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Diário Eletrônico da Justiça Federal da 1ª Região - eDJF1

Seção Judiciária do Distrito Federal


Lei 13.105, de 16 de março de 2015. Art. 224 Salvo disposição em contrário, os prazos serão contados excluindo o dia do começo e incluindo o dia do vencimento.
§ 1º Os dias do começo e do vencimento do prazo serão protraídos para o primeiro dia útil seguinte, se coincidirem com dia em que o expediente
forense for encerrado antes ou iniciado depois da hora normal ou houver indisponibilidade da comunicação eletrônica.
§ 2º Considera-se como data de publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico.
§ 3º A contagem do prazo terá início no primeiro dia útil que seguir ao da publicação.

e-DJF1 Ano XI / N. 210 Caderno Judicial Disponibilização: 07/11/2019

Presidente
CARLOS EDUARDO MOREIRA ALVES
Vice-Presidente
KASSIO NUNES MARQUES
Corregedor Regional
MARIA DO CARMO CARDOSO
Desembargadores
Jirair Aram Meguerian Mônica Sifuentes
Olindo Menezes Néviton Guedes
Mário César Ribeiro Novély Vilanova
Cândido Ribeiro Ney Bello
Hilton Queiroz Marcos Augusto de Sousa
I'talo Mendes João Luiz de Souza
José Amilcar Machado Gilda Sigmaringa Seixas
Daniel Paes Ribeiro Jamil de Jesus Oliveira
João Batista Moreira Hercules Fajoses
Souza Prudente Carlos Pires Brandão
Francisco de Assis Betti Francisco Neves da Cunha
Ângela Catão Daniele Maranhão Costa
Wilson Alves de Souza

Diretor-Geral
Carlos Frederico Maia Bezerra

Edifício Sede I: Praça dos Tribunais Superiores, Bloco A


CEP 70070-900 Brasília/DF - PABX: (61) 3314-5225 - Ouvidoria (61) 3314-5855
www.trf1.jus.br
Carlos Alberto de Brito Paulino Nunes:788893751
CN=Carlos Alberto de Brito Paulino
ASSINATURA DIGITAL Nunes:788893751, OU=Servidor, OU=Tribunal
Regional Federal da 1a Regiao-TRF1, OU=Cert-
JUS Institucional - A3, OU=Autoridade
Certificadora da Justica - AC-JUS, O=ICP-Brasil,
C=BR
07.11.2019 06:59
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Sumário

Unidade Pág.
1ª Vara Cível - SJDF 3
3ª Vara Cível - SJDF 17
6ª Vara Cível - SJDF 22
7ª Vara Cível - SJDF 25
10ª Vara Criminal - SJDF 29
13ª Vara Cível - SJDF 32
14ª Vara Cível - SJDF 61
15ª Vara Cível - SJDF 87
16ª Vara Cível - SJDF 91
18ª Vara de Execução Fiscal - SJDF 94
19ª Vara de Execução Fiscal - SJDF 103
23ª Vara JEF - SJDF 105
25ª Vara JEF - SJDF 120
Turma Recursal - SJDF 126
NUCOD - Núcleo de Apoio à Coordenação dos JEFs - SJDF 661
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Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Diário Eletrônico da Justiça Federal da 1ª Região - eDJF1

Seção Judiciária do Distrito Federal


Lei 13.105, de 16 de março de 2015. Art. 224 Salvo disposição em contrário, os prazos serão contados excluindo o dia do começo e incluindo o dia do vencimento.
§ 1º Os dias do começo e do vencimento do prazo serão protraídos para o primeiro dia útil seguinte, se coincidirem com dia em que o expediente
forense for encerrado antes ou iniciado depois da hora normal ou houver indisponibilidade da comunicação eletrônica.
§ 2º Considera-se como data de publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico.
§ 3º A contagem do prazo terá início no primeiro dia útil que seguir ao da publicação.

e-DJF1 Ano XI / N. 210 Caderno Judicial Disponibilização: 07/11/2019

1ª Vara Cível - SJDF


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PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL-1ª VARA - BRASÍLIA

Juiza Titular : DRA. SOLANGE SALGADO DA SILVA


Juiz Substit. : DR. MARCELO GENTIL MONTEIRO
Dir. Secret. : SIMONE HAMMES AGNES

EXPEDIENTE DO DIA 06 DE NOVEMBRO DE 2019

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Atos da Exma. : DRA. SOLANGE SALGADO DA SILVA

AUTOS COM SENTENÇA

No(s) processo(s) abaixo relacionado(s)

Numeração única: 73576-89.2013.4.01.3400


73576-89.2013.4.01.3400 AÇÃO ORDINÁRIA / SERVIÇOS PÚBLICOS

AUTOR : JOAO DOMINGOS DEL PIERO E OUTROS


ADVOGADO : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
REU : UNIAO FEDERAL

A Exma. Sra. Juiza exarou :


Destarte, CONHEÇO dos embargos de declaração de fls. 259/261 e, no mérito, ante a ausência de quaisquer das hipóteses
previstas nos incisos I, II e III do artigo 1.022 do Código de Processo Civil (Lei 13.105/2015), NEGO-LHES PROVIMENTO.

Numeração única: 36304-56.2016.4.01.3400


36304-56.2016.4.01.3400 AÇÃO ORDINÁRIA / PREVIDENCIÁRIA / CONCESSÃO DE BENEFÍCIO

AUTOR : CATARINA CUNHA DE MORAIS


ADVOGADO : DF00045144 - IZELENA ANDRADE MONTEIRO DE AQUINO
REU : INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZACAO E REFORMA AGRARIA INCRA

A Exma. Sra. Juiza exarou :


Destarte, ante a ausência de quaisquer das hipóteses previstas nos incisos I, II e III do artigo 1.022 do Novo Código de
Processo Civil, NEGO PROVIMENTO aos embargos opostos.

Numeração única: 7738-63.2017.4.01.3400


7738-63.2017.4.01.3400 AÇÃO ORDINÁRIA / SERVIÇOS PÚBLICOS

AUTOR : JOSE MAURICIO FARIA E OUTROS


ADVOGADO : DF00011555 - IBANEIS ROCHA BARROS JUNIOR
REU : UNIAO FEDERAL

A Exma. Sra. Juiza exarou :


Destarte, ante a ausência de quaisquer das hipóteses previstas nos incisos I, II e III do artigo 1.022 do Novo Código de
Processo Civil, NEGO PROVIMENTO aos embargos opostos.

Numeração única: 68951-41.2015.4.01.3400


68951-41.2015.4.01.3400 EMBARGOS À EXECUÇÃO

EMBTE : UNIAO FEDERAL


EMBDO : DELCI CANDIDO DE SA
ADVOGADO : MS00009059 - HEITOR MIRANDA GUIMARAES
ADVOGADO : MS00018535 - DELCI CANDIDO DE SA

A Exma. Sra. Juiza exarou :


Ante o exposto, acolho a questão prejudicial de prescrição da pretensão executória da Ação de Execução nº 58679-
85.2015.4.01.3400 e, consequentemente, JULGO PROCEDENTES os presentes embargos à execução, com fulcro no art. 487,
II, art. 535, II, ambos do Novo CPC , e Enunciado n.º 150 da Súmula da jurisprudência dominante do STF...

Numeração única: 27946-10.2013.4.01.3400


27946-10.2013.4.01.3400 AÇÃO ORDINÁRIA / SERVIÇOS PÚBLICOS

AUTOR : LEONARDO SANTOS DE SOUSA


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ADVOGADO : DF00029521 - RAQUEL REGINA BARBOSA
ADVOGADO : DF00024467 - ELEN CARINA DE CAMPOS
ADVOGADO : MG00131587 - ANDRESSA SUEMY HONJOYA
REU : UNIAO FEDERAL

A Exma. Sra. Juiza exarou :


...Ante o exposto, HOMOLOGO a renúncia à pretensão formulada nesta ação e, por consequência, DECLARO EXTINTO o
processo, COM resolução de mérito, nos termos do artigo 487, inciso III, alínea "c", do Novo CPC .

Numeração única: 65754-78.2015.4.01.3400


65754-78.2015.4.01.3400 AÇÃO ORDINÁRIA / OUTRAS

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
AUTOR : CELG GERACAO E TRANSMISSAO S/A
ADVOGADO : GO00039617 - ANA CARLA VAZ PORTO
ADVOGADO : GO00024131 - CID PADUA AGUIRRE
ADVOGADO : GO00031725 - DANIEL VINICIOS NUNES VIEIRA
ADVOGADO : GO00034869 - MICHELLE NUNES SILVA
ADVOGADO : GO00036850 - RAPHAEL SILVEIRA BARROS
REU : CAMARA DE COMERCIALIZACAO DE ENERGIA ELETRICA CCEE
ADVOGADO : DF00026638 - HALISSON ADRIANO COSTA
ADVOGADO : DF00043243 - MARCELO BRAZ FONSECA

A Exma. Sra. Juiza exarou :


Ante o exposto:
A) Configurada a litispendência e nos termos da fundamentação supra, extingo o processo sem resolução de mérito, na forma
do artigo 485, inciso V, e § 3º, do Novo Código de Processo Civil (Lei 13.105/15). Consequentemente, REVOGO a decisão de
fls. 515/562, com efeitos ex tunc, notadamente pela gravidade da conduta / litigância de má-fé da parte autora acima
caracterizada.
B) Configurada a litigância de má-fé (art. 80, inciso V, CPC), e com supedâneo no art. 81 do CPC , condeno, de ofício, a parte
autora ao:
B.1) Pagamento de multa equivalente a 9 (nove) salários-mínimos (art. 81, § 2º, CPC), montante pecuniário que será revertido
em favor da União (art. 96 do Novo CPC ); e
B.2) Ressarcimento dos prejuízos que a CCEE sofreu e a arcar com todas as despesas que efetuou, cujo quantum debeatur
será apurado em liquidação de sentença, a ser devidamente atualizado nos termos do Manual de Cálculos da Justiça Federal.

Numeração única: 27228-08.2016.4.01.3400


27228-08.2016.4.01.3400 AÇÃO ORDINÁRIA / OUTRAS

AUTOR : CENTRO DE FORMACAO DE CONDUTORES LIDER LTDA - ME


ADVOGADO : SP00299535 - ALTAIR APARECIDO DO CARMO
ADVOGADO : SP00261002 - FABIO AUGUSTO MARTINS IAZBEK
ADVOGADO : SP00344384 - ALINE LOCATELLI DO CARMO
REU : UNIAO FEDERAL

A Exma. Sra. Juiza exarou :


Ante o exposto, ACOLHO os embargos de declaração de fls. 328-336
para corrigir erro material evidenciado da sentença integrativa de fls. 300-307 e,
assim, NÃO CONHECER os embargos opostos pela União de fls. 296-298, em face
de sua intempestividade, com todas as consequências decorrentes.
Assim, a sentença integrativa de fls. 300-307 passa a ter os seguintes
termos: “Em face da intempestividade do presente recurso, NÃO CONHEÇO os
embargos opostos pela União de fls. 296-298”.

Numeração única: 71873-89.2014.4.01.3400


71873-89.2014.4.01.3400 AÇÃO ORDINÁRIA / TRIBUTÁRIA

AUTOR : OXFORD PORCELANAS SUDESTE LTDA E OUTRO


ADVOGADO : DF0001805A - JOAO JOAQUIM MARTINELLI
REU : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

A Exma. Sra. Juiza exarou :


Por tais fundamentos, mantidos os demais termos da sentença embargada,
ACOLHO OS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, na forma da fundamentação supra,
passando o dispositivo da sentença, no tocante à fixação dos honorários de sucumbência, a
possuir a seguinte redação:
CONDENO a Ré no pagamento das custas processuais e em honorários
advocatícios, que – em atenção às condições estabelecidas no §2°, do art. 85, do CPC – fixo
nas respectivas alíquotas mínimas previstas para as faixas indicadas nos incisos do §3°,
incidentes sobre o proveito econômico, a ser apurado em sede de liquidação de sentença, e
de acordo com a sistemática prevista no §5° do citado dispositivo legal.
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Intimem-se.

Numeração única: 32063-39.2016.4.01.3400


32063-39.2016.4.01.3400 AÇÃO ORDINÁRIA / SERVIÇOS PÚBLICOS

AUTOR : MARCUS VINICIUS ALVES PORTO


ADVOGADO : DF00025108 - EDUARDO PARENTE DOS SANTOS VASCONCELOS
ADVOGADO : DF00032128 - HUGO DE PONTES CEZARIO
ADVOGADO : DF00045508 - HUGO FIDELIS BATISTA
REU : UNIAO FEDERAL

A Exma. Sra. Juiza exarou :

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Ante o exposto, REJEITO os pedidos, nos termos do art. 487, I, do Novo Código de Processo Civil .

Numeração única: 22764-04.2017.4.01.3400


22764-04.2017.4.01.3400 AÇÃO ORDINÁRIA / SERVIÇOS PÚBLICOS

AUTOR : ALEXANDRE DE JESUS SILVA YANEZ


ADVOGADO : DF00050472 - MARCIO AURELIO TEIXEIRA SOARES
REU : UNIAO FEDERAL

A Exma. Sra. Juiza exarou :


Ante o exposto, REJEITO os pedidos, nos termos do art. 487, I, do Novo Código de Processo Civil .

Numeração única: 81834-88.2013.4.01.3400


81834-88.2013.4.01.3400 AÇÃO ORDINÁRIA / SERVIÇOS PÚBLICOS

AUTOR : GM MINISTER EDITORA EIRELI


ADVOGADO : SP00195879 - RODRIGO CAFFARO
ADVOGADO : SP00234495 - RODRIGO SETARO
ADVOGADO : SP00197530 - WANDER DA SILVA SARAIVA RABELO
REU : EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELEGRAFOS - ECT
ADVOGADO : DF00024113 - RAMON DANTAS MANHAES SOARES

A Exma. Sra. Juiza exarou :


...
Ante o exposto, EXTINGO O PROCESSO, SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO, na forma do art. 76, § 1º, I, c/c art. 485, inciso IV,
ambos do Novo Código de Processo Civil.

Atos do Exmo. : DR. MARCELO GENTIL MONTEIRO

AUTOS COM SENTENÇA

No(s) processo(s) abaixo relacionado(s)

Numeração única: 32373-16.2014.4.01.3400


32373-16.2014.4.01.3400 AÇÃO ORDINÁRIA / SERVIÇOS PÚBLICOS

AUTOR : ENGLES CARVALHO DE SOUZA


ADVOGADO : DF00001691 - MARISTELA PINTO DA MOTA
REU : UNIAO FEDERAL

O Exmo. Sr. Juiz exarou :


Ante o exposto, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTES os pedidos deduzidos na inicial (art. 487, I, do Código de Processo
Civil)...

Numeração única: 30833-59.2016.4.01.3400


30833-59.2016.4.01.3400 AÇÃO ORDINÁRIA / TRIBUTÁRIA

AUTOR : INDUSTRIA E COMERCIO DE CARNES E DERIVADOS BOI BRASIL LTDA


ADVOGADO : GO00046167 - RHAYSSA AVELINO DE ARAUJO
ADVOGADO : GO00028768 - DAVI JOSE RIOS
REU : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

O Exmo. Sr. Juiz exarou :


Ante o exposto, ACOLHO os pedidos para, nos termos do art. 487, I, do Código de Processo Civil, 1- declarar a inexistência da
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relação jurídico-tributária que obrigue a parte autora a recolher a contribuição ao PIS e à COFINS sobre a parcela
correspondente ao ICMS e ao ISSQN; e 2- condenar a ré a restituir ou compensar (Súmula nº 461/STJ), a critério da parte
autora, os valores indevidamente recolhidos nos cinco anos anteriores ao ajuizamento desta ação, nos termos da
fundamentação supra.
Sobre os valores deverá incidir a Taxa SELIC desde o recolhimento indevido até o mês anterior ao efetivo pagamento (art. 39,
§ 4º, da Lei n.º 9.250/95).
Tendo em vista a plausibilidade do direito evidenciada pela cognição exauriente em que lastreada a presente sentença, bem
assim a sujeição da parte autora ao recolhimento indevido, a ensejar perigo na demora, antecipo os efeitos da tutela, nos
termos do artigo 300 do CPC, determinando à ré que, desde logo, exima-se de exigir a exação na forma acima mencionada.
...
No caso de eventuais apelações interpostas pelas partes, caberá à i. Secretaria intimar a parte contrária para contrarrazões,
observado o disposto nos artigos 1.009, § 2º e 1.010, § 2º, do Código de Processo Civil (Lei nº 13.105/2015). Em seguida,
remetam-se os autos ao e. Tribunal Regional Federal da 1ª Região, independentemente de juízo de admissibilidade, inclusive

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
no que se refere à regularidade do preparo, nos termos do artigo 1.010, § 3º, do mesmo diploma legal.

Numeração única: 71083-37.2016.4.01.3400


71083-37.2016.4.01.3400 AÇÃO ORDINÁRIA / TRIBUTÁRIA

AUTOR : EXCOMNET TELECOMUNICACOES E SERVICOS LTDA-ME E OUTRO


ADVOGADO : DF00023788 - JUSCELIO GARCIA DE OLIVEIRA
REU : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

O Exmo. Sr. Juiz exarou :


Ante o exposto, ACOLHO os pedidos para, nos termos do art. 487, I, do Código de Processo Civil, 1- declarar a inexistência da
relação jurídico-tributária que obrigue a parte autora a recolher a contribuição ao PIS e à COFINS sobre a parcela
correspondente ao ICMS; e 2- condenar a ré a restituir ou compensar (Súmula nº 461/STJ), a critério da parte autora, os
valores indevidamente recolhidos nos cinco anos anteriores ao ajuizamento desta ação, nos termos da fundamentação supra.
Sobre os valores deverá incidir a Taxa SELIC desde o recolhimento indevido até o mês anterior ao efetivo pagamento (art. 39,
§ 4º, da Lei n.º 9.250/95).
Tendo em vista a plausibilidade do direito evidenciada pela cognição exauriente em que lastreada a presente sentença, bem
assim a sujeição da parte autora ao recolhimento indevido, a ensejar perigo na demora, antecipo os efeitos da tutela, nos
termos do artigo 300 do CPC, determinando à ré que, desde logo, exima-se de exigir a exação na forma acima mencionada.
...
No caso de eventuais apelações interpostas pelas partes, caberá à i. Secretaria intimar a parte contrária para contrarrazões,
observado o disposto nos artigos 1.009, § 2º e 1.010, § 2º, do Código de Processo Civil (Lei nº 13.105/2015). Em seguida,
remetam-se os autos ao e. Tribunal Regional Federal da 1ª Região, independentemente de juízo de admissibilidade, inclusive
no que se refere à regularidade do preparo, nos termos do artigo 1.010, § 3º, do mesmo diploma legal.

Numeração única: 17279-23.2017.4.01.3400


17279-23.2017.4.01.3400 AÇÃO ORDINÁRIA / TRIBUTÁRIA

AUTOR : CPC CONSTRUCOES E PROCESSOS CIENTIFICOS LTDA


ADVOGADO : GO00037889 - ANDRÉ SOUZA PEDROSO DE MORAES
ADVOGADO : GO00047768 - DIEGO DE SOUZA GOMES
REU : UNIAO FEDERAL

O Exmo. Sr. Juiz exarou :


Ante o exposto, ACOLHO os pedidos para, nos termos do art. 487, I, do Código de Processo Civil, 1- declarar a inexistência da
relação jurídico-tributária que obrigue a parte autora a recolher a contribuição ao PIS e à COFINS sobre a parcela
correspondente ao ICMS; e 2- condenar a ré a restituir ou compensar (Súmula nº 461/STJ), a critério da parte autora, os
valores indevidamente recolhidos nos cinco anos anteriores ao ajuizamento desta ação, nos termos da fundamentação supra.
Sobre os valores deverá incidir a Taxa SELIC desde o recolhimento indevido até o mês anterior ao efetivo pagamento (art. 39,
§ 4º, da Lei n.º 9.250/95).
Tendo em vista a plausibilidade do direito evidenciada pela cognição exauriente em que lastreada a presente sentença, bem
assim a sujeição da parte autora ao recolhimento indevido, a ensejar perigo na demora, antecipo os efeitos da tutela, nos
termos do artigo 300 do CPC, determinando à ré que, desde logo, exima-se de exigir a exação na forma acima mencionada.
...
No caso de eventuais apelações interpostas pelas partes, caberá à i. Secretaria intimar a parte contrária para contrarrazões,
observado o disposto nos artigos 1.009, § 2º e 1.010, § 2º, do Código de Processo Civil (Lei nº 13.105/2015). Em seguida,
remetam-se os autos ao e. Tribunal Regional Federal da 1ª Região, independentemente de juízo de admissibilidade, inclusive
no que se refere à regularidade do preparo, nos termos do artigo 1.010, § 3º, do mesmo diploma legal.

Numeração única: 19031-30.2017.4.01.3400


19031-30.2017.4.01.3400 AÇÃO ORDINÁRIA / TRIBUTÁRIA

AUTOR : MAISON BLANCHE CONFECCOES LTDA


ADVOGADO : DF00036465 - RENATA PASSOS BERFORD GUARANA
REU : UNIAO FEDERAL

O Exmo. Sr. Juiz exarou :


Ante o exposto, ACOLHO os pedidos para, nos termos do art. 487, I, do Código de Processo Civil, 1- declarar a inexistência da
8
relação jurídico-tributária que obrigue a parte autora a recolher a contribuição ao PIS e à COFINS sobre a parcela
correspondente ao ICMS; e 2- condenar a ré a restituir ou compensar (Súmula nº 461/STJ), a critério da parte autora, os
valores indevidamente recolhidos nos cinco anos anteriores ao ajuizamento desta ação, nos termos da fundamentação supra.
Sobre os valores deverá incidir a Taxa SELIC desde o recolhimento indevido até o mês anterior ao efetivo pagamento (art. 39,
§ 4º, da Lei n.º 9.250/95).
Tendo em vista a plausibilidade do direito evidenciada pela cognição exauriente em que lastreada a presente sentença, bem
assim a sujeição da parte autora ao recolhimento indevido, a ensejar perigo na demora, antecipo os efeitos da tutela, nos
termos do artigo 300 do CPC, determinando à ré que, desde logo, exima-se de exigir a exação na forma acima mencionada.
...
No caso de eventuais apelações interpostas pelas partes, caberá à i. Secretaria intimar a parte contrária para contrarrazões,
observado o disposto nos artigos 1.009, § 2º e 1.010, § 2º, do Código de Processo Civil (Lei nº 13.105/2015). Em seguida,
remetam-se os autos ao e. Tribunal Regional Federal da 1ª Região, independentemente de juízo de admissibilidade, inclusive
no que se refere à regularidade do preparo, nos termos do artigo 1.010, § 3º, do mesmo diploma legal.

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Numeração única: 20847-47.2017.4.01.3400
20847-47.2017.4.01.3400 AÇÃO ORDINÁRIA / TRIBUTÁRIA

AUTOR : COMPLEXO DE SERVICOS EDUCACIONAIS LIMITADA


ADVOGADO : SP00169024 - GABRIELA NOGUEIRA ZANI GIUZIO
REU : UNIAO FEDERAL

O Exmo. Sr. Juiz exarou :


Ante o exposto, ACOLHO os pedidos para, nos termos do art. 487, I, do Código de Processo Civil, 1- declarar a inexistência da
relação jurídico-tributária que obrigue a parte autora a recolher a contribuição ao PIS e à COFINS sobre a parcela
correspondente ao ICMS; e 2- condenar a ré a restituir ou compensar (Súmula nº 461/STJ), a critério da parte autora, os
valores indevidamente recolhidos nos cinco anos anteriores ao ajuizamento desta ação, nos termos da fundamentação supra.
Sobre os valores deverá incidir a Taxa SELIC desde o recolhimento indevido até o mês anterior ao efetivo pagamento (art. 39,
§ 4º, da Lei n.º 9.250/95).
Tendo em vista a plausibilidade do direito evidenciada pela cognição exauriente em que lastreada a presente sentença, bem
assim a sujeição da parte autora ao recolhimento indevido, a ensejar perigo na demora, antecipo os efeitos da tutela, nos
termos do artigo 300 do CPC, determinando à ré que, desde logo, exima-se de exigir a exação na forma acima mencionada.
...
No caso de eventuais apelações interpostas pelas partes, caberá à i. Secretaria intimar a parte contrária para contrarrazões,
observado o disposto nos artigos 1.009, § 2º e 1.010, § 2º, do Código de Processo Civil (Lei nº 13.105/2015). Em seguida,
remetam-se os autos ao e. Tribunal Regional Federal da 1ª Região, independentemente de juízo de admissibilidade, inclusive
no que se refere à regularidade do preparo, nos termos do artigo 1.010, § 3º, do mesmo diploma legal.

Numeração única: 17469-83.2017.4.01.3400


17469-83.2017.4.01.3400 AÇÃO ORDINÁRIA / TRIBUTÁRIA

AUTOR : MUNICIPIO DE MIRAVANIA


ADVOGADO : DF00028493 - GERMANO CESAR DE OLIVEIRA CARDOSO
REU : UNIAO FEDERAL

O Exmo. Sr. Juiz exarou :


Ante o exposto, JULGO PROCEDENTES os pedidos formulados na inicial, nos termos do art. 487, I, do Código de Processo
Civil, para: a) DECLARAR a inexistência da relação jurídico-tributária que obrigue a parte autora ao recolhimento da
contribuição previdenciária patronal, sobre: (i) os 15 (quinze) primeiros dias de afastamento dos empregados doentes e
acidentados, (ii) adicional de férias de 1/3 (um terço), férias gozadas e indenizadas e (iii) aviso prévio indenizado; b)
CONDENAR a União a restituir à parte autora os valores indevidamente pagos nos últimos cinco anos antecedentes ao
ajuizamento do feito, após o trânsito em julgado, devendo os valores serem corrigidos nos termos corrigidos monetariamente
pela SELIC desde a data do recolhimento indevido, índice que já engloba os juros de mora; ou, alternativamente, DECLARAR
o direito da autora à compensação, na esfera administrativa, do indébito aqui reconhecido. ...
...
No caso de interposição de recurso de apelação e adesivo, caberá à i. Secretaria intimar a parte contrária para contrarrazões,
observado o disposto nos artigos 1.009, § 2º, e 1.010, § 2º, do Código de Processo Civil (Lei nº 13.105/2015). Em seguida, e
em ocorrendo essa hipótese recursal, remetam-se os autos ao e. Tribunal Regional Federal da 1ª Região, independentemente
de juízo de admissibilidade, inclusive no que se refere à regularidade do preparo, nos termos do artigo 1.010, § 3º, do mesmo
diploma legal.

Numeração única: 17645-62.2017.4.01.3400


17645-62.2017.4.01.3400 AÇÃO ORDINÁRIA / TRIBUTÁRIA

AUTOR : MUNICIPIO DE FORMOSA DA SERRA NEGRA - MA


ADVOGADO : DF00028493 - GERMANO CESAR DE OLIVEIRA CARDOSO
REU : UNIAO FEDERAL

O Exmo. Sr. Juiz exarou :


Ante o exposto, JULGO PROCEDENTES os pedidos formulados na inicial, nos termos do art. 487, I, do Código de Processo
Civil, para: a) DECLARAR a inexistência da relação jurídico-tributária que obrigue a parte autora ao recolhimento da
contribuição previdenciária patronal, sobre: (i) os 15 (quinze) primeiros dias de afastamento dos empregados doentes e
acidentados, (ii) adicional de férias de 1/3 (um terço), férias gozadas e indenizadas e (iii) aviso prévio indenizado; b)
9
CONDENAR a União a restituir à parte autora os valores indevidamente pagos nos últimos cinco anos antecedentes ao
ajuizamento do feito, após o trânsito em julgado, devendo os valores serem corrigidos nos termos corrigidos monetariamente
pela SELIC desde a data do recolhimento indevido, índice que já engloba os juros de mora; ou, alternativamente, DECLARAR
o direito da autora à compensação, na esfera administrativa, do indébito aqui reconhecido.
...
No caso de interposição de recurso de apelação e adesivo, caberá à i. Secretaria intimar a parte contrária para contrarrazões,
observado o disposto nos artigos 1.009, § 2º, e 1.010, § 2º, do Código de Processo Civil (Lei nº 13.105/2015). Em seguida, e
em ocorrendo essa hipótese recursal, remetam-se os autos ao e. Tribunal Regional Federal da 1ª Região, independentemente
de juízo de admissibilidade, inclusive no que se refere à regularidade do preparo, nos termos do artigo 1.010, § 3º, do mesmo
diploma legal.

Numeração única: 10010-98.2015.4.01.3400


10010-98.2015.4.01.3400 AÇÃO ORDINÁRIA / SERVIÇOS PÚBLICOS

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
AUTOR : NIVALDO MARTINS DE LIMA
ADVOGADO : DF00030810 - PRISCILA DE ALMEIDA JULIANO
ADVOGADO : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
ADVOGADO : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
REU : UNIAO FEDERAL

O Exmo. Sr. Juiz exarou :


...
Ante o exposto, reconheço a ocorrência da coisa julgada, a impedir o processamento da presente demanda, pelo que julgo
extingo o processo sem resolução de mérito, com fundamento no artigo 485, inciso V, terceira figura, e § 3º, do Código de
Processo Civil .

Numeração única: 26829-81.2013.4.01.3400


26829-81.2013.4.01.3400 EMBARGOS À EXECUÇÃO

EMBTE : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS


EMBDO : VITOR CLEMENTINO DOS SANTOS
ADVOGADO : DF00013609 - HELIA FERNANDA PINHEIRO

O Exmo. Sr. Juiz exarou :


Ante o exposto, ACOLHO parcialmente os presentes embargos à execução no tocante ao excesso de execução (art. 535, IV,
Novo CPC), julgando extinto o processo, com resolução de mérito, na forma do art. 487, I, do Novo Código de Processo Civil,
razão pela qual a execução deverá prosseguir conforme os cálculos apresentados pela Contadoria Judicial às fls. 79/84, que
apontam como devido o valor total de R$ 188.404,17 (cento e oitenta e oito mil, quatrocentos e quatro reais e dezessete
centavos), atualizado até abril de 2013, os quais deverão ser devidamente atualizados até o efetivo pagamento e executados
nos autos principais, abatendo-se os valores incontroversos já levantados, conforme fls. 352 e ss. dos autos principais (vide
Alvarás de Levantamento de fls. 356 e 359 dos autos da Execução contra a Fazenda Pública).
Defiro o pedido de gratuidade da justiça ao embargado (parte final da impugnação aos Embargos à Execução - fl. 71 destes
autos),...
10
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL-1ª VARA - BRASÍLIA

Juiza Titular : DRA. SOLANGE SALGADO DA SILVA


Juiz Substit. : DR. MARCELO GENTIL MONTEIRO
Dir. Secret. : SIMONE HAMMES AGNES

EXPEDIENTE DO DIA 06 DE NOVEMBRO DE 2019

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Atos da Exma. : DRA. SOLANGE SALGADO DA SILVA

AUTOS COM DECISÃO

No(s) processo(s) abaixo relacionado(s)

Numeração única: 29884-26.2002.4.01.3400


2002.34.00.029948-8 AÇÃO ORDINÁRIA / TRIBUTÁRIA

AUTOR : ACUMULADORES MOURA S/A


ADVOGADO : DF00009531 - RICARDO LUZ DE BARROS BARRETO
ADVOGADO : DF00040601 - ARTHUR GONTIJO DE MIRANDA
REU : UNIAO FEDERAL(FAZENDA NACIONAL)
REU : CENTRAIS ELETRICAS BRASILEIRAS S/A - ELETROBRAS
ADVOGADO : RJ00075413 - CLEBER MARQUES REIS
ADVOGADO : RJ00116830 - LIANA FERNANDES DE JESUS

A Exma. Sra. Juiza exarou :


...Indefiro o pedido de astreintes requerido à fl. 1.135, cumpre consignar que este instituto tem por escopo compelir o réu ao
cumprimento de obrigação, de modo que, uma vez cumprida, não cabe imposição de multa retroativa.
Torno sem efeito a segunda parte da decisão de fl. 968. A solidariedade da União, no caso presente, é subsidiária. Assim, a
execução somente recairá em face desse Ente caso o patrimônio da Eletrobrás seja insuficiente para saldar o débito (REsp
1.583.323/PR).
Intimem-se as partes acerca desta decisão.

Numeração única: 66098-59.2015.4.01.3400


66098-59.2015.4.01.3400 AÇÃO ORDINÁRIA / SERVIÇOS PÚBLICOS

AUTOR : JOSE MARCULINO DA SILVA


ADVOGADO : DF00039232 - LEONARDO DA COSTA
REU : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA

A Exma. Sra. Juiza exarou :


...Chamo o feito à ordem.
O cenário fático/jurídico denota que não apenas a FUNASA possui legitimidade passiva ad causam porque:
i) A parte autora narra que foi admitida pela Superintendência de Campanhas de Saúde Pública (SUCAM) - órgão vinculado ao
Ministério da Saúde/União - em 1961 (cf. pág. 03) até 1990.
ii) Após, diz que passou a integrar o quadro de pessoal da FUNASA, onde "se aposentou em 10 de março de 2010" (fl. 04).
iii) A parte autora requer seja condenada "a Ré ao pagamento de danos biológicos, por ano de contato com os inseticidas
utilizados nas campanhas de combate a endemias (...)" (grifou-se).
...
Ante o exposto:
1) Intime-se a parte autora para, no prazo de 15 (quinze) dias, emendar a petição inicial para:
1.1) Inclusão da segunda ré (art. 339, § 1º, CPC) - o que acima foi indicado com precisão (art. 321, caput, CPC) -, sob pena de
extinção do feito, sem resolução do mérito, por ilegitimidade passiva ad causam no tocante à condenação ao pagamento de
danos biológicos pelo período em que o autor não esteve vinculado à ré FUNASA.
1.2) Retificar, mediante planilha de cálculo, o valor atribuído à causa.

Numeração única: 55572-33.2015.4.01.3400


55572-33.2015.4.01.3400 AÇÃO ORDINÁRIA / OUTRAS

AUTOR : JUNO VELOSO VIDAL DOS SANTOS


ADVOGADO : DF00031488 - ANDRE VELOSO VIDAL DOS SANTOS
REU : FUNDACAO UNIVERSIDADE DE BRASILIA

A Exma. Sra. Juiza exarou :


Converto o julgamento em diligência.
11
Revogo a segunda parte do ato judicial de fl. 60, considerando-se que (i)
há pedido da FUB de pagamento em dobro do valor exigido pela autora e (ii) a
interpretação que vem sendo conferida pela jurisprudência ao art. 940 do CC/02.
Consequentemente:
1) Intime-se a parte autora para indicar as provas que ainda pretende
produzir, justificadamente. Prazo: 15 (quinze) dias úteis.

Numeração única: 47446-62.2013.4.01.3400


47446-62.2013.4.01.3400 AÇÃO ORDINÁRIA / SERVIÇOS PÚBLICOS

AUTOR : JOAO BATISTA COSTA


ADVOGADO : PR00023493 - LEONARDO DA COSTA
REU : UNIAO FEDERAL

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
REU : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE - FUNASA

A Exma. Sra. Juiza exarou :


...Ante o exposto:
1) Intime-se a parte autora para, no prazo de 15 (quinze) dias úteis, sob pena de extinção do feito, sem resolução de mérito,
(A) informar o período da alegada exposição desprotegida ao DDT/outros inseticidas mencionados na exordial e (B) retificar,
mediante planilha de cálculo, o valor atribuído à causa à fl. 121.

Numeração única: 50676-15.2013.4.01.3400


50676-15.2013.4.01.3400 AÇÃO ORDINÁRIA / SERVIÇOS PÚBLICOS

AUTOR : ROBERTO ALVES DE ALBUQUERQUE


ADVOGADO : PR00023493 - LEONARDO DA COSTA
REU : UNIAO FEDERAL
REU : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE - FUNASA

A Exma. Sra. Juiza exarou :


...Ante o exposto:
1) Intime-se a parte autora para, no prazo de 15 (quinze) dias úteis, sob pena de extinção do feito, sem resolução de mérito, (I)
informar o período da alegada exposição desprotegida ao DDT e demais inseticidas mencionados na exordial e,
consequentemente, (II) retificar, mediante planilha de cálculo, o valor atribuído à causa.

Numeração única: 53850-32.2013.4.01.3400


53850-32.2013.4.01.3400 AÇÃO ORDINÁRIA / SERVIÇOS PÚBLICOS

AUTOR : AFONSO MIRANDA FELICIO JUNIOR


ADVOGADO : PR00023493 - LEONARDO DA COSTA
REU : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA
REU : UNIAO FEDERAL

A Exma. Sra. Juiza exarou :


...Ante o exposto:
1) Intime-se a parte autora para, no prazo de 15 (quinze) dias úteis, sob pena de extinção do feito, sem resolução de mérito, (I)
informar o período da alegada exposição desprotegida ao DDT e demais inseticidas mencionados na exordial e,
consequentemente, (II) retificar, mediante planilha de cálculo, o valor atribuído à causa.

Numeração única: 21476-26.2014.4.01.3400


21476-26.2014.4.01.3400 AÇÃO ORDINÁRIA / SERVIÇOS PÚBLICOS

AUTOR : RUI ALVES DE LIMA


ADVOGADO : PR00023493 - LEONARDO DA COSTA
REU : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
REU : UNIAO FEDERAL
REU : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA

A Exma. Sra. Juiza exarou :


...Ante o exposto, e visando cumprir o Acórdão proferido em 24/09/2019
(DJe 04/10/2019) no REsp 1.809.209 / DF, determino a suspensão do presente
processo até o julgamento desse recurso especial.

Numeração única: 62848-18.2015.4.01.3400


62848-18.2015.4.01.3400 AÇÃO ORDINÁRIA / SERVIÇOS PÚBLICOS

AUTOR : HERMINIO MUNIZ PINTO


ADVOGADO : DF00039232 - LEONARDO DA COSTA
REU : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA
12
A Exma. Sra. Juiza exarou :
1) Intime-se a parte autora para:
1.1) No prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de extinção do feito, sem
resolução de mérito, informar o período da alegada exposição desprotegida ao DDT e
outros inseticidas mencionados na exordial.
1.2) Justificar o valor atribuído à causa.
1.3) Proceder, no prazo de 15 (quinze) dias, à emenda da petição inicial
para inclusão da segunda ré (art. 339, § 1º, CPC) – o que acima foi indicado com
precisão (art. 321, caput, CPC) –, sob pena de extinção do feito, sem resolução do
mérito, por ilegitimidade passiva ad causam no tocante à condenação ao pagamento
de danos morais pelo período em que a parte autora não esteve vinculada à ré
FUNASA.

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Numeração única: 73436-84.2015.4.01.3400
73436-84.2015.4.01.3400 AÇÃO ORDINÁRIA / SERVIÇOS PÚBLICOS

AUTOR : RAIMUNDO NONATO SANTANA DA SILVA


ADVOGADO : DF00039232 - LEONARDO DA COSTA
REU : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA

A Exma. Sra. Juiza exarou :


...
Nesse cenário, e visando cumprir o Acórdão proferido em 24/09/2019
(DJe 04/10/2019) no REsp 1.809.209 / DF, determino a suspensão do presente
processo até o julgamento desse recurso especial.

Numeração única: 37079-62.2002.4.01.3400


2002.34.00.037148-0 CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA

EXQTE : SINDICATO DOS TRABDE EMPE ORGAOS PUBE PRIVDE PROCDADOS SERVINFSIME PROFDE
PROCDO DF
ADVOGADO : DF00023165 - DIOGO FONSECA SANTOS KUTIANSKI
ADVOGADO : DF00028648 - DELIANA MACHADO VALENTE
EXCDO : UNIAO (FAZENDA NACIONAL)
EXCDO : DELEGADO DA RECEITA FEDERAL NO DISTRITO FEDERAL
EXCDO : PRESIDENTE DO SERVICO FEDERAL DE PROCESSAMENTO DE DADOS
ADVOGADO : DF00022718 - NELSON LUIS CRUZ MARANGON
ADVOGADO : DF00023165 - DIOGO FONSECA SANTOS KUTIANSKI

A Exma. Sra. Juiza exarou :


...
Assim sendo, determino que a execução do julgado seja desmembrada em grupos de 30 (trinta) substituídos/exequentes.
Entretanto, ressalte-se que, nos termos do art. 13 da Portaria Presi nº 8016281, de 17/04/2019, o cumprimento de sentença,
dar-se-á por meio da distribuição de "Novo processo incidental" no PJe. Ou seja, não será mais processado em autos físicos.
Para tanto, deverá ser instruído com a petição inicial do processo originário, o título executivo judicial com as cópias de todas
as decisões que o integram, comprovante do trânsito em julgado da decisão, comprovantes dos valores de imposto de renda
que foram retidos dos substituídos no pagamento de licença-prêmio convertido em pecúnia, bem como os documentos
indispensáveis à propositura do Cumprimento de Sentença.
Cumpre salientar, ainda, que, versando sobre obrigação de pagar quantia, deverá ser apresentado o demonstrativo
discriminado e atualizado do crédito.
Por fim, os exequentes deverão indicar corretamente a pessoa jurídica que deve figurar no pólo passivo da ação.

Numeração única: 31570-19.2003.4.01.3400


2003.34.00.031603-9 CUMPRIMENTO DE SENTENCA

EXQTE : EVERALDO LUSTOZA PROSPERO


ADVOGADO : DF00011916 - CHRISTIAN ROBERT LEAL
EXCDO : UNIAO FEDERAL

A Exma. Sra. Juiza exarou :


Por tais fundamentos, conheço dos EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, porquanto tempestivamente interpostos, mas, por não
vislumbrar quaisquer dos defeitos que legitimam sua interposição, NEGO-LHES PROVIMENTO.
Cumpra-se integralmente o disposto na decisão embargada, remetendo-se a requisição de pagamento de fls. 278/279 ao TRF
da 1ª Região.

Numeração única: 56238-97.2016.4.01.3400


56238-97.2016.4.01.3400 AÇÃO ORDINÁRIA / OUTRAS

AUTOR : ENERG POWER S/A


ADVOGADO : MG00078012 - CRISTIANO MAYRINK DE OLIVEIRA
13
REU : CENTRAIS ELETRICAS DO NORTE DO BRASIL SA ELETRONORTE
ADVOGADO : DF00022046 - POLIANA DAS GRACAS SILVA

A Exma. Sra. Juiza exarou :


Ante o exposto:
A) Indefiro o pedido de denunciação à lide do DNIT (fls. 1801/1806); e
B) Por conseguinte, com fulcro no art. 109, I, da CF/88, declaro a incompetência absoluta da Justiça Federal para processar e
julgar a causa, e, por conseguinte, e com fundamento no art. 45, § 3º, CPC , declino da competência para o processamento e
julgamento deste processo para o Juízo da Oitava Vara Cível de Brasília, com as cautelas de praxe.

Numeração única: 5434-28.2016.4.01.3400


5434-28.2016.4.01.3400 AÇÃO ORDINÁRIA / SERVIÇOS PÚBLICOS

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
AUTOR : JOAO DE OLIVEIRA BRITO
ADVOGADO : DF00039232 - LEONARDO DA COSTA
REU : UNIAO FEDERAL
REU : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA

A Exma. Sra. Juiza exarou :


...Ante o exposto, e visando cumprir o Acórdão proferido em 24/09/2019
(DJe 04/10/2019) no REsp 1.809.209 / DF, determino a suspensão do presente
processo até o julgamento desse recurso especial.

Numeração única: 22724-56.2016.4.01.3400


22724-56.2016.4.01.3400 AÇÃO ORDINÁRIA / OUTRAS

AUTOR : R R PRODUTOS LOTERICOS LTDA


ADVOGADO : DF00044906 - JEUSIENE VEIGA DA SILVA
REU : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

A Exma. Sra. Juiza exarou :


...1) Intime-se a parte autora para, no prazo de 15 (quinze) dias úteis,
juntar cópia integral do contrato de adesão mencionado à fl. 06 dos autos, sob pena de
extinção do processo, sem resolução de mérito.

Numeração única: 37095-40.2007.4.01.3400


2007.34.00.037251-8 EMBARGOS À EXECUÇÃO

EMBTE : INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZACAO E REFORMA AGRARIA INCRA


EMBDO : MAURICIO MASIH
EMBDO : EXPEDITO CELESTINO SAMPAIO
EMBDO : CARLOS FERNANDES D AVILA
EMBDO : PAULO ROBERTO DELLACQUA
EMBDO : JACINTO LUCIANO DA SILVA
EMBDO : ESPOLIO DE GILBERTO DE SOUZA
ADVOGADO : DF00004830 - OLIVEIRA BELCHIOR RIBEIRO

A Exma. Sra. Juiza exarou :


...Nesse cenário, e a partir do acolhimento da (A) manifestação da Contadoria Judicial de fls. 331/334, exceto na parte em que
consignou que "somente o ESPÓLIO DE GILBERTO DE SOUZA possui valores remanescentes a receber, conforme
demonstrado em anexo" (fl. 331); e do acolhimento (B) da manifestação da Contadoria Judicial de fls. 363/364, CONHEÇO dos
embargos de declaração (fls. 310/317) e, no mérito, DOU-LHES PROVIMENTO para sanar o erro de premissa fática e,
consequentemente, modificar integralmente o dispositivo da sentença ora embargada, ...

Numeração única: 19284-86.2015.4.01.3400


19284-86.2015.4.01.3400 AÇÃO ORDINÁRIA / SERVIÇOS PÚBLICOS

AUTOR : FRANCISCO SERGIO DE SOUZA RIBEIRO


ADVOGADO : PR00023493 - LEONARDO DA COSTA
REU : UNIAO FEDERAL
REU : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE - FUNASA

A Exma. Sra. Juiza exarou :


Ante o exposto:
1) Intime-se a parte autora para, no prazo de 15 (quinze) dias úteis,
retificar e justificar, mediante planilha de cálculo, o valor atribuído à causa, já
que atribui à causa o valor de R$ 50.000,00 (fl. 64), ao passo que à fl. 60 postula a
condenação das rés no pagamento de dano moral no valor de R$ 20.000,00 por ano
14
de contato ou, subsidiariamente, de R$ 4.159,77 por ano de contato, esse atualizado
até 03/2015.

Numeração única: 13830-28.2015.4.01.3400


13830-28.2015.4.01.3400 AÇÃO ORDINÁRIA / SERVIÇOS PÚBLICOS

AUTOR : JOSEMAR PEREIRA DE SIQUEIRA


ADVOGADO : DF0039232A - LEONARDO DA COSTA
REU : UNIAO FEDERAL
REU : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE - FUNASA

A Exma. Sra. Juiza exarou :

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Ante o exposto:
1) Intime-se a parte autora para, no prazo de 15 (quinze) dias úteis,
retificar e justificar, mediante planilha de cálculo, o valor atribuído à causa, já
que atribui à causa o valor de R$ 50.000,00 (fl. 31), ao passo que à fl.29 postula a
condenação das rés no pagamento de dano moral no valor de R$ 20.000,00 por ano
de contato ou, subsidiariamente, de R$ 4.159,77 por ano de contato, esse atualizado
até 03/2015.

Numeração única: 4378-57.2016.4.01.3400


4378-57.2016.4.01.3400 AÇÃO ORDINÁRIA / OUTRAS

AUTOR : RAIMUNDO EDSON DE OLIVEIRA


ADVOGADO : DF00039232 - LEONARDO DA COSTA
REU : UNIAO FEDERAL
REU : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE - FUNASA

A Exma. Sra. Juiza exarou :


Ante o exposto:
1) Intime-se a parte autora para, no prazo de 15 (quinze) dias úteis, sob
pena de extinção do feito, sem resolução de mérito, (A) informar o período da
alegada exposição desprotegida ao DDT/outros inseticidas mencionados na exordial e
(B) retificar e justificar, mediante planilha de cálculo, o valor atribuído à causa à fl.
45.

Numeração única: 49330-58.2015.4.01.3400


49330-58.2015.4.01.3400 AÇÃO ORDINÁRIA / SERVIÇOS PÚBLICOS

AUTOR : FRANCISCO ALVES XAVIER


ADVOGADO : DF00039232 - LEONARDO DA COSTA
REU : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE - FUNASA

A Exma. Sra. Juiza exarou :


Ante o exposto:
1) Intime-se a parte autora para:
1.1) No prazo de 15 (quinze) dias úteis, sob pena de extinção do feito,
sem resolução de mérito, (A) informar o período da alegada exposição
desprotegida ao DDT – considerando-se que o autor informa que “foi admitido em
outubro de 1975” (fl. 03), enquanto que postula pedido de condenação da ré ao
pagamento de indenização pelos alegados danos morais em razão do contato com
“inseticidas organoclorados DDT e BHC (a partir de 1964), organofosforados como
ABATE/TEMEFÓS e MALATHION (a partir de 1964) e piretróides” (fl. 52) e (B)
retificar, mediante planilha de cálculo, o valor atribuído à causa, já que atribui à
causa o valor de R$ 50.000,00 (fl. 52), ao passo que à fl. 49 postula a condenação da
ré no pagamento de dano moral no valor de R$ 20.000,00 por ano de contato ou,
subsidiariamente, de R$ 4.375,42 por ano de contato, esse atualizado até 02/2015.
1.2) Indicar as provas que ainda pretende produzir, justificadamente,
também no prazo de 15 (quinze) dias úteis (art. 351, CPC).

Numeração única: 11481-38.2004.4.01.3400


2004.34.00.011508-0 CUMPRIMENTO DE SENTENCA

EXQTE : PROMON ENGENHARIA LTDA


ADVOGADO : DF00000718 - HELOISA MENDONCA
EXCDO : UNIAO FEDERAL

A Exma. Sra. Juiza exarou :


..., dê-se vistas às partes acerca da presente decisão e dos cálculos a serem apresentados.
15
Numeração única: 32372-65.2013.4.01.3400
32372-65.2013.4.01.3400 AÇÃO ORDINÁRIA / SERVIÇOS PÚBLICOS

AUTOR : UNIAO FEDERAL


PROCUR : GO00020487 - DILSILEIA MARTINS MONTEIRO
REU : OSMAIL TEIXEIRA
REU : VALDEMAR DE OLIVEIRA
REU : CLAUDEMIR ROCHA DA SILVA
REU : FABIO ROBERTO GOMES DOS SANTOS
REU : JEAN GOMES DA SILVA
REU : DAVI PEREIRA DA SILVA
REU : MARCOS ANTONIO PRAXEDES
REU : MILTON LEITE CAVALCANTE

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
REU : JULIO CESAR E SILVA
REU : VALDECI RODRIGUES DA SILVA
ADVOGADO : MA00003180 - CRISOGONO RODRIGUES VIEIRA
ADVOGADO : PR00018035 - CEZAR PAULO LAZZAROTTO
ADVOGADO : SP00144417 - JOSE ANTONIO DE CASTRO
ADVOGADO : SP00127683 - LIUZ MAURO DE SOUZA
ADVOGADO : MG00056847 - HEBER FRANCISCO GONCALVES
ADVOGADO : AL00004489 - MIRABEL ALVES ROCHA
ADVOGADO : PE00022452 - AUGUSTO MARCOS GOMES EVANGELISTA

A Exma. Sra. Juiza exarou :


Nesse contexto, embora estejamos diante de litisconsórcio passivo facultativo, tanto a ação original como aquelas resultantes
do desmembramento deverão ser julgadas em conjunto, razão pela qual suspendo o presente feito até a conclusão do
Processo nº 2009.34.00.018798-3.

Numeração única: 57100-73.2013.4.01.3400


57100-73.2013.4.01.3400 CUMPRIMENTO DE SENTENCA

EXQTE : UNIAO FEDERAL


EXCDO : SINDICATO DOS SERVIDORES DA SUPERINTENDENCIA FEDERAL DE AGRICULTURA
NA PARAIBA SINDSFA/PB
ADVOGADO : PB00016646 - JOSE FERNANDES PESSOA NETO
ADVOGADO : PB00019939 - ELIAS CARNEIRO DA SILVA
ADVOGADO : PB00019603 - GIRLANE CARNEIRO LIMEIRA
ADVOGADO : DF00041500 - JOSE DA SILVA MAMEDE

A Exma. Sra. Juiza exarou :


Ante o exposto, ACOLHO os embargos de declaração opostos às fls. 152/155-v para tornar sem efeito o ato judicial de fls.
149/150, o qual deverá estar assim consignado:

Considerando a sistemática processual empreendida com o disposto no parágrafo único do art. 516 do CPC, que possibilita ao
credor optar pelo Juízo do atual domicílio do executado ou do local onde se encontrem os bens sujeitos à execução, defiro o
pedido formulado pela União (fl. 148/148-v), para determinar a remessa do presente feito à Seção Judiciária de Paraíba/PB.

Numeração única: 27468-51.2003.4.01.3400


2003.34.00.027490-5 CUMPRIMENTO DE SENTENCA

EXQTE : INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS


RENOVAVEIS - IBAMA
EXCDO : JOSE CARLOS DE MENEZES
EXCDO : FERNANDO MAFRA PELANDA
EXCDO : PAULO CEZAR ABELHA
EXCDO : MARLY APARECIDA FELIX MAIA
EXCDO : ANTONIO MANUEL DO REGO MAIA JUNIOR
ADVOGADO : DF00047265 - MANUELA FELIX MAIA

A Exma. Sra. Juiza exarou :


Diante do exposto, NÃO CONHEÇO dos embargos declaratórios opostos às fls. 260/265, por serem intempestivos.
Defiro o pedido de gratuidade da justiça aos executados Antonio Manuel do Rego Maia Junior e Marli Aparecida Felix Maia,
visto que preenchidos os requisitos legais para tanto, pois presente nos autos declarações de hipossuficiência econômica (fls.
253/254), nos termos do art. 98, caput, c/c o art. 99, caput e §§3º e 4º, ambos do CPC.
Rejeito a impugnação à gratuidade da justiça, suscitada pelo IBAMA às fls. 257/258, porquanto não há nos autos qualquer
elemento que afaste a presunção de miserabilidade alcançada pelos executados, os quais comprovaram a demissão do
serviço público do executado Antonio Manuel do Rego Maia Junior (fls. 244/249) e o acometimento de neoplasia maligna de
mama na executada Marli Aparecida Felix (fl. 251), o que pressupõe gastos com medicamentos, consultas ..

Numeração única: 40521-50.2013.4.01.3400


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40521-50.2013.4.01.3400 AÇÃO ORDINÁRIA / OUTRAS

AUTOR : UNIAO FEDERAL


PROCUR : GO00020487 - DILSILEIA MARTINS MONTEIRO
REU : CICERO JOAQUIM DOS SANTOS
REU : MONICA CYBELE MARTINS DE ALBUQUERQUE
REU : NORMALINA VIEIRA DE JESUS
REU : SILAS CANDIDO LOURENCO
REU : JOSE NEILTON FERREIRA DOS SANTOS
REU : ACACIO SEVERINO DE SOUSA
REU : ANTONIO JOSE ARRUTI BAQUEIRO
REU : ARILDO JOSE DA SILVA
REU : ROBSON RODRIGO MONTEIROS

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
REU : BRUNO COSTA DE ALBUQUERQUE MARANHAO
REU : ZITA ALVES SOARES DOS PASSOS
REU : WALDEMAR NOGUEIRA
REU : ANDERSN JOSE DE LIMA SILVA
REU : JOSE PEREIRA DA SILVA

A Exma. Sra. Juiza exarou :


Nesse contexto, embora estejamos diante de litisconsórcio passivo facultativo, tanto a ação original como aquelas resultantes
do desmembramento deverão ser julgadas em conjunto, razão pela qual suspendo o presente feito até a conclusão do
Processo nº 2009.34.00.018798-3.
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Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Diário Eletrônico da Justiça Federal da 1ª Região - eDJF1

Seção Judiciária do Distrito Federal


Lei 13.105, de 16 de março de 2015. Art. 224 Salvo disposição em contrário, os prazos serão contados excluindo o dia do começo e incluindo o dia do vencimento.
§ 1º Os dias do começo e do vencimento do prazo serão protraídos para o primeiro dia útil seguinte, se coincidirem com dia em que o expediente
forense for encerrado antes ou iniciado depois da hora normal ou houver indisponibilidade da comunicação eletrônica.
§ 2º Considera-se como data de publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico.
§ 3º A contagem do prazo terá início no primeiro dia útil que seguir ao da publicação.

e-DJF1 Ano XI / N. 210 Caderno Judicial Disponibilização: 07/11/2019

3ª Vara Cível - SJDF


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PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL-3ª VARA - BRASÍLIA

Juiza Titular : DRA. KÁTIA BALBINO DE CARVALHO FERREIRA


Juiz Substit. : DR. BRUNO ANDERSON SANTOS DA SILVA
Dir. Secret. : GEILHIA ALMEIDA DE OLIVEIRA

EXPEDIENTE DO DIA 06 DE NOVEMBRO DE 2019

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Atos da Exma. : DRA. KÁTIA BALBINO DE CARVALHO FERREIRA

AUTOS COM DESPACHO

No(s) processo(s) abaixo relacionado(s)

Numeração única: 17416-49.2010.4.01.3400


17416-49.2010.4.01.3400 AÇÃO ORDINÁRIA / OUTRAS

AUTOR : ELISANGELA MARTINS DE OLIVEIRA LIMA


ADVOGADO : SP00263520 - SANDRA ORTIZ DE ABREU
ADVOGADO : SP00127918 - MARIA CECILIA JORGE BRANCO MARTINIANO DE OLIVEIRA
REU : UNIAO FEDERAL
PERITO : CARLOS BERNARDO TAUIL

A Exma. Sra. Juiza exarou :


Nota: Ficam as partes intimadas do despacho proferido neste processo virtual,cujo inteiro teor está disponível no endereço
eletrônico: www.jfdf.jus.br no link "judicial/acompanhamento processual."

Numeração única: 79320-31.2014.4.01.3400


79320-31.2014.4.01.3400 MONITORIA

AUTOR : EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELEGRAFOS ECT


ADVOGADO : DF0014109E - ARLAN PEREIRA DE SOUZA
ADVOGADO : DF00024064 - MARIANA NUNES SCANDIUZZI
RÉU : UNIVERSO DA INFORMATICA LTDA ME
ADVOGADO : DF00036173 - DANILO DA SILVA PINTO

A Exma. Sra. Juiza exarou :


Nota: Ficam as partes intimadas do despacho proferido neste processo virtual,cujo inteiro teor está disponível no endereço
eletrônico: www.jfdf.jus.br no link "judicial/acompanhamento processual."

Numeração única: 43906-69.2014.4.01.3400


43906-69.2014.4.01.3400 CUMPRIMENTO DE SENTENCA

EXQTE : CAIXA ECONOMICA FEDERAL


ADVOGADO : RS00001405 - DAL BOSCO ADVOGADOS
ADVOGADO : DF00043986 - GUSTAVO DAL BOSCO
ADVOGADO : DF00052672 - PATRICIA FREYER
EXCDO : HELCIO SILVA

A Exma. Sra. Juiza exarou :


Nota: Ficam as partes intimadas do despacho proferido neste processo virtual,cujo inteiro teor está disponível no endereço
eletrônico: www.jfdf.jus.br no link "judicial/acompanhamento processual."
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PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL-3ª VARA - BRASÍLIA

Juiza Titular : DRA. KÁTIA BALBINO DE CARVALHO FERREIRA


Juiz Substit. : DR. BRUNO ANDERSON SANTOS DA SILVA
Dir. Secret. : GEILHIA ALMEIDA DE OLIVEIRA

EXPEDIENTE DO DIA 06 DE NOVEMBRO DE 2019

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Atos da Exma. : DRA. KÁTIA BALBINO DE CARVALHO FERREIRA

AUTOS COM SENTENÇA

No(s) processo(s) abaixo relacionado(s)

Numeração única: 68310-92.2011.4.01.3400


68310-92.2011.4.01.3400 CUMPRIMENTO DE SENTENCA

EXQTE : CAIXA ECONOMICA FEDERAL


ADVOGADO : DF00001640 - SAMIR NACIM FRANCISCO
EXCDO : NUBIA ADRIANA PASSATUTO BORGES

A Exma. Sra. Juiza exarou :


Nota: Ficam as partes intimadas da sentença proferida neste processo virtual,cujo inteiro teor está disponível no endereço
eletrônico: www.jfdf.jus.br no link "judicial/acompanhamento processual."
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PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
JEF SP. ADJ - 3ª BRASÍLIA

Juiz(a) Federal : ITAGIBA CATTA PRETA NETO


Diretor do Foro
Diretor(a) da : ÉRICO DE SOUZA SANTOS
Secretaria
Administrativa

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Juiz(a) Titular : DRA.KÁTIA BALBINO DE CARVALHO FERREIRA
Juiz(a) Subst. : DR.BRUNO ANDERSON SANTOS DA SILVA

Expediente do dia 06 de Novembro de 2019

Atos do(a) : KÁTIA BALBINO DE CARVALHO FERREIRA


Exmo(a)

Autos com Ordinatório

No(s) processo(s) abaixo relacionado(s) :

0052953-96.2016.4.01.3400
201634000568772
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : FRANCISCO AURELIANO DOUTO
Advg. : DF00019345 - THIAGO DINIZ SEIXAS
Reu : FUNDO DE SAUDE DA MARINHA (FUSMA)

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Nos termos da Portaria 3ª Vara/DF, vista à parte autora dos documentos juntados
pela parte ré, especialmente sobre o atendimento domiciliar consignado a partir da
alta médica.
21
PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
JEF SP. ADJ - 3ª BRASÍLIA

Juiz(a) Federal : ITAGIBA CATTA PRETA NETO


Diretor do
Foro
Diretor(a) da : ÉRICO DE SOUZA SANTOS
Secretaria
Administrativa

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Juiz(a) Titular : DRA.KÁTIA BALBINO DE CARVALHO FERREIRA
Juiz(a) Subst. : DR.BRUNO ANDERSON SANTOS DA SILVA

Expediente do dia 06 de Novembro de 2019

Atos do(a) : BRUNO ANDERSON SANTOS DA SILVA


Exmo(a)

Autos com Despacho

No(s) processo(s) abaixo relacionado(s) :

0014023-09.2016.4.01.3400
201634000370561
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : NATHALIA EMANUELLE GASPARINI DE MAGALHAES
Advg. : DF00048523 - VICTOR FONTELES CAVALCANTI
Advg. : DF00044814 - MARCOS EDUADO GASPARINI DE MAGALHAES
Advg. : DF00037060 - HERBET GASPARINI DE MAGALHAES
Reu : DISTRITO FEDERAL*
Reu : UNIAO FEDERAL

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Intimem-se as partes para indicarem as provas que pretendem produzir, justificando-as.


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Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Diário Eletrônico da Justiça Federal da 1ª Região - eDJF1

Seção Judiciária do Distrito Federal


Lei 13.105, de 16 de março de 2015. Art. 224 Salvo disposição em contrário, os prazos serão contados excluindo o dia do começo e incluindo o dia do vencimento.
§ 1º Os dias do começo e do vencimento do prazo serão protraídos para o primeiro dia útil seguinte, se coincidirem com dia em que o expediente
forense for encerrado antes ou iniciado depois da hora normal ou houver indisponibilidade da comunicação eletrônica.
§ 2º Considera-se como data de publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico.
§ 3º A contagem do prazo terá início no primeiro dia útil que seguir ao da publicação.

e-DJF1 Ano XI / N. 210 Caderno Judicial Disponibilização: 07/11/2019

6ª Vara Cível - SJDF


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PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL-6ª VARA - BRASÍLIA

Juiza Titular : DRA. IVANI SILVA DA LUZ


Juiz Substit. : DR. MANOEL PEDRO MARTINS DE CASTRO FILHO
Dir. Secret. : ALTINA TAVARES CAVALCANTE LUJÁN ALBERCA

EXPEDIENTE DO DIA 06 DE NOVEMBRO DE 2019

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Atos da Exma. : DRA. IVANI SILVA DA LUZ

AUTOS COM SENTENÇA

No(s) processo(s) abaixo relacionado(s)

Numeração única: 28150-20.2014.4.01.3400


28150-20.2014.4.01.3400 REINTEGRACAO/MANUTENCAO DE POSSE

AUTOR : UNIAO FEDERAL


PROCUR : - LAYLA KABOUDI
REU : ESPOLIO DE IDES APARECIDA DE MEDEIROS
ADVOGADO : DF00050869 - ALEXANDRE VITORINO DE ABREU
ADVOGADO : DF00040999 - PAULO ALEXANDRE SILVA

A Exma. Sra. Juiza exarou :


(...) A parte requerente tem razão, apenas, no que toca ao benefício da assistência judiciária gratuita.
O resto dos seus argumentos não se enquadram em nenhuma das hipóteses do artigo 1.022 do Código de Processo Civil de
2015.
Conheço dos Embargos Declaratórios, porque tempestivos, para prestar os esclarecimentos acima e, apenas, adicionar à
sentença embargada o seguinte:
"Ante a concessão dos benefícios da justiça gratuita, tal condenação ficará sobrestada pelo prazo de 05 (cinco) anos ou até
que a parte contrária comprove não mais subsistir o estado de miserabilidade jurídica da parte vencida durante
esse período, após o que estará extinta (art. 98, §3º, do novo CPC)."
Defiro o pedido da União Federal às fls. 215-218, que está suportando unilateralmente o peso temporal do feito. Expeça-se
mandado de reintegração de posse do imóvel funcional em favor da União Federal.

Numeração única: 5292-58.2015.4.01.3400


5292-58.2015.4.01.3400 CUMPRIMENTO DE SENTENCA

EXQTE : CESAR TADEU CARLONI E OUTRO


ADVOGADO : SP00208351 - DANIEL BETTAMIO TESSER
ADVOGADO : SP00252784 - CLAYTON EDSON SOARES
EXCDO : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

A Exma. Sra. Juiza exarou :


Tendo em vista o cumprimento integral da obrigação discutida nos autos, e considerando que nada mais foi requerido, declaro
por sentença, para que produza seus efeitos legais e jurídicos, a extinção da execução, nos termos do art. 924, II, do CPC.
Publique-se. Registre-se. Intimem-se.
Oportunamente, arquivem-se os autos com baixa na distribuição.

Atos do Exmo. : DR. MANOEL PEDRO MARTINS DE CASTRO FILHO

AUTOS COM SENTENÇA

No(s) processo(s) abaixo relacionado(s)

Numeração única: 18905-63.2006.4.01.3400


2006.34.00.019139-0 AÇÃO CIVIL PÚBLICA

AUTOR : MINISTERIO PUBLICO FEDERAL


PROCUR : - BRUNO CAIADO DE ACIOLI
PROCUR : - RAQUEL BRANQUINHO P MAMEDE NASCIMENTO
PROCUR : - JOSE ALFREDO DE PAULA SILVA
PROCUR : - WELLINGTON DIVINO M OLIVEIRA
REU : CLAUZER ESTEVES DZIEDZIENSKY
24
REU : CWSA TECNOLOGIA E SERVICOS DE ENGENHARIA LTDA
REU : AEROTECNICA UNIAO LTDA
REU : JOSE ANTONIO CACAO
REU : WASHINGTON LUIZ PAVAN
REU : ANTONIO LUIZ WINTER
REU : EDILSON ROBLES LOUSADA
REU : CARLOS ROBERTO LEITE TORMIN
REU : JOSE SANTOS FORTUNA NEVES
REU : JORGE DANTAS DIAS
ADVOGADO : DF00016023 - ANDRE JORGE ROCHA DE ALMEIDA
ADVOGADO : DF00021629 - DIEGO AMARAL BERNARDES
ADVOGADO : DF00021184 - FERNANDO JOSE GONCALVES ACUNHA

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
ADVOGADO : DF00022834 - TIAGO CARDOZO DA SILVA
ADVOGADO : DF00038870 - PAULO FORTUNA NEVES
PROCUR : DF00019960 - TARLEY MAX DA SILVA
ASSIST. : EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELEGRAFOS
ADVOGADO : DF00009476 - MARIA DE FATIMA MORAIS SELEME
ADVOGADO : DF00017587 - FERNANDO HENRIQUE S. VIEIRA
ADVOGADO : DF00024113 - RAMON DANTAS MANHAES SOARES

O Exmo. Sr. Juiz exarou :


(...) REJEITO os embargos de declaração opostos por CARLOS ROBERTO LEITE TORMIM, JORGE DANTAS DIAS e
ANTÔNIO LUIZ WINTER.
Do mesmo modo, REJEITO os embargos de declaração opostos por AEROTÉCNICA UNIÃO INDÚSTRIA E COMÉRCIO
LTDA, JOSÉ ANTÔNIO CAÇÃO e WASHINGTON LUIZ PAVAN.
Custas e honorários advocatícios conforme fixados na sentença embargada.
Intimem-se.
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Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Diário Eletrônico da Justiça Federal da 1ª Região - eDJF1

Seção Judiciária do Distrito Federal


Lei 13.105, de 16 de março de 2015. Art. 224 Salvo disposição em contrário, os prazos serão contados excluindo o dia do começo e incluindo o dia do vencimento.
§ 1º Os dias do começo e do vencimento do prazo serão protraídos para o primeiro dia útil seguinte, se coincidirem com dia em que o expediente
forense for encerrado antes ou iniciado depois da hora normal ou houver indisponibilidade da comunicação eletrônica.
§ 2º Considera-se como data de publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico.
§ 3º A contagem do prazo terá início no primeiro dia útil que seguir ao da publicação.

e-DJF1 Ano XI / N. 210 Caderno Judicial Disponibilização: 07/11/2019

7ª Vara Cível - SJDF


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PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL-7ª VARA - BRASÍLIA

Juiz Titular : DR. CLEBERSON JOSÉ ROCHA


Juiza Substit. : DRA. LUCIANA RAQUEL TOLENTINO DE MOURA
Dir. Secret. : JANE CAMPOS DA SILVA SANTOS

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
EXPEDIENTE DO DIA 06 DE NOVEMBRO DE 2019

Atos do Exmo. : DR. CLEBERSON JOSÉ ROCHA

AUTOS COM ATO ORDINATÓRIO

No(s) processo(s) abaixo relacionado(s)

Numeração única: 29827-32.2007.4.01.3400


2007.34.00.029965-0 MANDADO DE SEGURANÇA INDIVIDUAL

IMPTE : CONSTRUTORA QUEIROZ GALVAO SA


ADVOGADO : SP00128341 - NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES
ADVOGADO : SP00167078 - FABIO DA COSTA VILAR
IMPDO : SECRETARIO DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


A.O fl.1001: "(..) Intimem-se os impetrantes para requerer o que entender de direito no prazo de 15 (quinze) dias."
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PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL-7ª VARA - BRASÍLIA

Juiz Titular : DR. CLEBERSON JOSÉ ROCHA


Juiza Substit. : DRA. LUCIANA RAQUEL TOLENTINO DE MOURA
Dir. Secret. : JANE CAMPOS DA SILVA SANTOS

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
EXPEDIENTE DO DIA 06 DE NOVEMBRO DE 2019

Atos do Exmo. : DR. CLEBERSON JOSÉ ROCHA

AUTOS COM DECISÃO

No(s) processo(s) abaixo relacionado(s)

Numeração única: 20820-11.2010.4.01.3400


20820-11.2010.4.01.3400 CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA

EXQTE : LORIVANDA VASQUES RODRIGUES DOS SANTOS


ADVOGADO : - EDMUNDO BELARMINO RIBEIRO DOS ANJOS
ADVOGADO : DF00017614 - SAUMIR DA SILVA RODRIGUES
ADVOGADO : DF00028835 - EDMILSON FERREIRA DOS SANTOS
ADVOGADO : DF00050432 - BRUNA RIBEIRO TELES DE LIMA
EXCDO : UNIAO FEDERAL

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


Decisão. fl 214: "(...) Intimem-se as partes dessa decisão e que se manifestem sobre o teor dos ofícios requisitórios no
mesmo prazo recursal."

Numeração única: 52584-15.2010.4.01.3400


52584-15.2010.4.01.3400 EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA PÚBLICA

EXQTE : JOSE OSVALDO DE MEIRA PENNA E OUTROS


ADVOGADO : DF00022829 - RODRIGO DA SILVA CASTRO
EXCDO : FUNDACAO UNIVERSIDADE DE BRASILIA - FUB

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


Decisão. fl.521: "(...) Intimem-se as partes do teor dos ofícios requisitórios no prazo sucessivo de 5 (cinco) dias."
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PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL-7ª VARA - BRASÍLIA

Juiz Titular : DR. CLEBERSON JOSÉ ROCHA


Juiza Substit. : DRA. LUCIANA RAQUEL TOLENTINO DE MOURA
Dir. Secret. : JANE CAMPOS DA SILVA SANTOS

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
EXPEDIENTE DO DIA 06 DE NOVEMBRO DE 2019

Atos do Exmo. : DR. CLEBERSON JOSÉ ROCHA

AUTOS COM SENTENÇA

No(s) processo(s) abaixo relacionado(s)

Numeração única: 41792-60.2014.4.01.3400


41792-60.2014.4.01.3400 AÇÃO ORDINÁRIA / OUTRAS

AUTOR : LOUIS DREYFUS COMMODITIES BRASIL S.A


ADVOGADO : SP00272153 - MARCELO AUGUSTO PUZONE GONCALVES
REU : AGENCIA NACIONAL DE TRANSPORTES AQUAVIARIOS - ANTAQ
ADVOGADO : - OBERDAN RABELO DE SANTANA

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


Sentença fl.517: "(...)Rejeito os pedidos autorais e extingo o processo com resolução de mérito (art. 487, I, CPC/ 2015).
Condeno a parte autora em custas e em honorários advocatícios sucumbenciais, que fixo em 10% do valor atualizado
da causa."

Numeração única: 27836-11.2013.4.01.3400


27836-11.2013.4.01.3400 AÇÃO ORDINÁRIA / OUTRAS

AUTOR : FURNAS CENTRAIS ELETRICAS S A


ADVOGADO : GO00023700 - CAIO VINICIUS AOUN
REU : AGENCIA NACIONAL DE ENERGIA ELETRICA ANEEL
ADVOGADO : - ALEXANDRA DA SILVA AMARAL

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


Sentença. fl: 253 "(...) Acolho em parte os pedidos autorais e extingo o processo, com resolução de mérito... Condeno
as partes a pagar custas e honorários de 10% proporcionalmente à sucumbência, conforme apuração do novo valor da
multa em comparação com o valor fixado pela ANEEL no auto de infração anulado."
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Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Diário Eletrônico da Justiça Federal da 1ª Região - eDJF1

Seção Judiciária do Distrito Federal


Lei 13.105, de 16 de março de 2015. Art. 224 Salvo disposição em contrário, os prazos serão contados excluindo o dia do começo e incluindo o dia do vencimento.
§ 1º Os dias do começo e do vencimento do prazo serão protraídos para o primeiro dia útil seguinte, se coincidirem com dia em que o expediente
forense for encerrado antes ou iniciado depois da hora normal ou houver indisponibilidade da comunicação eletrônica.
§ 2º Considera-se como data de publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico.
§ 3º A contagem do prazo terá início no primeiro dia útil que seguir ao da publicação.

e-DJF1 Ano XI / N. 210 Caderno Judicial Disponibilização: 07/11/2019

10ª Vara Criminal - SJDF


30

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA
Seção Judiciária do Distrito Federal - 10ª Vara Federal Criminal da SJDF

Juiz Titular : VALLISNEY DE SOUZA OLIVEIRA

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Juiz Substituto : RICARDO AUGUSTO SOARES LEITE

Dir. Secret. : JANIO MADY DOS SANTOS

AUTOS COM () SENTENÇA (X) DECISÃO ()DESPACHO () ATO ORDINATÓRIO

1022256-07.2018.4.01.3400 - AÇÃO PENAL - PROCEDIMENTO ORDINÁRIO (283) - PJe

AUTOR: Ministério Público Federal (Procuradoria)

RÉU: GESMAR DA SILVA e outros (7)

Advogado do(a) RÉU: THIAGO HENRIQUE SANTOS SOUSA - DF22944


Advogado do(a) RÉU: DECIO MARTINS GUERRA - SP133495
Advogado do(a) RÉU: VALDEMAR ASSIS - SP314735
Advogado do(a) RÉU: GEOZADAK ALMEIDA CARDOSO - GO17185
Advogado do(a) RÉU: ANDERSON NAZARENO RODRIGUES - DF16302
Advogados do(a) RÉU: WOLMER ANTONIO DE OLIVEIRA - GO20046, WILMONDES DE
CARVALHO VIANA - DF47071, NATANAEL ANTONIO DE OLIVEIRA - DF09800,
ROGERIO DOS SANTOS COSTA - DF49743
Advogado do(a) RÉU: FERNANDO CARNEIRO BRASIL - DF29425

O Exmo. Sr. Juiz exarou :

Trata-se de pedido formulado pela defesa de RONAN RIVADAVIA SILVA solicitando


autorização para realizar viagem ao exterior de Brasília/DF a Miami/Flórida, com saída de Brasília em
25.11.2019 e retorno dia 08.12.2019 (fls. 33/35, id 93685872).

O Ministério Público Federal manifestou-se pelo indeferimento do pedido por entender que
RONAN RIVADAVIA SILVA não comprovou ter emprego e residência fixos e pelo fato de ainda não ter
sido citado na presente ação penal (id 99469379).

Decido.
31

O denunciado vem cumprindo as medidas cautelares diversas da prisão que lhe foram
impostas por ocasião do recebimento da denúncia. Ademais, a defesa juntou passagem de ida e volta (id
93685877) e informou o endereço onde permanecerá em Miami/Florida.

Posto isto, defiro o pedido.

Designo audiência de instrução para o dia 21/11/2019, às 14:30.

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Intime-se. Cientifique-se.
32

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Diário Eletrônico da Justiça Federal da 1ª Região - eDJF1

Seção Judiciária do Distrito Federal


Lei 13.105, de 16 de março de 2015. Art. 224 Salvo disposição em contrário, os prazos serão contados excluindo o dia do começo e incluindo o dia do vencimento.
§ 1º Os dias do começo e do vencimento do prazo serão protraídos para o primeiro dia útil seguinte, se coincidirem com dia em que o expediente
forense for encerrado antes ou iniciado depois da hora normal ou houver indisponibilidade da comunicação eletrônica.
§ 2º Considera-se como data de publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico.
§ 3º A contagem do prazo terá início no primeiro dia útil que seguir ao da publicação.

e-DJF1 Ano XI / N. 210 Caderno Judicial Disponibilização: 07/11/2019

13ª Vara Cível - SJDF


33

PODER JUDICIÁRIO

JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA


Seção Judiciária do Distrito Federal - 13ª Vara Federal Cível da SJDF

Juiz Titular : EDNA MÁRCIA SILVA MEDEIROS RAMOS

Juiz Substituto : MARCOS JOSÉ BRITO RIBEIRO

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Dir. Secret. : ALINNE DORVINA FARIA DE LIMA ARANTES MORAES

AUTOS COM () SENTENÇA (X) DECISÃO ()DESPACHO () ATO ORDINATÓRIO

1013514-27.2017.4.01.3400 - PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7) - PJe

AUTOR: ASSOCIACAO DOS MORADORES DO CONDOMINIO RESIDENCIAL LUAR DO


NORTE

Advogado do(a) AUTOR: ADRIANO AMARAL BEDRAN - DF30287

RÉU: ESTADO DE GOIAS e outros (8)

Advogado do(a) RÉU: ANTONIO MARQUES DOS REIS FILHO - DF35184


Advogado do(a) RÉU: RODOLFO MIGUEL SOARES HELOU - DF22783
Advogado do(a) RÉU: MARCELO SOUZA MENDES PATRIOTA - DF16461

O Exmo. Sr. Juiz exarou :

Pretende a autora a demarcação a área rural de 2 (dois) hectares, denominado chácara n 01, gleba n 2 , da Fazenda Ponte Alta
Norte, com a seguinte localização, perímetro de propriedade: 1ª ponto E(X) 172396,40 e N(Y) 8233793,87; 2ª ponto E(X)
172313,62 e N(Y) 8233737,77; 3ª ponto E(X) 172183,48 e N(Y) 8233889,63; e 4ª ponto E(X) 172266,26 e N(Y) 8233945,73,
adquiridos de Ulisses Dantas de Araújo, portador do CPF nª 024.100.441-15 e CI nª 1130335/SSPDF, denominado Fazenda Ponte
Alta, inscrita sob a matrícula nº 9.837.

Conforme pacífico entendimento da Corte Superior de Justiça, “é assente que o critério definidor da competência da Justiça Federal
é ratione personae, ou seja, considera a natureza das pessoas envolvidas na relação processual, sendo irrelevante, para esse
efeito e ressalvadas as exceções mencionadas no texto constitucional, a natureza da demanda sob o ponto de vista do direito
material ou do pedido formulado na ação” (STJ - AgRg no CC 139464 / DF - Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES (1141) - S1 -
PRIMEIRA SEÇÃO - DJe 30/05/2017).

No presente caso, conforme aduzido na peça de ingresso, “homologados os esboços de Partilha que especifica a cessão de
direitos referentes aos imóveis, sobreveio em 30/04/1985 o trânsito em julgado da sentença anteriormente mencionada,
reconhecendo que nem a União Federal, nem a TERRACAP seriam proprietárias do referido imóvel”.

Por sua vez, colhe-se da peça resistência oferecida pela Terracap que “o imóvel objeto da presente lide está inserido área
incorporada ao patrimônio da Terracap conforme R.1/2.126, do 5º Ofício do Registro Imobiliário do Distrito Federal" (iD. 5962840).

Logo, infere-se que o litígio gravita em torno da disputa de titularidade da área entre particular e empresa pública vinculada ao
Governo do Distrito Federal, bem como da legalidade do ato fiscalizatório empreendido pela AGEFIS.
34
No caso, cumpre ressaltar que nem mesmo a União defende se tratar de área de sua propriedade, restando indicado que se cuida
de área incorporada ao patrimônio da Terracap, como acima referido, o que impõe a exclusão do ente federal no polo passivo da
demanda.

Na hipótese versada, verifica-se que se cuida, em verdade, de controvérsia que opõe particular a um ente público integrante da
estrutura do Distrito Federal, não havendo interesse direto de ente federal.

Assim, e, consoante orientação firmada na Súmula nº 150 do Superior Tribunal de Justiça, no sentido de que “compete à Justiça
Federal decidir sobre a existência de interesse jurídico que justifique a presença, no processo, da União, suas autarquias ou
empresas públicas”, concluo que a União não ostenta interesse jurídico na demanda e não mantém pertinência subjetiva com o
objeto litigioso, o que desafia sua exclusão do pólo passivo e, por consequência, afasta a competência da Justiça Federal.

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Tais as razões, tratando-se de competência absoluta, que deve ser conhecida de ofício, DECLARO A INCOMPETÊNCIA DA
JUSTIÇA FEDERAL, para processar e julgar a causa.

Determino, assim, nos termos dos artigos 64 do CPC, SEJA EXCLUÍDA A UNIÃO do polo passivo, bem como a remessa dos autos
ao juízo distribuidor do TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS – TJDFT, mediante as baixas e os
registros de praxe.

Intime-se. Cumpra-se.
35

PODER JUDICIÁRIO

JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA


Seção Judiciária do Distrito Federal - 13ª Vara Federal Cível da SJDF

Juiz Titular : EDNA MÁRCIA SILVA MEDEIROS RAMOS

Juiz Substituto : MARCOS JOSÉ BRITO RIBEIRO

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Dir. Secret. : ALINNE DORVINA FARIA DE LIMA ARANTES MORAES

AUTOS COM () SENTENÇA (X) DECISÃO ()DESPACHO () ATO ORDINATÓRIO

1013514-27.2017.4.01.3400 - PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7) - PJe

AUTOR: ASSOCIACAO DOS MORADORES DO CONDOMINIO RESIDENCIAL LUAR DO


NORTE

Advogado do(a) AUTOR: ADRIANO AMARAL BEDRAN - DF30287

RÉU: ESTADO DE GOIAS e outros (8)

Advogado do(a) RÉU: ANTONIO MARQUES DOS REIS FILHO - DF35184


Advogado do(a) RÉU: RODOLFO MIGUEL SOARES HELOU - DF22783
Advogado do(a) RÉU: MARCELO SOUZA MENDES PATRIOTA - DF16461

O Exmo. Sr. Juiz exarou :

Pretende a autora a demarcação a área rural de 2 (dois) hectares, denominado chácara n 01, gleba n 2 , da Fazenda Ponte Alta
Norte, com a seguinte localização, perímetro de propriedade: 1ª ponto E(X) 172396,40 e N(Y) 8233793,87; 2ª ponto E(X)
172313,62 e N(Y) 8233737,77; 3ª ponto E(X) 172183,48 e N(Y) 8233889,63; e 4ª ponto E(X) 172266,26 e N(Y) 8233945,73,
adquiridos de Ulisses Dantas de Araújo, portador do CPF nª 024.100.441-15 e CI nª 1130335/SSPDF, denominado Fazenda Ponte
Alta, inscrita sob a matrícula nº 9.837.

Conforme pacífico entendimento da Corte Superior de Justiça, “é assente que o critério definidor da competência da Justiça Federal
é ratione personae, ou seja, considera a natureza das pessoas envolvidas na relação processual, sendo irrelevante, para esse
efeito e ressalvadas as exceções mencionadas no texto constitucional, a natureza da demanda sob o ponto de vista do direito
material ou do pedido formulado na ação” (STJ - AgRg no CC 139464 / DF - Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES (1141) - S1 -
PRIMEIRA SEÇÃO - DJe 30/05/2017).

No presente caso, conforme aduzido na peça de ingresso, “homologados os esboços de Partilha que especifica a cessão de
direitos referentes aos imóveis, sobreveio em 30/04/1985 o trânsito em julgado da sentença anteriormente mencionada,
reconhecendo que nem a União Federal, nem a TERRACAP seriam proprietárias do referido imóvel”.

Por sua vez, colhe-se da peça resistência oferecida pela Terracap que “o imóvel objeto da presente lide está inserido área
incorporada ao patrimônio da Terracap conforme R.1/2.126, do 5º Ofício do Registro Imobiliário do Distrito Federal" (iD. 5962840).

Logo, infere-se que o litígio gravita em torno da disputa de titularidade da área entre particular e empresa pública vinculada ao
Governo do Distrito Federal, bem como da legalidade do ato fiscalizatório empreendido pela AGEFIS.
36
No caso, cumpre ressaltar que nem mesmo a União defende se tratar de área de sua propriedade, restando indicado que se cuida
de área incorporada ao patrimônio da Terracap, como acima referido, o que impõe a exclusão do ente federal no polo passivo da
demanda.

Na hipótese versada, verifica-se que se cuida, em verdade, de controvérsia que opõe particular a um ente público integrante da
estrutura do Distrito Federal, não havendo interesse direto de ente federal.

Assim, e, consoante orientação firmada na Súmula nº 150 do Superior Tribunal de Justiça, no sentido de que “compete à Justiça
Federal decidir sobre a existência de interesse jurídico que justifique a presença, no processo, da União, suas autarquias ou
empresas públicas”, concluo que a União não ostenta interesse jurídico na demanda e não mantém pertinência subjetiva com o
objeto litigioso, o que desafia sua exclusão do pólo passivo e, por consequência, afasta a competência da Justiça Federal.

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Tais as razões, tratando-se de competência absoluta, que deve ser conhecida de ofício, DECLARO A INCOMPETÊNCIA DA
JUSTIÇA FEDERAL, para processar e julgar a causa.

Determino, assim, nos termos dos artigos 64 do CPC, SEJA EXCLUÍDA A UNIÃO do polo passivo, bem como a remessa dos autos
ao juízo distribuidor do TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS – TJDFT, mediante as baixas e os
registros de praxe.

Intime-se. Cumpra-se.
37

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA
Seção Judiciária do Distrito Federal - 13ª Vara Federal Cível da SJDF

Juiz Titular : EDNA MÁRCIA SILVA MEDEIROS RAMOS

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Juiz Substituto : MARCOS JOSÉ BRITO RIBEIRO

Dir. Secret. : ALINNE DORVINA FARIA DE LIMA ARANTES MORAES

AUTOS COM (X) SENTENÇA () DECISÃO ()DESPACHO () ATO ORDINATÓRIO

1007011-19.2019.4.01.3400 - BUSCA E APREENSÃO EM ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA (81) - PJe

AUTOR: CAIXA ECONOMICA FEDERAL

Advogado do(a) AUTOR: HUMBERTO LUIZ TEIXEIRA - SP157875

RÉU: GEIANE GONCALVES RIBEIRO DE LIMA

O Exmo. Sr. Juiz exarou :

A desistência da ação é faculdade da parte autora e decorre do princípio da disponibilidade.

Na hipótese dos autos, verifico que, antes mesmo da apresentação de contestação pela Ré, a autora expressou seu intento em
desistir da ação, o que autoriza a homologação deste ato de disposição sem necessidade de oitiva da parte contrária (CPC, art.
485, §4º).

Ante o exposto, JULGO EXTINTA a presente ação, sem resolução de mérito, termos dos arts. 485, VIII e 200, ambos do Código de
Processo Civil.

Sem custas. Sem condenação em honorários advocatícios.

Havendo trânsito em julgado, arquivem-se.

Registre-se. Publique-se. Intimem-se.


38

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL-13ª VARA - BRASÍLIA

Juiza Titular : DRA. EDNA MÁRCIA SILVA MEDEIROS RAMOS


Juiz Substit. : DR. MARCOS JOSÉ BRITO RIBEIRO
Dir. Secret. : ALINNE DORVINA FARIA DE LIMA ARANTES MORAES

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
EXPEDIENTE DO DIA 06 DE NOVEMBRO DE 2019

Atos da Exma. : DRA. EDNA MÁRCIA SILVA MEDEIROS RAMOS

AUTOS COM ATO ORDINATÓRIO

No(s) processo(s) abaixo relacionado(s)

Numeração única: 7557-29.1998.4.01.3400


1998.34.00.007578-6 AÇÃO ORDINÁRIA / OUTRAS

AUTOR : COOPERATIVA AGROPECUARIA DE ITAPERUNA LTDA E OUTRO


ADVOGADO : DF0001432A - VANY ROSSELINA GIORDANO
REU : CENTRAIS ELETRICAS BRASILEIRAS S/A - ELETROBRAS
REU : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVOGADO : DF00009378 - EDUARDO A L FERRAO
ADVOGADO : DF00023661 - ELISEU KLEIN

A Exma. Sra. Juiza exarou:


Retorno dos autos do TRF/1ª Região. Dê-se vista às partes, pelo prazo de 05 (cinco) dias.

Numeração única: 10104-42.1998.4.01.3400


1998.34.00.010132-8 AÇÃO ORDINÁRIA / TRIBUTÁRIA

AUTOR : PEDREIRA CENTRAL LTDA E OUTROS


ADVOGADO : DF00014280 - LUIS FELIPE CAVALCANTE. S. DE AZEVEDO
ADVOGADO : RJ00046395 - JOSE AMERICO OLIVEIRA DA SILVA
ADVOGADO : DF0001432A - VANY ROSSELINA GIORDANO
ADVOGADO : SP00215716 - CARLOS EDUARDO GONCALVES
ADVOGADO : DF00012698 - ANTONIO CARLOS ROCHA PIRES DE OLIVEIRA
REU : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

A Exma. Sra. Juiza exarou:


Retorno dos autos do TRF/1ª Região. Dê-se vista às partes, pelo prazo de 05 (cinco) dias.

Numeração única: 2982-31.2005.4.01.3400


2005.34.00.002970-3 REINTEGRACAO/MANUTENCAO DE POSSE

AUTOR : UNIAO FEDERAL


PROCUR : - NILVA RODRIGUES COSTA
PROCUR : - SERGIO GUIZZO DRI
REU : HELIO DE SOUZA BORBA
REU : MARIA DA GRACA MARQUES BORBA
39

ADVOGADO : DF00005829 - EDILCE GOMES RODRIGUES

A Exma. Sra. Juiza exarou:


Retorno dos autos do TRF/1ª Região. Dê-se vista às partes, pelo prazo de 05 (cinco) dias.

Numeração única: 10363-56.2006.4.01.3400


2006.34.00.010482-5 MANDADO DE SEGURANÇA INDIVIDUAL

IMPTE : MARINA LOPO MONTALVAO

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
ADVOGADO : DF0001508A - AIDA DUTRA DANTAS
IMPDO : PROCURADOR CHEFE DA FAZENDA NACIONAL DO DISTRITO FEDERAL
IMPDO : DELEGADA DA RECEITA FEDERAL EM BRASILIA

A Exma. Sra. Juiza exarou:


Retorno dos autos do TRF/1ª Região. Dê-se vista às partes, pelo prazo de 05 (cinco) dias.

Numeração única: 31515-63.2006.4.01.3400


2006.34.00.032286-6 AÇÃO ORDINÁRIA / OUTRAS

AUTOR : LUBRIFICANTES GASOL INDUSTRIA E COMERCIO LTDA


ADVOGADO : DF00012330 - MARCELO LUIZ AVILA DE BESSA
REU : AGENCIA NACIONAL DO PETROLEO ANP

A Exma. Sra. Juiza exarou:


Retorno dos autos do TRF/1ª Região. Dê-se vista às partes, pelo prazo de 05 (cinco) dias.

Numeração única: 33435-72.2006.4.01.3400


2006.34.00.034370-5 MANDADO DE SEGURANÇA INDIVIDUAL

IMPTE : HELIO ELLERES DE SOUSA JUNIOR E OUTROS


ADVOGADO : DF00019759 - MARCELO MARTINS NARDELLI
ADVOGADO : DF00020032 - ROBERTO OLIVEIRA COIMBRA
IMPDO : DIRETOR DE GESTAO DE PESSOAL DO DEPARTAMENTO DE POLICIA FEDERAL

A Exma. Sra. Juiza exarou:


Retorno dos autos do TRF/1ª Região. Dê-se vista às partes, pelo prazo de 05 (cinco) dias.

Numeração única: 7811-84.2007.4.01.3400


2007.34.00.007870-3 REINTEGRACAO/MANUTENCAO DE POSSE

AUTOR : RAFAEL DE AREA LEAO ALVES


ADVOGADO : DF00011108 - EVILAZIO VIANA SANTOS
REU : UNIAO FEDERAL

A Exma. Sra. Juiza exarou:


Retorno dos autos do TRF/1ª Região. Dê-se vista às partes, pelo prazo de 05 (cinco) dias.

Numeração única: 2285-05.2008.4.01.3400


2008.34.00.002298-6 MANDADO DE SEGURANÇA INDIVIDUAL

IMPTE : ANTONIO PEREIRA DO NASCIMENTO


ADVOGADO : DF00018841 - LINO DE CARVALHO CAVALCANTE
IMPDO : GERENTE EXECUTIVO DO INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL NO DISTRITO
FEDERAL
40

A Exma. Sra. Juiza exarou:


Retorno dos autos do TRF/1ª Região. Dê-se vista às partes, pelo prazo de 05 (cinco) dias.

Numeração única: 28618-23.2010.4.01.3400


28618-23.2010.4.01.3400 AÇÃO ORDINÁRIA / TRIBUTÁRIA

AUTOR : FLAVIO TURQUINO


ADVOGADO : DF00019992 - RICARDO ALEXANDRE RODRIGUES PERES

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
REU : UNIAO FEDERAL

A Exma. Sra. Juiza exarou:


Retorno dos autos do TRF/1ª Região. Dê-se vista às partes, pelo prazo de 05 (cinco) dias.

Numeração única: 29102-38.2010.4.01.3400


29102-38.2010.4.01.3400 AÇÃO ORDINÁRIA / TRIBUTÁRIA

AUTOR : MARCOS MARCOLINI E OUTROS


ADVOGADO : DF00020784 - RONALD ALENCAR D.DA SILVA
ADVOGADO : MG00064029 - MARIA INES CALDEIRA PEREIRA DA SILVA MURGEL
REU : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

A Exma. Sra. Juiza exarou:


Retorno dos autos do TRF/1ª Região. Dê-se vista às partes, pelo prazo de 05 (cinco) dias.

Numeração única: 34484-75.2011.4.01.3400


34484-75.2011.4.01.3400 AÇÃO ORDINÁRIA / PREVIDENCIÁRIA / CONCESSÃO DE BENEFÍCIO

AUTOR : GEZOALDO PEREIRA DE ARAUJO


ADVOGADO : DF00022393 - WANESSA ALDRIGUES CANDIDO
REU : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

A Exma. Sra. Juiza exarou:


Retorno dos autos do TRF/1ª Região. Dê-se vista às partes, pelo prazo de 05 (cinco) dias.

Numeração única: 10476-58.2016.4.01.3400


10476-58.2016.4.01.3400 AÇÃO ORDINÁRIA / TRIBUTÁRIA

AUTOR : IGUMA COMERCIO DE CEREAIS LTDA.


ADVOGADO : MS00007809 - LEONILDO JOSE DA CUNHA
REU : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
REU : UNIAO FEDERAL

A Exma. Sra. Juiza exarou:


Retorno dos autos do TRF/1ª Região. Dê-se vista às partes, pelo prazo de 05 (cinco) dias.

Numeração única: 51166-32.2016.4.01.3400


51166-32.2016.4.01.3400 AÇÃO ORDINÁRIA / TRIBUTÁRIA

AUTOR : BRUMEL DISTRIBUIDORA DE PNEUS LTDA E OUTROS


ADVOGADO : DF00050384 - MOISES DE SOUSA AFONSO DA COSTA
ADVOGADO : RS00068807 - WALTER MACHADO VEPPO
REU : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

A Exma. Sra. Juiza exarou:


41

Retorno dos autos do TRF/1ª Região. Dê-se vista às partes, pelo prazo de 05 (cinco) dias.

Atos do Exmo. : DR. MARCOS JOSÉ BRITO RIBEIRO

AUTOS COM ATO ORDINATÓRIO

No(s) processo(s) abaixo relacionado(s)

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Numeração única: 24109-83.2009.4.01.3400
2009.34.00.024265-0 AÇÃO ORDINÁRIA / OUTRAS

AUTOR : CONTAX S/A


ADVOGADO : DF0002192A - SERGIO BERMUDES
ADVOGADO : DF00015058 - WAGNER ROSSI RODRIGUES
REU : EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELEGRAFOS ECT
ADVOGADO : SP00135372 - MAURY IZIDORO
ADVOGADO : DF00018508 - MARCOS ANTONIO TAVARES MARTINS
ADVOGADO : SP00243410 - CARLOS MENDES DA SILVEIRA CUNHA

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


(...) dê-se vista ao(s) apelado(s) para ciência da sentença, bem como para contrarrazoar(em) o recurso de apelação no
prazo legal. (... )

Numeração única: 64793-74.2014.4.01.3400


64793-74.2014.4.01.3400 AÇÃO ORDINÁRIA / OUTRAS

AUTOR : PEDRO AUGUSTO BERABA HENRIQUES


ADVOGADO : DF00039368 - THIAGO LUCAS LEITE DE NORONHA
ADVOGADO : DF00018081 - DAVI MACHADO EVANGELISTA
ADVOGADO : DF00026033 - GUILHERME FILIPE LEITE GHETTI
ADVOGADO : DF0001667A - RAYMUNDO NONATO BOTELHO DE NORONHA
REU : PEC ENERGIA S.A.
REU : AGENCIA NACIONAL DE ENERGIA ELETRICA - ANEEL
ADVOGADO : DF00021776 - OLIVIA TONELLO MENDES FERREIRA

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


(...) dê-se vista ao(s) Apelado(s) para contrarrazoar o recurso, no prazo legal. (...)

Numeração única: 10302-79.1998.4.01.3400


1998.34.00.010331-7 AÇÃO ORDINÁRIA / TRIBUTÁRIA

AUTOR : USINA CAETE SA FILIAL MARITUBA


ADVOGADO : DF00009338 - WALDEMAR SOARES LIMA JUNIOR
ADVOGADO : SP00155553 - NILTON NEDES LOPES
ADVOGADO : DF00015300 - MARIA SONIA VILLAR BUSTO SOARES
REU : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


Retorno dos autos do TRF/1ª Região. Dê-se vista às partes, pelo prazo de 05 (cinco) dias.

Numeração única: 20531-25.2003.4.01.3400


2003.34.00.020537-0 EMBARGOS À EXECUÇÃO
42

EMBTE : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)


PROCUR : - MARCOS ANTONIO DE FREITAS COSTA
EMBDO : JANNE LAZARA GONZALEZ
EMBDO : WANIA MARTINS SCHIROKY
EMBDO : RICARDO PISSANTI JUNIOR
EMBDO : CARLOS AUGUSTO DE ALMEIDA NOBREGA
EMBDO : JOSE INACIO RAMOS

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
ADVOGADO : DF00002787 - IVO EVANGELISTA DE AVILA

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


Retorno dos autos do TRF/1ª Região. Dê-se vista às partes, pelo prazo de 05 (cinco) dias.

Numeração única: 23823-81.2004.4.01.3400


2004.34.00.023887-5 AÇÃO ORDINÁRIA / TRIBUTÁRIA

AUTOR : GERALDO ROCCO


ADVOGADO : SP00140493 - ROBERTO MOHAMED AMIN JUNIOR
REU : UNIAO FEDERAL

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


Retorno dos autos do TRF/1ª Região. Dê-se vista às partes, pelo prazo de 05 (cinco) dias.

Numeração única: 36392-17.2004.4.01.3400


2004.34.00.045487-8 AÇÃO ORDINÁRIA / OUTRAS

AUTOR : PAULA MOREIRA FELIX COSTA


ADVOGADO : DF00000760 - AMAURI SERRALVO
ADVOGADO : DF00005137 - JOSE GOMES DE MATOS FILHO
REU : UNIAO FEDERAL

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


Retorno dos autos do TRF/1ª Região. Dê-se vista às partes, pelo prazo de 05 (cinco) dias.

Numeração única: 4333-05.2006.4.01.3400


2006.34.00.004363-6 MANDADO DE SEGURANÇA INDIVIDUAL

IMPTE : IRIS VENTURA CIRNE GUIMARAES


ADVOGADO : BA00018424 - TIAGO FERNANDES BRITO
IMPDO : COORDENADORA DE RECURSOS HUMANOS DO INSTITUTO DO PATRIMONIO HISTORICO
ARTISTICO NACIONAL-IPHAN

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


Retorno dos autos do TRF/1ª Região. Dê-se vista às partes, pelo prazo de 05 (cinco) dias.

Numeração única: 25614-17.2006.4.01.3400


2006.34.00.026269-6 AÇÃO ORDINÁRIA / SERVIÇOS PÚBLICOS

AUTOR : SINDICATO DOS POLICIAIS RODOVIARIOS FEDERAIS DO ESTADO DE GOIAS - SINPRF-GO


ADVOGADO : RS00045470 - ROGER HONORIO MEREGALLI DA SILVA
REU : UNIAO FEDERAL

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


Retorno dos autos do TRF/1ª Região. Dê-se vista às partes, pelo prazo de 05 (cinco) dias.
43

Numeração única: 8399-57.2008.4.01.3400


2008.34.00.008445-0 AÇÃO ORDINÁRIA / IMÓVEIS

AUTOR : DERONILCE SILVA DE ANDRADE E OUTROS


ADVOGADO : DF00009930 - ANTONIO TORREAO BRAZ FILHO
ADVOGADO : DF00024133 - BRUNO FISCHGOLD
REU : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
REU : UNIAO FEDERAL

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


Retorno dos autos do TRF/1ª Região. Dê-se vista às partes, pelo prazo de 05 (cinco) dias.

Numeração única: 11490-58.2008.4.01.3400


2008.34.00.011539-7 AÇÃO ORDINÁRIA / TRIBUTÁRIA

AUTOR : MARIA ANGELICA TERRIBILE MARCHI E OUTROS


ADVOGADO : DF00002787 - IVO EVANGELISTA DE AVILA
ADVOGADO : DF00031766 - CAROLINE DANTE RIBEIRO
REU : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


Retorno dos autos do TRF/1ª Região. Dê-se vista às partes, pelo prazo de 05 (cinco) dias.

Numeração única: 35947-57.2008.4.01.3400


2008.34.00.036237-7 AÇÃO ORDINÁRIA / SERVIÇOS PÚBLICOS

AUTOR : MANOEL CLARINDO BARBOSA


ADVOGADO : DF00004595 - ULISSES BORGES DE RESENDE
REU : UNIAO FEDERAL

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


Retorno dos autos do TRF/1ª Região. Dê-se vista às partes, pelo prazo de 05 (cinco) dias.

Numeração única: 2814-87.2009.4.01.3400


2009.34.00.002821-6 EMBARGOS DE TERCEIROS

EMBTE : LUIZ HUMBERTO CAETANO FEROLA


ADVOGADO : DF00028402 - BRENDA RESENDE ALVES
EMBDO : UNIAO FEDERAL

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


Retorno dos autos do TRF/1ª Região. Dê-se vista às partes, pelo prazo de 05 (cinco) dias.

Numeração única: 29527-65.2010.4.01.3400


29527-65.2010.4.01.3400 AÇÃO ORDINÁRIA / TRIBUTÁRIA

AUTOR : CARLOS MOLON


ADVOGADO : TO00004150 - VINICIUS MIRANDA
ADVOGADO : RS00061111 - VERONICA DA SILVEIRA GOMES
ADVOGADO : TO00000360 - HELIO MIRANDA
ADVOGADO : DF00002884 - TORQUATO JARDIM
ADVOGADO : TO00003669 - THIAGO PINEIRO MIRANDA
ADVOGADO : TO00000797 - HAROLDO CARNEIRO RASTOLDO
44

ADVOGADO : TO00004367 - ULISSES MELAURO BARBOSA


REU : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


Retorno dos autos do TRF/1ª Região. Dê-se vista às partes, pelo prazo de 05 (cinco) dias.

Numeração única: 32743-34.2010.4.01.3400


32743-34.2010.4.01.3400 AÇÃO ORDINÁRIA / TRIBUTÁRIA

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
AUTOR : CERAMICA BARREIRAO LTDA
ADVOGADO : GO00029631 - CLEICE MARIA DE SOUSA
ADVOGADO : GO00026070 - JANINE ALMEIDA SOUSA DE OLIVEIRA
ADVOGADO : GO00003270 - PEDRO MARCIO MUNDIM DE SIQUEIRA
REU : UNIAO FEDERAL
REU : CENTRAIS ELETRICAS BRASILEIRAS S/A - ELETROBRAS
ADVOGADO : DF00016537 - CESAR VILAZANTE CASTRO

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


Retorno dos autos do TRF/1ª Região. Dê-se vista às partes, pelo prazo de 05 (cinco) dias.

Numeração única: 10905-98.2011.4.01.3400


10905-98.2011.4.01.3400 AÇÃO ORDINÁRIA / PREVIDENCIÁRIA / OUTRAS

AUTOR : ADELIO NUNES MESQUITA


ADVOGADO : DF00028261 - LUCIANE BORGES MARTINS BUENO
ADVOGADO : DF00016858 - NILTON LAFUENTE
REU : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


Retorno dos autos do TRF/1ª Região. Dê-se vista às partes, pelo prazo de 05 (cinco) dias.

Numeração única: 40254-49.2011.4.01.3400


40254-49.2011.4.01.3400 EMBARGOS À EXECUÇÃO

EMBTE : UNIAO FEDERAL


EMBDO : WILSON SANTANNA
EMBDO : MANUEL FEITOSA FERRO
EMBDO : MANOEL LEAL GUIMARAES
EMBDO : LEA AFFONSECA
EMBDO : JOSE DE REZENDE FARIA ALVIM
EMBDO : JOSE BARRAK
EMBDO : JOAO LINA DE SANTANA
EMBDO : JOAO BATISTA GOUVEA DE SA
EMBDO : HUMBERTO PINHEIRO RAMOS
EMBDO : HELIO RISSO
EMBDO : GONCALO SOBRAL DA SILVEIRA
EMBDO : GERALDO TEIXEIRA DA SILVA
EMBDO : FRANCISCO ZERLENGO LOVERRO
EMBDO : FRANCISCO DE MEDEIROS VALLE
EMBDO : FRANCISCO CARNEIRO FERNANDES
EMBDO : FLORINAL ANTONIO DE C. VICENTE
45

EMBDO : EVARISTO MEIRELLES PUCU


EMBDO : DIDIMO RODRIGUES COSTA
EMBDO : DALVA BAPTISTAO REED
EMBDO : CONRADO DE SAMPAIO MACHADO
EMBDO : CASSIO DE MORAES
EMBDO : CARLOS ALVES LEITE
EMBDO : BRENO XAVIER PEREIRA DA CUNHA

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
EMBDO : BENTO FERNANDES DE CARVALHO
EMBDO : AYRTON LINS FRANCA
EMBDO : AUGUSTO GOMES DA COSTA
EMBDO : ARI DE MORAES ANDRADE
EMBDO : ANTONIO ELIAS FILHO
EMBDO : AFRODISIO BATISTA DOS ANJOS
ADVOGADO : DF00026957 - PAULO VICTOR MARCONDES BUZANELLI
ADVOGADO : SP00019383 - THOMAS BENES FELSBERG

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


Retorno dos autos do TRF/1ª Região. Dê-se vista às partes, pelo prazo de 05 (cinco) dias.

Numeração única: 50905-43.2011.4.01.3400


50905-43.2011.4.01.3400 AÇÃO ORDINÁRIA / TRIBUTÁRIA

AUTOR : DERCI CENCI


ADVOGADO : DF00033306 - NUCIA MARIA DE OLIVEIRA CENCI
REU : UNIAO FEDERAL

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


Retorno dos autos do TRF/1ª Região. Dê-se vista às partes, pelo prazo de 05 (cinco) dias.

Numeração única: 21451-13.2014.4.01.3400


21451-13.2014.4.01.3400 AÇÃO ORDINÁRIA / TRIBUTÁRIA

AUTOR : JOUBERT NASCIMENTO DOS SANTOS E OUTROS


ADVOGADO : RJ00158076 - NELSON MENDES DA SILVA
ADVOGADO : RJ00116636 - LEONARDO DE CARVALHO BARBOZA
REU : UNIAO FEDERAL

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


Retorno dos autos do TRF/1ª Região. Dê-se vista às partes, pelo prazo de 05 (cinco) dias.

Numeração única: 41221-89.2014.4.01.3400


41221-89.2014.4.01.3400 AÇÃO ORDINÁRIA / SERVIÇOS PÚBLICOS

AUTOR : CICERO CARLOS STEIN MAIA


ADVOGADO : DF00004595 - ULISSES BORGES DE RESENDE
REU : UNIAO FEDERAL

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


Retorno dos autos do TRF/1ª Região. Dê-se vista às partes, pelo prazo de 05 (cinco) dias.

Numeração única: 15563-29.2015.4.01.3400


15563-29.2015.4.01.3400 AÇÃO ORDINÁRIA / TRIBUTÁRIA
46

AUTOR : MADERO MOVEIS LTDA


ADVOGADO : DF00036084 - LUIZA NASSER LOUREIRO
REU : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


Retorno dos autos do TRF/1ª Região. Dê-se vista às partes, pelo prazo de 05 (cinco) dias.

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Numeração única: 38473-94.2008.4.01.3400
2008.34.00.039053-7 AÇÃO ORDINÁRIA / SISTEMA FINANCEIRO DE HABITAÇÃO (SFH)

AUTOR : JOANA D ARC DE SA SAMPAIO


ADVOGADO : PA00008824 - CAROLINE IRIS PANTOJA WILLIAMS
REU : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
ADVOGADO : DF00013158 - ESTEFANIA GONCALVES BARBOSA COLMANETTI

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


(...) intime-se a Ré para requerer o que entender de direito. Advirto que caso haja interesse em requerer o cumprimento
da sentença o pedido deverá ser realizado diretamente no sistema do Processo Judicial Eletrônico - PJe, nos termo do
art. 13 da Portaria PRESI - 8016281. Intime-se.
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Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
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49

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50

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
51

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
52

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53

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54

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55

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56

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57

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58

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59

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
60

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
61

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Diário Eletrônico da Justiça Federal da 1ª Região - eDJF1

Seção Judiciária do Distrito Federal


Lei 13.105, de 16 de março de 2015. Art. 224 Salvo disposição em contrário, os prazos serão contados excluindo o dia do começo e incluindo o dia do vencimento.
§ 1º Os dias do começo e do vencimento do prazo serão protraídos para o primeiro dia útil seguinte, se coincidirem com dia em que o expediente
forense for encerrado antes ou iniciado depois da hora normal ou houver indisponibilidade da comunicação eletrônica.
§ 2º Considera-se como data de publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico.
§ 3º A contagem do prazo terá início no primeiro dia útil que seguir ao da publicação.

e-DJF1 Ano XI / N. 210 Caderno Judicial Disponibilização: 07/11/2019

14ª Vara Cível - SJDF


62

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA
Seção Judiciária do Distrito Federal - 14ª Vara Federal Cível da SJDF

Juiz Titular : WALDEMAR CLÁUDIO DE CARVALHO

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Juiz Substituto : EDUARDO SANTOS DA ROCHA PENTEADO

Dir. Secret. : LEONARDO DE OLIVEIRA MOREIRA

AUTOS COM () SENTENÇA (X) DECISÃO ()DESPACHO () ATO ORDINATÓRIO

1006094-97.2019.4.01.3400 - PRODUÇÃO ANTECIPADA DA PROVA (193) - PJe

REQUERENTE: UNIAO FEDERAL

REQUERIDO: SANTA LAURA CONSTRUTORA LTDA - ME

Não há advogado constituído nos autos

O Exmo. Sr. Juiz exarou :


Dar ciência acerca da perícia marcada pelo perito a ser realizada no dia 02/12/2019, Segunda-Feira, às 13:00h, na sala 508,
localizada no 5º andar do Bloco "A" do Edifício Sede do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, Praça Municipal, Lote
1, Brasília-DF.
63

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA
Seção Judiciária do Distrito Federal - 14ª Vara Federal Cível da SJDF

Juiz Titular : WALDEMAR CLÁUDIO DE CARVALHO

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Juiz Substituto : EDUARDO SANTOS DA ROCHA PENTEADO

Dir. Secret. : LEONARDO DE OLIVEIRA MOREIRA

AUTOS COM () SENTENÇA () DECISÃO ()DESPACHO () ATO ORDINATÓRIO

1006094-97.2019.4.01.3400 - PRODUÇÃO ANTECIPADA DA PROVA (193) - PJe

REQUERENTE: UNIAO FEDERAL

REQUERIDO: BMS ENGENHARIA LTDA - CNPJ: 10.343.281/0001-39

Não há advogado constituído nos autos

O Exmo. Sr. Juiz exarou :

Dar ciência acerca da perícia marcada pelo perito a ser realizada no dia 02/12/2019, Segunda-Feira, às 13:00h, na sala 508,
localizada no 5º andar do Bloco "A" do Edifício Sede do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, Praça Municipal, Lote
1, Brasília-DF.
64

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL-14ª VARA - BRASÍLIA

Juiz Titular : DR. WALDEMAR CLAUDIO DE CARVALHO


Juiz Substit. : DR. EDUARDO SANTOS DA ROCHA PENTEADO
Dir. Secret. : LEONARDO DE OLIVEIRA MOREIRA

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
EXPEDIENTE DO DIA 06 DE NOVEMBRO DE 2019

Atos do Exmo. : DR. WALDEMAR CLAUDIO DE CARVALHO

AUTOS COM ATO ORDINATÓRIO

No(s) processo(s) abaixo relacionado(s)

Numeração única: 25757-06.2006.4.01.3400


2006.34.00.026414-8 CUMPRIMENTO DE SENTENCA

EXQTE : DORIVAL FREITAS QUEIROZ E OUTROS


ADVOGADO : DF00002787 - IVO EVANGELISTA DE AVILA
ADVOGADO : DF00031766 - CAROLINE DANTE RIBEIRO
EXCDO : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


...CIÊNCIA DOS CÁLCULOS....

