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Paulo Leno Alves da Silva

Anaele Marinho de Souza

ATÉ QUE AS BRIGAS NOS


SEPAREM?
Entrando no ringue matrimonial como se fosse a
primeira vez
Todos os direitos desta edição pertencem aos autores.
Nenhuma parte deste livro poderá ser reproduzida por
qualquer meio ou forma sem a autorização prévia pelo
e-mail pauloleno05@gmail.com.

Editor Geral
Eduardo de Araújo Carneiro

Diagramação, capa e revisão


Paulo Leno Alves da Silva

Imagem da Capa
Sistema de busca Google

L569g SILVA, Paulo Leno Alves da.


Até que as brigas nos separem: Entrando no ringue
matrimonial como se fosse a primeira vez./ Paulo
Leno Alves da Silva. Anaele Marinho de Souza. Rio
Branco: EAC editor, 2022, 136p. : il.

ISBN xxxxxxxxxxx

I. Casamento; II. Filhos; III. Antropologia; I Título.


CDD xxxxx

http://www.eaceditor.blogspot.com.br/
DEDICATÓRIA

A todas as famílias, ensinadores,


conselheiros, mentores e terapeutas
familiares.

Acreditamos que o material que se


encontra em suas mãos será de
impetuosa utilidade para auxiliá-lo no
crescimento familiar.
AGRADECIMENTOS

A Deus, pela oportunidade de elaborarmos


esta apoteótica obra, que tem por objetivo
auxiliar todos aqueles que se esmeram na
pacificação familiar.

E ao nosso editor de excelência, Professor


Dr. Eduardo Carneiro, que com demasiado
carinho faz com que nossos livros se tornem
sempre melhores do que imaginávamos!

Até parece que foi ontem


Quando tudo começou
Sentando naquele banco
Quando você me avistou

Mas você não resistiu


E quis saber quem era
Aquele cara tão gentil
Que se apaixonou por ela
Estou falando de nós dois
Uma história de amor
Do Paulinho e a Anaele.

SUMÁRIO

PREFÁCIO
INTRODUÇÃO
O CASAMENTO
COMUNICAÇÃO FAMILIAR
O PAPEL DO MARIDO
O PAPEL DA ESPOSA
A BENÇÃO CHAMADO SEXO
MAKING OFF DO CASAMENTO

REFERÊNCIAS
PREFÁCIO
Unidade - 1
O CASAMENTO

O casamento no mundo bíblico é a união feita entre duas


pessoas que decidem viver um para o outro até que a morte os
separe bem como “o acordo mútuo entre as duas famílias
envolvidas” (BENTHO, 2006, p. 37).
O casamento é uma obra estabelecida por Deus. É o reflexo
do Criador na terra. Portanto, constitui-se uma união legal de um
homem com uma mulher (Gn 2.24; Ef 5.31; Mt 19.5,6; Mc 10.7).
Não existem casamentos perfeitos, mas sim, felizes. Isso dar-
se ao fato de que os dois seres que decidem viverem juntos são
totalmente de mundo distintos. O expositor Lopes (2008) diz que o
homem tem a “tendência de ser mais racional, enquanto a mulher é
mais sentimental”. Para o autor em pauta, o homem tem uma visão
geral, e a mulher observa as particularidades; o homem é mais
prático, e a mulher mais observadora. Embora sejam tão distintos,
eles não se excluem, completam-se.
Os homens sentem e pensam diferente das mulheres. São
universos diferentes. Entretanto, são nesses aspectos distintos que
o Criador proporcionará a totalidade e completude, para que ambos
gozem triunfantemente de seus mananciais.
As diferenças são como peças de quebra-cabeça, isto é, eles
são diferentes, contudo, se encaixam perfeitamente. Às vezes o
homem gosta de acordar tarde e a mulher se acorda antes das seis.
Ele gosta de churrasco, mas ela prefere bife acebolado. Ele gosta de
refrigerante, ela só toma suco, ele gosta de café, ela gosta de
Nescau, ele gosta da zona rural, ela gosta da zona urbana. Diante
disto, o que deve ser feito não é acusar um ao outro de gostar
daquilo que você aprecia, mas celebrar as diferenças.
Não temos o poder de mudar o outro, mas de entender e de
amar apesar das diferenças. A diferença não é um erro ou uma
falha, é apenas um modo diferente de viver. Não é nosso dever
muda-los, mas ama-los perfeitamente a pessoa imperfeita.
Porém, as descobertas acontecerão pouco tempo depois da
lua de mel. Daí eles perceberão que por detrás daquele príncipe e
daquela princesa, carregam certas manias que serão desafiadoras
no decorrer da vida matrimonial. Também vale ressaltar que certas
manias jamais desvencilhará da pessoa pelo qual escolheu para
compartilhar sua breve vida.
É prudente não se orgulhar daquelas velhas manias
negativas herdadas pelos pais ou até mesmo avós. Os hábitos e
manias devem ser adquiridos desde que haja positividade para
construção do casamento.
Além dos hábitos que talvez pensamos não ser agradável aos
nossos olhos, há aqueles pelo qual não suportamos, isto é, mastigar
com a boca aberta, deixar o creme dental aberto, arrotar em
público, soltar pum, etc.
Vale lembrar que tanto a pessoa pelo qual escolhemos para
casar, como nós, tem hábitos e manias que trouxemos do nosso
antigo convívio. Querer mudar o que foi enraizado é pura tolice. As
diferenças é que nos torna completos e singulares.
Pelo casamento o homem une-se à mulher, num
entendimento perfeito, numa comunhão genuína, numa
aproximação e identificação tal que já não são mais dois, “mas uma
só carne” (IBADEP, 2006). Passam então a constituir uma só
unidade. Esse sentimento de unidade que se estabelece no
matrimônio é tão profundo e tão importante que é comparado com a
união da Igreja com Cristo. (Ef 5.31,32).
O casamento é a poesia da vida, é a obra prima do Criador, é
o belo escrito do erudito, é a singular pesquisa do arqueólogo, é o
brilho do universo. O casamento é tão importante que a eternidade
será estabelecida por um casamento inigualável, ou seja, Cristo
com a Igreja.
Para Gonçalves (2016, p. 23), o “casamento, do ponto de
vista cristão, é uma relação amorosa entre um homem e uma
mulher que, sob orientação e direção de Deus, manifestam
publicamente o desejo de pertencerem um ao outro até que a morte
os separe”.
Um dos propósitos do casamento é que ambos encontram
plena satisfação mútua. É no casamento que ambos gozarão
mutuamente de seus mananciais.
Os cônjuges que sinceramente se sujeitam um ao outro “não
têm a menor dificuldade em aceitar o ensino bíblico com relação às
suas funções e a observância delas” (IBADEP, 2006). Assim, eles se
auxiliam mutuamente no cumprimento de seus papéis dentro do
lar.
O casamento é tão importante que uma pessoa casada é
bem vista, as pessoas a olham com respeito. Tanto na empresa
quanto na sociedade uma pessoa casada é vista como uma
autoridade.
Quando preenchemos um cadastro, numa empresa ou no
comércio, “devemos indicar se somos casados ou solteiros. Isso tem
uma razão de ser para o analista de crédito; a pergunta não está ali
por um acaso” (GONÇALVES, 2016, p. 39). Uma pessoa casada tem,
portanto, sua representação e responsabilidade, tem o status social
diferente da pessoa solteira.
Contudo, não basta está casado, os cônjuges devem está
bem casados. Pois as promessas são que até a morte os separe.
Obviamente não é desejo de todos morrerem cedo, por isso, cada
pessoa é responsável para tornar o seu casamento saudável.
“O casamento é um relacionamento profundo que demanda
o abandono de outros relacionamentos” (LOPES, 2005). Para o
autor citado, o casamento exige abnegação e devoção, demanda
constante renúncia e contínuo investimento.
Só as pessoas altruístas, que oferecem mais do que cobram,
que fazem mais depósitos do que retiradas, podem ser bem-
sucedidas no casamento. Para Lopes, o segredo de um casamento
feliz não é apenas encontrar a pessoa certa, mas ser a pessoa certa.
O casamento pode ser a antessala do céu ou o porão do inferno; um
largo horizonte de liberdade ou uma sufocante prisão; um abrigo
seguro ou uma arena de brigas, contendas e intermináveis
discussões.
O mesmo autor citado acima explica que a união conjugal é
a mais próxima e íntima relação de todo relacionamento humano. A
união entre marido e mulher é mais estreita do que a relação entre
pais e filhos. Os filhos de um homem são parte dele mesmo, mas
sua esposa é ele mesmo. Por esta razão, o marido deve amar a sua
esposa como ama a si mesmo.

Imperfeitos e felizes

Não existe casamento perfeito. Porém, cada cônjuge deve


agir de maneira que ambos possam ser felizes mesmo diante de um
casamento imperfeito. Os casamentos são resultados da atitude de
cada casal. O poder de tornar o casamento relevante está no que
cada um é capaz de fazer para o progresso do matrimônio.
Como já foi ressaltado, todos nós temos defeitos. O
casamento é, portanto, união entre duas pessoas pecadoras,
limitadas e cheias de defeito. “O erro de alguns maridos e esposas é
da ênfase aos defeitos do outro e não considerar as suas
qualidades” (GONÇALVES, 2005, p. 163).
Uma vez que não existe casamento perfeito, mas sim felizes,
porém para isso acontecer é necessário viver a missão do outro,
sonhe o sonho do outro e lute até findar o labor desta existência
fazendo o outro feliz.
Um casamento coerente só é possível quando os cônjuges
deixam de esperar acontecer e fazem acontecer. Ser a pessoa certa é
mais importante que encontrar a pessoa certa. Quando você
entender que poderá ser a pessoa certa e agir positivamente como
se de fato fosse, o casamento será um pedaço do céu na terra.
Lopes diz que o casamento deve ser a antessala do céu e não o
porão do inferno, um largo horizonte de liberdade e não um
apertado calabouço, um lindo sonho de alegria e não um pesadelo
marcado pelo desespero.
Depois de casado não existe mais o pronome possessivo
singular “meu”, mas sim, “nosso”. Se no casamento ainda existe o
“meu”, revela egoísmo e imaturidade, e onde há casais imaturos o
desastre acontece. Portanto, tudo que acontece dentro do nosso lar,
quer bom ou mal, é responsabilidade exclusiva do casal.
Nós somos responsáveis pelo ambiente da nossa casa.
Bebemos o refluxo do nosso próprio fluxo. Colhemos o que
semeamos (LOPES, 2005). Para o autor em questão, alimentamo-
nos dos frutos da nossa própria semeadura. Quem planta amor,
colhe amor. Quem planta sorrisos, colhe sorrisos. Quem semeia
amargura, colhe amargura. Quem semeia ventos, colhe tempestade.
Nossas atitudes se reproduzem conforme a espécie.
O segredo do matrimônio feliz está nas atitudes do casal.
Eles decidem como regerão a maior empresa chamada família. Por
isso, é prudente tomar cuidado com os pequenos problemas que
rodeiam os cônjuges.
É sabido de todos que não tropeçamos em montanhas, mas
em pequenas pedras. O ser humano tem por natureza fazer
tempestade com gotículas de água. Ademais, é importante,
identificar os pequenos problemas que comprometem a felicidade do
lar e eliminá-los de uma vez.
Hábitos ou manias

