Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Pronomes Clíticos
Disciplina de Técnicas De
Comunicação
Grupo nro 5
Turma: C13
Lect
Docentes:
Dr.Calado Panguana
Dr.Rossana Malenda
Dr. Sumbane
Discientes:
Caimo Chutumia
Cleria Monica
Elon Palalane
Kushbo Panchal
Caimo Chutumia
Cleria Monica
Elon Palalane
Kushbo Panchal
Pronomes Clíticos
Docentes:
Dra. Rossana
Malenda
Dr. Calado
Panguana
Dr. Sumbana
2
1. Índice:
2.
I. INTRODUÇÃO...............................................................................................................2
1.1. Estrutura do Trabalho...................................................................................................2
III. CONCLUSÃO...............................................................................................................15
Referencias Bibliográficas …………………………………………………………………..16
3
I. INTRODUÇÃO
O presente trabalho pretende abordar de forma sistemática sobre os
pronomes clíticos, contribuindo assim para a compreensão do uso dos
clíticos pronominais, com maior enfoque na realidade do Português de
Moçambique (PM), que de alguma forma distanciou-se da norma
padrão do Português, que é o Português Europeu (PE).
4
Abordar sobre a colocação dos clíticos pronominais.
Exemplo:
5
II.2. Pronomes Clíticos
Os clíticos são elementos que compartilham, de um lado, certas propriedades de palavras
independentes, e de outro, certas propriedades de afixos.
Cunha e Cintra (1999:78), ainda citado por MAPASSE (2005), definem o clítico pronominal
como sendo o elemento que se combina fonologicamente com as palavras com que não forma
construções morfológicas, ficando a depender do acento dessas palavras e podendo ser
enclítico, proclítico e mesoclítico.
6
Em suma, pronomes clíticos são pronomes pessoais que também podem ser designados por
pronomes átonos (por apresentarem uma só sílaba). Os pronomes clíticos, por sua vez
correspondem às formas átonas do pronome pessoal que ocorrem associadas à posição dos
complementos dos verbos. Por exemplo: «deixa-me em paz!»
Estes pronomes clíticos podem, por sua vez, tomar diferentes posições perante o verbo
dependendo do contexto e da estrutura gramatical. De acordo com a sua posição, estas podem
ser classificadas como enclítico, proclítico e mesoclítico, como ver-se-á em diante.
Estes clíticos caracterizam-se por saturar os lugares de argumentos internos dos predicados
em que estão alojados.
Exemplos:
7
a) Viram-na (acusativo) no jantar do primeiro-ministro.
Exemplo:
Uma outra característica de clíticos argumentais que merece ser realçada neste trabalho
relaciona-se com o facto de ser possível, em frases com extracção simultânea de clítico,
recuperar o argumento não realizado, sem que a frase seja sentida como um caso de Objecto
nulo, como as estruturas a seguir ilustram:
Exemplo:
8
ii. Clíticos argumentais de referência arbitrária
Segundo Mateus et all (2003:836) chamam-se nominativo ao que Cunha & Cintra (1999)
designam por clítico de sujeito indeterminado. Este tipo de clítico é usado frequentemente
para fazer com que o sujeito seja indeterminado. Ou seja, nas frases em que se usa este tipo
de clítico não é possível determinar, com precisão, o sujeito da frase, daí a noção de
referência arbitrária estar associada a este tipo de clítico.
Exemplo:
Contrariamente àquilo que acontece com os clíticos com conteúdo argumental, que aceitam
construções de redobro, o se-nominativo não aceita a construção de redobro de clítico.
Veja-se, por exemplo, o contraste nas frases que se seguem, em que mostramos que na frase
em a), o clítico não aceita ser redobrado enquanto na frase em b) o clítico aceita ser
redobrado.
Exemplo: Que a Maria era culpada pela morte do pai, ele não o declarou abertamente.
9
verbal, desempenhando o papel de núcleo das orações pequenas seleccionadas pelo verbo.
Exemplo:
O se-passivo tem por referente uma entidade arbitrária identificada com o chamado “agente
da passiva”. O se passivo, tal como o se-nominativo, não admite surgir em construções de
redobro.
