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Componentes ou elementos de uma cultura

: Idioma, Música, Dança, Pintura, Escultura, Arquitetura e


costumes regionais

Os temas, o ritmo, a indumentária e as coreografias revelam os


três principais componentes da cultura nacional.

A Cultura e a Sociedade.

A diversidade da vida e da cultura humana e os vários tipos de sociedade em que os homens


vivem. O conceito que damos ao nome cultura está entre as noções mais usadas na
sociologia. A “cultura” pelo que conhecemos pode ser conceitualmente diferenciada de
“sociedade”, mas há conexões muito próximas entre essas noções. Uma sociedade é um
sistema de inter-relações que conecta os individuos uns com os outros. A Grã-Bretanha, a
França e os Estados Unidos são sociedades nesse sentido. Incluem milhões de pessoas.
Outras, como as primeiras sociedades de caçadores e coletores, podem ser tão pequenas
quanto 30 ou até 40 pessoas. Todas as sociedades são unidas pelo fato de que seus membros
são organizados em relações sociais estruturadas, de acordo com uma cultura única. Porém,
acima de todo o conhecimento histórico da humanidade, nenhuma cultura poderia existir sem
cultura. Sem cultura, não seriamos nem sequer “humanos”, no sentido em que comumente
entendemos esse termo. Não teriamos línguas em que nos expressar, nenhuma noção de
autoconsciência e nossa hablidade de pensar e raciocinar seria severamente limitada.

Esses elementos culturais são compartilhados por membros da sociedade e tornam possível a
cooperação e a comunicação, formando o contexto comum em que os individuos numa
sociedade vivem suas vidas. Há valores e normas fundamentais a todas as culturas que são
ideias que definem o que é considerado importante, válido e desejável. Essas ideias abstratas
ou valores dão sentido e fornecem direção aos humanos enquanto estes interagem com o
mundo social. As normas são regras de comportamento que refletem ou incorporam os valores
de uma cultura. Os valores e as normas trabalham em conjunto para moldar a forma como os
membros de uma cultura se comportam dentro de seus limites. Os valores e as normas variam
enormemente através das culturas. Algumas culturas valorizam altamente o individualismo,
enquanto outras podem colocar maior enfâse em necessidades em comum. Mesmo dentro de
uma sociedade ou comunidade, os valores podem ser contraditórios: alguns grupos ou
individuos podem valorizar crenças religiosas tradicionais, enquanto outros podem enfatizar o
progresso da ciência, assim como há pessoas que preferem conforto material e sucesso, e
outras que podem preferir a simplicidade e uma vida tranquila. Os valores culturais e as
normas frequentemente mudam através do tempo. Muitas normas que consideramos naturais
em nossas vidas pessoais, como relações sexuais pré-matrimoniais e casais vivendo juntos
sem estarem casados, contradiziam valores sustentados há poucas décadas. No ano 2000,
uma comissão do governo japonês publicou um relatórios que resumiu as principais metas para
o Japão no século XXI. As principais descobertas da comissão surpreenderam muitas pessoas:
os cidadãos japoneses precisam perder seu apego a alguns de seus valores principais se o
país quiser enfrentar as suas atuais mazelas sociais com sucesso. Normas e valores culturais
são profundamente incrustados e é muito cedo para dizer se um mandato governamental terá
sucesso em alterar os valores japoneses tradicionais. Muitos de nossos comportamentos e
hábitos cotidianos são fundados em normas culturais. Um exemplo claro disso pode ser visto
na forma como as pessoas sorriem, particularmente em contextos públicos através de
diferentes culturas. A diversidade cultural não convém apenas as crenças culturais que
diferem através das culturas. A diversidade das práticas e do comportamento humano é
também notável. Formas aceitáveis de comportamento variam amplamente de cultura para
cultura e, com frequência, constratam drasticamente com o que as pessoas das sociedades
ocidentais consideram “normais”. No Ocidente, comemos ostras, mas não comemos gatinhos
ou cães de estimação, sendo que ambos são considerados especiarias em algumas partes do
mundo. Os judeus não comem carne de porco, enquanto os indianos comem porco e evitam
carne de gado. As pequenas sociedades, como as sociedades primitivas de caçadores e
coletores, tendem a ser culturalmente uniformes ou monoculturais. O Japão, por exemplo, tem
se mantido bastante monocultural e são também marcados por altos índices de
homogeneidade cultural. A maioria das sociedades industrializadas, contudo, está tornando-se
culturamente mais diversa, ou multicultural. Nas outras cidades mais modernas, por exemplo,
muitas comunidades subculturais vivem lado a lado, indianos ocidentais, paquistaneses,
indianos, bangladeshianos, italianos, gregos e chineses podem todos hoje ser encontrados no
centro de Londres. As subculturas não se referem somente a grupos étnicos ou linguisticos
dentro de uma sociedade maior que tem como âmbitos muito amplos e podem incluir
naturalistas, góticos, hackers, hippies, rastafáris, fãs de hip-hop ou torcedores de times de
futebol.

Toda cultura tem seus próprios padrões de comportamento, os quais parecem estranhos às
pessoas de outras formações culturais.

O reggae é um estilo de música suave, onde as pessoas que entendem de música popular
ouvem a canção, elas são capazes, muitas vezes, de detectar as influências estilisticas que
ajudaram a forma-la. Cada estilo musical, afinal, representa um modo único de combinar ritmo,
melodia, harmonia e letras. Diferentes estilos musicais tendem a surgir de diferentes grupos
sociais, e estudar como os estilos se combinam e se fundem é uma boa maneira de mapear os
contatos entre os grupos.

As raízes do reggae podem ser rastreadas até a África Ocidental. No século XVII, um grande
número de africanos ocidentais foi escravizado pelos colonizadores britânicos e trazido de
navio para trabalhar em campos de cana-de-açucar das Índias Ocidentais. Em 1930, um
homem chamado Haile Selassie foi coroado imperador dos pais africano da Etiópia. Um certo
tempo ele foi aclamado pela sua ascensão ao trono, e um número de pessoas na Índias
Ocidentais começaram acreditar que Selassie era um deus, mandado à Terra para conduzir os
oprimidos da África à liberdade. Um dos nomes de Selassie era “Príncipe Ras Tafari”, daí
surgiu um estilo de vida e toda uma legião de conceitos ligados aos costumes daquele rei.