Na perspectiva do casamento, não temos poder de mudar o


outro, ao contrário, temos capacidade de piorá-los, por isso,
compreender o outro na sua realidade, respeitando as diferenças é
o primeiro passo para a felicidade no casamento.
Tentar mudar um ao outro é como dar “murros em ponta de
faca”. No final percebemos que ao contrário de melhorar, acabou foi
piorando as coisas. Até que ocorra a adaptação, os cônjuges terá
que suportar um ao outro positivamente.
O casamento é como uma mala velha, pesada e sem alça. A
figura parece estranha e negativa, mas é sugestiva. Quando nos
casamos, levamos para casa uma mala com nosso enxoval (LOPES,
2008). Nesse enxoval, para o autor em apreço, levamos não apenas
vestes e roupa de cama, mesa e banho, mas também nossos
hábitos, manias, cultura, idiossincrasias, vícios e deformidades.
Quando desfazemos essas malas e ajuntamos nossas tralhas,
algumas coisas sobram, e essas coisas incomodam, e muito.
Todo inicio de casamento é desafiador. A adaptação, o
entrosamento, entender e seguir o ritmo um do outro leva um certo
tempo. Alguns aceitam, mas jamais entendem alguns hábitos no
outro.
Quando duas pessoas se casam, cada uma traz consigo sua
bagagem para o casamento. Para Lopes, essas bagagens são hábitos
forjados na bigorna do tempo, manias aprendidas na infância,
gestos e atitudes incorporados pela cultura familiar, gostos e
preferências que agridem e até chocam o cônjuge. Se o casal não
tiver cuidado, esse excesso de bagagem pode comprometer a
estabilidade do casamento.
O escritor Kemp conta sobre o choque cultural entre seu pai
e sua mãe da seguinte maneira: Um dos principais motivos de
conflito entre eles era justamente esse desnível cultural. A minha
mãe vivia tentando corrigir e modificar o meu pai, porém isso nunca
funcionou. Resultado: discórdia, mágoa e ressentimento entre os
dois. Sutilmente, essas desavenças contínuas foram criando um
clima de animosidade na nossa casa.
Muitas pessoas casam com a expectativa de terem uma vida
nova, novos hábitos, novas amizades, porém quando elas casam,
levam consigo, costumes de sua criação. Esses costumes podem se
tornar um problema nos dias vindouros.
Quando duas pessoas se casam, acreditam ingenuamente
que estão entrando no casamento com as mãos vazias. “Na verdade,
elas entram arrastando toda a bagagem do seu passado”
(PARSONS, 2002). Ora, é o conteúdo dessa bagagem que
determinará como eles irão reagir às diversas situações da vida.
Ninguém entra vazio no matrimônio, mas carrega em si, a
cultura dos seus pais que até mesmo vieram dos seus
antepassados. Entender um ao outro como o é, será o primeiro
passo para o progresso familiar.
Unidade - 2
COMUNICAÇAO FAMILIAR

N ão há intimidade sem a prática da comunicação. A ausência de


comunicação tem levado muitos casamentos à falência. A falta
de comunicação sufoca o matrimônio, impera o reino das trevas, a
alma não respira, as emoções são abaladas e o sentido da vida em
família sucumbe.
O homem segue seu padrão distinto na comunicação, ou
seja, apresenta sua dantesca fragilidade nessa área. Por isso
raramente ele expressa o que sente. A mulher por sua vez, sente a
necessidade de se comunicar. Não obstante, a mulher é mais
comunicativa e fala mais do que o homem.
Não há como solucionar conflitos sem comunicação. Diante
disto, mais importante do que escutar com os ouvidos naturais, é
importante ouvir com o coração. Quem ouve olha nos olhos e
guarda no coração e pratica.
Pratique a arte da comunicação e estimule seu cônjuge a
isso. Comunicar é muito mais que dialogar, é também se importar,
é ouvir não somente com os ouvidos mais com os olhos, isto é,
prestando atenção no que é dito;
Em seu livro O amor é alimento, sexo é tempero, a
psicanalista clínica Angela Sirino diz: Um dia, uma esposa me disse
que a coisa que ela mais gostava era de ser tocada nos seios, e não
em qualquer outra parte, mas disse que o marido não pegava.
Então perguntei se ela já tinha falado para ele sobre onde gostava
de ser tocada! Ela com muita vergonha respondeu: “Não!”
Certa feita uma moça disse que administrava o dinheiro dela
e do marido. Seu esposo sempre que recebia, entregava todo o seu
dinheiro à sua esposa. Daí ele aqui e acolá pedia o dinheiro pra ela.
Ela dizia que ficava com raiva por duas razões: a primeira era que
ela não queria administrar o dinheiro dele e segundo, ela não queria
dá dinheiro para ele, mesmo sendo dele.
Perguntei para essa moça se ela tinha comunicado pra ele
que não gostava de administrar o dinheiro dele! Ela disse que
nunca falou pra ele, ou seja, eles se divorciaram e ela nunca
esclareceu essa situação para o ex-marido.
Quando não há comunicação, não há possibilidade de
conhecer profundamente um ao outro e nem saber qual a
necessidade do cônjuge. Gonçalves (2019) diz que bons casamentos,
onde os casais evitam tropeçar em coisas ruins, são aqueles onde
os dois se preocupam em manter os canais de comunicação sempre
abertos.
Portanto, não é interessante deixar o cônjuge ficar tentando
adivinhar as suas carências, pelo fato de você não querer dialogar.
A comunicação é tão importante que Deus criou o mundo mediante
a comunicação.
Deus é um ser comunicativo, e como o ser humano é a sua
imagem e semelhança, herdamos dEle esta qualidade. Só há
comunicação quando existe o outro (IBADEP, 2006). Por isso Deus
fez a família como o primeiro centro comunicador, facilitando desta
forma a saúde completa do indivíduo. A comunicação é o fator
regente tanto da família quanto de qualquer outra organização. Vale
ressaltar que as famílias mais felizes são a que se comunicam.
Outro fator relevante é que não devemos simplesmente nos
comunicar, mas temos que fazer da maneira correta. Pois a língua
além de proferir diálogos construtivos, como também tem o poder
de matar (Pv 18.21). Ela pode oxigenar o matrimônio com a mais
sublime felicidade ou arrasá-lo até virar pó. “A língua pode ser
medicina ou veneno, fonte de vida ou cova da morte. A comunicação
é a chave para um casamento feliz” (LOPES, 2005).
O marido sábio é aquele que está pronto para ouvir sua
amada. Ele precisa ter demasiada paciência para ouvi-la e pressa
para atender suas necessidades cotidianas. Ele deve ser digno da
sua singela confiança (Pv 11.13; 25.9). Ele precisa ser um
confidente da esposa, um amigo achegado, um conselheiro bondoso
e acessível, um homem disponível (Cl 3.19).
Há casais que se comunicam com todos na empresa, com
vizinhos, na igreja, porém em casa vivem um silêncio tumular. A
comunicação é o combustível que mantém a chama acesa do
relacionamento. Uma comunicação rude, com palavras ásperas e
críticas descaridosas “mata o romantismo, destrói o relacionamento
e afunda o casamento no profundo oceano do desespero” (LOPES,
2005). Para o autor em pauta, muitos casais desistem do
casamento porque a comunicação morreu. Onde a comunicação
adoece, o casamento agoniza. Onde os cônjuges cavam mais
abismos do que constroem pontes, o casamento fracassa. Onde o
silêncio, a mágoa, as críticas ou a indiferença substituem a
comunicação saudável, o divórcio é visto como única saída para
essa insalubre prisão.
Casais inteligentes praticam o principio da comunicação.
Infelizmente muitos se gabam em acharem que pelo fato de serem
pessoas que falam pouco, terá alguma vantagem no contexto
familiar. É interessante lembrar que os cônjuges são líderes do lar e
por isso devem entender que ninguém lidera uma equipe sem usar
a comunicação.
Lopes diz que as pessoas têm erguido muralhas à sua volta
em vez de construir pontes entre elas. Há casais que se comunicam
via e-mail porque já não sabem mais conversar. Há famílias onde as
pessoas se comunicam pelo telefone celular dentro de casa, porque
cada um vive encastelado dentro do seu quarto.
Como um gestor escolar organizaria positivamente uma
escola sem a comunicação? Como um gerente de uma grande
empresa teria êxito nos seus empreendimentos se não tivesse a arte
da comunicação com seus subordinados.
A comunicação produz intimidade, fortalece os canais
afetivos e de amizades e são mais felizes. Casais que se comunicam
cobram menos um do outro. Casais que se comunicam tem a vida
sexual mais resolvida. Os toques de afetividade é um tipo de
comunicação. Os olhares são meios de comunicação. O braço é um
meio de comunicação. A comunicação é o oxigênio de bons
relacionamentos. A ausência de comunicação revela a falência das
famílias.
É impossível liderar qualquer setor de empreendimento sem
a arte da comunicação. Do mesmo modo, as famílias sucumbirão se
não dialogarem. Para que aconteça um bom desempenho na
comunicação no relacionamento é prudente que a mulher entenda e
aprenda a lidar com a linguagem do homem, bem como, também os
maridos devem se esforçarem para praticarem prazerosamente o
hábito do diálogo.
É importante que os homens saibam que para mulher
conversar é extremamente necessário para eliminar o estres bem
como relaxar a alma depois de um dia conturbado. Para as
mulheres, olhando nos olhos é uma forma de carinho. Quando as
mulheres percebe que o marido é incapaz de manter um diálogo
passivo, elas se frustram. Mulheres felizes e bem resolvidas são
resultados de homens que se comunicam positivamente para o bem
comum.
Todo esposo e a esposa devem desenvolver a comunicação
significativa. Casais inteligentes exercem a arte da comunicação
significativa. A comunicação é o oxigênio do lar. Sem ele a família
não prevalece. Sem comunicação os filhos conversarão com pessoas
erradas ou até mesmo se trancarão dentro de si tornando-se
pessoas insociáveis. Comunicação significativa estreita os laços do
amor conjugal.

