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EMPRESAS

PARTICIPANTES
Fundada em 1948, em Campo Bom - RS, está presente em seis países da América Latina com unidades produtivas, possuindo a melhor distribuição
geográfica do continente. A Artecola Química oferece inovação em adesivos nas tecnologias aquosa, hot melt, solvente, termofilmes e o pioneiro e
revolucionário adesivo em pó Artepowder. Em laminados especiais, atua com contrafortes, couraças, palmilhas e o serviço de beneficiamento de corte
e chanfro: Service. A empresa sustenta suas ações no tripé econômico, social e ambiental, otimizando recursos, buscando matéria-prima renovável,
o reaproveitamento de resíduos e o resultado superior para seus clientes. Em 2012, ampliou suas fronteiras com o início de uma operação na China,
através de uma Joint Venture.

Com sete unidades ao redor do mundo e mais de quatro décadas de atuação, a FCC se destaca pela qualidade em termoplásticos, adesivos e
vedantes. Presente nos principais polos calçadistas do Brasil, possui o laboratório de ensaios mais completo da América Latina. Sendo que a cada
seis dias um novo produto ou formulação é desenvolvido, por uma equipe técnica com mais de 60 profissionais, incluindo engenheiros, mestres e
doutores. Hoje, com milhares de produtos, o Grupo FCC é uma empresa de ciências de materiais, atuando em diversos segmentos.

Com unidade fabril em São Leopoldo - RS, a Ideal Química oferece soluções em colagens para os mais diversos materiais e finalidades. Atende os
mercados calçadista, moveleiro e náutico com adesivos a base água e solvente, limpadores, Látex e halogenantes. Na busca de inovação de
processos, trabalha com parceiros do Brasil e do exterior, pesquisando novas práticas e modelos de colagem customizados. Os adesivos Ideal estão
presentes nos mais diversos calçados no mercado interno e externo.

A Killing é uma indústria química brasileira que atua como líder na América Latina em adesivos para calçados e destaca-se entre as dez maiores
fabricantes de tintas do país. Atuando desde 1962, tem foco na qualidade e no atendimento das necessidades do mercado. Possui unidades fabris
em Novo Hamburgo - RS, Simões Filho - BA, Pacatuba - CE e Buenos Aires - ARG. Além dos renomados produtos, oferece serviços técnicos que
proporcionam soluções customizadas, buscando tornar a vida dos clientes mais fácil.
A Quimicolla tem sede na cidade de São João Batista - SC, situada em uma área de 300.000mt². Embora seja considerada uma empresa jovem, desde sua
criação seu maior objetivo foi oferecer ao mercado produtos que satisfaçam plenamente as exigências de todos os segmentos, no que se refere à eficiência e
qualidade. Para isso está realizando grandes investimentos em equipamentos e novas tecnologias, buscando sempre melhorias de processos que visem um
crescimento sustentável aliado à responsabilidade de preservação do meio ambiente.

Fundada em 1946, a Indústria Química Una Ltda é a mais tradicional indústria brasileira de adesivos. O pioneirismo, sempre presente na história da
empresa, a tecnologia de ponta, a preocupação com o meio ambiente, o foco constante na qualidade de seus produtos e a sempre diferenciada assistência
técnica, fizeram da Una uma das indústrias brasileiras de maior confiabilidade no mercado. Eis... a sua Fórmula do Sucesso...

Em mais de meio século, a Biq Bertoncini vem fornecendo ao segmento coureiro-calçadista o que há de mais moderno e eficiente em soluções para colagens.
Utilizando em seus produtos e serviços, as melhores tecnologias voltadas para a sustentabilidade econômica, social e ambiental. Desta forma, desenvolve
relações de confiança e de longo prazo com seus clientes, fornecedores e colaboradores.

Com 66 anos de mercado, o Grupo Amazonas conta com seis unidades fabris no Brasil e uma no Uruguai, três Centros de Distribuição nacionais e um na
Argentina. Também conta com operações em logística em São Paulo, Franca, Jaú, Birigui e Americana - SP, Nova Serrana - MG, São João Batista - SC e Novo
Hamburgo - RS. Em suas unidades, são realizadas as produções de componentes para calçados, além de compostos, placas, solados, saltos e adesivos. O
grupo é o maior fabricante de componentes da indústria calçadista da América Latina, e um dos maiores do mundo. Amazonas é a marca de solados mais
lembrada entre os consumidores brasileiros e seus produtos são exportados para todos os continentes. Seu mix de produtos atende diversos outros
segmentos, como moveleiro, gráfico, construção civil, artesanato, serigráfico, transporte, embalagens, colchões, pisos e revestimentos. Além de atuar na
fabricação de sandálias, atendendo o mercado de moda e estilo por meio da Amazonas Private Label e da Amazonas Brands, que trabalha com o
licenciamento de importantes marcas.
INTRODUÇÃO
Esta cartilha tem como propósito auxiliar as empresas em todo. Com mais de 320 empresas associadas, concentradas As empresas envolvidas no projeto são:
termos de informação e treinamento de seus colaboradores nos diversos polos calçadistas do Brasil, a Associação busca
Amazonas Produtos para Calçados Ltda
em processos de colagem e utilização adequada dos ampliar a atuação em todos os estados brasileiros
adesivos nos calçados. envolvidos na atividade produtiva. Artecola Indústrias Químicas Ltda
Com realização da Associação Brasileira de Empresas de A cartilha contará os seguintes capítulos: FCC Fornecedora Comp. Quim. Couro Ltda
Componentes para Couro, Calçados e Artefatos
1) Glossário; Formiline Indústria de Laminados Ltda (BIQ Bertoncini)
(Assintecal)*, esta cartilha foi idealizada pelo Grupo Setorial
de Adesivos da entidade para colaborar com a capacitação 2) Substratos; Indústria Química Una Ltda
dos trabalhadores das indústrias calçadistas, e assim
atingir o objetivo de realizar ações para o bem comum do 3) Preparo de Substratos; Killing S.A. Tintas e Adesivos
setor.
4) Seleção de Adesivos; Quimicolla Indústria Química Ltda
*ASSINTECAL - A Associação Brasileira de Empresas de
5) Formas de Aplicação de Adesivos e Correlatos;
Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal),
é uma entidade sem fins lucrativos que está estruturada e 6) Armazenamento; Em caso de dúvidas ou mais informações, entre em contato
organizada para atuar como agente de mudanças no setor com a Assintecal através do E-mail:
7) Descarte;
de componentes para calçados. Tem como objetivo principal institucional@assintecal.org.br
mobilizar a cadeia produtiva, visando o incremento da 8) Segurança operacional ou pelo Telefone: (51) 3584-5200.
competitividade, a busca pela inovação e o desenvolvimento
de seus associados, refletindo na evolução do setor como um
GLOSSÁRIO
GLOSSÁRIO
AVESSO
DEBRUM
PALMILHA INTERNA
PALMILHA CONTRAFORTE
INTERNA

FORRO
TRASEIRO

ENFEITE
GÁSPEA
CAMA DE SALTO

BOCA CAPA E SALTO

BOCA DO SALTO

COURAÇA BORDA DA BOCA DO SALTO

ALMA
DE
AÇO
PALMILHA TACÃO
DE MONTAGEM
MEIA PATA
SOLA
ENCHIMENTO
1.Calçado Feminino de Salto Alto com corte após a montagem para a manutenção do formato da Traseiro: Parte de trás/calcanhar do calçado.
Meia Pata superfície da planta do pé. Diz-se que a palmilha é a base do
Contraforte: Reforço colocado entre o cabedal traseiro e o
calçado e também tem o objetivo de manter a estrutura da
forro, na região do calcanhar. Tem a finalidade de dar forma
base do calçado. Costuma-se fixar a palmilha ao salto
ao traseiro do calçado.
(partes rígidas) para que o calçado mantenha a sua forma.
Enfeite: É utilizado para o embelezamento do calçado. Os
mais comuns são fivelas, ilhóses, rebites, botões, entre Avesso: Sua finalidade é a proteção do calcanhar, evitando o
Alma de Aço: Peça delgada posicionada longitudinalmente
outros. deslizamento do pé durante o caminhar e o contato direto
ao centro da palmilha, entre a palmilha e a sola do calçado,
com o contraforte.
que serve para dar firmeza no caminhar e sustentar a planta
Couraça: Reforço colocado no bico do calçado. Fica
do pé. Fica normalmente dentro da palmilha. Palmilha Interna: Material (couro, tecido ou sintético) que
escondido sob o material externo do cabedal (couro, tecido,
etc) e o forro. Tem a finalidade de dar forma ao bico do recobre o calçado internamente, assentado sobre a palmilha
Tacão/Taco: É fixado sob o salto. Destina-se a proteger o
calçado para mantê-lo inalterado de montagem.
salto do desgaste em contato com o solo e absorver o
impacto do caminhar. Debrum Palmilha Interna: Acabamento feito entre duas
Meia Pata: Salto estilo plataforma na parte frontal,
proporcionando conforto, estabilidade e facilidade ao costuras, que serve como reforço da mesma.
Salto: Suporte fixado à sola na região do calcanhar e
caminhar. Também dá a altura do calçado em conjunto com destinado a dar equilíbrio ao calçado. Forro: São utilizados como revestimentos para proporcionar
o salto, proporcionando conforto e estilo. acabamento, reforço, absorver a umidade, dar conforto,
Borda de Boca do Salto: Borda ou beira formada pela
Sola: Parte externa inferior do solado, que está em contato entre outros. Forra-se o cabedal (gáspea e o traseiro).
palmilha da sola, ou cara (forração) do salto.
direto com o solo. Dela depende em grande parte, a Gáspea: Parte frontal do cabedal do calçado. Compreende a
performance do calçado. Boca do Salto: Face interna do salto. Pode ser formada com
porção que cobre desde os dedos até o peito do pé.
vários materiais ou com a palheta da sola.
Enchimento: Peça copiada geralmente de resíduos dos
materiais usados no cabedal, que serve para emparelhar o Capa do Salto: É fixado sobre o salto. Destina-se a proteger
desnível ocasionado pela borda da montagem do cabedal na o salto do desgaste em contato com o solo e absorver o
parte central de planta do calçado. É importante para que a impacto do caminhar.
sola fique parelha (plana) depois de colada. Cama de Salto: Parte posterior (traseiro) da palmilha de
Palmilha de Montagem: Tem como finalidade a fixação do montagem onde vai ser apoiado e pregado o salto.
TIRA DA FIVELA

FIVELA

FORRO

ENFEITE
PALMILHA INTERNA

SALTO
BIQUEIRA DA
PALMILHA DEBRUM
PALMILHA BASE DO SALTO

BOCA DO SALTO
CAPA DO SALTO
BORDA DA BOCA DO SALTO

TACÃO

GÁSPEA ALMA DE AÇO


PALMILHA
DE
SOLA MONTAGEM
2. Sandália Feminina salto do desgaste em contato com o solo e absorver o
impacto do caminhar.

Salto: Suporte fixado à sola na região do calcanhar e


Enfeite: É utilizado para o embelezamento do calçado. Os destinado a dar equilíbrio ao calçado.
mais comuns são fivelas, ilhóses, rebites, botões, entre
outros. Borda de Boca do Salto: Borda ou beira formada pela
palmilha da sola, ou cara (forração) do salto.
Biqueira da Palmilha: Parte formada na extremidade frontal
da palmilha. Sua função principal é estética (acabamento). Boca do Salto: Face interna do salto. Pode ser formada com
vários materiais ou com a palheta da sola.
Gáspea: Parte frontal do cabedal do calçado. Compreende a
porção que cobre desde os dedos até o peito do pé. Capa e Salto: É fixado sobre o salto. Destina-se a proteger o
salto do desgaste em contato com o solo e absorver o
Debrum Palmilha: Acabamento feito entre duas costuras, impacto do caminhar.
que serve como reforço da palmilha.
Base do Salto: Parte superior (superfície de cima) do salto
Palmilha de Montagem: Tem como finalidade a fixação do que vai apoiar na palmilha de montagem. É essa parte
corte após a montagem para a manutenção do formato da (base) que vai ser colada e/ou pregada na palmilha de
superfície da planta do pé. Diz-se que a palmilha é a base do montagem.
calçado e também tem o objetivo de manter a estrutura da
base do calçado. Costuma-se fixar a palmilha ao salto Palmilha Interna: Material (couro, tecido ou sintético) que
(partes rígidas) para que o calçado mantenha a sua forma. recobre o calçado internamente, assentado sobre a palmilha
de montagem.
Alma de Aço: Peça delgada posicionada longitudinalmente
ao centro da palmilha, entre a palmilha e a sola do calçado, Forro: São utilizados como revestimentos para proporcionar
que serve para dar firmeza no caminhar e sustentar a planta acabamento, reforço, absorver a umidade, dar conforto,
do pé. Fica normalmente dentro da palmilha. entre outros. Forra-se o cabedal (gáspea e o traseiro).

Tacão/Taco: É fixado sob o salto. Destina-se a proteger o Fivela: Peça de metal com um ou mais fuzilhões em que se
passa e prende a presilha do calçado.
BOCA AVESSO
PALMILHA TRASEIRO
INTERNA

FORRO

GÁSPEA CONTRAFORTE

ENFEITE

SALTO
BOCA DO SALTO

TACO

DEBRUM DA PALMILHA INTERNA

PALMILHA DE MONTAGEM

SOLA
3. Calçado Feminino de Salto Baixo com o contraforte.

Contraforte: Reforço colocado entre o cabedal traseiro e o


forro, na região do calcanhar. Tem a finalidade de dar forma
Gáspea: Parte frontal do cabedal do calçado. Compreende a ao traseiro do calçado.
porção que cobre desde os dedos até o peito do pé.
Salto: Suporte fixado à sola na região do calcanhar e
Sola: Parte externa inferior do solado, que está em contato destinado a dar equilíbrio ao calçado.
direto com o solo, dela depende em grande parte, a
performance do calçado. Boca do Salto: Face interna do salto. Pode ser formada com
vários materiais ou com a palheta da sola.
Palmilha Interna: Material (couro, tecido ou sintético) que
recobre o calçado internamente, assentado sobre a palmilha Tacão/Taco: É fixado sob o salto. Destina-se a proteger o
de montagem. salto do desgaste em contato com o solo e absorver o
impacto do caminhar.
Palmilha de Montagem: Tem como finalidade a fixação do
corte após a montagem para a manutenção do formato da Debrum da Palmilha Interna: Acabamento feito entre duas
superfície da planta do pé. Diz-se que a palmilha é a base do costuras, que serve como reforço da mesma.
calçado e também tem o objetivo de manter a estrutura da
base do calçado. Costuma-se fixar a palmilha ao salto
(partes rígidas) para que o calçado mantenha a sua forma.

Forro: São utilizados como revestimentos para proporcionar


acabamento, reforço, absorver a umidade, dar conforto,
entre outros. Forra-se o cabedal (gáspea e o traseiro).

Traseiro: Parte lateral e de trás do calçado.

Avesso: Sua finalidade é a proteção do calcanhar, evitando o


deslizamento do pé durante o caminhar e o contato direto
LINGUETA
FURO ATACADOR
ATACADOR
FORRO
COLARINHO
AVESSO

PALMILHA INTERNA

TRASEIRO
GÁSPEA
CONTRAFORTE

SALTO

TACÃO

PALMILHA ALMA DE
DE AÇO
MONTAGEM CAPA DO SALTO

SOLA VIRA FALSA


COURAÇA
4. Calçado Masculino Tradicional deslizamento do pé durante o caminhar e o contato direto (partes rígidas) para que o calçado mantenha a sua forma.
com o contraforte.
Vira Falsa: É um leve rebaixamento que ocorre com a lixação
Traseiro: Parte lateral e de trás do calçado. ou com fresagem da sola, que tem objetivo de dar melhor
Gáspea: Parte frontal do cabedal do calçado. Compreende a desempenho de colagem no material e um visual mais
porção que cobre desde os dedos até o peito do pé. Contraforte: Reforço colocado entre o cabedal traseiro e o
refinado na junção do solado com o cabedal.
forro, na região do calcanhar. Tem a finalidade de dar forma
Palmilha Interna: Material (couro, tecido ou sintético) que ao traseiro do calçado. Couraça: Reforço colocado no bico do calçado. Fica
recobre o calçado internamente, assentado sobre a palmilha escondido sob o material externo do cabedal (couro, tecido,
de montagem. Salto: Suporte fixado á sola na região do calcanhar e
etc) e o forro. Tem a finalidade de dar forma ao bico do
destinado a dar equilíbrio ao calçado.
Atacador: O mesmo que cadarço. Serve para amarrar os calçado para mantê-lo inalterado
calçados. Tacão/Taco: É fixado sob o salto. Destina-se a proteger o
Sola: Parte externa inferior do solado, que está em contato
salto do desgaste em contato com o solo e absorver o
Lingueta: Parte superior da gáspea, cuja função é a de direto com o solo, dela depende em grande parte, a
impacto do caminhar.
proteger o pé do atacador. performance do calçado.
Capa do Salto: É fixado sobre o salto. Destina-se a proteger
Furo Atacador: Orifício por onde passa o atacador. Faz parte Cabedal: Parte superior do calçado destinada a cobrir e
o salto do desgaste em contato com o solo e absorver o
de um sistema de abertura e fechamento para poder proteger a parte de cima do pé. Compreende praticamente
impacto do caminhar.
introduzir (e calçar) o pé no calçado. Este sistema também toda a extensão do calçado, menos a sola. Divide-se em
vai ajustar e firmar o calçado no pé do usuário. Alma de Aço: Peça delgada posicionada longitudinalmente gáspea (parte da frente) e traseiro (parte lateral e de trás do
ao centro da palmilha, entre a palmilha e a sola do calçado, calçados).
Colarinho: Peça de couro ou sintético com enchimento de que serve para dar firmeza no caminhar e sustentar a planta
espuma situado na borda interna da gáspea. Serve para do pé. Fica normalmente dentro da palmilha.
melhorar o acabamento e o conforto.
Palmilha de Montagem: Tem como finalidade a fixação do
Forro: São utilizados como revestimentos para proporcionar corte após a montagem para a manutenção do formato da
acabamento, reforço, absorver a umidade, dar conforto, superfície da planta do pé. Diz-se que a palmilha é a base do
entre outros. Forra-se o cabedal (gáspea e o traseiro). calçado e também tem o objetivo de manter a estrutura da
Avesso: Sua finalidade é a proteção do calcanhar, evitando o base do calçado. Costuma-se fixar a palmilha ao salto
LINGUETA

ATACADOR FORRO

ILHOS

CABEDAL

CONTRAFORTE

REVIRÃO
BIQUEIRA DE BORRACHA
SUPERIOR

BIQUEIRA
LATERAL FRONTAL

SOLA PALMILHA STROBLE(ENSACADO)


FORRO DA
PALMILHA PALMILHA DE CONFORTO
5. Calçado Esportivo Vulcanizado gáspea.

