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GALPÃOdoprodutor
contextualiZAÇÃO
a estiva/mg Segundo o engenheiro André Marques, da EMATER da cidade, desses 1100 produtores,

do tema
98% se encaixam no conceito de produtor familiar, segundo ele, ainda: “Todo agricultor fami-
liar é produtor, mas nem todo produtor é agricultor familiar, considera-se agricultor familiar os
produtores que atendam aos seguintes requisitos:
Apesar de parecer algo que inicialmente é A) Possuir, a qualquer título, área de até 4 (quatro) módulos fiscais;
longe de ser uma realidade, a cultura do compre B) Utilizar, no mínimo, metade da força de trabalho familiar no processo produtivo e de
fresco, compre local já é algo bastante enraizado geração de renda;
nos Estados Unidos, sendo as chamadas “farmers C) Auferir, no mínimo, metade da renda familiar de atividades econômicas do seu estabe-

leleitura
ra
markets” bastante comuns, ou seja, o país do fast lecimento ou empreendimento;
food já pensa no local, e entende a importância de D) Ser a gestão do estabelecimento ou do empreendimento estritamente familiar.”
valorizar o pequeno e médio produtor, para que Ainda segundo o engenheiro André, mesmo que grande parte dos produtores da cidade
As CEASAS surgiram na década de 60, ele tenha a oportunidade negociar diretamente sejam agricultores familiares, a grande maioria das 23 toneladas anuais produzidas na cidade
nas principais capitais brasileiras, como uma com o consumidor final, entregando um produto pertencem ao grande produtor, com suas lavouras gigantescas.
maneira de definir padrões de qualidade, fresco, além de conseguir margens melhores de
preço e classificação de produtos, além de lucro para seu negócio. Um outro detalhe que fica bastante claro, segundo o Engenheiro André, é a independên-