Praticando a arte do elogio

Os cônjuges devem agir cautelosamente para não ferirem


mutuamente com críticas em excesso. Lopes diz que o marido deve
ser pródigo nos elogios e cuidadoso nas críticas. Muitos casais
substituem os votos de amor que fizeram no altar por ameaças
depois do casamento. As palavras doces são trocadas por acusações
ferinas. As carícias por empurrões. Os elogios por críticas amargas.
O afeto, a ternura, o respeito, a empatia afetiva devem ser
ferramentas primordiais e indispensáveis na vida dos casais. Ambos
devem procurar entender mutuamente para a felicidade do lar.
O elogio é transformador. Quando isso acontece no contexto
conjugal, aflora-se o progresso e a estabilidade da família. Pessoas
felizes elogiam e pessoas elogiadas tornam-se felizes. Porém, isso
acontece somente no contexto da comunicação. O livro de Cantares
diz que o amor do marido concentra-se nas virtudes do cônjuge e
não nos seus defeitos (Ct 4.7) (Pv 31.28,29).
Ter uma comunicação saudável é questão de sobrevivência
conjugal bem como expressa caráter na vida daqueles que almejam
um matrimônio indestrutível. Casais inteligentes se elogiam
saudavelmente, não comparam o parceiro com outra pessoa e não
deixam a família em segundo plano.
Dito isto, os casais não devem viver brigando, mas sim, se
relacionando amavelmente por meio dos elogios. Eles devem
lembrar também que o lar não é um ringue onde um será vencedor,
quando um feri o outro, na verdade os dois perdem, pois são carne
da mesma carne.
Unidade - 3
O PAPEL DO MARIDO

D eus fez o homem para governar. Sua liderança foi autenticada


pelo Criador. Por isso deve liderar com maestria, inspiração e
amor. Ele é o cabeça do lar e deve fazer jus disto.
O marido deve ser um líder presente e participativo nas lidas
domésticas. Deve dar mais atenção à sua mulher do que ao
trabalho e aos amigos (LOPES, 2005). O cônjuge vem antes dos
próprios filhos. O líder deve ser um encorajador. O marido deve
cercar a sua esposa de carinho e afeto e ser um bálsamo para o seu
coração. Ele deve recebê-la como presente de Deus, como expressão
da benevolência do Senhor, digna dos seus maiores elogios e
investimentos.
Quando a liderança do marido é fraca, terá grandes chances
de terem filhos fracos que terão que enfrentar uma sociedade
complicada. O marido tem o papel de ser o provedor bem com
protetor da família (Mc 3.27), posição esta outorgada pelo Criador
(IP e 3.7). No lar é o responsável pela família. A ele pertence o lugar
de líder. O marido é a cabeça da mulher (IBADEP, 2006). Isto não
significa ser um ditador e sim exercer uma posição de liderança na
família.
O marido deve ser um agente que cria possibilidades para o
sucesso da esposa bem como dos filhos. Ele deve ser um exemplo
digno de imitado. Maridos controladores e rudes são um verdadeiro
caos para as famílias modernas. Maridos opressivos são uma
verdadeira tragédia no desenvolvimento do caráter dos filhos.

Homens controladores

O controle é a maneira incoerente de dominar uma mulher.


O casal de escritores Davi Titus e Larry Titus (2013, p. 31) diz: Os
controladores são brutos, arrogantes, opressivos, estúpidos,
imprudentes, desbocados, durões, miseráveis, sem esperanças,
grossos, hominídeos sem pelos e menos corajosos que uma mosca.
Para os autores acima, os homens nessa categoria acreditam
que a única maneira de manter o domínio sobre as esposas é
controlando-as e reprimindo-as.
Esposas de maridos com essas características, com o passar
dos anos, sua fisionomia será um verdadeiro caudal de amargura.
O sorriso já não se destaca em seu rosto, vive uma vida lenta, triste
e calada. Seu jeito amoroso tornar-se-á turva até que tristemente
desapareça.
Para Titus (2013, p. 31), os controladores lideram com “ira,
intimidação, manipulação, repressão e força. Sim, eles lideram; mas
essa liderança é negativa e destrutiva”. Ora, as mulheres não devem
ser submissa por medo, mas por respeito, contudo, uma mulher
que vive oprimida ou manipulada, jamais respeitará o marido, pois
tudo o que ela faz é por medo.
Homens controladores são os verdadeiros carrascos das
esposas. Eles transformam suas lindas esposas “em serviçais,
bajuladoras, pessoas retraídas, com medo das trevas (e) escrava de
um marido brutal.” (TITUS; TITUS, 2013, p. 31). Homens toscos e
controladores tem grande chance de representar o Diabo, mas não
Jesus que é amoroso e inspirador. Os autores acima ainda diz:
Homens, o seu chamado não é para controlar sua esposa, mas para
liberá-la. Libere-a para que seja tudo que Deus a criou para ser.
Não tenha medo de que ela se torne melhor que vocês. Mas louvem
a Deus se ela vier a ser.
Não se preocupem se ela ganhar mais atenção e notoriedade
que vocês; louvem a Deus se ela o conseguir. Não tenha medo de
que sua esposa ganhe mais dinheiro que vocês, mas louvem a Deus
pelas Suas bênçãos na vida do casal!
Sempre que a esposa se destaca, automaticamente trará
honra para o marido. A esposa e o reflexo do marido. Ela é aquilo
que ele investiu e acreditou. Ela brilha, porque o marido brilha, ela
triunfa porque o marido foi o causador deste sucesso. Titus diz que
se quiser saber de verdade de que forma o marido é como homem,
olhe para o espelho que está no rosto da esposa. Isso lhe dirá
muitas coisas.
Muitos homens tem abdicado seu papel de líder na família.
Por este motivo muitas mulheres têm feito com que muitas
mulheres agem como líderes no contexto familiar. Diante desta
perspectiva, a mulher vem ganhado seu espaço não somente dentro
do lar, mas também nos negócios.
Outro fator é que muitos homens estão ausentes do lar e por
esta razão a mulher está cada vez mais assumindo a liderança na
criação de filhos. Diante desta perspectiva, os filhos ficam sem
liderança espiritual do pai (Ef 6.4; Dt 6.1-9; Sl 78.1-4). Ora,
liderança ausente é uma liderança fraca. Logo as crianças já não
terão o devido respeito com os pais.
É tão sério a ausência dos pais na vida dos filhos e
principalmente na educação que esta figura raramente é
encontrada no meio educacional. Isto posto, o desempenho da
mulher no lar e na sociedade por causa da omissão masculina tem
revelado sua desenvoltura no mercado de trabalho.
Não podemos concordar com a discriminação entre os sexos.
“Ambos, homem e mulher, devem ter os mesmos direitos, privilégios
e responsabilidades” (LOPES, 2005). Para o autor em tela, a questão
básica é o papel que cada um deve exercer dentro do lar. A
liderança masculina não é uma questão de superioridade, nem a
submissão da mulher uma questão de inferioridade. Foi Deus quem
colocou o homem como cabeça, e isso não significa que ele é mais
importante nem que deve agir como um tirano.
Para Lopes a sábia e amorosa liderança masculina é
fundamental para a estabilidade emocional da família. A mulher
que tenta dominar o marido está na contramão da vontade de Deus.
Ela acaba desprezando o marido a quem domina, deixando-o
frustrado e seus filhos inseguros.
Um marido que ama profundamente sua esposa e a faz dela
um presente de Deus, terá uma história digna de ser contada. Deus
ordena que todos os maridos ame sua esposa assim como Cristo
ama a Igreja. A recomendação para o marido é que ame a sua
esposa profundamente.
O homem deve tomar, para com sua esposa, a mesma
posição que Cristo tem em relação à Igreja (IBADEP, 2006). Amar
significa também liderar com compreensão, isto é, demonstrando
sabedoria e discernimento, entendendo que a mulher tem
necessidade de sentir-se segura e abrigada.
O marido deve amar sua esposa de forma criativa. Seu amor
por ela deve ser semelhante ao amor de Cristo pela igreja, ou seja,
“um amor incondicional, perseverante, santificador, sacrificial,
guerreiro e romântico” (LOPES, 2005).
Paulo afirma ainda que Cristo alimenta a igreja e dela cuida
carinhosamente (Ef. 5.29). O marido por sua vez, deve prover
alimento físico, emocional e espiritual à esposa. A palavra cuidar só
aparece mais uma vez no Novo Testamento, com o significado de
acariciar (1 Ts 2.7).
O marido não deve demonstrar que ama a esposa somente
com palavras, mas com gestos significativos. Lopes diz que seu
amor deve estar na ponta da língua e na ponta dos dedos. O amor é
demonstrado pela palavra e pelo toque, pelo discurso e pela ação.
A autoridade exercida pelo marido não pode ser traçado
pelos parâmetros da imposição, mas da exposição ou inspiração.
Amor doentio - O amor não é manipulador ou possessivo,
que mantém a esposa sob sua estrita vigilância. Isso é um amor
doentio. Lopes (2005) diz que “ninguém pode ser realmente feliz
vivendo no cabresto, sob vigilância e controle do cônjuge. Onde não
há liberdade, não há amor”. A esposa precisa ser livre para
expressar seus pensamentos, sentimentos e desejos sem censura
ou medo. Portanto, como marido, o homem deve provê não somente
o alimento físico, mas também o emocional e espiritual.
Unidade - 4
O PAPEL DA ESPOSA

A esposa atual tem realizado um múltiplo papel na família.


Ela é mãe, esposa, amiga, companheira, ela exerce o trabalho
externo bem como o interno que é dentro da família. Cuida dos
filhos, do marido, dos afazeres domésticos, dos trabalhos na igreja,
enfim.
Para Lopes, a mulher sábia não deixa o casamento cair na
rotina. Emprega sua inteligência, sensibilidade e criatividade para
enriquecer o relacionamento.
Na verdade, a mulher sábia é uma alavanca na vida do
marido, empurrando-o sempre para frente. Ela honra, encoraja e
promove o marido. Além disso, ela é aliviadora de tensões, é
bálsamo que refrigera, orvalho fresco que renova o vigor e sábia
conselheira. Sua língua é remédio que traz cura. Seu amor é cheio
de ternura, suas atitudes são nobres, seu caráter impoluto, sua
maior beleza é sua piedade.
Contudo, há muitas mulheres mesmo no contexto cristão que
estão omitindo sua função de dona do lar, mulher virtuosa, de mãe
digna de ser imitada pelos filhos. Nossa sociedade clama por
mulher virtuosa que arregaçam as mangas e lutam por sua família
e não abre mão de ver seus filhos e maridos triunfarem.
A mulher virtuosa é sonhadora, sabe onde quer chegar e luta
pelos seus ideais. Ela não espera de braços cruzados esperando as
coisas darem certo, ao contrário, elas fazem as coisas acontecerem.
Nada para uma mulher cheia de fé. Ela luta com agigantada
desenvoltura pelo bem estar da sua família. A mulher é o sexo mais
forte, embora seja o vaso mais frágil (1 Pe 3.7). Ela sempre se
colocou na vanguarda do casamento “como guardiã e promotora
dos valores graníticos que têm sustentado a família ao longo dos
séculos” (LOPES, 2005). Para Lopes, a mulher sempre lutou na
frente de batalha pela salvação dos filhos.
Ela é capaz de heroísmos indescritíveis. A mulher tem uma
capacidade maior de suportar a dor, mais paciência para enfrentar
as provas, mais determinação para perseguir os alvos, e um
desprendimento maior para investir no casamento.
O papel da mulher é ser auxiliar do marido que lhe
corresponda coerentemente. Uma mulher cuida do lar com amor e
carinho. O lar é o reflexo da sua alma.
Você sabia que gente equilibrada interiormente não se sente
bem no meio de bagunça e de sujeira? “Pessoas que se acomoda
num ambiente desarrumado e sujo tem alguma disfunção interior.
Isso não é normal” (GONÇALVES, 2005, p. 67).
A simplicidade não pode ser pretexto para viver uma vida
desleixada. Mulheres virtuosas sabem que elas são espelhos para
as filhas. Gonçalves (2005, p. 67) diz que “pais relaxados formam
filhos desorganizados”. Para o autor em tela, é importante colaborar
para que sua casa seja um palácio emocional, onde quem chega
estressado encontre paz e saia abençoado.
Uma casa organizada é agradável aos olhos. A casa é o
reflexo interior de uma mulher. Todos nós gostamos de está num
ambiente organizado e aconchegante. Mulheres desorganizadas tem
um avida emocional desequilibrada. Entretanto, para que a faxina
física tenha êxito é necessário que esta faça um faxina na sua
mente. Só assim terá êxito e será uma mulher incrivelmente
organizada. Portanto, toda mulher devia fazer da sua casa um
pedaço do céu, um aconchego, um oásis familiar, um lugar secreto,
um lugar de refúgio.