Exemplo:
10
morfema passivo – bloqueia a atribuição de relação temática à posição de argumento externo
e de Caso acusativo ao argumento interno do verbo. Esta característica faz com que este
pronome clítico se aproxime do afixo do particípio passado inacusativo nas estruturas
passivas e nas estruturas de particípio absoluto.
Exemplo:
b) Comprados muitos dos livros pelo público que ocorrera à feira, o negócio parecia
correr de feição.
Vilela (1995:334) diz que existem complementos que são introduzidos pela preposição a,
que podem ser anaforizados pelo pronome lhe, e que não podem ser considerados de OIs,
por serem designados, tradicionalmente, de datuus possessiuu e datuus ethicus.
O dativo de posse designa partes do corpo de pessoa, ou que são algo ligado a um acto ou o
seu resultado, ou seja, e como sugere o próprio nome, o dativo de posse designa uma relação
de posse inalienável, assumindo, deste modo todas as pessoas gramaticais. O SN em que
ocorre o dativo de posse pode ainda, para além da preposição a, ser introduzido pela
preposição de, como se pode depreender nos exemplos seguintes:
Exemplo:
b) Doem-lhe os olhos.
11
g) Ele agarrou-lhe na mão.
Como se pode depreender, o dativo de posse está associado a uma posição de argumento ou
de adjunto de um complemento do predicado.
Dativo ético substitui um actante que está fora da frase, mas que tem interesse na acção
implicada no significado do verbo. Realiza-se, quase sempre, pelas formas pronominais
relativas às pessoas que participam na enumeração: a 1.ª ou 2.ª pessoa. O contexto, a
situação, o acto comunicativo repõem a interpretação da entidade interessada na acção e
podem coocorrer com um OI. Este pronome ocorre, geralmente, em frases exortativas,
designando uma entidade que pode ser considerada como Beneficiário.
Exemplo꞉
Exemplo:
a) O barco virou-se.
12
c) Enervei-me com a situação.
Este pronome aproxima-se do se passivo, diferido deste por não apresentar um valor
argumental, podendo, deste modo, coocorrer com um adjunto, explicitando a causa externa
do evento denotado pelos verbos seguintes.
Exemplo:
Este pronome não afecta a estrutura argumental do predicador verbal e não pode ser
redobrado ( i) e ii) ), podendo, consoante a tipologia de predicados, ocorrer opcional ou
obrigatoriamente: ( 1) e 2)) :
13
encantadora.
II.2.2.1. Ênclise
Em gramática, denomina-se ênclise a colocação dos pronomes
oblíquos átonos depois do verbo. É usada principalmente nos casos:
Quando o verbo inicia a oração (a não ser sob licença poética, não se devem
Exemplo:
a) Entregaram-me as camisas.
Exemplo:
14
a) Alunos, comportem-se.
Exemplo:
Exemplo:
Segundo GOMES, C. (s\d), o uso da ênclise do verbo no futuro e no particípio não está
correcto.
Exemplos:
Tornarei-me…… (Errado)
II.2.2.2. Mesóclise
Em gramáica, denomina-se mesóclise a colocação do pronome oblíquo atono no meio do
verbo. É usada principalmente quando o verbo está:
No futuro do presente
15
Exemplo:
Exemplo:
II.2.2.3. Próclise
Em gramatica, denomina-se próclise a colocação dos pronomes oblíquos átonos antes do
verbo. É usada principalmente nos seguintes casos:
Exemplos:
a) Nada me perturba.
b) Ninguém se mexeu.
Exemplos:
16
b) É necessário que a deixe na escola.
Advérbios
Exemplos:
Exemplos:
Em frases interrogativas
Exemplos:
17
a) Macacos me mordam
Exemplos:
III. CONCLUSÃO
18
importante referir que a língua oficial moçambicana é o PE, e deve ser
usada conforme as normas e regras já estabelecidas.
REFERȆNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
19
MAPASSE, Ermelinda Lúcia (2005). Clíticos Pronominais em Português de Moçambique.
Lisboa: Universidade de Lisboa.
MARTINS, Ana Maria (2013). A posição dos pronomes pessoais clíticos. Lisboa: Fundação
Calouste Gulbenkian.
MATEUS, Maria Helena et al. (2003). Gramática da Língua Portuguesa. 5 ed. Lisboa:
Editorial Caminho.
20