do
d local
incentivar o consumo da população. Seguin- cia do sistema de vendas do grande produtor, que consegue vender seu próprio produto e, em
do esse formato, mas procurando fortalecer a De volta ao Brasil, mesmo ainda não tendo contrapartida, a deficiência do agricultor familiar, que depende diretamente do já mencionado
agricultura familiar, nos anos 200 surgiram os essa cultura do “compre fresco, compre local” tão “atravessador”, que compra o morango por um preço muito baixo, pois o agricultor não possui
CECAFS (Central de Comercialização da Agri- difundida, pelo menos o conceito de feiras livres uma autonomia da venda do seu produto, sendo esse um dos argumentos que mais reforçam a
cultura Familiar), oferecendo, consequente- já possuem uma regulamentação própria, de necessidade de um local de venda para esse público.
mente, preços mais acessíveis aos consumi- acordo com o ministério da agricultura, pecuária
dores. e abastecimento, o ministério saúde e a ANVISA,
são recomendadas para a comercialização de
Um outro conceito bastante presente produtos alimentícios em feiras livres, sacolões e
nesse projeto é o chamado “comprar fresco, varejistas, boas práticas de higiene pessoal nas BREVE HISTÓRICO DE ESTIVA
comprar local”, como uma resposta à cultura
norte-americana dos Fast foods, esse movi-
lavouras, como a não presença de animais e
saneamento básico. Além disso, para a exposi- Localizado no sul de Minas, Estiva é uma cidade do morango
mento criado nos EUA busca ir contra a cultu- ção, é necessário que os alimentos sejam selecio- pequena cidade, com pouco mais de 10 mil habi- Desde seus primórdios, a cidade teve como base a produ-
ra dos alimentos industrializados que destro- nados, sem sinais de degradação e embalagens tantes, situada nas margens da rodovia Fernão ção rural, mas foi nos anos 60 que o Sr Osvaldo resolveu plantar
em a agricultura americana e busca contrariar não reutilizáveis, tendo essas práticas como obje- Dias. Seu início se dá por volta de 1720, com um cerca de 100 mil pés de morango seguindo a técnica aprendida
esse conceito agro-industrial e defender a tivo a prevenção de doenças e a promoção da pequeno povoado que se instaurou em um local por ter trabalhado anteriormente em uma fazenda de japone-
produção familiar que preza pelo alimento saúde da população. que anteriormente era chamado de “brejo de ses. O Sr Osvaldo vendia seu morango em São Paulo, e poste-
sem uso de agrotóxicos. estiva”, um local de passagem que ligava São riormente em Belo Horizonte, outros moradores da cidade
Partindo desse princípio podemos dizer Paulo a Belo Horizonte, sendo um trecho de bas- começaram a criaram suas próprias lavouras, na década de 70,
Esse movimento do “compre fresco, tante dificuldades, devido às características do começaram a surgir intermediadores que coletavam o morango
que o projeto do galpão do produtor consegue terreno. Com a passagem dos anos, o pequeno
compre local” defende de maneira sucinta a abranger todos essas questões mencionadas, direto do produtor e levavam para mercados em cidades gran-
valorização dos costumes familiares, classifi- estivado começou a crescer, baseado nesse movi- des.
além de servir de um ponto turístico para a mento e principalmente por quem transportava
cado por Feenstra, 2002 como “um sistema cidade, assim como mencionado por Bandeiras, materiais que exigiam maior dificuldade, e muitas
de produção agrícola, alimentado e enraizado Hoje, mais de 50 anos depois, Estiva tem mais de 1100
Alvarez, 2007, “Para além de permitirem escoar vezes eram perdidos. produtores de morango, que ganham seu sustento a partir da
num local, baseado em recursos locais, grande parte dos produtos produzidos na região,
servindo mercados e consumidores locais e fruta, sendo que a economia da cidade é baseada praticamente
aumentar o volume de vendas e os rendimentos Em 1853, foi construído uma pequena capela no plantio do morango; Inclusive, o principal evento da cidade é
empenhado na justiça social, sustentabilida- dos produtores, atraem visitantes e turistas, o que em devoção a Nossa Senhora Aparecida e em 1870 a tradicional Festa do Morango, com mais de 25 anos de existên-
de ecológica e relações sociais de apoio tem promovido o desenvolvimento de outras o povoado foi elevado a distrito de Pouso Alegre, cia. Estiva hoje está em 3° lugar no estado de Minas Gerais em
mútuo.” atividades ligadas ao artesanato, à gastronomia, porém apenas em 27 de Dezembro de 1948 Estiva produção do morango, produzindo cerca de 22,2 toneladas
ao turismo e à promoção da cultura e identidade se tornou oficialmente uma cidade. Hoje, o municí- segundo a EMATER.
das regiões”. pio possui 15 bairros e um distrito.

A proposta do projeto é a ampliação e


requalificação do antigo mercado de Foz do

localização infra estrutura Mercado Público de Foz do Iguaçu


ficha técnica
Iguaçu, no bairro Vila Portes, seguindo a influên-
cia cultural do local, com o objetivo de ser um
local onde as pessoas da cidade e visitantes
MERCADO PÚBLICO DE TRIUNFO
A proposta do projeto visa a requalificação do local, aproveitando ao máximo a estrutura
existente. O mercado encontrava-se totalmente degradado e o objetivo era fazer o local funcionar
novamente com todas as condicionantes solucionadas, já que o local não tinha condições de higiene
possam desfrutar de eventos culturais, planta baixa ficha técnica

OBRAS
Abastecimento de Água: COPASA; Arquiteto: Escritório 3C Arquitetura e Urbanismo
comerciais e turístico além de proporcionar
e acessibilidade. Com uma nova proposta o mercado agora vai ter uma arquitetura contemporânea,
Categoria: Arquitetura Comercial mas que dialoga com o entorno. O carro chefe do mercado é a área gastronômica, o coração do
Energia Elétrica:ENERGISA; Área da Intervenção: 14.350 m²
mais qualidade de vida Área: 910m²
Área Construída: 7.350 m² mercado.
Coleta de Lixo: Ano: 2013
Realizada pela prefeitura do município
Ano: 2011 - 2012
Cidade: Foz do Iguaçu - PR
materialidade Cidade: Triunfo-PE
Vias e Passeio Público: País: Brasil Estrutura de concreto moldado in loco,
País: Brasil
O acesso do terreno é pavimentada e possui passeio telhado de telha metálica, brise metálico,

