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RELACIONAMENTO A TRÊS:

Uma aliança de amor com Deus e com o meu cônjuge

ESTUDO PARA OS GRUPOS S2

I – QUEBRA GELO / LOUVOR

II – COMPARTILHAR

III – ESTUDO

19.ª SEMANA – O toque como manifestação de amor (parte II)

Olá, meus irmãos! Em nosso último encontro nós compartilhamos sobre


a importância da prática da linguagem do toque físico para um casamento
saudável. Hoje nós continuaremos nossa temática.
Nós sabemos que em toda sociedade há formas de toques físicos como
manifestação de proximidade ou distanciamento. Em nossa sociedade, ao
mesmo tempo em que um tapinha nas costas representa camaradagem, um
leve empurrão no peito significa “se afaste de mim”. Da mesma forma, outras
sociedades possuem toques para tais demonstrações; alguns semelhantes aos
nossos, outros totalmente opostos.
No casamento, os toques positivos ou negativos são determinados pelo
próprio casal. Aquilo que um casal acha divertido, para outro pode ser
incômodo. Como falamos no último estudo, o fundamental é que haja um
diálogo para que a tentativa de compartilhar intimidade e afeto não resulte em
irritação e fragilidade no relacionamento.
Para as pessoas que possuem o toque físico como primeira linguagem do
amor, suas emoções terão como questão prioritária que a sua necessidade
física seja suprida, quer por toques, quer por carícias, quer por beijos, abraços,
relações sexuais, etc. Cabe ao cônjuge a tarefa de mostrar sua linguagem ao
outro e buscar descobrir meios de suprir a linguagem do seu parceiro.
O dialeto do toque físico que geralmente é alvo de maior número de
problemas e reclamações no casamento - e que será nosso maior foco hoje - é
o da relação sexual. Quando se ama, o prazer está relacionado a ter o outro
como alvo desse prazer, consequentemente, o seu prazer também será
alimentado pelo amor do outro. Vamos trabalhar um pouco essa temática hoje.
Na Bíblia Sagrada vemos o quanto o sexo é citado como algo belo, criado
por Deus e como meio de glorificá-lo enquanto dentro do padrão estabelecido
por Ele mesmo. Entretanto, no decorrer das páginas do mesmo livro, vemos o
quanto o sexo foi deturpado e, consequentemente, trouxe consequências
negativas para a humanidade. Não é diferente com a igreja. Quando vivemos
uma sexualidade contrária aos padrões bíblicos, maculamos o templo do
Espírito, como nos diz Paulo na 1a Carta à Igreja de Corinto, 6:15-20 (leiam).
Devido a interpretações errôneas quanto a alguns textos bíblicos, o sexo
muitas vezes é visto como algo sujo ou proibido, mas a Bíblia mostra que ele
é um presente de Deus para os casados. Na criação Deus fez “macho e fêmea”
e viu que sua criação era algo “muito bom” (Gn. 1:27, 31). Quando instituiu a
união entre o primeiro homem e a primeira mulher, Deus disse: “Eles têm de
tornar-se uma só carne” (Gn. 2:24). Esse vínculo incluía o prazer da
intimidade sexual, bem como um profundo apego emocional.
Deus quer que o sexo conjugal seja algo que proporcione grande prazer,
indo além do orgasmo, mas envolvendo também todas as demais áreas da
dimensão humana: as emoções, o intelecto, a pessoa como um todo, sendo o
sexo no casamento uma amostra do prazer celestial.
O prazer da relação sexual segundo o padrão de Deus é relatado na Bíblia
de formas diversas, como vemos: “Seja bendita a sua fonte! Alegre-se com a
esposa da sua juventude. Gazela amorosa, corça graciosa; que os seios de sua
esposa sempre o fartem de prazer, e sempre o embriaguem os carinhos
dela.” (Pv. 5:18-19). O livro bíblico que mais detalha a beleza do sexo
abençoado por Deus é o Livro de Cantares de Salomão. Nele, o escritor narra
o prazer de ambos. O homem diz: “Seu umbigo é uma taça redonda onde
nunca falta o melhor vinho. Sua cintura é um monte de trigo cercado de lírios.
