso, mesmo quando este parte de
um lugar fora do poder. Assim, quanto mais
livre for esse ensino, tanto mais será necessário
indagar-se sob que condições e segundo que
operações o discurso pode despojar-se de todo
desejo de agarrar.” (p. 5)
2. O Poder
Thorsten Hasenkamm
3. A Língua
Exemplos no francês:
i) masculino ou feminino;
ii) tu ou vous
Nik Ad
3. A Língua
Mas a nós, [...] só resta, por assim dizer, trapacear com a língua, trapacear
a língua. Essa trapaça salutar, essa esquiva, esse logro magnífico que
permite ouvir a língua fora do poder, no esplendor de uma revolução
permanente da linguagem, eu a chamo, quanto a mim: literatura. ” (p. 7-
8)
Nik Ad
4. A Literatura
A trapaça salutar
Barthes entende por literatura o conjunto complexo de vestígios
deixados pela prática de escrever.
Texto: “tecido dos significantes que constitui a obra” (p. 8)
Forças da literatura:
1) Mathesis: Saberes
Ex: O romance Robinson Crusoé interage com diversos saberes:
histórico, geográfico, social (colonial), técnico, botânico,
atropológico.
“[...] a literatura faz girar os saberes, não fixa, não fetichiza nenhum
deles; ela lhes dá um lugar indireto, e esse indireto é precioso. Por um
lado, ele permite designar saberes possíveis — insuspeitos,
irrealizados: a literatura trabalha nos interstícios da ciência: [...]
A ciência é grosseira, a vida é sutil, e é para corrigir essa distância que
a literatura nos importa. (p. 9)
2) Mimesis: Representação
A literatura surge da impossibilidade de representar o real; não é
representável, apenas demonstrável.
3) Semiosis: Semiótica
Dixit - Galápagos
5. A Semiologia
Semiologias
Pluralidade de Semiologias, dentre as quais está a barthesiana
Barthes insere sua Semiologia não no campo da ciência, mas da
Literatura, da escritura.
A Semiologia seria uma desconstrução da linguística.
Língua ≠ discurso?
Obrigada!