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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Edson Fernando Mabote, Nº 708216877

Curso: Educação Física e Desporto

Disciplina: Basquetebol, Turma: A


Ano de Frequência: 3º ano, II Semestre

Tutor: Msc: Extenzias T. Becape

Chimoio, Agosto de 2023

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Introdução  Descrição dos
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objectivos
 Metodologia adequada
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ao objecto do trabalho
 Articulação e domínio
do discurso académico
Conteúdo (expressão escrita 2.0
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
discussão  Revisão bibliográfica
nacional e internacional
2.0
relevante na área de
estudo
 Exploração dos dados 2.0
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
Formatação 1.0
gerais paragrafo, espaçamento
entre linhas
Normas APA
 Rigor e coerência das
Referências 6ª edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia

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Folha de recomendações: A ser preenchida pelo tutor
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Índice
Introdução......................................................................................................................1
Objectivos......................................................................................................................1
Geral...............................................................................................................................1
Específicos.....................................................................................................................1
Breve percurso cronológico do Basquetebol: enquadrado o nome do inventor da.......2
modalidade, o ano, país e as razões que determinaram a sua criação;..........................2
História do Basquetebol.................................................................................................2
As principais razões que levaram à criação do basquetebol foram:..............................3
Terminologia e Simbologia usual no Basquetebol;.......................................................4
Caracteriza o campo basquetebol;.................................................................................6
Características do Jogo de Basquetebol:........................................................................7
A Bola............................................................................................................................7
Campo de jogo oficial....................................................................................................8
Diagrama das dimensões de uma campo de jogo oficial...............................................8
A tabela..........................................................................................................................9
Regulamento da FIBA.................................................................................................10
Sinais do árbitro...........................................................................................................14
Fundamentos básicos desportivos de basquetebol.......................................................14
Os passes......................................................................................................................14
O passe de peito...........................................................................................................15
O passe de peito picado...............................................................................................17
O passe sobre a cabeça.................................................................................................18
O passe de ombro.........................................................................................................18
O passe em profundidade.............................................................................................19
Os dribles.....................................................................................................................20
As bandejas..................................................................................................................22
Regra geral para o ensinamento dos arremessos.........................................................23
Considerações finais....................................................................................................26
Referências Bibliográficas...........................................................................................27

4
Introdução

Na intencionalidade de resolver os problemas que inviabilizavam as aulas de Educação


Física durante os invernos, na gélida região dos Grandes Lagos nos E.U.A., o médico e
instrutor de esportes (coach) do Springfield College, James Laurence Naismith, cria o
Basquetebol em 21 de dezembro de 1851 (OLIVEIRA, 2013).
Na contemporaneidade, o desporto caracteriza-se pela colectividade, pela oposição de
duas equipes que disputam uma partida em quatro tempos de dez minutos, dentro de um
campo de jogo de 420 m2, onde os movimentos apresentam-se, em sua maioria, com
características intermitentes, e onde os fundamentos técnicos são os elementos que
viabilizam o jogo, por apoiar à tática, e podem ser resumidos na execução dos gestos
específicos, tratando-se dos processos afetos ao “como fazer”, e dependem de uma série
de capacidades individuais dos praticantes, tais como as valências físicas e as
habilidades motoras, gerais e específicas, envolvidas, além de aspectos cognitivos, para
que os mesmo sejam apreendidos e propiciem o desenrolar do jogo (FERREIRA e DE
ROSE JÚNIOR, 2003).
Por técnica, entende-se que o termo deriva do grego, τέχνη (téchne), significando
técnica, ofício e cuja tradução literal pode ser: arte. Portanto, a técnica é o
procedimento, ou o seu conjunto, que têm como objetivo obter um determinado
resultado, seja no campo da ciência, da tecnologia, das artes ou em outra atividade, a
exemplo do desporto (FERREIRA e DE ROSE JÚNIOR, 2003).
Objectivos
Geral
 Contextualizar sobre o Breve percurso cronológico do Basquetebol: enquadrado
o nome do inventor da modalidade, o ano, país e as razões que determinaram a
sua criação.
Específicos
 Explicar sobre a Terminologia e Simbologia usual no Basquetebol; caracteriza o
campo basquetebol;
 Conhecer a Caracterização do Jogo de Basquetebol, sem esquecer de tempo do
jogo e os respectivos períodos/ quartos;
 Conhecer os Fundamentos básicos desportivos de basquetebol.

1
Breve percurso cronológico do Basquetebol: enquadrado o nome do inventor da
modalidade, o ano, país e as razões que determinaram a sua criação;

O basquetebol, segundo a classificação de modalidades desportivas pode ser


caracterizado como um desporto de oposição e cooperação, envolvendo acções
simultâneas entre duas equipeis (atacante e defensora) que ocupam um espaço comum,
proporcionando contacto directo entre os participantes. Além disto, o basquetebol é
composto por habilidades específicas (fundamentos) que, em sua maioria, são contínuas
ou seriadas e que são executadas em ambiente aberto, no qual companheiros de equipa,
adversários, limites de tempo e espaço determinam uma imprevisibilidade, aspectos que
o tornam um desporto dinâmico e variado.
Para atender as exigências mínimas do jogo, o atleta de basquetebol deve ter o domínio
dos fundamentos do jogo que, de acordo com De Rose Jr. (1996). Podem ser: de defesa
(controle de corpo, posição defensiva e rebote de defesa) e de ataque (controle de corpo,
controle de bola, drible, arremessos, passes e rebote de ataque). Esses fundamentos
combinados formam pequenas estruturas grupais (situações de jogo: 1x1; 2x2 e 3x3)
que por sua vez levam a uma organização táctica (sistemas de defesa e ataque)
necessária para que se obtenha um mínimo de eficiência colectiva.

