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Unidade I

CULTURA, ARTE E FOLCLORE

Profa. Monica Buratto


Cultura: conceitos

 Cultura: do verbo latino colo = cultivar + cultum = cultivo


da terra.

Conceitos:
 Conjunto de experiências humanas, adquiridas pelo contato
social, acumuladas pelos povos através do tempo” (conceito
antropológico).
 Modo de vida global de um povo.
 Legado social que o indivíduo adquire do seu grupo.
 Forma de sentir, pensar e acreditar.
 Comportamento aprendido.
 Dimensão do processo social, da vida de uma sociedade.
 Produto coletivo da vida humana.
O que é cultura?

 A cultura surgiu por causa da necessidade que o ser


humano tem de satisfazer seu organismo para sobreviver.
Ele necessita satisfazer primeiramente suas necessidades
orgânicas e biológicas e em seguida suas necessidades
psicoculturais (estética, prestígio, status), de acordo com as
normas do grupo a que pertence, seja qual for o costume
predominante. Ao procurar matéria-prima na natureza e
transformá-la para satisfazer suas necessidades, o ser
humano produz cultura.
A cultura é dinâmica e contínua, modificando-se de acordo
com o acervo cultural de cada grupo.
Conteúdo da cultura

 Cultura material: são bens tangíveis (produtos concretos,


técnicas, construções, normas e costumes que regularizam
seu uso). O uso e o significado de qualquer objeto estão
ligados aos padrões de comportamento não materiais,
transmitindo ao objeto um sentido real.

 Cultura não material: são bens intangíveis (crenças e


valores, linguagem, arte, mitologia, práticas religiosas,
sistemas familiares).
Normas

 Normas: são os valores e os desejos de uma cultura, isto é,


são as regras de comportamento que refletem os valores de
uma determinada cultura.
Normas

 Existem normas obrigatórias (que devem ser cumpridas,


usar roupas), normas preferenciais (que são os
comportamentos mais valorizados, usar jeans entre os
jovens), normas típicas (que são os comportamentos mais
usuais, usar roupas pretas entre os roqueiros), normas
alternativas (que aceitam diversos modos de
comportamento, mulheres usam calças e saias) e normas
restritas (que são os comportamentos aceitos apenas por
alguns membros da sociedade, mulheres muçulmanas
usarem burca).
Estrutura da cultura

 Traço cultural: é a menor parte da cultura.


Exemplo: uma crença.
 Complexo cultural: é o conjunto de traços culturais.
Exemplo: carnaval, feijoada, futebol.
 Padrão cultural: é o conjunto de complexos culturais.
Exemplo: casamento.
 Áreas culturais: são as áreas geográficas onde há
semelhança em relação aos traços complexos e padrões
culturais de grupos humanos.
Estrutura da cultura

 Configuração cultural: é a integração de uma cultura com seus


valores e objetivos.

Processos culturais
 Mudanças: são as alterações culturais (inovação, aceitação
cultural, eliminação seletiva e integração).
 Difusão cultural: é a transferência de traços de uma cultura
para outra. Exemplo: aculturação, sincretismo, transculturação.
 Estagnação, declínio e demora cultural.
Interatividade

Ao procurar matéria-prima na natureza e transformá-la para


satisfazer suas necessidades, o ser humano produz cultura.
Assinale a alternativa correta.

a) O ser humano transforma a natureza através do trabalho.


b) O ser humano produz cultura somente interagindo com
outros indivíduos.
c) Todos os seres vivos produzem cultura.
d) A cultura é dinâmica mas até certo ponto.
e) Sem cultura o ser humano não pode realizar trabalho.
Resposta

Alternativa “a”

 O ser humano transforma a natureza através do trabalho.


Linguagem e cultura

 A linguagem é a capacidade do ser humano de se


comunicar. Ela é universal e abstrata e tem o poder de
estruturar todo o sistema cultural na medida em que constrói
a interação ente as diversas culturas que, apreendidas e
compartilhadas por determinado grupo social, lhe dará
individualidade e autonomia. A língua é um fenômeno
complexo que envolve fatores físicos e psicológicos. Ao
contrário da linguagem, a língua é local e concreta. É um
código formado por palavras, regras e combinações.
Língua

 O idioma se refere à língua e identifica uma nação. Durante o


processo de troca de ideias e informações, são utilizados
vários canais reguladores da comunicação humana,
tornando-a única na sua expressividade e criatividade. A
língua, assim como as concepções religiosas, a culinária e a
moda, compõe a cultura, ou seja, integra-se à cultura. O
dialeto e o sotaque são variedades linguísticas regionais. A
linguagem coloquial é aquela utilizada no dia a dia, popular.
Histórico da linguagem

