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Presidente
CARLOS EDUARDO MOREIRA ALVES
Vice-Presidente
KASSIO NUNES MARQUES
Corregedor Regional
MARIA DO CARMO CARDOSO
Desembargadores
Jirair Aram Meguerian Mônica Sifuentes
Olindo Menezes Néviton Guedes
Mário César Ribeiro Novély Vilanova
Cândido Ribeiro Ney Bello
Hilton Queiroz Marcos Augusto de Sousa
I'talo Mendes João Luiz de Souza
José Amilcar Machado Gilda Sigmaringa Seixas
Daniel Paes Ribeiro Jamil de Jesus Oliveira
João Batista Moreira Hercules Fajoses
Souza Prudente Carlos Pires Brandão
Francisco de Assis Betti Francisco Neves da Cunha
Ângela Catão Daniele Maranhão Costa
Wilson Alves de Souza
Diretor-Geral
Carlos Frederico Maia Bezerra
Sumário
Unidade Pág.
1ª Vara Cível - SJDF 3
3ª Vara Cível - SJDF 17
6ª Vara Cível - SJDF 22
7ª Vara Cível - SJDF 25
10ª Vara Criminal - SJDF 29
13ª Vara Cível - SJDF 32
14ª Vara Cível - SJDF 61
15ª Vara Cível - SJDF 87
16ª Vara Cível - SJDF 91
18ª Vara de Execução Fiscal - SJDF 94
19ª Vara de Execução Fiscal - SJDF 103
23ª Vara JEF - SJDF 105
25ª Vara JEF - SJDF 120
Turma Recursal - SJDF 126
NUCOD - Núcleo de Apoio à Coordenação dos JEFs - SJDF 661
3
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Diário Eletrônico da Justiça Federal da 1ª Região - eDJF1
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Atos da Exma. : DRA. SOLANGE SALGADO DA SILVA
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AUTOR : CELG GERACAO E TRANSMISSAO S/A
ADVOGADO : GO00039617 - ANA CARLA VAZ PORTO
ADVOGADO : GO00024131 - CID PADUA AGUIRRE
ADVOGADO : GO00031725 - DANIEL VINICIOS NUNES VIEIRA
ADVOGADO : GO00034869 - MICHELLE NUNES SILVA
ADVOGADO : GO00036850 - RAPHAEL SILVEIRA BARROS
REU : CAMARA DE COMERCIALIZACAO DE ENERGIA ELETRICA CCEE
ADVOGADO : DF00026638 - HALISSON ADRIANO COSTA
ADVOGADO : DF00043243 - MARCELO BRAZ FONSECA
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Ante o exposto, REJEITO os pedidos, nos termos do art. 487, I, do Novo Código de Processo Civil .
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no que se refere à regularidade do preparo, nos termos do artigo 1.010, § 3º, do mesmo diploma legal.
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Numeração única: 20847-47.2017.4.01.3400
20847-47.2017.4.01.3400 AÇÃO ORDINÁRIA / TRIBUTÁRIA
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AUTOR : NIVALDO MARTINS DE LIMA
ADVOGADO : DF00030810 - PRISCILA DE ALMEIDA JULIANO
ADVOGADO : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
ADVOGADO : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
REU : UNIAO FEDERAL
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Atos da Exma. : DRA. SOLANGE SALGADO DA SILVA
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REU : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE - FUNASA
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Numeração única: 73436-84.2015.4.01.3400
73436-84.2015.4.01.3400 AÇÃO ORDINÁRIA / SERVIÇOS PÚBLICOS
EXQTE : SINDICATO DOS TRABDE EMPE ORGAOS PUBE PRIVDE PROCDADOS SERVINFSIME PROFDE
PROCDO DF
ADVOGADO : DF00023165 - DIOGO FONSECA SANTOS KUTIANSKI
ADVOGADO : DF00028648 - DELIANA MACHADO VALENTE
EXCDO : UNIAO (FAZENDA NACIONAL)
EXCDO : DELEGADO DA RECEITA FEDERAL NO DISTRITO FEDERAL
EXCDO : PRESIDENTE DO SERVICO FEDERAL DE PROCESSAMENTO DE DADOS
ADVOGADO : DF00022718 - NELSON LUIS CRUZ MARANGON
ADVOGADO : DF00023165 - DIOGO FONSECA SANTOS KUTIANSKI
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AUTOR : JOAO DE OLIVEIRA BRITO
ADVOGADO : DF00039232 - LEONARDO DA COSTA
REU : UNIAO FEDERAL
REU : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA
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Ante o exposto:
1) Intime-se a parte autora para, no prazo de 15 (quinze) dias úteis,
retificar e justificar, mediante planilha de cálculo, o valor atribuído à causa, já
que atribui à causa o valor de R$ 50.000,00 (fl. 31), ao passo que à fl.29 postula a
condenação das rés no pagamento de dano moral no valor de R$ 20.000,00 por ano
de contato ou, subsidiariamente, de R$ 4.159,77 por ano de contato, esse atualizado
até 03/2015.
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REU : JULIO CESAR E SILVA
REU : VALDECI RODRIGUES DA SILVA
ADVOGADO : MA00003180 - CRISOGONO RODRIGUES VIEIRA
ADVOGADO : PR00018035 - CEZAR PAULO LAZZAROTTO
ADVOGADO : SP00144417 - JOSE ANTONIO DE CASTRO
ADVOGADO : SP00127683 - LIUZ MAURO DE SOUZA
ADVOGADO : MG00056847 - HEBER FRANCISCO GONCALVES
ADVOGADO : AL00004489 - MIRABEL ALVES ROCHA
ADVOGADO : PE00022452 - AUGUSTO MARCOS GOMES EVANGELISTA
Considerando a sistemática processual empreendida com o disposto no parágrafo único do art. 516 do CPC, que possibilita ao
credor optar pelo Juízo do atual domicílio do executado ou do local onde se encontrem os bens sujeitos à execução, defiro o
pedido formulado pela União (fl. 148/148-v), para determinar a remessa do presente feito à Seção Judiciária de Paraíba/PB.
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REU : BRUNO COSTA DE ALBUQUERQUE MARANHAO
REU : ZITA ALVES SOARES DOS PASSOS
REU : WALDEMAR NOGUEIRA
REU : ANDERSN JOSE DE LIMA SILVA
REU : JOSE PEREIRA DA SILVA
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Diário Eletrônico da Justiça Federal da 1ª Região - eDJF1
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Atos da Exma. : DRA. KÁTIA BALBINO DE CARVALHO FERREIRA
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Atos da Exma. : DRA. KÁTIA BALBINO DE CARVALHO FERREIRA
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Juiz(a) Titular : DRA.KÁTIA BALBINO DE CARVALHO FERREIRA
Juiz(a) Subst. : DR.BRUNO ANDERSON SANTOS DA SILVA
0052953-96.2016.4.01.3400
201634000568772
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : FRANCISCO AURELIANO DOUTO
Advg. : DF00019345 - THIAGO DINIZ SEIXAS
Reu : FUNDO DE SAUDE DA MARINHA (FUSMA)
Nos termos da Portaria 3ª Vara/DF, vista à parte autora dos documentos juntados
pela parte ré, especialmente sobre o atendimento domiciliar consignado a partir da
alta médica.
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PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
JEF SP. ADJ - 3ª BRASÍLIA
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Juiz(a) Titular : DRA.KÁTIA BALBINO DE CARVALHO FERREIRA
Juiz(a) Subst. : DR.BRUNO ANDERSON SANTOS DA SILVA
0014023-09.2016.4.01.3400
201634000370561
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : NATHALIA EMANUELLE GASPARINI DE MAGALHAES
Advg. : DF00048523 - VICTOR FONTELES CAVALCANTI
Advg. : DF00044814 - MARCOS EDUADO GASPARINI DE MAGALHAES
Advg. : DF00037060 - HERBET GASPARINI DE MAGALHAES
Reu : DISTRITO FEDERAL*
Reu : UNIAO FEDERAL
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Diário Eletrônico da Justiça Federal da 1ª Região - eDJF1
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Atos da Exma. : DRA. IVANI SILVA DA LUZ
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ADVOGADO : DF00022834 - TIAGO CARDOZO DA SILVA
ADVOGADO : DF00038870 - PAULO FORTUNA NEVES
PROCUR : DF00019960 - TARLEY MAX DA SILVA
ASSIST. : EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELEGRAFOS
ADVOGADO : DF00009476 - MARIA DE FATIMA MORAIS SELEME
ADVOGADO : DF00017587 - FERNANDO HENRIQUE S. VIEIRA
ADVOGADO : DF00024113 - RAMON DANTAS MANHAES SOARES
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Diário Eletrônico da Justiça Federal da 1ª Região - eDJF1
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL-7ª VARA - BRASÍLIA
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
EXPEDIENTE DO DIA 06 DE NOVEMBRO DE 2019
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL-7ª VARA - BRASÍLIA
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
EXPEDIENTE DO DIA 06 DE NOVEMBRO DE 2019
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL-7ª VARA - BRASÍLIA
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
EXPEDIENTE DO DIA 06 DE NOVEMBRO DE 2019
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Diário Eletrônico da Justiça Federal da 1ª Região - eDJF1
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA
Seção Judiciária do Distrito Federal - 10ª Vara Federal Criminal da SJDF
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Juiz Substituto : RICARDO AUGUSTO SOARES LEITE
O Ministério Público Federal manifestou-se pelo indeferimento do pedido por entender que
RONAN RIVADAVIA SILVA não comprovou ter emprego e residência fixos e pelo fato de ainda não ter
sido citado na presente ação penal (id 99469379).
Decido.
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O denunciado vem cumprindo as medidas cautelares diversas da prisão que lhe foram
impostas por ocasião do recebimento da denúncia. Ademais, a defesa juntou passagem de ida e volta (id
93685877) e informou o endereço onde permanecerá em Miami/Florida.
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Intime-se. Cientifique-se.
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Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Diário Eletrônico da Justiça Federal da 1ª Região - eDJF1
PODER JUDICIÁRIO
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Dir. Secret. : ALINNE DORVINA FARIA DE LIMA ARANTES MORAES
Pretende a autora a demarcação a área rural de 2 (dois) hectares, denominado chácara n 01, gleba n 2 , da Fazenda Ponte Alta
Norte, com a seguinte localização, perímetro de propriedade: 1ª ponto E(X) 172396,40 e N(Y) 8233793,87; 2ª ponto E(X)
172313,62 e N(Y) 8233737,77; 3ª ponto E(X) 172183,48 e N(Y) 8233889,63; e 4ª ponto E(X) 172266,26 e N(Y) 8233945,73,
adquiridos de Ulisses Dantas de Araújo, portador do CPF nª 024.100.441-15 e CI nª 1130335/SSPDF, denominado Fazenda Ponte
Alta, inscrita sob a matrícula nº 9.837.
Conforme pacífico entendimento da Corte Superior de Justiça, “é assente que o critério definidor da competência da Justiça Federal
é ratione personae, ou seja, considera a natureza das pessoas envolvidas na relação processual, sendo irrelevante, para esse
efeito e ressalvadas as exceções mencionadas no texto constitucional, a natureza da demanda sob o ponto de vista do direito
material ou do pedido formulado na ação” (STJ - AgRg no CC 139464 / DF - Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES (1141) - S1 -
PRIMEIRA SEÇÃO - DJe 30/05/2017).
No presente caso, conforme aduzido na peça de ingresso, “homologados os esboços de Partilha que especifica a cessão de
direitos referentes aos imóveis, sobreveio em 30/04/1985 o trânsito em julgado da sentença anteriormente mencionada,
reconhecendo que nem a União Federal, nem a TERRACAP seriam proprietárias do referido imóvel”.
Por sua vez, colhe-se da peça resistência oferecida pela Terracap que “o imóvel objeto da presente lide está inserido área
incorporada ao patrimônio da Terracap conforme R.1/2.126, do 5º Ofício do Registro Imobiliário do Distrito Federal" (iD. 5962840).
Logo, infere-se que o litígio gravita em torno da disputa de titularidade da área entre particular e empresa pública vinculada ao
Governo do Distrito Federal, bem como da legalidade do ato fiscalizatório empreendido pela AGEFIS.
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No caso, cumpre ressaltar que nem mesmo a União defende se tratar de área de sua propriedade, restando indicado que se cuida
de área incorporada ao patrimônio da Terracap, como acima referido, o que impõe a exclusão do ente federal no polo passivo da
demanda.
Na hipótese versada, verifica-se que se cuida, em verdade, de controvérsia que opõe particular a um ente público integrante da
estrutura do Distrito Federal, não havendo interesse direto de ente federal.
Assim, e, consoante orientação firmada na Súmula nº 150 do Superior Tribunal de Justiça, no sentido de que “compete à Justiça
Federal decidir sobre a existência de interesse jurídico que justifique a presença, no processo, da União, suas autarquias ou
empresas públicas”, concluo que a União não ostenta interesse jurídico na demanda e não mantém pertinência subjetiva com o
objeto litigioso, o que desafia sua exclusão do pólo passivo e, por consequência, afasta a competência da Justiça Federal.
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Tais as razões, tratando-se de competência absoluta, que deve ser conhecida de ofício, DECLARO A INCOMPETÊNCIA DA
JUSTIÇA FEDERAL, para processar e julgar a causa.
Determino, assim, nos termos dos artigos 64 do CPC, SEJA EXCLUÍDA A UNIÃO do polo passivo, bem como a remessa dos autos
ao juízo distribuidor do TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS – TJDFT, mediante as baixas e os
registros de praxe.
Intime-se. Cumpra-se.
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PODER JUDICIÁRIO
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Dir. Secret. : ALINNE DORVINA FARIA DE LIMA ARANTES MORAES
Pretende a autora a demarcação a área rural de 2 (dois) hectares, denominado chácara n 01, gleba n 2 , da Fazenda Ponte Alta
Norte, com a seguinte localização, perímetro de propriedade: 1ª ponto E(X) 172396,40 e N(Y) 8233793,87; 2ª ponto E(X)
172313,62 e N(Y) 8233737,77; 3ª ponto E(X) 172183,48 e N(Y) 8233889,63; e 4ª ponto E(X) 172266,26 e N(Y) 8233945,73,
adquiridos de Ulisses Dantas de Araújo, portador do CPF nª 024.100.441-15 e CI nª 1130335/SSPDF, denominado Fazenda Ponte
Alta, inscrita sob a matrícula nº 9.837.
Conforme pacífico entendimento da Corte Superior de Justiça, “é assente que o critério definidor da competência da Justiça Federal
é ratione personae, ou seja, considera a natureza das pessoas envolvidas na relação processual, sendo irrelevante, para esse
efeito e ressalvadas as exceções mencionadas no texto constitucional, a natureza da demanda sob o ponto de vista do direito
material ou do pedido formulado na ação” (STJ - AgRg no CC 139464 / DF - Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES (1141) - S1 -
PRIMEIRA SEÇÃO - DJe 30/05/2017).
No presente caso, conforme aduzido na peça de ingresso, “homologados os esboços de Partilha que especifica a cessão de
direitos referentes aos imóveis, sobreveio em 30/04/1985 o trânsito em julgado da sentença anteriormente mencionada,
reconhecendo que nem a União Federal, nem a TERRACAP seriam proprietárias do referido imóvel”.
Por sua vez, colhe-se da peça resistência oferecida pela Terracap que “o imóvel objeto da presente lide está inserido área
incorporada ao patrimônio da Terracap conforme R.1/2.126, do 5º Ofício do Registro Imobiliário do Distrito Federal" (iD. 5962840).
Logo, infere-se que o litígio gravita em torno da disputa de titularidade da área entre particular e empresa pública vinculada ao
Governo do Distrito Federal, bem como da legalidade do ato fiscalizatório empreendido pela AGEFIS.
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No caso, cumpre ressaltar que nem mesmo a União defende se tratar de área de sua propriedade, restando indicado que se cuida
de área incorporada ao patrimônio da Terracap, como acima referido, o que impõe a exclusão do ente federal no polo passivo da
demanda.
Na hipótese versada, verifica-se que se cuida, em verdade, de controvérsia que opõe particular a um ente público integrante da
estrutura do Distrito Federal, não havendo interesse direto de ente federal.
Assim, e, consoante orientação firmada na Súmula nº 150 do Superior Tribunal de Justiça, no sentido de que “compete à Justiça
Federal decidir sobre a existência de interesse jurídico que justifique a presença, no processo, da União, suas autarquias ou
empresas públicas”, concluo que a União não ostenta interesse jurídico na demanda e não mantém pertinência subjetiva com o
objeto litigioso, o que desafia sua exclusão do pólo passivo e, por consequência, afasta a competência da Justiça Federal.
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Tais as razões, tratando-se de competência absoluta, que deve ser conhecida de ofício, DECLARO A INCOMPETÊNCIA DA
JUSTIÇA FEDERAL, para processar e julgar a causa.
Determino, assim, nos termos dos artigos 64 do CPC, SEJA EXCLUÍDA A UNIÃO do polo passivo, bem como a remessa dos autos
ao juízo distribuidor do TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS – TJDFT, mediante as baixas e os
registros de praxe.
Intime-se. Cumpra-se.
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PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA
Seção Judiciária do Distrito Federal - 13ª Vara Federal Cível da SJDF
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Juiz Substituto : MARCOS JOSÉ BRITO RIBEIRO
Na hipótese dos autos, verifico que, antes mesmo da apresentação de contestação pela Ré, a autora expressou seu intento em
desistir da ação, o que autoriza a homologação deste ato de disposição sem necessidade de oitiva da parte contrária (CPC, art.
485, §4º).
Ante o exposto, JULGO EXTINTA a presente ação, sem resolução de mérito, termos dos arts. 485, VIII e 200, ambos do Código de
Processo Civil.
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL-13ª VARA - BRASÍLIA
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
EXPEDIENTE DO DIA 06 DE NOVEMBRO DE 2019
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ADVOGADO : DF0001508A - AIDA DUTRA DANTAS
IMPDO : PROCURADOR CHEFE DA FAZENDA NACIONAL DO DISTRITO FEDERAL
IMPDO : DELEGADA DA RECEITA FEDERAL EM BRASILIA
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REU : UNIAO FEDERAL
Retorno dos autos do TRF/1ª Região. Dê-se vista às partes, pelo prazo de 05 (cinco) dias.
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Numeração única: 24109-83.2009.4.01.3400
2009.34.00.024265-0 AÇÃO ORDINÁRIA / OUTRAS
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ADVOGADO : DF00002787 - IVO EVANGELISTA DE AVILA
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
REU : UNIAO FEDERAL
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AUTOR : CERAMICA BARREIRAO LTDA
ADVOGADO : GO00029631 - CLEICE MARIA DE SOUSA
ADVOGADO : GO00026070 - JANINE ALMEIDA SOUSA DE OLIVEIRA
ADVOGADO : GO00003270 - PEDRO MARCIO MUNDIM DE SIQUEIRA
REU : UNIAO FEDERAL
REU : CENTRAIS ELETRICAS BRASILEIRAS S/A - ELETROBRAS
ADVOGADO : DF00016537 - CESAR VILAZANTE CASTRO
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EMBDO : BENTO FERNANDES DE CARVALHO
EMBDO : AYRTON LINS FRANCA
EMBDO : AUGUSTO GOMES DA COSTA
EMBDO : ARI DE MORAES ANDRADE
EMBDO : ANTONIO ELIAS FILHO
EMBDO : AFRODISIO BATISTA DOS ANJOS
ADVOGADO : DF00026957 - PAULO VICTOR MARCONDES BUZANELLI
ADVOGADO : SP00019383 - THOMAS BENES FELSBERG
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Numeração única: 38473-94.2008.4.01.3400
2008.34.00.039053-7 AÇÃO ORDINÁRIA / SISTEMA FINANCEIRO DE HABITAÇÃO (SFH)
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Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
51
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
52
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
53
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
54
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
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Diário Eletrônico da Justiça Federal da 1ª Região - eDJF1
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA
Seção Judiciária do Distrito Federal - 14ª Vara Federal Cível da SJDF
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Juiz Substituto : EDUARDO SANTOS DA ROCHA PENTEADO
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA
Seção Judiciária do Distrito Federal - 14ª Vara Federal Cível da SJDF
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Juiz Substituto : EDUARDO SANTOS DA ROCHA PENTEADO
Dar ciência acerca da perícia marcada pelo perito a ser realizada no dia 02/12/2019, Segunda-Feira, às 13:00h, na sala 508,
localizada no 5º andar do Bloco "A" do Edifício Sede do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, Praça Municipal, Lote
1, Brasília-DF.
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PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL-14ª VARA - BRASÍLIA
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EXPEDIENTE DO DIA 06 DE NOVEMBRO DE 2019
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EXQTE : HELCIO MOREIRA DE MATTOS E OUTROS
ADVOGADO : DF00009930 - ANTONIO TORREAO BRAZ FILHO
ADVOGADO : DF00050150 - MARIANA FERNANDES
ADVOGADO : DF00029363 - CAMILA TIBURTINO ALVES DE SENA
EXCDO : ADVOCACIA GERAL DA UNIAO
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL-14ª VARA - BRASÍLIA
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EXPEDIENTE DO DIA 06 DE NOVEMBRO DE 2019
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EXCDO : UNIAO
requerido, expeçam-se os requisitórios conforme valor homologado (planilha de fl. 492), utilizando-se como data base a
data de atualização dos cálculos, 10/2009. Após, dê-se vista às partes. Sem impugnações, remetam-se os expedientes
para o TRF da 1ª Região e suspenda-se o feito até o pagamento.
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EXCDO : UNIAO (FAZENDA NACIONAL)
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Numeração única: 27083-06.2003.4.01.3400
2003.34.00.027103-6 LIQUIDAÇÃO POR ARBITRAMENTO
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EMBDO : LINEU ALVES CAVALCANTE
EMBDO : IVAN BARBOSA DA SILVA
EMBDO : CELSO GONCALVES TROIANO
ADVOGADO : DF00002787 - IVO EVANGELISTA DE AVILA
ADVOGADO : DF00031766 - CAROLINE DANTE RIBEIRO
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EXQTE : MARLENE LORENZO E OUTROS
EXQTE : DANIEL LEOPOLDO DO NASCIMENTO
ADVOGADO : DF00006102 - ALZIR LEOPOLDO DO NASCIMENTO
ADVOGADO : DF00015130 - DANIEL LEOPOLDO DO NASCIMENTO
EXCDO : UNIAO FEDERAL
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O Exmo. Sr. Juiz exarou:
Defiro o pedido de dilação de prazo por 10 (dez) dias. Anotem-se as procurações de fls. 693/695. Intimem-se os
interessados . Após, cumpra-se o que couber na decisão de fl. 675
dos autos em Secretaria por prazo mínimo, tal como antes previsto no § 5º do art. 475-J do diploma revogado.
4. A Portaria PRESI 8016281 de 24/04/2019 regulamentou os procedimentos relacionados ao sistema de Processo
Judicial Eletrônico – PJE, determinando que todos os requerimentos de cumprimento de sentença referentes a
processos físicos devem ser protocolados via sistema PJE (Art. 13). 5. Assim, eventual peticionamento do cumprimento
de sentença deverá ocorrer via sistema PJE, comprovando nestes autos a diligência.
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EXCDO : UNIAO FEDERAL
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EXCDO : UNIAO (FAZENDA NACIONAL)
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Numeração única: 17205-13.2010.4.01.3400
17205-13.2010.4.01.3400 CUMPRIMENTO DE SENTENCA/DESMEMBRA
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REQDO. : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
REQDO. : SEPROS FUNDO MULTIPATROCINADO
ADVOGADO : DF00045861 - CRISTIANE DE CASTRO FONSECA DA CUNHA
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ADVOGADO : DF00043986 - GUSTAVO DAL BOSCO
ADVOGADO : DF00052672 - PATRICIA FREYER
ADVOGADO : SP00166349 - GIZA HELENA COELHO
RÉU : VILSON LIMIRIO
RÉU : VILSON LIMIRIO
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL-14ª VARA - BRASÍLIA
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EXPEDIENTE DO DIA 06 DE NOVEMBRO DE 2019
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REU : UNIAO FEDERAL
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O Exmo. Sr. Juiz exarou:
A Portaria COGER 8388486 passou a dispor sobre a nova sistemática acerca do levantamento dos créditos
disponibilizados nas contas judiciais. Assim, os herdeiros deverão ser intimados para apresentar suas contas correntes
para que o valor disponibilizado à fl. 879 seja transferido na proporção de 50% (cinquenta por cento) para cada
herdeiro. Apresentadas as contas, expeça-se ofício à agência 2301 da CEF, autorizando a transferência do valor
depositado na conta judicial nº 513388098-5 dentro do percentual estabelecido no parágrafo anterior, salientando à
instituição financeira que não deverá haver desconto de imposto de renda, tendo em vista o objeto desta ação ser
repetição de indébito de imposto de renda, dando vista aos herdeiros após o cumprimento da diligência pelo Banco.
Caso o valor depositado na conta judicial já tenha sido objeto de devolução aos cofres públicos em cumprimento à Lei
13.463/2017, nova requisição de pagamento deverá ser expedida em nome dos herdeiros e dentro dos percentuais já
definidos nesta decisão. Expedidos novos requisitórios, dê-se vista às partes pelo prazo de 05 (cinco) dias e sem
impugnações, remeter os aludidos expedientes ao TRF, suspendendo os autos até o pagamento das requisições ou o
julgamento do agravo de instrumento interposto pelas partes. Intimem-se. Cumpra-se.
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Numeração única: 38704-24.2008.4.01.3400
2008.34.00.039284-2 CUMPRIMENTO DE SENTENCA
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ADVOGADO : DF00042310 - GELSON VILMAR DICKEL
ADVOGADO : DF00008600 - EDSON MARAUI
ADVOGADO : DF00050561 - BRUNO BATISTA SANTIAGO
ADVOGADO : DF00034308 - ANTONIO HENRIQUE MEDEIROS COUTINHO
ADVOGADO : DF00009930 - ANTONIO TORREAO BRAZ FILHO
ADVOGADO : DF00035721 - RONALDO BARBOSA DE OLIVEIRA FILHO
ADVOGADO : DF00018073 - ARTHUR LIMA GUEDES
ADVOGADO : DF00034311 - DANIEL VIEIRA BOGEA SOARES
ADVOGADO : DF00043391 - GILBERTO MENDES CALASANS GOMES
ADVOGADO : DF00014005 - CLAUDIO RENATO DO CANTO FARAG
ADVOGADO : DF00030250 - FERNANDO DE CARVALHO E ALBUQUERQUE
ADVOGADO : CE00012622 - ROSE ANNE DE DEUS E VALLE
ADVOGADO : CE00005458 - PAULO CESAR FRANCO DE CASTRO
ADVOGADO : DF00021932 - MARCELO LEAL DE LIMA OLIVEIRA
ADVOGADO : DF00037651 - SAULO FARIA CARAM ZUQUIM
ADVOGADO : DF00008662 - JOSE CARLOS DE MENEZES
ADVOGADO : DF00054705 - MARINA NOVETTI VELLOSO
ADVOGADO : DF00035470 - ALANA ABILIO DINIZ VILA NOVA
ADVOGADO : CE00023880 - MELINA MARIA ALVES DE MACEDO
ADVOGADO : DF00031718 - FELIPE TEIXEIRA VIEIRA
ADVOGADO : RN00003876 - FABIO SARINHO PAIVA
ADVOGADO : SP00142109 - BENEDITO CEREZZO PEREIRA FILHO
ADVOGADO : DF00011306 - SERGIO ROBERTO RONCADOR
ADVOGADO : DF00021070 - MERISON MARCOS AMARO
ADVOGADO : DF00017338 - CELSO LUIZ BRAGA DE LEMOS
ADVOGADO : SP00147278 - PEDRO PAULO DE REZENDE PORTO FILHO
ADVOGADO : DF00041950 - LUIZ EDUARDO RUAS BARCELLOS DO MONTE
ADVOGADO : DF00009191 - SAVIO DE FARIA CARAM ZUQUIM
ADVOGADO : DF00048370 - GUILHERME SIQUEIRA COELHO DE PAULA
ADVOGADO : DF00025136 - NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES
ADVOGADO : DF00029327 - JOSE LAVINAS DA ROCHA FILHO
ADVOGADO : DF00049341 - ANTONIO MIGUEL PENAFORT QUEIRÓS GROSSI
ADVOGADO : DF00031195 - LEONARDO CONTE AZEVEDO DE SOUZA
ADVOGADO : DF00041066 - LAURA BEATRIZ DEZINGRINI FONTOURA
ADVOGADO : DF00045286 - LUIZ CLAUDIO ARAUJO RIBEIRO
ADVOGADO : DF00028403 - CAIO EDUARDO DE SOUSA MOREIRA
ADVOGADO : DF00021550 - LUCIANE COELHO CARVALHO
ADVOGADO : DF00035601 - NATALIA FARIAS DE CARVALHO
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Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
pedido do requerido. 1) Transcorrido o prazo legal da decisão de fls. 7.423/7.425, retornem os autos conclusos para
Deliberação. Publique-se.
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PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL-14ª VARA - BRASÍLIA
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
EXPEDIENTE DO DIA 06 DE NOVEMBRO DE 2019
EMBTE : UNIAO
EMBDO : ESPOLIO DE FELIX ELIAS ASSAD ASBEG
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
EMBDO : JOSE FELICIANO DE OLIVEIRA
EMBDO : MARIA DAS MERCES BESSA
EMBDO : JOSE SILVESTRE FERREIRA
EMBDO : ESTELA DE CAMPOS
ADVOGADO : DF00022050 - RODRIGO ALBUQUERQUE DE VICTOR
ADVOGADO : DF00007788 - LUCIO GAIAO TORREAO BRAZ
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
REU : UNIAO
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Diário Eletrônico da Justiça Federal da 1ª Região - eDJF1
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL-15ª VARA - BRASÍLIA
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
EXPEDIENTE DO DIA 06 DE NOVEMBRO DE 2019
PORTARIA - 9095967
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
O Juiz Federal da 15ª Vara da Seção Judiciária do Distrito Federal e Juiz Corregedor da
Penitenciária Federal em Brasília-DF, Francisco Codevila, no uso de suas atribuições legais, etc,
RESOLVE:
Francisco Codevila
Juiz Federal da 15ª Vara
Juiz Corregedor da PFBRA - Penitenciária Federal em Brasília-DF
Documento assinado eletronicamente por Francisco Renato Codevila Pinheiro Filho, Juiz Federal,
em 05/11/2019, às 17:48 (horário de Brasília), conforme art. 1º, III, "b", da Lei 11.419/2006.
https://sei.trf1.jus.br/sei/controlador.php?acao=documento_imprimir_web&acao_origem=arvore_visualizar&id_documento=9819536&infra_sistem… 1/2
06/11/2019 SEI/TRF1 - 9095967 - Portaria
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Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
SAU/SUL - Quadra 2, Bloco G, Lote 8 - CEP 70070-933 - Brasília - DF - www.trf1.jus.br/sjdf/
0006657-04.2018.4.01.8005 9095967v51
https://sei.trf1.jus.br/sei/controlador.php?acao=documento_imprimir_web&acao_origem=arvore_visualizar&id_documento=9819536&infra_sistem… 2/2
91
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Diário Eletrônico da Justiça Federal da 1ª Região - eDJF1
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA
Seção Judiciária do Distrito Federal - 16ª Vara Federal Cível da SJDF
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Juiz Substituto : FLÁVIA DE MACÊDO NOLASCO
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA
Seção Judiciária do Distrito Federal - 16ª Vara Federal Cível da SJDF
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Juiz Substituto : FLÁVIA DE MACÊDO NOLASCO
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Diário Eletrônico da Justiça Federal da 1ª Região - eDJF1
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
AUTOS COM SENTENÇA
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
penhora. (...)
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O Exmo. Sr. Juiz exarou :
(...) RAZÕES PELAS QUAIS extingo a execução, nos termos do artigo 924, II, para
fins do artigo 925, ambos do Novo Código de Processo Civil. Custas pelo(a)
executado(a). Honorários advocatícios satisfeitos no âmbito administrativo (p. 34).
Sem penhora. (...)
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ADVOGADO : DF00012839 - MARIA BEATRIZ CASTILHO
AUTOR : FUNDACAO HABITACIONAL DO EXERCITO FHE
REU : NIVALDO PINTO DOS SANTOS
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
O Exmo. Sr. Juiz exarou :
(...) RAZÕES PELAS QUAIS extingo a execução, nos termos do artigo 485, VIII,
para fins do artigo 925, ambos do Código de Processo Civil. Custas pela exequente.
Sem honorários advocatícios, eis que a citação não se efetivou. Sem penhora. (...)
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
AUTOS COM DECISÃO
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
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PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL-18ª VARA - BRASÍLIA
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
AUTOS COM DESPACHO
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Diário Eletrônico da Justiça Federal da 1ª Região - eDJF1
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA
Seção Judiciária do Distrito Federal - 19ª Vara Federal de Execução Fiscal da SJDF
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Juiz Substituto : UMBERTO PAULINI
(...) Confirmo, por seus próprios fundamentos, a decisão que indeferiu a tutela de urgência.
Estando os fatos postos em discussão esclarecidos pela prova documental acostada aos autos,
é dispensável qualquer dilação probatória. Faça-se conclusão para sentença.
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Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Diário Eletrônico da Justiça Federal da 1ª Região - eDJF1
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Juiz(a) Subst. : DR.ANTONIO FELIPE DE AMORIM CADETE
Juiz(a) Titular : DRA.CRISTIANE PEDERZOLLI RENTZSCH
0033328-71.2019.4.01.3400
201934001473044
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : IRAMAR VIEIRA DA SILVA
Advg. : DF00041750 - ROSIRENE DE SOUZA SILVA BORBA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
Ficam as partes intimadas da decisão proferida no processo virtual especificado, cujo inteiro teor está disponível no endereço
eletrônico www.jfdf.jus.br <http://www.jfdf.jus.br> no link judicial/acompanhamento processual.
0033328-71.2019.4.01.3400
201934001473044
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : IRAMAR VIEIRA DA SILVA
Advg. : DF00041750 - ROSIRENE DE SOUZA SILVA BORBA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
Ficam as partes intimadas da decisão proferida no processo virtual especificado, cujo inteiro teor está disponível no endereço
eletrônico www.jfdf.jus.br <http://www.jfdf.jus.br> no link judicial/acompanhamento processual.
0071475-45.2014.4.01.3400
201434000258260
Cível / Tributário / Jef
Autor : THIAGO DE HOLANDA ALTAMIRANO
Advg. : DF00013558 - JACQUES MAURICIO FERREIRA VELOSO DE MELO
Advg. : DF00028613 - JOSE WELLINGTON OMENA FERREIRA
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0032411-86.2018.4.01.3400
201834001147394
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : CAMILLA BORGES TEIXEIRA
Advg. : DF00026873 - ELAINE CRISTINA GOMES
Reu : UNIAO FEDERAL
0035227-41.2018.4.01.3400
201834001167958
107
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : JASON CAVALHEIRO PAIM
Advg. : DF00051751 - GRASIELLA LOPES DE SOUSA
Autor : ANA MARIA DE OLIVEIRA PAIM
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0039231-24.2018.4.01.3400
201834001202832
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : CARLOS ALBERTO DEVELIY
Advg. : RJ00116636 - LEONARDO DE CARVALHO BARBOZA
Reu : UNIAO FEDERAL
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
0014901-26.2019.4.01.3400
201934001327452
Cível / Tributário / Jef
Autor : ROSEANE MARIA SIGNORETTI GODOY
Advg. : MG00082770 - FERNANDO ANDRADE CHAVES
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0025487-25.2019.4.01.3400
201934001409200
Cível / Tributário / Jef
Autor : RPH REPRESENTACOES LTDA.
Advg. : DF00035466 - TATIANA DE MORAIS HOLLANDA
Advg. : DF00045259 - DANIELA DE MORAIS HOLLANDA
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
Ficam as partes intimadas da decisão proferida no processo virtual especificado, cujo inteiro teor está disponível no endereço
eletrônico www.jfdf.jus.br <http://www.jfdf.jus.br> no link judicial/acompanhamento processual.
108
PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
23ª Vara JEF - BRASÍLIA
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Juiz(a) Subst. : DR.ANTONIO FELIPE DE AMORIM CADETE
Juiz(a) Titular : DRA.CRISTIANE PEDERZOLLI RENTZSCH
0023798-43.2019.4.01.3400
201934001395616
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : SEBASTIAO MONTEIRO DE SOUZA
Advg. : DF00008629 - OTACILIO FRANCO DE OLIVEIRA
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
Ficam as partes intimadas do despacho proferido no processo virtual especificado, cujo inteiro teor está disponível no endereço
eletrônico www.jfdf.jus.br <http://www.jfdf.jus.br> no link judicial/acompanhamento processual.
0104010-42.2005.4.01.3400
200534009095768
Cível / Tributário / Jef
Autor : PEDRO BISPO DE CARVALHO
Advg. : DF00013802 - JULIANO RICARDO DE VASCONCELLOS COSTA COUTO
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0050468-31.2013.4.01.3400
201334000129622
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : LORENA DA CRUZ SILVA
Advg. : DF00030816 - VALDETE PEREIRA DA SILVA ARAUJO DE MIRANDA
Reu : ARI DA CRUZ SILVA
Advg. : DF00023681 - CAROLINA SIMAO ODISIO HISSA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
Reu : GILDETE MARTINS DA CRUZ SILVA
Reu : ERIVAN DA CRUZ SILVA
0011442-26.2013.4.01.3400
201334009540748
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : JOSE MARIA DA GAMA BEZERRA
Advg. : DF00016434 - AVAY MIRANDA
Advg. : DF00001488 - LEO SEBASTIAO DAVID
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0090980-22.2014.4.01.3400
201434000315290
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : ROGERIO ARAUJO DA SILVA
Advg. : DF00036602 - ROSIMEIRE CARNEIRO DOS SANTOS MENESES
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0064918-08.2015.4.01.3400
201534000278193
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : JACIRA ALVES RODRIGUES
109
Advg. : DF00034921 - ANTONIO RODRIGO MACHADO DE SOUSA
Advg. : DF00048140 - RAFAEL MADEIRA DA VEIGA
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0073272-85.2016.4.01.3400
201634000658647
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : MARIO ARDENES DIAS RIBEIRO
Advg. : RJ00189689 - RODRIGO DA COSTA GOMES
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0047548-45.2017.4.01.3400
201734000907624
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Cível / Financiamento Habitacional / Jef
Autor : LUCRECIA ALMEIDA DA SILVA
Advg. : DF00024885 - LEONARDO FARIAS DAS CHAGAS
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0012178-68.2018.4.01.3400
201834001035743
Cível / Tributário / Jef
Autor : VERA LUCIA DE ALMEIDA HERMANO
Advg. : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA SILVA
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0035384-14.2018.4.01.3400
201834001169533
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : DALILA ALVES DE ARAUJO ALMEIDA
Advg. : DF00038647 - JOAQUIM CARVALHO PEREIRA
Autor : THAIS SOUSA COSTA
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0023798-43.2019.4.01.3400
201934001395616
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : SEBASTIAO MONTEIRO DE SOUZA
Advg. : DF00008629 - OTACILIO FRANCO DE OLIVEIRA
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0023856-46.2019.4.01.3400
201934001396217
Cível / Fgts / Jef
Autor : JOSE MARIA RABELO DA SILVA
Advg. : DF00055989 - JOAO PAULO RODRIGUES RIBEIRO
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0023974-22.2019.4.01.3400
201934001397400
Cível / Fgts / Jef
Autor : MARIA DAS GRACAS NUNES DA COSTA
Advg. : DF00055989 - JOAO PAULO RODRIGUES RIBEIRO
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0024838-60.2019.4.01.3400
201934001402519
Cível / Fgts / Jef
Autor : JOSE ORLANDO DA SILVA
Advg. : DF00055989 - JOAO PAULO RODRIGUES RIBEIRO
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0027876-80.2019.4.01.3400
201934001430076
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : EDELI TAVARES DA SILVA
Advg. : DF00057149 - PEDRINA OLIVEIRA DOS SANTOS
Advg. : DF00009821 - HAMILTON SANTANA DE LIMA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0028438-89.2019.4.01.3400
201934001435709
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : WESLEY ALVES GOMES
Advg. : DF00057255 - ISABELA DE FRANCA BRITO
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
110
0029638-34.2019.4.01.3400
201934001442718
Cível / Fgts / Jef
Autor : ANA PAULA GOMES CORREIA CARNEIRO
Advg. : DF00034806 - ANDRE FELIPE DOS REIS MARTINS
Advg. : DF00024354 - SIRLENE PEREIRA LIMA
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0029640-04.2019.4.01.3400
201934001442735
Cível / Fgts / Jef
Autor : ORISVALDO DA COSTA VELOSO FILHO
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Advg. : DF00034806 - ANDRE FELIPE DOS REIS MARTINS
Advg. : DF00024354 - SIRLENE PEREIRA LIMA
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0029642-71.2019.4.01.3400
201934001442752
Cível / Fgts / Jef
Autor : JOSE RODOLPHO MONTENEGRO ASSENCO
Advg. : DF00034806 - ANDRE FELIPE DOS REIS MARTINS
Advg. : DF00024354 - SIRLENE PEREIRA LIMA
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0029684-23.2019.4.01.3400
201934001443175
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : JOSE LUIZ REGO AMORIM
Advg. : DF00030525 - GILBERTO CONCEICAO DO AMARAL
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0029774-31.2019.4.01.3400
201934001444074
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : LUCIANA DE ANDRADE VIANA
Advg. : DF00038773 - JACKELINE GRACE MARTINS DA SILVA
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0030166-68.2019.4.01.3400
201934001448068
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : JOSELITA DE JESUS DA SILVA
Advg. : DF00042191 - KEYTIANE DE JESUS BRAGANCA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0031084-72.2019.4.01.3400
201934001455834
Cível / Fgts / Jef
Autor : ALZONIO PEREIRA GOMES
Advg. : DF00024354 - SIRLENE PEREIRA LIMA
Advg. : DF00034806 - ANDRE FELIPE DOS REIS MARTINS
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0032040-88.2019.4.01.3400
201934001462809
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : ITALO BISPO FERNANDES
Advg. : DF00040587 - PATRICIA SILVA PRATA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0032386-39.2019.4.01.3400
201934001466484
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : BENEDITO TRAVASSOS NUNES
Advg. : DF00062865 - NELLO RICCI NETO
Reu : UNIAO FEDERAL
0032770-02.2019.4.01.3400
201934001470378
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : DALVA DE FREITAS BARCELOS
Advg. : DF00041256 - LEIDILANE SILVA SIQUEIRA
Advg. : DF00031803 - CAROLINA NUNES PEPE
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
111
0032794-30.2019.4.01.3400
201934001470614
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : MARIA DO SOCORRO PEREIRA
Advg. : DF00038791 - MARCIA GONÇALVES DE QUEIROZ
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0033396-21.2019.4.01.3400
201934001473730
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : CARLOS EDUARDO RAMOS FONSECA
Advg. : DF00056878 - SUELLEN PEREIRA COSMO
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0033576-37.2019.4.01.3400
201934001475538
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : OSEIAS DOS SANTOS DOS ANJOS
Advg. : DF00035090 - MARCIO ALEXANDRE PINTO VIEIRA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
Ficam as partes intimadas do despacho proferido no processo virtual especificado, cujo inteiro teor está disponível no endereço
eletrônico www.jfdf.jus.br <http://www.jfdf.jus.br> no link judicial/acompanhamento processual.
0040593-03.2014.4.01.3400
201434000137791
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : FRANCISCA NOGUEIRA PINTO
Advg. : SP00320490 - THIAGO GUARDABASSI GUERRERO
Reu : UNIAO FEDERAL
0024717-37.2016.4.01.3400
201634000413187
Cível / Tributário / Jef
Autor : CHISTINA AMARAL MARTINS
Advg. : DF00024393 - CLAUDIO CAETANO
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0053991-46.2016.4.01.3400
201634000574210
Cível / Tributário / Jef
Autor : ANTONIA GEANE COSTA BEZERRA
Advg. : DF00013908 - PATRICIA RIBEIRO DE BARROS
Advg. : DF00012985 - VALTER MARIANO
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0003037-88.2019.4.01.3400
201934001245852
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : MARTEVAL ALVES RIBEIRO
Advg. : DF00047298 - BIANCA CIRIACO RIBEIRO
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0003531-50.2019.4.01.3400
201934001250930
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : EUGENIO FIGUEIREDO DE ALBUQUERQUE
Advg. : SE00005928 - MANUELLA MACHADO SANTANA LISBOA
Reu : INSTITUTO FEDERAL DE BRASILIA - IFB
0009773-25.2019.4.01.3400
201934001286769
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : NILZA PEREIRA DA SILVA SOUSA
112
Advg. : GO00044052 - DIOGO DE SOUZA OLIVEIRA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0012941-35.2019.4.01.3400
201934001310178
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : ELIANE VIEIRA ROSA
Advg. : GO00026891 - BRUNO OLIVEIRA R. GUIMARAES
Reu : INSTITUTO FEDERAL DE EDUCACAO CIENCIA E TECNOLOGIA GOIANO (IF GOIANO)
0015051-07.2019.4.01.3400
201934001328975
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Autor : NILSON DE SOUZA
Advg. : DF00045921 - MARCIA FRANCISCA SAMPAIO LAUREANO
Advg. : DF00056770 - LICIANE GOMES DOS SANTOS
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0015115-17.2019.4.01.3400
201934001329620
Cível / Tributário / Jef
Autor : ANTENOR PINHEIRO QUEIROZ
Advg. : PB00014285 - CYNTHIA ELIZABETH CABRAL SANTIAGO
Advg. : PB00008432 - CARMEN RACHEL DANTAS MAYER
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0033501-95.2019.4.01.3400
201934001474780
Cível / Previdenciário / Outros / Jef
Autor : LUCIMAR DOS SANTOS LOPES
Advg. : DF00024940 - ANDREY CHIANCA ALVES RODRIGUES
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0033533-03.2019.4.01.3400
201934001475106
Cível / Tributário / Jef
Autor : ANA MARIA DE LIMA FAGUNDES
Advg. : DF00028158 - LUIS GUSTAVO HOERLLE SANTOS
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0033541-77.2019.4.01.3400
201934001475185
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : MARIA DE FATIMA ARAUJO PINHEIRO
Advg. : MG00099065 - ALEX LUCIANO VALADARES DE ALMEIDA
Reu : AGENCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES - ANTT
Ficam as partes intimadas do despacho proferido no processo virtual especificado, cujo inteiro teor está disponível no endereço
eletrônico www.jfdf.jus.br <http://www.jfdf.jus.br> no link judicial/acompanhamento processual.
113
PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
23ª Vara JEF - BRASÍLIA
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Juiz(a) Subst. : DR.ANTONIO FELIPE DE AMORIM CADETE
Juiz(a) Titular : DRA.CRISTIANE PEDERZOLLI RENTZSCH
0046879-70.2009.4.01.3400
200934009072645
Cível / Tributário / Jef
Autor : MARCELO HENRIQUE DE SOUSA PADUA
Advg. : DF00014038 - GERALDO MARCONE PEREIRA
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0055268-39.2012.4.01.3400
201234009484537
Cível / Tributário / Jef
Autor : SANDOVAL SANTOS ANDRADE
Advg. : DF00022113 - LIGIA LUCIBEL FRANZIO DE SOUZA
Advg. : DF00028818 - ARISTELLA INGLEZDOLFE DE MELLO CASTRO
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0051664-36.2013.4.01.3400
201334000135170
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : WALCY NOGUEIRA DA SILVA
Advg. : ES00017067 - BRUNO RODRIGUES
Autor : MARCIA TIRRE CORTINES BARRETTO
Autor : NAGISLA PATRICIA FERREIRA MILITAO AIRES
Autor : EDMAR LIMA AMORIM
Autor : MANOEL MENDES FERREIRA NETO
Reu : UNIAO FEDERAL
0056740-41.2013.4.01.3400
201334000159077
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : MANOEL MESSIAS BORGES
Autor : ANA MARIA BORGES
Advg. : PA00024935 - EVELLYN NAYLA BORGES SOBRINHO
Reu : UNIAO FEDERAL
0027278-97.2017.4.01.3400
201734000787325
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : SUELY NASCIMENTO RAMALHO
Advg. : DF00030525 - GILBERTO CONCEICAO DO AMARAL
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0053692-35.2017.4.01.3400
201734000938485
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : ISAAC VICTOR DA SILVA
Advg. : DF00020949 - CELSO DOS SANTOS
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0010708-02.2018.4.01.3400
114
201834001023944
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : CARLOS AUGUSTO MAIA FERREIRA
Advg. : DF00030517 - WATSON PACHECO DA SILVA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0035566-97.2018.4.01.3400
201834001171351
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : MARIA DAS GRACAS ALVES
Advg. : DF00024968 - DANIELLE FREITAS PAULINO CRUZ
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:
Ficam as partes intimadas do ato ordinatório proferido no processo virtual especificado, cujo inteiro teor está disponível no
endereço eletrônico www.jfdf.jus.br <http://www.jfdf.jus.br> no link judicial/acompanhamento processual.
0054728-93.2009.4.01.3400
200934009155473
Cível / Tributário / Jef
Autor : GUILHERME CARVALHO CHEHAB
Advg. : DF00014038 - GERALDO MARCONE PEREIRA
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0051679-05.2013.4.01.3400
201334000135328
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : SAULO TRISTAO ROCHA
Advg. : ES00017067 - BRUNO RODRIGUES
Autor : ALINE DE ARAUJO TOTOLA RESENDE
Autor : SAVIO MOREIRA SILVA
Autor : LEONARDO FERREIRA DA ROCHA
Autor : LUDMILA SIQUERIA DE MORAIS
Reu : UNIAO FEDERAL
0051685-12.2013.4.01.3400
201334000135380
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : ADEMIR FURIERI
Autor : JEAN RICARDO ALVES DUQUE
Autor : WESLLEY GRACA MIRANDA
Advg. : ES00017067 - BRUNO RODRIGUES
Autor : ANSELMO ANTONIO BLOM MARGOTTO
Autor : MURILO DE MACEDO MIRANDA
Reu : UNIAO FEDERAL
0031401-46.2014.4.01.3400
201434000104241
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : FATIMA MARIA SILVA
Advg. : SP00320490 - THIAGO GUARDABASSI GUERRERO
Reu : UNIAO FEDERAL
0035681-60.2014.4.01.3400
201434000119985
Cível / Tributário / Jef
Autor : ADAUTO MARTINS SOARES FILHO
Advg. : DF00014222 - BERNARDO PEREIRA PERDIGAO
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0037491-36.2015.4.01.3400
201534000169360
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : JOSE GODOFREDO RANGEL NETO
Advg. : PR00065835 - ELISANGELA ALVES DOS SANTOS TABORDA
Advg. : PR00031921 - EDEMILSON PINTO VIEIRA
115
Reu : UNIAO FEDERAL
0018335-28.2016.4.01.3400
201634000388522
Cível / Tributário / Jef
Autor : ALISSON GUEDES DE SANTANA
Advg. : DF00008856 - ELIANE ALVES DE CASTRO CRUZ
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
Reu : EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELEGRAFOS
0030513-38.2018.4.01.3400
201834001139277
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Autor : DOMINGAS ALVES FERREIRA
Advg. : DF00047287 - ANA PAULA JARDIM LUZ
Advg. : DF00054891 - NATALIA RIBEIRO DA SILVA
Advg. : DF00032699 - CARLOS MAGNO DOS SANTOS COELHO
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
Ficam as partes intimadas do ato ordinatório proferido no processo virtual especificado, cujo inteiro teor está disponível no
endereço eletrônico www.jfdf.jus.br <http://www.jfdf.jus.br> no link judicial/acompanhamento processual.
116
PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
23ª Vara JEF - BRASÍLIA
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Juiz(a) Subst. : DR.ANTONIO FELIPE DE AMORIM CADETE
Juiz(a) Titular : DRA.CRISTIANE PEDERZOLLI RENTZSCH
0071726-92.2016.4.01.3400
201634000646625
Cível / Previdenciário / Outros / Jef
Autor : EDMAR GONCALVES DE OLIVEIRA
Advg. : DF00051575 - JOSE FERNANDES DANTAS FILHO
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0031926-23.2017.4.01.3400
201734000816285
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : RITA CARNEIRO DA SILVA MENEZES
Advg. : DF00030525 - GILBERTO CONCEICAO DO AMARAL
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0050670-66.2017.4.01.3400
201734000924740
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : MARIA LUCIA LEAL SIQUEIRA
Advg. : DF00032246 - FERNANDO JOSE FEROLDI GONCALVES
Advg. : DF00049969 - JAIRO CARDOSO DE BRITO FILHO
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0012310-28.2018.4.01.3400
201834001037065
Cível / Previdenciário / Outros / Jef
Autor : BENEDITO GONCALVES DE SOUZA
Advg. : DF00030525 - GILBERTO CONCEICAO DO AMARAL
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0022214-72.2018.4.01.3400
201834001081007
Cível / Tributário / Jef
Autor : EDNAIR CHAGAS DO NASCIMENTO
Advg. : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA SILVA
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0027638-95.2018.4.01.3400
201834001118362
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : ARI ARRUDA ROCHA
Advg. : DF00042511 - KATIUSCIA PEREIRA DE ALVIM
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
Reu : CAIXA SEGURADORA S/A
Advg. : DF00003495 - FRANCISCO CARLOS CAROBA
Advg. : DF00021470 - JULIANA ALVES CAROBA
0029214-26.2018.4.01.3400
201834001129231
Cível / Serviço Público / Jef
117
Autor : FLAVIO ACAUAN SOUTO
Advg. : DF00011159 - JOAQUIM ALVES BASTOS
Reu : UNIAO FEDERAL
0029562-44.2018.4.01.3400
201834001132716
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : RAISSA NAZARETH DA NOBREGA
Advg. : DF00015932 - JOSE ROSSINI CAMPOS DO COUTO CORREA
Reu : UNIAO FEDERAL
0029608-33.2018.4.01.3400
201834001133173
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : BRUNO ALBERTO AMORIM SILVA
Advg. : DF00045273 - HUGO LIMA SILVA
Advg. : DF00032881 - GLENDA SOUSA MARQUES RODRIGUES
Reu : AGENCIA NACIONAL DE ENERGIA ELETRICA - ANEEL
0004010-43.2019.4.01.3400
201934001252738
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : JOSE LUIZ RIBEIRO DA SILVA
Advg. : MG00136517 - WENDEL BARBOSA DE PAULO
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0018824-60.2019.4.01.3400
201934001356261
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : MARILIA MORAES DOS SANTOS CABREIRA
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Reu : UNIAO FEDERAL
0023798-43.2019.4.01.3400
201934001395616
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : SEBASTIAO MONTEIRO DE SOUZA
Advg. : DF00008629 - OTACILIO FRANCO DE OLIVEIRA
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0033416-12.2019.4.01.3400
201934001473935
Cível / Tributário / Jef
Autor : TEREZA FERNANDES DE ALBUQUERQUE
Advg. : CE00024530 - MARCILIO LELIS PRATA
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
Ficam as partes intimadas da sentença proferida no processo virtual especificado, cujo inteiro teor está disponível no endereço
eletrônico www.jfdf.jus.br <http://www.jfdf.jus.br> no link judicial/acompanhamento processual.
0046771-60.2017.4.01.3400
201734000902820
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : ALFREDO MARTINS DOS REIS
Advg. : DF00004914 - GERALDO DE ASSIS ALVES
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0004623-97.2018.4.01.3400
201834000989704
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : BENTO AMERICO DA COSTA
Advg. : DF00017966 - VERA MIRNA SCHMORANTZ
Reu : BANCO CENTRAL DO BRASIL
118
0005185-09.2018.4.01.3400
201834000993334
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : ANTONIO CARLOS DE NOVAES E SILVA
Advg. : DF00043552 - BRUNNA TIEMI CARVALHO KAY
Reu : UNIAO FEDERAL
0019215-49.2018.4.01.3400
201834001058963
Cível / Previdenciário / Revisão De Benefício / Jef
Autor : DEMERVAL AQUINO SOBRINHO
Advg. : DF00010797 - DEMERVAL AQUINO SOBRINHO
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
0020485-11.2018.4.01.3400
201834001063800
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : DIRCILENE PINHEIRO DA SILVA
Advg. : DF00050229 - ROMANO RODRIGUES
Reu : UNIAO FEDERAL
0020717-23.2018.4.01.3400
201834001066186
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : DENIS DE OLIVEIRA NETO
Advg. : DF00021302 - DEGIR HENRIQUE DE PAULA MIRANDA
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0026495-71.2018.4.01.3400
201834001110234
Cível / Tributário / Jef
Autor : ANDERSON ANDRE NASCIMENTO DE MORAES
Advg. : DF00014038 - GERALDO MARCONE PEREIRA
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0029007-27.2018.4.01.3400
201834001127118
Cível / Tributário / Jef
Autor : ADRIANO AZEVEDO GOMES
Advg. : DF00014038 - GERALDO MARCONE PEREIRA
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0029349-38.2018.4.01.3400
201834001130582
Cível / Tributário / Jef
Autor : FABIO ANDRADE E NASCIMENTO
Advg. : PR00065835 - ELISANGELA ALVES DOS SANTOS TABORDA
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
Reu : UNIAO FEDERAL
0032429-10.2018.4.01.3400
201834001147572
Cível / Tributário / Jef
Autor : DEISIANE COSTA LEANDRO PERIM
Advg. : DF00014038 - GERALDO MARCONE PEREIRA
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0037243-65.2018.4.01.3400
201834001185243
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : ANA CRISTINA CAETANO DE ARAUJO MORAIS
Advg. : DF00050436 - CHRISTIANKELLY PINHEIRO FERNANDES
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0008915-91.2019.4.01.3400
201934001285160
Cível / Tributário / Jef
Autor : DAIANE ROSS SANTOS ARAUJO
Advg. : DF00031578 - RODRIGO MARCAL ROCHA
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0011588-57.2019.4.01.3400
201934001299525
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : CARLOS EDUARDO DE OLIVEIRA RABELO
119
Advg. : DF00017819 - LEONARDO SOLANO LOPES
Reu : UNIAO FEDERAL
0019301-83.2019.4.01.3400
201934001361099
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : OSVALDO MARCELO DOS SANTOS
Advg. : DF00017279 - JOHN CORDEIRO DA SILVA JUNIOR
Reu : UNIAO FEDERAL
0020791-43.2019.4.01.3400
201934001370173
Cível / Serviço Público / Jef
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Autor : ROGERIO DA SILVEIRA CORREA
Advg. : MS00008225 - NELLO RICCI NETO
Reu : UNIAO FEDERAL
0022477-70.2019.4.01.3400
201934001382181
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : BRUNNO MACHADO DE CAMPOS ALVES
Advg. : DF00034921 - ANTONIO RODRIGO MACHADO DE SOUSA
Reu : UNIAO FEDERAL
0022995-60.2019.4.01.3400
201934001387444
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : SEBASTIAO DE SOUZA SILVA GOMES
Advg. : MS00008225 - NELLO RICCI NETO
Reu : UNIAO FEDERAL
0023201-74.2019.4.01.3400
201934001389537
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : CESAR AUGUSTO PEREIRA DA SILVA
Advg. : MS00008225 - NELLO RICCI NETO
Reu : UNIAO FEDERAL
0023515-20.2019.4.01.3400
201934001392730
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : JOSE HENRIQUE DE BARROS
Advg. : MS00008225 - NELLO RICCI NETO
Reu : UNIAO FEDERAL
Ficam as partes intimadas da sentença proferida no processo virtual especificado, cujo inteiro teor está disponível no endereço
eletrônico www.jfdf.jus.br <http://www.jfdf.jus.br> no link judicial/acompanhamento processual.
120
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Diário Eletrônico da Justiça Federal da 1ª Região - eDJF1
PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
25ª Vara JEF - BRASÍLIA
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Juiz(a) Subst. : DR.ANTONIO FELIPE DE AMORIM CADETE
Juiz(a) Titular : DR.RAFAEL PAULO SOARES PINTO
0042336-24.2009.4.01.3400
200934009025382
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : ARLETE XAVIER DA SILVA
Advg. : RS00039797 - NELSON LACERDA DA SILVA
Advg. : RS00047932 - BRENO DIAS CAMPOS
Advg. : DF00043937 - ROBSON LUIZ MARTINS
Reu : UNIAO FEDERAL
0045553-75.2009.4.01.3400
200934009058884
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : MARIA JOSE GONCALVES DE LIMA
Advg. : RS00047932 - BRENO DIAS CAMPOS
Reu : UNIAO FEDERAL
0057079-39.2009.4.01.3400
200934009180165
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : MARIA JOSE LOPES DA COSTA
Advg. : PB00005486 - JOSE ALVES FORMIGA
Advg. : PB00005936 - MARTA REJANE NOBREGA
Autor : ADELITA LOPES DA COSTA
Reu : UNIAO FEDERAL
0001910-33.2010.4.01.3400
201034009004001
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : GIOSANELLI SALETE DE AVILA REIS
Advg. : DF0000592A - SEBASTIAO MIGUEL JULIAO
Advg. : DF00002499 - EDMUNDO JORGE
Advg. : DF00003207 - MARIA JOSE SONIA DE BARROS
JORGE
Autor : RAIMUNDO RAMALHO DA SILVA
Autor : TEREZINHA RIBEIRO REIS
Autor : QUITERIA FRANCISCA DA SILVA
Autor : RAIMUNDA ROSA DA SILVA
122
Autor : HUGO RENATO MACHADO
Autor : LIZETI SANTOS DUTRA
Autor : ARI RODRIGUES VENANCIO
Advg. : DF00003207 - MARIA JOSE SONIA DE BARROS
JORGE
Advg. : DF00002499 - EDMUNDO JORGE
Advg. : DF0000592A - SEBASTIAO MIGUEL JULIAO
Reu : UNIAO FEDERAL
0026628-94.2010.4.01.3400
201034009071729
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : MARIA NUNES DE SOUZA
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Autor : ANASTACIA DE ASSUNCAO CUNHA
Advg. : DF0000592A - SEBASTIAO MIGUEL JULIAO
Autor : WALDACY PARANHOS DE SOUZA
Autor : MARILDA DE FRANCA GALVAO
Autor : MARIA APARECIDA MANGELOT
Autor : ANASTACIA DE ASSUNCAO CUNHA
Advg. : DF00002499 - EDMUNDO JORGE
Reu : UNIAO FEDERAL
0040881-82.2013.4.01.3400
201334000089396
Cível / Tributário / Jef
Autor : JOAQUIM CRUVINEL DE LIMA
Advg. : DF00033755 - DANIEL CAVALCANTI MOISES
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0001365-21.2014.4.01.3400
201434000006263
Cível / Tributário / Jef
Autor : ELIZETH GOMES DE LIMA
Advg. : DF00035296 - FERNANDA L G DE S LOPES
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0017400-56.2014.4.01.3400
201434000056521
Cível / Tributário / Jef
Autor : JOACI DE MELO BARROS
Advg. : DF00034563 - VITOR PAULO INACIO VIEIRA
Advg. : DF00037226 - NILMAR DA SILVA ANDRADE
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0006635-89.2015.4.01.3400
201534000021897
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : ANDRE RICARDO RODRIGUES LEITAO
Advg. : DF00030525 - GILBERTO CONCEICAO DO AMARAL
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0015781-57.2015.4.01.3400
201534000069583
Cível / Tributário / Jef
Autor : LUIZ ALEXANDRE RODRIGUES DA PAIXAO
Advg. : DF00034880 - MARCELO ANDRADE CHAVES
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0049589-53.2015.4.01.3400
201534000222256
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : CARLOS ARTUR PACHECO FERNANDES
Advg. : DF00017183 - JOSE LUIS WAGNER
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZACAO E
REFORMA AGRARIA - INCRA
123
0009256-88.2017.4.01.3400
201734000705845
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : NEILTON SERGIO ORIPKA
Advg. : DF00035179 - MARIA REGINA DE SOUSA JANUARIO
Reu : UNIAO FEDERAL
0023495-97.2017.4.01.3400
201734000761980
Cível / Tributário / Jef
Autor : NADJA MARIA DE SANTANA
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Advg. : AL00014394 - MYLENE QUITERIA CALDAS
Advg. : AL0012666B - ALESSANDRA CALDAS BEZERRA
Autor : NELSON GOMES
Autor : RODOLPHO ALBANO
Autor : NELSON MARABUTO DOMINGUES
Autor : NADJA MARIA DE SANTANA
Advg. : AL00006805 - JOAO FRANCISCO DE CAMARGO
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0026935-04.2017.4.01.3400
201734000785825
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : ANNE BEATRIZ RODRIGUES DE FREITAS
Advg. : DF00035530 - FABIANA SILVA DE OLIVEIRA
Advg. : DF00222222 - NPJ/FACIPLAC
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0028723-53.2017.4.01.3400
201734000796030
Cível / Tributário / Jef
Autor : MARIO JORGE ALVARENGA MAUES
Advg. : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA
SILVA
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0032481-40.2017.4.01.3400
201734000818854
Cível / Tributário / Jef
Autor : MARIA DAS GRACAS MOREIRA PINTO FERNANDES
Advg. : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA
SILVA
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0054388-71.2017.4.01.3400
201734000945330
Cível / Tributário / Jef
Autor : ELIZETE APARECIDA SOARES
Advg. : DF00033899 - HUGO LEONARDO ZAPONI TEIXEIRA
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0011063-12.2018.4.01.3400
201834001027506
Cível / Tributário / Jef
Autor : YARA PINHEIRO DE MORAIS
Advg. : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA
SILVA
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0011202-61.2018.4.01.3400
201834001028899
Cível / Tributário / Jef
Autor : MARIA IRIS FERREIRA DA SILVA
Advg. : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA
124
Autor : FERNANDA CARVALHO LOBO
Advg. : DF00054734 - ENGEL CRISTINA DE CARVALHO
Advg. : DF00056359 - DANIEL BRAZ DE SOUZA MENDES
Advg. : DF00056878 - SUELLEN PEREIRA COSMO
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0027180-78.2018.4.01.3400
201834001114190
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : FLAVIA MENDES FREITAS
Advg. : DF00017183 - JOSE LUIS WAGNER
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
0028530-04.2018.4.01.3400
201834001122287
Cível / Tributário / Jef
Autor : SANDRA SILVA CASALI
Advg. : BA00029539 - CONSUELO DE MAGALHAES
NASCIMENTO
Autor : CESARE CASALI
Autor : ALINE SILVA CASALI
Autor : CAMILA SILVA CASALI
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0028903-35.2018.4.01.3400
201834001126058
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : OSVALDO SANTOS NUNES
Advg. : DF00015665 - MONICA ARANTES SILVA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0033539-44.2018.4.01.3400
201834001158811
Cível / Tributário / Jef
Autor : CLEONICE MOREIRA COSTA
Advg. : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA
SILVA
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0038706-42.2018.4.01.3400
201834001197546
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : MARCOS PEREIRA DE OLIVEIRA
Advg. : DF00028311 - THAIANE ALVES ROCHA FLORES
Advg. : DF00049060 - TAUGE ALVES FERREIRA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0040285-25.2018.4.01.3400
201834001208446
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : FAYLLA LAYSSA TORRES
Advg. : DF0014925E - WESLEY GOMES COELHO
Advg. : DF00040484 - SHIRLEY ALVES DANTAS
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0040581-47.2018.4.01.3400
201834001211520
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : GLENYO DA SILVA OLIVEIRA
Advg. : DF00059104 - ANTONIO CARLOS GONCALVES
PEREIRA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0040954-78.2018.4.01.3400
201834001215469
125
201934001279537
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : NIEDJA NUNES PALHARES
Advg. : DF00038933 - SERGIO FERREIRA DE ARAUJO
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0011652-67.2019.4.01.3400
201934001300180
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : LUZIA DIVINA LOPES
Advg. : DF00025572 - ROBERTO DA COSTA MEDEIROS
Advg. : DF00047961 - GABRIEL FILIPE LOPES MATOS
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
0013181-24.2019.4.01.3400
201934001312658
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : JOSE PEREIRA CARDOSO
Advg. : DF00047746 - ISABELA LUÍSA ZARDO E SILVA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0015206-10.2019.4.01.3400
201934001330536
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : APARECIDA CAMILO DE SOUZA
Advg. : GO00050544 - REINALDO GABRIEL DE SOUZA
Advg. : GO00040295 - NAYRA NAZARE DA SILVA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0015276-27.2019.4.01.3400
201934001331230
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : FRANCISCO ANTONIO DA SILVA
Advg. : DF00017677 - GLAUCIA THERESINHA SANTANA
Advg. : DF00012490 - JOSE ALBERTO ARAUJO DE JESUS
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
"Fica a parte autora intimada de ato judicial proferido nos autos virtuais, cujo inteiro
teor está disponível em www.jfdf.jus.br".
126
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Diário Eletrônico da Justiça Federal da 1ª Região - eDJF1
PODER JUDICIÁRIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
1ª. TURMA RECURSAL
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
EMENTA
0C34FE49515974E32E7CD9E114162129 2
pelo contribuinte, sem indenização). Com base nessa orientação, em conclusão de julgamento e por
maioria, o Plenário negou provimento a recurso extraordinário em que se discutia a constitucionalidade da
referida norma v. Informativo 628. O Tribunal afirmou que o sistema não poderia apenar o contribuinte
duas vezes. Esse fenômeno ocorreria, já que o contribuinte, ao não receber as parcelas na época própria,
deveria ingressar em juízo e, ao fazê-lo, seria posteriormente tributado com uma alíquota superior de
imposto de renda em virtude da junção do que percebido. Isso porque a exação em foco teria como fato
gerador a disponibilidade econômica e jurídica da renda. A novel Lei 12.350/2010, embora não fizesse
alusão expressa ao regime de competência, teria implicado a adoção desse regime mediante inserção de
cálculos que direcionariam à consideração do que apontara como épocas próprias, tendo em conta o
surgimento, em si, da disponibilidade econômica. Desse modo, transgredira os princípios da isonomia e
da capacidade contributiva, de forma a configurar confisco e majoração de alíquota do imposto de renda.
Vencida a Ministra Ellen Gracie, que dava provimento ao recurso por reputar constitucional o dispositivo
questionado. Considerava que o preceito em foco não violaria o princípio da capacidade contributiva.
Enfatizava que o regime de caixa seria o que melhor aferiria a possibilidade de contribuir, uma vez que
exigiria o pagamento do imposto à luz dos rendimentos efetivamente percebidos, independentemente do
momento em que surgido o direito a eles.' Considerando que a lógica da questão de direito é
absolutamente a mesma, devem ser aplicadas, no presente caso relativamente à incidência de
contribuição previdenciária, as conclusões adotadas no precedente acima mencionado. Isso porque o
sujeito não poderia ser punido duplamente. Em primeiro lugar, por ver suprimido um direito devido. Em
segundo, por admitir o locupletamento do Estado com base em situação que o próprio poder público deu
causa." 4) No caso concreto, como bem demonstrou a parte autora, a alíquota da contribuição
previdenciária dos servidores públicos civis da União era de 6% ao tempo das competências nas quais
seria devida a GOE (novembro de 1989 a dezembro de 1990), por força do teor do art. 35, inciso I, alínea
“a”, do Decreto nº. 83.081/79 (Regulamento de Custeio da Previdência Social), daí porque não poderia
ser cobrada a alíquota de 11% prevista no art. 16-A da Lei nº. 10.887/04. 5) Já no tocante à questão dos
juros de mora, em sede de recurso repetitivo, o Superior Tribunal de Justiça já se manifestou no sentido
de que não incide a contribuição previdenciária sobre os valores recebidos a título de juros de mora por
128
servidor público a quem foi reconhecido o direito a diferenças remuneratórias, uma vez que, por conta de
sua natureza indenizatória, refogem tais valores à base de cálculo legal do tributo, sem falar que não se
incorporam aos vencimentos para fins de aposentadoria. 6) Nesse sentido, cito o seguinte precedente:
"PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO DO PLANO DE
SEGURIDADE DO SERVIDOR PÚBLICO (PSS). RETENÇÃO. VALORES PAGOS EM CUMPRIMENTO
DE DECISÃO JUDICIAL (DIFERENÇAS SALARIAIS). INEXIGIBILIDADE DA CONTRIBUIÇÃO SOBRE A
PARCELA REFERENTE AOS JUROS DE MORA. 1. O ordenamento jurídico atribui aos juros de mora a
natureza indenizatória. Destinam-se, portanto, a reparar o prejuízo suportado pelo credor em razão da
mora do devedor, o qual não efetuou o pagamento nas condições estabelecidas pela lei ou pelo contrato.
Os juros de mora, portanto, não constituem verba destinada a remunerar o trabalho prestado ou capital
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
investido. 2. A não incidência de contribuição para o PSS sobre juros de mora encontra amparo na
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, que autoriza a incidência de tal contribuição apenas em
relação às parcelas
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
0C34FE49515974E32E7CD9E114162129 3
incorporáveis ao vencimento do servidor público. Nesse sentido: REsp 1.241.569/RS, 2ª Turma, Rel. Min.
Herman Benjamin, DJe de 13.9.2011. 3. A incidência de contribuição para o PSS sobre os valores pagos
em cumprimento de decisão judicial, por si só, não justifica a incidência da contribuição sobre os juros de
mora. Ainda que se admita a integração da legislação tributária pelo princípio do direito privado segundo o
qual, salvo disposição em contrário, o bem acessório segue o principal (expresso no art. 59 do CC/1916 e
implícito no CC/2002), tal integração não pode implicar na exigência de tributo não previsto em lei (como
ocorre com a analogia), nem na dispensa do pagamento de tributo devido (como ocorre com a equidade).
4. Ainda que seja possível a incidência de contribuição social sobre quaisquer vantagens pagas ao
servidor público federal (art. 4º, § 1º, da Lei 10.887/2004), não é possível a sua incidência sobre as
parcelas pagas a título de indenização (como é o caso dos juros de mora), pois, conforme expressa
previsão legal (art. 49, I e § 1º, da Lei 8.112/90), não se incorporam ao vencimento ou provento. Por tal
razão, não merece acolhida a alegação no sentido de que apenas as verbas expressamente
mencionadas pelos incisos do § 1º do art. 4º da Lei 10.887/2004 não sofrem a incidência de contribuição
social. 5. Recurso especial não provido. Acórdão sujeito ao regime previsto no art. 543-C do CPC, c/c a
Resolução 8/2008 - Presidência/STJ. (REsp 1239203/PR, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES,
PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 12/12/2012, DJe 01/02/2013) 7) De observar-se, por fim, que, já na
vigência do CPC/2015, o STJ vem entendendo que "... não é o órgão julgador obrigado a rebater, um a
um, todos os argumentos trazidos pelas partes em defesa da tese que apresentaram. Deve apenas
enfrentar a demanda, observando as questões relevantes e imprescindíveis à sua resolução." (REsp
1775870/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 13/11/2018, DJe
21/11/2018). 8) Recurso desprovido. Sentença mantida. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº.
9.099/95. 9) Sem custas. A recorrente pagará honorários advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da
condenação, nos termos do art. 55 da Lei nº. 9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso 1ª. Turma Recursal,
Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 10/10/2019.
subsistência. 4) É certo que o(a) douto(a) perito(a) do Juízo, médico especialista em neurologia, afirmou
no tocante à capacidade laborativa atual que "... no caso periciado, conforme acima exposto, segundo a
história da doença, sua evolução, relatórios médicos, exames de imagem e exame físico, todos esses
harmônicos entre si, foram evidenciados elementos médicos que indicam a ausência de incapacidade
laboral para as atividades habituais, no momento, apesar da história de acidente vascular em região
bulbar direita (CID 10: I63), que normalmente apresenta boa evolução neurológica e funcional, como
ocorreu no caso concreto". 5) Relatou, ainda, o(a) douto(a) perito(a) do Juízo que a parte autora foi
acometida por "... [acidente vascular encefálico (CID 10:I63), sem sequelas no momento". (grifo nosso). 6)
Todavia, note-se que a parte autora anexou com a documentação inicial os seguintes relatórios de
exames e de diagnósticos: a) Ressonância magnética do encéfalo que
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
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afirmou que "… os seguintes aspectos foram observados: indicação clínica controle e AVC occipital,
síndrome de Horner à Direita. Ataxia da marcha, sd. Vestibular pelo AVC bulbar", emitido aos 05/11/2015;
b) Ressonância magnética do crânio, emitido aos 03/02/2014, que afirmou "… alteração de sinal bulbar de
aspecto provavelmente isquêmico"; c) EEG Digital e Mapeamento Cerebral que evidenciou "ondas lentas
difusas", emitido aos 03/03/2018. 7) Em acréscimo, a parte autora juntou aos autos Laudo Pericial,
emitido aos 13/06/2018, por perito designado pela Vara de Ações Previdenciárias do Distrito Federal, o
qual atestou que a parte autora é "… portador de demência vascular multiinfarto, por sequela de acidente
vascular isquêmico, além de transtorno depressivo", esclarecendo que a incapacidade é total e
definitiva/permanente e omniprofissional para o trabalho e que não há possibilidade de reabilitação
profissional, além de consignar que "… a incapacidade está presente desde 01/03/2018, conforme
documentos médicos apresentados ao perito" e que a incapacidade exige acompanhamento permanente
de outra pessoa. 8) Note-se que o laudo pericial, elaborado no TJDFT, pontua que a incapacidade
existente "… decorre de progressão/agravamento dessa patologia", concluindo que a parte recorrente é
acometida de "demência vascular multi-infarto, por sequela de acidente vascular isquêmico, além de
transtorno depressivo". 9) Não bastassem tais contradições, o laudo pericial não faz referência expressa
às múltiplas enfermidades descritas na peça inicial, limitando-se à análise das sequelas do AVC, com
resposta complete em apenas dois quesitos, sem falar que a impugnação ao laudo pericial realizada pela
parte autora sequer foi apreciada pelo juiz de primeiro grau, tendo sido formulado, na ocasião,
requerimento expresso de nova perícia, diante da divergência entre todos os documentos médicos
anexados com a documentação inicial e o laudo pericial emitido nestes autos, conforme petição registrada
aos 17/01/2019. 10) Saliente-se, finalmente, que a parte autora cursou apenas o ensino fundamental
incompleto e não tem qualificação profissional, tendo laborado como carpinteiro, conforme cópia da CTPS
anexada com a documentação inicial, razão pela qual há dissonância clara entre o laudo pericial e os
documentos médicos juntados aos autos, o que está a indicar a necessidade de realização de nova prova
pericial. 11) Recurso provido. Sentença anulada para o fim de que sejam determinadas perícias médicas
nas especialidades das doenças que acometem a parte recorrente, ou, pelo menos, perícia médica a ser
realizada por especialista em Medicina do Trabalho. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº.
9.099/95. 12) Sem custas e sem honorários.
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, dar provimento ao recurso. 1ª. Turma Recursal,
Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 10/10/2019.
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ADMINISTRATIVO. ANISTIA. LEI Nº. 8.878/94. PEDIDO DE INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL
FUNDADO NA DEMORA NA READMISSÃO DA PARTE AUTORA, LEVANDO EM CONTA O LAPSO
TEMPORAL DECORRIDO ENTRE A EDIÇÃO DA LEI E A EFETIVA READMISSÃO. PRESCRIÇÃO
QUINQUENAL CARACTERIZADA. TERMO A QUO FIRMADO NA DATA DA READMISSÃO, OCASIÃO
EM QUE, OBVIAMENTE, CESSARAM QUAISQUER DANOS EVENTUALMENTE SOFRIDOS PELA
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Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
nos termos do art. 487, inciso II, do CPC/2015. Recurso prejudicado. Acórdão lavrado nos termos do art.
46 da Lei nº. 9.099/95 6) Sem custas. A parte autora pagará honorários advocatícios de 10% sobre o
valor corrigido da causa, ficando a condenação suspensa enquanto perdurar o estado de carência que
justificou a concessão da justiça gratuita, prescrevendo a dívida cinco anos após a sentença final, nos
termos do art. 98, § 3º., do CPC/2015.
A04B866FDB794B225B44A25A51D335A5 2
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por maioria, reconhecer a prescrição da pretensão deduzida na inicial
e considerar prejudicado o recurso, vencido o Juiz Rui Costa Gonçalves. 1ª. Turma Recursal, Juizado
Especial Federal – SJDF, Brasília – DF, 24/10/2019.
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definida na forma do disposto no art. 8o. § 3º. Não fará jus ao Auxílio-Transporte o militar, o servidor ou
empregado que realizar despesas com transporte coletivo igual ou inferior ao percentual previsto neste
artigo. 4) Além disso, a disposição legal que estabelece participação do servidor no custeio do auxílio-
transporte há de ser entendida como determinação genérica que abrange as verbas remuneratórias lato
sensu, englobando, portanto, os subsídios. 5) A propósito do tema, veja-se recente julgado do STJ, in
verbis: ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. SUBSÍDIO. AUXÍLIO-TRANSPORTE. NATUREZA
INDENIZATÓRIA. NÃO-VEDAÇÃO. MP N. 2.165-36/2001. DESCONTO. POSSIBILIDADE. USO DE
VEÍCULO PRÓPRIO OU COLETIVO. I - A demanda trata da possibilidade dos servidores substituídos da
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
parte autora perceberem, cumulativamente com o subsídio, verba de auxílio-transporte, sem o desconto
de 6% sobre os respectivos subsídios, mesmo para aqueles que se utilizam de veículo próprio para
efetuar o deslocamento "residência-trabalho-residência". II - Não há ofensa ao art. 535 do CPC/1973,
quando o Tribunal de origem, embora sucintamente, pronuncia-se de forma clara e suficiente sobre a
questão posta nos autos. III - O auxíliotransporte pago aos servidores públicos da União, instituído pela
MP n. 2.165-36, de 23 de agosto de 2001, tem natureza indenizatória, o que autoriza o cúmulo com o
pagamento de subsídio. IV - A jurisprudência do STJ consolidou-se no sentido de que o auxílio-transporte
tem a finalidade de custear as despesas realizadas pelos servidores públicos com transporte para
deslocamentos entre a residência e o local de trabalho, e vice-versa, sendo devido a quem utiliza veículo
próprio ou coletivo. Precedentes: AgInt no REsp 1455539/RS, Rel. Ministra Diva Malerbi
(Desembargadora convocada TRF da 3ª REGIÃO), DJe 18/8/2016; AgRg no REsp 1.567.046/SP, Rel.
Ministro Humberto Martins, DJe 2/2/2016; e AgRg no AREsp 471.367/RS, Rel. Ministro Herman Benjamin,
DJe 22/4/2014. V - O valor do auxílio-transporte deve ser apurado a partir da diferença entre as despesas
realizadas com transporte próprio ou coletivo, e o desconto de seis por cento sobre o vencimento - que
deve ser entendido de maneira genérica, englobando ambas as formas de remuneração (vencimento
básico e subsídio) -, previsão dos artigos 1º e 2º, II, da MP n. 2.165-36/2001 (grifo nosso). VI - Não há se
falar em direito adquirido de servidor público a regime jurídico a que o desconto recaia sobre vencimento
pretérito, não mais vigente, podendo as parcelas que compõem a sua remuneração ser alteradas quando
da reestruturação da carreira, desde que preservado o valor real da remuneração. Precedentes: AgRg no
AREsp 65.621/DF, Rel. Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, DJe 11/4/2016; AgRg no RMS 50.082/CE,
Rel. Ministro Herman Benjamin, DJe 24/5/2016). VII - Pedido específico quanto ao reconhecimento do
direito sem qualquer desconto a título de participação no custeio do benefício. Forçoso reconhecer as
balizas estabelecidos pelo próprio autor, aos limites objetivos da lide, a se concluir pela sua
improcedência. VII - Recurso especial a que se nega provimento. (RESP - RECURSO ESPECIAL -
1598217 2016.01.13658-9, FRANCISCO FALCÃO, STJ - SEGUNDA TURMA, DJE DATA:05/02/2019). 6)
De observar-se, por fim, que, já na vigência do CPC/2015, o STJ vem entendendo que "... não é o órgão
julgador obrigado a rebater, um a um, todos os argumentos trazidos pelas partes em defesa da tese que
apresentaram. Deve apenas enfrentar a demanda, observando as questões relevantes e imprescindíveis
à sua resolução." (REsp 1775870/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado
em 13/11/2018, DJe 21/11/2018). 7) Recurso da parte autora desprovido, com a consequente
homologação da renúncia à pretensão formulada na ação, extinguindo-se o processo com resolução de
seu mérito,
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
FAD911F2AD4722083F19D3D011D355AE 3
nos termos do art. 487, inciso III, alínea "c", do CPC/2015. Recurso da União prejudicado. Acórdão
lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº. 9.099/95. 8) Sem custas. A parte autora pagará honorários
advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da causa, ficando a condenação suspensa enquanto perdurar
o estado de carência que justificou a concessão da justiça gratuita, prescrevendo a dívida cinco anos
após a sentença final, nos termos do art. 98, § 3º., do CPC/2015.
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso da parte autora e, em
consequência, homologar a renúncia à pretensão formulada na ação, extinguindo-se o processo com
resolução de seu mérito, nos termos do art. 487, inciso III, alínea "c", do CPC/2015, ficando prejudicado o
recurso da União. 1ª. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Rodoviário Federal, utilizando-se como referência o acórdão do Processo n° 006193451.2015.4.01.3400
(Relator Juiz Federal David Wilson de Abreu Pardo, julgado em 29/11/2017), o PEDILEF
05019994820094058500, Rel. Juiz Federal Rogério Moreira Alves, DOU 28/10/2011, e o PEDILEF TNU
05014601520144058401, Relator Juiz Federal Gerson Luiz Rocha, DOU 19/02/2016. Contudo, a TNU
alterou o seu entendimento, ao reexaminar a matéria em razão de divergência com a jurisprudência do
STJ. O acórdão, que uniformizou novamente a matéria e reviu o entendimento anterior ficou assim
ementado: DIREITO ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. CARREIRA DA POLÍCIA FEDERAL.
PROGRESSÃO FUNCIONAL. REQUISITOS. CUMPRIMENTO. EFEITOS FINANCEIROS. LEI N.
9.266/96 E DECRETO N. 2.565/98. MUDANÇA DE ENTENDIMENTO, COM O OBJETIVO DE ALINHAR
ESTA TURMA NACIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO COM A JURISPRUDÊNCIA DOMINANTE DO E.
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. INCIDENTE CONHECIDO E PROVIDO. (...)6. Com efeito, não
obstante esta Turma Nacional de Uniformização já tenha adotado entendimento no sentido do aresto
recorrido, é de rigor observar que recentemente a matéria foi objeto de análise pelo e. Superior Tribunal
de Justiça, o qual vem adotando o posicionamento segundo o qual deve ser aplicada a legislação que
regulamenta a progressão funcional dos policiais federais, qual seja, o art. 2º, parágrafo único, da Lei
9266/96 e o art. 5º do Decreto 2.565/98, segundo o qual a progressão dos autores deve se dar no mês de
março do ano subsequente, quando
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AF5BC2241A6ADB393E7542A09481EA96 2
gratuita, prescrevendo a dívida cinco anos após a sentença final, nos termos do art. 98, § 3º., do
CPC/2015.
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ACÓRDÃO
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso. 1ª. Turma Recursal,
Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.
A2143B72983B6338C2FD37D6A4981869 2
apurado a partir da diferença entre as despesas realizadas com transporte coletivo, nos termos do art. 1o,
e o desconto de seis por cento do (grifo nosso): I - soldo do militar; II - vencimento do cargo efetivo ou
emprego ocupado pelo servidor ou empregado, ainda que ocupante de cargo em comissão ou de
natureza especial; III - vencimento do cargo em comissão ou de natureza especial, quando se tratar de
servidor ou empregado que não ocupe cargo efetivo ou emprego. § 1o Para fins do desconto, considerar-
se-á como base de cálculo o valor do soldo ou vencimento proporcional a vinte e dois dias. § 2º. O valor
do Auxílio-Transporte não poderá ser inferior ao valor mensal da despesa efetivamente realizada com o
transporte, nem superior àquele resultante do seu enquadramento em tabela definida na forma do
disposto no art. 8o. § 3º. Não fará jus ao Auxílio-Transporte o militar, o servidor ou empregado que
realizar despesas com transporte coletivo igual ou inferior ao percentual previsto neste artigo. 5) Além
disso, a disposição legal que estabelece participação do servidor no custeio do auxílio-transporte há de
ser entendida como determinação genérica que abrange as verbas remuneratórias lato sensu,
englobando, portanto, os subsídios. 6) A propósito do tema, veja-se recente julgado do STJ, in verbis:
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. SUBSÍDIO. AUXÍLIO-TRANSPORTE. NATUREZA
INDENIZATÓRIA. NÃO-VEDAÇÃO. MP N. 2.165-36/2001. DESCONTO. POSSIBILIDADE. USO DE
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Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
próprio ou coletivo. Precedentes: AgInt no REsp 1455539/RS, Rel. Ministra Diva Malerbi
(Desembargadora convocada TRF da 3ª REGIÃO), DJe 18/8/2016; AgRg no REsp 1.567.046/SP, Rel.
Ministro Humberto Martins, DJe 2/2/2016; e AgRg no AREsp 471.367/RS, Rel. Ministro Herman Benjamin,
DJe 22/4/2014. V - O valor do auxílio-transporte deve ser apurado a partir da diferença entre as despesas
realizadas com transporte próprio ou coletivo, e o desconto de seis por cento sobre o vencimento - que
deve ser entendido de maneira genérica, englobando ambas as formas de remuneração (vencimento
básico e subsídio) -, previsão dos artigos 1º e 2º, II, da MP n. 2.165-36/2001 (grifo nosso). VI - Não há se
falar em direito adquirido de servidor público a regime jurídico a que o desconto recaia sobre vencimento
pretérito, não mais vigente, podendo as parcelas que compõem a sua remuneração ser alteradas quando
da reestruturação da carreira, desde que preservado o valor real da remuneração. Precedentes: AgRg no
AREsp 65.621/DF, Rel. Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, DJe 11/4/2016; AgRg no RMS 50.082/CE,
Rel. Ministro Herman Benjamin, DJe 24/5/2016). VII - Pedido específico quanto ao reconhecimento do
direito sem qualquer desconto a título de participação no custeio do benefício. Forçoso reconhecer as
balizas estabelecidos pelo próprio autor, aos limites objetivos da lide, a se concluir pela sua
improcedência. VII - Recurso especial a
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
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ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso. 1ª. Turma Recursal,
Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.
aposentado por meio de RPV/Precatório e sobre juros de mora. 2) No mérito, inicialmente é preciso
esclarecer que, em se tratando de percepção de valores remuneratórios acumulados ao longo de vários
meses, sobre as quais incide um determinado tributo, como ocorreu na espécie, é preciso adotar o regime
de competência, sob pena de lesão aos princípios constitucionais da anterioridade e da igualdade
tributárias. 3) A propósito do tema, veja-se a decisão proferida pelo Ministro Roberto Barroso no ARE nº.
1.008.691-PE (DJE nº. 249, divulgado em 22/11/2016), parcialmente transcrita: "O recurso extraordinário
não pode ser provido, uma vez que as razões aduzidas pelo recorrente conflitam com a jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal. O acórdão recorrido dirimiu a controvérsia dos autos no mesmo sentido do
que ficara decidido pelo Plenário da Corte no julgamento do RE 614.406/RS, Rel. Min. Marco Aurélio. Na
oportunidade, o Supremo Tribunal Federal assentou que o Imposto de Renda deve ser apurado sob o
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
regime de competência na hipótese de percepção acumulada de proventos,
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
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o que impede a aplicação da alíquota máxima que incidiria na espécie caso a base considerada fosse
todo o montante recebido de uma única vez. Confira-se, a propósito, trecho do julgado: 'É inconstitucional
o art. 12 da Lei 7.713/1988 (No caso de rendimentos recebidos acumuladamente, o imposto incidirá, no
mês do recebimento ou crédito, sobre o total dos rendimentos, diminuídos do valor das despesas com
ação judicial necessárias ao seu recebimento, inclusive de advogados, se tiverem sido pagas pelo
contribuinte, sem indenização). Com base nessa orientação, em conclusão de julgamento e por maioria, o
Plenário negou provimento a recurso extraordinário em que se discutia a constitucionalidade da referida
norma v. Informativo 628. O Tribunal afirmou que o sistema não poderia apenar o contribuinte duas
vezes. Esse fenômeno ocorreria, já que o contribuinte, ao não receber as parcelas na época própria,
deveria ingressar em juízo e, ao fazê-lo, seria posteriormente tributado com uma alíquota superior de
imposto de renda em virtude da junção do que percebido. Isso porque a exação em foco teria como fato
gerador a disponibilidade econômica e jurídica da renda. A novel Lei 12.350/2010, embora não fizesse
alusão expressa ao regime de competência, teria implicado a adoção desse regime mediante inserção de
cálculos que direcionariam à consideração do que apontara como épocas próprias, tendo em conta o
surgimento, em si, da disponibilidade econômica. Desse modo, transgredira os princípios da isonomia e
da capacidade contributiva, de forma a configurar confisco e majoração de alíquota do imposto de renda.
Vencida a Ministra Ellen Gracie, que dava provimento ao recurso por reputar constitucional o dispositivo
questionado. Considerava que o preceito em foco não violaria o princípio da capacidade contributiva.
Enfatizava que o regime de caixa seria o que melhor aferiria a possibilidade de contribuir, uma vez que
exigiria o pagamento do imposto à luz dos rendimentos efetivamente percebidos, independentemente do
momento em que surgido o direito a eles.' Considerando que a lógica da questão de direito é
absolutamente a mesma, devem ser aplicadas, no presente caso relativamente à incidência de
contribuição previdenciária, as conclusões adotadas no precedente acima mencionado. Isso porque o
sujeito não poderia ser punido duplamente. Em primeiro lugar, por ver suprimido um direito devido. Em
segundo, por admitir o locupletamento do Estado com base em situação que o próprio poder público deu
causa." 4) Por sua vez, o STF decidiu pela inconstitucionalidade do art. 4º., incisos I e II, da Emenda
Constitucional nº. 41/03, afirmando, por ocasião do julgamento da ADI nº. 3.105 (DJ de 18/02/2005), que
ficava restabelecido o caráter geral da regra do art. 40, § 18, da Carta de 1988, a qual estabelecia a
incidência da contribuição para o PSS apenas sobre os valores excedentes do teto do RGPS. 5) Disso
tudo resulta que, em se tratando de servidores aposentados, não incide a contribuição para o PSS até a
data de 19/05/2004, data da conclusão da anterioridade nonagesimal da MP nº. 167/2004, afinal
convertida na Lei nº. 10.887/2004, que regulamentou a EC nº. 41/03, ao passo que, a partir de
20/05/2004, somente pode haver a incidência de tal exação sobre os valores que excederem o teto do
RGPS. 6) Já no tocante à questão dos juros de mora, em sede de recurso repetitivo, o Superior Tribunal
de Justiça já se manifestou no sentido de que não incide a contribuição previdenciária sobre os valores
recebidos a título de juros de mora por servidor público a quem foi reconhecido o direito a diferenças
remuneratórias, uma vez que, por conta de sua natureza indenizatória, refogem tais valores à base de
cálculo legal do tributo, sem falar que não se incorporam aos vencimentos para fins de aposentadoria. 7)
Nesse sentido, cito o seguinte precedente: PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. TRIBUTÁRIO.
CONTRIBUIÇÃO DO PLANO DE SEGURIDADE DO
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incorporáveis ao vencimento do servidor público. Nesse sentido: REsp 1.241.569/RS, 2ª Turma, Rel. Min.
Herman Benjamin, DJe de 13.9.2011. 3. A incidência de contribuição para o PSS sobre os valores pagos
em cumprimento de decisão judicial, por si só, não justifica a incidência da contribuição sobre os juros de
mora. Ainda que se admita a integração da legislação tributária pelo princípio do direito privado segundo o
qual, salvo disposição em contrário, o bem acessório segue o principal (expresso no art. 59 do CC/1916 e
implícito no CC/2002), tal integração não pode implicar na exigência de tributo não previsto em lei (como
ocorre com a analogia), nem na dispensa do pagamento de tributo devido (como ocorre com a equidade).
4. Ainda que seja possível a incidência de contribuição social sobre quaisquer vantagens pagas ao
servidor público federal (art. 4º, § 1º, da Lei 10.887/2004), não é possível a sua incidência sobre as
parcelas pagas a título de indenização (como é o caso dos juros de mora), pois, conforme expressa
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previsão legal (art. 49, I e § 1º, da Lei 8.112/90), não se incorporam ao vencimento ou provento. Por tal
razão, não merece acolhida a alegação no sentido de que apenas as verbas expressamente
mencionadas pelos incisos do § 1º do art. 4º da Lei 10.887/2004 não sofrem a incidência de contribuição
social. 5. Recurso especial não provido. Acórdão sujeito ao regime previsto no art. 543-C do CPC, c/c a
Resolução 8/2008 - Presidência/STJ. (REsp 1239203/PR, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES,
PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 12/12/2012, DJe 01/02/2013) 8) Portanto, a parte autora tem direito à
restituição da contribuição para o PSS, nos termos do quanto decidido na sentença proferida nestes
autos, corrigindo-se, de ofício, apenas o erro material concernente ao termo final da impossibilidade
completa de incidência da exação em questão, o qual é 19/05/2004, e não 19/02/2004. 9) De observar-se,
por fim, que, já na vigência do CPC/2015, o STJ vem entendendo que “... não é o órgão julgador obrigado
a rebater, um a um, todos os argumentos trazidos pelas partes em defesa da tese que apresentaram.
Deve apenas enfrentar a demanda, observando as questões relevantes e imprescindíveis à sua
resolução.” (REsp 1775870/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em
13/11/2018, DJe 21/11/2018). 10) Recurso desprovido. Sentença mantida, com correção de ofício do erro
material ora apontado. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº. 9.099/95. 11) Sem custas. A
recorrente pagará honorários advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da condenação, nos termos do
art. 55 da Lei nº. 9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso. 1ª. Turma Recursal,
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razoabilidade, são constitucionais, já que não fazem discriminações que afetem a dignidade da pessoa
humana ou que afastem o princípio da igualdade. 7) Com efeito, seja na elaboração das leis pelo
legislador, seja na busca incessante de tratamento uniforme entre os homens perante o direito, o certo é
que as diferenciações específicas são benéficas e necessárias a fim de manter a ordem entre os
indivíduos, agrupando-os segundo suas desigualdades, já que não existe sociedade uniforme, nem
tampouco indivíduos exatamente iguais. 8) Observa-se que as discriminações são compatíveis com o
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princípio da isonomia quando há uma correlação lógica entre a peculiaridade diferencial e o tratamento
desigual conferido em função dela, desde que não haja incompatibilidade com interesses da Constituição.
9) Assim, a regra que prevê idade inferior às mulheres para concessão de aposentadoria por tempo de
contribuição está fundamentada na realidade desigual vivenciada pelas mulheres, seja no mercado de
trabalho, seja na vida doméstica, a qual inclui maternidade e dupla jornada, daí porque, embora tal
desigualdade venha sendo paulatinamente vencida, ainda deve ser considerada pelo legislador na
elaboração das leis, a fim de atender justamente ao princípio da isonomia. 10) Concluindo no particular,
o RPPS está fundado no princípio da solidariedade, daí porque o pagamento de contribuição após a
obtenção do tempo de serviço mínimo para a obtenção da aposentadoria não ofende nenhum princípio
constitucional. 11) De observar-se, por fim, que, já na vigência do CPC/2015, o STJ vem entendendo que
"... não é o órgão julgador obrigado a rebater, um a um, todos os argumentos trazidos pelas partes em
defesa da tese que apresentaram. Deve apenas enfrentar a demanda, observando as questões
relevantes e imprescindíveis à sua resolução." (REsp 1775870/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN,
SEGUNDA TURMA, julgado em 13/11/2018, DJe 21/11/2018). 12) Recurso desprovido. Acórdão lavrado
com fundamento no art. 46 da Lei nº 9.099/95. 13) Sem custas. A parte autora pagará honorários
advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da causa, já que não está acobertada pelo benefício da
Justiça Gratuita.
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso. 1ª. Turma Recursal,
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36/2001 (a qual adquiriu força de lei por conta do teor da EC nº. 32/2001), in verbis: Art. 2º. O valor
mensal do Auxílio-Transporte será
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apurado a partir da diferença entre as despesas realizadas com transporte coletivo, nos termos do art. 1o,
e o desconto de seis por cento do (grifo nosso): I - soldo do militar; II - vencimento do cargo efetivo ou
emprego ocupado pelo servidor ou empregado, ainda que ocupante de cargo em comissão ou de
natureza especial; III - vencimento do cargo em comissão ou de natureza especial, quando se tratar de
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servidor ou empregado que não ocupe cargo efetivo ou emprego. § 1o Para fins do desconto, considerar-
se-á como base de cálculo o valor do soldo ou vencimento proporcional a vinte e dois dias. § 2º. O valor
do Auxílio-Transporte não poderá ser inferior ao valor mensal da despesa efetivamente realizada com o
transporte, nem superior àquele resultante do seu enquadramento em tabela definida na forma do
disposto no art. 8o. § 3º. Não fará jus ao Auxílio-Transporte o militar, o servidor ou empregado que
realizar despesas com transporte coletivo igual ou inferior ao percentual previsto neste artigo. 5) Além
disso, a disposição legal que estabelece participação do servidor no custeio do auxílio-transporte há de
ser entendida como determinação genérica que abrange as verbas remuneratórias lato sensu,
englobando, portanto, os subsídios. 6) A propósito do tema, veja-se recente julgado do STJ, in verbis:
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. SUBSÍDIO. AUXÍLIO-TRANSPORTE. NATUREZA
INDENIZATÓRIA. NÃO-VEDAÇÃO. MP N. 2.165-36/2001. DESCONTO. POSSIBILIDADE. USO DE
VEÍCULO PRÓPRIO OU COLETIVO. I - A demanda trata da possibilidade dos servidores substituídos da
parte autora perceberem, cumulativamente com o subsídio, verba de auxílio-transporte, sem o desconto
de 6% sobre os respectivos subsídios, mesmo para aqueles que se utilizam de veículo próprio para
efetuar o deslocamento "residência-trabalho-residência". II - Não há ofensa ao art. 535 do CPC/1973,
quando o Tribunal de origem, embora sucintamente, pronuncia-se de forma clara e suficiente sobre a
questão posta nos autos. III - O auxíliotransporte pago aos servidores públicos da União, instituído pela
MP n. 2.165-36, de 23 de agosto de 2001, tem natureza indenizatória, o que autoriza o cúmulo com o
pagamento de subsídio. IV - A jurisprudência do STJ consolidou-se no sentido de que o auxílio-transporte
tem a finalidade de custear as despesas realizadas pelos servidores públicos com transporte para
deslocamentos entre a residência e o local de trabalho, e vice-versa, sendo devido a quem utiliza veículo
próprio ou coletivo. Precedentes: AgInt no REsp 1455539/RS, Rel. Ministra Diva Malerbi
(Desembargadora convocada TRF da 3ª REGIÃO), DJe 18/8/2016; AgRg no REsp 1.567.046/SP, Rel.
Ministro Humberto Martins, DJe 2/2/2016; e AgRg no AREsp 471.367/RS, Rel. Ministro Herman Benjamin,
DJe 22/4/2014. V - O valor do auxílio-transporte deve ser apurado a partir da diferença entre as despesas
realizadas com transporte próprio ou coletivo, e o desconto de seis por cento sobre o vencimento - que
deve ser entendido de maneira genérica, englobando ambas as formas de remuneração (vencimento
básico e subsídio) -, previsão dos artigos 1º e 2º, II, da MP n. 2.165-36/2001 (grifo nosso). VI - Não há se
falar em direito adquirido de servidor público a regime jurídico a que o desconto recaia sobre vencimento
pretérito, não mais vigente, podendo as parcelas que compõem a sua remuneração ser alteradas quando
da reestruturação da carreira, desde que preservado o valor real da remuneração. Precedentes: AgRg no
AREsp 65.621/DF, Rel. Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, DJe 11/4/2016; AgRg no RMS 50.082/CE,
Rel. Ministro Herman Benjamin, DJe 24/5/2016). VII - Pedido específico quanto ao reconhecimento do
direito sem qualquer desconto a título de participação no custeio do benefício. Forçoso reconhecer as
balizas estabelecidos pelo próprio autor, aos limites objetivos da lide, a se concluir pela sua
improcedência. VII - Recurso especial a
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ACÓRDÃO
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TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PARA O PSS. APOSENTADOS. PERCEPÇÃO DE VALOR
REMUNERATÓRIO POR MEIO DE PRECATÓRIO/RPV. IMPOSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO LITERAL
DO ART. 16-A DA LEI Nº. 10.887/04. ADOÇÃO DO REGIME DE COMPETÊNCIA, SOB PENA DE
LESÃO AOS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA ANTERIORIDADE E DA IGUALDADE
TRIBUTÁRIAS. IMPOSSIBILIDADE DE INCIDÊNCIA DA CONTRIBUIÇÃO PRA O PSS SOBRE OS
VALORES QUE DEVERIAM SER PERCEBIDOS POR SERVIDORES APOSENTADOS ANTES DE
20/05/2004 (DATA DA CONCLUSÃO DA ANTERIORIDADE NONAGESIMAL DA MP Nº. 167/2004,
AFINAL CONVERTIDA NA LEI Nº. 10.887/2004). ISENÇÃO DOS VALORES INFERIORES AO TETO DE
CONTRIBUIÇÃO PARA O RGPS A PARTIR DE ENTÃO. ADI Nº. 3.105. INCIDÊNCIA SOBRE JUROS DE
MORA. ILEGALIDADE. DIREITO À RESTITUIÇÃO. RECURSO DESPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA.
1) Trata-se de recurso inominado interposto pela União (PFN) em face de sentença de procedência
parcial proferida em ação ajuizada objetivando a não incidência de PSS sobre os valores pagos a servidor
aposentado por meio de RPV/Precatório e sobre juros de mora. 2) No mérito, inicialmente é preciso
esclarecer que, em se tratando de percepção de valores remuneratórios acumulados ao longo de vários
meses, sobre as quais incide um determinado tributo, como ocorreu na espécie, é preciso adotar o regime
de competência, sob pena de lesão aos princípios constitucionais da anterioridade e da igualdade
tributárias. 3) A propósito do tema, veja-se a decisão proferida pelo Ministro Roberto Barroso no ARE nº.
1.008.691-PE (DJE nº. 249, divulgado em 22/11/2016), parcialmente transcrita: "O recurso extraordinário
não pode ser provido, uma vez que as razões aduzidas pelo recorrente conflitam com a jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal. O acórdão recorrido dirimiu a controvérsia dos autos no mesmo sentido do
que ficara decidido pelo Plenário da Corte no julgamento do RE 614.406/RS, Rel. Min. Marco Aurélio. Na
oportunidade, o Supremo Tribunal Federal assentou que o Imposto de Renda deve ser apurado sob o
regime de competência na hipótese de percepção acumulada de proventos,
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o que impede a aplicação da alíquota máxima que incidiria na espécie caso a base considerada fosse
todo o montante recebido de uma única vez. Confira-se, a propósito, trecho do julgado: 'É inconstitucional
o art. 12 da Lei 7.713/1988 (No caso de rendimentos recebidos acumuladamente, o imposto incidirá, no
mês do recebimento ou crédito, sobre o total dos rendimentos, diminuídos do valor das despesas com
ação judicial necessárias ao seu recebimento, inclusive de advogados, se tiverem sido pagas pelo
contribuinte, sem indenização). Com base nessa orientação, em conclusão de julgamento e por maioria, o
Plenário negou provimento a recurso extraordinário em que se discutia a constitucionalidade da referida
norma v. Informativo 628. O Tribunal afirmou que o sistema não poderia apenar o contribuinte duas
vezes. Esse fenômeno ocorreria, já que o contribuinte, ao não receber as parcelas na época própria,
deveria ingressar em juízo e, ao fazê-lo, seria posteriormente tributado com uma alíquota superior de
imposto de renda em virtude da junção do que percebido. Isso porque a exação em foco teria como fato
gerador a disponibilidade econômica e jurídica da renda. A novel Lei 12.350/2010, embora não fizesse
alusão expressa ao regime de competência, teria implicado a adoção desse regime mediante inserção de
cálculos que direcionariam à consideração do que apontara como épocas próprias, tendo em conta o
surgimento, em si, da disponibilidade econômica. Desse modo, transgredira os princípios da isonomia e
da capacidade contributiva, de forma a configurar confisco e majoração de alíquota do imposto de renda.
Vencida a Ministra Ellen Gracie, que dava provimento ao recurso por reputar constitucional o dispositivo
questionado. Considerava que o preceito em foco não violaria o princípio da capacidade contributiva.
Enfatizava que o regime de caixa seria o que melhor aferiria a possibilidade de contribuir, uma vez que
exigiria o pagamento do imposto à luz dos rendimentos efetivamente percebidos, independentemente do
momento em que surgido o direito a eles.' Considerando que a lógica da questão de direito é
absolutamente a mesma, devem ser aplicadas, no presente caso relativamente à incidência de
contribuição previdenciária, as conclusões adotadas no precedente acima mencionado. Isso porque o
sujeito não poderia ser punido duplamente. Em primeiro lugar, por ver suprimido um direito devido. Em
segundo, por admitir o locupletamento do Estado com base em situação que o próprio poder público deu
causa." 4) Por sua vez, o STF decidiu pela inconstitucionalidade do art. 4º., incisos I e II, da Emenda
Constitucional nº. 41/03, afirmando, por ocasião do julgamento da ADI nº. 3.105 (DJ de 18/02/2005), que
ficava restabelecido o caráter geral da regra do art. 40, § 18, da Carta de 1988, a qual estabelecia a
incidência da contribuição para o PSS apenas sobre os valores excedentes do teto do RGPS. 5) Disso
tudo resulta que, em se tratando de servidores aposentados, não incide a contribuição para o PSS até a
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Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso. 1ª. Turma Recursal,
Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.
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inicial (fls. 10/14) e com a contestação apresentada pela parte recorrente. 4) Além disso, restou
comprovado que a parte autora iniciou procedimento administrativo para o fim de ser ressarcida
administrativamente, nos termos do contrato firmado entre as partes, o qual não foi concluído pela própria
parte autora, e o valor depositado restou devolvido pelo banco diante de dados divergentes. 5) Por sua
vez, a jurisprudência consolidou-se no sentido de entender o roubo como fortuito externo, de modo a
afastar a responsabilidade do fornecedor por danos materiais e morais, mesmo em se tratando de
responsabilidade objetiva. 6) Nesse sentido, veja-se o entendimento mais recente da TNU, in verbis:
"EMENTA INCIDENTE DE UNIFORMIZAÇÃO INTERPOSTO PELA PARTE RÉ. RESPONSABILIDADE
CIVIL. ROUBO DE MERCADORIA POSTADA. FORÇA MAIOR. EXCLUDENTE DA
RESPONSABILIDADE. JURISPRUDÊNCIA DOMINANTE DO STJ. INCIDENTE CONHECIDO E
PROVIDO. 1. Incidente de Uniformização interposto pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos –
ECT em face de acórdão da Turma Recursal de Pernambuco que a condenou a indenizar o autor em
danos materiais e morais em virtude do extravio de encomenda em virtude de roubo. 2. Aduz a recorrente
que o aresto recorrido diverge do entendimento dominante no STJ, no sentido de que o roubo da
mercadoria transportada exclui a responsabilidade por
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constituir motivo de força maior. 3. Razão assiste à recorrente, uma vez que o entendimento hoje
dominante no STJ é no sentido de que o roubo da mercadoria transportada constitui motivo de força
maior, para excluir a responsabilidade por eventual indenização relativa a esse fato. Nesse sentido, trago
o seguinte julgado: RESPONSABILIDADE CIVIL. RECURSO ESPECIAL. CORREIOS. ROUBO DE
CARGAS. RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA. EXCLUSÃO. MOTIVO DE FORÇA MAIOR. 1. A
empresa de Correios é de natureza pública federal, criada pelo Decreto-lei nº. 509/69, prestadora de
serviços postais sob regime de privilégio, cuja harmonia com a Constituição Federal, em parte, foi
reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal, no julgamento da ADPF n. 46/DF, julgada em 5.8.2009,
relator para acórdão Ministro Eros Grau. Os Correios são, a um só tempo, empresa pública prestadora de
serviço público em sentido estrito, e agente inserido no mercado, desempenhando, neste caso, típica
atividade econômica e se sujeitando ao regime de direito privado. 2. Destarte, o caso dos autos revela o
exercício de atividade econômica típica, consubstanciada na prestação de serviço de "recebimento/coleta,
transporte e entrega domiciliar aos destinatários em âmbito nacional" de "fitas de vídeo e/ou material
promocional relativo a elas", por isso que os Correios se sujeitam à responsabilidade civil própria das
transportadoras de carga, as quais estão isentas de indenizar o dano causado na hipótese de força maior,
cuja extensão conceitual abarca a ocorrência de roubo das mercadorias transportadas. 3. A força maior
deve ser entendida, atualmente, como espécie do gênero fortuito externo, do qual faz parte também a
culpa exclusiva de terceiros, os quais se contrapõem ao chamado fortuito interno. O roubo, mediante uso
de arma de fogo, em regra é fato de terceiro equiparável a força maior, que deve excluir o dever de
indenizar, mesmo no sistema de responsabilidade civil objetiva. 4. Com o julgamento do REsp.
435.865/RJ, pela Segunda Seção, ficou pacificado na jurisprudência do STJ que, se não for demonstrado
que a transportadora não adotou as cautelas que razoavelmente dela se poderia esperar, o roubo de
carga constitui motivo de força maior a isentar a sua responsabilidade. 5. Recurso especial provido.
(REsp 976.564/SP, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 20/09/2012,
DJe 23/10/2012) 4. A excludente de responsabilidade civil pela ocorrência da situação de fortuito externo
tem sua aplicação nas relações de consumo já que o rol das excludentes de responsabilidade civil
previstas no Código de Defesa do Consumidor não é taxativo. Para caracterização do evento fortuito
externo como excludente de responsabilidade civil é necessário a presença dos elementos inevitabilidade,
irresistibilidade e externidade do fato. O roubo, em regra, é fato de terceiro equiparável a força maior,
consistindo em fortuito externo, afastando, assim a responsabilidade civil do prestador. 5 Ante o exposto
CONHEÇO E DOU PROVIMENTO ao Incidente de Uniformização para afastar a responsabilidade civil no
presente caso. (PEDILEF 05008012820134058308, JUIZ FEDERAL FERNANDO MOREIRA
GONÇALVES, TNU, DOU 10/08/2017 páginas 079-229.)." 7) De observar-se, por fim, que, já na vigência
do CPC/2015, o STJ vem entendendo que “... não é o órgão julgador obrigado a rebater, um a um, todos
os argumentos trazidos pelas partes em defesa da tese que apresentaram. Deve apenas enfrentar a
demanda, observando as questões relevantes e imprescindíveis à sua resolução.” (REsp 1775870/SP,
Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 13/11/2018, DJe 21/11/2018). 8)
142
Recurso provido. Sentença reformada para julgar improcedente in totum a pretensão da parte autora.
Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº. 9.099/95. 9) Sem custas e sem honorários.
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ACÓRDÃO
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Decide a Primeira Turma Recursal, por maioria, vencida o juiz Rui Costa Gonçalves, dar provimento ao
recurso. 1ª. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.
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eventual indenização relativa a esse fato. Nesse sentido, trago o seguinte julgado: RESPONSABILIDADE
CIVIL. RECURSO ESPECIAL. CORREIOS. ROUBO DE CARGAS. RESPONSABILIDADE CIVIL
OBJETIVA. EXCLUSÃO. MOTIVO DE FORÇA MAIOR. 1. A empresa de Correios é de natureza pública
federal, criada pelo Decreto-lei nº. 509/69, prestadora de serviços postais sob regime de privilégio, cuja
harmonia com a Constituição Federal, em parte, foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal, no
julgamento da ADPF n. 46/DF, julgada em 5.8.2009, relator para acórdão Ministro Eros Grau. Os Correios
são, a um só tempo, empresa pública prestadora de serviço público em sentido estrito, e agente inserido
no mercado, desempenhando, neste caso, típica atividade econômica e se sujeitando ao regime de direito
privado. 2. Destarte, o caso dos autos revela o exercício de atividade econômica típica, consubstanciada
na prestação de serviço de "recebimento/coleta, transporte e entrega domiciliar aos destinatários em
âmbito nacional" de "fitas de vídeo e/ou material promocional relativo a elas", por isso que os Correios se
sujeitam à responsabilidade civil própria das transportadoras de carga, as quais estão isentas de
indenizar o dano causado na hipótese de força maior, cuja extensão conceitual abarca a ocorrência de
roubo das mercadorias transportadas. 3. A força maior deve ser entendida, atualmente, como espécie do
gênero fortuito externo, do qual faz parte também a culpa exclusiva de terceiros, os quais se contrapõem
ao chamado fortuito interno. O roubo, mediante uso de arma de fogo, em regra é fato de terceiro
equiparável a força maior, que deve excluir o dever de indenizar, mesmo no sistema de responsabilidade
civil objetiva. 4. Com o julgamento do REsp. 435.865/RJ, pela Segunda Seção, ficou pacificado na
143
jurisprudência do STJ que, se não for demonstrado que a transportadora não adotou as cautelas que
razoavelmente dela se poderia esperar, o roubo de carga constitui motivo de força maior a isentar a sua
responsabilidade. 5. Recurso especial provido. (REsp 976.564/SP, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO,
QUARTA TURMA, julgado em 20/09/2012, DJe 23/10/2012) 4. A excludente de responsabilidade civil pela
ocorrência da situação de fortuito externo tem sua aplicação nas relações de consumo já que o rol das
excludentes de responsabilidade civil previstas no Código de Defesa do Consumidor não é taxativo. Para
caracterização do evento fortuito externo como excludente de responsabilidade civil é necessário a
presença dos elementos inevitabilidade, irresistibilidade e externidade do fato. O roubo, em regra, é fato
de terceiro equiparável a força maior, consistindo em fortuito externo, afastando, assim a
responsabilidade civil do prestador. 5 Ante o exposto CONHEÇO E DOU PROVIMENTO ao Incidente de
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Uniformização para afastar a responsabilidade civil no presente caso. (PEDILEF
05008012820134058308, JUIZ FEDERAL FERNANDO MOREIRA GONÇALVES, TNU, DOU 10/08/2017
páginas 079-229.). 6) De observar-se, por fim, que, já na vigência do CPC/2015, o STJ vem entendendo
que "... não é o órgão julgador obrigado a rebater, um a um, todos os argumentos trazidos pelas partes
em defesa da tese que apresentaram. Deve apenas enfrentar a demanda, observando as questões
relevantes e imprescindíveis à sua resolução." (REsp 1775870/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN,
SEGUNDA TURMA, julgado em 13/11/2018, DJe 21/11/2018). 7) Recurso provido. Sentença reformada
para julgar improcedente in totum a pretensão da parte autora. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da
Lei nº. 9.099/95. 8) Sem custas e sem honorários.
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ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por maioria, vencido o Juiz Rui Costa Gonçalves, dar provimento ao
recurso. 1ª. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.
B1DD75C30193C43717E365C358106773 2
5) Além disso, a disposição legal que estabelece participação do servidor no custeio do auxílio-transporte
há de ser entendida como determinação genérica que abrange as verbas remuneratórias lato sensu,
englobando, portanto, os subsídios. 6) A propósito do tema, veja-se recente julgado do STJ, in verbis:
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. SUBSÍDIO. AUXÍLIO-TRANSPORTE. NATUREZA
INDENIZATÓRIA. NÃO-VEDAÇÃO. MP N. 2.165-36/2001. DESCONTO. POSSIBILIDADE. USO DE
VEÍCULO PRÓPRIO OU COLETIVO. I - A demanda trata da possibilidade dos servidores substituídos da
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parte autora perceberem, cumulativamente com o subsídio, verba de auxílio-transporte, sem o desconto
de 6% sobre os respectivos subsídios, mesmo para aqueles que se utilizam de veículo próprio para
efetuar o deslocamento "residência-trabalho-residência". II - Não há ofensa ao art. 535 do CPC/1973,
quando o Tribunal de origem, embora sucintamente, pronuncia-se de forma clara e suficiente sobre a
questão posta nos autos. III - O auxíliotransporte pago aos servidores públicos da União, instituído pela
MP n. 2.165-36, de 23 de agosto de 2001, tem natureza indenizatória, o que autoriza o cúmulo com o
pagamento de subsídio. IV - A jurisprudência do STJ consolidou-se no sentido de que o auxílio-transporte
tem a finalidade de custear as despesas realizadas pelos servidores públicos com transporte para
deslocamentos entre a residência e o local de trabalho, e vice-versa, sendo devido a quem utiliza veículo
próprio ou coletivo. Precedentes: AgInt no REsp 1455539/RS, Rel. Ministra Diva Malerbi
(Desembargadora convocada TRF da 3ª REGIÃO), DJe 18/8/2016; AgRg no REsp 1.567.046/SP, Rel.
Ministro Humberto Martins, DJe 2/2/2016; e AgRg no AREsp 471.367/RS, Rel. Ministro Herman Benjamin,
DJe 22/4/2014. V - O valor do auxílio-transporte deve ser apurado a partir da diferença entre as despesas
realizadas com transporte próprio ou coletivo, e o desconto de seis por cento sobre o vencimento - que
deve ser entendido de maneira genérica, englobando ambas as formas de remuneração (vencimento
básico e subsídio) -, previsão dos artigos 1º e 2º, II, da MP n. 2.165-36/2001 (grifo nosso). VI - Não há se
falar em direito adquirido de servidor público a regime jurídico a que o desconto recaia sobre vencimento
pretérito, não mais vigente, podendo as parcelas que compõem a sua remuneração ser alteradas quando
da reestruturação da carreira, desde que preservado o valor real da remuneração. Precedentes: AgRg no
AREsp 65.621/DF, Rel. Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, DJe 11/4/2016; AgRg no RMS 50.082/CE,
Rel. Ministro Herman Benjamin, DJe 24/5/2016). VII - Pedido específico quanto ao reconhecimento do
direito sem qualquer desconto a título de participação no custeio do benefício. Forçoso reconhecer as
balizas estabelecidos pelo próprio autor, aos limites objetivos da lide, a se concluir pela sua
improcedência. VII - Recurso especial a que se nega provimento. (RESP - RECURSO ESPECIAL -
1598217 2016.01.13658-9, FRANCISCO FALCÃO, STJ - SEGUNDA TURMA, DJE DATA:05/02/2019). 7)
Quanto à cláusula de juros e correção monetária, a sentença está de acordo com o Manual de Cálculos
da Justiça Federal, o qual, por sua vez, espelha o quanto foi decidido pelo STF no RE nº. 870.947/SE,
acórdão cuja eficácia foi plenamente restaurada a partir da rejeição dos embargos de declaração,
conforme julgamento ocorrido aos 03/10/2019. 8) De observar-se, por fim, que, já na vigência do
CPC/2015, o STJ vem entendendo que "... não é o órgão julgador obrigado a rebater, um a um, todos os
argumentos trazidos pelas partes em defesa da tese que apresentaram. Deve apenas enfrentar a
demanda, observando as questões relevantes e imprescindíveis à sua resolução." (REsp 1775870/SP,
Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 13/11/2018, DJe 21/11/2018).
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
B1DD75C30193C43717E365C358106773 3
9) Recurso da União parcialmente provido para determinar que incida o desconto do percentual de 6%
relativo ao custeio do auxílio-transporte sobre os subsídios percebidos pela parte autora. Acórdão lavrado
nos termos do art. 46 da Lei nº. 9.099/95. 10) Sem custas e sem honorários.
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, dar parcial provimento ao recurso. 1ª. Turma
Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
provimento. 4) De fato, há previsão legal expressa a respeito do desconto de seis por cento sobre as
parcelas remuneratórias do servidor público no tocante ao auxílio transporte, não se podendo invocar na
espécie, portanto, excesso de poder na regulamentação realizada pelo Poder Executivo Federal. A
propósito, veja-se o teor do art. 2º. da Medida Provisória nº. 2.165-36/2001 (a qual adquiriu força de lei
por conta do teor da EC nº. 32/2001), in verbis: Art. 2º. O valor mensal do Auxílio-Transporte será apurado
a partir da diferença entre as despesas realizadas com transporte coletivo, nos termos do art. 1o, e o
desconto de seis por cento do (grifo nosso): I - soldo do militar; II - vencimento do cargo efetivo ou
emprego ocupado pelo servidor ou empregado, ainda que ocupante de cargo em comissão ou de
natureza especial; III - vencimento do cargo em comissão ou de natureza especial, quando se tratar de
servidor ou empregado que não ocupe cargo efetivo ou emprego. § 1o Para fins do desconto, considerar-
se-á como base de cálculo o valor do soldo ou vencimento proporcional a vinte e dois dias. § 2º. O valor
do Auxílio-Transporte não poderá ser inferior ao valor mensal da despesa efetivamente realizada com o
transporte, nem superior àquele resultante do seu enquadramento em tabela definida na forma do
disposto no art. 8o. § 3º. Não fará jus ao Auxílio-Transporte o militar, o servidor ou empregado que
realizar despesas com transporte coletivo igual ou inferior ao percentual previsto neste artigo.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
DD8539E2D252D9F729A9A1B006ED450F 2
5) Além disso, a disposição legal que estabelece participação do servidor no custeio do auxílio-transporte
há de ser entendida como determinação genérica que abrange as verbas remuneratórias lato sensu,
englobando, portanto, os subsídios. 6) A propósito do tema, veja-se recente julgado do STJ, in verbis:
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. SUBSÍDIO. AUXÍLIO-TRANSPORTE. NATUREZA
INDENIZATÓRIA. NÃO-VEDAÇÃO. MP N. 2.165-36/2001. DESCONTO. POSSIBILIDADE. USO DE
VEÍCULO PRÓPRIO OU COLETIVO. I - A demanda trata da possibilidade dos servidores substituídos da
parte autora perceberem, cumulativamente com o subsídio, verba de auxílio-transporte, sem o desconto
de 6% sobre os respectivos subsídios, mesmo para aqueles que se utilizam de veículo próprio para
efetuar o deslocamento "residência-trabalho-residência". II - Não há ofensa ao art. 535 do CPC/1973,
quando o Tribunal de origem, embora sucintamente, pronuncia-se de forma clara e suficiente sobre a
questão posta nos autos. III - O auxíliotransporte pago aos servidores públicos da União, instituído pela
MP n. 2.165-36, de 23 de agosto de 2001, tem natureza indenizatória, o que autoriza o cúmulo com o
pagamento de subsídio. IV - A jurisprudência do STJ consolidou-se no sentido de que o auxílio-transporte
tem a finalidade de custear as despesas realizadas pelos servidores públicos com transporte para
deslocamentos entre a residência e o local de trabalho, e vice-versa, sendo devido a quem utiliza veículo
próprio ou coletivo. Precedentes: AgInt no REsp 1455539/RS, Rel. Ministra Diva Malerbi
(Desembargadora convocada TRF da 3ª REGIÃO), DJe 18/8/2016; AgRg no REsp 1.567.046/SP, Rel.
Ministro Humberto Martins, DJe 2/2/2016; e AgRg no AREsp 471.367/RS, Rel. Ministro Herman Benjamin,
DJe 22/4/2014. V - O valor do auxílio-transporte deve ser apurado a partir da diferença entre as despesas
realizadas com transporte próprio ou coletivo, e o desconto de seis por cento sobre o vencimento - que
deve ser entendido de maneira genérica, englobando ambas as formas de remuneração (vencimento
básico e subsídio) -, previsão dos artigos 1º e 2º, II, da MP n. 2.165-36/2001 (grifo nosso). VI - Não há se
falar em direito adquirido de servidor público a regime jurídico a que o desconto recaia sobre vencimento
pretérito, não mais vigente, podendo as parcelas que compõem a sua remuneração ser alteradas quando
da reestruturação da carreira, desde que preservado o valor real da remuneração. Precedentes: AgRg no
AREsp 65.621/DF, Rel. Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, DJe 11/4/2016; AgRg no RMS 50.082/CE,
Rel. Ministro Herman Benjamin, DJe 24/5/2016). VII - Pedido específico quanto ao reconhecimento do
direito sem qualquer desconto a título de participação no custeio do benefício. Forçoso reconhecer as
balizas estabelecidos pelo próprio autor, aos limites objetivos da lide, a se concluir pela sua
improcedência. VII - Recurso especial a que se nega provimento. (RESP - RECURSO ESPECIAL -
1598217 2016.01.13658-9, FRANCISCO FALCÃO, STJ - SEGUNDA TURMA, DJE DATA:05/02/2019). 7)
Quanto à cláusula de juros e correção monetária, a sentença está de acordo com o Manual de Cálculos
da Justiça Federal, o qual, por sua vez, espelha o quanto foi decidido pelo STF no RE nº. 870.947/SE,
acórdão cuja eficácia foi plenamente restaurada a partir da rejeição dos embargos de declaração,
conforme julgamento ocorrido aos 03/10/2019. 8) De observar-se, por fim, que, já na vigência do
CPC/2015, o STJ vem entendendo que "... não é o órgão julgador obrigado a rebater, um a um, todos os
argumentos trazidos pelas partes em defesa da tese que apresentaram. Deve apenas enfrentar a
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DD8539E2D252D9F729A9A1B006ED450F 3
9) Recurso da União parcialmente provido para determinar que incida o desconto do percentual de 6%
relativo ao custeio do auxílio-transporte sobre os subsídios percebidos pela parte autora. Acórdão lavrado
nos termos do art. 46 da Lei nº. 9.099/95. 10) Sem custas e sem honorários.
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, dar parcial provimento ao recurso. 1ª. Turma
Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.
15E09DAA78D5540AF25E096757545CA4 2
5) Ocorre que a Lei nº. 11.784/08 estabeleceu regime diferenciado de percepção da GACEN em relação
aos aposentados e pensionistas, nos termos de seu art. 55. 6) Evidentemente que a disposição legal em
questão ofende às claras os princípios constitucionais da integralidade e da paridade no tocante aos
aposentados e pensionistas, já que a gratificação em questão somente poderia ser considerada pro
labore faciendo se houvesse avaliação dos servidores da ativa para fins de aferição de produtividade. 7)
Todavia, nos termos do referido art. 55 da Lei nº. 11.784/08, a GACEN é paga em valor fixo,
independentemente de quaisquer avaliações de natureza institucional ou individual, ao passo que a
restrição constante do caput do referido artigo de lei (“... que, em caráter permanente, realizarem
atividades de combate e controle de endemias ...”) na verdade não restringe coisa alguma, já que tais
funções são as funções próprias dos Agentes Auxiliares de Saúde Pública, Agentes de Saúde Pública e
Guardas de Endemias referidos no art. 54 da mesma lei e também de todos os demais ocupantes de
cargos ao depois referidos pelos arts. 284 e 284-A da Lei nº. 11.907/2009. 8) A propósito, quando do
julgamento do RE nº. 662.406, em sede de repercussão geral, o e. STF firmou a tese no sentido de que o
direito à percepção das gratificações de desempenho nos mesmos moldes dos servidores ativos cessa na
data da homologação dos resultados da primeira avaliação, permitindo concluir, a contrario sensu, que a
inexistência de avaliação é óbice à diferenciação de servidores da ativa e servidores inativos beneficiados
147
pela paridade. 9) Finalmente, a TNU vem adotando consistentemente o entendimento segundo o qual a
GACEN é devida aos servidores inativos albergados pela paridade (a propósito, vejase, inter plures, a
decisão proferida no PEDILEF 05033027020134058302, in DOU 05/02/2016 PÁGINAS 221/329). 10)
Recurso provido, para o fim de condenar a parte ré no pagamento da GACEN, em favor da parte autora,
nos mesmos valores daqueles pagos ao pessoal da ativa, tudo conforme a data da respectiva
aposentadoria ou início de percepção de pensão, devendo ser descontados os valores pagos sob as
mesmas rubricas, cessada a incidência na hipótese de percepção de gratificação incompatível e
respeitadas, em todo caso, a proporcionalidade no pagamento do benefício e a prescrição quinquenal das
parcelas vencidas antes da propositura da ação. 11) As parcelas vencidas, a serem pagas mediante RPV,
serão atualizadas nos termos do que foi determinado pelo Superior Tribunal de Justiça, em julgamento de
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recurso repetitivo já transitado em julgado (REsp 1495146/MG, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL
MARQUES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 22/02/2018, DJe 02/03/2018), após o julgamento do RE
870.947 (cuja decisão ora goza de plena eficácia, à vista da rejeição dos embargos de declaração na
Sessão de Julgamento de 03/10/2019), ocasião em que foram adotados os seguintes critérios de fixação
da correção monetária e dos juros de mora: "... 3.1.1 Condenações judiciais referentes a servidores e
empregados públicos. As condenações judiciais referentes a servidores e empregados públicos, sujeitam-
se aos seguintes encargos: (a) até julho/2001: juros de mora: 1% ao mês (capitalização simples);
correção monetária: índices previstos no Manual de Cálculos da Justiça Federal, com destaque para a
incidência do IPCA-E a partir de janeiro/2001; (b) agosto/2001 a junho/2009: juros de mora: 0,5% ao mês;
correção monetária: IPCA-E; (c) a partir de julho/2009: juros de mora: remuneração oficial da caderneta
de poupança; correção monetária: IPCA-E." 12) Sem custas e sem honorários. 13) Acórdão lavrado nos
termos do art. 46 da Lei nº. 9.099/95.
15E09DAA78D5540AF25E096757545CA4 3
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, dar provimento ao recurso da parte autora e julgar
procedente o pedido. 1ª. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.
Associativa da qual a parte autora é filiada, renovado nos presentes autos, tenha importado em
reconhecimento do
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
2DA992284AD353E3769AA2FD67E4D0D4 2
pedido e, assim, gerado interrupção do prazo prescricional. Na verdade, ocorreu o contrário do alegado
pela ora recorrente, conforme explicitado acima." 4) Logo, restou caracterizada a prescrição quinquenal,
haja vista que a presente ação foi proposta mais de cinco anos a contar da última competência em que
incidiu o tributo questionado (dezembro de 2012), incidindo na espécie o teor do art. 3º. da Lei
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Complementar nº. 118/05. 5) Recurso da PFN provido. Sentença reformada, para o fim de que seja
pronunciada a prescrição dos valores objeto do pedido de repetição de indébito. Acórdão lavrado nos
termos do art. 46 da Lei nº. 9.099/95. 6) Sem custas e sem honorários.
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, dar provimento ao recurso. 1ª. Turma Recursal,
Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.
C5331691EC376D99C18DD7D6AAEF817B 2
4) Já com relação à questão dos juros de mora, não é razoável exigir da parte autora que,
simultaneamente, discuta a repetição do indébito na via judicial e na via administrativa, disso decorrendo
que, inaugurada a via judicial no tocante à repetição de indébito da CPSS incidente sobre os valores do
principal da obrigação de pagamento de vantagens funcionais, deve a mesma via ser utilizada para a
repetição do indébito da mesma exação incidente sobre os juros de mora. 5) Finalmente, impõe-se a
reforma da sentença, sem prosseguimento no julgamento do feito nesta instância, em face da repetição
de casos idênticos perante Turma, a indicar a necessidade de uniformização de jurisprudência no primeiro
grau de jurisdição. 6) Recurso provido. Sentença reformada, devendo o feito retornar à instância de
origem para a apreciação do mérito da demanda. 7) Sem custas e sem honorários.
ACÓRDÃO
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Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, dar provimento ao recurso. 1ª. Turma Recursal,
Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.
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EMENTA
B37D7EE67F794DE3096E7124CE7BC4C4 2
janeiro/2001; (b) no período posterior à vigência do CC/2002 e anterior à vigência da Lei 11.960/2009:
juros de mora correspondentes à taxa Selic, vedada a cumulação com qualquer outro índice; (c) período
posterior à vigência da Lei 11.960/2009: juros de mora segundo o índice de remuneração da caderneta de
poupança; correção monetária com base no IPCA-E (grifo nosso)." 5) Ora, como a questão da incidência
dos juros de mora está indissoluvelmente associada à questão da correção monetária, sendo que os
consectários da sucumbência também são matéria apreciável de ofício, a melhor solução para o caso
concreto é dar provimento ao recurso para alterar completamente a cláusula de atualização, para o fim de
estabelecer que a correção monetária será calculada com base no IPCA-E a partir da data da sentença,
ao passo que os juros de mora correrão a partir da citação, calculados de acordo com o índice de
remuneração da poupança. 6) Recurso provido. Sentença reformada no tocante à cláusula de
atualização. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº. 9.099/95. 7) Sem custas e sem honorários.
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, dar provimento ao recurso. 1ª. Turma Recursal,
Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.
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dobro dos valores pagos indevidamente a título de encargos da fase de construção, os quais foram
cobrados após o término da construção e entrega do imóvel. 2) A recorrente insurge-se exclusivamente
contra a restituição em dobro do valor das parcelas cobradas, alegando que não houve má-fé da
empresa, pois os valores foram cobrados de acordo com o contrato firmado. 3) No mérito recursal, a
sentença merece reparo. 4) De fato, a parte autora e a CEF firmaram contrato de financiamento
imobiliário, com prazo de término de construção de 11 (onze) meses, a partir de quando se iniciaria a
cobrança da fase de amortização, mesmo que o imóvel não estivesse pronto, nos termos da cláusula 4ª.,
parágrafo único, do contrato. Todavia, a casa foi construída no prazo de 7 (sete) meses e entregue aos
03/02/2014, mas os encargos continuaram a ser cobrados nos moldes da fase de execução até setembro
de 2014, retardando, assim, a amortização das parcelas do financiamento pela parte autora. 5) Ora, o
contrato assinado previa duas fases distintas, quais sejam: a fase de construção e a fase de amortização.
Todavia, a CEF manteve a cobrança das parcelas nos moldes previstos no contrato de financiamento
mesmo após a entrega do imóvel, já que não havia qualquer previsão contratual para cobrança de
parcelas na hipótese de entrega ou conclusão antecipada da obra.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
CA3152133C54D8C965F13812C290888E 2
6) Nesse contexto, não resta caracterizada a má-fé da CEF a fim de ensejar a cobrança em dobro dos
valores, haja vista que ocorreu situação excepcional no cumprimento do contrato, ou seja, a obra foi
entregue antes do prazo originalmente previsto, daí porque é razoável supor que o sistema de informática
da instituição financeira continuou a calcular os encargos na forma constante da avença. A propósito,
veja-se precedente do STJ, in verbis: PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NOS EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. DISSONÂNCIA ENTRE O ACÓRDÃO
RECORRIDO E A JURISPRUDÊNCIA DO STJ. SÚMULA 568/STJ. 1. Ação revisional cumulada com
repetição de indébito e compensação por dano moral, com fundamento em contrato de financiamento
para aquisição de veículo. 2. Somente a cobrança de valores indevidos por inequívoca má-fé enseja a
repetição em dobro do indébito. Precedentes. O inadimplemento contratual não causa, por si só, danos
morais. Precedentes. Ante o entendimento dominante do tema nas Turmas de Direito Privado, aplica-se,
no particular, a Súmula 568/STJ. 3. Agravo interno nos embargos de declaração no agravo em recuso
especial não provido. (AIEAINTARESP nº. 1115266/2017, Rel. Min. NANCY ANDRIGHI, DJE de
12/06/2019). 7) Recurso provido, para o fim de excluir do valor do valor da condenação a dobra dos
valores cobrados a título de dano material. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº. 9.099/95. 8)
Sem custas e sem honorários.
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, dar provimento ao recurso. 1ª. Turma Recursal,
Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.
PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO PARA FILHA MAIOR SOLTEIRA. LEI Nº. 3.373/58. SENTENÇA DE
IMPROCEDÊNCIA. RECURSO EXCLUSIVO DA PARTE AUTORA. RAZÕES RECURSAIS
DISSOCIADAS DA DECISÃO IMPUGNADA. RECURSO NÃO CONHECIDO. 1) Trata-se de recurso
inominado interposto pela parte autora em face de sentença que julgou improcedente o pedido de
concessão de pensão, na qualidade de filha maior solteira, nos termos da Lei nº. 3.373/58. 2) Na peça
151
recursal, a parte autora alega que sempre foi dependente economicamente do pai e não tem condições
de trabalhar. 3) As razões recursais encontram-se absolutamente dissociadas do conteúdo da sentença
impugnada, daí porque a manifestação recursal não merece ser apreciada por esta Turma Recursal. 4)
Recurso não conhecido. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº. 9.099/95. 5) Sem custas. 6) A
parte autora pagará honorários advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da causa, ficando a
condenação suspensa enquanto perdurar o estado de carência que justificou a concessão da justiça
gratuita, prescrevendo a dívida cinco anos após a sentença final, nos termos do art. 98, § 3º., do
CPC/2015.
ACÓRDÃO
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, não conhecer do recurso. 1ª. Turma Recursal,
Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.
5927A64137FC9E9F85C9ADF9755035C8 2
militar, o servidor ou empregado que realizar despesas com transporte coletivo igual ou inferior ao
percentual previsto neste artigo. 4) Além disso, a disposição legal que estabelece participação do servidor
no custeio do auxílio-transporte há de ser entendida como determinação genérica que abrange as verbas
remuneratórias lato sensu, englobando, portanto, os subsídios. 5) A propósito do tema, veja-se recente
julgado do STJ, in verbis: ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. SUBSÍDIO. AUXÍLIO-
TRANSPORTE. NATUREZA INDENIZATÓRIA. NÃO-VEDAÇÃO. MP N. 2.165-36/2001. DESCONTO.
POSSIBILIDADE. USO DE VEÍCULO PRÓPRIO OU COLETIVO. I - A demanda trata da possibilidade dos
servidores substituídos da parte autora perceberem, cumulativamente com o subsídio, verba de auxílio-
transporte, sem o desconto de 6% sobre os respectivos subsídios, mesmo para aqueles que se utilizam
de veículo próprio para efetuar o deslocamento "residência-trabalho-residência". II - Não há ofensa ao art.
535 do CPC/1973, quando o Tribunal de origem, embora sucintamente, pronuncia-se de forma clara e
suficiente sobre a questão posta nos autos. III - O auxíliotransporte pago aos servidores públicos da
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União, instituído pela MP n. 2.165-36, de 23 de agosto de 2001, tem natureza indenizatória, o que
autoriza o cúmulo com o pagamento de subsídio. IV - A jurisprudência do STJ consolidou-se no sentido
de que o auxílio-transporte tem a finalidade de custear as despesas realizadas pelos servidores públicos
com transporte para deslocamentos entre a residência e o local de trabalho, e vice-versa, sendo devido a
quem utiliza veículo próprio ou coletivo. Precedentes: AgInt no REsp 1455539/RS, Rel. Ministra Diva
Malerbi (Desembargadora convocada TRF da 3ª REGIÃO), DJe 18/8/2016; AgRg no REsp 1.567.046/SP,
Rel. Ministro Humberto Martins, DJe 2/2/2016; e AgRg no AREsp 471.367/RS, Rel. Ministro Herman
Benjamin, DJe 22/4/2014. V - O valor do auxílio-transporte deve ser apurado a partir da diferença entre as
despesas realizadas com transporte próprio ou coletivo, e o desconto de seis por cento sobre o
vencimento - que deve ser entendido de maneira genérica, englobando ambas as formas de remuneração
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(vencimento básico e subsídio) -, previsão dos artigos 1º e 2º, II, da MP n. 2.165-36/2001 (grifo nosso). VI
- Não há se falar em direito adquirido de servidor público a regime jurídico a que o desconto recaia sobre
vencimento pretérito, não mais vigente, podendo as parcelas que compõem a sua remuneração ser
alteradas quando da reestruturação da carreira, desde que preservado o valor real da remuneração.
Precedentes: AgRg no AREsp 65.621/DF, Rel. Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, DJe 11/4/2016;
AgRg no RMS 50.082/CE, Rel. Ministro Herman Benjamin, DJe 24/5/2016). VII - Pedido específico quanto
ao reconhecimento do direito sem qualquer desconto a título de participação no custeio do benefício.
Forçoso reconhecer as balizas estabelecidos pelo próprio autor, aos limites objetivos da lide, a se concluir
pela sua improcedência. VII - Recurso especial a que se nega provimento. (RESP - RECURSO
ESPECIAL - 1598217 2016.01.13658-9, FRANCISCO FALCÃO, STJ - SEGUNDA TURMA, DJE
DATA:05/02/2019). 6) De observar-se, por fim, que, já na vigência do CPC/2015, o STJ vem entendendo
que "... não é o órgão julgador obrigado a rebater, um a um, todos os argumentos trazidos pelas partes
em defesa da tese que apresentaram. Deve apenas enfrentar a demanda, observando as questões
relevantes e imprescindíveis à sua resolução." (REsp 1775870/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN,
SEGUNDA TURMA, julgado em 13/11/2018, DJe 21/11/2018). 7) Recurso da parte autora desprovido,
com a consequente homologação da renúncia à pretensão formulada na ação, extinguindo-se o processo
com resolução de seu mérito,
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5927A64137FC9E9F85C9ADF9755035C8 3
nos termos do art. 487, inciso III, alínea "c", do CPC/2015. Recurso da União prejudicado. Acórdão
lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº. 9.099/95. 8) Sem custas. A parte autora pagará honorários
advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da causa, ficando a condenação suspensa enquanto perdurar
o estado de carência que justificou a concessão da justiça gratuita, prescrevendo a dívida cinco anos
após a sentença final, nos termos do art. 98, § 3º., do CPC/2015.
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso da parte autora e, em
consequência, homologar a renúncia à pretensão formulada na ação, extinguindo-se o processo com
resolução de seu mérito, nos termos do art. 487, inciso III, alínea "c", do CPC/2015, ficando prejudicado o
recurso da União. 1ª. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.
mensal do Auxílio-Transporte será apurado a partir da diferença entre as despesas realizadas com
transporte coletivo, nos termos do art. 1o, e o desconto de seis por cento do (grifo nosso): I - soldo do
militar; II - vencimento do cargo efetivo ou emprego ocupado pelo servidor ou empregado, ainda que
ocupante de cargo em comissão ou de natureza especial; III - vencimento do cargo em comissão ou de
natureza especial, quando se tratar de servidor ou empregado que não ocupe cargo efetivo ou emprego.
§ 1o Para fins do desconto, considerar-se-á como base de cálculo o valor do soldo ou vencimento
proporcional a vinte e dois dias. § 2º. O valor do AuxílioTransporte não poderá ser inferior ao valor mensal
da despesa efetivamente realizada com o transporte, nem superior àquele resultante do seu
enquadramento em tabela definida na forma do disposto no art. 8o. § 3º. Não fará jus ao Auxílio-
Transporte o militar, o servidor ou empregado que realizar despesas com transporte coletivo igual ou
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inferior ao percentual previsto neste artigo.
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4) Além disso, a disposição legal que estabelece participação do servidor no custeio do auxílio-transporte
há de ser entendida como determinação genérica que abrange as verbas remuneratórias lato sensu,
englobando, portanto, os subsídios. 5) A propósito do tema, veja-se recente julgado do STJ, in verbis:
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. SUBSÍDIO. AUXÍLIO-TRANSPORTE. NATUREZA
INDENIZATÓRIA. NÃO-VEDAÇÃO. MP N. 2.165-36/2001. DESCONTO. POSSIBILIDADE. USO DE
VEÍCULO PRÓPRIO OU COLETIVO. I - A demanda trata da possibilidade dos servidores substituídos da
parte autora perceberem, cumulativamente com o subsídio, verba de auxílio-transporte, sem o desconto
de 6% sobre os respectivos subsídios, mesmo para aqueles que se utilizam de veículo próprio para
efetuar o deslocamento "residência-trabalho-residência". II - Não há ofensa ao art. 535 do CPC/1973,
quando o Tribunal de origem, embora sucintamente, pronuncia-se de forma clara e suficiente sobre a
questão posta nos autos. III - O auxíliotransporte pago aos servidores públicos da União, instituído pela
MP n. 2.165-36, de 23 de agosto de 2001, tem natureza indenizatória, o que autoriza o cúmulo com o
pagamento de subsídio. IV - A jurisprudência do STJ consolidou-se no sentido de que o auxílio-transporte
tem a finalidade de custear as despesas realizadas pelos servidores públicos com transporte para
deslocamentos entre a residência e o local de trabalho, e vice-versa, sendo devido a quem utiliza veículo
próprio ou coletivo. Precedentes: AgInt no REsp 1455539/RS, Rel. Ministra Diva Malerbi
(Desembargadora convocada TRF da 3ª REGIÃO), DJe 18/8/2016; AgRg no REsp 1.567.046/SP, Rel.
Ministro Humberto Martins, DJe 2/2/2016; e AgRg no AREsp 471.367/RS, Rel. Ministro Herman Benjamin,
DJe 22/4/2014. V - O valor do auxílio-transporte deve ser apurado a partir da diferença entre as despesas
realizadas com transporte próprio ou coletivo, e o desconto de seis por cento sobre o vencimento - que
deve ser entendido de maneira genérica, englobando ambas as formas de remuneração (vencimento
básico e subsídio) -, previsão dos artigos 1º e 2º, II, da MP n. 2.165-36/2001 (grifo nosso). VI - Não há se
falar em direito adquirido de servidor público a regime jurídico a que o desconto recaia sobre vencimento
pretérito, não mais vigente, podendo as parcelas que compõem a sua remuneração ser alteradas quando
da reestruturação da carreira, desde que preservado o valor real da remuneração. Precedentes: AgRg no
AREsp 65.621/DF, Rel. Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, DJe 11/4/2016; AgRg no RMS 50.082/CE,
Rel. Ministro Herman Benjamin, DJe 24/5/2016). VII - Pedido específico quanto ao reconhecimento do
direito sem qualquer desconto a título de participação no custeio do benefício. Forçoso reconhecer as
balizas estabelecidos pelo próprio autor, aos limites objetivos da lide, a se concluir pela sua
improcedência. VII - Recurso especial a que se nega provimento. (RESP - RECURSO ESPECIAL -
1598217 2016.01.13658-9, FRANCISCO FALCÃO, STJ - SEGUNDA TURMA, DJE DATA:05/02/2019). 6)
De observar-se, por fim, que, já na vigência do CPC/2015, o STJ vem entendendo que "... não é o órgão
julgador obrigado a rebater, um a um, todos os argumentos trazidos pelas partes em defesa da tese que
apresentaram. Deve apenas enfrentar a demanda, observando as questões relevantes e imprescindíveis
à sua resolução." (REsp 1775870/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado
em 13/11/2018, DJe 21/11/2018). 7) Recurso da parte autora desprovido, com a consequente
homologação da renúncia à pretensão formulada na ação, extinguindo-se o processo com resolução de
seu mérito, nos termos do art. 487, inciso III, alínea "c", do CPC/2015. Acórdão lavrado nos termos do art.
46 da Lei nº. 9.099/95.
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69174D432D73834B0909A41FF2FCF6CD 3
8) Sem custas. A parte autora pagará honorários advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da causa,
ficando a condenação suspensa enquanto perdurar o estado de carência que justificou a concessão da
justiça gratuita, prescrevendo a dívida cinco anos após a sentença final, nos termos do art. 98, § 3º., do
CPC/2015.
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso da parte autora e, em
consequência, homologar a renúncia à pretensão formulada na ação, extinguindo-se o processo com
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resolução de seu mérito, nos termos do art. 487, inciso III, alínea "c", do CPC/2015. 1ª. Turma Recursal,
Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.
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EMENTA
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4) Além disso, a disposição legal que estabelece participação do servidor no custeio do auxílio-transporte
há de ser entendida como determinação genérica que abrange as verbas remuneratórias lato sensu,
englobando, portanto, os subsídios. 5) A propósito do tema, veja-se recente julgado do STJ, in verbis:
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. SUBSÍDIO. AUXÍLIO-TRANSPORTE. NATUREZA
INDENIZATÓRIA. NÃO-VEDAÇÃO. MP N. 2.165-36/2001. DESCONTO. POSSIBILIDADE. USO DE
VEÍCULO PRÓPRIO OU COLETIVO. I - A demanda trata da possibilidade dos servidores substituídos da
parte autora perceberem, cumulativamente com o subsídio, verba de auxílio-transporte, sem o desconto
de 6% sobre os respectivos subsídios, mesmo para aqueles que se utilizam de veículo próprio para
efetuar o deslocamento "residência-trabalho-residência". II - Não há ofensa ao art. 535 do CPC/1973,
quando o Tribunal de origem, embora sucintamente, pronuncia-se de forma clara e suficiente sobre a
questão posta nos autos. III - O auxíliotransporte pago aos servidores públicos da União, instituído pela
MP n. 2.165-36, de 23 de agosto de 2001, tem natureza indenizatória, o que autoriza o cúmulo com o
pagamento de subsídio. IV - A jurisprudência do STJ consolidou-se no sentido de que o auxílio-transporte
tem a finalidade de custear as despesas realizadas pelos servidores públicos com transporte para
deslocamentos entre a residência e o local de trabalho, e vice-versa, sendo devido a quem utiliza veículo
próprio ou coletivo. Precedentes: AgInt no REsp 1455539/RS, Rel. Ministra Diva Malerbi
(Desembargadora convocada TRF da 3ª REGIÃO), DJe 18/8/2016; AgRg no REsp 1.567.046/SP, Rel.
Ministro Humberto Martins, DJe 2/2/2016; e AgRg no AREsp 471.367/RS, Rel. Ministro Herman Benjamin,
DJe 22/4/2014. V - O valor do auxílio-transporte deve ser apurado a partir da diferença entre as despesas
realizadas com transporte próprio ou coletivo, e o desconto de seis por cento sobre o vencimento - que
deve ser entendido de maneira genérica, englobando ambas as formas de remuneração (vencimento
básico e subsídio) -, previsão dos artigos 1º e 2º, II, da MP n. 2.165-36/2001 (grifo nosso). VI - Não há se
falar em direito adquirido de servidor público a regime jurídico a que o desconto recaia sobre vencimento
pretérito, não mais vigente, podendo as parcelas que compõem a sua remuneração ser alteradas quando
da reestruturação da carreira, desde que preservado o valor real da remuneração. Precedentes: AgRg no
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AREsp 65.621/DF, Rel. Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, DJe 11/4/2016; AgRg no RMS 50.082/CE,
Rel. Ministro Herman Benjamin, DJe 24/5/2016). VII - Pedido específico quanto ao reconhecimento do
direito sem qualquer desconto a título de participação no custeio do benefício. Forçoso reconhecer as
balizas estabelecidos pelo próprio autor, aos limites objetivos da lide, a se concluir pela sua
improcedência. VII - Recurso especial a que se nega provimento. (RESP - RECURSO ESPECIAL -
1598217 2016.01.13658-9, FRANCISCO FALCÃO, STJ - SEGUNDA TURMA, DJE DATA:05/02/2019). 6)
De observar-se, por fim, que, já na vigência do CPC/2015, o STJ vem entendendo que "... não é o órgão
julgador obrigado a rebater, um a um, todos os argumentos trazidos pelas partes em defesa da tese que
apresentaram. Deve apenas enfrentar a demanda, observando as questões relevantes e imprescindíveis
à sua resolução." (REsp 1775870/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado
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em 13/11/2018, DJe 21/11/2018). 7) Recurso da parte autora desprovido, com a consequente
homologação da renúncia à pretensão formulada na ação, extinguindo-se o processo com resolução de
seu mérito, nos termos do art. 487, inciso III, alínea "c", do CPC/2015. Acórdão lavrado nos termos do art.
46 da Lei nº. 9.099/95.
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8) Sem custas. A parte autora pagará honorários advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da causa,
ficando a condenação suspensa enquanto perdurar o estado de carência que justificou a concessão da
justiça gratuita, prescrevendo a dívida cinco anos após a sentença final, nos termos do art. 98, § 3º., do
CPC/2015.
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso da parte autora e, em
consequência, homologar a renúncia à pretensão formulada na ação, extinguindo-se o processo com
resolução de seu mérito, nos termos do art. 487, inciso III, alínea "c", do CPC/2015. 1ª. Turma Recursal,
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4) Além disso, a disposição legal que estabelece participação do servidor no custeio do auxílio-transporte
há de ser entendida como determinação genérica que abrange as verbas remuneratórias lato sensu,
englobando, portanto, os subsídios. 5) A propósito do tema, veja-se recente julgado do STJ, in verbis:
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. SUBSÍDIO. AUXÍLIO-TRANSPORTE. NATUREZA
INDENIZATÓRIA. NÃO-VEDAÇÃO. MP N. 2.165-36/2001. DESCONTO. POSSIBILIDADE. USO DE
VEÍCULO PRÓPRIO OU COLETIVO. I - A demanda trata da possibilidade dos servidores substituídos da
parte autora perceberem, cumulativamente com o subsídio, verba de auxílio-transporte, sem o desconto
de 6% sobre os respectivos subsídios, mesmo para aqueles que se utilizam de veículo próprio para
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
efetuar o deslocamento "residência-trabalho-residência". II - Não há ofensa ao art. 535 do CPC/1973,
quando o Tribunal de origem, embora sucintamente, pronuncia-se de forma clara e suficiente sobre a
questão posta nos autos. III - O auxíliotransporte pago aos servidores públicos da União, instituído pela
MP n. 2.165-36, de 23 de agosto de 2001, tem natureza indenizatória, o que autoriza o cúmulo com o
pagamento de subsídio. IV - A jurisprudência do STJ consolidou-se no sentido de que o auxílio-transporte
tem a finalidade de custear as despesas realizadas pelos servidores públicos com transporte para
deslocamentos entre a residência e o local de trabalho, e vice-versa, sendo devido a quem utiliza veículo
próprio ou coletivo. Precedentes: AgInt no REsp 1455539/RS, Rel. Ministra Diva Malerbi
(Desembargadora convocada TRF da 3ª REGIÃO), DJe 18/8/2016; AgRg no REsp 1.567.046/SP, Rel.
Ministro Humberto Martins, DJe 2/2/2016; e AgRg no AREsp 471.367/RS, Rel. Ministro Herman Benjamin,
DJe 22/4/2014. V - O valor do auxílio-transporte deve ser apurado a partir da diferença entre as despesas
realizadas com transporte próprio ou coletivo, e o desconto de seis por cento sobre o vencimento - que
deve ser entendido de maneira genérica, englobando ambas as formas de remuneração (vencimento
básico e subsídio) -, previsão dos artigos 1º e 2º, II, da MP n. 2.165-36/2001 (grifo nosso). VI - Não há se
falar em direito adquirido de servidor público a regime jurídico a que o desconto recaia sobre vencimento
pretérito, não mais vigente, podendo as parcelas que compõem a sua remuneração ser alteradas quando
da reestruturação da carreira, desde que preservado o valor real da remuneração. Precedentes: AgRg no
AREsp 65.621/DF, Rel. Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, DJe 11/4/2016; AgRg no RMS 50.082/CE,
Rel. Ministro Herman Benjamin, DJe 24/5/2016). VII - Pedido específico quanto ao reconhecimento do
direito sem qualquer desconto a título de participação no custeio do benefício. Forçoso reconhecer as
balizas estabelecidos pelo próprio autor, aos limites objetivos da lide, a se concluir pela sua
improcedência. VII - Recurso especial a que se nega provimento. (RESP - RECURSO ESPECIAL -
1598217 2016.01.13658-9, FRANCISCO FALCÃO, STJ - SEGUNDA TURMA, DJE DATA:05/02/2019). 6)
De observar-se, por fim, que, já na vigência do CPC/2015, o STJ vem entendendo que "... não é o órgão
julgador obrigado a rebater, um a um, todos os argumentos trazidos pelas partes em defesa da tese que
apresentaram. Deve apenas enfrentar a demanda, observando as questões relevantes e imprescindíveis
à sua resolução." (REsp 1775870/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado
em 13/11/2018, DJe 21/11/2018). 7) Recurso da parte autora desprovido, com a consequente
homologação da renúncia à pretensão formulada na ação, extinguindo-se o processo com resolução de
seu mérito, nos termos do art. 487, inciso III, alínea "c", do CPC/2015. Acórdão lavrado nos termos do art.
46 da Lei nº. 9.099/95.
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8) Sem custas. A parte autora pagará honorários advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da causa,
ficando a condenação suspensa enquanto perdurar o estado de carência que justificou a concessão da
justiça gratuita, prescrevendo a dívida cinco anos após a sentença final, nos termos do art. 98, § 3º., do
CPC/2015.
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso da parte autora e, em
consequência, homologar a renúncia à pretensão formulada na ação, extinguindo-se o processo com
resolução de seu mérito, nos termos do art. 487, inciso III, alínea "c", do CPC/2015. 1ª. Turma Recursal,
Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.
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ora recorrente. 3) De fato, é preciso ressaltar, de início, que, em relação aos benefícios concedidos antes
da criação da gratificação sob exame, não houve redução alguma decorrente da Lei nº. 13.324/16, ao
passo que, em relação aos benefícios concedidos após a criação da gratificação em comento, tratar-se-ia
do decote de vantagem propter laborem, daí porque não há falar em aplicação, ao caso concreto, do
princípio da irredutibilidade de vencimentos ou benefícios de natureza previdenciária, ou de lesão ao
direito de petição. 4) Por sua vez, a previsão legal cuja constitucionalidade é questionada na peça inicial
está consubstanciada nos teores do caput e do parágrafo único do art. 87, da Lei nº. 13.324/16, adiante
transcritos: Art. 87. É facultado aos servidores, aos aposentados e aos pensionistas que estejam sujeitos
ao disposto nos arts. 3º, 6º ou 6º-A da Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003, ou no
art. 3º da Emenda Constitucional nº 47, de 5 de julho de 2005, optar pela incorporação de gratificações de
desempenho aos proventos de aposentadoria ou de pensão, nos termos dos arts. 88 e 89, relativamente
aos seguintes cargos, planos e carreiras: ... Parágrafo único. A opção de que trata o caput somente
poderá ser exercida se o servidor tiver percebido gratificações de desempenho por, no mínimo, sessenta
meses, antes da data da aposentadoria ou da instituição da pensão (grifo nosso).
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267FA3E293C71C2E9A9642AC8C7D0A2E 2
Turma, julgado em 27/10/2015, PROCESSO ELETRÔNICO DJe250 DIVULG 11-12-2015 PUBLIC 14-12-
2015)
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11) Frise-se que, no âmbito do Ministério da Saúde, É FATO NOTÓRIO QUE A GDPST SE TORNOU
GRATIFICAÇÃO PROPTER LABOREM (conclusão igualmente aplicável à GDM-PST, que dela derivou),
haja vista que já ocorreu a publicação do resultado do primeiro ciclo de avaliação aos 13/02/2012, por
meio da Portaria CGESP de 30/01/2012, publicada no Boletim de Serviço do Ministério da Saúde nº. 7,
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Ano 27, aos 13/02/2012, como decidiu a Turma Regional de Uniformização de Jurisprudência da 1ª.
Região, in verbis: INCIDENTE DE UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA. MINISTÉRIO DA SAÚDE.
GDPST - GRATIFICAÇÃO DE DESEMPENHO DA CARREIRA DA PREVIDÊNCIA, DA SAÚDE E DO
TRABALHO - EXTENSÃO AOS INATIVOS ATÉ A EFETIVA CONCLUSÃO DO PRIMEIRO CICLO DE
AVALIAÇÃO - HOMOLOGAÇÃO DO RESULTADO DAS AVALIAÇÕES - INCIDENTE PROVIDO. 1.
Termo final da incidência da GDPST aos servidores inativos é 13/02/2012 - data da publicação da portaria
que homologou o resultado final das avaliações correspondentes, encerrando o caráter genérico da
gratificação. 2. Incidente de uniformização provido. (...) Desse modo, na esteira do entendimento do STF,
o resultado do primeiro ciclo de avaliação de desempenho da GDPST, no âmbito do Ministério da Saúde
foi homologado pela Portaria CGESP de 30 de janeiro de 2012, publicada no Boletim de Serviço do
Ministério da Saúde n. 7 - Ano 27, de 13/02/2012, termo final do caráter genérico da referida gratificação,
a qual, desde então, passou a ser pro labore faciendo. Ante o exposto, voto pelo provimento do incidente,
para uniformizar a tese ora debatida no sentido de que o termo final do pagamento da GDPST é a data de
13/02/2012, encerrando o caráter genérico da gratificação. (PEDIDO 308893201040135, Relatora Juíza
Federal GENEVIEVE GROSSI ORSI, Diário Eletrônico 08/04/2016). 12) Por sua vez, a recorrente
equivoca-se completamente ao afirmar que "... a partir do 2º Ciclo, os pagamentos de 100 pontos (80
pontos a título de avaliação institucional e 20 pontos a título de avaliação individual) foram realizados
RETROATIVAMENTE, ANTES da sua conclusão, sempre NO DECORRER DO PRIMEIRO MÊS de cada
ciclo, como se vê no demonstrativo abaixo", já que, OBVIAMENTE, o pagamento no início de cada ciclo
ocorreu em virtude da avaliação no ciclo anterior (avaliação, portanto, com efeitos retroativos e
prospectivos), disso decorrendo a continuidade no pagamento dos valores da gratificação. 13) Em
acréscimo, a lei criadora da gratificação em comento não estabeleceu forma específica para a divulgação
dos resultados das avaliações, daí porque não há qualquer irregularidade detectável nas avaliações
subsequentes à primeira. 14) De seu turno, todas as disposições que criaram o arcabouço de
gratificações hoje pagas no âmbito do Serviço Público Federal, as quais preveem pagamento diferenciado
para os servidores aposentados, inclusive prevendo percentuais diferenciados conforme a data de
concessão da aposentadoria, foram consideradas constitucionais após o advento do primeiro ciclo de
avaliação (POUCO IMPORTANDO O QUE ACONTECEU NOS DEMAIS CICLOS), o que há muito já
ocorreu no tocante à gratificação pleiteada na inicial, de nada valendo à parte autora tentar rediscutir o
que já foi resolvido na jurisprudência do STF. 15) Concluindo nesse particular, mesmo após o advento da
Lei nº. 13.324/16 e em sede de repercussão geral, o STF consolidou o entendimento seguindo o qual
NÃO HÁ DIREITO À PARIDADE NO TOCANTE ÀS GRATIFICAÇÕES CUJO PRIMEIRO CICLO DE
AVALIAÇÃO ESTEJA ENCERRADO, consoante julgamento proferido no ARE nº. 1.052.570, cuja ementa
segue transcrita: CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM
AGRAVO.
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Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
vem entendendo que “... não é o órgão julgador obrigado a rebater, um a um, todos os argumentos
trazidos pelas partes em defesa da tese que apresentaram. Deve apenas enfrentar a demanda,
observando as questões relevantes e imprescindíveis à sua resolução.” (REsp 1775870/SP, Rel. Ministro
HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 13/11/2018, DJe 21/11/2018). 17) Recurso
desprovido. Sentença mantida. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº. 9.099/95. 18) Sem
custas. A parte autora pagará honorários advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da causa, ficando a
condenação suspensa enquanto perdurar o estado de carência que justificou a concessão da justiça
gratuita, prescrevendo a dívida cinco anos após a sentença final, nos termos do art. 98, § 3º., do
CPC/2015.
267FA3E293C71C2E9A9642AC8C7D0A2E 5
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso. 1ª. Turma Recursal,
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o que impede a aplicação da alíquota máxima que incidiria na espécie caso a base considerada fosse
todo o montante recebido de uma única vez. Confira-se, a propósito, trecho do julgado: 'É inconstitucional
o art. 12 da Lei 7.713/1988 (No caso de rendimentos recebidos acumuladamente, o imposto incidirá, no
mês do recebimento ou crédito, sobre o total dos rendimentos, diminuídos do valor das despesas com
ação judicial necessárias ao seu recebimento, inclusive de advogados, se tiverem sido pagas pelo
contribuinte, sem indenização). Com base nessa orientação, em conclusão de julgamento e por maioria, o
Plenário negou provimento a recurso extraordinário em que se discutia a constitucionalidade da referida
norma v. Informativo 628. O Tribunal afirmou que o sistema não poderia apenar o contribuinte duas
vezes. Esse fenômeno ocorreria, já que o contribuinte, ao não receber as parcelas na época própria,
deveria ingressar em juízo e, ao fazê-lo, seria posteriormente tributado com uma alíquota superior de
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imposto de renda em virtude da junção do que percebido. Isso porque a exação em foco teria como fato
gerador a disponibilidade econômica e jurídica da renda. A novel Lei 12.350/2010, embora não fizesse
alusão expressa ao regime de competência, teria implicado a adoção desse regime mediante inserção de
cálculos que direcionariam à consideração do que apontara como épocas próprias, tendo em conta o
surgimento, em si, da disponibilidade econômica. Desse modo, transgredira os princípios da isonomia e
da capacidade contributiva, de forma a configurar confisco e majoração de alíquota do imposto de renda.
Vencida a Ministra Ellen Gracie, que dava provimento ao recurso por reputar constitucional o dispositivo
questionado. Considerava que o preceito em foco não violaria o princípio da capacidade contributiva.
Enfatizava que o regime de caixa seria o que melhor aferiria a possibilidade de contribuir, uma vez que
exigiria o pagamento do imposto à luz dos rendimentos efetivamente percebidos, independentemente do
momento em que surgido o direito a eles.' Considerando que a lógica da questão de direito é
absolutamente a mesma, devem ser aplicadas, no presente caso relativamente à incidência de
contribuição previdenciária, as conclusões adotadas no precedente acima mencionado. Isso porque o
sujeito não poderia ser punido duplamente. Em primeiro lugar, por ver suprimido um direito devido. Em
segundo, por admitir o locupletamento do Estado com base em situação que o próprio poder público deu
causa." 4) Por sua vez, o STF decidiu pela inconstitucionalidade do art. 4º., incisos I e II, da Emenda
Constitucional nº. 41/03, afirmando, por ocasião do julgamento da ADI nº. 3.105 (DJ de 18/02/2005), que
ficava restabelecido o caráter geral da regra do art. 40, § 18, da Carta de 1988, a qual estabelecia a
incidência da contribuição para o PSS apenas sobre os valores excedentes do teto do RGPS. 5) Disso
tudo resulta que, em se tratando de servidores aposentados, não incide a contribuição para o PSS até a
data de 19/05/2004, data da conclusão da anterioridade nonagesimal da MP nº. 167/2004, afinal
convertida na Lei nº. 10.887/2004, que regulamentou a EC nº. 41/03, ao passo que, a partir de
20/05/2004, somente pode haver a incidência de tal exação sobre os valores que excederem o teto do
RGPS. 6) Já no tocante à questão dos juros de mora, em sede de recurso repetitivo, o Superior Tribunal
de Justiça já se manifestou no sentido de que não incide a contribuição previdenciária sobre os valores
recebidos a título de juros de mora por servidor público a quem foi reconhecido o direito a diferenças
remuneratórias, uma vez que, por conta de sua natureza indenizatória, refogem tais valores à base de
cálculo legal do tributo, sem falar que não se incorporam aos vencimentos para fins de aposentadoria. 7)
Nesse sentido, cito o seguinte precedente: PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. TRIBUTÁRIO.
CONTRIBUIÇÃO DO PLANO DE SEGURIDADE DO
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PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 12/12/2012, DJe 01/02/2013) 8) Portanto, a parte autora tem direito à
restituição da contribuição para o PSS, nos termos do quanto decidido na sentença proferida nestes
autos, corrigindo-se, de ofício, apenas o erro material concernente ao termo final da impossibilidade
completa de incidência da exação em questão, o qual é 19/05/2004, e não 19/02/2004. 9) De observar-se,
por fim, que, já na vigência do CPC/2015, o STJ vem entendendo que “... não é o órgão julgador obrigado
a rebater, um a um, todos os argumentos trazidos pelas partes em defesa da tese que apresentaram.
Deve apenas enfrentar a demanda, observando as questões relevantes e imprescindíveis à sua
resolução.” (REsp 1775870/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em
13/11/2018, DJe 21/11/2018). 10) Recurso desprovido. Sentença mantida, com correção de ofício do erro
material ora apontado. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº. 9.099/95. 11) Sem custas. A
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recorrente pagará honorários advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da condenação, nos termos do
art. 55 da Lei nº. 9.099/95.
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Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso. 1ª. Turma Recursal,
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ACÓRDÃO
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Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, dar provimento ao recurso. 1ª. Turma Recursal,
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EMENTA
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6) Recurso desprovido. Sentença mantida. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº. 9.099/95. 7)
Sem custas. A recorrente pagará honorários advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da condenação,
nos termos do art. 55 da Lei nº. 9.099/95.
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tributárias. 3) A propósito do tema, veja-se a decisão proferida pelo Ministro Roberto Barroso no ARE nº.
1.008.691-PE (DJE nº. 249, divulgado em 22/11/2016), parcialmente transcrita: "O recurso extraordinário
não pode ser provido, uma vez que as razões aduzidas pelo recorrente conflitam com a jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal. O acórdão recorrido dirimiu a controvérsia dos autos no mesmo sentido do
que ficara decidido pelo Plenário da Corte no julgamento do RE 614.406/RS, Rel. Min. Marco Aurélio. Na
oportunidade, o Supremo Tribunal Federal assentou que o Imposto de Renda deve ser apurado sob o
regime de competência na hipótese de percepção acumulada de proventos,
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o que impede a aplicação da alíquota máxima que incidiria na espécie caso a base considerada fosse
todo o montante recebido de uma única vez. Confira-se, a propósito, trecho do julgado: 'É inconstitucional
o art. 12 da Lei 7.713/1988 (No caso de rendimentos recebidos acumuladamente, o imposto incidirá, no
mês do recebimento ou crédito, sobre o total dos rendimentos, diminuídos do valor das despesas com
ação judicial necessárias ao seu recebimento, inclusive de advogados, se tiverem sido pagas pelo
contribuinte, sem indenização). Com base nessa orientação, em conclusão de julgamento e por maioria, o
Plenário negou provimento a recurso extraordinário em que se discutia a constitucionalidade da referida
norma v. Informativo 628. O Tribunal afirmou que o sistema não poderia apenar o contribuinte duas
vezes. Esse fenômeno ocorreria, já que o contribuinte, ao não receber as parcelas na época própria,
deveria ingressar em juízo e, ao fazê-lo, seria posteriormente tributado com uma alíquota superior de
imposto de renda em virtude da junção do que percebido. Isso porque a exação em foco teria como fato
gerador a disponibilidade econômica e jurídica da renda. A novel Lei 12.350/2010, embora não fizesse
alusão expressa ao regime de competência, teria implicado a adoção desse regime mediante inserção de
cálculos que direcionariam à consideração do que apontara como épocas próprias, tendo em conta o
surgimento, em si, da disponibilidade econômica. Desse modo, transgredira os princípios da isonomia e
da capacidade contributiva, de forma a configurar confisco e majoração de alíquota do imposto de renda.
Vencida a Ministra Ellen Gracie, que dava provimento ao recurso por reputar constitucional o dispositivo
questionado. Considerava que o preceito em foco não violaria o princípio da capacidade contributiva.
Enfatizava que o regime de caixa seria o que melhor aferiria a possibilidade de contribuir, uma vez que
exigiria o pagamento do imposto à luz dos rendimentos efetivamente percebidos, independentemente do
momento em que surgido o direito a eles.' Considerando que a lógica da questão de direito é
absolutamente a mesma, devem ser aplicadas, no presente caso relativamente à incidência de
contribuição previdenciária, as conclusões adotadas no precedente acima mencionado. Isso porque o
sujeito não poderia ser punido duplamente. Em primeiro lugar, por ver suprimido um direito devido. Em
segundo, por admitir o locupletamento do Estado com base em situação que o próprio poder público deu
causa." 4) Por sua vez, o STF decidiu pela inconstitucionalidade do art. 4º., incisos I e II, da Emenda
Constitucional nº. 41/03, afirmando, por ocasião do julgamento da ADI nº. 3.105 (DJ de 18/02/2005), que
ficava restabelecido o caráter geral da regra do art. 40, § 18, da Carta de 1988, a qual estabelecia a
incidência da contribuição para o PSS apenas sobre os valores excedentes do teto do RGPS. 5) Disso
tudo resulta que, em se tratando de servidores aposentados, não incide a contribuição para o PSS até a
data de 19/05/2004, data da conclusão da anterioridade nonagesimal da MP nº. 167/2004, afinal
convertida na Lei nº. 10.887/2004, que regulamentou a EC nº. 41/03, ao passo que, a partir de
20/05/2004, somente pode haver a incidência de tal exação sobre os valores que excederem o teto do
RGPS. 6) Já no tocante à questão dos juros de mora, em sede de recurso repetitivo, o Superior Tribunal
de Justiça já se manifestou no sentido de que não incide a contribuição previdenciária sobre os valores
recebidos a título de juros de mora por servidor público a quem foi reconhecido o direito a diferenças
remuneratórias, uma vez que, por conta de sua natureza indenizatória, refogem tais valores à base de
cálculo legal do tributo, sem falar que não se incorporam aos vencimentos para fins de aposentadoria. 7)
Nesse sentido, cito o seguinte precedente: PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. TRIBUTÁRIO.
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REFERENTE AOS JUROS DE MORA. 1. O ordenamento jurídico atribui aos juros de mora a natureza
indenizatória. Destinam-se, portanto, a reparar o prejuízo suportado pelo credor em razão da mora do
devedor, o qual não efetuou o pagamento nas condições estabelecidas pela lei ou pelo contrato. Os juros
de mora, portanto, não constituem verba destinada a remunerar o trabalho prestado ou capital investido.
2. A não incidência de contribuição para o PSS sobre juros de mora encontra amparo na jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal, que autoriza a incidência de tal contribuição apenas em relação às parcelas
incorporáveis ao vencimento do servidor público. Nesse sentido: REsp 1.241.569/RS, 2ª Turma, Rel. Min.
Herman Benjamin, DJe de 13.9.2011. 3. A incidência de contribuição para o PSS sobre os valores pagos
em cumprimento de decisão judicial, por si só, não justifica a incidência da contribuição sobre os juros de
mora. Ainda que se admita a integração da legislação tributária pelo princípio do direito privado segundo o
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qual, salvo disposição em contrário, o bem acessório segue o principal (expresso no art. 59 do CC/1916 e
implícito no CC/2002), tal integração não pode implicar na exigência de tributo não previsto em lei (como
ocorre com a analogia), nem na dispensa do pagamento de tributo devido (como ocorre com a equidade).
4. Ainda que seja possível a incidência de contribuição social sobre quaisquer vantagens pagas ao
servidor público federal (art. 4º, § 1º, da Lei 10.887/2004), não é possível a sua incidência sobre as
parcelas pagas a título de indenização (como é o caso dos juros de mora), pois, conforme expressa
previsão legal (art. 49, I e § 1º, da Lei 8.112/90), não se incorporam ao vencimento ou provento. Por tal
razão, não merece acolhida a alegação no sentido de que apenas as verbas expressamente
mencionadas pelos incisos do § 1º do art. 4º da Lei 10.887/2004 não sofrem a incidência de contribuição
social. 5. Recurso especial não provido. Acórdão sujeito ao regime previsto no art. 543-C do CPC, c/c a
Resolução 8/2008 - Presidência/STJ. (REsp 1239203/PR, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES,
PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 12/12/2012, DJe 01/02/2013) 8) Portanto, a parte autora tem direito à
restituição da contribuição para o PSS, nos termos do quanto decidido na sentença proferida nestes
autos. 9) De observar-se, por fim, que, já na vigência do CPC/2015, o STJ vem entendendo que “... não é
o órgão julgador obrigado a rebater, um a um, todos os argumentos trazidos pelas partes em defesa da
tese que apresentaram. Deve apenas enfrentar a demanda, observando as questões relevantes e
imprescindíveis à sua resolução.” (REsp 1775870/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA
TURMA, julgado em 13/11/2018, DJe 21/11/2018). 10) Recurso desprovido. Sentença mantida. Acórdão
lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº. 9.099/95. 11) Sem custas. A recorrente pagará honorários
advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da condenação, nos termos do art. 55 da Lei nº. 9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso. 1ª. Turma Recursal,
Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.
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Supremo Tribunal Federal. O acórdão recorrido dirimiu a controvérsia dos autos no mesmo sentido do
que ficara decidido pelo Plenário da Corte no julgamento do RE 614.406/RS, Rel. Min. Marco Aurélio. Na
oportunidade, o Supremo Tribunal Federal assentou que o Imposto de Renda deve ser apurado sob o
regime de competência na hipótese de percepção acumulada de proventos, o que impede a aplicação da
alíquota máxima que incidiria na espécie caso a base considerada fosse todo o montante recebido de
uma única vez. Confira-se, a propósito, trecho do julgado: 'É inconstitucional o art. 12 da Lei 7.713/1988
(No caso de
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rendimentos recebidos acumuladamente, o imposto incidirá, no mês do recebimento ou crédito, sobre o
total dos rendimentos, diminuídos do valor das despesas com ação judicial necessárias ao seu
recebimento, inclusive de advogados, se tiverem sido pagas pelo contribuinte, sem indenização). Com
base nessa orientação, em conclusão de julgamento e por maioria, o Plenário negou provimento a
recurso extraordinário em que se discutia a constitucionalidade da referida norma v. Informativo 628. O
Tribunal afirmou que o sistema não poderia apenar o contribuinte duas vezes. Esse fenômeno ocorreria,
já que o contribuinte, ao não receber as parcelas na época própria, deveria ingressar em juízo e, ao fazê-
lo, seria posteriormente tributado com uma alíquota superior de imposto de renda em virtude da junção do
que percebido. Isso porque a exação em foco teria como fato gerador a disponibilidade econômica e
jurídica da renda. A novel Lei 12.350/2010, embora não fizesse alusão expressa ao regime de
competência, teria implicado a adoção desse regime mediante inserção de cálculos que direcionariam à
consideração do que apontara como épocas próprias, tendo em conta o surgimento, em si, da
disponibilidade econômica. Desse modo, transgredira os princípios da isonomia e da capacidade
contributiva, de forma a configurar confisco e majoração de alíquota do imposto de renda. Vencida a
Ministra Ellen Gracie, que dava provimento ao recurso por reputar constitucional o dispositivo
questionado. Considerava que o preceito em foco não violaria o princípio da capacidade contributiva.
Enfatizava que o regime de caixa seria o que melhor aferiria a possibilidade de contribuir, uma vez que
exigiria o pagamento do imposto à luz dos rendimentos efetivamente percebidos, independentemente do
momento em que surgido o direito a eles.' Considerando que a lógica da questão de direito é
absolutamente a mesma, devem ser aplicadas, no presente caso relativamente à incidência de
contribuição previdenciária, as conclusões adotadas no precedente acima mencionado. Isso porque o
sujeito não poderia ser punido duplamente. Em primeiro lugar, por ver suprimido um direito devido. Em
segundo, por admitir o locupletamento do Estado com base em situação que o próprio poder público deu
causa." 4) Por sua vez, o STF decidiu pela inconstitucionalidade do art. 4º., incisos I e II, da Emenda
Constitucional nº. 41/03, afirmando, por ocasião do julgamento da ADI nº. 3.105 (DJ de 18/02/2005), que
ficava restabelecido o caráter geral da regra do art. 40, § 18, da Carta de 1988, a qual estabelecia a
incidência da contribuição para o PSS apenas sobre os valores excedentes do teto do RGPS. 5) Disso
tudo resulta que, em se tratando de servidores aposentados, não incide a contribuição para o PSS até a
data de 19/05/2004, data da conclusão da anterioridade nonagesimal da MP nº. 167/2004, afinal
convertida na Lei nº. 10.887/2004, que regulamentou a EC nº. 41/03, ao passo que, a partir de
20/05/2004, somente pode haver a incidência de tal exação sobre os valores que excederem o teto do
RGPS. 6) De observar-se, por fim, que, já na vigência do CPC/2015, o STJ vem entendendo que "... não
é o órgão julgador obrigado a rebater, um a um, todos os argumentos trazidos pelas partes em defesa da
tese que apresentaram. Deve apenas enfrentar a demanda, observando as questões relevantes e
imprescindíveis à sua resolução." (REsp 1775870/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA
TURMA, julgado em 13/11/2018, DJe 21/11/2018). 7) Recurso desprovido. Sentença mantida. Acórdão
lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº. 9.099/95. 8) Sem custas. A recorrente pagará honorários
advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da condenação, nos termos do art. 55 da Lei nº. 9.099/95.
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ACÓRDÃO
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questionadas datam do ano de 2016. 3) No mérito restante, não há como prosperar o pedido da parte
autora, uma vez que sua pretensão encontra óbice intransponível no art. 37, inciso XIII, da Constituição
Federal, que dispõe ser "... vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias
para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público". 4) De fato, as Leis nºs. 13.302/16,
13.323/16 e 13.327/16 não podem ser consideradas como de revisão geral, já que tratam apenas de
algumas das carreiras da Administração Pública Federal, valendo lembrar que sempre será possível o
reajuste diferenciado, desde que a lei não afirme expressamente a ocorrência de revisão geral (e não há
tal afirmação nas leis questionadas, as quais também não foram editadas no início do ano legislativo). 5)
Além disso, o pedido está em desconformidade com a Súmula nº. 339 do e. STF, a qual está em vigor e
continua sendo aplicada por aquela Corte nos dias atuais, conforme o teor do seguinte precedente, in
verbis: DIREITO ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL. AUMENTO DE VENCIMENTOS
DE SERVIDORES PÚBLICOS PELO PODER JUDICIÁRIO SOB O FUNDAMENTO DA ISONOMIA.
IMPOSSIBILIDADE. ÓBICE DA SÚMULA 339/STF. CONSONÂNCIA DA DECISÃO RECORRIDA COM A
JURISPRUDÊNCIA CRISTALIZADA NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. RECURSO
EXTRAORDINÁRIO QUE NÃO MERECE TRÂNSITO. REELABORAÇÃO DA MOLDURA FÁTICA.
PROCEDIMENTO VEDADO NA INSTÂNCIA EXTRAORDINÁRIA. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO
EM 02.4.2009. 1. O entendimento adotado pela Corte de
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origem, nos moldes do assinalado na decisão agravada, não diverge da jurisprudência firmada no âmbito
deste Supremo Tribunal Federal, cristalizada na Súmula 339/STF: "Não cabe ao Poder Judiciário, que
não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos, sob fundamento de isonomia".
Precedentes. 2. As razões do agravo regimental não se mostram aptas a infirmar os fundamentos que
lastrearam a decisão agravada. 3. Agravo regimental conhecido e não provido. (ARE 940325 AgR,
Relator(a): Min. ROSA WEBER, Primeira Turma, julgado em 01/03/2016, PROCESSO ELETRÔNICO
DJe-050 DIVULG 16-03-2016 PUBLIC 17-03-2016) 6) Concluindo no particular, caso de fato exista a
isonomia invocada na peça inicial, deverá ser buscada na via legislativa, que é a única
constitucionalmente autorizada a conceder reajuste a servidor público. 7) De observar-se, por fim, que, já
na vigência do CPC/2015, o STJ vem entendendo que "... não é o órgão julgador obrigado a rebater, um a
um, todos os argumentos trazidos pelas partes em defesa da tese que apresentaram. Deve apenas
enfrentar a demanda, observando as questões relevantes e imprescindíveis à sua resolução." (REsp
1775870/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 13/11/2018, DJe
21/11/2018). 8) Recurso desprovido. Sentença mantida. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº.
9.099/95. 9) Sem custas. A parte autora pagará honorários advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da
causa, ficando a condenação suspensa enquanto perdurar o estado de carência que justificou a
concessão da justiça gratuita, prescrevendo a dívida cinco anos após a sentença final, nos termos do art.
98, § 3º., do CPC/2015.
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso. 1ª. Turma Recursal,
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segurado; e c) apresente incapacidade total, permanente e omniprofissional para o exercício de atividade
que seja apta a garantir a sua subsistência. 4) No caso concreto, o(a) douto(a) perito(a) do Juízo atestou
que a incapacidade da pericianda é permanente/indefinida, parcial e multiprofissional, de modo que não
há como lhe ser deferida a aposentadoria por invalidez, já que não há incapacidade omniprofissional. 5)
Por sua vez, observo que o período de incapacidade apontado, ainda que de forma imprecisa, no laudo
médico pericial do Juízo está integralmente abrangido pelo período de concessão administrativa do
auxílio-doença de 11/12/2012 a 23/09/2016, conforme CNIS registrado em 04/10/2019. 6) Concluindo no
particular, a parte autora atualmente se encontra no pleno exercício de suas atividades laborais, conforme
relatório do CNIS registrado aos 04/10/2019, continuando a trabalhar para a empresa Gol Linhas Aéreas
S/A, o que está a indicar que foi readaptada pela própria empresa empregadora.
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7) De observar-se, por fim, que, já na vigência do CPC/2015, o STJ vem entendendo que "... não é o
órgão julgador obrigado a rebater, um a um, todos os argumentos trazidos pelas partes em defesa da tese
que apresentaram. Deve apenas enfrentar a demanda, observando as questões relevantes e
imprescindíveis à sua resolução". (REsp 1775870/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA
TURMA, julgado em 13/11/2018, DJe 21/11/2018). 8) Recurso desprovido. Sentença mantida. Acórdão
lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº. 9.099/95. 9) Sem custas. A recorrente pagará honorários
advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da condenação, nos termos do art. 55 da Lei nº. 9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso. 1ª. Turma Recursal,
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vez. Confira-se, a propósito, trecho do julgado: 'É inconstitucional o art. 12 da Lei 7.713/1988 (No caso de
rendimentos recebidos acumuladamente, o imposto incidirá, no mês do recebimento ou crédito, sobre o
total dos rendimentos, diminuídos do valor das despesas com ação judicial necessárias ao seu
recebimento, inclusive de advogados, se tiverem sido pagas
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pelo contribuinte, sem indenização). Com base nessa orientação, em conclusão de julgamento e por
maioria, o Plenário negou provimento a recurso extraordinário em que se discutia a constitucionalidade da
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referida norma v. Informativo 628. O Tribunal afirmou que o sistema não poderia apenar o contribuinte
duas vezes. Esse fenômeno ocorreria, já que o contribuinte, ao não receber as parcelas na época própria,
deveria ingressar em juízo e, ao fazê-lo, seria posteriormente tributado com uma alíquota superior de
imposto de renda em virtude da junção do que percebido. Isso porque a exação em foco teria como fato
gerador a disponibilidade econômica e jurídica da renda. A novel Lei 12.350/2010, embora não fizesse
alusão expressa ao regime de competência, teria implicado a adoção desse regime mediante inserção de
cálculos que direcionariam à consideração do que apontara como épocas próprias, tendo em conta o
surgimento, em si, da disponibilidade econômica. Desse modo, transgredira os princípios da isonomia e
da capacidade contributiva, de forma a configurar confisco e majoração de alíquota do imposto de renda.
Vencida a Ministra Ellen Gracie, que dava provimento ao recurso por reputar constitucional o dispositivo
questionado. Considerava que o preceito em foco não violaria o princípio da capacidade contributiva.
Enfatizava que o regime de caixa seria o que melhor aferiria a possibilidade de contribuir, uma vez que
exigiria o pagamento do imposto à luz dos rendimentos efetivamente percebidos, independentemente do
momento em que surgido o direito a eles.' Considerando que a lógica da questão de direito é
absolutamente a mesma, devem ser aplicadas, no presente caso relativamente à incidência de
contribuição previdenciária, as conclusões adotadas no precedente acima mencionado. Isso porque o
sujeito não poderia ser punido duplamente. Em primeiro lugar, por ver suprimido um direito devido. Em
segundo, por admitir o locupletamento do Estado com base em situação que o próprio poder público deu
causa." 4) No caso concreto, como bem demonstrou a parte autora, a alíquota da contribuição
previdenciária dos servidores públicos civis da União era de 6% ao tempo das competências nas quais
seria devida a GOE (novembro de 1989 a dezembro de 1990), por força do teor do art. 35, inciso I, alínea
“a”, do Decreto nº. 83.081/79 (Regulamento de Custeio da Previdência Social), daí porque não poderia
ser cobrada a alíquota de 11% prevista no art. 16-A da Lei nº. 10.887/04. 5) Já no tocante à questão dos
juros de mora, em sede de recurso repetitivo, o Superior Tribunal de Justiça já se manifestou no sentido
de que não incide a contribuição previdenciária sobre os valores recebidos a título de juros de mora por
servidor público a quem foi reconhecido o direito a diferenças remuneratórias, uma vez que, por conta de
sua natureza indenizatória, refogem tais valores à base de cálculo legal do tributo, sem falar que não se
incorporam aos vencimentos para fins de aposentadoria. 6) Nesse sentido, cito o seguinte precedente:
"PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO DO PLANO DE
SEGURIDADE DO SERVIDOR PÚBLICO (PSS). RETENÇÃO. VALORES PAGOS EM CUMPRIMENTO
DE DECISÃO JUDICIAL (DIFERENÇAS SALARIAIS). INEXIGIBILIDADE DA CONTRIBUIÇÃO SOBRE A
PARCELA REFERENTE AOS JUROS DE MORA. 1. O ordenamento jurídico atribui aos juros de mora a
natureza indenizatória. Destinam-se, portanto, a reparar o prejuízo suportado pelo credor em razão da
mora do devedor, o qual não efetuou o pagamento nas condições estabelecidas pela lei ou pelo contrato.