O basquetebol ou bola ao cesto é um desporto colectivo inventado em 1891 pelo


professor de Educação Física canadense James Naismith, na Associação Cristã de
Moços de Springfield (Massachusetts), EUA.

História do Basquetebol
Em Dezembro de 1891, o professor de educação física canadense James Naismith, do
Springfield College (então denominada Associação Cristã de Moços), em
Massachusetts, Estados Unidos, recebeu uma tarefa do seu Director: criar um desporto
que os alunos pudessem praticar em um local fechado, pois o inverno costumava ser
muito rigoroso, o que impedia a prática do Béisebol e do Futebol Americano.
James Naismith logo descartou um jogo que utilizasse os pés ou com muito contacto
físico, pois poderiam se tornar muito violentos devido às características de um ginásio,
local fechado e com piso de madeira.

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Logo escreveu as treze regras básicas do jogo e pendurou um cesto de pêssegos a uma
altura que julgou adequada: 10 pés, equivalente a 3,05 metros, altura que se mantém até
hoje; já a campo de jogo possuía, aproximadamente, metade do tamanho da actual.

Em contraste com as redes de basquete moderno, esta cesta de pêssegos manteve a sua
parte inferior, e as bolas tinham que ser retiradas manualmente após cada "cesta" ou
ponto marcado, o que provou ser ineficaz. Dessa forma, um buraco foi perfurado no
fundo da cesta, permitindo que as bolas fossem retiradas a cada vez com uma longa
vara. Os cestos de pêssegos foram utilizados até 1906, quando foram finalmente
substituídos por aros de metal com encosto. Uma outra alteração foi feita logo cedo, de
forma que a bola apenas passasse pela cesta, abrindo caminho para o jogo que
conhecemos hoje. Uma bola de futebol foi usada para acertar as cestas. Sempre que uma
pessoa arremessava uma bola na cesta, sua equipe ganharia um ponto. A equipe com o
maior número de pontos ganhava o jogo. As cestas foram originalmente pregadas ao
balcão do mezanino da campo de jogo, mas isto se provou impraticável quando os
telespectadores no balcão começaram a interferir nos arremessos. O encosto foi
introduzido para evitar essa interferência, que teve o efeito adicional de permitir rebotes.
Esse desporto chamar-se-ia "basquetebol".

As razões que determinaram a criação do basquetebol estão relacionadas a uma


necessidade de um novo Desporto para ser praticado durante os meses de inverno,
quando as atividades físicas ao ar livre eram limitadas devido ao clima mais frio.

Naismith foi encarregado de desenvolver um jogo que fosse menos violento do que os
desportos de contato da época, como o futebol americano e o rúgbi. Ele buscou criar um
desporto que pudesse ser praticado em um espaço aberto, como um ginásio, e que fosse
menos propenso a lesões.

As principais razões que levaram à criação do basquetebol foram:


Necessidade de um desporto de inverno: Na época, as atividades esportivas ao ar livre
eram inviáveis durante os meses de inverno, especialmente nas regiões com climas mais
frios. Era necessário um desporto que pudesse ser praticado em ambientes internos.

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Ênfase na habilidade em vez da força física: Ao contrário de muitos desportos de
contato da época, o basquetebol foi projetado para enfatizar a agilidade, coordenação e
habilidade dos jogadores, em vez da força bruta.
Minimizar o contato físico: James Naismith queria criar um desporto que reduzisse as
chances de lesões causadas por choques violentos, que eram comuns em desportos
como o futebol americano.
Utilização de equipamento simples: O basquetebol foi projetado para ser praticado
com equipamento simples, como uma bola e duas cestas suspensas. Isso facilitou a
disseminação do desporto, pois não eram necessários grandes investimentos em
equipamentos.
Incentivo à participação de todos: Naismith demonstrou criar um jogo em que pessoas
de diferentes idades e habilidades físicas poderiam participar. O basquetebol
rapidamente se tornou popular entre jovens e adultos, homens e mulheres.
Foco na cooperação e fair play: O basquetebol foi projetado para promover a
cooperação entre os jogadores e o fair play. Como regras, incentivo a passagem da bola
e a colaboração entre os membros da equipe.
Devido a essas razões, o basquetebol ganhou popularidade rapidamente após sua criação
e se manteve por todo o mundo. Atualmente, é um dos desportos mais praticados e
assistidos globalmente, tanto em nível amador quanto profissional.

Terminologia e Simbologia usual no Basquetebol;


O basquetebol é um desporto popular e rico em terminologia e simbologia que ajuda a
descrever o jogo, suas regras e estratégias. Aqui estão alguns termos e símbolos usuais
no basquetebol:
Terminologia:
Cesta: O ato de marcar pontos ao fazer a bola entrar no ar do adversário.
Drible: Movimento em que um jogador quica a bola no chão enquanto se move.
Arremesso: Tentativa de fazer a bola entrar na cesta, seja de longa ou curta distância.
Rebote: Captura da bola após um arremesso perdido.
Falta: Infração cometida por um jogador, resultando em lances livres para o adversário.