 Primeiros sons emitidos pelos seres humanos, parecido com


os sons da natureza.
 Australopitecus – sons – gestos.
 Linguagem oral.
 Linguagem articulada.
 Signos – escrita – (cuneiforme/ pictográfica) – escrita
alfabética.
 Gramática.
 Língua.
Evolução cultural da humanidade

 O homem primitivo percebeu então que deveria desenvolver


artefatos para conseguir conquistar seu alimento e
compreendeu que o contato e a comunicação com outros
da sua espécie poderia favorecê-lo no seu empreendimento.
Dessa forma, grupos humanos começaram a agir
conjuntamente para conseguir seus objetivos e aos poucos
dominar a natureza.
Evolução cultural da humanidade

 Ao analisar a conduta e os mecanismos das hordas


humanas para obter alimento e água podemos compreender
como se deu a sua evolução cultural, pois todo o processo,
no que diz respeito às leis, língua e comportamento deriva-
se dessa ação inicial.
A Pré-História

 Na pré-história o homem não havia criado a escrita, por isso


não temos registros escritos, apenas achados arqueológicos
que podem nos fornecer pistas sobre o estilo de vida da
época (fontes históricas). A pré-história pode ser dividida em
três períodos: o Paleolítico, o Neolítico e a Idade dos Metais.
Paleolítico

 O primeiro período se inicia com o surgimento da espécie


humana.

 O homem vivia em cavernas e era nômade, ou seja, mudava


constantemente de local sempre que o alimento acabava.
Caçava, pescava e coletava frutos com a ajuda de instrumentos
pontiagudos feitos de pedra. O domínio humano sobre a pedra
era pequeno, ele apenas lascava a pedra e a utilizava para
a casca. Por isso o período é chamado de Idade da
Pedra Lascada.
Neolítico

 No Neolítico o aquecimento do planeta permitiu a saída das


cavernas. O homem passou a construir casas chamadas
palafitas, feitas sobre estacas que as mantinham elevadas
para se proteger de animais selvagens. Desenvolveu a
domesticação de animais e a agricultura, que permitiu a
sedentarização (fixação), pois agora ele poderia produzir seu
próprio alimento no lugar onde morava. No período da Pedra
Polida as ferramentas foram desenvolvidas, recebendo
polimento para serem melhor manuseadas.
Idade dos metais

 Com a Idade dos Metais o homem aprendeu a moldar os


metais aquecidos no fogo. Primeiramente o cobre, por ser
mais maleável, em seguida a liga de cobre e estanho
(bronze), e finalmente o ferro. Com o uso dos metais, as
armas são aprimoradas, dando condições para a formação
dos grandes impérios da Antiguidade. Por volta de 4.000 a.C.
surge a escrita, o que determina o fim da Pré-História e o
começo da história.
Civilização

 Formada por sociedades baseadas no regime de servidão


coletiva, de Estado absoluto (sociedades asiáticas: Egito e
Mesopotâmia); e sociedades escravistas (Grécia e Roma).
Existem muitas definições de civilização, mas muitos
estudiosos concordam que quando uma sociedade começa
a formar cidades, esta sociedade se transforma em uma
civilização. A maior parte das civilizações tem os seguintes
elementos em comum, sendo que todos estes estão
presentes na Mesopotâmia: agricultura irrigada que produziu
excesso de alimentos.
Estágios culturais – L. Morgan

 Selvageria
 — Inferior: coleta de frutos e raízes.
 — Média: descoberta do fogo e pesca.
 — Superior: invenção do arco e da flecha.
 Barbárie
 — Inferior: cerâmica.
— Média: agricultura, domesticação de animais, irrigação,
edificações com tijolos e pedras.
 Superior: fabricação de instrumentos de ferro.
Civilização:
 desenvolvimento da escrita fonética.
Estágios culturais – Darcy Ribeiro

 Pré-revolução tecnológica: primórdios da humanidade.


 Revolução agrícola: 10.000 anos.
 Revolução Urbana: descoberta da agricultura, Revolução do
Regadio, Revolução Metalúrgica (Idade do Ferro), Revolução
Pastoril.
 Revolução Mercantil – comércio.
 Revolução Industrial – industrialização.
 Revolução Pós-Industrial – século XX.
Interatividade

A cultura é formada por valores e formas de expressão e


composta por símbolos e significados que só terão sentido
num contexto de comunicação. Assinale a alternativa correta.

a) A língua é um fenômeno mais simples, apesar de envolver


fatores físicos e psicológicos dos seres humanos.
b) A linguagem corresponde à capacidade inata e concreta
do ser humano de se comunicar.
c) O dialeto e o sotaque são variedades linguísticas nacionais.
d) A linguagem coloquial é aquela forma erudita da língua.
e) O idioma se refere à língua e identifica uma nação.
Resposta

Alternativa “e”

 O idioma se refere à língua e identifica uma nação.