Os juros de mora, portanto, não constituem verba destinada a remunerar o trabalho prestado ou capital
investido. 2. A não incidência de contribuição para o PSS sobre juros de mora encontra amparo na
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, que autoriza a incidência de tal contribuição apenas em
relação às parcelas
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incorporáveis ao vencimento do servidor público. Nesse sentido: REsp 1.241.569/RS, 2ª Turma, Rel. Min.
Herman Benjamin, DJe de 13.9.2011. 3. A incidência de contribuição para o PSS sobre os valores pagos
em cumprimento de decisão judicial, por si só, não justifica a incidência da contribuição sobre os juros de
mora. Ainda que se admita a integração da legislação tributária pelo princípio do direito privado segundo o
qual, salvo disposição em contrário, o bem acessório segue o principal (expresso no art. 59 do CC/1916 e
implícito no CC/2002), tal integração não pode implicar na exigência de tributo não previsto em lei (como
ocorre com a analogia), nem na dispensa do pagamento de tributo devido (como ocorre com a equidade).
4. Ainda que seja possível a incidência de contribuição social sobre quaisquer vantagens pagas ao
servidor público federal (art. 4º, § 1º, da Lei 10.887/2004), não é possível a sua incidência sobre as
parcelas pagas a título de indenização (como é o caso dos juros de mora), pois, conforme expressa
previsão legal (art. 49, I e § 1º, da Lei 8.112/90), não se incorporam ao vencimento ou provento. Por tal
razão, não merece acolhida a alegação no sentido de que apenas as verbas expressamente
mencionadas pelos incisos do § 1º do art. 4º da Lei 10.887/2004 não sofrem a incidência de contribuição
social. 5. Recurso especial não provido. Acórdão sujeito ao regime previsto no art. 543-C do CPC, c/c a
Resolução 8/2008 - Presidência/STJ. (REsp 1239203/PR, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES,
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1ª. SEÇÃO, DJe 01/02/2013) 7) De observar-se, por fim, que, já na vigência do CPC/2015, o STJ vem
entendendo que "... não é o órgão julgador obrigado a rebater, um a um, todos os argumentos trazidos
pelas partes em defesa da tese que apresentaram. Deve apenas enfrentar a demanda, observando as
questões relevantes e imprescindíveis à sua resolução." (REsp 1775870/SP, Rel. Ministro HERMAN
BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 13/11/2018, DJe 21/11/2018). 8) Recurso desprovido.
Sentença mantida. Acórdão lavrado conforme art. 46 da Lei nº. 9.099/95. 9) Sem custas. A recorrente
pagará honorários advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da condenação, nos termos do art. 55 da
Lei nº. 9.099/95.
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Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso. 1ª. Turma Recursal,
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ADMINISTRATIVO. ANISTIA. LEI Nº. 8.878/94. PEDIDO DE INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL
FUNDADO NA DEMORA NA READMISSÃO DA PARTE AUTORA, LEVANDO EM CONTA O LAPSO
TEMPORAL DECORRIDO ENTRE A EDIÇÃO DA LEI E A EFETIVA READMISSÃO. PRESCRIÇÃO
QUINQUENAL NÃO CARACTERIZADA. INEXISTÊNCIA DE ILEGALIDADE NA DEMISSÃO POR
EXTINÇÃO DA EMPRESA PÚBLICA. READMISSÃO DE EMPREGADO REGIDO PELA CLT. MERA
LIBERALIDADE DA ADMINISTRAÇÃO. FALTA DE PREVISÃO LEGAL A RESPEITO DE
INDENIZAÇÕES. DANO MORAL NÃO CARACTERIZADO. RECURSO DESPROVIDO. SENTENÇA
MANTIDA. 1) Trata-se de recurso inominado interposto pela parte autora em face de sentença de
improcedência proferida em ação ajuizada contra a União objetivando o pagamento de indenização pela
demora na readmissão, dado o lapso temporal decorrido entre a edição da Lei nº. 8.874/94 e a efetiva
adoção da providência ali prevista. 2) Verifica-se na espécie que a prescrição de fato é quinquenal, por
força do art. 1º. do Decreto nº. 20.910/32, porém não atingiu a pretensão formulada pela parte autora,
haja vista que tal servidora foi readmitida aos 01/07/2016 e ingressou com a presente ação aos
07/01/2019. 3) No mérito propriamente dito, no entanto, não há como prosperar o pedido da parte autora,
uma vez que, a despeito dos termos da Lei nº. 8.878/94, não houve ilicitude alguma nas demissões
ocorridas durante o Governo Collor decorrentes da extinção de empresas públicas, tanto que a parte
autora não foi favorecida por qualquer decisão da Justiça do Trabalho no tocante no tocante à sua
reintegração. 4) Disso decorre que a parte autora foi readmitida por mera liberalidade da Administração,
não fazendo jus a qualquer tipo de indenização, quer pelo fato de haver sido demitida, quer pelo fato de
haver sido readmitida com atraso, levando-se em consideração a data da edição da Lei nº. 8.874/94. 5)
Além disso, a própria Lei nº. 8.874/94, por meio de seu art. 6º., veda expressamente o pagamento de
quaisquer remunerações em caráter retroativo, o que significa dizer que o próprio Legislador considera
não haver valores devidos aos servidores no tocante ao período existente entre as demissões e
readmissões.
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determinada no Governo Collor, quando se levou a efeito a reforma administrativa de que trata a Lei n.
8.029 de 12 de abril de 1990. 5. Não há qualquer evidência ou indício de que o ato de demissão esteja
eivado de ilicitude, portanto, a anistia concedida deve observar os limites impostos pelo normativo
concessivo do beneficio em debate em todos os seus limites. 6. A Lei 8.878/94 estabelece que os efeitos
financeiros do ato devam ser assegurados a partir do efetivo retorno à atividade, vedando expressamente
a remuneração, de qualquer espécie, em caráter retroativo. 7. Se a própria lei veda a remuneração de
qualquer espécie em caráter retroativo, não há prejuízo a ser reparado a título de danos morais ou
materiais. Inexiste nos autos qualquer documento que comprove a responsabilidade subjetiva da
Administração Pública na demora pela concessão da anistia. Precedentes (grifo nosso). 8. "Nos termos
da legislação aplicada aos processos de anistia de ex-servidores demitidos no Governo "Collor", inexiste
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direito à percepção de valores retroativos a qualquer título em razão do desligamento. Se a própria lei
veda a remuneração de qualquer espécie em caráter retroativo, não há prejuízo a ser reparado a título de
danos morais ou materiais". (Agint No Resp 1621090/Df, Rel. Ministro Sérgio Kukina, Primeira Turma,
Julgado Em 18/10/2016, Dje 04/11/2016) 9. Apelação parcialmente provida para afastar a prescrição e,
prosseguindo na apreciação do mérito, julgar improcedente o pedido inicial. (APELAÇÃO
00561182320134013800, DESEMBARGADOR FEDERAL FRANCISCO DE ASSIS BETTI JUIZ
FEDERAL CÉSAR CINTRA JATAHY FONSECA (CONV.), TRF1 - SEGUNDA TURMA, eDJF1 DATA:
03/02/2017). 7) De observar-se, por fim, que, já na vigência do CPC/2015, o STJ vem entendendo que "...
não é o órgão julgador obrigado a rebater, um a um, todos os argumentos trazidos pelas partes em
defesa da tese que apresentaram. Deve apenas enfrentar a demanda, observando as questões
relevantes e imprescindíveis à sua resolução." (REsp 1775870/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN,
SEGUNDA TURMA, julgado em 13/11/2018, DJe 21/11/2018). 8) Recurso desprovido. Sentença mantida.
Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº. 9.099/95
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9) Sem custas. A parte autora pagará honorários advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da causa,
ficando a condenação suspensa enquanto perdurar o estado de carência que justificou a concessão da
justiça gratuita, prescrevendo a dívida cinco anos após a sentença final, nos termos do art. 98, § 3º., do
CPC/2015.
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desconformidade com a Súmula Vinculante nº. 37 do e. STF, consoante inclusive decidiu esta última
Corte no âmbito da Reclamação nº. 14.872/DF, cuja ementa segue adiante transcrita: “1. Reclamação. 2.
Direito Administrativo. 3. Servidores públicos. 4. Incorporação da vantagem referente aos
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13,23%. Lei 10.698/2003. 5. Ações que visam à defesa do texto constitucional. O julgador não está
limitado aos fundamentos jurídicos indicados pelas partes. Causa petendi aberta. 6. Órgão fracionário
afastou a aplicação do dispositivo legal sem observância do art. 97 da CF (reserva de plenário).
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Interpretação conforme a Constituição configura claro juízo de controle de constitucionalidade. Violação à
Súmula Vinculante n. 10. 7. É vedado ao Poder Judiciário conceder reajuste com base no princípio da
isonomia. Ofensa à Súmula Vinculante 37. 8. Reclamação julgada procedente (Rcl 14872, Relator(a):
Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, julgado em 31/05/2016, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-135
DIVULG 28-06-2016 PUBLIC 29-06-2016). 6) Em acréscimo, a edição da Lei nº. 13.317/16 em nada
mudou o quadro jurídico da pretensão deduzida na peça inicial, já que o Legislador não reconheceu a
legitimidade da propalada revisão geral pelo índice de 13,23%, nem tampouco determinou a extensão de
tal vantagem a todos os servidores, limitando-se a afirmar que tal reajuste, acaso concedido em sede
judicial ou administrativa, teria sido absorvido pelos reajustes concedidos por via daquele ato normativo.
7) A propósito, veja-se o teor do art. 6º. do mencionado diploma legal, in verbis: Art. 6º. A vantagem
pecuniária individual, instituída pela Lei no 10.698, de 2 de julho de 2003, e outras parcelas que tenham
por origem a citada vantagem concedidas por decisão administrativa ou judicial, ainda que decorrente de
sentença transitada ou não em julgado, incidentes sobre os cargos efetivos e em comissão de que trata
esta Lei, ficam absorvidas a partir da implementação dos novos valores constantes dos Anexos I e III
desta Lei. Parágrafo único. Na hipótese de redução de remuneração, provento ou pensão em
consequência do disposto nesta Lei, a diferença será paga a título de parcela complementar, de natureza
provisória, que será gradativamente absorvida por ocasião do desenvolvimento no cargo ou na carreira,
da progressão ou da promoção, da reorganização ou da reestruturação dos cargos e das carreiras ou das
remunerações previstas nesta Lei, bem como da implementação dos valores constantes dos Anexos I e III
desta Lei. 8) Concluindo no particular, o advento da referida lei em nada alterou o entendimento do STF a
respeito da matéria, tanto que diversas reclamações contra decisões judiciais concessivas do indevido
reajuste de 13,23% continuam sendo julgadas procedentes por aquela Corte, consoante atesta, inter
plures, o seguinte julgado: CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL NA
RECLAMAÇÃO. CONCESSÃO DO PERCENTUAL DE 13,23% A SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL (LEIS
10.697/2003 E 10.698/2003) POR DECISÃO JUDICIAL. PRINCÍPIO DA ISONOMIA. VIOLAÇÃO À
SÚMULA VINCULANTE 37. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL PROVIDO. (Rcl 25461 AgR,
Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. ALEXANDRE DE MORAES, Primeira
Turma, julgado em 31/10/2017, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-292 DIVULG 18-12-2017 PUBLIC 1912-
2017). 9) De observar-se, por fim, que, já na vigência do CPC/2015, o STJ vem entendendo que “... não é
o órgão julgador obrigado a rebater, um a um, todos os argumentos trazidos pelas partes em defesa da
tese que apresentaram. Deve apenas enfrentar a demanda, observando as questões relevantes e
imprescindíveis à sua resolução.” (REsp 1775870/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA
TURMA, julgado em 13/11/2018, DJe 21/11/2018). 10) Recurso desprovido. Sentença mantida. Acórdão
lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº. 9.099/95.
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11) A parte autora pagará honorários advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da causa, ficando a
condenação suspensa enquanto perdurar o estado de carência que justificou a concessão da justiça
gratuita, prescrevendo a dívida cinco anos após a sentença final, nos termos do art. 98, § 3º., do
CPC/2015.
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso. 1ª. Turma Recursal,
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casos similares, tais como de Policial Rodoviário Federal, utilizando-se como referência o acórdão do
Processo n° 0061934-51.2015.4.01.3400 (Relator Juiz Federal David Wilson de Abreu Pardo, julgado em
29/11/2017), o PEDILEF 05019994820094058500, Rel. Juiz Federal Rogério Moreira Alves, DOU
28/10/2011, e o PEDILEF TNU 05014601520144058401, Relator Juiz Federal Gerson Luiz Rocha, DOU
19/02/2016. Contudo, a TNU alterou o seu entendimento, ao reexaminar a matéria em razão de
divergência com a jurisprudência do STJ. O acórdão, que uniformizou novamente a matéria e reviu o
entendimento anterior ficou assim ementado: DIREITO ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO.
CARREIRA DA POLÍCIA FEDERAL. PROGRESSÃO FUNCIONAL. REQUISITOS. CUMPRIMENTO.
EFEITOS FINANCEIROS. LEI N. 9.266/96 E DECRETO N. 2.565/98. MUDANÇA DE ENTENDIMENTO,
COM O OBJETIVO DE ALINHAR ESTA TURMA NACIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO COM A
JURISPRUDÊNCIA DOMINANTE DO E. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. INCIDENTE CONHECIDO
E PROVIDO. (...)6. Com efeito, não obstante esta Turma Nacional de Uniformização já tenha adotado
entendimento no sentido do aresto recorrido, é de rigor observar que recentemente a matéria foi objeto de
análise pelo e. Superior Tribunal de Justiça, o qual vem adotando o posicionamento segundo o
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qual deve ser aplicada a legislação que regulamenta a progressão funcional dos policiais federais, qual
seja, o art. 2º, parágrafo único, da Lei 9266/96 e o art. 5º do Decreto 2.565/98, segundo o qual a
progressão dos autores deve se dar no mês de março do ano subsequente, quando implementados os
requisitos para a referida promoção. 7. Diversos julgados confirmam aludido entendimento, in verbis: ...
(AGRESP 201202292790, BENEDITO GONÇALVES, STJ - PRIMEIRA TURMA, DJE DATA:11/05/2016
..DTPB:.) ...) (AGRESP 201202292790, BENEDITO GONÇALVES, STJ - PRIMEIRA TURMA, DJE
DATA:11/05/2016 ..DTPB:.) ...) (AGRESP 201300965413, ASSUSETE MAGALHÃES, STJ - SEGUNDA
TURMA, DJE DATA:16/03/2016.) 8. Assim, visando uniformizar a jurisprudência das Turmas Recursais
com o entendimento que vem sendo adotado pelo Superior Tribunal de Justiça, tenho que o incidente
deve ser conhecido e provido para, alinhando o entendimento desta Turma Nacional de Uniformização,
firmar a tese de que: "a progressão dos servidores da carreira de policial federal deve ter seus efeitos
financeiros a partir de março do ano subsequente, nos termos do disposto na Lei n. 9.266/96 e no Decreto
n. 2.565/98." 9. Incidente conhecido e provido. (PEDILEF 201050500054126, Juiz Federal Fernando
Moreira Gonçalves, Data da Publicação: 12/09/2017). 4) Com efeito, a jurisprudência do STJ também é
nesse sentido: ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL. SERVIDOR PÚBLICO. POLICIAL FEDERAL.
PROGRESSÃO FUNCIONAL. EFEITOS FINANCEIROS. LEI N. 9.266/1996. 1. A progressão dos
servidores da carreira de policial federal deve ter seus efeitos financeiros a partir de março do ano
subsequente ao das últimas avaliações funcionais, nos termos do disposto na Lei n. 9.266/1996 e no
Decreto n. 2.565/1998. 2. Recurso especial provido. (REsp 1690116/SP, Rel. Ministro OG FERNANDES,
SEGUNDA TURMA, julgado em 05/12/2017, DJe 13/12/2017). No mesmo sentido: REsp 1649269/RJ,
Rel. Ministra REGINA HELENA COSTA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 16/05/2017, DJe 22/05/2017;
AgInt no REsp 1613907/RJ, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado
em 17/11/2016, DJe 23/11/2016. 5) Desse modo, considerando que a TNU fixou a tese de que "a
progressão dos servidores da carreira de policial federal deve ter seus efeitos financeiros a partir de
março do ano subsequente, nos termos do disposto na Lei n. 9.266/96 e no Decreto n. 2.565/98", aplica-
se esta regra aos Policiais Rodoviários Federais, cuja progressão é regulamentada pelo Decreto
84.669/80 (art. 19), pois o fundamento é o mesmo em ambos os casos. 6) Concluindo no particular, a
alegação no sentido de que o tempo de serviço é contado para todos os fins, conforme o teor do art. 100
da Lei nº. 8.112/90, encontra exceções em outras manifestações legislativas, dentre as quais aquela que
delega ao Poder Executivo a regulamentação das progressões funcionais, daí porque não pode ser tido
como norma superlegal que impeça a aplicação do Decreto nº. 84.669/80 ao caso concreto. 7) De
observar-se, por fim, que, já na vigência do CPC/2015, o STJ vem entendendo que "... não é o órgão
julgador obrigado a rebater, um a um, todos os argumentos trazidos pelas partes em defesa da tese que
apresentaram. Deve apenas enfrentar a demanda, observando as questões relevantes e imprescindíveis
à sua resolução." (REsp 1775870/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado
em 13/11/2018, DJe 21/11/2018). 8) Recurso desprovido. Sentença mantida. Acórdão lavrado nos termos
do art. 46 da Lei nº. 9.099/95. 9) Sem custas. A parte autora pagará honorários advocatícios de 10%
sobre o valor corrigido da causa, já que não está acobertada pelo benefício da Justiça Gratuita.
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Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.
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RECURSO Nº. 0037659-67.2017.4.01.3400 RELATOR JUIZ FEDERAL ALEXANDRE JORGE FONTES
LARANJEIRA RECORRENTE(S) : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL) ADV/PROC : - CELIA
FERREIRA TAVARES DE LYRA RECORRIDO(S) : JORGE DA LUZ CONCEICAO ADV/PROC :
DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA SILVA
EMENTA
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o que impede a aplicação da alíquota máxima que incidiria na espécie caso a base considerada fosse
todo o montante recebido de uma única vez. Confira-se, a propósito, trecho do julgado: 'É inconstitucional
o art. 12 da Lei 7.713/1988 (No caso de rendimentos recebidos acumuladamente, o imposto incidirá, no
mês do recebimento ou crédito, sobre o total dos rendimentos, diminuídos do valor das despesas com
ação judicial necessárias ao seu recebimento, inclusive de advogados, se tiverem sido pagas pelo
contribuinte, sem indenização). Com base nessa orientação, em conclusão de julgamento e por maioria, o
Plenário negou provimento a recurso extraordinário em que se discutia a constitucionalidade da referida
norma v. Informativo 628. O Tribunal afirmou que o sistema não poderia apenar o contribuinte duas
vezes. Esse fenômeno ocorreria, já que o contribuinte, ao não receber as parcelas na época própria,
deveria ingressar em juízo e, ao fazê-lo, seria posteriormente tributado com uma alíquota superior de
imposto de renda em virtude da junção do que percebido. Isso porque a exação em foco teria como fato
gerador a disponibilidade econômica e jurídica da renda. A novel Lei 12.350/2010, embora não fizesse
alusão expressa ao regime de competência, teria implicado a adoção desse regime mediante inserção de
cálculos que direcionariam à consideração do que apontara como épocas próprias, tendo em conta o
surgimento, em si, da disponibilidade econômica. Desse modo, transgredira os princípios da isonomia e
da capacidade contributiva, de forma a configurar confisco e majoração de alíquota do imposto de renda.
Vencida a Ministra Ellen Gracie, que dava provimento ao recurso por reputar constitucional o dispositivo
questionado. Considerava que o preceito em foco não violaria o princípio da capacidade contributiva.
Enfatizava que o regime de caixa seria o que melhor aferiria a possibilidade de contribuir, uma vez que
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tudo resulta que, em se tratando de servidores aposentados, não incide a contribuição para o PSS até a
data de 19/05/2004, data da conclusão da anterioridade nonagesimal da MP nº. 167/2004, afinal
convertida na Lei nº. 10.887/2004, que regulamentou a EC nº. 41/03, ao passo que, a partir de
20/05/2004, somente pode haver a incidência de tal exação sobre os valores que excederem o teto do
RGPS. 6) Já no tocante à questão dos juros de mora, em sede de recurso repetitivo, o Superior Tribunal
de Justiça já se manifestou no sentido de que não incide a contribuição previdenciária sobre os valores
recebidos a título de juros de mora por servidor público a quem foi reconhecido o direito a diferenças
remuneratórias, uma vez que, por conta de sua natureza indenizatória, refogem tais valores à base de
cálculo legal do tributo, sem falar que não se incorporam aos vencimentos para fins de aposentadoria. 7)
Nesse sentido, cito o seguinte precedente: PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. TRIBUTÁRIO.
CONTRIBUIÇÃO DO PLANO DE SEGURIDADE DO
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
DF2DC529A0002BF5150182F0B538CFE7 3
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso. 1ª. Turma Recursal,
Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
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TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PARA O PSS. APOSENTADOS. PERCEPÇÃO DE VALOR
REMUNERATÓRIO POR MEIO DE PRECATÓRIO/RPV. IMPOSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO LITERAL
DO ART. 16-A DA LEI Nº. 10.887/04. ADOÇÃO DO REGIME DE COMPETÊNCIA, SOB PENA DE
LESÃO AOS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA ANTERIORIDADE E DA IGUALDADE
TRIBUTÁRIAS. IMPOSSIBILIDADE DE INCIDÊNCIA DA CONTRIBUIÇÃO PRA O PSS SOBRE OS
VALORES QUE DEVERIAM SER PERCEBIDOS POR SERVIDORES APOSENTADOS ANTES DE
20/05/2004 (DATA DA CONCLUSÃO DA ANTERIORIDADE NONAGESIMAL DA MP Nº. 167/2004,
AFINAL CONVERTIDA NA LEI Nº. 10.887/2004). ISENÇÃO DOS VALORES INFERIORES AO TETO DE
CONTRIBUIÇÃO PARA O RGPS A PARTIR DE ENTÃO. ADI Nº. 3.105. INCIDÊNCIA SOBRE JUROS DE
MORA. ILEGALIDADE. DIREITO À RESTITUIÇÃO. RECURSO DESPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA.
1) Trata-se de recurso inominado interposto pela União (PFN) em face de sentença de procedência
parcial proferida em ação ajuizada objetivando a não incidência de PSS sobre os valores pagos a servidor
aposentado por meio de RPV/Precatório e sobre juros de mora. 2) No mérito, inicialmente é preciso
esclarecer que, em se tratando de percepção de valores remuneratórios acumulados ao longo de vários
meses, sobre as quais incide um determinado tributo, como ocorreu na espécie, é preciso adotar o regime
de competência, sob pena de lesão aos princípios constitucionais da anterioridade e da igualdade
tributárias. 3) A propósito do tema, veja-se a decisão proferida pelo Ministro Roberto Barroso no ARE nº.
1.008.691-PE (DJE nº. 249, divulgado em 22/11/2016), parcialmente transcrita: "O recurso extraordinário
não pode ser provido, uma vez que as razões aduzidas pelo recorrente conflitam com a jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal. O acórdão recorrido dirimiu a controvérsia dos autos no mesmo sentido do
que ficara decidido pelo Plenário da Corte no julgamento do RE 614.406/RS, Rel. Min. Marco Aurélio. Na
oportunidade, o Supremo Tribunal Federal assentou que o Imposto de Renda deve ser apurado sob o
regime de competência na hipótese de percepção acumulada de proventos,
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o que impede a aplicação da alíquota máxima que incidiria na espécie caso a base considerada fosse
todo o montante recebido de uma única vez. Confira-se, a propósito, trecho do julgado: 'É inconstitucional
o art. 12 da Lei 7.713/1988 (No caso de rendimentos recebidos acumuladamente, o imposto incidirá, no
mês do recebimento ou crédito, sobre o total dos rendimentos, diminuídos do valor das despesas com
ação judicial necessárias ao seu recebimento, inclusive de advogados, se tiverem sido pagas pelo
contribuinte, sem indenização). Com base nessa orientação, em conclusão de julgamento e por maioria, o
Plenário negou provimento a recurso extraordinário em que se discutia a constitucionalidade da referida
norma v. Informativo 628. O Tribunal afirmou que o sistema não poderia apenar o contribuinte duas
vezes. Esse fenômeno ocorreria, já que o contribuinte, ao não receber as parcelas na época própria,
deveria ingressar em juízo e, ao fazê-lo, seria posteriormente tributado com uma alíquota superior de
imposto de renda em virtude da junção do que percebido. Isso porque a exação em foco teria como fato
gerador a disponibilidade econômica e jurídica da renda. A novel Lei 12.350/2010, embora não fizesse
alusão expressa ao regime de competência, teria implicado a adoção desse regime mediante inserção de
cálculos que direcionariam à consideração do que apontara como épocas próprias, tendo em conta o
surgimento, em si, da disponibilidade econômica. Desse modo, transgredira os princípios da isonomia e
da capacidade contributiva, de forma a configurar confisco e majoração de alíquota do imposto de renda.
Vencida a Ministra Ellen Gracie, que dava provimento ao recurso por reputar constitucional o dispositivo
questionado. Considerava que o preceito em foco não violaria o princípio da capacidade contributiva.
Enfatizava que o regime de caixa seria o que melhor aferiria a possibilidade de contribuir, uma vez que
exigiria o pagamento do imposto à luz dos rendimentos efetivamente percebidos, independentemente do
momento em que surgido o direito a eles.' Considerando que a lógica da questão de direito é
absolutamente a mesma, devem ser aplicadas, no presente caso relativamente à incidência de
contribuição previdenciária, as conclusões adotadas no precedente acima mencionado. Isso porque o
sujeito não poderia ser punido duplamente. Em primeiro lugar, por ver suprimido um direito devido. Em
segundo, por admitir o locupletamento do Estado com base em situação que o próprio poder público deu
causa." 4) Por sua vez, o STF decidiu pela inconstitucionalidade do art. 4º., incisos I e II, da Emenda
Constitucional nº. 41/03, afirmando, por ocasião do julgamento da ADI nº. 3.105 (DJ de 18/02/2005), que
ficava restabelecido o caráter geral da regra do art. 40, § 18, da Carta de 1988, a qual estabelecia a
incidência da contribuição para o PSS apenas sobre os valores excedentes do teto do RGPS. 5) Disso
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tudo resulta que, em se tratando de servidores aposentados, não incide a contribuição para o PSS até a
data de 19/05/2004, data da conclusão da anterioridade nonagesimal da MP nº. 167/2004, afinal
convertida na Lei nº. 10.887/2004, que regulamentou a EC nº. 41/03, ao passo que, a partir de
20/05/2004, somente pode haver a incidência de tal exação sobre os valores que excederem o teto do
RGPS. 6) Já no tocante à questão dos juros de mora, em sede de recurso repetitivo, o Superior Tribunal
de Justiça já se manifestou no sentido de que não incide a contribuição previdenciária sobre os valores
recebidos a título de juros de mora por servidor público a quem foi reconhecido o direito a diferenças
remuneratórias, uma vez que, por conta de sua natureza indenizatória, refogem tais valores à base de
cálculo legal do tributo, sem falar que não se incorporam aos vencimentos para fins de aposentadoria. 7)
Nesse sentido, cito o seguinte precedente: PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. TRIBUTÁRIO.
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CONTRIBUIÇÃO DO PLANO DE SEGURIDADE DO
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Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso. 1ª. Turma Recursal,
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EMENTA
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pagamento dos valores do auxílio-transporte, ao mesmo tempo em que condicionou o pagamento da
vantagem à apresentação de declaração dos valores despendidos, providência assinalada como o marco
inicial da percepção da vantagem, bem como considerou válido o desconto de 6% sobre as parcelas
remuneratórias, determinações essas impugnadas pelo(a) recorrente. 2) No mérito, não há como
prosperar o pedido recursal. 3) De fato, a sentença reconheceu a prescrição quinquenal, ao mesmo
tempo em que condicionou o pagamento do auxílio-transporte à apresentação de declaração dos valores
despendidos a tal título junto à Administração, a partir de quando deverá ser paga a vantagem, exigência
essa que encontra claro respaldo no teor do art. 6º. da Medida Provisória nº. 2.165-36/2001, in verbis: Art.
6º. A concessão do Auxílio-Transporte far-se-á mediante declaração firmada pelo militar, servidor ou
empregado na qual ateste a realização das despesas com transporte nos termos do art. 1º (grifo nosso). §
1º. Presumir-se-ão verdadeiras as informações constantes da declaração de que trata este artigo, sem
prejuízo da apuração de responsabilidades administrativa, civil e penal. § 2º. A declaração deverá ser
atualizada pelo militar, servidor ou empregado sempre que ocorrer alteração das circunstâncias que
fundamentam a concessão do benefício. 4) Por sua vez, também há previsão legal expressa a respeito
do desconto de seis por cento sobre as parcelas remuneratórias do servidor público no tocante ao auxílio
transporte, não se podendo invocar na espécie, portanto, excesso de poder na regulamentação realizada
pelo Poder Executivo Federal. A propósito, veja-se o teor do art. 2º. da Medida Provisória nº. 2.165-
36/2001 (a qual adquiriu força de lei por conta do teor da EC nº. 32/2001), in verbis: Art. 2º. O valor
mensal do Auxílio-Transporte será
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apurado a partir da diferença entre as despesas realizadas com transporte coletivo, nos termos do art. 1o,
e o desconto de seis por cento do (grifo nosso): I - soldo do militar; II - vencimento do cargo efetivo ou
emprego ocupado pelo servidor ou empregado, ainda que ocupante de cargo em comissão ou de
natureza especial; III - vencimento do cargo em comissão ou de natureza especial, quando se tratar de
servidor ou empregado que não ocupe cargo efetivo ou emprego. § 1o Para fins do desconto, considerar-
se-á como base de cálculo o valor do soldo ou vencimento proporcional a vinte e dois dias. § 2º. O valor
do Auxílio-Transporte não poderá ser inferior ao valor mensal da despesa efetivamente realizada com o
transporte, nem superior àquele resultante do seu enquadramento em tabela definida na forma do
disposto no art. 8o. § 3º. Não fará jus ao Auxílio-Transporte o militar, o servidor ou empregado que
realizar despesas com transporte coletivo igual ou inferior ao percentual previsto neste artigo. 5) Além
disso, a disposição legal que estabelece participação do servidor no custeio do auxílio-transporte há de
ser entendida como determinação genérica que abrange as verbas remuneratórias lato sensu,
englobando, portanto, os subsídios. 6) A propósito do tema, veja-se recente julgado do STJ, in verbis:
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. SUBSÍDIO. AUXÍLIO-TRANSPORTE. NATUREZA
INDENIZATÓRIA. NÃO-VEDAÇÃO. MP N. 2.165-36/2001. DESCONTO. POSSIBILIDADE. USO DE
VEÍCULO PRÓPRIO OU COLETIVO. I - A demanda trata da possibilidade dos servidores substituídos da
parte autora perceberem, cumulativamente com o subsídio, verba de auxílio-transporte, sem o desconto
de 6% sobre os respectivos subsídios, mesmo para aqueles que se utilizam de veículo próprio para
efetuar o deslocamento "residência-trabalho-residência". II - Não há ofensa ao art. 535 do CPC/1973,
quando o Tribunal de origem, embora sucintamente, pronuncia-se de forma clara e suficiente sobre a
questão posta nos autos. III - O auxíliotransporte pago aos servidores públicos da União, instituído pela
MP n. 2.165-36, de 23 de agosto de 2001, tem natureza indenizatória, o que autoriza o cúmulo com o
pagamento de subsídio. IV - A jurisprudência do STJ consolidou-se no sentido de que o auxílio-transporte
tem a finalidade de custear as despesas realizadas pelos servidores públicos com transporte para
deslocamentos entre a residência e o local de trabalho, e vice-versa, sendo devido a quem utiliza veículo
próprio ou coletivo. Precedentes: AgInt no REsp 1455539/RS, Rel. Ministra Diva Malerbi
(Desembargadora convocada TRF da 3ª REGIÃO), DJe 18/8/2016; AgRg no REsp 1.567.046/SP, Rel.
Ministro Humberto Martins, DJe 2/2/2016; e AgRg no AREsp 471.367/RS, Rel. Ministro Herman Benjamin,
DJe 22/4/2014. V - O valor do auxílio-transporte deve ser apurado a partir da diferença entre as despesas
realizadas com transporte próprio ou coletivo, e o desconto de seis por cento sobre o vencimento - que
deve ser entendido de maneira genérica, englobando ambas as formas de remuneração (vencimento
básico e subsídio) -, previsão dos artigos 1º e 2º, II, da MP n. 2.165-36/2001 (grifo nosso). VI - Não há se
falar em direito adquirido de servidor público a regime jurídico a que o desconto recaia sobre vencimento
pretérito, não mais vigente, podendo as parcelas que compõem a sua remuneração ser alteradas quando
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da reestruturação da carreira, desde que preservado o valor real da remuneração. Precedentes: AgRg no
AREsp 65.621/DF, Rel. Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, DJe 11/4/2016; AgRg no RMS 50.082/CE,
Rel. Ministro Herman Benjamin, DJe 24/5/2016). VII - Pedido específico quanto ao reconhecimento do
direito sem qualquer desconto a título de participação no custeio do benefício. Forçoso reconhecer as
balizas estabelecidos pelo próprio autor, aos limites objetivos da lide, a se concluir pela sua
improcedência. VII - Recurso especial a
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que se nega provimento. (RESP - RECURSO ESPECIAL - 1598217 2016.01.13658-9, FRANCISCO
FALCÃO, STJ - SEGUNDA TURMA, DJE DATA:05/02/2019). 7) De observar-se, por fim, que, já na
vigência do CPC/2015, o STJ vem entendendo que "... não é o órgão julgador obrigado a rebater, um a
um, todos os argumentos trazidos pelas partes em defesa da tese que apresentaram. Deve apenas
enfrentar a demanda, observando as questões relevantes e imprescindíveis à sua resolução." (REsp
1775870/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 13/11/2018, DJe
21/11/2018). 8) Recurso desprovido. Sentença mantida. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº.
9.099/95. 9) Sem custas. A parte autora pagará honorários advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da
causa, ficando a condenação suspensa enquanto perdurar o estado de carência que justificou a
concessão da justiça gratuita, prescrevendo a dívida cinco anos após a sentença final, nos termos do art.
98, § 3º., do CPC/2015.
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso. 1ª. Turma Recursal,
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Por conseguinte, o rol contido no referido dispositivo legal é taxativo (numerus clausus), vale dizer,
restringe a concessão de isenção às situações nele enumeradas. 3. Consectariamente, revela-se
interditada a interpretação das normas concessivas de isenção de forma analógica ou extensiva, restando
consolidado entendimento no sentido de ser incabível interpretação extensiva do aludido benefício à
situação que não se enquadre no texto expresso da lei, em conformidade com o estatuído pelo art. 111, II,
do CTN. (Precedente do STF: RE 233652 / DF - Relator(a): Min. MAURÍCIO CORRÊA, Segunda Turma,
DJ 18-10-2002. Precedentes do STJ: EDcl no AgRg no REsp 957.455/RS, Rel. Ministro LUIZ FUX,
PRIMEIRA TURMA, julgado em 18/05/2010, DJe 09/06/2010; REsp 1187832/RJ, Rel. Ministro CASTRO
MEIRA, SEGUNDA TURMA, julgado em 06/05/2010, DJe 17/05/2010; REsp 1035266/PR, Rel. Ministra
ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA, julgado em 21/05/2009, DJe 04/06/2009; AR 4.071/CE, Rel.
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Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 22/04/2009, DJe 18/05/2009; REsp
1007031/RS, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 12/02/2008, DJe
04/03/2009; REsp 819.747/CE, Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, SEGUNDA TURMA, julgado
em 27/06/2006, DJ 04/08/2006) 4. In casu, a recorrida é portadora de distonia cervical (patologia
neurológica incurável, de causa desconhecida, que se caracteriza por dores e contrações musculares
involuntárias - fls. 178/179), sendo certo tratar-se de moléstia não encartada no art. 6º, XIV, da Lei
7.713/88. 5. Recurso especial provido. Acórdão submetido ao regime do art. 543-C do CPC e da
Resolução STJ 08/2008. (REsp 1116620/BA, Rel. Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em
09/08/2010, DJe 25/08/2010). 6) De observar-se, por fim, que, já na vigência do CPC/2015, o STJ vem
entendendo que “... não é o órgão julgador obrigado a rebater, um a um, todos os argumentos trazidos
pelas partes em defesa da tese que apresentaram. Deve apenas enfrentar a demanda, observando as
questões relevantes e imprescindíveis à sua resolução.” (REsp 1775870/SP, Rel. Ministro HERMAN
BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 13/11/2018, DJe 21/11/2018). 7) Recurso desprovido.
Sentença mantida. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº. 9.099/95. 8) Sem custas. A parte
autora pagará honorários advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da causa, ficando a condenação
suspensa enquanto perdurar o estado de carência que justificou a concessão da justiça gratuita,
prescrevendo a dívida cinco anos após a sentença final, nos termos do art. 98, § 3º., do CPC/2015.
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso. 1ª. Turma Recursal,
Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.
FDB62834B72ED7790BB54A717161D728 3
Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF
195D4CA79E6CA0326AF549BA6C2B246D 2
8) De observar-se, por fim, que, já na vigência do CPC/2015, o STJ vem entendendo que "... não é o
órgão julgador obrigado a rebater, um a um, todos os argumentos trazidos pelas partes em defesa da tese
que apresentaram. Deve apenas enfrentar a demanda, observando as questões relevantes e
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imprescindíveis à sua resolução." (REsp 1775870/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA
TURMA, julgado em 13/11/2018, DJe 21/11/2018). 9) Recurso desprovido. Sentença mantida. lavrado nos
termos do art. 46 da Lei nº. 9.099/95. 10) Sem custas. A parte autora pagará honorários advocatícios de
10% sobre o valor corrigido da causa, ficando a condenação suspensa enquanto perdurar o estado de
carência que justificou a concessão da justiça gratuita, prescrevendo a dívida cinco anos após a sentença
final, nos termos do art. 98, § 3º., do CPC/2015.
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso. 1ª. Turma Recursal,
Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.
EDCCC5FF3128A60074770D5693DB7990 2
pelo e. Superior Tribunal de Justiça, o qual vem adotando o posicionamento segundo o qual deve ser
aplicada a legislação que regulamenta a progressão funcional dos policiais federais, qual seja, o art. 2º,
parágrafo único, da Lei 9266/96 e o art. 5º do Decreto 2.565/98, segundo o qual a progressão dos autores
deve se dar no mês de março do ano subsequente, quando implementados os requisitos para a referida
promoção. 7. Diversos julgados confirmam aludido entendimento, in verbis: ... (AGRESP 201202292790,
BENEDITO GONÇALVES, STJ - PRIMEIRA TURMA, DJE DATA:11/05/2016 ..DTPB:.) ...) (AGRESP
201202292790, BENEDITO GONÇALVES, STJ - PRIMEIRA TURMA, DJE DATA:11/05/2016 ..DTPB:.) ...)
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federal deve ter seus efeitos financeiros a partir de março do ano subsequente ao das últimas avaliações
funcionais, nos termos do disposto na Lei n. 9.266/1996 e no Decreto n. 2.565/1998. 2. Recurso especial
provido. (REsp 1690116/SP, Rel. Ministro OG FERNANDES, SEGUNDA TURMA, julgado em 05/12/2017,
DJe 13/12/2017). No mesmo sentido: REsp 1649269/RJ, Rel. Ministra REGINA HELENA COSTA,
PRIMEIRA TURMA, julgado em 16/05/2017, DJe 22/05/2017; AgInt no REsp 1613907/RJ, Rel. Ministro
MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 17/11/2016, DJe 23/11/2016. 5) Desse
modo, considerando que a TNU fixou a tese de que "a progressão dos servidores da carreira de policial
federal deve ter seus efeitos financeiros a partir de março do ano subsequente, nos termos do disposto na
Lei n. 9.266/96 e no Decreto n. 2.565/98", aplica-se esta regra aos Policiais Rodoviários Federais, cuja
progressão é regulamentada pelo Decreto 84.669/80 (art. 19), pois o fundamento é o mesmo em ambos
os casos. 6) Concluindo no particular, a alegação no sentido de que o tempo de serviço é contado para
todos os fins, conforme o teor do art. 100 da Lei nº. 8.112/90, encontra exceções em outras
manifestações legislativas, dentre as quais aquela que delega ao Poder Executivo a regulamentação das
progressões funcionais, daí porque não pode ser tido como norma superlegal que impeça a aplicação do
Decreto nº. 84.669/80 ao caso concreto. 7) De observar-se, por fim, que, já na vigência do CPC/2015, o
STJ vem entendendo que "... não é o órgão julgador obrigado a rebater, um a um, todos os argumentos
trazidos pelas partes em defesa da tese que apresentaram. Deve apenas enfrentar a demanda,
observando as questões relevantes e imprescindíveis à sua resolução." (REsp 1775870/SP, Rel. Ministro
HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 13/11/2018, DJe 21/11/2018). 8) Recurso
desprovido. Sentença mantida. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº. 9.099/95.
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9) Sem custas. A parte autora pagará honorários advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da causa, já
que não está acobertada pelo benefício da Justiça Gratuita.
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Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso. 1ª. Turma Recursal,
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pagamento de indenização por dano moral no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), corrigido
monetariamente desde a publicação desta sentença (Súmula nº 362/STJ) e acrescido, desde a data do
evento danoso, de juros de mora (Súmula nº 54/STJ), consoante os índices previstos no Manual de
Cálculo da Justiça Federal". 4) De seu turno, quanto à fixação do dano moral, registre-se que a sua
fixação está adstrita ao prudente arbítrio do juiz, devendo o valor ser fixado com equidade e moderação,
em patamar adequado às peculiaridades da situação concreta apresentada em julgamento, considerando
a intensidade da culpa do ofensor, a extensão dos reflexos negativos da falha na esfera subjetiva de
quem sofreu o dano e a realidade econômica de cada uma das partes.
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Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso. 1ª. Turma Recursal,
Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.
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e cinco anos de efetivo exercício no serviço público; quinze anos de carreira; e cinco anos no cargo em
que se der a aposentadoria, além da chamada “fórmula 90 ou 95”, que exige a idade mínima de sessenta
anos para homens e cinquenta e cinco anos para mulheres, diminuindo-se um ano de idade para cada
ano de contribuição além do mínimo previsto no dispositivo. 6) Com as devidas adaptações ao caso
concreto (no qual o instituidor faleceu ainda em atividade), não existe exceção fundada exclusivamente no
parágrafo único do art. 3º. da EC nº. 47/05, já que tal dispositivo mencionada expressamente as "...
pensões derivadas dos proventos de servidores falecidos que tenham se aposentado em conformidade
com este artigo (grifo nosso)", isto é, preenchendo os requisitos mencionados nos incisos do mesmo
artigo, não havendo norma isolada que garanta paridade pelo simples fato de haver o instituidor da
pensão obtido aposentadoria com paridade ou ingressado no serviço público antes do advento da EC nº.
20/98. 7) Em acréscimo, no voto vencedor do referido precedente, o Ministro Luís Roberto Barroso deixou
claro que as regras constantes dos arts. 3º. e 7º. da Emenda Constitucional nº. 41/03 não se aplicam às
pensões decorrentes das mortes ocorridas após o advento daquele ato normativo, consoante explicita o
seguinte excerto de seu voto: "17. Os arts. 3º e 7º da EC 41/2003 preservaram o direito à integralidade e
à paridade daqueles que já se encontravam fruindo dos benefícios previdenciários, bem como daqueles
que já haviam cumprido todos os requisitos para tanto na data da publicação da referida emenda
(31/12/2003), resguardando, portanto, eventuais direitos já adquiridos. Confira-se o teor de tais
dispositivos: 'Art. 3º É assegurada a concessão, a qualquer tempo, de aposentadoria aos servidores
públicos, bem como pensão aos seus dependentes, que, até a data de publicação desta Emenda, tenham
cumprido todos os requisitos para obtenção desses benefícios, com base nos critérios da legislação então
vigente . (…) Art. 7º Observado o disposto no art. 37, XI, da Constituição Federal, os proventos de
aposentadoria dos servidores públicos titulares de cargo efetivo e as pensões dos seus dependentes
pagos pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, em
fruição na data de publicação desta Emenda, bem como os proventos de aposentadoria dos servidores e
as pensões dos dependentes abrangidos pelo art. 3º desta Emenda, serão revistos na mesma proporção
e na mesma data, sempre que se modificar a remuneração dos servidores em
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atividade , sendo também estendidos aos aposentados e pensionistas quaisquer benefícios ou vantagens
posteriormente concedidos aos servidores em atividade, inclusive quando decorrentes da transformação
ou reclassificação do cargo ou função em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referência para a
concessão da pensão, na forma da lei.' (Grifou-se) 18. Entretanto, o instituidor da pensão, no caso em
exame, faleceu no ano de 2004, de modo que os recorridos passaram a fazer jus ao benefício da pensão
por morte após a publicação da EC 41/2003. Assim, assiste razão aos recorrentes quando afirmam que o
caso dos autos não se subsume às hipóteses dos arts. 3º e 7º da EC 41/2003 (grifo nosso)". 8) Logo, não
se tratando de instituidores aposentados por invalidez, cujas regras derivam da EC nº. 70/12, para os
pensionistas que obtiveram seus benefícios em decorrência do falecimento de instituidores após o
advento da EC nº. 41/03, a única possibilidade de reconhecimento da paridade é o preenchimento
concomitante, por parte destes últimos, dos requisitos elencados no art. 3º. da Emenda Constitucional nº.
47/05, adiante transcrito: Art. 3º. Ressalvado o direito de opção à aposentadoria pelas normas
estabelecidas pelo art. 40 da Constituição Federal ou pelas regras estabelecidas pelos arts. 2º e 6º da
Emenda Constitucional nº 41, de 2003, o servidor da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, que tenha ingressado no serviço público até 16 de
dezembro de 1998 poderá aposentar-se com proventos integrais, desde que preencha, cumulativamente,
as seguintes condições: I- trinta e cinco anos de contribuição, se homem, e trinta anos de contribuição, se
mulher; II- vinte e cinco anos de efetivo exercício no serviço público, quinze anos de carreira e cinco anos
no cargo em que se der a aposentadoria; III- idade mínima resultante da redução, relativamente aos
limites do art. 40, § 1º, inciso III, alínea "a", da Constituição Federal, de um ano de idade para cada ano
de contribuição que exceder a condição prevista no inciso I do caput deste artigo. Parágrafo único. Aplica-
se ao valor dos proventos de aposentadorias concedidas com base neste artigo o disposto no art. 7º. da
Emenda Constitucional nº 41, de 2003, observando-se igual critério de revisão às pensões derivadas dos
proventos de servidores falecidos que tenham se aposentado em conformidade com este artigo. 9) Na
espécie, está demonstrado que a instituidora da pensão, servidora ainda em atividade ao tempo de seu
falecimento, não havia preenchido os requisitos elencados no art. 3º. da EC nº. 47/2005, já que contava
apenas 51 anos de idade e 26 anos de tempo de serviço quando de seu falecimento. 10) De observar-se,
184
por fim, que, já na vigência do CPC/2015, o STJ vem entendendo que "... não é o órgão julgador obrigado
a rebater, um a um, todos os argumentos trazidos pelas partes em defesa da tese que apresentaram.
Deve apenas enfrentar a demanda, observando as questões relevantes e imprescindíveis à sua
resolução." (REsp 1775870/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em
13/11/2018, DJe 21/11/2018). 11) Recurso desprovido. Sentença mantida. Acórdão lavrado nos termos do
art. 46 da Lei nº. 9.099/95. 12) A parte autora pagará honorários advocatícios de 10% sobre o valor
corrigido da causa, ficando a condenação suspensa enquanto perdurar o estado de carência que
justificou a concessão da justiça gratuita, prescrevendo a dívida cinco anos após a sentença final, nos
termos do art. 98, § 3º., do CPC/2015.
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ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso. 1ª. Turma Recursal,
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7) Embargos de declaração rejeitados. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº. 9.099/95. A C Ó
RDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração. 1ª. Turma
Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.
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DESNECESSIDADE DE ACOLHIMENTO DOS EMBARGOS. ART. 1.025 DO CPC/2015. EMBARGOS
REJEITADOS. 1) Trata-se de embargos de declaração opostos pela parte autora em face de acórdão que
negou provimento ao recurso também da parte autora. 2) Alega a embargante que há erro material no
acórdão prolatado, uma vez que se trata de reconhecimento na via administrativa, acarretando não mera
expectativa de direito mas direito adquirido. Requer, portanto, a reforma do acórdão. 3) No mérito
recursal, verifica-se que o recurso de embargos de declaração não se presta ao rejulgamento da lide, mas
apenas para o fim de aclarar pontos obscuros, afastar contradição, sanar omissões ou corrigir erros
materiais no aresto embargado, nos termos do art. 1.022 do CPC/2015. 4) No caso em tela, resta claro
que a intenção da parte embargante é rediscutir matéria já decidida, uma vez que o acórdão indicou os
fundamentos suficientes para a compreensão das razões de decidir. 5) Com efeito, o julgado apreciou o
caso concreto para verificar que o reajuste não se aplicava à parte autora, o que impedia o
reconhecimento administrativo do direito postulado. 6) Por outro lado, nos termos do art. 1.025 do mesmo
diploma legal, "... consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou, para fins
de préquestionamento, ainda que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados ...", daí a
absoluta inutilidade no acolhimento dos presentes embargos. 7) Anote-se, por fim, que, já na vigência do
CPC/2015, o STJ vem entendendo que "... não é o órgão julgador obrigado a rebater, um a um, todos os
argumentos trazidos pelas partes em defesa da tese que apresentaram. Deve apenas enfrentar a
demanda, observando as questões relevantes e imprescindíveis à sua resolução." (REsp 1775870/SP,
Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 13/11/2018, DJe 21/11/2018).
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8) Embargos de declaração rejeitados. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº. 9.099/95. A C Ó
RDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração. 1ª. Turma
Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 26/10/2019.
declaração sejam inadmitidos ou rejeitados ...", daí a absoluta inutilidade no acolhimento dos presentes
embargos. 7) Anote-se, por fim, que, já na vigência do CPC/2015, o STJ vem entendendo que "... não é o
órgão julgador obrigado a rebater, um a um, todos os argumentos trazidos pelas partes em defesa da tese
que apresentaram. Deve apenas enfrentar a demanda, observando as questões relevantes e
imprescindíveis à sua resolução." (REsp
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D321861BB83DF7F0901A30DAF8CAAE8C 2
1775870/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 13/11/2018, DJe
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21/11/2018). 8) Embargos de declaração rejeitados. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº.
9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração. 1ª. Turma
Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.
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6) Nesse sentido, o entendimento da Súmula nº. 72 da TNU, in verbis: "É possível o recebimento de
benefício por incapacidade durante período em que houve exercício de atividade remunerada quando
comprovado que o segurado estava incapaz para as atividades habituais na época em que trabalhou". 7)
No caso em tela, verifica-se que a parte autora verteu contribuições individuais na qualidade de sócio-
gerente da empresa Serlimpa Conservadora Nacional Ltda. (conforme informações prestadas na
contestação e Certidão Simplificada registrada aos 01/10/2018) enquanto aguardava a concessão do
benefício requerido. 8) No tocante à fixação da DCB (Data de Cessação do Benefício) pleiteada no
recurso interposto pelo INSS, observe-se que a sentença consignou a referida data, quando julgou os
embargos de declaração interpostos pela própria parte recorrente, in verbis: " Ante o exposto, conheço e
dou provimento os embargos de declaração para integrar a sentença, nos termos da fundamentação
acima, e esclarecer que: a) onde se lê: DCB em 14/09/2018, b) leia-se: DCB em 14/03/2018 (06 meses
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após a perícia médica judicial). 9) Quanto à cláusula de correção monetária, deve ser mantida em sua
inteireza, haja vista que os embargos de declaração interpostos contra a decisão proferida no RE nº.
870.947/SE foram julgados aos 03/10/2019, disso resultando que não houve modulação dos efeitos da
decisão original que reconheceu a inconstitucionalidade do disposto no art. 1º-F da Lei nº 9.494/97, com a
redação dada pela Lei nº 11.960/09. 10) De observar-se, por fim, que, já na vigência do CPC/2015, o STJ
vem entendendo que “... não é o órgão julgador obrigado a rebater, um a um, todos os argumentos
trazidos pelas partes em defesa da tese que apresentaram. Deve apenas enfrentar a demanda,
observando as questões relevantes e imprescindíveis à sua resolução.” (REsp 1775870/SP, Rel. Ministro
HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 13/11/2018, DJe 21/11/2018). 11) Recurso
desprovido. Sentença mantida. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº. 9.099/95. 12) Sem
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custas. A recorrente pagará honorários advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da condenação, nos
termos do art. 55 da Lei nº. 9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso. 1ª. Turma Recursal,
Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.
PODER JUDICIÁRIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
3ª. TURMA RECURSAL
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EMENTA
ACÓRDÃO
Decide a Terceira Turma Recursal, por unanimidade, nos termos do voto do Relator, ACOLHER OS
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.
Brasília,29/10/2019.
Antonio Claudio Macedo da Silva Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal Relator 1
2. Razão nenhuma assiste ao recorrente. O Pretório Excelso, no julgamento do ARE 734242 AgR, adotou
orientação diversa a do STJ, estabelecendo que o benefício previdenciário recebido de boa-fé pelo
segurado, em decorrência de decisão judicial, não está sujeito à repetição de indébito, em razão de seu
caráter alimentar, sendo neste sentido o atual entendimento do Superior Tribunal de Justiça no REsp
1338912/SE, Rel. Min. Benedito Gonçalves, 1ª Turma, julg. 23/05/2017, publ.:DJe 29/05/2017. Desse
modo, o entendimento do STJ exarado no julgamento do REsp 1.401.560/MT, bem como aqueles
indicados pelo recorrente em sua peça recursal, restaram superados. (ARE 734242 agR - Primeira Turma,
Rel. Ministro Roberto Barroso, DJe de 08/09/2015, p. 175).
3. Recurso do INSS desprovido.
4. Sem honorários, visto tratar-se de cumprimento de sentença.
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ACÓRDÃO
Decide a Terceira Turma Recursal, por maioria, NEGAR PROVIMENTO ao recurso do INSS, nos termos
do voto do Relator.
Brasília - DF, 29/10/2019
Antonio Claudio Macedo da Silva Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal Relator 1
ACÓRDÃO
Decide a Terceira Turma Recursal, à unanimidade, reformar o acórdão proferido por esta Turma para
adaptar o julgado ao entendimento do Supremo Tribunal Federal, e, por conseguinte, NEGAR
PROVIMENTO ao recurso do autor, nos termos do voto do relator.
Brasília – DF, 29/10/2019.
Antonio Claudio Macedo da Silva Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal Relator 1
190
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
ARESTO EMBARGADO. EMBARGOS REJEITADOS.
1. O recurso de embargos de declaração não se presta ao rejulgamento da lide, mas tão somente para
expungir omissões, aclarar pontos obscuros ou afastar contradição no aresto embargado.
2. No caso em exame, deflui da análise dos argumentos trazidos pela parte embargante que as
irresignações articuladas não merecem ser acolhidas, porque, na espécie, inexistem os vícios
processuais apontados, pretendendo a parte obter, tão somente, efeito infringente da decisão, o que não
se coaduna com o escopo do recurso aviado, no qual o efeito infringente dar-se-á somente quando
houver efetiva omissão, contradição ou obscuridade cujo saneamento tenha o efeito modificativo do
julgado como consequência lógica inafastável, o que não ocorre no presente caso.
3. Com efeito, conclui-se que o julgado embargado indicou fundamentos suficientes para a compreensão
das razões de decidir, sendo irrelevante a expressa menção aos dispositivos legais e constitucionais para
configurar-se o prequestionamento, já que é consenso que o juiz não está obrigado a responder a todas
as alegações das partes quando já tenha encontrado motivos suficientes para fundamentar sua decisão,
nem a ater-se aos fundamentos indicados por ela, tampouco a responder a todos os seus argumentos.
(Precedente do STJ: EDRESP 231.651/PE, Sexta Turma, Rel. Min. VICENTE LEAL, DJ de 14/08/2000).
4. Nesse sentido, a orientação remansosa da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, ad exemplum:
1. A omissão, contradição ou obscuridade, quando inocorrentes, tornam inviável a revisão em sede de
embargos de declaração, em face dos estreitos limites do art. 535 do CPC.
2. O magistrado não está obrigado a rebater, um a um, os argumentos trazidos pela parte, desde que os
fundamentos utilizados tenham sido suficientes para embasar a decisão.
3. A revisão do julgado, com manifesto caráter infringente, revela-se inadmissível, em sede de embargos.
(Precedentes: AI n. 799.509-AgR-ED, Relator o Ministro Marco Aurélio, 1ª Turma, DJe de 8/9/2011; e RE
n. 591.260-AgR-ED, Relator o Ministro Celso de Mello, 2ª Turma, DJe de 9/9/2011). [Grifos nossos.]
[...]
(ARE 764470 AgR-ED, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 07/10/2014, ACÓRDÃO
ELETRÔNICO DJe-208 DIVULG 21-10-2014 PUBLIC 22-10-2014)
5. Embargos de declaração rejeitados.
ACÓRDÃO
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
Decide a Terceira Turma Recursal, por unanimidade, nos termos do voto do Relator, REJEITAR OS
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.
Brasília – DF,29/10/2019.
Antonio Claudio Macedo da Silva Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal Relator 1
EMENTA
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superação da falha apontada para que o mesmo seja anulado e novo acórdão seja proferido; com
fundamento no art. 494, inc. I, do NCPC/2015, que dispõe que o erro material, equívoco facilmente
perceptível, pode ser corrigido pelo juiz, de ofício ou a requerimento da parte, em qualquer tempo ou grau
de jurisdição, pois não transita em julgado.
4. Novo julgamento. Autos recebidos do Coordenador das Turmas Recursais – JEF/DF para a
manutenção ou adequação de acórdão ao entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal quanto
ao reconhecimento da incidência de contribuição previdenciária somente sobre o valor incorporável aos
proventos de aposentadoria, tendo em vista a superveniência da Lei nº 13.324/2016.
3. No caso, há necessidade de adaptar-se o julgamento ao entendimento do STF. O STF, em julgado
submetido à repercussão geral (RE 593068), Relator(a): Min. Roberto Barroso, no dia 11/10/2018, fixou a
seguinte tese: “Não incide contribuição previdenciária sobre verba não incorporável aos proventos de
aposentadoria do servidor público, tais como ‘terço de férias’, ‘serviços extraordinários’, ‘adicional noturno’
e ‘adicional de insalubridade’’.
4. A gratificação de desempenho recebida pela parte autora – GDPST – foi instituída pela Medida
Provisória 301/2006, posteriormente convertida na Lei nº 11.355/2006, que foi alterada pela Lei
11.784/2008, e é paga observado o limite máximo de 100(cem) pontos e o mínimo de 30 (trinta) pontos
por servidor, correspondendo cada ponto, em seus respectivos níveis, classes e padrões, ao valor
estabelecido no Anexo CXXXVII da referida Lei. Os critérios para fins de incorporação da GDPST aos
proventos de aposentadoria ou às pensões estão previstos no §6º, do artigo 5º-B, da Lei 11.355/2006,
incluído pela Lei 11.784/2008, segundo o qual a gratificação corresponderá a, no máximo, 50 (cinquenta)
por cento de seu valor.
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ACÓRDÃO
proferido por essa Turma para adaptar o julgado ao entendimento do Supremo Tribunal Federal, e, por
conseguinte, NEGAR PROVIMENTO ao recurso da parte autora, nos termos do voto do Relator.
Brasília – DF, 29/10/2019
Antonio Claudio Macedo da Silva Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal Relator 1
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
DF00025089 - GILBERTO SIEBRA MONTEIRO RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL ADVOGADO
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EMENTA
ACÓRDÃO
Decide a Terceira Turma Recursal, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso da parte autora,
nos termos do voto do Relator. Brasília – DF, 29/10/2019
Antonio Claudio Macedo da Silva Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal Relator 1
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EMENTA
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PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO. DECISÃO QUE INADMITIU INCIDENTE DE
UNIFORMIZAÇÃO. ART. 15, §2º, DO RI DA TNU. DECISÃO AGRAVADA EM CONSONÂNCIA COM
PRECEDENTE DA TNU. AGRAVO DESPROVIDO.
1. Autos recebidos da Coordenação das Turmas Recursais dos Juizados Especiais Federais para, nos
termos do art. 15, §2º, do Regimento Interno da Turma Nacional de Uniformização dos Juizados Especiais
Federais, julgar o agravo interno.
2. A decisão agravada inadmitiu o incidente de uniformização e o recurso extraordinário interpostos pela
parte autora em face de acórdão que desproveu recurso inominado manejado em face de sentença de
improcedência, proferida em ação ajuizada por servidor público federal objetivando o reajuste de 13,23%.
3. Compulsando-se os autos, constata-se que o acórdão desta Turma Recursal está em consonância com
precedente da Turma Nacional de Uniformização, PEDILEF nº 0512117-46.2014.4.05.8100, o qual
assentou que o reajuste de 13,23%, concedido a diversas categorias do serviço público federal, não
importou em revisão geral anual.
4. Ademais, é pacífica jurisprudência da TNU, do STJ, e do STF de que a vantagem posta na Lei nº
10.698/2003 não importa revisão geral de remuneração dos servidores públicos e não contraria o inciso X
do artigo 37 da Constituição da República.
5. Logo, a decisão da Coordenação das Turmas Recursais desta Seção Judiciária está conforme a linha
precedentada na jurisprudência das Cortes Federais no sentido de inadmitir o incidente de uniformização
interposto pela parte autora.
6. Agravo desprovido.
ACÓRDÃO
Decide a Turma Recursal, à unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao agravo interno interposto pela parte
autora, nos termos do voto do Relator.
Brasília – DF, 29/10/2019
Antonio Claudio Macedo da Silva Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal Relator 1
3. No que tange ao assunto em questão, temos que em 14/6/2018, o DJE publicou acórdão do STF,
exarado no RE n. 1.023.750/SC, reconhecendo a repercussão geral no julgamento da matéria tratada no
recurso interposto pela parte. Por essa razão, o STJ tem devolvido aos tribunais regionais federais todos
os recursos especiais que tratam dessa tema, com ordem para que, "após a publicação do aresto a ser
proferido no Recurso Extraordinário n. 1.023.750/SC - e em observância ao art. 1.040 do CPC/2015 -,
seja a lide analisada". A controvérsia deve aguardar o julgamento do paradigma, viabilizando, assim, o
juízo de conformação, hoje disciplinado pelos arts. 1.039 e 1.040 do CPC/2015. 4. A Primeira Turma, ao
apreciar o REsp 1.610.028/SC, em 14/11/2017 (relator para acórdão Min. Gurgel de Faria, julgado
pendente de publicação), firmou o entendimento de que, reconhecida a repercussão geral pelo STF, é
prematura a apreciação do feito, devendo este retornar ao Tribunal de origem para que, após a
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publicação do aresto a ser proferido no Recurso Extraordinário n. 1.023.750/SC - e em observância ao
art. 1.040 do CPC/2015 -, seja a lide analisada” (STJ, EDAIRESP 1615581, Min. Gurgel de Faria, 1ª
Turma, DJE 9/5/2018).
4. Suspensão do processo mantida. 5. Agravo desprovido.
Decide a Turma Recursal, à unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao agravo interno interposto pela parte
autora, nos termos do voto do Relator.
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3DE1614DBC0E1DC1D2D162F2945F04ED TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
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ACÓRDÃO
Decide a Turma Recursal, à unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao agravo interno interposto pela parte
autora, nos termos do voto do Relator.
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Antonio Claudio Macedo da Silva Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal Relator 1
2
ACÓRDÃO
Decide a Turma Recursal, à unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao agravo interno interposto pela parte
autora, nos termos do voto do Relator.
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PROCESSO Nº 0022085-67.2018.4.01.3400 RELATOR : JUIZ FEDERAL ANTONIO CLAUDIO
MACEDO DA SILVA RECORRENTE(S) : MARIA ALFA DE MOURA RODRIGUES ADVOGADO :
DF00025089 - GILBERTO SIEBRA MONTEIRO RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL ADVOGADO
: - SAMUEL LAGES NEVES LOPES
EMENTA
Decide a Turma Recursal, à unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao agravo interno interposto pela parte
autora, nos termos do voto do Relator.
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Antonio Claudio Macedo da Silva Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal Relator 1
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em que se discute o Tema n. 951/STF que trata do direito dos servidores federais às diferenças
relacionadas ao reajuste de 47,11% sobre a parcela denominada adiantamento do PCCS (adiantamento
pecuniário) após a mudança para o regime estatutário, em 23/06/2017, tema do presente feito, e, em
cumprimento ao disposto no art. 1.037, inciso II, do novo Código de Processo Civil.
2. A parte agravante deseja o prosseguimento do feito levando em consideração o argumento de que
processos semelhantes estão com seus trâmites mantidos em várias outras Turmas Recursais, não
havendo motivos plausíveis para a manutenção da suspensão do feito. Juntou várias decisões.
3. No que tange ao assunto em questão, temos que em 14/6/2018, o DJE publicou acórdão do STF,
exarado no RE n. 1.023.750/SC, reconhecendo a repercussão geral no julgamento da matéria tratada no
recurso interposto pela parte. Por essa razão, o STJ tem devolvido aos tribunais regionais federais todos
os recursos especiais que tratam dessa tema, com ordem para que, "após a publicação do aresto a ser
proferido no Recurso Extraordinário n. 1.023.750/SC - e em observância ao art. 1.040 do CPC/2015 -,
seja a lide analisada". A controvérsia deve aguardar o julgamento do paradigma, viabilizando, assim, o
juízo de conformação, hoje disciplinado pelos arts. 1.039 e 1.040 do CPC/2015. 4. A Primeira Turma, ao
apreciar o REsp 1.610.028/SC, em 14/11/2017 (relator para acórdão Min. Gurgel de Faria, julgado
pendente de publicação), firmou o entendimento de que, reconhecida a repercussão geral pelo STF, é
prematura a apreciação do feito, devendo este retornar ao Tribunal de origem para que, após a
publicação do aresto a ser proferido no Recurso Extraordinário n. 1.023.750/SC - e em observância ao
art. 1.040 do CPC/2015 -, seja a lide analisada” (STJ, EDAIRESP 1615581, Min. Gurgel de Faria, 1ª
Turma, DJE 9/5/2018).
4. Suspensão do processo mantida. 5. Agravo desprovido.
Decide a Turma Recursal, à unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao agravo interno interposto pela parte
autora, nos termos do voto do Relator.
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pecuniário) após a mudança para o regime estatutário, em 23/06/2017, tema do presente feito, e, em
cumprimento ao disposto no art. 1.037, inciso II, do novo Código de Processo Civil.
2. A parte agravante deseja o prosseguimento do feito levando em consideração o argumento de que
processos semelhantes estão com seus trâmites mantidos em várias outras Turmas Recursais, não
havendo motivos plausíveis para a manutenção da suspensão do feito. Juntou várias decisões.
3. No que tange ao assunto em questão, temos que em 14/6/2018, o DJE publicou acórdão do STF,
exarado no RE n. 1.023.750/SC, reconhecendo a repercussão geral no julgamento da matéria tratada no
recurso interposto pela parte. Por essa razão, o STJ tem devolvido aos tribunais regionais federais todos
os recursos especiais que tratam dessa tema, com ordem para que, "após a publicação do aresto a ser
proferido no Recurso Extraordinário n. 1.023.750/SC - e em observância ao art. 1.040 do CPC/2015 -,
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seja a lide analisada". A controvérsia deve aguardar o julgamento do paradigma, viabilizando, assim, o
juízo de conformação, hoje disciplinado pelos arts. 1.039 e 1.040 do CPC/2015. 4. A Primeira Turma, ao
apreciar o REsp 1.610.028/SC, em 14/11/2017 (relator para acórdão Min. Gurgel de Faria, julgado
pendente de publicação), firmou o entendimento de que, reconhecida a repercussão geral pelo STF, é
prematura a apreciação do feito, devendo este retornar ao Tribunal de origem para que, após a
publicação do aresto a ser proferido no Recurso Extraordinário n. 1.023.750/SC - e em observância ao
art. 1.040 do CPC/2015 -, seja a lide analisada” (STJ, EDAIRESP 1615581, Min. Gurgel de Faria, 1ª
Turma, DJE 9/5/2018).
4. Suspensão do processo mantida. 5. Agravo desprovido.
Decide a Turma Recursal, à unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao agravo interno interposto pela parte
autora, nos termos do voto do Relator.
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ACÓRDÃO
Decide a Terceira Turma Recursal, por unanimidade, nos termos do voto do Relator, NÃO CONHECER
DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.
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DO ACÓRDÃO. EMBARGOS NÃO CONHECIDOS.
1. Embargos de Declaração opostos pela parte ré em face de acórdão lavrado por esta Turma Recursal.
2. Alega a parte ré que o acórdão lavrado por esta Turma Recursal contém omissão, pois embora o
Supremo Tribunal Federal no RE 870.947 tenha declarado a inconstitucionalidade da TR para a correção
monetária das condenações da Fazenda Pública antes da inscrição do precatório, ainda não houve a
publicação do acórdão, tampouco houve modulação dos efeitos da decisão.
3. Os embargos não merecem ser conhecidos, porque as razões estão dissociadas dos fundamentos do
acórdão, o qual aplicou o Precedente do STJ, REsp 1.495.146/MG, como parâmetro de fixação de juros e
correção monetária, e não o RE 870.947.
4. Embargos de declaração não conhecidos.
ACÓRDÃO
Decide a Terceira Turma Recursal, por unanimidade, nos termos do voto do Relator, NÃO CONHECER
DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.
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Decide a Turma Recursal, à unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao agravo interno interposto pela parte
autora, nos termos do voto do Relator.
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Decide a Turma Recursal, à unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao agravo interno interposto pela parte
autora, nos termos do voto do Relator.
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EMENTA
Decide a Turma Recursal, à unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao agravo interno interposto pela parte
autora, nos termos do voto do Relator.
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4. Embargos de declaração não conhecidos.
ACÓRDÃO
Decide a Terceira Turma Recursal, por unanimidade, nos termos do voto do Relator, NÃO CONHECER
DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.
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EMENTA
ACÓRDÃO
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
203
Decide a Terceira Turma Recursal, por unanimidade, nos termos do voto do Relator, REJEITAR OS
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.
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PROCESSO Nº 0016144-73.2017.4.01.3400 RELATOR : JUIZ FEDERAL ANTONIO CLAUDIO
MACEDO DA SILVA RECORRENTE(S) : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL) ADVOGADO :
- CELIA FERREIRA TAVARES DE LYRA RECORRIDO(S) : CLOSMAR CARLOS LORENZETTO
ADVOGADO : DF00012284 - FERNANDO FREIRE DIAS E OUTRO(S)
EMENTA
ACÓRDÃO
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
Decide a Terceira Turma Recursal, por unanimidade, nos termos do voto do Relator, REJEITAR OS
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.
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2. Alega a embargante: (...) “verifica-se a existência de contradição no v. acórdão uma vez que, não
obstante tenha fundamentado a decisão no sentido de que a contribuição ao PSS pelos servidores
aposentados e pensionistas passou a ser exigida a partir de 20 de maio de 2004, nos termos do art. 16-a
da lei nº 10.887/2004, manteve a r. sentença que entendeu pela inexigibilidade de contribuição
previdenciária sobre os valores anteriores a junho de 2004, inclusive.”
3. O recurso de embargos de declaração não se presta ao rejulgamento da lide, mas tão somente para
expungir omissões, aclarar pontos obscuros ou afastar contradição no decisum embargado (cf.
NCPC/2015, art. 1.022, incs. I e II).
4. Não merecem prosperar as alegações da União, tendo em vista que o conteúdo do decisum é, no
entendimento deste magistrado, de clareza solar ao manter a sentença que julgou procedente em parte o
pedido nos seguintes termos : [...]condenar a parte ré na restituição, em favor da parte autora, dos
seguintes valores descontados indevidamente a título de contribuição para o PSS incidente sobre as
parcelas do reajuste de 3,17% recebidas judicialmente: a) a totalidade da contribuição incidente sobre o
principal corrigido da dívida no período entre a data em que a parte autora se aposentou (maio de 2000) e
o mês de junho de 2004, inclusive; b) a diferença entre a incidência de 11% sobre o valor do principal
corrigido e a incidência de 11% mês a mês sobre os valores excedentes do teto do RGPS no período de
julho de 2004 a setembro de 2005; e c) a totalidade da contribuição incidente sobre os juros de mora em
relação a todas as competências.
5. No caso em exame, deflui da análise dos argumentos trazidos pela embargante que as irresignações
articuladas não merecem ser acolhidas, porque, na espécie, inexiste o vício processual apontado.
Ademais, a recalcitrância das partes ou sua dificuldade intelectiva na interpretação da decisão não
encontram amparo nas hipóteses descritas no art. 1.022 do CPC/2015.
6. Embargos de declaração rejeitados.
ACÓRDÃO
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Decide a Terceira Turma Recursal, por unanimidade, nos termos do voto do Relator, REJEITAR OS
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.
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perceptível, pode ser corrigido pelo juiz, de ofício ou a requerimento da parte, em qualquer tempo ou grau
de jurisdição, pois não transita em julgado.
4. Novo julgamento. Recurso da União contra sentença que julgou procedente em parte o pedido para
declarar a inexistência de relação jurídico/tributária que obrigue a parte autora ao pagamento de imposto
de renda sobre os valores recebidos a título de auxíliocreche/pré-escolar; bem como restituir os valores
reconhecidos administrativamente, conforme processo administrativo nº 21.441/2012, referentes a não
incidência do imposto de renda [retido na fonte] sobre o Auxílio-creche/pré-escolar.
5. No mérito, acolhe-se o entendimento adotado pelas Turmas Recursais do DF, utilizando-se como
referência o acórdão do processo nº 0038094-07.2018.4.01.3400, que teve como Relator o Juiz Federal
Rui Costa Gonçalves, 3ª Turma Recursal - DF, julgado em 01/10/2019.
4. O pedido da parte autora se refere à restituição de imposto de renda que foram recolhidos entre o
período de 2008 a 2012, por conta de incidência sobre valores pagos pela Administração como
AuxílioCreche.
5. Acompanhando a petição inicial, a parte autora apresentou cópias das peças do Processo
Administrativo TJDFT n. 19.502/2016, iniciado a parte de requerimento formulado pela ASEJUS -
Associação dos Servidores da Justiça do Distrito Federal, protocolado no dia 14.10.2016, objetivando, no
ponto que interessa ao
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EMENTA
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prescrição quinquenal, julgar extinto o processo, com exame do mérito, com base no art. 487, II, do
CPC/2015.
10. Incabível a condenação em honorários advocatícios e custas processuais.
ACÓRDÃO
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Associação dos Servidores da Justiça do Distrito Federal, protocolado no dia 14.10.2016, objetivando, no
ponto que interessa ao
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valores pagos a título de auxílio creche ou pré-escolar, com efeitos retroativos aos últimos cinco anos
contados da decisão exarada no PA n. 21.441/2012, efetivando seu adequado adimplemento, mediante
alteração das Declarações do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte - DIRF".
6. Conforme elucidado pela parte autora, na petição inicial, o pedido de restituição de valores em comento
restou indeferido pela Autoridade destinatária do pleito, tendo sido acolhimento somente o pleito
destinado à emissão de novas DIRF´s, sem que isso tenha importado em reconhecimento quanto à
procedência daquela outra pretensão, vez que tal documento se destina especificamente ao Fisco
Federal, cabendo ao contribuinte, se for o caso, apresentar a respectiva Declaração Anual de Ajuste
retificada, sem que haja qualquer vinculação quanto à Administração Tributária, como pretendido pela
demandante, no que diz respeito a promover devolução de tributos incidentes sobre os valores
registrados nos novos documentos expedidos.
7. Assim, apresenta-se como juridicamente insustentável a alegação no sentido de que a decisão
proferida no aludido Processo Administrativo, em 22 de fevereiro de 2017, dando como improcedente o
pedido de restituição de tributo demandado por Entidade Associativa da qual a parte autora é filiada,
renovado nos presentes autos, tenha importado em reconhecimento do pedido e, assim, gerado
interrupção do prazo prescricional. Na verdade, ocorreu o contrário do alegado pela ora recorrente,
conforme explicitado acima.
8. Diante do exposto, conclui-se que merece reparo a sentença recorrida, vez que a presente ação foi
proposta em 2018, quando a pretensão levada ao conhecimento do Juízo de primeiro grau já se
encontrava fulminada pela prescrição quinquenal.
9. Embargos de declaração acolhidos para dar provimento ao recurso da União, e, reconhecendo a
prescrição quinquenal, julgar extinto o processo, com exame do mérito, com base no art. 487, II, do
CPC/2015.
10. Incabível a condenação em honorários advocatícios e custas processuais.
ACÓRDÃO
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Decide a Terceira Turma Recursal, por unanimidade, nos termos do voto do Relator, NÃO CONHECER
DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.
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PROCESSO Nº 0015614-69.2017.4.01.3400 RELATOR : JUIZ FEDERAL ANTONIO CLAUDIO
MACEDO DA SILVA RECORRENTE(S) : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL) ADVOGADO :
- CELIA FERREIRA TAVARES DE LYRA RECORRIDO(S) : ROBERTA MENON PEREIRA DE
BARROS E OUTRO(S) ADVOGADO : DF00043618 - LORENA BORGES SANTOS
EMENTA
ACÓRDÃO
Decide a Terceira Turma Recursal, por unanimidade, DAR PROVIMENTO ao recurso da União, nos
termos do voto do Relator.
3. Embargos acolhidos, sem efeito modificativo, para integrar o acórdão embargado e expungir erro
material.
ACÓRDÃO
TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
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3. Os embargos não merecem ser conhecidos, porque as razões estão dissociadas dos fundamentos do
acórdão, o qual aplicou o Precedente do STJ, REsp 1.495.146/MG, como parâmetro de fixação de juros e
correção monetária, e não o RE 870.947.
4. Embargos de declaração não conhecidos.
ACÓRDÃO
Decide a Terceira Turma Recursal, por unanimidade, nos termos do voto do Relator, NÃO CONHECER
DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.
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ACÓRDÃO
Decide a Terceira Turma Recursal, por unanimidade, nos termos do voto do Relator, NÃO CONHECER
DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.
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nem a ater-se aos fundamentos indicados por ela, tampouco a responder a todos os seus argumentos.
(Precedente do STJ: EDRESP 231.651/PE, Sexta Turma, Rel. Min. VICENTE LEAL, DJ de 14/08/2000).
4. Nesse sentido, a orientação remansosa da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, ad exemplum:
1. A omissão, contradição ou obscuridade, quando inocorrentes, tornam inviável a revisão em sede de
embargos de declaração, em face dos estreitos limites do art. 535 do CPC. 2. O magistrado não está
obrigado a rebater, um a um, os argumentos trazidos pela parte, desde que os fundamentos utilizados
tenham sido suficientes para embasar a decisão. 3. A revisão do julgado, com manifesto caráter
infringente, revela-se inadmissível, em sede de embargos. (Precedentes: AI n. 799.509-AgR-ED, Relator
o Ministro Marco Aurélio, 1ª Turma, DJe de 8/9/2011; e RE n. 591.260-AgR-ED, Relator o Ministro Celso
de Mello, 2ª Turma, DJe de 9/9/2011). [Grifos nossos.] [...] (ARE 764470 AgR-ED, Relator(a): Min. LUIZ
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FUX, Primeira Turma, julgado em 07/10/2014, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-208 DIVULG 21-10-2014
PUBLIC 22-10-2014)
5. Embargos de declaração rejeitados.
Decide a Terceira Turma Recursal, por unanimidade, nos termos do voto do Relator, REJEITAR OS
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.
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Antonio Claudio Macedo da Silva Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal Relator 1
6. Quanto ao mérito, cabe ressaltar que, analisando-se o laudo pericial, constata-se que o expert
entendeu que o Autor “é portador de doença que não gera incapacidade para suas atividades laborais
habituais”.
7. Registre-se, por oportuno, que havendo divergências entre a perícia médica realizada e os laudos
médicos trazidos pela parte autora para fundamentar o pedido, caberá ao juiz aferir a idoneidade e a
instrumentalidade do laudo como meio de se solucionar a lide (art. 480, CPC/2015). Acrescente-se que,
nas demandas judiciais em que se busca a concessão de benefício por incapacidade, o julgador, via de
regra, ampara a sua decisão na conclusão da perícia judicial, quando inexistirem, nos autos, outros
elementos de prova que possam permitir ao magistrado a formação de um juízo de valor crítico, para,
convictamente, reconhecer ou não o direito pleiteado, como sói ocorrer no caso dos autos.
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8. Nesse diapasão, sobreleva pontuar que esta Turma Recursal possui entendimento de que, em caso de
divergência entre os laudos que sustentam as alegações da parte e a perícia judicial, esta, via de regra,
deve prevalecer, “pela higidez de sua metodologia, equidistância e natureza do munus exercido, bem
como em
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ACÓRDÃO
Decide a Terceira Turma Recursal, à unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso da parte autora,
nos termos do voto do Relator.
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4. Laudo socioeconômico (registro em 07/05/2018). A perita atestou que o núcleo familiar é composto
pela autora, seus genitores, três irmãos e um filho, bem como registra as seguintes informações
relevantes:
Sra. Marinês Ferreira dos Reis, mãe e genitora da autora, informou que não recebe ajuda financeira da
família, porque residem distante e são carentes; disse que vive em união estável a 20 anos, com o Sr.
Adeilton Silva Bonifácio, 44 anos de idade, ensino primário, natural de Brasília/DF, desempregado, que
tem 04 filhos desta união, a saber; - Fabiana dos Reis Bonifácio, autora do processo em epígrafe, acima
qualificada; - Cristyan dos Reis Bonifácio, 19 anos de idade, ensino
especial, a mãe da autora disse que este filho é especial e que esta fora da escola porque na cidade em
que residem não tem ensino especial, que esta aguardando vaga no CENEBRAZ - Centro de Ensino
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Especial de Brazlândia; - João Vitor dos Reis Bonifácio, 13 anos de idade, estudante do ensino especial,
escola municipal, menor impúbere; - Vinicius dos Reis Bonifácio, 15 anos de idade, estudante de ensino
especial, escola municipal, menor impúbere; a mãe da autora disse que os três filhos tem problemas
mentais, que apenas o Cristyan recebe o beneficio BPC.
Sra. Marinês Ferreira dos Reis informou que a autora é solteira, que tem um filho, a saber; - Jefferson
Manoel dos reis Bonifácio, 02 anos de idade, menor impúbere, nascido em
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Decide a Terceira Turma Recursal, à unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso da parte autora,
nos termos do voto do Relator.
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face de decisão que determinou que o desconto da contribuição ao Plano de Seguridade do Servidor -
PSS fosse efetuado no percentual vigente quando o pagamento das diferenças pleiteadas deveriam ter
ocorrido, e não na alíquota atual de 11%. 2- Não obstante o Superior Tribunal de Justiça tenha decidido
no REsp 1196777/RS, julgado em regime de recurso repetitivo, que a retenção da contribuição
previdenciária, prevista no art. 16-A da Lei 10.887/2004 incidiria sobre os pagamentos judiciais ainda que
estes se referissem a créditos anteriores à referida lei, foi expressamente ressalvado que esta não
incidiria se tratasse de servidores aposentados e pensionistas, no período anterior a 2004. 3- Com efeito,
a contribuição dos inativos e pensionistas ao regime de previdência próprio do servidor público foi
instituída pela Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003, que, por sua vez, foi
regulamentada pela Lei 10.887/04, cujo art. 16 expressamente dispôs que tal contribuição só passaria a
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ser exigível a partir de 20 de maio de 2004. Desse modo, antes desse período não poderia incidir a
contribuição previdenciária por falta de previsão legal. Precedentes desta E. Corte nesse sentido. 4-
Extrai-se, a partir dessa ressalva, a conclusão de que a contribuição previdenciária deve observar o
regime de competência, sendo calculada de acordo com a legislação vigente à época em que as
diferenças deveriam ter sido pagas aos servidores. Precedentes: TRF4, AG 0000155-34.2012.404.0000,
Quarta Turma, Rel. Des. Fed. JOÃO PEDRO GEBRAN NETO, E-DJF1 14/03/2012; TRF5, AC
200105000323725, Terceira Turma, Rel. Des. Fed. VLADIMIR CARVALHO, DJe 08/06/2010; TRF2, AG
201102010082882, Oitava Turma Especializada, Rel. Juíza Fed. Conv. FÁTIMA MARIA NOVELINO
SEQUEIRA, E-DJF2R 31/05/2012. 5- No caso em tela, a servidora pública está executando diferenças de
correção monetária de valores atrasados pagos administrativamente em 1991, sem atualização, devendo
ser aplicado aqui o mesmo raciocínio utilizado nos casos dos servidores inativos e pensionistas. 6-
Entender pela aplicação da alíquota ora vigente seria onerar a Autora duplamente, na medida em que
além de não ter recebido o que lhe era devido no momento oportuno, ainda terá que arcar com um tributo
maior, em razão da inércia da Agravante. 7- Ressalte-se que o Superior Tribunal de Justiça tem ratificado
o entendimento de que a incidência de tributos sobre as verbas devidas a servidores públicos em virtude
de decisões judiciais deve observar a legislação tributária vigente à época em que os pagamentos
deveriam ter sido efetuados. Precedentes: STJ, AgRg no Ag 766.896/SC, 1.ªTurma, Rel. Ministro JOSÉ
DELGADO, DJ de 19/03/2007; STJ, AgRg no REsp 1224230, Rel. Min. BENEDITO GONÇALVES, DJe
01/03/2012; STJ, AgRg no REsp 1168539/RS, Rel. Min. LAURITA VAZ, DJe 08/11/2011. 8- Agravo de
instrumento desprovido. (TRF-2 - AG: 201202010157746, Relator: Desembargador Federal MARCUS
ABRAHAM, Data de Julgamento: 18/02/2014, QUINTA TURMA ESPECIALIZADA, Data de Publicação:
06/03/2014)
[Grifos nossos.]
ACÓRDÃO
Decide a Terceira Turma Recursal, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso da União, nos
termos do voto do relator.
Brasília-DF, 29/10/2019.
Antonio Claudio Macedo da Silva Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal Relator 1
216
EMENTA
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
SEGURIDADE SOCIAL NO MOMENTO DO PAGAMENTO DO PRECATÓRIO. ART. 16-A DA LEI
10.887/2003. REGIME DE COMPETÊNCIA. APLICAÇÃO DA ALÍQUOTA VIGENTE NO MOMENTO EM
QUE O PAGAMENTO DEVERIA TER SIDO EFETUADO. ART. 40, §18 DA CF. INCIDÊNCIA DE PSS
SOBRE O MONTANTE DO PROVENTO DE APOSENTADORIA QUE SUPERE O LIMITE MÁXIMO
APLICADO PARA OS BENEFÍCIOS DO RGPS. RECURSO DA UNIÃO DESPROVIDO.
1. Recurso da União contra a sentença que julgou procedente em parte o pedido para “declarar a
inexigibilidade da contribuição social (PSS) que incidiram sobre os valores recebidos em decisão judicial
objeto dos autos até o limite de isenção corresponde ao teto do RGPS. "
2. A União requer a improcedência do pedido sob o fundamento de que a incidência da contribuição
previdenciária sobre os valores percebidos por meio de precatório judicial foi correta, uma vez que,
tratando-se de tributo cujo fato gerador é o recebimento da remuneração, somente verificou-se a
ocorrência do mesmo, de modo a gerar a obrigação de pagar a contribuição questionada, quando do
pagamento do precatório judicial.
3. Mérito. Com o advento da Emenda Constitucional nº 3/93, o regime previdenciário dos servidores
públicos passou a exigir a obrigatoriedade da contribuição para o plano de seguridade. Entretanto,
somente com a edição da Emenda Constitucional nº 41/2003, foi prevista a possibilidade de exigência da
contribuição previdenciária sobre os proventos de aposentadoria e pensão, a qual passou a ser exigida a
partir de 20 de maio de 2004, nos termos do art. 16 da 10.887/2004. Por fim, nos termos do art. 40, § 18,
da CF/88, incluído pela EC 41, apenas as importâncias que superem o limite máximo aplicado para os
benefícios do RGPS sofrem a incidência de PSS, ou seja, apenas sobre o que exceder o teto do RGPS.
4. O entendimento jurisprudencial é firme no sentido de que deve incidir contribuição previdenciária de
11% referente ao Plano de Seguridade Social, a qual constitui obrigação ex lege e como tal deve ser
promovida independentemente de condenação ou de prévia autorização no título executivo de acordo
com previsão normativa contida no artigo 16-A da Lei nº 10.887/2004. Nesse sentido, foi proferido julgado
pelo Superior Tribunal de Justiça [RESP 1.196.777/RS] em 27/10/2010.
5. Assim, a obrigação de pagamento da contribuição previdenciária ocorre pelo recebimento de
remuneração, proventos ou pensão, seja na forma direta, no recebimento mês a mês das remunerações,
retida pela fonte pagadora, seja na sua forma indireta, quando a diferença remuneratória é paga mediante
decisão judicial, sendo, neste caso, a contribuição previdenciária, retida pela instituição financeira, na
forma regulamentada pelo art. 16-A da Lei 10.887/04.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
regulamentada pela Lei 10.887/04, cujo art. 16 expressamente dispôs que tal contribuição só passaria a
ser exigível a partir de 20 de maio de 2004. Desse modo, antes desse período não poderia incidir a
contribuição previdenciária por falta de previsão legal. Precedentes desta E. Corte nesse sentido. 4-
Extrai-se, a partir dessa ressalva, a conclusão de que a contribuição previdenciária deve observar o
regime de competência, sendo calculada de acordo com a legislação vigente à época em que as
diferenças deveriam ter sido pagas aos servidores. Precedentes: TRF4, AG 0000155-34.2012.404.0000,
Quarta Turma, Rel. Des. Fed. JOÃO PEDRO GEBRAN NETO, E-DJF1 14/03/2012; TRF5, AC
200105000323725, Terceira Turma, Rel. Des. Fed. VLADIMIR CARVALHO, DJe 08/06/2010; TRF2, AG
201102010082882, Oitava Turma Especializada, Rel. Juíza Fed. Conv. FÁTIMA MARIA NOVELINO
SEQUEIRA, E-DJF2R 31/05/2012. 5- No caso em tela, a servidora pública está executando diferenças de
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
correção monetária de valores atrasados pagos administrativamente em 1991, sem atualização, devendo
ser aplicado aqui o mesmo raciocínio utilizado nos casos dos servidores inativos e pensionistas. 6-
Entender pela aplicação da alíquota ora vigente seria onerar a Autora duplamente, na medida em que
além de não ter recebido o que lhe era devido no momento oportuno, ainda terá que arcar com um tributo
maior, em razão da inércia da Agravante. 7- Ressalte-se que o Superior Tribunal de Justiça tem ratificado
o entendimento de que a incidência de tributos sobre as verbas devidas a servidores públicos em virtude
de decisões judiciais deve observar a legislação tributária vigente à época em que os pagamentos
deveriam ter sido efetuados. Precedentes: STJ, AgRg no Ag 766.896/SC, 1.ªTurma, Rel. Ministro JOSÉ
DELGADO, DJ de 19/03/2007; STJ, AgRg no REsp 1224230, Rel. Min. BENEDITO GONÇALVES, DJe
01/03/2012; STJ, AgRg no REsp 1168539/RS, Rel. Min. LAURITA VAZ, DJe 08/11/2011. 8- Agravo de
instrumento desprovido. (TRF-2 - AG: 201202010157746, Relator: Desembargador Federal MARCUS
ABRAHAM, Data de Julgamento: 18/02/2014, QUINTA TURMA ESPECIALIZADA, Data de Publicação:
06/03/2014) [Grifos nossos.]
TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PARA O PLANO DE SEGURIDADE DO SERVIDOR PÚBLICO - PSS.
INEXIGIBILIDADE DO TRIBUTO SOBRE O VALOR PAGO EM CUMPRIMENTO DE DECISÃO JUDICIAL
REFERENTE AOS JUROS MORATÓRIOS. REPRESENTATIVO DA CONTROVÉRSIA. 1. Não incide a
contribuição para o Plano de Seguridade do Servidor Público sobre os juros moratórios pagos em
cumprimento de decisão judicial, ainda que abranja diferenças de verbas de natureza exclusivamente
salarial (REsp 1.239.203 - PR, "representativo da controvérsia", Ministro Mauro Campbell Marques, 1ª
Seção do STJ). 2. A retenção do PSS sobre o principal deve observar as tabelas e alíquotas vigentes à
época em que deveriam ter sido pagos (regime de competência). Precedentes deste TRF1. 3. Apelação
da União/ré e remessa de ofício desprovidas. (AC 0011973-54.2010.4.01.4100 / RO, Rel.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
ACÓRDÃO
Decide a Terceira Turma Recursal, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso da União, nos
termos do voto do relator.
Brasília-DF, 29/10/2019.
Antonio Claudio Macedo da Silva Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal Relator 1
1. Recurso do INSS contra sentença que julgou procedente em parte o pedido para:
[...]condenar o INSS a instituir em favor do autor a aposentadoria especial (DIB na data da DER –
01/12/2016), mediante a consideração da especialidade (conversão pelo fator 1.4) do tempo de
contribuição do autor, nas seguintes empresas: a) Casa Levi Comércio Importação e Exportação LtdaME,
no período de 01/09/1987 a 01/02/2007; e b) Sapataria LS Comercial e Serviços de Sapateiro Ltda – ME,
no período de 01/02/2007 até 06/12/2016.
2. Ausência de interesse recursal do INSS. Razões dissociadas do objeto da ação. Falece interesse
recursal ao INSS, cujo recurso objetiva a reforma da sentença, sob a alegação de que “Ocorre que no
PPP referente ao período laborado na empresa Quadro Elétrico Automação e laudo juntados não há
nenhuma informação sobre o nível de agente químico nocivo a que o autor esteve exposto, sendo
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
impossível, portanto, aferir se esteve exposto a níveis superiores ao de tolerância, o que inviabiliza o
reconhecimento do período como especial.,” visto que as razões são dissociadas sentença [cf.
NCPC/2015, art. 1.010, incs. II e III]; com efeito, é inadmissível em nosso sistema processual a defesa ou
o recurso genéricos, sob pena de ofensa ao princípio da impugnação específica dos fatos.
3. Recurso do INSS não conhecido. Sem honorários.
ACÓRDÃO
Decide a Terceira Turma Recursal, por unanimidade, NÃO CONHECER DO RECURSO, nos termos do
voto do Juiz Relator.
Brasília-DF, 29/10/2019
TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
Antonio Claudio Macedo da Silva Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal Relator 1
PROCESSO Nº 0022484-96.2018.4.01.3400
RELATOR : JUIZ FEDERAL ANTONIO CLAUDIO MACEDO DA SILVA
RECORRENTE(S) : EDVANDO DE JESUS SARAIVA
ADVOGADO : DF00027840 - RAFAEL RAIMUNDO T. PIMENTEL
RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL E OUTRO(S)
ADVOGADO : - LUIZ FELIPE CARDOSO DE MORAES FILHO E OUTRO(S)
EMENTA
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
não há como se dar prosseguimento à ação junto à Justiça Federal, e ante o expresso requerimento da
parte.
6. Recurso parcialmente provido para determinar a remessa dos autos à Justiça do Distrito Federal.
7. Incabível a condenação em honorários advocatícios e custas processuais.
ACÓRDÃO
Decide a Terceira Turma Recursal, por unanimidade, DAR PARCIAL PROVIMENTO ao recurso da parte
autora, nos termos do voto do Relator.
Brasília – DF, 29/10/2019
saúde do autor esta comprometida que ele precisa de cuidados constantes, relatou também que esta
desempregada;
- A renda que a mãe do autor declarou receber no mês é inferior a ¼ do salário mínimo, proveniente de
serviços eventuais da mãe do autor e beneficio bolsa família; Conclui-se;
CONCLUSÃO
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
F3BAD0520FB5F80DA813ED6562D562D9 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
Diante dos fatos apresentados, entende esta perita que o autor deve ser considerado vitima da
vulnerabilidade social e hipossuficiência econômica.
4. Na hipótese vertente, reputa-se que a hipossuficiência econômica está suficientemente comprovada
por meio do laudo pericial socioeconômico. Desse modo, a discussão limita-se à (in)existência de
deficiência.
5. Laudo médico (registro em 15/05/2018). Dispõe o laudo médico realizado por especialista em
Reumatologia:
Considerando a idade do periciando, a escolaridade, sua atividade profissional, a situação
socioeconomica, e, após avaliação dos documentos médicos dos autos, avaliação clínica e avaliação
física detalhadas, foi constatado que o periciando é portador de lupus eritemamtoso sistêmico ( CID: M
32.1 ), porém não foram evidenciados elementos médicos objetivos suficientes que indicassem a
presença de incapacidade laboral para realizar suas atividades estudantis atuais. Há necessidade de
acompanhamento médico regular.
DID: sem elementos
DII: setembro/2013 (por falta de elementos médicos objetivos para fixar data anterior)
Logo, concluiu-se que:
Não há Incapacidade para realizar suas atividades no momento, do ponto de vista reumatológico. [grifos
nossos]
6. Quanto ao requisito da incapacidade, o mesmo foi afastado pelo juízo a quo, após minuciosa análise,
cujos fundamentos identificam-se perfeitamente com o entendimento deste Relator, in verbis:
No caso dos autos, verifico que o Autor não tem direito ao benefício pleiteado por não ser pessoa
portadora de incapacidade física, mental, intelectual ou sensorial de longo prazo. Observo que, em seu
laudo, a perita médica deste Juízo, Dra. Ana Luísa Ortega Rafael, concluiu que, apesar de o Autor ser
portador de lúpus eritematoso sistêmico (CID 10: M32.1), não está incapacitado para as suas atividades
estudantis e para os atos da vida cotidiana em virtude disso (cf. laudo registrado em 15/05/2018). Saliento
que, embora o Autor tenha impugnado o laudo da expert, não juntou ao processo nenhum relatório
médico recente, que divergisse das suas conclusões. Assim, tendo em vista o resultado da perícia
médica, verifico que não há como prosperar a pretensão do Autor, sendo certo que ele não tem direito ao
benefício assistencial previsto no art. 20 da Lei 8.742/93, ainda que se encontre em situação de
hipossuficiência financeira. [grifos nossos]
7. Registre-se ainda que o MPU manifestou-se pela improcedência do pedido, em razão de ausência de
incapacidade para o trabalho (registro em 09/01/2019) . Dessa forma, não merece reforma a sentença,
uma vez que a parte autora não atende o requisito obrigatório da incapacidade laborativa para a
concessão do benefício requerido.
8. Recurso desprovido.
9. Honorários advocatícios fixados em 10% (dez por cento) do valor atribuído à causa devidamente
corrigido. Condenação suspensa [Artigo 98, § 3º, do NCPC/2015].
Decide a Terceira Turma Recursal, à unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso da parte autora,
nos termos do voto do Relator.
221
Antonio Claudio Macedo da Silva Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal Relator 1
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
EMENTA
ou pela fonte pagadora, no caso de implantação de rubrica específica em folha, mediante a aplicação da
alíquota de 11% (onze por cento) sobre o valor pago.
9. Vale ressaltar que, nesta hipótese, a base de cálculo do tributo deve ser considerada no momento em
que a verba era devida e não foi adimplida, e não no momento do efetivo pagamento da requisição de
pagamento/RPV. Em outras palavras, quanto ao fato gerador da obrigação tributária principal, a
exigibilidade da contribuição previdenciária dá-se pelo regime de competência, devendo ser calculada de
acordo com a legislação vigente à época na qual as diferenças deveriam ter sido pagas aos servidores,
razão por que os efeitos financeiros dos pagamentos são reconhecidos na data da ocorrência do fato
gerador da obrigação tributária principal, não importando o momento do pagamento. Neste sentido,
confira-se a jurisprudência das Cortes Federais, a saber:
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE SENTENÇA. RETENÇÃO DE CONTRIBUIÇÃO AO PSS.
REGIME DE COMPETÊNCIA. APLICAÇÃO DA ALÍQUOTA VIGENTE NO MOMENTO EM QUE O
PAGAMENTO DEVERIA TER SIDO EFETUADO. 1- Trata-se de agravo de instrumento interposto em
face de decisão que determinou que o desconto da contribuição ao Plano de Seguridade do Servidor -
PSS fosse efetuado no percentual vigente quando o pagamento das diferenças pleiteadas deveriam ter
ocorrido, e não na alíquota atual de 11%. 2- Não obstante o Superior Tribunal de Justiça tenha decidido
no REsp 1196777/RS, julgado em regime de recurso repetitivo, que a retenção da contribuição
previdenciária, prevista no art. 16-A da Lei 10.887/2004 incidiria sobre os pagamentos judiciais ainda que
estes se referissem a créditos anteriores à referida lei, foi expressamente ressalvado que esta não
incidiria se tratasse de servidores aposentados e pensionistas, no período anterior a 2004. 3- Com efeito,
a contribuição dos inativos e pensionistas ao regime de previdência próprio do servidor público foi
instituída pela Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003, que, por sua vez, foi
regulamentada pela Lei 10.887/04, cujo art. 16 expressamente dispôs que tal contribuição só passaria a
ser exigível a partir de 20 de maio de 2004. Desse modo, antes desse período não poderia incidir a
contribuição previdenciária por falta de previsão legal. Precedentes desta E. Corte nesse sentido. 4-
Extrai-se, a partir dessa ressalva, a conclusão de que a contribuição previdenciária deve observar o
regime de competência, sendo calculada de acordo com a legislação vigente à época em que as
diferenças deveriam ter sido pagas aos servidores. Precedentes: TRF4, AG 0000155-34.2012.404.0000,
Quarta Turma, Rel. Des. Fed. JOÃO PEDRO GEBRAN NETO, E-DJF1 14/03/2012; TRF5, AC
200105000323725, Terceira Turma, Rel. Des. Fed. VLADIMIR CARVALHO, DJe 08/06/2010; TRF2, AG
201102010082882, Oitava Turma Especializada, Rel. Juíza Fed. Conv. FÁTIMA MARIA NOVELINO
SEQUEIRA, E-DJF2R 31/05/2012. 5- No caso em tela, a servidora pública está executando diferenças de
correção monetária de valores atrasados pagos administrativamente em 1991, sem atualização, devendo
ser aplicado aqui o mesmo raciocínio utilizado nos casos dos servidores inativos e pensionistas. 6-
Entender pela aplicação da alíquota ora vigente seria onerar a Autora duplamente, na medida em que
além de não ter recebido o que lhe era devido no momento oportuno, ainda terá que arcar com um tributo
maior, em razão da inércia da Agravante. 7- Ressalte-se que o Superior Tribunal de Justiça tem ratificado
o entendimento de que a incidência de tributos sobre as verbas devidas a servidores públicos em virtude
de decisões judiciais deve observar a legislação tributária vigente à época em que
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quais períodos refere-se o precatório, a fim de constatar-se, mês a mês, o percentual que deveria incidir
em cada prestação pretérita.
11. No caso dos autos, ante a análise da documentação inicial, resta claro que o precatório refere-se a
período no qual a parte autora estava na ativa, assim, a controvérsia relaciona-se tão somente com a
alíquota do PSS que deveria incidir no RPV/precatório.
12. Alíquotas PSS para o servidor ativo. Com relação às legislações que fixaram alíquotas para a
contribuição previdenciária do servidor público, tem-se que, primeiramente, o Decreto nº 83.081/79, que
aprovou o Regulamento de Custeio da Previdência Social, fixou, em seu art. 35, que a contribuição dos
servidores para sua Previdência seria no percentual de 6% sobre seu salário-base. Posteriormente, a Lei
8.688/93, que alterou o § 2º do art. 231 da Lei 8.112/90, instituiu percentuais variando de 9% a 12%, a
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depender da remuneração mensal do servidor, a qual, todavia, foi julgada inconstitucional pelo STF.
Assim, a contribuição previdenciária retornou aos moldes estabelecidos pelo Decreto nº 83.081/79, tendo
esta situação perdurado até a edição da Medida Provisória 560/1994, a qual, após diversas reedições, foi
convertida na Lei 9630/1998, estabelecendo, a partir de julho/1997, a alíquota de 11%. Em seguida, foi
editada a Lei 9.783/99, que manteve a alíquota de 11%, bem como estabeleceu adicionais de 9% e 14%,
também declarados inconstitucionais pela Suprema Corte. Após essas sucessivas legislações, foi editada
a vigente Lei 10.887/04, cujo art. 4º manteve a alíquota de 11% para a contribuição do servidor. Desse
quadro legal, extrai-se que, entre 1979 e 1994, a alíquota correta de contribuição previdenciária do
servidor era de 6%.
12-A. In casu, tendo em vista que o precatório é referente ao interstício de novembro de 1989 a dezembro
de 1990, deveria ter incidido a alíquota de 6%, e não 11%.
13. Logo, irretocável a sentença que reconheceu a inexigibilidade da Contribuição Social ao Plano de
Seguridade do Servidor Público (PSS) ativo somente dos valores recolhidos além da alíquota de 6%,
referente a parcelas recebidas por meio de requisição judicial e relativas ao período de novembro/1989 a
dezembro /1990.
14. Recurso desprovido.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
ACÓRDÃO
Decide a Terceira Turma Recursal, à unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso da parte ré, nos
termos do voto do Relator.
Brasília - DF, 29/10/2019
Antonio Claudio Macedo da Silva Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal Relator 1
para o cumprimento da medida. Por fim, requer o INSS a alteração dos juros e da correção monetária
para que sejam calculados conforme o disposto no art. 1º F da Lei 9.494/97.
3. Ausência de interesse recursal. Falece interesse recursal ao INSS, cujo recurso lança razões genéricas
e dissociadas, deixando, assim, de impugnar, à luz do caso concreto e de forma específica, a
fundamentação da sentença recorrida, incorrendo em efetivo descumprimento da exigência legal de que a
apelação (nos JEFs, o recurso inominado) deve vir deduzida com a exposição dos fatos e do direito, bem
como as razões do pedido de reforma, a fim de contrastar as razões da sentença impugnada
[NCPC/2015, art. 1.010, incs. II e III]; com efeito, é inadmissível em nosso sistema processual a defesa ou
o recurso genéricos, sob pena de ofensa ao princípio da impugnação específica dos fatos.
4. Quanto à determinação de aplicação de multa diária no valor de R$ 100,00 (cem reais) por eventual
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
descumprimento da medida de urgência, registre-se, por oportuno, que o INSS lançou aos autos petição
informando o cumprimento da decisão judicial, motivo pelo qual não há que se falar em multa diária por
descumprimento. Recurso provido no ponto.
5. Sobre a correção monetária e juros de mora, razão não assiste ao INSS, vis-à-vis precedente
vinculante da Corte da Legalidade:
5-A. Correção monetária e juros de mora. Precedente do STJ em sede de Recurso Repetitivo. Eficácia
vinculante. Observância obrigatória por esta Turma Recursal. Condenação judicial da Fazenda Pública
referente A DÉBITOS PREVIDENCIÁRIOS, EXCETO BENEFÍCIOS ASSISTENCIAIS. Precedente do
STJ: REsp 1.495.146/MG. As condenações judiciais da Fazenda Pública de natureza previdenciária,
EXCETO OS BENEFÍCIOS ASSISTENCIAIS, sujeitam-se (1) à incidência do INPC, para fins de correção
monetária, no que se refere ao período posterior à vigência da Lei 11.430/2006, que incluiu o art. 41-A na
Lei 8.213/91; e (2) quanto aos juros de mora, incidem segundo a remuneração oficial da caderneta de
poupança (art. 1º-F da Lei 9.494/97, com redação dada pela Lei n. 11.960/2009).
6. Recurso conhecido em parte, e nesta parcialmente provido somente para afastar a aplicação da multa.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
ACÓRDÃO
Decide a Terceira Turma Recursal, por unanimidade, nos termos do voto do relator, CONHECER EM
PARTE o recurso do INSS, E NESTA DAR-LHE PARCIAL PROVIMENTO, nos termos do voto do Relator.
Brasília – DF, 29/10/2019.
Antonio Claudio Macedo da Silva Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal Relator 1
apelação (nos JEFs, o recurso inominado) deve vir deduzida com a exposição dos fatos e do direito, bem
como as razões do pedido de reforma, a fim de contrastar as razões da sentença impugnada
[NCPC/2015, art. 1.010, incs. II e III]; com efeito, é inadmissível em nosso sistema processual a defesa ou
o recurso genéricos, sob pena de ofensa ao princípio da impugnação específica dos fatos.
4. Quanto à determinação de aplicação de multa diária no valor de R$ 100,00 (cem reais) por eventual
descumprimento da medida de urgência, registre-se, por oportuno, que o INSS lançou aos autos petição
informando o cumprimento da decisão judicial, motivo pelo qual não há que se falar em multa diária por
descumprimento. Recurso provido no ponto.
5. Sobre a correção monetária e juros de mora, razão não assiste ao INSS, vis-à-vis precedente
vinculante da Corte da Legalidade:
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5-A. Correção monetária e juros de mora. Precedente do STJ em sede de Recurso Repetitivo. Eficácia
vinculante. Observância obrigatória por esta Turma Recursal. Condenação judicial da Fazenda Pública
referente A DÉBITOS PREVIDENCIÁRIOS, EXCETO BENEFÍCIOS ASSISTENCIAIS. Precedente do
STJ: REsp 1.495.146/MG. As condenações judiciais da Fazenda Pública de natureza previdenciária,
EXCETO OS BENEFÍCIOS ASSISTENCIAIS, sujeitam-se (1) à incidência do INPC, para fins de correção
monetária, no que se refere ao período posterior à vigência da Lei 11.430/2006, que incluiu o art. 41-A na
Lei 8.213/91; e (2) quanto aos juros de mora, incidem segundo a remuneração oficial da caderneta de
poupança (art. 1º-F da Lei 9.494/97, com redação dada pela Lei n. 11.960/2009).
6. Recurso conhecido em parte, e nesta parcialmente provido somente para afastar a aplicação da multa.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
ACÓRDÃO
Decide a Terceira Turma Recursal, por unanimidade, nos termos do voto do relator, CONHECER EM
PARTE o recurso do INSS, E NESTA DAR-LHE PARCIAL PROVIMENTO, nos termos do voto do Relator.
Brasília – DF, 29/10/2019.
Antonio Claudio Macedo da Silva Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal Relator 1
EMENTA
4. Laudo médico. O laudo médico (registro em 03/07/2018), realizado por especialista em medicina do
trabalho, e perícia médica, apontou que o autor é portador da:
[...] imunodeficiência humana (HIV) desde 2009, com apresentação de quadro geral de mal estar geral
frequente, o que o impede de realizar suas atividades laborais como autônomo. Apresenta histórico de
tuberculose pulmonar tratada em 2016/2017. Em acompanhamento médico regular. Em uso de
antirretrovirais TDF 300mg + 3TC 300mg + EFZ 600mg - 1 comprimido ao dia. DID: sem elementos
médicos objetivos DII: 05/08/2016 (de acordo com os documentos médicos dos autos e os trazidos pelo
periciando) . [...] concluiu-se que: Trata-se de Incapacidade Laboral Total e Temporária Multiprofissional
por 06 meses, para melhor acompanhamento clínico infectológico e prognóstico da doença.
5. É fato que a perícia médica atesta meramente a existência de incapacidade, cabendo ao julgador, na
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análise do caso concreto, avaliar se o requerente enquadra-se no conceito de deficiente estabelecido pela
Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, é dizer, se a incapacidade gera “impedimento
de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais
barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as
demais pessoas”.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
profissão etc) e sociais (grupo social, familiar, comunitário, aptidão real para desempenhar outras
profissões etc), econômicas (local de residência e de trabalho) e culturais.
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Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
frequente de internação hospitalar, geram impedimentos de natureza física que obstruem a sua
participação plena e efetiva na sociedade e o colocam em desvantagem em relação às demais pessoas,
isso tudo sem mencionar que o autor está em completa situação de vulnerabilidade econômica.
11-A. Isso posto, ressuma patente que as patologias que a afligem são de natureza progressiva e, por
óbvio, não possuem solução definitiva através de simples medicação, mormente levando-se em
consideração que, na data de realização da perícia, já estava incapaz há quase 2 anos, razão pela qual
admitir-se que a autora possa recuperar-se é totalmente irracional. Neste sentido bem dispôs o juiz a quo:
Embora o laudo tenha fixado a duração da incapacidade em apenas 6 meses, entendo que o expert não
procedeu com acerto. Cotejando os exames e laudos médicos constantes dos autos, dá-se conta que o
estado de saúde precário da parte autora exige mais do que 6 meses de recuperação. Inclusive as
condições pessoais denotam que dificilmente o autor teria condições de encontrar trabalho, posto que
jamais trabalhou. Aplico ao caso as Súmulas 29 e 48 da TNU. Ante o princípio do judex est peritus
peritorum, anoto que o juiz apreciará livremente a prova pericial, não ficando adstrito à conclusão do
laudo técnico, desde que motivadamente infirme a conclusão do laudo, com base nos arts. 371 e 479 do
CPC. Isto posto, divirjo do laudo pericial e fixo a duração da incapacidade como superior a 2 anos.
12. Forte em tudo isso, o conjunto probatório revela-se harmônico a fim de restar preenchido o requisito
relativo à deficiência de longo prazo.
13. Razão assiste ao INSS em parte, pois, conforme os mais recentes precedentes judiciais, quanto aos
critérios de juros e correção monetária, devem ser seguidos os seguintes parâmetros:
13- A. Correção monetária e juros de mora. Precedente do STJ em sede de Recurso Repetitivo. Eficácia
vinculante. Observância obrigatória por esta Turma Recursal. (1) Correção monetária. Aplicável o IPCA-E,
conforme determinado pelo STF quando do julgamento do RE 870.947/SE, onde foi reconhecida a
repercussão geral para tratar especificamente sobre a correção monetária. Registre-se que, por tratar-se
de benefício assistencial, a correção monetária não se dá pelo INPC, mas sim pelo IPCA-E. [Precedentes:
STF: RE 870.947/SE; STJ: RESP 1.495.146/MG.]; (2) Juros moratórios. Por força do artigo 240 do
CPC/2015, os juros de mora são devidos desde a data da citação válida, nos seguintes parâmetros:
Incidirão os juros aplicados às cadernetas de poupança (artigo 1º-F da Lei 9.494/1997, com a redação
dada pela Lei nº 11.960/2009) até a data da requisição de pagamento (RE 579.431/RS), devendo-se
observar de 04/05/2012 em diante as disposições contidas na Lei nº 12.703/12 referentes à remuneração
das cadernetas de poupança.
14. Recurso do INSS parcialmente provido. Sem honorários de sucumbência.
ACÓRDÃO
Decide a Terceira Turma Recursal, à unanimidade, DAR PARCIAL PROVIMENTO ao recurso do INSS,
nos termos do voto do relator.
Brasília – DF, 29/10/2019
EMENTA
228
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
661.256) no caso em apreço, pois o objeto jurídico e fundamentos são diversos, bem como a procedência
de seu pedido.
3. Trata-se de pedido de renúncia ao benefício concedido originalmente ao autor pelo INSS, com a
contagem do tempo de serviço para averbação no RPPS, e posterior concessão de benefício de
aposentadoria mais vantajosa no RPPS.
4. Mérito. Dispõe o art. 181-B, do DECRETO No 3.048/1999: As aposentadorias por idade, tempo de
contribuição e especial concedidas pela previdência social, na forma deste Regulamento, são irreversíveis
e irrenunciáveis.
5. O STF, em julgado submetido à repercussão geral (RE 661256), no dia 26/10/2016, considerou ser
inviável a denominada desaposentação, fixando a tese no sentido de que, no âmbito do Regime Geral de
Previdência Social (RGPS), somente lei pode criar benefícios e vantagens previdenciárias, não havendo,
por ora, previsão legal do direito à desaposentação.
6. A parte recorrente não logrou êxito em demonstrar em suas razões recursais a alegada distinguishing.
O julgado do STF que entendeu pela impossibilidade de renúncia do benefício previdenciário possui a
mesma ratio decidendi que o caso em questão, sendo irrelevante o fato de que o pedido de
desposentação tem por objetivo a concessão de nova aposentadoria junto ao RGPS, ou RPPS.
7. Ademais, é entendimento do STJ que "A norma previdenciária não cria óbice a percepção de duas
aposentadorias em regimes distintos, quando os tempos de serviços realizados em atividades
concomitantes sejam computados em cada sistema de previdência, havendo a respectiva contribuição
para cada um deles" (STJ, REsp 687.479/RS, Rel. Ministra LAURITA VAZ, Quinta Turma, DJ de
30/5/2005). Entretanto, a Lei de Benefícios da Previdência Social veda expressamente a concessão de
duas aposentadorias por regimes distintos de previdência, com base em um mesmo tempo de serviço, in
verbis:
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
ACÓRDÃO
Decide a Terceira Turma Recursal, à unanimidade NEGAR PROVIMENTO ao recurso da parte autora,
nos termos do voto do relator. Brasília - DF, 29/10/2019
229
Antonio Claudio Macedo da Silva Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal Relator 1
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EMENTA
ACÓRDÃO
Decide a Terceira Turma Recursal, à unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso da parte autora,
nos termos do voto do relator.
Brasília – DF, 29/10/2019
Antonio Claudio Macedo da Silva Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal Relator 1
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
2. De acordo com o art. 337, § 1º, 2º, 3º e 4º do NCPC/2015, verifica-se a litispendência ou coisa julgada,
quando se reproduz ação anteriormente ajuizada, exigindo-se, portanto, identidade de partes, causa de
pedir e pedido (art. 337, §2º, do citado diploma legal).
3. Compulsando-se os autos, constata-se que a parte autora também figura no polo ativo do processo nº
0032599-79.2018.4.01.3400, que tramitou na 24ª Vara Federal desta Seção Judiciária, com identidade de
causa de pedir e pedido, cuja inicial foi distribuída em 11/09/2018, configurando-se a ocorrência de
litispendência em relação a presente ação distribuída em 18/02/2019.
4. Alega a parte autora que não houve litispendência tendo já que o presente processo refere-se a novo
requerimento administrativo de auxílio-doença nº 6264490044, com DER em 22/01/2019, e relativo ao
agravamento das enfermidades : F32 - Episódios depressivos, F41 - Outros transtornos ansiosos, e F40.1
- Fobias sociais.
5. Compulsando-se os autos nº 0032599-79.2018.4.01.3400, verifica-se que 28/11/2018 a parte autora foi
submetida à perícia médica com especialista em psiquiatria o qual concluiu pela ausência de
incapacidade. Registre-se ainda que em 27/06/2019 a ação foi julgada improcedente, tendo ocorrido
inclusive seu trânsito em julgado.
6. Não merece prosperar as alegações da parte autora. Observa-se que as enfermidades relatadas no
presente processo são as mesmas do processo nº 0032599-79.2018.4.01.3400, não tendo parte autora
se desincumbido do ônus de comprovar o agravamento da doença (art. 373, I, do NCPC/2015) devendo
arcar, portanto, com as consequências daí decorrentes.
7. Recurso desprovido.
8. Honorários advocatícios fixados em 10% (dez por cento) do valor atribuído à causa devidamente
corrigido. Condenação suspensa [Artigo 98, § 3º, do NCPC/2015].
ACÓRDÃO
Decide a Terceira Turma Recursal, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso da parte autora,
nos termos do voto do Relator.
Brasília-DF, 29/10/2019
Antonio Claudio Macedo da Silva Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal Relator 1
231
PODER JUDICIÁRIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
2ª. TURMA RECURSAL
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
EMENTA
828A67530AECED9BB2E88B5EDB7F7948
(II) a redução do valor pago aos aposentados e pensionistas, decorrente da supressão, total ou parcial, da
gratificação, ofende, ou não, o princípio da irredutibilidade de vencimentos. 2. Reafirma-se a
jurisprudência dominante desta Corte nos termos da seguinte tese de repercussão geral: (I) O termo
inicial do pagamento diferenciado das gratificações de desempenho entre servidores ativos e inativos é o
da data da homologação do resultado das avaliações, após a conclusão do primeiro ciclo; (II) A redução,
após a homologação do resultado das avaliações, do valor da gratificação de desempenho paga aos
inativos e pensionistas não configura ofensa ao princípio da irredutibilidade de vencimentos. 3. Essas
diretrizes aplicam-se a todas as gratificações federais de desempenho que exibem perfil normativo
semelhante ao da Gratificação de Desempenho da Carreira da Previdência, da Saúde e do Trabalho
(GDPST), discutida nestes autos. A título meramente exemplificativo, citam-se: Gratificação de
Desempenho de Atividade do Seguro Social - GDASS; Gratificação de Desempenho de Atividade de
Apoio Técnico-Administrativo à Polícia Rodoviária Federal – GDATPRF; Gratificação de Desempenho de
Atividade Médico-Pericial - GDAMP; Gratificação de Desempenho de Atividade de Perícia Médica
Previdenciária - GDAPMP; Gratificação de Desempenho de Atividade Técnica de Fiscalização
Agropecuária – GDATFA; Gratificação de Efetivo Desempenho em Regulação - GEDR; Gratificação de
Desempenho do Plano Geral de Cargos do Poder Executivo – GDPGPE; Gratificação de Desempenho de
Atividade Previdenciária - GDAP ; Gratificação de Desempenho de Atividade TécnicoAdministrativa -
GDATA; Gratificação de Desempenho de Atividade Fazendária - GDAFAZ. 4. Repercussão geral da
matéria reconhecida, nos termos do art. 1.035 do CPC. Jurisprudência do SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL reafirmada, nos termos do art. 323-A do Regimento Interno. (ARE 1052570 RG, Relator(a):
Min. ALEXANDRE DE MORAES, julgado em 15/02/2018, PROCESSO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO
GERAL - MÉRITO DJe042 DIVULG 05-03-2018 PUBLIC 06-03-2018). 5. Esclareça-se que no âmbito do
Ministério do Transporte, os resultados do primeiro ciclo de avaliação foram homologados em 29 de
outubro de 2010, por meio da Portaria nº 2.592, de 29/10/2010. 6. Reexame do processo e juízo de
retratação e alteração parcial do acórdão anterior da Turma Recursal (art. 1.040, II, e art. 1.041, § 1º,
232
CPC/15), divergente, em parte, do entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento do
RE 631389/DF e ARE 1052570, sob o rito da repercussão geral. 7. Recurso da União Federal
parcialmente provido, somente para esclarecer que a GDPGPE será paga à pensionista, na pontuação de
80 pontos, desde a instituição do benefício em 27/2/2009 e até a “data da homologação do resultado das
avaliações, após a conclusão do primeiro ciclo”. 8. Sem condenação em honorários advocatícios, por
finalmente ter sido parcialmente vencedora a parte que interpôs o recurso inominado originário.
ACÓRDÃO
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
828A67530AECED9BB2E88B5EDB7F7948
Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, em reexame do processo, retratar-se do julgamento
anterior, alterando o respectivo acórdão para DAR PARCIAL PROVIMENTO ao recurso interposto pela
parte ré. Brasília, 23 de outubro de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1
EMENTA
8BC82D468AFAEA4A7836A58F544D5977
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
legais, tendo em vista a possibilidade de modulação de efeito no RE 870947. 3. Com contrarrazões. 4.
Edmilson Lopes da Rocha, CPF n. 564.508.341-53, nascido em 10/8/1968 (atualmente com 51 anos de
idade), saladeiro, sem alfabetização, residente na cidade satélite de Ceilândia/DF. 5. Recebeu o benefício
de auxílio-doença n. 618.884.803-6 de 6/2/2016 até 7/5/2017, em razão do acordo judicial homologado no
processo n. 0013569-29.2016.4.01.3400. E o auxílio-doença n. 618.703.743-3 de 25/7/2017 a 22/9/2017.
6. Laudo médico oficial (petição registrada em 11/1/2018). Perícia realizada em 30/11/2017, na qual ficou
constatada a presença de incapacidade total e temporária, por bursite do ombro (M75.5), dor articular
(M25.5) e fratura de clavícula (S42.0). O perito informou não ser possível determinar o “prazo razoável de
concessão”. Nem fixou a DII. 7. Tratando-se de incapacidade temporária, passível de recuperação, é
caso somente de auxílio-doença. 8. DIB. Já decidiu a TNU que, quando não houver retorno ao trabalho
após a data do cancelamento do benefício (DCB) e em sendo a incapacidade atual decorrente da mesma
doença ou lesão que justificou a concessão do benefício que se pretende restabelecer, presume-se a
continuidade do estado incapacitante desde a data do cancelamento, que, sendo reputado indevido,
corresponde ao termo inicial da condenação ou data de (re)início do benefício (PEDILEF
201071650012766, Rel. Juiz Federal Janilson Bezerra de Siqueira, DJ 26/10/2012; PEDILEF
200772570036836, Rel. Juíza Federal Jacqueline Michels Bilhalva, DJ 11/06/2010; PEDILEF
200763060051693, Rel. Juíza Federal Jacqueline Michels Bilhalva, DJ
3000D9CF99D6995535D9588FC5FE12CE
22/11/2008); (AgInt no REsp 1394759/PE, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, PRIMEIRA
TURMA, julgado em 27/06/2017, DJe 03/08/2017). 9. No caso, o benefício de auxílio-doença n.
618.703.743-3, cessado em 22/9/2017, tinha por fundamento o CID M75.5 (bursite do ombro), uma das
doenças identificada pelo perito judicial como sendo causadora da incapacidade laborativa. Portanto, a
conclusão que se chega é que o benefício foi indevidamente suspenso pelo INSS. Devido o auxílio-
doença a partir de 23/9/2017. 10. Termo final de cessação (DCB). De acordo com a redação atual dos §§
8º e 9º do art. 60 da Lei n. 8.213/91 (com a redação da Lei n. 13.457/2017), “sempre que possível, o ato
de concessão ou de reativação de auxílio-doença, judicial o administrativo, deverá fixar o prazo estimado
para a duração do benefício” e, “na ausência de fixação do prazo (...), o benefício cessará após o prazo
de cento e vinte dias, contado da data de concessão ou de reativação, exceto se o segurado requerer a
sua prorrogação perante o INSS, (...)”. 11. No caso vertente, a médica perita oficial não pode determinar o
“prazo razoável de concessão”, enquadrando-se a parte autora no art. 60, §9º, da Lei n. 8.213/91. Assim,
o auxíliodoença será devido pelo prazo de 120 dias, contados da concessão. 12. Registre-se que o autor
já vem recebendo a aposentadoria por invalidez n. 628.364.112-5, desde 17/6/2019 (DDB), por força da
tutela antecipada deferida na sentença. Esta, portanto, deve ser a “data de concessão” a ser considerada
para fins fixação da DCB. Assim, o auxíliodoença será devido até 17/12/2019 (DCB), cabendo à autora
requerer a prorrogação perante o INSS. 13. Atualização monetária. Ausência de interesse recursal. Por
fim, ausente o interesse recursal no tocante à correção monetária. Porquanto, o juiz sentenciante já
determinou a aplicação da Lei n. 11.960/09. Confira-se: As parcelas vencidas, a serem pagas mediante
RPV, serão acrescidas de correção monetária pelos índices do Manual de Orientação de Procedimentos
para os Cálculos na Justiça Federal a contar das datas dos respectivos vencimentos, até a entrada em
vigor do art. 1º.-F da Lei 9.494/97, na redação estabelecida pela Lei nº. 11.960/09, a partir de quando
incidirão os índices de remuneração básica da caderneta de poupança, acrescidos de juros de mora à
razão 0,5% a.m. a partir da citação (não se aplicando à espécie o teor do julgado proferido no âmbito do
RE nº. 870.947-SE, em face da suspensão dos efeitos da decisão ali tomada por meio de embargos de
declaração, conforme manifestação do Relator publicada no DJE nº. 204, divulgado em 25/09/2018). 14.
Provimento parcial do recurso do INSS, na parte conhecida. Sentença reformada para conceder a parte
autora somente o benefício de auxílio-doença, desde 23/9/2017 – DIB (dia seguinte à cessação do último
benefício) até 17/12/2019 (DCB). 15. Tutela antecipada parcialmente revogada, para que o INSS
mantenha o pagamento do benefício de auxílio-doença. 16. Desnecessidade de devolução dos valores
percebidos por decisão judicial. No que se refere às parcelas do benefício previdenciário, afinal indevido,
mas recebidas por força de decisão judicial, não se aplica o REsp 1.401.560/MT, em face da
superveniência do julgamento do ARE 734242 AgR, que afastou a reposição dos
234
3000D9CF99D6995535D9588FC5FE12CE
valores recebidos sob tais circunstâncias. Com efeito, o STF, depois do julgamento do recurso repetitivo
no STJ, adotou orientação diversa, estabelecendo que o benefício previdenciário recebido de boa-fé pelo
segurado, em decorrência de decisão judicial, não está sujeito à repetição de indébito, em razão de seu
caráter alimentar (ARE 734242 agR - Primeira Turma, Rel. Ministro Roberto Barroso, DJe de 08/09/2015,
p. 175 e PEDILEF 50023993020134047107, JUIZ FEDERAL DANIEL MACHADO DA ROCHA, TNU, DOU
18/12/2015 PÁGINAS 142/187). 17. Honorários advocatícios incabíveis, por falta de previsão legal para
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
arbitramento, no âmbito do JEF, quando há provimento do recurso julgado, ainda que em parte (artigo 55,
caput, da Lei n. 9.099/1995). ACÓRDÃO Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, DAR
PARCIAL PROVIMENTO ao recurso do INSS, na parte conhecida. Brasília, 23 de outubro de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1
5C925354E1A4609FA622CF730324CDD2
manifestaram no sentido de que é possível o reconhecimento de tempo especial prestado com exposição
a agente nocivo periculoso em data posterior a 05/03/1997, desde que laudo técnico (ou elemento
material equivalente) comprove a permanente exposição à atividade nociva, independentemente de
previsão em legislação específica. Precedentes: PEDILEF 50077497320114047105, JUIZ FEDERAL
DANIEL MACHADO DA ROCHA, TNU, DOU 06/11/2015 PÁGINAS 138/358; e REsp 1410057/RN, Rel.
Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, PRIMEIRA TURMA, julgado em 30/11/2017, DJe 11/12/2017.
6. Condições de trabalho ensejadoras da aposentadoria especial devem ser aferidas à luz do conjunto
probatório. Tendo em vista a jurisprudência mais recente do STJ e TNU (AGRESP 201201402375 e
PEDILEF 50012383420124047102), depreende-se que as condições de trabalho ensejadoras da
aposentadoria especial devem ser aferidas à luz do conjunto probatório. Assim, é possível o
235
reconhecimento de tempo especial após 05/03/1997, ainda que inexistente nos autos laudo pericial,
desde que o Perfil Profissiográfico Previdenciário contenha referência ao laudo técnico e ao profissional
que o subscreveu no campo apropriado daquele formulário. Nesse mesmo diapasão, a TNU reconhece
que “mais importante que qualificar doutrinariamente um agente como sendo catalisador de insalubridade,
periculosidade ou penosidade, muito mais importante para fins de aplicação das novéis disposições da
Lei no. 9.528/97 é saber se um agente nocivo/prejudicial (qualificação que, por sinal, pode muito bem ser
interpretada como aglutinadora de formas de periculosidade) é capaz de deteriorar/expor a
saúde/integridade física do trabalhador.” (PEDILEF 50012383420124047102, JUIZ FEDERAL BRUNO
LEONARDO CÂMARA CARRÁ, TNU, DOU 26/09/2014 PÁG. 152/227.). 7. Cabe ao INSS, se entender
pertinente, fiscalizar a empresa que emitiu o PPP para aferir a correção das referências nele constantes
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
ao laudo técnico pericial, cuja cópia não é obrigação do trabalhador juntar aos autos, visto que o PPP
presume-se veraz, até prova em contrário, se regularmente emitido pela empresa e dele não constar
qualquer tipo de rasura ou contradição interna. Registre-se, por oportuno, que o formulário de Perfil
Profissiográfico preenchido pelas empresas é definido pelo próprio INSS e reserva campo próprio para
indicação do profissional que assina o laudo técnico pericial (AgRg no REsp 1340380/CE, Rel. Ministro
OG FERNANDES, SEGUNDA TURMA, julgado em 23/09/2014, DJe 06/10/2014). 8. No caso vertente,
para todo o período reconhecido na sentença como especial (10/3/1988 a 21/10/2014 – DER), a parte
autora juntou formulário e laudo técnico que atestam o uso de arma de fogo durante toda a jornada de
trabalho (cf. PPP e laudo de fls. 8 e 15/18 da documentação inicial). Portanto, restou devidamente
comprovado o exercício da atividade de vigilante armado. 9. Aposentadoria especial. Carência
alcançada. Pelo exposto, verifica-se que o autor possuía na data do requerimento administrativo, em
21/10/2014 (NB 168.644.501-3), mais de 25 anos de atividade especial, tempo suficiente para o
cumprimento da carência necessária a concessão da aposentadoria pleiteada (art. 57 da Lei n. 8.213/91).
10. O recurso do réu no tocante a possibilidade de conversão de tempo especial em comum e o
respectivo fator de conversão perdeu o objeto depois da sentença de embargos que reconheceu a
aposentadoria especial. Resta, portanto, caracterizada a ausência de interesse recursal no ponto. 11.
Não provimento do recurso do INSS, na parte conhecida. Sentença confirmada.
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12. Honorários advocatícios pela parte recorrente fixados em 10% sobre o valor da condenação (art. 55,
caput, da Lei n. 9.099/1995), mas respeitada a limitação temporal imposta pelo enunciado da Súmula n.
111/STJ. ACÓRDÃO Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao
recurso do INSS, na parte conhecida. Brasília, 23 de outubro de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1
Melo (CPF n. 903.158.391-04, DN 24/5/1981). 7. Quanto à alegação de que o processo deve ser extinto
porque não houve habilitação em 30 dias da data do óbito, colha-se o seguinte precedente da Turma
Recursal de Juiz de Fora/MG, que bem expôs a questão da habilitação, no âmbito dos JEFs: “Diante
desta realidade, entendo que não é razoável exigir-se do patrono da parte autora - diante do longo prazo
de espera para julgamento do recurso, somado ao exíguo prazo legal para habilitação de sucessores -
certificar-se a todo mês se houve óbito de algum de seus clientes, para o fim de promover a habilitação
dentro dos 30 dias que a lei prevê. Aliás, o que se vê na maioria das vezes é que o
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advogado somente toma ciência do falecimento da parte quando tal informação é trazida aos autos pela
parte contrária. 6. Ademais, ainda que os Juizados Especiais sejam regidos por procedimento mais
célere, não se pode perder de vista que o processo não é um fim em si mesmo; ao contrário, deve servir
de instrumento para pôr fim aos conflitos sociais, o que não ocorre quando se extingue de plano a lide
pela falta de habilitação dos sucessores. 7. Assim, a interpretação que melhor atende ao princípio da
razoabilidade é no sentido de que o art. 51 da Lei n. 9.099/95 somente autoriza a extinção do processo
quando, intimado o patrono da parte autora, este deixa de promover a habilitação dos sucessores no
prazo de 30 dias.” (Acórdão Número 0004065-37.2015.4.01.3819 rel. Juíza Federal MARINA DE
MATTOS SALLES – Diário Eletrônico de 01/03/2018). 8. No caso, o advogado da parte autora foi
intimado para promover a habilitação em 5/12/2016 (cf. certidão registrada em 7/12/2019), e o prazo de
30 (trinta) dias findou em 20/2/2017. Mas, antes disso, em 9/2/2017, foi requerida a habilitação e deferida
pelo juízo a quo. 9. No mérito, o cerne da controvérsia é o requisito econômico. 10. O art. 20, § 3º, da Lei
nº 8.742/1993 - LOAS estabelecia que seria considerada hipossuficiente a pessoa com deficiência ou
idoso cuja família possuísse renda per capita inferior a ¼ do salário mínimo. Entretanto, o Supremo
Tribunal Federal, ao analisar os recursos extraordinários 567985 e 580963, ambos submetidos à
repercussão geral, reconheceu a inconstitucionalidade do § 3º do art. 20 da Lei nº 8.742/1993, assim
como do art. 34 da Lei 10.741/2003 - Estatuto do Idoso, permitindo que o requisito econômico, para fins
de concessão do benefício assistencial, seja aferido caso a caso. 11. Laudo socioeconômico (petição
registrada em 31/10/2017). O perito registrou que houve mudança de endereço depois do óbito da autora
para QR 316, Conjunto J, Casa 09, Santa Maria/DF, onde aconteceu a perícia. Segundo o esposo da
autora, ele decidiu ceder o apartamento onde morava com falecida, com todos os móveis e utensílios,
para um casal de conhecidos e voltou a morar com seus pais: Manuel Domingos Melo e Zilma Ferreira de
Noronha Melo. 12. Vê-se que o laudo registra muito da situação vivida pelo esposo e a filha depois do
óbito da autora. Mas, o que importa para os autos é verificar a situação de hipossuficiência no período
anterior, ou seja, de 28/8/2015 (DER) até 9/5/2016 (data do óbito). 13. Pois bem, pelo que foi apurado
pela perícia socioeconômica, o núcleo familiar era composto pela autora, seu esposo, a filha menor, sua
mãe e a irmã solteira. Registre-se que a requerente foi diagnosticada em 29/7/2015 com neoplasia
maligna (C24 e I74.1) e, segundo informado, durante o tratamento a mãe da autora (Martha Aparecida
Ribeiro de Souza, DN 25/1/1963) e sua irmã (Amanda Ribeiro) vieram morar com ela para auxiliar com os
cuidados de sua saúde, mas não ajudavam nas despesas da casa, a primeira porque sua renda já estava
comprometida e a segunda por não exercer atividade remunerada. 14. Relatou-se, ainda, que a época, a
renda familiar era composta apenas do salário do esposo, como motoboy, no valor aproximado de R$
1.800,00. Fotos externas do condomínio onde morava anteriormente com a esposa mostram um lugar em
boas condições. A autora fazia acompanhamento pela rede pública de saúde, mas se observa pelos
documentos da inicial, que alguns exames do ano de 2015 foram realizados na rede privada, com impacto
significativo para a renda familiar (cf. fls. 8/11, 16, 19/20 da documentação inicial). Daniel conta que
necessitavam da ajuda de amigos e familiares para custear o tratamento adequado à esposa.
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15. Além disso, o CNIS da parte autora não registra, como informado, trabalho remunerado formal. E no
período vindicado de 28/8/2015 a 9/5/2016, o esposo recolheu como contribuinte individual
microempreendedor, ou seja, com alíquota reduzida de 5% sobre o salário mínimo (art. 21, II, a, da Lei n.
8/212/91). 16. Assim, com um núcleo familiar de cinco pessoas, a renda per capita seria de R$ 360,00,
menos de meio salário mínimo vigente à época do requerimento administrativo. Registre-se que esse foi o
parâmetro utilizado pelo STF quando da declaração de inconstitucionalidade do art. 20, §3º, da Lei n.
8.742/93. 17. A autora estava acometida de doença grave, que culminou na morte dela, necessitava de
cuidados especiais e as despesas médicas eram altas, carecia de uma renda própria que pudesse
atender as suas necessidades básicas. Benefício era devido, conforme consignado na sentença. 18. DIB.
O benefício era devido desde o requerimento administrativo, quando à autora já tinha o diagnóstico da
doença, não tinha condições de trabalhar e a renda familiar era somente o salário do esposo, sem contar
as despesas médicas. 19. Juros e correção monetária. Lei n. 11.960/09. Inconstitucionalidade parcial no
tocante a correção monetária. RE 870947. 20. Juros moratórios. Os juros de mora passam a contar da
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citação válida (art. 240 do CPC/15 e Súmula 204/STJ), tem-se que, ao caso, incidirão os juros aplicados à
caderneta de poupança: 0,5% ao mês até junho de 2012 e a partir daí de acordo com as novas regras da
poupança estabelecidas pela Lei nº 12.703/12. 21. Correção monetária. No que se refere à correção
monetária, no RE 870947 (j. 20/9/2017), o STF reconheceu a inconstitucionalidade do uso da taxa de
remuneração básica da caderneta de poupança (TR), instituída pela Lei n. 11.960/09, para fins de
correção de débitos do Poder Público, por não ser adequado para recompor a perda do poder de compra.
Desta feita, deve ser mantida a sentença de primeiro grau. 22. Registre-se, por oportuno, que o acórdão
referente ao RE 870.947 já foi efetivamente publicado no DJe de 17/11/2017, tornado público em
20/11/2017. Demais disso, a decisão proferida pelo STF possui efeito vinculante desde a data de
publicação da ata de julgamento e não da publicação do acórdão (STF, Rcl 3.632 AgR/AM, Rel. p/
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acórdão Min. Eros Grau DJU de 18.8.2006). 23. Vale consignar, ainda, que o STJ decidiu que “(...)
mostra-se descabida a modulação em relação aos casos em que não ocorreu expedição ou pagamento
de precatório” (REsp 1495146/MG, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Primeira Seção, julgado em
22/02/2018, DJe 02/03/2018). 24. E, recentemente, o STF entendeu que não cabe modulação de efeitos
no RE 870947 (embargos de declaração julgados em 3/10/2019). 25. Recurso do INSS desprovido.
Sentença confirmada. 26. Honorários advocatícios pelo INSS, recorrente vencido, fixados em 10% sobre
o valor da condenação (art. 55, caput, da Lei n. 9.099/1995), mas respeitada a limitação temporal imposta
pelo enunciado da Súmula n. 111/STJ.
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ACÓRDÃO Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso do
réu. Brasília, 23 de outubro de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1
EMENTA
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A empresa Alves e Mendes Ltda. – EPP, por sua vez, foi aberta em 11/07/2012, no município de
Redenção/PA, constando do seu quadro societário Thiago Alves Pereira e Julio Cesar Rodrigues Mendes
(fls. 9/14). Ocorre que o documento apresentado por este último à Junta Comercial do Estado do Pará,
para a constituição da referida sociedade, embora registre o mesmo patronímico, data de nascimento e
genitores do autor, apresenta foto e assinatura de pessoa diversa (vide fls. 15/18 da documentação
inicial). É de clareza meridiana, portanto, a fraude praticada quando do registro da sociedade Alves e
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Mendes Ltda., mediante a falsificação do documento da parte autora, não restando qualquer dúvida de
que o autor não é sócio administrador da empresa aberta no Município de Redenção/PA. Considerando
que a União apresenta, como único óbice ao deferimento da pretensão em exame, a condição do autor de
sócio administrador da empresa Alves e Mendes Ltda. – EPP e, evidenciada a fraude, não há razão para
o indeferimento do pedido. Assim, nada há que impossibilite a parte autora de lograr o exercício de seu
direito ao seguro-desemprego, pois demonstrou nos autos a sua situação de trabalhador dispensado sem
justa causa, consoante Termo de Rescisão de Contrato de Trabalho anexado às fls. 5/6 da documentação
inicial. 7. O recurso não trouxe nenhum argumento capaz de modificar a conclusão do julgado, a qual se
mantém por seus próprios fundamentos. 8. Juros e correção monetária. Lei n. 11.960/09.
Inconstitucionalidade parcial no tocante a correção monetária. RE 870947. 9. Juros moratórios. Os juros
de mora passam a contar da citação válida (art. 240 do CPC/15 e Súmula 204/STJ), tem-se que, ao caso,
incidirão os juros aplicados à caderneta de poupança: 0,5% ao mês até junho de 2012 e a partir daí de
acordo com as novas regras da poupança estabelecidas pela Lei nº 12.703/12. 10. Correção monetária.
No que se refere à correção monetária, no RE 870947 (j. 20/9/2017), o STF reconheceu a
inconstitucionalidade do uso da taxa de remuneração básica da caderneta de poupança (TR), instituída
pela Lei n. 11.960/09, para fins de correção de débitos do Poder Público, por não ser adequado para
recompor a perda do poder de compra. Desta feita, deve ser mantida a sentença de primeiro grau. 11.
Registre-se, por oportuno, que o acórdão referente ao RE 870.947 já foi efetivamente publicado no DJe
de 17/11/2017, tornado público em 20/11/2017. Demais disso, a decisão proferida pelo STF possui efeito
vinculante desde a data de publicação da ata de julgamento e não da publicação do acórdão (STF, Rcl
3.632 AgR/AM, Rel. p/ acórdão Min. Eros Grau DJU de 18.8.2006). 12. Vale consignar, ainda, que o STJ
decidiu que “(...) mostra-se descabida a modulação em relação aos casos em que não ocorreu expedição
ou pagamento de precatório” (REsp 1495146/MG, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Primeira
Seção, julgado em 22/02/2018, DJe 02/03/2018). 13. E, recentemente, o STF entendeu que não cabe
modulação de efeitos no RE 870947 (embargos de declaração julgados em 3/10/2019).
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14. Recurso da parte ré desprovido. Sentença confirmada. 15. Honorários advocatícios pela parte
recorrente fixados em 10% sobre o valor da condenação (art. 55, caput, da Lei n. 9.099/1995). ACÓRDÃO
Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso da União.
Brasília, 23 de outubro de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1
EMENTA
de acordo com “os parâmetros fixados pelo Pleno do Supremo Tribunal Federal no julgamento do RE nº
870.947, Rel. Min. Luiz Fux, em regime de repercussão geral”. 2. O réu alega que a DCB deve ser fixada
a contar do laudo médico, precisando ser alterada para 25/5/2018, com imediata revogação da tutela
antecipada deferida. Sucessivamente, que seja aplicada a Lei n. 11.960/09, quanto aos consectários
legais, diante da possibilidade de modulação de efeitos do RE 870947. Por fim, insurge-se contra a multa
fixada, requerendo a sua exclusão ou redução do valor. 3. Com contrarrazões. 4. Silvana Rodrigues de
Souza, CPF n. 015.189.635-60, nascida em 19/9/1984 (atualmente com 35 anos de idade), cabeleireira,
ensino fundamental, residente na cidade satélite de Santa Maria/DF. 5. A autora recebeu o benefício de
auxílio-doença n. 613.829.846-6 de 25/7/2016 até 22/3/2017. Em 22/4/2017, requereu novamente o
benefício que restou indeferido por ter sido constatada que a incapacidade é anterior ao reinício das
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contribuições. 6. Laudo médico oficial (petição registrada em 30/10/2017). O médico especialista em
ortopedia e traumatologia, na perícia realizada em 25/10/2017, constatou que a autora apresenta
radiculopatia (M54.1), que gera incapacidade temporária, parcial e multiprofissional. 7. O perito não pode
precisar o prazo razoável de concessão, informando sobre a necessidade de tratamento cirúrgico,
posterior reabilitação e impossibilidade de desempenho de suas atividades que utilizam força com os
MMSS até a cirurgia de descompressão do STC. Além
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disso, sugere que seria recomendável a mudança de função laboral, pois o risco de ressurgirem os
sintomas é grande como cabeleireira. 8. Hipótese em que a reversão da incapacidade depende de
procedimento cirúrgico sem previsão de realização. Impossibilidade de fixar previamente o termo final do
benefício. Assim, considerando que a autora não tem condições de retornar a atividade habitual de
cabeleireira até o tratamento cirúrgico, de resultados incertos, e, diga-se, ao qual a parte não é obrigada a
se submeter, a meu ver, não seria possível fixar previamente prazo para a duração do benefício, devendo
o auxílio-doença ser mantido até que o segurado seja dado como habilitado para o desempenho da sua
atividade profissional, nos termos do art. 62, parágrafo único, da Lei n. 8.213/91. 9. No entanto, o recurso
é somente do INSS, devendo ser mantido os termos da sentença de primeiro grau. Consequentemente,
não é possível antecipar a DCB como pretendido pela autarquia previdenciária. 10. Juros e correção
monetária. Lei n. 11.960/09. Inconstitucionalidade parcial no tocante a correção monetária. RE 870947.
11. Juros moratórios. Os juros de mora passam a contar da citação válida (art. 240 do CPC/15 e Súmula
204/STJ), tem-se que, ao caso, incidirão os juros aplicados à caderneta de poupança: 0,5% ao mês até
junho de 2012 e a partir daí de acordo com as novas regras da poupança estabelecidas pela Lei nº
12.703/12. 12. Correção monetária. No que se refere à correção monetária, no RE 870947 (j. 20/9/2017),
o STF reconheceu a inconstitucionalidade do uso da taxa de remuneração básica da caderneta de
poupança (TR), instituída pela Lei n. 11.960/09, para fins de correção de débitos do Poder Público, por
não ser adequado para recompor a perda do poder de compra. Desta feita, fica mantida a sentença. 13.
Registre-se, por oportuno, que o acórdão referente ao RE 870.947 já foi efetivamente publicado no DJe
de 17/11/2017, tornado público em 20/11/2017. Demais disso, a decisão proferida pelo STF possui efeito
vinculante desde a data de publicação da ata de julgamento e não da publicação do acórdão (STF, Rcl
3.632 AgR/AM, Rel. p/ acórdão Min. Eros Grau DJU de 18.8.2006). 14. Vale consignar, ainda, que o STJ
decidiu que “(...) mostra-se descabida a modulação em relação aos casos em que não ocorreu expedição
ou pagamento de precatório” (REsp 1495146/MG, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Primeira
Seção, julgado em 22/02/2018, DJe 02/03/2018). 15. E, recentemente, o STF entendeu que não cabe
modulação de efeitos no RE 870947 (embargos de declaração julgados em 3/10/2019). 16. Multa. Quanto
à fixação da multa diária por descumprimento das obrigações pelo INSS, o Novo Código Civil traz, nos
artigos 497 e 537, que o juiz poderá determinar providências que assegurem a obtenção da tutela,
podendo inclusive impor multas ao réu. Dessa forma, não tem razão o INSS ao afirmar que a multa
designada pelo magistrado deveria ser excluída, mas é possível reduzi-la, já que se afigura excessivo o
valor arbitrado por dia de atraso (R$ 500,00). 17. Diante disso, nos termos do §1º do art. 537 do CPC/15,
reduzo o valor da multa que se mostra desproporcional, para R$ 100,00 (cem reais) por dia de atraso. 18.
Provimento parcial do recurso do INSS, somente em relação ao valor da multa diária.
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19. Não há, no âmbito do JEF, previsão legal para arbitramento de verba honorária quando há provimento
do recurso, ainda que em parte mínima (art. 55, caput, da Lei n. 9.099/95). ACORDÃO Decide a 2ª Turma
Recursal do DF, por unanimidade, DAR PARCIAL PROVIMENTO ao recurso do INSS. Brasília, 23 de
outubro de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1
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Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
CAPACIDADE PARA A ATIVIDADE HABITUAL. NÃO COMPROVAÇÃO. BENEFÍCIO INDEVIDO. 1.
Recurso da parte autora contra sentença que rejeitou o pedido inicial, com fundamento na perícia médica
contrária. 2. A parte autora sustenta que não foi analisado o pedido de auxílio-acidente, girando toda a
argumentação da sentença em torno dos requisitos da aposentadoria por invalidez e do auxíliodoença, o
que implica na nulidade da decisão por falta de fundamentação. No mérito, aduz que o laudo oficial atesta
a presença de sequela irreversível decorrente de acidente, com redução da capacidade laborativa em
grau mínimo, o que seria suficiente para a concessão do benefício pretendido. 3. Sem contrarrazões. 4.
Jonathan Max Medeiros Pires, CPF n. 721.886.181-49, nascido em 12/5/1984 (atualmente com 35 anos
de idade), gerente administrativo e financeiro, superior completo, residente na cidade satélite de Santa
Maria/DF. 5. O autor recebeu auxílio-doença n. 618.185.207-0 de 10/4/2017 até 31/7/2017. Em seguida,
requereu o benefício de auxílio-acidente, que restou indeferido, depois da análise pericial pelo INSS. 6. A
parte autora relatou, ainda, que foi vítima de acidente automobilístico ocorrido em 26/3/2017 com grave
fratura do platô tibial esquerdo. 7. Laudo médico oficial (petição registrada em 11/12/2018). Perícia
realizada em 3/12/2018, por médico do trabalho, na qual ficou constatada a ausência de sinais de
incapacidade laborativa no momento. 8. Mas, o perito atesta que o autor apresenta sequela leve, que
implica na redução discreta da amplitude de flexão do joelho esquerdo, em razão da fratura do platô tibial
(S82.1), lesão de ligamento do joelho (M23.8) e gonartrose (M17). Afirma, ainda, que “é improvável que
se reverta totalmente, embora possa melhorar com o tratamento” e que “a princípio, para a atividade de
gerente, a sequela apresentada não reduz a capacidade de forma significativa”.
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9. O julgamento é extra petita, pois analisa o pedido como se fosse de auxíliodoença/aposentadoria por
invalidez, quando a pretensão autoral é de concessão de auxílioacidente (art. 492 do CPC/15). Portanto,
a sentença é nula. 10. Processo em condição de imediato julgamento. Art. 1013, §3º, inciso II, do
CPC/15. 11. O auxílio-acidente será concedido, como indenização, ao segurado quando, após
consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultarem sequelas que
impliquem redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia (art. 86 da Lei n. 8.213/91 e
art. 104 e Anexo III do Decreto n. 3048/91 e Anexo). 12. Pelo laudo médico, verifica-se que existe uma
limitação discreta da amplitude do joelho esquerdo, mas não foi comprovada a redução parcial e definitiva
para o trabalho habitual, que, se diga, é um cargo administrativo. O segurado continua trabalhando na
função de gerente administrativo (cf. CNIS), sem qualquer indicação de que tenha que exercer maior
esforço para o desempenho da mesma atividade exercida à época do acidente. Benefício indevido. 13.
Provimento parcial do recurso da parte autora. Nulidade da sentença por julgamento extra petita (art. 492
do CPC/15). Pedido julgado improcedente (art. 1013, §3º, II, do CPC/15). 14. Não há, no âmbito do JEF,
previsão legal para arbitramento de verba honorária quando há provimento do recurso, ainda que em
parte mínima (art. 55, caput, da Lei n. 9.099/95). ACÓRDÃO Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por
unanimidade, DAR PROVIMENTO PARCIAL ao recurso da parte autora para ANULAR A SENTENÇA; e,
no mérito, JULGAR IMPROCEDENTE o pedido inicial (art. 1013, §3º, II, do CPC). Brasília, 23 de outubro
de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1
09FCFD838D099D4CD8123FF8CB93FC09
PROCESSO Nº : 0034126-66.2018.4.01.3400 RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO
CASTRO MARTINS RECORRENTE (S) : PAULO RIBEIRO DE MELO ADVOGADO (S) : DF00021502 -
JOAO BATISTA PEREIRA DE SOUZA E OUTRO(S) RECORRIDO (S) : INSTITUTO NACIONAL DE
SEGURO SOCIAL-INSS ADVOGADO (S) :
EMENTA PREVIDENCIÁRIO. CONCESSÃO DE AUXÍLIO-DOENÇA. LAUDO MÉDICO ATESTANDO
CAPACIDADE LABORATIVA PARA A ATIVIDADE HABITUAL COMO OPERADOR DE SISTEMA. O
241
PRÓPRIO AUTOR NEGOU QUE EXERÇA ATIVIDADES QUE EXIJAM: CARREGAMENTO MANUAL DE
CARGA, DEAMBULAÇÃO EXCESSIVA, SUBIR E DESCER ESCADAS E TRABALHOS EM ALTURA.
BENEFICIO INDEVIDO. SENTENÇA CONFIRMADA. 1. Recurso da parte autora contra sentença que
rejeitou o pedido de concessão de auxíliodoença/aposentadoria por invalidez, com fundamento no
parecer médico contrário do perito do juízo. 2. O autor sustenta que houve equívoco do perito ao
relacionar a atividade habitual de operador de sistema como de “monitorar sistemas eletrônicos pelo
computador”, que não implicaria carregamento de peso, postura de pé prolongada, deambulação
excessiva ou subir e descer escadas, sem qualquer sobrecarga para os membros inferiores. Todavia,
segundo alega, sua real atividade seria de instalação e manutenção de sistemas centrais de ar
condicionado, de ventilação e refrigeração, que lhe impõe todas as sobrecargas já citadas, restando
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
cristalina a sua incapacidade laborativa. 3. Sem contrarrazões. 4. Paulo Ribeiro de Melo, CPF n.
697.619.731-15, nascido em 4/9/1977 (atualmente com 42 anos de idade), operador de sistema, ensino
médio, residente na cidade satélite do Gama/DF. 5. O autor recebeu o benefício de auxílio-doença n.
614.011.616-7 de 28/3/2016 até 10/12/2016. Em 11/1/2018, requereu novo benefício, que não foi
reconhecido, em razão do não comparecimento para realização do exame médico-pericial. 6. Laudo
médico oficial (petição registrada em 7/1/2019). Perícia realizada em 28/11/2018 por médico ortopedista e
traumatologista, que constatou que não existe incapacidade laborativa para a última função declarada
(operador de sistemas). O perito descreveu a atividade como: monitorar (digitar) sistemas eletrônicos pelo
computador e informa, ainda, que o autor “negou carregamento de peso, postura de pé prolongada,
deambulação excessiva e/ou trabalho em altura”. 7. Ficou registrado, também, que o autor apresenta
marcha de aspecto claudicante e faz uso de bengalas com apoios axilares. O especialista atestou que o
autor é portador de déficit parcial de marcha por artrose pós-traumática do joelho esquerdo sobreposta à
instabilidade ligamentar látero-medial em decorrência de fratura cominutiva (fragmentada) do platô tibial
ipsilateral (M17 e T93.2), decorrente de acidente ocorrido em 28/3/2016 (queda de motocicleta com
lesões na perna esquerda) - DII.
09FCFD838D099D4CD8123FF8CB93FC09
8. O perito, indiretamente, aponta que existe restrição para atividades de carregamento manual de peso,
postura de pé prolongada, deambulação excessiva ou subir e descer escadas, e sobrecarga para os
membros inferiores. 9. O autor comprovou apenas que a empresa onde trabalhou por último tem por
principal atividade econômica “instalação e manutenção de sistemas centrais de ar condicionado, de
ventilação e refrigeração”. No entanto, não foi trazida qualquer documentação que detalhasse as
atividades desempenhadas por ele no cargo de operador de sistemas (art. 373, I, do CPC/15). 10. Vale
ressaltar, ainda, que no CNIS consta a ocupação de “operador de computador (inclusive
microcomputador)” – código 3172-05 (CBO), como informado no laudo médico oficial. A Classificação
Brasileira de Ocupações descreve a atividade assim: Operam sistemas de computador e
microcomputadores, monitorando o desempenho dos aplicativos, recursos de entrada e saída de dados,
recursos de armazenamento de dados, registros de erros, consumo da unidade central de processamento
(CPU), recursos de rede e disponibilidade dos aplicativos. Asseguram o funcionamento do hardware e do
software; garantem a segurança das informações, por meio de cópias de segurança e armazenando-as
em local prescrito, verificando acesso lógico de usuários e destruindo informações sigilosas descartadas.
Atendem clientes e usuários, orientando-os na utilização de hardware e software; inspecionam o ambiente
físico para segurança no trabalho. 11. Além disso, o perito registra que o próprio autor teria negado
carregamento manual de peso, postura de pé prolongada, deambulação excessiva e/ou trabalho em
altura. Portanto, o recurso não trouxe argumento capaz de modificar a conclusão do julgado, a qual se
mantém por seus próprios fundamentos. 12. Não provimento do recurso da parte autora. Sentença
confirmada. 13. A instância revisora somente pode dispor sobre honorários, "levando em conta o trabalho
adicional realizado em grau recursal" (art. 85, § 11, CPC/15). Não havendo trabalho em grau recursal pela
parte recorrida, não há como condenar a parte recorrente em honorários advocatícios. 14. Quanto aos
honorários de sucumbência, vencido o Juiz Federal João Carlos Mayer Soares, que entendia pela
possibilidade de fixação dessa verba e a suspensão de sua execução, tendo em vista a gratuidade da
justiça. ACÓRDÃO Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao
recurso da parte autora. Brasília, 23 de outubro de 2019.
09FCFD838D099D4CD8123FF8CB93FC09
Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1
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mérito, ante a falta de prévio requerimento administrativo. A recorrente pretende a concessão do
adicional de 25% sobre a aposentadoria por invalidez (art. 45 da Lei n. 8.213/91). 2. A parte autora alega
que não requereu administrativamente o adicional, tendo em vista que sua aposentadoria por invalidez foi
concedida na esfera judicial. Aduz, ainda, que não se trata de matéria exclusivamente de direito, sendo
imprescindível a produção de prova pericial antes da análise de mérito. Afirma, também, que a majoração
tem cabimento mesmo se a dependência de terceiros for superveniente a data da concessão inicial do
benefício, discorre ainda sobre a extensão desse acréscimo para as demais aposentadorias,
independente da fonte de custeio. 3. Sem contrarrazões. 4. Esclareça-se, inicialmente, que o autor
Nelson Nascimento dos Santos é titular do benefício de aposentadoria por invalidez n. 624.507.866-4,
desde 19/6/2018 (DIB), concedido por meio de acordo judicial (processo n. 0022363-05.2017.4.01.3400).
Assim, parte do recurso da parte autora não merece ser conhecido, já que não houve análise de mérito.
5. O fato de o benefício ter sido inicialmente concedido na esfera judicial, não impede o segurado de
pleitear o adicional de 25% junto ao INSS (art. 45 da Lei n. 8.213/91). Até porque, no processo n.
0022363-05.2017.4.01.3400, a perícia médica oficial não constatou a necessidade de acompanhamento
permanente de outra pessoa para a realização de atos da vida diária. 6. Trata-se, portanto, de situação
superveniente que deve ser primeiramente levada ao conhecimento da Administração Previdenciária e
somente no caso de indeferimento pelo INSS ou demora na análise do pedido, restará caracterizada a
pretensão resistida. 7. Recurso da parte autora desprovido, na parte conhecida. Sentença confirmada. 8.
A instância revisora somente pode dispor sobre honorários, "levando em conta o trabalho adicional
realizado em grau recursal" (art. 85, § 11, CPC/15). Não havendo trabalho em grau recursal pela parte
recorrida, não há como condenar a parte recorrente em honorários advocatícios.
0BD1E35DD140F35E2FBEBF7BA7391000
9. Quanto aos honorários de sucumbência, vencido o Juiz Federal João Carlos Mayer Soares, que
entendia pela possibilidade de fixação dessa verba e a suspensão de sua execução, tendo em vista a
gratuidade da justiça. ACORDÃO Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, NEGAR
PROVIMENTO ao recurso da parte autora. Brasília, 23 de outubro de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1
buscar o melhor benefício para o segurado (art. 669 687 a 690 da IN INSS/PRES n. 77 de 2015), pois são
pretensões de natureza diversa (previdenciário/assistencial) e requisitos totalmente distintos. 8. Recurso
da parte autora desprovido. Sentença confirmada. 9. A instância revisora somente pode dispor sobre
honorários, "levando em conta o trabalho adicional realizado em grau recursal" (art. 85, § 11, CPC/15).
Não havendo trabalho em grau recursal pela parte recorrida, não há como condenar a parte recorrente
em honorários advocatícios. 10. Quanto aos honorários de sucumbência, vencido o Juiz Federal João
Carlos Mayer Soares, que entendia pela possibilidade de fixação dessa verba e a suspensão de sua
execução, tendo em vista a gratuidade da justiça.
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
2ª TURMA RECURSAL
4F931C19F86A193C217FAD75BE03B9CD
ACÓRDÃO Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso da
parte autora. Brasília, 23 de outubro de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1
EF8331C015B794DB9FE4EA04581FEB32
fundamento na descaracterização da dependência econômica, em razão de a autora ser titular de
aposentaria por idade junto ao INSS, no valor de um salário mínimo (NB 159.599.178-3, DIB 10/8/2012).
6. Sem razão a recorrente. A exigência de prova de dependência econômica em relação ao instituidor de
pensão por morte, para fins de concessão/manutenção do benefício, com fundamento na Lei n.º
3.373/1958, decorre de interpretação específica conferida à legislação pelo Tribunal de Contas da União
que não tem lastro na norma legal, pois a filha solteira, maior de 21 (vinte e um) anos, só perderá a
pensão temporária quando ocupante de cargo público permanente e quando deixar de ser solteira. 7. Na
244
esteira do princípio tempus regit actum (Súmula 340 do STJ), não há como impor à autora o implemento
de outros requisitos além daqueles previstos na Lei n.º 3.373/1958 - quais sejam, a condição de solteira e
o não exercício de cargo público permanente. O fato de ela manter vínculo empregatício ou receber
aposentadoria pelo INSS não legitima o cancelamento da pensão. 8. O Supremo Tribunal Federal já se
manifestou sobre o tema, confira-se: AGRAVO INTERNO NOS EMBARGOS DECLARATÓRIOS NOS
EMBARGOS DECLARATÓRIOS EM MANDADO DE SEGURANÇA. ACÓRDÃO 2.780/2016 DO
TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO (TCU). BENEFÍCIO DE PENSÃO POR MORTE CONCEDIDO COM
FUNDAMENTO NA LEI N.º 3.373/1958. VIOLAÇÃO AOS PRINCÍPIOS DA LEGALIDADE E DA
SEGURANÇA JURÍDICA. AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. PRECEDENTES. 1. Este Tribunal
admite a legitimidade passiva do Tribunal de Contas da União em mandado de segurança quando, a
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
partir de sua decisão, for determinada a exclusão de um direito. Precedentes. 2. A jurisprudência desta
Corte considera que o prazo decadencial de 120 (cento e vinte) dias, previsto no art. 23 da Lei n.º
12.016/2009 conta-se da ciência do ato impugnado, quando não houve a participação do interessado no
processo administrativo questionado. 3. Reconhecida a qualidade de dependente da filha solteira maior
de vinte e um anos em relação ao instituidor da pensão e não se verificando a superação das condições
essenciais previstas na Lei n.º 3373/1958, que embasou a concessão, quais sejam, casamento ou posse
em cargo público permanente, a pensão é devida e deve ser mantida, em respeito aos princípios da
legalidade, da segurança jurídica e do tempus regit actum. 4. Agravo interno a que se nega provimento. 5.
Embargos declaratórios parcialmente acolhidos. (MS 34677 ED-ED, Relator(a): Min. EDSON FACHIN,
Segunda Turma, julgado em 24/04/2019, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-093 DIVULG 06-05-2019
PUBLIC 07-052019). 9. Juros e correção monetária. Lei n. 11.960/09. Inconstitucionalidade parcial no
tocante a correção monetária. RE 870947, REsp 1495146/MG, MCJF e art. 41-A da Lei n. 8.213/91. 10.
Juros moratórios. Os juros de mora passam a contar da citação válida (art. 240 do CPC/15 e Súmula
204/STJ), tem-se que, ao caso, incidirão os juros aplicados à caderneta de poupança: 0,5% ao mês até
junho de 2012 e a partir daí de acordo com as novas regras da poupança estabelecidas pela Lei nº
12.703/12 (Lei n. 11.960/09). 11. Correção monetária. No que se refere à correção monetária, no RE
870947 (j. 20/9/2017), o STF reconheceu a inconstitucionalidade do uso da taxa de remuneração básica
da caderneta de poupança (TR), instituída pela Lei n. 11.960/09, para fins de correção de débitos do
Poder Público, por não ser adequado para recompor a perda do poder de compra. Desta feita, deve ser
mantida a sentença de primeiro grau (REsp 1495146/MG e art. 41-A da Lei n. 8.213/91).
EF8331C015B794DB9FE4EA04581FEB32
12. Registre-se, por oportuno, que o acórdão referente ao RE 870.947 já foi efetivamente publicado no
DJe de 17/11/2017, tornado público em 20/11/2017. Demais disso, a decisão proferida pelo STF possui
efeito vinculante desde a data de publicação da ata de julgamento e não da publicação do acórdão (STF,
Rcl 3.632 AgR/AM, Rel. p/ acórdão Min. Eros Grau DJU de 18.8.2006). 13. Vale consignar, ainda, que o
STJ decidiu que “(...) mostra-se descabida a modulação em relação aos casos em que não ocorreu
expedição ou pagamento de precatório” (REsp 1495146/MG, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques,
Primeira Seção, julgado em 22/02/2018, DJe 02/03/2018). 14. E, recentemente, o STF entendeu que não
cabe modulação de efeitos no RE 870947 (embargos de declaração julgados em 3/10/2019). 15. Não
provimento do recurso da União. Sentença confirmada. 16. Honorários advocatícios pela parte recorrente
fixados em 10% sobre o valor da condenação (art. 55, caput, da Lei n. 9.099/1995). ACÓRDÃO Decide a
2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso da ré. Brasília, 23 de
outubro de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1
EMENTA
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Edpaulo Floriano de Oliveira, CPF n. 536.854.741-20, nascido em 28/8/1970 (atualmente com 49 anos de
idade), bancário, residente na cidade satélite de Sobradinho/DF. 6. O autor recebeu o benefício de
auxílio-doença n. 607.085.761-9 de 20/7/2014 até 24/12/2017. E, em 23/1/2018, requereu novamente o
benefício (NB 621.697.887-3), que restou indeferido com fundamento no parecer médico contrário do
perito do INSS. 7. Laudo médico oficial (petição registrada em 19/6/2018). A perícia foi realizada em
4/6/2018 e o médico constatou a presença de incapacidade total omniprofissional temporária, por causa
da hipertensão arterial (I10), doença cardíaca hipertensiva com insuficiência cardíaca congestiva (I11.0),
insuficiência cardíaca congestiva (I50.0), fibrilação atrial (I48), taquicardia ventricular (I47.2),
cardiomiopatia dilatada (I42.0), outras formas de bloqueio fascicular e as não especificadas (I44.6),
apneia do sono (G47.3) e obesidade (E66). A DII foi
7BD8F13B3D40CDD4103C2A5B84FDC48A
fixada em julho/2014. Questionado sobre o prazo razoável de concessão, o especialista informou como
sendo de 12 (doze) meses. 8. Rejeitada a preliminar de ausência de interesse de agir. Depois de
suspenso o benefício n. 607.085.761-9 em 23/12/2017, o autor formulou novo pedido administrativo em
23/1/2018, que restou indeferido (NB 621.697.887-3). Além disso, houve contestação de mérito sobre a
fixação do termo inicial e do termo de cessação do benefício concedido judicialmente. Portanto, resta
caracterizada a pretensão resistida. 9. No mérito, tendo sido comprovada a incapacidade temporária
laborativa, tem direito o segurado ao restabelecimento do benefício de auxílio-doença, conforme
consignado na sentença de primeiro grau. 10. Juros e correção monetária. Lei n. 11.960/09.
Inconstitucionalidade parcial no tocante a correção monetária. RE 870947, REsp 1495146/MG, MCJF e
art. 41-A da Lei n. 8.213/91. 11. Juros moratórios. Os juros de mora passam a contar da citação válida
(art. 240 do CPC/15 e Súmula 204/STJ), tem-se que, ao caso, incidirão os juros aplicados à caderneta de
poupança: 0,5% ao mês até junho de 2012 e a partir daí de acordo com as novas regras da poupança
estabelecidas pela Lei nº 12.703/12. 12. Correção monetária. No que se refere à correção monetária, no
RE 870947 (j. 20/9/2017), o STF reconheceu a inconstitucionalidade do uso da taxa de remuneração
básica da caderneta de poupança (TR), instituída pela Lei n. 11.960/09, para fins de correção de débitos
do Poder Público, por não ser adequado para recompor a perda do poder de compra. Desta feita, deve
ser mantida a sentença de primeiro grau que determinou a aplicação do INPC, por se tratar de benefício
previdenciário (REsp 1495146/MG e art. 41-A da Lei n. 8.213/91). 13. Registre-se, por oportuno, que o
acórdão referente ao RE 870.947 já foi efetivamente publicado no DJe de 17/11/2017, tornado público em
20/11/2017. Demais disso, a decisão proferida pelo STF possui efeito vinculante desde a data de
publicação da ata de julgamento e não da publicação do acórdão (STF, Rcl 3.632 AgR/AM, Rel. p/
acórdão Min. Eros Grau DJU de 18.8.2006). 14. Vale consignar, ainda, que o STJ decidiu que “(...)
mostra-se descabida a modulação em relação aos casos em que não ocorreu expedição ou pagamento
de precatório” (REsp 1495146/MG, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Primeira Seção, julgado em
22/02/2018, DJe 02/03/2018). 15. E, recentemente, o STF entendeu que não cabe modulação de efeitos
no RE 870947 (embargos de declaração julgados em 3/10/2019). 16. Por fim, nada a prover com relação
à petição registrada em 23/4/2019, tendo em vista que as parcelas retroativas referentes ao período de
24/12/2017 a 9/1/2019, só poderão ser pagas ao autor por meio de RPV/precatório, depois do trânsito em
julgado da decisão (art. 17 da Lei n. 10.259/01). 17. Não provimento do recurso da parte ré. Sentença
confirmada. 18. Honorários advocatícios pela parte recorrente fixados em 10% sobre o valor da
condenação (art. 55, caput, da Lei n. 9.099/1995), mas respeitada a limitação temporal imposta pelo
enunciado da Súmula n. 111/STJ.
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ACÓRDÃO Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso do
INSS. Brasília, 23 de outubro de 2019.
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CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
EMENTA
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ilegítima para figurar no polo passivo das ações relativas às contribuições para o fundo PIS/PASEP”. 5.
De acordo com a Súmula 85 do Superior Tribunal de Justiça, nas relações jurídicas de trato sucessivo em
que a Fazenda Pública figure como devedora, quando não tiver sido negado o próprio direito reclamado, a
prescrição atinge apenas as prestações vencidas antes do quinquênio anterior à propositura da ação.
Assim, estão prescritos a parcelas anteriores aos cinco anos da propositura da ação. 6. No mérito, o
programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público PASEP foi instituído pela Lei Complementar nº
08/70, a qual estabeleceu que o custeio do referido programa seria feito por meio de contribuições da
União, Estados, Municípios, Distrito Federal, Territórios e respectivas autarquias, empresas públicas,
sociedades de economia mista e fundações. Os recursos arrecadados seriam distribuídos entre os
servidores dos entes contribuintes, na forma prevista nos artigos 4º e 5º da referida Lei Complementar. 7.
Posteriormente, a Lei Complementar nº 26/75 unificou, sob a denominação PIS/PASEP, os fundos
constituídos com recursos oriundos do Programa de Integração Social PIS e do PASEP. Com o advento
da Constituição Federal de 1988, as referidas contribuições foram constitucionalizadas, com modificações
na destinação conferida ao produto da arrecadação, como se observa da leitura do art. 239, da CF,
verbis: Art. 239. A arrecadação decorrente das contribuições para o Programa de Integração Social,
criado pela Lei Complementar nº 7, de 7 de setembro de 1970, e para o Programa de Formação do
Patrimônio do Servidor Público, criado pela Lei Complementar nº 8, de 3 de dezembro de 1970, passa, a
partir da promulgação desta Constituição, a financiar, nos termos que a lei dispuser, o programa do
seguro-desemprego e o abono de que trata o § 3º deste artigo. (Regulamento) (...) § 2º - Os patrimônios
acumulados do Programa de Integração Social e do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor
Público são preservados, mantendo-se os critérios de saque nas situações previstas nas leis específicas,
com exceção da retirada por motivo de casamento, ficando vedada a distribuição da arrecadação de que
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trata o "caput" deste artigo, para depósito nas contas individuais dos participantes. 8. Desse modo, de
acordo com o artigo 239 da Constituição Federal, as contribuições passaram a ter natureza tributária a
partir de outubro de 1988 e os recursos arrecadados passaram a servir como fonte de custeio do Seguro-
Desemprego e do Abono de um salário mínimo, não sendo mais creditados nas contas individuais dos
participantes. 9. No julgamento da Ação Civil Originária nº 471, o Supremo Tribunal Federal considerou
que, com o advento da CF/88, o PASEP tornou-se uma contribuição tributária e, portanto, obrigatória,
deixando de ter caráter voluntário. 10. Quanto aos valores arrecadados e depositados nas contas
individuais dos servidores participantes até 4 de outubro de 1988, ficou estabelecido que os mesmos
seriam preservados e administrados pelo próprio Fundo, mediante a observância da legislação aplicável.
Em razão dessa nova sistemática, somente os empregados e servidores cadastrados no PIS/PASEP
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
antes de outubro de 1988 é que poderiam ter saldo em contas individualizadas, saldo estes passíveis de
atualização.
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11. Ora, aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187 do CC), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-
lo (art. 927 do CC). Bem se sabe que pela teoria do risco administrativo, em sendo o réu prestador de
serviço público, sua responsabilidade é objetiva, nos termos do art. 37, § 6º da Constituição Federal.
Portanto, necessária somente a prova da ação, do dano e do nexo causal. 12. No caso vertente, a parte
autora alega que o valor que sacou de sua conta PASEP (R$ 78,18), após sua aposentadoria, não
corresponde aos valores efetivamente devidos das cotas, tampouco contém atualização adequada,
necessitando assim ser recomposto, basicamente por duas razões: a) de ter havido subtrações de valores
de sua conta; b) de o saldo não ter sido corretamente atualizado. 13. A alegação de subtrações ou algo
equivalente, como falta de depósito periódico, é inconsistente. A parte autora sequer indica em que
meses ocorreu e quais os valores subtraídos. Veja que a parte autora apresentou um mero cálculo, onde
atualiza um valor nominal em 1988 até os dias atuais (PETIÇÃO RECEBIDA – EPROC PLANILHA
CÁLCULO OUTROS DOCUMENTOS DA INICIAL), mas não indica nenhum mês ou ano com subtrações.
E não há o menor indício de que tenha havido saques indevidos por parte do Banco depositário à época,
assim como não há acerca de não ter havido o depósito periódico dos valores a cargo da União e assim
como não há indício mínimo de que, na transferência dos valores das contas, tenha havido desvio. A
mera alegação de que os valores sacados pelo titular são ínfimos, por si só, não tem o condão de abalar
a correção dos valores apresentados pela parte ré. 14. Entrementes, o extrato do PASEP (PETIÇÃO
RECEBIDA – EPROC EXTRATO PASEP DOCUMENTOS DA INICIAL), demonstra que foram efetuados
repasses para a folha de pagamento da parte Autora (PGTO RENDIMENTO FOPAG). Portanto, além de
ter havido depósitos, os créditos relativos à correção monetária e aos juros foram efetuados diretamente
na folha de pagamento da parte autora, restando plenamente justificado o saldo diminuto detectado em
sua conta individual do PASEP. 15. Da mesma forma, a alegação de que os valores das contas não foram
atualizados corretamente é inconsistente. A parte autora não indica qual foi o erro, qual o índice que
deveria ser aplicado. Em seu cálculo simples, a parte autora faz atualização de 1988 até os dias atuais
utilizando o mesmo índice, qual seja, IPCA. Não cabe aplicar um mesmo índice para o período todo; o
correto seria adotar vários índices, de acordo com o período da legislação aplicável. 16. Além disso, a
parte autora aplicou juros compostos na periodicidade de um mês, quando o correto é anualmente.
Também errou no percentual, não é 1% ao mês, é 3% ao ano, o que gera uma taxa efetiva mensal
muitíssimo inferior ao utilizado. Portanto, não há prova de incorreção nos critérios de atualização
aplicados pela parte ré. 17. Precedente dessa Turma: processo n. 0042092-80.2018.4.01.3400, Rel. Juiz
Federal David Wilson de Abreu Pardo, j. 25/9/2019, e-DJF1 de 3/10/2019. 18. Não provimento do recurso
interposto pela parte Autora. Mantida a sentença de rejeição do pedido, ainda que por fundamento
diverso. 19. Honorários advocatícios pelo recorrente fixados em 10% (dez por cento) do valor atribuído à
causa devidamente corrigido (art. 55, caput, da Lei n. 9.099/95). Condenação suspensa (art. 98, § 3º, do
CPC/15).
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ACÓRDÃO Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso da
parte autora. Brasília, 23 de outubro de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1
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EMENTA
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
DESEMPREGO INVOLUNTÁRIO. CONTEXTO PROBATORIO NO SENTIDO DE QUE INCAPACIDADE
SE MANIFESTOU EM MOMENTO ANTERIOR À PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO. BENEFÍCIO
DEVIDO. DIB. DATA DO REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO. RECURSO PROVIDO. 1. Recurso da
parte autora contra sentença que rejeitou o pedido de concessão de auxíliodoença/aposentadoria por
invalidez, com fundamento na perda da qualidade de segurado na DII (18/5/2016) fixada pelo perito. 2. A
parte autora, assistida pela DPU, sustenta que manteve a qualidade de segurado até 15/3/2016, tendo em
vista a situação de desemprego (período de graça prorrogado), e que a data de início da incapacidade
remonta ao ano de 2015, conforme se pode depreender dos relatórios médicos apresentados pela parte
autora. Assim, teria direito ao benefício por incapacidade desde o requerimento administrativo em
10/10/2016. Afirma, ainda, que lhe é devida a aposentadoria por invalidez, tendo em vista as condições
pessoais e sociais (Súmula 47 da TNU). 3. Sem contrarrazões. 4. Antonio Roberto da Silva, CPF n.
029.264.346-26, nascido em 25/6/1961 (atualmente com 58 anos de idade), serviços gerais/empacotador,
ensino fundamental, residente na cidade satélite do Paranoá/DF. 5. O autor recebeu o benefício de
auxílio-doença n. 600.049.421-5 de 18/12/2012 a 3/3/2013. Somente em 10/10/2016, requereu
novamente o benefício n. 616.094.832-0, que restou indeferido pela perda da qualidade de segurado. 6.
Laudo médico oficial (petição registrada em 5/7/2017). Perícia realizada em 20/6/2017, por médico
ortopedista e traumatologista, na qual restou comprovada a incapacidade total, permanente e
multiprofissional, pelo quadro de coxartrose (M16). A DII foi fixada em 18/5/2016, mesma data encontrada
pelo INSS quando da perícia médica administrativa realizada no benefício 616.094.832-0. 7. CNIS. O
último vínculo empregatício do autor perdurou de 1/7/2011 até 31/1/2014 (Cio da Terra – Comércio de
Produtos Hortifrutigranjeiros Ltda. – ME). Ressalte-se que o autor não conta com 120 contribuições
mensais sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado (art. 15, §1º, da Lei n. 8213/91).
Contudo, comprovou que recebeu seguro
215AC850D5C4AAD7609F23145AE2AD67
desemprego (fls. 39/40 da documentação inicial), o que autoriza a prorrogação do período de graça, nos
termos do §2º do art. 15 da Lei n. 8.213/91. Assim, a qualidade de segurado se estendeu até 15/3/2016
(art. 15, II e §4º, da Lei n. 8.213/91). 8. DII. O benefício n. 600.049.421-5, recebido pelo autor até
3/3/2013, foi concedido com base no CID M16.0 (coxartrose primária bilateral). Portanto a doença
apontada pelo perito como causadora da incapacidade já estava presente desde o ano de 2013, podia
não implicar a época em incapacidade permanente, mas já existia. 9. Além disso, o laudo juntado com a
inicial, emitido por profissional da Rede Sarah, e analisado pelo perito judicial informa sobre a
“deformidade da cabeça femoral com perda a esfericidade, áreas de absorção e esclerose subcondrais,
bilateralmente” – M16. Esse é o mesmo diagnóstico encontrado no exame de radiografia datado de
maio/2015. 10. Esse contexto probatório permite concluir que a doença incapacitante se manifestou em
data anterior a perda da qualidade de segurado. 11. Direito a aposentadoria por invalidez. Requisitos
preenchidos. Portanto, é devido o benefício de aposentadoria por invalidez ao autor, desde o
requerimento administrativo em 10/10/2016. 12. Provimento do recurso da parte autora. Sentença
reformada para condenar o INSS na obrigação de implementar e pagar o benefício de aposentadoria por
invalidez ao autor, desde o requerimento administrativo em 10/10/2016. As parcelas retroativas nos
termos do MCJF. 13. Devem ser compensadas as parcelas recebidas pelo autor em razão do benefício
assistencial ao deficiente n. 702.771.296-3 (DIB 3/11/2016). Além disso, o INSS deve cuidar para que não
haja pagamento dos benefícios de forma acumulada. 14. Não há, no âmbito do JEF, previsão legal para
arbitramento de verba honorária quando há provimento do recurso (art. 55, caput, da Lei n. 9.099/95).
ACÓRDÃO Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, DAR PROVIMENTO ao recurso da
parte autora. Brasília, 23 de outubro de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1
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EMENTA
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
SENTENÇA ANULADA. RETORNO DOS AUTOS A VARA DE ORIGEM. RECURSO PROVIDO. 1.
Recurso da parte autora contra sentença que rejeitou o pedido de concessão de
auxíliodoença/aposentadoria por invalidez, com fundamento na ausência de qualidade de segurado. 2. A
autora alega que é trabalhadora rural, sendo necessária a designação de audiência para oitiva de
testemunhas, com a finalidade de comprovar a qualidade de segurado especial, sob pena de
cerceamento de defesa. 3. Sem contrarrazões. 4. Ana Lúcia Rocha Cajado, CPF n. 785.029.261-87,
nascida em 24/10/1973 (atualmente com 46 anos de idade), trabalhadora rural (declarado na inicial),
ensino fundamental (4ª série), residente em Planaltina/GO. 5. A autora requereu administrativamente o
benefício de auxílio-doença n. 615.221.466-5, que restou indeferido pela “falta de período de carência –
MP 739/16 ou MP 871/19”. 6. Primeira perícia médica (petição registrada em 22/6/2017). A perícia foi
realizada em 9/6/2017, por médico ortopedista e traumatologista, que não constatou incapacidade
laborativa ortopédica atual. Devido à patologia de fibromialgia, recomendou avaliação por especialista em
reumatologia. 7. Segundo laudo médico (petição registrada em 19/2/2018). A médica reumatologista, em
perícia realizada em 7/12/2017, atestou a presença de incapacidade total temporária multiprofissional por
3 (três) meses, pelo quadro de dor lombar baixa (M54.5). A especialista fixou a DII em 21/10/017. 8.
Nulidade da sentença. Na petição inicial a parte autora defende que faz jus ao benefício na condição de
rurícola, juntando documentos que apontam para essa condição. Portanto, deve ser analisada pelo Juízo
a quo a alegada qualidade de segurado especial. 9. Assim, sendo a matéria de mérito de fato e de direito
e havendo a necessidade averiguar a alegada condição de rurícola, inviável o julgamento prematuro da
lide, sob pena de cercear a defesa da parte. 10. Recurso do autor provido. Sentença anulada. Retorno do
autor ao juízo de origem, com baixa da distribuição na Turma Recursal.
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11. Não há, no âmbito do JEF, previsão legal para arbitramento de verba honorária quando há provimento
do recurso (art. 55, caput, da Lei n. 9.099/95). ACÓRDÃO Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por
unanimidade, DAR PROVIMENTO ao recurso da autora, para ANULAR A SENTENÇA e determinar o
retorno dos autos a Vara de Origem. Brasília, 23 de outubro de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1
EMENTA
quando ingressou com ação, em junho/2017, a autora estava apenas com 15 anos, inicialmente sendo
representada pela genitora Eleucy Gomes de Melo Bandeira. 5. A autora requereu administrativamente o
benefício em 31/3/2017 (NB 702.836.774-7), que restou indeferido por não atender as exigências legais
da deficiência. 6. Laudo socioeconômico (petição registrada em 2/5/2018). Na visita realizada em
18/4/2018, a assistente social constatou que a autora e sua família residem no local há dez anos e o lote
é próprio. Eles moram num imóvel nos fundos, com três cômodos, e tentam construir a casa da frente,
mas não tem recursos. A moradia é precária. O núcleo familiar é composto da autora e seus genitores
(Eleucy Gomes de Melo Bandeira, CPF n. 382.729.38120, DN 16/4/1964; e José Bandeira, CPF n.
264.910.101-63, DN 28/5/1961). A renda familiar é composta do salário mínimo do genitor, que não é
suficiente para as despesas básicas. A familiar recebe cesta básica da igreja da cidade. A perita concluiu
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
pela vulnerabilidade social.
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7. Laudo médico (petição registrada em 5/7/2018). A perícia foi realizada em 14/6/2018 e o médico
constatou que a autora apresenta ansiedade generalizada (F41.1), outros hipotireoidismos especificados
(E03.8) e insuficiência adrenocortical primária (E27.1), mas que não geram incapacidade laborativa, de
acordo com sua condição etária e educacional, encontrando-se atualmente APTA para gerir sua vida
social e profissional. 8. Para efeito de concessão do benefício de prestação continuada, “considera-se
pessoa com deficiência aquela que tem impedimentos de longo prazo de natureza física, mental,
intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação
plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas” (art. 20, § 2º, Lei n.
8.742/1993, com redação dada pela Lei n. 13.146/2015). Registre-se que se entende por impedimento de
longo prazo aquele que produza efeitos pelo prazo mínimo de dois anos. 9. No caso, a autora não
comprovou que é portadora de deficiência que a ponha em condição diferenciada na sociedade. Essa
constatação impede a concessão do benefício, mesmo para o período em que ainda era menor de
dezesseis anos, pois, repita-se, não há prova da existência de deficiência que implique limitação ao
desempenho de atividade ou restrição na participação social, compatíveis com a idade (art. 4º, §1º, do
Decreto n. 6.214/2007), nem da necessidade de acompanhamento permanente da genitora. 10. O laudo
produzido em juízo é claro e preciso nas suas conclusões. Logo, não restou demonstrado qualquer vício
no laudo pericial a ensejar sua nulidade ou necessidade de realização de nova perícia, e toda a
irresignação da parte autora, no particular, se resume ao mero inconformismo com as conclusões do
perito oficial. 11. Somente no caso de a prova pericial judicial ser dúbia ou incompleta é que documentos
juntados unilateralmente ou argumentos outros poderiam ser usados para suprir a falta ou a dubiedade da
prova pericial (2ª TRDF, Processo n. 00008224-24.2012.4.01.3400, Rel. Juiz Federal David Wilson Abreu
Pardo, DJF1 de 9.9.2016). Vale dizer que a autora não indicou a existência de qualquer vício ou lacuna
que pudesse macular a higidez do laudo lavrado pelo perito judicial. 12. Demais disso, desnecessária a
realização de nova perícia por médico especialista em psiquiatria e endocrinologista, diante da coerência
entre o laudo pericial e o conjunto probatório acostado aos autos e por não restar demonstrada a
ausência de capacidade técnica do profissional nomeado pelo Juízo, tendo em vista não ser obrigatória
sua especialização médica para cada uma das doenças apresentadas pelo segurado. 13. Assim, não
comprovada à deficiência, nem o impedimento de longo prazo, indevido o benefício, como consignado na
sentença de primeiro grau. 14. Recurso da parte autora desprovido. Sentença confirmada. 15. A
instância revisora somente pode dispor sobre honorários, "levando em conta o trabalho adicional
realizado em grau recursal" (art. 85, § 11, CPC/15). Não havendo trabalho em grau recursal pela parte
recorrida, não há como condenar a parte recorrente em honorários advocatícios. 16. Quanto aos
honorários de sucumbência, vencido o Juiz Federal João Carlos Mayer Soares, que entendia pela
possibilidade de fixação dessa verba e a suspensão de sua execução, tendo em vista a gratuidade da
justiça. ACÓRDÃO
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Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso da autora.
Brasília, 23 de outubro de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1
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EMENTA PREVIDENCIÁRIO. REVISÃO DE APOSENTADORIA POR IDADE. ART. 29, § 5º, DA LEI N.
8.213/91. CÔMPUTO DO PERIODO DE GOZO DE AUXÍLIO DOENÇA NÃO INTERCALADO, PARA FINS
DE CÁLCULO DA RMI. IMPOSSIBILIDADE. SENTENÇA CONFIRMADA. 1. Recurso da parte autora
contra sentença que rejeitou o pedido de revisão do benefício de aposentadoria por idade, ao fundamento
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
de que não se aplica o art. 29, §5º, da Lei n. 8213/91 nas hipóteses em que não há períodos intercalados
de auxílio-doença e de contribuição previdenciária. 2. O autor, assistido pela DPU, sustenta que o art. 29,
§5º, da Lei n. 8.213/91 possibilita aplicar para o cálculo do salário de benefício da aposentadoria por idade
o período de gozo do auxíliodoença. Aduz, também, que o RE 583.834 do STF tem aplicação nos casos
de carência e não no cálculo do salário de benefício. 3. Sem contrarrazões. 4. O autor Manoel José
Furtado pretende computar o período de gozo de auxílio-doença (28/8/2013 a 30/5/2016 – NB
603.215.551-3) para fins de cálculo da RMI da aposentadoria por idade n. 178.453.197-6 (DIB em
3/6/2016). 5. O art. 29, § 5º, da Lei n. 8.213/91 apenas é aplicável nos casos em que o benefício por
incapacidade tenha sido, dentro do período básico de cálculos, auferido de forma intercalada com
períodos contributivos, de maneira que o segurado não esteja no gozo de benefício por incapacidade no
interregno imediatamente anterior à concessão do novo benefício. Precedentes do STF e STJ. 6. No
caso vertente, como não houve salário de contribuição no período imediatamente anterior à concessão da
aposentadoria por idade da parte autora, não se aplica a regra de cálculo prevista no art. 29, § 5º, da Lei
8.213/91, e na apuração da nova RMI da sua aposentadoria por idade deverão ser considerados os
salários de contribuição anteriores ao afastamento da atividade e que precederam a concessão do
auxílio-doença, conforme apurado pelo INSS. 7. Noutras palavras, não tendo sido o benefício de auxílio-
doença intercalado com períodos de atividade laboral, não pode este ser considerado no cálculo do
salário de benefício para a renda mensal inicial do benefício de aposentadoria por idade. 8. Em
consonância com essa exegese, o art. 55, II, da Lei n. 8.213/91 considera o tempo de gozo de auxílio-
doença como tempo de serviço apenas quando intercalado. Na hipótese dos autos, repita-se, como não
houve retorno do segurado ao exercício de atividade remunerada, não é possível a utilização do tempo
respectivo.