Como já constatamos, a cultura faz parte daqueles aspectos da sociedade que são aprendidos
mais do que herdados. O processo pelo qual as crianças, ou outros novos membros da
sociedade, aprendem o modo de vida de sua sociedade é chamado socialização. A
socialização conecta diferentes gerações umas com as outras. O nascimento de uma criança
altera as vidas daqueles que são responsáveis pela criação, portanto, passam por novas
experiências de aprendizado. Os cuidados dos pais ligam comumente as atividades dos
adultos às crianças para o restante de suas vidas.

Através do processo de socialização, os individuos aprendem osbre os papéis sociais na


expectativa sociais de uma pessoa segue numa posição social. Os cenários culturais em que
nascemos e amadurecemos influenciam nosso comportamento, mas isso não significa que os
humanos são privados de sua individualidade ou do seu livre-arbítrio. No decorrer da
socialização,cada um de nós desenvolve um sentido de identidade e a capacidade para o
pensamento e a ação independentes. No mundo atual, temos oportunidades sem precedentes
de moldar a nós mesmos e de criar nossas próprias identidades. Somos nosso melhor recurso
para definir o que somos, de onde viemos e para onde vamos.

Em um determinado período curto de nossa existência neste planeta, os seres humanos


viveram em sociedades caçadoras e coletoras. Os caçadores e os coletores ganharam seu
sustento da caça, da pesca e da coleta de plantas comestíveis que crescem na natureza.
Essas culturas continuam a existir em algumas partes do mundo, como em umas poucas
partes áridas da África e das florestas do Brasil e da Nova Guiné.
Há cerca de 20 mil anos, alguns grupos de caçadores e coletores voltaram-se à criação de
animais domésticos e ao cultivo de àreas fixas de terra como meio de sustento. As sociedades
pastoris são as que tiram seu sustento principalmente de animais domesticados, enquanto
as sociedades agrárias são aquelas que praticam a agricultura.

As primeiras civilizações desenvolveram-se no Oriente Médio, comumente em áreas fluviais


férteis. O império chinês originou-se cerca de 2000 anos Antes da Era Comum, quando
estados poderosos foram também fundados onde hoje são Índia e o Paquistão. O que
aconteceu que destruiu as formas da sociedade que dominaram a história até dois séculos
atrás? A reposta, numa palavra, seria a industrialização.

Do século XVII até o século XX, os paises ocidentais estabeleceram colonias em inúmeras
áreas antes ocupadas por sociedades tradicionais, usando sua força militar superior quando
necessário. O processo de colonialismo, foi crucial, como sabemos, para moldar o mapa social
do globo terrestre. Muitas sociedades em desenvolvimento estão em áreas antes submetidas
ao domínio colonial na Àsia, África e América do Sul.

Os paises em desenvolvimento não são uma unidade, a maioria dos paises menos
desenvolvidos está economicamente bastante atrasado em relação às sociedades ocidentais,
algumas partes ingressaram em um processo de industrialização e experimentaram um
dramático crescimento econômico.

Porém, a mudança social como vimos, os modos de vida e as instituições sociais


características do mundo moderno são radicalmente difenretes mesmo das dos passado
recente. Durante um período de apenas dois ou três séculos, uma fração de minuto no contezo
da história humana, a vida social humana, foi arrancada dos tipos de ordem social em que as
pessoas viveram por milhares de anos. E isso é difícil de definir, pois há uma percepção de que
tudo muda, o tempo muda, o tempo todo.

Assim as mudanças que ocorrem a cada dia, estão indo no curso da história humana, e do
mundo, tornando diferentes cada vez mais as culturas e a sociedade independentemente do
que jamais foram. À medida que o ritmo do mundo acelera, a mudança persiste, segue,
caminha, transforma um ponto ou um lugar do planeta afetando diretamente outras regiões.

13 de Dezembro de 2012 - Pombal, PB.

Sociedade E Cultura
Publicado em 20 de April de 2008 por NERI P. CARNEIRO
Neri de Paula Carneiro

A temática enunciada no título envolve conceitos que, embora se


relacionem, são completamente distintos. E isso já é um primeiro
problema: trata-se de ver a sociedade e a cultura a partir da ótica da
sociologia, da antropologia ou da filosofia? Trata-se de frisar que a
sociologia, ou a filosofia, têm uma palavra a respeito da sociedade e
outra sobre a cultura? É a sociedade que produz a cultura ou a
sociedade já é uma manifestação cultural?
Neste texto vamos apresentar algumas reflexões que terão esses
elementos como ponto de partida. Temos claro que estas reflexões
exigem maior aprofundamento. Entretanto, justamente por que o tema
exige maior reflexão é que não vamos nos furtar aos nossos
comentários e, justamente por isso, queremos propor a reflexão, não
para falar de sociologia, mas para entender a relação da sociedade
com a cultura. E para isso nos utilizaremos tanto de critérios
sociológicos como filosóficos.

Leia mais em: https://www.webartigos.com/artigos/sociedade-e-


cultura/5513#ixzz5JRc75tDw

A IMPORTÂNCIA DA CULTURA NA
SOCIEDADE
Publicado em 02 de October de 2012 por Jéssica Francisco da Silva
Neste artigo iremos verificar os conceitos e a importância da Cultura na
sociedade.

A cultura é tudo aquilo que não vem da própria natureza e sim tudo o que é
produzido pelos animais racionais que são os seres humanos, e é
exatamente isso que diferencia os seres humanos dos animais irracionais, a
capacidade de fazer cultura.
Livro relacionado:

A diversidade de culturas também é muito grande, pois envolve diversas


pessoas de vários lugares com hábitos e costumes diferentes, e apesar de
todas essas diferenças o respeito entre as pessoas de diferentes culturas é
essencial para o bom convívio entre eles.

O Brasil é um país com uma grande diversidade de pessoas, de raças,


cores, línguas, hábitos, costumes e principalmente culturas diversificada,
pois em nosso país se concentra povos de todos os lugares do mundo.