Seus seios são como dois filhotes de corça, gêmeos de uma gazela. (…) Como
você é linda! Como você me agrada! Ó amor, com suas delícias! Seu porte é
como o da palmeira, e os seus seios como cachos de frutos. Eu disse: Subirei à
palmeira; eu me apossarei dos seus frutos. Sejam os seus seios como os
cachos da videira, o aroma da sua respiração como maçãs…” (Ct. 7:2-8).
Deus quer que a esposa também tenha prazer no sexo, como alerta Paulo:
“Marido e a esposa devem satisfazer as necessidades sexuais um do outro” (1a
Cor. 7:3). No livro de Cantares (já citado), vemos o prazer da esposa na
relação: “Ah, se ele me beijasse, se a sua boca me cobrisse de beijos...  Sim,
as suas carícias são mais agradáveis que o vinho.” (Ct. 1:2).
No decorrer de todo o livro de Cantares, a ênfase tanto do homem quanto
da mulher é nas características positivas de um e de outro. Você percebe que
muitas vezes nós verbalizamos mais o que nos desagrada no cônjuge do que
seus pontos positivos? Quando focamos nos aspectos negativos, estimulamos
uma recíproca da mesma forma, mas quando nos concentramos no que é
positivo, a recíproca também nos atinge. Você entende como os elogios podem
trazer bons resultados para o sexo do casal? Compartilhe sobre esse ponto.
Muitos casados têm problemas de insensibilidade com a indisposição do
outro quanto à relação sexual. Estresse, dor de cabeça, “aqueles dias”, cansaço
da rotina do dia, enfim, motivos não faltam para um dos dois não estar
disposto a fazer amor. Paulo nos diz: “A mulher não tem poder sobre o seu
próprio corpo, mas tem-no o marido; e também da mesma maneira o marido
não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no a mulher. Não vos
priveis um ao outro, senão por consentimento mútuo por algum tempo, para
vos aplicardes ao jejum e à oração; e depois ajuntai-vos outra vez, para que
Satanás não vos tente pela vossa incontinência.” (1a Cor. 7:4-5).
A pergunta que muito casal faz é: “Mas até onde devo ir nesse conselho
de Paulo? Se meu cônjuge não está disposto, deverá então abrir mão de sua
indisposição para me satisfazer?” Muitos são os casos em que, principalmente
as mulheres, se vêem em dificuldades para o sexo (os períodos durante e logo
após a gestação, por exemplo), assim como problemas às vezes relacionados à
própria saúde. O ideal é que haja diálogo e que haja consentimento mútuo
sobre o fazer agora ou o fazer depois, o que não pode (e essa é a
recomendação clara de Paulo) é privar-se da relação sexual. Se há problemas,
busquem tratá-los. Todas as vezes que o casal faz amor, há uma sublime
manifestação do amor de Deus por meio da relação sexual: ela é a forma mais
bela de cultuar a Deus no casamento. Sendo assim, esta deve ser uma prática
contínua e qualquer coisa que interrompa o prazer na relação deve ser tratado.
Qual o padrão de Deus para a sexualidade? É o que está registrado em
Gn. 2:24: homem e mulher deixando seus pais e se tornando uma só carne. O
padrão de Deus não é a poligamia, a pornografia, o swing, a prostituição,
enfim. Jesus ratifica em Marcos 10-7-8: são dois que se tornam um! No livro
de Hebreus vemos: “Venerado seja o matrimônio e o leito sem mácula, mas os
que se dão ao adultério e à prostituição, Deus os julgará” (Hb. 13:4). O
contexto aqui nos mostra que leito sem mácula é o leito da fidelidade, da
unicidade como Deus a instituiu, homem e mulher!
O casamento é a melhor representação do mistério da Trindade manifesto
na carne: duas pessoas se tornam uma. São dois em um mesmo ser. Quanto à
sua personalidade, Deus é trino, mas quanto à sua essência, Deus é uno.
No sexo dentro do casamento não deve haver culpa nem vergonha, pois
há intimidade. Porém, para que haja intimidade, deve haver uma construção,