FA0A723BB680843BBB8F4DEDE6634304
9. No mesmo sentido, a Súmula 73 da TNU: “O tempo de gozo de auxílio-doença ou de aposentadoria por
invalidez não decorrentes de acidente de trabalho só pode ser computado como tempo de contribuição ou
para fins de carência quando intercalado entre períodos nos quais houve recolhimento de contribuições
para a previdência social”. 10. Não provimento do recurso da parte autora. Sentença confirmada. 11. A
instância revisora somente pode dispor sobre honorários, "levando em conta o trabalho adicional
realizado em grau recursal" (art. 85, § 11, CPC/15). Não havendo trabalho em grau recursal pela parte
recorrida, não há como condenar a parte recorrente em honorários advocatícios. ACÓRDÃO Decide a 2ª
Turma Recursal do DF, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso da parte autora. Brasília, 23
de outubro de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1
doença), com pagamento das diferenças retroativas nos termos da Lei n. 11.960/09 (TR + 0,5 a.m). 2. O
INSS aduz que o laudo médico atestou apenas incapacidade parcial e temporária, sendo caso somente
de auxílio-doença, com a necessária fixação da data de cessação do benefício (DCB). Sucessivamente,
requer seja a DIB fixada a contar da sentença, pois o autor não possuía os requisitos indispensáveis para
a concessão de aposentadoria por invalidez na data da cessação do auxílio-doença. Por fim, requerer
seja aplicada a Lei n. 11.960/09, quanto aos consectários legais, tendo em vista a possibilidade de
modulação de efeitos no RE 870947. 3. Não foram apresentadas contrarrazões. Mas, o autor diligenciou,
na fase recursal, quanto ao cumprimento da tutela antecipada deferida na sentença. 4. José Domingos
Pereira Mendes, CPF n. 148.039.253-72, nascido em 28/1/1959 (atualmente com 60 anos de idade),
encarregado de obras, ensino médio, residente na cidade satélite de Samambaia/DF. 5. O autor requereu
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administrativamente o benefício de auxílio-doença em 12/9/2017 (NB 620.110.919-0), que restou
indeferido por não ter sido constatada a incapacidade pelo perito do INSS. Registre-se que o autor
recebeu o benefício de auxílio-doença n. 600.893.470-2 de 12/9/2011 até 10/7/2017, por força de decisão
judicial proferida no processo n. 000184822.2012.4.01.3400. 6. Laudo médico oficial (petição registrada
em 8/5/2018). Na perícia médica realizada em 6/2/2018, o médico atestou que o autor está inapto para
quaisquer atividades laborativas até a realização do procedimento cirúrgico em bursa do quadril e
reabilitação funcional, por conta do diagnóstico de cervicalgia (M54.2), outros transtornos de discos
intervertebrais (M51), dor articular (M25.5) e (osteo)artrose primária generalizada, dor lombar baixa
(M54.5), tendinite glútea (M76.0) e anormalidades da marcha e da mobilidade (R26).
FA7A34F8DA4CF879E271EFA0F5FE1911
7. No exame físico o especialista deixa consignado que o autor tem (a) dificuldade de carregar peso e
outras atividades com os membros superiores e (b) dificuldade de subir/descer escadas,
agachar/levantar, permanecer em posição ortostática (em pé) por longos períodos, deambular (caminhar)
longas distâncias. 8. Vale registrar, ainda, que no processo n. 0001848-22.2012.4.01.3400 o autor já
tinha sido submetido à perícia médica ortopédica, realizada em 12/7/2012, na qual ficou atestada a
incapacidade total e definitiva para a profissão declarada (encarregado de obras), devido ao quadro de
espondilodiscoartrose da coluna lombar e cervical (M51.1). 9. O autor não tem condições de retornar a
atividade profissional habitual. O procedimento cirúrgico é de resultados incertos e o recorrido não está
obrigado a realizá-lo. Portanto, a incapacidade é por tempo indeterminado. Some-se, ainda, a idade
avançada, as limitações físicas impostas pelas patologias, e o fato de o autor está afastado do mercado
de trabalho desde 2011. Além disso, devido à idade, ele não é elegível para o programa de reabilitação
profissional (art. 101, caput e §1º, da Lei n. 8.213/91). 10. Assim, levando-se em conta as severas
limitações físicas da parte autora, suas condições pessoais e a finalidade social da norma, tenho ser o
caso de aposentadoria por invalidez, conforme a sentença de primeiro grau. 11. DIB. O contexto
probatório permite concluir que a incapacidade para a atividade habitual existe desde 2012. Portanto, a
aposentadoria por invalidez é devida desde 11/7/2017, dia seguinte à cessação do último auxílio-doença.
12. Atualização monetária. Ausência de interesse recursal. Por fim, ausente o interesse recursal no
tocante à correção monetária. Porquanto, o juiz sentenciante já determinou a aplicação da Lei n.
11.960/09. Confira-se: As parcelas vencidas, a serem pagas mediante RPV, serão acrescidas de
correção monetária pelos índices do Manual de Orientação de Procedimentos para os Cálculos na Justiça
Federal a contar das datas dos respectivos vencimentos, até a entrada em vigor do art. 1º.-F da Lei
9.494/97, na redação estabelecida pela Lei nº. 11.960/09, a partir de quando incidirão os índices de
remuneração básica da caderneta de poupança, acrescidos de juros de mora à razão 0,5% a.m. a partir
da citação (não se aplicando à espécie o teor do julgado proferido no âmbito do RE nº. 870.947-SE, em
face da suspensão dos efeitos da decisão ali tomada por meio de embargos de declaração, conforme
manifestação do Relator publicada no DJE nº. 204, divulgado em 25/09/2018). 13. Não provimento do
recurso do INSS, na parte conhecida. Sentença confirmada. 14. Honorários advocatícios pela parte
recorrente fixados em 10% sobre o valor da condenação (art. 55, caput, da Lei n. 9.099/1995), mas
respeitada a limitação temporal imposta pelo enunciado da Súmula n. 111/STJ.
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ACÓRDÃO Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso do
INSS, na parte conhecida. Brasília, 23 de outubro de 2019.
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CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1
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SANTOS CHAVES ADVOGADO (S) : - DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO
EMENTA
2A7E6EEE1CB650E169AF6CD480977DA4
8. Essas dificuldades também foram relatadas pela assistente social, confira-se: “a solicitante não
responde com muita clareza as perguntas feitas a ela, foi necessário ligar para sua irmã Sheila para ter
acesso a algumas informações. Não sai sozinha, o irmão a leva e busca na escola, pois não sabe chegar
em casa (...)”. 9. As informações também são corroboradas pelos relatórios médicos apresentados pela
parte autora, todos subscritos por médicos neurologistas: “Apresentou retardo do desenvolvimento
neuropsicomotor, dificuldade de aprendizado e de adaptação a diversos trabalhos. Apresenta baixa
fluência verbal. Feito diagnóstico de encefalopatia crônica não progressiva (paralisia cerebral) de forma
definitiva” (cf. DOC 08 da documentação inicial) e “paciente de 40 anos apresenta déficit cognitivo
importante provavelmente decorrente de hipóxia perinatal” (cf. petição registrada em 19/9/2019). 10. O
cerne da controvérsia é o requisito médico. 11. Para efeito de concessão do benefício em questão,
considera-se “pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física,
mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua
participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas” (art. 20,
§2º, da Lei n. 8.742/93 com redação dada pela Lei n. 13.146/15). Desde antes, já se entendia que
“incapacidade para a vida independente não é só aquela que impede as atividades mais elementares da
pessoa, mas também a impossibilita de prover ao próprio sustento” (Súmula 29/TNU). 12. Registre-se que
se entende por impedimento de longo prazo aquele que produza efeitos pelo prazo mínimo de dois anos.
13. Confira-se, ainda, o enunciado da Súmula 48 da TNU (alterada em 29/4/2019): “Para fins de
concessão do benefício assistencial de prestação continuada, o conceito de pessoa com deficiência, que
não se confunde necessariamente com situação de incapacidade laborativa, exige a configuração de
impedimento de longo prazo com duração mínima de 2 (dois) anos, a ser aferido no caso concreto, desde
o início do impedimento até a data prevista para a sua cessação”. 14. Ainda, a TNU já consagrou o
entendimento de que esse critério não é somente de ordem médico-fisiológico, devendo ser analisadas às
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condições sociais do solicitante - tais como espécie de deficiência, idade, profissão, escolaridade,
qualificação profissional, dentre outros. Noutras palavras, a condição de deficiente refere-se à existência
de restrição capaz de obstaculizar a efetiva participação social de forma plena e justa de quem postula o
benefício (PEDILEF 00050607920124036315, JUIZ FEDERAL FREDERICO AUGUSTO LEOPOLDINO
KOEHLER, TNU, DOU 18/11/2016.). 15. No caso vertente, infere-se do laudo médico oficial, em conjunto
com os demais elementos probatórios, que a autora apresenta impedimento de longo prazo de natureza
mental que a coloca em desigualdade de condições com as demais pessoas. A autora nunca foi inserida
no mercado formal de trabalho, não tem qualificação profissional, a escolaridade é muito baixa e as
limitações mentais são significativas, sua inserção no mercado de trabalho é bem irrealista. 16. DIB. O
contexto probatório é suficiente para concluir que desde o requerimento administrativo já existia o
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
impedimento de longo prazo de natureza mental. Portanto, o benefício é devido desde requerimento
administrativo, conforme consignado na sentença de primeiro grau.
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17. Não provimento do recurso do INSS. Sentença confirmada. 18. Incabível a condenação em
honorários advocatícios, tendo em vista que a parte autora está assistida pela Defensoria Pública da
União (Súmula 421/STJ). ACÓRDÃO Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, NEGAR
PROVIMENTO ao recuso do INSS. Brasília, 23 de outubro de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1
95087D1D23C60BCF1E88787DE4A4E039
10. O laudo produzido em juízo é claro e preciso nas suas conclusões. Logo, não restou demonstrado
qualquer vício no laudo pericial a ensejar sua nulidade ou necessidade de realização de nova perícia, e
toda a irresignação da parte autora, no particular, se resume ao mero inconformismo com as conclusões
do perito oficial. 11. Somente no caso de a prova pericial judicial ser dúbia ou incompleta é que
documentos juntados unilateralmente ou argumentos outros poderiam ser usados para suprir a falta ou a
dubiedade da prova pericial (2ª TRDF, Processo n. 00008224-24.2012.4.01.3400, Rel. Juiz Federal David
Wilson Abreu Pardo, DJF1 de 9.9.2016). Vale dizer que a autora não indicou a existência de qualquer
vício ou lacuna que pudesse macular a higidez do laudo lavrado pelo perito judicial. 12. Não comprovada
por perícia médica a existência de incapacidade para o desempenho da atividade habitual, o segurado
255
não faz jus ao benefício de auxílio-doença/aposentadoria por invalidez. 13. Recurso da autora desprovido.
Sentença confirmada. 14. A instância revisora somente pode dispor sobre honorários, "levando em conta
o trabalho adicional realizado em grau recursal" (art. 85, § 11, CPC/15). Não havendo trabalho em grau
recursal pela parte recorrida, não há como condenar a parte recorrente em honorários advocatícios. 15.
Quanto aos honorários de sucumbência, vencido o Juiz Federal João Carlos Mayer Soares, que entendia
pela possibilidade de fixação dessa verba e a suspensão de sua execução, tendo em vista a gratuidade
da justiça. ACÓRDÃO Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao
recurso da parte autora. Brasília, 23 de outubro de 2019.
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Sindicato dos Empregados no Comércio do Distrito Federal
3/8/2009 a 18/7/2016 (DER) CTPS Extratos de FGTS CNIS 6. A CTPS, sob o n. 54145, não apresenta
rasura nem borrões, os vínculos estão anotados em ordem cronológica e sequenciados. Portanto, não
existem indícios de extemporaneidade, nem há qualquer vício que infirme as anotações. Além disso, os
extratos de FGTS juntados pela parte autora corroboram as anotações (cf. fl. 3 da petição registrada em
15/3/2018). 7. Prova material plena (art. 55, § 3º, da Lei n. 8.213/91). Registro na CTPS. Presunção
relativa não ilidida. Súmula 75 da TNU. A anotação de vínculo empregatício na carteira profissional da
autora consubstancia prova da prestação de serviços, não se prestando para afastar sua eficácia
probatória simples alegação de que tais vínculos não constam de programas relacionados aos
empregados, tais como FGTS, PIS, CNIS. O ônus de ilidir as anotações registradas na CTPS incumbe ao
INSS, mediante demonstração inequívoca da incorreção ou falsidade das informações discriminadas (art.
373, II, do CPC/15). As conjecturas, desprovidas de provas, acerca da existência de fraude ou erro na
efetivação das anotações, não têm o condão de infirmar a presunção de veracidade das informações
registradas na CTPS (Súmula n. 75 da TNU). 8. Ressalte-se que a segurada não pode ser penalizada em
razão de o empregador não ter recolhido corretamente as contribuições previdenciárias ou recolhido em
atraso, tampouco o INSS ter falhado na fiscalização da regularidade das exações. 9. Aposentadoria por
tempo de contribuição. Requisitos preenchidos. A autora comprovou mais de 30 (trinta) anos de tempo de
contribuição, sendo-lhe assegurado o direito ao benefício de aposentadoria por tempo de contribuição,
nos termo do art. 201, §7º, I, da CF. 10. Não há que se falar em prescrição quinquenal, pois não
transcorreram cinco anos entre o requerimento administrativo e o ajuizamento da ação. Além disso, a
sentença já determinou a aplicação da Lei n. 11.960/09, quanto aos consectários legais, razão pela qual o
256
recurso do INSS não pode ser conhecido no ponto. Confira-se: As parcelas vencidas, a serem pagas
mediante RPV, serão acrescidas de correção monetária pelos índices do Manual de Orientação de
Procedimentos para os Cálculos na Justiça Federal a contar das datas dos respectivos vencimentos, até
a entrada em vigor do art. 1º.-F da Lei 9.494/97, na redação estabelecida pela Lei nº. 11.960/09, a partir
de quando incidirão os índices de remuneração básica da caderneta de poupança, acrescidos de juros de
mora à razão 0,5% a.m. a partir da citação (não se aplicando à espécie o teor do julgado proferido no
âmbito do RE nº. 870.947-SE, em face da suspensão dos efeitos da decisão ali tomada por meio de
embargos de declaração, conforme manifestação do Relator publicada no DJE nº. 204, divulgado em
25/09/2018). 11. Não provimento do recurso do INSS. Sentença confirmada. 12. Honorários advocatícios
pela parte recorrente fixados em 10% sobre o valor da condenação (art. 55, caput, da Lei n. 9.099/1995),
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mas respeitada a limitação temporal imposta pelo enunciado da Súmula n. 111/STJ.
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ACÓRDÃO Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso do
INSS. Brasília, 23 de outubro de 2019.
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8. Segunda avaliação médica (petições registradas em 28/8/2017 e 1/3/2018). Perícia realizada em
17/8/2017, por médica reumatologista, na qual ficou atestada a incapacidade total temporária
257
multiprofissional por 6 meses, com o diagnóstico de fibromialgia (M79.7) e artrite reumatoide não
especificada (M06.9). A especialista fixou a DII em 14/2/2017 (data do relatório médico apresentado pela
autora), esclarecendo que devido às especificidades e peculiaridades da patologia, o quadro se apresenta
ora exacerbado ora remissivo. 9. CNIS. Qualidade de segurado comprovada. A autora recebeu auxílio-
doença até 22/9/2014 (NB 601.946.555-5) e comprova que conta com mais de 120 contribuições mensais
sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado, tendo em vista o vínculo empregatício
com a empresa Mitra Arquidiocesana de Brasília, iniciado em 1/8/1998 e cuja última remuneração data de
junho/2013. Assim, a qualidade de segurado se estendeu até 15/11/2016 (art. 15, II, e §§1º 4º da Lei n.
8.213/91). Portanto, a condição de segurada resta comprovada, já que o primeiro laudo registra que a
incapacidade teve início em 3/8/2016. 10. DII. Registre-se que não é possível retroagir a DII a data da
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cessação do último auxíliodoença, pois temos laudo judicial de 2015 atestando pela ausência de
incapacidade (processo n. 0001311-21.2015.4.01.3400) e, dada à natureza das patologias, que como
atestado pela perita alterna períodos de melhora e piora. Assim, devem ser acolhidas as datas fixadas
pelos peritos médicos. 11. Direito ao benefício de auxílio-doença. Os laudos médicos são categóricos ao
afirmarem que a incapacidade é temporária e passível de recuperação. Portanto, é devido apenas o
auxílio-doença. O primeiro laudo atestou que existe incapacidade de 3/8/2016 – DII (data posterior ao
DER) até 10/12/2016 (quatro meses contados da perícia). Já o segundo laudo informa que existiu
incapacidade para o trabalho de 14/2/2017 – DII até 17/2/2018 (6 meses contados do laudo). 12. Como
as patologias identificadas pelos peritos são diferentes, não há como presumir que houve incapacidade
no intervalo entre as perícias. 13. Registre-se, ainda, que nas demandas de benefícios por incapacidade,
as avaliações são feitas secundum eventum litis e rebus sic stantibus, ou seja, apenas nas condições e
circunstâncias fáticas dadas. Assim, se o laudo dá conta que a parte autora possui condições de exercer
atividade laborativa depois de certo período, não há óbice à concessão posterior do benefício, se nova
avaliação médica assim indicar, ainda que em virtude da mesma enfermidade. Afinal, a mesma
enfermidade pode ou não resultar em incapacidade. A situação variável desta configura mudança dos
fatos, da causa de pedir. Mas o que não se pode é, neste processo, manter o benefício além do período
fixado de modo claro e induvidoso pelo laudo pericial. 14. Termo Inicial do Benefício (DIB). Se a prova
pericial dá conta de que a incapacidade já existia na data do requerimento administrativo, esta é o termo
inicial do benefício (Súmula 22 da TNU). 15. No caso, todavia, o requerimento administrativo foi
formulado em 7/3/2016 (NB 613.555.453-4) e indeferido em razão do requisito incapacidade. Por outro
lado, a primeira perita médica fixou a data de início da incapacidade em 3/8/2016 (DII), inexistindo
elementos probatórios em sentido contrário. 16. Assim, não obstante a existência de prévio requerimento
administrativo, a incapacidade é posterior ao requerimento e até mesmo ao ajuizamento da ação.
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17. Fixada a data de início da incapacidade em data posterior ao DER/DCB, deverá ser fixada a DIB na
data da citação do réu, quando em regra constituído em mora o INSS. Precedente: PEDILEF
50030214920124047009, JUIZ FEDERAL FREDERICO AUGUSTO LEOPOLDINO KOEHLER, TNU,
DOU 13/11/2015 PÁGINAS 182/326; PEDILEF 5002416-94.2012.4.04.7012, Rel. Juiz Federal Wilson
José Witzel, j. 11/9/2015; e, PEDILEF 50020638820114047012, Rel. Juiz Federal Sergio Murilo
Wanderley Queiroga, j. 11/2/2015). 18. Conclusão. Assim, o benefício de auxílio-doença é devido à
autora nos períodos de 23/11/2016 (data da citação) até 10/12/2016 e de 14/2/2017 até 17/2/2018. 19.
Provimento parcial do recurso da parte autora. Sentença reformada para condenar o INSS na obrigação
de pagar o benefício de auxílio-doença à recorrente nos períodos de 23/11/2016 (data da citação) até
10/12/2016 e de 14/2/2017 até 17/2/2018. Pagamento das diferenças nos termos do MCJF. 20. Não há,
no âmbito do JEF, previsão legal para arbitramento de verba honorária quando há provimento do recurso,
ainda que em parte mínima (art. 55, caput, da Lei n. 9.099/95). ACÓRDÃO Decide a 2ª Turma Recursal
do DF, por unanimidade, DAR PARCIAL PROVIMENTO ao recurso da parte autora. Brasília, 23 de
outubro de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1
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embargos de declaração com efeitos suspensivos desse recurso extraordinário. 3. Com contrarrazões.
4. Julio Cesar Assunção, CPF n. 004.961.861-08, nascido em 26/11/1982, técnico em persianas, ensino
médio incompleto, residia na cidade satélite de Planaltina/DF. 5. O autor faleceu em 21/11/2018. A
companheira Evilene Cunha Martins (CPF n. 027.916.06157, DN 17/5/1986) e a filha menor Maria
Eduarda Martins Assunção (CPF n. 093.817.651-03, DN 13/9/2003) requereram a habilitação nos autos
do processo (cf. petição registrada em 5/2/2019), que foi deferida na sentença. 6. O autor requereu
administrativamente o benefício de auxílio-doença em 6/12/2017, que restou indeferido, “tendo em vista
que não foi comprovada a qualidade de segurado” (NB 621.198.214-7). 7. Laudo médico oficial (petição
registrada em 20/4/2018). A médica cardiologista, em 10/4/2018, constatou a presença de incapacidade
total, permanente e omniprofissional, pelo quadro de cardiopatia grave (I42, I50 e I20). A especialista fixou
a DII em 31/3/2016. 8. CTPS e CNIS. Último vínculo empregatício perdurou de 1/8/2013 até 31/1/2015
(Saga Serviços Terceirizados Ltda.). Assim, o autor falecido manteve a condição de segurado até
15/3/2016 (período de graça – art. 15, II e § 4º, da Lei 8.213/91). Registre-se que não se verifica nenhuma
das hipóteses de prorrogação deste período (art. 15, §§ 1º ao 3º, da Lei n. 8.213/91).
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9. Qualidade de segurado comprovada. Benefício devido. A DII foi fixada em 31/3/2016. Todavia, relatório
médico da rede pública de saúde, datado de 14/3/2016, já aponta o diagnóstico de cardiopatia grave (I50)
– cf. fl. 16/17 da documentação inicial. Portanto, resta comprovado que a doença incapacitante se
manifestou no período em que o autor ainda detinha a qualidade de segurado. 10. Juros e correção
monetária. Lei n. 11.960/09. Inconstitucionalidade parcial no tocante a correção monetária. RE 870947.
11. Juros moratórios. Os juros de mora passam a contar da citação válida (art. 240 do CPC/15 e Súmula
204/STJ), tem-se que, ao caso, incidirão os juros aplicados à caderneta de poupança: 0,5% ao mês até
junho de 2012 e a partir daí de acordo com as novas regras da poupança estabelecidas pela Lei nº
12.703/12. 12. Correção monetária. No que se refere à correção monetária, no RE 870947 (j. 20/9/2017),
o STF reconheceu a inconstitucionalidade do uso da taxa de remuneração básica da caderneta de
poupança (TR), instituída pela Lei n. 11.960/09, para fins de correção de débitos do Poder Público, por
não ser adequado para recompor a perda do poder de compra. Desta feita, deve ser mantida a sentença
de primeiro grau. 13. Registre-se, por oportuno, que o acórdão referente ao RE 870.947 já foi
efetivamente publicado no DJe de 17/11/2017, tornado público em 20/11/2017. Demais disso, a decisão
proferida pelo STF possui efeito vinculante desde a data de publicação da ata de julgamento e não da
publicação do acórdão (STF, Rcl 3.632 AgR/AM, Rel. p/ acórdão Min. Eros Grau DJU de 18.8.2006). 14.
Vale consignar, ainda, que o STJ decidiu que “(...) mostra-se descabida a modulação em relação aos
casos em que não ocorreu expedição ou pagamento de precatório” (REsp 1495146/MG, Rel. Ministro
Mauro Campbell Marques, Primeira Seção, julgado em 22/02/2018, DJe 02/03/2018). 15. E,
recentemente, o STF entendeu que não cabe modulação de efeitos no RE 870947 (embargos de
declaração julgados em 3/10/2019). 16. Não provimento do recurso do INSS. Sentença confirmada. 17.
Honorários advocatícios pela parte recorrente fixados em 10% sobre o valor da condenação (art. 55,
caput, da Lei n. 9.099/1995), mas respeitada a limitação temporal imposta pelo enunciado da Súmula n.
111/STJ. ACÓRDÃO Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao
recurso do INSS. Brasília, 23 de outubro de 2019.
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DO ART. 62, §1º, DA LEI 8.213/91. RECURSO DA PARTE AUTORA PROVIDO. 1. Recurso da parte
autora contra sentença que rejeitou o pedido de concessão de auxíliodoença/aposentadoria por invalidez,
com fundamento do parecer médico contrário. 2. O autor, assistido pela DPU, sustenta que juntou
diversos relatórios médicos da rede pública de saúde que atestam a incapacidade permanente para as
atividades laborais. Aduz, ainda, que deve ser considerada, além das condições físicas, a real
possibilidade de reinserção no mercado de trabalho e a baixa escolaridade. 3. Com contrarrazões. 4.
Pedro Venâncio de Bastos, CPF n. 798.380.141-68, nascido em 17/6/1964 (atualmente com 55 anos de
idade), pedreiro, ensino fundamental incompleto, residente na cidade satélite de Taguatinga/DF. 5. O
autor recebeu o benefício de auxílio-doença n. 538.028.030-3 de 29/10/2009 até 25/1/2018, por força de
acordos homologados judicialmente nos processos n. 003122169.2010.4.01.3400 e 0017208-
55.2016.4.01.3400. Mas, ao solicitar a prorrogação do benefício, o pedido restou indeferido, com base no
parecer médico contrário do INSS (cf. fl. 2 da documentação inicial). 6. Laudo médico oficial (petição
registrada em 11/6/2018). O médico ortopedista e traumatologista, em 24/5/2018, constatou a presença
do quadro de pós-operatório tardio de fratura do fêmur direito (Z54.0 e S72.2) e fratura do tornozelo direito
(Z54.0 e S82.3), mas concluiu para ausência de incapacidade para a realização de atividades laborativas.
Todavia, informa, que “há na verdade uma redução do grau de capacidade para o trabalho informado de
pedreiro, necessitando de esforços acrescidos em grau leve a moderado para realiza-la”. 7. Não se pode
descuidar, ainda, da perícia realizada em 18/4/2016, nos autos do processo n. 0017208-
55.2016.4.01.3400. O médico ortopedista concluiu pela incapacidade total, definitiva e multiprofissional,
em razão de dor crônica, déficit parcial de marcha, limitação funcional parcial
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e encurtamento leve de membro inferior em pós-operatório tardio por fratura antiga do quadril direito
(T93.1); dor crônica e limitação funcional parcial por sugestiva osteoartrose incipiente e secundária em
pós-fratura antiga do tornozelo direito (T93.2 e M19); epilepsia (G40); hipertensão arterial sistêmica (I10);
transtorno de ansiedade sem sinais atuais de descompensação clínica (F41) e perda de audição não
especificada. 8. Na oportunidade, o especialista deixou claro que o autor não podia exercer atividades
que exijam: postura de pé prolongada, marcha prolongada, levantamento e carregamento manual de
peso, utilização de pedais, movimentos repetitivos de subir e descer escadas, postura prolongada em
agachamento, trabalho em alturas e direção de veículos motorizados. Foi vislumbrada a possibilidade de
reabilitação profissional em atividades como agente de portaria, vigia, ascensorista, fiscal de área,
monitor, controlador de tráfego, guardador, auxiliar administrativo e outras funções assemelhadas que
respeitem as restrições elencadas. Mas, o perito consignou que havendo impossibilidade de readaptação
profissional efetiva e satisfatória, seria caso de aposentadoria por invalidez. 9. Ambos os especialistas
relatam que o autor sofreu queda de altura (andaime) em 2009, o que ocasionou as lesões no membro
inferior direito. E, desde então não retornou ao mercado de trabalho formal. 10. Valem destacar, também,
relatórios médicos recentes da rede pública de saúde, trazidos pelo autor no recurso, que atestam: (a)
“Evolução com sequela de atrofia muscular MID, artrose traumática com limitação dos movimentos de
quadril e tornozelo D. Incapacidade permanente e indeterminada para suas atividades laborativas. CID:
T93.1, T93.2, M19.1 e M25.5” e (b) “Submetido a tratamento cirúrgico, evoluiu com atrofia muscular e
encurtamento de MID, artrose e limitação dos movimentos do quadril e tornozelo D. Dor e limitação
progressiva causando incapacidade para deambular e ficar de pé por tempo prolongado, agachar e correr
(CID T93.1, T93.2, M19.1 e M25.5)”. 11. O autor não retornou a atividade laborativa desde o acidente
que ocasionou as lesões no membro inferior direito, em 2009. Infere-se, ainda, que as sequelas trazem
limitações físicas significativas, mormente se considerarmos a atividade de pedreiro. As lesões estão
consolidadas sem qualquer perspectiva de reversão. Se há dois anos a parte autora já tinha um quadro
de incapacidade permanente e multiprofissional (prova emprestada – art. 372 do CPC/15), não vejo como
adotar integralmente às conclusões da perícia confeccionada nesse feito, que afastam esta condição,
mesmo reconhecendo a existência da mesma doença anteriormente constatada e considerada como
sendo incapacitante. 12. Diante do conjunto probatório, do qual se infere a impossibilidade de retorno
para a atividade habitual de pedreiro, é caso de se manter o auxílio-doença “até que o segurado seja
considerado reabilitado para o desempenho de atividade que lhe garanta a subsistência ou, quando
considerado não recuperável, seja aposentado por invalidez” (art. 62, §1º, da Lei n. 8.213/91). 13.
Provimento do recurso da parte autora. Sentença reformada para condenar o INSS na obrigação de
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conceder ao autor o benefício de auxílio-doença, na forma do art. 62, §1º, da Lei n. 8.213/91, desde a
cessação indevida em 25/1/2018; e na obrigação de pagar das diferenças retroativas conforme o MCJF.
14. Não há, no âmbito do JEF, previsão legal para arbitramento de verba honorária quando há provimento
do recurso (art. 55, caput, da Lei n. 9.099/95).
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Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
parte autora. Brasília, 23 de outubro de 2019.
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10. Não comprovada por perícia médica a existência de incapacidade para o desempenho da atividade
habitual, o segurado não faz jus ao benefício de auxílio-doença/aposentadoria por invalidez. 11. Recurso
da autora desprovido. Sentença confirmada. 12. Honorários advocatícios pelo recorrente fixados em 10%
(dez por cento) do valor atribuído à causa devidamente corrigido (art. 55, caput, da Lei n. 9.099/95).
Condenação suspensa (art. 98, § 3º, do CPC/15). ACÓRDÃO Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por
unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso da parte autora. Brasília, 23 de outubro de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1
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EMENTA
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Recurso da parte autora contra sentença que rejeitou o pedido de aposentadoria por idade urbana, por
não restar comprada a carência. 2. A autora sustenta que comprovou mais de 180 contribuições
mensais. Alega, ainda, que existe entendimento na TNU sobre a possibilidade de computar parcelas
adimplidas em atraso. 3. Sem contrarrazões. 4. Maria Laura Rodrigues de Souza, CPF n. 376.272.521-
72, nascida em 24/7/1952, requereu administrativamente a aposentadoria por idade em 3/1/2018, que
restou indeferida pelo não cumprimento da carência mínima exigida (NB 186.569.019-5). 5. A autora
completou 60 anos de idade em 2012 e, por ter se filiado ao RGPS depois de 25/7/1991, precisa
comprovar 180 contribuições mensais (art. 25, II, e 48, da Lei n. 8.213/91). 6. Quanto à carência, infere-se
do CNIS que a autora recolheu para o RGPS como contribuinte individual nas competências de
janeiro/2003 a fevereiro/2003; de abril/2003 a abril/2005; de junho/2005 a junho/2008; de janeiro/2009 a
junho/2012; e de julho/2012 até dezembro/2017. Além disso, recebeu benefício de auxílio-doença nos
períodos de 10/2/2006 a 31/12/2006 (NB 515.827.396-7) e de 12/7/2008 a 15/1/2009 (NB 531.191.248-7).
7. Esclareça-se que o contribuinte individual tem até o dia quinze do mês seguinte para efetuar o
recolhimento da contribuição, prorrogando-se para o dia útil seguinte quando não houver expediente
bancário. E, no caso, as contribuições de janeiro/2003 e fevereiro/2003 foram adimplidas no dia 17 do
mês seguinte, porque o dia 15 caiu num sábado. Assim, afasto a extemporaneidade, podendo os
recolhimentos ser computados para fins de carência. 8. Além disso, os períodos de auxílio-doença foram
intercalados com contribuições, e também podem ser considerados para implemento da carência.
Precedente do STF (RE 816470 AgR e ARE 746835 AgR) e Súmula 73 da TNU. 9. Quanto aos períodos
de recolhimento posteriores a abril/2007, a LC 123/06 possibilitou o recolhimento em alíquota reduzida
(11% sobre o salário mínimo) para o contribuinte individual que não preste serviço e nem possuam
relação de emprego com pessoa jurídica (art. 21, § 2º, I, da Lei n. 8.212/91).
F1F74739A0C58D6C26BDC95D0968F0EC
10. Assim, a parte autora soma até a data do requerimento administrativo apenas 14 anos, 9 meses e 19
dias. Portanto, a recorrente não comprova que cumpriu o requisito mínimo da carência de 180
contribuições mensais (art. 373, I, do CPC/15). 11. Recurso da parte autora desprovido. Sentença
confirmada. 12. A instância revisora somente pode dispor sobre honorários, "levando em conta o trabalho
adicional realizado em grau recursal" (art. 85, § 11, CPC/15). Não havendo trabalho em grau recursal pela
parte recorrida, não há como condenar a parte recorrente em honorários advocatícios. 13. Quanto aos
honorários de sucumbência, vencido o Juiz Federal João Carlos Mayer Soares, que entendia pela
possibilidade de fixação dessa verba e a suspensão de sua execução, tendo em vista a gratuidade da
justiça. ACÓRDÃO Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao
recurso da autora. Brasília, 23 de outubro de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1
EMENTA
que não se trata de desaposentação, pois pretende a concessão de novo benefício com base
exclusivamente nas contribuições posteriores à primeira aposentadoria. 3. Sem contrarrazões. 4.
Decisão. Ao julgar o RE nº 661.256/SC, sob a sistemática de repercussão geral, o STF fixou a seguinte
tese: “No âmbito do Regime Geral de Previdência Social - RGPS, somente lei pode criar benefícios e
vantagens previdenciárias, não havendo, por ora, previsão legal do direito à 'desaposentação', sendo
constitucional a regra do art. 18, § 2º, da Lei nº 8.213/91”. 5. A possibilidade de concessão de novo
benefício de aposentadoria com base exclusivamente no período contributivo posterior a concessão do
benefício original também foi analisada (especificamente no RE 827833, julgado em conjunto com o RE
661256), e considerada inviável, pelo STF no julgamento da desaposentação, em que a Corte entendeu
que não cabe nenhuma prestação aos segurados aposentados que permanecerem em atividade no
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
RGPS, ou a ele retornarem, exceto aquelas previstas no § 2° do art. 18 da Lei 8.213/91, declarado
constitucional. 6. A razão de decidir extraída do precedente formado a partir do julgamento do RE 661256
(julgado juntamente com o RE 381367 e o RE 827833) aplica-se à hipótese de aposentadoria pretendida
com base exclusivamente em período contributivo posterior à concessão do benefício original. 7. Recurso
do autor desprovido. Sentença confirmada. 8. A instância revisora somente pode dispor sobre honorários,
"levando em conta o trabalho adicional realizado em grau recursal" (art. 85, § 11, CPC/15). Não havendo
trabalho em grau recursal pela parte recorrida, não há como condenar a parte recorrente em honorários
advocatícios.
837A01D9AFF635EF5EEB199877D04C6D
9. Quanto aos honorários de sucumbência, vencido o Juiz Federal João Carlos Mayer Soares, que
entendia pela possibilidade de fixação dessa verba e a suspensão de sua execução, tendo em vista a
gratuidade da justiça. ACÓRDÃO Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, NEGAR
PROVIMENTO ao recurso do autor. Brasília, 23 de outubro de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1
EMENTA
especial. Ou, da aposentadoria por tempo de contribuição, mas com DIB na data do requerimento
administrativo em 21/8/2014.
F7524746242D31B863FB0DEE4539F417
4. A parte autora apresentou resposta ao recurso do INSS. Sem contrarrazões da autarquia
previdenciária. 5. José Braz Filho, CPF n. 351.962.386-20, nascido em 3/2/1961, requereu
administrativamente o benefício de aposentadoria por tempo de contribuição em 4/7/2014 –
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
REAFIRMADA PARA 21/8/2014 (NB 169.634.253-5), que restou indeferido pela falta de período de
carência mínimo. 6. Reconhecimento de tempo de serviço especial. O tempo de serviço é disciplinado
pela lei vigente à época em que efetivamente prestado. Quanto aos meios de prova, até a edição da Lei
nº 9.032/95, a comprovação do tempo de serviço prestado em atividade especial, poderia se dar de duas
maneiras: a) pelo mero enquadramento em categoria profissional elencada como perigosa, insalubre ou
penosa em rol expedido pelo Poder Executivo (Decretos 53.831/64 e 83.080/79); ou b) através da
comprovação de efetiva exposição a agentes nocivos constantes do rol dos aludidos decretos, mediante
quaisquer meios de prova. A partir dessa lei, a comprovação da atividade especial se dá através dos
formulários SB-40 e DSS-8030, expedidos pelo INSS e preenchidos pelo empregador, situação
modificada com a Lei n.º 9.528/1997, a partir de então, por meio de formulário embasado em laudo
técnico, ou por meio de perícia técnica. 7. Registre-se que para o agente ruído, considera-se especial a
atividade desenvolvida acima do limite de 80dB até 05/03/1997, quando foi editado o Decreto nº 2.172/97,
a partir de então deve-se considerar especial a atividade desenvolvida acima de 90dB. A partir da edição
do Decreto nº 4.882 em 18/11/2003, o limite passou a ser de 85dB (STJ, recurso repetitivo, REsp nº
1398260/PR). 8. Quanto aos meios de prova, recentemente o STJ se manifestou sobre o assunto:
PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA. PREVIDENCIÁRIO. COMPROVAÇÃO DE
TEMPO DE SERVIÇO ESPECIAL. RUÍDO. PERFIL PROFISSIOGRÁFICO PREVIDENCIÁRIO (PPP).
APRESENTAÇÃO SIMULTÂNEA DO RESPECTIVO LAUDO TÉCNICO DE CONDIÇÕES AMBIENTAIS
DE TRABALHO (LTCAT). DESNECESSIDADE QUANDO AUSENTE IDÔNEA IMPUGNAÇÃO AO
CONTEÚDO DO PPP. 1. Em regra, trazido aos autos o Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP),
dispensável se faz, para o reconhecimento e contagem do tempo de serviço especial do segurado, a
juntada do respectivo Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho (LTCAT), na medida
que o PPP já é elaborado com base nos dados existentes no LTCAT, ressalvando-se, entretanto, a
necessidade da também apresentação desse laudo quando idoneamente impugnado o conteúdo do
PPP. 2. No caso concreto, conforme destacado no escorreito acórdão da TNU, assim como no bem
lançado pronunciamento do Parquet, não foi suscitada pelo órgão previdenciário nenhuma objeção
específica às informações técnicas constantes do PPP anexado aos autos, não se podendo, por isso,
recusar-lhe validade como meio de prova apto à comprovação da exposição do trabalhador ao agente
nocivo "ruído". 3. Pedido de uniformização de jurisprudência improcedente. (Pet 10.262/RS, Rel. Ministro
SÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 08/02/2017, DJe 16/02/2017) 9. Inicialmente, observa-
se pela decisão administrativa que indeferiu o benefício de aposentadoria, que o INSS apresentou
impugnações específicas quanto aos formulários
F7524746242D31B863FB0DEE4539F417
apresentados pelo segurado, deixando de considerar os períodos como especiais por apresentarem
falhas no preenchimento (cf. fls. 33/37 da documentação inicial 02). Valendo registrar que os documentos
são os mesmos juntados a presente ação. Portanto, é preciso uma análise acurada da documentação
apresentada. 10. O Perfil Profissiográfico Previdenciário – PPP será admitido como meio idôneo de prova
quando devidamente preenchido, destacando-se a necessidade de referência ao laudo técnico que o
embasou e ao profissional que o subscreveu no campo apropriado daquele formulário. 11. No caso
vertente, quanto ao período de 29/4/1995 a 11/2/2003 (Empresa São Cristovão Ltda.), o PPP apresentado
aponta para a exposição ao agente físico ruído no percentual de 88.5 decibéis. No entanto, o formulário
apresenta falha no preenchimento, pois não há referência ao profissional responsável pelos registros
ambientais em data anterior a 25/6/1997. Valendo destacar que a contar de 1995 não é possível mais o
enquadramento por mera atividade profissional e para o agente ruído sempre foi indispensável o laudo
técnico apontando a intensidade da exposição. Além disso, para o período a partir de março/1997 o
percentual está abaixo do estabelecido na legislação para a época que é de 90 decibéis (cf. fls. 19/24 da
documentação inicial 02). 12. Relativamente ao período de 1/6/2009 a 31/1/2014 (Alfa Luz Viação
Transporte Ltda. – EPP), apesar de o PPP informar a exposição ao agente ruído acima de 96 decibéis e
ao agente calor. O documento também apresenta falhas substanciais, como a ausência de referência ao
profissional responsável pelos registros ambientais e a não especificação quanto à intensidade com que
ocorrera a exposição ao agente calor (fls. 28/29 da documentação inicial 02). 13. No tocante ao período
de 1/8/2014 a 25/10/2016 (Michelon Transporte Turística Ltda. – ME), a prova é ainda mais precária, pois
o PPP juntado com a inicial não aponta sequer os fatores de risco a que o segurado estaria exposto (fls.
264
30/31 da documentação inicial 02). 14. Em relação ao período de 16/6/2003 a 10/11/2008 (Viação Valmir
Amaral Ltda.), o PPP encontra-se devidamente preenchido, com a indicação do responsável pelos
registros ambientais, bem como dos agentes nocivos. Todavia, para fins previdenciários, não é possível o
reconhecimento da atividade como especial, ante a ausência de habitualidade. Verifica-se que nas
observações do formulário apresentado consta a informação de que “O ruído a que se expõe o segurado
atinge o valor máximo de 91 decibéis. No entanto, a exposição a esse agente agressor ocorre de maneira
habitual e em níveis que não ultrapassam os limites de tolerância estabelecidos no Anexo I da NR-15 da
Portaria MTE n. 3214 de 8 de junho de 1978” (cf. fls. 25/27 da documentação inicial 02). Nesse particular,
merece reforma a sentença de primeiro grau. 15. Portanto, a parte autora não se desincumbiu do ônus
de comprovar os fatos constitutivos do seu direito, por meio de prova idônea e hígida (art. 373, I, do
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
CPC/15). Assim, não restando devidamente demonstrada a exposição ao agente nocivo, de modo
habitual e permanente, não ocasional nem intermitente, os períodos apontados acima não podem ser
reconhecidos como de atividade especial. 16. Fator de conversão. Para os períodos reconhecidos
administrativamente pelo INSS como de atividade especial pelo enquadramento no código 2.4.4 do Anexo
III do Decreto n. 53831/64 (de 1/11/1978 a 4/11/1982 e de 20/9/1991 a 28/4/1995), utiliza-se o fator de
conversão previsto na legislação aplicada na data do requerimento administrativo (art. 70 do Decreto n.
3.048/99).
F7524746242D31B863FB0DEE4539F417
Recursos repetitivos REsp 1.310.034/PR e REsp 1.151.363/MG. No caso, o fator de conversão a ser
aplicado é de 1.4, conforme consignado na sentença de primeiro grau. 17. Aposentadoria especial.
Ausência de carência. O autor não soma 25 anos de tempo de atividade especial para fins de concessão
da aposentadoria especial (art. 57 da Lei n. 8213/91). 18. Aposentadoria por tempo de contribuição.
Carência alcançada somente na data do ajuizamento da ação. Tendo em conta o CNIS e a CTPS, e
considerando ainda os períodos reconhecidos como de atividade especial pela autarquia previdenciária, o
autor soma: 1) Até o DER em 4/7/2014: 33 anos e 6 meses; 2) Até o DER reafirmado em 21/8/2014: 33
anos, 6 meses e 21 dias; 3) Até a data fixada na sentença em 30/11/2015: 34 anos e 10 meses 4) Até o
ajuizamento da ação em 19/12/2019: 35 anos, 8 meses e 25 dias. Empregador Período Documentos
Observação 1 Expresso União Ltda. 1/11/1978 a 4/11/1982 CNIS e CTPS PPP (fls. 14/15 DOC 02)
Reconhecimento administrativo como especial pelo enquadramento no código 2.4.4 do Anexo III do
Decreto n. 53831/64.
Conversão pelo fator 1.4 2 CMT Engenharia Ltda. 10/10/1983 a 14/12/1983 CNIS e CTPS 3 CMT
Engenharia Ltda. 20/1/1984 a 29/2/1984 CNIS e CTPS 4 Transportadora São Simão Ltda. 4/3/1985 a
7/7/1986 CNIS e CTPS 5 ABASE Assessoria Básica de Serviços Ltda. 24/3/1987 a 28/3/1989 CNIS e
CTPS 6 RODOBAN Transportes Terrestres e Aéreos Ltda. 4/4/1989 a 2/7/1990 CNIS e CTPS PPP (fls.
16/17, DOC 02)
F7524746242D31B863FB0DEE4539F417
9 Viação Valmir Amaral Ltda. 16/6/2003 a 10/11/2008 CNIS e CTPS PPP (fls. 25/27 DOC 02)
10 Alfa Luz Viação Transporte Ltda. – EPP 1/6/2009 a 31/1/2014 CNIS e CTPS PPP (fls. 28/29 DOC 02)
11 Michelon Transportadora Turística Ltda. - ME 1/8/2014 a 25/10/2016
1/9/2017 a set/2019 CNIS PPP (fls. 30/31 DOC 02)
19. Juros e correção monetária. Lei n. 11.960/09. Inconstitucionalidade parcial no tocante a correção
monetária. RE 870947, REsp 1495146/MG, MCJF e art. 41-A da Lei n. 8.213/91. 20. Juros moratórios. Os
juros de mora passam a contar da citação válida (art. 240 do CPC/15 e Súmula 204/STJ), tem-se que, ao
caso, incidirão os juros aplicados à caderneta de poupança: 0,5% ao mês até junho de 2012 e a partir daí
de acordo com as novas regras da poupança estabelecidas pela Lei nº 12.703/12. 21. Correção
monetária. No que se refere à correção monetária, no RE 870947 (j. 20/9/2017), o STF reconheceu a
inconstitucionalidade do uso da taxa de remuneração básica da caderneta de poupança (TR), instituída
265
pela Lei n. 11.960/09, para fins de correção de débitos do Poder Público, por não ser adequado para
recompor a perda do poder de compra. Desta feita, deve ser mantida a sentença de primeiro grau (REsp
1495146/MG e art. 41-A da Lei n. 8.213/91). 22. Registre-se, por oportuno, que o acórdão referente ao RE
870.947 já foi efetivamente publicado no DJe de 17/11/2017, tornado público em 20/11/2017. Demais
disso, a decisão proferida pelo STF possui efeito vinculante desde a data de publicação da ata de
julgamento e não da publicação do acórdão (STF, Rcl 3.632 AgR/AM, Rel. p/ acórdão Min. Eros Grau
DJU de 18.8.2006). 23. Vale consignar, ainda, que o STJ já decidiu que “(...) mostra-se descabida a
modulação em relação aos casos em que não ocorreu expedição ou pagamento de precatório” (REsp
1495146/MG, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Primeira Seção, julgado em 22/02/2018, DJe
02/03/2018). 24. E, recentemente, o STF entendeu que não cabe modulação de efeitos no RE 870947
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
(embargos de declaração julgados em 3/10/2019). 25. Não provimento do recurso da parte autora.
Provimento parcial do recurso do INSS, para computar como tempo de serviço comum o período de
16/6/2003 a 10/11/2008 (Viação Valmir Amaral Ltda.); e, manter a condenação na obrigação de
implementar o benefício de aposentadoria por tempo de contribuição, mas com DIB a contar de
19/12/2016 (data do ajuizamento da ação). 26. Sem honorários por parte do INSS, pois não há, no
âmbito do JEF, previsão legal para arbitramento de verba honorária quando há provimento do recurso,
ainda que em parte (art. 55, caput, da Lei n. 9.099/95). 27. Honorários advocatícios pela parte autora
fixados em 10% (dez por cento) do valor atribuído à causa devidamente corrigido (art. 55, caput, da Lei n.
9.099/95). Condenação suspensa (art. 98, § 3º, do CPC/15).
F7524746242D31B863FB0DEE4539F417
ACÓRDÃO Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso da
parte autora; e DAR PROVIMENTO PARCIAL ao recurso do INSS. Brasília, 23 de outubro de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1
EMENTA
os pressupostos legais, vedado efeito retroativo de qualquer natureza inclusive para reconhecimento de
tempo de serviço e consequente recolhimento da contribuição por vedação legal e ausência de lastro da
prestação
CDA2A3719F4906E99DF764A8C45C07C6
do serviço/vinculo no período de afastamento" (TRF1, AC 0023775-88.2005.4.01.3400/DF, Rel. Juiz
Federal Antônio Francisco do Nascimento (conv.), 1ª Turma, e-DJF1 16/6/2016). 7. Com efeito, é assente
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
que a readmissão, que é figura distinta da reintegração, não gera efeitos retroativos à data da dispensa,
visto que importa em novo vínculo com a Administração. Destarte, inviável o cômputo, para efeitos de
contagem de tempo de contribuição, do período pleiteado pelo anistiado, notadamente quando não houve
contribuição. 8. Precedentes desta Turma Recursal: Processo n. 0029491-13.2016.4.01.3400, Rel. Juiz
Federal David Wilson de Abreu Pardo, j. 11/10/2017, e-DJF1 de 20/10/2017; Processo n.
002943747.2016.4.01.3400, Rel. Juiz Federal Alexandre Vidigal de Oliveira, julgado 12/7/2017, e-DJF1 de
21/7/2017. 9. Recurso da parte autora desprovido. 10. Honorários advocatícios, pela parte recorrente, de
10% sobre o valor corrigido da causa. Condenação suspensa (art. 98, §3º, do CPC/15). ACÓRDÃO
Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso da parte autora.
Brasília, 23 de outubro de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1
41DF232DD4CCE927DEFE6C81EEC9E8DD
(Brasília/DF) em 2/8/1971. Prefeitura Municipal de São João do Piauí 27/2/1974 a 8/7/1993 CTPS n.
11631 (1ª via), emitida em 2/8/1971. CNIS (consta o período de 27/2/1974 a dezembro/92) MCM
Administradora de Condomínios Ltda. (Brasília/DF) 16/3/1994 a 30/10/1994 CTPS n. 11.631 (2ª via),
emitida em 18/3/1994. CNIS Contribuinte individual Fevereiro/2001 e março/2001 Maio/2002 (pagamento
extemporâneo) CNIS 7. Os períodos de 1/11/1968 a 20/12/1969, de 24/11/1970 a 4/1/1971, de 10/3/1971
a 23/4/1971, de 9/8/1971 a 27/1/1972, de 27/2/1974 a 8/7/1993 e de 16/3/1994 a 30/10/1994 constam da
CTPS do autor. Apesar de deteriorado pelo tempo, o documento não apresenta rasuras e está na ordem
267
cronológica, sem qualquer defeito que comprometa a fidedignidade das anotações. 8. Prova material
plena (art. 55, § 3º, da Lei n. 8.213/91). Registro na CTPS. Presunção relativa não ilidida. Súmula 75 da
TNU. A anotação de vínculo empregatício na carteira profissional da parte autora consubstancia prova da
prestação de serviços, não se prestando para afastar sua eficácia probatória simples alegação de que tais
vínculos não constam de programas relacionados aos empregados, tais como FGTS, PIS, CNIS. O ônus
de ilidir as anotações registradas na CTPS incumbe ao INSS, mediante demonstração inequívoca da
incorreção ou falsidade das informações discriminadas (art. 373, II, do CPC/15). As conjecturas,
desprovidas de provas, acerca da existência de fraude ou erro na efetivação das anotações, não têm o
condão de infirmar a presunção de veracidade das informações registradas na CTPS (Súmula n. 75 da
TNU). 9. Comprovado o tempo de serviço urbano, por meio de prova material idônea, devem os períodos
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
urbanos ser averbados previdenciariamente. 10. Aposentadoria por idade. Requisitos preenchidos.
Benefício devido. Infere-se do contexto probatório que o autor tem direito a aposentadoria por idade, pois
implementados os requisitos da idade e da carência (o autor soma mais de 15 anos de tempo de
contribuição), desde o requerimento administrativo em 3/11/2010 (DIB). 11. Não conheço do recurso do
INSS no tocante a prescrição quinquenal, pois a sentença de primeiro grau já a reconheceu. Demais
disso, comprovado que na data do requerimento administrativo o autor já atendia aos requisitos do
benefício, a DIB deve ser fixada a partir desse marco e não da sentença. 12. Juros e correção monetária.
Lei n. 11.960/09. Inconstitucionalidade parcial no tocante a correção monetária. RE 870947, REsp
1495146/MG, MCJF e art. 41-A da Lei n. 8.213/91. 13. Juros moratórios. Os juros de mora passam a
contar da citação válida (art. 240 do CPC/15 e Súmula 204/STJ), tem-se que, ao caso, incidirão os juros
aplicados à caderneta de poupança: 0,5% ao mês até junho de 2012 e a partir daí de acordo com as
novas regras da poupança estabelecidas pela Lei nº 12.703/12 (Lei n. 11.960/09). 14. Correção
monetária. No que se refere à correção monetária, no RE 870947 (j. 20/9/2017), o STF reconheceu a
inconstitucionalidade do uso da taxa de remuneração básica da caderneta de poupança (TR), instituída
pela Lei n. 11.960/09, para fins de correção de débitos do Poder
41DF232DD4CCE927DEFE6C81EEC9E8DD
Público, por não ser adequado para recompor a perda do poder de compra. Desta feita, deve ser mantida
a sentença de primeiro grau que determinou a aplicação do INPC, por se tratar de benefício
previdenciário (REsp 1495146/MG e art. 41-A da Lei n. 8.213/91). 15. Registre-se, por oportuno, que o
acórdão referente ao RE 870.947 já foi efetivamente publicado no DJe de 17/11/2017, tornado público em
20/11/2017. Demais disso, a decisão proferida pelo STF possui efeito vinculante desde a data de
publicação da ata de julgamento e não da publicação do acórdão (STF, Rcl 3.632 AgR/AM, Rel. p/
acórdão Min. Eros Grau DJU de 18.8.2006). 16. Vale consignar, ainda, que o STJ decidiu que “(...)
mostra-se descabida a modulação em relação aos casos em que não ocorreu expedição ou pagamento
de precatório” (REsp 1495146/MG, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Primeira Seção, julgado em
22/02/2018, DJe 02/03/2018). 17. E, recentemente, o STF entendeu que não cabe modulação de efeitos
no RE 870947 (embargos de declaração julgados em 3/10/2019). 18. Recurso do INSS desprovido, na
parte conhecida. Sentença confirmada. 19. Honorários advocatícios pela parte recorrente fixados em
10% sobre o valor da condenação (art. 55, caput, da Lei n. 9.099/1995), mas respeitada a limitação
temporal imposta pelo enunciado da Súmula n. 111/STJ. ACORDÃO Decide a 2ª Turma Recursal do DF,
por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso do INSS, na parte conhecida. Brasília, 23 de
outubro de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1
EMENTA
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
validade” aos precatórios, limitação não prevista na Constituição Federal e que não poderia ser
estabelecida pelo legislador ordinário, sob pena de ofensa ao art. 100, caput e §5º, da CF; e (d) não seria
possível a aplicação do art. 924, V, do CPC/15 (prescrição intercorrente), pois o novo regramento, nos
termos do art. 1056, somente começa a contar a partir da vigência do novel códex, ocorrida em
17/3/2016. 3. Com contrarrazões. 4. Decisão. Como bem ressaltado pelo juízo a quo, no âmbito do
procedimento de cumprimento da obrigação de pagar, por meio de Requisições de Pequeno Valor -
RPVs, da Justiça Federal, foi-se instituído um procedimento de abertura de conta em nome do credor,
exclusivamente para crédito dos valores oriundos das RPVs. Assim, dispensa-se a lavratura de alvarás,
dado o grande volume de requisições e pelo fato de na maior parte das vezes não haver qualquer óbice
ao levantamento dos recursos financeiros. Todavia, a conta fica à
06FF2A0C51392CFBD7BB7A7111B84B0D
disposição do juízo, que pode bloquear, retificar, gerir com a autonomia jurisdicional própria aquela conta.
Consigne-se que a sua natureza jurídica é a de ato do devedor em cumprimento da obrigação de pagar,
colocando à disposição do juízo o montante necessário à satisfação do débito. Nesse sentido, a conta
aberta em nome da parte é somente o meio mais célere para efetivar o cumprimento da obrigação, ao
invés do juízo expedir alvará de levantamento. Ou seja, mesmo a conta estando em nome da parte, os
recursos estão à disposição do juízo, não da parte. Assim, não se incorporou ao patrimônio jurídico da
parte o depósito lá efetuado. 5. Isso deixa claro que, mesmo sendo aberta a conta em nome do credor,
não há, desde logo, a transferência dos recursos para a sua titularidade, passando então a integrar o seu
patrimônio, hipótese em que a Lei 13.463/17 seria inconstitucional, por violação ao direito de propriedade.
A titularidade dos recursos só é adquirida com o levantamento, sem oposição, isso sem prejuízo de
questionamento a posteriori da sua regularidade. 6. Para que haja o efetivo cumprimento da obrigação,
exige-se do credor o ato processual executório subsequente, que é o levantamento. E, não o fazendo,
sofre as consequências processuais, previstas em lei, decorrentes da sua omissão. 7. Sobre a prescrição,
deve ser observada a disciplina dos artigos 1º e 5º do Decreto nº. 20.910/32, ao estabelecer que: "as
dívidas passivas da União, dos Estados e dos Municípios, bem assim todo e qualquer direito ou ação
contra a Fazenda Federal, Estadual ou Municipal, seja qual for a sua natureza, prescrevem em cinco anos
contados da data do ato ou fato do qual se originarem" e “não tem efeito de suspender a prescrição a
demora do titular do direito ou do crédito ou do seu representante em prestar os esclarecimentos que lhe
forem reclamados ou o fato de não promover o andamento do feito judicial ou do processo administrativo
durante os prazos respectivamente estabelecidos para extinção do seu direito à ação ou reclamação”.
Ressalte-se, por oportuno, a Súmula nº 150 do STF, que dispõe: "Prescreve a execução no mesmo prazo
da prescrição da ação". 8. Termo a quo do prazo prescricional. Uma vez depositado o valor, o prazo
prescricional, na forma dos art. 1º c/c art. 5º do Decreto 20.910/1932, deve ser contado a partir da data da
intimação do depósito, quando configurada a paralisação do feito pelo credor. No mesmo sentido,
precedente da 1ª TR, no recurso de Agravo nº 0000327-60.2018.4.01.9340, Relator Juiz Rui Costa
Gonçalves, julgado na sessão de 22/08/2019. 9. Com efeito, já dispunha o art. 48 da Resolução CJF n.
168/2011, que “o tribunal regional federal comunicará a efetivação do depósito ao juízo da execução, e
este cientificará as partes”. Com a obrigação do Juízo da execução de cientificar as partes sobre o
depósito dos valores, correto afirmar que apenas depois dessa ciência é que se pode iniciar a contagem
do prazo prescricional para o credor exercer a sua pretensão de levantamento dos valores depositados e
postos a sua disposição. 10. Tendo-se em visa que a Requisição de Pequeno Valor - RPV foi expedida
em abril/2013, há de ser verificado se ocorreu ou não a extinção, pelo advento da prescrição, do crédito
depositado pela parte ré, lembrando-se que o valor em comento se encontrava à disposição do Juízo da
execução, não integrando de imediato o patrimônio da parte autora até o momento de seu efetivo
levantamento. 11. No caso, deixou o Juízo de promover a necessária cientificação do credor de que
ocorrera o depósito da mencionada importância, motivo pelo qual não se iniciou a contagem do prazo da
prescrição intercorrente, dado que inércia não houve, na medida em que a parte credora
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EMENTA
D66A187508D9140D613C24299FC4C4D6
disposição do juízo, que pode bloquear, retificar, gerir com a autonomia jurisdicional própria aquela conta.
Consigne-se que a sua natureza jurídica é a de ato do devedor em cumprimento da obrigação de pagar,
colocando à disposição do juízo o montante necessário à satisfação do débito. Nesse sentido, a conta
aberta em nome da parte é somente o meio mais célere para efetivar o cumprimento da obrigação, ao
invés do juízo expedir alvará de levantamento. Ou seja, mesmo a conta estando em nome da parte, os
recursos estão à disposição do juízo, não da parte. Assim, não se incorporou ao patrimônio jurídico da
parte o depósito lá efetuado. 5. Isso deixa claro que, mesmo sendo aberta a conta em nome do credor,
não há, desde logo, a transferência dos recursos para a sua titularidade, passando então a integrar o seu
patrimônio, hipótese em que a Lei 13.463/17 seria inconstitucional, por violação ao direito de propriedade.
A titularidade dos recursos só é adquirida com o levantamento, sem oposição, isso sem prejuízo de
questionamento a posteriori da sua regularidade. 6. Para que haja o efetivo cumprimento da obrigação,
270
exige-se do credor o ato processual executório subsequente, que é o levantamento. E, não o fazendo,
sofre as consequências processuais, previstas em lei, decorrentes da sua omissão. 7. Sobre a prescrição,
deve ser observada a disciplina dos artigos 1º e 5º do Decreto nº. 20.910/32, ao estabelecer que: "as
dívidas passivas da União, dos Estados e dos Municípios, bem assim todo e qualquer direito ou ação
contra a Fazenda Federal, Estadual ou Municipal, seja qual for a sua natureza, prescrevem em cinco anos
contados da data do ato ou fato do qual se originarem" e “não tem efeito de suspender a prescrição a
demora do titular do direito ou do crédito ou do seu representante em prestar os esclarecimentos que lhe
forem reclamados ou o fato de não promover o andamento do feito judicial ou do processo administrativo
durante os prazos respectivamente estabelecidos para extinção do seu direito à ação ou reclamação”.
Ressalte-se, por oportuno, a Súmula nº 150 do STF, que dispõe: "Prescreve a execução no mesmo prazo
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
da prescrição da ação". 8. Termo a quo do prazo prescricional. Uma vez depositado o valor, o prazo
prescricional, na forma dos art. 1º c/c art. 5º do Decreto 20.910/1932, deve ser contado a partir da data da
intimação do depósito, quando configurada a paralisação do feito pelo credor. No mesmo sentido,
precedente da 1ª TR, no recurso de Agravo nº 0000327-60.2018.4.01.9340, Relator Juiz Rui Costa
Gonçalves, julgado na sessão de 22/08/2019. 9. Com efeito, já dispunha o art. 48 da Resolução CJF n.
168/2011, que “o tribunal regional federal comunicará a efetivação do depósito ao juízo da execução, e
este cientificará as partes”. Com a obrigação do Juízo da execução de cientificar as partes sobre o
depósito dos valores, correto afirmar que apenas depois dessa ciência é que se pode iniciar a contagem
do prazo prescricional para o credor exercer a sua pretensão de levantamento dos valores depositados e
postos a sua disposição. 10. Tendo-se em visa que a Requisição de Pequeno Valor - RPV foi expedida
em março/2013, há de ser verificado se ocorreu ou não a extinção, pelo advento da prescrição, do crédito
depositado pela parte ré, lembrando-se que o valor em comento se encontrava à disposição do Juízo da
execução, não integrando de imediato o patrimônio da parte autora até o momento de seu efetivo
levantamento. 11. No caso, deixou o Juízo de promover a necessária cientificação do credor de que
ocorrera o depósito da mencionada importância, motivo pelo qual não se iniciou a contagem do prazo da
prescrição intercorrente, dado que inércia não houve, na medida em que a parte credora
D66A187508D9140D613C24299FC4C4D6
desconhecia a possibilidade concreta de fazer o levantamento do valor respectivo, em decorrência do que
a decisão recorrida merece reparo. 12. Provimento do recurso, na forma de agravo de instrumento,
interposto pela parte autora, para afastar a prescrição intercorrente pronunciada no âmbito do Juízo de
primeiro grau e, consequentemente, determinar a reexpedição de Requisição de Pequeno Valor,
conforme título executivo judicial constituído no processo de origem. 13. Oficie-se ao Juízo Federal de
origem para ciência e cumprimento da presente decisão, inclusive mediante o desarquivamento do
processo principal, se for o caso. ACÓRDÃO Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, DAR
PROVIMENTO ao agravo de instrumento da parte autora. Brasília, 23 de outubro de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1
entender pela prescrição, que seja contada a partir da vigência da Lei n. 13.463/17, que instituiu o
“confisco”, porquanto antes desse diploma normativo, os valores permaneciam indefinidamente à
disposição do exequente na instituição financeira; (c) defende a inconstitucionalidade material e formal da
Lei n. 13.463/17, mormente considerando que impõe “prazo de validade” aos precatórios, limitação não
prevista na Constituição Federal e que não poderia ser estabelecida pelo legislador ordinário, sob pena de
ofensa ao art. 100, caput e §5º, da CF; e (d) não seria possível a aplicação do art. 924, V, do CPC/15
(prescrição intercorrente), pois o novo regramento, nos termos do art. 1056, somente começa a contar a
partir da vigência do novel códex, ocorrida em 17/3/2016. 3. Com contrarrazões. 4. Decisão. No âmbito
do procedimento de cumprimento da obrigação de pagar, por meio de Requisições de Pequeno Valor -
RPVs, da Justiça Federal, foi-se instituído um procedimento de abertura de conta em nome do credor,
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
exclusivamente para crédito dos valores oriundos das RPVs. Assim, dispensa-se a lavratura de alvarás,
dado o grande volume de requisições e pelo fato de na maior parte das vezes não haver qualquer óbice
ao levantamento dos recursos
B7F6D73EAEC91C33E90AA1D32C64FD2D
financeiros. Todavia, a conta fica à disposição do juízo, que pode bloquear, retificar, gerir com a
autonomia jurisdicional própria aquela conta. Consigne-se que a sua natureza jurídica é a de ato do
devedor em cumprimento da obrigação de pagar, colocando à disposição do juízo o montante necessário
à satisfação do débito. Nesse sentido, a conta aberta em nome da parte é somente o meio mais célere
para efetivar o cumprimento da obrigação, ao invés do juízo expedir alvará de levantamento. Ou seja,
mesmo a conta estando em nome da parte, os recursos estão à disposição do juízo, não da parte. Assim,
não se incorporou ao patrimônio jurídico da parte o depósito lá efetuado. 5. Isso deixa claro que, mesmo
sendo aberta a conta em nome do credor, não há, desde logo, a transferência dos recursos para a sua
titularidade, passando então a integrar o seu patrimônio, hipótese em que a Lei 13.463/17 seria
inconstitucional, por violação ao direito de propriedade. A titularidade dos recursos só é adquirida com o
levantamento, sem oposição, isso sem prejuízo de questionamento a posteriori da sua regularidade. 6.
Para que haja o efetivo cumprimento da obrigação, exige-se do credor o ato processual executório
subsequente, que é o levantamento. E, não o fazendo, sofre as consequências processuais, previstas em
lei, decorrentes da sua omissão. 7. Sobre a prescrição, deve ser observada a disciplina dos artigos 1º e 5º
do Decreto nº. 20.910/32, ao estabelecer que: "as dívidas passivas da União, dos Estados e dos
Municípios, bem assim todo e qualquer direito ou ação contra a Fazenda Federal, Estadual ou Municipal,
seja qual for a sua natureza, prescrevem em cinco anos contados da data do ato ou fato do qual se
originarem" e “não tem efeito de suspender a prescrição a demora do titular do direito ou do crédito ou do
seu representante em prestar os esclarecimentos que lhe forem reclamados ou o fato de não promover o
andamento do feito judicial ou do processo administrativo durante os prazos respectivamente
estabelecidos para extinção do seu direito à ação ou reclamação”. Ressalte-se, por oportuno, a Súmula nº
150 do STF, que dispõe: "Prescreve a execução no mesmo prazo da prescrição da ação". 8. Termo a
quo do prazo prescricional. Uma vez depositado o valor, o prazo prescricional, na forma dos art. 1º c/c art.
5º do Decreto 20.910/1932, deve ser contado a partir da data da intimação do depósito, quando
configurada a paralisação do feito pelo credor. No mesmo sentido, precedente da 1ª TR, no recurso de
Agravo nº 0000327-60.2018.4.01.9340, Relator Juiz Rui Costa Gonçalves, julgado na sessão de
22/08/2019. 9. Com efeito, já dispunha o art. 48 da Resolução CJF n. 168/2011, que “o tribunal regional
federal comunicará a efetivação do depósito ao juízo da execução, e este cientificará as partes”. Com a
obrigação do Juízo da execução de cientificar as partes sobre o depósito dos valores, correto afirmar que
apenas depois dessa ciência é que se pode iniciar a contagem do prazo prescricional para o credor
exercer a sua pretensão de levantamento dos valores depositados e postos a sua disposição. 10. Tendo-
se em visa que a Requisição de Pequeno Valor - RPV foi expedida em outubro/2012, há de ser verificado
se ocorreu ou não a extinção, pelo advento da prescrição, do crédito depositado pela parte ré, lembrando-
se que o valor em comento se encontrava à disposição do Juízo da execução, não integrando de imediato
o patrimônio da parte autora até o momento de seu efetivo levantamento. 11. No caso, deixou o Juízo de
promover a necessária cientificação do credor de que ocorrera o depósito da mencionada importância,
motivo pelo qual não se iniciou a contagem do prazo da prescrição intercorrente, dado que inércia não
houve, na medida em que a parte credora
B7F6D73EAEC91C33E90AA1D32C64FD2D
desconhecia a possibilidade concreta de fazer o levantamento do valor respectivo, em decorrência do que
a decisão recorrida merece reparo. 12. Provimento do recurso, na forma de agravo de instrumento,
interposto pela parte autora, para afastar a prescrição intercorrente pronunciada no âmbito do Juízo de
primeiro grau e, consequentemente, determinar a reexpedição de Requisição de Pequeno Valor,
conforme título executivo judicial constituído no processo de origem. 13. Oficie-se ao Juízo Federal de
origem para ciência e cumprimento da presente decisão, inclusive mediante o desarquivamento do
272
processo principal, se for o caso. ACÓRDÃO Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, DAR
PROVIMENTO ao agravo de instrumento da parte autora. Brasília, 23 de outubro de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1
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DF0001672A - SOLANGE MARIA DE CARVALHO CAVALCANTE E OUTRO(S) E OUTRO(S)
RECORRIDO (S) : UNIAO FEDERAL ADVOGADO (S) :
EMENTA
911CBAA03A8277679A561EDC1D4F343A
disposição do juízo, que pode bloquear, retificar, gerir com a autonomia jurisdicional própria aquela conta.
Consigne-se que a sua natureza jurídica é a de ato do devedor em cumprimento da obrigação de pagar,
colocando à disposição do juízo o montante necessário à satisfação do débito. Nesse sentido, a conta
aberta em nome da parte é somente o meio mais célere para efetivar o cumprimento da obrigação, ao
invés do juízo expedir alvará de levantamento. Ou seja, mesmo a conta estando em nome da parte, os
recursos estão à disposição do juízo, não da parte. Assim, não se incorporou ao patrimônio jurídico da
parte o depósito lá efetuado. 5. Isso deixa claro que, mesmo sendo aberta a conta em nome do credor,
não há, desde logo, a transferência dos recursos para a sua titularidade, passando então a integrar o seu
patrimônio, hipótese em que a Lei 13.463/17 seria inconstitucional, por violação ao direito de propriedade.
A titularidade dos recursos só é adquirida com o levantamento, sem oposição, isso sem prejuízo de
questionamento a posteriori da sua regularidade. 6. Para que haja o efetivo cumprimento da obrigação,
exige-se do credor o ato processual executório subsequente, que é o levantamento. E, não o fazendo,
sofre as consequências processuais, previstas em lei, decorrentes da sua omissão. 7. Sobre a prescrição,
deve ser observada a disciplina dos artigos 1º e 5º do Decreto nº. 20.910/32, ao estabelecer que: "as
dívidas passivas da União, dos Estados e dos Municípios, bem assim todo e qualquer direito ou ação
contra a Fazenda Federal, Estadual ou Municipal, seja qual for a sua natureza, prescrevem em cinco anos
contados da data do ato ou fato do qual se originarem" e “não tem efeito de suspender a prescrição a
demora do titular do direito ou do crédito ou do seu representante em prestar os esclarecimentos que lhe
273
forem reclamados ou o fato de não promover o andamento do feito judicial ou do processo administrativo
durante os prazos respectivamente estabelecidos para extinção do seu direito à ação ou reclamação”.
Ressalte-se, por oportuno, a Súmula nº 150 do STF, que dispõe: "Prescreve a execução no mesmo prazo
da prescrição da ação". 8. Termo a quo do prazo prescricional. Uma vez depositado o valor, o prazo
prescricional, na forma dos art. 1º c/c art. 5º do Decreto 20.910/1932, deve ser contado a partir da data da
intimação do depósito, quando configurada a paralisação do feito pelo credor. No mesmo sentido,
precedente da 1ª TR, no recurso de Agravo nº 0000327-60.2018.4.01.9340, Relator Juiz Rui Costa
Gonçalves, julgado na sessão de 22/08/2019. 9. Com efeito, já dispunha o art. 48 da Resolução CJF n.
168/2011, que “o tribunal regional federal comunicará a efetivação do depósito ao juízo da execução, e
este cientificará as partes”. Com a obrigação do Juízo da execução de cientificar as partes sobre o
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
depósito dos valores, correto afirmar que apenas depois dessa ciência é que se pode iniciar a contagem
do prazo prescricional para o credor exercer a sua pretensão de levantamento dos valores depositados e
postos a sua disposição. 10. Tendo-se em visa que a Requisição de Pequeno Valor - RPV foi expedida
em novembro/2012, há de ser verificado se ocorreu ou não a extinção, pelo advento da prescrição, do
crédito depositado pela parte ré, lembrando-se que o valor em comento se encontrava à disposição do
Juízo da execução, não integrando de imediato o patrimônio da parte autora até o momento de seu
efetivo levantamento. 11. No caso, deixou o Juízo de promover a necessária cientificação do credor de
que ocorrera o depósito da mencionada importância, motivo pelo qual não se iniciou a contagem do prazo
da prescrição intercorrente, dado que inércia não houve, na medida em que a parte credora
911CBAA03A8277679A561EDC1D4F343A
desconhecia a possibilidade concreta de fazer o levantamento do valor respectivo, em decorrência do que
a decisão recorrida merece reparo. 12. Provimento do recurso, na forma de agravo de instrumento,
interposto pela parte autora, para afastar a prescrição intercorrente pronunciada no âmbito do Juízo de
primeiro grau e, consequentemente, determinar a reexpedição de Requisição de Pequeno Valor,
conforme título executivo judicial constituído no processo de origem. 13. Oficie-se ao Juízo Federal de
origem para ciência e cumprimento da presente decisão, inclusive mediante o desarquivamento do
processo principal, se for o caso. ACÓRDÃO Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, DAR
PROVIMENTO ao agravo de instrumento da parte autora. Brasília, 23 de outubro de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1
EMENTA
provimento no mérito. 8. Agravo Interno provido, para conhecer do agravo de instrumento e, no mérito,
negarlhe provimento.
F533A679C21552996CD32BEE92D16465
ACÓRDÃO Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, DAR PROVIMENTO ao agravo interno.
Brasília, 23 de outubro de 2019.
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1
EMENTA
E9C55662E40820F73A0546D73367C879
aquela conta. Consigne-se que a sua natureza jurídica é a de ato do devedor em cumprimento da
obrigação de pagar, colocando à disposição do juízo o montante necessário à satisfação do débito. Nesse
sentido, a conta aberta em nome da parte é somente o meio mais célere para efetivar o cumprimento da
obrigação, ao invés do juízo expedir alvará de levantamento. Ou seja, mesmo a conta estando em nome
da parte, os recursos estão à disposição do juízo, não da parte. Assim, não se incorporou ao patrimônio
jurídico da parte o depósito lá efetuado. 5. Isso deixa claro que, mesmo sendo aberta a conta em nome
do credor, não há, desde logo, a transferência dos recursos para a sua titularidade, passando então a
integrar o seu patrimônio, hipótese em que a Lei 13.463/17 seria inconstitucional, por violação ao direito
de propriedade. A titularidade dos recursos só é adquirida com o levantamento, sem oposição, isso sem
prejuízo de questionamento a posteriori da sua regularidade. 6. Para que haja o efetivo cumprimento da
obrigação, exige-se do credor o ato processual executório subsequente, que é o levantamento. E, não o
275
fazendo, sofre as consequências processuais, previstas em lei, decorrentes da sua omissão. 7. Sobre a
prescrição, deve ser observada a disciplina dos artigos 1º e 5º do Decreto nº. 20.910/32, ao estabelecer
que: "as dívidas passivas da União, dos Estados e dos Municípios, bem assim todo e qualquer direito ou
ação contra a Fazenda Federal, Estadual ou Municipal, seja qual for a sua natureza, prescrevem em cinco
anos contados da data do ato ou fato do qual se originarem" e “não tem efeito de suspender a prescrição
a demora do titular do direito ou do crédito ou do seu representante em prestar os esclarecimentos que
lhe forem reclamados ou o fato de não promover o andamento do feito judicial ou do processo
administrativo durante os prazos respectivamente estabelecidos para extinção do seu direito à ação ou
reclamação”. Ressalte-se, por oportuno, a Súmula nº 150 do STF, que dispõe: "Prescreve a execução no
mesmo prazo da prescrição da ação". 8. Termo a quo do prazo prescricional. Uma vez depositado o
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
valor, o prazo prescricional, na forma dos art. 1º c/c art. 5º do Decreto 20.910/1932, deve ser contado a
partir da data da intimação do depósito, quando configurada a paralisação do feito pelo credor. No mesmo
sentido, precedente da 1ª TR, no recurso de Agravo nº 0000327-60.2018.4.01.9340, Relator Juiz Rui
Costa Gonçalves, julgado na sessão de 22/08/2019. 9. Com efeito, já dispunha o art. 48 da Resolução
CJF n. 168/2011, que “o tribunal regional federal comunicará a efetivação do depósito ao juízo da
execução, e este cientificará as partes”. Com a obrigação do Juízo da execução de cientificar as partes
sobre o depósito dos valores, correto afirmar que apenas depois dessa ciência é que se pode iniciar a
contagem do prazo prescricional para o credor exercer a sua pretensão de levantamento dos valores
depositados e postos a sua disposição. 10. Tendo-se em visa que a Requisição de Pequeno Valor - RPV
foi expedida em julho/2013, há de ser verificado se ocorreu ou não a extinção, pelo advento da
prescrição, do crédito depositado pela parte ré, lembrando-se que o valor em comento se encontrava à
disposição do Juízo da execução, não integrando de imediato o patrimônio da parte autora até o momento
de seu efetivo levantamento. 11. No caso, a parte autora foi intimada de que ocorrera o depósito dos
valores respectivos em 15/8/2014, por meio do E-CINT (cf. ato ordinatório e certidão registrados em
4/8/2014) e o pedido de reexpedição de RPV foi protocolado 25/1/2019 (cf. processo originário). Portanto,
E9C55662E40820F73A0546D73367C879
não transcorreu o prazo de 5 (cinco) anos, não se configurando, desde modo, a prescrição intercorrente.
12. Provimento do recurso, na forma de agravo de instrumento, interposto pela parte autora, para afastar
a prescrição intercorrente pronunciada no âmbito do Juízo de primeiro grau e, consequentemente,
determinar a reexpedição de Requisição de Pequeno Valor, conforme título executivo judicial constituído
no processo de origem. 13. Oficie-se ao Juízo Federal de origem para ciência e cumprimento da presente
decisão, inclusive mediante o desarquivamento do processo principal, se for o caso. ACÓRDÃO Decide a
2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, DAR PROVIMENTO ao agravo de instrumento da parte
autora. Brasília, 23 de outubro de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1
Assim, dispensa-se a lavratura de alvarás, dado o grande volume de requisições e pelo fato de na maior
parte das vezes não haver qualquer óbice ao levantamento dos recursos financeiros. Todavia, a conta fica
à disposição do juízo, que pode bloquear, retificar, gerir com a autonomia jurisdicional própria aquela
conta. Consigne-se que a sua natureza jurídica é a de ato do devedor em cumprimento da obrigação de
pagar, colocando à disposição do juízo o montante necessário à satisfação do débito. Nesse sentido, a
conta aberta em nome da parte é somente o meio mais célere para efetivar o cumprimento da obrigação,
ao invés do juízo expedir alvará de levantamento. Ou seja, mesmo a conta estando em nome da parte, os
recursos estão à disposição do juízo, não da parte. Assim, não se incorporou ao patrimônio jurídico da
parte o depósito lá efetuado.
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PODER JUDICIÁRIO JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
2ª TURMA RECURSAL
7AB4601F5921033FC03B19EEA9F9634C
5. Isso deixa claro que, mesmo sendo aberta a conta em nome do credor, não há, desde logo, a
transferência dos recursos para a sua titularidade, passando então a integrar o seu patrimônio, hipótese
em que a Lei 13.463/17 seria inconstitucional, por violação ao direito de propriedade. A titularidade dos
recursos só é adquirida com o levantamento, sem oposição, isso sem prejuízo de questionamento a
posteriori da sua regularidade. 6. Para que haja o efetivo cumprimento da obrigação, exige-se do credor
o ato processual executório subsequente, que é o levantamento. E, não o fazendo, sofre as
consequências processuais, previstas em lei, decorrentes da sua omissão. 7. Sobre a prescrição, deve
ser observada a disciplina dos artigos 1º e 5º do Decreto nº. 20.910/32, ao estabelecer que: "as dívidas
passivas da União, dos Estados e dos Municípios, bem assim todo e qualquer direito ou ação contra a
Fazenda Federal, Estadual ou Municipal, seja qual for a sua natureza, prescrevem em cinco anos
contados da data do ato ou fato do qual se originarem" e “não tem efeito de suspender a prescrição a
demora do titular do direito ou do crédito ou do seu representante em prestar os esclarecimentos que lhe
forem reclamados ou o fato de não promover o andamento do feito judicial ou do processo administrativo
durante os prazos respectivamente estabelecidos para extinção do seu direito à ação ou reclamação”.
Ressalte-se, por oportuno, a Súmula nº 150 do STF, que dispõe: "Prescreve a execução no mesmo prazo
da prescrição da ação". 8. Termo a quo do prazo prescricional. Uma vez depositado o valor, o prazo
prescricional, na forma dos art. 1º c/c art. 5º do Decreto 20.910/1932, deve ser contado a partir da data da
intimação do depósito, quando configurada a paralisação do feito pelo credor. No mesmo sentido,
precedente da 1ª TR, no recurso de Agravo nº 0000327-60.2018.4.01.9340, Relator Juiz Rui Costa
Gonçalves, julgado na sessão de 22/08/2019. 9. Com efeito, já dispunha o art. 48 da Resolução CJF n.
168/2011, que “o tribunal regional federal comunicará a efetivação do depósito ao juízo da execução, e
este cientificará as partes”. Com a obrigação do Juízo da execução de cientificar as partes sobre o
depósito dos valores, correto afirmar que apenas depois dessa ciência é que se pode iniciar a contagem
do prazo prescricional para o credor exercer a sua pretensão de levantamento dos valores depositados e
postos a sua disposição. 10. Tendo-se em visa que a Requisição de Pequeno Valor - RPV foi expedida
em maio/2009, há de ser verificado se ocorreu ou não a extinção, pelo advento da prescrição, do crédito
depositado pela parte ré, lembrando-se que o valor em comento se encontrava à disposição do Juízo da
execução, não integrando de imediato o patrimônio da parte autora até o momento de seu efetivo
levantamento. 11. No caso, deixou o Juízo de promover a necessária cientificação do credor de que
ocorrera o depósito da mencionada importância. Contudo, o autor, por sua advogada, em petição
registrada em 8/7/2009 (cf. processo originário), informa que “o valor já fora devidamente liberado”,
requerendo ainda o arquivamento do feito. 12. Ou seja, na situação em análise, o autor tinha
conhecimento da possibilidade concreta de fazer o levantamento dos valores respectivos desde
julho/2009. Mas, deixou transcorrer o prazo e somente em 11/6/2018 requereu a reexpedição da RPV.
13. Portanto, entendo que houve inércia no âmbito do procedimento executório a autorizar a aplicação da
prescrição intercorrente.
7AB4601F5921033FC03B19EEA9F9634C
14. Recurso da União provido. Decisão reformada, para declarar extinta a execução pela ocorrência de
prescrição intercorrente. ACÓRDÃO Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, DAR
PROVIMENTO ao agravo da parte ré. Brasília, 23 de outubro de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1
EMENTA
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
ao fundamento de que “o cumprimento do título judicial formado neste processo, com a consequente
expedição de RPV, não deve ser acolhido, seja porque a parte interessada não promoveu os atos
necessários no prazo de 30 (trinta) dias, previsto no art. 51, da Lei nº 9.099/95, posteriormente ao óbito da
parte autora, seja porque entre o decurso desse prazo e a petição da parte requente objetivando a
habilitação e a consequente expedição do ofício requisitório transcorreu o prazo prescricional” (processo
originário n. 0064526-49.2007.4.01.3400). 2. Razões do agravo de instrumento interposto por ANTONIO
KLEBER LIMA, sucessor da parte autora FRANCISCO ARAÚJO LIMA: (a) o falecimento da parte autora
tem o condão de suspender o curso do processo nos termos do art. 313 do CPC, bem como obriga o
magistrado a intimar o espólio ou os sucessores para regularização do polo processual; e (b) os valores
não recebidos em vida por seus titulares serão pagos aos dependentes habilitados à pensão (Lei n.
6.858/80 e Decreto n. 85.845/81). 3. Com contrarrazões. 4. Decisão. A RPV em nome do autor
FRANCISCO ARAÚJO LIMA nem chegou a ser expedida, já em razão do seu falecimento e da pendência
quanto à habilitação de herdeiros (cf. certidão registrada em 10/2/2016, processo originário). 5.
Esclareça-se que o óbito da parte autora ocorreu em 17/12/2007 e, em 14/4/2011, o agravante solicitou
pela primeira vez sua habilitação nos autos. Devido a problemas na documentação apresentada, o
sucessor foi intimado para regularizar a situação, mas quedouse inerte quanto ao cumprimento da
diligência. Já no ano de 2013, foi realizada nova intimação para se manifestar sobre as pendências,
oportunidade em que o sucessor informou simplesmente que não tinha como cumprir o despacho, em
virtude da quantidade de herdeiros do de cujus. E, solicitou fosse retomada a tramitação do feito em
relação aos demais autores. Em 9/12/2016, o agravante renova o pedido de habilitação de herdeiros.
Inicialmente o sucessor fora novamente intimado para complementar à documentação apresentada e
mais uma vez alegou impossibilidade, agora com base nos “altíssimos custos”.
8A93A32B7FAFD6707F66979C3DBFD86A
6. Nesse contexto processual, não há que se falar em transcurso de prazo prescricional intercorrente, pois
os valores nem chegaram a ser disponibilizados à parte autora. Valendo registrar que desde 2011 o
sucessor tenta sem sucesso habilitar-se aos autos. 7. Além disso, o entendimento jurisprudencial do STJ
é de que não corre o prazo prescricional entre a data do óbito da parte autora e data de habilitação de
seus herdeiros. O óbito da parte suspende o processo, nos termos do art. 313, do CPC/15, e também o
prazo prescricional, até que seja providenciada a habilitação dos sucessores. 8. Nesse sentido:
“ADMINISTRATIVO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. SERVIDOR PÚBLICO
SUBSTITUIÇÃO DA PARTE. SUSPENSÃO DO PROCESSO. HABILITAÇÃO DOS HERDEIROS.
PRESCRIÇÃO NÃO CONSUMADA. AGRAVO INTERNO DA UNIÃO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1.
A morte de uma das partes é causa de imediata suspensão do processo (art. 265, I do CPC/1973),
não havendo previsão legal de prazo prescricional para a habilitação de seus sucessores, de modo que,
aplicando esse entendimento no caso concreto, constata-se que o processo deveria ter ficado suspenso
desde o momento do passamento da autora, ocorrido ainda na fase de conhecimento, não podendo ser
contado, a partir desse evento, nenhum lapso prescricional em prejuízo aos herdeiros, seja para a
habilitação deles, seja para a propositura da Ação de Execução (REsp. 1.707.423/RS, Rel. Ministro
GURGEL DE FARIA, DJe 22.2.2018). 2. Agravo Interno da União a que se nega provimento” (STJ -
AgInt no REsp 1508584 / PE, Primeira Turma, Rel. Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, DJe de
06/12/2018). 9. Quanto à alegação de que o processo deve ser extinto porque não houve habilitação em
30 dias da data do óbito, colha-se o seguinte precedente da Turma Recursal de Juiz de Fora/MG, que
bem expôs a questão da habilitação, no âmbito dos JEFs: “Diante desta realidade, entendo que não é
razoável exigir-se do patrono da parte autora - diante do longo prazo de espera para julgamento do
recurso, somado ao exíguo prazo legal para habilitação de sucessores - certificar-se a todo mês se houve
óbito de algum de seus clientes, para o fim de promover a habilitação dentro dos 30 dias que a lei prevê.
Aliás, o que se vê na maioria das vezes é que o advogado somente toma ciência do falecimento da parte
quando tal informação é trazida aos autos pela parte contrária. 6. Ademais, ainda que os Juizados
Especiais sejam regidos por procedimento mais célere, não se pode perder de vista que o processo não é
um fim em si mesmo; ao contrário, deve servir de instrumento para pôr fim aos conflitos sociais, o que não
ocorre quando se extingue de plano a lide pela falta de habilitação dos sucessores. 7. Assim, a
interpretação que melhor atende ao princípio da razoabilidade é no sentido de que o art. 51 da Lei n.
9.099/95 somente autoriza a extinção do processo quando, intimado o patrono da parte autora, este deixa
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Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
PODER JUDICIÁRIO JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
2ª TURMA RECURSAL
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prescrição e de preclusão da faculdade de se proceder à habilitação, devendo o processo retornar ao
Juízo de origem, para efetiva apreciação e decisão acerca do pedido de habilitação, com a continuidade
da fase de cumprimento do julgado, quanto a essa autora. ACÓRDÃO Decide a 2ª Turma Recursal do
DF, por unanimidade, DAR PROVIMENTO ao agravo de instrumento. Brasília, 23 de outubro de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1
EMENTA
80052D53B66BDFE321E3271BA3E970E5
exclusivamente para crédito dos valores oriundos das RPVs. Assim, dispensa-se a lavratura de alvarás,
dado o grande volume de requisições e pelo fato de na maior parte das vezes não haver qualquer óbice
ao levantamento dos recursos financeiros. Todavia, a conta fica à disposição do juízo, que pode bloquear,
279
retificar, gerir com a autonomia jurisdicional própria aquela conta. Consigne-se que a sua natureza jurídica
é a de ato do devedor em cumprimento da obrigação de pagar, colocando à disposição do juízo o
montante necessário à satisfação do débito. Nesse sentido, a conta aberta em nome da parte é somente
o meio mais célere para efetivar o cumprimento da obrigação, ao invés do juízo expedir alvará de
levantamento. Ou seja, mesmo a conta estando em nome da parte, os recursos estão à disposição do
juízo, não da parte. Assim, não se incorporou ao patrimônio jurídico da parte o depósito lá efetuado. 6.
Isso deixa claro que, mesmo sendo aberta a conta em nome do credor, não há, desde logo, a
transferência dos recursos para a sua titularidade, passando então a integrar o seu patrimônio, hipótese
em que a Lei 13.463/17 seria inconstitucional, por violação ao direito de propriedade. A titularidade dos
recursos só é adquirida com o levantamento, sem oposição, isso sem prejuízo de questionamento a
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
posteriori da sua regularidade. 7. Para que haja o efetivo cumprimento da obrigação, exige-se do credor
o ato processual executório subsequente, que é o levantamento. E, não o fazendo, sofre as
consequências processuais, previstas em lei, decorrentes da sua omissão. 8. Sobre a prescrição, deve
ser observada a disciplina dos artigos 1º e 5º do Decreto nº. 20.910/32, ao estabelecer que: "as dívidas
passivas da União, dos Estados e dos Municípios, bem assim todo e qualquer direito ou ação contra a
Fazenda Federal, Estadual ou Municipal, seja qual for a sua natureza, prescrevem em cinco anos
contados da data do ato ou fato do qual se originarem" e “não tem efeito de suspender a prescrição a
demora do titular do direito ou do crédito ou do seu representante em prestar os esclarecimentos que lhe
forem reclamados ou o fato de não promover o andamento do feito judicial ou do processo administrativo
durante os prazos respectivamente estabelecidos para extinção do seu direito à ação ou reclamação”.
Ressalte-se, por oportuno, a Súmula nº 150 do STF, que dispõe: "Prescreve a execução no mesmo prazo
da prescrição da ação". 9. Termo a quo do prazo prescricional. Uma vez depositado o valor, o prazo
prescricional, na forma dos art. 1º c/c art. 5º do Decreto 20.910/1932, deve ser contado a partir da data da
intimação do depósito, quando configurada a paralisação do feito pelo credor. No mesmo sentido,
precedente da 1ª TR, no recurso de Agravo nº 0000327-60.2018.4.01.9340, Relator Juiz Rui Costa
Gonçalves, julgado na sessão de 22/08/2019. 10. Com efeito, já dispunha o art. 48 da Resolução CJF n.
168/2011, que “o tribunal regional federal comunicará a efetivação do depósito ao juízo da execução, e
este cientificará as partes”. Com a obrigação do Juízo da execução de cientificar as partes sobre o
depósito dos valores, correto afirmar que apenas depois dessa ciência é que se pode iniciar a contagem
do prazo prescricional para o credor exercer a sua pretensão de levantamento dos valores depositados e
postos a sua disposição. 11. Tendo-se em visa que a Requisição de Pequeno Valor - RPV foi expedida
em junho/2012, há de ser verificado se ocorreu ou não a extinção, pelo advento da prescrição, do crédito
depositado pela parte ré, lembrando-se que o valor em comento se encontrava à disposição do Juízo da
execução, não integrando de imediato o patrimônio da parte autora até o momento de seu efetivo
levantamento.
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12. No caso, deixou o Juízo de promover a necessária cientificação do credor de que ocorrera o depósito
da mencionada importância, motivo pelo qual não se iniciou a contagem do prazo da prescrição
intercorrente, dado que inércia não houve, na medida em que a parte credora desconhecia a possibilidade
concreta de fazer o levantamento do valor respectivo, em decorrência do que a decisão recorrida merece
reparo. 13. Provimento do recurso, na forma de agravo de instrumento, interposto pela parte autora, para
afastar a prescrição intercorrente pronunciada no âmbito do Juízo de primeiro grau e, consequentemente,
determinar a reexpedição de Requisição de Pequeno Valor, conforme título executivo judicial constituído
no processo de origem. 14. Oficie-se ao Juízo Federal de origem para ciência e cumprimento da presente
decisão, inclusive mediante o desarquivamento do processo principal, se for o caso. ACÓRDÃO Decide a
2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, DAR PROVIMENTO ao agravo de instrumento da parte
autora. Brasília, 23 de outubro de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1
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processual; (b) no caso remotíssimo de se entender pela prescrição, que seja contada a partir da vigência
da Lei n. 13.463/17, que instituiu o “confisco”, porquanto antes desse diploma normativo, os valores
permaneciam indefinidamente à disposição do exequente na instituição financeira; (c) defende a
inconstitucionalidade material e formal da Lei n. 13.463/17, mormente considerando que impõe “prazo de
validade” aos precatórios, limitação não prevista na Constituição Federal e que não poderia ser
estabelecida pelo legislador ordinário, sob pena de ofensa ao art. 100, caput e §5º, da CF; e (d) não seria
possível a aplicação do art. 924, V, do CPC/15 (prescrição intercorrente), pois o novo regramento, nos
termos do art. 1056, somente começa a contar a partir da vigência do novel códex, ocorrida em
17/3/2016. 3. Com contrarrazões. 4. Decisão. Como bem ressaltado pelo juízo a quo, no âmbito do
procedimento de cumprimento da obrigação de pagar, por meio de Requisições de Pequeno Valor -
RPVs, da Justiça Federal, foi-se instituído um procedimento de abertura de conta em nome do credor,
exclusivamente para crédito dos valores oriundos das RPVs. Assim, dispensa-se a lavratura de alvarás,
dado o grande volume de requisições e pelo fato de na maior parte das vezes não haver qualquer óbice
ao levantamento dos recursos financeiros. Todavia, a conta fica à
B2C14FDC00B73B6DAC25309D76CF4CC3
disposição do juízo, que pode bloquear, retificar, gerir com a autonomia jurisdicional própria aquela conta.
Consigne-se que a sua natureza jurídica é a de ato do devedor em cumprimento da obrigação de pagar,
colocando à disposição do juízo o montante necessário à satisfação do débito. Nesse sentido, a conta
aberta em nome da parte é somente o meio mais célere para efetivar o cumprimento da obrigação, ao
invés do juízo expedir alvará de levantamento. Ou seja, mesmo a conta estando em nome da parte, os
recursos estão à disposição do juízo, não da parte. Assim, não se incorporou ao patrimônio jurídico da
parte o depósito lá efetuado. 5. Isso deixa claro que, mesmo sendo aberta a conta em nome do credor,
não há, desde logo, a transferência dos recursos para a sua titularidade, passando então a integrar o seu
patrimônio, hipótese em que a Lei 13.463/17 seria inconstitucional, por violação ao direito de propriedade.
A titularidade dos recursos só é adquirida com o levantamento, sem oposição, isso sem prejuízo de
questionamento a posteriori da sua regularidade. 6. Para que haja o efetivo cumprimento da obrigação,
exige-se do credor o ato processual executório subsequente, que é o levantamento. E, não o fazendo,
sofre as consequências processuais, previstas em lei, decorrentes da sua omissão. 7. Sobre a prescrição,
deve ser observada a disciplina dos artigos 1º e 5º do Decreto nº. 20.910/32, ao estabelecer que: "as
dívidas passivas da União, dos Estados e dos Municípios, bem assim todo e qualquer direito ou ação
contra a Fazenda Federal, Estadual ou Municipal, seja qual for a sua natureza, prescrevem em cinco anos
contados da data do ato ou fato do qual se originarem" e “não tem efeito de suspender a prescrição a
demora do titular do direito ou do crédito ou do seu representante em prestar os esclarecimentos que lhe
forem reclamados ou o fato de não promover o andamento do feito judicial ou do processo administrativo
durante os prazos respectivamente estabelecidos para extinção do seu direito à ação ou reclamação”.
Ressalte-se, por oportuno, a Súmula nº 150 do STF, que dispõe: "Prescreve a execução no mesmo prazo
da prescrição da ação". 8. Termo a quo do prazo prescricional. Uma vez depositado o valor, o prazo
prescricional, na forma dos art. 1º c/c art. 5º do Decreto 20.910/1932, deve ser contado a partir da data da
intimação do depósito, quando configurada a paralisação do feito pelo credor. No mesmo sentido,
precedente da 1ª TR, no recurso de Agravo nº 0000327-60.2018.4.01.9340, Relator Juiz Rui Costa
Gonçalves, julgado na sessão de 22/08/2019. 9. Com efeito, já dispunha o art. 48 da Resolução CJF n.
168/2011, que “o tribunal regional federal comunicará a efetivação do depósito ao juízo da execução, e
este cientificará as partes”. Com a obrigação do Juízo da execução de cientificar as partes sobre o
depósito dos valores, correto afirmar que apenas depois dessa ciência é que se pode iniciar a contagem
do prazo prescricional para o credor exercer a sua pretensão de levantamento dos valores depositados e
postos a sua disposição. 10. Tendo-se em visa que a Requisição de Pequeno Valor - RPV foi expedida
em novembro/2012, há de ser verificado se ocorreu ou não a extinção, pelo advento da prescrição, do
crédito depositado pela parte ré, lembrando-se que o valor em comento se encontrava à disposição do
Juízo da execução, não integrando de imediato o patrimônio da parte autora até o momento de seu
efetivo levantamento. 11. No caso, deixou o Juízo de promover a necessária cientificação do credor de
que ocorrera o depósito da mencionada importância, motivo pelo qual não se iniciou a contagem do prazo
da prescrição intercorrente, dado que inércia não houve, na medida em que a parte credora
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desconhecia a possibilidade concreta de fazer o levantamento do valor respectivo, em decorrência do que
a decisão recorrida merece reparo. 12. Provimento do recurso, na forma de agravo de instrumento,
interposto pela parte autora, para afastar a prescrição intercorrente pronunciada no âmbito do Juízo de
primeiro grau e, consequentemente, determinar a reexpedição de Requisição de Pequeno Valor,
conforme título executivo judicial constituído no processo de origem. 13. Oficie-se ao Juízo Federal de
origem para ciência e cumprimento da presente decisão, inclusive mediante o desarquivamento do
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
processo principal, se for o caso. ACÓRDÃO Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, DAR
PROVIMENTO ao agravo de instrumento da parte autora. Brasília, 23 de outubro de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1
EMENTA
8E93174EA3A6CECF58A5A649F58EED58
disposição do juízo, que pode bloquear, retificar, gerir com a autonomia jurisdicional própria aquela conta.
Consigne-se que a sua natureza jurídica é a de ato do devedor em cumprimento da obrigação de pagar,
colocando à disposição do juízo o montante necessário à satisfação do débito. Nesse sentido, a conta
aberta em nome da parte é somente o meio mais célere para efetivar o cumprimento da obrigação, ao
invés do juízo expedir alvará de levantamento. Ou seja, mesmo a conta estando em nome da parte, os
recursos estão à disposição do juízo, não da parte. Assim, não se incorporou ao patrimônio jurídico da
parte o depósito lá efetuado. 5. Isso deixa claro que, mesmo sendo aberta a conta em nome do credor,
não há, desde logo, a transferência dos recursos para a sua titularidade, passando então a integrar o seu
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patrimônio, hipótese em que a Lei 13.463/17 seria inconstitucional, por violação ao direito de propriedade.
A titularidade dos recursos só é adquirida com o levantamento, sem oposição, isso sem prejuízo de
questionamento a posteriori da sua regularidade. 6. Para que haja o efetivo cumprimento da obrigação,
exige-se do credor o ato processual executório subsequente, que é o levantamento. E, não o fazendo,
sofre as consequências processuais, previstas em lei, decorrentes da sua omissão. 7. Sobre a prescrição,
deve ser observada a disciplina dos artigos 1º e 5º do Decreto nº. 20.910/32, ao estabelecer que: "as
dívidas passivas da União, dos Estados e dos Municípios, bem assim todo e qualquer direito ou ação
contra a Fazenda Federal, Estadual ou Municipal, seja qual for a sua natureza, prescrevem em cinco anos
contados da data do ato ou fato do qual se originarem" e “não tem efeito de suspender a prescrição a
demora do titular do direito ou do crédito ou do seu representante em prestar os esclarecimentos que lhe
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
forem reclamados ou o fato de não promover o andamento do feito judicial ou do processo administrativo
durante os prazos respectivamente estabelecidos para extinção do seu direito à ação ou reclamação”.
Ressalte-se, por oportuno, a Súmula nº 150 do STF, que dispõe: "Prescreve a execução no mesmo prazo
da prescrição da ação". 8. Termo a quo do prazo prescricional. Uma vez depositado o valor, o prazo
prescricional, na forma dos art. 1º c/c art. 5º do Decreto 20.910/1932, deve ser contado a partir da data da
intimação do depósito, quando configurada a paralisação do feito pelo credor. No mesmo sentido,
precedente da 1ª TR, no recurso de Agravo nº 0000327-60.2018.4.01.9340, Relator Juiz Rui Costa
Gonçalves, julgado na sessão de 22/08/2019. 9. Com efeito, já dispunha o art. 48 da Resolução CJF n.
168/2011, que “o tribunal regional federal comunicará a efetivação do depósito ao juízo da execução, e
este cientificará as partes”. Com a obrigação do Juízo da execução de cientificar as partes sobre o
depósito dos valores, correto afirmar que apenas depois dessa ciência é que se pode iniciar a contagem
do prazo prescricional para o credor exercer a sua pretensão de levantamento dos valores depositados e
postos a sua disposição. 10. Tendo-se em visa que a Requisição de Pequeno Valor - RPV foi expedida
em setembro/2013, há de ser verificado se ocorreu ou não a extinção, pelo advento da prescrição, do
crédito depositado pela parte ré, lembrando-se que o valor em comento se encontrava à disposição do
Juízo da execução, não integrando de imediato o patrimônio da parte autora até o momento de seu
efetivo levantamento. 11. No caso, deixou o Juízo de promover a necessária cientificação do credor de
que ocorrera o depósito da mencionada importância, motivo pelo qual não se iniciou a contagem do prazo
da prescrição intercorrente, dado que inércia não houve, na medida em que a parte credora
8E93174EA3A6CECF58A5A649F58EED58
desconhecia a possibilidade concreta de fazer o levantamento do valor respectivo, em decorrência do que
a decisão recorrida merece reparo. 12. Provimento do recurso, na forma de agravo de instrumento,
interposto pela parte autora, para afastar a prescrição intercorrente pronunciada no âmbito do Juízo de
primeiro grau e, consequentemente, determinar a reexpedição de Requisição de Pequeno Valor,
conforme título executivo judicial constituído no processo de origem. 13. Oficie-se ao Juízo Federal de
origem para ciência e cumprimento da presente decisão, inclusive mediante o desarquivamento do
processo principal, se for o caso. ACÓRDÃO Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, DAR
PROVIMENTO ao agravo de instrumento da parte autora. Brasília, 23 de outubro de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1
execução, não havendo mais nada a ser debatido acerca do direito de crédito. Após o depósito da RPV
os valores passam a fazer parte do patrimônio jurídico do autor e o pedido de nova RPV é mero incidente
processual; (b) no caso remotíssimo de se entender pela prescrição, que seja contada a partir da vigência
da Lei n. 13.463/17, que instituiu o “confisco”, porquanto antes desse diploma normativo, os valores
permaneciam indefinidamente à disposição do exequente na instituição financeira; (c) defende a
inconstitucionalidade material e formal da Lei n. 13.463/17, mormente considerando que impõe “prazo de
validade” aos precatórios, limitação não prevista na Constituição Federal e que não poderia ser
estabelecida pelo legislador ordinário, sob pena de ofensa ao art. 100, caput e §5º, da CF; e (d) não seria
possível a aplicação do art. 924, V, do CPC/15 (prescrição intercorrente), pois o novo regramento, nos
termos do art. 1056, somente começa a contar a partir da vigência do novel códex, ocorrida em
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
17/3/2016. 3. Com contrarrazões. 4. Decisão. Como bem ressaltado pelo juízo a quo, no âmbito do
procedimento de cumprimento da obrigação de pagar, por meio de Requisições de Pequeno Valor -
RPVs, da Justiça Federal, foi-se instituído um procedimento de abertura de conta em nome do credor,
exclusivamente para crédito dos valores oriundos das RPVs. Assim, dispensa-se a lavratura de alvarás,
dado o grande volume de requisições e pelo fato de na maior parte das vezes não haver qualquer óbice
ao levantamento dos recursos financeiros. Todavia, a conta fica à
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disposição do juízo, que pode bloquear, retificar, gerir com a autonomia jurisdicional própria aquela conta.
Consigne-se que a sua natureza jurídica é a de ato do devedor em cumprimento da obrigação de pagar,
colocando à disposição do juízo o montante necessário à satisfação do débito. Nesse sentido, a conta
aberta em nome da parte é somente o meio mais célere para efetivar o cumprimento da obrigação, ao
invés do juízo expedir alvará de levantamento. Ou seja, mesmo a conta estando em nome da parte, os
recursos estão à disposição do juízo, não da parte. Assim, não se incorporou ao patrimônio jurídico da
parte o depósito lá efetuado. 5. Isso deixa claro que, mesmo sendo aberta a conta em nome do credor,
não há, desde logo, a transferência dos recursos para a sua titularidade, passando então a integrar o seu
patrimônio, hipótese em que a Lei 13.463/17 seria inconstitucional, por violação ao direito de propriedade.
A titularidade dos recursos só é adquirida com o levantamento, sem oposição, isso sem prejuízo de
questionamento a posteriori da sua regularidade. 6. Para que haja o efetivo cumprimento da obrigação,
exige-se do credor o ato processual executório subsequente, que é o levantamento. E, não o fazendo,
sofre as consequências processuais, previstas em lei, decorrentes da sua omissão. 7. Sobre a prescrição,
deve ser observada a disciplina dos artigos 1º e 5º do Decreto nº. 20.910/32, ao estabelecer que: "as
dívidas passivas da União, dos Estados e dos Municípios, bem assim todo e qualquer direito ou ação
contra a Fazenda Federal, Estadual ou Municipal, seja qual for a sua natureza, prescrevem em cinco anos
contados da data do ato ou fato do qual se originarem" e “não tem efeito de suspender a prescrição a
demora do titular do direito ou do crédito ou do seu representante em prestar os esclarecimentos que lhe
forem reclamados ou o fato de não promover o andamento do feito judicial ou do processo administrativo
durante os prazos respectivamente estabelecidos para extinção do seu direito à ação ou reclamação”.
Ressalte-se, por oportuno, a Súmula nº 150 do STF, que dispõe: "Prescreve a execução no mesmo prazo
da prescrição da ação". 8. Termo a quo do prazo prescricional. Uma vez depositado o valor, o prazo
prescricional, na forma dos art. 1º c/c art. 5º do Decreto 20.910/1932, deve ser contado a partir da data da
intimação do depósito, quando configurada a paralisação do feito pelo credor. No mesmo sentido,
precedente da 1ª TR, no recurso de Agravo nº 0000327-60.2018.4.01.9340, Relator Juiz Rui Costa
Gonçalves, julgado na sessão de 22/08/2019. 9. Com efeito, já dispunha o art. 48 da Resolução CJF n.
168/2011, que “o tribunal regional federal comunicará a efetivação do depósito ao juízo da execução, e
este cientificará as partes”. Com a obrigação do Juízo da execução de cientificar as partes sobre o
depósito dos valores, correto afirmar que apenas depois dessa ciência é que se pode iniciar a contagem
do prazo prescricional para o credor exercer a sua pretensão de levantamento dos valores depositados e
postos a sua disposição. 10. Tendo-se em visa que a Requisição de Pequeno Valor - RPV foi expedida
em abril/2012, há de ser verificado se ocorreu ou não a extinção, pelo advento da prescrição, do crédito
depositado pela parte ré, lembrando-se que o valor em comento se encontrava à disposição do Juízo da
execução, não integrando de imediato o patrimônio da parte autora até o momento de seu efetivo
levantamento. 11. No caso, deixou o Juízo de promover a necessária cientificação do credor de que
ocorrera o depósito da mencionada importância, motivo pelo qual não se iniciou a contagem do prazo da
prescrição intercorrente, dado que inércia não houve, na medida em que a parte credora
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desconhecia a possibilidade concreta de fazer o levantamento do valor respectivo, em decorrência do que
a decisão recorrida merece reparo. 12. Provimento do recurso, na forma de agravo de instrumento,
interposto pela parte autora, para afastar a prescrição intercorrente pronunciada no âmbito do Juízo de
primeiro grau e, consequentemente, determinar a reexpedição de Requisição de Pequeno Valor,
284
conforme título executivo judicial constituído no processo de origem. 13. Oficie-se ao Juízo Federal de
origem para ciência e cumprimento da presente decisão, inclusive mediante o desarquivamento do
processo principal, se for o caso. ACÓRDÃO Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, DAR
PROVIMENTO ao agravo de instrumento da parte autora. Brasília, 23 de outubro de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
PROCESSO Nº : 0000050-10.2019.4.01.9340 RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO
CASTRO MARTINS RECORRENTE (S) : UNIAO FEDERAL ADVOGADO (S) : - FABIO TESOLIN
RODRIGUES RECORRIDO (S) : IRENE ROZI FLIZICOSKI CRUZ ADVOGADO (S) : MG0095876A -
ERALDO LACERDA JUNIOR
EMENTA AGRAVO DE INSTRUMENTO. DECISÃO INTERLOCUTÓRIA PROFERIDA EM SEDE DE
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. HOMOLOGAÇÃO DE CÁLCULOS. TÍTULO INEXEQUIVEL.
RECURSO PROVIDO. DECISÃO REFORMADA. 1. Agravo de Instrumento interposto pela União contra
decisão que, em sede de cumprimento de sentença, homologou os cálculos apresentados pela
Contadoria Judicial (processo originário n. 0009688-78.2015.4.01.3400). 2. A ré alega, sucintamente, que
a decisão ofende a coisa julgada e os limites da lide, em manifesto excesso de execução. 3. Sem
contrarrazões. 4. Decisão. A parte autora Irene Rozi Flizicoski Cruz, pensionista do Ministério do
Trabalho desde 3/4/2012 (Mat. 05579953), ajuizou ação objetivando o direito à paridade remuneratória
com os servidores da ativa do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes - DNIT, para lhe
ser estendidas todas as vantagens financeiras decorrentes da Lei n. 11.171/2005. 5. Esclareça-se que o
instituidor da pensão, Manoel Juvenal da Cruz, era servidor aposentado do extinto Departamento de
Estrada e Rodagem – DNER, no cargo de motorista oficial. 6. No início do processo originário (n.
0009688-78.2015.4.01.3400) foi detectada prevenção em relação ao processo n. 0091994-
41.2014.4.01.3400 (17ª VF/SJDF – referido processo encontra-se em tramitação no JEF sob a numeração
0042920-47.2016.4.01.3400). Na oportunidade, a autora esclareceu que nos autos preventos os autores
“objetivam sim o reenquadramento na tabela remuneratória do DNIT, contudo, naquela demanda o que se
postula é o direito dos herdeiros na matrícula 0865713, referente a período diverso do postulado pela
pensionista na presente demanda, conforme comprova a inicial anexa”. 7. Portanto, nos autos em
epígrafe a lide está delimitada a condição da autora como pensionista. A sentença foi procedente e
transitou em julgado 26/5/2017. 8. Em sede de cumprimento de sentença, a União informou que a autora
já teria se beneficiado de título executivo judicial extraído da ação coletiva nº 0006542-44.2006.4.01.3400,
e requereu a extinção da fase executiva. 9. Diante das alegações, a Contadoria Judicial informou que a
obrigação de fazer consistente no reenquadramento funcional do instituidor da pensão nos Plano de
Cargos do DNIT foi cumprida a partir dez/2011; e posteriormente apresentou cálculos relativos às
parcelas pretéritas de fev/2010 a junho/2011, no valor de R$ 52.112,90.
2F92AEAE118D079A256007CB0E5C2D67
10. Pois bem, se o reenquadramento funcional do instituidor da pensão nos Planos de Cargos do DNIT
ocorreu em dez/2011 e a pensão instituída somente a partir de 3/4/2012, a União tem razão ao afirmar
que não existem valores a serem executados na condição de pensionista (Mat. 05579953). 11. Por outro
lado, a planilha de cálculos elaborada pela SECAJ é referente ao período de fevereiro/2010 a junho/2011,
e diz respeito aos valores passíveis de serem reconhecidos e executados nos autos do processo n.
0042920-47.2016.4.01.3400, no qual a autora também figura como parte, mas na condição de herdeira do
servidor falecido (Mat. 0865713). O pagamento em duplicidade configuraria enriquecimento ilícito da
parte. 12. Recurso da parte ré provido. Decisão reformada para reconhecer a inexigibilidade do titulo
judicial constituído nos autos. ACÓRDÃO Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, DAR
PROVIMENTO ao agravo de instrumento interposto pela parte autora. Brasília, 9 de outubro de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1
pelo INSS, com pedido de efeito suspensivo, contra decisão que ratificou decisão anterior de
homologação de cálculos, no valor de R$ 98.099,61, e determinou a expedição de precatório em favor da
parte autora. 2. O réu sustenta que o valor realmente devido seria de R$ 87.996,99. Aduz, em apertada
síntese, que não foram incluídas no valor de alçada do JEF (60 salários mínimos vigente à data do
ajuizamento da ação) as doze parcelas vincendas (processo de origem n. 006489477.2015.4.01.3400). 3.
Com contrarrazões. 4. Decisão. A parte autora teve reconhecido o direito à concessão do benefício de
aposentadoria por tempo de contribuição, desde 1/7/2015, com pagamento das parcelas retroativas
corrigidas pelo INPC e juros de mora em observância da Lei n. 11.960/09. 5. Segundo os cálculos
apresentado pelo INSS, as parcelas vencidas até o ajuizamento da ação representam R$ 13.989,53
(período de 1/7/2015 a 30/10/2015). Esse valor estaria dentro do limite de alçada do JEF de 60 (sessenta)
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
salários mínimos vigente à época do ajuizamento da ação em 30/10/2015, qual seja R$ 47.280,00. Nessa
perspectiva, o autor teria a receber R$ 98.099,61. 6. Mas, se na apuração do valor de alçada forem
incluídas às doze parcelas vincendas, chegar-se-ia ao valor de R$ 55.759,85 (soma das parcelas
vencidas + as doze parcelas vincendas). Isso ficaria acima do limite de alçada do JEF á época do
ajuizamento (R$ 47.280,00). 7. Assim, com a inclusão das doze parcelas vincendas na apuração da
alçada e a limitação ao teto de 60 salários mínimos ao tempo do ajuizamento, o valor a ser executado
seria de R$ 87.996,99. Resumidamente: Ajuizamento 60 SM na data do ajuizamento Fórmula de cálculo
do valor de alçada Situação Valor a receber
30/10/2015
R$ 47.280,00
R$ 13.989,53
Abaixo do teto R$ 98.099,61
0929F726971E696C3F2BF6B2A64A55F5
788,00) Soma das parcelas vencidas + as 12 vincendas
R$ 55.759,85
Acima do teto (limitação a 60 SM)
R$ 87.996,99
8. Alçada de 60 (sessenta) salários mínimos. Inclusão das 12 (doze) parcelas vincendas. Nas ações com
obrigações por tempo indeterminado, o valor da causa - que deverá corresponder ao efetivo proveito
econômico pretendido pelo autor - corresponderá à soma total das prestações vencidas à data do
ajuizamento mais o montante de 12 (doze) prestações vincendas (art. 292, §§ 1º e 2º, do NCPC/15). Para
fins de fixação da competência do JEF, esta soma fica limitada a 60 (sessenta) salários mínimos. 9.
Assim, para fins de corte de alçada/renúncia para fins de definição de competência do JEF deverá ser
considerada a soma das parcelas vencidas até o ajuizamento da ação e o montante correspondente a
doze parcelas vincendas nas obrigações de trato sucessivo (valor da causa), limitadas a sessenta salários
mínimos. 10. Esse entendimento já foi aplicado por essa 2ª Turma Recursal: processo n.
000020518.2016.4.01.9340; processo n. 0000063-82.2014.4.01.9340; processo n.
005209366.2014.4.01.3400; e, processo n. 0045244-78.2014.4.01.3400, todos dessa Relatoria. 11. No
mesmo sentido, os seguintes precedentes da TNU: (PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO DE
INTERPRETAÇÃO DE LEI FEDERAL 00088266220144013200, JUIZ FEDERAL FÁBIO CESAR DOS
SANTOS OLIVEIRA, DOU 27/01/2017 PÁG. 101/164); e, (PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO DE
INTERPRETAÇÃO DE LEI FEDERAL 00188647020134013200, JUIZ FEDERAL FÁBIO CESAR DOS
SANTOS OLIVEIRA, DOU 27/01/2017). 12. Vale destacar que “(...) Após a demanda, os valores
atrasados, ou seja, os valores da condenação, não se sujeitam à limitação dos 60 (sessenta) salários
mínimos, daí a redação cristalina do artigo 17, §4º da Lei nº 10.259/01. Foi nesse sentido a aprovação da
Súmula nº 17 da TNU: para que não se interprete o ingresso nos Juizados Especiais Federais, como
renúncia à execução de valores da condenação superiores a tal limite repita-se, pois diferente de valor da
causa. Igualmente importante consignar que, por outro lado, o que se consolidou não foi a possibilidade
do autor da demanda não renunciar ao excedente e, ao fim arguir, maliciosamente, a ausência de sua
renúncia para tudo receber, sem qualquer desconto, até mesmo porque estamos tratando de questão de
competência absoluta” (PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO DE INTERPRETAÇÃO DE LEI FEDERAL
00079844320054036304, JUIZ FEDERAL FÁBIO CESAR DOS SANTOS OLIVEIRA, DOU 10/06/2016
PÁGINAS 133/247). 13. Provimento do agravo de instrumento interposto pela parte ré, para acolher os
286
cálculos do INSS no valor de R$ 87.996,99 (oitenta e sete mil, novecentos e noventa e seis reais e
noventa em nove centavos), atualizados até 10/2018.
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
2ª TURMA RECURSAL
0929F726971E696C3F2BF6B2A64A55F5
ACÓRDÃO Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, DAR PROVIMENTO ao recurso da
parte ré. Brasília, 9 de outubro de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1
E3D1100DF2203543D2030804777255E9
os cálculos dos benefícios só divergem quanto à incidência do fator previdenciário. Contudo, observa-se
que o INSS encontrou para o mesmo período básico de cálculo – PBC (julho/1994 a junho/2014) 237
salários de contribuição, foram incluídas nesse segundo cálculo as competências de setembro/1994,
outubro/2000 a fevereiro/2002, abril/2002 e janeiro/2006 a dezembro/2006. O MSC/salário de benefício
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Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
pelo juízo a quo e seja dada continuidade no cumprimento de sentença, para se examinar as divergências
das partes quanto ao cumprimento integral da obrigação de fazer, com a correta apuração do valor da
RMI do benefício de aposentadoria especial. ACÓRDÃO Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por
unanimidade, DAR PROVIMENTO PARCIAL ao agravo de instrumento da parte autora. Brasília, 9 de
outubro de 2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1
EMENTA
A1DC4CB015A7D1C9164B7054F0097DC7
7. Inicialmente, foi deferido efeito suspensivo a decisão de primeiro grau, com fundamento no precedente
da TNU firmado nos autos do PEDILEF n. 0513797-95.2016.4.05.8100 (Rel. Juiz Federal Fernando
Moreira Gonçalves, j. 21/6/2018), que entendeu ser incabível a prorrogação do benefício do salário
maternidade, ante a inexistência de previsão legal e de ausência de fonte de custeio para o pagamento
do benefício por prazo superior a 120 (cento e vinte) dias. 8. Mas, na sessão de 9/10/2019, no processo
n. 0000102-06.2019.4.01.9340 (Rel. Juiz David Wilson de Abreu Pardo), esta Turma Recursal manteve o
entendimento anterior, firmado no precedente n. 0000345-18.2017.4.01.9340 (Rel. Juíza Federal Cristiane
Pederzolli Rentzsch, j. 11/4/2018, e-DJF1 de 17/5/2018). Confira-se: 5. O fundamento da prorrogação do
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Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Falha constitucionalmente a lei, ao não fazer qualquer consideração sobre o caráter distintivo da situação,
outorgando o mesmo tratamento que é dado ao caso do recém-nascido não prematuro saudável. 8. A
TR2/JEF/DF assim decidiu, em caso anterior, quanto à licença-maternidade mais elástica para servidora
estatuária cujo filho, nascido por parto prematuro, permaneceu internado em UTIN (UTI Neonatal), dada
sua fragilidade, postergando o início da relação saudável entre ambos. Com efeito, disse a Turma, no
julgamento do Recurso Inominado n. 0029996-04.2016.4.01.3400, Sessão de Julgamento de 9/5/2018: ...
12. Segundo informativos dados a conhecimento público, os recém-nascidos prematuros apresentam as
seguintes complicações: a) problemas respiratórios, pois nascem carentes de surfactante, proteína
produzida nos pulmões permitindo que eles se encham de ar, exigindo ventilação mecânica até que os
pulmões amadureçam, ou mesmo medicação; b) problemas cardíacos, como persistência do canal
arterial, que normalmente se fecha após nascimento do não prematuro, permitindo a este que o sangue
chegue aos pulmões - quando persiste o canal arterial, exigi-se medicação ou mesmo intervenção
cirúrgica; c) problema intestinais, como baixa tolerância à alimentação, distensão abdominal, a exigir
dieta, alimentação intravenosa, administração de antibióticos ou mesmo intervenção cirúrgica; d)
problema cerebral, pois pode ocorrer hemorragia cerebral intraventricular; e) retinopatia,
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mediante o crescimento desorganizado dos vasos sanguíneos que chegam à retina. 13. Diante dessas
complicações, os bebês prematuros costumam ter suas idades pós-parto, inclusive, clinicamente fixadas
levando em consideração as semanas faltantes para as 40 semanas completas. A assim chamada "Idade
Corrigida" é utilizada na prática médica para avaliar de forma mais adequada o desenvolvimento físico,
intelectual e comportamental do bebê prematuro, pelo menos nos primeiros meses de vida, que pode ser
diferente do padrão típico do bebê que nasceu de 40 semanas e veio saudável ao mundo. 14. A situação
distinta dos recém-nascidos prematuros, quando comparada à dos recém-nascidos não prematuros
saudáveis, joga luz sobre o conceito legal da licença-maternidade. Este termo é mais apropriado do que o
da "licença gestante", pois a gestação pode ter um sentido meramente biológico, definida como o período
de cerca de 40 semanas entre a concepção e o parto. Já a maternidade designa verdadeira relação de
prestação de cuidados, envolvimento afetivo, em medidas variáveis. Este último conceito está mais de
acordo com o tratamento jurídico que faz referência à criação de vínculos afetivos e o estímulo ao
desenvolvimento integral da criança (art. 8º, § 7º, ECA, na redação da Lei n. 13.257/2016). 15. É dizer, a
maternidade não é definida com os olhos voltados apenas para a mãe, e nem mesmo apenas para o
bebê. Pode melhor ser conceitualmente apreendida como a relação complexa e delicada entre mãe e
filho(a), que acarreta cuidados especiais de quem da à luz frente a um ser dependente desses cuidados
especiais dos adultos. O propósito, de novo, é o da criação de vínculos afetivos e o estímulo ao
desenvolvimento integral da criança. 16. Ora, pelas complicações enumeradas, os recém-nascidos
prematuros exigem cuidados ainda mais especiais, demandando, ainda, a participação direta de terceiros,
além dos pais, distinguindo-se essa condição da dos recém-nascidos não prematuros saudáveis. Decorre
de tais complicações a internação em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN). Pela Portaria n. 930
do Ministério da Saúde, de 10.5.2012, a UTIN constitui serviço hospitalar voltado para atendimento de
recém-nascido grave ou com risco de morte. Nele, necessário equipe multiprofissional especializada,
equipamentos específicos e tecnologia adequada ao diagnóstico e terapêutica dos recémnascidos graves
ou com risco de morte. 17. No âmbito de uma UTIN, portanto, a relação mãe/bebê encontra pesadas
barreiras para o seu pleno desenvolvimento, não existentes quando o recémnascido é um não prematuro
saudável que não precisa daquele serviço. A função desembaraçada da mãe pode propiciar um ambiente
em que o bebê pode evoluir e desenvolver seu potencial de crescimento e amadurecimento, ou, nas
palavras da legislação, a criação de vínculos afetivos e o estímulo ao desenvolvimento integral da criança.
Por essa concepção, a licençamaternidade tem o propósito de tornar possível a criação do ambiente
maternal apto a lidar com a fragilidade psicobiológica inicial do recémnascido. Plausível afirmar que,
durante o período de UTIN do recém-nascido prematuro, a possibilidade de criação de um genuíno
ambiente dessa
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natureza está materialmente comprometida, de um modo como não está quando o recém-nascido é um
não prematuro saudável que não precisa ser internado em UTIN. 18. O fato de a lei possibilitar o início da
licença-maternidade antes do parto não prematuro (1º dia do 9º mês de gestação), conforme art. 207, §
1º, Lei n. 8.112/1990, não desfaz essa interpretação. Como dito, a lei se refere ao parto não prematuro,
ao mencionar o 1º dia do 9º mês de gestação, e, na relação mãe/bebê saudável, as últimas semanas da
gestação e as primeiras após o parto formam um continuum (Winnicott). Aqui se está falando em tese de
recém-nascido não prematuro saudável, podendo a licença antes do parto ser compreendida com base
na própria relação de maternidade: a mãe se afasta do serviço antes do parto para melhor se cuidar para
tal ato e mais bem se preparar para criar o ambiente maternal apto a lidar com a fragilidade psicobiológica
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
inicial do recém-nascido. 19. Por essa interpretação, ao fixar o início da licença-maternidade
inapelavelmente na data do parto, no caso de nascimento prematuro, a lei não tratou a situação
considerando toda a sua especificidade. Quando comprovadamente, como no caso sob julgamento, em
que há prova de internação em UTIN, está materialmente comprometida a possibilidade de criação de
logo de um genuíno ambiente maternal apto a lidar com a fragilidade psicobiológica inicial do recém-
nascido, então essa imposição legal inapelável do início da licença a partir do parto pode ser tomada
como violação da igualdade fática. 20. Destarte, entendendo que o princípio constitucional da isonomia
acolhe também a igualdade fática ("Não há outro modo de concretizar o valor constitucional da igualdade
senão pelo decidido combate aos fatores reais de desigualdade" - STF, ADI 3.330, rel. min. Ayres Britto,
DJE de 22.3.2013), então o dispositivo da Lei n. 8.112/1990 que fixa o início da licençamaternidade
inapelavelmente na data do parto, no caso de nascimento prematuro, ao não considerar sequer a
necessidade de avaliar a grave situação de maneira distinta, torna-se suspeito de não estar de acordo
com a Constituição. 21. Para se afastar da suspeita de violar o princípio constitucional da isonomia, no
caso sob julgamento, o início da licença-maternidade deve ser fixado a partir de quando a relação
desembaraçada entre a mãe e o bebê se torna mais viável. O marco razoavelmente objetivo é o da saída
do bebê da UTIN, quando, então, as pesadas restrições clínicas já se dissipam. Foi esse marco que o
Juízo sentenciante deste caso levou em conta, para estender o tempo da licença-maternidade, acolhendo
em parte o pedido inicial. 22. A propósito, a dificuldade de criação imediata do ambiente maternal
desembaraçado apto a lidar com a fragilidade psicobiológica do recémnascido prematuro torna ainda
mais urgente, quiçá mesmo dramática, a licença-maternidade ulterior. Além de a fragilidade psicobiológica
do recémnascido prematuro em princípio ser maior que a de um recém-nascido não prematuro saudável,
a exposição ao ambiente da UTIN pode comprometer ainda mais o início da evolução e do
desenvolvimento de seu potencial de
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crescimento e amadurecimento. Será preciso buscar o tempo perdido, se isso for possível! 23. No caso,
como relatado, a sentença prorrogou a licença-maternidade da parte Autora pelo período em que o
recém-nascido prematuro ficou internado na UTIN. Se, ao contrário, for considerado que a licença passou
a contar a partir da saída do recém-nascido da UTIN, o resultado efetivo é o de fazer cessar essa licença
na data em que a sentença o estabeleceu. Por isso, ainda que por fundamentos diversificados, é o caso
de ser mantida a sentença. 24. De outra banda, o período entre o parto prematuro e a data de saída do
bebê da UTIN não exigia o retorno da parte Autora mãe ao trabalho, sem prejuízo da sua remuneração.
Acontece que a mesma Lei 8.112/1990 institui no art. 83 licença de servidor por motivo de doença em
pessoa da família, inclusive filho, mantida remuneração. A situação de extrema fragilidade do recém-
nascido prematuro internado em UTIN, em grave estado e mesmo risco de morte, certamente justifica a
concessão dessa licença. Esse pode ser o padrão de tratamento a ser dispensado pela Administração
Pública à servidora sua que realiza parto prematuro: inicialmente, concessão formal da licença por motivo
de doença em pessoa da família, até a saída do bebê da UTIN, quando passa a contar a licença-
maternidade. 9. A decisão deste caso deve ser assemelhada, mas ao invés da contagem em momento
distinto do início da licença-maternidade, com cobertura do período anterior mediante o afastamento em
virtude de doença em pessoa da família, devese, simplesmente, manter-se a decisão recorrida, posto
haver relevância nos seus fundamentos. 10. Por outro lado, o perigo de dano ou o risco ao resultado útil
do processo não milita em favor da parte Agravante, pois, a extensão da licença, no caso, revela-se
essencial para garantir a saúde do bebê e o bem-estar da mãe. 9. Acompanhando a orientação firmada
pelo Colegiado, nego provimento ao agravo de instrumento do INSS. Decisão de primeiro grau mantida.
Agravo interno prejudicado. ACÓRDÃO Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, NEGAR
PROVIMENTO ao agravo de instrumento do INSS e JULGAR PREJUDICADO o agravo interno da parte
autora. Brasília, 23 de outubro de 2019.
A1DC4CB015A7D1C9164B7054F0097DC7
Relator 1
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
NEVES LOPES RECORRIDO (S) : FRANCISCO DAS CHAGAS DE OLIVEIRA CASTRO E OUTRO(S)
ADVOGADO (S) : DF00009948 - JOSE ALENCAR COSTA AIRES
EMENTA
87F21D365765ED652FA3C49999A2E687
6. No caso, a decisão exequenda transitou em julgado na data de 8/9/2014, nos seguintes termos:
JULGO PROCEDENTE o pedido, razão pela qual CONDENO a parte ré no pagamento à parte autora da
GDPST, no percentual de 80% do seu valor máximo, a partir de 1º. de março de 2008 e até a
competência do efetivo pagamento dos valores resultantes do primeiro ciclo de avaliação dos servidores
da ativa, a partir de quando fará jus à integralidade do percentual devido a título de avaliação institucional
(máximo de oitenta pontos, mas sujeito a futura alteração legislativa), tudo conforme a data da respectiva
aposentadoria ou início de percepção de pensão, devendo ser descontados os valores pagos sob as
mesmas rubricas, cessada a incidência na hipótese de percepção de gratificação incompatível,
respeitada, em todo caso, a proporcionalidade na percepção do benefício e a prescrição quinquenal das
parcelas vencidas antes da propositura da ação. 7. Os precedentes em repercussão geral apresentados
pela ré foram julgados somente em 4/12/2014 (RE 631880 RG-ED-ED, Relator(a): Min. RICARDO
LEWANDOWSKI (Presidente), Tribunal Pleno, julgado em 04/12/2014, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-
025 DIVULG 05-022015 PUBLIC 06-02-2015) e 15/2/2018 (ARE 1052570 RG, Relator(a): Min.
ALEXANDRE DE MORAES, julgado em 15/02/2018, PROCESSO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO
GERAL - MÉRITO DJe-042 DIVULG 05-03-2018 PUBLIC 06-03-2018). 8. Assim, não é possível
reconhecer automaticamente a inexigibilidade do título judicial com base na fundamentação apresentada
pela ré. 9. Recurso do réu desprovido. Decisão confirmada. ACÓRDÃO Decide a 2ª Turma Recursal do
DF, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao agravo de instrumento do réu. Brasília, 9 de outubro de
2019.
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
mínimos, se o recebimento do crédito for por RPV. 3. A parte Autora ofereceu contraminuta ao recurso. 4.
Não se deferiu efeito suspensivo ao recurso, vez que, à primeira vista, tendo havido o trânsito em julgado
da sentença da qual resulta o valor a ser executado pela parte Autora, está preclusa a matéria a respeito
do valor a ser executado. 5. Não merecem acolhimento os argumentos de que não houve limitação ao
teto do JEF na data da propositura da ação e de que era preciso o valor da causa não exceder a 60
salários mínimos para a causa tramitar no âmbito dos Juizados Federais. A impugnação ao valor da
causa deve se dar em momento e forma processuais adequados, na fase de conhecimento, e não depois
de a sentença/acórdão transitar em julgado, passando a constituir título executivo. Há evidente preclusão
da matéria, quanto a esse ponto. 6. Ainda que não tenha havido controle judicial ou insurgência contra o
valor dado à causa na fase de conhecimento, se o montante da execução ultrapassar o estabelecido pelo
art. 17, § 1º, da Lei n. 10.259/2001 (60 salários-mínimos), “o pagamento far-se-á, sempre, por meio do
precatório, sendo facultado à parte exeqüente a renúncia ao crédito do valor excedente, para que possa
optar pelo pagamento do saldo sem o precatório, da forma lá prevista” (TNU, PEDILEF
200733007130723, DOU 25/11/2011). Mas, como dito, isso não impede a execução do valor. 7. Não
provimento do recurso interposto pelo INSS na forma de agravo de instrumento.
Turma Recursal
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ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, à
unanimidade, negar provimento ao recurso. Brasília/DF, 9/10/2019.
Turma Recursal
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volume de requisições e pelo fato de na maior parte das vezes não haver qualquer óbice ao levantamento
dos recursos financeiros. Todavia, a conta fica à disposição do Juízo, que pode bloquear, retificar, gerir
com a autonomia jurisdicional própria aquela conta. A sua natureza jurídica é a de ato do devedor em
cumprimento da obrigação de pagar, colocando à disposição do Juízo o montante necessário à satisfação
do débito. Nesse sentido, a conta aberta em nome da parte é somente o meio mais célere para efetivar o
cumprimento da obrigação, ao invés do Juízo expedir alvará de levantamento. Mera expedição de
requisição de pagamento não põe os valores, no mesmo momento, à disposição da parte Credora, pois é
preciso aguardar a liberação pelo Órgão Público competente, que oficia no processo informando a
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
respeito. 7. Isso deixa claro que, mesmo sendo aberta a conta em nome do credor, não há, desde logo, a
transferência dos recursos para a sua titularidade, passando então a integrar o seu patrimônio, hipótese
em que a Lei 13.463/2017 seria inconstitucional, por violação ao direito de propriedade. A titularidade dos
recursos só é adquirida com o levantamento, sem oposição, isso sem prejuízo de questionamento a
posteriori da sua regularidade. 8. Uma vez depositado o valor, o prazo prescricional, na forma dos art. 1º
c/c art. 5º do Decreto 20.910/1932, deve ser contado a partir da data da intimação do depósito, quando
configurada a paralisação do feito pelo credor. No mesmo sentido, precedente da 1ª TR, no recurso de
Agravo nº 0000327-60.2018.4.01.9340, Relator Juiz Rui Costa Gonçalves, julgado na sessão de
22/08/2019. 9. Com efeito, já dispunha o art. 48 da Resolução CJF n. 168/2011, que “o tribunal regional
federal comunicará a efetivação do depósito ao juízo da execução, e este cientificará as partes”. Com a
obrigação do Juízo da execução de cientificar as partes sobre o depósito dos valores, correto afirmar que
apenas depois dessa ciência é que se pode iniciar a contagem do prazo prescricional para o credor
exercer a sua pretensão de levantamento dos valores depositados e postos a sua disposição. 10. Tendo-
se em visa que a Requisição de Pequeno Valor - RPV foi expedida em 19/09/2014, há de ser verificado
se ocorreu ou não a extinção, pelo advento da prescrição, do crédito depositado pela parte Ré,
lembrando-se que o valor em comento se encontrava à disposição do Juízo da execução, não integrando
de imediato o patrimônio da parte Autora até o momento de seu efetivo levantamento. 11. No caso, a
parte Credora foi intimada da decisão que determinou a expedição da Requisição de Pequeno Valor pelos
Correios (AR entregue em 08/10/2014, registro em 16/10/2014, no processo originário), sem que fosse
explicitado a partir de que data ou dentro de que prazo exatamente seu crédito estaria disponível para fim
de levantamento e consequente extinção da execução. Deixou o Juízo, ainda, de promover sua
necessária cientificação acerca dessa circunstância, ou seja, de que ocorrera o depósito da mencionada
importância, motivo pelo qual não se iniciou a contagem do prazo da prescrição intercorrente, dado que
inércia não houve, na medida em que a parte Credora desconhecia a possibilidade concreta de fazer o
levantamento do valor respectivo, em decorrência do que a decisão recorrida merece reparo. 12. Não
provimento do recurso, na forma de agravo de instrumento, interposto pela União.
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13. Oficie-se ao Juízo Federal de origem para ciência. ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos
Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade, negar provimento ao recurso.
Brasília/DF, 9/10/2019.
data da propositura da ação e de que era preciso o valor da causa não exceder a 60 salários mínimos
para a causa tramitar no âmbito dos Juizados Federais. A impugnação ao valor da causa deve se dar em
momento e forma processuais adequados, na fase de conhecimento, e não depois de a sentença/acórdão
transitar em julgado, passando a constituir título executivo. Há evidente preclusão da matéria, quanto a
esse ponto. 6. Ainda que não tenha havido controle judicial ou insurgência contra o valor dado à causa na
fase de conhecimento, se o montante da execução ultrapassar o estabelecido pelo art. 17, § 1º, da Lei n.
10.259/2001 (60 salários-mínimos), “o pagamento far-se-á, sempre, por meio do precatório, sendo
facultado à parte exeqüente a renúncia ao crédito do valor excedente, para que possa optar pelo
pagamento do saldo sem o precatório, da forma lá prevista” (TNU, PEDILEF 200733007130723, DOU
25/11/2011). Mas, como dito, isso não impede a execução do valor.
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Turma Recursal
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7. Não provimento do recurso interposto pelo INSS na forma de agravo de instrumento. ACÓRDÃO
Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, à unanimidade,
negar provimento ao recurso. Brasília/DF, 9/10/2019.
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nascendo de forma prematura, apresentará fragilidade natural que demanda mais tempo de atenção,
carinho, cuidados e contato com sua mãe, o que impõe a contagem do prazo respectivo a partir da alta
médica recebida pelo recém-nascido. 6. O artigo 227 da Constituição Federal diz que é dever da família,
da sociedade e do Estado assegurar prioritariamente os direitos das crianças. No caso, há convergência
de interesses do direito buscado pela mãe com os direitos da criança, pois, evidente o direito fundamental
da convivência que ampara pais e filhos. 7. A lei fixando o início da licença-maternidade inapelavelmente
a partir da data do parto do prematuro não está de acordo com a proteção especial constitucional,
considerando as graves circunstâncias em que ficam envolvidos os prematuros. Falha
constitucionalmente a lei, ao não fazer qualquer consideração sobre o caráter distintivo da situação,
outorgando o mesmo tratamento que é dado ao caso do recém-nascido não prematuro saudável. 8. A
TR2/JEF/DF assim decidiu, em caso anterior, quanto à licença-maternidade mais elástica para servidora
estatuária cujo filho, nascido por parto prematuro, permaneceu internado em UTIN (UTI Neonatal), dada
sua fragilidade, postergando o início da relação saudável entre ambos. Com efeito, disse a Turma, no
294
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
crescimento desorganizado dos vasos sanguíneos que chegam à retina. 13. Diante dessas complicações,
os bebês prematuros costumam ter suas idades pós-parto, inclusive, clinicamente fixadas levando em
consideração as semanas faltantes para as 40 semanas completas. A assim chamada "Idade Corrigida" é
utilizada na prática médica para avaliar de forma mais adequada o desenvolvimento físico, intelectual e
comportamental do bebê prematuro, pelo menos nos primeiros meses de vida, que pode ser diferente do
padrão típico do bebê que nasceu de 40 semanas e veio saudável ao mundo. 14. A situação distinta dos
recém-nascidos prematuros, quando comparada à dos recém-nascidos não prematuros saudáveis, joga
luz sobre o conceito
Turma Recursal
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legal da licença-maternidade. Este termo é mais apropriado do que o da "licença gestante", pois a
gestação pode ter um sentido meramente biológico, definida como o período de cerca de 40 semanas
entre a concepção e o parto. Já a maternidade designa verdadeira relação de prestação de cuidados,
envolvimento afetivo, em medidas variáveis. Este último conceito está mais de acordo com o tratamento
jurídico que faz referência à criação de vínculos afetivos e o estímulo ao desenvolvimento integral da
criança (art. 8º, § 7º, ECA, na redação da Lei n. 13.257/2016). 15. É dizer, a maternidade não é definida
com os olhos voltados apenas para a mãe, e nem mesmo apenas para o bebê. Pode melhor ser
conceitualmente apreendida como a relação complexa e delicada entre mãe e filho(a), que acarreta
cuidados especiais de quem da à luz frente a um ser dependente desses cuidados especiais dos adultos.
O propósito, de novo, é o da criação de vínculos afetivos e o estímulo ao desenvolvimento integral da
criança. 16. Ora, pelas complicações enumeradas, os recém-nascidos prematuros exigem cuidados ainda
mais especiais, demandando, ainda, a participação direta de terceiros, além dos pais, distinguindo-se
essa condição da dos recém-nascidos não prematuros saudáveis. Decorre de tais complicações a
internação em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN). Pela Portaria n. 930 do Ministério da
Saúde, de 10.5.2012, a UTIN constitui serviço hospitalar voltado para atendimento de recém-nascido
grave ou com risco de morte. Nele, necessário equipe multiprofissional especializada, equipamentos
específicos e tecnologia adequada ao diagnóstico e terapêutica dos recém-nascidos graves ou com risco
de morte. 17. No âmbito de uma UTIN, portanto, a relação mãe/bebê encontra pesadas barreiras para o
seu pleno desenvolvimento, não existentes quando o recém-nascido é um não prematuro saudável que
não precisa daquele serviço. A função desembaraçada da mãe pode propiciar um ambiente em que o
bebê pode evoluir e desenvolver seu potencial de crescimento e amadurecimento, ou, nas palavras da
legislação, a criação de vínculos afetivos e o estímulo ao desenvolvimento integral da criança. Por essa
concepção, a licença-maternidade tem o propósito de tornar possível a criação do ambiente maternal apto
a lidar com a fragilidade psicobiológica inicial do recém-nascido. Plausível afirmar que, durante o período
de UTIN do recém-nascido prematuro, a possibilidade de criação de um genuíno ambiente dessa
natureza está materialmente comprometida, de um modo como não está quando o recém-nascido é um
não prematuro saudável que não precisa ser internado em UTIN. 18. O fato de a lei possibilitar o início da
licença-maternidade antes do parto não prematuro (1º dia do 9º mês de gestação), conforme art. 207, §
1º, Lei n. 8.112/1990, não desfaz essa interpretação. Como dito, a lei se refere ao parto não prematuro,
ao mencionar o 1º dia do 9º mês de gestação, e, na relação mãe/bebê saudável, as últimas semanas da
gestação
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e as primeiras após o parto formam um continuum (Winnicott). Aqui se está falando em tese de recém-
nascido não prematuro saudável, podendo a licença antes do parto ser compreendida com base na
própria relação de maternidade: a mãe se afasta do serviço antes do parto para melhor se cuidar para tal
ato e mais bem se preparar para criar o ambiente maternal apto a lidar com a fragilidade psicobiológica
inicial do recém-nascido. 19. Por essa interpretação, ao fixar o início da licença-maternidade
inapelavelmente na data do parto, no caso de nascimento prematuro, a lei não tratou a situação
considerando toda a sua especificidade. Quando comprovadamente, como no caso sob julgamento, em
que há prova de internação em UTIN, está materialmente comprometida a possibilidade de criação de
logo de um genuíno ambiente maternal apto a lidar com a fragilidade psicobiológica inicial do recém-
nascido, então essa imposição legal inapelável do início da licença a partir do parto pode ser tomada
295
como violação da igualdade fática. 20. Destarte, entendendo que o princípio constitucional da isonomia
acolhe também a igualdade fática ("Não há outro modo de concretizar o valor constitucional da igualdade
senão pelo decidido combate aos fatores reais de desigualdade" - STF, ADI 3.330, rel. min. Ayres Britto,
DJE de 22.3.2013), então o dispositivo da Lei n. 8.112/1990 que fixa o início da licença-maternidade
inapelavelmente na data do parto, no caso de nascimento prematuro, ao não considerar sequer a
necessidade de avaliar a grave situação de maneira distinta, torna-se suspeito de não estar de acordo
com a Constituição. 21. Para se afastar da suspeita de violar o princípio constitucional da isonomia, no
caso sob julgamento, o início da licença-maternidade deve ser fixado a partir de quando a relação
desembaraçada entre a mãe e o bebê se torna mais viável. O marco razoavelmente objetivo é o da saída
do bebê da UTIN, quando, então, as pesadas restrições clínicas já se dissipam. Foi esse marco que o
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Juízo sentenciante deste caso levou em conta, para estender o tempo da licença-maternidade, acolhendo
em parte o pedido inicial. 22. A propósito, a dificuldade de criação imediata do ambiente maternal
desembaraçado apto a lidar com a fragilidade psicobiológica do recémnascido prematuro torna ainda
mais urgente, quiçá mesmo dramática, a licença-maternidade ulterior. Além de a fragilidade psicobiológica
do recém-nascido prematuro em princípio ser maior que a de um recémnascido não prematuro saudável,
a exposição ao ambiente da UTIN pode comprometer ainda mais o início da evolução e do
desenvolvimento de seu potencial de crescimento e amadurecimento. Será preciso buscar o tempo
perdido, se isso for possível! 23. No caso, como relatado, a sentença prorrogou a licença-maternidade da
parte Autora pelo período em que o recém-nascido prematuro ficou internado na UTIN. Se, ao contrário,
for considerado que a licença passou
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a contar a partir da saída do recém-nascido da UTIN, o resultado efetivo é o de fazer cessar essa licença
na data em que a sentença o estabeleceu. Por isso, ainda que por fundamentos diversificados, é o caso
de ser mantida a sentença. 24. De outra banda, o período entre o parto prematuro e a data de saída do
bebê da UTIN não exigia o retorno da parte Autora mãe ao trabalho, sem prejuízo da sua remuneração.
Acontece que a mesma Lei 8.112/1990 institui no art. 83 licença de servidor por motivo de doença em
pessoa da família, inclusive filho, mantida remuneração. A situação de extrema fragilidade do recém-
nascido prematuro internado em UTIN, em grave estado e mesmo risco de morte, certamente justifica a
concessão dessa licença. Esse pode ser o padrão de tratamento a ser dispensado pela Administração
Pública à servidora sua que realiza parto prematuro: inicialmente, concessão formal da licença por motivo
de doença em pessoa da família, até a saída do bebê da UTIN, quando passa a contar a
licençamaternidade. 9. A decisão deste caso deve ser assemelhada, mas ao invés da contagem em
momento distinto do início da licença-maternidade, com cobertura do período anterior mediante o
afastamento em virtude de doença em pessoa da família, deve-se, simplesmente, manter-se a decisão
recorrida, posto haver relevância nos seus fundamentos. 10. Por outro lado, o perigo de dano ou o risco
ao resultado útil do processo não milita em favor da parte Agravante, pois, a extensão da licença, no
caso, revela-se essencial para garantir a saúde do bebê e o bem-estar da mãe. 11. Não provimento do
recurso, na forma de agravo de instrumento, interposto pelo INSS. ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma
Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade, negar provimento ao
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extinta desde 08.04.1998 (data de publicação da Lei n° 9.624/98). O fenômeno da repristinação, não
presumível, impõe suporte em cláusula normativa expressa, o que não ocorreu na espécie. 3. A parte
Autora ofereceu contraminuta ao recurso. 4. Não se deferiu efeito suspensivo ao recurso, considerando
que decisão do STF no RE 638.115 é posterior ao trânsito em julgado da decisão exequenda. 5. A
matéria debatida no presente feito diz respeito ao pagamento de valores, reconhecidos pela
Administração, relativos à incorporação de quinto/décimos no período de 1998 a 2001, tendo o acórdão
recorrido acolhido o pedido inicial. 6. Ora, o Supremo Tribunal Federal, em decisão do plenário proferida
em 18/03/2015, em Recurso Extraordinário com repercussão geral reconhecida (RE n. 638.115), decidiu
pela inconstitucionalidade, em face de violação ao princípio da legalidade, da
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Turma Recursal
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incorporação de quintos a partir da sua extinção pela Lei n. 9.527/1997. Com o intuito de preservar os
servidores que receberam as verbas de boa-fé, o Plenário modulou os efeitos da decisão para que não
haja a repetição do indébito. 7. Acontece que, dentre as regras para aplicação do instituto da
inexigibilidade de obrigação reconhecida em título judicial fundado em aplicação ou interpretação da lei ou
do ato normativo incompatível com a CF, encontra-se esta: "a decisão do Supremo Tribunal Federal
referida no § 12 deve ser anterior ao trânsito em julgado da decisão exequenda" (§ 14 do art. 525, NCPC).
Não é o que ocorre, no presente caso. 8. O acórdão proferido no Recurso Extraordinário 638.115, em
regime de repercussão geral, foi publicado em 03/08/2015. Já o trânsito em julgado da decisão
exequenda que condenou a União a pagar valor relativo à incorporação de quintos/décimos entre a
edição da Lei nº 9.624/1998 e vigência da Medida Provisória nº 2.225-45/2001 transitou em julgado em
15/10/2014 (TRANSITO EM JULGADO E BAIXA JEF, registro em 20/10/2014 – processo originário). 9.
Por isso, de acordo com as próprias regras processuais que preveem inexigibilidade de obrigação
reconhecida em título executivo judicial fundado em aplicação ou interpretação da lei ou do ato normativo
tido pelo STF como incompatível com a CF, esse instituto é manifestamente inaplicável no caso sob
julgamento, pois a decisão do STF no RE 638.115 é posterior ao trânsito em julgado da decisão
exequenda. 10. Não provimento do recurso, na forma de agravo de instrumento, interposto pela parte
Ré/Executada. ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do
Distrito Federal, por unanimidade, negar provimento ao recurso. Brasília/DF, 9/10/2019.
PODER JUDICIÁRIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
2ª. TURMA RECURSAL
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EMENTA
TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. PSS SOBRE JUROS DE MORA.
EXTINÇÃO SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO. LEGITIMIDADE AD CAUSAM. PESSOAS BENEFICIÁRIAS
DOS VALORES ANTERIORMENTE RECEBIDOS, SOBRE OS QUAIS FORAM FEITOS OS
DESCONTOS QUE SE PRETENDE REPETIR. AUSÊNCIA DE INVENTÁRIO. LEI 6.858/1980. DECRETO
85.845/1981. RECONHECIMENTO DA LEGITIMIDADE. SENTENÇA ANULADA. PROVIMENTO DO
RECURSO E RETORNO DO FEITO À ORIGEM. 1. Ação em que se pleiteia a devolução de contribuição
social (PSS) incidente sobre as parcelas relativas às competências anteriores à Lei 10.887/2004, bem
como sobre os juros de mora. Pede a parte Autora que a União seja compelida à prestação relacionada a
direito patrimonial de pessoa falecida (bem negado ao de cujus ainda em vida). 2. A sentença julgou
extinto o processo sem resolução do mérito por ilegitimidade da parte Autora. Reconheceu que, “[...] no
plano do direito processual, a parte legitimada a participar de ações que originariamente se dirigiriam ao
de cujus não é de seus herdeiros ou sucessores, mas sim de seu espólio. Segundo dispõe o art. 75, VII,
do CPC, o espólio é representado em juízo pelo inventariante. Mesmo que inexista inventário formalmente
constituído e o inventariante seja dativo, a parte legítima ainda será o espólio nos termos do § 1º do art.
75, não sendo cabível o litisconsórcio necessário de todos os herdeiros, que apenas serão intimados em
juízo para, querendo e se o rito permitir, ingressarem como assistentes”. 3. Razões do recurso interposto
pela parte Autora: a) quanto ao argumento de ilegitimidade das partes, os dependentes habilitados teriam
legitimidade para a ação, nos termos do art. 1º, inciso II e art. 5º do Decreto n. 85.845/1981; b) os
pagamentos impugnados não estariam condicionados ao inventário, nos termos do art. 666 do CPC; c) a
Lei 6.858/1980, que trata do pagamento de valores não recebidos por seus titulares, deixou expresso que
quaisquer valores devidos, incluindo os tributos, que sejam de pequeno valor, devem ser restituídos aos
dependentes habilitados, ou na falta destes, aos sucessores na forma da lei civil, independentemente de
inventário; d) não foi concedido prazo para a juntada de novos documentos, nos termos do art. 321, CPC;
e) a incidência de contribuição previdenciária deveria ser feita considerando os meses que originaram a
relação laboral entre o empregador e empregado - regime de competência -, para então ser verificado se
naquela época o servidor precisaria contribuir; f) quando do recebimento do crédito o servidor estiver na
condição de aposentado/pensionista até a
Turma Recursal
064DF1DAA214A53DA5BF74EF29A20781
data de vigência da Lei n. 10.887/04, todo o período anterior a 2004 que embasou a execução estaria
imune, em razão da inexistência de norma prevendo a contribuição antes da EC nº 41/03, que só foi
regulamentada no âmbito federal pela referida Lei; g) não incidiria do PSS sobre juros moratórios em face
do caráter indenizatório destes. 4. A União ofereceu resposta escrita ao recurso. 5. Quanto à
ilegitimidade, é certo que o Superior Tribunal de Justiça possui orientação de que a inexistência inventário
aberto não faz dos herdeiros, individualmente considerados, partes legítimas para responder pela
obrigação, pois, enquanto não há partilha, é a herança que responde por eventual obrigação deixada pelo
de cujus e é o espólio, como parte formal, que detém legitimidade passiva ad causam para integrar a lide
(REsp 1125510/RS, Rel. Min. Massami Uyeda, DJe 19/10/2011). 6. Ocorre que, não obstante a
existência de orientações gerais do Superior Tribunal de Justiça que reconheça a ilegitimidade ad causam
dos herdeiros quando ausente o inventário, não há como se furtar às especificidades abordadas pela Lei
n. 6.858/1980, regulamentada pelo Decreto n. 85.845/1981, que dispõem sobre o pagamento, aos
dependentes ou sucessores, de valores não recebidos em vida pelos respectivos titulares. 7. Nos termos
do art. 1°, caput, da Lei n. 6.858/1980, os valores de pequena monta não recebidos em vida pelos
respectivos titulares, poderiam ser pagos em quotas iguais aos dependentes habilitados perante a
Previdência Social e, na sua falta, aos sucessores previstos na lei civil, independentemente de inventário
ou arrolamento. Em interpretação ao dispositivo, faz-se mister conjugar suas orientações com o art. 1.797
do Código Civil, segundo o qual “até o compromisso do inventariante, a administração da herança caberá,
sucessivamente, ao cônjuge ou companheiro, ao herdeiro que estiver na posse e administração dos bens,
ao testamenteiro, ou à pessoa de confiança do juiz”. 8. Assim, importa reconhecer que, dentre outros
desígnios, a Lei n. 6.858/1980 teve a intenção de simplificar o recebimento de valores de pouca monta,
notadamente quando estes não tenham sido recebidos em vida pelos respectivos titulares. Nesses
termos, revelar-se-ia um verdadeiro paradoxo a simplificação de procedimentos sem a respectiva
atribuição de legitimidade para consecução de seus fins. Ora, para o reconhecimento de determinado fim,
faz-se necessária a atribuição dos meios indispensáveis à sua concretização. 9. Nessa lógica, impera o
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legitimidade ativa ad causam, declarando nula a sentença. Dissentiu, em parte, quanto à fundamentação,
o Juiz Federal João Carlos Mayer Soares, por considerar inaplicável a Lei 6.858/1980, que entende
dirigida apenas para recebimento de valores limitados e exclusivamente na esfera administrativa,
conforme entendimento do STJ. Mas acompanhou o voto pelo outro fundamento, qual seja, o de que a
parte Autora foi quem teve seu direito violado, ao receber os valores com a incidência da CPSS. 11.
Superada a questão da legitimidade, não é o caso de passar ao imediato julgamento da lide, nos termos
do art. 1.013, § 3º, NCPC, pois sequer houve citação da parte Requerida e as contrarrazões ao recurso
interposto pela parte Autora se limitaram a defender justamente a ilegitimidade ativa ad causam. Ante a
ausência de contraditório, o processo deve retornar à origem para regular processamento e julgamento,
com baixa da distribuição na Turma Recursal. 12. Honorários advocatícios incabíveis, por falta de
previsão legal para o arbitramento, quando há provimento do recurso julgado (art. 55, caput, da Lei n.
9.099/1995). ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito
Federal, por unanimidade: a) dar provimento ao recurso para afastar a ilegitimidade passiva ad causam
pronunciada na sentença; b) devolver o feito à origem para regular processamento e julgamento
Brasília/DF, 23/10/2019.
Turma Recursal
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pública, e não da publicação do referido memorando (STJ REsp 1.388.000/PR, rel. Min. Og Fernandes,
DJe 26.8.2015). Contudo, a propositura de ação coletiva interrompe a prescrição apenas para a
propositura da ação individual. Em relação ao pagamento de parcelas vencidas, a prescrição quinquenal
tem como marco inicial o ajuizamento da ação individual. (STJ, AIRESP nº 201603232696, Rel. Min.
Mauro Campbell Marques, DJe de 12.6.2017). Portanto, correta a sentença de primeiro grau ao definir o
período de parcelas não abrangidos pela prescrição". 6. Nesse contexto, não tem aplicação ao caso o
quanto decidido pela TNU, PEDILEF 00129588520084036315, Relator Juiz Federal Gláucio Ferreira
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Maciel Gonçalves, DOU 14/03/2014, Seção1, p. 154/159. É que em tal precedente, e em diversos outros,
o pedido inicial visava a realização da própria revisão, hipótese em que o MemorandoCircular nº
21/DIRBEN/PFEINSS, editado em 15 de abril/2010, importou em renúncia à prescrição já consumada (da
pretensão de revisão). Todavia, quando o pedido, como no caso, é o de pagamento imediato de valores
reconhecidos administrativamente em virtude de acordo entabulado em ação coletiva, vigora o
entendimento estabelecido pelo STJ, no precedente colacionado no julgamento da TR2/JDF/DF em
8.11.2017, acima transcrito. 7. Aliás, no caso sob julgamento, a revisão na esfera administrativa foi
realizada antes da propositura da presente ação. Portanto, o termo inicial da incidência da prescrição
qüinqüenal deve ser a data de ajuizamento da ação civil pública e, não, da publicação do referido
memorando, como consignou a sentença, ainda que por ventura possa haver valores pendentes de
pagamento que, por isso mesmo, não poderão ser atingidos pela prescrição quinquenal pronunciada
neste julgamento. 8. Assim, a sentença deve ser reformada, salientando que a causa não está madura
para julgamento, pois não houve citação do INSS para resposta ao pedido inicial e tampouco este
apresentou contrarrazões ao recurso da parte Autora. Por essa razão, não se mostra possível a aplicação
do art. 1.013, § 4º, do NCPC. 9. Provimento do recurso interposto pela parte Autora para afastar a
prescrição pronunciada pela sentença. 10. Superada a questão da prescrição/decadência, inaplicável
regra prevista no art. 1.013, § 4º, do NCPC, uma vez que a parte Ré não foi citada e não apresentou
contrarrazões. Ante a ausência de contraditório, o processo deve retornar à origem para regular
processamento e julgamento, com baixa da distribuição na Turma Recursal. 11. Honorários advocatícios
incabíveis, por falta de previsão legal para o arbitramento, quando há provimento do recurso julgado (art.
55, caput, da Lei n. 9.099/1995).
Turma Recursal
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ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por
unanimidade: a) dar provimento ao recurso para afastar a prescrição pronunciada na sentença; b)
devolver o feito à origem para regular processamento e julgamento. Brasília/DF, 23/10/2019.
do recurso interposto pela parte Autora: a) ao reconhecer a prescrição da pretensão com base no
Memorando-Circular Conjunto nº 21/DIRBEN/PFEINSS, de 15 de abril de 2010, o douto julgador não
levou em consideração o ajuizamento da ação civil pública 0002320- 59.2012.4.03.6183/SP, pelo MPF
cujo objeto era garantir o pagamento dos valores especificados no Memorando-Circular Conjunto nº
21/DIRBEN/PFEINSS; b) os efeitos interruptivos se operam desde o ajuizamento da ação coletiva, em
22/03/2012, com citação válida em 17/04/2012, nos termos do art. 240, caput e parágrafo primeiro do
Código de Processo Civil, e a prescrição só retoma seu curso com o trânsito em julgado da decisão
correspondente, o que ainda não se deu, assim, consideram-se prescritas apenas as parcelas anteriores
a 17/04/2007. 4. O INSS não apresentou resposta escrita ao recurso. 5. Razão assiste à parte Autora.
Quanto à prescrição, na Sessão de Julgamento de 8.11.2017, a TR2/JEF/DF, ao julgar o Recurso
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Inominado n. 000861690.2014.4.01.3400, Rel. Juiz Federal Márcio Flávio Mafra Leal, decidiu que "o
marco inicial para interrupção do prazo prescricional é a data de ajuizamento da ação civil pública, e não
da publicação do referido memorando (STJ REsp 1.388.000/PR, rel.
Turma Recursal
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Min. Og Fernandes, DJe 26.8.2015). Contudo, a propositura de ação coletiva interrompe a prescrição
apenas para a propositura da ação individual. Em relação ao pagamento de parcelas vencidas, a
prescrição quinquenal tem como marco inicial o ajuizamento da ação individual. (STJ, AIRESP nº
201603232696, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, DJe de 12.6.2017). Portanto, correta a sentença de
primeiro grau ao definir o período de parcelas não abrangidos pela prescrição". 6. Nesse contexto, não
tem aplicação ao caso o quanto decidido pela TNU, PEDILEF 00129588520084036315, Relator Juiz
Federal Gláucio Ferreira Maciel Gonçalves, DOU 14/03/2014, Seção1, p. 154/159. É que em tal
precedente, e em diversos outros, o pedido inicial visava a realização da própria revisão, hipótese em que
o MemorandoCircular nº 21/DIRBEN/PFEINSS, editado em 15 de abril/2010, importou em renúncia à
prescrição já consumada (da pretensão de revisão). Todavia, quando o pedido, como no caso, é o de
pagamento imediato de valores reconhecidos administrativamente em virtude de acordo entabulado em
ação coletiva, vigora o entendimento estabelecido pelo STJ, no precedente colacionado no julgamento da
TR2/JDF/DF em 8.11.2017, acima transcrito. 7. Aliás, no caso sob julgamento, a revisão na esfera
administrativa foi realizada antes da propositura da presente ação. Portanto, o termo inicial da incidência
da prescrição qüinqüenal deve ser a data de ajuizamento da ação civil pública e, não, da publicação do
referido memorando, como consignou a sentença, ainda que por ventura possa haver valores pendentes
de pagamento que, por isso mesmo, não poderão ser atingidos pela prescrição quinquenal pronunciada
neste julgamento. 8. Provimento do recurso interposto pela parte Autora para afastar a prescrição
pronunciada pela sentença. 9. Superada a questão da prescrição, aplicável regra prevista no art. 1.013, §
4º, NCPC, pelo qual, sendo possível, será julgado o mérito, examinando as demais questões, sem retorno
do processo ao Juízo de primeiro grau. 10. O pedido inicial encontra respaldo na jurisprudência da TNU
que no PEDILEF 05015488120134058306, julgamento em 11/09/2015, consignou que o procedimento
adotado pela autarquia previdenciária, quanto ao pagamento escalonado dos atrasados, é prejudicial ao
beneficiário, pois, dentre outros fundamentos, esse pagamento, em alguns casos, ocorreria apenas em
2022. Por isso, entendeu que havia pretensão resistida do INSS e interesse de agir na propositura da
ação diante da falta de razoabilidade no cronograma estabelecido para o pagamento dos valores
atrasados. 11. Acolhimento do pedido inicial para condenar o INSS a pagar as diferenças decorrentes da
revisão administrativa do seu benefício, objeto deste processo, respeitada a prescrição quinquenal a
contar da data da propositura desta ação individual, com incidência dos juros e atualização das parcelas
pretéritas conforme o MCJF e correção de acordo com o STF – RE 870.947, limitado ao teto do JEF (60
salários mínimos). 12. Honorários advocatícios incabíveis, por falta de previsão legal para o arbitramento,
quando há provimento do recurso julgado (art. 55, caput, da Lei n. 9.099/1995).
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ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por
unanimidade: a) dar provimento ao recurso para afastar a prescrição pronunciada na sentença; b)
julgando de logo o mérito, acolher o pedido inicial. Brasília/DF, 23/10/2019.
EMENTA
TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. IMPOSTO DE RENDA. PLANO DE
PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR. CONTRIBUIÇÕES RECOLHIDAS NA VIGÊNCIA DA LEI 7.713/1988.
TRIBUTAÇÃO INDEVIDA. NÃO OCORRÊNCIA DA PRESCRIÇÃO. INCIDÊNCIA APENAS SOBRE AS
PARCELAS ANTERIORES AO QUINQUENIO QUE ANTECEDEU O AJUIZAMENTO DA AÇÃO. TAXA
SELIC A PARTIR DO PAGAMENTO INDEVIDO OU A MAIOR. PROVIMENTO DO RECURSO. 1. A parte
Autora pediu a condenação da União a pagar os valores indevidamente recolhidos, incidentes sobre a
complementação de proventos paga pela Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil –
PREVI (na proporção cujo ônus tenha sido do Autor (1/3), conforme apurado em liquidação de sentença),
considerando o critério de cálculo de correção constante do Manual de Orientação de Procedimentos para
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os Cálculos na Justiça Federal. 2. A petição inicial indicou: a) durante todo o pacto laboral e associativo a
Autora efetuou mensalmente contribuições à PREVI, formando uma reserva de poupança que tinha por
objetivo a complementação da aposentadoria, além de outros benefícios assegurados pela entidade; b)
referido fundo previdenciário é formado por contribuições do empregador, Banco do Brasil (patrocinador)
e dos empregados (participantes) no transcorrer da relação de emprego; c) a operação de contribuição
para posterior fruição da complementação da aposentadoria, na perspectiva do participante/empregado e
na proporção a ser encargo (1/3 para o caso da PREVI), não pode, em nenhuma hipótese, ser
considerada acréscimo patrimonial, o que afasta a incidência do Imposto de Renda, eis que é patente a
natureza jurídica de poupança forçada a longo prazo; d) seja pela ausência de acréscimo patrimonial, seja
pela nova incidência do imposto sobre o patrimônio anteriormente tributado, o que caracteriza autêntico
bis in idem, devem ser restituídos os valores tributados sobre suas complementações de aposentadoria.
3. A sentença, reconhecendo a prescrição da pretensão vindicada pela parte Autora, julgou extinto o
processo, com resolução do mérito, nos termos do art. 487, II, do NCPC, pois houve o transcurso de mais
de 5 (cinco) anos entre data de início da aposentadoria da parte Autora (27/11/2001) e o ajuizamento da
ação. 4. Razões do recurso interposto pela parte Autora: a) requer assistência judiciária gratuita; b)
considerando que a ação foi proposta após 09/06/2005, está prescrita apenas a pretensão de
repetição/compensação dos tributos pagos antes do quinquênio que precedeu a data do ajuizamento da
demanda; c) a Lei n. 9.250, de 26 de dezembro de 1995, alterou a sistemática do Imposto de Renda, ao
estabelecer que as contribuições
Turma Recursal
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das pessoas físicas às entidades de previdência privada fechadas, passassem a incidir ao tempo do
recebimento do benefício pelo contribuinte; d) ocorre que a Lei n. 9.250/1995 omitiu-se quanto a situações
pré-existentes, em que as contribuições que ensejaram a formação do chamado fundo de reserva de
poupança já haviam sido tributadas ao momento do recebimento dos salários mensais, vez que anteriores
à edição da referida norma legal, com o que se afigura inconstitucional e ilegal a bi-tributação do imposto
federal, em decorrência da configuração do mesmo fato gerador; e) os recursos capitalizados pelos
beneficiários, entre 1989 e 1995, se forem novamente taxados quando do recebimento dos benefícios,
face à mudança de critérios do legislador ordinário, representarão bis in idem; f) o capital acumulado junto
a entidade privada tem natureza eminentemente patrimonial, tratando-se o pagamento dos benefícios, ou
o resgate dos valores investidos mera devolução do capital investido ao longo do tempo, atualizado
monetariamente, não havendo acréscimo patrimonial que justifique uma nova cobrança da exação fiscal
anunciada; g) a Primeira Seção do STJ nos autos do Recurso Especial nº 1.012.903, pacificou o
entendimento sobre a matéria objeto desta feito. 5. A União ofereceu resposta escrita ao recurso,
sustentando que o pagamento indevido surge no exato momento em que a parte passa a receber o
benefício previdenciário complementar sob a égide da Lei 9.250/1995. 6. A sentença já deferiu o pedido
de assistência judiciária gratuita, razão pela qual falece à parte Autora interesse recursal a tal título.
Recurso não conhecido nesse ponto. 7. Razão assiste à parte Autora. Quanto à incidência do prazo
prescricional sobre o seu direito de requerer a repetição do indébito, o Juízo singular pronunciou a
prescrição porque transcorreu mais de cinco anos entre a aposentadoria e a data da propositura da ação.
Quanto ao tema, tratando-se de ação ajuizada após 09.06.2005, pacificada se encontra a incidência da
prescrição quinquenal prevista na LC nº 118/2005 (STF - RE 566.621/RS, Rel. Min. Ellen Gracie,
Repercussão Geral, DJe 11/10/2011). 8. Entretanto, no que tange ao marco inicial da contagem do prazo
prescricional de cinco anos, a TNU possui posicionamento no sentido de que "O prazo prescricional, na
hipótese, não se inicia a partir do pagamento dos tributos recolhidos entre janeiro de 1989 a dezembro de
1995 ou na vigência da Lei n.º 9.250/95. É que o pagamento do imposto de renda incidente sobre as
contribuições vertidas a entidades de previdência privada no mencionado período não foi indevido ou
ilegal. Na verdade, o pagamento indevido e ilegítimo só se verifica no momento em que tributado o valor
proveniente da complementação da aposentadoria ou do resgate das contribuições, na proporção do que
já tributado sob a égide da Lei n.º 7.713/88, configurando indevido bis in idem. Logo, renova-se a
pretensão de repetição do indébito - e, portanto, o início do prazo prescricional - a cada incidência do
imposto de renda sobre a complementação percebida pelo autor ou sobre o resgate das contribuições, se
for o caso. Deste modo, a prescrição atinge apenas as parcelas de restituição vencidas antes do
quinquênio anterior à propositura da ação, incidindo a Súmula n.º 85 do STJ (...)" (TNU - PEDILEF
200683005146716, Rel. Juiz Federal Manoel Rolim Campbell Penna, DJ de 28/09/2012 – sem grifos
302
originais). Portanto, encontram-se prescritas apenas as parcelas anteriores ao quinquênio que antecedeu
o ajuizamento da ação e, não, da data da aposentadoria da parte Autora, como consignou a sentença.
Turma Recursal
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9. Provimento do recurso interposto pela parte Autora, na parte conhecida, para afastar a prescrição
pronunciada pela sentença. 10. Superada a questão da prescrição, aplicável regra prevista no art. 1.013,
§ 4º, NCPC, pelo qual, sendo possível, será julgado o mérito, examinando as demais questões, sem
retorno do processo ao Juízo de primeiro grau. 11. A 1ª Seção do STJ, quando do julgamento do REsp
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1.012.903/RJ, sujeito ao regime dos "recursos repetitivos”, reafirmou o entendimento de que não incide
imposto de renda sobre o valor do benefício de complementação de aposentadoria e o do resgate de
contribuições que, proporcionalmente, corresponderem às parcelas de contribuições efetuadas no período
de 01.01.1989 a 31.12.1995, cujo ônus tenha sido exclusivamente do participante do plano de previdência
privada, por força da isenção concedida pelo artigo 6º, inciso VII, alínea "b", da Lei 7.713/88, na redação
anterior à que lhe foi dada pela Lei 9.250/95 (Relator Ministro Teori Albino Zavascki, DJe de 13.10.2008).
12. Conforme precedente, tanto no resgate quanto na complementação de aposentadoria, há bitributação
indevida. A Lei 9.250/1995 não determinou que fosse recolhido imposto de renda em dois momentos, no
recolhimento da contribuição e no seu recebimento. Apenas alterou o momento do desconto. Em outras
palavras, a legislação tributária continuou adotando a incidência em apenas um momento da operação. A
diferença é quanto ao momento, não mais na contribuição e sim no recebimento. 13. Assim, é devida a
restituição dos valores do imposto de renda incidente sobre a complementação de aposentadoria que a
parte Autora percebe da entidade de previdência privada, mas apenas na proporção da contribuição por
ela vertida (um terço) no período de 01.01.89 a 31.12.95. Já o critério de esgotamento no cálculo da
repetição do indébito é questão a ser decidida pelo Juízo da execução, no momento oportuno. 14. Incide
a taxa SELIC nos termos do art. 39, § 4.º, Lei 9.250/1995, ou seja, a partir do pagamento indevido ou a
maior até o mês anterior ao da compensação ou restituição. 15. Acolhimento do pedido inicial para
declarar a inexigibilidade do imposto de renda incidente sobre a parcela da aposentadoria complementar
correspondente às contribuições realizadas no período de 1º./01/1989 a 31/12/1995 exclusivamente pela
parte Autora e condenar a parte Ré na restituição do imposto indevidamente recolhido, acrescido
exclusivamente da taxa SELIC a contar das datas dos recolhimentos indevidos, respeitada a prescrição
quinquenal, a contar da data da propositura da ação. 16. Honorários advocatícios incabíveis, por falta de
previsão legal para seu arbitramento, no âmbito do JEF, quando há provimento do recurso julgado (artigo
55, caput, da Lei n. 9.099/1995). ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais
Federais do Distrito Federal, por unanimidade: a) dar provimento ao recurso, na parte conhecida, para
afastar a prescrição pronunciada na sentença; b) julgando de logo o mérito, acolher o pedido inicial.
Brasília/DF, 23/10/2019.
Turma Recursal
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404.261 AgR / RJ, decidiu que a verificação dos níveis de carreira em que se inserem os anistiados e,
consequentemente, das diferenças de reajuste a que fariam jus demandaria a interpretação da legislação
infraconstitucional e o reexame dos fatos e das provas dos autos, o que é inviável em recurso
extraordinário. 4. Logo, o recurso de agravo interposto deve ser conhecido nesta sede como agravo
interno, nos termos do art. 1.030, § 2º, do NCPC. Aliás, esta tem sido a orientação expressa do STF, em
diversos outros processos enviados àquele Tribunal, os quais têm sido devolvidos com comando para
serem processados na forma do dispositivo supracitado, ou seja, na forma de agravo interno em face de
decisão negando seguimento a extraordinário. Com isso, a única forma legalmente prevista de
impugnação da decisão da Coordenação das Turmas é, de fato, a interposição de agravo interno,
segundo o art. 1.030, § 2º, NCPC.
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
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5. Seja como for, não pode ser dado provimento ao agravo aqui recebido como interno, na forma da lei,
haja vista que a questão de mérito (pagamento do reajuste salarial no índice de 16,40% referente ao mês
de abril de 1992), como dito, já foi levada ao conhecimento do STF por meio de recurso extraordinário,
não tendo sido reconhecida a repercussão geral, conforme decisão anteriormente referida, amoldando-se
a situação à hipótese do art. 1.030, inciso I, do NCPC. Por isso, a decisão que negou seguimento ao
extraordinário merece ser mantida em todos os seus termos. 6. Conhecimento do recurso como agravo
interno, negando-lhe provimento. ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais
Federais do Distrito Federal, por unanimidade, conhecer do recurso como agravo interno, negando-lhe
provimento. Brasília/DF, 23/10/2019.
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E121D5C94443D390902819265DA2B867
5. Seja como for, não pode ser dado provimento ao agravo aqui recebido como interno, na forma da lei,
haja vista que a questão de mérito (cômputo de tempo do período entre a dispensa e a readmissão, nos
termos da Lei 8.878/1994), como dito, já foi levada ao conhecimento do STF por meio de recurso
extraordinário, não tendo sido reconhecida a repercussão geral, conforme decisão anteriormente referida,
amoldando-se a situação à hipótese do art. 1.030, inciso I, do NCPC. Por isso, a decisão que negou
seguimento ao extraordinário merece ser mantida em todos os seus termos. 6. Conhecimento do recurso
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como agravo interno, negando-lhe provimento. ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos
Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade, conhecer do recurso como agravo
interno, negando-lhe provimento. Brasília/DF, 23/10/2019.
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SOCIAL-INSS ADVOGADO: RECORRIDO: MIGUEL DE JESUS ROCHA ADVOGADO: MA00016942 -
BRUNA IANE MENEZES DE AGUIAR E OUTRO(S)
EMENTA
ASSISTENCIAL E PROCESSUAL. BPC. HIPOSSUFICIÊNCIA COMPROVADA APÓS A ELABORAÇÃO
DO PARECER SOCIAL. DEFICIÊNCIA. PREENCHIMENTO DO REQUISITO LEGAL. ALTERAÇÃO DA
DIB. PROVIMENTO PARCIAL DO RECURSO. 1. A sentença julgou parcialmente procedente o pedido
inicial para condenar o INSS: a) no cumprimento da obrigação de fazer consistente na concessão mensal
de um benefício de amparo assistencial à pessoa com deficiência com DIP na data da própria sentença
(23 de abril de 2019); b) no cumprimento da obrigação de pagar os valores retroativos desde a DER –
20/06/2017, corrigidos de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo Manual de Cálculos da Justiça
Federal, o qual reflete o entendimento adotado pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento do RE nº
870.947/SE e pelo Superior Tribunal de Justiça no julgamento do REsp nº 1.495.146/MG, observada a
prescrição quinquenal e a compensação com eventual benefício pago à autora e que seja incompatível
como o LOAS. Foram antecipados os efeitos da tutela para determinar a implantação do benefício no
prazo de 15 dias, sob pena de multa. 2. Razões do recurso interposto pelo INSS: a) a incapacidade
temporária, por si só, não deve conduzir à concessão do benefício assistencial destinado às pessoas
portadoras de deficiência, pois não constitui campo de cobertura da incapacidade dos trabalhadores que
exercem suas atividades na informalidade, como no presente caso; b) para efeito de concessão do
benefício de prestação continuada, a incapacidade para o trabalho deve ser total e permanente, devendo,
além disso, a parte Autora provar incapacidade para atos da vida diária; c) a incapacidade do assistido
social, para a vida independente e para o trabalho, de que trata o art. 20, §2º, da Lei 8.742/1993, não se
confunde com a incapacidade que habilita o segurado da previdência social ao auxílio-doença ou à
aposentadoria por invalidez; d) as alegações de dificuldades financeiras e de recolocação profissional não
têm pertinência, pois para tais situações existe programa específico no âmbito da seguridade social; e)
existe programa próprio de inserção no mercado de trabalho que supre, ainda que parcialmente, a
dificuldade de recolocação; f) acaso entenda o Juízo pela concessão do benefício, a hipossuficiência
econômica somente restou demonstrada após ajuizamento da ação, pelo que seu termo inicial somente
poderá ser fixado na data do laudo social; e) em relação aos índices de correção monetária e juros de
mora, que sejam fixados nos termos do artigo 1º-F da Lei 9.494/1997, redação dada pela Lei
11.960/2009. 3. A parte Autora ofereceu resposta ao recurso.
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4. Uma vez intimado para intervir no feito, o MPF quedou-se inerte. 5. Parte Autora do sexo masculino,
menor impúbere, nascido em 26/03/2017 (2 anos), filho de Lenice de Jesus Rocha, genitor não declarado,
residente no Gama/DF. 6. A primeira perícia médica, registrada em 18/05/2018, realizada por médico
especialista em pediatria, após análise detalhada do caso, concluiu que a parte Autora é portadora de CID
P35.1 (infecção congênita por citomegalovirus) e “não há sinais de alterações neurológicas significativas
no momento. É possível que desenvolva atraso no desenvolvimento com o tempo, ou alterações de visão
ou audição”. 7. A segunda perícia, registrada em 20/09/2018, realizada por médica com especialidade em
medicina do trabalho e psiquiatria, constatou que a parte Autora é portadora de CID Q02 (microcefalia),
não tendo sido constatada alienação mental (p. 5 do laudo) devendo-se aguardar a evolução do quadro
para saber o prognóstico (p. 4 do laudo) e informa que o periciado apresenta incapacidade laboral
temporária, definitiva e omniprofissional. O perito emitiu o seguinte parecer conclusivo: “apresenta
incapacidade total e temporária por um período de 03 anos a partir da data pericial para avaliar a sequela
deixada pela citomegalovirose adquirida pela mãe durante a gestação do mesmo” (p. 5 do laudo). 8. O
laudo socioeconômico (registrado em 13/04/2018), elaborado em 02/04/2018, informa que a parte Autora
reside com sua genitora, solteira, e que esta não possui outros filhos. Faz acompanhamento na rede
pública de saúde, faz estimulação precoce no centro de ensino especial do Gama três vezes por semana
por indicação médica e faz uso de vitaminas. A genitora relata que o filho não usa medicação contínua e
que está bem de saúde. A genitora do periciado tem duas irmãs que moram na região, porém, não há
informação se estas prestam algum tipo de ajuda. Quanto à moradia, relata que a “família reside em casa
alugada no valor de 400,00 reais mensais já incluídos água e energia elétrica, mora no local há cerca de
um ano, casa que autor reside está em terreno murado, gradeado, com quatro unidades habitacionais
construída no mesmo lote, construções em área de ocupação regular possui infraestrutura completa, há
saber; rua com pavimentação asfáltica, rede escoto (sic), água potável, rede elétrica, coleta de lixo
305
regular, posto de saúde e escolas, autora diz que na região ocorre furtos e roubos regularmente,
segurança é precária. Casa onde família reside conta com sala, cozinha no mesmo cômodo, quarto e
banheiro e área de serviço, tem piso cerâmico, telhas de cerâmica, parede com pinturas em boas
condições, moveis e eletrodomésticos em bom estado de conservação, organização e higiene do
ambiente em boas condições” (p. 2 do laudo). Além disso, informa que seus móveis ou foram adquiridos
ao longo dos anos com a renda do seu trabalho. Quanto à renda (p. 3 do laudo), a genitora da parte
Autora afirma que recebe o valor bruto de R$ 1.161,00 e que possui despesas básicas de R$ 1.050,00,
sem contar outras despesas eventuais que não podem ser previstas. Diz que, às vezes, necessita de
auxílio dos colegas de trabalho. De acordo com a genitora da parte Autora, o pai do menor não paga a
prestação de alimentos e não dá qualquer assistência ao filho. O genitor da parte Autora é procedente do
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Rio Grande do Norte/RN e família não sabe do seu paradeiro. A despesa com aluguel, energia elétrica e
água tratada é de R$ 400,00, com cuidados com a parte Autora é de R$ 350,00 e com alimentação e
higiene é de R$ 300,00. Possui passe livre. A perita concluiu que a parte
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Autora está em situação de hipossuficiência econômica e vulnerabilidade social (p. 4). 9. Para efeito de
concessão do benefício de prestação continuada, “considera-se pessoa com deficiência aquela que tem
impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação
com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de
condições com as demais pessoas” (art. 20, § 2º, Lei n. 8.742/1993, com redação dada pela Lei n.
13.146/2015). Desde antes, já se entendia que “incapacidade para a vida independente não é só aquela
que impede as atividades mais elementares da pessoa, mas também a impossibilita de prover ao próprio
sustento” (Súmula 29/TNU). 10. A incapacidade total, mas temporária da parte Autora, indicada pela
perícia médica, não obsta a concessão do benefício assistencial, pois o requisito, exigido pela LOAS, que
deve ser observado para a configuração de deficiência é a presença do impedimento de longo prazo
(transcurso de 2 anos, no mínimo) de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em
interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em
igualdade de condições com as demais pessoas. Esse impedimento não necessariamente decorre de
incapacidade física, tendo em vista o que consigna o art. 2º, §1º, da Lei 13.146/2015 (Estatuto da Pessoa
com Deficiência): “A avaliação da deficiência, quando necessária, será biopsicossocial, realizada por
equipe multiprofissional e interdisciplinar e considerará: I - os impedimentos nas funções e nas estruturas
do corpo; II - os fatores socioambientais, psicológicos e pessoais; III - a limitação no desempenho de
atividades; e IV - a restrição de participação”. 11. No caso, o alcance da incapacidade temporária da parte
Autora, segundo o próprio laudo pericial, vai além dos dois anos. Além disso, para a aferição do
impedimento de longo prazo e das barreiras que eventualmente obstruem a sua participação plena e
efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas, a análise dos aspectos
biopsicossociais da parte Autora, como idade, escolaridade, vulnerabilidade social e saúde reforça o
preenchimento do requisito legal. 12. Além disso, para ter direito ao benefício, a pessoa com deficiência
precisa ter renda familiar mensal per capita inferior a 1/4 do salário-mínimo (art. 20, §3º, Lei 8.742/93).
13. Quanto a isso, o laudo pericial socioeconômico realizado em 02/04/2018 (registro de 13/04/2018)
atesta que a parte Autora reside apenas com sua genitora. Ainda, foi dito que a genitora está empregada
e, com a renda auferida no valor de R$ 1.161,00 (bruto) e custeia as despesas da família. Segundo o
relatório, a despesa com aluguel, energia elétrica e água tratada é de R$ 400,00, com cuidados com a
parte Autora é de R$ 350,00 e com alimentação e higiene é de R$ 300,00. Todavia, a genitora da parte
Autora informa que se encontra desempregada (petição registrada em 30/01/2019), fato que pode ser
corroborado pela cópia da CTPS (registro 30/01/2019) e pelo CNIS (registro em 09/10/2019). Sendo
assim, a renda per capita atualmente é inferior a ¼ do salário mínimo. Além disso, o laudo
socioeconômico confirma que a parte Autora é vítima de hipossuficiência econômica e vulnerabilidade
social (p. 4). 14. Ao cotejar as condições da parte Autora com os requisitos legais para configuração de
deficiência, é de se concluir que os mesmos estão devidamente preenchidos, no caso
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sob julgamento. Ou seja, outra não pode ser a conclusão senão a de que a parte Autora está impedida,
por longo prazo, de participar plena e efetivamente na sociedade, em igualdade de condições com as
demais pessoas. Por isso, a parte Autora faz jus ao BPC pleiteado, sob essa ótica. 15. De todo modo, a
sentença condenou o INSS ao pagamento das parcelas vencidas a partir da data da entrada do
requerimento administrativo em 20/06/2017. Pelo conjunto probatório, contudo, o período compreendido
entre a DER e a data do encerramento do vínculo empregatício da genitora da parte Autora, em
30/06/2018, a renda per capita ultrapassava ¼ do salário mínimo, afastando o estado de hipossuficiência.
16. Seja como for, a data de início da carência econômica é posterior ao requerimento administrativo, ao
ajuizamento da ação (esta foi proposta em 08/11/2017) e até ao laudo socioeconômico (elaborado em
02/04/2018 e registrado em 13/04/2018). A carência passou a se configurar somente a partir de
julho/2018, como já destacado, quando a mãe da parte Autora deixou de receber remuneração, de acordo
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com o CNIS. Portanto, a DIB deve ser fixada após o término do vínculo empregatício (DIB 01/07/2018).
17. Quanto aos juros e correção monetária, o STF decidiu que “o artigo 1º-F da Lei 9.494/1997, com a
redação dada pela Lei 11.960/2009, na parte em que disciplina a atualização monetária das condenações
impostas à Fazenda Pública segundo a remuneração oficial da caderneta de poupança, revela-se
inconstitucional ao impor restrição desproporcional ao direito de propriedade (CRFB, art. 5º, XXII), uma
vez que não se qualifica como medida adequada a capturar a variação de preços da economia, sendo
inidônea a promover os fins a que se destina”. 18. O acórdão referente ao RE 870.947 já foi publicado no
DJe de 17/11/2917, tornado público em 20/11/2017. Outrossim, o STJ decidiu que “a modulação dos
efeitos da decisão que declarou inconstitucional a atualização monetária dos débitos da Fazenda Pública
com base no índice oficial de remuneração da caderneta de poupança, no âmbito do Supremo Tribunal
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Federal, objetivou reconhecer a validade dos precatórios expedidos ou pagos até 25 de março de 2015,
impedindo, desse modo, a rediscussão do débito baseada na aplicação de índices diversos. Assim,
mostra-se descabida a modulação em relação aos casos em que não ocorreu expedição ou pagamento
de precatório” (REsp 1495146/MG, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Primeira Seção, julgado em
22/02/2018, DJe 02/03/2018). 19. Por isso, não prejudica a conclusão deste julgamento, quanto aos
consectários legais, a pendência de embargos declaratórios, no RE 870.947, nem mesmo se a tais
embargos, excepcionalmente, foi deferido algum efeito suspensivo, pois aqui ainda se está na fase de
conhecimento da causa, longe do início da eventual fase de cumprimento do julgado, quanto aos valores
pretéritos a serem pagos, se for o caso. 20. Este acórdão abordou os argumentos levantados pelas
partes, significando que também foram considerados os elementos suscitados para fins de
prequestionamento. 21. Provimento parcial do recurso interposto pelo INSS, para fixar em 01/07/2018 a
DIB do BPC já concedido pela sentença. 22. Honorários advocatícios incabíveis, por falta de previsão
legal para arbitramento, no
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âmbito do JEF, quando há provimento do recurso julgado, ainda que em parte (art. 55, caput, da Lei n.