Numeração única: 36964-94.2009.4.01.3400


2009.34.00.037906-2 EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA PÚBLICA

EXQTE : CENTRAIS ELETRICAS BRASILEIRAS S/A


ADVOGADO : RJ00116830 - LIANA FERNANDES DE JESUS
ADVOGADO : DF00016537 - CESAR VILAZANTE CASTRO
EXCDO : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


...CIÊNCIA DA(S) RPV(S) EXPEDIDA(S)...

Numeração única: 35262-45.2011.4.01.3400


35262-45.2011.4.01.3400 AÇÃO ORDINÁRIA / TRIBUTÁRIA

AUTOR : CLEONICE MARIA HONORIO BOROSKI


ADVOGADO : DF00033563 - ALEXANDRE OLTRAMARI
REU : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


...CIÊNCIA DA(S) RPV(S) EXPEDIDA(S)...

Numeração única: 19286-81.2000.4.01.3400


2000.34.00.019307-9 MANDADO DE SEGURANÇA INDIVIDUAL

IMPTE : IPEOMNI INCORPORACAO E CONSTRUCAO LTDA E OUTRO


ADVOGADO : DF00044393 - THIAGO PIMENTEL DO NASCIMENTO
65

ADVOGADO : DF00011161 - ANDREIA MORAES DE OLIVEIRA MOURAO


IMPDO : DELEGADO DA RECEITA FEDERAL NO DISTRITO FEDERAL

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


DÊ VISTA A IMPETRANTE DA PETIÇÃO DE FLS. 272/277, PELO PRAZO DE 10 (DEZ) DIAS.

Numeração única: 7441-22.2018.4.01.3400


7441-22.2018.4.01.3400 CUMPRIMENTO DE SENTENCA/DESMEMBRA

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
EXQTE : HELCIO MOREIRA DE MATTOS E OUTROS
ADVOGADO : DF00009930 - ANTONIO TORREAO BRAZ FILHO
ADVOGADO : DF00050150 - MARIANA FERNANDES
ADVOGADO : DF00029363 - CAMILA TIBURTINO ALVES DE SENA
EXCDO : ADVOCACIA GERAL DA UNIAO

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


DÊ VISTA AOS EXEQUENTES DA PETIÇÃO DE FLS. 256/292, PELO PRAZO DE 10 (DEZ) DIAS.

Numeração única: 22768-56.2008.4.01.3400


2008.34.00.022864-2 CUMPRIMENTO PROVISÓRIO DE SENTENÇA

AUTOR : DINA PINHEIRO ALVES E OUTROS


ADVOGADO : DF0001777A - PEDRO PAULO CASTELO BRANCO COELHO
REU : UNIAO FEDERAL

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


DÊ VISTA AOS EXEQUENTES DO OFÍCIO DE FLS. 1.333/1.335, PELO PRAZO DE 10 (DEZ) DIAS.

Numeração única: 11427-62.2010.4.01.3400


11427-62.2010.4.01.3400 CUMPRIMENTO DE SENTENCA/DESMEMBRA

EXQTE : JOSE CASEMIRO BELTRAO DA SILVA E OUTROS


ADVOGADO : PR00011852 - CIRO CECCATTO
EXCDO : UNIAO

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


...CIÊNCIA DAS RPV(S) EXPEDIDA(S)...
66

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL-14ª VARA - BRASÍLIA

Juiz Titular : DR. WALDEMAR CLAUDIO DE CARVALHO


Juiz Substit. : DR. EDUARDO SANTOS DA ROCHA PENTEADO
Dir. Secret. : LEONARDO DE OLIVEIRA MOREIRA

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
EXPEDIENTE DO DIA 06 DE NOVEMBRO DE 2019

Atos do Exmo. : DR. WALDEMAR CLAUDIO DE CARVALHO

AUTOS COM DESPACHO

No(s) processo(s) abaixo relacionado(s)

Numeração única: 17204-28.2010.4.01.3400


17204-28.2010.4.01.3400 CUMPRIMENTO DE SENTENCA/DESMEMBRA

EXQTE : VENICIO AUGUSTO FRANCISCO E OUTROS


ADVOGADO : PR00011852 - CIRO CECCATTO
EXCDO : UNIAO

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


...VISTA ÀS PARTES PELO PRAZO DE 05 (CINCO) DIAS...

Numeração única: 11457-97.2010.4.01.3400


11457-97.2010.4.01.3400 CUMPRIMENTO DE SENTENCA/DESMEMBRA

EXQTE : JADYR DE PAULA LACERDA E OUTROS


ADVOGADO : PR00011852 - CIRO CECCATTO
EXCDO : UNIAO

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


...VISTA ÀS PARTES PELO PRAZO DE 05 (CINCO) DIAS...

Numeração única: 17094-29.2010.4.01.3400


17094-29.2010.4.01.3400 CUMPRIMENTO DE SENTENCA/DESMEMBRA

EXQTE : YOLANDA ALVIM ZORZETO E OUTROS


ADVOGADO : PR00011852 - CIRO CECCATTO
EXCDO : UNIAO

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


...VISTA ÀS PARTES PELO PRAZO DE 05 (CINCO) DIAS...

Numeração única: 7426-53.2018.4.01.3400


7426-53.2018.4.01.3400 CUMPRIMENTO DE SENTENCA/DESMEMBRA

EXQTE : MARIA DE JESUS MATOS DA SILVA E OUTROS


ADVOGADO : DF0001120A - MARCELLO LAVENERE MACHADO
ADVOGADO : DF00017803 - RODRIGO BRANDAO LAVENERE MACHADO
EXCDO : INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZACAO E REFORMA AGRARIA INCRA
67

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


...VISTA ÀS PARTES PELO PRAZO DE 05 (CINCO) DIAS...

Numeração única: 11447-53.2010.4.01.3400


11447-53.2010.4.01.3400 CUMPRIMENTO DE SENTENCA/DESMEMBRA

EXQTE : NELSON ADUA E OUTROS


ADVOGADO : PR00011852 - CIRO CECCATTO

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
EXCDO : UNIAO

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


...VISTA ÀS PARTES PELO PRAZO DE 05 (CINCO) DIAS...

Numeração única: 17229-41.2010.4.01.3400


17229-41.2010.4.01.3400 CUMPRIMENTO DE SENTENCA/DESMEMBRA

EXQTE : APARECIDA KIMIKO MAKIUCHI NEGANO E OUTROS


ADVOGADO : PR00011852 - CIRO CECCATTO
EXCDO : UNIAO

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


...VISTA ÀS PARTES PELO PRAZO DE 05 (CINCO) DIAS...

Numeração única: 23451-25.2010.4.01.3400


23451-25.2010.4.01.3400 CUMPRIMENTO DE SENTENCA/DESMEMBRA

EXQTE : CLOVIS DANILO FROEMMING E OUTROS


ADVOGADO : PR00011852 - CIRO CECCATTO
EXCDO : UNIAO (FAZENDA NACIONAL)

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


...VISTA ÀS PARTES PELO PRAZO DE 05 (CINCO) DIAS...

Numeração única: 17144-55.2010.4.01.3400


17144-55.2010.4.01.3400 CUMPRIMENTO DE SENTENCA/DESMEMBRA

EXQTE : MARILENE DE SOUZA E OUTROS


ADVOGADO : PR00011852 - CIRO CECCATTO
EXCDO : UNIAO

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


I - Intimem-se os exequentes para requererem o que entendem por direito, no prazo de 10 (dez) dias. II – Nada sendo
requerido, expeçam-se os requisitórios conforme valor homologado (planilhas de fl. 855 para a exequente Nadir Xavier
Coldebella, de fls. 33/37 para a exequente Niura da Silva Lacerda e de fl. 835 para os demais), utilizando-se como data
base a data de atualização dos cálculos, 06/2009. Após, dê-se vista às partes. Sem impugnações, remetam-se os
expedientes para o TRF da 1ª Região e suspenda-se o feito até o pagamento.

Numeração única: 17149-77.2010.4.01.3400


17149-77.2010.4.01.3400 CUMPRIMENTO DE SENTENCA/DESMEMBRA

EXQTE : GLADSTONE GERALDO E OUTROS


ADVOGADO : PR00011852 - CIRO CECCATTO
EXCDO : UNIAO

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


I - Intimem-se os exequentes para requererem o que entendem por direito, no prazo de 10 (dez) dias. II – Nada sendo
68

requerido, expeçam-se os requisitórios conforme valor homologado (planilha de fl. 492), utilizando-se como data base a
data de atualização dos cálculos, 10/2009. Após, dê-se vista às partes. Sem impugnações, remetam-se os expedientes
para o TRF da 1ª Região e suspenda-se o feito até o pagamento.

Numeração única: 23372-46.2010.4.01.3400


23372-46.2010.4.01.3400 CUMPRIMENTO DE SENTENCA/DESMEMBRA

EXQTE : GIL JESUS VALE DE CARVALHO E OUTROS


ADVOGADO : PR00011852 - CIRO CECCATTO

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
EXCDO : UNIAO (FAZENDA NACIONAL)

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


I - Intimem-se os exequentes para requererem o que entendem por direito, no prazo de 10 (dez) dias. II – Nada sendo
requerido, expeçam-se os requisitórios conforme valor homologado (planilha de fl. 481/482), utilizando-se como data
base a data de atualização dos cálculos, 02/2010. Após, dê-se vista às partes. Sem impugnações, remetam-se os
expedientes para o TRF da 1ª Região e suspenda-se o feito até o pagamento.

Numeração única: 23475-53.2010.4.01.3400


23475-53.2010.4.01.3400 CUMPRIMENTO DE SENTENCA/DESMEMBRA

EXQTE : LEONI OLGA DA CUNHA E OUTROS


ADVOGADO : PR00011852 - CIRO CECCATTO
EXCDO : UNIAO (FAZENDA NACIONAL)

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


I - Intimem-se os exequentes para requererem o que entendem por direito, no prazo de 10 (dez) dias. II – Nada sendo
requerido, expeçam-se os requisitórios conforme valor homologado (planilha de fl. 705), utilizando-se como data base a
data de atualização dos cálculos, 06/2009. Após, dê-se vista às partes. Sem impugnações, remetam-se os expedientes
para o TRF da 1ª Região e suspenda-se o feito até o pagamento.

Numeração única: 28105-70.2001.4.01.3400


2001.34.00.028161-4 AÇÃO ORDINÁRIA / OUTRAS

AUTOR : CLINICA SAO CAMILO DE LELIS LTDA


ADVOGADO : DF0001432A - VANY ROSSELINA GIORDANO
REU : UNIAO FEDERAL

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


Defiro o pedido de desarquivamento. Intime-se a parte interessada. Prazo: 5 (cinco) dias. Nada requerido, retornem os
autos ao arquivo.

Numeração única: 25981-17.2001.4.01.3400


2001.34.00.026033-3 CUMPRIMENTO DE SENTENCA

EXQTE : SINDICATO DAS EMPRESAS DE ASSEIO E CONSERVACAO DO ESTADO DO CEARA - SEACEC


E OUTRO
ADVOGADO : DF00012099 - LIRIAN SOUSA SOARES CAVALHERO
EXCDO : CAIXA ECNOMOMICA FEDERAL CEF
EXCDO : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVOGADO : MG00085542 - ROGERIO ALVES DANTAS

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


Tendo em vista a juntada de fl. 490 que demonstra a existência de saldo na conta judicial nº 3911.005.850354-2,
vinculada a este processo, intimem-se as partes para requererem o que entender de direito no prazo de 10 (dez) dias.
Decorrido o prazo, retornem os autos conclusos. Intimem-se. Cumpra-se.

Numeração única: 30648-12.2002.4.01.3400


2002.34.00.030712-5 AÇÃO ORDINÁRIA / TRIBUTÁRIA
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AUTOR : ANTONIO PAULO HENRIQUE E OUTROS


ADVOGADO : DF00002787 - IVO EVANGELISTA DE AVILA
REU : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


...PRESTADA AS INFORMAÇÕES, DÊ-SE VISTA AOS EXEQUENTES PELO PRAZO DE 10(DEZ) DIAS. SEM
MANIFESTAR, AO ARQUIVO. ..CUMPRA-SE.

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Numeração única: 27083-06.2003.4.01.3400
2003.34.00.027103-6 LIQUIDAÇÃO POR ARBITRAMENTO

EXQTE : AYLTON JOSE FIGUEIRA E OUTROS


ADVOGADO : SP00165826 - CARLA SOARES VICENTE
ADVOGADO : DF00028563 - ROBERTO MOHAMED AMIN JUNIOR
EXCDO : UNIAO FEDERAL

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


Tendo em vista o decurso de prazo das decisões de fls. 1.387/1.399 e 1.412 certificado à fl. 1.418, os autos deverão
aguardar no arquivo o impulso processual das partes. Intimem-se. Cumpra-se.

Numeração única: 37099-53.2002.4.01.3400


2002.34.00.037168-6 EMBARGOS À EXECUÇÃO

EMBTE : UNIAO FEDERAL


PROCUR : - ISRAEL PINHEIRO TORRES JUNIOR
PROCUR : - HUGO MARCELINO DA SILVA
EMBDO : DESTILARIA VALE DO TIETE SA DESTIVALE
ADVOGADO : SP00020309 - HAMILTON DIAS DE SOUZA

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


...INTIME-SE A INTERESSADA. PRAZO: 5 DIAS, SEM MAANIFESTAR AO ARQUIVO,,,

Numeração única: 23276-31.2010.4.01.3400


23276-31.2010.4.01.3400 CUMPRIMENTO DE SENTENCA/DESMEMBRA

EXQTE : FLAVIA MARIA DA ROCHA MEDRADO E OUTROS


ADVOGADO : DF00002787 - IVO EVANGELISTA DE AVILA
ADVOGADO : DF00032189 - JORGE AUGUSTO MOLINA
ADVOGADO : DF00019616 - ROSANA RIBEIRO JACOME
ADVOGADO : DF00031766 - CAROLINE DANTE RIBEIRO
EXCDO : UNIAO ( FAZENDA NACIONAL)

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


...INTIME-SE...

Numeração única: 10959-06.2007.4.01.3400


2007.34.00.011030-1 EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA PÚBLICA

EXQTE : ESPOLIO DE JOAO RODRIGUES DE SANTANA


ADVOGADO : DF00019623 - FLAVIA NAVES SANTOS PENA
EXCDO : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
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O Exmo. Sr. Juiz exarou:


...VISTA AO EXECUTADO PELO PRAZO DE 05 (CINCO) DIAS....

Numeração única: 1569-02.2013.4.01.3400


1569-02.2013.4.01.3400 EMBARGOS À EXECUÇÃO

EMBTE : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)


EMBDO : SONIA MARIA LIMA SAO PEDRO PEIXOTO
EMBDO : OLDEMAR WALTER LINDORFER

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
EMBDO : LINEU ALVES CAVALCANTE
EMBDO : IVAN BARBOSA DA SILVA
EMBDO : CELSO GONCALVES TROIANO
ADVOGADO : DF00002787 - IVO EVANGELISTA DE AVILA
ADVOGADO : DF00031766 - CAROLINE DANTE RIBEIRO

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


Tendo em vista o trânsito em julgado, trasladem-se as principais peças para os autos da ação de cumprimento de
sentença, que deverão vir conclusos. As Portarias PRESI 8016281 de 24/04/2019 e PRESI/COGER 8768958 de
30/08/2019 regulamentaram os procedimentos relacionados ao sistema de Processo Judicial Eletrônico – PJE,
instituindo as diretrizes para digitalização dos processos físicos em tramitação no 1º grau de jurisdição e sua inserção
no Sistema PJe. Assim, eventuais cumprimentos de sentença deverão ser requeridos via sistema PJe.Intimem-se. Após,
remetam-se os autos ao arquivo com as cautelas de praxe.

Numeração única: 41602-83.2003.4.01.3400


2003.34.00.041650-0 EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA PÚBLICA

EXQTE : DELZY JOSE ALVES E OUTROS


ADVOGADO : DF00002787 - IVO EVANGELISTA DE AVILA
ADVOGADO : DF00019616 - ROSANA RIBEIRO JACOME
ADVOGADO : DF00031766 - CAROLINE DANTE RIBEIRO
EXCDO : UNIAO FEDERAL FAZENDA NACIONAL

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


...VISTA ÀS PARTES...

Numeração única: 35745-51.2006.4.01.3400


2006.34.00.036756-0 AÇÃO ORDINÁRIA / SERVIÇOS PÚBLICOS

AUTOR : MARIA FLAVIA GADONI COSTA TALLE


ADVOGADO : DF00048269 - BRENO VALADARES DOS ANJOS
REU : AGENCIA NACIONAL DE VIGILANCIA SANITARIA - ANVISA

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


...INTIME-SE AS PARTES DO RETORNO DOS AUTOS A ESTA INSTÂNCIA. SEM MANIFESTAR, AO ARQUIVO.
PRAZO DE 05 (CINCO) DIAS...

Numeração única: 41638-86.2007.4.01.3400


2007.34.00.041906-9 AÇÃO ORDINÁRIA / SISTEMA HIPOTECÁRIO

AUTOR : JOAO BATISTA MARTINS


ADVOGADO : DF00008940 - JOSE IDEMAR RIBEIRO
ADVOGADO : DF00022748 - ANDERSON DE ALMEIDA FREITAS
REU : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
TER.INT. : CELSO VIEIRA DE MOURA
ADVOGADO : DF00021547 - ANTONIO FRANCISCO VIERA DA SILVA
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O Exmo. Sr. Juiz exarou:


DEFIRO O PEDIDO DE DESARQUIVAMENTO. INTIME-SE A PARTE INTERESSADA. PRAZO: 5 DIAS. SEM
MANIFESTAR AO ARQUIVO

Numeração única: 19045-68.2004.4.01.3400


2004.34.00.019086-3 CUMPRIMENTO DE SENTENCA

EXQTE : MARLENE LORENZO E OUTROS

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
EXQTE : MARLENE LORENZO E OUTROS
EXQTE : DANIEL LEOPOLDO DO NASCIMENTO
ADVOGADO : DF00006102 - ALZIR LEOPOLDO DO NASCIMENTO
ADVOGADO : DF00015130 - DANIEL LEOPOLDO DO NASCIMENTO
EXCDO : UNIAO FEDERAL

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


Fls. 603/604: Indefiro o pedido do exequente, uma vez que não foi indicado a conta de titularidade do exequente,
conforme determinado no provimento de fl. 599, mas tão somente conta bancária do advogado. Cumpra-se estritamente
ao que fora determinado anteriormente por este Juízo. Caso contrário, façam-me os autos conclusos para deliberação.
Intime-se.

Numeração única: 69186-71.2016.4.01.3400


69186-71.2016.4.01.3400 BUSCA E APREENSAO EM ALIENACAO FIDUCIARIA

AUTOR : CAIXA ECONOMICA FEDERAL


ADVOGADO : DF00044168 - ANDRE LUIZ SANTOS DURAES
RÉU : MARCUS VINICIUS RODRIGUES DE ASSIS
ADVOGADO : DF00030900 - PAULO MARCAL
ADVOGADO : DF00039664 - LEONARDO MORENO GENTILIN DE MENEZES
ADVOGADO : DF00034866 - HEMILENY LEONEL DA SILVA

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


Tendo em vista a ausência de manifestação do executado tanto no acordo proposto em audiência (fl. 107), bem como
na proposta da exequente de fl. 109, a execução deve ter retomado seu curso normal. Assim, intime-se a exequente
para requerer o que entender de direito no prazo de 10 (dez) dias. As Portarias PRESI 8016281 de 24/04/2019 e
PRESI/COGER 8768958 de 30/08/2019 regulamentaram os procedimentos relacionados ao sistema de Processo
Judicial Eletrônico – PJE, instituindo as diretrizes para digitalização dos processos físicos em tramitação no 1º grau de
jurisdição e sua inserção no Sistema PJe. Assim, caso a exequente venha a requerer o cumprimento de sentença,
deverá proceder ao peticionamento via sistema PJE, devidamente instruído com todas as peças já existentes
nestes autos. Arquivem-se os presentes autos físicos, com as cautelas de praxe. Intimem-se. Cumpra-se.

Numeração única: 53518-36.2011.4.01.3400


53518-36.2011.4.01.3400 AÇÃO ORDINÁRIA / TRIBUTÁRIA

AUTOR : JOAO HERMAN DUARTE SAMPAIO JUNIOR


ADVOGADO : MG00092772 - ERICO MARTINS DA SILVA
REU : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


A Fazenda comunica a interposição de agravo de instrumento em face da decisão de fl. 308, requerendo seja exercido
juízo de retração. A decisão atacada deferiu o levantamento do depósito judicial em favor da autora pelos motivos nela
expostos. Assim, nada a prover quanto ao pedido de reconsideração, mantendo a decisão por seus próprios
fundamentos. Os autos deverão ser suspensos até que seja julgado o recurso. Intimem-se. Cumpra-se.

Numeração única: 17995-46.2000.4.01.3400


2000.34.00.018012-4 CUMPRIMENTO DE SENTENCA
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EXQTE : JOSE SORACE NETO E OUTROS


EXQTE : JOSE SORACE NETO E OUTROS
EXQTE : IVO EVANGELISTA DE AVILA E OUTRO
ADVOGADO : DF00002787 - IVO EVANGELISTA DE AVILA
ADVOGADO : DF00031766 - CAROLINE DANTE RIBEIRO
EXCDO : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
O Exmo. Sr. Juiz exarou:
Defiro o pedido de dilação de prazo por 10 (dez) dias. Anotem-se as procurações de fls. 693/695. Intimem-se os
interessados . Após, cumpra-se o que couber na decisão de fl. 675

Numeração única: 25733-75.2006.4.01.3400


2006.34.00.026390-3 CUMPRIMENTO DE SENTENCA

EXQTE : ARI FIEGENBAUM E OUTROS


EXQTE : ARI FIEGENBAUM E OUTROS
EXQTE : TERESA MARLUCE PASSOS CANDIDO E OUTROS
ADVOGADO : DF00002787 - IVO EVANGELISTA DE AVILA
ADVOGADO : DF00015881 - PATRICIA HELENA AGOSTINHO MARTINS
ADVOGADO : DF00032189 - JORGE AUGUSTO MOLINA
ADVOGADO : DF00019616 - ROSANA RIBEIRO JACOME
ADVOGADO : DF00026192 - CARINA RIBEIRO LIMA
ADVOGADO : DF00031766 - CAROLINE DANTE RIBEIRO
EXCDO : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


Defiro o pedido de desarquivamento. Proceda-se a juntada do comprovante de que os valores constante na
RPV nº. 224/2015 expedida em nome de Francisco das Chagas Silva transferido para conta única do Tesouro Nacional.
Após, considerando o item 09, inciso IV da escritura de inventário e partilha do espólio de Francisco das Chagas Silva
juntada às fls. 779/783, proceda-se a expedição da RPV em nome da meeira Maria dos Remédios Rodrigues Silva.
Após, dê-se vista às partes e, não havendo impugnação, proceda-se a migração da referida RPV para TRF1 e
suspenda-se a tramitação do feito até a disponibilização dos ofícios de depósito.

Numeração única: 28586-18.2010.4.01.3400


28586-18.2010.4.01.3400 AÇÃO ORDINÁRIA / TRIBUTÁRIA

AUTOR : PAULO CESAR CAIXETA DUARTE E OUTROS


ADVOGADO : MG00064029 - MARIA INES CALDEIRA PEREIRA DA SILVA MURGEL
REU : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


DÊ-SE VISTA AOS AUTORES DA INFORMAÇÃO DE FOLHAS 860/561.

Numeração única: 40196-07.2015.4.01.3400


40196-07.2015.4.01.3400 AÇÃO ORDINÁRIA / TRIBUTÁRIA

AUTOR : MARCOS ANTONIO BIFFI


ADVOGADO : DF00032954 - LUCAS SAHAO TURQUINO
REU : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


1. Intimem-se as partes do retorno dos autos a esta instância. 2. Se não requerida, em 05 (cinco) dias, a liquidação ou o
cumprimento do título judicial – únicas fases do processo previstas em lei após o trânsito em julgado –, arquivem-se.
3. Desde já, indefiro eventual pedido de prorrogação, pois o Código de Processo Civil em vigor não mais exige a espera
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dos autos em Secretaria por prazo mínimo, tal como antes previsto no § 5º do art. 475-J do diploma revogado.
4. A Portaria PRESI 8016281 de 24/04/2019 regulamentou os procedimentos relacionados ao sistema de Processo
Judicial Eletrônico – PJE, determinando que todos os requerimentos de cumprimento de sentença referentes a
processos físicos devem ser protocolados via sistema PJE (Art. 13). 5. Assim, eventual peticionamento do cumprimento
de sentença deverá ocorrer via sistema PJE, comprovando nestes autos a diligência.

Numeração única: 34831-94.2000.4.01.3400


2000.34.00.035326-8 CUMPRIMENTO DE SENTENCA

EXQTE : MALSIDE RIBEIRO DOS SANTOS

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
EXCDO : UNIAO FEDERAL

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


DEFIRO O PEDIDO DE DESARQUIVAMENTO. PRAZO 5 DIAS. SEM MANIFESTAR, RETORNE AO ARUIVO

Numeração única: 2660-93.2014.4.01.3400


2660-93.2014.4.01.3400 CUMPRIMENTO PROVISÓRIO DE SENTENÇA

EXQTE : IRENE MALCHER CORREA E OUTROS


ADVOGADO : DF0001672A - SOLANGE MARIA DE CARVALHO CAVALCANTE
ADVOGADO : DF0001666A - JEOVAM LEMOS CAVALCANTE
EXCDO : UNIAO FEDERAL

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


A executada comunica a interposição de agravo de instrumento em face da decisão de fl. 339, requerendo seja exercido
juízo de retratação. Nada a prover. Mantenho a decisão por seus próprios fundamentos. Tendo em vista o objeto do
agravo atacar questão acerca da legitimidade do Sindicato substituto, os autos deverão ser suspensos até o julgamento
definitivo do recurso. Intimem-se. Cumpra-se.

Numeração única: 68359-94.2015.4.01.3400


68359-94.2015.4.01.3400 CUMPRIMENTO DE SENTENCA/DESMEMBRA

EXQTE : ZULMIRA BARBIRATO MARCOLINO


ADVOGADO : DF00018841 - LINO DE CARVALHO CAVALCANTE
EXCDO : UNIAO FEDERAL

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


Chamo o feito à ordem. No despacho de fl. 136, determinei a expedição da requisição de pagamento referente ao valor
incontroverso em favor da exequente. Compulsando os autos, contudo, verifica-se que a requisição já foi devidamente
expedida e paga, conforme ofício de fl. 130. Assim, torno sem efeito o despacho de fl. 136. Defiro o pedido de vista dos
autos fora do Cartório, formulado à fl. 135, pela exequente. Após, suspenda-se o curso deste processo até o julgamento
do agravo de instrumento interposto pela executada (fls. 109/116). Intimem-se. Cumpra-se.

Numeração única: 7428-23.2018.4.01.3400


7428-23.2018.4.01.3400 CUMPRIMENTO DE SENTENCA/DESMEMBRA

EXQTE : ANGELICA MARIA DE ALMEIDA SIQUEIRA E OUTROS


ADVOGADO : DF0001120A - MARCELLO LAVENERE MACHADO
ADVOGADO : DF00017803 - RODRIGO BRANDAO LAVENERE MACHADO
EXCDO : INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZACAO E REFORMA AGRARIA INCRA

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


INTIMEM-SE OS EXEQUENTES ACERCA DOS OFÍCIOS DE DEPÓSITOS JUNTADOS ÀS FOLHAS 252/255. APÓS,
SUSPENDA-SE O FEITO.

Atos do Exmo. : DR. EDUARDO SANTOS DA ROCHA PENTEADO


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AUTOS COM DESPACHO

No(s) processo(s) abaixo relacionado(s)

Numeração única: 24994-34.2008.4.01.3400


2008.34.00.025101-5 CUMPRIMENTO DE SENTENCA/DESMEMBRA

EXQTE : CELIA DAER DE FARIA E OUTROS


ADVOGADO : PR00011852 - CIRO CECCATTO

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
EXCDO : UNIAO (FAZENDA NACIONAL)

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


...vista as partes pelo prazo de 05 (cinco) dias...

Numeração única: 11420-70.2010.4.01.3400


11420-70.2010.4.01.3400 CUMPRIMENTO DE SENTENCA/DESMEMBRA

EXQTE : ANA MARIA FERRARI DA SILVA E OUTROS


ADVOGADO : PR00011852 - CIRO CECCATTO
EXCDO : UNIAO

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


...vista as partes pelo prazo de 05 (cinco) dias...

Numeração única: 17089-07.2010.4.01.3400


17089-07.2010.4.01.3400 CUMPRIMENTO DE SENTENCA/DESMEMBRA

EXQTE : ALEXANDRE NEY DIAS DE CARVALHO E OUTROS


ADVOGADO : PR00011852 - CIRO CECCATTO
EXCDO : UNIAO

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


...vista as partes pelo prazo de 05 (cinco) dias...

Numeração única: 17090-89.2010.4.01.3400


17090-89.2010.4.01.3400 CUMPRIMENTO DE SENTENCA/DESMEMBRA

EXQTE : RAIMUNDO ROCHA SERPAS E OUTROS


ADVOGADO : PR00011852 - CIRO CECCATTO
EXCDO : UNIAO

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


...vista as partes pelo prazo de 05 (cinco) dias...

Numeração única: 17123-79.2010.4.01.3400


17123-79.2010.4.01.3400 CUMPRIMENTO DE SENTENCA/DESMEMBRA

EXQTE : MARIA LUCIA DA CUNHA SANTOS ARAUJO E OUTROS


ADVOGADO : PR00011852 - CIRO CECCATTO
EXCDO : UNIAO

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


...vista as partes pelo prazo de 05 (cinco) dias...

Numeração única: 17165-31.2010.4.01.3400


17165-31.2010.4.01.3400 CUMPRIMENTO DE SENTENCA/DESMEMBRA
75

EXQTE : ROSA MARIA QUEIROZ FUZARO DOS SANTOS E OUTROS


ADVOGADO : PR00011852 - CIRO CECCATTO
EXCDO : UNIAO

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


...vista as partes pelo prazo de 05 (cinco) dias...

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Numeração única: 17205-13.2010.4.01.3400
17205-13.2010.4.01.3400 CUMPRIMENTO DE SENTENCA/DESMEMBRA

EXQTE : MARIA AMALIA DE AQUINO MORCATTI E OUTROS


ADVOGADO : PR00011852 - CIRO CECCATTO
EXCDO : UNIAO

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


...vista as partes pelo prazo de 05 (cinco) dias...

Numeração única: 17210-35.2010.4.01.3400


17210-35.2010.4.01.3400 CUMPRIMENTO DE SENTENCA/DESMEMBRA

EXQTE : JOSE ALFREDO FERRARI E OUTROS


ADVOGADO : PR00011852 - CIRO CECCATTO
EXCDO : UNIAO

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


...vista as partes pelo prazo de 05 (cinco) dias...

Numeração única: 23393-22.2010.4.01.3400


23393-22.2010.4.01.3400 CUMPRIMENTO DE SENTENCA/DESMEMBRA

EXQTE : EDO EDELBERTO DYCK E OUTROS


ADVOGADO : PR00011852 - CIRO CECCATTO
EXCDO : UNIAO (FAZENDA NACIONAL)

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


...vista as partes pelo prazo de 05 (cinco) dias...

Numeração única: 23423-57.2010.4.01.3400


23423-57.2010.4.01.3400 CUMPRIMENTO DE SENTENCA/DESMEMBRA

EXQTE : MAIA FURUKAWA ENDO E OUTROS


ADVOGADO : PR00011852 - CIRO CECCATTO
EXCDO : UNIAO (FAZENDA NACIONAL)

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


...vista as partes pelo prazo de 05 (cinco) dias...

Numeração única: 23450-40.2010.4.01.3400


23450-40.2010.4.01.3400 CUMPRIMENTO DE SENTENCA/DESMEMBRA

EXQTE : CLEIDE COSTA FERNANDES GRANJA E OUTROS


ADVOGADO : PR00011852 - CIRO CECCATTO
EXCDO : UNIAO (FAZENDA NACIONAL)
76

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


...vista as partes pelo prazo de 05 (cinco) dias...

Numeração única: 8210-21.2004.4.01.3400


2004.34.00.008229-1 CAUTELAR INOMINADA

REQTE. : MERCIA RABELLO MADSEN


ADVOGADO : DF0001441A - JOSE EYMARD LOGUERCIO

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
REQDO. : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
REQDO. : SEPROS FUNDO MULTIPATROCINADO
ADVOGADO : DF00045861 - CRISTIANE DE CASTRO FONSECA DA CUNHA

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


...Vista ao autor. Prazo de 10(dez) dias...

Numeração única: 77203-96.2016.4.01.3400


77203-96.2016.4.01.3400 AÇÃO ORDINÁRIA / PREVIDENCIÁRIA / REVISAO DE BENEFICIO

AUTOR : JOSE BEZERRA DE ASSIS


ADVOGADO : DF00040311 - EMANUEL MEDEIROS ALCANTARA FILHO
REU : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


...VISTA ÀS PARTES PELO PRAZO DE 10 (DEZ) DIAS...

Numeração única: 15553-97.2006.4.01.3400


2006.34.00.015723-2 CUMPRIMENTO DE SENTENCA

EXQTE : PAULO VENTURA RAMOS


ADVOGADO : RJ00089365 - JOSE BEZERRA DA SILVA
EXCDO : UNIAO FEDERAL

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


...VISTA AO EXEQUENTE DA CERTIDÃO DE FL. 177. SUSPENDA-SE O FEITO. INTIME-SE

Numeração única: 69983-18.2014.4.01.3400


69983-18.2014.4.01.3400 AÇÃO ORDINÁRIA / SERVIÇOS PÚBLICOS

AUTOR : FERNANDO DA COSTA


ADVOGADO : DF00039232 - LEONARDO DA COSTA
ADVOGADO : PR00030125 - JULIANA BARBAR DE CARVALHO
REU : UNIAO FEDERAL
REU : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE - FUNASA

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


...SUSPENDA-SE A TRAMITAÇÃO DO FEITO...INTIME-SE.

Numeração única: 40069-55.2004.4.01.3400


2004.34.00.049170-8 CUMPRIMENTO DE SENTENCA

EXQTE : PRYSMIAN ENERGIA CABOS E SISTEMAS DO BRASIL S.A


EXCDO : UNIAO FEDERAL FAZENDA NACIONAL
PROCUR : - FRANCISCO JOAQUIM DE SOUSA NETO
77

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


I – Intimar a executada para se manifestar no prazo de 10 (dez) dias; II – Havendo concordância, proceder à expedição
da requisição de pagamento complementar, dando vista às partes pelo prazo de 05 (cinco) dias; III – Sem impugnação,
encaminhar as requisições ao TRF da 1ª Região, suspendendo o curso deste processo até o pagamento do requisitório.

Numeração única: 43273-05.2007.4.01.3400


2007.34.00.043555-3 MONITORIA

AUTOR : CAIXA ECONOMICA FEDERAL


ADVOGADO : SP00163607 - GUSTAVO OUVINHAS GAVIOLI

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
ADVOGADO : DF00043986 - GUSTAVO DAL BOSCO
ADVOGADO : DF00052672 - PATRICIA FREYER
ADVOGADO : SP00166349 - GIZA HELENA COELHO
RÉU : VILSON LIMIRIO
RÉU : VILSON LIMIRIO

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


...POR TODO O EXPOSTO, INDEFIRO O PEDIDO FL. 339....INTIME-SE
78

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL-14ª VARA - BRASÍLIA

Juiz Titular : DR. WALDEMAR CLAUDIO DE CARVALHO


Juiz Substit. : DR. EDUARDO SANTOS DA ROCHA PENTEADO
Dir. Secret. : LEONARDO DE OLIVEIRA MOREIRA

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
EXPEDIENTE DO DIA 06 DE NOVEMBRO DE 2019

Atos do Exmo. : DR. WALDEMAR CLAUDIO DE CARVALHO

AUTOS COM DECISÃO

No(s) processo(s) abaixo relacionado(s)

Numeração única: 32971-77.2008.4.01.3400


2008.34.00.033137-2 CUMPRIMENTO DE SENTENCA/DESMEMBRA

EXQTE : JANUARIO MENEZES BENTO E OUTROS


ADVOGADO : DF00016362 - MARIANA PRADO GARCIA DE QUEIROZ VELHO
EXCDO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


...VISTA ÀS PARTES PELO PRAZO DE 05 (CINCO) DIAS...

Numeração única: 13695-02.2004.4.01.3400


2004.34.00.013726-4 CUMPRIMENTO DE SENTENCA

EXQTE : UNIAO FEDERAL


EXCDO : JOAREZ SIMOES JUNIOR
EXCDO : LEONARDO DE SOUZA ANDRADE
EXCDO : FLAVIO SANTOS DE SOUZA
EXCDO : ALEXANDRE DE ANDRADE SAAR
EXCDO : FLAVIO DA SILVA
EXCDO : LUIZ CLAUDIO OLIVEIRA FERRARI
EXCDO : SERGIO TEIXEIRA FILHO
EXCDO : MARCELO JORGE MULLER COSTA
EXCDO : CRISTIANO DA SILVA RAIMUNDO
EXCDO : GERALDO LUIZ DA SILVA
ADVOGADO : RJ00079759 - JOSE DA SILVA GOMES
ADVOGADO : RJ00092217 - FREDERICO FELIPE NERY

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


...CIÊNCIA SOBRE A PESQUISA BACENJUD...

Numeração única: 26529-71.2003.4.01.3400


2003.34.00.026544-7 CUMPRIMENTO DE SENTENCA

EXQTE : JOSE CARNEIRO FILHO E OUTROS


EXCDO : UNIAO FEDERAL MIN DAS REL EXTERIORES
79

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


...EXCLUIR DA RELAÇÃO PROCESSUAL A EXEQUENTE SONIA MARIA REIS DE SOUZA E LUIZ CARLOS
MONTEIRO NOGUEIRA. SUSPENDER O FEITO ATÉ O JULGAMENTO DOS EMBARGOS. INTIMEM-SE

Numeração única: 22245-10.2009.4.01.3400


2009.34.00.022374-0 AÇÃO ORDINÁRIA / SERVIÇOS PÚBLICOS

AUTOR : MARIANA ALVES DE FARIAS


ADVOGADO : RJ00116636 - LEONARDO DE CARVALHO BARBOZA

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
REU : UNIAO FEDERAL

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


...Assim, determino que a executada proceda à matrícula da exequente no próximo curso de formação ao cargo de
Especialista em Assistência Penitenciária – Psicologia, bem como que a comunicação seja realizada nestes autos em
prazo razoável para que haja a devida intimação da autora acerca da data da apresentação. Intime-se. Cumpra-se. ..

Numeração única: 40621-54.2003.4.01.3400


2003.34.00.040667-8 CUMPRIMENTO DE SENTENCA

EXQTE : ASSOCIACAO DE PENSIONISTAS DAS FORCA ARMADAS E OUTROS


EXQTE : ASSOCIACAO DE PENSIONISTAS DAS FORCA ARMADAS E OUTROS
EXQTE : LUCIA VERCOSA CARVALHEIRA E OUTROS
ADVOGADO : RJ00091271 - MARCUS VINICIUS MORENO MARQUES DE OLIVEIRA
ADVOGADO : RJ00125318 - MARCO TULIO MORENO MARQUES DE OLIVEIRA
ADVOGADO : RJ00085600 - PAULA KIM RAFFAELE
ADVOGADO : SP00160413 - PAULO FERNANDO RODRIGUES
ADVOGADO : RJ00001721 - JOSE GREGORIO MARQUES
ADVOGADO : DF00004830 - OLIVEIRA BELCHIOR RIBEIRO
EXCDO : UNIAO FEDERAL
CURADOR : PAULO VICTOR MARCONDES ABDELHAY

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


...I – Proceder ao desentranhamento das petições de fls. 1.066/1.073 e 1.075/1.079 com entrega aos seus respectivos
subscritores; II – Anotar a procuração de fl. 1.067 somente para que o patrono tenha ciência e proceda à retirada da
petição desentranhada no item I, devendo ser retirado da relação processual após sua intimação; III – Suspender o
curso deste processo até o julgamento do agravo de instrumento interposto pela executada. Intimem-se. Cumpra-se....

Numeração única: 7915-76.2007.4.01.3400


2007.34.00.007975-3 CUMPRIMENTO DE SENTENCA

EXQTE : JOAO FRANCISCO DOS SANTOS E OUTROS


ADVOGADO : DF00012793 - GLAUCIA DA SILVA BORGES
ADVOGADO : DF00005108 - TANIA MARIA MARTINS GUIMARAES LEAO FREITAS
ADVOGADO : DF00011116 - UBIRAJARA ARRAIS DE AZEVEDO
ADVOGADO : DF00012811 - STWART MOACIR MACHADO GOMES
EXCDO : UNIAO FEDERAL

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


...INTIMAR OS EXEQUENTES PARA APRESENTAR OS VALORES ATUALIZADOS COM ABATIMENTO DO
INCONTROVERSO JÁ RECEBIDO PELO PRAZO DE 10 (DEZ) DIAS....

Numeração única: 37705-47.2003.4.01.3400


2003.34.00.037744-0 EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA PÚBLICA
80

EXQTE : ANTONIO CARLOS DE CAMPOS SILVA E OUTROS


ADVOGADO : DF00002787 - IVO EVANGELISTA DE AVILA
ADVOGADO : DF00031766 - CAROLINE DANTE RIBEIRO
EXCDO : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVOGADO : IVO EVANGELISTA DE AVILA
ADVOGADO : DF00002787 - IVO EVANGELISTA DE AVILA

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
O Exmo. Sr. Juiz exarou:
A Portaria COGER 8388486 passou a dispor sobre a nova sistemática acerca do levantamento dos créditos
disponibilizados nas contas judiciais. Assim, os herdeiros deverão ser intimados para apresentar suas contas correntes
para que o valor disponibilizado à fl. 879 seja transferido na proporção de 50% (cinquenta por cento) para cada
herdeiro. Apresentadas as contas, expeça-se ofício à agência 2301 da CEF, autorizando a transferência do valor
depositado na conta judicial nº 513388098-5 dentro do percentual estabelecido no parágrafo anterior, salientando à
instituição financeira que não deverá haver desconto de imposto de renda, tendo em vista o objeto desta ação ser
repetição de indébito de imposto de renda, dando vista aos herdeiros após o cumprimento da diligência pelo Banco.
Caso o valor depositado na conta judicial já tenha sido objeto de devolução aos cofres públicos em cumprimento à Lei
13.463/2017, nova requisição de pagamento deverá ser expedida em nome dos herdeiros e dentro dos percentuais já
definidos nesta decisão. Expedidos novos requisitórios, dê-se vista às partes pelo prazo de 05 (cinco) dias e sem
impugnações, remeter os aludidos expedientes ao TRF, suspendendo os autos até o pagamento das requisições ou o
julgamento do agravo de instrumento interposto pelas partes. Intimem-se. Cumpra-se.

Numeração única: 37517-93.1999.4.01.3400


1999.34.00.037576-1 CUMPRIMENTO DE SENTENCA

EXQTE : ANTONIO GONCALVES DA SILVA E OUTROS


EXQTE : ANTONIO GONCALVES DA SILVA E OUTROS
EXQTE : IGNACIO MODESTO DE ABREU E OUTROS
ADVOGADO : DF00012284 - FERNANDO FREIRE DIAS
EXCDO : UNIAO FEDERAL
INVENT. : GISELE MODESTO DE ABREU DE CAMARGO
ADVOGADO : DF00012284 - FERNANDO FREIRE DIAS

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


INTIMAR A INVENTARIANTE PARA APRESENTAR NUMERO DA CONTA CORRENTE DE SUA TITULARIDADE PARA
TRÂNSFERENCIA DO VALOR DISPONIBILIZADO A FL. 951.

Numeração única: 19830-73.2017.4.01.3400


19830-73.2017.4.01.3400 AÇÃO ORDINÁRIA / OUTRAS

AUTOR : ZACARIAS AFONCO E SILVA NETO


ADVOGADO : DF00029348 - SAMUEL CHAGAS DA SILVA
REU : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


Comprovada a diligencia, dê-se vista ao eqxequente e nada requerido ao arquivo

Numeração única: 24509-73.2004.4.01.3400


2004.34.00.024573-3 CUMPRIMENTO DE SENTENCA

EXQTE : ASIBAMA - ASSOCIACAO DOS SERVIDORES DO INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE


E DOS RECURSOS NATUR
EXQTE : ASIBAMA - ASSOCIACAO DOS SERVIDORES DO INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE
E DOS RECURSOS NATUR
EXQTE : MARIA DA COSTA MARQUES E OUTROS
ADVOGADO : DF00009930 - ANTONIO TORREAO BRAZ FILHO
81

ADVOGADO : DF00028381 - JOSE MESSIAS ALVES


EXCDO : INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAVEIS -
IBAMA
ADVOGADO : DF00009425 - MARCIA GERALDA DE ALMEIDA FERREIRA

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


...CIENCIA DOS CÁLCULOS APRESENTADOS PELA CONTADORIA...

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Numeração única: 38704-24.2008.4.01.3400
2008.34.00.039284-2 CUMPRIMENTO DE SENTENCA

EXQTE : FLORDALICE DA ROCHA PINTO E OUTROS


ADVOGADO : DF00018841 - LINO DE CARVALHO CAVALCANTE
EXCDO : UNIAO FEDERAL

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


...Ante o exposto, torno sem efeito o item II da decisão de fls. 543/548, razão pela qual determino a suspensão da
tramitação do feito até o trânsito em julgados dos agravos interpostos. P.R.I Cumpra-se...

Numeração única: 28416-90.2003.4.01.3400


2003.34.00.028438-9 AÇÃO ORDINÁRIA / OUTRAS

AUTOR : ATA CONSTRUTORA LTDA


ADVOGADO : DF00017623 - DEMAS CORREIA SOARES
ADVOGADO : DF00005712 - NADER FRANCO DE OLIVEIRA
ADVOGADO : DF00017586 - FABIO FERREIRA FRANCO DE OLIVEIRA
REU : UNIAO FEDERAL
REU : CENTRAIS ELETRICAS BRASILEIRAS S/A - ELETROBRAS
ADVOGADO : DF00022433 - JORGE CARLOS SILVA LUSTOSA
ADVOGADO : DF00016537 - CESAR VILAZANTE CASTRO
PERITO : FERNANDO CESAR GUARANY

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


A exequente requer seja deferida penhora de quotas do capital social ou percentual de faturamento da empresa
executada em montante suficiente para satisfação do débito. Decido. Conforme pesquisa INFOJUD de fl. 1.086 não há
informações acerca da declaração de imposto de renda junto à Receita Federal. Assim, não há evidencias de que a
executada ainda está economicamente ativa. Pelo exposto, indefiro o pedido da exequente.: I – Cumpra-se o item III da
decisão de fl. 1.089, remetendo os autos ao arquivo. Intime-se.

Numeração única: 28104-02.2012.4.01.3400


28104-02.2012.4.01.3400 AÇÃO CIVIL PÚBLICA DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

REQTE. : MINISTERIO PUBLICO FEDERAL


REQDO. : ESPOLIO DE ROBERTO CLAUDIO NOGUEIRA DE SOUZA
REQDO. : DISTRITO FEDERAL*
REQDO. : RAMON FLAVIO GOMES RODRIGUES
REQDO. : ROMULO DE MACEDO VIEIRA
REQDO. : ROGERIO DE ABREU MENESCAL
REQDO. : PEDRO AUGUSTO SANGUINETTI FERREIRA
REQDO. : MARCOS DA SILVA RAMOS
REQDO. : HYPERIDES PEREIRA DE MACEDO
REQDO. : JOSE FAUTINO DE ARAGAO SOBRINHO
REQDO. : ERNANI SOARES GOMES FILHO
82

REQDO. : EDSON ZORZIN


REQDO. : MARIA DE FATIMA PALMEIRA
REQDO. : CONSTRUTORA GAUTAMA LTDA
REQDO. : ZULEIDO SOARES DE VERAS
REQDO. : PEDRO PASSOS JUNIOR
ADVOGADO : DF00053018 - JESSICA LOYOLA CAETANO RIOS
ADVOGADO : DF00047078 - ANA GLORIA SANTOS MOREIRA DE SOUZA

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
ADVOGADO : DF00042310 - GELSON VILMAR DICKEL
ADVOGADO : DF00008600 - EDSON MARAUI
ADVOGADO : DF00050561 - BRUNO BATISTA SANTIAGO
ADVOGADO : DF00034308 - ANTONIO HENRIQUE MEDEIROS COUTINHO
ADVOGADO : DF00009930 - ANTONIO TORREAO BRAZ FILHO
ADVOGADO : DF00035721 - RONALDO BARBOSA DE OLIVEIRA FILHO
ADVOGADO : DF00018073 - ARTHUR LIMA GUEDES
ADVOGADO : DF00034311 - DANIEL VIEIRA BOGEA SOARES
ADVOGADO : DF00043391 - GILBERTO MENDES CALASANS GOMES
ADVOGADO : DF00014005 - CLAUDIO RENATO DO CANTO FARAG
ADVOGADO : DF00030250 - FERNANDO DE CARVALHO E ALBUQUERQUE
ADVOGADO : CE00012622 - ROSE ANNE DE DEUS E VALLE
ADVOGADO : CE00005458 - PAULO CESAR FRANCO DE CASTRO
ADVOGADO : DF00021932 - MARCELO LEAL DE LIMA OLIVEIRA
ADVOGADO : DF00037651 - SAULO FARIA CARAM ZUQUIM
ADVOGADO : DF00008662 - JOSE CARLOS DE MENEZES
ADVOGADO : DF00054705 - MARINA NOVETTI VELLOSO
ADVOGADO : DF00035470 - ALANA ABILIO DINIZ VILA NOVA
ADVOGADO : CE00023880 - MELINA MARIA ALVES DE MACEDO
ADVOGADO : DF00031718 - FELIPE TEIXEIRA VIEIRA
ADVOGADO : RN00003876 - FABIO SARINHO PAIVA
ADVOGADO : SP00142109 - BENEDITO CEREZZO PEREIRA FILHO
ADVOGADO : DF00011306 - SERGIO ROBERTO RONCADOR
ADVOGADO : DF00021070 - MERISON MARCOS AMARO
ADVOGADO : DF00017338 - CELSO LUIZ BRAGA DE LEMOS
ADVOGADO : SP00147278 - PEDRO PAULO DE REZENDE PORTO FILHO
ADVOGADO : DF00041950 - LUIZ EDUARDO RUAS BARCELLOS DO MONTE
ADVOGADO : DF00009191 - SAVIO DE FARIA CARAM ZUQUIM
ADVOGADO : DF00048370 - GUILHERME SIQUEIRA COELHO DE PAULA
ADVOGADO : DF00025136 - NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES
ADVOGADO : DF00029327 - JOSE LAVINAS DA ROCHA FILHO
ADVOGADO : DF00049341 - ANTONIO MIGUEL PENAFORT QUEIRÓS GROSSI
ADVOGADO : DF00031195 - LEONARDO CONTE AZEVEDO DE SOUZA
ADVOGADO : DF00041066 - LAURA BEATRIZ DEZINGRINI FONTOURA
ADVOGADO : DF00045286 - LUIZ CLAUDIO ARAUJO RIBEIRO
ADVOGADO : DF00028403 - CAIO EDUARDO DE SOUSA MOREIRA
ADVOGADO : DF00021550 - LUCIANE COELHO CARVALHO
ADVOGADO : DF00035601 - NATALIA FARIAS DE CARVALHO
83

ADVOGADO : RN00010876 - FERNANDA TAVARES BARRETO

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


...Decido.Fls. 7.440/442: Conforme determinado pelo Eg. Tribunal Regional Federal da 1ª Região fica sobrestada a
tramitação do feito quanto ao requerido Marcos da Silva Ramos. Fls. 7.444/7.447: O requerido Ernani Soares Gomes
Filho juntou aos autos comprovante de recebimento de benefício no valor de R$ 36.854,00, bem como transferência do
referido valor para conta de sua titularidade no dia 20/02/2017. Contudo, o bloqueio de valores ocorreu em 22/10/2018,
ou seja, vinte meses após o recebimento dos proventos, não se podendo afirmar, portanto, que os valores bloqueados
(R$ 84.138,78) em seu fundo de investimentos são mesmos provenientes de proventos, razão pela qual indefiro o

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
pedido do requerido. 1) Transcorrido o prazo legal da decisão de fls. 7.423/7.425, retornem os autos conclusos para
Deliberação. Publique-se.
84

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL-14ª VARA - BRASÍLIA

Juiz Titular : DR. WALDEMAR CLAUDIO DE CARVALHO


Juiz Substit. : DR. EDUARDO SANTOS DA ROCHA PENTEADO
Dir. Secret. : LEONARDO DE OLIVEIRA MOREIRA

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
EXPEDIENTE DO DIA 06 DE NOVEMBRO DE 2019

Atos do Exmo. : DR. WALDEMAR CLAUDIO DE CARVALHO

AUTOS COM SENTENÇA

No(s) processo(s) abaixo relacionado(s)

Numeração única: 28894-54.2010.4.01.3400


28894-54.2010.4.01.3400 AÇÃO ORDINÁRIA / TRIBUTÁRIA

AUTOR : REUTER GRAFICOS EDITORES LTDA


ADVOGADO : SP00128341 - NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES
REU : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


...Com o retorno dos autos a esta Secretaria, a autora requereu às fls. 467/468 que fosse homologada a renúncia à
execução de sentença judicial, tendo em vista sua futura habilitação administrativa com os crédito decorrentes desta
ação para posterior compensação. A ré se manifestou à fl. 473 concordando com a renúncia. Assim, não há óbice para
que seja homologado o pedido da autora. Ante o exposto, HOMOLOGO a renúncia ao cumprimento de sentença nos
termos do art. 487, inciso III, alínea c, para possibilitar a compensação do crédito na via administrativa. Ressalte-se que
o cumprimento de sentença referente aos honorários advocatícios deverá ser protocolado via sistema PJE conforme
determinado pelo despacho de fl. 458. Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Cumpra-se

Numeração única: 7418-76.2018.4.01.3400


7418-76.2018.4.01.3400 CUMPRIMENTO DE SENTENCA/DESMEMBRA

EXQTE : RINALDO ALCANTARA SANTOS E OUTROS


EXQTE : RINALDO ALCANTARA SANTOS E OUTROS
EXQTE : RAFAEL SMANIOTTO ADVOCACIA E ASSESSORIA JURIDICA - SOCIEDADE INDIVIDUAL DE
ADVOCACIA E OUTROS
ADVOGADO : DF00022050 - RODRIGO ALBUQUERQUE DE VICTOR
ADVOGADO : DF00052400 - RAFAEL PORTO SMANIOTTO
EXCDO : MINISTERIO DA SAUDE
EXCDO : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


Cuida-se de execução de sentença devidamente cumprida conforme a juntada da guia de fls. 425/467, 473/477, 485 e
495, . Assim, o caso de extinção do processo pelo artigo 924, inciso II do Novo Código de Processo Civil. Assim,
DECLARO EXTINTA A EXECUÇÃO nos termos do artigo 924, inciso II c/c art. 925 do Novo Código de Processo Civil,
com exceção da exequente Rose Marli de Freitas Vieira, ante a certidão de fl. 404. Publique-se. Registre-se. Intimem-
se.
Oportunamente, arquivem-se os autos com as cautelas de estilo.

Atos do Exmo. : DR. EDUARDO SANTOS DA ROCHA PENTEADO


85

AUTOS COM SENTENÇA

No(s) processo(s) abaixo relacionado(s)

Numeração única: 3598-20.2016.4.01.3400


3598-20.2016.4.01.3400 EMBARGOS À EXECUÇÃO

EMBTE : UNIAO
EMBDO : ESPOLIO DE FELIX ELIAS ASSAD ASBEG

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
EMBDO : JOSE FELICIANO DE OLIVEIRA
EMBDO : MARIA DAS MERCES BESSA
EMBDO : JOSE SILVESTRE FERREIRA
EMBDO : ESTELA DE CAMPOS
ADVOGADO : DF00022050 - RODRIGO ALBUQUERQUE DE VICTOR
ADVOGADO : DF00007788 - LUCIO GAIAO TORREAO BRAZ

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


INTIME-SE A EMBARGANTE PARA APRESENTAR CONTRARRAZÕES EM FACE DA APELAÇÃO DE3 FLS. 383/410.
INTIMEM-SE

Numeração única: 74483-59.2016.4.01.3400


74483-59.2016.4.01.3400 AÇÃO ORDINÁRIA / TRIBUTÁRIA

AUTOR : MARY KAY DO BRASIL LTDA E OUTROS


ADVOGADO : RS00045670 - GUILHERME RICARDO ROEDEL SPERB
ADVOGADO : RS00046505 - AIORTON VARGAS DE ARAUJO
REU : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


Cuida-se de ação ordinária em que as autoras garantiram o direito de restituir os valores indevidamente recolhidos a
título de auxílio-doença referente à quinzena anterior da contribuição, podendo compensar os referidos valores com
qualquer outro tributo administrado pela Receita Federal observada a prescrição quinquenal anteriores à propositura da
ação. Com o retorno dos autos a esta Secretaria, a autora requereu às fls. 629/632 que fosse homologada a renúncia à
execução de sentença judicial, tendo em vista sua futura habilitação administrativa com os crédito decorrentes desta
ação para posterior compensação, bem como requereu expedição de certidão de objeto e pé. Assim, não há óbice para
que seja homologado o pedido da autora. Ante o exposto, HOMOLOGO a renúncia ao cumprimento de sentença nos
termos do art. 487, inciso III, alínea c, para possibilitar a compensação do crédito na via administrativa. Expeça-se a
certidão de objeto e pé requerida. Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Cumpra-se.

Numeração única: 63581-91.2009.4.01.3400


2009.34.00.042601-3 CAUTELAR INOMINADA

REQTE. : COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO CONAB


ADVOGADO : DF0001985A - GUSTAVO ANDERE CRUZ
ADVOGADO : DF00014406 - PAULO ROBERTO DE OLIVEIRA
REQDO. : COOPERFIM - COOPERATIVA DE CONSUMO DOS COMERCIANTES DA FEIRA DOS
IMPORTADOS DO DF
REQDO. : COMPANHIA IMOBILIARIA DE BRASILIA TERRACAP
REQDO. : GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL
REQDO. : CENTRAIS DE ABASTECIMENTO DO DISTRITO FEDERAL
ADVOGADO : DF00026944 - MARCUS VINICIUS FREITAS BARROS
ADVOGADO : DF00017888 - MARCELO MENDES DE ALMEIDA
ADVOGADO : DF00021234 - EDUARDO UCHOA ATHAYADE
ADVOGADO : DF00002905 - ANTONIO R GOMES SILVA FILHO
ADVOGADO : DF00011749 - NIXON FERNANDO RODRIGUES
86

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


...DÊ VISTA A PARTE EXEQUENTE PELO PRAZO DE 05 (CINCO) DIAS...

Numeração única: 76257-27.2016.4.01.3400


76257-27.2016.4.01.3400 AÇÃO ORDINÁRIA / SERVIÇOS PÚBLICOS

AUTOR : WILSON DE ALMEIDA CUNHA


ADVOGADO : DF00035179 - MARIA REGINA DE SOUSA JANUARIO

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
REU : UNIAO

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


,,,ANTE EXPOSTO, REJEITO O PEDIDO. OFICIE O RELATOR DO AGRAVO. INTIMEM-SE...

Numeração única: 32777-33.2015.4.01.3400


32777-33.2015.4.01.3400 CUMPRIMENTO DE SENTENCA

EXQTE : SHIZUKO TASIMA NINOMIYA E OUTRO


ADVOGADO : DF00011457 - LUCIANO BRASILEIRO DE OLIVEIRA
EXCDO : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
EXCDO : SOCIEDADE INCORPORADORA RESIDENCIAL REAL GARDEN S/A
ADVOGADO : DF0002221A - RODRIGO BADARO ALMEIDA DE CASTRO
ADVOGADO : DF00040403 - SARAH PRADO PINTO DE MIRANDA
ADVOGADO : DF00017390 - WALTER JOSE FAIAD DE MOURA

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


...DECLARO EXTINTA A EXECUÇÃO...

Numeração única: 5189-51.2015.4.01.3400


5189-51.2015.4.01.3400 AÇÃO ORDINÁRIA / TRIBUTÁRIA

AUTOR : TEXTILFIO MALHAS LTDA


ADVOGADO : SC00006568 - GILMAR KRUTZSCH
REU : UNIAO FEDERAL

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


Assim, não há óbice para que seja homologado o pedido da autora. Ante o exposto, HOMOLOGO a renúncia ao
umprimento de sentença nos termos do art. 487, inciso III, alínea c, para possibilitar a compensação do crédito na via
administrativa. Ressalte-se que o cumprimento de sentença referente aos honorários advocatícios e ressarcimento de
custas deverão ser protocolados via sistema PJE nos termos das Portarias PRESI 8016281 de 24/04/2019 e
RESI/COGER 8768958 de 30/08/2019. Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Cumpra-se. Arquivem-se os autos com as
devidas cautelas.
87

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Diário Eletrônico da Justiça Federal da 1ª Região - eDJF1

Seção Judiciária do Distrito Federal


Lei 13.105, de 16 de março de 2015. Art. 224 Salvo disposição em contrário, os prazos serão contados excluindo o dia do começo e incluindo o dia do vencimento.
§ 1º Os dias do começo e do vencimento do prazo serão protraídos para o primeiro dia útil seguinte, se coincidirem com dia em que o expediente
forense for encerrado antes ou iniciado depois da hora normal ou houver indisponibilidade da comunicação eletrônica.
§ 2º Considera-se como data de publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico.
§ 3º A contagem do prazo terá início no primeiro dia útil que seguir ao da publicação.

e-DJF1 Ano XI / N. 210 Caderno Judicial Disponibilização: 07/11/2019

15ª Vara Cível - SJDF


88

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL-15ª VARA - BRASÍLIA

Juiz Titular : DR. FRANCISCO RENATO CODEVILA PINHEIRO FILHO

Dir. Secret. : LADINILSON DE OLIVEIRA CARVALHO

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
EXPEDIENTE DO DIA 06 DE NOVEMBRO DE 2019

Atos do Exmo. : DR. FRANCISCO RENATO CODEVILA PINHEIRO FILHO

AUTOS COM DECISÃO

No(s) processo(s) abaixo relacionado(s)

Numeração única: 21610-48.2017.4.01.3400


21610-48.2017.4.01.3400 AÇÃO PENAL DE COMPETÊNCIA DO JUIZ SINGULAR

AUTOR : MINISTERIO PUBLICO FEDERAL


REU : KLEYSON RICARDO CASTRO DE SOUSA
ADVOGADO : DF00040003 - JOAO PAULO MONTEIRO DE SOUZA JUNIOR
ADVOGADO : DF00026042 - JULIANO ABADIO CALAND JULIAO

O Exmo. Sr. Juiz exarou:


(...) Ante o exposto, conheço dos embargos de declaração para, no mérito, NEGAR-LHE PROVIMENTO nos termos da
fundamentação supra,
mantendo incólume a decisão embargada.
Aguarde-se a realização da audiência de instrução já designada e
cujas partes já foram devidamente intimadas.
06/11/2019 SEI/TRF1 - 9095967 - Portaria
89

SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

PORTARIA - 9095967

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
O Juiz Federal da 15ª Vara da Seção Judiciária do Distrito Federal e Juiz Corregedor da
Penitenciária Federal em Brasília-DF, Francisco Codevila, no uso de suas atribuições legais, etc,

CONSIDERANDO a implantação do SEEU - Sistema Eletrônico de Execução


Unificada, do CNJ - Conselho Nacional de Justiça, na Primeira Instância da Justiça Federal da Primeira
Região, a partir de 16/09/2019, nos termos da Portaria PRESI 8763011;
CONSIDERANDO a necessidade de regulamentar o envio e recebimento de processos
de execução e seus incidentais, via SEEU;
CONSIDERANDO que a maior demanda de processos de Execução e seus incidentes
são afetos à PFBRA - Penitenciária Federal em Brasília-DF, cuja complexidade exige demasiado zelo e
cuidado por parte dos servidores na análise, protocolo e implantação das penas no SEEU;
CONSIDERANDO a necessidade de otimizar os serviços da Secretaria deste juízo,
notadamente visando facilitar a análise, o protocolo e a implantação das penas;
CONSIDERANDO a necessidade de compatibilizar o direito dos condenados e/ou
custodiados e o direito de livre acesso aos processos digitais pelos seus respectivos patronos;

RESOLVE:

Art. 1º Os processos de execução penal, bem como os respectivos incidentes, oriundos


de Juízos Federais e Estaduais somente serão recebidos neste Juízo por meio de redistribuição efetivada
através do próprio sistema SEEU.
Art. 2º Os processos que forem encaminhados a este Juízo em desacordo com as
determinações contidas nesta norma serão devolvidos ao Juízo de origem, pelo mesmo meio utilizado para
a remessa originária.
Publique-se. Divulgue-se.
Encaminhe-se cópia deste ato à COGER.
Brasília, 30/10/2019.

Francisco Codevila
Juiz Federal da 15ª Vara
Juiz Corregedor da PFBRA - Penitenciária Federal em Brasília-DF

Documento assinado eletronicamente por Francisco Renato Codevila Pinheiro Filho, Juiz Federal,
em 05/11/2019, às 17:48 (horário de Brasília), conforme art. 1º, III, "b", da Lei 11.419/2006.

https://sei.trf1.jus.br/sei/controlador.php?acao=documento_imprimir_web&acao_origem=arvore_visualizar&id_documento=9819536&infra_sistem… 1/2
06/11/2019 SEI/TRF1 - 9095967 - Portaria
90

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SAU/SUL - Quadra 2, Bloco G, Lote 8 - CEP 70070-933 - Brasília - DF - www.trf1.jus.br/sjdf/
0006657-04.2018.4.01.8005 9095967v51

https://sei.trf1.jus.br/sei/controlador.php?acao=documento_imprimir_web&acao_origem=arvore_visualizar&id_documento=9819536&infra_sistem… 2/2
91

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Diário Eletrônico da Justiça Federal da 1ª Região - eDJF1

Seção Judiciária do Distrito Federal


Lei 13.105, de 16 de março de 2015. Art. 224 Salvo disposição em contrário, os prazos serão contados excluindo o dia do começo e incluindo o dia do vencimento.
§ 1º Os dias do começo e do vencimento do prazo serão protraídos para o primeiro dia útil seguinte, se coincidirem com dia em que o expediente
forense for encerrado antes ou iniciado depois da hora normal ou houver indisponibilidade da comunicação eletrônica.
§ 2º Considera-se como data de publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico.
§ 3º A contagem do prazo terá início no primeiro dia útil que seguir ao da publicação.

e-DJF1 Ano XI / N. 210 Caderno Judicial Disponibilização: 07/11/2019

16ª Vara Cível - SJDF


92

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA
Seção Judiciária do Distrito Federal - 16ª Vara Federal Cível da SJDF

Juiz Titular : MARCELO REBELLO PINHEIRO

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Juiz Substituto : FLÁVIA DE MACÊDO NOLASCO

Dir. Secret. : GLEICE MARIA SOARES BENTO MAZEPAS

AUTOS COM () SENTENÇA () DECISÃO (X)DESPACHO () ATO ORDINATÓRIO

1033407-33.2019.4.01.3400 - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA (156) - PJe

EXEQUENTE: INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E


TECNOLOGIA - INMETRO.

Advogado do(a) EXEQUENTE: MARIA BENIGNA OLIVEIRA DO NASCIMENTO JUCA -


AP78

EXECUTADO: AUTO POSTO CASCAO LTDA

Advogado do(a) EXECUTADO: UBIRATAM GARCIA DE OLIVEIRA JUNIOR - DF06017

O Exmo. Sr. Juiz exarou :


Intime(m)-se o(s) executado(s), por meio eletrônico, para pagamento do
débito em 15 (quinze) dias, conforme requerido na inicial, com fulcro no art. 513, §
2º, I, do NCPC.
Não ocorrendo o pagamento voluntário no prazo legal, o débito será
acrescido de multa e honorários advocatícios, ambos em 10% (dez por cento), bem
como será expedido mandado de penhora e avaliação, nos termos do art. 523, do
NCPC.
93

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA
Seção Judiciária do Distrito Federal - 16ª Vara Federal Cível da SJDF

Juiz Titular : MARCELO REBELLO PINHEIRO

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Juiz Substituto : FLÁVIA DE MACÊDO NOLASCO

Dir. Secret. : GLEICE MARIA SOARES BENTO MAZEPAS

AUTOS COM () SENTENÇA () DECISÃO (X)DESPACHO () ATO ORDINATÓRIO

1029111-02.2018.4.01.3400 - MANDADO DE SEGURANÇA CÍVEL (120) - PJe

IMPETRANTE: DARIO VITORIANO DA COSTA

Advogado do(a) IMPETRANTE: UELTON CAMPOS SILVA - SP408448

IMPETRADO: CENTRO BRASILEIRO DE PESQUISA EM AVALIACAO E SELECAO E DE


PROMOCAO DE EVENTOS - CEBRASPE e outros

Advogados do(a) IMPETRADO: TIAGO ANTONIO MACIEL RIBEIRO - DF38105, DANIEL


BARBOSA SANTOS - DF13147

O Exmo. Sr. Juiz exarou :


1. Apresentem os apelados (réu) suas contrarrazões, no prazo de 15 (quinze) dias, com fulcro no art. 1.010, do NCPC. 2. Havendo nas
contrarrazões as preliminares de que trata o § 2º do art. 1.009, do NCPC, intime-se o apelante para, querendo, no prazo de 15 (quinze)
dias, manifestar-se a seu respeito, nos termos do § 3º, do mesmo artigo. 3. Decorrido o prazo, com ou sem manifestação, remetam-se
os autos ao Egrégio TRF/1ª Região.
94

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Diário Eletrônico da Justiça Federal da 1ª Região - eDJF1

Seção Judiciária do Distrito Federal


Lei 13.105, de 16 de março de 2015. Art. 224 Salvo disposição em contrário, os prazos serão contados excluindo o dia do começo e incluindo o dia do vencimento.
§ 1º Os dias do começo e do vencimento do prazo serão protraídos para o primeiro dia útil seguinte, se coincidirem com dia em que o expediente
forense for encerrado antes ou iniciado depois da hora normal ou houver indisponibilidade da comunicação eletrônica.
§ 2º Considera-se como data de publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico.
§ 3º A contagem do prazo terá início no primeiro dia útil que seguir ao da publicação.

e-DJF1 Ano XI / N. 210 Caderno Judicial Disponibilização: 07/11/2019

18ª Vara de Execução Fiscal - SJDF


95
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL-18ª VARA - BRASÍLIA

Juiz Titular : DR. ALEXANDRE MACHADO VASCONCELOS


Dir. Secret. : ANTÔNIO WAGNER MELO MOURÃO JÚNIOR

EXPEDIENTE DO DIA 06 DE NOVEMBRO DE 2019

Atos do Exmo. : DR. ALEXANDRE MACHADO VASCONCELOS

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
AUTOS COM SENTENÇA

No(s) processo(s) abaixo relacionado(s)

40570-28.2012.4.01.3400 EMBARGOS À EXECUÇÃO

ADVOGADO : DF00032278 - JONNAS MARRISSON SILVA PEREIRA


ADVOGADO : GO00018771 - THYAGO MELLO MORAES GUALBERTO
AUTOR : ANTONIA RODRIGUES TAVARES
REU : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

O Exmo. Sr. Juiz exarou :


(...) RAZÕES PELAS QUAIS julgo improcedente o pedido. Sem custas. Condeno a
embargante ao pagamento de honorários advocatícios, fixados em R$ 500,00
(quinhentos reais), à luz do artigo 20, § 4º, do CPC.

2009.34.00.005143-9 EXECUCAO POR TITULO EXTRAJUDICIAL

ADVOGADO : DF00021977 - GISELE VIEIRA DA SILVA JANTALIA


ADVOGADO : DF00017348 - ELIZABETH PEREIRA DE OLIVEIRA
ADVOGADO : DF00016134 - PETER ERIK KUMMER
AUTOR : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
REU : JOSE AUGUSTO ARCOVERDE DE MELO FILHO

O Exmo. Sr. Juiz exarou :


(...) RAZÕES PELAS QUAIS NEGO PROVIMENTO AOS EMBARGOS. (...)

2009.34.00.000133-1 EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA PÚBLICA

PROCUR : ANELIZE LENZI RUAS DE ALMEIDA


EXQTE : CELSO LUIZ BRAGA DE LEMOS
AUTOR : LEO ROCHA MIRANDA
EXCDO : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

O Exmo. Sr. Juiz exarou :


(...) RAZÕES PELAS QUAIS extingo a execução, nos termos .do artigo 924, II, para
fins do artigo 925, ambos do Código de Processo Civil. (...)

33423-72.2017.4.01.3400 EMBARGOS À EXECUÇÃO

ADVOGADO : DF00021315 - IARA CELIA BATISTA DE CASTRO


ADVOGADO : SP00312079 - RAPHAEL LEANDRO SILVA
ADVOGADO : DF00059858 - JESSICA COSTA SANTOS
AUTOR : EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELEGRAFOS
ECT
REU : THOMAS GREG & SONS GRAFICA E SERV. IND.E
COMERCIO IMPORTACAO E EXPORTACAO DE
EQUIPAMENTOS LTDA

O Exmo. Sr. Juiz exarou :


(...) Razões pelas quais, com fundamento nos artigos 915 e 918, I, do Código de
Processo Civil, rejeito liminarmente os presentes embargos, por serem
manifestamente intempestivos. Sem custas processuais (Artigo 7º da Lei nº
9.289/96). Sem honorários advocatícios, em face da não-composição da lide. (...)
96
11369-49.2016.4.01.3400 EXECUCAO POR TITULO EXTRAJUDICIAL

ADVOGADO : DF00035837 - PATRICIA MICHELE FONSECA


AUTOR : EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELEGRAFOS
ECT
REU : ADEDO COMERCIO E INDUSTRIA DE CONFECCAO LTDA -
ME

O Exmo. Sr. Juiz exarou :


(...) Razões pelas quais extingo a execução, nos termos dos artigos 904, I, e 924, II,
para os fins do artigo 925, todos do Código de Processo Civil. Custas pela
executada. Sem honorários advocatícios, eis que a citação não se realizou. Sem

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
penhora. (...)

35860-52.2018.4.01.3400 EXECUCAO POR TITULO EXTRAJUDICIAL

ADVOGADO : DF00040216 - NATHALIA DA SILVA PEREIRA


AUTOR : FUNDACAO HABITACIONAL DO EXERCITO FHE
REU : ADRIEL DE SA MONTEIRO

O Exmo. Sr. Juiz exarou :


(...) RAZÕES PELAS QUAIS extingo a execução, nos termos do artigo 487, III, b,
para fins do artigo 925, todos do CPC. Custas pelo executado. Não tendo havido
ressalva, na notícia de quitação, sobre os honorários advocatícios, deixo de
condenar o executado nessa verba de sucumbência. Sem penhora. (...)

21404-39.2014.4.01.3400 EXECUCAO POR TITULO EXTRAJUDICIAL

ADVOGADO : DF00021127 - DANIELLE DE MOURA CAVALCANTE


AUTOR : FUNDACAO HABITACIONAL DO EXERCITO FHE
REU : ALBERTO LUIZ RAMOS

O Exmo. Sr. Juiz exarou :


(...) Razões pelas quais extingo a execução, nos termos do artigo 485, VIII, para fins
do artigo 925, ambos do Código de Processo Civil. Isenta de custas a exequente
(artigo 4º, I, Lei nº 9.289/96). Sem honorários advocatícios, eis que a citação não se
efetuou. Sem penhora. (...)

354-78.2019.4.01.3400 EXECUCAO POR TITULO EXTRAJUDICIAL

ADVOGADO : DF00021150 - LUIZ FERRUCIO DUARTE SAMPAIO JUNIOR


AUTOR : FUNDACAO HABITACIONAL DO EXERCITO FHE
REU : ANDRE NUNES DOS SANTOS

O Exmo. Sr. Juiz exarou :


(...) RAZÕES PELAS QUAIS, extingo a execução, nos termos do artigo 487, III, b,
para fins do artigo 925, todos do NCPC. Custas pelo executado. Não tendo havido
ressalva, na notícia de quitação, sobre os honorários advocatícios, deixo de
condenar o executada nessa verba de sucumbência. Sem penhora. (...)

35994-79.2018.4.01.3400 EXECUCAO POR TITULO EXTRAJUDICIAL

ADVOGADO : DF00033037 - VIVIANE CICERO DE SA LAMELLAS


AUTOR : FUNDACAO HABITACIONAL DO EXERCITO FHE
REU : SERGIO DA SILVA

O Exmo. Sr. Juiz exarou :


(...) RAZÕES PELAS QUAIS extingo a execução, nos termos do artigo 487, III, b,
para fins do artigo 925, todos do CPC. Sem custas. Sem honorários advocatícios,
eis que a citação não se realizou. Sem penhora. (...)

79168-80.2014.4.01.3400 EXECUCAO POR TITULO EXTRAJUDICIAL

ADVOGADO : DF00020981 - MARCO ANTONIO ROCHAEL FRANCA


ADVOGADO : DF0013008E - DANILO BORGES DA SILVA
AUTOR : FUNDACAO HABITACIONAL DO EXERCITO FHE
97
REU : LUIS ALBERTO SOARES

O Exmo. Sr. Juiz exarou :


(...) RAZÕES PELAS QUAIS, extingo a execução, nos termos do artigo 487, III, b,
para fins do artigo 925, todos do NCPC. isenta de custas a exequente. Sem
honorários, eis que a citação não se efetuou. Sem penhora. (...)

34851-55.2018.4.01.3400 EXECUCAO POR TITULO EXTRAJUDICIAL

ADVOGADO : DF00040216 - NATHALIA DA SILVA PEREIRA


AUTOR : FUNDACAO HABITACIONAL DO EXERCITO FHE
REU : CARLOS FABIANO DA SILVA

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
O Exmo. Sr. Juiz exarou :
(...) RAZÕES PELAS QUAIS extingo a execução, nos termos do artigo 924, II, para
fins do artigo 925, ambos do Novo Código de Processo Civil. Custas pelo(a)
executado(a). Honorários advocatícios satisfeitos no âmbito administrativo (p. 34).
Sem penhora. (...)

25941-39.2018.4.01.3400 EXECUCAO POR TITULO EXTRAJUDICIAL

ADVOGADO : DF00021150 - LUIZ FERRUCIO DUARTE SAMPAIO JUNIOR


AUTOR : FUNDACAO HABITACIONAL DO EXERCITO FHE
REU : ABADIAS EVARISTO DE ALMEIDA

O Exmo. Sr. Juiz exarou :


(...) RAZÕES PELAS QUAIS extingo a execução, nos termos do artigo 487, III, b,
para fins do artigo 925, ambos do CPC. Isenta de custas a exequente (artigo 4º,
inciso I, da Lei nº 9.289/96). Honorários advocatícios satisfeitos no âmbito
administrativo (p. 66). Sem penhora. (...)

31775-23.2018.4.01.3400 EXECUCAO POR TITULO EXTRAJUDICIAL

ADVOGADO : DF00021150 - LUIZ FERRUCIO DUARTE SAMPAIO JUNIOR


AUTOR : FUNDACAO HABITACIONAL DO EXERCITO FHE
REU : RICHARD ROGERIO DA SILVA ALCANTARA

O Exmo. Sr. Juiz exarou :


(...) RAZÕES PELAS QUAIS extingo a execução, nos termos do artigo 487, III, b,
para fins do artigo 925, todos do CPC. Sem custas. Sem honorários advocatícios,
eis que a citação não se realizou. Sem penhora. (...)

74518-19.2016.4.01.3400 EXECUCAO POR TITULO EXTRAJUDICIAL

ADVOGADO : DF00033037 - VIVIANE CICERO DE SA LAMELLAS


AUTOR : FUNDACAO HABITACIONAL DO EXERCITO FHE
REU : JOSUE NASCIMENTO MENDES

O Exmo. Sr. Juiz exarou :


(...) RAZÕES PELAS QUAIS extingo a execução, nos termos do artigo 487, III, b,
para fins do artigo 925, todos do CPC. Sem custas. Sem honorários advocatícios,
eis que a citação não se realizou. Sem penhora. (...)

74520-86.2016.4.01.3400 EXECUCAO POR TITULO EXTRAJUDICIAL

ADVOGADO : DF00033037 - VIVIANE CICERO DE SA LAMELLAS


AUTOR : FUNDACAO HABITACIONAL DO EXERCITO FHE
REU : WERLEY FERNANDES DE ALMEIDA

O Exmo. Sr. Juiz exarou :


(...) Razões pelas quais extingo a execução, nos termos do artigo 485, VIII, para fins
do artigo 925, ambos do Código de Processo Civil. Isenta de custas a exequente
(artigo 4º, I, Lei nº 9.289/96). Sem honorários, eis que, apesar de citado(a), o(a)
executado(a) não apresentou defesa técnica. Sem penhora. (...)

73781-16.2016.4.01.3400 EXECUCAO POR TITULO EXTRAJUDICIAL


98

ADVOGADO : DF00020981 - MARCO ANTONIO ROCHAEL FRANCA


AUTOR : FUNDACAO HABITACIONAL DO EXERCITO FHE
REU : DAVISON LIMA SANTOS

O Exmo. Sr. Juiz exarou :


(...) RAZÕES PELAS QUAIS, extingo a execução, nos termos do artigo 487, III, b,
para fins do artigo 925, todos do NCPC. Custas pelo executado. Honorários
advocatícios satisfeitos no âmbito administrativo (p. 55). (...)

2009.34.00.004192-8 EXECUCAO POR TITULO EXTRAJUDICIAL

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
ADVOGADO : DF00012839 - MARIA BEATRIZ CASTILHO
AUTOR : FUNDACAO HABITACIONAL DO EXERCITO FHE
REU : NIVALDO PINTO DOS SANTOS

O Exmo. Sr. Juiz exarou :


(...) RAZÕES PELAS QUAIS, extingo a execução, nos termos do artigo 487, III, b,
para fins do artigo 925, todos do NCPC. Custas pelo executado. Não tendo havido
ressalva, na notícia de quitação, sobre os honorários advocatícios, deixo de
condenar o executada nessa verba de sucumbência. Levante-se a penhora. (...)

130-53.2013.4.01.3400 EXECUCAO POR TITULO EXTRAJUDICIAL

ADVOGADO : DF00020981 - MARCO ANTONIO ROCHAEL FRANCA


AUTOR : FUNDACAO HABITACIONAL DO EXERCITO FHE
REU : ADEMAR MORAES BRANCO

O Exmo. Sr. Juiz exarou :


(...) RAZÕES PELAS QUAIS, extingo a execução, nos termos do artigo 487, III, b,
para fins do artigo 925, todos do NCPC. Custas pelo executado. Não tendo havido
ressalva, na notícia de quitação, sobre os honorários advocatícios, deixo de
condenar o executada nessa verba de sucumbência. Levante-se a penhora. (...)

27147-25.2017.4.01.3400 EXECUCAO POR TITULO EXTRAJUDICIAL

ADVOGADO : DF00041826 - LEONARDO HENRIQUE COSTA DE QUEIROZ


AUTOR : FUNDACAO HABITACIONAL DO EXERCITO FHE
REU : IRVIN RAMOS CARVALHO

O Exmo. Sr. Juiz exarou :


(...) Razões pelas quais extingo a execução, nos termos do artigo 485, VIII, para fins
do artigo 925, ambos do Código de Processo Civil. Isenta de custas a exequente
(artigo 4º, I, Lei nº 9.289/96). Sem honorários, eis que, apesar de citado(a), o(a)
executado(a) não apresentou defesa técnica. Sem penhora. (...)

26932-15.2018.4.01.3400 EXECUCAO POR TITULO EXTRAJUDICIAL

ADVOGADO : DF00033037 - VIVIANE CICERO DE SA LAMELLAS


AUTOR : FUNDACAO HABITACIONAL DO EXERCITO FHE
REU : ROMEU BISPO DO NASCIMENTO JUNIOR

O Exmo. Sr. Juiz exarou :


(...) RAZÕES PELAS QUAIS, extingo a execução, nos termos do artigo 487, III, b,
para fins do artigo 925, todos do CPC. Custas pelo executado. Não tendo havido
ressalva, na notícia de quitação, sobre os honorários advocatícios, deixo de
condenar o executada nessa verba de sucumbência. Sem penhora. (...)

31629-84.2015.4.01.3400 EXECUCAO POR TITULO EXTRAJUDICIAL

ADVOGADO : DF00023480 - RAQUEL FONSECA DA COSTA


AUTOR : ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL - SECAO DO
DISTRITO FEDERAL - OAB/DF
REU : FERNANDO DIAS DA SILVA

O Exmo. Sr. Juiz exarou :


99
(...) RAZÕES PELAS QUAIS extingo a execução, nos termos dos artigos 904, I, e
924, II, para os fins do artigo 925, todos do Código de Processo Civil. Custas pelo
executado. Honorários advocatícios pagos (p. 41). Sem penhora. (...)

67732-61.2013.4.01.3400 EXECUCAO POR TITULO EXTRAJUDICIAL

ADVOGADO : DF00012318 - EMERSON BARBOSA MACIEL


ADVOGADO : DF00037605 - LAURA NUNES DE LIMA
ADVOGADO : DF00023480 - RAQUEL FONSECA DA COSTA
ADVOGADO : DF00037911 - LUCAS GOMES DE OLIVEIRA SANTOS
AUTOR : ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL - SECAO DO
DISTRITO FEDERAL - OAB/DF
REU : WENCESLAU BRAZ LOPES DE BARROS

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
O Exmo. Sr. Juiz exarou :
(...) RAZÕES PELAS QUAIS extingo a execução, nos termos do artigo 485, VIII,
para fins do artigo 925, ambos do Código de Processo Civil. Custas pela exequente.
Sem honorários advocatícios, eis que a citação não se efetivou. Sem penhora. (...)

16624-56.2014.4.01.3400 EXECUCAO POR TITULO EXTRAJUDICIAL

ADVOGADO : DF0012700E - GUSTAVO SILVA FARIAS


ADVOGADO : DF00037605 - LAURA NUNES DE LIMA
ADVOGADO : DF00037911 - LUCAS GOMES DE OLIVEIRA SANTOS
ADVOGADO : DF00023480 - RAQUEL FONSECA DA COSTA
AUTOR : ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL SECAO DO
DISTRITO FEDERAL
REU : DINIZ RAPOSO E SILVA

O Exmo. Sr. Juiz exarou :


(...) Razões pelas quais extingo a presente execução, sem julgamento do mérito,
com fundamento no artigo 485, III e § 1º, do Código de Processo Civil. Custas
pagas. Sem honorários advocatícios, eis que a citação não se realizou. Sem
penhora. (...)

16852-31.2014.4.01.3400 EXECUCAO POR TITULO EXTRAJUDICIAL

ADVOGADO : DF00037605 - LAURA NUNES DE LIMA


ADVOGADO : DF00037911 - LUCAS GOMES DE OLIVEIRA SANTOS
ADVOGADO : DF00023480 - RAQUEL FONSECA DA COSTA
AUTOR : ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL SECAO DO
DISTRITO FEDERAL
REU : CAROLINE PINHEIRO DE MORAES GUTERRES

O Exmo. Sr. Juiz exarou :


(...) RAZÕES PELAS QUAIS extingo a presente execução, com fundamento no
artigo 485, III e § 1º, do Código de Processo Civil. Custas pela exequente. Sem
honorários advocatícios, eis que a citação não ocorreu. (...)
100
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL-18ª VARA - BRASÍLIA

Juiz Titular : DR. ALEXANDRE MACHADO VASCONCELOS


Dir. Secret. : ANTÔNIO WAGNER MELO MOURÃO JÚNIOR

EXPEDIENTE DO DIA 06 DE NOVEMBRO DE 2019

Atos do Exmo. : DR. ALEXANDRE MACHADO VASCONCELOS

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
AUTOS COM DECISÃO

No(s) processo(s) abaixo relacionado(s)

52705-72.2012.4.01.3400 EXECUCAO POR TITULO EXTRAJUDICIAL

ADVOGADO : DF00019641 - LUCIANA FONTE GUIMARAES PADILHA


ADVOGADO : DF00019736 - JOSE SEVERINO DIAS
ADVOGADO : DF00023313 - VINICIUS MOREIRA CATARINO
AUTOR : EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELEGRAFOS
REU : TECNOGENE DIAGNOSTICOS MOLECULARES
ADMINISTRACAO E PART

O Exmo. Sr. Juiz exarou :


(...) intime-se a empresa executada, por publicação, acerca do prazo de 30 (trinta)
dias para oposição de embargos à execução fiscal, nos termos do art. 16, III, da Lei
nº 6.830/80, bem como para, se o caso, proceder ao reforço da penhora. (...)

14494-98.2011.4.01.3400 EXECUCAO POR TITULO EXTRAJUDICIAL

ADVOGADO : DF00019559 - GISELLE ARIADNE NEVES DA ROCHA


ADVOGADO : DF00011895 - KARLA ANDREA PASSOS
AUTOR : FUNDACAO HABITACIONAL DO EXERCITO FHE
REU : GILBERTO BORGES DE ARAUJO

O Exmo. Sr. Juiz exarou :


RAZÕES PELAS QUAIS defiro o pedido de desconto mensal de 30 (trinta por cento)
do valor líquido da remuneração da parte executada. Os valores retidos deverão ser
repassados à exequente para amortizá-los do total devido, cabendo-lhe informar a
este juízo quando houver a quitação, para fins de extinção da execução pelo
pagamento. Ressalto, entretanto, que deverá ser observado se já existem outros
descontos efetuados na folha de pagamento do executado com a mesma finalidade,
qual seja, pagamento de empréstimos contraídos junto a instituições financeiras, de
forma que não se ultrapasse a margem consignável de 30 anteriormente referida.
Caberá ao executado apresentar ao juízo da execução, em 10 dias, cópia de seu
contracheque ou certidão do órgão pagador, caso haja retenções em consignação
em curso. Intimem-se.

8536-87.2018.4.01.3400 EMBARGOS À EXECUÇÃO

ADVOGADO : DF00008914 - GILBERTO ANTONIO VIEIRA


ADVOGADO : DF00016141 - TATIANE RODRIGUES SOARES
AUTOR : MIGUEL TOKARSKI
REU : UNIAO FEDERAL

O Exmo. Sr. Juiz exarou :


(...) Indefiro, pois, o pedido de efeito suspensivo formulado na exordial. Intimem-se
as partes para ciência desta decisão e, no caso da embargada, também para,
querendo, apresentar impugnação aos embargos.

26865-50.2018.4.01.3400 EXECUCAO POR TITULO EXTRAJUDICIAL

ADVOGADO : DF00033037 - VIVIANE CICERO DE SA LAMELLAS


AUTOR : FUNDACAO HABITACIONAL DO EXERCITO FHE
REU : ALESSANDRA DE SOUZA
101

O Exmo. Sr. Juiz exarou :


(...) Razões pelas quais extingo a execução, nos termos do artigo 485, VIII, para fins
do artigo 925, ambos do Novo Código de Processo Civil. Isenta de custas a
exequente (artigo 4º, I, Lei nº 9.289/96). Sem honorários advocatícios, eis que a
citação não se efetuou. Sem penhora. (...)

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
102
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL-18ª VARA - BRASÍLIA

Juiz Titular : DR. ALEXANDRE MACHADO VASCONCELOS


Dir. Secret. : ANTÔNIO WAGNER MELO MOURÃO JÚNIOR

EXPEDIENTE DO DIA 06 DE NOVEMBRO DE 2019

Atos do Exmo. : DR. ALEXANDRE MACHADO VASCONCELOS

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
AUTOS COM DESPACHO

No(s) processo(s) abaixo relacionado(s)

982-38.2017.4.01.3400 EMBARGOS À EXECUÇÃO

ADVOGADO : DF00020252 - EDMUNDO STARLING LOUREIRO FRANCA


ADVOGADO : DF00012977 - ALIGARI CORREA STARLING LOUREIRO
AUTOR : UNIAO FEDERAL (AGU-PRU)
REU : JOSE MARIA DE SOBRAL

O Exmo. Sr. Juiz exarou :


(...) Intime-se o(a) embargado(a) para, querendo, impugnar no prazo legal.

43407-17.2016.4.01.3400 EMBARGOS À EXECUÇÃO

ADVOGADO : DF00025713 - EDIMILSON VIEIRA FELIX


AUTOR : NIVALDO LIMA DE ALBUQUERQUE
REU : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

O Exmo. Sr. Juiz exarou :


(...) Intime(m)-se, pois, o(a,s) embargante(s), por publicação, para regularizar(em)
sua representação processual, apresentando o respectivo instrumento de mandato,
bem como as peças processuais relevantes, nos termos do artigo 914, do CPC, e,
ainda, para que ele próprio afirme a condição alegada à f. 23, a fim de ser-lhe
concedido o benefício da justiça gratuita. Prazo de 15 dias, sob pena de
indeferimento da inicial (art. 485, I e IV, c/c art. 321, parágrafo único, ambos do
CPC). (...)
103

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Diário Eletrônico da Justiça Federal da 1ª Região - eDJF1

Seção Judiciária do Distrito Federal


Lei 13.105, de 16 de março de 2015. Art. 224 Salvo disposição em contrário, os prazos serão contados excluindo o dia do começo e incluindo o dia do vencimento.
§ 1º Os dias do começo e do vencimento do prazo serão protraídos para o primeiro dia útil seguinte, se coincidirem com dia em que o expediente
forense for encerrado antes ou iniciado depois da hora normal ou houver indisponibilidade da comunicação eletrônica.
§ 2º Considera-se como data de publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico.
§ 3º A contagem do prazo terá início no primeiro dia útil que seguir ao da publicação.

e-DJF1 Ano XI / N. 210 Caderno Judicial Disponibilização: 07/11/2019

19ª Vara de Execução Fiscal - SJDF


104

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA
Seção Judiciária do Distrito Federal - 19ª Vara Federal de Execução Fiscal da SJDF

Juiz Titular : RICARDO GONÇALVES DA ROCHA CASTRO

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Juiz Substituto : UMBERTO PAULINI

Dir. Secret. : CLÁUDIA CRISTINA GEOFFROY ZERAIK VEIGA

AUTOS COM () SENTENÇA (x) DECISÃO ()DESPACHO () ATO ORDINATÓRIO

1003612-79.2019.4.01.3400 - PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7) - PJe

AUTOR: VICENTE HENRIQUE NOGUEIRA

Advogado do(a) AUTOR: CARLOS ALEXANDRE PASCOAL BITTENCOURT E SILVA -


ES23830

RÉU: CONSELHO ADMINISTRATIVO DE DEFESA ECONÔMICA

O Exmo. Sr. Juiz exarou :

(...) Confirmo, por seus próprios fundamentos, a decisão que indeferiu a tutela de urgência.
Estando os fatos postos em discussão esclarecidos pela prova documental acostada aos autos,
é dispensável qualquer dilação probatória. Faça-se conclusão para sentença.
105

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Diário Eletrônico da Justiça Federal da 1ª Região - eDJF1

Seção Judiciária do Distrito Federal


Lei 13.105, de 16 de março de 2015. Art. 224 Salvo disposição em contrário, os prazos serão contados excluindo o dia do começo e incluindo o dia do vencimento.
§ 1º Os dias do começo e do vencimento do prazo serão protraídos para o primeiro dia útil seguinte, se coincidirem com dia em que o expediente
forense for encerrado antes ou iniciado depois da hora normal ou houver indisponibilidade da comunicação eletrônica.
§ 2º Considera-se como data de publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico.
§ 3º A contagem do prazo terá início no primeiro dia útil que seguir ao da publicação.

e-DJF1 Ano XI / N. 210 Caderno Judicial Disponibilização: 07/11/2019

23ª Vara JEF - SJDF


106
PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
23ª Vara JEF - BRASÍLIA

Juiz(a) Federal Diretor : ITAGIBA CATTA PRETA NETO


do Foro
Diretor(a) da Secretaria : ÉRICO DE SOUZA SANTOS
Administrativa

Juiz(a) Subst. : DRA.SABRINA FERREIRA ALVAREZ DE MOURA AZEVÊDO

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Juiz(a) Subst. : DR.ANTONIO FELIPE DE AMORIM CADETE
Juiz(a) Titular : DRA.CRISTIANE PEDERZOLLI RENTZSCH

Expediente do dia 06 de Novembro de 2019

Atos do(a) Exmo(a) : CRISTIANE PEDERZOLLI RENTZSCH

Autos com Decisão

No(s) processo(s) abaixo relacionado(s) :

0033328-71.2019.4.01.3400
201934001473044
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : IRAMAR VIEIRA DA SILVA
Advg. : DF00041750 - ROSIRENE DE SOUZA SILVA BORBA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Ficam as partes intimadas da decisão proferida no processo virtual especificado, cujo inteiro teor está disponível no endereço
eletrônico www.jfdf.jus.br <http://www.jfdf.jus.br> no link judicial/acompanhamento processual.

0033328-71.2019.4.01.3400
201934001473044
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : IRAMAR VIEIRA DA SILVA
Advg. : DF00041750 - ROSIRENE DE SOUZA SILVA BORBA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Ficam as partes intimadas da decisão proferida no processo virtual especificado, cujo inteiro teor está disponível no endereço
eletrônico www.jfdf.jus.br <http://www.jfdf.jus.br> no link judicial/acompanhamento processual.

Atos do(a) Exmo(a) : SABRINA FERREIRA ALVAREZ DE MOURA AZEVÊDO

Autos com Decisão

No(s) processo(s) abaixo relacionado(s) :

0071475-45.2014.4.01.3400
201434000258260
Cível / Tributário / Jef
Autor : THIAGO DE HOLANDA ALTAMIRANO
Advg. : DF00013558 - JACQUES MAURICIO FERREIRA VELOSO DE MELO
Advg. : DF00028613 - JOSE WELLINGTON OMENA FERREIRA
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

0032411-86.2018.4.01.3400
201834001147394
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : CAMILLA BORGES TEIXEIRA
Advg. : DF00026873 - ELAINE CRISTINA GOMES
Reu : UNIAO FEDERAL

0035227-41.2018.4.01.3400
201834001167958
107
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : JASON CAVALHEIRO PAIM
Advg. : DF00051751 - GRASIELLA LOPES DE SOUSA
Autor : ANA MARIA DE OLIVEIRA PAIM
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0039231-24.2018.4.01.3400
201834001202832
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : CARLOS ALBERTO DEVELIY
Advg. : RJ00116636 - LEONARDO DE CARVALHO BARBOZA
Reu : UNIAO FEDERAL

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
0014901-26.2019.4.01.3400
201934001327452
Cível / Tributário / Jef
Autor : ROSEANE MARIA SIGNORETTI GODOY
Advg. : MG00082770 - FERNANDO ANDRADE CHAVES
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

0025487-25.2019.4.01.3400
201934001409200
Cível / Tributário / Jef
Autor : RPH REPRESENTACOES LTDA.
Advg. : DF00035466 - TATIANA DE MORAIS HOLLANDA
Advg. : DF00045259 - DANIELA DE MORAIS HOLLANDA
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Ficam as partes intimadas da decisão proferida no processo virtual especificado, cujo inteiro teor está disponível no endereço
eletrônico www.jfdf.jus.br <http://www.jfdf.jus.br> no link judicial/acompanhamento processual.
108
PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
23ª Vara JEF - BRASÍLIA

Juiz(a) Federal Diretor : ITAGIBA CATTA PRETA NETO


do Foro
Diretor(a) da Secretaria : ÉRICO DE SOUZA SANTOS
Administrativa

Juiz(a) Subst. : DRA.SABRINA FERREIRA ALVAREZ DE MOURA AZEVÊDO

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Juiz(a) Subst. : DR.ANTONIO FELIPE DE AMORIM CADETE
Juiz(a) Titular : DRA.CRISTIANE PEDERZOLLI RENTZSCH

Expediente do dia 06 de Novembro de 2019

Atos do(a) Exmo(a) : CRISTIANE PEDERZOLLI RENTZSCH

Autos com Despacho

No(s) processo(s) abaixo relacionado(s) :

0023798-43.2019.4.01.3400
201934001395616
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : SEBASTIAO MONTEIRO DE SOUZA
Advg. : DF00008629 - OTACILIO FRANCO DE OLIVEIRA
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Ficam as partes intimadas do despacho proferido no processo virtual especificado, cujo inteiro teor está disponível no endereço
eletrônico www.jfdf.jus.br <http://www.jfdf.jus.br> no link judicial/acompanhamento processual.

0104010-42.2005.4.01.3400
200534009095768
Cível / Tributário / Jef
Autor : PEDRO BISPO DE CARVALHO
Advg. : DF00013802 - JULIANO RICARDO DE VASCONCELLOS COSTA COUTO
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

0050468-31.2013.4.01.3400
201334000129622
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : LORENA DA CRUZ SILVA
Advg. : DF00030816 - VALDETE PEREIRA DA SILVA ARAUJO DE MIRANDA
Reu : ARI DA CRUZ SILVA
Advg. : DF00023681 - CAROLINA SIMAO ODISIO HISSA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
Reu : GILDETE MARTINS DA CRUZ SILVA
Reu : ERIVAN DA CRUZ SILVA

0011442-26.2013.4.01.3400
201334009540748
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : JOSE MARIA DA GAMA BEZERRA
Advg. : DF00016434 - AVAY MIRANDA
Advg. : DF00001488 - LEO SEBASTIAO DAVID
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0090980-22.2014.4.01.3400
201434000315290
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : ROGERIO ARAUJO DA SILVA
Advg. : DF00036602 - ROSIMEIRE CARNEIRO DOS SANTOS MENESES
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0064918-08.2015.4.01.3400
201534000278193
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : JACIRA ALVES RODRIGUES
109
Advg. : DF00034921 - ANTONIO RODRIGO MACHADO DE SOUSA
Advg. : DF00048140 - RAFAEL MADEIRA DA VEIGA
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0073272-85.2016.4.01.3400
201634000658647
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : MARIO ARDENES DIAS RIBEIRO
Advg. : RJ00189689 - RODRIGO DA COSTA GOMES
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0047548-45.2017.4.01.3400
201734000907624

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Cível / Financiamento Habitacional / Jef
Autor : LUCRECIA ALMEIDA DA SILVA
Advg. : DF00024885 - LEONARDO FARIAS DAS CHAGAS
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0012178-68.2018.4.01.3400
201834001035743
Cível / Tributário / Jef
Autor : VERA LUCIA DE ALMEIDA HERMANO
Advg. : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA SILVA
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

0035384-14.2018.4.01.3400
201834001169533
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : DALILA ALVES DE ARAUJO ALMEIDA
Advg. : DF00038647 - JOAQUIM CARVALHO PEREIRA
Autor : THAIS SOUSA COSTA
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0023798-43.2019.4.01.3400
201934001395616
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : SEBASTIAO MONTEIRO DE SOUZA
Advg. : DF00008629 - OTACILIO FRANCO DE OLIVEIRA
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0023856-46.2019.4.01.3400
201934001396217
Cível / Fgts / Jef
Autor : JOSE MARIA RABELO DA SILVA
Advg. : DF00055989 - JOAO PAULO RODRIGUES RIBEIRO
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0023974-22.2019.4.01.3400
201934001397400
Cível / Fgts / Jef
Autor : MARIA DAS GRACAS NUNES DA COSTA
Advg. : DF00055989 - JOAO PAULO RODRIGUES RIBEIRO
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0024838-60.2019.4.01.3400
201934001402519
Cível / Fgts / Jef
Autor : JOSE ORLANDO DA SILVA
Advg. : DF00055989 - JOAO PAULO RODRIGUES RIBEIRO
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0027876-80.2019.4.01.3400
201934001430076
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : EDELI TAVARES DA SILVA
Advg. : DF00057149 - PEDRINA OLIVEIRA DOS SANTOS
Advg. : DF00009821 - HAMILTON SANTANA DE LIMA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0028438-89.2019.4.01.3400
201934001435709
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : WESLEY ALVES GOMES
Advg. : DF00057255 - ISABELA DE FRANCA BRITO
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
110
0029638-34.2019.4.01.3400
201934001442718
Cível / Fgts / Jef
Autor : ANA PAULA GOMES CORREIA CARNEIRO
Advg. : DF00034806 - ANDRE FELIPE DOS REIS MARTINS
Advg. : DF00024354 - SIRLENE PEREIRA LIMA
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0029640-04.2019.4.01.3400
201934001442735
Cível / Fgts / Jef
Autor : ORISVALDO DA COSTA VELOSO FILHO

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Advg. : DF00034806 - ANDRE FELIPE DOS REIS MARTINS
Advg. : DF00024354 - SIRLENE PEREIRA LIMA
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0029642-71.2019.4.01.3400
201934001442752
Cível / Fgts / Jef
Autor : JOSE RODOLPHO MONTENEGRO ASSENCO
Advg. : DF00034806 - ANDRE FELIPE DOS REIS MARTINS
Advg. : DF00024354 - SIRLENE PEREIRA LIMA
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0029684-23.2019.4.01.3400
201934001443175
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : JOSE LUIZ REGO AMORIM
Advg. : DF00030525 - GILBERTO CONCEICAO DO AMARAL
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0029774-31.2019.4.01.3400
201934001444074
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : LUCIANA DE ANDRADE VIANA
Advg. : DF00038773 - JACKELINE GRACE MARTINS DA SILVA
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0030166-68.2019.4.01.3400
201934001448068
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : JOSELITA DE JESUS DA SILVA
Advg. : DF00042191 - KEYTIANE DE JESUS BRAGANCA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0031084-72.2019.4.01.3400
201934001455834
Cível / Fgts / Jef
Autor : ALZONIO PEREIRA GOMES
Advg. : DF00024354 - SIRLENE PEREIRA LIMA
Advg. : DF00034806 - ANDRE FELIPE DOS REIS MARTINS
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0032040-88.2019.4.01.3400
201934001462809
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : ITALO BISPO FERNANDES
Advg. : DF00040587 - PATRICIA SILVA PRATA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0032386-39.2019.4.01.3400
201934001466484
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : BENEDITO TRAVASSOS NUNES
Advg. : DF00062865 - NELLO RICCI NETO
Reu : UNIAO FEDERAL

0032770-02.2019.4.01.3400
201934001470378
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : DALVA DE FREITAS BARCELOS
Advg. : DF00041256 - LEIDILANE SILVA SIQUEIRA
Advg. : DF00031803 - CAROLINA NUNES PEPE
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
111
0032794-30.2019.4.01.3400
201934001470614
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : MARIA DO SOCORRO PEREIRA
Advg. : DF00038791 - MARCIA GONÇALVES DE QUEIROZ
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0033396-21.2019.4.01.3400
201934001473730
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : CARLOS EDUARDO RAMOS FONSECA
Advg. : DF00056878 - SUELLEN PEREIRA COSMO

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0033576-37.2019.4.01.3400
201934001475538
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : OSEIAS DOS SANTOS DOS ANJOS
Advg. : DF00035090 - MARCIO ALEXANDRE PINTO VIEIRA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Ficam as partes intimadas do despacho proferido no processo virtual especificado, cujo inteiro teor está disponível no endereço
eletrônico www.jfdf.jus.br <http://www.jfdf.jus.br> no link judicial/acompanhamento processual.

Atos do(a) Exmo(a) : SABRINA FERREIRA ALVAREZ DE MOURA AZEVÊDO

Autos com Despacho

No(s) processo(s) abaixo relacionado(s) :

0040593-03.2014.4.01.3400
201434000137791
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : FRANCISCA NOGUEIRA PINTO
Advg. : SP00320490 - THIAGO GUARDABASSI GUERRERO
Reu : UNIAO FEDERAL

0024717-37.2016.4.01.3400
201634000413187
Cível / Tributário / Jef
Autor : CHISTINA AMARAL MARTINS
Advg. : DF00024393 - CLAUDIO CAETANO
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

0053991-46.2016.4.01.3400
201634000574210
Cível / Tributário / Jef
Autor : ANTONIA GEANE COSTA BEZERRA
Advg. : DF00013908 - PATRICIA RIBEIRO DE BARROS
Advg. : DF00012985 - VALTER MARIANO
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

0003037-88.2019.4.01.3400
201934001245852
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : MARTEVAL ALVES RIBEIRO
Advg. : DF00047298 - BIANCA CIRIACO RIBEIRO
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0003531-50.2019.4.01.3400
201934001250930
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : EUGENIO FIGUEIREDO DE ALBUQUERQUE
Advg. : SE00005928 - MANUELLA MACHADO SANTANA LISBOA
Reu : INSTITUTO FEDERAL DE BRASILIA - IFB

0009773-25.2019.4.01.3400
201934001286769
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : NILZA PEREIRA DA SILVA SOUSA
112
Advg. : GO00044052 - DIOGO DE SOUZA OLIVEIRA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0012941-35.2019.4.01.3400
201934001310178
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : ELIANE VIEIRA ROSA
Advg. : GO00026891 - BRUNO OLIVEIRA R. GUIMARAES
Reu : INSTITUTO FEDERAL DE EDUCACAO CIENCIA E TECNOLOGIA GOIANO (IF GOIANO)

0015051-07.2019.4.01.3400
201934001328975
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Autor : NILSON DE SOUZA
Advg. : DF00045921 - MARCIA FRANCISCA SAMPAIO LAUREANO
Advg. : DF00056770 - LICIANE GOMES DOS SANTOS
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0015115-17.2019.4.01.3400
201934001329620
Cível / Tributário / Jef
Autor : ANTENOR PINHEIRO QUEIROZ
Advg. : PB00014285 - CYNTHIA ELIZABETH CABRAL SANTIAGO
Advg. : PB00008432 - CARMEN RACHEL DANTAS MAYER
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

0033501-95.2019.4.01.3400
201934001474780
Cível / Previdenciário / Outros / Jef
Autor : LUCIMAR DOS SANTOS LOPES
Advg. : DF00024940 - ANDREY CHIANCA ALVES RODRIGUES
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0033533-03.2019.4.01.3400
201934001475106
Cível / Tributário / Jef
Autor : ANA MARIA DE LIMA FAGUNDES
Advg. : DF00028158 - LUIS GUSTAVO HOERLLE SANTOS
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

0033541-77.2019.4.01.3400
201934001475185
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : MARIA DE FATIMA ARAUJO PINHEIRO
Advg. : MG00099065 - ALEX LUCIANO VALADARES DE ALMEIDA
Reu : AGENCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES - ANTT

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Ficam as partes intimadas do despacho proferido no processo virtual especificado, cujo inteiro teor está disponível no endereço
eletrônico www.jfdf.jus.br <http://www.jfdf.jus.br> no link judicial/acompanhamento processual.
113
PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
23ª Vara JEF - BRASÍLIA

Juiz(a) Federal Diretor : ITAGIBA CATTA PRETA NETO


do Foro
Diretor(a) da Secretaria : ÉRICO DE SOUZA SANTOS
Administrativa

Juiz(a) Subst. : DRA.SABRINA FERREIRA ALVAREZ DE MOURA AZEVÊDO

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Juiz(a) Subst. : DR.ANTONIO FELIPE DE AMORIM CADETE
Juiz(a) Titular : DRA.CRISTIANE PEDERZOLLI RENTZSCH

Expediente do dia 06 de Novembro de 2019

Atos do(a) Exmo(a) : CRISTIANE PEDERZOLLI RENTZSCH

Autos com Ordinatório

No(s) processo(s) abaixo relacionado(s) :

0046879-70.2009.4.01.3400
200934009072645
Cível / Tributário / Jef
Autor : MARCELO HENRIQUE DE SOUSA PADUA
Advg. : DF00014038 - GERALDO MARCONE PEREIRA
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

0055268-39.2012.4.01.3400
201234009484537
Cível / Tributário / Jef
Autor : SANDOVAL SANTOS ANDRADE
Advg. : DF00022113 - LIGIA LUCIBEL FRANZIO DE SOUZA
Advg. : DF00028818 - ARISTELLA INGLEZDOLFE DE MELLO CASTRO
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

0051664-36.2013.4.01.3400
201334000135170
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : WALCY NOGUEIRA DA SILVA
Advg. : ES00017067 - BRUNO RODRIGUES
Autor : MARCIA TIRRE CORTINES BARRETTO
Autor : NAGISLA PATRICIA FERREIRA MILITAO AIRES
Autor : EDMAR LIMA AMORIM
Autor : MANOEL MENDES FERREIRA NETO
Reu : UNIAO FEDERAL

0056740-41.2013.4.01.3400
201334000159077
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : MANOEL MESSIAS BORGES
Autor : ANA MARIA BORGES
Advg. : PA00024935 - EVELLYN NAYLA BORGES SOBRINHO
Reu : UNIAO FEDERAL

0027278-97.2017.4.01.3400
201734000787325
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : SUELY NASCIMENTO RAMALHO
Advg. : DF00030525 - GILBERTO CONCEICAO DO AMARAL
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0053692-35.2017.4.01.3400
201734000938485
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : ISAAC VICTOR DA SILVA
Advg. : DF00020949 - CELSO DOS SANTOS
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0010708-02.2018.4.01.3400
114
201834001023944
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : CARLOS AUGUSTO MAIA FERREIRA
Advg. : DF00030517 - WATSON PACHECO DA SILVA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0035566-97.2018.4.01.3400
201834001171351
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : MARIA DAS GRACAS ALVES
Advg. : DF00024968 - DANIELLE FREITAS PAULINO CRUZ
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Ficam as partes intimadas do ato ordinatório proferido no processo virtual especificado, cujo inteiro teor está disponível no
endereço eletrônico www.jfdf.jus.br <http://www.jfdf.jus.br> no link judicial/acompanhamento processual.