A cultura não é somente uma herança que se herda de família, mais


também uma herança herdada da sociedade.

A cultura tem um papel importante para a população e para a cidade que


investe neste bem tão precioso.

A cultura tem uma grande diversidade de conceitos e significados para o


conhecimento dos Brasileiros, a cultura envolve arte, crenças, hábitos,
costumes, entre muitos outros.

Em nossa cidade foi criado uma secretaria de Cultura e Turismo, para


planejar e gerenciar os eventos que acontece na cidade de Cotia.

A cultura traz para a sociedade um conhecimento e uma riqueza sem igual;


Em nossa cidade de Cotia, alguns eventos ocorrem durante o ano, trazendo
para os moradores lazer, conhecimento, prazer, e diversos bens que para
as pessoas tem grande relevância.

A cultura quando bem trabalhada, pode se tornar algo que faça parte da
vida e do cotidiano da sociedade, com esta pode ser organizados eventos
que tragam cultura e valorização para a cidade, sem contar o retorno
financeiro que a mesma traz.

Outro beneficio que a cultura traz, é que com os eventos de longo prazo que
ocorrem na cidade muitas crianças que vivem ou não tem a atenção de
seus pais, saem das ruas para ir até um teatro, ou em um evento de cultura
popular, que a proposito atinge públicos diferenciados como homens,
mulheres, crianças, jovens, adultos e idosos a vantagem é que ao invés das
crianças estarem nas ruas, estas estão em um evento que vai trazer
conhecimentos, que poderá ser de grande importância para a sua vida
futura.

E com este artigo conclui que a cultura tem grande importância em nossas
vidas e também para a cidade que investe neste bem que traz benefícios,
vantagens, sem igual.

Estes conceitos aqui escritos foram de real importância para entendermos


melhor um pouco da cultura, e seus conceitos, informando a importância da
mesma.

Leia mais em: https://www.webartigos.com/artigos/a-importancia-da-


cultura-na-sociedade/96871#ixzz5JRcYhgd6

Cultura
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Nota: Para outros significados, veja Cultura (desambiguação).

A expressão simbólica humana começou a se desenvolver na pré-história.


A religião e a arte são importantes manifestações da cultura humana.

Celebrações, rituais e padrões de consumo são significantes aspectos da cultura popular.

A organização política e social varia entre diferentes culturas.

As tecnologias, como a da escrita, propiciam a expressão cultural num alto grau de complexidade.

Cultura (do latim cultura)[1] é um conceito de várias acepções, sendo a mais corrente,
especialmente na antropologia, a definição genérica formulada por Edward B.
Tylor segundo a qual cultura é "todo aquele complexo que inclui o conhecimento,
as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e capacidades
adquiridos pelo homem como membro da sociedade".[2][3] Embora a definição de Tylor
tenha sido problematizada e reformulada constantemente, tornando a palavra "cultura" um
conceito extremamente complexo e impossível de ser fixado de modo único. Na Roma
antiga, seu antepassado etimológico tinha o sentido de "agricultura" (do latim culturae, que
significa “ação de tratar”, “cultivar” e "cultivar conhecimentos", o qual originou-se de outro
termo latino, colere, que quer dizer “cultivar as plantas”), significado que a palavra mantém
ainda hoje em determinados contextos, como empregado por Varrão, por exemplo.[4]
A cultura é também comumente associada às formas de manifestação artística e/ou
técnica da humanidade, como a música eruditaeuropeia (o termo alemão "Kultur" –
"cultura" – se aproxima mais desta definição).[5] Definições de "cultura" foram realizadas
por Ralph Linton, Leslie White, Clifford Geertz, Franz Boas, Malinowski e outros cientistas
sociais. Em um estudo aprofundado, Alfred Kroeber e Clyde Kluckhohn encontraram, pelo
menos, 167 definições diferentes para o termo "cultura"

Definição (conceito)

Cultura é o conjunto de manifestações artísticas, sociais, linguísticas e


comportamentais de um povo ou civilização.

Portanto, fazem parte da cultura de um povo as seguintes atividades e manifestações:


música, teatro, rituais religiosos, língua falada e escrita, mitos, hábitos alimentares,
danças, arquitetura, invenções, pensamentos, formas de organização social, etc.

Uma das capacidades que diferenciam o ser humano dos animais irracionais é a
capacidade de produção de cultura.

Componentes ou elementos de uma cultura


: Idioma, Música, Dança, Pintura, Escultura, Arquitetura e costumes
regionais.

Os temas, o ritmo, a indumentária e as coreografias revelam os três


principais componentes da cultura nacional.

O HOMEM COMO
PRODUTO/PRODUTOR
Ao nascermos somos um ser não cultural. Quando
crescemos transformamo-nos em indivíduos
membros do grupo onde estamos inseridos, condicionados pelos
valores e normas do seu grupo, adquirindo assim os seus modelos de
comportamento. O homem torna-se assim produto da cultura onde
está inserido, que por sua vez vai acrescentar as suas contribuições
tornando-se assim produtor de cultura.

De uma forma muito geral podemos definir a cultura


como tudo o que é produzido pelo homem enquanto ser
social.

Em primeiro lugar, a cultura é aprendida. É aprendida,


porque existe graças a um processo de transmissão de
geração em geração e não existe independentemente dos
indivíduos e dos grupos sociais que compõem as sociedades
humanas.

A aprendizagem da cultura começa a partir do nascimento, e


dá-se essencialmente por imitação dos outros. A esse
processo chamamos enculturação e uma das principais
vertentes da socialização. É pelo processo de socialização /
enculturaçãoque se dá a reprodução social que é um
complemento indispensável da reprodução biológica.

A cultura também é simbólica, pois todas as culturas


possuem símbolos que são compreendidos de modo
semelhante por todas as pessoas que as integram. É uma
forma de comunicação, é uma rede de sentidos que torna
possíveis as relações pessoais. Tudo nas culturas é de
carácter simbólico. A base de cada cultura é a língua
partilhada pelos membros de cada comunidade.