Lance Livre: Arremesso sem oposição da linha de lance livre, geralmente concedido
após uma falta.
Passe: Movimento de transferência da bola entre jogadores.
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Dunk: Arremesso em que um jogador salta e coloca a bola diretamente na cesta.
Zona Restritiva: Área pintada sob a cesta, onde ocorrem os rebotes e lanças livres.
Chute de Três Pontos: Arremesso feito de fora da linha de três pontos, que vale três
pontos.
Falta Técnica: Falta não relacionada ao contato físico, geralmente por comportamento
antidesportivo.
Posse de Bola: Tempo que está atualmente com a bola e tem o direito de atacar.
Defesa em Zona: Estratégia defensiva onde os jogadores defendem áreas específicas,
em vez de marcar jogadores individuais.
Pressão em Toda a Quadra: Estratégia defensiva agressiva, onde os jogadores
pressionam os adversários em toda a extensão da quadra.
Simbologia:
Aro: A estrutura metálica suspensa onde a bola deve entrar para marcar pontos.
Bola de Basquete:. Geralmente laranja, com sulcos para melhor aderência.
Quadra: Superfície de jogo retangular, dividida em metades e marcada com linhas que
indicam diferentes áreas e zonas.
Linhas de Três Pontos: Linha que circunda a quadra, fora da qual os arremessos valem
três pontos.
Linha de Lance Livre: Linha da qual os jogadores lançaram lances livres.
Área Restritiva: Área pintada sob a cesta onde ocorrem jogadas de rebote e lanças
livres.
Sinalização dos Árbitros: Gestos específicos feitos pelos julgados para indicar
diferentes situações, como faltas, lances livres, etc.
Placar: Mostra a pontuação de ambos os tempos.
Relógio de Posse de Bola: Cronômetro que limita o tempo que um tempo tem para
tentar marcar após ganhar uma posse de bola.
Placar de Três Pontos: Tabela de pontuação específica para os arremessos de três
pontos.
Placar Duplo: Área ao redor da cesta, onde os jogadores podem marcar tanto da linha
de lance livre quanto com arremessos de curta distância.
Mesa do Árbitro: O local onde os julgados e o cronometrista registram e controlam as
informações do jogo.

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Esses são apenas alguns dos termos e símbolos usuais no basquetebol. O desporto é
cheio de nuances e elementos que contribuem para sua riqueza e complexidade.
Caracteriza o campo basquetebol;

Cesta é o nome comum que se dá ao encestar (fazer a bola passar por esse aro) e então
marcam-se pontos, dependendo do local e das circunstâncias da cesta: se for cesta
dentro do garrafão (nome comum dado à Área Restritiva) obtém-se dois pontos, se for
fora da linha dos 6,25 metros obtém-se 3 pontos, se for lance livre após uma falta a
cesta equivale a 1 ponto. As equipes devem fazer pontos sempre do lado oposto - é o
Meia campo de jogo de ataque - e defender a cesta do seu lado - na meio-campo de jogo
de defesa. Obviamente a equipe que defende tenta impedir a equipe que ataca de fazer
cesta, através da marcação, da interceptação de passes ou até mesmo do bloqueio (toco)
ao lançamento.
Os jogadores penduram-se no aro com a bola para fazer espectáculo (enterrar). No
entanto, contactos físicos mais fortes são punidos como falta. Se o jogador fizer cinco
faltas terá que ser substituído e não poderá voltar ao jogo. A partir da quarta falta
colectiva de uma equipe, a equipe adversária tem o direito a lances livres toda a vez que
sofrer falta. As faltas efectuam-se da seguinte maneira: se um jogador faz falta ao
atacante e este encesta, os 2 pontos contam-se e esse jogador tem direito a 1 lance livre
(se não acertar os outros jogadores irão tentar apanhar a bola - rebote). Se a falta for
cometida e o atacante não conseguir encestar terá direito a 2 ou 3 lances livres,
dependendo do local onde foi cometida a falta.

Actualmente o basquete internacional encontra-se organizado pela FIBA –Federação


Internacional de Basquetebol. As suas determinações valem para todos os países onde o

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basquete é jogado, excepto para a liga profissional de basquete dos EUA, a NBA, que
mantém regras próprias, um pouco diferentes das regras internacionais. A expectativa é
que as duas entidades se aproximem cada vez mais seus regulamentos.

Caracterização do Jogo de Basquetebol, sem esquecer de tempo do jogo e os


respectivos períodos/quartos;
O basquetebol é um desporto coletivo que envolve duas equipes, cada uma composta
por cinco jogadores, competindo para marcar pontos ao lançar a bola através do aro do
adversário. O jogo é caracterizado por sua rapidez, agilidade e estratégia, e é praticado
em todo o mundo.

Características do Jogo de Basquetebol:

Objectivo do jogo é introduzir a bola no cesto da equipe adversária (marcando pontos)


e, simultaneamente, evitar que esta seja introduzida no próprio cesto, respeitando as
regras do jogo. A equipe que obtiver mais pontos no fim do jogo vence. A competição é
dirigida por:
 Três árbitros – têm como função assegurarem o cumprimento das regras do
jogo.
 Um marcador e o seu auxiliar – têm como funções o preenchimento do
boletim de jogo, onde registram os pontos marcados, as faltas pessoais e
técnicas, etc.
 O cronometrista – verifica o tempo de jogo e os descontos de tempo
 Um operador de vinte e quatro segundos – controla os 24 segundos que cada
equipe dispõe para a execução de uma jogada.
 Um operador de vinte e quatro segundos – controla os 24 segundos que cada
equipe dispõe para a execução de uma jogada.

A Bola

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A bola é esférica, de cabedal, borracha ou material sintéctico. O peso situa-se entre o
600 e 650g e a circunferência deve estar compreendida entre 75cm e 78cm.

Campo de jogo oficial


Diagrama das dimensões de uma campo de jogo oficial

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O campo de jogo de basquete deve ser rectangular, plana, sólida e livre de obstáculos.
De acordo com as novas regras da FIBA, seu comprimento deve ser de 28m e a largura
de 15, sendo que as linhas limítrofes não fazem parte do campo de jogo. Estas
dimensões são obrigatórias para campeonatos internacionais, para as outras
competições, a entidade responsável poderá autorizar jogos em campo de jogos com a
medida antiga, de 26m por 14.