9.099/1995). ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito
Federal, por unanimidade, dar provimento parcial ao recurso. Brasília/DF, 23/10/2019.
refere aos juros e correções monetárias nas condenações impostas à Fazenda Pública, deve se aplicar o
art. 1º-F da Lei 9.494/97, com a redação do art. 5º da Lei 11.960/2009, haja vista tratar
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se de atualização do quantum debeatur, situação acerca da qual ainda se desconhece o marco temporal
fixado pelo STF para fins de modulação dos efeitos. 5. A parte Autora ofereceu resposta escrita ao
recurso. 6. Parte Autora do sexo feminino, nascida em 19/10/1968 (51 anos de idade), reside com o
irmão, ensino médio incompleto, desempregada, residente em Brazlândia/DF. 7. A perícia médica, cujo
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laudo foi registrado em 09/03/2016, realizada por médico especialista em ortopedia e traumatologia,
constatou que a pericianda é portadora de doença, CID 10: M 25.5 (dor articular). A incapacidade da parte
Autora é total, temporária e multiprofissional, e DII fixada em 01/10/2015, concluindo que: “por falta de
elementos para fixar-se uma data precisa de início da incapacidade, devido ao caráter crônico e
progressivo das patologias, pode-se apenas informar que nesse exame já se encontra incapaz” (p. 3 do
laudo). 8. No caso, apesar do INSS alegar que a parte Autora manteve vínculos com o RGPS somente
até 07/2012, conforme cópia da CTPS juntada ao processo (documentação inicial, pp. 8/9), o vínculo com
a empresa Paulista Serviços e Transportes LTDA, iniciado em 01/09/2011, encontra-se sem a devida
baixa. Diante desse quadro, o Juízo de origem intimou a parte Autora, por meio do despacho registrado
em 19/10/2016, para que esta esclarecesse se o vínculo com a referida empresa ainda persistia.
Intimada, a parte Autora informou que foi desligada da empresa em 14/10/2016 e juntou a declaração da
empresa atestando tal fato (cf. petição incidental registrada em 24/11/2016, p. 3/3). 9. Ora, nesse
contexto, e conforme bem destacado pela sentença integrativa dos declaratórios, “no tocante ao requisito
da incapacidade para o trabalho, o perito nomeado, Dr. Saulo Morais Rodrigues de Castro, atestou em
seu laudo que a autora estava incapacitada, de forma total, temporária e multiprofissional. Por outro lado,
em resposta a intimação do juízo, a parte autora juntou, em 24/11/2016, declaração da empresa Paulista
Serviços e Transportes informando que a autora entrou em gozo de benefício junto ao INSS em
20/01/2012 e não mais retornou ao trabalho. E que somente foi desligada da empresa em 14/10/2016. A
autora, assim, entre a cessação do benefício em 24/07/2012 e o desligamento da empresa, em 2016, não
retornou ao trabalho, nem esteve em gozo de benefício. Contudo, mesmo não constando no CNIS o
recolhimento das contribuições, tendo a empresa informado que só a desligou em 2016, era seu dever
verter as contribuições. Mesmo não o tendo feito, pode-se assegurar que a autora não perdeu a qualidade
de segurado. Como já foi dito, na sentença embargada, não há nos autos elementos para determinar o
restabelecimento desde a cessação, em 2012. Mas como está demonstrado que não houve a perda da
qualidade de segurado e tendo sido reconhecida a incapacidade com DII em 01/10/2015, cabível o
restabelecimento a partir dessa data”. 10. Com efeito, a CTPS, acompanhada da declaração da empresa,
goza de presunção juris tantum de veracidade (Súmula 225 do STF) e tal presunção somente pode ser
desconstituída mediante prova em contrário. O ônus de ilidir anotações registradas na CTPS incumbe ao
INSS, mediante demonstração inequívoca da incorreção ou falsidade das informações discriminadas. No
caso, o INSS não impugna adequadamente o vínculo
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aludido, devendo o referido tempo ser computado para fins de carência. Isso porque, nos casos de
segurados obrigatórios, a responsabilidade pelo recolhimento da contribuição não é do trabalhador, mas
do empregador, conforme anuncia o art. 30, Lei 8.212/1991. Portanto, cabe ao INSS fiscalizar o
recolhimento das contribuições ao tempo da prestação de serviço, não podendo o segurado ser
prejudicado pela inércia da Autarquia Previdenciária. 11. Nesse contexto, não há que se falar em perda
da qualidade de segurado, tendo em vista que a incapacidade atestada (em 01/10/2015) é anterior à
cessação do vínculo da parte Autora com a empresa Paulista Serviços e Transportes LTDA em
14/10/2016, conforme demonstrado na declaração (registro em 24/11/2016), conjuntamente com a CTPS
(documentação inicial, pp. 8/9). 12. Já as regras para fixar termo inicial de benefícios
previdenciário/assistenciais por incapacidade/impedimento são estas: a) se não houve requerimento
administrativo e a incapacidade (ou impedimento, no caso de benefício assistencial) for estabelecida
antes da citação, o benefício será devido desde a citação válida (STJ, 1ª. Seção, RESp n. 1.369.165/SP,
rel. Min. Benedito Gonçalves, DJe 7.3.2014, sob o regime representativo de controvérsia); b) se houve
requerimento administrativo e a incapacidade (ou impedimento) estabelecida no laudo pericial for
preexistente àquele, o benefício será devido desde o requerimento administrativo (Súmula n° 22 da TNU:
se a prova pericial realizada em juízo dá conta de que a incapacidade já existia na data do requerimento
administrativo, esta é o termo inicial do benefício assistencial); c) se houve requerimento administrativo e
se a perícia judicial não precisar a data do início da incapacidade (ou impedimento), fixando-a na data da
perícia por ausência de provas, desde a data da citação (STJ RESp n. 1.311.665, rel. Min. Ari Pargendler,
DJe 17.10.2014); d) se houve requerimento administrativo e o laudo pericial judicial fixar a data de início
da incapacidade (ou impedimento) após o requerimento administrativo (legitimando a recusa do INSS),
mas antes do ajuizamento da ação, o benefício será devido desde a citação (STJ RESp n. 1.369.165/SP,
rel. Min. Benedito Gonçalves, DJe 7.3.2014, sob o regime representativo de controvérsia; TNU, PEDILEF
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200971670022131, rel. Juiz Federal Adel Américo de Oliveira, DOU 11.5.2012). Em todos os casos,
privilegia-se o princípio do convencimento motivado, pelo qual a fixação da data de início do benefício
resulta da análise do conjunto probatório. 13. No caso, de todo modo, a parte Autora não se enquadra em
qualquer das alíneas constantes do item 10, pois a data de início da incapacidade (DII em 01/10/2015) é
posterior à data do requerimento administrativo (27/07/2012 – registro em doc. inicial, p. 5) e à propositura
da ação, que se deu em 08/09/2015. Assim, o benefício deveria ter sido concedido, em tese, a partir da
juntada do laudo pericial em 09/03/2016. Todavia, o laudo é anterior à citação do INSS, sendo o benefício
devido desde a citação e, não, desde o início da incapacidade, como consignou a sentença. 14. Quanto
aos juros e correção monetária, na Sessão de 20/09/2017, o STF concluiu o julgamento do RE 870.947
(repercussão geral), definindo que “o artigo 1º-F da Lei 9.494/1997, com a redação dada pela Lei
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11.960/2009, na parte em que disciplina a atualização monetária das condenações impostas à Fazenda
Pública segundo a remuneração oficial da caderneta de poupança, revela-se inconstitucional ao impor
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restrição desproporcional ao direito de propriedade (CRFB, art. 5º, XXII), uma vez que não se qualifica
como medida adequada a capturar a variação de preços da economia, sendo inidônea a promover os fins
a que se destina”. Portanto, não há razão quanto ao pleito de aplicação do critério previsto pelo art. 1º-F
da Lei n. 9.494/1997. 15. O acórdão referente ao RE 870.947 já foi publicado no DJe de 17/11/2917,
tornado público em 20/11/2017 Outrossim, o STJ decidiu que “a modulação dos efeitos da decisão que
declarou inconstitucional a atualização monetária dos débitos da Fazenda Pública com base no índice
oficial de remuneração da caderneta de poupança, no âmbito do Supremo Tribunal Federal, objetivou
reconhecer a validade dos precatórios expedidos ou pagos até 25 de março de 2015, impedindo, desse
modo, a rediscussão do débito baseada na aplicação de índices diversos. Assim, mostra-se descabida a
modulação em relação aos casos em que não ocorreu expedição ou pagamento de precatório” (REsp
1495146/MG, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Primeira Seção, julgado em 22/02/2018, DJe
02/03/2018). 16. Por isso, não prejudica a conclusão deste julgamento, quanto aos consectários legais, a
pendência de embargos declaratórios, no RE 870.947, nem mesmo se a tais embargos,
excepcionalmente, foi deferido algum efeito suspensivo, pois aqui ainda se está na fase de conhecimento
da causa, longe do início da eventual fase de cumprimento do julgado, quanto aos valores pretéritos a
serem pagos, se for o caso. 17. Provimento parcial do recurso interposto pelo INSS, para fixar a DIB do
auxíliodoença na data da citação, que se deu em 28/06/2017. 18. Honorários advocatícios incabíveis, por
falta de previsão legal para arbitramento, no âmbito do JEF, quando há provimento do recurso, ainda que
em parte (art. 55, caput, da Lei n. 9.099/1995). ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos
Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade, dar provimento parcial ao recurso.
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nascido em 12/05/1968 (atualmente com 51 anos de idade), solteiro, cobrador de ônibus antes de receber
o benefício de aposentadoria por invalidez concedido judicialmente em 16/01/2010 (pp. 6/7 da
documentação inicial), residente e domiciliado em Águas Claras/DF. 5. Não houve cerceamento de
defesa, durante a instrução do processo. O laudo pericial foi produzido por médico especialista em
psiquiatria e em medicina do trabalho e perícias médicas, ou seja, especialidades habilitadas para periciar
a lesão/doença da parte Autora. Depois do seu exame pessoal, foi considerada a documentação juntada
ao feito, conforme dá conta o próprio laudo. Portanto, não há necessidade de nova perícia. 6. A perícia
registrada em 01/08/2018, realizada por médico especializado em medicina
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do trabalho, perícias médicas e psiquiatria, constatou que o periciando é portador de doença, CID: H 90.3
(perda auditiva bilateral neurossensorial) e F 41.2 (transtorno misto ansioso e depressivo). O perito
informou que a parte Autora “apresenta incapacidade parcial e definitiva para exercer atividades que
exijam boa acuidade auditiva a partir de 02/05/2005” (p. 4). O perito deixa claro que a incapacidade é
passível de recuperação/reabilitação para o exercício de outra atividade (p. 4, item ‘3.c’) Após exame
clínico detalhado, o mesmo laudo pericial concluiu: “Baseando-se no EMP (Exame Médico-Pericial), nos
documento(s) médico(s) e na Anamnese, concluo que o requerente, no momento, encontra-se INAPTO
PARCIAL E DEFINITIVAMENTE apenas para exercer atividade laborativa que exija boa acuidade
auditiva” (p. 6). 7. A produção da prova pericial em Juízo, de cunho médico, tem por fim esclarecer a
situação pessoal do segurado, quanto ao seu estado de saúde, no contexto de um procedimento em
contraditório e imparcial, devendo prevalecer sobre documentos unilateralmente juntados por uma das
partes. Somente no caso de a prova pericial judicial ser dúbia ou incompleta é que documentos juntados
unilateralmente podem ser usados para suprir falta ou dubiedade da prova pericial judicial, o que não é o
caso. Por isso, não é o caso de usar documentos juntados unilateralmente, para reconhecer que a parte
Autora possuiria incapacidade total e, simultaneamente, definitiva. 8. Em princípio, apenas quando se
trata de incapacidade total, ou afastamento de todas as atividades, justifica-se legalmente concessão do
benefício de aposentadoria por invalidez. Quando a hipótese for de incapacidade parcial, apesar de
permanente, ou seja, apenas para o trabalho ou para a atividade habitual do segurado, a legislação prevê
concessão do benefício previdenciário do auxílio-doença (art. 59, Lei n. 8.213/1991). 9. Aliás, é o que
determina o art. 62 da Lei n. 8.213/1991: “o segurado em gozo de auxílio-doença, insuscetível de
recuperação para sua atividade habitual, deverá submeter-se a processo de reabilitação profissional para
o exercício de outra atividade. Parágrafo único. O benefício a que se refere o caput deste artigo será
mantido até que o segurado seja considerado reabilitado para o desempenho de atividade que lhe
garanta a subsistência ou, quando considerado não recuperável, seja aposentado por invalidez” (redação
dada e incluído pela Lei n. 13.457/2017). 10. O INSS não pode abster-se de cumprir referida legislação
legal, pois é de sua responsabilidade o processo de reabilitação, tratando-se de garantia imprescindível
para que beneficiário obtenha nova oportunidade de emprego. Assim também estabelece a Lei da
Previdência: “art. 89 A habilitação e a reabilitação profissional e social deverão proporcionar ao
beneficiário incapacitado parcial ou totalmente para o trabalho, e às pessoas portadoras de deficiência, os
meios para a (re) educação e de (re) adaptação profissional e social indicados para participar do mercado
de trabalho e do contexto em que vive. [...] Art. 90. A prestação de que trata o artigo anterior é devida em
caráter obrigatório aos segurados, inclusive aposentados e, na medida das possibilidades do órgão da
Previdência Social, aos seus dependentes”. 11. A análise das condições pessoais e sociais envolvendo o
segurado pode sustentar presunção de que, na ausência de reabilitação efetiva, não há como algum
trabalho, ou atividade que garanta a subsistência, ser realizado. Mas se trata de presunção relativa,
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pois a legislação estabelece obrigação de o segurado, reconhecida a incapacidade parcial ou temporária,
ser submetido à reabilitação profissional. Em tese é possível que o segurado temporária ou parcialmente
incapaz, submetido à reabilitação, adquira condições para o desempenho de nova atividade que lhe
garanta a subsistência. 12. De acordo com as circunstâncias do caso, portanto, a regra aplicável é
aquela prevista no art. 62 da n. Lei 8.213/1991, e não a prevista no art. 60, § 8º, da mesma Lei, incluído
pela MP n. 739/2016, convertida na Lei n. 13.457/2017. Aliás, no caso sob julgamento, pode até mesmo
ser o caso de consignar que, não se obtendo sucesso na reabilitação estabelecida pela lei, é o caso de
aposentar por invalidez a parte Autora. 13. De acordo com a documentação anexa na inicial (pp. 6/7 da
documentação inicial), na DER administrativa, o segurado já estava incapacitado, pois a perícia médica
judicial fixou a DII no ano de 2005. É dizer, pela prova pericial produzida em Juízo, a própria cessação do
benefício em 2018, pelo INSS, foi indevida. Portanto, de acordo com o conjunto probatório, a DIB deve
ser realmente no dia seguinte à cessação indevida. 14. Provimento parcial do recurso interposto pela
parte Autora para condenar o INSS a lhe conceder o benefício de auxílio doença, com DIB a partir da data
da cessão da aposentadoria por invalidez, em 24/04/2018, devendo ser mantido o benefício “até que o
segurado seja considerado reabilitado para o desempenho de atividade que lhe garanta a subsistência
ou, quando considerado não recuperável, seja aposentado por invalidez”. Parcelas retroativas corrigidas e
310
com juros, de acordo com o MCJF. 15. Dado caráter alimentar do benefício e a certeza do direito da parte
Autora, em virtude do resultado do julgamento, antecipa-se a tutela e ordena-se ao INSS que implante a
prestação no prazo de 10 dias, a contar da intimação deste julgamento. 16. Honorários advocatícios
incabíveis, por falta de previsão legal para arbitramento, no âmbito do JEF, quando há provimento do
recurso, ainda que em parte (art. 55, caput, da Lei n. 9.099/1995). ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma
Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade, dar provimento parcial ao
recurso. Brasília/DF, 23/10/2019.
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Juiz David Wilson de Abreu Pardo 2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF RELATOR 3
Turma Recursal
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6. No caso, não se pode afastar a incidência do desconto de 6% (seis por cento), porquanto “a intenção
da Medida Provisória 2.165-36/01 foi a de impedir que a remuneração dos servidores ficasse
comprometida em razão das despesas de deslocamento, que ultrapassassem a diferença entre os gastos
com o transporte coletivo e o desconto de seis por cento sobre o vencimento” (TRF/1ª Região, AC
003999728.2014.4.01.3300/BA, Rel. Desembargadora Federal Gilda Sigmaringa Seixas, Primeira Turma,
e-DJF1 de 27/09/2017). Trata-se, pois, de mecanismo fixado em lei para beneficiar o trabalhador de baixa
renda que gasta mais do que seis por cento de seu rendimento com despesas de transporte, não sendo o
caso de excluí-lo, pura e simplesmente. 7. Quanto aos juros e correção monetária, objeto do recurso da
União, houve, como relatado, concordância expressa da parte Autora sobre os critérios pleiteados pela
Fazenda Pública. Pela regra prevista no art. 932, I, parte final, NCPC, incumbe até mesmo ao relator do
recurso, “quando for o caso, homologar autocomposição das partes”. 8. A concordância expressa da parte
Autora quanto à pretensão recursal da União equivale a uma autocomposição. Uma das formas clássicas
da autocomposição apontada pela doutrina processual é exatamente a submissão (ao lado transação e
da desistência). Na submissão, ocorre a sujeição de uma das pretensões à outra, pela aquiescência do
direito, visando à celeridade processual. É bem o que se verifica, no caso sob julgamento, quanto aos
juros e à correção monetária das parcelas em atraso. A propósito, a procuração outorgada ao advogado
da causa sob julgamento atribui expressamente poderes para transigir, desistir, fazer acordo e renunciar.
9. A prolação da sentença e a interposição do recurso não prejudicam a autocomposição. O dispositivo
legal que prevê a incumbência do relator para homologar a autocomposição das partes somente faz
sentido se estas puderem autocompor sua lide depois da devolução do processo à segunda instância,
311
quando já proferida a sentença e processados o recurso e a resposta da parte adversa. Além disso, é
dever do juiz estimular a solução consensual dos conflitos, “inclusive no curso do processo judicial” (art.
3º, § 3º, NCPC). 10. Provimento parcial do recurso interposto pela União, quanto à incidência do desconto
obrigatório de 6% (seis por cento). 11. HOMOLOGAÇÃO da autocomposição das partes neste Juízo
recursal, nos termos propostos indicados pela União e aceitos pela parte Recorrida. 12. Incabíveis
honorários advocatícios pela União, por falta de previsão legal para arbitramento, no âmbito do JEF,
quando há provimento do recurso julgado, ainda que parcial (artigo 55, caput, da Lei n. 9.099/1995) e
dada a prevalência da pretensão veiculada em seu recurso, por meio do acordo homologado.
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Turma Recursal
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ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por
unanimidade, dar provimento parcial recurso e homologar a autocomposição das partes quanto aos juros
e a correção monetária das parcelas em atraso. Brasília/DF, 23/10/2019.
Turma Recursal
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que declarou inconstitucional a atualização monetária dos débitos da Fazenda Pública com base no
índice oficial de remuneração da caderneta de poupança, no âmbito do Supremo Tribunal Federal,
objetivou reconhecer a validade dos precatórios expedidos ou pagos até 25 de março de 2015,
impedindo, desse modo, a rediscussão do débito baseada na aplicação de índices diversos. Assim,
mostra-se descabida a modulação em relação aos casos em que não ocorreu expedição ou pagamento
de precatório” (REsp 1495146/MG, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Primeira Seção, julgado em
22/02/2018, DJe 02/03/2018). 7. Por isso, não prejudica a conclusão desde julgamento a pendência de
embargos declaratórios, no RE 870.947, nem mesmo se a tais embargos, excepcionalmente, foi deferido
algum efeito suspensivo, pois aqui ainda se está na fase de conhecimento da causa, longe do início da
eventual fase de cumprimento do julgado. Assim, deve ser mantida a decisão agravada. 8. Ademais, não
é o caso de deferir o pedido de sobrestamento, pois não se inclui dentre as atribuições do Relator, no
exercício da atividade tipicamente jurisdicional, determinar o sobrestamento do feito, antecipando-se às
partes, quanto ao interesse de apresentar impugnação contra o acórdão, mas sim ao Presidente da
312
Turma Recursal e/ou Coordenador das Turmas, quanto ao juízo de admissibilidade de eventual Incidente
de Uniformização ou Recurso Extraordinário. Precedente da Turma Recursal Única desta Seccional
(Embargos no Recurso nº 0001954-52.2010.4.01.3400, Relator Juiz Federal Rui Costa Gonçalves,
Julgado em 01/09/2011). Além do mais, a decisão da Turma Recursal somente resultará em coisa julgada
se a parte sucumbente não interpor os recursos ainda existentes no sistema processual dos JEF. 9. Não
provimento do agravo interno interposto pelo INSS. ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos
Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade, negar provimento ao agravo interno.
Brasília/DF, 23/10/2019.
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Juiz David Wilson de Abreu Pardo 2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF RELATOR 3
Turma Recursal
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Supremo Tribunal Federal, objetivou reconhecer a validade dos precatórios expedidos ou pagos até 25 de
março de 2015, impedindo, desse modo, a rediscussão do débito baseada na aplicação de índices
diversos. Assim, mostra-se descabida a modulação em relação aos casos em que não ocorreu expedição
ou pagamento de precatório” (REsp 1495146/MG, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Primeira
Seção, DJe 02/03/2018). 7. Por isso, não prejudica a conclusão deste julgamento a pendência de
embargos declaratórios, no RE 870.947, nem mesmo se a tais embargos, excepcionalmente, foi deferido
algum efeito suspensivo, pois aqui ainda se está na fase de conhecimento da causa, longe do início da
eventual fase de cumprimento do julgado. Assim, deve ser mantida a decisão agravada, integralmente. 8.
Este acórdão abordou os argumentos levantados pelas partes, significando que também foram
considerados os elementos suscitados para fins de prequestionamento. 9. Não provimento do agravo
interno interposto pela União. ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais
Federais do Distrito Federal, por unanimidade, negar provimento ao agravo interno. Brasília/DF,
23/10/2019.
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
anteriores", correspondente à recomposição da remuneração original atualizada pelo índice do regime
geral da previdência social (Decreto nº 6.657/2008, ART. 2º e 3º, inciso I), no percentual de 16,40%, que
teria sido reconhecido administrativamente no valor de R$ 19.676,14 (dezenove mil seiscentos e setenta
e seis reais e quatorze centavos). 2. A sentença julgou improcedente o pedido formulado na petição
inicial, sob o fundamento de que “o autor alega que, apesar do reconhecimento de seu direito nos autos
do processo administrativo nº 21000.009444/2012-22, que regulamenta a concessão da recomposição
salarial no percentual de 16,40% aos servidores anistiados do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, a União não efetua o pagamento devido por falta de dotação orçamentária. Contudo,
compulsando os autos, verifico que o autor não foi readmitido no MAPA e, portanto, a decisão do
processo administrativo não o contempla. Além disso, a documentação juntada, por si só, não comprova
que o autor faz jus à recomposição nem que houve reconhecimento administrativo a seu favor. Portanto,
sendo o autor empregado público do Departamento Nacional de Produção Mineral, não faz jus ao
pagamento pleiteado”. 3. Razões do recurso interposto pela parte Autora: a) o próprio DNPM afirmou que
seu salário foi calculado com base nos índices de correção monetária adotados para atualização dos
benefícios do RGPS, um dos quais é o de 16,40%, que, entretanto, deixou de fazer parte da remuneração
no retorno, conforme reconhecido administrativamente; b) Nota Técnica do Ministério do Planejamento
confirmou que no cálculo da remuneração de retorno faltou um índice, de 16,40%, pelo que há de ser
determinado imediato pagamento. 4. O DEPARTAMENTO NACIONAL DE PRODUCAO MINERAL -
DNPM ofereceu resposta escrita ao recurso. 5. Não merece prosperar a pretensão autoral. A parte Autora
não comprovou, quanto à
Turma Recursal
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sua situação específica, o reconhecimento administrativo por parte da Administração Pública ao
pagamento do reajuste salarial no índice de 16,40%. Ou seja, a parte Autora não se desincumbiu
efetivamente do ônus probatório que lhe impõe o art. 373, I, do NCPC, pois não provou que a vantagem
econômica cujo pagamento pleiteou já houvera sido reconhecida pela Administração. Não tendo se
desincumbido desse ônus, então há de ser mantida a sentença, por seus próprios fundamentos. 6.
Destarte, os documentos colacionados ao feito não demonstram o reconhecimento dos valores pleiteados
na esfera administrativa. Com efeito, há apenas planilha de cálculo feita por contador particular apontando
a existência de diferença salarial no valor de 37.452,74 (documentação inicial pp. 26/28). 7. Ademais, a
parte Autora não juntou ao processo certidão individualizada do órgão demonstrando o reconhecimento
da dívida. 8. Se isso não fosse o suficiente, o certo é que o empregado anistiado, no retorno ao serviço
público, teve sua remuneração fixada ou pela comprovação das parcelas às quais fazia jus antes do
desligamento (art. 310, caput, Lei 11.907/2009); ou de acordo com a área de atuação e o nível do
emprego ocupado (art. 310, §1º, da mesma Lei). No caso, a parte Autora invoca a aplicação do índice de
16,40%, atinente ao reajuste dos benefícios previdenciários no mês de abril/1992, o qual, em tese, é
aplicável somente ao empregado reintegrado com remuneração calculada na forma do art. 310, caput, da
Lei 11.907/2009. 9. Acontece que a parte Autora também não se desincumbiu do ônus de demonstrar ter
sido a sua remuneração calculada com fundamento em tal dispositivo legal. As fichas financeiras
(documentação inicial pp. 10/25), bem como a CTPS da parte Autora (documentação inicial pp. 8/9), por
sua vez, nada estabelecem a respeito. Finalmente, não é verdade que a União na contestação admitiu a
forma de cálculo da remuneração, no retorno da parte Autora ao serviço. Naquela resposta (registro em
11/2/2019), o DNPM resistiu ao pedido, tanto do ponto de vista processual, quanto de mérito. 11. Não
provimento do recurso interposto pela parte Autora. 12. Honorários advocatícios pela parte Recorrente em
10% sobre o valor corrigido da causa (art. 55 da Lei n. 9.099/1995), com suspensão do pagamento
enquanto a parte credora não demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos
que justificou o pedido de gratuidade de Justiça, extinguindo-se a dívida cinco anos após o trânsito em
julgado deste Acórdão (art. 98, § 3º, NCPC).
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Turma Recursal
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ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por
unanimidade, negar provimento ao recurso. Brasília/DF, 23/10/2019.
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PROCESSO: 0007366-46.2019.4.01.3400 RECORRENTE: MARIA JOSE CARMO DA SILVA
ADVOGADO: DF00055573 - MYLENE QUITÉRIA CALDAS E OUTRO(S) RECORRIDO: UNIAO
FEDERAL (FAZENDA NACIONAL) ADVOGADO: - KELLY OTSUKA MIIKE
EMENTA
TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL. DESPACHO DE EMENDA À INICIAL. DETERMINAÇÃO PARA JUNTAR
INDEFERIMENTO ADMINISTRATIVO. INÉRCIA DA PARTE AUTORA. NÃO OBSERVÂNCIA DO PRAZO
PARA REALIZAÇÃO DA DILIGÊNCIA. NÃO PROVIMENTO DO RECURSO. 1. A sentença julgou extinto
o processo, sem resolução do mérito, nos termos do art. 485, IV e VI do NCPC, com fundamento na
inércia do Autor(a) em realizar diligência requerida pelo juízo a quo. 2. Razões do recurso interposto pela
parte Autora: a) há interresse de agir pelo simples fato de a matéria versada neste feito ser contestada
pela Fazenda Nacional em diversas ações semelhantes (incidência de cotribuição previdenciária sobre
juros de mora); b) não há previsão legal que condicione o ajuizamento da ação a requerimento
administrativo; c) o desconto de contribuição previdenciária independe de prévio requerimento
administrativo, em face do princípio da inafastabilidade da jurisdição; d) não cabe a incidência de PSS
sobre o montante referente a juros, visto que possuem natureza jurídica indenizatória e não
compensatória. 3. A parte Ré ofereceu resposta escrita ao recurso. 4. Consoante art. 320, NCPC, a
petição será instruída com documentos indispensáveis à propositura da ação, devendo haver
determinação de emenda em 15 (quinze) dias, quando o juiz verificar que a petição inicial não preenche
os requisitos legais. 5. No caso, foi determinada a emenda à inicial, para que fosse juntado o
comprovante de indeferimento administrativo, sob pena de extinção do processo sem julgamento de
mérito. Tal providência não foi adotada pela parte Recorrente, sob o argumento de que não há previsão
legal que condicione o ajuizamento da presente ação à juntada do referido indeferimento administrativo.
6. O Supremo Tribunal Federal já decidiu que a exigência de prévio requerimento administrativo não fere
a garantia de livre acesso ao Judiciário, previsto no art. 5º, XXXV, da CF e que o pedido administrativo
anterior indeferitório é que caracteriza lesão ou ameaça a direito. Assim, a ausência de prévio
requerimento administrativo constitui óbice ao processamento de ação judicial contra o INSS, exceto nos
seguintes casos: a) revisão de benefícios em que não exista matéria de fato a ser solucionada; b) casos
em que o entendimento da Administração for notório e reiteradamente contrário à postulação do segurado
e redundará, inevitavelmente, em indeferimento; c) quando a ação for proposta em juizados itinerantes; e
d) quando o INSS contestar o mérito da ação, vez que, nesse caso, configura-se o interesse de agir pela
resistência à pretensão. (RE nº 631.240, Repercussão Geral, Rel. Min. Luís Roberto Barroso, DJe
10.11.2014).
Turma Recursal
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7. O Superior Tribunal de Justiça, chamado a se manifestar quanto à aplicação do referido entendimento
em demandas tributárias, reconheceu que a ratio decidendi utilizada quando do julgamento da exigência
ou não do prévio requerimento administrativo nos benefícios previdenciários pode ser adotada para os
pedidos concernentes às contribuições previdenciárias. 8. Colaciona-se, verbis, o entendimento
consolidado no âmbito daquela Corte de Justiça: “[...] Na esfera previdenciária, na área de benefícios do
Regime Geral de Previdência Social, o STJ, no julgamento do Recurso Especial Repetitivo 1.369.834/SP
(Tema 660), Relator Ministro Benedito Gonçalves, alinhando-se ao que foi firmado pelo Supremo
Tribunal Federal no RE 631.240/MG (Tema 350, Relator Ministro Roberto Barroso), entendeu pela
necessidade do prévio requerimento administrativo. Em matéria tributária a questão já foi apreciada no
âmbito do STJ que consolidou o entendimento da exigência do prévio requerimento administrativo nos
pedidos de compensação das contribuições previdenciárias. Vejam-se: AgRg nos EDcl no REsp
886.334/SP, Rel. Ministro Castro Meira, Segunda Turma, julgado em 10/8/2010, DJe 20/8/2010; REsp
952.419/SP, Rel. Ministro Castro Meira, Segunda Turma, julgado em 2/12/2008, DJe 18/12/2008;
REsp 888.729/SP, Rel. Ministro João Otávio de Noronha, Segunda Turma, julgado em 27/2/2007,
DJ 16/3/2007, p. 340; REsp 544.132/RJ, Rel. Ministra Denise Arruda, Primeira Turma, julgado em
23/5/2006, DJ 30/6/2006, p. 166. Como as matérias tributária e previdenciária relacionadas ao Regime
Geral de Previdência Social possuem natureza jurídica distinta, mas complementares, pois, em
verdade, tratam-se as relações jurídicas de custeio e de benefício (prestacional) titularizadas pela
União e pelo INSS, respectivamente, com o fim último de garantir a cobertura dos riscos sociais de
315
natureza previdenciária, entende-se que a razão de decidir utilizada quando do julgamento da exigência
ou não do prévio requerimento administrativo nos benefícios previdenciários pode também ser
adotada para os pedidos formulados à Secretaria da Receita Federal concernentes às contribuições
previdenciárias (REsp 1734733 / PE, Rel. Min. HERMAN BENJAMIN, publicado em DJe 28/11/2018). 9.
De se destacar que as manifestações da Fazenda Nacional são de que não há interesse processual, pela
ausência de requerimento administrativo, aduzindo, ainda, que Instrução Normativa da RFB estabelece
que não incide CPSS sobre a parcela referente aos juros de mora decorrente de valores pagos em
cumprimento de decisão judicial ou de acordo homologado, que é o objeto da ação proposta. 10. Nesse
contexto, as razões recursais apresentadas pela Recorrente não se adéquam ao entendimento
consolidado pelo Superior Tribunal de Justiça, notadamente quanto ao cumprimento de requisitos
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indispensáveis ao regular prosseguimento da ação. Aplicável, no caso, a regra processual do art. 321,
parágrafo único, NCPC, na qual dispõe: “Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição
inicial”. A sentença, portanto, não merece qualquer reparo. 11. Não provimento do recurso interposto pela
parte Autora. 12. Honorários advocatícios pela parte Recorrente em 10% sobre o valor corrigido da causa
(art. 55 da Lei n. 9.099/1995).
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unanimidade, negar provimento ao recurso. Brasília/DF, 23/10/2019.
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MARCO AURÉLIO, 30/11/2007)” (Apelação 00436659820104013800, rel. Juiz Federal Antônio Francisco
do Nascimento, e-DJF1 de 16/06/2016). 5. Até 28/04/1995, o reconhecimento do exercício de atividade
especial poderia ser feito com base em dois critérios: a) por categoria profissional, considerando as
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Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
porque o PPP não faz menção à efetiva exposição aos agentes nocivos, químicos, físicos ou biológicos
que justifiquem ou comprovem as condições especiais de trabalho durante o período delimitado na inicial.
7. Laudo pericial de terceira pessoa não autoriza a contagem especial do tempo de serviço. Nesse
sentido, confira-se o seguinte julgado do Tribunal Regional Federal da 1ª Região: “Ressalte-se, ainda, que
não bastaria somente a comprovação do cargo em si, neste hipótese, mas também precisaria o autor
comprovar sua exposição a tensão superior a 250 volts, na forma do item 1.1.8 do Decreto 53831/64, o
que não ocorreu. Some-se a isto o fato de autor ter juntado aos autos documentos de terceiros estranhos
à lide, a fim de comprovar sua alegada exposição a agentes nocivos, fato que fragiliza ainda mais o
reconhecimento desse período como especial” (AC 0002461-90.2008.4.01.3300/BA, Rel. Juiz Federal
Antonio Oswaldo Scarpa, 1ª Câmara Regional Previdenciária da Bahia, e-DJF1 p.1059 de 17/02/2016). 8.
As razões recursais não são suficientes para alterar as conclusões da sentença. Aliás, "a percepção de
adicional de insalubridade pelo segurado, por si só, não lhe confere o direito de ter o respectivo período
reconhecido como especial, porquanto os requisitos para a percepção do direito trabalhista são distintos
dos requisitos para o reconhecimento da especialidade do trabalho no âmbito da Previdência Social"
(STJ, RESP 201401541279, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, 2ª Turma, DJE de 16/03/2015). 9.
Entrementes, não é o caso de anulação da sentença para realizar diligências requeridas, pois a parte
Recorrente recebeu o PPP do Núcleo Estadual do Ministério da Saúde do Pernambuco (cf. registrado em
21/07/2017). 10. Seja como for, não demonstrado o trabalho prestado em condições especiais,
prejudicada fica a concessão do Abono de Permanência. A atividade exercida pela parte Autora, agente
de saúde pública/guarda de endemias, não se encontra enquadrada nos róis estabelecidos pelos
Decretos n. 53.831/1964 e n. 83.080/1979. Ademais, não faz jus
Turma Recursal
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ao reconhecimento da especialidade do labor prestado anterior e posteriormente a 29/04/1995, vez que
deixou de comprovar a efetiva exposição aos agentes nocivos, químicos, físicos ou biológicos, pois não
constam no formulário apresentado (Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPP), devidamente embasado
em laudo técnico, ônus seu, nos termos do art. 373, I do CPC. Os laudos técnicos relacionados a
terceiros, estranhos ao presente processo, não são aptos a demonstrar a especialidade do labor prestado
pela parte autora. Inclusive o § 4º do art. 15 da ON 16/13 do MPOG veda que documentos relacionados a
órgãos, atividades e pessoas diversos possam ser aceitos para fins de comprovação do tempo especial.
11. Finalmente, a parte Recorrente jamais protestou apropriadamente pela produção de prova pericial. E
talvez não o tenha feito porque se entende que, no âmbito do JEF, a perícia pertinente não pode ter lugar,
já que complexa, a exigir, por exemplo, a avaliação do ambiente laboral. A pessoa que figura como parte
Autora reside em município do interior do Ceará (cf. petição inicial), a inviabilizar a produção dessa prova.
Outrossim, essa prova apontaria para necessidade de aferir contextos ambientais não contemporâneos
do espaço laboral, a tornar ainda mais complexa a produção da prova. Em hipóteses tais, o TRF1 tem
entendido não caber ao JEF a produção de tal prova, conforme CC 0013151-72.2017.4.01.0000, Des.
Fed. Gilda Sigmaringa Seixas, 1ª Seção, e-DJF1 de 25/4/2018. 12. Certo é que, não demonstrado o
trabalho prestado em condições especiais, prejudicados ficam os demais pedidos, devendo ser mantida a
sentença. 13. Precedentes no mesmo sentido da TR2/JEF/DF, julgados nas Sessões de 25/10/2017, de
8/11/2017 e de 24/10/2018, dentre outros: 0007879-82.2017.4.01.3400, 0017849-09.2017.4.01.3400,
0008448-83.2017.4.01.3400, 0023118-29.2017.4.01.3400, 0006161-50.2017.4.01.3400. 14. Não
provimento do recurso interposto pela parte Autora. 15. Honorários advocatícios pela parte Recorrente em
10% sobre o valor da condenação (artigo 55 da Lei nº 9.099/1995), com suspensão do pagamento
enquanto a parte credora não demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos
que justificou a concessão da gratuidade da Justiça, extinguindo-se a dívida cinco anos após o trânsito
em julgado deste acórdão (art. 98, § 3º, NCPC). ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos
Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade, negar provimento ao recurso.
Brasília/DF, 23/10/2019.
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o processo, sem resolução do mérito, nos termos do art. 485, IV e VI do NCPC, sob os seguintes
fundamentos: “[...] a parte-autora foi intimada para juntar o indeferimento administrativo, e quedou-se
inerte, limitando-se a informar que não há previsão legal para a determinação judicial. Entendo que a
parte autora deverá comprovar a lide que impulsione o andamento do Poder Judiciário quando provocado,
o que não aconteceu no presente caso”. 2. Razões do recurso interposto pela parte Autora: a) há
interresse de agir pelo simples fato de a matéria versada neste feito ser contestada pela Fazenda
Nacional em diversas ações semelhantes (incidência de cotribuição previdenciária sobre juros de mora);
b) não há previsão legal que condicione o ajuizamento da ação a requerimento administrativo; c) o
desconto de contribuição previdenciária independe de prévio requerimento administrativo, em face do
princípio da inafastabilidade da jurisdição; d) não cabe a incidência de PSS sobre o montante referente a
juros, visto que possuem natureza jurídica indenizatória e não compensatória. 3. A parte Ré ofereceu
resposta escrita ao recurso. 4. Consoante art. 320, NCPC, a petição será instruída com documentos
indispensáveis à propositura da ação, devendo haver determinação de emenda em 15 (quinze) dias,
quando o juiz verificar que a petição inicial não preenche os requisitos legais. 5. No caso, foi determinada
a emenda à inicial, para que fosse juntado o comprovante de indeferimento administrativo, sob pena de
extinção do processo sem julgamento de mérito. Tal providência não foi adotada pela parte Recorrente,
sob o argumento de que não há previsão legal que condicione o ajuizamento da presente ação à juntada
do referido indeferimento administrativo. 6. O Supremo Tribunal Federal já decidiu que a exigência de
prévio requerimento administrativo não fere a garantia de livre acesso ao Judiciário, previsto no art. 5º,
XXXV, da CF e que o pedido administrativo anterior indeferitório é que caracteriza lesão ou ameaça a
direito. Assim, a ausência de prévio requerimento administrativo constitui óbice ao processamento de
ação judicial contra o INSS, exceto nos seguintes casos: a) revisão de benefícios em que não exista
matéria de fato a ser solucionada; b)
Turma Recursal
D9FD21A04D6DD71E142D6E90793AEC13
casos em que o entendimento da Administração for notório e reiteradamente contrário à postulação do
segurado e redundará, inevitavelmente, em indeferimento; c) quando a ação for proposta em juizados
itinerantes; e d) quando o INSS contestar o mérito da ação, vez que, nesse caso, configura-se o interesse
de agir pela resistência à pretensão. (RE nº 631.240, Repercussão Geral, Rel. Min. Luís Roberto Barroso,
DJe 10.11.2014). 7. O Superior Tribunal de Justiça, chamado a se manifestar quanto à aplicação do
referido entendimento em demandas tributárias, reconheceu que a ratio decidendi utilizada quando do
julgamento da exigência ou não do prévio requerimento administrativo nos benefícios previdenciários
pode ser adotada para os pedidos concernentes às contribuições previdenciárias. 8. Colaciona-se, verbis,
o entendimento consolidado no âmbito daquela Corte de Justiça: “[...] Na esfera previdenciária, na área
de benefícios do Regime Geral de Previdência Social, o STJ, no julgamento do Recurso Especial
Repetitivo 1.369.834/SP (Tema 660), Relator Ministro Benedito Gonçalves, alinhando-se ao que foi
firmado pelo Supremo Tribunal Federal no RE 631.240/MG (Tema 350, Relator Ministro Roberto
Barroso), entendeu pela necessidade do prévio requerimento administrativo. Em matéria tributária a
questão já foi apreciada no âmbito do STJ que consolidou o entendimento da exigência do prévio
requerimento administrativo nos pedidos de compensação das contribuições previdenciárias.
Vejam-se: AgRg nos EDcl no REsp 886.334/SP, Rel. Ministro Castro Meira, Segunda Turma, julgado
em 10/8/2010, DJe 20/8/2010; REsp 952.419/SP, Rel. Ministro Castro Meira, Segunda Turma, julgado
em 2/12/2008, DJe 18/12/2008; REsp 888.729/SP, Rel. Ministro João Otávio de Noronha, Segunda
Turma, julgado em 27/2/2007, DJ 16/3/2007, p. 340; REsp 544.132/RJ, Rel. Ministra Denise Arruda,
Primeira Turma, julgado em 23/5/2006, DJ 30/6/2006, p. 166. Como as matérias tributária e
previdenciária relacionadas ao Regime Geral de Previdência Social possuem natureza jurídica
distinta, mas complementares, pois, em verdade, tratam-se as relações jurídicas de custeio e de
benefício (prestacional) titularizadas pela União e pelo INSS, respectivamente, com o fim último de
garantir a cobertura dos riscos sociais de natureza previdenciária, entende-se que a razão de decidir
utilizada quando do julgamento da exigência ou não do prévio requerimento administrativo nos benefícios
previdenciários pode também ser adotada para os pedidos formulados à Secretaria da Receita Federal
concernentes às contribuições previdenciárias (REsp 1734733 / PE, Rel. Min. HERMAN BENJAMIN,
publicado em DJe 28/11/2018). 9. De se destacar que as manifestações da Fazenda Nacional são de que
não há interesse processual, pela ausência de requerimento administrativo, aduzindo, ainda, que
Instrução Normativa da RFB estabelece que não incide CPSS sobre a parcela referente aos juros de
318
mora decorrente de valores pagos em cumprimento de decisão judicial ou de acordo homologado, que é o
objeto da ação proposta. 10. Nesse contexto, as razões recursais apresentadas pela Recorrente não se
adéquam ao entendimento consolidado pelo Superior Tribunal de Justiça, notadamente quanto ao
cumprimento de requisitos indispensáveis ao regular prosseguimento da ação. Aplicável, no caso, a regra
processual do art. 321, parágrafo único, NCPC, na qual dispõe: “Se o autor não cumprir a diligência, o juiz
indeferirá a petição inicial”. A
Turma Recursal
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sentença, portanto, não merece qualquer reparo. 11. Não provimento do recurso interposto pela parte
Autora. 12. Honorários advocatícios pela parte Recorrente em 10% sobre o valor corrigido da causa (art.
55 da Lei n. 9.099/1995). ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais
do Distrito Federal, à unanimidade, negar provimento ao recurso. Brasília/DF, 23/10/2019.
Turma Recursal
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exigência ou não do prévio requerimento administrativo nos benefícios previdenciários pode ser adotada
para os pedidos concernentes às contribuições previdenciárias. 7. Colaciona-se, verbis, o entendimento
consolidado no âmbito daquela Corte de Justiça: “[...] Na esfera previdenciária, na área de benefícios do
Regime Geral de Previdência Social, o STJ, no julgamento do Recurso Especial Repetitivo 1.369.834/SP
(Tema 660), Relator Ministro Benedito Gonçalves, alinhando-se ao que foi firmado pelo Supremo
Tribunal Federal no RE 631.240/MG (Tema 350, Relator Ministro Roberto Barroso), entendeu pela
necessidade do prévio requerimento administrativo. Em matéria tributária a questão já foi apreciada no
âmbito do STJ que consolidou o entendimento da exigência do prévio requerimento administrativo nos
pedidos de compensação das contribuições previdenciárias. Vejam-se: AgRg nos EDcl no REsp
886.334/SP, Rel. Ministro Castro Meira, Segunda Turma, julgado em 10/8/2010, DJe 20/8/2010; REsp
952.419/SP, Rel. Ministro Castro Meira, Segunda Turma, julgado em 2/12/2008, DJe 18/12/2008;
REsp 888.729/SP, Rel. Ministro João Otávio de Noronha, Segunda Turma, julgado em 27/2/2007,
319
DJ 16/3/2007, p. 340; REsp 544.132/RJ, Rel. Ministra Denise Arruda, Primeira Turma, julgado em
23/5/2006, DJ 30/6/2006, p. 166. Como as matérias tributária e previdenciária relacionadas ao Regime
Geral de Previdência Social possuem natureza jurídica distinta, mas complementares, pois, em
verdade, tratam-se as relações jurídicas de custeio e de benefício (prestacional) titularizadas pela
União e pelo INSS, respectivamente, com o fim último de garantir a cobertura dos riscos sociais de
natureza previdenciária, entende-se que a razão de decidir utilizada quando do julgamento da exigência
ou não do prévio requerimento administrativo nos benefícios previdenciários pode também ser
adotada para os pedidos formulados à Secretaria da Receita Federal concernentes às contribuições
previdenciárias (REsp 1734733 / PE, Rel. Min. HERMAN BENJAMIN, publicado em DJe 28/11/2018). 8.
De todo modo, no caso presente, a manifestação da Fazenda Nacional, ao oferecer resposta escrita ao
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recurso, resistiu ao mérito da pretensão, especialmente no que toca ao regime de competência. Somente
há Instrução Normativa da RFB no que toca à não incidência da CPSS sobre a parcela referente aos juros
de mora decorrente de valores pagos em cumprimento de decisão judicial ou de acordo homologado. Mas
aqui, como dito, o objeto da ação proposta não é apenas este, tendo a União (Fazenda Nacional) resistido
no mérito, quanto ao outro objeto (regime de competência). 9. Nesse contexto, as razões recursais
apresentadas pela parte Recorrente se adéquam ao entendimento consolidado pelo STF e pelo STJ, de
haver interesse de agir. 10. Provimento do recurso interposto pela parte Autora, para reconhecer a
presença do interesse de agir, anulando-se a sentença. Vencido, em parte, o Juiz Federal João Carlos
Mayer Soares, que deu provimento ao recurso em menos extensão, já que reconheceu o interesse de agir
apenas quanto à discussão sobre o regime de competência. Quanto ao pedido de restituição da CPSS
sobre os juros de mora, não tendo havido resistência da parte Ré, entendeu continuar havendo ausência
de interesse de agir, inclusive porque os pedidos são autônomos.
Turma Recursal
254C740F38A33B79514CFC9648967441
11. Superada a questão do interesse de agir, inaplicável regra prevista no art. 1.013, § 3º, I, do NCPC,
vez que a parte Ré não foi citada e não apresentou contestação inicial. Ante a ausência de contraditório
totalmente formalizado, o feito deve retornar à origem para regular processamento e julgamento, com
baixa da distribuição na Turma Recursal. 12. Honorários advocatícios incabíveis, por falta de previsão
legal para o arbitramento, quando há provimento do recurso julgado (art. 55, caput, da Lei n. 9.099/1995).
ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por
maioria, dar provimento ao recurso, nos termos do voto do Relator, vencido, em parte, o Juiz Federal
João Carlos Mayer Soares, que lhe deu provimento em menor extensão. Brasília/DF, 23/10/2019.
ação judicial contra o INSS, exceto nos seguintes casos: a) revisão de benefícios em que não exista
matéria de fato a ser solucionada; b)
Turma Recursal
60B7DE6FB1A5B6990A0C4A49AE2737B9
casos em que o entendimento da Administração for notório e reiteradamente contrário à postulação do
segurado e redundará, inevitavelmente, em indeferimento; c) quando a ação for proposta em juizados
itinerantes; e d) quando o INSS contestar o mérito da ação, vez que, nesse caso, configura-se o interesse
de agir pela resistência à pretensão. (RE nº 631.240, Repercussão Geral, Rel. Min. Luís Roberto Barroso,
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
DJe 10.11.2014). 7. O Superior Tribunal de Justiça, chamado a se manifestar quanto à aplicação do
referido entendimento em demandas tributárias, reconheceu que a ratio decidendi utilizada quando do
julgamento da exigência ou não do prévio requerimento administrativo nos benefícios previdenciários
pode ser adotada para os pedidos concernentes às contribuições previdenciárias. 8. Colaciona-se, verbis,
o entendimento consolidado no âmbito daquela Corte de Justiça: “[...] Na esfera previdenciária, na área
de benefícios do Regime Geral de Previdência Social, o STJ, no julgamento do Recurso Especial
Repetitivo 1.369.834/SP (Tema 660), Relator Ministro Benedito Gonçalves, alinhando-se ao que foi
firmado pelo Supremo Tribunal Federal no RE 631.240/MG (Tema 350, Relator Ministro Roberto
Barroso), entendeu pela necessidade do prévio requerimento administrativo. Em matéria tributária a
questão já foi apreciada no âmbito do STJ que consolidou o entendimento da exigência do prévio
requerimento administrativo nos pedidos de compensação das contribuições previdenciárias.
Vejam-se: AgRg nos EDcl no REsp 886.334/SP, Rel. Ministro Castro Meira, Segunda Turma, julgado
em 10/8/2010, DJe 20/8/2010; REsp 952.419/SP, Rel. Ministro Castro Meira, Segunda Turma, julgado
em 2/12/2008, DJe 18/12/2008; REsp 888.729/SP, Rel. Ministro João Otávio de Noronha, Segunda
Turma, julgado em 27/2/2007, DJ 16/3/2007, p. 340; REsp 544.132/RJ, Rel. Ministra Denise Arruda,
Primeira Turma, julgado em 23/5/2006, DJ 30/6/2006, p. 166. Como as matérias tributária e
previdenciária relacionadas ao Regime Geral de Previdência Social possuem natureza jurídica
distinta, mas complementares, pois, em verdade, tratam-se as relações jurídicas de custeio e de
benefício (prestacional) titularizadas pela União e pelo INSS, respectivamente, com o fim último de
garantir a cobertura dos riscos sociais de natureza previdenciária, entende-se que a razão de decidir
utilizada quando do julgamento da exigência ou não do prévio requerimento administrativo nos benefícios
previdenciários pode também ser adotada para os pedidos formulados à Secretaria da Receita Federal
concernentes às contribuições previdenciárias (REsp 1734733 / PE, Rel. Min. HERMAN BENJAMIN,
publicado em DJe 28/11/2018). 9. De se destacar que as manifestações da Fazenda Nacional são de que
não há interesse processual, pela ausência de requerimento administrativo, aduzindo, ainda, que
Instrução Normativa da RFB estabelece que não incide CPSS sobre a parcela referente aos juros de
mora decorrente de valores pagos em cumprimento de decisão judicial ou de acordo homologado, que é o
objeto da ação proposta. 10. Nesse contexto, as razões recursais apresentadas pela Recorrente não se
adéquam ao entendimento consolidado pelo Superior Tribunal de Justiça, notadamente quanto ao
cumprimento de requisitos indispensáveis ao regular prosseguimento da ação. Aplicável, no caso, a regra
processual do art. 321, parágrafo único, NCPC, na qual dispõe: “Se o autor não cumprir a diligência, o juiz
indeferirá a petição inicial”. A
Turma Recursal
60B7DE6FB1A5B6990A0C4A49AE2737B9
sentença, portanto, não merece qualquer reparo. 11. Não provimento do recurso interposto pela parte
Autora. 12. Honorários advocatícios pela parte Recorrente em 10% sobre o valor corrigido da causa (art.
55 da Lei n. 9.099/1995). ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais
do Distrito Federal, à unanimidade, negar provimento ao recurso. Brasília/DF, 23/10/2019.
o que não aconteceu no presente caso”. 2. Razões do recurso interposto pela parte Autora: a) há
interresse de agir pelo simples fato de a matéria versada neste feito ser contestada pela Fazenda
Nacional em diversas ações semelhantes (incidência de cotribuição previdenciária sobre juros de mora);
b) não há previsão legal que condicione o ajuizamento da ação a requerimento administrativo; c) o
desconto de contribuição previdenciária independe de prévio requerimento administrativo, em face do
princípio da inafastabilidade da jurisdição; d) não cabe a incidência de PSS sobre o montante referente a
juros, visto que possuem natureza jurídica indenizatória e não compensatória. 3. A parte Ré ofereceu
resposta escrita ao recurso. 4. Consoante art. 320, NCPC, a petição será instruída com documentos
indispensáveis à propositura da ação, devendo haver determinação de emenda em 15 (quinze) dias,
quando o juiz verificar que a petição inicial não preenche os requisitos legais. 5. No caso, foi determinada
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
a emenda à inicial, para que fosse juntado o comprovante de indeferimento administrativo, sob pena de
extinção do processo sem julgamento de mérito. Tal providência não foi adotada pela parte Recorrente,
sob o argumento de que não há previsão legal que condicione o ajuizamento da presente ação à juntada
do referido indeferimento administrativo. 6. O Supremo Tribunal Federal já decidiu que a exigência de
prévio requerimento administrativo não fere a garantia de livre acesso ao Judiciário, previsto no art. 5º,
XXXV, da CF e que o pedido administrativo anterior indeferitório é que caracteriza lesão ou ameaça a
direito. Assim, a ausência de prévio requerimento administrativo constitui óbice ao processamento de
ação judicial contra o INSS, exceto nos seguintes casos: a) revisão de benefícios em que não exista
matéria de fato a ser solucionada; b) casos em que o entendimento da Administração for notório e
reiteradamente contrário à postulação do
Turma Recursal
A1D4F83D9C857831B7DC30F2DB0DCA6F
segurado e redundará, inevitavelmente, em indeferimento; c) quando a ação for proposta em juizados
itinerantes; e d) quando o INSS contestar o mérito da ação, vez que, nesse caso, configura-se o interesse
de agir pela resistência à pretensão. (RE nº 631.240, Repercussão Geral, Rel. Min. Luís Roberto Barroso,
DJe 10.11.2014). 7. O Superior Tribunal de Justiça, chamado a se manifestar quanto à aplicação do
referido entendimento em demandas tributárias, reconheceu que a ratio decidendi utilizada quando do
julgamento da exigência ou não do prévio requerimento administrativo nos benefícios previdenciários
pode ser adotada para os pedidos concernentes às contribuições previdenciárias. 8. Colaciona-se, verbis,
o entendimento consolidado no âmbito daquela Corte de Justiça: “[...] Na esfera previdenciária, na área
de benefícios do Regime Geral de Previdência Social, o STJ, no julgamento do Recurso Especial
Repetitivo 1.369.834/SP (Tema 660), Relator Ministro Benedito Gonçalves, alinhando-se ao que foi
firmado pelo Supremo Tribunal Federal no RE 631.240/MG (Tema 350, Relator Ministro Roberto
Barroso), entendeu pela necessidade do prévio requerimento administrativo. Em matéria tributária a
questão já foi apreciada no âmbito do STJ que consolidou o entendimento da exigência do prévio
requerimento administrativo nos pedidos de compensação das contribuições previdenciárias.
Vejam-se: AgRg nos EDcl no REsp 886.334/SP, Rel. Ministro Castro Meira, Segunda Turma, julgado
em 10/8/2010, DJe 20/8/2010; REsp 952.419/SP, Rel. Ministro Castro Meira, Segunda Turma, julgado
em 2/12/2008, DJe 18/12/2008; REsp 888.729/SP, Rel. Ministro João Otávio de Noronha, Segunda
Turma, julgado em 27/2/2007, DJ 16/3/2007, p. 340; REsp 544.132/RJ, Rel. Ministra Denise Arruda,
Primeira Turma, julgado em 23/5/2006, DJ 30/6/2006, p. 166. Como as matérias tributária e
previdenciária relacionadas ao Regime Geral de Previdência Social possuem natureza jurídica
distinta, mas complementares, pois, em verdade, tratam-se as relações jurídicas de custeio e de
benefício (prestacional) titularizadas pela União e pelo INSS, respectivamente, com o fim último de
garantir a cobertura dos riscos sociais de natureza previdenciária, entende-se que a razão de decidir
utilizada quando do julgamento da exigência ou não do prévio requerimento administrativo nos benefícios
previdenciários pode também ser adotada para os pedidos formulados à Secretaria da Receita Federal
concernentes às contribuições previdenciárias (REsp 1734733 / PE, Rel. Min. HERMAN BENJAMIN,
publicado em DJe 28/11/2018). 9. Nesse contexto, as razões recursais apresentadas pela Recorrente não
se adéquam ao entendimento consolidado pelo Superior Tribunal de Justiça, notadamente quanto ao
cumprimento de requisitos indispensáveis ao regular prosseguimento da ação. Aplicável, no caso, a regra
processual do art. 321, parágrafo único, NCPC, na qual dispõe: “Se o autor não cumprir a diligência, o juiz
indeferirá a petição inicial”. A sentença, portanto, não merece qualquer reparo. 10. Não provimento do
recurso interposto pela parte Autora. 11. Honorários advocatícios pela parte Recorrente em 10% sobre o
valor corrigido da causa (art. 55 da Lei n. 9.099/1995).
Turma Recursal
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ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, à
unanimidade, negar provimento ao recurso. Brasília/DF, 23/10/2019.
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EMENTA
TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL. DESPACHO DE EMENDA À INICIAL. DETERMINAÇÃO PARA JUNTAR
INDEFERIMENTO ADMINISTRATIVO. INÉRCIA DA PARTE AUTORA. NÃO OBSERVÂNCIA DO PRAZO
PARA REALIZAÇÃO DA DILIGÊNCIA. NÃO PROVIMENTO DO RECURSO. 1. A sentença julgou extinto
o processo, sem resolução do mérito, nos termos do art. 485, IV e VI do NCPC, sob os seguintes
fundamentos: “[...] Intimada para apresentar o indeferimento do pleito na via administrativa, a parte autora
quedou-se inerte. Não vislumbro interesse de agir da parte autora na presente demanda, eis que tal
interesse processual se caracteriza não apenas pela utilidade da medida judicial invocada, mas sim pelo
binômio necessidade/adequação, de modo que o caminho processual se mostre necessário ao alcance
do direito subjetivo pleiteado e adequado ao provimento efetivamente postulado. No caso, o ajuizamento
da ação não se mostra necessária, uma vez que o direito se encontra reconhecido no âmbito
administrativo”. 2. Razões do recurso interposto pela parte Autora: a) violação ao princípio da
inafastabilidade de jurisdição, ao fazer exigência não prevista em lei (juntada de requerimento
administrativo); b) correta aplicação do regime de competência nas situações em que se discute a
cobrança e ou devolução de um tributo ou contribuição cuja base de cálculo se refere a períodos
pretéritos; c) no valor da execução estariam incluídas parcelas relativas a juros de mora, sobre os quais
foram indevidamente retidas contribuições para o PSS quando do pagamento. 3. A parte Ré ofereceu
resposta escrita ao recurso. 4. Consoante art. 320, NCPC, a petição será instruída com documentos
indispensáveis à propositura da ação, devendo haver determinação de emenda em 15 (quinze) dias,
quando o juiz verificar que a petição inicial não preenche os requisitos legais. 5. No caso, foi determinada
a emenda à inicial, para que fosse juntado o comprovante de indeferimento administrativo, sob pena de
extinção do processo sem julgamento de mérito. Tal providência não foi adotada pela parte Recorrente,
sob o argumento de que não há previsão legal que condicione o ajuizamento da presente ação à juntada
do referido indeferimento administrativo. 6. O Supremo Tribunal Federal já decidiu que a exigência de
prévio requerimento administrativo não fere a garantia de livre acesso ao Judiciário, previsto no art. 5º,
XXXV, da CF e que o pedido administrativo anterior indeferitório é que caracteriza lesão ou ameaça a
direito. Assim, a ausência de prévio requerimento administrativo
Turma Recursal
CA693CC64FC5FF26764BF3038D9CA5CC
constitui óbice ao processamento de ação judicial contra o INSS, exceto nos seguintes casos: a) revisão
de benefícios em que não exista matéria de fato a ser solucionada; b) casos em que o entendimento da
Administração for notório e reiteradamente contrário à postulação do segurado e redundará,
inevitavelmente, em indeferimento; c) quando a ação for proposta em juizados itinerantes; e d) quando o
INSS contestar o mérito da ação, vez que, nesse caso, configura-se o interesse de agir pela resistência à
pretensão. (RE nº 631.240, Repercussão Geral, Rel. Min. Luís Roberto Barroso, DJe 10.11.2014). 7. O
Superior Tribunal de Justiça, chamado a se manifestar quanto à aplicação do referido entendimento em
demandas tributárias, reconheceu que a ratio decidendi utilizada quando do julgamento da exigência ou
não do prévio requerimento administrativo nos benefícios previdenciários pode ser adotada para os
pedidos concernentes às contribuições previdenciárias. 8. Colaciona-se, verbis, o entendimento
consolidado no âmbito daquela Corte de Justiça: “[...] Na esfera previdenciária, na área de benefícios do
Regime Geral de Previdência Social, o STJ, no julgamento do Recurso Especial Repetitivo 1.369.834/SP
(Tema 660), Relator Ministro Benedito Gonçalves, alinhando-se ao que foi firmado pelo Supremo
Tribunal Federal no RE 631.240/MG (Tema 350, Relator Ministro Roberto Barroso), entendeu pela
necessidade do prévio requerimento administrativo. Em matéria tributária a questão já foi apreciada no
âmbito do STJ que consolidou o entendimento da exigência do prévio requerimento administrativo nos
pedidos de compensação das contribuições previdenciárias. Vejam-se: AgRg nos EDcl no REsp
886.334/SP, Rel. Ministro Castro Meira, Segunda Turma, julgado em 10/8/2010, DJe 20/8/2010; REsp
952.419/SP, Rel. Ministro Castro Meira, Segunda Turma, julgado em 2/12/2008, DJe 18/12/2008;
REsp 888.729/SP, Rel. Ministro João Otávio de Noronha, Segunda Turma, julgado em 27/2/2007,
DJ 16/3/2007, p. 340; REsp 544.132/RJ, Rel. Ministra Denise Arruda, Primeira Turma, julgado em
23/5/2006, DJ 30/6/2006, p. 166. Como as matérias tributária e previdenciária relacionadas ao Regime
Geral de Previdência Social possuem natureza jurídica distinta, mas complementares, pois, em
verdade, tratam-se as relações jurídicas de custeio e de benefício (prestacional) titularizadas pela
União e pelo INSS, respectivamente, com o fim último de garantir a cobertura dos riscos sociais de
natureza previdenciária, entende-se que a razão de decidir utilizada quando do julgamento da exigência
323
ou não do prévio requerimento administrativo nos benefícios previdenciários pode também ser
adotada para os pedidos formulados à Secretaria da Receita Federal concernentes às contribuições
previdenciárias (REsp 1734733 / PE, Rel. Min. HERMAN BENJAMIN, publicado em DJe 28/11/2018). 9.
Nesse contexto, as razões recursais apresentadas pela Recorrente não se adéquam ao entendimento
consolidado pelo Superior Tribunal de Justiça, notadamente quanto ao cumprimento de requisitos
indispensáveis ao regular prosseguimento da ação. Aplicável, no caso, a regra processual do art. 321,
parágrafo único, NCPC, na qual dispõe: “Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição
inicial”. A sentença, portanto, não merece qualquer reparo. 10. Não provimento do recurso interposto pela
parte Autora.
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Turma Recursal
CA693CC64FC5FF26764BF3038D9CA5CC
11. Honorários advocatícios pela parte Recorrente em 10% sobre o valor corrigido da causa (art. 55 da
Lei n. 9.099/1995).
ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, à
unanimidade, negar provimento ao recurso. Brasília/DF, 23/10/2019.
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itinerantes; e d) quando o INSS contestar o mérito da ação, vez que, nesse caso, configura-se o interesse
de agir pela resistência à pretensão. (RE nº 631.240, Repercussão Geral, Rel. Min. Luís Roberto Barroso,
DJe 10.11.2014). 7. O Superior Tribunal de Justiça, chamado a se manifestar quanto à aplicação do
referido entendimento em demandas tributárias, reconheceu que a ratio decidendi utilizada quando do
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em 10/8/2010, DJe 20/8/2010; REsp 952.419/SP, Rel. Ministro Castro Meira, Segunda Turma, julgado
em 2/12/2008, DJe 18/12/2008; REsp 888.729/SP, Rel. Ministro João Otávio de Noronha, Segunda
Turma, julgado em 27/2/2007, DJ 16/3/2007, p. 340; REsp 544.132/RJ, Rel. Ministra Denise Arruda,
Primeira Turma, julgado em 23/5/2006, DJ 30/6/2006, p. 166. Como as matérias tributária e
previdenciária relacionadas ao Regime Geral de Previdência Social possuem natureza jurídica
distinta, mas complementares, pois, em verdade, tratam-se as relações jurídicas de custeio e de
benefício (prestacional) titularizadas pela União e pelo INSS, respectivamente, com o fim último de
garantir a cobertura dos riscos sociais de natureza previdenciária, entende-se que a razão de decidir
utilizada quando do julgamento da exigência ou não do prévio requerimento administrativo nos benefícios
previdenciários pode também ser adotada para os pedidos formulados à Secretaria da Receita Federal
concernentes às contribuições previdenciárias (REsp 1734733 / PE, Rel. Min. HERMAN BENJAMIN,
publicado em DJe 28/11/2018). 9. Nesse contexto, as razões recursais apresentadas pela Recorrente não
se adéquam ao entendimento consolidado pelo Superior Tribunal de Justiça, notadamente quanto ao
cumprimento de requisitos indispensáveis ao regular prosseguimento da ação. Aplicável, no caso, a regra
processual do art. 321, parágrafo único, NCPC, na qual dispõe: “Se o autor não cumprir a diligência, o juiz
indeferirá a petição inicial”. A sentença, portanto, não merece qualquer reparo. 10. Não provimento do
recurso interposto pela parte Autora. 11. Honorários advocatícios pela parte Recorrente em 10% sobre o
valor corrigido da causa (art. 55 da Lei n. 9.099/1995).
Turma Recursal
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ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, à
unanimidade, negar provimento ao recurso. Brasília/DF, 23/10/2019.
EMENTA
TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL. CPSS SOBRE JUROS DE MORA E REGIME DE COMPETÊNCIA.
RESISTÊNCIA PARCIAL DA PARTE RÉ AO MÉRITO DA PRETENSÃO AUTORAL. PRESENÇA DE
INTERESSE DE AGIR. PROVIMENTO DO RECURSO E RETORNO DO FEITO À ORIGEM. 1. A
sentença julgou extinto o processo, sem resolução do mérito, nos termos do art. 485, IV e VI do NCPC,
sob os seguintes fundamentos: “[...] a parte-autora foi intimada para juntar o indeferimento administrativo,
e quedou-se inerte, limitando-se a informar que não há previsão legal para a determinação judicial.
Entendo que a parte autora deverá comprovar a lide que impulsione o andamento do Poder Judiciário
quando provocado, o que não aconteceu no presente caso”. 2. Razões do recurso interposto pela parte
Autora: a) há interresse de agir pelo simples fato de a matéria versada neste feito ser contestada pela
Fazenda Nacional em diversas ações semelhantes (regime de competência e incidência de cotribuição
previdenciária sobre juros de mora); b) não há previsão legal que condicione o ajuizamento da ação a
requerimento administrativo; c) o desconto de contribuição previdenciária independe de prévio
requerimento administrativo, em face do princípio da inafastabilidade da jurisdição; d) não cabe a
incidência de PSS sobre o montante referente a juros, visto que possuem natureza jurídica indenizatória e
não compensatória. 3. A parte Ré ofereceu resposta escrita ao recurso. 4. No caso, foi determinada a
emenda à inicial, para que fosse juntado o comprovante de indeferimento administrativo, sob pena de
extinção do processo sem julgamento de mérito. Tal providência não foi adotada pela parte Recorrente,
sob o argumento de que não há previsão legal que condicione o ajuizamento da presente ação à juntada
do referido indeferimento administrativo. 5. O Supremo Tribunal Federal já decidiu que a exigência de
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prévio requerimento administrativo não fere a garantia de livre acesso ao Judiciário, previsto no art. 5º,
XXXV, da CF e que o pedido administrativo anterior indeferitório é que caracteriza lesão ou ameaça a
direito. Assim, a ausência de prévio requerimento administrativo constitui óbice ao processamento de
ação judicial contra o INSS, exceto nos seguintes casos: a) revisão de benefícios em que não exista
matéria de fato a ser solucionada; b) casos em que o entendimento da Administração for notório e
reiteradamente contrário à postulação do segurado e redundará, inevitavelmente, em indeferimento; c)
quando a ação for proposta em juizados itinerantes; e d) quando o INSS contestar o mérito da ação, vez
que, nesse caso, configura-se o interesse de agir pela resistência à pretensão. (RE nº 631.240,
Repercussão Geral, Rel. Min. Luís Roberto Barroso, DJe 10.11.2014). 6. O Superior Tribunal de Justiça,
chamado a se manifestar quanto à aplicação do referido entendimento
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em demandas tributárias, reconheceu que a ratio decidendi utilizada quando do julgamento da exigência
ou não do prévio requerimento administrativo nos benefícios previdenciários pode ser adotada para os
pedidos concernentes às contribuições previdenciárias. 7. Colaciona-se, verbis, o entendimento
consolidado no âmbito daquela Corte de Justiça: “[...] Na esfera previdenciária, na área de benefícios do
Regime Geral de Previdência Social, o STJ, no julgamento do Recurso Especial Repetitivo 1.369.834/SP
(Tema 660), Relator Ministro Benedito Gonçalves, alinhando-se ao que foi firmado pelo Supremo
Tribunal Federal no RE 631.240/MG (Tema 350, Relator Ministro Roberto Barroso), entendeu pela
necessidade do prévio requerimento administrativo. Em matéria tributária a questão já foi apreciada no
âmbito do STJ que consolidou o entendimento da exigência do prévio requerimento administrativo nos
pedidos de compensação das contribuições previdenciárias. Vejam-se: AgRg nos EDcl no REsp
886.334/SP, Rel. Ministro Castro Meira, Segunda Turma, julgado em 10/8/2010, DJe 20/8/2010; REsp
952.419/SP, Rel. Ministro Castro Meira, Segunda Turma, julgado em 2/12/2008, DJe 18/12/2008;
REsp 888.729/SP, Rel. Ministro João Otávio de Noronha, Segunda Turma, julgado em 27/2/2007,
DJ 16/3/2007, p. 340; REsp 544.132/RJ, Rel. Ministra Denise Arruda, Primeira Turma, julgado em
23/5/2006, DJ 30/6/2006, p. 166. Como as matérias tributária e previdenciária relacionadas ao Regime
Geral de Previdência Social possuem natureza jurídica distinta, mas complementares, pois, em
verdade, tratam-se as relações jurídicas de custeio e de benefício (prestacional) titularizadas pela
União e pelo INSS, respectivamente, com o fim último de garantir a cobertura dos riscos sociais de
natureza previdenciária, entende-se que a razão de decidir utilizada quando do julgamento da exigência
ou não do prévio requerimento administrativo nos benefícios previdenciários pode também ser
adotada para os pedidos formulados à Secretaria da Receita Federal concernentes às contribuições
previdenciárias (REsp 1734733 / PE, Rel. Min. HERMAN BENJAMIN, publicado em DJe 28/11/2018). 8.
De todo modo, no caso presente, a manifestação da Fazenda Nacional, ao oferecer resposta escrita ao
recurso, resistiu ao mérito da pretensão, especialmente no que toca ao regime de competência. Somente
há Instrução Normativa da RFB no que toca à não incidência da CPSS sobre a parcela referente aos juros
de mora decorrente de valores pagos em cumprimento de decisão judicial ou de acordo homologado. Mas
aqui, como dito, o objeto da ação proposta não é apenas este, tendo a União (Fazenda Nacional) resistido
no mérito, quanto ao outro objeto (regime de competência). 9. Nesse contexto, as razões recursais
apresentadas pela parte Recorrente se adéquam ao entendimento consolidado pelo STF e pelo STJ, de
haver interesse de agir. 10. Provimento do recurso interposto pela parte Autora, para reconhecer a
presença do interesse de agir, anulando-se a sentença. Vencido, em parte, o Juiz Federal João Carlos
Mayer Soares, que deu provimento ao recurso em menos extensão, já que reconheceu o interesse de agir
apenas quanto à discussão sobre o regime de competência. Quanto ao pedido de restituição da CPSS
sobre os juros de mora, não tendo havido resistência da parte Ré, entendeu continuar havendo ausência
de interesse de agir, inclusive porque os pedidos são autônomos.
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11. Superada a questão do interesse de agir, inaplicável regra prevista no art. 1.013, § 3º, I, do NCPC,
vez que a parte Ré não foi citada e não apresentou contestação inicial. Ante a ausência de contraditório
totalmente formalizado, o feito deve retornar à origem para regular processamento e julgamento, com
baixa da distribuição na Turma Recursal. 12. Honorários advocatícios incabíveis, por falta de previsão
legal para o arbitramento, quando há provimento do recurso julgado (art. 55, caput, da Lei n. 9.099/1995).
ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por
maioria, dar provimento ao recurso, nos termos do voto do Relator, vencido, em parte, o Juiz Federal
João Carlos Mayer Soares, que lhe deu provimento em menor extensão. Brasília/DF, 23/10/2019.
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ATENDIMENTO AOS REQUISITOS LEGALMENTE FIXADOS. IMPOSSIBILIDADE DE ACOLHER
JUDICIALMENTE O PEDIDO, TAL COMO FORMULADO. INCIDENTES DE UNIFORMIZAÇÃO
SUBMETIDOS À TNU PELA COORDENAÇÃO DAS TRS/DF. MANUTENÇÃO DO ENTENDIMENTO DA
TR2/JEF/DF, ATÉ QUE A TNU SE PRONUNCIE. NÃO PROVIMENTO DO RECURSO. 1. A sentença,
pronunciando a prescrição quinquenal, rejeitou o pedido de pagamento da GACEN, no mesmo patamar
em que é paga aos servidores em atividade e de implantação no contracheque da parte Autora no valor
integral da gratificação. 2. Razões do recurso interposto pela parte Autora: a) a atual orientação da TNU é
no sentido de reconhecer a natureza remuneratória da GACEN e deferir a sobredita gratificação aos
inativos no mesmo patamar em que é paga aos servidores em atividade; b) sendo remuneratória a
natureza jurídica da GACEN e, tendo a parte Autora direito adquirido à paridade de remuneração com os
servidores da ativa, vez que amparada por regras constitucioniais de transição, o reconhecimento do
direito à GACEN é medida que se impõe, eis que a natureza da vantagem é de gratificação genérica. 3. A
FUNASA ofereceu resposta escrita ao recurso. 4. A GACEN foi criada pelo art. 54, Lei 11.784/2008,
nesses termos: “Fica instituída, a partir de 1º de março de 2008, a Gratificação de Atividade de Combate e
Controle de Endemias - GACEN, devida aos ocupantes dos cargos de Agente Auxiliar de Saúde Pública,
Agente de Saúde Pública e Guarda de Endemias, do Quadro de Pessoal do Ministério da Saúde e do
Quadro de Pessoal da Fundação Nacional de Saúde - FUNASA, regidos pela Lei no 8.112, de 11 de
dezembro de 1990”. 5. Por sua vez, o art. 55, prescreve: “A Gecen e a Gacen serão devidas aos titulares
dos empregos e cargos públicos de que tratam os arts. 53 e 54 desta Lei, que, em caráter permanente,
realizarem atividades de combate e controle de endemias, em área urbana ou rural, inclusive em terras
indígenas e de remanescentes quilombolas, áreas extrativistas e ribeirinhas” (DESTACADO).
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6. Já o art. 284, Lei 11.907/2009, dispõe: “Aplica-se a Gratificação de Atividade de Combate e Controle de
Endemias - GACEN, de que trata o art. 54 da Lei nº 11.784, de 22 de setembro de 2008, aos servidores
do Quadro de Pessoal do Ministério da Saúde e do Quadro de Pessoal da Fundação Nacional de Saúde -
FUNASA, regidos pela Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, ocupantes dos seguintes cargos: I -
Agente de Saúde; II - Auxiliar de Laboratório; III - Auxiliar de Laboratório 8 (oito) horas; IV - Auxiliar de
Saneamento; V - Divulgador Sanitário; VI - Educador em Saúde; VII - Laboratorista; VIII - Laboratorista
Jornada 8 (oito) horas; IX - Microscopista; X - Orientador em Saúde; XI - Técnico de Laboratório; XII -
Visitador Sanitário; e XIII - Inspetor de Saneamento. Parágrafo único. O titular do cargo de Motorista ou
de Motorista Oficial que, em caráter permanente, realizar atividades de apoio e de transporte das equipes
e dos insumos necessários para o combate e controle das endemias fará jus à gratificação a que se
refere o caput deste artigo. 7. De acordo com a Lei 11.784/2008 (art. 54) e a Lei 11.907/2009 (art. 284),
para o recebimento da GACEN o servidor deve pertencer ao quadro de pessoal do Ministério da Saúde
ou ao quadro de pessoal da FUNASA e ser ocupante de um dos cargos especificados pelas leis em
referência, observando-se que a atividade deve ser exercida em caráter permanente, o que deixa claro
que nem todos os servidores do Ministério da Saúde ou da FUNASA estão aptos ao recebimento da
GACEN. 8. Isso quer dizer que não basta ocupar certos cargos daqueles Quadros, para ter direito ao
recebimento da GACEN. O decisivo é que os ocupantes de certos cargos daqueles Quadros, em caráter
permanente, realizem atividades de combate e controle de endemias, para terem direito a receber a
GACEN. Portanto, pela regulamentação em vigor, a GACEN ostenta nítida natureza pro labore faciendo,
ou propter oficium, ainda que seu pagamento independa da avaliação de desempenho do servidor
beneficiado. Ou seja, a GACEN é paga, segundo a letra da lei que a instituiu, em razão das condições
distintas em que se realiza o serviço (propter laborem). Uma vez não sendo realizadas atividades de
combate e controle de endemias, em caráter permanente, um ocupante de cargo daqueles Quadros não
pode continuar recebendo GACEN. Assim, a Gratificação
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apenas é paga com o vencimento, mas dele se desprende quando cessa a atividade do servidor. Por
isso, é realmente uma vantagem de função ou de serviço. 9. A propósito, no processo 0036000-
91.2015.4.01.3400, que tramitou no âmbito da TR2 da Seccional do DF, em resposta a diligência do
Juízo, a parte Ré apresentou o Ofício n. 646/2016/COLEP/CGESP/SAA/SE/MS, por meio do qual foram
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percepção, não se incorporam ao vencimento, a não ser quando essa integração for determinada por lei.
(É que as vantagens condicionais ou modais) são vantagens pelo trabalho que está sendo feito (pro
labore faciendo) ou, por outras palavras, são adicionais de função (ex facto officii), ou são gratificações de
serviço (propter laborem), ou, finalmente, são gratificações em razão de condições pessoais do servidor
(propter personam). Daí por que, quando cessa o trabalho, ou quando desaparece o fato ou a situação
que lhes dá causa, deve cessar o pagamento de tais vantagens, sejam elas adicionais de função,
gratificações de serviço ou gratificação em razão das condições pessoais do servidor” (TNU, PEDILEF
05033027020134058302, Juiz Federal Ronaldo José da Silva, DOU de 05/02/2016). 11. Como se sabe,
no julgamento a TNU reafirmou a tese da natureza remuneratória da GACEN, acrescentando, então, seu
caráter geral, e com base nessas premissas concluiu que os servidores aposentados/pensionistas com
direito à paridade fazem jus a receber a gratificação no mesmo valor pago aos servidores da ativa. Mas é
possível perceber bem claramente em que momento o raciocínio desenvolvido pela TNU, no julgado,
começa a entrar em contradição com suas primeiras e corretas premissas. Se a GACEN é paga aos
ocupantes de cargos dos Quadros já referidos que efetivamente realizem atividades de combate e
controle de endemias, em caráter permanente, então constitui gratificação de serviço (propter laborem),
cujo pagamento deve cessar, quando cessa o trabalho. 12. Considere que a TNU chega a perceber tal
dimensão da GACEN, ao anotar no § 13 do seu julgado: “A Gratificação de Atividade de Combate e
Controle de Endemias (GACEN), instituída pela Lei nº 11.784/2008, tem natureza de gratificação de
atividade”. E, principalmente, ao repisar, no primeiro § 15 do seu julgado (o § seguinte da ementa
erroneamente também recebeu o número 15): “a GACEN não é devida para ressarcimento de despesas
do servidor em razão do desempenho de suas funções, mas sim em razão do próprio desempenho da
atividade (pro labore faciendo), consoante conformação legal da aludida gratificação contida no artigo 55
da Lei nº
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11.784/2008”. Enquanto assim argumentava, a TNU estava de acordo com as premissas iniciais do
julgamento, segundo as quais vantagens condicionais, mesmo que auferidas por longo tempo em razão
do preenchimento dos requisitos exigidos para percepção, não se incorporam ao vencimento, a não ser
quando determinado por lei. 13. Ocorre que, em seguida, no segundo § 15 do julgado, a TNU arremata
que, “dessa forma, a GACEN é gratificação desvinculada da efetiva produtividade dos servidores ativos
que ocupam os cargos e desempenham as atividades especificadas no artigo 54 da Lei nº 11.784/2008; e
é paga aos aposentados que ocupavam aqueles mesmos cargos e que tenham os benefícios concedidos
até 19/02/2004, ou com fundamento nos artigos 3º e 6º da Emenda Constitucional nº 41/2003 ou no artigo
3º da Emenda Constitucional nº 47/2005”. O fato, verdadeiro, de a GACEN ser paga desvinculada da
efetiva produtividade dos servidores ativos que a recebem é apresentado, sem qualquer justificativa,
como prova de que se trata de uma gratificação de caráter geral que deve ser estendida, no seu valor
total, aos aposentados/pensionistas com direito à paridade. 14. Confessadamente, a quebra abrupta da
linha argumentativa da TNU no julgado se deveu à tentativa de seguir entendimento do STF. Este
Tribunal, como se sabe, declarou inconstitucional o pagamento reduzido de gratificação a servidores
inativos/pensionistas com direito à paridade, quando a vantagem paga aos servidores da ativa tem um
caráter geral, pois desvinculada de avaliação de desempenho. Como a GACEN é paga em valor fixo,
independentemente de avaliação de desempenho, então ostentaria o mesmo caráter geral que, pelo
entendimento do STF, resulta no pagamento aos inativos/pensionistas com direito à paridade no mesmo
patamar pago aos servidores da ativa. 15. O problema é que o julgado da TNU deixa alguns pontos,
cruciais, por explicar. O primeiro já foi destacado: a quebra não justificada das premissas iniciais do
julgado. Ainda que fosse o caso de seguir entendimento do STF, exigível explicar se a mudança não
resulta, e porque não resulta, em contradição com os argumentos primeiros. Porém, o ponto principal é
que manter a linha argumentativa inicial, até final julgamento, com a improcedência do pedido, não levaria
a TNU a decidir contrariamente ao entendimento do STF. Como se sabe, a jurisprudência do STF, a que
a TNU se refere, foi firmada nos casos sobre as diversas gratificações de desempenho criadas ao longo
do tempo. E essas gratificações diferem da GACEN, vez que foram instituídas para serem pagas de
acordo com o desempenho ou produtividade do servidor da ativa, independentemente de serem outros,
distintos, anormais, os trabalhos ou os serviços realizados. 16. Com efeito, nas gratificações de
desempenho comuns criadas ao longo do tempo, os trabalhos ou serviços que ensejam o seu
recebimento são os mesmos que os servidores beneficiados já exerciam e continuam exercendo. O que
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17. A situação jurídica é totalmente diferente, quando se trata da GACEN. Sua natureza pro labore
faciendo decorre do fato de ser paga pela realização de serviço em condições distintas. Como já se disse,
a GACEN é paga, segundo a letra da lei que a instituiu, em virtude do servidor da ativa realizar atividades
de combate e controle de endemias, em caráter permanente. Se o ocupante de cargo dos Quadros do
Ministério da Saúde ou da FUNASA não realizar mais tais atividades, não pode continuar recebendo a
GACEN. Por isso, não importa que o pagamento dessa gratificação prescinda de uma avaliação de
desempenho. Nem por isso deixa de ser pro labore faciendo, pois esta natureza decorre do serviço
distinto efetivamente realizado, e somente enquanto efetivamente realizado. As gratificações de
desempenho comuns criadas ao longo do tempo, por não exigirem a realização de serviço distinto para
serem pagas, precisam da produtividade diferenciada do mesmo serviço, para adquirirem natureza pro
labore faciendo. 18. Portanto, acolher todas as consequências de considerar a GACEN uma gratificação
pro labore faciendo não significa ir contra entendimento consolidado pelo STF sobre o caráter geral das
gratificações de desempenho, enquanto estas não tiverem realizadas as avaliações de produtividade.
Pelo contrário. Ao reconhecer que a GACEN tem natureza pro labore faciendo desde o nascedouro, é
dever também afirmar que essa gratificação jamais teve caráter geral, nunca tendo sido devida sua
extensão aos inativos/pensionistas com direito à paridade no mesmo valor pago a servidores da ativa. 19.
Aliás, a conclusão é a única de acordo com a própria jurisprudência do STF, pois este Tribunal, nos
mesmos casos, sempre decidiu que, uma vez consolidada a natureza pro labore faciendo das
gratificações de desempenho pela homologação dos resultados das respectivas avaliações, passaria a
ser devido o pagamento diferenciado entre os servidores da ativa e os inativos/pensionistas com direito à
paridade. Como a GACEN sempre teve natureza pro labore faciendo, não tem caráter geral e não deve
ser paga aos servidores da ativa e aos inativos/pensionistas com direito à paridade no mesmo valor. 20.
Essa interpretação começa a ter eco no STJ, como sinaliza a decisão monocrática tomada no REsp
1.599.139/CE, por meio da qual se negou provimento ao Especial, com a seguinte fundamentação em
destaque, que acolhe argumento do Tribunal do origem: “Assim sendo, não há previsão legal para que o
servidor aposentado receba a GACEN na mesma proporção que o servidor da ativa, mormente porque
essa gratificação é devida em razão da atividade desenvolvida, isto é, tem natureza pro labore faciendo,
segundo a legislação regente, verbis (fls. 480). 5. Dessa forma, o acórdão recorrido encontra-se em
consonância como entendimento adotado por esta Corte, de que nos casos em que a gratificação tem
caráter pro labore faciendo não é cabível a extensão aos inativos na mesma proporção dos Servidores
em atividade” (STJ, REsp 1.599.139/CE, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, DJE de 4/2/2019). 21. Se
algum valor a título de GACEN é pago a inativos/pensionistas, isso se dá apenas por liberalidade do
legislador. Como já foi colhido do próprio julgado da TNU, aqui escrutinado, “vantagens condicionais ou
modais, mesmo que auferidas por longo tempo em razão do preenchimento dos requisitos exigidos para
sua percepção, não se incorporam ao vencimento, a não ser quando essa integração for determinada por
lei”. No caso, a Lei n. 11.784/2008, no seu art. 55, § 3º, prevê a incorporação da GACEN aos proventos
de aposentadoria, distinguindo as situações dos servidores que têm direito, ou
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não, à paridade. Essa regulamentação deve ser aplicada estritamente, pois, no contexto de gratificação
que ordinariamente não se incorpora ao vencimento (por ter natureza pro labore faciendo), constitui, como
dito, mera liberalidade do legislador. 22. Assim, ainda que a parte Autora tenha direito à paridade, não é
por isso que não faria jus ao recebimento da GACEN no mesmo valor pago a servidores da ativa. Por
isso, não altera esse desfecho o novo regramento criado pela Lei 13.324/2016. As novas regras, na
verdade, confirmam a interpretação até aqui feita. 23. Destarte, a nova lei faculta ao servidor que tem
direito à integralidade e paridade incorporar até “o valor integral da gratificação”, desde que atendidos
certos requisitos (art. 93, III, c/c o art. 92). Dentre estes, prazo mínimo de recebimento e, portanto, de
contribuição sobre a GACEN, para servidores inativos e pensionistas com direito à integralidade e
paridade recebê-la integralmente. Não importa que o tempo mínimo fixado na lei não alcance o tempo de
contribuição para aposentadoria integral. É que o legislador continua fazendo uma liberalidade,
resolvendo a questão da melhor maneira possível, de acordo com o seu juízo político. O que não se pode
é acolher o pedido inicial, tal qual formulado, ainda que seja o caso de registrar que a parte Autora passou
a ter à sua disposição a opção criada pela Lei n. 13.324/2016. 24. Com a distinção interpretativa
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apresentada para o caso sob julgamento, considera-se fundamentado o voto, de acordo com o art. 489, §
1º, inciso VI, do NCPC, ainda que divergente de jurisprudência da TNU invocada pela parte. Aliás,
reportando-se a essa fundamentação, a Coordenação das Turmas Recursais do DF admitiu incidentes
arguidos sobre a matéria nos Recursos Inominados 0039373-96.2016.4.01.3400 0039017-
67.2017.4.01.3400, dentre outros, submetendo-os à TNU. Portanto, pelo menos até haver
pronunciamento da TNU em tais incidentes, deve ser mantido o entendimento da TR2/JEF/DF, contrário
ao pleito da parte Autora. 25. Por sinal, em 28/2/2019, a Presidência da TNU admitiu novo PEDILEF para
discutir novamente a possibilidade de extensão, aos servidores inativos, da GACEN (PEDILEF 5006060-
68.2018.4.04.7001/PR, ainda pendente de conclusão). 26. Não provimento do recurso interposto pela
parte Autora. 27. Honorários advocatícios pela parte Recorrente em 10% sobre o valor corrigido da causa
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(artigo 55 da Lei n. 9.099/1995), com suspensão do pagamento enquanto a parte credora não demonstrar
que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão da Gratuidade de
Justiça, extinguindo-se a dívida cinco anos após o trânsito em julgado deste Acórdão (artigo 98, § 3º,
NCPC).
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urbana ou rural, inclusive em terras indígenas e de remanescentes quilombolas, áreas extrativistas e
ribeirinhas” (DESTACADO). 6. Já o art. 284, Lei 11.907/2009, dispõe: “Aplica-se a Gratificação de
Atividade de Combate e Controle de Endemias - GACEN, de que trata o art. 54 da Lei nº 11.784, de 22 de
setembro de 2008, aos servidores do Quadro de Pessoal do Ministério da Saúde e do Quadro de Pessoal
da Fundação Nacional de Saúde - FUNASA, regidos pela Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990,
ocupantes dos seguintes cargos: I - Agente de Saúde; II - Auxiliar de Laboratório; III - Auxiliar de
Laboratório 8 (oito) horas; IV - Auxiliar de Saneamento; V - Divulgador Sanitário; VI - Educador em Saúde;
VII - Laboratorista; VIII - Laboratorista Jornada 8 (oito) horas; IX - Microscopista; X - Orientador em Saúde;
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XI - Técnico de Laboratório; XII - Visitador Sanitário; e XIII - Inspetor de Saneamento. Parágrafo único. O
titular do cargo de Motorista ou de Motorista Oficial que, em caráter permanente, realizar atividades de
apoio e de transporte das equipes e dos insumos necessários para o combate e controle das endemias
fará jus à gratificação a que se refere o caput deste artigo. 7. De acordo com a Lei 11.784/2008 (art. 54) e
a Lei 11.907/2009 (art. 284), para o recebimento da GACEN o servidor deve pertencer ao quadro de
pessoal do Ministério da Saúde ou ao quadro de pessoal da FUNASA e ser ocupante de um dos cargos
especificados pelas leis em referência, observando-se que a atividade deve ser exercida em caráter
permanente, o que deixa claro que nem todos os servidores do Ministério da Saúde ou da FUNASA estão
aptos ao recebimento da GACEN. 8. Isso quer dizer que não basta ocupar certos cargos daqueles
Quadros, para ter direito ao recebimento da GACEN. O decisivo é que os ocupantes de certos cargos
daqueles Quadros, em caráter permanente, realizem atividades de combate e controle de endemias, para
terem direito a receber a GACEN. Portanto, pela regulamentação em vigor, a GACEN ostenta nítida
natureza pro labore faciendo, ou propter oficium, ainda que seu pagamento independa da avaliação de
desempenho do servidor beneficiado. Ou seja, a GACEN é paga, segundo a letra da lei que a instituiu, em
razão das condições distintas em que se realiza o serviço (propter laborem). Uma vez não sendo
realizadas
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atividades de combate e controle de endemias, em caráter permanente, um ocupante de cargo daqueles
Quadros não pode continuar recebendo GACEN. Assim, a Gratificação apenas é paga com o vencimento,
mas dele se desprende quando cessa a atividade do servidor. Por isso, é realmente uma vantagem de
função ou de serviço. 9. A propósito, no processo 0036000-91.2015.4.01.3400, que tramitou no âmbito da
TR2 da Seccional do DF, em resposta a diligência do Juízo, a parte Ré apresentou o Ofício n.
646/2016/COLEP/CGESP/SAA/SE/MS, por meio do qual foram prestadas as seguintes informações: a) “a
GACEN é paga aos servidores combatentes de endemias do Ministério da Saúde vinculados a todas as
unidades federativas, desde que em efetivo exercício na atividade de combate e controle de endemias,
conforme estabelece o artigo 2º, da Portaria nº 484, de 01/04/2014, ora transcrito: ‘Art. 2º [...] a GACEN
será paga aos servidores efetivos do Ministério da Saúde e da FUNASA, ainda que descentralizados para
Estados, Distrito Federal e Municípios, nos termos do disposto no art. 20 da Lei nº 8.270, de 17 de
dezembro de 1991, desde que em efetivo exercício na atividade de combate e controle de endemias’”;
(...); c) “a GACEN não é devida a todo servidor combatente de endemias”. 10. Ora, como bem pontuado
pela TNU, nos fundamentos de julgado que, curiosamente, conduziu a um resultado inverso ao aqui
adotado, “vantagens condicionais ou modais, mesmo que auferidas por longo tempo em razão do
preenchimento dos requisitos exigidos para sua percepção, não se incorporam ao vencimento, a não ser
quando essa integração for determinada por lei. (É que as vantagens condicionais ou modais) são
vantagens pelo trabalho que está sendo feito (pro labore faciendo) ou, por outras palavras, são adicionais
de função (ex facto officii), ou são gratificações de serviço (propter laborem), ou, finalmente, são
gratificações em razão de condições pessoais do servidor (propter personam). Daí por que, quando cessa
o trabalho, ou quando desaparece o fato ou a situação que lhes dá causa, deve cessar o pagamento de
tais vantagens, sejam elas adicionais de função, gratificações de serviço ou gratificação em razão das
condições pessoais do servidor” (TNU, PEDILEF 05033027020134058302, Juiz Federal Ronaldo José da
Silva, DOU de 05/02/2016). 11. Como se sabe, no julgamento a TNU reafirmou a tese da natureza
remuneratória da GACEN, acrescentando, então, seu caráter geral, e com base nessas premissas
concluiu que os servidores aposentados/pensionistas com direito à paridade fazem jus a receber a
gratificação no mesmo valor pago aos servidores da ativa. Mas é possível perceber bem claramente em
que momento o raciocínio desenvolvido pela TNU, no julgado, começa a entrar em contradição com suas
primeiras e corretas premissas. Se a GACEN é paga aos ocupantes de cargos dos Quadros já referidos
que efetivamente realizem atividades de combate e controle de endemias, em caráter permanente, então
constitui gratificação de serviço (propter laborem), cujo pagamento deve cessar, quando cessa o trabalho.
12. Considere que a TNU chega a perceber tal dimensão da GACEN, ao anotar no § 13 do seu julgado:
“A Gratificação de Atividade de Combate e Controle de Endemias (GACEN), instituída pela Lei nº
11.784/2008, tem natureza de gratificação de atividade”. E, principalmente, ao repisar, no primeiro § 15 do
seu julgado (o § seguinte da ementa erroneamente também recebeu o número 15): “a GACEN não é
devida para ressarcimento de despesas do servidor em razão do desempenho de suas funções, mas
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sim em razão do próprio desempenho da atividade (pro labore faciendo), consoante conformação legal da
aludida gratificação contida no artigo 55 da Lei nº 11.784/2008”. Enquanto assim argumentava, a TNU
estava de acordo com as premissas iniciais do julgamento, segundo as quais vantagens condicionais,
mesmo que auferidas por longo tempo em razão do preenchimento dos requisitos exigidos para
percepção, não se incorporam ao vencimento, a não ser quando determinado por lei. 13. Ocorre que, em
seguida, no segundo § 15 do julgado, a TNU arremata que, “dessa forma, a GACEN é gratificação
desvinculada da efetiva produtividade dos servidores ativos que ocupam os cargos e desempenham as
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atividades especificadas no artigo 54 da Lei nº 11.784/2008; e é paga aos aposentados que ocupavam
aqueles mesmos cargos e que tenham os benefícios concedidos até 19/02/2004, ou com fundamento nos
artigos 3º e 6º da Emenda Constitucional nº 41/2003 ou no artigo 3º da Emenda Constitucional nº
47/2005”. O fato, verdadeiro, de a GACEN ser paga desvinculada da efetiva produtividade dos servidores
ativos que a recebem é apresentado, sem qualquer justificativa, como prova de que se trata de uma
gratificação de caráter geral que deve ser estendida, no seu valor total, aos aposentados/pensionistas
com direito à paridade. 14. Confessadamente, a quebra abrupta da linha argumentativa da TNU no
julgado se deveu à tentativa de seguir entendimento do STF. Este Tribunal, como se sabe, declarou
inconstitucional o pagamento reduzido de gratificação a servidores inativos/pensionistas com direito à
paridade, quando a vantagem paga aos servidores da ativa tem um caráter geral, pois desvinculada de
avaliação de desempenho. Como a GACEN é paga em valor fixo, independentemente de avaliação de
desempenho, então ostentaria o mesmo caráter geral que, pelo entendimento do STF, resulta no
pagamento aos inativos/pensionistas com direito à paridade no mesmo patamar pago aos servidores da
ativa. 15. O problema é que o julgado da TNU deixa alguns pontos, cruciais, por explicar. O primeiro já foi
destacado: a quebra não justificada das premissas iniciais do julgado. Ainda que fosse o caso de seguir
entendimento do STF, exigível explicar se a mudança não resulta, e porque não resulta, em contradição
com os argumentos primeiros. Porém, o ponto principal é que manter a linha argumentativa inicial, até
final julgamento, com a improcedência do pedido, não levaria a TNU a decidir contrariamente ao
entendimento do STF. Como se sabe, a jurisprudência do STF, a que a TNU se refere, foi firmada nos
casos sobre as diversas gratificações de desempenho criadas ao longo do tempo. E essas gratificações
diferem da GACEN, vez que foram instituídas para serem pagas de acordo com o desempenho ou
produtividade do servidor da ativa, independentemente de serem outros, distintos, anormais, os trabalhos
ou os serviços realizados. 16. Com efeito, nas gratificações de desempenho comuns criadas ao longo do
tempo, os trabalhos ou serviços que ensejam o seu recebimento são os mesmos que os servidores
beneficiados já exerciam e continuam exercendo. O que muda é apenas a produtividade. Havendo um
aumento da produtividade, nos mesmos serviços e trabalhos normalmente realizados, há aumento no
valor da gratificação de desempenho. Nesse contexto, quando a Administração passou a pagar a título de
gratificação de desempenho valor indistinto e independente de qualquer avaliação, a todos os servidores
da ativa, obviamente deixou a gratificação de ser pro labore faciendo, ostentando caráter geral e
alcançando servidores inativos/pensionistas com o direito à paridade. Não sendo pagas em virtude de
trabalhos
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anormais, a natureza pro labore faciendo das diversas gratificações de desempenho se mantém apenas
enquanto pagas em virtude de avaliações periódicas de produtividade. 17. A situação jurídica é totalmente
diferente, quando se trata da GACEN. Sua natureza pro labore faciendo decorre do fato de ser paga pela
realização de serviço em condições distintas. Como já se disse, a GACEN é paga, segundo a letra da lei
que a instituiu, em virtude do servidor da ativa realizar atividades de combate e controle de endemias, em
caráter permanente. Se o ocupante de cargo dos Quadros do Ministério da Saúde ou da FUNASA não
realizar mais tais atividades, não pode continuar recebendo a GACEN. Por isso, não importa que o
pagamento dessa gratificação prescinda de uma avaliação de desempenho. Nem por isso deixa de ser
pro labore faciendo, pois esta natureza decorre do serviço distinto efetivamente realizado, e somente
enquanto efetivamente realizado. As gratificações de desempenho comuns criadas ao longo do tempo,
por não exigirem a realização de serviço distinto para serem pagas, precisam da produtividade
diferenciada do mesmo serviço, para adquirirem natureza pro labore faciendo. 18. Portanto, acolher todas
as consequências de considerar a GACEN uma gratificação pro labore faciendo não significa ir contra
entendimento consolidado pelo STF sobre o caráter geral das gratificações de desempenho, enquanto
estas não tiverem realizadas as avaliações de produtividade. Pelo contrário. Ao reconhecer que a GACEN
tem natureza pro labore faciendo desde o nascedouro, é dever também afirmar que essa gratificação
jamais teve caráter geral, nunca tendo sido devida sua extensão aos inativos/pensionistas com direito à
paridade no mesmo valor pago a servidores da ativa. 19. Aliás, a conclusão é a única de acordo com a
própria jurisprudência do STF, pois este Tribunal, nos mesmos casos, sempre decidiu que, uma vez
consolidada a natureza pro labore faciendo das gratificações de desempenho pela homologação dos
resultados das respectivas avaliações, passaria a ser devido o pagamento diferenciado entre os
servidores da ativa e os inativos/pensionistas com direito à paridade. Como a GACEN sempre teve
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natureza pro labore faciendo, não tem caráter geral e não deve ser paga aos servidores da ativa e aos
inativos/pensionistas com direito à paridade no mesmo valor. 20. Essa interpretação começa a ter eco no
STJ, como sinaliza a decisão monocrática tomada no REsp 1.599.139/CE, por meio da qual se negou
provimento ao Especial, com a seguinte fundamentação em destaque, que acolhe argumento do Tribunal
do origem: “Assim sendo, não há previsão legal para que o servidor aposentado receba a GACEN na
mesma proporção que o servidor da ativa, mormente porque essa gratificação é devida em razão da
atividade desenvolvida, isto é, tem natureza pro labore faciendo, segundo a legislação regente, verbis (fls.
480). 5. Dessa forma, o acórdão recorrido encontra-se em consonância como entendimento adotado por
esta Corte, de que nos casos em que a gratificação tem caráter pro labore faciendo não é cabível a
extensão aos inativos na mesma proporção dos Servidores em atividade” (STJ, REsp 1.599.139/CE, Rel.
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Min. Napoleão Nunes Maia Filho, DJE de 4/2/2019). 21. Se algum valor a título de GACEN é pago a
inativos/pensionistas, isso se dá apenas por liberalidade do legislador. Como já foi colhido do próprio
julgado da TNU, aqui escrutinado, “vantagens condicionais ou modais, mesmo que auferidas por longo
tempo em razão do preenchimento dos requisitos exigidos para sua percepção, não se
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incorporam ao vencimento, a não ser quando essa integração for determinada por lei”. No caso, a Lei n.
11.784/2008, no seu art. 55, § 3º, prevê a incorporação da GACEN aos proventos de aposentadoria,
distinguindo as situações dos servidores que têm direito, ou não, à paridade. Essa regulamentação deve
ser aplicada estritamente, pois, no contexto de gratificação que ordinariamente não se incorpora ao
vencimento (por ter natureza pro labore faciendo), constitui, como dito, mera liberalidade do legislador. 22.
Assim, ainda que a parte Autora tenha direito à paridade, não é por isso que não faria jus ao recebimento
da GACEN no mesmo valor pago a servidores da ativa. Por isso, não altera esse desfecho o novo
regramento criado pela Lei 13.324/2016. As novas regras, na verdade, confirmam a interpretação até aqui
feita. 23. Destarte, a nova lei faculta ao servidor que tem direito à integralidade e paridade incorporar até
“o valor integral da gratificação”, desde que atendidos certos requisitos (art. 93, III, c/c o art. 92). Dentre
estes, prazo mínimo de recebimento e, portanto, de contribuição sobre a GACEN, para servidores inativos
e pensionistas com direito à integralidade e paridade recebê-la integralmente. Não importa que o tempo
mínimo fixado na lei não alcance o tempo de contribuição para aposentadoria integral. É que o legislador
continua fazendo uma liberalidade, resolvendo a questão da melhor maneira possível, de acordo com o
seu juízo político. O que não se pode é acolher o pedido inicial, tal qual formulado, ainda que seja o caso
de registrar que a parte Autora passou a ter à sua disposição a opção criada pela Lei n. 13.324/2016. 24.
Com a distinção interpretativa apresentada para o caso sob julgamento, considera-se fundamentado o
voto, de acordo com o art. 489, § 1º, inciso VI, do NCPC, ainda que divergente de jurisprudência da TNU
invocada pela parte. Aliás, reportando-se a essa fundamentação, a Coordenação das Turmas Recursais
do DF admitiu incidentes arguidos sobre a matéria nos Recursos Inominados 0039373-96.2016.4.01.3400
0039017-67.2017.4.01.3400, dentre outros, submetendo-os à TNU. Portanto, pelo menos até haver
pronunciamento da TNU em tais incidentes, deve ser mantido o entendimento da TR2/JEF/DF, contrário
ao pleito da parte Autora. 25. Por sinal, em 28/2/2019, a Presidência da TNU admitiu novo PEDILEF para
discutir novamente a possibilidade de extensão, aos servidores inativos, da GACEN (PEDILEF 5006060-
68.2018.4.04.7001/PR, ainda pendente de conclusão). 26. Não provimento do recurso interposto pela
parte Autora. 27. Honorários advocatícios pela parte Recorrente em 10% sobre o valor corrigido da causa
(artigo 55 da Lei n. 9.099/1995), com suspensão do pagamento enquanto a parte credora não demonstrar
que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão da Gratuidade de
Justiça, extinguindo-se a dívida cinco anos após o trânsito em julgado deste Acórdão (artigo 98, § 3º,
NCPC).
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ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por
unanimidade, negar provimento ao recurso. Brasília/DF, 23/10/2019.
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prejudicial de prescrição, rejeitou o pedido inicial ao fundamento de que “não houve violação à garantia
constitucional da irredutibilidade de vencimentos, uma vez que, por ocasião da vigência da lei nº.
11.907/09, não houve redução do valor nominal dos vencimentos pagos à parte autora, muito menos
decréscimo do valor do salário-hora em razão de eventual aumento da jornada de trabalho, uma vez que
a referida lei promoveu, inclusive, a recomposição de vencimentos em favor da carreira, de modo que
houve a correspondente retribuição remuneratória. Ademais, verifico que os autores, sujeitam-se a uma
escala de 24 (vinte e quatro) horas trabalhadas por 72 (setenta e duas) horas de descanso, num total de
07 (sete) ou 08 (oito) plantões por mês, o que resulta numa jornada de trabalho mensal de no máximo
192 (cento e noventa e duas) horas. Dessa forma, não restou extrapolada a jornada máxima fixada em lei,
de modo que improspera a pretensão de retribuição pecuniária pela Administração”. 3. Razões do recurso
interposto pela parte Autora: a) é servidor público federal da carreira de agente penitenciário federal,
atualmente denominada de Agente Federal de Execução Penal, nos termos da alteração promovida pela
Lei 13.327/2016; b) a atividade desempenhada pelos agentes se espelhava na Lei 8.112/1990 quanto ao
estabelecimento da carga de trabalho mensal que, nos termos do art. 19 da Lei 8.112/1990 estabelecia o
critério de 40 horas semanais ou 160 horas mensais, sendo este o parâmetro estabelecido no sistema
para o desempenho da função criada pela norma originária; c) valendo-se da Lei 11.907/2009,
recentemente, o DEPEN tem cobrado dos agentes federais em questão jornada de trabalho superior ao
estabelecido na Lei 8.112/1990, tendo como fundamento o disposto na própria Lei 11.907/2009, ao
argumento da previsão contida junto ao parágrafo único do artigo 143, nas hipóteses em que o servidor
labora sob o regime de plantão; d) o regime da carga horária atual dos agentes (plantões) é da ordem de
192 horas mensais, ao passo que em outros modelos de atividade, o regime seria de 40 horas semanais
ou o equivalente a 160 horas, sem, no
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entanto, haver a justa contrapartida remuneratória decorrente do aumento significativo de carga horária;
e) a lei 11.907/2009 acresce carga de trabalho, sem, contudo, haver qualquer contraprestação pecuniária;
f) a majoração da jornada de trabalho sem o correspondente acréscimo na remuneração constitui redução
salarial indireta. 4. A União ofereceu resposta escrita ao recurso. 5. A Constituição Federal em seu art. 7º,
inciso XIII prevê duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro
semanais. Além disso, a Lei n. 8.112/1990, invocada pelo Recorrente, estabelece em seu art. 19 a
duração máxima do trabalho semanal de quarenta horas para os servidores. De todo modo, esta última lei
não pode ser aplicada ao caso sob julgamento, tendo em vista que o § 2º do artigo diz que o ali disposto
não se aplica a duração de trabalho estabelecida em leis especiais. 6. Como a parte Autora ocupa o
cargo de Agente Penitenciário Federal, tem sua duração de jornada de trabalho fixada pela Lei
11.907/2009, que no art. 143, parágrafo único, determina: “Nos casos aos quais se aplique o regime de
trabalho por plantões, a jornada de trabalho dos integrantes das Carreiras de Especialista em Assistência
Penitenciária, Técnico de Apoio à Assistência Penitenciária e Agente Penitenciário Federal será de até
192 (cento e noventa e duas) horas mensais”. 7. A jornada máxima de trabalho de 192 horas mensais não
atenta contra o disposto na Constituição Federal, art. 7º, inciso, XIII. Ao dispor o texto constitucional que a
duração máxima do trabalho normal pode ser de até 44 horas semanais, é possível se chegar ao teto de
192 horas de serviço, dentro de um mesmo mês. Acontece que um mês nem sempre se limita a 4
semanas. Quando um mês de 30 dias tem seu dia 1º em uma segunda-feira, sua extensão irá alcançar 4
semanas e mais dois dias úteis da 5ª semana. Em tal hipótese, a jornada de trabalho normal de um
trabalhador pode alcançar 192 horas mensais, pois é o que resulta de 44 horas por semana mais as 16
horas dos dois dias úteis da 5ª semana. 8. Sendo assim, em tese, não há inconstitucionalidade no teor do
art. 143, parágrafo único, da Lei n. 11.907/2009, inclusive porque dispõe apenas que a jornada de
trabalho mensal é de, no máximo, 192 horas, não estabelecendo, portanto, que sempre alcance
necessariamente o patamar aludido. Seria preciso, então, provar que a cada mês de trabalho do servidor
sua jornada normal concretamente ultrapassou o limite estabelecido pela Constituição, para que se
pudesse falar de pagamento de horas extras. Mas não há essa prova no processo. 9. O certo é que,
mesmo que em uma semana o servidor possa ter trabalhado mais de 44 horas, o total de horas
trabalhadas no mês não ultrapassa o limite constitucional fixado, que pode chegar a 192 horas. E a
ultrapassagem das 44 horas de trabalho dentro de uma mesma semana não gera direito a horas extras
porque, como implementado o sistema de trabalho em regime de turnos alternados já tem como
consequência a compensação de horários, sem ultrapassar a carga horária máxima constitucionalmente
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permitida. Como se sabe, no mesmo dispositivo que limita a duração do trabalho normal em 44 horas
semanais, a Constituição faculta compensação de horários. No caso, o regime realizado concretamente
pela Administração já resulta nessa compensação dentro do próprio mês, não sendo necessária
compensação adicional.
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10. Ademais, o agente penitenciário federal desempenha atividade peculiar que deve ser regida por
normas específicas que buscam harmonizar o interesse do servidor com o interesse público. Por isso foi
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criada a jornada especial de 24 horas de trabalho por 72 horas de descanso, justamente para compensar
o servidor público do desgaste exigido pela jornada contínua de 24 horas, tendo ainda sido instituído,
ainda, o pagamento de gratificação (GDAPEF), como forma de compensar a inexistência do pagamento
de horas extras. Nesse contexto, impertinente a alegação de que haveria violação ao princípio da
isonomia, quando se comparam Agentes que não cumprem regime de plantão com aqueles que o
cumprem. Estes últimos têm tratamento diferenciado em virtude da tarefa distinta a ser executada. A
mesma observação vale para a comparação com os servidores públicos em geral, com carga horária
regida pela Lei 8.112/1990. 11. Assim, “a previsão constitucional de limitação da jornada de trabalho, com
o pagamento adicional para as horas extras, não exclui a possibilidade de a legislação infraconstitucional
estabelecer regime próprio de cumprimento de jornada, em razão da natureza do serviço e das
peculiaridades da função desenvolvida pelo servidor” e, além disso, “a lei específica dos agentes
penitenciários federais não prevê o pagamento de horas extras, sendo certo que naturalmente haverá
meses, por ter quantidade de dias a menos ou saldos de horas dos meses anteriores, que haverá menos
plantões, e existirá mês, com dias a mais ou em decorrência de saldo de horas do mês anteriores, em
que haverá mais plantões, havendo a devida compensação na elaboração da escala nos meses
subsequentes. Evidente que se houver inobservância à disciplina própria (regime de trabalho de turno
ininterrupto, com intervalo espaçado para descanso – atualmente, de 24 por 72 horas – o que pode variar
administrativamente, na conformidade do normativo interno), haverá azo ao pagamento de adicional
extraordinário. Mas, não é isso que aqui se alega ou se prova. 8. Assinale-se que a própria Lei n.
11.907/2009, no art. 126, prevê forma específica de remunerar o desempenho do agente, ao estabelecer
a GDAPEF – Gratificação de Desempenho de Atividade de Agente Penitenciário Federal, pelo que, mais
ainda, diante da peculiaridade do regime de plantão e da natureza da atividade desenvolvida, é
incompatível com o recebimento de horas-extras. Acerca dessa incompatibilidade, a TNU, ao apreciar
pretensão de policial rodoviário federal, "A Gratificação por Operações Especiais e a Gratificação de
Atividade Policial Rodoviário Federal, instituídas para remunerar a integral e exclusiva dedicação das
atividades do cargo, não são passíveis de cumulação com o pagamento de horas extraordinárias, de
forma os policiais rodoviários federais são sujeitos a eventuais sobrejornadas motivadas pelo exercício de
suas funções, sem acréscimo de remuneração (PEDILEF 05026426820074058308, rel. Juiz Federal
Janilson Bezerra de Siqueira, DJ 31/08/2012)” (Primeira Turma Recursal/DF, Rel. Carlos Wagner Dias
Ferreira, Creta - 21/06/2017 - Página N/I). 12. Precedente da TR2/JEF/DF em igual sentido: Recurso
0047185-34.2012.4.01.3400, Relator Juiz Federal David Wilson de Abreu Pardo, Sessão de 23/8/2017.
13. Não provimento do recurso interposto pela parte Autora. 14. Honorários advocatícios pela parte
Recorrente em 10% sobre o valor corrigido da causa (art. 55 da Lei n. 9.099/1995).
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EMENTA
TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. CPSS. PRECATÓRIO/RPV.
CRÉDITOS RELATIVOS AOS PERÍODOS DE NOVEMBRO DE 1989 A DEZEMBRO DE 1990.
SERVIDOR ATIVO/INATIVO. REGIME DE COMPETÊNCIA. NÃO PROVIMENTO DO RECURSO. 1. A
sentença acolheu o pedido inicial para “[...] declarar que a contribuição previdenciária, no processo judicial
destacado na petição inicial, deve observar o regime de competência, de forma que incida a alíquota
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conforme a legislação vigente à época em que as diferenças deveriam ter sido pagas ao servidor. Ainda,
declaro que não deve haver incidência de contribuição para o PSS sobre os juros de mora. Condeno a ré,
portanto, a restituir à parte autora eventual valor excedente de PSS recolhido nos citados processos,
corrigidos exclusivamente pela Taxa SELIC a teor da Lei nº 9.250/95, que afasta a correção monetária e
os juros, desde os recolhimentos indevidos (Precedente: STJ, Resp 1.111.175/SP)”. 2. Razões do recurso
interposto pela União: a) nulidade da sentença por julgamento extra petita, na medida em que acabou por
decidir matéria não requerida na inicial; b) manifesta a ausência de interesse no prosseguimento do feito
quanto à incidência da contribuição previdenciária do servidor público sobre a parcela referente aos juros
de mora, haja vista tratar-se de tema acerca do qual a União possui dispensa de apresentar contestação
e recurso; c) quanto à incidência de contribuição previdenciária sobre precatórios/RPV, informa que desde
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1993, os servidores ativos contribuem para o RPPS, sendo que os servidores inativos somente passaram
a contribuir a partir de 2004, com a edição da Lei 10.887/04, que regulamentou a Emenda Constitucional
n. 41/2003. Desse modo, para que a parte autora faça jus a restituição pleiteada, os valores recebidos,
além de se referirem a período anterior a vigência da Lei 10.887/04, devem ser relativos a pensão ou
aposentadoria. Caso contrário, deverá incidir a contribuição, em razão do disposto na Emenda
Constitucional nº 03/1993, que determinou a contribuição dos servidores ativos. Assim, não haveria de
prosperar a presente demanda, uma vez que a parte autora não comprovou que os valores recebidos se
referem à aposentadoria ou pensão; d) inaplicabilidade do regime de competência. 3. A parte Autora não
ofereceu resposta escrita ao recurso. 4. Preliminarmente, importa salientar a impropriedade das razões
recursais utilizadas pela União, notadamente quanto à nulidade da sentença por julgamento extra petita.
O dispositivo da sentença não afasta a incidência de contribuição previdenciária sobre valores recebidos
a título de precatório/RPV, como outrora sustenta pela parte
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Recorrente. Limita-se, o juízo a quo, a julgar procedente o pedido da parte Autora para declarar, verbis:
“[...] a contribuição previdenciária, no processo judicial destacado na petição inicial, deve observar o
regime de competência, de forma que incida a alíquota conforme a legislação vigente à época em que as
diferenças deveriam ter sido pagas ao servidor. Ainda, declaro que não deve haver incidência de
contribuição para o PSS sobre os juros de mora. Condeno a ré, portanto, a restituir à parte autora
eventual valor excedente de PSS recolhido nos citados processos, corrigidos exclusivamente pela Taxa
SELIC a teor da Lei nº 9.250/95, que afasta a correção monetária e os juros, desde os recolhimentos
indevidos”. Assim, não se sustenta, nesse ponto, a impugnação da parte Recorrente. 5. Não há, aliás, que
se falar em prescrição quinquenal, pois não se passaram cinco anos entre o levantamento do valor
requisitado pela via do precatório, em 11/12/2015 (cf. EPROC DECLARAÇÃO EXRETRATO E
PORTARIA, registrada em 11/01/2019), e o ajuizamento da ação, datado em 11/01/2019. 6. No mérito,
deve ser mantida a sentença em que determinou a inexigibilidade de contribuição para o PSS sobre os
juros de mora, assim como a aplicação do regime de competência. Vejamos. 7. É de se dizer que “a
retenção do PSS sobre o principal deve observar as tabelas e alíquotas vigentes à época em que
deveriam ter sido pagos (regime de competência). Precedentes deste TRF1” (AC 0011973-
54.2010.4.01.4100/RO, Rel. Des. Fed. Novély Vilanova, Oitava Turma, e-DJF1 p.807 de 05/09/2014). 8.
Cuidando a espécie de créditos relativos às competências de novembro de 1989 a dezembro de 1990 (cf.
EPROC 4 PLAN DE CALCULO DOCUMENTOS, registrada em 11/01/2019, p. 3/3), ainda não se
encontrava vigente a incidência da alíquota de 11% da contribuição ao PSS, fixada pela Lei nº
10.887/2004. 9. Embora a retenção de valores devidos a título de contribuição ao Plano de Seguridade
Social decorra de imposição legal, sendo devida a dedução no momento do recebimento dos valores por
meio de precatório/RPV, deve-se observar o regime de competência, vez que o Superior Tribunal de
Justiça tem o entendimento de que a incidência de tributos sobre as verbas devidas a servidores públicos
deve observar a legislação tributária vigente à época em que os pagamentos deveriam ter sido efetuados.
STJ, AgRg no Ag 766.896/SC, 1.ªTurma, Rel. Ministro JOSÉ DELGADO, DJ de 19/03/2007; STJ, AgRg
no REsp 1224230, Rel. Min. BENEDITO GONÇALVES, DJe 01/03/2012; STJ, AgRg no REsp
1168539/RS, Rel. Min. LAURITA VAZ, DJe 08/11/2011. 10. Assim, deve ser aplicada a lei vigente à época
em que a verba deveria ter sido recebida, inclusive quanto à situação de (in)atividade da pessoa. Nesse
sentido, o entendimento da TNU: “PEDIDO NACIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA.
CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. PSS. INCIDÊNCIA SOBRE APOSENTADORIAS E PENSÕES.
LIMITE DE INCIDÊNCIA: O TETO DO RGPS. AGRAVAMENTO DA SITUAÇÃO DO RECORRENTE, EM
CASO DE PROVIMENTO. INCIDENTE CONHECIDO E IMPROVIDO. (…)5. Assim, nos casos em que se
refere ao período anterior à edição da Emenda Constitucional nº 41/2003,
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não são devidos os descontos em referência, porquanto o fato gerador da obrigação previdenciária
guarda correspondência com a época em que a verba era devida, razão pela qual não se pode admitir a
exação sobre valores que deveriam ter sido pagos em período anterior à taxação dos inativos e
pensionistas. 6. Quanto ao período posterior à edição da EC nº 41/03, mesmo tendo o fato gerador do
336
tributo ocorrido em momento no qual era possível a sua incidência, o desconto deve obedecer ao
requisito expresso no art. 5º da Lei 10.887/2004, ou seja, somente poderá incidir o PSS sobre os valores
que ultrapassarem o teto estabelecido pelo RGPS.(...)” (TNU, PEDILEF 05028736620144058400, DJ
13/10/2015). 11. Assim, correta a sentença em determinar observância ao regime de competência e
afastar a incidência da CPSS sobre os juros moratórios, já que ela não incide sobre os juros de mora
pagos em execução de sentença judicial, ainda que esta inclua diferenças de natureza exclusivamente
salarial (REsp 1.239.203/PR, representativo da controvérsia, rel. Min. Mauro Campbell Marques, 1ª
Seção/STJ em 12.12.2012). No mesmo sentido, (AG 0064653-60.2011.4.01.0000/MG, Rel. Des. Fed.
Gilda Sigmaringa Seixas, Primeira Turma, e-DJF1 de 23/11/2017). 12. Este acórdão abordou os
argumentos levantados pelas partes, significando que também foram considerados os elementos
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suscitados para fins de prequestionamento. 13. Não provimento do recurso interposto pela União. 14.
Sem condenação em honorários advocatícios. A instância revisora somente pode dispor sobre
honorários, "levando em conta o trabalho adicional realizado em grau recursal" (art. 85, § 11, NCPC). Não
havendo trabalho em grau recursal pela parte Recorrida, não há como condenar a parte Recorrente em
honorários advocatícios. Vencido, no ponto, o Juiz Federal João Carlos Mayres Soares, que condenou a
parte Recorrente vencida em honorários, no patamar de 10% sobre o valor da causa. Isso porque
entende que a disposição legal se aplica apenas aos casos de majoração dos honorários, devendo haver
cominação originária destes em grau recursal, quando cabíveis, conforme entendimento do STJ.
ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por
unanimidade, negar provimento ao recurso. Brasília/DF, 23/10/2019.
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2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF RELATOR 3
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PSS que seria devido à luz da lei de regência à época, ou seja, a tributação pelo PSS deve seguir o
regime de competência, segundo a fundamentação desta sentença; b) declarar a inexistência de relação
jurídico/tributária que obrigue a parte autora ao pagamento de contribuição previdenciária para o regime
próprio de previdência social (PSS) retido por ocasião do pagamento do precatório/RPV sobre os juros de
mora de vantagem remuneratória e/ou diferenças salariais de servidor público”. 5. Razões do recurso
interposto pela União: a) nulidade da sentença por julgamento extra petita, na medida em que acabou por
decidir matéria não requerida na inicia (a parte Autora não teria requerido a aplicação do regime de
competência); b) na eventual hipótese de devolução de valores, haveria que se reconhecer a prescrição
das parcelas anteriores ao quinquênio que precede o ajuizamento da presente ação, com fulcro no
entendimento consolidado pelo STF; c) a retenção na fonte da contribuição do PSS, incidente sobre
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valores pagos em cumprimento de decisão judicial, constitui uma obrigação ex lege, de forma que
independe de autorização prevista no título judicial; d) inaplicabilidade do regime de competência, ante a
violação de norma cogente que determina, expressamente, a incidência da contribuição sobre o montante
recebido, no momento do recebimento. 6. A parte Autora ofereceu resposta escrita ao recurso. 7.
Preliminarmente, importa salientar a impropriedade das razões recursais utilizadas pela União,
notadamente quanto à nulidade da sentença por julgamento extra petita. A inicial (p. 6/10) impugna
expressamente o modo de cálculo das referidas verbas, consignando a necessidade de o calculo ser
realizado de acordo com as tabelas e alíquotas vigente à época em que os valores deveriam ter sido
adimplidos. Assim, não se sustenta, nesse ponto, a impugnação da parte Recorrente. 8. Não há, aliás,
que se falar em prescrição quinquenal, pois não se passaram cinco anos entre o levantamento dos
valores requisitados pela via do precatório, em 11/11/2016 e 29/11/2016 (cf. PETIÇÃO RECEBIDA –
EPROC BANCARIO GOE e cf. PETIÇÃO RECEBIDA – EPROC BANCARIO 3,17) e o ajuizamento da
ação, em 29/01/2019. 9. No mérito, deve ser mantida a sentença em que determinou a inexigibilidade de
contribuição para o PSS sobre os juros de mora, assim como a aplicação do regime de competência. É
dizer, a retenção do PSS sobre o principal deve observar as tabelas e alíquotas vigentes à época em que
deveriam ter sido pagos (regime de competência). Precedentes deste TRF1” (AC 0011973-
54.2010.4.01.4100/RO, Rel. Des. Fed. Novély Vilanova, Oitava Turma, e-DJF1 p.807 de 05/09/2014). 10.
Cuidando de créditos relativos às competências de novembro de 1989 a dezembro de 1990 (cf. PETIÇÃO
RECEBIDA – EPROC PLANILHA GOE, registrada em 29/01/2019), ainda não se encontrava vigente a
incidência da alíquota de 11% da contribuição ao PSS, fixada pela Lei nº 10.887/2004. 11. Embora a
retenção de valores devidos a título de contribuição ao Plano de Seguridade Social decorra de imposição
legal, sendo devida a dedução no momento do recebimento dos valores por meio de precatório/RPV,
deve-se observar o regime de competência, vez que o STJ tem o entendimento de que a incidência de
tributos sobre as verbas devidas a servidores públicos deve observar a legislação tributária vigente à
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época em que os pagamentos deveriam ter sido efetuados. STJ, AgRg no Ag 766.896/SC, 1.ªTurma, Rel.
Ministro JOSÉ DELGADO, DJ de 19/03/2007; STJ, AgRg no REsp 1224230, Rel. Min. BENEDITO
GONÇALVES, DJe 01/03/2012; STJ, AgRg no REsp 1168539/RS, Rel. Min. LAURITA VAZ, DJe
08/11/2011. 12. Deve ser aplicada a lei vigente à época em que a verba deveria ter sido recebida,
inclusive quanto à situação de (in)atividade da pessoa. Nesse sentido, o entendimento da TNU: “PEDIDO
NACIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. PSS.
INCIDÊNCIA SOBRE APOSENTADORIAS E PENSÕES. LIMITE DE INCIDÊNCIA: O TETO DO RGPS.
AGRAVAMENTO DA SITUAÇÃO DO RECORRENTE, EM CASO DE PROVIMENTO. INCIDENTE
CONHECIDO E IMPROVIDO. (…)5. Assim, nos casos em que se refere ao período anterior à edição da
Emenda Constitucional nº 41/2003, não são devidos os descontos em referência, porquanto o fato
gerador da obrigação previdenciária guarda correspondência com a época em que a verba era devida,
razão pela qual não se pode admitir a exação sobre valores que deveriam ter sido pagos em período
anterior à taxação dos inativos e pensionistas. 6. Quanto ao período posterior à edição da EC nº 41/03,
mesmo tendo o fato gerador do tributo ocorrido em momento no qual era possível a sua incidência, o
desconto deve obedecer ao requisito expresso no art. 5º da Lei 10.887/2004, ou seja, somente poderá
incidir o PSS sobre os valores que ultrapassarem o teto estabelecido pelo RGPS.(...)” (TNU, PEDILEF
05028736620144058400, DJ 13/10/2015). 13. Assim, correta a sentença em determinar observância ao
regime de competência e afastar a incidência da CPSS sobre os juros moratórios, já que ela não incide
sobre os juros de mora pagos em execução de sentença judicial, ainda que esta inclua diferenças de
natureza exclusivamente salarial (REsp 1.239.203/PR, representativo da controvérsia, rel. Min. Mauro
Campbell Marques, 1ª Seção/STJ em 12.12.2012). No mesmo sentido, (AG 0064653-
60.2011.4.01.0000/MG, Rel. Des. Fed. Gilda Sigmaringa Seixas, Primeira Turma, e-DJF1 de 23/11/2017).
14. De igual modo se reconhece quanto à retenção do PSS sobre o reajuste de 3,17%. Cuidando a
espécie de créditos relativos às competências de outubro de 1995 a setembro de 2005 (cf. PETIÇÃO
RECEBIDA – EPROC PLANILHA 3,17), ainda não se encontrava vigente a obrigatoriedade da incidência
da alíquota de 11% da contribuição ao PSS, fixada no art. 16-A da Lei nº 10.887/2004. 15. Seja como for,
fica ressalvada a aplicabilidade do art. 6º da Lei n. 10.887/2004, em consonância com o art. 4º, II, da EC
nº 41/2003, no sentido de que somente poderá incidir o PSS sobre os valores que superarem 60% do
limite máximo do RGPS, quando se tratar de benefício de aposentadoria ou pensão anterior à data de
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ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por
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unanimidade, negar provimento ao recurso. Brasília/DF, 23/10/2019.
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Ministro Teori Albino Zavascki, Primeira Turma, DJe 29/4/2009. O auxílio pré-escolar, longe de
incrementar o patrimônio de quem o recebe, refere-se à compensação (reembolso) efetuada pelo
empregador com vistas a efetivar um direito que já se encontrava na esfera patrimonial do trabalhador,
qual seja, o direito à assistência em creches e pré-escolas (CF, art. 7º, XXV)" (REsp 1.416.409/PB, Rel.
Ministro OG FERNANDES, SEGUNDA TURMA, julgado em 5/3/2015, DJe 12/3/2015). 6. Assim, tendo
natureza indenizatória, o auxílio-creche não é rendimento tributável, já que não se subsume no disposto
em quaisquer dos incisos do art. 43 do CTN, razão pela qual a exigência tributária não poderia ser
lançada contra os trabalhadores públicos. Alias, assim relatou a Juíza Federal Vanessa Vieira de Mello,
no PEDILEF 2008.70.50.025460-7, da TNU: “(...) nos termos do artigo 43 do Código Tributário Nacional, o
imposto de renda tem como fato gerador o 'acréscimo patrimonial', assim entendido o acréscimo ao
patrimônio material do contribuinte, o quê (...) não se encaixa na definição do auxílio-creche, que constitui
simples reembolso de despesas efetuadas pelos servidores (...)”. 7. Outrossim, a destinação dada ao
valor recebido a título de auxílio pré-escolar não desnatura seu caráter indenizatório. Não há exigência
legal de comprovação dos gastos para o seu efetivo pagamento. No mais, as certidões de nascimento
demonstram que a parte Autora possui um filho nascido em 14/04/2015 (PETIÇÃO RECEBIDA – EPROC
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PROCESSO: 0046884-14.2017.4.01.3400 RECORRENTE: JOSE EDNILSON SILVEIRA ADVOGADO:
DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO RECORRIDO: UNIAO FEDERAL ADVOGADO: - LETICIA
MACHADO SALGADO
EMENTA
CONSTITUCIONAL, ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL. GRATIFICAÇÃO DE DESEMPENHO.
APOSENTADORIA. INCORPORAÇÃO TOTAL AOS PROVENTOS. IMPOSSIBILIDADE. NATUREZA
PRO LABORE FACIENDO. PRECEDENTES VINCULANTES DO STF. NÃO CABIMENTO NO JEF DA
PERÍCIA TÉCNICA SUGERIDA EM SEDE RECURSAL. COMPLEXIDADE DA MATÉRIA (E, ASSIM, DA
PROVA) RECONHECIDA PELA PRÓPRIA PARTE AUTORA/RECORRENTE. NÃO PROVIMENTO DO
RECURSO. 1. A sentença rejeitou o pedido da parte Autora de incorporação da gratificação GDM-PST,
na mesma pontuação da gratificação anterior GDPST, em 100 pontos, sob o fundamento de
impossibilidade da extensão paritária entre servidores ativo e inativos de vantagens propter laborem. 2.
Razões do recurso interposto pela parte Autora: a) deveria estar recebendo a mesma pontuação da
GDPST (antecessora da GDM-PST atribuída aos servidores ativos desde julho/2011, retroativamente a
novembro de 2010, quando teve início o pagamento de 100 pontos aos servidores da carreira da
Previdência Saúde e Trabalho; b) a GDM-PST faz parte da remuneração fixa da parte autora e cuja
totalidade é irredutível, conforme Estatuto do Servidor e Constituição Federal. d) “a questão central é a
demonstração de que a GDPST, antecessora da GDM-PST foi paga no Ministério da Saúde,
INDISTINTAMENTE, a todos servidores ativos, em regra com a mesma pontuação, 100 PONTOS, desde
NOV/2010”; d) dado o caráter genérico dessa gratificação requer a incorporação dos 100 pontos e,
alternativamente, “diante da complexidade da matéria, requer-se a realização de perícia técnica, por
perito credenciado junto ao TRF1, apta a instruir o processo na determinação da natureza jurídica da
GDM-PST paga aos servidores do Ministério da Saúde, desde MAR/2008, se como Vantagem Pecuniária
Permanente, GENÉRICA, ou Vantagem pro labore faciendo”. 3. A União ofereceu resposta escrita ao
recurso suscitando as preliminares de impugnação do valor atribuído à causa e de ausência dos
requisitos necessários à concessão do benefício da justiça gratuita; a prejudicial de prescrição e no,
mérito, requer seja julgado improcedente o pedido. Eventualmente, pede que o direito à incorporação seja
reconhecido a contar do ajuizamento da ação, considerando a ausência do termo de opção; que se
estabeleça qual a média que deva ser calculado os pontos para fins de incorporação e que sejam
observados os termos dos arts. 88 e 89 da Lei 13.324/2016. 4. Rejeita-se a preliminar de impugnação ao
valor da causa arguida pela União, vez que
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deveria ter apresentado o valor que entende devido como proveito econômico na demanda e não apenas
arguir de forma genérica a incompatibilidade do valor atribuído. 5. Rejeita-se a preliminar de impugnação
à assistência judiciária, como levantada, pois feita sem contraprova dos elementos que levaram o Juízo
originário a conceder o benefício. O novo CPC estabelece que "Presume-se verdadeira a alegação de
insuficiência deduzida exclusivamente por pessoa natural" (art. 99, § 3º, do NCPC). Assim, tendo o Juízo
a quo verificado a presença dos requisitos para a concessão do benefício, apenas através de contraprova
suficiente sobre a situação específica poderia ser indeferido o pedido. 6. Rejeita-se a prejudicial de
prescrição suscitada pela União, vez que não ocorreu a prescrição do fundo de direito, mas apenas das
parcelas que antecederam aos cinco anos a contar da data da propositura da ação. 7. O pedido da parte
Autora é realmente distinto daqueles recorrentemente julgados pelos JEFs e pelas TRs do Distrito Federal
ao longo do tempo. Neste caso, cuida-se de aferir se a Gratificação de Desempenho referida no processo
não deixou de efetivamente ser genérica, mesmo depois de formalmente iniciados os ciclos de avaliação
pela Administração, pois, ainda que iniciados tais ciclos, não correspondem aos requisitos estabelecidos
pela lei para tornar a Gratificação uma parcela pro labore faciendo. Segundo as razões de recurso, tendo
a parte Autora recebido invariavelmente o patamar máximo da Gratificação durante o seu período de
atividade, na passagem para a inatividade haveria de permanecer o mesmo valor máximo, em virtude da
paridade e da integralidade. 8. Como se sabe, Gratificações de Desempenho são parcelas autônomas
pagas de maneira destacada e não cumulativa, em função do desempenho individual do servidor e, ainda,
do alcance de metas de desempenho institucional do respectivo órgão e da entidade de lotação. Não
servem de base de cálculo para quaisquer outros benefícios, ou parcelas remuneratórias ou vantagens, e
340
costumam ter previsão legal para o seu reajuste na mesma proporção da revisão geral da remuneração
dos servidores públicos federais. 9. Porém, em relação ao termo inicial para pagamento diferenciado, o
STF decidiu em sede de repercussão geral no RE 662406: “O termo inicial do pagamento diferenciado
das gratificações de desempenho entre servidores ativos e inativos é o da data da homologação do
resultado das avaliações, após a conclusão do primeiro ciclo de avaliações, não podendo a Administração
retroagir os efeitos financeiros a data anterior”. (RE 662406, Relator Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal
Pleno, julgado em 11/12/2014, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-031 DIVULG 13-02-2015 PUBLIC 1802-
2015). 10. A regra foi novamente reafirmada pelo STF, com importante acréscimo, para todas as
Gratificações de Desempenho, ao julgar o Tema 983, cujo Processo Paradigma foi o ARE 1.052.570, com
a publicação do acórdão no DJE de 6.3.2018 e trânsito em julgado em 16/5/2018. No julgado, as Teses
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Firmadas foram as seguintes, verbis: "I - O termo inicial do pagamento diferenciado das gratificações de
desempenho entre servidores ativos e inativos é o da data da homologação do resultado das avaliações,
após a conclusão do primeiro ciclo; II - A redução, após a homologação do resultado das
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avaliações, do valor da gratificação de desempenho paga aos inativos e pensionistas não configura
ofensa ao princípio da irredutibilidade de vencimentos". 11. Nas Gratificações de Desempenho criadas ao
longo do tempo, os trabalhos ou serviços que ensejam o recebimento podem ser e até são os mesmos
que os servidores beneficiados já exerciam e continuam exercendo. O que muda é o desempenho e a
produtividade. Sendo mais elevados, nos mesmos serviços e/ou trabalhos normalmente realizados, há
aumento no valor da Gratificação de Desempenho. Assim, quando a Administração passou a pagar a
título de Gratificação de Desempenho valores indistintos e independentes de qualquer avaliação, a todos
os servidores da ativa, deixou a gratificação de ser pro labore faciendo, ostentando caráter geral e
alcançando servidores inativos e/ou pensionistas com o direito à paridade. Todavia, não sendo pagas em
virtude de trabalhos anormais, a natureza pro labore faciendo das diversas Gratificações de Desempenho
se mantém apenas enquanto pagas em virtude de avaliações periódicas de produtividade. 12. Regra
geral, portanto, de acordo com o entendimento do STF, é legítimo o pagamento diferenciado das
Gratificações de Desempenho, a menor para os servidores inativos, depois da homologação do resultado
das avaliações. 13. E é acertada a posição do STF. Como já bem pontuou a TNU, “vantagens
condicionais ou modais, mesmo que auferidas por longo tempo em razão do preenchimento dos
requisitos exigidos para sua percepção, não se incorporam ao vencimento, a não ser quando essa
integração for determinada por lei. (É que as vantagens condicionais ou modais) são vantagens pelo
trabalho que está sendo feito (pro labore faciendo) ou, por outras palavras, são adicionais de função (ex
facto officii), ou são gratificações de serviço (propter laborem), ou, finalmente, são gratificações em razão
de condições pessoais do servidor (propter personam). Daí por que, quando cessa o trabalho, ou quando
desaparece o fato ou a situação que lhes dá causa, deve cessar o pagamento de tais vantagens, sejam
elas adicionais de função, gratificações de serviço ou gratificação em razão das condições pessoais do
servidor” (TNU, PEDILEF 05033027020134058302, Juiz Federal Ronaldo José da Silva, DOU de
05/02/2016). 14. Nesse contexto, não é verdade que a gratificação de desempenho constitui, na prática,
simples vantagem inerente ao cargo, integrando a estrutura remuneratória da Carreira e maneira ardilosa
de o Poder Público conceder um reajuste setorial por vias transversas. Segundo as definições do §
precedente, uma vantagem pro labore faciendo pode ser na modalidade propter laborem, quer dizer, em
razão de serviço. Se a gratificação estivesse sendo paga apenas porque se estava ocupando certo cargo,
então teria razão a parte Autora/Recorrente. Todavia, como é paga em virtude da "quantidade" e da
"qualidade" do serviço efetivamente (institucionalmente e pessoalmente) desenvolvido pelo(a) servidor(a),
então a sua natureza pro labore faciendo surge e se destaca juridicamente, tornando-se inegável. 15. Por
outro lado, não há prova de que pagamentos da gratificação estão sendo feitos na pontuação máxima
para os servidores ativos, mediante avaliação por "ficção jurídica", caracterizando um aumento disfarçado
de remuneração. Ainda que
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eventualmente servidores possam estar sendo avaliados com pontuação máxima, isso não implica que
todos estejam sendo. Aliás, mesmo que vários servidores ativos estivessem sendo avaliados com a
pontuação máxima, isso decorreria dos critérios de avaliação já estabelecidos e executados, ou seja,
decorreria da realização dos ciclos de avaliação feitos com os servidores atualmente em atividade. Ou
seja, resultados são obtidos com base no desempenho dos servidores em atividade. Mesmo a parcela
institucional, depois de realizada a avaliação, leva em conta a produtividade do conjunto daqueles que
estão na ativa, não podendo ser estendida aos que já se encontravam inativos e que, por essa situação,
não contribuíram para o desempenho institucional. 16. É dizer, a circunstância de a parte
Autora/Recorrente ter recebido, segundo argumenta, sempre o mesmo patamar máximo da Gratificação,
durante período de atividade, não retira o caráter pro labore faciendo. Se assim recebia, isso se dava
como resultado dos processos de avaliação individual e institucional, nos termos da lei. Ou seja,
felizmente, para a parte Autora, seus resultados avaliativos devem ter sido sempre amplamente
341
favoráveis, levando ao pagamento no patamar máximo, mesmo depois de a Gratificação passar a ter
natureza pro labore faciendo. Mas essa circunstância não desfaz tal natureza nem outorga à gratificação
de desempenho um caráter genérico a implicar incorporação automática do patamar máximo aos
proventos de aposentadoria do servidor beneficiado pelas avaliações. 17. Por sua vez, não há prova
efetiva de que os critérios de avaliação são inadequados. Em princípio, nem mesmo é possível dizer que
se está premiando o baixo desempenho, ao se atribuir pontuação máxima a quem individualmente
cumpre apenas 75% da meta. Uma tal conclusão apenas seria possível pela demonstração clara de que o
patamar estabelecido não está de acordo com o contexto produtivo dos servidores ao longo do tempo. É
dizer, apenas numa escala comparativa alongada seria possível avaliar a inadequação da meta adotada.
A grandeza da meta ganha sentido numa análise comparativa ou relacional, não em si mesma. Isso
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porque, em um contexto de produtividade histórica de até 50%, a meta de 75% pode ser um patamar
importante para a Administração Pública. 18. Aliás, a circunstância denota que a fixação das metas a
serem alcançadas deve ser um ato privativo da Administração Pública, passível de exame judicial apenas
de claramente demonstrado seu desacerto legal. Mesmo que um ato discricionário possa ser
judicialmente fiscalizável, do ponto de vista da sua legalidade, somente pode sofrer a intervenção judicial
quando o vício é manifesto. Não é o que se verifica no presente caso, conforme as razões dos §§
antecedentes, pelo que deve haver uma deferência do Judiciário ao Administrador. 19. Portanto,
considerando as circunstâncias relevantes da situação, a tese formulada na inicial não tem lugar, sem que
se fale de violação ao direito à integralidade/paridade. E a propósito, novo regramento criado pela Lei
13.324/2016 veio a confirmar esse raciocínio. A nova lei faculta ao servidor que tem direito à integralidade
e paridade incorporar “valor integral da média dos pontos da gratificação de desempenho recebidos nos
últimos sessenta meses de atividade” (art. 88, III, c/c o art. 87, XV). Com isso, o legislador decidiu fixar
prazo mínimo de recebimento e, ainda, de contribuição previdenciária sobre Gratificações de
Desempenho, para o servidor público com direito
Turma Recursal
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à integralidade e paridade recebê-la integralmente, quando passar à inatividade. 20. Seja como for,
observe que o valor integral é da média dos pontos recebidos em lapso de tempo determinado. Não
poderia ser diferente, pois, os valores da gratificação podem variar, dependendo dos resultados das
avaliações procedidas. Outrossim, não importa que o tempo mínimo fixado na lei não alcance o tempo de
contribuição para aposentadoria integral. No fundo, o legislador agiu por meio de um critério de
liberalidade e continua resolvendo a questão da melhor maneira possível, de acordo com o seu juízo
político. O que não se pode é acolher o pedido inicial, tal qual formulado, valendo registrar que a parte
Autora passou a ter à sua disposição a opção criada pela Lei n. 13.324/2016, para receber valores mais
elevados da Gratificação de Desempenho, devendo, por óbvio, observar todos os requisitos ali
estabelecidos para tanto. 21. Assim, gratificação de desempenho não deriva da garantia de paridade e
integralidade remuneratória e a sua extensão aos servidores inativos viola o princípio da legalidade e da
reserva legal (art. 37, X, da CF). Enfim, a partir da data da homologação do resultado das avaliações,
após conclusão do primeiro ciclo de avaliações, passou a valer o pagamento diferenciado da Gratificação
entre servidores ativos e os inativos, conforme a jurisprudência do STF aqui colacionada. 22. Por fim, a
parte Autora/Recorrente não requereu a produção de prova pericial, na petição inicial. E quando pleiteia
produção de tal prova, na petição de recurso, literalmente justifica o pleito “diante da complexidade da
matéria”. A par de não precisar a forma da prova pericial requerida, tem razão a parte Autora/Recorrente
sobre a complexidade da matéria e, assim, sobre a própria complexidade da prova pericial que pleiteia.
Seria preciso definir o(s) profissional(ais) habilitado(s) ao exame e, ainda, os contextos funcionais para a
coleta dos dados, a tornar ainda mais complexa a produção da prova. Em hipóteses tais, o TRF1 tem
entendido não caber ao JEF a produção de tal prova, conforme CC 0013151-72.2017.4.01.0000, Des.
Fed. Gilda Sigmaringa Seixas, 1ª Seção, e-DJF1 de 25/4/2018. 23. Não provimento do recurso interposto
pela parte Autora. Dissentiu, em parte, o Juiz Federal João Carlos Mayer Soares, quanto ao fundamento
do § 22 da ementa, ressaltando sua desnecessidade e implicação de indicar incompetência do JEF. 24.
Honorários advocatícios pela parte Recorrente em 10% sobre o valor corrigido da causa (artigo 55 da Lei
n. 9.099/1995), com suspensão do pagamento enquanto a parte credora não demonstrar que deixou de
existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão da Gratuidade de Justiça,
extinguindo-se a dívida cinco anos após o trânsito em julgado deste Acórdão (artigo 98, § 3º, NCPC).
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ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por
unanimidade, negar provimento ao recurso. Brasília/DF, 23/10/2019.
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UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL) ADVOGADO: - KELLY OTSUKA MIIKE
EMENTA
TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL. DESPACHO DE EMENDA À INICIAL. DETERMINAÇÃO PARA JUNTAR
INDEFERIMENTO ADMINISTRATIVO. INÉRCIA DA PARTE AUTORA. NÃO OBSERVÂNCIA DO PRAZO
PARA REALIZAÇÃO DA DILIGÊNCIA. NÃO PROVIMENTO DO RECURSO. 1. A sentença julgou extinto
o processo, sem resolução do mérito, nos termos do art. 485, IV e VI do NCPC, sob os seguintes
fundamentos: “[...] a parte-autora foi intimada para juntar o indeferimento administrativo, e quedou-se
inerte, limitando-se a informar que não há previsão legal para a determinação judicial. Entendo que a
parte autora deverá comprovar a lide que impulsione o andamento do Poder Judiciário quando provocado,
o que não aconteceu no presente caso”. 2. Razões do recurso interposto pela parte Autora: a) há
interresse de agir pelo simples fato de a matéria versada neste feito ser contestada pela Fazenda
Nacional em diversas ações semelhantes (incidência de cotribuição previdenciária sobre juros de mora);
b) não há previsão legal que condicione o ajuizamento da ação a requerimento administrativo; c) o
desconto de contribuição previdenciária independe de prévio requerimento administrativo, em face do
princípio da inafastabilidade da jurisdição; d) não cabe a incidência de PSS sobre o montante referente a
juros, visto que possuem natureza jurídica indenizatória e não compensatória. 3. A parte Ré ofereceu
resposta escrita ao recurso. 4. Consoante art. 320, NCPC, a petição será instruída com documentos
indispensáveis à propositura da ação, devendo haver determinação de emenda em 15 (quinze) dias,
quando o juiz verificar que a petição inicial não preenche os requisitos legais. 5. No caso, foi determinada
a emenda à inicial, para que fosse juntado o comprovante de indeferimento administrativo, sob pena de
extinção do processo sem julgamento de mérito. Tal providência não foi adotada pela parte Recorrente,
sob o argumento de que não há previsão legal que condicione o ajuizamento da presente ação à juntada
do referido indeferimento administrativo. 6. O Supremo Tribunal Federal já decidiu que a exigência de
prévio requerimento administrativo não fere a garantia de livre acesso ao Judiciário, previsto no art. 5º,
XXXV, da CF e que o pedido administrativo anterior indeferitório é que caracteriza lesão ou ameaça a
direito. Assim, a ausência de prévio requerimento administrativo constitui óbice ao processamento de
ação judicial contra o INSS, exceto nos seguintes casos: a) revisão de benefícios em que não exista
matéria de fato a ser solucionada; b) casos em que o entendimento da Administração for notório e
reiteradamente contrário à postulação do segurado e redundará, inevitavelmente, em indeferimento; c)
quando a ação for proposta em juizados
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itinerantes; e d) quando o INSS contestar o mérito da ação, vez que, nesse caso, configura-se o interesse
de agir pela resistência à pretensão. (RE nº 631.240, Repercussão Geral, Rel. Min. Luís Roberto Barroso,
DJe 10.11.2014). 7. O Superior Tribunal de Justiça, chamado a se manifestar quanto à aplicação do
referido entendimento em demandas tributárias, reconheceu que a ratio decidendi utilizada quando do
julgamento da exigência ou não do prévio requerimento administrativo nos benefícios previdenciários
pode ser adotada para os pedidos concernentes às contribuições previdenciárias. 8. Colaciona-se, verbis,
o entendimento consolidado no âmbito daquela Corte de Justiça: “[...] Na esfera previdenciária, na área
de benefícios do Regime Geral de Previdência Social, o STJ, no julgamento do Recurso Especial
Repetitivo 1.369.834/SP (Tema 660), Relator Ministro Benedito Gonçalves, alinhando-se ao que foi
firmado pelo Supremo Tribunal Federal no RE 631.240/MG (Tema 350, Relator Ministro Roberto
Barroso), entendeu pela necessidade do prévio requerimento administrativo. Em matéria tributária a
questão já foi apreciada no âmbito do STJ que consolidou o entendimento da exigência do prévio
requerimento administrativo nos pedidos de compensação das contribuições previdenciárias.
Vejam-se: AgRg nos EDcl no REsp 886.334/SP, Rel. Ministro Castro Meira, Segunda Turma, julgado
em 10/8/2010, DJe 20/8/2010; REsp 952.419/SP, Rel. Ministro Castro Meira, Segunda Turma, julgado
em 2/12/2008, DJe 18/12/2008; REsp 888.729/SP, Rel. Ministro João Otávio de Noronha, Segunda
Turma, julgado em 27/2/2007, DJ 16/3/2007, p. 340; REsp 544.132/RJ, Rel. Ministra Denise Arruda,
Primeira Turma, julgado em 23/5/2006, DJ 30/6/2006, p. 166. Como as matérias tributária e
previdenciária relacionadas ao Regime Geral de Previdência Social possuem natureza jurídica
distinta, mas complementares, pois, em verdade, tratam-se as relações jurídicas de custeio e de
benefício (prestacional) titularizadas pela União e pelo INSS, respectivamente, com o fim último de
garantir a cobertura dos riscos sociais de natureza previdenciária, entende-se que a razão de decidir
utilizada quando do julgamento da exigência ou não do prévio requerimento administrativo nos benefícios
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previdenciários pode também ser adotada para os pedidos formulados à Secretaria da Receita Federal
concernentes às contribuições previdenciárias (REsp 1734733 / PE, Rel. Min. HERMAN BENJAMIN,
publicado em DJe 28/11/2018). 9. Nesse contexto, as razões recursais apresentadas pela Recorrente não
se adéquam ao entendimento consolidado pelo Superior Tribunal de Justiça, notadamente quanto ao
cumprimento de requisitos indispensáveis ao regular prosseguimento da ação. Aplicável, no caso, a regra
processual do art. 321, parágrafo único, NCPC, na qual dispõe: “Se o autor não cumprir a diligência, o juiz
indeferirá a petição inicial”. A sentença, portanto, não merece qualquer reparo. 10. Não provimento do
recurso interposto pela parte Autora. 11. Honorários advocatícios pela parte Recorrente em 10% sobre o
valor corrigido da causa (art. 55 da Lei n. 9.099/1995).
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ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, à
unanimidade, negar provimento ao recurso. Brasília/DF, 23/10/2019.
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extrativistas e ribeirinhas” (DESTACADO). 6. Já o art. 284, Lei 11.907/2009, dispõe: “Aplica-se a
Gratificação de Atividade de Combate e Controle de Endemias - GACEN, de que trata o art. 54 da Lei nº
11.784, de 22 de setembro de 2008, aos servidores do Quadro de Pessoal do Ministério da Saúde e do
Quadro de Pessoal da Fundação Nacional de Saúde - FUNASA, regidos pela Lei nº 8.112, de 11 de
dezembro de 1990, ocupantes dos seguintes cargos: I - Agente de Saúde; II - Auxiliar de Laboratório; III -
Auxiliar de Laboratório 8 (oito) horas; IV - Auxiliar de Saneamento; V - Divulgador Sanitário; VI - Educador
em Saúde; VII - Laboratorista; VIII - Laboratorista Jornada 8 (oito) horas; IX - Microscopista; X - Orientador
em Saúde; XI - Técnico de Laboratório; XII - Visitador Sanitário; e XIII - Inspetor de Saneamento.
Parágrafo único. O titular do cargo de Motorista ou de Motorista Oficial que, em caráter permanente,
344
realizar atividades de apoio e de transporte das equipes e dos insumos necessários para o combate e
controle das endemias fará jus à gratificação a que se refere o caput deste artigo. 7. De acordo com a Lei
11.784/2008 (art. 54) e a Lei 11.907/2009 (art. 284), para o recebimento da GACEN o servidor deve
pertencer ao quadro de pessoal do Ministério da Saúde ou ao quadro de pessoal da FUNASA e ser
ocupante de um dos cargos especificados pelas leis em referência, observando-se que a atividade deve
ser exercida em caráter permanente, o que deixa claro que nem todos os servidores do Ministério da
Saúde ou da FUNASA estão aptos ao recebimento da GACEN. 8. Isso quer dizer que não basta ocupar
certos cargos daqueles Quadros, para ter direito ao recebimento da GACEN. O decisivo é que os
ocupantes de certos cargos daqueles Quadros, em caráter permanente, realizem atividades de combate e
controle de endemias, para terem direito a receber a GACEN. Portanto, pela regulamentação em vigor, a
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GACEN ostenta nítida natureza pro labore faciendo, ou propter oficium, ainda que seu pagamento
independa da avaliação de desempenho do servidor beneficiado. Ou seja, a GACEN é paga, segundo a
letra da lei que a instituiu, em razão das condições distintas em que se realiza o serviço (propter laborem).
Uma vez não sendo realizadas atividades de combate e controle de endemias, em caráter permanente,
um ocupante de
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cargo daqueles Quadros não pode continuar recebendo GACEN. Assim, a Gratificação apenas é paga
com o vencimento, mas dele se desprende quando cessa a atividade do servidor. Por isso, é realmente
uma vantagem de função ou de serviço. 9. A propósito, no processo 0036000-91.2015.4.01.3400, que
tramitou no âmbito da TR2 da Seccional do DF, em resposta a diligência do Juízo, a parte Ré apresentou
o Ofício n. 646/2016/COLEP/CGESP/SAA/SE/MS, por meio do qual foram prestadas as seguintes
informações: a) “a GACEN é paga aos servidores combatentes de endemias do Ministério da Saúde
vinculados a todas as unidades federativas, desde que em efetivo exercício na atividade de combate e
controle de endemias, conforme estabelece o artigo 2º, da Portaria nº 484, de 01/04/2014, ora transcrito:
‘Art. 2º [...] a GACEN será paga aos servidores efetivos do Ministério da Saúde e da FUNASA, ainda que
descentralizados para Estados, Distrito Federal e Municípios, nos termos do disposto no art. 20 da Lei nº
8.270, de 17 de dezembro de 1991, desde que em efetivo exercício na atividade de combate e controle de
endemias’”; (...); c) “a GACEN não é devida a todo servidor combatente de endemias”. 10. Ora, como bem
pontuado pela TNU, nos fundamentos de julgado que, curiosamente, conduziu a um resultado inverso ao
aqui adotado, “vantagens condicionais ou modais, mesmo que auferidas por longo tempo em razão do
preenchimento dos requisitos exigidos para sua percepção, não se incorporam ao vencimento, a não ser
quando essa integração for determinada por lei. (É que as vantagens condicionais ou modais) são
vantagens pelo trabalho que está sendo feito (pro labore faciendo) ou, por outras palavras, são adicionais
de função (ex facto officii), ou são gratificações de serviço (propter laborem), ou, finalmente, são
gratificações em razão de condições pessoais do servidor (propter personam). Daí por que, quando cessa
o trabalho, ou quando desaparece o fato ou a situação que lhes dá causa, deve cessar o pagamento de
tais vantagens, sejam elas adicionais de função, gratificações de serviço ou gratificação em razão das
condições pessoais do servidor” (TNU, PEDILEF 05033027020134058302, Juiz Federal Ronaldo José da
Silva, DOU de 05/02/2016). 11. Como se sabe, no julgamento a TNU reafirmou a tese da natureza
remuneratória da GACEN, acrescentando, então, seu caráter geral, e com base nessas premissas
concluiu que os servidores aposentados/pensionistas com direito à paridade fazem jus a receber a
gratificação no mesmo valor pago aos servidores da ativa. Mas é possível perceber bem claramente em
que momento o raciocínio desenvolvido pela TNU, no julgado, começa a entrar em contradição com suas
primeiras e corretas premissas. Se a GACEN é paga aos ocupantes de cargos dos Quadros já referidos
que efetivamente realizem atividades de combate e controle de endemias, em caráter permanente, então
constitui gratificação de serviço (propter laborem), cujo pagamento deve cessar, quando cessa o trabalho.
12. Considere que a TNU chega a perceber tal dimensão da GACEN, ao anotar no § 13 do seu julgado:
“A Gratificação de Atividade de Combate e Controle de Endemias (GACEN), instituída pela Lei nº
11.784/2008, tem natureza de gratificação de atividade”. E, principalmente, ao repisar, no primeiro § 15 do
seu julgado (o § seguinte da ementa erroneamente também recebeu o número 15): “a GACEN não é
devida para ressarcimento de despesas do servidor em razão do desempenho de suas funções, mas sim
em razão do próprio desempenho da atividade (pro labore faciendo), consoante
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conformação legal da aludida gratificação contida no artigo 55 da Lei nº 11.784/2008”. Enquanto assim
argumentava, a TNU estava de acordo com as premissas iniciais do julgamento, segundo as quais
vantagens condicionais, mesmo que auferidas por longo tempo em razão do preenchimento dos
requisitos exigidos para percepção, não se incorporam ao vencimento, a não ser quando determinado por
lei. 13. Ocorre que, em seguida, no segundo § 15 do julgado, a TNU arremata que, “dessa forma, a
GACEN é gratificação desvinculada da efetiva produtividade dos servidores ativos que ocupam os cargos
e desempenham as atividades especificadas no artigo 54 da Lei nº 11.784/2008; e é paga aos
aposentados que ocupavam aqueles mesmos cargos e que tenham os benefícios concedidos até
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entendimento do STF, resulta no pagamento aos inativos/pensionistas com direito à paridade no mesmo
patamar pago aos servidores da ativa. 15. O problema é que o julgado da TNU deixa alguns pontos,
cruciais, por explicar. O primeiro já foi destacado: a quebra não justificada das premissas iniciais do
julgado. Ainda que fosse o caso de seguir entendimento do STF, exigível explicar se a mudança não
resulta, e porque não resulta, em contradição com os argumentos primeiros. Porém, o ponto principal é
que manter a linha argumentativa inicial, até final julgamento, com a improcedência do pedido, não levaria
a TNU a decidir contrariamente ao entendimento do STF. Como se sabe, a jurisprudência do STF, a que
a TNU se refere, foi firmada nos casos sobre as diversas gratificações de desempenho criadas ao longo
do tempo. E essas gratificações diferem da GACEN, vez que foram instituídas para serem pagas de
acordo com o desempenho ou produtividade do servidor da ativa, independentemente de serem outros,
distintos, anormais, os trabalhos ou os serviços realizados. 16. Com efeito, nas gratificações de
desempenho comuns criadas ao longo do tempo, os trabalhos ou serviços que ensejam o seu
recebimento são os mesmos que os servidores beneficiados já exerciam e continuam exercendo. O que
muda é apenas a produtividade. Havendo um aumento da produtividade, nos mesmos serviços e
trabalhos normalmente realizados, há aumento no valor da gratificação de desempenho. Nesse contexto,
quando a Administração passou a pagar a título de gratificação de desempenho valor indistinto e
independente de qualquer avaliação, a todos os servidores da ativa, obviamente deixou a gratificação de
ser pro labore faciendo, ostentando caráter geral e alcançando servidores inativos/pensionistas com o
direito à paridade. Não sendo pagas em virtude de trabalhos
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anormais, a natureza pro labore faciendo das diversas gratificações de desempenho se mantém apenas
enquanto pagas em virtude de avaliações periódicas de produtividade. 17. A situação jurídica é totalmente
diferente, quando se trata da GACEN. Sua natureza pro labore faciendo decorre do fato de ser paga pela
realização de serviço em condições distintas. Como já se disse, a GACEN é paga, segundo a letra da lei
que a instituiu, em virtude do servidor da ativa realizar atividades de combate e controle de endemias, em
caráter permanente. Se o ocupante de cargo dos Quadros do Ministério da Saúde ou da FUNASA não
realizar mais tais atividades, não pode continuar recebendo a GACEN. Por isso, não importa que o
pagamento dessa gratificação prescinda de uma avaliação de desempenho. Nem por isso deixa de ser
pro labore faciendo, pois esta natureza decorre do serviço distinto efetivamente realizado, e somente
enquanto efetivamente realizado. As gratificações de desempenho comuns criadas ao longo do tempo,
por não exigirem a realização de serviço distinto para serem pagas, precisam da produtividade
diferenciada do mesmo serviço, para adquirirem natureza pro labore faciendo. 18. Portanto, acolher todas
as consequências de considerar a GACEN uma gratificação pro labore faciendo não significa ir contra
entendimento consolidado pelo STF sobre o caráter geral das gratificações de desempenho, enquanto
estas não tiverem realizadas as avaliações de produtividade. Pelo contrário. Ao reconhecer que a GACEN
tem natureza pro labore faciendo desde o nascedouro, é dever também afirmar que essa gratificação
jamais teve caráter geral, nunca tendo sido devida sua extensão aos inativos/pensionistas com direito à
paridade no mesmo valor pago a servidores da ativa. 19. Aliás, a conclusão é a única de acordo com a
própria jurisprudência do STF, pois este Tribunal, nos mesmos casos, sempre decidiu que, uma vez
consolidada a natureza pro labore faciendo das gratificações de desempenho pela homologação dos
resultados das respectivas avaliações, passaria a ser devido o pagamento diferenciado entre os
servidores da ativa e os inativos/pensionistas com direito à paridade. Como a GACEN sempre teve
natureza pro labore faciendo, não tem caráter geral e não deve ser paga aos servidores da ativa e aos
inativos/pensionistas com direito à paridade no mesmo valor. 20. Essa interpretação começa a ter eco no
STJ, como sinaliza a decisão monocrática tomada no REsp 1.599.139/CE, por meio da qual se negou
provimento ao Especial, com a seguinte fundamentação em destaque, que acolhe argumento do Tribunal
do origem: “Assim sendo, não há previsão legal para que o servidor aposentado receba a GACEN na
mesma proporção que o servidor da ativa, mormente porque essa gratificação é devida em razão da
atividade desenvolvida, isto é, tem natureza pro labore faciendo, segundo a legislação regente, verbis (fls.
480). 5. Dessa forma, o acórdão recorrido encontra-se em consonância como entendimento adotado por
esta Corte, de que nos casos em que a gratificação tem caráter pro labore faciendo não é cabível a
extensão aos inativos na mesma proporção dos Servidores em atividade” (STJ, REsp 1.599.139/CE, Rel.
Min. Napoleão Nunes Maia Filho, DJE de 4/2/2019). 21. Se algum valor a título de GACEN é pago a
inativos/pensionistas, isso se dá apenas por liberalidade do legislador. Como já foi colhido do próprio
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julgado da TNU, aqui escrutinado, “vantagens condicionais ou modais, mesmo que auferidas por longo
tempo em razão do preenchimento dos requisitos exigidos para sua percepção, não se
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incorporam ao vencimento, a não ser quando essa integração for determinada por lei”. No caso, a Lei n.
11.784/2008, no seu art. 55, § 3º, prevê a incorporação da GACEN aos proventos de aposentadoria,
distinguindo as situações dos servidores que têm direito, ou não, à paridade. Essa regulamentação deve
ser aplicada estritamente, pois, no contexto de gratificação que ordinariamente não se incorpora ao
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vencimento (por ter natureza pro labore faciendo), constitui, como dito, mera liberalidade do legislador. 22.
Assim, ainda que a parte Autora tenha direito à paridade, não é por isso que não faria jus ao recebimento
da GACEN no mesmo valor pago a servidores da ativa. Por isso, não altera esse desfecho o novo
regramento criado pela Lei 13.324/2016. As novas regras, na verdade, confirmam a interpretação até aqui
feita. 23. Destarte, a nova lei faculta ao servidor que tem direito à integralidade e paridade incorporar até
“o valor integral da gratificação”, desde que atendidos certos requisitos (art. 93, III, c/c o art. 92). Dentre
estes, prazo mínimo de recebimento e, portanto, de contribuição sobre a GACEN, para servidores inativos
e pensionistas com direito à integralidade e paridade recebê-la integralmente. Não importa que o tempo
mínimo fixado na lei não alcance o tempo de contribuição para aposentadoria integral. É que o legislador
continua fazendo uma liberalidade, resolvendo a questão da melhor maneira possível, de acordo com o
seu juízo político. O que não se pode é acolher o pedido inicial, tal qual formulado, ainda que seja o caso
de registrar que a parte Autora passou a ter à sua disposição a opção criada pela Lei n. 13.324/2016. 24.
Com a distinção interpretativa apresentada para o caso sob julgamento, considera-se fundamentado o
voto, de acordo com o art. 489, § 1º, inciso VI, do NCPC, ainda que divergente de jurisprudência da TNU
invocada pela parte. Aliás, reportando-se a essa fundamentação, a Coordenação das Turmas Recursais
do DF admitiu incidentes arguidos sobre a matéria nos Recursos Inominados 0039373-96.2016.4.01.3400
0039017-67.2017.4.01.3400, dentre outros, submetendo-os à TNU. Portanto, pelo menos até haver
pronunciamento da TNU em tais incidentes, deve ser mantido o entendimento da TR2/JEF/DF, contrário
ao pleito da parte Autora. 25. Por sinal, em 28/2/2019, a Presidência da TNU admitiu novo PEDILEF para
discutir novamente a possibilidade de extensão, aos servidores inativos, da GACEN (PEDILEF 5006060-
68.2018.4.04.7001/PR, ainda pendente de conclusão). 26. Não provimento do recurso interposto pela
parte Autora. 27. Honorários advocatícios pela parte Recorrente em 10% sobre o valor corrigido da causa
(artigo 55 da Lei n. 9.099/1995), com suspensão do pagamento enquanto a parte credora não demonstrar
que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão da Gratuidade de
Justiça, extinguindo-se a dívida cinco anos após o trânsito em julgado deste Acórdão (artigo 98, § 3º,
NCPC).
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ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por
unanimidade, negar provimento ao recurso. Brasília/DF, 23/10/2019.
inativos no mesmo patamar em que é paga aos servidores em atividade; b) sendo remuneratória a
natureza jurídica da GACEN e, tendo a parte Autora direito adquirido à paridade de remuneração com os
servidores da ativa, vez que amparada por regras constitucioniais de transição, o reconhecimento do
direito à GACEN é medida que se impõe, eis que a natureza da vantagem é de gratificação genérica.3. A
parte Autora ofereceu resposta escrita ao recurso. 3. A União ofereceu resposta escrita ao recurso. 4. A
GACEN foi criada pelo art. 54, Lei 11.784/2008, nesses termos: “Fica instituída, a partir de 1º de março de
2008, a Gratificação de Atividade de Combate e Controle de Endemias - GACEN, devida aos ocupantes
dos cargos de Agente Auxiliar de Saúde Pública, Agente de Saúde Pública e Guarda de Endemias, do
Quadro de Pessoal do Ministério da Saúde e do Quadro de Pessoal da Fundação Nacional de Saúde -
FUNASA, regidos pela Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990”. 5. Por sua vez, o art. 55, prescreve: “A
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Gecen e a Gacen serão devidas aos titulares dos empregos e cargos públicos de que tratam os arts. 53 e
54 desta Lei, que, em caráter permanente, realizarem atividades de combate e controle de endemias, em
área urbana ou rural, inclusive em terras indígenas e de remanescentes quilombolas, áreas
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extrativistas e ribeirinhas” (DESTACADO). 6. Já o art. 284, Lei 11.907/2009, dispõe: “Aplica-se a
Gratificação de Atividade de Combate e Controle de Endemias - GACEN, de que trata o art. 54 da Lei nº
11.784, de 22 de setembro de 2008, aos servidores do Quadro de Pessoal do Ministério da Saúde e do
Quadro de Pessoal da Fundação Nacional de Saúde - FUNASA, regidos pela Lei nº 8.112, de 11 de
dezembro de 1990, ocupantes dos seguintes cargos: I - Agente de Saúde; II - Auxiliar de Laboratório; III -
Auxiliar de Laboratório 8 (oito) horas; IV - Auxiliar de Saneamento; V - Divulgador Sanitário; VI - Educador
em Saúde; VII - Laboratorista; VIII - Laboratorista Jornada 8 (oito) horas; IX - Microscopista; X - Orientador
em Saúde; XI - Técnico de Laboratório; XII - Visitador Sanitário; e XIII - Inspetor de Saneamento.
Parágrafo único. O titular do cargo de Motorista ou de Motorista Oficial que, em caráter permanente,
realizar atividades de apoio e de transporte das equipes e dos insumos necessários para o combate e
controle das endemias fará jus à gratificação a que se refere o caput deste artigo. 7. De acordo com a Lei
11.784/2008 (art. 54) e a Lei 11.907/2009 (art. 284), para o recebimento da GACEN o servidor deve
pertencer ao quadro de pessoal do Ministério da Saúde ou ao quadro de pessoal da FUNASA e ser
ocupante de um dos cargos especificados pelas leis em referência, observando-se que a atividade deve
ser exercida em caráter permanente, o que deixa claro que nem todos os servidores do Ministério da
Saúde ou da FUNASA estão aptos ao recebimento da GACEN. 8. Isso quer dizer que não basta ocupar
certos cargos daqueles Quadros, para ter direito ao recebimento da GACEN. O decisivo é que os
ocupantes de certos cargos daqueles Quadros, em caráter permanente, realizem atividades de combate e
controle de endemias, para terem direito a receber a GACEN. Portanto, pela regulamentação em vigor, a
GACEN ostenta nítida natureza pro labore faciendo, ou propter oficium, ainda que seu pagamento
independa da avaliação de desempenho do servidor beneficiado. Ou seja, a GACEN é paga, segundo a
letra da lei que a instituiu, em razão das condições distintas em que se realiza o serviço (propter laborem).
Uma vez não sendo realizadas atividades de combate e controle de endemias, em caráter permanente,
um ocupante de
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cargo daqueles Quadros não pode continuar recebendo GACEN. Assim, a Gratificação apenas é paga
com o vencimento, mas dele se desprende quando cessa a atividade do servidor. Por isso, é realmente
uma vantagem de função ou de serviço. 9. A propósito, no processo 0036000-91.2015.4.01.3400, que
tramitou no âmbito da TR2 da Seccional do DF, em resposta a diligência do Juízo, a parte Ré apresentou
o Ofício n. 646/2016/COLEP/CGESP/SAA/SE/MS, por meio do qual foram prestadas as seguintes
informações: a) “a GACEN é paga aos servidores combatentes de endemias do Ministério da Saúde
vinculados a todas as unidades federativas, desde que em efetivo exercício na atividade de combate e
controle de endemias, conforme estabelece o artigo 2º, da Portaria nº 484, de 01/04/2014, ora transcrito:
‘Art. 2º [...] a GACEN será paga aos servidores efetivos do Ministério da Saúde e da FUNASA, ainda que
descentralizados para Estados, Distrito Federal e Municípios, nos termos do disposto no art. 20 da Lei nº
8.270, de 17 de dezembro de 1991, desde que em efetivo exercício na atividade de combate e controle de
endemias’”; (...); c) “a GACEN não é devida a todo servidor combatente de endemias”. 10. Ora, como bem
pontuado pela TNU, nos fundamentos de julgado que, curiosamente, conduziu a um resultado inverso ao
aqui adotado, “vantagens condicionais ou modais, mesmo que auferidas por longo tempo em razão do
preenchimento dos requisitos exigidos para sua percepção, não se incorporam ao vencimento, a não ser
quando essa integração for determinada por lei. (É que as vantagens condicionais ou modais) são
vantagens pelo trabalho que está sendo feito (pro labore faciendo) ou, por outras palavras, são adicionais
de função (ex facto officii), ou são gratificações de serviço (propter laborem), ou, finalmente, são
gratificações em razão de condições pessoais do servidor (propter personam). Daí por que, quando cessa
o trabalho, ou quando desaparece o fato ou a situação que lhes dá causa, deve cessar o pagamento de
tais vantagens, sejam elas adicionais de função, gratificações de serviço ou gratificação em razão das
condições pessoais do servidor” (TNU, PEDILEF 05033027020134058302, Juiz Federal Ronaldo José da
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Silva, DOU de 05/02/2016). 11. Como se sabe, no julgamento a TNU reafirmou a tese da natureza
remuneratória da GACEN, acrescentando, então, seu caráter geral, e com base nessas premissas
concluiu que os servidores aposentados/pensionistas com direito à paridade fazem jus a receber a
gratificação no mesmo valor pago aos servidores da ativa. Mas é possível perceber bem claramente em
que momento o raciocínio desenvolvido pela TNU, no julgado, começa a entrar em contradição com suas
primeiras e corretas premissas. Se a GACEN é paga aos ocupantes de cargos dos Quadros já referidos
que efetivamente realizem atividades de combate e controle de endemias, em caráter permanente, então
constitui gratificação de serviço (propter laborem), cujo pagamento deve cessar, quando cessa o trabalho.
12. Considere que a TNU chega a perceber tal dimensão da GACEN, ao anotar no § 13 do seu julgado:
“A Gratificação de Atividade de Combate e Controle de Endemias (GACEN), instituída pela Lei nº
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11.784/2008, tem natureza de gratificação de atividade”. E, principalmente, ao repisar, no primeiro § 15 do
seu julgado (o § seguinte da ementa erroneamente também recebeu o número 15): “a GACEN não é
devida para ressarcimento de despesas do servidor em razão do desempenho de suas funções, mas sim
em razão do próprio desempenho da atividade (pro labore faciendo), consoante
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conformação legal da aludida gratificação contida no artigo 55 da Lei nº 11.784/2008”. Enquanto assim
argumentava, a TNU estava de acordo com as premissas iniciais do julgamento, segundo as quais
vantagens condicionais, mesmo que auferidas por longo tempo em razão do preenchimento dos
requisitos exigidos para percepção, não se incorporam ao vencimento, a não ser quando determinado por
lei. 13. Ocorre que, em seguida, no segundo § 15 do julgado, a TNU arremata que, “dessa forma, a
GACEN é gratificação desvinculada da efetiva produtividade dos servidores ativos que ocupam os cargos
e desempenham as atividades especificadas no artigo 54 da Lei nº 11.784/2008; e é paga aos
aposentados que ocupavam aqueles mesmos cargos e que tenham os benefícios concedidos até
19/02/2004, ou com fundamento nos artigos 3º e 6º da Emenda Constitucional nº 41/2003 ou no artigo 3º
da Emenda Constitucional nº 47/2005”. O fato, verdadeiro, de a GACEN ser paga desvinculada da efetiva
produtividade dos servidores ativos que a recebem é apresentado, sem qualquer justificativa, como prova
de que se trata de uma gratificação de caráter geral que deve ser estendida, no seu valor total, aos
aposentados/pensionistas com direito à paridade. 14. Confessadamente, a quebra abrupta da linha
argumentativa da TNU no julgado se deveu à tentativa de seguir entendimento do STF. Este Tribunal,
como se sabe, declarou inconstitucional o pagamento reduzido de gratificação a servidores
inativos/pensionistas com direito à paridade, quando a vantagem paga aos servidores da ativa tem um
caráter geral, pois desvinculada de avaliação de desempenho. Como a GACEN é paga em valor fixo,
independentemente de avaliação de desempenho, então ostentaria o mesmo caráter geral que, pelo
entendimento do STF, resulta no pagamento aos inativos/pensionistas com direito à paridade no mesmo
patamar pago aos servidores da ativa. 15. O problema é que o julgado da TNU deixa alguns pontos,
cruciais, por explicar. O primeiro já foi destacado: a quebra não justificada das premissas iniciais do
julgado. Ainda que fosse o caso de seguir entendimento do STF, exigível explicar se a mudança não
resulta, e porque não resulta, em contradição com os argumentos primeiros. Porém, o ponto principal é
que manter a linha argumentativa inicial, até final julgamento, com a improcedência do pedido, não levaria
a TNU a decidir contrariamente ao entendimento do STF. Como se sabe, a jurisprudência do STF, a que
a TNU se refere, foi firmada nos casos sobre as diversas gratificações de desempenho criadas ao longo
do tempo. E essas gratificações diferem da GACEN, vez que foram instituídas para serem pagas de
acordo com o desempenho ou produtividade do servidor da ativa, independentemente de serem outros,
distintos, anormais, os trabalhos ou os serviços realizados. 16. Com efeito, nas gratificações de
desempenho comuns criadas ao longo do tempo, os trabalhos ou serviços que ensejam o seu
recebimento são os mesmos que os servidores beneficiados já exerciam e continuam exercendo. O que
muda é apenas a produtividade. Havendo um aumento da produtividade, nos mesmos serviços e
trabalhos normalmente realizados, há aumento no valor da gratificação de desempenho. Nesse contexto,
quando a Administração passou a pagar a título de gratificação de desempenho valor indistinto e
independente de qualquer avaliação, a todos os servidores da ativa, obviamente deixou a gratificação de
ser pro labore faciendo, ostentando caráter geral e alcançando servidores inativos/pensionistas com o
direito à paridade. Não sendo pagas em virtude de trabalhos
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anormais, a natureza pro labore faciendo das diversas gratificações de desempenho se mantém apenas
enquanto pagas em virtude de avaliações periódicas de produtividade. 17. A situação jurídica é totalmente
diferente, quando se trata da GACEN. Sua natureza pro labore faciendo decorre do fato de ser paga pela
realização de serviço em condições distintas. Como já se disse, a GACEN é paga, segundo a letra da lei
que a instituiu, em virtude do servidor da ativa realizar atividades de combate e controle de endemias, em
caráter permanente. Se o ocupante de cargo dos Quadros do Ministério da Saúde ou da FUNASA não
realizar mais tais atividades, não pode continuar recebendo a GACEN. Por isso, não importa que o
pagamento dessa gratificação prescinda de uma avaliação de desempenho. Nem por isso deixa de ser
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pro labore faciendo, pois esta natureza decorre do serviço distinto efetivamente realizado, e somente
enquanto efetivamente realizado. As gratificações de desempenho comuns criadas ao longo do tempo,
por não exigirem a realização de serviço distinto para serem pagas, precisam da produtividade
diferenciada do mesmo serviço, para adquirirem natureza pro labore faciendo. 18. Portanto, acolher todas
as consequências de considerar a GACEN uma gratificação pro labore faciendo não significa ir contra
entendimento consolidado pelo STF sobre o caráter geral das gratificações de desempenho, enquanto
estas não tiverem realizadas as avaliações de produtividade. Pelo contrário. Ao reconhecer que a GACEN
tem natureza pro labore faciendo desde o nascedouro, é dever também afirmar que essa gratificação
jamais teve caráter geral, nunca tendo sido devida sua extensão aos inativos/pensionistas com direito à
paridade no mesmo valor pago a servidores da ativa. 19. Aliás, a conclusão é a única de acordo com a
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própria jurisprudência do STF, pois este Tribunal, nos mesmos casos, sempre decidiu que, uma vez
consolidada a natureza pro labore faciendo das gratificações de desempenho pela homologação dos
resultados das respectivas avaliações, passaria a ser devido o pagamento diferenciado entre os
servidores da ativa e os inativos/pensionistas com direito à paridade. Como a GACEN sempre teve
natureza pro labore faciendo, não tem caráter geral e não deve ser paga aos servidores da ativa e aos
inativos/pensionistas com direito à paridade no mesmo valor. 20. Essa interpretação começa a ter eco no
STJ, como sinaliza a decisão monocrática tomada no REsp 1.599.139/CE, por meio da qual se negou
provimento ao Especial, com a seguinte fundamentação em destaque, que acolhe argumento do Tribunal
do origem: “Assim sendo, não há previsão legal para que o servidor aposentado receba a GACEN na
mesma proporção que o servidor da ativa, mormente porque essa gratificação é devida em razão da
atividade desenvolvida, isto é, tem natureza pro labore faciendo, segundo a legislação regente, verbis (fls.
480). 5. Dessa forma, o acórdão recorrido encontra-se em consonância como entendimento adotado por
esta Corte, de que nos casos em que a gratificação tem caráter pro labore faciendo não é cabível a
extensão aos inativos na mesma proporção dos Servidores em atividade” (STJ, REsp 1.599.139/CE, Rel.
Min. Napoleão Nunes Maia Filho, DJE de 4/2/2019). 21. Se algum valor a título de GACEN é pago a
inativos/pensionistas, isso se dá apenas por liberalidade do legislador. Como já foi colhido do próprio
julgado da TNU, aqui escrutinado, “vantagens condicionais ou modais, mesmo que auferidas por longo
tempo em razão do preenchimento dos requisitos exigidos para sua percepção, não se
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incorporam ao vencimento, a não ser quando essa integração for determinada por lei”. No caso, a Lei n.
11.784/2008, no seu art. 55, § 3º, prevê a incorporação da GACEN aos proventos de aposentadoria,
distinguindo as situações dos servidores que têm direito, ou não, à paridade. Essa regulamentação deve
ser aplicada estritamente, pois, no contexto de gratificação que ordinariamente não se incorpora ao
vencimento (por ter natureza pro labore faciendo), constitui, como dito, mera liberalidade do legislador. 22.
Assim, ainda que a parte Autora tenha direito à paridade, não é por isso que não faria jus ao recebimento
da GACEN no mesmo valor pago a servidores da ativa. Por isso, não altera esse desfecho o novo
regramento criado pela Lei 13.324/2016. As novas regras, na verdade, confirmam a interpretação até aqui
feita. 23. Destarte, a nova lei faculta ao servidor que tem direito à integralidade e paridade incorporar até
“o valor integral da gratificação”, desde que atendidos certos requisitos (art. 93, III, c/c o art. 92). Dentre
estes, prazo mínimo de recebimento e, portanto, de contribuição sobre a GACEN, para servidores inativos
e pensionistas com direito à integralidade e paridade recebê-la integralmente. Não importa que o tempo
mínimo fixado na lei não alcance o tempo de contribuição para aposentadoria integral. É que o legislador
continua fazendo uma liberalidade, resolvendo a questão da melhor maneira possível, de acordo com o
seu juízo político. O que não se pode é acolher o pedido inicial, tal qual formulado, ainda que seja o caso
de registrar que a parte Autora passou a ter à sua disposição a opção criada pela Lei n. 13.324/2016. 24.
Com a distinção interpretativa apresentada para o caso sob julgamento, considera-se fundamentado o
voto, de acordo com o art. 489, § 1º, inciso VI, do NCPC, ainda que divergente de jurisprudência da TNU
invocada pela parte. Aliás, reportando-se a essa fundamentação, a Coordenação das Turmas Recursais
do DF admitiu incidentes arguidos sobre a matéria nos Recursos Inominados 0039373-96.2016.4.01.3400
0039017-67.2017.4.01.3400, dentre outros, submetendo-os à TNU. Portanto, pelo menos até haver
pronunciamento da TNU em tais incidentes, deve ser mantido o entendimento da TR2/JEF/DF, contrário
ao pleito da parte Autora. 25. Por sinal, em 28/2/2019, a Presidência da TNU admitiu novo PEDILEF para
discutir novamente a possibilidade de extensão, aos servidores inativos, da GACEN (PEDILEF 5006060-
68.2018.4.04.7001/PR, ainda pendente de conclusão). 26. Não provimento do recurso interposto pela
parte Autora. 27. Honorários advocatícios pela parte Recorrente em 10% sobre o valor corrigido da causa
(artigo 55 da Lei n. 9.099/1995), com suspensão do pagamento enquanto a parte credora não demonstrar
que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão da Gratuidade de
Justiça, extinguindo-se a dívida cinco anos após o trânsito em julgado deste Acórdão (artigo 98, § 3º,
NCPC).
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unanimidade, negar provimento ao recurso. Brasília/DF, 23/10/2019.
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PROCESSO: 0002309-47.2019.4.01.3400 RECORRENTE: ORONDINO CARNEIRO ADVOGADO:
MS0003415A - ISMAEL GONCALVES MENDES RECORRIDO: FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE
ADVOGADO: - CYNARA PADUA OLIVEIRA
EMENTA
ADMINISTRATIVO. CONSTITUCIONAL. GRATIFICAÇÃO DE ATIVIDADE DE COMBATE E CONTROLE
DE ENDEMIAS - GACEN. NATUREZA PRO LABORE FACIENDO ESTABELECIDA PELA PRÓPRIA LEI
QUE A INSTITUIU (11.784/2008). EXTENSÃO AOS INATIVOS/PENSIONISTAS COM DIREITO À
PARIDADE NO MESMO VALOR PAGO AOS SERVIDORES DA ATIVA. LEI NOVA FACULTANDO
OPÇÃO PELA INCORPORAÇÃO DO VALOR INTEGRAL DA GACEN. NECESSIDADE DE
ATENDIMENTO AOS REQUISITOS LEGALMENTE FIXADOS. IMPOSSIBILIDADE DE ACOLHER
JUDICIALMENTE O PEDIDO, TAL COMO FORMULADO. INCIDENTES DE UNIFORMIZAÇÃO
SUBMETIDOS À TNU PELA COORDENAÇÃO DAS TRS/DF. MANUTENÇÃO DO ENTENDIMENTO DA
TR2/JEF/DF, ATÉ QUE A TNU SE PRONUNCIE. NÃO PROVIMENTO DO RECURSO. 1. A sentença,
pronunciando a prescrição quinquenal, rejeitou o pedido de pagamento da GACEN, no mesmo patamar
em que é paga aos servidores em atividade e de implantação no contracheque da parte Autora no valor
integral da gratificação. 2. Razões do recurso interposto pela parte Autora: a) a atual orientação da TNU é
no sentido de reconhecer a natureza remuneratória da GACEN e deferir a sobredita gratificação aos
inativos no mesmo patamar em que é paga aos servidores em atividade; b) sendo remuneratória a
natureza jurídica da GACEN e, tendo a parte Autora direito adquirido à paridade de remuneração com os
servidores da ativa, vez que amparada por regras constitucioniais de transição, o reconhecimento do
direito à GACEN é medida que se impõe, eis que a natureza da vantagem é de gratificação genérica. 3. A
FUNASA ofereceu resposta escrita ao recurso. 4. A GACEN foi criada pelo art. 54, Lei 11.784/2008,
nesses termos: “Fica instituída, a partir de 1º de março de 2008, a Gratificação de Atividade de Combate e
Controle de Endemias - GACEN, devida aos ocupantes dos cargos de Agente Auxiliar de Saúde Pública,
Agente de Saúde Pública e Guarda de Endemias, do Quadro de Pessoal do Ministério da Saúde e do
Quadro de Pessoal da Fundação Nacional de Saúde - FUNASA, regidos pela Lei no 8.112, de 11 de
dezembro de 1990”. 5. Por sua vez, o art. 55, prescreve: “A Gecen e a Gacen serão devidas aos titulares
dos empregos e cargos públicos de que tratam os arts. 53 e 54 desta Lei, que, em caráter permanente,
realizarem atividades de combate e controle de endemias, em área urbana ou rural, inclusive em terras
indígenas e de remanescentes quilombolas, áreas extrativistas e ribeirinhas” (DESTACADO).
