Sabe quando nos pegamos a pensar em uma compreensão do existir? Qual o
objetivo, porque existimos, porquê sofremos, porquê precisamos disso? É um momento de reflexão tão individual e tão natural que às vezes nos afeta de formas inexplicáveis, tentar entender isto nos leva a uma grande e vasta infinitude de explicações. Existem interpretações adversas correlatas a existência humana, diversos grandes estudiosos trouxeram compreensões para nos direcionar a um mundo de dúvidas e implicações que poderiam atenuar ou confundir nossos entendimentos, por exemplo; Benjamin Disraeli. “Nascemos para amar. O amor é o princípio da existência e o seu único fim.” Mas será mesmo que amar seja o único fim? Não sei, vamos pensar juntos? Amar faz parte do existir, mas a vida se resume a isso apenas? Falar isso é entender que a vida também só é dor, mágoas, lutos, sofrimento, porquê o amor também doe, e não é pouco, e pode nos levar a grandes transtornos, nós nascemos com a disposição nata a amar, amamos desde quando estamos no ventre das nossas mães, já aprendemos a amar nossos pais, a sentir as diversas emoções e sentimentos que existem, eles estão ali, talvez por isso essa ligação tão forte com o amor, e desde cedo já entendemos que estar sozinho é difícil. Esse amor que Disraeli traz não diz só sobre o outro, mas pode dizer sobre nós mesmos, sobre como amamos as coisas e as pessoas, no final, entendemos que nossa historicidade se baseia fortemente no amor, amor pelo trabalho, amor pela família, pelos amigos, pelas pessoas, pelas coisas, pelo mundo, e por nós mesmos, fazer o que gosta e o que não gosta, ou melhor fazer como amor ou sem amor. O amor é a dose que movimenta nossa existência, nos faz sofrer, mas depois nos faz levantar, pôr o ressignificarmos, nos coloca em situações difíceis, mas depois nos faz entender que precisávamos passar por elas e extrair o melhor. Já o Fiódor Dostoiévski “O segredo da existência humana reside não só em viver, mas também em saber para que se vive.”, esse contexto que ele trouxe nos toca no sentido de buscar mesmo compreensões sobre nós mesmos, como vou tecer embasamentos sobre mim, como vou experienciar minha vida, talvez o não se permitir possa ser o nosso maior erro, estamos falando de vida, de sentido, de autencidade, de debruçar-se mesmo para as experiências de vida, mesmo que sejam ruins, porquê elas nos tocam e nos ensinam genuinamente, esse tomar consciência do que vivemos e buscar sentido para nossa trajetória. O François Guizot “Viver é fazer; para quem não faz nada da sua existência, a existência é nada”, uma frase forte, mas cheia de sentido, a importância de ressignificar nossa existência, de buscar sentidos para aquele sofrimento, aquela dor latente, aquele luto por percas, aquele sentimento que nos sufoca e nos faz perder as esperanças, ele existe, sim! Mas precisa de atenção e ressignificação, tudo na vida acontece para nos dar oportunidades de refletir sobre isso e direcionar um novo olhar para nossas experiências. Falar sobre sentido, sobre existência é mergulhar em um universo de explicações e teorias, e além disso nossas interpretações próprias, contemplar completamente isso é algo impossível, mas direcionar um olhar amplo não é difícil, trazer para um simples ocorrido um novo olhar, se permitir pensar mesmo, refletir, é algo que as pessoas muitas vezes deixam de fazer, porquê vão perdendo o gosto de viver, a alegria e a paciência, problematize mesmo se for necessário, reflita 100x, mas pense! Pois o pensamento leva a reflexão, e um mundo sem reflexão, é um mundo vazio, sem cor.