Todas as linhas do campo de jogo deverão possuir 5cm de largura e todas de uma
mesma cor, preferencialmente branca. Paralelo às linhas de fundo, exatamente no
centro do campo de jogo, deverá ser traçada a linha central. A partir de seu centro
deverá ser desenhado um círculo de 1,80m de raio. O círculo pode ser de cor
diferente do campo de jogo, porém, se pintado, deve ser da mesma cor
dos “garrafões”.
Para e delimitar a zona de cesta de três pontos deve-se fazer o seguinte: traçar uma linha
imaginária, partindo do ponto central do aro e paralela a linha de fundo, de 6,25m para
cada lado.
Perpendicularmente a linha de fundo, deve-se traçar uma linha recta até a distancia desta
linha imaginária. A partir daí a linha de três pontos deve ser equidistante ao centro do
aro, a uma distância de 6,25m.

Para desenhar o “garrafão”, deve-se fazer o seguinte: Achar o ponto médio da linha
final, marcar 3m para cada lado. Traçar uma linha imaginária, a partir do ponto médio,
até uma distância de 5,8m, este será o ponto central da linha de lance-livre, que deve ter
3,6m de comprimento, deve-se ligar as bordas da linha de lance-livre até os pontos a 3m
do centro da linha final com uma linha diagonal. A circunferência ao redor da linha de
lance-livre tem 1,8m de raio, e a parte no interior do garrafão deve ser pontilhada.

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A tabela

A tabela deve ser construída em peça única e ser, preferencialmente, transparente, feita
de vidro temperado. Caso não seja transparente, deve ser pintada de branco. As linhas
deverão ter 5 cm e devem ser pintadas de branco, caso a tabela seja transparente; ou de
preto, nos outros casos; e devem ter as medidas indicadas acima. Elas devem estar
colocadas a 1,20m de distância da linha final e a 2,9m de altura.

O aro

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Os aros deverão ser constituídos de ferro sólido, com diâmetro interior de 45 cm,
pintados na cor laranja. O metal dos aros será de 20 mm de diâmetro, com a adição de
pequenos ganchos, na parte inferior, ou outro dispositivo semelhante, para fixar a rede.
As redes deverão ficar solidamente fixadas às tabelas, num plano horizontal, na altura
de 3, 05 do piso e equidistante das bordas verticais da tabela. O ponto mais próximo da
borda interior dos aros deverá estar à 15 cm da superfície da tabela.
Regulamento da FIBA
Número de jogadores
Cada equipa é constituída por 5 jogadores titulares e 5 jogadores suplentes. Cada
jogador, conforme a zona do campo e as funções que ocupa, tem uma designação:

Início do jogo – O Jogo começa com o lançamento da bola ao ar, pelo árbitro, entre
dois jogadores adversários no círculo central e esta só pode ser tocada quando atingir o
ponto mais alto. A equipe que não ganhou a posse de bola fica com a seta a seu favor.

Duração do jogo – Quatro períodos de 10 minutos de tempo útil cada (Na NBA, são 12
minutos), com um intervalo de meio tempo entre o segundo e o terceiro período com
uma duração de 15 minutos, e com intervaos de dois minutos entre o primeiro e o
segundo período e entre o terceiro e o quarto período. O cronómetro só avança quando a

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bola se encontra em jogo, isto é, sempre que o árbitro interrompe o jogo, o tempo é
parado de imediato.
Reposição da bola em jogo - Depois da marcação de uma falta, o jogo recomeça por
um lançamento fora das linhas laterais, excepto no caso de lances livres. Após a
marcação de ponto, o jogo prossegue com um passe realizado atrás da linha do campo
da equipa que defende.
Como jogar a bola - A bola é sempre jogada com as mãos. Não é permitido andar com
a bola nas mãos ou provocar o contato da bola com os pés ou pernas. Também não é
permitido driblar com as duas mãos ao mesmo tempo.
Pontuação - Um cesto é válido quando a bola entra pelo aro, por cima. Um cesto de
campo vale 2 pontos, a não ser que tenha sido conseguido para além da linha dos 3
pontos, situada a 6,25 m (valendo, portanto, 3 pontos); um cesto de lance livre vale 1
ponto.

Empate – Os jogos não podem terminar empatados. O desempate processa-se através


de períodos suplementares de 5 minutos. Exceptuando torneios cujo regulamento
obrigue a mais que uma mão, todos os clubes de possíveis torneios devem concordar
previamente com o regulamento. Assim como jogos particulares, após o término do
tempo regulamentar se ambas as equipes concordarem podem dar a partida por
terminada.
Resultado – O jogo é ganho pela equipa que marcar maior número de pontos no tempo
regulamentar.

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Lançamento livre – Na execução, os vários jogadores, ocupam os respectivos espaços
ao longo da linha de marcação, não podem deixar os seus lugares até que a bola saia das
mãos do executante do lance livre (A6); não podem tocar a bola na sua trajectória para o
cesto, até que esta toque no aro.

Penalizações de faltas pessoais – Se a falta for cometida sobre um jogador que não está
em acto de lançamento, a falta será cobrada por forma de uma reposição de bola lateral,
desde que a equipa(e) não tenha cometido mais do que 4 (quatro) faltas coletivas
durante o período, caso contrário é concedido ao jogador que sofreu a falta o
direito a dois lances livres. Se a falta for cometida sobre um jogador no acto de
lançamento, o cesto conta e deve, ainda, ser concedido um lance livre. No caso do
lançamento não tiver resultado cesto, o lançador irá executar o(s) lance(s) livres
correspondentes às penalidades (2 ou 3 lances livres, conforme se trate de uma tentativa
de lançamento de 2 ou 3 pontos).
Regra dos 5 segundos - Um jogador que está sendo marcado não pode ter a bola em
sua posse (sem driblar) por mais de 5 segundos.
Regra dos 3 segundos - Um jogador não pode permanecer mais de 3 segundos dentro
da área restritiva (garrafão) do adversário, enquanto a sua equipe esteja na posse da
bola.
Regra dos 8 segundos - Quando uma equipa ganha a posse da bola na sua zona de
defesa, deve, dentro de 8 segundos, fazer com que a bola chegue à zona de ataque.
Regra dos 24 segundos - Quando uma equipe está de posse da bola, dispõe de 24
segundos para a lançar ao cesto do adversário.
Bola presa – Considera-se bola presa quando dois ou mais jogadores (um de cada
equipa pelo menos) tiverem uma ou ambas as mãos sobre a bola, ficando esta presa. A
posse de bola será da equipe que tiver a seta a seu favor.