Administrando o estresse para viver em paz

A mulher tem o poder de fazer muitas tarefas. Algo que


deveria ser uma qualidade relevante tem levado elas ao profundo
stress e consequentemente deixando a desejar quer na vida
conjugal, maternal, profissional e espiritual.
Administrar a casa, o emprego, o marido e os filhos têm sido
um trabalho desafiador. Porém, muitas não tendo orientações
acabam vivendo sobrecarregada dos afazeres do dia a dia e como já
foi ressaltado, infelizmente deixam seus filhos e maridos vulneráveis
de carinho, aceitação, amor e companheirismo.
O estresse tem sido o grande vilão da mulher contemporânea,
portanto, ficar estressada é uma doença que pode ser evitada se
assim você quiser. Para Leman (2013, p. 22), “estresse vem da
pressão, das tensões, as emergências e os detalhes da vida
cotidiana”. Para o autor, a vida é uma panela de pressão, e manter
a serenidade ou se estressar depende da maneira como você lida
com essa pressão. Estresse prolongado é profecia de fracasso na
família, e cedo ou tarde essa pressão poderá explodir e as
consequências serão irreparáveis.
Por isso, uma dica para as mulheres é que vivam a vida de
acordo com sua capacidade, ou seja, não corra com os cavalos se
você tem velocidade de tartaruga. O psicólogo Leman (2013, p. 28),
diz que quando as pessoas tentam “viver de acordo com escolhas
que outras pessoas fizeram por elas, o único resultado é
sofrimento”. Por isso a boa administração de tempo fará com que a
esposa tenha mais tempo para sua vida conjugal, filhos e igreja.

Submissão

Um filho se submete a autoridade da mãe que é submissa ao


marido que é submisso a Cristo que é submisso a Deus. Toda
autoridade só é verdadeira quando esta se submete a autoridade de
outrem.
Jesus sendo Deus se sujeitou enquanto estava entre nós (Lc
2.51). Os demônios se sujeitaram aos discípulos (Lc 10.17-20). A
Igreja se sujeita a Cristo (Ef 5.24). Os servos devem se sujeitar a
seus senhores (Tt 2.9). Os anjos se sujeitam a Cristo (1Pe 3.22) e os
Jovens aos anciãos (1Pe 5.5). Tanto maridos, patrões e líderes de
todos os seguimentos devem está debaixo de uma autoridade.
Você se sujeita á autoridade? Se não, você permanece
vulnerável, desprotegido e ineficiente, pois você só é eficiente
quando está debaixo de autoridade (TITUS; TITUS, 2013, p. 47).
Para os autores citado, você não tem direito de esperar submissão
daqueles que lidera se não se sujeitar à autoridade. Muitas vezes,
os maridos exigem submissão das esposas, mas eles não a
praticam.
A mulher deve submeter-se à liderança do marido assim
como a Igreja é submissa a Cristo (Ef 5.24). A mulher cristã não se
deve considerar uma escrava pelo fato de “estar submissa ao
marido porque de fato, ela é uma companheira, uma ajudadora.”
(IBADEP, 2006).
Submeter-se ao marido não significa que ele é único e
exclusivo, mas simplesmente reconhece-lo como líder. A palavra
submissão é um termo militar que significa “colocar-se debaixo de
quem possui um nível acima do seu.” (TITUS; TITUS, 2013, p. 45).
Submissão não significa repressão e silêncio; não é encerrar
a mulher em um campo de concentração (IBADEP, 2006). Toda
mulher possui suas próprias opiniões e convicções sobre a maioria
das questões, e nem sempre elas coincidem com as do marido.
Submeter-se não implica em fechar a boca, parar de pensar e
raciocinar, ou render sua própria individualidade.
Vale ressaltar que de acordo com os propósitos de Deus, a
mulher não foi feita para ser inferior ao homem. Ora, ela não foi
tirada dos pés, ou da costa e nem da cabeça, mas das costelas,
revelando assim o seu lugar, isto é, ao lado do marido.
É preciso deixar claro que submissão não implica
inferioridade. “A mulher não é capacho do marido. Ela não é sua
criada, nem sua empregada” (LOPES, 2005). Ser submissa não
significa ser passiva, apagada, sem direitos, sem vez e sem voz.
Submissão não é se anular ou renunciar aos sonhos e projetos do
coração em função do marido.
Submissão é estar sob a missão do marido outorgado por
Deus. Uma mulher virtuosa não terá dificuldade de se submeter ao
marido. Ora, um marido que ama sua esposa e esta retribui com
sua generosa missão, ambos terão grandes momentos de profunda
alegria. Quando a esposa confia em Deus, no marido e na decisão
tomada, “ela está se submetendo plenamente, deixando com o Pai
Celestial as consequências, sejam elas boas ou más.” (IBADEP,
2006).
Uma esposa submissa trará grandes satisfações na vida dos
filhos e uma conduta digna de ser imitada. A mulher que não
aprender a submeter-se ao marido, mais tarde provocará outro
problema. Enquanto os filhos forem pequenos, ela os dominará e os
dirigirá totalmente. Depois que eles crescerem, ela, que até então
teve seu impulso de dominar e sua autoconfiança intensificados,
passa a dirigir o marido.
Como ela possui certas habilidades e destrezas mentais,
desenvolvidas através dos anos, o marido talvez passe a ser o único
objeto de seu domínio (IBADEP, 2006). Essa época que deveria ser
de uma vida “tranquila e descontraída” quando gozam da
aposentadoria, torna-se uma época dura e difícil.
A mulher sábia procura preocupar-se com seu
relacionamento com o Senhor e com sua prudência diante do seu
marido. Quando a mulher fere a masculinidade do homem estará
tornando num “banana”. Chamar outros homens ou até mesmo
um vizinho para concertar algo em casa só para provocar o marido,
dizendo que chamou alguém porque em casa não tem “homem”,
revela imaturidade da esposa bem como corrompe a masculinidade
do marido.
Homens com a masculinidade frustrada estará vulnerável aos
desafios do lar e consequentemente inaptos a prosperar.
A mulher deve ser submissa ao marido assim como a igreja é
ao Senhor. Cristo é supremo singular. Ele nos ama
incondicionalmente, assim deve ser a mulher. Por outro lado, o
marido deve amar sua esposa assim como Cristo ama a Igreja e
cuida com carinho.
Submissão não é demérito nem desonra. “A glória da igreja é
ser submissa a Cristo. Quanto maior sua submissão a Cristo, mais
gloriosa ela se torna. Submissão não é ausência de liberdade”
(LOPES, 2005). Para Lopes, quanto mais à igreja é submissa a
Cristo, mais livre ela é, mais feliz ela se sente. Um trem só é livre
quando anda sobre os trilhos. A pessoa só é livre para dirigir seu
carro quando obedece às leis de trânsito. Assim, a liberdade da
mulher está em se submeter ao marido.
O marido é autoridade da casa pelo fato dele ser o cabeça
(1Co 11.3). Mulheres submissas não usurpa a autoridade do
marido e nem percorre caminhos independentes, buscando sua
própria gloria profissional ou pessoal. Ela respeita o marido como
seu cabeça, seu líder e mentor. O marido é uma autoridade
legalizada porque este se submete a autoridade de Cristo. O marido
é autoridade legalizada porque este é supervisionado em tudo que
faz por Cristo.
O casal Titus (2013, p. 44) explica que “é perigoso para um
líder exercer autoridade sem submeter-se à liderança”. Para Titus,
se um líder não se mantém submisso a uma autoridade superior,
ele corre o risco de abusar de sua própria autoridade e de também
perde-la. O marido é autoridade porque exerce na integra os
princípios de Cristo. Perceba que Cristo tinha e tem autoridade
porque se submetia a autoridade de Deus. A autoridade se torna
um fato quando alguém se submeti a autoridade de outrem. A
mulher tem autoridade sobre os filhos porque esta se submeti a
autoridade do marido e este a autoridade de Cristo.
O fato do marido ser uma autoridade não quer dizer que ele é
um líder. As vezes sua esposa é uma líder extraordinária que
precisa ser liberada pela autoridade da casa, isto é, o marido.
Os policiais rodoviários possuem autoridade legitimada pela
lei. O fato deles “possuírem autoridade sobre você neste segmento
não significa que eles o lideram, nem prova que eles são bons
líderes” (TITUS; TITUS, 2013, p. 18).
Toda mulher está no centro da vontade do Criador quando
esta honra o marido autoridade sobre sua vida, e todo marido
prospera sobremaneira quando este ver na esposa uma líder
extraordinária.
Por outro lado, uma das grandes vantagens é quando o
marido encontra na esposa submissa uma líder extraordinária. O
fato da mulher ser submissa não revela que ela não pode liderar. Se
a mulher possui a habilidade natural da liderança, ela pode liderar
livremente de acordo com sua personalidade. “Todavia, ela não deve
violar o princípio da autoridade por meio da rebeldia, de dominação
e de desrespeito” (TITUS; TITUS, 2013, p. 13).
É sabido de todos que muitas mulheres sobressaem em
muitos no que diz respeito à liderança diante do marido. Para tanto,
é necessário que o marido encontre e valorize e invista na líder que
há na esposa. Quando isto acontece o triunfo conjugal é garantido.
Para os escritores Titus e Titus (2013, p. 19), o marido
precisa liberar sua esposa “para servir a família com habilidades de
liderança dela. O homem não deve sentir-se inadequado ou
ameaçado pelas aptidões de liderança que ela possui”.
Para um lar estruturado é prudente que os cônjuges
trabalhem em dupla, em vez de trabalharem independente e
separadamente. O marido deve contemplar na esposa uma líder
singular que poderá ser uma agente de transformação no lar. O
marido não pode ver na esposa um adversário pelo fato dela exercer
com excelência a liderança, mas, contudo, liberá-la e apreciá-la,
uma vez que todos têm a ganhar.
Se muitos maridos permitissem suas esposas expressar na
prática seus dons de liderança, teriam um crescimento pelo qual
sozinho jamais conseguiriam. Muitos homens tentam oprimir,
subjugar ou controlar esposas que possuem o belo dom da
liderança. “Eles fazem isso por insegurança, ou porque não
compreendem os papéis do casamento” (TITUS; TITUS, 2013, p. 14).
Igualmente, as esposas por sua vez tendo competências para
liderança, devem permanecer na condição de submissão, ou seja,
sem querer involuntariamente instruir o marido dizendo o que este
tem que fazer.
É muito comum as mulheres que são líderes em locais de
trabalho, querer exercer o mesmo papel no contexto do lar, ou seja,
de chefia. Contudo, é necessário que as mulheres ao chegar em
casa, tire a capa de chefia e coloque a capa de esposa, mãe e serva.
Quando isso acontece, trará paz e prosperidade para os seus
familiares.
Unidade - 5
A BENÇÃO CHAMADA SEXO

Falar sobre sexo nos dias hodiernos tem sido um tabu.