Palmilha Strobel (Ensacado): Material fabricado com o


sistema strobel que recobre o calçado internamente,
Cabedal: Parte superior do calçado destinada a cobrir e assentado sobre a palmilha de montagem.
proteger a parte de cima do pé. Compreende praticamente
toda a extensão do calçado, menos a sola. Divide-se em Sola: Parte externa inferior do solado, que está em contato
gáspea (parte da frente) e traseiro (parte lateral e de trás do direto com o solo, dela depende em grande parte, a
calçados). performance do calçado.

Ilhós: Peça de metal em formato de aro ou anel que é fixada Palmilha de Conforto: Tipo especial de palmilha interna,
no furo onde passa o atacador. Funciona como reforço para geralmente usada em calçados com alto nível de conforto.
evitar o rasgamento do material do cabedal. Normalmente são anatômicas e produzidas com EVA ou PU.
Devem ser macias e flexíveis, também auxilia na absorção
Atacador: O mesmo que cadarço. Serve para amarrar os do impacto.
calçados.
Forro da Palmilha: Revestimento da palmilha interna do
Lingueta: Parte superior da gáspea, cuja função é a de calçado: pode ser de couro, sintético ou têxtil. Funciona como
proteger o pé do atacador. forro e fica em contato com a planta do pé, por isso, é
Forro: São utilizados como revestimentos para proporcionar importante que tenha capacidade de absorção de umidade e
acabamento, reforço, absorver a umidade, dar conforto, que seja macio.
entre outros. Forra-se o cabedal (gáspea e o traseiro). Biqueira Lateral Frontal: Peça (tira) de borracha que é
Contraforte: Reforço colocado entre o cabedal traseiro e o colada sobre o revirão e serve como reforço na região do bico
forro, na região do calcanhar. Tem a finalidade de dar forma do calçado.
ao traseiro do calçado. Biqueira Superior: Peça de borracha que é colada na parte
Revirão de Borracha: Banda (tira) de borracha que reveste superior do bico da gáspea. Funciona como reforço.
toda a lateral inferior do calçado unindo a sola com a
COLARINHO
LINGUETA
FORRO
ATACADOR

ILHÓS
TRASEIRO

CONTRAFORTE

ALMA DE AÇO

SOLA

BIQUEIRA PALMILHA CABEDAL


DE DE
AÇO CONFORTO
PALMILHA
STROBLE (ENSACADO)
6. Calçado de Segurança do pé. Fica normalmente dentro da palmilha.

Sola: Parte externa inferior do solado, que está em contato


direto com o solo, dela depende em grande parte, a
Ilhós: Peça de metal em formato de aro ou anel que é fixada performance do calçado.
no furo onde passa o atacador. Funciona como reforço para
evitar o rasgamento do material do cabedal. Cabedal: Parte superior do calçado destinada a cobrir e
proteger a parte de cima do pé. Compreende praticamente
Atacador: O mesmo que cadarço. Serve para amarrar os toda a extensão do calçado, menos a sola. Dividi-se em
calçados. gáspea (parte da frente) e traseiro (parte lateral e de trás do
Lingueta: Parte superior da gáspea, cuja função é a de calçados).
proteger o pé do atacador. Palmilha Strobel (Ensacado): Material fabricado com o
Colarinho: Peça de couro ou sintético com enchimento de sistema strobel que recobre o calçado internamente,
espuma situado na borda interna da gáspea. Serve para assentado sobre a palmilha de montagem.
melhorar o acabamento e o conforto. Palmilha de Conforto: Tipo especial de palmilha interna,
Forro: São utilizados como revestimentos para proporcionar geralmente usada em calçados com alto nível de conforto.
acabamento, reforço, absorver a umidade, dar conforto, Normalmente são anatômicas e produzidas com EVA ou PU.
entre outros. Forra-se o cabedal (gáspea e o traseiro). Devem ser macias e flexíveis, também auxilia na absorção
do impacto.
Traseiro: Parte lateral e de trás do calçado.
Biqueira de Aço: Peça de metal super resistente e moldada
Contraforte: Reforço colocado entre o cabedal traseiro e o conforme a bico da forma. Tem como função proteger a parte
forro, na região do calcanhar. Tem a finalidade de dar forma frontal dos pés contra uma possível queda de objetos
ao traseiro do calçado. pesados.

Alma de Aço: Peça delgada posicionada longitudinalmente


ao centro da palmilha, entre a palmilha e a sola do calçado,
que serve para dar firmeza no caminhar e sustentar a planta
FORRO PUXADOR

FIVELA

CANO

ZIPPER
INTERNO

CONTRAFORTE

TIRA DE ENFEITE

BASE DO SALTO
ALTO

CAPA DO SALTO
GÁSPEA
BORDA DA BOCA
COURAÇA DO SALTO

BOCA DO SALTO

TACÃO
SOLA
PALMILHA
ENCHIMENTO INTERNA PALMILHA
ALMA DE AÇO DE
MONTAGEM
7. Bota Feminina impacto do caminhar. desnível ocasionado pela borda da montagem do cabedal na
parte central de planta do calçado, é importante para que a
Borda de Boca do Salto: Borda ou beira formada pela
sola fique parelha (plana) depois de colada.
palmilha da sola, ou cara (forração) do salto.
Forro: São utilizados como revestimentos para proporcionar Sola: Parte externa inferior do solado, que está em contato
acabamento, reforço, absorver a umidade, dar conforto, Boca do Salto: Face interna do salto. Pode ser formada com
direto com o solo, dela depende em grande parte, a
entre outros. Forra-se o cabedal (gáspea e o traseiro). vários materiais ou com a palheta da sola.
performance do calçado.
Puxador: Tira de couro ou de outro material situado na parte Tacão: É fixado sobre o salto. Destina-se a proteger o salto
Couraça: Reforço colocado no bico do calçado. Fica
superior do cano da bota que serve como “alça” para que o do desgaste em contato com o solo e absorver o impacto do
escondido sob o material externo do cabedal (couro, tecido,
usuário possa firmar com as mãos na hora de calçar a bota. caminhar.
etc) e o forro. Tem a finalidade de dar forma ao bico do
Cano: É a parte do cabedal que cobre a perna, iniciando-se Palmilha de Montagem: Tem como finalidade a fixação do calçado para mantê-lo inalterado
na altura do tornozelo próximo ao solado, podendo ter várias corte após a montagem para a manutenção do formato da
Gáspea: Parte frontal do cabedal do calçado. Compreende a
alturas. superfície da planta do pé. Diz-se que a palmilha é a base do
porção que cobre desde os dedos até o peito do pé.
calçado e também tem o objetivo de manter a estrutura da
Contraforte: Reforço colocado entre o cabedal traseiro e o base do calçado. Costuma-se fixar a palmilha ao salto Tira de Enfeite: É utilizado para o embelezamento do
forro, na região do calcanhar. Tem a finalidade de dar forma (partes rígidas) para que o calçado mantenha a sua forma. calçado. Os mais comuns são fivelas, ilhóses, rebites,
ao traseiro do calçado. botões, entre outros.
Alma de Aço: Peça delgada posicionada longitudinalmente
Salto: Suporte fixado à sola na região do calcanhar e ao centro da palmilha, entre a palmilha e a sola do calçado, Zíper Interno: Zíper é um fecho de correr utilizado nos
destinado a dar equilíbrio ao calçado. que serve para dar firmeza no caminhar e sustentar a planta calçados feito de dois cadarços com dentes metálicos, que
Base do Salto Alto: Parte superior (superfície de cima) do do pé. Fica normalmente dentro da palmilha. se encaixam por ação de um cursor.
salto que vai apoiar na palmilha de montagem. É essa parte Palmilha Interna: Material (couro, tecido ou sintético) que Fivela: Peça de metal com um ou mais fuzilhões em que se
(base) que vai ser colada e ou pregada na palmilha de recobre o calçado internamente, assentado sobre a palmilha passa e prende a presilha do calçado.
montagem. de montagem.
Capa do Salto: É fixado sobre o salto. Destina-se a proteger Enchimento: Peça copiada geralmente de resíduos dos
o salto do desgaste em contato com o solo e absorver o materiais usados no cabedal; serve para emparelhar o
FURO ATACADOR FORRO DA LINGUETA

LINGUETA FORRO
ESPUMA INTERNA (BANANA)

COLARINHO
ATACADOR
PO
RT
CONTRAFORTE
CABEDAL

ESTABILIZADOR

AMORTECEDOR

COURAÇA
SOLA

PALMILHA STROBLE( ENSACADO)


ENTRESSOLA
PALMILHA DE CONFORTO (INTERNA)
FORRO DA PALMILHA
8. Calçado Esportivo (replica-se ao Estabilizador: Peça de material rígido acoplada na parte dos calçado. Possui função estética por permitir que o solado se
Calçado Infantil) solados de calçados esportivos para evitar torção. torne mais espesso, sem aumentar proporcionalmente seu
Estruturar, estabilizar, dar firmeza na parte posterior do peso. Além disso, oferece conforto por meio do
calçado. amortecimento de impacto. Sua utilização mais intensa é
em modelos de tênis, com diversas formas, aspectos e cores.
Furo Atacador: Orifício por onde passa o atacador, este faz Amortecedor: Sistema de absorção do impacto. Tecnologia
parte de um sistema de abertura e fechamento para poder que começou a ser usada em calçados esportivos de alta Couraça: Reforço colocado no bico do calçado. Fica
introduzir (e calçar) o pé no calçado. Este sistema também performance para a prática de corrida. escondido sob o material externo do cabedal (couro, tecido,
vai ajustar e firmar o calçado no pé do usuário. etc) e o forro. Tem a finalidade de dar forma ao bico do
Sola: Parte externa inferior do solado, que está em contato
calçados para mantê-los inalterados
Lingueta: Parte superior da gáspea, cuja função é a de direto com o solo, dela depende em grande parte, a
proteger o pé do atacador. performance do calçado. Cabedal: Parte superior do calçado destinada a cobrir e
proteger a parte de cima do pé. Compreende praticamente
Forro de Lingueta: Revestimento interno da lingüeta. Tem a Palmilha Strobel (Ensacado): Material fabricado com o
toda a extensão do calçado, menos a sola. Dividi-se em
mesma função do forro. Acabamento e conforto. sistema strobel que recobre o calçado internamente,
gáspea (parte da frente) e traseiro (parte lateral e de trás do
assentado sobre a palmilha de montagem.
Forro: São utilizados como revestimentos para proporcionar calçados).
acabamento, reforço, absorver a umidade, dar conforto, Palmilha de Conforto: Tipo especial de palmilha interna,
Atacador: O mesmo que cadarço. Serve para amarrar os
entre outros. Forra-se o cabedal (gáspea e o traseiro). geralmente usada em calçados com alto nível de conforto.
calçados.
Normalmente são anatômicas e produzidas com EVA ou PU.
Espuma Interna (Banana): Peça de espuma usada na borda
Devem ser macias e flexíveis, também auxilia na absorção
interna do colarinho (boca)
do impacto.
Colarinho: Peça de couro ou sintético com enchimento de
Forro da Palmilha: Revestimento da palmilha interna do
espuma situado na borda interna da gáspea. Serve para
calçado: pode ser de couro, sintético ou têxtil. Funciona como
melhorar o acabamento e o conforto.
forro e fica em contato com a planta do pé, por isso, é
Contraforte: Reforço colocado entre o cabedal traseiro e o importante que tenha capacidade de absorção de umidade e
forro, na região do calcanhar. Tem a finalidade de dar forma que seja macio.
Ilustrador:
ao traseiro do calçado.
Entressola: Peça entre a sola e a palmilha de montagem do Carlos A. Raymundo – Carray Footwear Design Studio
SUBSTRATOS

SUBSTRATOS
1. Cabedais O laminado sintético de PVC não é transpirável, nem trama (sentido lateral) e urdume (sentido longitudinal).
absorvente. Pode apresentar-se expandido ou compacto.
1.3.1 Tecido Não-Tecido (non woven): é o tecido obtido
Quando submetido ao calor, já a partir de 80ºC, sofre
através do entrelaçamento de camadas de fibras que se
1.1 Cabedais em Couro: o couro é a pele curtida de animais, processo de degradação química. Normalmente é um
prendem umas nas outras, por meios físicos e/ou químicos,
usada, entre outras aplicações, em cabedais de calçados. O material mais espesso, com toque mais estruturado,
formando uma manta contínua.
couro bovino é o mais utilizado, embora os couros suínos, principalmente para cabedais. Torna-se mais rígido em
ovinos, caprinos e outros como de avestruz e peixes, têm sido baixas temperaturas. 1.3.2 Tecido Natural: é o tecido obtido através do
cada vez mais utilizados na indústria calçadista. entrelaçamento de fibras naturais. O tecido natural pode ser
Identificação: possui fumaça de odor acre semelhante ao
submetido a grandes deformações mecânicas e apresentam
O couro é considerado de boa qualidade quando apresenta ácido clorídrico. É atacado por acetonas e hidrocarbonetos
alta resistência à tração e à abrasão. Ex.: algodão, sarja,
fibras consistentes, elasticidade, facilidade de manipulação clorados.
sisal, etc.
e boa aparência e é composto por duas partes. Já o laminado sintético de PU tem a característica de ser
a) carnal: parte interna, fibrosa. Às vezes recebe tratamento transpirável e absorvente. O PU é aplicado sobre o suporte
para substituir a flor; geralmente no estado líquido.