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Transição de campo – Um jogador cuja equipe está na posse de bola, na sua zona de
ataque, não pode provocar a ida da bola para a sua zona de defesa (retorno).
Dribles - Quando se dribla pode-se executar o n.º de passos que pretender. O jogador
não pode bater a bola com as duas mãos simultaneamente, nem efectuar dois dribles
consecutivos (bater a bola, agarrá-la com as duas mãos e voltar a batê-la).
Passos – O jogador não pode executar mais de dois passos com a bola na mão.
Faltas pessoais – É uma falta que envolve contacto com o adversário, e que consiste
nos seguintes parâmetros: Obstrução, Carregar, marcar pela rectaguarda, Deter, Segurar,
Uso ilegal das mãos, Empurrar.
Falta antidesportiva – Falta pessoal que, no entender do árbitro, foi cometida
intencionalmente, com objectivo de prejudicar a equipa adversária.
Falta técnica – Falta cometida por um jogador sem envolver contacto pessoal com o
adversário, como, por exemplo, contestação das decisões do árbitro, usando gestos,
atitudes ou vocabulário ofensivo, ou mesmo quando não levantar imediatamente o braço
quando solicitado pelo árbitro, após lhe ser assinalada uma falta.
Falta da equipe – Se uma equipa cometer num período, um total de quatro faltas, para
todas as outras faltas pessoais sofrerá a penalização de dois lançamentos livres.
Número de faltas – Um jogador que cometer cinco faltas está desqualificado da
partida.
Altura do aro - A altura do aro até o solo é de 3,05 metros.

Sinais do árbitro

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Fundamentos básicos desportivos de basquetebol

Serão exemplos dos fundamentos básicos do Basquetebol, discutidos e analisados neste


texto: o passe de peito; o passe de peito picado; os passes de ombro (direito e esquerdo);
o passe sobre a cabeça; os passes em profundidade (direito e esquerdo); os dribles
(como o giro, o drible por trás do corpo e o drible entre as pernas); as bandejas (direita e
esquerda) e os arremessos (de curta, média e longas distâncias).

Os passes

Os passes do Basquetebol se constituem na metodologia de envio da bola aos


companheiros, na intenção de permitir a continuidade do jogo. Dividem-se em três tipos
básicos: os de curta, os de média e o de longas distâncias (FERREIRA e DE ROSE
JÚNIOR, 2003).

Entre os de - curtas distâncias - estão o passe de peito; o de peito picado e o passe


sobre a cabeça. Estes, são os que se apresentam como opção de - excelente precisão - e
devem ser preferidos em momentos que se deseja assegurar a eficiência da transferência
da bola a um companheiro, quer seja para que o mesmo finalize ou dê continuidade ao
jogo.

Em relação aos de - médias distâncias - a precisão começa a ficar preterida, e,


portanto, deve-se observar, com mais ênfase, as variáveis que podem interferir no seu
aproveitamento, a exemplo da possibilidade do defensor interceptá-lo, da velocidade e
da força necessárias a serem empregadas na bola e da própria distância a ser coberta
pelo passe. É exemplo: o passe de ombro, executado com o braço direito e/ou o
esquerdo.

E, por fim, aqueles tidos como de - longas distâncias - onde a precisão fica ainda mais
preterida, a exemplo dos passes em profundidade. Estes devem ser preferidos em
situações de contra-ataque ou quando se intenciona cobrir uma grande distância dentro
da quadra, mas, devendo-se ter em mente a pouca eficiência que o mesmo agrega, no
que diz respeito à recepção e a sua trajetória e etc.

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Sendo assim, para que o processo ensino/aprendizagem dos passes se inicie, deve-se,
inicialmente, se levar em consideração um importante pré-requisito: a existência de uma
“regra geral” para ensinamento de todos os tipos de passes. Sendo ela:

Identificar se o aprendiz é “destro” ou “sinistro”, para que se possa, a partir disto, se


estabelecer o seu “pé de apoio” ou o “pé de pivô”, que é o ponto de partida para a
construção desse processo. Quando o aprendiz é destro, o seu pé de apoio será, sempre,
o seu pé contrário, ou seja, o seu pé esquerdo, e, no caso de aprendizes sinistros, o seu
pé de apoio deve ser, sempre, o seu pé direito (OLIVEIRA, 2012).

O passe de peito

Exercício-modelo sugerido:

1. Uma excelente opção para se ensinar todos os tipos de passes - quer sejam os de
curtas, os de médias ou os de longas distâncias - é organizar os aprendizes em
duplas, cada uma com uma bola, distribuídos em duas fileiras, onde cada um fica
de frente para o companheiro, devendo-se equivaler indivíduos de igual
tamanho, força, nível de aprendizagem/maturidade, de gênero; visando-se a
otimização dos resultados. Portanto, recomendação que deve ser seguida de
modelo, para todas as sugestões de exercícios que virão a seguir!

2. Inicia-se pela “regra geral para o ensinamento de todos os passes”: identificar se


o aprendiz é destro ou sinistro, para que se estabeleça o seu pé de apoio.

3. Apos isto, o aprendiz deve estar com o seu pé de apoio sempre à frente, e o outro
pé atrás, num afastamento anteroposterior dos membros inferiores.