A cultura também domina a natureza, pois sobrepõe-se ao


que há de biológico em nós. Cada necessidade biológica é
expressa e saciada de forma diferente, consoante a cultura.
Por exemplo, a necessidade de alimento é comum a todos os
seres humanos, mas que é satisfeita é de modo diferente
(difere no tipo de comida, no modo como se toma a refeição,
as horas…). Por isso se diz que a cultura é como uma
segunda natureza para o ser humano.

A cultura mostra-se como geral e específica ao mesmo


tempo, visto que todos os homens, em qualquer sociedade,
têm uma determinada cultura (não há ninguém que não
tenha cultura, nasça ou exista sem ela), mas também porque
as culturas são diferentes, têm características próprias, que a
individualizam.

Também é dito que a cultura abarca o todo. É simples; a


cultura está presente em todos os aspectos da vida humana
(sociais, organização do tempo e do espaço, biológicos); ou
seja, a cultura está presente em tudo na nossa vida e nada
está fora da cultura, pois existem conhecimentos, normas,
regras, padrões de comportamento em todas as actividades
humanas.

Outro aspecto da cultura, é o facto de esta ser partilhada,


porque não é propriedade de um indivíduo, é de todas as
pessoas de uma sociedade, a sociedade e a cultura são
inseparáveis, elas são a forma de viver do ser hum

O ser humano é produto e produtor de cultura?


O ser humano não se resume só às suas características biológicas, como também ao
contexto social/cultural em que este está inserido. Posto isto, não podemos afirmar que
o homem é apenas um ser biológico, mas sim um ser bio cultural.

A cultura, ao contrário do que acontece com as características biológicas, não


nasce connosco, é adquirida. Podemos definir cultura como sendo tudo aquilo que o
Homem acrescenta á natureza, tais como objectos, crenças, teorias, artes…

A cultura tem grande influência na forma como se comporta, pensa e sente o ser
humano no seu dia-a-dia.
Apesar da cultura não ser inata, desde muito cedo influencia o ser humano:
“A partir do primeiro momento do nascimento, um bebé começa a sentir impacto
da cultura: na maneira como vem ao mundo; na maneira como o cordão umbilical é
cortado e amarrado; na forma como é lavado e segurado e na maneira como é enfaixado
ou vestido.” Deste o modo, o Homem é produto da cultura pois, desde que nasceu,
sofreu um processo de socialização em que interiorizou elementos relativos á sua
cultura, como o vestuário, comida, dança, música (padrões sociais), e por este motivo,
todos os seus comportamentos e relações serão influenciados.

Para além de produto, o ser humano é também produtor de cultura. Isto


acontece pois tudo o que é cultura, ou seja, tudo o que foi acrescentado á natureza foi
produzido pelo Homem, o que mostra que a cultura está susceptível de sofrer
transformação/evolução.

Em suma, nós somos o produto da nossa cultura, pois esta influencia-nos desde
sempre o modo como nos comportamos e somos os produtores desta mesma, pois o
mundo não para e está em constante mudança/ evolução, de tal modo que a cultura
também sofre alterações, pois é o ser humano que cria a cultura.

. Padrões de Cultura, aculturação e globalização

2.1. O conceito sociológico de cultura


«O conceito de cultura, tal como o de sociedade, é uma das noções mais amplamente usadas
em Sociologia. A cultura consiste nos valores de um dado grupo de pessoas, nas normas que
seguem e nos bens materiais que criam. Os valores são ideias abstractas, enquanto as normas
são princípios definidos ou regras que se espera que o povo cumpra. As normas representam o
«permitido» e o «interdito» da vida social. Assim, a monogamia – ser fiel a um único parceiro
matrimonial – é um valor proeminente na maioria das sociedades ocidentais. Em muitas outras
culturas, uma pessoa é autorizada a ter várias esposas ou esposos simultaneamente. As
normas de comportamento no casamento incluem, por exemplo, como se espera que os
esposos se comportem com os seus parentes por afinidade. Em algumas sociedades, o marido
ou a mulher devem estabelecer uma relação próxima com os seus parentes por afinidade;
noutras, espera-se que se mantenham nítidas distâncias entre eles.

Quando usamos o termo, na conversa quotidiana comum, pensamos muitas vezes na «cultura»
como equivalente às «coisas mais elevadas do espírito» – arte, literatura, música e pintura. Os
sociólogos incluem no conceito estas actividades, mas também muito mais. A cultura refere-se
aos modos de vida dos membros de uma sociedade, ou de grupos dessa sociedade. Inclui a
forma como se vestem, os costumes de casamento e de vida familiar, as formas de trabalho, as
cerimónias religiosas e as ocupações dos tempos livres. Abrange também os bens que criam e
que se tornam portadores de sentido para eles – arcos e flechas, arados, fábricas e máquinas,
computadores, livros, habitações.
A «cultura» pode ser distinguida conceptualmente da «sociedade», mas há conexões muito
estreitas entre estas noções. Uma sociedade é um sistema de inter-relações que ligam os
indivíduos em conjunto. Nenhuma cultura pode existir sem uma sociedade. Mas, igualmente,
nenhuma sociedade existe sem cultura. Sem cultura, não seríamos de modo algum
«humanos», no sentido em que normalmente usamos este termo. Não teríamos uma língua em
que nos expressássemos, nem o sentido da autoconsciência, e a nossa capacidade de pensar
ou raciocinar seria severamente limitada [...].

O principal tema deste capítulo e do próximo é, de facto, o da relação entre a herança biológica
e a herança cultural da humanidade. As questões relevantes são: o que distingue os seres
humanos dos animais? De onde provêm as nossas características distintivamente «humanas»?
Qual a natureza da natureza humana? Estas questões são cruciais para a Sociologia, porque
são as bases de todo o seu campo de estudo. Para lhes responder, devemos analisar tanto o
que os humanos têm em comum como as diferenças entre as diversas culturas.

As variações culturais entre seres humanos estão ligadas a diferentes tipos de sociedade [...].»

Valores culturais
Conjunto de características que definem alguém, quanto suas ideias, crenças,
costumes e hábitos.
Os valores culturais daquele povo são diferentes dos nossos, já que temos
maneiras totalmente diferentes de viver e pensar.