Cultura e suas manifestações

 Sociedade Pré-Industrial: tradição.


 Sociedade Industrial: cultura de massa

Tipos de Cultura:
 Erudita: cultura oficial ou letrada, institucionalizada ou
elevada. É formal, técnica e sistemática.
 Popular ou folclore: não depende dos meios de
comunicação. Marcada pelo trivial, pelo cotidiano. É coletiva,
empírica, espontânea, funcional e tradicional.
 Cultura de massa: é a cultura da moda, do consumo.
Considerada comercial e passageira, é formada por
elementos de outras culturas.
Cultura Pós-Moderna

 Características: estilização, o consumo, a estetização da vida


cotidiana, a universalidade, o predomínio das imagens sobre
as palavras, a hiper-realidade, a alucinação e a
desestabilização da realidade devido ao acúmulo de signos e
imagens, ficção, espetáculo e o divertimentos.

 Hoje em dia os tipos de cultura podem coexistir e se


interpenetrarem na vida do indivíduo (coexistência mútua).
Turista na pós-modernidade

 Ele procura um equilíbrio entre as suas necessidades e a


sua vida cotidiana e uma variedade de experiências
diferentes das suas, por isso há um esforço da comunidade
local de conservar ou reinventar determinada tradição local.
Produção cultural e o mercado turístico

 O turismo cultural não está somente dentro dos museus e


monumentos, ele pode ser encontrado em diversas formas
de cultura imaterial, tais como a gastronomia, as danças, as
vestimentas e tantas outras coisas que possam ser
apreciadas por turistas. Para isso a cidade que sedia um
evento cultural deve contar com uma adequada estrutura de
recepção ao turista e uma boa conservação de seus espaços
culturais. O planejamento cultural deve contribuir para o
desenvolvimento.
Comunicação

 A comunicação é um fenômeno social, pois implica em uma


linguagem entre pessoas e seus grupos. Existem alguns
tipos de comunicação: a intracomunicação, que ocorre
internamente nas pessoas; a comunicação interpessoal, que
ocorre entre duas pessoas; a comunicação grupal, que
ocorre entre a pessoa e o grupo; e a comunicação de massa,
que atinge grande parte de uma população através dos
meios de comunicação. Essa última surge com a
urbanização massiva ocorrida no século XIX durante o
processo da Revolução Industrial.
Comunicação

 A comunicação foi se transformando através dos tempos:


surgiram as primeiras formas de escrita – a cuneiforme,
inventada pelos sumérios (3.500 a.C.), a pictográfica,
inventada pelos egípcios, representada por grafismos
(signos-objetos). Com o tempo a escrita alfabética foi usada
para a codificação de textos religiosos. Os gregos
acrescentaram vogais à escrita fenícia, criando, dessa forma,
a escrita alfabética, contribuindo para coesão social. Os
romanos utilizavam a comunicação como forma de controle
social, garantindo o poder político, antecipando as crises e
mantendo os governantes informados.
Comunicação

 No século XIX nasce a industrialização cultural e a


comunicação de massa, a imprensa torna-se uma mercadoria
dentro do sistema capitalista de produção: com a invenção da
imprensa por Gutemberg desenvolve-se a indústria gráfica
associada à invenção da mecânica, da química e da eletrônica.
A fotografia surge possibilitando a ilustração de livros, jornais
e revistas, inspirando o cinema, e aliada à eletrônica resultou
na transmissão de imagens pela televisão.
Comunicação

 Outros meios de comunicação foram surgindo: o telégrafo, o


telefone, o rádio, o satélite, o computador etc.

 Hoje a imagem produz estímulos no ser humano para que


atinjam determinados objetivos e interesses da sociedade de
consumo. A percepção, através dos sentidos, de uma
imagem, constrói uma comunicação intrapessoal.
Interatividade

A nossa realidade cultural tem sua própria lógica e é bastante


variada. Devido a isso, no nosso cotidiano experimentamos
uma coexistência mútua entre os vários tipos de cultura: a de
massa, a erudita e a popular. Chamamos essa variedade de:

a) Cultura fragmentada.
b) Diversificação cultural.
c) Aculturação.
d) Interpenetração cultural.
e) Mudança cultural.
Resposta

Alternativa “d”