4. Deve-se segurar a bola, sempre, com as duas mãos espalmadas nas suas laterais,
mantendo-a na altura do peito e com os cotovelos fechados.

5. No momento do passe, o aprendiz deve projetar o tronco à frente, dando um


passo, trocando sua base, sem retirar o seu pé de apoio do solo.

6. Simultaneamente, deve estender os cotovelos, girar as palmas das mãos para


fora, deixando os polegares voltados para baixo; lançando-se a bola até a altura
do peito do seu companheiro.
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Observação: o peito do companheiro a receber qualquer tipo de passe deve ser sempre o
- alvo - a ser atingido, por perfazer a região mais segura e eficaz para tal.

7. A Recepção: Após o passe ter se completado, o aprendiz deve permanecer na


sua posição final do passe, ou seja: com o pé de apoio invertido e com os braços
estendidos a frente do tronco, na altura do peito, com as palmas das mãos
voltadas para fora e os polegares para baixo, na intenção de receber a bola e
recuar com o mesmo pé de apoio para trás, até a posição inicial do início do
fundamento, conforme ilustra a figura a seguir. Após receber a bola, deve
reiniciar o movimento e passar a bola ao companheiro novamente, num
movimento contínuo de ida e volta, ou seja, de passe e de recepção, que
viabilizam a força necessária para se passar, bem como para amortecer a bola na
recepção.

Imagem extraída e adaptada de Zerbinato, 2013

O passe de peito picado

Variação do passe de peito, mas que se configura numa opção mais lenta. Fato que deve
ser observado, para que a sua utilização não resulte em ineficiência e possibilidades de
interceptação dos passes pelos adversários, no momento de uma partida.

Exercício-modelo sugerido:

Para tanto, pode-se utilizar de - todos - os mesmos procedimentos elencados no exemplo


do – passe de peito tradicional – e que estão supra descritos em sete itens, e que
perfazem a denominada “regra geral para ensinamento de todos os passes”.

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No entanto, a principal diferença entre o passe de peito tradicional e o picado, é que
este último, apesar de também ser lançado na altura do peito do companheiro; a bola
deve quicar no solo antes de atingir seu alvo. Adenda-se que a bola deve quicar no solo
numa região que deve equivaler-se com a – segunda metade – da distância entre os dois
companheiros de passe, na intenção de que ela atinja a altura necessária do peito do
companheiro, conforme ilustra a figura a seguir. Caso a bola quique antes dessa segunda
metade da distância, ou seja: muito próxima do executor; na metade da distância dos
dois e/ou muito próxima a do receptor, a bola até poderá chegar ao companheiro, mas,
não na altura ideal, dificultando o processo de recepção do passe.

Após isto, também se deve repetir os procedimentos referenciais do item 7 (do passe
de peito), que são alusivos à recepção dos passes.

Imagem extraída e adaptada de Zerbinato, 2013

O passe sobre a cabeça

Exercício-modelo sugerido:

Inicialmente, também se utiliza todos os mesmos procedimentos elencados no


exemplo do – passe de peito tradicional – e que estão nos itens 1, 2, 3 e 4.

No momento do passe, o aprendiz deve, antes de projetar o tronco à frente, elevar a


bola sobre a cabeça, de maneira que ela nunca fique atrás dela, e assim seja “roubada”
por um adversário durante uma partida; mantendo os cotovelos apontados para frente,
com os braços paralelos com a linha do solo, e, a partir disto, dar um passo à frente,
trocando sua base, sem retirar o seu pé de apoio do solo.

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Simultaneamente, deve-se estender os cotovelos, agora num movimento
monoarticular, girando as palmas das mãos para fora, voltando os polegares para baixo,
conforme ilustra a figura a seguir.

Apos isto, também se deve repetir os procedimentos referenciais do item 7 (do passe
de peito), que são alusivos à recepção dos passes.

Imagem extraída e adaptada de Zerbinato, 2013

O passe de ombro

Características: Passe de médio alcance, e, também, de média precisão; dividido em


passe de ombro direito e passe de ombro esquerdo.

Exercício-modelo sugerido:

Inicialmente, utilizar-se todos os mesmos procedimentos elencados no exemplo do –


passe de peito tradicional (itens 1, 2, 3 e 4).

No momento do passe, o aprendiz deve, antes de projetar o tronco à frente, elevar a


bola sobre um dos ombros (direito ou esquerdo), dependendo do lado a ser executado,
posicionando a “mão de gatilho” (que é a mão que lançará a bola, sendo a mão direita,
se o passe for o de ombro direito, ou à esquerda, se o passe for o de ombro esquerdo)
atrás da bola e a outra mão na lateral interna da bola, na intenção apoiá-la, e, portanto,
chamada de “mão de apoio”.

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A partir disto e, simultaneamente, dá-se um passo frente, trocando-se sua base, sem
retirar o seu pé de apoio do solo, ao mesmo tempo em que se estende o cotovelo do
braço da “mão de gatilho”, lançando a bola no peito do seu companheiro, girando a
palma da mão que lançou a bola para fora, e deixando o polegar para baixo, também
num movimento unilateral e biarticular do cotovelo e do ombro do braço de lançamento,
conforme ilustra a figura a seguir.

Posteriormente, também se deve repetir os procedimentos referenciais do item 7 (do


passe de peito), que são alusivos à recepção dos passes.

Imagem extraída e adaptada de Zerbinato, 2013

O passe em profundidade

Características: Passe de longo alcance e de pouca precisão. Também dividido em


passe em profundidade direito e esquerdo. Utilizado, sempre, que se deseja cobrir uma
grande distância dentro da quadra, a exemplo de um contra-ataque, onde se faz
necessário que o passe seja feito de um garrafão ao outro.

Exercício-modelo sugerido:

Inicialmente, também utilizar-se de todos os mesmos procedimentos elencados no


exemplo do – passe de peito tradicional (itens 1, 2, 3 e 4).

