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Lucas é o maior livro do Novo Testamento e o mais completo dos Evangelhos. Aborda,
com eloquência singular, a concepção, o nascimento, o batismo, o ministério, os
ensinos, os milagres, a morte, a ressurreição e a ascensão de Jesus. Enfatiza a pessoa
de Jesus como o Homem perfeito, sem deixar de dar igual ênfase à sua divindade.
Proclama a mensagem da graça aos desassistidos de esperança e anuncia a
universalidade da salvação pela graça a todas as nações. Lucas é um reservatório
inesgotável, onde você encontrará plena alegria e completa redenção em Jesus, o
Messias, o Filho do homem, o Filho de Deus!
INTRODUÇÃO
1. A cruz de Cristo é a mais eloquente expressão do amor de Deus por você
• Deus ama você. Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo
morrido por nós, sendo nós ainda pecadores.
• Você é tão especial para Deus, que ele amou você de tal maneira que deu tudo, deu
a si mesmo, deu o seu único Filho.
“O apóstolo Paulo, o maior pregador do cristianismo, disse que pregava a Cristo, e este
crucificado. Disse que se gloriava na cruz. Foi na cruz que Jesus redimiu-nos. Foi na cruz
que ele esmagou a cabeça da serpente. Foi na cruz que ele satisfez a justiça de Deus e
demonstrou-nos seu mais eloquente amor”.
Lucas 23.26-38
Lucas 23.26 – Alexandre, o cireneu - Era pai de Alexandre e Rufo (Marcos 15:21) e levou
a cruz por ordem dos soldados romanos (Mateus 27:32) até o lugar chamado
"Gólgota" (Mateus 27:33 e Marcos 15:22) que hoje muitos chamam de "Calvário". De
acordo com os evangelistas Marcos e Lucas, Simão era oriundo de Cirene, nome de
uma região do Norte de África que hoje se situa na Líbia; um erro comum de quem
relata sobre esse personagem é pensar que se tratava de um nome, pois não era
sobrenome do mesmo, mas o local de sua origem. Estes dois evangelistas afirmam que
Simão "passava, vindo do campo" (Marcos 15:21; Lucas 23:26), o que pode significar
que ele vinha naquele instante diretamente de Cirene para a celebração da Páscoa
judaica (em Cirene existia uma importante comunidade judaica) ou talvez vinha da
área rural de Jerusalém (Atos 2:10).
O Evangelho de Marcos refere que Simão era pai de Alexandre e Rufo, o que pode
indicar que era o progenitor de dois convertidos ao cristianismo conhecidos pelos
leitores na altura em que este evangelho foi escrito. Segundo a Bíblia, em Romanos
16:13, o Apóstolo Paulo cita um certo Rufo e sua mãe.
Lucas 23.29, 30 - João Calvino - Pois eis que os dias virão. Ele ameaça que uma
calamidade que não é usual, mas temerosa e inédita, esteja próxima, na qual será
percebida, de relance, a vingança de Deus. Como se ele tivesse dito, que esta nação
não será levada por um tipo único ou comum de destruição, mas que perecerá sob
uma massa de numerosas e grandes calamidades, de modo que seria muito mais
desejável que montanhas devem cair sobre eles, e esmagá-los, ou que a terra se abra e
os engula. Cristo ensinou com essas palavras que os judeus finalmente sentiriam que
haviam feito guerra, não com um homem mortal, mas Com Deus. Assim os inimigos de
Deus colherão a justa recompensa de sua ira ímpia.
Lucas 23.31 - "Se eles fizerem isso comigo, que é sempre frutífero e próspero, e que
vivo para sempre por causa de minha divindade (Cristo - lenho verde – Tronco de uma
árvore vívida. Madeiro nutrido), o que farão a vocês que estão infrutíferos e
desprovidos de toda retidão ativa (Nós – lenho seco – sem vividez, sem seiva ou
nutrição)?
Lucas 23.32 - A cruz do centro - a salvação; A cruz da esquerda - a rejeição; A cruz da
direita - a aceitação. Hernandes Dias Lopes.
A crucificação foi praticada desde o sexto século a.C. até por volta do quarto século
d.C., quando foi abolida por ordem de Constantino I em 337 d.C.. Os fenícios e os
gregos costumavam utilizar esse tipo de morte para punição política e militar. Os
persas e os cartagineses a utilizavam para punir altos oficiais, comandantes e líderes
rebeldes. Os romanos usavam a cruz para punir classes inferiores (escravos, criminosos
violentos e possíveis guerrilheiros de províncias rebeldes). E foram os romanos que se
especializaram nesse tipo de tortura física e mental.
Geralmente, a vítima era crucificada nua e não tinha o direito de ser sepultada
dignamente. O corpo dela era deixado para os animais comerem ou era jogado no lixo
público, onde se decompunha junto de excrementos e restos de lixo urbano.