Contudo, não temos dificuldade de falar e de dizer que é um dos
nossos assuntos preferidos. Afinal de contas, somos sexólogos.
Para muitos conservadores até mesmo o fato de pensar nos
detalhes do sexo já é motivo de escândalo. Falaremos aberto e
rasgadamente nesta obra sobre o assunto, pois foi à primeira coisa
que Deus estabeleceu para o homem no dia da Criação, ou seja, o
Senhor disse para os cônjuges serem férteis e fecundos (Gn 1.27-
31).
Existem dois assuntos muito polêmicos na igreja que é o sexo
e o dinheiro. Parece irônico, mas foram as duas coisas principais no
ato da criação que o Deus estabeleceu, isto é, o sexo e o ouro como
algo bom (Gn 2.12).
É comum estarmos na igreja e percebermos quando tratamos
sobre este assunto ver muitos torcer o canto da boca como se o
assunto sobre sexo lhe incomodasse. No entanto, determinados
assuntos incomodam pessoas que não são resolvidas ou tem
traumas sobre sexo.
Pessoas que foram abusadas na infância sempre terão o sexo
como um vilão. Às vezes eles querem demais e outras não querem
nem mesmo ouvir a palavra sexo. Como terapeutas precisamos lhe
dizer que se você foi abusado quer emocional ou físico, precisará
urgentemente procurar ajuda de um especialista para trabalhar
esta questão.
O sexo é uma prática sublime, contudo, não adianta somente
fazermos sexo, temos que fazê-lo com qualidade. Ora, além de
estudar sobre o assunto, é relevante também entender sobre a
pessoa pelo qual decidimos nos tornar uma só carne, assim
entenderemos a verdadeira magia que o sexo proporciona.
Por outro lado, quando o sexo morre no casamento, o homem
perde algo muito importante: a convicção de que “pode agradar sua
esposa fisicamente. E a mulher perde a satisfação de ter um homem
fascinado por sua beleza” (LEMAN, 2012).
É comprovado que casais que são resolvidos sexualmente
tem grande chance de prosperar financeiramente, são mais felizes e
estão mais unidos para enfrentar as crises cotidianas.
A crise não pode roubar a glória sexual entre os cônjuges.
Tudo pode está ruim, mas a vida sexual deve está ativa e prazerosa.
Lógico que o sexo não resolve problema, mas faz com os cônjuges
tenham respostas e ideias inteligentes diante do caos.
A ideia do Criador é que os cônjuges desfrutem
prazerosamente do sexo, pois este ato foi um presente ofertado por
ele. Infelizmente, muitos casais investem em muitos fatores da vida,
mas pouquíssimos são os que de fato fazem investimento na vida
sexual.
Muitas mulheres passam o dia inteiro investindo na sua
beleza, numa boa pintura no cabelo, criando um modelo
irrepreensível na sobrancelha, elaborando as unhas com maestria,
passam também a metade de um dia nas lojas de roupas e sapatos,
contudo, elas não têm o mesmo apreço quando se trata em investir
naquilo que é mais sagrado, isto é, o sexo.
O sexo é o assunto relevante menos abordado entre os
casais, e sempre que um dos cônjuges abordam este assunto, é tido
como tarado ou até mesmo ficam com raiva. O psicólogo Leman
(2012) diz que se um casal passar apenas dez minutos me
descrevendo sua vida sexual, ele terá “uma boa ideia do que está
acontecendo no restante de seu casamento”.
O sexo deve ser tratado como algo inestimável. O sexo deve
ser valorizado e apreciado. Os cônjuges não podem tratar o sexo
como algo banal ou encará-lo simplesmente para evitar a
perturbação incessante.
Quando uma mulher diz que seu marido só pensa em sexo,
ela está sabotado sua masculinidade e homem com a
masculinidade sucumbida é profecia de tragédia conjugal. Isto
posto, continuo ressaltando sobre a importância de um olhar
apreciativo e investidor para este presente chamado sexo.
A correria do dia a dia jamais deverá frustrar a magia da
cumplicidade, dos toques afetivos e da linguagem sexual entre os
cônjuges. Quando o homem ou a mulher passa mais tempo tocando
o celular do que o próprio corpo do cônjuge revelará o dantesco
grau de irrelevância matrimonial.
Assim como é incoerente a mulher ficar mais tempo com os
filhos e amigas deixando assim o marido de escanteio, também é
imprudente o marido passar mais tempo diante dos games e futebol
do que está apreciando o corpo e desfrutando do aconchego dos
braços da amada.
O sexo é um planejamento esplêndido de Deus, por isso, não
queira menos daquilo que o Senhor planejou para você. Dito isto, é
importante ser um amante melhor, passar tempo investindo em
melhorar o sexo e jamais se conformar no “feijão com arroz”.
Saiba que sexo não é algo estabelecido pelo Criador
simplesmente pelo fato de procriar, mas é um presente ofertado aos
casais, para que possam gozar mutuamente em seus mananciais.
O sexo jamais deve ser um ato egoísta, mas de plena
satisfação mútua. O psicólogo Kevin Leman (2016) diz que a
realidade é que desenvolver “a vida sexual no casamento não é algo
que você simplesmente ganha ou perde. É algo que você ganha para
si e para seu parceiro”. O sexo entre os casais é a manifestação
gloriosa de Deus no matrimonio. O sexo é a forma explicita de
revelarem que são uma só carne, uma só vida e um só propósito.
A união conjugal, portanto, antes de ser um contrato
jurídico, era um ato de amor, companheirismo e cumplicidade em
que as principais necessidades humanas eram plenamente
satisfeitas.
Destarte, é prudente que ambos empenhe-se mutuamente,
pois quando o outro ganha, você ganha. Entretanto, convém que
ambos dialoguem caso não encontraram plena satisfação no ato
sexual. Pergunte um ao outro sobre o que gosta ou até mesmo o
que não gostou. Caso seja necessário, procure ajuda de um
especialista para auxiliarem.
A pessoa pelo qual decidimos viver uma intensa e
apaixonante vida a dois, sabe melhor do que ninguém de como você
deve fazer para agradar sexualmente. Entenda que não é
simplesmente pelo fato de casarem que automaticamente ambos
saberão como realizar um sexo de qualidade. Muitos ainda
acreditam que virá um anjo do céu para orientá-los sobre essa arte
tão magnifica.
O fato é que existem muitos casais infelizes no matrimônio
devido não ter uma vida sexual de qualidade. É bem verdade, que
muitos se preparam para os mais diversos eventos da vida,
contudo, para o mais importante que é o sexo, são apenas meros
ignorantes e orgulhosos aprendizes.
Tudo que é bom e de qualidade deve ser aprendido, no
entanto, quanto mais capacitada à pessoa se torna, mais
probabilidade de sucesso no relacionamento ela possuirá.
Não estou dizendo que você deva ter várias experiências
sexuais para entender o que é sexo de qualidade, pois quando se
trata de intimidade, automaticamente entramos num padrão
relativo, ou seja, o que é para um casal não significa que será para
o outro.
Entenda que sexo de qualidade é quando ambos entendem
que antes da penetração sexual, deve haver uma penetração
emotiva, afetiva e assertiva. Quando há diálogo sobre os gostos e
onde e como deseja ser tocada ou tocado, o sexo deixa de ser algo
mecânico e sem graça e assim os cônjuges passam a experimentar o
sobrenatural matrimonial.
Sirino diz que quem conhece uma estrada dificilmente erra o
caminho, por isso, procure conhecer o máximo sobre casamento,
vida a dois, direito e deveres do marido e da mulher, sexualidade no
casamento e outras questões, pois este conhecimento te conduzirá
a um matrimônio cheio de alegria, prazer e sucesso!
Consequentemente seus filhos serão alcançados por tudo isso.
As orientações teóricas são necessárias, não obstante, a
prática deve ser somente entre os casais no contexto do
matrimônio. É prudente que ambos se descubram a ponto de
desfrutarem mutualmente e que possam chegar ao ápice do prazer.
O desejo de Deus é que os casais tenham absoluto prazer no sexo.
Se ao invés do prazer houver somente dor e desconforto, ambos
devem procurar ajuda de especialistas. Isto posto, a dor revela
incoerência e no ato sexual não é um ambiente de incoerência, mas
de prazer reciproco.
Muitos casais não conhecem os pontos erógenos do seu
parceiro. É vergonhoso, mas muitos homens não sabem nem ao
menos o que é clitóris, isto é, um lugar de extremas terminações
nervosas que foi feita exclusivamente para proporcionar prazer a
mulher.

Lua de mel

É normal às vezes a lua de mel não sair como planejamos.