ANÁLOGAS
público. circulação de vidro com lâmina de água, deck de
madeira.

condicionantes legais materialidade


Estiva é regida por um DECRETO nº mercado de agricultores de tula - Concreto;
- Cobogós.
2.208/2019 que diz:
ficha técnica
Art. 1º - Qualquer construção ou reforma de Arquiteto: 8 lines Cidade: Tula programa de necessidades
planta baixa
- Hortifrutigranjeiros; - Açougue/ Peixaria;
iniciativa pública ou privada somente poderá ter sua
Área: 1095 m²
Ano: 2017
País: Rússia
programa de necessidades - Espaço Gastronômico;
- Área seca/ Lojas/ Convivência;
- Sanitários Públicos;
- Área técnica/ Apoio/ Serviços.
-Boxes;
execução iniciada após o exame, aprovação do -Área de Alimentação;
-Banheiros.
projeto e concessão de licença de construção pela
Prefeitura Municipal.
Art. 11 – A obra em andamento, seja ela de O mercado de agricultores na
construção ou reforma, reparo ou reconstrução, será região de Tula, na Rússia, tem como
ESTIVA embargada, sem prejuízo das multas e outras penali- ideia principal a união dos agricultores,
dades, quando: uma espécie de cooperativa em que
I – Estiver sendo executada sem licença da cada um trabalha promovendo e
Prefeitura Municipal, nos casos em que a mesma for comercializando seus produtos e
necessária, conforme previsto neste Decreto; ajudando uns aos outros. Esse projeto
II – For desrespeitado o respectivo projeto ainda é um protótipo sem muito investi-
aprovado pela Prefeitura Municipal; mento das fazendas e empresas locais. TELHADO

III – O proprietário ou responsável pela obra


recusar-se a atender a qualquer notificação da Prefeitura materialidade
Municipal referente às disposições deste Decreto; O principal material utilizado
ÁREA DO CAFÉ

IV – Não forem observados alinhamento, em toda a estrutura do projeto é a


PLAYGROUND

madeira. O projeto inicial contava


ESCRITÓRIO E ARMAZÉM

nivelamento e recuos; ÁREA LIVRE

apenas com uma cobertura utilizan-


V – Estiver em risco sua estabilidade;
ÁREA COMERCIAL

do o conceito aberto, e por ser


VI –Não ocorrer o pagamento da multa, economicamente mais barato.
quando for o caso, no prazo estipulado; Porém o clima fez com que vedasse
LAJE (CONCRETO)

VII – Estar em desacordo com a Legislação toda a parte de vendas com vidros
PAVIMENTAÇÃO
cortes
fazendo com que os produtores
ESCULTURA

Ambiental Federal.
pudessem vender o ano todo. ;
-

ASPECTOS CULTURAIS
PISO DE MADEIRA

programa de necessidades
- Áreas de vendas de produtos agrícolas;
Café; - Área de recreação;
corte
Quando se trata de cultura, Estiva tem dois - Laboratório de controle de qualidade de Sanitárias;
- produtos; - Área administrativa que inclui um
eventos tradicionais que se destacam, sendo eles, a Playground; - escritório, um armazém e oficinas.
tradicional Festa do Morango que está em sua 21° - Área para eventos sazonais;
edição que traz atrações famosas, além de espaços -
para comercialização de comidas derivadas do planta baixa
morango, e a competição de melhor morango. E
outra festa tradicional é a da padroeira da cidade, um
evento que tem duração de 12 dias, ambas têm forte
impacto na economia da cidade, pois atrai o público
da cidade e região. Além ainda de Estiva fazer parte
do percurso caminho da fé.

