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1º Ética Social Trabalho Feito
1º Ética Social Trabalho Feito
Tema:
Análise da ética social na sociedade Moçambicana para a consolidação do bem comum a partir
da visão da Crista
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Introdução Descrição dos
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objectivos
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ao objecto do trabalho
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do discurso académico
Conteúdo (expressão escrita 2.0
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
discussão Revisão bibliográfica
nacional e internacional
2.0
relevante na área de
estudo
Exploração dos dados 2.0
Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
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Aspectos tamanho de letra,
Formatação 1.0
gerais paragrafo, espaçamento
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Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
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Índic
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Introdução......................................................................................................................1
Objectivos......................................................................................................................1
Objectivo Geral..............................................................................................................1
Objectivos específicos...................................................................................................1
Conclusão.......................................................................................................................9
Referência bibliográfica...............................................................................................10
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Introdução
Ao longo da história da humanidade, que é também história da Igreja, enquanto
chamada a acompanhar, a servir e a estar com a humanidade em todas as épocas
históricas e contextos geográficos e culturais, muito se tem produzido e questionado
sobre a presença e acção da visão cristã nas nossas sociedades e, sobretudo, nas
sociedades mais jovens, o seu papel e o contributo que dela se espera. Nas sociedades
africanas de cultura Bantu, em particular, onde enquadramos também Moçambique,
com a consciência de Deus mais profunda, a todos os níveis, um Deus que é criador e
artífice de tudo, próximo que caminha lado-a-lado com o povo, que é a suprema
explicação de todas as interrogações do ser humano, estas questões crescem ainda mais,
devido à sua história recente de submissão aos outros povos.
Objectivos
Objectivo Geral
Contextualizar a ética social tendo como base a realidade moçambicana em
relação ao bem comum a luz da visão crista.
Objectivos específicos
Compreender o Bem comum na Visão cristã;
Falar da realidade social moçambicana quanto ao zelo do bem comum;
Saber vincular a ética social com o bem comum a luz da visão crista.
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Ética Social para a consolidação do bem comum
Segundo Morin (2005, p. 327), afirma que “A ética analisada sob a ótica social, nada
mais é do que a responsabilidade atribuída a cada integrante da sociedade, pelo bem
comum”.
“Desse modo, o indivíduo deve pautar seu agir de acordo com a ética complexa. A ética
complexa necessita daquilo que é mais individualizado no ser humano, a autonomia da
consciência e o sentido da responsabilidade” (Morin, 2005). A construção de uma
sociedade solidificada, justa e sustentável, depende da efectividade na aplicação da
ética, havendo, portanto, um vínculo inquestionável entre o grupo de indivíduos
denominado “sociedade” e a “ética”.
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Como o sentido da vida em sociedade deve ser o de proporcionar a cada uma
maioríssima chance de realização, o bem comum pressupõe uma série de valores
imateriais – a presença de valores culturais e artísticos, um ambiente de paz e justiça,
conhecimentos científicos e tecnológicos e um clima geral de estímulo pela busca da
excelência – assim como bens materiais que tornam possível o desenvolvimento
ancorado nesse clima e nesses valores.
A convicção de que as virtudes são o que há de mais valioso na vida humana é o melhor
alicerce para se construir uma sociedade promissora
Nesse sentido, os primeiros têm uma evidente precedência. São mais importantes e são
os que tornam realmente bem estruturada uma sociedade. Facilitam, por sua vez, o
aumento paulatino e equilibrado da prosperidade material. E, dentre aqueles
componentes imateriais do bem comum, parece-nos que o mais decisivo, o que teria
maior impacto no bem-estar geral, seria a existência, na sociedade, de uma convicção
amplamente difundida de que há uma excelência moral que deve ser perseguida; mais,
que merece ser perseguida. Convicção amplamente difundida e, pelo menos,
concretizada na vida de muitos cidadãos. A convicção de que as virtudes são o que há
de mais valioso na vida humana é o melhor alicerce para se construir uma sociedade
promissora.
Segundo Morin (2005, p 329), enfatiza que “Sabe-se que, o ser humano é naturalmente
sociável, o ato de viver isoladamente está longe das origens do homem, todavia, a
convivência deve ocorrer, de modo, a proporcionar bem-estar a todos os seres que
compartilham da mesma sociedade”, “Mas não é apenas para viver juntos, mas sim para
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bem viver juntos que se fez o Estado, sem o quê, a sociedade compreenderia os escravos
e até mesmo os outros animais”
Morin (2005, p. 332), afirma que: “A Cidade é uma sociedade estabelecida, com casa e
famílias, para viver bem, isto é, para se levar uma vida perfeita e que se baste a si
mesma. Ora, isto não pode acontecer senão pela proximidade de habitação e pelos
casamentos. Foi para o mesmo fim que se instituíram nas cidades as sociedades
particulares, as corporações religiosas e profanas e todos os outros laços, afinidades ou
maneiras de viver uns com os outros, obra da amizade, assim como a própria amizade é
o efeito de uma escolha recíproca”.