Atos do(a) Exmo(a) : SABRINA FERREIRA ALVAREZ DE MOURA AZEVÊDO

Autos com Ordinatório

No(s) processo(s) abaixo relacionado(s) :

0054728-93.2009.4.01.3400
200934009155473
Cível / Tributário / Jef
Autor : GUILHERME CARVALHO CHEHAB
Advg. : DF00014038 - GERALDO MARCONE PEREIRA
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

0051679-05.2013.4.01.3400
201334000135328
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : SAULO TRISTAO ROCHA
Advg. : ES00017067 - BRUNO RODRIGUES
Autor : ALINE DE ARAUJO TOTOLA RESENDE
Autor : SAVIO MOREIRA SILVA
Autor : LEONARDO FERREIRA DA ROCHA
Autor : LUDMILA SIQUERIA DE MORAIS
Reu : UNIAO FEDERAL

0051685-12.2013.4.01.3400
201334000135380
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : ADEMIR FURIERI
Autor : JEAN RICARDO ALVES DUQUE
Autor : WESLLEY GRACA MIRANDA
Advg. : ES00017067 - BRUNO RODRIGUES
Autor : ANSELMO ANTONIO BLOM MARGOTTO
Autor : MURILO DE MACEDO MIRANDA
Reu : UNIAO FEDERAL

0031401-46.2014.4.01.3400
201434000104241
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : FATIMA MARIA SILVA
Advg. : SP00320490 - THIAGO GUARDABASSI GUERRERO
Reu : UNIAO FEDERAL

0035681-60.2014.4.01.3400
201434000119985
Cível / Tributário / Jef
Autor : ADAUTO MARTINS SOARES FILHO
Advg. : DF00014222 - BERNARDO PEREIRA PERDIGAO
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

0037491-36.2015.4.01.3400
201534000169360
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : JOSE GODOFREDO RANGEL NETO
Advg. : PR00065835 - ELISANGELA ALVES DOS SANTOS TABORDA
Advg. : PR00031921 - EDEMILSON PINTO VIEIRA
115
Reu : UNIAO FEDERAL

0018335-28.2016.4.01.3400
201634000388522
Cível / Tributário / Jef
Autor : ALISSON GUEDES DE SANTANA
Advg. : DF00008856 - ELIANE ALVES DE CASTRO CRUZ
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
Reu : EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELEGRAFOS

0030513-38.2018.4.01.3400
201834001139277
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Autor : DOMINGAS ALVES FERREIRA
Advg. : DF00047287 - ANA PAULA JARDIM LUZ
Advg. : DF00054891 - NATALIA RIBEIRO DA SILVA
Advg. : DF00032699 - CARLOS MAGNO DOS SANTOS COELHO
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Ficam as partes intimadas do ato ordinatório proferido no processo virtual especificado, cujo inteiro teor está disponível no
endereço eletrônico www.jfdf.jus.br <http://www.jfdf.jus.br> no link judicial/acompanhamento processual.
116
PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
23ª Vara JEF - BRASÍLIA

Juiz(a) Federal Diretor : ITAGIBA CATTA PRETA NETO


do Foro
Diretor(a) da Secretaria : ÉRICO DE SOUZA SANTOS
Administrativa

Juiz(a) Subst. : DRA.SABRINA FERREIRA ALVAREZ DE MOURA AZEVÊDO

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Juiz(a) Subst. : DR.ANTONIO FELIPE DE AMORIM CADETE
Juiz(a) Titular : DRA.CRISTIANE PEDERZOLLI RENTZSCH

Expediente do dia 06 de Novembro de 2019

Atos do(a) Exmo(a) : CRISTIANE PEDERZOLLI RENTZSCH

Autos com Sentença

No(s) processo(s) abaixo relacionado(s) :

0071726-92.2016.4.01.3400
201634000646625
Cível / Previdenciário / Outros / Jef
Autor : EDMAR GONCALVES DE OLIVEIRA
Advg. : DF00051575 - JOSE FERNANDES DANTAS FILHO
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0031926-23.2017.4.01.3400
201734000816285
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : RITA CARNEIRO DA SILVA MENEZES
Advg. : DF00030525 - GILBERTO CONCEICAO DO AMARAL
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0050670-66.2017.4.01.3400
201734000924740
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : MARIA LUCIA LEAL SIQUEIRA
Advg. : DF00032246 - FERNANDO JOSE FEROLDI GONCALVES
Advg. : DF00049969 - JAIRO CARDOSO DE BRITO FILHO
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0012310-28.2018.4.01.3400
201834001037065
Cível / Previdenciário / Outros / Jef
Autor : BENEDITO GONCALVES DE SOUZA
Advg. : DF00030525 - GILBERTO CONCEICAO DO AMARAL
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0022214-72.2018.4.01.3400
201834001081007
Cível / Tributário / Jef
Autor : EDNAIR CHAGAS DO NASCIMENTO
Advg. : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA SILVA
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

0027638-95.2018.4.01.3400
201834001118362
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : ARI ARRUDA ROCHA
Advg. : DF00042511 - KATIUSCIA PEREIRA DE ALVIM
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
Reu : CAIXA SEGURADORA S/A
Advg. : DF00003495 - FRANCISCO CARLOS CAROBA
Advg. : DF00021470 - JULIANA ALVES CAROBA

0029214-26.2018.4.01.3400
201834001129231
Cível / Serviço Público / Jef
117
Autor : FLAVIO ACAUAN SOUTO
Advg. : DF00011159 - JOAQUIM ALVES BASTOS
Reu : UNIAO FEDERAL

0029562-44.2018.4.01.3400
201834001132716
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : RAISSA NAZARETH DA NOBREGA
Advg. : DF00015932 - JOSE ROSSINI CAMPOS DO COUTO CORREA
Reu : UNIAO FEDERAL

0029608-33.2018.4.01.3400
201834001133173

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : BRUNO ALBERTO AMORIM SILVA
Advg. : DF00045273 - HUGO LIMA SILVA
Advg. : DF00032881 - GLENDA SOUSA MARQUES RODRIGUES
Reu : AGENCIA NACIONAL DE ENERGIA ELETRICA - ANEEL

0004010-43.2019.4.01.3400
201934001252738
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : JOSE LUIZ RIBEIRO DA SILVA
Advg. : MG00136517 - WENDEL BARBOSA DE PAULO
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0018824-60.2019.4.01.3400
201934001356261
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : MARILIA MORAES DOS SANTOS CABREIRA
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Reu : UNIAO FEDERAL

0023798-43.2019.4.01.3400
201934001395616
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : SEBASTIAO MONTEIRO DE SOUZA
Advg. : DF00008629 - OTACILIO FRANCO DE OLIVEIRA
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0033416-12.2019.4.01.3400
201934001473935
Cível / Tributário / Jef
Autor : TEREZA FERNANDES DE ALBUQUERQUE
Advg. : CE00024530 - MARCILIO LELIS PRATA
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Ficam as partes intimadas da sentença proferida no processo virtual especificado, cujo inteiro teor está disponível no endereço
eletrônico www.jfdf.jus.br <http://www.jfdf.jus.br> no link judicial/acompanhamento processual.

Atos do(a) Exmo(a) : SABRINA FERREIRA ALVAREZ DE MOURA AZEVÊDO

Autos com Sentença

No(s) processo(s) abaixo relacionado(s) :

0046771-60.2017.4.01.3400
201734000902820
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : ALFREDO MARTINS DOS REIS
Advg. : DF00004914 - GERALDO DE ASSIS ALVES
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0004623-97.2018.4.01.3400
201834000989704
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : BENTO AMERICO DA COSTA
Advg. : DF00017966 - VERA MIRNA SCHMORANTZ
Reu : BANCO CENTRAL DO BRASIL
118
0005185-09.2018.4.01.3400
201834000993334
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : ANTONIO CARLOS DE NOVAES E SILVA
Advg. : DF00043552 - BRUNNA TIEMI CARVALHO KAY
Reu : UNIAO FEDERAL

0019215-49.2018.4.01.3400
201834001058963
Cível / Previdenciário / Revisão De Benefício / Jef
Autor : DEMERVAL AQUINO SOBRINHO
Advg. : DF00010797 - DEMERVAL AQUINO SOBRINHO
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
0020485-11.2018.4.01.3400
201834001063800
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : DIRCILENE PINHEIRO DA SILVA
Advg. : DF00050229 - ROMANO RODRIGUES
Reu : UNIAO FEDERAL

0020717-23.2018.4.01.3400
201834001066186
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : DENIS DE OLIVEIRA NETO
Advg. : DF00021302 - DEGIR HENRIQUE DE PAULA MIRANDA
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0026495-71.2018.4.01.3400
201834001110234
Cível / Tributário / Jef
Autor : ANDERSON ANDRE NASCIMENTO DE MORAES
Advg. : DF00014038 - GERALDO MARCONE PEREIRA
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

0029007-27.2018.4.01.3400
201834001127118
Cível / Tributário / Jef
Autor : ADRIANO AZEVEDO GOMES
Advg. : DF00014038 - GERALDO MARCONE PEREIRA
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

0029349-38.2018.4.01.3400
201834001130582
Cível / Tributário / Jef
Autor : FABIO ANDRADE E NASCIMENTO
Advg. : PR00065835 - ELISANGELA ALVES DOS SANTOS TABORDA
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
Reu : UNIAO FEDERAL

0032429-10.2018.4.01.3400
201834001147572
Cível / Tributário / Jef
Autor : DEISIANE COSTA LEANDRO PERIM
Advg. : DF00014038 - GERALDO MARCONE PEREIRA
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

0037243-65.2018.4.01.3400
201834001185243
Procedimento Comum Cível / Outros / Jef
Autor : ANA CRISTINA CAETANO DE ARAUJO MORAIS
Advg. : DF00050436 - CHRISTIANKELLY PINHEIRO FERNANDES
Reu : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0008915-91.2019.4.01.3400
201934001285160
Cível / Tributário / Jef
Autor : DAIANE ROSS SANTOS ARAUJO
Advg. : DF00031578 - RODRIGO MARCAL ROCHA
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

0011588-57.2019.4.01.3400
201934001299525
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : CARLOS EDUARDO DE OLIVEIRA RABELO
119
Advg. : DF00017819 - LEONARDO SOLANO LOPES
Reu : UNIAO FEDERAL

0019301-83.2019.4.01.3400
201934001361099
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : OSVALDO MARCELO DOS SANTOS
Advg. : DF00017279 - JOHN CORDEIRO DA SILVA JUNIOR
Reu : UNIAO FEDERAL

0020791-43.2019.4.01.3400
201934001370173
Cível / Serviço Público / Jef

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Autor : ROGERIO DA SILVEIRA CORREA
Advg. : MS00008225 - NELLO RICCI NETO
Reu : UNIAO FEDERAL

0022477-70.2019.4.01.3400
201934001382181
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : BRUNNO MACHADO DE CAMPOS ALVES
Advg. : DF00034921 - ANTONIO RODRIGO MACHADO DE SOUSA
Reu : UNIAO FEDERAL

0022995-60.2019.4.01.3400
201934001387444
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : SEBASTIAO DE SOUZA SILVA GOMES
Advg. : MS00008225 - NELLO RICCI NETO
Reu : UNIAO FEDERAL

0023201-74.2019.4.01.3400
201934001389537
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : CESAR AUGUSTO PEREIRA DA SILVA
Advg. : MS00008225 - NELLO RICCI NETO
Reu : UNIAO FEDERAL

0023515-20.2019.4.01.3400
201934001392730
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : JOSE HENRIQUE DE BARROS
Advg. : MS00008225 - NELLO RICCI NETO
Reu : UNIAO FEDERAL

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Ficam as partes intimadas da sentença proferida no processo virtual especificado, cujo inteiro teor está disponível no endereço
eletrônico www.jfdf.jus.br <http://www.jfdf.jus.br> no link judicial/acompanhamento processual.
120

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Diário Eletrônico da Justiça Federal da 1ª Região - eDJF1

Seção Judiciária do Distrito Federal


Lei 13.105, de 16 de março de 2015. Art. 224 Salvo disposição em contrário, os prazos serão contados excluindo o dia do começo e incluindo o dia do vencimento.
§ 1º Os dias do começo e do vencimento do prazo serão protraídos para o primeiro dia útil seguinte, se coincidirem com dia em que o expediente
forense for encerrado antes ou iniciado depois da hora normal ou houver indisponibilidade da comunicação eletrônica.
§ 2º Considera-se como data de publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico.
§ 3º A contagem do prazo terá início no primeiro dia útil que seguir ao da publicação.

e-DJF1 Ano XI / N. 210 Caderno Judicial Disponibilização: 07/11/2019

25ª Vara JEF - SJDF


121

PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
25ª Vara JEF - BRASÍLIA

Juiz(a) Federal : ITAGIBA CATTA PRETA NETO


Diretor do Foro
Diretor(a) da : ÉRICO DE SOUZA SANTOS
Secretaria
Administrativa

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Juiz(a) Subst. : DR.ANTONIO FELIPE DE AMORIM CADETE
Juiz(a) Titular : DR.RAFAEL PAULO SOARES PINTO

Expediente do dia 06 de Novembro de 2019

Atos do(a) : ANTONIO FELIPE DE AMORIM CADETE


Exmo(a)

Autos com Vista

No(s) processo(s) abaixo relacionado(s) :

0042336-24.2009.4.01.3400
200934009025382
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : ARLETE XAVIER DA SILVA
Advg. : RS00039797 - NELSON LACERDA DA SILVA
Advg. : RS00047932 - BRENO DIAS CAMPOS
Advg. : DF00043937 - ROBSON LUIZ MARTINS
Reu : UNIAO FEDERAL

0045553-75.2009.4.01.3400
200934009058884
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : MARIA JOSE GONCALVES DE LIMA
Advg. : RS00047932 - BRENO DIAS CAMPOS
Reu : UNIAO FEDERAL

0057079-39.2009.4.01.3400
200934009180165
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : MARIA JOSE LOPES DA COSTA
Advg. : PB00005486 - JOSE ALVES FORMIGA
Advg. : PB00005936 - MARTA REJANE NOBREGA
Autor : ADELITA LOPES DA COSTA
Reu : UNIAO FEDERAL

0001910-33.2010.4.01.3400
201034009004001
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : GIOSANELLI SALETE DE AVILA REIS
Advg. : DF0000592A - SEBASTIAO MIGUEL JULIAO
Advg. : DF00002499 - EDMUNDO JORGE
Advg. : DF00003207 - MARIA JOSE SONIA DE BARROS
JORGE
Autor : RAIMUNDO RAMALHO DA SILVA
Autor : TEREZINHA RIBEIRO REIS
Autor : QUITERIA FRANCISCA DA SILVA
Autor : RAIMUNDA ROSA DA SILVA
122
Autor : HUGO RENATO MACHADO
Autor : LIZETI SANTOS DUTRA
Autor : ARI RODRIGUES VENANCIO
Advg. : DF00003207 - MARIA JOSE SONIA DE BARROS
JORGE
Advg. : DF00002499 - EDMUNDO JORGE
Advg. : DF0000592A - SEBASTIAO MIGUEL JULIAO
Reu : UNIAO FEDERAL

0026628-94.2010.4.01.3400
201034009071729
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : MARIA NUNES DE SOUZA

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Autor : ANASTACIA DE ASSUNCAO CUNHA
Advg. : DF0000592A - SEBASTIAO MIGUEL JULIAO
Autor : WALDACY PARANHOS DE SOUZA
Autor : MARILDA DE FRANCA GALVAO
Autor : MARIA APARECIDA MANGELOT
Autor : ANASTACIA DE ASSUNCAO CUNHA
Advg. : DF00002499 - EDMUNDO JORGE
Reu : UNIAO FEDERAL

0040881-82.2013.4.01.3400
201334000089396
Cível / Tributário / Jef
Autor : JOAQUIM CRUVINEL DE LIMA
Advg. : DF00033755 - DANIEL CAVALCANTI MOISES
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

0001365-21.2014.4.01.3400
201434000006263
Cível / Tributário / Jef
Autor : ELIZETH GOMES DE LIMA
Advg. : DF00035296 - FERNANDA L G DE S LOPES
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

0017400-56.2014.4.01.3400
201434000056521
Cível / Tributário / Jef
Autor : JOACI DE MELO BARROS
Advg. : DF00034563 - VITOR PAULO INACIO VIEIRA
Advg. : DF00037226 - NILMAR DA SILVA ANDRADE
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

0006635-89.2015.4.01.3400
201534000021897
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : ANDRE RICARDO RODRIGUES LEITAO
Advg. : DF00030525 - GILBERTO CONCEICAO DO AMARAL
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0015781-57.2015.4.01.3400
201534000069583
Cível / Tributário / Jef
Autor : LUIZ ALEXANDRE RODRIGUES DA PAIXAO
Advg. : DF00034880 - MARCELO ANDRADE CHAVES
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

0049589-53.2015.4.01.3400
201534000222256
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : CARLOS ARTUR PACHECO FERNANDES
Advg. : DF00017183 - JOSE LUIS WAGNER
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZACAO E
REFORMA AGRARIA - INCRA
123

0009256-88.2017.4.01.3400
201734000705845
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : NEILTON SERGIO ORIPKA
Advg. : DF00035179 - MARIA REGINA DE SOUSA JANUARIO
Reu : UNIAO FEDERAL

0023495-97.2017.4.01.3400
201734000761980
Cível / Tributário / Jef
Autor : NADJA MARIA DE SANTANA

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Advg. : AL00014394 - MYLENE QUITERIA CALDAS
Advg. : AL0012666B - ALESSANDRA CALDAS BEZERRA
Autor : NELSON GOMES
Autor : RODOLPHO ALBANO
Autor : NELSON MARABUTO DOMINGUES
Autor : NADJA MARIA DE SANTANA
Advg. : AL00006805 - JOAO FRANCISCO DE CAMARGO
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

0026935-04.2017.4.01.3400
201734000785825
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : ANNE BEATRIZ RODRIGUES DE FREITAS
Advg. : DF00035530 - FABIANA SILVA DE OLIVEIRA
Advg. : DF00222222 - NPJ/FACIPLAC
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0028723-53.2017.4.01.3400
201734000796030
Cível / Tributário / Jef
Autor : MARIO JORGE ALVARENGA MAUES
Advg. : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA
SILVA
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

0032481-40.2017.4.01.3400
201734000818854
Cível / Tributário / Jef
Autor : MARIA DAS GRACAS MOREIRA PINTO FERNANDES
Advg. : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA
SILVA
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

0054388-71.2017.4.01.3400
201734000945330
Cível / Tributário / Jef
Autor : ELIZETE APARECIDA SOARES
Advg. : DF00033899 - HUGO LEONARDO ZAPONI TEIXEIRA
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

0011063-12.2018.4.01.3400
201834001027506
Cível / Tributário / Jef
Autor : YARA PINHEIRO DE MORAIS
Advg. : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA
SILVA
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

0011202-61.2018.4.01.3400
201834001028899
Cível / Tributário / Jef
Autor : MARIA IRIS FERREIRA DA SILVA
Advg. : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA
124
Autor : FERNANDA CARVALHO LOBO
Advg. : DF00054734 - ENGEL CRISTINA DE CARVALHO
Advg. : DF00056359 - DANIEL BRAZ DE SOUZA MENDES
Advg. : DF00056878 - SUELLEN PEREIRA COSMO
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0027180-78.2018.4.01.3400
201834001114190
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : FLAVIA MENDES FREITAS
Advg. : DF00017183 - JOSE LUIS WAGNER
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
0028530-04.2018.4.01.3400
201834001122287
Cível / Tributário / Jef
Autor : SANDRA SILVA CASALI
Advg. : BA00029539 - CONSUELO DE MAGALHAES
NASCIMENTO
Autor : CESARE CASALI
Autor : ALINE SILVA CASALI
Autor : CAMILA SILVA CASALI
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

0028903-35.2018.4.01.3400
201834001126058
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : OSVALDO SANTOS NUNES
Advg. : DF00015665 - MONICA ARANTES SILVA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0033539-44.2018.4.01.3400
201834001158811
Cível / Tributário / Jef
Autor : CLEONICE MOREIRA COSTA
Advg. : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA
SILVA
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

0038706-42.2018.4.01.3400
201834001197546
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : MARCOS PEREIRA DE OLIVEIRA
Advg. : DF00028311 - THAIANE ALVES ROCHA FLORES
Advg. : DF00049060 - TAUGE ALVES FERREIRA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0040285-25.2018.4.01.3400
201834001208446
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : FAYLLA LAYSSA TORRES
Advg. : DF0014925E - WESLEY GOMES COELHO
Advg. : DF00040484 - SHIRLEY ALVES DANTAS
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0040581-47.2018.4.01.3400
201834001211520
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : GLENYO DA SILVA OLIVEIRA
Advg. : DF00059104 - ANTONIO CARLOS GONCALVES
PEREIRA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0040954-78.2018.4.01.3400
201834001215469
125
201934001279537
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : NIEDJA NUNES PALHARES
Advg. : DF00038933 - SERGIO FERREIRA DE ARAUJO
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0011652-67.2019.4.01.3400
201934001300180
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : LUZIA DIVINA LOPES
Advg. : DF00025572 - ROBERTO DA COSTA MEDEIROS
Advg. : DF00047961 - GABRIEL FILIPE LOPES MATOS
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
0013181-24.2019.4.01.3400
201934001312658
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : JOSE PEREIRA CARDOSO
Advg. : DF00047746 - ISABELA LUÍSA ZARDO E SILVA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0015206-10.2019.4.01.3400
201934001330536
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : APARECIDA CAMILO DE SOUZA
Advg. : GO00050544 - REINALDO GABRIEL DE SOUZA
Advg. : GO00040295 - NAYRA NAZARE DA SILVA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0015276-27.2019.4.01.3400
201934001331230
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : FRANCISCO ANTONIO DA SILVA
Advg. : DF00017677 - GLAUCIA THERESINHA SANTANA
Advg. : DF00012490 - JOSE ALBERTO ARAUJO DE JESUS
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

"Fica a parte autora intimada de ato judicial proferido nos autos virtuais, cujo inteiro
teor está disponível em www.jfdf.jus.br".
126

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Diário Eletrônico da Justiça Federal da 1ª Região - eDJF1

Seção Judiciária do Distrito Federal


Lei 13.105, de 16 de março de 2015. Art. 224 Salvo disposição em contrário, os prazos serão contados excluindo o dia do começo e incluindo o dia do vencimento.
§ 1º Os dias do começo e do vencimento do prazo serão protraídos para o primeiro dia útil seguinte, se coincidirem com dia em que o expediente
forense for encerrado antes ou iniciado depois da hora normal ou houver indisponibilidade da comunicação eletrônica.
§ 2º Considera-se como data de publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico.
§ 3º A contagem do prazo terá início no primeiro dia útil que seguir ao da publicação.

e-DJF1 Ano XI / N. 210 Caderno Judicial Disponibilização: 07/11/2019

Turma Recursal - SJDF


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PODER JUDICIÁRIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
1ª. TURMA RECURSAL

RECURSO Nº. 0027732-77.2017.4.01.3400 RELATOR JUIZ FEDERAL ALEXANDRE JORGE FONTES


LARANJEIRA RECORRENTE(S) : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL) ADV/PROC : - CELIA
FERREIRA TAVARES DE LYRA RECORRIDO(S) : LUMAR DE OLIVEIRA FONSECA ADV/PROC :
DF00034921 - ANTONIO RODRIGO MACHADO DE SOUSA

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
EMENTA

TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PARA O PSS. APOSENTADOS. PERCEPÇÃO DE VALOR


REMUNERATÓRIO POR MEIO DE PRECATÓRIO/RPV. IMPOSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO LITERAL
DO ART. 16-A DA LEI Nº. 10.887/04. ADOÇÃO DO REGIME DE COMPETÊNCIA, SOB PENA DE
LESÃO AOS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA ANTERIORIDADE E DA IGUALDADE
TRIBUTÁRIAS. GOE. POLICIAL DA ATIVA. ALÍQUOTA DEVIDA À RAZÃO DE 6%. INCIDÊNCIA SOBRE
JUROS DE MORA. ILEGALIDADE. DIREITO À RESTITUIÇÃO. RECURSO DESPROVIDO. SENTENÇA
MANTIDA. 1) Trata-se de recurso inominado interposto pela União (PFN) em face de sentença proferida
em ação ajuizada objetivando a não incidência de PSS sobre os valores pagos a servidor policial por meio
de RPV e sobre juros de mora. 2) No mérito, inicialmente é preciso esclarecer que, em se tratando de
percepção de valores remuneratórios acumulados ao longo de vários meses, sobre as quais incide um
determinado tributo, como ocorreu na espécie, é preciso adotar o regime de competência, sob pena de
lesão aos princípios constitucionais da anterioridade e da igualdade tributárias. 3) A propósito do tema,
veja-se a decisão proferida pelo Ministro Roberto Barroso no ARE nº. 1.008.691-PE (DJE nº. 249,
divulgado em 22/11/2016), parcialmente transcrita: "O recurso extraordinário não pode ser provido, uma
vez que as razões aduzidas pelo recorrente conflitam com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal.
O acórdão recorrido dirimiu a controvérsia dos autos no mesmo sentido do que ficara decidido pelo
Plenário da Corte no julgamento do RE 614.406/RS, Rel. Min. Marco Aurélio. Na oportunidade, o
Supremo Tribunal Federal assentou que o Imposto de Renda deve ser apurado sob o regime de
competência na hipótese de percepção acumulada de proventos, o que impede a aplicação da alíquota
máxima que incidiria na espécie caso a base considerada fosse todo o montante recebido de uma única
vez. Confira-se, a propósito, trecho do julgado: 'É inconstitucional o art. 12 da Lei 7.713/1988 (No caso de
rendimentos recebidos acumuladamente, o imposto incidirá, no mês do recebimento ou crédito, sobre o
total dos rendimentos, diminuídos do valor das despesas com ação judicial necessárias ao seu
recebimento, inclusive de advogados, se tiverem sido pagas
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

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pelo contribuinte, sem indenização). Com base nessa orientação, em conclusão de julgamento e por
maioria, o Plenário negou provimento a recurso extraordinário em que se discutia a constitucionalidade da
referida norma v. Informativo 628. O Tribunal afirmou que o sistema não poderia apenar o contribuinte
duas vezes. Esse fenômeno ocorreria, já que o contribuinte, ao não receber as parcelas na época própria,
deveria ingressar em juízo e, ao fazê-lo, seria posteriormente tributado com uma alíquota superior de
imposto de renda em virtude da junção do que percebido. Isso porque a exação em foco teria como fato
gerador a disponibilidade econômica e jurídica da renda. A novel Lei 12.350/2010, embora não fizesse
alusão expressa ao regime de competência, teria implicado a adoção desse regime mediante inserção de
cálculos que direcionariam à consideração do que apontara como épocas próprias, tendo em conta o
surgimento, em si, da disponibilidade econômica. Desse modo, transgredira os princípios da isonomia e
da capacidade contributiva, de forma a configurar confisco e majoração de alíquota do imposto de renda.
Vencida a Ministra Ellen Gracie, que dava provimento ao recurso por reputar constitucional o dispositivo
questionado. Considerava que o preceito em foco não violaria o princípio da capacidade contributiva.
Enfatizava que o regime de caixa seria o que melhor aferiria a possibilidade de contribuir, uma vez que
exigiria o pagamento do imposto à luz dos rendimentos efetivamente percebidos, independentemente do
momento em que surgido o direito a eles.' Considerando que a lógica da questão de direito é
absolutamente a mesma, devem ser aplicadas, no presente caso relativamente à incidência de
contribuição previdenciária, as conclusões adotadas no precedente acima mencionado. Isso porque o
sujeito não poderia ser punido duplamente. Em primeiro lugar, por ver suprimido um direito devido. Em
segundo, por admitir o locupletamento do Estado com base em situação que o próprio poder público deu
causa." 4) No caso concreto, como bem demonstrou a parte autora, a alíquota da contribuição
previdenciária dos servidores públicos civis da União era de 6% ao tempo das competências nas quais
seria devida a GOE (novembro de 1989 a dezembro de 1990), por força do teor do art. 35, inciso I, alínea
“a”, do Decreto nº. 83.081/79 (Regulamento de Custeio da Previdência Social), daí porque não poderia
ser cobrada a alíquota de 11% prevista no art. 16-A da Lei nº. 10.887/04. 5) Já no tocante à questão dos
juros de mora, em sede de recurso repetitivo, o Superior Tribunal de Justiça já se manifestou no sentido
de que não incide a contribuição previdenciária sobre os valores recebidos a título de juros de mora por
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servidor público a quem foi reconhecido o direito a diferenças remuneratórias, uma vez que, por conta de
sua natureza indenizatória, refogem tais valores à base de cálculo legal do tributo, sem falar que não se
incorporam aos vencimentos para fins de aposentadoria. 6) Nesse sentido, cito o seguinte precedente:
"PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO DO PLANO DE
SEGURIDADE DO SERVIDOR PÚBLICO (PSS). RETENÇÃO. VALORES PAGOS EM CUMPRIMENTO
DE DECISÃO JUDICIAL (DIFERENÇAS SALARIAIS). INEXIGIBILIDADE DA CONTRIBUIÇÃO SOBRE A
PARCELA REFERENTE AOS JUROS DE MORA. 1. O ordenamento jurídico atribui aos juros de mora a
natureza indenizatória. Destinam-se, portanto, a reparar o prejuízo suportado pelo credor em razão da
mora do devedor, o qual não efetuou o pagamento nas condições estabelecidas pela lei ou pelo contrato.
Os juros de mora, portanto, não constituem verba destinada a remunerar o trabalho prestado ou capital

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
investido. 2. A não incidência de contribuição para o PSS sobre juros de mora encontra amparo na
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, que autoriza a incidência de tal contribuição apenas em
relação às parcelas
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

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incorporáveis ao vencimento do servidor público. Nesse sentido: REsp 1.241.569/RS, 2ª Turma, Rel. Min.
Herman Benjamin, DJe de 13.9.2011. 3. A incidência de contribuição para o PSS sobre os valores pagos
em cumprimento de decisão judicial, por si só, não justifica a incidência da contribuição sobre os juros de
mora. Ainda que se admita a integração da legislação tributária pelo princípio do direito privado segundo o
qual, salvo disposição em contrário, o bem acessório segue o principal (expresso no art. 59 do CC/1916 e
implícito no CC/2002), tal integração não pode implicar na exigência de tributo não previsto em lei (como
ocorre com a analogia), nem na dispensa do pagamento de tributo devido (como ocorre com a equidade).
4. Ainda que seja possível a incidência de contribuição social sobre quaisquer vantagens pagas ao
servidor público federal (art. 4º, § 1º, da Lei 10.887/2004), não é possível a sua incidência sobre as
parcelas pagas a título de indenização (como é o caso dos juros de mora), pois, conforme expressa
previsão legal (art. 49, I e § 1º, da Lei 8.112/90), não se incorporam ao vencimento ou provento. Por tal
razão, não merece acolhida a alegação no sentido de que apenas as verbas expressamente
mencionadas pelos incisos do § 1º do art. 4º da Lei 10.887/2004 não sofrem a incidência de contribuição
social. 5. Recurso especial não provido. Acórdão sujeito ao regime previsto no art. 543-C do CPC, c/c a
Resolução 8/2008 - Presidência/STJ. (REsp 1239203/PR, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES,
PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 12/12/2012, DJe 01/02/2013) 7) De observar-se, por fim, que, já na
vigência do CPC/2015, o STJ vem entendendo que "... não é o órgão julgador obrigado a rebater, um a
um, todos os argumentos trazidos pelas partes em defesa da tese que apresentaram. Deve apenas
enfrentar a demanda, observando as questões relevantes e imprescindíveis à sua resolução." (REsp
1775870/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 13/11/2018, DJe
21/11/2018). 8) Recurso desprovido. Sentença mantida. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº.
9.099/95. 9) Sem custas. A recorrente pagará honorários advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da
condenação, nos termos do art. 55 da Lei nº. 9.099/95.

ACÓRDÃO

Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso 1ª. Turma Recursal,
Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 10/10/2019.

JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº. 0036974-26.2018.4.01.3400 RELATOR JUIZ FEDERAL ALEXANDRE JORGE FONTES


LARANJEIRA RECORRENTE(S) : OSMAR RODRIGUES DA CUNHA ADV/PROC : DF00045242 -
CELIO EVANGELISTA AIRES E OUTRO(S) RECORRIDO(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO
SOCIAL-INSS ADV/PROC :
EMENTA

PREVIDENCIÁRIO. BENEFÍCIO POR INCAPACIDADE LABORAL. LAUDO OFICIAL QUE ATESTA A


AUSÊNCIA DE INCAPACIDADE. DOCUMENTOS MÉDICOS ANEXADOS PELA PARTE AUTORA EM
CLARA DISSONÂNCIA COM O LAUDO. LAUDO EMITIDO PELO PERITO DA VARA PREVIDENCIÁRIA
DO TJDFT FAVORÁVEL À PARTE RECORRENTE. NECESSIDADE DE NOVAS PERÍCIAS MÉDICAS
NAS ESPECIALIDADES DAS MOLÉSTIAS RELATADAS NOS DOCUMENTOS ANEXADOS À PEÇA
INICIAL. RECURSO PROVIDO. SENTENÇA ANULADA. 1) Trata-se de recurso inominado interposto pela
parte autora em face de sentença de improcedência proferida em ação ajuizada objetivando a concessão
de auxílio-doença, na qual o juízo a quo consignou em sua fundamentação a inexistência de incapacidade
laboral. 2) No mérito, razão assiste à parte recorrente. 3) De fato, para a concessão dos benefícios de
auxílio doença e aposentadoria por invalidez, é necessário que a parte: a) demonstre o cumprimento da
carência de doze contribuições mensais (art. 25, inciso I, da Lei nº. 8.213/91); b) tenha a qualidade de
segurado; e c) apresente incapacidade para o exercício de atividade que seja apta a garantir a sua
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subsistência. 4) É certo que o(a) douto(a) perito(a) do Juízo, médico especialista em neurologia, afirmou
no tocante à capacidade laborativa atual que "... no caso periciado, conforme acima exposto, segundo a
história da doença, sua evolução, relatórios médicos, exames de imagem e exame físico, todos esses
harmônicos entre si, foram evidenciados elementos médicos que indicam a ausência de incapacidade
laboral para as atividades habituais, no momento, apesar da história de acidente vascular em região
bulbar direita (CID 10: I63), que normalmente apresenta boa evolução neurológica e funcional, como
ocorreu no caso concreto". 5) Relatou, ainda, o(a) douto(a) perito(a) do Juízo que a parte autora foi
acometida por "... [acidente vascular encefálico (CID 10:I63), sem sequelas no momento". (grifo nosso). 6)
Todavia, note-se que a parte autora anexou com a documentação inicial os seguintes relatórios de
exames e de diagnósticos: a) Ressonância magnética do encéfalo que

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

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afirmou que "… os seguintes aspectos foram observados: indicação clínica controle e AVC occipital,
síndrome de Horner à Direita. Ataxia da marcha, sd. Vestibular pelo AVC bulbar", emitido aos 05/11/2015;
b) Ressonância magnética do crânio, emitido aos 03/02/2014, que afirmou "… alteração de sinal bulbar de
aspecto provavelmente isquêmico"; c) EEG Digital e Mapeamento Cerebral que evidenciou "ondas lentas
difusas", emitido aos 03/03/2018. 7) Em acréscimo, a parte autora juntou aos autos Laudo Pericial,
emitido aos 13/06/2018, por perito designado pela Vara de Ações Previdenciárias do Distrito Federal, o
qual atestou que a parte autora é "… portador de demência vascular multiinfarto, por sequela de acidente
vascular isquêmico, além de transtorno depressivo", esclarecendo que a incapacidade é total e
definitiva/permanente e omniprofissional para o trabalho e que não há possibilidade de reabilitação
profissional, além de consignar que "… a incapacidade está presente desde 01/03/2018, conforme
documentos médicos apresentados ao perito" e que a incapacidade exige acompanhamento permanente
de outra pessoa. 8) Note-se que o laudo pericial, elaborado no TJDFT, pontua que a incapacidade
existente "… decorre de progressão/agravamento dessa patologia", concluindo que a parte recorrente é
acometida de "demência vascular multi-infarto, por sequela de acidente vascular isquêmico, além de
transtorno depressivo". 9) Não bastassem tais contradições, o laudo pericial não faz referência expressa
às múltiplas enfermidades descritas na peça inicial, limitando-se à análise das sequelas do AVC, com
resposta complete em apenas dois quesitos, sem falar que a impugnação ao laudo pericial realizada pela
parte autora sequer foi apreciada pelo juiz de primeiro grau, tendo sido formulado, na ocasião,
requerimento expresso de nova perícia, diante da divergência entre todos os documentos médicos
anexados com a documentação inicial e o laudo pericial emitido nestes autos, conforme petição registrada
aos 17/01/2019. 10) Saliente-se, finalmente, que a parte autora cursou apenas o ensino fundamental
incompleto e não tem qualificação profissional, tendo laborado como carpinteiro, conforme cópia da CTPS
anexada com a documentação inicial, razão pela qual há dissonância clara entre o laudo pericial e os
documentos médicos juntados aos autos, o que está a indicar a necessidade de realização de nova prova
pericial. 11) Recurso provido. Sentença anulada para o fim de que sejam determinadas perícias médicas
nas especialidades das doenças que acometem a parte recorrente, ou, pelo menos, perícia médica a ser
realizada por especialista em Medicina do Trabalho. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº.
9.099/95. 12) Sem custas e sem honorários.

ACÓRDÃO

Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, dar provimento ao recurso. 1ª. Turma Recursal,
Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 10/10/2019.

JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA


PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

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Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº. 0047624-69.2017.4.01.3400 RELATOR JUIZ FEDERAL ALEXANDRE JORGE FONTES


LARANJEIRA RECORRENTE(S) : EDMUNDO ROBERTO FERREIRA LOUREIRO ADV/PROC :
DF00030598 - MAX ROBERT MELO E OUTRO(S) RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL ADV/PROC
EMENTA

ADMINISTRATIVO. ANISTIA. LEI Nº. 8.878/94. PEDIDO DE INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL
FUNDADO NA DEMORA NA READMISSÃO DA PARTE AUTORA, LEVANDO EM CONTA O LAPSO
TEMPORAL DECORRIDO ENTRE A EDIÇÃO DA LEI E A EFETIVA READMISSÃO. PRESCRIÇÃO
QUINQUENAL CARACTERIZADA. TERMO A QUO FIRMADO NA DATA DA READMISSÃO, OCASIÃO
EM QUE, OBVIAMENTE, CESSARAM QUAISQUER DANOS EVENTUALMENTE SOFRIDOS PELA
130

PARTE AUTORA. PRESCRIÇÃO RECONHECIDA NESTE JULGAMENTO. RECURSO PREJUDICADO.


1) Trata-se de recurso inominado interposto pela parte autora em face de sentença que rejeitou pretensão
indenizatória relativa à demissão e posterior readmissão de servidor anistiado. 2) Em contrarrazões, a
União alega prescrição quinquenal. 3) Merece acolhida a alegação de prescrição, a qual não foi objeto de
apreciação pelo juízo a quo, a despeito de haver sido ventilada na ocasião da contestação. 4) De fato, a
prescrição na espécie é quinquenal, por força do art. 1º. do Decreto nº. 20.910/32, atingindo integralmente
a pretensão formulada pela parte autora, haja vista que tal servidor(a) foi readmitido(a) antes do
quinquênio que antecedeu a propositura da ação, precisamente aos 22/12/2010, podendo-se afirmar, com
toda certeza, que o gravame sofrido obviamente somente poderia durar até aquela data-limite. 5)
Prescrição da pretensão reconhecida neste julgamento. Processo extinto com resolução de seu mérito,

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
nos termos do art. 487, inciso II, do CPC/2015. Recurso prejudicado. Acórdão lavrado nos termos do art.
46 da Lei nº. 9.099/95 6) Sem custas. A parte autora pagará honorários advocatícios de 10% sobre o
valor corrigido da causa, ficando a condenação suspensa enquanto perdurar o estado de carência que
justificou a concessão da justiça gratuita, prescrevendo a dívida cinco anos após a sentença final, nos
termos do art. 98, § 3º., do CPC/2015.

PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

A04B866FDB794B225B44A25A51D335A5 2

ACÓRDÃO

Decide a Primeira Turma Recursal, por maioria, reconhecer a prescrição da pretensão deduzida na inicial
e considerar prejudicado o recurso, vencido o Juiz Rui Costa Gonçalves. 1ª. Turma Recursal, Juizado
Especial Federal – SJDF, Brasília – DF, 24/10/2019.

JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº. 0054406-92.2017.4.01.3400 RELATOR JUIZ FEDERAL ALEXANDRE JORGE FONTES


LARANJEIRA RECORRENTE(S) : UNIAO FEDERAL - UNIAO FEDERAL ADV/PROC : - LUIZ FELIPE
CARDOSO DE MORAES FILHODF00025089 - GILBERTO SIEBRA MONTEIRO RECORRIDO(S) :
FRANCISCO JOSE ALVES LIMA - UNIAO FEDERAL ADV/PROC : DF00025089 - GILBERTO SIEBRA
MONTEIRO - LUIZ FELIPE CARDOSO DE MORAES FILHO
EMENTA

ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. AUXÍLIO-TRANSPORTE. REMUNERAÇÃO POR SUBSÍDIO.


POSSIBILIDADE DE DESCONTO DOS 6% SOBRE AS PARCELAS REMUNERATÓRIAS LATO SENSU.
JURISPRUDÊNCIA DO STJ. RECURSO DA PARTE AUTORA DESPROVIDO, COM A CONSEQUENTE
HOMOLOGAÇÃO DA RENÚNCIA À PRETENSÃO FORMULADA NA AÇÃO (ART. 487, INCISO III,
ALÍNEA "C", DO CPC/2015). RECURSO DA UNIÃO PREJUDICADO. 1) Trata-se de recursos inominados
interpostos pela parte autora e pela União (AGU) em face de sentença que julgou parcialmente
procedente a pretensão objetivando o pagamento dos valores do auxílio-transporte, ao mesmo tempo em
que considerou válido o desconto de 6% sobre as parcelas remuneratórias. 2) Insurge-se a parte autora
contra a validade do desconto de 6%, afirmando, desde logo, que renuncia à pretensão formulada na
ação na hipótese de rejeição de seu recurso, ao passo que a parte ré recorre apenas contra a cláusula de
correção monetária. 3) No mérito, não há como prosperar o pedido recursal da parte autora, tendo em
vista que há previsão legal expressa a respeito do desconto de seis por cento sobre as parcelas
remuneratórias do servidor público no tocante ao auxílio transporte, não se podendo invocar na espécie,
portanto, excesso de poder na regulamentação realizada pelo Poder Executivo Federal. A propósito, veja-
se o teor do art. 2º. da Medida Provisória nº. 2.16536/2001 (a qual adquiriu força de lei por conta do teor
da EC nº. 32/2001), in verbis: Art. 2º. O valor mensal do Auxílio-Transporte será apurado a partir da
diferença entre as despesas realizadas com transporte coletivo, nos termos do art. 1o, e o desconto de
seis por cento do (grifo nosso): I - soldo do militar; II - vencimento do cargo efetivo ou emprego ocupado
pelo servidor ou empregado, ainda que ocupante de cargo em comissão ou de natureza especial; III -
vencimento do cargo em comissão ou de natureza especial, quando se tratar de servidor ou empregado
que não ocupe cargo efetivo ou emprego. § 1o Para fins do desconto, considerar-se-á como base de
cálculo o valor do soldo ou vencimento proporcional a vinte e dois dias. § 2º. O valor do AuxílioTransporte
não poderá ser inferior ao valor mensal da despesa efetivamente realizada com o transporte, nem
superior àquele resultante do seu enquadramento em tabela
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
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FAD911F2AD4722083F19D3D011D355AE 2

definida na forma do disposto no art. 8o. § 3º. Não fará jus ao Auxílio-Transporte o militar, o servidor ou
empregado que realizar despesas com transporte coletivo igual ou inferior ao percentual previsto neste
artigo. 4) Além disso, a disposição legal que estabelece participação do servidor no custeio do auxílio-
transporte há de ser entendida como determinação genérica que abrange as verbas remuneratórias lato
sensu, englobando, portanto, os subsídios. 5) A propósito do tema, veja-se recente julgado do STJ, in
verbis: ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. SUBSÍDIO. AUXÍLIO-TRANSPORTE. NATUREZA
INDENIZATÓRIA. NÃO-VEDAÇÃO. MP N. 2.165-36/2001. DESCONTO. POSSIBILIDADE. USO DE
VEÍCULO PRÓPRIO OU COLETIVO. I - A demanda trata da possibilidade dos servidores substituídos da

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
parte autora perceberem, cumulativamente com o subsídio, verba de auxílio-transporte, sem o desconto
de 6% sobre os respectivos subsídios, mesmo para aqueles que se utilizam de veículo próprio para
efetuar o deslocamento "residência-trabalho-residência". II - Não há ofensa ao art. 535 do CPC/1973,
quando o Tribunal de origem, embora sucintamente, pronuncia-se de forma clara e suficiente sobre a
questão posta nos autos. III - O auxíliotransporte pago aos servidores públicos da União, instituído pela
MP n. 2.165-36, de 23 de agosto de 2001, tem natureza indenizatória, o que autoriza o cúmulo com o
pagamento de subsídio. IV - A jurisprudência do STJ consolidou-se no sentido de que o auxílio-transporte
tem a finalidade de custear as despesas realizadas pelos servidores públicos com transporte para
deslocamentos entre a residência e o local de trabalho, e vice-versa, sendo devido a quem utiliza veículo
próprio ou coletivo. Precedentes: AgInt no REsp 1455539/RS, Rel. Ministra Diva Malerbi
(Desembargadora convocada TRF da 3ª REGIÃO), DJe 18/8/2016; AgRg no REsp 1.567.046/SP, Rel.
Ministro Humberto Martins, DJe 2/2/2016; e AgRg no AREsp 471.367/RS, Rel. Ministro Herman Benjamin,
DJe 22/4/2014. V - O valor do auxílio-transporte deve ser apurado a partir da diferença entre as despesas
realizadas com transporte próprio ou coletivo, e o desconto de seis por cento sobre o vencimento - que
deve ser entendido de maneira genérica, englobando ambas as formas de remuneração (vencimento
básico e subsídio) -, previsão dos artigos 1º e 2º, II, da MP n. 2.165-36/2001 (grifo nosso). VI - Não há se
falar em direito adquirido de servidor público a regime jurídico a que o desconto recaia sobre vencimento
pretérito, não mais vigente, podendo as parcelas que compõem a sua remuneração ser alteradas quando
da reestruturação da carreira, desde que preservado o valor real da remuneração. Precedentes: AgRg no
AREsp 65.621/DF, Rel. Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, DJe 11/4/2016; AgRg no RMS 50.082/CE,
Rel. Ministro Herman Benjamin, DJe 24/5/2016). VII - Pedido específico quanto ao reconhecimento do
direito sem qualquer desconto a título de participação no custeio do benefício. Forçoso reconhecer as
balizas estabelecidos pelo próprio autor, aos limites objetivos da lide, a se concluir pela sua
improcedência. VII - Recurso especial a que se nega provimento. (RESP - RECURSO ESPECIAL -
1598217 2016.01.13658-9, FRANCISCO FALCÃO, STJ - SEGUNDA TURMA, DJE DATA:05/02/2019). 6)
De observar-se, por fim, que, já na vigência do CPC/2015, o STJ vem entendendo que "... não é o órgão
julgador obrigado a rebater, um a um, todos os argumentos trazidos pelas partes em defesa da tese que
apresentaram. Deve apenas enfrentar a demanda, observando as questões relevantes e imprescindíveis
à sua resolução." (REsp 1775870/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado
em 13/11/2018, DJe 21/11/2018). 7) Recurso da parte autora desprovido, com a consequente
homologação da renúncia à pretensão formulada na ação, extinguindo-se o processo com resolução de
seu mérito,
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

FAD911F2AD4722083F19D3D011D355AE 3

nos termos do art. 487, inciso III, alínea "c", do CPC/2015. Recurso da União prejudicado. Acórdão
lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº. 9.099/95. 8) Sem custas. A parte autora pagará honorários
advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da causa, ficando a condenação suspensa enquanto perdurar
o estado de carência que justificou a concessão da justiça gratuita, prescrevendo a dívida cinco anos
após a sentença final, nos termos do art. 98, § 3º., do CPC/2015.

ACÓRDÃO

Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso da parte autora e, em
consequência, homologar a renúncia à pretensão formulada na ação, extinguindo-se o processo com
resolução de seu mérito, nos termos do art. 487, inciso III, alínea "c", do CPC/2015, ficando prejudicado o
recurso da União. 1ª. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.

JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº. 0034456-68.2015.4.01.3400 RELATOR JUIZ FEDERAL ALEXANDRE JORGE FONTES


LARANJEIRA RECORRENTE(S) : GUSTAVO TULIO MARINHO GOMES ADV/PROC : PB00010927 -
MARTSUNG FORMIGA CAVALCANTE E RODOVALHO DE ALENCAR RECORRIDO(S) : UNIAO
FEDERAL ADV/PROC :
EMENTA
132

ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL. PROGRESSÃO


FUNCIONAL. CONTAGEM DESDE MARÇO DO ANO SUBSEQUENTE AO INGRESSO NO ÓRGÃO.
POSSIBILIDADE. DECRETO Nº 84.669/80. LEI Nº. 9.266/96 E DECRETO Nº. 2.565/98. NORMAS
SIMILARES. ENTENDIMENTO DA TNU E DO STJ. RECURSO DESPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA.
1) Trata-se de recurso inominado interposto pela parte autora em face de sentença que julgou
improcedente a pretensão objetivando a progressão funcional de Policial Rodoviário Federal em
desconformidade com o Decreto nº. 84.669/80. 2) Esta Turma vinha adotando o entendimento em relação
às progressões e promoções da carreira do policial federal e em casos similares, tais como de Policial

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Rodoviário Federal, utilizando-se como referência o acórdão do Processo n° 006193451.2015.4.01.3400
(Relator Juiz Federal David Wilson de Abreu Pardo, julgado em 29/11/2017), o PEDILEF
05019994820094058500, Rel. Juiz Federal Rogério Moreira Alves, DOU 28/10/2011, e o PEDILEF TNU
05014601520144058401, Relator Juiz Federal Gerson Luiz Rocha, DOU 19/02/2016. Contudo, a TNU
alterou o seu entendimento, ao reexaminar a matéria em razão de divergência com a jurisprudência do
STJ. O acórdão, que uniformizou novamente a matéria e reviu o entendimento anterior ficou assim
ementado: DIREITO ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. CARREIRA DA POLÍCIA FEDERAL.
PROGRESSÃO FUNCIONAL. REQUISITOS. CUMPRIMENTO. EFEITOS FINANCEIROS. LEI N.
9.266/96 E DECRETO N. 2.565/98. MUDANÇA DE ENTENDIMENTO, COM O OBJETIVO DE ALINHAR
ESTA TURMA NACIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO COM A JURISPRUDÊNCIA DOMINANTE DO E.
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. INCIDENTE CONHECIDO E PROVIDO. (...)6. Com efeito, não
obstante esta Turma Nacional de Uniformização já tenha adotado entendimento no sentido do aresto
recorrido, é de rigor observar que recentemente a matéria foi objeto de análise pelo e. Superior Tribunal
de Justiça, o qual vem adotando o posicionamento segundo o qual deve ser aplicada a legislação que
regulamenta a progressão funcional dos policiais federais, qual seja, o art. 2º, parágrafo único, da Lei
9266/96 e o art. 5º do Decreto 2.565/98, segundo o qual a progressão dos autores deve se dar no mês de
março do ano subsequente, quando
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

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implementados os requisitos para a referida promoção. 7. Diversos julgados confirmam aludido


entendimento, in verbis: ... (AGRESP 201202292790, BENEDITO GONÇALVES, STJ - PRIMEIRA
TURMA, DJE DATA:11/05/2016 ..DTPB:.) ...) (AGRESP 201202292790, BENEDITO GONÇALVES, STJ -
PRIMEIRA TURMA, DJE DATA:11/05/2016 ..DTPB:.) ...) (AGRESP 201300965413, ASSUSETE
MAGALHÃES, STJ - SEGUNDA TURMA, DJE DATA:16/03/2016.) 8. Assim, visando uniformizar a
jurisprudência das Turmas Recursais com o entendimento que vem sendo adotado pelo Superior Tribunal
de Justiça, tenho que o incidente deve ser conhecido e provido para, alinhando o entendimento desta
Turma Nacional de Uniformização, firmar a tese de que: "a progressão dos servidores da carreira de
policial federal deve ter seus efeitos financeiros a partir de março do ano subsequente, nos termos do
disposto na Lei n. 9.266/96 e no Decreto n. 2.565/98." 9. Incidente conhecido e provido. (PEDILEF
201050500054126, Juiz Federal Fernando Moreira Gonçalves, Data da Publicação: 12/09/2017). 3) Com
efeito, a jurisprudência do STJ também é nesse sentido: ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL.
SERVIDOR PÚBLICO. POLICIAL FEDERAL. PROGRESSÃO FUNCIONAL. EFEITOS FINANCEIROS.
LEI N. 9.266/1996. 1. A progressão dos servidores da carreira de policial federal deve ter seus efeitos
financeiros a partir de março do ano subsequente ao das últimas avaliações funcionais, nos termos do
disposto na Lei n. 9.266/1996 e no Decreto n. 2.565/1998. 2. Recurso especial provido. (REsp
1690116/SP, Rel. Ministro OG FERNANDES, SEGUNDA TURMA, julgado em 05/12/2017, DJe
13/12/2017). No mesmo sentido: REsp 1649269/RJ, Rel. Ministra REGINA HELENA COSTA, PRIMEIRA
TURMA, julgado em 16/05/2017, DJe 22/05/2017; AgInt no REsp 1613907/RJ, Rel. Ministro MAURO
CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 17/11/2016, DJe 23/11/2016. 4) Desse modo,
considerando que a TNU fixou a tese de que "a progressão dos servidores da carreira de policial federal
deve ter seus efeitos financeiros a partir de março do ano subsequente, nos termos do disposto na Lei n.
9.266/96 e no Decreto n. 2.565/98", aplica-se esta regra aos Policiais Rodoviários Federais, cuja
progressão é regulamentada pelo Decreto 84.669/80 (art. 19), pois o fundamento é o mesmo em ambos
os casos. 5) Concluindo no particular, a alegação no sentido de que o tempo de serviço é contado para
todos os fins, conforme o teor do art. 100 da Lei nº. 8.112/90, encontra exceções em outras
manifestações legislativas, dentre as quais aquela que delega ao Poder Executivo a regulamentação das
progressões funcionais, daí porque não pode ser tido como norma superlegal que impeça a aplicação do
Decreto nº. 84.669/80 ao caso concreto. 6) De observar-se, por fim, que, já na vigência do CPC/2015, o
STJ vem entendendo que "... não é o órgão julgador obrigado a rebater, um a um, todos os argumentos
trazidos pelas partes em defesa da tese que apresentaram. Deve apenas enfrentar a demanda,
observando as questões relevantes e imprescindíveis à sua resolução." (REsp 1775870/SP, Rel. Ministro
HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 13/11/2018, DJe 21/11/2018). 7) Recurso
desprovido. Sentença mantida. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº. 9.099/95. 8) Sem custas.
A parte autora pagará honorários advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da causa, ficando a
condenação suspensa enquanto perdurar o estado de carência que justificou a concessão da justiça
133

gratuita, prescrevendo a dívida cinco anos após a sentença final, nos termos do art. 98, § 3º., do
CPC/2015.

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ACÓRDÃO

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso. 1ª. Turma Recursal,
Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.

JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº. 0040440-28.2018.4.01.3400 RELATOR JUIZ FEDERAL ALEXANDRE JORGE FONTES


LARANJEIRA RECORRENTE(S) : FRANCISCO ETEVALDO PORTELA ADV/PROC : DF00025089 -
GILBERTO SIEBRA MONTEIRO RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL ADV/PROC :
EMENTA

ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. AUXÍLIO-TRANSPORTE. CONDICIONAMENTO DA


FRUIÇÃO DA VANTAGEM À APRESENTAÇÃO DE DECLARAÇÃO DOS VALORES DESPENDIDOS A
ESSE TÍTULO JUNTO À ADMINISTRAÇÃO, PROVIDÊNCIA QUE SE TORNA O MARCO INICIAL DA
FRUIÇÃO DA VANTAGEM. POSSIBILIDADE DE DESCONTO DOS 6% SOBRE AS PARCELAS
REMUNERATÓRIAS LATO SENSU. LEGALIDADE DE TAIS EXIGÊNCIAS. JURISPRUDÊNCIA DO STJ.
RECURSO DESPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA. 1) Trata-se de recurso inominado interposto pela
parte autora em face de sentença que julgou parcialmente procedente a pretensão objetivando o
pagamento dos valores do auxílio-transporte, ao mesmo tempo em que condicionou o pagamento da
vantagem à apresentação de declaração dos valores despendidos, providência assinalada como o marco
inicial da percepção da vantagem, bem como considerou válido o desconto de 6% sobre as parcelas
remuneratórias, determinações essas impugnadas pelo(a) recorrente. 2) No mérito, não há como
prosperar o pedido recursal. 3) De fato, a sentença reconheceu a prescrição quinquenal, ao mesmo
tempo em que condicionou o pagamento do auxílio-transporte à apresentação de declaração dos valores
despendidos a tal título junto à Administração, a partir de quando deverá ser paga a vantagem, exigência
essa que encontra claro respaldo no teor do art. 6º. da Medida Provisória nº. 2.165-36/2001, in verbis: Art.
6º. A concessão do Auxílio-Transporte far-se-á mediante declaração firmada pelo militar, servidor ou
empregado na qual ateste a realização das despesas com transporte nos termos do art. 1º (grifo nosso). §
1º. Presumir-se-ão verdadeiras as informações constantes da declaração de que trata este artigo, sem
prejuízo da apuração de responsabilidades administrativa, civil e penal. § 2º. A declaração deverá ser
atualizada pelo militar, servidor ou empregado sempre que ocorrer alteração das circunstâncias que
fundamentam a concessão do benefício. 4) Por sua vez, também há previsão legal expressa a respeito
do desconto de seis por cento sobre as parcelas remuneratórias do servidor público no tocante ao auxílio
transporte, não se podendo invocar na espécie, portanto, excesso de poder na regulamentação realizada
pelo Poder Executivo Federal. A propósito, veja-se o teor do art. 2º. da Medida Provisória nº. 2.165-
36/2001 (a qual adquiriu força de lei por conta do teor da EC nº. 32/2001), in verbis: Art. 2º. O valor
mensal do Auxílio-Transporte será
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

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apurado a partir da diferença entre as despesas realizadas com transporte coletivo, nos termos do art. 1o,
e o desconto de seis por cento do (grifo nosso): I - soldo do militar; II - vencimento do cargo efetivo ou
emprego ocupado pelo servidor ou empregado, ainda que ocupante de cargo em comissão ou de
natureza especial; III - vencimento do cargo em comissão ou de natureza especial, quando se tratar de
servidor ou empregado que não ocupe cargo efetivo ou emprego. § 1o Para fins do desconto, considerar-
se-á como base de cálculo o valor do soldo ou vencimento proporcional a vinte e dois dias. § 2º. O valor
do Auxílio-Transporte não poderá ser inferior ao valor mensal da despesa efetivamente realizada com o
transporte, nem superior àquele resultante do seu enquadramento em tabela definida na forma do
disposto no art. 8o. § 3º. Não fará jus ao Auxílio-Transporte o militar, o servidor ou empregado que
realizar despesas com transporte coletivo igual ou inferior ao percentual previsto neste artigo. 5) Além
disso, a disposição legal que estabelece participação do servidor no custeio do auxílio-transporte há de
ser entendida como determinação genérica que abrange as verbas remuneratórias lato sensu,
englobando, portanto, os subsídios. 6) A propósito do tema, veja-se recente julgado do STJ, in verbis:
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. SUBSÍDIO. AUXÍLIO-TRANSPORTE. NATUREZA
INDENIZATÓRIA. NÃO-VEDAÇÃO. MP N. 2.165-36/2001. DESCONTO. POSSIBILIDADE. USO DE
134

VEÍCULO PRÓPRIO OU COLETIVO. I - A demanda trata da possibilidade dos servidores substituídos da


parte autora perceberem, cumulativamente com o subsídio, verba de auxílio-transporte, sem o desconto
de 6% sobre os respectivos subsídios, mesmo para aqueles que se utilizam de veículo próprio para
efetuar o deslocamento "residência-trabalho-residência". II - Não há ofensa ao art. 535 do CPC/1973,
quando o Tribunal de origem, embora sucintamente, pronuncia-se de forma clara e suficiente sobre a
questão posta nos autos. III - O auxíliotransporte pago aos servidores públicos da União, instituído pela
MP n. 2.165-36, de 23 de agosto de 2001, tem natureza indenizatória, o que autoriza o cúmulo com o
pagamento de subsídio. IV - A jurisprudência do STJ consolidou-se no sentido de que o auxílio-transporte
tem a finalidade de custear as despesas realizadas pelos servidores públicos com transporte para
deslocamentos entre a residência e o local de trabalho, e vice-versa, sendo devido a quem utiliza veículo

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
próprio ou coletivo. Precedentes: AgInt no REsp 1455539/RS, Rel. Ministra Diva Malerbi
(Desembargadora convocada TRF da 3ª REGIÃO), DJe 18/8/2016; AgRg no REsp 1.567.046/SP, Rel.
Ministro Humberto Martins, DJe 2/2/2016; e AgRg no AREsp 471.367/RS, Rel. Ministro Herman Benjamin,
DJe 22/4/2014. V - O valor do auxílio-transporte deve ser apurado a partir da diferença entre as despesas
realizadas com transporte próprio ou coletivo, e o desconto de seis por cento sobre o vencimento - que
deve ser entendido de maneira genérica, englobando ambas as formas de remuneração (vencimento
básico e subsídio) -, previsão dos artigos 1º e 2º, II, da MP n. 2.165-36/2001 (grifo nosso). VI - Não há se
falar em direito adquirido de servidor público a regime jurídico a que o desconto recaia sobre vencimento
pretérito, não mais vigente, podendo as parcelas que compõem a sua remuneração ser alteradas quando
da reestruturação da carreira, desde que preservado o valor real da remuneração. Precedentes: AgRg no
AREsp 65.621/DF, Rel. Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, DJe 11/4/2016; AgRg no RMS 50.082/CE,
Rel. Ministro Herman Benjamin, DJe 24/5/2016). VII - Pedido específico quanto ao reconhecimento do
direito sem qualquer desconto a título de participação no custeio do benefício. Forçoso reconhecer as
balizas estabelecidos pelo próprio autor, aos limites objetivos da lide, a se concluir pela sua
improcedência. VII - Recurso especial a
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

A2143B72983B6338C2FD37D6A4981869 3

que se nega provimento. (RESP - RECURSO ESPECIAL - 1598217 2016.01.13658-9, FRANCISCO


FALCÃO, STJ - SEGUNDA TURMA, DJE DATA:05/02/2019). 7) De observar-se, por fim, que, já na
vigência do CPC/2015, o STJ vem entendendo que "... não é o órgão julgador obrigado a rebater, um a
um, todos os argumentos trazidos pelas partes em defesa da tese que apresentaram. Deve apenas
enfrentar a demanda, observando as questões relevantes e imprescindíveis à sua resolução." (REsp
1775870/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 13/11/2018, DJe
21/11/2018). 8) Recurso desprovido. Sentença mantida. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº.
9.099/95. 9) Sem custas. A parte autora pagará honorários advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da
causa, ficando a condenação suspensa enquanto perdurar o estado de carência que justificou a
concessão da justiça gratuita, prescrevendo a dívida cinco anos após a sentença final, nos termos do art.
98, § 3º., do CPC/2015.

ACÓRDÃO

Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso. 1ª. Turma Recursal,
Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.

JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº. 0041838-44.2017.4.01.3400 RELATOR JUIZ FEDERAL ALEXANDRE JORGE FONTES


LARANJEIRA RECORRENTE(S) : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL) ADV/PROC : - CELIA
FERREIRA TAVARES DE LYRA RECORRIDO(S) : MARIA DO LIVRAMENTO OLIVEIRA ANDRADE
ADV/PROC : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA SILVA
EMENTA

TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PARA O PSS. APOSENTADOS. PERCEPÇÃO DE VALOR


REMUNERATÓRIO POR MEIO DE PRECATÓRIO/RPV. IMPOSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO LITERAL
DO ART. 16-A DA LEI Nº. 10.887/04. ADOÇÃO DO REGIME DE COMPETÊNCIA, SOB PENA DE
LESÃO AOS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA ANTERIORIDADE E DA IGUALDADE
TRIBUTÁRIAS. IMPOSSIBILIDADE DE INCIDÊNCIA DA CONTRIBUIÇÃO PRA O PSS SOBRE OS
VALORES QUE DEVERIAM SER PERCEBIDOS POR SERVIDORES APOSENTADOS ANTES DE
20/05/2004 (DATA DA CONCLUSÃO DA ANTERIORIDADE NONAGESIMAL DA MP Nº. 167/2004,
AFINAL CONVERTIDA NA LEI Nº. 10.887/2004). ISENÇÃO DOS VALORES INFERIORES AO TETO DE
CONTRIBUIÇÃO PARA O RGPS A PARTIR DE ENTÃO. ADI Nº. 3.105. INCIDÊNCIA SOBRE JUROS DE
MORA. ILEGALIDADE. DIREITO À RESTITUIÇÃO. RECURSO DESPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA.
1) Trata-se de recurso inominado interposto pela União (PFN) em face de sentença de procedência
parcial proferida em ação ajuizada objetivando a não incidência de PSS sobre os valores pagos a servidor
135

aposentado por meio de RPV/Precatório e sobre juros de mora. 2) No mérito, inicialmente é preciso
esclarecer que, em se tratando de percepção de valores remuneratórios acumulados ao longo de vários
meses, sobre as quais incide um determinado tributo, como ocorreu na espécie, é preciso adotar o regime
de competência, sob pena de lesão aos princípios constitucionais da anterioridade e da igualdade
tributárias. 3) A propósito do tema, veja-se a decisão proferida pelo Ministro Roberto Barroso no ARE nº.
1.008.691-PE (DJE nº. 249, divulgado em 22/11/2016), parcialmente transcrita: "O recurso extraordinário
não pode ser provido, uma vez que as razões aduzidas pelo recorrente conflitam com a jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal. O acórdão recorrido dirimiu a controvérsia dos autos no mesmo sentido do
que ficara decidido pelo Plenário da Corte no julgamento do RE 614.406/RS, Rel. Min. Marco Aurélio. Na
oportunidade, o Supremo Tribunal Federal assentou que o Imposto de Renda deve ser apurado sob o

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
regime de competência na hipótese de percepção acumulada de proventos,
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

4E61CBAEC860E4D5C8C379EA3856602E 2

o que impede a aplicação da alíquota máxima que incidiria na espécie caso a base considerada fosse
todo o montante recebido de uma única vez. Confira-se, a propósito, trecho do julgado: 'É inconstitucional
o art. 12 da Lei 7.713/1988 (No caso de rendimentos recebidos acumuladamente, o imposto incidirá, no
mês do recebimento ou crédito, sobre o total dos rendimentos, diminuídos do valor das despesas com
ação judicial necessárias ao seu recebimento, inclusive de advogados, se tiverem sido pagas pelo
contribuinte, sem indenização). Com base nessa orientação, em conclusão de julgamento e por maioria, o
Plenário negou provimento a recurso extraordinário em que se discutia a constitucionalidade da referida
norma v. Informativo 628. O Tribunal afirmou que o sistema não poderia apenar o contribuinte duas
vezes. Esse fenômeno ocorreria, já que o contribuinte, ao não receber as parcelas na época própria,
deveria ingressar em juízo e, ao fazê-lo, seria posteriormente tributado com uma alíquota superior de
imposto de renda em virtude da junção do que percebido. Isso porque a exação em foco teria como fato
gerador a disponibilidade econômica e jurídica da renda. A novel Lei 12.350/2010, embora não fizesse
alusão expressa ao regime de competência, teria implicado a adoção desse regime mediante inserção de
cálculos que direcionariam à consideração do que apontara como épocas próprias, tendo em conta o
surgimento, em si, da disponibilidade econômica. Desse modo, transgredira os princípios da isonomia e
da capacidade contributiva, de forma a configurar confisco e majoração de alíquota do imposto de renda.
Vencida a Ministra Ellen Gracie, que dava provimento ao recurso por reputar constitucional o dispositivo
questionado. Considerava que o preceito em foco não violaria o princípio da capacidade contributiva.
Enfatizava que o regime de caixa seria o que melhor aferiria a possibilidade de contribuir, uma vez que
exigiria o pagamento do imposto à luz dos rendimentos efetivamente percebidos, independentemente do
momento em que surgido o direito a eles.' Considerando que a lógica da questão de direito é
absolutamente a mesma, devem ser aplicadas, no presente caso relativamente à incidência de
contribuição previdenciária, as conclusões adotadas no precedente acima mencionado. Isso porque o
sujeito não poderia ser punido duplamente. Em primeiro lugar, por ver suprimido um direito devido. Em
segundo, por admitir o locupletamento do Estado com base em situação que o próprio poder público deu
causa." 4) Por sua vez, o STF decidiu pela inconstitucionalidade do art. 4º., incisos I e II, da Emenda
Constitucional nº. 41/03, afirmando, por ocasião do julgamento da ADI nº. 3.105 (DJ de 18/02/2005), que
ficava restabelecido o caráter geral da regra do art. 40, § 18, da Carta de 1988, a qual estabelecia a
incidência da contribuição para o PSS apenas sobre os valores excedentes do teto do RGPS. 5) Disso
tudo resulta que, em se tratando de servidores aposentados, não incide a contribuição para o PSS até a
data de 19/05/2004, data da conclusão da anterioridade nonagesimal da MP nº. 167/2004, afinal
convertida na Lei nº. 10.887/2004, que regulamentou a EC nº. 41/03, ao passo que, a partir de
20/05/2004, somente pode haver a incidência de tal exação sobre os valores que excederem o teto do
RGPS. 6) Já no tocante à questão dos juros de mora, em sede de recurso repetitivo, o Superior Tribunal
de Justiça já se manifestou no sentido de que não incide a contribuição previdenciária sobre os valores
recebidos a título de juros de mora por servidor público a quem foi reconhecido o direito a diferenças
remuneratórias, uma vez que, por conta de sua natureza indenizatória, refogem tais valores à base de
cálculo legal do tributo, sem falar que não se incorporam aos vencimentos para fins de aposentadoria. 7)
Nesse sentido, cito o seguinte precedente: PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. TRIBUTÁRIO.
CONTRIBUIÇÃO DO PLANO DE SEGURIDADE DO
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

4E61CBAEC860E4D5C8C379EA3856602E 3

SERVIDOR PÚBLICO (PSS). RETENÇÃO. VALORES PAGOS EM CUMPRIMENTO DE DECISÃO


JUDICIAL (DIFERENÇAS SALARIAIS). INEXIGIBILIDADE DA CONTRIBUIÇÃO SOBRE A PARCELA
REFERENTE AOS JUROS DE MORA. 1. O ordenamento jurídico atribui aos juros de mora a natureza
indenizatória. Destinam-se, portanto, a reparar o prejuízo suportado pelo credor em razão da mora do
devedor, o qual não efetuou o pagamento nas condições estabelecidas pela lei ou pelo contrato. Os juros
de mora, portanto, não constituem verba destinada a remunerar o trabalho prestado ou capital investido.
2. A não incidência de contribuição para o PSS sobre juros de mora encontra amparo na jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal, que autoriza a incidência de tal contribuição apenas em relação às parcelas
136

incorporáveis ao vencimento do servidor público. Nesse sentido: REsp 1.241.569/RS, 2ª Turma, Rel. Min.
Herman Benjamin, DJe de 13.9.2011. 3. A incidência de contribuição para o PSS sobre os valores pagos
em cumprimento de decisão judicial, por si só, não justifica a incidência da contribuição sobre os juros de
mora. Ainda que se admita a integração da legislação tributária pelo princípio do direito privado segundo o
qual, salvo disposição em contrário, o bem acessório segue o principal (expresso no art. 59 do CC/1916 e
implícito no CC/2002), tal integração não pode implicar na exigência de tributo não previsto em lei (como
ocorre com a analogia), nem na dispensa do pagamento de tributo devido (como ocorre com a equidade).
4. Ainda que seja possível a incidência de contribuição social sobre quaisquer vantagens pagas ao
servidor público federal (art. 4º, § 1º, da Lei 10.887/2004), não é possível a sua incidência sobre as
parcelas pagas a título de indenização (como é o caso dos juros de mora), pois, conforme expressa

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
previsão legal (art. 49, I e § 1º, da Lei 8.112/90), não se incorporam ao vencimento ou provento. Por tal
razão, não merece acolhida a alegação no sentido de que apenas as verbas expressamente
mencionadas pelos incisos do § 1º do art. 4º da Lei 10.887/2004 não sofrem a incidência de contribuição
social. 5. Recurso especial não provido. Acórdão sujeito ao regime previsto no art. 543-C do CPC, c/c a
Resolução 8/2008 - Presidência/STJ. (REsp 1239203/PR, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES,
PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 12/12/2012, DJe 01/02/2013) 8) Portanto, a parte autora tem direito à
restituição da contribuição para o PSS, nos termos do quanto decidido na sentença proferida nestes
autos, corrigindo-se, de ofício, apenas o erro material concernente ao termo final da impossibilidade
completa de incidência da exação em questão, o qual é 19/05/2004, e não 19/02/2004. 9) De observar-se,
por fim, que, já na vigência do CPC/2015, o STJ vem entendendo que “... não é o órgão julgador obrigado
a rebater, um a um, todos os argumentos trazidos pelas partes em defesa da tese que apresentaram.
Deve apenas enfrentar a demanda, observando as questões relevantes e imprescindíveis à sua
resolução.” (REsp 1775870/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em
13/11/2018, DJe 21/11/2018). 10) Recurso desprovido. Sentença mantida, com correção de ofício do erro
material ora apontado. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº. 9.099/95. 11) Sem custas. A
recorrente pagará honorários advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da condenação, nos termos do
art. 55 da Lei nº. 9.099/95.

ACÓRDÃO

Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso. 1ª. Turma Recursal,
Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.
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4E61CBAEC860E4D5C8C379EA3856602E 4

JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº. 0010846-03.2017.4.01.3400 RELATOR JUIZ FEDERAL ALEXANDRE JORGE FONTES


LARANJEIRA RECORRENTE(S) : PAULO RODOLFO OGLIARI ADV/PROC : DF00004814 - ADAHIL
PEREIRA DA SILVA RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL ADV/PROC : - ANNA AMELIA LISBOA
MARTINS RAPOSO DA CAMARA
EMENTA

CONSTITUCIONAL E PREVIDENCIÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO. APOSENTADORIA POR TEMPO DE


CONTRIBUIÇÃO. PRETENSÃO DE APLICAÇÃO DAS REGRAS PREVIDENCIÁRIAS DO SEXO
FEMININO EM FAVOR DE PESSOA DO SEXO MASCULINO. IMPOSSIBILIDADE. DISTINÇÃO
CONFORME O PRINCÍPIO DA ISONOMIA. EXISTÊNCIA DE TAL DISTINÇÃO EM DIVERSOS ARTIGOS
DA REDAÇÃO ORIGINAL DA CARTA DE 1988. PLENA COMPATIBILIDADE COM OS PRINCÍPIOS DO
TEXTO CONSTITUCIONAL. RECURSO DESPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA. 1) Trata-se de recurso
inominado interposto pelo autor contra sentença de improcedência nos autos do processo em que
objetiva a concessão de aposentadoria por tempo de contribuição com utilização das regras aplicáveis às
servidores mulheres. 2) Nenhuma razão assiste ao recorrente. 3) De fato, a concessão de aposentadoria
por tempo de contribuição dos servidores públicos deve, nos termos do art. 40, §1º., III, da Constituição,
obedecer a seguinte regra: 60 anos de idade e 35 de contribuição, se homem; e 55 anos de idade e 30 de
contribuição, se mulher. 4) Nesses termos, o segurado do sexo masculino que iniciar o recolhimento das
contribuições previdenciárias a partir de dezoito anos de idade irá completar o período máximo de
contribuição (35 anos) antes de atingir a idade mínima para aposentadoria (60 anos), sem, contudo, ter
direito de invocar as regras previstas para o sexo feminino a fim de aposentar-se mais cedo. 5) Ora, o
princípio da isonomia previsto no art. 5º., caput, da Constituição, fundamental ao Estado de Direito, veda a
existência de privilégios, isenções ou regalias entre cidadãos numa mesma situação jurídica, mas, ao
mesmo tempo, prevê situações específicas em que o tratamento diferenciado condiz com os valores
expressos na Carta Magna, desde que observados o princípio da proporcionalidade e as isonomias formal
e material. 6) Nesse sentido, as normas que traduzem distinções entre homens e mulheres, militares e
civis, empregadores e empregados, desde que observadas a proporcionalidade e a
137

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7806227E5F99C4C362B05D10B9BC0714 2

razoabilidade, são constitucionais, já que não fazem discriminações que afetem a dignidade da pessoa
humana ou que afastem o princípio da igualdade. 7) Com efeito, seja na elaboração das leis pelo
legislador, seja na busca incessante de tratamento uniforme entre os homens perante o direito, o certo é
que as diferenciações específicas são benéficas e necessárias a fim de manter a ordem entre os
indivíduos, agrupando-os segundo suas desigualdades, já que não existe sociedade uniforme, nem
tampouco indivíduos exatamente iguais. 8) Observa-se que as discriminações são compatíveis com o

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princípio da isonomia quando há uma correlação lógica entre a peculiaridade diferencial e o tratamento
desigual conferido em função dela, desde que não haja incompatibilidade com interesses da Constituição.
9) Assim, a regra que prevê idade inferior às mulheres para concessão de aposentadoria por tempo de
contribuição está fundamentada na realidade desigual vivenciada pelas mulheres, seja no mercado de
trabalho, seja na vida doméstica, a qual inclui maternidade e dupla jornada, daí porque, embora tal
desigualdade venha sendo paulatinamente vencida, ainda deve ser considerada pelo legislador na
elaboração das leis, a fim de atender justamente ao princípio da isonomia. 10) Concluindo no particular,
o RPPS está fundado no princípio da solidariedade, daí porque o pagamento de contribuição após a
obtenção do tempo de serviço mínimo para a obtenção da aposentadoria não ofende nenhum princípio
constitucional. 11) De observar-se, por fim, que, já na vigência do CPC/2015, o STJ vem entendendo que
"... não é o órgão julgador obrigado a rebater, um a um, todos os argumentos trazidos pelas partes em
defesa da tese que apresentaram. Deve apenas enfrentar a demanda, observando as questões
relevantes e imprescindíveis à sua resolução." (REsp 1775870/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN,
SEGUNDA TURMA, julgado em 13/11/2018, DJe 21/11/2018). 12) Recurso desprovido. Acórdão lavrado
com fundamento no art. 46 da Lei nº 9.099/95. 13) Sem custas. A parte autora pagará honorários
advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da causa, já que não está acobertada pelo benefício da
Justiça Gratuita.

ACÓRDÃO

Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso. 1ª. Turma Recursal,
Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.

JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº. 0012054-85.2018.4.01.3400 RELATOR JUIZ FEDERAL ALEXANDRE JORGE FONTES


LARANJEIRA RECORRENTE(S) : FRANCISCO CAVALCANTE DE LACERDA ADV/PROC :
DF00025089 - GILBERTO SIEBRA MONTEIRO RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL ADV/PROC :
EMENTA

ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. AUXÍLIO-TRANSPORTE. CONDICIONAMENTO DA


FRUIÇÃO DA VANTAGEM À APRESENTAÇÃO DE DECLARAÇÃO DOS VALORES DESPENDIDOS A
ESSE TÍTULO JUNTO À ADMINISTRAÇÃO, PROVIDÊNCIA QUE SE TORNA O MARCO INICIAL DA
FRUIÇÃO DA VANTAGEM. POSSIBILIDADE DE DESCONTO DOS 6% SOBRE AS PARCELAS
REMUNERATÓRIAS LATO SENSU. LEGALIDADE DE TAIS EXIGÊNCIAS. JURISPRUDÊNCIA DO STJ.
RECURSO DESPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA. 1) Trata-se de recurso inominado interposto pela
parte autora em face de sentença que julgou parcialmente procedente a pretensão objetivando o
pagamento dos valores do auxílio-transporte, ao mesmo tempo em que condicionou o pagamento da
vantagem à apresentação de declaração dos valores despendidos, providência assinalada como o marco
inicial da percepção da vantagem, bem como considerou válido o desconto de 6% sobre as parcelas
remuneratórias, determinações essas impugnadas pelo(a) recorrente. 2) No mérito, não há como
prosperar o pedido recursal. 3) De fato, a sentença reconheceu a prescrição quinquenal, ao mesmo
tempo em que condicionou o pagamento do auxílio-transporte à apresentação de declaração dos valores
despendidos a tal título junto à Administração, a partir de quando deverá ser paga a vantagem, exigência
essa que encontra claro respaldo no teor do art. 6º. da Medida Provisória nº. 2.165-36/2001, in verbis: Art.
6º. A concessão do Auxílio-Transporte far-se-á mediante declaração firmada pelo militar, servidor ou
empregado na qual ateste a realização das despesas com transporte nos termos do art. 1º (grifo nosso). §
1º. Presumir-se-ão verdadeiras as informações constantes da declaração de que trata este artigo, sem
prejuízo da apuração de responsabilidades administrativa, civil e penal. § 2º. A declaração deverá ser
atualizada pelo militar, servidor ou empregado sempre que ocorrer alteração das circunstâncias que
fundamentam a concessão do benefício. 4) Por sua vez, também há previsão legal expressa a respeito
do desconto de seis por cento sobre as parcelas remuneratórias do servidor público no tocante ao auxílio
transporte, não se podendo invocar na espécie, portanto, excesso de poder na regulamentação realizada
pelo Poder Executivo Federal. A propósito, veja-se o teor do art. 2º. da Medida Provisória nº. 2.165-
138

36/2001 (a qual adquiriu força de lei por conta do teor da EC nº. 32/2001), in verbis: Art. 2º. O valor
mensal do Auxílio-Transporte será
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EF2E2CAC8BBD2C45F155A4742233AD1C 2

apurado a partir da diferença entre as despesas realizadas com transporte coletivo, nos termos do art. 1o,
e o desconto de seis por cento do (grifo nosso): I - soldo do militar; II - vencimento do cargo efetivo ou
emprego ocupado pelo servidor ou empregado, ainda que ocupante de cargo em comissão ou de
natureza especial; III - vencimento do cargo em comissão ou de natureza especial, quando se tratar de

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
servidor ou empregado que não ocupe cargo efetivo ou emprego. § 1o Para fins do desconto, considerar-
se-á como base de cálculo o valor do soldo ou vencimento proporcional a vinte e dois dias. § 2º. O valor
do Auxílio-Transporte não poderá ser inferior ao valor mensal da despesa efetivamente realizada com o
transporte, nem superior àquele resultante do seu enquadramento em tabela definida na forma do
disposto no art. 8o. § 3º. Não fará jus ao Auxílio-Transporte o militar, o servidor ou empregado que
realizar despesas com transporte coletivo igual ou inferior ao percentual previsto neste artigo. 5) Além
disso, a disposição legal que estabelece participação do servidor no custeio do auxílio-transporte há de
ser entendida como determinação genérica que abrange as verbas remuneratórias lato sensu,
englobando, portanto, os subsídios. 6) A propósito do tema, veja-se recente julgado do STJ, in verbis:
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. SUBSÍDIO. AUXÍLIO-TRANSPORTE. NATUREZA
INDENIZATÓRIA. NÃO-VEDAÇÃO. MP N. 2.165-36/2001. DESCONTO. POSSIBILIDADE. USO DE
VEÍCULO PRÓPRIO OU COLETIVO. I - A demanda trata da possibilidade dos servidores substituídos da
parte autora perceberem, cumulativamente com o subsídio, verba de auxílio-transporte, sem o desconto
de 6% sobre os respectivos subsídios, mesmo para aqueles que se utilizam de veículo próprio para
efetuar o deslocamento "residência-trabalho-residência". II - Não há ofensa ao art. 535 do CPC/1973,
quando o Tribunal de origem, embora sucintamente, pronuncia-se de forma clara e suficiente sobre a
questão posta nos autos. III - O auxíliotransporte pago aos servidores públicos da União, instituído pela
MP n. 2.165-36, de 23 de agosto de 2001, tem natureza indenizatória, o que autoriza o cúmulo com o
pagamento de subsídio. IV - A jurisprudência do STJ consolidou-se no sentido de que o auxílio-transporte
tem a finalidade de custear as despesas realizadas pelos servidores públicos com transporte para
deslocamentos entre a residência e o local de trabalho, e vice-versa, sendo devido a quem utiliza veículo
próprio ou coletivo. Precedentes: AgInt no REsp 1455539/RS, Rel. Ministra Diva Malerbi
(Desembargadora convocada TRF da 3ª REGIÃO), DJe 18/8/2016; AgRg no REsp 1.567.046/SP, Rel.
Ministro Humberto Martins, DJe 2/2/2016; e AgRg no AREsp 471.367/RS, Rel. Ministro Herman Benjamin,
DJe 22/4/2014. V - O valor do auxílio-transporte deve ser apurado a partir da diferença entre as despesas
realizadas com transporte próprio ou coletivo, e o desconto de seis por cento sobre o vencimento - que
deve ser entendido de maneira genérica, englobando ambas as formas de remuneração (vencimento
básico e subsídio) -, previsão dos artigos 1º e 2º, II, da MP n. 2.165-36/2001 (grifo nosso). VI - Não há se
falar em direito adquirido de servidor público a regime jurídico a que o desconto recaia sobre vencimento
pretérito, não mais vigente, podendo as parcelas que compõem a sua remuneração ser alteradas quando
da reestruturação da carreira, desde que preservado o valor real da remuneração. Precedentes: AgRg no
AREsp 65.621/DF, Rel. Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, DJe 11/4/2016; AgRg no RMS 50.082/CE,
Rel. Ministro Herman Benjamin, DJe 24/5/2016). VII - Pedido específico quanto ao reconhecimento do
direito sem qualquer desconto a título de participação no custeio do benefício. Forçoso reconhecer as
balizas estabelecidos pelo próprio autor, aos limites objetivos da lide, a se concluir pela sua
improcedência. VII - Recurso especial a
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EF2E2CAC8BBD2C45F155A4742233AD1C 3

que se nega provimento. (RESP - RECURSO ESPECIAL - 1598217 2016.01.13658-9, FRANCISCO


FALCÃO, STJ - SEGUNDA TURMA, DJE DATA:05/02/2019). 7) De observar-se, por fim, que, já na
vigência do CPC/2015, o STJ vem entendendo que "... não é o órgão julgador obrigado a rebater, um a
um, todos os argumentos trazidos pelas partes em defesa da tese que apresentaram. Deve apenas
enfrentar a demanda, observando as questões relevantes e imprescindíveis à sua resolução." (REsp
1775870/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 13/11/2018, DJe
21/11/2018). 8) Recurso desprovido. Sentença mantida. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº.
9.099/95. 9) Sem custas. A parte autora pagará honorários advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da
causa, ficando a condenação suspensa enquanto perdurar o estado de carência que justificou a
concessão da justiça gratuita, prescrevendo a dívida cinco anos após a sentença final, nos termos do art.
98, § 3º., do CPC/2015.

ACÓRDÃO

Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso. 1ª. Turma Recursal,
Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.
139

JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº. 0041318-84.2017.4.01.3400 RELATOR JUIZ FEDERAL ALEXANDRE JORGE FONTES


LARANJEIRA RECORRENTE(S) : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL) ADV/PROC : - CELIA
FERREIRA TAVARES DE LYRA RECORRIDO(S) : LAURINETE SANTOS BITY ADV/PROC :
DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA SILVA
EMENTA

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PARA O PSS. APOSENTADOS. PERCEPÇÃO DE VALOR
REMUNERATÓRIO POR MEIO DE PRECATÓRIO/RPV. IMPOSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO LITERAL
DO ART. 16-A DA LEI Nº. 10.887/04. ADOÇÃO DO REGIME DE COMPETÊNCIA, SOB PENA DE
LESÃO AOS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA ANTERIORIDADE E DA IGUALDADE
TRIBUTÁRIAS. IMPOSSIBILIDADE DE INCIDÊNCIA DA CONTRIBUIÇÃO PRA O PSS SOBRE OS
VALORES QUE DEVERIAM SER PERCEBIDOS POR SERVIDORES APOSENTADOS ANTES DE
20/05/2004 (DATA DA CONCLUSÃO DA ANTERIORIDADE NONAGESIMAL DA MP Nº. 167/2004,
AFINAL CONVERTIDA NA LEI Nº. 10.887/2004). ISENÇÃO DOS VALORES INFERIORES AO TETO DE
CONTRIBUIÇÃO PARA O RGPS A PARTIR DE ENTÃO. ADI Nº. 3.105. INCIDÊNCIA SOBRE JUROS DE
MORA. ILEGALIDADE. DIREITO À RESTITUIÇÃO. RECURSO DESPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA.
1) Trata-se de recurso inominado interposto pela União (PFN) em face de sentença de procedência
parcial proferida em ação ajuizada objetivando a não incidência de PSS sobre os valores pagos a servidor
aposentado por meio de RPV/Precatório e sobre juros de mora. 2) No mérito, inicialmente é preciso
esclarecer que, em se tratando de percepção de valores remuneratórios acumulados ao longo de vários
meses, sobre as quais incide um determinado tributo, como ocorreu na espécie, é preciso adotar o regime
de competência, sob pena de lesão aos princípios constitucionais da anterioridade e da igualdade
tributárias. 3) A propósito do tema, veja-se a decisão proferida pelo Ministro Roberto Barroso no ARE nº.
1.008.691-PE (DJE nº. 249, divulgado em 22/11/2016), parcialmente transcrita: "O recurso extraordinário
não pode ser provido, uma vez que as razões aduzidas pelo recorrente conflitam com a jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal. O acórdão recorrido dirimiu a controvérsia dos autos no mesmo sentido do
que ficara decidido pelo Plenário da Corte no julgamento do RE 614.406/RS, Rel. Min. Marco Aurélio. Na
oportunidade, o Supremo Tribunal Federal assentou que o Imposto de Renda deve ser apurado sob o
regime de competência na hipótese de percepção acumulada de proventos,
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BC308DA9C4F0BF918CDD1F936E676142 2

o que impede a aplicação da alíquota máxima que incidiria na espécie caso a base considerada fosse
todo o montante recebido de uma única vez. Confira-se, a propósito, trecho do julgado: 'É inconstitucional
o art. 12 da Lei 7.713/1988 (No caso de rendimentos recebidos acumuladamente, o imposto incidirá, no
mês do recebimento ou crédito, sobre o total dos rendimentos, diminuídos do valor das despesas com
ação judicial necessárias ao seu recebimento, inclusive de advogados, se tiverem sido pagas pelo
contribuinte, sem indenização). Com base nessa orientação, em conclusão de julgamento e por maioria, o
Plenário negou provimento a recurso extraordinário em que se discutia a constitucionalidade da referida
norma v. Informativo 628. O Tribunal afirmou que o sistema não poderia apenar o contribuinte duas
vezes. Esse fenômeno ocorreria, já que o contribuinte, ao não receber as parcelas na época própria,
deveria ingressar em juízo e, ao fazê-lo, seria posteriormente tributado com uma alíquota superior de
imposto de renda em virtude da junção do que percebido. Isso porque a exação em foco teria como fato
gerador a disponibilidade econômica e jurídica da renda. A novel Lei 12.350/2010, embora não fizesse
alusão expressa ao regime de competência, teria implicado a adoção desse regime mediante inserção de
cálculos que direcionariam à consideração do que apontara como épocas próprias, tendo em conta o
surgimento, em si, da disponibilidade econômica. Desse modo, transgredira os princípios da isonomia e
da capacidade contributiva, de forma a configurar confisco e majoração de alíquota do imposto de renda.
Vencida a Ministra Ellen Gracie, que dava provimento ao recurso por reputar constitucional o dispositivo
questionado. Considerava que o preceito em foco não violaria o princípio da capacidade contributiva.
Enfatizava que o regime de caixa seria o que melhor aferiria a possibilidade de contribuir, uma vez que
exigiria o pagamento do imposto à luz dos rendimentos efetivamente percebidos, independentemente do
momento em que surgido o direito a eles.' Considerando que a lógica da questão de direito é
absolutamente a mesma, devem ser aplicadas, no presente caso relativamente à incidência de
contribuição previdenciária, as conclusões adotadas no precedente acima mencionado. Isso porque o
sujeito não poderia ser punido duplamente. Em primeiro lugar, por ver suprimido um direito devido. Em
segundo, por admitir o locupletamento do Estado com base em situação que o próprio poder público deu
causa." 4) Por sua vez, o STF decidiu pela inconstitucionalidade do art. 4º., incisos I e II, da Emenda
Constitucional nº. 41/03, afirmando, por ocasião do julgamento da ADI nº. 3.105 (DJ de 18/02/2005), que
ficava restabelecido o caráter geral da regra do art. 40, § 18, da Carta de 1988, a qual estabelecia a
incidência da contribuição para o PSS apenas sobre os valores excedentes do teto do RGPS. 5) Disso
tudo resulta que, em se tratando de servidores aposentados, não incide a contribuição para o PSS até a
140

data de 19/05/2004, data da conclusão da anterioridade nonagesimal da MP nº. 167/2004, afinal


convertida na Lei nº. 10.887/2004, que regulamentou a EC nº. 41/03, ao passo que, a partir de
20/05/2004, somente pode haver a incidência de tal exação sobre os valores que excederem o teto do
RGPS. 6) Já no tocante à questão dos juros de mora, em sede de recurso repetitivo, o Superior Tribunal
de Justiça já se manifestou no sentido de que não incide a contribuição previdenciária sobre os valores
recebidos a título de juros de mora por servidor público a quem foi reconhecido o direito a diferenças
remuneratórias, uma vez que, por conta de sua natureza indenizatória, refogem tais valores à base de
cálculo legal do tributo, sem falar que não se incorporam aos vencimentos para fins de aposentadoria. 7)
Nesse sentido, cito o seguinte precedente: PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. TRIBUTÁRIO.
CONTRIBUIÇÃO DO PLANO DE SEGURIDADE DO

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SERVIDOR PÚBLICO (PSS). RETENÇÃO. VALORES PAGOS EM CUMPRIMENTO DE DECISÃO


JUDICIAL (DIFERENÇAS SALARIAIS). INEXIGIBILIDADE DA CONTRIBUIÇÃO SOBRE A PARCELA
REFERENTE AOS JUROS DE MORA. 1. O ordenamento jurídico atribui aos juros de mora a natureza
indenizatória. Destinam-se, portanto, a reparar o prejuízo suportado pelo credor em razão da mora do
devedor, o qual não efetuou o pagamento nas condições estabelecidas pela lei ou pelo contrato. Os juros
de mora, portanto, não constituem verba destinada a remunerar o trabalho prestado ou capital investido.
2. A não incidência de contribuição para o PSS sobre juros de mora encontra amparo na jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal, que autoriza a incidência de tal contribuição apenas em relação às parcelas
incorporáveis ao vencimento do servidor público. Nesse sentido: REsp 1.241.569/RS, 2ª Turma, Rel. Min.
Herman Benjamin, DJe de 13.9.2011. 3. A incidência de contribuição para o PSS sobre os valores pagos
em cumprimento de decisão judicial, por si só, não justifica a incidência da contribuição sobre os juros de
mora. Ainda que se admita a integração da legislação tributária pelo princípio do direito privado segundo o
qual, salvo disposição em contrário, o bem acessório segue o principal (expresso no art. 59 do CC/1916 e
implícito no CC/2002), tal integração não pode implicar na exigência de tributo não previsto em lei (como
ocorre com a analogia), nem na dispensa do pagamento de tributo devido (como ocorre com a equidade).
4. Ainda que seja possível a incidência de contribuição social sobre quaisquer vantagens pagas ao
servidor público federal (art. 4º, § 1º, da Lei 10.887/2004), não é possível a sua incidência sobre as
parcelas pagas a título de indenização (como é o caso dos juros de mora), pois, conforme expressa
previsão legal (art. 49, I e § 1º, da Lei 8.112/90), não se incorporam ao vencimento ou provento. Por tal
razão, não merece acolhida a alegação no sentido de que apenas as verbas expressamente
mencionadas pelos incisos do § 1º do art. 4º da Lei 10.887/2004 não sofrem a incidência de contribuição
social. 5. Recurso especial não provido. Acórdão sujeito ao regime previsto no art. 543-C do CPC, c/c a
Resolução 8/2008 - Presidência/STJ. (REsp 1239203/PR, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES,
PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 12/12/2012, DJe 01/02/2013) 8) Portanto, a parte autora tem direito à
restituição da contribuição para o PSS, nos termos do quanto decidido na sentença proferida nestes
autos, corrigindo-se, de ofício, apenas o erro material concernente ao termo final da impossibilidade
completa de incidência da exação em questão, o qual é 19/05/2004, e não 19/02/2004. 9) De observar-se,
por fim, que, já na vigência do CPC/2015, o STJ vem entendendo que “... não é o órgão julgador obrigado
a rebater, um a um, todos os argumentos trazidos pelas partes em defesa da tese que apresentaram.
Deve apenas enfrentar a demanda, observando as questões relevantes e imprescindíveis à sua
resolução.” (REsp 1775870/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em
13/11/2018, DJe 21/11/2018). 10) Recurso desprovido. Sentença mantida, com correção de ofício do erro
material ora apontado. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº. 9.099/95. 11) Sem custas. A
recorrente pagará honorários advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da condenação, nos termos do
art. 55 da Lei nº. 9.099/95.

ACÓRDÃO

Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso. 1ª. Turma Recursal,
Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

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JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº. 0067084-76.2016.4.01.3400 RELATOR JUIZ FEDERAL ALEXANDRE JORGE FONTES


LARANJEIRA RECORRENTE(S) : EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELEGRAFOS ECT
ADV/PROC : DF00021315 - IARA CELIA BATISTA DE CASTRO RECORRIDO(S) : LUIZ EDMUNDO
BICCA COIMBRA ADV/PROC : DF00012330 - MARCELO LUIZ AVILA DE BESSA E OUTRO(S)
EMENTA
141

RESPONSABILIDADE CIVIL. CORREIOS. ROUBO DE MERCADORIA POSTADA. FORÇA MAIOR.


EXCLUDENTE DE RESPONSABILIDADE. JURISPRUDÊNCIA DO STJ E DA TNU. RECURSO
PROVIDO. SENTENÇA REFORMADA. 1) Trata-se de recurso inominado interposto pela parte ré em face
de sentença que julgou parcialmente procedente pretensão de indenização por danos morais e materiais
em decorrência do extravio de mercadoria postada, diante da ocorrência de roubo. 2) No mérito, razão
assiste à recorrente. 3) De fato, no caso concreto, a inexecução do contrato que tinha por objeto a
entrega de encomenda postal decorreu, única e exclusivamente, do roubo ocorrido durante o processo de
entrega da mercadoria postada pela parte autora, conforme comprovam os documentos anexados à peça

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inicial (fls. 10/14) e com a contestação apresentada pela parte recorrente. 4) Além disso, restou
comprovado que a parte autora iniciou procedimento administrativo para o fim de ser ressarcida
administrativamente, nos termos do contrato firmado entre as partes, o qual não foi concluído pela própria
parte autora, e o valor depositado restou devolvido pelo banco diante de dados divergentes. 5) Por sua
vez, a jurisprudência consolidou-se no sentido de entender o roubo como fortuito externo, de modo a
afastar a responsabilidade do fornecedor por danos materiais e morais, mesmo em se tratando de
responsabilidade objetiva. 6) Nesse sentido, veja-se o entendimento mais recente da TNU, in verbis:
"EMENTA INCIDENTE DE UNIFORMIZAÇÃO INTERPOSTO PELA PARTE RÉ. RESPONSABILIDADE
CIVIL. ROUBO DE MERCADORIA POSTADA. FORÇA MAIOR. EXCLUDENTE DA
RESPONSABILIDADE. JURISPRUDÊNCIA DOMINANTE DO STJ. INCIDENTE CONHECIDO E
PROVIDO. 1. Incidente de Uniformização interposto pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos –
ECT em face de acórdão da Turma Recursal de Pernambuco que a condenou a indenizar o autor em
danos materiais e morais em virtude do extravio de encomenda em virtude de roubo. 2. Aduz a recorrente
que o aresto recorrido diverge do entendimento dominante no STJ, no sentido de que o roubo da
mercadoria transportada exclui a responsabilidade por
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124BA494F8745579346080F0412D1ED4 2

constituir motivo de força maior. 3. Razão assiste à recorrente, uma vez que o entendimento hoje
dominante no STJ é no sentido de que o roubo da mercadoria transportada constitui motivo de força
maior, para excluir a responsabilidade por eventual indenização relativa a esse fato. Nesse sentido, trago
o seguinte julgado: RESPONSABILIDADE CIVIL. RECURSO ESPECIAL. CORREIOS. ROUBO DE
CARGAS. RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA. EXCLUSÃO. MOTIVO DE FORÇA MAIOR. 1. A
empresa de Correios é de natureza pública federal, criada pelo Decreto-lei nº. 509/69, prestadora de
serviços postais sob regime de privilégio, cuja harmonia com a Constituição Federal, em parte, foi
reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal, no julgamento da ADPF n. 46/DF, julgada em 5.8.2009,
relator para acórdão Ministro Eros Grau. Os Correios são, a um só tempo, empresa pública prestadora de
serviço público em sentido estrito, e agente inserido no mercado, desempenhando, neste caso, típica
atividade econômica e se sujeitando ao regime de direito privado. 2. Destarte, o caso dos autos revela o
exercício de atividade econômica típica, consubstanciada na prestação de serviço de "recebimento/coleta,
transporte e entrega domiciliar aos destinatários em âmbito nacional" de "fitas de vídeo e/ou material
promocional relativo a elas", por isso que os Correios se sujeitam à responsabilidade civil própria das
transportadoras de carga, as quais estão isentas de indenizar o dano causado na hipótese de força maior,
cuja extensão conceitual abarca a ocorrência de roubo das mercadorias transportadas. 3. A força maior
deve ser entendida, atualmente, como espécie do gênero fortuito externo, do qual faz parte também a
culpa exclusiva de terceiros, os quais se contrapõem ao chamado fortuito interno. O roubo, mediante uso
de arma de fogo, em regra é fato de terceiro equiparável a força maior, que deve excluir o dever de
indenizar, mesmo no sistema de responsabilidade civil objetiva. 4. Com o julgamento do REsp.
435.865/RJ, pela Segunda Seção, ficou pacificado na jurisprudência do STJ que, se não for demonstrado
que a transportadora não adotou as cautelas que razoavelmente dela se poderia esperar, o roubo de
carga constitui motivo de força maior a isentar a sua responsabilidade. 5. Recurso especial provido.
(REsp 976.564/SP, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 20/09/2012,
DJe 23/10/2012) 4. A excludente de responsabilidade civil pela ocorrência da situação de fortuito externo
tem sua aplicação nas relações de consumo já que o rol das excludentes de responsabilidade civil
previstas no Código de Defesa do Consumidor não é taxativo. Para caracterização do evento fortuito
externo como excludente de responsabilidade civil é necessário a presença dos elementos inevitabilidade,
irresistibilidade e externidade do fato. O roubo, em regra, é fato de terceiro equiparável a força maior,
consistindo em fortuito externo, afastando, assim a responsabilidade civil do prestador. 5 Ante o exposto
CONHEÇO E DOU PROVIMENTO ao Incidente de Uniformização para afastar a responsabilidade civil no
presente caso. (PEDILEF 05008012820134058308, JUIZ FEDERAL FERNANDO MOREIRA
GONÇALVES, TNU, DOU 10/08/2017 páginas 079-229.)." 7) De observar-se, por fim, que, já na vigência
do CPC/2015, o STJ vem entendendo que “... não é o órgão julgador obrigado a rebater, um a um, todos
os argumentos trazidos pelas partes em defesa da tese que apresentaram. Deve apenas enfrentar a
demanda, observando as questões relevantes e imprescindíveis à sua resolução.” (REsp 1775870/SP,
Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 13/11/2018, DJe 21/11/2018). 8)
142

Recurso provido. Sentença reformada para julgar improcedente in totum a pretensão da parte autora.
Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº. 9.099/95. 9) Sem custas e sem honorários.
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ACÓRDÃO

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Decide a Primeira Turma Recursal, por maioria, vencida o juiz Rui Costa Gonçalves, dar provimento ao
recurso. 1ª. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.

JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº. 0019327-18.2018.4.01.3400 RELATOR JUIZ FEDERAL ALEXANDRE JORGE FONTES


LARANJEIRA RECORRENTE(S) : ECT - EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELEGRAFOS
ADV/PROC : DF00025493 - ANA CAROLINA SOARES DE MESQUITA RECORRIDO(S) : FLAVIO JOSE
SARDINHA ADV/PROC :
EMENTA

RESPONSABILIDADE CIVIL. CORREIOS. ROUBO DE MERCADORIA POSTADA. FORÇA MAIOR.


EXCLUDENTE DE RESPONSABILIDADE. JURISPRUDÊNCIA DO STJ E DA TNU. RECURSO
PROVIDO. SENTENÇA REFORMADA. 1) Trata-se de recurso inominado interposto pela parte ré em face
de sentença que julgou parcialmente procedente pretensão de indenização por danos morais e materiais
em decorrência do extravio de mercadoria postada, diante da ocorrência de roubo da carga. 2) No mérito,
razão assiste à recorrente. 3) De fato, no caso concreto, a inexecução do contrato que tinha por objeto a
entrega de encomenda postal decorreu, única e exclusivamente, do roubo ocorrido durante o processo de
entrega da mercadoria postada pela parte autora, conforme comprovam os documentos anexados à peça
inicial (fls. 13/17) e com a contestação apresentada pela parte recorrente. 4) Por sua vez, a jurisprudência
consolidou-se no sentido de entender o roubo como fortuito externo, de modo a afastar a
responsabilidade do fornecedor por danos materiais e morais, mesmo em se tratando de responsabilidade
objetiva. 5) Nesse sentido, veja-se o entendimento mais recente da TNU, in verbis: INCIDENTE DE
UNIFORMIZAÇÃO INTERPOSTO PELA PARTE RÉ. RESPONSABILIDADE CIVIL. ROUBO DE
MERCADORIA POSTADA. FORÇA MAIOR. EXCLUDENTE DA RESPONSABILIDADE.
JURISPRUDÊNCIA DOMINANTE DO STJ. INCIDENTE CONHECIDO E PROVIDO. 1. Incidente de
Uniformização interposto pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos – ECT em face de acórdão da
Turma Recursal de Pernambuco que a condenou a indenizar o autor em danos materiais e morais em
virtude do extravio de encomenda em virtude de roubo. 2. Aduz a recorrente que o aresto recorrido
diverge do entendimento dominante no STJ, no sentido de que o roubo da mercadoria transportada exclui
a responsabilidade por constituir motivo de força maior. 3. Razão assiste à recorrente, uma vez que o
entendimento hoje dominante no STJ é no sentido de que o roubo da mercadoria transportada constitui
motivo de força maior, para excluir a responsabilidade por
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

0C14FE43D1F44040E5C714126CF7A174 2

eventual indenização relativa a esse fato. Nesse sentido, trago o seguinte julgado: RESPONSABILIDADE
CIVIL. RECURSO ESPECIAL. CORREIOS. ROUBO DE CARGAS. RESPONSABILIDADE CIVIL
OBJETIVA. EXCLUSÃO. MOTIVO DE FORÇA MAIOR. 1. A empresa de Correios é de natureza pública
federal, criada pelo Decreto-lei nº. 509/69, prestadora de serviços postais sob regime de privilégio, cuja
harmonia com a Constituição Federal, em parte, foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal, no
julgamento da ADPF n. 46/DF, julgada em 5.8.2009, relator para acórdão Ministro Eros Grau. Os Correios
são, a um só tempo, empresa pública prestadora de serviço público em sentido estrito, e agente inserido
no mercado, desempenhando, neste caso, típica atividade econômica e se sujeitando ao regime de direito
privado. 2. Destarte, o caso dos autos revela o exercício de atividade econômica típica, consubstanciada
na prestação de serviço de "recebimento/coleta, transporte e entrega domiciliar aos destinatários em
âmbito nacional" de "fitas de vídeo e/ou material promocional relativo a elas", por isso que os Correios se
sujeitam à responsabilidade civil própria das transportadoras de carga, as quais estão isentas de
indenizar o dano causado na hipótese de força maior, cuja extensão conceitual abarca a ocorrência de
roubo das mercadorias transportadas. 3. A força maior deve ser entendida, atualmente, como espécie do
gênero fortuito externo, do qual faz parte também a culpa exclusiva de terceiros, os quais se contrapõem
ao chamado fortuito interno. O roubo, mediante uso de arma de fogo, em regra é fato de terceiro
equiparável a força maior, que deve excluir o dever de indenizar, mesmo no sistema de responsabilidade
civil objetiva. 4. Com o julgamento do REsp. 435.865/RJ, pela Segunda Seção, ficou pacificado na
143

jurisprudência do STJ que, se não for demonstrado que a transportadora não adotou as cautelas que
razoavelmente dela se poderia esperar, o roubo de carga constitui motivo de força maior a isentar a sua
responsabilidade. 5. Recurso especial provido. (REsp 976.564/SP, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO,
QUARTA TURMA, julgado em 20/09/2012, DJe 23/10/2012) 4. A excludente de responsabilidade civil pela
ocorrência da situação de fortuito externo tem sua aplicação nas relações de consumo já que o rol das
excludentes de responsabilidade civil previstas no Código de Defesa do Consumidor não é taxativo. Para
caracterização do evento fortuito externo como excludente de responsabilidade civil é necessário a
presença dos elementos inevitabilidade, irresistibilidade e externidade do fato. O roubo, em regra, é fato
de terceiro equiparável a força maior, consistindo em fortuito externo, afastando, assim a
responsabilidade civil do prestador. 5 Ante o exposto CONHEÇO E DOU PROVIMENTO ao Incidente de

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Uniformização para afastar a responsabilidade civil no presente caso. (PEDILEF
05008012820134058308, JUIZ FEDERAL FERNANDO MOREIRA GONÇALVES, TNU, DOU 10/08/2017
páginas 079-229.). 6) De observar-se, por fim, que, já na vigência do CPC/2015, o STJ vem entendendo
que "... não é o órgão julgador obrigado a rebater, um a um, todos os argumentos trazidos pelas partes
em defesa da tese que apresentaram. Deve apenas enfrentar a demanda, observando as questões
relevantes e imprescindíveis à sua resolução." (REsp 1775870/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN,
SEGUNDA TURMA, julgado em 13/11/2018, DJe 21/11/2018). 7) Recurso provido. Sentença reformada
para julgar improcedente in totum a pretensão da parte autora. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da
Lei nº. 9.099/95. 8) Sem custas e sem honorários.

PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

0C14FE43D1F44040E5C714126CF7A174 3

ACÓRDÃO

Decide a Primeira Turma Recursal, por maioria, vencido o Juiz Rui Costa Gonçalves, dar provimento ao
recurso. 1ª. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.

JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº. 0002548-85.2018.4.01.3400 RELATOR JUIZ FEDERAL ALEXANDRE JORGE FONTES


LARANJEIRA RECORRENTE(S) : UNIAO FEDERAL ADV/PROC : - LUIZ FELIPE CARDOSO DE
MORAES FILHO RECORRIDO(S) : REGINA MARTHA TOMAS VASCONCELOS ADV/PROC :
DF00025089 - GILBERTO SIEBRA MONTEIRO
EMENTA

ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. AUXÍLIO-TRANSPORTE. REMUNERAÇÃO POR SUBSÍDIO.


POSSIBILIDADE DE DESCONTO DOS 6% SOBRE AS PARCELAS REMUNERATÓRIAS LATO SENSU.
LEGALIDADE DE TAL EXIGÊNCIA. JURISPRUDÊNCIA DO STJ. CORREÇÃO MONETÁRIA NOS
TERMOS DO MANUAL DE CÁLCULOS DA JUSTIÇA FEDERAL. JULGAMENTO DO RE Nº. 870.947/SE,
CUJA EFICÁCIA FOI RESTAURADA A PARTIR DE 03 DE OUTUBRO DE 2019. RECURSO
PARCIALMENTE PROVIDO. SENTENÇA PARCIALMENTE REFORMADA. 1) Trata-se de recurso
inominado interposto pela União (AGU) em face de sentença que julgou parcialmente procedente a
pretensão objetivando o pagamento dos valores do auxílio-transporte, sem o desconto de 6% sobre as
parcelas remuneratórias. 2) Insurge-se a recorrente exclusivamente no tocante à ausência do desconto
de 6% e com relação à cláusula de correção monetária. 3) No mérito, o pedido recursal merece parcial
provimento. 4) De fato, há previsão legal expressa a respeito do desconto de seis por cento sobre as
parcelas remuneratórias do servidor público no tocante ao auxílio transporte, não se podendo invocar na
espécie, portanto, excesso de poder na regulamentação realizada pelo Poder Executivo Federal. A
propósito, veja-se o teor do art. 2º. da Medida Provisória nº. 2.165-36/2001 (a qual adquiriu força de lei
por conta do teor da EC nº. 32/2001), in verbis: Art. 2º. O valor mensal do Auxílio-Transporte será apurado
a partir da diferença entre as despesas realizadas com transporte coletivo, nos termos do art. 1o, e o
desconto de seis por cento do (grifo nosso): I - soldo do militar; II - vencimento do cargo efetivo ou
emprego ocupado pelo servidor ou empregado, ainda que ocupante de cargo em comissão ou de
natureza especial; III - vencimento do cargo em comissão ou de natureza especial, quando se tratar de
servidor ou empregado que não ocupe cargo efetivo ou emprego. § 1o Para fins do desconto, considerar-
se-á como base de cálculo o valor do soldo ou vencimento proporcional a vinte e dois dias. § 2º. O valor
do Auxílio-Transporte não poderá ser inferior ao valor mensal da despesa efetivamente realizada com o
transporte, nem superior àquele resultante do seu enquadramento em tabela definida na forma do
disposto no art. 8o. § 3º. Não fará jus ao Auxílio-Transporte o militar, o servidor ou empregado que
realizar despesas com transporte coletivo igual ou inferior ao percentual previsto neste artigo.
144

PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

B1DD75C30193C43717E365C358106773 2

5) Além disso, a disposição legal que estabelece participação do servidor no custeio do auxílio-transporte
há de ser entendida como determinação genérica que abrange as verbas remuneratórias lato sensu,
englobando, portanto, os subsídios. 6) A propósito do tema, veja-se recente julgado do STJ, in verbis:
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. SUBSÍDIO. AUXÍLIO-TRANSPORTE. NATUREZA
INDENIZATÓRIA. NÃO-VEDAÇÃO. MP N. 2.165-36/2001. DESCONTO. POSSIBILIDADE. USO DE
VEÍCULO PRÓPRIO OU COLETIVO. I - A demanda trata da possibilidade dos servidores substituídos da

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
parte autora perceberem, cumulativamente com o subsídio, verba de auxílio-transporte, sem o desconto
de 6% sobre os respectivos subsídios, mesmo para aqueles que se utilizam de veículo próprio para
efetuar o deslocamento "residência-trabalho-residência". II - Não há ofensa ao art. 535 do CPC/1973,
quando o Tribunal de origem, embora sucintamente, pronuncia-se de forma clara e suficiente sobre a
questão posta nos autos. III - O auxíliotransporte pago aos servidores públicos da União, instituído pela
MP n. 2.165-36, de 23 de agosto de 2001, tem natureza indenizatória, o que autoriza o cúmulo com o
pagamento de subsídio. IV - A jurisprudência do STJ consolidou-se no sentido de que o auxílio-transporte
tem a finalidade de custear as despesas realizadas pelos servidores públicos com transporte para
deslocamentos entre a residência e o local de trabalho, e vice-versa, sendo devido a quem utiliza veículo
próprio ou coletivo. Precedentes: AgInt no REsp 1455539/RS, Rel. Ministra Diva Malerbi
(Desembargadora convocada TRF da 3ª REGIÃO), DJe 18/8/2016; AgRg no REsp 1.567.046/SP, Rel.
Ministro Humberto Martins, DJe 2/2/2016; e AgRg no AREsp 471.367/RS, Rel. Ministro Herman Benjamin,
DJe 22/4/2014. V - O valor do auxílio-transporte deve ser apurado a partir da diferença entre as despesas
realizadas com transporte próprio ou coletivo, e o desconto de seis por cento sobre o vencimento - que
deve ser entendido de maneira genérica, englobando ambas as formas de remuneração (vencimento
básico e subsídio) -, previsão dos artigos 1º e 2º, II, da MP n. 2.165-36/2001 (grifo nosso). VI - Não há se
falar em direito adquirido de servidor público a regime jurídico a que o desconto recaia sobre vencimento
pretérito, não mais vigente, podendo as parcelas que compõem a sua remuneração ser alteradas quando
da reestruturação da carreira, desde que preservado o valor real da remuneração. Precedentes: AgRg no
AREsp 65.621/DF, Rel. Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, DJe 11/4/2016; AgRg no RMS 50.082/CE,
Rel. Ministro Herman Benjamin, DJe 24/5/2016). VII - Pedido específico quanto ao reconhecimento do
direito sem qualquer desconto a título de participação no custeio do benefício. Forçoso reconhecer as
balizas estabelecidos pelo próprio autor, aos limites objetivos da lide, a se concluir pela sua
improcedência. VII - Recurso especial a que se nega provimento. (RESP - RECURSO ESPECIAL -
1598217 2016.01.13658-9, FRANCISCO FALCÃO, STJ - SEGUNDA TURMA, DJE DATA:05/02/2019). 7)
Quanto à cláusula de juros e correção monetária, a sentença está de acordo com o Manual de Cálculos
da Justiça Federal, o qual, por sua vez, espelha o quanto foi decidido pelo STF no RE nº. 870.947/SE,
acórdão cuja eficácia foi plenamente restaurada a partir da rejeição dos embargos de declaração,
conforme julgamento ocorrido aos 03/10/2019. 8) De observar-se, por fim, que, já na vigência do
CPC/2015, o STJ vem entendendo que "... não é o órgão julgador obrigado a rebater, um a um, todos os
argumentos trazidos pelas partes em defesa da tese que apresentaram. Deve apenas enfrentar a
demanda, observando as questões relevantes e imprescindíveis à sua resolução." (REsp 1775870/SP,
Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 13/11/2018, DJe 21/11/2018).
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

B1DD75C30193C43717E365C358106773 3

9) Recurso da União parcialmente provido para determinar que incida o desconto do percentual de 6%
relativo ao custeio do auxílio-transporte sobre os subsídios percebidos pela parte autora. Acórdão lavrado
nos termos do art. 46 da Lei nº. 9.099/95. 10) Sem custas e sem honorários.