Um Padrão de Cultura é o conjunto de comportamentos que se esperam de nós


enquanto ser social. Isto é, aquilo que é considerado normal pelo grupo a que
pertencemos e numa determinada cultura. O facto de frequentarmos vários grupos
ao longo da vida, às vezes com regras específicas um pouco diferentes entre si, o
que os torna uma espécie de subculturas, faz com que absorvamos ideias de
muitos lados e que as levemos connosco para onde quer que vamos: quando a
missa acaba e vou para a reunião de trabalho, não deixo de ser crente. Tal como
acontece com um indivíduo português que se muda para o Japão, uma cultura
muito diferente da nossa: não deixa de ser português, mas o mais natural é que se
vá habituando às regras e costumes japoneses. A este processo de contágio entre
sub-culturas e culturas, chama-se aculturação. Um processo tão antigo como as
primeiras viagens, às vezes pacífico, como na emigração, outras violento, como
aconteceu muitas vezes nos tempos da colonização. Hoje em dia, porém,
acontece a cada momento e sem sairmos de casa. Os meios da sociedade global
e as novas tecnologias encarregam-se de nos pôr em contacto com tudo e com
todos.
Valores Culturais

O termo cultura tem dois significados: o significado mais antigo é a formação do


homem, é a busca de conhecimento. Ainda hoje algumas pessoas simples pensam
assim: uma pessoa tem mais ou menos cultura que outra quando, quando tem um
grau de estudo ou conhecimento mais elevado. E de forma mais popular, cultura é
tudo aquilo que o homem cria em conjunto, ou seja, em grupo.
Como já foi citado acima, em casos que algumas pessoas ainda hoje algumas
pessoas ainda pensam que tem mais cultura é quem tem mais conhecimento,
estudo mais elevado. Esclareço aqui que esta não se mede ou seja, não há como
ter mais ou menos cultura, pois a cultura não tem tamanho, não se mede, mas
certamente tem valor, e este é avaliado mais ou menos de acordo com os povos
em questão. Sobre os valores culturais veremos abaixo através de algumas
percepções do filme “A massai branca”.
O filme “A massai branca”, conta a história de uma moça suíça que sai de sua terra
para passar férias na África com o namorado, onde encontra com um guerreiro da
tribo massai. É o encontro com o Diferente havendo uma atração por ambas as
partes. Nesse encontro há um choque cultural, choque este que acontece por causa
dos diferentes costumes. Portanto, é nessas diferenças que os culturais entram em
choques. É nesse momento há de um lado a perca (aculturação) em que a pessoa
perde, mas por outro lado ganha, ou melhor, adere a alguns elementos de outra
cultura (inculturação). Sendo que esse acontecimento não ocorre rapidamente, de
uma forma mágica e não é uma perca total, pois o homem não perde seus
elementos culturais, já que a cultura para o homem é como que uma raiz para uma
arvore: seus frutos podem ser tirados, suas folhas podem ser arrancadas, até seus
galhos podem ser cortados e ela voltará a brotar, mas se sua raiz for cortada logo
morrerá.
O ser humano ao contrario dos seres vegetais possui a capacidade de se adaptar
em qualquer lugar, mas em relação à sua cultura, ele também tem sua raiz como
as arvores e também pode deixar vários elementos de lado, menos aquilo que é
essencial. Pois esse é conservado e é o valor máximo que cada grupo dar para seus
costumes culturais.
Relativismo cultural e
etnocentrismo – Conceitos,
diferenças!
Dois lados opostos, relativismo cultural e etnocentrismo, que você precisa
saber diferenciar para acertar as questões no Enem! Confira aqui sobre
cada um deles e avance na frente!

relativismo cultural e etnocentrismo


Assunto bastante debatido nas salas de aula, pois são polêmicos e, com
certeza, farão parte dos enunciados do Enem. Por isso, fique por dentro
lendo abaixo seus conceitos e diferenciações.
Um ponto que você precisa entender é que o relativismo cultural e
etnocentrismo são os dois lados opostos de uma moeda. Ambas as ideias
bastantes filosóficas estão entrelaçadas.

O etnocentrismo desembarcou como um conceito entre as diferentes


nações antes do relativismo cultural, o qual foi concebido para combatê-lo.

E, a característica mais importante que você deve saber é que está


relacionada a essas noções e ideias específicas. O relativismo cultural e
etnocentrismo vêm com uma filosofia específica. Eles possuem seguidores
que também podem ser indivíduos e nações específicas.

O que é relativismo cultural?


O relativismo cultural é essa noção que permite ver os diferentes hábitos,
traços e valores de um indivíduo na relevância de seus valores culturais.
Todas as nações apresentam suas crenças específicas de valores e normas
culturais e étnicas. E, todos esses valores culturais diferem de um grupo
étnico ou nacionalidade do outro.

O relativismo cultural concede essa flexibilidade onde nenhuma cultura


passa a ser denominada como superior ou inferior. Todos os valores,
normas e traços podem ser vistos na relevância cultural.

E é, perfeitamente, entendida que se um valor é apropriado para uma


cultura específica, ele ambém pode ser inapropriado para outra. Assim,
essa mesma noção não se propaga tornando-se julgadora ou áspera em
relação a qualquer valor cultural e normas específicas.

O que é etnocentrismo?
O etnocentrismo, por outro lado, é o extremo oposto do relativismo cultural.
O seguidor dessa filosofia não só considera a sua cultura como a mais
suprema de todas como exclui as demais.
Essa noção cai em profundo e nítido contraste com o relativismo cultural
que se concentra na compreensão melhor e imparcial de outras culturas e
dos valores relacionados.

O relativismo cultural é considerado uma concepção mais construtiva e


positiva em relação ao etnocentrismo. Permite ver os hábitos, os valores e a
moral de um indivíduo no contexto da sua relevância cultural. Ele não os
comparando aos valores culturais próprios e não considerando estes mais
superiores e superiores a todos.
Diferenças entre o relativismo
cultural e etnocentrismo
Agora que você já sabe dos conceitos que norteiam o relativismo cultural e
etnocentrismo, vejamos as suas diferenças.

