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Conteudista
Prof. Dr. Rodrigo Medina Zagni
Revisão Textual
Mírian Lúcia Ferreira
Revisão Técnica
Prof.ª Dra. Vivian Fiori
Sumário
Objetivos da Unidade.............................................................................................................3
Contracultura.........................................................................................................................17
Em Síntese.............................................................................................................................20
Atividades de Fixação..........................................................................................................21
Material Complementar.....................................................................................................24
Referências............................................................................................................................ 25
Gabarito................................................................................................................................. 26
Objetivos da Unidade
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VOCÊ SABE RESPONDER?
Diversidade Cultural
Registros Históricos
Diversidade Cultural Registros históricos e artefatos possibilitaram aos arqueólogos
encontrarem evidências de que os diversos grupos humanos, em sua relação com a
natureza e com o meio no qual viviam, criaram e produziram modos de vida que os
diferenciavam dos demais. Em contraponto à dimensão biológica e racial, é impor-
tante ressaltar que a cultura diz respeito a uma construção humana, elaborada ao
longo do tempo histórico da existência do homem, em suas diferentes condições do
meio geográfico no qual vivia.
A Antropologia é a Ciência que vem estudando essa dimensão cultural desde o sé-
culo XIX, de forma mais pormenorizada, caracterizando-a da seguinte maneira:
A cultura não pode ser confundida com caracteres genéticos e/ou biológi-
cos, como algo que já nascemos; mas sim como aprendizado que adquiri-
mos de diferentes formas ao longo de nossas vidas
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Dimensão humana
Adaptação
Padronizações
A cultura produzida pelos povos e sociedades de cada época cria certas padro-
nizações, tabus, normas – caso das normas da língua, da religião, entre outras.
Tais normas e preceitos das religiões, por exemplo, definem o comportamento
de um indivíduo de determinada religião, diferindo-o de outro. De modo simi-
lar, as normas de linguagem – de como falar e escrever – são também padroni-
zadas. Há discursos hegemônicos, que ditam os valores do que deve ser o cer-
to e errado, moldando partes das características de uma determinada cultura.
Interação
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As formas de alimentação são exemplos de como os comportamentos sociais evo-
luíram à medida que a sociedade se tornava mais complexa. De homens e mulheres
coletores, pescadores e caçadores, que tinham grande grau de dependência da na-
tureza e cujas técnicas eram rudimentares e locais, o ser humano passou a domes-
ticar animais e plantas, de forma sistemática e em escala mais ampla, no que seria
chamado de agricultura e de pecuária. Daí vem a palavra agricultura, que era, de fato,
uma expressão da cultura dos povos que, ao domesticarem plantas, em sua relação
com a natureza, criaram as diversas culturas alimentares que distinguem um povo dos
outros, mesmo hoje em dia. Quando mencionamos, por exemplo, culinária italiana, in-
diana, japonesa, mineira, etc., estamos tratando dessa dimensão da cultura alimentar.
Foi o caso da batata e do tomate, por exemplo, que são oriundos do Continente ame-
ricano e foram levados à Europa mediante o processo de colonização. Sua cultura foi
tão bem absorvida pelos europeus, que é impossível hoje pensar na culinária italiana
sem considerar o molho de tomate, ou na portuguesa sem o bacalhau com batatas.
E hoje, com uma cultura mais globalizada, vemos alguns hábitos alimentares tor-
narem-se hegemônicos, devido à estandardização – padronização – dos costumes,
veiculados pela propaganda, pela mídia em geral, pelas redes sociais e pela indústria
de alimentos. A Revolução Técnico-Científica, empreendida a partir da segunda me-
tade do século XX, com o avanço das ciências – Química, Biotecnologia –, das téc-
nicas – sobretudo da Engenharia Genética –, promoveu transformações nas formas
de se alimentar e também de produzir sinteticamente, de maneira artificial e/ou por
meio de hibridizações e da criação de novos alimentos.
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Importante
Portanto, não existe uma só cultura, mas uma diversidade de
culturas pelo mundo, que vão sempre mudando ao longo do
tempo, considerando as mediações da família, da sociedade de
cada época, da natureza, da escola, entre outras interações, as
quais acabam por alterar os modos de vida, as formas de exis-
tência e, assim, a própria cultura.
Logo, um indivíduo imerso em uma determinada cultura nunca tem total conhecimen-
to da qual, tanto porque esta muda, quanto porque certos traços lhe escapam. Mesmo
fazendo parte de um grupo com o qual nos identificamos, não somos todos iguais em
todos os aspectos dessa cultura, principalmente no mundo de hoje e aos que vivem
nas grandes metrópoles, onde há multiplicidade de informações que nos chegam, di-
versidade de eventos que nos trazem diferentes maneiras de pensar, de viver.