O fim da sociedade civil é, portanto, viver bem; todas as suas instituições não são senão
meios para isso, e a própria Cidade é apenas uma grande comunidade de famílias e de
aldeias em que a vida encontra todos estes meios de perfeição e de suficiência. É isto o
que chamamos de uma vida feliz e honesta. A sociedade civil é, pois, menos uma
sociedade de vida comum do que uma sociedade de honra e de virtude.
Segundo Morin (2005), enfatiza que “Atualmente a ética social é equiparada a uma
bússola que nos direciona ao certo e ao desejável, em um determinado grupo social, a
ser definido pela sua própria cultura, hábitos e regramentos”.
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nem o que concerne a cada um na busca de obter aquilo que se deseja. O bem comum
não é nem mesmo aquilo que a coletividade impõe de modo totalizante e que não
considera ou absolutamente elimina a atenção a cada cidadão e à autonomia individual”.
Na e reflexão católicas, o bem comum depende tanto da fé cristã, que se preocupa com
o bem de cada um, quanto da reflexão racional sobre a experiência humana, partilhada
por cada um, independente de toda a diferença cultural, religiosa, linguística, social e
política. Deste modo, o bem comum é, ao mesmo tempo, específico da tradição católica
cristã e caracterizante da experiência humana, além de toda a diferença histórica,
cultural, religiosa, política e social. Na reflexão contemporânea, o bem comum é
definido de vários modos. Em primeiro lugar, o bem comum é identificado com o bem-
estar geral, isto é, o bem maior que é possível conseguir para um maior número de
cidadãos.
Além disso, o bem comum fundamental, e o bem público por excelência, diz respeito à
pertença de cada indivíduo à comunidade humana e a certeza de que não pode ser
excluído dela. Finalmente ocorre precisar que há a responsabilidade em proteger e
promover tais bens públicos, garantido o acesso a cada um.
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O Bem Comum a Luz da Visão Cristã
Segundo Couto (2008), afirma que “Na reflexão teológica enfatiza que o bem comum
não é a soma dos bens particulares, nem a soma dos bens possuídos por muitos
cidadãos, visando a sua utilidade pessoal, nem alguma coisa a ser alcançada (uma
herança comum), contribuindo o mínimo possível e nem substituindo os bens
individuais”.
Segundo Couto (2008), afirma que “O bem comum também não é o bem da maioria dos
membros da comunidade. O bem comum inclui todos os bens sociais, também os
espirituais, morais e materiais, que o homem busca sobre a terra de acordo com as
necessidades de sua natureza pessoal e social.
O bem comum visa a realização de uma convivência social caracterizada por uma
verdadeira solidariedade, o que implica a vontade de servir aqueles que, na sociedade
civil, têm mais necessidades e são menos beneficiados.
Segundo Couto (2008), enfatiza que: “Consequentemente, o bem comum exige justiça,
ordem, paz e bem-estar social. Uma vez que a autoridade política é a principal
responsável pelo bem comum, é responsabilidade das várias autoridades do Estado
proteger e promover o bem comum de todos, sem preferência de algum cidadão ou
grupos sociais, com exceção da opção preferencial pelos pobres”.
Segundo Couto (2008), estabelece que: “Ao mesmo tempo, não se deve esperar que
somente o Estado promova e realize o bem comum como o fim da sociedade. Mesmo os
cidadãos individuais, grupos e organizações civis têm responsabilidades sociais e
contribuem para o bem comum. Isso permite que a realidade social seja valorizada em
seus aspectos diversificados e em sua riqueza, no atual contexto globalizado e plural”.
No contexto político, o bem comum é, portanto, uma dinâmica, um processo que requer
a contribuição de todos os agentes sociais, desde o Estado até as organizações sociais e
os cidadãos individuais.
Segundo Couto (2008), estabelece que “Por esta razão, na reflexão católica magisterial
e teológica, o bem comum exige fortalecer e diversificar o princípio da subsidiariedade,
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a fim de continuar e amplificar o dinamismo dos grupos e dos corpos intermediários a
serviço da coletividade, para o bem desta e dos sujeitos lhe pertencem”.
Além disso, a reflexão teológica chama a atenção para o que já está sendo
implementado na sociedade civil por exemplo, através das ciências sociais mesmo
quando é tematizada como uma promoção do bem comum.