ACÓRDÃO

Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, dar parcial provimento ao recurso. 1ª. Turma
Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.

JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº. 0007834-44.2018.4.01.3400 RELATOR JUIZ FEDERAL ALEXANDRE JORGE FONTES


LARANJEIRA RECORRENTE(S) : UNIAO FEDERAL ADV/PROC : - DIEGO EDUARDO FARIAS
CAMBRAIA RECORRIDO(S) : JOSE UELSON FELIX LIMA ADV/PROC : DF00025089 - GILBERTO
SIEBRA MONTEIRO
EMENTA
145

ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. AUXÍLIO-TRANSPORTE. REMUNERAÇÃO POR SUBSÍDIO.


POSSIBILIDADE DE DESCONTO DOS 6% SOBRE AS PARCELAS REMUNERATÓRIAS LATO SENSU.
LEGALIDADE DE TAL EXIGÊNCIA. JURISPRUDÊNCIA DO STJ. CORREÇÃO MONETÁRIA NOS
TERMOS DO MANUAL DE CÁLCULOS DA JUSTIÇA FEDERAL. JULGAMENTO DO RE Nº. 870.947/SE,
CUJA EFICÁCIA FOI RESTAURADA A PARTIR DE 03 DE OUTUBRO DE 2019. RECURSO
PARCIALMENTE PROVIDO. SENTENÇA PARCIALMENTE REFORMADA. 1) Trata-se de recurso
inominado interposto pela União (AGU) em face de sentença que julgou parcialmente procedente a
pretensão objetivando o pagamento dos valores do auxílio-transporte, sem o desconto de 6% sobre as
parcelas remuneratórias. 2) Insurge-se a recorrente exclusivamente no tocante à ausência do desconto
de 6% e com relação à cláusula de correção monetária. 3) No mérito, o pedido recursal merece parcial

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
provimento. 4) De fato, há previsão legal expressa a respeito do desconto de seis por cento sobre as
parcelas remuneratórias do servidor público no tocante ao auxílio transporte, não se podendo invocar na
espécie, portanto, excesso de poder na regulamentação realizada pelo Poder Executivo Federal. A
propósito, veja-se o teor do art. 2º. da Medida Provisória nº. 2.165-36/2001 (a qual adquiriu força de lei
por conta do teor da EC nº. 32/2001), in verbis: Art. 2º. O valor mensal do Auxílio-Transporte será apurado
a partir da diferença entre as despesas realizadas com transporte coletivo, nos termos do art. 1o, e o
desconto de seis por cento do (grifo nosso): I - soldo do militar; II - vencimento do cargo efetivo ou
emprego ocupado pelo servidor ou empregado, ainda que ocupante de cargo em comissão ou de
natureza especial; III - vencimento do cargo em comissão ou de natureza especial, quando se tratar de
servidor ou empregado que não ocupe cargo efetivo ou emprego. § 1o Para fins do desconto, considerar-
se-á como base de cálculo o valor do soldo ou vencimento proporcional a vinte e dois dias. § 2º. O valor
do Auxílio-Transporte não poderá ser inferior ao valor mensal da despesa efetivamente realizada com o
transporte, nem superior àquele resultante do seu enquadramento em tabela definida na forma do
disposto no art. 8o. § 3º. Não fará jus ao Auxílio-Transporte o militar, o servidor ou empregado que
realizar despesas com transporte coletivo igual ou inferior ao percentual previsto neste artigo.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

DD8539E2D252D9F729A9A1B006ED450F 2

5) Além disso, a disposição legal que estabelece participação do servidor no custeio do auxílio-transporte
há de ser entendida como determinação genérica que abrange as verbas remuneratórias lato sensu,
englobando, portanto, os subsídios. 6) A propósito do tema, veja-se recente julgado do STJ, in verbis:
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. SUBSÍDIO. AUXÍLIO-TRANSPORTE. NATUREZA
INDENIZATÓRIA. NÃO-VEDAÇÃO. MP N. 2.165-36/2001. DESCONTO. POSSIBILIDADE. USO DE
VEÍCULO PRÓPRIO OU COLETIVO. I - A demanda trata da possibilidade dos servidores substituídos da
parte autora perceberem, cumulativamente com o subsídio, verba de auxílio-transporte, sem o desconto
de 6% sobre os respectivos subsídios, mesmo para aqueles que se utilizam de veículo próprio para
efetuar o deslocamento "residência-trabalho-residência". II - Não há ofensa ao art. 535 do CPC/1973,
quando o Tribunal de origem, embora sucintamente, pronuncia-se de forma clara e suficiente sobre a
questão posta nos autos. III - O auxíliotransporte pago aos servidores públicos da União, instituído pela
MP n. 2.165-36, de 23 de agosto de 2001, tem natureza indenizatória, o que autoriza o cúmulo com o
pagamento de subsídio. IV - A jurisprudência do STJ consolidou-se no sentido de que o auxílio-transporte
tem a finalidade de custear as despesas realizadas pelos servidores públicos com transporte para
deslocamentos entre a residência e o local de trabalho, e vice-versa, sendo devido a quem utiliza veículo
próprio ou coletivo. Precedentes: AgInt no REsp 1455539/RS, Rel. Ministra Diva Malerbi
(Desembargadora convocada TRF da 3ª REGIÃO), DJe 18/8/2016; AgRg no REsp 1.567.046/SP, Rel.
Ministro Humberto Martins, DJe 2/2/2016; e AgRg no AREsp 471.367/RS, Rel. Ministro Herman Benjamin,
DJe 22/4/2014. V - O valor do auxílio-transporte deve ser apurado a partir da diferença entre as despesas
realizadas com transporte próprio ou coletivo, e o desconto de seis por cento sobre o vencimento - que
deve ser entendido de maneira genérica, englobando ambas as formas de remuneração (vencimento
básico e subsídio) -, previsão dos artigos 1º e 2º, II, da MP n. 2.165-36/2001 (grifo nosso). VI - Não há se
falar em direito adquirido de servidor público a regime jurídico a que o desconto recaia sobre vencimento
pretérito, não mais vigente, podendo as parcelas que compõem a sua remuneração ser alteradas quando
da reestruturação da carreira, desde que preservado o valor real da remuneração. Precedentes: AgRg no
AREsp 65.621/DF, Rel. Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, DJe 11/4/2016; AgRg no RMS 50.082/CE,
Rel. Ministro Herman Benjamin, DJe 24/5/2016). VII - Pedido específico quanto ao reconhecimento do
direito sem qualquer desconto a título de participação no custeio do benefício. Forçoso reconhecer as
balizas estabelecidos pelo próprio autor, aos limites objetivos da lide, a se concluir pela sua
improcedência. VII - Recurso especial a que se nega provimento. (RESP - RECURSO ESPECIAL -
1598217 2016.01.13658-9, FRANCISCO FALCÃO, STJ - SEGUNDA TURMA, DJE DATA:05/02/2019). 7)
Quanto à cláusula de juros e correção monetária, a sentença está de acordo com o Manual de Cálculos
da Justiça Federal, o qual, por sua vez, espelha o quanto foi decidido pelo STF no RE nº. 870.947/SE,
acórdão cuja eficácia foi plenamente restaurada a partir da rejeição dos embargos de declaração,
conforme julgamento ocorrido aos 03/10/2019. 8) De observar-se, por fim, que, já na vigência do
CPC/2015, o STJ vem entendendo que "... não é o órgão julgador obrigado a rebater, um a um, todos os
argumentos trazidos pelas partes em defesa da tese que apresentaram. Deve apenas enfrentar a
146

demanda, observando as questões relevantes e imprescindíveis à sua resolução." (REsp 1775870/SP,


Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 13/11/2018, DJe 21/11/2018).
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DD8539E2D252D9F729A9A1B006ED450F 3

9) Recurso da União parcialmente provido para determinar que incida o desconto do percentual de 6%
relativo ao custeio do auxílio-transporte sobre os subsídios percebidos pela parte autora. Acórdão lavrado
nos termos do art. 46 da Lei nº. 9.099/95. 10) Sem custas e sem honorários.

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
ACÓRDÃO

Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, dar parcial provimento ao recurso. 1ª. Turma
Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.

JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº. 0037445-42.2018.4.01.3400 RELATOR JUIZ FEDERAL ALEXANDRE JORGE FONTES


LARANJEIRA RECORRENTE(S) : LEILA VELOSO PRATES ADV/PROC : DF00040698 - JOAQUIM
FAVRETTO RECORRIDO(S) : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA ADV/PROC :
EMENTA

ADMINISTRATIVO E PREVIDENCIÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO. GRATIFICAÇÕES DE DESEMPENHO.


GACEN. PERSCRIÇÃO QUINQUENAL QUE NÃO ATINGE O FUNDO DO DREITO. MATÉRIA DE
MÉRITO REFERENTE À PARIDADE CONSTITUCIONAL DOS INATIVOS E PENSIONISTAS. GACEN.
CARÁTER REMUNERATÓRIO. INEXISTÊNCIA DE QUALQUER TIPO DE AVALIAÇÃO. VALORES
PERCEBIDOS POR TODOS OS OCUPANTES DOS CARGOS RESPECTIVOS.
DESCARACTERIZAÇÃO DE PARCELA PRO LABORE FACIENDO. DIREITO À PERCEPÇÃO
INTEGRAL DE TAL VANTAGEM POR PARTE DE APOSENTADOS E PENSIONISTAS ALBERGADOS
PELA PARIDADE. RECURSO PROVIDO. PEDIDO JULGADO PROCEDENTE. 1) Trata-se de recurso
inominado interposto pela parte autora em face de sentença que julgou improcedente a pretensão de
percepção da GACEN em paridade com os servidores da ativa. 2) No tocante à questão prejudicial de
mérito, é de observar-se que a prescrição na espécie é quinquenal, por força do art. 1º. do Decreto nº.
20.910/32, porém não atinge o fundo do direito, vitimando apenas as parcelas devidas antes do
quinquênio que antecedeu a propositura da ação. 3) Prosseguindo na análise do mérito, observa-se que,
nos termos do art. 40, § 8º., da Carta de 1988 (redação original) e das regras de transição constantes do
art. 7º. da EC nº. 41/03 e do art. 3º., seus incisos e parágrafo único, da EC nº. 47/05, a parte autora faz
jus à integralidade e à paridade na percepção de seus proventos, conforme documento apresentado
juntamente com a peça inicial, sem falar que percebe a GACEN na condição de aposentado, porém em
percentual diverso daquele percebido pelo pessoal da ativa. 4) Além disso, é de ser ressaltada a natureza
remuneratória da GACEN, consoante o teor do art. 5º., inciso VII, da Portaria nº. 630, de 30 de março de
2011, do Ministério da Saúde, adiante transcrito: Art. 5º Observada a legislação aplicável, ficam
estabelecidas as seguintes regras para o pagamento das Gratificações GACEN e GECEN: ... VII - a
GACEN e a GECEN servem de base de cálculo para pagamento de pensão alimentícia, em razão de sua
natureza remuneratória (grifo nosso).
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

15E09DAA78D5540AF25E096757545CA4 2

5) Ocorre que a Lei nº. 11.784/08 estabeleceu regime diferenciado de percepção da GACEN em relação
aos aposentados e pensionistas, nos termos de seu art. 55. 6) Evidentemente que a disposição legal em
questão ofende às claras os princípios constitucionais da integralidade e da paridade no tocante aos
aposentados e pensionistas, já que a gratificação em questão somente poderia ser considerada pro
labore faciendo se houvesse avaliação dos servidores da ativa para fins de aferição de produtividade. 7)
Todavia, nos termos do referido art. 55 da Lei nº. 11.784/08, a GACEN é paga em valor fixo,
independentemente de quaisquer avaliações de natureza institucional ou individual, ao passo que a
restrição constante do caput do referido artigo de lei (“... que, em caráter permanente, realizarem
atividades de combate e controle de endemias ...”) na verdade não restringe coisa alguma, já que tais
funções são as funções próprias dos Agentes Auxiliares de Saúde Pública, Agentes de Saúde Pública e
Guardas de Endemias referidos no art. 54 da mesma lei e também de todos os demais ocupantes de
cargos ao depois referidos pelos arts. 284 e 284-A da Lei nº. 11.907/2009. 8) A propósito, quando do
julgamento do RE nº. 662.406, em sede de repercussão geral, o e. STF firmou a tese no sentido de que o
direito à percepção das gratificações de desempenho nos mesmos moldes dos servidores ativos cessa na
data da homologação dos resultados da primeira avaliação, permitindo concluir, a contrario sensu, que a
inexistência de avaliação é óbice à diferenciação de servidores da ativa e servidores inativos beneficiados
147

pela paridade. 9) Finalmente, a TNU vem adotando consistentemente o entendimento segundo o qual a
GACEN é devida aos servidores inativos albergados pela paridade (a propósito, vejase, inter plures, a
decisão proferida no PEDILEF 05033027020134058302, in DOU 05/02/2016 PÁGINAS 221/329). 10)
Recurso provido, para o fim de condenar a parte ré no pagamento da GACEN, em favor da parte autora,
nos mesmos valores daqueles pagos ao pessoal da ativa, tudo conforme a data da respectiva
aposentadoria ou início de percepção de pensão, devendo ser descontados os valores pagos sob as
mesmas rubricas, cessada a incidência na hipótese de percepção de gratificação incompatível e
respeitadas, em todo caso, a proporcionalidade no pagamento do benefício e a prescrição quinquenal das
parcelas vencidas antes da propositura da ação. 11) As parcelas vencidas, a serem pagas mediante RPV,
serão atualizadas nos termos do que foi determinado pelo Superior Tribunal de Justiça, em julgamento de

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
recurso repetitivo já transitado em julgado (REsp 1495146/MG, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL
MARQUES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 22/02/2018, DJe 02/03/2018), após o julgamento do RE
870.947 (cuja decisão ora goza de plena eficácia, à vista da rejeição dos embargos de declaração na
Sessão de Julgamento de 03/10/2019), ocasião em que foram adotados os seguintes critérios de fixação
da correção monetária e dos juros de mora: "... 3.1.1 Condenações judiciais referentes a servidores e
empregados públicos. As condenações judiciais referentes a servidores e empregados públicos, sujeitam-
se aos seguintes encargos: (a) até julho/2001: juros de mora: 1% ao mês (capitalização simples);
correção monetária: índices previstos no Manual de Cálculos da Justiça Federal, com destaque para a
incidência do IPCA-E a partir de janeiro/2001; (b) agosto/2001 a junho/2009: juros de mora: 0,5% ao mês;
correção monetária: IPCA-E; (c) a partir de julho/2009: juros de mora: remuneração oficial da caderneta
de poupança; correção monetária: IPCA-E." 12) Sem custas e sem honorários. 13) Acórdão lavrado nos
termos do art. 46 da Lei nº. 9.099/95.

PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

15E09DAA78D5540AF25E096757545CA4 3

ACÓRDÃO

Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, dar provimento ao recurso da parte autora e julgar
procedente o pedido. 1ª. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.

JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº. 0036441-67.2018.4.01.3400 RELATOR JUIZ FEDERAL ALEXANDRE JORGE FONTES


LARANJEIRA RECORRENTE(S) : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL) ADV/PROC : - CELIA
FERREIRA TAVARES DE LYRA RECORRIDO(S) : ELINE JACIARA SOTERO AZEVEDO ADV/PROC :
DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
EMENTA

TRIBUTÁRIO. IMPOSTO DE RENDA. AUXÍLIO CRECHE/AUXÍLIO PRÉESCOLAR. DECLARAÇÃO DO


TJDFT RELATIVA AO VALOR DO TRIBUTO RECOLHIDO. INDEFERIMENTO DA PRETENSÃO DE
RESTITUIÇÃO DOS VALORES RECOLHIDOS. INEXISTÊNCIA DE RECONHECIMENTO
ADMINISTRATIVO. PRESCRIÇÃO QUINQUENAL CARACTERIZADA. RECURSO PROVIDO. 1) Trata-se
de recurso interposto pela União (PFN) em face de sentença em ação ajuizada objetivando a declaração
de inexistência de relação jurídico-tributária que obrigue ao pagamento de imposto de renda incidente
sobre os valores recebidos pelos servidores públicos a título de auxílio creche/auxílio pré-escolar. 2)
Alega a recorrente, em síntese, que não houve reconhecimento administrativo do direito à restituição do
imposto de renda sobre o auxílio pré-escolar, mas sim deferimento do pedido de emissão de
declaração/certidão com os valores retidos a tal título nos cinco anos anteriores à decisão do processo
administrativo. Afirma que todas as parcelas pleiteadas foram atingidas pela prescrição quinquenal. Por
fim, aduz que para caracterizar o pagamento como indenizatório, o servidor deve comprovar que houve
despesa com educação pré-escolar ou com creche. 3) Em julgamento realizado na sessão de 12/09/2019
(Processo nº. 003837560.2018.4.01.3400), esta Turma Recursal pronunciou-se no seguinte sentido:
"Conforme elucidado pela parte autora, na petição inicial, o pedido de restituição de valores em comento
restou indeferido pela Autoridade destinatária do pleito, tendo sido acolhimento somente o pleito
destinado à emissão de novas DIRF´s, sem que isso tenha importado em reconhecimento quanto à
procedência daquela outra pretensão, vez que tal documento se destina especificamente ao Fisco
Federal, cabendo ao contribuinte, se for o caso, apresentar a respectiva Declaração Anual de Ajuste
retificada, sem que haja qualquer vinculação quanto à Administração Tributária, como pretendido pela
demandante, no que diz respeito a promover devolução de tributos incidentes sobre os valores
registrados nos novos documentos expedidos. Assim, apresenta-se como juridicamente insustentável a
alegação no sentido de que a decisão proferida no aludido Processo Administrativo, em 22 de fevereiro
de 2017, dando como improcedente o pedido de restituição de tributo demandado por Entidade
148

Associativa da qual a parte autora é filiada, renovado nos presentes autos, tenha importado em
reconhecimento do
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

2DA992284AD353E3769AA2FD67E4D0D4 2

pedido e, assim, gerado interrupção do prazo prescricional. Na verdade, ocorreu o contrário do alegado
pela ora recorrente, conforme explicitado acima." 4) Logo, restou caracterizada a prescrição quinquenal,
haja vista que a presente ação foi proposta mais de cinco anos a contar da última competência em que
incidiu o tributo questionado (dezembro de 2012), incidindo na espécie o teor do art. 3º. da Lei

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Complementar nº. 118/05. 5) Recurso da PFN provido. Sentença reformada, para o fim de que seja
pronunciada a prescrição dos valores objeto do pedido de repetição de indébito. Acórdão lavrado nos
termos do art. 46 da Lei nº. 9.099/95. 6) Sem custas e sem honorários.

ACÓRDÃO

Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, dar provimento ao recurso. 1ª. Turma Recursal,
Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.

JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº. 0008464-66.2019.4.01.3400 RELATOR JUIZ FEDERAL ALEXANDRE JORGE FONTES


LARANJEIRA RECORRENTE(S) : REMIGIO ROVIGATI ADV/PROC : DF00055573 - MYLENE
QUITÉRIA CALDAS E OUTRO(S) RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADV/PROC : - KELLY OTSUKA MIIKE
EMENTA

TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PARA O PSS. SENTENÇA EXTINTIVA POR FALTA DA CONDIÇÃO DE


AÇÃO ATINENTE AO INTERESSE DE AGIR. INEXISTÊNCIA DE NORMA DA RECEITA FEDERAL QUE
GARANTA A REPETIÇÃO DE INDÉBITO EM SEDE ADMINISTRATIVA DA TOTALIDADE DOS
VALORES PLEITEADOS. IRRAZOABILIDADE DA EXIGÊNCIA DE ENFRENTAMENTO DA QUESTÃO
SIMULTANEAMENTE NAS VIAS ADMINISTRATIVA E JUDICIAL NO TOCANTE AOS JUROS DE MORA.
OCORRÊNCIA DE CITAÇÃO. CONTESTAÇÃO/CONTRARRAZÕES QUE EXPRESSAM RESISTÊNCIA
À PRETENSÃO DEDUZIDA NA INICIAL. RECURSO PROVIDO. SENTENÇA REFORMADA. RETORNO
AO JUÍZO DE ORIGEM PARA APRECIAÇÃO DO MÉRITO DA DEMANDA, À VISTA DA NECESSIDADE
DE UNIFORMIZAÇÃO JURISPRUDENCIAL ACERCA DO TEMA. 1) Trata-se de recurso inominado
interposto pela parte autora em face de sentença que extinguiu o feito sem apreciação de seu mérito em
razão da falta de interesse de agir caracterizada pela ausência de prévio requerimento administrativo de
restituição do indébito com fundamento em prévio ato normativo da Receita Federal. 2) Preliminarmente,
observa-se que a sentença extintiva está a merecer reforma, para o fim de que seja apreciado o mérito da
pretensão recursal pelo próprio juízo a quo, haja vista que, nos termos do art. 9º., §§ 1º. e 3º., da
Instrução Normativa RFB nº. 1.332/2013, a União não admite a aplicação do regime de competência no
tocante à incidência da CPSS sobre valores pagos por meio de RPV ou precatório, com exceção dos
valores devidos a servidores aposentados e relativos a competências anteriores a 20 de maio de 2004 (§
4º.), exceção essa que não abrange a totalidade das parcelas pleiteadas na inicial, haja vista que se trata
de pagamento via precatório de parcelas devidas a título de reajuste de 28.86%, cuja última competência
data de dezembro de 2009. 3) Além disso, quando da citação da PFN, houve contestação expressa no
tocante à questão da aplicação do regime de competência, o que está a indicar que há pretensão
resistida no caso concreto.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

C5331691EC376D99C18DD7D6AAEF817B 2

4) Já com relação à questão dos juros de mora, não é razoável exigir da parte autora que,
simultaneamente, discuta a repetição do indébito na via judicial e na via administrativa, disso decorrendo
que, inaugurada a via judicial no tocante à repetição de indébito da CPSS incidente sobre os valores do
principal da obrigação de pagamento de vantagens funcionais, deve a mesma via ser utilizada para a
repetição do indébito da mesma exação incidente sobre os juros de mora. 5) Finalmente, impõe-se a
reforma da sentença, sem prosseguimento no julgamento do feito nesta instância, em face da repetição
de casos idênticos perante Turma, a indicar a necessidade de uniformização de jurisprudência no primeiro
grau de jurisdição. 6) Recurso provido. Sentença reformada, devendo o feito retornar à instância de
origem para a apreciação do mérito da demanda. 7) Sem custas e sem honorários.

ACÓRDÃO
149

Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, dar provimento ao recurso. 1ª. Turma Recursal,
Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.

JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº. 0028095-64.2017.4.01.3400 RELATOR JUIZ FEDERAL ALEXANDRE JORGE FONTES


LARANJEIRA RECORRENTE(S) : EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELEGRAFOS ECT
ADV/PROC : RJ00169510 - ERIBERTO GOMES DE OLIVEIRA RECORRIDO(S) : HACKENHAR
RIBEIRO DA SILVA SANTOS ADV/PROC :

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
EMENTA

RESPONSABILIDADE CIVIL. DANOS MORAIS E MATERIAIS. PRESTAÇÃO DE SERVIÇO. EMPRESA


BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS. QUESTIONAMENTO A RESPEITO DOS JUROS DE
MORA. PARTE QUE PRESTA SERVIÇO PÚBLICO E DESFRUTA DOS PRIVILÉGIOS DA FAZENDA
PÚBLICA. NECESSIDADE DE ALTERAÇÃO COMPLETA DA CLÁUSULA DE ATUALIZAÇÃO.
RECURSO PROVIDO. 1) Trata-se de recurso inominado interposto pela parte ré em face de sentença
que julgou parcialmente procedente o pedido, em ação que objetiva o pagamento de indenização por
danos morais em decorrência de atraso na entrega de mercadoria postada via SEDEX 10. 2) O MM. Juízo
a quo condenou a ECT a pagar o valor de R$ 1.000,00 (mil reais) a título de indenização por danos
morais, fluindo a atualização monetária desde o arbitramento da sentença (Súmula 362 do STJ) e juros
de mora em 1% a.m. desde a citação (art. 405 do CC) até a data da sentença, a partir de quando passará
a incidir unicamente a SELIC como índice único de juros e correção. 3) Em suas razões, a ECT recorre
exclusivamente acerca do índice de incidência de juros de mora, pleiteando a aplicação de juros nos
termos do art. 1º-F da Lei nº. 9.494/97. 4) No mérito, tendo em vista que a ECT presta um serviço público
e goza dos privilégios da Fazenda Pública, a indenização ora fixada, a ser paga mediante RPV, será
atualizada nos termos do que foi determinado pelo Superior Tribunal de Justiça, em julgamento de
recurso repetitivo já transitado em julgado (REsp 1495146/MG, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL
MARQUES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 22/02/2018, DJe 02/03/2018), após o julgamento do RE
870.947 (cuja decisão ora goza de plena eficácia, à vista da rejeição dos embargos de declaração na
Sessão de Julgamento de 03/10/2019), ocasião em que foram adotados os seguintes critério de fixação
da correção monetária e dos juros de mora: "... 3.1 Condenações judiciais de natureza administrativa em
geral. As condenações judiciais de natureza administrativa em geral, sujeitam-se aos seguintes encargos:
(a) até dezembro/2002: juros de mora de 0,5% ao mês; correção monetária de acordo com os índices
previstos no Manual de Cálculos da Justiça Federal, com destaque para a incidência do IPCA-E a partir
de
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

B37D7EE67F794DE3096E7124CE7BC4C4 2

janeiro/2001; (b) no período posterior à vigência do CC/2002 e anterior à vigência da Lei 11.960/2009:
juros de mora correspondentes à taxa Selic, vedada a cumulação com qualquer outro índice; (c) período
posterior à vigência da Lei 11.960/2009: juros de mora segundo o índice de remuneração da caderneta de
poupança; correção monetária com base no IPCA-E (grifo nosso)." 5) Ora, como a questão da incidência
dos juros de mora está indissoluvelmente associada à questão da correção monetária, sendo que os
consectários da sucumbência também são matéria apreciável de ofício, a melhor solução para o caso
concreto é dar provimento ao recurso para alterar completamente a cláusula de atualização, para o fim de
estabelecer que a correção monetária será calculada com base no IPCA-E a partir da data da sentença,
ao passo que os juros de mora correrão a partir da citação, calculados de acordo com o índice de
remuneração da poupança. 6) Recurso provido. Sentença reformada no tocante à cláusula de
atualização. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº. 9.099/95. 7) Sem custas e sem honorários.

ACÓRDÃO

Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, dar provimento ao recurso. 1ª. Turma Recursal,
Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.

JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº. 0044060-82.2017.4.01.3400 RELATOR JUIZ FEDERAL ALEXANDRE JORGE FONTES


LARANJEIRA RECORRENTE(S) : CAIXA ECONOMICA FEDERAL ADV/PROC : DF00010482 -
ISABELLA GOMES MACHADO RECORRIDO(S) : ANTONIO CARLOS SILVA DOS SANTOS ADV/PROC
: DF00031016 - LADY ANA DO REGO SILVA
EMENTA
150

DIREITO CIVIL. CONTRATO DE FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO COM PREVISÃO DE DUAS FASES:


CONSTRUÇÃO E AMORTIZAÇÃO. ENTREGA ANTECIPADA DA OBRA. AUSÊNCIA DE PREVISÃO
CONTRATUAL PARA FORMA DA COBRANÇA DOS ENCARGOS COBRADOS A TÍTULO DE
REMUNERAÇÃO PELO CAPITAL EMPRESTADO. CONTINUIDADE DA COBRANÇA DE JUROS
REMUNERATÓRIOS NA FASE EXISTENTE APÓS A ENTREGA DO IMÓVEL. INEXISTÊNCIA DE
DISPOSIÇÃO CONTRATUAL EXPRESSA. DANOS MORAIS NÃO CARACTERIZADOS. AUSÊNCIA DE
ATO ILÍCITO LATO SENSU. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO, SOMENTE PARA EXCLUIR DO
VALOR DO VALOR DA CONDENAÇÃO A DOBRA DOS VALORES COBRADOS. 1) Trata-se de recurso
inominado interposto pela CEF em face de sentença que julgou procedente o pedido de restituição em

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
dobro dos valores pagos indevidamente a título de encargos da fase de construção, os quais foram
cobrados após o término da construção e entrega do imóvel. 2) A recorrente insurge-se exclusivamente
contra a restituição em dobro do valor das parcelas cobradas, alegando que não houve má-fé da
empresa, pois os valores foram cobrados de acordo com o contrato firmado. 3) No mérito recursal, a
sentença merece reparo. 4) De fato, a parte autora e a CEF firmaram contrato de financiamento
imobiliário, com prazo de término de construção de 11 (onze) meses, a partir de quando se iniciaria a
cobrança da fase de amortização, mesmo que o imóvel não estivesse pronto, nos termos da cláusula 4ª.,
parágrafo único, do contrato. Todavia, a casa foi construída no prazo de 7 (sete) meses e entregue aos
03/02/2014, mas os encargos continuaram a ser cobrados nos moldes da fase de execução até setembro
de 2014, retardando, assim, a amortização das parcelas do financiamento pela parte autora. 5) Ora, o
contrato assinado previa duas fases distintas, quais sejam: a fase de construção e a fase de amortização.
Todavia, a CEF manteve a cobrança das parcelas nos moldes previstos no contrato de financiamento
mesmo após a entrega do imóvel, já que não havia qualquer previsão contratual para cobrança de
parcelas na hipótese de entrega ou conclusão antecipada da obra.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

CA3152133C54D8C965F13812C290888E 2

6) Nesse contexto, não resta caracterizada a má-fé da CEF a fim de ensejar a cobrança em dobro dos
valores, haja vista que ocorreu situação excepcional no cumprimento do contrato, ou seja, a obra foi
entregue antes do prazo originalmente previsto, daí porque é razoável supor que o sistema de informática
da instituição financeira continuou a calcular os encargos na forma constante da avença. A propósito,
veja-se precedente do STJ, in verbis: PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NOS EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. DISSONÂNCIA ENTRE O ACÓRDÃO
RECORRIDO E A JURISPRUDÊNCIA DO STJ. SÚMULA 568/STJ. 1. Ação revisional cumulada com
repetição de indébito e compensação por dano moral, com fundamento em contrato de financiamento
para aquisição de veículo. 2. Somente a cobrança de valores indevidos por inequívoca má-fé enseja a
repetição em dobro do indébito. Precedentes. O inadimplemento contratual não causa, por si só, danos
morais. Precedentes. Ante o entendimento dominante do tema nas Turmas de Direito Privado, aplica-se,
no particular, a Súmula 568/STJ. 3. Agravo interno nos embargos de declaração no agravo em recuso
especial não provido. (AIEAINTARESP nº. 1115266/2017, Rel. Min. NANCY ANDRIGHI, DJE de
12/06/2019). 7) Recurso provido, para o fim de excluir do valor do valor da condenação a dobra dos
valores cobrados a título de dano material. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº. 9.099/95. 8)
Sem custas e sem honorários.

ACÓRDÃO

Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, dar provimento ao recurso. 1ª. Turma Recursal,
Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.

JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº. 0040326-89.2018.4.01.3400 RELATOR JUIZ FEDERAL ALEXANDRE JORGE FONTES


LARANJEIRA RECORRENTE(S) : MARCIA ISABEL SANTOS ADV/PROC : DF00006702 - MARILIA
CARLOS DOS SANTOS GARCIA LEAO RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL ADV/PROC : - MANUELA
CLEMENTE S T RABELO
EMENTA

PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO PARA FILHA MAIOR SOLTEIRA. LEI Nº. 3.373/58. SENTENÇA DE
IMPROCEDÊNCIA. RECURSO EXCLUSIVO DA PARTE AUTORA. RAZÕES RECURSAIS
DISSOCIADAS DA DECISÃO IMPUGNADA. RECURSO NÃO CONHECIDO. 1) Trata-se de recurso
inominado interposto pela parte autora em face de sentença que julgou improcedente o pedido de
concessão de pensão, na qualidade de filha maior solteira, nos termos da Lei nº. 3.373/58. 2) Na peça
151

recursal, a parte autora alega que sempre foi dependente economicamente do pai e não tem condições
de trabalhar. 3) As razões recursais encontram-se absolutamente dissociadas do conteúdo da sentença
impugnada, daí porque a manifestação recursal não merece ser apreciada por esta Turma Recursal. 4)
Recurso não conhecido. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº. 9.099/95. 5) Sem custas. 6) A
parte autora pagará honorários advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da causa, ficando a
condenação suspensa enquanto perdurar o estado de carência que justificou a concessão da justiça
gratuita, prescrevendo a dívida cinco anos após a sentença final, nos termos do art. 98, § 3º., do
CPC/2015.

ACÓRDÃO

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, não conhecer do recurso. 1ª. Turma Recursal,
Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.

JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF


PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

RECURSO Nº. 0000646-97.2018.4.01.3400 RELATOR JUIZ FEDERAL ALEXANDRE JORGE FONTES


LARANJEIRA RECORRENTE(S) : UNIAO FEDERAL ADV/PROC : - LUIZ FELIPE CARDOSO DE
MORAES FILHO RECORRIDO(S) : EVANDIR DUARTE PIRES ADV/PROC : DF00025089 - GILBERTO
SIEBRA MONTEIRO
EMENTA

ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. AUXÍLIO-TRANSPORTE. REMUNERAÇÃO POR SUBSÍDIO.


POSSIBILIDADE DE DESCONTO DOS 6% SOBRE AS PARCELAS REMUNERATÓRIAS LATO SENSU.
JURISPRUDÊNCIA DO STJ. RECURSO DA PARTE AUTORA DESPROVIDO, COM A CONSEQUENTE
HOMOLOGAÇÃO DA RENÚNCIA À PRETENSÃO FORMULADA NA AÇÃO (ART. 487, INCISO III,
ALÍNEA "C", DO CPC/2015). RECURSO DA UNIÃO PREJUDICADO. 1) Trata-se de recursos inominados
interpostos pela parte autora e pela União (AGU) em face de sentença que julgou parcialmente
procedente a pretensão objetivando o pagamento dos valores do auxílio-transporte, ao mesmo tempo em
que considerou válido o desconto de 6% sobre as parcelas remuneratórias. 2) Insurge-se a parte autora
contra a validade do desconto de 6%, afirmando, desde logo, que renuncia à pretensão formulada na
ação na hipótese de rejeição de seu recurso, ao passo que a parte ré recorre apenas contra a cláusula de
correção monetária. 3) No mérito, não há como prosperar o pedido recursal da parte autora, tendo em
vista que há previsão legal expressa a respeito do desconto de seis por cento sobre as parcelas
remuneratórias do servidor público no tocante ao auxílio transporte, não se podendo invocar na espécie,
portanto, excesso de poder na regulamentação realizada pelo Poder Executivo Federal. A propósito, veja-
se o teor do art. 2º. da Medida Provisória nº. 2.16536/2001 (a qual adquiriu força de lei por conta do teor
da EC nº. 32/2001), in verbis: Art. 2º. O valor mensal do Auxílio-Transporte será apurado a partir da
diferença entre as despesas realizadas com transporte coletivo, nos termos do art. 1o, e o desconto de
seis por cento do (grifo nosso): I - soldo do militar; II - vencimento do cargo efetivo ou emprego ocupado
pelo servidor ou empregado, ainda que ocupante de cargo em comissão ou de natureza especial; III -
vencimento do cargo em comissão ou de natureza especial, quando se tratar de servidor ou empregado
que não ocupe cargo efetivo ou emprego. § 1o Para fins do desconto, considerar-se-á como base de
cálculo o valor do soldo ou vencimento proporcional a vinte e dois dias. § 2º. O valor do AuxílioTransporte
não poderá ser inferior ao valor mensal da despesa efetivamente realizada com o transporte, nem
superior àquele resultante do seu enquadramento em tabela definida na forma do disposto no art. 8o. §
3º. Não fará jus ao Auxílio-Transporte o
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

5927A64137FC9E9F85C9ADF9755035C8 2

militar, o servidor ou empregado que realizar despesas com transporte coletivo igual ou inferior ao
percentual previsto neste artigo. 4) Além disso, a disposição legal que estabelece participação do servidor
no custeio do auxílio-transporte há de ser entendida como determinação genérica que abrange as verbas
remuneratórias lato sensu, englobando, portanto, os subsídios. 5) A propósito do tema, veja-se recente
julgado do STJ, in verbis: ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. SUBSÍDIO. AUXÍLIO-
TRANSPORTE. NATUREZA INDENIZATÓRIA. NÃO-VEDAÇÃO. MP N. 2.165-36/2001. DESCONTO.
POSSIBILIDADE. USO DE VEÍCULO PRÓPRIO OU COLETIVO. I - A demanda trata da possibilidade dos
servidores substituídos da parte autora perceberem, cumulativamente com o subsídio, verba de auxílio-
transporte, sem o desconto de 6% sobre os respectivos subsídios, mesmo para aqueles que se utilizam
de veículo próprio para efetuar o deslocamento "residência-trabalho-residência". II - Não há ofensa ao art.
535 do CPC/1973, quando o Tribunal de origem, embora sucintamente, pronuncia-se de forma clara e
suficiente sobre a questão posta nos autos. III - O auxíliotransporte pago aos servidores públicos da
152

União, instituído pela MP n. 2.165-36, de 23 de agosto de 2001, tem natureza indenizatória, o que
autoriza o cúmulo com o pagamento de subsídio. IV - A jurisprudência do STJ consolidou-se no sentido
de que o auxílio-transporte tem a finalidade de custear as despesas realizadas pelos servidores públicos
com transporte para deslocamentos entre a residência e o local de trabalho, e vice-versa, sendo devido a
quem utiliza veículo próprio ou coletivo. Precedentes: AgInt no REsp 1455539/RS, Rel. Ministra Diva
Malerbi (Desembargadora convocada TRF da 3ª REGIÃO), DJe 18/8/2016; AgRg no REsp 1.567.046/SP,
Rel. Ministro Humberto Martins, DJe 2/2/2016; e AgRg no AREsp 471.367/RS, Rel. Ministro Herman
Benjamin, DJe 22/4/2014. V - O valor do auxílio-transporte deve ser apurado a partir da diferença entre as
despesas realizadas com transporte próprio ou coletivo, e o desconto de seis por cento sobre o
vencimento - que deve ser entendido de maneira genérica, englobando ambas as formas de remuneração

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
(vencimento básico e subsídio) -, previsão dos artigos 1º e 2º, II, da MP n. 2.165-36/2001 (grifo nosso). VI
- Não há se falar em direito adquirido de servidor público a regime jurídico a que o desconto recaia sobre
vencimento pretérito, não mais vigente, podendo as parcelas que compõem a sua remuneração ser
alteradas quando da reestruturação da carreira, desde que preservado o valor real da remuneração.
Precedentes: AgRg no AREsp 65.621/DF, Rel. Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, DJe 11/4/2016;
AgRg no RMS 50.082/CE, Rel. Ministro Herman Benjamin, DJe 24/5/2016). VII - Pedido específico quanto
ao reconhecimento do direito sem qualquer desconto a título de participação no custeio do benefício.
Forçoso reconhecer as balizas estabelecidos pelo próprio autor, aos limites objetivos da lide, a se concluir
pela sua improcedência. VII - Recurso especial a que se nega provimento. (RESP - RECURSO
ESPECIAL - 1598217 2016.01.13658-9, FRANCISCO FALCÃO, STJ - SEGUNDA TURMA, DJE
DATA:05/02/2019). 6) De observar-se, por fim, que, já na vigência do CPC/2015, o STJ vem entendendo
que "... não é o órgão julgador obrigado a rebater, um a um, todos os argumentos trazidos pelas partes
em defesa da tese que apresentaram. Deve apenas enfrentar a demanda, observando as questões
relevantes e imprescindíveis à sua resolução." (REsp 1775870/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN,
SEGUNDA TURMA, julgado em 13/11/2018, DJe 21/11/2018). 7) Recurso da parte autora desprovido,
com a consequente homologação da renúncia à pretensão formulada na ação, extinguindo-se o processo
com resolução de seu mérito,
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5927A64137FC9E9F85C9ADF9755035C8 3

nos termos do art. 487, inciso III, alínea "c", do CPC/2015. Recurso da União prejudicado. Acórdão
lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº. 9.099/95. 8) Sem custas. A parte autora pagará honorários
advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da causa, ficando a condenação suspensa enquanto perdurar
o estado de carência que justificou a concessão da justiça gratuita, prescrevendo a dívida cinco anos
após a sentença final, nos termos do art. 98, § 3º., do CPC/2015.

ACÓRDÃO

Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso da parte autora e, em
consequência, homologar a renúncia à pretensão formulada na ação, extinguindo-se o processo com
resolução de seu mérito, nos termos do art. 487, inciso III, alínea "c", do CPC/2015, ficando prejudicado o
recurso da União. 1ª. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.

JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº. 0054769-79.2017.4.01.3400 RELATOR JUIZ FEDERAL ALEXANDRE JORGE FONTES


LARANJEIRA RECORRENTE(S) : JOSE LUIZ DE CARVALHO ADV/PROC : DF00025089 - GILBERTO
SIEBRA MONTEIRO RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL ADV/PROC : - ANNA AMELIA LISBOA
MARTINS RAPOSO DA CAMARA
EMENTA

ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. AUXÍLIO-TRANSPORTE. REMUNERAÇÃO POR SUBSÍDIO.


POSSIBILIDADE DE DESCONTO DOS 6% SOBRE AS PARCELAS REMUNERATÓRIAS LATO SENSU.
JURISPRUDÊNCIA DO STJ. RECURSO DA PARTE AUTORA DESPROVIDO, COM A CONSEQUENTE
HOMOLOGAÇÃO DA RENÚNCIA À PRETENSÃO FORMULADA NA AÇÃO (ART. 487, INCISO III,
ALÍNEA "C", DO CPC/2015). 1) Trata-se de recurso inominado interposto pela parte autora em face de
sentença que julgou parcialmente procedente a pretensão objetivando o pagamento dos valores do
auxílio-transporte, ao mesmo tempo em que considerou válido o desconto de 6% sobre as parcelas
remuneratórias. 2) Insurge-se a parte autora contra a validade do desconto de 6%, afirmando, desde
logo, que renuncia à pretensão formulada na ação na hipótese de rejeição de seu recurso. 3) No mérito,
não há como prosperar o pedido recursal da parte autora, tendo em vista que há previsão legal expressa
a respeito do desconto de seis por cento sobre as parcelas remuneratórias do servidor público no tocante
ao auxílio transporte, não se podendo invocar na espécie, portanto, excesso de poder na regulamentação
realizada pelo Poder Executivo Federal. A propósito, veja-se o teor do art. 2º. da Medida Provisória nº.
2.16536/2001 (a qual adquiriu força de lei por conta do teor da EC nº. 32/2001), in verbis: Art. 2º. O valor
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mensal do Auxílio-Transporte será apurado a partir da diferença entre as despesas realizadas com
transporte coletivo, nos termos do art. 1o, e o desconto de seis por cento do (grifo nosso): I - soldo do
militar; II - vencimento do cargo efetivo ou emprego ocupado pelo servidor ou empregado, ainda que
ocupante de cargo em comissão ou de natureza especial; III - vencimento do cargo em comissão ou de
natureza especial, quando se tratar de servidor ou empregado que não ocupe cargo efetivo ou emprego.
§ 1o Para fins do desconto, considerar-se-á como base de cálculo o valor do soldo ou vencimento
proporcional a vinte e dois dias. § 2º. O valor do AuxílioTransporte não poderá ser inferior ao valor mensal
da despesa efetivamente realizada com o transporte, nem superior àquele resultante do seu
enquadramento em tabela definida na forma do disposto no art. 8o. § 3º. Não fará jus ao Auxílio-
Transporte o militar, o servidor ou empregado que realizar despesas com transporte coletivo igual ou

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inferior ao percentual previsto neste artigo.
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4) Além disso, a disposição legal que estabelece participação do servidor no custeio do auxílio-transporte
há de ser entendida como determinação genérica que abrange as verbas remuneratórias lato sensu,
englobando, portanto, os subsídios. 5) A propósito do tema, veja-se recente julgado do STJ, in verbis:
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. SUBSÍDIO. AUXÍLIO-TRANSPORTE. NATUREZA
INDENIZATÓRIA. NÃO-VEDAÇÃO. MP N. 2.165-36/2001. DESCONTO. POSSIBILIDADE. USO DE
VEÍCULO PRÓPRIO OU COLETIVO. I - A demanda trata da possibilidade dos servidores substituídos da
parte autora perceberem, cumulativamente com o subsídio, verba de auxílio-transporte, sem o desconto
de 6% sobre os respectivos subsídios, mesmo para aqueles que se utilizam de veículo próprio para
efetuar o deslocamento "residência-trabalho-residência". II - Não há ofensa ao art. 535 do CPC/1973,
quando o Tribunal de origem, embora sucintamente, pronuncia-se de forma clara e suficiente sobre a
questão posta nos autos. III - O auxíliotransporte pago aos servidores públicos da União, instituído pela
MP n. 2.165-36, de 23 de agosto de 2001, tem natureza indenizatória, o que autoriza o cúmulo com o
pagamento de subsídio. IV - A jurisprudência do STJ consolidou-se no sentido de que o auxílio-transporte
tem a finalidade de custear as despesas realizadas pelos servidores públicos com transporte para
deslocamentos entre a residência e o local de trabalho, e vice-versa, sendo devido a quem utiliza veículo
próprio ou coletivo. Precedentes: AgInt no REsp 1455539/RS, Rel. Ministra Diva Malerbi
(Desembargadora convocada TRF da 3ª REGIÃO), DJe 18/8/2016; AgRg no REsp 1.567.046/SP, Rel.
Ministro Humberto Martins, DJe 2/2/2016; e AgRg no AREsp 471.367/RS, Rel. Ministro Herman Benjamin,
DJe 22/4/2014. V - O valor do auxílio-transporte deve ser apurado a partir da diferença entre as despesas
realizadas com transporte próprio ou coletivo, e o desconto de seis por cento sobre o vencimento - que
deve ser entendido de maneira genérica, englobando ambas as formas de remuneração (vencimento
básico e subsídio) -, previsão dos artigos 1º e 2º, II, da MP n. 2.165-36/2001 (grifo nosso). VI - Não há se
falar em direito adquirido de servidor público a regime jurídico a que o desconto recaia sobre vencimento
pretérito, não mais vigente, podendo as parcelas que compõem a sua remuneração ser alteradas quando
da reestruturação da carreira, desde que preservado o valor real da remuneração. Precedentes: AgRg no
AREsp 65.621/DF, Rel. Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, DJe 11/4/2016; AgRg no RMS 50.082/CE,
Rel. Ministro Herman Benjamin, DJe 24/5/2016). VII - Pedido específico quanto ao reconhecimento do
direito sem qualquer desconto a título de participação no custeio do benefício. Forçoso reconhecer as
balizas estabelecidos pelo próprio autor, aos limites objetivos da lide, a se concluir pela sua
improcedência. VII - Recurso especial a que se nega provimento. (RESP - RECURSO ESPECIAL -
1598217 2016.01.13658-9, FRANCISCO FALCÃO, STJ - SEGUNDA TURMA, DJE DATA:05/02/2019). 6)
De observar-se, por fim, que, já na vigência do CPC/2015, o STJ vem entendendo que "... não é o órgão
julgador obrigado a rebater, um a um, todos os argumentos trazidos pelas partes em defesa da tese que
apresentaram. Deve apenas enfrentar a demanda, observando as questões relevantes e imprescindíveis
à sua resolução." (REsp 1775870/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado
em 13/11/2018, DJe 21/11/2018). 7) Recurso da parte autora desprovido, com a consequente
homologação da renúncia à pretensão formulada na ação, extinguindo-se o processo com resolução de
seu mérito, nos termos do art. 487, inciso III, alínea "c", do CPC/2015. Acórdão lavrado nos termos do art.
46 da Lei nº. 9.099/95.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

69174D432D73834B0909A41FF2FCF6CD 3

8) Sem custas. A parte autora pagará honorários advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da causa,
ficando a condenação suspensa enquanto perdurar o estado de carência que justificou a concessão da
justiça gratuita, prescrevendo a dívida cinco anos após a sentença final, nos termos do art. 98, § 3º., do
CPC/2015.

ACÓRDÃO

Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso da parte autora e, em
consequência, homologar a renúncia à pretensão formulada na ação, extinguindo-se o processo com
154

resolução de seu mérito, nos termos do art. 487, inciso III, alínea "c", do CPC/2015. 1ª. Turma Recursal,
Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.

JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº. 0041613-24.2017.4.01.3400 RELATOR JUIZ FEDERAL ALEXANDRE JORGE FONTES


LARANJEIRA RECORRENTE(S) : GERARDO FEITOSA DE SOUSA FILHO ADV/PROC : DF00025089 -
GILBERTO SIEBRA MONTEIRO RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL ADV/PROC : - ANNA AMELIA
LISBOA MARTINS RAPOSO DA CAMARA

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
EMENTA

ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. AUXÍLIO-TRANSPORTE. REMUNERAÇÃO POR SUBSÍDIO.


POSSIBILIDADE DE DESCONTO DOS 6% SOBRE AS PARCELAS REMUNERATÓRIAS LATO SENSU.
JURISPRUDÊNCIA DO STJ. RECURSO DA PARTE AUTORA DESPROVIDO, COM A CONSEQUENTE
HOMOLOGAÇÃO DA RENÚNCIA À PRETENSÃO FORMULADA NA AÇÃO (ART. 487, INCISO III,
ALÍNEA "C", DO CPC/2015). 1) Trata-se de recurso inominado interposto pela parte autora em face de
sentença que julgou parcialmente procedente a pretensão objetivando o pagamento dos valores do
auxílio-transporte, ao mesmo tempo em que considerou válido o desconto de 6% sobre as parcelas
remuneratórias. 2) Insurge-se a parte autora contra a validade do desconto de 6%, afirmando, desde
logo, que renuncia à pretensão formulada na ação na hipótese de rejeição de seu recurso. 3) No mérito,
não há como prosperar o pedido recursal da parte autora, tendo em vista que há previsão legal expressa
a respeito do desconto de seis por cento sobre as parcelas remuneratórias do servidor público no tocante
ao auxílio transporte, não se podendo invocar na espécie, portanto, excesso de poder na regulamentação
realizada pelo Poder Executivo Federal. A propósito, veja-se o teor do art. 2º. da Medida Provisória nº.
2.16536/2001 (a qual adquiriu força de lei por conta do teor da EC nº. 32/2001), in verbis: Art. 2º. O valor
mensal do Auxílio-Transporte será apurado a partir da diferença entre as despesas realizadas com
transporte coletivo, nos termos do art. 1o, e o desconto de seis por cento do (grifo nosso): I - soldo do
militar; II - vencimento do cargo efetivo ou emprego ocupado pelo servidor ou empregado, ainda que
ocupante de cargo em comissão ou de natureza especial; III - vencimento do cargo em comissão ou de
natureza especial, quando se tratar de servidor ou empregado que não ocupe cargo efetivo ou emprego.
§ 1o Para fins do desconto, considerar-se-á como base de cálculo o valor do soldo ou vencimento
proporcional a vinte e dois dias. § 2º. O valor do AuxílioTransporte não poderá ser inferior ao valor mensal
da despesa efetivamente realizada com o transporte, nem superior àquele resultante do seu
enquadramento em tabela definida na forma do disposto no art. 8o. § 3º. Não fará jus ao Auxílio-
Transporte o militar, o servidor ou empregado que realizar despesas com transporte coletivo igual ou
inferior ao percentual previsto neste artigo.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

347698B6BBC556269A98205F0D8B4B52 2

4) Além disso, a disposição legal que estabelece participação do servidor no custeio do auxílio-transporte
há de ser entendida como determinação genérica que abrange as verbas remuneratórias lato sensu,
englobando, portanto, os subsídios. 5) A propósito do tema, veja-se recente julgado do STJ, in verbis:
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. SUBSÍDIO. AUXÍLIO-TRANSPORTE. NATUREZA
INDENIZATÓRIA. NÃO-VEDAÇÃO. MP N. 2.165-36/2001. DESCONTO. POSSIBILIDADE. USO DE
VEÍCULO PRÓPRIO OU COLETIVO. I - A demanda trata da possibilidade dos servidores substituídos da
parte autora perceberem, cumulativamente com o subsídio, verba de auxílio-transporte, sem o desconto
de 6% sobre os respectivos subsídios, mesmo para aqueles que se utilizam de veículo próprio para
efetuar o deslocamento "residência-trabalho-residência". II - Não há ofensa ao art. 535 do CPC/1973,
quando o Tribunal de origem, embora sucintamente, pronuncia-se de forma clara e suficiente sobre a
questão posta nos autos. III - O auxíliotransporte pago aos servidores públicos da União, instituído pela
MP n. 2.165-36, de 23 de agosto de 2001, tem natureza indenizatória, o que autoriza o cúmulo com o
pagamento de subsídio. IV - A jurisprudência do STJ consolidou-se no sentido de que o auxílio-transporte
tem a finalidade de custear as despesas realizadas pelos servidores públicos com transporte para
deslocamentos entre a residência e o local de trabalho, e vice-versa, sendo devido a quem utiliza veículo
próprio ou coletivo. Precedentes: AgInt no REsp 1455539/RS, Rel. Ministra Diva Malerbi
(Desembargadora convocada TRF da 3ª REGIÃO), DJe 18/8/2016; AgRg no REsp 1.567.046/SP, Rel.
Ministro Humberto Martins, DJe 2/2/2016; e AgRg no AREsp 471.367/RS, Rel. Ministro Herman Benjamin,
DJe 22/4/2014. V - O valor do auxílio-transporte deve ser apurado a partir da diferença entre as despesas
realizadas com transporte próprio ou coletivo, e o desconto de seis por cento sobre o vencimento - que
deve ser entendido de maneira genérica, englobando ambas as formas de remuneração (vencimento
básico e subsídio) -, previsão dos artigos 1º e 2º, II, da MP n. 2.165-36/2001 (grifo nosso). VI - Não há se
falar em direito adquirido de servidor público a regime jurídico a que o desconto recaia sobre vencimento
pretérito, não mais vigente, podendo as parcelas que compõem a sua remuneração ser alteradas quando
da reestruturação da carreira, desde que preservado o valor real da remuneração. Precedentes: AgRg no
155

AREsp 65.621/DF, Rel. Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, DJe 11/4/2016; AgRg no RMS 50.082/CE,
Rel. Ministro Herman Benjamin, DJe 24/5/2016). VII - Pedido específico quanto ao reconhecimento do
direito sem qualquer desconto a título de participação no custeio do benefício. Forçoso reconhecer as
balizas estabelecidos pelo próprio autor, aos limites objetivos da lide, a se concluir pela sua
improcedência. VII - Recurso especial a que se nega provimento. (RESP - RECURSO ESPECIAL -
1598217 2016.01.13658-9, FRANCISCO FALCÃO, STJ - SEGUNDA TURMA, DJE DATA:05/02/2019). 6)
De observar-se, por fim, que, já na vigência do CPC/2015, o STJ vem entendendo que "... não é o órgão
julgador obrigado a rebater, um a um, todos os argumentos trazidos pelas partes em defesa da tese que
apresentaram. Deve apenas enfrentar a demanda, observando as questões relevantes e imprescindíveis
à sua resolução." (REsp 1775870/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
em 13/11/2018, DJe 21/11/2018). 7) Recurso da parte autora desprovido, com a consequente
homologação da renúncia à pretensão formulada na ação, extinguindo-se o processo com resolução de
seu mérito, nos termos do art. 487, inciso III, alínea "c", do CPC/2015. Acórdão lavrado nos termos do art.
46 da Lei nº. 9.099/95.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

347698B6BBC556269A98205F0D8B4B52 3

8) Sem custas. A parte autora pagará honorários advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da causa,
ficando a condenação suspensa enquanto perdurar o estado de carência que justificou a concessão da
justiça gratuita, prescrevendo a dívida cinco anos após a sentença final, nos termos do art. 98, § 3º., do
CPC/2015.

ACÓRDÃO

Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso da parte autora e, em
consequência, homologar a renúncia à pretensão formulada na ação, extinguindo-se o processo com
resolução de seu mérito, nos termos do art. 487, inciso III, alínea "c", do CPC/2015. 1ª. Turma Recursal,
Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.

JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº. 0053723-55.2017.4.01.3400 RELATOR JUIZ FEDERAL ALEXANDRE JORGE FONTES


LARANJEIRA RECORRENTE(S) : JUVENCIO MENDES DA ROCHA NETO ADV/PROC : DF00025089 -
GILBERTO SIEBRA MONTEIRO RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL ADV/PROC : - SAMUEL LAGES
NEVES LOPES
EMENTA

ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. AUXÍLIO-TRANSPORTE. REMUNERAÇÃO POR SUBSÍDIO.


POSSIBILIDADE DE DESCONTO DOS 6% SOBRE AS PARCELAS REMUNERATÓRIAS LATO SENSU.
JURISPRUDÊNCIA DO STJ. RECURSO DA PARTE AUTORA DESPROVIDO, COM A CONSEQUENTE
HOMOLOGAÇÃO DA RENÚNCIA À PRETENSÃO FORMULADA NA AÇÃO (ART. 487, INCISO III,
ALÍNEA "C", DO CPC/2015). 1) Trata-se de recurso inominado interposto pela parte autora em face de
sentença que julgou parcialmente procedente a pretensão objetivando o pagamento dos valores do
auxílio-transporte, ao mesmo tempo em que considerou válido o desconto de 6% sobre as parcelas
remuneratórias. 2) Insurge-se a parte autora contra a validade do desconto de 6%, afirmando, desde
logo, que renuncia à pretensão formulada na ação na hipótese de rejeição de seu recurso. 3) No mérito,
não há como prosperar o pedido recursal da parte autora, tendo em vista que há previsão legal expressa
a respeito do desconto de seis por cento sobre as parcelas remuneratórias do servidor público no tocante
ao auxílio transporte, não se podendo invocar na espécie, portanto, excesso de poder na regulamentação
realizada pelo Poder Executivo Federal. A propósito, veja-se o teor do art. 2º. da Medida Provisória nº.
2.16536/2001 (a qual adquiriu força de lei por conta do teor da EC nº. 32/2001), in verbis: Art. 2º. O valor
mensal do Auxílio-Transporte será apurado a partir da diferença entre as despesas realizadas com
transporte coletivo, nos termos do art. 1o, e o desconto de seis por cento do (grifo nosso): I - soldo do
militar; II - vencimento do cargo efetivo ou emprego ocupado pelo servidor ou empregado, ainda que
ocupante de cargo em comissão ou de natureza especial; III - vencimento do cargo em comissão ou de
natureza especial, quando se tratar de servidor ou empregado que não ocupe cargo efetivo ou emprego.
§ 1o Para fins do desconto, considerar-se-á como base de cálculo o valor do soldo ou vencimento
proporcional a vinte e dois dias. § 2º. O valor do AuxílioTransporte não poderá ser inferior ao valor mensal
da despesa efetivamente realizada com o transporte, nem superior àquele resultante do seu
enquadramento em tabela definida na forma do disposto no art. 8o. § 3º. Não fará jus ao Auxílio-
Transporte o militar, o servidor ou empregado que realizar despesas com transporte coletivo igual ou
inferior ao percentual previsto neste artigo.
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4) Além disso, a disposição legal que estabelece participação do servidor no custeio do auxílio-transporte
há de ser entendida como determinação genérica que abrange as verbas remuneratórias lato sensu,
englobando, portanto, os subsídios. 5) A propósito do tema, veja-se recente julgado do STJ, in verbis:
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. SUBSÍDIO. AUXÍLIO-TRANSPORTE. NATUREZA
INDENIZATÓRIA. NÃO-VEDAÇÃO. MP N. 2.165-36/2001. DESCONTO. POSSIBILIDADE. USO DE
VEÍCULO PRÓPRIO OU COLETIVO. I - A demanda trata da possibilidade dos servidores substituídos da
parte autora perceberem, cumulativamente com o subsídio, verba de auxílio-transporte, sem o desconto
de 6% sobre os respectivos subsídios, mesmo para aqueles que se utilizam de veículo próprio para

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efetuar o deslocamento "residência-trabalho-residência". II - Não há ofensa ao art. 535 do CPC/1973,
quando o Tribunal de origem, embora sucintamente, pronuncia-se de forma clara e suficiente sobre a
questão posta nos autos. III - O auxíliotransporte pago aos servidores públicos da União, instituído pela
MP n. 2.165-36, de 23 de agosto de 2001, tem natureza indenizatória, o que autoriza o cúmulo com o
pagamento de subsídio. IV - A jurisprudência do STJ consolidou-se no sentido de que o auxílio-transporte
tem a finalidade de custear as despesas realizadas pelos servidores públicos com transporte para
deslocamentos entre a residência e o local de trabalho, e vice-versa, sendo devido a quem utiliza veículo
próprio ou coletivo. Precedentes: AgInt no REsp 1455539/RS, Rel. Ministra Diva Malerbi
(Desembargadora convocada TRF da 3ª REGIÃO), DJe 18/8/2016; AgRg no REsp 1.567.046/SP, Rel.
Ministro Humberto Martins, DJe 2/2/2016; e AgRg no AREsp 471.367/RS, Rel. Ministro Herman Benjamin,
DJe 22/4/2014. V - O valor do auxílio-transporte deve ser apurado a partir da diferença entre as despesas
realizadas com transporte próprio ou coletivo, e o desconto de seis por cento sobre o vencimento - que
deve ser entendido de maneira genérica, englobando ambas as formas de remuneração (vencimento
básico e subsídio) -, previsão dos artigos 1º e 2º, II, da MP n. 2.165-36/2001 (grifo nosso). VI - Não há se
falar em direito adquirido de servidor público a regime jurídico a que o desconto recaia sobre vencimento
pretérito, não mais vigente, podendo as parcelas que compõem a sua remuneração ser alteradas quando
da reestruturação da carreira, desde que preservado o valor real da remuneração. Precedentes: AgRg no
AREsp 65.621/DF, Rel. Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, DJe 11/4/2016; AgRg no RMS 50.082/CE,
Rel. Ministro Herman Benjamin, DJe 24/5/2016). VII - Pedido específico quanto ao reconhecimento do
direito sem qualquer desconto a título de participação no custeio do benefício. Forçoso reconhecer as
balizas estabelecidos pelo próprio autor, aos limites objetivos da lide, a se concluir pela sua
improcedência. VII - Recurso especial a que se nega provimento. (RESP - RECURSO ESPECIAL -
1598217 2016.01.13658-9, FRANCISCO FALCÃO, STJ - SEGUNDA TURMA, DJE DATA:05/02/2019). 6)
De observar-se, por fim, que, já na vigência do CPC/2015, o STJ vem entendendo que "... não é o órgão
julgador obrigado a rebater, um a um, todos os argumentos trazidos pelas partes em defesa da tese que
apresentaram. Deve apenas enfrentar a demanda, observando as questões relevantes e imprescindíveis
à sua resolução." (REsp 1775870/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado
em 13/11/2018, DJe 21/11/2018). 7) Recurso da parte autora desprovido, com a consequente
homologação da renúncia à pretensão formulada na ação, extinguindo-se o processo com resolução de
seu mérito, nos termos do art. 487, inciso III, alínea "c", do CPC/2015. Acórdão lavrado nos termos do art.
46 da Lei nº. 9.099/95.
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8) Sem custas. A parte autora pagará honorários advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da causa,
ficando a condenação suspensa enquanto perdurar o estado de carência que justificou a concessão da
justiça gratuita, prescrevendo a dívida cinco anos após a sentença final, nos termos do art. 98, § 3º., do
CPC/2015.

ACÓRDÃO

Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso da parte autora e, em
consequência, homologar a renúncia à pretensão formulada na ação, extinguindo-se o processo com
resolução de seu mérito, nos termos do art. 487, inciso III, alínea "c", do CPC/2015. 1ª. Turma Recursal,
Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.

JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº. 0046323-87.2017.4.01.3400 RELATOR JUIZ FEDERAL ALEXANDRE JORGE FONTES


LARANJEIRA RECORRENTE(S) : ARQUILINO PEREIRA DA SILVA ADV/PROC : DF00036821 -
COQUELIN AIRES LEAL NETO RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL ADV/PROC : - SAMUEL LAGES
NEVES LOPES
EMENTA
157

PREVIDENCIÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO APOSENTADO OU PENSIONISTA. PEDIDO DE PARIDADE


DECORRENTE DO ADVENTO DA LEI Nº. 13.324/16. GRATIFICAÇÕES PASSÍVEIS DE
INCORPORAÇÃO. DIFERENCIAÇÃO ENTRE PARIDADE E INCORPORAÇÃO. GDPST. PARCELAS DE
NATUREZA PROPTER LABOREM. IMPOSSIBILIDADE DE EXTENSÃO PARITÁRIA AOS
APOSENTADOS OU PENSIONISTAS. JURISPRUDÊNCIA DO STF. PLENA VALIDADE DAS
AVALIAÇÕES REALIZADAS PELA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. RECURSO DESPROVIDO.
SENTENÇA MANTIDA. 1) Trata-se de recurso inominado interposto pela parte autora em face de
sentença de improcedência liminar proferida em ação ajuizada objetivando o pagamento da gratificação
GDPST aos servidores inativos nos mesmos moldes do pessoal da ativa, em razão de alegadas
inconstitucionalidades no teor da Lei nº. 13.324/16. 2) No mérito, nenhuma razão assiste à parte autora,

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ora recorrente. 3) De fato, é preciso ressaltar, de início, que, em relação aos benefícios concedidos antes
da criação da gratificação sob exame, não houve redução alguma decorrente da Lei nº. 13.324/16, ao
passo que, em relação aos benefícios concedidos após a criação da gratificação em comento, tratar-se-ia
do decote de vantagem propter laborem, daí porque não há falar em aplicação, ao caso concreto, do
princípio da irredutibilidade de vencimentos ou benefícios de natureza previdenciária, ou de lesão ao
direito de petição. 4) Por sua vez, a previsão legal cuja constitucionalidade é questionada na peça inicial
está consubstanciada nos teores do caput e do parágrafo único do art. 87, da Lei nº. 13.324/16, adiante
transcritos: Art. 87. É facultado aos servidores, aos aposentados e aos pensionistas que estejam sujeitos
ao disposto nos arts. 3º, 6º ou 6º-A da Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003, ou no
art. 3º da Emenda Constitucional nº 47, de 5 de julho de 2005, optar pela incorporação de gratificações de
desempenho aos proventos de aposentadoria ou de pensão, nos termos dos arts. 88 e 89, relativamente
aos seguintes cargos, planos e carreiras: ... Parágrafo único. A opção de que trata o caput somente
poderá ser exercida se o servidor tiver percebido gratificações de desempenho por, no mínimo, sessenta
meses, antes da data da aposentadoria ou da instituição da pensão (grifo nosso).
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5) Ora, paridade na percepção de proventos ou pensões e incorporação de gratificação são institutos


diversos, os quais têm fundamentos diferentes: a paridade funda-se na Constituição e garante, em favor
dos aposentados e pensionistas, a percepção dos valores ordinariamente recebidos pelos servidores da
ativa; a incorporação de gratificações, por sua vez, encontra base na lei e garante que o servidor da ativa
possa somar aos seus proventos de aposentadoria determinadas parcelas que ordinariamente não
poderiam ser percebidas na inatividade, desde que atendidos determinados requisitos legais. 6) Fixadas
tais premissas, percebe-se facilmente que a incorporação não pode ser objeto de extensão paritária ou
isonômica, já que as parcelas incorporáveis ostentam natureza propter laborem, isto é, decorrem de
atividades específicas desempenhadas por determinado servidor, seja em razão de funções
diferenciadas, seja em razão de avaliação de produtividade. 7) Além disso, o gozo do favor da
incorporação depende de requisito específico, nomeadamente o exercício de função ou a percepção de
gratificação de produtividade por um determinado período, situação fática essa de impossível reprodução
pelo servidor aposentado ou instituidor de pensão cujas atividades já cessaram, daí porque não se pode
falar em isonomia como fator de igualação de situações desiguais. 8) À guisa de esclarecimento
histórico, cumpre acrescentar que jamais se cogitou, no Direito Brasileiro, de extensão isonômica aos
servidores inativos de parcelas incorporáveis por alguns servidores (por exemplo, os chamados "quintos"
ou "décimos", os quais foram incorporados durante determinado período por alguns servidores que
exerceram cargos em comissão ou funções de confiança, jamais foram pagos a servidores aposentados
que não preencheram os mencionados requisitos). 9) Também as disposições que criaram todo o
arcabouço de gratificações hoje pagas no âmbito do Serviço Público Federal, as quais preveem
pagamento diferenciado para os servidores aposentados, inclusive prevendo percentuais diferenciados
conforme a data de concessão da aposentadoria, foram consideradas constitucionais após o advento das
avaliações específicas, o que já ocorreu no tocante à gratificação pleiteada na inicial. 10) A propósito da
impossibilidade da extensão paritária de vantagens propter laborem, veja-se recente decisão do STF,
analogicamente aplicável ao caso concreto, in verbis: EMENTA Agravo regimental no recurso
extraordinário com agravo. Direito Administrativo. Gratificação de desempenho de atividade médico-
pericial (GDAMP). Manutenção da pontuação após a adoção dos critérios de avaliação.
Prequestionamento. Ausência. Princípio da prestação jurisdicional. Ofensa reflexa. Fatos e provas.
Reexame. Legislação infraconstitucional. Análise. Impossibilidade. Precedentes. 1. Não se admite o
recurso extraordinário quando os dispositivos constitucionais que nele se alega violados não estão
devidamente prequestionados. Incidência das Súmulas nºs 282 e 356/STF. 2. A afronta aos princípios da
legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da
prestação jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal, da análise de normas
infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal. 3. Inadmissível,
em recurso extraordinário, o reexame dos fatos e das provas dos autos e a análise da legislação
infraconstitucional. Incidência das Súmulas nºs 279 e 636/STF. 4. A jurisprudência da Corte assentou que
o direito à paridade dos servidores inativos com relação às gratificações de natureza propter laborem
ocorre somente até que sejam processados os resultados das primeiras avaliações de desempenho. 5.
Agravo regimental não provido (grifamos). (ARE 881868 AgR, Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI, Segunda
158

Turma, julgado em 27/10/2015, PROCESSO ELETRÔNICO DJe250 DIVULG 11-12-2015 PUBLIC 14-12-
2015)
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11) Frise-se que, no âmbito do Ministério da Saúde, É FATO NOTÓRIO QUE A GDPST SE TORNOU
GRATIFICAÇÃO PROPTER LABOREM (conclusão igualmente aplicável à GDM-PST, que dela derivou),
haja vista que já ocorreu a publicação do resultado do primeiro ciclo de avaliação aos 13/02/2012, por
meio da Portaria CGESP de 30/01/2012, publicada no Boletim de Serviço do Ministério da Saúde nº. 7,

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Ano 27, aos 13/02/2012, como decidiu a Turma Regional de Uniformização de Jurisprudência da 1ª.
Região, in verbis: INCIDENTE DE UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA. MINISTÉRIO DA SAÚDE.
GDPST - GRATIFICAÇÃO DE DESEMPENHO DA CARREIRA DA PREVIDÊNCIA, DA SAÚDE E DO
TRABALHO - EXTENSÃO AOS INATIVOS ATÉ A EFETIVA CONCLUSÃO DO PRIMEIRO CICLO DE
AVALIAÇÃO - HOMOLOGAÇÃO DO RESULTADO DAS AVALIAÇÕES - INCIDENTE PROVIDO. 1.
Termo final da incidência da GDPST aos servidores inativos é 13/02/2012 - data da publicação da portaria
que homologou o resultado final das avaliações correspondentes, encerrando o caráter genérico da
gratificação. 2. Incidente de uniformização provido. (...) Desse modo, na esteira do entendimento do STF,
o resultado do primeiro ciclo de avaliação de desempenho da GDPST, no âmbito do Ministério da Saúde
foi homologado pela Portaria CGESP de 30 de janeiro de 2012, publicada no Boletim de Serviço do
Ministério da Saúde n. 7 - Ano 27, de 13/02/2012, termo final do caráter genérico da referida gratificação,
a qual, desde então, passou a ser pro labore faciendo. Ante o exposto, voto pelo provimento do incidente,
para uniformizar a tese ora debatida no sentido de que o termo final do pagamento da GDPST é a data de
13/02/2012, encerrando o caráter genérico da gratificação. (PEDIDO 308893201040135, Relatora Juíza
Federal GENEVIEVE GROSSI ORSI, Diário Eletrônico 08/04/2016). 12) Por sua vez, a recorrente
equivoca-se completamente ao afirmar que "... a partir do 2º Ciclo, os pagamentos de 100 pontos (80
pontos a título de avaliação institucional e 20 pontos a título de avaliação individual) foram realizados
RETROATIVAMENTE, ANTES da sua conclusão, sempre NO DECORRER DO PRIMEIRO MÊS de cada
ciclo, como se vê no demonstrativo abaixo", já que, OBVIAMENTE, o pagamento no início de cada ciclo
ocorreu em virtude da avaliação no ciclo anterior (avaliação, portanto, com efeitos retroativos e
prospectivos), disso decorrendo a continuidade no pagamento dos valores da gratificação. 13) Em
acréscimo, a lei criadora da gratificação em comento não estabeleceu forma específica para a divulgação
dos resultados das avaliações, daí porque não há qualquer irregularidade detectável nas avaliações
subsequentes à primeira. 14) De seu turno, todas as disposições que criaram o arcabouço de
gratificações hoje pagas no âmbito do Serviço Público Federal, as quais preveem pagamento diferenciado
para os servidores aposentados, inclusive prevendo percentuais diferenciados conforme a data de
concessão da aposentadoria, foram consideradas constitucionais após o advento do primeiro ciclo de
avaliação (POUCO IMPORTANDO O QUE ACONTECEU NOS DEMAIS CICLOS), o que há muito já
ocorreu no tocante à gratificação pleiteada na inicial, de nada valendo à parte autora tentar rediscutir o
que já foi resolvido na jurisprudência do STF. 15) Concluindo nesse particular, mesmo após o advento da
Lei nº. 13.324/16 e em sede de repercussão geral, o STF consolidou o entendimento seguindo o qual
NÃO HÁ DIREITO À PARIDADE NO TOCANTE ÀS GRATIFICAÇÕES CUJO PRIMEIRO CICLO DE
AVALIAÇÃO ESTEJA ENCERRADO, consoante julgamento proferido no ARE nº. 1.052.570, cuja ementa
segue transcrita: CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM
AGRAVO.
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GRATIFICAÇÕES FEDERAIS DE DESEMPENHO. TERMO FINAL DO PAGAMENTO EQUIPARADO


ENTRE ATIVOS E INATIVOS. REDUÇÃO DO VALOR PAGO AOS APOSENTADOS E PENSIONISTAS E
PRINCÍPIO DA IRREDUTIBILIDADE DE VENCIMENTOS. 1. Revelam especial relevância, na forma do
art. 102, § 3º, da Constituição, duas questões concernentes às chamadas gratificações federais de
desempenho: (I) qual o exato momento em que as gratificações deixam de ter feição genérica e assumem
o caráter pro labore faciendo, legitimando o pagamento diferenciado entre servidores ativos e inativos; (II)
a redução do valor pago aos aposentados e pensionistas, decorrente da supressão, total ou parcial, da
gratificação, ofende, ou não, o princípio da irredutibilidade de vencimentos. 2. Reafirma-se a
jurisprudência dominante desta Corte nos termos da seguinte tese de repercussão geral: (I) O termo
inicial do pagamento diferenciado das gratificações de desempenho entre servidores ativos e inativos é o
da data da homologação do resultado das avaliações, após a conclusão do primeiro ciclo; (II) A redução,
após a homologação do resultado das avaliações, do valor da gratificação de desempenho paga aos
inativos e pensionistas não configura ofensa ao princípio da irredutibilidade de vencimentos. 3. Essas
diretrizes aplicam-se a todas as gratificações federais de desempenho que exibem perfil normativo
semelhante ao da Gratificação de Desempenho da Carreira da Previdência, da Saúde e do Trabalho
(GDPST), discutida nestes autos. A título meramente exemplificativo, citam-se: Gratificação de
Desempenho de Atividade do Seguro Social - GDASS; Gratificação de Desempenho de Atividade de
Apoio Técnico-Administrativo à Polícia Rodoviária Federal – GDATPRF; Gratificação de Desempenho de
159

Atividade MédicoPericial - GDAMP; Gratificação de Desempenho de Atividade de Perícia Médica


Previdenciária - GDAPMP; Gratificação de Desempenho de Atividade Técnica de Fiscalização
Agropecuária – GDATFA; Gratificação de Efetivo Desempenho em Regulação - GEDR; Gratificação de
Desempenho do Plano Geral de Cargos do Poder Executivo – GDPGPE; Gratificação de Desempenho de
Atividade Previdenciária - GDAP ; Gratificação de Desempenho de Atividade Técnico-Administrativa -
GDATA; Gratificação de Desempenho de Atividade Fazendária - GDAFAZ. 4. Repercussão geral da
matéria reconhecida, nos termos do art. 1.035 do CPC. Jurisprudência do SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL reafirmada, nos termos do art. 323-A do Regimento Interno. (ARE 1052570 RG, Relator(a):
Min. ALEXANDRE DE MORAES, julgado em 15/02/2018, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-042 DIVULG
05-03-2018 PUBLIC 0603-2018). 16) De observar-se, por fim, que, já na vigência do CPC/2015, o STJ

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vem entendendo que “... não é o órgão julgador obrigado a rebater, um a um, todos os argumentos
trazidos pelas partes em defesa da tese que apresentaram. Deve apenas enfrentar a demanda,
observando as questões relevantes e imprescindíveis à sua resolução.” (REsp 1775870/SP, Rel. Ministro
HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 13/11/2018, DJe 21/11/2018). 17) Recurso
desprovido. Sentença mantida. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº. 9.099/95. 18) Sem
custas. A parte autora pagará honorários advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da causa, ficando a
condenação suspensa enquanto perdurar o estado de carência que justificou a concessão da justiça
gratuita, prescrevendo a dívida cinco anos após a sentença final, nos termos do art. 98, § 3º., do
CPC/2015.

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ACÓRDÃO

Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso. 1ª. Turma Recursal,
Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.

JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº. 0041233-98.2017.4.01.3400 RELATOR JUIZ FEDERAL ALEXANDRE JORGE FONTES


LARANJEIRA RECORRENTE(S) : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL) ADV/PROC : - CELIA
FERREIRA TAVARES DE LYRA RECORRIDO(S) : EDMUNDO RODRIGUES DOS SANTOS ADV/PROC
: DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA SILVA
EMENTA

TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PARA O PSS. APOSENTADOS. PERCEPÇÃO DE VALOR


REMUNERATÓRIO POR MEIO DE PRECATÓRIO/RPV. IMPOSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO LITERAL
DO ART. 16-A DA LEI Nº. 10.887/04. ADOÇÃO DO REGIME DE COMPETÊNCIA, SOB PENA DE
LESÃO AOS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA ANTERIORIDADE E DA IGUALDADE
TRIBUTÁRIAS. IMPOSSIBILIDADE DE INCIDÊNCIA DA CONTRIBUIÇÃO PRA O PSS SOBRE OS
VALORES QUE DEVERIAM SER PERCEBIDOS POR SERVIDORES APOSENTADOS ANTES DE
20/05/2004 (DATA DA CONCLUSÃO DA ANTERIORIDADE NONAGESIMAL DA MP Nº. 167/2004,
AFINAL CONVERTIDA NA LEI Nº. 10.887/2004). ISENÇÃO DOS VALORES INFERIORES AO TETO DE
CONTRIBUIÇÃO PARA O RGPS A PARTIR DE ENTÃO. ADI Nº. 3.105. INCIDÊNCIA SOBRE JUROS DE
MORA. ILEGALIDADE. DIREITO À RESTITUIÇÃO. RECURSO DESPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA.
1) Trata-se de recurso inominado interposto pela União (PFN) em face de sentença de procedência
parcial proferida em ação ajuizada objetivando a não incidência de PSS sobre os valores pagos a servidor
aposentado por meio de RPV/Precatório e sobre juros de mora. 2) No mérito, inicialmente é preciso
esclarecer que, em se tratando de percepção de valores remuneratórios acumulados ao longo de vários
meses, sobre as quais incide um determinado tributo, como ocorreu na espécie, é preciso adotar o regime
de competência, sob pena de lesão aos princípios constitucionais da anterioridade e da igualdade
tributárias. 3) A propósito do tema, veja-se a decisão proferida pelo Ministro Roberto Barroso no ARE nº.
1.008.691-PE (DJE nº. 249, divulgado em 22/11/2016), parcialmente transcrita: "O recurso extraordinário
não pode ser provido, uma vez que as razões aduzidas pelo recorrente conflitam com a jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal. O acórdão recorrido dirimiu a controvérsia dos autos no mesmo sentido do
que ficara decidido pelo Plenário da Corte no julgamento do RE 614.406/RS, Rel. Min. Marco Aurélio. Na
oportunidade, o Supremo Tribunal Federal assentou que o Imposto de Renda deve ser apurado sob o
regime de competência na hipótese de percepção acumulada de proventos,
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AD966A763D98F3B53E5919A5B9FCF089 2
160

o que impede a aplicação da alíquota máxima que incidiria na espécie caso a base considerada fosse
todo o montante recebido de uma única vez. Confira-se, a propósito, trecho do julgado: 'É inconstitucional
o art. 12 da Lei 7.713/1988 (No caso de rendimentos recebidos acumuladamente, o imposto incidirá, no
mês do recebimento ou crédito, sobre o total dos rendimentos, diminuídos do valor das despesas com
ação judicial necessárias ao seu recebimento, inclusive de advogados, se tiverem sido pagas pelo
contribuinte, sem indenização). Com base nessa orientação, em conclusão de julgamento e por maioria, o
Plenário negou provimento a recurso extraordinário em que se discutia a constitucionalidade da referida
norma v. Informativo 628. O Tribunal afirmou que o sistema não poderia apenar o contribuinte duas
vezes. Esse fenômeno ocorreria, já que o contribuinte, ao não receber as parcelas na época própria,
deveria ingressar em juízo e, ao fazê-lo, seria posteriormente tributado com uma alíquota superior de

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imposto de renda em virtude da junção do que percebido. Isso porque a exação em foco teria como fato
gerador a disponibilidade econômica e jurídica da renda. A novel Lei 12.350/2010, embora não fizesse
alusão expressa ao regime de competência, teria implicado a adoção desse regime mediante inserção de
cálculos que direcionariam à consideração do que apontara como épocas próprias, tendo em conta o
surgimento, em si, da disponibilidade econômica. Desse modo, transgredira os princípios da isonomia e
da capacidade contributiva, de forma a configurar confisco e majoração de alíquota do imposto de renda.
Vencida a Ministra Ellen Gracie, que dava provimento ao recurso por reputar constitucional o dispositivo
questionado. Considerava que o preceito em foco não violaria o princípio da capacidade contributiva.
Enfatizava que o regime de caixa seria o que melhor aferiria a possibilidade de contribuir, uma vez que
exigiria o pagamento do imposto à luz dos rendimentos efetivamente percebidos, independentemente do
momento em que surgido o direito a eles.' Considerando que a lógica da questão de direito é
absolutamente a mesma, devem ser aplicadas, no presente caso relativamente à incidência de
contribuição previdenciária, as conclusões adotadas no precedente acima mencionado. Isso porque o
sujeito não poderia ser punido duplamente. Em primeiro lugar, por ver suprimido um direito devido. Em
segundo, por admitir o locupletamento do Estado com base em situação que o próprio poder público deu
causa." 4) Por sua vez, o STF decidiu pela inconstitucionalidade do art. 4º., incisos I e II, da Emenda
Constitucional nº. 41/03, afirmando, por ocasião do julgamento da ADI nº. 3.105 (DJ de 18/02/2005), que
ficava restabelecido o caráter geral da regra do art. 40, § 18, da Carta de 1988, a qual estabelecia a
incidência da contribuição para o PSS apenas sobre os valores excedentes do teto do RGPS. 5) Disso
tudo resulta que, em se tratando de servidores aposentados, não incide a contribuição para o PSS até a
data de 19/05/2004, data da conclusão da anterioridade nonagesimal da MP nº. 167/2004, afinal
convertida na Lei nº. 10.887/2004, que regulamentou a EC nº. 41/03, ao passo que, a partir de
20/05/2004, somente pode haver a incidência de tal exação sobre os valores que excederem o teto do
RGPS. 6) Já no tocante à questão dos juros de mora, em sede de recurso repetitivo, o Superior Tribunal
de Justiça já se manifestou no sentido de que não incide a contribuição previdenciária sobre os valores
recebidos a título de juros de mora por servidor público a quem foi reconhecido o direito a diferenças
remuneratórias, uma vez que, por conta de sua natureza indenizatória, refogem tais valores à base de
cálculo legal do tributo, sem falar que não se incorporam aos vencimentos para fins de aposentadoria. 7)
Nesse sentido, cito o seguinte precedente: PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. TRIBUTÁRIO.
CONTRIBUIÇÃO DO PLANO DE SEGURIDADE DO
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

AD966A763D98F3B53E5919A5B9FCF089 3

SERVIDOR PÚBLICO (PSS). RETENÇÃO. VALORES PAGOS EM CUMPRIMENTO DE DECISÃO


JUDICIAL (DIFERENÇAS SALARIAIS). INEXIGIBILIDADE DA CONTRIBUIÇÃO SOBRE A PARCELA
REFERENTE AOS JUROS DE MORA. 1. O ordenamento jurídico atribui aos juros de mora a natureza
indenizatória. Destinam-se, portanto, a reparar o prejuízo suportado pelo credor em razão da mora do
devedor, o qual não efetuou o pagamento nas condições estabelecidas pela lei ou pelo contrato. Os juros
de mora, portanto, não constituem verba destinada a remunerar o trabalho prestado ou capital investido.
2. A não incidência de contribuição para o PSS sobre juros de mora encontra amparo na jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal, que autoriza a incidência de tal contribuição apenas em relação às parcelas
incorporáveis ao vencimento do servidor público. Nesse sentido: REsp 1.241.569/RS, 2ª Turma, Rel. Min.
Herman Benjamin, DJe de 13.9.2011. 3. A incidência de contribuição para o PSS sobre os valores pagos
em cumprimento de decisão judicial, por si só, não justifica a incidência da contribuição sobre os juros de
mora. Ainda que se admita a integração da legislação tributária pelo princípio do direito privado segundo o
qual, salvo disposição em contrário, o bem acessório segue o principal (expresso no art. 59 do CC/1916 e
implícito no CC/2002), tal integração não pode implicar na exigência de tributo não previsto em lei (como
ocorre com a analogia), nem na dispensa do pagamento de tributo devido (como ocorre com a equidade).
4. Ainda que seja possível a incidência de contribuição social sobre quaisquer vantagens pagas ao
servidor público federal (art. 4º, § 1º, da Lei 10.887/2004), não é possível a sua incidência sobre as
parcelas pagas a título de indenização (como é o caso dos juros de mora), pois, conforme expressa
previsão legal (art. 49, I e § 1º, da Lei 8.112/90), não se incorporam ao vencimento ou provento. Por tal
razão, não merece acolhida a alegação no sentido de que apenas as verbas expressamente
mencionadas pelos incisos do § 1º do art. 4º da Lei 10.887/2004 não sofrem a incidência de contribuição
social. 5. Recurso especial não provido. Acórdão sujeito ao regime previsto no art. 543-C do CPC, c/c a
Resolução 8/2008 - Presidência/STJ. (REsp 1239203/PR, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES,
161

PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 12/12/2012, DJe 01/02/2013) 8) Portanto, a parte autora tem direito à
restituição da contribuição para o PSS, nos termos do quanto decidido na sentença proferida nestes
autos, corrigindo-se, de ofício, apenas o erro material concernente ao termo final da impossibilidade
completa de incidência da exação em questão, o qual é 19/05/2004, e não 19/02/2004. 9) De observar-se,
por fim, que, já na vigência do CPC/2015, o STJ vem entendendo que “... não é o órgão julgador obrigado
a rebater, um a um, todos os argumentos trazidos pelas partes em defesa da tese que apresentaram.
Deve apenas enfrentar a demanda, observando as questões relevantes e imprescindíveis à sua
resolução.” (REsp 1775870/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em
13/11/2018, DJe 21/11/2018). 10) Recurso desprovido. Sentença mantida, com correção de ofício do erro
material ora apontado. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº. 9.099/95. 11) Sem custas. A

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
recorrente pagará honorários advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da condenação, nos termos do
art. 55 da Lei nº. 9.099/95.

ACÓRDÃO

Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso. 1ª. Turma Recursal,
Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

AD966A763D98F3B53E5919A5B9FCF089 4

JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº. 0040984-16.2018.4.01.3400 RELATOR JUIZ FEDERAL ALEXANDRE JORGE FONTES


LARANJEIRA RECORRENTE(S) : MARIA DA LUZ LOBATO DA SILVA ADV/PROC : DF00055573 -
MYLENE QUITÉRIA CALDAS E OUTRO(S) RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADV/PROC : - CELIA FERREIRA TAVARES DE LYRA
EMENTA

TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PARA O PSS. SENTENÇA EXTINTIVA POR FALTA DA CONDIÇÃO DE


AÇÃO ATINENTE AO INTERESSE DE AGIR. INEXISTÊNCIA DE NORMA DA RECEITA FEDERAL QUE
GARANTA A REPETIÇÃO DE INDÉBITO EM SEDE ADMINISTRATIVA DA TOTALIDADE DOS
VALORES PLEITEADOS. IRRAZOABILIDADE DA EXIGÊNCIA DE ENFRENTAMENTO DA QUESTÃO
SIMULTANEAMENTE NAS VIAS ADMINISTRATIVA E JUDICIAL NO TOCANTE AOS JUROS DE MORA.
RECURSO PROVIDO. SENTENÇA REFORMADA. RETORNO AO JUÍZO DE ORIGEM PARA
APRECIAÇÃO DO MÉRITO DA DEMANDA, À VISTA DA NECESSIDADE DE UNIFORMIZAÇÃO
JURISPRUDENCIAL ACERCA DO TEMA. 1) Trata-se de recurso inominado interposto pela parte autora
em face de sentença que extinguiu o feito sem apreciação de seu mérito em razão da falta de interesse
de agir caracterizada pela ausência de prévio requerimento administrativo de restituição do indébito com
fundamento em prévio ato normativo da Receita Federal. 2) Preliminarmente, observa-se que a sentença
extintiva está a merecer reforma, para o fim de que seja apreciado o mérito da pretensão recursal pelo
próprio juízo a quo, haja vista que, nos termos do art. 9º., §§ 1º. e 3º., da Instrução Normativa RFB nº.
1.332/2013, a União não admite a aplicação do regime de competência no tocante à incidência da CPSS
sobre valores pagos por meio de RPV ou precatório, com exceção dos valores devidos a servidores
aposentados e relativos a competências anteriores a 20 de maio de 2004 (§ 4º.), exceção essa que não
abrange a totalidade das parcelas pleiteadas na inicial, haja vista que se trata de pagamento via
precatório de parcelas devidas a título de reajuste de 28,86%, cuja última competência data de dezembro
de 2009. 3) Já com relação à questão dos juros de mora, não é razoável exigir da parte autora que,
simultaneamente, discuta a repetição do indébito na via judicial e na via administrativa, disso decorrendo
que, inaugurada a via judicial no tocante à repetição de indébito da CPSS incidente sobre os valores do
principal da obrigação de pagamento de vantagens funcionais, deve a mesma via ser utilizada para a
repetição do indébito da mesma exação incidente sobre os juros de mora.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

CF101777405710629A6B586E75C17720 2

4) Finalmente, impõe-se a reforma da sentença, sem prosseguimento no julgamento do feito nesta


instância, em face da repetição de casos idênticos perante Turma, a indicar a necessidade de
uniformização de jurisprudência no primeiro grau de jurisdição. 5) Recurso provido. Sentença reformada,
devendo o feito retornar à instância de origem para a apreciação do mérito da demanda. 6) Sem custas e
sem honorários.

ACÓRDÃO
162

Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, dar provimento ao recurso. 1ª. Turma Recursal,
Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.

JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº. 0039094-42.2018.4.01.3400 RELATOR JUIZ FEDERAL ALEXANDRE JORGE FONTES


LARANJEIRA RECORRENTE(S) : FUNDACAO UNIVERSIDADE DE BRASILIA - FUB ADV/PROC : -
CYNARA PADUA OLIVEIRA RECORRIDO(S) : CARLOS HENRIQUE NOVIS ADV/PROC : DF00008043
- DENISE APARECIDA RODRIGUES PINHEIRO DE OLIVEIRA

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
EMENTA

CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. ACUMULAÇÃO DE CARGOS:


PROFESSOR E ANALISTA LEGISLATIVO (TÉCNICO EM COMUNICAÇÃO SOCIAL). POSSIBILIDADE.
TETO CONSTITUCIONAL CONSIDERADO EM RELAÇÃO À REMUNERAÇÃO DE CADA CARGO.
TESE FIRMADA NO JULGAMENTO DO RE Nº. 602.043/MT, EM SEDE DE REPERCUSSÃO GERAL.
CORREÇÃO MONETÁRIA DE CONFORMIDADE COM A DECISÃO PROFERIDA NO RE Nº.
870.947/SE. RECURSO DESPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA. 1) Trata-se de recurso inominado
interposto pela FUB em face de sentença de procedência proferida em ação ajuizada objetivando o
reconhecimento da possibilidade de acumulação de cargos para apuração do teto constitucional. 2) No
mérito, merece aplicação à espécie o entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento
do RE nº. 602.043/MT no sentido de que o teto remuneratório constitucional deve ser aplicado de forma
isolada para cada cargo público acumulado, nas formas autorizadas pela Constituição. 3) Com efeito, a
tese firmada pelo Plenário do STF para efeito de repercussão geral ficou assim redigida: "Nos casos
autorizados, constitucionalmente, de acumulação de cargos, empregos e funções, a incidência do artigo
37, inciso XI, da Constituição Federal, pressupõe consideração de cada um dos vínculos formalizados,
afastada a observância do teto remuneratório quanto ao somatório dos ganhos do agente público". 4) In
casu, as remunerações percebidas pela parte autora nos cargos de professor e de analista legislativo
devem ser consideradas individualmente para fins de limitação ao teto constitucional, já que se trata de
cargos acumuláveis, nos termos do art. 37, inciso XVI, alínea "b", da Carta de 1988. 5) Quanto à correção
monetária, as parcelas vencidas, a serem pagas mediante RPV, deverão ser acrescidas de correção
monetária pelo IPCA-E a partir das datas em que devidas e de juros de mora segundo as taxas aplicáveis
às cadernetas de poupança a partir da citação, conforme decidido pelo STF no RE 870.947 (cuja decisão
ora goza de plena eficácia, à vista da rejeição dos embargos de declaração na Sessão de Julgamento de
03/10/2019), sendo certo que o Manual de Cálculos da Justiça Federal encampa tais critérios, daí porque
o recurso deve ser igualmente desprovido no particular.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

BC5FD78E5D514E04267F10E1CD78FE77 2

6) Recurso desprovido. Sentença mantida. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº. 9.099/95. 7)
Sem custas. A recorrente pagará honorários advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da condenação,
nos termos do art. 55 da Lei nº. 9.099/95.

ACÓRDÃO

Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso. 1ª. Turma Recursal,
Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.

JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº. 0003360-93.2019.4.01.3400 RELATOR JUIZ FEDERAL ALEXANDRE JORGE FONTES


LARANJEIRA RECORRENTE(S) : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL) ADV/PROC : - CELIA
FERREIRA TAVARES DE LYRA RECORRIDO(S) : LUIZ GERALDO DA SILVA MOURA ADV/PROC :
DF00055573 - MYLENE QUITÉRIA CALDAS E OUTRO(S)
EMENTA

TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PARA O PSS. APOSENTADOS. PERCEPÇÃO DE VALOR


REMUNERATÓRIO POR MEIO DE PRECATÓRIO/RPV. IMPOSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO LITERAL
DO ART. 16-A DA LEI Nº. 10.887/04. ADOÇÃO DO REGIME DE COMPETÊNCIA, SOB PENA DE
LESÃO AOS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA ANTERIORIDADE E DA IGUALDADE
TRIBUTÁRIAS. IMPOSSIBILIDADE DE INCIDÊNCIA DA CONTRIBUIÇÃO PRA O PSS SOBRE OS
VALORES QUE DEVERIAM SER PERCEBIDOS POR SERVIDORES APOSENTADOS ANTES DE
163

20/05/2004 (DATA DA CONCLUSÃO DA ANTERIORIDADE NONAGESIMAL DA MP Nº. 167/2004,


AFINAL CONVERTIDA NA LEI Nº. 10.887/2004). ISENÇÃO DOS VALORES INFERIORES AO TETO DE
CONTRIBUIÇÃO PARA O RGPS A PARTIR DE ENTÃO. ADI Nº. 3.105. INCIDÊNCIA SOBRE JUROS DE
MORA. ILEGALIDADE. DIREITO À RESTITUIÇÃO. RECURSO DESPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA.
1) Trata-se de recurso inominado interposto pela União (PFN) em face de sentença de procedência
parcial proferida em ação ajuizada objetivando a não incidência de PSS sobre os valores pagos a servidor
aposentado por meio de RPV/Precatório e sobre juros de mora. 2) No mérito, inicialmente é preciso
esclarecer que, em se tratando de percepção de valores remuneratórios acumulados ao longo de vários
meses, sobre as quais incide um determinado tributo, como ocorreu na espécie, é preciso adotar o regime
de competência, sob pena de lesão aos princípios constitucionais da anterioridade e da igualdade

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
tributárias. 3) A propósito do tema, veja-se a decisão proferida pelo Ministro Roberto Barroso no ARE nº.
1.008.691-PE (DJE nº. 249, divulgado em 22/11/2016), parcialmente transcrita: "O recurso extraordinário
não pode ser provido, uma vez que as razões aduzidas pelo recorrente conflitam com a jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal. O acórdão recorrido dirimiu a controvérsia dos autos no mesmo sentido do
que ficara decidido pelo Plenário da Corte no julgamento do RE 614.406/RS, Rel. Min. Marco Aurélio. Na
oportunidade, o Supremo Tribunal Federal assentou que o Imposto de Renda deve ser apurado sob o
regime de competência na hipótese de percepção acumulada de proventos,
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

A184701F1E55E4FCDC7E144B68AC225D 2

o que impede a aplicação da alíquota máxima que incidiria na espécie caso a base considerada fosse
todo o montante recebido de uma única vez. Confira-se, a propósito, trecho do julgado: 'É inconstitucional
o art. 12 da Lei 7.713/1988 (No caso de rendimentos recebidos acumuladamente, o imposto incidirá, no
mês do recebimento ou crédito, sobre o total dos rendimentos, diminuídos do valor das despesas com
ação judicial necessárias ao seu recebimento, inclusive de advogados, se tiverem sido pagas pelo
contribuinte, sem indenização). Com base nessa orientação, em conclusão de julgamento e por maioria, o
Plenário negou provimento a recurso extraordinário em que se discutia a constitucionalidade da referida
norma v. Informativo 628. O Tribunal afirmou que o sistema não poderia apenar o contribuinte duas
vezes. Esse fenômeno ocorreria, já que o contribuinte, ao não receber as parcelas na época própria,
deveria ingressar em juízo e, ao fazê-lo, seria posteriormente tributado com uma alíquota superior de
imposto de renda em virtude da junção do que percebido. Isso porque a exação em foco teria como fato
gerador a disponibilidade econômica e jurídica da renda. A novel Lei 12.350/2010, embora não fizesse
alusão expressa ao regime de competência, teria implicado a adoção desse regime mediante inserção de
cálculos que direcionariam à consideração do que apontara como épocas próprias, tendo em conta o
surgimento, em si, da disponibilidade econômica. Desse modo, transgredira os princípios da isonomia e
da capacidade contributiva, de forma a configurar confisco e majoração de alíquota do imposto de renda.
Vencida a Ministra Ellen Gracie, que dava provimento ao recurso por reputar constitucional o dispositivo
questionado. Considerava que o preceito em foco não violaria o princípio da capacidade contributiva.
Enfatizava que o regime de caixa seria o que melhor aferiria a possibilidade de contribuir, uma vez que
exigiria o pagamento do imposto à luz dos rendimentos efetivamente percebidos, independentemente do
momento em que surgido o direito a eles.' Considerando que a lógica da questão de direito é
absolutamente a mesma, devem ser aplicadas, no presente caso relativamente à incidência de
contribuição previdenciária, as conclusões adotadas no precedente acima mencionado. Isso porque o
sujeito não poderia ser punido duplamente. Em primeiro lugar, por ver suprimido um direito devido. Em
segundo, por admitir o locupletamento do Estado com base em situação que o próprio poder público deu
causa." 4) Por sua vez, o STF decidiu pela inconstitucionalidade do art. 4º., incisos I e II, da Emenda
Constitucional nº. 41/03, afirmando, por ocasião do julgamento da ADI nº. 3.105 (DJ de 18/02/2005), que
ficava restabelecido o caráter geral da regra do art. 40, § 18, da Carta de 1988, a qual estabelecia a
incidência da contribuição para o PSS apenas sobre os valores excedentes do teto do RGPS. 5) Disso
tudo resulta que, em se tratando de servidores aposentados, não incide a contribuição para o PSS até a
data de 19/05/2004, data da conclusão da anterioridade nonagesimal da MP nº. 167/2004, afinal
convertida na Lei nº. 10.887/2004, que regulamentou a EC nº. 41/03, ao passo que, a partir de
20/05/2004, somente pode haver a incidência de tal exação sobre os valores que excederem o teto do
RGPS. 6) Já no tocante à questão dos juros de mora, em sede de recurso repetitivo, o Superior Tribunal
de Justiça já se manifestou no sentido de que não incide a contribuição previdenciária sobre os valores
recebidos a título de juros de mora por servidor público a quem foi reconhecido o direito a diferenças
remuneratórias, uma vez que, por conta de sua natureza indenizatória, refogem tais valores à base de
cálculo legal do tributo, sem falar que não se incorporam aos vencimentos para fins de aposentadoria. 7)
Nesse sentido, cito o seguinte precedente: PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. TRIBUTÁRIO.
CONTRIBUIÇÃO DO PLANO DE SEGURIDADE DO
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

A184701F1E55E4FCDC7E144B68AC225D 3

SERVIDOR PÚBLICO (PSS). RETENÇÃO. VALORES PAGOS EM CUMPRIMENTO DE DECISÃO


JUDICIAL (DIFERENÇAS SALARIAIS). INEXIGIBILIDADE DA CONTRIBUIÇÃO SOBRE A PARCELA
164

REFERENTE AOS JUROS DE MORA. 1. O ordenamento jurídico atribui aos juros de mora a natureza
indenizatória. Destinam-se, portanto, a reparar o prejuízo suportado pelo credor em razão da mora do
devedor, o qual não efetuou o pagamento nas condições estabelecidas pela lei ou pelo contrato. Os juros
de mora, portanto, não constituem verba destinada a remunerar o trabalho prestado ou capital investido.
2. A não incidência de contribuição para o PSS sobre juros de mora encontra amparo na jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal, que autoriza a incidência de tal contribuição apenas em relação às parcelas
incorporáveis ao vencimento do servidor público. Nesse sentido: REsp 1.241.569/RS, 2ª Turma, Rel. Min.
Herman Benjamin, DJe de 13.9.2011. 3. A incidência de contribuição para o PSS sobre os valores pagos
em cumprimento de decisão judicial, por si só, não justifica a incidência da contribuição sobre os juros de
mora. Ainda que se admita a integração da legislação tributária pelo princípio do direito privado segundo o

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
qual, salvo disposição em contrário, o bem acessório segue o principal (expresso no art. 59 do CC/1916 e
implícito no CC/2002), tal integração não pode implicar na exigência de tributo não previsto em lei (como
ocorre com a analogia), nem na dispensa do pagamento de tributo devido (como ocorre com a equidade).
4. Ainda que seja possível a incidência de contribuição social sobre quaisquer vantagens pagas ao
servidor público federal (art. 4º, § 1º, da Lei 10.887/2004), não é possível a sua incidência sobre as
parcelas pagas a título de indenização (como é o caso dos juros de mora), pois, conforme expressa
previsão legal (art. 49, I e § 1º, da Lei 8.112/90), não se incorporam ao vencimento ou provento. Por tal
razão, não merece acolhida a alegação no sentido de que apenas as verbas expressamente
mencionadas pelos incisos do § 1º do art. 4º da Lei 10.887/2004 não sofrem a incidência de contribuição
social. 5. Recurso especial não provido. Acórdão sujeito ao regime previsto no art. 543-C do CPC, c/c a
Resolução 8/2008 - Presidência/STJ. (REsp 1239203/PR, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES,
PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 12/12/2012, DJe 01/02/2013) 8) Portanto, a parte autora tem direito à
restituição da contribuição para o PSS, nos termos do quanto decidido na sentença proferida nestes
autos. 9) De observar-se, por fim, que, já na vigência do CPC/2015, o STJ vem entendendo que “... não é
o órgão julgador obrigado a rebater, um a um, todos os argumentos trazidos pelas partes em defesa da
tese que apresentaram. Deve apenas enfrentar a demanda, observando as questões relevantes e
imprescindíveis à sua resolução.” (REsp 1775870/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA
TURMA, julgado em 13/11/2018, DJe 21/11/2018). 10) Recurso desprovido. Sentença mantida. Acórdão
lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº. 9.099/95. 11) Sem custas. A recorrente pagará honorários
advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da condenação, nos termos do art. 55 da Lei nº. 9.099/95.

ACÓRDÃO

Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso. 1ª. Turma Recursal,
Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

A184701F1E55E4FCDC7E144B68AC225D 4

JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº. 0004671-56.2018.4.01.3400 RELATOR JUIZ FEDERAL ALEXANDRE JORGE FONTES


LARANJEIRA RECORRENTE(S) : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL) ADV/PROC : - KELLY
OTSUKA MIIKE RECORRIDO(S) : MARIA DO CARMO DE SA SOARES DE MATOS ADV/PROC :
DF00036198 - ALEX LUIZ DE OLIVEIRA SOUZA
EMENTA

TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PARA O PSS. APOSENTADOS. PERCEPÇÃO DE VALOR


REMUNERATÓRIO POR MEIO DE PRECATÓRIO/RPV. IMPOSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO LITERAL
DO ART. 16-A DA LEI Nº. 10.887/04. ADOÇÃO DO REGIME DE COMPETÊNCIA, SOB PENA DE
LESÃO AOS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA ANTERIORIDADE E DA IGUALDADE
TRIBUTÁRIAS. IMPOSSIBILIDADE DE INCIDÊNCIA DA CONTRIBUIÇÃO PRA O PSS SOBRE OS
VALORES QUE DEVERIAM SER PERCEBIDOS POR SERVIDORES APOSENTADOS ANTES DE
20/05/2004 (DATA DA CONCLUSÃO DA ANTERIORIDADE NONAGESIMAL DA MP Nº. 167/2004,
AFINAL CONVERTIDA NA LEI Nº. 10.887/2004). ISENÇÃO DOS VALORES INFERIORES AO TETO DE
CONTRIBUIÇÃO PARA O RGPS A PARTIR DE ENTÃO. ADI Nº. 3.105. RECURSO DESPROVIDO.
SENTENÇA MANTIDA. 1) Trata-se de recurso inominado interposto pela União (PFN) em face de
sentença de procedência parcial proferida em ação ajuizada objetivando a não incidência de PSS sobre
os valores pagos a servidor aposentado por meio de RPV/precatório. 2) No mérito, inicialmente é preciso
esclarecer que, em se tratando de percepção de valores remuneratórios acumulados ao longo de vários
meses, sobre as quais incide um determinado tributo, como ocorreu na espécie, é preciso adotar o regime
de competência, sob pena de lesão aos princípios constitucionais da anterioridade e da igualdade
tributárias. 3) A propósito do tema, veja-se a decisão proferida pelo Ministro Roberto Barroso no ARE nº.
1.008.691-PE (DJE nº. 249, divulgado em 22/11/2016), parcialmente transcrita: "O recurso extraordinário
não pode ser provido, uma vez que as razões aduzidas pelo recorrente conflitam com a jurisprudência do
165

Supremo Tribunal Federal. O acórdão recorrido dirimiu a controvérsia dos autos no mesmo sentido do
que ficara decidido pelo Plenário da Corte no julgamento do RE 614.406/RS, Rel. Min. Marco Aurélio. Na
oportunidade, o Supremo Tribunal Federal assentou que o Imposto de Renda deve ser apurado sob o
regime de competência na hipótese de percepção acumulada de proventos, o que impede a aplicação da
alíquota máxima que incidiria na espécie caso a base considerada fosse todo o montante recebido de
uma única vez. Confira-se, a propósito, trecho do julgado: 'É inconstitucional o art. 12 da Lei 7.713/1988
(No caso de
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

7C03E58F62F87D7E988E1B047B7CAB67 2

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
rendimentos recebidos acumuladamente, o imposto incidirá, no mês do recebimento ou crédito, sobre o
total dos rendimentos, diminuídos do valor das despesas com ação judicial necessárias ao seu
recebimento, inclusive de advogados, se tiverem sido pagas pelo contribuinte, sem indenização). Com
base nessa orientação, em conclusão de julgamento e por maioria, o Plenário negou provimento a
recurso extraordinário em que se discutia a constitucionalidade da referida norma v. Informativo 628. O
Tribunal afirmou que o sistema não poderia apenar o contribuinte duas vezes. Esse fenômeno ocorreria,
já que o contribuinte, ao não receber as parcelas na época própria, deveria ingressar em juízo e, ao fazê-
lo, seria posteriormente tributado com uma alíquota superior de imposto de renda em virtude da junção do
que percebido. Isso porque a exação em foco teria como fato gerador a disponibilidade econômica e
jurídica da renda. A novel Lei 12.350/2010, embora não fizesse alusão expressa ao regime de
competência, teria implicado a adoção desse regime mediante inserção de cálculos que direcionariam à
consideração do que apontara como épocas próprias, tendo em conta o surgimento, em si, da
disponibilidade econômica. Desse modo, transgredira os princípios da isonomia e da capacidade
contributiva, de forma a configurar confisco e majoração de alíquota do imposto de renda. Vencida a
Ministra Ellen Gracie, que dava provimento ao recurso por reputar constitucional o dispositivo
questionado. Considerava que o preceito em foco não violaria o princípio da capacidade contributiva.
Enfatizava que o regime de caixa seria o que melhor aferiria a possibilidade de contribuir, uma vez que
exigiria o pagamento do imposto à luz dos rendimentos efetivamente percebidos, independentemente do
momento em que surgido o direito a eles.' Considerando que a lógica da questão de direito é
absolutamente a mesma, devem ser aplicadas, no presente caso relativamente à incidência de
contribuição previdenciária, as conclusões adotadas no precedente acima mencionado. Isso porque o
sujeito não poderia ser punido duplamente. Em primeiro lugar, por ver suprimido um direito devido. Em
segundo, por admitir o locupletamento do Estado com base em situação que o próprio poder público deu
causa." 4) Por sua vez, o STF decidiu pela inconstitucionalidade do art. 4º., incisos I e II, da Emenda
Constitucional nº. 41/03, afirmando, por ocasião do julgamento da ADI nº. 3.105 (DJ de 18/02/2005), que
ficava restabelecido o caráter geral da regra do art. 40, § 18, da Carta de 1988, a qual estabelecia a
incidência da contribuição para o PSS apenas sobre os valores excedentes do teto do RGPS. 5) Disso
tudo resulta que, em se tratando de servidores aposentados, não incide a contribuição para o PSS até a
data de 19/05/2004, data da conclusão da anterioridade nonagesimal da MP nº. 167/2004, afinal
convertida na Lei nº. 10.887/2004, que regulamentou a EC nº. 41/03, ao passo que, a partir de
20/05/2004, somente pode haver a incidência de tal exação sobre os valores que excederem o teto do
RGPS. 6) De observar-se, por fim, que, já na vigência do CPC/2015, o STJ vem entendendo que "... não
é o órgão julgador obrigado a rebater, um a um, todos os argumentos trazidos pelas partes em defesa da
tese que apresentaram. Deve apenas enfrentar a demanda, observando as questões relevantes e
imprescindíveis à sua resolução." (REsp 1775870/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA
TURMA, julgado em 13/11/2018, DJe 21/11/2018). 7) Recurso desprovido. Sentença mantida. Acórdão
lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº. 9.099/95. 8) Sem custas. A recorrente pagará honorários
advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da condenação, nos termos do art. 55 da Lei nº. 9.099/95.

PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

7C03E58F62F87D7E988E1B047B7CAB67 3

ACÓRDÃO

Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso. 1ª. Turma Recursal,
Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.

JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº. 0006433-73.2019.4.01.3400 RELATOR JUIZ FEDERAL ALEXANDRE JORGE FONTES


LARANJEIRA RECORRENTE(S) : ANTONIO VITORIANO DE ANDRADE ADV/PROC : DF00025089 -
GILBERTO SIEBRA MONTEIRO RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL ADV/PROC : - MARIA CLARA
DIAS SILVEIRA
EMENTA
166

ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. REAJUSTE. PERCENTUAL DE 21,3% CONCEDIDO A


OUTRAS CARREIRAS POR MEIO DAS LEIS NºS. 13.302/16, 13.323/16 E 13.327/16. REVISÃO GERAL
NÃO CARACTERIZADA. PRETENSÃO CONTRÁRIA AO TEOR DA SÚMULA Nº. 339 DO STF.
RECURSO DESPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA. 1) Trata-se de recurso inominado interposto pela
parte autora em face de sentença que julgou improcedente a pretensão objetivando o pagamento do
reajuste de 21,3% em decorrência de alegada revisão geral promovida pelas Leis nºs. 13.302/16,
13.323/16 e 13.327/16. 2) Verifico que a prescrição na espécie é quinquenal, por força do art. 1º. do
Decreto nº. 20.910/32, porém não atinge a pretensão da parte autora, já que as alterações legislativas

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
questionadas datam do ano de 2016. 3) No mérito restante, não há como prosperar o pedido da parte
autora, uma vez que sua pretensão encontra óbice intransponível no art. 37, inciso XIII, da Constituição
Federal, que dispõe ser "... vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias
para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público". 4) De fato, as Leis nºs. 13.302/16,
13.323/16 e 13.327/16 não podem ser consideradas como de revisão geral, já que tratam apenas de
algumas das carreiras da Administração Pública Federal, valendo lembrar que sempre será possível o
reajuste diferenciado, desde que a lei não afirme expressamente a ocorrência de revisão geral (e não há
tal afirmação nas leis questionadas, as quais também não foram editadas no início do ano legislativo). 5)
Além disso, o pedido está em desconformidade com a Súmula nº. 339 do e. STF, a qual está em vigor e
continua sendo aplicada por aquela Corte nos dias atuais, conforme o teor do seguinte precedente, in
verbis: DIREITO ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL. AUMENTO DE VENCIMENTOS
DE SERVIDORES PÚBLICOS PELO PODER JUDICIÁRIO SOB O FUNDAMENTO DA ISONOMIA.
IMPOSSIBILIDADE. ÓBICE DA SÚMULA 339/STF. CONSONÂNCIA DA DECISÃO RECORRIDA COM A
JURISPRUDÊNCIA CRISTALIZADA NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. RECURSO
EXTRAORDINÁRIO QUE NÃO MERECE TRÂNSITO. REELABORAÇÃO DA MOLDURA FÁTICA.
PROCEDIMENTO VEDADO NA INSTÂNCIA EXTRAORDINÁRIA. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO
EM 02.4.2009. 1. O entendimento adotado pela Corte de
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

C6D726C824F33D35258E0ADB740ECA69 2

origem, nos moldes do assinalado na decisão agravada, não diverge da jurisprudência firmada no âmbito
deste Supremo Tribunal Federal, cristalizada na Súmula 339/STF: "Não cabe ao Poder Judiciário, que
não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos, sob fundamento de isonomia".
Precedentes. 2. As razões do agravo regimental não se mostram aptas a infirmar os fundamentos que
lastrearam a decisão agravada. 3. Agravo regimental conhecido e não provido. (ARE 940325 AgR,
Relator(a): Min. ROSA WEBER, Primeira Turma, julgado em 01/03/2016, PROCESSO ELETRÔNICO
DJe-050 DIVULG 16-03-2016 PUBLIC 17-03-2016) 6) Concluindo no particular, caso de fato exista a
isonomia invocada na peça inicial, deverá ser buscada na via legislativa, que é a única
constitucionalmente autorizada a conceder reajuste a servidor público. 7) De observar-se, por fim, que, já
na vigência do CPC/2015, o STJ vem entendendo que "... não é o órgão julgador obrigado a rebater, um a
um, todos os argumentos trazidos pelas partes em defesa da tese que apresentaram. Deve apenas
enfrentar a demanda, observando as questões relevantes e imprescindíveis à sua resolução." (REsp
1775870/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 13/11/2018, DJe
21/11/2018). 8) Recurso desprovido. Sentença mantida. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº.
9.099/95. 9) Sem custas. A parte autora pagará honorários advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da
causa, ficando a condenação suspensa enquanto perdurar o estado de carência que justificou a
concessão da justiça gratuita, prescrevendo a dívida cinco anos após a sentença final, nos termos do art.
98, § 3º., do CPC/2015.

ACÓRDÃO

Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso. 1ª. Turma Recursal,
Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.

JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº. 0053563-35.2014.4.01.3400 RELATOR JUIZ FEDERAL ALEXANDRE JORGE FONTES


LARANJEIRA RECORRENTE(S) : RITA DE CASSIA RODRIGUES GUIMARAES DA SILVA ADV/PROC :
DF00043152 - GUILHERME SAMPAIO GONÇALVES RECORRIDO(S) : INSTITUTO NACIONAL DE
SEGURO SOCIAL-INSS ADV/PROC :
EMENTA

PREVIDENCIÁRIO. BENEFÍCIO POR INCAPACIDADE LABORAL. PEDIDO DE RESTABELECIMENTO


DE AUXÍLIO-DOENÇA. POSTERIOR REQUERIMENTO DE APOSENTADORIA POR INVALIDEZ.
PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE DOS PEDIDOS EM MATÉRIA PREVIDENCIÁRIA. AUSÊNCIA DOS
167

REQUISITOS PARA A CONCESSÃO DA APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. SEGURADO EM PLENO


EXERCÍCIO DE ATIVIDADE LABORAL. RECURSO DESPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA. 1) Trata-se
de recurso inominado interposto pela parte autora em face de sentença de extinguiu o processo sem
resolução do seu mérito no tocante ao pedido de restabelecimento do benefício de auxílio-doença e
julgou improcedente o pedido de concessão em definitivo do benefício requerido. 2) Inicialmente, é de
observar-se que, em sede de Direito Previdenciário, aplica-se o princípio da fungibilidade dos pedidos,
sendo perfeitamente possível a análise do pleito de aposentadoria por invalidez, o qual foi implicitamente
denegado pelo juízo de origem. 3) De seu turno, cumpre assinalar que para a concessão do benefício de
aposentadoria por invalidez, é necessário que a parte: a) demonstre o cumprimento da carência de doze
contribuições mensais, nos termos do art. 25, inciso I, da Lei nº. 8.213/91; b) tenha a qualidade de

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
segurado; e c) apresente incapacidade total, permanente e omniprofissional para o exercício de atividade
que seja apta a garantir a sua subsistência. 4) No caso concreto, o(a) douto(a) perito(a) do Juízo atestou
que a incapacidade da pericianda é permanente/indefinida, parcial e multiprofissional, de modo que não
há como lhe ser deferida a aposentadoria por invalidez, já que não há incapacidade omniprofissional. 5)
Por sua vez, observo que o período de incapacidade apontado, ainda que de forma imprecisa, no laudo
médico pericial do Juízo está integralmente abrangido pelo período de concessão administrativa do
auxílio-doença de 11/12/2012 a 23/09/2016, conforme CNIS registrado em 04/10/2019. 6) Concluindo no
particular, a parte autora atualmente se encontra no pleno exercício de suas atividades laborais, conforme
relatório do CNIS registrado aos 04/10/2019, continuando a trabalhar para a empresa Gol Linhas Aéreas
S/A, o que está a indicar que foi readaptada pela própria empresa empregadora.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

627EE6ED328862A354F8276B4C670A61 2

7) De observar-se, por fim, que, já na vigência do CPC/2015, o STJ vem entendendo que "... não é o
órgão julgador obrigado a rebater, um a um, todos os argumentos trazidos pelas partes em defesa da tese
que apresentaram. Deve apenas enfrentar a demanda, observando as questões relevantes e
imprescindíveis à sua resolução". (REsp 1775870/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA
TURMA, julgado em 13/11/2018, DJe 21/11/2018). 8) Recurso desprovido. Sentença mantida. Acórdão
lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº. 9.099/95. 9) Sem custas. A recorrente pagará honorários
advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da condenação, nos termos do art. 55 da Lei nº. 9.099/95.

ACÓRDÃO

Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso. 1ª. Turma Recursal,
Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.

JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº. 0003325-36.2019.4.01.3400 RELATOR JUIZ FEDERAL ALEXANDRE JORGE FONTES


LARANJEIRA RECORRENTE(S) : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL) ADV/PROC : - MAURO
HENRIQUE PEREIRA DOS SANTOS RECORRIDO(S) : JOAO DA SILVA CALADO ADV/PROC :
DF00055573 - MYLENE QUITÉRIA CALDAS E OUTRO(S)
EMENTA

TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PARA O PSS. APOSENTADOS. PERCEPÇÃO DE VALOR


REMUNERATÓRIO POR MEIO DE PRECATÓRIO/RPV. IMPOSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO LITERAL
DO ART. 16-A DA LEI Nº. 10.887/04. ADOÇÃO DO REGIME DE COMPETÊNCIA, SOB PENA DE
LESÃO AOS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA ANTERIORIDADE E DA IGUALDADE
TRIBUTÁRIAS. GOE. POLICIAL DA ATIVA. ALÍQUOTA DEVIDA À RAZÃO DE 6%. INCIDÊNCIA SOBRE
JUROS DE MORA. ILEGALIDADE. DIREITO À RESTITUIÇÃO. RECURSO DESPROVIDO. SENTENÇA
MANTIDA. 1) Trata-se de recurso inominado interposto pela União (PFN) em face de sentença proferida
em ação ajuizada objetivando a não incidência de PSS sobre os valores pagos a servidor policial por meio
de RPV e sobre juros de mora. 2) No mérito, inicialmente é preciso esclarecer que, em se tratando de
percepção de valores remuneratórios acumulados ao longo de vários meses, sobre as quais incide um
determinado tributo, como ocorreu na espécie, é preciso adotar o regime de competência, sob pena de
lesão aos princípios constitucionais da anterioridade e da igualdade tributárias. 3) A propósito do tema,
veja-se a decisão proferida pelo Ministro Roberto Barroso no ARE nº. 1.008.691-PE (DJE nº. 249,
divulgado em 22/11/2016), parcialmente transcrita: "O recurso extraordinário não pode ser provido, uma
vez que as razões aduzidas pelo recorrente conflitam com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal.
O acórdão recorrido dirimiu a controvérsia dos autos no mesmo sentido do que ficara decidido pelo
Plenário da Corte no julgamento do RE 614.406/RS, Rel. Min. Marco Aurélio. Na oportunidade, o
Supremo Tribunal Federal assentou que o Imposto de Renda deve ser apurado sob o regime de
competência na hipótese de percepção acumulada de proventos, o que impede a aplicação da alíquota
máxima que incidiria na espécie caso a base considerada fosse todo o montante recebido de uma única
168

vez. Confira-se, a propósito, trecho do julgado: 'É inconstitucional o art. 12 da Lei 7.713/1988 (No caso de
rendimentos recebidos acumuladamente, o imposto incidirá, no mês do recebimento ou crédito, sobre o
total dos rendimentos, diminuídos do valor das despesas com ação judicial necessárias ao seu
recebimento, inclusive de advogados, se tiverem sido pagas
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

4DC2FE3E9AD01755C194244C4C632563 2

pelo contribuinte, sem indenização). Com base nessa orientação, em conclusão de julgamento e por
maioria, o Plenário negou provimento a recurso extraordinário em que se discutia a constitucionalidade da

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
referida norma v. Informativo 628. O Tribunal afirmou que o sistema não poderia apenar o contribuinte
duas vezes. Esse fenômeno ocorreria, já que o contribuinte, ao não receber as parcelas na época própria,
deveria ingressar em juízo e, ao fazê-lo, seria posteriormente tributado com uma alíquota superior de
imposto de renda em virtude da junção do que percebido. Isso porque a exação em foco teria como fato
gerador a disponibilidade econômica e jurídica da renda. A novel Lei 12.350/2010, embora não fizesse
alusão expressa ao regime de competência, teria implicado a adoção desse regime mediante inserção de
cálculos que direcionariam à consideração do que apontara como épocas próprias, tendo em conta o
surgimento, em si, da disponibilidade econômica. Desse modo, transgredira os princípios da isonomia e
da capacidade contributiva, de forma a configurar confisco e majoração de alíquota do imposto de renda.
Vencida a Ministra Ellen Gracie, que dava provimento ao recurso por reputar constitucional o dispositivo
questionado. Considerava que o preceito em foco não violaria o princípio da capacidade contributiva.
Enfatizava que o regime de caixa seria o que melhor aferiria a possibilidade de contribuir, uma vez que
exigiria o pagamento do imposto à luz dos rendimentos efetivamente percebidos, independentemente do
momento em que surgido o direito a eles.' Considerando que a lógica da questão de direito é
absolutamente a mesma, devem ser aplicadas, no presente caso relativamente à incidência de
contribuição previdenciária, as conclusões adotadas no precedente acima mencionado. Isso porque o
sujeito não poderia ser punido duplamente. Em primeiro lugar, por ver suprimido um direito devido. Em
segundo, por admitir o locupletamento do Estado com base em situação que o próprio poder público deu
causa." 4) No caso concreto, como bem demonstrou a parte autora, a alíquota da contribuição
previdenciária dos servidores públicos civis da União era de 6% ao tempo das competências nas quais
seria devida a GOE (novembro de 1989 a dezembro de 1990), por força do teor do art. 35, inciso I, alínea
“a”, do Decreto nº. 83.081/79 (Regulamento de Custeio da Previdência Social), daí porque não poderia
ser cobrada a alíquota de 11% prevista no art. 16-A da Lei nº. 10.887/04. 5) Já no tocante à questão dos
juros de mora, em sede de recurso repetitivo, o Superior Tribunal de Justiça já se manifestou no sentido
de que não incide a contribuição previdenciária sobre os valores recebidos a título de juros de mora por
servidor público a quem foi reconhecido o direito a diferenças remuneratórias, uma vez que, por conta de
sua natureza indenizatória, refogem tais valores à base de cálculo legal do tributo, sem falar que não se
incorporam aos vencimentos para fins de aposentadoria. 6) Nesse sentido, cito o seguinte precedente:
"PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO DO PLANO DE
SEGURIDADE DO SERVIDOR PÚBLICO (PSS). RETENÇÃO. VALORES PAGOS EM CUMPRIMENTO
DE DECISÃO JUDICIAL (DIFERENÇAS SALARIAIS). INEXIGIBILIDADE DA CONTRIBUIÇÃO SOBRE A
PARCELA REFERENTE AOS JUROS DE MORA. 1. O ordenamento jurídico atribui aos juros de mora a
natureza indenizatória. Destinam-se, portanto, a reparar o prejuízo suportado pelo credor em razão da
mora do devedor, o qual não efetuou o pagamento nas condições estabelecidas pela lei ou pelo contrato.
Os juros de mora, portanto, não constituem verba destinada a remunerar o trabalho prestado ou capital
investido. 2. A não incidência de contribuição para o PSS sobre juros de mora encontra amparo na
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, que autoriza a incidência de tal contribuição apenas em
relação às parcelas
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

4DC2FE3E9AD01755C194244C4C632563 3

incorporáveis ao vencimento do servidor público. Nesse sentido: REsp 1.241.569/RS, 2ª Turma, Rel. Min.
Herman Benjamin, DJe de 13.9.2011. 3. A incidência de contribuição para o PSS sobre os valores pagos
em cumprimento de decisão judicial, por si só, não justifica a incidência da contribuição sobre os juros de
mora. Ainda que se admita a integração da legislação tributária pelo princípio do direito privado segundo o
qual, salvo disposição em contrário, o bem acessório segue o principal (expresso no art. 59 do CC/1916 e
implícito no CC/2002), tal integração não pode implicar na exigência de tributo não previsto em lei (como
ocorre com a analogia), nem na dispensa do pagamento de tributo devido (como ocorre com a equidade).
4. Ainda que seja possível a incidência de contribuição social sobre quaisquer vantagens pagas ao
servidor público federal (art. 4º, § 1º, da Lei 10.887/2004), não é possível a sua incidência sobre as
parcelas pagas a título de indenização (como é o caso dos juros de mora), pois, conforme expressa
previsão legal (art. 49, I e § 1º, da Lei 8.112/90), não se incorporam ao vencimento ou provento. Por tal
razão, não merece acolhida a alegação no sentido de que apenas as verbas expressamente
mencionadas pelos incisos do § 1º do art. 4º da Lei 10.887/2004 não sofrem a incidência de contribuição
social. 5. Recurso especial não provido. Acórdão sujeito ao regime previsto no art. 543-C do CPC, c/c a
Resolução 8/2008 - Presidência/STJ. (REsp 1239203/PR, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES,
169

1ª. SEÇÃO, DJe 01/02/2013) 7) De observar-se, por fim, que, já na vigência do CPC/2015, o STJ vem
entendendo que "... não é o órgão julgador obrigado a rebater, um a um, todos os argumentos trazidos
pelas partes em defesa da tese que apresentaram. Deve apenas enfrentar a demanda, observando as
questões relevantes e imprescindíveis à sua resolução." (REsp 1775870/SP, Rel. Ministro HERMAN
BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 13/11/2018, DJe 21/11/2018). 8) Recurso desprovido.
Sentença mantida. Acórdão lavrado conforme art. 46 da Lei nº. 9.099/95. 9) Sem custas. A recorrente
pagará honorários advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da condenação, nos termos do art. 55 da
Lei nº. 9.099/95.

ACÓRDÃO

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso. 1ª. Turma Recursal,
Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.

JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº. 0000263-85.2019.4.01.3400 RELATOR JUIZ FEDERAL ALEXANDRE JORGE FONTES


LARANJEIRA RECORRENTE(S) : JOAO DE LIMA ADV/PROC : DF00030598 - MAX ROBERT MELO E
OUTRO(S) RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL ADV/PROC : - MARIA CARLA DIAS SILVEIRA
EMENTA

ADMINISTRATIVO. ANISTIA. LEI Nº. 8.878/94. PEDIDO DE INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL
FUNDADO NA DEMORA NA READMISSÃO DA PARTE AUTORA, LEVANDO EM CONTA O LAPSO
TEMPORAL DECORRIDO ENTRE A EDIÇÃO DA LEI E A EFETIVA READMISSÃO. PRESCRIÇÃO
QUINQUENAL NÃO CARACTERIZADA. INEXISTÊNCIA DE ILEGALIDADE NA DEMISSÃO POR
EXTINÇÃO DA EMPRESA PÚBLICA. READMISSÃO DE EMPREGADO REGIDO PELA CLT. MERA
LIBERALIDADE DA ADMINISTRAÇÃO. FALTA DE PREVISÃO LEGAL A RESPEITO DE
INDENIZAÇÕES. DANO MORAL NÃO CARACTERIZADO. RECURSO DESPROVIDO. SENTENÇA
MANTIDA. 1) Trata-se de recurso inominado interposto pela parte autora em face de sentença de
improcedência proferida em ação ajuizada contra a União objetivando o pagamento de indenização pela
demora na readmissão, dado o lapso temporal decorrido entre a edição da Lei nº. 8.874/94 e a efetiva
adoção da providência ali prevista. 2) Verifica-se na espécie que a prescrição de fato é quinquenal, por
força do art. 1º. do Decreto nº. 20.910/32, porém não atingiu a pretensão formulada pela parte autora,
haja vista que tal servidora foi readmitida aos 01/07/2016 e ingressou com a presente ação aos
07/01/2019. 3) No mérito propriamente dito, no entanto, não há como prosperar o pedido da parte autora,
uma vez que, a despeito dos termos da Lei nº. 8.878/94, não houve ilicitude alguma nas demissões
ocorridas durante o Governo Collor decorrentes da extinção de empresas públicas, tanto que a parte
autora não foi favorecida por qualquer decisão da Justiça do Trabalho no tocante no tocante à sua
reintegração. 4) Disso decorre que a parte autora foi readmitida por mera liberalidade da Administração,
não fazendo jus a qualquer tipo de indenização, quer pelo fato de haver sido demitida, quer pelo fato de
haver sido readmitida com atraso, levando-se em consideração a data da edição da Lei nº. 8.874/94. 5)
Além disso, a própria Lei nº. 8.874/94, por meio de seu art. 6º., veda expressamente o pagamento de
quaisquer remunerações em caráter retroativo, o que significa dizer que o próprio Legislador considera
não haver valores devidos aos servidores no tocante ao período existente entre as demissões e
readmissões.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

27E5F0932AF5D2943D25389DBC69CF30 2

6) Concluindo no particular, o pedido está em desconformidade com a jurisprudência do TRF da 1ª.


Região e do STJ, conforme o teor do seguinte precedente, in verbis: DIREITO CONSTITUCIONAL E
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO CIVIL. ANISTIA. LEI 8.878/1994. DECRETO 1.499/1995.
PRESCRIÇÃO. NÃO OCORRÊNCIA. DEMORA NA READMISSÃO. VEDAÇÃO DE PAGAMENTO
RETROATIVO. INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS. DESCABIMENTO. 1. Conforme
jurisprudência pacificada no âmbito deste Tribunal, "o termo inicial de contagem do prazo de prescrição é
a data da efetiva reintegração do anistiado ao Serviço Público, pois somente a partir daí investiu-se o
servidor no direito assegurado em lei para retorno ao serviço". (Ac 0011888-29.2013.4.01.3400/DF, Rel.
Desembargadora Federal Gilda Sigmaringa Seixas, Primeira Turma, E-Djf1 De 28/09/2016). 2. Prescrição
do fundo de direito afastada, uma vez que entre a readmissão da parte autora e o ajuizamento da
presente ação, decorreu lapso temporal inferior a cinco anos. 3. A controvérsia posta nos autos cinge-se,
única e exclusivamente, sobre o pretenso direito da parte autora em receber indenização material e moral
referente ao interstício compreendido entre a demissão e o reconhecimento do direito ao retorno à
atividade laboral, em face da concessão da anistia promovida pela Lei n. 8.878/94. 4. A questão não é
nova e já está consolidada na jurisprudência desta Corte, assim como do Superior Tribunal de Justiça, no
sentido de que não existe ilicitude no ato administrativo que resultou na cessação do contrato de trabalho
170

determinada no Governo Collor, quando se levou a efeito a reforma administrativa de que trata a Lei n.
8.029 de 12 de abril de 1990. 5. Não há qualquer evidência ou indício de que o ato de demissão esteja
eivado de ilicitude, portanto, a anistia concedida deve observar os limites impostos pelo normativo
concessivo do beneficio em debate em todos os seus limites. 6. A Lei 8.878/94 estabelece que os efeitos
financeiros do ato devam ser assegurados a partir do efetivo retorno à atividade, vedando expressamente
a remuneração, de qualquer espécie, em caráter retroativo. 7. Se a própria lei veda a remuneração de
qualquer espécie em caráter retroativo, não há prejuízo a ser reparado a título de danos morais ou
materiais. Inexiste nos autos qualquer documento que comprove a responsabilidade subjetiva da
Administração Pública na demora pela concessão da anistia. Precedentes (grifo nosso). 8. "Nos termos
da legislação aplicada aos processos de anistia de ex-servidores demitidos no Governo "Collor", inexiste

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
direito à percepção de valores retroativos a qualquer título em razão do desligamento. Se a própria lei
veda a remuneração de qualquer espécie em caráter retroativo, não há prejuízo a ser reparado a título de
danos morais ou materiais". (Agint No Resp 1621090/Df, Rel. Ministro Sérgio Kukina, Primeira Turma,
Julgado Em 18/10/2016, Dje 04/11/2016) 9. Apelação parcialmente provida para afastar a prescrição e,
prosseguindo na apreciação do mérito, julgar improcedente o pedido inicial. (APELAÇÃO
00561182320134013800, DESEMBARGADOR FEDERAL FRANCISCO DE ASSIS BETTI JUIZ
FEDERAL CÉSAR CINTRA JATAHY FONSECA (CONV.), TRF1 - SEGUNDA TURMA, eDJF1 DATA:
03/02/2017). 7) De observar-se, por fim, que, já na vigência do CPC/2015, o STJ vem entendendo que "...
não é o órgão julgador obrigado a rebater, um a um, todos os argumentos trazidos pelas partes em
defesa da tese que apresentaram. Deve apenas enfrentar a demanda, observando as questões
relevantes e imprescindíveis à sua resolução." (REsp 1775870/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN,
SEGUNDA TURMA, julgado em 13/11/2018, DJe 21/11/2018). 8) Recurso desprovido. Sentença mantida.
Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº. 9.099/95
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

27E5F0932AF5D2943D25389DBC69CF30 3

9) Sem custas. A parte autora pagará honorários advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da causa,
ficando a condenação suspensa enquanto perdurar o estado de carência que justificou a concessão da
justiça gratuita, prescrevendo a dívida cinco anos após a sentença final, nos termos do art. 98, § 3º., do
CPC/2015.

ACÓRDÃO

Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso. 1ª. Turma Recursal,
Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.

JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº. 0087309-88.2014.4.01.3400 RELATOR JUIZ FEDERAL ALEXANDRE JORGE FONTES


LARANJEIRA RECORRENTE(S) : LUIZ COELHO DE SOUSA REIS NETO ADV/PROC : DF00018841 -
LINO DE CARVALHO CAVALCANTE RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL ADV/PROC : - EDUARDO
JORGE PEREIRA ALVES
EMENTA

SERVIDOR PÚBLICO. REAJUSTE DA VPI. PERCENTUAL DE 13,23% (OU 14,59%). PRESCRIÇÃO


QUINQUENAL. FUNDO DO DIREITO NÃO ATINGIDO. VANTAGEM DE CUNHO GERAL. REVISÃO
GERAL NÃO CARACTERIZADA. CONTRARIEDADE AO TEOR DA SÚMULA VINCULANTE Nº. 37 DO
STF. DECISÃO VAZADA NA RECLAMAÇÃO Nº. 14.872/DF E EM RECENTES PRECEDENTES. LEI Nº.
13.317/06. QUADRO JURÍDICO INALTERADO. RECURSO DESPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA. 1)
Trata-se de recurso inominado interposto pela parte autora em face de sentença que julgou improcedente
a pretensão objetivando a incorporação e o pagamento do reajuste de 13,23% para os servidores
públicos federais. 2) No mérito, a Lei nº. 10.698/03 não se destinava a operar revisão geral dos
vencimentos dos servidores públicos da UNIÃO, porém a conceder aos servidores públicos de menor
remuneração um plus salarial, com vistas à correção de distorções no âmbito do serviço público federal.
3) De seu turno, no mesmo mês em que foi editado o referido ato normativo, os servidores públicos
federais receberam reajuste de 1%, retroativo a 1º. de janeiro daquele ano, por via da Lei nº. 10.697/03.
4) Ora, a Administração Pública não está impedida de conceder vantagens pecuniárias de cunho geral a
seus servidores, nem tampouco se pode considerar toda e qualquer verba concedida como revisão geral,
pena de inviabilizar a reestruturação de carreiras e a correção de distorções, até porque a Carta de 1988
não garante ao servidor público a reposição integral da inflação, nem tampouco a manutenção dos
percentuais de remuneração relativos dentro de cada uma das carreiras, o que significa dizer que sempre
será possível o reajuste diferenciado, desde que a lei não afirme expressamente a ocorrência de revisão
geral. 5) Além disso, pouco importando o que o STJ decidiu a respeito da matéria, fato é que a questão
jurídica a ser decidida inevitavelmente pressupõe a análise de constitucionalidade da Lei nº. 10.697/03,
refugindo sua apreciação ao âmbito do recurso especial, ao passo que o pedido está em
171

desconformidade com a Súmula Vinculante nº. 37 do e. STF, consoante inclusive decidiu esta última
Corte no âmbito da Reclamação nº. 14.872/DF, cuja ementa segue adiante transcrita: “1. Reclamação. 2.
Direito Administrativo. 3. Servidores públicos. 4. Incorporação da vantagem referente aos
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

FD58725CCAABD30552529A24343F905F 2

13,23%. Lei 10.698/2003. 5. Ações que visam à defesa do texto constitucional. O julgador não está
limitado aos fundamentos jurídicos indicados pelas partes. Causa petendi aberta. 6. Órgão fracionário
afastou a aplicação do dispositivo legal sem observância do art. 97 da CF (reserva de plenário).

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Interpretação conforme a Constituição configura claro juízo de controle de constitucionalidade. Violação à
Súmula Vinculante n. 10. 7. É vedado ao Poder Judiciário conceder reajuste com base no princípio da
isonomia. Ofensa à Súmula Vinculante 37. 8. Reclamação julgada procedente (Rcl 14872, Relator(a):
Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, julgado em 31/05/2016, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-135
DIVULG 28-06-2016 PUBLIC 29-06-2016). 6) Em acréscimo, a edição da Lei nº. 13.317/16 em nada
mudou o quadro jurídico da pretensão deduzida na peça inicial, já que o Legislador não reconheceu a
legitimidade da propalada revisão geral pelo índice de 13,23%, nem tampouco determinou a extensão de
tal vantagem a todos os servidores, limitando-se a afirmar que tal reajuste, acaso concedido em sede
judicial ou administrativa, teria sido absorvido pelos reajustes concedidos por via daquele ato normativo.
7) A propósito, veja-se o teor do art. 6º. do mencionado diploma legal, in verbis: Art. 6º. A vantagem
pecuniária individual, instituída pela Lei no 10.698, de 2 de julho de 2003, e outras parcelas que tenham
por origem a citada vantagem concedidas por decisão administrativa ou judicial, ainda que decorrente de
sentença transitada ou não em julgado, incidentes sobre os cargos efetivos e em comissão de que trata
esta Lei, ficam absorvidas a partir da implementação dos novos valores constantes dos Anexos I e III
desta Lei. Parágrafo único. Na hipótese de redução de remuneração, provento ou pensão em
consequência do disposto nesta Lei, a diferença será paga a título de parcela complementar, de natureza
provisória, que será gradativamente absorvida por ocasião do desenvolvimento no cargo ou na carreira,
da progressão ou da promoção, da reorganização ou da reestruturação dos cargos e das carreiras ou das
remunerações previstas nesta Lei, bem como da implementação dos valores constantes dos Anexos I e III
desta Lei. 8) Concluindo no particular, o advento da referida lei em nada alterou o entendimento do STF a
respeito da matéria, tanto que diversas reclamações contra decisões judiciais concessivas do indevido
reajuste de 13,23% continuam sendo julgadas procedentes por aquela Corte, consoante atesta, inter
plures, o seguinte julgado: CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL NA
RECLAMAÇÃO. CONCESSÃO DO PERCENTUAL DE 13,23% A SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL (LEIS
10.697/2003 E 10.698/2003) POR DECISÃO JUDICIAL. PRINCÍPIO DA ISONOMIA. VIOLAÇÃO À
SÚMULA VINCULANTE 37. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL PROVIDO. (Rcl 25461 AgR,
Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. ALEXANDRE DE MORAES, Primeira
Turma, julgado em 31/10/2017, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-292 DIVULG 18-12-2017 PUBLIC 1912-
2017). 9) De observar-se, por fim, que, já na vigência do CPC/2015, o STJ vem entendendo que “... não é
o órgão julgador obrigado a rebater, um a um, todos os argumentos trazidos pelas partes em defesa da
tese que apresentaram. Deve apenas enfrentar a demanda, observando as questões relevantes e
imprescindíveis à sua resolução.” (REsp 1775870/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA
TURMA, julgado em 13/11/2018, DJe 21/11/2018). 10) Recurso desprovido. Sentença mantida. Acórdão
lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº. 9.099/95.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

FD58725CCAABD30552529A24343F905F 3

11) A parte autora pagará honorários advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da causa, ficando a
condenação suspensa enquanto perdurar o estado de carência que justificou a concessão da justiça
gratuita, prescrevendo a dívida cinco anos após a sentença final, nos termos do art. 98, § 3º., do
CPC/2015.

ACÓRDÃO

Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso. 1ª. Turma Recursal,
Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.

JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº. 0004770-89.2019.4.01.3400 RELATOR JUIZ FEDERAL ALEXANDRE JORGE FONTES


LARANJEIRA RECORRENTE(S) : ADRIANA BARBOSA DA SILVA ADV/PROC : BA00019557 - JOSE
CARLOS RIBEIRO DOS SANTOS RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL ADV/PROC : - LETICIA
MACHADO SALGADO
EMENTA
172

ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL. PROGRESSÃO


FUNCIONAL. CONTAGEM DESDE MARÇO DO ANO SUBSEQUENTE AO INGRESSO NO ÓRGÃO.
POSSIBILIDADE. DECRETO Nº 84.669/80. LEI Nº. 9.266/96 E DECRETO Nº. 2.565/98. NORMAS
SIMILARES. ENTENDIMENTO DA TNU E DO STJ. RECURSO DESPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA.
1) Trata-se de recurso inominado interposto pela parte autora em face de sentença que julgou
improcedente/improcedência liminar a pretensão objetivando a progressão funcional de Policial
Rodoviário Federal em desconformidade com o Decreto nº. 84.669/80. 2) Preliminarmente, verifico que a
parte recorrente não faz jus ao benefício da justiça gratuita (pedido indeferido na sentença), tendo em
vista que percebe salário mensal superior a dez salários mínimos. 3) No mérito recursal, esta Turma vinha
adotando o entendimento em relação às progressões e promoções da carreira do policial federal e em

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
casos similares, tais como de Policial Rodoviário Federal, utilizando-se como referência o acórdão do
Processo n° 0061934-51.2015.4.01.3400 (Relator Juiz Federal David Wilson de Abreu Pardo, julgado em
29/11/2017), o PEDILEF 05019994820094058500, Rel. Juiz Federal Rogério Moreira Alves, DOU
28/10/2011, e o PEDILEF TNU 05014601520144058401, Relator Juiz Federal Gerson Luiz Rocha, DOU
19/02/2016. Contudo, a TNU alterou o seu entendimento, ao reexaminar a matéria em razão de
divergência com a jurisprudência do STJ. O acórdão, que uniformizou novamente a matéria e reviu o
entendimento anterior ficou assim ementado: DIREITO ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO.
CARREIRA DA POLÍCIA FEDERAL. PROGRESSÃO FUNCIONAL. REQUISITOS. CUMPRIMENTO.
EFEITOS FINANCEIROS. LEI N. 9.266/96 E DECRETO N. 2.565/98. MUDANÇA DE ENTENDIMENTO,
COM O OBJETIVO DE ALINHAR ESTA TURMA NACIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO COM A
JURISPRUDÊNCIA DOMINANTE DO E. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. INCIDENTE CONHECIDO
E PROVIDO. (...)6. Com efeito, não obstante esta Turma Nacional de Uniformização já tenha adotado
entendimento no sentido do aresto recorrido, é de rigor observar que recentemente a matéria foi objeto de
análise pelo e. Superior Tribunal de Justiça, o qual vem adotando o posicionamento segundo o
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

5579AE446FB296B9EA173F5DCBF604CC 2

qual deve ser aplicada a legislação que regulamenta a progressão funcional dos policiais federais, qual
seja, o art. 2º, parágrafo único, da Lei 9266/96 e o art. 5º do Decreto 2.565/98, segundo o qual a
progressão dos autores deve se dar no mês de março do ano subsequente, quando implementados os
requisitos para a referida promoção. 7. Diversos julgados confirmam aludido entendimento, in verbis: ...
(AGRESP 201202292790, BENEDITO GONÇALVES, STJ - PRIMEIRA TURMA, DJE DATA:11/05/2016
..DTPB:.) ...) (AGRESP 201202292790, BENEDITO GONÇALVES, STJ - PRIMEIRA TURMA, DJE
DATA:11/05/2016 ..DTPB:.) ...) (AGRESP 201300965413, ASSUSETE MAGALHÃES, STJ - SEGUNDA
TURMA, DJE DATA:16/03/2016.) 8. Assim, visando uniformizar a jurisprudência das Turmas Recursais
com o entendimento que vem sendo adotado pelo Superior Tribunal de Justiça, tenho que o incidente
deve ser conhecido e provido para, alinhando o entendimento desta Turma Nacional de Uniformização,
firmar a tese de que: "a progressão dos servidores da carreira de policial federal deve ter seus efeitos
financeiros a partir de março do ano subsequente, nos termos do disposto na Lei n. 9.266/96 e no Decreto
n. 2.565/98." 9. Incidente conhecido e provido. (PEDILEF 201050500054126, Juiz Federal Fernando
Moreira Gonçalves, Data da Publicação: 12/09/2017). 4) Com efeito, a jurisprudência do STJ também é
nesse sentido: ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL. SERVIDOR PÚBLICO. POLICIAL FEDERAL.
PROGRESSÃO FUNCIONAL. EFEITOS FINANCEIROS. LEI N. 9.266/1996. 1. A progressão dos
servidores da carreira de policial federal deve ter seus efeitos financeiros a partir de março do ano
subsequente ao das últimas avaliações funcionais, nos termos do disposto na Lei n. 9.266/1996 e no
Decreto n. 2.565/1998. 2. Recurso especial provido. (REsp 1690116/SP, Rel. Ministro OG FERNANDES,
SEGUNDA TURMA, julgado em 05/12/2017, DJe 13/12/2017). No mesmo sentido: REsp 1649269/RJ,
Rel. Ministra REGINA HELENA COSTA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 16/05/2017, DJe 22/05/2017;
AgInt no REsp 1613907/RJ, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado
em 17/11/2016, DJe 23/11/2016. 5) Desse modo, considerando que a TNU fixou a tese de que "a
progressão dos servidores da carreira de policial federal deve ter seus efeitos financeiros a partir de
março do ano subsequente, nos termos do disposto na Lei n. 9.266/96 e no Decreto n. 2.565/98", aplica-
se esta regra aos Policiais Rodoviários Federais, cuja progressão é regulamentada pelo Decreto
84.669/80 (art. 19), pois o fundamento é o mesmo em ambos os casos. 6) Concluindo no particular, a
alegação no sentido de que o tempo de serviço é contado para todos os fins, conforme o teor do art. 100
da Lei nº. 8.112/90, encontra exceções em outras manifestações legislativas, dentre as quais aquela que
delega ao Poder Executivo a regulamentação das progressões funcionais, daí porque não pode ser tido
como norma superlegal que impeça a aplicação do Decreto nº. 84.669/80 ao caso concreto. 7) De
observar-se, por fim, que, já na vigência do CPC/2015, o STJ vem entendendo que "... não é o órgão
julgador obrigado a rebater, um a um, todos os argumentos trazidos pelas partes em defesa da tese que
apresentaram. Deve apenas enfrentar a demanda, observando as questões relevantes e imprescindíveis
à sua resolução." (REsp 1775870/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado
em 13/11/2018, DJe 21/11/2018). 8) Recurso desprovido. Sentença mantida. Acórdão lavrado nos termos
do art. 46 da Lei nº. 9.099/95. 9) Sem custas. A parte autora pagará honorários advocatícios de 10%
sobre o valor corrigido da causa, já que não está acobertada pelo benefício da Justiça Gratuita.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
173

5579AE446FB296B9EA173F5DCBF604CC 3

ACÓRDÃO

Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso. 1ª. Turma Recursal,
Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.

JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
RECURSO Nº. 0037659-67.2017.4.01.3400 RELATOR JUIZ FEDERAL ALEXANDRE JORGE FONTES
LARANJEIRA RECORRENTE(S) : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL) ADV/PROC : - CELIA
FERREIRA TAVARES DE LYRA RECORRIDO(S) : JORGE DA LUZ CONCEICAO ADV/PROC :
DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA SILVA
EMENTA

TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PARA O PSS. APOSENTADOS. PERCEPÇÃO DE VALOR


REMUNERATÓRIO POR MEIO DE PRECATÓRIO/RPV. IMPOSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO LITERAL
DO ART. 16-A DA LEI Nº. 10.887/04. ADOÇÃO DO REGIME DE COMPETÊNCIA, SOB PENA DE
LESÃO AOS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA ANTERIORIDADE E DA IGUALDADE
TRIBUTÁRIAS. IMPOSSIBILIDADE DE INCIDÊNCIA DA CONTRIBUIÇÃO PRA O PSS SOBRE OS
VALORES QUE DEVERIAM SER PERCEBIDOS POR SERVIDORES APOSENTADOS ANTES DE
20/05/2004 (DATA DA CONCLUSÃO DA ANTERIORIDADE NONAGESIMAL DA MP Nº. 167/2004,
AFINAL CONVERTIDA NA LEI Nº. 10.887/2004). ISENÇÃO DOS VALORES INFERIORES AO TETO DE
CONTRIBUIÇÃO PARA O RGPS A PARTIR DE ENTÃO. ADI Nº. 3.105. INCIDÊNCIA SOBRE JUROS DE
MORA. ILEGALIDADE. DIREITO À RESTITUIÇÃO. RECURSO DESPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA.
1) Trata-se de recurso inominado interposto pela União (PFN) em face de sentença de procedência
parcial proferida em ação ajuizada objetivando a não incidência de PSS sobre os valores pagos a servidor
aposentado por meio de RPV/Precatório e sobre juros de mora. 2) No mérito, inicialmente é preciso
esclarecer que, em se tratando de percepção de valores remuneratórios acumulados ao longo de vários
meses, sobre as quais incide um determinado tributo, como ocorreu na espécie, é preciso adotar o regime
de competência, sob pena de lesão aos princípios constitucionais da anterioridade e da igualdade
tributárias. 3) A propósito do tema, veja-se a decisão proferida pelo Ministro Roberto Barroso no ARE nº.
1.008.691-PE (DJE nº. 249, divulgado em 22/11/2016), parcialmente transcrita: "O recurso extraordinário
não pode ser provido, uma vez que as razões aduzidas pelo recorrente conflitam com a jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal. O acórdão recorrido dirimiu a controvérsia dos autos no mesmo sentido do
que ficara decidido pelo Plenário da Corte no julgamento do RE 614.406/RS, Rel. Min. Marco Aurélio. Na
oportunidade, o Supremo Tribunal Federal assentou que o Imposto de Renda deve ser apurado sob o
regime de competência na hipótese de percepção acumulada de proventos,
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

DF2DC529A0002BF5150182F0B538CFE7 2

o que impede a aplicação da alíquota máxima que incidiria na espécie caso a base considerada fosse
todo o montante recebido de uma única vez. Confira-se, a propósito, trecho do julgado: 'É inconstitucional
o art. 12 da Lei 7.713/1988 (No caso de rendimentos recebidos acumuladamente, o imposto incidirá, no
mês do recebimento ou crédito, sobre o total dos rendimentos, diminuídos do valor das despesas com
ação judicial necessárias ao seu recebimento, inclusive de advogados, se tiverem sido pagas pelo
contribuinte, sem indenização). Com base nessa orientação, em conclusão de julgamento e por maioria, o
Plenário negou provimento a recurso extraordinário em que se discutia a constitucionalidade da referida
norma v. Informativo 628. O Tribunal afirmou que o sistema não poderia apenar o contribuinte duas
vezes. Esse fenômeno ocorreria, já que o contribuinte, ao não receber as parcelas na época própria,
deveria ingressar em juízo e, ao fazê-lo, seria posteriormente tributado com uma alíquota superior de
imposto de renda em virtude da junção do que percebido. Isso porque a exação em foco teria como fato
gerador a disponibilidade econômica e jurídica da renda. A novel Lei 12.350/2010, embora não fizesse
alusão expressa ao regime de competência, teria implicado a adoção desse regime mediante inserção de
cálculos que direcionariam à consideração do que apontara como épocas próprias, tendo em conta o
surgimento, em si, da disponibilidade econômica. Desse modo, transgredira os princípios da isonomia e
da capacidade contributiva, de forma a configurar confisco e majoração de alíquota do imposto de renda.
Vencida a Ministra Ellen Gracie, que dava provimento ao recurso por reputar constitucional o dispositivo
questionado. Considerava que o preceito em foco não violaria o princípio da capacidade contributiva.
Enfatizava que o regime de caixa seria o que melhor aferiria a possibilidade de contribuir, uma vez que
174

exigiria o pagamento do imposto à luz dos rendimentos efetivamente percebidos, independentemente do


momento em que surgido o direito a eles.' Considerando que a lógica da questão de direito é
absolutamente a mesma, devem ser aplicadas, no presente caso relativamente à incidência de
contribuição previdenciária, as conclusões adotadas no precedente acima mencionado. Isso porque o
sujeito não poderia ser punido duplamente. Em primeiro lugar, por ver suprimido um direito devido. Em
segundo, por admitir o locupletamento do Estado com base em situação que o próprio poder público deu
causa." 4) Por sua vez, o STF decidiu pela inconstitucionalidade do art. 4º., incisos I e II, da Emenda
Constitucional nº. 41/03, afirmando, por ocasião do julgamento da ADI nº. 3.105 (DJ de 18/02/2005), que
ficava restabelecido o caráter geral da regra do art. 40, § 18, da Carta de 1988, a qual estabelecia a
incidência da contribuição para o PSS apenas sobre os valores excedentes do teto do RGPS. 5) Disso

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
tudo resulta que, em se tratando de servidores aposentados, não incide a contribuição para o PSS até a
data de 19/05/2004, data da conclusão da anterioridade nonagesimal da MP nº. 167/2004, afinal
convertida na Lei nº. 10.887/2004, que regulamentou a EC nº. 41/03, ao passo que, a partir de
20/05/2004, somente pode haver a incidência de tal exação sobre os valores que excederem o teto do
RGPS. 6) Já no tocante à questão dos juros de mora, em sede de recurso repetitivo, o Superior Tribunal
de Justiça já se manifestou no sentido de que não incide a contribuição previdenciária sobre os valores
recebidos a título de juros de mora por servidor público a quem foi reconhecido o direito a diferenças
remuneratórias, uma vez que, por conta de sua natureza indenizatória, refogem tais valores à base de
cálculo legal do tributo, sem falar que não se incorporam aos vencimentos para fins de aposentadoria. 7)
Nesse sentido, cito o seguinte precedente: PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. TRIBUTÁRIO.
CONTRIBUIÇÃO DO PLANO DE SEGURIDADE DO
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

DF2DC529A0002BF5150182F0B538CFE7 3

SERVIDOR PÚBLICO (PSS). RETENÇÃO. VALORES PAGOS EM CUMPRIMENTO DE DECISÃO


JUDICIAL (DIFERENÇAS SALARIAIS). INEXIGIBILIDADE DA CONTRIBUIÇÃO SOBRE A PARCELA
REFERENTE AOS JUROS DE MORA. 1. O ordenamento jurídico atribui aos juros de mora a natureza
indenizatória. Destinam-se, portanto, a reparar o prejuízo suportado pelo credor em razão da mora do
devedor, o qual não efetuou o pagamento nas condições estabelecidas pela lei ou pelo contrato. Os juros
de mora, portanto, não constituem verba destinada a remunerar o trabalho prestado ou capital investido.
2. A não incidência de contribuição para o PSS sobre juros de mora encontra amparo na jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal, que autoriza a incidência de tal contribuição apenas em relação às parcelas
incorporáveis ao vencimento do servidor público. Nesse sentido: REsp 1.241.569/RS, 2ª Turma, Rel. Min.
Herman Benjamin, DJe de 13.9.2011. 3. A incidência de contribuição para o PSS sobre os valores pagos
em cumprimento de decisão judicial, por si só, não justifica a incidência da contribuição sobre os juros de
mora. Ainda que se admita a integração da legislação tributária pelo princípio do direito privado segundo o
qual, salvo disposição em contrário, o bem acessório segue o principal (expresso no art. 59 do CC/1916 e
implícito no CC/2002), tal integração não pode implicar na exigência de tributo não previsto em lei (como
ocorre com a analogia), nem na dispensa do pagamento de tributo devido (como ocorre com a equidade).
4. Ainda que seja possível a incidência de contribuição social sobre quaisquer vantagens pagas ao
servidor público federal (art. 4º, § 1º, da Lei 10.887/2004), não é possível a sua incidência sobre as
parcelas pagas a título de indenização (como é o caso dos juros de mora), pois, conforme expressa
previsão legal (art. 49, I e § 1º, da Lei 8.112/90), não se incorporam ao vencimento ou provento. Por tal
razão, não merece acolhida a alegação no sentido de que apenas as verbas expressamente
mencionadas pelos incisos do § 1º do art. 4º da Lei 10.887/2004 não sofrem a incidência de contribuição
social. 5. Recurso especial não provido. Acórdão sujeito ao regime previsto no art. 543-C do CPC, c/c a
Resolução 8/2008 - Presidência/STJ. (REsp 1239203/PR, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES,
PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 12/12/2012, DJe 01/02/2013) 8) Portanto, a parte autora tem direito à
restituição da contribuição para o PSS, nos termos do quanto decidido na sentença proferida nestes
autos, corrigindo-se, de ofício, apenas o erro material concernente ao termo final da impossibilidade
completa de incidência da exação em questão, o qual é 19/05/2004, e não 19/02/2004. 9) De observar-se,
por fim, que, já na vigência do CPC/2015, o STJ vem entendendo que “... não é o órgão julgador obrigado
a rebater, um a um, todos os argumentos trazidos pelas partes em defesa da tese que apresentaram.
Deve apenas enfrentar a demanda, observando as questões relevantes e imprescindíveis à sua
resolução.” (REsp 1775870/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em
13/11/2018, DJe 21/11/2018). 10) Recurso desprovido. Sentença mantida, com correção de ofício do erro
material ora apontado. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº. 9.099/95. 11) Sem custas. A
recorrente pagará honorários advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da condenação, nos termos do
art. 55 da Lei nº. 9.099/95.

ACÓRDÃO

Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso. 1ª. Turma Recursal,
Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
175

DF2DC529A0002BF5150182F0B538CFE7 4

JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF


RECURSO Nº. 0029349-72.2017.4.01.3400 RELATOR JUIZ FEDERAL ALEXANDRE JORGE FONTES
LARANJEIRA RECORRENTE(S) : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL) ADV/PROC : - CELIA
FERREIRA TAVARES DE LYRA RECORRIDO(S) : LUCIANO CARLOS DA LUZ GOMES ADV/PROC :
DF00016634 - EDEN LINO CASTRO DE CARVALHO E OUTRO(S)
EMENTA

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PARA O PSS. APOSENTADOS. PERCEPÇÃO DE VALOR
REMUNERATÓRIO POR MEIO DE PRECATÓRIO/RPV. IMPOSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO LITERAL
DO ART. 16-A DA LEI Nº. 10.887/04. ADOÇÃO DO REGIME DE COMPETÊNCIA, SOB PENA DE
LESÃO AOS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA ANTERIORIDADE E DA IGUALDADE
TRIBUTÁRIAS. IMPOSSIBILIDADE DE INCIDÊNCIA DA CONTRIBUIÇÃO PRA O PSS SOBRE OS
VALORES QUE DEVERIAM SER PERCEBIDOS POR SERVIDORES APOSENTADOS ANTES DE
20/05/2004 (DATA DA CONCLUSÃO DA ANTERIORIDADE NONAGESIMAL DA MP Nº. 167/2004,
AFINAL CONVERTIDA NA LEI Nº. 10.887/2004). ISENÇÃO DOS VALORES INFERIORES AO TETO DE
CONTRIBUIÇÃO PARA O RGPS A PARTIR DE ENTÃO. ADI Nº. 3.105. INCIDÊNCIA SOBRE JUROS DE
MORA. ILEGALIDADE. DIREITO À RESTITUIÇÃO. RECURSO DESPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA.
1) Trata-se de recurso inominado interposto pela União (PFN) em face de sentença de procedência
parcial proferida em ação ajuizada objetivando a não incidência de PSS sobre os valores pagos a servidor
aposentado por meio de RPV/Precatório e sobre juros de mora. 2) No mérito, inicialmente é preciso
esclarecer que, em se tratando de percepção de valores remuneratórios acumulados ao longo de vários
meses, sobre as quais incide um determinado tributo, como ocorreu na espécie, é preciso adotar o regime
de competência, sob pena de lesão aos princípios constitucionais da anterioridade e da igualdade
tributárias. 3) A propósito do tema, veja-se a decisão proferida pelo Ministro Roberto Barroso no ARE nº.
1.008.691-PE (DJE nº. 249, divulgado em 22/11/2016), parcialmente transcrita: "O recurso extraordinário
não pode ser provido, uma vez que as razões aduzidas pelo recorrente conflitam com a jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal. O acórdão recorrido dirimiu a controvérsia dos autos no mesmo sentido do
que ficara decidido pelo Plenário da Corte no julgamento do RE 614.406/RS, Rel. Min. Marco Aurélio. Na
oportunidade, o Supremo Tribunal Federal assentou que o Imposto de Renda deve ser apurado sob o
regime de competência na hipótese de percepção acumulada de proventos,
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

14AD3D6BF565E2834D75F34285154C87 2

o que impede a aplicação da alíquota máxima que incidiria na espécie caso a base considerada fosse
todo o montante recebido de uma única vez. Confira-se, a propósito, trecho do julgado: 'É inconstitucional
o art. 12 da Lei 7.713/1988 (No caso de rendimentos recebidos acumuladamente, o imposto incidirá, no
mês do recebimento ou crédito, sobre o total dos rendimentos, diminuídos do valor das despesas com
ação judicial necessárias ao seu recebimento, inclusive de advogados, se tiverem sido pagas pelo
contribuinte, sem indenização). Com base nessa orientação, em conclusão de julgamento e por maioria, o
Plenário negou provimento a recurso extraordinário em que se discutia a constitucionalidade da referida
norma v. Informativo 628. O Tribunal afirmou que o sistema não poderia apenar o contribuinte duas
vezes. Esse fenômeno ocorreria, já que o contribuinte, ao não receber as parcelas na época própria,
deveria ingressar em juízo e, ao fazê-lo, seria posteriormente tributado com uma alíquota superior de
imposto de renda em virtude da junção do que percebido. Isso porque a exação em foco teria como fato
gerador a disponibilidade econômica e jurídica da renda. A novel Lei 12.350/2010, embora não fizesse
alusão expressa ao regime de competência, teria implicado a adoção desse regime mediante inserção de
cálculos que direcionariam à consideração do que apontara como épocas próprias, tendo em conta o
surgimento, em si, da disponibilidade econômica. Desse modo, transgredira os princípios da isonomia e
da capacidade contributiva, de forma a configurar confisco e majoração de alíquota do imposto de renda.
Vencida a Ministra Ellen Gracie, que dava provimento ao recurso por reputar constitucional o dispositivo
questionado. Considerava que o preceito em foco não violaria o princípio da capacidade contributiva.
Enfatizava que o regime de caixa seria o que melhor aferiria a possibilidade de contribuir, uma vez que
exigiria o pagamento do imposto à luz dos rendimentos efetivamente percebidos, independentemente do
momento em que surgido o direito a eles.' Considerando que a lógica da questão de direito é
absolutamente a mesma, devem ser aplicadas, no presente caso relativamente à incidência de
contribuição previdenciária, as conclusões adotadas no precedente acima mencionado. Isso porque o
sujeito não poderia ser punido duplamente. Em primeiro lugar, por ver suprimido um direito devido. Em
segundo, por admitir o locupletamento do Estado com base em situação que o próprio poder público deu
causa." 4) Por sua vez, o STF decidiu pela inconstitucionalidade do art. 4º., incisos I e II, da Emenda
Constitucional nº. 41/03, afirmando, por ocasião do julgamento da ADI nº. 3.105 (DJ de 18/02/2005), que
ficava restabelecido o caráter geral da regra do art. 40, § 18, da Carta de 1988, a qual estabelecia a
incidência da contribuição para o PSS apenas sobre os valores excedentes do teto do RGPS. 5) Disso
176

tudo resulta que, em se tratando de servidores aposentados, não incide a contribuição para o PSS até a
data de 19/05/2004, data da conclusão da anterioridade nonagesimal da MP nº. 167/2004, afinal
convertida na Lei nº. 10.887/2004, que regulamentou a EC nº. 41/03, ao passo que, a partir de
20/05/2004, somente pode haver a incidência de tal exação sobre os valores que excederem o teto do
RGPS. 6) Já no tocante à questão dos juros de mora, em sede de recurso repetitivo, o Superior Tribunal
de Justiça já se manifestou no sentido de que não incide a contribuição previdenciária sobre os valores
recebidos a título de juros de mora por servidor público a quem foi reconhecido o direito a diferenças
remuneratórias, uma vez que, por conta de sua natureza indenizatória, refogem tais valores à base de
cálculo legal do tributo, sem falar que não se incorporam aos vencimentos para fins de aposentadoria. 7)
Nesse sentido, cito o seguinte precedente: PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. TRIBUTÁRIO.

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
CONTRIBUIÇÃO DO PLANO DE SEGURIDADE DO
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SERVIDOR PÚBLICO (PSS). RETENÇÃO. VALORES PAGOS EM CUMPRIMENTO DE DECISÃO


JUDICIAL (DIFERENÇAS SALARIAIS). INEXIGIBILIDADE DA CONTRIBUIÇÃO SOBRE A PARCELA
REFERENTE AOS JUROS DE MORA. 1. O ordenamento jurídico atribui aos juros de mora a natureza
indenizatória. Destinam-se, portanto, a reparar o prejuízo suportado pelo credor em razão da mora do
devedor, o qual não efetuou o pagamento nas condições estabelecidas pela lei ou pelo contrato. Os juros
de mora, portanto, não constituem verba destinada a remunerar o trabalho prestado ou capital investido.
2. A não incidência de contribuição para o PSS sobre juros de mora encontra amparo na jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal, que autoriza a incidência de tal contribuição apenas em relação às parcelas
incorporáveis ao vencimento do servidor público. Nesse sentido: REsp 1.241.569/RS, 2ª Turma, Rel. Min.
Herman Benjamin, DJe de 13.9.2011. 3. A incidência de contribuição para o PSS sobre os valores pagos
em cumprimento de decisão judicial, por si só, não justifica a incidência da contribuição sobre os juros de
mora. Ainda que se admita a integração da legislação tributária pelo princípio do direito privado segundo o
qual, salvo disposição em contrário, o bem acessório segue o principal (expresso no art. 59 do CC/1916 e
implícito no CC/2002), tal integração não pode implicar na exigência de tributo não previsto em lei (como
ocorre com a analogia), nem na dispensa do pagamento de tributo devido (como ocorre com a equidade).
4. Ainda que seja possível a incidência de contribuição social sobre quaisquer vantagens pagas ao
servidor público federal (art. 4º, § 1º, da Lei 10.887/2004), não é possível a sua incidência sobre as
parcelas pagas a título de indenização (como é o caso dos juros de mora), pois, conforme expressa
previsão legal (art. 49, I e § 1º, da Lei 8.112/90), não se incorporam ao vencimento ou provento. Por tal
razão, não merece acolhida a alegação no sentido de que apenas as verbas expressamente
mencionadas pelos incisos do § 1º do art. 4º da Lei 10.887/2004 não sofrem a incidência de contribuição
social. 5. Recurso especial não provido. Acórdão sujeito ao regime previsto no art. 543-C do CPC, c/c a
Resolução 8/2008 - Presidência/STJ. (REsp 1239203/PR, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES,
PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 12/12/2012, DJe 01/02/2013) 8) Portanto, a parte autora tem direito à
restituição da contribuição para o PSS, nos termos do quanto decidido na sentença proferida nestes
autos, corrigindo-se, de ofício, apenas o erro material concernente ao termo final da impossibilidade
completa de incidência da exação em questão, o qual é 19/05/2004, e não 19/02/2004. 9) De observar-se,
por fim, que, já na vigência do CPC/2015, o STJ vem entendendo que “... não é o órgão julgador obrigado
a rebater, um a um, todos os argumentos trazidos pelas partes em defesa da tese que apresentaram.
Deve apenas enfrentar a demanda, observando as questões relevantes e imprescindíveis à sua
resolução.” (REsp 1775870/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em
13/11/2018, DJe 21/11/2018). 10) Recurso desprovido. Sentença mantida, com correção de ofício do erro
material ora apontado. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº. 9.099/95. 11) Sem custas. A
recorrente pagará honorários advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da condenação, nos termos do
art. 55 da Lei nº. 9.099/95.

ACÓRDÃO

Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso. 1ª. Turma Recursal,
Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

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JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº. 0037656-78.2018.4.01.3400 RELATOR JUIZ FEDERAL ALEXANDRE JORGE FONTES


LARANJEIRA RECORRENTE(S) : MARIA JOSE MEDEIROS DE OLIVEIRA ADV/PROC : DF00025089 -
GILBERTO SIEBRA MONTEIRO RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL ADV/PROC : - SAMUEL LAGES
NEVES LOPES
177

EMENTA

ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. AUXÍLIO-TRANSPORTE. CONDICIONAMENTO DA


FRUIÇÃO DA VANTAGEM À APRESENTAÇÃO DE DECLARAÇÃO DOS VALORES DESPENDIDOS A
ESSE TÍTULO JUNTO À ADMINISTRAÇÃO, PROVIDÊNCIA QUE SE TORNA O MARCO INICIAL DA
FRUIÇÃO DA VANTAGEM. POSSIBILIDADE DE DESCONTO DOS 6% SOBRE AS PARCELAS
REMUNERATÓRIAS LATO SENSU. LEGALIDADE DE TAIS EXIGÊNCIAS. JURISPRUDÊNCIA DO STJ.
RECURSO DESPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA. 1) Trata-se de recurso inominado interposto pela
parte autora em face de sentença que julgou parcialmente procedente a pretensão objetivando o

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
pagamento dos valores do auxílio-transporte, ao mesmo tempo em que condicionou o pagamento da
vantagem à apresentação de declaração dos valores despendidos, providência assinalada como o marco
inicial da percepção da vantagem, bem como considerou válido o desconto de 6% sobre as parcelas
remuneratórias, determinações essas impugnadas pelo(a) recorrente. 2) No mérito, não há como
prosperar o pedido recursal. 3) De fato, a sentença reconheceu a prescrição quinquenal, ao mesmo
tempo em que condicionou o pagamento do auxílio-transporte à apresentação de declaração dos valores
despendidos a tal título junto à Administração, a partir de quando deverá ser paga a vantagem, exigência
essa que encontra claro respaldo no teor do art. 6º. da Medida Provisória nº. 2.165-36/2001, in verbis: Art.
6º. A concessão do Auxílio-Transporte far-se-á mediante declaração firmada pelo militar, servidor ou
empregado na qual ateste a realização das despesas com transporte nos termos do art. 1º (grifo nosso). §
1º. Presumir-se-ão verdadeiras as informações constantes da declaração de que trata este artigo, sem
prejuízo da apuração de responsabilidades administrativa, civil e penal. § 2º. A declaração deverá ser
atualizada pelo militar, servidor ou empregado sempre que ocorrer alteração das circunstâncias que
fundamentam a concessão do benefício. 4) Por sua vez, também há previsão legal expressa a respeito
do desconto de seis por cento sobre as parcelas remuneratórias do servidor público no tocante ao auxílio
transporte, não se podendo invocar na espécie, portanto, excesso de poder na regulamentação realizada
pelo Poder Executivo Federal. A propósito, veja-se o teor do art. 2º. da Medida Provisória nº. 2.165-
36/2001 (a qual adquiriu força de lei por conta do teor da EC nº. 32/2001), in verbis: Art. 2º. O valor
mensal do Auxílio-Transporte será
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apurado a partir da diferença entre as despesas realizadas com transporte coletivo, nos termos do art. 1o,
e o desconto de seis por cento do (grifo nosso): I - soldo do militar; II - vencimento do cargo efetivo ou
emprego ocupado pelo servidor ou empregado, ainda que ocupante de cargo em comissão ou de
natureza especial; III - vencimento do cargo em comissão ou de natureza especial, quando se tratar de
servidor ou empregado que não ocupe cargo efetivo ou emprego. § 1o Para fins do desconto, considerar-
se-á como base de cálculo o valor do soldo ou vencimento proporcional a vinte e dois dias. § 2º. O valor
do Auxílio-Transporte não poderá ser inferior ao valor mensal da despesa efetivamente realizada com o
transporte, nem superior àquele resultante do seu enquadramento em tabela definida na forma do
disposto no art. 8o. § 3º. Não fará jus ao Auxílio-Transporte o militar, o servidor ou empregado que
realizar despesas com transporte coletivo igual ou inferior ao percentual previsto neste artigo. 5) Além
disso, a disposição legal que estabelece participação do servidor no custeio do auxílio-transporte há de
ser entendida como determinação genérica que abrange as verbas remuneratórias lato sensu,
englobando, portanto, os subsídios. 6) A propósito do tema, veja-se recente julgado do STJ, in verbis:
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. SUBSÍDIO. AUXÍLIO-TRANSPORTE. NATUREZA
INDENIZATÓRIA. NÃO-VEDAÇÃO. MP N. 2.165-36/2001. DESCONTO. POSSIBILIDADE. USO DE
VEÍCULO PRÓPRIO OU COLETIVO. I - A demanda trata da possibilidade dos servidores substituídos da
parte autora perceberem, cumulativamente com o subsídio, verba de auxílio-transporte, sem o desconto
de 6% sobre os respectivos subsídios, mesmo para aqueles que se utilizam de veículo próprio para
efetuar o deslocamento "residência-trabalho-residência". II - Não há ofensa ao art. 535 do CPC/1973,
quando o Tribunal de origem, embora sucintamente, pronuncia-se de forma clara e suficiente sobre a
questão posta nos autos. III - O auxíliotransporte pago aos servidores públicos da União, instituído pela
MP n. 2.165-36, de 23 de agosto de 2001, tem natureza indenizatória, o que autoriza o cúmulo com o
pagamento de subsídio. IV - A jurisprudência do STJ consolidou-se no sentido de que o auxílio-transporte
tem a finalidade de custear as despesas realizadas pelos servidores públicos com transporte para
deslocamentos entre a residência e o local de trabalho, e vice-versa, sendo devido a quem utiliza veículo
próprio ou coletivo. Precedentes: AgInt no REsp 1455539/RS, Rel. Ministra Diva Malerbi
(Desembargadora convocada TRF da 3ª REGIÃO), DJe 18/8/2016; AgRg no REsp 1.567.046/SP, Rel.
Ministro Humberto Martins, DJe 2/2/2016; e AgRg no AREsp 471.367/RS, Rel. Ministro Herman Benjamin,
DJe 22/4/2014. V - O valor do auxílio-transporte deve ser apurado a partir da diferença entre as despesas
realizadas com transporte próprio ou coletivo, e o desconto de seis por cento sobre o vencimento - que
deve ser entendido de maneira genérica, englobando ambas as formas de remuneração (vencimento
básico e subsídio) -, previsão dos artigos 1º e 2º, II, da MP n. 2.165-36/2001 (grifo nosso). VI - Não há se
falar em direito adquirido de servidor público a regime jurídico a que o desconto recaia sobre vencimento
pretérito, não mais vigente, podendo as parcelas que compõem a sua remuneração ser alteradas quando
178

da reestruturação da carreira, desde que preservado o valor real da remuneração. Precedentes: AgRg no
AREsp 65.621/DF, Rel. Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, DJe 11/4/2016; AgRg no RMS 50.082/CE,
Rel. Ministro Herman Benjamin, DJe 24/5/2016). VII - Pedido específico quanto ao reconhecimento do
direito sem qualquer desconto a título de participação no custeio do benefício. Forçoso reconhecer as
balizas estabelecidos pelo próprio autor, aos limites objetivos da lide, a se concluir pela sua
improcedência. VII - Recurso especial a
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Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
que se nega provimento. (RESP - RECURSO ESPECIAL - 1598217 2016.01.13658-9, FRANCISCO
FALCÃO, STJ - SEGUNDA TURMA, DJE DATA:05/02/2019). 7) De observar-se, por fim, que, já na
vigência do CPC/2015, o STJ vem entendendo que "... não é o órgão julgador obrigado a rebater, um a
um, todos os argumentos trazidos pelas partes em defesa da tese que apresentaram. Deve apenas
enfrentar a demanda, observando as questões relevantes e imprescindíveis à sua resolução." (REsp
1775870/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 13/11/2018, DJe
21/11/2018). 8) Recurso desprovido. Sentença mantida. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº.
9.099/95. 9) Sem custas. A parte autora pagará honorários advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da
causa, ficando a condenação suspensa enquanto perdurar o estado de carência que justificou a
concessão da justiça gratuita, prescrevendo a dívida cinco anos após a sentença final, nos termos do art.
98, § 3º., do CPC/2015.

ACÓRDÃO

Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso. 1ª. Turma Recursal,
Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.

JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº. 0017892-09.2018.4.01.3400 RELATOR JUIZ FEDERAL ALEXANDRE JORGE FONTES


LARANJEIRA RECORRENTE(S) : ANOSIFRO SANTANA ADV/PROC : DF00018841 - LINO DE
CARVALHO CAVALCANTE RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL) ADV/PROC :
- CELIA FERREIRA TAVARES DE LYRA
EMENTA

TRIBUTÁRIO. IMPOSTO DE RENDA. ISENÇÃO. SERVIDOR PÚBLICO DA ATIVA ACOMETIDO DE


DOENÇA GRAVE. INEXISTÊNCIA DE APOSENTADORIA. IMPOSSIBILIDADE DE CONCESSÃO DE
ISENÇÃO POR ANALOGIA. DECISÃO DO STJ EM SEDE DE RECURSO REPETITIVO. RECURSO
DESPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA. 1) Trata-se de recurso inominado interposto pela parte autora em
face de sentença de improcedência proferida em ação ajuizada objetivando o reconhecimento do direito à
isenção do imposto de renda, no período de março de 2014 a outubro de 2017, sob o fundamento de que
era portador de doença grave. 2) No mérito, o conteúdo normativo do art. 6º., XIV, da Lei 7.713/88, com
as alterações promovidas pela Lei nº. 11.052/2004, é explícito em conceder o benefício fiscal em favor
dos aposentados portadores de moléstias graves. 3) Ora, o pedido da parte autora refere-se ao período
de março de 2014 a outubro de 2017, época em que era servidora da ativa, daí porque não estava
abrangida pelo favor tributário em questão, o qual foi concedido exclusivamente aos aposentados. 4)
Nesse diapasão, não cabe ao Poder Judiciário alargar o espectro de incidência de isenção tributária
mediante interpretação analógica, já que se trata de favor concedido de forma discricionária pelo
Legislador. 5) A propósito do assunto, veja-se precedente do STJ, vazado em sede de recurso repetitivo,
in verbis: TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. ART. 543-C,
DO CPC. IMPOSTO DE RENDA. ISENÇÃO. SERVIDOR PÚBLICO PORTADOR DE MOLÉSTIA GRAVE.
ART. 6º DA LEI 7.713/88 COM ALTERAÇÕES POSTERIORES. ROL TAXATIVO. ART. 111 DO CTN.
VEDAÇÃO À INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA. 1. A concessão de isenções reclama a edição de lei
formal, no afã de verificar-se o cumprimento de todos os requisitos estabelecidos para o gozo do favor
fiscal. 2. O conteúdo normativo do art. 6º, XIV, da Lei 7.713/88, com as alterações promovidas pela Lei
11.052/2004, é explícito em conceder o benefício fiscal em favor dos aposentados portadores das
seguintes moléstias graves: moléstia profissional, tuberculose ativa, alienação mental, esclerose múltipla,
neoplasia maligna, cegueira, hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença
de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, hepatopatia grave, estados avançados da
doença de Paget (osteíte deformante),
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

FDB62834B72ED7790BB54A717161D728 2

contaminação por radiação, síndrome da imunodeficiência adquirida, com base em conclusão da


medicina especializada, mesmo que a doença tenha sido contraída depois da aposentadoria ou reforma.
179

Por conseguinte, o rol contido no referido dispositivo legal é taxativo (numerus clausus), vale dizer,
restringe a concessão de isenção às situações nele enumeradas. 3. Consectariamente, revela-se
interditada a interpretação das normas concessivas de isenção de forma analógica ou extensiva, restando
consolidado entendimento no sentido de ser incabível interpretação extensiva do aludido benefício à
situação que não se enquadre no texto expresso da lei, em conformidade com o estatuído pelo art. 111, II,
do CTN. (Precedente do STF: RE 233652 / DF - Relator(a): Min. MAURÍCIO CORRÊA, Segunda Turma,
DJ 18-10-2002. Precedentes do STJ: EDcl no AgRg no REsp 957.455/RS, Rel. Ministro LUIZ FUX,
PRIMEIRA TURMA, julgado em 18/05/2010, DJe 09/06/2010; REsp 1187832/RJ, Rel. Ministro CASTRO
MEIRA, SEGUNDA TURMA, julgado em 06/05/2010, DJe 17/05/2010; REsp 1035266/PR, Rel. Ministra
ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA, julgado em 21/05/2009, DJe 04/06/2009; AR 4.071/CE, Rel.

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 22/04/2009, DJe 18/05/2009; REsp
1007031/RS, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 12/02/2008, DJe
04/03/2009; REsp 819.747/CE, Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, SEGUNDA TURMA, julgado
em 27/06/2006, DJ 04/08/2006) 4. In casu, a recorrida é portadora de distonia cervical (patologia
neurológica incurável, de causa desconhecida, que se caracteriza por dores e contrações musculares
involuntárias - fls. 178/179), sendo certo tratar-se de moléstia não encartada no art. 6º, XIV, da Lei
7.713/88. 5. Recurso especial provido. Acórdão submetido ao regime do art. 543-C do CPC e da
Resolução STJ 08/2008. (REsp 1116620/BA, Rel. Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em
09/08/2010, DJe 25/08/2010). 6) De observar-se, por fim, que, já na vigência do CPC/2015, o STJ vem
entendendo que “... não é o órgão julgador obrigado a rebater, um a um, todos os argumentos trazidos
pelas partes em defesa da tese que apresentaram. Deve apenas enfrentar a demanda, observando as
questões relevantes e imprescindíveis à sua resolução.” (REsp 1775870/SP, Rel. Ministro HERMAN
BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 13/11/2018, DJe 21/11/2018). 7) Recurso desprovido.
Sentença mantida. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº. 9.099/95. 8) Sem custas. A parte
autora pagará honorários advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da causa, ficando a condenação
suspensa enquanto perdurar o estado de carência que justificou a concessão da justiça gratuita,
prescrevendo a dívida cinco anos após a sentença final, nos termos do art. 98, § 3º., do CPC/2015.

ACÓRDÃO

Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso. 1ª. Turma Recursal,
Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.

JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA


PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

FDB62834B72ED7790BB54A717161D728 3
Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº. 0029180-85.2017.4.01.3400 RELATOR JUIZ FEDERAL ALEXANDRE JORGE FONTES


LARANJEIRA RECORRENTE(S) : DIEL ANDRE DA SILVA ADV/PROC : - DEFENSORIA PUBLICA DA
UNIAO RECORRIDO(S) : CAIXA ECONOMICA FEDERAL ADV/PROC : DF00017348 - ELIZABETH
PEREIRA DE OLIVEIRA
EMENTA

RESPONSABILIDADE CIVIL. DANOS MORAIS E MATERIAIS. PRESTAÇÃO DE SERVIÇO BANCÁRIO.


CAIXA ECONÔMICA FEDERAL. MANUTENÇÃO DO VALOR FIXADO A TÍTULO DE DANOS MORAIS.
SUFICIENTE COMPENSAÇÃO PELOS DISSABORES SOFRIDOS. RECURSO DESPROVIDO.
SENTENÇA MANTIDA. 1) Trata-se de recurso inominado interposto pela parte autora em face de
sentença que julgou parcialmente procedente o pedido da parte autora objetivando a condenação em
danos morais e materiais decorrentes de descontos indevidos em conta bancária. 2) Inicialmente,
observe-se que o pedido recursal limita-se à majoração do valor fixado a título de danos morais e
materiais. 3) No mérito, não há como prosperar o pedido da parte autora, já que a indenização fixada pelo
juiz de primeiro grau de jurisdição é suficiente para compensar a parte recorrente pelos dissabores
decorrentes dos saques indevidos. 4) Com efeito, verifica-se que a Caixa Econômica Federal, ao ter
ciência de que o contrato fora firmado por terceiro fraudador, promoveu o encerramento do contrato, bem
como a restituição dos valores indevidamente descontados, daí porque restou comprovada a boa-fé da
CEF, razão pela qual não há falar em restituição em dobro do valor. 5) De seu turno, quanto à fixação do
dano moral, registre-se que a sua fixação está adstrita ao prudente arbítrio do juiz, devendo o valor ser
fixado com equidade e moderação, em patamar adequado às peculiaridades da situação concreta
apresentada em julgamento, considerando a intensidade da culpa do ofensor, a extensão dos reflexos
negativos da falha na esfera subjetiva de quem sofreu o dano e a realidade econômica de cada uma das
partes. 6) Por sua vez, consigne-se que a mensuração do dano moral sofrido não pode ser em valor
exorbitante, excessivo, ou que gere o enriquecimento sem causa em detrimento da autora do ilícito, nem
tampouco em valor irrisório, inexpressivo que, além de não reparar o constrangimento e o abalo psíquico
sofrido pela vítima, não atenda ao caráter pedagógico-disciplinar da medida, para o fim de desestimular
180

tais condutas. 7) Concluindo no particular, diante da dimensão da ofensa, e em atenção à realidade


econômica das partes em litígio e à intensidade da falha cometida pela ré, a indenização pelos danos
morais deve ser mantida no importe de R$ 3.000,00 (três mil reais).
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

195D4CA79E6CA0326AF549BA6C2B246D 2

8) De observar-se, por fim, que, já na vigência do CPC/2015, o STJ vem entendendo que "... não é o
órgão julgador obrigado a rebater, um a um, todos os argumentos trazidos pelas partes em defesa da tese
que apresentaram. Deve apenas enfrentar a demanda, observando as questões relevantes e

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
imprescindíveis à sua resolução." (REsp 1775870/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA
TURMA, julgado em 13/11/2018, DJe 21/11/2018). 9) Recurso desprovido. Sentença mantida. lavrado nos
termos do art. 46 da Lei nº. 9.099/95. 10) Sem custas. A parte autora pagará honorários advocatícios de
10% sobre o valor corrigido da causa, ficando a condenação suspensa enquanto perdurar o estado de
carência que justificou a concessão da justiça gratuita, prescrevendo a dívida cinco anos após a sentença
final, nos termos do art. 98, § 3º., do CPC/2015.

ACÓRDÃO

Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso. 1ª. Turma Recursal,
Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.

JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº. 0018619-02.2017.4.01.3400 RELATOR JUIZ FEDERAL ALEXANDRE JORGE FONTES


LARANJEIRA RECORRENTE(S) : LOURISMAR DA SILVA DUARTE ADV/PROC : PB00010927 -
MARTSUNG FORMIGA CAVALCANTE E RODOVALHO DE ALENCAR RECORRIDO(S) : UNIAO
FEDERAL ADV/PROC :
EMENTA

ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL. PROGRESSÃO


FUNCIONAL. CONTAGEM DESDE MARÇO DO ANO SUBSEQUENTE AO INGRESSO NO ÓRGÃO.
POSSIBILIDADE. DECRETO Nº 84.669/80. LEI Nº. 9.266/96 E DECRETO Nº. 2.565/98. NORMAS
SIMILARES. ENTENDIMENTO DA TNU E DO STJ. RECURSO DESPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA.
1) Trata-se de recurso inominado interposto pela parte autora em face de sentença que julgou
improcedente/improcedência liminar a pretensão objetivando a progressão funcional de Policial
Rodoviário Federal em desconformidade com o Decreto nº. 84.669/80. 2) Preliminarmente, verifico que a
parte recorrente não faz jus ao benefício da justiça gratuita (pedido indeferido na sentença), tendo em
vista que percebe salário mensal superior a dez salários mínimos. 3) No mérito recursal, esta Turma vinha
adotando o entendimento em relação às progressões e promoções da carreira do policial federal e em
casos similares, tais como de Policial Rodoviário Federal, utilizando-se como referência o acórdão do
Processo n° 0061934-51.2015.4.01.3400 (Relator Juiz Federal David Wilson de Abreu Pardo, julgado em
29/11/2017), o PEDILEF 05019994820094058500, Rel. Juiz Federal Rogério Moreira Alves, DOU
28/10/2011, e o PEDILEF TNU 05014601520144058401, Relator Juiz Federal Gerson Luiz Rocha, DOU
19/02/2016. Contudo, a TNU alterou o seu entendimento, ao reexaminar a matéria em razão de
divergência com a jurisprudência do STJ. O acórdão, que uniformizou novamente a matéria e reviu o
entendimento anterior ficou assim ementado: DIREITO ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO.
CARREIRA DA POLÍCIA FEDERAL. PROGRESSÃO FUNCIONAL. REQUISITOS. CUMPRIMENTO.
EFEITOS FINANCEIROS. LEI N. 9.266/96 E DECRETO N. 2.565/98. MUDANÇA DE ENTENDIMENTO,
COM O OBJETIVO DE ALINHAR ESTA TURMA NACIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO COM A
JURISPRUDÊNCIA DOMINANTE DO E. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. INCIDENTE CONHECIDO
E PROVIDO. (...)6. Com efeito, não obstante esta Turma Nacional de Uniformização já tenha adotado
entendimento no sentido do aresto recorrido, é de rigor observar que recentemente a matéria foi objeto de
análise
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

EDCCC5FF3128A60074770D5693DB7990 2

pelo e. Superior Tribunal de Justiça, o qual vem adotando o posicionamento segundo o qual deve ser
aplicada a legislação que regulamenta a progressão funcional dos policiais federais, qual seja, o art. 2º,
parágrafo único, da Lei 9266/96 e o art. 5º do Decreto 2.565/98, segundo o qual a progressão dos autores
deve se dar no mês de março do ano subsequente, quando implementados os requisitos para a referida
promoção. 7. Diversos julgados confirmam aludido entendimento, in verbis: ... (AGRESP 201202292790,
BENEDITO GONÇALVES, STJ - PRIMEIRA TURMA, DJE DATA:11/05/2016 ..DTPB:.) ...) (AGRESP
201202292790, BENEDITO GONÇALVES, STJ - PRIMEIRA TURMA, DJE DATA:11/05/2016 ..DTPB:.) ...)
181

(AGRESP 201300965413, ASSUSETE MAGALHÃES, STJ - SEGUNDA TURMA, DJE DATA:16/03/2016.)


8. Assim, visando uniformizar a jurisprudência das Turmas Recursais com o entendimento que vem sendo
adotado pelo Superior Tribunal de Justiça, tenho que o incidente deve ser conhecido e provido para,
alinhando o entendimento desta Turma Nacional de Uniformização, firmar a tese de que: "a progressão
dos servidores da carreira de policial federal deve ter seus efeitos financeiros a partir de março do ano
subsequente, nos termos do disposto na Lei n. 9.266/96 e no Decreto n. 2.565/98." 9. Incidente conhecido
e provido. (PEDILEF 201050500054126, Juiz Federal Fernando Moreira Gonçalves, Data da Publicação:
12/09/2017). 4) Com efeito, a jurisprudência do STJ também é nesse sentido: ADMINISTRATIVO.
RECURSO ESPECIAL. SERVIDOR PÚBLICO. POLICIAL FEDERAL. PROGRESSÃO FUNCIONAL.
EFEITOS FINANCEIROS. LEI N. 9.266/1996. 1. A progressão dos servidores da carreira de policial

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
federal deve ter seus efeitos financeiros a partir de março do ano subsequente ao das últimas avaliações
funcionais, nos termos do disposto na Lei n. 9.266/1996 e no Decreto n. 2.565/1998. 2. Recurso especial
provido. (REsp 1690116/SP, Rel. Ministro OG FERNANDES, SEGUNDA TURMA, julgado em 05/12/2017,
DJe 13/12/2017). No mesmo sentido: REsp 1649269/RJ, Rel. Ministra REGINA HELENA COSTA,
PRIMEIRA TURMA, julgado em 16/05/2017, DJe 22/05/2017; AgInt no REsp 1613907/RJ, Rel. Ministro
MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 17/11/2016, DJe 23/11/2016. 5) Desse
modo, considerando que a TNU fixou a tese de que "a progressão dos servidores da carreira de policial
federal deve ter seus efeitos financeiros a partir de março do ano subsequente, nos termos do disposto na
Lei n. 9.266/96 e no Decreto n. 2.565/98", aplica-se esta regra aos Policiais Rodoviários Federais, cuja
progressão é regulamentada pelo Decreto 84.669/80 (art. 19), pois o fundamento é o mesmo em ambos
os casos. 6) Concluindo no particular, a alegação no sentido de que o tempo de serviço é contado para
todos os fins, conforme o teor do art. 100 da Lei nº. 8.112/90, encontra exceções em outras
manifestações legislativas, dentre as quais aquela que delega ao Poder Executivo a regulamentação das
progressões funcionais, daí porque não pode ser tido como norma superlegal que impeça a aplicação do
Decreto nº. 84.669/80 ao caso concreto. 7) De observar-se, por fim, que, já na vigência do CPC/2015, o
STJ vem entendendo que "... não é o órgão julgador obrigado a rebater, um a um, todos os argumentos
trazidos pelas partes em defesa da tese que apresentaram. Deve apenas enfrentar a demanda,
observando as questões relevantes e imprescindíveis à sua resolução." (REsp 1775870/SP, Rel. Ministro
HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 13/11/2018, DJe 21/11/2018). 8) Recurso
desprovido. Sentença mantida. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº. 9.099/95.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

EDCCC5FF3128A60074770D5693DB7990 3

9) Sem custas. A parte autora pagará honorários advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da causa, já
que não está acobertada pelo benefício da Justiça Gratuita.

ACÓRDÃO

Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso. 1ª. Turma Recursal,
Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.

JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº. 0018156-60.2017.4.01.3400 RELATOR JUIZ FEDERAL ALEXANDRE JORGE FONTES


LARANJEIRA RECORRENTE(S) : EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELEGRAFOS ECT
ADV/PROC : DF00046205 - ANNA CAROLINA ZAIDAN E SOUZA RECORRIDO(S) : MP BARROS
EIRELI-ME ADV/PROC : GO00025727 - ALESSANDRA DAMASIO BORGES
EMENTA

RESPONSABILIDADE CIVIL. DANOS MORAIS E MATERIAIS. PRESTAÇÃO DE SERVIÇO. EMPRESA


BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS. MANUTENÇÃO DO VALOR FIXADO A TÍTULO DE
DANOS MORAIS. COMPENSAÇÃO PELOS DISSABORES SOFRIDOS. COMPROVAÇÃO DE
COBRANÇA DE DÍVIDA EXORBITANTE, COM INSCRIÇÃO DO NOME DA EMPRESA NO SERASA.
RECURSO DESPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA. 1) Trata-se de recurso inominado interposto pela
parte ré em face de sentença que julgou parcialmente procedente o pedido da parte autora objetivando a
condenação em danos morais, bem como a declaração de inexistência de dívida e a nulidade do título
correspondente. 2) No mérito, não há como prosperar o pedido da parte ré, já que a indenização fixada
pelo juiz de primeiro grau de jurisdição é suficiente e necessária para compensar a parte autora pelos
dissabores sofridos. 3) Com efeito, não há falar em reforma da sentença, tendo em vista que restou
comprado que a parte ré cobrou da parte autora dívida inexistente em valor exorbitante (mais de doze mil
reais) e, ainda por cima, realizou inscrição do nome da empresa no SERASA, daí porque deve ser
mantida na íntegra a sentença recorrida, a qual assim concluiu, in verbis: "... ante o exposto, JULGO
PROCEDENTE EM PARTE os pedidos com base no art. 487, inciso I, do CPC, para: a) declarar
inexistente a dívida em questão e a nulidade do correspondente título; e b) condenar a parte ré ao
182

pagamento de indenização por dano moral no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), corrigido
monetariamente desde a publicação desta sentença (Súmula nº 362/STJ) e acrescido, desde a data do
evento danoso, de juros de mora (Súmula nº 54/STJ), consoante os índices previstos no Manual de
Cálculo da Justiça Federal". 4) De seu turno, quanto à fixação do dano moral, registre-se que a sua
fixação está adstrita ao prudente arbítrio do juiz, devendo o valor ser fixado com equidade e moderação,
em patamar adequado às peculiaridades da situação concreta apresentada em julgamento, considerando
a intensidade da culpa do ofensor, a extensão dos reflexos negativos da falha na esfera subjetiva de
quem sofreu o dano e a realidade econômica de cada uma das partes.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
2569AE68151302FECF93EC26E00F2F26 2

5) Concluindo no particular, diante da dimensão da ofensa, e em atenção à realidade econômica das


partes em litígio e à intensidade da falha cometida pela ré, a indenização pelos danos morais deve ser
mantida no importe de R$ 10.000,00 (dez mil reais). 6) De observar-se, por fim, que, já na vigência do
CPC/2015, o STJ vem entendendo que "... não é o órgão julgador obrigado a rebater, um a um, todos os
argumentos trazidos pelas partes em defesa da tese que apresentaram. Deve apenas enfrentar a
demanda, observando as questões relevantes e imprescindíveis à sua resolução." (REsp 1775870/SP,
Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 13/11/2018, DJe 21/11/2018). 7)
Recurso desprovido. Sentença mantida. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº. 9.099/95. 8)
Sem custas. A ECT pagará honorários advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da condenação, nos
termos do art. 55 da Lei nº. 9.099/95.

ACÓRDÃO

Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso. 1ª. Turma Recursal,
Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.

JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº. 0054417-58.2016.4.01.3400 RELATOR JUIZ FEDERAL ALEXANDRE JORGE FONTES


LARANJEIRA RECORRENTE(S) : RENATO DE AMORIM GUEDES ADV/PROC : DF00018841 - LINO
DE CARVALHO CAVALCANTE RECORRIDO(S) : INSTITUTO FEDERAL DE PERNAMBUCO -IFPE
ADV/PROC : - CYNARA PADUA OLIVEIRA
EMENTA

PREVIDENCIÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO EM ATIVIDADE, O QUAL FALECEU APÓS O ADVENTO DA


EC Nº. 41/03. PENSÃO POR MORTE. INEXISTÊNCIA DE DIREITO À PARIDADE, SALVO
COMPROVAÇÃO DO CUMPRIMENTO DOS REQUISITOS ELENCADOS NO ART. 3º. DA EC Nº. 47/05
EM RELAÇÃO AO INSTITUIDOR DA PENSÃO (TRINTA E CINCO ANOS DE CONTRIBUIÇÃO, SE
HOMEM, E TRINTA ANOS DE CONTRIBUIÇÃO, SE MULHER, VINTE E CINCO ANOS DE EFETIVO
EXERCÍCIO NO SERVIÇO PÚBLICO, QUINZE ANOS DE CARREIRA E CINCO ANOS NO CARGO EM
QUE SE DER A APOSENTADORIA, ALÉM DA CHAMADA "FÓRMULA 90 OU 95"). INEXISTÊNCIA DE
"REGRA DO PARÁGRAFO ÚNICO DO ART. 3º. DA EC Nº. 47/05", JÁ QUE TAL DISPOSITIVO
ESTABELECE DISCIPLINA ÚNICA (É PRECISO QUE O INSTITUIDOR PREENCHA TODOS OS
REQUISITOS ALI ELENCADOS E TENHA DIREITO ADQUIRIDO À APOSENTADORIA). INEXISTÊNCIA
DE DIREITO À PARIDADE COM FUNDAMENTO EXCLUSIVO NO ART. 7º. DA EC Nº. 41/03. DECISÃO
PROFERIDA PELO STF EM SEDE DE REPERCUSSÃO GERAL NO RE Nº. 603.580. RECURSO
DESPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA. 1) Trata-se de recurso inominado interposto pela parte autora em
face de sentença de improcedência que rejeitou a pretensão de paridade de pensão por morte obtida
após o advento da EC nº. 41/03. 2) No mérito, nenhuma razão assiste à parte autora, ora recorrente. 3)
De fato, ao apreciar o RE nº. 603.580/RJ, o e. STF fixou, em sede de repercussão geral, a seguinte tese,
in verbis: Os pensionistas de servidor falecido posteriormente à EC nº 41/2003 têm direito à paridade com
servidores em atividade (EC nº 41/2003, art. 7º), caso se enquadrem na regra de transição prevista no art.
3º da EC nº 47/2005. Não tem, contudo, direito à integralidade (CF, art. 40, § 7º, inciso I). (DATA DE
PUBLICAÇÃO DJE 03/06/2016 - ATA Nº 83/2016. DJE nº 113, divulgado em 02/06/2016). 4) Frise-se
que, conquanto de redação obscura, a tese em questão foi fixada em julgamento cuja ementa é
sobremaneira explícita e evidentemente aplicável ao caso
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

8AE51363EA569D84EDC1060ED257F19B 2

concreto, nos seguintes termos: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL.


PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE. INSTITUIDOR APOSENTADO ANTES DA EMENDA
CONSTITUCIONAL 41/2003, PORÉM FALECIDO APÓS SEU ADVENTO. DIREITO DO PENSIONISTA À
183

PARIDADE. IMPOSSIBILIDADE. EXCEÇÃO: ART. 3º DA EC 47/2005. RECURSO EXTRAORDINÁRIO A


QUE SE DÁ PARCIAL PROVIMENTO. I – O benefício previdenciário da pensão por morte deve ser regido
pela lei vigente à época do óbito de seu instituidor. II – Às pensões derivadas de óbito de servidores
aposentados nos termos do art. 3º da EC 47/2005 é garantido o direito à paridade. III – Recurso
extraordinário a que se dá parcial provimento. 5) Ora, da simples leitura da ementa do decisum é possível
inferir que, EM PRINCÍPIO, OS PENSIONISTAS QUE TENHAM OBTIDO SEUS BENEFÍCIOS APÓS O
ADVENTO DA EC Nº. 41/03 NÃO FAZEM JUS À PARIDADE MESMO QUE O INSTITUIDOR TIVESSE
DIREITO À PARIDADE, tendo o STF estabelecido, como única exceção possível, o preenchimento, por
parte do instituidor, quando de sua aposentadoria, dos requisitos previstos no art. 3º. da EC nº. 47/05,
quais sejam: trinta e cinco anos de contribuição, se homem, e trinta anos de contribuição, se mulher; vinte

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
e cinco anos de efetivo exercício no serviço público; quinze anos de carreira; e cinco anos no cargo em
que se der a aposentadoria, além da chamada “fórmula 90 ou 95”, que exige a idade mínima de sessenta
anos para homens e cinquenta e cinco anos para mulheres, diminuindo-se um ano de idade para cada
ano de contribuição além do mínimo previsto no dispositivo. 6) Com as devidas adaptações ao caso
concreto (no qual o instituidor faleceu ainda em atividade), não existe exceção fundada exclusivamente no
parágrafo único do art. 3º. da EC nº. 47/05, já que tal dispositivo mencionada expressamente as "...
pensões derivadas dos proventos de servidores falecidos que tenham se aposentado em conformidade
com este artigo (grifo nosso)", isto é, preenchendo os requisitos mencionados nos incisos do mesmo
artigo, não havendo norma isolada que garanta paridade pelo simples fato de haver o instituidor da
pensão obtido aposentadoria com paridade ou ingressado no serviço público antes do advento da EC nº.
20/98. 7) Em acréscimo, no voto vencedor do referido precedente, o Ministro Luís Roberto Barroso deixou
claro que as regras constantes dos arts. 3º. e 7º. da Emenda Constitucional nº. 41/03 não se aplicam às
pensões decorrentes das mortes ocorridas após o advento daquele ato normativo, consoante explicita o
seguinte excerto de seu voto: "17. Os arts. 3º e 7º da EC 41/2003 preservaram o direito à integralidade e
à paridade daqueles que já se encontravam fruindo dos benefícios previdenciários, bem como daqueles
que já haviam cumprido todos os requisitos para tanto na data da publicação da referida emenda
(31/12/2003), resguardando, portanto, eventuais direitos já adquiridos. Confira-se o teor de tais
dispositivos: 'Art. 3º É assegurada a concessão, a qualquer tempo, de aposentadoria aos servidores
públicos, bem como pensão aos seus dependentes, que, até a data de publicação desta Emenda, tenham
cumprido todos os requisitos para obtenção desses benefícios, com base nos critérios da legislação então
vigente . (…) Art. 7º Observado o disposto no art. 37, XI, da Constituição Federal, os proventos de
aposentadoria dos servidores públicos titulares de cargo efetivo e as pensões dos seus dependentes
pagos pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, em
fruição na data de publicação desta Emenda, bem como os proventos de aposentadoria dos servidores e
as pensões dos dependentes abrangidos pelo art. 3º desta Emenda, serão revistos na mesma proporção
e na mesma data, sempre que se modificar a remuneração dos servidores em
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

8AE51363EA569D84EDC1060ED257F19B 3

atividade , sendo também estendidos aos aposentados e pensionistas quaisquer benefícios ou vantagens
posteriormente concedidos aos servidores em atividade, inclusive quando decorrentes da transformação
ou reclassificação do cargo ou função em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referência para a
concessão da pensão, na forma da lei.' (Grifou-se) 18. Entretanto, o instituidor da pensão, no caso em
exame, faleceu no ano de 2004, de modo que os recorridos passaram a fazer jus ao benefício da pensão
por morte após a publicação da EC 41/2003. Assim, assiste razão aos recorrentes quando afirmam que o
caso dos autos não se subsume às hipóteses dos arts. 3º e 7º da EC 41/2003 (grifo nosso)". 8) Logo, não
se tratando de instituidores aposentados por invalidez, cujas regras derivam da EC nº. 70/12, para os
pensionistas que obtiveram seus benefícios em decorrência do falecimento de instituidores após o
advento da EC nº. 41/03, a única possibilidade de reconhecimento da paridade é o preenchimento
concomitante, por parte destes últimos, dos requisitos elencados no art. 3º. da Emenda Constitucional nº.
47/05, adiante transcrito: Art. 3º. Ressalvado o direito de opção à aposentadoria pelas normas
estabelecidas pelo art. 40 da Constituição Federal ou pelas regras estabelecidas pelos arts. 2º e 6º da
Emenda Constitucional nº 41, de 2003, o servidor da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, que tenha ingressado no serviço público até 16 de
dezembro de 1998 poderá aposentar-se com proventos integrais, desde que preencha, cumulativamente,
as seguintes condições: I- trinta e cinco anos de contribuição, se homem, e trinta anos de contribuição, se
mulher; II- vinte e cinco anos de efetivo exercício no serviço público, quinze anos de carreira e cinco anos
no cargo em que se der a aposentadoria; III- idade mínima resultante da redução, relativamente aos
limites do art. 40, § 1º, inciso III, alínea "a", da Constituição Federal, de um ano de idade para cada ano
de contribuição que exceder a condição prevista no inciso I do caput deste artigo. Parágrafo único. Aplica-
se ao valor dos proventos de aposentadorias concedidas com base neste artigo o disposto no art. 7º. da
Emenda Constitucional nº 41, de 2003, observando-se igual critério de revisão às pensões derivadas dos
proventos de servidores falecidos que tenham se aposentado em conformidade com este artigo. 9) Na
espécie, está demonstrado que a instituidora da pensão, servidora ainda em atividade ao tempo de seu
falecimento, não havia preenchido os requisitos elencados no art. 3º. da EC nº. 47/2005, já que contava
apenas 51 anos de idade e 26 anos de tempo de serviço quando de seu falecimento. 10) De observar-se,
184

por fim, que, já na vigência do CPC/2015, o STJ vem entendendo que "... não é o órgão julgador obrigado
a rebater, um a um, todos os argumentos trazidos pelas partes em defesa da tese que apresentaram.
Deve apenas enfrentar a demanda, observando as questões relevantes e imprescindíveis à sua
resolução." (REsp 1775870/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em
13/11/2018, DJe 21/11/2018). 11) Recurso desprovido. Sentença mantida. Acórdão lavrado nos termos do
art. 46 da Lei nº. 9.099/95. 12) A parte autora pagará honorários advocatícios de 10% sobre o valor
corrigido da causa, ficando a condenação suspensa enquanto perdurar o estado de carência que
justificou a concessão da justiça gratuita, prescrevendo a dívida cinco anos após a sentença final, nos
termos do art. 98, § 3º., do CPC/2015.

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

8AE51363EA569D84EDC1060ED257F19B 4

ACÓRDÃO

Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso. 1ª. Turma Recursal,
Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.

JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº. 0004494-97.2015.4.01.3400 RELATOR JUIZ FEDERAL ALEXANDRE JORGE FONTES


LARANJEIRA RECORRENTE(S) : RICARDA GUEDES MATTOS ADV/PROC : RECORRIDO(S) :
INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS ADV/PROC :
EMENTA

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. HIPÓTESES DE CABIMENTO. ART. 1.022 DO CPC/2015.


REDISCUSSÃO DA CAUSA. IMPOSSIBILIDADE. INEXISTÊNCIA DE OBSCURIDADE, CONTRADIÇÃO,
OMISSÃO OU ERRO MATERIAL NO ARESTO EMBARGADO. PREQUESTIONAMENTO.
DESNECESSIDADE DE ACOLHIMENTO DOS EMBARGOS. ART. 1.025 DO CPC/2015. EMBARGOS
REJEITADOS. 1) Trata-se de embargos de declaração opostos pela parte ré em face de acórdão que deu
provimento ao recurso da parte autora para condenar o INSS a implantar a aposentadoria por idade
híbrida e a pagar as parcelas atrasadas desde a DIB. 2) Alega a embargante que o período de atividade
rural que serviu para a soma da carência se iniciou 28 anos de seu ingresso no RGPS, estando assim o
acórdão prolatado em desacordo com a jurisprudência da Turma Nacional de Uniformização (PEDILEF nº.
0001508-05.2009.4.03.6318), decidido como Representativo de Controvérsia (TEMA168). Requer,
portanto, a adequação do julgado, mantendo a sentença de improcedência. 3) No mérito recursal, verifica-
se que o recurso de embargos de declaração não se presta ao rejulgamento da lide, mas apenas para o
fim de aclarar pontos obscuros, afastar contradição, sanar omissões ou corrigir erros materiais no aresto
embargado, nos termos do art. 1.022 do CPC/2015. 4) No caso em tela, resta claro que a intenção da
parte embargante é rediscutir matéria já decidida, uma vez que o acórdão indicou os fundamentos
suficientes para a compreensão das razões de decidir. 5) Por outro lado, nos termos do art. 1.025 do
mesmo diploma legal, "... consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou,
para fins de préquestionamento, ainda que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou
rejeitados...", daí a absoluta inutilidade no acolhimento dos presentes embargos. 6) Anote-se, por fim,
que, já na vigência do CPC/2015, o STJ vem entendendo que "...não é o órgão julgador obrigado a
rebater, um a um, todos os argumentos trazidos pelas partes em defesa da tese que apresentaram. Deve
apenas enfrentar a demanda, observando as questões relevantes e imprescindíveis à sua resolução."
(REsp 1775870/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 13/11/2018, DJe
21/11/2018).
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

973FB8CEC566DD4CF6AD2AB78DFB9E9F 2

7) Embargos de declaração rejeitados. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº. 9.099/95. A C Ó
RDÃO

Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração. 1ª. Turma
Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.

JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF


185

RECURSO Nº. 0076477-25.2016.4.01.3400 RELATOR JUIZ FEDERAL ALEXANDRE JORGE FONTES


LARANJEIRA RECORRENTE(S) : SAMUEL WALBER AMARAL ADV/PROC : DF00030598 - MAX
ROBERT MELO E OUTRO(S) RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL ADV/PROC : - LETICIA MACHADO
SALGADO
EMENTA

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. HIPÓTESES DE CABIMENTO. ART. 1.022 DO CPC/2015.


REDISCUSSÃO DA CAUSA. IMPOSSIBILIDADE. INEXISTÊNCIA DE OBSCURIDADE, CONTRADIÇÃO,
OMISSÃO OU ERRO MATERIAL NO ARESTO EMBARGADO. PREQUESTIONAMENTO.

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
DESNECESSIDADE DE ACOLHIMENTO DOS EMBARGOS. ART. 1.025 DO CPC/2015. EMBARGOS
REJEITADOS. 1) Trata-se de embargos de declaração opostos pela parte autora em face de acórdão que
negou provimento ao recurso também da parte autora. 2) Alega a embargante que há erro material no
acórdão prolatado, uma vez que se trata de reconhecimento na via administrativa, acarretando não mera
expectativa de direito mas direito adquirido. Requer, portanto, a reforma do acórdão. 3) No mérito
recursal, verifica-se que o recurso de embargos de declaração não se presta ao rejulgamento da lide, mas
apenas para o fim de aclarar pontos obscuros, afastar contradição, sanar omissões ou corrigir erros
materiais no aresto embargado, nos termos do art. 1.022 do CPC/2015. 4) No caso em tela, resta claro
que a intenção da parte embargante é rediscutir matéria já decidida, uma vez que o acórdão indicou os
fundamentos suficientes para a compreensão das razões de decidir. 5) Com efeito, o julgado apreciou o
caso concreto para verificar que o reajuste não se aplicava à parte autora, o que impedia o
reconhecimento administrativo do direito postulado. 6) Por outro lado, nos termos do art. 1.025 do mesmo
diploma legal, "... consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou, para fins
de préquestionamento, ainda que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados ...", daí a
absoluta inutilidade no acolhimento dos presentes embargos. 7) Anote-se, por fim, que, já na vigência do
CPC/2015, o STJ vem entendendo que "... não é o órgão julgador obrigado a rebater, um a um, todos os
argumentos trazidos pelas partes em defesa da tese que apresentaram. Deve apenas enfrentar a
demanda, observando as questões relevantes e imprescindíveis à sua resolução." (REsp 1775870/SP,
Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 13/11/2018, DJe 21/11/2018).
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

458609513BFCAC040A294BBB1255523C 2

8) Embargos de declaração rejeitados. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº. 9.099/95. A C Ó
RDÃO

Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração. 1ª. Turma
Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 26/10/2019.

JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº. 0036956-73.2016.4.01.3400 RELATOR JUIZ FEDERAL ALEXANDRE JORGE FONTES


LARANJEIRA RECORRENTE(S) : LENILSA MIRANDA GANGA ADV/PROC : RECORRIDO(S) :
INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS ADV/PROC :
EMENTA

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. HIPÓTESES DE CABIMENTO. ART. 1.022 DO CPC/2015.


REDISCUSSÃO DA CAUSA. IMPOSSIBILIDADE. INEXISTÊNCIA DE OBSCURIDADE, CONTRADIÇÃO,
OMISSÃO OU ERRO MATERIAL NO ARESTO EMBARGADO. PREQUESTIONAMENTO.
DESNECESSIDADE DE ACOLHIMENTO DOS EMBARGOS. ART. 1.025 DO CPC/2015. EMBARGOS
REJEITADOS. 1) Trata-se de embargos de declaração opostos pela parte autora em face de acórdão que
negou provimento para manter a sentença de improcedência do pedido. 2) Alega a embargante que não
houve no acórdão menção específica às provas coligidas nos autos ou até mesmo a transcrição da
conclusão pericial e outros fundamentos de convencimento. Alega ainda que não é possível perceber
quais os motivos que levaram ao indeferimento da medida pleiteada e, sobretudo, não se verifica análise
concreta do arcabouço probatório. Requer sejam esclarecidos os motivos que fundamentaram o
indeferimento do recurso. 3) No mérito recursal, verifica-se que o recurso de embargos de declaração não
se presta ao rejulgamento da lide, mas apenas para o fim de aclarar pontos obscuros, afastar contradição,
sanar omissões ou corrigir erros materiais no aresto embargado, nos termos do art. 1.022 do CPC/2015.
4) No caso em tela, resta claro que a intenção da parte embargante é rediscutir matéria já decidida, uma
vez que o acórdão indicou os fundamentos suficientes para a compreensão das razões de decidir. 5) Com
efeito, o julgado é de clareza solar ao afastar a nulidade suscitada pela recorrente e, adentrando o mérito
da causa, analisar o caso concreto no que diz respeito à ausência de incapacidade laborativa. 6) Por
outro lado, nos termos do art. 1.025 do mesmo diploma legal, "... consideram-se incluídos no acórdão os
elementos que o embargante suscitou, para fins de préquestionamento, ainda que os embargos de
186

declaração sejam inadmitidos ou rejeitados ...", daí a absoluta inutilidade no acolhimento dos presentes
embargos. 7) Anote-se, por fim, que, já na vigência do CPC/2015, o STJ vem entendendo que "... não é o
órgão julgador obrigado a rebater, um a um, todos os argumentos trazidos pelas partes em defesa da tese
que apresentaram. Deve apenas enfrentar a demanda, observando as questões relevantes e
imprescindíveis à sua resolução." (REsp
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

D321861BB83DF7F0901A30DAF8CAAE8C 2

1775870/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 13/11/2018, DJe

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
21/11/2018). 8) Embargos de declaração rejeitados. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº.
9.099/95.

ACÓRDÃO

Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração. 1ª. Turma
Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.

JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº. 0029810-44.2017.4.01.3400 RELATOR JUIZ FEDERAL ALEXANDRE JORGE FONTES


LARANJEIRA RECORRENTE(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS ADV/PROC : -
ALBERTO PAVAO NUNES RECORRIDO(S) : JOSE IVAN LEITE ADV/PROC : DF00028591 - ANTONIO
CARLOS DE JESUS ASSIS
EMENTA

PREVIDENCIÁRIO. BENEFÍCIO POR INCAPACIDADE LABORAL. LAUDO OFICIAL QUE ATESTA A


INCAPACIDADE POR SEIS MESES. SÚMULA Nº. 72 DA TNU. DIREITO À PERCEPÇÃO DE
BENEFÍCIO MESMO COM RECOLHIMENTOS REALIZADOS. DCB FIXADA PELO JUÍZO A QUO.
CLÁUSULA DE CORREÇÃO MONETÁRIA DE ACORDO COM O JULGAMENTO DOS EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO OPOSTOS CONTRA A DECISÃO PROFERIDA NO RE Nº. 870.947/SE, OCORRIDO
AOS 03/10/2019. RECURSO DESPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA. 1) Trata-se de recurso inominado
interposto pelo INSS em face de sentença de parcial procedência proferida em ação ajuizada objetivando
a concessão de auxílio-doença, na qual o juízo a quo deferiu o benefício pelo período de 06 (seis) meses.
2) No mérito, não há como acolher a pretensão recursal. 3) De fato, para a concessão dos benefícios de
auxílio doença e aposentadoria por invalidez, é necessário que a parte: a) demonstre o cumprimento da
carência de doze contribuições mensais (art. 25, inciso I, da Lei nº. 8.213/91); b) tenha a qualidade de
segurado; e c) apresente incapacidade para o exercício de atividade que seja apta a garantir a sua
subsistência. 4) Por sua vez, o(a) douto(a) perito(a) do Juízo, médico especialista em clínica geral e
nefrologia, afirmou que o periciando possui "... incapacidade laboral, total, multiprofissional, temporária
por 06 meses", além de esclarecer que "... considerando a idade do periciando, a escolaridade, a função
ocupacional, a situação socioeconômica e, após avaliação dos relatórios médicos dos autos, avaliação
física detalhada e avaliação clínica, onde foi constatado que o paciente é portador de Disfunções
neuromusculares da bexiga não classificados em outra parte + Cistite + Outras dores abdominais e as
não especificadas + História pessoal de tratamento médico - CID10: N31 + N30 + R10.4 + Z92, foram
evidenciados elementos médicos que indicassem a presença de incapacidade laboral total, temporária".
5) De seu turno, cumpre destacar que a TNU tem se posicionado pela concessão do benefício por
incapacidade, com o pagamento de todas as parcelas de benefício desde a data do indeferimento ou
cancelamento indevidos, ainda que tenha havido retorno ao trabalho, tendo em vista a necessidade do
segurado em ter recursos para sua subsistência e de sua família.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

8C6FDD12E2903513870A9390A1141DA7 2

6) Nesse sentido, o entendimento da Súmula nº. 72 da TNU, in verbis: "É possível o recebimento de
benefício por incapacidade durante período em que houve exercício de atividade remunerada quando
comprovado que o segurado estava incapaz para as atividades habituais na época em que trabalhou". 7)
No caso em tela, verifica-se que a parte autora verteu contribuições individuais na qualidade de sócio-
gerente da empresa Serlimpa Conservadora Nacional Ltda. (conforme informações prestadas na
contestação e Certidão Simplificada registrada aos 01/10/2018) enquanto aguardava a concessão do
benefício requerido. 8) No tocante à fixação da DCB (Data de Cessação do Benefício) pleiteada no
recurso interposto pelo INSS, observe-se que a sentença consignou a referida data, quando julgou os
embargos de declaração interpostos pela própria parte recorrente, in verbis: " Ante o exposto, conheço e
dou provimento os embargos de declaração para integrar a sentença, nos termos da fundamentação
acima, e esclarecer que: a) onde se lê: DCB em 14/09/2018, b) leia-se: DCB em 14/03/2018 (06 meses
187

após a perícia médica judicial). 9) Quanto à cláusula de correção monetária, deve ser mantida em sua
inteireza, haja vista que os embargos de declaração interpostos contra a decisão proferida no RE nº.
870.947/SE foram julgados aos 03/10/2019, disso resultando que não houve modulação dos efeitos da
decisão original que reconheceu a inconstitucionalidade do disposto no art. 1º-F da Lei nº 9.494/97, com a
redação dada pela Lei nº 11.960/09. 10) De observar-se, por fim, que, já na vigência do CPC/2015, o STJ
vem entendendo que “... não é o órgão julgador obrigado a rebater, um a um, todos os argumentos
trazidos pelas partes em defesa da tese que apresentaram. Deve apenas enfrentar a demanda,
observando as questões relevantes e imprescindíveis à sua resolução.” (REsp 1775870/SP, Rel. Ministro
HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 13/11/2018, DJe 21/11/2018). 11) Recurso
desprovido. Sentença mantida. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº. 9.099/95. 12) Sem

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
custas. A recorrente pagará honorários advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da condenação, nos
termos do art. 55 da Lei nº. 9.099/95.

ACÓRDÃO

Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso. 1ª. Turma Recursal,
Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.