Talvez não houve aquele corredor esparramado com belas pétalas
de rosa. Para quem ainda não experimentou a lua de mel de fato,
criam expectativa que na maioria dos casos são uma verdadeira
decepção.
Para a donzela aquela sena de vergonha e insegurança no ato
sexual durará toda a vida. Talvez ali ela crie uma série de
questionamentos ou até mesmo repulsa pelo fato de não ter saído
com ela de fato esperava.
Talvez o esposo na lua de mel obteve uma frustração pelo
fato de não ter proporcionado a querida esposa o ápice desejado.
Talvez o olhar de insatisfação ou até mesmo de decepcionado da
esposa lhe frustrou.
Saiba que nem sempre a lua de mel é como todos relatam ou
como idealizamos nos filmes românticos. As vezes a esposa no ato
sexual ficará um pouco espantada pelo incomodo causado no ato
sexual. Porém, entenda que por mais que tenhamos um
conhecimento teórico sobre sexo, assim, teremos que termos nossa
própria experiência.
No quarto, é preciso ter a noção de tempo de um atleta
profissional, a precisão de um joalheiro refinado e a habilidade de
um maestro de orquestra sinfônica (LEMAN, 2016). Na perspectiva
do autor citado, aqui está o problema: ainda que você pudesse ser
todas essas coisas ao mesmo tempo, não há garantia de que
aqueles sinos, apitos e sirenes soarão em seu quarto.
Contudo, se não sair nada como você imaginou, procure
rirem juntos e não do outro e alegremente procurarem ajuda para
melhorar a relação.
Outro fator importante é o lugar onde vão passar a lua de
mel. Ora, muitos optam por um lugar exótico para passarem alguns
dias curtindo-se. Não obstante, devemos salientar que mais
importante que conhecer geograficamente os pontos turísticos, é
conhecer a geografia a alma e o corpo um do outro.
Entenda que na lua de mel, nada é tão belo e tão digno de
apreciação quanto a presença da pessoa que você escolheu para
dividir sua história. Portanto, os lugares exóticos pouco importarão
se ambos não estiverem ansiosos para conhecerem-se numa
loucura infindável de amor.

Conhecendo os corpos mutuamente

O livro de Cantares de Salomão é uma singular celebração do


sexo no casamento. É um poema explicito da intimida conjugal
(Cântico dos Cânticos 7.6-9).
Há também uma barreira muito comum entre os noivos, ou
seja, aqueles que nasceram num lar conservador, jamais viram
seus pais com outras roupas a não ser aquele roupão que usam
para dormir. Diante desta perspectiva, foram embutido valores
tradicionais nada convencional que ao invés de contribuir para a
boa relação a dois, trouxe perdas irreparáveis para a vida intima do
casal.
Ora, os adultos desde a sua tenra idade além de serem
ensinados por pai conservadores que o sexo é algo impuro, também
são ensinados, principalmente as moças que seus corpos devem
está sempre cobertos. As moças por sua vez crescem com essa
imagem, ou seja, com a ideia que seu corpo é algo exclusivo dela
mesma. Com isso, muitas mulheres tem dificuldade de se relacionar
abertamente com seu esposo.

Comunicação sexual

A comunicação sexual é a alforria da alma. A comunicação


produz segurança e reciprocidade. Quando há comunicação há um
crescimento saudável na vida sexual do casal. Por outro lado,
quando não há diálogo sexual, a vida torna-se insuportável. Assim
como existem mulheres inflexíveis, isto é, que não dão a mínima
para o crescimento sexual, muitos homens são bem toscos em suas
relações.
Quando não há sensibilidade por parte dos homens, eles têm
a tendência de usar as esposas como meros objetos. Outro fato
também é que muitos deles não têm o mínimo cuidado da sua
higiene intima, e mesmo estando errado lançam a culpa na mulher.
Sexo é a poesia do matrimônio, é a celebração dos cônjuges.
Foi uma linda invenção do Criador. O sexo dentro das fronteiras do
matrimônio é uma benção é o ápice da intimidade entre os casais.
Não há relacionamento saudável sem a realização do sexo.
A psicanalista Angela Sirino (2019) diz que “o AMOR é o
alimento no casamento, e que o SEXO é o tempero”. De acordo com
pensamento da autora em apreço, um matrimônio precisa de amor,
uma vez que ele quem sustenta o casamento, todavia, precisa da
cereja do bolo, ou seja, do tempero chamado sexo.
Diante desta perspectiva sabemos que nada é tão insípido
que uma comida sem tempero, sem cebola, alho e outros
nutrientes. Note que comida sem tempero é comida feita para
pessoas que estão doentes. Ora, muitos relacionamentos estão
doente, pois já não temperam seu casamento com o precioso
tempero do sexo.
O tempero dá gosto à comida, assim também é o sexo, ele
tempera o alimento eterno da conjugalidade. No entanto, existem
muitos relacionamentos destemperados, desprovidos de gosto, de
harmonia e de afetividade.
A maior autoridade de nosso país sobre família diz: Todo
casal deve dar o devido valor ao sexo no casamento. Não pode ser
mais nem menos. “O sexo não é tudo no casamento, mas tudo pode
ser afetado quando não há realização sexual” (GONÇALVES, 2005,
p. 87).
O sexo é um presente de Deus para que os casais
desfrutassem mutuamente de seus mananciais. Deus criou homem
e mulher, como seres sexuados, isto é, com desejos sexuais. O
Criador colocou os órgãos sexuais nos seres humanos com esta
finalidade, ou seja, para que ambos tivessem prazer. O sexo é bom
para a saúde e traz grandes benefícios físicos e emocionais. Ele
protege o coração, eleva a capacidade intelectual, fortalece os ossos
e os músculos, ajuda a prevenir contra outras doenças.
A quantidade de oxigênio que impulsionamos para o cérebro
é a mesma que dispensamos ao caminha 1,5 km ao subir dois
lances de escada, melhorando o bem-estar e aumentando a
capacidade intelectual (SIRINO, 2019).
O sexo com qualidade melhora e fortalece o relacionamento,
pois ele associa um sentimento de extremo prazer, O sexo além de
produzir relaxamento ele é também terapêutico. “Sexo vai além do
prazer. Sexo é entrega, descobrimento, e doação. Sexo que só busca
o prazer próprio é egoísta, animal, não nasce do amor”
(GONÇALVES, 2019). Para Gonçalves, o homem é o único ser vivo
que faz sexo olhando nos olhos; todos os outros animais fazem sexo
por trás sem olhar para a parceira, apenas para satisfazer o cio.
Deus, ao criar o ser humano diferente, confere  um significado novo
e superior ao sexo.
Como já ressaltamos, o sexo foi um presente estabelecido
pelo Criador. O sexo é puro e santo e deve somente ser desfrutado
no contexto do casamento. Fora do casamento a prática do sexo é
pecado. Ademais, Deus julgará os impuros e adúlteros (Hb 13.4).
Os adúlteros não herdarão o reino de Deus (1 Co 6.9).
Quem não tem coragem de assumir perante o juiz terreno a
pessoa da qual escolheu para compartilhar sua vida, também não
será digno de se apresentar seu cônjuge perante o Criador. Ora,
diante do exposto, casais que coabitaram antes do casamento tem
maior chance de chegar à um divórcio.
O prazer é apenas um dos benefícios. “Sexo revitaliza o corpo,
alivia o estresse, ativa a mente e é um dos meios mais eficazes na
prevenção de enfermidades” (SIRINO, 2019). Para autora em pauta,
o ato sexual provoca uma reação em cadeia que ativa todo o
organismo. A excitação provoca reações vasculares, neurológicas,
musculares e hormonais.
Para a autora em pauta, o sexo não deve ser baseado no
consumo, mas sim na reciprocidade. O sexo não deve ser um fruto
de satisfação egoísta, mas altruísta, portanto, quanto mais
investimos no outro, mas benefícios teremos. Entretanto, o sexo que
é uma proibição para os solteiros e um mandamento para os
casados (1 Co 7.5).

Por isso, o sexo é uma benção para os conjugues não


somente procriarem, mas para desfrutarem prazerosa e
mutuamente. O sexo fora do casamento embora ofereça um prazer
carnal, porém no fim ele traz culpa, bem como a ira divina,
enquanto que o sexo no casamento traz prazer, pureza e felicidade.
O expositor Lopes diz que o sexo fora dos princípios
estabelecidos pelo Criador gera desvios de conduta, vícios
degradantes, sentimento de culpa e vergonha, feridas incuráveis e
danos irreparáveis. Sexo no casamento é benção, fora dele é
fornicação e o relacionamento extraconjugal é adultério.
A relação sexual antes do casamento representa uma posse
antecipada e ilegítima. Lopes diz que essa posse antecipada mata o
desejo, produz culpa, gera temor, insegurança e ciúme e fragiliza a
relação conjugal, além de atrair também a inevitável vingança de
Deus. O sexo fora do casamento é um desatino.
O sexo é benção, puro e santo quando é praticado dentro do
casamento. Por isso sexo seguro não é feito com preservativos, mas
sim, dentro das balizas sacrossantas do matrimônio. Lopes (2005)
explica que a plena realização sexual só pode ser experimentada
através de um casamento “heterossexual, monogâmico,
monossomático e indissolúvel. Assim, o propósito do sexo vai muito
além da procriação”.
Para Geisler (2000), o sexo tem três propósitos básicos:
“procriação (Gn 1.28), unificação (Gn 2.24) e prazer (Pv 5.18,19)”.
Antes do sexo deve haver carinho, carícia, afago. Mais
importante que tocarem seus corpos é necessário que ambos se
bombardeie com toques de afetividade. O sexo deve ser uma entrega
e uma satisfação mútua. “O sexo no casamento, de acordo com o
ensino das Escrituras, requer total devoção entre os cônjuges”
(LOPES, 2005). Para o autor, o marido deve conceder à esposa o
que lhe é devido, ou seja, a plenitude da satisfação sexual, o
orgasmo.
O sexo não deve ser tratado egoisticamente, ou com aspecto
de chantagens, mas uma fonte onde ambos encontraram prazer
singelo. O sexo deve haver cumplicidade e empatia, ou seja, se
importar com a satisfação do outro. Os cônjuges devem jamais
negociar o sexo. Negar-se um ao outro é um grande perigo para o
matrimônio, bem como, negligencia os padrões divinos que diz que
cada um deve satisfazerem-se mutuamente.
A esposa não pode chegar para o marido, nem o marido para
a esposa, e dizer: “Esta semana decidi abster-me do sexo”. Agir
assim é atentar contra o direito sacrossanto do cônjuge. É negar-lhe
o mais íntimo e inalienável privilégio.
É pôr o pé na estrada da desobediência a Deus e da
insensatez humana. “O apóstolo Paulo é tão cauteloso em relação a
esse assunto que não aprova a privação sexual por qualquer
motivo, mesmo que a decisão seja consensual, por isso usa a
expressão talvez” (LOPES, 2005).
Mesmo que a intenção seja boa em abster-se do sexo para
focarem exclusivamente na oração, todavia, o sexo é inegociável.
Sexo também é espiritual uma vez que foi o próprio Deus que fez o
Homem com desejos sexuais. Abster do sexo por muito tempo pode
deixar o casal vulnerável as cantadas e aos olhares desejosos de
outrem. É dever dos casais suprir a carência afetiva e sexual do
parceiro. Isto posto, negar sexo ao outro é um grande erro, além
disso, não tarda para que Satanás interfira colocando uma outra
pessoa no caminho.
Muitas pessoas usam desculpas espirituais para justificar
sua negligência na área sexual. “Nossa consagração a Deus não
pode ser em detrimento da nossa dedicação ao cônjuge” (LOPES,
2005). O autor em pauta, explica que há desculpas indevidas e
infundadas para se esquivar da relação sexual. É comum as
pessoas alegarem cansaço, sono ou mesmo ansiedade como
desculpa. O sexo, na forma estabelecida por Deus, não faz mal para
dor de cabeça, ao contrário, é um santo remédio e uma abençoada
terapia. O cônjuge espoliado dos seus direitos que cai na teia da
sedução e no laço do adultério comete um sério pecado, mas o
cônjuge que lhe sonegou o sexo é co-responsável pela sua queda.
O sexo não deve ser feito por fazer. Ora, se for pra fazer por
fazer, é melhor não fazer. Como já foi ressaltado anteriormente,
antes dos corpos serem tocados fisicamente, eles devem ser tocado
afetivamente. O sexo é apenas uma complementação daquilo que foi
construído no decorrer da semana ou do dia.
A importância do sexo para o homem e para a mulher