 Ciências Humanas e suas tecnologias

Relativismo cultural e etnocentrismo


Desde o início do século XIX até o presente, o mundo evoluiu rapidamente
e foi dotado de muitas culturas diferentes. A disparidade entre essas
culturas criou certas ligações que aproximaram cada um dos outros.

Nesse contexto, a singularidade de uma cultura em comparação com outra


ajuda a determinar o tipo de interação entre duas ou mais culturas
diferentes. É disso que trata o relativismo cultural e etnocentrismo.

Dependendo do nível de respeito e sensibilidade que um grupo cultural tem


para outro, a interação é boa (a visão relativista) ou ruim (a visão
etnocêntrica).

O relativismo cultural parece ser o outro lado do etnocentrismo. Se o


primeiro é o final mais brilhante, o último é considerado seu lado escuro.

Por definição que lemos anteriormente e que vale a pena ressaltar, o


“relativismo cultural” é “o conceito de compreender diferentes culturas e
respeitar suas próprias crenças”.

Normalmente, é de se esperar que certo tipo de prática seja culturalmente


aceitável em um grupo enquanto se considera um desvio cultural em seu
grupo. Então, se você é um relativista cultural, você fará o melhor para
entender sua prática “estranha”.
Se outra cultura reconhece as pessoas obesas como lindas, então você
deve considerar essas pessoas tão bonitas, especialmente se você estiver
com elas ou se você estiver hospedando-se atualmente.
Por outro lado, “o etnocentrismo”, sendo o fim oposto, significa que sua
cultura é o ideal e que nenhuma outra cultura é mais aceitável e correta do
que a sua.

É a percepção de que, se outro grupo estiver fazendo uma prática que


pareça ser contrária às suas normas culturais, então considera que ela está
errada.

Em primeiro lugar, ninguém afirmou oficialmente que sua cultura é normal


ou o padrão a ser seguido. O Holocausto é um exemplo claro de uma raça
sendo etnocêntrica para os outros.

Eles não devem ser etnocêntricos porque isso os impede de se associarem


ou se relacionam com pessoas pertencentes a outras raízes culturais mais
diversas.

Resumo
 O relativismo cultural é a atitude ou conceito positivo, enquanto o
etnocentrismo é o lado negativo

 O relativismo cultural está mostrando um senso de compreensão para


diferentes culturas e tratando a unicidade dessas culturas com o maior
respeito

 Etnocentrismo é a crença de que sua cultura está certa ou a melhor

Todo extremo é prejudicial nos relacionamentos entre as culturas. Respeito


é fundamental, não precisa concordar, mas viver em paz e equilíbrio faz
muito bem.
Você sabe o que é
etnocentrismo e
relativismo cultural?
Por Natália Becattini Postado em 14-03-2016 | Atualizado em 08-05-2018

Imagine que você está, neste momento, em um lugar muito


diferente de onde você nasceu. Uma sociedade com hábitos,
costumes e crenças que você não compartilha e, para ser honesto,
sequer entende completamente. Pode ser qualquer uma. Pode ser a
Índia e seus casamentos arranjados. Pode ser a Arábia Saudita e o
uso obrigatório da burca. Pode ser uma tribo nômade na Mongólia
ou uma tribo indígena no interior do Pará que permite relações
poligâmicas e incestuosas.

Vamos imaginar que alguns desses costumes e crenças dão um nó


na sua cabeça. Entram em confronto com tudo o que você acredita
no mundo. Você se pergunta “Como essas pessoas podem viver
assim?” ou ainda afirma para si mesmo “Esse é um tipo de
sociedade ultrapassada”. Pois bem, esse tipo de pensamento é o que
chamamos etnocentrismo.

Etnocentrismo é um conceito que vem lá da Antropologia. É essa


sensação que grupos de pessoas que compartilham os mesmos
hábitos e caráter social – em geral, grupos que ocupam uma posição
de poder ou privilégio – podem criar seres superiores, mais
desenvolvidos e, digamos, iluminados, que outros grupos.

Eu citei os exemplos de culturas distantes, muitas vezes


consideradas “primitivas” ou atrasadas. Mas o etnocentrismo pode
ocorrer até mesmo dentro de uma mesma sociedade, entre diferentes
grupos ou classes sociais. É o que acontece quando os membros de
uma elite, por exemplo, julgam os gostos estéticos, a forma de vestir
e a produção cultural das camadas mais populares, por não
considerem esses aspectos tão sofisticados e dignos quanto os seus
próprios. Seja qual for o caso, o etnocentrismo surge quando há um
juízo de valor na comparação entre nós e eles.

Ao contrário do racismo, que se utiliza de critérios supostamente


biológicos e de uma falsa ciência para construir seus argumentos
discriminatórios, o etnocentrismo é pautado na desvalorização das
manifestações culturais e sociais de diferentes povos. É aquilo que
surge quando classificamos os hábitos dos outros de imorais,
selvagens, absurdos.

Ao longo da história, esse tipo de pensamento já foi utilizado para


justificar a dominação de um povo sobre os outros. Ele é a base de
filosofias nacionalistas exacerbadas, coloniais e imperialistas. Como
se o outro precisasse ser salvo de si mesmo e receber a iluminação
de uma cultura superior.
Relativismo cultural: a resposta ao etnocentrismo

O problema da lógica etnocêntrica é que ela parte do lugar errado. É


como se eu pegasse toda a minha bagagem cultural e o meu sistema
de crenças e valores para avaliar os hábitos e a cultura de gente que
não compartilha esses sistemas comigo. Para julgar costumes que
cresceram com base em crenças e valores que não são os meus. E a
pergunta que a gente deve sempre fazer é: por que o que eu acredito
é mais correto ou elevado que a crença do outro?

Relativismo cultural é justamente o método utilizado pelos


antropólogos para entender os sistemas de costumes de outros povos
de uma forma, digamos, mais isenta. Mas nós, meros viajantes e
observadores do mundo, podemos enriquecer muito nossas
interpretações dos outros povos se entendermos o que esses dois
conceitos querem dizer.