Após isto, no momento do passe, o aprendiz deve desequilibrar o seu centro de


gravidade para trás, movendo seu pé de trás para um ponto ligeiramente mais distante
daquele da posição inicial, fazendo-se uma base com o joelho de trás semiflexionado e o
da frente estendido, sem que se retire o pé de apoio do solo.

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Em seguida, deve-se projetar o braço de lançamento (direito, se o passe em
profundidade for o direito e o esquerdo, se o passe for o esquerdo) totalmente estendido
atrás do tronco, paralelo à linda do solo, segurando-se a bola entre as pontas dos dedos e
o antebraço. O braço contrário deve estar flexionado em 90 graus à frente do corpo,
como ponto de equilíbrio.

Simultaneamente, o aprendiz projeta o tronco a frente, dando um passo à frente, sem


retirar o pé de apoio do solo, lançando a bola até o peito do seu companheiro, num
movimento de adução de ombro no plano horizontal, num movimento monoarticular do
ombro, girando a palma da mão do braço que lançou a bola para fora e deixando o
polegar para baixo.

Posteriormente, também se deve repetir os procedimentos referenciais do item 7 (do


passe de peito), que são alusivos à recepção dos passes.

Os dribles

Definição: “driblar” é o ato de conduzir a bola, que no Basquete, se faz necessário


quicá-la junto ao solo, quando se deseja locomover-se de um ponto a outro dentro da
quadra. Aqui dividido em: drible entre as pernas; drible por trás do corpo; giro
(FERREIRA e DE ROSE JÚNIOR, 2003).

Exercícios-modelo sugeridos:

1. Coloca-se os aprendizes para executarem exercícios de “zig-zag”, com cones,


utilizando-se das laterais da quadra, como se a mesma tivesse um ”corredor
imaginário”, formado pelas linhas laterais do Basquete e as linhas laterais do
voleibol (quando a quadra for poliesportiva, obviamente).

2. Neste exercício, o aprendiz vai conduzindo a bola na direção destes mesmos


cones (quando o mesmo estiver ao seu lado direito, utiliza-se a mão direita para
bater a bola e quando o obstáculo estiver ao seu lado esquerdo, utiliza-se a mão
esquerda), e, logo a frente de cada um desses cones/obstáculos, executa-se um

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dos dribles (giro, entre as pernas ou por trás do corpo), com o objetivo de mudar
de direção e mudar a bola de mão, e assim se livrar da marcação.

A seguir, três figuras ilustram o drible entre as pernas; o drible por trás do corpo e o
giro, respectivamente:

As três imagens acima: 3.1; 3.3 e 3.4 foram extraídas e adaptadas de Zerbinato, 2013

As bandejas

As bandejas constituem o único fundamento onde é permitido que o praticante possa


“locomover-se” em posse da bola, sem ter que quicá-la no solo. Obviamente que apenas
em casos especiais, a exemplo de quando o jogador já esta em progressão prévia, onde
ele tem por direito em empunhar a bola e executar até “dois passos” rítmicos para fazer
a aproximação à cesta (FERREIRA e DE ROSE JÚNIOR, 2003).

Após estas duas passadas rítmicas, o jogador fica obrigado a arremessar ou a passá-la
para outro companheiro. Dividida em “bandeja direita” e ”bandeja esquerda”, em razão
do lado da quadra e do garrafão, onde se dá a aproximação da cesta.
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 Bandeja direita: Executada sempre pelo lado direito da quadra. Utilizando
sempre o pé direito para se iniciar a bandeja, finalizando a bola com a mão
direita.

 Bandeja esquerda: Executada sempre pelo lado esquerdo da quadra. Utilizando


sempre o pé esquerdo para se iniciar a bandeja, finalizando a bola com a mão
esquerda.

Esse fundamento técnico recebe a denominação de – bandeja – em função da alusão


que faz ao mecanismo que finaliza o fundamento, comparado ao movimento de um
garçom carregando uma bandeja de bebidas, “servindo” a bola o mais próximo da cesta.

Exercícios-modelo sugeridos:

Tanto na Bandeja Direita, como na Esquerda, dispor os aprendizes em fila.

Se a opção for iniciar pelo lado direito da quadra, os aprendizes irão conduzir a bola
com a com a mão direita, até um ponto próximo do garrafão, que poderá estar
demarcado com arcos, fita adesiva, ou até mesmo com giz, indicando o posicionamento
e a ordem correta dos pés direito e esquerdo, que deve ser seguida.

Próximo à cesta, o aprendiz executa a última batida da bola, juntamente quando o pé


esquerdo ainda está no solo; faz a empunhadura da bola e inicia-se a bandeja direita: “2
passos”, inicialmente com o pé direito e depois com o pé esquerdo; finalizando-se,
levantando o joelho direito e arremessando a bola até a cesta com a mão direita,
conforme ilustração abaixo.

Na Bandeja Esquerda, no lado esquerdo do garrafão/quadra, os mesmos aprendizes


conduzirão a bola com a com a mão esquerda, também até um ponto próximo ao
garrafão, que também poderá estar demarcado.

Próximo à cesta, o aprendiz executa a última batida da bola, quando o pé direito ainda
está em contato com o solo; faz-se a empunhadura da bola e inicia-se a bandeja
esquerda: “2 passos”, inicialmente com o pé esquerdo e depois com o pé direito;
finalizando-se, levantando o joelho esquerdo e arremessando a bola até a cesta com a
mão esquerda.