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6. Já o art. 284, Lei 11.907/2009, dispõe: “Aplica-se a Gratificação de Atividade de Combate e Controle de
Endemias - GACEN, de que trata o art. 54 da Lei nº 11.784, de 22 de setembro de 2008, aos servidores
do Quadro de Pessoal do Ministério da Saúde e do Quadro de Pessoal da Fundação Nacional de Saúde -
FUNASA, regidos pela Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, ocupantes dos seguintes cargos: I -
Agente de Saúde; II - Auxiliar de Laboratório; III - Auxiliar de Laboratório 8 (oito) horas; IV - Auxiliar de
Saneamento; V - Divulgador Sanitário; VI - Educador em Saúde; VII - Laboratorista; VIII - Laboratorista
Jornada 8 (oito) horas; IX - Microscopista; X - Orientador em Saúde; XI - Técnico de Laboratório; XII -
Visitador Sanitário; e XIII - Inspetor de Saneamento. Parágrafo único. O titular do cargo de Motorista ou
de Motorista Oficial que, em caráter permanente, realizar atividades de apoio e de transporte das equipes
e dos insumos necessários para o combate e controle das endemias fará jus à gratificação a que se
refere o caput deste artigo. 7. De acordo com a Lei 11.784/2008 (art. 54) e a Lei 11.907/2009 (art. 284),
para o recebimento da GACEN o servidor deve pertencer ao quadro de pessoal do Ministério da Saúde
ou ao quadro de pessoal da FUNASA e ser ocupante de um dos cargos especificados pelas leis em
referência, observando-se que a atividade deve ser exercida em caráter permanente, o que deixa claro
que nem todos os servidores do Ministério da Saúde ou da FUNASA estão aptos ao recebimento da
GACEN. 8. Isso quer dizer que não basta ocupar certos cargos daqueles Quadros, para ter direito ao
recebimento da GACEN. O decisivo é que os ocupantes de certos cargos daqueles Quadros, em caráter
permanente, realizem atividades de combate e controle de endemias, para terem direito a receber a
GACEN. Portanto, pela regulamentação em vigor, a GACEN ostenta nítida natureza pro labore faciendo,
ou propter oficium, ainda que seu pagamento independa da avaliação de desempenho do servidor
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beneficiado. Ou seja, a GACEN é paga, segundo a letra da lei que a instituiu, em razão das condições
distintas em que se realiza o serviço (propter laborem). Uma vez não sendo realizadas atividades de
combate e controle de endemias, em caráter permanente, um ocupante de cargo daqueles Quadros não
pode continuar recebendo GACEN. Assim, a Gratificação
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apenas é paga com o vencimento, mas dele se desprende quando cessa a atividade do servidor. Por
isso, é realmente uma vantagem de função ou de serviço. 9. A propósito, no processo 0036000-
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
91.2015.4.01.3400, que tramitou no âmbito da TR2 da Seccional do DF, em resposta a diligência do
Juízo, a parte Ré apresentou o Ofício n. 646/2016/COLEP/CGESP/SAA/SE/MS, por meio do qual foram
prestadas as seguintes informações: a) “a GACEN é paga aos servidores combatentes de endemias do
Ministério da Saúde vinculados a todas as unidades federativas, desde que em efetivo exercício na
atividade de combate e controle de endemias, conforme estabelece o artigo 2º, da Portaria nº 484, de
01/04/2014, ora transcrito: ‘Art. 2º [...] a GACEN será paga aos servidores efetivos do Ministério da Saúde
e da FUNASA, ainda que descentralizados para Estados, Distrito Federal e Municípios, nos termos do
disposto no art. 20 da Lei nº 8.270, de 17 de dezembro de 1991, desde que em efetivo exercício na
atividade de combate e controle de endemias’”; (...); c) “a GACEN não é devida a todo servidor
combatente de endemias”. 10. Ora, como bem pontuado pela TNU, nos fundamentos de julgado que,
curiosamente, conduziu a um resultado inverso ao aqui adotado, “vantagens condicionais ou modais,
mesmo que auferidas por longo tempo em razão do preenchimento dos requisitos exigidos para sua
percepção, não se incorporam ao vencimento, a não ser quando essa integração for determinada por lei.
(É que as vantagens condicionais ou modais) são vantagens pelo trabalho que está sendo feito (pro
labore faciendo) ou, por outras palavras, são adicionais de função (ex facto officii), ou são gratificações de
serviço (propter laborem), ou, finalmente, são gratificações em razão de condições pessoais do servidor
(propter personam). Daí por que, quando cessa o trabalho, ou quando desaparece o fato ou a situação
que lhes dá causa, deve cessar o pagamento de tais vantagens, sejam elas adicionais de função,
gratificações de serviço ou gratificação em razão das condições pessoais do servidor” (TNU, PEDILEF
05033027020134058302, Juiz Federal Ronaldo José da Silva, DOU de 05/02/2016). 11. Como se sabe,
no julgamento a TNU reafirmou a tese da natureza remuneratória da GACEN, acrescentando, então, seu
caráter geral, e com base nessas premissas concluiu que os servidores aposentados/pensionistas com
direito à paridade fazem jus a receber a gratificação no mesmo valor pago aos servidores da ativa. Mas é
possível perceber bem claramente em que momento o raciocínio desenvolvido pela TNU, no julgado,
começa a entrar em contradição com suas primeiras e corretas premissas. Se a GACEN é paga aos
ocupantes de cargos dos Quadros já referidos que efetivamente realizem atividades de combate e
controle de endemias, em caráter permanente, então constitui gratificação de serviço (propter laborem),
cujo pagamento deve cessar, quando cessa o trabalho. 12. Considere que a TNU chega a perceber tal
dimensão da GACEN, ao anotar no § 13 do seu julgado: “A Gratificação de Atividade de Combate e
Controle de Endemias (GACEN), instituída pela Lei nº 11.784/2008, tem natureza de gratificação de
atividade”. E, principalmente, ao repisar, no primeiro § 15 do seu julgado (o § seguinte da ementa
erroneamente também recebeu o número 15): “a GACEN não é devida para ressarcimento de despesas
do servidor em razão do desempenho de suas funções, mas sim em razão do próprio desempenho da
atividade (pro labore faciendo), consoante conformação legal da aludida gratificação contida no artigo 55
da Lei nº
Turma Recursal
1F78D4966253CCD748740AEF9DAAAA8D
11.784/2008”. Enquanto assim argumentava, a TNU estava de acordo com as premissas iniciais do
julgamento, segundo as quais vantagens condicionais, mesmo que auferidas por longo tempo em razão
do preenchimento dos requisitos exigidos para percepção, não se incorporam ao vencimento, a não ser
quando determinado por lei. 13. Ocorre que, em seguida, no segundo § 15 do julgado, a TNU arremata
que, “dessa forma, a GACEN é gratificação desvinculada da efetiva produtividade dos servidores ativos
que ocupam os cargos e desempenham as atividades especificadas no artigo 54 da Lei nº 11.784/2008; e
é paga aos aposentados que ocupavam aqueles mesmos cargos e que tenham os benefícios concedidos
até 19/02/2004, ou com fundamento nos artigos 3º e 6º da Emenda Constitucional nº 41/2003 ou no artigo
3º da Emenda Constitucional nº 47/2005”. O fato, verdadeiro, de a GACEN ser paga desvinculada da
efetiva produtividade dos servidores ativos que a recebem é apresentado, sem qualquer justificativa,
como prova de que se trata de uma gratificação de caráter geral que deve ser estendida, no seu valor
total, aos aposentados/pensionistas com direito à paridade. 14. Confessadamente, a quebra abrupta da
linha argumentativa da TNU no julgado se deveu à tentativa de seguir entendimento do STF. Este
Tribunal, como se sabe, declarou inconstitucional o pagamento reduzido de gratificação a servidores
inativos/pensionistas com direito à paridade, quando a vantagem paga aos servidores da ativa tem um
caráter geral, pois desvinculada de avaliação de desempenho. Como a GACEN é paga em valor fixo,
independentemente de avaliação de desempenho, então ostentaria o mesmo caráter geral que, pelo
entendimento do STF, resulta no pagamento aos inativos/pensionistas com direito à paridade no mesmo
352
patamar pago aos servidores da ativa. 15. O problema é que o julgado da TNU deixa alguns pontos,
cruciais, por explicar. O primeiro já foi destacado: a quebra não justificada das premissas iniciais do
julgado. Ainda que fosse o caso de seguir entendimento do STF, exigível explicar se a mudança não
resulta, e porque não resulta, em contradição com os argumentos primeiros. Porém, o ponto principal é
que manter a linha argumentativa inicial, até final julgamento, com a improcedência do pedido, não levaria
a TNU a decidir contrariamente ao entendimento do STF. Como se sabe, a jurisprudência do STF, a que
a TNU se refere, foi firmada nos casos sobre as diversas gratificações de desempenho criadas ao longo
do tempo. E essas gratificações diferem da GACEN, vez que foram instituídas para serem pagas de
acordo com o desempenho ou produtividade do servidor da ativa, independentemente de serem outros,
distintos, anormais, os trabalhos ou os serviços realizados. 16. Com efeito, nas gratificações de
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desempenho comuns criadas ao longo do tempo, os trabalhos ou serviços que ensejam o seu
recebimento são os mesmos que os servidores beneficiados já exerciam e continuam exercendo. O que
muda é apenas a produtividade. Havendo um aumento da produtividade, nos mesmos serviços e
trabalhos normalmente realizados, há aumento no valor da gratificação de desempenho. Nesse contexto,
quando a Administração passou a pagar a título de gratificação de desempenho valor indistinto e
independente de qualquer avaliação, a todos os servidores da ativa, obviamente deixou a gratificação de
ser pro labore faciendo, ostentando caráter geral e alcançando servidores inativos/pensionistas com o
direito à paridade. Não sendo pagas em virtude de trabalhos anormais, a natureza pro labore faciendo
das diversas gratificações de desempenho se mantém apenas enquanto pagas em virtude de avaliações
periódicas de produtividade.
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17. A situação jurídica é totalmente diferente, quando se trata da GACEN. Sua natureza pro labore
faciendo decorre do fato de ser paga pela realização de serviço em condições distintas. Como já se disse,
a GACEN é paga, segundo a letra da lei que a instituiu, em virtude do servidor da ativa realizar atividades
de combate e controle de endemias, em caráter permanente. Se o ocupante de cargo dos Quadros do
Ministério da Saúde ou da FUNASA não realizar mais tais atividades, não pode continuar recebendo a
GACEN. Por isso, não importa que o pagamento dessa gratificação prescinda de uma avaliação de
desempenho. Nem por isso deixa de ser pro labore faciendo, pois esta natureza decorre do serviço
distinto efetivamente realizado, e somente enquanto efetivamente realizado. As gratificações de
desempenho comuns criadas ao longo do tempo, por não exigirem a realização de serviço distinto para
serem pagas, precisam da produtividade diferenciada do mesmo serviço, para adquirirem natureza pro
labore faciendo. 18. Portanto, acolher todas as consequências de considerar a GACEN uma gratificação
pro labore faciendo não significa ir contra entendimento consolidado pelo STF sobre o caráter geral das
gratificações de desempenho, enquanto estas não tiverem realizadas as avaliações de produtividade.
Pelo contrário. Ao reconhecer que a GACEN tem natureza pro labore faciendo desde o nascedouro, é
dever também afirmar que essa gratificação jamais teve caráter geral, nunca tendo sido devida sua
extensão aos inativos/pensionistas com direito à paridade no mesmo valor pago a servidores da ativa. 19.
Aliás, a conclusão é a única de acordo com a própria jurisprudência do STF, pois este Tribunal, nos
mesmos casos, sempre decidiu que, uma vez consolidada a natureza pro labore faciendo das
gratificações de desempenho pela homologação dos resultados das respectivas avaliações, passaria a
ser devido o pagamento diferenciado entre os servidores da ativa e os inativos/pensionistas com direito à
paridade. Como a GACEN sempre teve natureza pro labore faciendo, não tem caráter geral e não deve
ser paga aos servidores da ativa e aos inativos/pensionistas com direito à paridade no mesmo valor. 20.
Essa interpretação começa a ter eco no STJ, como sinaliza a decisão monocrática tomada no REsp
1.599.139/CE, por meio da qual se negou provimento ao Especial, com a seguinte fundamentação em
destaque, que acolhe argumento do Tribunal do origem: “Assim sendo, não há previsão legal para que o
servidor aposentado receba a GACEN na mesma proporção que o servidor da ativa, mormente porque
essa gratificação é devida em razão da atividade desenvolvida, isto é, tem natureza pro labore faciendo,
segundo a legislação regente, verbis (fls. 480). 5. Dessa forma, o acórdão recorrido encontra-se em
consonância como entendimento adotado por esta Corte, de que nos casos em que a gratificação tem
caráter pro labore faciendo não é cabível a extensão aos inativos na mesma proporção dos Servidores
em atividade” (STJ, REsp 1.599.139/CE, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, DJE de 4/2/2019). 21. Se
algum valor a título de GACEN é pago a inativos/pensionistas, isso se dá apenas por liberalidade do
legislador. Como já foi colhido do próprio julgado da TNU, aqui escrutinado, “vantagens condicionais ou
modais, mesmo que auferidas por longo tempo em razão do preenchimento dos requisitos exigidos para
sua percepção, não se incorporam ao vencimento, a não ser quando essa integração for determinada por
lei”. No caso, a Lei n. 11.784/2008, no seu art. 55, § 3º, prevê a incorporação da GACEN aos proventos
de aposentadoria, distinguindo as situações dos servidores que têm direito, ou
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não, à paridade. Essa regulamentação deve ser aplicada estritamente, pois, no contexto de gratificação
que ordinariamente não se incorpora ao vencimento (por ter natureza pro labore faciendo), constitui, como
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dito, mera liberalidade do legislador. 22. Assim, ainda que a parte Autora tenha direito à paridade, não é
por isso que não faria jus ao recebimento da GACEN no mesmo valor pago a servidores da ativa. Por
isso, não altera esse desfecho o novo regramento criado pela Lei 13.324/2016. As novas regras, na
verdade, confirmam a interpretação até aqui feita. 23. Destarte, a nova lei faculta ao servidor que tem
direito à integralidade e paridade incorporar até “o valor integral da gratificação”, desde que atendidos
certos requisitos (art. 93, III, c/c o art. 92). Dentre estes, prazo mínimo de recebimento e, portanto, de
contribuição sobre a GACEN, para servidores inativos e pensionistas com direito à integralidade e
paridade recebê-la integralmente. Não importa que o tempo mínimo fixado na lei não alcance o tempo de
contribuição para aposentadoria integral. É que o legislador continua fazendo uma liberalidade,
resolvendo a questão da melhor maneira possível, de acordo com o seu juízo político. O que não se pode
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é acolher o pedido inicial, tal qual formulado, ainda que seja o caso de registrar que a parte Autora passou
a ter à sua disposição a opção criada pela Lei n. 13.324/2016. 24. Com a distinção interpretativa
apresentada para o caso sob julgamento, considera-se fundamentado o voto, de acordo com o art. 489, §
1º, inciso VI, do NCPC, ainda que divergente de jurisprudência da TNU invocada pela parte. Aliás,
reportando-se a essa fundamentação, a Coordenação das Turmas Recursais do DF admitiu incidentes
arguidos sobre a matéria nos Recursos Inominados 0039373-96.2016.4.01.3400 0039017-
67.2017.4.01.3400, dentre outros, submetendo-os à TNU. Portanto, pelo menos até haver
pronunciamento da TNU em tais incidentes, deve ser mantido o entendimento da TR2/JEF/DF, contrário
ao pleito da parte Autora. 25. Por sinal, em 28/2/2019, a Presidência da TNU admitiu novo PEDILEF para
discutir novamente a possibilidade de extensão, aos servidores inativos, da GACEN (PEDILEF 5006060-
68.2018.4.04.7001/PR, ainda pendente de conclusão). 26. Não provimento do recurso interposto pela
parte Autora. 27. Honorários advocatícios pela parte Recorrente em 10% sobre o valor corrigido da causa
(artigo 55 da Lei n. 9.099/1995), com suspensão do pagamento enquanto a parte credora não demonstrar
que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão da Gratuidade de
Justiça, extinguindo-se a dívida cinco anos após o trânsito em julgado deste Acórdão (artigo 98, § 3º,
NCPC).
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ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por
unanimidade, negar provimento ao recurso. Brasília/DF, 23/10/2019.
um ato administrativo totalmente livre para estipular os requisitos e condições da progressão funcional,
pois devem ser respeitados direitos e garantias constitucionais, hierarquicamente superiores, pelo que o
Decreto nº 84.669/80 ofende o princípio da isonomia, uma vez que contraria o art. 5ª, caput, da Carta
Constitucional brasileira. 4. A União ofereceu resposta escrita ao recurso suscitando a preliminar de
incompetência absoluta do Juizado Especial Federal para a anulação ou cancelamento de ato
administrativo federal e a prejudicial de prescrição. No mérito, pugna pela improcedência do pedido. 5.
Rejeita-se a arguição de incompetência absoluta em razão de anulação de ato administrativo. Com efeito,
nos termos do art. 3º, § 1º, III, da Lei nº 10.259/2001, não se incluem na competência do Juizado Especial
Federal as causas que visem à anulação ou
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a cancelamento de ato administrativo federal, salvo o de natureza previdenciária e/ou de lançamento
fiscal. Contudo, no caso, a parte Autora não requer anulação ou cancelamento de ato administrativo, mas
apenas pleiteia a declaração de direito à progressão funcional desde a data em que completados os
requisitos legais e o consequente pagamento das diferenças salariais decorrentes de tal reconhecimento.
6. Não se conhece da questão alusiva à prescrição quinquenal, pois a sentença já a pronunciou,
conforme requerido. 7. O tema jurídico objeto do pedido rejeitado vinha sendo decidida pela TR2/JEF/DF
em conformidade com entendimento anterior da TNU, PEDILEF n. 05014601520144058401, Relator Juiz
Federal Gerson Luiz Rocha, DOU 19/02/2016, no sentido de que "a imposição de uma data única como
marco inicial das progressões e/ ou promoções funcionais afronta o princípio da isonomia, na medida em
que desconsidera a data de investidura do servidor no cargo, conferindo tratamento igual a indivíduos que
se encontram em situações diferentes". 8. Ocorre que a TNU reviu seu entendimento, passando a adotar
o posicionamento do STJ, conforme se observa na seguinte ementa: DIREITO ADMINISTRATIVO.
SERVIDOR PÚBLICO. CARREIRA DA POLÍCIA FEDERAL. PROGRESSÃO FUNCIONAL. REQUISITOS.
CUMPRIMENTO. EFEITOS FINANCEIROS. LEI N. 9.266/96 E DECRETO N. 2.565/98. MUDANÇA DE
ENTENDIMENTO, COM O OBJETIVO DE ALINHAR ESTA TURMA NACIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO
COM A JURISPRUDÊNCIA DOMINANTE DO E. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. INCIDENTE
CONHECIDO E PROVIDO. 6. (....) não obstante esta Turma Nacional de Uniformização já tenha adotado
entendimento no sentido do aresto recorrido, é de rigor observar que recentemente a matéria foi objeto de
análise pelo e. Superior Tribunal de Justiça, o qual vem adotando o posicionamento segundo o qual deve
ser aplicada a legislação que regulamenta a progressão funcional dos policiais federais, qual seja, o art.
2º, parágrafo único, da Lei 9266/96 e o art. 5º do Decreto 2.565/98, segundo o qual a progressão dos
autores deve se dar no mês de março do ano subsequente, quando implementados os requisitos para a
referida promoção. 7. Diversos julgados confirmam aludido entendimento, in verbis: ... (AGRESP
201202292790, BENEDITO GONÇALVES, STJ - PRIMEIRA TURMA, DJE DATA:11/05/2016 ..DTPB:.) ...)
(AGRESP 201202292790, BENEDITO GONÇALVES, STJ - PRIMEIRA TURMA, DJE DATA:11/05/2016
..DTPB:.) ...) (AGRESP 201300965413, ASSUSETE MAGALHÃES, STJ - SEGUNDA TURMA, DJE
DATA:16/03/2016 ..DTPB:.) 8. Assim, visando uniformizar a jurisprudência das Turmas Recursais com o
entendimento que vem sendo adotado pelo Superior Tribunal de Justiça, tenho que o incidente deve ser
conhecido e provido para, alinhando o entendimento desta Turma Nacional de Uniformização, firmar a
tese de que: “a progressão dos servidores da carreira de policial federal deve ter seus efeitos financeiros
a partir de março do ano subsequente, nos termos do
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disposto na Lei n. 9.266/96 e no Decreto n. 2.565/98.” 9. Incidente conhecido e provido. (TNU, PEDILEF
201050500054126, Juiz Federal Fernando Moreira Gonçalves, Data da Publicação: 12/09/2017). 9. Com
efeito, esse de fato é o entendimento do STJ: ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL. SERVIDOR
PÚBLICO. POLICIAL FEDERAL. PROGRESSÃO FUNCIONAL. EFEITOS FINANCEIROS. LEI N.
9.266/1996. 1. A progressão dos servidores da carreira de policial federal deve ter seus efeitos financeiros
a partir de março do ano subsequente ao das últimas avaliações funcionais, nos termos do disposto na
Lei n. 9.266/1996 e no Decreto n. 2.565/1998. 2. Recurso especial provido. (REsp 1690116/SP, Rel.
Ministro OG FERNANDES, SEGUNDA TURMA, julgado em 05/12/2017, DJe 13/12/2017). No mesmo
sentido: REsp 1649269/RJ, Rel. Ministra REGINA HELENA COSTA, PRIMEIRA TURMA, julgado em
16/05/2017, DJe 22/05/2017; AgInt no REsp 1613907/RJ, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES,
SEGUNDA TURMA, julgado em 17/11/2016, DJe 23/11/2016. 10. Dado esse novo contexto
jurisprudencial, a TR2/JEF/DF passou a seguir o novo posicionamento, no julgamento do processo n.
0010193-98.2017.4.01.3400, de relatoria da Juíza Federal Cristiane Pederzolli Rentzsch, Sessão de
7/3/2018, reafirmando e adotando como sua a tese de que “a progressão dos servidores da carreira de
policial federal deve ter seus efeitos financeiros a partir de março do ano subsequente, nos termos do
disposto na Lei n. 9.266/96 e no Decreto n. 2.565/98”. 11. Semelhantemente, ou seja, pelas mesmas
razões, deve ser mantida a data única para início da contagem do interstício para a progressão funcional
dos servidores do Ministério da Saúde, conforme estabelecido nos arts. 1º e 2º do Decreto 84.669/1980.
Assim, não merece acolhimento o pedido para se reconhecer o direito da parte Autora em ter a
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progressão e a promoção funcionais desde a data de seu ingresso no órgão. 12. Não provimento do
recurso interposto pela parte Autora. 13. Honorários advocatícios pela parte Recorrente em 10% sobre o
valor corrigido da causa (artigo 55 da Lei n. 9.099/1995), com suspensão do pagamento enquanto a parte
credora não demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a
concessão da Gratuidade de Justiça, extinguindo-se a dívida cinco anos após o trânsito em julgado deste
Acórdão (artigo 98, § 3º, NCPC).
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unanimidade, negar provimento ao recurso. Brasília - DF, 23/10/2019.
EMENTA
ADMINISTRATIVO. CONSTITUCIONAL. GRATIFICAÇÃO DE ATIVIDADE DE COMBATE E CONTROLE
DE ENDEMIAS - GACEN. NATUREZA PRO LABORE FACIENDO ESTABELECIDA PELA PRÓPRIA LEI
QUE A INSTITUIU (11.784/2008). EXTENSÃO AOS INATIVOS/PENSIONISTAS COM DIREITO À
PARIDADE NO MESMO VALOR PAGO AOS SERVIDORES DA ATIVA. LEI NOVA FACULTANDO
OPÇÃO PELA INCORPORAÇÃO DO VALOR INTEGRAL DA GACEN. NECESSIDADE DE
ATENDIMENTO AOS REQUISITOS LEGALMENTE FIXADOS. IMPOSSIBILIDADE DE ACOLHER
JUDICIALMENTE O PEDIDO, TAL COMO FORMULADO. INCIDENTES DE UNIFORMIZAÇÃO
SUBMETIDOS À TNU PELA COORDENAÇÃO DAS TRS/DF. MANUTENÇÃO DO ENTENDIMENTO DA
TR2/JEF/DF, ATÉ QUE A TNU SE PRONUNCIE. NÃO PROVIMENTO DO RECURSO. 1. A sentença,
pronunciando a prescrição quinquenal, rejeitou o pedido de pagamento da GACEN, no mesmo patamar
em que é paga aos servidores em atividade e de implantação no contracheque da parte Autora no valor
integral da gratificação. 2. Razões do recurso interposto pela parte Autora: a) a atual orientação da TNU é
no sentido de reconhecer a natureza remuneratória da GACEN e deferir a sobredita gratificação aos
inativos no mesmo patamar em que é paga aos servidores em atividade; b) sendo remuneratória a
natureza jurídica da GACEN e, tendo a parte Autora direito adquirido à paridade de remuneração com os
servidores da ativa, vez que amparada por regras constitucioniais de transição, o reconhecimento do
direito à GACEN é medida que se impõe, eis que a natureza da vantagem é de gratificação genérica. 3.
A União não ofereceu resposta escrita ao recurso. 4. A GACEN foi criada pelo art. 54, Lei 11.784/2008,
nesses termos: “Fica instituída, a partir de 1º de março de 2008, a Gratificação de Atividade de Combate e
Controle de Endemias - GACEN, devida aos ocupantes dos cargos de Agente Auxiliar de Saúde Pública,
Agente de Saúde Pública e Guarda de Endemias, do Quadro de Pessoal do Ministério da Saúde e do
Quadro de Pessoal da Fundação Nacional de Saúde - FUNASA, regidos pela Lei no 8.112, de 11 de
dezembro de 1990”. 5. Por sua vez, o art. 55, prescreve: “A Gecen e a Gacen serão devidas aos titulares
dos empregos e cargos públicos de que tratam os arts. 53 e 54 desta Lei, que, em caráter permanente,
realizarem atividades de combate e controle de endemias, em área urbana ou rural, inclusive em terras
indígenas e de remanescentes quilombolas, áreas
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extrativistas e ribeirinhas” (DESTACADO). 6. Já o art. 284, Lei 11.907/2009, dispõe: “Aplica-se a
Gratificação de Atividade de Combate e Controle de Endemias - GACEN, de que trata o art. 54 da Lei nº
11.784, de 22 de setembro de 2008, aos servidores do Quadro de Pessoal do Ministério da Saúde e do
Quadro de Pessoal da Fundação Nacional de Saúde - FUNASA, regidos pela Lei nº 8.112, de 11 de
dezembro de 1990, ocupantes dos seguintes cargos: I - Agente de Saúde; II - Auxiliar de Laboratório; III -
Auxiliar de Laboratório 8 (oito) horas; IV - Auxiliar de Saneamento; V - Divulgador Sanitário; VI - Educador
em Saúde; VII - Laboratorista; VIII - Laboratorista Jornada 8 (oito) horas; IX - Microscopista; X - Orientador
em Saúde; XI - Técnico de Laboratório; XII - Visitador Sanitário; e XIII - Inspetor de Saneamento.
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Parágrafo único. O titular do cargo de Motorista ou de Motorista Oficial que, em caráter permanente,
realizar atividades de apoio e de transporte das equipes e dos insumos necessários para o combate e
controle das endemias fará jus à gratificação a que se refere o caput deste artigo. 7. De acordo com a Lei
11.784/2008 (art. 54) e a Lei 11.907/2009 (art. 284), para o recebimento da GACEN o servidor deve
pertencer ao quadro de pessoal do Ministério da Saúde ou ao quadro de pessoal da FUNASA e ser
ocupante de um dos cargos especificados pelas leis em referência, observando-se que a atividade deve
ser exercida em caráter permanente, o que deixa claro que nem todos os servidores do Ministério da
Saúde ou da FUNASA estão aptos ao recebimento da GACEN. 8. Isso quer dizer que não basta ocupar
certos cargos daqueles Quadros, para ter direito ao recebimento da GACEN. O decisivo é que os
ocupantes de certos cargos daqueles Quadros, em caráter permanente, realizem atividades de combate e
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controle de endemias, para terem direito a receber a GACEN. Portanto, pela regulamentação em vigor, a
GACEN ostenta nítida natureza pro labore faciendo, ou propter oficium, ainda que seu pagamento
independa da avaliação de desempenho do servidor beneficiado. Ou seja, a GACEN é paga, segundo a
letra da lei que a instituiu, em razão das condições distintas em que se realiza o serviço (propter laborem).
Uma vez não sendo realizadas atividades de combate e controle de endemias, em caráter permanente,
um ocupante de
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cargo daqueles Quadros não pode continuar recebendo GACEN. Assim, a Gratificação apenas é paga
com o vencimento, mas dele se desprende quando cessa a atividade do servidor. Por isso, é realmente
uma vantagem de função ou de serviço. 9. A propósito, no processo 0036000-91.2015.4.01.3400, que
tramitou no âmbito da TR2 da Seccional do DF, em resposta a diligência do Juízo, a parte Ré apresentou
o Ofício n. 646/2016/COLEP/CGESP/SAA/SE/MS, por meio do qual foram prestadas as seguintes
informações: a) “a GACEN é paga aos servidores combatentes de endemias do Ministério da Saúde
vinculados a todas as unidades federativas, desde que em efetivo exercício na atividade de combate e
controle de endemias, conforme estabelece o artigo 2º, da Portaria nº 484, de 01/04/2014, ora transcrito:
‘Art. 2º [...] a GACEN será paga aos servidores efetivos do Ministério da Saúde e da FUNASA, ainda que
descentralizados para Estados, Distrito Federal e Municípios, nos termos do disposto no art. 20 da Lei nº
8.270, de 17 de dezembro de 1991, desde que em efetivo exercício na atividade de combate e controle de
endemias’”; (...); c) “a GACEN não é devida a todo servidor combatente de endemias”. 10. Ora, como bem
pontuado pela TNU, nos fundamentos de julgado que, curiosamente, conduziu a um resultado inverso ao
aqui adotado, “vantagens condicionais ou modais, mesmo que auferidas por longo tempo em razão do
preenchimento dos requisitos exigidos para sua percepção, não se incorporam ao vencimento, a não ser
quando essa integração for determinada por lei. (É que as vantagens condicionais ou modais) são
vantagens pelo trabalho que está sendo feito (pro labore faciendo) ou, por outras palavras, são adicionais
de função (ex facto officii), ou são gratificações de serviço (propter laborem), ou, finalmente, são
gratificações em razão de condições pessoais do servidor (propter personam). Daí por que, quando cessa
o trabalho, ou quando desaparece o fato ou a situação que lhes dá causa, deve cessar o pagamento de
tais vantagens, sejam elas adicionais de função, gratificações de serviço ou gratificação em razão das
condições pessoais do servidor” (TNU, PEDILEF 05033027020134058302, Juiz Federal Ronaldo José da
Silva, DOU de 05/02/2016). 11. Como se sabe, no julgamento a TNU reafirmou a tese da natureza
remuneratória da GACEN, acrescentando, então, seu caráter geral, e com base nessas premissas
concluiu que os servidores aposentados/pensionistas com direito à paridade fazem jus a receber a
gratificação no mesmo valor pago aos servidores da ativa. Mas é possível perceber bem claramente em
que momento o raciocínio desenvolvido pela TNU, no julgado, começa a entrar em contradição com suas
primeiras e corretas premissas. Se a GACEN é paga aos ocupantes de cargos dos Quadros já referidos
que efetivamente realizem atividades de combate e controle de endemias, em caráter permanente, então
constitui gratificação de serviço (propter laborem), cujo pagamento deve cessar, quando cessa o trabalho.
12. Considere que a TNU chega a perceber tal dimensão da GACEN, ao anotar no § 13 do seu julgado:
“A Gratificação de Atividade de Combate e Controle de Endemias (GACEN), instituída pela Lei nº
11.784/2008, tem natureza de gratificação de atividade”. E, principalmente, ao repisar, no primeiro § 15 do
seu julgado (o § seguinte da ementa erroneamente também recebeu o número 15): “a GACEN não é
devida para ressarcimento de despesas do servidor em razão do desempenho de suas funções, mas sim
em razão do próprio desempenho da atividade (pro labore faciendo), consoante
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conformação legal da aludida gratificação contida no artigo 55 da Lei nº 11.784/2008”. Enquanto assim
argumentava, a TNU estava de acordo com as premissas iniciais do julgamento, segundo as quais
vantagens condicionais, mesmo que auferidas por longo tempo em razão do preenchimento dos
requisitos exigidos para percepção, não se incorporam ao vencimento, a não ser quando determinado por
lei. 13. Ocorre que, em seguida, no segundo § 15 do julgado, a TNU arremata que, “dessa forma, a
GACEN é gratificação desvinculada da efetiva produtividade dos servidores ativos que ocupam os cargos
e desempenham as atividades especificadas no artigo 54 da Lei nº 11.784/2008; e é paga aos
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aposentados que ocupavam aqueles mesmos cargos e que tenham os benefícios concedidos até
19/02/2004, ou com fundamento nos artigos 3º e 6º da Emenda Constitucional nº 41/2003 ou no artigo 3º
da Emenda Constitucional nº 47/2005”. O fato, verdadeiro, de a GACEN ser paga desvinculada da efetiva
produtividade dos servidores ativos que a recebem é apresentado, sem qualquer justificativa, como prova
de que se trata de uma gratificação de caráter geral que deve ser estendida, no seu valor total, aos
aposentados/pensionistas com direito à paridade. 14. Confessadamente, a quebra abrupta da linha
argumentativa da TNU no julgado se deveu à tentativa de seguir entendimento do STF. Este Tribunal,
como se sabe, declarou inconstitucional o pagamento reduzido de gratificação a servidores
inativos/pensionistas com direito à paridade, quando a vantagem paga aos servidores da ativa tem um
caráter geral, pois desvinculada de avaliação de desempenho. Como a GACEN é paga em valor fixo,
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independentemente de avaliação de desempenho, então ostentaria o mesmo caráter geral que, pelo
entendimento do STF, resulta no pagamento aos inativos/pensionistas com direito à paridade no mesmo
patamar pago aos servidores da ativa. 15. O problema é que o julgado da TNU deixa alguns pontos,
cruciais, por explicar. O primeiro já foi destacado: a quebra não justificada das premissas iniciais do
julgado. Ainda que fosse o caso de seguir entendimento do STF, exigível explicar se a mudança não
resulta, e porque não resulta, em contradição com os argumentos primeiros. Porém, o ponto principal é
que manter a linha argumentativa inicial, até final julgamento, com a improcedência do pedido, não levaria
a TNU a decidir contrariamente ao entendimento do STF. Como se sabe, a jurisprudência do STF, a que
a TNU se refere, foi firmada nos casos sobre as diversas gratificações de desempenho criadas ao longo
do tempo. E essas gratificações diferem da GACEN, vez que foram instituídas para serem pagas de
acordo com o desempenho ou produtividade do servidor da ativa, independentemente de serem outros,
distintos, anormais, os trabalhos ou os serviços realizados. 16. Com efeito, nas gratificações de
desempenho comuns criadas ao longo do tempo, os trabalhos ou serviços que ensejam o seu
recebimento são os mesmos que os servidores beneficiados já exerciam e continuam exercendo. O que
muda é apenas a produtividade. Havendo um aumento da produtividade, nos mesmos serviços e
trabalhos normalmente realizados, há aumento no valor da gratificação de desempenho. Nesse contexto,
quando a Administração passou a pagar a título de gratificação de desempenho valor indistinto e
independente de qualquer avaliação, a todos os servidores da ativa, obviamente deixou a gratificação de
ser pro labore faciendo, ostentando caráter geral e alcançando servidores inativos/pensionistas com o
direito à paridade. Não sendo pagas em virtude de trabalhos
Turma Recursal
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anormais, a natureza pro labore faciendo das diversas gratificações de desempenho se mantém apenas
enquanto pagas em virtude de avaliações periódicas de produtividade. 17. A situação jurídica é totalmente
diferente, quando se trata da GACEN. Sua natureza pro labore faciendo decorre do fato de ser paga pela
realização de serviço em condições distintas. Como já se disse, a GACEN é paga, segundo a letra da lei
que a instituiu, em virtude do servidor da ativa realizar atividades de combate e controle de endemias, em
caráter permanente. Se o ocupante de cargo dos Quadros do Ministério da Saúde ou da FUNASA não
realizar mais tais atividades, não pode continuar recebendo a GACEN. Por isso, não importa que o
pagamento dessa gratificação prescinda de uma avaliação de desempenho. Nem por isso deixa de ser
pro labore faciendo, pois esta natureza decorre do serviço distinto efetivamente realizado, e somente
enquanto efetivamente realizado. As gratificações de desempenho comuns criadas ao longo do tempo,
por não exigirem a realização de serviço distinto para serem pagas, precisam da produtividade
diferenciada do mesmo serviço, para adquirirem natureza pro labore faciendo. 18. Portanto, acolher todas
as consequências de considerar a GACEN uma gratificação pro labore faciendo não significa ir contra
entendimento consolidado pelo STF sobre o caráter geral das gratificações de desempenho, enquanto
estas não tiverem realizadas as avaliações de produtividade. Pelo contrário. Ao reconhecer que a GACEN
tem natureza pro labore faciendo desde o nascedouro, é dever também afirmar que essa gratificação
jamais teve caráter geral, nunca tendo sido devida sua extensão aos inativos/pensionistas com direito à
paridade no mesmo valor pago a servidores da ativa. 19. Aliás, a conclusão é a única de acordo com a
própria jurisprudência do STF, pois este Tribunal, nos mesmos casos, sempre decidiu que, uma vez
consolidada a natureza pro labore faciendo das gratificações de desempenho pela homologação dos
resultados das respectivas avaliações, passaria a ser devido o pagamento diferenciado entre os
servidores da ativa e os inativos/pensionistas com direito à paridade. Como a GACEN sempre teve
natureza pro labore faciendo, não tem caráter geral e não deve ser paga aos servidores da ativa e aos
inativos/pensionistas com direito à paridade no mesmo valor. 20. Essa interpretação começa a ter eco no
STJ, como sinaliza a decisão monocrática tomada no REsp 1.599.139/CE, por meio da qual se negou
provimento ao Especial, com a seguinte fundamentação em destaque, que acolhe argumento do Tribunal
do origem: “Assim sendo, não há previsão legal para que o servidor aposentado receba a GACEN na
mesma proporção que o servidor da ativa, mormente porque essa gratificação é devida em razão da
atividade desenvolvida, isto é, tem natureza pro labore faciendo, segundo a legislação regente, verbis (fls.
480). 5. Dessa forma, o acórdão recorrido encontra-se em consonância como entendimento adotado por
esta Corte, de que nos casos em que a gratificação tem caráter pro labore faciendo não é cabível a
extensão aos inativos na mesma proporção dos Servidores em atividade” (STJ, REsp 1.599.139/CE, Rel.
Min. Napoleão Nunes Maia Filho, DJE de 4/2/2019). 21. Se algum valor a título de GACEN é pago a
358
inativos/pensionistas, isso se dá apenas por liberalidade do legislador. Como já foi colhido do próprio
julgado da TNU, aqui escrutinado, “vantagens condicionais ou modais, mesmo que auferidas por longo
tempo em razão do preenchimento dos requisitos exigidos para sua percepção, não se
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incorporam ao vencimento, a não ser quando essa integração for determinada por lei”. No caso, a Lei n.
11.784/2008, no seu art. 55, § 3º, prevê a incorporação da GACEN aos proventos de aposentadoria,
distinguindo as situações dos servidores que têm direito, ou não, à paridade. Essa regulamentação deve
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ser aplicada estritamente, pois, no contexto de gratificação que ordinariamente não se incorpora ao
vencimento (por ter natureza pro labore faciendo), constitui, como dito, mera liberalidade do legislador. 22.
Assim, ainda que a parte Autora tenha direito à paridade, não é por isso que não faria jus ao recebimento
da GACEN no mesmo valor pago a servidores da ativa. Por isso, não altera esse desfecho o novo
regramento criado pela Lei 13.324/2016. As novas regras, na verdade, confirmam a interpretação até aqui
feita. 23. Destarte, a nova lei faculta ao servidor que tem direito à integralidade e paridade incorporar até
“o valor integral da gratificação”, desde que atendidos certos requisitos (art. 93, III, c/c o art. 92). Dentre
estes, prazo mínimo de recebimento e, portanto, de contribuição sobre a GACEN, para servidores inativos
e pensionistas com direito à integralidade e paridade recebê-la integralmente. Não importa que o tempo
mínimo fixado na lei não alcance o tempo de contribuição para aposentadoria integral. É que o legislador
continua fazendo uma liberalidade, resolvendo a questão da melhor maneira possível, de acordo com o
seu juízo político. O que não se pode é acolher o pedido inicial, tal qual formulado, ainda que seja o caso
de registrar que a parte Autora passou a ter à sua disposição a opção criada pela Lei n. 13.324/2016. 24.
Com a distinção interpretativa apresentada para o caso sob julgamento, considera-se fundamentado o
voto, de acordo com o art. 489, § 1º, inciso VI, do NCPC, ainda que divergente de jurisprudência da TNU
invocada pela parte. Aliás, reportando-se a essa fundamentação, a Coordenação das Turmas Recursais
do DF admitiu incidentes arguidos sobre a matéria nos Recursos Inominados 0039373-96.2016.4.01.3400
0039017-67.2017.4.01.3400, dentre outros, submetendo-os à TNU. Portanto, pelo menos até haver
pronunciamento da TNU em tais incidentes, deve ser mantido o entendimento da TR2/JEF/DF, contrário
ao pleito da parte Autora. 25. Por sinal, em 28/2/2019, a Presidência da TNU admitiu novo PEDILEF para
discutir novamente a possibilidade de extensão, aos servidores inativos, da GACEN (PEDILEF 5006060-
68.2018.4.04.7001/PR, ainda pendente de conclusão). 26. Não provimento do recurso interposto pela
parte Autora. 27. Sem honorários advocatícios. A instância revisora somente pode dispor sobre
honorários, “levando em conta o trabalho adicional realizado em grau recursal” (art. 85, § 11, NCPC). Não
havendo trabalho em grau recursal da parte Recorrida, não há como condenar a parte Recorrente em
honorários advocatícios. Além disso, a parte Autora é beneficiária da gratuidade de justiça. Vencido, no
ponto, o Juiz Federal João Carlos Mayres Soares, que condenou a parte Recorrente vencida em
honorários, no patamar de 10% sobre o valor da causa, com suspensão do pagamento, em virtude da
gratuidade de justiça. Isso porque entende que a disposição legal se aplica apenas aos casos de
majoração dos honorários, devendo haver cominação originária destes em grau recursal, quando
cabíveis, conforme entendimento do STJ.
Turma Recursal
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ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por
unanimidade, negar provimento ao recurso. Brasília/DF, 23/10/2019.
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Decreto nº 84.669/80 ofende o princípio da isonomia, uma vez que contraria o art. 5ª, caput, da Carta
Constitucional brasileira. 4. A União ofereceu resposta escrita ao recurso impugnando a gratuidade de
justiça deferida e a prejudicial de prescrição e, no mérito, pugna pela improcedência do pedido. 5. Rejeita-
se a preliminar de impugnação à assistência judiciária, como levantada, pois feita sem a contraprova dos
elementos que levaram o Juízo originário a conceder o benefício. O novo CPC estabelece que se
presume "verdadeira a alegação de insuficiência deduzida exclusivamente por pessoa natural" (art. 99, §
3º, do NCPC). Assim, tendo o Juízo a quo verificado a presença dos requisitos para a concessão do
benefício, apenas através de contraprova suficiente sobre a situação específica poderia ser indeferido o
pedido. 6. Não se conhece da questão alusiva à prescrição quinquenal, pois a sentença já a
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pronunciou, conforme requerido. 7. O tema jurídico objeto do pedido rejeitado vinha sendo decidida pela
TR2/JEF/DF em conformidade com entendimento anterior da TNU, PEDILEF n. 05014601520144058401,
Relator Juiz Federal Gerson Luiz Rocha, DOU 19/02/2016, no sentido de que "a imposição de uma data
única como marco inicial das progressões e/ ou promoções funcionais afronta o princípio da isonomia, na
medida em que desconsidera a data de investidura do servidor no cargo, conferindo tratamento igual a
indivíduos que se encontram em situações diferentes". 8. Ocorre que a TNU reviu seu entendimento,
passando a adotar o posicionamento do STJ, conforme se observa na seguinte ementa: DIREITO
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. CARREIRA DA POLÍCIA FEDERAL. PROGRESSÃO
FUNCIONAL. REQUISITOS. CUMPRIMENTO. EFEITOS FINANCEIROS. LEI N. 9.266/96 E DECRETO
N. 2.565/98. MUDANÇA DE ENTENDIMENTO, COM O OBJETIVO DE ALINHAR ESTA TURMA
NACIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO COM A JURISPRUDÊNCIA DOMINANTE DO E. SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIÇA. INCIDENTE CONHECIDO E PROVIDO. 6. (....) não obstante esta Turma
Nacional de Uniformização já tenha adotado entendimento no sentido do aresto recorrido, é de rigor
observar que recentemente a matéria foi objeto de análise pelo e. Superior Tribunal de Justiça, o qual
vem adotando o posicionamento segundo o qual deve ser aplicada a legislação que regulamenta a
progressão funcional dos policiais federais, qual seja, o art. 2º, parágrafo único, da Lei 9266/96 e o art. 5º
do Decreto 2.565/98, segundo o qual a progressão dos autores deve se dar no mês de março do ano
subsequente, quando implementados os requisitos para a referida promoção. 7. Diversos julgados
confirmam aludido entendimento, in verbis: ... (AGRESP 201202292790, BENEDITO GONÇALVES, STJ -
PRIMEIRA TURMA, DJE DATA:11/05/2016 ..DTPB:.) ...) (AGRESP 201202292790, BENEDITO
GONÇALVES, STJ - PRIMEIRA TURMA, DJE DATA:11/05/2016 ..DTPB:.) ...) (AGRESP 201300965413,
ASSUSETE MAGALHÃES, STJ - SEGUNDA TURMA, DJE DATA:16/03/2016 ..DTPB:.) 8. Assim, visando
uniformizar a jurisprudência das Turmas Recursais com o entendimento que vem sendo adotado pelo
Superior Tribunal de Justiça, tenho que o incidente deve ser conhecido e provido para, alinhando o
entendimento desta Turma Nacional de Uniformização, firmar a tese de que: “a progressão dos servidores
da carreira de policial federal deve ter seus efeitos financeiros a partir de março do ano subsequente, nos
termos do disposto na Lei n. 9.266/96 e no Decreto n. 2.565/98.” 9. Incidente conhecido e provido. (TNU,
PEDILEF 201050500054126, Juiz Federal Fernando Moreira Gonçalves, Data da Publicação:
12/09/2017). 9. Com efeito, esse de fato é o entendimento do STJ: ADMINISTRATIVO. RECURSO
ESPECIAL. SERVIDOR PÚBLICO.
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POLICIAL FEDERAL. PROGRESSÃO FUNCIONAL. EFEITOS FINANCEIROS. LEI N. 9.266/1996. 1. A
progressão dos servidores da carreira de policial federal deve ter seus efeitos financeiros a partir de
março do ano subsequente ao das últimas avaliações funcionais, nos termos do disposto na Lei n.
9.266/1996 e no Decreto n. 2.565/1998. 2. Recurso especial provido. (REsp 1690116/SP, Rel. Ministro
OG FERNANDES, SEGUNDA TURMA, julgado em 05/12/2017, DJe 13/12/2017). No mesmo sentido:
REsp 1649269/RJ, Rel. Ministra REGINA HELENA COSTA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 16/05/2017,
DJe 22/05/2017; AgInt no REsp 1613907/RJ, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA
TURMA, julgado em 17/11/2016, DJe 23/11/2016. 10. Dado esse novo contexto jurisprudencial, a
TR2/JEF/DF passou a seguir o novo posicionamento, no julgamento do processo n. 0010193-
98.2017.4.01.3400, de relatoria da Juíza Federal Cristiane Pederzolli Rentzsch, Sessão de 7/3/2018,
360
reafirmando e adotando como sua a tese de que “a progressão dos servidores da carreira de policial
federal deve ter seus efeitos financeiros a partir de março do ano subsequente, nos termos do disposto na
Lei n. 9.266/96 e no Decreto n. 2.565/98”. 11. Semelhantemente, ou seja, pelas mesmas razões, deve ser
mantida a data única para início da contagem do interstício para a progressão funcional dos servidores do
Ministério da Saúde, conforme estabelecido nos arts. 1º e 2º do Decreto 84.669/1980. Assim, não merece
acolhimento o pedido para se reconhecer o direito da parte Autora em ter a progressão e a promoção
funcionais desde a data de seu ingresso no órgão. 12. Não provimento do recurso interposto pela parte
Autora. 13. Honorários advocatícios pela parte Recorrente em 10% sobre o valor corrigido da causa
(artigo 55 da Lei n. 9.099/1995), com suspensão do pagamento enquanto a parte credora não demonstrar
que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão da Gratuidade de
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Justiça, extinguindo-se a dívida cinco anos após o trânsito em julgado deste Acórdão (artigo 98, § 3º,
NCPC). ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito
Federal, por unanimidade, negar provimento ao recurso. Brasília - DF, 23/10/2019.
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RELATOR 3
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itinerantes; e d) quando o INSS contestar o mérito da ação, vez que, nesse caso, configura-se o interesse
de agir pela resistência à pretensão. (RE nº 631.240, Repercussão Geral, Rel. Min. Luís Roberto Barroso,
DJe 10.11.2014). 7. O Superior Tribunal de Justiça, chamado a se manifestar quanto à aplicação do
referido entendimento em demandas tributárias, reconheceu que a ratio decidendi utilizada quando do
julgamento da exigência ou não do prévio requerimento administrativo nos benefícios previdenciários
pode ser adotada para os pedidos concernentes às contribuições previdenciárias. 8. Colaciona-se, verbis,
o entendimento consolidado no âmbito daquela Corte de Justiça: “[...] Na esfera previdenciária, na área
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Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Primeira Turma, julgado em 23/5/2006, DJ 30/6/2006, p. 166. Como as matérias tributária e
previdenciária relacionadas ao Regime Geral de Previdência Social possuem natureza jurídica
distinta, mas complementares, pois, em verdade, tratam-se as relações jurídicas de custeio e de
benefício (prestacional) titularizadas pela União e pelo INSS, respectivamente, com o fim último de
garantir a cobertura dos riscos sociais de natureza previdenciária, entende-se que a razão de decidir
utilizada quando do julgamento da exigência ou não do prévio requerimento administrativo nos benefícios
previdenciários pode também ser adotada para os pedidos formulados à Secretaria da Receita Federal
concernentes às contribuições previdenciárias (REsp 1734733 / PE, Rel. Min. HERMAN BENJAMIN,
publicado em DJe 28/11/2018). 9. Nesse contexto, as razões recursais apresentadas pela Recorrente não
se adéquam ao entendimento consolidado pelo Superior Tribunal de Justiça, notadamente quanto ao
cumprimento de requisitos indispensáveis ao regular prosseguimento da ação. Aplicável, no caso, a regra
processual do art. 321, parágrafo único, NCPC, na qual dispõe: “Se o autor não cumprir a diligência, o juiz
indeferirá a petição inicial”. A sentença, portanto, não merece qualquer reparo. 10. Não provimento do
recurso interposto pela parte Autora. 11. Honorários advocatícios pela parte Recorrente em 10% sobre o
valor corrigido da causa (art. 55 da Lei n. 9.099/1995).
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ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, à
unanimidade, negar provimento ao recurso. Brasília/DF, 23/10/2019.
EMENTA
ASSISTENCIAL E PROCESSUAL. BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA. IDOSO. CARÊNCIA
ECONÔMICA. EXCLUSÃO RENDA MAIOR DE 65 ANOS. IMPACTO ECONÔMICO NO GRUPO
FAMILIAR. MISERABILIDADE. JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA. 1. A sentença acolheu o pedido
inicial para: a) implantar o benefício assistencial de prestação continuada de amparo assistencial ao idoso
em favor da parte Autora, com fundamento no art. 20 e seguintes da Lei n.º 8.742/1993; b) determinar o
pagamento dos respectivos valores atrasados, devidos desde a DER (21.03.2015); c) reconhecer que a
correção monetária deve observar o novo regramento estabelecido pelo Supremo Tribunal Federal, em
sede de repercussão geral, no julgamento do RE 870.947/SE, no qual fixou o IPCA-E como índice de
atualização monetária a ser aplicado a todas as condenações judiciais impostas à Fazenda Pública. Juros
moratórios conforme Manual de Orientação de Procedimentos para os Cálculos na Justiça Federal; d)
antecipar os efeitos da tutela para a implantação do no prazo de 15 dias, sob pena de multa diária. 2.
Razões do recurso interposto pelo INSS: a) a parte Autora não preenche os requisitos legais necessários
ao deferimento do benefício, mormente a renda auferida pelo grupo familiar; b) não há critério razoável
para se afastar a regra constante do art. 20, §3° da Lei Orgânica de Assistência Social, motivo que torna
legítima a adoção do critério de renda per capita inferior a ¼ do salário mínimo para a concessão de
benefícios assistenciais; c) a natureza jurídica do benefício de amparo assistencial não permite a mera
complementação da renda familiar; d) os juros moratórios, acaso se mantenha a condenação, deve
observar os parâmetros estipulados pela Lei n. 11.960/2009. 3. A parte Autora ofereceu resposta escrita
ao recurso. 4. Parte Autora do sexo feminino, atualmente com 68 anos de idade, divorciada,
desempregada, ensino fundamental incompleto, residente no Riacho Fundo I/DF. 5. O laudo pericial
econômico, registrado em 16/11/2015, atesta que a parte Autora declarou renda familiar superior a ¼ do
salário mínimo, sendo, todavia, insuficiente para o sustento de cinco pessoas. Dessas, duas são idosas
que precisam de remédios e alimentação. No que tange ao requisito da renda familiar por integrante, em
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que o total da remuneração totaliza R$ 1.688,00, auferida pela filha da parte Autora (vendedora), assim
como pela sogra da filha (aposentada), a renda per capita indica uma média mensal de R$ 337,60, já que
são cinco as pessoas compondo o núcleo familiar. Diante das informações prestadas, concluiu a perícia
socioeconômica que a parte Autora deve ser considerada vitima da vulnerabilidade social e
hipossuficiência econômica,
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necessitando do Benefício Assistencial (BPC- Benefício de Prestação Continuada) para sua própria
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subsistência. 6. Em contestação ao laudo pericial econômico, o Instituto Nacional do Seguro Social –
INSS reconheceu a necessidade de esclarecimento quanto à ausência do cônjuge de uma das
integrantes do grupo familiar no cômputo total da renda auferida. Requer maiores esclarecimentos,
ademais, quanto ao valor do aluguel informado pela Autora, o que representa dois terços da renda total
da família. Em resposta, registrada em 10/11/2016, consignou-se que “[...] segundo informações da
autora, seu genro Fabiano Cardoso da Silva, já é falecido, devido à doença de câncer no Pâncreas, por
esta questão não compõe o grupo familiar”. Ainda de acordo com a manifestação, “segundo informações
da autora a família reside no imóvel, o qual ocorreu à visita social, de aluguel a mais de cinco anos, que
era o seu genro quem os sustentavam, que na falta do mesmo, recorrem a ajuda de parentes, os citados
acima”. 7. Como se sabe, “o benefício previdenciário no valor de um salário mínimo recebido por maior de
65 anos deve ser afastado para fins de apuração da renda mensal per capita objetivando a concessão de
benefício de prestação continuada. O entendimento de que somente o benefício assistencial não é
considerado no cômputo da renda mensal per capita desprestigia o segurado que contribuiu para a
Previdência Social e, por isso, faz jus a uma aposentadoria de valor mínimo, na medida em que este tem
de compartilhar esse valor com seu grupo familiar” [STJ, Petição n. 7.203-PE (Incidente de
Uniformização), Terceira Seção, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, DJe 11.10.2011]. No mesmo
sentido: TNU, PEDILEF 200870530000132, Rel. Juiz Federal Ronivon de Aragão, DJ 25.05.2010; TRF 1ª
Região, AC 2009.01.99.062501-2, Segunda Turma, Rel. Juiz Federal Cleberson José Rocha (conv.),
eDJF1 19.10.2012, p. 769. 8. O próprio STF, ao julgar o RE 580.963/PR, declarou a inconstitucionalidade
parcial, sem pronúncia de nulidade, do art. 34, parágrafo único, da Lei n. 10.741/2003 (Estatuto do Idoso),
pela "inexistência de justificativa plausível para discriminação dos portadores de deficiência em relação
aos idosos, bem como dos idosos beneficiários da assistência social em relação aos idosos titulares de
benefícios previdenciários no valor de até um salário mínimo" (STF, RE 580.963/PR, rel. Min. Gilmar
Mendes, Plenário, DJE 14/11/2013). Isso quer dizer que se um idoso (a partir de 65 anos de idade, como
prescreve o art. 34, caput, do Estatuto do Idoso) do grupo familiar receber benefício previdenciário no
valor de até um salário mínimo, tal valor deve ser desconsiderado, para apuração da renda familiar. 9. No
caso, uma das integrantes do grupo familiar (sogra da filha), possui, atualmente, idade superior a 65 anos,
enquadrando-se na regra prevista pelo caput do art. 34 do Estatuto do Idoso e, por isso, sendo alcançada
pelo precedente do STF. Assim, é possível desconsiderar a respectiva aposentadoria no valor de um
salário mínimo, para fins de apuração da renda mensal per capita do grupo familiar, o qual, de acordo
com o laudo socioeconômico, é constituído pela parte Autora, sua filha, um neto, um enteado, assim
como a sogra da filha. Consideradas as circunstâncias, a renda per capita familiar revela-se inferior a 1/4
do salário mínimo definido pela legislação. In casu, a entidade familiar, composta por cinco pessoas,
passa a deter renda total de R$ 900,00 (novecentos reais), o que corresponde à R$ 180,00 (cento e
oitenta reais) por integrante. 10. É certo que o Supremo Tribunal Federal, ao julgar a Reclamação n.
4.374, declarou a inconstitucionalidade do § 3° do art. 20 da LOAS, por entender que o critério objetivo,
renda per capita de ¼ do salário mínimo, é insuficiente para aferição da carência familiar socioeconômica,
além de que tal critério tornou-se defasado diante dos mais recentes e diversos programas de assistência
social que se baseiam em ½ salário mínimo
Turma Recursal
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per capita, para atestar a situação dessa carência. Todavia, de acordo com o relator, min. Gilmar Mendes,
a declaração de inconstitucionalidade do dispositivo normativo foi feita sem pronúncia de nulidade, de
modo que o texto da norma declarada inconstitucional persiste no ordenamento jurídico. O critério da
norma passou, então, a ser conjugado com outros elementos, específicos de cada caso avaliado. 11.
Aliás, a própria legislação acabou por ser reformada, fazendo constar previsão expressa de que "poderão
ser utilizados outros elementos probatórios da condição de miserabilidade do grupo familiar e da situação
de vulnerabilidade" (art. 20, § 11, da Lei n. 8.742/1993, incluído pela Lei n. 13.146/2015). 12. Analisando-
se as peculiaridades do caso concreto, observa-se que além do cumprimento de renda mensal per capita
inferior a ¼ do salário mínimo, o laudo socioeconômico reconhece a vulnerabilidade social e
hipossuficiência econômica da parte Autora. Nesses termos, verbis: “Diante dos fatos apresentados,
entende esta perita que a autora deve ser considerada vitima da vulnerabilidade social e hipossuficiência
econômica, precariedade. Necessitando do Benefício Assistencial (BPC- Benefício de Prestação
Continuada) para sua própria subsistência”. 13. Ademais, no quesito despesa familiar, constante do laudo
socioeconômico, registra-se que a parte Autora possui o seguinte gasto mensal: aluguel, R$ 1.030,00;
363
alimentação, R$ 250,00; energia elétrica, R$ 145,65; condomínio e água, R$ 300,00; gás R$ 60,00.
Totalizando R$ 1.785,65 (p. 8/10 do laudo socioeconômico, registrado em 16/11/2015). É dizer, o próprio
laudo socioeconômico aponta despesas superiores à renda familiar de R$ 900,00, o que ressalta a
carência socioeconômica. 14. Quanto aos juros e correção monetária, na Sessão de 20/09/2017, o STF
concluiu o julgamento do RE 870.947 (repercussão geral), definindo que “o artigo 1º-F da Lei 9.494/1997,
com a redação dada pela Lei 11.960/2009, na parte em que disciplina a atualização monetária das
condenações impostas à Fazenda Pública segundo a remuneração oficial da caderneta de poupança,
revela-se inconstitucional ao impor restrição desproporcional ao direito de propriedade (CRFB, art. 5º,
XXII), uma vez que não se qualifica como medida adequada a capturar a variação de preços da
economia, sendo inidônea a promover os fins a que se destina”. Portanto, não há razão quanto ao pleito
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de aplicação do critério previsto pelo art. 1º-F da Lei n. 9.494/1997. 15. O acórdão referente ao RE
870.947 já foi publicado no DJe de 17/11/2917, tornado público em 20/11/2017 Outrossim, o STJ decidiu
que “a modulação dos efeitos da decisão que declarou inconstitucional a atualização monetária dos
débitos da Fazenda Pública com base no índice oficial de remuneração da caderneta de poupança, no
âmbito do Supremo Tribunal Federal, objetivou reconhecer a validade dos precatórios expedidos ou
pagos até 25 de março de 2015, impedindo, desse modo, a rediscussão do débito baseada na aplicação
de índices diversos. Assim, mostra-se descabida a modulação em relação aos casos em que não ocorreu
expedição ou pagamento de precatório” (REsp 1495146/MG, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques,
Primeira Seção, julgado em 22/02/2018, DJe 02/03/2018). 16. Por isso, não prejudica a conclusão deste
julgamento, quanto aos consectários legais, a pendência de embargos declaratórios, no RE 870.947, nem
mesmo se a tais embargos, excepcionalmente, foi deferido algum efeito suspensivo, pois aqui ainda se
Turma Recursal
D0FC4754383F3394CFFACCD4AD148095
está na fase de conhecimento da causa, longe do início da eventual fase de cumprimento do julgado,
quanto aos valores pretéritos a serem pagos, se for o caso. 17. Não provimento do recurso interposto pelo
INSS. 18. Incabível condenação em honorários advocatícios, tendo em vista que a parte Autora está
assistida pela Defensoria Pública da União (enunciado da Súmula 421/STJ). ACÓRDÃO Decide a
Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade, negar
provimento ao recurso. Brasília/DF, 23/10/2019.
EMENTA
TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL. CPSS SOBRE JUROS DE MORA E REGIME DE COMPETÊNCIA.
RESISTÊNCIA PARCIAL DA PARTE RÉ AO MÉRITO DA PRETENSÃO AUTORAL. PRESENÇA DE
INTERESSE DE AGIR. PROVIMENTO DO RECURSO E RETORNO DO FEITO À ORIGEM. 1. A
sentença julgou extinto o processo, sem resolução do mérito, nos termos do art. 485, IV e VI do NCPC,
sob os seguintes fundamentos: “[...] a parte-autora foi intimada para juntar o indeferimento administrativo,
e quedou-se inerte, limitando-se a informar que não há previsão legal para a determinação judicial.
Entendo que a parte autora deverá comprovar a lide que impulsione o andamento do Poder Judiciário
quando provocado, o que não aconteceu no presente caso”. 2. Razões do recurso interposto pela parte
Autora: a) há interresse de agir pelo simples fato de a matéria versada neste feito ser contestada pela
Fazenda Nacional em diversas ações semelhantes (regime de competência e incidência de cotribuição
previdenciária sobre juros de mora); b) não há previsão legal que condicione o ajuizamento da ação a
requerimento administrativo; c) o desconto de contribuição previdenciária independe de prévio
requerimento administrativo, em face do princípio da inafastabilidade da jurisdição; d) não cabe a
incidência de PSS sobre o montante referente a juros, visto que possuem natureza jurídica indenizatória e
não compensatória. 3. A parte Ré ofereceu resposta escrita ao recurso. 4. No caso, foi determinada a
emenda à inicial, para que fosse juntado o comprovante de indeferimento administrativo, sob pena de
extinção do processo sem julgamento de mérito. Tal providência não foi adotada pela parte Recorrente,
sob o argumento de que não há previsão legal que condicione o ajuizamento da presente ação à juntada
do referido indeferimento administrativo. 5. O Supremo Tribunal Federal já decidiu que a exigência de
prévio requerimento administrativo não fere a garantia de livre acesso ao Judiciário, previsto no art. 5º,
XXXV, da CF e que o pedido administrativo anterior indeferitório é que caracteriza lesão ou ameaça a
direito. Assim, a ausência de prévio requerimento administrativo constitui óbice ao processamento de
ação judicial contra o INSS, exceto nos seguintes casos: a) revisão de benefícios em que não exista
matéria de fato a ser solucionada; b) casos em que o entendimento da Administração for notório e
reiteradamente contrário à postulação do segurado e redundará, inevitavelmente, em indeferimento; c)
364
quando a ação for proposta em juizados itinerantes; e d) quando o INSS contestar o mérito da ação, vez
que, nesse caso, configura-se o interesse de agir pela resistência à pretensão. (RE nº 631.240,
Repercussão Geral, Rel. Min. Luís Roberto Barroso, DJe 10.11.2014). 6. O Superior Tribunal de Justiça,
chamado a se manifestar quanto à aplicação do referido entendimento
Turma Recursal
C1EB183A511F56D806791687E08AF5DF
em demandas tributárias, reconheceu que a ratio decidendi utilizada quando do julgamento da exigência
ou não do prévio requerimento administrativo nos benefícios previdenciários pode ser adotada para os
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pedidos concernentes às contribuições previdenciárias. 7. Colaciona-se, verbis, o entendimento
consolidado no âmbito daquela Corte de Justiça: “[...] Na esfera previdenciária, na área de benefícios do
Regime Geral de Previdência Social, o STJ, no julgamento do Recurso Especial Repetitivo 1.369.834/SP
(Tema 660), Relator Ministro Benedito Gonçalves, alinhando-se ao que foi firmado pelo Supremo
Tribunal Federal no RE 631.240/MG (Tema 350, Relator Ministro Roberto Barroso), entendeu pela
necessidade do prévio requerimento administrativo. Em matéria tributária a questão já foi apreciada no
âmbito do STJ que consolidou o entendimento da exigência do prévio requerimento administrativo nos
pedidos de compensação das contribuições previdenciárias. Vejam-se: AgRg nos EDcl no REsp
886.334/SP, Rel. Ministro Castro Meira, Segunda Turma, julgado em 10/8/2010, DJe 20/8/2010; REsp
952.419/SP, Rel. Ministro Castro Meira, Segunda Turma, julgado em 2/12/2008, DJe 18/12/2008;
REsp 888.729/SP, Rel. Ministro João Otávio de Noronha, Segunda Turma, julgado em 27/2/2007,
DJ 16/3/2007, p. 340; REsp 544.132/RJ, Rel. Ministra Denise Arruda, Primeira Turma, julgado em
23/5/2006, DJ 30/6/2006, p. 166. Como as matérias tributária e previdenciária relacionadas ao Regime
Geral de Previdência Social possuem natureza jurídica distinta, mas complementares, pois, em
verdade, tratam-se as relações jurídicas de custeio e de benefício (prestacional) titularizadas pela
União e pelo INSS, respectivamente, com o fim último de garantir a cobertura dos riscos sociais de
natureza previdenciária, entende-se que a razão de decidir utilizada quando do julgamento da exigência
ou não do prévio requerimento administrativo nos benefícios previdenciários pode também ser
adotada para os pedidos formulados à Secretaria da Receita Federal concernentes às contribuições
previdenciárias (REsp 1734733 / PE, Rel. Min. HERMAN BENJAMIN, publicado em DJe 28/11/2018). 8.
De todo modo, no caso presente, a manifestação da Fazenda Nacional, ao oferecer resposta escrita ao
recurso, resistiu ao mérito da pretensão, especialmente no que toca ao regime de competência. Somente
há Instrução Normativa da RFB no que toca à não incidência da CPSS sobre a parcela referente aos juros
de mora decorrente de valores pagos em cumprimento de decisão judicial ou de acordo homologado. Mas
aqui, como dito, o objeto da ação proposta não é apenas este, tendo a União (Fazenda Nacional) resistido
no mérito, quanto ao outro objeto (regime de competência). 9. Nesse contexto, as razões recursais
apresentadas pela parte Recorrente se adéquam ao entendimento consolidado pelo STF e pelo STJ, de
haver interesse de agir. 10. Provimento do recurso interposto pela parte Autora, para reconhecer a
presença do interesse de agir, anulando-se a sentença. Vencido, em parte, o Juiz Federal João Carlos
Mayer Soares, que deu provimento ao recurso em menos extensão, já que reconheceu o interesse de agir
apenas quanto à discussão sobre o regime de competência. Quanto ao pedido de restituição da CPSS
sobre os juros de mora, não tendo havido resistência da parte Ré, entendeu continuar havendo ausência
de interesse de agir, inclusive porque os pedidos são autônomos.
Turma Recursal
C1EB183A511F56D806791687E08AF5DF
11. Superada a questão do interesse de agir, inaplicável regra prevista no art. 1.013, § 3º, I, do NCPC,
vez que a parte Ré não foi citada e não apresentou contestação inicial. Ante a ausência de contraditório
totalmente formalizado, o feito deve retornar à origem para regular processamento e julgamento, com
baixa da distribuição na Turma Recursal. 12. Honorários advocatícios incabíveis, por falta de previsão
legal para o arbitramento, quando há provimento do recurso julgado (art. 55, caput, da Lei n. 9.099/1995).
ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por
maioria, dar provimento ao recurso, nos termos do voto do Relator, vencido, em parte, o Juiz Federal
João Carlos Mayer Soares, que lhe deu provimento em menor extensão. Brasília/DF, 23/10/2019.
conclusão o exame pericial pela ausência de incapacidade não reflete a sua realidade vivenciada, além
de serem alegações contraditórias, haja vista que há relatórios médicos já acostados ao processo que
indicam a incapacidade laborativa; b) ausência de sensibilidade ao analisar o processo, afinal os sintomas
e efeitos perversos de sua doença (aspecto físico) incidem e tem no cerne de sua atividade cotidiana e no
Princípio da Dignidade Humana e das Liberdades Fundamentais; c) necessidade de nova perícia na
especialidade requerida na Inicial e reiterada na impugnação ao laudo pericial; d) insuficiência da prova
pericial; e) princípios do in dúbio pro misero e da função social da previdência; f) os documentos
apresentados que comprovam a incapacidade; g) prequestionamento. 3. O INSS não ofereceu resposta
escrita ao recurso. 4. Parte Autora do sexo masculino, nascido em 03/08/1987 (atualmente com 32 anos
de idade), casado, declara-se semi-analfabeto, Soldador por cerca de cinco anos (p. 2, do laudo),
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residente e domiciliado em Planaltina/DF. 5. O laudo pericial foi produzido por médico especialista em
ortopedia e traumatologia e com subespecialização em coluna vertebral, ou seja, especialidade habilitada
para periciar a lesão/doença da parte Autora. Depois do seu exame pessoal, foi considerada a
documentação juntada ao feito, conforme dá conta o próprio laudo, o qual faz referência à ressonância
magnética da coluna cervical de 25/10/17 com “pequena herniação discal posterior, sem estenose do
canal C6-C7”, bem como os exames datados em 11/04/2018 realizado pelo Dr. Wesley Lôbo e
19/07/2018 pelo Dr. Alex Vaz da Silva, pelo que sem razão a parte Autora, quanto à necessidade de
produção de novo laudo. 6. O certo é que a perícia registrada em 19/12/2018, realizada por médico
especializado em ortopedia e traumatologia e com subespecialização em coluna vertebral, constatou que
o periciando é portador de doença CID: M51.3 (outra degeneração especificada de disco intervertebral),
fixando a data de início da doença em 25/10/2017. Contudo, a doença não a incapacita para o exercício
de atividade que garanta a subsistência. Após exame clínico detalhado, o mesmo laudo pericial concluiu:
“Trata-se de transtorno degenerativo cervical sem sinais de conflito neural e sem importante limitação
funcional. (...) Não foi identificada incapacidade laboral neste periciado”.
Turma Recursal
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7. A prova pericial foi taxativa em concluir pela ausência de incapacidade laborativa da parte Autora. A
produção da prova pericial em Juízo, de cunho médico, tem por fim esclarecer a situação funcional da
pessoa, quanto à saúde, no contexto de um procedimento em contraditório e imparcial, devendo
prevalecer sobre documentos unilateralmente juntados por uma das partes. Somente no caso de a prova
pericial judicial ser dúbia ou incompleta é que documentos juntados unilateralmente podem ser usados
para suprir a falta ou a dubiedade da prova pericial judicial, o que não é o caso. Por isso, não é o caso de
usar os documentos médicos juntados unilateralmente, para reconhecer a incapacidade laboral da parte
Autora. 8. Como se sabe, ser portador de doença ou lesão não é a mesma coisa que ser portador de
incapacidade, conforme disciplinado pela legislação previdenciária. Como a incapacidade pode variar ao
longo do tempo, não obstante as doenças ou as lesões se mantenham, então não se pode derivar
automaticamente aquela destas. Por isso, não se pode presumir continuidade do estado incapacitante. Há
de prevalecer, no caso, a conclusão expressa do laudo pericial, assim não sendo necessária a realização
de nova perícia médica, pelo menos no âmbito deste processo. 9. De outra banda, nas demandas de
benefícios por incapacidade, as avaliações são feitas secundum eventum litis e rebus sic stantibus, ou
seja, apenas nas condições e circunstâncias fáticas dadas. Assim, se o laudo dá conta que a parte Autora
possui condições de exercer atividade laborativa neste momento, não há óbice à concessão futura do
benefício, se a avaliação médica assim indicar, ainda que em virtude da mesma enfermidade. Afinal, uma
enfermidade pode ou não resultar em incapacidade. A situação variável desta configura mudança dos
fatos, da causa de pedir. 10. Não provimento do recurso interposto pela parte Autora. 11. Sem
condenação em honorários advocatícios. A instância revisora somente pode dispor sobre honorários,
"levando em conta o trabalho adicional realizado em grau recursal" (art. 85, § 11, NCPC). Não havendo
trabalho em grau recursal pela parte Recorrida, não há como condenar a parte Recorrente em honorários
advocatícios. Além disso, a parte Autora é beneficiária da gratuidade de justiça. Vencido, no ponto, o Juiz
Federal João Carlos Mayres Soares, que condenou a parte Recorrente vencida em honorários, no
patamar de 10% sobre o valor da causa, com suspensão do pagamento, em virtude da gratuidade de
justiça. Isso porque entende que a disposição legal se aplica apenas aos casos de majoração dos
honorários, devendo haver cominação originária destes em grau recursal, quando cabíveis, conforme
entendimento do STJ. ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais
do Distrito Federal, por unanimidade, negar provimento ao recurso. Brasília/DF, 23/10/2019.
Turma Recursal
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Juiz David Wilson de Abreu Pardo 2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF RELATOR 3
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RECURSO. 1. A sentença rejeitou o pedido da parte Autora de incorporação da gratificação GDM-PST,
na mesma pontuação da gratificação anterior GDPST, em 100 pontos, sob o fundamento de
impossibilidade da extensão paritária entre servidores ativo e inativos de vantagens propter laborem. 2.
Razões do recurso interposto pela parte Autora: a) deveria estar recebendo a mesma pontuação da
GDPST (antecessora da GDM-PST atribuída aos servidores ativos desde julho/2011, retroativamente a
novembro de 2010, quando teve início o pagamento de 100 pontos aos servidores da carreira da
Previdência Saúde e Trabalho; b) a GDM-PST faz parte da remuneração fixa da parte autora e cuja
totalidade é irredutível, conforme Estatuto do Servidor e Constituição Federal. d) “a questão central é a
demonstração de que a GDPST, antecessora da GDM-PST foi paga no Ministério da Saúde,
INDISTINTAMENTE, a todos servidores ativos, em regra com a mesma pontuação, 100 PONTOS, desde
NOV/2010”; d) dado o caráter genérico dessa gratificação requer a incorporação dos 100 pontos e,
alternativamente, “diante da complexidade da matéria, requer-se a realização de perícia técnica, por
perito credenciado junto ao TRF1, apta a instruir o processo na determinação da natureza jurídica da
GDM-PST paga aos servidores do Ministério da Saúde, desde MAR/2008, se como Vantagem Pecuniária
Permanente, GENÉRICA, ou Vantagem pro labore faciendo”. 3. A União ofereceu resposta escrita ao
recurso suscitando as preliminares de impugnação do valor atribuído à causa e de ausência dos
requisitos necessários à concessão do benefício da justiça gratuita; a prejudicial de prescrição e no,
mérito, requer seja julgado improcedente o pedido. Eventualmente, pede que o direito à incorporação seja
reconhecido a contar do ajuizamento da ação, considerando a ausência do termo de opção; que se
estabeleça qual a média que deva ser calculado os pontos para fins de incorporação e que sejam
observados os termos dos arts. 88 e 89 da Lei 13.324/2016.
Turma Recursal
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4. Rejeita-se a preliminar de impugnação ao valor da causa arguida pela União, vez que deveria ter
apresentado o valor que entende devido como proveito econômico na demanda e não apenas arguir de
forma genérica a incompatibilidade do valor atribuído. 5. Rejeita-se a preliminar de impugnação à
assistência judiciária, como levantada, pois feita sem contraprova dos elementos que levaram o Juízo
originário a conceder o benefício. O novo CPC estabelece que "Presume-se verdadeira a alegação de
insuficiência deduzida exclusivamente por pessoa natural" (art. 99, § 3º, do NCPC). Assim, tendo o Juízo
a quo verificado a presença dos requisitos para a concessão do benefício, apenas através de contraprova
suficiente sobre a situação específica poderia ser indeferido o pedido. 6. Rejeita-se a prejudicial de
prescrição suscitada pela União, vez que não ocorreu a prescrição do fundo de direito, mas apenas das
parcelas que antecederam aos cinco anos a contar da data da propositura da ação. 7. O pedido da parte
Autora é realmente distinto daqueles recorrentemente julgados pelos JEFs e pelas TRs do Distrito Federal
ao longo do tempo. Neste caso, cuida-se de aferir se a Gratificação de Desempenho referida no processo
não deixou de efetivamente ser genérica, mesmo depois de formalmente iniciados os ciclos de avaliação
pela Administração, pois, ainda que iniciados tais ciclos, não correspondem aos requisitos estabelecidos
pela lei para tornar a Gratificação uma parcela pro labore faciendo. Segundo as razões de recurso, tendo
a parte Autora recebido invariavelmente o patamar máximo da Gratificação durante o seu período de
atividade, na passagem para a inatividade haveria de permanecer o mesmo valor máximo, em virtude da
paridade e da integralidade. 8. Como se sabe, Gratificações de Desempenho são parcelas autônomas
pagas de maneira destacada e não cumulativa, em função do desempenho individual do servidor e, ainda,
do alcance de metas de desempenho institucional do respectivo órgão e da entidade de lotação. Não
servem de base de cálculo para quaisquer outros benefícios, ou parcelas remuneratórias ou vantagens, e
costumam ter previsão legal para o seu reajuste na mesma proporção da revisão geral da remuneração
dos servidores públicos federais. 9. Porém, em relação ao termo inicial para pagamento diferenciado, o
STF decidiu em sede de repercussão geral no RE 662406: “O termo inicial do pagamento diferenciado
das gratificações de desempenho entre servidores ativos e inativos é o da data da homologação do
resultado das avaliações, após a conclusão do primeiro ciclo de avaliações, não podendo a Administração
retroagir os efeitos financeiros a data anterior”. (RE 662406, Relator Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal
Pleno, julgado em 11/12/2014, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-031 DIVULG 13-02-2015 PUBLIC 1802-
2015). 10. A regra foi novamente reafirmada pelo STF, com importante acréscimo, para todas as
Gratificações de Desempenho, ao julgar o Tema 983, cujo Processo Paradigma foi o ARE 1.052.570, com
a publicação do acórdão no DJE de 6.3.2018 e trânsito em julgado em 16/5/2018. No julgado, as Teses
Firmadas foram as seguintes, verbis: "I - O termo inicial do pagamento diferenciado das gratificações de
367
desempenho entre servidores ativos e inativos é o da data da homologação do resultado das avaliações,
após a
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conclusão do primeiro ciclo; II - A redução, após a homologação do resultado das avaliações, do valor da
gratificação de desempenho paga aos inativos e pensionistas não configura ofensa ao princípio da
irredutibilidade de vencimentos". 11. Nas Gratificações de Desempenho criadas ao longo do tempo, os
trabalhos ou serviços que ensejam o recebimento podem ser e até são os mesmos que os servidores
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beneficiados já exerciam e continuam exercendo. O que muda é o desempenho e a produtividade. Sendo
mais elevados, nos mesmos serviços e/ou trabalhos normalmente realizados, há aumento no valor da
Gratificação de Desempenho. Assim, quando a Administração passou a pagar a título de Gratificação de
Desempenho valores indistintos e independentes de qualquer avaliação, a todos os servidores da ativa,
deixou a gratificação de ser pro labore faciendo, ostentando caráter geral e alcançando servidores
inativos e/ou pensionistas com o direito à paridade. Todavia, não sendo pagas em virtude de trabalhos
anormais, a natureza pro labore faciendo das diversas Gratificações de Desempenho se mantém apenas
enquanto pagas em virtude de avaliações periódicas de produtividade. 12. Regra geral, portanto, de
acordo com o entendimento do STF, é legítimo o pagamento diferenciado das Gratificações de
Desempenho, a menor para os servidores inativos, depois da homologação do resultado das avaliações.
13. E é acertada a posição do STF. Como já bem pontuou a TNU, “vantagens condicionais ou modais,
mesmo que auferidas por longo tempo em razão do preenchimento dos requisitos exigidos para sua
percepção, não se incorporam ao vencimento, a não ser quando essa integração for determinada por lei.
(É que as vantagens condicionais ou modais) são vantagens pelo trabalho que está sendo feito (pro
labore faciendo) ou, por outras palavras, são adicionais de função (ex facto officii), ou são gratificações de
serviço (propter laborem), ou, finalmente, são gratificações em razão de condições pessoais do servidor
(propter personam). Daí por que, quando cessa o trabalho, ou quando desaparece o fato ou a situação
que lhes dá causa, deve cessar o pagamento de tais vantagens, sejam elas adicionais de função,
gratificações de serviço ou gratificação em razão das condições pessoais do servidor” (TNU, PEDILEF
05033027020134058302, Juiz Federal Ronaldo José da Silva, DOU de 05/02/2016). 14. Nesse contexto,
não é verdade que a gratificação de desempenho constitui, na prática, simples vantagem inerente ao
cargo, integrando a estrutura remuneratória da Carreira e maneira ardilosa de o Poder Público conceder
um reajuste setorial por vias transversas. Segundo as definições do § precedente, uma vantagem pro
labore faciendo pode ser na modalidade propter laborem, quer dizer, em razão de serviço. Se a
gratificação estivesse sendo paga apenas porque se estava ocupando certo cargo, então teria razão a
parte Autora/Recorrente. Todavia, como é paga em virtude da "quantidade" e da "qualidade" do serviço
efetivamente (institucionalmente e pessoalmente) desenvolvido pelo(a) servidor(a), então a sua natureza
pro labore faciendo surge e se destaca juridicamente, tornando-se inegável. 15. Por outro lado, não há
prova de que pagamentos da gratificação estão sendo feitos na pontuação máxima para os servidores
ativos, mediante avaliação por "ficção
Turma Recursal
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jurídica", caracterizando um aumento disfarçado de remuneração. Ainda que eventualmente servidores
possam estar sendo avaliados com pontuação máxima, isso não implica que todos estejam sendo. Aliás,
mesmo que vários servidores ativos estivessem sendo avaliados com a pontuação máxima, isso
decorreria dos critérios de avaliação já estabelecidos e executados, ou seja, decorreria da realização dos
ciclos de avaliação feitos com os servidores atualmente em atividade. Ou seja, resultados são obtidos
com base no desempenho dos servidores em atividade. Mesmo a parcela institucional, depois de
realizada a avaliação, leva em conta a produtividade do conjunto daqueles que estão na ativa, não
podendo ser estendida aos que já se encontravam inativos e que, por essa situação, não contribuíram
para o desempenho institucional. 16. É dizer, a circunstância de a parte Autora/Recorrente ter recebido,
segundo argumenta, sempre o mesmo patamar máximo da Gratificação, durante período de atividade,
não retira o caráter pro labore faciendo. Se assim recebia, isso se dava como resultado dos processos de
avaliação individual e institucional, nos termos da lei. Ou seja, felizmente, para a parte Autora, seus
resultados avaliativos devem ter sido sempre amplamente favoráveis, levando ao pagamento no patamar
máximo, mesmo depois de a Gratificação passar a ter natureza pro labore faciendo. Mas essa
circunstância não desfaz tal natureza nem outorga à gratificação de desempenho um caráter genérico a
implicar incorporação automática do patamar máximo aos proventos de aposentadoria do servidor
beneficiado pelas avaliações. 17. Por sua vez, não há prova efetiva de que os critérios de avaliação são
inadequados. Em princípio, nem mesmo é possível dizer que se está premiando o baixo desempenho, ao
se atribuir pontuação máxima a quem individualmente cumpre apenas 75% da meta. Uma tal conclusão
apenas seria possível pela demonstração clara de que o patamar estabelecido não está de acordo com o
contexto produtivo dos servidores ao longo do tempo. É dizer, apenas numa escala comparativa alongada
seria possível avaliar a inadequação da meta adotada. A grandeza da meta ganha sentido numa análise
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faculta ao servidor que tem direito à integralidade e paridade incorporar “valor integral da média dos
pontos da gratificação de desempenho recebidos nos últimos sessenta meses de atividade” (art. 88, III,
c/c o art. 87, XV). Com isso, o legislador decidiu fixar prazo mínimo de recebimento e, ainda, de
contribuição
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previdenciária sobre Gratificações de Desempenho, para o servidor público com direito à integralidade e
paridade recebê-la integralmente, quando passar à inatividade. 20. Seja como for, observe que o valor
integral é da média dos pontos recebidos em lapso de tempo determinado. Não poderia ser diferente,
pois, os valores da gratificação podem variar, dependendo dos resultados das avaliações procedidas.
Outrossim, não importa que o tempo mínimo fixado na lei não alcance o tempo de contribuição para
aposentadoria integral. No fundo, o legislador agiu por meio de um critério de liberalidade e continua
resolvendo a questão da melhor maneira possível, de acordo com o seu juízo político. O que não se pode
é acolher o pedido inicial, tal qual formulado, valendo registrar que a parte Autora passou a ter à sua
disposição a opção criada pela Lei n. 13.324/2016, para receber valores mais elevados da Gratificação de
Desempenho, devendo, por óbvio, observar todos os requisitos ali estabelecidos para tanto. 21. Assim,
gratificação de desempenho não deriva da garantia de paridade e integralidade remuneratória e a sua
extensão aos servidores inativos viola o princípio da legalidade e da reserva legal (art. 37, X, da CF).
Enfim, a partir da data da homologação do resultado das avaliações, após conclusão do primeiro ciclo de
avaliações, passou a valer o pagamento diferenciado da Gratificação entre servidores ativos e os inativos,
conforme a jurisprudência do STF aqui colacionada. 22. Por fim, a parte Autora/Recorrente não requereu
a produção de prova pericial, na petição inicial. E quando pleiteia produção de tal prova, na petição de
recurso, literalmente justifica o pleito “diante da complexidade da matéria”. A par de não precisar a forma
da prova pericial requerida, tem razão a parte Autora/Recorrente sobre a complexidade da matéria e,
assim, sobre a própria complexidade da prova pericial que pleiteia. Seria preciso definir o(s)
profissional(ais) habilitado(s) ao exame e, ainda, os contextos funcionais para a coleta dos dados, a tornar
ainda mais complexa a produção da prova. Em hipóteses tais, o TRF1 tem entendido não caber ao JEF a
produção de tal prova, conforme CC 0013151-72.2017.4.01.0000, Des. Fed. Gilda Sigmaringa Seixas, 1ª
Seção, e-DJF1 de 25/4/2018. 23. Não provimento do recurso interposto pela parte Autora. Dissentiu, em
parte, o Juiz Federal João Carlos Mayer Soares, quanto ao fundamento do § 22 da ementa, ressaltando
sua desnecessidade e implicação de indicar incompetência do JEF. 24. Honorários advocatícios pela
parte Recorrente em 10% sobre o valor corrigido da causa (artigo 55 da Lei n. 9.099/1995), com
suspensão do pagamento enquanto a parte credora não demonstrar que deixou de existir a situação de
insuficiência de recursos que justificou a concessão da Gratuidade de Justiça, extinguindo-se a dívida
cinco anos após o trânsito em julgado deste Acórdão (artigo 98, § 3º, NCPC).
Turma Recursal
E2C1C1535668D2B95C869A5103BA4BF8
ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por
unanimidade, negar provimento ao recurso. Brasília/DF, 23/10/2019.
FABIA CEDRO DE OLIVEIRA DINIZ RECORRIDO: ANA LUCIA DOS SANTOS - INSTITUTO NACIONAL
DE SEGURO SOCIAL-INSS ADVOGADO: DF00032692 - ANA FABIA CEDRO DE OLIVEIRA DINIZ
EMENTA
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pagamento das parcelas vencidas, desde esta data, corrigidas monetariamente, a partir do vencimento, e
acrescidas de juros de mora, a partir da citação, tudo em conformidade com o Manual de Cálculos da
Justiça Federal, compensadas as parcelas eventualmente pagas a título de auxílio-doença a partir da
data fixada”. A tutela de urgência foi concedida. 2. Razões do recurso interposto pela parte Autora: a) a
administração feriu os princípios da eficiência, dignidade da pessoa humana, e valores sociais do
trabalho; b) houve inobservância pelo juiz a quo, na sentença, quanto aos danos morais; c) é inegável a
ocorrência de lesão aos direitos de personalidade, pelo que requer a condenação do INSS a indenizar os
prejuízos sofridos, os danos causados, em decorrência da má prestação do serviço público que acarretou
lesão não somente na esfera patrimonial, mas acima de tudo na esfera moral, constituindo assim,
verdadeira afronta ao princípio da dignidade humana e valores sociais do trabalho; d) fixar a indenização
em valores não inferiores ao dobro do montante que se deve para si. 3. Razões do recurso interposto pelo
INSS: a) requer a suspensão dos efeitos da tutela concedida; b) apesar de o laudo ter considerado que a
parte Autora está incapacitada para o trabalho, observa-se que ela exerceu regularmente suas atividades
laborais habituais, com recebimento integral de suas remunerações entre 12/2017 e 09/2018, conforme
comprova o CNIS; c) o período concedido pela sentença a parte autora estava exercendo atividades
laborais; d) neste período não estava incapacitado apesar de ser portadora de doença; e) mudança da
DIB para a data que parte autora realmente não trabalhava mais, após a cessação administrativa em
19/02/2019; f) subsidiariamente requer a autorização dos descontos dos meses trabalhados do valor a ser
recebido de
Turma Recursal
385EED07E77C295AD5DB55E0613EB5A9
retroativos; g) aplicação integral dos critérios de juros e correção monetária previstos no art. 1º-F da Lei
n.º 9.494/97, até o trânsito em julgado do acórdão proferido no RE 870.947, ou, ao menos, a
determinação de sobrestamento do feito para até a publicação da decisão sobre a modulação dos efeitos;
h) prequestionamento. 4. A parte Autora ofereceu resposta escrita ao recurso interposto pelo INSS. 5. O
INSS não ofereceu resposta escrita ao recurso interposto pela parte Autora. 6. Parte Autora do sexo
feminino, nascida em 13/10/1987 (atualmente com 32 anos de idade), Auxiliar de limpeza (trabalhando
atualmente), superior incompleto, (cf. p. 1 do laudo) residente em Planaltina/DF. 7. Os fatos narrados não
resultam em danos morais, pois não envolvem lesão a direito que protege a honra da pessoa ou a direito
da personalidade. Pelo menos a parte Autora não justificou convincentemente que algum direito dessa
ordem teria sido violado, na conduta própria do INSS de avaliar e, no caso, rejeitar ou limitar
administrativamente a concessão de benefício. Ou seja, mesmo que depois o benefício tenha sido
concedido, ainda pela via administrativa, ou mesmo judicial, os transtornos eventualmente suportados em
razão disso não consistem em prejuízos passíveis de indenização moral. 8. Aliás, quando ocorre de uma
pretensão ser rejeitada pela Administração, de acordo com o seu juízo de valor, a pessoa tem à sua
disposição propor ação visando a alcançar aquele desiderato, comprovando no respectivo processo o fato
constitutivo do direito. É o que ocorre recorrentemente, quanto às questões previdenciárias. E
dependendo do que resultar provado no processo judicial, o ganho obtido pelo segurado geralmente
alcança o período em que o INSS não pagou o benefício, sendo isso suficiente para a reparação. 9. De
todo modo, não é possível estabelecer uma camisa de força para a Administração, quanto ao seu juízo de
apreciação e decisão dos atos que lhe são próprios. Ademais, o fato de o segurado contar com elementos
médicos favoráveis não pode inevitavelmente resultar na concessão do benefício pleiteado, sem a
avaliação pelo procedimento próprio do INSS, ou do órgão jurisdicional. Afinal, opiniões médicas
costumam divergir e não é incomum a pretensão ser indeferida inclusive no âmbito jurisdicional, ainda
que a parte colacione com a inicial elementos médicos em seu favor. 10. O certo é que "não há falar em
indenização por danos morais quando o INSS indefere a concessão de benefício previdenciário, tendo em
vista que a Administração tem o poder-dever de decidir os assuntos de sua competência e de rever seus
atos, pautada sempre nos princípios que regem a atividade administrativa, sem que a demora não
prolongada no exame do pedido, a sua negativa ou a adoção de entendimento diverso do interessado,
com razoável fundamentação, importe em dano moral ao administrado, de que possam decorrer dor,
humilhação ou sofrimento, suficientes a justificar a indenização pretendida" (TRF 1ª Região: AC
00224483020124019199, Rel. Des. Fed. João Luiz de Sousa, 1ª Câmara Regional Previdenciária da
Bahia, e-DJF1 de 28/7/2017; AC 00063926020114013700, Rel. Des. Fed. Jamil Rosa de Jesus Oliveira,
1ª Turma, e-DJF1 de 12/7/2017). 11. Enfim, não basta falar de "frustração da justa expectativa", para
algum direito da personalidade ter sido afetado. Como se diz na jurisprudência, meros aborrecimentos
370
Turma Recursal
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não justificam indenização por danos morais. 12. Precedentes no mesmo sentido da TR2/JEF/DF,
julgados nas Sessões de 31/08/2018, de 29/11/2017 e de 11/10/2017, dentre outros: 0074422-
38.2015.4.01.3400, 0021473-03.2016.4.01.3400, 0029883-50.2016.4.01.3400, 0037160-
20.2016.4.01.3400 e 0012854-84.2016.4.01.3400. 13. Quanto ao recurso interposto pelo INSS, há perícia
médica judicial, registrada em 10/04/2018, realizada por médico especialista em Reumatologia no dia
14/03/2018. Segundo a história da moléstia atual (p.2), a parte Autora “em julho/2017 iniciou quadro de
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fenômeno de Raynaud em mãos, associado a sensação de rigidez articular, além de edema e calor local.
Chegou a ficar internada por um período, mas não foi identificada causa. Em agosto foi encaminhada a
reumatologia e, após realizar exames laboratoriais, definido diagnóstico de doença mista do tecido
conjuntivo. No momento, relata estar trabalhando com bastante artralgia em pés e joelhos. Além disso,
queixa-se de fadiga e cansaço”. É portadora de doença/lesão de CID M 32.1 (Lúpus eritematoso
disseminado (sistêmico) com comprometimento de outros órgãos e sistemas), tendo a DID sido fixada em
julho de 2017 e a DII em 04/12/2017. O documento atesta que há incapacidade laborativa temporária,
total e multiprofissional. Em suas considerações finais concluiu que “foi constatado que o paciente é
portador de Lúpus eritematoso disseminado (CID: M 32.1), foram evidenciados elementos médicos que
indicam Incapacidade Laboral Total e Temporária Multiprofissional por 4 meses, a partir da data da perícia
devido às peculiaridades da patologia, para melhor acompanhamento clínico e prognóstico da doença, do
ponto de vista reumatológico. (...) Há necessidade mudança de função por restrições próprias da
patologia apresentada. Paciente cursando pedagogia, podendo ser readaptada em outra função”. 14. A
prova pericial foi taxativa em concluir pela incapacidade laborativa da parte Autora. A produção da prova
pericial em Juízo, de cunho médico, tem por fim esclarecer a situação funcional da pessoa, quanto à
saúde, no contexto de procedimento em contraditório e imparcial, devendo prevalecer sobre os
documentos unilateralmente juntados por uma das partes, inclusive perícia administrativa pelo INSS. 15.
A Súmula 72/TNU admite ser "possível o recebimento de benefício por incapacidade durante período em
que houve exercício de atividade remunerada, quando comprovado que o segurado estava incapaz para
as atividades habituais na época em que trabalhou". No caso, o benefício deverá ser mantido, já que há a
comprovação de incapacidade pela perícia médica judicial que a parte Autora esteve incapacitada desde
04/12/2017 e por até 04 (quatro) meses da data de realização do exame, devendo receber o benefício
correspondente a esse período. 16. Com efeito, diante da negativa da repartição administrativa (p. 11 da
doc inicial), não restou outra opção à parte Autora a não ser permanecer no labor, enquanto aguardava o
desfecho do julgamento deste processo, independentemente da situação em que se encontrava, como
pode ser observado pelo CNIS (registro em 14/10/2019). Não lhe conceder o benefício correspondente ao
período comprovado de incapacidade significa dupla punição ao segurado, pois haveria negativa
administrativa do benefício, obrigando o incapacitado a buscar fonte de renda em estado de necessidade,
e,
Turma Recursal
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posteriormente, usar-se-ia a atividade laboral em estado de necessidade para se negar o benefício,
quando referida atividade se deu em decorrência da negativa administrativa. 17. Quanto aos juros e
correção monetária, na Sessão de 20/09/2017, o STF concluiu o julgamento do RE 870.947 (repercussão
geral), definindo que “o artigo 1º-F da Lei 9.494/1997, com a redação dada pela Lei 11.960/2009, na parte
em que disciplina a atualização monetária das condenações impostas à Fazenda Pública segundo a
remuneração oficial da caderneta de poupança, revela-se inconstitucional ao impor restrição
desproporcional ao direito de propriedade (CRFB, art. 5º, XXII), uma vez que não se qualifica como
medida adequada a capturar a variação de preços da economia, sendo inidônea a promover os fins a que
se destina”. 18. O acórdão referente ao RE 870.947 já foi publicado no DJe de 17/11/2917, tornado
público em 20/11/2017. Outrossim, o STJ decidiu que “a modulação dos efeitos da decisão que declarou
inconstitucional a atualização monetária dos débitos da Fazenda Pública com base no índice oficial de
remuneração da caderneta de poupança, no âmbito do Supremo Tribunal Federal, objetivou reconhecer a
validade dos precatórios expedidos ou pagos até 25 de março de 2015, impedindo, desse modo, a
rediscussão do débito baseada na aplicação de índices diversos. Assim, mostra-se descabida a
modulação em relação aos casos em que não ocorreu expedição ou pagamento de precatório” (REsp
1495146/MG, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Primeira Seção, julgado em 22/02/2018, DJe
02/03/2018). 19. Por isso, não prejudica a conclusão deste julgamento, quanto aos consectários legais, a
pendência de embargos declaratórios, no RE 870.947, nem mesmo se a tais embargos,
excepcionalmente, foi deferido efeito suspensivo, pois aqui ainda se está na fase de conhecimento da
causa, longe do início da eventual fase de cumprimento do julgado, quanto aos valores pretéritos a serem
pagos, se for o caso. 20. Este acórdão abordou os argumentos levantados pelas partes, pelo que foram
considerados todos os elementos suscitados para fins de prequestionamento. 21. Não provimento dos
recursos. 22. Honorários advocatícios pelo INSS em favor da parte Autora em 10% sobre o valor da
condenação (art. 55, caput, da Lei 9.099/1995), mas respeitada a limitação temporal imposta pelo
371
enunciado da Súmula n. 111/STJ. 23. Sem honorários advocatícios pela parte Autora em favor do INSS.
A instância revisora somente pode dispor sobre honorários, “levando em conta o trabalho adicional
realizado em grau recursal” (art. 85, § 11, NCPC). Não havendo trabalho em grau recursal pelo INSS, não
há como condenar a parte Autora em honorários advocatícios. Além disso, a parte Autora é beneficiária
da gratuidade de justiça. Vencido, no ponto, o Juiz Federal João Carlos Mayres Soares, que condenou a
parte Autora/Recorrente vencida em honorários, no patamar de 10% sobre o valor da causa, com
suspensão do pagamento, em virtude da gratuidade de justiça. Isso porque entende que a disposição
legal se aplica apenas aos casos de majoração dos honorários, devendo haver cominação originária
destes em grau recursal, quando cabíveis, conforme entendimento do STJ.
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5. O pedido da parte Autora é realmente distinto daqueles recorrentemente julgados pelos JEFs e pelas
TRs do Distrito Federal ao longo do tempo. Neste caso, cuida-se de aferir se a Gratificação de
Desempenho referida no processo não deixou de efetivamente ser genérica, mesmo depois de
formalmente iniciados os ciclos de avaliação pela Administração, pois, ainda que iniciados tais ciclos, não
correspondem aos requisitos estabelecidos pela lei para tornar a Gratificação uma parcela pro labore
faciendo. Segundo as razões de recurso, tendo a parte Autora recebido invariavelmente o patamar
máximo da Gratificação durante o seu período de atividade, na passagem para a inatividade haveria de
permanecer o mesmo valor máximo, em virtude da paridade e da integralidade. 6. Como se sabe,
Gratificações de Desempenho são parcelas autônomas pagas de maneira destacada e não cumulativa,
em função do desempenho individual do servidor e, ainda, do alcance de metas de desempenho
372
institucional do respectivo órgão e da entidade de lotação. Não servem de base de cálculo para quaisquer
outros benefícios, ou parcelas remuneratórias ou vantagens, e costumam ter previsão legal para o seu
reajuste na mesma proporção da revisão geral da remuneração dos servidores públicos federais. 7.
Porém, em relação ao termo inicial para pagamento diferenciado, o STF decidiu em sede de repercussão
geral no RE 662406: “O termo inicial do pagamento diferenciado das gratificações de desempenho entre
servidores ativos e inativos é o da data da homologação do resultado das avaliações, após a conclusão
do primeiro ciclo de avaliações, não podendo a Administração retroagir os efeitos financeiros a data
anterior”. (RE 662406, Relator Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal Pleno, julgado em 11/12/2014,
PROCESSO ELETRÔNICO DJe-031 DIVULG 13-02-2015 PUBLIC 1802-2015). 8. A regra foi novamente
reafirmada pelo STF, com importante acréscimo, para todas as Gratificações de Desempenho, ao julgar o
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Tema 983, cujo Processo Paradigma foi o ARE 1.052.570, com a publicação do acórdão no DJE de
6.3.2018 e trânsito em julgado em 16/5/2018. No julgado, as Teses Firmadas foram as seguintes, verbis:
"I - O termo inicial do pagamento diferenciado das gratificações de desempenho entre servidores ativos e
inativos é o da data da homologação do resultado das avaliações, após a conclusão do primeiro ciclo; II -
A redução, após a homologação do resultado das avaliações, do valor da gratificação de desempenho
paga aos inativos e pensionistas não configura ofensa ao princípio da irredutibilidade de vencimentos". 9.
Nas Gratificações de Desempenho criadas ao longo do tempo, os trabalhos ou serviços que ensejam o
recebimento podem ser e até são os mesmos que os servidores beneficiados já exerciam e continuam
exercendo. O que muda é o desempenho e a produtividade. Sendo mais elevados, nos mesmos serviços
e/ou trabalhos normalmente realizados, há aumento no valor da Gratificação de Desempenho. Assim,
quando a Administração passou a pagar a título de Gratificação de Desempenho valores indistintos e
independentes de qualquer avaliação, a todos os servidores da ativa, deixou a gratificação de ser pro
labore faciendo, ostentando caráter geral e alcançando servidores inativos e/ou pensionistas com o direito
à paridade. Todavia, não sendo pagas em virtude de trabalhos anormais, a natureza pro labore faciendo
das diversas Gratificações de Desempenho se mantém apenas enquanto pagas em virtude de
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avaliações periódicas de produtividade. 10. Regra geral, portanto, de acordo com o entendimento do STF,
é legítimo o pagamento diferenciado das Gratificações de Desempenho, a menor para os servidores
inativos, depois da homologação do resultado das avaliações. 11. E é acertada a posição do STF. Como
já bem pontuou a TNU, “vantagens condicionais ou modais, mesmo que auferidas por longo tempo em
razão do preenchimento dos requisitos exigidos para sua percepção, não se incorporam ao vencimento, a
não ser quando essa integração for determinada por lei. (É que as vantagens condicionais ou modais) são
vantagens pelo trabalho que está sendo feito (pro labore faciendo) ou, por outras palavras, são adicionais
de função (ex facto officii), ou são gratificações de serviço (propter laborem), ou, finalmente, são
gratificações em razão de condições pessoais do servidor (propter personam). Daí por que, quando cessa
o trabalho, ou quando desaparece o fato ou a situação que lhes dá causa, deve cessar o pagamento de
tais vantagens, sejam elas adicionais de função, gratificações de serviço ou gratificação em razão das
condições pessoais do servidor” (TNU, PEDILEF 05033027020134058302, Juiz Federal Ronaldo José da
Silva, DOU de 05/02/2016). 12. Nesse contexto, não é verdade que a gratificação de desempenho
constitui, na prática, simples vantagem inerente ao cargo, integrando a estrutura remuneratória da
Carreira e maneira ardilosa de o Poder Público conceder um reajuste setorial por vias transversas.
Segundo as definições do § precedente, uma vantagem pro labore faciendo pode ser na modalidade
propter laborem, quer dizer, em razão de serviço. Se a gratificação estivesse sendo paga apenas porque
se estava ocupando certo cargo, então teria razão a parte Autora/Recorrente. Todavia, como é paga em
virtude da "quantidade" e da "qualidade" do serviço efetivamente (institucionalmente e pessoalmente)
desenvolvido pelo(a) servidor(a), então a sua natureza pro labore faciendo surge e se destaca
juridicamente, tornando-se inegável. 13. Por outro lado, não há prova de que pagamentos da gratificação
estão sendo feitos na pontuação máxima para os servidores ativos, mediante avaliação por "ficção
jurídica", caracterizando um aumento disfarçado de remuneração. Ainda que eventualmente servidores
possam estar sendo avaliados com pontuação máxima, isso não implica que todos estejam sendo. Aliás,
mesmo que vários servidores ativos estivessem sendo avaliados com a pontuação máxima, isso
decorreria dos critérios de avaliação já estabelecidos e executados, ou seja, decorreria da realização dos
ciclos de avaliação feitos com os servidores atualmente em atividade. Ou seja, resultados são obtidos
com base no desempenho dos servidores em atividade. Mesmo a parcela institucional, depois de
realizada a avaliação, leva em conta a produtividade do conjunto daqueles que estão na ativa, não
podendo ser estendida aos que já se encontravam inativos e que, por essa situação, não contribuíram
para o desempenho institucional. 14. É dizer, a circunstância de a parte Autora/Recorrente ter recebido,
segundo argumenta, sempre o mesmo patamar máximo da Gratificação, durante período de atividade,
não retira o caráter pro labore faciendo. Se assim recebia, isso se dava como resultado dos processos de
avaliação individual e institucional, nos termos da lei. Ou
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373
seja, felizmente, para a parte Autora, seus resultados avaliativos devem ter sido sempre amplamente
favoráveis, levando ao pagamento no patamar máximo, mesmo depois de a Gratificação passar a ter
natureza pro labore faciendo. Mas essa circunstância não desfaz tal natureza nem outorga à gratificação
de desempenho um caráter genérico a implicar incorporação automática do patamar máximo aos
proventos de aposentadoria do servidor beneficiado pelas avaliações. 15. Por sua vez, não há prova
efetiva de que os critérios de avaliação são inadequados. Em princípio, nem mesmo é possível dizer que
se está premiando o baixo desempenho, ao se atribuir pontuação máxima a quem individualmente
cumpre apenas 75% da meta. Uma tal conclusão apenas seria possível pela demonstração clara de que o
patamar estabelecido não está de acordo com o contexto produtivo dos servidores ao longo do tempo. É
dizer, apenas numa escala comparativa alongada seria possível avaliar a inadequação da meta adotada.
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A grandeza da meta ganha sentido numa análise comparativa ou relacional, não em si mesma. Isso
porque, em um contexto de produtividade histórica de até 50%, a meta de 75% pode ser um patamar
importante para a Administração Pública. 16. Aliás, a circunstância denota que a fixação das metas a
serem alcançadas deve ser um ato privativo da Administração Pública, passível de exame judicial apenas
de claramente demonstrado seu desacerto legal. Mesmo que um ato discricionário possa ser
judicialmente fiscalizável, do ponto de vista da sua legalidade, somente pode sofrer a intervenção judicial
quando o vício é manifesto. Não é o que se verifica no presente caso, conforme as razões dos §§
antecedentes, pelo que deve haver uma deferência do Judiciário ao Administrador. 17. Portanto,
considerando as circunstâncias relevantes da situação, a tese formulada na inicial não tem lugar, sem que
se fale de violação ao direito à integralidade/paridade. E a propósito, novo regramento criado pela Lei
13.324/2016 veio a confirmar esse raciocínio. A nova lei faculta ao servidor que tem direito à integralidade
e paridade incorporar “valor integral da média dos pontos da gratificação de desempenho recebidos nos
últimos sessenta meses de atividade” (art. 88, III, c/c o art. 87, XV). Com isso, o legislador decidiu fixar
prazo mínimo de recebimento e, ainda, de contribuição previdenciária sobre Gratificações de
Desempenho, para o servidor público com direito à integralidade e paridade recebê-la integralmente,
quando passar à inatividade. 18. Seja como for, observe que o valor integral é da média dos pontos
recebidos em lapso de tempo determinado. Não poderia ser diferente, pois, os valores da gratificação
podem variar, dependendo dos resultados das avaliações procedidas. Outrossim, não importa que o
tempo mínimo fixado na lei não alcance o tempo de contribuição para aposentadoria integral. No fundo, o
legislador agiu por meio de um critério de liberalidade e continua resolvendo a questão da melhor maneira
possível, de acordo com o seu juízo político. O que não se pode é acolher o pedido inicial, tal qual
formulado, valendo registrar que a parte Autora passou a ter à sua disposição a opção criada pela Lei n.
13.324/2016, para receber valores mais elevados da Gratificação de Desempenho, devendo, por óbvio,
observar todos os requisitos ali estabelecidos para tanto. 19. Assim, gratificação de desempenho não
deriva da garantia de paridade e
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integralidade remuneratória e a sua extensão aos servidores inativos viola o princípio da legalidade e da
reserva legal (art. 37, X, da CF). Enfim, a partir da data da homologação do resultado das avaliações,
após conclusão do primeiro ciclo de avaliações, passou a valer o pagamento diferenciado da Gratificação
entre servidores ativos e os inativos, conforme a jurisprudência do STF aqui colacionada. 20. Por fim, a
parte Autora/Recorrente não requereu a produção de prova pericial, na petição inicial. E quando pleiteia
produção de tal prova, na petição de recurso, literalmente justifica o pleito “diante da complexidade da
matéria”. A par de não precisar a forma da prova pericial requerida, tem razão a parte Autora/Recorrente
sobre a complexidade da matéria e, assim, sobre a própria complexidade da prova pericial que pleiteia.
Seria preciso definir o(s) profissional(ais) habilitado(s) ao exame e, ainda, os contextos funcionais para a
coleta dos dados, a tornar ainda mais complexa a produção da prova. Em hipóteses tais, o TRF1 tem
entendido não caber ao JEF a produção de tal prova, conforme CC 0013151-72.2017.4.01.0000, Des.
Fed. Gilda Sigmaringa Seixas, 1ª Seção, e-DJF1 de 25/4/2018. 21. Não provimento do recurso interposto
pela parte Autora. Dissentiu, em parte, o Juiz Federal João Carlos Mayer Soares, quanto ao fundamento
do § 20 da ementa, ressaltando sua desnecessidade e implicação de indicar incompetência do JEF. 222.
Honorários advocatícios pela parte Recorrente em 10% sobre o valor corrigido da causa (artigo 55 da Lei
n. 9.099/1995), com suspensão do pagamento enquanto a parte credora não demonstrar que deixou de
existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão da Gratuidade de Justiça,
extinguindo-se a dívida cinco anos após o trânsito em julgado deste Acórdão (artigo 98, § 3º, NCPC).
ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por
unanimidade, negar provimento ao recurso. Brasília/DF, 23/10/2019.
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Entendo que a parte autora deverá comprovar a lide que impulsione o andamento do Poder Judiciário
quando provocado, o que não aconteceu no presente caso”. 2. Razões do recurso interposto pela parte
Autora: a) há interresse de agir pelo simples fato de a matéria versada neste feito ser contestada pela
Fazenda Nacional em diversas ações semelhantes (regime de competência e incidência de cotribuição
previdenciária sobre juros de mora); b) não há previsão legal que condicione o ajuizamento da ação a
requerimento administrativo; c) o desconto de contribuição previdenciária independe de prévio
requerimento administrativo, em face do princípio da inafastabilidade da jurisdição; d) não cabe a
incidência de PSS sobre o montante referente a juros, visto que possuem natureza jurídica indenizatória e
não compensatória. 3. A parte Ré ofereceu resposta escrita ao recurso. 4. No caso, foi determinada a
emenda à inicial, para que fosse juntado o comprovante de indeferimento administrativo, sob pena de
extinção do processo sem julgamento de mérito. Tal providência não foi adotada pela parte Recorrente,
sob o argumento de que não há previsão legal que condicione o ajuizamento da presente ação à juntada
do referido indeferimento administrativo. 5. O Supremo Tribunal Federal já decidiu que a exigência de
prévio requerimento administrativo não fere a garantia de livre acesso ao Judiciário, previsto no art. 5º,
XXXV, da CF e que o pedido administrativo anterior indeferitório é que caracteriza lesão ou ameaça a
direito. Assim, a ausência de prévio requerimento administrativo constitui óbice ao processamento de
ação judicial contra o INSS, exceto nos seguintes casos: a) revisão de benefícios em que não exista
matéria de fato a ser solucionada; b) casos em que o entendimento da Administração for notório e
reiteradamente contrário à postulação do segurado e redundará, inevitavelmente, em indeferimento; c)
quando a ação for proposta em juizados itinerantes; e d) quando o INSS contestar o mérito da ação, vez
que, nesse caso, configura-se o interesse de agir pela resistência à pretensão. (RE nº 631.240,
Repercussão Geral, Rel. Min. Luís Roberto Barroso, DJe 10.11.2014). 6. O Superior Tribunal de Justiça,
chamado a se manifestar quanto à aplicação do referido entendimento
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em demandas tributárias, reconheceu que a ratio decidendi utilizada quando do julgamento da exigência
ou não do prévio requerimento administrativo nos benefícios previdenciários pode ser adotada para os
pedidos concernentes às contribuições previdenciárias. 7. Colaciona-se, verbis, o entendimento
consolidado no âmbito daquela Corte de Justiça: “[...] Na esfera previdenciária, na área de benefícios do
Regime Geral de Previdência Social, o STJ, no julgamento do Recurso Especial Repetitivo 1.369.834/SP
(Tema 660), Relator Ministro Benedito Gonçalves, alinhando-se ao que foi firmado pelo Supremo
Tribunal Federal no RE 631.240/MG (Tema 350, Relator Ministro Roberto Barroso), entendeu pela
necessidade do prévio requerimento administrativo. Em matéria tributária a questão já foi apreciada no
âmbito do STJ que consolidou o entendimento da exigência do prévio requerimento administrativo nos
pedidos de compensação das contribuições previdenciárias. Vejam-se: AgRg nos EDcl no REsp
886.334/SP, Rel. Ministro Castro Meira, Segunda Turma, julgado em 10/8/2010, DJe 20/8/2010; REsp
952.419/SP, Rel. Ministro Castro Meira, Segunda Turma, julgado em 2/12/2008, DJe 18/12/2008;
REsp 888.729/SP, Rel. Ministro João Otávio de Noronha, Segunda Turma, julgado em 27/2/2007,
DJ 16/3/2007, p. 340; REsp 544.132/RJ, Rel. Ministra Denise Arruda, Primeira Turma, julgado em
23/5/2006, DJ 30/6/2006, p. 166. Como as matérias tributária e previdenciária relacionadas ao Regime
Geral de Previdência Social possuem natureza jurídica distinta, mas complementares, pois, em
verdade, tratam-se as relações jurídicas de custeio e de benefício (prestacional) titularizadas pela
União e pelo INSS, respectivamente, com o fim último de garantir a cobertura dos riscos sociais de
natureza previdenciária, entende-se que a razão de decidir utilizada quando do julgamento da exigência
ou não do prévio requerimento administrativo nos benefícios previdenciários pode também ser
adotada para os pedidos formulados à Secretaria da Receita Federal concernentes às contribuições
previdenciárias (REsp 1734733 / PE, Rel. Min. HERMAN BENJAMIN, publicado em DJe 28/11/2018). 8.
De todo modo, no caso presente, a manifestação da Fazenda Nacional, ao oferecer resposta escrita ao
recurso, resistiu ao mérito da pretensão, especialmente no que toca ao regime de competência. Somente
há Instrução Normativa da RFB no que toca à não incidência da CPSS sobre a parcela referente aos juros
de mora decorrente de valores pagos em cumprimento de decisão judicial ou de acordo homologado. Mas
aqui, como dito, o objeto da ação proposta não é apenas este, tendo a União (Fazenda Nacional) resistido
no mérito, quanto ao outro objeto (regime de competência). 9. Nesse contexto, as razões recursais
apresentadas pela parte Recorrente se adéquam ao entendimento consolidado pelo STF e pelo STJ, de
haver interesse de agir. 10. Provimento do recurso interposto pela parte Autora, para reconhecer a
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presença do interesse de agir, anulando-se a sentença. Vencido, em parte, o Juiz Federal João Carlos
Mayer Soares, que deu provimento ao recurso em menos extensão, já que reconheceu o interesse de agir
apenas quanto à discussão sobre o regime de competência. Quanto ao pedido de restituição da CPSS
sobre os juros de mora, não tendo havido resistência da parte Ré, entendeu continuar havendo ausência
de interesse de agir, inclusive porque os pedidos são autônomos.
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11. Superada a questão do interesse de agir, inaplicável regra prevista no art. 1.013, § 3º, I, do NCPC,
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vez que a parte Ré não foi citada e não apresentou contestação inicial. Ante a ausência de contraditório
totalmente formalizado, o feito deve retornar à origem para regular processamento e julgamento, com
baixa da distribuição na Turma Recursal. 12. Honorários advocatícios incabíveis, por falta de previsão
legal para o arbitramento, quando há provimento do recurso julgado (art. 55, caput, da Lei n. 9.099/1995).
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maioria, dar provimento ao recurso, nos termos do voto do Relator, vencido, em parte, o Juiz Federal
João Carlos Mayer Soares, que lhe deu provimento em menor extensão. Brasília/DF, 23/10/2019.
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6. Não houve cerceamento de defesa, durante a instrução do processo. O laudo pericial foi produzido por
médico especialista em medicina do trabalho, perícias médicas, psiquiatria, ou seja, especialidade
habilitada para periciar a lesão/doença da parte Autora. Depois do seu exame pessoal, foi considerada a
documentação juntada ao feito, conforme dá conta o próprio laudo, o qual faz referência à tomografia do
crânio (de 23/10/2018): “evidenciando focos de calcificação granulomatosos” bem como ao relatório
médico do Dr. Gilmar Pereira (de 22/10/2018): “portador de epilepsia não especificada” pelo que sem
razão a parte Autora, quanto a esse ponto. 7. O certo é que a perícia registrada em 19/12/2018, realizada
por médico especializado em medicina do trabalho, perícias médicas, psiquiatria, constatou que o
periciando é portador de doença CID: G40.9 ( epilepsia não especificada), e ainda que “não é possível
precisar a data de início da patologia, porém periciando apresentou documentaçõa médica datada a partir
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de abril de 2018”, assim apesar de não fixar uma data precisa estipulou, com base nas documentações
apresentadas desde quando iniciou a doença. Contudo, a doença não a incapacita para o exercício de
atividade que garanta a subsistência. Após exame clínico detalhado, o mesmo laudo pericial concluiu:
“Baseando-se no EMP (Exame Médico-Pericial), nos documento(s) médico(s) e na Anamnese, concluo
que o requerente, no momento, encontra-se APTO para exercer atividade laborativa, de acordo com sua
condição etária e educacional. Não há elementos médicos pertinentes que sustentem a alegação de
incapacidade laboral”. 8. A prova pericial foi taxativa em concluir pela ausência de incapacidade laborativa
da parte Autora. A produção da prova pericial em Juízo, de cunho médico, tem por fim esclarecer a
situação funcional da pessoa, quanto à saúde, no contexto de um procedimento em contraditório e
imparcial, devendo prevalecer sobre documentos unilateralmente juntados por uma das partes. Somente
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no caso de a prova pericial judicial ser dúbia ou incompleta é que documentos juntados unilateralmente
podem ser usados para suprir a falta ou a dubiedade da prova pericial judicial, o que não é o caso. Por
isso, não é o caso de usar os documentos médicos juntados unilateralmente, para reconhecer a
incapacidade laboral da parte Autora. 9. Como se sabe, ser portador de doença ou lesão não é a mesma
coisa que ser portador de incapacidade, conforme disciplinado pela legislação previdenciária. Como a
incapacidade pode variar ao longo do tempo, não obstante as doenças ou as lesões se mantenham,
então não se pode derivar automaticamente aquela destas. Há de prevalecer, no caso, a conclusão
expressa do laudo pericial, assim não sendo necessária a realização de nova perícia médica, pelo menos
no âmbito deste processo. 10. De outra banda, nas demandas de benefícios por incapacidade, as
avaliações são feitas secundum eventum litis e rebus sic stantibus, ou seja, apenas nas condições e
circunstâncias fáticas dadas. Assim, se o laudo dá conta que a parte Autora possui condições de exercer
atividade laborativa neste momento, não há óbice à concessão futura do benefício, se a avaliação médica
assim indicar, ainda que em virtude da mesma enfermidade. Afinal, uma enfermidade pode ou não
resultar em incapacidade. A situação variável desta configura mudança dos fatos, da causa de pedir. 11.
Não provimento do recurso interposto pela parte Autora. 12. Sem condenação em honorários
advocatícios. A instância revisora somente pode dispor sobre honorários, "levando em conta o trabalho
adicional realizado em grau
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recursal" (art. 85, § 11, NCPC). Não havendo trabalho em grau recursal pela parte Recorrida, não há
como condenar a parte Recorrente em honorários advocatícios. Além disso, a parte Autora é beneficiária
da gratuidade de justiça. Vencido, no ponto, o Juiz Federal João Carlos Mayres Soares, que condenou a
parte Recorrente vencida em honorários, no patamar de 10% sobre o valor da causa, com suspensão do
pagamento, em virtude da gratuidade de justiça. Isso porque entende que a disposição legal se aplica
apenas aos casos de majoração dos honorários, devendo haver cominação originária destes em grau
recursal, quando cabíveis, conforme entendimento do STJ. ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma
Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade, negar provimento ao
recurso. Brasília/DF, 23/10/2019.
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL. BENEFÍCIO POR INCAPACIDADE. APOSENTADORIA POR
INVALIDEZ/AUXÍLIO-DOENÇA. INEXISTÊNCIA DE INCAPACIDADE LABORATIVA. PREVALÊNCIA DO
LAUDO PERICIAL PRODUZIDO EM JUÍZO. NÃO PROVIMENTO DO RECURSO. 1. A sentença rejeitou
o pedido de aposentadoria por invalidez/auxílio-doença, sob a fundamentação de ausência de
incapacidade laborativa, conforme laudo pericial. 2. Razões do recurso interposto pela parte Autora: a) a
sentença fundou-se unicamente nos laudos médicos periciais, os quais concluíram pela ausência de
incapacidade ortopédica e psiquiátrica, esta última feita, apenas, com base nos documentos médicos
apresentados; b) a perícia médica psiquiátrica foi realizada apenas por meio de história detalhada do
caso, relatórios apresentados e na Amnese. Dessa forma, é notória a discrepância entre o documento
médico apresentado e a perícia médica realizada pelo perito; c) a documentação carreada comprova que
a incapacidade persiste, de forma ininterrupta, inclusive confirmando a incapacidade definitiva para o
trabalho merecendo a sentença ser totalmente reformada para garantir o pagamento do auxílio doença
desde a data em que o benefício foi indevidamente cessado; d) labor usual de empregada
doméstica/faxineira é excessivamente gravoso e implica esforço físico e atenção, o que só pode ser bem
desempenhado por alguém plenamente saudável; e) mostra-se insensato concluir que poderá ser
reinserida em outras atividades compatíveis com as restrições impostas, já que possui pouca instrução
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intelectual e as doenças que a acometem a impedem de laborar; f) requer seja deferida a tutela de
urgência. 3. O INSS não ofereceu resposta escrita ao recurso. 4. Parte Autora do sexo feminino, nascida
em 29/09/1968 (atualmente com 51 anos de idade), divorciada, ensino fundamental, camareira/diarista,
residente e domiciliada em Ceilândia/DF. 5. A primeira perícia registrada em 18/04/2018, realizada por
médico especializado em ortopedia e traumatologia, constatou que a pericianda é portadora de doença,
CID: M 79.7 (fibromialgia), afirmou que não existe DID (Data de Início da Doença) do ponto de vista
ortopédico. Após exame clínico detalhado, o mesmo laudo pericial concluiu: “No caso periciado, conforme
acima exposto, segundo a história da doença, sua evolução, relatórios médicos, exames de imagem e
exame físico, todos esses harmônicos entre si, foram evidenciados elementos médicos que indicam a
AUSÊNCIA DE INCAPACIDADE ORTOPÉDICA DEVE REALIZAR PERÍCIA PSIQUIÁTRICA.
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APRESENTA INCAPACIDADE INDEFINIDA TOTAL”.
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6. Diante das ponderações feitas pelo médico perito especializado em ortopedia e traumatologia, no
sentido que a parte Autora deveria ser avaliada por profissional da área de psiquiatria, foi realizada uma
segunda perícia (registro em 26/11/2018), desta feita por médico especializado em psiquiatria, que
constatou que a pericianda é portadora de doença, CID: M 54.2 (cervicalgia), M 54.5 (dor lombar baixa) e
F 32 (episódios depressivos), não fixando a Data de Início da Doença. Contudo a doença não o
incapacitava para o exercício de atividade que garanta a subsistência. Após exame clínico detalhado, o
mesmo laudo pericial concluiu: “Baseando-se no EMP (Exame Médico-Pericial), nos documento(s)
médico(s) e na Anamnese, concluo que a requerente, no momento, encontra- se APTA para exercer
atividade laborativa, de acordo com sua condição etária e educacional. Não há elementos médicos
pertinentes que sustentem a alegação de incapacidade laboral” (p. 7). 7. A prova pericial foi taxativa em
concluir pela ausência de incapacidade laborativa da parte Autora. A produção da prova pericial em Juízo,
de cunho médico, tem por fim esclarecer a situação funcional da pessoa, quanto à saúde, no contexto de
um procedimento em contraditório e imparcial, devendo prevalecer sobre documentos unilateralmente
juntados por uma das partes. Somente no caso de a prova pericial judicial ser dúbia ou incompleta é que
documentos juntados unilateralmente podem ser usados para suprir a falta ou a dubiedade da prova
pericial judicial, o que não é o caso. Por isso, não é o caso de usar os documentos médicos juntados
unilateralmente, para reconhecer a incapacidade laboral da parte Autora. 8. Ora, como se sabe, ser
portador de doença ou lesão não é a mesma coisa que ser portador de incapacidade, conforme
disciplinado pela legislação previdenciária. Como a incapacidade pode variar ao longo do tempo, não
obstante as doenças ou as lesões se mantenham, então não se pode derivar automaticamente aquela
destas. Por isso, não se pode presumir continuidade do estado incapacitante. Há de prevalecer, no caso,
a conclusão expressa do laudo pericial. 9. De outra banda, nas demandas de benefícios por
incapacidade, as avaliações são feitas secundum eventum litis e rebus sic stantibus, ou seja, apenas nas
condições e circunstâncias fáticas dadas. Assim, se o laudo dá conta que a parte Autora possui condições
de exercer atividade laborativa neste momento, não há óbice à concessão futura do benefício, se a
avaliação médica assim indicar, ainda que em virtude da mesma enfermidade. Afinal, uma enfermidade
pode ou não resultar em incapacidade. A situação variável desta configura mudança dos fatos, da causa
de pedir. 10. Certo é que as perícias médicas judiciais são pela capacidade, independentemente de as
enfermidades existirem, afinal, ser portador de doença ou lesão não é a mesma coisa que ser portador de
incapacidade, conforme disciplinado pela lei previdenciária. 11. Não provimento do recurso interposto pela
parte Autora. 12. Sem condenação em honorários advocatícios. A instância revisora somente pode dispor
sobre honorários, "levando em conta o trabalho adicional realizado em grau recursal" (art. 85, § 11,
NCPC). Não havendo trabalho em grau recursal pela parte Recorrida, não há como condenar a parte
Recorrente em honorários advocatícios. Além disso, a parte Autora é beneficiária da gratuidade de justiça.
Vencido, no ponto, o Juiz Federal João Carlos Mayres Soares, que condenou a parte Recorrente vencida
em honorários, no patamar de 10% sobre o valor da causa, com suspensão do pagamento,
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em virtude da gratuidade de justiça. Isso porque entende que a disposição legal se aplica apenas aos
casos de majoração dos honorários, devendo haver cominação originária destes em grau recursal,
quando cabíveis, conforme entendimento do STJ. ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos
Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade, negar provimento ao recurso.
Brasília/DF, 23/10/2019.
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publicação da sentença; b) efetuar o pagamento das parcelas vencidas desde a data da juntada do laudo
pericial socioeconômico aos autos (DIB – 07/06/2018), devendo incidir nesses cálculos, juros e correção
monetária nos termos do Manual de Cálculos da Justiça Federal; c) a implantação do benefício (DIP)
deverá ser feita a partir de 01.10.2018”. 2. Razões do recurso interposto pela parte Autora: a) se fazia
imperiosa a concessão do benefício desde a DER (data de entrada do requerimento) do benefício
pleiteado, qual seja, 16/01/2017, de modo que resta imperativa a reforma da sentença a quo; b) ocorre
que a DIB deveria ter sido fixada na DER do benefício pleiteado, vez que as condições socioeconômicas
identificadas na perícia realizada são as mesmas de quando pleiteou o benefício administrativamente; c)
conforme evidenciado pela perícia, reside de favor em uma casa locada por sua filha, a qual reside em
outro endereço, e a única renda percebida pelos membros da família é proveniente do salário do marido,
no valor de um salário mínimo. d) a aposentadoria de seu marido não é suficiente para arcar com os
gastos da família e eles dependem de ajuda alheia para sobreviver; e) tal fundamentação encontra-se
amparada, também, na súmula 22 da TNU, a qual traz a seguinte redação: “Seguridade social. Benefício
assistencial. Termo inicial. Prova pericial. Constatação da incapacidade na data do requerimento
administrativo. Se a prova pericial realizada em juízo dá conta de que a incapacidade já existia na data do
requerimento administrativo, esta é o termo inicial do benefício assistencial.”; f) subsidiariamente, caso
não seja dado provimento ao pedido anterior, a retroação da DIB para a data do ajuizamento da ação,
19/12/2017, e a condenação da parte ré ao pagamento das parcelas vencidas monetariamente corrigidas
desde o respectivo vencimento e acrescidas de juros legais e moratórios, incidentes até a data do
pagamento. 3. O INSS não ofereceu resposta escrita ao recurso. 4. Por meio de despacho registrado em
10/05/2019, foi concedido prazo para que a parte Autora/Recorrente juntasse ao processo prova
documental sobre a DER, a fim de se estabelecer a DIB. Em cumprimento ao despacho registrado em
10/05/2019, a parte
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Autora apresentou tela do Sistema PLENUS, informando a data de entrada do requerimento
administrativo (DER) em 07/12/2016 (registro em 06/06/2019). 5. Parte Autora do sexo feminino, nascida
em 14/05/1950, casada, 5º série do ensino fundamental, do lar, residente e domiciliada em Sobradinho
DF. Há contrato de aluguel do imóvel que remete ao ano de 2015 (registro em Doc. Inicial, p.9). 6. O
laudo socioeconômico (registro em 07/06/2018) indicou que a renda familiar era suficiente para suprir as
necessidades básicas da família, não se verificando condição de vulnerabilidade social. No entanto, como
bem consignou a sentença “deve ser desconsiderado, no cálculo da renda per capita familiar, o benefício
recebido por outro membro do grupo, quando também no valor mínimo. In casu, por receber o esposo da
autora o valor de um salário mínimo a título de aposentadoria, desconsidero o benefício por ele recebido”.
Além disso, “observo que o laudo econômico-social confirma que a despesa familiar é custeada pela filha
que não mora no mesmo domicílio da autora. Daí encontra-se satisfeito o requisito da miserabilidade, já
que, com as exclusões e adequações feitas tem-se a miserabilidade in concreto com uma renda per
capita na quantia aquém do mínimo legal exigido - ¼ do salário mínimo”. 7. A sentença concedeu o
Benefício de Prestação Continuada – BPC à parte Autora, não tendo o INSS interposto recurso. A parte
Autora, nas suas razões recursais, se insurge apenas quanto à DIB, devendo-se partir para sua análise.
8. Ora, as regras para fixar termo inicial de benefícios previdenciário/assistenciais por
incapacidade/impedimento são estas: a) se não houve requerimento administrativo e a incapacidade (ou
impedimento, no caso de benefício assistencial) for estabelecida antes da citação, o benefício será devido
desde a citação válida (STJ, 1ª. Seção, REsp nº 1.369.165/SP, rel. Min. Benedito Gonçalves, DJe
7.3.2014, sob o regime representativo de controvérsia); b) se houve requerimento administrativo e a
incapacidade (ou impedimento) estabelecida no laudo pericial for preexistente àquele, o benefício será
devido desde o requerimento administrativo (Súmula n° 22 da TNU: se a prova pericial realizada em juízo
dá conta de que a incapacidade já existia na data do requerimento administrativo, esta é o termo inicial do
benefício assistencial); c) se houve requerimento administrativo e se a perícia judicial não precisar a data
do início da incapacidade (ou impedimento), fixando-a na data da perícia por ausência de provas, desde a
data da citação (STJ RESp 1.311.665, Min. Ari Pargendler, DJe 17.10.2014); d) se houve requerimento
administrativo e o laudo pericial judicial fixar a data de início da incapacidade (ou impedimento) após o
requerimento administrativo (legitimando a recusa do INSS), mas antes do ajuizamento da ação, o
benefício será devido desde a citação (STJ RESp 1.369.165/SP, Min. Benedito Gonçalves, DJe 7.3.2014,
sob regime representativo de controvérsia; TNU, PEDILEF 200971670022131, rel. Juiz Federal Adel
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Américo de Oliveira, DOU 11.5.2012). Em todo caso, vale o princípio do convencimento motivado que
permite ao magistrado fixar a data de início do benefício mediante análise do conjunto probatório. (TNU
PEDILEF 05017231720094058500, rel. Juíza Federal Simone dos Santos Lemos Fernandes, DOU
23.9.2011). 9. No caso, a parte Autora comprovou requerimento administrativo no dia 07/12/2016 (cf.
JUNTADA DE DOCUMENTOS – EPROC N.º 21361299, registro em 06/06/2019).
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De todo modo, a data do impedimento, tendo em vista o laudo socioeconômico não ter concluído pela
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hipossuficiência da parte Autora, tem como resultado a análise do conjunto probatório, a fim de motivar o
convencimento. Esse impedimento, então, deve se reportar não mais além que a data da juntada da
perícia socioeconômica (07/06/2018), pois não é possível comprovar que aquelas condições eram as
mesmas desde o requerimento administrativo. 10. Assim, o impedimento é posterior tanto ao
requerimento administrativo (07/12/2016) quanto ao ajuizamento da ação (10/01/2018). Por isso, deve ser
mantida a sentença para que a DIB permaneça na data da juntada do laudo socioeconômico
(07/06/2018). 11. Este acórdão abordou os argumentos levantados pelas partes, significando que também
foram considerados os elementos suscitados para fins de prequestionamento. 12. Não provimento do
recurso interposto pela parte Autora. 13. Sem condenação em honorários advocatícios, pois a parte
Recorrida não ofereceu resposta escrita ao recurso interposto. A instância revisora somente pode dispor
sobre honorários, "levando em conta o trabalho adicional realizado em grau recursal" (art. 85, § 11,
NCPC). Não havendo trabalho em grau recursal pela parte Recorrida, não há como condenar a parte
Recorrente em honorários advocatícios. Além disso, a parte Autora é beneficiária da gratuidade de justiça.
Vencido, no ponto, o Juiz Federal João Carlos Mayres Soares, que condenou a parte Recorrente vencida
em honorários, no patamar de 10% sobre o valor da causa, com suspensão do pagamento, em virtude da
gratuidade de justiça. Isso porque entende que a disposição legal se aplica apenas aos casos de
majoração dos honorários, devendo haver cominação originária destes em grau recursal, quando
cabíveis, conforme entendimento do STJ. ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados
Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade, negar provimento ao recurso. Brasília/DF,
23/10/2019.
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processada por meio de uma declaração completa, e não simplificada, a fim de que possa haver
restituição, no período. 5. Quando assim se distingue a pretensão formulada em Juízo, a primeira até que
poderia ser acolhida, posto que o art. 147, § 1º, CTN, assim dispõe, in verbis: a declaração retificada por
iniciativa do próprio declarante, quando vise a reduzir ou a excluir tributo, só é admissível mediante
comprovação do erro em que se funde, e antes de notificado o lançamento. Como o requerimento
administrativo com a retificação foi apresentado poucos dias após o prazo da declaração de ajuste anual,
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mais precisamente em 09/05/2017 (p. 14 da doc inicial), não havia ainda notificação de lançamento,
sendo que o erro decorre da omissão em declarar despesas médicas odontológicas feitas em 2016 (pp.
4/12 doc inicial). 6. Todavia, quando a parte Autora vincula a retificação à troca de modelo da declaração,
do simples para o completo, então há vedação legal expressa para sua realização. Com efeito, o art. 19
da Medida Provisória n. 1.990-26/1999, sucessivamente reeditada, não convertida em lei, cuja redação
atualmente em vigor corresponde ao art. 18 da Medida Provisória n. 2.189-49/2001, estabelece que a
retificação de declarações de impostos e contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal,
nas hipóteses em que admitida, terá a mesma natureza da declaração originariamente apresentada,
independentemente de autorização pela autoridade administrativa. 7. Com base nessa disposição legal é
que o STJ decidiu, conforme ementa transcrita no corpo da sentença recorrida: TRIBUTÁRIO. RECURSO
ESPECIAL. RETIFICAÇÃO DA DECLARAÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA. MUDANÇA DE MODELO.
IMPOSSIBILIDADE. 1. O art. 19 da Medida Provisória n. 1.990-26/99, sucessivamente reeditada, não
convertida em lei, cuja redação atualmente em vigor corresponde ao art. 18 da Medida Provisória n.
2.189-49/2001, estabelece que a retificação de declarações de impostos e contribuições administrados
pela Secretaria da Receita Federal, nas hipóteses em que admitida, terá a mesma natureza da
declaração originariamente apresentada, independentemente de autorização pela autoridade
administrativa. O parágrafo único do art. 18 da referida Medida Provisória abre caminho para que a
Receita Federal, mediante ato normativo, estabeleça as hipóteses de admissibilidade e os procedimentos
aplicáveis à retificação de declaração, uniformizando assim os procedimentos das suas unidades. 2.
Consoante decidiu esta Turma, ao julgar o REsp 860.596/CE (Rel. Min. Eliana Calmon, DJe 21.10.2008),
a opção pela declaração na forma completa ou simplificada é exclusiva do contribuinte, sendo possível
alterar a escolha até o fim do prazo para entrega da declaração. Ultrapassado esse prazo, a escolha
menos favorável não constitui motivo para a retificação. 3. No caso, o Tribunal de origem não contrariou
os arts. 97, incisos II, III, IV e VI, e 114, do Código Tributário Nacional, e 8º, caput e incisos I e II, alíneas
a, b e f, da Lei n. 9.250/95, ao decidir que, nos termos dos arts. 18 da MP n. 2.189-49/2001, 54 da IN/SRF
n. 15/2001 e 5º da IN/SRF n. 185/2002, o contribuinte que opta por apresentar a declaração de imposto
de renda pelo modelo simplificado não pode, após o prazo de entrega, retificála através do modelo
completo. 4. Recurso especial conhecido e não provido (STJ, REsp n. 1213714 PR 2010/0179758-7, STJ,
Segunda Turma, Relator Ministro Mauro Campbell Marques, DJe 22/03/2011).
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8. Assim também já decidiu o TRF da 1ª Região: TRIBUTÁRIO. IMPOSTO DE RENDA PESSOA FÍSICA.
ALTERAÇÃO DO MODELO SIMPLIFICADO PARA O COMPLETO APÓS NOTIFICAÇÃO.
IMPOSSIBILIDADE. LEGALIDADE DO AUTO DE INFRAÇÃO. OMISSÃO DE RENDIMENTOS
DECLARADA PELO FISCO. MULTA ELEVADA. CONFISCO PATRIMONIAL VEDADO. ART. 150, IV DA
CF. APELAÇÃO PARCIALMENTE PROVIDA. 1. O contribuinte, ao encaminhar a declaração pelo
modelosimplificado, na forma do art. 10 da Lei 9.250/95, exerceu uma opção que a legislação lhe
conferia, não cabendo à Receita Federal alterá-la de ofício, ainda que o contribuinte tenha adotado a
opção menos favorável. 2. "Consoante decidiu esta Turma, ao julgar o REsp 860.596/CE (Rel. Min. Eliana
Calmon, DJe 21.10.2008), a opção pela declaração na forma completa ou simplificada é exclusiva do
contribuinte, sendo possível alterar a escolha até o fim do prazo para entrega da declaração.
Ultrapassado esse prazo, a escolha menos favorável não constitui motivo para a retificação." (REsp
1213714/PR, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 15/03/2011,
DJe 22/03/2011) 3. Ainda que a MP 1.990-26, de 14 de dezembro de 1999, tenha sido editada após os
exercícios ora impugnados (1997/1998), resta incontroverso não ser possível efetuar qualquer retificação
depois da notificação de lançamento, conforme dispõe o art. 147, § 1º, do CTN. 4. Quanto à multa
aplicada pela omissão de rendimentos e lançamento de ofício no percentual de 75%, em que pese seu
caráter "educativo", como forma de sanção objetivando desestimular a sonegação, ofende os princípios
da razoabilidade e proporcionalidade, pois demonstra ser desmedida, elevada, e assume contornos de
confisco patrimonial, violando o art. 150, IV da CF. Sendo assim, em observância ao disposto no art. 59
da Lei n. 8.383/91, razoável a redução da multa de 75% para 20%. 5. Nos termos do art. 21, parágrafo
único, do CPC/73, aplicável à espécie, ficam mantidos os honorários de sucumbência fixados na sentença
(R$ 2.000,00), em favor da Fazenda Nacional. 6. Apelação parcialmente provida. (TRF 1ª Região, AC
001855954.2002.4.01.3400, Relator Juiz Federal Marcel Peres de Oliveira, Sétima Turma, eDJF1
15/06/2018). 9. Não provimento do recurso interposto pela parte Autora. 10. Honorários advocatícios pela
381
parte Recorrente em 10% sobre o valor corrigido da causa (art. 55 da Lei n. 9.099/1995). ACÓRDÃO
Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade,
negar provimento ao recurso. Brasília/DF, 23/10/2019.
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Juiz David Wilson de Abreu Pardo 2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF RELATOR 3
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p. 2 do laudo), residente no Recanto das Emas/DF. 5. O laudo pericial, registrado em 05/06/2018,
produzido por médico especialista em Oftalmologia, atestou que a parte Autora é portadora de glaucoma
crônico de ângulo aberto em ambos os olhos (CID: H40.1), não fixou a data de início da incapacidade.
Conforme conclusão do laudo “existe incapacidade parcial, permanente e multiprofissional para a
atividade laborativa” e ainda que “Com base nos exames realizados por mim no periciando, aliado a
relatórios e exames prévios, foi constatado acuidade visual com correção de 20/50 em ambos os olhos e
glaucoma crônico de ângulo aberto”. No entanto, é passível de recuperação ou reabilitação para o
exercício de outra atividade. 6. Apesar de não fixar a DII no laudo, é possível constatar que essa mesma
incapacidade gerou a concessão de benefício de auxílio-doença anterior (cf. registro em 30/07/2018, p. 4
do EPROC LAUDOS DO SABI DOCUMNETOS). Consta ainda que a data de início da incapacidade se
deu em 14/11/2014 e conforme o CNIS (registro em 21/03/2019) houve a concessão do benefício de
auxílio-doença de 14/11/2014 a 10/06/2015 e de 25/09/2015 a 21/03/2018. Dessa forma não deve se falar
em perda de qualidade de segurado. 7. Ora, no caso sob julgamento, não se trata de se aguardar com o
passar do tempo a simples recuperação da incapacidade do beneficiário para a atividade que exercia
(operador de máquinas pesadas), haja vista a parte Autora ser incapaz parcial e definitivamente. Portanto,
a reabilitação profissional (que visa a reinserir o beneficiário da Previdência Social no mercado de
trabalho através da capacitação profissional ao exercício de outra ou da mesma atividade laborativa) é o
382
meio adequado para possibilitar à parte Autora a subsistir por conta própria, com manutenção do
benefício de auxílio doença, enquanto esse objetivo não é alcançado. 8. É o que determina o art. 62 da
Lei n. 8.213/1991: “o segurado em gozo de auxíliodoença, insuscetível de recuperação para sua atividade
habitual, deverá submeter-se a processo de reabilitação profissional para o exercício de outra atividade.
Parágrafo único. O benefício a que se refere o caput deste artigo será mantido até que o segurado seja
considerado reabilitado para o desempenho de atividade que lhe garanta a subsistência ou, quando
considerado não recuperável, seja aposentado por invalidez” (redação dada e incluído pela Lei n.
13.457/2017). 9. Por isso, o INSS não pode abster-se de cumprir referida legislação legal, pois é de sua
responsabilidade o processo de reabilitação, tratando-se de garantia imprescindível para que beneficiário
obtenha nova oportunidade de emprego. Assim também estabelece a Lei da Previdência: “art. 89 A
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habilitação e a reabilitação profissional e social deverão proporcionar ao beneficiário incapacitado parcial
ou totalmente para o trabalho, e às pessoas portadoras de deficiência, os meios para a (re) educação e
de (re) adaptação profissional e social indicados para participar do mercado de trabalho e do contexto em
que vive. [...] Art. 90. A prestação de que trata o artigo anterior é devida em caráter obrigatório aos
segurados, inclusive aposentados e, na medida das possibilidades do órgão da Previdência Social, aos
seus dependentes”. 10. De acordo com as circunstâncias do caso, portanto, a regra aplicável à DCB é
aquela
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prevista no art. 62 da n. Lei 8.213/1991, e não a prevista no art. 60, § 8º, da mesma Lei, incluído pela MP
n. 739/2016, convertida na Lei n. 13.457/2017. Aliás, no caso sob julgamento, correta a sentença, pois
apenas condicionou a cessação do benefício do auxílio doença à efetiva reabilitação da parte Autora, sem
antecipadamente ordenar que, não se obtendo sucesso na reabilitação estabelecida pela lei, é o caso de
aposentadoria. O Tema 177 da TNU veda essa antecipação, não presente no caso, mas não veda que se
deflagre judicialmente o procedimento de reabilitação, como ordenado pela sentença. 11. Quanto aos
juros e correção monetária, na Sessão de 20/09/2017, o STF concluiu o julgamento do RE 870.947
(repercussão geral), definindo que “o artigo 1º-F da Lei 9.494/1997, com a redação dada pela Lei
11.960/2009, na parte em que disciplina a atualização monetária das condenações impostas à Fazenda
Pública segundo a remuneração oficial da caderneta de poupança, revela-se inconstitucional ao impor
restrição desproporcional ao direito de propriedade (CRFB, art. 5º, XXII), uma vez que não se qualifica
como medida adequada a capturar a variação de preços da economia, sendo inidônea a promover os fins
a que se destina”. 12. Portanto, sem razão o INSS, quanto ao pleito de aplicação do critério previsto pelo
art. 1º-F da Lei n. 9.494/1997. 13. O acórdão referente ao RE 870.947 já foi publicado no DJe de
17/11/2017, tornado público em 20/11/2017. Outrossim, o STJ decidiu que “a modulação dos efeitos da
decisão que declarou inconstitucional a atualização monetária dos débitos da Fazenda Pública com base
no índice oficial de remuneração da caderneta de poupança, no âmbito do Supremo Tribunal Federal,
objetivou reconhecer a validade dos precatórios expedidos ou pagos até 25 de março de 2015,
impedindo, desse modo, a rediscussão do débito baseada na aplicação de índices diversos. Assim,
mostra-se descabida a modulação em relação aos casos em que não ocorreu expedição ou pagamento
de precatório” (REsp 1495146/MG, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Primeira Seção, julgado em
22/02/2018, DJe 02/03/2018). 14. Por isso, não prejudica a conclusão deste julgamento, quanto aos
consectários legais, a pendência de embargos declaratórios, no RE 870.947, nem mesmo se a tais
embargos, excepcionalmente, foi deferido efeito suspensivo, pois aqui ainda se está na fase de
conhecimento da causa, longe do início da eventual fase de cumprimento do julgado, quanto aos valores
pretéritos a serem pagos, se for o caso. 15. Este acórdão abordou os argumentos levantados pelas
partes, significando que também foram considerados os elementos suscitados para fins de
prequestionamento. 16. Não provimento do recurso interposto pelo INSS. 17. Honorários advocatícios
pela parte Recorrente em 10% sobre o valor da condenação (art. 55, caput, da Lei n. 9.099/1995), mas
respeitada a limitação temporal imposta pelo enunciado da Súmula n. 111/STJ.
Turma Recursal
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ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por
unanimidade, negar provimento ao recurso. Brasília/DF, 23/10/2019.
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verificação das características reais das suas condições de trabalho; b) é portadora de traumatismo
superficial do tornozelo e do pé não especificado (CID S90.9), recebeu benefício de auxílio-doença no
período de 12.05.2015 a 31.08.2016; c) a perícia médica realizada com especialista em
ortopedia/traumatologia, em 07.02.2018, referiu que não há incapacidade laborativa levando em conta a
atividade exercida; c) realizada nova perícia com médico do trabalho, em sede de esclarecimentos,
novamente foi posto que a sua moléstia não a impede de exerce a sua atividade laborativa de auxiliar
administrativa; d) não obstante na CPTS conste a função de auxiliar administrativa de consultório de
odontologia, trabalhava a maior parte do tempo em pé, deslocava-se com bastante frequência e que
realizava a limpeza do consultório que tinha 2 andares; e) foi solicitado declaração do empregador de
declaração detalhada das atividades exercidas para ser juntar ao presente feito, porém este recusou-se; f)
não obstante os peritos judiciais atestarem a capacidade laborativa para o exercício da atividade de
auxiliar administrativa, os documentos médicos colacionados aos autos são suficientes para comprovar a
incapacidade laboral; g) necessidade de nova perícia médica. 3. O INSS não ofereceu resposta escrita
ao recurso. 4. As perícias médicas foram devidamente realizadas por peritos nomeados pelo Juízo a quo,
motivo pelo qual não merece prosperar o pedido de realização de nova prova pericial. O laudo encontra-
se devidamente fundamentado e com respostas claras e objetivas, sendo despicienda a realização do
novo exame por profissional especializado na moléstia alegada pela parte Autora. Ademais,
desnecessária realização de audiência, tendo em vista que a comprovação da alegada deficiência
demanda prova pericial, a qual foi devidamente produzida, conforme o disposto no art. 443, inc. II, do
NCPC. 5. Parte Autora do sexo feminino, nascida em 26/08/1978 (atualmente com 41 anos de idade),
solteira, ensino médio, auxiliar-administrativa, residente e domiciliada em Ceilândia/DF.
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6. A primeira perícia registrada em 26/02/2018, realizada por médico especializado em ortopedia e
traumatologia, constatou que a pericianda é portadora de doença, CID: 10: Z54.0 (convalescença após
cirurgia) de S 82.3 (fratura da extremidade distal da tíbia), fixando a Data de Início da Doença em
12/04/2015, data do acidente que ocasionou a Fratura ao nível do tornozelo direito (p. 2 do laudo).
Contudo a doença não o incapacitava para o exercício de atividade que garanta a subsistência. Após
exame clínico detalhado, o mesmo laudo pericial concluiu: “A Fratura do tornozelo direito foi tratada
cirurgicamente (osteossíntese com parafusos), e após avaliação dos exames de imagem (Radiografias) e
do exame físico, conclui-se que a referida fratura encontra-se consolidada, no entanto, ainda permanece
uma rigidez articular residual que aguarda resolução cirúrgica na rede Pública de Saúde (SUS), conforme
laudos médicos trazidos pela Parte Autora. No entanto, a mesma pode desempenhar a sua atividade
laborativa (Auxiliar Administrativa), enquanto aguarda a realização do tratamento cirúrgico acima citado,
pois na referida atividade, não há exigência biomecânica para ortostatismo (postura de pé) estático ou
dinâmico prolongado, levantamento, sustentação, carregamento ou tração manual de carga (peso) ou
movimentos contínuos em aclive ou declive (subir e descer escadas, rampas ou terrenos irregulares), que
poderiam causar risco de agravamento da referida patologia ou prejuízo à sua saúde”. (sem grifos
originais) 7. A segunda perícia registrada em 24/10/2018, realizada por médico especializado em
medicina do trabalho constatou que a pericianda é portadora de doença, CID: S 82.3 (fratura da
extremidade distal da tíbia) e E11 (Diabetes mellitus não-insulinodependente), fixando a Data de Início da
Doença em 12/04/2015. Contudo a doença não o incapacitava para o exercício de atividade que garanta
a subsistência. Após exame clínico detalhado, o mesmo laudo pericial concluiu: “A periciada sofreu
acidente com fratura do maléolo medial em 2015; Evoluiu com limitação significativa de movimentos do
tornozelo direito, porém este quadro é compatível com sua atividade habitual de auxiliar administrativa em
clínica de odontologia; Ao exame objetivo, não há sinais de incapacidade laborativa para a função
habitual no momento”. 8. A prova pericial foi taxativa em concluir pela ausência de incapacidade
laborativa da parte Autora. A produção da prova pericial em Juízo, de cunho médico, tem por fim
esclarecer a situação funcional da pessoa, quanto à saúde, no contexto de um procedimento em
contraditório e imparcial, devendo prevalecer sobre documentos unilateralmente juntados por uma das
partes. Somente no caso de a prova pericial judicial ser dúbia ou incompleta é que documentos juntados
unilateralmente podem ser usados para suprir a falta ou a dubiedade da prova pericial judicial, o que não
é o caso. Por isso, não é o caso de usar os documentos médicos juntados unilateralmente, para
reconhecer a incapacidade laboral da parte Autora. 9. Ora, como se sabe, ser portador de doença ou
lesão não é a mesma coisa que ser portador de incapacidade, conforme disciplinado pela legislação
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previdenciária. Como a incapacidade pode variar ao longo do tempo, não obstante as doenças ou as
lesões se mantenham, então não se pode derivar automaticamente aquela destas. Por isso, não se pode
presumir continuidade do estado incapacitante. Há de prevalecer, no caso, a conclusão expressa do
laudo pericial, assim não sendo necessária a realização de nova perícia médica. 10. De outra banda, nas
demandas de benefícios por incapacidade, as avaliações são
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feitas secundum eventum litis e rebus sic stantibus, ou seja, apenas nas condições e circunstâncias
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fáticas dadas. Assim, se o laudo dá conta que a parte Autora possui condições de exercer atividade
laborativa neste momento, não há óbice à concessão futura do benefício, se a avaliação médica assim
indicar, ainda que em virtude da mesma enfermidade. Afinal, uma enfermidade pode ou não resultar em
incapacidade. A situação variável desta configura mudança dos fatos, da causa de pedir. 11. Certo é que
a perícia médica judicial é pela capacidade, independentemente de as enfermidades existirem, afinal, ser
portador de doença ou lesão não é a mesma coisa que ser portador de incapacidade, conforme
disciplinado pela lei previdenciária. 12. Não provimento do recurso interposto pela parte Autora. 13. Sem
condenação em honorários advocatícios. A instância revisora somente pode dispor sobre honorários,
"levando em conta o trabalho adicional realizado em grau recursal" (art. 85, § 11, NCPC). Não havendo
trabalho em grau recursal pela parte Recorrida, não há como condenar a parte Recorrente em honorários
advocatícios. Além disso, a parte Autora é beneficiária da gratuidade de justiça. Vencido, no ponto, o Juiz
Federal João Carlos Mayres Soares, que condenou a parte Recorrente vencida em honorários, no
patamar de 10% sobre o valor da causa, com suspensão do pagamento, em virtude da gratuidade de
justiça. Isso porque entende que a disposição legal se aplica apenas aos casos de majoração dos
honorários, devendo haver cominação originária destes em grau recursal, quando cabíveis, conforme
entendimento do STJ. ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais
do Distrito Federal, por unanimidade, negar provimento ao recurso. Brasília/DF, 23/10/2019.
EMENTA
CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. REAJUSTES CONCEDIDOS A SERVIDORES DOS PODERES
LEGISLATIVO E EXECUTIVO. LEIS NºS 13.302/2016, 13.323/2016 E 13.327/2016. PERCENTUAL DE
21,3%. EXTENSÃO A SERVIDORES DO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL. IMPOSSIBILIDADE.
REVISÃO GERAL ANUAL NÃO CARACTERIZADA. 1. A sentença rejeitou preliminarmente o pedido de
reajuste de 21,3%, formulado por servidor do Ministério da Saúde, sob o fundamento de que as Leis
13.302/2016, 13.323/2016 e 13.327/2016, não podem ser consideradas como de revisão geral, já que
tratam apenas de algumas carreiras da Administração Pública Federal, além de configurar afronta à
Súmula 339 do STF. 2. Razões do recurso interposto pela parte Autora: a) o reajuste concedido possui
todas as características de revisão geral de remuneração, nos exatos termos do inciso X, art. 37 da
CF/88, não obstante a forma de concessão ter ocorrido por diversas leis ordinárias; b) ao dissimular a
revisão geral de remuneração travestindo-a em reajustamento salarial setorizado o Poder Executivo deixa
de conferir todas as naturais consequências da revisão geral de remuneração, violando a um só tempo o
texto da Constituição em mais de um dispositivo (art. 37, X, XV c/c art. 40, §8º e 201) e diversos
dispositivos da legislação federal dos quais são exemplo o artigo 62-A, parágrafo único da Lei nº
8.112/90, art. 5º da Lei nº 9655/98, artigo 2º da Lei nº 10.698/2003; c) o reconhecimento do direito
pleiteado não importa em ofensa à Súmula Vinculante n. 37 do STF (Súmula 339), pois o Judiciário não
está legislando acerca de aumento de remuneração, mas assegurando a aplicação dos princípios
constitucionais, notadamente o da isonomia; d) que seja reformada a sentença para reconhecer o direito à
revisão geral de sua remuneração no percentual de 21,3%, com reflexos na sua Vantagem Pessoal
Nominalmente Identificada – VPNI, todos com efeitos financeiros desde a publicação das Leis
13.302/2016, 13.323/2016 e 13.327/2016. 3. A União ofereceu resposta escrita ao recurso impugnando,
preliminarmente, a concessão do benefício da justiça gratuita e suscitando a prejudicial de prescrição. No
mérito, requer seja negado provimento ao recurso. 4. Rejeita-se a preliminar de impugnação à assistência
judiciária, como levantada, pois feita sem contraprova dos elementos que levaram o Juízo originário a
conceder o benefício. O novo CPC estabelece que se presume "verdadeira a alegação de insuficiência
deduzida exclusivamente por pessoa natural" (art. 99, § 3º, do NCPC). Assim, tendo o Juízo a quo
verificado a presença dos requisitos para a concessão do benefício, apenas através de contraprova
suficiente sobre a situação específica poderia
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ser indeferido o pedido. 5. De acordo com a Súmula 85 do Superior Tribunal de Justiça, nas relações
jurídicas de trato sucessivo em que a Fazenda Pública figure como devedora, quando não tiver sido
negado o próprio direito reclamado, a prescrição atinge apenas as prestações vencidas antes do
quinquênio anterior à propositura da ação. Assim, estão prescritos a parcelas anteriores aos cinco anos
da propositura da ação (19/12/2018). 6. As alterações remuneratórias instituídas pelas Leis 13.302/2016,
13.323/2016 e 13.327/2016 não possuem natureza de revisão geral de remuneração. Na verdade, tais
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
alterações trataram de reestruturação e/ou reajuste da remuneração de carreiras e cargos específicos dos
poderes Legislativo e Executivo, dentro de certos cargos e/ou carreiras, não de todo o funcionalismo,
conforme explicitado do preâmbulo de cada uma das leis. 7. Ora, a RGA é uma alteração da remuneração
dos servidores públicos e serve para se rever o valor nominal dos pagamentos a partir de critérios
previstos no art. 2º, Lei n. 10.331/2001. É uma alteração uniforme, pois a Constituição Federal prescreve
que deve ser implementada "sem distinção de índices". Essa forma de alteração da remuneração deve
ser compreendida e aplicada distintamente, segundo critérios específicos, em relação a outras formas de
alteração da remuneração dos servidores. Propicia uma forma de "reajustamento" da remuneração, mas
na sua especificidade não há de ser confundida com o reajuste dos salários comumente conhecido e
praticado. Este, nas palavras da Ministra Carmem Lúcia, tem o propósito de "ajustar de novo, uma
categoria defasada, a um patamar escolhido pelo legislador que a tem como imprópria" (manifestação
durante o julgamento da Rcl 14872/DF, STF, Segunda Turma, em 31/05/2016). 8. Por certo, a própria
Constituição Federal estabelece que o sistema remuneratório observará a determinados critérios, tais
como a natureza e as peculiaridades do cargo, bem como os requisitos de investidura (art. 39, § 1º).
Assim, não há qualquer óbice para estabelecimento, por lei específica, de tabelas e reajustes
diferenciados para os diversos cargos e carreiras de servidores públicos. Na verdade, esse tipo de
equiparação é vedada pelo inciso XIII, do art. 37 da Constituição da República ("é vedada a vinculação ou
equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço
público"). Apenas no caso da RGA é preciso haver identidade de índice para todos os servidores públicos.
9. Não caracterizada a natureza de revisão geral das Leis 13.302/2016, 13.323/2016 e 13.327/2016, não
há falar-se em sua extensão a outros cargos não abrangidos na citada legislação, não havendo, ainda,
indenização por omissão. No final das contas, a situação assim interpretada resulta na aplicação ao caso
sob julgamento do conteúdo do Enunciado da Súmula n. 339/STF, convertida na Súmula Vinculante 37:
“Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores
públicos, sob fundamento de isonomia”. 10. Não provimento do recurso interposto pela parte Autora. 11.
Honorários advocatícios pela parte Autora em 10% sobre o valor corrigido da causa (art. 55 da Lei n.
9.099/1995), com suspensão do pagamento enquanto a parte credora não demonstrar que deixou de
existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão da Gratuidade de Justiça,
extinguindo-se a dívida cinco anos após
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o trânsito em julgado deste Acórdão (art. 98, § 3º, NCPC). ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal
dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade, negar provimento ao recurso.
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resulta em redução de qualidade para o exercício da vigilância armada conforme relatórios médicos
juntados. 3. O INSS não ofereceu resposta escrita ao recurso. 4. Parte Autora do sexo masculino, nascido
em 09/04/1972 (atualmente com 47 anos de idade), casado, ensino fundamental, vigilante, atualmente
desempregado, residente e domiciliado em Samambaia/DF. 5. A perícia registrada em 25/07/2018,
realizada por médico especializado em cirurgia oncológica e mastologia e pós-graduada em auditoria
médica e gestão hospitalar, constatou que o periciando é portador de doença, CID 10: C 73 (neoplasia
maligna da glândula tireóide), I 10 (hipertensão essencial), G 62.9 (polineuropatia não especificada) e 66
(obesidade). Contudo, as doenças não o incapacitam para o exercício de atividade que garanta a
subsistência. 6. Foi determinada a complementação do laudo pericial (registro em 19/12/2018), tendo a
perita esclarecido que a parte Autora “ao ser abordado sobre as profissões exercidas, informou ser
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vigilante, leiturista da CEB e porteiro de prédio. Em nenhum dos atestados apresentados, foi informado
incapacidade laboral, apenas que está em acompanhamento clínico e limitação em ombro direito e que ao
exame físico nesta perícia, não foi constatado incapacidade para o labor, sendo observado preservação
completa de força e tenesmo muscular de todo o corpo, inclusive do membro superior direito, ora
questionado como limitador laboral. Em avaliação ao atual relatório médico datado de 03.09.2018,
assinada pela Dra. Fernanda Tavares CRM 11630-DF é constatado a cirurgia realizada que foi
tireotectomia em 2003 e complementado em
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2008 com esvaziamento cervical direito, informa que há necessidade de seguimento e exames
laboratoriais e comprometimento do plexo braquial direito com restrição motora, mas não há nenhuma
informação que reforce a incapacidade laboral ou limitação laboral parcial, até mesmo pelas atividades
exercidas pelo periciado”. 7. O certo é que o laudo pericial foi produzido por médico especialista em
neurologia, ou seja, especialidade habilitada para periciar a lesão/doença da parte Autora. Depois, do seu
exame pessoal, foi considerada a documentação juntada ao feito, conforme dá conta o próprio laudo, o
qual faz referência à ressonância magnética do encéfalo de 07/05/2018, bem como aos relatórios
médicos datados em 06/11/2002, 15/05/2018 e 15/08/2018, pelo que sem razão a parte Autora, quanto à
alegação de existência de provas suficientemente fortes para desconsiderar a prova produzida
judicialmente. 8. A prova pericial foi taxativa em concluir pela ausência de incapacidade laborativa da
parte Autora. A produção da prova pericial em Juízo, de cunho médico, tem por fim esclarecer a situação
funcional da pessoa, quanto à saúde, no contexto de um procedimento em contraditório e imparcial,
devendo prevalecer sobre documentos unilateralmente juntados por uma das partes. Somente no caso de
a prova pericial judicial ser dúbia ou incompleta é que documentos juntados unilateralmente podem ser
usados para suprir a falta ou a dubiedade da prova pericial judicial, o que não é o caso. Por isso, não é o
caso de usar os documentos médicos juntados unilateralmente, para reconhecer a incapacidade laboral
da parte Autora. 9. Ora, como se sabe, ser portador de doença ou lesão não é a mesma coisa que ser
portador de incapacidade, conforme disciplinado pela legislação previdenciária. Como a incapacidade
pode variar ao longo do tempo, não obstante as doenças ou as lesões se mantenham, então não se pode
derivar automaticamente aquela destas. Por isso, não se pode presumir continuidade do estado
incapacitante. Há de prevalecer, no caso, a conclusão expressa do laudo pericial. 10. De outra banda, nas
demandas de benefícios por incapacidade, as avaliações são feitas secundum eventum litis e rebus sic
stantibus, ou seja, apenas nas condições e circunstâncias fáticas dadas. Assim, se o laudo dá conta que
a parte Autora possui condições de exercer atividade laborativa neste momento, não há óbice à
concessão futura do benefício, se a avaliação médica assim indicar, ainda que em virtude da mesma
enfermidade. Afinal, uma enfermidade pode ou não resultar em incapacidade. A situação variável desta
configura mudança dos fatos, da causa de pedir. 11. Certo é que as perícias médicas judiciais são pela
capacidade, independentemente de as enfermidades existirem, afinal, ser portador de doença ou lesão
não é a mesma coisa que ser portador de incapacidade, conforme disciplinado pela lei previdenciária. 12.
Não provimento do recurso interposto pela parte Autora. 13. Sem condenação em honorários
advocatícios. A instância revisora somente pode dispor sobre honorários, "levando em conta o trabalho
adicional realizado em grau recursal" (art. 85, § 11, NCPC). Não havendo trabalho em grau recursal pela
parte Recorrida, não há como condenar a parte Recorrente em honorários advocatícios. Além disso, a
parte Autora é beneficiária da gratuidade de justiça. Vencido, no ponto, o Juiz Federal João Carlos
Mayres Soares, que condenou a parte Recorrente vencida em honorários, no patamar de 10% sobre o
valor da causa, com suspensão do pagamento,
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em virtude da gratuidade de justiça. Isso porque entende que a disposição legal se aplica apenas aos
casos de majoração dos honorários, devendo haver cominação originária destes em grau recursal,
quando cabíveis, conforme entendimento do STJ. ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos
Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade, negar provimento ao recurso.
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EMENTA
TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. CPSS. PRECATÓRIO/RPV.
CRÉDITOS RELATIVOS AOS PERÍODOS DE NOVEMBRO DE 1989 A DEZEMBRO DE 1990. GOE.
SERVIDOR ATIVO/INATIVO. REGIME DE COMPETÊNCIA. NÃO PROVIMENTO DO RECURSO. 1. A
sentença julgou procedente a pretensão deduzida pela parte Autora para “[...] condenar a UNIÃO na
obrigação de pagar à parte autora o valor descontado a título de PSS sobre a parcela correspondente a
juros de mora pagos em decorrência de decisão judicial proferida nos autos do processo de execução nº
000205283.1999.4.05.8000, corrigidos pela Taxa Selic”. 2. Em face da referida decisão, a parte Autora
opôs Embargos Declaratórios para suprir eventual omissão quanto ao limite da alíquota a ser cobrada a
título de precatório (GOE). Ressaltou, assim, que a incidência da Contribuição Social do Servidor Público
deve ser feita considerando-se os meses que originaram a relação laboral entre o empregador e
empregado, para então ser verificado se naquela época o servidor precisaria contribuir, sendo a cobrança
da alíquota limitada a 6% em razão do regime de competência. 3. O Juízo a quo acolheu a manifestação
da parte Embargante e, diante da ocorrência de vícios/erros materiais, anulou a sentença anteriormente
registrada. 4. Consignou-se, para tanto: “[...] julgo PROCEDENTE a pretensão, resolvendo o mérito da
demanda (artigo 487, inciso I, do CPC), para declarar que o cálculo do PSS relativo ao valor recebido pela
parte autora nos autos nº 00020528319994058000, 2ª Vara, SJAL, por meio de requisição de pagamento
judicial, deve observar as tabelas e alíquotas vigentes à época em que os valores deveriam ter sido
adimplidos (regime de competência mensal), devendo incidir à alíquota de 6% (seis por cento), com a
consequente restituição dos valores recolhidos indevidamente a maior, bem como condenar a UNIÃO na
obrigação de pagar à parte autora o valor descontado a título de PSS sobre a parcela correspondente a
juros de mora, pagos em decorrência de decisão judicial proferida nos autos supracitados, tudo corrigido
pela Taxa Selic, desde a data do recolhimento a maior”. 5. Razões do recurso interposto pela União: a) na
eventual hipótese de devolução de valores, haveria que se reconhecer a prescrição das parcelas
anteriores ao quinquênio que precede o ajuizamento da presente ação, com fulcro no entendimento
consolidado
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pelo STF; b) a retenção na fonte da contribuição do PSS, incidente sobre valores pagos em cumprimento
de decisão judicial, constitui uma obrigação ex lege, de forma que independe de autorização prevista no
título judicial; c) inaplicabilidade do regime de competência, ante a violação de norma cogente que
determina, expressamente, a incidência da contribuição sobre o montante recebido, no momento do
recebimento. 6. A parte Autora ofereceu resposta escrita ao recurso. 7. Preliminarmente, importa salientar
a impropriedade das razões recursais utilizadas pela União, notadamente quanto ao prazo prescricional.
Ora, não se passaram cinco anos entre o levantamento dos valores requisitados pela via do precatório,
em 02/01/2015 (cf. PETIÇÃO RECEBIDA – EPROC 6 EXTRATO GOE, p 6/8) e o ajuizamento da ação,
em 27/03/2018. 8. No mérito, deve ser mantida a sentença em que determinou a inexigibilidade de
contribuição para o PSS sobre os juros de mora, assim como a aplicação do regime de competência. É
dizer, a retenção do PSS sobre o principal deve observar as tabelas e alíquotas vigentes à época em que
deveriam ter sido pagos (regime de competência). Precedentes deste TRF1” (AC 0011973-
54.2010.4.01.4100/RO, Rel. Des. Fed. Novély Vilanova, Oitava Turma, e-DJF1 p.807 de 05/09/2014). 9.
Cuidando de créditos relativos às competências de novembro de 1989 a dezembro de 1990 (cf. PETIÇÃO
RECEBIDA – EPROC 9 PLAN, registrada em 27/03/2018), ainda não se encontrava vigente a incidência
da alíquota de 11% da contribuição ao PSS, fixada pela Lei nº 10.887/2004. 10. Embora a retenção de
valores devidos a título de contribuição ao Plano de Seguridade Social decorra de imposição legal, sendo
devida a dedução no momento do recebimento dos valores por meio de precatório/RPV, deve-se observar
o regime de competência, vez que o STJ tem o entendimento de que a incidência de tributos sobre as
verbas devidas a servidores públicos deve observar a legislação tributária vigente à época em que os
pagamentos deveriam ter sido efetuados. STJ, AgRg no Ag 766.896/SC, 1.ªTurma, Rel. Ministro JOSÉ
DELGADO, DJ de 19/03/2007; STJ, AgRg no REsp 1224230, Rel. Min. BENEDITO GONÇALVES, DJe
01/03/2012; STJ, AgRg no REsp 1168539/RS, Rel. Min. LAURITA VAZ, DJe 08/11/2011. 11. Deve ser
aplicada a lei vigente à época em que a verba deveria ter sido recebida, inclusive quanto à situação de
(in)atividade da pessoa. Nesse sentido, o entendimento da TNU: “PEDIDO NACIONAL DE
UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. PSS. INCIDÊNCIA
SOBRE APOSENTADORIAS E PENSÕES. LIMITE DE INCIDÊNCIA: O TETO DO RGPS.
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possível a sua incidência, o desconto deve obedecer ao requisito expresso no art. 5º da Lei 10.887/2004,
ou seja, somente poderá incidir o PSS sobre os valores que ultrapassarem o teto estabelecido pelo
RGPS.(...)” (TNU, PEDILEF 05028736620144058400, DJ 13/10/2015). 12. Assim, correta a sentença em
determinar observância ao regime de competência e afastar a incidência da CPSS sobre os juros
moratórios, já que ela não incide sobre os juros de mora pagos em execução de sentença judicial, ainda
que esta inclua diferenças de natureza exclusivamente salarial (REsp 1.239.203/PR, representativo da
controvérsia, rel. Min. Mauro Campbell Marques, 1ª Seção/STJ em 12.12.2012). No mesmo sentido, (AG
0064653-60.2011.4.01.0000/MG, Rel. Des. Fed. Gilda Sigmaringa Seixas, Primeira Turma, e-DJF1 de
23/11/2017). 13. Este acórdão abordou os argumentos levantados pelas partes, significando que também
foram considerados os elementos suscitados para fins de prequestionamento. 14. Não provimento do
recurso interposto pela União. 15. Honorários advocatícios pela parte Recorrente em 10% sobre o valor
da condenação (art. 55, caput, da Lei n. 9.099/95). ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos
Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade, negar provimento ao recurso.
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unilateralmente ou a realização de nova perícia, conforme requerido pela parte Autora. 8. Ora, como se
sabe, ser portador de doença ou lesão não é a mesma coisa que ser portador de incapacidade, conforme
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disciplinado pela legislação previdenciária. Como a incapacidade pode variar ao longo do tempo, não
obstante as doenças ou as lesões se mantenham, então não se pode derivar automaticamente aquela
destas. Por isso, não se pode presumir continuidade do estado incapacitante. Há de prevalecer, no caso,
a conclusão expressa do laudo pericial. 9. De outra banda, nas demandas de benefícios por
incapacidade, as avaliações são feitas secundum eventum litis e rebus sic stantibus, ou seja, apenas nas
condições e circunstâncias fáticas dadas. Assim, se o laudo dá conta que a parte Autora possui condições
de exercer atividade laborativa neste momento, não há óbice à concessão futura do benefício, se a
avaliação médica assim indicar, ainda que em virtude da mesma enfermidade. Afinal, uma enfermidade
pode ou não resultar em incapacidade. A situação variável desta configura mudança dos fatos, da causa
de pedir. 10. Certo é que a perícia médica judicial é pela capacidade, independentemente de as
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enfermidades existirem, afinal, ser portador de doença ou lesão não é a mesma coisa que ser portador de
incapacidade, conforme disciplinado pela lei previdenciária. 11. Não provimento do recurso interposto pela
parte Autora. 12. Considerando o não provimento do recurso interposto pela parte Autora, fica prejudicado
o pedido de tutela de urgência por ela requerido. 13. Sem condenação em honorários advocatícios. A
instância revisora somente pode dispor sobre honorários, "levando em conta o trabalho adicional
realizado em grau recursal" (art. 85, § 11, NCPC). Não havendo trabalho em grau recursal pela parte
Recorrida, não há como condenar a parte Recorrente em honorários advocatícios. Além disso, a parte
Autora é beneficiária da gratuidade de justiça. Vencido, no ponto, o Juiz Federal João Carlos Mayres
Soares, que condenou a parte Recorrente vencida em honorários, no patamar de 10% sobre o valor da
causa, com suspensão do pagamento, em virtude da gratuidade de justiça. Isso porque entende que a
disposição legal se aplica apenas aos casos de majoração dos honorários, devendo haver cominação
originária destes em grau recursal, quando cabíveis, conforme entendimento do STJ. ACÓRDÃO Decide
a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade, negar
provimento ao recurso. Brasília/DF, 23/10/2019.
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Juiz David Wilson de Abreu Pardo 2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF RELATOR 3
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Lei 13.324/2016. Por fim, por cautela, suscita a impossibilidade de aplicação às condenações impostas à
União de correção monetária e juros de mora superior ao estabelecido no art. 1º F da Lei n.º 9.494/97. 4.
Rejeita-se a preliminar de impugnação ao valor da causa arguida pela União, vez que deveria ter
apresentado o valor que entende devido como proveito econômico na demanda e não apenas arguir de
forma genérica a incompatibilidade do valor atribuído. 5. Rejeita-se a preliminar de impugnação à
assistência judiciária, como levantada, pois feita sem contraprova dos elementos que levaram o Juízo
originário a conceder o benefício. O novo CPC estabelece que "Presume-se verdadeira a alegação de
insuficiência deduzida exclusivamente por pessoa natural" (art. 99, § 3º, do NCPC). Assim, tendo o Juízo
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a quo verificado a presença dos requisitos para a concessão do benefício, apenas através de contraprova
suficiente sobre a situação específica poderia ser indeferido o pedido. 6. Rejeita-se a prejudicial de
prescrição suscitada pela União, vez que não ocorreu a prescrição do fundo de direito, mas apenas das
parcelas que antecederam aos cinco anos a contar da data da propositura da ação. 7. O pedido da parte
Autora é realmente distinto daqueles recorrentemente julgados pelos JEFs e pelas TRs do Distrito Federal
ao longo do tempo. Neste caso, cuida-se de aferir se a Gratificação de Desempenho referida no processo
não deixou de efetivamente ser genérica, mesmo depois de formalmente iniciados os ciclos de avaliação
pela Administração, pois, ainda que iniciados tais ciclos, não correspondem aos requisitos estabelecidos
pela lei para tornar a Gratificação uma parcela pro labore faciendo. Segundo as razões de recurso, tendo
a parte Autora recebido invariavelmente o patamar máximo da Gratificação durante o seu período de
atividade, na passagem para a inatividade haveria de permanecer o mesmo valor máximo, em virtude da
paridade e da integralidade. 8. Como se sabe, Gratificações de Desempenho são parcelas autônomas
pagas de maneira destacada e não cumulativa, em função do desempenho individual do servidor e, ainda,
do alcance de metas de desempenho institucional do respectivo órgão e da entidade de lotação. Não
servem de base de cálculo para quaisquer outros benefícios, ou parcelas remuneratórias ou vantagens, e
costumam ter previsão legal para o seu reajuste na mesma proporção da revisão geral da remuneração
dos servidores públicos federais. 9. Porém, em relação ao termo inicial para pagamento diferenciado, o
STF decidiu em sede de repercussão geral no RE 662406: “O termo inicial do pagamento diferenciado
das gratificações de desempenho entre servidores ativos e inativos é o da data da homologação do
resultado das avaliações, após a conclusão do primeiro ciclo de avaliações, não podendo a Administração
retroagir os efeitos financeiros a data anterior”. (RE 662406, Relator Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal
Pleno, julgado em 11/12/2014, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-031 DIVULG 13-02-2015 PUBLIC 1802-
2015). 10. A regra foi novamente reafirmada pelo STF, com importante acréscimo, para todas as
Gratificações de Desempenho, ao julgar o Tema 983, cujo Processo Paradigma foi o ARE 1.052.570, com
a publicação do acórdão no DJE de 6.3.2018 e trânsito em julgado
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em 16/5/2018. No julgado, as Teses Firmadas foram as seguintes, verbis: "I - O termo inicial do
pagamento diferenciado das gratificações de desempenho entre servidores ativos e inativos é o da data
da homologação do resultado das avaliações, após a conclusão do primeiro ciclo; II - A redução, após a
homologação do resultado das avaliações, do valor da gratificação de desempenho paga aos inativos e
pensionistas não configura ofensa ao princípio da irredutibilidade de vencimentos". 11. Nas Gratificações
de Desempenho criadas ao longo do tempo, os trabalhos ou serviços que ensejam o recebimento podem
ser e até são os mesmos que os servidores beneficiados já exerciam e continuam exercendo. O que
muda é o desempenho e a produtividade. Sendo mais elevados, nos mesmos serviços e/ou trabalhos
normalmente realizados, há aumento no valor da Gratificação de Desempenho. Assim, quando a
Administração passou a pagar a título de Gratificação de Desempenho valores indistintos e
independentes de qualquer avaliação, a todos os servidores da ativa, deixou a gratificação de ser pro
labore faciendo, ostentando caráter geral e alcançando servidores inativos e/ou pensionistas com o direito
à paridade. Todavia, não sendo pagas em virtude de trabalhos anormais, a natureza pro labore faciendo
das diversas Gratificações de Desempenho se mantém apenas enquanto pagas em virtude de avaliações
periódicas de produtividade. 12. Regra geral, portanto, de acordo com o entendimento do STF, é legítimo
o pagamento diferenciado das Gratificações de Desempenho, a menor para os servidores inativos, depois
da homologação do resultado das avaliações. 13. E é acertada a posição do STF. Como já bem pontuou
a TNU, “vantagens condicionais ou modais, mesmo que auferidas por longo tempo em razão do
preenchimento dos requisitos exigidos para sua percepção, não se incorporam ao vencimento, a não ser
quando essa integração for determinada por lei. (É que as vantagens condicionais ou modais) são
vantagens pelo trabalho que está sendo feito (pro labore faciendo) ou, por outras palavras, são adicionais
de função (ex facto officii), ou são gratificações de serviço (propter laborem), ou, finalmente, são
gratificações em razão de condições pessoais do servidor (propter personam). Daí por que, quando cessa
o trabalho, ou quando desaparece o fato ou a situação que lhes dá causa, deve cessar o pagamento de
tais vantagens, sejam elas adicionais de função, gratificações de serviço ou gratificação em razão das
condições pessoais do servidor” (TNU, PEDILEF 05033027020134058302, Juiz Federal Ronaldo José da
Silva, DOU de 05/02/2016). 14. Nesse contexto, não é verdade que a gratificação de desempenho
constitui, na prática, simples vantagem inerente ao cargo, integrando a estrutura remuneratória da
391
Carreira e maneira ardilosa de o Poder Público conceder um reajuste setorial por vias transversas.
Segundo as definições do § precedente, uma vantagem pro labore faciendo pode ser na modalidade
propter laborem, quer dizer, em razão de serviço. Se a gratificação estivesse sendo paga apenas porque
se estava ocupando certo cargo, então teria razão a parte Autora/Recorrente. Todavia, como é paga em
virtude da "quantidade" e da "qualidade" do serviço efetivamente (institucionalmente e pessoalmente)
desenvolvido pelo(a) servidor(a), então a sua natureza pro labore faciendo surge e se destaca
juridicamente, tornando-se inegável.
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15. Por outro lado, não há prova de que pagamentos da gratificação estão sendo feitos na pontuação
máxima para os servidores ativos, mediante avaliação por "ficção jurídica", caracterizando um aumento
disfarçado de remuneração. Ainda que eventualmente servidores possam estar sendo avaliados com
pontuação máxima, isso não implica que todos estejam sendo. Aliás, mesmo que vários servidores ativos
estivessem sendo avaliados com a pontuação máxima, isso decorreria dos critérios de avaliação já
estabelecidos e executados, ou seja, decorreria da realização dos ciclos de avaliação feitos com os
servidores atualmente em atividade. Ou seja, resultados são obtidos com base no desempenho dos
servidores em atividade. Mesmo a parcela institucional, depois de realizada a avaliação, leva em conta a
produtividade do conjunto daqueles que estão na ativa, não podendo ser estendida aos que já se
encontravam inativos e que, por essa situação, não contribuíram para o desempenho institucional. 16. É
dizer, a circunstância de a parte Autora/Recorrente ter recebido, segundo argumenta, sempre o mesmo
patamar máximo da Gratificação, durante período de atividade, não retira o caráter pro labore faciendo.
Se assim recebia, isso se dava como resultado dos processos de avaliação individual e institucional, nos
termos da lei. Ou seja, felizmente, para a parte Autora, seus resultados avaliativos devem ter sido sempre
amplamente favoráveis, levando ao pagamento no patamar máximo, mesmo depois de a Gratificação
passar a ter natureza pro labore faciendo. Mas essa circunstância não desfaz tal natureza nem outorga à
gratificação de desempenho um caráter genérico a implicar incorporação automática do patamar máximo
aos proventos de aposentadoria do servidor beneficiado pelas avaliações. 17. Por sua vez, não há prova
efetiva de que os critérios de avaliação são inadequados. Em princípio, nem mesmo é possível dizer que
se está premiando o baixo desempenho, ao se atribuir pontuação máxima a quem individualmente
cumpre apenas 75% da meta. Uma tal conclusão apenas seria possível pela demonstração clara de que o
patamar estabelecido não está de acordo com o contexto produtivo dos servidores ao longo do tempo. É
dizer, apenas numa escala comparativa alongada seria possível avaliar a inadequação da meta adotada.
A grandeza da meta ganha sentido numa análise comparativa ou relacional, não em si mesma. Isso
porque, em um contexto de produtividade histórica de até 50%, a meta de 75% pode ser um patamar
importante para a Administração Pública. 18. Aliás, a circunstância denota que a fixação das metas a
serem alcançadas deve ser um ato privativo da Administração Pública, passível de exame judicial apenas
de claramente demonstrado seu desacerto legal. Mesmo que um ato discricionário possa ser
judicialmente fiscalizável, do ponto de vista da sua legalidade, somente pode sofrer a intervenção judicial
quando o vício é manifesto. Não é o que se verifica no presente caso, conforme as razões dos §§
antecedentes, pelo que deve haver uma deferência do Judiciário ao Administrador. 19. Portanto,
considerando as circunstâncias relevantes da situação, a tese formulada na inicial não tem lugar, sem que
se fale de violação ao direito à integralidade/paridade. E a propósito, novo regramento criado pela Lei
13.324/2016 veio a confirmar esse raciocínio. A nova lei faculta ao servidor que tem direito à integralidade
e paridade incorporar “valor integral da média dos pontos da gratificação de desempenho recebidos
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nos últimos sessenta meses de atividade” (art. 88, III, c/c o art. 87, XV). Com isso, o legislador decidiu
fixar prazo mínimo de recebimento e, ainda, de contribuição previdenciária sobre Gratificações de
Desempenho, para o servidor público com direito à integralidade e paridade recebê-la integralmente,
quando passar à inatividade. 20. Seja como for, observe que o valor integral é da média dos pontos
recebidos em lapso de tempo determinado. Não poderia ser diferente, pois, os valores da gratificação
podem variar, dependendo dos resultados das avaliações procedidas. Outrossim, não importa que o
tempo mínimo fixado na lei não alcance o tempo de contribuição para aposentadoria integral. No fundo, o
legislador agiu por meio de um critério de liberalidade e continua resolvendo a questão da melhor maneira
possível, de acordo com o seu juízo político. O que não se pode é acolher o pedido inicial, tal qual
formulado, valendo registrar que a parte Autora passou a ter à sua disposição a opção criada pela Lei n.
13.324/2016, para receber valores mais elevados da Gratificação de Desempenho, devendo, por óbvio,
observar todos os requisitos ali estabelecidos para tanto. 21. Assim, gratificação de desempenho não
deriva da garantia de paridade e integralidade remuneratória e a sua extensão aos servidores inativos
viola o princípio da legalidade e da reserva legal (art. 37, X, da CF). Enfim, a partir da data da
homologação do resultado das avaliações, após conclusão do primeiro ciclo de avaliações, passou a valer
o pagamento diferenciado da Gratificação entre servidores ativos e os inativos, conforme a jurisprudência
do STF aqui colacionada. 22. Por fim, a parte Autora/Recorrente não requereu a produção de prova
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pericial, na petição inicial. E quando pleiteia produção de tal prova, na petição de recurso, literalmente
justifica o pleito “diante da complexidade da matéria”. A par de não precisar a forma da prova pericial
requerida, tem razão a parte Autora/Recorrente sobre a complexidade da matéria e, assim, sobre a
própria complexidade da prova pericial que pleiteia. Seria preciso definir o(s) profissional(ais) habilitado(s)
ao exame e, ainda, os contextos funcionais para a coleta dos dados, a tornar ainda mais complexa a
produção da prova. Em hipóteses tais, o TRF1 tem entendido não caber ao JEF a produção de tal prova,
conforme CC 0013151-72.2017.4.01.0000, Des. Fed. Gilda Sigmaringa Seixas, 1ª Seção, e-DJF1 de
25/4/2018. 23. Não provimento do recurso interposto pela parte Autora. Dissentiu, em parte, o Juiz
Federal João Carlos Mayer Soares, quanto ao fundamento do § 22 da ementa, ressaltando sua
desnecessidade e implicação de indicar incompetência do JEF. 24. Honorários advocatícios pela parte
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Recorrente em 10% sobre o valor corrigido da causa (artigo 55 da Lei n. 9.099/1995), com suspensão do
pagamento enquanto a parte credora não demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de
recursos que justificou a concessão da Gratuidade de Justiça, extinguindo-se a dívida cinco anos após o
trânsito em julgado deste Acórdão (artigo 98, § 3º, NCPC).
Turma Recursal
DE1141E7F84B75A9CA317BF58D49A9F5
ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por
unanimidade, negar provimento ao recurso. Brasília/DF, 23/10/2019.