A grosso modo, o relativismo social consiste em buscar conhecer e


entender o sistema de valores e crenças de uma sociedade para
julgar os costumes dentro de seu próprio contexto. Uma coisa que a
gente pode ter certeza nessa vida é que as coisas não são assim
porque elas sempre foram assim. Todos os aspectos de uma cultura
têm um motivo de existir. Relativizar significa ir atrás desses
motivos, conhecer a história, os aspectos geográficos, as
dificuldades, as situações sociais que podem ter levado à instituição
daquele costume.

E de que isso me serve? Entender ajuda a gerar empatia. Saber os


motivos por trás de algo traz aquele aspecto cultural, que em um
primeiro olhar pode parecer chocante, para mais perto da gente.
Entender ajuda a fugir de conclusões fáceis e equivocadas.
Entender e respeitar não é o mesmo que concordar

Então quer dizer que eu não posso achar errado nenhum aspecto de
outra cultura? Não concordar com algo me faz etnocentrista? Não é
bem assim. Eu te pergunto: você concorda com tudo em sua própria
cultura? Existe algum aspecto da sua sociedade que você gostaria de
mudar? Imagino que sim.

Da mesma forma, eu não preciso concordar com tudo na cultura


que eu visito. Em muitos casos, esses aspectos podem ser, de fato,
nocivos para os membros daquela sociedade. Não existe nenhuma
forma de eu aplaudir, por exemplo, o infanticídio de meninas na
Índia. No entanto, antes de classificar essas pessoas como monstros
sem coração, eu posso entender, por exemplo, que ter uma filha
nesse país significa, em geral, um problema financeiro para a
família. Que, apesar de abolido, o pagamento de dote ainda é uma
prática muito difundida na cultura indiana. Que muitos pais não têm
condições de sustentar uma, duas, três meninas e, desesperados,
acabam decidindo interromper a gravidez de meninas.

É claro, eu espero que o governo e a sociedade indiana encontrem o


caminho para terminar com essa prática, mas, ao compreender todas
essas questões envolvidas, eu já tirei o foco da suposta maldade do
povo indiano e descobri que esse tipo de feminicídio é um problema
estrutural dessa cultura, com razões complexas que favorecem a
perpetuação dessa prática. E qual sociedade não tem problemas
estruturais tão arraigados que se tornam difíceis de solucionar?

E vocês perceberam o que eu fiz ai? Ao ir atrás dos motivos para tal
prática, eu entendi e criei empatia, trouxe o povo indiano para mais
perto de mim, da minha visão de mundo, dos membros da minha
própria sociedade. Ao compreender, eles se tornam mais humanos
aos meus olhos, com tudo de bom e de ruim que isso pode
significar.

Aculturação
O fenômeno da aculturação se dá pelo contato de culturas
diferentes e pela adoção mútua de costumes pertencentes à
cultura diferente.
Publicado por: Lucas de Oliveira Rodrigues em Sociologia0 Comentários
O futebol trazido pelos europeus foi absorvido por inúmeras cultuas diferentes *

É fato que todos nós possuímos aspectos de nossa vida


que são ancorados na cultura que compartilhamos, em
partes, com o meio social em que nos desenvolvemos. A
cultura é parte do que somos e responsável por como
vemos e entendemos o mundo em que existimos, de
modo que interfere como nos apresentamos aos outros
indivíduos e como assimilamos a imagem dos demais
integrantes de nossa sociedade. Essa cultura que
constituímos manifesta-se em nossa aparência, na forma
como nos vestimos e até em nossas refeições diárias, na
culinária que adotamos como usual. Mas esse aspecto
tão amplo de nossas vidas não é estático ou imutável,
muito pelo contrário. Nossa cultura está em constante
processo de modelagem. Ao adotarmos costumes,
valores ou mesmo símbolos diferentes, modificamos, por
exemplo, hábitos culturalmente construídos, de modo
que os parâmetros culturais que absorvemos de nossa
família se alteram tanto no decorrer de nossa
convivência social que dificilmente serão exatamente os
mesmos que transmitiremos aos nossos filhos.

Esse processo de “modelagem” pela qual nossa cultura


passa é resultante do fenômeno da aculturação. A
aculturação é o nome dado ao processo de troca entre
culturas diferentes a partir de sua convivência, de forma
que a cultura de um sofre ou exerce influência sobre a
construção cultural do outro.
Esse processo, porém, não deve ser confundido com
outros fenômenos da interação entre culturas diferentes,
como a assimilação cultural, processo em que um grupo
cultural assimila ou adota costumes e hábitos de uma
outra cultura em detrimento da sua. Nesse processo, a
cultura “original” de um grupo é gradualmente
substituída e se perde no decorrer do tempo. Embora
possa ser um catalizador para essa assimilação, nem
toda adoção de traços culturais diferentes resulta na
substituição ou no abandono de outro aspecto cultural.

Como já vimos, a cultura não é imutável, mas o processo


de aculturação não é equivalente à mudança cultural, na
medida em que a adoção de certas características
culturais, como por exemplo a mudança ou a adoção de
uma forma diferente de se vestir, não necessariamente
implicará no abandono ou na mudança de outro aspecto
cultural. Como exemplo peguemos o caso da culinária
oriental, que é amplamente apreciada ao redor do
mundo, passando a ser consumida por diversos
indivíduos de culturas diferentes sem que, no entanto,
modifique seus hábitos ou a forma como pensam acerca
de um ou outro aspecto de seu mundo.

Aculturação equivale à destruição de outra cultura?


De fato, o processo de aculturação é visto por muitos
como responsável pela destruição ou o desgaste de
culturas vistas como “originais”. Como a ideia inicial de
Franz Boas (1858-1942), um dos mais importantes
autores na área de estudos culturais, que pautava o
fenômeno da aculturação pelo processo de mudança da
cultura original. No entanto, autores como o antropólogo
brasileiro Gilberto Freyre, trabalhavam com a ideia de
que o processo de aculturação não é unilateral, de forma
que as duas estruturas culturais que estão envolvidas no
processo estão sujeitas a absorver um ou outro aspecto
da cultura diferente de forma mútua, mesmo não sendo
um processo simétrico.