Faculdade UNA de Pouso Alegre - Curso de Arquitetura e Urbanismo | Projeto de Graduação: Galpão do Produtor de Estiva - MG - Aluna: Leila Aparecida Pereira, Orientador: Prof. Me. Gustavo Reis Machado | 2022/1
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GALPÃOdoprodutor
ra do local
leleitura estiva/mg

fluxo viário
acessos e localidade
Por ser um municí-
uso e ocupação do solo hidrografia
pio pequeno, não possui A área de
vias arteriais, apenas vias intervenção está
localizada na aveni- O município inse-
coletoras e locais predomi- Analisando o mapa de
uso e ocupação do solo, pode- da perimetral de re-se na bacia do rio
nantes.
mos observar a grande predo- estiva, estando a Sapucaí, pertencente à
A principal via da minância de residências, com 2km do centro da bacia do rio Grande. Os
cidade é a Avenida Prefeito exceção da área da praça e da cidade e possuindo principais cursos de água
Gabriel Rosa e a Rua Perei- avenida Prefeito Gabriel Rosa tanto acesso via são o ribeirão Estiva, que
R O D O V IA F E R N Ã O D IA S

ra. , em que há a grande presença Rodovia Fernão Dias atravessa a cidade, o

R O D O V IA F E R N Ã O D IA S
de uso misto. para quem vem sen- ribeirão Itaim, afluente
do rio Sapucaí, e o rio
AV. PERIMETRAL

tido São Paulo


Na área de interven- quanto para quem Três Irmãos.
ção, por ser recente, não há vem sentido Belo
tantas edificações, porém, Horizonte.
N FONTE: Google Maps - Adaptada pela autora
nota-se que a tendência é que
o local se torne uma área N
FLUXO LEVE comercial da cidade. N FONTE: Google Maps - Adaptada pela autora
RESIDENCIAL BACIA HIDROGRÁFICA
100m FLUXO MODERADO ÁREA DE INTERVENÇÃO
COMERCIAL 200m FONTE: IDE sisema - Adaptada pela autora DO RIO SAPUCAÍ
N FONTE: Google Maps - Adaptada pela autora
PRAÇA DA MATRIZ ACESSO NORTE
MISTO
ÁREA DE INTERVENÇÃO
INSTITUCIONAL 200m ACESSO SUL ÁREA DE INTERVENÇÃO
ÁREA DE INTERVENÇÃO
200m
equipamentos urbanos topografia incidência solar
Os equipamentos públi-
cos são predominantes na parte gabarito de altura Observando o mapa de
incidência solar do município
central da cidade, tanto municipal de Estiva, percebe-se que na
Analisando o gabarito de
quanto estadual, que são as esco- altura no município de Estiva, área de intervenção há uma
las. nota-se a predominância de incidência solar nascente na
casas térreas.
parte frontal da construção e
Já na área da intervenção,
não há nenhum equipamento Nota-se também que a poente que atinge a fachada
RODOVIA FERNÃO DIAS

público, devido principalmente ao AV PERIMETRAL


grande maioria das construções lateral direita.
com três ou mais pavimentos
fato da avenida do local ser relati-

D O V IA F E R N Ã O D IA S
são destinados para fins comer- Já em relação aos
vamente nova. ciais ou de serviços, com
AV PERIMETRAL

residências nos últimos andares. ventos predominantes, nota-


-se a presença de ventos que
vêm do lado nordeste sentido

RO
N
BANCOS sudoeste.
AGROPECUÁRIAS
FONTE: Google Maps - Adaptada pela autora
MERCADOS
100m
RESIDENCIAIS
N INCIDÊNCIA SOLAR NASCENTE
FONTE: Google Maps - Adaptada pela autora
ÁREA DE INTERVENÇÃO 1 PAVIMENTO INCIDÊNCIA SOLAR POENTE
FONTE: Google Maps - Adaptada pela autora FONTE: Google Maps/www.topographic.com - Adaptada pela autora VENTOS PREDOMINATES
2 PAVIMENTOS
ÁREA DE INTERVENÇÃO
N 3 OU MAIS PAVIMENTOS N CURVA DE NÍVEL - 10m
100m
ÁREA DE INTERVENÇÃO
ÁREA DE INTERVENÇÃO