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Ou seja, há sempre permanências e tradições na cultura, ao mesmo tempo em que
esta é constantemente recriada. As bases materiais e técnicas vão também mudan-
do e isso faz com que a cultura também se altere. O nosso modo de vida urbano,
por exemplo, trouxe aos homens e mulheres novas formas de sobreviver, mas os
que vivem na cidade perderam a cultura do campo, das formas de plantar, de modo
que se você pergunta para uma criança que vive em meio urbano de onde vem uma
fruta, é comum que responda: “Do supermercado”, que é a visão imediata da cultura
que cada um possui.
Assim, afirmamos que a cultura tem relação com o tempo histórico, produzido pelos
grupos, povos e sociedade de cada época, como também tem relação com o espa-
ço e meio geográfico, porque é diferente e diversa nos distintos lugares do mundo.
Interno
Externo
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Explicações para as Diferenças
Étnico-Culturais
Ao tratar do tema das diferenças étnico-culturais, é fundamental conceituar etnia.
Glossário
ETNIA
Trata-se de um termo que deriva de ethos, palavra grega, e
pode ser definido como um grupo biológico e culturalmente
mais homogêneo, que tem o mesmo ethos, ou seja, costumes,
religião, crenças, língua, hábitos, entre outras características
comuns. Dito de outra forma, partilhando certos costumes,
tradições, técnicas, comportamentos em comum. Tal termo
não é sinônimo de raça, já que raça é relacionada exclusiva-
mente ao sentido biológico, da cor da pele, dos traços físicos
– do cabelo, do nariz, das formas físicas etc. –, sendo um com-
ponente do biótipo humano.
Ao longo da história humana, o homem, em sua relação com o meio geográfico, com
a natureza e com outros grupos humanos, foi elaborando formas de viver e de cul-
tura. Mediante o processo de colonização, neocolonização ou outros movimentos
migratórios, os diversos grupos humanos foram colocados em maior contato entre
si, levando a questionamentos em relação às diferenças raciais, do biótipo – caracte-
rísticas físicas, cor da pele, formato do corpo, do cabelo etc. –, bem como aspectos
étnico e socioculturais, tais como formas de organização social, crenças, religiões,
técnicas usadas, relações familiares, formas de moradia, entre outros.
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Mesmo entre os que permaneceram em aldeias, as guerras e os saques promoviam
o contato entre diferentes grupos humanos, o que levava sempre aos questiona-
mentos em relação às diferenças étnico-culturais, bem como das origens dos seres
humanos. Surgiam, assim, mitos e religiões. Em geral, os povos da Antiguidade bus-
cavam nos mitos, nas crenças animistas, ou nas ideias filosóficas as explicações para
as diferenças raciais, étnico-culturais entre os homens.
Saiba Mais
Você sabia que se entende por crenças animistas aquelas que
acreditam na força espiritual de objetos, tais como pedras,
plantas, animais etc., atribuindo-lhes poder espiritual, ou como
amuletos?
Importante
O etnocentrismo não se resume à produção de desenhos e ma-
pas a partir da visão de um povo, mas tem relação com a forma
de pensar, na qual as pessoas ou grupos humanos interpretam e
leem o mundo a partir da própria ótica, da cultura, do modo de
pensar e de vida – como se a própria cultura fosse o centro do
mundo, a forma correta de agir, o modo de vida adequado.
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Etnocentrismo é uma visão de um mundo onde o nosso próprio grupo é
tomado como centro de tudo e todos os outros são pensados e sentidos
através dos nossos valores, nossos modelos, nossas definições do que é a
existência. Desse modo, a visão etnocêntrica acaba por levar a extremos
de xenofobia – aversão a estrangeiros –, intolerância social e étnico-cultu-
ral e especificamente religiosa, por aqueles que reconhecem apenas sua
cultura como legítima.
Termos como cultura “atrasada”, “inferior”, foram usados ao longo da história para justi-
ficar repressões, ataques, guerras ou, de forma subliminar, discriminações que aparen-
temente não são violentas, mas que escondem preconceitos com outros povos que
não têm a mesma cultura do opressor. Pauta-se em um juízo de valor do que é certo e
o que é errado, depreciando e mediado por impressões sobre a cultura alheia. Quando
alguns europeus vieram colonizar a América, por exemplo, houve várias situações nas
quais a visão etnocêntrica do grupo colonizador predominou, de modo que quando
os europeus colonizaram o Novo Mundo – Continente americano – fizeram-no com a
mesma concepção etnocêntrica, a qual ficou conhecida como eurocentrismo.