Uma das maiores preocupações da antropologia


brasileira é justamente a possibilidade da destruição das
culturas indígenas que ainda resistem, em certa medida,
no país. O processo de aculturação, que de várias
maneiras culminou na mudança cultural e na
assimilação dessas culturas indígenas, em certos
aspectos pode ser visto na mudança da forma como se
vestem, na construção de suas casas ou no gradual
abandono de suas línguas. Mas a nossa sociedade
urbanizada, por outro lado, adotou palavras das línguas
indígenas que hoje usamos comumente, ainda mantém
costumes culinários como o preparo de pratos como a
tapioca e a mandioca, conhecimentos populares sobre
medicina natural, como uso de plantas medicinais (a
Copaíba e o guaraná são alguns exemplos).

Por esse motivo, a total destruição da cultura de um


grupo só ocorreria em situações extremas, como por
exemplo na instauração de um regime que priorize o
genocídio cultural de uma etnia específica, e em um
enorme período de tempo. Em seu processo “natural”, a
aculturação se dá nos termos do grupo em questão, de
acordo com suas necessidades. Levando em conta ainda
que o processo de aculturação se dá de forma mútua,
onde as duas partes adotam características culturais
uma da outra, de forma que haverá sempre traços de
outra cultura em sociedades que a diversidade e o
contato entre grupos de culturas diferentes estejam
presentes

O que e cultura?
etnocentrismo? Contracultura?
Aculturação? industria cultural?
 Precisa de esclarecimento?
 Seguir
 Denunciar!

por Natysilva5 09.05.2017


Respostas

 roberta549
 Aluno
O que é cultura: é conjunto de padrões de atividade humana
dentro de uma sociedade ou grupo social.

O que é Etnocentrismo:

Etnocentrismo é um conceito da Antropologia definido


como a visão demonstrada por alguém que considera o seu
grupo étnico ou cultura o centro de tudo, portanto, num plano
mais importante que as outras culturas e sociedades.
a contracultura
O que é Aculturação:

Aculturação é o conjunto das mudanças resultantes do


contato, de dois ou mais grupos de indivíduos, representante
de culturas diferentes, quando postos em contato direto e
contínuo.

Indústria cultural é o termo usado para designar esse modo


de fazer cultura, a partir da lógica da produção industrial.
Significa que se passou a produzir arte com a finalidade do
lucro
2.0

1 voto

O que é Ideologia:

Ideologia, em um sentido amplo, significa aquilo que seria


ou é ideal.
Este termo possui diferentes significados, sendo que no
senso comum é tido como algo ideal, que contém
um conjunto
de ideias, pensamentos, doutrinas ou visões de mundo de
um indivíduo ou de determinado grupo, orientado para suas
ações sociais e políticas.
Diversos autores utilizam o termo sob
uma concepção crítica, considerando que ideologia pode ser
um instrumento de dominação que age por meio de
convencimento; persuasão, e não da força física, alienando a
consciência humana.

O termo ideologia foi usado de forma marcante pelo filósofo


Antoine Destutt de Tracy e o conceito de ideologia foi muito
trabalhado pelo filósofo alemão Karl Marx, que ligava a
ideologia aos sistemas teóricos (políticos, morais e sociais)
criados pela classe social dominante.

De acordo com Marx, a ideologia da classe dominante tinha


como objetivo manter os mais ricos no controle da
sociedade.

No século XX, varias ideologias se destacaram:

 ideologia fascista implantada na Itália e Alemanha, tinha um


caráter militar, expansionista e autoritário;
 ideologia comunista disseminada na Rússia e outros países,
visando a implantação de um sistema de igualdade social;
 ideologia democrática, surgiu em Atenas, na Grécia Antiga, e
têm como ideal a participação dos cidadãos na vida política;
 ideologia capitalista surgiu na Europa e era ligada ao
desenvolvimento da burguesia, visava o lucro e o acumulo de
riqueza;
 ideologia conservadora são ideias ligadas à manutenção
dos valores morais e sociais da sociedade;
 ideologia anarquista defende a liberdade e a eliminação do
estado e das formas de controle de poder
 ideologia nacionalista é aquela que exalta e valoriza a
cultura do próprio país.
Ideologia de gênero
A ideologia de gênero ou a “ideologia da ausência de gênero”,
como também ficou conhecida, é a ideia de que
a sexualidade humana seja parte de “construções sociais e
culturais” e não um fator biológico.
De acordo com esta ideologia, os seres humanos nasceriam
“neutros” e poderiam, ao longo da vida, escolher o seu gênero
sexual.
Outra característica da ideologia de gênero é a multiplicidade
dos gêneros, ou seja, a existência de vários gêneros sexuais
mais complexos, além do masculino e feminino.

Os seres humanos estariam disponíveis para assumir a


identidade de gênero que mais se identificam.

Ideologia na Filosofia
Hegel abordou a ideologia como uma separação da
consciência em relação a si própria.

Marx utilizou essa concepção hegeliana para diferenciar


dois usos diferentes do conceito de ideologia: um que
expressa a ideologia como causadora da alienação do
homem, através da separação da consciência; e outra que
contempla a ideologia como uma superestrutura composta
por diversas representações que compõem a consciência.

Para Karl Marx, a ideologia mascara a realidade. Os


pensadores adeptos dessa escola consideram a ideologia
como uma idéia, discurso ou ação que mascara um objeto,
mostrando apenas sua aparência e escondendo suas demais
qualidades.

Ideologia na Sociologia
A sociologia descreve uma ideologia como uma associação
de representações e idéias que um determinado grupo
social produz a respeito do seu meio envolvente e da sua
função nesse meio.

Existem ideologias políticas, religiosas, econômicas e


jurídicas. Uma ideologia se distingue de uma ciência porque
não tem como fundamento uma metodologia exata capaz de
comprovar essas idéias.

O grupo que defende uma ideologia frequentemente tenta


convencer outras pessoas a seguirem essa mesma ideologia.
Assim, existem confrontos ideológicos e consequentemente
ideologias dominantes (hegemônicas) e dominadas
(subordinadas).

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