100m

BH APRESENTAÇÃO DO TERRENO 100m

5 O local da intervenção encontra-se às mar-


gens da rodovia Fernão Dias e pertence à prefeitu- Vista da Rodovia Fernão Dias 11 Vista Frontal 9
ra municipal de Estiva-MG.
7
ACESSO
À ESTIVA

Vista Lateral DIreita


O terreno é plano e tem aproximadamen-
3 te 7.000 m² com uma construção existente de
594,73 m² e mais um anexo contendo a cozinha
escola e a sala multiuso com 251,67m² e um
banheiro com 55,38m².
4

1 7
10
8
CONDICIONANTES FÍSICAS
77m
2 Para a proposta do projeto que é um
16m galpão do produtor, e sendo ele comercial e
11 localizado em um local sem construções resi-
denciais, o principal ruído é o da rodovia,
37,1m

6 8 Acesso Vista Lateral Esquerda 10


porém nada impede o galpão de funcionar.
88m
91m

22,7m

CONDICIONANTES AMBIENTAIS
8.3m

SP N
O local escolhido para a proposta de
97m
50m
projeto, é um terreno plano, sem área de
preservação próxima ao local e como o local
FONTE: Google Maps - Adaptada pela autora escolhido já tem uma construção existe que se
fará apenas adequações não causará nenhum
LAVOURAS DE MORANGO 1 AVENIDA PERIMETRAL 4 RODOVIA FERNÃO DIAS impacto ao local.
ÁREA ARBORIZADA 2 ÁREA DE INTERVENÇÃO 5 ACESSO SUL ROD. F. DIAS

TERRENOS BALDIOS 3 AVENIDA PERIMETRAL 6 ACESSO NORTE ROD. F. DIAS

Faculdade UNA de Pouso Alegre - Curso de Arquitetura e Urbanismo | Projeto de Graduação: Galpão do Produtor de Estiva - MG - Aluna: Leila Aparecida Pereira, Orientador: Prof. Me. Gustavo Reis Machado | 2022/1
Fonte:Google Maps e autoral
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GALPÃOdoprodutor
proposta conceito
estiva/mg
partido No exterior foi pensado para que a volumetria chame a atenção do
público, tanto de que, usa a avenida perimetral quanto para quem passa pela

pr
de projeto
Reconhecer e valorizar toda essa entrega por parte do produtor para rodovia Fernão Dias, sendo usado platibanda, buscando esconder o telhado,
que sua luta diária seja recompensada. Pensando nisso, todos os locais do tirando o aspecto de galpão, também em marrom, em acm, emulando a
projeto procuram prestar auxílio ao produtor, seja por meio de capacitação, terra arada, com a logomarca aplicada e trazendo uma identidade mais
no caso da sala multiuso e a cozinha escola, seja pela valorização do produto contemporânea.
em si, no caso do local de vendas por um preço mais justo e até mesmo na
questão da informação, no caso da Emater, que foi transferida para o local. Partindo desse princípio, a logomarca oficial desenvolvida para o galpão do
produtor foi pensada de maneira que possa expressar esse sentido de entre-
Sendo assim, o projeto foi pensado em traços simples, retos e contem- ga visualmente, com duas mão que formam o semblante do morango.
Será desenvolvido um projeto na cidade de
O anexo será usado como uma área de capacita- porâneos, que pareçam agradável ao produtor, mas que também tenham
Estiva, sul de Minas Gerais, sendo uma readequação de
ção, nele, haverá uma sala multi uso, em que serão minis- características comerciais e cumpram seu objetivo principal, concebendo um
um galpão abandonado, com o intuito de se criar um
trados cursos e workshops, e uma cozinha escola, todas local para que seja praticado a comercialização dos produtos locais, além da
local para que os pequenos agricultores da cidade estruturadas. Além disso haverá um banheiro, suprindo
GALPÃO DO
PRODUTOR
área de capacitação.
possam comercializar seu produto. tanto essas salas quanto o galpão.
O interior do galpão terá o uso do cobogó, em cerâmica natural contri-
O galpão será composto por dois prédios, sendo Além desses dois prédios, haverá uma praça,
bui para uma melhor circulação do ar no galpão, o que irá proporcionar aos
um, o galpão em si e o outro um anexo. No galpão, será servindo principalmente como um suporte para feiras que
frequentadores do local uma melhor qualidade ambiental.
o local de compra e venda de morango e outros horti- ocorrerão ao ar livre, sendo destinadas também como um
fruti, além de um segundo pavimento, composto por local de descanso e lazer para os compradores e produto-
um escritório para a Emater e outro para uma sala
administrativa.
res.
QUADRO DE ÁREAS
SUB-DIVISÃO/ QUANTIDADE
SETORES AMBIENTES USO DE USUÁRIOS DIMENSÃO QUANTIDADE TOTAL
O salão será dividido por espaços delimitados
por marcações no chão, também conhecidos popular- ÁREA PARA EXPOSIÇÃO
ÁREA STANDS
T - E VENDA DE PRODUTOS
100 A=390,00m² 1 A=390,00m²
mente por “pedras”, em que os produtores poderão
WC FEM/WC MASC
expor seus produtos. Serão no total 36 pedras, com a 7 A=24,00m² 2 A=24,00m²