b) flor: parte externa do couro que, antes do uso, é submetida Tem melhor aproveitamento quando comparado com o couro,
a tratamentos especiais. tem maior utilização que os substratos usuais e menor
custo. Normalmente tem as menores espessuras em
1.2 Cabedais Sintéticos: o laminado sintético é um material cabedais e toque estrutural mais macio. Imita melhor a
constituído basicamente de uma estrutura de suporte, em superfície do couro, e é mais elástico.
geral tecido ou não-tecido, recobertos por um filme de PVC
ou PU. Identificação: goteja quando sofre combustão. Apresenta
uma superfície brilhosa após queimado.
Nos últimos anos, os laminados sintéticos para cabedais
tiveram avanços em sua disponibilidade, qualidade e 1.3 Cabedais em Tecido:
propriedades físicas. Estes avanços tornaram os sintéticos, O Tecido (Têxtil) é um material produzido com a utilização
materiais cada vez mais comuns, já que são utilizados na de fios de fibras naturais ou sintéticas. Os tecidos são
fabricação de quase todo tipo de calçado. compostos por uma estrutura de fibras entrelaçadas em
2. Solados 2.3 Solado em PVC: O polivinilacetato é um material que O TPU confere aos solados, alta resistência ao rasgamento e
desliza e que possui brilho. Dependendo de sua formulação à fadiga por flexão. Reproduz o molde com perfeição, tem
e aditivos pode ser rígido ou flexível, proporcionando excelente acabamento, tem boa resistência a óleos e
2.1 Solado em TR: Material antiderrapante, bastante flexível resistência à maioria dos reagentes químicos, bom combustíveis, tem resistência à hidrólise, fácil
e facilmente deformado pelo calor. Quebra com o ataque de isolamento térmico, elétrico e acústico, além de alta processamento e excelente propriedade de adesão.
solventes como acetona e acetato de etila. Os compostos de durabilidade e resistência.
Hoje podem ser encontrados em carcaças de patins, tacões,
TR (borracha termoplástica) apresentam como base um Identificação: amolece e quebra com o tetrahidro-furano. para aplicações decorativas, dependendo da dureza
copolímero formado por blocos de estireno e butadieno necessária, inclusive permitindo a fabricação de unisolas.
(SBS), o que alia as características da borracha vulcanizada 2.4 Solado em EVA Expandido: Material leve, com aspecto de
com a facilidade de transformação dos termoplásticos. São esponja flexível e com baixa resistência à abrasão. Aceita a 2.7 Solado em SBR: Borracha também conhecida como
materiais fáceis de processar assim como o PVC e que se pigmentação de diversas cores. Neolite (borracha vulcanizada compacta), porolite (borracha
comportam como um SBR vulcanizado em temperatura vulcanizada expandida), crepe sintético (borracha
Identificação: se exposto à chama, libera um odor
ambiente. Podem ser subdivididos em convencionais, vulcanizada com aspecto resiliente), laqueado ou
semelhante à parafina (vela) queimada. Continua
emborrachados ou super-emborrachados. Em alguns casos, microaveludado. Não sofrerá ataque se derramado solvente
queimando ao ser retirado de cima da chama.
solados de TR quebram com o ataque contínuo de solventes, sobre ele. Apresenta excelente resistência à abrasão, porém
como: acetona e acetato de etila. 2.5 Solado em EVA Injetado: material leve, que aceita baixa resistência ao envelhecimento térmico, assim como ao
pigmentação em diversas cores. É parecido com o TR, mas meio ambiente e aos produtos químicos.
Identificação: quando queimado, sua chama é amarela e
não apresenta características de borracha.
emana odor adocicado de borracha. Identificação: ao colocarmos uma chama sobre o SBR ele
Identificação: a chama deste material emana odor ácido continuará queimando quando removido. A chama será
2.2 Solado em PU: material parecido com o PVC , porém, é amarela fuliginosa e terá odor semelhante à borracha
semelhante a vinagre.
antiderrapante e fosco. Pode ter uma grande variedade de queimada (pneu).
densidades e durezas que variam de acordo com a sua 2.6 Solado em TPU: é mais uma opção para utilização em
aditivação e modificadores de propriedades. solados de calçados e está cada vez mais atual e atuante. 2.8 Solado em ABS: material rígido, geralmente de cor creme
Este material, mesmo sendo da família do PU expandido, e que sofre ataque de solventes. Apresenta excelentes
Identificação: amolece e quebra sob a ação do propriedades de resistência ao impacto, estabilidade
possui características diferentes e específicas,
tetrahidro-furano. térmica e química, além de boa processabilidade.
proporcionando performance ao calçado.
2.9 Solado em Acrílico: material rígido e transparente que 3. Componentes 3.1.2 Palmilha de Conforto: normalmente de EVA, espuma
possui melhor resistência a solventes do que o polipropileno. de látex e dublada com tecido, fica localizada sobre a
palmilha de montagem.
2.10 Solado em Policarbonato: material rígido e de baixa
cristalinidade, por isso apresenta-se transparente e incolor. 3.1 Palmilha Sua principal finalidade é proporcionar maior conforto no
Apresenta alta resistência ao impacto. Possui estabilidade 3.1.1 Palmilha de Montagem: a diversificação dos modelos uso do calçado, principalmente na área de impacto do
dimensional, boas propriedades elétricas e boa resistência. de calçados exige que hajam várias construções (modelos) calcanhar. Também é usada para aumentar a espessura do
de palmilhas de montagem, feitas de diversos materiais, a solado, sem que aumente significativamente o peso do
Identificação: sofre ataques de solventes, como a acetona.
critério dos fabricantes ou do comprador na indústria de mesmo.
2.11 Solado em Polipropileno: material duro e brilhante que calçados. Porém devem-se ser observadas as propriedades 3.2 Enfeites e Metais: é significativo o uso de metais como
por sua rigidez, flutua na água. Muito utilizado em cepas, físico-mecânicas, químicas e biológicas destes materiais, componentes de calçados – enfeites, ilhoses, tubo de salto,
não sofre ataque da maioria dos agentes químicos orgânicos visando a saúde e o conforto dos pés. pregos, biqueiras, etc.
e solventes. Apresenta boa resistência e boa estabilidade
térmica. Os materiais da palmilha de montagem devem apresentar O metal de maior uso é o aço carbono comum, seguido do
uma boa estabilidade dimensional, boa resistência alumínio zamac, latão e muito raramente o bronze.
2.12 Solado em Nylon (poliamida): Material duro, brilhante estrutural, flexibilidade e elasticidade.
e difícil de queimar. Possui alto desempenho e com mínima Em muitos casos eles não estão visíveis, porém, quando
absorção de umidade. Opera em altas temperaturas, Estes materiais podem ser separados em quatro tipos: para visíveis, são percebidos, pois recebem tratamento
apresenta superior resistência química e tenacidade. a planta, para reforço, para alma e rebite de fixação para superficial com o objetivo de melhorar sua estética.
alma, podendo ser de celulose, couro, recuperado de couro,
Identificação: apesar da dificuldade de queimar, quando não-tecido, etc. Vale ressaltar que são muito comumente utilizados plásticos
queimado, emana odor semelhante ao da lã ou cabelo em substituição aos metais, inclusive imitando os mesmos
queimados. Quando um determinado modelo está sendo desenvolvido, se no seu aspecto visual. É o caso do ABS, que é um plástico
faz a seleção de materiais e componentes que irão compor o que pode receber metalização superficial. Outros
mesmo. A escolha do salto reflete diretamente na palmilha termoplásticos que podem ser utilizados em substituição
de montagem, pois é esta que irá dar sustentação ao aos metais são o PVC, o polipropileno, o polietileno, etc, que
calçado, evitando que o salto, ao receber o peso do corpo, recebem pinturas adequadas à sua natureza química.
entorte ou quebre.
3.3 Salto ou Tacão: a escolha de um material em relação a também em conta o modelo e a qualidade do calçado que 4. Apoio
outro em saltos, depende basicamente da superfície de será produzido.
contato deste com o solo. Pode-se ainda analisar os
3.5 Fachete: é uma capa de salto obtida à partir de
aspectos de qualidade em relação à abrasão, dureza e CONSULTORIA QUÍMICA LAVOISIER LTDA
camadas sobrepostas, que tem a finalidade de imitar um
deformação do material sob carga dinâmica.
salto maciço neste material e de embelezar o salto. www.quimicalavoisier.com.br
Os materiais mais comuns na utilização de tacões são o PU
Pode ser fabricado de vários materiais, tais como couro sola,
termoplástico, PVC, TR e SBR.
cortiça, EVA, SBR, entre outros.
3.3.1 Saltos em poliestireno: Material muito utilizado em
saltos, é reconhecido ao batermos um no outro, devido ao
som metálico que provoca. Sofre ataque de solventes como a 3.6 Contraforte e Couraça: a modelagem é um fator
acetona, acetato de etila, tolueno e MEK. determinante para a adequação destes componentes, sendo
que o material utilizado é uma conseqüência do tipo de
Identificação: se queimado, a chama é amarela com fuligem
calçado que se pretende modelar.
espessa e odor semelhante a gás de cozinha.
Há, atualmente, uma série de materiais utilizados para este
3.4 Vira: muito utilizada na fabricação de calçados hoje em
fim, como couro, recuperado de couro, polímeros injetados,
dia, a vira auxilia na fixação do corte em sistemas de
têxteis impregnados e metais, entre outros.
montagem do tipo empalmilhado e ponteado,
preferencialmente em material couro, e principalmente na
estética. Apresenta variações que lhe confere denominações
específicas, como por exemplo, vira italiana. Estas variações
podem ser perfil interno, serrilhado, dimensões, gravação,
entre outros.

São produzidas em couro, recuperado de couro, EVA,


borracha vulcanizada, borracha termoplástica, PVC, etc,
tendo como critério de escolha o aspecto e o custo. Leva-se
5. Referências Bibliográficas Ltda. Novo Hamburgo, 2013.

Espuma de látex para calçados. Centro Tecnológico do


Couro Calçados e Afins - Novo Hamburgo: CTCCA, 1998.
Adesivos para calçados - produtos e aplicações. Luís José
Coelho. Associação Brasileira de Empresas de Componentes Laminados sintéticos para a indústria calçadista. Centro
para Couro, Calçados e Artefatos - Novo Hamburgo: Tecnológico do Couro Calçados e Afins - Novo Hamburgo:
ASSINTECAL By Brasil, 2000. CTCCA, 1998.

Calçados, componentes e matérias-primas. Centro Materiais. Agostinho Scherer. Apostila do curso Técnico em
Tecnológico do Couro Calçados e Afins - Novo Hamburgo: Calçados promovido pelo SENAI Calçados - Novo Hamburgo:
CTCCA, 1994. Série Couro Calçados e Afins, v.7 SENAI, 1994.

Cartilha de EVA. Centro Tecnológico do Couro Calçados e Materiais - Couro e outros materiais de corte. Centro
Afins - Novo Hamburgo: CTCCA, 1993. Tecnológico do Couro Calçados e Afins - Novo Hamburgo:
CTCCA, 2002. Série Literatura Técnica Básica em Calçados,
Cartilha de PU para calçados. Centro Tecnológico do Couro v.1 parte 1 e 2.
Calçados e Afins - Novo Hamburgo: CTCCA, 1999.
Materiais - Solados e Palmilhas de Montagem. Centro
Cartilha de TR. Centro Tecnológico do Couro Calçados e Afins Tecnológico do Couro Calçados e Afins - Novo Hamburgo:
- Novo Hamburgo: CTCCA, 1994. CTCCA, 2002. Série Literatura Técnica Básica em Calçados,
Cartilha sobre forro para calçados. Centro Tecnológico do v.1 parte 3 e 4.
Couro Calçados e Afins - Novo Hamburgo: CTCCA, 2000. Palmilha de Montagem. Centro Tecnológico do Couro
Compostos de EVA em calçados. Marco Antonio da Silva. Calçados e Afins - Novo Hamburgo: CTCCA, 1997.
Apostila de curso da Consultoria Química Lavoisier Ltda.
Novo Hamburgo, 2013.

Compostos de borracha em calçados. Marco Antonio da


Silva. Apostila de curso da Consultoria Química Lavoisier
PREPARO DE
SUBSTRATOS

SUBSTRATOS
PREPARO DE
O preparo do substrato é um processo crucial para a A preparação dos substratos de calçados pode ser 1.Limpeza
obtenção de uma boa colagem. Tem importância equivalente realizada através de 3 principais processos:
aos demais processos, como seleção e aplicação do adesivo, A limpeza de substratos no processo de colagem da
1 - Limpeza indústria calçadista tem como objetivo a remoção de
secagem e prensagem. Em termos de custo agregado à
construção do calçado, o preparo da superfície é até mais sujeiras e resíduos das superfícies a serem coladas.
2 - Asperação
importante que as demais operações, pois é a primeira Como exemplo de sujeiras e resíduos, citamos:
etapa do processo – caso não seja executada de forma 3 - Promotor de aderência
apropriada, invalida todas as demais operações realizadas - poeira;
na sequência, anulando o valor agregado em termos de
- óleos e gorduras derivadas da manipulação das peças;
produtos e mão de obra aplicados. Além da perda dos Outros processos que não os aqui citados podem se fazer
materiais e tempo de operação, as falhas de preparo de necessários ou até mesmo serem mais indicados e mais - desmoldantes de etapas anteriores de construção da peça;
substrato significam retrabalho e baixa de produtividade na econômicos do que estes, dependendo do substrato, do
linha de produção – indicadores muito controlados na estado em que este se encontra e das condições disponíveis - componentes exsudados do material devido a sua
indústria calçadista. na fábrica de calçados / linha de produção. Em caso de composição, tempo de preparo e/ou condições de
dúvida, consulte o seu fornecedor de adesivos e faça testes armazenamento – plastificantes, óleos, cargas, pigmentos;
Porém, o pior de uma falha de preparo de substrato ocorre preliminares comparando diferentes formas de preparação
quando esta não é evidenciada ainda na fábrica, e o par - contaminantes derivados de contato com outros materiais;
de substratos e seus resultados de colagem.
acaba indo para o mercado. Muito provavelmente a falha irá - acabamentos inseridos na superfície para criar elemento
acarretar defeito do produto durante o uso ou ainda mesmo visual ou toque ao substrato, mas que afetam
na caixa (estocagem), e implicará em devolução. Além do negativamente a adesão entre as partes – tinta serigráfica,
aspecto de prejuízo financeiro para a empresa, uma top / skin de laminado sintético ou couro, glitter, etc.
devolução afeta negativamente a imagem da marca do
calçado para o público consumidor, criando barreiras para Em alguns casos, a limpeza também é aplicada para
próximas compras. promover certo ataque químico às superfícies a serem
coladas, melhorando a ancoragem do adesivo. O produto de
limpeza ataca a superfície do substrato, aumentando a
porosidade, alterando a polaridade e / ou criando caminhos
para a ancoragem do adesivo aplicado na sequência ou A operação de limpeza pode ser realizada de diversas sem sistema de exaustão eficiente.
injeção de componente. formas, dependendo do substrato e da forma / linha de
Recomendações básicas para o processo de
produção em questão. Mais comumente, a limpeza é
Como regra geral, recomenda-se a limpeza de todos os limpeza:
realizada através de:
substratos utilizados na construção do calçado, pois todos
- Utilizar pano de cor clara, preferencialmente branco para
apresentam, no mínimo, sujeira na sua superfície quando - pedaço de pano
não descolorir pelo contato com solvente, e repassar a tinta
são colocados em operação – pó, gorduras de manipulação
- bucha de pano ao substrato em limpeza. A cor clara também facilita a
humana, contaminantes de outras superfícies que entraram
observação do grau de contaminação do pano, sendo um
em contato.
indicador para a sua substituição. Pode-se utilizar panos
A opção de não ser aplicada limpeza em um determinado escuros, desde que estes não sejam sensíveis ao produto de
substrato deve ser avaliada mediante testes práticos de limpeza.
colagem – comparativo de resistência de colagem em
- Garantir que a superfície do pano em contato com o
substratos limpos x substratos não limpos, com no mínimo 3
substrato esteja limpo, sem resíduos de limpezas anteriores.
repetições (3 corpos de prova). A cada alteração de material,
Para isso, deve-se promover a rotação da parte do pano em
fornecedor ou acabamento, novo teste comparativo deve ser
contato com o substrato a cada limpeza e a troca periódica
realizado para verificar a continuidade do padrão de
do pano. Friccionar sequencialmente a mesma superfície do
processo. Para maior garantia de colagem, em caso de
pano em diferentes substratos pode não proporcionar a
determinação de não limpeza de um substrato, Bucha de pano para limpeza.
limpeza adequada, e sim, transferir a sujidade de um
recomenda-se avaliação prática a cada lote recebido do
Em ambas as formas de proceder a limpeza de substrato, o substrato para outro ou de uma parte para outra do
material.
pano é embebido no produto de limpeza e friccionado sobre substrato.
O produto utilizado para a limpeza também varia de acordo o substrato, de forma a remover a sujidade por meio de ação
- Selecionar o produto de limpeza a ser utilizado conforme o
com o substrato e sujidade em questão. Genericamente são química (contato com solvente) e ação mecânica (fricção).
substrato em questão e a exigência de desempenho. Em
utilizados solventes como hexano, acetona, MEK e/ou
No caso de limpeza através de solventes, recomenda-se que caso de dúvida, entre em contato com o seu fornecedor de
misturas destes. É essencial o teste prévio do tipo de produto
os operadores utilizem equipamentos de proteção individual produto de limpeza e/ou de adesivo para orientações quanto
a ser utilizado como agente limpador para um determinado
(EPI)– luvas no caso de contato com as mãos; máscara com a produtos a utilizar para limpeza e o devido processo.
substrato.
filtro de gás e vapores orgânicos, de no caso de aplicação
- No caso de limpeza de cabedais ou solados, o movimento 2. Asperação
de fricção para a limpeza deve se iniciar por uma das
laterais (planta) e se direcionar para o bico e/ou traseiro. A asperação de substratos no processo de colagem da
Levantar o pano e proceder novamente para limpeza de outra indústria calçadista tem como objetivo a remoção física da
área. Esta sequência garante que as zonas críticas (bico e camada superficial do substrato a fim de melhorar a
traseiro) apresentem uma boa aderência. ancoragem do filme de adesivo.

- O movimento de limpeza deve se dar em um único sentido A asperação é necessária quando a camada superficial do
- não realizar vai e vem do pano na mesma região pois este substrato se encontra:
movimento acaba espalhando a sujidade por toda a - oxidada, como no caso de borracha;
superfície, e não a sua remoção.
- contaminada por sujidades de difícil remoção por limpeza
Limpeza do cabedal. (exsudação grosseira de óleos em caso de couros graxos);

- recobertas por material de muito difícil ancoragem (nylon,


fios plásticos em tramas fechadas de tecidos);

- recobertas por material com fraca adesão sobre o


substrato suporte (acabamento metalizado em laminado
sintético).

Preparação para iniciar a limpeza. Além da remoção da camada superficial, a asperação


proporciona aumento da superfície de colagem do substrato,
aumentando os pontos de contato e assim a resistência de
colagem dos materiais em operação.
Bucha suja após a limpeza. A operação de asperação é realizada através do atrito de
materiais abrasivos sobre o substrato. O atrito pode ser
proporcionado manualmente pelo operador ou através de
equipamentos.
Limpeza da sola.
A abrasão pode se dar por lixas de diferentes composições e 2.3 Asperação por escova
tamanho de grãos, por escovas com cerdas de diferentes
composições e durezas, ou ainda por fibra genericamente A asperação por meio de escova também pode se dar por
conhecida como “Scotch Brite ®”. Detalhes nos itens a diferentes tipos de cerdas, conforme for a necessidade de
seguir. ataque do substrato:

- Cerdas de pelo de cavalo: proporciona asperação muito


2.1 Formas de asperação
superficial, sem deformação da superfície.
A asperação manual se dá pela fricção proporcionada pelo
- Cerdas de nylon: proporciona asperação intermediária;
operador sobre o substrato, utilizando o elemento abrasivo
apropriado. Exemplo para folhas de lixas, folhas de fibra tipo - Cerdas de aço: proporciona asperação profunda, de
“Scotch Brite ®” ou escova. Asperação por lixa na sola.
elevada abrasividade.
A asperação também pode ser realizada através de
equipamentos com dispositivos com rolos ou cintas
recobertos pelo devido elemento abrasivo (lixa, fibra “Scotch
Brite ® ” ou escova).

2.2 Asperação por lixa


No caso de asperação por meio de lixa, o grau de asperação
(rugosidade, profundidade de ataque) é indiretamente
proporcional à granulometria (tamanho do grão) da lixa.
Exemplo para:

- Grão 20 = lixa grossa, proporciona asperação profunda e Asperação por lixa no cabedal.

rudimentar.
Escova.
- Grão 200 = lixa fina, proporciona asperação superficial,
fina.
certa incompatibilidade do substrato e do adesivo a ser
utilizado devido ao tipo químico ou polaridade destes,
atuando como ponte de união entre estes.

Os primers são aplicados por meio de pano, esponja, pincel,


pistola ou mesmo imersão, dependendo do tipo de produto,
substrato ou efeito desejado.