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Os mapas elaborados a partir daí, já conhecidos como mapas mundi, devido ao
maior conhecimento do planeta Terra e do mundo, às grandes navegações, permitiu
que se produzissem mapas em escala global. Todavia, a forma de projetar o Planeta
foi o mapa que até hoje conhecemos, com a Europa ao centro, dando uma visão de
maior importância ao Continente europeu. Como se vê no mapa de Mercator, um
belga que elaborou o mapa mundi em 1578 e que reflete tal visão eurocêntrica:
Os viajantes e relatos administrativos davam o tom dos discursos sobre o que era o
Novo Mundo – América –, em geral, com preconceito em relação aos povos nativos
ou oriundos de outras partes que não fosse a Europa. Todos eram vistos como sel-
vagens, como povos atrasados, como se tivessem culturas que fossem superiores
às demais. Daí expressões equivocadas que eram – e ainda por muito tempo foram
comuns –, tais como do indígena indolente e preguiçoso, do negro arredio, do turco
avarento, entre tantas expressões preconceituosas.
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Com o advento da Ciência Moderna, que se produziu principalmente na
Europa e se difundiu pelo mundo mediante os processos de colonização,
neocolonialismo e expansão capitalista, o discurso em torno das diferenças
étnico-culturais tomou caráter de Ciência, muitas vezes imbuído de signifi-
cativa discriminação.
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Glossário
Darwinismo social: baseada nas teorias de Charles Darwin – na-
turalista britânico, quem dizia que as espécies passavam por um
processo de seleção natural, no qual os mais fortes sobreviviam
–, esta concepção naturalista de Darwin foi utilizada como pa-
drão de interpretação da sociedade, por cientistas como Her-
bert Spencer, originando o darwinismo social. A partir desta te-
oria, a explicação era de que a sociedade evoluiria em etapas,
igualmente às diversas espécies, tendo sociedades e grupos so-
ciais que estariam mais aptos a vencer os obstáculos do meio e
a evoluírem, enquanto outros seriam mais fracos. Desse modo,
a sociedade tinha um cunho biológico, natural.
Saiba Mais
Você sabia que, no começo do século XX, os Estados Unidos
ocuparam alguns países da América Central, caso da Nicarágua,
Cuba, entre outros, e os chamaram de protetorados norte-a-
mericanos, dizendo que buscavam protegê-los dos europeus?
Nos livros produzidos na época, muitos estudiosos diziam que
os povos da América Central eram atrasados, preguiçosos e,
por isso, a missão civilizatória norte-americana era fundamental
para trazer os povos desses lugares a uma melhor condição.
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É claro que o meio, a natureza e fatores físico-naturais são condicionantes que po-
dem ser considerados na produção de alimentos, hábitos de alimentação e/ou de
vestimentas, nas formas de vida, mas não são determinantes. Ou seja, as pessoas
não são o que são, nem escolhem suas formas de vida apenas mediadas pelo clima,
condições da natureza e do meio. No entanto, a existência do ser humano não é
apenas biológica, natural, genética, mas também ocorre por meio do aprendizado
que recebe ao longo de sua vida, na família, nas instituições sociais e religiosas, na
escola, na relação com o meio geográfico – não somente com a natureza. É por meio
dessas relações que vamos adquirindo conhecimentos que nos dão identidade cul-
tural – seja pela religião, crenças, formas de se alimentar, de se vestir, pelos códigos
de moral, formas de agir, dos gestos, das expressões.
Glossário
Genocídio: é uma forma de extermínio parcial ou total de um
povo, de sua cultura, considerando-se os componentes étnico-
-culturais, tais como a religião, as crenças, os costumes, entre
outros. Como define o dicionário:
Fonte: Significados
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Saiba Mais
Apartheid foi institucionalizado na África do Sul como uma Lei
étnica-racial, que segregava negros, mestiços e asiáticos que
moravam no País a viverem separados nas cidades, em áreas
conhecidas como townships. Além destas áreas nas cidades, os
povos negros nativos de diversas etnias deveriam viver em ban-
tustões, territórios declarados livres e independentes pelo go-
verno sul-africano para tornar a África do Sul somente branca.
Nesse regime, o negro não tinha direito a voto, nem poderia an-
dar livremente pelas áreas declaradas brancas, exceto se tivesse
um passe para isso. Tal regime racial e étnico durou de 1948 até
1994, quando Nelson Mandela tornou-se presidente eleito.
Para isso, cada povo foi criando diferentes maneiras de elaborar sua cul-
tura e de transmiti-la, assim como com o mundo cada vez mais global,
muitas dessas formas de elaborar uma cultura, hábitos, normas e padrões
culturais foram também se tornando mais universais, ou seja, conhecidos
por diversas culturas.
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fundada no estatuto político, jurídico ou internacional do país ou do terri-
tório da naturalidade da pessoa, seja esse país ou território independente,
sob tutela, autônomo ou sujeito a alguma limitação de soberania.