Área Pública
SANITÁRIOS WC ACESSÍVEL -
medida de 1 m x 2,40 m cada, totalizando 2,40 m², além
SANITÁRIOS WC FEM/WC MASC A=46,12m²
de 8 boxes, destinados para artesanato, com a medida ANEXO WC ACESSÍVEL
- 8 A=46,12m² 1

de 2,40 m x 2,40 m, com uma área total de 5,76 m². ÁREA PARA PALESTRAS,
SALA MULTIUSO -
WORKSHOPS, CURSOS E AULAS
30 A=52,60m² 1 A=52,60m²

No salão também haverá uma câmara fria, já ÁREA PARA CURSOS E


COZINHA/ESCOLA -
WORKSHOPS
15 A=185,49m² 1 A=185,49m²
existente, que será usada para que o produtor possa
ÁREA PARA ARMAZENAMENTO
CÂMARA FRIA A=75,00m² 1 A=75,00m²

EN.TRE.GA
-
guardar seu produto. Haverão 3 entradas no galpão, DE PRODUTOS

Restrita
uma própria para o comprador e vendedor, uma própria

Área
- ÁREA PARA GUARDAR
DML ANEXO MATERIAIS DE LIMPEZA 1 A=6,07m² 1 A=6,07m²
para o público em geral e uma terceira, que também
ÁREA PARA GUARDAR
será destinada para o público, sendo ela um acesso ao Ato de entregar-se. DML -
MATERIAIS DE LIMPEZA 1 A=2,60m² 1 A=2,60m²
anexo e para os banheiros externos. É assim como o produtor rural, que com sua luta diária, faça chuva ou faça sol, faz valer sua SALA ADMINISTRAÇÃO DO GALPÃO, DAS
força, dedicação e amor à terra. ADMINISTRAÇÃO ADMINISTRATIVA EXPOSIÇÕES, WORKSHOPS INTERNOS 2 A=13,96m² 1 A=13,79m²

Adm
Área
ÁREA DE ASSIST. PRESTAR ASSISTÊNCIA NA PRODUÇÃO
TÉCNICA
EMATER E COMERCIALIZAÇÃO DE PRODUTOS 2 A=30,73m² 1 A=30,73m²
ALÉM DE QUALQUER DÚVIDA

setorização
TOTAL A=826,40m²

fluxograma
organograma
I: 8% PATAMAR
1.20m
Banheiro Banheiro
fem masc DML
DML
A=13,92m²

WC MASC

WC FEM
A=14,04m²

10
11 P7 P8 P9 P10
09
12
08
13

Banheiro
07
14
06
P6

P11

15
05
16
04

feminino S
17
03
18
02
A=6,07m²

Sala Multiuso
P12

01
DML

Banheiro feminino DML Banheiro Banheiro


PAREDE COBOGÓ feminino masculino DML
Banheiro
Cozinha
masculino
Salão Câmara fria Anexo Sala Multiuso
Banheiro masculino