Neste capítulo, iremos detalhar os primers de


maior aplicação pelo mercado:

3.1 Primer halogenante

3.2 Primer EVA


Asperação por escova no cabedal. Asperação por fibra tipo “Scotch Brite ®”.
3.3 Primer para plásticos

2.4 Asperação por fibra 3. Promotor de aderência


A asperação por meio de fibra tipo “Scotch Brite ®” Para a preparação de substratos à colagem, além da 3.1 Primer halogenante
proporciona um ataque menos agressivo ao substrato, muito limpeza e/ou da asperação do substrato, também pode-se
utilizado para materiais que desfiam, como tecidos, lonas e aplicar produtos promotores de aderência, processo também Indicado para aplicação sobre borrachas e seus derivados,
nylon. conhecido no mercado calçadista como “asperação incluindo TR (thermoplastic rubber), possibilitando a
química”. colagem deste tipo de substrato com adesivo poliuretano.
Apresentado na forma monocomponente (pronto para uso)
Os promotores de aderência, também conhecidos pelo termo ou bicomponente (exige mistura eficiente prévia), se trata de
“primers”, atuam através de interação química com o agente promotor de aderência dissolvido em meio solvente
substrato, alterando a superfície e assim favorecendo a ou meio aquoso, com variação do teor do agente ativo e
adesão. São utilizados quando é necessário aumentar a composição do solvente.
penetração, molhabilidade e/ou ancoragem do adesivo sobre
o substrato. Primers também são utilizados quando temos
Fibra tipo “Scotch Brite ®”.
luz e poeira, ou ser recoberto por primer / adesivo base para forçada, porém a superfície deve ser exposta à irradiação UV
proteção da superfície e assim possibilitar estocagem por através de equipamento adequado. Para o sucesso desta
mais tempo. operação, deve-se garantir que todas as áreas de colagem
sofram exposição à irradiação (livre de zonas de sombra),
O agente ativo de halogenantes tem propriedades
em intensidade da ordem de 550 a 700mJ/cm2. Para isso, as
corrosivas, e assim, os produtos que entram em contato com
lâmpadas UV do equipamento devem ser constantemente
o primer halogenante não devem apresentar partes
limpas e monitoradas quanto à irradiação emitida,
metálicas – frascos, espátulas, partes de pincéis.
trocando-as quando necessário.
Para detalhes de tipos de primers halogenantes, validade,
Mais aplicado para EVA do tipo injetado.
Exemplo de primer halogenante.
processo e tempo entre aplicação e colagem, entre em
contato com o fornecedor do produto. 3.3 Outros primers
A seleção do primer halogenante para uma determinada 3.2 Primer EVA A diversidade de materiais utilizados na indústria calçadista
borracha / TR deve ser realizada através de testes práticos impossibilita a este trabalho a listagem de todos os
de colagem, variando o teor de agente ativo e composição do Indicado para aplicação sobre EVA injetado ou expandido / promotores de adesão / primers indicados e seus respectivos
solvente, se for o caso. A opção entre primer mono ou moldado, possibilitando a colagem deste tipo de substrato substratos. Além de borracha, TR e EVA, vários outros
bicomponente passa pela mesma análise de teor de agente com adesivo poliuretano. Pode ser do tipo primer EVA “frio” substratos necessitam da ponte de união entre a superfície
ativo e solvente, mas também tempo de validade – primers ou primer EVA “cura UV”. e o filme de adesivo, proporcionada pelo promotor de
monocomponente tem validade de 3 a 4 meses, enquanto aderência / primer. Exemplo para alguns tipos de
O primer EVA “frio” é aplicado sobre o EVA por pincel, pistola
que primers bicomponentes apresentam validade de 6 a 8 poliuretano, poliestireno, polipropileno, NYLON, PEBAX, AMT,
ou imersão, seco à temperatura ambiente ou forçada,
meses de seus componentes isolados. Os primers PVC, etc.
seguindo o processo de colagem convencional. Mais
bicomponentes apresentam vida útil determinada após a
aplicado para EVA do tipo termoconformado ou em placa. Para maior detalhamento e indicação de produtos / testes de
mistura dos componentes que deve ser observada para
garantir bom desempenho de colagem. A adesão proporcionada por este tipo de primer / processo colagem, entre em contato com o fornecedor de primer e/ou
não é muito elevada, indicada para peças de menor adesivo.
A aplicação de primer halogenante pode ser realizada
exigência de colagem. A correta seleção e a aplicação de promotores de
através de pincel ou imersão, seguida de tempo mínimo de
ação sobre o substrato e secagem. A peça halogenada pode adesão é fundamental para um bom desempenho de
O primer EVA “cura UV” é aplicado sobre o EVA por pincel,
seguir imediatamente para o processo de colagem, ser colagem.
pistola ou imersão e seco à temperatura ambiente ou
armazenada por determinado tempo em ambiente livre de
SELEÇÃO DE
ADESIVOS

SELEÇÃO DE
ADESIVOS
Este capítulo se destina a orientar o processo de seleção de - as condições às quais a colagem deverá suportar; - Tecido: tipo de fibra, porosidade, coloração, aplicação de
adesivo conforme a aplicação, em busca do máximo tratamento.
- custo.
desempenho de colagem.
- Borracha: crua ou vulcanizada, composição básica,
A seguir, discutimos estes critérios de seleção.
Não existe adesivo universal que atenda a todas às presença de material reciclado, tempo de preparo.
necessidades de colagem e aplicação. Na busca do melhor
- TR: tipo de TR, teor de óleo.
adesivo, deve-se selecionar aquele que atenda as Tipo e a natureza dos substratos a serem colados
características e propriedades prioritárias, em detrimento a A identificação e a determinação das características dos - PVC: tipo e teor de plastificante.
outros de menor relevância ou contornáveis através da troca substratos a serem colados é crucial para a seleção do
de demais itens ou processos – substituição do substrato, - Plásticos em geral: tipo de plástico – ABS, nylon, TPU,
adesivo a ser utilizado. O adesivo deve ser compatível com o
variação da forma de aplicação, alteração das condições de TPE.
substratos e ser capaz de umectar / molhar a sua superfície
secagem, etc. para conferir adesão. Conforme o substrato, deve-se optar Especial atenção também para cabedais e solados com a
por um ou outro adesivo, bem como realizar a preparação presença de mais de um tipo de substrato na área de
A seleção de adesivos não é um processo fácil pois envolve a
prévia deste substratos, conforme detalhado em capítulo colagem. Selecionar processos e adesivos para os dois
consideração de muitas variáveis, sendo as principais:
anterior. substratos.
- o tipo e a natureza dos substratos a serem colados;
Deve-se ter a orientação clara por parte do fornecedor do tipo Preparação dos substratos
- a operação de construção do calçado em questão; de material que constitui os componentes, e quando não as Detalhes no capítulo Preparo de Susbtratos.
tiver, pode-se realizar testes de identificação.
- a preparação dos substratos; Sistemas de aplicação
Detalhes no capítulo Formas de Aplicação.
- os sistemas de aplicação viáveis;
Algumas questões orientativas a serem avaliadas
Condições de secagem
- condições de secagem – temperatura, umidade do ar, conforme o substrato: As condições de secagem do adesivo são determinantes
tempo e equipamentos viáveis; para a seleção do produto a ser utilizado. As condições de
- Couro: animal, tipo de curtimento, teor de óleo, aplicação
de tratamento especial. secagem indicadas da Recomendação Técnica do adesivo
- tempo em aberto necessário;
devem ser consideradas a fim de atingir o máximo
- a resistência de colagem desejada; - Laminado sintético: PU ou PVC, tipo de camada superfi- desempenho.
cial top, verniz, metalizado, liso ou rugoso.
Em termos de condições de secagem, deve-se avaliar: considerando fábricas situadas em regiões típicas de que o filme adesivo aplicado apresente maior ou menor
mudança climática significativa ao longo do ano, como Rio resistência de colagem, dependendo dos componentes ao
- temperatura do ambiente: média, máximo e mínimo
Grande do Sul, e empresas que contam com áreas qual está se promovendo a união das partes. Além do efeito
- umidade do ar: média, máximo e mínimo produtivas em diferentes regiões do país, mas processos final de colagem, deve-se observar quais são as etapas e
padronizados, como região Sul e Nordeste. esforços pelo qual o calçado irá passar imediatamente à
- ventilação, corrente de ar colagem. Caso tenhamos etapas de alta exigência de
Essas condições colaboram na definição do tipo de adesivo,
- tempo colagem, como asperação de borda, fresagem de sola e
viscosidade, teor de sólidos, composição de solventes e
desenformagem, o filme adesivo deve apresentar resistência
- disponibilidade de equipamentos para auxiliar a secagem: aditivos.
inicial de colagem significativa para que não ocorra a
fornos, ventilação, pinheirinho. Tempo em aberto deformação do modelo.

Temperatura baixa (<15°C), umidades elevadas (>80%), e Conforme a operação de construção do calçado, é necessário Custo
ausência de ventilação mínima retardam a secagem do que o filme adesivo aplicado apresente maior ou menor
adesivo, base solvente ou base-água, sendo que o filme deve Sem dúvida alguma, o fator custo do adesivo contribui
tempo em aberto, viabilizando a sua montagem e
ficar exposto por mais tempo antes da reativação e união significativamente para a seleção do produto. Além de
manutenção da união mediante algum tracionamento. Cada
efetiva. Por outro lado, condições que favoreçam uma desempenho de colagem, o adesivo deve apresentar uma
tipo de adesivo apresenta genericamente um determinado
secagem muito rápida também não são ideais, pois pode relação de custo x desempenho necessário apropriado para o
tempo de aberto, relacionado com a natureza química do
ocorrer a secagem da camada superficial do filme de adesivo caso.
composto. Vide tabela de Operação de Construção de
(casca), permanecendo solvente retido no interior do filme. calçado para mais detalhes. O tempo em aberto pode ser
Um filme de adesivo não plenamente seco irá acarretar falha relativamente alterado através de ajustes de formulação e
de colagem. também aplicação de condições de temperatura ao filme de
Equipamentos que regulam as condições de temperatura, adesivo. Genericamente, aquecimento aumenta o tempo em
umidade e ventilação padronizam as condições de secagem, aberto, enquanto que resfriamento reduz o tempo em aberto
favorecendo a obtenção de bons resultados, regularmente. de um filme de adesivo.
Pode-se proporcionar as condições indicadas pelo Resistência de colagem
fornecedor do adesivo e estabilizar o processo em qualquer
época do ano ou região de produção - fator muito importante Conforme a operação de construção do calçado, é necessário
Tipos de adesivos

As tabelas a seguir apresentam os principais adesivos utilizados na indústria calçadista. Não são indicadas características como tempo de secagem e tempo em aberto de cada tipo de adesivo,
pois variam de acordo com a composição do adesivo. Nota-se que aqui são citadas características genéricas de cada família de adesivos. Características mais específicas devem ser observadas
na Recomendação Técnica e discutidas com o fornecedor do produto.

Adesivos base solvente

Tipo Composição Características Indicação

Policloropreno Solução de resina policloropreno em Também conhecido como cola sintética, cola amarela, cola de Produto com grande variedade de aplicações, podendo
solventes orgânicos, com adição de sapateiro, cola forte ou neoprene. Apresenta coloração variando ser utilizado em todas as etapas de construção do
outras resinas, óxidos e aditivos para desde o translúcido amarelado até âmbar. Destaque para o tack calçado. Indicado para colagem de couro, madeira,
conferir propriedades específicas. / apontamento que possibilita fácil união entre os substratos. papelão, têxteis, borrachas em geral, EVA, poliestireno,
Boa resistência de colagem, podendo ser adicionado reticulante espuma de PU ou látex.
à base de isocianato para melhor desempenho.

Poliuretano Solução de resina poliuretano em Também conhecido como cola PVC. Apresenta coloração Produto muito utilizado para a colagem sola-cabedal
solvente orgânicos, com adição de variando do transparente ao translúcido branco. Genericamente, devido à excelente resistência proporcionada. Indicada
aditivos para conferir propriedades não possui taque/apontamento, devendo ser reativada / para colagem de poliuretano, PVC, nylon, couro,
específicas. aquecida para a união entre os substratos. Exceção para os madeira, papel, papelão, tecido, eva, borrachas em
adesivos do tipo cola fria ou PVC fria, que possuem o tack para geral, espumas. Para alguns destes substratos, como
adesão inicial. Excelente resistência de colagem, podendo ser EVA e borrachas, pode ser necessária a aplicação prévia
adicionado reticulante a base de isocianato para melhor de um primer para promover compatibilidade.
desempenho.

SBS / SIS Solução de resinas a base de estireno Formam soluções de alto teor de sólidos em baixa viscosidade, Produto muito utilizado para colagem de espumas e nas
em solventes orgânicos, com adição assim são muito utilizadas em aplicações por spray / pistola. etapas de preparação do calçado.
de outras resinas e aditivos para Apresenta coloração do transparente ao âmbar. Destaque para o
conferir propriedades específicas. tack / apontamento e o baixo custo.
Adesivos base-água

Tipo Composição Características Indicação

Policloropreno Dispersão ou emulsão de resina Apresenta coloração de translúcida branca à amarelada. Indicado para têxteis, EVA, borrachas em geral,
policloropreno em água, com adição de Sensível ao cisalhamento e calor, deve ser armazenada e poliestireno, couro, madeira, papelão. Destaque para a
outras resinas, óxidos e aditivos para manipulada conforme instruções da Recomendação utilização em forros, virados e dublagens.
conferir propriedades específicas. Técnica. Apresenta boa resistência de colagem.

Poliuretano Dispersão de poliuretano em água, com Apresenta coloração de translúcida esbranquiçada à Produto muito utilizado para a colagem sola-cabedal
adição de outras resinas e aditivos para branca. Sensível ao cisalhamento e calor, deve ser devido à excelente resistência proporcionada. Indicada
conferir propriedades específicas. armazenada e manipulada conforme instruções da para colagem de poliuretano, PVC, nylon, couro,
Recomendação Técnica. Apresenta excelente resistência madeira, papel, papelão, tecido, EVA, borrachas em
de colagem, podendo ser adicionado reticulante à base de geral, espumas. Para alguns destes substratos, como
isocianato para melhor desempenho. EVA e borrachas, pode ser necessária a aplicação prévia
de um primer para promover compatibilidade.

Látex Natural Emulsão de borracha natural em água, Apresenta coloração de translúcida à branca. Destaque Indicado para a colagem de forros, especialmente em
com adição de outras resinas e aditivos para o elevado tack. Apresenta resistência de colagem sapatos finos devido à flexibilidade do filme.
para conferir propriedades específicas. limitada para a construção do calçado. Odor característico
de amoníaco, adicionado para estabilização do produto.

Acrílico Emulsão de polímero acrílico puro ou em Apresenta propriedades semelhantes a de adesivos látex Indicado para a dublagem de tecidos, mantendo a
mistura com estireno, com adição de natural, sem o odor característico de amoníaco e maior maciez dos substratos.
outras resinas e aditivos para conferir estabilidade. Excelente resistência à água.
propriedades específicas.

PVA Emulsão de poliacetato de vinila em água, Apresenta coloração branca. Não possui tack e apresenta Pode ser utilizado para dublagem de forros, conferindo
com adição de outras resinas e aditivos secagem lenta. certo efeito estruturado. Utilizado para colagem de
para conferir propriedades específicas. embalagens, fechamento de caixas.
Adesivos Hot Melt (Sólidos sem solventes) - Apresentados na forma sólida, sob diferentes aspectos físicos.

Tipo Composição Características Indicação

Poliamida Polímero do tipo poliamida, com Adesivo termoplástico (amolece mediante aquecimento), de Utilizado na preparação de calçados nas operações de
adição de aditivos para conferir coloração amarelada translúcida à opaca. Apresenta tack vira e dobra cortes e unir peças, ou na montagem para
propriedades específicas. significativo quando aquecido / estado amolecido. Geralmente posicionar cortes nas formas. Também utilizado como
oferecida na forma pó, escamas, grânulos ou fio / espaguete. componente de couraça injetada.

Poliéster Polímero do tipo poliéster, com Adesivo termoplástico (amolece mediante aquecimento), de Produto utilizado na montagem de cortes, fechamento de
adição de aditivos para conferir coloração branca. Não apresenta tack significativo, mas rigidez bicos e enfranques.
propriedades específicas. ao resfriamento. Geralmente oferecida na forma de fio /
espaguete.

EVA Polímero do tipo EVA (acetato de Adesivo termoplástico (amolece mediante aquecimento), de Utilizado na dublagem de forros e colagem de outros
vinila), com adição de aditivos para coloração esbranquiçada à amarelada. Também pode ser do tipo componentes que não exigem resistência final
conferir propriedades específicas sensível à pressão (PSA). Apresenta taque inicial, porém baixa significativa. Também utilizado para colagem de
resistência de colagem. Geralmente oferecido na forma de pó, embalagens, fechamento de caixas.
pelete, bastão, filmes ou sachês.

PSA Mistura de borrachas e outras Adesivo termoplástico (amolece mediate aquecimento). Utilizado na dublagem de forros e colagem de outros
resinas, com adição de aditivos para Apresenta coloração de translúcida esbranquiçada à amarelo componentes, conforme exigência de tack e resistência
conferir propriedades específicas. intenso / ocre. Apresenta tack inicial e resistência de colagem final.
variada, conforme a formulação – características antagônicas.
Geralmente oferecido na forma de sachê.