O sexo será gratificante a partir do momento em que ambos


descobrirem o quê, onde e quando lhe proporciona mais
empolgação sexual. A perspectiva sexual do homem e da mulher
são estritamente diferentes. No entanto, as inúmeras diferenças
entre homens e mulheres é que fazem deles um casal.
Dito isto, enquanto um gosta de luzes acessas, outro só
fazem sexo com luzes apagada ou na penumbra. Há outro que gosta
de transar de dia e outros somente a noite. Ela gosta de dormir até
tarde, porém, ele cedo está acordado. Ela gosta de filme, enquanto
ele gosta de futebol. Ele gosta de contemplar sua esposa despida,
enquanto ela gosta de admirá-lo com uma bela roupa. Por isso, que
conhecer-se mutuamente, tornará o sexo muito gratificante e
prazeroso.
Homens gostam de respeito, satisfação sexual, um bom prato
de comida, sentir-se necessário, enquanto as mulheres gostam de
carinho, ser ouvida atentamente, proximidade, segurança e ser
valorizada.
Sexualmente falando, o homem com o simples olhar desejo
da esposa já está pronto para o sexo, porém a mulher como
ressaltou o Dr. Leman (2016) que disse que “ela vai aquecer
devagar, de modo que o sexo precisa acontecer da maneira mais
lenta possível”.
É sabido de todos que o homem pensa mais em sexo que a
mulher. Não obstante a isto, não quer dizer que o homem é um
imoral pelo fato de pensar sobre sexo. Como já ressaltei, sexo é um
presente e mandamento de Deus e não há nada de errada viver
pensando no presente outorgado pelo Criador.
Leman diz que se o homem estiver pensando em como outra
mulher (que não seja a sua esposa) ficaria sem roupa, ou no
desempenho dela na cama, então, sim, ele está poluindo sua mente.
Mas se ele está imaginando como seria bom passar óleo no corpo de
sua esposa naquela noite enquanto lhe faz uma massagem corpo a
corpo, está sendo tão puro quanto um missionário que serve uma
tigela de sopa a um morador de rua no centro da cidade.
Para se ter ou fazer um sexo é necessário que ambos se
conheçam intimamente. A mulher deve conhecer o que o sexo é
para o homem bem como os homens devem entender o que o sexo
significa para as mulheres. Assim ambos desfrutarão de forma
inteligente a magnitude do sexo. Quero reforçar que ninguém tem o
real domínio de um veículo se não o conhecermos, contudo, a partir
do momento em que conhecermos teremos maior facilidade de
dirigi-lo. Portanto, quanto mais conhecemos nosso cônjuge, mais
prazer daremos a ele.
Para o homem o que importa é a quantidade, para a mulher é
a qualidade. O homem é estimulado pela visão, a mulher pela
audição. Homens desejam sexo, as mulheres desejam intimidade.
Para os homens apenas um lugar ausentes de olhares, para as
mulheres não se trata de olhares para o ato, mas de uma razão.
O que todo homem temente a Deus deseja? Uma mulher
temente a Deus que ame o sexo. O que toda mulher temente a Deus
deseja? Um homem temente a Deus que forneça a intimidade pela
qual sua alma anseia (LEMAN, 2016). Sabe como é, os homens
precisam apenas de um lugar, mas as mulheres precisam de um
motivo.
São inúmeras as diferenças entre homem e mulher sobre o
sexo. É bem verdade que os homens pensam mais em sexo que as
mulheres, no entanto, não significa que as mulheres não gostam
tanto quanto.
A psicanalista Ângela Sirino (2019) diz: Para 85% dos
homens, a expressão “uma só carne” lembra a prática do SEXO.
Enquanto que, para as mulheres, a mesma expressão significa
casamento, amor e cumplicidade. Para os homens casamento é
sinônimo de sexo, para as mulheres casamento tem haver com
família, filhos e uma bela casa.

Saindo da rotina com criatividade

O que não pode acontecer na vida sexual dos cônjuges é cair


na mesmice. Ambos devem agir com criatividade, espontaneidade e
variedade. Por isso, inova-se, seja criativo e não deixe sua vida
sexual cair na mesmice. Obviamente, estou seguro de que mesmo
que eu tente propor nesta obra, entendo que o ato sexual bem como
sua preparação é relativa e complexa.
Contudo, mesmo diante da complexidade e relatividade na
preparação sexual, todo casal jamais deve viver refém do mesmo,
como diz uma canção interpretada por Ronnie Von: A mesma praça,
o mesmo banco, as mesmas flores, o mesmo jardim.
A rotina revela vilões que muitas vezes colocam o “encanto e
o amor em perigo, acaba com o casamento, a vida profissional e a
espiritualidade” (SIRINO, 2019). O ato de tornar o sexo mecânico
produz extrema ausência de desejo. A rotina gera desgaste bem
como desinteresse. A rotina amplia o estresse.
Sirino (2019) ainda diz que “a rotina rouba a glória do ato
sexual”. De acordo com o pensamento da autora em apreço, tudo
que é feito todo os dias do mesmo jeito perde a graça. Portanto, é
necessário mudar, inovar.
Ninguém precisa viver infeliz num casamento se isso pode ser
mudado através de uma atitude positiva. O terapeuta familiar
Josué Gonçalves (2005, p. 61) incentiva os crentes a abri “as portas
da criatividade para fazer coisas fora do programa, a fim de nutrir a
sua história conjugal com o sabor da aventura”. Tente fazer algo da
forma que você nunca fez.
A rotina é a asfixia do romantismo. Ela estrangula, sufoca e
mata os mais belos sentimentos no relacionamento conjugal. A
rotina acaba aos poucos com o casamento, tornando-o monótono,
insípido e sem alegria (LOPES, 2005). A estagnação para o autor em
tela, é uma ameaça para os casais. Até água parada dá lodo. O
corpo sem exercício adoece. O casamento sem criatividade cai no
marasmo. O casamento precisa ser dinâmico, romântico, vivo, cheio
de desafios.
Gonçalves (2005, p. 61) diz que quando “a rotina não é
vencida, o relacionamento morre asfixiado. Lembre-se: nem Deus
gosta de rotina”. Tudo o que é feito do mesmo jeito, no mesmo
lugar, no mesmo ritmo, cansa, enfada, desestimula.
A criatividade é uma das características do ser humano.
Deus é criativo e inovador. Dele emana o desejo, a curiosidade e a
inquietação na busca pelo novo. Portanto, faça investimentos que
resultem positivamente para o seu progresso no ato sexual. Tudo o 
que um casal faça para melhorar sua autoestima e “apimentar” o
relacionamento deve ser bem-vinda, é estar em movimento, é
descobrir-se a cada dia, é experimentar o novo, e beber o cálice da
vida por inteiro, seja ele amargo ou doce. Na vida sexual acontece o
mesmo.
O casal deve por sua vez, descobrir novas maneiras de
provocar e ser provocado. “Não dá para ter uma vida sexual
sensacional apenas praticando “papai e mamãe”, onde o homem
fica por cima e a mulher sempre por baixo” (GONÇALVES, 2019).
É natureza do ser humano desejar alcançar novos
patamares. Os que não gostam de se inovar é porque tornaram-se
insensíveis. Incoerência é desejar mudança se continuamos na
mesma rotina. Desde a tecnologia até os relacionamentos precisam
de inovação para não cair no marasmo. Portanto, a vida não perde a
graça quando nós superamos a rotina e usamos a nossa
“criatividade na construção da nossa história conjugal. A rotina
rouba a glória do ato sexual” (GONÇALVES, 2005, p. 62, 88). Tudo
o que é feito do mesmo jeito todos os dias perde a graça.
No campo dos negócios, os empresários precisam de
inovação, pois eles sabem que para manter o cliente precisam
sempre está atualizados. Nossos celulares precisam de atualização
senão eles ficam travando. Ora, casamentos que não se atualizam
vivem travados, vivem cheio de vírus. Os aplicativos sempre estão
se atualizando, e cada vez que isso acontece ele nos oferece mais
comodidade, opções e facilidade. Cada atualização traz melhoria
para o usuário.
Uma das características da atualização é que permitirá o
usuário a descobrir coisas que antes não estava ali. Quando os
casais se reinventam estarão possibilitando ao parceiro descobrir
novos meios de exalar o seu amor. Lopes (2005) diz que uma das
coisas que mais desgastam o casamento é a falta de entusiasmo de
um dos cônjuges, ou de ambos, em investir na relação. A
acomodação é mortífera. Um dos mitos do casamento é achar que,
“se meu cônjuge me ama, ele não vai se sentir atraído por outra
pessoa”.
Para o autor em questão, o que está por trás dessa
malfadada filosofia é a estagnação do sentimento, a paralisia do
afeto e a morte da criatividade. Aqueles que pensam assim não se
importam em investir na relação, nem em si mesmos, nem no
cônjuge. Quando a pessoa deixa de se preocupar com a própria
aparência, descuidando-se de seu corpo e vestindo-se de qualquer
jeito; quando perde o estímulo para crescer intelectualmente, está
assinando o atestado de óbito de seu relacionamento conjugal.
Para Lopes algumas mulheres têm a coragem de ir para a
cama vestindo uma camiseta amarrotada, usada na campanha
eleitoral passada, e ainda esperam que o marido sinta entusiasmo
para a relação sexual... Uma roupa de dormir atraente é capaz de
trazer grandes benefícios para o casamento. A criatividade é um
dom que precisa ser exercitado.
De acordo com o autor em apreço, é incoerência em pensar
que “se meu cônjuge me ama, não vai esperar que eu mude.” A
mudança não é uma opção, mas uma necessidade imperativa.
Devemos adotar novos hábitos e mudar para melhor antes que seja
tarde. Toda mudança gera dor e um certo desconforto, por isso
muitos preferem viver na mesmice mesmo tendo capacidade de
mudar.
Homens que triunfam são homens de atitude. Você nunca
encontrará pessoas conformadas e acomodadas no topo da escada
do sucesso (GONÇALVES, 2005, p. 13). Para o autor em apreço,
muitos casamentos, famílias e relacionamentos interpessoais
poderiam ser diferentes se houvesse, nas pessoas, mais disposição,
ousadia e desejo incontrolável por mudança.
Nem Deus interfere na vida daqueles que preferem se
acomodar ao invés de ter uma atitude de mudança para o progresso
no contexto conjugal. Tudo quanto a gente fizer ou não,
determinará as condições de vida no futuro. Portanto, mude antes
que seja tarde. Seja criativo. Não se conforme com a mesmice, com
a rotina. Água parada cria lodo. Transforme sua vida, sua família,
seu casamento, sua vida sexual. Nunca é tarde para tomar uma
atitude positiva.
Sua casa pode ser o melhor lugar do mundo se ela for uma
central terapêutica do amor, pois “só o amor transforma pedras em
pães ou corações de pedra em corações de carne.” (GONÇALVES,
2005, p. 18).