Muitos cidadãos e muitas associações, por exemplo, estão comprometidos com o bem
universal, que é a qualidade de vida no planeta Terra, procurando proteger a qualidade
climática e preservar o ecossistema. Outros promovem condições de desenvolvimento
no planeta e a saúde local e global. Outros, ainda, estão construindo projetos concretos
para salvar e usar recursos de energia mais eficientes, de curto, médio ou longo prazo,
não reproduzíveis. Entre esses, acrescenta-se a abnegação daqueles que lutam de
maneira não violenta pela promoção do bem comum que é a paz, que permite o
desenvolvimento das pessoas, dos povos e da humanidade. Trata-se de prestar atenção,
reconhecer (com o olhar agudo e respeitoso de contemplação e sabedoria do místico) e
discernir as muitas maneiras em que o compromisso com o bem comum já está presente
no contexto histórico, político e cultural contemporâneo, e o quanto ainda pode ser feito
para aumentar esse compromisso de promover o bem comum. Segundo Couto (2008),
estabelece que:“
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dom de Deus para toda a humanidade. A pessoa não é uma ferramenta a disposição do
mercado. O bem comum não admite essa possibilidade. Não se pode sacrificar o bem de
uma pessoa somente para melhorar o bem de algum outro. Toda pessoa é portadora de
direitos humanos fundamentais. Na lógica da busca do bem individual da riqueza
material aquela outra pessoa é um qualquer, um indivíduo identificado pela sua
utilidade para o meu bem. Sendo comum, o bem comum não considera a pessoa tomada
em sua singularidade, mas enquanto uma relação com outras pessoas. O bem comum é o
bem da própria relação entre pessoas. O bem comum nos coloca na perspectiva do outro
e não na lógica da acumulação. Ter lucro para que? Este lucro pode ser colocado a
serviço das pessoas, da sociedade, dos pobres.
Para a Igreja, ainda tem sentido falar de bem comum. Refletir sobre o bem comum é
tarefa inadiável nestes tempos em que a busca pelo poder e pelo lucro domina as
relações entre as pessoas e os povos.
A noção de bem comum desempenha um papel central e unificador na ética social” (LS,
156). Como exorta Papa Francisco: “A dignidade de cada pessoa humana e o bem
comum são questões que devem estruturar toda política econômica.
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Agostinho oferece dois enfoques sobre o bem comum: um direcionado para a cidade
terrena e outro para a cidade eterna, o “Sumo Bem comum” (VICINI, 2011, 74-78).
Essa intuição é bastante pertinente se considerarmos que o bem comum é o recurso
moral capaz de combinar duas tensões: de um lado, a possibilidade de viver a
radicalidade do mandamento do amor na sociedade, sem esquecer que a radicalidade
depende da experiência de Deus como Amor gratuito; de outro lado, a capacidade de
interagir em termos de igualdade, de reciprocidade e de colaboração na sociedade civil,
visando o bem comum. Para Agostinho, a amizade civil fundamenta as relações entre os
cidadãos em uma comunidade política. Tal amizade (caritas ágape) é a base para
promover o bem comum. Ainda que a organização da cidade terrena não seja capaz de
promover a comunhão total com Deus, própria da Cidade de Deus, ela pode
proporcionar a vida em comum dos cidadãos através de um bem do qual todos se
beneficiem.
A relação entre o Sumo Bem e o bem comum se entrelaçam de tal modo que a
persecução do segundo colabora na compreensão mais profunda do primeiro e a
compreensão teológica do primeiro impulsiona a busca do segundo na história. O bem
comum pode ser encontrado em seu sentido absoluto na cidade celeste. Em sentido
relativo ele plasma a cidade terrena através de estruturas sociais que garantem os bens
para viver humanamente (saúde, alimento, moradia, segurança, educação, trabalho,
cultura, a religião). A paz social é alcançada quando os bens comuns são garantidos. O
bem comum da cidade terrestre é prefigura e reflexo do Sumo Bem ou o bem comum da
cidade celeste.
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Conclusão
As pessoas, convivendo em sociedade, desejam alcançar metas comuns, desenvolver-se,
melhorar. Ninguém se conforma em ver seu bairro, sua cidade, seu estado, seu país
estagnado, apenas subsistindo ou mantendo seu momento presente. E apenas uma
concepção abrangente de bem comum, de desenvolvimento humano e social – e que tem
também uma inescapável dimensão ética – dá conta dessas expectativas. A expressão
“bem comum” e algumas de suas variantes estão na letra da lei e na boca dos políticos;
mais complicado é saber exatamente no que consiste esse bem comum.
O bem comum diz respeito à realização última das capacidades individuais, seja em
relação a cada indivíduo em particular, seja no grupo. O bem comum não é a somados
bens desejados e buscados individualmente, nem o que concerne a cada um na busca de
obter aquilo que se deseja. O bem comum não é nem mesmo aquilo que a colectividade
impõe de modo totalizante e que não considera ou absolutamente elimina a atenção a
cada cidadão e à autonomia individual. Na e reflexão católicas, o bem comum depende
tanto da fé cristã, que se preocupa com o bem de cada um, quanto da reflexão racional
sobre a experiência humana, partilhada por cada um, independente de toda a diferença
cultural, religiosa, linguística, social e política. Deste modo, o bem comum é, ao mesmo
tempo, específico da tradição católica cristã e caracterizante da experiência humana,
além de toda a diferença histórica, cultural, religiosa, política e social.
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Referência bibliográfica
BOARETO, J. A. (2020). O bem Comum a Partir da Doutrina da Igreja.
Cadernos da fé e Cultura. São Paulo.
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