Poliuretano Polímero do tipo poliuretano (PU), Adesivo termoplástico ou termofixo (não amolece com sequente Termoplásticos utilizados na dublagens de componentes
com adição de aditivos para conferir aquecimento), conforme a formulação. Coloração transparente que exigem elevada resistência. Termofixos utilizados em
propriedades específicas. à esbranquiçada. Termoplásticos geralmente oferecidos na colagem de muito elevada resistência, como adesão de
forma de pó ou peletes, termofixos oferecidos sólidos em pequenos enfeites, saltos ou mesmo sola-cabedal.
embalagens apropriadas.
Operação de construção do calçado

As tabelas a seguir apresentam a relação entre as operações de construção de calçados, as características e os adesivos mais indicados

Adesivos base-solvente Adesivo base-água Adesivo hot melt

Operação Característica do adesivo para Policloropreno Poliuretano SBS / SIS Policloropreno Poliuretano Látex natural Acrílico PVA Poliamida Poliéster EVA PSA PU

Dublagem Média-alta resistência de colagem


Acoplamento de dois substratos Média-alta resistência à água

Pré-fabricado Média-alta resistência de colagem


Construção de partes: Média tack
entre solas, saltos, tiras... Curto tempo em aberto

Preparação / pesponto Média-baixa resistência de colagem


União dos componentes Elevado tack
do cabedal Longo tempo em aberto

Montagem Média resistência de colagem


Fixação do cabedal sobre a Tack intermediário
palmilha de montagem Médio-curto tempo em aberto

Colagem de solado Elevada resistência de colagem


Fixação do solado no cabedal Pouco tack
Curto tempo em aberto

Colagem palmilha interna Alta resistência


Fixação da palmilha de Médio tack
conforto, final Médio tempo em aberto

Embalagem Alta resistência


Fechamento de caixas Elevado tack
Longo tempo em aberto
Fonte:

Handbook of Adhesives and Sealants – Second


Edition
Edward Petrie
Editora Mc Graw Hill, New York , EUA
2007

Adesivos para calçados – produtos e aplicações


Luís José Coelho
Assintecal by Brasil
Ano 2002
FORMAS DE
APLICAÇÃO

FORMAS DE
APLICAÇÃO
Formas de aplicação dos adesivos e interior do material e evitando que o adesivo final penetre 1. Aplicação manual
correlatos demais e não forme filme corretamente na superfície. Em
alguns casos, a cola base é aplicada com dias ou semanas A forma de aplicação manual ainda é amplamente utilizada
Forma manual: pincel, esponja/espuma. de antecedência à aplicação da cola final, não afetando na pelas fábricas de calçados, em todos os setores,
adesão entre os filmes. Geralmente, se o adesivo BASE é principalmente quando se remete à aplicação de substratos
Forma mecanizada: rolo/rolete, bico aplicador, máquinas com superfícies irregulares, onde o uso de um sistema
poliuretano, a cola final será de poliuretano. Se o adesivo é
hot-melt, pistola/spray. mecanizado não é possível.
base policloropreno o adesivo final será de policloropreno. No
Independente do processo e do tipo de aplicação, a camada entanto, existem casos envolvendo união de filmes de bases Um dos sistemas de aplicação mais antigos é com pincéis,
de adesivo aplicada deve ser uniforme e em quantidade químicas diferentes. A afinidade química entre os filmes de podendo as cerdas serem no formato redondo ou
suficiente para garantir a fixação dos substratos. adesivos dependerá de ambas formulações, via de regra. chato/retangular.
É importante salientar que, antes da aplicação da camada Aplicação de Primer – Modificador de Superfície: O sistema manual de aplicação via pincel ainda é muito
de adesivo, devemos verificar se: Geralmente este produto é aplicado via pincel ou com utilizado nos dias atuais, principalmente em trabalhos mais
escovas de cerdas macias. O uso de esponjas/espumas não melindrosos ou com irregularidades na superfície (exemplo:
a) Os substratos foram preparados corretamente para
é indicado pois o primer poderá atacar quimicamente a solas vazadas), onde o uso de máquinas é inviável.
receber o adesivo;
esponja, e o líquido restante já estará sem ação quando for
b) É preciso aplicar uma 1º demão de adesivo base; aplicado na sola ou cabedal. Um exemplo errado seria o uso
destas esponjas/espumas para aplicar halogenantes base
c) O sistema adesivo foi reticulado corretamente solvente (primers) em solados de SBR ou TR, pois além do
(bi-componente) ou se apenas homogeneizado, no caso de halogenante estar fora de ação, a espuma/esponja será
monocomponente; atacada pelo ácido tricloroisocianúrico (constituinte do
halogenante base solvente) e ficará amarela, apresentando
d) Os adesivos selecionados são indicados ao processo
uma perda de resistência mecânica.
proposto.

Adesivo BASE: geralmente é um adesivo que apresenta


baixa viscosidade. Poderá ser aplicado com pincel ou
pistola/spray. É indicado como primeira demão para Aplicação manual na sola.

substratos muito porosos, preenchendo a camada mais


pelos curtos. Desta forma, o aplicador poderá exercer uma operação, necessitando-se acoplar alguns dispositivos
força regular sobre o material e também alcançar com o específicos.
filme de adesivo bem nos cantos do solado, que podem ser
planos ou angulares. 2.2 Equipamento para aplicação de
adesivo pressurizado
É importante salientar que a área responsável pela colagem
é a sua borda. A orientação é aplicar o adesivo nesta área de Trata-se de um equipamento pressurizado que funciona
borda e espalhar pelo restante da sola como um depósito de adesivo, onde se introduz ar sob
pressão. Possui uma mangueira com pincel ou escovas
acopladas nas extremidades, por onde sai o adesivo. Para
aplicação, é necessário apertar um botão para que o adesivo
2. Aplicação mecânica
Aplicação manual no cabedal. possa fluir via bico aplicador.
Inicialmente o sistema de aplicação mecânico era usado
somente para aplicação de adesivos em solados. Com a
2.3 Máquinas para aplicação de
Existem indicações para os tipos de pincéis a serem
evolução dos equipamentos, hoje é possível aplicar adesivos hot-melt em pontos ou linhas
utilizados
em cabedais e também em diferentes substratos. São alimentadas com adesivos em forma de saches
Para cabedais ou materiais muito porosos ou de formas
2.1 Equipamento para aplicação de pequenos ou em barras. Ocorre uma fusão no tanque
complexas, deve-se usar pincéis chatos ou escovas de pelos
aquecido que é controlado por um termostato digital – que
curtos. A aplicação do adesivo não poderá ficar restrita ao adesivo via rolo/rolete
permite o ajuste da temperatura adequada ao trabalho.
espalhamento na superfície, mas também a se aplicar certa
Sua característica consiste em um depósito com adesivo
pressão em vários sentidos proporcionando um melhor No sistema de controle também existe um temporizador que
onde este é aplicado via transferência por meio de um rolo.
ancoragem do adesivo no material. permite programação. Este tempo determina a quantia de
Basicamente, o mecanismo de aplicação do adesivo é o
adesivo que será aplicado. Ainda, com o tempo pré-definido,
Também é comum no segmento calçadista a aplicação de mesmo.
é possível ajustar a pressão do equipamento – que também
adesivos com esponjas/espumas pequenas (5 x 8 cm)
Existe uma grande variedade de máquinas, com diferentes impactará na quantia de adesivo transferido ao substrato.
facilitando o nivelamento da camada de adesivo aplicada e
características, principalmente no rolo que vai aplicar o Após o uso, o equipamento deverá ser limpo, evitando-se o
proporcionando ganho de tempo operacional.
adesivo, devido aos diferentes formatos de peças que podem entupimento do bico e de outras partes. Usar um solvente
Para solados é recomendável o uso de pincéis redondos e de ser coladas. Muitas máquinas podem executar mais de uma limpador indicado pelo fabricante do adesivo.
2.4 Máquinas para aplicação de 2.5 Máquinas compactas para Os adesivos que podem ser utilizados na aplicação com
hot-melt tipo PUR aplicação de hot-melt pistola são: base água e base solvente.

São indicadas para aplicação de PUR – que são adesivos São modelos mais compactos, de baixo consumo, fácil
fundidos que apresentam como característica aderir em transporte e eficiência, atendendo à nova geração de Alguns detalhes importantes quanto ao uso de
uma grande variedade de substratos, que podem ser adesivos hot-melt. Apresentam um sistema equipamentos para aplicação de adesivos:
flexíveis, porosos ou rígidos. É possível citar: solados para elétro-pneumático acionado via pedal – onde a injeção do
alguns tipos de calçados, enfeites para calçados femininos, adesivo fundido é realizada via bomba de engrenagem, o a) O adesivo deverá ter uma viscosidade adequada ao tipo e
saltos plásticos, diferentes acrílicos, PVC, colagem de que proporciona agilidade na aplicação e controles forma de aplicação;
forrações, etc. independentes de temperatura do depósito e do bico.
b) Não devem ocorrer misturas de adesivos dentro do
Num dos modelos disponível no mercado o cartucho Na indústria calçadista é usado em operações de depósito da máquina e/ou pistola;
contendo o adesivo PUR possui 320 gramas, e o tanque da preparação para a costura, colagem final, rebitagem e
c) Usar o adesivo que está no equipamento somente para a
máquina é móvel. Geralmente, as máquinas destinadas ao fixação da palmilha na forma. Os injetores podem ser spray
aplicação indicada pelo fabricante do adesivo;
processo PUR possuem 2 tanques para o adesivo, sendo um ou outros adequados a necessidade da operação.
com pré-aquecimento e o outro para aplicação. Durante a d) Conservar o equipamento limpo evitando-se falhas na
operação de colagem, quando um cartucho é consumido o 2.6 Pistola/Spray aplicação do adesivo;
segundo cartucho (armazenado e pré-aquecido) passa a Consiste na aplicação do adesivo com pistola de ar
alimentar o tanque de aplicação, e repõe-se outro cartucho e) Se o equipamento gerar um sistema pressurizado, deve-se
comprimido de diversos modelos para várias aplicações. As
novo no local destinado ao pré-aquecimento. tomar os seguintes cuidados: controlar para que não venha
pistolas podem ser configuradas com caneco acoplado, com
água ou óleo pelos canos de ar comprimido, pois isto
Após o uso do equipamento, deve-se tapar o bico da tanque pressurizado ou tipo “caneta”, este último mais
causaria uma contaminação no adesivo; selecionar um
máquina com uma tampa original evitando-se a cura do utilizado em aplicação de látex. A pressão varia de acordo
adesivo que não apresente secagem rápida, o que causaria
adesivo e posterior entupimento. Se o equipamento ficar com o tipo de aplicação.
um entupimento dos canos. No final do expediente, todo o
muito tempo sem uso, é possível limpar o bico com um Na indústria calçadista o setor que mais utiliza pistola é o material deverá ser limpo com solvente adequado.
solvente limpador indicado pelo fabricante do adesivo. setor de preparação, mas atualmente essa aplicação vem
ampliando para outros setores, como montagem e até
mesmo para colagem de sola.
ARMAZENAMENTO

ARMAZENAMENTO
O armazenamento adequado de adesivos e seus correlatos De modo geral, para todos os produtos inflamáveis, por 2. Cuidados especiais para adesivos
visam a conservação da qualidade do produto, supre as medida de segurança contra incêndio ou contaminações, é e correlatos base solvente
necessidades do consumo em função da sazonalidade da recomendado que o prédio destinado ao armazenamento
produção e também garante a continuidade do processo seja construído distante alguns metros da edificação Além das recomendações gerais, o local de armazenamento
produtivo. O sistema de armazenamento ideal contribui para principal da fábrica de produtos base solvente (em sua grande maioria
fatores como redução de custos, organização dos produtos, inflamável por natureza) requer uma atenção especial:
É de suma importância que este local possua as seguintes
consumo por ordem de data de vencimento, melhoria nas • O sistema de iluminação e o sistema elétrico devem ser
características:
condições de segurança, aumento da velocidade de blindados e à prova de explosões, inclusive ao ser acionado
movimentação e descongestionamento das áreas. • Boa ventilação, de preferência natural; as luzes de emergência;
O processo de armazenamento deve ser iniciado ainda na • Temperatura próxima a 25°C, sem sofrer grandes • Deverá ter sistema de combate a incêndio com extintores
fase de recebimento dos produtos. Recomenda-se avaliar as alterações; apropriados próximos à porta de acesso;
condições com que os produtos foram transportados e estão
sendo entregues, incluindo integridade de embalagem e de • Ambiente seco e arejado; • Saída de emergência bem localizada e sinalizada, com
identificação (rótulos). Conforme o tipo de produto em área prevista para entrada de bombeiros, caso seja
• Redes elétricas em ordem e inspecionadas
consideração, há instruções e até mesmo legislações necessário;
periodicamente;
específicas que devem ser plenamente atendidas pelo • Não armazenar alimentos ou medicamentos no local;
fornecedor e transportador da carga. Mais detalhes são • Saídas de emergência bem sinalizadas;
descritos na FISPQ (Ficha de Informação de Segurança de • Identificar a porta de entrada com as frases, de forma
• Empilhamento das embalagens feito sobre estrados bem visível “INFLAMÁVEL” e “NÃO FUME”, de acordo com as
Produtos Químicos) do respectivo produto.
(paletes) de plástico ou madeira e distante de fontes de Normas NEC (National Eletrical Code), IEC (International
ignição, calor, alimentos, agentes oxidantes. Eletrical Commission) e/ou ABNT (Associação Brasileira de
Normas Técnicas).
1. Local para armazenamento Caso o mesmo prédio seja o local de armazenamento de
diferentes tipos de adesivos e seus correlatos, deve-se fazer Deve-se verificar se as instalações atendem às normas
Tão logo os adesivos e correlatos sejam recebidos, estes cumprir os requisitos de todos estes itens. vigentes de segurança. Conforme a região do Brasil, ainda
devem ser armazenados em local apropriado conforme o seu há legislações específicas para o agrupamento de produtos
tipo químico. químicos em locais fabris – volume, distância entre os
prédios, necessidade de pessoal qualificado, etc.
3. Cuidados especiais para adesivos 5. Incompatibilidade vez que este volume restante perde a asseguridade de
base água qualidade.
A incompatibilidade acontece quando ocorrem reações
Os produtos a base de água não são inflamáveis, porém químicas indesejáveis e não planejadas entre dois ou mais Por medida de segurança no caso de adesivos e correlatos à
também devem seguir alguns padrões de armazenamento produtos químicos. Ocorrendo estas reações de base de solventes, é de suma importância manter a
para garantir a qualidade do produto. De forma geral, incompatibilidade, elas podem gerar riscos de incêndios, embalagem muito bem fechada. Devido à presença de
recomenda-se o armazenamento em locais com temperatura explosões, reações violentas, vapores tóxicos e gases solventes na composição, ocorre formação de vapores, e
controlada entre 10 e 25°C para evitar o congelamento e/ou inflamáveis. estes podem percorrer longas distâncias até uma fonte de
o sobreaquecimento do produto, que reduzem a sua vida útil, ignição e inflamar-se.
Os adesivos e correlatos não devem ser armazenados junto a
o seu desempenho de colagem ou pode até mesmo
produtos considerados incompatíveis, como oxidantes fortes
degradá-lo totalmente.
(nitratos, bromatos, cromatos e percloratos), cloro líquido,
oxigênio concentrado, explosivos, gases inflamáveis,
7. Prazo de validade
produtos corrosivos, peróxidos orgânicos, materiais de O prazo de validade dos adesivos e produtos auxiliares é
4. Adesivos e correlatos isentos de combustão espontânea e materiais radioativos. Importante variável. Ao adquirir um lote, devemos observar a indicação
solventes (hot-melts) também observar a compatibilidade entre os adesivos e da validade impresso no rótulo ou na embalagem e cuidar
correlatos envolvidos, evitando locais próximos ou com risco para que ocorra o seu total consumo antes que este prazo
Os produtos do tipo hot-melt não são inflamáveis, porém, na
de contato. expire. É aconselhável a devida atenção para que haja uma
sua grande maioria, são sensíveis ao aquecimento –
perfeita rotatividade, isto é, primeiramente fornecendo à
amolecem e podem aderir à embalagem ou uns aos outros.
produção o produto com data de fabricação mais antiga,
Algumas classes também são sensíveis à umidade
(poliéster), o que acarreta degradação do produto e
6. Embalagem processo conhecido como PEPS
(primeiro-que-entra-primeiro-que-sai) ou FIFO
consequente redução ou mesmo perda total da propriedade O produto fornecido já se encontra em embalagem adequada (first-in-first-out), independente da data de efetivo
de colagem. Assim, deve-se ter atenção quanto à e é fundamental que seja mantido na embalagem original
recebimento do produto. Produtos vencidos perdem a
temperatura e umidade ambiente, e, principalmente, evitar até a necessidade do uso. Após a abertura da embalagem e
asseguridade de qualidade, e não podem ser reclamados.
incidência direta de sol e chuva ou condensação. caso não ocorra o uso total deste produto, é necessário
manter a embalagem sempre bem fechada para Veja a seguir alguns prazos de validade genéricos
conservação das propriedades do restante do produto, uma aplicados no mercado:
Produtos Validade Etiqueta A 8. Importância de receber FISPQ
Adesivos, bases, primers, diluentes 12 Todo produto químico comercializado no território brasileiro
e limpadores base solvente meses possui uma FISPQ. No caso dos adesivos e correlatos não é
diferente. A FISPQ é uma importante ferramenta que fornece
Adesivos, bases, primers, diluentes e divulga informações vitais sobre os produtos químicos
e limpadores base água presentes nas formulações dos adesivos e correlatos.
6
Primers halogenantes bicomponente meses
FISPQ significa Ficha de Informação de Segurança de
Adesivos epóxi base solvente Produtos Químicos, padronizado pela Associação Brasileira
de Normas Técnicas (ABNT) conforme norma NBR 14725-4.
Etiqueta B
Adesivos base água monocomponentes Nela podemos encontrar várias informações e orientações
3
meses detalhadas sobre produtos químicos perigosos, relativas à
Primers halogenantes monocomponente
segurança, à saúde e ao meio ambiente, composição, ações
de emergência a serem adotadas em caso de acidente, etc.
6 a 12
Adesivos hot melt meses