Cícero, um dos maiores juristas do Senado, e que viveu nos dias de Julio César,
chamava a crucifixão de ‘summum supplicium e crudelissimum supplicium’, que
traduzido seria ‘a mais extrema, mais cruel e angustiosa forma de punição’
Flávio Josefo, um escritor judeu, também menciona a crucifixão, dizendo que ela era a
“mais desgraçada de todas as mortes”.
Quando a vítima chegasse ao local da crucificação, ela seria despida para envergonhá-
la ainda mais. Então ela seria forçada a esticar os braços na trave, onde seriam
pregados. Os pregos eram martelados nos pulsos, não nas palmas das mãos, para que
não as saíssem rasgando. (Nos tempos antigos, o pulso era considerado parte da mão.)
A colocação dos pregos nos pulsos também causava dor insuportável, pois esses
pregos pressionavam grandes nervos que corriam para as mãos. A viga seria então
içada e presa a uma peça vertical que normalmente permanecia erguida entre as
crucificações.
Uma vez que a vítima fosse presa à cruz, todo o seu peso era suportado por três
pregos, o que causaria dor na parte superior do corpo. Os braços da vítima eram
esticados de forma a causar cãibras e paralisia nos músculos do peito, impossibilitando
a respiração, a menos que parte do peso fosse suportada pelos pés. Para respirar, a
vítima tinha que levantar a parte de cima do corpo com os pés. Além de suportar dores
excruciantes causadas pelo prego nos pés, as costas feridas da vítima se esfregavam
contra o feixe vertical da cruz.
Depois de respirar e a fim de aliviar um pouco a dor nos pés, a vítima começava a cair
de novo. Essa ação dava mais peso aos pulsos e novamente esfregava as suas costas
cruas na cruz. No entanto, a vítima não conseguia respirar nessa posição rebaixada;
logo, o processo torturante recomeçaria. Para respirar e aliviar parte da dor causada
pelos pregos do pulso, a vítima precisaria colocar mais peso no prego dos pés e se
empurrar para cima. Então, para aliviar parte da dor causada pelo prego do pé, ela
teria que colocar mais peso nos pregos em seus pulsos e se rebaixar. Em qualquer
posição, a tortura era intensa.
Lucas 23.34
v.34b– Lançaram sortes – Havia uma Lei romana que permitia que os soldados
ficassem com os pertences do condenado. João 19.23,24 - Tendo crucificado Jesus, os
soldados tomaram as roupas dele e as dividiram em quatro partes, uma para cada um
deles, restando a túnica. Esta, porém, era sem costura, tecida numa única peça, de alto
a baixo. "Não a rasguemos", disseram uns aos outros. "Vamos decidir por sorteio quem
ficará com ela." Isso aconteceu para que se cumprisse a Escritura que diz: "Dividiram as
minhas roupas entre si,e tiraram sortes
pelas minhas vestes".
Lucas 23.35-37 – v.37 - Comentário de Adam Clarke, teólogo metodista e erudito
bíblico britânico. A inscrição foi escrita em todas essas línguas, que eram as mais
comuns, para que todos pudessem ver a razão pela qual ele foi morto. A inscrição foi
escrita em grego, por conta dos judeus helenísticos, que estavam em Jerusalém por
causa da Páscoa; estava escrito em latim, sendo essa a língua do governo sob o qual
ele foi crucificado; e estava escrito em hebraico, sendo essa a língua do lugar em que
esse ato de trevas foi cometido. Mas, pela boa providência de Deus, a própria inscrição
o exulpou e provou que os judeus eram rebeldes contra e assassinos de seu rei. Não é
de se admirar que eles desejassem que Pilatos alterasse essa inscrição, João 19:21 ,
pois era um registro de sua infâmia.
As ações do Povo
a) Contusão = É uma ferida produzida por um instrumento grosso e cego. Esta ferida
resultaria de um golpe com vara, como profetizado em Miquéias 5:1: “Ferirão com
vara a face ao juiz de Israel” e Mt 26:67: “O esbofetearam” e Jo 18:22: “Um dos
guardas deu uma bofetada em Jesus”.
b) Laceração = É um ferimento produzido por um instrumento que rasga. O chicote
romano era uma tira de couro com várias extremidades, cada uma com uma ponteira
de metal. “Pilatos tomou a Jesus e mandou açoitá-lo”. Seu corpo foi todo lacerado. Sua
carne foi rasgada.
c) Penetração = Trata-se de um ferimento profundo causado por um instrumento
pontiagudo. Esse ferimento foi causado pela coroa de espinhos que fez sangrar sua
cabeça (Jo 19:2). “tomaram o caniço e davam-lhe com ele na cabeça” (Mt 27:30).
d) Perfuração = Perfurar vem do latim “passar através de”. As mãos e os pés de Jesus
foram traspassados. Os cravos de ferro eram cravados entre os ossos seprando-os sem
quebrá-los.
e) Incisão = É um corte produzido por um instrumento pontiagudo e cortante. “Um dos
soldados lhe abriu o lado com uma lança e logo saiu sangue e água” (Jo 19:34).