Cozinha
Sala administração
Sala administrativa Salão Câmara fria

Emater Estacionamento

Segundo Pavimento Área administração Área restrita Acesso público


Emater Estacionamento Anexo

Segundo Pavimento
plano de massas
Vista de entra
volumetria
08
pela perimetral
07

Acesso da
06
05

SALA
04

Fernão Dias
03

MULTIUSO ÁREA DA FEIRA LIVRE


02
01

Perimetral
Acesso de
Estiva
Acesso da Vista da ESTACIONAMENTO
Vista de quem rodovia rodovia
vem de Estiva saída pne acesso pedestre
COZINHA
emater Sala Adm ESCOLA ANEXO
Segundo Pavimento
DME

Primeiro Pavimento 2 andar


wc
dml saída para
a Fernão Dias
HALL

CÂMARA
SANITÁRIOS FRIA
N Salão
entrada O sol bate na
público fachada esquerda
carga e
de manhã GALPÃO
descarga
0 1 5 10 20 ÁREA DE
CARGA E
Câmara Galpão DESCASGA
Fria caminho para a GALPÃO
estacionamento praça EMATER
DML ADM E SERVIÇOS ENTRADA SALA
ADM
ENTRADA E SAÍDA
ESTACIONAMENTO
pergolado Vista da DE PESSOAS PÚBLICO SAÍDA PNE
SANITÁRIOS SALÃO sala
multiuso
wc rodovia DME
BANHEIRO

cozinha
Anexo

CIRCULAÇÃO CÂMARA FRIA dml

COZINHA SALA MULTIUSO ACESSO AV. PERIMETRAL


ÁREA DA DE PEDESTRES
RAMPAS DE ACESSO HALL FEIRA LIVRE
Anexo

N
N ACESSO ROD. FERNÃO DIAS

20m
Esquema Volumétrico
Plano de Massas

Faculdade UNA de Pouso Alegre - Curso de Arquitetura e Urbanismo | Projeto de Graduação: Galpão do Produtor de Estiva - MG - Aluna: Leila Aparecida Pereira, Orientador: Prof. Me. Gustavo Reis Machado | 2022/1
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GALPÃOdoprodutor
proposta estiva/mg

pr
de projeto layout
O layout do projeto visa valorizar os espaços, criando um ambiente
amplo para a exposição e comercialização dos produtos. Foram delimitados
espaços no interior para 8 boxes, destinados à comercialização de artesanatos
da cidade e 36 pedras, para a exposição de hortifruti.

As pedras já são bastante conhecidas nas CEASAS e CECAFS, sendo


É possível perceber os acessos para o corredor, tanto no setor de
carga e descarga quanto na entrada para o público, além da saída que leva
ao anexo.

No anexo, podemos perceber as duas salas, uma destinada para


cursos, palestras e workshops, com capacidade para 30 pessoas, e a cozi-
nha escola, com bancadas individuais, com pia e fogão, sendo ao todo,
para 20 pessoas. Além disso, há o dml e um banheiro externo, que atende

VEGETAÇÃO implantação
espaços delimitados no chão, com uma marcação, em que o expositor coloca tanto quem está nas salas, quanto para quem estiver no galpão e na praça.
seus produtos sob paletes, facilitando a organização, sendo facilmente coloca-
dos e retirados. Os espaços das pedras foram pensados para facilitar o uso de O anexo pode ser facilmente acessado tanto para quem sai do
paleteiras e valorizar os corredores. galpão, pela saída no lado de trás ou até mesmo lateral, quanto para quem
vem pela entrada semi pública, do lado esquerdo do galpão.
Há também a área dos banheiros, masculino e feminino, ambos com
AV. PERIMETRAL acessibilidade, trocadores portáteis e um dml. Além do galpão, há um segun-
do pavimento, onde ficam uma sala administrativa e o escritório da Emater.