6
Reticulantes meses 8.1 Conteúdo e modelo geral de uma
FISPQ
Na etiqueta A temos a validade de 07/10/14 e na etiqueta B
Esta variação ocorre devido a diferentes bases utilizadas
temos a validade de 07/11/14. Caso receba primeiro o lote Seguindo a norma NBR 14725-4 a FISPQ deve conter os
para o adesivo hot-melt.
01 02 03 e na sequência o lote 01 02 04, não haverá títulos conforme descritos abaixo:
obs.: estes prazos de validade são dados médios aplicados preocupação referente à rotatividade das embalagens. Caso
no mercado, sendo que poderá ocorrer variação conforme o ocorra o contrário, primeiro receba o lote 01 02 04 e 1 Identificação do produto e da empresa
fabricante. posteriormente o lote 01 02 03, o responsável pelo 2 Identificação de perigos
recebimento deverá atentar-se para que seja feito o
Exemplificação de aplicação de regra de rotatividade - PEPS
reposicionamento dos lotes no local, facilitando desta forma 3 Composição e informações sobre os ingredientes
ou FIFO.
a produção utilizar sempre o lote mais antigo primeiro.
4 Medidas de primeiros-socorros

5 Medidas de combate a incêndio

6 Medidas de controle para derramamento ou vazamento

7 Manuseio e armazenamento

8 Controle de exposição e proteção individual

9 Propriedades físicas e químicas

10 Estabilidade e reatividade

11 Informações toxicológicas

12 Informações ecológicas

13 Considerações sobre tratamento e disposição

14 Informações sobre transporte

15 Regulamentações

16 Outras informações

Todos estes itens acima devem ser estudados e quando


houver a necessidade de formular as instruções específicas
para o local de trabalho, ou o mapa de risco, o consumidor
dos adesivos e correlatos, deve levar em consideração às
recomendações pertinentes de cada um dos produtos
utilizados.
DESCARTE

DESCARTE
1. Classificação de resíduos A destinação de resíduos inclui a reutilização (processo de Impulsionado pelo decreto 38.356/1998, que regulamenta a
aproveitamento dos resíduos sólidos sem sua transformação lei 9.921/1993, que dispõe sobre a gestão dos resíduos
Classificação dos resíduos biológica, física ou físico-química), a reciclagem (processo sólidos no Rio Grande do Sul, o Grupo Setorial de Adesivos da
Conforme a LEI nº 12.305 de 02 de agosto de 2010, os de transformação dos resíduos sólidos que envolve a Associação Brasileira das Empresas de Componentes para
resíduos são classificados quanto a sua periculosidade da alteração de suas propriedades físicas, físico-químicas ou Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal) lançou em abril de
seguinte forma: biológicas, com vistas à transformação em insumos ou 2012 um projeto pioneiro de logística reversa, cujo objetivo é
novos produtos), a compostagem (técnica que permite a realizar o descarte correto das embalagens vazias dos
a) Resíduos perigosos: aqueles que, em razão de suas transformação de restos orgânicos em adubo), a adesivos. Participam deste projeto as empresas Artecola,
características de inflamabilidade, corrosividade, recuperação e o aproveitamento energético (utilização de Amazonas, BIQ Bertoncini, Killing e Una.
reatividade, toxicidade, patogenicidade, carcinogenicidade, resíduos em processos de queima), bem como a disposição
teratogenicidade e mutagenicidade, apresentam O projeto conta com o ponto de recebimento na cidade de
final (distribuição ordenada de rejeitos em aterros).
significativo risco à saúde pública ou à qualidade Novo Hamburgo (RS), disponibilizado e administrado pela
ambiental, de acordo com lei, regulamento ou norma A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) foi instituída Ecosystem, uma empresa licenciada pelo órgão ambiental
técnica. Por exemplo: embalagens vazias de produtos pela Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010 regulamentada local. Através deste ponto, as embalagens vazias recebidas
inflamáveis, materiais contaminados com produtos pelo Decreto Nº 7.404 de 23 de dezembro de 2010. Entre os têm a destinação correta.
corrosivos ou reativos, equipamentos de proteção individual conceitos introduzidos em nossa legislação ambiental pela
Neste caso a responsabilidade é compartilhada, o
(EPI) contaminados com óleos ou graxas; PNRS está a logística reversa.
consumidor deve efetuar a devolução da embalagem após o
b) Resíduos não perigosos: aqueles não enquadrados na A logística reversa é um instrumento de desenvolvimento uso do produto e o fabricante deve fazer a destinação
alínea “a”. Por exemplo: papel, plástico, madeira, e vidro econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, ambientalmente adequada às embalagens devolvidas.
não contaminados. procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a
Para os descumprimentos da PNRS passa a vigorar a Lei no
restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para
9.605 que dispõe sobre as sanções penais e administrativas
2. Destinação dos resíduos reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos
derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio
produtivos, ou outra destinação.
Os resíduos gerados devem receber destinação ou ambiente, e dá outras providências.
disposição ambientalmente correta de acordo com a
legislação vigente, sendo de responsabilidade do gerador.

NOTA: Gerador é o usuário final do produto.


SEGURANÇA
OPERACIONAL

OPERACIONAL
SEGURANÇA
1. Adesivos base solventes/solventes O local de armazenamento deve ser sinalizado indicando a das seguintes medidas:
em geral inflamabilidade do produto e as normas de segurança do
- Medições das concentrações dos vapores orgânicos,
local, de acordo com a NR 26.
1.1. Manuseio e armazenamento adotando-se medidas de exaustão e ventilação que levam à
Quando retirado de sua embalagem original, o produto deve redução destas concentrações;
Manuseio: É importante que o produto seja manuseado em ser armazenado em embalagens metálicas ou embalagens
local com ventilação diluidora ou exautora visando manter - Realização de exames médicos periódicos ocupacionais,
plásticas resistentes a solvente orgânicos (polietileno ou
concentração dos vapores orgânicos em níveis permitidos, conforme a NR-15;
polipropileno). Nunca utilizar embalagens de isopor ou de
utilizar os equipamentos de proteção individual e não comer papelão. - Utilização de equipamentos de proteção individual
alimentos, beber líquidos ou fumar próximo ao local de apropriados:
manipulação. 1.2. Saúde humana
. Proteção respiratória: Para ambientes que excedam os
Os limites de concentrações das substâncias químicas Produto inflamável e tóxico por natureza por conter na
limites de tolerância, recomenda-se o uso de respiradores
podem ser verificadas na NR-15. composição solventes orgânicos, seus vapores são
semifacial com filtros químicos para vapores orgânicos. Nos
depressivos ao sistema nervoso central, sendo tóxico por
É importante verificar o aterramento das máquinas e ambientes com baixas concentrações indicam-se o uso de
inalação, ingestão e contato com a pele, causando:
equipamentos visando evitar a formação de eletricidade respiradores descartáveis para vapores orgânicos.
estática durante o manuseio do produto. - Irritação da pele e mucosas pelo contato prolongado com o
. Proteção para as mãos: Recomenda-se o uso de luvas de
produto.
É indispensável treinar o trabalhador ou usuário quanto aos borracha nitrílica, polietileno ou cremes de proteção
riscos para manipulação do produto. - Irritação das vias respiratórias. adequados ao risco.

Armazenamento: O produto deve ser armazenado em local - Irritação ou queimadura das córneas. . Proteção dos olhos: Recomenda-se o uso de óculos de
seguro, ventilado e fresco, nunca exposto a sol ou chuva, segurança e instalação de lava olhos como proteção coletiva
- Quando há exposição em excesso aos vapores orgânicos
chamas, fontes de calor ou próximo de telhados e locais de para os casos de acidentes.
pode causar: Dores de cabeça, náuseas, tonturas,
trânsito de pessoas. Quando for necessário empilhamento sonolência e dermatite na pele. . Proteção da pele e do corpo: Recomenda-se o uso de
verificar a capacidade máxima das pilhas de produto para aventais ou cremes de proteção adequados ao risco e
evitar a queda que poderá provocar vazamentos e faíscas. Para eliminação ou minimização dos riscos à exposição aos
utilização de uniforme (para evitar contaminação do
Deve-se armazenar as menores quantidades possíveis para vapores provenientes do solvente orgânico é necessário o
vestuário de quem os manuseia).
minimizar os riscos de grandes incêndios ou explosões. controle e monitoramento do ambiente de trabalho através
Caso ocorra um acidente, os procedimentos de emergência e chamas, faíscas, centelhas ou outras fontes de calor e embalagens bem fechadas, em local fresco e seco; evitar
primeiros socorros são: nunca fumar no local. temperaturas elevadas.

- Para inalação: Remover para local fresco e arejado, se O produto é poluente aos recursos hídricos (rios, lagos,
necessário aplicar respiração artificial; esgotos) e não solúvel em água. Nos casos de grandes
2.2. Saúde humana
vazamentos, estancar o derrame com material absorvente
- Contato com a pele: Retirar a roupa impregnada e lavar
(serragem/areia). O produto não deve mais ser utilizado. O produto no estado sólido não oferece riscos, mas no estado
com água em abundância as partes do corpo atingidas;
Deve-se armazená-lo em embalagens metálicas e tratá-lo fundido pode causar sérias queimaduras e os vapores
- Contato com os olhos: Lavar com água em abundância conforme legislação vigente para disposição de resíduos. liberados durante a aplicação podem causar irritação
durante 15 minutos; respiratória.
1.4. Combate a incêndio
- Ingestão: Fornecer líquido e não provocar vômito; Durante a utilização do produto em equipamentos de
- Meios de extinção: A queima deste produto provoca fumaça
aplicação, em que o produto se encontra no estado fundido,
- Queimaduras: Lavar com água e proteger com pano limpo tóxica e asfixiante, embalagens fechadas quando expostas
recomenda-se o uso de óculos de proteção e luvas.
e úmido; ao fogo podem explodir. Para combater o fogo utilizar
extintores de pó químico seco, de CO2, espuma ou usar Caso ocorra um acidente, os procedimentos de emergência e
- Recomenda-se sempre consultar o médico. esguicho em forma de neblina. Nunca utilizar jato direto de primeiros socorros são:
1.3. Efeitos ambientais água.
- Queimaduras: Imergir imediatamente a área atingida em
Em caso de vazamentos e derramamentos o produto libera - Equipamentos de proteção: Para combater o fogo em locais água fria e limpa. Não tentar remover o produto, pois pode
vapores orgânicos e sua queima provoca fumaça tóxica, fechados ou contaminados com fumaça de queima, utilizar resultar em sérios danos a pele. Cobrir a área afetada com
sendo os resíduos sólidos classificados como classe I respiradores autônomos. compressas úmidas e procurar um médico. O mesmo deve
(perigoso). Para o manuseio do produto, limpeza do local e utilizar óleo mineral para auxiliar na remoção do produto.
2. Adesivos hot-melt
armazenagem dos resíduos deve-se utilizar os
- Inalação: Remover a pessoa para um local arejado e
equipamentos de proteção individual para proteção 2.1. Manuseio e armazenamento
procurar um médico se os sintomas persistirem.
respiratória, da pele e para os olhos, conforme descrito
Manuseio: Trabalhar com o produto em ambiente bem
previamente no item 1.1. - Ingestão: Se a pessoa estiver consciente e puder beber, dê
ventilado.
um copo de água ou leite. Não induzir o vômito. Procurar um
Deve-se também eliminar todas as fontes de ignição,
Armazenamento: O produto deve ser armazenado em médico imediatamente.
2.3. Efeitos ambientais Quando utilizar o adesivo em spray, usar cabine com 3.3. Efeitos ambientais
exaustão eficiente.
Em casos de derramamento o produto não oferece riscos à Evitar contaminação dos solos, esgotos, águas e
temperatura ambiente e pode ser removido com material de Armazenamento: Armazenar em embalagens bem fechadas, mananciais. Não deve ser eliminado junto a lixo doméstico.
limpeza normal (vassoura, pá, rodo). evitar temperaturas acima de 35 ºC e abaixo de 5 ºC. No entanto, em casos de derramamento ou vazamento não
se trata de um produto perigoso para o meio ambiente. Para
Deve-se evitar a contaminação dos solos, trata-se de 3.2. Saúde humana
removê-lo do meio ambiente, utilizar material absorvente
plástico de difícil decomposição orgânica.
É importante evitar o contato com os olhos e com a pele. No inerte (serragem/areia), depositar o resíduo em vasilhames
Não deve ser eliminado junto a lixo doméstico, esgotos e rios. entanto, não se trata de um produto perigoso para saúde isolados e fechados e comunicar ao corpo de bombeiros.
humana. Deve-se sempre utilizar os equipamentos de
O produto a ser descartado deve ser incinerado em planta 3.4. Combate a incêndio
proteção para os olhos, para face, para pele e o corpo.
adequada.
- Meios adequados de extinção: Extintores de pó químico,
Caso ocorra um acidente, os procedimentos de emergência e
2.4. Combate a incêndio CO2 e água.
primeiros socorros são:
- Meios adequados de extinção: Utilizar extintores de pó - Riscos de exposição: Ocorre formação de fumaça que não
- Contato com a pele: Lavar com água e sabão abundante.
químico, CO2, jatos de água para apagar o fogo. deve ser inalada.
Não deixar o produto secar na pele.
- Riscos de exposição: Ocorre formação de gases asfixiantes - Equipamentos de proteção: Proteger com máscara
- Contato com os olhos: Lavar imediatamente com água
em casos de aquecimento acima de seu ponto de fusão ou individual.
corrente durante pelo menos 15 minutos, mantendo as
incêndios.
pálpebras abertas. Em seguida, consultar imediatamente
- Equipamentos de proteção: Proteger com máscara um oftalmologista.
Agradecimento
individual.
- Inalação: Não aplicável.
Para a melhor visualização dos processos, a Cartilha de
3. Adesivos base água - Ingestão: Não induzir ao vômito. Não comer nem beber. Adesivos contou com a parceria da FIERGS – SENAI, que
3.1. Manuseio e armazenamento Buscar assistência médica imediatamente. disponibilizou as fotos ilustrativas que constam em todo
material.
Manuseio: Trabalhar com o produto em ambiente ventilado.
SINTÉTICOS DE
POLIURETANO
LAMINADOS
LAMINADOS
SINTÉTICOS DE
POLIURETANO
MATERIAL
MATERIAL ORIENTATIVO
ORIENTATIVO As
As propriedades
propriedades físico-mecânicas
físico-mecânicas sãosão determinadas
determinadas pelo
pelo utilização
utilização em em forros
forros apresenta
apresenta comocomo vantagem
vantagem um um
suporte
suporte dosdos laminados
laminados sintéticos
sintéticos ee também
também pela
pela acabamento
acabamento mais mais limpo
limpo nas
nas bordas.
bordas. As
As suas
suas propriedades
propriedades
AA reprodução
reprodução do
do todo
todo ou
ou de
de partes
partes composição
composição dasdas fibras
fibras têxteis
têxteis presentes
presentes nos
nos mesmos.
mesmos. DaDa são
são definidas
definidas pela
pela composição,
composição, gramatura
gramatura ee comprimento
comprimento
somente
somente será
será permita
permita com
com mesma
mesma forma,
forma, uma
uma estrutura
estrutura do
do tipo
tipo tela
tela de
de algodão
algodão tem
tem dos
dos fios.
fios. OO material
material de
de base
base impregna
impregna aa camada
camada têxtil.
têxtil. Sobre
Sobre
autorização
autorização por
por escrito
escrito da
da menor
menor elasticidade
elasticidade ee maleabilidade
maleabilidade emem relação
relação aa uma
uma tela
tela esta
esta éé aplicada
aplicada uma
uma camada
camada de de cobertura
cobertura que
que tem
tem aa função
função
ASSINTECAL.
ASSINTECAL. de
de poliéster,
poliéster, poliamida
poliamida ouou de
de outras
outras misturas.
misturas. de
de melhorar
melhorar oo aspecto
aspecto superficial
superficial dos
dos materiais.
materiais.