Turma Recursal
5F40F8DB9378B1EC46D874E2C65C7ABA
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Lei 13.324/2016. 4. Rejeita-se a preliminar de impugnação ao valor da causa arguida pela União, vez que
deveria ter apresentado o valor que entende devido como proveito econômico na demanda e não apenas
arguir de forma genérica a incompatibilidade do valor atribuído. 5. Rejeita-se a preliminar de impugnação
à assistência judiciária, como levantada, pois feita sem contraprova dos elementos que levaram o Juízo
originário a conceder o benefício. O novo CPC estabelece que "Presume-se verdadeira a alegação de
insuficiência deduzida exclusivamente por pessoa natural" (art. 99, § 3º, do NCPC). Assim, tendo o Juízo
a quo verificado a presença dos requisitos para a concessão do benefício, apenas através de contraprova
suficiente sobre a situação específica poderia ser indeferido o pedido. 6. Rejeita-se a prejudicial de
prescrição suscitada pela União, vez que não ocorreu a prescrição do fundo de direito, mas apenas das
parcelas que antecederam aos cinco anos a contar da data da propositura da ação. 7. O pedido da parte
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Autora é realmente distinto daqueles recorrentemente julgados pelos JEFs e pelas TRs do Distrito Federal
ao longo do tempo. Neste caso, cuida-se de aferir se a Gratificação de Desempenho referida no processo
não deixou de efetivamente ser genérica, mesmo depois de formalmente iniciados os ciclos de avaliação
pela Administração, pois, ainda que iniciados tais ciclos, não correspondem aos requisitos estabelecidos
pela lei para tornar a Gratificação uma parcela pro labore faciendo. Segundo as razões de recurso, tendo
a parte Autora recebido invariavelmente o patamar máximo da Gratificação durante o seu período de
atividade, na passagem para a inatividade haveria de permanecer o mesmo valor máximo, em virtude da
paridade e da integralidade. 8. Como se sabe, Gratificações de Desempenho são parcelas autônomas
pagas de maneira destacada e não cumulativa, em função do desempenho individual do servidor e, ainda,
do alcance de metas de desempenho institucional do respectivo órgão e da entidade de lotação. Não
servem de base de cálculo para quaisquer outros benefícios, ou parcelas remuneratórias ou vantagens, e
costumam ter previsão legal para o seu reajuste na mesma proporção da revisão geral da remuneração
dos servidores públicos federais. 9. Porém, em relação ao termo inicial para pagamento diferenciado, o
STF decidiu em sede de repercussão geral no RE 662406: “O termo inicial do pagamento diferenciado
das gratificações de desempenho entre servidores ativos e inativos é o da data da homologação do
resultado das avaliações, após a conclusão do primeiro ciclo de avaliações, não podendo a Administração
retroagir os efeitos financeiros a data anterior”. (RE 662406, Relator Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal
Pleno, julgado em 11/12/2014, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-031 DIVULG 13-02-2015 PUBLIC 1802-
2015). 10. A regra foi novamente reafirmada pelo STF, com importante acréscimo, para todas as
Gratificações de Desempenho, ao julgar o Tema 983, cujo Processo Paradigma foi o ARE 1.052.570, com
a publicação do acórdão no DJE de 6.3.2018 e trânsito em julgado em 16/5/2018. No julgado, as Teses
Firmadas foram as seguintes, verbis: "I - O termo inicial do pagamento diferenciado das gratificações de
desempenho entre servidores
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ativos e inativos é o da data da homologação do resultado das avaliações, após a conclusão do primeiro
ciclo; II - A redução, após a homologação do resultado das avaliações, do valor da gratificação de
desempenho paga aos inativos e pensionistas não configura ofensa ao princípio da irredutibilidade de
vencimentos". 11. Nas Gratificações de Desempenho criadas ao longo do tempo, os trabalhos ou serviços
que ensejam o recebimento podem ser e até são os mesmos que os servidores beneficiados já exerciam
e continuam exercendo. O que muda é o desempenho e a produtividade. Sendo mais elevados, nos
mesmos serviços e/ou trabalhos normalmente realizados, há aumento no valor da Gratificação de
Desempenho. Assim, quando a Administração passou a pagar a título de Gratificação de Desempenho
valores indistintos e independentes de qualquer avaliação, a todos os servidores da ativa, deixou a
gratificação de ser pro labore faciendo, ostentando caráter geral e alcançando servidores inativos e/ou
pensionistas com o direito à paridade. Todavia, não sendo pagas em virtude de trabalhos anormais, a
natureza pro labore faciendo das diversas Gratificações de Desempenho se mantém apenas enquanto
pagas em virtude de avaliações periódicas de produtividade. 12. Regra geral, portanto, de acordo com o
entendimento do STF, é legítimo o pagamento diferenciado das Gratificações de Desempenho, a menor
para os servidores inativos, depois da homologação do resultado das avaliações. 13. E é acertada a
posição do STF. Como já bem pontuou a TNU, “vantagens condicionais ou modais, mesmo que auferidas
por longo tempo em razão do preenchimento dos requisitos exigidos para sua percepção, não se
incorporam ao vencimento, a não ser quando essa integração for determinada por lei. (É que as
vantagens condicionais ou modais) são vantagens pelo trabalho que está sendo feito (pro labore
faciendo) ou, por outras palavras, são adicionais de função (ex facto officii), ou são gratificações de
serviço (propter laborem), ou, finalmente, são gratificações em razão de condições pessoais do servidor
(propter personam). Daí por que, quando cessa o trabalho, ou quando desaparece o fato ou a situação
que lhes dá causa, deve cessar o pagamento de tais vantagens, sejam elas adicionais de função,
gratificações de serviço ou gratificação em razão das condições pessoais do servidor” (TNU, PEDILEF
05033027020134058302, Juiz Federal Ronaldo José da Silva, DOU de 05/02/2016). 14. Nesse contexto,
não é verdade que a gratificação de desempenho constitui, na prática, simples vantagem inerente ao
cargo, integrando a estrutura remuneratória da Carreira e maneira ardilosa de o Poder Público conceder
um reajuste setorial por vias transversas. Segundo as definições do § precedente, uma vantagem pro
labore faciendo pode ser na modalidade propter laborem, quer dizer, em razão de serviço. Se a
gratificação estivesse sendo paga apenas porque se estava ocupando certo cargo, então teria razão a
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na pontuação máxima para os servidores ativos, mediante avaliação por "ficção jurídica", caracterizando
um aumento disfarçado de remuneração. Ainda que eventualmente servidores possam estar sendo
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avaliados com pontuação máxima, isso não implica que todos estejam sendo. Aliás, mesmo que vários
servidores ativos estivessem sendo avaliados com a pontuação máxima, isso decorreria dos critérios de
avaliação já estabelecidos e executados, ou seja, decorreria da realização dos ciclos de avaliação feitos
com os servidores atualmente em atividade. Ou seja, resultados são obtidos com base no desempenho
dos servidores em atividade. Mesmo a parcela institucional, depois de realizada a avaliação, leva em
conta a produtividade do conjunto daqueles que estão na ativa, não podendo ser estendida aos que já se
encontravam inativos e que, por essa situação, não contribuíram para o desempenho institucional. 16. É
dizer, a circunstância de a parte Autora/Recorrente ter recebido, segundo argumenta, sempre o mesmo
patamar máximo da Gratificação, durante período de atividade, não retira o caráter pro labore faciendo.
Se assim recebia, isso se dava como resultado dos processos de avaliação individual e institucional, nos
termos da lei. Ou seja, felizmente, para a parte Autora, seus resultados avaliativos devem ter sido sempre
amplamente favoráveis, levando ao pagamento no patamar máximo, mesmo depois de a Gratificação
passar a ter natureza pro labore faciendo. Mas essa circunstância não desfaz tal natureza nem outorga à
gratificação de desempenho um caráter genérico a implicar incorporação automática do patamar máximo
aos proventos de aposentadoria do servidor beneficiado pelas avaliações. 17. Por sua vez, não há prova
efetiva de que os critérios de avaliação são inadequados. Em princípio, nem mesmo é possível dizer que
se está premiando o baixo desempenho, ao se atribuir pontuação máxima a quem individualmente
cumpre apenas 75% da meta. Uma tal conclusão apenas seria possível pela demonstração clara de que o
patamar estabelecido não está de acordo com o contexto produtivo dos servidores ao longo do tempo. É
dizer, apenas numa escala comparativa alongada seria possível avaliar a inadequação da meta adotada.
A grandeza da meta ganha sentido numa análise comparativa ou relacional, não em si mesma. Isso
porque, em um contexto de produtividade histórica de até 50%, a meta de 75% pode ser um patamar
importante para a Administração Pública. 18. Aliás, a circunstância denota que a fixação das metas a
serem alcançadas deve ser um ato privativo da Administração Pública, passível de exame judicial apenas
de claramente demonstrado seu desacerto legal. Mesmo que um ato discricionário possa ser
judicialmente fiscalizável, do ponto de vista da sua legalidade, somente pode sofrer a intervenção judicial
quando o vício é manifesto. Não é o que se verifica no presente caso, conforme as razões dos §§
antecedentes, pelo que deve haver uma deferência do Judiciário ao Administrador. 19. Portanto,
considerando as circunstâncias relevantes da situação, a tese formulada na inicial não tem lugar, sem que
se fale de violação ao direito à integralidade/paridade. E a propósito, novo regramento criado pela Lei
13.324/2016 veio a confirmar esse raciocínio. A nova lei faculta ao servidor que tem direito à integralidade
e paridade incorporar “valor integral da média dos pontos da gratificação de desempenho recebidos nos
últimos sessenta meses de atividade” (art. 88, III, c/c o art. 87, XV). Com isso, o
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legislador decidiu fixar prazo mínimo de recebimento e, ainda, de contribuição previdenciária sobre
Gratificações de Desempenho, para o servidor público com direito à integralidade e paridade recebê-la
integralmente, quando passar à inatividade. 20. Seja como for, observe que o valor integral é da média
dos pontos recebidos em lapso de tempo determinado. Não poderia ser diferente, pois, os valores da
gratificação podem variar, dependendo dos resultados das avaliações procedidas. Outrossim, não importa
que o tempo mínimo fixado na lei não alcance o tempo de contribuição para aposentadoria integral. No
fundo, o legislador agiu por meio de um critério de liberalidade e continua resolvendo a questão da melhor
maneira possível, de acordo com o seu juízo político. O que não se pode é acolher o pedido inicial, tal
qual formulado, valendo registrar que a parte Autora passou a ter à sua disposição a opção criada pela
Lei n. 13.324/2016, para receber valores mais elevados da Gratificação de Desempenho, devendo, por
óbvio, observar todos os requisitos ali estabelecidos para tanto. 21. Assim, gratificação de desempenho
não deriva da garantia de paridade e integralidade remuneratória e a sua extensão aos servidores inativos
viola o princípio da legalidade e da reserva legal (art. 37, X, da CF). Enfim, a partir da data da
homologação do resultado das avaliações, após conclusão do primeiro ciclo de avaliações, passou a valer
o pagamento diferenciado da Gratificação entre servidores ativos e os inativos, conforme a jurisprudência
do STF aqui colacionada. 22. Por fim, a parte Autora/Recorrente não requereu a produção de prova
pericial, na petição inicial. E quando pleiteia produção de tal prova, na petição de recurso, literalmente
justifica o pleito “diante da complexidade da matéria”. A par de não precisar a forma da prova pericial
requerida, tem razão a parte Autora/Recorrente sobre a complexidade da matéria e, assim, sobre a
própria complexidade da prova pericial que pleiteia. Seria preciso definir o(s) profissional(ais) habilitado(s)
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ao exame e, ainda, os contextos funcionais para a coleta dos dados, a tornar ainda mais complexa a
produção da prova. Em hipóteses tais, o TRF1 tem entendido não caber ao JEF a produção de tal prova,
conforme CC 0013151-72.2017.4.01.0000, Des. Fed. Gilda Sigmaringa Seixas, 1ª Seção, e-DJF1 de
25/4/2018. 23. Não provimento do recurso interposto pela parte Autora. Dissentiu, em parte, o Juiz
Federal João Carlos Mayer Soares, quanto ao fundamento do § 22 da ementa, ressaltando sua
desnecessidade e implicação de indicar incompetência do JEF. 24. Honorários advocatícios pela parte
Recorrente em 10% sobre o valor corrigido da causa (artigo 55 da Lei n. 9.099/1995), com suspensão do
pagamento enquanto a parte credora não demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de
recursos que justificou a concessão da Gratuidade de Justiça, extinguindo-se a dívida cinco anos após o
trânsito em julgado deste Acórdão (artigo 98, § 3º, NCPC).
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ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por
unanimidade, negar provimento ao recurso. Brasília/DF, 23/10/2019.
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individualmente pelo servidor até 30 de dezembro de 1998. 5. No caso, não há que se falar em prescrição
de qualquer parcela vencida anteriormente aos 05 (cinco) anos da data do ajuizamento da demanda, uma
vez que o início do prazo prescricional para a cobrança de correção monetária quando celebrado acordo
396
para pagamento parcelado se dará a partir da data do pagamento da última parcela. Portanto, somente
após a quitação da obrigação, que ocorreu com o pagamento da última parcela, é que a parte Autora se
tornou credor da diferença apurada entre o valor devido e o que foi efetivamente pago, surgindo daí o
direito/interesse de pleitear a incidência da correção monetária oficial não computada. 6. A sentença já
decidiu de acordo com o entendimento firmado pela TNU, no julgamento do PEDILEF n. 0051752-
79.2010.4.01.3400; Rel. Juiz Federal Gerson Luiz Rocha, julgado em 22/06/2017 e acórdão publicado em
08/04/2016, no qual restou declarado que o prazo prescricional para recebimento judicial da correção
monetária referente ao pagamento administrativo das diferenças remuneratórias decorrentes da MP nº
1.704/98 (28,86%), pagas parceladamente, é de cinco anos e tem seu termo inicial no pagamento da
última parcela. 7. No mais, a TNU vem reiterando esse entendimento, tornando-o dominante, inclusive
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nem mais conhecendo de incidentes interpostos com o mesmo tema, como pode ser ilustrado pelo
PEDILEF 0000459-65.2013.4.01.3400, assim como pelo PEDILEF 0055275-31.2012.4.01.3400. Portanto,
considerando que a última parcela do acordo venceu em dezembro de 2005 e que a presente ação foi
proposta em setembro de 2010, não há prescrição a ser declarada. 8. A correção monetária não
representa acréscimo no quantum devido, tão-somente preserva o poder aquisitivo da moeda,
desvalorizada em razão do processo inflacionário. É pacifica a jurisprudência consubstanciada na Súmula
nº 19 do TRF da 1ª Região e Súmula nº 9 do TRF da 4ª Região no sentido de incidir correção monetária
sobre os valores pagos com atraso da via administrativa a título de vencimentos, proventos ou benefícios
previdenciários, tendo em vista sua natureza alimentar. Registre-se ainda que a correção monetária tem
como termo inicial a data em que o pagamento deveria ter sido efetuado. Entendimento do Superior
Tribunal de Justiça (AgRg no AREsp 127550 / RS, 2ª Turma, Relator Ministro Humberto Martins, DJe de
19/04/2012). 8. Quanto ao pedido de aplicação da Súmula da AGU 38/, 16/09/2008, o valor do quantum
debeatur será apurado na fase de cumprimento do julgado, pelo juízo da execução, após a parte ré
apresentar planilhas com o valor que entende devido. Por fim, na atualização monetária dos débitos
contraídos pela Fazenda Pública devem incidir os juros de mora. 9. Não provimento do recurso interposto
pela União. 10. Honorários advocatícios pela parte Recorrente em 10% sobre o valor corrigido da causa
(art. 55 da Lei n. 9.099/1995).
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unanimidade, negar provimento ao recurso. Brasília/DF, 23/10/2019.
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AF6059E6E89842D2FC90CCEA53945036
4. Parte Autora do sexo feminino, nascida em 12/07/1967 (atualmente com 52 anos de idade), solteira,
ensino médio, ajudante, atualmente desempregada, residente e domiciliada em Ceilândia/DF. 5. A perícia
registrada em 10/01/2019, realizada por médico especializado em neurocirurgia, constatou que a
pericianda é portadora de doença, CID: R 51 (cefaleia), G 30 (Alzheimer) e A 52.1 (neurossífilis
sintomática), fixando a data de início da doença em abril/2002. Contudo, a doença não a incapacita para o
exercício de atividade que garanta a subsistência. Após exame clínico detalhado, o mesmo laudo pericial
concluiu: “não constatei incapacidade laboral”. 6. O certo é que o laudo pericial foi produzido por médico
especialista em neurologia, ou seja, especialidade habilitada para periciar a lesão/doença da parte Autora.
Depois, do seu exame pessoal, foi considerada a documentação juntada ao feito, conforme dá conta o
próprio laudo, o qual faz referência à ressonância magnética do encéfalo de 07/05/2018, bem como aos
relatórios médicos datados em 06/11/2002, 15/05/2018 e 15/08/2018, pelo que sem razão a parte Autora,
quanto à alegação de existência de provas suficientemente fortes para desconsiderar a prova produzida
judicialmente. 7. A prova pericial foi taxativa em concluir pela ausência de incapacidade laborativa da
parte Autora. A produção da prova pericial em Juízo, de cunho médico, tem por fim esclarecer a situação
funcional da pessoa, quanto à saúde, no contexto de um procedimento em contraditório e imparcial,
devendo prevalecer sobre documentos unilateralmente juntados por uma das partes. Somente no caso de
a prova pericial judicial ser dúbia ou incompleta é que documentos juntados unilateralmente podem ser
usados para suprir a falta ou a dubiedade da prova pericial judicial, o que não é o caso. Por isso, não é o
caso de usar os documentos médicos juntados unilateralmente, para reconhecer a incapacidade laboral
da parte Autora. 8. Ora, como se sabe, ser portador de doença ou lesão não é a mesma coisa que ser
portador de incapacidade, conforme disciplinado pela legislação previdenciária. Como a incapacidade
pode variar ao longo do tempo, não obstante as doenças ou as lesões se mantenham, então não se pode
derivar automaticamente aquela destas. Por isso, não se pode presumir continuidade do estado
incapacitante. Há de prevalecer, no caso, a conclusão expressa do laudo pericial. 9. De outra banda, nas
demandas de benefícios por incapacidade, as avaliações são feitas secundum eventum litis e rebus sic
stantibus, ou seja, apenas nas condições e circunstâncias fáticas dadas. Assim, se o laudo dá conta que
a parte Autora possui condições de exercer atividade laborativa neste momento, não há óbice à
concessão futura do benefício, se a avaliação médica assim indicar, ainda que em virtude da mesma
enfermidade. Afinal, uma enfermidade pode ou não resultar em incapacidade. A situação variável desta
configura mudança dos fatos, da causa de pedir. 10. Certo é que as perícias médicas judiciais são pela
capacidade, independentemente de as enfermidades existirem, afinal, ser portador de doença ou lesão
não é a mesma coisa que ser portador de incapacidade, conforme disciplinado pela lei previdenciária. 11.
Não provimento do recurso interposto pela parte Autora. 12. Sem condenação em honorários
advocatícios. A instância revisora somente pode dispor sobre honorários, "levando em conta o trabalho
adicional realizado em grau
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recursal" (art. 85, § 11, NCPC). Não havendo trabalho em grau recursal pela parte Recorrida, não há
como condenar a parte Recorrente em honorários advocatícios. Além disso, a parte Autora é beneficiária
da gratuidade de justiça. Vencido, no ponto, o Juiz Federal João Carlos Mayres Soares, que condenou a
parte Recorrente vencida em honorários, no patamar de 10% sobre o valor da causa, com suspensão do
pagamento, em virtude da gratuidade de justiça. Isso porque entende que a disposição legal se aplica
apenas aos casos de majoração dos honorários, devendo haver cominação originária destes em grau
recursal, quando cabíveis, conforme entendimento do STJ. ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma
Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade, negar provimento ao
recurso. Brasília/DF, 23/10/2019.
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100 pontos (80 a título da avaliação institucional e 20 pontos a título de avaliação individual), com
pagamento retroativo a novembro de 2010, sob o fundamento de que, após as avaliações de
desempenho, pode haver pagamento diferenciado entre servidores ativos e inativos, sem que reste
configurada afronta ao princípio da irredutibilidade de vencimentos, segundo o STF. 2. Razões do recurso
interposto pela parte Autora: a) deveria estar recebendo a mesma pontuação da GDPST atribuída aos
servidores ativos desde julho/2011, retroativamente a novembro de 2010, quando teve início o pagamento
de 100 pontos aos servidores da carreira da Previdência Saúde e Trabalho; b) a decisão recorrida não se
manifestou expressamente sobre as graves ilegalidades e inconstitucionalidades apontadas; c)
inaplicabilidade da Súmula Vinculante 37 do STF ao caso concreto, especialmente diante da Súmula
vinculante 34, fundamentada nos votos do RE 572.052, onde se determinou a extensão aos inativos com
direito à paridade de vantagens pagas pelo só exercício das funções normais e próprias do cargo; d) “a
questão central é a demonstração de que a GDPST foi paga no Ministério da Saúde,
INDISTINTAMENTE, a todos servidores ativos, em regra com a mesma pontuação, 100 PONTOS, desde
NOV/2010”; d) dado o caráter genérico dessa gratificação requer a incorporação dos 100 pontos e,
alternativamente, “diante da complexidade da matéria”, a realização de perícia técnica por perito
credenciado junto a TRF1, para fins de definir se referida gratificação é genérica ou vantagem pro labore
faciendo. 3. A União ofereceu resposta escrita ao recurso suscitando a prejudicial de prescrição e no,
mérito, requer seja julgado improcedente o pedido. Eventualmente, pede que sejam utilizados como
índices de juros de mora e de correção monetária os previstos no art. 1ºF da Lei nº 9.494/97, com
redação dada pela Lei nº 11.960, de junho de 2009. 4. Rejeita-se a prejudicial de prescrição suscitada
pela União, vez que não ocorreu a prescrição do fundo de direito, mas apenas das parcelas que
antecederam aos cinco anos a contar da data da propositura da ação.
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6935EE0CA063C593AC3AED145BFEE101
5. O pedido da parte Autora é realmente distinto daqueles recorrentemente julgados pelos JEFs e pelas
TRs do Distrito Federal ao longo do tempo. Neste caso, cuida-se de aferir se a Gratificação de
Desempenho referida no processo não deixou de efetivamente ser genérica, mesmo depois de
formalmente iniciados os ciclos de avaliação pela Administração, pois, ainda que iniciados tais ciclos, não
correspondem aos requisitos estabelecidos pela lei para tornar a Gratificação uma parcela pro labore
faciendo. Segundo as razões de recurso, tendo a parte Autora recebido invariavelmente o patamar
máximo da Gratificação durante o seu período de atividade, na passagem para a inatividade haveria de
permanecer o mesmo valor máximo, em virtude da paridade e da integralidade. 6. Como se sabe,
Gratificações de Desempenho são parcelas autônomas pagas de maneira destacada e não cumulativa,
em função do desempenho individual do servidor e, ainda, do alcance de metas de desempenho
institucional do respectivo órgão e da entidade de lotação. Não servem de base de cálculo para quaisquer
outros benefícios, ou parcelas remuneratórias ou vantagens, e costumam ter previsão legal para o seu
reajuste na mesma proporção da revisão geral da remuneração dos servidores públicos federais. 7.
Porém, em relação ao termo inicial para pagamento diferenciado, o STF decidiu em sede de repercussão
geral no RE 662406: “O termo inicial do pagamento diferenciado das gratificações de desempenho entre
servidores ativos e inativos é o da data da homologação do resultado das avaliações, após a conclusão
do primeiro ciclo de avaliações, não podendo a Administração retroagir os efeitos financeiros a data
anterior”. (RE 662406, Relator Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal Pleno, julgado em 11/12/2014,
PROCESSO ELETRÔNICO DJe-031 DIVULG 13-02-2015 PUBLIC 1802-2015). 8. A regra foi novamente
reafirmada pelo STF, com importante acréscimo, para todas as Gratificações de Desempenho, ao julgar o
Tema 983, cujo Processo Paradigma foi o ARE 1.052.570, com a publicação do acórdão no DJE de
6.3.2018 e trânsito em julgado em 16/5/2018. No julgado, as Teses Firmadas foram as seguintes, verbis:
"I - O termo inicial do pagamento diferenciado das gratificações de desempenho entre servidores ativos e
inativos é o da data da homologação do resultado das avaliações, após a conclusão do primeiro ciclo; II -
A redução, após a homologação do resultado das avaliações, do valor da gratificação de desempenho
paga aos inativos e pensionistas não configura ofensa ao princípio da irredutibilidade de vencimentos". 9.
Nas Gratificações de Desempenho criadas ao longo do tempo, os trabalhos ou serviços que ensejam o
recebimento podem ser e até são os mesmos que os servidores beneficiados já exerciam e continuam
exercendo. O que muda é o desempenho e a produtividade. Sendo mais elevados, nos mesmos serviços
e/ou trabalhos normalmente realizados, há aumento no valor da Gratificação de Desempenho. Assim,
quando a Administração passou a pagar a título de Gratificação de Desempenho valores indistintos e
399
independentes de qualquer avaliação, a todos os servidores da ativa, deixou a gratificação de ser pro
labore faciendo, ostentando caráter geral e alcançando servidores inativos e/ou pensionistas com o direito
à paridade. Todavia, não sendo pagas em virtude de trabalhos anormais, a natureza pro labore faciendo
das diversas Gratificações de Desempenho se mantém apenas enquanto pagas em virtude de
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avaliações periódicas de produtividade. 10. Regra geral, portanto, de acordo com o entendimento do STF,
é legítimo o pagamento diferenciado das Gratificações de Desempenho, a menor para os servidores
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inativos, depois da homologação do resultado das avaliações. 11. E é acertada a posição do STF. Como
já bem pontuou a TNU, “vantagens condicionais ou modais, mesmo que auferidas por longo tempo em
razão do preenchimento dos requisitos exigidos para sua percepção, não se incorporam ao vencimento, a
não ser quando essa integração for determinada por lei. (É que as vantagens condicionais ou modais) são
vantagens pelo trabalho que está sendo feito (pro labore faciendo) ou, por outras palavras, são adicionais
de função (ex facto officii), ou são gratificações de serviço (propter laborem), ou, finalmente, são
gratificações em razão de condições pessoais do servidor (propter personam). Daí por que, quando cessa
o trabalho, ou quando desaparece o fato ou a situação que lhes dá causa, deve cessar o pagamento de
tais vantagens, sejam elas adicionais de função, gratificações de serviço ou gratificação em razão das
condições pessoais do servidor” (TNU, PEDILEF 05033027020134058302, Juiz Federal Ronaldo José da
Silva, DOU de 05/02/2016). 12. Nesse contexto, não é verdade que a gratificação de desempenho
constitui, na prática, simples vantagem inerente ao cargo, integrando a estrutura remuneratória da
Carreira e maneira ardilosa de o Poder Público conceder um reajuste setorial por vias transversas.
Segundo as definições do § precedente, uma vantagem pro labore faciendo pode ser na modalidade
propter laborem, quer dizer, em razão de serviço. Se a gratificação estivesse sendo paga apenas porque
se estava ocupando certo cargo, então teria razão a parte Autora/Recorrente. Todavia, como é paga em
virtude da "quantidade" e da "qualidade" do serviço efetivamente (institucionalmente e pessoalmente)
desenvolvido pelo(a) servidor(a), então a sua natureza pro labore faciendo surge e se destaca
juridicamente, tornando-se inegável. 13. Por outro lado, não há prova de que pagamentos da gratificação
estão sendo feitos na pontuação máxima para os servidores ativos, mediante avaliação por "ficção
jurídica", caracterizando um aumento disfarçado de remuneração. Ainda que eventualmente servidores
possam estar sendo avaliados com pontuação máxima, isso não implica que todos estejam sendo. Aliás,
mesmo que vários servidores ativos estivessem sendo avaliados com a pontuação máxima, isso
decorreria dos critérios de avaliação já estabelecidos e executados, ou seja, decorreria da realização dos
ciclos de avaliação feitos com os servidores atualmente em atividade. Ou seja, resultados são obtidos
com base no desempenho dos servidores em atividade. Mesmo a parcela institucional, depois de
realizada a avaliação, leva em conta a produtividade do conjunto daqueles que estão na ativa, não
podendo ser estendida aos que já se encontravam inativos e que, por essa situação, não contribuíram
para o desempenho institucional. 14. É dizer, a circunstância de a parte Autora/Recorrente ter recebido,
segundo argumenta, sempre o mesmo patamar máximo da Gratificação, durante período de atividade,
não retira o caráter pro labore faciendo. Se assim recebia, isso se dava como resultado dos processos de
avaliação individual e institucional, nos termos da lei. Ou
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seja, felizmente, para a parte Autora, seus resultados avaliativos devem ter sido sempre amplamente
favoráveis, levando ao pagamento no patamar máximo, mesmo depois de a Gratificação passar a ter
natureza pro labore faciendo. Mas essa circunstância não desfaz tal natureza nem outorga à gratificação
de desempenho um caráter genérico a implicar incorporação automática do patamar máximo aos
proventos de aposentadoria do servidor beneficiado pelas avaliações. 15. Por sua vez, não há prova
efetiva de que os critérios de avaliação são inadequados. Em princípio, nem mesmo é possível dizer que
se está premiando o baixo desempenho, ao se atribuir pontuação máxima a quem individualmente
cumpre apenas 75% da meta. Uma tal conclusão apenas seria possível pela demonstração clara de que o
patamar estabelecido não está de acordo com o contexto produtivo dos servidores ao longo do tempo. É
dizer, apenas numa escala comparativa alongada seria possível avaliar a inadequação da meta adotada.
A grandeza da meta ganha sentido numa análise comparativa ou relacional, não em si mesma. Isso
porque, em um contexto de produtividade histórica de até 50%, a meta de 75% pode ser um patamar
importante para a Administração Pública. 16. Aliás, a circunstância denota que a fixação das metas a
serem alcançadas deve ser um ato privativo da Administração Pública, passível de exame judicial apenas
de claramente demonstrado seu desacerto legal. Mesmo que um ato discricionário possa ser
judicialmente fiscalizável, do ponto de vista da sua legalidade, somente pode sofrer a intervenção judicial
quando o vício é manifesto. Não é o que se verifica no presente caso, conforme as razões dos §§
antecedentes, pelo que deve haver uma deferência do Judiciário ao Administrador. 17. Portanto,
considerando as circunstâncias relevantes da situação, a tese formulada na inicial não tem lugar, sem que
se fale de violação ao direito à integralidade/paridade. E a propósito, novo regramento criado pela Lei
13.324/2016 veio a confirmar esse raciocínio. A nova lei faculta ao servidor que tem direito à integralidade
400
e paridade incorporar “valor integral da média dos pontos da gratificação de desempenho recebidos nos
últimos sessenta meses de atividade” (art. 88, III, c/c o art. 87, XV). Com isso, o legislador decidiu fixar
prazo mínimo de recebimento e, ainda, de contribuição previdenciária sobre Gratificações de
Desempenho, para o servidor público com direito à integralidade e paridade recebê-la integralmente,
quando passar à inatividade. 18. Seja como for, observe que o valor integral é da média dos pontos
recebidos em lapso de tempo determinado. Não poderia ser diferente, pois, os valores da gratificação
podem variar, dependendo dos resultados das avaliações procedidas. Outrossim, não importa que o
tempo mínimo fixado na lei não alcance o tempo de contribuição para aposentadoria integral. No fundo, o
legislador agiu por meio de um critério de liberalidade e continua resolvendo a questão da melhor maneira
possível, de acordo com o seu juízo político. O que não se pode é acolher o pedido inicial, tal qual
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formulado, valendo registrar que a parte Autora passou a ter à sua disposição a opção criada pela Lei n.
13.324/2016, para receber valores mais elevados da Gratificação de Desempenho, devendo, por óbvio,
observar todos os requisitos ali estabelecidos para tanto. 19. Assim, gratificação de desempenho não
deriva da garantia de paridade e
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integralidade remuneratória e a sua extensão aos servidores inativos viola o princípio da legalidade e da
reserva legal (art. 37, X, da CF). Enfim, a partir da data da homologação do resultado das avaliações,
após conclusão do primeiro ciclo de avaliações, passou a valer o pagamento diferenciado da Gratificação
entre servidores ativos e os inativos, conforme a jurisprudência do STF aqui colacionada. 20. Por fim, a
parte Autora/Recorrente não requereu a produção de prova pericial, na petição inicial. E quando pleiteia
produção de tal prova, na petição de recurso, literalmente justifica o pleito “diante da complexidade da
matéria”. A par de não precisar a forma da prova pericial requerida, tem razão a parte Autora/Recorrente
sobre a complexidade da matéria e, assim, sobre a própria complexidade da prova pericial que pleiteia.
Seria preciso definir o(s) profissional(ais) habilitado(s) ao exame e, ainda, os contextos funcionais para a
coleta dos dados, a tornar ainda mais complexa a produção da prova. Em hipóteses tais, o TRF1 tem
entendido não caber ao JEF a produção de tal prova, conforme CC 0013151-72.2017.4.01.0000, Des.
Fed. Gilda Sigmaringa Seixas, 1ª Seção, e-DJF1 de 25/4/2018. 21. Não provimento do recurso interposto
pela parte Autora. Dissentiu, em parte, o Juiz Federal João Carlos Mayer Soares, quanto ao fundamento
do § 20 da ementa, ressaltando sua desnecessidade e implicação de indicar incompetência do JEF. 22.
Honorários advocatícios pela parte Recorrente em 10% sobre o valor corrigido da causa (artigo 55 da Lei
n. 9.099/1995), com suspensão do pagamento enquanto a parte credora não demonstrar que deixou de
existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão da Gratuidade de Justiça,
extinguindo-se a dívida cinco anos após o trânsito em julgado deste Acórdão (artigo 98, § 3º, NCPC).
ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por
unanimidade, negar provimento ao recurso. Brasília/DF, 23/10/2019.
credenciado junto a TRF1, para fins de definir se referida gratificação é genérica ou vantagem pro labore
faciendo. 3. A União ofereceu resposta escrita ao recurso suscitando a prejudicial de prescrição e no,
mérito, requer seja julgado improcedente o pedido. Eventualmente, pede que sejam utilizados como
índices de juros de mora e de correção monetária os previstos no art. 1ºF da Lei nº 9.494/97, com
redação dada pela Lei nº 11.960, de junho de 2009. 4. Rejeita-se a prejudicial de prescrição suscitada
pela União, vez que não ocorreu a prescrição do fundo de direito, mas apenas das parcelas que
antecederam aos cinco anos a contar da data da propositura da ação.
Turma Recursal
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5. O pedido da parte Autora é realmente distinto daqueles recorrentemente julgados pelos JEFs e pelas
TRs do Distrito Federal ao longo do tempo. Neste caso, cuida-se de aferir se a Gratificação de
Desempenho referida no processo não deixou de efetivamente ser genérica, mesmo depois de
formalmente iniciados os ciclos de avaliação pela Administração, pois, ainda que iniciados tais ciclos, não
correspondem aos requisitos estabelecidos pela lei para tornar a Gratificação uma parcela pro labore
faciendo. Segundo as razões de recurso, tendo a parte Autora recebido invariavelmente o patamar
máximo da Gratificação durante o seu período de atividade, na passagem para a inatividade haveria de
permanecer o mesmo valor máximo, em virtude da paridade e da integralidade. 6. Como se sabe,
Gratificações de Desempenho são parcelas autônomas pagas de maneira destacada e não cumulativa,
em função do desempenho individual do servidor e, ainda, do alcance de metas de desempenho
institucional do respectivo órgão e da entidade de lotação. Não servem de base de cálculo para quaisquer
outros benefícios, ou parcelas remuneratórias ou vantagens, e costumam ter previsão legal para o seu
reajuste na mesma proporção da revisão geral da remuneração dos servidores públicos federais. 7.
Porém, em relação ao termo inicial para pagamento diferenciado, o STF decidiu em sede de repercussão
geral no RE 662406: “O termo inicial do pagamento diferenciado das gratificações de desempenho entre
servidores ativos e inativos é o da data da homologação do resultado das avaliações, após a conclusão
do primeiro ciclo de avaliações, não podendo a Administração retroagir os efeitos financeiros a data
anterior”. (RE 662406, Relator Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal Pleno, julgado em 11/12/2014,
PROCESSO ELETRÔNICO DJe-031 DIVULG 13-02-2015 PUBLIC 1802-2015). 8. A regra foi novamente
reafirmada pelo STF, com importante acréscimo, para todas as Gratificações de Desempenho, ao julgar o
Tema 983, cujo Processo Paradigma foi o ARE 1.052.570, com a publicação do acórdão no DJE de
6.3.2018 e trânsito em julgado em 16/5/2018. No julgado, as Teses Firmadas foram as seguintes, verbis:
"I - O termo inicial do pagamento diferenciado das gratificações de desempenho entre servidores ativos e
inativos é o da data da homologação do resultado das avaliações, após a conclusão do primeiro ciclo; II -
A redução, após a homologação do resultado das avaliações, do valor da gratificação de desempenho
paga aos inativos e pensionistas não configura ofensa ao princípio da irredutibilidade de vencimentos". 9.
Nas Gratificações de Desempenho criadas ao longo do tempo, os trabalhos ou serviços que ensejam o
recebimento podem ser e até são os mesmos que os servidores beneficiados já exerciam e continuam
exercendo. O que muda é o desempenho e a produtividade. Sendo mais elevados, nos mesmos serviços
e/ou trabalhos normalmente realizados, há aumento no valor da Gratificação de Desempenho. Assim,
quando a Administração passou a pagar a título de Gratificação de Desempenho valores indistintos e
independentes de qualquer avaliação, a todos os servidores da ativa, deixou a gratificação de ser pro
labore faciendo, ostentando caráter geral e alcançando servidores inativos e/ou pensionistas com o direito
à paridade. Todavia, não sendo pagas em virtude de trabalhos anormais, a natureza pro labore faciendo
das diversas Gratificações de Desempenho se mantém apenas enquanto pagas em virtude de
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avaliações periódicas de produtividade. 10. Regra geral, portanto, de acordo com o entendimento do STF,
é legítimo o pagamento diferenciado das Gratificações de Desempenho, a menor para os servidores
inativos, depois da homologação do resultado das avaliações. 11. E é acertada a posição do STF. Como
já bem pontuou a TNU, “vantagens condicionais ou modais, mesmo que auferidas por longo tempo em
razão do preenchimento dos requisitos exigidos para sua percepção, não se incorporam ao vencimento, a
não ser quando essa integração for determinada por lei. (É que as vantagens condicionais ou modais) são
vantagens pelo trabalho que está sendo feito (pro labore faciendo) ou, por outras palavras, são adicionais
de função (ex facto officii), ou são gratificações de serviço (propter laborem), ou, finalmente, são
gratificações em razão de condições pessoais do servidor (propter personam). Daí por que, quando cessa
o trabalho, ou quando desaparece o fato ou a situação que lhes dá causa, deve cessar o pagamento de
tais vantagens, sejam elas adicionais de função, gratificações de serviço ou gratificação em razão das
condições pessoais do servidor” (TNU, PEDILEF 05033027020134058302, Juiz Federal Ronaldo José da
Silva, DOU de 05/02/2016). 12. Nesse contexto, não é verdade que a gratificação de desempenho
constitui, na prática, simples vantagem inerente ao cargo, integrando a estrutura remuneratória da
Carreira e maneira ardilosa de o Poder Público conceder um reajuste setorial por vias transversas.
Segundo as definições do § precedente, uma vantagem pro labore faciendo pode ser na modalidade
propter laborem, quer dizer, em razão de serviço. Se a gratificação estivesse sendo paga apenas porque
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se estava ocupando certo cargo, então teria razão a parte Autora/Recorrente. Todavia, como é paga em
virtude da "quantidade" e da "qualidade" do serviço efetivamente (institucionalmente e pessoalmente)
desenvolvido pelo(a) servidor(a), então a sua natureza pro labore faciendo surge e se destaca
juridicamente, tornando-se inegável. 13. Por outro lado, não há prova de que pagamentos da gratificação
estão sendo feitos na pontuação máxima para os servidores ativos, mediante avaliação por "ficção
jurídica", caracterizando um aumento disfarçado de remuneração. Ainda que eventualmente servidores
possam estar sendo avaliados com pontuação máxima, isso não implica que todos estejam sendo. Aliás,
mesmo que vários servidores ativos estivessem sendo avaliados com a pontuação máxima, isso
decorreria dos critérios de avaliação já estabelecidos e executados, ou seja, decorreria da realização dos
ciclos de avaliação feitos com os servidores atualmente em atividade. Ou seja, resultados são obtidos
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com base no desempenho dos servidores em atividade. Mesmo a parcela institucional, depois de
realizada a avaliação, leva em conta a produtividade do conjunto daqueles que estão na ativa, não
podendo ser estendida aos que já se encontravam inativos e que, por essa situação, não contribuíram
para o desempenho institucional. 14. É dizer, a circunstância de a parte Autora/Recorrente ter recebido,
segundo argumenta, sempre o mesmo patamar máximo da Gratificação, durante período de atividade,
não retira o caráter pro labore faciendo. Se assim recebia, isso se dava como resultado dos processos de
avaliação individual e institucional, nos termos da lei. Ou
Turma Recursal
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seja, felizmente, para a parte Autora, seus resultados avaliativos devem ter sido sempre amplamente
favoráveis, levando ao pagamento no patamar máximo, mesmo depois de a Gratificação passar a ter
natureza pro labore faciendo. Mas essa circunstância não desfaz tal natureza nem outorga à gratificação
de desempenho um caráter genérico a implicar incorporação automática do patamar máximo aos
proventos de aposentadoria do servidor beneficiado pelas avaliações. 15. Por sua vez, não há prova
efetiva de que os critérios de avaliação são inadequados. Em princípio, nem mesmo é possível dizer que
se está premiando o baixo desempenho, ao se atribuir pontuação máxima a quem individualmente
cumpre apenas 75% da meta. Uma tal conclusão apenas seria possível pela demonstração clara de que o
patamar estabelecido não está de acordo com o contexto produtivo dos servidores ao longo do tempo. É
dizer, apenas numa escala comparativa alongada seria possível avaliar a inadequação da meta adotada.
A grandeza da meta ganha sentido numa análise comparativa ou relacional, não em si mesma. Isso
porque, em um contexto de produtividade histórica de até 50%, a meta de 75% pode ser um patamar
importante para a Administração Pública. 16. Aliás, a circunstância denota que a fixação das metas a
serem alcançadas deve ser um ato privativo da Administração Pública, passível de exame judicial apenas
de claramente demonstrado seu desacerto legal. Mesmo que um ato discricionário possa ser
judicialmente fiscalizável, do ponto de vista da sua legalidade, somente pode sofrer a intervenção judicial
quando o vício é manifesto. Não é o que se verifica no presente caso, conforme as razões dos §§
antecedentes, pelo que deve haver uma deferência do Judiciário ao Administrador. 17. Portanto,
considerando as circunstâncias relevantes da situação, a tese formulada na inicial não tem lugar, sem que
se fale de violação ao direito à integralidade/paridade. E a propósito, novo regramento criado pela Lei
13.324/2016 veio a confirmar esse raciocínio. A nova lei faculta ao servidor que tem direito à integralidade
e paridade incorporar “valor integral da média dos pontos da gratificação de desempenho recebidos nos
últimos sessenta meses de atividade” (art. 88, III, c/c o art. 87, XV). Com isso, o legislador decidiu fixar
prazo mínimo de recebimento e, ainda, de contribuição previdenciária sobre Gratificações de
Desempenho, para o servidor público com direito à integralidade e paridade recebê-la integralmente,
quando passar à inatividade. 18. Seja como for, observe que o valor integral é da média dos pontos
recebidos em lapso de tempo determinado. Não poderia ser diferente, pois, os valores da gratificação
podem variar, dependendo dos resultados das avaliações procedidas. Outrossim, não importa que o
tempo mínimo fixado na lei não alcance o tempo de contribuição para aposentadoria integral. No fundo, o
legislador agiu por meio de um critério de liberalidade e continua resolvendo a questão da melhor maneira
possível, de acordo com o seu juízo político. O que não se pode é acolher o pedido inicial, tal qual
formulado, valendo registrar que a parte Autora passou a ter à sua disposição a opção criada pela Lei n.
13.324/2016, para receber valores mais elevados da Gratificação de Desempenho, devendo, por óbvio,
observar todos os requisitos ali estabelecidos para tanto. 19. Assim, gratificação de desempenho não
deriva da garantia de paridade e
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integralidade remuneratória e a sua extensão aos servidores inativos viola o princípio da legalidade e da
reserva legal (art. 37, X, da CF). Enfim, a partir da data da homologação do resultado das avaliações,
após conclusão do primeiro ciclo de avaliações, passou a valer o pagamento diferenciado da Gratificação
entre servidores ativos e os inativos, conforme a jurisprudência do STF aqui colacionada. 20. Por fim, a
parte Autora/Recorrente não requereu a produção de prova pericial, na petição inicial. E quando pleiteia
produção de tal prova, na petição de recurso, literalmente justifica o pleito “diante da complexidade da
matéria”. A par de não precisar a forma da prova pericial requerida, tem razão a parte Autora/Recorrente
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sobre a complexidade da matéria e, assim, sobre a própria complexidade da prova pericial que pleiteia.
Seria preciso definir o(s) profissional(ais) habilitado(s) ao exame e, ainda, os contextos funcionais para a
coleta dos dados, a tornar ainda mais complexa a produção da prova. Em hipóteses tais, o TRF1 tem
entendido não caber ao JEF a produção de tal prova, conforme CC 0013151-72.2017.4.01.0000, Des.
Fed. Gilda Sigmaringa Seixas, 1ª Seção, e-DJF1 de 25/4/2018. 21. Não provimento do recurso interposto
pela parte Autora. Dissentiu, em parte, o Juiz Federal João Carlos Mayer Soares, quanto ao fundamento
do § 20 da ementa, ressaltando sua desnecessidade e implicação de indicar incompetência do JEF. 22.
Honorários advocatícios pela parte Recorrente em 10% sobre o valor corrigido da causa (artigo 55 da Lei
n. 9.099/1995), com suspensão do pagamento enquanto a parte credora não demonstrar que deixou de
existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão da Gratuidade de Justiça,
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extinguindo-se a dívida cinco anos após o trânsito em julgado deste Acórdão (artigo 98, § 3º, NCPC).
ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por
unanimidade, negar provimento ao recurso. Brasília/DF, 23/10/2019.
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oposição de embargos declaratórios, via adequada de que não se utilizou a Recorrente. 6. No mérito,
deve ser mantida a sentença em que determinou a inexigibilidade de contribuição para o PSS sobre os
juros de mora, assim como a aplicação do regime de competência. É dizer, a retenção do PSS sobre o
principal deve observar as tabelas e alíquotas vigentes à época em que deveriam ter sido pagos (regime
de competência). Precedentes deste TRF1” (AC 0011973-54.2010.4.01.4100/RO, Rel. Des. Fed. Novély
Vilanova, Oitava Turma, e-DJF1 p.807 de 05/09/2014). 7. Embora a retenção de valores devidos a título
de contribuição ao Plano de Seguridade Social decorra de imposição legal, sendo devida a dedução no
momento do recebimento dos valores por meio de precatório/RPV, deve-se observar o regime de
competência, vez que o Superior Tribunal de Justiça tem o entendimento de que a incidência de tributos
sobre as verbas devidas a servidores públicos deve observar a legislação tributária vigente à época em
que os pagamentos deveriam ter sido efetuados. STJ, AgRg no Ag 766.896/SC, 1.ªTurma, Rel. Ministro
JOSÉ DELGADO, DJ de 19/03/2007; STJ, AgRg no REsp 1224230, Rel. Min. BENEDITO GONÇALVES,
DJe 01/03/2012; STJ, AgRg no REsp 1168539/RS, Rel. Min. LAURITA VAZ, DJe 08/11/2011. 8. Deve ser
404
aplicada a lei vigente à época em que a verba deveria ter sido recebida, inclusive quanto à situação de
(in)atividade da pessoa. Nesse sentido, o entendimento da TNU: “PEDIDO NACIONAL DE
UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. PSS. INCIDÊNCIA
SOBRE APOSENTADORIAS E PENSÕES. LIMITE DE INCIDÊNCIA: O TETO DO RGPS.
AGRAVAMENTO DA SITUAÇÃO DO RECORRENTE, EM CASO DE PROVIMENTO. INCIDENTE
CONHECIDO E IMPROVIDO. (…)5. Assim, nos casos em que se refere ao período anterior à edição da
Emenda Constitucional nº 41/2003, não são devidos os descontos em referência, porquanto o fato
gerador da obrigação previdenciária guarda correspondência com a época em que a verba era devida,
razão pela qual não se pode admitir a exação sobre valores que deveriam ter sido pagos em período
anterior à taxação dos inativos e pensionistas. 6. Quanto ao período posterior à edição da EC nº 41/03,
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
mesmo tendo o fato gerador do tributo ocorrido em momento no qual era possível a sua incidência, o
desconto deve obedecer ao requisito expresso no art. 5º da Lei 10.887/2004, ou seja, somente poderá
incidir o PSS sobre os valores que ultrapassarem o teto estabelecido pelo RGPS.(...)” (TNU, PEDILEF
05028736620144058400, DJ 13/10/2015). 9. Assim, correta a sentença em determinar observância ao
regime de competência e afastar a incidência da CPSS sobre os juros moratórios, já que ela não incide
sobre os juros de mora pagos em execução de sentença judicial, ainda que esta inclua diferenças de
natureza exclusivamente salarial (REsp 1.239.203/PR, representativo da controvérsia, rel. Min. Mauro
Campbell Marques, 1ª Seção/STJ em 12.12.2012). No mesmo sentido, (AG 0064653-
60.2011.4.01.0000/MG, Rel. Des. Fed. Gilda Sigmaringa Seixas, Primeira Turma, e-DJF1 de 23/11/2017).
10. De igual modo se reconhece quanto à retenção do PSS sobre o reajuste de 3,17% e 28,86. Cuidando
a espécie de créditos relativos às competências de outubro de 1995 a setembro de 2005 (cf. PETIÇÃO
RECEBIDA – EPROC PLANILHA DE CALCULOS) e de julho de 1998 a junho de 2006 – referentes a
28,86% (cf. PETIÇÃO RECEBIDA –
Turma Recursal
64095BEA33A06F9EFFF39352CC556286
EPROC PLANILHA DE CALCULOS), em grande parte do período ainda não se encontrava vigente a
obrigatoriedade da incidência da alíquota de 11% da contribuição ao PSS, fixada no art. 16-A da Lei nº
10.887/2004. 11. Embora a retenção de valores devidos a título de contribuição ao Plano de Seguridade
Social decorra de imposição legal, sendo devida a dedução no momento do recebimento dos valores por
meio de precatório/RPV, deve-se observar o regime de competência, vez que o Superior Tribunal de
Justiça tem o entendimento de que a incidência de tributos sobre as verbas devidas a servidores públicos
deve observar a legislação tributária vigente à época em que os pagamentos deveriam ter sido efetuados.
STJ, AgRg no Ag 766.896/SC, 1.ªTurma, Rel. Ministro JOSÉ DELGADO, DJ de 19/03/2007; STJ, AgRg
no REsp 1224230, Rel. Min. BENEDITO GONÇALVES, DJe 01/03/2012; STJ, AgRg no REsp
1168539/RS, Rel. Min. LAURITA VAZ, DJe 08/11/2011. 12. Assim, deve ser aplicada a lei vigente à época
em que a verba deveria ter sido recebida, inclusive quanto à situação de (in)atividade da pessoa. Nesse
sentido, o entendimento da TNU: “PEDIDO NACIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA.
CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. PSS. INCIDÊNCIA SOBRE APOSENTADORIAS E PENSÕES.
LIMITE DE INCIDÊNCIA: O TETO DO RGPS. AGRAVAMENTO DA SITUAÇÃO DO RECORRENTE, EM
CASO DE PROVIMENTO. INCIDENTE CONHECIDO E IMPROVIDO. (…)5. Assim, nos casos em que se
refere ao período anterior à edição da Emenda Constitucional nº 41/2003, não são devidos os descontos
em referência, porquanto o fato gerador da obrigação previdenciária guarda correspondência com a
época em que a verba era devida, razão pela qual não se pode admitir a exação sobre valores que
deveriam ter sido pagos em período anterior à taxação dos inativos e pensionistas. 6. Quanto ao período
posterior à edição da EC nº 41/03, mesmo tendo o fato gerador do tributo ocorrido em momento no qual
era possível a sua incidência, o desconto deve obedecer ao requisito expresso no art. 5º da Lei
10.887/2004, ou seja, somente poderá incidir o PSS sobre os valores que ultrapassarem o teto
estabelecido pelo RGPS.(...)” (TNU, PEDILEF 05028736620144058400, DJ 13/10/2015). 13. O certo é
que a sentença está de acordo com a legislação e a jurisprudência, não tendo sido a União específica em
relação aos pontos centrais do seu recurso, além de levantá-los de maneira quase sempre genérica. Por
isso, a sentença merece ser mantida. 14. Este acórdão abordou os argumentos levantados pelas partes,
significando que também foram considerados os elementos suscitados para fins de prequestionamento.
15. Não provimento do recurso interposto pela União. 16. Honorários advocatícios pela parte Recorrente
em 10% sobre o valor da condenação (art. 55, caput, da Lei n. 9.099/95).
Turma Recursal
64095BEA33A06F9EFFF39352CC556286
ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por
unanimidade, negar provimento ao recurso. Brasília/DF, 23/10/2019.
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APOSENTADORIA. INCORPORAÇÃO TOTAL AOS PROVENTOS. IMPOSSIBILIDADE. NATUREZA
PRO LABORE FACIENDO. PRECEDENTES VINCULANTES DO STF. NÃO CABIMENTO NO JEF DA
PERÍCIA TÉCNICA SUGERIDA EM SEDE RECURSAL. COMPLEXIDADE DA MATÉRIA (E, ASSIM, DA
PROVA) RECONHECIDA PELA PRÓPRIA PARTE AUTORA/RECORRENTE. NÃO PROVIMENTO DO
RECURSO. 1. A sentença rejeitou o pedido da parte Autora de incorporação da gratificação GDPST em
100 pontos (80 a título da avaliação institucional e 20 pontos a título de avaliação individual), com
pagamento retroativo a novembro de 2010, sob o fundamento de que, após as avaliações de
desempenho, pode haver pagamento diferenciado entre servidores ativos e inativos, sem que reste
configurada afronta ao princípio da irredutibilidade de vencimentos, segundo o STF. 2. Razões do recurso
interposto pela parte Autora: a) deveria estar recebendo a mesma pontuação da GDPST atribuída aos
servidores ativos desde julho/2011, retroativamente a novembro de 2010, quando teve início o pagamento
de 100 pontos aos servidores da carreira da Previdência Saúde e Trabalho; b) a decisão recorrida não se
manifestou expressamente sobre as graves ilegalidades e inconstitucionalidades apontadas; c)
inaplicabilidade da Súmula Vinculante 37 do STF ao caso concreto, especialmente diante da Súmula
vinculante 34, fundamentada nos votos do RE 572.052, onde se determinou a extensão aos inativos com
direito à paridade de vantagens pagas pelo só exercício das funções normais e próprias do cargo; d) “a
questão central é a demonstração de que a GDPST foi paga no Ministério da Saúde,
INDISTINTAMENTE, a todos servidores ativos, em regra com a mesma pontuação, 100 PONTOS, desde
NOV/2010”; d) dado o caráter genérico dessa gratificação requer a incorporação dos 100 pontos e,
alternativamente, “diante da complexidade da matéria”, a realização de perícia técnica por perito
credenciado junto a TRF1, para fins de definir se referida gratificação é genérica ou vantagem pro labore
faciendo. 3. A União ofereceu resposta escrita ao recurso suscitando a prejudicial de prescrição e no,
mérito, requer seja julgado improcedente o pedido. Eventualmente, pede que sejam utilizados como
índices de juros de mora e de correção monetária os previstos no art. 1ºF da Lei nº 9.494/97, com
redação dada pela Lei nº 11.960, de junho de 2009. 4. Rejeita-se a prejudicial de prescrição suscitada
pela União, vez que não ocorreu a prescrição do fundo de direito, mas apenas das parcelas que
antecederam aos cinco anos
Turma Recursal
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a contar da data da propositura da ação. 5. O pedido da parte Autora é realmente distinto daqueles
recorrentemente julgados pelos JEFs e pelas TRs do Distrito Federal ao longo do tempo. Neste caso,
cuida-se de aferir se a Gratificação de Desempenho referida no processo não deixou de efetivamente ser
genérica, mesmo depois de formalmente iniciados os ciclos de avaliação pela Administração, pois, ainda
que iniciados tais ciclos, não correspondem aos requisitos estabelecidos pela lei para tornar a
Gratificação uma parcela pro labore faciendo. Segundo as razões de recurso, tendo a parte Autora
recebido invariavelmente o patamar máximo da Gratificação durante o seu período de atividade, na
passagem para a inatividade haveria de permanecer o mesmo valor máximo, em virtude da paridade e da
integralidade. 6. Como se sabe, Gratificações de Desempenho são parcelas autônomas pagas de
maneira destacada e não cumulativa, em função do desempenho individual do servidor e, ainda, do
alcance de metas de desempenho institucional do respectivo órgão e da entidade de lotação. Não servem
de base de cálculo para quaisquer outros benefícios, ou parcelas remuneratórias ou vantagens, e
costumam ter previsão legal para o seu reajuste na mesma proporção da revisão geral da remuneração
dos servidores públicos federais. 7. Porém, em relação ao termo inicial para pagamento diferenciado, o
STF decidiu em sede de repercussão geral no RE 662406: “O termo inicial do pagamento diferenciado
das gratificações de desempenho entre servidores ativos e inativos é o da data da homologação do
resultado das avaliações, após a conclusão do primeiro ciclo de avaliações, não podendo a Administração
retroagir os efeitos financeiros a data anterior”. (RE 662406, Relator Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal
Pleno, julgado em 11/12/2014, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-031 DIVULG 13-02-2015 PUBLIC 1802-
2015). 8. A regra foi novamente reafirmada pelo STF, com importante acréscimo, para todas as
Gratificações de Desempenho, ao julgar o Tema 983, cujo Processo Paradigma foi o ARE 1.052.570, com
a publicação do acórdão no DJE de 6.3.2018 e trânsito em julgado em 16/5/2018. No julgado, as Teses
Firmadas foram as seguintes, verbis: "I - O termo inicial do pagamento diferenciado das gratificações de
desempenho entre servidores ativos e inativos é o da data da homologação do resultado das avaliações,
após a conclusão do primeiro ciclo; II - A redução, após a homologação do resultado das avaliações, do
valor da gratificação de desempenho paga aos inativos e pensionistas não configura ofensa ao princípio
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pagas em virtude de trabalhos anormais, a natureza pro labore faciendo das diversas Gratificações de
Desempenho se mantém apenas enquanto pagas em virtude de avaliações periódicas de produtividade.
10. Regra geral, portanto, de acordo com o entendimento do STF, é legítimo o pagamento diferenciado
das Gratificações de Desempenho, a menor para os servidores inativos, depois da homologação do
resultado das avaliações. 11. E é acertada a posição do STF. Como já bem pontuou a TNU, “vantagens
condicionais ou modais, mesmo que auferidas por longo tempo em razão do preenchimento dos
requisitos exigidos para sua percepção, não se incorporam ao vencimento, a não ser quando essa
integração for determinada por lei. (É que as vantagens condicionais ou modais) são vantagens pelo
trabalho que está sendo feito (pro labore faciendo) ou, por outras palavras, são adicionais de função (ex
facto officii), ou são gratificações de serviço (propter laborem), ou, finalmente, são gratificações em razão
de condições pessoais do servidor (propter personam). Daí por que, quando cessa o trabalho, ou quando
desaparece o fato ou a situação que lhes dá causa, deve cessar o pagamento de tais vantagens, sejam
elas adicionais de função, gratificações de serviço ou gratificação em razão das condições pessoais do
servidor” (TNU, PEDILEF 05033027020134058302, Juiz Federal Ronaldo José da Silva, DOU de
05/02/2016). 12. Nesse contexto, não é verdade que a gratificação de desempenho constitui, na prática,
simples vantagem inerente ao cargo, integrando a estrutura remuneratória da Carreira e maneira ardilosa
de o Poder Público conceder um reajuste setorial por vias transversas. Segundo as definições do §
precedente, uma vantagem pro labore faciendo pode ser na modalidade propter laborem, quer dizer, em
razão de serviço. Se a gratificação estivesse sendo paga apenas porque se estava ocupando certo cargo,
então teria razão a parte Autora/Recorrente. Todavia, como é paga em virtude da "quantidade" e da
"qualidade" do serviço efetivamente (institucionalmente e pessoalmente) desenvolvido pelo(a) servidor(a),
então a sua natureza pro labore faciendo surge e se destaca juridicamente, tornando-se inegável. 13. Por
outro lado, não há prova de que pagamentos da gratificação estão sendo feitos na pontuação máxima
para os servidores ativos, mediante avaliação por "ficção jurídica", caracterizando um aumento disfarçado
de remuneração. Ainda que eventualmente servidores possam estar sendo avaliados com pontuação
máxima, isso não implica que todos estejam sendo. Aliás, mesmo que vários servidores ativos estivessem
sendo avaliados com a pontuação máxima, isso decorreria dos critérios de avaliação já estabelecidos e
executados, ou seja, decorreria da realização dos ciclos de avaliação feitos com os servidores atualmente
em atividade. Ou seja, resultados são obtidos com base no desempenho dos servidores em atividade.
Mesmo a parcela institucional, depois de realizada a avaliação, leva em conta a produtividade do conjunto
daqueles que estão na ativa, não podendo ser estendida aos que já se encontravam inativos e que, por
essa situação, não contribuíram para o desempenho institucional. 14. É dizer, a circunstância de a parte
Autora/Recorrente ter recebido, segundo argumenta, sempre o mesmo patamar máximo da Gratificação,
durante período de
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atividade, não retira o caráter pro labore faciendo. Se assim recebia, isso se dava como resultado dos
processos de avaliação individual e institucional, nos termos da lei. Ou seja, felizmente, para a parte
Autora, seus resultados avaliativos devem ter sido sempre amplamente favoráveis, levando ao
pagamento no patamar máximo, mesmo depois de a Gratificação passar a ter natureza pro labore
faciendo. Mas essa circunstância não desfaz tal natureza nem outorga à gratificação de desempenho um
caráter genérico a implicar incorporação automática do patamar máximo aos proventos de aposentadoria
do servidor beneficiado pelas avaliações. 15. Por sua vez, não há prova efetiva de que os critérios de
avaliação são inadequados. Em princípio, nem mesmo é possível dizer que se está premiando o baixo
desempenho, ao se atribuir pontuação máxima a quem individualmente cumpre apenas 75% da meta.
Uma tal conclusão apenas seria possível pela demonstração clara de que o patamar estabelecido não
está de acordo com o contexto produtivo dos servidores ao longo do tempo. É dizer, apenas numa escala
comparativa alongada seria possível avaliar a inadequação da meta adotada. A grandeza da meta ganha
sentido numa análise comparativa ou relacional, não em si mesma. Isso porque, em um contexto de
produtividade histórica de até 50%, a meta de 75% pode ser um patamar importante para a Administração
Pública. 16. Aliás, a circunstância denota que a fixação das metas a serem alcançadas deve ser um ato
privativo da Administração Pública, passível de exame judicial apenas de claramente demonstrado seu
desacerto legal. Mesmo que um ato discricionário possa ser judicialmente fiscalizável, do ponto de vista
407
da sua legalidade, somente pode sofrer a intervenção judicial quando o vício é manifesto. Não é o que se
verifica no presente caso, conforme as razões dos §§ antecedentes, pelo que deve haver uma deferência
do Judiciário ao Administrador. 17. Portanto, considerando as circunstâncias relevantes da situação, a
tese formulada na inicial não tem lugar, sem que se fale de violação ao direito à integralidade/paridade. E
a propósito, novo regramento criado pela Lei 13.324/2016 veio a confirmar esse raciocínio. A nova lei
faculta ao servidor que tem direito à integralidade e paridade incorporar “valor integral da média dos
pontos da gratificação de desempenho recebidos nos últimos sessenta meses de atividade” (art. 88, III,
c/c o art. 87, XV). Com isso, o legislador decidiu fixar prazo mínimo de recebimento e, ainda, de
contribuição previdenciária sobre Gratificações de Desempenho, para o servidor público com direito à
integralidade e paridade recebê-la integralmente, quando passar à inatividade. 18. Seja como for, observe
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que o valor integral é da média dos pontos recebidos em lapso de tempo determinado. Não poderia ser
diferente, pois, os valores da gratificação podem variar, dependendo dos resultados das avaliações
procedidas. Outrossim, não importa que o tempo mínimo fixado na lei não alcance o tempo de
contribuição para aposentadoria integral. No fundo, o legislador agiu por meio de um critério de
liberalidade e continua resolvendo a questão da melhor maneira possível, de acordo com o seu juízo
político. O que não se pode é acolher o pedido inicial, tal qual formulado, valendo registrar que a parte
Autora passou a ter à sua disposição a opção criada pela Lei n. 13.324/2016, para receber valores mais
elevados da Gratificação de Desempenho, devendo, por óbvio, observar todos os requisitos ali
estabelecidos para tanto.
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19. Assim, gratificação de desempenho não deriva da garantia de paridade e integralidade remuneratória
e a sua extensão aos servidores inativos viola o princípio da legalidade e da reserva legal (art. 37, X, da
CF). Enfim, a partir da data da homologação do resultado das avaliações, após conclusão do primeiro
ciclo de avaliações, passou a valer o pagamento diferenciado da Gratificação entre servidores ativos e os
inativos, conforme a jurisprudência do STF aqui colacionada. 20. Por fim, a parte Autora/Recorrente não
requereu a produção de prova pericial, na petição inicial. E quando pleiteia produção de tal prova, na
petição de recurso, literalmente justifica o pleito “diante da complexidade da matéria”. A par de não
precisar a forma da prova pericial requerida, tem razão a parte Autora/Recorrente sobre a complexidade
da matéria e, assim, sobre a própria complexidade da prova pericial que pleiteia. Seria preciso definir o(s)
profissional(ais) habilitado(s) ao exame e, ainda, os contextos funcionais para a coleta dos dados, a tornar
ainda mais complexa a produção da prova. Em hipóteses tais, o TRF1 tem entendido não caber ao JEF a
produção de tal prova, conforme CC 0013151-72.2017.4.01.0000, Des. Fed. Gilda Sigmaringa Seixas, 1ª
Seção, e-DJF1 de 25/4/2018. 21. Não provimento do recurso interposto pela parte Autora. Dissentiu, em
parte, o Juiz Federal João Carlos Mayer Soares, quanto ao fundamento do § 20 da ementa, ressaltando
sua desnecessidade e implicação de indicar incompetência do JEF. 22. Honorários advocatícios pela
parte Recorrente em 10% sobre o valor corrigido da causa (artigo 55 da Lei n. 9.099/1995), com
suspensão do pagamento enquanto a parte credora não demonstrar que deixou de existir a situação de
insuficiência de recursos que justificou a concessão da Gratuidade de Justiça, extinguindo-se a dívida
cinco anos após o trânsito em julgado deste Acórdão (artigo 98, § 3º, NCPC). ACÓRDÃO Decide a
Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade, negar
provimento ao recurso. Brasília/DF, 23/10/2019.
juízo para, querendo e se o rito permitir, ingressarem como assistentes”. 3. Razões do recurso interposto
pela parte Autora: a) quanto ao argumento de ilegitimidade das partes, os dependentes habilitados teriam
legitimidade para a ação, nos termos do art. 1º, inciso II e art. 5º do Decreto n. 85.845/1981; b) os
pagamentos impugnados não estariam condicionados ao inventário, nos termos do art. 666 do CPC; c) a
Lei 6.858/1980, que trata do pagamento de valores não recebidos por seus titulares, deixou expresso que
quaisquer valores devidos, incluindo os tributos, que sejam de pequeno valor, devem ser restituídos aos
dependentes habilitados, ou na falta destes, aos sucessores na forma da lei civil, independentemente de
inventário; d) não foi concedido prazo para a juntada de novos documentos, nos termos do art. 321, CPC;
e) a incidência de contribuição previdenciária deveria ser feita considerando os meses que originaram a
relação laboral entre o empregador e empregado - regime de competência -, para então ser verificado se
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naquela época o servidor precisaria contribuir; f) quando do recebimento do crédito o servidor estiver na
condição de aposentado/pensionista até a data de vigência da Lei n. 10.887/04, todo o período anterior a
2004 que embasou a execução estaria imune, em razão da inexistência de norma prevendo a
contribuição
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antes da EC nº 41/03, que só foi regulamentada no âmbito federal pela referida Lei; g) não incidiria do
PSS sobre juros moratórios em face do caráter indenizatório destes. 4. A União ofereceu resposta escrita
ao recurso. 5. Quanto à ilegitimidade, é certo que o Superior Tribunal de Justiça possui orientação de que
a inexistência inventário aberto não faz dos herdeiros, individualmente considerados, partes legítimas
para responder pela obrigação, pois, enquanto não há partilha, é a herança que responde por eventual
obrigação deixada pelo de cujus e é o espólio, como parte formal, que detém legitimidade passiva ad
causam para integrar a lide (REsp 1125510/RS, Rel. Min. Massami Uyeda, DJe 19/10/2011). 6. Ocorre
que, não obstante a existência de orientações gerais do Superior Tribunal de Justiça que reconheça a
ilegitimidade ad causam dos herdeiros quando ausente o inventário, não há como se furtar às
especificidades abordadas pela Lei n. 6.858/1980, regulamentada pelo Decreto n. 85.845/1981, que
dispõem sobre o pagamento, aos dependentes ou sucessores, de valores não recebidos em vida pelos
respectivos titulares. 7. Nos termos do art. 1°, caput, da Lei n. 6.858/1980, os valores de pequena monta
não recebidos em vida pelos respectivos titulares, poderiam ser pagos em quotas iguais aos dependentes
habilitados perante a Previdência Social e, na sua falta, aos sucessores previstos na lei civil,
independentemente de inventário ou arrolamento. Em interpretação ao dispositivo, faz-se mister conjugar
suas orientações com o art. 1.797 do Código Civil, segundo o qual “até o compromisso do inventariante, a
administração da herança caberá, sucessivamente, ao cônjuge ou companheiro, ao herdeiro que estiver
na posse e administração dos bens, ao testamenteiro, ou à pessoa de confiança do juiz”. 8. Assim,
importa reconhecer que, dentre outros desígnios, a Lei n. 6.858/1980 teve a intenção de simplificar o
recebimento de valores de pouca monta, notadamente quando estes não tenham sido recebidos em vida
pelos respectivos titulares. Nesses termos, revelar-se-ia um verdadeiro paradoxo a simplificação de
procedimentos sem a respectiva atribuição de legitimidade para consecução de seus fins. Ora, para o
reconhecimento de determinado fim, faz-se necessária a atribuição dos meios indispensáveis à sua
concretização. 9. Nessa lógica, impera o reconhecimento da legitimidade ad causam da parte Autora, em
especial no que concerne à devolução de contribuição social (PSS) descontada sobre juros de mora,
incidente sobre valores que ela própria já houvera recebido, por meio de precatórios judiciais. Assim,
apesar de a habilitação realizada em processo pretérito não fazer surgir, in re ipsa, a legitimidade da parte
Autora para esta demanda, o seu reconhecimento, in casu, encontra suporte no art. 1°, caput, da Lei n.
6.858/1980. 10. Superada a questão da legitimidade, aplicável regra prevista no art. 1.013, § 3º, I, NCPC,
pelo qual, sendo possível, serão examinadas as demais questões, sem retorno do processo ao Juízo de
primeiro grau. E, ao fazê-lo, o processo merece continuar com sua extinção declarada, ainda que por
outro motivo. 11. O Supremo Tribunal Federal já decidiu que a exigência de prévio requerimento
administrativo não fere a garantia de livre acesso ao Judiciário, previsto no art. 5º, XXXV, da CF e que o
pedido administrativo anterior indeferitório é que caracteriza lesão ou ameaça a direito. Assim, a ausência
de prévio requerimento administrativo constitui óbice ao processamento de ação judicial contra o INSS,
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exceto nos seguintes casos: a) revisão de benefícios em que não exista matéria de fato a ser
solucionada; b) casos em que o entendimento da Administração for notório e reiteradamente contrário à
postulação do segurado e redundará, inevitavelmente, em indeferimento; c) quando a ação for proposta
em juizados itinerantes; e d) quando o INSS contestar o mérito da ação, vez que, nesse caso, configura-
se o interesse de agir pela resistência à pretensão. (RE nº 631.240, Repercussão Geral, Rel. Min. Luís
Roberto Barroso, DJe 10.11.2014). 12. O Superior Tribunal de Justiça, chamado a se manifestar quanto à
aplicação do referido entendimento em demandas tributárias, reconheceu que a ratio decidendi utilizada
quando do julgamento da exigência ou não do prévio requerimento administrativo nos benefícios
previdenciários pode ser adotada para os pedidos concernentes às contribuições previdenciárias. 13.
Colaciona-se, verbis, o entendimento consolidado no âmbito daquela Corte de Justiça: “[...] Na esfera
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Ministra Denise Arruda, Primeira Turma, julgado em 23/5/2006, DJ 30/6/2006, p. 166. Como as
matérias tributária e previdenciária relacionadas ao Regime Geral de Previdência Social possuem
natureza jurídica distinta, mas complementares, pois, em verdade, tratam-se as relações jurídicas
de custeio e de benefício (prestacional) titularizadas pela União e pelo INSS, respectivamente, com o
fim último de garantir a cobertura dos riscos sociais de natureza previdenciária, entende-se que a
razão de decidir utilizada quando do julgamento da exigência ou não do prévio requerimento
administrativo nos benefícios previdenciários pode também ser adotada para os pedidos formulados
à Secretaria da Receita Federal concernentes às contribuições previdenciárias (REsp 1734733 / PE, Rel.
Min. HERMAN BENJAMIN, publicado em DJe 28/11/2018). 14. De se destacar que as manifestações da
Fazenda Nacional são de que não há interesse processual, pela ausência de requerimento administrativo,
aduzindo, ainda, que Instrução Normativa da RFB estabelece que não incide CPSS sobre a parcela
referente aos juros de mora decorrente de valores pagos em cumprimento de decisão judicial ou de
acordo homologado, que é o único objeto da ação proposta. 15. Nesse contexto, não há interesse
processual apto a justificar a manutenção da lide em Juízo, valendo destacar que a parte Autora, já na
sua petição inicial, reconhece que não apresentou prévio pedido administrativo perante a repartição, ao
argumentar que seria dispensada desse encargo, conforme jurisprudência anterior a 2014. 16.
Provimento parcial do recurso interposto pela parte Autora, para reconhecer sua legitimidade ativa para a
causa, mas mantendo-se a extinção do processo sem
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resolução do mérito, ainda que por outro fundamento. Vencido, em parte, o Juiz Federal João Carlos
Mayer Soares, por considerar inaplicável ao caso a Lei 6.858/1980, que entende dirigida apenas para
recebimento de valores limitados e exclusivamente na esfera administrativa, conforme entendimento do
STJ, acompanhando o voto, todavia, quanto à ausência de interesse de agir. 17. Honorários advocatícios
incabíveis, por falta de previsão legal para o arbitramento, quando há provimento do recurso julgado (art.
55, caput, da Lei n. 9.099/1995), ainda que parcialmente. ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal
dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por maioria, dar provimento parcial do recurso,
vencido, em parte, o Juiz Federal João Carlos Mayer Soares, que lhe negou provimento, quanto à
legitimidade. Brasília/DF, 23/10/2019.
solução de mérito dada ao caso. 5. Não cabe reapreciação de matéria em sede de embargos de
declaração, porquanto não são via adequada para esgotamento da discussão acerca da matéria julgada,
podendo a parte submeter a questão à apreciação da Corte Superior em recurso próprio. 6. Ora, os
embargos declaratórios não são via adequada para corrigir suposto error in judicando, ainda que
demonstrado, não sendo possível atribuir eficácia infringente se ausentes erro material, omissão,
obscuridade ou contradição. Nesse sentido: EDcl nos EREsp 1.035.444/AM, Rel. Ministro Mauro
Campbell Marques, Primeira Seção, DJe 19.5.2015; EDcl nos EDcl no MS 14.117/DF, Rel. Ministro
Napoleão Nunes Maia Filho, Terceira Seção, DJe 1º.8.2011; EDcl no AgRg no AREsp 438.306/RS, Rel.
Ministro Og Fernandes, Segunda Turma, DJe 20.5.2014; EDcl no AgRg no AREsp 335.533/MG, Rel.
Ministra Regina Helena Costa, Quinta Turma, DJe 2.4.2014; EDcl no AgRg nos EAg 1.118.017/RJ, Rel.
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Ministro Castro Meira, Corte Especial, DJe 14.5.2012; e EDcl no AgRg nos EAg 1.229.612/DF, Rel.
Ministro Castro Meira, Corte
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Especial, DJe 13/6/2012. 7. De outra banda, se o acórdão embargado abordou os argumentos levantados
pelas partes Recorrente/Recorrida, significa isso que também já foram expressamente considerados os
elementos suscitados para fins de prequestionamento. 8. Além disso, pela regra prevista no art. 1.025,
NCPC, "consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-
questionamento, ainda que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal
superior considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade". 9. Rejeição dos embargos de
declaração opostos pela parte Autora. ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados
Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração. Brasília/DF,
23/10/2019.
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ausentes erro material, omissão, obscuridade ou contradição. Nesse sentido: EDcl nos EREsp
1.035.444/AM, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Primeira Seção, DJe 19.5.2015; EDcl nos EDcl no
MS 14.117/DF, Rel. Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, Terceira Seção, DJe 1º.8.2011; EDcl no AgRg
no AREsp 438.306/RS, Rel. Ministro Og Fernandes, Segunda Turma, DJe 20.5.2014; EDcl no AgRg no
411
AREsp 335.533/MG, Rel. Ministra Regina Helena Costa, Quinta Turma, DJe 2.4.2014; EDcl no AgRg nos
EAg 1.118.017/RJ, Rel. Ministro Castro Meira, Corte Especial, DJe 14.5.2012; e EDcl no AgRg nos EAg
1.229.612/DF, Rel. Ministro Castro Meira, Corte Especial, DJe 13/6/2012. 8. Rejeição dos embargos de
declaração opostos pela DPU. ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais
Federais do Distrito Federal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração. Brasília/DF,
23/10/2019.
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
PROCESSO: 0012010-03.2017.4.01.3400 RECORRENTE: RAIMUNDO LUIZ NASCIMENTO DE
CARVALHO ADVOGADO: DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA SILVA RECORRIDO:
UNIAO FEDERAL ADVOGADO:
EMENTA
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. EFEITOS INFRINGENTES. NECESSIDADE DE DEMONSTRAÇÃO DE
OMISSÃO, OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO. VÍCIOS INEXISTENTES. REJEIÇÃO DOS
EMBARGOS. 1. A parte Autora opôs embargos de declaração contra acórdão que rejeitou seu pedido de
enquadramento no Plano de Carreira da Área de Ciência e Tecnologia. 2. Diz a parte Embargante que
houve omissão, pois foi demonstrada a violação ao princípio da isonomia, mas o entendimento contrário é
carecedor de fundamentação legal e jurisprudencial, o que afronta o art. 93, IX da CF. Que também não
houve manifestação acerca da violação ao dispositivo encartado no art. 7º, XXX, CF, que veda a proibição
de diferenças de salários, de exercício de funções e de critérios de admissão e art. 39, § 1º, da Carta da
República. Ainda, alega que não houve manifestação sobre o pedido de declaração de
inconstitucionalidade do § 3º, do art. 1º, da Lei 8.691/1993, com redação dada pela Lei 12.823/2013, pelo
que pede manifestação expressa acerca dos dispositivos constitucionais invocados, claramente violados,
quais sejam caput, do art. 5º, no tocante à isonomia; art. 7º, XXX; e art. 39, § 1º, para prequestionamento.
3. A parte Ré ofereceu resposta aos embargos de declaração. 4. A parte embargante não demonstra
omissão, contradição, obscuridade ou erro material que conduza à modificação do julgado. Na verdade,
os argumentos apresentados nos embargos de declaração constituem mero inconformismo quanto à
solução de mérito dada ao caso. 5. Não cabe reapreciação de matéria em sede de embargos de
declaração, porquanto não são via adequada para esgotamento da discussão acerca da matéria julgada,
podendo a parte submeter a questão à apreciação da Corte Superior em recurso próprio. 6. Ora, os
embargos declaratórios não são via adequada para corrigir suposto error in judicando, ainda que
demonstrado, não sendo possível atribuir eficácia infringente se ausentes erro material, omissão,
obscuridade ou contradição. Nesse sentido: EDcl nos EREsp 1.035.444/AM, Rel. Ministro Mauro
Campbell Marques, Primeira Seção, DJe 19.5.2015; EDcl nos EDcl no MS 14.117/DF, Rel. Ministro
Napoleão Nunes Maia Filho, Terceira Seção, DJe 1º.8.2011; EDcl no AgRg no AREsp 438.306/RS, Rel.
Ministro Og Fernandes, Segunda Turma, DJe 20.5.2014; EDcl no AgRg no AREsp 335.533/MG, Rel.
Ministra Regina Helena Costa, Quinta Turma, DJe 2.4.2014; EDcl no AgRg nos EAg 1.118.017/RJ, Rel.
Ministro Castro Meira, Corte Especial, DJe 14.5.2012; e EDcl no AgRg nos EAg 1.229.612/DF, Rel.
Ministro Castro Meira, Corte
Turma Recursal
E2076B45552332F5C8FD02D5B7BF11F7
Especial, DJe 13/6/2012. 7. De outra banda, se o acórdão embargado abordou os argumentos levantados
pelas partes Recorrente/Recorrida, significa isso que também já foram expressamente considerados os
elementos suscitados para fins de prequestionamento. 8. Além disso, pela regra prevista no art. 1.025,
NCPC, "consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-
questionamento, ainda que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal
superior considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade". 9. Rejeição dos embargos de
declaração opostos pela parte Autora. ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados
Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração. Brasília/DF,
23/10/2019.
houve omissão, pois foi demonstrada a violação ao princípio da isonomia, mas o entendimento contrário é
carecedor de fundamentação legal e jurisprudencial, o que afronta o art. 93, IX da CF. Que também não
houve manifestação acerca da violação ao dispositivo encartado no art. 7º, XXX, CF, que veda a proibição
de diferenças de salários, de exercício de funções e de critérios de admissão e art. 39, § 1º, da Carta da
República. Ainda, alega que não houve manifestação sobre o pedido de declaração de
inconstitucionalidade do § 3º, do art. 1º, da Lei 8.691/1993, com redação dada pela Lei 12.823/2013, pelo
que pede manifestação expressa acerca dos dispositivos constitucionais invocados, claramente violados,
quais sejam caput, do art. 5º, no tocante à isonomia; art. 7º, XXX; e art. 39, § 1º, para prequestionamento.
3. A parte Ré ofereceu resposta aos embargos de declaração. 4. A parte embargante não demonstra
omissão, contradição, obscuridade ou erro material que conduza à modificação do julgado. Na verdade,
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
os argumentos apresentados nos embargos de declaração constituem mero inconformismo quanto à
solução de mérito dada ao caso. 5. Não cabe reapreciação de matéria em sede de embargos de
declaração, porquanto não são via adequada para esgotamento da discussão acerca da matéria julgada,
podendo a parte submeter a questão à apreciação da Corte Superior em recurso próprio. 6. Ora, os
embargos declaratórios não são via adequada para corrigir suposto error in judicando, ainda que
demonstrado, não sendo possível atribuir eficácia infringente se ausentes erro material, omissão,
obscuridade ou contradição. Nesse sentido: EDcl nos EREsp 1.035.444/AM, Rel. Ministro Mauro
Campbell Marques, Primeira Seção, DJe 19.5.2015; EDcl nos EDcl no MS 14.117/DF, Rel. Ministro
Napoleão Nunes Maia Filho, Terceira Seção, DJe 1º.8.2011; EDcl no AgRg no AREsp 438.306/RS, Rel.
Ministro Og Fernandes, Segunda Turma, DJe 20.5.2014; EDcl no AgRg no AREsp 335.533/MG, Rel.
Ministra Regina Helena Costa, Quinta Turma, DJe 2.4.2014; EDcl no AgRg nos EAg 1.118.017/RJ, Rel.
Ministro Castro Meira, Corte Especial, DJe 14.5.2012; e EDcl no AgRg nos EAg 1.229.612/DF, Rel.
Ministro Castro Meira, Corte
Turma Recursal
F40DCC7838590EA378F8410B92D39C47
Especial, DJe 13/6/2012. 7. De outra banda, se o acórdão embargado abordou os argumentos levantados
pelas partes Recorrente/Recorrida, significa isso que também já foram expressamente considerados os
elementos suscitados para fins de prequestionamento. 8. Além disso, pela regra prevista no art. 1.025,
NCPC, "consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-
questionamento, ainda que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal
superior considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade". 9. Rejeição dos embargos de
declaração opostos pela parte Autora. ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados
Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração. Brasília/DF,
23/10/2019.
AREsp 335.533/MG, Rel. Ministra Regina Helena Costa, Quinta Turma, DJe 2.4.2014; EDcl no AgRg nos
EAg 1.118.017/RJ, Rel. Ministro Castro Meira, Corte Especial, DJe 14.5.2012; e EDcl no AgRg nos EAg
1.229.612/DF, Rel. Ministro Castro Meira, Corte Especial, DJe 13/6/2012.
Turma Recursal
15891B7C85D0181448BC5714CC086F46
6. Destarte, não cabe reapreciação de matéria em sede de embargos de declaração, porquanto não são
via adequada para rever a discussão acerca do tema julgado, podendo a parte submeter a questão à
apreciação da Corte Superior em recurso próprio. 7. Rejeição dos embargos de declaração opostos pela
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parte Autora. ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito
Federal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração. Brasília/DF, 23/10/2019.
Turma Recursal
6145CA2BC9906CCF04E4337C9195E4F4
Especial, DJe 13/6/2012. 7. De outra banda, se o acórdão embargado abordou os argumentos levantados
pelas partes Recorrente/Recorrida, significa isso que também já foram expressamente considerados os
elementos suscitados para fins de prequestionamento. 8. Além disso, pela regra prevista no art. 1.025,
NCPC, "consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-
questionamento, ainda que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal
superior considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade". 9. Rejeição dos embargos de
declaração opostos pela parte Autora. ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados
Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração. Brasília/DF,
23/10/2019.
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
carecedor de fundamentação legal e jurisprudencial, o que afronta o art. 93, IX da CF. Que também não
houve manifestação acerca da violação ao dispositivo encartado no art. 7º, XXX, CF, que veda a proibição
de diferenças de salários, de exercício de funções e de critérios de admissão e art. 39, § 1º, da Carta da
República. Ainda, alega que não houve manifestação sobre o pedido de declaração de
inconstitucionalidade do § 3º, do art. 1º, da Lei 8.691/1993, com redação dada pela Lei 12.823/2013, pelo
que pede manifestação expressa acerca dos dispositivos constitucionais invocados, claramente violados,
quais sejam caput, do art. 5º, no tocante à isonomia; art. 7º, XXX; e art. 39, § 1º, para prequestionamento.
3. A parte Ré ofereceu resposta aos embargos de declaração. 4. A parte embargante não demonstra
omissão, contradição, obscuridade ou erro material que conduza à modificação do julgado. Na verdade,
os argumentos apresentados nos embargos de declaração constituem mero inconformismo quanto à
solução de mérito dada ao caso. 5. Não cabe reapreciação de matéria em sede de embargos de
declaração, porquanto não são via adequada para esgotamento da discussão acerca da matéria julgada,
podendo a parte submeter a questão à apreciação da Corte Superior em recurso próprio. 6. Ora, os
embargos declaratórios não são via adequada para corrigir suposto error in judicando, ainda que
demonstrado, não sendo possível atribuir eficácia infringente se ausentes erro material, omissão,
obscuridade ou contradição. Nesse sentido: EDcl nos EREsp 1.035.444/AM, Rel. Ministro Mauro
Campbell Marques, Primeira Seção, DJe 19.5.2015; EDcl nos EDcl no MS 14.117/DF, Rel. Ministro
Napoleão Nunes Maia Filho, Terceira Seção, DJe 1º.8.2011; EDcl no AgRg no AREsp 438.306/RS, Rel.
Ministro Og Fernandes, Segunda Turma, DJe 20.5.2014; EDcl no AgRg no AREsp 335.533/MG, Rel.
Ministra Regina Helena Costa, Quinta Turma, DJe 2.4.2014; EDcl no AgRg nos EAg 1.118.017/RJ, Rel.
Ministro Castro Meira, Corte Especial, DJe 14.5.2012; e EDcl no AgRg nos EAg 1.229.612/DF, Rel.
Ministro Castro Meira, Corte
Turma Recursal
DF19CAA78A57B4102700C39D473062D0
Especial, DJe 13/6/2012. 7. De outra banda, se o acórdão embargado abordou os argumentos levantados
pelas partes Recorrente/Recorrida, significa isso que também já foram expressamente considerados os
elementos suscitados para fins de prequestionamento. 8. Além disso, pela regra prevista no art. 1.025,
NCPC, "consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-
questionamento, ainda que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal
superior considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade". 9. Rejeição dos embargos de
declaração opostos pela parte Autora. ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados
Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração. Brasília/DF,
23/10/2019.
cargo, desde julho/2011, retroativo a novembro/2010 porquanto está recebendo com redução de 50
pontos. 3. A parte Ré ofereceu resposta aos embargos de declaração. 4. Os argumentos tecidos nos
presentes embargos têm como pano de fundo a alegação de comprovação da persistência da natureza
genérica da gratificação GDPST. 5. Com isso, o objetivo da parte Embargante não é suprir omissão,
afastar obscuridade ou eliminar contradição, mas reformar o julgado pela via inadequada, o que não se
admite, tendo em vista que embargos de declaração não são instrumento processual idôneo para o
esgotamento da discussão acerca da matéria. 6. Com efeito, os embargos declaratórios não são via
adequada para corrigir suposto error in judicando, ainda que demonstrado, não sendo possível atribuir
eficácia infringente se ausentes erro material, omissão, obscuridade ou contradição. Nesse sentido: EDcl
nos EREsp 1.035.444/AM, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Primeira Seção, DJe 19.5.2015; EDcl
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
nos EDcl no MS 14.117/DF, Rel. Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, Terceira Seção, DJe 1º.8.2011;
EDcl no AgRg no AREsp 438.306/RS, Rel. Ministro Og Fernandes, Segunda Turma, DJe 20.5.2014; EDcl
no AgRg no AREsp 335.533/MG, Rel. Ministra Regina Helena Costa, Quinta Turma, DJe 2.4.2014; EDcl
no AgRg nos EAg 1.118.017/RJ, Rel. Ministro Castro Meira, Corte Especial, DJe 14.5.2012; e EDcl no
AgRg nos EAg 1.229.612/DF, Rel. Ministro Castro
Turma Recursal
63571005CE4BDF1AE59834E33F53243B
Meira, Corte Especial, DJe 13/6/2012. 7. Rejeição dos embargos de declaração opostos pela parte
Autora. ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito
Federal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração. Brasília/DF, 23/10/2019.
Turma Recursal
64C6F9CB6B992D43326E7EAD013549DA
Especial, DJe 13/6/2012. 7. De outra banda, se o acórdão embargado abordou os argumentos levantados
pelas partes Recorrente/Recorrida, significa isso que também já foram expressamente considerados os
elementos suscitados para fins de prequestionamento. 8. Além disso, pela regra prevista no art. 1.025,
416
NCPC, "consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-
questionamento, ainda que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal
superior considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade". 9. Rejeição dos embargos de
declaração opostos pela parte Autora. ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados
Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração. Brasília/DF,
23/10/2019.
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
PROCESSO: 0037343-20.2018.4.01.3400 RECORRENTE: ILENIZA FERREIRA DE ALVARENGA
ADVOGADO: DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO RECORRIDO: UNIAO FEDERAL
ADVOGADO: - DIEGO EDUARDO FARIAS CAMBRAIA
EMENTA
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. EFEITOS INFRINGENTES. NECESSIDADE DE DEMONSTRAÇÃO DE
OMISSÃO, OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO. VÍCIOS INEXISTENTES. REJEIÇÃO DOS
EMBARGOS. 1. Embargos de declaração opostos pela parte Autora contra acórdão que rejeitou o pedido
de incorporação nos proventos de aposentadoria da integralidade da gratificação GDPST (100 pontos). 2.
A parte Autora/Embargante diz que pretende esclarecer omissão/contradição, mas reapresenta
argumentos de mérito em seu favor, reafirmando que a gratificação GDPST possui caráter genérico.
Ainda, sustenta que o pagamento retroativo e anterior à publicação da portaria afasta a possibilidade de
atribuir natureza pro labore faciendo da GDPST aos pagamentos realizados pelo Ministério da Saúde.
Também alega que após o término do primeiro ciclo de avaliação em 30/06/2011, o Ministério da Saúde
continuou o pagamento da GDPST nos meses e anos subsequentes sem relação com o resultado do
efetivo desempenho individual, ou de condições especiais ou excepcionais de trabalho. Por fim, requer a
mesma pontuação que foi atribuída ao servidor ativo pelo só exercício das funções normais e próprias do
cargo, desde julho/2011, retroativo a novembro/2010 porquanto está recebendo com redução de 50
pontos. 3. A parte Ré ofereceu resposta aos embargos de declaração. 4. Os argumentos tecidos nos
presentes embargos têm como pano de fundo a alegação de comprovação da persistência da natureza
genérica da gratificação GDPST. 5. Com isso, o objetivo da parte Embargante não é suprir omissão,
afastar obscuridade ou eliminar contradição, mas reformar o julgado pela via inadequada, o que não se
admite, tendo em vista que embargos de declaração não são instrumento processual idôneo para o
esgotamento da discussão acerca da matéria. 6. Com efeito, os embargos declaratórios não são via
adequada para corrigir suposto error in judicando, ainda que demonstrado, não sendo possível atribuir
eficácia infringente se ausentes erro material, omissão, obscuridade ou contradição. Nesse sentido: EDcl
nos EREsp 1.035.444/AM, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Primeira Seção, DJe 19.5.2015; EDcl
nos EDcl no MS 14.117/DF, Rel. Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, Terceira Seção, DJe 1º.8.2011;
EDcl no AgRg no AREsp 438.306/RS, Rel. Ministro Og Fernandes, Segunda Turma, DJe 20.5.2014; EDcl
no AgRg no AREsp 335.533/MG, Rel. Ministra Regina Helena Costa, Quinta Turma, DJe 2.4.2014; EDcl
no AgRg nos EAg 1.118.017/RJ, Rel. Ministro Castro Meira, Corte Especial, DJe 14.5.2012; e EDcl no
AgRg nos EAg 1.229.612/DF, Rel. Ministro Castro
Turma Recursal
74F6DF3CC0E9F7E6F4F9AAB5DDD17918
Meira, Corte Especial, DJe 13/6/2012. 7. Rejeição dos embargos de declaração opostos pela parte
Autora. ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito
Federal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração. Brasília/DF, 23/10/2019.
República. Ainda, alega que não houve manifestação sobre o pedido de declaração de
inconstitucionalidade do § 3º, do art. 1º, da Lei 8.691/1993, com redação dada pela Lei 12.823/2013, pelo
que pede manifestação expressa acerca dos dispositivos constitucionais invocados, claramente violados,
quais sejam caput, do art. 5º, no tocante à isonomia; art. 7º, XXX; e art. 39, § 1º, para prequestionamento.
3. A parte Ré não ofereceu resposta aos embargos de declaração. 4. A parte embargante não demonstra
omissão, contradição, obscuridade ou erro material que conduza à modificação do julgado. Na verdade,
os argumentos apresentados nos embargos de declaração constituem mero inconformismo quanto à
solução de mérito dada ao caso. 5. Não cabe reapreciação de matéria em sede de embargos de
declaração, porquanto não são via adequada para esgotamento da discussão acerca da matéria julgada,
podendo a parte submeter a questão à apreciação da Corte Superior em recurso próprio. 6. Ora, os
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
embargos declaratórios não são via adequada para corrigir suposto error in judicando, ainda que
demonstrado, não sendo possível atribuir eficácia infringente se ausentes erro material, omissão,
obscuridade ou contradição. Nesse sentido: EDcl nos EREsp 1.035.444/AM, Rel. Ministro Mauro
Campbell Marques, Primeira Seção, DJe 19.5.2015; EDcl nos EDcl no MS 14.117/DF, Rel. Ministro
Napoleão Nunes Maia Filho, Terceira Seção, DJe 1º.8.2011; EDcl no AgRg no AREsp 438.306/RS, Rel.
Ministro Og Fernandes, Segunda Turma, DJe 20.5.2014; EDcl no AgRg no AREsp 335.533/MG, Rel.
Ministra Regina Helena Costa, Quinta Turma, DJe 2.4.2014; EDcl no AgRg nos EAg 1.118.017/RJ, Rel.
Ministro Castro Meira, Corte Especial, DJe 14.5.2012; e EDcl no AgRg nos EAg 1.229.612/DF, Rel.
Ministro Castro Meira, Corte
Turma Recursal
B3B3162AA9EA209BE072B7D7114AC49B
Especial, DJe 13/6/2012. 7. De outra banda, se o acórdão embargado abordou os argumentos levantados
pelas partes Recorrente/Recorrida, significa isso que também já foram expressamente considerados os
elementos suscitados para fins de prequestionamento. 8. Além disso, pela regra prevista no art. 1.025,
NCPC, "consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-
questionamento, ainda que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal
superior considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade". 9. Rejeição dos embargos de
declaração opostos pela parte Autora. ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados
Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração. Brasília/DF,
23/10/2019.
PODER JUDICIÁRIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
1ª. TURMA RECURSAL
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
OUTRO(S) RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
não havia incapacidade laborativa, segundo a conclusão apresentada pelo(a) Perito(a) Judicial. 6. No
curso da ação, logo após de submeter a exame pericial determinado pelo Juízo de origem, a parte autora
ingressou, em 27.04.2017, com novo pedido administrativo objetivando a concessão do mesmo Benefício
por Incapacidade, data em que indubitavelmente se encontrava incapaz para o labor, também indeferido,
motivo pelo qual somente a partir desse momento faz jus ao recebimento de Auxílio Doença, na medida
em que, no caso concreto, a concessão não pode retroceder a momento anterior ao pleito formulado
administrativamente, considerando-se que, como já registrado acima, houve recuperação, pela parte
Embargada, de capacidade para o trabalho, em decorrência do que não se trata de erro material, como
alegado pela parte Embargante, a fixação da DIB em 17.04.2017, mas de contradição, passível de ser
sanada pela via em curso, vez que houve reconhecimento, no julgado embargado, de ausência de
incapacidade à época da cessação questionada, porém sendo fixado o início do novo Auxílio Doença na
data do Laudo Pericial, 10 (dez) dias antes de ser apresentado o requerimento administrativo nesse
sentido, pela parte autora. 7. Ante o exposto, conheço dos Embargos de Declaração opostos pelo INSS,
para ACOLHÊ-LOS, porém com fundamento diverso do apresentado pelo Embargante, para o fim de
retificar parcialmente o Acórdão embargado, fixando a Data do Início do Benefício devido ao Embargado
em 27/04/2017, data do último requerimento administrativo formulado. 8. Sem honorários advocatícios e
custas processuais, considerando-se o acolhimento parcial do recurso da parte ré, em decorrência do
provimento dos presentes Embargos de Declaração. ACÓRDÃO
419
Decide a Primeira Turma Recursal, à unanimidade, conhecer dos Embargos de Declaração opostos pela
parte Ré, para ACOLHÊ-LOS, nos termos do voto do Juiz Relator. 1ª Turma Recursal, Juizado Especial
Federal/SJDF – 10/10/2019.
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
EMENTA
TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. AUSÊNCIA DE REQUERIMENTO
ADMINISTRATIVO. CPSS SOBRE JUROS DE MORA RECEBIDOS EM AÇÃO JUDICIAL. IN RFB N.
1332/2013, ALTERADA PELA IN RFB 1643/2016, RECONHECENDO A NÃO INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA.
NECESSIDADE DE REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO PARA O FIM DE AJUSTE DE CONTAS
RELATIVAS AO CONTRIBUINTE, TRATANDO-SE DE PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
INDISPENSÁVEL, SOB A RESPONSABILIDADE DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL. AUSÊNCIA DE
INTERESSE DE AGIR JUDICIALMENTE DIANTE DA INEXISTÊNCIA DE RESISTÊNCIA DA
ADMINISTRAÇÃO FAZENDÁRIA. SENTENÇA EXTINTIVA MANTIDA. RECURSO IMPROVIDO. 1. Trata-
se de recurso interposto pela parte Autora em face de sentença no bojo da qual foi julgado extinto o
processo sem resolução do mérito por carência de ação por falta de interesse de agir em virtude da
ausência de prévio requerimento administrativo visando à repetição de valores decorrentes da incidência
de Contribuição para o PSS sobre a parcela de juros de mora de passivo desembolsado no decorrer de
execução de sentença judicial. 2. A parte ré postula a manutenção da sentença recorrida, acrescentando
que a matéria, por se encontrar pacificada no âmbito da Receita Federal do Brasil (Instrução Normativa n.
1643, de 23 de maio de 2016), não tem sido mais objeto de contestação ou interposição de recurso pela
PGFN, nos termos do art. 2º, item 93 (da lista respectiva), da Portaria n. 502/2016/AGU/PGFN. 3. De fato,
o art. 9º, § 8º, da Instrução Normativa RFB n. 1332/2013, acrescentado pela Instrução Normativa RFB
1643/2016, estabelece de forma expressa que "não incide CPSS sobre a parcela referente aos juros de
mora decorrente de valores pagos em cumprimento de decisão judicial ou de acordo homologado". 4.
Aplica-se, então, o disposto no § 7º do art. 9º do mesmo ato administrativo regulador, segundo o qual "na
hipótese de retenção indevida ou a maior sobre valores pagos por intermédio de precatório ou requisição
de pequeno valor, o pedido de restituição deverá ser apresentado à unidade da RFB do domicílio
tributário do sujeito passivo, devendo o valor restituído ser incluído como rendimento tributável na
Declaração de Ajuste Anual (DAA) da pessoa física correspondente ao ano-calendário em que se efetivou
a restituição". 5. No caso, a medida é indispensável, vez que os valores retidos indevidamente, objeto do
pleito autoral, foram apresentados ao Fisco como parcela dedutível em decorrência da incidência
tributária questionada no bojo dos presentes autos, sendo incluída no cálculo do valor da restituição em
Declaração de Ajuste Anual referente ao exercício tributário respectivo, de apresentação
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2
obrigatória no ano seguinte àquele em que se deu recebimento dos valores desembolsados pela
Administração por intermédio de Requisição de Pequeno Valor - RPV, motivo pelo qual, dada a
reconhecida procedência do pedido formulado judicialmente pela parte autora (art. 9º,§ 8º, INRFB
1332/2013), tem-se como necessária a realização de ajuste de contas relativo a(o) contribuinte em relevo,
procedimento esse de natureza administrativa, sob a responsabilidade da Receita Federal do Brasil. 6.
De se concluir, então, que a parte autora, por não haver formulado ainda o requerimento administrativo,
na forma do art. 9º, § 7º, da referida Instrução Normativa, carece de interesse de agir em Juízo, dada a
ausência de resistência, por parte da Administração, quanto ao pleito em comento, em decorrência do
que a sentença extintiva não merece reparo. 7. O autor, recorrente vencido, pagará honorários
advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da causa, ficando a condenação suspensa enquanto perdurar
o estado de carência que justificou a concessão da justiça gratuita, prescrevendo a dívida cinco anos
após a sentença final, nos termos do art. 98, §3º, do Código de Processo Civil/2015. ACÓRDÃO Decide a
Primeira Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do DF, à unanimidade, negar provimento ao
recurso da parte Autora. 1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF. Brasília-DF, 10/10/2019.
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
decorrer de execução de sentença judicial. 2. A parte ré postula a manutenção da sentença recorrida,
acrescentando que a matéria, por se encontrar pacificada no âmbito da Receita Federal do Brasil
(Instrução Normativa n. 1643, de 23 de maio de 2016), não tem sido mais objeto de contestação ou
interposição de recurso pela PGFN, nos termos do art. 2º, item 93 (da lista respectiva), da Portaria n.
502/2016/AGU/PGFN. 3. De fato, o art. 9º, § 8º, da Instrução Normativa RFB n. 1332/2013, acrescentado
pela Instrução Normativa RFB 1643/2016, estabelece de forma expressa que "não incide CPSS sobre a
parcela referente aos juros de mora decorrente de valores pagos em cumprimento de decisão judicial ou
de acordo homologado". 4. Aplica-se, então, o disposto no § 7º do art. 9º do mesmo ato administrativo
regulador, segundo o qual "na hipótese de retenção indevida ou a maior sobre valores pagos por
intermédio de precatório ou requisição de pequeno valor, o pedido de restituição deverá ser apresentado
à unidade da RFB do domicílio tributário do sujeito passivo, devendo o valor restituído ser incluído como
rendimento tributável na Declaração de Ajuste Anual (DAA) da pessoa física correspondente ao ano-
calendário em que se efetivou a restituição". 5. No caso, a medida é indispensável, vez que os valores
retidos indevidamente, objeto do pleito autoral, foram apresentados ao Fisco como parcela dedutível em
decorrência da incidência tributária questionada no bojo dos presentes autos, sendo incluída no cálculo
do valor da restituição em Declaração de Ajuste Anual referente ao exercício tributário respectivo, de
apresentação obrigatória no ano seguinte àquele em que se deu recebimento dos valores desembolsados
pela Administração por intermédio de Requisição de Pequeno
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2
Valor - RPV, motivo pelo qual, dada a reconhecida procedência do pedido formulado judicialmente pela
parte autora (art. 9º,§ 8º, INRFB 1332/2013), tem-se como necessária a realização de ajuste de contas
relativo a(o) contribuinte em relevo, procedimento esse de natureza administrativa, sob a
responsabilidade da Receita Federal do Brasil. 6. De se concluir, então, que a parte autora, por não
haver formulado ainda o requerimento administrativo, na forma do art. 9º, § 7º, da referida Instrução
Normativa, carece de interesse de agir em Juízo, dada a ausência de resistência, por parte da
Administração, quanto ao pleito em comento, em decorrência do que a sentença extintiva não merece
reparo. 7. O autor, recorrente vencido, pagará honorários advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da
causa, ficando a condenação suspensa enquanto perdurar o estado de carência que justificou a
concessão da justiça gratuita, prescrevendo a dívida cinco anos após a sentença final, nos termos do art.
98, §3º, do Código de Processo Civil/2015. ACÓRDÃO Decide a Primeira Turma Recursal dos Juizados
Especiais Federais do DF, à unanimidade, negar provimento ao recurso da parte Autora. 1ª Turma
Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF. Brasília-DF, 10/10/2019.
(Instrução Normativa n. 1643, de 23 de maio de 2016), não tem sido mais objeto de contestação ou
interposição de recurso pela PGFN, nos termos do art. 2º, item 93 (da lista respectiva), da Portaria n.
502/2016/AGU/PGFN. 3. De fato, o art. 9º, § 8º, da Instrução Normativa RFB n. 1332/2013, acrescentado
pela Instrução Normativa RFB 1643/2016, estabelece de forma expressa que "não incide CPSS sobre a
parcela referente aos juros de mora decorrente de valores pagos em cumprimento de decisão judicial ou
de acordo homologado". 4. Aplica-se, então, o disposto no § 7º do art. 9º do mesmo ato administrativo
regulador, segundo o qual "na hipótese de retenção indevida ou a maior sobre valores pagos por
intermédio de precatório ou requisição de pequeno valor, o pedido de restituição deverá ser apresentado
à unidade da RFB do domicílio tributário do sujeito passivo, devendo o valor restituído ser incluído como
rendimento tributável na Declaração de Ajuste Anual (DAA) da pessoa física correspondente ao ano-
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calendário em que se efetivou a restituição". 5. No caso, a medida é indispensável, vez que os valores
retidos indevidamente, objeto do pleito autoral, foram apresentados ao Fisco como parcela dedutível em
decorrência da incidência tributária questionada no bojo dos presentes autos, sendo incluída no cálculo
do valor da restituição em Declaração de Ajuste Anual referente ao exercício tributário respectivo, de
apresentação obrigatória no ano seguinte àquele em que se deu recebimento dos valores desembolsados
pela Administração por intermédio de Requisição de Pequeno
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2
Valor - RPV, motivo pelo qual, dada a reconhecida procedência do pedido formulado judicialmente pela
parte autora (art. 9º,§ 8º, INRFB 1332/2013), tem-se como necessária a realização de ajuste de contas
relativo a(o) contribuinte em relevo, procedimento esse de natureza administrativa, sob a
responsabilidade da Receita Federal do Brasil. 6. De se concluir, então, que a parte autora, por não
haver formulado ainda o requerimento administrativo, na forma do art. 9º, § 7º, da referida Instrução
Normativa, carece de interesse de agir em Juízo, dada a ausência de resistência, por parte da
Administração, quanto ao pleito em comento, em decorrência do que a sentença extintiva não merece
reparo. 7. O autor, recorrente vencido, pagará honorários advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da
causa, ficando a condenação suspensa enquanto perdurar o estado de carência que justificou a
concessão da justiça gratuita, prescrevendo a dívida cinco anos após a sentença final, nos termos do art.
98, §3º, do Código de Processo Civil/2015. ACÓRDÃO Decide a Primeira Turma Recursal dos Juizados
Especiais Federais do DF, à unanimidade, negar provimento ao recurso da parte Autora. 1ª Turma
Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF. Brasília-DF, 10/10/2019.
diferença entre a alíquota de 11% (onze por cento), aplicada no momento do pagamento do passivo pela
via judicial, e 6% (seis) por cento, aplicável se observado o regime de competência. Silenciou, porém,
quanto ao pedido de repetição do valor resultando da incidência de contribuição previdenciária sobre
juros de mora.
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apresentadas, que efetivamente se opõe ao acolhimento do pleito formulado, de sorte que a formulação
de requerimento administrativo, no caso concreto, seria inútil, dado que a Administração, na primeira
oportunidade em que se manifestou em Juízo a respeito, posicionou-se contra o seu acolhimento de
forma expressa no tocante à devolução do valor cobrado a mais, por conta da inobservância do regime de
competência quando do pagamento do passivo devido à parte Autora, na fase de execução do julgado no
âmbito do Juízo que processou e julgou a respectiva ação ordinária. 4. No pertinente ao pedido de
devolução do valor resultante da incidência do tributo em relevo sobre a parcela dos juros de mora,
embora a parte Ré não tenha se manifestado expressamente a respeito, fez consignar claramente em
suas contrarrazões pleito no sentido de "ser julgado improcedente o pedido da autora quanto à pretensão
de recálculo da contribuição ao PSS sobre as parcelas recebidas", compreendendo, assim, a totalidade
da pretensão autoral. 5. Assim sendo, caracterizada a resistência da parte Ré, sem qualquer ressalva, ao
acolhimento do pleito autoral, caracterizada está seu interesse de agir na esfera judicial, motivo pelo qual
a sentença de primeiro grau deve ser reformada, seguindo-se o retorno dos autos ao Juízo de origem
para regular processamento do feito, culminando com a solução da lide exposta nos presentes autos. 6.
Sem honorários advocatícios e custas processuais.
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do DF, à unanimidade, dar
provimento ao recurso da parte Autora, nos termos do voto do Juiz Federal relator.
digne o Colegiado enfrentar a interpretação quanto à modulação dos efeitos no RE 870.947, à luz da
decisão
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Outrossim, requereu que a Turma se pronuncie expressamente sobre os dispositivos constitucionais
apontados para fins de préquestionamento explícito. Por fim, pediu que seja intimada a parte autora, para
conhecimento e manifestação sobre os Embargos de Declaração, declarando o INSS que, acaso haja
concordância desta na utilização dos critérios de atualização do 1º-F da Lei nº 9.494/97, desistirá dos
declaratórios e não interporá outros recursos. 3. Os embargos de declaração, previstos no art. 48 da Lei
nº 9.099/95, têm por fito esclarecer ou integrar decisão judicial, notadamente sentenças e acórdãos, que
contenham alguma obscuridade, contradição, omissão ou dúvida. Não se prestam, porém, para a
rediscussão da causa, ou para que o embargante reitere argumentos já apreciados, ou mesmo para que,
em caráter inovador, traga novas teses à discussão. 4. Registre-se que consta dos autos petição da parte
autora, em que manifesta a sua concordância sobre a proposta de acordo de pagamento dos valores em
atraso, conforme o disposto no artigo 1º-F da Lei nº 9.494/97. 5. Quanto à proposta de acordo suscitada
pelo INSS quanto ao objeto dos Embargos de Declaração opostos por aquela autarquia previdenciária,
afasta-se a possibilidade de sua homologação, uma vez que o STF julgou os Embargos de Declaração
que estavam pendentes no RE 870.947, ratificando, pois, tese contrária àquela sustentada pelo INSS de
que, em relação à correção monetária, nos processos previdenciários, deveria incidir os índices fixados
no art. 1º-F da Lei nº 9.494/97. Com a decisão proferida, o STF rejeitou os Embargos de Declaração
opostos no RE 870.947 e, consequentemente, manteve a tese julgada, sem efeitos prospectivos, nos
seguintes termos:
1) O art. 1º-F da Lei nº 9.494/97, com a redação dada pela Lei nº 11.960/09, na parte em que disciplina os
juros moratórios aplicáveis a condenações da Fazenda Pública, é inconstitucional ao incidir sobre débitos
oriundos de relação jurídicotributária, aos quais devem ser aplicados os mesmos juros de mora pelos
quais a Fazenda Pública remunera seu crédito tributário, em respeito ao princípio constitucional da
isonomia (CRFB, art. 5º, caput); quanto às condenações oriundas de relação jurídica não-tributária, a
fixação dos juros moratórios segundo o índice de remuneração da caderneta de poupança é
constitucional, permanecendo hígido, nesta extensão, o disposto no art. 1º-F da Lei nº 9.494/97 com a
redação dada pela Lei nº 11.960/09; e 2) O art. 1º-F da Lei nº 9.494/97, com a redação dada pela Lei nº
11.960/09, na parte em que disciplina a atualização monetária das condenações impostas à Fazenda
Pública segundo a remuneração oficial da caderneta de poupança, revela-se inconstitucional ao impor
restrição desproporcional ao direito de propriedade (CRFB, art. 5º, XXII), uma vez que não se qualifica
como medida adequada a capturar a variação de preços da economia, sendo inidônea a promover os fins
a que se destina. Dessa forma, em face dessa nova realidade jurídica, afasta-se a possibilidade de
eventual homologação de acordo entre as partes no que tange à referida matéria. 6. No mais, em face da
decisão do STF proferida nos Embargos de Declaração opostos no RE 870.947, acima mencionada,
constata-se não estar configurada qualquer das hipóteses que autorizam a oposição dos Embargos de
Declaração, conforme alega a Embargante. É caso apenas de manutenção do acórdão no ponto, ou seja,
incidência do INPC para fins de correção monetária e, quanto aos
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Declaração pelo INSS, nos termos da fundamentação supra. 11. Acórdão lavrado nos moldes do artigo
46 da Lei nº 9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, à unanimidade, conhecer dos embargos de declaração opostos pela
parte ré (INSS), mas para REJEITÁ-LOS e, ainda, para rejeitar a homologação de acordo entre as partes
no que tange à matéria tratada nos Embargos de Declaração pelo INSS, nos termos da fundamentação
supra. 1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF - 24/10/2019.
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JUIZ RUI COSTA GONÇALVES Relator
ACÓRDÃO DECIDE a Primeira Turma Recursal, à unanimidade, conhecer e dar provimento ao recurso
interposto, nos termos do voto do Juiz Federal Relator. Sala de Sessões das Turmas Recursais – SJDF,
24/10/2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES Relator
425
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PEDIDO IMPROCEDENTE. RECURSO PROVIDO. 1. Trata-se de Recurso Inominado interposto pela
parte ré, insurgindo-se contra sentença de procedência do pedido visando a lhe assegurar o direito de
opção pela nova carreira de Ciência e Tecnologia, instituída pela Lei n. 12.702/2012, tendo sido acolhida
a alegação de que essa norma legal alterou a Lei n. 8.691/1993, incluindo a CEPLAC entre as instituições
que integram a carreira de Ciência e Tecnologia, porém, por força da Lei n. 12.833/2013, excluindo os
servidores desse órgão federal das tabelas de remuneração correspondentes, violando, assim, a
isonomia entre servidores novos e os mais antigos. 2. Não se conhece da questão alusiva à prescrição
quinquenal, pois a sentença já a pronunciou, conforme requerido. 3. Rejeita-se o pedido de suspensão
do feito formulado pela parte Ré, tendo em vista que a existência de ação coletiva não obsta o
ajuizamento de ação individual pelo titular do direito material, ainda que idêntico o pedido. Isso porque, de
acordo com o art. 104 do CDC, não induz litispendência, sendo que, na hipótese de procedência da ação
coletiva, os seus efeitos não se estenderão ao Autor da ação individual. 4. O art. 37, inciso II, da
Constituição Federal, estabelece que "a investidura em cargo ou emprego público dependente de
aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a
complexidade do cargo ou emprego, na forma da lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão
declaro em lei de livre nomeação e exoneração". 5. O art. 6º, § 1º, inciso XXXI, da Lei n. 8.691/1993, com
a redação dada pela Lei n. 12.702/2012, incluiu a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira -
CEPLAC, além de outros órgãos federais, entre os integrantes da chamada carreira de Ciência e
Tecnologia. Com o advento da Lei n. 12.823/2013, foi dada nova redação ao § 3º, do art. 6º, da referida
Lei n. 8.691/1993, restando vedada a aplicação da regras previstas nos arts. 26, 27 e 28 aos servidores
lotados nos órgãos públicos enumerados no art. 6º, § 1º, incisos XXXI a XXXVI, dessa norma legal, à data
da publicação da Lei n. 12.702/2012, situação em que se encontra a parte autora. 6. A parte autora foi
efetivada na CEPLAC especificamente por conta da edição da Medida Provisória n. 568/2012, convertida
na Lei n. 12.702/2012, norma essa que não previa o direito de opção reclamada no bojo dos presentes
autos, em decorrência do que não há que se falar em violação de direito incorporado em seu
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ACÓRDÃO DECIDE a Primeira Turma Recursal, à unanimidade, conhecer e dar provimento ao recurso
interposto, nos termos do voto do Juiz Federal Relator. Sala de Sessões das Turmas Recursais – SJDF,
24/10/2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES Relator
sustentou, em sua peça recursal, que o Recurso Extraordinário em relevo ainda aguarda exame de
Embargos de Declaração, com potencial mudança no entendimento firmado pela Excelsa Corte, para o
fim de ser adotada a TR como índice de atualização monetária. 3. O Supremo Tribunal Federal, em
sessão plenária ocorrida em 03.10.2019, finalizou o julgamento dos Embargos de Declaração opostos no
bojo do Recurso Extraordinário n. 870.974/SE, firmando a seguinte tese: 1) o art. 1º-F da Lei n.
9.494/1997, com a redação dada pela Lei n. 11.960/2009, na parte em que disciplina os juros de mora
aplicáveis a condenações da Fazenda Pública, é inconstitucional ao incidir sobre débitos oriundos de
relação jurídico-tributária, aos quais devem ser aplicados os mesmos juros de mora pelos quais a
Fazenda Pública remunera seu crédito tributário, em respeito ao princípio constitucional da isonomia
(CRFB, art. 5º, caput); quanto às condenações oriundas de relação jurídica não-tributária, a fixação dos
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
juros moratórios segundo o índice de remuneração da caderneta de poupança é constitucional,
permanecendo hígido, nesta extensão, o disposto no art. 1º-F da Lei n. 9.494/1997 com redação dada
pela Lei n. 11.960/2009; e 2) o art. 1º-F da Lei n. 9.494/1997, com a redação dada pela Lei n.
11.960/2009, na parte em que disciplina a atualização monetária das condenações impostas à Fazenda
Pública segundo a remuneração oficial da caderneta de poupança, revela-se inconstitucional ao impor
restrição desproporcional ao direito de propriedade (CRFB, art. 5º, XXII), uma vez que não se qualifica
como medida adequada a capturar a variação de preços da economia, sendo inindônea a promover os
finais a que se destina. 4. No mesmo sentido o RESP N. 1.495.146 - MG - RECURSO REPETITIVO, rel.
Min. Mauro Campbell Marques, , j. 22.02.2018, DJe 02.03.2018. 5. Desse modo, o Acórdão recorrido não
merece reparos. 6. Ante o exposto, conheço Embargos de Declaração opostos, mas para lhes negar
provimento.
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ACÓRDÃO
Decide a 1ª Turma Recursal, à unanimidade, conhecer e negar provimento aos Embargos de Declaração
opostos pela parte Ré, nos termos do voto do Juiz Relator. 1ª Turma Recursal, Juizado Especial
Federal/SJDF, 24.10.2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES Relator
merece reparos. 6. Ante o exposto, conheço Embargos de Declaração opostos, mas para lhes negar
provimento.
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ACÓRDÃO
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Decide a 1ª Turma Recursal, à unanimidade, conhecer e negar provimento aos Embargos de Declaração
opostos pela parte Ré, nos termos do voto do Juiz Relator. 1ª Turma Recursal, Juizado Especial
Federal/SJDF, 24.10.2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES Relator
ACÓRDÃO
Decide a 1ª Turma Recursal, à unanimidade, conhecer e negar provimento aos Embargos de Declaração
opostos pela parte Ré, nos termos do voto do Juiz Relator. 1ª Turma Recursal, Juizado Especial
Federal/SJDF, 24.10.2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES Relator
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sessão plenária ocorrida em 03.10.2019, finalizou o julgamento dos Embargos de Declaração opostos no
bojo do Recurso Extraordinário n. 870.974/SE, firmando a seguinte tese: 1) o art. 1º-F da Lei n.
9.494/1997, com a redação dada pela Lei n. 11.960/2009, na parte em que disciplina os juros de mora
aplicáveis a condenações da Fazenda Pública, é inconstitucional ao incidir sobre débitos oriundos de
relação jurídico-tributária, aos quais devem ser aplicados os mesmos juros de mora pelos quais a
Fazenda Pública remunera seu crédito tributário, em respeito ao princípio constitucional da isonomia
(CRFB, art. 5º, caput); quanto às condenações oriundas de relação jurídica não-tributária, a fixação dos
juros moratórios segundo o índice de remuneração da caderneta de poupança é constitucional,
permanecendo hígido, nesta extensão, o disposto no art. 1º-F da Lei n. 9.494/1997 com redação dada
pela Lei n. 11.960/2009; e 2) o art. 1º-F da Lei n. 9.494/1997, com a redação dada pela Lei n.
11.960/2009, na parte em que disciplina a atualização monetária das condenações impostas à Fazenda
Pública segundo a remuneração oficial da caderneta de poupança, revela-se inconstitucional ao impor
restrição desproporcional ao direito de propriedade (CRFB, art. 5º, XXII), uma vez que não se qualifica
como medida adequada a capturar a variação de preços da economia, sendo inindônea a promover os
finais a que se destina. 4. No mesmo sentido o RESP N. 1.495.146 - MG - RECURSO REPETITIVO, rel.
Min. Mauro Campbell Marques, , j. 22.02.2018, DJe 02.03.2018. 5. Desse modo, o Acórdão recorrido não
merece reparos. 6. Ante o exposto, conheço Embargos de Declaração opostos, mas para lhes negar
provimento. 7. Honorários advocatícios e custas processuais tratados no acórdão embargado.
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ACÓRDÃO
Decide a 1ª Turma Recursal, à unanimidade, conhecer e negar provimento aos Embargos de Declaração
opostos pela parte Ré, nos termos do voto do Juiz Relator. 1ª Turma Recursal, Juizado Especial
Federal/SJDF, 24.10.2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES Relator
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2
7. Honorários advocatícios e custas processuais tratados no acórdão embargado.
ACÓRDÃO
Decide a 1ª Turma Recursal, à unanimidade, conhecer e negar provimento aos Embargos de Declaração
opostos pela parte Ré, nos termos do voto do Juiz Relator. 1ª Turma Recursal, Juizado Especial
Federal/SJDF, 24.10.2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES Relator
EMENTA
ACÓRDÃO
Decide a 1ª Turma Recursal, à unanimidade, conhecer e negar provimento aos Embargos de Declaração
opostos pela parte Ré, nos termos do voto do Juiz Relator. 1ª Turma Recursal, Juizado Especial
Federal/SJDF, 24.10.2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES Relator
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EMENTA
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de recurso de Embargos de Declaração opostos pela parte ré contra Acórdão deste Colegiado, no ponto
em que assegurou a atualização do passivo da parte Embargada, a ser apurado na fase de execução do
julgado, em conformidade com os critérios estabelecidos no RE 870.947/SE. 2. A parte embargante
sustentou, em sua peça recursal, que o Recurso Extraordinário em relevo ainda aguarda exame de
Embargos de Declaração, com potencial mudança no entendimento firmado pela Excelsa Corte, para o
fim de ser adotada a TR como índice de atualização monetária. 3. O Supremo Tribunal Federal, em
sessão plenária ocorrida em 03.10.2019, finalizou o julgamento dos Embargos de Declaração opostos no
bojo do Recurso Extraordinário n. 870.974/SE, firmando a seguinte tese: 1) o art. 1º-F da Lei n.
9.494/1997, com a redação dada pela Lei n. 11.960/2009, na parte em que disciplina os juros de mora
aplicáveis a condenações da Fazenda Pública, é inconstitucional ao incidir sobre débitos oriundos de
relação jurídico-tributária, aos quais devem ser aplicados os mesmos juros de mora pelos quais a
Fazenda Pública remunera seu crédito tributário, em respeito ao princípio constitucional da isonomia
(CRFB, art. 5º, caput); quanto às condenações oriundas de relação jurídica não-tributária, a fixação dos
juros moratórios segundo o índice de remuneração da caderneta de poupança é constitucional,
permanecendo hígido, nesta extensão, o disposto no art. 1º-F da Lei n. 9.494/1997 com redação dada
pela Lei n. 11.960/2009; e 2) o art. 1º-F da Lei n. 9.494/1997, com a redação dada pela Lei n.
11.960/2009, na parte em que disciplina a atualização monetária das condenações impostas à Fazenda
Pública segundo a remuneração oficial da caderneta de poupança, revela-se inconstitucional ao impor
restrição desproporcional ao direito de propriedade (CRFB, art. 5º, XXII), uma vez que não se qualifica
como medida adequada a capturar a variação de preços da economia, sendo inindônea a promover os
finais a que se destina. 4. No mesmo sentido o RESP N. 1.495.146 - MG - RECURSO REPETITIVO, rel.
Min. Mauro Campbell Marques, , j. 22.02.2018, DJe 02.03.2018. 5. Desse modo, o Acórdão recorrido não
merece reparos. 6. Ante o exposto, conheço Embargos de Declaração opostos, mas para lhes negar
provimento.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
ACÓRDÃO
Decide a 1ª Turma Recursal, à unanimidade, conhecer e negar provimento aos Embargos de Declaração
opostos pela parte Ré, nos termos do voto do Juiz Relator. 1ª Turma Recursal, Juizado Especial
Federal/SJDF, 24.10.2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES Relator
relação jurídico-tributária, aos quais devem ser aplicados os mesmos juros de mora pelos quais a
Fazenda Pública remunera seu crédito tributário, em respeito ao princípio constitucional da isonomia
(CRFB, art. 5º, caput); quanto às condenações oriundas de relação jurídica não-tributária, a fixação dos
juros moratórios segundo o índice de remuneração da caderneta de poupança é constitucional,
permanecendo hígido, nesta extensão, o disposto no art. 1º-F da Lei n. 9.494/1997 com redação dada
pela Lei n. 11.960/2009; e 2) o art. 1º-F da Lei n. 9.494/1997, com a redação dada pela Lei n.
11.960/2009, na parte em que disciplina a atualização monetária das condenações impostas à Fazenda
Pública segundo a remuneração oficial da caderneta de poupança, revela-se inconstitucional ao impor
restrição desproporcional ao direito de propriedade (CRFB, art. 5º, XXII), uma vez que não se qualifica
como medida adequada a capturar a variação de preços da economia, sendo inindônea a promover os
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
finais a que se destina. 4. No mesmo sentido o RESP N. 1.495.146 - MG - RECURSO REPETITIVO, rel.
Min. Mauro Campbell Marques, , j. 22.02.2018, DJe 02.03.2018. 5. Desse modo, o Acórdão recorrido não
merece reparos. 6. Ante o exposto, conheço Embargos de Declaração opostos, mas para lhes negar
provimento.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
ACÓRDÃO
Decide a 1ª Turma Recursal, à unanimidade, conhecer e negar provimento aos Embargos de Declaração
opostos pela parte Ré, nos termos do voto do Juiz Relator. 1ª Turma Recursal, Juizado Especial
Federal/SJDF, 24.10.2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES Relator
ACÓRDÃO
432
Decide a 1ª Turma Recursal, à unanimidade, conhecer e negar provimento aos Embargos de Declaração
opostos pela parte Ré, nos termos do voto do Juiz Relator. 1ª Turma Recursal, Juizado Especial
Federal/SJDF, 24.10.2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES Relator
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. ATUALIZAÇÃO DO PASSIVO A
SER APURADO PELA AUTARQUIA PREVIDENCIÁRIA. JULGADO NO MESMO SENTIDO DO
ENTENDIMENTO FIRMADO NO RE 870.947-SE (EMBARGOS DE DECLARAÇÃO) E NO RESP N.
1.495.146 - MG - RECURSO REPETITIVO. RECURSO IMPROVIDO. ACÓRDÃO MANTIDO. 1. Trata-se
de recurso de Embargos de Declaração opostos pela parte ré contra Acórdão deste Colegiado, no ponto
em que assegurou a atualização do passivo da parte Embargada, a ser apurado na fase de execução do
julgado, em conformidade com os critérios estabelecidos no RE 870.947/SE. 2. A parte embargante
sustentou, em sua peça recursal, que o Recurso Extraordinário em relevo ainda aguarda exame de
Embargos de Declaração, com potencial mudança no entendimento firmado pela Excelsa Corte, para o
fim de ser adotada a TR como índice de atualização monetária. 3. O Supremo Tribunal Federal, em
sessão plenária ocorrida em 03.10.2019, finalizou o julgamento dos Embargos de Declaração opostos no
bojo do Recurso Extraordinário n. 870.974/SE, firmando a seguinte tese: 1) o art. 1º-F da Lei n.
9.494/1997, com a redação dada pela Lei n. 11.960/2009, na parte em que disciplina os juros de mora
aplicáveis a condenações da Fazenda Pública, é inconstitucional ao incidir sobre débitos oriundos de
relação jurídico-tributária, aos quais devem ser aplicados os mesmos juros de mora pelos quais a
Fazenda Pública remunera seu crédito tributário, em respeito ao princípio constitucional da isonomia
(CRFB, art. 5º, caput); quanto às condenações oriundas de relação jurídica não-tributária, a fixação dos
juros moratórios segundo o índice de remuneração da caderneta de poupança é constitucional,
permanecendo hígido, nesta extensão, o disposto no art. 1º-F da Lei n. 9.494/1997 com redação dada
pela Lei n. 11.960/2009; e 2) o art. 1º-F da Lei n. 9.494/1997, com a redação dada pela Lei n.
11.960/2009, na parte em que disciplina a atualização monetária das condenações impostas à Fazenda
Pública segundo a remuneração oficial da caderneta de poupança, revela-se inconstitucional ao impor
restrição desproporcional ao direito de propriedade (CRFB, art. 5º, XXII), uma vez que não se qualifica
como medida adequada a capturar a variação de preços da economia, sendo inindônea a promover os
finais a que se destina. 4. No mesmo sentido o RESP N. 1.495.146 - MG - RECURSO REPETITIVO, rel.
Min. Mauro Campbell Marques, , j. 22.02.2018, DJe 02.03.2018. 5. Desse modo, o Acórdão recorrido não
merece reparos. 6. Ante o exposto, conheço Embargos de Declaração opostos, mas para lhes negar
provimento. 7. Honorários advocatícios e custas processuais tratados no acórdão embargado.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
ACÓRDÃO
Decide a 1ª Turma Recursal, à unanimidade, conhecer e negar provimento aos Embargos de Declaração
opostos pela parte Ré, nos termos do voto do Juiz Relator. 1ª Turma Recursal, Juizado Especial
Federal/SJDF, 24.10.2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES Relator
bojo do Recurso Extraordinário n. 870.974/SE, firmando a seguinte tese: 1) o art. 1º-F da Lei n.
9.494/1997, com a redação dada pela Lei n. 11.960/2009, na parte em que disciplina os juros de mora
aplicáveis a condenações da Fazenda Pública, é inconstitucional ao incidir sobre débitos oriundos de
relação jurídico-tributária, aos quais devem ser aplicados os mesmos juros de mora pelos quais a
Fazenda Pública remunera seu crédito tributário, em respeito ao princípio constitucional da isonomia
(CRFB, art. 5º, caput); quanto às condenações oriundas de relação jurídica não-tributária, a fixação dos
juros moratórios segundo o índice de remuneração da caderneta de poupança é constitucional,
permanecendo hígido, nesta extensão, o disposto no art. 1º-F da Lei n. 9.494/1997 com redação dada
pela Lei n. 11.960/2009; e 2) o art. 1º-F da Lei n. 9.494/1997, com a redação dada pela Lei n.
11.960/2009, na parte em que disciplina a atualização monetária das condenações impostas à Fazenda
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Pública segundo a remuneração oficial da caderneta de poupança, revela-se inconstitucional ao impor
restrição desproporcional ao direito de propriedade (CRFB, art. 5º, XXII), uma vez que não se qualifica
como medida adequada a capturar a variação de preços da economia, sendo inindônea a promover os
finais a que se destina. 4. No mesmo sentido o RESP N. 1.495.146 - MG - RECURSO REPETITIVO, rel.
Min. Mauro Campbell Marques, , j. 22.02.2018, DJe 02.03.2018. 5. Desse modo, o Acórdão recorrido não
merece reparos. 6. Ante o exposto, conheço Embargos de Declaração opostos, mas para lhes negar
provimento.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
ACÓRDÃO
Decide a 1ª Turma Recursal, à unanimidade, conhecer e negar provimento aos Embargos de Declaração
opostos pela parte Ré, nos termos do voto do Juiz Relator. 1ª Turma Recursal, Juizado Especial
Federal/SJDF, 24.10.2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES Relator
2
Distrito Federal, protocolado no dia 14.10.2016, objetivando, no ponto que interessa ao deslinde da
presente demanda, a "restituição do Imposto de Renda retido na fonte, incidente sobre os valores pagos a
título de auxílio creche ou préescolar, com efeitos retroativos aos últimos cinco anos contados da decisão
exarada no PA n. 21.441/2012, efetivando seu adequado adimplemento, mediante alteração das
Declarações do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte - DIRF". 6. Conforme elucidado pela parte
autora, na petição inicial, o pedido de restituição de valores em comento restou indeferido pela Autoridade
destinatária do pleito, tendo sido acolhido somente o pleito destinado à emissão de novas DIRF´s, sem
que isso tenha importado em reconhecimento quanto à procedência daquela outra pretensão, vez que tal
documento se destina especificamente ao Fisco Federal, cabendo ao contribuinte, se for o caso,
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
apresentar a respectiva Declaração Anual de Ajuste retificada, sem que haja qualquer vinculação quanto
à Administração Tributária, como pretendido pela demandante, no que diz respeito a promover devolução
de tributos incidentes sobre os valores registrados nos novos documentos expedidos. 7. Assim,
apresenta-se como juridicamente insustentável a alegação no sentido de que a decisão proferida no
aludido Processo Administrativo, em 22 de fevereiro de 2017, dando como improcedente o pedido de
restituição de tributo demandado por Entidade Associativa da qual a parte autora é filiada, renovado nos
presentes autos, tenha importado em reconhecimento do pedido e, assim, gerado interrupção do prazo
prescricional. Na verdade, ocorreu o contrário do alegado pela ora recorrente, conforme explicitado acima.
8. Diante do exposto, conclui-se que a sentença recorrida deve ser reformada, vez que a presente ação
proposta em 2018, quando a pretensão levada ao conhecimento do Juízo de primeiro grau já se
encontrava fulminada pela prescrição quinquenal. 9. Recurso da ré parcialmente provido. Sentença de
primeiro grau reformada. 10. Sem honorários advocatícios e custas processuais. ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal do DF, por unanimidade, dar parcial provimento ao recurso da parte
Ré, nos termos do voto do Juiz Federal relator. 1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal. Brasília –
DF, 24.10.2019.
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
compreendendo, assim, a totalidade da pretensão autoral.
5. Assim sendo, caracterizada a resistência da parte Ré, sem qualquer ressalva, ao acolhimento do pleito
autoral, caracterizada está seu interesse de agir na esfera judicial, motivo pelo qual a sentença de
primeiro grau deve ser reformada, seguindo-se o retorno dos autos ao Juízo de origem para regular
processamento do feito, culminando com a solução da lide exposta nos presentes autos.
6. Sem honorários advocatícios e custas processuais.
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do DF, à unanimidade, dar
provimento ao recurso da parte Autora, nos termos do voto do Juiz Federal relator.
1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF. Brasília-DF, 24/10/2019.
embora a parte Ré não tenha se manifestado expressamente a respeito, fez consignar claramente em
suas contrarrazões pleito no sentido de "ser julgado improcedente o pedido da autora quanto à pretensão
de recálculo da contribuição ao PSS sobre as parcelas recebidas", compreendendo, assim, a totalidade
da pretensão autoral. 5. Assim sendo, caracterizada a resistência da parte Ré, sem qualquer ressalva, ao
acolhimento do pleito autoral, caracterizada está seu interesse de agir na esfera judicial, motivo pelo qual
a sentença de primeiro grau deve ser reformada, seguindo-se o retorno dos autos ao Juízo de origem
para regular processamento do feito, culminando com a solução da lide exposta nos presentes autos. 6.
Sem honorários advocatícios e custas processuais.
ACÓRDÃO
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Decide a Primeira Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do DF, à unanimidade, dar
provimento ao recurso da parte Autora, nos termos do voto do Juiz Federal relator.
7. De acordo com a Lei 11.784/2008 (art. 54) e a Lei 11.907/2009 (art. 284), para o recebimento da
GACEN o servidor deve pertencer ao quadro de pessoal do Ministério da Saúde ou ao quadro de pessoal
da Fundação Nacional de Saúde – FUNASA e seja ocupante de um dos cargos especificados pelas leis
em referência, observando-se que, para os ocupantes dos cargos de Agente Auxiliar de Saúde Pública,
Agente de Saúde Pública e Guarda de Endemias, do Quadro de Pessoal do Ministério da Saúde e do
Quadro de Pessoal da Fundação Nacional de Saúde – FUNASA, a atividade deve ser exercida em caráter
permanente (art. 55, Lei 11.784/2008), o que deixa claro que nem todos os servidores do Ministério da
Saúde ou da FUNASA estão aptos ao recebimento da GACEN. 8. De todo modo, evidencia-se o caráter
437
geral em relação aos ocupantes dos cargos que as leis discriminam, uma vez que seu recebimento não
está condicionado a qualquer avaliação de desempenho individual. Contudo, para o servidor inativo ter
direito ao recebimento da GACEN no mesmo valor em que é paga aos servidores ativos, há necessidade
de se comprovar aposentadoria com direito à paridade e que seja ocupante de um dos cargos que as leis
discriminam. 9. No caso, a parte Autora se inativou (como aposentado e/ou pensionista) com vinculação
direta a cargo público do Ministério da Saúde que dá direito à percepção da Gratificação de Atividade de
Combate e Controle de Endemias – GACEN. E, note-se bem, sua inativação se deu até 19 de fevereiro
de 2004, sendo, pois, detentora do direito à paridade de remuneração com os servidores da ativa. 10.
Acerca do tema, a TNU decidiu “reafirmando a tese da natureza remuneratória da GACEN, acrescendo-
se, agora, o seu caráter geral, bem como o direito à paridade da parte autora, pois aposentada
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
anteriormente à EC 41/2003, que extinguiu tal direito”. PEDILEF 05033027020134058302, Juiz Federal
Ronaldo José da Silva, TNU, DOU 05/02/2016 PÁGINAS 221/329. 11. Recurso interposto pela parte
Autora provido para reformar a sentença e acolher os pedidos iniciais, determinando-se que a parte Ré
pague as diferenças decorrentes do percentual pago a menor (50%), bem como incorpore o valor integral
da GACEN, na forma que é paga aos servidores ativos, ou seja, 100%. 12. Incabíveis honorários
advocatícios, pois não há, no âmbito do JEF, previsão legal para arbitramento de verba honorária quando
há provimento do recurso, ainda que em parte mínima (art. 55, caput, da Lei n. 9.099/1995).
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade,
dar provimento ao recurso da parte Autora.
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
para se ter direito ao recebimento da GECEPLAC. O decisivo é que os ocupantes de cargos efetivos
estejam lotados e em efetivo exercício, naquele órgão, sem necessidade de realização de atividades
distintas, no próprio órgão, para recebimento da gratificação. Por isso, a GECEPLAC se converte em
gratificação de natureza genérica, quanto a todos os servidores lotados e em exercício na CEPLAC.
6. Nisso, a GECEPLAC se diferencia da GACEN, esta devida àqueles que, em caráter permanente,
realizem atividades de combate e controle de endemias. Pela regulamentação em vigor, a TR2/JEF/DF
concluiu que a GACEN ostenta nítida natureza pro labore faciendo, ou propter oficium, ainda que o seu
pagamento independa da avaliação de desempenho do servidor beneficiado. Isso porque a GACEN é
paga, segundo a letra da lei que a instituiu, em razão das condições distintas em que se realiza o serviço
(propter laborem). Uma vez não sendo realizadas atividades de combate e controle de endemias, em
caráter permanente, um ocupante de cargo dos Quadros respectivos não pode continuar recebendo
GACEN. Assim, essa Gratificação apenas é paga com o vencimento, mas dele se desprende quando
cessa a atividade do servidor. Por isso, é uma vantagem de função ou de serviço, não tendo caráter geral.
7. A condição para pagamento da GACEN (exercício de certas atividades, distintas) não ocorre na
GECEPLAC, cujo fato gerador se resume à lotação e exercício das atribuições no âmbito da CEPLAC.
Com tal desenho legal, todos que estiverem lotados e exercendo suas atribuições, e apenas por isso,
passam a receber a GECEPLAC. Por isso, quando a Administração paga a GECEPLAC em valor
indistinto e independente de qualquer avaliação, a todos os servidores da ativa ali lotados, obviamente tal
gratificação não tem como ostentar natureza pro labore faciendo para tais servidores, tendo um caráter
geral (novamente, para tais servidores lotados e em efetivo exercício no âmbito da CEPLAC).
8. Ora, como se sabe a jurisprudência do STF é no sentido de que toda gratificação que ostentar o caráter
genérico e impessoal deve ser estendida aos servidores inativos e pensionistas, de acordo com os
mesmos critérios e nas mesmas proporções utilizadas para o pessoal da ativa, conforme RE n. 476579 e
RE n. 476390, segundo os quais as gratificações que não apresentarem concretamente caráter específico
original ostentam caráter genérico e, por consequência, devem ser estendidas a todos os servidores
inclusive inativos e pensionistas, amparados pela paridade.
9. Considere, todavia, que a natureza genérica da GECEPLAC se restringe ao âmbito dos servidores
lotados na CEPLAC, não alcançando servidores lotados em outros órgãos, ainda que oriundos dos
mesmos quadros. Como dito, se todos os servidores lotados e em exercício
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
14. Não há, no âmbito do JEF, previsão legal para arbitramento de verba honorária quando há provimento
do recurso (art. 55, caput, da Lei n. 9.099/95).
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade,
dar provimento ao recurso da parte autora.
1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal. Brasília – DF, 24/10/2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES Relator
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
ADVOGADO: - ANNA AMELIA LISBOA RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. EFEITOS INFRINGENTES. NECESSIDADE DE
DEMONSTRAÇÃO DE OMISSÃO, OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO. VÍCIOS INEXISTENTES.
REJEIÇÃO DOS EMBARGOS. 1. Trata-se de Embargos de declaração opostos pela parte Autora contra
acórdão que rejeitou o pedido de incorporação nos proventos de aposentadoria da integralidade da
gratificação GDPST (100 pontos). 2. A parte Autora/Embargante diz que pretende esclarecer
omissão/contradição, mas reapresenta argumentos de mérito em seu favor, reafirmando que a
gratificação GDPST possui caráter genérico. Ainda, sustenta que o pagamento retroativo e anterior à
publicação da portaria afasta a possibilidade de atribuir natureza pro labore faciendo da GDPST aos
pagamentos realizados pelo Ministério da Saúde. Também alega que após o término do primeiro ciclo de
avaliação em 30/06/2011, o Ministério da Saúde continuou o pagamento da GDPST nos meses e anos
subsequentes sem relação com o resultado do efetivo desempenho individual, ou de condições especiais
ou excepcionais de trabalho. Por fim, requer a mesma pontuação que foi atribuída ao servidor ativo pelo
só exercício das funções normais e próprias do cargo, desde julho/2011, retroativo a novembro/2010
porquanto está recebendo com redução de 50 pontos. 3. A parte Ré ofereceu resposta aos embargos de
declaração. 4. Embargos apresentados em mesa, na forma do art. 1.024, § 1º, NCPC, porque foram
conclusos ao Relator após a data limite para publicação da pauta relativa à Sessão seguinte de
Julgamento. Porém, o dispositivo legal ordena que os embargos sejam levados a julgamento na sessão
subsequente, obviamente depois de sua conclusão, quando então são apresentados em mesa, como ora
se faz. 5. Os argumentos tecidos nos presentes embargos têm como pano de fundo a alegação de
comprovação da persistência da natureza genérica da gratificação GDPST. 6. Com isso, o objetivo da
parte Embargante não é suprir omissão, afastar obscuridade ou eliminar contradição, mas reformar o
julgado pela via inadequada, o que não se admite, tendo em vista que embargos de declaração não são
instrumento processual idôneo para o esgotamento da discussão acerca da matéria. 7. Com efeito, os
embargos declaratórios não são via adequada para corrigir suposto error in judicando, ainda que
demonstrado, não sendo possível atribuir eficácia infringente se ausentes erro material, omissão,
obscuridade ou contradição. Nesse sentido: EDcl nos EREsp 1.035.444/AM, Rel. Ministro Mauro
Campbell Marques, Primeira Seção, DJe 19.5.2015; EDcl nos EDcl no MS 14.117/DF, Rel. Ministro
Napoleão Nunes Maia Filho, Terceira Seção, DJe 1º.8.2011; EDcl no AgRg no AREsp 438.306/RS, Rel.
Ministro Og Fernandes, Segunda Turma, DJe 20.5.2014; EDcl no AgRg no AREsp 335.533/MG, Rel.
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subsequentes sem relação com o resultado do efetivo desempenho individual, ou de condições especiais
ou excepcionais de trabalho. Por fim, requer a mesma pontuação que foi atribuída ao servidor ativo pelo
só exercício das funções normais e próprias do cargo, desde julho/2011, retroativo a novembro/2010
porquanto está recebendo com redução de 50 pontos. 3. A parte Ré ofereceu resposta aos embargos de
declaração. 4. Embargos apresentados em mesa, na forma do art. 1.024, § 1º, NCPC, porque foram
conclusos ao Relator após a data limite para publicação da pauta relativa à Sessão seguinte de
Julgamento. Porém, o dispositivo legal ordena que os embargos sejam levados a julgamento na sessão
subsequente, obviamente depois de sua conclusão, quando então são apresentados em mesa, como ora
se faz. 5. Os argumentos tecidos nos presentes embargos têm como pano de fundo a alegação de
comprovação da persistência da natureza genérica da gratificação GDPST. 6. Com isso, o objetivo da
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parte Embargante não é suprir omissão, afastar obscuridade ou eliminar contradição, mas reformar o
julgado pela via inadequada, o que não se admite, tendo em vista que embargos de declaração não são
instrumento processual idôneo para o esgotamento da discussão acerca da matéria. 7. Com efeito, os
embargos declaratórios não são via adequada para corrigir suposto error in judicando, ainda que
demonstrado, não sendo possível atribuir eficácia infringente se ausentes erro material, omissão,
obscuridade ou contradição. Nesse sentido: EDcl nos EREsp 1.035.444/AM, Rel. Ministro Mauro
Campbell Marques, Primeira Seção, DJe 19.5.2015; EDcl nos EDcl no MS 14.117/DF, Rel. Ministro
Napoleão Nunes Maia Filho, Terceira Seção, DJe 1º.8.2011; EDcl no AgRg no AREsp 438.306/RS, Rel.
Ministro Og Fernandes, Segunda Turma, DJe 20.5.2014; EDcl no AgRg no AREsp 335.533/MG, Rel.
Ministra Regina Helena Costa, Quinta Turma, DJe 2.4.2014; EDcl no AgRg nos
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
ACÓRDÃO Decide a Primeira Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por
unanimidade, rejeitar os embargos de declaração. 1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF –
24/10/2019.
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MÉRITO 1. A TNU já se posicionou acerca do tema sob exame adotando o entendimento de que a
imposição de data única para início dos efeitos financeiros da progressão funcional, prevista no art. 5º do
Decreto 2.565/1998, viola o princípio da isonomia. Além disso, acolheu a tese de que os efeitos
financeiros da progressão funcional da carreira de Policial Federal iniciam-se a partir da data de
preenchimento dos requisitos legais (PEDILEF 05019994820094058500). 2. Não há ofensa ao princípio
da separação dos poderes (art. 2º da CRFB/1988) nem inobservância à Súmula 339 do STF, pois o
provimento jurisdicional limitou-se a aplicar o princípio da isonomia à legislação em vigor para assegurar o
direito da autora à progressão funcional e a seus efeitos financeiros. 3. No caso presente, em 02.06.1977,
a autora tomou posse e entrou em exercício no cargo de Agente de Polícia Federal, Segunda Classe. Em
02.06.2002, progrediu da Segunda para a Primeira Classe, mas com efeitos financeiros a partir de
01.03.2003. Em 02.06.2007, progrediu da Primeira Classe para a Classe Especial, com efeitos financeiros
a partir de 01.03.2008. Isso significa dizer que embora a autor a tenha cumprido as condições exigidas
para progredir funcionalmente em 02.06.2002 e 02.06.2007, os efeitos financeiros decorrentes de sua
ascensão na carreira entraram em vigor somente a partir de 1º de março dos anos subseqüentes, nos
termos do art. 5º do Decreto 2.562/1998 (revogado pelo Decreto 7.014/2009), o que contraria o
entendimento firmado pela TNU. III - Recurso da União Federal conhecido e desprovido. Sem custas.
Condenação da recorrente vencida ao pagamento de honorários sucumbenciais de 10% sobre o valor da
condenação (art. 55, caput, da Lei 9.099/1995). 5. Reputo configurada a divergência. Prossigo quanto à
análise meritória. 6. Com efeito, não obstante esta Turma Nacional de Uniformização já tenha adotado
entendimento no sentido do aresto recorrido, é de rigor observar que recentemente a matéria foi objeto de
análise pelo e. Superior Tribunal de Justiça, o qual vem adotando o posicionamento segundo o qual deve
ser aplicada a legislação que regulamenta a progressão funcional dos policiais federais, qual seja, o art.
2º, parágrafo único, da Lei 9266/96 e o art. 5º do Decreto 2.565/98, segundo o qual a progressão dos
autores deve se dar no mês de março do ano subsequente, quando implementados os requisitos para a
referida promoção. 7. Diversos julgados confirmam aludido entendimento, in verbis: EMENTA:
PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
Policial Federal deve, ou não, ter seus efeitos financeiros a partir de março do ano subsequente ao
preenchimento dos requisitos para a referida progressão, nos termos do art. 5º do Decreto 2.565/98. II.
Consoante a jurisprudência desta Corte, em casos análogos, "a progressão dos servidores da carreira de
policial federal deve ter seus efeitos financeiros a partir de março do ano subsequente, nos termos do
disposto na Lei n. 9.266/96 e no Decreto n. 2.565/98" (STJ, REsp 1.533.937/CE, Rel. Ministro MAURO
CAMPBELL MARQUES, DJe de 02/06/2015). No mesmo sentido: STJ, AgRg nos EDcl no REsp
1.258.142/PE, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA,
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Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
4
PRIMEIRA TURMA, DJe de 15/02/2016; AgRg nos EDcl no REsp 1.394.089/PB, Rel. Ministro HERMAN
BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, DJe de 22/05/2014. III. Assim, é de se reconhecer que - tal como
constou do aresto combatido - a progressão do ora agravante deve ocorrer no mês de março do ano
subsequente, desde que implementados os requisitos para a referida promoção. IV. Agravo Regimental
improvido. ..EMEN: (AGRESP 201300965413, ASSUSETE MAGALHÃES, STJ - SEGUNDA TURMA, DJE
DATA:16/03/2016 ..DTPB:.) 8. Assim, visando uniformizar a jurisprudência das Turmas Recursais com o
entendimento que vem sendo adotado pelo Superior Tribunal de Justiça, tenho que o incidente deve ser
conhecido e provido para, alinhando o entendimento desta Turma Nacional de Uniformização, firmar a
tese de que: “a progressão dos servidores da carreira de policial federal deve ter seus efeitos financeiros
a partir de março do ano subsequente, nos termos do disposto na Lei n. 9.266/96 e no Decreto n.
2.565/98.” 9. Incidente conhecido e provido. Acordam os membros da TNU - Turma Nacional de
Uniformização CONHECER E DAR PROVIMENTO ao Incidente de Uniformização de Jurisprudência
interposto, nos termos do voto-ementa do Juiz Federal Relator. (PEDILEF 201050500054126, JUIZ
FEDERAL FERNANDO MOREIRA GONÇALVES, TNU, DOU 12/09/2017 PÁG. 49/58.) 3. Assim, não há
que se falar em não recepção constitucional dos art. 10 e 19 do Decreto nº 84.669/80. 4. Recurso
improvido. Sentença mantida. 5. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº 9.099/95. 6. A parte
autora, recorrente vencida, pagará honorários advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da causa,
ficando a condenação suspensa enquanto perdurar o estado de carência que justificou a concessão da
justiça gratuita, prescrevendo a dívida cinco anos após a sentença final, nos termos do art. 98, §3º, do
CPC/15.
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso da parte autora.
1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.
abordou os argumentos levantados pelas partes Recorrente/Recorrida, significa isso que também já foram
expressamente considerados os elementos suscitados para fins de prequestionamento.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
ACÓRDÃO Decide a Primeira Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por
unanimidade, rejeitar os embargos de declaração. 1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF,
24/10/2019.
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Quadro de Pessoal do Ministério da Saúde e do Quadro de Pessoal da Fundação Nacional de Saúde -
FUNASA, regidos pela Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990”. 3. Por sua vez, o art. 55, diz que: “A
Gecen e a Gacen serão devidas aos titulares dos empregos e cargos públicos de que tratam os arts. 53 e
54 desta Lei, que, em caráter permanente, realizarem atividades de combate e controle de endemias, em
área urbana ou rural, inclusive em terras indígenas e de remanescentes quilombolas, áreas extrativistas e
ribeirinhas”. 4. Já o art. 284, da Lei 11.907/2009, dispõe que: “Aplica-se a Gratificação de Atividade de
Combate e Controle de Endemias - GACEN, de que trata o art. 54 da Lei nº 11.784, de 22 de setembro de
2008, aos servidores do Quadro de Pessoal do Ministério da Saúde e do Quadro de Pessoal da Fundação
Nacional de Saúde FUNASA, regidos pela Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, ocupantes dos
seguintes cargos: I - Agente de Saúde; II - Auxiliar de Laboratório; III - Auxiliar de Laboratório 8 (oito)
horas; IV - Auxiliar de Saneamento; V - Divulgador Sanitário; VI - Educador em Saúde; VII - Laboratorista;
VIII - Laboratorista Jornada 8 (oito) horas; IX - Microscopista; X - Orientador em Saúde; XI - Técnico de
Laboratório; XII - Visitador Sanitário; e
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
5. De acordo com a Lei 11.784/2008 (art. 54) e a Lei 11.907/2009 (art. 284), para o recebimento da
GACEN o servidor deve pertencer ao quadro de pessoal do Ministério da Saúde ou ao quadro de pessoal
da Fundação Nacional de Saúde – FUNASA e seja ocupante de um dos cargos especificados pelas leis
em referência, observando-se que, para os ocupantes dos cargos de Agente Auxiliar de Saúde Pública,
Agente de Saúde Pública e Guarda de Endemias, do Quadro de Pessoal do Ministério da Saúde e do
Quadro de Pessoal da Fundação Nacional de Saúde – FUNASA, a atividade deve ser exercida em caráter
permanente (art. 55, Lei 11.784/2008), o que deixa claro que nem todos os servidores do Ministério da
Saúde ou da FUNASA estão aptos ao recebimento da GACEN. 6. De todo modo, evidencia-se o caráter
geral em relação aos ocupantes dos cargos que as leis discriminam, uma vez que seu recebimento não
está condicionado a qualquer avaliação de desempenho individual. Contudo, para o servidor inativo ter
direito ao recebimento da GACEN no mesmo valor em que é paga aos servidores ativos, há necessidade
de se comprovar aposentadoria com direito à paridade e que seja ocupante de um dos cargos que as leis
discriminam. 7. No caso, o autor é servidor público federal aposentado dos quadros da FUNASA,
integrante da Carreira da Previdência, da Saúde e do Trabalho nos termos da Lei nº 11.784/2008, e
exercia a função de agente de saúde, que dá direito à percepção da Gratificação de Atividade de
Combate e Controle de Endemias – GACEN. E, note-se bem, sua inativação se deu até 19 de fevereiro
de 2004, sendo, pois, detentora do direito à paridade de remuneração com os servidores da ativa. 8.
Acerca do tema, a TNU decidiu “reafirmando a tese da natureza remuneratória da GACEN, acrescendo-
se, agora, o seu caráter geral, bem como o direito à paridade da parte autora, pois aposentada
anteriormente à EC 41/2003, que extinguiu tal direito”. PEDILEF 05033027020134058302, Juiz Federal
Ronaldo José da Silva, TNU, DOU 05/02/2016 PÁGINAS 221/329. 9. Recurso improvido. Sentença
mantida. 10. Honorários advocatícios pagos pela parte recorrente em 10% sobre o valor da condenação
(art. 55, caput, da Lei n. 9.099/1995).
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade,
negar provimento ao recurso da Ré.
3
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES Relator
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
INCIDÊNCIA LEGÍTIMA. PRECEDENTE DO STF. RECURSO IMPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA. 1.
Trata-se de recurso inominado interposto pela parte autora em face de sentença de improcedência
proferida em ação ajuizada objetivando a declaração de inexigibilidade de contribuição previdenciária
incidente sobre os rendimentos/salários auferidos por aposentado, que permaneceu ou retornou ao
mercado de trabalho, bem como a repetição dos valores recolhidos a tal título. 2. O Supremo Tribunal
Federal, em recente decisão, reconheceu a repercussão geral da matéria e reafirmou a sua jurisprudência
no sentido de ser constitucional a incidência de contribuição previdenciária incidente sobre os
rendimentos do trabalho auferidos por aposentado, submetido ao RGPS, que permaneça ou retorne à
atividade no mercado de trabalho (ARE 1224327, acórdão pendente de publicação). 3. Desse modo, ante
a necessidade de observância dos precedentes firmados pelo Supremo Tribunal Federal nos julgamentos
com repercussão geral, há de ser mantida a sentença de improcedência. 4. Recurso improvido. Sentença
mantida. 5. Acórdão lavrado nos moldes do art. 46 da Lei nº 9.099/95. 6. Honorários advocatícios pela
parte recorrente, fixados em 10% sobre o valor corrigido da causa, suspensa, entretanto, a presente
condenação em virtude da concessão dos benefícios da justiça gratuita, nos termos do art. 98, §3º, do
CPC/15. A C Ó R D Ã O Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao
recurso da parte autora. 1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.
EMENTA
TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. CPSS. PRECATÓRIO/RPV. SERVIDOR PÚBLICO.
CRÉDITO RELATIVO AO PERÍODO ANTERIOR À EC 41/2003 E À LEI N. 10.887/04. REGIME DE
COMPETÊNCIA. EXAÇÃO CALCULADA SOBRE O ÍNDICE EM VIGOR NO MOMENTO DO
INADIMPLEMENTO. RECURSO IMPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA. 1. Trata-se de recurso interposto
em face de sentença no bojo da qual foi julgado procedente o pedido “para declarar que a contribuição
previdenciária, no processo judicial destacado na petição inicial, deve observar o regime de competência,
de forma que incida a alíquota conforme a legislação vigente à época em que as diferenças deveriam ter
sido pagas ao servidor. Ainda, declaro que não deve haver incidência de contribuição para o PSS sobre
os juros de mora.” 2. Inicialmente, rejeito a preliminar de inépcia da inicial, uma vez que, ao contrário do
que alega a União, a ação foi ajuizada com os documentos necessários para o julgamento do feito, não
sendo verificado nenhum tipo de vício capaz de obstar a prestação jurisdicional ou dificultar a defesa da
ré. 3. O fato gerador da contribuição para o PSS se deu dentro dos cinco anos anteriores ao ajuizamento
da presente ação, motivo pelo qual rejeito a preliminar de prescrição. 4. Nas razões recursais, a União
alega, e suma, a falta documentação apta a comprovar o direito alegado, bem como a inaplicabilidade do
regime de competência em relação à incidência da contribuição do Plano de Seguridade do Servidor
Público Inativo, devendo o lançamento ser feito na data da ocorrência do fato gerador, que neste caso é a
data da percepção da remuneração mediante o precatório/RPV. 5. Mérito. A retenção de valores devidos
a título de Contribuição ao Plano de Seguridade Social - CPSS decorre de imposição legal, sendo devida
a dedução em tela no momento do recebimento dos valores por meio de precatório/RPV. É o que se
extrai do texto do artigo 16-A da Lei n.º 10.887/04, com a redação dada pela Lei n.º 11.941, de 27 de maio
de 2009. 6. Sobre o tema, o STJ, em análise de recurso submetido à sistemática do artigo 543-C do
CPC, pacificou que a retenção na fonte da Contribuição do Plano de Seguridade do Servidor Público -
CPSS, incidente sobre valores pagos em cumprimento de decisão judicial, prevista no artigo 16-A da Lei
n.º 10.887/04, constitui obrigação ex lege e como tal deve ser promovida independentemente de
condenação ou de prévia autorização no título executivo (Resp 1.196.777). 7. O artigo 144 do CTN prevê
que “o lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então
vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada”. Neste caso, a parte autora recebeu verba
judicial em decorrência da ação ordinária 000372-34.1999..4.05.8000
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
(Seção Judiciária de Alagoas), em relação a verbas atrasadas a título de Gratificação operação Especial –
GOE, referente ao período de novembro de 1989 a dezembro de 1990, recebidas por meio de precatório
judicial em 24/11/2015. 8. Nesse período, a parte autora ainda estava na ativa, devendo ser aplicada a lei
vigente à época. 9. A contribuição previdenciária dos servidores públicos era regida pela legislação
anterior à atual Constituição Federal, regulamentada pelo Decreto n.º 83.081/79 (Art. 95), com a redação
dada pelo Decreto n.º 90.817/85, em que a exigência é fixada em alíquota única de 6% (seis por cento).
Posteriormente, a matéria passou a ser regulamentada pela Lei n.º 8.688, de 21.07.1993, com incidência
até 30 de junho de 1994, que estabeleceu alíquotas progressivas que alcançavam até 12% (doze por
cento). Esgotado aquele prazo, e não tendo o Poder Executivo observado a determinação imposta pela
aludida Lei, para que apresentasse projeto de lei dispondo sobre o Plano de Seguridade Social do
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
servidor, foi editada a Medida Provisória n.º 560, de 26 de julho de 1994, que fixou alíquotas que
deveriam ser observadas a partir de 1º de julho de 1994. 10. Dessa forma, devem ser restituídos os
valores cobrados além da alíquota de 6% no curso da vigência da Lei nº. 8.161/91 e até 26.10.1994, com
o advento dos noventa dias a partir da publicação da MP 560/94. 11. No presente caso, a parte autora,
servidora pública ajuizou ação judicial pleiteando pagamento de diferenças salariais e, em decorrência,
recebeu o montante devido relativo ao período de novembro/1989 a dezembro/1990. 12. Verifico, assim,
que os valores sobre os quais incidiram o percentual de 11% remontam ao período anterior a 1994.
Portanto, é devida a repetição da diferença a titulo de contribuição previdenciária. 13. Sobre o assunto,
confira-se o seguinte precedente da TNU:
EMENTA
ADMINISTRATIVO E TRIBUTÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO. AUXÍLIO PRÉESCOLAR. INCIDÊNCIA DE
IMPOSTO DE RENDA. PRESCRIÇÃO QUINQUENAL. PEDIDO ADMINISTRATIVO VISANDO À
RESTITUIÇÃO REFERENTE AOS EXERCÍCIOS DE 2008 A 2012. SUPOSTO RECONHECIMENTO
ADMINISTRATIVO DA NÃO-INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA COMO CAUSA INTERRUPTIVA DO LAPSO
PRESCRICIONAL. MERA FUNDAMENTAÇÃO DA DECISÃO PROFERIDA ADMINISTRATIVAMENTE.
ENTENDIMENTO DA ADMINISTRAÇÃO QUE RESULTOU, INCLUSIVE, NA CESSAÇÃO DA
TRIBUTAÇÃO A PARTIR DOS EXERCÍCIOS SEGUINTES ÀQUELES COMPREENDIDOS NO PEDIDO
DE RESTITUIÇÃO. PLEITO FULMINADO PELA PRESCRIÇÃO QUINQUENAL. RECURSO IMPROVIDO.
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
SENTENÇA MANTIDA. 1. Trata-se de recurso interposto pela parte autora em face da sentença que
reconheceu a prescrição quinquenal e julgou extinto o processo, com exame do mérito, com base no art.
487, inciso II, do Código de Processo Civil/2015. 2. Nas suas razões recursais, a parte autora alega que
houve reconhecimento administrativo do direito à restituição de Imposto de Renda sobre Auxílio
PréEscolar retido nos exercícios financeiros de 2008 a 2012, conforme Parecer do NUJUR/TJDFT de fls.
100/104 do PA 19.502/2016, emitindo declaração contemplando os valores recolhidos por conta da
incidência do tributo mencionado. Afirma, ainda, que não houve prescrição do fundo de direito, uma vez
que o prazo prescricional ficou interrompido até a data da negativa do pagamento na esfera
administrativa, em 22/02/2017. 3. Foram apresentadas contrarrazões. 4. O pedido da parte autora se
refere à restituição de imposto de renda que foram recolhidos entre o período de 2008 a 2012, por conta
de incidência sobre valores pagos pela Administração como Auxílio-Creche. 5. Acompanhando a petição
inicial, a parte autora apresentou cópias das peças do Processo Administrativo TJDFT n. 19.502/2016,
iniciado a parte de requerimento formulado pela ASEJUS - Associação dos Servidores da Justiça do
Distrito Federal, protocolado no dia 14.10.2016, objetivando, no ponto que interessa ao deslinde da
presente demanda, a "restituição do Imposto de Renda retido na fonte, incidente sobre os valores pagos a
título de auxílio creche ou préescolar, com efeitos retroativos aos últimos cinco anos contados da decisão
exarada no PA n. 21.441/2012, efetivando seu adequado adimplemento, mediante alteração das
Declarações do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte - DIRF". 6. Conforme elucidado pela parte
autora, na petição inicial, o pedido de restituição de valores em comento restou indeferido pela Autoridade
destinatária do pleito, tendo sido acolhimento somente o pleito destinado à emissão de novas DIRF´s,
sem que isso tenha importado em reconhecimento quanto à procedência
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do exercício da atividade de agente de saúde pública por tempo superior a 25 (vinte e cinco) anos. Não
tendo optado pela aposentadoria, pede o pagamento do abono de permanência. 3. A aposentadoria
especial do servidor público, prevista no art. 40, §4º, III, da CF/88, enquanto não editada a legislação
específica, deve respeitar as regras estabelecidas no art. 57 e seguintes da Lei nº 8.213/91 (Súmula
Vinculante nº 33: Aplicam-se ao servidor público, no que couber, as regras do Regime Geral de
Previdência Social sobre aposentadoria especial de que trata o artigo 40, parágrafo 4º, inciso III, da
Constituição Federal, até edição de lei complementar específica.). 4. No âmbito do Regime Geral da
Previdência Social - RGPS, o segurado que presta serviços sob condições especiais faz jus ao cômputo
do tempo nos moldes da legislação previdenciária vigente à época em que realizada a atividade e
efetivamente prestado o serviço. É a consagração do princípio lex tempus regit actum, segundo o qual o
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deslinde da questão deve levar em conta a lei vigente à época dos fatos. Assim, na verificação de tempo
de serviço especial, em decorrência de exposição a agentes prejudiciais à saúde, há de se observar a
legislação vigente à época da aquisição do direito, conforme pacífica orientação jurisprudencial. 5. Quanto
aos meios de prova, tem-se que: (1) até 28.04.1995, bastava, para fins de reconhecimento do tempo de
serviço especial, que a atividade profissional fosse elencada nos decretos previdenciários regulamentares
(Decreto 53.831, de 25/3/64, e Decreto 83.080, de 24/1/79) ou a exposição aos agentes nocivos
relacionados no Código 1.0.0 do Quadro Anexo ao Decreto 53.831/64 e no Anexo I do Decreto 83.080/79;
(2) de 29.04.1995 a 05.03.1997, a lei torna necessária a comprovação da efetiva submissão aos agentes
perniciosos, por intermédio dos formulários SB-40 e DSS-8030 ou PPP (Perfil Profissiográfico
Previdenciário) referente à categoria profissional; e, (3) a partir de 06.03.1997, o sistema legal exige a
exposição aos agentes nocivos relacionados nos Decretos 2.172/97 e 3.048/99, com alterações pelo
Decreto 8.123/13, que devem ser comprovados mediante laudo técnico específico. 6. No caso, não há
provas de que a parte autora exerceu a função de agente de
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Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso da parte autora.
(2) de 29.04.1995 a 05.03.1997, a lei torna necessária a comprovação da efetiva submissão aos agentes
perniciosos, por intermédio dos formulários SB-40 e DSS-8030 ou PPP (Perfil Profissiográfico
Previdenciário) referente à categoria profissional; e, (3) a partir de 06.03.1997, o sistema legal exige a
exposição aos agentes nocivos relacionados nos Decretos 2.172/97 e 3.048/99, com alterações pelo
Decreto 8.123/13, que devem ser comprovados mediante laudo técnico específico. 6. No caso, não há
provas de que a parte autora exerceu a função de agente de
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saúde pública por tempo superior a 25 anos, nem tampouco que esteve submetido a agentes nocivos por
igual período, de forma a cumprir os requisitos à aposentadoria especial. Portanto, a manutenção da
sentença de improcedência é medida que se impõe. 7. Recurso improvido. Sentença mantida. 8.
Honorários advocatícios fixados em 10% (dez por cento) do valor atribuído à causa devidamente
corrigido. Condenação suspensa (Artigo 98, § 3º do NCPC/2015). ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso da parte autora.
honorários advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da causa, ficando a condenação suspensa
enquanto perdurar o estado de carência que justificou a concessão da justiça gratuita, prescrevendo a
dívida cinco anos após a sentença final, nos termos do art. 98, §3º, do Código de Processo Civil/2015.
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do DF, à unanimidade, negar
provimento ao recurso da parte Autora.
1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF. Brasília-DF, 24/10/2019.
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
PROCESSO N. 0046138-49.2017.4.01.3400 RECORRENTE: ANA MARIA RECK HAINZENREDER
ADVOGADO : DF00017717 - ALESSANDRA DAMIAN CAVALCANTI E OUTRO(S) RECORRIDO:
UNIAO FEDERAL ADVOGADO: - JACIRA DE ALENCAR ROCHA RELATOR: RUI COSTA
GONÇALVES
EMENTA
CONSTITUCIONAL, ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL. SERVIDOR PÚBLICO. ANALISTA
TRIBUTÁRIO. DATA ÚNICA PARA PROGRESSÃO NA CARREIRA. VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA
ISONOMIA. NÃO OCORRÊNCIA. LEI 13.464/2017. INTERSTÍCIO DE 12 (DOZE) MESES. PEDIDO
DEPENDENTE. ELEMENTO PROBATÓRIO INDICANDO OBSERVÂNCIA DO INTERSTÍCIO. RECURSO
IMPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA. 1. Trata-se de recurso interposto pela parte Autora em face de
sentença no bojo da qual foi julgado improcedente o pedido com a finalidade de que seja declarado como
marco inicial para a contagem dos interstícios das suas progressões e promoções funcionais a data de
ingresso no órgão, devendo essa data ser utilizada em todas as progressões até o final da carreira, bem
como o pagamento das diferenças então decorrentes. 2. O tema jurídico objeto do pedido rejeitado vinha
sendo decidida pela TR2/JEF/DF em conformidade com entendimento anterior da TNU, PEDILEF n.
05014601520144058401, Relator Juiz Federal Gerson Luiz Rocha, DOU 19/02/2016, no sentido de que "a
imposição de uma data única como marco inicial das progressões e/ ou promoções funcionais afronta o
princípio da isonomia, na medida em que desconsidera a data de investidura do servidor no cargo,
conferindo tratamento igual a indivíduos que se encontram em situações diferentes". 3. Ocorre que a TNU
reviu seu entendimento, passando a adotar o posicionamento do STJ, conforme se observa na seguinte
ementa: DIREITO ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. CARREIRA DA POLÍCIA FEDERAL.
PROGRESSÃO FUNCIONAL. REQUISITOS. CUMPRIMENTO. EFEITOS FINANCEIROS. LEI N.
9.266/96 E DECRETO N. 2.565/98. MUDANÇA DE ENTENDIMENTO, COM O OBJETIVO DE ALINHAR
ESTA TURMA NACIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO COM A JURISPRUDÊNCIA DOMINANTE DO E.
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. INCIDENTE CONHECIDO E PROVIDO. 6. (....) não obstante esta
Turma Nacional de Uniformização já tenha adotado entendimento no sentido do aresto recorrido, é de
rigor observar que recentemente a matéria foi objeto de análise pelo e. Superior Tribunal de Justiça, o
qual vem adotando o posicionamento segundo o qual deve ser aplicada a legislação que regulamenta a
progressão funcional dos policiais federais, qual seja, o art. 2º, parágrafo único, da Lei 9266/96 e o art. 5º
do Decreto 2.565/98, segundo o qual a progressão dos autores deve se dar no mês de março do ano
subsequente, quando implementados os requisitos para a referida promoção. 7. Diversos julgados
confirmam aludido
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
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tempus regit actum. 8. Além disso, a parte Autora/Recorrente propôs a ação não muito tempo depois da
edição da Lei 13.464/2017, quanto ao interstício de 12 meses. E o pedido de declaração de que tal
período seja imediatamente considerado, assim como formulado, tem a ver com o pleito de condenação
da parte Ré/Recorrida a pagar
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efeito, esse de fato é o entendimento do STJ: ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL. SERVIDOR
PÚBLICO. POLICIAL FEDERAL. PROGRESSÃO FUNCIONAL. EFEITOS FINANCEIROS. LEI N.
9.266/1996. 1. A progressão dos servidores da carreira de policial federal deve ter seus efeitos financeiros
a partir de março do ano subsequente ao das últimas avaliações funcionais, nos termos do disposto na
Lei n. 9.266/1996 e no Decreto n. 2.565/1998. 2. Recurso especial provido. (REsp 1690116/SP, Rel.
Ministro OG FERNANDES, SEGUNDA TURMA, julgado em 05/12/2017, DJe 13/12/2017). No mesmo
sentido: REsp 1649269/RJ, Rel. Ministra REGINA HELENA COSTA, PRIMEIRA TURMA, julgado em
16/05/2017, DJe 22/05/2017; AgInt no REsp 1613907/RJ, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES,
SEGUNDA TURMA, julgado em 17/11/2016, DJe 23/11/2016. 5. Dado esse novo contexto jurisprudencial,
a TR2/JEF/DF passou a seguir o novo posicionamento, no julgamento do processo n.
001019398.2017.4.01.3400, de relatoria da Juíza Federal Cristiane Pederzolli Rentzsch, Sessão de
7/3/2018, reafirmando e adotando como sua a tese de que “a progressão dos servidores da carreira de
policial federal deve ter seus efeitos financeiros a partir de março do ano subsequente, nos termos do
disposto na Lei n. 9.266/96 e no Decreto n. 2.565/98”. 6. Semelhantemente, ou seja, pelas mesmas
razões, deve ser mantida a data única para início da contagem do interstício para a progressão funcional
na carreira de Analista Tributário, conforme estabelecido nos arts. 10, §§ 1º e 2º, e 19 do Decreto
84.669/1980. Assim, não merece acolhimento o pedido principal para se reconhecer o direito da parte
Autora em ter a progressão e a promoção funcionais desde a data de seu ingresso no órgão. 7. Por outro
lado, o interstício de 12 meses inaugurado pela Lei 13.464/2017 não poderá atingir aquelas progressões e
promoções realizadas de acordo com critérios existentes antes de sua vigência, já que vige o princípio
tempus regit actum. 8. Além disso, a parte Autora/Recorrente propôs a ação não muito tempo depois da
edição da Lei 13.464/2017, quanto ao interstício de 12 meses. E o pedido de declaração de que tal
período seja imediatamente considerado, assim como formulado, tem a ver com o pleito de condenação
da parte Ré/Recorrida a pagar
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o servidor preenche os seguintes requisitos cumulativos: lapso temporal de cinco anos, a partir do
ingresso na carreira por meio de concurso público, e avaliação de desempenho satisfatório. Inteligência
do artigo 2º, da Lei n.° 9.266/96. 3. O aresto recorrido restou vazado no seguinte sentido: DIREITO
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. CARREIRA DA POLÍCIA FEDERAL. PROGRESSÃO
FUNCIONAL. 1. A União Federal interpôs recurso da sentença que declarou o direito da autora à
progressão funcional e a seus efeitos financeiros desde a data de preenchimento dos requisitos legais
para ascensão na carreira, e que a condenou ao pagamento das parcelas atrasadas referentes à
diferença entre as remunerações das classes no período de
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Turma, DJe 8/3/2016; AgRg nos EDcl no REsp 1.258.142/PE, Rel. Ministro Sérgio Kukina, Primeira
Turma, DJe 15/2/2016. 3. Agravo regimental não provido. ..EMEN: (AGRESP 201202292790, BENEDITO
GONÇALVES, STJ - PRIMEIRA TURMA, DJE DATA:11/05/2016 ..DTPB:.) EMENTA: PROCESSUAL
CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. POLICIAL FEDERAL.
PROGRESSÃO NA CARREIRA. REQUISITOS. CUMPRIMENTO. EFEITOS FINANCEIROS. LEI N.
9.266/96 E DECRETO N. 2.565/98. 1. O cerne da controvérsia reside na possibilidade de se condenar a
União a conceder progressão funcional da Segunda para a Primeira Classe na Carreira Policial Federal,
contada do ingresso na carreira, com as devidas repercussões financeiras e registro funcional. 2. A
progressão dos servidores da carreira de policial federal deve ter seus efeitos financeiros a partir de
março do ano subsequente, nos termos do disposto na Lei n. 9.266/96 e no Decreto n. 2.565/98.
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Precedentes: AgRg no REsp 1.373.344/SC, Rel. Ministra Assusete Magalhães, Segunda Turma, DJe
16/3/2016; AgRg no REsp 1.470.626/PE, Rel. Ministro Humberto Martins, Segunda Turma, DJe 8/3/2016;
AgRg nos EDcl no REsp 1.258.142/PE, Rel. Ministro Sérgio Kukina, Primeira Turma, DJe 15/2/2016. 3.
Agravo regimental não provido. ..EMEN: (AGRESP 201202292790, BENEDITO GONÇALVES, STJ -
PRIMEIRA TURMA, DJE DATA:11/05/2016 ..DTPB:.) EMENTA: ADMINISTRATIVO. AGRAVO
REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. POLICIAL FEDERAL. PROGRESSÃO NA CARREIRA.
EFEITOS FINANCEIROS. ART. 2º DA LEI 9.266/96 E ART. 5º DO DECRETO 2.565/98. ACÓRDÃO
IMPUGNADO EM HARMONIA COM A JURISPRUDÊNCIA DO STJ. AGRAVO REGIMENTAL
IMPROVIDO. I. Cinge-se a controvérsia em saber se a progressão funcional dos servidores da carreira de
Policial Federal deve, ou não, ter seus efeitos financeiros a partir de março do ano subsequente ao
preenchimento dos requisitos para a referida progressão, nos termos do art. 5º do Decreto 2.565/98. II.
Consoante a jurisprudência desta Corte, em casos análogos, "a progressão dos servidores da carreira de
policial federal deve ter seus efeitos financeiros a partir de março do ano subsequente, nos termos do
disposto na Lei n. 9.266/96 e no Decreto n. 2.565/98" (STJ, REsp 1.533.937/CE, Rel. Ministro MAURO
CAMPBELL MARQUES, DJe de 02/06/2015). No mesmo sentido: STJ, AgRg nos EDcl no REsp
1.258.142/PE, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA,
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isonomia. 2. A recorrente sustenta divergência com o Superior Tribunal de Justiça que adotaria o
entendimento segundo o qual é devida a progressão funcional da Segunda para Primeira classe, quando
o servidor preenche os seguintes requisitos cumulativos: lapso temporal de cinco anos, a partir do
ingresso na carreira por meio de concurso público, e avaliação de desempenho satisfatório. Inteligência
do artigo 2º, da Lei n.° 9.266/96. 3. O aresto recorrido restou vazado no seguinte sentido: DIREITO
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. CARREIRA DA POLÍCIA FEDERAL. PROGRESSÃO
FUNCIONAL. 1. A União Federal interpôs recurso da sentença que declarou o direito da autora à
progressão funcional e a seus efeitos financeiros desde a data de preenchimento dos requisitos legais
para ascensão na carreira, e que a condenou ao pagamento das parcelas atrasadas referentes à
diferença entre as remunerações das classes no período de
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e no Decreto n. 2.565/98. Precedentes: AgRg no REsp 1.373.344/SC, Rel. Ministra Assusete Magalhães,
Segunda Turma, DJe 16/3/2016; AgRg no REsp 1.470.626/PE, Rel. Ministro Humberto Martins, Segunda
Turma, DJe 8/3/2016; AgRg nos EDcl no REsp 1.258.142/PE, Rel. Ministro Sérgio Kukina, Primeira
Turma, DJe 15/2/2016. 3. Agravo regimental não provido. ..EMEN: (AGRESP 201202292790, BENEDITO
GONÇALVES, STJ - PRIMEIRA TURMA, DJE DATA:11/05/2016 ..DTPB:.) EMENTA: PROCESSUAL
CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. POLICIAL FEDERAL.
PROGRESSÃO NA CARREIRA. REQUISITOS. CUMPRIMENTO. EFEITOS FINANCEIROS. LEI N.
9.266/96 E DECRETO N. 2.565/98. 1. O cerne da controvérsia reside na possibilidade de se condenar a
União a conceder progressão funcional da Segunda para a Primeira Classe na Carreira Policial Federal,
contada do ingresso na carreira, com as devidas repercussões financeiras e registro funcional. 2. A
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progressão dos servidores da carreira de policial federal deve ter seus efeitos financeiros a partir de
março do ano subsequente, nos termos do disposto na Lei n. 9.266/96 e no Decreto n. 2.565/98.
Precedentes: AgRg no REsp 1.373.344/SC, Rel. Ministra Assusete Magalhães, Segunda Turma, DJe
16/3/2016; AgRg no REsp 1.470.626/PE, Rel. Ministro Humberto Martins, Segunda Turma, DJe 8/3/2016;
AgRg nos EDcl no REsp 1.258.142/PE, Rel. Ministro Sérgio Kukina, Primeira Turma, DJe 15/2/2016. 3.
Agravo regimental não provido. ..EMEN: (AGRESP 201202292790, BENEDITO GONÇALVES, STJ -
PRIMEIRA TURMA, DJE DATA:11/05/2016 ..DTPB:.) EMENTA: ADMINISTRATIVO. AGRAVO
REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. POLICIAL FEDERAL. PROGRESSÃO NA CARREIRA.
EFEITOS FINANCEIROS. ART. 2º DA LEI 9.266/96 E ART. 5º DO DECRETO 2.565/98. ACÓRDÃO
IMPUGNADO EM HARMONIA COM A JURISPRUDÊNCIA DO STJ. AGRAVO REGIMENTAL
IMPROVIDO. I. Cinge-se a controvérsia em saber se a progressão funcional dos servidores da carreira de
Policial Federal deve, ou não, ter seus efeitos financeiros a partir de março do ano subsequente ao
preenchimento dos requisitos para a referida progressão, nos termos do art. 5º do Decreto 2.565/98. II.
Consoante a jurisprudência desta Corte, em casos análogos, "a progressão dos servidores da carreira de
policial federal deve ter seus efeitos financeiros a partir de março do ano subsequente, nos termos do
disposto na Lei n. 9.266/96 e no Decreto n. 2.565/98" (STJ, REsp 1.533.937/CE, Rel. Ministro MAURO
CAMPBELL MARQUES, DJe de 02/06/2015). No mesmo sentido: STJ, AgRg nos EDcl no REsp
1.258.142/PE, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA,
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ao dos autos – progressão dos policiais federais, reviu sua jurisprudência para alinhar-se ao entendimento
firmado pelo Superior Tribunal de Justiça, verbis:
DIREITO ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. CARREIRA DA POLÍCIA FEDERAL.
PROGRESSÃO FUNCIONAL. REQUISITOS. CUMPRIMENTO. EFEITOS FINANCEIROS. LEI N.
9.266/96 E DECRETO N. 2.565/98. MUDANÇA DE ENTENDIMENTO, COM O OBJETIVO DE ALINHAR
ESTA TURMA NACIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO COM A JURISPRUDÊNCIA DOMINANTE DO E.
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. INCIDENTE CONHECIDO E PROVIDO. 1. Trata-se de pedido de
uniformização de jurisprudência interposto pela União em face de acórdão proferido pela Turma Recursal
do Espírito Santo que manteve a sentença de parcial procedência do pedido, reconhecendo o direito do
autor, servidor da Policia Federal, à progressão para a Primeira Classe na data em que preencheu os
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requisitos necessários, adotando o entendimento de que a imposição de data única para início dos efeitos
financeiros da progressão funcional, prevista no art. 5º do Decreto 2.565/1998, viola o princípio da
isonomia. 2. A recorrente sustenta divergência com o Superior Tribunal de Justiça que adotaria o
entendimento segundo o qual é devida a progressão funcional da Segunda para Primeira classe, quando
o servidor preenche os seguintes requisitos cumulativos: lapso temporal de cinco anos, a partir do
ingresso na carreira por meio de concurso público, e avaliação de desempenho satisfatório. Inteligência
do artigo 2º, da Lei n.° 9.266/96. 3. O aresto recorrido restou vazado no seguinte sentido: DIREITO
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. CARREIRA DA POLÍCIA FEDERAL. PROGRESSÃO
FUNCIONAL. 1. A União Federal interpôs recurso da sentença que declarou o direito da autora à
progressão funcional e a seus efeitos financeiros desde a data de preenchimento dos requisitos legais
para ascensão na carreira, e que a condenou ao pagamento das parcelas atrasadas referentes à
diferença entre as remunerações das classes no período de
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financeiras e registro funcional. 2. A progressão dos servidores da carreira de policial federal deve ter
seus efeitos financeiros a partir de março do ano subsequente, nos termos do disposto na Lei n. 9.266/96
e no Decreto n. 2.565/98. Precedentes: AgRg no REsp 1.373.344/SC, Rel. Ministra Assusete Magalhães,
Segunda Turma, DJe 16/3/2016; AgRg no REsp 1.470.626/PE, Rel. Ministro Humberto Martins, Segunda
Turma, DJe 8/3/2016; AgRg nos EDcl no REsp 1.258.142/PE, Rel. Ministro Sérgio Kukina, Primeira
Turma, DJe 15/2/2016. 3. Agravo regimental não provido. ..EMEN: (AGRESP 201202292790, BENEDITO
GONÇALVES, STJ - PRIMEIRA TURMA, DJE DATA:11/05/2016 ..DTPB:.) EMENTA: PROCESSUAL
CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. POLICIAL FEDERAL.
PROGRESSÃO NA CARREIRA. REQUISITOS. CUMPRIMENTO. EFEITOS FINANCEIROS. LEI N.
9.266/96 E DECRETO N. 2.565/98. 1. O cerne da controvérsia reside na possibilidade de se condenar a
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União a conceder progressão funcional da Segunda para a Primeira Classe na Carreira Policial Federal,
contada do ingresso na carreira, com as devidas repercussões financeiras e registro funcional. 2. A
progressão dos servidores da carreira de policial federal deve ter seus efeitos financeiros a partir de
março do ano subsequente, nos termos do disposto na Lei n. 9.266/96 e no Decreto n. 2.565/98.
Precedentes: AgRg no REsp 1.373.344/SC, Rel. Ministra Assusete Magalhães, Segunda Turma, DJe
16/3/2016; AgRg no REsp 1.470.626/PE, Rel. Ministro Humberto Martins, Segunda Turma, DJe 8/3/2016;
AgRg nos EDcl no REsp 1.258.142/PE, Rel. Ministro Sérgio Kukina, Primeira Turma, DJe 15/2/2016. 3.
Agravo regimental não provido. ..EMEN: (AGRESP 201202292790, BENEDITO GONÇALVES, STJ -
PRIMEIRA TURMA, DJE DATA:11/05/2016 ..DTPB:.) EMENTA: ADMINISTRATIVO. AGRAVO
REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. POLICIAL FEDERAL. PROGRESSÃO NA CARREIRA.
EFEITOS FINANCEIROS. ART. 2º DA LEI 9.266/96 E ART. 5º DO DECRETO 2.565/98. ACÓRDÃO
IMPUGNADO EM HARMONIA COM A JURISPRUDÊNCIA DO STJ. AGRAVO REGIMENTAL
IMPROVIDO. I. Cinge-se a controvérsia em saber se a progressão funcional dos servidores da carreira de
Policial Federal deve, ou não, ter seus efeitos financeiros a partir de março do ano subsequente ao
preenchimento dos requisitos para a referida progressão, nos termos do art. 5º do Decreto 2.565/98. II.
Consoante a jurisprudência desta Corte, em casos análogos, "a progressão dos servidores da carreira de
policial federal deve ter seus efeitos financeiros a partir de março do ano subsequente, nos termos do
disposto na Lei n. 9.266/96 e no Decreto n. 2.565/98" (STJ, REsp 1.533.937/CE, Rel. Ministro MAURO
CAMPBELL MARQUES, DJe de 02/06/2015). No mesmo sentido: STJ, AgRg nos EDcl no REsp
1.258.142/PE, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA,
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de recurso interposto pela parte autora em face de sentença de improcedência proferida em ação
ajuizada objetivando o pagamento das diferenças decorrentes de progressões funcionais quando
completados os interstícios de 12 ou 18 meses. 2. A Turma Nacional de Uniformização, em caso análogo
ao dos autos – progressão dos policiais federais, reviu sua jurisprudência para alinhar-se ao entendimento
firmado pelo Superior Tribunal de Justiça, verbis:
DIREITO ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. CARREIRA DA POLÍCIA FEDERAL.
PROGRESSÃO FUNCIONAL. REQUISITOS. CUMPRIMENTO. EFEITOS FINANCEIROS. LEI N.
9.266/96 E DECRETO N. 2.565/98. MUDANÇA DE ENTENDIMENTO, COM O OBJETIVO DE ALINHAR
ESTA TURMA NACIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO COM A JURISPRUDÊNCIA DOMINANTE DO E.
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. INCIDENTE CONHECIDO E PROVIDO. 1. Trata-se de pedido de
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
uniformização de jurisprudência interposto pela União em face de acórdão proferido pela Turma Recursal
do Espírito Santo que manteve a sentença de parcial procedência do pedido, reconhecendo o direito do
autor, servidor da Policia Federal, à progressão para a Primeira Classe na data em que preencheu os
requisitos necessários, adotando o entendimento de que a imposição de data única para início dos efeitos
financeiros da progressão funcional, prevista no art. 5º do Decreto 2.565/1998, viola o princípio da
isonomia. 2. A recorrente sustenta divergência com o Superior Tribunal de Justiça que adotaria o
entendimento segundo o qual é devida a progressão funcional da Segunda para Primeira classe, quando
o servidor preenche os seguintes requisitos cumulativos: lapso temporal de cinco anos, a partir do
ingresso na carreira por meio de concurso público, e avaliação de desempenho satisfatório. Inteligência
do artigo 2º, da Lei n.° 9.266/96. 3. O aresto recorrido restou vazado no seguinte sentido: DIREITO
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. CARREIRA DA POLÍCIA FEDERAL. PROGRESSÃO
FUNCIONAL. 1. A União Federal interpôs recurso da sentença que declarou o direito da autora à
progressão funcional e a seus efeitos financeiros desde a data de preenchimento dos requisitos legais
para ascensão na carreira, e que a condenou ao pagamento das parcelas atrasadas referentes à
diferença entre as remunerações das classes no período de
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GONÇALVES, STJ - PRIMEIRA TURMA, DJE DATA:11/05/2016 ..DTPB:.) EMENTA: PROCESSUAL
CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. POLICIAL FEDERAL.
PROGRESSÃO NA CARREIRA. REQUISITOS. CUMPRIMENTO. EFEITOS FINANCEIROS. LEI N.
9.266/96 E DECRETO N. 2.565/98. 1. O cerne da controvérsia reside na possibilidade de se condenar a
União a conceder progressão funcional da Segunda para a Primeira Classe na Carreira Policial Federal,
contada do ingresso na carreira, com as devidas repercussões financeiras e registro funcional. 2. A
progressão dos servidores da carreira de policial federal deve ter seus efeitos financeiros a partir de
março do ano subsequente, nos termos do disposto na Lei n. 9.266/96 e no Decreto n. 2.565/98.