 Interpenetração cultural.
Turismo cultural

 Turismo cultural é o conjunto de atividades que se


desenvolvem com a finalidade de facilitar que o turista
adquira conhecimentos e amplie sua cultura a partir de uma
perspectiva de tempo livre e da civilização do lazer.
Turismo cultural

 São atividades culturais: entrar em contato com diferentes


épocas históricas, artísticas e culturais, museus e
monumentos, visitas a museus e monumentos, percurso de
rotas e itinerários, manifestações culturais e de espetáculos:
concertos, exposições, música, teatro, participar de cursos,
seminários e simpósios culturais ou curso de idiomas,
manifestações folclóricas, gastronômicas, artesanatos (festas).
Turismo cultural

 Tipo de clientela: turista, a princípio de qualquer idade, com


certo nível cultural, que tenha interesse pelo passado
histórico, monumental, artístico e antropológico e também
tenha motivação por formação cultural permanente.
Turismo étnico

 Imigração como potencialidade turística. O Brasil teve sua


formação histórica básica feita por europeus, negros e
índios. A formação posterior do país se deu por meio dos
imigrantes europeus e asiáticos (pomerânios no Espírito
Santo, finlandeses e alemães na região serrana do Rio de
Janeiro, italianos em São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande
do Sul, alemães em Santa Catarina e açorianos no Rio
Grande do Sul). Turismo emissivo étnico: Curitiba é uma
localidade receptora cosmopolita com influência europeia.
Possui diversificação da oferta turística local devido às
culturas imigrantes.
Turismo étnico

 Em certos locais alguns grupos étnicos imitam, emprestam


ou trocam símbolos de outros grupos (identidade
emprestada) ou até mesmo constroem símbolos (etnicidade
construída) para atrair o turista e interagir com ele. Surgem
os tourées, isto é, personagens da comunidade que tornam
sua cultura espetacularizada a fim de atrair o turista.
Turismo religioso

 As grandes religiões do mundo estabeleceram ao longo de


sua história uma série de lugares e espaços sagrados de
veneração, lugares santos segundo as diferentes crenças
religiosas, tais como a católica cristã, muçulmana, judaica,
hinduísta, budista. As correntes turísticas para estes lugares
de peregrinação motivaram a criação de uma infraestrutura
capaz de atender às necessidades materiais e espirituais
com relação à hospedagem, transporte, lugares de acolhida,
de reunião, de culto etc.
Turismo religioso

 Tipo de clientela: peregrinos de diferentes idades, situação


social ou classe econômica, crentes e praticantes de
determinada religião. Destinos: Roma, Terra Santa, Lourdes,
Aparecida do Norte, Meca, Jerusalém, Benares, Nova Delhi
(Rio Ganges, lugares sagrados), Nepal, Salvador
(Candomblé), Nova Trento – SC, Santuário de Madre Paulina.
Turismo rural

 É o conjunto de atividades desenvolvidas em contato com a


natureza ou com a vida no campo, em pequenas populações
rurais. Características: atividades agrícolas, de
conhecimento da vida cultural da população rural, excursões
a pé, prática de esportes em rios, lagos e montanhas, cursos
de culinária e gastronomia locais. Tipos de clientela: turismo
familiar, terceira idade, turismo infantil e juvenil
(acampamentos e colônia de férias, associações de tempo
livre, comunidades religiosas, centros docentes etc.).
Turismo gastronômico

 Tipo de turismo ligado ao prazer e à sensação de saciedade


adquirida por meio da alimentação. A gastronomia faz parte
do turismo cultural e relaciona-se com as tradições culturais
de um povo. Alimentos comuns na mesa do povo brasileiro:
feijão, milho, macaxeira, batatas e farinha de mandioca.
Características gastronômicas peculiares de cada local no
Brasil, utilizadas como roteiros gastronômicos: churrasco
(gaúcho), feijoada (carioca), pizza (paulista), moqueca
capixaba (Espírito Santo), pão de queijo, feijão tropeiro,
couve e torresmo (mineiro), acarajé, bobó de camarão
(baiano) etc.
O que é arte?

 A arte é a criação humana que representa seus valores


estéticos, tais como beleza, harmonia, equilíbrio etc.
Sintetiza sua emoção, sua cultura, sua história. Ela pode ser
definida como a imitação da natureza pelo homem ou que
pode exprimir os sentimentos e a emoção do artista ou
provoca emoções estéticas nas pessoas.
O que é arte?