Este
Este material
material foi
foi elaborado
elaborado com
com oo objetivo
objetivo de
de orientar
orientar os
os OO elastano,
elastano, por por sua
sua vez,
vez, além
além de de aumentar
aumentar AA aplicação
aplicação dede acabamentos
acabamentos complementares,
complementares, tais
tais como
como
usuários
usuários ee fabricantes
fabricantes quanto
quanto às
às práticas
práticas adequadas
adequadas para
para aa consideravelmente
consideravelmente aa elasticidade
elasticidade dos
dos laminados
laminados sintéticos,
sintéticos, lacas,
lacas, estampas
estampas diversas
diversas ee transfer
transfer melhoram
melhoram ainda
ainda mais
mais oo
utilização
utilização de
de Laminados
Laminados Sintéticos
Sintéticos de
de Poliuretano.
Poliuretano. também
também altera
altera aa sua
sua maleabilidade.
maleabilidade. aspecto
aspecto superficial,
superficial, porém
porém cuidados
cuidados especiais
especiais são
são
necessários
necessários para
para não
não danificar
danificar estes
estes acabamentos.
acabamentos.
Entre
Entre as
as estruturas
estruturas têxteis
têxteis utilizadas
utilizadas como
como suporte,
suporte,
destacam-se:
destacam-se:
1.Definição
1.Definição
a)
a) Tela:
Tela: Estrutura
Estrutura fechada,
fechada, com
com pouca
pouca maleabilidade.
maleabilidade. Tem
Tem 3.Controle
3.Controle da
da qualidade
qualidade no
no fabricante
fabricante
as
as suas
suas propriedades
propriedades alteradas
alteradas em em função
função da
da composição,
composição,
da
da densidade
densidade dede fios
fios ee da
da gramatura
gramatura do do tecido.
tecido. Esta
Esta
Laminados
Laminados sintéticos
sintéticos são
são materiais
materiais têxteis
têxteis impregnados
impregnados estrutura
estrutura éé mais
mais comum
comum de de ser
ser utilizada
utilizada em
em materiais
materiais para
para
com
com uma
uma camada
camada de de base
base (que
(que também
também fornece
fornece oo suporte
suporte -- No
No desenvolvimento
desenvolvimento dos dos Laminados
Laminados Sintéticos
Sintéticos dede
cabedal
cabedal (parte
(parte externa
externa da
da construção
construção superior
superior do
do calçado).
calçado).
propriedades
propriedades físico-mecânicas)
físico-mecânicas) ee de de uma
uma camada
camada de de Poliuretano
Poliuretano oo fabricante
fabricante destes
destes se
se orienta
orienta pela
pela Norma
Norma ABNT
ABNT
cobertura
cobertura (no
(no mínimo).
mínimo). Alguns
Alguns laminados
laminados ainda
ainda podem
podem b)
b) Malha:
Malha: Estrutura
Estrutura variável,
variável, muito
muito maleável
maleável ee mais
mais NBR
NBR 15642:2014
15642:2014 –– Construção
Construção Superior
Superior do
do Calçado
Calçado ––
receber
receber acabamentos
acabamentos complementares
complementares para para alterar
alterar oo utilizada
utilizada em
em forros
forros ou
ou peças
peças mais
mais leves.
leves. Também
Também apresenta
apresenta Laminados
Laminados Sintéticos
Sintéticos –– Requisitos
Requisitos quanto
quanto aoao uso
uso em
em
aspecto
aspecto superficial.
superficial. alterações
alterações emem função
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composição, tipotipo de
de fios,
fios, calçados.
calçados.
gramatura
gramatura ee do do rapport
rapport (curso).
(curso). Esta
Esta estrutura
estrutura éé mais
mais
“Esta
“Esta Norma
Norma estabelece
estabelece os
os requisitos
requisitos quanto
quanto aos
aos valores
valores
comum
comum de de ser
ser utilizada
utilizada emem materiais
materiais para
para forro
forro dos
dos
máximos
máximos e/ou
e/ou mínimos
mínimos dede um
um laminado
laminado sintético
sintético para
para uso
uso
cabedais.
cabedais.
2.Características
2.Características Técnicas
Técnicas (suportes,
(suportes, em
em calçados.
calçados. Estes
Estes requisitos
requisitos são
são fornecidos
fornecidos ao
ao fabricante
fabricante
bases,
bases, coberturas,
coberturas, acabamentos
acabamentos c)
c) Não
Não Tecido:
Tecido: Não
Não possui
possui estrutura
estrutura definida
definida ee apresenta
apresenta do
do produto
produto final,
final, sem
sem que
que sofram
sofram ouou recebam
recebam qualquer
qualquer
especiais)
especiais) propriedades
propriedades variáveis
variáveis em
em toda
toda aa sua
sua extensão.
extensão. AA sua
sua interação
interação com
com outro
outro produto
produto e/ou
e/ou processo.
processo. Qualquer
Qualquer
interação
interação neles
neles deve
deve ser
ser avaliada
avaliada separadamente
separadamente pelopelo
fabricante do
fabricante do produto
produto final.”
final.” (Texto
(Texto extraído
extraído da
da Norma
Norma ABNT
ABNT 4.1
4.1 Corte
Corte (manual,
(manual, mecânico,
mecânico, em
em máquinas
máquinas automáticas,
automáticas, água
água quente
quente ee deve-se
deve-se evitar
evitar temperaturas
temperaturas de de
NBR 15642:2014
NBR 15642:2014 –– Construção
Construção Superior
Superior do
do Calçado
Calçado –– para
para cambrê):
cambrê): NoNo setor
setor de
de corte
corte éé imprescindível
imprescindível observar
observar conformação
conformação superiores
superiores aa 110
110 graus.
graus. Estas
Estas condições
condições
Laminados Sintéticos
Laminados Sintéticos –– Requisitos
Requisitos quanto
quanto ao
ao uso
uso em
em algumas
algumas condições:
condições: podem
podem provocar
provocar aa degradação
degradação dos
dos laminados
laminados sintéticos
sintéticos
calçados).
calçados). de
de poliuretano.
poliuretano.
a)
a) OO laminado
laminado sintético
sintético pode
pode ser
ser cortado
cortado em
em camadas,
camadas, desde
desde
Esta norma
Esta norma estabelece
estabelece dois
dois tipos
tipos diferentes
diferentes de
de desempenho:
desempenho: que
que observadas
observadas as
as devidas
devidas condições
condições das
das navalhas
navalhas ee dos
dos
os requisitos
os requisitos essenciais
essenciais (E) (E) ou
ou mínimos
mínimos devem
devem serser encaixes.
encaixes.
considerados. Os
considerados. Os requisitos
requisitos adicionais
adicionais devem
devem ser
ser acordados
acordados
b)
b) AA maior
maior elasticidade
elasticidade dos
dos laminados
laminados sintéticos
sintéticos está
está na
na
formalmente pelo
formalmente pelo fornecedor
fornecedor do do componente
componente ee pelopelo
direção
direção da
da largura
largura do
do rolo
rolo (salvo
(salvo algum
algum produto
produto especial
especial
fabricante do
fabricante do produto
produto final.
final.
fornecido
fornecido sob
sob demanda
demanda ao ao fabricante
fabricante do
do produto
produto final).
final).
ÉÉ importante
importante salientar
salientar que
que esta
esta norma
norma diferencia
diferencia materiais
materiais
c)
c) Para
Para encaixe
encaixe ee posicionamento
posicionamento das
das peças
peças éé recomendado
recomendado
de cabedal
de cabedal ee forros
forros conforme
conforme oo grau
grau de
de solicitação
solicitação do
do
observar
observar as
as peças
peças que
que serão
serão cortadas
cortadas ee aa sua
sua função
função no
no
calçado. Desta
calçado. Desta forma
forma as
as exigências
exigências entre
entre estes
estes ee devem
devem ser
ser
calçado
calçado (Figura
(Figura 1).
1).
considerados na
considerados na escolha
escolha dodo material
material adequado
adequado pelo
pelo
fabricante do
fabricante do produto
produto final.
final.

4.Cuidados
4.Cuidados no
no processamento
processamento dos
dos
Figura 1 - direção de maior elasticidade para corte
laminados
laminados sintéticos
sintéticos de
de poliuretano
poliuretano Fonte: Centro Tecnológico do Calçado Senai (material de apoio)

d)
d) Em
Em peças
peças queque receberão
receberão uma
uma conformação
conformação forçada
forçada
As
As informações
informações aa seguir
seguir foram
foram classificadas
classificadas pelo
pelo setor
setor de
de (cambrê
(cambrê –– Figura
Figura 2)2) éé necessário
necessário avaliar
avaliar aa localização
localização ee aa
fabricação
fabricação de
de calçados
calçados ee são
são orientativas
orientativas quanto
quanto ao
ao uso
uso função
função dada peça
peça aa ser
ser cortada,
cortada, pois
pois em
em cabedais
cabedais de de botas
botas
Figura 2 – máquina de cambrê
mais
mais adequado
adequado dos
dos laminados
laminados sintéticos
sintéticos de
de poliuretano.
poliuretano. quase
quase sempre
sempre se se faz
faz necessário
necessário inverter
inverter esta
esta direção
direção dede Fonte: www.maquinasrm.com.br
corte,
corte, ou
ou seja,
seja, aa maior
maior elasticidade
elasticidade éé na
na direção
direção do
do bico
bico ao
ao
calcanhar,
calcanhar, aoao contrário
contrário das
das demais situações. Nesta
demais situações. Nesta
operação
operação nãonão éé recomendada
recomendada aa utilização
utilização dede vapor
vapor dede
e) Tiras de sandálias têm a maior elasticidade na direção de Além disto, máquinas convencionais tendem a esquentar em CONVERSE COM O FORNECEDOR DE ADESIVO PARA A
sua largura, pois ao contrário irão se distender em demasia demasia causando transtornos no chanfrar as peças. ESCOLHA DO MAIS ADEQUADO E DAS RECOMENDAÇÕES DE
podendo prejudicar o calce dos calçados. USO.
Caso haja a necessidade de se obter acabamentos
f) Materiais com acabamento em verniz e/ou metalizado diferenciados, como um virado mais fino, algumas b) Em laminados com acabamentos especiais (como
(transfer ou similares), como são mais sensíveis, tendem a máquinas de chanfrar eletrônicas permitem que se chanfre transfer e similares) o adesivo poderá remover estes
apresentar aderência entre os filmes quando da as bordas, porém é necessário adaptar um sistema de acabamentos, principalmente se os adesivos entrarem em
sobreposição dos mesmos. Esta condição deve ser resfriamento sobre a lâmina de chanfro (por exemplo, um contato direto com estes acabamentos. Pincéis e mesas
observada no material antes da preparação dos mesmos jato de ar comprimido). O mesmo deve ser avaliado antes de limpas, além de uma aplicação segura são imprescindíveis
para o corte em camadas. se projetar e/ou executar o chanfro nestes materiais, pois nesta etapa.
eles apresentam comportamentos diferenciados em função
g) Materiais com acabamento flocado e/ou aspecto c) Quando da utilização de adesivos em meio aquoso é
da sua composição e de seus acabamentos, podendo restar
acamurçado tendem a apresentar variações de tonalidades necessário que se observe o tempo de secagem dos mesmos
fragilizados.
no mesmo rolo e/ou em diferentes rolos de um mesmo lote. antes de fazer o virado das peças.
Para evitar tais variações num calçado, sugere-se o corte de
d) Adesivos do tipo hot-melt (cola quente) apresentam
todas as peças que compõe um calçado pelo mesmo
4.3 Virado (manual, a máquina, com adesivos em meio menos riscos aos laminados sintéticos de poliuretano.
cortador. O corte em camadas deve ser avaliado previamente
solvente, água ou hot-melt): Quando da realização do Porém, os cuidados com acabamentos especiais (transfer e
pelo fabricante do produto final.
virado em peças com laminados sintéticos de Poliuretano, similares) são imprescindíveis, pois estes adesivos, como
h) Cepos gastos ou deformados tendem a acelerar o rasgo ou alguns cuidados se fazem necessários. A saber: estão em altas temperaturas (em torno de 150 graus),
provocar o descascamento dos materiais, principalmente em podem remover os acabamentos com certa facilidade.
a) Alguns tipos de adesivos, principalmente os em meio
modelos perfurados. Mantenha o cepo sempre uniformizado
solvente, podem atacar os laminados sintéticos de e) Virados manuais, quando necessários, devem observar as
e utilize-o em toda a sua superfície.
poliuretano e provocar uma reação no mesmo (mantendo a mesmas recomendações. O mesmo cuidado deve ser tomado
superfície úmida e favorecendo o descascamento). com a superfície que serve como apoio e o martelo para
Recomenda-se a utilização de adesivos com solventes leves fixação, pois podem ocorrer quebras quando os mesmos
4.2 Chanfro (quando necessário, como fazer): O chanfro
ou em meio aquoso, de uma aplicação o mínimo necessário apresentarem quinas acentuadas ou a operação de fixar com
não é recomendado em laminados sintéticos, pois remove a
para efetuar a colagem, além de observar o tempo de o martelo for feita em demasia.
camada de suporte enfraquecendo em demasia o material.
secagem dos mesmos.
4.4 Preparação (adesivos, solventes, secagem, aos laminados sintéticos de poliuretano, porém os cuidados vida útil. Portanto, a troca dos mesmos se faz necessária
aplicação): Na preparação de peças em laminados com acabamentos especiais (transfer e similares) são quando do uso prolongado dos mesmos.
sintéticos de poliuretano, especial atenção deve ser dada imprescindíveis, pois estes adesivos, como estão em altas
aos adesivos e aos produtos de limpeza utilizados nesta temperaturas (em torno de 150 graus) podem remover os
etapa. Observar que: acabamentos com certa facilidade. 4.5 Costura (linhas, agulhas, pressão do calcador sobre os
a) Alguns tipos de adesivos, principalmente os em meio e) Sempre que a aplicação do adesivo for feita em ambas as materiais, tensão da linha): Na costura de peças com
solvente, podem atacar os laminados sintéticos de superfícies, o tempo de secagem e o tipo de adesivo são dois laminados sintéticos são necessários alguns cuidados,
poliuretano e provocar uma reação no mesmo (mantendo a fatores imprescindíveis a serem observados. A colagem com como:
superfície úmida e favorecendo o descascamento). o adesivo ainda úmido ou quando aplicado em demasia a) Utilizar agulhas com pouco poder de corte. Agulhas com
Recomenda-se a utilização de adesivos com solventes leves PODEM PROVOCAR A SOLVÓLISE (hidrólise causada por ponta redonda (R – figura 3) são as mais recomendadas.
ou em meio aquoso, de uma aplicação mínima necessária solventes) nos laminados de poliuretano, principalmente se Agulhas com grande poder de corte tendem a romper o
para efetuar a colagem, além de observar o tempo de uma das superfícies bloquear a dessorção dos solventes. material e/ou enfraquecer em demasia nas partes
secagem dos mesmos. CONVERSE COM O FORNECEDOR DE Este mesmo problema é agravado com alguns tipos de costuradas.
ADESIVO PARA A ESCOLHA DO MAIS ADEQUADO E DAS adesivos devido aos solventes neles presentes e que reagem
RECOMENDAÇÕES DE USO. diretamente com os laminados sintéticos de poliuretano.

b) Em laminados com acabamentos especiais (como f) Para que se obtenham bordas mais limpas após o recorte
transfer e similares) o adesivo poderá remover estes de forros, recomenda-se a escolha de um suporte de não
acabamentos, principalmente se os adesivos entrarem em tecido, pois o mesmo favorece um acabamento mais limpo.
contato direto com estes acabamentos. Pincéis e mesas
g) Em caso de perfuros, recomenda-se a utilização de cepos
limpas, além de uma aplicação segura, são imprescindíveis
bem aplainados para evitar o início de rasgos nos materiais.
nesta etapa.
h) Perfuros em tiras de sandálias devem ser feitos
c) Quando da utilização de adesivos em meio aquoso é
preferencialmente em equipamentos especiais, sem
necessário que se observe o tempo de secagem dos mesmos Figura 3 – ponta de agulha
vazador. Fonte: www.grozbecker.com
antes de fazer a preparação das peças.
i) Vazadores e outros tipos de perfuradores têm tempo de
d) Adesivos hot-melt (cola quente) apresentam menos riscos
b) Recomendam-se costuras com até 3,5 pontos por f) Observar a relação entre o diâmetro da agulha e da linha, de conformação. Neste caso, a colocação destes no setor de
centímetro (figura 4), pois costuras com mais pontos tendem pois agulhas com diâmetro muito grande tendem a repuxar preparação e costura, com o auxílio de uma chapa quente ou
a enfraquecer o material. Em alguns casos, dependendo do a costura e expor excessivamente a camada de base (o máquina de pré-conformar é o mais recomendado.
modelo de calçado, do material, da linha de costura e do problema é mais visível em bases claras e acabamentos
Importante: nem todos os tipos de contrafortes permitem
diâmetro da agulha (além da ponta) podem ser costurados escuros).
tal situação. Consulte o fabricante/fornecedor dos
com até quatro pontos por centímetro. Porém, esta situação
g) As agulhas de costura têm um tempo de vida útil que mesmos para a utilização do mais adequado.
deve ser avaliada antecipadamente durante a execução do
deverá ser respeitado. Mesmo utilizando-se originalmente
projeto do produto.
uma com ponta adequada (Redonda – ponta R), a mesma
sofre desgaste e pode vir a danificar os materiais
costurados.
Figura 4 – medida de 3,5
pontos por centímetro