88.00
50

100

Planta de Piso e Vegetação


N
50 100
0 10 25
N

A
Planta de Implantação

QUADRO FENOLÓGICO 0 10 25 50 100

O local não possui nenhum tipo de vegetação, sendo assim foram escolhidas algumas espécies para serem
implantadas, o sistema de escolhas dessas árvores foi o fato todas serem ideais para estacionamentos, além de
serem comuns na região, sendo fácil de se encontrar.
4%
IPÊ AMARELO OITI
- Porte: Médio - 3 a 8 metros; - Porte: Grande - Até 15 metros; Área total 7.714,57 m² 7%
17%
- Diâmetro da copa: 6 metros; - Diâmetro da copa: 8 metros;
- Floração: Julho a Setembro;
- Clima: Equatorial, Oceânico,
- Floração: Outono, Inverno;
- Clima: Tropical, Tropical de altitude, Área Total Construída 1.310,67 m² Planta de Layout
Primeiro pavimento
Planta de Layout
Subtropical, Tropical; Tropical úmido; Segundo pavimento
- Luminosidade: Sol Pleno. - Luminosidade: Sol Pleno. Galpão Existente 594,73m² 10,7%
Nova Construção 338,98 m² 72,3%
PALMEIRA IMPERIAL
ALFENEIRO - Porte: Grande - 18 a 40 metros; Área Permeável 826,24 m²
- Porte: Grande - 7 a 10 metros; - Diâmetro da copa: 5 metros;
- Diâmetro da copa: 6 metros;
- Floração: Primavera, Verão, Inverno;
- Floração: Primavera;
- Clima: Tropical, Subtropical, Equatorial, Área Impermeável 5.577,66 m²
- Clima: Subtropical, Tropical de altitude; Mediterrâneo, Oceânico;
- Luminosidade: Sol Pleno. - Luminosidade: Sol Pleno.

MAGNÓLIA GRAMA ESMERALDA


- Porte: Grande - Até 12 metros; - Porte: Pequeno - menos de 15 centímetros;
- Diâmetro da copa: 7 metros; - Clima: Tropical, Subtropical, Equatorial,
- Floração: Primavera, Inverno; Mediterrâneo, Temperado;
- Clima: Subtropical, Tropical de altitude; - Luminosidade: Sol Pleno.
- Luminosidade: Sol Pleno.

N MARCAÇÕES NO CHÃO, CONHECIDAS COMO “PEDRAS”


BARBA DE SERPENTE
- Porte: Pequeno - 20 a 40 centímetros;
- Floração: Dezembro a Março;
- Clima: Continental, Tropical, Subtropical,
Mediterrâneo; 0 1 5 10 20
- Luminosidade: Sol Pleno.
Planta de Layout
Anexo

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GALPÃOdoprodutor
proposta estiva/mg

pr
de projeto croquis

cortes

Corte AA 0 1 5 10 20

Perspectiva

Perspectiva

Corte BB 0 1 5 10 20

fachada
Placa Cimenticia ACM

Vista Lateral
Vista Frontal
Cobogó Vista Lateral

GALPÃO DO
PRODUTOR perspectiva

Fachada 0 1 5 10 20

marterialidade
Perspectiva Galpão interno
Perspectiva Pergolado/Anexo
Foi mantido a estrutura metálica original do galpão, com fechamento em blocos, o telhado foi modificado, sendo adicionado um lanternim para proporcionar
maior conforto térmico.

Foi revestido todo o teto com cobogó, que também será usada na divisória do banheiro e na fachada.

Para que o local perca o aspecto de “barracão” e passe a ter uma identidade contemporânea foi instalada uma platibanda com estrutura metálica e com acaba-
mento em acm, com a logomarca aplicada em caixa.

O anexo foi projetado em alvenaria convencional com blocos de concreto, e ambos foram revestidos com placas cimentícias dando criando um aspecto de concre-
to aparente.

As esquadrias do anexo são todas em blindex, trazendo mais clareza aos ambientes.

Perspectiva Cozinha Escola Perspectiva Pergolado/Anexo


Perspectiva Feiras

Faculdade UNA de Pouso Alegre - Curso de Arquitetura e Urbanismo | Projeto de Graduação: Galpão do Produtor de Estiva - MG - Aluna: Leila Aparecida Pereira, Orientador: Prof. Me. Gustavo Reis Machado | 2022/1

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