que só é possível com diálogo, honestidade e compreensão. Para haver
harmonia de corpos, deve haver honestidade nas almas - um deve doar ao
outro para dar e receber prazer, sendo os cônjuges livres para crescerem no
prazer do corpo um do outro até atingirem o limite máximo. O padrão do sexo
é gerar satisfação a si e ao outro. A sexualidade no casamento é um prazer sem
reservas, sendo dois que se tornam um, sem espaço para a opinião de nenhum
outro, mas apenas do próprio casal.
Porém, vejamos a seguinte recomendação de Pedro: “Maridos, tenham
relações com entendimento com as suas mulheres, dando honra à mulher
como vaso mais fraco” (1 Pe. 3:7). Conhecendo o homem e sua falta de
cuidado, Deus mostra que este deve ter todo o cuidado para que não faça nada
que a mulher não queira. Homem, saiba conquistar, não crie choques que
possam quebrar o principio da intimidade no casamento. Intimidade sexual é
algo tão profundo e particular que a intimidade de um casal não serve como
parâmetro para a sexualidade de outro.
A intimidade do casal é sagrada, então nada pode atrapalhar o momento a
sós. Por muitas vezes o casal desfrutar de sua intimidade dentro de casa, também
é lá onde se concentram os maiores perigos para esta intimidade, sendo
geralmente os filhos pequenos e a tecnologia os grandes “vilões” dessa história.
Muitas vezes temos visto casais que priorizam dezenas de coisas, não
sobrando tempo para curtir um ao outro, além de ficarem sem energia para o
sexo. Casais que não preservam momentos a sós certamente manifestarão
esfriamento no relacionamento e se tornarão casais doentes. Em uma escala
de 1 a 10, como você classifica seu sucesso quanto a “fazer amor”,
discutido no estudo? Como você acha que seu cônjuge lhe classificaria?
“Vem, saciemo-nos de amores até de manhã: alegremo-nos com
amores” (Pv 7:18). O casal é a prioridade, o casal vem antes dos filhos, dos
amigos, dos parentes. Um certo amigo relatou-me que, logo nos primeiros
meses de nascimento de seu filho, ele chegou a desenvolver certa raiva por
achar que seu filho havia “roubado” sua esposa, pois agora ela não tinha
tempo para ele. Por outro lado, muitas esposas se afastam do marido após a
gestação por carregarem todo o trabalho da criação sem o auxílio do marido.
Para um casamento saudável, devemos lutar contra tudo e contra todos que
ameacem a nossa intimidade conjugal, então é necessário abrirmos mão de
nós pelo prazer do outro, tanto a esposa quanto o marido. Não coloquem os
filhos para dormir com vocês, eles devem ter o seu espaço, sua cama e seu
horário para dormir. Em relação às demais questões, devemos priorizar,
ordenar a agenda de modo que a intimidade do casal seja garantida.
  Os risos, a conversa, as amenidades, tudo isso gera saúde emocional. O
sexo é algo que pode acontecer na hora ou não, mas quando acontece, é o
coroamento da vida que ambos criam. Valorizar o tempo de intimidade é
valorizar o outro, é o outro saber que é importante, que é ouvido, que é
desejado. O sexo é uma das bases, alimentado por estas ações e apimentado
ou adocicado como o casal achar que terá mais prazer, com ou sem fantasia!
Tudo o que vimos no sexo e outros “toques de amor” fazem parte das
necessidades emocionais de quem tem o “Toque Físico” como primeira
linguagem do amor. No livro de Cantares, os amantes dizem: “O meu amado é
meu e eu sou dele”. Alimentem o desejo e se satisfaçam mutuamente.

IV – PERÍODO DE ORAÇÃO E DESAFIO DA SEMANA

Ore para que os casais de nosso meio alimentem o toque físico e vivam a
sexualidade segundo o padrão de Deus. Perguntas: Desafio da semana:
Pense em meios de tornar o relacionamento sexual mais gratificante para
você seu cônjuge. Coloque esses meios como prática cotidiana.

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