4.6 Conformação/fixação de contrafortes e couraças


(temperaturas, matriz): Em relação à conformação e as
c) As linhas de poliéster são mais adequadas que as linhas temperaturas utilizadas nesta operação, é necessário
de poliamida (nylon), pois como possuem menos memória observar algumas situações e recomendações. A saber:
não repuxam tanto a costura e mantêm a mesma visível e
a) Quando se fizer necessária a conformação (figura 5), opte
uniforme.
por contrafortes e couraças que necessitem de uma
d) Evitar o uso de grandes tensões na linha, tanto na temperatura menor para a sua adequada fixação. São
superior quanto na inferior, pois tensões excessivas tendem recomendadas temperaturas de até 100 graus e no máximo Figura 5 – máquina de conformar contraforte
Fonte: www.morbach.com.br
a repuxar a costura e enfraquecer o material. por 5 segundos. Temperaturas excessivas tendem a
danificar o laminado sintético de poliuretano e remover o seu
e) A pressão do calcador sobre as superfícies de laminados c) A matriz de conformação deve ser compatível com o
acabamento, principalmente quando o mesmo possuir um
sintéticos deve ser ajustada antes de se costurar as peças. formato da fôrma, caso contrário podem ocorrer esforços
transfer ou similar.
Pressão excessiva tende a marcar o material na região de desnecessários.
costura, aumentado nas sobreposições. b) Opte pela utilização de contrafortes que não necessitem
d) Observar o tamanho máximo das couraças, pois caso altas temperaturas antes, durante ou após a montagem dos temperatura adequada, pois temperaturas muito elevadas
invadam a região de flexão tendem a enfraquecer/romper o calçados. A combinação entre ambos pode provocar a podem danificar e/ou alterar o acabamento dos laminados
acabamento nesta região. hidrólise nos laminados sintéticos de poliuretano sintéticos de poliuretano.
provocando sua degradação.
e) Observar o tamanho mínimo dos contrafortes, f) No processo de colagem entre o cabedal ao solado, sempre
principalmente em relação à altura e tamanho do salto, pois b) O ferramental utilizado na máquina de montar bico deve que se utilizarem materiais com acabamentos especiais,
contrafortes muito pequenos tendem a deformar o calçado, ser adequado ao calçado, aos materiais e à fôrma do recomenda-se a remoção da camada de cobertura dos
além de prejudicar o calce e o visual dos calçados. calçado. Eventuais distorções nos mesmos podem provocar laminados sintéticos de poliuretano com lixas gastas ou
esforços desnecessários aos materiais e danificar os viradas, rolos abrasivos ou similares. Esta medida reforça a
f) Recomenda-se chanfrar os contrafortes e as couraças em
mesmos. Temperaturas muito elevadas (em “tesouras” e nos fixação dos cabedais aos solados e garante uma colagem
suas bordas, pois caso contrário, a probabilidade de
adesivos hot-melt) também podem danificar o material. mais segura.
marcarem o calçado é muito grande (ou até machucarem o
pé no uso). c) Máquinas de rebater devem ter a sua regulagem de
pressão e temperaturas, além de matriz, adequadas e bem
Importante: Dependendo do suporte do contraforte ou 4.8 Acabamento (temperaturas, produtos): Alguns tipos de
ajustadas. Caso contrário o esforço mecânico poderá causar
couraça, os mesmos podem oferecer maior resistência à laminados sintéticos são facilmente atacados por produtos
danos aos materiais e aos calçados.
conformação ou até mesmo provocar rugas nos calçados. de acabamento em meio solvente. Caso necessário
Esta possibilidade deve ser avaliada durante o d) Os adesivos em meio solvente utilizados em calçados acabamento, utilize sempre produtos em meio aquoso.
desenvolvimento do produto. devem ser utilizados de forma adequada e moderada, pois Também é recomendado:
os solventes presentes nos mesmos podem atacar os
laminados sintéticos de poliuretano, causando a) Um especial cuidado ao manusear laminados sintéticos
descascamentos, troca de cor e até acelerar a degradação de poliuretano que tenham acabamento do tipo transfer,
4.7 Montagem (adesivos, temperaturas, sistemas de
dos mesmos. pois o mesmo oferece menor resistência ao atrito e a
rebater): No setor de montagem diversos esforços
produtos químicos.
mecânicos, além de calor, diversos produtos auxiliares CONVERSE COM O FORNECEDOR DE ADESIVO PARA A
podem interferir na qualidade dos materiais e/ou do ESCOLHA DO MAIS ADEQUADO E DAS RECOMENDAÇÕES DE b) Altas temperaturas utilizadas no acabamento de calçados
laminado sintético em processo. A observar: USO. podem afetar a fixação dos acabamentos dos laminados
sintéticos de poliuretano. Recomenda-se avaliar esta
a) Não é recomendada a utilização de estufas com vapor e) Na reativação de adesivos, deve-se observar a interação antes da produção dos calçados ou outros produtos.
para amaciar a couraça e/ou o contraforte, e nem o uso de
4.9 Forração de palmilhas e solas (adesivos, 4.10 Armazenagem (formas, local, ventilação): mercado, com comportamento bastante diferenciado em
temperaturas): A forração de palmilhas, solas, entressolas, Recomendam-se alguns cuidados na armazenagem dos relação aos laminados sintéticos de poliuretano. Em alguns
meias-patas tem se tornado cada vez mais freqüentes. laminados sintéticos de poliuretano com a finalidade de casos, o efeito dos mesmos tem se mostrado bastante
Alguns cuidados são necessários: manter o material com as características iniciais e para prejudicial, principalmente quando aplicado em ambas
diminuir a probabilidade de degradação por hidrólise. São superfícies, não ocorre a total evaporação do solvente antes
a) Aplicar adesivo de forma moderada e observar seu tempo eles: da colagem e uma das superfícies bloqueia a evaporação
de secagem. Adesivos em meio solvente tem a maior destes solventes.
probabilidade de atacar laminados sintéticos de a) Não armazenar o material diretamente no piso, pois a
poliuretano, principalmente quando a situação acima não umidade nele presente pode provocar a hidrólise. CONVERSE COM O FORNECEDOR DE ADESIVO PARA A
for observada. ESCOLHA DO MAIS ADEQUADO E DAS RECOMENDAÇÕES DE
b) Escolher locais arejados, com pouca umidade e
USO.
CONVERSE COM O FORNECEDOR DE ADESIVO PARA A temperaturas, sempre que possível, abaixo dos 30 graus.
ESCOLHA DO MAIS ADEQUADO E DAS RECOMENDAÇÕES DE b) Normalmente adesivos com menor tempo de secagem são
c) Evitar estocar o material muito próximo da parte superior
USO. mais voláteis, e dependendo da mistura de solventes podem
do prédio, quando este possuir telhado de zinco (ou material
ser mais propícios a degradarem os laminados sintéticos de
b) Na forração de palmilhas, solas e assemelhados com similar) e estiver situado em região muito quente e úmida.
poliuretano.
laminados sintéticos de poliuretano, mediante aplicação de
d) Não armazenar os laminados sintéticos de poliuretano por
adesivos numa ou em ambas as superfícies, as altas c) Testes de laboratório realizados revelaram estas
muitos anos, em sacos plásticos escuros, locais quentes e
temperaturas utilizadas para a reativação dos adesivos, alterações de comportamento e sugerem que se avaliem os
úmidos, pois poderá provocar sua degradação.
acima do recomendado pelos fornecedores, pode provocar calçados na fase de projeto, diante da possibilidade destes
danos irreversíveis nos materiais, principalmente nos sofrerem SOLVÓLISE (degradação por solventes).
laminados.
5.Interação laminados com outros d) Estes fatores são provocados pelos solventes presentes
Importante: Quando da aplicação de adesivos em na formulação do adesivo e que, em alguns casos, são muito
materiais
máquinas com rolos é imprescindível observar a similares aos utilizados para a diluição do polímero para a
quantidade aplicada e o tempo de secagem. 5.1 Adesivos (caracterização, tipos, aplicação, tempo de obtenção da camada de cobertura dos laminados sintéticos
secagem e aprisionamento): de poliuretano.

a) Há uma grande variedade de adesivos disponíveis no


e) Com os adesivos em meio aquoso ocorre algo semelhante baixas temperaturas, sempre abaixo de 100 graus. 5.4 Hidrólise (definição, como e quando ocorre):
quando não observada a total secagem do mesmo. Ou seja,
c) A aplicação dos contrafortes no setor de costura a) Hidrólise é um termo aplicado a reações orgânicas e
a água presente no interior dos calçados com laminados
(pré-conformação) é uma alternativa que deve ser avaliada inorgânicas em que a água efetua uma dupla troca com
sintéticos de poliuretano forma um ambiente úmido,
pelos fabricantes de calçados, pois ataca menos os outro composto. O termo também significa decomposição
favorecendo a hidrólise.
laminados sintéticos de poliuretano. pela água, mas são raros os casos em que a água, por si
f) Sempre que possível orienta-se para que o fabricante do mesma, sem outra ajuda, pode realizar uma hidrólise
d) Não é recomendada a aplicação de adesivo nos
produto final avalie junto ao fornecedor de adesivos a completa. Neste caso, é necessário operar a temperaturas e
contrafortes e couraças, pois pode danificar os contrafortes
utilização de adesivos do tipo hot-melt (cola quente). pressões elevadas. Para que a reação seja rápida e completa
e couraças e ainda provocar danos nos materiais de cabedal
é sempre indispensável um agente acelerador, qualquer que
Importante: sugere-se que quando da utilização de e forro.
seja o mecanismo da reação.
adesivos em meio solvente do tipo “spray” (aplicados
com pistola) e do tipo “esparadrapo” (aplicados com b) Como já mencionado, as altas temperaturas, prensagens
pincel) sejam previamente avaliados entre o fabricante de 5.3 Forros (caracterização): com tempos e pressões elevadas, além de ambientes
calçados e o fornecedor de adesivos. úmidos, combinadas entre si, oferecem as condições
a) A indústria de calçados e acessórios utiliza diferentes propícias para que ocorra esta reação.
materiais para forros. Materiais como laminados sintéticos
de PVC e couros com grande cobertura tendem a bloquear a
5.2.Contrafortes e couraças (especiais para laminados
evaporação dos solventes.
sintéticos, conformação e aplicação de adesivo): 5.5 Solvólise (definição, como e quando ocorre):
b) Calçados onde o forro oferece condições de livre
a) Existem contrafortes específicos que não necessitam de a) A solvólise é definida como uma reação entre solventes e
evaporação dos solventes são os mais indicados para serem
conformação a quente, pois adquirem o formato da forma outros materiais.
utilizados junto aos laminados sintéticos de poliuretano.
quando da montagem do mesmo. Avalie esta possibilidade,
Mesmo assim, é recomendado observar a total evaporação b) Os polímeros presentes na base e na cobertura de
pois os custos de produção podem ser reduzidos
destes solventes, principalmente em sobreposições de peças laminados sintéticos de poliuretano são diluídos em
consideravelmente nesta etapa.
na preparação. solventes antes da sua aplicação para a formação destes
b) Caso opte pela utilização de contrafortes a serem materiais. Alguns solventes, presentes nas mais diferentes
conformados com calor, observe o tempo máximo para etapas do processo de fabricação de calçados e acessórios
prensagem indicado pelo fornecedor e que necessitam de podem vir a atacar estes laminados.
c) Sempre
c) Sempre
que umque solvente
um solvente
ficar aprisionado
ficar aprisionado
entre asentre as diversasa) Hidrólise:
diversas a) Hidrólise:
causada causada
pela interação
pela interação
calor e calor
umidade e umidade
presentepresentesuperfícies
superfícies dos cabedais,
dos cabedais, principalmente
principalmente em calçados
em calçados de de
camadas camadas
de um de produto
um produto
e não evaporar
e não evaporar
ao natural,
ao natural,
tende atende nasa diversas
nas diversas etapas,etapas,desde desdea armazenagem
a armazenagem da damoda, moda, onde oonde o acabamento
acabamento dos materiais
dos materiais é muito é muito
mais mais
forçar aforçar
evaporação
a evaporação
por entre
porosentre
materiais.
os materiais.
Neste caso,
Nesteocorrerá
caso, ocorrerámatéria-prima,
matéria-prima,
processamento
processamentopela indústria,
pela indústria,
disposição
disposiçãodecorativodecorativo
do que do
de que de resistência.
resistência.
a agressão
a agressão
a algunsa alguns
tipos detipos
materiais,
de materiais,
como oscomolaminados
os laminadosfinal pelofinal
lojista
pelo elojista
formae deforma
guardá-lo
de guardá-lo
pelo consumidor
pelo consumidor
final. final.
f) Rugas:
f) Rugas: muito comum
muito comum em botas,
em botas, causada causada por problemas
por problemas de de
sintéticos
sintéticos
de poliuretano.
de poliuretano.
b) Solvólise:
b) Solvólise:
causado causado
pela interação
pela interação
de solventes
de solventes
presentespresentesmodelagemmodelagem
ou aindaou ainda
por nãoporobservar
não observar adequadamente
adequadamente a a
em diversos
em diversos
produtos,produtos,
principalmente
principalmente
em adesivos
em adesivos
com comdireçãodireçãode cortedepara
cortecambrê.
para cambrê.
laminadoslaminados
sintéticos
sintéticos
de poliuretano.
de poliuretano.
Causado Causado
principalmente
principalmente
6.Controle
6.Controle da qualidade
da qualidade na indústria
na indústria em materiais em materiais
onde o solvente
onde o solvente
do adesivo
do adesivo
fica aprisionado
fica aprisionado
e um e um
g) Marcas
g) Marcas de contraforte
de contraforte ou couraça:
ou couraça: causada causada
pela nãopela não
chanfração
chanfração das bordas
das bordas destes destes materiais.
materiais. A correta
A correta chanfração
chanfração
dos materiais
dos materiais
bloqueia bloqueia
a livre dessorção
a livre dessorção
dos mesmos.
dos mesmos.
impedeimpede que
que este este problema
problema interfirainterfira nos materiais
nos materiais de cabedal.
de cabedal.
c) Descascamento
c) Descascamento do acabamento:
do acabamento:
situação situação
mais complexa,
mais complexa,
O controle
O controle
da qualidade
da qualidade
dos processos
dos processos
que interferem
que interferem h) Marcas
h) Marcas de dedo:de situação
dedo: situação mais comum
mais comum em acabamentos
em acabamentos
que pode queestar
poderelacionada
estar relacionada
com diversos
com diversos
fatores,fatores,
tais como
taisocomo o
diretamente
diretamente
nas matérias-primas
nas matérias-primas
é uma necessidade
é uma necessidade
que deve que deve do tipodoverniz.
tipo verniz.
Pode ser Pode ser removido
removido com o com o polimento,
polimento, com o com o
calor excessivo,
calor excessivo,
vazadores/perfuradores/facas
vazadores/perfuradores/facas com rebarbas,
com rebarbas,
ser avaliada
ser avaliada
pelas indústrias
pelas indústrias
que produzem
que produzem
com laminados
com laminados auxílio auxílio
de umadesimples
uma simples
flanelaflanela de algodão,
de algodão, ou comoua commesmaa mesma
cepos gastos,
cepos gastos,
agulhaagulha
rombuda rombuda
ou comoualto compoderalto de
poder
corte,
de corte,
sintéticos
sintéticos
de poliuretano.
de poliuretano. impregnada
impregnada levemente
levemente com a com a utilização
utilização de cremes
de cremes incolores
incolores
couraçacouraça
muito grande,
muito grande,
calcador calcador
muito abaixado,
muito abaixado,
aplicaçãoaplicação
de de
(wax), (wax),
de umdelimpa-vidros
um limpa-vidrosou ainda ou ainda
de massade massade polirde polir
Adesivos,
Adesivos,
prensas,prensas,
couraças,
couraças,
contrafortes,
contrafortes,
costuras,
costuras,
linhas, linhas,adesivoadesivo
sobre osobreacabamento,
o acabamento,aplicaçãoaplicação
de adesivos
de adesivos
nos nos
automóveis
automóveis (a mais(afina).
maisEsta
fina).alternativa
Esta alternativa
deve ser deve ser avaliada
avaliada
agulhas,agulhas,
solventes,
solventes,
produtosprodutos
de acabamento,
de acabamento,
entre outros,
entre outros,contrafortes
contrafortes
e couraças,
e couraças,
entre outros.
entre outros.
Também Também
pode ser pode ser
caso a caso
caso,apara
caso,evitar
paramaiores
evitar maiores danos
danos aos aos materiais.
materiais.
podem podem
alterar alterar
profundamente
profundamente
estas propriedades
estas propriedades
e, desta e, destacausado causado
devido devido
à utilização
à utilização
de vapor dede
vapor
águadequente
água quente
antes daantes da
forma, forma,
são necessários
são necessários
testes para
testesverificar
para verificar
esta interação
esta interação
e e
montagem montagem
dos calçados.
dos calçados. i) Acalcanhamento
i) Acalcanhamento do contraforte:
do contraforte: situaçãosituação muito comum
muito comum e e
tomar astomar
medidas
as medidas
necessárias
necessárias
para evitar
paraproblemas
evitar problemas
futuros.futuros. devido devido à utilização
à utilização de componentes
de componentes de baixadequalidade
baixa qualidade
e/ou dae/ou da
d) Rasgamento
d) Rasgamentona costura:
na costura:
situaçãosituação
diretamente
diretamente
ligada ligada
ao ao
nãodos
não dobra dobra dos mesmos
mesmos na regiãona de
região de montagem.
montagem. QuandoQuando
ocorre ocorre
númeronúmero
de pontosde pontos
de costura
de costura
por centímetros,
por centímetros,
às agulhasàs agulhas
com com
na bordana superior
borda superior poderelacionado
pode estar estar relacionado
com a com a utilização
utilização de de
alto poder
alto cortante
poder cortante
ou rombuda,
ou rombuda,
às linhasàs linhas
de costurade costura
muito muito
6.1 Principais
6.1 Principais
problemas:
problemas:
As situações
As situações
descritas
descritas
a seguir a seguir adesivoadesivo
em meioemsolvente
meio solvente nos mesmos.
nos mesmos.
elásticas,
elásticas,
tensão tensão
muito grande
muito grande
entre aentre
linhaainferior
linha inferior
e superior
e superior
levam levam
em consideração
em consideração
que osque materiais
os materiais
utilizados
utilizados
foram foram
da máquina
da máquina
de costura,
de costura,
à má formação
à má formação
do ponto, do entre
ponto,outros.
entre outros.
aprovados
aprovados
nos ensaios
nos ensaios
de controle
de controle
da qualidade
da qualidade
realizados
realizados
pelo pelo
fabricante
fabricante
do material
do material
ou por outerceiros
por terceiros
contratados
contratados
para estepara estee) Descolagem
e) Descolagem do solado:
do solado:
fora a fora
utilização
a utilização
de adesivos
de adesivos
fim. fim. inadequados,
inadequados,
pode estar
poderelacionada
estar relacionada
à má preparação
à má preparação
de de
j) Sumiço do acabamento: alguns acabamentos especiais
necessitam que a couraça também tenha a função de limitar
a elasticidade do material de cabedal para preservar
detalhes que destacam o mesmo. O problema também pode
estar relacionado com o processo de dublagem do material
quando da utilização de temperaturas e/ou pressão
excessiva para a fixação da mesma.

k) Manchas escuras na região do contraforte e couraça:


causados normalmente devido à utilização de altas
temperaturas para a sua fixação. Em acabamentos com
transfer este tipo de efeito é facilmente visualizado, pois
delimita bem a região onde estes estão fixados.

6.2 Como avaliar: A avaliação dos processos deve ser feita


em laboratório de controle da qualidade próprio ou idôneo
com a utilização das normas adequadas (ABNT NBR). Esta
avaliação deve ser feita sempre na etapa de projeto para a
definição dos materiais e processos mais adequados.
Recomenda-se ainda que se avalie também durante a
fabricação regular dos produtos, pois alterações acontecem
a todo o momento e podem alterar drasticamente os
produtos originalmente projetados.
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