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Imagem extraída e adaptada de Zerbinato, 2013

Os arremessos

O arremesso é o fundamento técnico onde o praticante, intencionalmente, tenta


marcar um ponto durante a partida; e pode ser dividido em arremessos de curtas
distâncias, geralmente aqueles próximos ou dentro do garrafão; arremessos de médias
distâncias, aqueles fora das linhas restritivas, mas, ainda dentro da zona de dois pontos;
e arremessos de longas distâncias, realizados após a linha de três pontos; e o lance-livre,
que tem por particularidade ser realizado após a equipe adversária ser penalizada por
alguma infração à regra, onde o executante tem a permissão de realizar a cobrança de
lances consecutivos, sem marcação ou a possibilidade de interceptação. Realizado na
linha de lances-livres (FERREIRA e DE ROSE JÚNIOR, 2003).

Regra geral para o ensinamento dos arremessos

Característica: para se ensinar os arremessos, ou o “Jump” (palavra que deriva do


verbo em Inglês – saltar), quer seja os de curtas, os de médias ou os de longas
distâncias, onde se procede da mesma maneira como nos outros fundamentos básicos do
Basquetebol, iniciando-se identificando se o aprendiz é “destro” ou “sinistro”, mas,
considerando-se uma característica particular dos arremessos, em relação aos passes, e,
dividido em duas fases:

Primeira fase do Processo de ensino/aprendizagem do arremesso denominada de:


“Fase do engatilhar o arremesso”:

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 Posiciona-se de frente para a cesta, com o aprendiz em afastamento látero-lateral
dos pés, numa a largura maior ou igual a dos seus ombros.

 Com um dos pés ligeiramente à frente. Crianças destras: pé direito ligeiramente


à frente. Crianças sinistras: pé esquerdo ligeiramente à frente

 Coloca-se a bola na altura do peito, com os cotovelos fechados, posicionando-se


a mão de arremesso atrás da bola e a mão contrária, de apoio, na lateral da
mesma.

 No momento do arremesso, executa-se o movimento de elevação da bola sobre a


cabeça e, simultaneamente, realiza-se uma flexão dos joelhos, dos quadris, do
tronco e dos tornozelos, fazendo-se que tudo isto se configure na primeira fase
do arremesso, construída de movimentos preparatórios e, por isso, denominada
de fase do “engatilhar” o arremesso. De prepará-lo!

Segunda fase: Fase do “desengatilhar o arremesso”, do “shoot”, do “tiro”, ou do


arremesso propriamente dito:

 Assim, num segundo momento, executa-se todos os movimentos contrários do


“engatilhamento” do arremesso, ou seja: o movimento de extensão do cotovelo
do braço de arremesso, a flexão do punho do mesmo braço, e, simultaneamente a
extensão dos dois joelhos, dos dois tornozelos, dos quadris e do tronco.
Simultaneamente, salta-se para cima, fazendo com que a bola gire no seu eixo
contrário.

 Devendo, o arremessador, após o arremesso, aterrissar no mesmo local de onde


partiu o salto para o arremesso, evitando o desequilíbrio de seu corpo e a
consequente invasão do espaço dos adversários, desrespeitando o princípio do
cilindro.

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Imagem extraída e adaptada de Zerbinato, 2013

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Considerações finais

Por fim, na perspectiva de uma análise conclusiva, o Basquetebol, desporto


originalmente norte-americano, com difusão mundial, evoluiu exponencialmente, e, por
consequência, variáveis metodológicas surgiram e/ou se aperfeiçoaram para garantir a
optimização dos resultados, resultando em diferentes abordagens, a exemplo das que
aqui foram citadas e discutidas.

As sugestões aqui apresentadas são desenvolvidas através do método parcial, que


consiste em ensinar uma destreza motora por partes para, posteriormente, uni-las entre
si, bem como do método global, que consiste em ensinar uma destreza motora
apresentando-a no seu conjunto (XAVIER, 1986).

Não obstante, que este trabalho possa contribuir para o enriquecimento do material
bibliográfico sobre a temática e também possa fomentar a discussão com profissionais
de Educação Física e do desporto, estudantes, técnicos, atletas e ex-atletas, que se
interessem no estudo e na pesquisa sobre uma das modalidades esportivas mais
deslumbrantes do desporto mundial, instigando, portanto, outros profissionais e
pesquisadores a discorrerem, com ainda mais particularidades, sobre os principais
aspectos metodológicos do Basquetebol.

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Referências Bibliográficas

 DE ROSE JÚNIOR, D; TRÍCOLI, V. Basquetebol: uma visão integrada entre


ciência e prática. Barueri, SP: Manole, 2005.

 FERREIRA, A. E; DE ROSE JÚNIOR, D. Basquetebol: técnicas e táticas: uma


abordagem didático-pedagógica. São Paulo: E. P. U: Editora Pedagógica e
Universitária da USP, 2003.

 KUNZ, E. et al. Didática da Educação Física 1. 3a ed. Ijuí: Unijuí, 2003.

 LIBÂNEO, J. C. Didática. São Paulo: Cortez, 1994.

 OLIVEIRA, José Eduardo Costa de. Basquetebol. Aspectos Históricos e


Funcionais. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, ano 17, n. 174,
nov. 2012. http://www.efdeportes.com/efd174/basquetebol-aspectos-historicos-
e-funcionais.htm

 ____. James Naismit. O criador do Basquetebol. EFDeportes.com, Revista


Digital. Buenos Aires, ano 18, n. 180, mai.
2013. http://www.efdeportes.com/efd180/james-naismith-o-criador-do-
basquetebol.htm

 XAVIER, T. P. Métodos de Ensino em Educação Física. São Paulo: Manole,


1986.

 ZERBINATO, F. Fundamentos Técnicos do Basquetebol. Disponível em


http://www.slideshare.net/ferzerbinato/fundamentos-tecnicos-do-basquetebol.
Acesso em 30/05/2013.

 Manual do Curso de Licenciatura em Educação Física e Desporto de


Basquetebol Universidade Católica de Moçambique, Centro de Ensino à
Distância, II Semestre, 2023.

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