Precedentes: AgRg no REsp 1.373.344/SC, Rel. Ministra Assusete Magalhães, Segunda Turma, DJe
16/3/2016; AgRg no REsp 1.470.626/PE, Rel. Ministro Humberto Martins, Segunda Turma, DJe 8/3/2016;
AgRg nos EDcl no REsp 1.258.142/PE, Rel. Ministro Sérgio Kukina, Primeira Turma, DJe 15/2/2016. 3.
Agravo regimental não provido. ..EMEN: (AGRESP 201202292790, BENEDITO GONÇALVES, STJ -
PRIMEIRA TURMA, DJE DATA:11/05/2016 ..DTPB:.) EMENTA: ADMINISTRATIVO. AGRAVO
REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. POLICIAL FEDERAL. PROGRESSÃO NA CARREIRA.
EFEITOS FINANCEIROS. ART. 2º DA LEI 9.266/96 E ART. 5º DO DECRETO 2.565/98. ACÓRDÃO
IMPUGNADO EM HARMONIA COM A JURISPRUDÊNCIA DO STJ. AGRAVO REGIMENTAL
IMPROVIDO. I. Cinge-se a controvérsia em saber se a progressão funcional dos servidores da carreira de
Policial Federal deve, ou não, ter seus efeitos financeiros a partir de março do ano subsequente ao
preenchimento dos requisitos para a referida progressão, nos termos do art. 5º do Decreto 2.565/98. II.
Consoante a jurisprudência desta Corte, em casos análogos, "a progressão dos servidores da carreira de
policial federal deve ter seus efeitos financeiros a partir de março do ano subsequente, nos termos do
disposto na Lei n. 9.266/96 e no Decreto n. 2.565/98" (STJ, REsp 1.533.937/CE, Rel. Ministro MAURO
CAMPBELL MARQUES, DJe de 02/06/2015). No mesmo sentido: STJ, AgRg nos EDcl no REsp
1.258.142/PE, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA,
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Manual de Cálculos da Justiça Federal.” 2. A parte autora comprovou, em sua inicial, a remessa e
extravio da encomenda (CTPS de seu irmão para fins de perícia médica), consoante comprovante
acostado na documentação inicial, configurando, na espécie, a falha na prestação de serviço pela
Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. 3. No tocante ao conteúdo da encomenda extraviada, o
autor comprovou a postagem do objeto no DJ135836834BR via SEDEX e o extravio dessa encomenda
(fls. 4-6 da documentação inicial). Embora não haja comprovação cabal de que o conteúdo da postagem
era, de fato, a CTPS do seu irmão, são verossímeis as alegações autorais, pois registrou ocorrência
policial (fls. 8-9), e o peso da remessa (65 gramas) é condizente com o do referido documento. Afora isso,
a ré não produziu nenhuma prova capaz de refutar essa conclusão, já que não apresentou documentos,
tampouco negou o extravio da encomenda, limitando-se a argumentar, de forma genérica, no sentido da
exclusão de sua responsabilidade. 4. Dessa forma, restam incontroversos a má prestação do serviço
pela ECT e o dano material causado ao autor, de R$ 36,10 (trinta e seis reais e dez centavos),
correspondente ao serviço defeituoso. 5. A questão objeto da divergência não é de direito processual,
mas de direito material, porque respeita, fundamentalmente, aos efeitos jurídicos do extravio de
correspondência confiada à ECT, que detém o monopólio do serviço postal e tem responsabilidade
objetiva pela falha em sua prestação (CF, art. 37, § 6º; CDC, art. 14). 6. No que tange aos danos morais,
a discussão implica em saber se o fato do extravio, por si só, os torna indenizáveis ou se, para essa
consequência, há necessidade de se comprovar repercussão negativa do evento em relação à imagem,
ao equilíbrio psicológico ou à tranquilidade do usuário.
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Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso da parte ré.
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parte autora, insurgindo-se contra sentença de improcedência do pedido visando a lhe assegurar o direito
de opção pela nova carreira de Ciência e Tecnologia, instituída pela Lei n. 12.702/2012, sob a alegação
de que essa norma legal alterou a Lei n. 8.691/1993, incluindo a CEPLAC entre as instituições que
integram a carreira de Ciência e Tecnologia, porém, por força da Lei n. 12.833/2013, excluindo os
servidores desse órgão federal das tabelas de remuneração correspondentes, violando, assim, a
isonomia entre servidores novos e os mais antigos. 2. O art. 37, inciso II, da Constituição Federal,
estabelece que "a investidura em cargo ou emprego público dependente de aprovação prévia em
concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo
ou emprego, na forma da lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declaro em lei de livre
nomeação e exoneração". 3. O art. 6º, § 1º, inciso XXXI, da Lei n. 8.691/1993, com a redação dada pela
Lei n. 12.702/2012, incluiu a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira - CEPLAC, além de
outros órgãos federais, entre os integrantes da chamada carreira de Ciência e Tecnologia. Com o advento
da Lei n. 12.823/2013, foi dada nova redação ao § 3º, do art. 6º, da referida Lei n. 8.691/1993, restando
vedada a aplicação da regras previstas nos arts. 26, 27 e 28 aos servidores lotados nos órgãos públicos
enumerados no art. 6º, § 1º, incisos XXXI a XXXVI, dessa norma legal, à data da publicação da Lei n.
12.702/2012, situação em que se encontra a parte autora. 4. A parte autora foi efetivada na CEPLAC
especificamente por conta da edição da Medida Provisória n. 568/2012, convertida na Lei n. 12.702/2012,
norma essa que não previa o direito de opção reclamada no bojo dos presentes autos, em decorrência do
que não há que se falar em violação de direito incorporado em seu patrimônio, quando da edição da Lei n.
12.823/2013, mormente porque a demandante sequer ocupava cargo que tivesse correspondência com a
nova carreira de Ciência e Tecnologia, para a qual deseja migrar, ao arrepio do art. 37, inciso II, da
Constituição Federal, e da Súmula Vinculante n. 43/STF (É inconstitucional toda modalidade de
provimento que propicie ao servidor investirse, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao
seu provimento, em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido). 5. Assim, é de se
concluir que a Lei n. 12.823/2013, que alterou o art. 6º, § 3º,
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ou emprego, na forma da lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declaro em lei de livre
nomeação e exoneração". 3. O art. 6º, § 1º, inciso XXXI, da Lei n. 8.691/1993, com a redação dada pela
Lei n. 12.702/2012, incluiu a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira - CEPLAC, além de
outros órgãos federais, entre os integrantes da chamada carreira de Ciência e Tecnologia. Com o advento
da Lei n. 12.823/2013, foi dada nova redação ao § 3º, do art. 6º, da referida Lei n. 8.691/1993, restando
vedada a aplicação da regras previstas nos arts. 26, 27 e 28 aos servidores lotados nos órgãos públicos
enumerados no art. 6º, § 1º, incisos XXXI a XXXVI, dessa norma legal, à data da publicação da Lei n.
12.702/2012, situação em que se encontra a parte autora. 4. A parte autora foi efetivada na CEPLAC
especificamente por conta da edição da Medida Provisória n. 568/2012, convertida na Lei n. 12.702/2012,
norma essa que não previa o direito de opção reclamada no bojo dos presentes autos, em decorrência do
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que não há que se falar em violação de direito incorporado em seu patrimônio, quando da edição da Lei n.
12.823/2013, mormente porque a demandante sequer ocupava cargo que tivesse correspondência com a
nova carreira de Ciência e Tecnologia, para a qual deseja migrar, ao arrepio do art. 37, inciso II, da
Constituição Federal, e da Súmula Vinculante n. 43/STF (É inconstitucional toda modalidade de
provimento que propicie ao servidor investirse, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao
seu provimento, em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido). 5. Assim, é de se
concluir que a Lei n. 12.823/2013, que alterou o art. 6º, § 3º,
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JUIZ RUI COSTA GONÇALVES Relator
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autor(a) a Gratificação de Apoio à Execução de Atividades da Comissão Executiva do Plano da Lavoura
Cacaueira – GECEPLAC, com o consequente pagamento das diferenças remuneratórias vencidas, desde
a sua instituição e observada a prescrição quinquenal.” 2. A recorrente alega prescrição quinquenal. No
mérito, sustenta que a GECEPLAC deve ser paga apenas aos servidores lotados e em efetivo exercício
na CEPLAC, enquanto permanecerem nessa condição, ou ainda, ao aposentado ou pensionista quando a
gratificação houver sido percebida por mais de 60 meses. Argumenta inexistência de paridade
remuneratória após o advento da EC 41/2003. Requer aplicação do art. 1º F da Lei nº 9.494/97, com
redação dada pela Lei nº 11.960/2009. 3. Ausência de interesse recursal no tocante à prescrição, uma
vez que a sentença determinou expressamente a incidência do prazo quinquenal. 4. No mérito, consoante
a Lei 12.702/2012, a GECEPLAC é uma gratificação paga a todos os servidores lotados e em efetivo
exercício na CEPLAC de forma indistinta, pelo que se apresenta como gratificação de natureza genérica
extensível a todos os aposentados e pensionistas que tenham direito à paridade remuneratória. 5. Nesse
sentido, é a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça:
PROCESSUAL CIVIL. MANDADO DE SEGURANÇA. GRATIFICAÇÃO DE APOIO À EXECUÇÃO DE
ATIVIDADES DA COMISSÃO EXECUTIVA DO PLANO DA LAVOURA CACAUEIRA - GECEPLAC.
GRATIFICAÇÃO GENÉRICA. EXTENSÃO AOS APOSENTADOS E PENSIONISTAS. EXISTÊNCIA DE
DIREITO LÍQUIDO E CERTO. AGRAVO REGIMENTAL NÃO PROVIDO. 1. Conforme se depreende da
síntese dos fundamentos da impetração, a requerente serve-se da expedita via do mandamus para
incorporar a Gratificação de Apoio à Execução de Atividades da Comissão Executiva do Plano da Lavoura
Cacaueira - GCEPLAC, na mesma proporção e nos
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ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso. 1ª Turma Recursal,
Juizado Especial Federal. Brasília – DF, 24/10/2019.
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pelo que pede manifestação expressa acerca dos dispositivos constitucionais invocados, claramente
violados, quais sejam caput, do art. 5º, no tocante à isonomia; art. 7º, XXX; e art. 39, § 1º, para fins de
prequestionamento. 3. A parte Ré ofereceu resposta aos embargos de declaração. 4. A parte embargante
não demonstra omissão, contradição, obscuridade ou erro material que conduza à modificação do
julgado. Na verdade, o que se verifica dos argumentos apresentados nos embargos de declaração é mero
inconformismo quanto à solução de mérito dada ao caso. 5. Não cabe reapreciação de matéria em sede
de embargos de declaração, porquanto não são via adequada para esgotamento da discussão acerca da
matéria julgada, podendo a parte submeter a questão à apreciação da Corte Superior em recurso próprio.
6. Ora, os embargos declaratórios não são via adequada para corrigir suposto error in judicando, ainda
que demonstrado, não sendo possível atribuir eficácia infringente se ausentes erro material, omissão,
obscuridade ou contradição. Nesse sentido: EDcl nos EREsp 1.035.444/AM, Rel. Ministro Mauro
Campbell Marques, Primeira Seção, DJe 19.5.2015; EDcl nos EDcl no MS 14.117/DF, Rel. Ministro
Napoleão Nunes Maia Filho, Terceira Seção, DJe 1º.8.2011; EDcl no AgRg no AREsp 438.306/RS, Rel.
Ministro Og Fernandes, Segunda Turma, DJe 20.5.2014; EDcl no AgRg no AREsp 335.533/MG, Rel.
Ministra Regina Helena Costa, Quinta Turma, DJe 2.4.2014; EDcl no AgRg nos EAg 1.118.017/RJ, Rel.
Ministro Castro Meira, Corte Especial, DJe 14.5.2012; e EDcl no AgRg nos EAg 1.229.612/DF, Rel.
Ministro Castro Meira, Corte Especial, DJe 13/6/2012. 7. De outra banda, se o acórdão embargado
abordou os argumentos levantados pelas partes Recorrente/Recorrida, significa isso que também já foram
expressamente considerados os elementos suscitados para fins de prequestionamento.
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Ministra Regina Helena Costa, Quinta Turma, DJe 2.4.2014; EDcl no AgRg nos
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6BFF2F1E0BE7B9DBAECE9A8EB4BBAC23
unanimidade, rejeitar os embargos de declaração. 1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF,
24/10/2019.
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EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. ART. 1022 DO CPC/15. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, CONTRADIÇÃO
OU OBSCURIDADE. EMBARGOS REJEITADOS. 1. A parte autora apresentou embargos de declaração,
alegando a existência de contradição/omissão no acórdão, uma vez que “O pedido autoral foi para
INCORPORAÇÃO DA GDM-PST com FUNDAMENTO JURÍDICO em previsão constitucional de paridade
contida no art. 40, III, “c” da CF/88 e art. 7º da EC 41/2003 e Art. 147, §1º, da Lei 11.355/2006 (Súmula
359 do STF), e NÃO NOS MOLDES da Lei 13.324/2016, como constou do Relatório da respeitável
SENTENÇA, equivocadamente, salvo melhor juízo.” 2. Com contrarrazões. 3. Decisão. No item 5 da
petição inicial, verifica-se o seguinte pedido: “Que seja deferida a incorporação aos proventos da parte
autora, dos 100% DOS PONTOS da GDM-PST que FORAM atribuídos aos servidores ativos desde
AGOSTO/2012, RETROATIVOS a Julho/2012, PELO SÓ EXERCÍCIO DAS FUNÇÕES NORMAIS e
próprias do cargo (vantagem GENÉRICA/VENCIMENTAL) e que a autora deveria estar recebendo na
MESMA PROPORÇÃO E NA MESMA DATA, conforme regras legais e constitucionais em vigor,
especialmente quanto AO art. 40, inciso lll, alínea “c” da CF/88, a Súmula Vinculante nº 20, e nº 34; RE
476.279, 572.052, 662.406 e 775.857, com repercussão geral.” 4. Desse modo, verifica-se que ainda que
a parte autora tenha fundamentado seu pedido com base na paridade constitucional a partir do artigo 3º
da EC 47/05, não se verifica contradição no acórdão, uma vez que este fundamentou suas razões de
decidir analisando o pedido à luz da paridade constitucional. 5. Entendeu este juízo, portanto, que “a partir
da data da homologação do resultado das avaliações, após conclusão do primeiro ciclo de avaliações,
passou a valer o pagamento diferenciado da Gratificação entre servidores ativos e os inativos, conforme a
jurisprudência do STF”, que no caso dos servidores vinculados ao Ministério da Saúde, a conclusão do
primeiro ciclo de avaliações da GDPST se consolidou efetivamente com a publicação da Portaria CGESP,
de 30/01/2012, data em que se divulgou o resultado das avaliações de desempenho individual (Boletim de
Serviço n.º 7, Ano 27, de 13/02/2012). Nesse momento a gratificação perdeu a sua natureza geral e
adquiriu o caráter pro labore faciendo. 6. A parte autora aposentou-se após a conclusão do primeiro ciclo
de avaliações, portanto quando a gratificação já havia perdido a sua natureza genérica. 7. Embargos
rejeitados.
inciso III, alínea “c” da Lei 8.112/90 e art. 3º da EC 20/98, a Súmula Vinculante nº 20, e nº 34; RE
476.279, 572.052, 662.406 e 775.857, com repercussão geral.” 4. Desse modo, verifica-se que ainda que
a parte autora tenha fundamentado seu pedido com base na paridade constitucional a partir do artigo 3º
da EC 47/05, não se verifica contradição no acórdão, uma vez que este fundamentou suas razões de
decidir analisando o pedido à luz da paridade constitucional. 5. Entendeu este juízo, portanto, que “a partir
da data da homologação do resultado das avaliações, após conclusão do primeiro ciclo de avaliações,
passou a valer o pagamento diferenciado da Gratificação entre servidores ativos e os inativos, conforme a
jurisprudência do STF”, que no caso dos servidores vinculados ao Ministério da Saúde, a conclusão do
primeiro ciclo de avaliações da GDPST se consolidou efetivamente com a publicação da Portaria CGESP,
de 30/01/2012, data em que se divulgou o resultado das avaliações de desempenho individual (Boletim de
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Serviço n.º 7, Ano 27, de 13/02/2012). Nesse momento a gratificação perdeu a sua natureza geral e
adquiriu o caráter pro labore faciendo. 6. A parte autora aposentou-se após a conclusão do primeiro ciclo
de avaliações, portanto quando a gratificação já havia perdido a sua natureza genérica. 7. Embargos
rejeitados.
ACÓRDÃO Decide a Primeira Turma Recursal do DF, por unanimidade, rejeitar os Embargos de
Declaração. 1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF – 24/10/2019.
471
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INCORPORAÇÃO DA GDM-PST com FUNDAMENTO JURÍDICO em previsão constitucional de paridade
contida no art. 6º e art. 7º da EC 41/2003 e Art. 147, §1º, da Lei 11.355/2006 (Súmula 359 do STF), e
NÃO NOS MOLDES da Lei 13.324/2016, como constou do Relatório da respeitável SENTENÇA,
equivocadamente, salvo melhor juízo.” 2. Com contrarrazões. 3. Decisão. No item 5 da petição inicial,
verifica-se o seguinte pedido: “Que seja deferida a incorporação aos proventos da parte autora, dos 100%
DOS PONTOS da GDM-PST que estava recebendo antes de sua aposentadoria, 05/11/2012, conforme
regras legais e constitucionais em vigor, especialmente quanto ao artigo 6º da EC 41/03, a Súmula
Vinculante nº 20, e nº 34; RE 476.279, 572.052, 662.406 e 775.857, com repercussão geral.” 4. Desse
modo, verifica-se que ainda que a parte autora tenha fundamentado seu pedido com base na paridade
constitucional a partir do artigo 3º da EC 47/05, não se verifica contradição no acórdão, uma vez que este
fundamentou suas razões de decidir analisando o pedido à luz da paridade constitucional. 5. Entendeu
este juízo, portanto, que “a partir da data da homologação do resultado das avaliações, após conclusão
do primeiro ciclo de avaliações, passou a valer o pagamento diferenciado da Gratificação entre servidores
ativos e os inativos, conforme a jurisprudência do STF”, que no caso dos servidores vinculados ao
Ministério da Saúde, a conclusão do primeiro ciclo de avaliações da GDPST se consolidou efetivamente
com a publicação da Portaria CGESP, de 30/01/2012, data em que se divulgou o resultado das
avaliações de desempenho individual (Boletim de Serviço n.º 7, Ano 27, de 13/02/2012). Nesse momento
a gratificação perdeu a sua natureza geral e adquiriu o caráter pro labore faciendo. 6. A parte autora
aposentou-se após a conclusão do primeiro ciclo de avaliações, portanto quando a gratificação já havia
perdido a sua natureza genérica. 7. Embargos rejeitados.
ACÓRDÃO Decide a Primeira Turma Recursal do DF, por unanimidade, rejeitar os Embargos de
Declaração. 1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal. Brasília – DF, 24/10/2019.
PODER JUDICIÁRIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
1ª. TURMA RECURSAL
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E M E N T A PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. HIPÓTESES DE CABIMENTO.
ART. 1.022 DO NCPC. REDISCUSSÃO DA CAUSA. INEXISTÊNCIA DE ERRO MATERIAL, OMISSÃO,
CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE. PREQUESTIONAMENTO. ART. 1.025 DO NCPC. EMBARGOS
REJEITADOS. Embargos de declaração opostos pela parte autora em face de acórdão que desproveu
recurso inominado para manter a sentença de improcedência proferida em ação ajuizada objetivando a
declaração de inconstitucionalidade incidental do parágrafo único do art. 87, dos incisos I, II e III do art. 88
e do Anexo XCVI da Lei nº 13.324/2016; a declaração da natureza genérica de gratificação de
desempenho; e o pagamento das diferenças correspondentes. Afirma, em suma, a parte embargante: 2 –
O pedido autoral foi para INCORPORAÇÃO DA GDM-PST com FUNDAMENTO JURÍDICO em previsão
constitucional de paridade contida no art. 40, III, “a” da CF/88, art. 7º da EC 41/2003 e Art. 147, §1º, da
Lei 11.355/2006 (Súmula 359 do STF), e NÃO NOS MOLDES da Lei 13.324/2016, como constou do
Relatório da respeitável SENTENÇA, equivocadamente, salvo melhor juízo. A respeitável decisão está
OMISSA NESTE PONTO. (...) 4 – O órgão jurisdicional fundamentou sua decisão na premissa de que a
GDM-PST vem sendo paga no Ministério da Saúde com as características de Vantagem pro labore
faciendo/propter laborem. 5 – Assim, OMITIU-SE QUANTO AO FATO DE QUE o Ministério da Saúde
SEMPRE pagou a GDPST RETROATIVAMENTE e INDEPENDENTEMENTE DA PUBLICAÇÃO DO
RESULTADO dos chamados “ciclos de avaliação”, pelo SÓ FATO DO EXERCÍCIO DAS FUNÇÕES
NORMAIS DO CARGO , situação análoga à descrita no RE 476.279 e Súmula Vinculante nº 20 e
inúmeros REs com repercussão geral. Observa-se, ainda, da petição inicial, os seguintes pedidos: 2) Que
seja declarada incidentalmente a inconstitucionalidade ou a ineficácia dos seguintes dispositivos:
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interposto pela parte ré, para manter a sentença de procedência proferida em ação ajuizada objetivando o
pagamento de valores relativos aos depósitos do FGTS correspondentes ao período de 08/2006 a
06/2015. A parte embargante aduz, em suma, a existência de contradição, no tocante à ausência de
condenação da parte ré, recorrente vencida, no pagamento de honorários de sucumbência. A decisão
embargada, de fato, incorreu em contradição, visto que a despeito de negar provimento ao recurso da
Fundação Universidade de Brasília – FUB, deixou de condená-la no pagamento de honorários
advocatícios. Assim, faz-se necessário o acolhimento dos embargos para a correção da omissão e
contradição apontada. No acórdão, onde se lê “Incabíveis honorários advocatícios (art. 55 da Lei nº
9.099/95).” leia-se: “A FUB, recorrente vencida, pagará honorários advocatícios fixados em 10% (dez por
cento) sobre o valor da condenação (art. 55 da Lei nº 9.099/95).” Embargos acolhidos. Acórdão lavrado
nos termos do art. 46 da Lei nº 9.099/95. A C Ó R D Ã O Decide a Turma Recursal, por unanimidade,
acolher os embargos de declaração opostos pela parte autora. Turma Recursal, Juizado Especial Federal
– SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.
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SENTENÇA REFORMADA. Recurso inominado interposto pela União em face de sentença de
procedência proferida em ação ajuizada objetivando o reconhecimento do direito de opção à estrutura
remuneratória da Carreira de Ciência e Tecnologia, instituída pela Lei nº 12.702/2012. A parte recorrente
argúi a prescrição quinquenal. Quanto ao mérito, pugna pela improcedência do pedido inicial. Por fim,
pede a reforma da sentença no tocante aos critérios de fixação de correção monetária. Ausente o
interesse recursal quanto à prejudicial de prescrição quinquenal, visto que acolhida expressamente pela
sentença recorrida. Compulsando-se os autos, verifica-se que a parte autora, integrante do quadro de
servidores do Instituto Nacional de Meteorologia - INMET, vinculado ao Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento, atualmente enquadrado no plano geral de cargos do poder executivo - PGPE, busca o
enquadramento no plano de carreira da Ciência e Tecnologia, em razão da Lei nº 12.702/2012, que
incluiu o INMET entre os órgãos e entidades integrantes da área de Ciência e Tecnologia (art. 1º, §1º,
XXXII, da Lei nº 8.691/93). Observa-se, ainda, a existência de expressa vedação legal de transposição
dos servidores em exercício no INMET, na data de vigência da Lei nº 12.702/2012, para o plano de
carreira da Ciência e Tecnologia (art. 1º, § 3°, da Lei nº 8.691/93, na atual redação dada pela Lei nº
12.823/2013). Estabelecidas tais premissas, denota-se que a pretensão da parte autora encontra óbice
no teor da Súmula Vinculante nº 43 do STF: É inconstitucional toda modalidade de provimento que
propicie ao servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento,
em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido. Registre-se que o autor não se
desincumbiu do ônus de demonstrar que o cargo por ele ocupado corresponde a qualquer cargo previsto
no plano de carreira da Ciência e Tecnologia. Não provou também qualquer isonomia no tocante às
atribuições de seu cargo em relação às previstas no referido plano de carreira.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
para o prosseguimento regular do feito. Acórdão proferido nos moldes do art. 46 da Lei nº 9.099/95.
Incabíveis honorários advocatícios. A C Ó R D Ã O Decide a Turma Recursal, por unanimidade, dar
parcial provimento ao recurso da parte autora. Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF,
24/10/2019.
TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
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RECURSO Nº 0029140-69.2018.4.01.3400 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA
BRITO RECORRENTE(S) : PERPETUA DE ARAUJO ROGERIO DE BRITO ADVG/PROC. : DF00047935
- CLAUDIONOR MACIEL RODRIGUES DE ALMEIDA RECORRIDO(S) : INSTITUTO NACIONAL DE
SEGURO SOCIAL-INSS ADVG/PROC. :
o que dependerá de a matéria parecer suficientemente esclarecida (art. 480 do CPC/15). Entendendo que
o estado de saúde da parte autora foi efetivamente esclarecido pelo perito judicial, pode deixar de
determinar a complementação da instrução e firmar seu convencimento na prova pericial já realizada.
Especificamente quanto aos quesitos apresentados pela autora, repute-se que os seus conteúdos em
nada se diferem dos quesitos apresentados pelo Juízo, de sorte que restaram devidamente respondidos.
Por seu turno, da análise da documentação acostada aos autos, constata-se que o INSS reconheceu a
incapacidade da autora no período de 14/06/2017 a 13/07/2017, em razão de dor lombar baixa (fls. 03 –
JUNTADA DE DOCUMENTOS, registrada em 17/09/2018). Negou o benefício, todavia, em razão de a
data de início do benefício (DIB) ser maior que a data de cessação (DCB), o que se mostra equivocado,
considerando-se que a autora requereu o benefício administrativamente em 05/07/2017.
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PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
face de sentença extintiva proferida em ação ajuizada objetivando a aplicação do regime de competência
à tributação (contribuição previdenciária) de valores recebidos via precatório judicial, visto que tais valores
são atinentes aos anos de 1989 e 1990, época em que a alíquota vigente era de 6% (seis por cento), bem
como a declaração de inexigibilidade do tributo sobre os juros moratórios. A sentença consignou em sua
fundamentação a ausência de interesse de agir, visto que o direito postulado encontra-se reconhecido no
âmbito administrativo. O pedido de repetição do indébito em razão da apontada diferença entre a alíquota
vigente à época em que a verba era devida e a alíquota vigente quando do recebimento efetivo dos
valores tem por fundamento a aplicação do regime de competência, tese essa que encontra resistência
da Administração tanto na esfera administrativa, quanto judicial. Desse modo, presente o interesse de
agir, a extinção do feito mostra-se equivocada. Sentença reformada. Recurso da parte autora provido em
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parte. Retorno dos autos à origem para o prosseguimento regular do feito. Acórdão proferido nos moldes
do art. 46 da Lei nº 9.099/95. Incabíveis honorários advocatícios. A C Ó R D Ã O Decide a Turma
Recursal, por unanimidade, dar parcial provimento ao recurso da parte autora. Turma Recursal, Juizado
Especial Federal/SJDF, 24/10/2019.
Recursal, por unanimidade, dar parcial provimento ao recurso da parte autora. Turma Recursal, Juizado
Especial Federal/SJDF, 24/10/2019.
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E M E N T A ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. BANCO CENTRAL DO BRASIL. REGIME
ESTATUTÁRIO. ENQUADRAMENTO RETROATIVO. ADI Nº 449. REGIMES PREVIDENCIÁRIOS.
ACERTO DE CONTAS. LEI Nº 9.650/98. PRETENSÃO DE COBRANÇA PELA ADMINISTRAÇÃO.
PRESCRIÇÃO. INOCORRÊNCIA. RECURSO PROVIDO EM PARTE. Recurso interposto pelo Banco
Central do Brasil - BACEN contra sentença que julgou procedente o pedido inicial, para declarar a
inexistência do débito indevidamente constituído em desfavor da parte autora e, consequentemente, para
desobrigá-la de promover o ressarcimento ao erário do valor cobrado pela autarquia ré por meio do Ofício
nº. 9998/2017-BCB/Depes, de 09 de junho de 2017, com valor total originário de R$ 15.725,66 (quinze
mil, setecentos e vinte e cinco reais, e sessenta e seis centavos). A sentença consignou em sua
fundamentação: Conforme exposto na exordial, o Supremo Tribunal Federal – STF, no julgamento da
Ação Direta de Inconstitucionalidade – ADI nº 449-2, determinou o enquadramento dos servidores do
Banco Central do Brasil no Regime Jurídico Único estabelecido pela lei nº 8.112/90, retroativamente a 1º
de janeiro de 1991, razão pela qual houve o reconhecimento de que tais servidores deveriam ter
contribuído para o Plano de Seguridade Social do Servidor - PSS desde 1º de janeiro de 1991, data de
entrada em vigor da Lei nº 8.112, de 1990, e não para o Regime Geral de Previdência Social - RGPS.
Com vistas ao acerto de contas decorrente do cumprimento da referida decisão, foi editada a Medida
Provisória nº. 1.535-7/97, que, após sucessivas reedições, foi convertida na lei nº. 9.650/98,
posteriormente regulamentada pelo Decreto nº. 2.273/97, cujo art. 1º determinou que o Banco Central do
Brasil deveria promover, até 31 de julho de 1997, os acertos previstos na MP em comento, inclusive em
relação aos valores “das contribuições pessoais que deveriam ter sido recolhidas em nome de seus
servidores ao Plano de Seguridade Social do Servidor - PSS, desde 1º de janeiro de 1991”. No que tange
à prescrição, importa observar que, consoante inclusive ratificação da parte ré, nos termos do art. 1º do
Decreto nº 20.910/32, o prazo prescricional da pretensão de cobrança pela Administração contra o
administrado/servidor é de cinco anos, - igualmente aplicável às autarquias e
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cobrança discutida nestes autos; impondo, assim, o reconhecimento da inexistência de dívida da Autora
para com o BACEN, de
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10.259/2001. Afirma, ainda, a inocorrência da prescrição pronunciada pela sentença. Rejeitada a
preliminar de incompetência absoluta do Juizado Especial Federal, visto que a demanda visa a anular ato
administrativo federal. De fato, nos termos do art. 3º, § 1º, III, da Lei nº 10.259/2001, não se inclui na
competência do Juizado Especial Federal as causas que visem à anulação ou a cancelamento de ato
administrativo federal, salvo o de natureza previdenciária e de lançamento fiscal. Contudo, no caso, a
parte autora não requer a anulação ou cancelamento de ato administrativo, mas apenas pleiteia o
reconhecimento da prescrição da pretensão da Administração de promover o acerto de contas previsto na
ADI nº 449 e Lei nº 9.650/98. Além disso, de acordo com o art. 98, I, da Constituição Federal, as causas
de menor complexidade são da competência dos Juizados Especiais Federais, razão pela qual se deve
dar interpretação ao art. 3°, §1°, III, da Lei n° 10.259/2001 que o harmonize com o referido dispositivo
constitucional. Quanto à inocorrência da prescrição pronunciada pela sentença, é necessário estabelecer
um histórico acerca da pretensão administrativa. Estabelecia o art. 251 da Lei nº 8.112/90: Art. 251.
Enquanto não for editada a Lei Complementar de que trata o art. 192 da Constituição Federal, os
servidores do Banco Central do Brasil continuarão regidos pela legislação em vigor à data da publicação
desta lei. Os servidores do Banco Central do Brasil até então eram regidos pela Consolidação das Leis
Trabalhistas – CLT, submetidos, portanto, ao Regime Geral da Previdência Social – RGPS. O Supremo
Tribunal Federal, no julgamento da ADI nº 449, declarou, com efeitos ex tunc, a inconstitucionalidade do
art. 251 em questão, verbis: EMENTA: CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO.
BANCO CENTRAL DO BRASIL: AUTARQUIA: REGIME JURÍDICO DO SEU PESSOAL. Lei 8.112, de
1990, art. 251: INCONSTITUCIONALIDADE. I. - O Banco Central do Brasil é uma autarquia de direito
público, que exerce serviço público, desempenhando parcela do poder de polícia da União, no setor
financeiro. Aplicabilidade, ao seu pessoal, por força do disposto no art. 39 da Constituição, do regime
jurídico da Lei 8.112, de 1990. II. - As normas da Lei 4.595, de 1964, que dizem respeito ao pessoal do
Banco Central do Brasil, foram recebidas, pela CF/88, como normas ordinárias e não como lei
complementar. Inteligência do disposto no art. 192, IV, da Constituição. III. - O art. 251 da Lei 8.112, de
1990, é incompatível com o art. 39 da Constituição Federal, pelo que é inconstitucional. IV. - ADIn julgada
procedente.
(ADI 449, Relator(a): Min. CARLOS VELLOSO, Tribunal Pleno, julgado em 29/08/1996, DJ 22-11-1996
PP-45683 EMENT VOL-01851-01 PP-00060 RTJ VOL-00162-02 PP-00420)
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de Previdência Social; IV - das contribuições pessoais que deveriam ter sido recolhidas em nome de seus
servidores ao Plano de Seguridade Social do Servidor - PSS, desde 1º de janeiro de 1991; V - das cotas
patronais que deveriam ter sido recolhidas ao Plano de Seguridade Social do Servidor - PSS, desde 1º de
janeiro de 1991; VI - dos pagamentos de benefícios efetivamente realizados pelo Instituto Nacional do
Seguro Social - INSS a seus servidores aposentados, a partir de 1º de janeiro de 1991, pelo Regime
Geral de Previdência Social e a seus pensionistas;
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VII - dos pagamentos de benefícios, a título de aposentadorias e pensões concedidas sob o Regime Geral
de Previdência Social a partir de 1º de janeiro de 1991, efetivamente realizados pelas entidades de
previdência privada a seus servidores e pensionistas. § 1º Todos os valores apurados na forma prevista
neste artigo serão atualizados até a efetivação dos respectivos acertos, em conformidade com a
legislação e a regulamentação específicas vigentes durante o período. § 2º O Banco Central do Brasil
apresentará a cada entidade a documentação comprobatória dos valores de responsabilidade de cada
uma. Art. 2º Os servidores ativos e inativos, nos valores de responsabilidade de cada um, indenizarão o
Banco Central do Brasil, na forma prevista no § 1º do art. 46 da Lei nº 8.112, de 1990, pela diferença
entre os montantes dos recolhimentos não efetuados para o Plano de Seguridade Social do Servidor -
PSS e os efetivamente realizados para o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, apurados de acordo
com os incisos II e IV do art. 1º deste Decreto. Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se aos ex-
servidores do Banco Central do Brasil que tenham sido exonerados ou demitidos após 1º de janeiro de
1991. Art. 3º O Banco Central do Brasil recolherá ao Plano de Seguridade Social do Servidor - PSS o
valor das contribuições pessoais de seus servidores e o das cotas patronais de sua responsabilidade,
apurados na forma dos incisos IV e V do art. 1º deste Decreto. Art. 4º O Banco Central do Brasil
ressarcirá o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS dos pagamentos apurados de acordo com o inciso
VI do art. 1º deste Decreto. Art. 5º O Instituto Nacional do Seguro Social - INSS repassará ao Plano de
Seguridade Social do Servidor - PSS o montante das contribuições pessoais dos servidores e o das cotas
patronais recolhidas pelo Banco Central do Brasil, apurados na forma dos incisos II e III do art. 1º deste
Decreto. Art. 6º O Banco Central do Brasil ficará dispensado do recolhimento e do ressarcimento previstos
nos arts. 3º e 4º, caso a soma de seus valores seja inferior ou igual ao valor do repasse determinado pelo
art. 5º, todos deste Decreto, ficando o saldo, se houver, como crédito junto ao Plano de Seguridade Social
do Servidor - PSS, a ser compensado em cotas patronais futuras, até sua plena quitação. Parágrafo
único. Se inferior o valor do repasse, caberá ao Banco Central do Brasil efetuar o ressarcimento do saldo
apurado ao Plano de Seguridade Social do Servidor - PSS. Art. 7º Do montante da devolução prevista na
alínea “a” do § 3º do art. 14 da Medida Provisória nº 1.535-7, de 11 de julho de 1997, será descontado o
valor dos benefícios comprovadamente pagos pela entidade de previdência privada aos seus
participantes, servidores e pensionistas do Banco Central do Brasil, apurado na forma do inciso VII do art.
1º deste Decreto. Parágrafo único. Se o valor dos benefícios pagos pela entidade de previdência privada
for superior ao montante da devolução referida neste artigo, caberá
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considerados servidores públicos desde 1º de janeiro de 1991, desde essa data, devem contribuir com a
totalidade de seus vencimentos para o PSS. 2 - Preliminar de litispendência indeferida, vez que a parte
autora não se confunde com a outra que motivou a preliminar. 2.1 – Não prospera a preliminar de
ilegitimidade ativa arguida pelo BACEN. “O artigo 8º, III da Constituição Federal estabelece a legitimidade
extraordinária dos sindicatos para defender em juízo os direitos e interesses coletivos ou individuais dos
integrantes da categoria que representam. Essa legitimidade extraordinária é ampla, abrangendo a
liquidação e a execução
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dos créditos reconhecidos aos trabalhadores. Por se tratar de típica hipótese de substituição processual,
é desnecessária qualquer autorização dos substituídos.(RE 210029, Relator(a): Min. CARLOS VELLOSO,
Tribunal Pleno, julgado em 12/06/2006, DJe-082 DIVULG 16-08-2007 PUBLIC 17-082007 DJ 17-08-2007
PP-00025 EMENT VOL-02285-05 PP-00900. Apelação do BACEN não provida nesse ponto. 3 - “1. A
alteração do §2º do art. 202 da Constituição Federal pela EC 20/98, no qual se funda a ação, não
caracteriza automática perda superveniente do objeto da ação nos termos dos arts. 5º. XXXVI e 60, IV da
CF, pois as emendas constitucionais devem respeitar "direitos adquiridos, os atos jurídicos perfeitos e a
coisa julgada, que são direitos individuais igualmente preservados da ação do constituinte reformador"
(Luís Roberto Barroso, Interpretação e aplicação da Constituição. Saraiva, 6ª. edição, fl.66). Importa,
portanto, verificar se o impetrante possui direito adquirido em face da referida norma constitucional e se
este é líquido e certo. 2. "I.O Banco Central do Brasil é uma autarquia de direito público, que exerce
serviço público, desempenhando parcela do poder de polícia da União, no setor financeiro. Aplicabilidade,
ao seu pessoal, por força do disposto no art. 39 da Constituição, do regime jurídico da Lei 8.112, de
1990.(...)III. - O art. 251 da Lei 8.112, de 1990, é incompatível com o art. 39 da Constituição Federal, pelo
que é inconstitucional. IV. - ADIn julgada procedente. (ADI 449, Relator(a): Min. CARLOS VELLOSO,
Tribunal Pleno, julgado em 29/08/1996, DJ 22-111996 PP-45683 EMENT VOL-01851-01 PP-00060 RTJ
VOL-00162-02 PP00420) 3. Dispõe o art. 21 da Lei 9650/98: "O Banco Central do Brasil, até 31 de julho
de 1997, apurará o valor dos recolhimentos e pagamentos efetuados por uma ou ambas as partes a título
de contribuição para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS, Instituto Nacional de Seguro
Social - INSS e para entidades de previdência complementar, e os não recolhidos ao Plano de
Seguridade Social do Servidor, para efeito de acerto de contas entre as Instituições e entre estas e o
servidor, na forma que dispuser o regulamento. 4. Não se vislumbra, na via estreita do mandado de
segurança, qualquer vício no art. 21 da Lei 9650/98, nem no Decreto 2273/97, regulamentador, devendo
os servidores do BACEN, em face dos efeitos ex tunc da ADI 449, recolherem, via descontos, a diferença
entre o que deviam recolher ao plano de seguridade do servidor e o que recolheram ao INSS, sem a
correção monetária posterior a 01/07/94, como bem apontou o Parquet (fl.202). 5. A mútua compensação
financeira entre os sistemas previdenciários prevista na redação original do §2º. do art. 202 da CF de
1988, alterado pela EC 20/98, e do que disposto no art. 94 da Lei 9.528/97 não se aplica ao caso
concreto, pois aqui não se trata contagem recíproca de tempo de serviço de indivíduos que eram
celetistas, mas que, por exemplo, por concurso, tornaram-se estatutários, mas sim de um acerto de
contas em face fulminação ex tunc, isto é, da nulidade do art. 251 da Lei 8112/90. Isto é, juridicamente, os
indivíduos do Banco Central sempre estiveram sob regime jurídico da Lei 8112/90. 6. Em sede de
mandado de segurança, considerando que o art. 21 da Lei 9850/98 não ofende o princípio da
razoabilidade (art. 5º., LIV da CF), nem muito menos o art. 202, §2º. (em sua redação original - alterado
pela EC 20/98) da Constituição Federal, não se verifica in casu a existência de direito líquido e certo, ou
seja, direito demonstrável de plano sem a necessidade de instrução probatória, a ser
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declarada pelo STF a inconstitucionalidade do art. 251 da Lei nº 8.112/90, o acerto de contas somente se
tornou exeqüível com a edição da MP nº 1.535/97, reeditadas diversas vezes até que convertida na Lei nº
9.650/98, a edição do Decreto nº 2.273/97 e, por fim, do Informativo/Depes, de 18 de junho de 1998, que
informou aos servidores a aprovação do voto BCB nº 179/98, no qual restou determinada a cobrança dos
servidores. Registre-se que o art. 4º do citado Decreto, aplicável tanto ao administrado quanto à
Administração Pública, dispõe: Art. 4º Não corre a prescrição durante a demora que, no estudo, ao
reconhecimento ou no pagamento da dívida, considerada líquida, tiverem as repartições ou funcionários
encarregados de estudar e apurá-la. Assim, o marco inicial do prazo prescricional para cobrança pela
Administração iniciou-se somente quando o valor devido por cada servidor tornou-se líquido, o que
somente ocorreu com o mencionado Informativo/Depes, de 18 de junho de 1998. Interrompido o prazo
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prescricional, em 15/10/1998, com a impetração do MS coletivo nº 1998.34.00.026008-7, o lustro
prescricional voltou a correr em 21/11/2013, com o trânsito em julgado do acórdão proferido no referido
MS, nos termos do art. 9º do Decreto nº 20.910/32 (Art. 9º A prescrição interrompida recomeça a correr,
pela metade do prazo, da data do ato que a interrompeu ou do último ato ou termo do respectivo
processo). Considerando a aludida interrupção, criaram-se, em torno das datas citadas, duas situações:
se antes do marco interruptivo já tiver transcorrido mais de dois anos e meio do prazo prescricional
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doença (NB 608.428.987-1), conforme CNIS registrado nos autos em 25/04/2016. Preenchidos os
requisitos legais, faz jus a parte autora à concessão do benefício de aposentadoria por invalidez, sendo
certo que a DIB do benefício de aposentadoria por invalidez deve ser fixada na DII – 25/04/2016. No
mais, reputo pertinente, ante as circunstâncias, a antecipação de tutela de urgência, nos termos do artigo
300 do NCPC e do artigo 4º da Lei 10.259/2001. Subsiste, de um lado, prova inequívoca quanto ao direito
da parte autora. Existe, de igual modo, fundado receio de dano irreparável, ante a própria natureza do
benefício postulado, e o manifesto caráter alimentar da aposentadoria por invalidez. Em suas razões
recursais, a recorrente argúi a preliminar de coisa julgada, aduzindo que a parte autora ajuizou a presente
demanda em 28/01/2016 buscando a conversão do benefício de auxíliodoença n. 6084289871, concedido
no processo 005056446.2013.4.01.3400 através de antecipação dos efeitos da tutela, em aposentadoria
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por invalidez. Ocorre que, da análise dos autos do referido processo, verifica-se que a Turma Recursal,
em 11/05/2017, deu provimento ao recurso do INSS, reconhecendo que o auxílio-doença em questão era
devido tão somente até
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reavaliado pela autarquia previdenciária e, se for o caso, pelo próprio Poder Judiciário. Assim, foi dado
provimento ao recurso do INSS, na sessão de 11/05/2017 (acórdão proferido no processo nº
005056446.2013.4.01.3400), em que foi negado o benefício no período posterior a 12/12/2013. Não foi
reconhecida a incapacidade da parte autora no período, em face de que voltou a trabalhar em
12.12.2013, permanecendo em atividade até 02/2017, razão pelas quais somente é possível a análise, no
presente feito, do quadro de saúde do autor no período posterior a fevereiro de 2017. Preliminar de coisa
julgada acolhida em parte tão somente para afastar o direito a benefício previdenciário por invalidez em
período anterior a fevereiro de 2017. Quanto ao mérito, verifica-se do cnis que houve novo pedido de
benefício em 04/09/2017, o qual deve pautar a análise do presente feito. O benefício de auxílio-doença é
devido ao segurado que, cumprido o prazo de carência, ficar incapacitado para a sua atividade habitual,
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por mais de 15 dias consecutivos (art. 71 do Decreto nº 3.048/99). A aposentadoria por invalidez, por seu
turno, será devida ao segurado que, respeitado o período de carência supra, for considerado incapaz e
insuscetível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência. O exame
técnico, realizado em 11/04/2016, após os procedimentos periciais pertinentes, aponta que a parte autora,
idade na época de 54 (cinquenta e quatro) anos, ensino médio incompleto e atividade declarada de
motorista de ônibus coletivo, é portadora de várias enfermidades, que a incapacita de forma definitiva,
total e multiprofissional, desde 17.06.2013. Relata, ainda, o médico perito, em relação às enfermidades
atestadas: Portador de: Espondilodiscoartrose de segmento cervical e lombar associada à estenose
parcial de canal neural, à síndrome facetaria (artrose), sem instabilidade vértebro-vertebral (fratura
alinhada do terço posterior dos processos espinhosos de C7 e T1, em decorrência de acidente por PAF,
em Dez/2012), sem sinais clínicos atuais de déficit neurológico (M50, M51) Síndrome do impacto do
ombro direito associada à artrose acromioclavicular ipsilateral (mesmo lado) (M75.4, M19) Hipertensão
arterial sistêmica sem menção documental de lesão em órgão alvo (I10) Perda auditiva neurossensorial
leve bilateral, conforme Audiometria Tonal de 06/10/2015 (H90.3) Insuficiência renal não especificada,
conforme Relatório Médico de 12/12/2015, sem menção atual de tratamento dialítico
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Destarte, considerando-se que o autor exerceu atividades como motorista de ônibus por quase todo o
período em que o perito do juízo constatou sua incapacidade total e definitiva para exercer tal profissão;
levando-se em conta, ainda, que, após a realização da perícia, o autor manteve o mesmo vínculo
empregatício por mais de 12 (doze) meses, resta evidenciado que a parte autora estava apta para exercer
sua atividade laborativa, não preenchendo os requisitos para a concessão de qualquer benefício
previdenciário por invalidez. Registre-se que a existência de contribuições, que pressupõe o exercício de
atividade econômica por longo período, torna inaplicável o Enunciado nº 72 da TNU, visto que não
caracterizada a situação de que a atividade laboral foi desenvolvida em sacrifício da saúde do
trabalhador. Por fim, consigne-se que a primeira perícia, elaborada no outro processo, reconheceu
apenas incapacidade temporária por quatro semanas. Destarte, no tocante ao mérito, dá-se provimento
ao recurso da parte ré, para afastar o laudo médico pericial produzido nestes autos e julgar improcedente
o pedido inicial. Sentença reformada. Recurso provido em parte. Revogada a antecipação de tutela, sem
a necessidade de devolução dos valores a tal título recebidos, ficando vencida a Juíza Relatora no ponto,
conforme precedente desta Turma Recursal: Processo nº 0056432-73.2011.4.01.3400, Rel. Juiz
Alexandre Vidigal de Oliveira, julgado em 27/07/2017, assentado em julgados do STF: ARE 734242
AgR/DF, Relator: Min. Roberto Barroso, 1ª Turma, julg. 04/08/2015, publ. DJe-175, divulg. 04/9/2015,
publ. 08/9/2015; ARE 734199 AgR, Relatora Min. Rosa Weber, 1ª Turma, julg. 09/9/2014, publ. DJe-184,
divulg. 22/9/2014, publ. 23/9/2014. Acórdão proferido nos moldes do art. 46 da Lei 9.099/95. Incabíveis
honorários advocatícios.
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face de sentença de procedência proferida em ação ajuizada objetivando o pagamento de valores
decorrentes da revisão de renda mensal inicial de benefício previdenciário, com fundamento no art. 29, II,
da Lei nº 8.213/91. A parte ré argúi a preliminar de incompetência do Juizado Especial Federal em razão
do valor atribuído à causa. Sustenta, ainda, a nulidade da sentença, eis que não analisou a matéria
deduzida em contestação. Afirma, quanto ao mérito, a inexistência de valores a receber em razão da
revisão com fundamento no art. 29, II, da Lei nº 8.213/91. Inicialmente, quanto à preliminar de
incompetência, registre-se que o valor da causa deve corresponder ao proveito econômico pretendido
com o ajuizamento da ação. Nesse aspecto, o autor afirma que lhe é devido, em razão da revisão do art.
29, II, da Lei nº 8.213/91, o valor de R$ 83.569,96 (oitenta e três mil quinhentos e sessenta e nove reais e
noventa e seis centavos), que deveria ter sido pago na competência 03/2013. Atribuiu, então, o valor de
R$ 110.493,18 (cento e dez mil quatrocentos e noventa e três reais e dezoito centavos) à causa. Desse
modo, resta patente a incompetência deste Juizado Especial Federal, visto que o valor em questão, ao
tempo do ajuizamento da ação, supera o limite de 60 (sessenta) salários mínimos, estatuído no art. 3º da
Lei nº 10.259/2001. Preliminar acolhida. Recurso provido. Sentença reformada. Processo extinto sem
resolução de mérito. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº 9.099/95. Incabíveis honorários
advocatícios.
judicialmente por inativo, sem apreciar o caso concreto disposto na ação, não se aferindo a situação da
parte autora (servidora ativa ou inativa) e o período de competência dos valores em discussão.
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deve a sentença ser declarada nula, determinando-se a devolução dos autos para que nova decisão seja
proferida, observando-se os limites da demanda delineados na peça inicial, assim como, procedendo à
efetiva e concreta apreciação do feito. Sentença nula. Recurso prejudicado. Acórdão lavrado nos termos
do art. 46 da Lei nº 9.099/95. Incabíveis honorários advocatícios. A C Ó R D Ã O Decide a 1ª Turma
Recursal, por unanimidade, de ofício, declarar a nulidade da sentença e julgar prejudicado o recurso
interposto pela parte ré. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.
unanimidade, de ofício, declarar a nulidade da sentença e julgar prejudicado o recurso interposto pela
parte ré. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.
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FERREIRA MAIA TEIXEIRA E OUTRO(S) RECORRIDO(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO
SOCIAL-INSS ADVG/PROC. :
E M E N T A PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. TERMO INICIAL E FIXAÇÃO DOS
JUROS DE MORA E DA CORREÇÃO MONETÁRIA. AUSÊNCIA DE OMISSÃO. IMPLANTAÇÃO DO
BENEFÍCIO. EMBARGOS ACOLHIDOS PARCIALMENTE. Embargos de declaração opostos por LAURA
BATISTA MAXIMO MOREIRA em face de acórdão que deu provimento ao recurso interposto pela
embargante, para condenar o INSS a implantar o benefício de pensão por morte. Aduz, em suma, que a
decisão embargada foi omissa no tocante a fixação da DIB do benefício concedido que deverá ser o
mesmo da DER (05/08/2015), fixação da DIP, A condenação do INSS para que pague os valores
atrasados com correção monetária e juros de mora; o deferimento da Tutela antecipada para determinar a
implantação imediata do benefício, devendo o Réu comprovar o cumprimento do presente acórdão no
prazo de 30 (trinta) dias, sob pena de caracterização de crime de desobediência; Isentar a Autora de
custas na forma legal. Inicialmente, quanto à fixação do termo inicial e aos critérios de juros e
correção monetária, inexiste a omissão apontada, uma vez que o acórdão fixou tanto a DIB quanto os
critérios de fixação dos juros de mora e da correção monetária, verbis: [...] de sorte que é devida a
concessão de pensão por morte na hipótese, desde a data do requerimento administrativo. Juros de
mora e correção monetária nos termos do Manual de Cálculos da Justiça Federal, ressalvada a aplicação
na fase de cumprimento de sentença do índice de correção monetária a ser definido no ED no RE
870947, ainda pendente de julgamento. Em relação ao pedido de tutela antecipada, anote-se que é
inviável se falar em antecipação de tutela neste momento processual. Todavia, considerando-se que
eventual recurso contra decisão embargada não possui, em regra, efeito suspensivo, o INSS deve
implantar o benefício de pensão por morte em favor da parte autora no prazo máximo de 10 (dez) dias
úteis contados da intimação do presente acórdão. Embargos acolhidos parcialmente. Acórdão lavrado
nos moldes do art. 46 da Lei nº 9.099/95.
limites fixados. Ora, a Lei nº. 9.250/95 que alterou a legislação do imposto de renda das pessoas físicas
autoriza a dedução da base de cálculo do referido imposto dos valores pagos a título de pensão
alimentícia quando oriundas de decisão ou acordo judicial, como no caso em tela, haja vista a
documentação acostada à peça inicial. Além disso, a referida norma autoriza em seu art. 8º, inciso II,
alíneas “a” e “f”, as deduções relativas às despesas médicas e odontológicas dentro de limites anuais
estabelecidos, conforme documentação inicial. No caso concreto, os documentos anexados aos autos
demonstram que a parte autora foi autuada pela Secretaria da Receita Federal (Notificação de
Lançamento 2011/901928838894500 e Processo nº 10166.602774/2015-25), com fundamentação legal
na dedução indevida de pensão alimentícia judicial referente ao seu pai, José Lopes de Almeida (fls. 26 e
27 do ofício registrado em 11/01/2016), além de despesas médicas e odontológicas, no valor de R$
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10.792,41, no ano-calendário 2010 exercício 2011, enquanto o “comprovante de rendimentos pagos e de
retenção de imposto de renda na fonte - Ano - Calendário 2010” e o ofício requisitório de desconto de
pensão alimentícia da 1ª. Vara de Família de Brasília/DF, de 13/06/97 comprovam a determinação de
desconto mensal de “10% (dez por cento)” dos “rendimentos brutos” da parte autora, “a
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turno, são aquelas devidas em razão da utilização efetiva dos serviços médicos cobertos pelo programa.
Em se tratando, portanto, de despesa médica, é legítima a sua dedução. Todavia, quanto à dedução dos
valores pagos a título de despesa médica de JEÚ ROSA DA SILVA DE ALMEIDA – R$ 351,30 (trezentos
e cinqüenta e um reais e trinta centavos) pagos a título de custeio ao Pró-Ser, objeto do recurso da ré, é
lícita a glosa, visto que o beneficiário não consta como dependente na declaração de imposto de renda da
autora. Assim, a sentença há de ser reformada em parte, tão somente para que seja reconhecida a
legitimidade da glosa das despesas médicas deduzidas relativas a JEÚ ROSA DA SILVA DE ALMEIDA,
no valor de R$ 351,30 (trezentos e cinqüenta e um reais e trinta centavos). Recurso provido em parte.
Sentença parcialmente reformada. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº 9.099/95. Incabíveis
honorários advocatícios. A C Ó R D Ã O Decide a Turma Recursal, à unanimidade, dar parcial provimento
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ao recurso. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.
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ALEXANDRE WISNIEVSKI em face de acórdão que negou provimento ao recurso do embargante, para
manter a sentença de improcedência proferida em ação ajuizada objetivando o direito à indenização por
dano moral, em razão de publicação no boletim de serviço, do nome, matrícula e síntese dos fatos
imputados ao autor em PAD. Compulsando-se os autos, verifica-se que a peça recursal foi assinada pelo
próprio autor. Ressalte-se que, em grau de recurso, há necessidade de representação por profissional
habilitado - advogado, conforme dispõe o art. 41, § 2º, da Lei nº 9.099/95. Nesse sentido, a ausência de
capacidade postulatória do embargante, pressuposto de validade e regularidade processual, não se
conhece dos embargos de declaração. Acórdão lavrado nos moldes do art. 46 da Lei nº 9.099/95. A C Ó
R D Ã O Decide a Turma Recursal, por unanimidade, não conhecer dos embargos de declaração opostos
pela parte autora. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.
termos do art. 98, §3º, do CPC/15. A C Ó R D Ã O Decide a Turma Recursal, à unanimidade, negar
provimento ao recurso da parte autora. Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF – 24/10/2019.
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VIEIRA DE ANDRADE E OUTRO(S) RECORRIDO(S) : FUB FUNDACAO UNIVERSIDADE DE BRASILIA
ADVG/PROC. :
do novo CPC (Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou,
para fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados,
caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade.). Embargos
rejeitados. Acórdão lavrado nos moldes do art. 46 da Lei nº 9.099/95.
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921AB397CDB62D8CD11E91BCFAD45CB2 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
3
A C Ó R D Ã O Decide a Turma Recursal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração opostos
pela parte autora. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.
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março dos anos subseqüentes, nos termos do art. 5º do Decreto 2.562/1998 (revogado pelo Decreto
7.014/2009), o que contraria o entendimento firmado pela TNU. III - Recurso da União Federal conhecido
e desprovido. Sem custas. Condenação da recorrente vencida ao pagamento de honorários
sucumbenciais de 10% sobre o valor da condenação (art. 55, caput, da Lei 9.099/1995). 5. Reputo
configurada a divergência. Prossigo quanto à análise meritória. 6. Com efeito, não obstante esta Turma
Nacional de Uniformização já tenha adotado entendimento no sentido do aresto recorrido, é de rigor
observar que recentemente a matéria foi objeto de análise pelo e. Superior Tribunal de Justiça, o qual
vem adotando o posicionamento segundo o qual deve ser aplicada a legislação que regulamenta a
progressão funcional dos policiais federais, qual seja, o art. 2º, parágrafo único, da Lei 9266/96 e o art. 5º
do Decreto 2.565/98, segundo o qual a progressão dos autores deve se dar no mês de março do ano
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ano subsequente, desde que implementados os requisitos para a referida promoção. IV. Agravo
Regimental improvido. ..EMEN: (AGRESP 201300965413, ASSUSETE MAGALHÃES, STJ - SEGUNDA
TURMA, DJE DATA:16/03/2016 ..DTPB:.) 8. Assim, visando uniformizar a jurisprudência das Turmas
Recursais com o entendimento que vem sendo adotado pelo Superior Tribunal de Justiça, tenho que o
incidente deve ser conhecido e provido para, alinhando o entendimento desta Turma Nacional de
Uniformização, firmar a tese de que: “a progressão dos servidores da carreira de policial federal deve ter
seus efeitos financeiros a partir de março do ano subsequente, nos termos do disposto na Lei n. 9.266/96
e no Decreto n. 2.565/98.” 9. Incidente conhecido e provido. Acordam os membros da TNU - Turma
Nacional de Uniformização CONHECER E DAR PROVIMENTO ao Incidente de Uniformização de
Jurisprudência interposto, nos termos do votoementa do Juiz Federal Relator. (PEDILEF
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201050500054126, JUIZ FEDERAL FERNANDO MOREIRA GONÇALVES, TNU, DOU 12/09/2017 PÁG.
49/58.) Assim, não há que se falar em não recepção constitucional dos art. 10 e 19 do Decreto nº
84.669/80. Recurso desprovido. Sentença mantida. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº
9.099/95. Honorários advocatícios fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor da condenação, nos
termos do art. 55 da Lei nº 9.099/95. A C Ó R D Ã O Decide a Turma Recursal, por unanimidade, negar
provimento ao recurso da parte autora. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF,
24/10/2019.
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9.099/95. A C Ó R D Ã O Decide a Turma Recursal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração
opostos pela parte autora. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.
declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão,
contradição ou obscuridade.). Embargos rejeitados. Acórdão lavrado nos moldes do art. 46 da Lei nº
9.099/95. A C Ó R D Ã O Decide a Turma Recursal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração
opostos pela parte autora. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.
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BRITO RECORRENTE(S) : UNIAO FEDERAL ADVG/PROC. : - LUIZ FELIPE CARDOSO DE MORAES
FILHO RECORRIDO(S) : JURACI SOUZA GUIMARAES ADVG/PROC. : DF0001599A - GERALDO
MAGELA HERMOGENES DA SILVA
E M E N T A PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. HIPÓTESES DE CABIMENTO.
1.022 DO NCPC. REDISCUSSÃO DA CAUSA. INEXISTÊNCIA DE ERRO MATERIAL, OMISSÃO,
CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE. PREQUESTIONAMENTO. ART. 1.025 DO NCPC. EMBARGOS
REJEITADOS. Embargos de declaração opostos pela parte autora em face de acórdão que deu parcial
provimento ao recurso da parte ré, para reformar a sentença de procedência proferida em ação ajuizada,
objetivando o reconhecimento do direito de opção à estrutura remuneratória da Carreira de Ciência e
Tecnologia, instituída pela Lei nº 12.702/2012. A embargante alega, em suma, que o acórdão foi omisso
em não se manifestar sobre o pedido de declaração de inconstitucionalidade incidenter tantum do §3º, do
art. 1º, da Lei 8.691/93, com redação dada pela Lei 12.823/13. Os embargos de declaração têm por
objetivo a integração de acórdão que contenha erro material, omissão, contradição ou obscuridade (art.
535, I e II do antigo CPC - e art. 48 da Lei nº 9.099/95 - art. 1.022, incisos I e II do novo Código de
Processo Civil ), sendo rejeitados os recursos opostos para se obter o reexame da matéria ou com o
único objetivo de que o colegiado manifeste-se expressamente acerca de dispositivos legais ou
constitucionais invocados a título de prequestionamento. Assim, não se prestam a reexaminar, em regra,
atos decisórios alegadamente equivocados ou a incluir, no debate, novos argumentos jurídicos, uma vez
que o efeito infringente não é de sua natureza, salvo em situações excepcionais. Jurisprudência da
Segunda Turma Recursal de Minas Gerais: 2003.38.00.735500-9, Rel. Juiz Federal JOÃO CARLOS
COSTA MAYER SOARES, julgado em 12/11/2004, DJ-MG de 27/11/2004. Na hipótese dos autos, fica
óbvio que a intenção da parte embargante é rediscutir matéria já decidida, uma vez que o acórdão indicou
os fundamentos suficientes para a compreensão das razões de decidir: (...) Compulsando-se os autos,
verifica-se que a parte autora, integrante do quadro de servidores da Comissão Executiva do Plano da
Lavoura Cacaueira (CEPLAC), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,
atualmente enquadrado no plano geral de cargos do poder executivo - PGPE, busca o enquadramento no
plano de carreira da Ciência e Tecnologia, em razão da Lei nº 12.702/2012, que incluiu a CEPLAC entre
os órgãos e
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superior considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade.). Embargos rejeitados. Acórdão
lavrado nos moldes do art. 46 da Lei nº 9.099/95. A C Ó R D Ã O Decide a Turma Recursal, por
unanimidade, rejeitar os embargos de declaração opostos pela parte autora. Turma Recursal, Juizado
Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.
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RECURSO Nº 0021887-30.2018.4.01.3400 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA
BRITO RECORRENTE(S) : UNIAO FEDERAL ADVG/PROC. : - SAMUEL LAGES NEVES LOPES
RECORRIDO(S) : WILDE FONSECA CABRAL ADVG/PROC. : DF0001599A - GERALDO MAGELA
HERMOGENES DA SILVA
E M E N T A PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. HIPÓTESES DE CABIMENTO.
1.022 DO NCPC. REDISCUSSÃO DA CAUSA. INEXISTÊNCIA DE ERRO MATERIAL, OMISSÃO,
CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE. PREQUESTIONAMENTO. ART. 1.025 DO NCPC. EMBARGOS
REJEITADOS. Embargos de declaração opostos pela parte autora em face de acórdão que deu parcial
provimento ao recurso da parte ré, para reformar a sentença de procedência proferida em ação ajuizada,
objetivando o reconhecimento do direito de opção à estrutura remuneratória da Carreira de Ciência e
Tecnologia, instituída pela Lei nº 12.702/2012. A embargante alega, em suma, que o acórdão foi omisso
em não se manifestar sobre o pedido de declaração de inconstitucionalidade incidenter tantum do §3º, do
art. 1º, da Lei 8.691/93, com redação dada pela Lei 12.823/13. Os embargos de declaração têm por
objetivo a integração de acórdão que contenha erro material, omissão, contradição ou obscuridade (art.
535, I e II do antigo CPC - e art. 48 da Lei nº 9.099/95 - art. 1.022, incisos I e II do novo Código de
Processo Civil ), sendo rejeitados os recursos opostos para se obter o reexame da matéria ou com o
único objetivo de que o colegiado manifeste-se expressamente acerca de dispositivos legais ou
constitucionais invocados a título de prequestionamento. Assim, não se prestam a reexaminar, em regra,
atos decisórios alegadamente equivocados ou a incluir, no debate, novos argumentos jurídicos, uma vez
que o efeito infringente não é de sua natureza, salvo em situações excepcionais. Jurisprudência da
Segunda Turma Recursal de Minas Gerais: 2003.38.00.735500-9, Rel. Juiz Federal JOÃO CARLOS
COSTA MAYER SOARES, julgado em 12/11/2004, DJ-MG de 27/11/2004. Na hipótese dos autos, fica
óbvio que a intenção da parte embargante é rediscutir matéria já decidida, uma vez que o acórdão indicou
os fundamentos suficientes para a compreensão das razões de decidir: (...) Compulsando-se os autos,
verifica-se que a parte autora, integrante do quadro de servidores da Comissão Executiva do Plano da
Lavoura Cacaueira (CEPLAC), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,
atualmente enquadrado no plano geral de cargos do poder executivo - PGPE, busca o enquadramento no
plano de carreira da Ciência e Tecnologia, em razão da Lei nº 12.702/2012, que incluiu a CEPLAC entre
os órgãos e
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EMENT VOL-02391-08 PP-01841). De igual modo, o disposto no art. 1.025 do novo CPC (Art. 1.025.
Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-
questionamento, ainda que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal
superior considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade.). Embargos rejeitados. Acórdão
lavrado nos moldes do art. 46 da Lei nº 9.099/95. A C Ó R D Ã O Decide a Turma Recursal, por
unanimidade, rejeitar os embargos de declaração opostos pela parte autora. Turma Recursal, Juizado
Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.
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recurso, posto que a oposição de embargos de declaração satisfaz a exigência estabelecida pelo
enunciado nº 356 da Súmula do STF ainda que a omissão, a contradição e/ou a obscuridade não
venha(m) a ser suprida(s) pelo Tribunal a quo. Nesse sentido: (AI 553928 ED, Relator Min. DIAS
TOFFOLI, Primeira Turma, julgado em 15/12/2009, DJ-e-035 DIVULG 25-02-2010 PUBLIC 26-02-2010
EMENT VOL-02391-08 PP-01841). De igual modo, o disposto no art. 1.025 do novo CPC (Art. 1.025.
Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-
questionamento, ainda que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal
superior considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade.). Embargos rejeitados. Acórdão
lavrado nos moldes do art. 46 da Lei nº 9.099/95. A C Ó R D Ã O Decide a Turma Recursal, por
unanimidade, rejeitar os embargos de declaração opostos pela parte autora. Turma Recursal, Juizado
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Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.
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TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
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Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF
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53.831/64. PERÍODO POSTERIOR A 05.03.1997. EXCLUSÃO DA ATIVIDADE. INVIABILIDADE DE
ENQUADRAMENTO. RECURSO DESPROVIDO. Recurso interposto pela parte autora em face de
sentença de improcedência proferida em ação ajuizada objetivando o reconhecimento como tempo de
serviço laborado em condições especiais como emendador de cabos telefônicos, para a empresa
Telemont Engenharia de Telecomunicações S.A., no período de 21/07/2010 e 21/05/2013. A sentença
consignou em sua fundamentação: O autor pretende ver reconhecido como especial o tempo de serviço
de 21/07/2010 a 21/05/2013 desempenhado na função de emendador de cabos telefônicos A1, sob o
argumento de que estava, no ambiente de trabalho, sujeito a agentes agressivos. Consoante legislação
acima fundamentada, o enquadramento por categoria profissional ocorreu somente até a promulgação da
Lei 9.032/95, de 28 de abril de 1995, sendo necessária, após essa data, a comprovação da exposição aos
agentes agressivos considerados insalubres ou penosos, nos termos legais, não sendo mais possível o
enquadramento presumido. No caso em exame, a parte autora apresentou Perfil Profissiográfico
Previdenciário, todavia, esse documento não atesta contato com nenhum agente agressivo o que impede
o reconhecimento do tempo de serviço como especial. Esclareço, por oportuno, que o exercício do ofício
de eletricista e congêneres até o advento da Lei n. 9.032/95, mostrava-se passível de reconhecimento
como especial pelo simples enquadramento da categoria profissional, conforme item 1.1.8 do Anexo do
Decreto n. 53.831/64, que se refere a "Trabalhos permanentes em instalações ou equipamentos elétricos
com riscos de acidentes - Eletricistas, cabistas, montadores e outros", desde que a tensão seja acima de
250 volts e que ocorra de forma habitual e permanente. Portanto, o autor não logrou comprovar o
exercício de labor especial no período pretendido.
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ser observada pela legislação ordinária ou regulamentar, sob pena de inconstitucionalidade. Nesse
sentido, é inadmissível a interpretação extensiva dada pela sentença recorrida, em face do confronto com
a Constituição. Dessa forma, não faz jus o autor ao enquadramento do período mencionado. Sentença
mantida. Recurso desprovido. Acórdão lavrado com fundamento no art. 46 da Lei nº 9.099/95. A parte
autora pagará honorários advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da causa, ficando a condenação
suspensa enquanto perdurar o estado de carência que justificou a concessão da justiça gratuita,
prescrevendo a dívida cinco anos após a sentença final, nos termos do art. 98, §3º, do CPC/15. A C Ó R
D Ã O Decide a Turma Recursal, à unanimidade, negar provimento ao recurso da parte autora. Turma
Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.
quais devem ser aplicados os mesmos juros de mora pelos quais a Fazenda Pública remunera seu
crédito tributário, em respeito ao princípio constitucional da isonomia (CRFB, art. 5º, caput); quanto às
condenações oriundas de relação jurídica não-tributária, a fixação dos juros moratórios segundo o índice
de remuneração da caderneta de poupança é constitucional, permanecendo hígido, nesta extensão, o
disposto no art. 1º-F da Lei nº 9.494/97 com a redação dada pela Lei nº 11.960/09; e 2) O art. 1º-F da Lei
nº 9.494/97, com a redação dada pela Lei nº 11.960/09, na parte em que disciplina a atualização
monetária das condenações impostas à Fazenda Pública segundo a remuneração oficial da caderneta de
poupança, revela-se inconstitucional ao impor restrição desproporcional ao direito de propriedade (CRFB,
art. 5º, XXII), uma vez que não se qualifica como medida adequada a capturar a variação de preços da
economia, sendo inidônea a promover os fins a que se destina. Por sua vez, o Superior Tribunal de
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Justiça, em julgamento de recurso repetitivo já transitado em julgado (REsp 1495146/MG, Rel. Ministro
MAURO CAMPBELL MARQUES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 22/02/2018, DJe 02/03/2018), após o
julgamento do RE 870.947, estabeleceu os seguintes critérios no tocante às causas que envolvem
servidor público: 3.1.1 Condenações judiciais referentes a servidores e empregados públicos. As
condenações judiciais referentes a servidores e empregados públicos, sujeitam-se aos seguintes
encargos: (a) até julho/2001: juros de mora: 1% ao mês (capitalização simples); correção monetária:
índices previstos no Manual de Cálculos da Justiça Federal, com destaque para a incidência do IPCA-E a
partir de janeiro/2001; (b) agosto/2001 a junho/2009: juros de mora: 0,5% ao mês; correção monetária:
IPCA-E; (c) a partir de julho/2009: juros de mora: remuneração oficial da caderneta de poupança;
correção monetária: IPCA-E. Verifica-se que os parâmetros consignados pela sentença recorrida
encontram-se em consonância com os critérios ora delineados, razão pela qual improcede a impugnação
da recorrente. Registrese que os embargos de declaração no RE 870947 já foram julgados sem
modulação de efeitos. Recurso desprovido. Sentença mantida. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da
Lei nº 9.099/95. Honorários advocatícios pela recorrente vencida, fixados em 10% (dez por cento) sobre o
valor da condenação, conforme preceitua o art. 55 da Lei nº 9.099/95.
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RECURSO Nº 0003320-48.2018.4.01.3400 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA
BRITO RECORRENTE(S) : HELENA ALVES SANTANA ADVG/PROC. : DF00017183 - JOSE LUIS
WAGNER E OUTRO(S) RECORRIDO(S) : FUNDACAO UNIVERSIDADE DE BRASILIA E OUTRO(S)
ADVG/PROC. :
gratificação em apreço. Conclui-se, portanto, que a Lei 11.907/2009, neste particular, não é
autoexecutável, demandando complementação por meio de regulamento executivo, a fim de garantir-lhe
aplicabilidade. 5. A execução da Lei instituidora da gratificação de qualificação demanda ulterior atuação
administrativa, conferindo-se certa margem de discricionariedade ao Chefe do Poder Executivo na
determinação dos cursos que ensejarão a percepção da parcela. A regulamentação do dispositivo legal
invocado é atribuição da competência privativa do Presidente da República, nos estritos termos do art. 84,
IV, da Constituição Federal, não sendo dado ao Poder Judiciário, por meio desta ação de rito ordinário,
substituir-se ao Chefe do Poder Executivo na regulamentação de direito subjetivo não objeto de fruição
imediata. Precedentes dos Tribunais Superiores e dos Tribunais Regionais Federais. 6. Sendo necessária
a edição de regulamento executivo para definir os requisitos para a percepção da GQ em níveis II e III (o
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que só veio a ocorrer em 2012, com a edição do Decreto nº 7.876, substituído, atualmente, pelo Decreto
nº
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capacitação correspondente às certificações que possua será feito conforme regulamento específico,
observado o disposto no art. 26, inciso III, e no Anexo III desta Lei, bem como a adequação das
certificações ao Plano de Desenvolvimento dos Integrantes da Carreira dos Cargos Técnico-
Administrativos em Educação, previsto no art. 24 desta Lei. Art. 18. O Poder Executivo promoverá,
mediante decreto, a racionalização dos cargos integrantes do Plano de Carreira, observados os seguintes
critérios e requisitos: I - unificação, em cargos de mesma denominação e nível de escolaridade, dos
cargos de denominações distintas, oriundos do Plano Único de Classificação e Retribuição de Cargos e
Empregos, do Plano de Classificação de Cargos - PCC e de planos correlatos, cujas atribuições,
requisitos de qualificação, escolaridade, habilitação profissional ou especialização exigidos para ingresso
sejam idênticos ou essencialmente iguais aos cargos de destino; II - transposição aos respectivos cargos,
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e inclusão dos servidores na nova situação, obedecida a correspondência, identidade e similaridade de
atribuições entre o cargo de origem e o cargo em que for enquadrado; e III - posicionamento do servidor
ocupante dos cargos unificados em nível de classificação e nível de capacitação e padrão de vencimento
básico do cargo de destino, observados os critérios de enquadramento estabelecidos por esta Lei. Na
espécie, não restou demonstrado dos autos que a autoridade competente tenha editado o aludido ato
regulamentar referido na Lei n. 11.091/05, conquanto tenha-se passado mais de uma década de sua
publicação, como bem destacou a recorrente.
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da citada Lei). A referida gratificação foi fixada em valor certo e determinado, independentemente de
qualquer aferição de critério individual ou institucional ou localidade de lotação do servidor. Nesse prisma,
a gratificação não é pro labore faciendo, eis que não guarda relação com qualquer fator de desempenho
individual do servidor ou institucional do órgão a que está vinculado, assim como não é decorrente do
local de trabalho. Tem natureza genérica, sendo uma gratificação concedida a todos os servidores em
atividade que exercem as atribuições estabelecidas na Lei nº 11.784/2008. Assim, a sua extensão aos
inativos é imperativa, eis que indispensável para preservar a integralidade assegurada
constitucionalmente. Em igual sentido, precedente da TNU: PEDILEF 05033027020134058302, Juiz
Federal Ronaldo José da Silva, julgamento em 19/11/2015, DOU 05/02/2016. A sentença no tocante à
correção monetária determinou a observância do Manual de Cálculos da Justiça Federal. O Supremo
Tribunal Federal, no julgamento do RE 870947, submetido ao regime de repercussão geral, assentou as
seguintes teses:
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policiais federais, reviu sua jurisprudência para alinhar-se ao entendimento firmado pelo Superior Tribunal
de Justiça, verbis: DIREITO ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. CARREIRA DA POLÍCIA
FEDERAL. PROGRESSÃO FUNCIONAL. REQUISITOS. CUMPRIMENTO. EFEITOS FINANCEIROS. LEI
N. 9.266/96 E DECRETO N. 2.565/98. MUDANÇA DE ENTENDIMENTO, COM O OBJETIVO DE
ALINHAR ESTA TURMA NACIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO COM A JURISPRUDÊNCIA DOMINANTE
DO E. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. INCIDENTE CONHECIDO E PROVIDO. 1. Trata-se de
pedido de uniformização de jurisprudência interposto pela União em face de acórdão proferido pela Turma
Recursal do Espírito Santo que manteve a sentença de parcial procedência do pedido, reconhecendo o
direito do autor, servidor da Policia Federal, à progressão para a Primeira Classe na data em que
preencheu os requisitos necessários, adotando o entendimento de que a imposição de data única para
início dos efeitos financeiros da progressão funcional, prevista no art. 5º do Decreto 2.565/1998, viola o
princípio da isonomia. 2. A recorrente sustenta divergência com o Superior Tribunal de Justiça que
adotaria o entendimento segundo o qual é devida a progressão funcional da Segunda para Primeira
classe, quando o servidor preenche os seguintes requisitos cumulativos: lapso temporal de cinco anos, a
partir do ingresso na carreira por meio de concurso público, e avaliação de desempenho satisfatório.
Inteligência do artigo 2º, da Lei n.° 9.266/96. 3. O aresto recorrido restou vazado no seguinte sentido:
DIREITO ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. CARREIRA DA POLÍCIA FEDERAL.
PROGRESSÃO FUNCIONAL. 1. A União Federal interpôs recurso da sentença que declarou o
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servidores da carreira de policial federal deve ter seus efeitos financeiros a partir de março do ano
subsequente, nos termos do disposto na Lei n. 9.266/96 e no Decreto n. 2.565/98. Precedentes: AgRg no
REsp 1.373.344/SC, Rel. Ministra Assusete Magalhães, Segunda Turma, DJe 16/3/2016; AgRg no REsp
1.470.626/PE, Rel. Ministro Humberto Martins, Segunda Turma, DJe 8/3/2016; AgRg nos EDcl no REsp
1.258.142/PE, Rel. Ministro Sérgio Kukina, Primeira Turma, DJe 15/2/2016. 3. Agravo regimental não
provido. ..EMEN: (AGRESP 201202292790, BENEDITO GONÇALVES, STJ - PRIMEIRA TURMA, DJE
DATA:11/05/2016 ..DTPB:.) EMENTA: PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO
REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. POLICIAL FEDERAL. PROGRESSÃO NA CARREIRA.
REQUISITOS. CUMPRIMENTO. EFEITOS FINANCEIROS. LEI N. 9.266/96 E DECRETO N. 2.565/98. 1.
O cerne da controvérsia reside na possibilidade de se condenar a União a conceder progressão funcional
da Segunda para a Primeira Classe na Carreira Policial Federal, contada do ingresso na carreira, com as
devidas repercussões financeiras e registro funcional. 2. A progressão dos servidores da carreira de
policial federal deve ter seus efeitos financeiros a partir de março do ano subsequente, nos termos do
disposto na Lei n. 9.266/96 e no Decreto n. 2.565/98. Precedentes: AgRg no REsp 1.373.344/SC, Rel.
Ministra Assusete Magalhães, Segunda Turma, DJe 16/3/2016; AgRg no REsp 1.470.626/PE, Rel.
Ministro Humberto Martins, Segunda Turma, DJe 8/3/2016; AgRg nos EDcl no REsp 1.258.142/PE, Rel.
Ministro Sérgio Kukina, Primeira Turma, DJe 15/2/2016. 3. Agravo regimental não provido. ..EMEN:
(AGRESP 201202292790, BENEDITO GONÇALVES, STJ - PRIMEIRA TURMA, DJE DATA:11/05/2016
..DTPB:.) EMENTA: ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. POLICIAL
FEDERAL. PROGRESSÃO NA CARREIRA. EFEITOS FINANCEIROS. ART. 2º DA LEI 9.266/96 E ART.
5º DO DECRETO 2.565/98. ACÓRDÃO IMPUGNADO EM HARMONIA COM A JURISPRUDÊNCIA DO
STJ. AGRAVO REGIMENTAL IMPROVIDO. I. Cinge-se a controvérsia em saber se a progressão
funcional dos servidores da carreira de Policial Federal deve, ou não, ter seus efeitos financeiros a partir
de março do ano subsequente ao preenchimento dos requisitos para a referida progressão, nos termos do
art. 5º do Decreto 2.565/98. II. Consoante a jurisprudência desta Corte, em casos análogos, "a progressão
dos servidores da carreira de policial federal deve ter seus efeitos financeiros a partir de março do ano
subsequente, nos termos do disposto na Lei n. 9.266/96 e no Decreto n. 2.565/98" (STJ, REsp
1.533.937/CE, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, DJe de 02/06/2015). No mesmo sentido:
STJ, AgRg nos EDcl no REsp 1.258.142/PE, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA TURMA, DJe de
15/02/2016; AgRg nos EDcl no REsp 1.394.089/PB, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA
TURMA, DJe de 22/05/2014. III. Assim, é de se reconhecer que - tal como constou do aresto combatido -
a progressão do ora agravante deve ocorrer no mês de março do
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DESPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA Recurso interposto pela FUNASA em face de sentença de
procedência proferida em ação ajuizada por servidor inativo/pensionista objetivando a percepção da
Gratificação de Atividade de Combate e Controle de Endemias – GACEN em paridade com os servidores
ativos. Inicialmente, registre-se que deve ser mantido o benefício da justiça gratuita deferido à parte
autora, eis que constatado que a renda do autor é inferior a 10 (dez) salários mínimos, ao tempo do
ajuizamento da ação (EPROC FICHA FINANCEIRA DOCUMENTOS). No que tange à arguição de
prescrição quinquenal, assevere-se que não há interesse recursal, eis que a sentença já reconheceu a
prescrição das parcelas anteriores ao quinquênio do ajuizamento da ação. A GACEN é uma gratificação
paga a todos os servidores que exercem as funções de fiscalização de campo dispostas na Lei nº
11.784/2008. É devida, a partir de 01º de março de 2008, aos ocupantes dos cargos de Agente Auxiliar de
Saúde de Saúde Pública, Agente de Saúde Pública e Guarda de Endemias, do Quadro de Pessoal do
Ministério da Saúde e do Quadro de Pessoal da Fundação Nacional de Saúde – FUNASA, regidos pela
Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990 (art. 54 da citada Lei). A referida gratificação foi fixada em valor
certo e determinado, independentemente de qualquer aferição de critério individual ou institucional ou
localidade de lotação do servidor. Nesse prisma, a gratificação não é pro labore faciendo, eis que não
guarda relação com qualquer fator de desempenho individual do servidor ou institucional do órgão a que
está vinculado, assim como não é decorrente do local de trabalho. Tem natureza genérica, sendo uma
gratificação concedida a todos os servidores em atividade que exercem as atribuições estabelecidas na
Lei nº 11.784/2008. Assim, a sua extensão aos inativos é imperativa, eis que indispensável para preservar
a integralidade assegurada constitucionalmente. Em igual sentido, precedente da TNU: PEDILEF
05033027020134058302, Juiz Federal Ronaldo José da Silva, julgamento em 19/11/2015, DOU
05/02/2016. A sentença, no tocante aos juros de mora e à correção monetária, determinou os seguintes
parâmetros:
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modulação de efeitos. Recurso desprovido. Sentença mantida. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da
Lei nº 9.099/95. Honorários advocatícios pela recorrente vencida, fixados em 10% (dez por cento) sobre o
valor da condenação, conforme preceitua o art. 55 da Lei nº 9.099/95.
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A C Ó R D Ã O Decide a Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso da parte ré.
Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.
08/06/2010; TRF2, AG 201102010082882, Oitava Turma Especializada, Rel. Juíza Fed. Conv. FÁTIMA
MARIA NOVELINO SEQUEIRA, E-DJF2R 31/05/2012. 5- No caso em tela, a servidora pública está
executando diferenças de correção monetária de valores atrasados pagos administrativamente em 1991,
sem atualização, devendo ser aplicado aqui o mesmo raciocínio utilizado nos casos dos servidores
inativos e pensionistas. 6- Entender pela aplicação da alíquota ora vigente seria onerar a Autora
duplamente, na medida em que além de não ter recebido o que lhe era devido no momento oportuno,
ainda terá que arcar com um tributo maior, em razão da inércia da Agravante. 7- Ressalte-se que o
Superior Tribunal de Justiça tem ratificado o entendimento de que a incidência de tributos sobre as verbas
devidas a servidores públicos em virtude de decisões judiciais deve observar a legislação tributária
vigente à época em que os pagamentos deveriam ter sido efetuados. Precedentes: STJ, AgRg no Ag
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766.896/SC, 1.ªTurma, Rel. Ministro JOSÉ DELGADO, DJ de 19/03/2007; STJ, AgRg no REsp 1224230,
Rel. Min. BENEDITO GONÇALVES, DJe 01/03/2012; STJ, AgRg no REsp 1168539/RS, Rel. Min.
LAURITA VAZ, DJe 08/11/2011. 8- Agravo de instrumento desprovido. (TRF2 - AG: 201202010157746,
Relator Desembargador Federal Marcus Abraham, Quinta Turma Especializada. julgado em 18/02/2014,
publicado em 06/03/2014). Nesses termos, não merece reparo a sentença recorrida. Recurso desprovido.
Sentença mantida. Acórdão lavrado com fundamento no art. 46 da Lei nº 9.099/95. A União, recorrente
vencida, pagará honorários advocatícios fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor da condenação
(art. 55 da Lei nº 9.099/95).
A C Ó R D Ã O Decide a Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso da parte ré.
Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.
inicial, deve observar o regime de competência, de forma que incida a alíquota conforme a legislação
vigente à época em que as diferenças deveriam ter sido pagas ao servidor. Ainda, declaro que não deve
haver incidência de contribuição para o PSS sobre os juros de mora. Condeno a ré, portanto, a restituir à
parte autora eventual valor excedente de PSS recolhido nos citados processos, corrigidos exclusivamente
pela Taxa SELIC a teor da Lei nº 9.250/95, que afasta a correção monetária e os juros, desde os
recolhimentos indevidos (Precedente: STJ, Resp 1.111.175/SP). A recorrente alega, em suma, a
inaplicabilidade do regime de competência. A parte autora pede na inicial que seja aplicado o regime de
competência à tributação (contribuição previdenciária) de valores recebidos via precatório judicial, visto
que tais valores são atinentes aos anos de 1989 e 1990, época em que a alíquota vigente era de 6% (seis
por cento). No tocante ao mérito propriamente dito, a jurisprudência dos Tribunais Regionais Federais é
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pacífica no sentido de que a retenção da contribuição previdenciária (PSS) do servidor público federal
deve respeitar o regime de competência, conforme julgado do Tribunal Regional Federal da 2ª Região
assim ementado: Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE SENTENÇA. RETENÇÃO DE
CONTRIBUIÇÃO AO PSS. REGIME DE COMPETÊNCIA. APLICAÇÃO DA ALÍQUOTA VIGENTE NO
MOMENTO EM QUE O PAGAMENTO DEVERIA TER SIDO EFETUADO. 1- Trata-se de agravo de
instrumento interposto em face de decisão que determinou que o desconto da contribuição ao Plano de
Seguridade do Servidor - PSS fosse efetuado no percentual vigente quando o pagamento das diferenças
pleiteadas deveriam ter ocorrido, e não na alíquota atual de 11%. 2- Não obstante o Superior Tribunal de
Justiça tenha decidido no REsp 1196777/RS, julgado em regime de recurso repetitivo, que a retenção da
contribuição previdenciária, prevista no art. 16-A da Lei 10.887/2004 incidiria sobre os pagamentos
judiciais ainda que estes se referissem a créditos anteriores à referida lei, foi expressamente ressalvado
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incapacidade laboral. A recorrente reafirma, em suma, a sua incapacidade para o labor. Aduz ainda, que
a r. sentença limitou-se ao laudo pericial, tampouco se prestou a analisar os demais documentos médicos
juntados aos autos. Por fim, sustenta a necessidade de realização de nova perícia médica com
especialista em reumatologia a fim de que sejam esclarecidas as dúvidas em relação à incapacidade
apontada. Com efeito, o benefício de auxílio-doença é devido ao segurado que, cumprido o prazo de
carência, ficar incapacitado para a sua atividade habitual, por mais de 15 dias consecutivos (art. 71 do
Decreto nº 3.048/99). A aposentadoria por invalidez, por seu turno, será devida ao segurado que,
respeitado o período de carência supra, for considerado incapaz e insuscetível de reabilitação para o
exercício de atividade que lhe garanta a subsistência. O exame técnico, realizado em 18/06/2018, após os
procedimentos periciais pertinentes aponta que o autor, idade à época de 34 (trinta e quatro) anos,
escolaridade ensino médio completo e última atividade realizada de técnico de informática, é portador de
sequela de fratura exposta em perna (CID 10: T93.8), que não o incapacita para o exercício de atividade
laborativa. Em suas considerações finais, o médico perito afirma: Trata-se de perícia médica para avaliar
se o periciando tem direito ao benefício previdenciário ora requerido. No caso periciado, conforme acima
exposto, segundo a história da doença, sua evolução e exame físico, todos esses harmônicos entre si,
não foram evidenciados elementos médicos ortopédicos que indicassem a presença de incapacidade
laboral ortopédica atual. Não apresenta elementos concretos que comprovem incapacidade laboral por
conta da patologia apresentada (sequela de fratura exposta em perna - CID10: T93.8) Periciando
consegue desempenhar todas as funções laborais que já desempenhou.
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autora em face de sentença de improcedência proferida em ação ajuizada objetivando o reconhecimento
do direito à isenção de imposto de renda, em razão da existência de moléstia grave. A sentença
fundamentou-se no fato de a parte autora não se encontrar inativa (aposentada). Dispõe o art. 6º, XIV, da
Lei nº 7.713/88, que os proventos de aposentadoria ou reforma motivada por acidente em serviço e os
percebidos pelos portadores de moléstia profissional, tuberculose ativa, alienação mental, esclerose
múltipla, neoplasia maligna, cegueira, hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave,
doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, hepatopatia grave, estados
avançados da doença de Paget (osteíte deformante), contaminação por radiação, síndrome da
imunodeficiência adquirida, com base em conclusão da medicina especializada, mesmo que a doença
tenha sido contraída depois da aposentadoria ou reforma. O Superior Tribunal de Justiça assentou, em
sede de julgamento de recursos repetitivos, o entendimento pela impossibilidade de interpretação
extensiva quanto à abrangência da isenção prevista no art. 6º da Lei nº 7.713/88, verbis: TRIBUTÁRIO.
RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. ART. 543-C, DO CPC. IMPOSTO DE
RENDA. ISENÇÃO. SERVIDOR PÚBLICO PORTADOR DE MOLÉSTIA GRAVE. ART. 6º DA LEI
7.713/88 COM ALTERAÇÕES POSTERIORES. ROL TAXATIVO. ART. 111 DO CTN. VEDAÇÃO À
INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA. 1. A concessão de isenções reclama a edição de lei formal, no afã de
verificarse o cumprimento de todos os requisitos estabelecidos para o gozo do favor fiscal. 2. O conteúdo
normativo do art. 6º, XIV, da Lei 7.713/88, com as alterações promovidas pela Lei 11.052/2004, é explícito
em conceder o benefício fiscal em favor dos aposentados portadores das seguintes moléstias graves:
moléstia profissional, tuberculose ativa, alienação mental, esclerose múltipla, neoplasia maligna, cegueira,
hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson,
espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, hepatopatia grave, estados avançados da doença de
Paget
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literalmente, sendo que, na hipótese, ao conceder a isenção do imposto de renda a partir da data da
comprovação da doença, a Corte a quo isentou a remuneração do servidor, o que vai de encontro à
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recorrente vencida, pagará honorários advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da causa, ficando a
condenação suspensa enquanto perdurar o estado de carência que justificou a concessão da justiça
gratuita, prescrevendo a dívida cinco anos após a sentença final, nos termos do art. 98, §3º, do CPC/15. A
C Ó R D Ã O Decide a Turma Recursal, à unanimidade, negar provimento ao recurso da parte ré. Turma
Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.
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termos do art. 5º do Decreto 2.562/1998 (revogado pelo Decreto 7.014/2009), o que contraria o
entendimento firmado pela TNU. III - Recurso da União Federal conhecido e desprovido. Sem custas.
Condenação da recorrente vencida ao pagamento de honorários sucumbenciais de 10% sobre o valor da
condenação (art. 55, caput, da Lei 9.099/1995). 5. Reputo configurada a divergência. Prossigo quanto à
análise meritória. 6. Com efeito, não obstante esta Turma Nacional de Uniformização já tenha adotado
entendimento no sentido do aresto recorrido, é de rigor observar que recentemente a matéria foi objeto de
análise pelo e. Superior Tribunal de Justiça, o qual vem adotando o posicionamento segundo o qual deve
ser aplicada a legislação que regulamenta a progressão funcional dos policiais federais, qual seja, o art.
2º, parágrafo único, da Lei 9266/96 e o art. 5º do Decreto 2.565/98, segundo o qual a progressão dos
autores deve se dar no mês de março do ano subsequente, quando implementados os requisitos para a
referida promoção. 7. Diversos julgados confirmam aludido entendimento, in verbis: EMENTA:
PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL.
POLICIAL FEDERAL. PROGRESSÃO NA CARREIRA. REQUISITOS. CUMPRIMENTO. EFEITOS
FINANCEIROS. LEI
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de Uniformização de Jurisprudência interposto, nos termos do votoementa do Juiz Federal Relator.
(PEDILEF 201050500054126, JUIZ FEDERAL FERNANDO MOREIRA GONÇALVES, TNU, DOU
12/09/2017 PÁG. 49/58.) Assim, não há que se falar em não recepção constitucional dos art. 10 e 19 do
Decreto nº 84.669/80. Recurso desprovido. Sentença mantida. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da
Lei nº 9.099/95. A parte autora, recorrente vencida, pagará honorários advocatícios de 10% sobre o valor
corrigido da causa, ficando a condenação suspensa enquanto perdurar o estado de carência que
justificou a concessão da justiça gratuita, prescrevendo a dívida cinco anos após a sentença final, nos
termos do art. 98,§3º, do CPC/15. A C Ó R D Ã O Decide a Turma Recursal, por unanimidade, negar
provimento ao recurso da parte autora. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF,
24/10/2019.
stress. Apesar das patologias acima citadas, no momento da realização desta pericia medica, não foram
encontrados, no exame físico e na análise dos laudos médicos e dos exames complementares, elementos
suficientes que justifiquem o afastamento das suas atividades laborativas (Secretária). Não há
incapacidade para a realização de atividades laborativas. Estas patologias não têm origem traumática e
não podem ser atribuída a acidente de trabalho ou doença profissional ou doença do trabalho. DID:
10/10/2008. DII: Não se aplica. O segundo exame pericial, realizado em 11/04/2018, por médica
reumatologista, aponta que a autora é portadora de fibromialgia, que não a incapacita para o exercício de
atividade laboral. Registre-se, por oportuno, que havendo divergência entre as conclusões de laudo
pericial do INSS e laudos médicos particulares, no tocante à capacidade laborativa do requerente, cabe,
em regra, à perícia médica oficial proceder ao deslinde da questão. Nesse sentido, julgado do TRF da 1ª
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Região: AC 2006.35.01.004237-3/GO, Rel. Desembargadora Federal Neuza Maria Alves da Silva,
Segunda Turma, e-DJF1 p.202 de 27/04/2009. Desse modo, a prova produzida pela parte demandante
deve ser robusta, a ponto de o magistrado formar seu convencimento em sentido contrário à perícia
administrativa feita pelo INSS e à perícia judicial a cargo do perito nomeado pelo juízo, não bastando a
simples descrição de moléstias e conclusão pela existência de incapacidade. Também não há que se
falar na análise de sua (in)viabilidade de reinserção no mercado de trabalho, visto que tal discussão
restringe-se ao caso de o laudo médico atestar a incapacidade definitiva e parcial, não verificada na
hipótese. Consigne-se, todavia, que a coisa julgada material em matéria de benefício previdenciário por
incapacidade submete-se a cláusula rebus sic stantibus, nada impedindo, portanto, que a parte autora
tenha, em caso de alteração do estado de saúde, o seu quadro clínico reavaliado pela autarquia
previdenciária e, se for o caso, pelo próprio Poder Judiciário. Sentença mantida. Recurso desprovido.
Acórdão proferido nos moldes do art. 46 da Lei nº 9.099/95. A parte autora, recorrente vencida, pagará
honorários advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da causa, ficando a condenação suspensa
enquanto perdurar o estado de carência que justificou a concessão da justiça gratuita, prescrevendo a
dívida cinco anos após a sentença final, nos termos do art. 98, §3º, do CPC/15.
A C Ó R D Ã O Decide a Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso da parte autora.
Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.
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incorporada aos autos não traz a descrição do cargo exercido pelo autor na “Nonato Lopes Ltda.”
indústria gráfica. Tal fato impede a análise da possibilidade de enquadramento do tempo de serviço como
especial por categoria profissional. Ademais, não constam nos autos formulários nem laudos que
demonstrem a sujeição a qualquer fator de risco. Nos intervalos de 02/06/1980 a 30/06/1980, 20/09/1983
a 03/03/1985, 01/03/1985 a 19/04/1985 e 01/08/1987 a 08/04/1988 o segurado desempenhou em
indústria gráfica, de acordo com a CTPS, as profissões de compositor, chapista, tipógrafo e chapista
respectivamente. Com efeito, o item 2.5.8 do anexo II do Decreto n° 83.080/79 e o item 2.5.5 do Decreto
nº 53.831/64 arrolam o trabalho na indústria gráfica e editorial como insalubre, apontando as funções:
“INDÚSTRIA GRÁFICA E EDITORIAL Monotipistas, linotipistas, fundidores de monotipo, fundidores de
linotipo, fundidores de estereotipia, eletrotipistas, estereotipistas, galvanotipistas, titulistas, compositores,
biqueiros, chapistas, tipógrafos, caixistas, distribuidores, paginadores, emendadores, impressores,
minervistas, prelistas, ludistas, litógrafos e fotogravadores”, como presumidamente submetidas a agentes
nocivos à saúde. Assim, entendo que as profissões de compositor, chapista e tipógrafo deve ser
presumidas especiais, por serem exercidas em indústria gráfica. (...) No tocante ao intervalo de
01/10/1994 a 03/01/2002 em que parte do período (01/10/1994 a 28/04/1995) admite enquadramento em
categoria profissional, nota-se da CTPS que a parte autora exerceu o ofício de chapista na “Gráfica
Canaã Ltda-ME”. Sendo assim, reconheço como especial o lapso de (01/10/1994 a 28/04/1995) pelos
motivos já expostos acima com fulcro no item 2.5.8 do anexo II do Decreto n° 83.080/79 e no item 2.5.5
do Decreto nº 53.831/64. (...) Quanto ao período posterior (28/04/1995 a 03/01/2002) em que o autor
continuou a trabalhar como chapista para a Gráfica Canaã ele apresentou o laudo Técnico de condições
ambientais do trabalho e formulário de PPP os quais atestam a exposição habitual e permanente a
agentes químicos (hidrocarbonetos aromáticos, ácidos, tintas, graxa, reveladores, thinner,
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estava o autor, nos termos da legislação vertente, exposto de forma habitual e permanente a agentes
nocivos. Como se vê, não existe comprovação do exercício de labor em condições especiais no período
que a parte autora pretende comprovar. O pedido, assim, deve ser julgado improcedente. Dessa forma,
verifica-se que o autor NÃO POSSUI 25 ANOS DE ATIVIDADE ESPECIAL, o que determina a
improcedência do pedido de aposentadoria especial. Diante do exposto, ante ao não preenchimento dos
requisitos legais, impõe-se o decreto de improcedência dos pedidos. O segurado que presta serviços sob
condições especiais faz jus ao cômputo do tempo nos moldes da legislação previdenciária vigente à
época em que realizada a atividade e efetivamente prestado o serviço. É a consagração do princípio lex
tempus regit actum, segundo o qual o deslinde da questão deve levar em conta a lei vigente à época dos
fatos. Até 28/04/1995, os requisitos para comprovação da atividade especial estavam definidos no
Decreto nº 53.831/64 e no Decreto nº 83.080/79, o qual não determinava a apresentação de laudo pericial
para comprovação do exercício de atividade especial. Com o advento das Leis nº 9.032/95 e nº 9.528/97
– que alteraram sobremaneira os dispositivos da Lei nº 8.213/91 sobre a matéria, a concessão da
aposentadoria especial passou a depender de comprovação da efetiva exposição do segurado aos
agentes nocivos, primeiro, mediante a apresentação dos formulários SB-40 ou DSS-8030 e, depois,
mediante formulário, na forma estabelecida pelo Instituto Nacional do Seguro Social, emitido pela
empresa ou por seu preposto, com base em laudo técnico de condições ambientais do trabalho expedido
por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho. Assim, de forma resumida, podemos
estabelecer: até 28/04/1995 é possível o reconhecimento com base na categoria profissional; de
29/04/1995 a 05/03/97, necessidade de comprovação da efetiva submissão aos agentes perniciosos, por
intermédio dos formulários SB-40 e DSS-8030 ou PPP referente à categoria profissional; a partir de
06/03/97, necessidade de comprovação por intermédio de laudo técnico. Em relação ao período de
01/02/1980 a 30/04/1980, ausente o interesse recursal, eis que a sentença rejeitou o reconhecimento da
especialidade da atividade desenvolvida no referido período.
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de inconstitucionalidade incidental do parágrafo único do art. 87, dos incisos I, II e III do art. 88 e do
Anexo XCVI da Lei nº 13.324/2016; à declaração da natureza genérica de gratificação de desempenho; e
o pagamento das diferenças correspondentes. O Supremo Tribunal Federal possui pacífico entendimento
no sentido de que o direito à paridade relativo às gratificações de desempenho tem como marco final a
homologação do primeiro ciclo avaliativo, verbis: Ementa: CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. GRATIFICAÇÕES FEDERAIS DE DESEMPENHO.
TERMO FINAL DO PAGAMENTO EQUIPARADO ENTRE ATIVOS E INATIVOS. REDUÇÃO DO VALOR
PAGO AOS APOSENTADOS E PENSIONISTAS E PRINCÍPIO DA IRREDUTIBILIDADE DE
VENCIMENTOS. 1. Revelam especial relevância, na forma do art. 102, § 3º, da Constituição, duas
questões concernentes às chamadas gratificações federais de desempenho: (I) qual o exato momento em
que as gratificações deixam de ter feição genérica e assumem o caráter pro labore faciendo, legitimando
o pagamento diferenciado entre servidores ativos e inativos; (II) a redução do valor pago aos aposentados
e pensionistas, decorrente da supressão, total ou parcial, da gratificação, ofende, ou não, o princípio da
irredutibilidade de vencimentos. 2. Reafirma-se a jurisprudência dominante desta Corte nos termos da
seguinte tese de repercussão geral: (I) O termo inicial do pagamento diferenciado das gratificações de
desempenho entre servidores ativos e inativos é o da data da homologação do resultado das avaliações,
após a conclusão do primeiro ciclo; (II) A redução, após a homologação do resultado das avaliações, do
valor da gratificação de desempenho paga aos inativos e pensionistas não configura ofensa ao princípio
da irredutibilidade de vencimentos. 3. Essas diretrizes aplicam-se a todas as gratificações federais de
desempenho que exibem perfil normativo semelhante ao da Gratificação de Desempenho da Carreira da
Previdência, da Saúde e do Trabalho (GDPST), discutida nestes autos. A título meramente
exemplificativo, citam-se: Gratificação de Desempenho de Atividade do Seguro
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Dessa forma, efetivado o primeiro ciclo avaliativo, não há que se falar em continuidade do pagamento
paritário em relação aos servidores ativos, nem tampouco em ofensa ao princípio da irredutibilidade dos
vencimentos. Ressalte-se que a previsão em lei, concernente aos servidores ativos, de retroação dos
efeitos financeiros do 1º ciclo de avaliação à data da regulamentação das avaliações ou à data de
implementação da gratificação não autoriza o pagamento complementar aos inativos, para além da
parcela genérica, visto que não submetidos a qualquer avaliação, não se demonstrando, dessa forma,
qualquer violação ao direito constitucional da paridade. Registre-se, também, que as leis que autorizam a
incorporação das gratificações de desempenho pelos servidores ativos condicionam-na a requisitos
específicos, a exemplo da data da inatividade e à média das pontuações recebidas nos últimos sessenta
meses de inatividade, conforme o art. 87 e o art. 88 da Lei nº 13.324/16, verbis: Art. 87. É facultado aos
servidores, aos aposentados e aos pensionistas que estejam sujeitos ao disposto nos arts. 3º, 6º ou 6º-A
da Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003, ou no art. 3º da Emenda Constitucional nº
47, de 5 de julho de 2005,optar pela incorporação de gratificações de desempenho aos proventos de
aposentadoria ou de pensão, nos termos dos arts. 88 e 89, relativamente aos seguintes cargos, planos e
carreiras: I - Plano de Carreiras para a área de Ciência e Tecnologia, de que trata a Lei nº 8.691, de 28 de
julho de 1993; II - Plano de Carreira dos Cargos de Tecnologia Militar, de que trata a Lei nº 9.657, de 3 de
junho de 1998; III - Carreira Previdenciária, de que trata a Lei no 10.355, de 26 de dezembro de 2001; IV -
523
Plano de Classificação de Cargos, de que trata a Lei no 5.645, de 10 de dezembro de 1970; V - Carreira
da Seguridade Social e do Trabalho, de que trata a Lei no 10.483, de 3 de julho de 2002;
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que trata a Lei no 11.046, de 27 de dezembro de 2004; X - Plano Especial de Cargos do Departamento de
Polícia Rodoviária Federal, de que trata a Lei no 11.095, de 13 de janeiro de 2005; XI - cargos dos
Quadros de Pessoal do Ministério do Meio Ambiente, do Ibama e do Instituto Chico Mendes, de que trata
a Lei no 11.156, de 29 de julho de 2005; XII - Carreira de Especialista em Meio Ambiente, de que trata a
Lei no 11.156, de 29 de julho de 2005; XIII - Carreira da Previdência, da Saúde e do Trabalho, de que
trata a Lei no 11.355, de 19 de outubro de 2006; XIV - Plano Especial de Cargos da Embratur, de que
trata a Lei no 11.356, de 19 de outubro de 2006; XV - Plano Geral de Cargos do Poder Executivo, de que
trata a Lei nº 11.357, de 19 de outubro de 2006; XVI - Plano Especial de Cargos do Ministério do Meio
Ambiente e do Ibama, de que trata a Lei nº 11.357, de 19 de outubro de 2006; XVII - Agente Auxiliar de
Saúde Pública, Agente de Saúde Pública e Guarda de Endemias, do Quadro de Pessoal do Ministério da
Saúde e do Quadro de Pessoal da Funasa, de que trata a Lei no 11.784, de 22 de setembro de 2008;
XVIII - Plano de Carreiras e Cargos do Hospital das Forças Armadas - PCCHFA, de que trata a Lei no
11.784, de 22 de setembro de 2008; XIX - Quadro de Pessoal da Funai, de que trata o art. 110 da Lei no
11.907, de 2 de fevereiro de 2009; XX - Plano de Carreiras e Cargos de Pesquisa e Investigação
Biomédica em Saúde Pública, de que trata a Lei nº 11.907, de 2 de fevereiro de 2009; XXI - Plano
Especial de Cargos do Ministério da Fazenda - PECFAZ, de que trata a Lei nº 11.907, de 2 de fevereiro
de 2009; XXII - cargos de que trata o art. 22 da Lei no 12.277, de 30 de junho de 2010; XXIII - cargos do
Departamento Nacional de Auditoria do Sistema Único de Saúde - DENASUS de que trata o art. 30 da
Lei no 11.344, de 8 de setembro de 2006; e XXIV - PCTAF, de que trata esta Lei.
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em verdadeira exceção à norma paradigma geral, reclama atuação diversa da estabelecida pela Magna
Carta. Isso porque o saldo da conta de FGTS em questão – relativa ao vínculo trabalhista mantido com a
Fundação Hospitalar do Distrito Federal – teve origem em depósito recursal realizado perante a Justiça do
Trabalho. Portanto, é de se reconhecer a competência da Justiça do Trabalho para o julgamento do
pedido de levantamento alusivo à referida conta, pouco importando o fato de a sentença trabalhista ter ou
não transitado em julgado. (...) Não há, portanto, como afastar a incompetência da Justiça Federal para
processar e julgar o presente feito. Com efeito, o Superior Tribunal de Justiça já se manifestou sobre o
tema, fixando a competência da Justiça do Trabalho, nas causas em que a controvérsia é atinente ao
levantamento de valores depositados de forma a possibilitar a interposição de recurso em reclamatória
trabalhista, verbis: CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. ALVARÁ JUDICIAL QUE BUSCA O
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LEVANTAMENTO DE QUANTIA DEPOSITADA NOS AUTOS DE RECLAMAÇÃO TRABALHISTA.
COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. 1. Compete à Justiça do Trabalho apreciar pedido de
alvará judicial que busca o levantamento de valores depositados em conta de FGTS, a título de preparo
de recurso interposto nos autos de reclamação trabalhista. 2. Conflito conhecido para declarar
competente o Juízo da 12ª Vara do Trabalho de Goiânia - GO, o suscitante.
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Desempenho em Regulação - GEDR; Gratificação de Desempenho do Plano Geral de Cargos do Poder
Executivo – GDPGPE; Gratificação de Desempenho de Atividade Previdenciária - GDAP ; Gratificação de
Desempenho de Atividade TécnicoAdministrativa - GDATA; Gratificação de Desempenho de Atividade
Fazendária - GDAFAZ. 4. Repercussão geral da matéria reconhecida, nos termos do art. 1.035 do CPC.
Jurisprudência do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL reafirmada, nos termos do art. 323-A do Regimento
Interno.
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Dessa forma, efetivado o primeiro ciclo avaliativo, não há que se falar em continuidade do pagamento
paritário em relação aos servidores ativos, nem tampouco em ofensa ao princípio da irredutibilidade dos
vencimentos. Ressalte-se que a previsão em lei, concernente aos servidores ativos, de retroação dos
efeitos financeiros do 1º ciclo de avaliação à data da regulamentação das avaliações ou à data de
implementação da gratificação não autoriza o pagamento complementar aos inativos, para além da
parcela genérica, visto que não submetidos a qualquer avaliação, não se demonstrando, dessa forma,
qualquer violação ao direito constitucional da paridade. Registre-se, também, que as leis que autorizam a
incorporação das gratificações de desempenho pelos servidores ativos condicionam-na a requisitos
específicos, a exemplo da data da inatividade e à média das pontuações recebidas nos últimos sessenta
meses de inatividade, conforme o art. 87 e o art. 88 da Lei nº 13.324/16, verbis: Art. 87. É facultado aos
servidores, aos aposentados e aos pensionistas que estejam sujeitos ao disposto nos arts. 3º, 6º ou 6º-A
da Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003, ou no art. 3º da Emenda Constitucional nº
47, de 5 de julho de 2005,optar pela incorporação de gratificações de desempenho aos proventos de
aposentadoria ou de pensão, nos termos dos arts. 88 e 89, relativamente aos seguintes cargos, planos e
carreiras: I - Plano de Carreiras para a área de Ciência e Tecnologia, de que trata a Lei nº 8.691, de 28 de
julho de 1993; II - Plano de Carreira dos Cargos de Tecnologia Militar, de que trata a Lei nº 9.657, de 3 de
junho de 1998; III - Carreira Previdenciária, de que trata a Lei no 10.355, de 26 de dezembro de 2001; IV -
Plano de Classificação de Cargos, de que trata a Lei no 5.645, de 10 de dezembro de 1970; V - Carreira
da Seguridade Social e do Trabalho, de que trata a Lei no 10.483, de 3 de julho de 2002;
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de janeiro de 2019: o valor integral da média dos pontos da gratificação de desempenho recebidos nos
últimos sessenta meses de atividade. Verifica-se, assim, que a incorporação facultada em lei não altera a
natureza da gratificação, que não ostenta caráter genérico, a ser extensível a todos os servidores ativos.
Não se evidencia, desse modo, a inconstitucionalidade apontada pela parte autora, porquanto não resta
configurada ofensa à paridade. Sentença mantida. Recurso desprovido. Acórdão lavrado com fundamento
no art. 46 da Lei nº 9.099/95. A parte autora, recorrente vencida, pagará honorários advocatícios de 10%
sobre o valor corrigido da causa, ficando a condenação suspensa enquanto perdurar o estado de carência
que justificou a concessão da justiça gratuita, prescrevendo a dívida cinco anos após a sentença final, nos
termos do art. 98, §3º, do CPC/15. A C Ó R D Ã O Decide a Turma Recursal, por unanimidade, negar
provimento ao recurso da parte autora. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF,
24/10/2019.
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MORATÓRIOS. AUSÊNCIA DE INTERESSE DE AGIR. RECURSO DESPROVIDO. Recurso inominado
interposto pela parte autora em face de sentença extintiva proferida em ação ajuizada objetivando a
declaração de inexigibilidade de contribuição previdenciária incidente sobre os valores recebidos
judicialmente a título de juros moratórios. A sentença consignou em sua fundamentação a ausência de
interesse de agir, visto que o direito postulado encontra-se reconhecido no âmbito administrativo. Com
efeito, em se tratando de direito, cujo conteúdo não é objeto de impugnação pela Administração Pública e
inexistindo no feito qualquer prova de resistência por parte da ré na esfera administrativa, ante a ausência
de comprovação de requerimento junto à Administração Tributária, há de ser mantida a sentença
extintiva. Sentença mantida. Recurso da parte autora desprovido. Acórdão proferido nos moldes do art. 46
da Lei nº 9.099/95. A parte autora, recorrente vencida, pagará honorários advocatícios de 10% sobre o
valor corrigido da causa (art. 55 da Lei nº 9.099/95). A C Ó R D Ã O Decide a Turma Recursal, por
unanimidade, negar provimento ao recurso da parte autora. Turma Recursal, Juizado Especial
Federal/SJDF, 24/10/2019.
unanimidade, negar provimento ao recurso da parte autora. Turma Recursal, Juizado Especial
Federal/SJDF, 24/10/2019.
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ADVG/PROC. : - CELIA FERREIRA TAVARES DE LYRA
Administração Tributária tem o poder/dever de revisar de ofício o lançamento quando se comprove erro
de fato quanto a qualquer elemento definido na legislação tributária como sendo de declaração obrigatória
(art. 145, III, c/c art. 149, IV, do CTN). 2. A este poder/dever corresponde o direito do contribuinte de
retificar e ver retificada pelo Fisco a informação fornecida com erro de fato, quando dessa retificação
resultar a redução do tributo devido. 3. Caso em que a Administração Tributária Municipal, ao invés de
corrigir o erro de ofício, ou a pedido do administrado, como era o seu dever, optou pela lavratura de cinco
autos de infração eivados de nulidade, o que forçou o contribuinte a confessar o débito e pedir
parcelamento diante da necessidade premente de obtenção de certidão negativa. 4. Situação em que o
vício contido nos autos de infração (erro de fato) foi transportado para a confissão de débitos feita por
ocasião do pedido de parcelamento, ocasionando a invalidade da confissão. 5. A confissão da dívida não
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inibe o questionamento judicial da obrigação tributária, no que se refere aos seus aspectos jurídicos.
Quanto aos aspectos fáticos sobre os quais incide a norma tributária, a regra é que não se pode rever
judicialmente a confissão de dívida efetuada com o escopo de obter parcelamento de débitos tributários.
No entanto, como na situação presente, a matéria de fato constante de confissão de dívida pode ser
invalidada quando ocorre defeito causador de nulidade do ato jurídico (v.g. erro, dolo, simulação e
fraude). Precedentes: REsp. n. 927.097/RS, Primeira Turma, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, julgado em
8.5.2007; REsp 948.094/PE, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, Primeira Turma, julgado em 06/09/2007;
REsp 947.233/RJ, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, julgado em 23/06/2009; REsp 1.074.186/RS, Rel.
Min. Denise Arruda, Primeira Turma, julgado em 17/11/2009; REsp 1.065.940/SP, Rel. Min. Francisco
Falcão, Primeira Turma, julgado em 18/09/2008. 6. Divirjo do relator para negar provimento ao recurso
especial. Acórdão submetido ao regime do art. 543-C, do CPC, e da Resolução STJ n. 8/2008. (STJ,
REsp 1133027/SP, Rel. Ministro LUIZ FUX, Rel. p/ Acórdão Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES,
PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 13/10/2010, DJe 16/03/2011) No caso concreto, a autora foi intimada
para comprovar as despesas efetuadas com médicos e com instrução e declaradas na declaração de
imposto de renda do exercício 2005, ano-calendário 2004. Contudo, não atendeu à intimação no prazo
fixado. Por tal razão, foi lançado imposto de renda suplementar por glosa dos valores deduzidos com
médicos (R$ 21.943,18) e com instrução (R$ 1.998,00). Após, a autora resolveu aderiu ao parcelamento
previsto na Lei nº 11.941/2009, firmando, assim, confissão irretratável da dívida. Nesse caso, não há
possibilidade de se discutir judicialmente o débito, uma vez que a discussão cinge-se aos aspectos fáticos
sobre os quais incide a norma
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não merece subsistir. Argumenta, ainda, que, ainda que tivesse enviado para o endereço correto, a
recorrente tem o pleno direito de se socorrer do manto do Poder Judiciário para coibir atos de
enriquecimento
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medida em que se os valores pagos são admitidos para dedução de imposto, pelo que conclui-se que não
há que se falar em qualquer tipo de pagamento de tributo. Declara a recorrente que ao aderir ao
parcelamento não reconheceu/confessou ter deduzido indevidamente, confessou, por indução de forma
incorreta da RFB, a necessidade de pagamento do tributo para fins de extinção e/ou suspensão da
exigibilidade do crédito tributário, onde após a verificação de que havia sido induzida a erro procurou o
manto do Poder Judiciário com intuito de afastar a referida ilegalidade da Administração Pública. Assim,
conclui-se que a confissão da dívida no caso presente, por ter sido feita mediante indução em erro da
própria RFB, pode ser revista pelo manto do Poder Judiciário, na medida em que no caso presente as
normas e as provas de dedução se amoldam no caso presente e, sendo dessa forma, não há que se falar
em pagamento de qualquer tipo de tributo. Por fim, pugna seja anulado o débito parcelado nos autos do
Processo Administrativo n.º 10166.401792/2010-87, tendo em vista a legalidade da dedução das
despesas suportadas, bem como seja condenada a União Federal (Fazenda Nacional) a restituir, via
Requisição de Pequeno Valor – RPV, as quantias glosadas e autuadas pela Receita Federal do Brasil
(“RFB”), bem como seja determinado o imediato levantamento dos valores já depósitos em Juízo na conta
vinculada n.º 3911.635.965213-4 da Caixa Econômica Federal (“CEF”). Registre-se, por oportuno, que
foram apresentadas contrarrazões, em 11.01.2019. A sentença recorrida afirma em sua fundamentação
que não há possibilidade de se discutir judicialmente o débito, uma vez que a discussão cinge-se aos
aspectos fáticos sobre os quais incide a norma tributária, não havendo qualquer alegação de que houve
defeito causador da nulidade da referida confissão. Noutras palavras, ao aderir ao parcelamento, a autora
reconheceu/confessou ter deduzido indevidamente os valores acima mencionados na declaração de
imposto de renda do exercício 2005, ano-calendário 2004. Tais as circunstâncias, não há possibilidade de
discussão judicial acerca do débito confessado. Desse modo, é possível depreender que a sentença
alicerçou-se no ponto em que afirma não ser possível discutir judicialmente o débito, visto que houve
parcelamento da dívida junto à ré, referindo como embasamento da fundamentação o REsp. n.
1.133.027/SP. Registre-se que o aludido REsp dispõe sobre a possibilidade de aferição acerca de
eventual nulidade do parcelamento, em face de vício no ato jurídico, estabelecendo que a matéria de fato
constante de confissão de dívida pode ser invalidada quando ocorre defeito causador de nulidade do ato
jurídico. Ressalte-se que o ato jurídico pode ser invalidado caso haja vício de vontade, como erro ou
dolo. O erro é a falsa noção da realidade; do real estado ou situação das coisas. A pessoa supõe que é
uma coisa, mas na verdade se trata de outra. Há manifestação da vontade sem corresponder com o seu
íntimo e verdadeiro querer. O dolo ocorre quando o erro é induzido ou causado por uma das partes (por
ação ou omissão). É caracterizado pela falsa imagem que o declarante tem acerca do objeto da
declaração, ou acerca da natureza do próprio negócio, da existência, ou do significado jurídico de uma lei.
Esta imagem equivocada poderia ter sido formada por qualquer pessoa com atenção mediana. Conforme
o art. 138 do CC, “são anuláveis os negócios jurídicos, quando as declarações de vontade emanarem de
erro substancial que poderia ser percebido por pessoa de diligência normal, em face das circunstâncias
do negócio." No caso concreto, não assiste razão à recorrente.
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posteriormente remetido para o JEF. Nesse ponto, deve ser destacado que não se observa da petição
inicial qualquer referência à nulidade da intimação por edital, assim como na ocasião em que impugnou a
mencionada notificação. Por seu turno, apenas na oportunidade em que a autora apresentou Réplica à
Contestação da União, aos 18.10.2011, houve alegação no sentido de que a intimação realizada por
edital teria sido encaminhada para endereço diverso do cadastrado junto à ré. Nesse ponto, ainda que a
alegação de nulidade da notificação houvesse sido referida nas primeiras oportunidades em que a autora
manifestou-se nos autos do processo administrativo ou do judicial, não foram trazidos aos autos qualquer
prova de que a recorrente atualizou o seu endereço de correspondência junto à ré antes de expedida a
notificação pelos Correios, em 1º.04.2008, tampouco antes da fixação do edital, ocorrida em 25.08.2008.
Registre-se, por oportuno, que há dos autos apenas uma tela da SRF (VIC – visão integrada contribuinte),
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datada de 04.09.2009, da qual se observa constar o alegado endereço atualizado da autora, qual seja,
Condomínio Vila de Montagne, quadra 07, casa 21, Lago Sul, Brasília-DF. Nesse contexto,
considerando-se que a parte autora estava devidamente assistida por advogado, desde 25.11.2008, e
que, um dia antes da realização do parcelamento, o mesmo causídico teve vista dos autos do processo
administrativo, em 05.07.2010, vindo a autora a aderir ao parcelamento da dívida tributária em
06.07.2010, não há como acolher a tese recursal de que a recorrente foi compelida e induzida,
equivocadamente, pela ré a realizar o aludido parcelamento da dívida e que, em razão disso, tal ato seria
nulo. Não se constata a ocorrência de erro ou dolo. Não se verifica que a adesão deu-se em face de
ausência de conhecimento ou falsa noção da realidade; ou, ainda, em face da falta de conhecimento
sobre qualquer questão que ensejasse a irregularidade do lançamento. A parte autora, assistida por
advogado, dotado de conhecimento jurídico, tinha plena possibilidade de analisar o quadro posto após a
lavratura do auto de infração e respectivo lançamento tributário
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AgR/PB (DJE 13/08/2012), já havia se manifestado sobre o tema, afastando o reajuste pretendido. Dessa
forma, concluiu o juiz federal relator que, diante do entendimento contrário à pretensão do requerente
manifestado pela Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça, e, especialmente, ante a clara
sinalização do STF no sentido do entendimento que está assentado na TNU, não haveria, por ora, razão
para modificá-lo." (Processo nº 0512117-46.2014.4.05.8100, julgado em 16/06/2016).
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UNIFORMIZAÇÃO, DO STJ E DO STF. PEDIDO INICIAL IMPROCEDENTE. AGRAVOS
DESPROVIDOS. Autos recebidos da Coordenação das Turmas Recursais dos Juizados Especiais
Federais para análise de agravos internos interpostos pela parte autora contra a decisão que inadmitiu o
incidente de uniformização e/ou negou seguimento a recurso extraordinário interpostos pela parte ré em
face de acórdão proferido em ação ajuizada por servidor público federal objetivando o reajuste de
13,23%, determinando, ainda, o retorno dos autos a esta Turma de origem para juízo de adequação. A
Turma Nacional de Uniformização decidiu a matéria no PEDILEF nº 051211746.2014.4.05.8100, o qual
considerou assentada a inexistência do direito ao reajuste de 13,23%, nos seguintes termos: INCIDENTE
DE UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA. REPRESENTATIVO DA CONTROVÉRSIA (RI/TNU, ART.
17, VII). ADMINISTRATIVO. SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS. VANTAGEM PECUNIÁRIA
INDIVIDUAL (R$ 59,87). LEI Nº 10.698/2003. ENTENDIMENTO CONSOLIDADO NA TNU. NATUREZA
JURÍDICA DE REAJUSTE GERAL AFASTADA. INEXISTENTE O DIREITO DE REAJUSTE DE
VENCIMENTOS NO PERCENTUAL DE 13,23%. DECISÃO DA 2ª TURMA DO STF NA RECLAMAÇÃO
Nº 14.872 NO MESMO SENTIDO. INCIDENTE. CONHECIDO E DESPROVIDO. A TNU considerou,
ainda, "que a 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal, em recente decisão (31/05/2016), confirmou a
decisão monocrática proferida pelo Ministro Gilmar Mendes na Reclamação nº 14.872, que suspendeu a
decisão prolatada pela 1ª Turma do Tribunal Regional Federal da Primeira Região, nos autos do Processo
n. 2007.34.00.041467-0, que havia reconhecido o direito ao reajuste de vencimentos objeto do presente
incidente, entendendo que a decisão do Regional afrontaria as Súmulas Vinculantes nºs 10 e 37 daquela
Corte. Além disso, registrou o relator que a 2ª Turma do STF, por ocasião do julgamento do ARE 649212
AgR/PB (DJE 13/08/2012), já havia se manifestado sobre o tema, afastando o reajuste pretendido. Dessa
forma, concluiu o juiz federal relator que, diante do entendimento contrário à pretensão do requerente
manifestado pela Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça, e, especialmente, ante a clara
sinalização do STF no sentido do entendimento que está assentado na TNU, não haveria, por ora, razão
para modificá-lo." (Processo nº 0512117-46.2014.4.05.8100, julgado em 16/06/2016).
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observância dos precedentes firmados pela Turma Nacional de Uniformização, pelo Superior Tribunal de
Justiça e pelo Supremo Tribunal Federal, o pedido inicial há de ser julgado improcedente. Assim,
considerando que a decisão agravada está em consonância com os precedentes citados, os agravos
devem ser desprovidos e o acórdão proferido por esta Turma há de ser adequado, para negar provimento
ao recurso da parte autora, julgando improcedente o pedido inicial. Acórdão lavrado nos termos do art. 46
da Lei nº 9.099/95. A C Ó R D Ã O Decide a Turma Recursal, à unanimidade, negar provimento aos
agravos da parte autora e adequar o acórdão proferido por esta turma, para julgar improcedente o pedido
inicial, ante o entendimento firmado pela Turma Nacional de Uniformização, pelo STJ e pelo STF. Turma
Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF – 24/10/2019.
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Sul-SINDSERF/RS, sob pena de afronta à Súmula Vinculante 37/STF. 5. Embargos de Declaração da
União acolhidos, com efeitos modificativos, a fim de reconhecer ser indevida a concessão do reajuste de
12,23% incidente sobre a remuneração dos Servidores substituídos. Ressalva do ponto de vista pessoal
do Relator. (EDcl no AgRg no REsp 1293208/RS, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO,
PRIMEIRA TURMA, julgado em 20/06/2017, DJe 28/06/2017) Por fim, em recente decisão, o Supremo
Tribunal Federal reafirmou, após reconhecer a repercussão geral da matéria, a ausência do direito ao
reajuste de 13,23%, verbis: EMENTA Recurso extraordinário com agravo. Constitucional e Administrativo.
Instituição de Vantagem Pecuniária Individual (VPI). Lei nº 10.698/03. Direito ao reajuste de 13,23%.
Orientação de ausência de repercussão geral firmada no julgamento do ARE nº 800.721-RG/PE (Tema nº
719). Exame do mérito da controvérsia em sede de reclamação. Súmula Vinculante nº 37 do Supremo
Tribunal Federal. Revisão do Tema nº 719. Repercussão geral reconhecida. Reafirmação da
jurisprudência consolidada no STF. Concessão de reajuste pelo Poder Judiciário com base no princípio
de isonomia. Impossibilidade.
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Corte. Além disso, registrou o relator que a 2ª Turma do STF, por ocasião do julgamento do ARE 649212
AgR/PB (DJE 13/08/2012), já havia se manifestado sobre o tema, afastando o reajuste pretendido. Dessa
forma, concluiu o juiz federal relator que, diante do entendimento contrário à pretensão do requerente
manifestado pela Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça, e, especialmente, ante a clara
sinalização do STF no sentido do entendimento que está assentado na TNU, não haveria, por ora, razão
para modificá-lo." (Processo nº 0512117-46.2014.4.05.8100, julgado em 16/06/2016).
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O Superior Tribunal de Justiça tem decidido, in verbis: PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. SERVIDOR PÚBLICO
FEDERAL. VPI INSTITUÍDA PELA LEI 10.698/2003. CUMPRIMENTO À DECISÃO DO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL PROFERIDA NA RECLAMAÇÃO 25.528/RS. OBSERVÂNCIA À SÚMULA
VINCULANTE 37/STF. EMBARGOS DA UNIÃO ACOLHIDOS, COM EFEITOS MODIFICATIVOS. 1. A
teor do disposto no art. 1.022 do Código Fux (CPC/2015), os Embargos de Declaração destinam-se a
suprir omissão, afastar obscuridade, eliminar contradição ou sanar erro material existentes no julgado. 2.
Na hipótese, essa egrégia 1a. Turma reconheceu que a Vantagem Pecuniária Individual (VPI) possui
natureza jurídica de Revisão Geral Anual, devendo ser estendida aos Servidores Públicos Federais o
índice de aproximadamente 13,23%, decorrente do percentual mais benéfico proveniente do aumento
impróprio instituído pelas Leis 10.697/2003 e 10.698/2003. 3. Entretanto, após o referido julgado, o
colendo Supremo Tribunal Federal julgou procedente a Reclamação proposta pelo Ente Público
sucumbente, autuada sob o número 25.528/RS, considerando que, nos termos da Súmula Vinculante
37/STF, não cabe ao Poder Judiciário atuar em função típica legislativa, a fim de conceder aumento na
remuneração de Servidor Público, com base no princípio constitucional da isonomia. Decidiu-se, por
conseguinte, cassar a decisão proferida nos presentes autos, a fim de que outra seja proferida em
observância à Súmula Vinculante 37. 4. Logo, em cumprimento à decisão emanada na Reclamação
25.528/RS, declara-se indevida a extensão, pelo Poder Judiciário, do reajuste de 13,23% incidente sobre
o vencimento dos Servidores Públicos filiados ao Sindicato dos Servidores Federais do Rio Grande do
Sul-SINDSERF/RS, sob pena de afronta à Súmula Vinculante 37/STF. 5. Embargos de Declaração da
União acolhidos, com efeitos modificativos, a fim de reconhecer ser indevida a concessão do reajuste de
12,23% incidente sobre a remuneração dos Servidores substituídos. Ressalva do ponto de vista pessoal
do Relator. (EDcl no AgRg no REsp 1293208/RS, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO,
PRIMEIRA TURMA, julgado em 20/06/2017, DJe 28/06/2017) Por fim, em recente decisão, o Supremo
Tribunal Federal reafirmou, após reconhecer a repercussão geral da matéria, a ausência do direito ao
reajuste de 13,23%, verbis: EMENTA Recurso extraordinário com agravo. Constitucional e Administrativo.
Instituição de Vantagem Pecuniária Individual (VPI). Lei nº 10.698/03. Direito ao reajuste de 13,23%.
Orientação de ausência de repercussão geral firmada no julgamento do ARE nº 800.721-RG/PE (Tema nº
719). Exame do mérito da controvérsia em sede de reclamação. Súmula Vinculante nº 37 do Supremo
Tribunal Federal. Revisão do Tema nº 719. Repercussão geral reconhecida. Reafirmação da
jurisprudência consolidada no STF. Concessão de reajuste pelo Poder Judiciário com base no princípio
de isonomia. Impossibilidade.
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temos é a própria intitulação de proposta aprovada. Os embargos de declaração têm por objetivo a
integração de acórdão que contenha erro material, omissão, contradição ou obscuridade (art. 48 da Lei nº
9.099/95 - art. 1.022, I e II, do novo Código de Processo Civil), sendo rejeitados os recursos opostos para
se obter o reexame da matéria ou com o único objetivo de que o colegiado manifeste-se expressamente
acerca de dispositivos legais ou constitucionais invocados a título de prequestionamento. Assim, não se
prestam a reexaminar, em regra, atos decisórios alegadamente equivocados ou a incluir, no debate,
novos argumentos jurídicos, uma vez que o efeito infringente não é de sua natureza, salvo em situações
excepcionais. Jurisprudência da Segunda Turma Recursal de Minas Gerais: 2003.38.00.735500-9, Rel.
Juiz Federal JOÃO CARLOS COSTA MAYER SOARES, julgado em 12/11/2004, DJ-MG de 27/11/2004.
Fica óbvio, no presente caso, que a intenção da embargante é rediscutir matéria já decidida, uma vez que
o acórdão indicou os fundamentos suficientes para a compreensão das razões de decidir. Portanto,
ausente no acórdão vergastado qualquer ponto obscuro, contraditório ou omisso, rejeitam-se os
presentes embargos declaratórios. Remanescendo o interesse recursal, pode a parte interpor o
pertinente recurso, posto que a oposição de embargos de declaração satisfaz a exigência estabelecida
pelo enunciado nº 356 da Súmula do STF ainda que a omissão, a contradição e/ou a obscuridade não
venha(m) a ser suprida(s) pelo Tribunal a quo. Nesse sentido: (AI 553928 ED, Relator Min. DIAS
TOFFOLI,
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que o efeito infringente não é de sua natureza, salvo em situações excepcionais. Jurisprudência da
Segunda Turma Recursal de Minas Gerais: 2003.38.00.735500-9, Rel. Juiz Federal JOÃO CARLOS
COSTA MAYER SOARES, julgado em 12/11/2004, DJ-MG de 27/11/2004. Fica óbvio, no presente caso,
que a intenção da embargante é rediscutir matéria já decidida, uma vez que o acórdão indicou os
fundamentos suficientes para a compreensão das razões de decidir: (...) Na espécie, a recorrente alega
que teve o seu nome inscrito indevidamente nos órgãos de proteção ao crédito, e que foi cobrada
indevidamente, pela
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recorrida, por dívida inexistente, uma vez que afirma ter efetuado o pagamento da parcela referente ao
mês de agosto/2015, só que em outro cartão. De fato, observa-se do comprovante de pagamento avulso
de cartão de crédito, anexado à documentação inicial, fl. 07, que houve o recolhimento do valor de
R$380,00 (trezentos e oitenta reais), em 20.08.2015, para pagamento do cartão de final 6723 (Bandeira
Elo). No entanto, segundo afirma o recorrente, o pagamento deveria ter sido realizado no cartão de final
8664 (Bandeira Visa), sendo que tal equívoco deve ser imputado à funcionária da agência da Lotérica que
processou o pagamento. Faz-se oportuno destacar que, apesar dos fatos aduzidos pela recorrente, não
se observa dos autos comprovação de que o cartão Elo, na data do pagamento indevido, 20.08.2015,
estava cancelado ou quitado, sendo possível que tenha havido absorção do valor depositado pelo autor
para cobrir débito, porventura, existente no referido cartão. Nesse ínterim, também não se comprova dos
autos que o equívoco no pagamento da fatura tenha sido causado pela Casa Lotérica, o que é pouco
provável, visto que os dados (visa ou elo) para pagamento da parcela devida do cartão de crédito são
repassados pelo cliente à atendente. Nesse prisma, não é razoável concluir que a funcionária da Lotérica
tivesse consigo as informações do cartão de crédito (bandeira Elo) do recorrente, ocasionando na troca
do número do cartão (Visa por Elo), no momento do processamento do pagamento da fatura. De igual
modo, não há provas de que o nome do recorrente foi incluído indevidamente nos órgãos de proteção ao
crédito, na medida em que é inequívoco que havia uma parcela em aberto no cartão Visa; tampouco se
comprova que houve requerimento junto à ré para que fosse realizada a transferência do valor pago no
cartão de crédito Elo para o cartão Visa e que tal pedido não foi atendido pela recorrida. Na verdade, o
que se verifica dos autos é que a parte autora teve o seu nome cadastrado no SERASA EXPERIAN, em
razão de pendências bancárias, sendo elas: - Caixa Econômica Federal, vencimento: 21.08.2015, valor:
R$3.719,66; - Caixa Econômica Federal, vencimento: 06.09.2015, valor: R$21.453,32. Segundo se
depreende do protocolo de atendimento solicitado pelo autor à ré, datado de 29.09.2015, houve pedido de
informações acerca de desbloqueio do nome da recorrente junto aos órgãos de proteção ao crédito, uma
vez que se encontrava em atraso com uma prestação do acordo de parcelamento de dívida de cartão de
crédito e atraso no pagamento do financiamento de um veículo, realizado junto ao Banco Pan e
repassado à Caixa Econômica Federal (DOCUMENTO INICIAL, fls. 08/09). Assim, resta claro que a
inserção do nome do autor junto ao SERASA, conforme se vê do extrato anexado à documentação inicial,
fl. 08, deve-se a dois débitos em atraso, sendo que um deles se refere à dívida não discutida nestes
autos, afeta a financiamento de um automóvel, o que por si só já seria suficiente para a negativa do
pedido indenizatório formulado (súmula 385/STJ).
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ingresso na carreira, afastando a aplicação dos artigos 10, §§1º e 2º e 19 do Decreto nº 84.669/80, com o
pagamento de todas as diferenças remuneratórias. Afirma que a decisão do Presidente da TNU foi
proferida nos processos Nº 052079209.2016.4.05.8300/PE e Nº 0501981-82.2017.4.05.8100/CE, os quais
foram afetados como representativos da controvérsia. In casu, verifica-se que as matérias tratadas nos
incidentes delineados pela parte embargante, a despeito de guardarem similitude fática com a matéria
decidida no presente feito, não são idênticas. No PEDILEF nº 0520792-09.2016.4.05.8300 (Tema 189),
que já foi julgado pela TNU, restou firmada a seguinte tese: O marco inicial para contagem dos interstícios
das progressões e promoções funcionais dos servidores públicos integrantes do quadro da Defensoria
Pública da União é a data de início do exercício do servidor na respectiva carreira. No PEDILEF nº
0501981-82.2017.4.05.8100 (Tema 190), também já julgado, a TNU firmou tese semelhante, verbis: O
marco inicial para contagem dos interstícios das progressões e promoções funcionais dos servidores
públicos integrantes do quadro da Advocacia Geral da União deve ser fixado na data da entrada em
efetivo exercício na carreira. Os processos em questão tratam, portanto, das carreiras de servidores da
DPU e da AGU, que não se confundem com a carreira da Auditoria Fiscal do Trabalho, da qual é
integrante a embargante. Ademais, julgados os referidos recursos, não há mais razão para o
sobrestamento do presente feito. De outro lado, o recurso foi julgado conforme precedente do Superior
Tribunal de Justiça, estando configurada a superação das teses da TNU citadas.
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fato de ter participação em empresas que atuam com a marca Mundo dos Filtros, exclusivamente, sem a
delineação de qualquer conduta irregular. Os embargos de declaração têm por objetivo a integração de
acórdão que contenha erro material, omissão, contradição ou obscuridade (art. 48 da Lei nº 9.099/95 - art.
1.022, I e II, do novo Código de Processo Civil), sendo rejeitados os recursos opostos para se obter o
reexame da matéria ou com o único objetivo de que o colegiado manifeste-se expressamente acerca de
dispositivos legais ou constitucionais invocados a título de prequestionamento. Assim, não se prestam a
reexaminar, em regra, atos decisórios alegadamente equivocados ou a incluir, no debate, novos
argumentos jurídicos, uma vez que o efeito infringente não é de sua natureza, salvo em situações
excepcionais. Jurisprudência da Segunda Turma Recursal de Minas Gerais: 2003.38.00.735500-9, Rel.
Juiz Federal JOÃO CARLOS COSTA MAYER SOARES, julgado em 12/11/2004, DJ-MG de 27/11/2004.
Fica óbvio, no presente caso, que a intenção da parte embargante é rediscutir matéria já decidida, uma
vez que o acórdão indicou os fundamentos suficientes para a compreensão das razões de decidir: (...)
Compulsando-se os autos, notadamente os documentos colacionados na exordial, constata-se o acórdão
da 2ª Turma da DRJ/FNS, o qual manteve o crédito tributário, ora discutido, em razão do reconhecimento
da interposição fraudulenta de terceiros em operações de importação de mercadorias. Com efeito, o
acórdão em questão assenta que a PRIME HOLDING e a UTILIDAD COMÉRCIO DE MÓVEIS E
ELETRO são dos mesmos sócios e funcionam no mesmo endereço, configurando, portanto, uma única
empresa, com atuação em dois níveis de operações (um como importador e outro como adquirente),
objetivando a ocultação do verdadeiro adquirente na operação de importação das mercadorias. O
acórdão trata, ainda, das inconsistências verificadas na contabilidade da UTILIDAD, bem como o papel do
Sr. Edmar Mothé como seu financiador, ainda que dono de diversas empresas que se utilizam da marca
MUNDO DOS FILTROS. Assevera, em seu relatório (fls. 22 da documentação inicial), que cotejando
várias DI para demonstrar que Utilidad adquire, por conta e ordem, diversos eletrodomésticos,
repassando as mercadorias para empresas do grupo Mundos dos Filtros (incluindo a Casa dos Filtros),
normalmente no mesmo dia ou poucos dias após e com baixa agregação de valor (por vezes negativa),
sendo que os preços praticados para um dos adquirentes sob a bandeira Mundos dos Filtros são os
mesmos, independente de quantidades adquiridas. Fundamenta-se, notadamente, na citada baixa
capacidade financeira da UTILIDAD bem como nas inconsistências verificadas na integralização de seu
capital social, para demonstrar que em verdade a atividade da empresa era
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I, da IN SRF nº 247/02). 3. Não atendidos os requisitos legais para importação por conta e ordem de
terceiros, resta configurada a situação de ocultação do sujeito passivo, do real vendedor, comprador ou
de responsável pela operação, mediante simulação ou fraude, inclusive interposição fraudulenta de
terceiro, prevista como hipótese de dano ao Erário, sujeita à pena de perdimento, nos termos do artigo 23,
inciso V, §§1º e 2, do Decreto-Lei nº 1.455/1976 (redação dada pelas Leis nº 10.637/2002 e 12.350/2010).
4. No caso dos autos, no curso de procedimento especial de controle aduaneiro, a empresa autuada não
conseguiu comprovar quando ingressaram em sua conta corrente os recursos necessários à
integralização de
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24412B855F266035C724739A8E9C154C TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
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seu capital social, bem como não pode demonstrar que tinha condições de operar no comércio
internacional com recursos próprios. 5. Outrossim, restou devidamente comprovado que os sujeitos
simularam importação por contra própria em nome da empresa autora e, posteriormente, por encomenda,
uma vez que a real adquirente das mercadorias não poderia registrar a operação como própria ou por sua
conta e ordem, pois extrapolaria seu limite semestral de importações, conforme habilitação do RADAR. 6.
A ausência de prejuízo fiscal monetário é irrelevante para a caracterização da interposição fraudulenta.
Embora a situação possa gerar dano material ao erário, o perdimento das mercadorias, no caso, é sanção
do ilícito, e não ressarcimento pelos eventuais tributos não recolhidos. (TRF4, AC
500275327.2014.4.04.7008, PRIMEIRA TURMA, Relator ROGER RAUPP RIOS, juntado aos autos em
09/11/2017) Quanto ao reconhecimento da responsabilidade solidária dos sócios, a sentença encontra-se
em consonância com o art. 135, III, do Código Tributário Nacional: Art. 135. São pessoalmente
responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com
excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos: I - as pessoas referidas no artigo
anterior; II - os mandatários, prepostos e empregados; III - os diretores, gerentes ou representantes de
pessoas jurídicas de direito privado. Registre-se que é irrefutável o fundamento de que a interposição
fraudulenta de terceiro em operação de importação implica em infração de lei, atraindo a responsabilidade
pessoal dos administradores da pessoa jurídica beneficiada, na hipótese, a Casa dos Filtros. Esclareça-se
que o acórdão é bastante claro ao delinear, conforme amplamente demonstrado na esfera administrativa,
que a UTILIDAD foi utlizada de forma fraudulenta para ocultar os verdadeiros sujeitos passivos da
operação de importação, dentre os quais, a CF FILTROS, ora embargante. Quanto ao embargante
EDMAR MOTHE, restou devidamente demonstrado pelas provas no âmbito administrativo e sem qualquer
prova apresentada na esfera judicial apta a infirmar a conclusão do procedimento administrativo, ser o
embargante o verdadeiro financiador das atividades da UTILIDAD, ainda que tenha permanecido por
curto espaço de tempo em seu quadro societário, ante a baixa capacidade financeira da referida empresa
e as irregularidades constatadas na constituição de seu capital social. Portanto, ausente no acórdão
vergastado qualquer ponto obscuro, contraditório ou omisso, rejeitam-se os presentes embargos
declaratórios. Remanescendo o interesse recursal, pode a parte interpor o pertinente recurso, posto que
a oposição de embargos de declaração satisfaz a exigência estabelecida pelo enunciado nº 356 da
Súmula do STF ainda que a omissão, a contradição e/ou a obscuridade não venha(m) a ser suprida(s)
pelo Tribunal a quo. Nesse sentido: (AI 553928 ED, Relator Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, julgado
em 15/12/2009, DJ-e-035 DIVULG 25-02-2010 PUBLIC 26-02-2010 EMENT VOL-02391-08 PP-01841).
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parte embargante aduz, em suma, a existência de [...] omissão, na medida em que desconsiderou a plena
possibilidade da averbação do tempo de serviço especial laborado no INAMPS, computando-se os 20%
de adicional de efetivo exercício em atividade insalubre da autora, razão pela qual opõem-se os presentes
aclaratórios, que merecem ser acolhidos. Os embargos de declaração têm por objetivo a integração de
acórdão que contenha erro material, omissão, contradição ou obscuridade (art. 48 da Lei nº 9.099/95 - art.
1.022, I e II, do novo Código de Processo Civil), sendo rejeitados os recursos opostos para se obter o
reexame da matéria ou com o único objetivo de que o colegiado manifeste-se expressamente acerca de
dispositivos legais ou constitucionais invocados a título de prequestionamento. Assim, não se prestam a
reexaminar, em regra, atos decisórios alegadamente equivocados ou a incluir, no debate, novos
argumentos jurídicos, uma vez que o efeito infringente não é de sua natureza, salvo em situações
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excepcionais. Jurisprudência da Segunda Turma Recursal de Minas Gerais: 2003.38.00.735500-9, Rel.
Juiz Federal JOÃO CARLOS COSTA MAYER SOARES, julgado em 12/11/2004, DJ-MG de 27/11/2004.
Fica óbvio, no presente caso, que a intenção da embargante é rediscutir matéria já decidida, uma vez que
o acórdão indicou os fundamentos suficientes para a compreensão das razões de decidir: (...) Na espécie,
alega a autora que é titular de cargo efetivo (analista judiciária do TRF da 1ª Região) e que laborou em
condições especiais, enquanto titular de emprego público, no período de 08.10.1985 a 22.11.1989, no
INAMPS, submetida ao regime celetista e ao regime geral da previdência social – RGPS. Passou a
ocupar cargo efetivo no serviço público federal em 28.11.1994.
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do novo CPC (Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou,
para fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados,
caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade). Embargos
rejeitados. Acórdão lavrado nos moldes do art. 46 da Lei nº 9.099/95. A C Ó R D Ã O Decide a Turma
Recursal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração opostos pela parte autora. Turma
Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.
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RECURSO Nº 0018624-24.2017.4.01.3400 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA
BRITO RECORRENTE(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS - INSTITUTO
NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS ADVG/PROC. : DF00022256 - RUDI MEIRA CASSEL
RECORRIDO(S) : ILSON VIEIRA DA SILVA - INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVG/PROC. : DF00022256 - RUDI MEIRA CASSEL
E M E N T A PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. HIPÓTESES DE CABIMENTO.
ART. 1.022 DO NCPC. INEXISTÊNCIA DE ERRO MATERIAL, OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU
OBSCURIDADE. PREQUESTIONAMENTO. ART. 1.025 DO NCPC. EMBARGOS REJEITADOS.
Embargos de declaração opostos por ILSON VIEIRA DA SILVA em face de acórdão que manteve a
sentença de improcedência proferida em ação ajuizada objetivando o reconhecimento do exercício de
atividade especial e a sua conversão em tempo de serviço comum para efeitos de contagem recíproca. A
parte embargante aduz, em suma, [...] omissão e contradição na sentença, uma vez que o decisum não
se manifestou sobre pedido de condenação do réu à expedição de nova CTC, bem como acerca do
período que também deve ser considerado como tempo especial laborado na atividade de motorista entre
30/06/1986 a 25/11/1986. Afirma que a atividade então exercida pelo recorrente enquadra-se na redação
do caput do art. 57, porque sujeitas a condições especiais que prejudicam a saúde ou a integridade física,
o que é inquestionável diante de sua inclusão dentre aquelas previstas no Decreto nº 53.831/64, sendo-
lhe devida a aposentadoria especial, se completasse o período de carência exigido, razão pela qual não
há que se falar em incidência da Súmula Vinculante n° 33. Sustenta que é inconteste o direito do
recorrente de converter o tempo de serviço em atividade penosa em tempo de serviço comum, de acordo
com a tabela e as disposições transcritas. Por isso, é exigível a expedição da respectiva Certidão de
Tempo de Contribuição, anotada a devida conversão, para que ao recorrente seja possível averbar esse
tempo em seu atual regime previdenciário. Os embargos de declaração têm por objetivo a integração de
acórdão que contenha erro material, omissão, contradição ou obscuridade (art. 48 da Lei nº 9.099/95 - art.
1.022, I e II, do novo Código de Processo Civil), sendo rejeitados os recursos opostos para se obter o
reexame da matéria ou com o único objetivo de que o colegiado manifeste-se expressamente acerca de
dispositivos legais ou constitucionais invocados a título de prequestionamento. Assim, não se prestam a
reexaminar, em regra, atos decisórios alegadamente equivocados ou a incluir, no debate, novos
argumentos jurídicos, uma vez que o efeito infringente não é de sua natureza, salvo em situações
excepcionais. Jurisprudência da Segunda Turma Recursal de Minas
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Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, reformando-se o acórdão recorrido para denegar-se a
segurança. (EREsp 524.267/PB, Rel. Ministro JORGE MUSSI, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em
12/02/2014, DJe 24/03/2014) PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL.
TEMPO DE SERVIÇO. CONTAGEM RECÍPROCA. ATIVIDADE INSALUBRE PRESTADA NA INICIATIVA
PRIVADA. CONTAGEM ESPECIAL PARA FINS DE CONCESSÃO DE APOSENTADORIA NO SERVIÇO
PÚBLICO. IMPOSSIBILIDADE 1. A 3ª Seção, ao julgar o EREsp 524.267/PB, espelhando a jurisprudência
sedimentada desta Corte, decidiu que, objetivando a contagem recíproca de tempo de serviço, vale dizer,
a soma do tempo de
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5AB8F5D84FB0A037E14CF08A957EEEC3 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
3
serviço de atividade privada (urbana ou rural) ao serviço público, não se admite a conversão do tempo de
serviço especial em comum, ante a expressa proibição legal (artigo 4º, I, da Lei n. 6.226/75 e o artigo 96,
I, da Lei n. 8.213/91). 2. Agravo Regimental improvido. (AgRg no REsp 1082452/PB, Rel. Ministro NEFI
CORDEIRO, SEXTA TURMA, julgado em 09/12/2014, DJe 19/12/2014) Assim, inviável a emissão da CTC
pretendida, para fins de contagem recíproca no regime próprio do tempo de serviço especial
desempenhado sob a égide do regime celetista e regime geral da previdência social – RGPS. Registre-
se, por fim, inexistir qualquer determinação de sobrestamento do feito em razão do reconhecimento da
repercussão geral da matéria tratada no RE 1.014.286. Portanto, ausente no acórdão vergastado
qualquer ponto obscuro, contraditório ou omisso, rejeitam-se os presentes embargos declaratórios.
Remanescendo o interesse recursal, pode a parte interpor o pertinente recurso, posto que a oposição de
embargos de declaração satisfaz a exigência estabelecida pelo enunciado nº 356 da Súmula do STF
ainda que a omissão, a contradição e/ou a obscuridade não venha(m) a ser suprida(s) pelo Tribunal a
quo. Nesse sentido: (AI 553928 ED, Relator Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, julgado em 15/12/2009,
DJ-e-035 DIVULG 25-02-2010 PUBLIC 26-02-2010 EMENT VOL-02391-08 PP-01841). De igual modo, o
disposto no art. 1.025 do novo CPC (Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o
embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de declaração sejam
inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão, contradição ou
obscuridade.). Embargos rejeitados. Acórdão lavrado nos moldes do art. 46 da Lei nº 9.099/95. A C Ó R D
à O Decide a Turma Recursal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração opostos pela parte
autora. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.
2.2) dos incisos I, II e III do Art. 88 da Lei 13.324, sob o mesmo fundamento; 2.3) do Anexo XCVI da Lei
13.324, por violar o direito de petição e estabelecer obrigação não prevista em lei, conforme Art. 5º, II e
XXXV , CF 88; Os embargos de declaração têm por objetivo a integração de acórdão que contenha erro
material, omissão, contradição ou obscuridade (e art. 48 da Lei nº 9.099/95 - art. 1.022, I e II, do novo
Código de Processo Civil), sendo rejeitados os recursos opostos para se obter o reexame da matéria ou
com o único objetivo de que o colegiado manifeste-se expressamente acerca de dispositivos legais ou
constitucionais invocados a título de prequestionamento. Assim, não se prestam a reexaminar, em regra,
atos decisórios alegadamente equivocados ou a incluir, no debate, novos argumentos jurídicos, uma vez
que o efeito infringente não é de sua natureza, salvo em situações excepcionais. Jurisprudência da
Segunda Turma Recursal de Minas Gerais: 2003.38.00.735500-9, Rel. Juiz Federal JOÃO CARLOS
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COSTA MAYER SOARES, julgado em 12/11/2004, DJ-MG de 27/11/2004. Fica óbvio, no presente caso,
que a intenção da parte embargante é rediscutir matéria já decidida, uma vez que o acórdão indicou os
fundamentos suficientes para a compreensão das razões de decidir. Portanto, ausente no acórdão
vergastado qualquer ponto obscuro, contraditório ou omisso, rejeitam-se os presentes embargos
declaratórios. Remanescendo o interesse recursal, pode a parte interpor o pertinente recurso, posto que a
oposição de embargos de declaração satisfaz a exigência estabelecida pelo enunciado nº 356 da Súmula
do STF ainda que a omissão, a contradição e/ou a obscuridade não venha(m) a ser suprida(s) pelo
Tribunal a quo. Nesse sentido: (AI 553928 ED, Relator Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, julgado em
15/12/2009, DJ-e-035 DIVULG 25-02-2010 PUBLIC 26-02-2010 EMENT VOL-02391-08 PP-01841). De
igual modo, o disposto no art. 1.025 do novo CPC (Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os
elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de
declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão,
contradição ou obscuridade.). Embargos rejeitados. Acórdão lavrado nos moldes do art. 46 da Lei nº
9.099/95. A C Ó R D Ã O Decide a Turma Recursal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração
opostos pela parte autora. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.
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02-2010 PUBLIC 26-02-2010 EMENT VOL-02391-08 PP-01841). De igual modo, o disposto no art. 1.025
do novo CPC (Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou,
para fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados,
caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade.). Embargos
rejeitados. Acórdão lavrado nos moldes do art. 46 da Lei nº 9.099/95. A C Ó R D Ã O Decide a Turma
Recursal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração opostos pela parte autora. Turma
Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.
COSTA MAYER SOARES, julgado em 12/11/2004, DJ-MG de 27/11/2004. Fica óbvio, no presente caso,
que a intenção da parte embargante é rediscutir matéria já decidida, uma vez que o acórdão indicou os
fundamentos suficientes para a compreensão das razões de decidir. Portanto, ausente no acórdão
vergastado qualquer ponto obscuro, contraditório ou omisso, rejeitam-se os presentes embargos
declaratórios. Remanescendo o interesse recursal, pode a parte interpor o pertinente recurso, posto que a
oposição de embargos de declaração satisfaz a exigência estabelecida pelo enunciado nº 356 da Súmula
do STF ainda que a omissão, a contradição e/ou a obscuridade não venha(m) a ser suprida(s) pelo
Tribunal a quo. Nesse sentido: (AI 553928 ED, Relator Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, julgado em
15/12/2009, DJ-e-035 DIVULG 25-02-2010 PUBLIC 26-02-2010 EMENT VOL-02391-08 PP-01841). De
igual modo, o disposto no art. 1.025 do novo CPC (Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os
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elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de
declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão,
contradição ou obscuridade.). Embargos rejeitados. Acórdão lavrado nos moldes do art. 46 da Lei nº
9.099/95. A C Ó R D Ã O Decide a Turma Recursal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração
opostos pela parte autora. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.
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embargante aduz, em suma, a existência de omissão no acórdão embargado, visto que sua mãe é sua
dependente para todos os efeitos, que seu estado de saúde inspira constantes cuidados médicos, que
sua mãe esteve filiada como sua dependente no programa Pró-Social por mais de 20 (vinte) anos e,
ainda, a impossibilidade de contratação de novo plano de saúde, em razão de sua idade avançada. Os
embargos de declaração têm por objetivo a integração de acórdão que contenha erro material, omissão,
contradição ou obscuridade (art. 48 da Lei nº 9.099/95 - art. 1.022, I e II, do novo Código de Processo
Civil), sendo rejeitados os recursos opostos para se obter o reexame da matéria ou com o único objetivo
de que o colegiado manifeste-se expressamente acerca de dispositivos legais ou constitucionais
invocados a título de prequestionamento. Assim, não se prestam a reexaminar, em regra, atos decisórios
alegadamente equivocados ou a incluir, no debate, novos argumentos jurídicos, uma vez que o efeito
infringente não é de sua natureza, salvo em situações excepcionais. Jurisprudência da Segunda Turma
Recursal de Minas Gerais: 2003.38.00.735500-9, Rel. Juiz Federal JOÃO CARLOS COSTA MAYER
SOARES, julgado em 12/11/2004, DJ-MG de 27/11/2004. Fica óbvio, no presente caso, que a intenção da
embargante é rediscutir matéria já decidida, uma vez que o acórdão indicou os fundamentos suficientes
para a compreensão das razões de decidir: (...) O cerne da controvérsia está na aferição dos requisitos
para a permanência da mãe da autora como sua dependente no Pro-Social, uma vez que as Resoluções
que regulamentaram o programa estabelecem critério de limite de renda de até 02 (dois) salários mínimos
para inclusão de genitores como dependente, como se observa das Resoluções PRESI/SECBE n. 6, de
30.04.2013 e 31, de 18.12.2013. Por seu turno, restou comprovado que a renda da mãe da recorrente é
superior ao teto fixado. Ressalte-se, ainda, que essa previsão de renda máxima
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JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF
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impostas à Fazenda Pública segundo a remuneração oficial da caderneta de poupança, revela-se
inconstitucional ao impor restrição desproporcional ao direito de propriedade (CRFB, art. 5º, XXII), uma
vez que não se qualifica como medida adequada a capturar a variação de preços da economia, sendo
inidônea a promover os fins a que se destina. Remanescendo o interesse recursal, pode a parte interpor o
pertinente recurso, posto que a oposição de embargos de declaração satisfaz a exigência estabelecida
pelo enunciado nº 356 da Súmula do STF ainda que a omissão, a contradição e/ou a obscuridade não
venha(m) a ser
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imposto de renda é verba alimentar impenhorável. Assim, o débito da parte autora é matéria incontroversa
nos autos. Desse modo, é regular a retenção da restituição apurada no ajuste. Todavia, a União não traz
documento comprobatório do débito, ao passo que a parte autora, no recurso, registra que o suposto
débito seria de valor bem inferior ao crédito a ser restituído, pugnando pela restituição da diferença. Por
sua vez, a União, em contrarrazões, não refuta tal alegação. Assim, é devida a restituição imediata do
imposto apurado em declarações de ajuste que se encontram na condição malha débito (declarações de
ajuste 2008 a 2014), abatido o valor integral do débito da parte autora. A diferença deve ser apurada após
a devida correção monetária de ambas as parcelas (créditos e débitos) pela taxa SELIC. Portanto,
ausente no acórdão vergastado qualquer ponto obscuro, contraditório ou omisso, rejeitam-se os
presentes embargos declaratórios. Remanescendo o interesse recursal, pode a parte interpor o
pertinente recurso, posto que a oposição de embargos de declaração satisfaz a exigência estabelecida
pelo enunciado nº 356 da Súmula do STF ainda que a omissão, a contradição e/ou a obscuridade não
venha(m) a ser suprida(s) pelo Tribunal a quo. Nesse sentido: (AI 553928 ED, Relator Min. DIAS
TOFFOLI, Primeira Turma, julgado em 15/12/2009, DJ-e-035 DIVULG 25-02-2010 PUBLIC 26-02-2010
EMENT VOL-02391-08 PP-01841). De igual modo, o disposto no art. 1.025 do novo CPC (Art. 1.025.
Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-
questionamento, ainda que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal
superior considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade.). Embargos rejeitados. Acórdão
lavrado nos moldes do art. 46 da Lei nº 9.099/95. A C Ó R D Ã O Decide a Turma Recursal, por
unanimidade, rejeitar os embargos de declaração opostos pela União Federal. Turma Recursal, Juizado
Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.
autonomia jurisdicional própria aquela conta. Consigne-se que a sua natureza jurídica é a de ato do
devedor em cumprimento da obrigação de pagar, colocando à disposição do juízo o montante necessário
à satisfação do débito. Nesse sentido, a conta aberta em nome da parte é somente o meio mais célere
para efetivar o cumprimento da obrigação, ao invés do juízo expedir alvará de levantamento. Ou seja,
mesmo a conta estando em nome da parte, os recursos estão à disposição do juízo, não da parte. Assim,
não se incorporou ao patrimônio jurídico da parte o depósito lá efetuado.
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Isso deixa claro que, mesmo sendo aberta a conta em nome do credor, não há, desde logo, a
transferência dos recursos para a sua titularidade, passando então a integrar o seu patrimônio, hipótese
em que a Lei 13.463/17 seria inconstitucional, por violação ao direito de propriedade. A titularidade dos
recursos só é adquirida com o levantamento, sem oposição, isso sem prejuízo de questionamento a
posteriori da sua regularidade. Uma vez depositado o valor, o prazo prescricional, na forma dos art. 1º c/c
art. 5º do Decreto 20.910/32, deve ser contado a partir da data da intimação do depósito, quando
configurada a paralisação do feito pelo credor. (alteração de entendimento firmado, por maioria, na 1ª TR,
na sessão de 22/08/2019 - Recurso de Agravo nº 0000327-60.2018.4.01.9340, Relator Juiz Rui Costa
Gonçalves). Assim, se da data da intimação do depósito até o requerimento de nova expedição de RPV
decorreu mais de 5 (cinco) anos, está prescrita a obrigação judicial incorporada no título. (Art. 5º Não tem
efeito de suspender a prescrição a demora do titular do direito ou do crédito ou do seu representante em
prestar os esclarecimentos que lhe forem reclamados ou o fato de não promover o andamento do feito
judicial ou do processo administrativo durante os prazos respectivamente estabelecidos para extinção do
seu direito à ação ou reclamação.) Por fim, registre-se que a execução prescreve no mesmo prazo da
ação, conforme o disposto na Súmula nº 150 do STF. Assim, uma vez efetivada a intimação do depósito
dos valores requisitados, inicia-se o prazo prescricional para que o credor exerça sua pretensão de
levantamento dos valores depositados e postos a sua disposição. Ressalva do entendimento da relatora
pela contagem desde o depósito. Na hipótese, há de ser reformada a decisão agravada, visto que entre a
data da intimação do depósito da RPV e o pedido de sua reexpedição transcorreu o prazo de 05 (cinco)
anos, configurando-se, desse modo, a prescrição. Ressalte-se que a despeito do pedido de habilitação
de herdeiros deduzido no feito originário após a interposição do presente agravo, informando que a
autora, ora agravada, faleceu durante o trâmite processual (em 2010), o valor constante da RPV ficou
disponível para a representante do espólio desde maio de 2012, conforme informações prestadas nos
autos originários. Agravo provido. Decisão agravada reformada. É como voto." 3. No caso em tela,
constata-se que houve determinação pelo Juízo de primeiro grau de reexpedição de Requisição de
Pequeno Valor - RPV em favor da parte autora litisconsorcial CÍCERA ARGENTINA DA SILVA, todavia
condicionada à apresentação de procuração atualizada, outorgada pela demandante, por conta do longo
decurso de prazo de tramitação do feito. Na sequência, consta, nos autos originários, petição subscrita
pela Advogada da parte autora, registrada em 02/04/2019, informando que, ao tentar contactar com esta,
tomou conhecimento do seu falecimento. Posteriormente, em 08/05/2019, foi juntada aos autos originários
a petição de habilitação dos herdeiros, acompanhada da documentação respectiva, inclusive Certidão de
Óbito da demandante, registrando seu falecimento em 17/09/2010. 4. Verifica-se, entretanto, que o
aludido pedido de habilitação ainda não foi deliberado pelo Juízo a quo, não tendo sido sequer intimada a
parte ré, ora agravante, acerca do pleito. 5. Diante dessa constatação, tem-se que a decisão agravada,
de rigor, deveria ser declarada nula de pleno direito, vez que nenhum prazo, sobretudo extintivo,
efetivamente fluiu nos autos a partir de 17/09/2010, conforme se depreende do art. 265, inciso I, do
Código de Processo Civil então vigente (art. 313, inciso I, Código de Processo Civil atual), desfecho esse,
porém, que se demonstra estéril, na medida em que, por via de consequência, no caso sob exame não se
consumou
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1136C5352576C5929ABFEA65825FDCC7
a prescrição intercorrente, ao contrário do alegado pela Agravante, independentemente da manifestação
judicial impugnada através do agravo ora sob exame. 6. Ante o exposto, acompanho a Relatora no
tocante ao conhecimento do Agravo interposto, mas divirjo de Sua Excelência, para ao mesmo negar
provimento, determinando de ofício o sobrestamento do curso do feito principal até que o Juízo de
primeiro grau se manifeste acerca do pedido de habilitação de sucessor(es) formulado nos autos. 7. Sem
honorários advocatícios e custas processuais. 8. Acórdão lavrado nos moldes do artigo 46 da Lei nº
9.099/95.
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, conhecer do recurso interposto e, vencida a Juíza
Relatora, ao mesmo negar provimento, nos termos do voto divergente do Juiz Rui Costa Gonçalves.
553
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seguintes termos: 1. Acolho as conclusões do parecer contábil, registrado em 01/12/2017 e, portanto,
HOMOLOGO o cálculo de liquidação apresentado pela Contadoria Judicial no valor de R$ 16.364,89
(dezesseis mil, trezentos e sessenta e quatro reais e oitenta e nove centavos), atualizado até a
competência 12/2017. 2. Defiro seja destacado do ofício requisitório o valor referente aos honorários
contratuais, com fulcro no art. 22, §4º, do Estatuto da OAB, conforme contrato juntado. 3. O valor devido
não excede a 60 (sessenta) salários mínimos, pelo que determino a expedição da RPV. As partes devem
ser intimadas para conhecimento do teor do ofício requisitório, como dispõe o art. 11 da Resolução n.º
458/2017 do CJF. Prazo: 10 (dez) dias. Transcorrido o prazo acima mencionado, não havendo
impugnação quanto à expedição das requisições de pagamento, aguarde-se a disponibilização do crédito
pelo TRF. 4. Após a efetivação do depósito, intime(m)-se a(s) parte(s) interessada(s) para ciência,
consoante o art. 41 da Resolução n.º 458/2017 do CJF. 5. Certificada a intimação ora determinada ou
comprovado o respectivo pagamento, arquive-se o processo eletrônico com baixa na distribuição. Aduz,
em suma, a parte agravante que existe um ponto crucial de equívoco da decisão do magistrado, que ao
homologar o cálculo da Contadoria, acolheu a aplicação da TR como índice de correção monetária,
enquanto que a Turma Recursal no acórdão tinha remetido para a aplicação do IPCA, quando ocorresse
o julgamento do RE 870947, que determinou a aplicação do IPCA. Compulsando-se os autos originários
(processo nº 0006774-46.2012.4.01.3400), constata-se que a sentença de improcedência foi reformada
por esta Turma Recursal, em acórdão prolatado em 17.12.2012, que no tocante aos critérios de fixação
dos juros de mora e da atualização monetária, determinou a observância do Manual de Cálculos da
Justiça Federal, especificando mais adiante a incidência uma única vez, até o efetivo pagamento, dos
índices oficiais de remuneração básica e juros aplicados à caderneta de poupança, nos termos artigo 1º-F
da Lei nº 9.494, de 10 de setembro de 1997.
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DISTRITO FEDERAL RECORRIDO(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVG/PROC. :
E M E N T A AGRAVO. ÍNDICE DE CORREÇÃO MONETÁRIA. SENTENÇA TRANSITADA EM
JULGADO. SURPEVENIÊNCIA DO JULGAMENTO DO RE 870.947/STF. MODIFICAÇÃO.
IMPOSSIBILIDADE. AGRAVO DESPROVIDO. Trata-se de agravo de instrumento com pedido de tutela
de urgência interposto pela VENINA DIAS DE SOUZA em face de decisão do Juízo da 23ª Vara Federal,
proferida nos seguintes termos: 1. Rejeito a impugnação apresentada pela parte autora contra os cálculos
do INSS (cf. petição registrada em 14/05/2018), tendo em vista que não procede a sua alegação no
sentido de que, no caso, para a atualização monetária dos atrasados devidos, deveria ter sido aplicado o
IPCA-e, nos termos da decisão proferida pelo STF no RE 870.947/SE. 2. Ressalto que, na parte
dispositiva da sentença proferida nos autos, que transitou em julgado antes da decisão proferida pelo STF
no RE 870.947/SE, esta Magistrada determinou que os valores atrasados devidos à parte autora fossem
corrigidos “pelos índices oficiais de remuneração básica e juros aplicados à caderneta de poupança (art.
1º- F da Lei nº 9.494/97, na redação dada pela Lei nº 11.960, de 29 de junho de 2009)”. 3. Saliento que,
não tendo a Turma Recursal reformado a sentença quanto à correção monetária, ela transitou em julgado
inclusive nessa parte, não sendo possível, agora, a sua alteração, no tocante a esse ponto, sob pena de
afronta à coisa julgada (nesse sentido: STJ, EDcl no AgRg no AgRg no AgRg no REsp 779.382/DF, Rel.
Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA TURMA, julgado em 17/11/2009, DJe 03/12/2009). 4. Sendo assim,
homologo os cálculos elaborados pelo INSS (cf. planilha registrada em 10/11/2017), uma vez que estão
em conformidade com a sentença que fora mantida pelo acórdão da Turma Recursal. 5. Intime-se a parte
autora. 6. Não havendo recurso, expeça-se RPV, no valor de R$ 37.550,57, atualizado até 09/2017. 7.
Após ter sido expedida a requisição, intime-se a parte autora para que tome ciência dos documentos que
comprovam a implantação de benefício previdenciário em seu favor, bem como da expedição da RPV,
esclarecendo que ela deverá aguardar o prazo de até 60 (sessenta) dias, a partir da data da expedição,
para a liberação do valor na instituição financeira indicada.
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JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF
RECURSO Nº 0000113-35.2019.4.01.9340 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA
BRITO RECORRENTE(S) : UNIAO FEDERAL ADVG/PROC. : RECORRIDO(S) : RICARDO MEYER
FONTENELLE ADVG/PROC. : DF00025089 - GILBERTO SIEBRA MONTEIRO
E M E N T A AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. REAJUSTE DE 13,23%. POSTERIOR
REESTRUTURAÇÃO DA CARREIRA. LIMITAÇÃO DEVIDA. INEXISTÊNCIA DE OFENSA À COISA
JULGADA. AGRAVO PROVIDO. Agravo de instrumento interposto pela UNIÃO em face de decisão
proferida em fase de cumprimento do julgado, a qual não limitou o direito ao reajuste de 13,23%,
reconhecido pelo título executivo judicial, às posteriores reestruturações da carreira da parte agravada. A
decisão agravada (processo originário nº 0062670-40.2013.4.01.3400) consignou em sua fundamentação:
Chamo o feito à ordem. Não há determinação de absorção/limitação relativas a reestruturação de carreira
no julgamento realizado pela instância recursal. Assim, determino que a União seja novamente intimada
para cumprir a obrigação de fazer nos exatos termos da Ementa/Acórdão transitada em julgado,
desconsiderando qualquer absorção/limitação/reestruturação, não prevista no julgamento, sob pena de
pagamento de multa diária de R$ 1.000,00 (um mil reais), a incidir a partir do dia subsequente ao decurso
do prazo. Prazo: 10(dez) dias. Argumenta, em suma, a agravante que o Juízo a quo, em fase de
execução, determinou que o comando condenatório extraído da decisão judicial concessiva do reajuste
de 13,23% gerasse efeitos mesmo após a restruturação da carreira a que pertence a parte autora, a qual
implicou a incorporação do referido percentual aos vencimentos dos respectivos integrantes. Aduz que
em janeiro de 2009 houve a absorção integral do reajuste de 13,23%, com a reestruturação da carreira da
parte autora. Tal fato torna incompatível, portanto, a concessão de reajuste no percentual de 13,23% para
além desse marco, sob pena de caracterizar reajuste sobre reajuste. Afirma que Não se trata, aqui, de
pedido a implicar inovação no título executivo judicial, com ofensa à coisa julgada, mas de requerimento
para a declaração de impossibilidade do prolongamento dos efeitos de condenação judicial em razão de
situação jurídica (restruturação da carreira) que se concretizou após o fato que, segundo entendimento
judicial, gerou o direito reconhecido no processo (a edição das Leis n. 10.697 e n. 10.698). É que a
perpetuação do pagamento do reajuste representaria violação à legislação que instituiu a restruturação da
carreira, em razão da quebra da nova lógica vencimental por ela inaugurada. Compulsando-se os autos,
constata-se, de fato, que o título judicial é silente a respeito da limitação temporal do direito ao reajuste de
13,23%.
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Autos com Decisão
0042241-52.2013.4.01.3400
201334000094545
Recurso Inominado
Recdo : EVANDRO VARELA BRAZ
Advg. : DF00041818 - FERNANDES FERREIRA DOS SANTOS
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0042772-41.2013.4.01.3400
201334000096014
Recurso Inominado
Recte : ALBETIZA COSTA DOS SANTOS
Advg. : DF00041818 - FERNANDES FERREIRA DOS SANTOS
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0014127-98.2016.4.01.3400
201634000371635
Recurso Inominado
Recte : LEISE PROTTA LANNA
Advg. : DF00041954 - MARCELA CARVALHO BOCAYUVA
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
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No(s) processo(s) abaixo relacionado(s) :
0030521-49.2017.4.01.3400
201734000808644
Recurso Inominado
Recte : JOSE RIBAMAR DE MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0010844-96.2018.4.01.3400
201834001025307
Recurso Inominado
Recte : ANTONIO LIMA SALES
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0012229-79.2018.4.01.3400
201834001036255
Recurso Inominado
Recte : ROSE MARQUES DE NORONHA
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0019325-14.2019.4.01.3400
201934001361335
Recurso Inominado
Recte : MARCOS DONIZETTI DE MOURA
Advg. : DF00026982 - EDUARDO RODRIGUES DA SILVA
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
Advg. : DF0001640A - SAMIR NACIM FRANCISCO
0021938-07.2019.4.01.3400
201934001379759
Recurso Inominado
Recte : TAURIDE GIACOMETTI FILHO
Advg. : DF00049313 - RODRIGO LOPES VIEIRA
Advg. : DF00035013 - RAUL HENRIQUE RODRIGUES
FERREIRA
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
Advg. : DF0001640A - SAMIR NACIM FRANCISCO
DECISÃO
Considerando que na ADI 5090 houve determinação para suspensão de todos os
processos que versem sobre a rentabilidade do FGTS (decisão publicada no DJE n.
196, divulgado em 9/9/2019), SUSPENDO o julgamento nesta instância, até que
sobrevenha decisão final quanto ao objeto discutido no recurso.
0049526-57.2017.4.01.3400
201734000918274
Recurso Inominado
Recdo : PAULO ALVES DA SILVA
Advg. : DF00022393 - WANESSA ALDRIGUES CANDIDO
Advg. : DF00052380 - LARYSSA DIAS REGO
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
DECISÃO
558
Considerando que no Resp n. 1.831.371 houve determinação para suspensão de
todos os processos que versem sobre a “possibilidade de reconhecimento da
especialidade da atividade de vigilante, exercida após a edição da Lei 9.032/1995 e
do Decreto 2.172/1997, com ou sem o uso de arma de fogo”, SUSPENDO o
julgamento nesta instância, até que sobrevenha decisão final quanto ao objeto
discutido no recurso.
Intimem-se.
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559
PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
1ª TR - RELATOR 1 - BRASÍLIA
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No(s) processo(s) abaixo relacionado(s) :
0055185-23.2012.4.01.3400
201234009483690
Recurso Inominado
Recte : JOSE MARIA DE SOUSA CHAGAS
Advg. : DF00123456 - DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
1ª TR - RELATOR 2 - BRASÍLIA
0019406-36.2014.4.01.3400
201434000063068
Recurso Inominado
Recte : ANTONIO JUSTINO VASCONCELOS VIEIRA
Advg. : DF00018577 - BRUNO AUGUSTO PRENHOLATO
Recte : CARLOS HENRIQUE DA SILVA
Recdo : UNIAO FEDERAL
Advg. : PE00030884 - EDUARDO JORGE PEREIRA ALVES
0043926-65.2011.4.01.3400
201134009272767
Recurso Inominado
Recdo : CLEIRENE PRADO DE SOUZA PEREIRA
Advg. : DF00029565 - DAMIANA M. SANTOS SILVA
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0010594-97.2017.4.01.3400
201734000712364
Recurso Inominado
Recdo : IDALICIO FERREIRA DE CARVALHO
Advg. : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA
SILVA
Recte : UNIAO FEDERAL
0018090-80.2017.4.01.3400
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201734000736435
Recurso Inominado
Recte : ANTONIO BARBOSA DOS SANTOS
Advg. : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA
SILVA
Recdo : UNIAO FEDERAL
0026249-12.2017.4.01.3400
201734000779300
Recurso Inominado
Recte : OSVALDO DOS SANTOS SOUZA
Advg. : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA
SILVA
Recdo : UNIAO FEDERAL
0004705-31.2018.4.01.3400
201834000990534
Recurso Inominado
Recdo : FRANCISCO GILTON DE SOUZA
Advg. : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA
SILVA
Recte : UNIAO FEDERAL
PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
1ª TR - RELATOR 3 - BRASÍLIA
0074639-81.2015.4.01.3400
201534000314796
Recurso Inominado
Recdo : JOAO BOSCO DE OLIVEIRA
Recte : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
561
Advg. : RN00005096 - ANDRESSA GOMES RODRIGUES
0004009-73.2010.4.01.3400
201034009008670
Recurso Inominado
Recdo : POLIANE MARIANO AMADO DA SILVA
Advg. : GO00012230 - IVANILDO LISBOA PEREIRA
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
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O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:
0046314-67.2013.4.01.3400
201334000113634
Recurso Inominado
Recte : MARIA DIVINA SOARES LINO
Advg. : DF00023681 - CAROLINA SIMAO ODISIO HISSA
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0021664-19.2014.4.01.3400
201434000070080
Recurso Inominado
Recdo : JORDAN FERNANDO DO VALLE
Advg. : DF00022388 - TERESA CRISTINA SOUSA FERNANDES
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0077894-81.2014.4.01.3400
201434000276624
Recurso Inominado
Recte : LUCIMAR ANTUNES DE MORAIS PAIVA
Advg. : DF00011341 - JOSE RODRIGUES
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
2ª TR - RELATOR 1 - BRASÍLIA
Diante do exposto, com fundamento no art. 14, III, da Resolução CJF 586/ 2019,
NEGO SEGUIMENTO ao Incidente de Uniformização. Transcorrido o prazo legal,
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certifique-se e devolva-se à Vara de origem. Publiquem-se. Intimem-se.
0032832-18.2014.4.01.3400
201434000110588
Recurso Inominado
Recte : TANIA MARIA PESSOA RIBEIRO
Advg. : DF00022388 - TERESA CRISTINA SOUSA FERNANDES
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
Recdo : TEREZINHA MARIA XAVIER FILHA
Assim, com fundamento no art. 14, caput, Lei n° 10.259/2001, NÃO ADMITO o
Incidente de Uniformização de Jurisprudência arguido pelo INSS. Transcorrido o
prazo legal, certifique-se e devolva-se à Vara de origem. Publique-se. Intime-se.
0063849-04.2016.4.01.3400
201634000620324
Recurso Inominado
Recdo : MARIA APARECIDA SANTANA DA COSTA
Advg. : DF00018841 - LINO DE CARVALHO CAVALCANTE
Recte : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA
Pelo exposto, com base no art. 55, XXII, c/c o seu § 2º, da Resolução Presi TRF1
17/2014, SOBRESTE-SE a tramitação do presente feito até o desfecho do
julgamento do novo processo sobre o mesmo tema enviado à TNU. Anote-se e
acompanhe-se o desfecho do julgamento do incidente acima indicado, fazendo nova
conclusão quando for publicado o respectivo acórdão. Publique-se. Intime-se.
0026351-34.2017.4.01.3400
201734000780384
Recurso Inominado
Recte : RONALDO WILLIAM BARRETTO PEREIRA
Advg. : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA
SILVA
Recdo : UNIAO FEDERAL
0009268-05.2017.4.01.3400
201734000705965
Recurso Inominado
Recdo : ARISTOTELES DE OLIVEIRA REIS
Advg. : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA
SILVA
Recte : UNIAO FEDERAL
0044807-32.2017.4.01.3400
201734000889122
Recurso Inominado
Recdo : OMAR ANDRADE DA SILVA
Advg. : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA
SILVA
563
Recte : UNIAO FEDERAL
PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
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SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
2ª TR - RELATOR 2 - BRASÍLIA
0056442-88.2009.4.01.3400
200934009173379
Recurso Inominado
Recdo : ANTONIO GOMES DE OLIVEIRA FILHO
Advg. : DF00019623 - FLAVIA NAVES SANTOS PENA
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
2ª TR - RELATOR 3 - BRASÍLIA
0061155-62.2016.4.01.3400
201634000606618
Recurso Inominado
Recdo : FRANCISCA LEAO VIEIRA
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0065604-39.2011.4.01.3400
201134009330800
Recurso Inominado
Recdo : MARIA DE FATIMA SOUSA DA SILVA
564
Advg. : DF00034220 - JOAO FELIPE MELO DE CARVALHO
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0013704-80.2012.4.01.3400
201234009369761
Recurso Inominado
Recte : MARIO CESAR BARBOSA DELGADO
Advg. : MT00012544 - GILMAR PEREIRA ROSA
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Recte : FERNANDO VAGNER DOS SANTOS
Recte : JAQUELINE COELHO SOBRINHO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0014346-53.2012.4.01.3400
201234009370749
Recurso Inominado
Recdo : ROGERIO SANTOS DE SOUZA
Advg. : MT00012544 - GILMAR PEREIRA ROSA
Recdo : CAROLINE RODRIGUES BOEHME
Recte : UNIAO FEDERAL
0017916-71.2017.4.01.3400
201734000734949
Recurso Inominado
Recte : LICIA MARIA SANTOS ARAUJO
Advg. : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA
SILVA
Recdo : UNIAO FEDERAL
0025481-86.2017.4.01.3400
201734000773570
Recurso Inominado
Recdo : AMADIO LOPES DA FONSECA
Advg. : DF00039232 - LEONARDO DA COSTA
Recte : UNIAO FEDERAL
Recte : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA
Diante do exposto, tendo em vista os princípios que norteiam os feitos que tramitam
nos Juizados Especiais Federais (art. 2º da Lei nº 9.099/1995), SOBRESTE-SE a
tramitação do presente feito, com base no art. 55, XXII, c/c o seu § 2º, da Resolução
Presi TRF1 17/2014, até o desfecho do julgamento do novo processo sobre o
mesmo tema enviado à TNU. Anote-se e acompanhe-se o desfecho do julgamento
do incidente acima indicado, fazendo nova conclusão quando for publicado o
respectivo acórdão. Publique-se. Intime-se.