A partir de normas e declarações como estas, podemos dizer que algumas referên-
cias para a questão social, política, racial e étnico-cultural tornaram-se universais.
Não significa que todos os países e povos compartilhem dos princípios da Decla-
ração Universal dos Direitos Humanos e o pratiquem plenamente, mas trata-se de
uma ótica mais global sobre tais questões.
Contracultura
Alguns movimentos socioculturais são de oposição ao modo dominante de vida, ao
modo hegemônico, que se contrapõem à cultura vigente em uma época, em um
lugar ou de forma mais universal.
Esse ideário da contracultura levou milhares de estudantes à luta por uma melhor
educação e por outros motivos de melhor vida, fosse no Brasil, nos Estados Unidos,
na França e em outros países. Assim como as formas de música e de um jeito de
viver que se contrapunham ao modo de vida cheio de normas e regras advindas de
uma sociedade hierárquica patriarcal, buscaram uma vida alternativa, como dizia a
música de Raul Seixas: “Viva a sociedade alternativa”.
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Figura 2 – Casal hippie
Fonte: Getty Images
#ParaTodosVerem: a imagem intitulada “Casal hippie” retrata um casal hippie em uma cena de viagem. A mulher
está sentada em cima de uma mala, enquanto o homem está em pé ao lado dela. Ambos estão vestidos de forma
característica do movimento hippie, com roupas descontraídas e coloridas. A mulher usa um vestido estampado,
com acessórios como colares e pulseiras. O homem está com calças largas, uma camisa folgada e uma bandana.
Eles estão fazendo o sinal com o polegar, indicando que estão pedindo uma carona para continuar sua jornada.
O cenário ao redor inclui uma estrada, sugerindo que estão em movimento e explorando novos lugares. É uma
representação do estilo de vida nômade e desapegado associado ao movimento hippie. Fim da descrição.
a) De condição sociocultural.
b) Do apartheid.
c) Da contracultura.
d) Do determinismo.
e) Do evolucionismo
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Na visão homem-natureza, ou ambiental, buscou-se um modo de vida menos estres-
sante, mais próximo à natureza, com menos agrotóxicos, menos poluentes visuais,
sonoros e do ar. Contrapôs-se à sociedade de consumo, do capitalismo exacerbado,
das tecnologias, tal qual afirma um pesquisador sobre este assunto:
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Em Síntese
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Atividades de Fixação
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Atividades de Fixação
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Atividades de Fixação
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Material Complementar
Livros
Reflexos da Globalização na Cultura Alimentar: Considerações Sobre as
Mudanças na Alimentação Urbana
GARCIA, R. W. D. Reflexos da globalização na cultura alimentar: considerações
sobre as mudanças na alimentação urbana. Rev. Nutrição, Campinas, SP, v. 16, n.
4, p. 483-492, out./dez. 2003.
O que é Contracultura?
Sinopse: No final da década de 50, quando os jovens começaram a mobilizar-
-se para contestar a sociedade, “rebelde sem causa” e “juventude transviada”
foram expressões que marcaram uma geração. Depois vieram os hippies e seus
happenings. A “Era de Aquário” exigia novas maneiras de pensar e de se rela-
cionar com o mundo. Hoje, após os new waves, punks, darks, pós-modernos e
tantas ondas mais, será que o lema “Paz e amor” – a grande bandeira da contra-
cultura – ainda é palavra de ordem?
PEREIRA, C. A. M. O que é contracultura? São Paulo: Nova Cultural; Brasiliense,
1986.
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Referências
ONU – Organização das Nações Unidas. Declaração Universal dos Direitos Huma-
nos da ONU. Disponível em: <https://www.unicef.org/brazil/declaracao-universal-
-dos-direitos-humanos>. Acesso em: 12/12/2022.
RISÉRIO, A. Duas ou três coisas sobre a contracultura no Brasil. In: Anos 70: trajetó-
rias. São Paulo: Itaú Cultural, 2005.
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Gabarito
Atividades de Fixação
Questão 1
Todas as afirmativas são VERDADEIRAS.
Questão 2
b) A primeira é verdadeira e a segunda é falsa.
Justificativa: Apenas a primeira afirmativa está correta, pois existe etnocentrismo
no mundo atual.
Questão 3
d) A cultura tem relação com o biótipo e a cor da pele, sendo um elemento racial.
Por isso, existem várias raças e culturas pelo mundo.
Justificativa: Cultura e raça são conceitos diferentes.
Questão 4
e) Tal termo é sinônimo das características raciais, do biótipo – aspectos físicos,
cor da pele, formato do corpo, do cabelo etc.
Justificativa: Cultura não é sinônimo de raça.
Atividades Rápidas
Pág. 18
c) Da contracultura.
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