Preliminares

Tudo que é feito com capricho é prazeroso. Tudo que é bom e


agradável leva tempo. Não somos como galo e galinhas. Você já viu
como eles fazem amor? Não dura nem 10 segundos. Sei que é um
grande desafio, contudo, os casais não devem jamais deixar o sexo
virar costume. O investimento nas preliminares é como um
investimento numa conta bancária, isto é, deve investir muitíssimos
nos toques. Use o tempo necessário para tocar e conhecer
detalhadamente o corpo do seu cônjuge.
Quanto mais se investe nas preliminares mais excitados
ficarão. Ângela Sirino (2019) em seu livro “Sem lenha, o fogo se
apaga” diz: Para isso use a boca, as mãos, os seios, o toque suave
na pele. Não tenha pressa, deixe que esse momento seja bem
gostoso e prazeroso. Aproveitem para darem muitos beijos na boca.
Beijem no pescoço, na orelha e nos mamilos. Use suas mãos para
acariciar todo o corpo. Mostre que você deseja consumar a
sexualidade com alegria e prazer.
É sabido de todos que nós brasileiros não caprichamos e as
vezes nem investimos nas preliminares. Ora, sem prelimitares logo
surgirá o desinteresse pelo sexo, a demora ou a perca de qualidade
no orgasmo. Cada um age de forma diferente para esta situação. As
mulheres não tem o mesmo desenvolvimento emocional que os
homens. Vale lembrar que sexo para a mulher é emocional
enquanto que para os homens é físico.
“Se há algo que esfria uma mulher é sentir que a única coisa
com a qual seu marido se importa é o sexo” (LEMAN, 2012). De
acordo com o autor em apreço, se a esposa achar que seu papel
principal é ser uma receptora disposta dos avanços sexuais de seu
marido, ela se sente diminuída e desrespeitada.
Por isso, é muito importante investir afetuosamente nas
preliminares dando honra a mulher. O intuito das preliminares é o
beneficio mútuo. A preliminar pode evitar ou até mesmo controlar a
ejaculação precoce que é quando os homens ejaculam em menos de
dois minutos. Já no caso da mulher faz com ela tenham maior
empolgação bem como lubrificação. Quando isso ocorre, os homens
que se segure, pois ela fará você viajar por horizontes jamais vistos.
Embriaguem-se de carícias, deixe meia luz e assim for o
desejo de ambos e tirem vagarosamente a roupa. As mulheres por
sua vez devem deixar o marido fazer isso. Os homens gostam de
olhar. Eles ficam encantado com o corpo da esposa.
A preliminar não ocorre somente no leito, mas no decorrer do
dia. A mulher deve deixar indicações que naquela noite ela deseja
ter-lhe em seu regaço. Para o homem quando ele sabe que a mulher
está com estremo desejo de tê-lo, o seu pensamento será na esposa
amada consumar o ato.
Estimular a imaginação do cônjuge com dupla intenção é de
suma importância para não ficarem na mesmice. Portanto, ambos
devem despertarem-se um ao outro para o ato. Portanto, invista
tempo nas preliminares, provocando a excitação. Não permita que a
rotina roube a glória das preliminares. Homens e mulheres devem
mutualmente investir nesta arte sublime.
Os homens deveriam investir muito tempo nas preliminares
por causa das mulheres, pois elas são assim como fogão a lenha e
os homens como micro-ondas, isto é, ligou, esquenta
instantaneamente.
Em seu livro Direto ao ponto, o psicólogo Leman (2016) diz:
“Quanto tempo leva para um marido ficar animado? Provavelmente
não mais que dois segundos”. Para Leman, as mulheres tendem a
levar trinta minutos para entrar vagamente no clima, e muitas e
muitas peças precisam se encaixar para que ela fique receptiva ao
interlúdio sexual. Não é surpresa que os casais briguem por causa
da frequência.

Produzindo toques de afetividade


Os cônjuges não podem viver uma vida de rotina sem
novidade. A maioria das pessoas gostam de churrasco, mas comer
churrasco todos os dias ninguém aguenta. O ambiente sexual deve
ser preparado com maestria. Numa de suas palestra Josué
Gonçalves disse: “Antes de toca meu corpo, toque minha alma com
toque de afetividade”. Os toques são arrebatadores. Todos nós
gostamos de ser tocado. Os bebês são felizes porque são
constantemente tocados. Até mesmo os animais gostam de ser
tocado.
Com razão diz Sirino: Ande de mãos dadas; deite no colo um
do outro para assistir um filme sadio ou fazer uma leitura; dentro
do carro juntos, mantenha uma mão na perna do outro, fazendo
um leve gesto de carinho; se despeçam com um beijinho; traga
alguma coisa da rua para o outro, seja um pão de queijo, um
pedaço de bolo, um bombom.
Saiba que a vida é singular e breve, portanto, amem-se
incondicionalmente a pessoa que você escolheu para dividir a sua
história.

Falta de apetite sexual

É triste, mas temos percebido o grande número de casais que


além de não ter apetite sexual não procuram ajuda de um
especialista para mudar essa situação. Diante disto, são vários os
fatores que levam a falta do desejo sexual.
A diminuição ou até mesmo a falta de alguns hormônios é a
causa da falta de apetite sexual, dentre outras causas tais como o
uso de alguns antidepressivos, álcool, tabagismo, uso de drogas,
obesidade, excesso de preocupações etc.
“Algumas fases naturais como gravidez, pós-parto,
menopausa, podem diminuir esse desejo em muitas mulheres”
(SIRINO, 2019).
Não só os problemas físicos, mas também os emocionais são
causas que tiram ou diminui o apetite sexual, ou seja, o estresse, a
depressão, ansiedade, alguns trauma, culpa por algum transtorno,
abuso sexual etc. Outra situação pode está relacionada a
insatisfação no ato. Não simplesmente com o sexo, mas com a
pessoa. Ora, antes da pessoa aceitar o prazer sexual que o cônjuge
oferece, ela tem que sentir por pelo seu parceiro um intenso prazer
emocional ou afetivo. Portanto, os cônjuges devem ser amantes
ilimitados. façam sexo, muito sexo, a ponto de ambos dormirem
com o sorriso no rosto.
Unidade – 6
MAKING OFF DO CASAMENTO
 Os homens não são videntes, por isso, expresse o que
você deseja verbalmente;
 Procure expor e não impor, pois, imposição, tonar o
casamento tirano ou tóxico;
 Não altere seu tom de voz, pois seus gritos não farão
ele ou ela te ouvir;
 Nem sempre é como você pensa ou idealiza;
 Antes de falar, saiba que o seu parceiro tem
sentimentos;
 Mulheres, jamais fira, a masculinidade do seu
marido;
 Um relacionamento não se resume apenas na união
de dois corpos, mas, sobretudo, de duas mentes
saudáveis;
 Ele é seu marido e não seu pai ou amigo;
 Ela é sua esposa e não sua mãe ou amiga;
 Ele é mais importante do que coisas;
 Ela é mais importante do que coisas;
 Nem todos os príncipes tem que ser padrão, adapte-se
aos “sapos”;
 Você não é completo quando casa, mas quando
encontra cristo;
 Um casamento abençoado começa com um namora
responsável;
 O namoro leva a intimidade, mas não
necessariamente ao compromisso;
 Namorar antes do tempo é mesmo que tirar um pão
do forno antes de assá-lo. Ou seja dá dor de barriga
se comer;
 Namoro ruim é um ensaio para um casamento
tristemente desastroso;
 O namoro é uma experiência de adequação e teste;
REFERÊNCIAS

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de Janeiro, CPAD, 2006.

CHAPMAN, Gary D. - Como reinventar o casamento quando os


filhos nascem - 1. ed. - São Paulo: Mundo Cristão, 2011.

GONÇALVES, Josué – 21 Dicas para ser um pai ideal, 1ª ed. SP;


Mensagem para todos, 2016.

_____Josué - 37 qualidades do líder que ninguém esquece. 2004.

_____Josué – 23 Atitudes para revolucionar seu casamento, Rio


de Janeiro, 2005.

_____Josué - 5 Segredos das Mulheres Felizes No Casamento,


Editora Mensagem para todos, 2010.

_____Josué – A história de nós dois – Editora Mensagem para


todos – 2016.

IBADEP – Família Cristã - Instituto Bíblico das Igrejas Evangélicas


Assembleias de Deus do Estado do Paraná – 2006.

JUDITH, Wallerstein and Sandra Blekeslee. Second Chance: Men,


Women and Children a Decade After Divorce. New York, New York.
Ticknor & Fields. 1989.

KEMP, Jaime - Forças destruidoras da família: a sobrevivência


da família na pós- -modernidade — São Paulo: Editora Vida, 2012.

KEMP, Jaime - Pai inteligente influencia o filho adolescente – Se


você não fizer, alguém o fará! - Rio de Janeiro; Graça, 2013.

LEMAN, Kevin - Direto ao ponto: sexo e intimidade no


casamento; 1. ed. - São Paulo, Mundo Cristão, 2016.

LEMAN, Kevin - É seu filho, não um hamster — São Paulo: Mundo


Cristão, 2012.
LOPES, Hernandes Dias Lopes – Casamento, divórcio e novo
casamento – São Paulo, SP; Hagnos, 2005.

LOPES, Hernandes Dias Lopes – Casados e felizes – São Paulo, SP;


Hagnos, 2005.

ROB, Parsons - 60 Minutos para Renovar seu Casamento. Belo


Horizonte, MG. Editora Betânia. 2002.

ROCHA, Aldery Nelson – Entre o repúdio e o divórcio – VDN;


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RENOVATO, Elinaldo – A família Cristã e os ataques do inimigo –


Rio de Janeiro, CPAD, 2013.

SIRINO, Angela – Amor é alimento e Sexo é tempero – Editora


Auto da fé; 2018.

TITUS, Dave; Titus, Larry – Ele diz, Ela diz – Central Gospel, Rio de
Janeiro – 2013.

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