 A arte manifesta o que é belo e pode ser representada na


escultura, na arquitetura, no teatro, dança etc. Pode ser
percebida por meio dos sentidos: o olhar, o ouvir, o tocar. Ao
analisar uma obra de arte, é importante descobrir os elementos
que a determinam: o pensamento, a imaginação, o sentimento,
as circunstâncias da época, do lugar e do ambiente em que o
artista nasceu e viveu. Para reconstituir o processo artístico
pelo qual a humanidade passou, os críticos recorrem a um
conjunto de elementos ou fontes históricas a partir de textos
históricos, da tradição oral, da tradição pictórica.
O que é arte?

 As artes puras, gráficas ou plásticas, são representadas pelo


artista. A arte aplicada é realizada pelo artesão que faz
objetos de utilidade. A arte de um povo, época ou artista
distingue-se pelo seu estilo, que será estabelecido de
acordo com uma determinada cultura. As diretrizes
assinaladas por qualquer estilo tradicional agem sobre o
artista, inclusive quando este introduz alterações em suas
formas.
O que é arte?

 O artista é um inovador que está influenciado, dentro de


certos limites, pelo seu antecessor ou contemporâneo. Ele é
um copista (não um criador) que serve dos desenhos dos
antepassados. Não há arte sem desenho.
Como analisar uma obra de arte

 No caso de uma pintura devem-se levar em conta as técnicas


que diferem de época para época ou de autor para autor, tais
como: título da obra, data da execução, suporte, dimensões
etc.

 Obter dados sobre o autor, por exemplo: data e lugar de


nascimento e morte, origem social, anos e lugares de
formação, idade que tinha quando realizou a obra, outras obras
deste autor.

 Reconhecer o tipo de assunto representado, por exemplo: se é


uma cena religiosa, histórica, mitológica ou alegoria, ou ainda
se é um retrato ou uma paisagem.
Como analisar uma obra de arte

 Analisar a composição, isto é, quais são as linhas que


organizam o quadro, quais são as cores: quentes ou frias?

 Analisar a luz: tonalidade, simulação, foco etc.

 Observar a técnica de pintura utilizada: mancha larga,


pontilhada, linear, sfumato, (esfumaçado) modelado,
bem como a matéria (óleo, têmpera etc.).
Como analisar uma obra de arte

 Relações de medida e proporção em relação à escala


humana.

 Analisar o conteúdo, inclusive com a identificação de


características figurativas e/ou abstratas e seus possíveis
significados.

 Observar a relação entre figura e fundo.

 Relação de texturas utilizadas na técnica.


Panorama da arte contemporânea brasileira

 Com o Modernismo e a Semana de Arte Moderna de 1922,


realizada no Teatro Municipal de São Paulo, o Brasil adquire
uma produção artística mais genuína, ao mesmo tempo em que
a arte é inspirada em diversas estéticas da vanguarda europeia
do século XX, como o impressionismo, o expressionismo, o
fauvismo, o cubismo, o futurismo, o dadaísmo e o surrealismo.
Lasar Segall e Anita Malfatti foram artistas importantes desse
período. No período do modernismo os artistas brasileiros
conquistaram maior liberdade técnica e expressiva, rejeitando
a arte acadêmica do século XIX e suas regras.
Panorama da arte contemporânea brasileira

 A partir dos anos 1930, alguns modernistas começaram a


valorizar o primitivismo. Com a chegada da abstração ao
país, o modernismo perde a força. As obras abandonam o
compromisso de representar a realidade aparente e não
reproduzem figuras nem retratam temas. O que importa são
as formas e cores da composição. São representantes dessa
tendência: Iberê Camargo (1914-1994), Cícero Dias
(1908-), Manabu Mabe (1924-1997), Yolanda Mohályi (1909-
1978) e Tomie Ohtake (1913-). Em 1951 é criada a Bienal
Internacional de São Paulo.
Panorama da arte contemporânea brasileira

 Com o neoconcretismo os artistas partem da pintura para as


instalações, gênero que mistura pintura, escultura e objetos
industrializados em ambientes preparados para estimular a
percepção sensorial e as emoções. A arte conceitual, que
utiliza fotos, textos, objetos e vídeos, caracteriza as obras de
Cildo Meireles (1948-), Waltércio Caldas (1946-) e Regina
Silveira (1939-).
Interatividade

“A arte é um fazer. A arte é um conjunto de atos pelos quais se


muda a forma, se transforma a matéria oferecida pela natureza
e pela cultura” (Alfredo Bosi). O autor esta se referindo:

a) Ao artista e à sua visão de mundo e da natureza.


b) Ao artista e ao espectador.
c) Ao artista e sua obra.
d) Ao artista e sua forma de realizar arte.
e) Ao espectador e sua interpretação da obra.
Resposta

Alternativa “c”

 Ao artista e sua obra.


ATÉ A PRÓXIMA!

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