0073294-46.2016.4.01.3400
201634000658873
Recurso Inominado
Recdo : DEUZELINA JOSE MOREIRA
Advg. : DF00033783 - CHRISTIANE PASTORA PINHEIRO
OLIVEIRA
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0027756-47.2013.4.01.3400
201334000037528
Recurso Inominado
Recdo : ANTONIO RIBEIRO DA SILVA NETO
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Advg. : DF00031347 - MARIANA MACHADO
Advg. : DF00666666 - CENTRO DE ENSINO UNIFICADO DE
BRASILIA CEUB - NPJ
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0066803-28.2013.4.01.3400
201334000193110
Recurso Inominado
Recdo : ANTONIO CARNEIRO DA SILVA
Advg. : DF00013750 - ALESSANDRA CAMARANO MARTINS
Advg. : DF00027968 - IARA JANAINA DO VALE BARBOSA
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
3ª TR - RELATOR 3 - BRASÍLIA
0047618-62.2017.4.01.3400
201734000907820
Recurso Inominado
Recte : DION JUNIOR PEINADO DA SILVA
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0047705-57.2013.4.01.3400
201334000121172
Recurso Inominado
Recte : ROSANE DE FATIMA OLIVEIRA LINS
Advg. : DF00039910 - LUIZ PHILIPE GEREMIAS BENINCA
Recdo : UNIAO FEDERAL
0061796-21.2014.4.01.3400
201434000217411
Recurso Inominado
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Recdo : LOURDES DE BRITTO LIMA
Advg. : MG0095876A - ERALDO LACERDA JUNIOR
Recte : UNIAO FEDERAL
0000780-32.2015.4.01.3400
201534000000800
Recurso Inominado
Recte : ZILCLEIDE GERMANO DA SILVA
Advg. : MG0095876A - ERALDO LACERDA JUNIOR
Recdo : UNIAO FEDERAL
0006618-53.2015.4.01.3400
201534000021729
Recurso Inominado
Recdo : ALCEBIADES DE ALMEIDA JUNIOR
Advg. : DF00026379 - CARLOS DAUTON NUNES DE OLIVEIRA
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0020404-67.2015.4.01.3400
201534000088518
Recurso Inominado
Recdo/recte : ADRIANO DUELME DE SOUZA
Advg. : MG0095876A - ERALDO LACERDA JUNIOR
Recdo/recte : APARECIDA CONCEICAO GOMES DE SOUZA
Recdo/recte : ALINE FERNANDA DE SOUZA NAKATA
Recte/recdo : UNIAO FEDERAL
0028518-92.2015.4.01.3400
201534000122644
Recurso Inominado
Recdo : ALCIMAR DUARTE DE MOURA
Advg. : MG0095876A - ERALDO LACERDA JUNIOR
Recte : UNIAO FEDERAL
0046548-78.2015.4.01.3400
201534000213720
Recurso Inominado
Recdo : CARLOS EDUARDO PINHEIRO LUCIO
Advg. : PI00198489 - JOSE DO EGITO FIGUEIREDO BARBOSA
Recte : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA
0049567-92.2015.4.01.3400
201534000222033
Recurso Inominado
Recdo : AYRES PEREIRA DA COSTA NETO
Advg. : AL00007434 - DANIEL WANDERLEY DE SANTA RITA
Advg. : AL00007706 - VANESSA ALVES COSTA CAVALCANTI
Recte : UNIAO FEDERAL
0015420-06.2016.4.01.3400
201634000378196
Recurso Inominado
Recte : JOSE PAULO GONCALVES DE ANDRADE
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0016178-82.2016.4.01.3400
201634000382299
Recurso Inominado
Recdo : MARCOS GONCALVES DA SILVA
Advg. : DF00040934 - KARINA VIEIRA GALANTE
Advg. : DF00666666 - CENTRO DE ENSINO UNIFICADO DE
BRASILIA CEUB - NPJ
567
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0018370-85.2016.4.01.3400
201634000388879
Recurso Inominado
Recdo : MARIA JOYCE CESAR DE CARVALHO
Advg. : DF00000968 - ULISSES RIEDEL DE RESENDE
Recte : UNIAO FEDERAL
0023074-44.2016.4.01.3400
201634000405635
Recurso Inominado
Recdo : PAULO ROBERTO CAMARGO
Advg. : DF00032585 - ANDREZA DA SILVA FERREIRA
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Recte : UNIAO FEDERAL
0037045-96.2016.4.01.3400
201634000487091
Recurso Inominado
Recdo : CLIDENOR SOARES DE BRITO
Advg. : DF00054598 - MICKAIL SILVA BRAGA
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0040835-88.2016.4.01.3400
201634000504317
Recurso Inominado
Recdo : LUCY AMARAL MESQUITA DE FREITAS
Advg. : DF00023752 - JOSE HENRIQUE DE BARROS FRANCO
Recte : UNIAO FEDERAL
0044113-97.2016.4.01.3400
201634000525012
Recurso Inominado
Recte : JOSE WAGNER DA COSTA MELO
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0054705-06.2016.4.01.3400
201634000580410
Recurso Inominado
Recdo : LUANA DA SILVA OLIVEIRA
Recte : UNIAO FEDERAL
0076578-62.2016.4.01.3400
201634000670291
Recurso Inominado
Recte : GILBERTO SAMPAIO MARQUES
Advg. : DF00036769 - WELDER RODRIGUES LIMA
Recdo : INFRAERO- EMPRESA BRASILEIRA DE
INFRAESTRUTURA AEROPORTUARIA
0010003-38.2017.4.01.3400
201734000709407
Recurso Inominado
Recdo : JOSEMAM LUIZ DA SILVA
Advg. : DF00259715 - JOSE ALENCAR COSTA AIRES
ADVOCACIA
Recte : UNIAO FEDERAL
0012245-67.2017.4.01.3400
201734000719946
Recurso Inominado
Recte : JORGE MIGUEL CURY
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0016906-89.2017.4.01.3400
201734000730095
Recurso Inominado
Recdo : MARY ANNE DE SOUSA FEITOSA
Advg. : PI00198489 - JOSE DO EGITO FIGUEIREDO BARBOSA
Recte : UNIAO FEDERAL
0018713-47.2017.4.01.3400
201734000739698
Recurso Inominado
Recte : MARLI XAVIER DE OLIVEIRA FERREIRA
568
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0023147-79.2017.4.01.3400
201734000758859
Recurso Inominado
Recdo : ISRAEL CALEBE CESARION SANTOS
Advg. : GO00035241 - ANDRE AMENO TEIXEIRA DE MACEDO
Recte : UNIAO FEDERAL
0023754-92.2017.4.01.3400
201734000765018
Recurso Inominado
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Recdo : BRASILINO SANTOS CORREA
Advg. : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA
SILVA
Recte : UNIAO FEDERAL
0032522-07.2017.4.01.3400
201734000819280
Recurso Inominado
Recdo : LUIZ FELIPE CARDOSO DE MORAES FILHO
Recte : UNIAO FEDERAL
0053821-40.2017.4.01.3400
201734000939771
Recurso Inominado
Recte : ROSANA CARLA DE MELO LIMA SOARES
Advg. : DF00025089 - GILBERTO SIEBRA MONTEIRO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0054104-63.2017.4.01.3400
201734000942632
Recurso Inominado
Recdo : VALDECI RODRIGUES DA SILVA
Advg. : GO00026506 - EVERTON BERNARDO CLEMENTE
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
1ª TR - RELATOR 2 - BRASÍLIA
0024561-88.2012.4.01.3400
201234009394717
Recurso Inominado
Recte : REGINALDO MACEDO DE MEDEIROS
Advg. : DF00027985 - TIAGO DA SILVA VASCONCELOS
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
Recdo : TAINA GINO DE MEDEIROS(REPRESENTADA GENITOR
REGINALDO MACEDO DE MEDEIROS)
0001095-94.2014.4.01.3400
201434000004064
Recurso Inominado
Recdo : MARGARIDA DE SOUSA MARTINS CHAVES
Advg. : GO00030728 - WATSON HENRIQUE MARQUES
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
569
0082184-42.2014.4.01.3400
201434000284635
Recurso Inominado
Recdo : OLIMPIA NELMA MARIANA
Advg. : DF00024667 - ADALBERTO BARBOSA MARQUES
VERAS
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0044357-60.2015.4.01.3400
201534000203242
Recurso Inominado
Recdo : JOSE ROBERTO FREDERICO
Advg. : DF00040701 - LUCIANA RODRIGUES DA SILVA
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0052531-58.2015.4.01.3400
201534000233245
Recurso Inominado
Recdo : ADALBERTO LOPES PEREIRA
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0039496-94.2016.4.01.3400
201634000499350
Recurso Inominado
Recte : DILMA MARIA SERAFIM LOPES
Advg. : BA00046141 - LEONARDO DA COSTA
Recdo : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA
0039498-64.2016.4.01.3400
201634000499377
Recurso Inominado
Recte : JOAO BATISTA GOMES
Advg. : BA00046141 - LEONARDO DA COSTA
Recdo : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA
0042660-67.2016.4.01.3400
201634000515306
Recurso Inominado
Recte : GEVALDO HERCULANO DOS SANTOS
Advg. : DF00039232 - LEONARDO DA COSTA
Recdo : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA
0051845-32.2016.4.01.3400
201634000561646
Recurso Inominado
Recte : JOSEFA CLIMACO MONTEIRO
Advg. : DF00039232 - LEONARDO DA COSTA
Recdo : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA
0052353-75.2016.4.01.3400
201634000565260
Recurso Inominado
Recdo : AGAMENON ALVINO DE SOUZA
Advg. : DF00016414 - CESAR ODAIR WELZEL
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0055343-39.2016.4.01.3400
201634000583847
Recurso Inominado
Recte : OLETE VIEIRA CHAVES
Advg. : DF00018841 - LINO DE CARVALHO CAVALCANTE
Recdo : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA
0068894-86.2016.4.01.3400
201634000639126
Recurso Inominado
Recdo : DURVALINA PEREIRA DE OLIVEIRA
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0070834-86.2016.4.01.3400
201634000643126
Recurso Inominado
Recdo : DOMINGAS DA SILVA DE SOUZA
Advg. : DF00037718 - ENAZIO NASCIMENTO NOGUEIRA
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
570
0074950-38.2016.4.01.3400
201634000664623
Recurso Inominado
Recdo : MARIA DO CARMO NEVES DA SILVA
Advg. : DF00030525 - GILBERTO CONCEICAO DO AMARAL
Advg. : DF00030579 - JOSE ABEL DO NASCIMENTO DIAS
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0005735-38.2017.4.01.3400
201734000688465
Recurso Inominado
Recte : IRINEU NASCIMENTO DA SILVA
Advg. : DF00039232 - LEONARDO DA COSTA
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Recdo : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA
Recdo : UNIAO FEDERAL
0010112-52.2017.4.01.3400
201734000710494
Recurso Inominado
Recdo : JOVINIANO MOREIRA SANTOS
Advg. : DF00049421 - MARIA MARGARETE DE QUEIROZ
BEZERRA
Advg. : DF00039573 - REJANE ALVES DOS SANTOS
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0011337-10.2017.4.01.3400
201734000715846
Recurso Inominado
Recte : JOSE RAIMUNDO PEREIRA DOS SANTOS
Advg. : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA
SILVA
Recdo : UNIAO FEDERAL
0011972-88.2017.4.01.3400
201734000717199
Recurso Inominado
Recdo : RONALDO SOUZA FONSECA
Advg. : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA
SILVA
Recte : UNIAO FEDERAL
0012098-41.2017.4.01.3400
201734000718468
Recurso Inominado
Recdo : MARIA ANGELICA SANTOS MENDONCA
Advg. : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA
SILVA
Recte : UNIAO FEDERAL
0012216-17.2017.4.01.3400
201734000719651
Recurso Inominado
Recte : JOSE ADERNOEL D ANUNCIACAO SANTOS
Advg. : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA
SILVA
Recdo : UNIAO FEDERAL
0012266-43.2017.4.01.3400
201734000720152
Recurso Inominado
Recte : JOSE FRANCA SOUZA
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0012878-78.2017.4.01.3400
201734000721870
Recurso Inominado
Recdo : PAULO ROBERTO SANTOS DE LIMA
Advg. : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA
SILVA
Recte : UNIAO FEDERAL
0016922-43.2017.4.01.3400
201734000730256
Recurso Inominado
Recdo : EDVALDO SOUZA DE OLIVEIRA
571
Advg. : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA
SILVA
Recte : UNIAO FEDERAL
0023222-21.2017.4.01.3400
201734000759415
Recurso Inominado
Recdo : CLAUDINEI LOPES DOS SANTOS
Advg. : DF00051019 - MARCOS AGUIAR MATOS
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0025884-55.2017.4.01.3400
201734000775646
Recurso Inominado
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Recdo : IRACEMA DA ASSUNCAO TAVARES SILVA
Advg. : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA
SILVA
Recte : UNIAO FEDERAL
0026055-12.2017.4.01.3400
201734000777355
Recurso Inominado
Recte : EDSON INACIO PERADELES
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0026268-18.2017.4.01.3400
201734000779496
Recurso Inominado
Recdo : MARIA DAS GRACAS BARBOSA DE PAULA
Advg. : DF00053908 - ANDERSON ANTONIO MAIA DE
CARVALHO VIANA
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0047380-43.2017.4.01.3400
201734000905932
Recurso Inominado
Recte : YONNE PIMENTA RIBEIRO DOS SANTOS
Advg. : DF00036650 - MARIA MANUELLA JEHA TERROSO
Advg. : DF00052648 - NATANAEL CLEBERSON MONTEIRO
RAMOS
Advg. : DF00020379 - THATYANNA MYCHELLE GOMES DE
CARVALHO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0048968-85.2017.4.01.3400
201734000913405
Recurso Inominado
Recdo : MARIA NILZA MOURA
Advg. : DF00030525 - GILBERTO CONCEICAO DO AMARAL
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0051034-38.2017.4.01.3400
201734000928419
Recurso Inominado
Recte : MARCONI DE ASSIS SOUZA COSTA
Advg. : GO00026506 - EVERTON BERNARDO CLEMENTE
Recdo : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0003402-79.2018.4.01.3400
201834000977775
Recurso Inominado
Recte : DENISE FERREIRA IGREJA DE FREITAS
Advg. : DF00020379 - THATYANNA MYCHELLE GOMES DE
CARVALHO
Advg. : DF00052648 - NATANAEL CLEBERSON MONTEIRO
RAMOS
Advg. : DF00036650 - MARIA MANUELLA JEHA TERROSO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0006251-24.2018.4.01.3400
201834000998261
Recurso Inominado
Recte : CARLOS DOS SANTOS CARDOSO
Advg. : DF00020153 - GERALDO RODRIGUES PRADO JUNIOR
Recdo : UNIAO FEDERAL
572
O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:
PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
3ª TR - RELATOR 1 - BRASÍLIA
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Diretor do Foro
Diretor(a) da : ÉRICO DE SOUZA SANTOS
Secretaria
Administrativa
0011163-98.2017.4.01.3400
201734000714100
Recurso Inominado
Recdo : ANTONIO CARLOS ALVES SENA
Advg. : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA
SILVA
Recte : UNIAO FEDERAL
PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
3ª TR - RELATOR 3 - BRASÍLIA
0009028-79.2018.4.01.3400
201834001009957
Recurso Inominado
Recdo : ANDREA DA SILVA PEREIRA
Advg. : DF00017441 - SERGIO LINDOSO BAUMANN DAS
NEVES PIETROLUONGO
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0013502-35.2014.4.01.3400
201434000047241
573
Recurso Inominado
Recte : APARECIDO TEIXEIRA GOMES
Advg. : DF0039232A - LEONARDO DA COSTA
Advg. : MS00004114 - JOSE SEBASTIAO ESPINDOLA
Recdo : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA
Recdo : UNIAO FEDERAL
0052164-97.2016.4.01.3400
201634000563338
Recurso Inominado
Recte : WLADMIR PEREIRA SOUTO
Advg. : DF00039232 - LEONARDO DA COSTA
Recdo : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
0009098-96.2018.4.01.3400
201834001010670
Recurso Inominado
Recte : ELIZEU CELES
Advg. : PI00198489 - JOSE DO EGITO FIGUEIREDO BARBOSA
Recdo : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0009140-48.2018.4.01.3400
201834001011093
Recurso Inominado
Recte : VANDO ALVES BARBOSA
Advg. : DF00055567 - FRANCISCO ESTEVAO ALMEIDA
CAVALCANTI DE SOUZA
Advg. : PE00029426 - FRANCISCO AUGUSTO MELO DE
FREITAS
Recdo : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
Diante do exposto, tendo em vista os princípios que norteiam os feitos que tramitam
nos Juizados Especiais Federais (art. 2º da Lei nº 9.099/1995), SOBRESTE-SE a
tramitação do presente feito, com base no artigo 16, III da Res. 345/2015, até o
retorno dos processos remetidos àquela Corte/Colegiado. Anote-se e acompanhe-se
atentamente o retorno dos processos admitidos por esta Coordenação das Turmas
Recursais. Uma vez publicada a decisão pelo STF, nova conclusão quanto às
indagações formuladas. Publique-se. Intime-se.
PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
2ª TR - RELATOR 3 - BRASÍLIA
0068181-48.2015.4.01.3400
201534000289552
Recurso Inominado
Recdo : JOAO RODRIGUES DE CERQUEIRA
Advg. : DF00026873 - ELAINE CRISTINA GOMES
Recte : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
Diante do exposto, como dito, não se conhece do recurso inominado interposto pela
União/Fazenda Nacional, na forma do art. 932, III, 3ª parte, do NCPC. 9. Embora o
recurso não tenha sido conhecido, a parte Recorrente não deve ser isentada dos
ônus da sucumbência, pois o recurso foi processado. Logo, pagará a título de
honorários advocatícios 10% sobre o valor da condenação (art. 55, caput, da Lei n.
9.099/95). 10. Após o transcurso do prazo legal, certifique-se e devolva-se à origem.
11. Publique-se. Intimem-se.
0009606-42.2018.4.01.3400
201834001015875
Recurso Inominado
Recte : VERUSKA LACROIX AIRES
Advg. : DF00054598 - MICKAIL SILVA BRAGA
Recdo : UNIAO FEDERAL
DESPACHO
Vista à parte Autora para se manifestar sobre a documentação juntada pela parte
Ré (registro em 15/7/2019).
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Prazo de 10 (dez) dias.
0021125-53.2014.4.01.3400
201434000067870
Recurso Inominado
Recte : JUAREZ TOMAZ DOS SANTOS
Advg. : DF00030079 - THIAGO MACHADO
Advg. : DF00033357 - KEYLA DO NASCIMENTO ROCHA
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0050896-76.2014.4.01.3400
201434000183113
Recurso Inominado
Recte : CLOVES RODRIGUES DOS SANTOS
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0056796-40.2014.4.01.3400
201434000204792
Recurso Inominado
Recte : ELIDIA VALERIA MELLO SANTANA DE ANDRADE
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0061140-64.2014.4.01.3400
201434000212251
Recurso Inominado
Recte : ORQUIDEA LOBO FONTES
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0084100-14.2014.4.01.3400
201434000292200
Recurso Inominado
Recte : MARIA DE FATIMA FERREIRA DE CARVALHO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0084215-35.2014.4.01.3400
201434000293353
Recurso Inominado
Recte : NASSIR CONSOLI FILHO
Advg. : DF00038961 - VITOR JOSE BORGES ALVES
Recte : RENATO SOARES ESPINDOLA
Recte : ROQUE ALVES GUIMARAES
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0092206-62.2014.4.01.3400
201434000322131
Recurso Inominado
Recte : ITAMAR GOMES PEREIRA
Advg. : DF00020219 - RAPHAEL MESQUITA CARNEIRO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0092247-29.2014.4.01.3400
201434000322550
Recurso Inominado
Recte : BENICIO DIAS DA COSTA
575
Advg. : DF00020219 - RAPHAEL MESQUITA CARNEIRO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0092256-88.2014.4.01.3400
201434000322649
Recurso Inominado
Recte : WASHINGTON LUIZ PEREIRA
Advg. : DF00020219 - RAPHAEL MESQUITA CARNEIRO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0092269-87.2014.4.01.3400
201434000322786
Recurso Inominado
Recte : GENIVALDO DE OLIVEIRA FREIRE
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Advg. : DF00020219 - RAPHAEL MESQUITA CARNEIRO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0092271-57.2014.4.01.3400
201434000322800
Recurso Inominado
Recte : JOSE ADRIANO DE FREITAS
Advg. : DF00020219 - RAPHAEL MESQUITA CARNEIRO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0006645-36.2015.4.01.3400
201534000021990
Recurso Inominado
Recte : LUIZ AMARO DA SILVA
Advg. : DF00019371 - LUISA DE PINHO VALLE
Advg. : DF00021675 - ANDRESSA MIRELLA CASTRO DIAS
Advg. : DF00025560 - PATRICIA QUEIROZ ARAUJO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0010625-88.2015.4.01.3400
201534000046226
Recurso Inominado
Recte : ALCINEI ALVES DE SOUZA
Advg. : DF00019764 - RAFAEL AUGUSTO BRAGA DE BRITO
Advg. : DF00034727 - TIAGO AUGUSTO BRAGA DE BRITO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0010629-28.2015.4.01.3400
201534000046260
Recurso Inominado
Recte : REGIA MARA ROSA NEVES
Advg. : DF00034727 - TIAGO AUGUSTO BRAGA DE BRITO
Advg. : DF00019764 - RAFAEL AUGUSTO BRAGA DE BRITO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0024483-89.2015.4.01.3400
201534000101801
Recurso Inominado
Recte : ISOLINA MARIA DE MORAIS DE CRUZ
Recte : MARCOS ANTONIO DA SILVA
Recte : LENITA JUSTINO
Recte : SERGIO ARLINDO COSTA
Recte : PEDRO ALVES DA SILVA
Recte : JOAO BATISTA BARROS MARTINS
Recte : FLAVIO DA SILVA CARVALHO
Recte : CICERO VIEIRA QUERUBIM
Advg. : DF00041686 - FERNANDO ANTONIO MUNIZ LIMA
Advg. : DF00024775 - LUIZ FELIPE BUAIZ ANDRADE
Advg. : DF00021675 - ANDRESSA MIRELLA CASTRO DIAS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0040544-25.2015.4.01.3400
201534000186616
Recurso Inominado
Recte : RAQUEL SOUSA GALVAO
Advg. : DF00041686 - FERNANDO ANTONIO MUNIZ LIMA
Recte : GERALDO ALVIM ROSA
Recte : RAQUEL SOUSA GALVAO
Advg. : DF00021675 - ANDRESSA MIRELLA CASTRO DIAS
Recte : JUARAN ALVES DOS SANTOS
Recte : SIDNEI FERREIRA DA SILVA
Recte : RAQUEL SOUSA GALVAO
Advg. : DF00024775 - LUIZ FELIPE BUAIZ ANDRADE
576
Recte : GLEIDSON SILVA GOMES
Recte : CINTHIA SOARES DE ALMEIDA
Recte : WELEI DE SOUZA FRANCA
Recte : NEUMA MARQUES DE ARAUJO
Recte : IVO DE OLIVEIRA SANTOS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0041453-67.2015.4.01.3400
201534000191964
Recurso Inominado
Recte : MEIRE GRAND DE JESUS SOUZA
Recte : HELEN PEREIRA DA SILVA
Recte : ARMANDO AIRES BARBOSA
Recte : SIMONE RODRIGUES PEREIRA
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Recte : GISLENE APARECIDA GONCALVES DE ANDRADE
Recte : JOSENILDO OLIVEIRA DA SILVA
Recte : AGNALDO FRANCISCO DA SILVA FILHO
Recte : ANTONIO FRANCISCO FERREIRA DE LIMA FILHO
Advg. : DF00041686 - FERNANDO ANTONIO MUNIZ LIMA
Advg. : DF0013575E - ALEXIA ANDRADE DIAS
Recte : MARCOS PAULO RAMOS PEREIRA
Recte : ANTONIO FRANCISCO FERREIRA DE LIMA FILHO
Advg. : DF00000968 - ULISSES RIEDEL DE RESENDE
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0043387-60.2015.4.01.3400
201534000200980
Recurso Inominado
Recte : LUCIANO MARCOS AFONSO DE OLIVEIRA
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00030810 - PRISCILA DE ALMEIDA JULIANO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0027103-40.2016.4.01.3400
201634000423191
Recurso Inominado
Recte : CREMILDA MARTINS DA ROCHA
Advg. : DF00021675 - ANDRESSA MIRELLA CASTRO DIAS
Advg. : DF00024775 - LUIZ FELIPE BUAIZ ANDRADE
Advg. : DF00000968 - ULISSES RIEDEL DE RESENDE
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0027143-22.2016.4.01.3400
201634000423592
Recurso Inominado
Recte : RICARDO DE ANDRADE ARAGAO
Advg. : DF00036694 - LEONNARDO VIEIRA MORAIS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0043644-51.2016.4.01.3400
201634000520219
Recurso Inominado
Recte : MARCOS AURELIO DE ABREU
Advg. : DF00014982 - PAULO ROBERTO DE OLIVEIRA JUNIOR
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0022313-76.2017.4.01.3400
201734000755538
Recurso Inominado
Recte : SIRLENE ARAUJO DE ALENCAR MORAIS
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0028153-67.2017.4.01.3400
201734000793260
Recurso Inominado
Recte : LUIS COSTA DE SOUSA FILHO
Advg. : DF00046517 - RUBENS FERNANDES GOMES
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0010872-64.2018.4.01.3400
201834001025581
Recurso Inominado
Recte : DANEI LUIZ TARTARI
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
577
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
DESPACHO
Considerando a decisão exarada pelo Ministro Luís Roberto Barroso, em sede de
medida cautelar na ADI 5090, que determinou a suspensão do trâmite de todas as
causas que versam sobre a correção dos depósitos vinculados ao Fundo de
Garantia por Tempo de Serviço – FGTS pela Taxa Referencial – TR, matéria objeto
deste processo, SUSPENDA-SE a tramitação do feito nesta instância sem seu
julgamento, até que sobrevenha decisão final naquele processo quanto ao objeto
discutido no recurso. Intimem-se e cumpra-se, certificando-se a causa da suspensão
e tendo-se o cuidado de acompanhar o desfecho da ADI 5090 na qual se ordenou a
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
suspensão da tramitação dos feitos da espécie.
0020740-32.2019.4.01.3400
201934001369655
Recurso Inominado
Recte : JEAN PETER FERREIRA LEITAO
Advg. : DF00055989 - JOAO PAULO RODRIGUES RIBEIRO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
Advg. : DF0001640A - SAMIR NACIM FRANCISCO
DESPACHO
Considerando a decisão exarada pelo Ministro Luís Roberto Barroso, em sede de
medida cautelar na ADI 5090, que determinou a suspensão do trâmite de todas as
causas que versam sobre a correção dos depósitos vinculados ao Fundo de
Garantia por Tempo de Serviço – FGTS pela Taxa Referencial – TR, matéria objeto
deste processo, SUSPENDA-SE a tramitação do feito nesta instância sem seu
julgamento, até que sobrevenha decisão final naquele processo quanto ao objeto
discutido no recurso. Intimem-se e cumpra-se, certificando-se a causa da suspensão
e tendo-se o cuidado de acompanhar o desfecho da ADI 5090 na qual se ordenou a
suspensão da tramitação dos feitos da espécie.
0009267-20.2017.4.01.3400
201734000705951
Recurso Inominado
Recte : RICARDO ANTONIO DE JESUS
Advg. : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA
SILVA
Recdo : UNIAO FEDERAL
Advg. : RJ00112636 - SONIA RABINOVICH TARANTO
0006094-22.2016.4.01.3400
201634000337770
Recurso Inominado
Recte : ZENILDA SOUZA LEAO CAJAZEIRAS
Advg. : DF00211613 - PEDRO MOREIRA ADVOGADOS
Recdo : UNIAO FEDERAL
0006094-22.2016.4.01.3400
201634000337770
Recurso Inominado
Recte : ZENILDA SOUZA LEAO CAJAZEIRAS
Advg. : DF00211613 - PEDRO MOREIRA ADVOGADOS
Recdo : UNIAO FEDERAL
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O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:
0006628-63.2016.4.01.3400
201634000340110
Recurso Inominado
Recte : ELIZABETH PALMEIRA DA SILVEIRA
Advg. : DF00018841 - LINO DE CARVALHO CAVALCANTE
Recdo : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE - FUNASA
0040994-31.2016.4.01.3400
201634000505901
Recurso Inominado
Recdo : JULIETA BARROS SANTANA
Advg. : DF00018841 - LINO DE CARVALHO CAVALCANTE
Recte : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA
0046430-68.2016.4.01.3400
201634000539250
Recurso Inominado
Recte : GIZOMAR DA SILVA LUCENA
Advg. : DF00018841 - LINO DE CARVALHO CAVALCANTE
Recdo : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA
0007933-48.2017.4.01.3400
201734000698555
Recurso Inominado
Recte : MARILENA PIRES BARBOSA
Advg. : DF00018841 - LINO DE CARVALHO CAVALCANTE
Recdo : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA
PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
2ª TR - RELATOR 3 - BRASÍLIA
0030104-67.2015.4.01.3400
201534000132587
Recurso Inominado
Recdo : MILTON PERES
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recte : UNIAO FEDERAL
0045787-76.2017.4.01.3400
201734000893451
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Recurso Inominado
Recte : RIVADAVEL ARNALDO BORBA
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0046171-39.2017.4.01.3400
201734000897311
Recurso Inominado
Recte : EDITE SANTOS MACHADO
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0046183-53.2017.4.01.3400
201734000897431
Recurso Inominado
Recte : RONALDO RODRIGUES DE LIMA
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0046207-81.2017.4.01.3400
201734000897671
Recurso Inominado
Recte : ALDIR FURQUIM DE FREITAS
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0046325-57.2017.4.01.3400
201734000898851
Recurso Inominado
Recte : MARIA ANTONIA DE JESUS PRASERES DIAS
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0046368-91.2017.4.01.3400
201734000899288
Recurso Inominado
Recte : JOAO BATISTA GOMES DE MORAES
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0046370-61.2017.4.01.3400
201734000899301
Recurso Inominado
Recte : ANTONIO JOSE DE JESUS SANTOS
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0046606-13.2017.4.01.3400
201734000901668
Recurso Inominado
Recte : MARCOS LUCIO STEMLER DA VEIGA
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0046777-67.2017.4.01.3400
201734000902882
Recurso Inominado
Recte : JOAO RIBEIRO DA SILVA
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0046781-07.2017.4.01.3400
201734000902923
580
Recurso Inominado
Recte : NANCI GOULART ROCHA
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0046901-50.2017.4.01.3400
201734000904125
Recurso Inominado
Recte : ADELSON ALVES DO NASCIMENTO
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0048464-79.2017.4.01.3400
201734000911299
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Recurso Inominado
Recte : MILTON PERES
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0048468-19.2017.4.01.3400
201734000911330
Recurso Inominado
Recte : AGENOR PORTO MOUSINHO
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0003787-27.2018.4.01.3400
201834000981669
Recurso Inominado
Recte : SEVERINO JOSE DA SILVA
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0004625-67.2018.4.01.3400
201834000989721
Recurso Inominado
Recte : NEURIZA APARECIDA BARBOSA DE LIMA
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0004724-37.2018.4.01.3400
201834000990726
Recurso Inominado
Recte : GERALDO ROSA LOPES
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0006195-88.2018.4.01.3400
201834000997691
Recurso Inominado
Recte : THEREZA CHRISTINA PEREIRA LEAL
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0006568-22.2018.4.01.3400
201834000998419
Recurso Inominado
Recte : ELCI PEREIRA DIAS
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0006682-58.2018.4.01.3400
201834000999602
Recurso Inominado
Recte : LUIZ CARLOS DA SILVA CUNHA
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0006699-94.2018.4.01.3400
201834000999770
Recurso Inominado
Recte : MARIA APARECIDA FERRO DO LAGO
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0006707-71.2018.4.01.3400
201834000999856
581
Recurso Inominado
Recte : RAIMUNDA LUIZA BRITO FURTADO
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0006839-31.2018.4.01.3400
201834001001178
Recurso Inominado
Recte : MARIA ARAUJO DE OLIVEIRA
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0023192-49.2018.4.01.3400
201834001088284
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Recurso Inominado
Recte : SERGIO ROBERTO NASSAR
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0023646-29.2018.4.01.3400
201834001092846
Recurso Inominado
Recte : SADDIKA SAID ASSAF
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0027611-88.2013.4.01.3400
201334000036067
Recurso Inominado
Recte : ANTONIO CESAR MENDES LIMA
Advg. : DF00025089 - GILBERTO SIEBRA MONTEIRO
Recdo : UNIAO FEDERAL
Por isso, na decisão agravada neste feito a Coordenação das Turmas negou
seguimento ao Recurso Extraordinário expressamente com base no art. 1.030, I, “a”,
NCPC. Em consequência, a forma legal para impugnação da decisão é aquela
prevista pelo art. 1.030, § 2º, NCPC, ou seja, por meio de agravo interno, e não por
agravo de instrumento ou daquele que tratam o art. 1.042 e o art. 1.030, § 1º, ambos
do NCPC. Por sua vez, o julgamento do agravo interno deve ser feito pelo órgão
jurisdicional de que faz parte aquele que proferiu a decisão agravada, conforme
regulamentado pela lei processual em vigor. Ou seja, pela Turma Recursal de
origem. Por isso, mantendo-se a decisão agravada por seus próprios fundamentos,
encaminhe-se o processo à Relatoria da Turma Recursal de Origem, tendo em vista
a regulamentação do recurso de agravo interno. Encaminhe-se.
0050885-57.2008.4.01.3400
200834009096726
Recurso Inominado
Recte : MANOEL CARDOSO DE MORAIS
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
582
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
1ª TR - RELATOR 2 - BRASÍLIA
0052620-62.2007.4.01.3400
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
200734009067886
Recurso Inominado
Recdo : NANCY COELHO DE MOURA SILVA
Advg. : DF00035466 - TATIANA DE MORAIS HOLLANDA
Recte : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
Advg. : DF00019983 - JOSE CARLOS IZIDRO MACHADO
0043091-48.2009.4.01.3400
200934009033393
Recurso Inominado
Recdo : MARY ONEIDE NUNES IORIO ARANHA OLIVEIRA
Recte : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
Advg. : DF00019983 - JOSE CARLOS IZIDRO MACHADO
PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
2ª TR - RELATOR 1 - BRASÍLIA
0047067-24.2013.4.01.3400
201334000117680
Recurso Inominado
Recte : ANTONIO JOSE AIRES DA SILVA
Advg. : PI00001984 - JOSE DO EGITO FIGUEIREDO BARBOSA
Recdo : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0048274-58.2013.4.01.3400
201334000123861
Recurso Inominado
Recte : LUIZ GONZAGA FONSECA FILHO
Advg. : PI00001984 - JOSE DO EGITO FIGUEIREDO BARBOSA
Recdo : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0049976-39.2013.4.01.3400
201334000128710
Recurso Inominado
Recte : CLOVES JOSE DE SOUSA DIAS
Advg. : PI00001984 - JOSE DO EGITO FIGUEIREDO BARBOSA
Recdo : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0052240-29.2013.4.01.3400
201334000137962
583
Recurso Inominado
Recte : JOSE DE RIBAMAR SANTOS CASTRO
Advg. : PI00001984 - JOSE DO EGITO FIGUEIREDO BARBOSA
Recdo : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
Diante do exposto, com fundamento no art. 14, III, da Resolução 58/2019, NEGO
SEGUIMENTO ao Incidente de Uniformização de Jurisprudência. Transcorrido o
prazo legal, certifique-se e devolva-se à Vara de origem. Publique-se. Intime-se.
PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
2ª TR - RELATOR 2 - BRASÍLIA
0026066-12.2015.4.01.3400
201534000108167
Recurso Inominado
Recdo : AMALIA DE OLIVEIRA BARROS SOARES
Advg. : DF00023794 - ALINE CRISTINA DE MELO FRANCO E
OLIVEIRA
Recte : UNIAO FEDERAL
0026467-11.2015.4.01.3400
201534000109810
Recurso Inominado
Recdo : MARIA DA PENHA ALMEIDA
Advg. : DF00023794 - ALINE CRISTINA DE MELO FRANCO E
OLIVEIRA
Recte : UNIAO FEDERAL
0040949-61.2015.4.01.3400
201534000187861
Recurso Inominado
Recdo : ALCIDES GENTIL SOBRINHO
Advg. : DF00023794 - ALINE CRISTINA DE MELO FRANCO E
OLIVEIRA
Recte : UNIAO FEDERAL
0041148-83.2015.4.01.3400
201534000188894
Recurso Inominado
Recdo : LUANA HELLMEISTER
Advg. : DF00023794 - ALINE CRISTINA DE MELO FRANCO E
OLIVEIRA
Recdo : GLAUCO DE VASCONCELOS REIS PEREIRA JUNIOR
Advg. : DF00023794 - ALINE CRISTINA DE MELO FRANCO E
OLIVEIRA
Recte : UNIAO FEDERAL
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0041359-22.2015.4.01.3400
201534000191008
Recurso Inominado
Recdo : JAIME DE ARAUJO LIMA
Advg. : DF00023794 - ALINE CRISTINA DE MELO FRANCO E
OLIVEIRA
Recte : UNIAO FEDERAL
0048479-19.2015.4.01.3400
201534000218612
Recurso Inominado
Recdo : MARIA PEDRITA DOS SANTOS
Advg. : DF00023794 - ALINE CRISTINA DE MELO FRANCO E
OLIVEIRA
Recte : UNIAO FEDERAL
584
Recte : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL
0048545-96.2015.4.01.3400
201534000218804
Recurso Inominado
Recdo : MEIRE DE FATIMA FARIA
Advg. : DF00023794 - ALINE CRISTINA DE MELO FRANCO E
OLIVEIRA
Recte : UNIAO FEDERAL
Assim sendo, com fundamento no art. 14, caput, Lei n° 10.259/2001, NÃO ADMITO
o Incidente de Uniformização de Jurisprudência arguido pela União. Transcorrido o
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prazo legal, certifique-se e devolva-se à Vara de origem. Publique-se. Intime-se.
0003090-16.2012.4.01.3400
201234009346243
Recurso Inominado
Recte : RAIMUNDO PEREIRA GOMES
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
DECISÃO
0048983-69.2008.4.01.3400
200834009077219
Recurso Inominado
Recdo : MARIA DE FATIMA TRAVASSOS
Recdo : MARIA DE LOURDES DA SILVA
Recdo : MARIA DE FATIMA TRAVASSOS
Recdo : MARGARIDA DE OLIVEIRA SILVA
Advg. : DF00018841 - LINO DE CARVALHO CAVALCANTE
Recdo : CLEA MARIA DE MORAES
Recdo : MARIA DE LOURDES DA SILVA
Recdo : CLEA MARIA DE MORAES
Recdo : MARGARIDA DE OLIVEIRA SILVA
Recte : UNIAO FEDERAL
Recte : UNIAO FEDERAL
0011975-48.2014.4.01.3400
201434000040965
Recurso Inominado
Recte : JOSE GABRIEL FILHO
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0049470-29.2014.4.01.3400
201434000175339
Recurso Inominado
Recdo : JOACIR RODRIGUES DA CRUZ
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0054827-87.2014.4.01.3400
201434000196034
Recurso Inominado
Recdo : RUTE LEONIZA ALVES
Advg. : SP00320490 - THIAGO GUARDABASSI GUERRERO
585
Recte : UNIAO FEDERAL
0056692-48.2014.4.01.3400
201434000203756
Recurso Inominado
Recdo : JANE MARA DA SILVEIRA
Advg. : SP00320490 - THIAGO GUARDABASSI GUERRERO
Recte : UNIAO FEDERAL
0066471-27.2014.4.01.3400
201434000240809
Recurso Inominado
Recdo : MARIA DE LOURDES FERREIRA
Advg. : DF00017777 - SIRNELANGE FRANCA DE OLIVEIRA
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Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0069176-95.2014.4.01.3400
201434000251013
Recurso Inominado
Recdo : ACRISIO MACHADO DE OLIVEIRA
Advg. : PR00033955 - FABRICIO FONTANA
Recte : UNIAO FEDERAL
0005013-72.2015.4.01.3400
201534000014559
Recurso Inominado
Recdo : IRANI FERREIRA DE SOUZA
Advg. : SP00124703 - EVANDRO RUI DA SILVA COELHO
Recte : UNIAO FEDERAL
Advg. : MG0001024A - WALDIR SANTOS DIAS
0008168-83.2015.4.01.3400
201534000029696
Recurso Inominado
Recdo : ODETE DA SILVA RIBEIRO DE FARIA
Advg. : DF0044797A - THIAGO GUARDABASSI GUERRERO
Recte : UNIAO FEDERAL
0016492-62.2015.4.01.3400
201534000074242
Recurso Inominado
Recdo : VALMIR BISPO DA SILVA
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0017736-26.2015.4.01.3400
201534000077707
Recurso Inominado
Recdo : MATHEUS CASTILHO DE SOUZA
Advg. : DF00018841 - LINO DE CARVALHO CAVALCANTE
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0037731-25.2015.4.01.3400
201534000170765
Recurso Inominado
Recdo/recte : MARLENE TAVARES DE ARAUJO
Advg. : DF0001672A - SOLANGE MARIA DE CARVALHO
CAVALCANTE
Recte/recdo : UNIAO FEDERAL
0039750-04.2015.4.01.3400
201534000181158
Recurso Inominado
Recte : MARIA FERNANDES SOARES
Advg. : DF00025089 - GILBERTO SIEBRA MONTEIRO
Recte : ARTENE LIMA
Recdo : UNIAO FEDERAL
0051681-04.2015.4.01.3400
201534000227700
Recurso Inominado
Recdo : JOSILENE DE CARVALHO SOARES LIARTH
Advg. : PI00198489 - JOSE DO EGITO FIGUEIREDO BARBOSA
Recte : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA
0045073-53.2016.4.01.3400
201634000531643
586
Recurso Inominado
Recdo : DELINDA VIEIRA DE ARAUJO
Advg. : DF00021106 - BENIGNA ARAUJO TEIXEIRA
Recte : UNIAO FEDERAL
0047494-16.2016.4.01.3400
201634000542019
Recurso Inominado
Recdo : MARIA LUCIA RODRIGUES DE OLIVEIRA
Advg. : DF00040568 - JEAN CLAUDIO DOS SANTOS SOUZA
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
Recte : ANNA DEBORA RODRIGUES DE OLIVEIRA
0077526-04.2016.4.01.3400
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
201634000671766
Recurso Inominado
Recdo : ROGERIO VALSECHY KARL
Advg. : DF00053635 - BARBARA GOUVEIA E SILVA
Recte : UNIAO FEDERAL
0028899-32.2017.4.01.3400
201734000797792
Recurso Inominado
Recdo : ORISMILDE PAULO DO NASCIMENTO
Advg. : DF00026980 - AELSON ROCHA SARAIVA
Advg. : DF00041241 - JOAO EDSON PEREIRA SERTAO
Recte : UNIAO FEDERAL
PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
2ª TR - RELATOR 3 - BRASÍLIA
0007275-63.2013.4.01.3400
201334009526065
Recurso Inominado
Recdo : AURENI DE ARAUJO LIMA SALAO
Advg. : DF00036399 - KELLY CRISTINA DOMINGOS ASSUNCAO
Recte : DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA
DE TRANSPORTES -DNIT
Advg. : AL00007729 - AGELIO NOVAES DE MIRANDA
0041873-72.2015.4.01.3400
201534000192832
Recurso Inominado
Recte : DIOMERCINO ALVES BARBOSA
587
Advg. : DF00018841 - LINO DE CARVALHO CAVALCANTE
Recdo : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE - FUNASA
0068567-78.2015.4.01.3400
201534000290930
Recurso Inominado
Recdo : RAIMUNDA BORGES DE ASSIS
Advg. : DF00018841 - LINO DE CARVALHO CAVALCANTE
Recte : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA
0038054-93.2016.4.01.3400
201634000493328
Recurso Inominado
Recte : JOSE MARQUES NUNES
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Advg. : DF00018841 - LINO DE CARVALHO CAVALCANTE
Recdo : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA
0068861-96.2016.4.01.3400
201634000638796
Recurso Inominado
Recte : MARIA ZELIA DA SILVA DOS SANTOS
Advg. : DF00018841 - LINO DE CARVALHO CAVALCANTE
Recdo : UNIAO FEDERAL
0071429-85.2016.4.01.3400
201634000644145
Recurso Inominado
Recte : SANDRA REGINA GAMA
Advg. : DF00018841 - LINO DE CARVALHO CAVALCANTE
Recdo : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA
0075845-96.2016.4.01.3400
201634000668336
Recurso Inominado
Recte : VILZA PEIXOTO DA FONSECA
Advg. : DF00018841 - LINO DE CARVALHO CAVALCANTE
Recdo : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA
Diante do exposto, com fundamento no art. 1.030, I, “a” do Código de Processo Civil,
NEGO SEGUIMENTO ao Recurso Extraordinário. Transcorrido o prazo legal,
certifique-se e devolva-se à Vara de origem. Publique-se. Intime-se.
PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
3ª TR - RELATOR 2 - BRASÍLIA
0050788-91.2007.4.01.3400
200734009049460
Recurso Inominado
Recte : CLOVES DA COSTA PEREIRA
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0044582-27.2008.4.01.3400
200834009032901
Recurso Inominado
Recte : LUIS MACHADO DOS SANTOS
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0049632-34.2008.4.01.3400
200834009083720
Recurso Inominado
Recte : MESSIAS MODESTO DA SILVA
588
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0058614-03.2009.4.01.3400
200934009195850
Recurso Inominado
Recte : SIDNEY RODRIGUES DE PAULA
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0067498-50.2011.4.01.3400
201134009333257
Recurso Inominado
Recdo/recte : JOSE DE MIRANDA BARRENSE
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recte/recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0077017-44.2014.4.01.3400
201434000274799
Recurso Inominado
Recte : VANDERLEI MOREIRA TAVARES
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
Diante do exposto, tendo em vista os princípios que norteiam os feitos que tramitam
nos Juizados Especiais Federais (art. 2º da Lei nº 9.099/1995), SOBRESTE-SE a
tramitação do presente feito, até o trânsito em julgado do RESP 1831371/SP com
base no artigo 1.030, III, do CPC, na redação da Lei n° 13.256/2016. Anote-se e
acompanhe-se o desfecho do julgamento do recurso acima indicado, fazendo
conclusão quando do trânsito em julgado do respectivo acórdão, oportunidade em
que o Recurso Extraordinário será avaliado em sua inteireza. Publique-se. Intime-se.
0041871-05.2015.4.01.3400
201534000192815
Recurso Inominado
Recdo : LOURIVALDO PEREIRA ROCHA
Advg. : DF00018841 - LINO DE CARVALHO CAVALCANTE
Recte : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA
0034195-69.2016.4.01.3400
201634000469936
Recurso Inominado
Recte : GUILHERME GONCALVES BARRETO
Advg. : DF00018841 - LINO DE CARVALHO CAVALCANTE
Recdo : FUNASA - FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE
0053210-24.2016.4.01.3400
201634000571366
Recurso Inominado
Recte : JAILSON JOSE GOMES DE SA
Advg. : DF00039232 - LEONARDO DA COSTA
Recdo : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA
Recdo : UNIAO FEDERAL
0064462-24.2016.4.01.3400
201634000621463
Recurso Inominado
Recte : ANTONIO RAMOS DO AMPARO
Advg. : DF00018841 - LINO DE CARVALHO CAVALCANTE
Recdo : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA
0066150-21.2016.4.01.3400
201634000627389
Recurso Inominado
Recte : IVONETE VITORIANO DE MENEZES
Advg. : DF00018841 - LINO DE CARVALHO CAVALCANTE
Recdo : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA
0073266-78.2016.4.01.3400
201634000658589
Recurso Inominado
Recdo : MARIA DA CONCEICAO BARROS NERY
Advg. : GO00026506 - EVERTON BERNARDO CLEMENTE
Recte : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA
589
0074034-04.2016.4.01.3400
201634000660804
Recurso Inominado
Recte : MARIA JOSE PEREIRA
Advg. : DF00018841 - LINO DE CARVALHO CAVALCANTE
Recdo : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA
0025414-24.2017.4.01.3400
201734000772904
Recurso Inominado
Recte : MARIA ASSUNTA SERZEDELO
Advg. : DF00039232 - LEONARDO DA COSTA
Recdo : UNIAO FEDERAL
Recdo : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
0032211-79.2018.4.01.3400
201834001145342
Recurso Inominado
Recte : ANTONIO DAMASCENA LIMA
Advg. : MS00017365 - VINICIUS DE MORAES GONCALVES
MENDES
Recdo : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA
Diante do exposto, com base no art. 55, XXII, c/c o seu § 2º, da Resolução Presi
TRF1 17/2014 SOBRESTE-SE a tramitação do presente feito até o trânsito em
julgado do Processo 0020016-33.2016.4-01.3400. Anote-se e acompanhe-se
atentamente o desfecho do julgamento supramencionado, fazendo nova conclusão
quando da publicação dos respectivo acórdão. Publique-se. Intime-se.
PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
3ª TR - RELATOR 3 - BRASÍLIA
0038418-41.2011.4.01.3400
201134009260286
Recurso Inominado
Recte : RAIMUNDO JOAO DE SOUZA
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
Diante do exposto, tendo em vista os princípios que norteiam os feitos que tramitam
nos Juizados Especiais Federais (art. 2º da Lei nº 9.099/1995), SOBRESTE-SE a
tramitação do presente feito, até o trânsito em julgado do RESP 1831371/SP com
base no artigo 1.030, III, do CPC, na redação da Lei n° 13.256/2016. Anote-se e
acompanhe-se o desfecho do julgamento do recurso acima indicado, fazendo
conclusão quando do trânsito em julgado do respectivo acórdão, oportunidade em
que o Recurso Extraordinário será avaliado em sua inteireza. Publique-se. Intime-se.
0052864-15.2012.4.01.3400
201234009477370
Recurso Inominado
Recte : VALDECIRA FIRMINO DO NASCIMENTO
Advg. : DF0001672A - SOLANGE MARIA DE CARVALHO
CAVALCANTE
Recdo : UNIAO FEDERAL
0068759-74.2016.4.01.3400
201634000637777
Recurso Inominado
Recdo : EDMILSON DA CRUZ RIBEIRO FIUSA
Advg. : DF00045192 - EDNA CONCEICAO DOS SANTOS E
SOUZA
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Pelo exposto, ACOLHO os embargos declaratórios opostos pela parte Autora, para
HOMOLOGAR a autocomposição das partes neste Juízo recursal, no sentido de que
os juros e a correção monetária das parcelas em atraso, reconhecidas pela sentença
neste feito, sejam aplicados nos termos do art. 1º-F da Lei nº 9.494/1997. Em sendo
assim, revogo a decisão registrada em 09/10/2019. Ademais, em sendo a única
matéria devolvida pelo recurso extraordinário, há de ser declarado prejudicado, ante
a superveniente perda do objeto. Transcorrido o prazo legal, remessa à Vara de
origem, para prosseguimento, competente para processar o cumprimento do acordo,
obviamente observando-se, no cumprimento do julgado, o conteúdo da
autocomposição homologada. Publique-se. Intime-se.
0016612-42.2014.4.01.3400
201434000054648
Recurso Inominado
Recdo : HILMA GUIMARAES SOBRAL
Advg. : DF00011555 - IBANEIS ROCHA BARROS JUNIOR
Advg. : DF00033208 - CARLOS ALBERTO ARANTES JUNIOR
Recte : UNIAO FEDERAL
DESPACHO
Considerando que a decisão do Supremo Tribunal Federal, no Recurso
Extraordinário nº 638.115/CE, que trata sobre a “incorporação de quintos decorrente
do exercício de funções comissionadas no período compreendido entre a edição da
Lei 9.624/1998 e a MP 2.225-48/2001”, que reconheceu a existência de repercussão
geral da questão constitucional suscitada, ainda se encontra pendente de trânsito
em julgado, haja vista a apreciação pelo STF de Embargos Declaratórios,
SUSPENDA-SE a tramitação do feito nesta instância, sem julgamento, até que
sobrevenha decisão final naquele Recurso Extraordinário quanto ao objeto discutido,
com trânsito em julgado. Intimem-se e cumpra-se, certificando-se a causa da
suspensão e tendo-se o cuidado de acompanhar o desfecho do aludido Recurso
Extraordinário, fazendo nova conclusão depois do trânsito em julgado da Decisão
final.
0021985-54.2014.4.01.3400
201434000072396
Recurso Inominado
Recte : MARCELO GUERREIRO CALDAS
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0021986-39.2014.4.01.3400
201434000072406
Recurso Inominado
Recte : RAIMUNDO BATISTA FERRO
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0021996-83.2014.4.01.3400
201434000072509
Recurso Inominado
Recte : EMILIO CLAUDIO CARVALHO DE MIRANDA
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0028735-72.2014.4.01.3400
201434000096511
591
Recurso Inominado
Recte : VICENTE COELHO DA SILVA
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0044229-74.2014.4.01.3400
201434000153467
Recurso Inominado
Recte : FABIO GUTTEMBERG DA CRUZ
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0046600-11.2014.4.01.3400
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
201434000162020
Recurso Inominado
Recte : CECILIO MENDES NASCIMENTO
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0050886-32.2014.4.01.3400
201434000183010
Recurso Inominado
Recte : EUSTAQUIO FERREIRA DOS SANTOS
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0050895-91.2014.4.01.3400
201434000183100
Recurso Inominado
Recte : ALMINDA EVARISTO DA SILVA
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0050913-15.2014.4.01.3400
201434000183281
Recurso Inominado
Recte : RIZA MARIA DOS SANTOS VIANA COELHO BASSO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00030810 - PRISCILA DE ALMEIDA JULIANO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0050925-29.2014.4.01.3400
201434000183408
Recurso Inominado
Recte : FERNANDO ANTONIO LOPES PIMENTEL ROSA
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00030810 - PRISCILA DE ALMEIDA JULIANO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0053916-75.2014.4.01.3400
201434000193889
Recurso Inominado
Recdo : MARIA EDITE FREITAS
Recdo : CICERO FULGENCIO NETO
Recdo : AIRTON BRILHANTE FILHO
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recdo : JOSELITO MOURA DA SILVA
Recdo : MARIA MARLI DE SOUSA
Recte : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0053920-15.2014.4.01.3400
201434000193920
Recurso Inominado
Recdo : CLAUDIA DIONISIA BRITO DE JESUS
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recdo : FRANCISCO FIRMINO DE ARAUJO
Recdo : CLAUDIA LIMA BRITO
Recdo : MARCIO SANTOS DO ROSARIO
Recdo : FABRICIO SOARES AGUIAR
Recte : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0053922-82.2014.4.01.3400
201434000193947
Recurso Inominado
592
Recte : GILSON FARIAS DE SOUSA
Recte : ORISSON DA SILVA
Recte : MARCO ANTONIO BEZERRA CARDOSO
Recte : EUDES MOURA DA SILVA
Recte : CELIO NILVALDO DE SOUSA JUNIOR
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0053925-37.2014.4.01.3400
201434000193978
Recurso Inominado
Recte : MARLENE JANUARIO DA SILVA
Recte : JOSE LUIZ ALVES DA SILVA
Recte : DJENANE BRITO LUIZ
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recte : JUAREZ RIBEIRO DE SOUZA JUNIOR
Recte : MEIRE BARBOSA DE MORAIS GOMES
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0056792-03.2014.4.01.3400
201434000204758
Recurso Inominado
Recte : AMARILDO QUEIROZ DE SOUZA
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0056797-25.2014.4.01.3400
201434000204802
Recurso Inominado
Recte : RUBENS KLINK DE SOUZA
Advg. : DF00030810 - PRISCILA DE ALMEIDA JULIANO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0061130-20.2014.4.01.3400
201434000212159
Recurso Inominado
Recte : CARLOS DA SILVA DIAS
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0061739-03.2014.4.01.3400
201434000216841
Recurso Inominado
Recte : JULIO FERREIRA DE AZARA
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0062744-60.2014.4.01.3400
201434000221158
Recurso Inominado
Recte : REGINALDO TEIXEIRA
Recte : PETRONIO GOMES DA SILVA
Recte : LUCAS NASCENTES DA CUNHA
Recte : FRANCISCO DE ASSIS GOMES DA SILVA
Advg. : DF00041686 - FERNANDO ANTONIO MUNIZ LIMA
Recte : MARCIA MARIA ROCHA TAVARES
Recte : MARCIA MACHADO MATTOS
Recte : FRANCISCO DE ASSIS GOMES DA SILVA
Advg. : DF00038961 - VITOR JOSE BORGES ALVES
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0064924-49.2014.4.01.3400
201434000232462
Recurso Inominado
Recte : MAYKON VIEIRA
Recte : MARCELO ASSIS GOMES
Recte : ANA FELIX PEREIRA DE OLIVEIRA
Recte : ADAIL BEZERRA CUNHA
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recte : CLEITON VIEIRA SILVA
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0065994-04.2014.4.01.3400
201434000237814
593
Recurso Inominado
Recdo : LUCIA VALERIA FONSECA MARQUES
Recdo : ADAIL DE OLIVEIRA LIMA
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recdo : GILSON MACHADO TORRES
Recdo : EDINA REGINA MOUSINHO GOMES
Recdo : DIVINA DE BRITO ARAUJO
Recte : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0065995-86.2014.4.01.3400
201434000237828
Recurso Inominado
Recte : JOSE PEDROSA CHAVES
Recte : KELLY CRISTINA OLIVEIRA JORGE
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Recte : APARECIDA GLORIA DE SALES
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recte : DANIEL PEREIRA DOS SANTOS ROCHA
Recte : FRANCISCO NEUDO PESSOA
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0066003-63.2014.4.01.3400
201434000237903
Recurso Inominado
Recte : AMANDA KELLY BRITTO DE ALMEIDA
Recte : ANTONIO FERREIRA DA COSTA
Recte : HELENA ROSA DA SILVA
Recte : ALESSANDRO DE JESUS DA CONCEICAO
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recte : MARIA APARECIDA DE DEUS GODINHO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0068580-14.2014.4.01.3400
201434000244926
Recurso Inominado
Recte : VIRGINIO FELICIANO DE OLIVEIRA
Recte : ANTONIO BRAS BEZERRA
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recte : JOSE ARAUJO RIBEIRO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0070263-86.2014.4.01.3400
201434000256101
Recurso Inominado
Recte : HANDER GLEISSON BRAGA
Recte : IVONETE SANTOS DE LIMA
Recte : ANA ZITA FERNADES
Recte : JOAQUIM ALVES SOBRINHO
Recte : JACKSON ALBERTO TEIXEIRA DE ARAUJO
Recte : ANTONIO LUIZ DE OLIVEIRA CORREA DA SILVA
Recte : HENRIQUE SILVA CASTILHO
Advg. : DF00038961 - VITOR JOSE BORGES ALVES
Advg. : DF00021675 - ANDRESSA MIRELLA CASTRO DIAS
Recte : IVANEIDE PEREIRA RAMOS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0070811-14.2014.4.01.3400
201434000256581
Recurso Inominado
Recte : FABIO ALVES SANTOS SILVA
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0072018-48.2014.4.01.3400
201434000260516
Recurso Inominado
Recte : WELLINGTON SILVA DE ALMEIDA
Recte : LUIZ FABIO SOBRINHO
Recte : JULIO CESAR RODRIGUES DOS SANTOS
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0074912-94.2014.4.01.3400
201434000266579
Recurso Inominado
Recte : ROBERTO DIAS DAVID
Recte : JORGE ALBERTO DE CARVALHO
Recte : ANA CRISTINA DA SILVA NASCIMENTO
594
Recte : JOSE NIVALDO DE OLIVEIRA
Recte : RENATO DE AGUIAR ATTUCH
Recte : VERA LUCIA BUENO DE MORAES
Advg. : DF00038961 - VITOR JOSE BORGES ALVES
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0074926-78.2014.4.01.3400
201434000266712
Recurso Inominado
Recte : MARCIO LUIZ ALVES DE ALMEIDA
Advg. : DF00041686 - FERNANDO ANTONIO MUNIZ LIMA
Advg. : DF00038961 - VITOR JOSE BORGES ALVES
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
0078218-71.2014.4.01.3400
201434000277078
Recurso Inominado
Recte : CELIA FERREIRA PRADO CARVALHO
Advg. : DF00019371 - LUISA DE PINHO VALLE
Advg. : DF00021675 - ANDRESSA MIRELLA CASTRO DIAS
Advg. : DF00038961 - VITOR JOSE BORGES ALVES
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0080590-90.2014.4.01.3400
201434000280820
Recurso Inominado
Recte : MARIO SERGIO DE JESUS PEREIRA
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0083714-81.2014.4.01.3400
201434000291346
Recurso Inominado
Recte : JOAO YOSIKAZU MAEDA
Recte : ALOISIO REIS BRANDAO
Advg. : DF00021675 - ANDRESSA MIRELLA CASTRO DIAS
Advg. : DF00019371 - LUISA DE PINHO VALLE
Recte : EDSON PEREIRA DOS SANTOS
Recte : JOSELIA CINTHYA QUINTAO PENA FRADE
Recte : DOUGLAS SOUSA DE ANDRADE
Recte : ALOISIO REIS BRANDAO
Advg. : DF00038961 - VITOR JOSE BORGES ALVES
Recte : IRAN SANTOS NUNES
Recte : JOANIRA FERREIRA DE SOUZA
Recte : DENISE DOS REIS SOARES
Recte : CLAUDIA SERAFIN
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0083715-66.2014.4.01.3400
201434000291350
Recurso Inominado
Recte : VALERIA RESENDE FARIA
Recte : PAULO SERGIO LOPES DA SILVA
Recte : EDILSON BATISTA DE MAGALHAES
Recte : ANA MARIA CARIS
Advg. : DF00041686 - FERNANDO ANTONIO MUNIZ LIMA
Advg. : DF00038961 - VITOR JOSE BORGES ALVES
Advg. : DF00019371 - LUISA DE PINHO VALLE
Recte : JOSE DE PAULO COSTA COUTINHO
Recte : MONIK CASTRO ELESBAO
Recte : JOSE ISMAR ARAUJO DA SILVA
Recte : MARIA MACHADO AGUIAR VIEIRA
Recte : DOMINGOS CARDOSO DA SILVA
Recte : JOSE MARIA VASCONCELLOS DE SOUSA
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0084109-73.2014.4.01.3400
201434000292293
Recurso Inominado
Recte : RICARDO ALBERTO PROENCA OTHECHAR
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0084228-34.2014.4.01.3400
201434000293487
Recurso Inominado
Recte : BENITO JUAREZ SOUTO NETTO
595
Advg. : DF00038961 - VITOR JOSE BORGES ALVES
Recte : JOSE BATISTA DE OLIVEIRA FILHO
Recte : IRIA CASTRO MARIN
Recte : BENITO JUAREZ SOUTO NETTO
Advg. : DF00019371 - LUISA DE PINHO VALLE
Recte : EDSON CARLOS DE REZENDE
Recte : ANTONIO GABRIEL GUEDES DE SOUZA
Recte : MARCOS AURELIO CAMBRAIA NOGUEIRA
Recte : VANESSA NAVARRO DE MIRANDA
Recte : BENITO JUAREZ SOUTO NETTO
Advg. : DF00021675 - ANDRESSA MIRELLA CASTRO DIAS
Recte : PATRICK FABIANO MARCELINO DOS SANTOS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
0084230-04.2014.4.01.3400
201434000293500
Recurso Inominado
Recte : ALBERTO JADER SANTOS DE OLIVEIRA
Advg. : DF00019371 - LUISA DE PINHO VALLE
Advg. : DF00021675 - ANDRESSA MIRELLA CASTRO DIAS
Advg. : DF00038961 - VITOR JOSE BORGES ALVES
Recte : EURINALVA PEREIRA DE SOUZA
Recte : JUSSARA DE FATIMA PEREIRA
Recte : VALERIA TELES DA SILVA
Recte : ELIZETH PIRES GUIMARAES SIMOES
Recte : MARIA DIVINA SEVILHA MAGALHAES
Recte : MARIA LUCIA DE CARVALHO ARAUJO
Recte : ERINALDO PEREIRA DE SOUSA
Recte : WILLIAN COSTA MAX
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0086852-56.2014.4.01.3400
201434000298424
Recurso Inominado
Recte : NEIRE APARECIDA DA COSTA SOUZA
Recte : ROMELIA DIAS RODRIGUES DOURADO
Recte : SIDNEY ALVES DOS SANTOS
Recte : VERONICA MARIA ENRICH MONTEIRO
Recte : VERUSKA NARIKAWA GONDIM
Recte : PAULO WILSON OLIVEIRA DE BARROS
Recte : RICARDO CEZAR DE MEDEIROS FERREIRA DA SILVA
Recte : MARILENE ROSA MONTEIRO
Advg. : DF00000968 - ULISSES RIEDEL DE RESENDE
Recte : NUBIA RICARDO BRAZAO
Recte : REJANIO DE ARAUJO SILVA
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0086854-26.2014.4.01.3400
201434000298441
Recurso Inominado
Recte : DIRCEU GOMES DA SILVA JUNIOR
Recte : DEBORA MELO DE MEDEIROS
Recte : HERICA PEIXOTO SACRAMENTO LEITE
Recte : FLAVIO DAMASCENO ARAGAO
Recte : LUIZ ALVES DA SILVA
Recte : AUGUSTO ALMEIDA DE MORAES
Recte : ANDERSON VIANA DA SILVA
Recte : ALDO RODRIGUES DE LIMA
Advg. : DF00019371 - LUISA DE PINHO VALLE
Advg. : DF00038961 - VITOR JOSE BORGES ALVES
Recte : JORGE ANDRE RODRIGUES
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0087555-84.2014.4.01.3400
201434000300451
Recurso Inominado
Recte : MARIA GOMES RODRIGUES
Recte : JOSEFA MESSIAS PAES DE MIRANDA
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recte : JOSE MORENO PACHECO
Recte : JOSENAIDE ALENCAR MOTA VIANA
Recte : TIAGO PEREIRA DIAS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0087715-12.2014.4.01.3400
201434000301779
Recurso Inominado
596
Recte : VERA LUCIA LOPES FERNANDES
Recte : SYLVIO ROBERTO PEREIRA BARBOSA
Recte : TILMA NASIRA RODRIGUES MOTA TOGASHI
Recte : MILZABETE MARIA PINHATE
Recte : LAURINALDO BERNARDO DE BARCELOS
Recte : MARIA ROSE DE OLIVEIRA E SILVA
Recte : MARINA ESTER FALEIRO PARENTE
Recte : JOSE GERARDO DE MESQUITA
Advg. : DF00025560 - PATRICIA QUEIROZ ARAUJO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0088150-83.2014.4.01.3400
201434000303426
Recurso Inominado
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Recte : JANICE NUNES DE CARVALHO DOS SANTOS
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Advg. : DF00014753 - PATRICIA PINHEIRO MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0090548-03.2014.4.01.3400
201434000313461
Recurso Inominado
Recte : JOANA LIMA PEREIRA
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recte : MAURO EUGENIO DE OLIVEIRA
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0090551-55.2014.4.01.3400
201434000313492
Recurso Inominado
Recte : LUIZ ALEXANDRE PEREIRA
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0091490-35.2014.4.01.3400
201434000317962
Recurso Inominado
Recte : LUCILENE PEREIRA PASSOS
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0091922-54.2014.4.01.3400
201434000321798
Recurso Inominado
Recte : RAFAEL NOVAIS DE MELO
Advg. : DF00020219 - RAPHAEL MESQUITA CARNEIRO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0092204-92.2014.4.01.3400
201434000322114
Recurso Inominado
Recte : ROSANE BATISTA DE ANDRADE CRISPIM
Advg. : DF00020219 - RAPHAEL MESQUITA CARNEIRO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0092209-17.2014.4.01.3400
201434000322162
Recurso Inominado
Recte : TELMA DE LIRA MATOS
Advg. : DF00020219 - RAPHAEL MESQUITA CARNEIRO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0092211-84.2014.4.01.3400
201434000322180
Recurso Inominado
Recte : ILZA MARIA PIMENTA AMARAL
Advg. : DF00020219 - RAPHAEL MESQUITA CARNEIRO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0092215-24.2014.4.01.3400
201434000322220
Recurso Inominado
Recte : RODRIGO ENEAS SILVA
Advg. : DF00020219 - RAPHAEL MESQUITA CARNEIRO
Recte : MARCELA PALHANO DE SALLES
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
597
0092216-09.2014.4.01.3400
201434000322234
Recurso Inominado
Recte : LUIS CARLOS DOS SANTOS
Advg. : DF00020219 - RAPHAEL MESQUITA CARNEIRO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0092217-91.2014.4.01.3400
201434000322248
Recurso Inominado
Recte : ADEVILSON PIRES MARTINS
Advg. : DF00020219 - RAPHAEL MESQUITA CARNEIRO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
0092218-76.2014.4.01.3400
201434000322251
Recurso Inominado
Recte : ANA RITA MACHADO PEREIRA
Advg. : DF00020219 - RAPHAEL MESQUITA CARNEIRO
Recte : CLAUDIANE DE OLIVEIRA CINTRA
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0092230-90.2014.4.01.3400
201434000322371
Recurso Inominado
Recte : JULIO PIO DE MELO
Recte : TIAGO ANDRE DIAZ PEREIRA
Advg. : DF00020219 - RAPHAEL MESQUITA CARNEIRO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0092232-60.2014.4.01.3400
201434000322399
Recurso Inominado
Recte : PEDRO HENRIQUE COSTA BRANDAO
Advg. : DF00020219 - RAPHAEL MESQUITA CARNEIRO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0092237-82.2014.4.01.3400
201434000322457
Recurso Inominado
Recte : FRANCISCO BORGES PORTO JUNIOR
Advg. : DF00020219 - RAPHAEL MESQUITA CARNEIRO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0092255-06.2014.4.01.3400
201434000322635
Recurso Inominado
Recte : VIVIANE COSTA GOMES
Advg. : DF00020219 - RAPHAEL MESQUITA CARNEIRO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0092258-58.2014.4.01.3400
201434000322666
Recurso Inominado
Recte : SONIA CABIDO NUNES VIEIRA
Advg. : DF00020219 - RAPHAEL MESQUITA CARNEIRO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0092261-13.2014.4.01.3400
201434000322697
Recurso Inominado
Recte : JOAO HONORIO GONCALVES
Advg. : DF00020219 - RAPHAEL MESQUITA CARNEIRO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0092270-72.2014.4.01.3400
201434000322790
Recurso Inominado
Recte : ANTONIO FERREIRA DA COSTA
Advg. : DF00020219 - RAPHAEL MESQUITA CARNEIRO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0092274-12.2014.4.01.3400
201434000322830
Recurso Inominado
Recte : VALDEMIRO FRANCISCO DE CASTRO
Advg. : DF00020219 - RAPHAEL MESQUITA CARNEIRO
598
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0092275-94.2014.4.01.3400
201434000322844
Recurso Inominado
Recte : WAGNER LUCIO DE SA BANDEIRA
Advg. : DF00020219 - RAPHAEL MESQUITA CARNEIRO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0092276-79.2014.4.01.3400
201434000322858
Recurso Inominado
Recte : MARIA INES MELO NEVES
Advg. : DF00020219 - RAPHAEL MESQUITA CARNEIRO
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0092828-44.2014.4.01.3400
201434000325898
Recurso Inominado
Recte : MARIA DE LOURDES RIBEIRO
Recte : EDMUNDO ALVES DE MEDEIROS
Advg. : DF00041686 - FERNANDO ANTONIO MUNIZ LIMA
Recte : HELIO MACHADO VIEIRA
Recte : MAURO BARBOZA
Recte : EDMUNDO ALVES DE MEDEIROS
Advg. : DF00038961 - VITOR JOSE BORGES ALVES
Recte : MARIA APARECIDA DA SILVA ROSA
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0004630-94.2015.4.01.3400
201534000010668
Recurso Inominado
Recte : ALEXANDRE ARANTES CERESA
Advg. : DF00025560 - PATRICIA QUEIROZ ARAUJO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0004719-20.2015.4.01.3400
201534000011570
Recurso Inominado
Recte : PAULO ROBERTO NOBREGA ROMEU
Recte : SEBASTIAO DA CONCEICAO DE ARAUJO
Recte : JOSE ALBERTO BARROS
Recte : SELMA DE OLIVEIRA SILVA
Recte : JOSIMAR JOSE DE LIMA
Recte : CELIO VELOZO
Advg. : DF00019371 - LUISA DE PINHO VALLE
Advg. : DF00021675 - ANDRESSA MIRELLA CASTRO DIAS
Advg. : DF00025560 - PATRICIA QUEIROZ ARAUJO
Recte : LUSIMAR JOSE DE LIMA
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0009677-49.2015.4.01.3400
201534000039131
Recurso Inominado
Recte : ALICE MOCHEL
Recte : CLERIS ANTONIO CASAGRANDE
Advg. : DF00038961 - VITOR JOSE BORGES ALVES
Advg. : DF00021675 - ANDRESSA MIRELLA CASTRO DIAS
Recte : DANIELA GUSMAO DE ARAUJO BATISTA
Recte : CLERIS ANTONIO CASAGRANDE
Advg. : DF00019371 - LUISA DE PINHO VALLE
Recte : GUSTAVO DA ROCHA VELLOSO
Recte : CLERIS ANTONIO CASAGRANDE
Advg. : DF00041686 - FERNANDO ANTONIO MUNIZ LIMA
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0010201-46.2015.4.01.3400
201534000041899
Recurso Inominado
Recte : ROSILEA DA SILVA
Recte : ALEXANDRE LEOPOLDO CURADO
Recte : JOSINEIDE OLINDINA DE LIMA PEREIRA
Advg. : DF00038961 - VITOR JOSE BORGES ALVES
Advg. : DF00019371 - LUISA DE PINHO VALLE
Advg. : DF00021675 - ANDRESSA MIRELLA CASTRO DIAS
Recte : LUIZA GOMES DA SILVA
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
599
0010351-27.2015.4.01.3400
201534000043443
Recurso Inominado
Recte : GETULIO VITURINO DA SILVA
Advg. : DF00041686 - FERNANDO ANTONIO MUNIZ LIMA
Advg. : DF0013575E - ALEXIA ANDRADE DIAS
Advg. : DF00038961 - VITOR JOSE BORGES ALVES
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0020217-59.2015.4.01.3400
201534000086648
Recurso Inominado
Recte : JOSE EUSTAQUIO DOS REIS
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0020766-69.2015.4.01.3400
201534000091640
Recurso Inominado
Recte : GERALDO MAGELA ALVES
Advg. : DF00020219 - RAPHAEL MESQUITA CARNEIRO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0023934-79.2015.4.01.3400
201534000099301
Recurso Inominado
Recte : JOAO DE OLIVEIRA
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030810 - PRISCILA DE ALMEIDA JULIANO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0023949-48.2015.4.01.3400
201534000099452
Recurso Inominado
Recte : EXPEDITO ANDRADE MAGDALON
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0024882-21.2015.4.01.3400
201534000102290
Recurso Inominado
Recte : ANTONIO GOMES PEREIRA
Advg. : DF00022799 - RAFAEL TEIXEIRA MORETI
Advg. : DF00038961 - VITOR JOSE BORGES ALVES
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0025413-10.2015.4.01.3400
201534000104632
Recurso Inominado
Recte : CLEONICE MARIA CAMILO CARVALHO
Recte : EDSON LUIS SOARES DA SILVA
Recte : FRANCISCA NUNES DA SILVA
Recte : EMIL LEMOS GONCALVES
Recte : CLEITON ROGERIO DE SOUZA
Recte : ANTONIO FRANCISCO TAVEIRA
Advg. : DF00038961 - VITOR JOSE BORGES ALVES
Advg. : DF00041686 - FERNANDO ANTONIO MUNIZ LIMA
Recte : FABIO PEREIRA VARGAS
Recte : ANTONIO CARLOS RODRIGUES SILVA
Recte : ANTONIO WILSON DE MELO MATOS
Recte : AFONSO HENRIQUE LIMA
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0033763-84.2015.4.01.3400
201534000146777
Recurso Inominado
Recte : PAULO CESAR PEREIRA DE SOUZA
Recte : SERGIO ROCHA FERNANDES
Recte : SERGIO ANTONIO GARCIA ALVES
Recte : ZENETH FERREIRA DE SOUZA
Recte : RENATA OLIVEIRA DE ABREU
Recte : LADISMARIA ROSA DE SOUSA
Recte : JULIANO AUGUSTO DE PADUA MONTANDON
Recte : ALESSANDRO CARVALHO DE OLIVEIRA
Advg. : DF00000968 - ULISSES RIEDEL DE RESENDE
600
Recte : JOAO BENEDITO TAVARES MIRANDA
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0042556-12.2015.4.01.3400
201534000195663
Recurso Inominado
Recte : CARLOS CEZAR FARIA DE MESQUITA
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00030810 - PRISCILA DE ALMEIDA JULIANO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0042601-16.2015.4.01.3400
201534000196113
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Recurso Inominado
Recte : JOSE ANTONIO CARDOSO NETO
Advg. : DF00030810 - PRISCILA DE ALMEIDA JULIANO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0043348-63.2015.4.01.3400
201534000200593
Recurso Inominado
Recte : JANIO ANTONIO CARDOSO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030810 - PRISCILA DE ALMEIDA JULIANO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0043364-17.2015.4.01.3400
201534000200754
Recurso Inominado
Recte : PEDRO EDUARDO MONTEIRO
Advg. : DF00030810 - PRISCILA DE ALMEIDA JULIANO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0043761-76.2015.4.01.3400
201534000202254
Recurso Inominado
Recte : SIMONE TELES LEOCADIO
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0043762-61.2015.4.01.3400
201534000202268
Recurso Inominado
Recte : GERALDO LEONARDO COSTA
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0048572-79.2015.4.01.3400
201534000219070
Recurso Inominado
Recte : NELCIDES CARDOSO
Advg. : DF00022388 - TERESA CRISTINA SOUSA FERNANDES
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0050720-63.2015.4.01.3400
201534000225087
Recurso Inominado
Recte : ELEDON PEREIRA DE OLIVEIRA
Recte : ANTONIO BESERRA DE MENEZES
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recte : LENIR CRUZ DA SILVA
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0058944-87.2015.4.01.3400
201534000250714
Recurso Inominado
Recte : ELIETE NOROES MENEZES
Advg. : DF00021675 - ANDRESSA MIRELLA CASTRO DIAS
Advg. : DF00041686 - FERNANDO ANTONIO MUNIZ LIMA
Advg. : DF00024775 - LUIZ FELIPE BUAIZ ANDRADE
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
601
0060374-74.2015.4.01.3400
201534000254163
Recurso Inominado
Recte : LUCIANA NARIMATSU RIBEIRO
Advg. : DF00041686 - FERNANDO ANTONIO MUNIZ LIMA
Recte : MARCOS ANTONIO DAS NEVES DE OLIVEIRA
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0061562-05.2015.4.01.3400
201534000260081
Recurso Inominado
Recte : VALDIVINO FURTADO DE ASSUNCAO
Advg. : DF00041686 - FERNANDO ANTONIO MUNIZ LIMA
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Advg. : DF0013575E - ALEXIA ANDRADE DIAS
Recte : HILDA DE FATIMA GOMES DUARTE
Recte : MOACIR JOSE DA ROSA
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0062236-80.2015.4.01.3400
201534000263707
Recurso Inominado
Recte : VALDETE RODRIGUES DA SILVA
Recte : REGINA CELIA SOUTO DAS VIRGENS
Recte : ANTONIO MARTINIANO DA SILVA
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0062465-40.2015.4.01.3400
201534000265700
Recurso Inominado
Recte : CARLOS ROBERTO DA COSTA
Advg. : DF00000968 - ULISSES RIEDEL DE RESENDE
Advg. : RJ00024775 - LUIZ FELIPE BUAIZ ANDRADE
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0063036-11.2015.4.01.3400
201534000268456
Recurso Inominado
Recte : JOSE BENILDO FERREIRA LIMA
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0066373-08.2015.4.01.3400
201534000282800
Recurso Inominado
Recte : CARLOS CESAR PEREIRA
Advg. : DF00038961 - VITOR JOSE BORGES ALVES
Advg. : DF00041686 - FERNANDO ANTONIO MUNIZ LIMA
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0068664-78.2015.4.01.3400
201534000291901
Recurso Inominado
Recte : GEIZA HELENA LIMA
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0069590-59.2015.4.01.3400
201534000295155
Recurso Inominado
Recte : MARIA FRANCILENIA DE MEDEIROS GOMES
Advg. : DF00041686 - FERNANDO ANTONIO MUNIZ LIMA
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0070252-23.2015.4.01.3400
201534000298339
Recurso Inominado
Recte : ARNALDO DE OLIVEIRA BORBA
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0070271-29.2015.4.01.3400
201534000298520
Recurso Inominado
Recte : IVAN CESAR SOARES
602
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0070279-06.2015.4.01.3400
201534000298606
Recurso Inominado
Recte : JOSE CARLOS WATANABE DA SILVA
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0070292-05.2015.4.01.3400
201534000298730
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Recurso Inominado
Recte : ABELARDO DIAS COELHO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0070294-72.2015.4.01.3400
201534000298757
Recurso Inominado
Recte : PEDRO FERREIRA DE LIMA NETO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0070825-61.2015.4.01.3400
201534000300860
Recurso Inominado
Recte : PEDRO LUIZ DE QUEIROZ
Advg. : DF00024775 - LUIZ FELIPE BUAIZ ANDRADE
Advg. : DF00021675 - ANDRESSA MIRELLA CASTRO DIAS
Advg. : DF00041686 - FERNANDO ANTONIO MUNIZ LIMA
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0070881-94.2015.4.01.3400
201534000301460
Recurso Inominado
Recte : ROBSON CLAUDIO FIAES PINTO
Advg. : DF00030810 - PRISCILA DE ALMEIDA JULIANO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0071022-16.2015.4.01.3400
201534000302788
Recurso Inominado
Recte : LUCIENE MOREIRA OLIVEIRA
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0004265-06.2016.4.01.3400
201634000330657
Recurso Inominado
Recte : JORGE LUIZ PRADO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0005216-97.2016.4.01.3400
201634000334654
Recurso Inominado
Recte : SIOMARA LOPES DE ANDRADE MONCAO
Advg. : DF00000968 - ULISSES RIEDEL DE RESENDE
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0012133-35.2016.4.01.3400
201634000361007
Recurso Inominado
Recte : SUZANA MARIA FERNANDES ALIPAZ
Advg. : DF00020219 - RAPHAEL MESQUITA CARNEIRO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0012636-56.2016.4.01.3400
201634000363583
Recurso Inominado
603
Recte : IZABEL VIRGINIA DA SILVA
Advg. : DF00041686 - FERNANDO ANTONIO MUNIZ LIMA
Advg. : DF00038961 - VITOR JOSE BORGES ALVES
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0014058-66.2016.4.01.3400
201634000370914
Recurso Inominado
Recte : JOSE ALMEIDA GALINDO
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0016106-95.2016.4.01.3400
201634000381578
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Recurso Inominado
Recte : REGISON BRAGANCA SIQUEIRA
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0016143-25.2016.4.01.3400
201634000381948
Recurso Inominado
Recte : MARA SANDRA MAGALHAES GUEDES
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0016180-52.2016.4.01.3400
201634000382312
Recurso Inominado
Recte : KAMILA DE ABREU NEGREIROS GUIMARAES
Advg. : DF00041686 - FERNANDO ANTONIO MUNIZ LIMA
Advg. : DF00038961 - VITOR JOSE BORGES ALVES
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0018384-69.2016.4.01.3400
201634000389017
Recurso Inominado
Recte : JURANDY MOURAO DA CUNHA
Advg. : DF00004103 - ANA PAULA DE VASCONCELOS
Advg. : MG00145814 - RICARDO PACHECO MESQUITA DE
FREITAS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0019031-64.2016.4.01.3400
201634000389483
Recurso Inominado
Recte : PEDRO RAIMUNDO LOPES DA CRUZ
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0019038-56.2016.4.01.3400
201634000389555
Recurso Inominado
Recte : VALDIVINO DE OLIVEIRA PAIS
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0019043-78.2016.4.01.3400
201634000389600
Recurso Inominado
Recte : JOSE GONCALVES DE ALMEIDA
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0026523-10.2016.4.01.3400
201634000420415
Recurso Inominado
Recte : LUIZ PAULO DE ALENCAR NOGUEIRA
Advg. : DF00038961 - VITOR JOSE BORGES ALVES
Advg. : DF00041686 - FERNANDO ANTONIO MUNIZ LIMA
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0026570-81.2016.4.01.3400
201634000420881
Recurso Inominado
604
Recte : EDSON PIRES
Advg. : DF00038961 - VITOR JOSE BORGES ALVES
Advg. : DF00041686 - FERNANDO ANTONIO MUNIZ LIMA
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0026577-73.2016.4.01.3400
201634000420953
Recurso Inominado
Recte : IVY CHRISTINE SEIXO LOPES DE OLIVEIRA
Advg. : DF00041686 - FERNANDO ANTONIO MUNIZ LIMA
Advg. : DF00038961 - VITOR JOSE BORGES ALVES
Advg. : DF00021675 - ANDRESSA MIRELLA CASTRO DIAS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
0027115-54.2016.4.01.3400
201634000423318
Recurso Inominado
Recte : SIRLEI APARECIDA BRANDAO
Advg. : DF00021675 - ANDRESSA MIRELLA CASTRO DIAS
Advg. : DF00044242 - MARIZA DIAS MARUM JORGE
Advg. : DF00000968 - ULISSES RIEDEL DE RESENDE
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0027719-15.2016.4.01.3400
201634000424354
Recurso Inominado
Recte : JOSE ANTONIO DE OLIVEIRA
Advg. : DF00041686 - FERNANDO ANTONIO MUNIZ LIMA
Advg. : DF00038961 - VITOR JOSE BORGES ALVES
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0027869-93.2016.4.01.3400
201634000425894
Recurso Inominado
Recte : CELIA CHRISTINA XAVIER CORREA DA SILVA
Advg. : DF00038961 - VITOR JOSE BORGES ALVES
Advg. : DF00041686 - FERNANDO ANTONIO MUNIZ LIMA
Advg. : DF00022799 - RAFAEL TEIXEIRA MORETI
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0027872-48.2016.4.01.3400
201634000425921
Recurso Inominado
Recte : CLEBER DIVINO DE SOUSA SERRA
Advg. : DF00041686 - FERNANDO ANTONIO MUNIZ LIMA
Advg. : DF00038961 - VITOR JOSE BORGES ALVES
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0029435-77.2016.4.01.3400
201634000437779
Recurso Inominado
Recte : ROGERIO JOSE MARIA
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0029864-44.2016.4.01.3400
201634000439060
Recurso Inominado
Recte : WESLEY LOPES DA SILVA
Advg. : DF00022898 - MATHEUS BANDEIRA RAMOS COELHO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0030271-50.2016.4.01.3400
201634000443337
Recurso Inominado
Recte : MARIA ALVES DE ARAUJO SISTEROLLI
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0032470-45.2016.4.01.3400
201634000458604
Recurso Inominado
Recte : SERGIO DIAS DE AZEVEDO
Advg. : DF00036694 - LEONNARDO VIEIRA MORAIS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
605
0036349-60.2016.4.01.3400
201634000482894
Recurso Inominado
Recte : MARIO EMIDIO LOPES DA SILVA
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0036462-14.2016.4.01.3400
201634000484048
Recurso Inominado
Recte : JOAO FRANCISCO GOMES DE SOUSA
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
0038531-19.2016.4.01.3400
201634000495112
Recurso Inominado
Recte : OSANAN PRADO CATUNDA
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0039323-70.2016.4.01.3400
201634000497596
Recurso Inominado
Recte : JOSE ABADIA NUNES
Advg. : DF00024775 - LUIZ FELIPE BUAIZ ANDRADE
Advg. : DF00000968 - ULISSES RIEDEL DE RESENDE
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0039491-72.2016.4.01.3400
201634000499301
Recurso Inominado
Recte : VALDINEIA DE SOUSA PARGA
Advg. : DF00038961 - VITOR JOSE BORGES ALVES
Advg. : DF00041686 - FERNANDO ANTONIO MUNIZ LIMA
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0041104-30.2016.4.01.3400
201634000507031
Recurso Inominado
Recte : JOSE NEVES LOPES
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0041986-89.2016.4.01.3400
201634000511360
Recurso Inominado
Recte : CLAUDIO ROBERTO MENEZES DE ARAUJO
Advg. : DF00021675 - ANDRESSA MIRELLA CASTRO DIAS
Advg. : DF00022799 - RAFAEL TEIXEIRA MORETI
Advg. : DF00000968 - ULISSES RIEDEL DE RESENDE
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0042020-64.2016.4.01.3400
201634000511833
Recurso Inominado
Recte : JULIANA OLIVEIRA DE FREITAS
Advg. : DF00041686 - FERNANDO ANTONIO MUNIZ LIMA
Advg. : DF00038961 - VITOR JOSE BORGES ALVES
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0044045-50.2016.4.01.3400
201634000524336
Recurso Inominado
Recte : MARIA DA PAIXAO DE OLIVEIRA
Advg. : DF00046459 - STEPHANY STASIAK RODRIGUES DE
LIMA MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0048250-25.2016.4.01.3400
201634000543384
Recurso Inominado
Recte : EDILANIA PEREIRA DA SILVA
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0048259-84.2016.4.01.3400
606
201634000543473
Recurso Inominado
Recte : IDAMAR TEIXEIRA DE ARAGAO
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0055864-81.2016.4.01.3400
201634000586068
Recurso Inominado
Recte : SIRLENE PEREIRA DA SILVA
Advg. : DF00047102 - DANIEL SOUZA CRUZ
Advg. : DF00047128 - ISAIAS ALVES DE MENEZES SILVA
Advg. : DF00047154 - LUCAS BRANDAO DOS SANTOS
Advg. : DF00046644 - GUILHERME GOMES DO PRADO
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0058681-21.2016.4.01.3400
201634000598343
Recurso Inominado
Recte : ALZENY ARAUJO DA SILVA
Advg. : DF00000968 - ULISSES RIEDEL DE RESENDE
Advg. : DF00021675 - ANDRESSA MIRELLA CASTRO DIAS
Advg. : DF00044242 - MARIZA DIAS MARUM JORGE
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0061209-28.2016.4.01.3400
201634000607164
Recurso Inominado
Recte : EDIVALDO DA SILVA MACHADO
Advg. : DF00000968 - ULISSES RIEDEL DE RESENDE
Advg. : DF00024775 - LUIZ FELIPE BUAIZ ANDRADE
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0064957-68.2016.4.01.3400
201634000625426
Recurso Inominado
Recte : ANTONIO ROCHA NETO
Advg. : DF00021675 - ANDRESSA MIRELLA CASTRO DIAS
Advg. : DF00044242 - MARIZA DIAS MARUM JORGE
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0066921-96.2016.4.01.3400
201634000629259
Recurso Inominado
Recte : ANDREA LOBATO DIAS
Advg. : DF0013606E - STHEPANY MARQUES MONTEIRO
Advg. : DF00024775 - LUIZ FELIPE BUAIZ ANDRADE
Advg. : DF00022799 - RAFAEL TEIXEIRA MORETI
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0067073-47.2016.4.01.3400
201634000630801
Recurso Inominado
Recte : MARCOS WILLIAN DE SOUZA
Advg. : DF00000968 - ULISSES RIEDEL DE RESENDE
Advg. : DF00044242 - MARIZA DIAS MARUM JORGE
Advg. : DF00021675 - ANDRESSA MIRELLA CASTRO DIAS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0075904-84.2016.4.01.3400
201634000668830
Recurso Inominado
Recte : CRISTIANO DE SOUZA SAMPAIO
Advg. : DF00024775 - LUIZ FELIPE BUAIZ ANDRADE
Advg. : DF0013606E - STHEPANY MARQUES MONTEIRO
Advg. : DF00022799 - RAFAEL TEIXEIRA MORETI
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0002610-62.2017.4.01.3400
201734000676488
Recurso Inominado
Recte : RAQUEL DOS SANTOS PEREIRA
Advg. : DF00000968 - ULISSES RIEDEL DE RESENDE
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0002656-51.2017.4.01.3400
201734000676947
607
Recurso Inominado
Recte : JOSE MATEUS ALVES
Advg. : DF00021675 - ANDRESSA MIRELLA CASTRO DIAS
Advg. : DF00031660 - ANA CAROLINA FERNANDES ALTOE T.
SEIXAS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0002658-21.2017.4.01.3400
201734000676964
Recurso Inominado
Recte : MANUEL DE JESUS CESAR
Advg. : DF00044242 - MARIZA DIAS MARUM JORGE
Advg. : DF00021675 - ANDRESSA MIRELLA CASTRO DIAS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
0002659-06.2017.4.01.3400
201734000676978
Recurso Inominado
Recte : EDUARDO SHOJI UEMURA
Advg. : DF00031660 - ANA CAROLINA FERNANDES ALTOE T.
SEIXAS
Advg. : DF00021675 - ANDRESSA MIRELLA CASTRO DIAS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0002663-43.2017.4.01.3400
201734000677013
Recurso Inominado
Recte : TANIA MARIA SALVADOR FERRAZ PAIVA
Advg. : DF00021675 - ANDRESSA MIRELLA CASTRO DIAS
Advg. : DF00044242 - MARIZA DIAS MARUM JORGE
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0006839-65.2017.4.01.3400
201734000693573
Recurso Inominado
Recte : SANELANDIA PINHEIRO DA SILVA
Advg. : DF00024775 - LUIZ FELIPE BUAIZ ANDRADE
Advg. : DF00021675 - ANDRESSA MIRELLA CASTRO DIAS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0008694-79.2017.4.01.3400
201734000703200
Recurso Inominado
Recte : GERSON SIMOES DOS SANTOS
Advg. : DF00029359 - ALESSANDRO MARTINS MENEZES
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0009878-70.2017.4.01.3400
201734000708138
Recurso Inominado
Recte : LAILA SIMAAN
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0012222-24.2017.4.01.3400
201734000719710
Recurso Inominado
Recte : MARIA DA CONCEICAO DA SILVA
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0012788-70.2017.4.01.3400
201734000720971
Recurso Inominado
Recte : WALTER BORGES DOS SANTOS
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0014343-25.2017.4.01.3400
201734000726554
Recurso Inominado
Recte : JOSE CARLOS DA SILVA
Advg. : DF00021675 - ANDRESSA MIRELLA CASTRO DIAS
Advg. : DF00000968 - ULISSES RIEDEL DE RESENDE
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
608
0014344-10.2017.4.01.3400
201734000726568
Recurso Inominado
Recte : JOAO BATISTA LOPES FERREIRA
Advg. : DF00021675 - ANDRESSA MIRELLA CASTRO DIAS
Advg. : DF00044242 - MARIZA DIAS MARUM JORGE
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0023412-81.2017.4.01.3400
201734000761024
Recurso Inominado
Recte : PAULO AFONSO DE MELO
Advg. : DF00044242 - MARIZA DIAS MARUM JORGE
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Advg. : DF0016245E - GABRIEL FERNANDO DA SILVA
NASCIMENTO
Advg. : DF00020001 - THAIS MARIA RIEDEL DE RESENDE
ZUBA
Advg. : DF00021249 - JULIANA ALMEIDA BARROSO MORETI
Advg. : DF00021675 - ANDRESSA MIRELLA CASTRO DIAS
Advg. : DF00024775 - LUIZ FELIPE BUAIZ ANDRADE
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0023413-66.2017.4.01.3400
201734000761041
Recurso Inominado
Recte : IBANEIS GOMES DA SILVA
Advg. : DF00024775 - LUIZ FELIPE BUAIZ ANDRADE
Advg. : DF00000968 - ULISSES RIEDEL DE RESENDE
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0027534-40.2017.4.01.3400
201734000789435
Recurso Inominado
Recte : JOAO BATISTA PORTES DA CUNHA
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0049284-98.2017.4.01.3400
201734000916356
Recurso Inominado
Recte : VANDA PAIVA NOGUEIRA DA GAMA
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0052753-55.2017.4.01.3400
201734000934220
Recurso Inominado
Recte : ROGERIA PINHEIRO MENECHINI
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0007798-02.2018.4.01.3400
201834001006030
Recurso Inominado
Recte : MARCO ANTONIO DE CASTRO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0010216-10.2018.4.01.3400
201834001018990
Recurso Inominado
Recte : WALDIR PEREIRA DOS SANTOS
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0010863-05.2018.4.01.3400
201834001025492
Recurso Inominado
Recte : MARIA ESTELA MELO E VALE
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
609
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0010895-10.2018.4.01.3400
201834001025814
Recurso Inominado
Recte : VITOR HUGO RAMPININI DA ROSA
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0014292-77.2018.4.01.3400
201834001043175
Recurso Inominado
Recte : FRANKSON ASSIS MOREIRA DE OLIVEIRA
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Advg. : DF00035467 - MARCOS MARTINS COSTA
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
Diante do exposto, tendo em vista os princípios que norteiam os feitos que tramitam
nos Juizados Especiais Federais (art. 2º da Lei nº 9.099/1995), determino o
SOBRESTAMENTO do presente feito, com base no artigo 1.030, III, do CPC, na
redação da Lei n° 13.256/2016, até o trânsito em julgado da ADI 5090. Anote-se e
acompanhe-se atentamente o desfecho do julgamento da ADI 5090, no Supremo
Tribunal Federal. Uma vez transitado em julgado o acórdão, nova conclusão.
Publique-se. Intime-se.
0006740-66.2015.4.01.3400
201534000022440
Recurso Inominado
Recdo : KLEBER RENATO DA PAIXAO ATAIDE
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00030810 - PRISCILA DE ALMEIDA JULIANO
Recte : UNIAO FEDERAL
0006744-06.2015.4.01.3400
201534000022484
Recurso Inominado
Recdo : ALBERTO GONCALVES FERRAZ
Advg. : DF00030810 - PRISCILA DE ALMEIDA JULIANO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recte : UNIAO FEDERAL
0006746-73.2015.4.01.3400
201534000022508
Recurso Inominado
Recdo : EDUARDO ALMEIDA DE OLIVEIRA
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030810 - PRISCILA DE ALMEIDA JULIANO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recte : UNIAO FEDERAL
0006748-43.2015.4.01.3400
201534000022525
Recurso Inominado
Recdo : IVANOR RIBEIRO DE OLIVEIRA
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030810 - PRISCILA DE ALMEIDA JULIANO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recte : UNIAO FEDERAL
0006749-28.2015.4.01.3400
201534000022539
Recurso Inominado
Recte : RAIMUNDO WELLINGTON COELHO DE OLIVEIRA
Advg. : DF00030810 - PRISCILA DE ALMEIDA JULIANO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0006756-20.2015.4.01.3400
201534000022600
Recurso Inominado
Recte : ANTONIO GONCALO DA SILVA
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
610
Advg. : DF00030810 - PRISCILA DE ALMEIDA JULIANO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0006757-05.2015.4.01.3400
201534000022614
Recurso Inominado
Recte : FABRICIO DANIEL DOS SANTOS SILVA
Advg. : DF00030810 - PRISCILA DE ALMEIDA JULIANO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0006758-87.2015.4.01.3400
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
201534000022628
Recurso Inominado
Recdo : WAGNER DE ARAGAO BEZERRA
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00030810 - PRISCILA DE ALMEIDA JULIANO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recte : UNIAO FEDERAL
0006759-72.2015.4.01.3400
201534000022631
Recurso Inominado
Recte : MOZAR DE ARAUJO SALVADOR
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00030810 - PRISCILA DE ALMEIDA JULIANO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0006760-57.2015.4.01.3400
201534000022645
Recurso Inominado
Recte : LUIZ ANDRE RODRIGUES DOS SANTOS
Advg. : DF00030810 - PRISCILA DE ALMEIDA JULIANO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0006761-42.2015.4.01.3400
201534000022659
Recurso Inominado
Recte : DANIELLE BARROS FERREIRA
Advg. : DF00030810 - PRISCILA DE ALMEIDA JULIANO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0006762-27.2015.4.01.3400
201534000022662
Recurso Inominado
Recte : JOSEFA MORGANA VITURINO DE ALMEIDA
Advg. : DF00030810 - PRISCILA DE ALMEIDA JULIANO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0006763-12.2015.4.01.3400
201534000022676
Recurso Inominado
Recte : ODETE MARLENE CHIESA
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00030810 - PRISCILA DE ALMEIDA JULIANO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0011225-12.2015.4.01.3400
201534000049221
Recurso Inominado
Recdo : CECILIA MARIA SOUZA GOMES
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recte : UNIAO FEDERAL(INMET)
0011226-94.2015.4.01.3400
201534000049235
Recurso Inominado
611
Recdo : EDMUNDO WALLACE MONTEIRO LUCAS
Advg. : DF00053238 - FERNANDA MEIRELES FENELON
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recte : UNIAO FEDERAL(INMET)
0011229-49.2015.4.01.3400
201534000049266
Recurso Inominado
Recte : JORGE EMILIO RODRIGUES
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : UNIAO FEDERAL(INMET)
0011230-34.2015.4.01.3400
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
201534000049270
Recurso Inominado
Recte : FRANCISCO ALVES DO NASCIMENTO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : UNIAO FEDERAL(INMET)
0011231-19.2015.4.01.3400
201534000049283
Recurso Inominado
Recte : MANOEL RANGEL DE FARIAS NETO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : UNIAO FEDERAL(INMET)
0013000-62.2015.4.01.3400
201534000058087
Recurso Inominado
Recdo : REGINALDO VIEIRA DOS SANTOS
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recte : UNIAO FEDERAL (INMET)
0062351-04.2015.4.01.3400
201534000264551
Recurso Inominado
Recte : ALUISIO LOPES FERREIRA
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0062363-18.2015.4.01.3400
201534000264671
Recurso Inominado
Recte : BERNADETE LIRA DOS ANJOS
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0062405-67.2015.4.01.3400
201534000265094
Recurso Inominado
Recte : EDNALDO CORREIA DE ARAUJO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0062423-88.2015.4.01.3400
201534000265272
Recurso Inominado
Recte : ELADIO BARROS DA SILVA
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0062438-57.2015.4.01.3400
201534000265420
Recurso Inominado
Recdo : GILSANDRA LEITE DE ARRUDA
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recte : UNIAO FEDERAL
0062505-22.2015.4.01.3400
612
201534000266096
Recurso Inominado
Recdo : FRANCO NADAL JUNQUEIRA VILLELA
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recte : UNIAO FEDERAL
0062518-21.2015.4.01.3400
201534000266226
Recurso Inominado
Recte : JOAO DE OLIVEIRA LOUREIRO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : UNIAO FEDERAL
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
0062525-13.2015.4.01.3400
201534000266291
Recurso Inominado
Recte : LUIZ RIVADAVIA PRESTES ALMEIDA
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0062900-14.2015.4.01.3400
201534000267098
Recurso Inominado
Recdo : NEIDE MARIA FERNANDES DE OLIVEIRA
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recte : UNIAO FEDERAL
0068596-31.2015.4.01.3400
201534000291220
Recurso Inominado
Recdo : ZENILDA ARAUJO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recte : UNIAO FEDERAL
0068598-98.2015.4.01.3400
201534000291247
Recurso Inominado
Recte : MARIA JOSE MOREIRA VILAS BOAS
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0068599-83.2015.4.01.3400
201534000291250
Recurso Inominado
Recte : VALESKA OLIVEIRA MARQUES
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0068604-08.2015.4.01.3400
201534000291305
Recurso Inominado
Recte : MOEMA DE SOUZA WADIH
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0068614-52.2015.4.01.3400
201534000291408
Recurso Inominado
Recte : SUELI JOSE DA COSTA
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0074668-34.2015.4.01.3400
201534000315085
Recurso Inominado
Recdo : ANTONIA DA SILVA DIAS
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
613
Recte : UNIAO FEDERAL
0074686-55.2015.4.01.3400
201534000315263
Recurso Inominado
Recte : NAPOLEAO PEREIRA MOTTA
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0074695-17.2015.4.01.3400
201534000315352
Recurso Inominado
Recdo : AGNALDO CORREIA DOS SANTOS
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recte : UNIAO FEDERAL
0074697-84.2015.4.01.3400
201534000315370
Recurso Inominado
Recte : SHAKESPEARE MADEIRA CASARA
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0074701-24.2015.4.01.3400
201534000315410
Recurso Inominado
Recte : MARILEUSA CUSTODIO GONCALVES
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0074719-45.2015.4.01.3400
201534000315592
Recurso Inominado
Recte : ROQUE WILMAR ZIMMERMANN
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0074726-37.2015.4.01.3400
201534000315664
Recurso Inominado
Recdo : ROSAURA LOURENCO DE ALMEIDA
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recte : UNIAO FEDERAL
0074727-22.2015.4.01.3400
201534000315678
Recurso Inominado
Recdo : MARIA BERNADETTE FERREIRA RIBEIRO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recte : UNIAO FEDERAL
0074729-89.2015.4.01.3400
201534000315695
Recurso Inominado
Recte : TELMA ALVES BENDICTO TEIXEIRA
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0074731-59.2015.4.01.3400
201534000315719
Recurso Inominado
Recte : RAIMUNDA MARIA BARROSO DE ALMEIDA
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0074743-73.2015.4.01.3400
201534000315839
Recurso Inominado
Recte : PAULO CHRISPIM ANTUNES BRITO
614
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0074744-58.2015.4.01.3400
201534000315842
Recurso Inominado
Recte : CEZAR MARQUES DA SILVA
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0074762-79.2015.4.01.3400
201534000316025
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Recurso Inominado
Recdo : MAMEDES LUIZ MELO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recte : UNIAO FEDERAL
0074764-49.2015.4.01.3400
201534000316042
Recurso Inominado
Recdo : MARILENE DE CARVALHO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recte : UNIAO FEDERAL
0074765-34.2015.4.01.3400
201534000316056
Recurso Inominado
Recdo : ARNALDETE MENDES SODRE
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recte : UNIAO FEDERAL
Advg. : BA00018121 - CARLOS MANOEL PEREIRA DA SILVA
0074766-19.2015.4.01.3400
201534000316060
Recurso Inominado
Recte : MARIA JOSE VILAS BOAS
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : UNIAO FEDERAL
Advg. : AL00004883 - ANNA AMELIA LISBOA DA CAMARA
0074780-03.2015.4.01.3400
201534000316203
Recurso Inominado
Recdo : AUGUSTO BRANCO DOS SANTOS
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recte : UNIAO FEDERAL
0074781-85.2015.4.01.3400
201534000316217
Recurso Inominado
Recte : JOSE PIO SOBRINHO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0074782-70.2015.4.01.3400
201534000316220
Recurso Inominado
Recdo : MARIA TERESA GVOZDANOVIC DA SILVA
Advg. : DF00053238 - FERNANDA MEIRELES FENELON
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recte : UNIAO FEDERAL
0074786-10.2015.4.01.3400
201534000316265
Recurso Inominado
Recte : ALFREDO DE SOUSA MACHADO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : UNIAO FEDERAL
615
0074788-77.2015.4.01.3400
201534000316282
Recurso Inominado
Recte : HILDEBRANDO RAMOS COMEDIO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0074789-62.2015.4.01.3400
201534000316296
Recurso Inominado
Recte : JOSE RIBAMAR DA ROCHA
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0074804-31.2015.4.01.3400
201534000316443
Recurso Inominado
Recte : PEDRO JOAQUIM PIRES
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0004087-57.2016.4.01.3400
201634000328860
Recurso Inominado
Recdo : LUIZ CLEMENTE LADEIA
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recte : UNIAO FEDERAL
Advg. : BA00018121 - CARLOS MANOEL PEREIRA DA SILVA
0004098-86.2016.4.01.3400
201634000328976
Recurso Inominado
Recdo : IVAN ALVES DA SILVA
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recte : UNIAO FEDERAL
0004099-71.2016.4.01.3400
201634000328980
Recurso Inominado
Recte : OSCAR PINTO FILHO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0016111-20.2016.4.01.3400
201634000381622
Recurso Inominado
Recdo : EDIGAR TEIXEIRA DA SILVA
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recte : UNIAO FEDERAL
0020919-68.2016.4.01.3400
201634000396369
Recurso Inominado
Recdo : PEDRO BONETH GOMES
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recte : UNIAO FEDERAL
0020921-38.2016.4.01.3400
201634000396386
Recurso Inominado
Recte : NORA LUCIA GURGEL CAMPOS
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : UNIAO FEDERAL
Advg. : RJ00112636 - SONIA RABINOVICH TARANTO
0020936-07.2016.4.01.3400
201634000396533
616
Recurso Inominado
Recte : ROBERTO ALVES DOS SANTOS
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0020945-66.2016.4.01.3400
201634000396622
Recurso Inominado
Recte : JOSE BARBOSA DE OLIVEIRA
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0020947-36.2016.4.01.3400
201634000396640
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Recurso Inominado
Recte : VANDERLY CARPINA FARIAS CASARA
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0020952-58.2016.4.01.3400
201634000396698
Recurso Inominado
Recte : CRISTOVAO CARLOS DE NAZARE
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0021524-14.2016.4.01.3400
201634000399542
Recurso Inominado
Recdo : LUIZ CARLOS PEREIRA REMIGIO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recte : UNIAO FEDERAL
0026085-81.2016.4.01.3400
201634000419006
Recurso Inominado
Recte : LUIZ NOGUEIRA COSTA
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0026101-35.2016.4.01.3400
201634000419160
Recurso Inominado
Recdo : NEUSA MARIA SALVADOR MACHADO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recte : UNIAO FEDERAL
0026108-27.2016.4.01.3400
201634000419232
Recurso Inominado
Recdo : ROSAEL GOMES DE QUEIROZ
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recte : UNIAO FEDERAL
0026110-94.2016.4.01.3400
201634000419250
Recurso Inominado
Recte : FRANCISCO GILDEMES CHAVES SOLON
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0026122-11.2016.4.01.3400
201634000419370
Recurso Inominado
Recte : SILVINO LOPES DOS SANTOS FILHO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : UNIAO FEDERAL
Advg. : PE00030884 - EDUARDO JORGE PEREIRA ALVES
0026124-78.2016.4.01.3400
201634000419397
Recurso Inominado
Recte : ADEILTON MARTINS GODOY
617
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0026129-03.2016.4.01.3400
201634000419441
Recurso Inominado
Recdo : EUDE BATISTA DE MOURA
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recte : UNIAO FEDERAL
0026131-70.2016.4.01.3400
201634000419469
Recurso Inominado
Recte : IGLAURE SOLANGE LIRA ALMEIDA
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0038056-63.2016.4.01.3400
201634000493345
Recurso Inominado
Recdo : ANTONIO FERNANDES VIEIRA DA CRUZ
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recte : UNIAO FEDERAL
DESPACHO
0009267-20.2017.4.01.3400
201734000705951
Recurso Inominado
Recte : RICARDO ANTONIO DE JESUS
Advg. : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA
SILVA
Recdo : UNIAO FEDERAL
Advg. : RJ00112636 - SONIA RABINOVICH TARANTO
0009267-20.2017.4.01.3400
201734000705951
Recurso Inominado
Recte : RICARDO ANTONIO DE JESUS
Advg. : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA
SILVA
Recdo : UNIAO FEDERAL
Advg. : RJ00112636 - SONIA RABINOVICH TARANTO
0012518-56.2011.4.01.3400
201134009192057
Recurso Inominado
Recdo/recte : SYLVIO LUIZ FONSECA SANTOS
Advg. : RS00036699 - ALEXANDRE OLTRAMARI
Recte/recdo : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
0038666-70.2012.4.01.3400
201234009433366
Recurso Inominado
Recdo/recte : ADRIANO CARNEIRO
Advg. : DF00033563 - ALEXANDRE OLTRAMARI
Recte/recdo : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0040630-98.2012.4.01.3400
201234009440598
Recurso Inominado
Recdo : CELIA AGUILAR
Advg. : DF00033563 - ALEXANDRE OLTRAMARI
Recte : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0011652-48.2011.4.01.3400
201134009190293
Recurso Inominado
Recte : OLIMPIO ALVES BARBOSA JUNIOR
Advg. : DF00014192 - MARIA APARECIDA GUIMARAES
SANTOS
Recdo : UNIAO FEDERAL
0012247-47.2011.4.01.3400
201134009191442
Recurso Inominado
Recte : EUSTAQUIO ALVES LINS
Advg. : DF00014192 - MARIA APARECIDA GUIMARAES
SANTOS
Recdo : UNIAO FEDERAL
0011652-48.2011.4.01.3400
201134009190293
Recurso Inominado
Recte : OLIMPIO ALVES BARBOSA JUNIOR
Advg. : DF00014192 - MARIA APARECIDA GUIMARAES
SANTOS
Recdo : UNIAO FEDERAL
0012247-47.2011.4.01.3400
201134009191442
Recurso Inominado
Recte : EUSTAQUIO ALVES LINS
Advg. : DF00014192 - MARIA APARECIDA GUIMARAES
SANTOS
Recdo : UNIAO FEDERAL
0052622-61.2009.4.01.3400
200934009133063
Recurso Inominado
Recdo : JUSTINO MOREIRA PONTES
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Extraordinário admitido pelo STF no processo 0038018-61.2010.4.01.3400
(originário de TR desta Seccional) e/ou revisão do tema 692 pelo STJ. Anote-se e
acompanhe-se o desfecho do julgamento dos incidentes acima indicados, fazendo
conclusão quando da publicação dos respectivos acórdãos, oportunidade em que o
Incidente será avaliado em sua inteireza. Publique-se. Intime-se.
PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
1ª TR - RELATOR 2 - BRASÍLIA
0048409-65.2016.4.01.3400
201634000545031
Recurso Inominado
Recte : MARCIA MEGALE BERNARDES DE OLIVEIRA
Advg. : GO00026506 - EVERTON BERNARDO CLEMENTE
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0058241-25.2016.4.01.3400
201634000593910
Recurso Inominado
Recte : MARCIA APARECIDA GOMES DE FREITAS
Advg. : GO00026506 - EVERTON BERNARDO CLEMENTE
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0062727-53.2016.4.01.3400
201634000612269
Recurso Inominado
Recte : MARILENE RODRIGUES DA CUNHA
Advg. : GO00026506 - EVERTON BERNARDO CLEMENTE
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0012256-96.2017.4.01.3400
201734000720050
Recurso Inominado
Recte : MARIA LUCIENE PARREIRA MACHADO
Advg. : GO00026506 - EVERTON BERNARDO CLEMENTE
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0043454-69.2008.4.01.3400
200834009021511
620
Recurso Inominado
Recdo : JOSE REIS VIEIRA DE SOUSA
Advg. : DF00004595 - ULISSES BORGES DE RESENDE
Recte : UNIAO FEDERAL
Advg. : DF00007779 - DANUSIA LUCINDA FARAGE DE
GOUVEIA
0043877-29.2008.4.01.3400
200834009025762
Recurso Inominado
Recdo : FRANCISCO ALBERTO DE ALBUQUERQUE
CAVALCANTE
Advg. : DF00022898 - MATHEUS BANDEIRA RAMOS COELHO
Recte : UNIAO FEDERAL
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Advg. : DF00007779 - DANUSIA LUCINDA FARAGE DE
GOUVEIA
0045115-83.2008.4.01.3400
200834009038337
Recurso Inominado
Recdo : ALMIRO MACHADO DOS SANTOS
Advg. : DF00022898 - MATHEUS BANDEIRA RAMOS COELHO
Recte : UNIAO FEDERAL
Advg. : DF00007779 - DANUSIA LUCINDA FARAGE DE
GOUVEIA
0045729-88.2008.4.01.3400
200834009044495
Recurso Inominado
Recdo : TANIA MARA DE LIMA MOURA
Recte : UNIAO FEDERAL - FAZENDA NACIONAL
Advg. : DF00022699 - JULIO CESAR FARIA
0032091-12.2013.4.01.3400
201334000052360
Recurso Inominado
Recdo : PATRICIA MEIRA DE SOUZA
Advg. : DF00024231 - LUCIANA MEIRA DE SOUZA
Recte : UNIAO FEDERAL
0032291-19.2013.4.01.3400
201334000053937
Recurso Inominado
Recdo : FILIPE NOGUEIRA DA GAMA
Advg. : DF00020744 - CARLOS HENRIQUE VIEIRA BARBOSA
Advg. : DF00022201 - MARCO ANTONIO ALVARES DA SILVA
CAMPOS
Advg. : DF00033842 - LUDMILA ABOUDIB CAMPOS
Recte : UNIAO FEDERAL
0076503-23.2016.4.01.3400
201634000669845
Recurso Inominado
Recte : MARIA DA GLORIA SANTOS MODESTO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0030313-65.2017.4.01.3400
201734000806565
Recurso Inominado
Recte : SEBASTIAO MORAIS DE JESUS
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0030335-26.2017.4.01.3400
201734000806788
621
Recurso Inominado
Recte : ELVIO PITANCA EVANGELISTA DA COSTA
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0038367-20.2017.4.01.3400
201734000854881
Recurso Inominado
Recte : HELOISA CARNEIRO DE CAMPOS MOREIRA AMARAL
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : UNIAO FEDERAL
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
0047616-92.2017.4.01.3400
201734000907802
Recurso Inominado
Recte : EVANDRO BALSAN
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0052756-10.2017.4.01.3400
201734000934251
Recurso Inominado
Recte : OSCAR FERREIRA COSTA FILHO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0007788-55.2018.4.01.3400
201834001005932
Recurso Inominado
Recte : RONAN PINTO DE ARAUJO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0032967-59.2016.4.01.3400
201634000460600
Recurso Inominado
Recte : PEDRO DOS SANTOS MENDES
Advg. : BA00019557 - JOSE CARLOS RIBEIRO DOS SANTOS
Recdo : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA
0033219-62.2016.4.01.3400
201634000463147
Recurso Inominado
Recte : NATANAEL DA SILVA FERREIRA
Advg. : BA00019557 - JOSE CARLOS RIBEIRO DOS SANTOS
Recdo : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA
PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
1ª TR - RELATOR 3 - BRASÍLIA
0056179-17.2013.4.01.3400
201334000155381
Recurso Inominado
Recte : GERALDO LOBATO DE ARAUJO
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0003313-56.2018.4.01.3400
201834000976876
Recurso Inominado
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Recte : JOAO LOPES CONDE
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
Diante do exposto, tendo em vista os princípios que norteiam os feitos que tramitam
nos Juizados Especiais Federais (art. 2º da Lei nº 9.099/1995), SOBRESTE-SE a
tramitação do presente feito, até o trânsito em julgado do RESP 1831371/SP com
base no artigo 1.030, III, do CPC, na redação da Lei n° 13.256/2016. Anote-se e
acompanhe-se o desfecho do julgamento do recurso acima indicado, fazendo
conclusão quando do trânsito em julgado do respectivo acórdão, oportunidade em
que o Incidente Regional será avaliado em sua inteireza. Publique-se. Intime-se.
0056179-17.2013.4.01.3400
201334000155381
Recurso Inominado
Recte : GERALDO LOBATO DE ARAUJO
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0003313-56.2018.4.01.3400
201834000976876
Recurso Inominado
Recte : JOAO LOPES CONDE
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
Diante do exposto, tendo em vista os princípios que norteiam os feitos que tramitam
nos Juizados Especiais Federais (art. 2º da Lei nº 9.099/1995), SOBRESTE-SE a
tramitação do presente feito, até o trânsito em julgado do RESP 1831371/SP com
base no artigo 1.030, III, do CPC, na redação da Lei n° 13.256/2016. Anote-se e
acompanhe-se o desfecho do julgamento do recurso acima indicado, fazendo
conclusão quando do trânsito em julgado do respectivo acórdão, oportunidade em
que o Incidente Regional será avaliado em sua inteireza. Publique-se. Intime-se.
0014823-47.2010.4.01.3400
201034009041445
Recurso Inominado
Recte : ALDENORA FERREIRA DE SANTANA
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0016456-25.2012.4.01.3400
201234009377323
Recurso Inominado
Recdo/recte : ANTONIO VICENTE DE LIMA
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recte/recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0092975-70.2014.4.01.3400
201434000327158
Recurso Inominado
Recte : JOSE PEREIRA DA SILVA
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0028708-55.2015.4.01.3400
201534000124531
Recurso Inominado
Recte : MANOEL SOARES ALVES
623
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0072578-53.2015.4.01.3400
201534000307578
Recurso Inominado
Recte : DIVINO NUNES DO NASCIMENTO
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0044537-42.2016.4.01.3400
201634000526268
Recurso Inominado
Recte : JOAO RODRIGUES GOMES
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0044819-80.2016.4.01.3400
201634000529099
Recurso Inominado
Recte : MARCIO DO NASCIMENTO
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0053390-40.2016.4.01.3400
201634000573150
Recurso Inominado
Recte : CID DAMASCENO
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0053397-32.2016.4.01.3400
201634000573222
Recurso Inominado
Recdo : JAMIL JOSE LOBATO
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0053398-17.2016.4.01.3400
201634000573236
Recurso Inominado
Recdo : RAIMUNDO DA COSTA MEDEIROS
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0061114-95.2016.4.01.3400
201634000606203
Recurso Inominado
Recte : ERIOMAR ALVES DOS SANTOS
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0071521-63.2016.4.01.3400
201634000644563
Recurso Inominado
Recte : JOAO FERREIRA DE SOUSA
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0003157-05.2017.4.01.3400
201734000680501
Recurso Inominado
Recte : DANIEL BERTO DA SILVA
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0011935-61.2017.4.01.3400
201734000716820
Recurso Inominado
Recte : GERMANO MENDES DA SILVA
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0012244-82.2017.4.01.3400
201734000719932
Recurso Inominado
Recte : GERSON SOARES DE MENEZES
624
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0012250-89.2017.4.01.3400
201734000719994
Recurso Inominado
Recte : JOSE FELIX DE OLIVEIRA FILHO
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0012253-44.2017.4.01.3400
201734000720029
Recurso Inominado
Recte : WALDOMIRO MONTEIRO DO NASCIMENTO
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0020998-13.2017.4.01.3400
201734000748889
Recurso Inominado
Recdo/recte : VAMILDO PEREIRA DE LIMA
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recte/recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0026307-15.2017.4.01.3400
201734000779883
Recurso Inominado
Recte : ANTONIO ALCI MARTINS DA SILVA
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0029782-76.2017.4.01.3400
201734000801700
Recurso Inominado
Recte : ANTONIO LUIZ DA SILVA
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0039692-30.2017.4.01.3400
201734000858180
Recurso Inominado
Recdo : ORLANDO BARBOSA
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0041367-28.2017.4.01.3400
201734000869494
Recurso Inominado
Recdo : ANTONIO EVALDO MATIAS SIQUEIRA
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0044236-61.2017.4.01.3400
201734000886353
Recurso Inominado
Recdo/recte : ROBERTO MARQUES DA CRUZ
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recte/recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
Diante do exposto, tendo em vista os princípios que norteiam os feitos que tramitam
nos Juizados Especiais Federais (art. 2º da Lei nº 9.099/1995), SOBRESTE-SE a
tramitação do presente feito, até o trânsito em julgado do RESP 1831371/SP com
base no artigo 1.030, III, do CPC, na redação da Lei n° 13.256/2016. Anote-se e
acompanhe-se o desfecho do julgamento do recurso acima indicado, fazendo
conclusão quando do trânsito em julgado do respectivo acórdão, oportunidade em
que o Incidente Regional será avaliado em sua inteireza.
0023588-60.2017.4.01.3400
201734000763093
Recurso Inominado
Recdo : ANDRE NUNES DA SILVA
Advg. : PB00010927 - MARTSUNG FORMIGA CAVALCANTE E
RODOVALHO DE ALENCAR
Recte : UNIAO FEDERAL
625
O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:
Diante do exposto, com fundamento no art. 14, III, da Resolução CJF 586, de 30 de
Setembro de 2019, NEGO SEGUIMENTO ao Incidente de Uniformização de
Jurisprudência. Transcorrido o prazo legal, certifique-se e devolva-se à Vara de
origem. Publique-se. Intime-se.
PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
2ª TR - RELATOR 1 - BRASÍLIA
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Diretor do Foro
Diretor(a) da : ÉRICO DE SOUZA SANTOS
Secretaria
Administrativa
0043263-09.2017.4.01.3400
201734000882178
Recurso Inominado
Recte : MARIA DE LOURDES DO AMARAL
Advg. : DF00020379 - THATYANNA MYCHELLE GOMES DE
CARVALHO
Advg. : DF00036650 - MARIA MANUELLA JEHA TERROSO
Advg. : DF00052648 - NATANAEL CLEBERSON MONTEIRO
RAMOS
Recdo : UNIAO FEDERAL
0048248-21.2017.4.01.3400
201734000909124
Recurso Inominado
Recte : SILVIA MARIA DE OLIVEIRA
Advg. : DF00020379 - THATYANNA MYCHELLE GOMES DE
CARVALHO
Advg. : DF00036650 - MARIA MANUELLA JEHA TERROSO
Advg. : DF00052648 - NATANAEL CLEBERSON MONTEIRO
RAMOS
Recdo : UNIAO FEDERAL
0048250-88.2017.4.01.3400
201734000909141
Recurso Inominado
Recte : MARIA JOSE DE ALBUQUERQUE BARROS
Advg. : DF00020379 - THATYANNA MYCHELLE GOMES DE
CARVALHO
Advg. : DF00036650 - MARIA MANUELLA JEHA TERROSO
Advg. : DF00052648 - NATANAEL CLEBERSON MONTEIRO
RAMOS
Recdo : UNIAO FEDERAL
0049098-75.2017.4.01.3400
201734000914232
Recurso Inominado
Recte : MARIA CLENIRA RODRIGUES DE MACEDO
Advg. : DF00052648 - NATANAEL CLEBERSON MONTEIRO
RAMOS
Advg. : DF00036650 - MARIA MANUELLA JEHA TERROSO
Advg. : DF00020379 - THATYANNA MYCHELLE GOMES DE
CARVALHO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0049099-60.2017.4.01.3400
201734000914246
Recurso Inominado
Recte : LEA NONATA NERY
Advg. : DF00036650 - MARIA MANUELLA JEHA TERROSO
Advg. : DF00052648 - NATANAEL CLEBERSON MONTEIRO
RAMOS
Advg. : DF00020379 - THATYANNA MYCHELLE GOMES DE
CARVALHO
Recdo : UNIAO FEDERAL
626
0049107-37.2017.4.01.3400
201734000914321
Recurso Inominado
Recte : FRANCISCO CESAR TRINDADE REGO
Advg. : DF00020379 - THATYANNA MYCHELLE GOMES DE
CARVALHO
Advg. : DF00036650 - MARIA MANUELLA JEHA TERROSO
Advg. : DF00052648 - NATANAEL CLEBERSON MONTEIRO
RAMOS
Recdo : UNIAO FEDERAL
0049111-74.2017.4.01.3400
201734000914366
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Recurso Inominado
Recte : NORMA SANTOS GUIMARAES
Advg. : DF00052648 - NATANAEL CLEBERSON MONTEIRO
RAMOS
Advg. : DF00036650 - MARIA MANUELLA JEHA TERROSO
Advg. : DF00020379 - THATYANNA MYCHELLE GOMES DE
CARVALHO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0049116-96.2017.4.01.3400
201734000914410
Recurso Inominado
Recte : ZELIA DA SILVA SANTOS
Advg. : DF00020379 - THATYANNA MYCHELLE GOMES DE
CARVALHO
Advg. : DF00052648 - NATANAEL CLEBERSON MONTEIRO
RAMOS
Advg. : DF00036650 - MARIA MANUELLA JEHA TERROSO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0049117-81.2017.4.01.3400
201734000914424
Recurso Inominado
Recte : LUCIANA VILLELA DE SOUZA SCHETTINI
Advg. : DF00052648 - NATANAEL CLEBERSON MONTEIRO
RAMOS
Advg. : DF00020379 - THATYANNA MYCHELLE GOMES DE
CARVALHO
Advg. : DF00036650 - MARIA MANUELLA JEHA TERROSO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0053459-38.2017.4.01.3400
201734000936300
Recurso Inominado
Recdo : MARISE CARDOSO COSTA
Advg. : DF00027847 - THATYELLE GOMES DE CARVALHO
Advg. : DF00020379 - THATYANNA MYCHELLE GOMES DE
CARVALHO
Recte : UNIAO FEDERAL
0003377-66.2018.4.01.3400
201834000977521
Recurso Inominado
Recdo : ADALZIRA FRANCA SOARES DE LUCCA
Advg. : DF00020379 - THATYANNA MYCHELLE GOMES DE
CARVALHO
Advg. : DF00036650 - MARIA MANUELLA JEHA TERROSO
Advg. : DF00052648 - NATANAEL CLEBERSON MONTEIRO
RAMOS
Recte : UNIAO FEDERAL
0003393-20.2018.4.01.3400
201834000977686
Recurso Inominado
Recte : FREDERICO DE MELLO TUDE
Advg. : DF00052648 - NATANAEL CLEBERSON MONTEIRO
RAMOS
Advg. : DF00036650 - MARIA MANUELLA JEHA TERROSO
Advg. : DF00020379 - THATYANNA MYCHELLE GOMES DE
CARVALHO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0003395-87.2018.4.01.3400
627
201834000977700
Recurso Inominado
Recte : MARINA LANDIM FERREIRA
Advg. : DF00020379 - THATYANNA MYCHELLE GOMES DE
CARVALHO
Advg. : DF00052648 - NATANAEL CLEBERSON MONTEIRO
RAMOS
Advg. : DF00036650 - MARIA MANUELLA JEHA TERROSO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0003397-57.2018.4.01.3400
201834000977727
Recurso Inominado
Recdo : FATIMA DA SILVA TEIXEIRA
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Advg. : DF00052648 - NATANAEL CLEBERSON MONTEIRO
RAMOS
Advg. : DF00020379 - THATYANNA MYCHELLE GOMES DE
CARVALHO
Advg. : DF00036650 - MARIA MANUELLA JEHA TERROSO
Recte : UNIAO FEDERAL
0003403-64.2018.4.01.3400
201834000977789
Recurso Inominado
Recte : ISABEL CRISTINA PINTO VAN GROL
Advg. : DF00052648 - NATANAEL CLEBERSON MONTEIRO
RAMOS
Advg. : DF00036650 - MARIA MANUELLA JEHA TERROSO
Advg. : DF00020379 - THATYANNA MYCHELLE GOMES DE
CARVALHO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0009254-84.2018.4.01.3400
201834001012300
Recurso Inominado
Recdo : MARIA JOSE PENHA SILVA DOMINGUES
Advg. : DF00020379 - THATYANNA MYCHELLE GOMES DE
CARVALHO
Advg. : DF00052648 - NATANAEL CLEBERSON MONTEIRO
RAMOS
Advg. : DF00036650 - MARIA MANUELLA JEHA TERROSO
Recte : UNIAO FEDERAL
0010736-67.2018.4.01.3400
201834001024220
Recurso Inominado
Recte : MARISTELA DE SOUZA FERRAZ CALANDRA
Advg. : DF00052648 - NATANAEL CLEBERSON MONTEIRO
RAMOS
Advg. : DF00036650 - MARIA MANUELLA JEHA TERROSO
Advg. : DF00020379 - THATYANNA MYCHELLE GOMES DE
CARVALHO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0020529-30.2018.4.01.3400
201834001064240
Recurso Inominado
Recte : TEREZINHA HELENA KAUFMANN
Advg. : DF00036650 - MARIA MANUELLA JEHA TERROSO
Advg. : DF00020379 - THATYANNA MYCHELLE GOMES DE
CARVALHO
Advg. : DF00052648 - NATANAEL CLEBERSON MONTEIRO
RAMOS
Recdo : UNIAO FEDERAL
0026397-91.2015.4.01.3400
201534000108972
Recurso Inominado
Recte : JOSE AVELINO DA SILVA NETO
628
Advg. : DF00023794 - ALINE CRISTINA DE MELO FRANCO E
OLIVEIRA
Advg. : DF00021368 - ANA PAULA DA SILVA MACHADO MELLO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0041069-07.2015.4.01.3400
201534000188565
Recurso Inominado
Recdo : DALVA SOARES DE ARAUJO
Advg. : DF00021368 - ANA PAULA DA SILVA MACHADO MELLO
Advg. : DF00023794 - ALINE CRISTINA DE MELO FRANCO E
OLIVEIRA
Recte : UNIAO FEDERAL
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
0048559-80.2015.4.01.3400
201534000218941
Recurso Inominado
Recte : OZAIR DALVA DA SILVA
Advg. : DF00023794 - ALINE CRISTINA DE MELO FRANCO E
OLIVEIRA
Advg. : DF00021368 - ANA PAULA DA SILVA MACHADO MELLO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0012909-35.2016.4.01.3400
201634000364328
Recurso Inominado
Recdo : MARIA SONIA SANTOS DE OLIVEIRA
Advg. : DF00023794 - ALINE CRISTINA DE MELO FRANCO E
OLIVEIRA
Recte : UNIAO FEDERAL
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0012935-33.2016.4.01.3400
201634000364585
Recurso Inominado
Recte : MARIA DA CONCEICAO ALVES CAVALCANTI
Advg. : DF00021368 - ANA PAULA DA SILVA MACHADO MELLO
Advg. : DF00023794 - ALINE CRISTINA DE MELO FRANCO E
OLIVEIRA
Recdo : UNIAO FEDERAL
0018491-79.2017.4.01.3400
201734000737454
Recurso Inominado
Recdo : MAURO BRITO CALONGA
Advg. : DF00039232 - LEONARDO DA COSTA
Recte : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
Assim sendo, com fundamento no art. 14, caput, Lei n° 10.259/2001, NÃO ADMITO
o Incidente de Uniformização de Jurisprudência arguido pela União. Transcorrido o
prazo legal, certifique-se e devolva-se à Vara de origem. Publique-se. Intime-se.
0046973-37.2017.4.01.3400
201734000904855
Recurso Inominado
Recte : MARIA ELIZABETH CAJATY MARTINS
Advg. : DF00052648 - NATANAEL CLEBERSON MONTEIRO
RAMOS
Advg. : DF00036650 - MARIA MANUELLA JEHA TERROSO
Advg. : DF00020379 - THATYANNA MYCHELLE GOMES DE
CARVALHO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0046977-74.2017.4.01.3400
201734000904890
Recurso Inominado
Recdo : SONIA TERESINHA STUMPF
Advg. : DF00036650 - MARIA MANUELLA JEHA TERROSO
Advg. : DF00052648 - NATANAEL CLEBERSON MONTEIRO
RAMOS
Advg. : DF00020379 - THATYANNA MYCHELLE GOMES DE
CARVALHO
Recte : UNIAO FEDERAL
0047369-14.2017.4.01.3400
629
201734000905826
Recurso Inominado
Recdo : MENANDRO LOBAO BARROSO
Advg. : DF00020379 - THATYANNA MYCHELLE GOMES DE
CARVALHO
Advg. : DF00036650 - MARIA MANUELLA JEHA TERROSO
Advg. : DF00052648 - NATANAEL CLEBERSON MONTEIRO
RAMOS
Recte : UNIAO FEDERAL
0048240-44.2017.4.01.3400
201734000909049
Recurso Inominado
Recte : MARIA AMALIA ROSA SOTER DA SILVEIRA
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Advg. : DF00052648 - NATANAEL CLEBERSON MONTEIRO
RAMOS
Advg. : DF00036650 - MARIA MANUELLA JEHA TERROSO
Advg. : DF00020379 - THATYANNA MYCHELLE GOMES DE
CARVALHO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0048253-43.2017.4.01.3400
201734000909172
Recurso Inominado
Recte : FELINTO CESAR SAMPAIO NETO
Advg. : DF00020379 - THATYANNA MYCHELLE GOMES DE
CARVALHO
Advg. : DF00036650 - MARIA MANUELLA JEHA TERROSO
Advg. : DF00052648 - NATANAEL CLEBERSON MONTEIRO
RAMOS
Recdo : UNIAO FEDERAL
Recdo : CAROLINA VIGARIO SAMPAIO
0050741-68.2017.4.01.3400
201734000925458
Recurso Inominado
Recte : TEREZINHA DE SOUSA OLIVEIRA
Advg. : DF00052648 - NATANAEL CLEBERSON MONTEIRO
RAMOS
Advg. : DF00020379 - THATYANNA MYCHELLE GOMES DE
CARVALHO
Advg. : DF00036650 - MARIA MANUELLA JEHA TERROSO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0073044-18.2013.4.01.3400
201334000217675
Recurso Inominado
Recte : JOAO BATISTA DE ANDRADE GARCIA
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0065200-80.2014.4.01.3400
201434000234870
Recurso Inominado
Recte : ELIAS BATISTA DE ARAUJO
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0012938-22.2015.4.01.3400
201534000057469
Recurso Inominado
Recdo : IVANILSON BATISTA LEITE
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0062394-38.2015.4.01.3400
201534000264983
Recurso Inominado
Recte : ANA ALVES MADUREIRA
630
Advg. : DF00028679 - TEREZINHA BORGES KARLSON
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0074246-59.2015.4.01.3400
201534000310977
Recurso Inominado
Recdo : ARNALDO PEREIRA FILHO
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0030624-90.2016.4.01.3400
201634000446942
Recurso Inominado
Recdo : IRIS ALMEIDA DE MATOS
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0057597-82.2016.4.01.3400
201634000592462
Recurso Inominado
Recte : NATIVIDADE DE MIRANDA SILVA
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0057674-91.2016.4.01.3400
201634000593238
Recurso Inominado
Recte : WILLIAMAR GODINHO PINHEIRO
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0061125-27.2016.4.01.3400
201634000606310
Recurso Inominado
Recte : EDVALDO GALDINO BERNARDO
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0008756-22.2017.4.01.3400
201734000703838
Recurso Inominado
Recte : GERSON LUSTOSA FILHO
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0016973-54.2017.4.01.3400
201734000730777
Recurso Inominado
Recte : REMILTON DIAS CAMARA
Advg. : DF00016414 - CESAR ODAIR WELZEL
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0021036-25.2017.4.01.3400
201734000748964
Recurso Inominado
Recdo : LEYS FERREIRA DE SOUZA
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
Diante do exposto, tendo em vista os princípios que norteiam os feitos que tramitam
nos Juizados Especiais Federais (art. 2º da Lei nº 9.099/1995), SOBRESTE-SE a
tramitação do presente feito, até o trânsito em julgado do RESP 1831371/SP com
base no artigo 1.030, III, do CPC, na redação da Lei n° 13.256/2016. Anote-se e
acompanhe-se o desfecho do julgamento do recurso acima indicado, fazendo
conclusão quando do trânsito em julgado do respectivo acórdão, oportunidade em
que o Incidente Regional será avaliado em sua inteireza. Publique-se. Intime-se.
PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
2ª TR - RELATOR 2 - BRASÍLIA
0032133-90.2015.4.01.3400
201534000139411
Recurso Inominado
Recte : EDVALDO GOMES DE SOUZA
Advg. : DF00039232 - LEONARDO DA COSTA
Recdo : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
0051517-39.2015.4.01.3400
201534000227063
Recurso Inominado
Recte : HILDEBERTO JURUMENHA RIBEIRO
Advg. : DF00039232 - LEONARDO DA COSTA
Recdo : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0072985-59.2015.4.01.3400
201534000308940
Recurso Inominado
Recte : JOSIMAR SEBASTIAO TEIXEIRA
Advg. : DF00039232 - LEONARDO DA COSTA
Recdo : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0030046-30.2016.4.01.3400
201634000440955
Recurso Inominado
Recdo : ASVAGRIO JOSE RABELO
Advg. : DF00039232 - LEONARDO DA COSTA
Recte : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
Diante do exposto, tendo em vista os princípios que norteiam os feitos que tramitam
nos Juizados Especiais Federais (art. 2º da Lei nº 9.099/1995), SOBRESTE-SE a
tramitação do presente feito, com base no artigo 1.030, III, do CPC, na redação da
Lei n° 13.256/2016, até o retorno dos processos remetidos àquela Corte. Anote-se e
acompanhe-se atentamente o retorno dos processos remetidos ao Supremo Tribunal
Federal. Uma vez publicada a decisão pelo STF, nova conclusão quanto às
indagações formuladas. Publique-se. Intime-se.
PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
3ª TR - RELATOR 1 - BRASÍLIA
0032992-72.2016.4.01.3400
201634000460854
Recurso Inominado
Recdo : JOSE ALIRIO REIS DA CRUZ
Advg. : BA00019557 - JOSE CARLOS RIBEIRO DOS SANTOS
Recte : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA
Diante do exposto, com base no art. 55, XXII, c/c o seu § 2º, da Resolução Presi
TRF1 17/2014 SOBRESTE-SE a tramitação do presente feito até o trânsito em
julgado do Processo 0020016-33.2016.4-01.3400. Anote-se e acompanhe-se
atentamente o desfecho do julgamento supramencionado, fazendo nova conclusão
quando da publicação do respectivo acórdão. Publique-se. Intime-se.
0026728-05.2017.4.01.3400
201734000783729
632
Recurso Inominado
Recte : WALTER JOSE RUFINO
Advg. : DF00039232 - LEONARDO DA COSTA
Recdo : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA
Recdo : UNIAO FEDERAL
Diante do exposto, tendo em vista os princípios que norteiam os feitos que tramitam
nos Juizados Especiais Federais (art. 2º da Lei nº 9.099/1995), SOBRESTE-SE a
tramitação do presente feito, com base no art. 14, II, Resolução CJF 586, de 30 de
setembro de 2019. Anote-se e acompanhe-se o desfecho do julgamento do incidente
acima indicado, fazendo nova conclusão quando for publicado o respectivo acórdão.
Publique-se. Intime-se.
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
0032992-72.2016.4.01.3400
201634000460854
Recurso Inominado
Recdo : JOSE ALIRIO REIS DA CRUZ
Advg. : BA00019557 - JOSE CARLOS RIBEIRO DOS SANTOS
Recte : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA
Diante do exposto, com base no art. 55, XXII, c/c o seu § 2º, da Resolução Presi
TRF1 17/2014 SOBRESTE-SE a tramitação do presente feito até o trânsito em
julgado do Processo 0020016-33.2016.4-01.3400. Anote-se e acompanhe-se
atentamente o desfecho do julgamento supramencionado, fazendo nova conclusão
quando da publicação do respectivo acórdão. Publique-se. Intime-se.
0027199-55.2016.4.01.3400
201634000424159
Recurso Inominado
Recte : FERNANDA MARIA BUARQUE DE GUSMAO
Advg. : DF00018566 - WESLEY RICARDO BENTO DA SILVA
Recdo : UNIAO FEDERAL
Recdo : INSTITUTO DO PATRIMONIO HISTORICO E ARTISTICO
NACIONAL IPHAN
Diante do exposto, tendo em vista os princípios que norteiam os feitos que tramitam
nos Juizados Especiais Federais (art. 2º da Lei nº 9.099/1995) e, ainda, o fato de
que a parte adversa não se manifestou pela composição a respeito dos consectários
legais na forma preconizada pela Fazenda Pública (como ocorreu em diversos
outros casos, cuja composição fora homologada e os processos, que continham
apenas essa controvérsia, já foram devolvidos para cumprimento do julgado, dada a
composição), SOBRESTE-SE o presente feito, com base no artigo 1.030, III, do
CPC, na redação da Lei n° 13.256/2016, até o trânsito em julgado do RE
870.947/SE - Tema nº 810. Anote-se e acompanhe-se atentamente o desfecho do
julgamento dos embargos no Supremo. Uma vez transitado em julgado e publicado
pelo STF o acórdão resolvendo os declaratórios, nova conclusão. Publique-se.
Intime-se.
PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
3ª TR - RELATOR 2 - BRASÍLIA
0045036-31.2013.4.01.3400
201334000107541
Recurso Inominado
Recdo : FRANCISCO PAULO MENDES
Advg. : PI00001984 - JOSE DO EGITO FIGUEIREDO BARBOSA
Recte : UNIAO FEDERAL
Recte : FUNASA
633
O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:
PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
3ª TR - RELATOR 3 - BRASÍLIA
0007790-25.2018.4.01.3400
201834001005950
Recurso Inominado
Recte : RONAN PINTO DE ARAUJO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
Recdo : UNIAO FEDERAL
0018297-11.2019.4.01.3400
201934001352830
Recurso Inominado
Recte : WELLINGTON GILBERTO DA SILVA
Advg. : DF00041327 - SHEILA DIAS DA SILVA
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
Advg. : DF0001640A - SAMIR NACIM FRANCISCO
0019962-62.2019.4.01.3400
201934001365822
Recurso Inominado
Recte : JASONIR ROCHA DA SILVA
Advg. : DF00055989 - JOAO PAULO RODRIGUES RIBEIRO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
Advg. : DF0001640A - SAMIR NACIM FRANCISCO
0023639-03.2019.4.01.3400
201934001394004
Recurso Inominado
Recte : JOSE ERIVALDO BARBOSA DOS SANTOS
Advg. : DF00055989 - JOAO PAULO RODRIGUES RIBEIRO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
Advg. : DF0001640A - SAMIR NACIM FRANCISCO
0023771-60.2019.4.01.3400
201934001395321
Recurso Inominado
Recte : HUDSON HENRIQUE RODRIGUES CAETANO
Advg. : DF00055989 - JOAO PAULO RODRIGUES RIBEIRO
634
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
Advg. : DF0001640A - SAMIR NACIM FRANCISCO
DESPACHO
Considerando a decisão exarada pelo Ministro Luís Roberto Barroso, em sede de
medida cautelar na ADI 5090, que determinou a suspensão do trâmite de todas as
causas que versam sobre a correção dos depósitos vinculados ao Fundo de
Garantia por Tempo de Serviço – FGTS pela Taxa Referencial – TR, matéria objeto
deste processo, SUSPENDA-SE a tramitação do feito nesta instância sem seu
julgamento, até que sobrevenha decisão final naquele processo quanto ao objeto
discutido no recurso. Intimem-se e cumpra-se, certificando-se a causa da suspensão
e tendo-se o cuidado de acompanhar o desfecho da ADI 5090 na qual se ordenou a
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
suspensão da tramitação dos feitos da espécie.
0063103-73.2015.4.01.3400
201534000269129
Recurso Inominado
Recte : LUCIANI DA SILVA ROCHA
Advg. : DF00039686 - FABRICIO VIEIRA DA COSTA
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
DESPACHO
Considerando a decisão do Supremo Tribunal Federal, no Recurso Extraordinário n.
639.856/RS, que trata “se deve incidir o fator previdenciário (Lei 9.876/99) ou as
regras de transição trazidas pela EC 20/98 aos benefícios concedidos a segurados
filiados ao Regime Geral até 16.12.98”, que reconheceu a existência de repercussão
geral da questão constitucional suscitada, SUSPENDA-SE a tramitação do feito
nesta instância, sem julgamento, até que sobrevenha decisão final naquele Recurso
Extraordinário quanto ao objeto discutido. Intimem-se e cumpra-se, certificando-se a
causa da suspensão e tendo-se o cuidado de acompanhar o desfecho do Recurso
Extraordinário no qual se ordenou a suspensão dos feitos da espécie.
0051674-85.2010.4.01.3400
201034009135913
Recurso Inominado
Recte : MARIA EUNIDES DE ARAUJO
Advg. : DF00033645 - ANA PAULA MORAIS DA ROSA
Recdo : UNIAO FEDERAL
0032496-09.2017.4.01.3400
201734000819006
Recurso Inominado
Recdo : ANTONIO LEANDRO DA COSTA
Recte : UNIAO FEDERAL
0048318-38.2017.4.01.3400
201734000909837
Recurso Inominado
Recte : EULER WAGNER RIBEIRO
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0024330-51.2018.4.01.3400
201834001098624
Recurso Inominado
Recte : MARIA VERONICA DOS SANTOS
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0024346-05.2018.4.01.3400
201834001098789
Recurso Inominado
Recte : LEOCADIO JULIO VIANA
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0030524-67.2018.4.01.3400
201834001139407
635
Recurso Inominado
Recdo : NAILMA CRISTINA GONCALVES DOS SANTOS SOUZA
Advg. : DF00018841 - LINO DE CARVALHO CAVALCANTE
Recte : UNIAO FEDERAL
Advg. : PEOOO30884 - EDUARDO JORGE PEREIRA ALVES
0037160-49.2018.4.01.3400
201834001184358
Recurso Inominado
Recte : JOAO CARREIRO CHAVES
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0037166-56.2018.4.01.3400
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
201834001184416
Recurso Inominado
Recte : IRENICE PEREIRA DE ANDRADE DE OLIVEIRA
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0037214-15.2018.4.01.3400
201834001184910
Recurso Inominado
Recte : ELIZA MARIA BARBOSA PRIMO
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0037219-37.2018.4.01.3400
201834001184968
Recurso Inominado
Recte : IRCEU CAMPOS DA SILVA
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0037356-19.2018.4.01.3400
201834001186694
Recurso Inominado
Recte : HILDA DA SILVA LOPES
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0037404-75.2018.4.01.3400
201834001187189
Recurso Inominado
Recte : JOAO LEITAO NETO
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0037470-55.2018.4.01.3400
201834001187857
Recurso Inominado
Recte : JOSE ROBERTO NUNO
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0037476-62.2018.4.01.3400
201834001187915
Recurso Inominado
Recte : ZULMAR SANCHO MOREIRA FILHO
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL
Advg. : CE00024102 - DIEGO EDUARDO FARIAS CAMBRAIA
0037516-44.2018.4.01.3400
201834001188310
Recurso Inominado
Recte : FRANKLIN TOMAS MATISSEK
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL
0037520-81.2018.4.01.3400
201834001188355
Recurso Inominado
Recte : CARLOS ALBERTO GERALDO
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL
636
0037521-66.2018.4.01.3400
201834001188369
Recurso Inominado
Recte : ANTONIO FERNANDO
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL
Ficam a parte autora e a União Federal intimadas para, no prazo de 05(cinco) dias,
responderem aos embargos de declaração interpostos por ambas as partes.
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
0040973-55.2016.4.01.3400
201634000505696
Recurso Inominado
Recte : FRANCISCO RODRIGUES DE AMORIM
Advg. : BA00046141 - LEONARDO DA COSTA
Recdo : UNIAO FEDERAL
Recdo : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA
0023583-38.2017.4.01.3400
201734000762951
Recurso Inominado
Recte : ARNALDO OLIVEIRA DE ALMEIDA
Advg. : DF00039232 - LEONARDO DA COSTA
Recdo : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA
Recdo : UNIAO FEDERAL
0023743-63.2017.4.01.3400
201734000764907
Recurso Inominado
Recte : IUBERTO FELICIO FEITOSA
Advg. : DF00039232 - LEONARDO DA COSTA
Recdo : UNIAO FEDERAL
Recdo : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA
0048295-92.2017.4.01.3400
201734000909590
Recurso Inominado
Recte : ROGERIO GOMES BARBOSA
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0060392-95.2015.4.01.3400
201534000254341
Recurso Inominado
Recte : PEDRO GAMA NETO
Advg. : PB00017228 - ADILIA DANIELLA NOBREGA FLOR
Advg. : PB00010927 - MARTSUNG FORMIGA CAVALCANTE E
RODOVALHO DE ALENCAR
Recdo : UNIAO FEDERAL
0039513-33.2016.4.01.3400
201634000499524
Recurso Inominado
Recte : SEVERINO ALVES DA SILVA
Advg. : DF00039232 - LEONARDO DA COSTA
Recdo : UNIAO FEDERAL
Recdo : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA
0047453-49.2016.4.01.3400
201634000541600
Recurso Inominado
Recte : VALMIR DE FREITAS LIMA
Advg. : DF00039232 - LEONARDO DA COSTA
Recdo : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA
Recdo : UNIAO FEDERAL
637
O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:
PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
1ª TR - RELATOR 2 - BRASÍLIA
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Juiz(a) Federal : ITAGIBA CATTA PRETA NETO
Diretor do Foro
Diretor(a) da : ÉRICO DE SOUZA SANTOS
Secretaria
Administrativa
0028467-86.2012.4.01.3400
201234009406390
Recurso Inominado
Recte : SONIA MARIA SOARES CHAVES
Advg. : DF00026414 - JUDSON DE ARAUJO GURGEL
Recdo : UNIAO FEDERAL
0060425-85.2015.4.01.3400
201534000254670
Recurso Inominado
Recte : TASSO CORDEIRO DE ARAUJO
Advg. : PB00017228 - ADILIA DANIELLA NOBREGA FLOR
Advg. : PB00010927 - MARTSUNG FORMIGA CAVALCANTE E
RODOVALHO DE ALENCAR
Recdo : UNIAO FEDERAL
0015232-13.2016.4.01.3400
201634000376247
Recurso Inominado
Recte : ANA MARIA DE BRITO
Advg. : DF00018841 - LINO DE CARVALHO CAVALCANTE
Recdo : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA
0049702-70.2016.4.01.3400
201634000548010
Recurso Inominado
Recdo : ASSIS MANOEL DA SILVA
Advg. : DF00039232 - LEONARDO DA COSTA
Recte : UNIAO FEDERAL
Advg. : CE00024102 - DIEGO EDUARDO FARIAS CAMBRAIA
0009458-12.2010.4.01.3400
201034009023540
Recurso Inominado
Recdo : AMERICO IASUO HIGA
Advg. : DF00027766 - PEDRO ALVES MOREIRA
Recdo : JOSE MARIA SIMON MOSIMANN
Recdo : DULCE TIMOTEO SOARES DA MATTA
Recdo : ELDEMIR ARAUJO BARBOSA
Recte : UNIAO FEDERAL
0023250-62.2012.4.01.3400
201234009391009
Recurso Inominado
638
Recdo : ONDINA SILVESTRE DE CARVALHO
Advg. : MG00046932 - ANTONIO MARCOS SANTOS
RODRIGUES
Recte : UNIAO FEDERAL
0074990-88.2014.4.01.3400
201434000267361
Recurso Inominado
Recdo : JURANDIR PEREIRA DOS SANTOS
Advg. : MG00095876 - ERALDO LACERDA JUNIOR
Recte : UNIAO FEDERAL
0082543-89.2014.4.01.3400
201434000288293
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Recurso Inominado
Recdo/recte : ALFREDO JOSE DE SOUZA GUIMARAES
Advg. : MG0095876A - ERALDO LACERDA JUNIOR
Recdo/recte : EDNA DE SOUZA GUIMARAES
Recdo/recte : RENE DE SOUZA GUIMARAES
Recdo/recte : RICARDO DE SOUZA GUIMARAES
Recdo/recte : SURAMA DE SOUZA GUIMARAES
Recte/recdo : UNIAO FEDERAL
0043836-81.2016.4.01.3400
201634000522137
Recurso Inominado
Recdo : REGIMAR ALVES MACEDO
Advg. : DF00040244 - WANDER GUALBERTO FONTENELE
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0073964-84.2016.4.01.3400
201634000660105
Recurso Inominado
Recdo/recte : AIRTON FERREIRA
Advg. : DF00040244 - WANDER GUALBERTO FONTENELE
Recte/recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0016132-59.2017.4.01.3400
201734000727347
Recurso Inominado
Recdo : GABRIEL BORGES MATOS
Advg. : DF00030525 - GILBERTO CONCEICAO DO AMARAL
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0022539-81.2017.4.01.3400
201734000757679
Recurso Inominado
Recte : MANOEL AUGUSTO BOMFIM
Advg. : GO00026506 - EVERTON BERNARDO CLEMENTE
Recdo : UNIAO FEDERAL
0023627-57.2017.4.01.3400
201734000763607
Recurso Inominado
Recte : SEBASTIAO CESAR LOPES
Advg. : DF00039232 - LEONARDO DA COSTA
Recdo : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA
Recdo : UNIAO FEDERAL
0025216-84.2017.4.01.3400
201734000770825
Recurso Inominado
Recdo : IRAN MIRANDA LIMA
Advg. : DF00010962 - CELIA MARCELINO DA SILVA SALGADO
Recte : UNIAO FEDERAL
0033673-08.2017.4.01.3400
201734000822419
Recurso Inominado
Recte : JOAO JOAQUIM DE CAIRES
Advg. : DF00040484 - SHIRLEY ALVES DANTAS
Advg. : DF0014925E - WESLEY GOMES COELHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0052795-07.2017.4.01.3400
201734000934649
Recurso Inominado
639
Recdo : GEOVANE DA SILVA MARTINS BORTONE
Advg. : DF00027177 - ANDRE VIEIRA DE GODOI PITALUGA
Advg. : DF00017717 - ALESSANDRA DAMIAN CAVALCANTI
Advg. : DF00018026 - DAVID ODISIO HISSA
Advg. : DF00022523 - VANESSA ACHTSCHIN SOARES DA
SILVA
Advg. : DF00022802 - ALINE RODRIGUES DE ALARCAO
LISBOA RAMOS
Advg. : DF00026055 - PAULO CUNHA DE CARVALHO
Advg. : DF00041874 - POLLYANNA DO NASCIMENTO SILVA
Advg. : DF00051656 - CHRISCIANE VIEIRA SOUSA
Recte : UNIAO FEDERAL
0029224-70.2018.4.01.3400
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
201834001129334
Recurso Inominado
Recte : ANA ZULEIDE FERREIRA DE OLIVEIRA
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Recdo : UNIAO FEDERAL
0033097-78.2018.4.01.3400
201834001154338
Recurso Inominado
Recdo : ADIMILSON CANDIDO DA SILVA
Advg. : MG00097756 - JARBAS AREDES JUNIOR
Recte : UNIAO FEDERAL
0033402-62.2018.4.01.3400
201834001157422
Recurso Inominado
Recdo/recte : ARNALDO BORGES MARRECO
Advg. : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA
SILVA
Recte/recdo : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
Recte/recdo : UNIAO FEDERAL
Fica a parte autora intimada para, no prazo de 05(cinco) dias, responder aos
embargos de declaração interpostos pela União Federal.
0043188-53.2006.4.01.3400
200634009005626
Recurso Inominado
Recdo : ZELIA ELENA ASSUNCAO DE BESSAS
Advg. : DF00015123 - SEBASTIAO MORAES DA CUNHA
Recte : BANCO CENTRAL DO BRASIL
Recte : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
Advg. : DF00021674 - ANDREIA CRISTINA MONTALVAO DA
CUNHA
0041519-18.2013.4.01.3400
201334000090311
Recurso Inominado
Recte : JOSE RODRIGUES FILHO
Advg. : PI00198489 - JOSE DO EGITO FIGUEIREDO BARBOSA
Recdo : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA
Recdo : UNIAO FEDERAL
0041555-60.2013.4.01.3400
201334000090671
Recurso Inominado
Recte : ARMANDO JOSE GOMES FIGUEIREDO
Advg. : PI00198489 - JOSE DO EGITO FIGUEIREDO BARBOSA
Recdo : UNIAO FEDERAL
Recdo : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA
0044222-82.2014.4.01.3400
201434000153395
Recurso Inominado
Recdo : PLINIO DE SOUZA GOMES
Advg. : DF00013398 - VALERIO ALVARENGA MONTEIRO DE
CASTRO
Advg. : DF00023016 - HENRIQUE DE MELLO FRANCO
Recdo : WASHINGTON LUIZ ALVES DA COSTA LIMA
640
Recdo : THEONES ROBERTO LOURENCO JUNIOR
Recdo : JOAQUIM JOSE DOS SANTOS NETO
Recdo : SOLANGE BRAGA DE OLIVEIRA MILHOMEM
Recdo : FRANCISCO CELSO DE LIMA
Recdo : ILDETE DE ALMEIDA BRANCO VERAS
Recdo : DIVALDI MIRANDA NEVES
Recdo : AROLDO SOARES DE MATOS
Recdo : LILIAM OLIVEIRA SANTOS
Recte : DISTRITO FEDERAL*
Advg. : DF00012469 - DEIRDRE DE AQUINO NEIVA CRUZ
Recte : UNIAO FEDERAL
0045573-56.2015.4.01.3400
201534000209452
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Recurso Inominado
Recte : FLAVIO GOMES BORGES
Advg. : DF00040512 - JACINTO DE SOUSA
Advg. : DF00039396 - BRUNO LEONARDO FERREIRA DE
MATOS
Recdo : INCORPORACAO GARDEN LTDA
Advg. : DF00044227 - EDJANICE MARCELINO PEREIRA
Advg. : DF00014294 - CLAUDIO AUGUSTO SAMPAIO PINTO
Advg. : DF00032313 - BRUNO DELA COLETA MACEDO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0065525-84.2016.4.01.3400
201634000626102
Recurso Inominado
Recte : MARISE BERMUDES SOUZA PAVAN
Advg. : DF00018841 - LINO DE CARVALHO CAVALCANTE
Recdo : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0004861-53.2017.4.01.3400
201734000684766
Recurso Inominado
Recdo : ADAO FERREIRA LOPES
Advg. : DF00012284 - FERNANDO FREIRE DIAS
Advg. : DF00056114 - RONISSON COSTA SILVA
Recte : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0008316-89.2018.4.01.3400
201834001007816
Recurso Inominado
Recdo/recte : JOSE ROBERTO DE CARVALHO
Advg. : PB00014285 - CYNTHIA ELIZABETH CABRAL
SANTIAGO
Advg. : PB00008432 - CARMEN RACHEL DANTAS MAYER
Recte/recdo : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0028277-16.2018.4.01.3400
201834001119748
Recurso Inominado
Recdo : ANA CAROLINA LEMOS OLIVEIRA FERREIRA
Advg. : DF00031578 - RODRIGO MARCAL ROCHA
Recte : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0029914-02.2018.4.01.3400
201834001136237
Recurso Inominado
Recdo : ALEXANDRE EDUARDO BORGES
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Recte : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0032313-04.2018.4.01.3400
201834001146361
Recurso Inominado
Recdo : ANDRE GUEDES DE SOUSA
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Recte : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0033231-08.2018.4.01.3400
201834001155690
Recurso Inominado
Recdo : DAVI DE OLIVEIRA BOTELHO
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Recte : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
641
0033234-60.2018.4.01.3400
201834001155727
Recurso Inominado
Recdo : DEBORA SOARES MARQUES XAVIER
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Recte : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0036383-64.2018.4.01.3400
201834001176258
Recurso Inominado
Recdo : ELAINE CRISTINA MARINS AMARAL
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Recte : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
0036471-05.2018.4.01.3400
201834001177188
Recurso Inominado
Recdo : EMISLEI SOARES DE SOUSA
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Recte : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0036710-09.2018.4.01.3400
201834001179671
Recurso Inominado
Recdo : INES MARIA FILIZOLA SALMITO
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Recte : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0036718-83.2018.4.01.3400
201834001179757
Recurso Inominado
Recdo : IVANEIDE FRANCA RIBEIRO
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Recte : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0036739-59.2018.4.01.3400
201834001179970
Recurso Inominado
Recdo : JACIRA DOS SANTOS MOURA
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Recte : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0036915-38.2018.4.01.3400
201834001181873
Recurso Inominado
Recdo : JEOVANA REZENDE DE MORAIS ROSA
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Recte : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0037043-58.2018.4.01.3400
201834001183178
Recurso Inominado
Recdo : LUCAS HENRIQUE DIAS CARRIJO
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Recte : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0037053-05.2018.4.01.3400
201834001183284
Recurso Inominado
Recdo : LUCIANA BERNARDES DE FARIA GUTERRES
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Recte : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0037608-22.2018.4.01.3400
201834001189237
Recurso Inominado
Recdo : PAULA DE CASSIA BENTO LINO
Advg. : DF00055669 - GABRIEL ALVES SOARES
Advg. : DF00052352 - EDUARDO CORSINO DE OLIVEIRA
Recte : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0037706-07.2018.4.01.3400
201834001190214
Recurso Inominado
Recdo : RODRIGO PEREIRA RODRIGUES
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Recte : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
642
0038076-83.2018.4.01.3400
201834001190930
Recurso Inominado
Recdo : SOCORRO PEREIRA DE SANTANA
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Recte : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0041310-73.2018.4.01.3400
201834001219096
Recurso Inominado
Recdo : GEIZA GARCIA LOPES GONZAGA
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Recte : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
0006521-14.2019.4.01.3400
201934001270678
Recurso Inominado
Recdo : HENRIQUE DA CONCEICAO
Advg. : RJ00116636 - LEONARDO DE CARVALHO BARBOZA
Recte : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
Fica a parte autora intimada para, no prazo de 05(cinco) dias, responder aos
embargos de declaração interpostos pela Fazenda Nacional.
643
PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
1ª TR - RELATOR 3 - BRASÍLIA
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Autos com Decisão
0006056-73.2017.4.01.3400
201734000690684
Recurso Inominado
Recdo : CARLINDA GONCALVES DE ALMEIDA ALVES
Advg. : DF00025326 - JOSE ODAR MOURA JUNIOR
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
3ª TR - RELATOR 3 - BRASÍLIA
0020826-37.2018.4.01.3400
201834001067304
Recurso Inominado
Recte : FRANCISCA DE SOUZA LIMA
Advg. : DF00025089 - GILBERTO SIEBRA MONTEIRO
Recdo : UNIAO FEDERAL
DECISÃO
0009534-55.2018.4.01.3400
201834001015145
Recurso Inominado
644
Recte : MARIA DIZANETE DE SOUZA MATIAS
Advg. : DF00020379 - THATYANNA MYCHELLE GOMES DE
CARVALHO
Advg. : DF00052648 - NATANAEL CLEBERSON MONTEIRO RAMOS
Advg. : DF00036650 - MARIA MANUELLA JEHA TERROSO
Recdo : UNIAO FEDERAL
DESPACHO
Vistos etc. Declaro presente a situação contemplada no art. 145, § 1º, do Código de
Processo Civil em vigor. Redistribuam-se os autos na forma regimental. Intimem-se.
0077626-56.2016.4.01.3400
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
201634000672768
Recurso Inominado
Recte : LUIZ DE JESUS BARBOSA
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
Advg. : DF0001640A - SAMIR NACIM FRANCISCO
DESPACHO
Cuida-se de processo no bojo do qual se discute a questão da atualização de saldo
de conta vinculada do FGTS pelo INPC/IPCA.
Assim, tendo em vista que o Ministro Roberto Barroso, do Supremo Tribunal
Federal, determinou a suspensão, até o julgamento do mérito da matéria pelo
Plenário, de todos os processos que tratem da correção dos depósitos vinculados do
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) pela Taxa Referencial (TR), por
meio do deferimento da medica cautelar na ADI 5090, determino o sobrestamento
do presente feito até ulterior deliberação daquele egrégio Tribunal. Publique-se.
Intimem-se.
0044567-77.2016.4.01.3400
201634000526566
Recurso Inominado
Recdo/recte : MARISA GONCALVES MENDES
Advg. : GO00034463 - ROCHAEL VAZ DA SILVA JÚNIOR
Recte/recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0042064-30.2009.4.01.3400
200934009022596
Recurso Inominado
Recdo : FERNANDO CESAR LEONE POTZERNEHIM
Recte : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0048491-62.2017.4.01.3400
201734000911566
Recurso Inominado
Recte : TEOBALDO SOLINO FILHO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0049287-53.2017.4.01.3400
201734000916387
Recurso Inominado
Recte : CEZARIO BEZERRA DE SOUZA
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Autos com Decisão
0050942-65.2014.4.01.3400
201434000183576
Recurso Inominado
Recte : VALDIR FERREIRA BISPO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0050946-05.2014.4.01.3400
201434000183617
Recurso Inominado
Recte : JORGE LUIZ BRONZERI
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0056778-19.2014.4.01.3400
201434000204610
Recurso Inominado
Recdo : REGINA CELIA DA SILVA BAPTISTA
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recte : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0084110-58.2014.4.01.3400
201434000292303
Recurso Inominado
Recte : FRANCISCO PEREIRA
Advg. : DF00030810 - PRISCILA DE ALMEIDA JULIANO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0084120-05.2014.4.01.3400
201434000292406
Recurso Inominado
Recte : LOURDES MARIA NOGUEIRA ALVES
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030810 - PRISCILA DE ALMEIDA JULIANO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0092200-55.2014.4.01.3400
201434000322073
Recurso Inominado
Recte : ELISABETH YARA KONIG
Advg. : DF00020219 - RAPHAEL MESQUITA CARNEIRO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0092228-23.2014.4.01.3400
201434000322354
Recurso Inominado
Recte : SEVERINO LOPES DE FRANCA FILHO
Advg. : DF00020219 - RAPHAEL MESQUITA CARNEIRO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0044874-65.2015.4.01.3400
201534000205424
Recurso Inominado
Recte : HELCIO MARTINS DA SILVA
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
647
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0070246-16.2015.4.01.3400
201534000298270
Recurso Inominado
Recte : JOSE DE LIMA NAZARIO FILHO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0029406-27.2016.4.01.3400
201634000437484
Recurso Inominado
Recte : TANIA MAGDALENA DE OLIVEIRA SANTOS
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0034610-52.2016.4.01.3400
201634000473570
Recurso Inominado
Recte : ELISDAN SILVA BARROS
Advg. : DF00046459 - STEPHANY STASIAK RODRIGUES DE
LIMA MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0035078-16.2016.4.01.3400
201634000476201
Recurso Inominado
Recte : VALERIA GOMES DAS CHAGAS
Advg. : DF00046459 - STEPHANY STASIAK RODRIGUES DE
LIMA MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0038422-05.2016.4.01.3400
201634000494018
Recurso Inominado
Recte : BRUNNA LUIZA FEITOSA FONSECA
Advg. : DF00046459 - STEPHANY STASIAK RODRIGUES DE
LIMA MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0041696-74.2016.4.01.3400
201634000509899
Recurso Inominado
Recte : CLAUDIO SILVEIRA CANDIDO
Advg. : DF00046459 - STEPHANY STASIAK RODRIGUES DE
LIMA MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0042667-59.2016.4.01.3400
201634000515371
Recurso Inominado
Recte : ADRIANA PAULA LINS FERREIRA
Advg. : DF00046459 - STEPHANY STASIAK RODRIGUES DE
LIMA MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0042706-56.2016.4.01.3400
201634000515786
Recurso Inominado
Recte : NOEMIA INOHAN VIEIRA DA CRUZ SANTOS
Advg. : DF00046459 - STEPHANY STASIAK RODRIGUES DE
LIMA MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0048347-25.2016.4.01.3400
201634000544390
Recurso Inominado
Recte : RUSEVANDER LUIZ SANTOS
Advg. : DF00032739 - PAULA CAROLINE REIS MOTA DOS
SANTOS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0022303-32.2017.4.01.3400
201734000755435
Recurso Inominado
Recte : CEZAR ROBERTO GRANADO
648
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0048310-66.2014.4.01.3400
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
201434000168676
Recurso Inominado
Recte : JOAREZ RODRIGUES DE SOUZA
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0050921-89.2014.4.01.3400
201434000183367
Recurso Inominado
Recte : ANTONIO SERGIO DE FREITAS
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030810 - PRISCILA DE ALMEIDA JULIANO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0050928-81.2014.4.01.3400
201434000183439
Recurso Inominado
Recte : EMMANUEL DUQUE DOS SANTOS
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00030810 - PRISCILA DE ALMEIDA JULIANO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0061152-78.2014.4.01.3400
201434000212371
Recurso Inominado
Recte : FRANCISCO DE ASSIS DE BRAGANCA PIMENTEL
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0092214-39.2014.4.01.3400
201434000322217
Recurso Inominado
Recte : IVALDA DE BRITO CAMPOS
Advg. : DF00020219 - RAPHAEL MESQUITA CARNEIRO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0092233-45.2014.4.01.3400
201434000322409
Recurso Inominado
Recte : LUCIRENE PEREIRA JACOBINA
Advg. : DF00020219 - RAPHAEL MESQUITA CARNEIRO
Recte : MAGDA SOARES LEITE
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0035173-46.2016.4.01.3400
201634000477159
Recurso Inominado
Recte : EDILSON CASTRO SANTOS
Advg. : DF00045122 - DIOGO NAVA SILVESTRE
Advg. : DF00016367 - SHAYLA BICALHO FERREIRA
Advg. : DF00050224 - PRISCILLA BICALHO FERREIRA DELFINO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0037471-11.2016.4.01.3400
201634000490439
Recurso Inominado
Recte : SOLANGE MARIA SOARES DE SOUSA
Advg. : DF00046459 - STEPHANY STASIAK RODRIGUES DE
LIMA MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
649
0038449-85.2016.4.01.3400
201634000494292
Recurso Inominado
Recte : MARLINA PIRES MELONIO DA SILVA
Advg. : DF00016367 - SHAYLA BICALHO FERREIRA
Advg. : DF00045122 - DIOGO NAVA SILVESTRE
Advg. : DF00050224 - PRISCILLA BICALHO FERREIRA DELFINO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0058660-45.2016.4.01.3400
201634000598134
Recurso Inominado
Recte : FRANCISCO SOARES DE SILVA
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Advg. : DF00054009 - KEITTY LORRANE ALVES DA SILVA
Advg. : DF00042784 - BRUNO MOREIRA DE BRITO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0025513-57.2018.4.01.3400
201834001104320
Recurso Inominado
Recte : HAROLDO SABINO MOREIRA
Advg. : DF00011746 - GENESCO RESENDE SANTIAGO
Advg. : DF00011056 - REGIS CAJATY BARBOSA BRAGA
Advg. : PB00015262 - VICTOR BRUNO ROCHA ARAUJO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
Advg. : DF00020885 - WELISANGELA CARDOSO MENEZES
0027454-42.2018.4.01.3400
201834001116516
Recurso Inominado
Recte : LILIANA SALES MARTINS
Advg. : DF00034056 - FERNANDA REBELO ALVES FERREIRA
Advg. : DF00058514 - IZABELLA DE OLIVEIRA DE ALMEIDA
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0001657-30.2019.4.01.3400
201934001236960
Recurso Inominado
Recte : IDELFONSO LINO DE SOUSA
Advg. : DF00026547 - ROBERTO ARRUDA DA TRINDADE
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
Advg. : DF00010482 - ISABELLA GOMES MACHADO
0008577-20.2019.4.01.3400
201934001281341
Recurso Inominado
Recte : BIRATAN SANTOS DE AZEVEDO
Advg. : DF00040007 - VALÉRIA NUNES GUIMARAES
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
Advg. : DF0001640A - SAMIR NACIM FRANCISCO
0020436-33.2019.4.01.3400
201934001366588
Recurso Inominado
Recte : ARNALDO CORREA DE OLIVEIRA
Advg. : DF00055989 - JOAO PAULO RODRIGUES RIBEIRO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
Advg. : DF0001640A - SAMIR NACIM FRANCISCO
0020730-85.2019.4.01.3400
201934001369552
Recurso Inominado
Recte : CARLOS BORBA
Advg. : DF00055989 - JOAO PAULO RODRIGUES RIBEIRO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
Advg. : DF0001640A - SAMIR NACIM FRANCISCO
0022810-22.2019.4.01.3400
201934001385588
Recurso Inominado
Recte : JOSE ALCIDES DE SOUZA
Advg. : DF00035320 - REBECCA SALIBA NASCIMENTO
VALENTE
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
Advg. : DF0001640A - SAMIR NACIM FRANCISCO
650
0023864-23.2019.4.01.3400
201934001396296
Recurso Inominado
Recte : ANTONIA CARLA LIMA DE FREITAS
Advg. : DF00055989 - JOAO PAULO RODRIGUES RIBEIRO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
sobrevenha decisão final quanto ao objeto discutido no recurso.
Publique-se. Intimem-se.
0011990-46.2016.4.01.3400
201634000359535
Recurso Inominado
Recdo/recte : CARLOS ROBERTO DOS SANTOS
Advg. : DF00016858 - NILTON LAFUENTE
Advg. : DF00028261 - LUCIANE BORGES MARTINS BUENO
Recte/recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0003981-27.2018.4.01.3400
201834000983614
Recurso Inominado
Recte : ORLANDO FRANCISCO DA SILVA
Advg. : DF00044097 - ADRIANO DIAS MOREIRA
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0005217-14.2018.4.01.3400
201834000993650
Recurso Inominado
Recdo : OSVALDO ANDRE DE SOUZA
Advg. : DF00051917 - ADRIANO GOMES PINTO DA SILVA
Advg. : DF00055139 - ADELSON JUNIOR DE SOUZA CAMARA
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0016817-32.2018.4.01.3400
201834001050674
Recurso Inominado
Recdo : JOVANDO GABRIEL DA CRUZ
Advg. : DF00022393 - WANESSA ALDRIGUES CANDIDO
Advg. : DF00052380 - LARYSSA DIAS REGO
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
Publique-se. Intimem-se.
651
PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
1ª TR - RELATOR 1 - BRASÍLIA
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
No(s) processo(s) abaixo relacionado(s) :
0028077-77.2016.4.01.3400
201634000428111
Recurso Inominado
Recte : IRACI DOMINGOS DOS SANTOS
Advg. : DF00044544 - JESILENE RODRIGUES DE LIMA MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0023494-78.2018.4.01.3400
201834001091310
Recurso Inominado
Recdo : MARIA ARAUJO PEREIRA
Advg. : DF00035029 - FABIO CORREA RIBEIRO
Advg. : DF00050512 - MARCUS VINICIUS DE SOUZA MORAIS
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
DESPACHO
Tendo em vista que sentenciei o processo em tela em primeiro grau de jurisdição, DECLARO-ME IMPEDIDO para atuar no
presente feito, o qual deverá ser redistribuído, mediante compensação, nos termos do art. 144, inciso II, do CPC/2015 e do art.
57 do Regimento Interno das Turmas Recursais.
Publique-se. Intimem-se.
0050941-80.2014.4.01.3400
201434000183562
Recurso Inominado
Recte : JOSE RODARTI DA COSTA BARROS
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0049508-36.2017.4.01.3400
201734000918096
Recurso Inominado
Recte : CONCEICAO DE MARIA BUTHEM BARBOSA LAMAR
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
DESPACHO
Tendo em vista que sentenciei o processo em tela em primeiro grau de jurisdição, DECLARO-ME IMPEDIDO para atuar no
652
presente feito, o qual deverá ser redistribuído, mediante compensação, nos termos do art. 144, inciso II, do CPC/2015 e do art.
57 do Regimento Interno das Turmas Recursais.
Publique-se. Intimem-se.
0048068-15.2011.4.01.3400
201134009285198
Recurso Inominado
Recte : HILTON JOSE LANA
Advg. : DF00020833 - FABIO DE SOUZA LEME
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0068546-39.2014.4.01.3400
201434000244573
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Recurso Inominado
Recdo/recte : JOSE GOMES BATISTA DE SOUZA
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recte/recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0024385-07.2015.4.01.3400
201534000100827
Recurso Inominado
Recdo/recte : DEUSDETH CARVALHO LIMA
Advg. : DF00024482 - LORENA RESENDE DE OLIVEIRA LORENTZ
Recte/recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0031480-54.2016.4.01.3400
201634000452682
Recurso Inominado
Recte : JOSE DIOGO MAGALHAES DE SOUZA
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : UNIAO FEDERAL
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0042705-71.2016.4.01.3400
201634000515772
Recurso Inominado
Recte : CLEIDE DE ALENCAR ALVES
Advg. : DF00046459 - STEPHANY STASIAK RODRIGUES DE LIMA MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0012795-62.2017.4.01.3400
201734000721048
Recurso Inominado
Recte : JOSE CANDIDO VIEIRA
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0026976-68.2017.4.01.3400
201734000786279
Recurso Inominado
Recte : JOAO FERNANDES FILHO
Advg. : DF00046517 - RUBENS FERNANDES GOMES
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0028687-11.2017.4.01.3400
201734000795665
Recurso Inominado
Recte : MARCOS ANTONIO DE BRITO COSTA
Advg. : DF00046517 - RUBENS FERNANDES GOMES
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0043138-41.2017.4.01.3400
201734000880914
Recurso Inominado
Recte : NEUZA MARIA DE ALCANTARA
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0043140-11.2017.4.01.3400
201734000880931
Recurso Inominado
653
Recte : MARIA JOSE DA SILVA MOREIRA
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0024020-11.2019.4.01.3400
201934001397863
Recurso Inominado
Recte : ELIAS DA SILVA BATISTA
Advg. : DF00035320 - REBECCA SALIBA NASCIMENTO VALENTE
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
Advg. : DF0001640A - SAMIR NACIM FRANCISCO
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Assim, determino o SOBRESTAMENTO do presente feito até ulterior deliberação do STF.
Publique-se. Intimem-se.
0008459-44.2019.4.01.3400
201934001280144
Recurso Inominado
Recte : POLLYANNA MACEDO DE MATOS MONTEIRO
Advg. : DF00035626 - RONALDO LUIZ DA SILVA
Recdo : POLICIA MILITAR DO DISTRITO FEDERAL
Recdo : UNIAO FEDERAL
Intime-se a parte autora, ora recorrente, para proceder ao pagamento em dobro do preparo do recurso inominado no prazo de
05 (cinco) dias, sob pena de deserção.
5) Publique-se. Intimem-se.
0032344-24.2018.4.01.3400
201834001146673
Recurso Inominado
Recte : ANDREIA AMORIM DE SOUSA
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Recdo : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
DESPACHO
Tendo em vista que houve pedido de Justiça Gratuita em sede de Recurso Inominado, intime-se a parte autora para o fim de
juntar aos autos Declaração de Hipossuficiência e os três últimos contracheques, no prazo de 10 (dez) dias, sob pena de
indeferimento do pedido e deserção do recurso.
Publique-se. Intimem-se.
0064376-87.2015.4.01.3400
201534000275897
Recurso Inominado
Recte : CLOVIS MARQUES DOURADO
Advg. : DF00013372 - ERYKA FARIAS DE NEGRI
Advg. : DF00040672 - RENATO RIBEIRO DE OLIVEIRA
Advg. : DF00049007 - MARGARA BEZERRA DO NASCIMENTO
Recte : ZENILSON GOUVEIA LINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0021476-50.2019.4.01.3400
201934001375083
Recurso Inominado
Recte : SEVERINO ALVES
Advg. : DF00018565 - TATIANA FREIRE ALVES MAESTRI
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
Advg. : DF0001640A - SAMIR NACIM FRANCISCO
Publique-se. Intimem-se.
0000001-38.2019.4.01.3400
201934001226612
Recurso Inominado
Recte : KATIANA GERMANIA PEREIRA GOMES
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Recdo : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
DESPACHO
Tendo em vista que houve pedido de Justiça Gratuita em sede de Recurso Inominado, intime-se a parte autora para o fim de
juntar aos autos Declaração de Hipossuficiência firmada de próprio punho e os três últimos contracheques, no prazo de 10
(dez) dias, sob pena de indeferimento do pedido e deserção do recurso.
Publique-se. Intimem-se.
0049502-97.2015.4.01.3400
201534000221374
Recurso Inominado
Recdo : MANOEL FRANCISCO DE CARVALHO NETO
Advg. : DF00040512 - JACINTO DE SOUSA
Advg. : DF00039396 - BRUNO LEONARDO FERREIRA DE MATOS
Recte : INCORPORACAO GARDEN LTDA
Advg. : DF00032466 - RHANY VICTOR BACELAR WAGNER
Advg. : DF00044227 - EDJANICE MARCELINO PEREIRA
Recte : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
Recte : INCORPORACAO GARDEN LTDA
Advg. : DF00014294 - CLAUDIO AUGUSTO SAMPAIO PINTO
Advg. : DF00032313 - BRUNO DELA COLETA MACEDO
Assim, determino o SOBRESTAMENTO do presente feito pelo prazo de 180 (cento e oitenta) dias corridos, nos termos do
AgInt no REsp nº. 1774998/MG (julgado aos 19/09/2019).
0064937-77.2016.4.01.3400
201634000625220
Recurso Inominado
Recte : SAULO DINIZ LISBOA
Advg. : DF00034163 - FABIO FONTES ESTILLAC GOMEZ
Recdo : UNIAO FEDERAL
DESPACHO
Tendo em vista que, por duas vezes (conforme petições registradas aos 23/07/2019 e 27/09/2019), a parte autora afirma que o
feito perdeu seu objeto em virtude do reconhecimento administrativo de sua pretensão, sem todavia demonstrar tal alegação, já
que não há nos autos documentos comprobatórios de tal fato, intime-se novamente a parte autora para que, no prazo de 10
(dez) dias, promova a juntada do documento comprobatório da satisfação de sua pretensão em sede administrativa, sob pena
de condenação nas penas da litigância de má-fé.
Publique-se. Intimem-se.
0006931-43.2017.4.01.3400
201734000694500
Recurso Inominado
655
Recte : MARIA DIONNE DE ARAUJO FELIPE
Advg. : DF00008060 - AUGUSTO CESAR DE LIMA SANTOS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
Em face do exposto, JULGO EXTINTO o feito, com fundamento no art. 487, inciso III, alínea "c", do CPC/2015 (renúncia à
pretensão formulada na ação), ficando prejudicada a análise do recurso interposto pela parte autora.
Publique-se. Intimem-se.
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
No(s) processo(s) abaixo relacionado(s) :
497-95.2019.4.01.9340
MANDADO DE SEGURANÇA CIVEL/TR
Recte : ATAIDE FRANCISCO DE OLIVEIRA
Advg. : DF 59.159 – JOSE SEBASTIÃO DE OLIVEIRA
Recdo : JUIZO DA 25ª VARA FEDERAL/JEF
Terceiro interessado : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS
“Em face do exposto, NEGO SEGUIMENTO AO MANDADO DE SEGURANÇA , E, POR CONSEGUINTE, INDEFIRO A
INICIAL com fundamento nos arts 485, I, e 932, III e IV, “a” do CPC/2015, e no art.10 da Lei 12.016/2009 (Lei do Mandado de
Segurança)”
0045123-79.2016.4.01.3400
201634000532141
Recurso Inominado
Recdo : MARIA DE FATIMA DA SILVA BARBOSA
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
Em face do exposto, INDEFIRO o pedido de intimação do INSS, haja vista que não restou comprovado o cumprimento da
determinação de regularização do mandato da representante legal da parte autora.
0026612-62.2018.4.01.3400
201834001111431
Recurso Inominado
Recte : ALIOMAR NERI TEIXEIRA FILHO
Advg. : DF00042511 - KATIUSCIA PEREIRA DE ALVIM
Recdo : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
0042096-20.2018.4.01.3400
201834001224187
Recurso Inominado
Recte : MARCO AURELIO RODRIGUES CASADO
Advg. : RJ00116636 - LEONARDO DE CARVALHO BARBOZA
Recdo : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
2) Nos termos do art. 1.007, § 4º., do CPC/2015, "... o recorrente que não comprovar, no ato de interposição do recurso, o
recolhimento do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, será intimado, na pessoa de seu advogado, para realizar o
recolhimento em dobro, sob pena de deserção".
3) Assim, tendo em vista que a parte autora não requereu assistência judiciária gratuita na petição inicial, deveria ter
comprovado o pagamento do preparo.
656
4) Intime-se a parte autora, ora recorrente, para proceder ao pagamento em dobro do preparo do recurso inominado no prazo
de 05 (cinco) dias, sob pena de deserção.
5) Publique-se. Intimem-se.
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657
PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
1ª TR - RELATOR 2 - BRASÍLIA
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
No(s) processo(s) abaixo relacionado(s) :
0019470-41.2017.4.01.3400
201734000743684
Recurso Inominado
Recdo : MARIA IRENICE SILVA FREITAS
Advg. : DF00051917 - ADRIANO GOMES PINTO DA SILVA
Advg. : DF00055139 - ADELSON JUNIOR DE SOUZA CAMARA
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0052231-62.2016.4.01.3400
201634000564045
Recurso Inominado
Recdo : LILIAN MARLY CAMPOS CALDAS
Advg. : DF00020379 - THATYANNA MYCHELLE GOMES DE
CARVALHO
Advg. : DF00036650 - MARIA MANUELLA JEHA TERROSO
Advg. : DF00052648 - NATANAEL CLEBERSON MONTEIRO
RAMOS
Recte : UNIAO FEDERAL
0071414-19.2016.4.01.3400
201634000643959
Recurso Inominado
Recdo : JOSE DELCIDE EVANGELISTA MARTISN
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0064825-45.2015.4.01.3400
201534000277263
Recurso Inominado
Recdo : LOURIVAL CLAUDIO DA SILVA
Advg. : DF00035029 - FABIO CORREA RIBEIRO
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0021326-06.2018.4.01.3400
201834001072337
Recurso Inominado
Recte : CARLOS ALBERTO QUARESMA LOPES
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Recdo : UNIAO FEDERAL
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
0029222-03.2018.4.01.3400
201834001129317
Recurso Inominado
Recte : ANITTO INACIO DA SILVA
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Recdo : UNIAO FEDERAL
0064261-66.2015.4.01.3400
201534000274727
Recurso Inominado
Recdo : FRANCISCO DA ROCHA FIGUEREDO
Advg. : DF00037072 - MARIA DORCILIA LIRA MOREIRA
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0014553-13.2016.4.01.3400
201634000372356
Recurso Inominado
Recdo/recte : LUIZ GONZAGA OLIVEIRA ARAGAO
Advg. : DF00022810 - DENISE MAGALHAES DA SILVA QUIRINO
Advg. : DF00077777 - NPJ DA UNIVERSIDADE CATOLICA DE
BRASILIA - UCB
Recte/recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0054625-08.2017.4.01.3400
201734000947734
Recurso Inominado
Recdo : RAFAEL BORGES LEAL DA SILVA
Advg. : DF00044469 - MAYRA COSMO DA SILVA
Advg. : DF00055146 - BRUNO SANTOS SILVA
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0009389-96.2018.4.01.3400
201834001013680
Recurso Inominado
Recdo/recte : DEODATO MARINHO DE MIRANDA
Advg. : DF00028261 - LUCIANE BORGES MARTINS BUENO
Advg. : DF00028679 - TEREZINHA BORGES KARLSON
Recte/recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0022039-78.2018.4.01.3400
201834001079254
Recurso Inominado
Recdo : VALTER JOSE DE MESQUITA
Advg. : DF00028261 - LUCIANE BORGES MARTINS BUENO
Advg. : DF00028679 - TEREZINHA BORGES KARLSON
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
660
PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
3ª TR - RELATOR 2 - BRASÍLIA
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
No(s) processo(s) abaixo relacionado(s) :
0027134-89.2018.4.01.3400
201834001113702
Recurso Inominado
Recte : EISANGELA GORDIANO SILVA WALNERES
Advg. : DF00026547 - ROBERTO ARRUDA DA TRINDADE
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
0063738-98.2008.4.01.3400
200834009230104
Recurso Inominado
Recdo : YOSHIO ANNO
Advg. : PR00015789 - MARIO CAMPOS DE OLIVEIRA JUNIOR
Recte : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
Advg. : MG00094799 - LUCIANO CAIXETA AMANCIO
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Diário Eletrônico da Justiça Federal da 1ª Região - eDJF1
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Expediente do dia 06 de Novembro de 2019
0018561-96.2017.4.01.3400
201734000738158
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : ADAILTON MOREIRA MENDES
Advg. : DF00020017 - LISANGELA DE MACEDO REIS MOREIRA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0030969-22.2017.4.01.3400
201734000810164
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : MARIA APARECIDA GOMES
Advg. : DF00022388 - TERESA CRISTINA SOUSA FERNANDES
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
Invent. : RODRIGO GOMES
0017797-76.2018.4.01.3400
201834001052650
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : ATILIO FERREIRA SOARES
Advg. : DF00016107 - THIAGO MEIRELLES PATTI
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0020535-37.2018.4.01.3400
201834001064309
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : ENEMITA ALVES DE ARAUJO GUIMARAES
Advg. : DF00030525 - GILBERTO CONCEICAO DO AMARAL
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0023826-45.2018.4.01.3400
201834001094154
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : LAURIENE DA SILVA DOS SANTOS
Advg. : DF00021547 - ANTONIO FRANCISCO VIERA DA SILVA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0032379-81.2018.4.01.3400
201834001147079
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : JOSE AUCELIO VALIM
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Advg. : DF00030848 - KAUE DE BARROS MACHADO
Reu : FAZENDA NACIONAL
0037033-14.2018.4.01.3400
201834001183075
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : TIAGO XAVIER DE SOUZA
663
Advg. : DF00048463 - VALMIR RIBEIRO DE SANTANA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0037047-95.2018.4.01.3400
201834001183222
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : HUMBERTO ALEX DE OLIVEIRA
Advg. : DF00034020 - ADEILSON ALVES DOS SANTOS
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0038081-08.2018.4.01.3400
201834001190989
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Autor : GILVAN VIEIRA DA SILVA
Advg. : DF00024298 - LEANDRO MADUREIRA SILVA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0040078-26.2018.4.01.3400
201834001206367
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : ELOISA MARIA DA CONCEICAO
Advg. : DF00016831 - MARTEVAL ALVES RIBEIRO
Advg. : DF00047298 - BIANCA CIRIACO RIBEIRO
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0000024-81.2019.4.01.3400
201934001226849
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : JOSEFA RITA DE ALMEIDA
Advg. : DF00049969 - JAIRO CARDOSO DE BRITO FILHO
Advg. : DF00032246 - FERNANDO JOSE FEROLDI GONCALVES
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0000667-39.2019.4.01.3400
201934001228839
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : MARINEZ ARAUJO DA SILVA
Advg. : DF00041810 - BEATRIZ PEREIRA CARVALHO
Advg. : DF00027907 - ADAO RONILDO ALVES
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0002279-12.2019.4.01.3400
201934001241245
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : ANA MARIA CARLOS RODRIGUES
Advg. : DF00027236 - BRUNO ULISSES DA SILVA CARNEIRO
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0002992-84.2019.4.01.3400
201934001245403
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : VALDINEIDE FELIX DOS SANTOS
Advg. : DF00032246 - FERNANDO JOSE FEROLDI GONCALVES
Advg. : DF00049969 - JAIRO CARDOSO DE BRITO FILHO
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0003083-77.2019.4.01.3400
201934001246333
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : JOSE ALBERTO SILVA DE SOUSA
Advg. : DF00040587 - PATRICIA SILVA PRATA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0004142-03.2019.4.01.3400
201934001254170
Cível / Previdenciário / Outros / Jef
Autor : SANDRA MARIA DE PAULA
Advg. : DF00015665 - MONICA ARANTES SILVA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0006672-77.2019.4.01.3400
201934001272205
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : CANDIDA DE OLIVEIRA BRAGA
Advg. : DF00034966 - ALEANDRO SOARES FERNANDES DE SOUSA REIS
664
Advg. : DF00026064 - ROMULO GONCALVES DE LIMA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0007752-76.2019.4.01.3400
201934001276069
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : LOIDE SOUSA LIMA
Advg. : DF00058845 - GABRIELLA LEONEL DE SOUZA VENANCIO
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0007819-41.2019.4.01.3400
201934001276737
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Autor : WAGNER ALVES DA SILVA
Advg. : DF00022985 - ADRIANA RICARDO LEONARDE AGUIAR
Advg. : DF00033453 - FABIANA DA SILVA NERY
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0008317-40.2019.4.01.3400
201934001278713
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : FRANCISCO HENRIQUE PEREIRA SILVA
Advg. : DF00041409 - EDINAURA ABADIA RODRIGUES CARDOSO MATOS
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0009716-07.2019.4.01.3400
201934001286193
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : DENNES MESSIAS MELO DA SILVA
Advg. : DF00030525 - GILBERTO CONCEICAO DO AMARAL
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0009828-73.2019.4.01.3400
201934001287325
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : GESON MAGALHAES
Advg. : SP00185583 - ALEX SANDRO DE OLIVEIRA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0011865-73.2019.4.01.3400
201934001302359
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : MARCO AURELIO DE SOUZA
Advg. : DF00041928 - GRAZIELE DA SILVA DA PALMAS LOPES
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0012340-29.2019.4.01.3400
201934001304112
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : ALUIZIO JOAO DA SILVA
Advg. : DF00030525 - GILBERTO CONCEICAO DO AMARAL
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0012685-92.2019.4.01.3400
201934001307584
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : JULIANA ALVES ANSELMO
Advg. : DF00040484 - SHIRLEY ALVES DANTAS
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0013761-54.2019.4.01.3400
201934001318871
Cível / Previdenciário / Outros / Jef
Autor : EDLEUDA DO NASCIMENTO LIMA
Advg. : DF00031636 - JOSE PEREIRA FILHO
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0013807-43.2019.4.01.3400
201934001319335
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : CROMAR LOPES DOS SANTOS
Advg. : DF00053290 - ADERVAL CARLOS DE ANDRADE
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0014462-15.2019.4.01.3400
665
201934001322960
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : MARIA APARECIDA PINTO
Advg. : DF00026937 - LIVIA CARVALHO GOUVEIA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0014719-40.2019.4.01.3400
201934001325610
Cível / Tributário / Jef
Autor : MARIA DE FATIMA PONCE DE SOUSA
Advg. : DF00006702 - MARILIA CARLOS DOS SANTOS GARCIA LEAO
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
0014817-25.2019.4.01.3400
201934001326611
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : FRANCISCO ANTONIO RODRIGUES SILVA
Advg. : DF00048188 - FRANCISCO SILVA DE SOUZA
Advg. : DF00041138 - LEANDRO DE SOUZA FEITOSA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0015197-48.2019.4.01.3400
201934001330447
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : OSMARINO CARDOSO DA SILVA
Advg. : DF00033070 - ADELSON ATAIDES DE OLIVEIRA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0015346-44.2019.4.01.3400
201934001331942
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : MARIA DAS DORES PIRES MACIEL
Advg. : DF00030525 - GILBERTO CONCEICAO DO AMARAL
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0015812-38.2019.4.01.3400
201934001335309
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : JOAO ALEXANDRE DO CARMO
Advg. : DF00030525 - GILBERTO CONCEICAO DO AMARAL
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0017787-95.2019.4.01.3400
201934001347615
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : MARCIO CAIXETA ROCHA
Advg. : DF00041423 - GABRIELA CHAVES DE CASTRO
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0018296-26.2019.4.01.3400
201934001352812
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : IEDA FERNANDES SANTOS
Advg. : DF00023338 - ALINE SILVA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0018478-12.2019.4.01.3400
201934001354761
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : LETICIA KATHLEEN ARAUJO BARBOSA
Advg. : DF00056878 - SUELLEN PEREIRA COSMO
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0019788-53.2019.4.01.3400
201934001364063
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : ORLANDO FRANCISCO DE SOUZA BORGES
Advg. : DF00058456 - FELIPE DOUGLAS MOREIRA CARVALHO
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0020392-14.2019.4.01.3400
201934001366142
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : PRESILINA RODRIGUES VIANA ANDRADE
Advg. : DF00040484 - SHIRLEY ALVES DANTAS
666
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0021789-11.2019.4.01.3400
201934001378240
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : ALESSANDRA PEREIRA TAVARES
Advg. : DF00025325 - JOAO BATISTA MENEZES LIMA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0022481-10.2019.4.01.3400
201934001382222
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : GLADSON GOMES DE ARAUJO MIRANDA
Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Advg. : DF00047939 - DAIANE FERREIRA DE OLIVEIRA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0022811-07.2019.4.01.3400
201934001385591
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : JOSEFA JOAQUINA FIALHO BRITO
Advg. : DF00059104 - ANTONIO CARLOS GONCALVES PEREIRA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0023003-37.2019.4.01.3400
201934001387520
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : CLORINDA MARIA CANHIZARES RODRIGUES
Advg. : DF00048441 - ROCHELE KOENIGKAN PEIXOTO
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0024834-23.2019.4.01.3400
201934001402478
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : CLAUDIO SANTOS SILVA
Advg. : DF00034475 - CELSO DANIEL LELIS VIEIRA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0025356-50.2019.4.01.3400
201934001407878
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : CLEMILTON COSTA DE SOUSA
Advg. : DF00025816 - RODRIGO FRATTARI GOMES SILVA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
0030921-92.2019.4.01.3400
201934001454699
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : REGINA CELIA FEIJAO
Advg. : DF00060782 - JOSÉ CARLOS DE MOURA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
" INTIME-SE A PARTE AUTORA PARA TER VISTA DE LAUDO, ESCLARECIMENTO DE LAUDO E/OU PROPOSTA DE
ACORDO. PRAZO: VIDE DECISÃO."