JUIZ ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA Relator 1 – 1ª. Turma Recursal/SJDF


188

PODER JUDICIÁRIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
3ª. TURMA RECURSAL

PROCESSO Nº 0051726-52.2008.4.01.3400 RELATOR : JUIZ FEDERAL ANTONIO CLAUDIO


MACEDO DA SILVA RECORRENTE(S) : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL) ADVOGADO :
- SERGIO DINIZ LINS RECORRIDO(S) : JOSE RIBEIRO GUIMARAES FILHO ADVOGADO :

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
EMENTA

PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. CONTRADIÇÃO. EMBARGOS ACOLHIDOS


COM ATRIBUIÇÃO DE EFEITOS INFRINGENTES.
1. Embargos declaratórios opostos pela parte ré com o objetivo de sanar contradição no acórdão lavrado
pela Turma Recursal na sessão de 10/09/2009, que, mantendo a sentença, condenou a União à restituir à
parte autora os valores descontados a título de PSS sobre o terço constitucional de férias, observada a
prescrição decenal, bem como determinou o sobrestamento do feito até a manifestação do STF sobre o
tema.
2. A embargante alega que o acórdão proferido deixou de analisar a prescrição sob a ótica da decisão
proferida pelo STF sobre o tema – RE 56621.
3. De acordo com o art. 1.032, II, do CPC/2015, os Embargos de Declaração constituem instrumento
processual hábil a aperfeiçoar o julgado quando esse for omisso em relação a ponto sobre o qual devia
pronunciar-se o juiz ou tribunal.
4. Acolho os embargos para expungir a contradição e determinar que os itens IV, V e VII do acórdão
tenham a seguinte redação:
IV. Prescrição Quinquenal. No que concernente à prescrição, tratando-se de tributo sujeito a lançamento
por homologação, o Supremo Tribunal Federal decidiu, sob o rito do art. 543-B do CPC (repercussão
geral), que a Lei Complementar nº 118/2005, “embora tenha se auto proclamado interpretativa, implicou
inovação normativa, tendo reduzido o prazo de 10 anos contados do fato gerador para 5 anos contados
do pagamento indevido”. Dessa forma, reconheceu a inconstitucionalidade do artigo 4º, segunda parte da
referida Lei Complementar, “considerando válida a aplicação do novo prazo de 5 anos tão-somente às
ações ajuizadas após o decurso da vacatio legis de 120 dias, ou seja, a partir de 09 de junho de 2005.”.
Quanto às ações ajuizadas antes daquela data, permanece o prazo de 10 anos, contados do fato gerador,
conforme a aplicação combinada dos arts. 150, § 4º, 156, VII e 168, I, do CTN. (RE 566.621/RS, STF,
Tribunal Pleno, Relatora Ministra Ellen Gracie, Ata de Julgamento nº 21, de 04/08/2011, DJ-e nº 158,
divulgado em 17/08/2011).
V. Recurso parcialmente provido.
VI. Incabível a condenação em honorários advocatícios.
5. Embargos providos, com efeito modificativo do julgado.

ACÓRDÃO

Decide a Terceira Turma Recursal, por unanimidade, nos termos do voto do Relator, ACOLHER OS
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.
Brasília,29/10/2019.

Antonio Claudio Macedo da Silva Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal Relator 1

PROCESSO Nº 0037240-86.2013.4.01.3400 RELATOR : JUIZ FEDERAL ANTONIO CLAUDIO


MACEDO DA SILVA RECORRENTE(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO : RECORRIDO(S) : ALANA OLIVEIRA GARRETO ADVOGADO :
DF00012994 - DANILO RIBEIRO DE CARVALHO
EMENTA

CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. PREVIDENCIÁRIO. BENEFÍCIO DE AMPARO ASSISTENCIAL AO


DEFICIENTE/ IDOSO. DEVOLUÇÃO DE VALORES EM RAZÃO DE TUTELA ANTECIPADA
CONCEDIDA. INEXIGIBILIDADE. RECURSO DO INSS DESPROVIDO.
1. Recurso do INSS contra decisão que determinou o arquivamento dos autos, colocando fim à fase de
cumprimento de sentença, por entender que “a execução valores devidos pelo autor em razão de tutela
revogada não pode operar-se nestes autos, devendo o INSS buscar a satisfação de sua pretensão em
sede própria.”
189

2. Razão nenhuma assiste ao recorrente. O Pretório Excelso, no julgamento do ARE 734242 AgR, adotou
orientação diversa a do STJ, estabelecendo que o benefício previdenciário recebido de boa-fé pelo
segurado, em decorrência de decisão judicial, não está sujeito à repetição de indébito, em razão de seu
caráter alimentar, sendo neste sentido o atual entendimento do Superior Tribunal de Justiça no REsp
1338912/SE, Rel. Min. Benedito Gonçalves, 1ª Turma, julg. 23/05/2017, publ.:DJe 29/05/2017. Desse
modo, o entendimento do STJ exarado no julgamento do REsp 1.401.560/MT, bem como aqueles
indicados pelo recorrente em sua peça recursal, restaram superados. (ARE 734242 agR - Primeira Turma,
Rel. Ministro Roberto Barroso, DJe de 08/09/2015, p. 175).
3. Recurso do INSS desprovido.
4. Sem honorários, visto tratar-se de cumprimento de sentença.

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
ACÓRDÃO

Decide a Terceira Turma Recursal, por maioria, NEGAR PROVIMENTO ao recurso do INSS, nos termos
do voto do Relator.
Brasília - DF, 29/10/2019

Antonio Claudio Macedo da Silva Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal Relator 1

PROCESSO Nº 0033630-13.2013.4.01.3400 RELATOR : JUIZ FEDERAL ANTONIO CLAUDIO


MACEDO DA SILVA RECORRENTE(S) : JESUMAR ROSA PINTO ADVOGADO : DF00037905 -
DIEGO MONTEIRO CHERULLI RECORRIDO(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-
INSS ADVOGADO :
EMENTA

PROCESSUAL CIVIL. ADAPTAÇÃO DE JULGADO. TESE JURÍDICA SUBMETIDA AO RITO DO ART.


1.036 DO CPC/2015. REPERCUSSÃO GERAL. PREVIDENCIÁRIO. DESAPOSENTAÇÃO. RENÚNCIA A
BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO. CÔMPUTO DE CONTRIBUIÇÕES POSTERIORES. IMPOSSIBLIDADE.
PRECEDENTE DO STF. REPERCUSSÃO GERAL: RE 661256. IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO.
RECURSO DO AUTOR DESPROVIDO.
1. Autos recebidos do Coordenador das Turmas Recursais – JEF/DF para a manutenção ou adequação
de acórdão ao entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal quanto o reconhecimento do direito
à renúncia ao benefício concedido originalmente ao autor pelo INSS, com a posterior concessão de
benefício de aposentadoria mais vantajosa.
2. No caso, há necessidade de adaptar-se o julgamento ao entendimento do STF. O STF, em julgado
submetido à repercussão geral (RE 661256), no dia 26/10/2016, considerou ser inviável o recálculo do
valor da aposentadoria, mediante a denominada desaposentação, com o cômputo das contribuições
vertidas após sua concessão, fixando a tese no sentido de que, no âmbito do Regime Geral de
Previdência Social (RGPS), somente lei pode criar benefícios e vantagens previdenciárias, não havendo,
por ora, previsão legal do direito à desaposentação, sendo constitucional a regra do art. 18, § 2º, da Lei
8.213/1991(RE 661256, Relator(a): Min. ROBERTO BARROSO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. DIAS
TOFFOLI, Tribunal Pleno, julgado em 27/10/2016, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-221 DIVULG 27-09-
2017 PUBLIC 28-09-2017).
3. Recurso do autor desprovido. Acórdão reformado para adaptar o julgado ao entendimento do Supremo
Tribunal Federal e manter a sentença de improcedência.
4. Honorários advocatícios fixados em 10% (dez por cento) do valor atribuído à causa devidamente
corrigido. Condenação suspensa [NCPC/2015, art. 98, §§ 2º e 3º].

ACÓRDÃO

Decide a Terceira Turma Recursal, à unanimidade, reformar o acórdão proferido por esta Turma para
adaptar o julgado ao entendimento do Supremo Tribunal Federal, e, por conseguinte, NEGAR
PROVIMENTO ao recurso do autor, nos termos do voto do relator.
Brasília – DF, 29/10/2019.

PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

5E017858334D1B04E17B72F29B7A802B TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


2

Antonio Claudio Macedo da Silva Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal Relator 1
190

PROCESSO Nº 0057917-06.2014.4.01.3400 RELATOR : JUIZ FEDERAL ANTONIO CLAUDIO


MACEDO DA SILVA RECORRENTE(S) : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL) ADVOGADO :
- DANIELLE SALGADO DANTAS RECORRIDO(S) : IGOR DE FREITAS E FELIX DE SOUSA
ADVOGADO : DF00019569 - RICARDO DAVID RIBEIRO
EMENTA

PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. PREQUESTIONAMENTO. PRETENSÃO


INFRINGENTE DO JULGADO. INEXISTÊNCIA DE OMISSÃO, OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO NO

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
ARESTO EMBARGADO. EMBARGOS REJEITADOS.
1. O recurso de embargos de declaração não se presta ao rejulgamento da lide, mas tão somente para
expungir omissões, aclarar pontos obscuros ou afastar contradição no aresto embargado.
2. No caso em exame, deflui da análise dos argumentos trazidos pela parte embargante que as
irresignações articuladas não merecem ser acolhidas, porque, na espécie, inexistem os vícios
processuais apontados, pretendendo a parte obter, tão somente, efeito infringente da decisão, o que não
se coaduna com o escopo do recurso aviado, no qual o efeito infringente dar-se-á somente quando
houver efetiva omissão, contradição ou obscuridade cujo saneamento tenha o efeito modificativo do
julgado como consequência lógica inafastável, o que não ocorre no presente caso.
3. Com efeito, conclui-se que o julgado embargado indicou fundamentos suficientes para a compreensão
das razões de decidir, sendo irrelevante a expressa menção aos dispositivos legais e constitucionais para
configurar-se o prequestionamento, já que é consenso que o juiz não está obrigado a responder a todas
as alegações das partes quando já tenha encontrado motivos suficientes para fundamentar sua decisão,
nem a ater-se aos fundamentos indicados por ela, tampouco a responder a todos os seus argumentos.
(Precedente do STJ: EDRESP 231.651/PE, Sexta Turma, Rel. Min. VICENTE LEAL, DJ de 14/08/2000).
4. Nesse sentido, a orientação remansosa da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, ad exemplum:
1. A omissão, contradição ou obscuridade, quando inocorrentes, tornam inviável a revisão em sede de
embargos de declaração, em face dos estreitos limites do art. 535 do CPC.
2. O magistrado não está obrigado a rebater, um a um, os argumentos trazidos pela parte, desde que os
fundamentos utilizados tenham sido suficientes para embasar a decisão.
3. A revisão do julgado, com manifesto caráter infringente, revela-se inadmissível, em sede de embargos.
(Precedentes: AI n. 799.509-AgR-ED, Relator o Ministro Marco Aurélio, 1ª Turma, DJe de 8/9/2011; e RE
n. 591.260-AgR-ED, Relator o Ministro Celso de Mello, 2ª Turma, DJe de 9/9/2011). [Grifos nossos.]
[...]
(ARE 764470 AgR-ED, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 07/10/2014, ACÓRDÃO
ELETRÔNICO DJe-208 DIVULG 21-10-2014 PUBLIC 22-10-2014)
5. Embargos de declaração rejeitados.

ACÓRDÃO
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2

Decide a Terceira Turma Recursal, por unanimidade, nos termos do voto do Relator, REJEITAR OS
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.
Brasília – DF,29/10/2019.

Antonio Claudio Macedo da Silva Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal Relator 1

PROCESSO Nº 0024406-80.2015.4.01.3400 RELATOR : JUIZ FEDERAL ANTONIO CLAUDIO


MACEDO DA SILVA RECORRENTE(S) : FRANCISCO MARQUES VERAS ADVOGADO :
PI00198489 - JOSE DO EGITO FIGUEIREDO BARBOSA RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL
(FAZENDA NACIONAL) ADVOGADO : - RHAINA ELLERY HULAND

EMENTA

PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. ACÓRDÃO EM DESACORDO COM A


HIPÓTESE DOS AUTOS. EXISTÊNCIA DE ERRO MATERIAL. ANULAÇÃO DO ACÓRDÃO. NOVO
JULGAMENTO. ADAPTAÇÃO DE JULGADO. TESE JURÍDICA SUBMETIDA AO RITO DO ART. 1.036
191

DO CPC/2015. REPERCUSSÃO GERAL. TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. GDPST.


PRECEDENTE DO STF. REPERCUSSÃO GERAL: RE 593068. SUPERVENIÊNCIA DA LEI Nº
13.324/2016. EMBARGOS OPOSTOS PELA UNIÃO ACOLHIDOS PARA DAR PROVIMENTO AO
RECURSO INOMINADO.
1. Embargos de Declaração opostos pela União em face de acórdão lavrado por esta Turma Recursal sob
alegação de erro material quanto à matéria discutida nos autos.
2. Alega a União que o acórdão proferido na Sessão de 25/06/2019, ao invés de tratar de PSS sobre
gratificação de desempenho ante a superveniência da Lei n° 13.324/2016, tratou de correção do saldo da
conta vinculada do FGTS.
3. Da análise dos autos, verifica-se que, de fato, houve o alegado erro material no acórdão, impondo-se a

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
superação da falha apontada para que o mesmo seja anulado e novo acórdão seja proferido; com
fundamento no art. 494, inc. I, do NCPC/2015, que dispõe que o erro material, equívoco facilmente
perceptível, pode ser corrigido pelo juiz, de ofício ou a requerimento da parte, em qualquer tempo ou grau
de jurisdição, pois não transita em julgado.
4. Novo julgamento. Autos recebidos do Coordenador das Turmas Recursais – JEF/DF para a
manutenção ou adequação de acórdão ao entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal quanto
ao reconhecimento da incidência de contribuição previdenciária somente sobre o valor incorporável aos
proventos de aposentadoria, tendo em vista a superveniência da Lei nº 13.324/2016.
3. No caso, há necessidade de adaptar-se o julgamento ao entendimento do STF. O STF, em julgado
submetido à repercussão geral (RE 593068), Relator(a): Min. Roberto Barroso, no dia 11/10/2018, fixou a
seguinte tese: “Não incide contribuição previdenciária sobre verba não incorporável aos proventos de
aposentadoria do servidor público, tais como ‘terço de férias’, ‘serviços extraordinários’, ‘adicional noturno’
e ‘adicional de insalubridade’’.
4. A gratificação de desempenho recebida pela parte autora – GDPST – foi instituída pela Medida
Provisória 301/2006, posteriormente convertida na Lei nº 11.355/2006, que foi alterada pela Lei
11.784/2008, e é paga observado o limite máximo de 100(cem) pontos e o mínimo de 30 (trinta) pontos
por servidor, correspondendo cada ponto, em seus respectivos níveis, classes e padrões, ao valor
estabelecido no Anexo CXXXVII da referida Lei. Os critérios para fins de incorporação da GDPST aos
proventos de aposentadoria ou às pensões estão previstos no §6º, do artigo 5º-B, da Lei 11.355/2006,
incluído pela Lei 11.784/2008, segundo o qual a gratificação corresponderá a, no máximo, 50 (cinquenta)
por cento de seu valor.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

ADA400EAD237766D326FF091431BF467 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


2
5. Contudo, com o advento da Lei n° 13.324, de 29 de julho de 2016, que acrescentou novas regras para
a incorporação da GDPST, devida aos servidores ocupantes dos cargos da Carreira da Previdência, da
Saúde e do Trabalho, de que trata a Lei n° 11.355, de 19 de outubro de 2006, o servidor ativo,
aposentado e o pensionista, poderão incorporar 100% (cem por cento) dos pontos da referida gratificação
aos proventos de aposentadoria ou pensão. In verbis:
Art. 88. Os servidores de que trata o art. 87 podem optar, em caráter irretratável, pela incorporação de
gratificações de desempenho aos proventos de aposentadoria ou de pensão, nos seguintes termos: I - a
partir de 1o de janeiro de 2017: 67% (sessenta e sete por cento) do valor referente à média dos pontos da
gratificação de desempenho recebidos nos últimos sessenta meses de atividade; II - a partir de 1o de
janeiro de 2018: 84% (oitenta e quatro por cento) do valor referente à média dos pontos da gratificação de
desempenho recebidos nos últimos sessenta meses de atividade; e III - a partir de 1o de janeiro de 2019:
o valor integral da média dos pontos da gratificação de desempenho recebidos nos últimos sessenta
meses de atividade. [Grifos nossos.]
6. Logo, após a implementação dos termos dispostos na referida Lei, os servidores poderão optar pela
incorporação de gratificações de desempenho aos proventos de aposentadoria ou de pensão, razão pela
qual não há que se falar em inexigibilidade da contribuição para o PSS sobre os valores da gratificação
não incorporáveis aos proventos de inatividade, uma vez que, a situação jurídica indica a incorporação
integral da parcela.
7. Embargos de declaração acolhidos para negar provimento ao recurso da parte autora, reformando-se
o acórdão para adaptar-se o julgado ao entendimento do Supremo Tribunal Federal, e, julgar
improcedente o pedido.
8. Honorários advocatícios fixados em 10% (dez por cento) do valor atribuído à causa devidamente
corrigido. Condenação suspensa (Artigo 98, § 3º, do NCPC/2015).

ACÓRDÃO

Decide a Terceira Turma Recursal, à unanimidade, ANULAR, DE OFÍCIO, O JULGAMENTO ANTERIOR


e, prosseguindo no julgamento, ACOLHER OS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, reformar o acórdão
192

proferido por essa Turma para adaptar o julgado ao entendimento do Supremo Tribunal Federal, e, por
conseguinte, NEGAR PROVIMENTO ao recurso da parte autora, nos termos do voto do Relator.
Brasília – DF, 29/10/2019

Antonio Claudio Macedo da Silva Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal Relator 1

PROCESSO Nº 0010601-89.2017.4.01.3400 RELATOR : JUIZ FEDERAL ANTONIO CLAUDIO


MACEDO DA SILVA RECORRENTE(S) : FRANCISCO CAMURCA LACERDA ADVOGADO :

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
DF00025089 - GILBERTO SIEBRA MONTEIRO RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL ADVOGADO
:
EMENTA

ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. GUARDA DE ENDEMIAS. ALEGAÇÃO DE ATIVIDADE


INSALUBRE PARA FINS DE CONCESSÃO DE ABONO DE PERMANÊNCIA EM FACE DE POSSÍVEL
IMPLEMENTO DE REQUISITOS PARA APOSENTADORIA ESPECIAL. APLICAÇÃO DA LEGISLAÇÃO
PREVIDENCIÁRIA DO RGPS (LEI 8.213/91). REQUISITOS NÃO COMPROVADOS. RECURSO
DESPROVIDO.
1. Recurso da parte autora contra sentença que julgou improcedente o pedido de pagamento de abono
de permanência em razão de alegado cumprimento dos requisitos necessários à aposentadoria especial.
2. Alega a parte autora, em suma, que faz jus à aposentadoria especial, em razão do exercício da
atividade de guarda de endemias por tempo superior a 25 (vinte e cinco) anos. Não tendo optado pela
aposentadoria, pede o pagamento do abono de permanência.
3. A aposentadoria especial do servidor público, prevista no art. 40, §4º, III, da CF/88, enquanto não
editada a legislação específica, deve respeitar as regras estabelecidas no art. 57 e seguintes da Lei nº
8.213/91 [Súmula Vinculante nº 33: Aplicam-se ao servidor público, no que couber, as regras do Regime
Geral de Previdência Social sobre aposentadoria especial de que trata o artigo 40, parágrafo 4º, inciso III,
da Constituição Federal, até edição de lei complementar específica.].
4. No âmbito do Regime Geral da Previdência Social - RGPS, o segurado que presta serviços sob
condições especiais faz jus ao cômputo do tempo nos moldes da legislação previdenciária vigente à
época em que realizada a atividade e efetivamente prestado o serviço. É a consagração do princípio lex
tempus regit actum, segundo o qual o deslinde da questão deve levar em conta a lei vigente à época dos
fatos. Assim, na verificação de tempo de serviço especial, em decorrência de exposição a agentes
prejudiciais à saúde, há de se observar a legislação vigente à época da aquisição do direito, conforme
pacífica orientação jurisprudencial.
5. Quanto aos meios de prova, tem-se que: (1) até 28.04.1995, bastava, para fins de reconhecimento do
tempo de serviço especial, que a atividade profissional fosse elencada nos decretos previdenciários
regulamentares (Decreto 53.831, de 25/3/64, e Decreto 83.080, de 24/1/79) ou a exposição aos agentes
nocivos relacionados no Código 1.0.0 do Quadro Anexo ao Decreto 53.831/64 e no Anexo I do Decreto
83.080/79; (2) de 29.04.1995 a 05.03.1997, a lei torna necessária a comprovação da efetiva submissão
aos agentes perniciosos, por intermédio dos formulários SB-40 e DSS-8030 ou PPP (Perfil
Profissiográfico Previdenciário) referente à categoria profissional; e, (3) a partir de 06.03.1997, o sistema
legal exige a exposição aos agentes nocivos relacionados nos Decretos 2.172/97 e 3.048/99, com
alterações pelo Decreto 8.123/13, que devem ser comprovados mediante laudo técnico específico.
6. No caso, não há provas de que a parte autora exerceu a função de guarda de endemias por tempo
superior a 25 anos, nem tampouco de que esteve submetido a agentes nocivos por igual período, de
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678862F702519A47E7D43132409FF495 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


2
forma a cumprir os requisitos à aposentadoria especial. Portanto, a manutenção da sentença de
improcedência é medida que se impõe.
7. Recurso desprovido.
8. Honorários advocatícios fixados em 10% (dez por cento) do valor atribuído à causa devidamente
corrigido. Condenação suspensa [Artigo 98, § 3º, do NCPC/2015].

ACÓRDÃO

Decide a Terceira Turma Recursal, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso da parte autora,
nos termos do voto do Relator. Brasília – DF, 29/10/2019

Antonio Claudio Macedo da Silva Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal Relator 1
193

PROCESSO Nº 0031853-51.2017.4.01.3400 RELATOR : JUIZ FEDERAL ANTONIO CLAUDIO


MACEDO DA SILVA RECORRENTE(S) : JOSUE DE SOUSA MENDES ADVOGADO :
DF00025089 - GILBERTO SIEBRA MONTEIRO RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL E OUTRO(S)
ADVOGADO :

EMENTA

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO. DECISÃO QUE INADMITIU INCIDENTE DE
UNIFORMIZAÇÃO. ART. 15, §2º, DO RI DA TNU. DECISÃO AGRAVADA EM CONSONÂNCIA COM
PRECEDENTE DA TNU. AGRAVO DESPROVIDO.
1. Autos recebidos da Coordenação das Turmas Recursais dos Juizados Especiais Federais para, nos
termos do art. 15, §2º, do Regimento Interno da Turma Nacional de Uniformização dos Juizados Especiais
Federais, julgar o agravo interno.
2. A decisão agravada inadmitiu o incidente de uniformização e o recurso extraordinário interpostos pela
parte autora em face de acórdão que desproveu recurso inominado manejado em face de sentença de
improcedência, proferida em ação ajuizada por servidor público federal objetivando o reajuste de 13,23%.
3. Compulsando-se os autos, constata-se que o acórdão desta Turma Recursal está em consonância com
precedente da Turma Nacional de Uniformização, PEDILEF nº 0512117-46.2014.4.05.8100, o qual
assentou que o reajuste de 13,23%, concedido a diversas categorias do serviço público federal, não
importou em revisão geral anual.
4. Ademais, é pacífica jurisprudência da TNU, do STJ, e do STF de que a vantagem posta na Lei nº
10.698/2003 não importa revisão geral de remuneração dos servidores públicos e não contraria o inciso X
do artigo 37 da Constituição da República.
5. Logo, a decisão da Coordenação das Turmas Recursais desta Seção Judiciária está conforme a linha
precedentada na jurisprudência das Cortes Federais no sentido de inadmitir o incidente de uniformização
interposto pela parte autora.
6. Agravo desprovido.

ACÓRDÃO

Decide a Turma Recursal, à unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao agravo interno interposto pela parte
autora, nos termos do voto do Relator.
Brasília – DF, 29/10/2019

PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

C800A40197825FCC80F673E7C387B16E TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


2

Antonio Claudio Macedo da Silva Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal Relator 1

PROCESSO Nº 0021475-02.2018.4.01.3400 RELATOR : JUIZ FEDERAL ANTONIO CLAUDIO


MACEDO DA SILVA RECORRENTE(S) : MOZENILCE PAULA DA SILVA FERREIRA ADVOGADO
: DF00025089 - GILBERTO SIEBRA MONTEIRO RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL ADVOGADO
: - JACIRA DE ALENCAR ROCHA
EMENTA

AGRAVO INTERNO. REAJUSTE 47,11%. MANUTENÇÃO DA DECISÃO QUE SUSPENDEU O FEITO.


RE n. 1.023.750-SC. TEMA 951/STF. AGRAVO DESPROVIDO.
1. Agravo Interno interposto pela parte autora contra a decisão monocrática que suspendeu o feito ante o
reconhecimento de Repercussão Geral pelo STF nos autos do Recurso Extraordinário n.1.023.750-SC,
em que se discute o Tema n. 951/STF que trata do direito dos servidores federais às diferenças
relacionadas ao reajuste de 47,11% sobre a parcela denominada adiantamento do PCCS (adiantamento
pecuniário) após a mudança para o regime estatutário, em 23/06/2017, tema do presente feito, e, em
cumprimento ao disposto no art. 1.037, inciso II, do novo Código de Processo Civil.
2. A parte agravante deseja o prosseguimento do feito levando em consideração o argumento de que
processos semelhantes estão com seus trâmites mantidos em várias outras Turmas Recursais, não
havendo motivos plausíveis para a manutenção da suspensão do feito. Juntou várias decisões.
194

3. No que tange ao assunto em questão, temos que em 14/6/2018, o DJE publicou acórdão do STF,
exarado no RE n. 1.023.750/SC, reconhecendo a repercussão geral no julgamento da matéria tratada no
recurso interposto pela parte. Por essa razão, o STJ tem devolvido aos tribunais regionais federais todos
os recursos especiais que tratam dessa tema, com ordem para que, "após a publicação do aresto a ser
proferido no Recurso Extraordinário n. 1.023.750/SC - e em observância ao art. 1.040 do CPC/2015 -,
seja a lide analisada". A controvérsia deve aguardar o julgamento do paradigma, viabilizando, assim, o
juízo de conformação, hoje disciplinado pelos arts. 1.039 e 1.040 do CPC/2015. 4. A Primeira Turma, ao
apreciar o REsp 1.610.028/SC, em 14/11/2017 (relator para acórdão Min. Gurgel de Faria, julgado
pendente de publicação), firmou o entendimento de que, reconhecida a repercussão geral pelo STF, é
prematura a apreciação do feito, devendo este retornar ao Tribunal de origem para que, após a

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
publicação do aresto a ser proferido no Recurso Extraordinário n. 1.023.750/SC - e em observância ao
art. 1.040 do CPC/2015 -, seja a lide analisada” (STJ, EDAIRESP 1615581, Min. Gurgel de Faria, 1ª
Turma, DJE 9/5/2018).
4. Suspensão do processo mantida. 5. Agravo desprovido.

PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

4CECECCAD062F3EE82812CC29FB0A276 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


2
ACÓRDÃO

Decide a Turma Recursal, à unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao agravo interno interposto pela parte
autora, nos termos do voto do Relator.
Brasília - DF, 29/10/2019

Antonio Claudio Macedo da Silva Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal Relator 1

PROCESSO Nº 0008351-49.2018.4.01.3400 RELATOR : JUIZ FEDERAL ANTONIO CLAUDIO


MACEDO DA SILVA RECORRENTE(S) : MARIANA PICANCO MENEZES ADVOGADO :
DF00025089 - GILBERTO SIEBRA MONTEIRO RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL ADVOGADO
: - SAMUEL LAGES NEVES LOPES
EMENTA

AGRAVO INTERNO. REAJUSTE 47,11%. MANUTENÇÃO DA DECISÃO QUE SUSPENDEU O FEITO.


RE n. 1.023.750-SC. TEMA 951/STF. AGRAVO DESPROVIDO.
1. Agravo Interno interposto pela parte autora contra a decisão monocrática que suspendeu o feito ante o
reconhecimento de Repercussão Geral pelo STF nos autos do Recurso Extraordinário n.1.023.750-SC,
em que se discute o Tema n. 951/STF que trata do direito dos servidores federais às diferenças
relacionadas ao reajuste de 47,11% sobre a parcela denominada adiantamento do PCCS (adiantamento
pecuniário) após a mudança para o regime estatutário, em 23/06/2017, tema do presente feito, e, em
cumprimento ao disposto no art. 1.037, inciso II, do novo Código de Processo Civil.
2. A parte agravante deseja o prosseguimento do feito levando em consideração o argumento de que
processos semelhantes estão com seus trâmites mantidos em várias outras Turmas Recursais, não
havendo motivos plausíveis para a manutenção da suspensão do feito. Juntou várias decisões.
3. No que tange ao assunto em questão, temos que em 14/6/2018, o DJE publicou acórdão do STF,
exarado no RE n. 1.023.750/SC, reconhecendo a repercussão geral no julgamento da matéria tratada no
recurso interposto pela parte. Por essa razão, o STJ tem devolvido aos tribunais regionais federais todos
os recursos especiais que tratam dessa tema, com ordem para que, "após a publicação do aresto a ser
proferido no Recurso Extraordinário n. 1.023.750/SC - e em observância ao art. 1.040 do CPC/2015 -,
seja a lide analisada". A controvérsia deve aguardar o julgamento do paradigma, viabilizando, assim, o
juízo de conformação, hoje disciplinado pelos arts. 1.039 e 1.040 do CPC/2015. 4. A Primeira Turma, ao
apreciar o REsp 1.610.028/SC, em 14/11/2017 (relator para acórdão Min. Gurgel de Faria, julgado
pendente de publicação), firmou o entendimento de que, reconhecida a repercussão geral pelo STF, é
prematura a apreciação do feito, devendo este retornar ao Tribunal de origem para que, após a
publicação do aresto a ser proferido no Recurso Extraordinário n. 1.023.750/SC - e em observância ao
art. 1.040 do CPC/2015 -, seja a lide analisada” (STJ, EDAIRESP 1615581, Min. Gurgel de Faria, 1ª
Turma, DJE 9/5/2018).
195

4. Suspensão do processo mantida. 5. Agravo desprovido.

PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
3DE1614DBC0E1DC1D2D162F2945F04ED TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
ACÓRDÃO

Decide a Turma Recursal, à unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao agravo interno interposto pela parte
autora, nos termos do voto do Relator.
Brasília - DF, 29/10/2019

Antonio Claudio Macedo da Silva Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal Relator 1

PROCESSO Nº 0021253-34.2018.4.01.3400 RELATOR : JUIZ FEDERAL ANTONIO CLAUDIO


MACEDO DA SILVA RECORRENTE(S) : FRANCISCO SERPA DO VALE ADVOGADO :
DF00025089 - GILBERTO SIEBRA MONTEIRO RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL ADVOGADO
: - SAMUEL LAGES NEVES LOPES
EMENTA

AGRAVO INTERNO. REAJUSTE 47,11%. MANUTENÇÃO DA DECISÃO QUE SUSPENDEU O FEITO.


RE n. 1.023.750-SC. TEMA 951/STF. AGRAVO DESPROVIDO.
1. Agravo Interno interposto pela parte autora contra a decisão monocrática que suspendeu o feito ante o
reconhecimento de Repercussão Geral pelo STF nos autos do Recurso Extraordinário n.1.023.750-SC,
em que se discute o Tema n. 951/STF que trata do direito dos servidores federais às diferenças
relacionadas ao reajuste de 47,11% sobre a parcela denominada adiantamento do PCCS (adiantamento
pecuniário) após a mudança para o regime estatutário, em 23/06/2017, tema do presente feito, e, em
cumprimento ao disposto no art. 1.037, inciso II, do novo Código de Processo Civil.
2. A parte agravante deseja o prosseguimento do feito levando em consideração o argumento de que
processos semelhantes estão com seus trâmites mantidos em várias outras Turmas Recursais, não
havendo motivos plausíveis para a manutenção da suspensão do feito. Juntou várias decisões.
3. No que tange ao assunto em questão, temos que em 14/6/2018, o DJE publicou acórdão do STF,
exarado no RE n. 1.023.750/SC, reconhecendo a repercussão geral no julgamento da matéria tratada no
recurso interposto pela parte. Por essa razão, o STJ tem devolvido aos tribunais regionais federais todos
os recursos especiais que tratam dessa tema, com ordem para que, "após a publicação do aresto a ser
proferido no Recurso Extraordinário n. 1.023.750/SC - e em observância ao art. 1.040 do CPC/2015 -,
seja a lide analisada". A controvérsia deve aguardar o julgamento do paradigma, viabilizando, assim, o
juízo de conformação, hoje disciplinado pelos arts. 1.039 e 1.040 do CPC/2015. 4. A Primeira Turma, ao
apreciar o REsp 1.610.028/SC, em 14/11/2017 (relator para acórdão Min. Gurgel de Faria, julgado
pendente de publicação), firmou o entendimento de que, reconhecida a repercussão geral pelo STF, é
prematura a apreciação do feito, devendo este retornar ao Tribunal de origem para que, após a
publicação do aresto a ser proferido no Recurso Extraordinário n. 1.023.750/SC - e em observância ao
art. 1.040 do CPC/2015 -, seja a lide analisada” (STJ, EDAIRESP 1615581, Min. Gurgel de Faria, 1ª
Turma, DJE 9/5/2018).
4. Suspensão do processo mantida. 5. Agravo desprovido.

PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

B326553901813943DB59F73A21093B49 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


196

2
ACÓRDÃO

Decide a Turma Recursal, à unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao agravo interno interposto pela parte
autora, nos termos do voto do Relator.
Brasília - DF, 29/10/2019

Antonio Claudio Macedo da Silva Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal Relator 1

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
PROCESSO Nº 0022085-67.2018.4.01.3400 RELATOR : JUIZ FEDERAL ANTONIO CLAUDIO
MACEDO DA SILVA RECORRENTE(S) : MARIA ALFA DE MOURA RODRIGUES ADVOGADO :
DF00025089 - GILBERTO SIEBRA MONTEIRO RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL ADVOGADO
: - SAMUEL LAGES NEVES LOPES
EMENTA

AGRAVO INTERNO. REAJUSTE 47,11%. MANUTENÇÃO DA DECISÃO QUE SUSPENDEU O FEITO.


RE n. 1.023.750-SC. TEMA 951/STF. AGRAVO DESPROVIDO.
1. Agravo Interno interposto pela parte autora contra a decisão monocrática que suspendeu o feito ante o
reconhecimento de Repercussão Geral pelo STF nos autos do Recurso Extraordinário n.1.023.750-SC,
em que se discute o Tema n. 951/STF que trata do direito dos servidores federais às diferenças
relacionadas ao reajuste de 47,11% sobre a parcela denominada adiantamento do PCCS (adiantamento
pecuniário) após a mudança para o regime estatutário, em 23/06/2017, tema do presente feito, e, em
cumprimento ao disposto no art. 1.037, inciso II, do novo Código de Processo Civil.
2. A parte agravante deseja o prosseguimento do feito levando em consideração o argumento de que
processos semelhantes estão com seus trâmites mantidos em várias outras Turmas Recursais, não
havendo motivos plausíveis para a manutenção da suspensão do feito. Juntou várias decisões.
3. No que tange ao assunto em questão, temos que em 14/6/2018, o DJE publicou acórdão do STF,
exarado no RE n. 1.023.750/SC, reconhecendo a repercussão geral no julgamento da matéria tratada no
recurso interposto pela parte. Por essa razão, o STJ tem devolvido aos tribunais regionais federais todos
os recursos especiais que tratam dessa tema, com ordem para que, "após a publicação do aresto a ser
proferido no Recurso Extraordinário n. 1.023.750/SC - e em observância ao art. 1.040 do CPC/2015 -,
seja a lide analisada". A controvérsia deve aguardar o julgamento do paradigma, viabilizando, assim, o
juízo de conformação, hoje disciplinado pelos arts. 1.039 e 1.040 do CPC/2015. 4. A Primeira Turma, ao
apreciar o REsp 1.610.028/SC, em 14/11/2017 (relator para acórdão Min. Gurgel de Faria, julgado
pendente de publicação), firmou o entendimento de que, reconhecida a repercussão geral pelo STF, é
prematura a apreciação do feito, devendo este retornar ao Tribunal de origem para que, após a
publicação do aresto a ser proferido no Recurso Extraordinário n. 1.023.750/SC - e em observância ao
art. 1.040 do CPC/2015 -, seja a lide analisada” (STJ, EDAIRESP 1615581, Min. Gurgel de Faria, 1ª
Turma, DJE 9/5/2018).
4. Suspensão do processo mantida. 5. Agravo desprovido.

PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

0DA92B3AA9B8D578E1247D8C22C33D77 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


2
ACÓRDÃO

Decide a Turma Recursal, à unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao agravo interno interposto pela parte
autora, nos termos do voto do Relator.
Brasília - DF, 29/10/2019

Antonio Claudio Macedo da Silva Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal Relator 1
197

PROCESSO Nº 0023189-94.2018.4.01.3400 RELATOR : JUIZ FEDERAL ANTONIO CLAUDIO


MACEDO DA SILVA RECORRENTE(S) : MARIA DOS SANTOS PRACIANO ADVOGADO :
DF00025089 - GILBERTO SIEBRA MONTEIRO RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL ADVOGADO
: - FABIO TESOLIN RODRIGUES
EMENTA

AGRAVO INTERNO. REAJUSTE 47,11%. MANUTENÇÃO DA DECISÃO QUE SUSPENDEU O FEITO.


RE n. 1.023.750-SC. TEMA 951/STF. AGRAVO DESPROVIDO.
1. Agravo Interno interposto pela parte autora contra a decisão monocrática que suspendeu o feito ante o
reconhecimento de Repercussão Geral pelo STF nos autos do Recurso Extraordinário n.1.023.750-SC,

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
em que se discute o Tema n. 951/STF que trata do direito dos servidores federais às diferenças
relacionadas ao reajuste de 47,11% sobre a parcela denominada adiantamento do PCCS (adiantamento
pecuniário) após a mudança para o regime estatutário, em 23/06/2017, tema do presente feito, e, em
cumprimento ao disposto no art. 1.037, inciso II, do novo Código de Processo Civil.
2. A parte agravante deseja o prosseguimento do feito levando em consideração o argumento de que
processos semelhantes estão com seus trâmites mantidos em várias outras Turmas Recursais, não
havendo motivos plausíveis para a manutenção da suspensão do feito. Juntou várias decisões.
3. No que tange ao assunto em questão, temos que em 14/6/2018, o DJE publicou acórdão do STF,
exarado no RE n. 1.023.750/SC, reconhecendo a repercussão geral no julgamento da matéria tratada no
recurso interposto pela parte. Por essa razão, o STJ tem devolvido aos tribunais regionais federais todos
os recursos especiais que tratam dessa tema, com ordem para que, "após a publicação do aresto a ser
proferido no Recurso Extraordinário n. 1.023.750/SC - e em observância ao art. 1.040 do CPC/2015 -,
seja a lide analisada". A controvérsia deve aguardar o julgamento do paradigma, viabilizando, assim, o
juízo de conformação, hoje disciplinado pelos arts. 1.039 e 1.040 do CPC/2015. 4. A Primeira Turma, ao
apreciar o REsp 1.610.028/SC, em 14/11/2017 (relator para acórdão Min. Gurgel de Faria, julgado
pendente de publicação), firmou o entendimento de que, reconhecida a repercussão geral pelo STF, é
prematura a apreciação do feito, devendo este retornar ao Tribunal de origem para que, após a
publicação do aresto a ser proferido no Recurso Extraordinário n. 1.023.750/SC - e em observância ao
art. 1.040 do CPC/2015 -, seja a lide analisada” (STJ, EDAIRESP 1615581, Min. Gurgel de Faria, 1ª
Turma, DJE 9/5/2018).
4. Suspensão do processo mantida. 5. Agravo desprovido.

PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

FC754C24AB2ACF1B6130B33843F97C67 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


2
ACÓRDÃO

Decide a Turma Recursal, à unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao agravo interno interposto pela parte
autora, nos termos do voto do Relator.
Brasília - DF, 29/10/2019

Antonio Claudio Macedo da Silva Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal Relator 1

PROCESSO Nº 0020283-34.2018.4.01.3400 RELATOR : JUIZ FEDERAL ANTONIO CLAUDIO


MACEDO DA SILVA RECORRENTE(S) : EDITE CAMINHA DE VASCONCELOS ADVOGADO :
DF00025089 - GILBERTO SIEBRA MONTEIRO RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL ADVOGADO
: - JACIRA DE ALENCAR ROCHA
EMENTA

AGRAVO INTERNO. REAJUSTE 47,11%. MANUTENÇÃO DA DECISÃO QUE SUSPENDEU O FEITO.


RE n. 1.023.750-SC. TEMA 951/STF. AGRAVO DESPROVIDO.
1. Agravo Interno interposto pela parte autora contra a decisão monocrática que suspendeu o feito ante o
reconhecimento de Repercussão Geral pelo STF nos autos do Recurso Extraordinário n.1.023.750-SC,
em que se discute o Tema n. 951/STF que trata do direito dos servidores federais às diferenças
relacionadas ao reajuste de 47,11% sobre a parcela denominada adiantamento do PCCS (adiantamento
198

pecuniário) após a mudança para o regime estatutário, em 23/06/2017, tema do presente feito, e, em
cumprimento ao disposto no art. 1.037, inciso II, do novo Código de Processo Civil.
2. A parte agravante deseja o prosseguimento do feito levando em consideração o argumento de que
processos semelhantes estão com seus trâmites mantidos em várias outras Turmas Recursais, não
havendo motivos plausíveis para a manutenção da suspensão do feito. Juntou várias decisões.
3. No que tange ao assunto em questão, temos que em 14/6/2018, o DJE publicou acórdão do STF,
exarado no RE n. 1.023.750/SC, reconhecendo a repercussão geral no julgamento da matéria tratada no
recurso interposto pela parte. Por essa razão, o STJ tem devolvido aos tribunais regionais federais todos
os recursos especiais que tratam dessa tema, com ordem para que, "após a publicação do aresto a ser
proferido no Recurso Extraordinário n. 1.023.750/SC - e em observância ao art. 1.040 do CPC/2015 -,

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
seja a lide analisada". A controvérsia deve aguardar o julgamento do paradigma, viabilizando, assim, o
juízo de conformação, hoje disciplinado pelos arts. 1.039 e 1.040 do CPC/2015. 4. A Primeira Turma, ao
apreciar o REsp 1.610.028/SC, em 14/11/2017 (relator para acórdão Min. Gurgel de Faria, julgado
pendente de publicação), firmou o entendimento de que, reconhecida a repercussão geral pelo STF, é
prematura a apreciação do feito, devendo este retornar ao Tribunal de origem para que, após a
publicação do aresto a ser proferido no Recurso Extraordinário n. 1.023.750/SC - e em observância ao
art. 1.040 do CPC/2015 -, seja a lide analisada” (STJ, EDAIRESP 1615581, Min. Gurgel de Faria, 1ª
Turma, DJE 9/5/2018).
4. Suspensão do processo mantida. 5. Agravo desprovido.

PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

374C5F5802D79F18DEF902CFEE52E780 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


2
ACÓRDÃO

Decide a Turma Recursal, à unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao agravo interno interposto pela parte
autora, nos termos do voto do Relator.
Brasília - DF, 29/10/2019

Antonio Claudio Macedo da Silva Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal Relator 1

PROCESSO Nº 0020338-19.2017.4.01.3400 RELATOR : JUIZ FEDERAL ANTONIO CLAUDIO


MACEDO DA SILVA RECORRENTE(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO : RECORRIDO(S) : ANGELO ANTONIO CHAVES ADVOGADO :
DF00024590 - JANARA GONCALVES PEREIRA
EMENTA

PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. RAZÕES DISSOCIADAS DOS FUNDAMENTOS


DO ACÓRDÃO. EMBARGOS NÃO CONHECIDOS.
1. Embargos de Declaração opostos pela parte ré em face de acórdão lavrado por esta Turma Recursal.
2. Alega a parte ré que o acórdão lavrado por esta Turma Recursal contém omissão, pois embora o
Supremo Tribunal Federal no RE 870.947 tenha declarado a inconstitucionalidade da TR para a correção
monetária das condenações da Fazenda Pública antes da inscrição do precatório, ainda não houve a
publicação do acórdão, tampouco houve modulação dos efeitos da decisão.
3. Os embargos não merecem ser conhecidos, porque as razões estão dissociadas dos fundamentos do
acórdão, o qual aplicou o Precedente do STJ, REsp 1.495.146/MG, como parâmetro de fixação de juros e
correção monetária, e não o RE 870.947. 4. Embargos de declaração não conhecidos.

ACÓRDÃO

Decide a Terceira Turma Recursal, por unanimidade, nos termos do voto do Relator, NÃO CONHECER
DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.
Brasília – DF, 29/10/2019.
199

Antonio Claudio Macedo da Silva Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal Relator 1

PROCESSO Nº 0023523-65.2017.4.01.3400 RELATOR : JUIZ FEDERAL ANTONIO CLAUDIO


MACEDO DA SILVA RECORRENTE(S) : RAIMUNDO LAURISTO DE OLIVEIRA ADVOGADO :
DF00039232 - LEONARDO DA COSTA RECORRIDO(S) : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE
FUNASA E OUTRO(S) ADVOGADO :
EMENTA

PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. RAZÕES DISSOCIADAS DOS FUNDAMENTOS

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
DO ACÓRDÃO. EMBARGOS NÃO CONHECIDOS.
1. Embargos de Declaração opostos pela parte ré em face de acórdão lavrado por esta Turma Recursal.
2. Alega a parte ré que o acórdão lavrado por esta Turma Recursal contém omissão, pois embora o
Supremo Tribunal Federal no RE 870.947 tenha declarado a inconstitucionalidade da TR para a correção
monetária das condenações da Fazenda Pública antes da inscrição do precatório, ainda não houve a
publicação do acórdão, tampouco houve modulação dos efeitos da decisão.
3. Os embargos não merecem ser conhecidos, porque as razões estão dissociadas dos fundamentos do
acórdão, o qual aplicou o Precedente do STJ, REsp 1.495.146/MG, como parâmetro de fixação de juros e
correção monetária, e não o RE 870.947.
4. Embargos de declaração não conhecidos.

ACÓRDÃO

Decide a Terceira Turma Recursal, por unanimidade, nos termos do voto do Relator, NÃO CONHECER
DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.
Brasília – DF, 29/10/2019.

Antonio Claudio Macedo da Silva Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal Relator 1

PROCESSO Nº 0023053-97.2018.4.01.3400 RELATOR : JUIZ FEDERAL ANTONIO CLAUDIO


MACEDO DA SILVA RECORRENTE(S) : MARCOS BRASIL MOURA ADVOGADO : DF00025089 -
GILBERTO SIEBRA MONTEIRO RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL ADVOGADO :
EMENTA

AGRAVO INTERNO. REAJUSTE 47,11%. MANUTENÇÃO DA DECISÃO QUE SUSPENDEU O FEITO.


RE n. 1.023.750-SC. TEMA 951/STF. AGRAVO DESPROVIDO.
1. Agravo Interno interposto pela parte autora contra a decisão monocrática que suspendeu o feito ante o
reconhecimento de Repercussão Geral pelo STF nos autos do Recurso Extraordinário n.1.023.750-SC,
em que se discute o Tema n. 951/STF que trata do direito dos servidores federais às diferenças
relacionadas ao reajuste de 47,11% sobre a parcela denominada adiantamento do PCCS (adiantamento
pecuniário) após a mudança para o regime estatutário, em 23/06/2017, tema do presente feito, e, em
cumprimento ao disposto no art. 1.037, inciso II, do novo Código de Processo Civil.
2. A parte agravante deseja o prosseguimento do feito levando em consideração o argumento de que
processos semelhantes estão com seus trâmites mantidos em várias outras Turmas Recursais, não
havendo motivos plausíveis para a manutenção da suspensão do feito. Juntou várias decisões.
3. No que tange ao assunto em questão, temos que em 14/6/2018, o DJE publicou acórdão do STF,
exarado no RE n. 1.023.750/SC, reconhecendo a repercussão geral no julgamento da matéria tratada no
recurso interposto pela parte. Por essa razão, o STJ tem devolvido aos tribunais regionais federais todos
os recursos especiais que tratam dessa tema, com ordem para que, "após a publicação do aresto a ser
proferido no Recurso Extraordinário n. 1.023.750/SC - e em observância ao art. 1.040 do CPC/2015 -,
seja a lide analisada". A controvérsia deve aguardar o julgamento do paradigma, viabilizando, assim, o
juízo de conformação, hoje disciplinado pelos arts. 1.039 e 1.040 do CPC/2015. 4. A Primeira Turma, ao
apreciar o REsp 1.610.028/SC, em 14/11/2017 (relator para acórdão Min. Gurgel de Faria, julgado
pendente de publicação), firmou o entendimento de que, reconhecida a repercussão geral pelo STF, é
prematura a apreciação do feito, devendo este retornar ao Tribunal de origem para que, após a
publicação do aresto a ser proferido no Recurso Extraordinário n. 1.023.750/SC - e em observância ao
art. 1.040 do CPC/2015 -, seja a lide analisada” (STJ, EDAIRESP 1615581, Min. Gurgel de Faria, 1ª
Turma, DJE 9/5/2018).
4. Suspensão do processo mantida. 5. Agravo desprovido.
200

PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

B388F523B9836175E2964947DFC95985 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


2
ACÓRDÃO

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Decide a Turma Recursal, à unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao agravo interno interposto pela parte
autora, nos termos do voto do Relator.
Brasília - DF, 29/10/2019

Antonio Claudio Macedo da Silva Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal Relator 1

PROCESSO Nº 0016844-15.2018.4.01.3400 RELATOR : JUIZ FEDERAL ANTONIO CLAUDIO


MACEDO DA SILVA RECORRENTE(S) : CONCEICAO DE MARIA DE SOUZA SANTOS ADVOGADO
: DF00025089 - GILBERTO SIEBRA MONTEIRO RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL ADVOGADO
:
EMENTA

AGRAVO INTERNO. REAJUSTE 47,11%. MANUTENÇÃO DA DECISÃO QUE SUSPENDEU O FEITO.


RE n. 1.023.750-SC. TEMA 951/STF. AGRAVO DESPROVIDO.
1. Agravo Interno interposto pela parte autora contra a decisão monocrática que suspendeu o feito ante o
reconhecimento de Repercussão Geral pelo STF nos autos do Recurso Extraordinário n.1.023.750-SC,
em que se discute o Tema n. 951/STF que trata do direito dos servidores federais às diferenças
relacionadas ao reajuste de 47,11% sobre a parcela denominada adiantamento do PCCS (adiantamento
pecuniário) após a mudança para o regime estatutário, em 23/06/2017, tema do presente feito, e, em
cumprimento ao disposto no art. 1.037, inciso II, do novo Código de Processo Civil.
2. A parte agravante deseja o prosseguimento do feito levando em consideração o argumento de que
processos semelhantes estão com seus trâmites mantidos em várias outras Turmas Recursais, não
havendo motivos plausíveis para a manutenção da suspensão do feito. Juntou várias decisões.
3. No que tange ao assunto em questão, temos que em 14/6/2018, o DJE publicou acórdão do STF,
exarado no RE n. 1.023.750/SC, reconhecendo a repercussão geral no julgamento da matéria tratada no
recurso interposto pela parte. Por essa razão, o STJ tem devolvido aos tribunais regionais federais todos
os recursos especiais que tratam dessa tema, com ordem para que, "após a publicação do aresto a ser
proferido no Recurso Extraordinário n. 1.023.750/SC - e em observância ao art. 1.040 do CPC/2015 -,
seja a lide analisada". A controvérsia deve aguardar o julgamento do paradigma, viabilizando, assim, o
juízo de conformação, hoje disciplinado pelos arts. 1.039 e 1.040 do CPC/2015. 4. A Primeira Turma, ao
apreciar o REsp 1.610.028/SC, em 14/11/2017 (relator para acórdão Min. Gurgel de Faria, julgado
pendente de publicação), firmou o entendimento de que, reconhecida a repercussão geral pelo STF, é
prematura a apreciação do feito, devendo este retornar ao Tribunal de origem para que, após a
publicação do aresto a ser proferido no Recurso Extraordinário n. 1.023.750/SC - e em observância ao
art. 1.040 do CPC/2015 -, seja a lide analisada” (STJ, EDAIRESP 1615581, Min. Gurgel de Faria, 1ª
Turma, DJE 9/5/2018).
4. Suspensão do processo mantida. 5. Agravo desprovido.

PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

8B29604D2F260BFD203E2B7A4CBDF699 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


2
ACÓRDÃO

Decide a Turma Recursal, à unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao agravo interno interposto pela parte
autora, nos termos do voto do Relator.
201

Brasília - DF, 29/10/2019

Antonio Claudio Macedo da Silva Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal Relator 1

PROCESSO Nº 0020973-63.2018.4.01.3400 RELATOR : JUIZ FEDERAL ANTONIO CLAUDIO


MACEDO DA SILVA RECORRENTE(S) : SERGIO FERREIRA DE ALMEIDA ADVOGADO :
DF00025089 - GILBERTO SIEBRA MONTEIRO RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL ADVOGADO
:

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
EMENTA

AGRAVO INTERNO. REAJUSTE 47,11%. MANUTENÇÃO DA DECISÃO QUE SUSPENDEU O FEITO.


RE n. 1.023.750-SC. TEMA 951/STF. AGRAVO DESPROVIDO.
1. Agravo Interno interposto pela parte autora contra a decisão monocrática que suspendeu o feito ante o
reconhecimento de Repercussão Geral pelo STF nos autos do Recurso Extraordinário n.1.023.750-SC,
em que se discute o Tema n. 951/STF que trata do direito dos servidores federais às diferenças
relacionadas ao reajuste de 47,11% sobre a parcela denominada adiantamento do PCCS (adiantamento
pecuniário) após a mudança para o regime estatutário, em 23/06/2017, tema do presente feito, e, em
cumprimento ao disposto no art. 1.037, inciso II, do novo Código de Processo Civil.
2. A parte agravante deseja o prosseguimento do feito levando em consideração o argumento de que
processos semelhantes estão com seus trâmites mantidos em várias outras Turmas Recursais, não
havendo motivos plausíveis para a manutenção da suspensão do feito. Juntou várias decisões.
3. No que tange ao assunto em questão, temos que em 14/6/2018, o DJE publicou acórdão do STF,
exarado no RE n. 1.023.750/SC, reconhecendo a repercussão geral no julgamento da matéria tratada no
recurso interposto pela parte. Por essa razão, o STJ tem devolvido aos tribunais regionais federais todos
os recursos especiais que tratam dessa tema, com ordem para que, "após a publicação do aresto a ser
proferido no Recurso Extraordinário n. 1.023.750/SC - e em observância ao art. 1.040 do CPC/2015 -,
seja a lide analisada". A controvérsia deve aguardar o julgamento do paradigma, viabilizando, assim, o
juízo de conformação, hoje disciplinado pelos arts. 1.039 e 1.040 do CPC/2015. 4. A Primeira Turma, ao
apreciar o REsp 1.610.028/SC, em 14/11/2017 (relator para acórdão Min. Gurgel de Faria, julgado
pendente de publicação), firmou o entendimento de que, reconhecida a repercussão geral pelo STF, é
prematura a apreciação do feito, devendo este retornar ao Tribunal de origem para que, após a
publicação do aresto a ser proferido no Recurso Extraordinário n. 1.023.750/SC - e em observância ao
art. 1.040 do CPC/2015 -, seja a lide analisada” (STJ, EDAIRESP 1615581, Min. Gurgel de Faria, 1ª
Turma, DJE 9/5/2018).
4. Suspensão do processo mantida. 5. Agravo desprovido.

PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

4528DA06FDC8A23EFD3BD61C6F0ADC77 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


2
ACÓRDÃO

Decide a Turma Recursal, à unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao agravo interno interposto pela parte
autora, nos termos do voto do Relator.
Brasília - DF, 29/10/2019

Antonio Claudio Macedo da Silva Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal Relator 1

PROCESSO Nº 0029360-72.2015.4.01.3400 RELATOR : JUIZ FEDERAL ANTONIO CLAUDIO


MACEDO DA SILVA RECORRENTE(S) : UNIAO FEDERAL ADVOGADO : - PEDRO SERAFIM
DE OLIVEIRA FILHO RECORRIDO(S) : MARIA ELIZA MUNIZ DA SILVA DO NASCIMENTO
ADVOGADO : MG0095876A - ERALDO LACERDA JUNIOR
EMENTA
202

PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. RAZÕES DISSOCIADAS DOS FUNDAMENTOS


DO ACÓRDÃO. EMBARGOS NÃO CONHECIDOS.
1. Embargos de Declaração opostos pela parte ré em face de acórdão lavrado por esta Turma Recursal.
2. Alega a parte ré que o acórdão lavrado por esta Turma Recursal contém omissão, pois embora o
Supremo Tribunal Federal no RE 870.947 tenha declarado a inconstitucionalidade da TR para a correção
monetária das condenações da Fazenda Pública antes da inscrição do precatório, ainda não houve a
publicação do acórdão, tampouco houve modulação dos efeitos da decisão.
3. Os embargos não merecem ser conhecidos, porque as razões estão dissociadas dos fundamentos do
acórdão, o qual aplicou o Precedente do STJ, REsp 1.495.146/MG, como parâmetro de fixação de juros e
correção monetária, e não o RE 870.947.

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
4. Embargos de declaração não conhecidos.

ACÓRDÃO

Decide a Terceira Turma Recursal, por unanimidade, nos termos do voto do Relator, NÃO CONHECER
DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.
Brasília – DF, 29/10/2019.

Antonio Claudio Macedo da Silva Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal Relator 1

PROCESSO Nº 0015718-27.2018.4.01.3400 RELATOR : JUIZ FEDERAL ANTONIO CLAUDIO


MACEDO DA SILVA RECORRENTE(S) : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL) ADVOGADO :
- CELIA FERREIRA TAVARES DE LYRA RECORRIDO(S) : SUELY SANTOS DE SA MENDES
ADVOGADO : DF00038160 - ALESSANDRA CALDAS BEZERRA E OUTRO(S)

EMENTA

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. RETENÇÃO DA CONTRIBUIÇÃO À SEGURIDADE SOCIAL NO


MOMENTO DO PAGAMENTO DO PRECATÓRIO. INEXISTÊNCIA DE OMISSÃO, OBSCURIDADE OU
CONTRADIÇÃO NO ARESTO EMBARGADO. EMBARGOS REJEITADOS.
1. Embargos de declaração opostos pela União com o objetivo de sanar cotradição no acórdão lavrado
por esta Turma Recursal que manteve a sentença que julgou procedente em parte o pedido para
reconhecer a inexigibilidade da Contribuição Social ao Plano de Seguridade do Servidor Público (PSS).
2. Alega a embargante: (...) “verifica-se a existência de contradição no v. acórdão uma vez que, não
obstante tenha fundamentado a decisão no sentido de que a contribuição ao PSS pelos servidores
aposentados e pensionistas passou a ser exigida a partir de 20 de maio de 2004, nos termos do art. 16-a
da lei nº 10.887/2004, manteve a r. sentença que entendeu pela inexigibilidade de contribuição
previdenciária sobre os valores anteriores a junho de 2004, inclusive.”
3. O recurso de embargos de declaração não se presta ao rejulgamento da lide, mas tão somente para
expungir omissões, aclarar pontos obscuros ou afastar contradição no decisum embargado (cf.
NCPC/2015, art. 1.022, incs. I e II).
4. Não merecem prosperar as alegações da União, tendo em vista que o conteúdo do decisum é, no
entendimento deste magistrado, de clareza solar ao manter a sentença que julgou procedente em parte o
pedido nos seguintes termos : [...]condenar a parte ré na restituição, em favor da parte autora, dos
seguintes valores descontados indevidamente a título de contribuição para o PSS incidente sobre as
parcelas do reajuste de 3,17% recebidas judicialmente: a) a totalidade da contribuição incidente sobre o
principal corrigido da dívida no período entre a data em que a parte autora se aposentou (maio de 2000) e
o mês de junho de 2004, inclusive; b) a diferença entre a incidência de 11% sobre o valor do principal
corrigido e a incidência de 11% mês a mês sobre os valores excedentes do teto do RGPS no período de
julho de 2004 a setembro de 2005; e c) a totalidade da contribuição incidente sobre os juros de mora em
relação a todas as competências.
5. No caso em exame, deflui da análise dos argumentos trazidos pela embargante que as irresignações
articuladas não merecem ser acolhidas, porque, na espécie, inexiste o vício processual apontado.
Ademais, a recalcitrância das partes ou sua dificuldade intelectiva na interpretação da decisão não
encontram amparo nas hipóteses descritas no art. 1.022 do CPC/2015.
6. Embargos de declaração rejeitados.

ACÓRDÃO
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
203

F50B20FCA23C2952599357200F327D17 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


2

Decide a Terceira Turma Recursal, por unanimidade, nos termos do voto do Relator, REJEITAR OS
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.
Brasília – DF, 29/10/2019.

Antonio Claudio Macedo da Silva Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal Relator 1

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
PROCESSO Nº 0016144-73.2017.4.01.3400 RELATOR : JUIZ FEDERAL ANTONIO CLAUDIO
MACEDO DA SILVA RECORRENTE(S) : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL) ADVOGADO :
- CELIA FERREIRA TAVARES DE LYRA RECORRIDO(S) : CLOSMAR CARLOS LORENZETTO
ADVOGADO : DF00012284 - FERNANDO FREIRE DIAS E OUTRO(S)
EMENTA

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. RETENÇÃO DA CONTRIBUIÇÃO À SEGURIDADE SOCIAL NO


MOMENTO DO PAGAMENTO DO PRECATÓRIO. INEXISTÊNCIA DE OMISSÃO, OBSCURIDADE OU
CONTRADIÇÃO NO ARESTO EMBARGADO. EMBARGOS REJEITADOS.
1. Embargos de declaração opostos pela União com o objetivo de sanar cotradição no acórdão lavrado
por esta Turma Recursal que manteve a sentença que julgou procedente em parte o pedido para
reconhecer a inexigibilidade da Contribuição Social ao Plano de Seguridade do Servidor Público (PSS).
2. Alega a embargante: (...) “verifica-se a existência de contradição no v. acórdão uma vez que, não
obstante tenha fundamentado a decisão no sentido de que a contribuição ao PSS pelos servidores
aposentados e pensionistas passou a ser exigida a partir de 20 de maio de 2004, nos termos do art. 16-a
da lei nº 10.887/2004, manteve a r. sentença que entendeu pela inexigibilidade de contribuição
previdenciária sobre os valores anteriores a junho de 2004, inclusive.”
3. O recurso de embargos de declaração não se presta ao rejulgamento da lide, mas tão somente para
expungir omissões, aclarar pontos obscuros ou afastar contradição no decisum embargado (cf.
NCPC/2015, art. 1.022, incs. I e II).
4. Não merecem prosperar as alegações da União, tendo em vista que o conteúdo do decisum é, no
entendimento deste magistrado, de clareza solar ao manter a sentença que julgou procedente em parte o
pedido nos seguintes termos : [...]condenar a parte ré na restituição, em favor da parte autora, dos
seguintes valores descontados indevidamente a título de contribuição para o PSS incidente sobre as
parcelas do reajuste de 3,17% recebidas judicialmente: a) a totalidade da contribuição incidente sobre o
principal corrigido da dívida no período entre a data em que a parte autora se aposentou (maio de 2000) e
o mês de junho de 2004, inclusive; b) a diferença entre a incidência de 11% sobre o valor do principal
corrigido e a incidência de 11% mês a mês sobre os valores excedentes do teto do RGPS no período de
julho de 2004 a setembro de 2005; e c) a totalidade da contribuição incidente sobre os juros de mora em
relação a todas as competências.
5. No caso em exame, deflui da análise dos argumentos trazidos pela embargante que as irresignações
articuladas não merecem ser acolhidas, porque, na espécie, inexiste o vício processual apontado.
Ademais, a recalcitrância das partes ou sua dificuldade intelectiva na interpretação da decisão não
encontram amparo nas hipóteses descritas no art. 1.022 do CPC/2015.
6. Embargos de declaração rejeitados.

ACÓRDÃO
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

95E9CB967A5CD9CFDF57A7E94EF20DA4 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


2

Decide a Terceira Turma Recursal, por unanimidade, nos termos do voto do Relator, REJEITAR OS
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.
Brasília – DF, 29/10/2019.

Antonio Claudio Macedo da Silva Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal Relator 1

PROCESSO Nº 0003909-74.2017.4.01.3400 RELATOR : JUIZ FEDERAL ANTONIO CLAUDIO


MACEDO DA SILVA RECORRENTE(S) : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL) ADVOGADO :
204

- CELIA FERREIRA TAVARES DE LYRA RECORRIDO(S) : ENI MARTINS FRANCA BORGES


ADVOGADO : DF00012284 - FERNANDO FREIRE DIAS E OUTRO(S)
EMENTA

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. RETENÇÃO DA CONTRIBUIÇÃO À SEGURIDADE SOCIAL NO


MOMENTO DO PAGAMENTO DO PRECATÓRIO. INEXISTÊNCIA DE OMISSÃO, OBSCURIDADE OU
CONTRADIÇÃO NO ARESTO EMBARGADO. EMBARGOS REJEITADOS.
1. Embargos de declaração opostos pela União com o objetivo de sanar cotradição no acórdão lavrado
por esta Turma Recursal que manteve a sentença que julgou procedente em parte o pedido para
reconhecer a inexigibilidade da Contribuição Social ao Plano de Seguridade do Servidor Público (PSS).

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
2. Alega a embargante: (...) “verifica-se a existência de contradição no v. acórdão uma vez que, não
obstante tenha fundamentado a decisão no sentido de que a contribuição ao PSS pelos servidores
aposentados e pensionistas passou a ser exigida a partir de 20 de maio de 2004, nos termos do art. 16-a
da lei nº 10.887/2004, manteve a r. sentença que entendeu pela inexigibilidade de contribuição
previdenciária sobre os valores anteriores a junho de 2004, inclusive.”
3. O recurso de embargos de declaração não se presta ao rejulgamento da lide, mas tão somente para
expungir omissões, aclarar pontos obscuros ou afastar contradição no decisum embargado (cf.
NCPC/2015, art. 1.022, incs. I e II).
4. Não merecem prosperar as alegações da União, tendo em vista que o conteúdo do decisum é, no
entendimento deste magistrado, de clareza solar ao manter a sentença que julgou procedente em parte o
pedido nos seguintes termos : [...]condenar a parte ré na restituição, em favor da parte autora, dos
seguintes valores descontados indevidamente a título de contribuição para o PSS incidente sobre as
parcelas do reajuste de 3,17% recebidas judicialmente: a) a totalidade da contribuição incidente sobre o
principal corrigido da dívida no período entre a data em que a parte autora se aposentou (maio de 2000) e
o mês de junho de 2004, inclusive; b) a diferença entre a incidência de 11% sobre o valor do principal
corrigido e a incidência de 11% mês a mês sobre os valores excedentes do teto do RGPS no período de
julho de 2004 a setembro de 2005; e c) a totalidade da contribuição incidente sobre os juros de mora em
relação a todas as competências.
5. No caso em exame, deflui da análise dos argumentos trazidos pela embargante que as irresignações
articuladas não merecem ser acolhidas, porque, na espécie, inexiste o vício processual apontado.
Ademais, a recalcitrância das partes ou sua dificuldade intelectiva na interpretação da decisão não
encontram amparo nas hipóteses descritas no art. 1.022 do CPC/2015.
6. Embargos de declaração rejeitados.

ACÓRDÃO
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

28864FE133A8BBFA4D0AEC39495F32D7 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


2

Decide a Terceira Turma Recursal, por unanimidade, nos termos do voto do Relator, REJEITAR OS
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.
Brasília – DF, 29/10/2019.

Antonio Claudio Macedo da Silva Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal Relator 1

PROCESSO Nº 0033344-59.2018.4.01.3400 RELATOR : JUIZ FEDERAL ANTONIO CLAUDIO


MACEDO DA SILVA RECORRENTE(S) : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL) ADVOGADO :
- CELIA FERREIRA TAVARES DE LYRA RECORRIDO(S) : DORIVAN FERREIRA RODRIGUES
ADVOGADO : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS

EMENTA

PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. ACÓRDÃO EM DESACORDO COM A


HIPÓTESE DOS AUTOS. EXISTÊNCIA DE ERRO MATERIAL. RECONHECIMENTO DE OFÍCIO.
ANULAÇÃO DO ACÓRDÃO. NOVA INCLUSÃO EM PAUTA PARA JULGAMENTO. ADMINISTRATIVO E
TRIBUTÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO. AUXÍLIO PRÉ-ESCOLAR. INCIDÊNCIA DE IMPOSTO DE RENDA.
PRESCRIÇÃO QUINQUENAL. PEDIDO ADMINISTRATIVO VISANDO À RESTITUIÇÃO REFERENTE
AOS EXERCÍCIOS DE 2008 A 2012. SUPOSTO RECONHECIMENTO ADMINISTRATIVO DA NÃO-
INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA COMO CAUSA INTERRUPTIVA DO LAPSO PRESCRICIONAL. MERA
FUNDAMENTAÇÃO DA DECISÃO PROFERIDA ADMINISTRATIVAMENTE. ENTENDIMENTO DA
ADMINISTRAÇÃO QUE RESULTOU, INCLUSIVE, NA CESSAÇÃO DA TRIBUTAÇÃO A PARTIR DOS
205

EXERCÍCIOS SEGUINTES ÀQUELES COMPREENDIDOS NO PEDIDO DE RESTITUIÇÃO. PLEITO


FULMINADO PELA PRESCRIÇÃO QUINQUENAL. EMBARGOS OPOSTOS PELA UNIÃO ACOLHIDOS
PARA PROVER O RECURSO INOMINADO.
1. Embargos de Declaração opostos pela União em face de acórdão lavrado por esta Turma Recursal sob
alegação de erro material quanto à matéria discutida nos autos.
2. Na realidade, o acórdão proferido por essa Turma Recursal tratou de situação diversa da hipótese dos
autos. Houve descompasso entre a questão fática e jurídica trazida à análise nos presentes autos e a
decisão proferida por este Órgão Colegiado, devendo, portanto, ser considerado nulo o julgado.
3. Reconhecimento de oficio de erro material no acórdão para que o mesmo seja anulado e novo acórdão
seja proferido. Com fundamento no art. 494, inc. I, do NCPC/2015, o erro material, equívoco facilmente

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
perceptível, pode ser corrigido pelo juiz, de ofício ou a requerimento da parte, em qualquer tempo ou grau
de jurisdição, pois não transita em julgado.
4. Novo julgamento. Recurso da União contra sentença que julgou procedente em parte o pedido para
declarar a inexistência de relação jurídico/tributária que obrigue a parte autora ao pagamento de imposto
de renda sobre os valores recebidos a título de auxíliocreche/pré-escolar; bem como restituir os valores
reconhecidos administrativamente, conforme processo administrativo nº 21.441/2012, referentes a não
incidência do imposto de renda [retido na fonte] sobre o Auxílio-creche/pré-escolar.
5. No mérito, acolhe-se o entendimento adotado pelas Turmas Recursais do DF, utilizando-se como
referência o acórdão do processo nº 0038094-07.2018.4.01.3400, que teve como Relator o Juiz Federal
Rui Costa Gonçalves, 3ª Turma Recursal - DF, julgado em 01/10/2019.
4. O pedido da parte autora se refere à restituição de imposto de renda que foram recolhidos entre o
período de 2008 a 2012, por conta de incidência sobre valores pagos pela Administração como
AuxílioCreche.
5. Acompanhando a petição inicial, a parte autora apresentou cópias das peças do Processo
Administrativo TJDFT n. 19.502/2016, iniciado a parte de requerimento formulado pela ASEJUS -
Associação dos Servidores da Justiça do Distrito Federal, protocolado no dia 14.10.2016, objetivando, no
ponto que interessa ao
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

9C6E09CEFF093FDCB6402F6013E12774 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


2
deslinde da presente demanda, a "restituição do Imposto de Renda retido na fonte, incidente sobre os
valores pagos a título de auxílio creche ou pré-escolar, com efeitos retroativos aos últimos cinco anos
contados da decisão exarada no PA n. 21.441/2012, efetivando seu adequado adimplemento, mediante
alteração das Declarações do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte - DIRF".
6. Conforme elucidado pela parte autora, na petição inicial, o pedido de restituição de valores em comento
restou indeferido pela Autoridade destinatária do pleito, tendo sido acolhimento somente o pleito
destinado à emissão de novas DIRF´s, sem que isso tenha importado em reconhecimento quanto à
procedência daquela outra pretensão, vez que tal documento se destina especificamente ao Fisco
Federal, cabendo ao contribuinte, se for o caso, apresentar a respectiva Declaração Anual de Ajuste
retificada, sem que haja qualquer vinculação quanto à Administração Tributária, como pretendido pela
demandante, no que diz respeito a promover devolução de tributos incidentes sobre os valores
registrados nos novos documentos expedidos.
7. Assim, apresenta-se como juridicamente insustentável a alegação no sentido de que a decisão
proferida no aludido Processo Administrativo, em 22 de fevereiro de 2017, dando como improcedente o
pedido de restituição de tributo demandado por Entidade Associativa da qual a parte autora é filiada,
renovado nos presentes autos, tenha importado em reconhecimento do pedido e, assim, gerado
interrupção do prazo prescricional. Na verdade, ocorreu o contrário do alegado pela ora recorrente,
conforme explicitado acima.
8. Diante do exposto, conclui-se que merece reparo a sentença recorrida, vez que a presente ação foi
proposta em 2018, quando a pretensão levada ao conhecimento do Juízo de primeiro grau já se
encontrava fulminada pela prescrição quinquenal.
9. Embargos de declaração acolhidos para dar provimento ao recurso da União, e, reconhecendo a
prescrição quinquenal, julgar extinto o processo, com exame do mérito, com base no art. 487, II, do
CPC/2015.
10. Incabível a condenação em honorários advocatícios e custas processuais.

ACÓRDÃO

Decide a Terceira Turma Recursal, à unanimidade, ANULAR, DE OFÍCIO, O JULGAMENTO ANTERIOR


e, prosseguindo no julgamento, ACOLHER OS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, E, DAR PROVIMENTO
ao recurso da União, nos termos do voto do Relator.
Brasília – DF, 29/10/2019
206

Antonio Claudio Macedo da Silva Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal Relator 1

PROCESSO Nº 0033372-27.2018.4.01.3400 RELATOR : JUIZ FEDERAL ANTONIO CLAUDIO


MACEDO DA SILVA RECORRENTE(S) : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL) ADVOGADO :
- CELIA FERREIRA TAVARES DE LYRA RECORRIDO(S) : LIANE SANTOS SILVA ADVOGADO :
DF00019275 - RENATO BORGES BARROS

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
EMENTA

PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. ACÓRDÃO EM DESACORDO COM A


HIPÓTESE DOS AUTOS. EXISTÊNCIA DE ERRO MATERIAL. RECONHECIMENTO DE OFÍCIO.
ANULAÇÃO DO ACÓRDÃO. NOVA INCLUSÃO EM PAUTA PARA JULGAMENTO. ADMINISTRATIVO E
TRIBUTÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO. AUXÍLIO PRÉ-ESCOLAR. INCIDÊNCIA DE IMPOSTO DE RENDA.
PRESCRIÇÃO QUINQUENAL. PEDIDO ADMINISTRATIVO VISANDO À RESTITUIÇÃO REFERENTE
AOS EXERCÍCIOS DE 2008 A 2012. SUPOSTO RECONHECIMENTO ADMINISTRATIVO DA NÃO-
INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA COMO CAUSA INTERRUPTIVA DO LAPSO PRESCRICIONAL. MERA
FUNDAMENTAÇÃO DA DECISÃO PROFERIDA ADMINISTRATIVAMENTE. ENTENDIMENTO DA
ADMINISTRAÇÃO QUE RESULTOU, INCLUSIVE, NA CESSAÇÃO DA TRIBUTAÇÃO A PARTIR DOS
EXERCÍCIOS SEGUINTES ÀQUELES COMPREENDIDOS NO PEDIDO DE RESTITUIÇÃO. PLEITO
FULMINADO PELA PRESCRIÇÃO QUINQUENAL. EMBARGOS OPOSTOS PELA UNIÃO ACOLHIDOS
PARA PROVER O RECURSO INOMINADO.
1. Embargos de Declaração opostos pela União em face de acórdão lavrado por esta Turma Recursal sob
alegação de erro material quanto à matéria discutida nos autos.
2. Na realidade, o acórdão proferido por essa Turma Recursal tratou de situação diversa da hipótese dos
autos. Houve descompasso entre a questão fática e jurídica trazida à análise nos presentes autos e a
decisão proferida por este Órgão Colegiado, devendo, portanto, ser considerado nulo o julgado.
3. Reconhecimento de oficio de erro material no acórdão para que o mesmo seja anulado e novo acórdão
seja proferido. Com fundamento no art. 494, inc. I, do NCPC/2015, o erro material, equívoco facilmente
perceptível, pode ser corrigido pelo juiz, de ofício ou a requerimento da parte, em qualquer tempo ou grau
de jurisdição, pois não transita em julgado.
4. Novo julgamento. Recurso da União contra sentença que julgou procedente em parte o pedido para
declarar a inexistência de relação jurídico/tributária que obrigue a parte autora ao pagamento de imposto
de renda sobre os valores recebidos a título de auxíliocreche/pré-escolar; bem como restituir os valores
reconhecidos administrativamente, conforme processo administrativo nº 21.441/2012, referentes a não
incidência do imposto de renda [retido na fonte] sobre o Auxílio-creche/pré-escolar.
5. No mérito, acolhe-se o entendimento adotado pelas Turmas Recursais do DF, utilizando-se como
referência o acórdão do processo nº 0038094-07.2018.4.01.3400, que teve como Relator o Juiz Federal
Rui Costa Gonçalves, 3ª Turma Recursal - DF, julgado em 01/10/2019.
4. O pedido da parte autora se refere à restituição de imposto de renda que foram recolhidos entre o
período de 2008 a 2012, por conta de incidência sobre valores pagos pela Administração como
AuxílioCreche.
5. Acompanhando a petição inicial, a parte autora apresentou cópias das peças do Processo
Administrativo TJDFT n. 19.502/2016, iniciado a parte de requerimento formulado pela ASEJUS -
Associação dos Servidores da Justiça do Distrito Federal, protocolado no dia 14.10.2016, objetivando, no
ponto que interessa ao
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

DAE22F362C170CAAD7505D20CDDF5376 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


2
deslinde da presente demanda, a "restituição do Imposto de Renda retido na fonte, incidente sobre os
valores pagos a título de auxílio creche ou pré-escolar, com efeitos retroativos aos últimos cinco anos
contados da decisão exarada no PA n. 21.441/2012, efetivando seu adequado adimplemento, mediante
alteração das Declarações do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte - DIRF".
6. Conforme elucidado pela parte autora, na petição inicial, o pedido de restituição de valores em comento
restou indeferido pela Autoridade destinatária do pleito, tendo sido acolhimento somente o pleito
destinado à emissão de novas DIRF´s, sem que isso tenha importado em reconhecimento quanto à
procedência daquela outra pretensão, vez que tal documento se destina especificamente ao Fisco
Federal, cabendo ao contribuinte, se for o caso, apresentar a respectiva Declaração Anual de Ajuste
retificada, sem que haja qualquer vinculação quanto à Administração Tributária, como pretendido pela
demandante, no que diz respeito a promover devolução de tributos incidentes sobre os valores
registrados nos novos documentos expedidos.
207

7. Assim, apresenta-se como juridicamente insustentável a alegação no sentido de que a decisão


proferida no aludido Processo Administrativo, em 22 de fevereiro de 2017, dando como improcedente o
pedido de restituição de tributo demandado por Entidade Associativa da qual a parte autora é filiada,
renovado nos presentes autos, tenha importado em reconhecimento do pedido e, assim, gerado
interrupção do prazo prescricional. Na verdade, ocorreu o contrário do alegado pela ora recorrente,
conforme explicitado acima.
8. Diante do exposto, conclui-se que merece reparo a sentença recorrida, vez que a presente ação foi
proposta em 2018, quando a pretensão levada ao conhecimento do Juízo de primeiro grau já se
encontrava fulminada pela prescrição quinquenal.
9. Embargos de declaração acolhidos para dar provimento ao recurso da União, e, reconhecendo a

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
prescrição quinquenal, julgar extinto o processo, com exame do mérito, com base no art. 487, II, do
CPC/2015.
10. Incabível a condenação em honorários advocatícios e custas processuais.

ACÓRDÃO

Decide a Terceira Turma Recursal, à unanimidade, ANULAR, DE OFÍCIO, O JULGAMENTO ANTERIOR


e, prosseguindo no julgamento, ACOLHER OS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, E, DAR PROVIMENTO
ao recurso da União, nos termos do voto do Relator.
Brasília – DF, 29/10/2019

Antonio Claudio Macedo da Silva Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal Relator 1

PROCESSO Nº 0032462-97.2018.4.01.3400 RELATOR : JUIZ FEDERAL ANTONIO CLAUDIO


MACEDO DA SILVA RECORRENTE(S) : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL) ADVOGADO :
- CELIA FERREIRA TAVARES DE LYRA RECORRIDO(S) : BRUNO ARAUJO NOBREGA
ADVOGADO : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
EMENTA

PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. ACÓRDÃO EM DESACORDO COM A


HIPÓTESE DOS AUTOS. EXISTÊNCIA DE ERRO MATERIAL. RECONHECIMENTO DE OFÍCIO.
ANULAÇÃO DO ACÓRDÃO. NOVA INCLUSÃO EM PAUTA PARA JULGAMENTO. ADMINISTRATIVO E
TRIBUTÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO. AUXÍLIO PRÉ-ESCOLAR. INCIDÊNCIA DE IMPOSTO DE RENDA.
PRESCRIÇÃO QUINQUENAL. PEDIDO ADMINISTRATIVO VISANDO À RESTITUIÇÃO REFERENTE
AOS EXERCÍCIOS DE 2008 A 2012. SUPOSTO RECONHECIMENTO ADMINISTRATIVO DA NÃO-
INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA COMO CAUSA INTERRUPTIVA DO LAPSO PRESCRICIONAL. MERA
FUNDAMENTAÇÃO DA DECISÃO PROFERIDA ADMINISTRATIVAMENTE. ENTENDIMENTO DA
ADMINISTRAÇÃO QUE RESULTOU, INCLUSIVE, NA CESSAÇÃO DA TRIBUTAÇÃO A PARTIR DOS
EXERCÍCIOS SEGUINTES ÀQUELES COMPREENDIDOS NO PEDIDO DE RESTITUIÇÃO. PLEITO
FULMINADO PELA PRESCRIÇÃO QUINQUENAL. EMBARGOS OPOSTOS PELA UNIÃO ACOLHIDOS
PARA PROVER O RECURSO INOMINADO.
1. Embargos de Declaração opostos pela União em face de acórdão lavrado por esta Turma Recursal sob
alegação de erro material quanto à matéria discutida nos autos.
2. Na realidade, o acórdão proferido por essa Turma Recursal tratou de situação diversa da hipótese dos
autos. Houve descompasso entre a questão fática e jurídica trazida à análise nos presentes autos e a
decisão proferida por este Órgão Colegiado, devendo, portanto, ser considerado nulo o julgado.
3. Reconhecimento de oficio de erro material no acórdão para que o mesmo seja anulado e novo acórdão
seja proferido. Com fundamento no art. 494, inc. I, do NCPC/2015, o erro material, equívoco facilmente
perceptível, pode ser corrigido pelo juiz, de ofício ou a requerimento da parte, em qualquer tempo ou grau
de jurisdição, pois não transita em julgado.
4. Novo julgamento. Recurso da União contra sentença que julgou procedente em parte o pedido para
declarar a inexistência de relação jurídico/tributária que obrigue a parte autora ao pagamento de imposto
de renda sobre os valores recebidos a título de auxíliocreche/pré-escolar; bem como restituir os valores
reconhecidos administrativamente, conforme processo administrativo nº 21.441/2012, referentes a não
incidência do imposto de renda [retido na fonte] sobre o Auxílio-creche/pré-escolar.
5. No mérito, acolhe-se o entendimento adotado pelas Turmas Recursais do DF, utilizando-se como
referência o acórdão do processo nº 0038094-07.2018.4.01.3400, que teve como Relator o Juiz Federal
Rui Costa Gonçalves, 3ª Turma Recursal - DF, julgado em 01/10/2019.
4. O pedido da parte autora se refere à restituição de imposto de renda que foram recolhidos entre o
período de 2008 a 2012, por conta de incidência sobre valores pagos pela Administração como
AuxílioCreche.
5. Acompanhando a petição inicial, a parte autora apresentou cópias das peças do Processo
Administrativo TJDFT n. 19.502/2016, iniciado a parte de requerimento formulado pela ASEJUS -
208

Associação dos Servidores da Justiça do Distrito Federal, protocolado no dia 14.10.2016, objetivando, no
ponto que interessa ao
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EB2AFDFF424C578F05BB7FFA440D29C7 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


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deslinde da presente demanda, a "restituição do Imposto de Renda retido na fonte, incidente sobre os

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valores pagos a título de auxílio creche ou pré-escolar, com efeitos retroativos aos últimos cinco anos
contados da decisão exarada no PA n. 21.441/2012, efetivando seu adequado adimplemento, mediante
alteração das Declarações do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte - DIRF".
6. Conforme elucidado pela parte autora, na petição inicial, o pedido de restituição de valores em comento
restou indeferido pela Autoridade destinatária do pleito, tendo sido acolhimento somente o pleito
destinado à emissão de novas DIRF´s, sem que isso tenha importado em reconhecimento quanto à
procedência daquela outra pretensão, vez que tal documento se destina especificamente ao Fisco
Federal, cabendo ao contribuinte, se for o caso, apresentar a respectiva Declaração Anual de Ajuste
retificada, sem que haja qualquer vinculação quanto à Administração Tributária, como pretendido pela
demandante, no que diz respeito a promover devolução de tributos incidentes sobre os valores
registrados nos novos documentos expedidos.
7. Assim, apresenta-se como juridicamente insustentável a alegação no sentido de que a decisão
proferida no aludido Processo Administrativo, em 22 de fevereiro de 2017, dando como improcedente o
pedido de restituição de tributo demandado por Entidade Associativa da qual a parte autora é filiada,
renovado nos presentes autos, tenha importado em reconhecimento do pedido e, assim, gerado
interrupção do prazo prescricional. Na verdade, ocorreu o contrário do alegado pela ora recorrente,
conforme explicitado acima.
8. Diante do exposto, conclui-se que merece reparo a sentença recorrida, vez que a presente ação foi
proposta em 2018, quando a pretensão levada ao conhecimento do Juízo de primeiro grau já se
encontrava fulminada pela prescrição quinquenal.
9. Embargos de declaração acolhidos para dar provimento ao recurso da União, e, reconhecendo a
prescrição quinquenal, julgar extinto o processo, com exame do mérito, com base no art. 487, II, do
CPC/2015.
10. Incabível a condenação em honorários advocatícios e custas processuais.

ACÓRDÃO

Decide a Terceira Turma Recursal, à unanimidade, ANULAR, DE OFÍCIO, O JULGAMENTO ANTERIOR


e, prosseguindo no julgamento, ACOLHER OS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, E, DAR PROVIMENTO
ao recurso da União, nos termos do voto do Relator.
Brasília – DF, 29/10/2019

Antonio Claudio Macedo da Silva Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal Relator 1

PROCESSO Nº 0024803-71.2017.4.01.3400 RELATOR : JUIZ FEDERAL ANTONIO CLAUDIO


MACEDO DA SILVA RECORRENTE(S) : UNIAO FEDERAL ADVOGADO : - LUIZ FELIPE
CARDOSO DE MORAES FILHO RECORRIDO(S) : FRANCISCO ANANIAS DE PAULA COELHO
ADVOGADO : RJ00189689 - RODRIGO DA COSTA GOMES
EMENTA

PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. RAZÕES DISSOCIADAS DOS FUNDAMENTOS


DO ACÓRDÃO. EMBARGOS NÃO CONHECIDOS.
1. Embargos de Declaração opostos pela parte ré em face de acórdão lavrado por esta Turma Recursal.
2. Alega a parte ré que o acórdão lavrado por esta Turma Recursal contém omissão, pois embora o
Supremo Tribunal Federal no RE 870.947 tenha declarado a inconstitucionalidade da TR para a correção
monetária das condenações da Fazenda Pública antes da inscrição do precatório, ainda não houve a
publicação do acórdão, tampouco houve modulação dos efeitos da decisão.
3. Os embargos não merecem ser conhecidos, porque as razões estão dissociadas dos fundamentos do
acórdão, o qual aplicou o Precedente do STJ, REsp 1.495.146/MG, como parâmetro de fixação de juros e
correção monetária, e não o RE 870.947.
4. Embargos de declaração não conhecidos.

ACÓRDÃO
209

Decide a Terceira Turma Recursal, por unanimidade, nos termos do voto do Relator, NÃO CONHECER
DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.
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Antonio Claudio Macedo da Silva Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal Relator 1

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
PROCESSO Nº 0015614-69.2017.4.01.3400 RELATOR : JUIZ FEDERAL ANTONIO CLAUDIO
MACEDO DA SILVA RECORRENTE(S) : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL) ADVOGADO :
- CELIA FERREIRA TAVARES DE LYRA RECORRIDO(S) : ROBERTA MENON PEREIRA DE
BARROS E OUTRO(S) ADVOGADO : DF00043618 - LORENA BORGES SANTOS
EMENTA

PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. ERRO MATERIAL. EXISTÊNCIA. EMBARGOS


ACOLHIDOS.
1. Embargos de Declaração opostos pela parte autora em face de acórdão lavrado por esta Turma
Recursal sob alegação de erro material nos itens 8 e 9.
2. Da análise dos autos, verifica-se que, de fato, houve o alegado erro material, impondo-se a superação
da falha apontada. Embargos acolhidos para determinar que a ementa tenha a seguinte redação:
8. Recurso da União provido para julgar improcedente o pedido.
9. Incabível a condenação em honorários advocatícios e custas processuais.

ACÓRDÃO

Decide a Terceira Turma Recursal, por unanimidade, DAR PROVIMENTO ao recurso da União, nos
termos do voto do Relator.

3. Embargos acolhidos, sem efeito modificativo, para integrar o acórdão embargado e expungir erro
material.

ACÓRDÃO

Decide a Terceira Turma Recursal, à unanimidade, ACOLHER OS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, nos


termos do voto do Relator.
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PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
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Antonio Claudio Macedo da Silva Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal Relator 1

PROCESSO Nº 0011731-80.2018.4.01.3400 RELATOR : JUIZ FEDERAL ANTONIO CLAUDIO


MACEDO DA SILVA RECORRENTE(S) : UNIAO FEDERAL - UNIAO FEDERAL ADVOGADO : -
JACIRA DE ALENCAR ROCHADF00025089 - GILBERTO SIEBRA MONTEIRO RECORRIDO(S) :
ANTONIO DO SANTO RUFINO - UNIAO FEDERAL ADVOGADO : DF00025089 - GILBERTO
SIEBRA MONTEIRO - JACIRA DE ALENCAR ROCHA
EMENTA

PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. RAZÕES DISSOCIADAS DOS FUNDAMENTOS


DO ACÓRDÃO. EMBARGOS NÃO CONHECIDOS.
1. Embargos de Declaração opostos pela parte ré em face de acórdão lavrado por esta Turma Recursal.
2. Alega a parte ré que o acórdão lavrado por esta Turma Recursal contém omissão, pois embora o
Supremo Tribunal Federal no RE 870.947 tenha declarado a inconstitucionalidade da TR para a correção
monetária das condenações da Fazenda Pública antes da inscrição do precatório, ainda não houve a
publicação do acórdão, tampouco houve modulação dos efeitos da decisão.
210

3. Os embargos não merecem ser conhecidos, porque as razões estão dissociadas dos fundamentos do
acórdão, o qual aplicou o Precedente do STJ, REsp 1.495.146/MG, como parâmetro de fixação de juros e
correção monetária, e não o RE 870.947.
4. Embargos de declaração não conhecidos.

ACÓRDÃO

Decide a Terceira Turma Recursal, por unanimidade, nos termos do voto do Relator, NÃO CONHECER
DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.
Brasília – DF, 29/10/2019.

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Antonio Claudio Macedo da Silva Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal Relator 1

PROCESSO Nº 0029146-76.2018.4.01.3400 RELATOR : JUIZ FEDERAL ANTONIO CLAUDIO


MACEDO DA SILVA RECORRENTE(S) : UNIAO FEDERAL ADVOGADO : - LETICIA MACHADO
SALGADO RECORRIDO(S) : LAUDIMIRA DE MOTA FERNANDES ADVOGADO : DF00026873 -
ELAINE CRISTINA GOMES E OUTRO(S)
EMENTA

PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. RAZÕES DISSOCIADAS DOS FUNDAMENTOS


DO ACÓRDÃO. EMBARGOS NÃO CONHECIDOS.
1. Embargos de Declaração opostos pela parte ré em face de acórdão lavrado por esta Turma Recursal.
2. Alega a parte ré que o acórdão lavrado por esta Turma Recursal contém omissão, pois embora o
Supremo Tribunal Federal no RE 870.947 tenha declarado a inconstitucionalidade da TR para a correção
monetária das condenações da Fazenda Pública antes da inscrição do precatório, ainda não houve a
publicação do acórdão, tampouco houve modulação dos efeitos da decisão.
3. Os embargos não merecem ser conhecidos, porque as razões estão dissociadas dos fundamentos do
acórdão, o qual manteve a sentença no ponto em que aplicou o Precedente do STJ, REsp 1.495.146/MG,
como parâmetro de fixação de juros e correção monetária, e não o RE 870.947.
4. Embargos de declaração não conhecidos.

ACÓRDÃO

Decide a Terceira Turma Recursal, por unanimidade, nos termos do voto do Relator, NÃO CONHECER
DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.
Brasília – DF, 29/10/2019.

Antonio Claudio Macedo da Silva Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal Relator 1

PROCESSO Nº 0017745-80.2018.4.01.3400 RELATOR : JUIZ FEDERAL ANTONIO CLAUDIO


MACEDO DA SILVA RECORRENTE(S) : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL) ADVOGADO :
- CELIA FERREIRA TAVARES DE LYRA RECORRIDO(S) : MARIA DO SOCORRO BRAZIL
CAVALCANTI ADVOGADO : DF00055573 - MYLENE QUITÉRIA CALDAS E OUTRO(S)
EMENTA

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. PREQUESTIONAMENTO. PRETENSÃO INFRINGENTE DO


JULGADO. INEXISTÊNCIA DE OMISSÃO, OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO NO ARESTO
EMBARGADO. EMBARGOS REJEITADOS.
1. O recurso de embargos de declaração não se presta ao rejulgamento da lide, mas tão somente para
expungir omissões, aclarar pontos obscuros ou afastar contradição no aresto embargado.
2. No caso em exame, deflui da análise dos argumentos trazidos pela parte embargante que as
irresignações articuladas não merecem ser acolhidas, porque, na espécie, inexistem os vícios
processuais apontados, pretendendo a parte obter, tão somente, efeito infringente da decisão, o que não
se coaduna com o escopo do recurso aviado, no qual o efeito infringente dar-se-á somente quando
houver efetiva omissão, contradição ou obscuridade cujo saneamento tenha o efeito modificativo do
julgado como consequência lógica inafastável, o que não ocorre no presente caso.
3. Com efeito, conclui-se que o julgado embargado indicou fundamentos suficientes para a compreensão
das razões de decidir, sendo irrelevante a expressa menção aos dispositivos legais e constitucionais para
configurar-se o prequestionamento, já que é consenso que o juiz não está obrigado a responder a todas
as alegações das partes quando já tenha encontrado motivos suficientes para fundamentar sua decisão,
211

nem a ater-se aos fundamentos indicados por ela, tampouco a responder a todos os seus argumentos.
(Precedente do STJ: EDRESP 231.651/PE, Sexta Turma, Rel. Min. VICENTE LEAL, DJ de 14/08/2000).
4. Nesse sentido, a orientação remansosa da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, ad exemplum:
1. A omissão, contradição ou obscuridade, quando inocorrentes, tornam inviável a revisão em sede de
embargos de declaração, em face dos estreitos limites do art. 535 do CPC. 2. O magistrado não está
obrigado a rebater, um a um, os argumentos trazidos pela parte, desde que os fundamentos utilizados
tenham sido suficientes para embasar a decisão. 3. A revisão do julgado, com manifesto caráter
infringente, revela-se inadmissível, em sede de embargos. (Precedentes: AI n. 799.509-AgR-ED, Relator
o Ministro Marco Aurélio, 1ª Turma, DJe de 8/9/2011; e RE n. 591.260-AgR-ED, Relator o Ministro Celso
de Mello, 2ª Turma, DJe de 9/9/2011). [Grifos nossos.] [...] (ARE 764470 AgR-ED, Relator(a): Min. LUIZ

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
FUX, Primeira Turma, julgado em 07/10/2014, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-208 DIVULG 21-10-2014
PUBLIC 22-10-2014)
5. Embargos de declaração rejeitados.

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6ECCA154433A4EA243780B46CCB6040F TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


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ACÓRDÃO

Decide a Terceira Turma Recursal, por unanimidade, nos termos do voto do Relator, REJEITAR OS
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.
Brasília – DF, 29/10/2019

Antonio Claudio Macedo da Silva Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal Relator 1

PROCESSO Nº 0029179-66.2018.4.01.3400 RELATOR : JUIZ FEDERAL ANTONIO CLAUDIO


MACEDO DA SILVA RECORRENTE(S) : CESAR REIS FLORES DE SIQUEIRA ADVOGADO : -
DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO RECORRIDO(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-
INSS ADVOGADO :
EMENTA

PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO-DOENÇA/APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. PRELIMINAR DE


NULIDADE POR AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO DA SENTENÇA REJEITADA. INCAPACIDADE
NÃO COMPROVADA. REQUISITOS NÃO PREENCHIDOS. RECURSO DA PARTE AUTORA
DESPROVIDO.
1. Recurso da parte autora contra sentença que julgou improcedente o pedido inicial, ao fundamento de
que não restou caracterizada a incapacidade.
2. Em seu recurso, a parte autora suscita preliminar de nulidade da sentença por ausência de
fundamentação. No mérito, sustenta que existe direito à concessão do benefício por incapacidade.
3. Preliminar de nulidade da sentença por ausência de fundamentação rejeitada. É de se afastar a
preliminar de nulidade da sentença por ausência de fundamentação quando esta exista, ainda que
sucintamente. Ademais, o julgador não está obrigado a responder todas as questões suscitadas pelas
partes, quando já tenha encontrado motivo suficiente para proferir a decisão.
4. Para a concessão dos benefícios de aposentadoria por invalidez e auxílio-doença exige-se a
concomitância dos seguintes requisitos: qualidade de segurado da Previdência Social, com o
preenchimento do período de carência de 12 (doze) contribuições mensais, salvo nas hipóteses previstas
no art. 26, II, da Lei 8.213/91, e a comprovação de incapacidade para o exercício de atividade que
garanta a subsistência, devendo essa incapacidade ser definitiva para a aposentadoria por invalidez, e
temporária, no caso do auxílio-doença.
5. Laudo médico (registro em 09/10/2018). O laudo pericial, elaborado por médico especialista em
ortopedia e traumatologia, atesta que o autor é portador e lesões no ombro e tendinite calcificante do
ombro– CID 10: M75.0 e M75.3. Embora tenha aferido a presença das patologias mencionadas, concluiu
que o autor está capaz para o exercício de suas atividades laborativas [Gerente de construção].
212

6. Quanto ao mérito, cabe ressaltar que, analisando-se o laudo pericial, constata-se que o expert
entendeu que o Autor “é portador de doença que não gera incapacidade para suas atividades laborais
habituais”.
7. Registre-se, por oportuno, que havendo divergências entre a perícia médica realizada e os laudos
médicos trazidos pela parte autora para fundamentar o pedido, caberá ao juiz aferir a idoneidade e a
instrumentalidade do laudo como meio de se solucionar a lide (art. 480, CPC/2015). Acrescente-se que,
nas demandas judiciais em que se busca a concessão de benefício por incapacidade, o julgador, via de
regra, ampara a sua decisão na conclusão da perícia judicial, quando inexistirem, nos autos, outros
elementos de prova que possam permitir ao magistrado a formação de um juízo de valor crítico, para,
convictamente, reconhecer ou não o direito pleiteado, como sói ocorrer no caso dos autos.

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
8. Nesse diapasão, sobreleva pontuar que esta Turma Recursal possui entendimento de que, em caso de
divergência entre os laudos que sustentam as alegações da parte e a perícia judicial, esta, via de regra,
deve prevalecer, “pela higidez de sua metodologia, equidistância e natureza do munus exercido, bem
como em
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D03027D51BA3EBE5A513625B3E8C4A19 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


2
razão do controle judicial quanto ao exercício do contraditório e da ampla defesa, inclusive no curso da
realização da perícia, quando foi oportunizado às partes o acompanhamento por assistente técnico” [cf.
Precedentes da TR3, ad exemplum: RI 0038038-81.2012.4.01.3400, Rel. Juíza Rosimayre Gonçalves de
Carvalho, Terceira Turma Recursal, julgado em 28/04/2015].
9. Assim, diante das conclusões da perícia judicial, não restam dúvidas de que a parte autora está capaz
para o exercício de atividade laborativa, razão pela qual a manutenção da sentença é medida que se
impõe.
10. Recurso desprovido.
11. Honorários advocatícios fixados em 10% (dez por cento) do valor atribuído à causa devidamente
corrigido. Condenação suspensa [NCPC/2015, art. 98, §§ 2º e 3º.]

ACÓRDÃO

Decide a Terceira Turma Recursal, à unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso da parte autora,
nos termos do voto do Relator.
Brasília - DF, 29/10/2019

Antonio Claudio Macedo da Silva Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal Relator 1

PROCESSO Nº 0049079-69.2017.4.01.3400 RELATOR : JUIZ FEDERAL ANTONIO CLAUDIO


MACEDO DA SILVA RECORRENTE(S) : FABIANA DOS REIS BONIFACIO ADVOGADO : -
DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO RECORRIDO(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-
INSS ADVOGADO :
EMENTA

PREVIDENCIÁRIO. BENEFÍCIO DE AMPARO ASSISTENCIAL AO DEFICIENTE MENOR DE 18 ANOS.


AUSÊNCIA DE INCAPACIDADE QUE IMPOSSIBILITE A INSERÇÃO NO MERCADO DE TRABALHO.
REQUISITOS NÃO PREENCHIDOS. RECURSO DA PARTE AUTORA DESPROVIDO.
1. Recurso da parte autora contra sentença que julgou improcedente o pedido inicial de concessão de
benefício de amparo assistencial ao deficiente.
2. O artigo 20, da Lei 8.742/93 e o art. 203 da Constituição Federal destacam a garantia de um salário
mínimo mensal às pessoas portadoras de deficiência e ao idoso com 65 anos ou mais que comprovem,
em ambas as hipóteses, não possuir meios de prover a própria manutenção e nem de tê-la provida por
sua família. Portanto, extraem-se da norma os seguintes requisitos: (i) ser idoso ou pessoa com
deficiência; (ii) não poder prover ou ter provida sua manutenção.
3. Laudo médico (registro em 16/07/2018). Conforme laudo médico realizado por especialista em
Oftalmologia, a autora possui cegueira em olho, estrabismo convergente concomitante e atrofia do nervo
ótico (provável) (CID10: H54.4, H50.0, H47.2). Registra o expert que tais patologias geram uma
incapacidade total e permanente para algumas atividades laborais, é dizer, incapacidade parcial,
entretanto, consigna que a pericianda possui boa visão no olho esquerdo e eficiência visual binocular de
75% (setenta e cinco por cento), bem como que não há necessidade de auxílio de terceiros.
213

4. Laudo socioeconômico (registro em 07/05/2018). A perita atestou que o núcleo familiar é composto
pela autora, seus genitores, três irmãos e um filho, bem como registra as seguintes informações
relevantes:
Sra. Marinês Ferreira dos Reis, mãe e genitora da autora, informou que não recebe ajuda financeira da
família, porque residem distante e são carentes; disse que vive em união estável a 20 anos, com o Sr.
Adeilton Silva Bonifácio, 44 anos de idade, ensino primário, natural de Brasília/DF, desempregado, que
tem 04 filhos desta união, a saber; - Fabiana dos Reis Bonifácio, autora do processo em epígrafe, acima
qualificada; - Cristyan dos Reis Bonifácio, 19 anos de idade, ensino
especial, a mãe da autora disse que este filho é especial e que esta fora da escola porque na cidade em
que residem não tem ensino especial, que esta aguardando vaga no CENEBRAZ - Centro de Ensino

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Especial de Brazlândia; - João Vitor dos Reis Bonifácio, 13 anos de idade, estudante do ensino especial,
escola municipal, menor impúbere; - Vinicius dos Reis Bonifácio, 15 anos de idade, estudante de ensino
especial, escola municipal, menor impúbere; a mãe da autora disse que os três filhos tem problemas
mentais, que apenas o Cristyan recebe o beneficio BPC.
Sra. Marinês Ferreira dos Reis informou que a autora é solteira, que tem um filho, a saber; - Jefferson
Manoel dos reis Bonifácio, 02 anos de idade, menor impúbere, nascido em
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D822F9F919C70755C360F8D946B8391F TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


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29/09/2015, a mãe da autora disse que o pai não reconheceu a paternidade, que o mesmo esta detido no
Complexo Penitenciário da Papuda/DF, que preferem não ter contato.
Sra. Marinês Ferreira dos Reis relatou que residem todos na mesma casa, que vivem do valor de um
salario mínimo, que seu filho Cristyan recebe de beneficio, que os demais filhos, apesar de terem
problemas mentais, não tiveram direito ao beneficio, que passam privações; disse que recebe o beneficio
Bolsa família, no valor de R$ 140,00 (Cento e quarenta reais), que quando esta sem alimentos em casa a
mãe de seu esposo, que é aposentada e que reside na cidade de Brazlândia/DF, ajuda com cesta básica;
disse ainda que o esposo esta desempregado a pouco mais de um ano, que ajuda nos cuidados
constantes com os filhos, que são agressivos.
5. Na hipótese vertente, reputa-se que a hipossuficiência econômica está suficientemente comprovada
por meio do laudo pericial socioeconômico. Desse modo, a discussão limita-se à (in)existência de
deficiência.
6. Quanto ao requisito da incapacidade, o mesmo foi afastado pelo juízo a quo, após minuciosa análise,
cujos fundamentos identificam-se perfeitamente com o entendimento deste Relator, in verbis:
Quanto à existência de uma deficiência, o documento registrado no dia 16/07/2018 – laudo médicopericial
– conclui que a parte autora é portadora de cegueira monocular em olho direito secundária a estrabismo,
possuindo acuidade visual no olho esquerdo de 20/20, com correção.
Portanto, a autora apresenta incapacidade apenas parcial para o trabalho, sendo o laudo claro ao afirmar
que a visão da autora para o olho esquerdo é boa, bem assim que porta incapacidade permanente para
trabalhos ou atividades que exijam a visão binocular.
Ora, não se desconhece que a concessão do LOAS não se limita aos casos de deficiência total e de
natureza continuada ou prolongada, que as torne incapazes de prover a própria subsistência. Em muitos
casos, o amparo assistencial ao deficiente é cabível quando, em que pese a incapacidade ser apenas
parcial, diante do caso concreto é notória a impossibilidade de inserção do indivíduo no mercado de
trabalho a fim de garantir a sua subsistência.
Não é esta, no entanto, a hipótese dos autos, onde se vê existirem, conforme a avaliação médica
realizada, uma ainda ampla gama de atividades compatíveis com a situação física da autora, que,
ademais, é ainda relativamente jovem, contando com apenas 19 anos na data desta sentença e
escolaridade até a sexta série do ensino fundamental. [grifos nossos]
7. Dessa forma, não merece reforma a sentença, uma vez que a parte autora não atende o requisito
obrigatório da incapacidade laborativa para a concessão do benefício requerido.
8. Recurso desprovido.
9. Honorários advocatícios devidos pela parte autora fixados em 10% (dez por cento) do valor atribuído à
causa devidamente corrigido. Condenação suspensa (Artigo 98, § 3º do NCPC/2015).

PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL


214

D822F9F919C70755C360F8D946B8391F TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


3
ACÓRDÃO

Decide a Terceira Turma Recursal, à unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso da parte autora,
nos termos do voto do Relator.

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Brasília – DF, 29/10/2019

Antonio Claudio Macedo da Silva Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal Relator 1

PROCESSO Nº 0015715-72.2018.4.01.3400 RELATOR : JUIZ FEDERAL ANTONIO CLAUDIO


MACEDO DA SILVA RECORRENTE(S) : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL) ADVOGADO :
- KELLY OTSUKA MIIKE RECORRIDO(S) : CESAR DE FREITAS SARAIVA ADVOGADO :
DF00055573 - MYLENE QUITÉRIA CALDAS E OUTRO(S)
EMENTA

TRIBUTÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL. RETENÇÃO DA CONTRIBUIÇÃO À SEGURIDADE


SOCIAL NO MOMENTO DO PAGAMENTO DO PRECATÓRIO. ART. 16-A DA LEI 10.887/2003. REGIME
DE COMPETÊNCIA. APLICAÇÃO DA ALÍQUOTA VIGENTE NO MOMENTO EM QUE O PAGAMENTO
DEVERIA TER SIDO EFETUADO. RECURSO DA UNIÃO DESPROVIDO.
1. Recurso da União contra a sentença que julgou procedente em parte o pedido para:
[...]declarar que o cálculo do PSS relativo ao valor recebido pela parte autora nos autos nº
000198096.1999.4.05.8000, 2ª Vara, SJAL, por meio de requisição de pagamento judicial deve observar
as tabelas e alíquotas vigentes à época em que os valores deveriam ter sido adimplidos (regime de
competência mensal), devendo incidir a alíquota de 6% (seis por cento), com a consequente restituição
dos valores recolhidos indevidamente, bem como condenar a UNIÃO na obrigação de pagar à parte
autora o valor descontado a título de PSS sobre a parcela correspondente a juros de mora pagos em
decorrência de decisão judicial proferida nos autos supracitados, tudo corrigido pela Taxa Selic.
2. A União requer a improcedência do pedido sob o fundamento de que a incidência da contribuição
previdenciária sobre os valores percebidos por meio de precatório judicial foi correta, uma vez que,
tratando-se de tributo cujo fato gerador é o recebimento da remuneração, somente verificou-se a
ocorrência do mesmo, de modo a gerar a obrigação de pagar a contribuição questionada, quando do
pagamento do precatório judicial.
3. Registre-se que a União não recorre quanto à incidência do PSS sobre as verbas recebidas a título de
juros moratórios.
4. Mérito. Não merece prosperar o recurso da União. O entendimento jurisprudencial é firme no sentido
de que deve incidir contribuição previdenciária de 11% referente ao Plano de Seguridade Social, a qual
constitui obrigação ex lege e como tal deve ser promovida independentemente de condenação ou de
prévia autorização no título executivo de acordo com previsão normativa contida no artigo 16-A da Lei nº
10.887/2004. Nesse sentido, foi proferido julgado pelo Superior Tribunal de Justiça [RESP 1.196.777/RS]
em 27/10/2010.
5. Assim, a obrigação de pagamento da contribuição previdenciária ocorre pelo recebimento de
remuneração, proventos ou pensão, seja na forma direta, no recebimento mês a mês das remunerações,
retida pela fonte pagadora, seja na sua forma indireta, quando a diferença remuneratória é paga mediante
decisão judicial, sendo, neste caso, a contribuição previdenciária, retida pela instituição financeira, na
forma regulamentada pelo art. 16-A da Lei 10.887/04.
6. Quanto ao momento do fato gerador, a exigibilidade da contribuição previdenciária dá-se pelo regime
de competência, devendo ser calculada de acordo com a legislação vigente à época na qual as diferenças
deveriam ter sido pagas aos servidores, razão por que os efeitos financeiros dos pagamentos são
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

45C923501B37C118E2CD01A132DC27E2 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


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reconhecidos na data da ocorrência do fato gerador da obrigação tributária principal, não importando o
momento do pagamento. Neste sentido, confira-se a jurisprudência das Cortes Federais, a saber:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE SENTENÇA. RETENÇÃO DE CONTRIBUIÇÃO AO PSS.
REGIME DE COMPETÊNCIA. APLICAÇÃO DA ALÍQUOTA VIGENTE NO MOMENTO EM QUE O
PAGAMENTO DEVERIA TER SIDO EFETUADO. 1- Trata-se de agravo de instrumento interposto em
215

face de decisão que determinou que o desconto da contribuição ao Plano de Seguridade do Servidor -
PSS fosse efetuado no percentual vigente quando o pagamento das diferenças pleiteadas deveriam ter
ocorrido, e não na alíquota atual de 11%. 2- Não obstante o Superior Tribunal de Justiça tenha decidido
no REsp 1196777/RS, julgado em regime de recurso repetitivo, que a retenção da contribuição
previdenciária, prevista no art. 16-A da Lei 10.887/2004 incidiria sobre os pagamentos judiciais ainda que
estes se referissem a créditos anteriores à referida lei, foi expressamente ressalvado que esta não
incidiria se tratasse de servidores aposentados e pensionistas, no período anterior a 2004. 3- Com efeito,
a contribuição dos inativos e pensionistas ao regime de previdência próprio do servidor público foi
instituída pela Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003, que, por sua vez, foi
regulamentada pela Lei 10.887/04, cujo art. 16 expressamente dispôs que tal contribuição só passaria a

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
ser exigível a partir de 20 de maio de 2004. Desse modo, antes desse período não poderia incidir a
contribuição previdenciária por falta de previsão legal. Precedentes desta E. Corte nesse sentido. 4-
Extrai-se, a partir dessa ressalva, a conclusão de que a contribuição previdenciária deve observar o
regime de competência, sendo calculada de acordo com a legislação vigente à época em que as
diferenças deveriam ter sido pagas aos servidores. Precedentes: TRF4, AG 0000155-34.2012.404.0000,
Quarta Turma, Rel. Des. Fed. JOÃO PEDRO GEBRAN NETO, E-DJF1 14/03/2012; TRF5, AC
200105000323725, Terceira Turma, Rel. Des. Fed. VLADIMIR CARVALHO, DJe 08/06/2010; TRF2, AG
201102010082882, Oitava Turma Especializada, Rel. Juíza Fed. Conv. FÁTIMA MARIA NOVELINO
SEQUEIRA, E-DJF2R 31/05/2012. 5- No caso em tela, a servidora pública está executando diferenças de
correção monetária de valores atrasados pagos administrativamente em 1991, sem atualização, devendo
ser aplicado aqui o mesmo raciocínio utilizado nos casos dos servidores inativos e pensionistas. 6-
Entender pela aplicação da alíquota ora vigente seria onerar a Autora duplamente, na medida em que
além de não ter recebido o que lhe era devido no momento oportuno, ainda terá que arcar com um tributo
maior, em razão da inércia da Agravante. 7- Ressalte-se que o Superior Tribunal de Justiça tem ratificado
o entendimento de que a incidência de tributos sobre as verbas devidas a servidores públicos em virtude
de decisões judiciais deve observar a legislação tributária vigente à época em que os pagamentos
deveriam ter sido efetuados. Precedentes: STJ, AgRg no Ag 766.896/SC, 1.ªTurma, Rel. Ministro JOSÉ
DELGADO, DJ de 19/03/2007; STJ, AgRg no REsp 1224230, Rel. Min. BENEDITO GONÇALVES, DJe
01/03/2012; STJ, AgRg no REsp 1168539/RS, Rel. Min. LAURITA VAZ, DJe 08/11/2011. 8- Agravo de
instrumento desprovido. (TRF-2 - AG: 201202010157746, Relator: Desembargador Federal MARCUS
ABRAHAM, Data de Julgamento: 18/02/2014, QUINTA TURMA ESPECIALIZADA, Data de Publicação:
06/03/2014)
[Grifos nossos.]

TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PARA O PLANO DE SEGURIDADE DO SERVIDOR PÚBLICO - PSS.


INEXIGIBILIDADE DO TRIBUTO SOBRE O VALOR PAGO EM CUMPRIMENTO DE DECISÃO JUDICIAL
REFERENTE AOS JUROS MORATÓRIOS. REPRESENTATIVO DA CONTROVÉRSIA. 1. Não incide a
contribuição para o Plano de Seguridade do Servidor Público sobre os juros moratórios pagos em
cumprimento de decisão judicial, ainda que abranja diferenças de verbas de natureza exclusivamente
salarial (REsp 1.239.203 - PR, "representativo da controvérsia", Ministro Mauro Campbell Marques, 1ª
Seção do STJ). 2. A retenção do PSS sobre o principal deve observar as tabelas e alíquotas vigentes à
época em que deveriam ter sido pagos (regime de competência). Precedentes deste TRF1. 3. Apelação
da União/ré e remessa de ofício desprovidas.(AC 0011973-54.2010.4.01.4100 / RO, Rel.
DESEMBARGADOR FEDERAL NOVÉLY VILANOVA, OITAVA TURMA, e-DJF1 p.807 de 05/09/2014)
[Grifos nossos.]
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

45C923501B37C118E2CD01A132DC27E2 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


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7. Irretocável a sentença que julgou procedente em parte o pedido para reconhecer a aplicação do regime
de competência como fato gerador do recolhimento da Contribuição Social ao Plano de Seguridade do
Servidor Público (PSS).
8. Recurso desprovido.
9. Honorários advocatícios pelo recorrente vencido, fixados em 10% (dez por cento) do valor da
condenação.

ACÓRDÃO

Decide a Terceira Turma Recursal, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso da União, nos
termos do voto do relator.
Brasília-DF, 29/10/2019.

Antonio Claudio Macedo da Silva Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal Relator 1
216

PROCESSO Nº 0030482-18.2018.4.01.3400 RELATOR : JUIZ FEDERAL ANTONIO CLAUDIO


MACEDO DA SILVA RECORRENTE(S) : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL) ADVOGADO :
- CELIA FERREIRA TAVARES DE LYRA RECORRIDO(S) : IVAN ERNESTO ASTURIAN ADVOGADO
: DF00038160 - ALESSANDRA CALDAS BEZERRA E OUTRO(S)

EMENTA

TRIBUTÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL INATIVO. RETENÇÃO DA CONTRIBUIÇÃO À

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
SEGURIDADE SOCIAL NO MOMENTO DO PAGAMENTO DO PRECATÓRIO. ART. 16-A DA LEI
10.887/2003. REGIME DE COMPETÊNCIA. APLICAÇÃO DA ALÍQUOTA VIGENTE NO MOMENTO EM
QUE O PAGAMENTO DEVERIA TER SIDO EFETUADO. ART. 40, §18 DA CF. INCIDÊNCIA DE PSS
SOBRE O MONTANTE DO PROVENTO DE APOSENTADORIA QUE SUPERE O LIMITE MÁXIMO
APLICADO PARA OS BENEFÍCIOS DO RGPS. RECURSO DA UNIÃO DESPROVIDO.
1. Recurso da União contra a sentença que julgou procedente em parte o pedido para “declarar a
inexigibilidade da contribuição social (PSS) que incidiram sobre os valores recebidos em decisão judicial
objeto dos autos até o limite de isenção corresponde ao teto do RGPS. "
2. A União requer a improcedência do pedido sob o fundamento de que a incidência da contribuição
previdenciária sobre os valores percebidos por meio de precatório judicial foi correta, uma vez que,
tratando-se de tributo cujo fato gerador é o recebimento da remuneração, somente verificou-se a
ocorrência do mesmo, de modo a gerar a obrigação de pagar a contribuição questionada, quando do
pagamento do precatório judicial.
3. Mérito. Com o advento da Emenda Constitucional nº 3/93, o regime previdenciário dos servidores
públicos passou a exigir a obrigatoriedade da contribuição para o plano de seguridade. Entretanto,
somente com a edição da Emenda Constitucional nº 41/2003, foi prevista a possibilidade de exigência da
contribuição previdenciária sobre os proventos de aposentadoria e pensão, a qual passou a ser exigida a
partir de 20 de maio de 2004, nos termos do art. 16 da 10.887/2004. Por fim, nos termos do art. 40, § 18,
da CF/88, incluído pela EC 41, apenas as importâncias que superem o limite máximo aplicado para os
benefícios do RGPS sofrem a incidência de PSS, ou seja, apenas sobre o que exceder o teto do RGPS.
4. O entendimento jurisprudencial é firme no sentido de que deve incidir contribuição previdenciária de
11% referente ao Plano de Seguridade Social, a qual constitui obrigação ex lege e como tal deve ser
promovida independentemente de condenação ou de prévia autorização no título executivo de acordo
com previsão normativa contida no artigo 16-A da Lei nº 10.887/2004. Nesse sentido, foi proferido julgado
pelo Superior Tribunal de Justiça [RESP 1.196.777/RS] em 27/10/2010.
5. Assim, a obrigação de pagamento da contribuição previdenciária ocorre pelo recebimento de
remuneração, proventos ou pensão, seja na forma direta, no recebimento mês a mês das remunerações,
retida pela fonte pagadora, seja na sua forma indireta, quando a diferença remuneratória é paga mediante
decisão judicial, sendo, neste caso, a contribuição previdenciária, retida pela instituição financeira, na
forma regulamentada pelo art. 16-A da Lei 10.887/04.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

6BA795E11B40BC17D651B03ECF021A12 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


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6. Registre-se que, a depender do momento da ocorrência do fato gerador da contribuição ao PSS, bem
como da situação do servidor à época – se ativo ou se aposentado – é que se identifica a norma aplicável
ao recebimento dos valores.
7. Quanto ao momento do fato gerador, a exigibilidade da contribuição previdenciária dá-se pelo regime
de competência, devendo ser calculada de acordo com a legislação vigente à época na qual as diferenças
deveriam ter sido pagas aos servidores, razão por que os efeitos financeiros dos pagamentos são
reconhecidos na data da ocorrência do fato gerador da obrigação tributária principal, não importando o
momento do pagamento. Neste sentido, confira-se a jurisprudência das Cortes Federais, a saber:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE SENTENÇA. RETENÇÃO DE CONTRIBUIÇÃO AO PSS.
REGIME DE COMPETÊNCIA. APLICAÇÃO DA ALÍQUOTA VIGENTE NO MOMENTO EM QUE O
PAGAMENTO DEVERIA TER SIDO EFETUADO. 1- Trata-se de agravo de instrumento interposto em
face de decisão que determinou que o desconto da contribuição ao Plano de Seguridade do Servidor -
PSS fosse efetuado no percentual vigente quando o pagamento das diferenças pleiteadas deveriam ter
ocorrido, e não na alíquota atual de 11%. 2- Não obstante o Superior Tribunal de Justiça tenha decidido
no REsp 1196777/RS, julgado em regime de recurso repetitivo, que a retenção da contribuição
previdenciária, prevista no art. 16-A da Lei 10.887/2004 incidiria sobre os pagamentos judiciais ainda que
estes se referissem a créditos anteriores à referida lei, foi expressamente ressalvado que esta não
incidiria se tratasse de servidores aposentados e pensionistas, no período anterior a 2004. 3- Com efeito,
a contribuição dos inativos e pensionistas ao regime de previdência próprio do servidor público foi
instituída pela Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003, que, por sua vez, foi
217

regulamentada pela Lei 10.887/04, cujo art. 16 expressamente dispôs que tal contribuição só passaria a
ser exigível a partir de 20 de maio de 2004. Desse modo, antes desse período não poderia incidir a
contribuição previdenciária por falta de previsão legal. Precedentes desta E. Corte nesse sentido. 4-
Extrai-se, a partir dessa ressalva, a conclusão de que a contribuição previdenciária deve observar o
regime de competência, sendo calculada de acordo com a legislação vigente à época em que as
diferenças deveriam ter sido pagas aos servidores. Precedentes: TRF4, AG 0000155-34.2012.404.0000,
Quarta Turma, Rel. Des. Fed. JOÃO PEDRO GEBRAN NETO, E-DJF1 14/03/2012; TRF5, AC
200105000323725, Terceira Turma, Rel. Des. Fed. VLADIMIR CARVALHO, DJe 08/06/2010; TRF2, AG
201102010082882, Oitava Turma Especializada, Rel. Juíza Fed. Conv. FÁTIMA MARIA NOVELINO
SEQUEIRA, E-DJF2R 31/05/2012. 5- No caso em tela, a servidora pública está executando diferenças de

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
correção monetária de valores atrasados pagos administrativamente em 1991, sem atualização, devendo
ser aplicado aqui o mesmo raciocínio utilizado nos casos dos servidores inativos e pensionistas. 6-
Entender pela aplicação da alíquota ora vigente seria onerar a Autora duplamente, na medida em que
além de não ter recebido o que lhe era devido no momento oportuno, ainda terá que arcar com um tributo
maior, em razão da inércia da Agravante. 7- Ressalte-se que o Superior Tribunal de Justiça tem ratificado
o entendimento de que a incidência de tributos sobre as verbas devidas a servidores públicos em virtude
de decisões judiciais deve observar a legislação tributária vigente à época em que os pagamentos
deveriam ter sido efetuados. Precedentes: STJ, AgRg no Ag 766.896/SC, 1.ªTurma, Rel. Ministro JOSÉ
DELGADO, DJ de 19/03/2007; STJ, AgRg no REsp 1224230, Rel. Min. BENEDITO GONÇALVES, DJe
01/03/2012; STJ, AgRg no REsp 1168539/RS, Rel. Min. LAURITA VAZ, DJe 08/11/2011. 8- Agravo de
instrumento desprovido. (TRF-2 - AG: 201202010157746, Relator: Desembargador Federal MARCUS
ABRAHAM, Data de Julgamento: 18/02/2014, QUINTA TURMA ESPECIALIZADA, Data de Publicação:
06/03/2014) [Grifos nossos.]
TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PARA O PLANO DE SEGURIDADE DO SERVIDOR PÚBLICO - PSS.
INEXIGIBILIDADE DO TRIBUTO SOBRE O VALOR PAGO EM CUMPRIMENTO DE DECISÃO JUDICIAL
REFERENTE AOS JUROS MORATÓRIOS. REPRESENTATIVO DA CONTROVÉRSIA. 1. Não incide a
contribuição para o Plano de Seguridade do Servidor Público sobre os juros moratórios pagos em
cumprimento de decisão judicial, ainda que abranja diferenças de verbas de natureza exclusivamente
salarial (REsp 1.239.203 - PR, "representativo da controvérsia", Ministro Mauro Campbell Marques, 1ª
Seção do STJ). 2. A retenção do PSS sobre o principal deve observar as tabelas e alíquotas vigentes à
época em que deveriam ter sido pagos (regime de competência). Precedentes deste TRF1. 3. Apelação
da União/ré e remessa de ofício desprovidas. (AC 0011973-54.2010.4.01.4100 / RO, Rel.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

6BA795E11B40BC17D651B03ECF021A12 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


3
DESEMBARGADOR FEDERAL NOVÉLY VILANOVA, OITAVA TURMA, e-DJF1 p.807 de 05/09/2014)
[Grifos nossos.]
8. Irretocável a sentença que julgou procedente em parte o pedido para reconhecer a inexigibilidade da
Contribuição Social ao Plano de Seguridade do Servidor Público (PSS).
9. Recurso desprovido.
10. Honorários advocatícios pelo recorrente vencido, fixados em 10% (dez por cento) do valor da
condenação devidamente corrigido.

ACÓRDÃO

Decide a Terceira Turma Recursal, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso da União, nos
termos do voto do relator.
Brasília-DF, 29/10/2019.

Antonio Claudio Macedo da Silva Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal Relator 1

PROCESSO Nº 0000588-94.2018.4.01.3400 RELATOR : JUIZ FEDERAL ANTONIO CLAUDIO


MACEDO DA SILVA RECORRENTE(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO : - RAISSA VASCONCELOS CHAVES RECORRIDO(S) : HELIO SANTANA
CAMPOS ADVOGADO : DF00036197 - ADRIANA MENDES DA SILVA E OUTRO(S)
EMENTA

PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA ESPECIAL. AUSÊNCIA DE INTERESSE RECURSAL DO INSS.


RAZÕES DISSOCIADAS DO OBJETO DA AÇÃO. RECURSO NÃO CONHECIDO. CONTRARIEDADE
AO NCPC/2015, art. 1.010, incs. II e III. OFENSA AO PRINCÍPIO DA IMPUGNAÇÃO ESPECIFICADA
DOS FATOS, A INADMITIR DEFESA OU RECURSO GENÉRICOS. RECURSO DO INSS NÃO
CONHECIDO.
218

1. Recurso do INSS contra sentença que julgou procedente em parte o pedido para:
[...]condenar o INSS a instituir em favor do autor a aposentadoria especial (DIB na data da DER –
01/12/2016), mediante a consideração da especialidade (conversão pelo fator 1.4) do tempo de
contribuição do autor, nas seguintes empresas: a) Casa Levi Comércio Importação e Exportação LtdaME,
no período de 01/09/1987 a 01/02/2007; e b) Sapataria LS Comercial e Serviços de Sapateiro Ltda – ME,
no período de 01/02/2007 até 06/12/2016.
2. Ausência de interesse recursal do INSS. Razões dissociadas do objeto da ação. Falece interesse
recursal ao INSS, cujo recurso objetiva a reforma da sentença, sob a alegação de que “Ocorre que no
PPP referente ao período laborado na empresa Quadro Elétrico Automação e laudo juntados não há
nenhuma informação sobre o nível de agente químico nocivo a que o autor esteve exposto, sendo

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
impossível, portanto, aferir se esteve exposto a níveis superiores ao de tolerância, o que inviabiliza o
reconhecimento do período como especial.,” visto que as razões são dissociadas sentença [cf.
NCPC/2015, art. 1.010, incs. II e III]; com efeito, é inadmissível em nosso sistema processual a defesa ou
o recurso genéricos, sob pena de ofensa ao princípio da impugnação específica dos fatos.
3. Recurso do INSS não conhecido. Sem honorários.

ACÓRDÃO

Decide a Terceira Turma Recursal, por unanimidade, NÃO CONHECER DO RECURSO, nos termos do
voto do Juiz Relator.
Brasília-DF, 29/10/2019

PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
Antonio Claudio Macedo da Silva Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal Relator 1

PROCESSO Nº 0022484-96.2018.4.01.3400
RELATOR : JUIZ FEDERAL ANTONIO CLAUDIO MACEDO DA SILVA
RECORRENTE(S) : EDVANDO DE JESUS SARAIVA
ADVOGADO : DF00027840 - RAFAEL RAIMUNDO T. PIMENTEL
RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL E OUTRO(S)
ADVOGADO : - LUIZ FELIPE CARDOSO DE MORAES FILHO E OUTRO(S)

EMENTA

PROCESSUAL CIVIL, RESPONSABILIDADE CIVIL E ADMINISTRATIVO. PASEP. RESTITUIÇÃO DE


VALORES. CORREÇÃO MONETÁRIA. INDENIZAÇÃO A TÍTULO DE DANOS MORAIS. ILEGITIMIDADE
PASSIVA DA UNIÃO. LEGITIMIDADE DO BANCO DEPOSITÁRIO. INCOMPETÊNCIA DA JUSTIÇA
FEDERAL. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO.
1. Recurso da parte autora contra sentença que extinguiu o processo sem resolução do mérito ante o
reconhecimento da ilegitimidade passiva da União e consequente declaração de incompetência absoluta
da Justiça Federal para processar e julgar a causa.
2. O recurso inominado ora interposto se propõe a combater a sentença terminativa ou, subsidiariamente,
seja reformada para determinar a remessa dos autos ao TJDFT.
3. Conforme bem registrado na sentença vergastada: "a pretensão deduzida se refere à responsabilidade
decorrente de alegada má gestão financeira ou incorreta aplicação da atualização monetária que a parte
autora entende ser devida sobre os valores que foram depositados pela União em sua conta do PASEP.
Todavia, a responsabilidade da União encontra-se exaurida na medida em que verteu os citados
depósitos ao Banco do Brasil, competindo a este a correta gestão dos recursos recolhidos a esse título.
Logo, a União deve ser excluída do polo passivo da presente demanda, por ilegitimidade passiva. Assim,
sendo o Banco do Brasil sociedade de economia mista que não integra o rol do art. 109, I, da Constituição
Federal, mostra-se incompetente a Justiça Federal para processar e julgar o feito.".
4. A propósito, confira-se a recente jurisprudência sobre o tema:
EMENTA DIREITO CIVIL. RESTITUIÇÃO DE VALORES DESFALCADOS DE CONTA VINCULADA AO
PASEP. DANO MORAL. ILEGITIMIDADE PASSIVA DA UNIÃO. LEGITIMIDADE DO BANCO
DEPOSITÁRIO. INCOMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL. 1. De acordo com o entendimento deste
Colegiado, o único legitimado para responder ao pedido de restituição dos valores que a parte entende
desfalcados de sua conta PASEP, bem como ao pagamento de indenização por dano moral fundado na
219

alegação de falha na prestação do serviço bancário, é o banco depositário responsável pela


administração dos depósitos, no caso, o Banco do Brasil. 2. Descabe à União ser demandada em razão
de questionamentos acerca dos saldos existentes em contas individuais dessa natureza, uma vez que,
com a promulgação da Constituição Federal de 1988, os recursos antes creditados às entidades
participantes do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público passaram a compor o Fundo
de Amparo ao Trabalhador - FAT, deixando de ocorrer os depósitos diretamente na conta individual do
trabalhador ou servidor dela titular. 3. [...]. 4. Recurso da parte autora parcialmente provido.
(RECURSO CÍVEL 5055953-22.2018.4.04.7100, GIOVANI BIGOLIN, TRF4 - QUINTA TURMA
RECURSAL DO RS, 30/05/2019.)
5. De outra banda, merece prosperar o pleito autoral quanto à remessa dos autos ao TJDFT, uma vez que

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
não há como se dar prosseguimento à ação junto à Justiça Federal, e ante o expresso requerimento da
parte.
6. Recurso parcialmente provido para determinar a remessa dos autos à Justiça do Distrito Federal.
7. Incabível a condenação em honorários advocatícios e custas processuais.

ACÓRDÃO

Decide a Terceira Turma Recursal, por unanimidade, DAR PARCIAL PROVIMENTO ao recurso da parte
autora, nos termos do voto do Relator.
Brasília – DF, 29/10/2019

Antonio Claudio Macedo da Silva


Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal
Relator 1

PROCESSO Nº 0077539-03.2016.4.01.3400 RELATOR : JUIZ FEDERAL ANTONIO CLAUDIO


MACEDO DA SILVA RECORRENTE(S) : DAVI MENDES DA COSTA ADVOGADO : -
DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO - DPU RECORRIDO(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO
SOCIAL-INSS ADVOGADO
EMENTA

PREVIDENCIÁRIO. BENEFÍCIO DE AMPARO ASSISTENCIAL AO DEFICIENTE MENOR DE 18 ANOS.


AUSÊNCIA DE INCAPACIDADE QUE IMPOSSIBILITE A INSERÇÃO NO MERCADO DE TRABALHO.
REQUISITOS NÃO PREENCHIDOS. RECURSO DA PARTE AUTORA DESPROVIDO.
1. Recurso da parte autora contra sentença que julgou improcedente o pedido inicial de concessão de
benefício de amparo assistencial ao deficiente.
2. O artigo 20, da Lei 8.742/93 e o art. 203 da Constituição Federal destacam a garantia de um salário
mínimo mensal às pessoas portadoras de deficiência e ao idoso com 65 anos ou mais que comprovem,
em ambas as hipóteses, não possuir meios de prover a própria manutenção e nem de tê-la provida por
sua família. Portanto, extraem-se da norma os seguintes requisitos: (i) ser idoso ou pessoa com
deficiência; (ii) não poder prover ou ter provida sua manutenção.
3. Laudo socioeconômico (registro em 09/03/2018). A perita atestou que o núcleo familiar é composto
pelo autor (17 anos na época), sua mãe e dois irmãos menores, bem como registra as seguintes
informações relevantes:
Pode se constatar que o autor esta em situação de hipossuficiência econômica e vulnerabilidade social
citam alguns fatos;
-Sra. Dilza Rodrigues da Costa Mendes, mãe e genitora do autor, relatou que no ano de 2012, o autor
começou a apresentar feridas e sangramento pelo corpo, que iniciou tratamento medico, na rede
pública de saúde do GDF, que foi diagnosticado com a doença LUPUS, que é asmático, que tem Rino
conjuntivite alérgica, que faz uso de medicação, que já ficou sem remédios por falta de recursos.
-A mãe do autor disse que não possui renda fixa para sobrevivência da família;
- A mãe do autor disse que não possui imóvel próprio e reside em local alugado; Local precário;
-Fragilização dos vínculos familiares; -A mãe do autor disse que não pode contar com ajuda financeira ou
emocional dos familiares, devido à distância de localização, pois residem em outros Estados;
-A mãe do autor disse que depende de terceiros para suprir as necessidades básicas, de moradia,
alimentação, vestuário, conta com o apoio de cesta básica do CRAS-Gama/DF;
-A mãe do autor declarou que necessita do Beneficio de Prestação Continuada (BPC), porque precisa
garantir o básico para sobrevivência do autor, sem depender de terceiros, levando em consideração que a
220

saúde do autor esta comprometida que ele precisa de cuidados constantes, relatou também que esta
desempregada;
- A renda que a mãe do autor declarou receber no mês é inferior a ¼ do salário mínimo, proveniente de
serviços eventuais da mãe do autor e beneficio bolsa família; Conclui-se;
CONCLUSÃO
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
F3BAD0520FB5F80DA813ED6562D562D9 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
Diante dos fatos apresentados, entende esta perita que o autor deve ser considerado vitima da
vulnerabilidade social e hipossuficiência econômica.
4. Na hipótese vertente, reputa-se que a hipossuficiência econômica está suficientemente comprovada
por meio do laudo pericial socioeconômico. Desse modo, a discussão limita-se à (in)existência de
deficiência.
5. Laudo médico (registro em 15/05/2018). Dispõe o laudo médico realizado por especialista em
Reumatologia:
Considerando a idade do periciando, a escolaridade, sua atividade profissional, a situação
socioeconomica, e, após avaliação dos documentos médicos dos autos, avaliação clínica e avaliação
física detalhadas, foi constatado que o periciando é portador de lupus eritemamtoso sistêmico ( CID: M
32.1 ), porém não foram evidenciados elementos médicos objetivos suficientes que indicassem a
presença de incapacidade laboral para realizar suas atividades estudantis atuais. Há necessidade de
acompanhamento médico regular.
DID: sem elementos
DII: setembro/2013 (por falta de elementos médicos objetivos para fixar data anterior)
Logo, concluiu-se que:
Não há Incapacidade para realizar suas atividades no momento, do ponto de vista reumatológico. [grifos
nossos]
6. Quanto ao requisito da incapacidade, o mesmo foi afastado pelo juízo a quo, após minuciosa análise,
cujos fundamentos identificam-se perfeitamente com o entendimento deste Relator, in verbis:
No caso dos autos, verifico que o Autor não tem direito ao benefício pleiteado por não ser pessoa
portadora de incapacidade física, mental, intelectual ou sensorial de longo prazo. Observo que, em seu
laudo, a perita médica deste Juízo, Dra. Ana Luísa Ortega Rafael, concluiu que, apesar de o Autor ser
portador de lúpus eritematoso sistêmico (CID 10: M32.1), não está incapacitado para as suas atividades
estudantis e para os atos da vida cotidiana em virtude disso (cf. laudo registrado em 15/05/2018). Saliento
que, embora o Autor tenha impugnado o laudo da expert, não juntou ao processo nenhum relatório
médico recente, que divergisse das suas conclusões. Assim, tendo em vista o resultado da perícia
médica, verifico que não há como prosperar a pretensão do Autor, sendo certo que ele não tem direito ao
benefício assistencial previsto no art. 20 da Lei 8.742/93, ainda que se encontre em situação de
hipossuficiência financeira. [grifos nossos]
7. Registre-se ainda que o MPU manifestou-se pela improcedência do pedido, em razão de ausência de
incapacidade para o trabalho (registro em 09/01/2019) . Dessa forma, não merece reforma a sentença,
uma vez que a parte autora não atende o requisito obrigatório da incapacidade laborativa para a
concessão do benefício requerido.
8. Recurso desprovido.
9. Honorários advocatícios fixados em 10% (dez por cento) do valor atribuído à causa devidamente
corrigido. Condenação suspensa [Artigo 98, § 3º, do NCPC/2015].

PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

F3BAD0520FB5F80DA813ED6562D562D9 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


3
ACÓRDÃO

Decide a Terceira Turma Recursal, à unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso da parte autora,
nos termos do voto do Relator.
221

Brasília – DF, 29/10/2019

Antonio Claudio Macedo da Silva Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal Relator 1

PROCESSO Nº 0002474-31.2018.4.01.3400 RELATOR : JUIZ FEDERAL ANTONIO CLAUDIO


MACEDO DA SILVA RECORRENTE(S) : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL) ADVOGADO :
- LUIZA EUNICE B G DE VASCONCELOS RECORRIDO(S) : JOSE AUGUSTO RAMOS DE
ALBUQUERQUE ADVOGADO : DF00038160 - ALESSANDRA CALDAS BEZERRA E OUTRO(S)

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
EMENTA

TRIBUTÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL ATIVO. RETENÇÃO DA CONTRIBUIÇÃO À


SEGURIDADE SOCIAL NO MOMENTO DO PAGAMENTO DO PRECATÓRIO. PRECATÓRIO
REFERENTE AO PERÍODO EM QUE ERA VIGENTE A ALÍQUOTA DE 6% ESTABELECIDA PELO
DECRETO 83.081/79. RECURSO DESPROVIDO.
1. Recurso da União contra a sentença que julgou procedente o pedido para:
[...] declarar que o cálculo do PSS relativo ao valor recebido pela parte autora nos autos nº
000449422.1999.4.05.8000, por meio de requisição de pagamento judicial deve observar as tabelas e
alíquotas vigentes à época em que os valores deveriam ter sido adimplidos (regime de competência
mensal), devendo incidir a alíquota de 6% (seis por cento), com a consequente restituição dos valores
recolhidos indevidamente, bem como condenar a UNIÃO na obrigação de pagar à parte autora o valor
descontado a título de PSS sobre a parcela correspondente a juros de mora pagos em decorrência de
decisão judicial proferida nos autos supracitados, tudo corrigido pela Taxa Selic.
2. A União requer a improcedência do pedido sob os fundamentos: (1) a retenção tida por indevida
decorreu de decisão judicial, podendo ser impugnada nos próprios autos, por meio dos recursos cabíveis.
(2) prescrição das parcelas anteriores ao quinquênio que precede o ajuizamento da presente ação, com
fulcro no entendimento consolidado pelo STF no julgamento do RE nº 566.621; (3) a incidência da
contribuição previdenciária sobre os valores percebidos por meio de precatório judicial foi correta, uma
vez que, tratando-se de tributo cujo fato gerador é o recebimento da remuneração, somente verificou-se a
ocorrência do mesmo, de modo a gerar a obrigação de pagar a contribuição questionada, quando do
pagamento do precatório judicial.
3. Registre-se que a União não recorre quanto à incidência do PSS sobre as verbas recebidas à título de
juros moratórios, haja vista tratar-se de tema acerca do qual a UNIÃO possui dispensa de apresentar
contestação e recurso.
4. Não merece prosperar a alegação de que a irresignação quanto à decisão que homologou os cálculos
apresentados dever ser suscitada e examinada no bojo do referido feito, tendo em vista que não se
discute nestes autos a execução de sentença, mas a base de cálculo do PSS incidente sobre valores
recebidos em decorrência da referida decisão judicial, razão pela qual o pedido e causa de pedir são
diversos da outra ação.
5. Prescrição Quinquenal. Ausência de interesse recursal quanto ao pedido de reconhecimento da
prescrição das parcelas anteriores ao quinquenio que precede o ajuizamento da ação, uma vez que já
reconhecido pela sentença.
6. Mérito. Trata-se de pedido de restituição do valor pago a título de contribuição para o PSS, além da
alíquota de 6%, referente a parcelas recebidas por meio de requisição judicial e relativas ao período de
novembro/1989 a dezembro /1990, bem como a contribuição para o PSS incidente sobre os juros
moratórios pagos em decorrência de sentença judicial.
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2F97B50A59B0BE4117E34980453D3BBD TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


2
7. Mérito (continuação/fundamentação). A Lei 10.887/04, que regulamentou o regime previdenciário dos
servidores públicos, estipulou, em seu artigo 4º e §1º, que a contribuição social deve incidir sobre a
totalidade da base de contribuição, isto é, “o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens
pecuniárias permanentes estabelecidas em lei, os adicionais de caráter individual ou quaisquer outras
vantagens”.
8. Relativamente ao pagamento dos precatórios judiciais/RPV, o art. 16-A da supramencionada Lei
estabeleceu um regramento diferenciado para cobrança de PSS. Confira-se:
Art. 16-A. A contribuição do Plano de Seguridade do Servidor Público (PSS), decorrente de valores pagos
em cumprimento de decisão judicial, ainda que derivada de homologação de acordo, será retida na fonte,
no momento do pagamento ao beneficiário ou seu representante legal, pela instituição financeira
responsável pelo pagamento, por intermédio da quitação da guia de recolhimento remetida pelo setor de
precatórios do Tribunal respectivo, no caso de pagamento de precatório ou requisição de pequeno valor,
222

ou pela fonte pagadora, no caso de implantação de rubrica específica em folha, mediante a aplicação da
alíquota de 11% (onze por cento) sobre o valor pago.
9. Vale ressaltar que, nesta hipótese, a base de cálculo do tributo deve ser considerada no momento em
que a verba era devida e não foi adimplida, e não no momento do efetivo pagamento da requisição de
pagamento/RPV. Em outras palavras, quanto ao fato gerador da obrigação tributária principal, a
exigibilidade da contribuição previdenciária dá-se pelo regime de competência, devendo ser calculada de
acordo com a legislação vigente à época na qual as diferenças deveriam ter sido pagas aos servidores,
razão por que os efeitos financeiros dos pagamentos são reconhecidos na data da ocorrência do fato
gerador da obrigação tributária principal, não importando o momento do pagamento. Neste sentido,
confira-se a jurisprudência das Cortes Federais, a saber:

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE SENTENÇA. RETENÇÃO DE CONTRIBUIÇÃO AO PSS.
REGIME DE COMPETÊNCIA. APLICAÇÃO DA ALÍQUOTA VIGENTE NO MOMENTO EM QUE O
PAGAMENTO DEVERIA TER SIDO EFETUADO. 1- Trata-se de agravo de instrumento interposto em
face de decisão que determinou que o desconto da contribuição ao Plano de Seguridade do Servidor -
PSS fosse efetuado no percentual vigente quando o pagamento das diferenças pleiteadas deveriam ter
ocorrido, e não na alíquota atual de 11%. 2- Não obstante o Superior Tribunal de Justiça tenha decidido
no REsp 1196777/RS, julgado em regime de recurso repetitivo, que a retenção da contribuição
previdenciária, prevista no art. 16-A da Lei 10.887/2004 incidiria sobre os pagamentos judiciais ainda que
estes se referissem a créditos anteriores à referida lei, foi expressamente ressalvado que esta não
incidiria se tratasse de servidores aposentados e pensionistas, no período anterior a 2004. 3- Com efeito,
a contribuição dos inativos e pensionistas ao regime de previdência próprio do servidor público foi
instituída pela Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003, que, por sua vez, foi
regulamentada pela Lei 10.887/04, cujo art. 16 expressamente dispôs que tal contribuição só passaria a
ser exigível a partir de 20 de maio de 2004. Desse modo, antes desse período não poderia incidir a
contribuição previdenciária por falta de previsão legal. Precedentes desta E. Corte nesse sentido. 4-
Extrai-se, a partir dessa ressalva, a conclusão de que a contribuição previdenciária deve observar o
regime de competência, sendo calculada de acordo com a legislação vigente à época em que as
diferenças deveriam ter sido pagas aos servidores. Precedentes: TRF4, AG 0000155-34.2012.404.0000,
Quarta Turma, Rel. Des. Fed. JOÃO PEDRO GEBRAN NETO, E-DJF1 14/03/2012; TRF5, AC
200105000323725, Terceira Turma, Rel. Des. Fed. VLADIMIR CARVALHO, DJe 08/06/2010; TRF2, AG
201102010082882, Oitava Turma Especializada, Rel. Juíza Fed. Conv. FÁTIMA MARIA NOVELINO
SEQUEIRA, E-DJF2R 31/05/2012. 5- No caso em tela, a servidora pública está executando diferenças de
correção monetária de valores atrasados pagos administrativamente em 1991, sem atualização, devendo
ser aplicado aqui o mesmo raciocínio utilizado nos casos dos servidores inativos e pensionistas. 6-
Entender pela aplicação da alíquota ora vigente seria onerar a Autora duplamente, na medida em que
além de não ter recebido o que lhe era devido no momento oportuno, ainda terá que arcar com um tributo
maior, em razão da inércia da Agravante. 7- Ressalte-se que o Superior Tribunal de Justiça tem ratificado
o entendimento de que a incidência de tributos sobre as verbas devidas a servidores públicos em virtude
de decisões judiciais deve observar a legislação tributária vigente à época em que
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

2F97B50A59B0BE4117E34980453D3BBD TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


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os pagamentos deveriam ter sido efetuados. Precedentes: STJ, AgRg no Ag 766.896/SC, 1.ªTurma, Rel.
Ministro JOSÉ DELGADO, DJ de 19/03/2007; STJ, AgRg no REsp 1224230, Rel. Min. BENEDITO
GONÇALVES, DJe 01/03/2012; STJ, AgRg no REsp 1168539/RS, Rel. Min. LAURITA VAZ, DJe
08/11/2011. 8- Agravo de instrumento desprovido. (TRF-2 - AG: 201202010157746, Relator:
Desembargador Federal MARCUS ABRAHAM, Data de Julgamento: 18/02/2014, QUINTA TURMA
ESPECIALIZADA, Data de Publicação: 06/03/2014)
[Grifos nossos.]
TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PARA O PLANO DE SEGURIDADE DO SERVIDOR PÚBLICO - PSS.
INEXIGIBILIDADE DO TRIBUTO SOBRE O VALOR PAGO EM CUMPRIMENTO DE DECISÃO JUDICIAL
REFERENTE AOS JUROS MORATÓRIOS. REPRESENTATIVO DA CONTROVÉRSIA. 1. Não incide a
contribuição para o Plano de Seguridade do Servidor Público sobre os juros moratórios pagos em
cumprimento de decisão judicial, ainda que abranja diferenças de verbas de natureza exclusivamente
salarial (REsp 1.239.203 - PR, "representativo da controvérsia", Ministro Mauro Campbell Marques, 1ª
Seção do STJ). 2. A retenção do PSS sobre o principal deve observar as tabelas e alíquotas vigentes à
época em que deveriam ter sido pagos (regime de competência). Precedentes deste TRF1. 3. Apelação
da União/ré e remessa de ofício desprovidas. (AC 0011973-54.2010.4.01.4100 / RO, Rel.
DESEMBARGADOR FEDERAL NOVÉLY VILANOVA, OITAVA TURMA, e-DJF1 p.807 de 05/09/2014)
[Grifos nossos.]
10. Nesse contexto, considerando-se as sucessivas alterações legislativas que trataram sobre a
contribuição dos servidores públicos, inclusive no que tange à alíquota incidente, há que se verificar a
223

quais períodos refere-se o precatório, a fim de constatar-se, mês a mês, o percentual que deveria incidir
em cada prestação pretérita.
11. No caso dos autos, ante a análise da documentação inicial, resta claro que o precatório refere-se a
período no qual a parte autora estava na ativa, assim, a controvérsia relaciona-se tão somente com a
alíquota do PSS que deveria incidir no RPV/precatório.
12. Alíquotas PSS para o servidor ativo. Com relação às legislações que fixaram alíquotas para a
contribuição previdenciária do servidor público, tem-se que, primeiramente, o Decreto nº 83.081/79, que
aprovou o Regulamento de Custeio da Previdência Social, fixou, em seu art. 35, que a contribuição dos
servidores para sua Previdência seria no percentual de 6% sobre seu salário-base. Posteriormente, a Lei
8.688/93, que alterou o § 2º do art. 231 da Lei 8.112/90, instituiu percentuais variando de 9% a 12%, a

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
depender da remuneração mensal do servidor, a qual, todavia, foi julgada inconstitucional pelo STF.
Assim, a contribuição previdenciária retornou aos moldes estabelecidos pelo Decreto nº 83.081/79, tendo
esta situação perdurado até a edição da Medida Provisória 560/1994, a qual, após diversas reedições, foi
convertida na Lei 9630/1998, estabelecendo, a partir de julho/1997, a alíquota de 11%. Em seguida, foi
editada a Lei 9.783/99, que manteve a alíquota de 11%, bem como estabeleceu adicionais de 9% e 14%,
também declarados inconstitucionais pela Suprema Corte. Após essas sucessivas legislações, foi editada
a vigente Lei 10.887/04, cujo art. 4º manteve a alíquota de 11% para a contribuição do servidor. Desse
quadro legal, extrai-se que, entre 1979 e 1994, a alíquota correta de contribuição previdenciária do
servidor era de 6%.
12-A. In casu, tendo em vista que o precatório é referente ao interstício de novembro de 1989 a dezembro
de 1990, deveria ter incidido a alíquota de 6%, e não 11%.
13. Logo, irretocável a sentença que reconheceu a inexigibilidade da Contribuição Social ao Plano de
Seguridade do Servidor Público (PSS) ativo somente dos valores recolhidos além da alíquota de 6%,
referente a parcelas recebidas por meio de requisição judicial e relativas ao período de novembro/1989 a
dezembro /1990.
14. Recurso desprovido.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

2F97B50A59B0BE4117E34980453D3BBD TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


4
15. Honorários advocatícios pelo recorrente vencido, fixados em 10% (dez por cento) do valor da
condenação, devidamente corrigido.

ACÓRDÃO

Decide a Terceira Turma Recursal, à unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso da parte ré, nos
termos do voto do Relator.
Brasília - DF, 29/10/2019

Antonio Claudio Macedo da Silva Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal Relator 1

PROCESSO Nº 0009833-32.2018.4.01.3400 RELATOR : JUIZ FEDERAL ANTONIO CLAUDIO


MACEDO DA SILVA RECORRENTE(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO : - HELIO MARCIO LOPES CARNEIRO RECORRIDO(S) : FATIMA MARIA
FONTOURA BORGES DE SOUSA ADVOGADO : DF00028261 - LUCIANE BORGES MARTINS
BUENO E OUTRO(S)
EMENTA

PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. RECURSO COM RAZÕES


GENÉRICAS E DISSOCIADAS DO OBJETO DA LIDE. CONTRARIEDADE AO NCPC/2015, ART. 1.010,
INCS. II E III. OFENSA AO PRINCÍPIO DA IMPUGNAÇÃO ESPECIFICADA DOS FATOS, A INADMITIR
DEFESA OU RECURSO GENÉRICOS. MULTA DIÁRIA. CUMPRIMENTO DE DECISÃO. JUROS E
CORREÇÃO MONETÁRIA. PRECEDENTE DO STJ. RECURSO DO INSS CONHECIDO EM PARTE, E
NESTA PARCIALMENTE PROVIDO.
1. Recurso do INSS contra a sentença que julgou procedente o pedido de concessão do benefício de
aposentadoria por tempo de contribuição.
2. Alega genericamente o INSS que a parte autora não preenche os requisitos para a concessão do
benefício, bem como assevera ser incabível a cominação de multa diária por presunção de
descumprimento da ordem judicial, sobretudo porque fixa prazo e comina valor que não são razoáveis
224

para o cumprimento da medida. Por fim, requer o INSS a alteração dos juros e da correção monetária
para que sejam calculados conforme o disposto no art. 1º F da Lei 9.494/97.
3. Ausência de interesse recursal. Falece interesse recursal ao INSS, cujo recurso lança razões genéricas
e dissociadas, deixando, assim, de impugnar, à luz do caso concreto e de forma específica, a
fundamentação da sentença recorrida, incorrendo em efetivo descumprimento da exigência legal de que a
apelação (nos JEFs, o recurso inominado) deve vir deduzida com a exposição dos fatos e do direito, bem
como as razões do pedido de reforma, a fim de contrastar as razões da sentença impugnada
[NCPC/2015, art. 1.010, incs. II e III]; com efeito, é inadmissível em nosso sistema processual a defesa ou
o recurso genéricos, sob pena de ofensa ao princípio da impugnação específica dos fatos.
4. Quanto à determinação de aplicação de multa diária no valor de R$ 100,00 (cem reais) por eventual

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
descumprimento da medida de urgência, registre-se, por oportuno, que o INSS lançou aos autos petição
informando o cumprimento da decisão judicial, motivo pelo qual não há que se falar em multa diária por
descumprimento. Recurso provido no ponto.
5. Sobre a correção monetária e juros de mora, razão não assiste ao INSS, vis-à-vis precedente
vinculante da Corte da Legalidade:
5-A. Correção monetária e juros de mora. Precedente do STJ em sede de Recurso Repetitivo. Eficácia
vinculante. Observância obrigatória por esta Turma Recursal. Condenação judicial da Fazenda Pública
referente A DÉBITOS PREVIDENCIÁRIOS, EXCETO BENEFÍCIOS ASSISTENCIAIS. Precedente do
STJ: REsp 1.495.146/MG. As condenações judiciais da Fazenda Pública de natureza previdenciária,
EXCETO OS BENEFÍCIOS ASSISTENCIAIS, sujeitam-se (1) à incidência do INPC, para fins de correção
monetária, no que se refere ao período posterior à vigência da Lei 11.430/2006, que incluiu o art. 41-A na
Lei 8.213/91; e (2) quanto aos juros de mora, incidem segundo a remuneração oficial da caderneta de
poupança (art. 1º-F da Lei 9.494/97, com redação dada pela Lei n. 11.960/2009).
6. Recurso conhecido em parte, e nesta parcialmente provido somente para afastar a aplicação da multa.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

D1B944071BF467712CBBE474B4A702D5 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


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7. Incabível a condenação em honorários advocatícios e custas processuais.

ACÓRDÃO

Decide a Terceira Turma Recursal, por unanimidade, nos termos do voto do relator, CONHECER EM
PARTE o recurso do INSS, E NESTA DAR-LHE PARCIAL PROVIMENTO, nos termos do voto do Relator.
Brasília – DF, 29/10/2019.

Antonio Claudio Macedo da Silva Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal Relator 1

PROCESSO Nº 0049795-33.2016.4.01.3400 RELATOR : JUIZ FEDERAL ANTONIO CLAUDIO


MACEDO DA SILVA RECORRENTE(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO : - HELIO MARCIO LOPES CARNEIRO RECORRIDO(S) : ANTONIO CARDOSO
GUEDES ADVOGADO : DF00019450 - MAURO SEVERINO DIAS
EMENTA

PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. RECURSO COM RAZÕES


GENÉRICAS E DISSOCIADAS DO OBJETO DA LIDE. CONTRARIEDADE AO NCPC/2015, ART. 1.010,
INCS. II E III. OFENSA AO PRINCÍPIO DA IMPUGNAÇÃO ESPECIFICADA DOS FATOS, A INADMITIR
DEFESA OU RECURSO GENÉRICOS. MULTA DIÁRIA. CUMPRIMENTO DE DECISÃO. JUROS E
CORREÇÃO MONETÁRIA. PRECEDENTE DO STJ. RECURSO DO INSS CONHECIDO EM PARTE, E
NESTA PARCIALMENTE PROVIDO.
1. Recurso do INSS contra a sentença que julgou procedente o pedido de concessão do benefício de
aposentadoria por tempo de contribuição.
2. Alega genericamente o INSS que a parte autora não preenche os requisitos para a concessão do
benefício, bem como assevera ser incabível a cominação de multa diária por presunção de
descumprimento da ordem judicial, sobretudo porque fixa prazo e comina valor que não são razoáveis
para o cumprimento da medida. Por fim, requer o INSS a alteração dos juros e da correção monetária
para que sejam calculados conforme o disposto no art. 1º F da Lei 9.494/97.
3. Ausência de interesse recursal. Falece interesse recursal ao INSS, cujo recurso lança razões genéricas
e dissociadas, deixando, assim, de impugnar, à luz do caso concreto e de forma específica, a
fundamentação da sentença recorrida, incorrendo em efetivo descumprimento da exigência legal de que a
225

apelação (nos JEFs, o recurso inominado) deve vir deduzida com a exposição dos fatos e do direito, bem
como as razões do pedido de reforma, a fim de contrastar as razões da sentença impugnada
[NCPC/2015, art. 1.010, incs. II e III]; com efeito, é inadmissível em nosso sistema processual a defesa ou
o recurso genéricos, sob pena de ofensa ao princípio da impugnação específica dos fatos.
4. Quanto à determinação de aplicação de multa diária no valor de R$ 100,00 (cem reais) por eventual
descumprimento da medida de urgência, registre-se, por oportuno, que o INSS lançou aos autos petição
informando o cumprimento da decisão judicial, motivo pelo qual não há que se falar em multa diária por
descumprimento. Recurso provido no ponto.
5. Sobre a correção monetária e juros de mora, razão não assiste ao INSS, vis-à-vis precedente
vinculante da Corte da Legalidade:

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
5-A. Correção monetária e juros de mora. Precedente do STJ em sede de Recurso Repetitivo. Eficácia
vinculante. Observância obrigatória por esta Turma Recursal. Condenação judicial da Fazenda Pública
referente A DÉBITOS PREVIDENCIÁRIOS, EXCETO BENEFÍCIOS ASSISTENCIAIS. Precedente do
STJ: REsp 1.495.146/MG. As condenações judiciais da Fazenda Pública de natureza previdenciária,
EXCETO OS BENEFÍCIOS ASSISTENCIAIS, sujeitam-se (1) à incidência do INPC, para fins de correção
monetária, no que se refere ao período posterior à vigência da Lei 11.430/2006, que incluiu o art. 41-A na
Lei 8.213/91; e (2) quanto aos juros de mora, incidem segundo a remuneração oficial da caderneta de
poupança (art. 1º-F da Lei 9.494/97, com redação dada pela Lei n. 11.960/2009).
6. Recurso conhecido em parte, e nesta parcialmente provido somente para afastar a aplicação da multa.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

D81212805734028295D4E4FB2C031C02 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


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7. Incabível a condenação em honorários advocatícios e custas processuais.

ACÓRDÃO

Decide a Terceira Turma Recursal, por unanimidade, nos termos do voto do relator, CONHECER EM
PARTE o recurso do INSS, E NESTA DAR-LHE PARCIAL PROVIMENTO, nos termos do voto do Relator.
Brasília – DF, 29/10/2019.

Antonio Claudio Macedo da Silva Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal Relator 1

PROCESSO Nº 0046856-46.2017.4.01.3400 RELATOR : JUIZ FEDERAL ANTONIO CLAUDIO


MACEDO DA SILVA RECORRENTE(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO : - LUCIANA LAURA CARVALHO COSTA DIAS RECORRIDO(S) : RONEY
SANTANA DA SILVA ADVOGADO : DF00019266 - MARCIO ANDRE ALVES DO PRADO E
OUTRO(S)

EMENTA

PREVIDENCIÁRIO. BENEFÍCIO DE AMPARO ASSISTENCIAL AO DEFICIENTE. IMPEDIMENTO DE


LONGO PRAZO. PORTADOR DE HIV. SÚMULA N° 78 DA TNU. DOENÇA ESTIGMATIZANTE.
NECESSIDADE DE APURAÇÃO DAS CONDIÇÕES PESSOAIS, SOCIAIS E ECONÔMICAS
JUNTAMENTE COM OS ASPECTOS MÉDICOS. DEFICIÊNCIA CARACTERIZADA. JUROS E
CORREÇÃO MONETÁRIA. PRECEDENTES DO STF E STJ. RECURSO DO INSS PARCIALMENTE
PROVIDO.
1. Recurso do INSS contra sentença que julgou procedente o pedido inicial, condenando a Autarquia a
implantar e pagar, em favor da parte autora, o benefício de amparo assistencial ao deficiente, com DIB
em 11/04/2017 (data do requerimento administrativo), bem como a efetuar o pagamento das parcelas
vencidas, devendo incidir nesses cálculos, juros e correção monetária nos termos do Manual de Cálculos
da Justiça Federal.
2. Pugna o INSS pela improcedência do pedido de concessão do benefício assistencial, haja vista que
não houve comprovação da deficiência de longo prazo, uma vez que a perícia médica afirmou que a
incapacidade é temporária. Requer a reforma da sentença, no tocante à correção monetária fixados sobre
as parcelas vencidas, para que sejam calculados de acordo com o disposto no art. 1º-F, da Lei n.
9.494/97.
3. O cerne da questão é a existência de um impedimento de longo prazo capaz de substanciar o
enquadramento da parte autora no requisito de deficiente.
226

4. Laudo médico. O laudo médico (registro em 03/07/2018), realizado por especialista em medicina do
trabalho, e perícia médica, apontou que o autor é portador da:
[...] imunodeficiência humana (HIV) desde 2009, com apresentação de quadro geral de mal estar geral
frequente, o que o impede de realizar suas atividades laborais como autônomo. Apresenta histórico de
tuberculose pulmonar tratada em 2016/2017. Em acompanhamento médico regular. Em uso de
antirretrovirais TDF 300mg + 3TC 300mg + EFZ 600mg - 1 comprimido ao dia. DID: sem elementos
médicos objetivos DII: 05/08/2016 (de acordo com os documentos médicos dos autos e os trazidos pelo
periciando) . [...] concluiu-se que: Trata-se de Incapacidade Laboral Total e Temporária Multiprofissional
por 06 meses, para melhor acompanhamento clínico infectológico e prognóstico da doença.
5. É fato que a perícia médica atesta meramente a existência de incapacidade, cabendo ao julgador, na

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
análise do caso concreto, avaliar se o requerente enquadra-se no conceito de deficiente estabelecido pela
Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, é dizer, se a incapacidade gera “impedimento
de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais
barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as
demais pessoas”.
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6. Nesse diapasão, urge salientar que o fato de o expert indicar a existência temporária, sem, contudo,
indicar o prazo para a recuperação do autor não constitui óbice à concessão do benefício. Nesse sentido,
é a jurisprudência da TNU:
[...] 7. Reputo comprovadas as divergências jurisprudenciais, razão pela qual conheço do incidente e
passo ao exame do mérito. 8. Quanto à aferição dos requisitos legitimadores para a concessão do
benefício LOAS, esta Turma Nacional de Uniformização tem posicionamento consolidado no sentido de
que, embora constatada a incapacidade temporária, faz-se necessária uma análise sistêmica e global das
condições pessoais e sócio-econômicas do postulante para, então, melhor balizar a situação de
vulnerabilidade social do postulante – a tônica do benefício em questão. Tanto assim que a legislação
aponta conceito lato e multidimensional para balizar a incapacidade, nos termos do Decreto nº. 6.214, de
26/09/07, cujos artigos 4º e 16, registra: Art. 4º Para os fins do reconhecimento do direito ao benefício,
considera-se: III - incapacidade: fenômeno multidimensional que abrange limitação do desempenho de
atividade e restrição da participação, com redução efetiva e acentuada da capacidade de inclusão social,
em correspondência à interação entre a pessoa com deficiência e seu ambiente físico e social;
9. Fiel à redação supra, a transitoriedade da incapacidade não é óbice à sua concessão quando
presentes circunstâncias sócio-econômicas absolutamente desfavoráveis ao postulante a ponto de
circunscrevê-lo à vulnerabilidade social. Até porque a expressão “longa duração” permite a
temporariedade e a interpretação de que um prazo de “60 dias” (ou mais; ou menos) possa ser
considerado de “longa duração”, notadamente para as partes que necessitam de um benefício desta
natureza. [...] 15. Incidente de Uniformização de Jurisprudência conhecido e parcialmente provido para (i)
reafirmar a tese de que a incapacidade temporária, independente do prazo de duração, não constitui
óbice para a concessão de benefício assistencial ao deficiente; (PEDILEF 50020722520124047009, Rel.
Juiz Federal Douglas Camarinha Gonzales, TNU, publicado em 09/10/2015). [Destaques nossos.]
7. Além disso, calha pôr em relevo o Decreto 6.214/07, o qual regulamenta o benefício de prestação
continuada:
Art. 16. A concessão do benefício à pessoa com deficiência ficará sujeita à avaliação da deficiência e do
grau de impedimento, com base nos princípios da Classificação Internacional de Funcionalidades,
Incapacidade e Saúde - CIF, estabelecida pela Resolução da Organização Mundial da Saúde no 54.21,
aprovada pela 54a Assembleia Mundial da Saúde, em 22 de maio de 2001. § 6o O benefício poderá ser
concedido nos casos em que não seja possível prever a duração dos impedimentos a que se refere o
inciso I do § 5o, mas exista a possibilidade de que se estendam por longo prazo. (Incluído pelo
Decreto nº 7.617, de 2011)
8. Merece registro a informação de que autor é portador de HIV. Sabe-se que nos casos referentes ao
HIV, o julgador não tem como concluir pela plena capacidade da parte sem que tenha examinado as suas
condições pessoais e sociais, uma vez que tais aspectos integram indissociavelmente o conjunto dos
efeitos limitadores da patologia, em face do alto estigma social ainda reinante em nossa sociedade contra
aqueles que infelizmente contraíram tal vírus (estigma reconhecidamente existente mesmo nos casos de
pacientes assintomáticos).
9. Neste sentido é o entendimento da Turma Nacional de Uniformização, que assentou que, na hipótese
do requerente ser portador do vírus HIV, é necessário examinar as condições pessoais e sociais do
interessado, haja vista tratar-se de doença potencialmente estigmatizante, como expressamente ficou
consignado na Súmula nº 78/TNU.
10. Para a TNU, o exame clínico não é suficiente para que o julgador apure a incapacidade laborativa nos
casos de portadores de HIV, devendo, obrigatoriamente, a apuração pericial (ou judicial) considerar,
juntamente com os aspectos médicos (perícia médica), as condições pessoais (grau de escolaridade,
227

profissão etc) e sociais (grupo social, familiar, comunitário, aptidão real para desempenhar outras
profissões etc), econômicas (local de residência e de trabalho) e culturais.
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11. Com efeito, é inegável que a incapacidade temporária, aliada à doença estigmatizante, e histórico

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
frequente de internação hospitalar, geram impedimentos de natureza física que obstruem a sua
participação plena e efetiva na sociedade e o colocam em desvantagem em relação às demais pessoas,
isso tudo sem mencionar que o autor está em completa situação de vulnerabilidade econômica.
11-A. Isso posto, ressuma patente que as patologias que a afligem são de natureza progressiva e, por
óbvio, não possuem solução definitiva através de simples medicação, mormente levando-se em
consideração que, na data de realização da perícia, já estava incapaz há quase 2 anos, razão pela qual
admitir-se que a autora possa recuperar-se é totalmente irracional. Neste sentido bem dispôs o juiz a quo:
Embora o laudo tenha fixado a duração da incapacidade em apenas 6 meses, entendo que o expert não
procedeu com acerto. Cotejando os exames e laudos médicos constantes dos autos, dá-se conta que o
estado de saúde precário da parte autora exige mais do que 6 meses de recuperação. Inclusive as
condições pessoais denotam que dificilmente o autor teria condições de encontrar trabalho, posto que
jamais trabalhou. Aplico ao caso as Súmulas 29 e 48 da TNU. Ante o princípio do judex est peritus
peritorum, anoto que o juiz apreciará livremente a prova pericial, não ficando adstrito à conclusão do
laudo técnico, desde que motivadamente infirme a conclusão do laudo, com base nos arts. 371 e 479 do
CPC. Isto posto, divirjo do laudo pericial e fixo a duração da incapacidade como superior a 2 anos.
12. Forte em tudo isso, o conjunto probatório revela-se harmônico a fim de restar preenchido o requisito
relativo à deficiência de longo prazo.
13. Razão assiste ao INSS em parte, pois, conforme os mais recentes precedentes judiciais, quanto aos
critérios de juros e correção monetária, devem ser seguidos os seguintes parâmetros:
13- A. Correção monetária e juros de mora. Precedente do STJ em sede de Recurso Repetitivo. Eficácia
vinculante. Observância obrigatória por esta Turma Recursal. (1) Correção monetária. Aplicável o IPCA-E,
conforme determinado pelo STF quando do julgamento do RE 870.947/SE, onde foi reconhecida a
repercussão geral para tratar especificamente sobre a correção monetária. Registre-se que, por tratar-se
de benefício assistencial, a correção monetária não se dá pelo INPC, mas sim pelo IPCA-E. [Precedentes:
STF: RE 870.947/SE; STJ: RESP 1.495.146/MG.]; (2) Juros moratórios. Por força do artigo 240 do
CPC/2015, os juros de mora são devidos desde a data da citação válida, nos seguintes parâmetros:
Incidirão os juros aplicados às cadernetas de poupança (artigo 1º-F da Lei 9.494/1997, com a redação
dada pela Lei nº 11.960/2009) até a data da requisição de pagamento (RE 579.431/RS), devendo-se
observar de 04/05/2012 em diante as disposições contidas na Lei nº 12.703/12 referentes à remuneração
das cadernetas de poupança.
14. Recurso do INSS parcialmente provido. Sem honorários de sucumbência.

ACÓRDÃO

Decide a Terceira Turma Recursal, à unanimidade, DAR PARCIAL PROVIMENTO ao recurso do INSS,
nos termos do voto do relator.
Brasília – DF, 29/10/2019

PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

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4
Antonio Claudio Macedo da Silva Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal Relator 1

PROCESSO Nº 0061303-73.2016.4.01.3400 RELATOR : JUIZ FEDERAL ANTONIO CLAUDIO


MACEDO DA SILVA RECORRENTE(S) : LUIZ ANTONIO RAMOS VERAS ADVOGADO :
DF00037905 - DIEGO MONTEIRO CHERULLI RECORRIDO(S) : INSTITUTO NACIONAL DE
SEGURO SOCIAL-INSS ADVOGADO :

EMENTA
228

PREVIDENCIÁRIO. CANCELAMENTO DE APOSENTADORIA NO RPGPS PARA AVERBAÇÃO E


UTILIZAÇÃO DE TEMPO NO REGIME PRÓPRIO. CONTAGEM RECÍPROCA. RENÚNCIA A BENEFÍCIO
PREVIDENCIÁRIO. IMPOSSIBILIDADE. PRECEDENTE DO STF. REPERCUSSÃO GERAL: RE 661256.
NÃO COMPROVAÇÃO DA CIRCUNSTÂNCIA ESPECÍFICA DO DISTINGUISHING. RECURSO DO
AUTOR DESPROVIDO.
1. Recurso da parte autora contra sentença que julgou improcedente o pedido inicial de declaração da
renúncia, com o consequente desfazimento de aposentadoria por tempo de contribuição, sem
necessidade de devolução de quaisquer valores, e emissão de nova Certidão de Tempo de Contribuição
– CTC – para fins de averbação no regime próprio de previdência social a que o autor é vinculado.
2. Em apertada síntese, requer a parte autora o afastamento da decisão no tema 503 do STF (RE

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
661.256) no caso em apreço, pois o objeto jurídico e fundamentos são diversos, bem como a procedência
de seu pedido.
3. Trata-se de pedido de renúncia ao benefício concedido originalmente ao autor pelo INSS, com a
contagem do tempo de serviço para averbação no RPPS, e posterior concessão de benefício de
aposentadoria mais vantajosa no RPPS.
4. Mérito. Dispõe o art. 181-B, do DECRETO No 3.048/1999: As aposentadorias por idade, tempo de
contribuição e especial concedidas pela previdência social, na forma deste Regulamento, são irreversíveis
e irrenunciáveis.
5. O STF, em julgado submetido à repercussão geral (RE 661256), no dia 26/10/2016, considerou ser
inviável a denominada desaposentação, fixando a tese no sentido de que, no âmbito do Regime Geral de
Previdência Social (RGPS), somente lei pode criar benefícios e vantagens previdenciárias, não havendo,
por ora, previsão legal do direito à desaposentação.
6. A parte recorrente não logrou êxito em demonstrar em suas razões recursais a alegada distinguishing.
O julgado do STF que entendeu pela impossibilidade de renúncia do benefício previdenciário possui a
mesma ratio decidendi que o caso em questão, sendo irrelevante o fato de que o pedido de
desposentação tem por objetivo a concessão de nova aposentadoria junto ao RGPS, ou RPPS.
7. Ademais, é entendimento do STJ que "A norma previdenciária não cria óbice a percepção de duas
aposentadorias em regimes distintos, quando os tempos de serviços realizados em atividades
concomitantes sejam computados em cada sistema de previdência, havendo a respectiva contribuição
para cada um deles" (STJ, REsp 687.479/RS, Rel. Ministra LAURITA VAZ, Quinta Turma, DJ de
30/5/2005). Entretanto, a Lei de Benefícios da Previdência Social veda expressamente a concessão de
duas aposentadorias por regimes distintos de previdência, com base em um mesmo tempo de serviço, in
verbis:
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

3A80D5193172814F3D633FD7101B8B73 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


2
Art. 96. O tempo de contribuição ou de serviço de que trata esta Seção será contado de acordo com a
legislação pertinente, observadas as normas seguintes: I - não será admitida a contagem em dobro ou
em outras condições especiais;
II - é vedada a contagem de tempo de serviço público com o de atividade privada, quando concomitantes;
III - não será contado por um sistema o tempo de serviço utilizado para concessão de aposentadoria pelo
outro;
IV - o tempo de serviço anterior ou posterior à obrigatoriedade de filiação à Previdência Social só será
contado mediante indenização da contribuição correspondente ao período respectivo, com acréscimo de
juros moratórios de zero vírgula cinco por cento ao mês, capitalizados anualmente, e multa de dez por
cento.
8. Assim, há a possibilidade de concessão de duas aposentadorias por regimes distintos desde que não
haja a contagem de períodos concomitantes, ou seja, um tempo não pode ser utilizado em um regime
quando este mesmo período já tiver sido contado para efeito de aposentadoria em outro regime.
9. Em outras palavras, os períodos laborados pela parte autora como empregado privado e computados
para fins do benefício de aposentadoria no Regime Geral de Previdência Social, não podem ser utilizados
para a aposentadoria estatutária, regime de contagem recíproca.
10. Pelo exposto, a aposentadoria concedida pelo INSS à autora é regular, caracterizando-se como ato
jurídico perfeito, nos termos do art. 5º, XXXVI, da CF, e, pois, de caráter irreversível.
11. Sentença recorrida que aplicou de forma correta a orientação firmada pelo STF no RE 661256, no
sentido de reconhecer impossibilidade de proceder-se a desaposentação junto ao RGPS.
12. Honorários advocatícios fixados em 10% (dez por cento) do valor atribuído à causa devidamente
corrigido. Condenação suspensa [Artigo 98, § 3º, do NCPC/2015].

ACÓRDÃO

Decide a Terceira Turma Recursal, à unanimidade NEGAR PROVIMENTO ao recurso da parte autora,
nos termos do voto do relator. Brasília - DF, 29/10/2019
229

Antonio Claudio Macedo da Silva Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal Relator 1

PROCESSO Nº 0021167-63.2018.4.01.3400 RELATOR : JUIZ FEDERAL ANTONIO CLAUDIO


MACEDO DA SILVA RECORRENTE(S) : AMERICA PEREIRA DE MENEZES ADVOGADO :
DF00054598 - MICKAIL SILVA BRAGA RECORRIDO(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO
SOCIAL-INSS ADVOGADO :

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
EMENTA

PREVIDENCIÁRIO. CONCESSÃO DE NOVA APOSENTADORIA NO INSS. DESAPOSENTAÇÃO.


RENÚNCIA A BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO. CÔMPUTO DE CONTRIBUIÇÕES POSTERIORES.
IMPOSSIBLIDADE. PRECEDENTE DO STF. REPERCUSSÃO GERAL: RE 661256. APOSENTADORIA
DA PARTE AUTORA É ATO JURÍDICO PERFEITO, NOS TERMOS DO ART. 5º, XXXVI, DA CF/88, COM
INTANGIBILIDADE ABSOLUTA, QUE CONFERE À OPÇÃO DO AUTOR, QUANDO DO PEDIDO DE
APOSENTADORIA, O CARÁTER DE ATO UNILATERAL E IRRETRATÁVEL. IMPROCEDÊNCIA DO
PEDIDO. RECURSO DO AUTOR DESPROVIDO.
1. Recurso da parte autora contra sentença que julgou improcedente o pedido de concessão de novo
benefício de aposentadoria por idade mais vantajosa, com posterior cessação da aposentadoria por
tempo de contribuição concedido originalmente ao autor pelo INSS.
2. Alega a parte autora que realizou novas contribuições por tempo superior a carência legal, vindo a
preencher os requisitos autorizadores a concessão da aposentadoria por idade, independentemente dos
recolhimentos vertidos no jubilamento anterior, tendo, assim, preenchido os requisitos independentemente
da aposentadoria antes concedida. Desta forma, requer a reforma da sentença no intuito de que o pedido
de concessão de aposentadoria por idade seja deferido.
3. Cumpre destacar que, em que pese a parte autora alegar que seu pedido não tem qualquer relação
com o pedido de desaposentação, tendo em vista fundamentar-se, no seu entendimento, na premissa de
"que é possível alterar a Data da Entrada do Requerimento, permitindo a inclusão do tempo de serviço,
após a aposentadoria, desde que seja para majoração da Renda Mensal Inicial - RMI", resta claro que tal
incremento teria por objeto a revisão do seu ato de aposentadoria, o que nada mais é do que um pedido
de desaposentação.
4. A questão trazida ao exame da Corte é uma repaginação de tese já rejeitada pelo Supremo Tribunal
Federal, que em julgado submetido à repercussão geral (RE 661256), no dia 26/10/2016, considerou ser
inviável a denominada desaposentação, fixando a tese no sentido de que somente lei pode criar
benefícios e vantagens previdenciárias, e, no caso, não havendo, por ora, previsão legal do direito à
desaposentação, ressuma improcedente a pretensão autoral.
5. Fato é que o ato de aposentadoria da parte autora é ato jurídico perfeito, nos termos do art. 5º, XXXVI,
da CF/88, e, pois, sua intangibilidade, à míngua de previsão legal, é absoluta, o que confere à opção do
autor, quando do seu pedido de aposentadoria, o caráter de ato unilateral e irretratável. 6. Recurso do
autor desprovido.
7. Honorários advocatícios fixados em 10% (dez por cento) do valor atribuído à causa devidamente
corrigido. Gratuidade deferida. Condenação suspensa [Artigo 98, § 3º, do NCPC/2015].
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

13FADC30B7749E3D1AA54FD83102E76E TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


2

ACÓRDÃO

Decide a Terceira Turma Recursal, à unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso da parte autora,
nos termos do voto do relator.
Brasília – DF, 29/10/2019

Antonio Claudio Macedo da Silva Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal Relator 1

PROCESSO Nº 0004454-76.2019.4.01.3400 RELATOR : JUIZ FEDERAL ANTONIO CLAUDIO


MACEDO DA SILVA RECORRENTE(S) : DIONE SANTANA DA SILVA ADVOGADO :
230

DF00045718 - EMERSON ALVES DOS SANTOS RECORRIDO(S) : INSTITUTO NACIONAL DE


SEGURO SOCIAL-INSS ADVOGADO :
EMENTA

PROCESSUAL CIVIL. LITISPENDÊNCIA. ART. 337, § 2º e 4º DO NCPC/2015. VERACIDADE NÃO


AFASTADA PELA PARTE RECORRENTE. ÔNUS DA PROVA. PROCESSO EXTINTO SEM
RESOLUÇÃO DO MÉRITO. RECURSO DESPROVIDO.
1. Recurso da parte autora contra sentença proferida em 27/02/2019 que extinguiu o feito sem resolução
de mérito, ante o reconhecimento da litispendência em relação ao processo nº
003259979.2018.4.01.3400 em tramitação na 24ª vara.

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
2. De acordo com o art. 337, § 1º, 2º, 3º e 4º do NCPC/2015, verifica-se a litispendência ou coisa julgada,
quando se reproduz ação anteriormente ajuizada, exigindo-se, portanto, identidade de partes, causa de
pedir e pedido (art. 337, §2º, do citado diploma legal).
3. Compulsando-se os autos, constata-se que a parte autora também figura no polo ativo do processo nº
0032599-79.2018.4.01.3400, que tramitou na 24ª Vara Federal desta Seção Judiciária, com identidade de
causa de pedir e pedido, cuja inicial foi distribuída em 11/09/2018, configurando-se a ocorrência de
litispendência em relação a presente ação distribuída em 18/02/2019.
4. Alega a parte autora que não houve litispendência tendo já que o presente processo refere-se a novo
requerimento administrativo de auxílio-doença nº 6264490044, com DER em 22/01/2019, e relativo ao
agravamento das enfermidades : F32 - Episódios depressivos, F41 - Outros transtornos ansiosos, e F40.1
- Fobias sociais.
5. Compulsando-se os autos nº 0032599-79.2018.4.01.3400, verifica-se que 28/11/2018 a parte autora foi
submetida à perícia médica com especialista em psiquiatria o qual concluiu pela ausência de
incapacidade. Registre-se ainda que em 27/06/2019 a ação foi julgada improcedente, tendo ocorrido
inclusive seu trânsito em julgado.
6. Não merece prosperar as alegações da parte autora. Observa-se que as enfermidades relatadas no
presente processo são as mesmas do processo nº 0032599-79.2018.4.01.3400, não tendo parte autora
se desincumbido do ônus de comprovar o agravamento da doença (art. 373, I, do NCPC/2015) devendo
arcar, portanto, com as consequências daí decorrentes.
7. Recurso desprovido.
8. Honorários advocatícios fixados em 10% (dez por cento) do valor atribuído à causa devidamente
corrigido. Condenação suspensa [Artigo 98, § 3º, do NCPC/2015].

PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

E47F0B5E3CB217EAA07301D40AC56E7B TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


2

ACÓRDÃO

Decide a Terceira Turma Recursal, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso da parte autora,
nos termos do voto do Relator.
Brasília-DF, 29/10/2019

Antonio Claudio Macedo da Silva Juiz Federal – 3ª. Turma Recursal Relator 1
231

PODER JUDICIÁRIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
2ª. TURMA RECURSAL

PROCESSO Nº : 0055540-38.2009.4.01.3400 RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO


CASTRO MARTINS RECORRENTE (S) : UNIAO FEDERAL ADVOGADO (S) : - HITALA MAYARA
PEREIRA DE VASCONCELOS RECORRIDO (S) : MARIA BARBOSA BRITO ADVOGADO (S) :
DF0001672A - SOLANGE MARIA DE CARVALHO CAVALCANTE

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EMENTA

REEXAME DO PROCESSO. JUÍZO DE RETRATAÇÃO. GDPGPE. PAGAMENTO AOS INATIVOS E


PENSIONISTA NA MESMA PONTUAÇÃO DOS SERVIDORES DA ATIVA – 80 – ATÉ A
HOMOLOGAÇÃO DOS RESULTADOS DAS AVALIAÇÕES, APÓS A CONCLUSÃO DO PRIMEIRO
CICLO. RE 631389 E ARE 1052570. REPERCUSSÃO GERAL. SENTENÇA REFORMADA, EM PARTE.
1. Processo recebido da Coordenadoria das Turmas Recursais dos Juizados Especiais Federais para
reexame e juízo de retratação pelo Colegiado, se for o caso, considerando o entendimento firmado pelo
STF no RE 631389 (GDPGPE). 2. O Acórdão da Turma Recursal manteve a sentença de primeiro grau
que determinou “o pagamento da Gratificação de Desempenho do Plano Geral de Cargos do Poder
Executivo - GDPGPE, a partir de 01/01/2009, no patamar de 80% até que seja regulamentada tal
gratificação e processados os resultados da primeira avaliação individual e institucional, nos termos do
artigo 7º, § 7º, da Lei 11.357/2006 (incluído pela Lei nº 11.784/2008)”. 3. Por outro lado, restou
consignado pelo STF: GRATIFICAÇÃO DE DESEMPENHO DO PLANO GERAL DE CARGOS DO
PODER EXECUTIVO – GDPGPE – LEI Nº 11.357/06. Homenageia o tratamento igualitário decisão que,
até a avaliação dos servidores em atividade, implica a observância da mesma pontuação – 80 – no
tocante a inativos e pensionistas. (RE 631389, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Tribunal Pleno,
julgado em 25/09/2013, ACÓRDÃO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe106 DIVULG
02-06-2014 PUBLIC 03-06-2014). 4. Especificamente sobre o termo final do pagamento equiparado entre
ativos e inativos, o STF decidiu: CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. GRATIFICAÇÕES FEDERAIS DE DESEMPENHO. TERMO FINAL
DO PAGAMENTO EQUIPARADO ENTRE ATIVOS E INATIVOS. REDUÇÃO DO VALOR PAGO AOS
APOSENTADOS E PENSIONISTAS E PRINCÍPIO DA IRREDUTIBILIDADE DE VENCIMENTOS. 1.
Revelam especial relevância, na forma do art. 102, § 3º, da Constituição, duas questões concernentes às
chamadas gratificações federais de desempenho: (I) qual o exato momento em que as gratificações
deixam de ter feição genérica e assumem o caráter pro labore faciendo, legitimando o pagamento
diferenciado entre servidores ativos e inativos;

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2ª TURMA RECURSAL

828A67530AECED9BB2E88B5EDB7F7948
(II) a redução do valor pago aos aposentados e pensionistas, decorrente da supressão, total ou parcial, da
gratificação, ofende, ou não, o princípio da irredutibilidade de vencimentos. 2. Reafirma-se a
jurisprudência dominante desta Corte nos termos da seguinte tese de repercussão geral: (I) O termo
inicial do pagamento diferenciado das gratificações de desempenho entre servidores ativos e inativos é o
da data da homologação do resultado das avaliações, após a conclusão do primeiro ciclo; (II) A redução,
após a homologação do resultado das avaliações, do valor da gratificação de desempenho paga aos
inativos e pensionistas não configura ofensa ao princípio da irredutibilidade de vencimentos. 3. Essas
diretrizes aplicam-se a todas as gratificações federais de desempenho que exibem perfil normativo
semelhante ao da Gratificação de Desempenho da Carreira da Previdência, da Saúde e do Trabalho
(GDPST), discutida nestes autos. A título meramente exemplificativo, citam-se: Gratificação de
Desempenho de Atividade do Seguro Social - GDASS; Gratificação de Desempenho de Atividade de
Apoio Técnico-Administrativo à Polícia Rodoviária Federal – GDATPRF; Gratificação de Desempenho de
Atividade Médico-Pericial - GDAMP; Gratificação de Desempenho de Atividade de Perícia Médica
Previdenciária - GDAPMP; Gratificação de Desempenho de Atividade Técnica de Fiscalização
Agropecuária – GDATFA; Gratificação de Efetivo Desempenho em Regulação - GEDR; Gratificação de
Desempenho do Plano Geral de Cargos do Poder Executivo – GDPGPE; Gratificação de Desempenho de
Atividade Previdenciária - GDAP ; Gratificação de Desempenho de Atividade TécnicoAdministrativa -
GDATA; Gratificação de Desempenho de Atividade Fazendária - GDAFAZ. 4. Repercussão geral da
matéria reconhecida, nos termos do art. 1.035 do CPC. Jurisprudência do SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL reafirmada, nos termos do art. 323-A do Regimento Interno. (ARE 1052570 RG, Relator(a):
Min. ALEXANDRE DE MORAES, julgado em 15/02/2018, PROCESSO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO
GERAL - MÉRITO DJe042 DIVULG 05-03-2018 PUBLIC 06-03-2018). 5. Esclareça-se que no âmbito do
Ministério do Transporte, os resultados do primeiro ciclo de avaliação foram homologados em 29 de
outubro de 2010, por meio da Portaria nº 2.592, de 29/10/2010. 6. Reexame do processo e juízo de
retratação e alteração parcial do acórdão anterior da Turma Recursal (art. 1.040, II, e art. 1.041, § 1º,
232

CPC/15), divergente, em parte, do entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento do
RE 631389/DF e ARE 1052570, sob o rito da repercussão geral. 7. Recurso da União Federal
parcialmente provido, somente para esclarecer que a GDPGPE será paga à pensionista, na pontuação de
80 pontos, desde a instituição do benefício em 27/2/2009 e até a “data da homologação do resultado das
avaliações, após a conclusão do primeiro ciclo”. 8. Sem condenação em honorários advocatícios, por
finalmente ter sido parcialmente vencedora a parte que interpôs o recurso inominado originário.
ACÓRDÃO

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2ª TURMA RECURSAL

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828A67530AECED9BB2E88B5EDB7F7948
Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, em reexame do processo, retratar-se do julgamento
anterior, alterando o respectivo acórdão para DAR PARCIAL PROVIMENTO ao recurso interposto pela
parte ré. Brasília, 23 de outubro de 2019.

CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1

PROCESSO Nº : 0065881-16.2015.4.01.3400 RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO


CASTRO MARTINS RECORRENTE (S) : EZY BRAS DOS SANTOS ADVOGADO (S) : DF00032246 -
FERNANDO JOSE FEROLDI GONCALVES E OUTRO(S) RECORRIDO (S) : INSTITUTO NACIONAL DE
SEGURO SOCIAL-INSS ADVOGADO (S) :

EMENTA

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. HIPÓTESES DE CABIMENTO. ART. 1.022 DO CPC. REDISCUSSÃO


DE MATÉRIA. VIA INADEQUADA. EMBARGOS REJEITADOS. 1. A parte autora opôs embargos de
declaração contra acórdão que, mantendo a sentença de primeiro grau, rejeitou o pedido de concessão
de benefício assistencial ao idoso, com fundamento na ausência de hipossuficiência econômica. 2. A
embargante suscita nulidade do acórdão, insurgindo-se contra o fato de o juiz ter se utilizado da consulta
ao CNIS das suas filhas. A autora alega violação ao disposto no art. 371 do CPC/15, ao “princípio da não
surpresa” e ao “princípio do contraditório efetivo” (art. 7º e 10 do CPC/15), tendo em vista que não foi
oportunizado à recorrente manifestar-se sobre os mencionados documentos. 3. Decisão. Os embargos
de declaração não se prestam à pretensão de novo julgamento da causa, nem são cabíveis para fins de
prequestionamento, na ausência de erro, omissão, obscuridade ou contradição (CPC, art. 1.022). 4. No
caso vertente, diante da incompletude das informações do laudo socioeconômico, o Juízo se utilizou dos
registros obtidos junto ao CNIS, uma fonte de dados que auxilia no julgamento das demandas que
envolvem o INSS e a qual a parte autora também tem acesso junto às Agências Previdenciárias,
dispensando-se sua a prévia intimação. 5. Portanto, fica óbvio que a intenção da parte embargante é
rediscutir matéria já decidida, uma vez que o acórdão indicou os fundamentos suficientes para a
compreensão das razões de decidir, levando em consideração todos os argumentos trazidos em sede
recursal, bem como a legislação de regência da questão. 6. Embargos rejeitados. ACÓRDÃO Decide a 2ª
Turma Recursal do DF, por unanimidade, REJEITAR os embargos de declaração. Brasília, 23 de outubro
de 2019.

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2ª TURMA RECURSAL

8BC82D468AFAEA4A7836A58F544D5977

CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1

PROCESSO Nº : 0026209-30.2017.4.01.3400 RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO


CASTRO MARTINS RECORRENTE (S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO (S) : - MARCELO NOVELINO CAMARGO RECORRIDO (S) : EDMILSON LOPES DA
ROCHA ADVOGADO (S) : DF00030525 - GILBERTO CONCEICAO DO AMARAL
EMENTA
233

PREVIDENCIÁRIO. CONCESSÃO DE BENEFÍCIO POR INCAPACIDADE. LAUDO MÉDICO


ATESTANDO INCAPACIDADE TEMPORÁRIA. DEVIDO SOMENTE AUXÍLIO-DOENÇA. DIB. DATA DA
CESSAÇÃO INDEVIDA. DCB. 120 DIAS CONTADOS DA CONCESSÃO. RECURSO DO INSS
PROVIDO, EM PARTE. SENTENÇA REFORMADA. 1. Recurso do INSS contra sentença que assegurou
à autora o benefício de aposentadoria por invalidez, desde 23/9/2017 (dia seguinte à cessação do último
auxílio-doença), com pagamento das parcelas retroativas nos termos da Lei n. 11.960/09 (TR + 0,5%
a.m). 2. Sustenta o réu que a incapacidade é somente temporária, não dando ensejo a concessão de
aposentadoria por invalidez, mas somente auxílio-doença, com a necessária fixação da data de cessação
do benefício (DCB). Sucessivamente, requer seja aplicada a Lei n. 11.960/09 quanto aos consectários

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legais, tendo em vista a possibilidade de modulação de efeito no RE 870947. 3. Com contrarrazões. 4.
Edmilson Lopes da Rocha, CPF n. 564.508.341-53, nascido em 10/8/1968 (atualmente com 51 anos de
idade), saladeiro, sem alfabetização, residente na cidade satélite de Ceilândia/DF. 5. Recebeu o benefício
de auxílio-doença n. 618.884.803-6 de 6/2/2016 até 7/5/2017, em razão do acordo judicial homologado no
processo n. 0013569-29.2016.4.01.3400. E o auxílio-doença n. 618.703.743-3 de 25/7/2017 a 22/9/2017.
6. Laudo médico oficial (petição registrada em 11/1/2018). Perícia realizada em 30/11/2017, na qual ficou
constatada a presença de incapacidade total e temporária, por bursite do ombro (M75.5), dor articular
(M25.5) e fratura de clavícula (S42.0). O perito informou não ser possível determinar o “prazo razoável de
concessão”. Nem fixou a DII. 7. Tratando-se de incapacidade temporária, passível de recuperação, é
caso somente de auxílio-doença. 8. DIB. Já decidiu a TNU que, quando não houver retorno ao trabalho
após a data do cancelamento do benefício (DCB) e em sendo a incapacidade atual decorrente da mesma
doença ou lesão que justificou a concessão do benefício que se pretende restabelecer, presume-se a
continuidade do estado incapacitante desde a data do cancelamento, que, sendo reputado indevido,
corresponde ao termo inicial da condenação ou data de (re)início do benefício (PEDILEF
201071650012766, Rel. Juiz Federal Janilson Bezerra de Siqueira, DJ 26/10/2012; PEDILEF
200772570036836, Rel. Juíza Federal Jacqueline Michels Bilhalva, DJ 11/06/2010; PEDILEF
200763060051693, Rel. Juíza Federal Jacqueline Michels Bilhalva, DJ

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2ª TURMA RECURSAL

3000D9CF99D6995535D9588FC5FE12CE
22/11/2008); (AgInt no REsp 1394759/PE, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, PRIMEIRA
TURMA, julgado em 27/06/2017, DJe 03/08/2017). 9. No caso, o benefício de auxílio-doença n.
618.703.743-3, cessado em 22/9/2017, tinha por fundamento o CID M75.5 (bursite do ombro), uma das
doenças identificada pelo perito judicial como sendo causadora da incapacidade laborativa. Portanto, a
conclusão que se chega é que o benefício foi indevidamente suspenso pelo INSS. Devido o auxílio-
doença a partir de 23/9/2017. 10. Termo final de cessação (DCB). De acordo com a redação atual dos §§
8º e 9º do art. 60 da Lei n. 8.213/91 (com a redação da Lei n. 13.457/2017), “sempre que possível, o ato
de concessão ou de reativação de auxílio-doença, judicial o administrativo, deverá fixar o prazo estimado
para a duração do benefício” e, “na ausência de fixação do prazo (...), o benefício cessará após o prazo
de cento e vinte dias, contado da data de concessão ou de reativação, exceto se o segurado requerer a
sua prorrogação perante o INSS, (...)”. 11. No caso vertente, a médica perita oficial não pode determinar o
“prazo razoável de concessão”, enquadrando-se a parte autora no art. 60, §9º, da Lei n. 8.213/91. Assim,
o auxíliodoença será devido pelo prazo de 120 dias, contados da concessão. 12. Registre-se que o autor
já vem recebendo a aposentadoria por invalidez n. 628.364.112-5, desde 17/6/2019 (DDB), por força da
tutela antecipada deferida na sentença. Esta, portanto, deve ser a “data de concessão” a ser considerada
para fins fixação da DCB. Assim, o auxíliodoença será devido até 17/12/2019 (DCB), cabendo à autora
requerer a prorrogação perante o INSS. 13. Atualização monetária. Ausência de interesse recursal. Por
fim, ausente o interesse recursal no tocante à correção monetária. Porquanto, o juiz sentenciante já
determinou a aplicação da Lei n. 11.960/09. Confira-se: As parcelas vencidas, a serem pagas mediante
RPV, serão acrescidas de correção monetária pelos índices do Manual de Orientação de Procedimentos
para os Cálculos na Justiça Federal a contar das datas dos respectivos vencimentos, até a entrada em
vigor do art. 1º.-F da Lei 9.494/97, na redação estabelecida pela Lei nº. 11.960/09, a partir de quando
incidirão os índices de remuneração básica da caderneta de poupança, acrescidos de juros de mora à
razão 0,5% a.m. a partir da citação (não se aplicando à espécie o teor do julgado proferido no âmbito do
RE nº. 870.947-SE, em face da suspensão dos efeitos da decisão ali tomada por meio de embargos de
declaração, conforme manifestação do Relator publicada no DJE nº. 204, divulgado em 25/09/2018). 14.
Provimento parcial do recurso do INSS, na parte conhecida. Sentença reformada para conceder a parte
autora somente o benefício de auxílio-doença, desde 23/9/2017 – DIB (dia seguinte à cessação do último
benefício) até 17/12/2019 (DCB). 15. Tutela antecipada parcialmente revogada, para que o INSS
mantenha o pagamento do benefício de auxílio-doença. 16. Desnecessidade de devolução dos valores
percebidos por decisão judicial. No que se refere às parcelas do benefício previdenciário, afinal indevido,
mas recebidas por força de decisão judicial, não se aplica o REsp 1.401.560/MT, em face da
superveniência do julgamento do ARE 734242 AgR, que afastou a reposição dos
234

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2ª TURMA RECURSAL

3000D9CF99D6995535D9588FC5FE12CE
valores recebidos sob tais circunstâncias. Com efeito, o STF, depois do julgamento do recurso repetitivo
no STJ, adotou orientação diversa, estabelecendo que o benefício previdenciário recebido de boa-fé pelo
segurado, em decorrência de decisão judicial, não está sujeito à repetição de indébito, em razão de seu
caráter alimentar (ARE 734242 agR - Primeira Turma, Rel. Ministro Roberto Barroso, DJe de 08/09/2015,
p. 175 e PEDILEF 50023993020134047107, JUIZ FEDERAL DANIEL MACHADO DA ROCHA, TNU, DOU
18/12/2015 PÁGINAS 142/187). 17. Honorários advocatícios incabíveis, por falta de previsão legal para

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arbitramento, no âmbito do JEF, quando há provimento do recurso julgado, ainda que em parte (artigo 55,
caput, da Lei n. 9.099/1995). ACÓRDÃO Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, DAR
PARCIAL PROVIMENTO ao recurso do INSS, na parte conhecida. Brasília, 23 de outubro de 2019.

CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1

PROCESSO Nº : 0090518-65.2014.4.01.3400 RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO


CASTRO MARTINS RECORRENTE (S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO (S) : - RAISSA VASCONCELOS CHAVES RECORRIDO (S) : ALTAIR DIONISIO PEREIRA
ADVOGADO (S) : DF00028261 - LUCIANE BORGES MARTINS BUENO E OUTRO(S)
EMENTA

PREVIDENCIÁRIO. TEMPO DE SERVIÇO PRESTADO EM CONDIÇÕES ESPECIAIS. DECRETOS


53.831/64 E 83.080/79. LEIS 8.213/91 E 9.032/95. VIGILANTE ARMADO. SÚMULA 26 DA TNU.
PERÍODO POSTERIOR A 05/03/1997. POSSIBILIDADE. PRECEDENTES DO STJ E TNU.
COMPROVAÇÃO DO EXERCÍCIO DE ATIVIDADE PERIGOSA POR MEIO DE FORMULÁRIO PPP.
DOCUMENTO IDÔNEO. APOSENTADORIA ESPECIAL. CARÊNCIA ALCANÇADA. SENTENÇA
MANTIDA. 1. Recurso do INSS contra sentença que assegurou ao autor o benefício de aposentadoria
especial, desde 21/10/2014 (data do requerimento administrativo), em razão da atividade de vigilante
armado, com pagamento das diferenças de acordo com a Lei n. 11.960/09 (TR + juros de mora de 0,5%
a.m). 2. O réu sustenta que é necessário comprovar o uso de arma de fogo para que os períodos
anteriores a 1995 sejam considerados como especiais. Aduz, também, que a partir de 5/3/1997 (Decreto
n. 2.172) não é possível enquadrar a atividade de vigilante armado como especial, tendo em vista que
não existe mais previsão legal para a periculosidade. Afirma, ainda, que o fator de conversão a ser
considerado para o período anterior a 21/7/1992 é o de 1.2, em respeito ao princípio do tempus regit
actum. Alega, por fim, que não é possível à conversão de tempo especial para comum depois de
28/5/1998. 3. Com contrarrazões. 4. Reconhecimento do tempo de serviço especial. Vigilante.
Comprovação do uso de arma de fogo. Súmula 26 da TNU. A atividade de vigilante deve ser enquadrada
como perigosa, conforme previsão contida no código 2.5.7 do Decreto nº 53.831/1964, por equiparação à
atividade de guarda, até a vigência da Lei 9.032/1995, sendo que tal equiparação, contudo, somente se
afigura possível mediante comprovação de que o segurado exercia a atividade com porte de arma de fogo
(Súmula 26 da TNU). Posteriormente à vigência da Lei 9.032/1995, o reconhecimento da especialidade
da função de vigia depende da comprovação da efetiva exposição a agentes prejudiciais à saúde ou à
integridade física, inclusive como o uso de arma de fogo, mediante apresentação de formulários SB-40 e
DSS8030 expedidos pelo INSS e preenchidos pelo empregador até 05/03/1997 (anterior à vigência do
Decreto nº 2.172/1997), e, a partir de então, por meio de formulário embasado em laudo técnico (ou
documento equivalente, por exemplo, o PPP) ou perícia judicial (Lei 9.528/1997). 5. Reconhecimento do
tempo de serviço especial de vigilante armado depois do Decreto n. 2.172, de 5/3/1997. Possibilidade.
Precedentes da TNU e do STJ. A TNU e o STJ se

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2ª TURMA RECURSAL

5C925354E1A4609FA622CF730324CDD2
manifestaram no sentido de que é possível o reconhecimento de tempo especial prestado com exposição
a agente nocivo periculoso em data posterior a 05/03/1997, desde que laudo técnico (ou elemento
material equivalente) comprove a permanente exposição à atividade nociva, independentemente de
previsão em legislação específica. Precedentes: PEDILEF 50077497320114047105, JUIZ FEDERAL
DANIEL MACHADO DA ROCHA, TNU, DOU 06/11/2015 PÁGINAS 138/358; e REsp 1410057/RN, Rel.
Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, PRIMEIRA TURMA, julgado em 30/11/2017, DJe 11/12/2017.
6. Condições de trabalho ensejadoras da aposentadoria especial devem ser aferidas à luz do conjunto
probatório. Tendo em vista a jurisprudência mais recente do STJ e TNU (AGRESP 201201402375 e
PEDILEF 50012383420124047102), depreende-se que as condições de trabalho ensejadoras da
aposentadoria especial devem ser aferidas à luz do conjunto probatório. Assim, é possível o
235

reconhecimento de tempo especial após 05/03/1997, ainda que inexistente nos autos laudo pericial,
desde que o Perfil Profissiográfico Previdenciário contenha referência ao laudo técnico e ao profissional
que o subscreveu no campo apropriado daquele formulário. Nesse mesmo diapasão, a TNU reconhece
que “mais importante que qualificar doutrinariamente um agente como sendo catalisador de insalubridade,
periculosidade ou penosidade, muito mais importante para fins de aplicação das novéis disposições da
Lei no. 9.528/97 é saber se um agente nocivo/prejudicial (qualificação que, por sinal, pode muito bem ser
interpretada como aglutinadora de formas de periculosidade) é capaz de deteriorar/expor a
saúde/integridade física do trabalhador.” (PEDILEF 50012383420124047102, JUIZ FEDERAL BRUNO
LEONARDO CÂMARA CARRÁ, TNU, DOU 26/09/2014 PÁG. 152/227.). 7. Cabe ao INSS, se entender
pertinente, fiscalizar a empresa que emitiu o PPP para aferir a correção das referências nele constantes

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ao laudo técnico pericial, cuja cópia não é obrigação do trabalhador juntar aos autos, visto que o PPP
presume-se veraz, até prova em contrário, se regularmente emitido pela empresa e dele não constar
qualquer tipo de rasura ou contradição interna. Registre-se, por oportuno, que o formulário de Perfil
Profissiográfico preenchido pelas empresas é definido pelo próprio INSS e reserva campo próprio para
indicação do profissional que assina o laudo técnico pericial (AgRg no REsp 1340380/CE, Rel. Ministro
OG FERNANDES, SEGUNDA TURMA, julgado em 23/09/2014, DJe 06/10/2014). 8. No caso vertente,
para todo o período reconhecido na sentença como especial (10/3/1988 a 21/10/2014 – DER), a parte
autora juntou formulário e laudo técnico que atestam o uso de arma de fogo durante toda a jornada de
trabalho (cf. PPP e laudo de fls. 8 e 15/18 da documentação inicial). Portanto, restou devidamente
comprovado o exercício da atividade de vigilante armado. 9. Aposentadoria especial. Carência
alcançada. Pelo exposto, verifica-se que o autor possuía na data do requerimento administrativo, em
21/10/2014 (NB 168.644.501-3), mais de 25 anos de atividade especial, tempo suficiente para o
cumprimento da carência necessária a concessão da aposentadoria pleiteada (art. 57 da Lei n. 8.213/91).
10. O recurso do réu no tocante a possibilidade de conversão de tempo especial em comum e o
respectivo fator de conversão perdeu o objeto depois da sentença de embargos que reconheceu a
aposentadoria especial. Resta, portanto, caracterizada a ausência de interesse recursal no ponto. 11.
Não provimento do recurso do INSS, na parte conhecida. Sentença confirmada.

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12. Honorários advocatícios pela parte recorrente fixados em 10% sobre o valor da condenação (art. 55,
caput, da Lei n. 9.099/1995), mas respeitada a limitação temporal imposta pelo enunciado da Súmula n.
111/STJ. ACÓRDÃO Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao
recurso do INSS, na parte conhecida. Brasília, 23 de outubro de 2019.

CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1

PROCESSO Nº : 0073681-95.2015.4.01.3400 RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO


CASTRO MARTINS RECORRENTE (S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO (S) : - HELIO MARCIO LOPES CARNEIRO RECORRIDO (S) : LUANA RIBEIRO DE
JESUS MELO E OUTRO(S) ADVOGADO (S) : DF00023788 - JUSCELIO GARCIA DE OLIVEIRA
EMENTA

ASSISTÊNCIA SOCIAL. BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA AO DEFICIENTE. ÓBITO DA


PARTE AUTORA. DIREITO DOS SUCESSORES HABILITADOS AOS VALORES NÃO RECEBIDOS EM
VIDA PELA BENEFICIÁRIA. HIPOSSUFICIÊNCIA ECONÔMICA COMPROVADA. BENEFÍCIO DEVIDO.
LEI N. 11.960/09. INCONSTITUCIONALIDADE PARCIAL NO TOCANTE A CORREÇÃO MONETÁRIA.
RE 870947. RECURSO DESPROVIDO. 1. Recurso do INSS contra sentença que reconheceu o direito
da autora falecida ao benefício assistencial ao portador de deficiência e condenou o réu no pagamento
dos valores não recebidos em vida pela beneficiada aos sucessores, relativos aos períodos de 28/8/2015
(DER) a 9/5/2016 (data do óbito), corrigidos pelo IPCA-E e juros de mora aplicados à poupança (RE
870947). 2. O INSS sustenta que não tendo havido habilitação no prazo de 30 (trinta) dias da data do
óbito, o processo deve ser extinto. Aduz, ainda, que o benefício não era devido, tendo em vista que a
autora falecida não atendia ao requisito econômico. Sucessivamente, requer seja a DIB fixada a contar do
laudo socioeconômico e os consectários legais estabelecidos nos termos da Lei n. 11.960/09 (TR). 3.
Com contrarrazões. 4. Luana Ribeiro de Jesus Melo, CPF n. 007.713.161-43, nascida em 22/6/1982,
residia na cidade satélite do Riacho Fundo/DF (QC 05, Conjunto 03, Lote 02, Apto 304, Bloco I,
Condomínio 18), faleceu no curso do processo em 9/5/2016. 5. A autora requereu administrativamente o
benefício em 28/8/2015 (NB 701.736.038-0), que restou indeferido por ser a renda per capita familiar igual
ou superior a ¼ do salário mínimo. 6. Por meio da decisão registrada em 22/6/2017, foram habilitados
como herdeiros: a filha menor Ana Luísa de Jesus Melo (DN 9/6/2004); e o esposo Daniel de Noronha
236

Melo (CPF n. 903.158.391-04, DN 24/5/1981). 7. Quanto à alegação de que o processo deve ser extinto
porque não houve habilitação em 30 dias da data do óbito, colha-se o seguinte precedente da Turma
Recursal de Juiz de Fora/MG, que bem expôs a questão da habilitação, no âmbito dos JEFs: “Diante
desta realidade, entendo que não é razoável exigir-se do patrono da parte autora - diante do longo prazo
de espera para julgamento do recurso, somado ao exíguo prazo legal para habilitação de sucessores -
certificar-se a todo mês se houve óbito de algum de seus clientes, para o fim de promover a habilitação
dentro dos 30 dias que a lei prevê. Aliás, o que se vê na maioria das vezes é que o

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advogado somente toma ciência do falecimento da parte quando tal informação é trazida aos autos pela
parte contrária. 6. Ademais, ainda que os Juizados Especiais sejam regidos por procedimento mais
célere, não se pode perder de vista que o processo não é um fim em si mesmo; ao contrário, deve servir
de instrumento para pôr fim aos conflitos sociais, o que não ocorre quando se extingue de plano a lide
pela falta de habilitação dos sucessores. 7. Assim, a interpretação que melhor atende ao princípio da
razoabilidade é no sentido de que o art. 51 da Lei n. 9.099/95 somente autoriza a extinção do processo
quando, intimado o patrono da parte autora, este deixa de promover a habilitação dos sucessores no
prazo de 30 dias.” (Acórdão Número 0004065-37.2015.4.01.3819 rel. Juíza Federal MARINA DE
MATTOS SALLES – Diário Eletrônico de 01/03/2018). 8. No caso, o advogado da parte autora foi
intimado para promover a habilitação em 5/12/2016 (cf. certidão registrada em 7/12/2019), e o prazo de
30 (trinta) dias findou em 20/2/2017. Mas, antes disso, em 9/2/2017, foi requerida a habilitação e deferida
pelo juízo a quo. 9. No mérito, o cerne da controvérsia é o requisito econômico. 10. O art. 20, § 3º, da Lei
nº 8.742/1993 - LOAS estabelecia que seria considerada hipossuficiente a pessoa com deficiência ou
idoso cuja família possuísse renda per capita inferior a ¼ do salário mínimo. Entretanto, o Supremo
Tribunal Federal, ao analisar os recursos extraordinários 567985 e 580963, ambos submetidos à
repercussão geral, reconheceu a inconstitucionalidade do § 3º do art. 20 da Lei nº 8.742/1993, assim
como do art. 34 da Lei 10.741/2003 - Estatuto do Idoso, permitindo que o requisito econômico, para fins
de concessão do benefício assistencial, seja aferido caso a caso. 11. Laudo socioeconômico (petição
registrada em 31/10/2017). O perito registrou que houve mudança de endereço depois do óbito da autora
para QR 316, Conjunto J, Casa 09, Santa Maria/DF, onde aconteceu a perícia. Segundo o esposo da
autora, ele decidiu ceder o apartamento onde morava com falecida, com todos os móveis e utensílios,
para um casal de conhecidos e voltou a morar com seus pais: Manuel Domingos Melo e Zilma Ferreira de
Noronha Melo. 12. Vê-se que o laudo registra muito da situação vivida pelo esposo e a filha depois do
óbito da autora. Mas, o que importa para os autos é verificar a situação de hipossuficiência no período
anterior, ou seja, de 28/8/2015 (DER) até 9/5/2016 (data do óbito). 13. Pois bem, pelo que foi apurado
pela perícia socioeconômica, o núcleo familiar era composto pela autora, seu esposo, a filha menor, sua
mãe e a irmã solteira. Registre-se que a requerente foi diagnosticada em 29/7/2015 com neoplasia
maligna (C24 e I74.1) e, segundo informado, durante o tratamento a mãe da autora (Martha Aparecida
Ribeiro de Souza, DN 25/1/1963) e sua irmã (Amanda Ribeiro) vieram morar com ela para auxiliar com os
cuidados de sua saúde, mas não ajudavam nas despesas da casa, a primeira porque sua renda já estava
comprometida e a segunda por não exercer atividade remunerada. 14. Relatou-se, ainda, que a época, a
renda familiar era composta apenas do salário do esposo, como motoboy, no valor aproximado de R$
1.800,00. Fotos externas do condomínio onde morava anteriormente com a esposa mostram um lugar em
boas condições. A autora fazia acompanhamento pela rede pública de saúde, mas se observa pelos
documentos da inicial, que alguns exames do ano de 2015 foram realizados na rede privada, com impacto
significativo para a renda familiar (cf. fls. 8/11, 16, 19/20 da documentação inicial). Daniel conta que
necessitavam da ajuda de amigos e familiares para custear o tratamento adequado à esposa.

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15. Além disso, o CNIS da parte autora não registra, como informado, trabalho remunerado formal. E no
período vindicado de 28/8/2015 a 9/5/2016, o esposo recolheu como contribuinte individual
microempreendedor, ou seja, com alíquota reduzida de 5% sobre o salário mínimo (art. 21, II, a, da Lei n.
8/212/91). 16. Assim, com um núcleo familiar de cinco pessoas, a renda per capita seria de R$ 360,00,
menos de meio salário mínimo vigente à época do requerimento administrativo. Registre-se que esse foi o
parâmetro utilizado pelo STF quando da declaração de inconstitucionalidade do art. 20, §3º, da Lei n.
8.742/93. 17. A autora estava acometida de doença grave, que culminou na morte dela, necessitava de
cuidados especiais e as despesas médicas eram altas, carecia de uma renda própria que pudesse
atender as suas necessidades básicas. Benefício era devido, conforme consignado na sentença. 18. DIB.
O benefício era devido desde o requerimento administrativo, quando à autora já tinha o diagnóstico da
doença, não tinha condições de trabalhar e a renda familiar era somente o salário do esposo, sem contar
as despesas médicas. 19. Juros e correção monetária. Lei n. 11.960/09. Inconstitucionalidade parcial no
tocante a correção monetária. RE 870947. 20. Juros moratórios. Os juros de mora passam a contar da
237

citação válida (art. 240 do CPC/15 e Súmula 204/STJ), tem-se que, ao caso, incidirão os juros aplicados à
caderneta de poupança: 0,5% ao mês até junho de 2012 e a partir daí de acordo com as novas regras da
poupança estabelecidas pela Lei nº 12.703/12. 21. Correção monetária. No que se refere à correção
monetária, no RE 870947 (j. 20/9/2017), o STF reconheceu a inconstitucionalidade do uso da taxa de
remuneração básica da caderneta de poupança (TR), instituída pela Lei n. 11.960/09, para fins de
correção de débitos do Poder Público, por não ser adequado para recompor a perda do poder de compra.
Desta feita, deve ser mantida a sentença de primeiro grau. 22. Registre-se, por oportuno, que o acórdão
referente ao RE 870.947 já foi efetivamente publicado no DJe de 17/11/2017, tornado público em
20/11/2017. Demais disso, a decisão proferida pelo STF possui efeito vinculante desde a data de
publicação da ata de julgamento e não da publicação do acórdão (STF, Rcl 3.632 AgR/AM, Rel. p/

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acórdão Min. Eros Grau DJU de 18.8.2006). 23. Vale consignar, ainda, que o STJ decidiu que “(...)
mostra-se descabida a modulação em relação aos casos em que não ocorreu expedição ou pagamento
de precatório” (REsp 1495146/MG, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Primeira Seção, julgado em
22/02/2018, DJe 02/03/2018). 24. E, recentemente, o STF entendeu que não cabe modulação de efeitos
no RE 870947 (embargos de declaração julgados em 3/10/2019). 25. Recurso do INSS desprovido.
Sentença confirmada. 26. Honorários advocatícios pelo INSS, recorrente vencido, fixados em 10% sobre
o valor da condenação (art. 55, caput, da Lei n. 9.099/1995), mas respeitada a limitação temporal imposta
pelo enunciado da Súmula n. 111/STJ.

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F0099A27AA1607665F65A80265B6AD58
ACÓRDÃO Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso do
réu. Brasília, 23 de outubro de 2019.

CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1

PROCESSO Nº : 0074204-73.2016.4.01.3400 RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO


CASTRO MARTINS RECORRENTE (S) : UNIAO FEDERAL ADVOGADO (S) : - SAMUEL LAGES
NEVES LOPES RECORRIDO (S) : JULIO CESAR RODRIGUES MENDES ADVOGADO (S) :
DF00025301 - MOACIR RODRIGUES XAVIER

EMENTA

SEGURO DESEMPREGO. NEGATIVA DO MINISTÉRIO DO TRABALHO. LEGITIMIDADE PASSIVA DA


UNIÃO. INCLUSÃO COMO SÓCIO DE EMPRESA SEDIADA NO PARÁ. INDÍCIOS DE FRAUDE.
PAGAMENTO DEVIDO. LEI N. 11.960/09. INCONSTITUCIONALIDADE PARCIAL NO TOCANTE A
CORREÇÃO MONETÁRIA. RE 870947. SENTENÇA CONFIRMADA. 1. Recurso da União contra
sentença que a condenou no pagamento do seguro desemprego ao autor. O montante atrasado será
corrigido “de acordo o entendimento adotado pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento do RE nº
870.947/SE e pelo Superior Tribunal de Justiça no julgamento do Resp nº 1.495.146/MG”. 2. O réu suscita
preliminar de ilegitimidade passiva. No mérito, discorre sobre o regramento do segurado desemprego e
sustenta que o não pagamento ocorreu porque o autor é sócio de pessoa jurídica ativa, desde 11/7/2012,
pelo que não preenche o requisito essencial para a percepção do benefício que é a inexistência de renda.
Aduz, ainda, que o autor não comprovou os fatos constitutivos do seu direito e que a Administração agiu
em respeito ao princípio da legalidade. Sucessivamente, requer seja observada a Lei n. 11.960/09, quanto
à correção monetária, diante da possibilidade de modulação de efeito no RE 870947. 3. Com
contrarrazões. 4. Legitimidade passiva da União. A decisão que indeferiu o pagamento do seguro
desemprego é do Ministério do Trabalho. Patente, portanto, a legitimidade da União para figurar no polo
passivo da demanda. 5. Mérito. O autor Julio Cesar Rodrigues Mendes, CPF n. 910.122.951-68, teve
indeferido o pagamento do seguro desemprego, sob o fundamento de que era sócio da pessoa jurídica
Alves e Mendes Ltda. – EPP, CNPJ 16.422.202/0001-61, desde 2012. 6. No entanto, o autor nega essa
condição e há nos autos indícios de que tenha sido vítima de fraude. Assim, compulsando-se os autos,
especialmente os documentos juntados, verifica-se que assiste razão a autora. A sentença de primeiro
grau analisou a questão à luz das normas que regem a matéria: Pela documentação acostada aos autos
é possível verificar a veracidade dos fatos narrados pela parte autora. De fato, o autor comprova residir
em Planaltina/GO (fls. 4 – doc. inicial) e ter mantido diversos vínculos laborais nas cidades de São
Francisco de Goiás, Brasília, Anápolis e Goiânia, no período compreendido entre 2010 e 2014 (cf. CTPS
às fls. 20/22).
238

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E75E02553F25D65B8078140F1009FFB6
A empresa Alves e Mendes Ltda. – EPP, por sua vez, foi aberta em 11/07/2012, no município de
Redenção/PA, constando do seu quadro societário Thiago Alves Pereira e Julio Cesar Rodrigues Mendes
(fls. 9/14). Ocorre que o documento apresentado por este último à Junta Comercial do Estado do Pará,
para a constituição da referida sociedade, embora registre o mesmo patronímico, data de nascimento e
genitores do autor, apresenta foto e assinatura de pessoa diversa (vide fls. 15/18 da documentação
inicial). É de clareza meridiana, portanto, a fraude praticada quando do registro da sociedade Alves e

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Mendes Ltda., mediante a falsificação do documento da parte autora, não restando qualquer dúvida de
que o autor não é sócio administrador da empresa aberta no Município de Redenção/PA. Considerando
que a União apresenta, como único óbice ao deferimento da pretensão em exame, a condição do autor de
sócio administrador da empresa Alves e Mendes Ltda. – EPP e, evidenciada a fraude, não há razão para
o indeferimento do pedido. Assim, nada há que impossibilite a parte autora de lograr o exercício de seu
direito ao seguro-desemprego, pois demonstrou nos autos a sua situação de trabalhador dispensado sem
justa causa, consoante Termo de Rescisão de Contrato de Trabalho anexado às fls. 5/6 da documentação
inicial. 7. O recurso não trouxe nenhum argumento capaz de modificar a conclusão do julgado, a qual se
mantém por seus próprios fundamentos. 8. Juros e correção monetária. Lei n. 11.960/09.
Inconstitucionalidade parcial no tocante a correção monetária. RE 870947. 9. Juros moratórios. Os juros
de mora passam a contar da citação válida (art. 240 do CPC/15 e Súmula 204/STJ), tem-se que, ao caso,
incidirão os juros aplicados à caderneta de poupança: 0,5% ao mês até junho de 2012 e a partir daí de
acordo com as novas regras da poupança estabelecidas pela Lei nº 12.703/12. 10. Correção monetária.
No que se refere à correção monetária, no RE 870947 (j. 20/9/2017), o STF reconheceu a
inconstitucionalidade do uso da taxa de remuneração básica da caderneta de poupança (TR), instituída
pela Lei n. 11.960/09, para fins de correção de débitos do Poder Público, por não ser adequado para
recompor a perda do poder de compra. Desta feita, deve ser mantida a sentença de primeiro grau. 11.
Registre-se, por oportuno, que o acórdão referente ao RE 870.947 já foi efetivamente publicado no DJe
de 17/11/2017, tornado público em 20/11/2017. Demais disso, a decisão proferida pelo STF possui efeito
vinculante desde a data de publicação da ata de julgamento e não da publicação do acórdão (STF, Rcl
3.632 AgR/AM, Rel. p/ acórdão Min. Eros Grau DJU de 18.8.2006). 12. Vale consignar, ainda, que o STJ
decidiu que “(...) mostra-se descabida a modulação em relação aos casos em que não ocorreu expedição
ou pagamento de precatório” (REsp 1495146/MG, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Primeira
Seção, julgado em 22/02/2018, DJe 02/03/2018). 13. E, recentemente, o STF entendeu que não cabe
modulação de efeitos no RE 870947 (embargos de declaração julgados em 3/10/2019).

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E75E02553F25D65B8078140F1009FFB6
14. Recurso da parte ré desprovido. Sentença confirmada. 15. Honorários advocatícios pela parte
recorrente fixados em 10% sobre o valor da condenação (art. 55, caput, da Lei n. 9.099/1995). ACÓRDÃO
Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso da União.
Brasília, 23 de outubro de 2019.

CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1

PROCESSO Nº : 0030477-30.2017.4.01.3400 RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO


CASTRO MARTINS RECORRENTE (S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO (S) : - PATRICIA MARA FARIAS PEREIRA PAVAO NUNES RECORRIDO (S) : SILVANA
RODRIGUES DE SOUZA ADVOGADO (S) : DF00032847 - HENRIQUE CESAR DE ASSUNCAO VERAS

EMENTA

PREVIDENCIARIO. AUXÍLIO-DOENÇA. HIPOTÉSE EM QUE A REVERSÃO DA INCAPACIDADE


DEPENDE DE PROCEDIMENTO CIRÚRGICO SEM PREVISÃO DE REALIZAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE
DE FIXAR PREVIAMENTE A DCB. MANUTENÇÃO DO TERMO FINAL FIXADO NA SENTENÇA, JÁ
QUE NÃO HÁ RECURSO DA PARTE AUTORA, MAS SOMENTE DO INSS. LEI N. 11.960/09.
INCONSTITUCIONALIDADE PARCIAL EM RELAÇÃO À CORREÇÃO MONETÁRIA. RE 870947.
COMINAÇÃO DE MULTA DIÁRIA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA PELO DESCUMPRIMENTO DE
ORDEM JUDICIAL. POSSIBILIDADE. QUANTUM. VALOR EXCESSIVO. REDUÇÃO. RAZOABILIDADE.
RECURSO PROVIDO, EM PARTE. 1. Recurso do INSS contra sentença que concedeu à autora o
auxílio-doença, desde 22/3/2017 (data da cessação indevida do benefício anterior), até seis meses
contados da data da prolação da sentença (DCB em 5/10/2019), com pagamento dos valores retroativos
239

de acordo com “os parâmetros fixados pelo Pleno do Supremo Tribunal Federal no julgamento do RE nº
870.947, Rel. Min. Luiz Fux, em regime de repercussão geral”. 2. O réu alega que a DCB deve ser fixada
a contar do laudo médico, precisando ser alterada para 25/5/2018, com imediata revogação da tutela
antecipada deferida. Sucessivamente, que seja aplicada a Lei n. 11.960/09, quanto aos consectários
legais, diante da possibilidade de modulação de efeitos do RE 870947. Por fim, insurge-se contra a multa
fixada, requerendo a sua exclusão ou redução do valor. 3. Com contrarrazões. 4. Silvana Rodrigues de
Souza, CPF n. 015.189.635-60, nascida em 19/9/1984 (atualmente com 35 anos de idade), cabeleireira,
ensino fundamental, residente na cidade satélite de Santa Maria/DF. 5. A autora recebeu o benefício de
auxílio-doença n. 613.829.846-6 de 25/7/2016 até 22/3/2017. Em 22/4/2017, requereu novamente o
benefício que restou indeferido por ter sido constatada que a incapacidade é anterior ao reinício das

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contribuições. 6. Laudo médico oficial (petição registrada em 30/10/2017). O médico especialista em
ortopedia e traumatologia, na perícia realizada em 25/10/2017, constatou que a autora apresenta
radiculopatia (M54.1), que gera incapacidade temporária, parcial e multiprofissional. 7. O perito não pode
precisar o prazo razoável de concessão, informando sobre a necessidade de tratamento cirúrgico,
posterior reabilitação e impossibilidade de desempenho de suas atividades que utilizam força com os
MMSS até a cirurgia de descompressão do STC. Além

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503EB96C1917DC1D041992698F0430DB
disso, sugere que seria recomendável a mudança de função laboral, pois o risco de ressurgirem os
sintomas é grande como cabeleireira. 8. Hipótese em que a reversão da incapacidade depende de
procedimento cirúrgico sem previsão de realização. Impossibilidade de fixar previamente o termo final do
benefício. Assim, considerando que a autora não tem condições de retornar a atividade habitual de
cabeleireira até o tratamento cirúrgico, de resultados incertos, e, diga-se, ao qual a parte não é obrigada a
se submeter, a meu ver, não seria possível fixar previamente prazo para a duração do benefício, devendo
o auxílio-doença ser mantido até que o segurado seja dado como habilitado para o desempenho da sua
atividade profissional, nos termos do art. 62, parágrafo único, da Lei n. 8.213/91. 9. No entanto, o recurso
é somente do INSS, devendo ser mantido os termos da sentença de primeiro grau. Consequentemente,
não é possível antecipar a DCB como pretendido pela autarquia previdenciária. 10. Juros e correção
monetária. Lei n. 11.960/09. Inconstitucionalidade parcial no tocante a correção monetária. RE 870947.
11. Juros moratórios. Os juros de mora passam a contar da citação válida (art. 240 do CPC/15 e Súmula
204/STJ), tem-se que, ao caso, incidirão os juros aplicados à caderneta de poupança: 0,5% ao mês até
junho de 2012 e a partir daí de acordo com as novas regras da poupança estabelecidas pela Lei nº
12.703/12. 12. Correção monetária. No que se refere à correção monetária, no RE 870947 (j. 20/9/2017),
o STF reconheceu a inconstitucionalidade do uso da taxa de remuneração básica da caderneta de
poupança (TR), instituída pela Lei n. 11.960/09, para fins de correção de débitos do Poder Público, por
não ser adequado para recompor a perda do poder de compra. Desta feita, fica mantida a sentença. 13.
Registre-se, por oportuno, que o acórdão referente ao RE 870.947 já foi efetivamente publicado no DJe
de 17/11/2017, tornado público em 20/11/2017. Demais disso, a decisão proferida pelo STF possui efeito
vinculante desde a data de publicação da ata de julgamento e não da publicação do acórdão (STF, Rcl
3.632 AgR/AM, Rel. p/ acórdão Min. Eros Grau DJU de 18.8.2006). 14. Vale consignar, ainda, que o STJ
decidiu que “(...) mostra-se descabida a modulação em relação aos casos em que não ocorreu expedição
ou pagamento de precatório” (REsp 1495146/MG, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Primeira
Seção, julgado em 22/02/2018, DJe 02/03/2018). 15. E, recentemente, o STF entendeu que não cabe
modulação de efeitos no RE 870947 (embargos de declaração julgados em 3/10/2019). 16. Multa. Quanto
à fixação da multa diária por descumprimento das obrigações pelo INSS, o Novo Código Civil traz, nos
artigos 497 e 537, que o juiz poderá determinar providências que assegurem a obtenção da tutela,
podendo inclusive impor multas ao réu. Dessa forma, não tem razão o INSS ao afirmar que a multa
designada pelo magistrado deveria ser excluída, mas é possível reduzi-la, já que se afigura excessivo o
valor arbitrado por dia de atraso (R$ 500,00). 17. Diante disso, nos termos do §1º do art. 537 do CPC/15,
reduzo o valor da multa que se mostra desproporcional, para R$ 100,00 (cem reais) por dia de atraso. 18.
Provimento parcial do recurso do INSS, somente em relação ao valor da multa diária.

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2ª TURMA RECURSAL

503EB96C1917DC1D041992698F0430DB
19. Não há, no âmbito do JEF, previsão legal para arbitramento de verba honorária quando há provimento
do recurso, ainda que em parte mínima (art. 55, caput, da Lei n. 9.099/95). ACORDÃO Decide a 2ª Turma
Recursal do DF, por unanimidade, DAR PARCIAL PROVIMENTO ao recurso do INSS. Brasília, 23 de
outubro de 2019.

CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1
240

PROCESSO Nº : 0023959-87.2018.4.01.3400 RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO


CASTRO MARTINS RECORRENTE (S) : JONATHAN MAX MEDEIROS PIRES ADVOGADO (S) :
MG00119069 - EVERTON VINICIUS TEODORO SILVA E OUTRO(S) RECORRIDO (S) : INSTITUTO
NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS ADVOGADO (S) :
EMENTA

PREVIDENCIÁRIO E PROCESSO CIVIL. NULIDADE DA SENTENÇA. JULGAMENTO EXTRA PETITA.


PROCESSO EM CONDIÇÃO DE IMEDIATO JULGAMENTO. AUXÍLIOACIDENTE. REDUÇÃO DA

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
CAPACIDADE PARA A ATIVIDADE HABITUAL. NÃO COMPROVAÇÃO. BENEFÍCIO INDEVIDO. 1.
Recurso da parte autora contra sentença que rejeitou o pedido inicial, com fundamento na perícia médica
contrária. 2. A parte autora sustenta que não foi analisado o pedido de auxílio-acidente, girando toda a
argumentação da sentença em torno dos requisitos da aposentadoria por invalidez e do auxíliodoença, o
que implica na nulidade da decisão por falta de fundamentação. No mérito, aduz que o laudo oficial atesta
a presença de sequela irreversível decorrente de acidente, com redução da capacidade laborativa em
grau mínimo, o que seria suficiente para a concessão do benefício pretendido. 3. Sem contrarrazões. 4.
Jonathan Max Medeiros Pires, CPF n. 721.886.181-49, nascido em 12/5/1984 (atualmente com 35 anos
de idade), gerente administrativo e financeiro, superior completo, residente na cidade satélite de Santa
Maria/DF. 5. O autor recebeu auxílio-doença n. 618.185.207-0 de 10/4/2017 até 31/7/2017. Em seguida,
requereu o benefício de auxílio-acidente, que restou indeferido, depois da análise pericial pelo INSS. 6. A
parte autora relatou, ainda, que foi vítima de acidente automobilístico ocorrido em 26/3/2017 com grave
fratura do platô tibial esquerdo. 7. Laudo médico oficial (petição registrada em 11/12/2018). Perícia
realizada em 3/12/2018, por médico do trabalho, na qual ficou constatada a ausência de sinais de
incapacidade laborativa no momento. 8. Mas, o perito atesta que o autor apresenta sequela leve, que
implica na redução discreta da amplitude de flexão do joelho esquerdo, em razão da fratura do platô tibial
(S82.1), lesão de ligamento do joelho (M23.8) e gonartrose (M17). Afirma, ainda, que “é improvável que
se reverta totalmente, embora possa melhorar com o tratamento” e que “a princípio, para a atividade de
gerente, a sequela apresentada não reduz a capacidade de forma significativa”.

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2ª TURMA RECURSAL

1550E0F3A945D42146DD1959ED532AF1
9. O julgamento é extra petita, pois analisa o pedido como se fosse de auxíliodoença/aposentadoria por
invalidez, quando a pretensão autoral é de concessão de auxílioacidente (art. 492 do CPC/15). Portanto,
a sentença é nula. 10. Processo em condição de imediato julgamento. Art. 1013, §3º, inciso II, do
CPC/15. 11. O auxílio-acidente será concedido, como indenização, ao segurado quando, após
consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultarem sequelas que
impliquem redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia (art. 86 da Lei n. 8.213/91 e
art. 104 e Anexo III do Decreto n. 3048/91 e Anexo). 12. Pelo laudo médico, verifica-se que existe uma
limitação discreta da amplitude do joelho esquerdo, mas não foi comprovada a redução parcial e definitiva
para o trabalho habitual, que, se diga, é um cargo administrativo. O segurado continua trabalhando na
função de gerente administrativo (cf. CNIS), sem qualquer indicação de que tenha que exercer maior
esforço para o desempenho da mesma atividade exercida à época do acidente. Benefício indevido. 13.
Provimento parcial do recurso da parte autora. Nulidade da sentença por julgamento extra petita (art. 492
do CPC/15). Pedido julgado improcedente (art. 1013, §3º, II, do CPC/15). 14. Não há, no âmbito do JEF,
previsão legal para arbitramento de verba honorária quando há provimento do recurso, ainda que em
parte mínima (art. 55, caput, da Lei n. 9.099/95). ACÓRDÃO Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por
unanimidade, DAR PROVIMENTO PARCIAL ao recurso da parte autora para ANULAR A SENTENÇA; e,
no mérito, JULGAR IMPROCEDENTE o pedido inicial (art. 1013, §3º, II, do CPC). Brasília, 23 de outubro
de 2019.

CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1

09FCFD838D099D4CD8123FF8CB93FC09
PROCESSO Nº : 0034126-66.2018.4.01.3400 RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO
CASTRO MARTINS RECORRENTE (S) : PAULO RIBEIRO DE MELO ADVOGADO (S) : DF00021502 -
JOAO BATISTA PEREIRA DE SOUZA E OUTRO(S) RECORRIDO (S) : INSTITUTO NACIONAL DE
SEGURO SOCIAL-INSS ADVOGADO (S) :
EMENTA PREVIDENCIÁRIO. CONCESSÃO DE AUXÍLIO-DOENÇA. LAUDO MÉDICO ATESTANDO
CAPACIDADE LABORATIVA PARA A ATIVIDADE HABITUAL COMO OPERADOR DE SISTEMA. O
241

PRÓPRIO AUTOR NEGOU QUE EXERÇA ATIVIDADES QUE EXIJAM: CARREGAMENTO MANUAL DE
CARGA, DEAMBULAÇÃO EXCESSIVA, SUBIR E DESCER ESCADAS E TRABALHOS EM ALTURA.
BENEFICIO INDEVIDO. SENTENÇA CONFIRMADA. 1. Recurso da parte autora contra sentença que
rejeitou o pedido de concessão de auxíliodoença/aposentadoria por invalidez, com fundamento no
parecer médico contrário do perito do juízo. 2. O autor sustenta que houve equívoco do perito ao
relacionar a atividade habitual de operador de sistema como de “monitorar sistemas eletrônicos pelo
computador”, que não implicaria carregamento de peso, postura de pé prolongada, deambulação
excessiva ou subir e descer escadas, sem qualquer sobrecarga para os membros inferiores. Todavia,
segundo alega, sua real atividade seria de instalação e manutenção de sistemas centrais de ar
condicionado, de ventilação e refrigeração, que lhe impõe todas as sobrecargas já citadas, restando

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
cristalina a sua incapacidade laborativa. 3. Sem contrarrazões. 4. Paulo Ribeiro de Melo, CPF n.
697.619.731-15, nascido em 4/9/1977 (atualmente com 42 anos de idade), operador de sistema, ensino
médio, residente na cidade satélite do Gama/DF. 5. O autor recebeu o benefício de auxílio-doença n.
614.011.616-7 de 28/3/2016 até 10/12/2016. Em 11/1/2018, requereu novo benefício, que não foi
reconhecido, em razão do não comparecimento para realização do exame médico-pericial. 6. Laudo
médico oficial (petição registrada em 7/1/2019). Perícia realizada em 28/11/2018 por médico ortopedista e
traumatologista, que constatou que não existe incapacidade laborativa para a última função declarada
(operador de sistemas). O perito descreveu a atividade como: monitorar (digitar) sistemas eletrônicos pelo
computador e informa, ainda, que o autor “negou carregamento de peso, postura de pé prolongada,
deambulação excessiva e/ou trabalho em altura”. 7. Ficou registrado, também, que o autor apresenta
marcha de aspecto claudicante e faz uso de bengalas com apoios axilares. O especialista atestou que o
autor é portador de déficit parcial de marcha por artrose pós-traumática do joelho esquerdo sobreposta à
instabilidade ligamentar látero-medial em decorrência de fratura cominutiva (fragmentada) do platô tibial
ipsilateral (M17 e T93.2), decorrente de acidente ocorrido em 28/3/2016 (queda de motocicleta com
lesões na perna esquerda) - DII.

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2ª TURMA RECURSAL

09FCFD838D099D4CD8123FF8CB93FC09
8. O perito, indiretamente, aponta que existe restrição para atividades de carregamento manual de peso,
postura de pé prolongada, deambulação excessiva ou subir e descer escadas, e sobrecarga para os
membros inferiores. 9. O autor comprovou apenas que a empresa onde trabalhou por último tem por
principal atividade econômica “instalação e manutenção de sistemas centrais de ar condicionado, de
ventilação e refrigeração”. No entanto, não foi trazida qualquer documentação que detalhasse as
atividades desempenhadas por ele no cargo de operador de sistemas (art. 373, I, do CPC/15). 10. Vale
ressaltar, ainda, que no CNIS consta a ocupação de “operador de computador (inclusive
microcomputador)” – código 3172-05 (CBO), como informado no laudo médico oficial. A Classificação
Brasileira de Ocupações descreve a atividade assim: Operam sistemas de computador e
microcomputadores, monitorando o desempenho dos aplicativos, recursos de entrada e saída de dados,
recursos de armazenamento de dados, registros de erros, consumo da unidade central de processamento
(CPU), recursos de rede e disponibilidade dos aplicativos. Asseguram o funcionamento do hardware e do
software; garantem a segurança das informações, por meio de cópias de segurança e armazenando-as
em local prescrito, verificando acesso lógico de usuários e destruindo informações sigilosas descartadas.
Atendem clientes e usuários, orientando-os na utilização de hardware e software; inspecionam o ambiente
físico para segurança no trabalho. 11. Além disso, o perito registra que o próprio autor teria negado
carregamento manual de peso, postura de pé prolongada, deambulação excessiva e/ou trabalho em
altura. Portanto, o recurso não trouxe argumento capaz de modificar a conclusão do julgado, a qual se
mantém por seus próprios fundamentos. 12. Não provimento do recurso da parte autora. Sentença
confirmada. 13. A instância revisora somente pode dispor sobre honorários, "levando em conta o trabalho
adicional realizado em grau recursal" (art. 85, § 11, CPC/15). Não havendo trabalho em grau recursal pela
parte recorrida, não há como condenar a parte recorrente em honorários advocatícios. 14. Quanto aos
honorários de sucumbência, vencido o Juiz Federal João Carlos Mayer Soares, que entendia pela
possibilidade de fixação dessa verba e a suspensão de sua execução, tendo em vista a gratuidade da
justiça. ACÓRDÃO Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao
recurso da parte autora. Brasília, 23 de outubro de 2019.

CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS

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2ª TURMA RECURSAL

09FCFD838D099D4CD8123FF8CB93FC09
Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1
242

PROCESSO Nº : 0039415-77.2018.4.01.3400 RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO


CASTRO MARTINS RECORRENTE (S) : NELSON NASCIMENTO DOS SANTOS ADVOGADO (S) :
DF00043090 - PRISCILA GUIMARAES MATOS MACEIO RECORRIDO (S) : INSTITUTO NACIONAL DE
SEGURO SOCIAL-INSS ADVOGADO (S) :
EMENTA

PROCESSO CIVIL. CONCESSÃO DO ADICIONAL DE 25% SOBRE A APOSENTADORIA POR


INVALIDEZ. NECESSIDADE DE PRÉVIO REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO. SENTENÇA
CONFIRMADA. 1. Recurso da parte autora contra sentença que extinguiu o feito sem resolução do

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
mérito, ante a falta de prévio requerimento administrativo. A recorrente pretende a concessão do
adicional de 25% sobre a aposentadoria por invalidez (art. 45 da Lei n. 8.213/91). 2. A parte autora alega
que não requereu administrativamente o adicional, tendo em vista que sua aposentadoria por invalidez foi
concedida na esfera judicial. Aduz, ainda, que não se trata de matéria exclusivamente de direito, sendo
imprescindível a produção de prova pericial antes da análise de mérito. Afirma, também, que a majoração
tem cabimento mesmo se a dependência de terceiros for superveniente a data da concessão inicial do
benefício, discorre ainda sobre a extensão desse acréscimo para as demais aposentadorias,
independente da fonte de custeio. 3. Sem contrarrazões. 4. Esclareça-se, inicialmente, que o autor
Nelson Nascimento dos Santos é titular do benefício de aposentadoria por invalidez n. 624.507.866-4,
desde 19/6/2018 (DIB), concedido por meio de acordo judicial (processo n. 0022363-05.2017.4.01.3400).
Assim, parte do recurso da parte autora não merece ser conhecido, já que não houve análise de mérito.
5. O fato de o benefício ter sido inicialmente concedido na esfera judicial, não impede o segurado de
pleitear o adicional de 25% junto ao INSS (art. 45 da Lei n. 8.213/91). Até porque, no processo n.
0022363-05.2017.4.01.3400, a perícia médica oficial não constatou a necessidade de acompanhamento
permanente de outra pessoa para a realização de atos da vida diária. 6. Trata-se, portanto, de situação
superveniente que deve ser primeiramente levada ao conhecimento da Administração Previdenciária e
somente no caso de indeferimento pelo INSS ou demora na análise do pedido, restará caracterizada a
pretensão resistida. 7. Recurso da parte autora desprovido, na parte conhecida. Sentença confirmada. 8.
A instância revisora somente pode dispor sobre honorários, "levando em conta o trabalho adicional
realizado em grau recursal" (art. 85, § 11, CPC/15). Não havendo trabalho em grau recursal pela parte
recorrida, não há como condenar a parte recorrente em honorários advocatícios.

PODER JUDICIÁRIO JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL


2ª TURMA RECURSAL

0BD1E35DD140F35E2FBEBF7BA7391000
9. Quanto aos honorários de sucumbência, vencido o Juiz Federal João Carlos Mayer Soares, que
entendia pela possibilidade de fixação dessa verba e a suspensão de sua execução, tendo em vista a
gratuidade da justiça. ACORDÃO Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, NEGAR
PROVIMENTO ao recurso da parte autora. Brasília, 23 de outubro de 2019.

CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1

PROCESSO Nº : 0042113-56.2018.4.01.3400 RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO


CASTRO MARTINS RECORRENTE (S) : STELA PEREIRA DA SILVA ADVOGADO (S) : DF00055541 -
MCJERRY DI ANDRADE CAMARGO RECORRIDO (S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-
INSS ADVOGADO (S) :
EMENTA

PROCESSO CIVIL. EXTINÇÃO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO. AUSÊNCIA DE INTERESSE DE AGIR.


NÃO COMPROVADA A PRETENSÃO RESISTIDA. SENTENÇA MANTIDA. 1. Recurso da parte autora
contra sentença que extinguiu o feito sem resolução do mérito, por ausência de interesse de agir, por
considerar que a parte autora não comprovou a existência de prévio requerimento administrativo. 2. Nas
razões recursais a parte autora informa que a exigência de prévio requerimento administrativo não
significa exigência de prévia resposta administrativa; e que foi requerido administrativamente o benefício,
restando comprovado o interesse de agir. 3. Sem contrarrazões. 4. Decisão. O Plenário do Supremo
Tribunal Federal assentou que a concessão de benefício previdenciário ou assistencial depende de
requerimento do interessado, não se caracterizando ameaça ou lesão ao direito antes de sua apreciação
e indeferimento pelo INSS, ou se excedido o prazo legal para sua análise (ARE 631.240-RG). 5. No caso
vertente, a autora juntou pedido administrativo de aposentadoria por idade urbana (NB 193.010.306-6, der
24/10/2018), indeferido pela falta de período de carência. 6. Acontece que o pedido inicial é de
concessão de benefício de prestação continuada ao idoso (LOAS), e, de fato, não existe prévio
requerimento administrativo para esse benefício. Portanto, não restou caracterizada a pretensão resistida
quanto ao benefício assistencial. 7. Ressalte-se que aqui não tem como impor ao INSS o dever de
243

buscar o melhor benefício para o segurado (art. 669 687 a 690 da IN INSS/PRES n. 77 de 2015), pois são
pretensões de natureza diversa (previdenciário/assistencial) e requisitos totalmente distintos. 8. Recurso
da parte autora desprovido. Sentença confirmada. 9. A instância revisora somente pode dispor sobre
honorários, "levando em conta o trabalho adicional realizado em grau recursal" (art. 85, § 11, CPC/15).
Não havendo trabalho em grau recursal pela parte recorrida, não há como condenar a parte recorrente
em honorários advocatícios. 10. Quanto aos honorários de sucumbência, vencido o Juiz Federal João
Carlos Mayer Soares, que entendia pela possibilidade de fixação dessa verba e a suspensão de sua
execução, tendo em vista a gratuidade da justiça.

PODER JUDICIÁRIO JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
2ª TURMA RECURSAL

4F931C19F86A193C217FAD75BE03B9CD
ACÓRDÃO Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso da
parte autora. Brasília, 23 de outubro de 2019.

CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1

PROCESSO Nº : 0005257-93.2018.4.01.3400 RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO


CASTRO MARTINS RECORRENTE (S) : UNIAO FEDERAL ADVOGADO (S) : - FABIO TESOLIN
RODRIGUES RECORRIDO (S) : MARIA DE NAZARE DA SILVA PIRES ADVOGADO (S) : DF00017441 -
SERGIO LINDOSO BAUMANN DAS NEVES PIETROLUONGO
EMENTA

ADMINISTRATIVO. PENSÃO POR MORTE CONCEDIDA COM BASE NA LEI N. 3.373/58.


RESTABELECIMENTO. FILHA SOLTEIRA NÃO OCUPANTE DE CARGO PÚBLICO. JUROS E
CORREÇÃO MONETÁRIA. LEI N. 11.960/09. INCONSTITUCIONALIDADE PARCIAL NO TOCANTE A
CORREÇÃO MONETÁRIA. RE 870947, RESP 1495146/MG, MCJF E ART. 41-A DA LEI N. 8.213/91.
SENTENÇA CONFIRMADA. 1. Recurso da União contra sentença que reconheceu o direito da parte
autora ao restabelecimento da pensão por morte, recebida na qualidade de filha maior solteira nos termos
da Lei n. 3.373/58, com pagamento das parcelas atrasadas de “acordo o entendimento adotado pelo
Supremo Tribunal Federal no julgamento do RE nº 870.947/SE e pelo Superior Tribunal de Justiça no
julgamento do REsp nº 1.495.146/MG”. 2. O Juízo sentenciante entendeu que a pensão somente pode
cessar no caso de contrair matrimônio ou de ocupação de cargo público permanente (art. 5º, II, parágrafo
único, da Lei n. 3.373/58); e que o Acórdão 2780/16 do TCU extrapolou a legislação vigente à época da
instituição do benefício, revestindo-se de comprovada ilegalidade. 3. No recurso, a União traçou um
histórico da pensão temporária prevista na Lei n. 3.373/58, informando que a Súmula 285 do TCU dispõe
que a pensão só será devida se existir dependência econômica em relação ao instituidor da pensão; e
que o Acórdão n. 2.780/16, também do TCU, ordenou a supressão do pagamento da referida pensão
quando demonstrado o recebimento de renda própria. Aduz, ainda, que a pensão temporária por morte
visava assegurar o sustento provisório dos dependentes, se superada a dependência econômica em
razão do recebimento de benefício do INSS, não há razão para a manutenção do pensionamento. Afirma,
também, que a decisão de primeiro grau revela-se contraditória com os princípios da seletividade
distributividade, com o caráter contributivo da previdência e com a necessidade de observância do
equilíbrio financeiro e atuarial do regime previdenciário. Sucessivamente, requer seja observada a Lei n.
11.960/09, quanto aos consectários legais, diante da possibilidade de modulação de efeitos no RE
870947. 4. Sem contrarrazões. 5. Maria de Nazaré da Silva Pires, CPF n. 039.087.632-15, nascida em
7/8/1952 (atualmente 67 anos de idade), recebia pensão por morte pelo Ministério da Saúde, do instituidor
José de Souza Pires, falecido em 1981, na condição de filha maior solteira sem cargo público
permanente, cujo valor na competência de julho/2015 alcançava R$ 3.420,58. Todavia, o benefício foi
suspenso em outubro/2017, nos termos do Acórdão do TCU n. 2780/16, com

PODER JUDICIÁRIO JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL


2ª TURMA RECURSAL

EF8331C015B794DB9FE4EA04581FEB32
fundamento na descaracterização da dependência econômica, em razão de a autora ser titular de
aposentaria por idade junto ao INSS, no valor de um salário mínimo (NB 159.599.178-3, DIB 10/8/2012).
6. Sem razão a recorrente. A exigência de prova de dependência econômica em relação ao instituidor de
pensão por morte, para fins de concessão/manutenção do benefício, com fundamento na Lei n.º
3.373/1958, decorre de interpretação específica conferida à legislação pelo Tribunal de Contas da União
que não tem lastro na norma legal, pois a filha solteira, maior de 21 (vinte e um) anos, só perderá a
pensão temporária quando ocupante de cargo público permanente e quando deixar de ser solteira. 7. Na
244

esteira do princípio tempus regit actum (Súmula 340 do STJ), não há como impor à autora o implemento
de outros requisitos além daqueles previstos na Lei n.º 3.373/1958 - quais sejam, a condição de solteira e
o não exercício de cargo público permanente. O fato de ela manter vínculo empregatício ou receber
aposentadoria pelo INSS não legitima o cancelamento da pensão. 8. O Supremo Tribunal Federal já se
manifestou sobre o tema, confira-se: AGRAVO INTERNO NOS EMBARGOS DECLARATÓRIOS NOS
EMBARGOS DECLARATÓRIOS EM MANDADO DE SEGURANÇA. ACÓRDÃO 2.780/2016 DO
TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO (TCU). BENEFÍCIO DE PENSÃO POR MORTE CONCEDIDO COM
FUNDAMENTO NA LEI N.º 3.373/1958. VIOLAÇÃO AOS PRINCÍPIOS DA LEGALIDADE E DA
SEGURANÇA JURÍDICA. AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. PRECEDENTES. 1. Este Tribunal
admite a legitimidade passiva do Tribunal de Contas da União em mandado de segurança quando, a

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
partir de sua decisão, for determinada a exclusão de um direito. Precedentes. 2. A jurisprudência desta
Corte considera que o prazo decadencial de 120 (cento e vinte) dias, previsto no art. 23 da Lei n.º
12.016/2009 conta-se da ciência do ato impugnado, quando não houve a participação do interessado no
processo administrativo questionado. 3. Reconhecida a qualidade de dependente da filha solteira maior
de vinte e um anos em relação ao instituidor da pensão e não se verificando a superação das condições
essenciais previstas na Lei n.º 3373/1958, que embasou a concessão, quais sejam, casamento ou posse
em cargo público permanente, a pensão é devida e deve ser mantida, em respeito aos princípios da
legalidade, da segurança jurídica e do tempus regit actum. 4. Agravo interno a que se nega provimento. 5.
Embargos declaratórios parcialmente acolhidos. (MS 34677 ED-ED, Relator(a): Min. EDSON FACHIN,
Segunda Turma, julgado em 24/04/2019, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-093 DIVULG 06-05-2019
PUBLIC 07-052019). 9. Juros e correção monetária. Lei n. 11.960/09. Inconstitucionalidade parcial no
tocante a correção monetária. RE 870947, REsp 1495146/MG, MCJF e art. 41-A da Lei n. 8.213/91. 10.
Juros moratórios. Os juros de mora passam a contar da citação válida (art. 240 do CPC/15 e Súmula
204/STJ), tem-se que, ao caso, incidirão os juros aplicados à caderneta de poupança: 0,5% ao mês até
junho de 2012 e a partir daí de acordo com as novas regras da poupança estabelecidas pela Lei nº
12.703/12 (Lei n. 11.960/09). 11. Correção monetária. No que se refere à correção monetária, no RE
870947 (j. 20/9/2017), o STF reconheceu a inconstitucionalidade do uso da taxa de remuneração básica
da caderneta de poupança (TR), instituída pela Lei n. 11.960/09, para fins de correção de débitos do
Poder Público, por não ser adequado para recompor a perda do poder de compra. Desta feita, deve ser
mantida a sentença de primeiro grau (REsp 1495146/MG e art. 41-A da Lei n. 8.213/91).

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2ª TURMA RECURSAL

EF8331C015B794DB9FE4EA04581FEB32
12. Registre-se, por oportuno, que o acórdão referente ao RE 870.947 já foi efetivamente publicado no
DJe de 17/11/2017, tornado público em 20/11/2017. Demais disso, a decisão proferida pelo STF possui
efeito vinculante desde a data de publicação da ata de julgamento e não da publicação do acórdão (STF,
Rcl 3.632 AgR/AM, Rel. p/ acórdão Min. Eros Grau DJU de 18.8.2006). 13. Vale consignar, ainda, que o
STJ decidiu que “(...) mostra-se descabida a modulação em relação aos casos em que não ocorreu
expedição ou pagamento de precatório” (REsp 1495146/MG, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques,
Primeira Seção, julgado em 22/02/2018, DJe 02/03/2018). 14. E, recentemente, o STF entendeu que não
cabe modulação de efeitos no RE 870947 (embargos de declaração julgados em 3/10/2019). 15. Não
provimento do recurso da União. Sentença confirmada. 16. Honorários advocatícios pela parte recorrente
fixados em 10% sobre o valor da condenação (art. 55, caput, da Lei n. 9.099/1995). ACÓRDÃO Decide a
2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso da ré. Brasília, 23 de
outubro de 2019.

CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1

PROCESSO Nº : 0012777-07.2018.4.01.3400 RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO


CASTRO MARTINS RECORRENTE (S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO (S) : - DAESCIO LOURENCO BERNARDES DE OLIVEIRA RECORRIDO (S) : EDPAULO
FLORIANO DE OLIVEIRA ADVOGADO (S) : DF00027446 - MAURO LEMOS DA SILVA E OUTRO(S)

EMENTA

PREVIDENCIÁRIO. RESTABELECIMENTO DE AUXÍLIO-DOENÇA. PRETENSÃO RESISTIDA


CARACTERIZADA. PRELIMINAR DE AUSÊNCIA DE INTERESSE DE AGIR REJEITADA. LAUDO
MÉDICO ATESTANDO INCAPACIDADE TEMPORÁRIA. BENEFÍCIO DEVIDO. JUROS E CORREÇÃO
MONETÁRIA. LEI N. 11.960/09. INCONSTITUCIONALIDADE PARCIAL NO TOCANTE A CORREÇÃO
MONETÁRIA. RE 870947, RESP 1495146/MG, MCJF E ART. 41-A DA LEI N. 8.213/91. SENTENÇA
CONFIRMADA. 1. Recurso do INSS contra sentença que assegurou ao autor o restabelecimento do
245

benefício de auxílio-doença (NB 607.085.761-9), desde 24/12/2017 (dia subsequente à data da


cessação), que será mantido pelo prazo de 6 (seis) meses contados da data de implantação. As
diferenças retroativas serão acrescidas de juros de mora pelos índices oficiais de remuneração básica da
caderneta de poupança e correção monetária pelo INPC, descontados eventuais valores recebidos a
título de benefícios inacumuláveis. 2. Esclareça-se que o benefício foi implementado em 17/4/2019 (cf.
petição registrada em 22/4/2019), ficando a DCB fixada em 17/10/2019. 3. Razões recursais: (a)
ausência de interesse de agir, tendo em vista que não houve pedido de prorrogação do benefício; (b) no
mérito, tece considerações gerais sobre os requisitos necessários a concessão de benefício por
incapacidade; (c) sucessivamente, requere seja observada a Lei n. 11.960/09, quanto aos consectários
legais, considerando a possibilidade de modulação de efeitos no RE 870947. 4. Com contrarrazões. 5.

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Edpaulo Floriano de Oliveira, CPF n. 536.854.741-20, nascido em 28/8/1970 (atualmente com 49 anos de
idade), bancário, residente na cidade satélite de Sobradinho/DF. 6. O autor recebeu o benefício de
auxílio-doença n. 607.085.761-9 de 20/7/2014 até 24/12/2017. E, em 23/1/2018, requereu novamente o
benefício (NB 621.697.887-3), que restou indeferido com fundamento no parecer médico contrário do
perito do INSS. 7. Laudo médico oficial (petição registrada em 19/6/2018). A perícia foi realizada em
4/6/2018 e o médico constatou a presença de incapacidade total omniprofissional temporária, por causa
da hipertensão arterial (I10), doença cardíaca hipertensiva com insuficiência cardíaca congestiva (I11.0),
insuficiência cardíaca congestiva (I50.0), fibrilação atrial (I48), taquicardia ventricular (I47.2),
cardiomiopatia dilatada (I42.0), outras formas de bloqueio fascicular e as não especificadas (I44.6),
apneia do sono (G47.3) e obesidade (E66). A DII foi

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2ª TURMA RECURSAL

7BD8F13B3D40CDD4103C2A5B84FDC48A
fixada em julho/2014. Questionado sobre o prazo razoável de concessão, o especialista informou como
sendo de 12 (doze) meses. 8. Rejeitada a preliminar de ausência de interesse de agir. Depois de
suspenso o benefício n. 607.085.761-9 em 23/12/2017, o autor formulou novo pedido administrativo em
23/1/2018, que restou indeferido (NB 621.697.887-3). Além disso, houve contestação de mérito sobre a
fixação do termo inicial e do termo de cessação do benefício concedido judicialmente. Portanto, resta
caracterizada a pretensão resistida. 9. No mérito, tendo sido comprovada a incapacidade temporária
laborativa, tem direito o segurado ao restabelecimento do benefício de auxílio-doença, conforme
consignado na sentença de primeiro grau. 10. Juros e correção monetária. Lei n. 11.960/09.
Inconstitucionalidade parcial no tocante a correção monetária. RE 870947, REsp 1495146/MG, MCJF e
art. 41-A da Lei n. 8.213/91. 11. Juros moratórios. Os juros de mora passam a contar da citação válida
(art. 240 do CPC/15 e Súmula 204/STJ), tem-se que, ao caso, incidirão os juros aplicados à caderneta de
poupança: 0,5% ao mês até junho de 2012 e a partir daí de acordo com as novas regras da poupança
estabelecidas pela Lei nº 12.703/12. 12. Correção monetária. No que se refere à correção monetária, no
RE 870947 (j. 20/9/2017), o STF reconheceu a inconstitucionalidade do uso da taxa de remuneração
básica da caderneta de poupança (TR), instituída pela Lei n. 11.960/09, para fins de correção de débitos
do Poder Público, por não ser adequado para recompor a perda do poder de compra. Desta feita, deve
ser mantida a sentença de primeiro grau que determinou a aplicação do INPC, por se tratar de benefício
previdenciário (REsp 1495146/MG e art. 41-A da Lei n. 8.213/91). 13. Registre-se, por oportuno, que o
acórdão referente ao RE 870.947 já foi efetivamente publicado no DJe de 17/11/2017, tornado público em
20/11/2017. Demais disso, a decisão proferida pelo STF possui efeito vinculante desde a data de
publicação da ata de julgamento e não da publicação do acórdão (STF, Rcl 3.632 AgR/AM, Rel. p/
acórdão Min. Eros Grau DJU de 18.8.2006). 14. Vale consignar, ainda, que o STJ decidiu que “(...)
mostra-se descabida a modulação em relação aos casos em que não ocorreu expedição ou pagamento
de precatório” (REsp 1495146/MG, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Primeira Seção, julgado em
22/02/2018, DJe 02/03/2018). 15. E, recentemente, o STF entendeu que não cabe modulação de efeitos
no RE 870947 (embargos de declaração julgados em 3/10/2019). 16. Por fim, nada a prover com relação
à petição registrada em 23/4/2019, tendo em vista que as parcelas retroativas referentes ao período de
24/12/2017 a 9/1/2019, só poderão ser pagas ao autor por meio de RPV/precatório, depois do trânsito em
julgado da decisão (art. 17 da Lei n. 10.259/01). 17. Não provimento do recurso da parte ré. Sentença
confirmada. 18. Honorários advocatícios pela parte recorrente fixados em 10% sobre o valor da
condenação (art. 55, caput, da Lei n. 9.099/1995), mas respeitada a limitação temporal imposta pelo
enunciado da Súmula n. 111/STJ.

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2ª TURMA RECURSAL

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ACÓRDÃO Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso do
INSS. Brasília, 23 de outubro de 2019.
246

CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1

PROCESSO Nº : 0042088-43.2018.4.01.3400 RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO


CASTRO MARTINS RECORRENTE (S) : MARCIA MARIA COSTA BARRETO ADVOGADO (S) :
DF00039908 - JOSE DANTAS LOUREIRO NETO RECORRIDO (S) : UNIAO FEDERAL E OUTRO(S)
ADVOGADO (S) :

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
EMENTA

ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL. PIS/PASEP. LEGITIMIDADE DA UNIÃO. PRESCRIÇÃO.


ALEGAÇÃO DE ATUALIZAÇÃO INCORRETA E SAQUES INDEVIDOS. NÃO COMPROVAÇÃO.
INDENIZAÇÃO DESCABIDA. 1. Recurso da parte autora contra sentença que julgou liminarmente
improcedente o pedido inicial, sob a justificativa de que as mesmas razões que orientaram a formação do
precedente vinculante para o FGTS são aplicáveis ao saldo de conta individual de PIS/PASEP, conforme
a jurisprudência pacífica do STJ que aduz que “A correção monetária do saldo do PASEP deve obedecer
o mesmo tratamento conferido ao FGTS. Aplicação do princípio ubi eadem ibi dispositivo que se resume
em atribuir à hipótese nova os mesmos motivos e o mesmo fim do caso contemplado pela norma
existente.” (REsp 622.319/PA, Rel. Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA TURMA, julgado em 29/06/2004, DJ
30/09/2004, p. 227). Preliminarmente, julgou que o prazo a ser aplicado é o quinquenal, conforme o
entendimento do STJ e da Súmula 28 da TNU. 2. Razões recursais: a) não se questiona o índice para a
indexação da correção monetária pelo período em que os valores ficaram custodiados na conta individual
vinculada ao PASEP. O questionamento se constitui “quanto à divergência identificada na conversão da
moeda, em que a menção à correção monetária na peça inaugural, trata-se tão somente dos consectários
legais que decorrem da operação de conversão da moeda nos anos de 1.988 e 1.989”; b) o Juízo
entendeu que o programa PASEP tem analogia com a sistemática constante na legislação do programa
do FGTS, trazendo aos autos decisões que infirmam a suposta equidade, mas que, na verdade, trata-se
de julgados antigos e que não acompanham o atual posicionamento dos Tribunais Superiores em relação
às demandas de PASEP, vez que é inconteste o entendimento de que este não guarda qualquer paridade
ou vínculo com outra legislação, seja FGTS ou PIS; c) ao Banco do Brasil S.A. é aplicável a
responsabilidade objetiva pelo desfalque das cotas depositadas em favor dos beneficiários do Programa,
de forma que é inconteste a sua legitimidade passiva; d) o termo inicial da fluência do prazo prescricional
é o derradeiro conhecimento do dano e da autoria e que , no caso, só ocorreu ao momento de sua
aposentadoria. 3. A União e o Banco do Brasil ofereceram resposta escrita ao recurso. 4. A União é parte
legítima para figurar no polo passivo de ações que tenham por objeto o levantamento de valores
depositados em contas de PIS e PASEP. O Banco do Brasil não é parte legítima para figurar no polo
passivo, pois se aplica a este o mesmo entendimento que figura na Súmula 77/STJ em relação à Caixa
Econômica Federal – CEF, a qual “é parte

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2ª TURMA RECURSAL

276920B6A6EEA1935DC0B3A6479847D5
ilegítima para figurar no polo passivo das ações relativas às contribuições para o fundo PIS/PASEP”. 5.
De acordo com a Súmula 85 do Superior Tribunal de Justiça, nas relações jurídicas de trato sucessivo em
que a Fazenda Pública figure como devedora, quando não tiver sido negado o próprio direito reclamado, a
prescrição atinge apenas as prestações vencidas antes do quinquênio anterior à propositura da ação.
Assim, estão prescritos a parcelas anteriores aos cinco anos da propositura da ação. 6. No mérito, o
programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público PASEP foi instituído pela Lei Complementar nº
08/70, a qual estabeleceu que o custeio do referido programa seria feito por meio de contribuições da
União, Estados, Municípios, Distrito Federal, Territórios e respectivas autarquias, empresas públicas,
sociedades de economia mista e fundações. Os recursos arrecadados seriam distribuídos entre os
servidores dos entes contribuintes, na forma prevista nos artigos 4º e 5º da referida Lei Complementar. 7.
Posteriormente, a Lei Complementar nº 26/75 unificou, sob a denominação PIS/PASEP, os fundos
constituídos com recursos oriundos do Programa de Integração Social PIS e do PASEP. Com o advento
da Constituição Federal de 1988, as referidas contribuições foram constitucionalizadas, com modificações
na destinação conferida ao produto da arrecadação, como se observa da leitura do art. 239, da CF,
verbis: Art. 239. A arrecadação decorrente das contribuições para o Programa de Integração Social,
criado pela Lei Complementar nº 7, de 7 de setembro de 1970, e para o Programa de Formação do
Patrimônio do Servidor Público, criado pela Lei Complementar nº 8, de 3 de dezembro de 1970, passa, a
partir da promulgação desta Constituição, a financiar, nos termos que a lei dispuser, o programa do
seguro-desemprego e o abono de que trata o § 3º deste artigo. (Regulamento) (...) § 2º - Os patrimônios
acumulados do Programa de Integração Social e do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor
Público são preservados, mantendo-se os critérios de saque nas situações previstas nas leis específicas,
com exceção da retirada por motivo de casamento, ficando vedada a distribuição da arrecadação de que
247

trata o "caput" deste artigo, para depósito nas contas individuais dos participantes. 8. Desse modo, de
acordo com o artigo 239 da Constituição Federal, as contribuições passaram a ter natureza tributária a
partir de outubro de 1988 e os recursos arrecadados passaram a servir como fonte de custeio do Seguro-
Desemprego e do Abono de um salário mínimo, não sendo mais creditados nas contas individuais dos
participantes. 9. No julgamento da Ação Civil Originária nº 471, o Supremo Tribunal Federal considerou
que, com o advento da CF/88, o PASEP tornou-se uma contribuição tributária e, portanto, obrigatória,
deixando de ter caráter voluntário. 10. Quanto aos valores arrecadados e depositados nas contas
individuais dos servidores participantes até 4 de outubro de 1988, ficou estabelecido que os mesmos
seriam preservados e administrados pelo próprio Fundo, mediante a observância da legislação aplicável.
Em razão dessa nova sistemática, somente os empregados e servidores cadastrados no PIS/PASEP

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
antes de outubro de 1988 é que poderiam ter saldo em contas individualizadas, saldo estes passíveis de
atualização.

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2ª TURMA RECURSAL

276920B6A6EEA1935DC0B3A6479847D5
11. Ora, aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187 do CC), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-
lo (art. 927 do CC). Bem se sabe que pela teoria do risco administrativo, em sendo o réu prestador de
serviço público, sua responsabilidade é objetiva, nos termos do art. 37, § 6º da Constituição Federal.
Portanto, necessária somente a prova da ação, do dano e do nexo causal. 12. No caso vertente, a parte
autora alega que o valor que sacou de sua conta PASEP (R$ 78,18), após sua aposentadoria, não
corresponde aos valores efetivamente devidos das cotas, tampouco contém atualização adequada,
necessitando assim ser recomposto, basicamente por duas razões: a) de ter havido subtrações de valores
de sua conta; b) de o saldo não ter sido corretamente atualizado. 13. A alegação de subtrações ou algo
equivalente, como falta de depósito periódico, é inconsistente. A parte autora sequer indica em que
meses ocorreu e quais os valores subtraídos. Veja que a parte autora apresentou um mero cálculo, onde
atualiza um valor nominal em 1988 até os dias atuais (PETIÇÃO RECEBIDA – EPROC PLANILHA
CÁLCULO OUTROS DOCUMENTOS DA INICIAL), mas não indica nenhum mês ou ano com subtrações.
E não há o menor indício de que tenha havido saques indevidos por parte do Banco depositário à época,
assim como não há acerca de não ter havido o depósito periódico dos valores a cargo da União e assim
como não há indício mínimo de que, na transferência dos valores das contas, tenha havido desvio. A
mera alegação de que os valores sacados pelo titular são ínfimos, por si só, não tem o condão de abalar
a correção dos valores apresentados pela parte ré. 14. Entrementes, o extrato do PASEP (PETIÇÃO
RECEBIDA – EPROC EXTRATO PASEP DOCUMENTOS DA INICIAL), demonstra que foram efetuados
repasses para a folha de pagamento da parte Autora (PGTO RENDIMENTO FOPAG). Portanto, além de
ter havido depósitos, os créditos relativos à correção monetária e aos juros foram efetuados diretamente
na folha de pagamento da parte autora, restando plenamente justificado o saldo diminuto detectado em
sua conta individual do PASEP. 15. Da mesma forma, a alegação de que os valores das contas não foram
atualizados corretamente é inconsistente. A parte autora não indica qual foi o erro, qual o índice que
deveria ser aplicado. Em seu cálculo simples, a parte autora faz atualização de 1988 até os dias atuais
utilizando o mesmo índice, qual seja, IPCA. Não cabe aplicar um mesmo índice para o período todo; o
correto seria adotar vários índices, de acordo com o período da legislação aplicável. 16. Além disso, a
parte autora aplicou juros compostos na periodicidade de um mês, quando o correto é anualmente.
Também errou no percentual, não é 1% ao mês, é 3% ao ano, o que gera uma taxa efetiva mensal
muitíssimo inferior ao utilizado. Portanto, não há prova de incorreção nos critérios de atualização
aplicados pela parte ré. 17. Precedente dessa Turma: processo n. 0042092-80.2018.4.01.3400, Rel. Juiz
Federal David Wilson de Abreu Pardo, j. 25/9/2019, e-DJF1 de 3/10/2019. 18. Não provimento do recurso
interposto pela parte Autora. Mantida a sentença de rejeição do pedido, ainda que por fundamento
diverso. 19. Honorários advocatícios pelo recorrente fixados em 10% (dez por cento) do valor atribuído à
causa devidamente corrigido (art. 55, caput, da Lei n. 9.099/95). Condenação suspensa (art. 98, § 3º, do
CPC/15).

PODER JUDICIÁRIO JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL


2ª TURMA RECURSAL

276920B6A6EEA1935DC0B3A6479847D5
ACÓRDÃO Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso da
parte autora. Brasília, 23 de outubro de 2019.

CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1
248

PROCESSO Nº : 0013596-75.2017.4.01.3400 RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO


CASTRO MARTINS RECORRENTE (S) : ANTONIO ROBERTO DA SILVA ADVOGADO (S) : -
DEFENSOORIA PUBLICA DA UNIAO RECORRIDO (S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-
INSS ADVOGADO (S) :

EMENTA

PREVIDENCIÁRIO. CONCESSÃO DE APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. LAUDO MÉDICO


ATESTANDO INCAPACIDADE TOTAL E PERMANENTE. PRORROGAÇÃO DO PERÍODO DE GRAÇA.

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
DESEMPREGO INVOLUNTÁRIO. CONTEXTO PROBATORIO NO SENTIDO DE QUE INCAPACIDADE
SE MANIFESTOU EM MOMENTO ANTERIOR À PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO. BENEFÍCIO
DEVIDO. DIB. DATA DO REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO. RECURSO PROVIDO. 1. Recurso da
parte autora contra sentença que rejeitou o pedido de concessão de auxíliodoença/aposentadoria por
invalidez, com fundamento na perda da qualidade de segurado na DII (18/5/2016) fixada pelo perito. 2. A
parte autora, assistida pela DPU, sustenta que manteve a qualidade de segurado até 15/3/2016, tendo em
vista a situação de desemprego (período de graça prorrogado), e que a data de início da incapacidade
remonta ao ano de 2015, conforme se pode depreender dos relatórios médicos apresentados pela parte
autora. Assim, teria direito ao benefício por incapacidade desde o requerimento administrativo em
10/10/2016. Afirma, ainda, que lhe é devida a aposentadoria por invalidez, tendo em vista as condições
pessoais e sociais (Súmula 47 da TNU). 3. Sem contrarrazões. 4. Antonio Roberto da Silva, CPF n.
029.264.346-26, nascido em 25/6/1961 (atualmente com 58 anos de idade), serviços gerais/empacotador,
ensino fundamental, residente na cidade satélite do Paranoá/DF. 5. O autor recebeu o benefício de
auxílio-doença n. 600.049.421-5 de 18/12/2012 a 3/3/2013. Somente em 10/10/2016, requereu
novamente o benefício n. 616.094.832-0, que restou indeferido pela perda da qualidade de segurado. 6.
Laudo médico oficial (petição registrada em 5/7/2017). Perícia realizada em 20/6/2017, por médico
ortopedista e traumatologista, na qual restou comprovada a incapacidade total, permanente e
multiprofissional, pelo quadro de coxartrose (M16). A DII foi fixada em 18/5/2016, mesma data encontrada
pelo INSS quando da perícia médica administrativa realizada no benefício 616.094.832-0. 7. CNIS. O
último vínculo empregatício do autor perdurou de 1/7/2011 até 31/1/2014 (Cio da Terra – Comércio de
Produtos Hortifrutigranjeiros Ltda. – ME). Ressalte-se que o autor não conta com 120 contribuições
mensais sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado (art. 15, §1º, da Lei n. 8213/91).
Contudo, comprovou que recebeu seguro

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2ª TURMA RECURSAL

215AC850D5C4AAD7609F23145AE2AD67
desemprego (fls. 39/40 da documentação inicial), o que autoriza a prorrogação do período de graça, nos
termos do §2º do art. 15 da Lei n. 8.213/91. Assim, a qualidade de segurado se estendeu até 15/3/2016
(art. 15, II e §4º, da Lei n. 8.213/91). 8. DII. O benefício n. 600.049.421-5, recebido pelo autor até
3/3/2013, foi concedido com base no CID M16.0 (coxartrose primária bilateral). Portanto a doença
apontada pelo perito como causadora da incapacidade já estava presente desde o ano de 2013, podia
não implicar a época em incapacidade permanente, mas já existia. 9. Além disso, o laudo juntado com a
inicial, emitido por profissional da Rede Sarah, e analisado pelo perito judicial informa sobre a
“deformidade da cabeça femoral com perda a esfericidade, áreas de absorção e esclerose subcondrais,
bilateralmente” – M16. Esse é o mesmo diagnóstico encontrado no exame de radiografia datado de
maio/2015. 10. Esse contexto probatório permite concluir que a doença incapacitante se manifestou em
data anterior a perda da qualidade de segurado. 11. Direito a aposentadoria por invalidez. Requisitos
preenchidos. Portanto, é devido o benefício de aposentadoria por invalidez ao autor, desde o
requerimento administrativo em 10/10/2016. 12. Provimento do recurso da parte autora. Sentença
reformada para condenar o INSS na obrigação de implementar e pagar o benefício de aposentadoria por
invalidez ao autor, desde o requerimento administrativo em 10/10/2016. As parcelas retroativas nos
termos do MCJF. 13. Devem ser compensadas as parcelas recebidas pelo autor em razão do benefício
assistencial ao deficiente n. 702.771.296-3 (DIB 3/11/2016). Além disso, o INSS deve cuidar para que não
haja pagamento dos benefícios de forma acumulada. 14. Não há, no âmbito do JEF, previsão legal para
arbitramento de verba honorária quando há provimento do recurso (art. 55, caput, da Lei n. 9.099/95).
ACÓRDÃO Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, DAR PROVIMENTO ao recurso da
parte autora. Brasília, 23 de outubro de 2019.

CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1
249

PROCESSO Nº : 0009898-61.2017.4.01.3400 RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO


CASTRO MARTINS RECORRENTE (S) : ANA LUCIA ROCHA CAJADO ADVOGADO (S) : DF00038991 -
MAISA LOPES CORNELIUS NUNES RECORRIDO (S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-
INSS ADVOGADO (S) :

EMENTA

PROCESSO CIVIL. CONCESSÃO DE BENEFÍCIO PREVIDENCIARIO POR INCAPACIDADE COMO


SEGURADO ESPECIAL RURAL. AUSÊNCIA DE ANÁLISE QUANTO À CONDIÇÃO DE RURICOLA.

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
SENTENÇA ANULADA. RETORNO DOS AUTOS A VARA DE ORIGEM. RECURSO PROVIDO. 1.
Recurso da parte autora contra sentença que rejeitou o pedido de concessão de
auxíliodoença/aposentadoria por invalidez, com fundamento na ausência de qualidade de segurado. 2. A
autora alega que é trabalhadora rural, sendo necessária a designação de audiência para oitiva de
testemunhas, com a finalidade de comprovar a qualidade de segurado especial, sob pena de
cerceamento de defesa. 3. Sem contrarrazões. 4. Ana Lúcia Rocha Cajado, CPF n. 785.029.261-87,
nascida em 24/10/1973 (atualmente com 46 anos de idade), trabalhadora rural (declarado na inicial),
ensino fundamental (4ª série), residente em Planaltina/GO. 5. A autora requereu administrativamente o
benefício de auxílio-doença n. 615.221.466-5, que restou indeferido pela “falta de período de carência –
MP 739/16 ou MP 871/19”. 6. Primeira perícia médica (petição registrada em 22/6/2017). A perícia foi
realizada em 9/6/2017, por médico ortopedista e traumatologista, que não constatou incapacidade
laborativa ortopédica atual. Devido à patologia de fibromialgia, recomendou avaliação por especialista em
reumatologia. 7. Segundo laudo médico (petição registrada em 19/2/2018). A médica reumatologista, em
perícia realizada em 7/12/2017, atestou a presença de incapacidade total temporária multiprofissional por
3 (três) meses, pelo quadro de dor lombar baixa (M54.5). A especialista fixou a DII em 21/10/017. 8.
Nulidade da sentença. Na petição inicial a parte autora defende que faz jus ao benefício na condição de
rurícola, juntando documentos que apontam para essa condição. Portanto, deve ser analisada pelo Juízo
a quo a alegada qualidade de segurado especial. 9. Assim, sendo a matéria de mérito de fato e de direito
e havendo a necessidade averiguar a alegada condição de rurícola, inviável o julgamento prematuro da
lide, sob pena de cercear a defesa da parte. 10. Recurso do autor provido. Sentença anulada. Retorno do
autor ao juízo de origem, com baixa da distribuição na Turma Recursal.

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11. Não há, no âmbito do JEF, previsão legal para arbitramento de verba honorária quando há provimento
do recurso (art. 55, caput, da Lei n. 9.099/95). ACÓRDÃO Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por
unanimidade, DAR PROVIMENTO ao recurso da autora, para ANULAR A SENTENÇA e determinar o
retorno dos autos a Vara de Origem. Brasília, 23 de outubro de 2019.

CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1

PROCESSO Nº : 0026618-06.2017.4.01.3400 RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO


CASTRO MARTINS RECORRENTE (S) : MARIANA MAJELA GOMES BANDEIRA ADVOGADO (S) : -
DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO RECORRIDO (S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-
INSS ADVOGADO (S) :

EMENTA

ASSISTÊNCIA SOCIAL. BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA AO DEFICIENTE. DEFICIÊNCIA


E IMPEDIMENTO DE LONGO PRAZO NÃO COMPROVADOS. LAUDO MÉDICO HIGIDO E COMPLETO.
BENEFÍCIO INDEVIDO. SENTENÇA CONFIRMADA. 1. Recurso da parte autora contra sentença que
rejeitou o pedido de concessão de benefício de prestação continuada ao deficiente (LOAS), com
fundamento no laudo médico contrário produzido em juízo. 2. A autora, assistida pela DPU, sustenta que
atende aos requisitos da hipossuficiência e da deficiência, conforme os relatórios médicos particulares
apresentados, não estando o julgador adstrito à perícia médica oficial. Aduz que a autora é menor e
precisa de cuidados especiais, fazendo com que a sua genitora não possa desempenhar qualquer função
laborativa, pois precisa se dedicar em tempo integral à filha. Afirma, também, que deve ocorrer uma
avaliação do contexto social e intelectual que impede a autora de ser inserida no mercado de trabalho.
Requer, ainda, que sejam realizadas novas perícias médicas nas áreas de psiquiatria e endocrinologia. 3.
Mariana Majela Gomes Bandeira, CPF n. 382.729.381-20, nascida em 5/8/2001 (atualmente com 18 anos
de idade), estudante, ensino fundamental incompleto, residente em Abadiânia/GO. 4. Esclareça-se que
250

quando ingressou com ação, em junho/2017, a autora estava apenas com 15 anos, inicialmente sendo
representada pela genitora Eleucy Gomes de Melo Bandeira. 5. A autora requereu administrativamente o
benefício em 31/3/2017 (NB 702.836.774-7), que restou indeferido por não atender as exigências legais
da deficiência. 6. Laudo socioeconômico (petição registrada em 2/5/2018). Na visita realizada em
18/4/2018, a assistente social constatou que a autora e sua família residem no local há dez anos e o lote
é próprio. Eles moram num imóvel nos fundos, com três cômodos, e tentam construir a casa da frente,
mas não tem recursos. A moradia é precária. O núcleo familiar é composto da autora e seus genitores
(Eleucy Gomes de Melo Bandeira, CPF n. 382.729.38120, DN 16/4/1964; e José Bandeira, CPF n.
264.910.101-63, DN 28/5/1961). A renda familiar é composta do salário mínimo do genitor, que não é
suficiente para as despesas básicas. A familiar recebe cesta básica da igreja da cidade. A perita concluiu

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pela vulnerabilidade social.

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7. Laudo médico (petição registrada em 5/7/2018). A perícia foi realizada em 14/6/2018 e o médico
constatou que a autora apresenta ansiedade generalizada (F41.1), outros hipotireoidismos especificados
(E03.8) e insuficiência adrenocortical primária (E27.1), mas que não geram incapacidade laborativa, de
acordo com sua condição etária e educacional, encontrando-se atualmente APTA para gerir sua vida
social e profissional. 8. Para efeito de concessão do benefício de prestação continuada, “considera-se
pessoa com deficiência aquela que tem impedimentos de longo prazo de natureza física, mental,
intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação
plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas” (art. 20, § 2º, Lei n.
8.742/1993, com redação dada pela Lei n. 13.146/2015). Registre-se que se entende por impedimento de
longo prazo aquele que produza efeitos pelo prazo mínimo de dois anos. 9. No caso, a autora não
comprovou que é portadora de deficiência que a ponha em condição diferenciada na sociedade. Essa
constatação impede a concessão do benefício, mesmo para o período em que ainda era menor de
dezesseis anos, pois, repita-se, não há prova da existência de deficiência que implique limitação ao
desempenho de atividade ou restrição na participação social, compatíveis com a idade (art. 4º, §1º, do
Decreto n. 6.214/2007), nem da necessidade de acompanhamento permanente da genitora. 10. O laudo
produzido em juízo é claro e preciso nas suas conclusões. Logo, não restou demonstrado qualquer vício
no laudo pericial a ensejar sua nulidade ou necessidade de realização de nova perícia, e toda a
irresignação da parte autora, no particular, se resume ao mero inconformismo com as conclusões do
perito oficial. 11. Somente no caso de a prova pericial judicial ser dúbia ou incompleta é que documentos
juntados unilateralmente ou argumentos outros poderiam ser usados para suprir a falta ou a dubiedade da
prova pericial (2ª TRDF, Processo n. 00008224-24.2012.4.01.3400, Rel. Juiz Federal David Wilson Abreu
Pardo, DJF1 de 9.9.2016). Vale dizer que a autora não indicou a existência de qualquer vício ou lacuna
que pudesse macular a higidez do laudo lavrado pelo perito judicial. 12. Demais disso, desnecessária a
realização de nova perícia por médico especialista em psiquiatria e endocrinologista, diante da coerência
entre o laudo pericial e o conjunto probatório acostado aos autos e por não restar demonstrada a
ausência de capacidade técnica do profissional nomeado pelo Juízo, tendo em vista não ser obrigatória
sua especialização médica para cada uma das doenças apresentadas pelo segurado. 13. Assim, não
comprovada à deficiência, nem o impedimento de longo prazo, indevido o benefício, como consignado na
sentença de primeiro grau. 14. Recurso da parte autora desprovido. Sentença confirmada. 15. A
instância revisora somente pode dispor sobre honorários, "levando em conta o trabalho adicional
realizado em grau recursal" (art. 85, § 11, CPC/15). Não havendo trabalho em grau recursal pela parte
recorrida, não há como condenar a parte recorrente em honorários advocatícios. 16. Quanto aos
honorários de sucumbência, vencido o Juiz Federal João Carlos Mayer Soares, que entendia pela
possibilidade de fixação dessa verba e a suspensão de sua execução, tendo em vista a gratuidade da
justiça. ACÓRDÃO

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Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso da autora.
Brasília, 23 de outubro de 2019.

CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1
251

PROCESSO Nº : 0037652-75.2017.4.01.3400 RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO


CASTRO MARTINS RECORRENTE (S) : MANOEL JOSE FURTADO ADVOGADO (S) : - DEFENSORIA
PUBLICA DA UNIAO RECORRIDO (S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO (S) :

EMENTA PREVIDENCIÁRIO. REVISÃO DE APOSENTADORIA POR IDADE. ART. 29, § 5º, DA LEI N.
8.213/91. CÔMPUTO DO PERIODO DE GOZO DE AUXÍLIO DOENÇA NÃO INTERCALADO, PARA FINS
DE CÁLCULO DA RMI. IMPOSSIBILIDADE. SENTENÇA CONFIRMADA. 1. Recurso da parte autora
contra sentença que rejeitou o pedido de revisão do benefício de aposentadoria por idade, ao fundamento

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de que não se aplica o art. 29, §5º, da Lei n. 8213/91 nas hipóteses em que não há períodos intercalados
de auxílio-doença e de contribuição previdenciária. 2. O autor, assistido pela DPU, sustenta que o art. 29,
§5º, da Lei n. 8.213/91 possibilita aplicar para o cálculo do salário de benefício da aposentadoria por idade
o período de gozo do auxíliodoença. Aduz, também, que o RE 583.834 do STF tem aplicação nos casos
de carência e não no cálculo do salário de benefício. 3. Sem contrarrazões. 4. O autor Manoel José
Furtado pretende computar o período de gozo de auxílio-doença (28/8/2013 a 30/5/2016 – NB
603.215.551-3) para fins de cálculo da RMI da aposentadoria por idade n. 178.453.197-6 (DIB em
3/6/2016). 5. O art. 29, § 5º, da Lei n. 8.213/91 apenas é aplicável nos casos em que o benefício por
incapacidade tenha sido, dentro do período básico de cálculos, auferido de forma intercalada com
períodos contributivos, de maneira que o segurado não esteja no gozo de benefício por incapacidade no
interregno imediatamente anterior à concessão do novo benefício. Precedentes do STF e STJ. 6. No
caso vertente, como não houve salário de contribuição no período imediatamente anterior à concessão da
aposentadoria por idade da parte autora, não se aplica a regra de cálculo prevista no art. 29, § 5º, da Lei
8.213/91, e na apuração da nova RMI da sua aposentadoria por idade deverão ser considerados os
salários de contribuição anteriores ao afastamento da atividade e que precederam a concessão do
auxílio-doença, conforme apurado pelo INSS. 7. Noutras palavras, não tendo sido o benefício de auxílio-
doença intercalado com períodos de atividade laboral, não pode este ser considerado no cálculo do
salário de benefício para a renda mensal inicial do benefício de aposentadoria por idade. 8. Em
consonância com essa exegese, o art. 55, II, da Lei n. 8.213/91 considera o tempo de gozo de auxílio-
doença como tempo de serviço apenas quando intercalado. Na hipótese dos autos, repita-se, como não
houve retorno do segurado ao exercício de atividade remunerada, não é possível a utilização do tempo
respectivo.

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9. No mesmo sentido, a Súmula 73 da TNU: “O tempo de gozo de auxílio-doença ou de aposentadoria por
invalidez não decorrentes de acidente de trabalho só pode ser computado como tempo de contribuição ou
para fins de carência quando intercalado entre períodos nos quais houve recolhimento de contribuições
para a previdência social”. 10. Não provimento do recurso da parte autora. Sentença confirmada. 11. A
instância revisora somente pode dispor sobre honorários, "levando em conta o trabalho adicional
realizado em grau recursal" (art. 85, § 11, CPC/15). Não havendo trabalho em grau recursal pela parte
recorrida, não há como condenar a parte recorrente em honorários advocatícios. ACÓRDÃO Decide a 2ª
Turma Recursal do DF, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso da parte autora. Brasília, 23
de outubro de 2019.

CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1

PROCESSO Nº : 0048160-80.2017.4.01.3400 RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO


CASTRO MARTINS RECORRENTE (S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO (S) : - ANDREA SANTIAGO DRUMOND RECORRIDO (S) : JOSE DOMINGOS PEREIRA
MENDES ADVOGADO (S) : - NPJ/UNIEURO
EMENTA

PREVIDENCIÁRIO. CONCESSÃO DE APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. LAUDO MÉDICO


RECONHECENDO A INAPTIDÃO DA PARTE AUTORA PARA O TRABALHO ATÉ A REALIZAÇÃO DE
PROCEDIMENTO CIRURGICO. CONFIGURAÇÃO DE INCAPACIDADE POR TEMPO
INDETERMINADO. IDADE AVANÇADA. IMPOSSIBILIDADE DE REABILITAÇÃO PROFISSIONAL.
BENEFÍCIO DEVIDO. DIB. DATA DA CESSAÇÃO INDEVIDA. NÃO PROVIMENTO DO RECURSO DO
INSS, NA PARTE CONHECIDA. 1. Recurso do INSS contra sentença que assegurou ao autor o
benefício de aposentadoria por invalidez, desde 11/7/2017 (dia seguinte à cessação do último auxílio-
252

doença), com pagamento das diferenças retroativas nos termos da Lei n. 11.960/09 (TR + 0,5 a.m). 2. O
INSS aduz que o laudo médico atestou apenas incapacidade parcial e temporária, sendo caso somente
de auxílio-doença, com a necessária fixação da data de cessação do benefício (DCB). Sucessivamente,
requer seja a DIB fixada a contar da sentença, pois o autor não possuía os requisitos indispensáveis para
a concessão de aposentadoria por invalidez na data da cessação do auxílio-doença. Por fim, requerer
seja aplicada a Lei n. 11.960/09, quanto aos consectários legais, tendo em vista a possibilidade de
modulação de efeitos no RE 870947. 3. Não foram apresentadas contrarrazões. Mas, o autor diligenciou,
na fase recursal, quanto ao cumprimento da tutela antecipada deferida na sentença. 4. José Domingos
Pereira Mendes, CPF n. 148.039.253-72, nascido em 28/1/1959 (atualmente com 60 anos de idade),
encarregado de obras, ensino médio, residente na cidade satélite de Samambaia/DF. 5. O autor requereu

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administrativamente o benefício de auxílio-doença em 12/9/2017 (NB 620.110.919-0), que restou
indeferido por não ter sido constatada a incapacidade pelo perito do INSS. Registre-se que o autor
recebeu o benefício de auxílio-doença n. 600.893.470-2 de 12/9/2011 até 10/7/2017, por força de decisão
judicial proferida no processo n. 000184822.2012.4.01.3400. 6. Laudo médico oficial (petição registrada
em 8/5/2018). Na perícia médica realizada em 6/2/2018, o médico atestou que o autor está inapto para
quaisquer atividades laborativas até a realização do procedimento cirúrgico em bursa do quadril e
reabilitação funcional, por conta do diagnóstico de cervicalgia (M54.2), outros transtornos de discos
intervertebrais (M51), dor articular (M25.5) e (osteo)artrose primária generalizada, dor lombar baixa
(M54.5), tendinite glútea (M76.0) e anormalidades da marcha e da mobilidade (R26).

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7. No exame físico o especialista deixa consignado que o autor tem (a) dificuldade de carregar peso e
outras atividades com os membros superiores e (b) dificuldade de subir/descer escadas,
agachar/levantar, permanecer em posição ortostática (em pé) por longos períodos, deambular (caminhar)
longas distâncias. 8. Vale registrar, ainda, que no processo n. 0001848-22.2012.4.01.3400 o autor já
tinha sido submetido à perícia médica ortopédica, realizada em 12/7/2012, na qual ficou atestada a
incapacidade total e definitiva para a profissão declarada (encarregado de obras), devido ao quadro de
espondilodiscoartrose da coluna lombar e cervical (M51.1). 9. O autor não tem condições de retornar a
atividade profissional habitual. O procedimento cirúrgico é de resultados incertos e o recorrido não está
obrigado a realizá-lo. Portanto, a incapacidade é por tempo indeterminado. Some-se, ainda, a idade
avançada, as limitações físicas impostas pelas patologias, e o fato de o autor está afastado do mercado
de trabalho desde 2011. Além disso, devido à idade, ele não é elegível para o programa de reabilitação
profissional (art. 101, caput e §1º, da Lei n. 8.213/91). 10. Assim, levando-se em conta as severas
limitações físicas da parte autora, suas condições pessoais e a finalidade social da norma, tenho ser o
caso de aposentadoria por invalidez, conforme a sentença de primeiro grau. 11. DIB. O contexto
probatório permite concluir que a incapacidade para a atividade habitual existe desde 2012. Portanto, a
aposentadoria por invalidez é devida desde 11/7/2017, dia seguinte à cessação do último auxílio-doença.
12. Atualização monetária. Ausência de interesse recursal. Por fim, ausente o interesse recursal no
tocante à correção monetária. Porquanto, o juiz sentenciante já determinou a aplicação da Lei n.
11.960/09. Confira-se: As parcelas vencidas, a serem pagas mediante RPV, serão acrescidas de
correção monetária pelos índices do Manual de Orientação de Procedimentos para os Cálculos na Justiça
Federal a contar das datas dos respectivos vencimentos, até a entrada em vigor do art. 1º.-F da Lei
9.494/97, na redação estabelecida pela Lei nº. 11.960/09, a partir de quando incidirão os índices de
remuneração básica da caderneta de poupança, acrescidos de juros de mora à razão 0,5% a.m. a partir
da citação (não se aplicando à espécie o teor do julgado proferido no âmbito do RE nº. 870.947-SE, em
face da suspensão dos efeitos da decisão ali tomada por meio de embargos de declaração, conforme
manifestação do Relator publicada no DJE nº. 204, divulgado em 25/09/2018). 13. Não provimento do
recurso do INSS, na parte conhecida. Sentença confirmada. 14. Honorários advocatícios pela parte
recorrente fixados em 10% sobre o valor da condenação (art. 55, caput, da Lei n. 9.099/1995), mas
respeitada a limitação temporal imposta pelo enunciado da Súmula n. 111/STJ.

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ACÓRDÃO Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso do
INSS, na parte conhecida. Brasília, 23 de outubro de 2019.
253

CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1

PROCESSO Nº : 0051042-15.2017.4.01.3400 RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO


CASTRO MARTINS RECORRENTE (S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO (S) : - WELDON SOUSA DO NASCIMENTO RECORRIDO (S) : MARIA APARECIDA

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
SANTOS CHAVES ADVOGADO (S) : - DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO
EMENTA

ASSISTÊNCIA SOCIAL. BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA AO PORTADOR DE


DEFICIÊNCIA. IMPEDIMENTO DE LONGO PRAZO DE NATUREZA MENTAL COMPROVADO PELO
CONTEXTO PROBATÓRIO. BENEFÍCIO DEVIDO. DIB: DATA DO REQUERIMENTO
ADMINISTRATIVO. SENTENÇA CONFIRMADA. 1. Recurso do INSS contra sentença que assegurou à
autora o benefício de amparo assistencial a pessoa deficiente, desde a data do requerimento
administrativo em 23/2/2016, com pagamento das parcelas retroativas em conformidade com o MCJF. 2.
O réu sustenta que a incapacidade é parcial e passível de reabilitação/recuperação, não atendendo a
parte autora aos requisitos necessários para a concessão do LOAS. Sucessivamente, que seja fixada a
DIB a contar da data fixada pelo perito em 9/5/2018 (DII). 3. A autora, assistida pela DPU, apresentou
contrarrazões. 4. Maria Aparecida Santos Chaves, CPF n. 005.872.671-35, nascida em 14/6/1979
(atualmente com 40 anos de idade), ensino fundamental incompleto (3ª Série), residente na cidade
satélite do Guará II. 5. A parte autora requereu administrativamente o benefício em 23/2/2016 (NB
702.024.034-9), que restou indeferido por “não atender ao critério de deficiência para acesso ao BPC-
LOAS”. 6. Perícia socioeconômica (petição registrada em 20/2/2018). Em 6/2/2018, a assistente social
visitou a residência da autora e constatou que ela mora com o irmão (Carlos Alberto Santos Chaves, CPF
n. 018.104.861-22, DN 22/11/1985). A renda familiar é proveniente do salário do irmão, como atendente
de telemarketing, no valor de R$ 860,00, e não é suficiente para todas as despesas. A requerente está
fora do mercado de trabalho formal. A moradia é alugada e está em boas condições. A autora depende
totalmente do irmão Carlos e dos demais irmãos, que também ajudam a custear a alimentação, o aluguel
e demais contas (como remédios). A perita concluiu pela hipossuficiência econômica. 7. Laudo médico
(petição registrada em 10/5/2018). Perícia realizada em 9/5/2018, por médico neurologista, que constatou
as patologias paralisia cerebral não especificada (G80.9) e distúrbio de conduta restrito ao contexto
familiar (F91.0). O especialista afirma que existe incapacidade definitiva, parcial e multiprofissional
decorrente do retardo mental (item 6, a). A doença existe desde o nascimento e a DII foi fixada na data da
perícia. No exame físico, o especialista constatou que a autora tem a “fluência prejudicada” e “velocidade
de processamento prejudicada”.

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8. Essas dificuldades também foram relatadas pela assistente social, confira-se: “a solicitante não
responde com muita clareza as perguntas feitas a ela, foi necessário ligar para sua irmã Sheila para ter
acesso a algumas informações. Não sai sozinha, o irmão a leva e busca na escola, pois não sabe chegar
em casa (...)”. 9. As informações também são corroboradas pelos relatórios médicos apresentados pela
parte autora, todos subscritos por médicos neurologistas: “Apresentou retardo do desenvolvimento
neuropsicomotor, dificuldade de aprendizado e de adaptação a diversos trabalhos. Apresenta baixa
fluência verbal. Feito diagnóstico de encefalopatia crônica não progressiva (paralisia cerebral) de forma
definitiva” (cf. DOC 08 da documentação inicial) e “paciente de 40 anos apresenta déficit cognitivo
importante provavelmente decorrente de hipóxia perinatal” (cf. petição registrada em 19/9/2019). 10. O
cerne da controvérsia é o requisito médico. 11. Para efeito de concessão do benefício em questão,
considera-se “pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física,
mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua
participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas” (art. 20,
§2º, da Lei n. 8.742/93 com redação dada pela Lei n. 13.146/15). Desde antes, já se entendia que
“incapacidade para a vida independente não é só aquela que impede as atividades mais elementares da
pessoa, mas também a impossibilita de prover ao próprio sustento” (Súmula 29/TNU). 12. Registre-se que
se entende por impedimento de longo prazo aquele que produza efeitos pelo prazo mínimo de dois anos.
13. Confira-se, ainda, o enunciado da Súmula 48 da TNU (alterada em 29/4/2019): “Para fins de
concessão do benefício assistencial de prestação continuada, o conceito de pessoa com deficiência, que
não se confunde necessariamente com situação de incapacidade laborativa, exige a configuração de
impedimento de longo prazo com duração mínima de 2 (dois) anos, a ser aferido no caso concreto, desde
o início do impedimento até a data prevista para a sua cessação”. 14. Ainda, a TNU já consagrou o
entendimento de que esse critério não é somente de ordem médico-fisiológico, devendo ser analisadas às
254

condições sociais do solicitante - tais como espécie de deficiência, idade, profissão, escolaridade,
qualificação profissional, dentre outros. Noutras palavras, a condição de deficiente refere-se à existência
de restrição capaz de obstaculizar a efetiva participação social de forma plena e justa de quem postula o
benefício (PEDILEF 00050607920124036315, JUIZ FEDERAL FREDERICO AUGUSTO LEOPOLDINO
KOEHLER, TNU, DOU 18/11/2016.). 15. No caso vertente, infere-se do laudo médico oficial, em conjunto
com os demais elementos probatórios, que a autora apresenta impedimento de longo prazo de natureza
mental que a coloca em desigualdade de condições com as demais pessoas. A autora nunca foi inserida
no mercado formal de trabalho, não tem qualificação profissional, a escolaridade é muito baixa e as
limitações mentais são significativas, sua inserção no mercado de trabalho é bem irrealista. 16. DIB. O
contexto probatório é suficiente para concluir que desde o requerimento administrativo já existia o

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
impedimento de longo prazo de natureza mental. Portanto, o benefício é devido desde requerimento
administrativo, conforme consignado na sentença de primeiro grau.

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2ª TURMA RECURSAL

2A7E6EEE1CB650E169AF6CD480977DA4
17. Não provimento do recurso do INSS. Sentença confirmada. 18. Incabível a condenação em
honorários advocatícios, tendo em vista que a parte autora está assistida pela Defensoria Pública da
União (Súmula 421/STJ). ACÓRDÃO Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, NEGAR
PROVIMENTO ao recuso do INSS. Brasília, 23 de outubro de 2019.

CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1

PROCESSO Nº : 0044264-29.2017.4.01.3400 RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO


CASTRO MARTINS RECORRENTE (S) : EMERENCIANA ALVES DOS SANTOS ADVOGADO (S) :
DF00035029 - FABIO CORREA RIBEIRO E OUTRO(S) RECORRIDO (S) : INSTITUTO NACIONAL DE
SEGURO SOCIAL-INSS ADVOGADO (S) :
EMENTA PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO-DOENÇA/APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. INCAPACIDADE
NÃO ATESTADA EM LAUDO PERICIAL. PROVA HIGIDA E COMPLETA. AUSÊNCIA DE REQUISITOS.
SENTENÇA MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. 1. Recurso da parte autora contra sentença que
rejeitou o pedido de concessão de auxíliodoença/aposentadoria por invalidez, por não ter sido
reconhecida a existência de incapacidade para o trabalho. 2. A autora aduz que juntou diversos relatórios
médicos particulares que atestam cristalinamente a existência de incapacidade para o trabalho devido ao
seu grave quadro clínico. Afirma, ainda, que o perito só analisou as limitações do pondo de vista
cardiológico, mas ela também é portadora de patologias ortopédicas, sendo necessária a designação de
perícia com médico especialista em ortopedia, sob pena de cerceamento de defesa. 3. Sem
contrarrazões. 4. Emerenciana Alves dos Santos, CPF n. 647.995.491-20, nascida em 26/4/1957
(atualmente com 62 anos de idade), empregada doméstica/copeira, analfabeta, residente na cidade
satélite de Planaltina/DF. 5. A autora recebeu o benefício de auxílio-doença n. 617.508.759-7 de
16/3/2017 até 20/4/2017, com base no CID M54.5 - dor lombar baixa. 6. Primeiro laudo médico (petição
registrada em 7/2/2018). Na perícia realizada em 26/1/2018, o médico ortopedista e traumatologista
atestou pela ausência de incapacidade do ponto de vista ortopédico. 7. Segunda avaliação médica
(petição registrada em 24/10/2018). A médica cardiologista, na perícia realizada em 16/10/2018,
consignou que “não existem subsídios técnicos, sob a ótica da medicina atual, de que exista incapacidade
do ponto de vista cardiovascular para a profissão declarada de servente”. 8. Rejeitada a preliminar de
cerceamento de defesa. Não procede a alegação de cerceamento de defesa, tendo em vista que a
primeira perícia médica foi realizada por médico especialista em ortopedia, como solicitado pela parte
autora. 9. Inexistência de incapacidade. Laudo conclusivo. Benefício indevido. A perícia médica oficial,
portanto, foi conclusiva no sentido de que não existe incapacidade para o exercício de sua atividade
habitual ou de atividade que garanta sua subsistência. Assim, o indeferimento do benefício pela autarquia
previdenciária se mostrou regular.

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2ª TURMA RECURSAL

95087D1D23C60BCF1E88787DE4A4E039
10. O laudo produzido em juízo é claro e preciso nas suas conclusões. Logo, não restou demonstrado
qualquer vício no laudo pericial a ensejar sua nulidade ou necessidade de realização de nova perícia, e
toda a irresignação da parte autora, no particular, se resume ao mero inconformismo com as conclusões
do perito oficial. 11. Somente no caso de a prova pericial judicial ser dúbia ou incompleta é que
documentos juntados unilateralmente ou argumentos outros poderiam ser usados para suprir a falta ou a
dubiedade da prova pericial (2ª TRDF, Processo n. 00008224-24.2012.4.01.3400, Rel. Juiz Federal David
Wilson Abreu Pardo, DJF1 de 9.9.2016). Vale dizer que a autora não indicou a existência de qualquer
vício ou lacuna que pudesse macular a higidez do laudo lavrado pelo perito judicial. 12. Não comprovada
por perícia médica a existência de incapacidade para o desempenho da atividade habitual, o segurado
255

não faz jus ao benefício de auxílio-doença/aposentadoria por invalidez. 13. Recurso da autora desprovido.
Sentença confirmada. 14. A instância revisora somente pode dispor sobre honorários, "levando em conta
o trabalho adicional realizado em grau recursal" (art. 85, § 11, CPC/15). Não havendo trabalho em grau
recursal pela parte recorrida, não há como condenar a parte recorrente em honorários advocatícios. 15.
Quanto aos honorários de sucumbência, vencido o Juiz Federal João Carlos Mayer Soares, que entendia
pela possibilidade de fixação dessa verba e a suspensão de sua execução, tendo em vista a gratuidade
da justiça. ACÓRDÃO Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao
recurso da parte autora. Brasília, 23 de outubro de 2019.

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1

PROCESSO Nº : 0054472-72.2017.4.01.3400 RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO


CASTRO MARTINS RECORRENTE (S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO (S) : - HELIO MARCIO LOPES CARNEIRO RECORRIDO (S) : MARIA LUCIA DA CRUZ
ADVOGADO (S) : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
EMENTA

PREVIDENCIÁRIO. CONCESSÃO DE APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO.


VINCULOS EMPREGATICIOS REGISTRADOS NA CARTEIRA DE TRABALHO - CTPS. PRESUNÇÃO
RELATIVA NÃO ILIDIDA. SÚMULA N. 75 DA TNU. ANOTAÇÕES CORROBORADAS PELOS
EXTRATOS DE FGTS. REQUISITOS ATENDIDOS. SENTENÇA CONFIRMADA. 1. Recurso do INSS
contra sentença que reconheceu o direito da parte autora ao benefício de aposentadoria por tempo de
contribuição, desde o requerimento administrativo em 18/7/2016, com pagamento das diferenças
retroativas conforme a Lei n. 11.960/09 (TR e juros de mora de 0,5% a.m). 2. O réu alega genericamente
que a autora não preenche os requisitos legais para a concessão da aposentadoria por tempo de
contribuição, por não ter comprovado 30 anos de carência. Sucessivamente, requer seja reconhecida a
prescrição quinquenal e aplicada a Lei n. 11.960/09, quanto aos consectários legais. 3. Com
contrarrazões. 4. Maria Lucia da Cruz, CPF n. 043.235.198-18, nascida em 16/7/1960, requereu
administrativamente o benefício de aposentadoria por tempo de contribuição em 18/7/2016 (NB
175.411.082-4) e em 2/10/2017 (NB 184.603.243-9), que restaram indeferidos pelo motivo “falta tempo de
contribuição até 16/12/1998 ou até DER”. 5. A CTPS, o CNIS e outros documentos juntados pela
recorrente, apontam para a existência dos seguintes vínculos empregatícios: Empregador Período
Documentos Lojas Brasileiras S/A (Empire Comercial Ltda.) CNPJ 33.005703/0057-16 1/11/1984 a
1/10/1999 CTPS Extratos de FGTS CNIS (1/11/1984 a Nov/1987) Sindicato dos Empregados no
Comércio do Distrito Federal 1/1/1987 a setembro/1997 12/6/1996 a julho/2001 Extratos de FGTS
Declaração do empregador CNIS Contribuinte individual Agosto/97 a março/1998 Maio/1998 a
outubro/1999 Novembro/1999 a maio/2002 Agosto/2002 a maio/2003 CNIS Detroit Peças e Acessórios
Ltda. 1/3/2004 a 3/8/2009 CTPS Extratos de FGTS CNIS

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2ª TURMA RECURSAL

1534E83E9EC45245A0027AA2ACBBA9D4
Sindicato dos Empregados no Comércio do Distrito Federal
3/8/2009 a 18/7/2016 (DER) CTPS Extratos de FGTS CNIS 6. A CTPS, sob o n. 54145, não apresenta
rasura nem borrões, os vínculos estão anotados em ordem cronológica e sequenciados. Portanto, não
existem indícios de extemporaneidade, nem há qualquer vício que infirme as anotações. Além disso, os
extratos de FGTS juntados pela parte autora corroboram as anotações (cf. fl. 3 da petição registrada em
15/3/2018). 7. Prova material plena (art. 55, § 3º, da Lei n. 8.213/91). Registro na CTPS. Presunção
relativa não ilidida. Súmula 75 da TNU. A anotação de vínculo empregatício na carteira profissional da
autora consubstancia prova da prestação de serviços, não se prestando para afastar sua eficácia
probatória simples alegação de que tais vínculos não constam de programas relacionados aos
empregados, tais como FGTS, PIS, CNIS. O ônus de ilidir as anotações registradas na CTPS incumbe ao
INSS, mediante demonstração inequívoca da incorreção ou falsidade das informações discriminadas (art.
373, II, do CPC/15). As conjecturas, desprovidas de provas, acerca da existência de fraude ou erro na
efetivação das anotações, não têm o condão de infirmar a presunção de veracidade das informações
registradas na CTPS (Súmula n. 75 da TNU). 8. Ressalte-se que a segurada não pode ser penalizada em
razão de o empregador não ter recolhido corretamente as contribuições previdenciárias ou recolhido em
atraso, tampouco o INSS ter falhado na fiscalização da regularidade das exações. 9. Aposentadoria por
tempo de contribuição. Requisitos preenchidos. A autora comprovou mais de 30 (trinta) anos de tempo de
contribuição, sendo-lhe assegurado o direito ao benefício de aposentadoria por tempo de contribuição,
nos termo do art. 201, §7º, I, da CF. 10. Não há que se falar em prescrição quinquenal, pois não
transcorreram cinco anos entre o requerimento administrativo e o ajuizamento da ação. Além disso, a
sentença já determinou a aplicação da Lei n. 11.960/09, quanto aos consectários legais, razão pela qual o
256

recurso do INSS não pode ser conhecido no ponto. Confira-se: As parcelas vencidas, a serem pagas
mediante RPV, serão acrescidas de correção monetária pelos índices do Manual de Orientação de
Procedimentos para os Cálculos na Justiça Federal a contar das datas dos respectivos vencimentos, até
a entrada em vigor do art. 1º.-F da Lei 9.494/97, na redação estabelecida pela Lei nº. 11.960/09, a partir
de quando incidirão os índices de remuneração básica da caderneta de poupança, acrescidos de juros de
mora à razão 0,5% a.m. a partir da citação (não se aplicando à espécie o teor do julgado proferido no
âmbito do RE nº. 870.947-SE, em face da suspensão dos efeitos da decisão ali tomada por meio de
embargos de declaração, conforme manifestação do Relator publicada no DJE nº. 204, divulgado em
25/09/2018). 11. Não provimento do recurso do INSS. Sentença confirmada. 12. Honorários advocatícios
pela parte recorrente fixados em 10% sobre o valor da condenação (art. 55, caput, da Lei n. 9.099/1995),

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mas respeitada a limitação temporal imposta pelo enunciado da Súmula n. 111/STJ.

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2ª TURMA RECURSAL

1534E83E9EC45245A0027AA2ACBBA9D4
ACÓRDÃO Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso do
INSS. Brasília, 23 de outubro de 2019.

CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1

PROCESSO Nº : 0038642-03.2016.4.01.3400 RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO


CASTRO MARTINS RECORRENTE (S) : IRENE STAVENY VOINASKI ZAKRZEWSKI ADVOGADO (S) :
DF00022393 - WANESSA ALDRIGUES CANDIDO E OUTRO(S) RECORRIDO (S) : INSTITUTO
NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS ADVOGADO (S) : - RODRIGO ALLAN COUTINHO
GONÇALVES

EMENTA

PREVIDENCIÁRIO. CONCESSÃO DE BENEFÍCIO POR INCAPACIDADE. LAUDOS MÉDICOS


ATESTANDO INCAPACIDADE TEMPORÁRIA. PATOLOGIA QUE ALTERNA PERIODOS DE MELHORA
E PIORA. QUALIDADE DE SEGURADO COMPROVADA. PRORROGAÇÃO DO PERIODO DE GRAÇA.
BENEFÍCIO DE AUXÍLIO-DOENÇA DEVIDO NOS PERIODOS DE COMPROVADA IMPOSSIBILIDADE
DE RETORNO AO TRABALHO. RECURSO DA PARTE AUTORA PROVIDO, EM PARTE. 1. Recurso da
parte autora contra sentença que rejeitou o pedido de concessão de auxíliodoença/aposentadoria por
invalidez, por considerar que ocorreu a perda da qualidade de segurado na DII. 2. A autora alega que
tem dois pareceres médicos favoráveis à concessão do benefício por incapacidade, não havendo sido
mencionado na sentença a impugnação ao laudo feita pela recorrente no tocante a DII. Aduz que, devido
ao período de graça, ela detém a condição de segurada. Afirma, também, que conta com mais de 120
contribuições sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado, o que lhe assegura a
prorrogação de 24 meses. Sustenta, ainda, que devido às condições sociais e pessoais tem direito a
aposentadoria por invalidez. 3. Com contrarrazões. 4. Irene Staveny Voinaski Zakrzewski, CPF n.
022.858.209-17, nascida em 25/2/1965 (atualmente com 54 anos de idade), serviços gerais, ensino
fundamental, residente na cidade satélite de São Sebastião/DF. 5. A autora requereu administrativamente
o benefício de auxílio-doença n. 613.555.453-4 em 7/3/2016, que restou indeferido com base no parecer
médico contrário do perito do INSS. 6. Registre-se que a autora recebeu o benefício de auxílio-doença n.
601.946.555-5 até 22/9/2014, por força do acordo judicial homologado no processo n. 0019610-
17.2013.4.01.3400 (CID G56 – síndrome do túnel do carpo). A autora moveu uma segunda ação,
processo n. 0001311-21.2015.4.01.3400, no qual a perícia médica realizada em 14/4/2015 concluiu pela
inexistência de incapacidade – mesmo CID: G56 (transitou em julgado em 2/2/2018). 7. Primeiro laudo
médico oficial (petição registrada em 12/8/2016). O perito médico, em 10/8/2016, concluiu pela
incapacidade parcial temporária multiprofissional pelo prazo de 4 (quatro) meses, por quadro de
cervicalgia (M54.2). A DII foi fixada em 3/8/2016 (data do relatório médico juntado pela autora). Há
registro de que a autora foi submetida à cirurgia de síndrome do túnel do carpo bilateral.

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2ª TURMA RECURSAL

0B7300005DB633BC691C48B56DBAB197
8. Segunda avaliação médica (petições registradas em 28/8/2017 e 1/3/2018). Perícia realizada em
17/8/2017, por médica reumatologista, na qual ficou atestada a incapacidade total temporária
257

multiprofissional por 6 meses, com o diagnóstico de fibromialgia (M79.7) e artrite reumatoide não
especificada (M06.9). A especialista fixou a DII em 14/2/2017 (data do relatório médico apresentado pela
autora), esclarecendo que devido às especificidades e peculiaridades da patologia, o quadro se apresenta
ora exacerbado ora remissivo. 9. CNIS. Qualidade de segurado comprovada. A autora recebeu auxílio-
doença até 22/9/2014 (NB 601.946.555-5) e comprova que conta com mais de 120 contribuições mensais
sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado, tendo em vista o vínculo empregatício
com a empresa Mitra Arquidiocesana de Brasília, iniciado em 1/8/1998 e cuja última remuneração data de
junho/2013. Assim, a qualidade de segurado se estendeu até 15/11/2016 (art. 15, II, e §§1º 4º da Lei n.
8.213/91). Portanto, a condição de segurada resta comprovada, já que o primeiro laudo registra que a
incapacidade teve início em 3/8/2016. 10. DII. Registre-se que não é possível retroagir a DII a data da

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cessação do último auxíliodoença, pois temos laudo judicial de 2015 atestando pela ausência de
incapacidade (processo n. 0001311-21.2015.4.01.3400) e, dada à natureza das patologias, que como
atestado pela perita alterna períodos de melhora e piora. Assim, devem ser acolhidas as datas fixadas
pelos peritos médicos. 11. Direito ao benefício de auxílio-doença. Os laudos médicos são categóricos ao
afirmarem que a incapacidade é temporária e passível de recuperação. Portanto, é devido apenas o
auxílio-doença. O primeiro laudo atestou que existe incapacidade de 3/8/2016 – DII (data posterior ao
DER) até 10/12/2016 (quatro meses contados da perícia). Já o segundo laudo informa que existiu
incapacidade para o trabalho de 14/2/2017 – DII até 17/2/2018 (6 meses contados do laudo). 12. Como
as patologias identificadas pelos peritos são diferentes, não há como presumir que houve incapacidade
no intervalo entre as perícias. 13. Registre-se, ainda, que nas demandas de benefícios por incapacidade,
as avaliações são feitas secundum eventum litis e rebus sic stantibus, ou seja, apenas nas condições e
circunstâncias fáticas dadas. Assim, se o laudo dá conta que a parte autora possui condições de exercer
atividade laborativa depois de certo período, não há óbice à concessão posterior do benefício, se nova
avaliação médica assim indicar, ainda que em virtude da mesma enfermidade. Afinal, a mesma
enfermidade pode ou não resultar em incapacidade. A situação variável desta configura mudança dos
fatos, da causa de pedir. Mas o que não se pode é, neste processo, manter o benefício além do período
fixado de modo claro e induvidoso pelo laudo pericial. 14. Termo Inicial do Benefício (DIB). Se a prova
pericial dá conta de que a incapacidade já existia na data do requerimento administrativo, esta é o termo
inicial do benefício (Súmula 22 da TNU). 15. No caso, todavia, o requerimento administrativo foi
formulado em 7/3/2016 (NB 613.555.453-4) e indeferido em razão do requisito incapacidade. Por outro
lado, a primeira perita médica fixou a data de início da incapacidade em 3/8/2016 (DII), inexistindo
elementos probatórios em sentido contrário. 16. Assim, não obstante a existência de prévio requerimento
administrativo, a incapacidade é posterior ao requerimento e até mesmo ao ajuizamento da ação.

PODER JUDICIÁRIO JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL


2ª TURMA RECURSAL

0B7300005DB633BC691C48B56DBAB197
17. Fixada a data de início da incapacidade em data posterior ao DER/DCB, deverá ser fixada a DIB na
data da citação do réu, quando em regra constituído em mora o INSS. Precedente: PEDILEF
50030214920124047009, JUIZ FEDERAL FREDERICO AUGUSTO LEOPOLDINO KOEHLER, TNU,
DOU 13/11/2015 PÁGINAS 182/326; PEDILEF 5002416-94.2012.4.04.7012, Rel. Juiz Federal Wilson
José Witzel, j. 11/9/2015; e, PEDILEF 50020638820114047012, Rel. Juiz Federal Sergio Murilo
Wanderley Queiroga, j. 11/2/2015). 18. Conclusão. Assim, o benefício de auxílio-doença é devido à
autora nos períodos de 23/11/2016 (data da citação) até 10/12/2016 e de 14/2/2017 até 17/2/2018. 19.
Provimento parcial do recurso da parte autora. Sentença reformada para condenar o INSS na obrigação
de pagar o benefício de auxílio-doença à recorrente nos períodos de 23/11/2016 (data da citação) até
10/12/2016 e de 14/2/2017 até 17/2/2018. Pagamento das diferenças nos termos do MCJF. 20. Não há,
no âmbito do JEF, previsão legal para arbitramento de verba honorária quando há provimento do recurso,
ainda que em parte mínima (art. 55, caput, da Lei n. 9.099/95). ACÓRDÃO Decide a 2ª Turma Recursal
do DF, por unanimidade, DAR PARCIAL PROVIMENTO ao recurso da parte autora. Brasília, 23 de
outubro de 2019.

CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1

PROCESSO Nº : 0005300-30.2018.4.01.3400 RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO


CASTRO MARTINS RECORRENTE (S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO (S) : - DAESCIO LOURENCO BERNARDES DE OLIVEIRA RECORRIDO (S) : JULIO
CESAR ASSUNCAO ADVOGADO (S) : DF00045192 - EDNA CONCEICAO DOS SANTOS E SOUZA

EMENTA
258

PREVIDENCIÁRIO. CONCESSÃO DE APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. CARDIOPATIA GRAVE.


INCAPACIDADE TOTAL E PERMANENTE. QUALIDADE DE SEGURADO COMPROVADA. BENEFÍCIO
DEVIDO. LEI N. 11.960/09. INCONSTITUCIONALIDADE PARCIAL NO TOCANTE A CORREÇÃO
MONETÁRIA. RE 870947. SENTENÇA CONFIRMADA. 1. Recurso do INSS contra sentença que
reconheceu o direito do espólio da parte autora às parcelas retroativas do benefício de aposentadoria por
invalidez, não recebida em vida pelo segurado, referentes ao período de 6/12/2017 (DER) até 21/11/2018
(data do óbito). As diferenças serão acrescidas de juros pelos índices oficiais de remuneração básica da
caderneta de poupança e correção monetária pelo IPCA-E. 2. O INSS alega que o autor perdeu a
qualidade de segurado na DII. Sucessivamente, requer seja aplicada a Lei n. 11.960/09, quanto à
correção monetária (TR), tendo em vista a possibilidade de modulação de efeito no RE 870947 e os

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
embargos de declaração com efeitos suspensivos desse recurso extraordinário. 3. Com contrarrazões.
4. Julio Cesar Assunção, CPF n. 004.961.861-08, nascido em 26/11/1982, técnico em persianas, ensino
médio incompleto, residia na cidade satélite de Planaltina/DF. 5. O autor faleceu em 21/11/2018. A
companheira Evilene Cunha Martins (CPF n. 027.916.06157, DN 17/5/1986) e a filha menor Maria
Eduarda Martins Assunção (CPF n. 093.817.651-03, DN 13/9/2003) requereram a habilitação nos autos
do processo (cf. petição registrada em 5/2/2019), que foi deferida na sentença. 6. O autor requereu
administrativamente o benefício de auxílio-doença em 6/12/2017, que restou indeferido, “tendo em vista
que não foi comprovada a qualidade de segurado” (NB 621.198.214-7). 7. Laudo médico oficial (petição
registrada em 20/4/2018). A médica cardiologista, em 10/4/2018, constatou a presença de incapacidade
total, permanente e omniprofissional, pelo quadro de cardiopatia grave (I42, I50 e I20). A especialista fixou
a DII em 31/3/2016. 8. CTPS e CNIS. Último vínculo empregatício perdurou de 1/8/2013 até 31/1/2015
(Saga Serviços Terceirizados Ltda.). Assim, o autor falecido manteve a condição de segurado até
15/3/2016 (período de graça – art. 15, II e § 4º, da Lei 8.213/91). Registre-se que não se verifica nenhuma
das hipóteses de prorrogação deste período (art. 15, §§ 1º ao 3º, da Lei n. 8.213/91).

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2ª TURMA RECURSAL

A836F3A258097047BA1C5927AFB80437
9. Qualidade de segurado comprovada. Benefício devido. A DII foi fixada em 31/3/2016. Todavia, relatório
médico da rede pública de saúde, datado de 14/3/2016, já aponta o diagnóstico de cardiopatia grave (I50)
– cf. fl. 16/17 da documentação inicial. Portanto, resta comprovado que a doença incapacitante se
manifestou no período em que o autor ainda detinha a qualidade de segurado. 10. Juros e correção
monetária. Lei n. 11.960/09. Inconstitucionalidade parcial no tocante a correção monetária. RE 870947.
11. Juros moratórios. Os juros de mora passam a contar da citação válida (art. 240 do CPC/15 e Súmula
204/STJ), tem-se que, ao caso, incidirão os juros aplicados à caderneta de poupança: 0,5% ao mês até
junho de 2012 e a partir daí de acordo com as novas regras da poupança estabelecidas pela Lei nº
12.703/12. 12. Correção monetária. No que se refere à correção monetária, no RE 870947 (j. 20/9/2017),
o STF reconheceu a inconstitucionalidade do uso da taxa de remuneração básica da caderneta de
poupança (TR), instituída pela Lei n. 11.960/09, para fins de correção de débitos do Poder Público, por
não ser adequado para recompor a perda do poder de compra. Desta feita, deve ser mantida a sentença
de primeiro grau. 13. Registre-se, por oportuno, que o acórdão referente ao RE 870.947 já foi
efetivamente publicado no DJe de 17/11/2017, tornado público em 20/11/2017. Demais disso, a decisão
proferida pelo STF possui efeito vinculante desde a data de publicação da ata de julgamento e não da
publicação do acórdão (STF, Rcl 3.632 AgR/AM, Rel. p/ acórdão Min. Eros Grau DJU de 18.8.2006). 14.
Vale consignar, ainda, que o STJ decidiu que “(...) mostra-se descabida a modulação em relação aos
casos em que não ocorreu expedição ou pagamento de precatório” (REsp 1495146/MG, Rel. Ministro
Mauro Campbell Marques, Primeira Seção, julgado em 22/02/2018, DJe 02/03/2018). 15. E,
recentemente, o STF entendeu que não cabe modulação de efeitos no RE 870947 (embargos de
declaração julgados em 3/10/2019). 16. Não provimento do recurso do INSS. Sentença confirmada. 17.
Honorários advocatícios pela parte recorrente fixados em 10% sobre o valor da condenação (art. 55,
caput, da Lei n. 9.099/1995), mas respeitada a limitação temporal imposta pelo enunciado da Súmula n.
111/STJ. ACÓRDÃO Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao
recurso do INSS. Brasília, 23 de outubro de 2019.

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2ª TURMA RECURSAL

A836F3A258097047BA1C5927AFB80437
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1

PROCESSO Nº : 0009443-62.2018.4.01.3400 RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO


CASTRO MARTINS RECORRENTE (S) : PEDRO VENANCIO DE BASTOS ADVOGADO (S) : -
259

DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO RECORRIDO (S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-


INSS ADVOGADO (S) : - RODRIGO ALLAN COUTINHO GONÇALVES
EMENTA

PREVIDENCIÁRIO. CONCESSÃO DE AUXÍLIO-DOENÇA. CONCLUSÕES DO LAUDO OFICIAL


AFASTADAS. CONTEXTO PROBATORIO ROBUSTO ALIADO A PROVA EMPRESTADA (PROCESSO
N. 0017208-55.2016.4.01.3400). ART. 372 DO CPC. LAUDOS MÉDICOS RECONHECENDO A
INCAPACIDADE PARA ATIVIDADES QUE DEMANDEM POSTURA EM PÉ PROLONGADA,
DEAMBULAR LONGAS DISTANCIAS E AGACHAR. ATIVIDADE HABITUAL DE PEDREIRO. BENEFÍCIO
DEVIDO ATÉ REABILITAÇÃO PROFISSIONAL OU APOSENTADORIA POR INVALIDEZ, NOS TERMOS

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
DO ART. 62, §1º, DA LEI 8.213/91. RECURSO DA PARTE AUTORA PROVIDO. 1. Recurso da parte
autora contra sentença que rejeitou o pedido de concessão de auxíliodoença/aposentadoria por invalidez,
com fundamento do parecer médico contrário. 2. O autor, assistido pela DPU, sustenta que juntou
diversos relatórios médicos da rede pública de saúde que atestam a incapacidade permanente para as
atividades laborais. Aduz, ainda, que deve ser considerada, além das condições físicas, a real
possibilidade de reinserção no mercado de trabalho e a baixa escolaridade. 3. Com contrarrazões. 4.
Pedro Venâncio de Bastos, CPF n. 798.380.141-68, nascido em 17/6/1964 (atualmente com 55 anos de
idade), pedreiro, ensino fundamental incompleto, residente na cidade satélite de Taguatinga/DF. 5. O
autor recebeu o benefício de auxílio-doença n. 538.028.030-3 de 29/10/2009 até 25/1/2018, por força de
acordos homologados judicialmente nos processos n. 003122169.2010.4.01.3400 e 0017208-
55.2016.4.01.3400. Mas, ao solicitar a prorrogação do benefício, o pedido restou indeferido, com base no
parecer médico contrário do INSS (cf. fl. 2 da documentação inicial). 6. Laudo médico oficial (petição
registrada em 11/6/2018). O médico ortopedista e traumatologista, em 24/5/2018, constatou a presença
do quadro de pós-operatório tardio de fratura do fêmur direito (Z54.0 e S72.2) e fratura do tornozelo direito
(Z54.0 e S82.3), mas concluiu para ausência de incapacidade para a realização de atividades laborativas.
Todavia, informa, que “há na verdade uma redução do grau de capacidade para o trabalho informado de
pedreiro, necessitando de esforços acrescidos em grau leve a moderado para realiza-la”. 7. Não se pode
descuidar, ainda, da perícia realizada em 18/4/2016, nos autos do processo n. 0017208-
55.2016.4.01.3400. O médico ortopedista concluiu pela incapacidade total, definitiva e multiprofissional,
em razão de dor crônica, déficit parcial de marcha, limitação funcional parcial

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57AC4F970E08DC2542D4AD28E68CAEEF
e encurtamento leve de membro inferior em pós-operatório tardio por fratura antiga do quadril direito
(T93.1); dor crônica e limitação funcional parcial por sugestiva osteoartrose incipiente e secundária em
pós-fratura antiga do tornozelo direito (T93.2 e M19); epilepsia (G40); hipertensão arterial sistêmica (I10);
transtorno de ansiedade sem sinais atuais de descompensação clínica (F41) e perda de audição não
especificada. 8. Na oportunidade, o especialista deixou claro que o autor não podia exercer atividades
que exijam: postura de pé prolongada, marcha prolongada, levantamento e carregamento manual de
peso, utilização de pedais, movimentos repetitivos de subir e descer escadas, postura prolongada em
agachamento, trabalho em alturas e direção de veículos motorizados. Foi vislumbrada a possibilidade de
reabilitação profissional em atividades como agente de portaria, vigia, ascensorista, fiscal de área,
monitor, controlador de tráfego, guardador, auxiliar administrativo e outras funções assemelhadas que
respeitem as restrições elencadas. Mas, o perito consignou que havendo impossibilidade de readaptação
profissional efetiva e satisfatória, seria caso de aposentadoria por invalidez. 9. Ambos os especialistas
relatam que o autor sofreu queda de altura (andaime) em 2009, o que ocasionou as lesões no membro
inferior direito. E, desde então não retornou ao mercado de trabalho formal. 10. Valem destacar, também,
relatórios médicos recentes da rede pública de saúde, trazidos pelo autor no recurso, que atestam: (a)
“Evolução com sequela de atrofia muscular MID, artrose traumática com limitação dos movimentos de
quadril e tornozelo D. Incapacidade permanente e indeterminada para suas atividades laborativas. CID:
T93.1, T93.2, M19.1 e M25.5” e (b) “Submetido a tratamento cirúrgico, evoluiu com atrofia muscular e
encurtamento de MID, artrose e limitação dos movimentos do quadril e tornozelo D. Dor e limitação
progressiva causando incapacidade para deambular e ficar de pé por tempo prolongado, agachar e correr
(CID T93.1, T93.2, M19.1 e M25.5)”. 11. O autor não retornou a atividade laborativa desde o acidente
que ocasionou as lesões no membro inferior direito, em 2009. Infere-se, ainda, que as sequelas trazem
limitações físicas significativas, mormente se considerarmos a atividade de pedreiro. As lesões estão
consolidadas sem qualquer perspectiva de reversão. Se há dois anos a parte autora já tinha um quadro
de incapacidade permanente e multiprofissional (prova emprestada – art. 372 do CPC/15), não vejo como
adotar integralmente às conclusões da perícia confeccionada nesse feito, que afastam esta condição,
mesmo reconhecendo a existência da mesma doença anteriormente constatada e considerada como
sendo incapacitante. 12. Diante do conjunto probatório, do qual se infere a impossibilidade de retorno
para a atividade habitual de pedreiro, é caso de se manter o auxílio-doença “até que o segurado seja
considerado reabilitado para o desempenho de atividade que lhe garanta a subsistência ou, quando
considerado não recuperável, seja aposentado por invalidez” (art. 62, §1º, da Lei n. 8.213/91). 13.
Provimento do recurso da parte autora. Sentença reformada para condenar o INSS na obrigação de
260

conceder ao autor o benefício de auxílio-doença, na forma do art. 62, §1º, da Lei n. 8.213/91, desde a
cessação indevida em 25/1/2018; e na obrigação de pagar das diferenças retroativas conforme o MCJF.
14. Não há, no âmbito do JEF, previsão legal para arbitramento de verba honorária quando há provimento
do recurso (art. 55, caput, da Lei n. 9.099/95).

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2ª TURMA RECURSAL

57AC4F970E08DC2542D4AD28E68CAEEF
ACÓRDÃO Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, DAR PROVIMENTO ao recurso da

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
parte autora. Brasília, 23 de outubro de 2019.

CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1

PROCESSO Nº : 0031285-98.2018.4.01.3400 RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO


CASTRO MARTINS RECORRENTE (S) : LEOVEGILDA DE CARVALHO DE SOUZA ADVOGADO (S) :
DF00027985 - TIAGO DA SILVA VASCONCELOS RECORRIDO (S) : INSTITUTO NACIONAL DE
SEGURO SOCIAL-INSS ADVOGADO (S) : - RODRIGO ALLAN COUTINHO GONÇALVES

EMENTA

PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO DOENÇA/APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. INCAPACIDADE NÃO


COMPROVADA. LAUDO JUDICIAL HÍGIDO E COMPLETO. AUSÊNCIA DE REQUISITOS. SENTENÇA
MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. 1. Recurso da parte autora contra sentença que rejeitou o pedido
de concessão de auxíliodoença/aposentadoria por invalidez, com base no parecer médico contrário do
perito judicial. 2. A parte autora sustenta que é portadora de transtornos psiquiátricos e apresentou
relatórios médicos da rede pública de saúde atestando sua incapacidade laborativa. Aduz, ainda, que
possuiu 64 anos de idade e baixa escolaridade, condições desconsideradas pela sentença. 3. Com
contrarrazões. 4. Leovegilda de Carvalho Souza, CPF n. 840.721.801-49, nascida em 10/12/1954
(atualmente com 64 anos de idade), do lar, ensino fundamental, residente na cidade satélite do Gama. 5.
A autora recebeu o benefício de auxílio-doença n. 620.393.320-5 de 3/10/2017 a 5/3/2018, com base no
CID F33 (transtorno depressivo recorrente). Em 13/7/2018 (NB 623.942.588-9), requereu novamente o
benefício, que restou indeferido com base no laudo médico contrário do perito do INSS. 6. Laudo médico
oficial (petição registrada em 22/11/2018). Perícia realizada em 31/10/2018, por médico especialista em
psiquiatria, na qual ficou constatada a ausência de incapacidade laborativa. 7. Inexistência de
incapacidade. Laudo conclusivo. Benefício indevido. A perícia médica oficial, portanto, foi conclusiva no
sentido de que não existe incapacidade para o exercício de sua atividade habitual ou de atividade que
garanta sua subsistência. Assim, o indeferimento do benefício pela autarquia previdenciária se mostrou
regular. 8. Somente no caso de a prova pericial judicial ser dúbia ou incompleta é que documentos
juntados unilateralmente ou argumentos outros poderiam ser usados para suprir a falta ou a dubiedade da
prova pericial (2ª TRDF, Processo n. 00008224-24.2012.4.01.3400, Rel. Juiz Federal David Wilson Abreu
Pardo, DJF1 de 9.9.2016). Vale dizer que a autora não indicou a existência de qualquer vício ou lacuna
que pudesse macular a higidez do laudo lavrado pelo perito judicial. 9. Registre-se, ainda, que o “julgador
não é obrigado a analisar as condições pessoais e sociais quando não reconhecer a incapacidade do
requerente para a sua atividade habitual” (Súmula 77 da TNU).

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2ª TURMA RECURSAL

9D254402106579A1629CB31AD3F68CED
10. Não comprovada por perícia médica a existência de incapacidade para o desempenho da atividade
habitual, o segurado não faz jus ao benefício de auxílio-doença/aposentadoria por invalidez. 11. Recurso
da autora desprovido. Sentença confirmada. 12. Honorários advocatícios pelo recorrente fixados em 10%
(dez por cento) do valor atribuído à causa devidamente corrigido (art. 55, caput, da Lei n. 9.099/95).
Condenação suspensa (art. 98, § 3º, do CPC/15). ACÓRDÃO Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por
unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso da parte autora. Brasília, 23 de outubro de 2019.

CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1
261

PROCESSO Nº : 0022480-59.2018.4.01.3400 RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO


CASTRO MARTINS RECORRENTE (S) : MARIA LAURA RODRIGUES DE SOUZA ADVOGADO (S) :
DF00056888 - WILLER MAX DE LIMA AZEVEDO RECORRIDO (S) : INSTITUTO NACIONAL DE
SEGURO SOCIAL-INSS ADVOGADO (S) :

EMENTA

PREVIDENCIÁRIO. CONCESSÃO DE APOSENTADORIA POR IDADE URBANA. CONTRIBUINTE


INDIVIDUAL. CARÊNCIA NÃO ALCANÇADA. BENEFÍCIO INDEVIDO. SENTENÇA CONFIRMADA. 1.

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Recurso da parte autora contra sentença que rejeitou o pedido de aposentadoria por idade urbana, por
não restar comprada a carência. 2. A autora sustenta que comprovou mais de 180 contribuições
mensais. Alega, ainda, que existe entendimento na TNU sobre a possibilidade de computar parcelas
adimplidas em atraso. 3. Sem contrarrazões. 4. Maria Laura Rodrigues de Souza, CPF n. 376.272.521-
72, nascida em 24/7/1952, requereu administrativamente a aposentadoria por idade em 3/1/2018, que
restou indeferida pelo não cumprimento da carência mínima exigida (NB 186.569.019-5). 5. A autora
completou 60 anos de idade em 2012 e, por ter se filiado ao RGPS depois de 25/7/1991, precisa
comprovar 180 contribuições mensais (art. 25, II, e 48, da Lei n. 8.213/91). 6. Quanto à carência, infere-se
do CNIS que a autora recolheu para o RGPS como contribuinte individual nas competências de
janeiro/2003 a fevereiro/2003; de abril/2003 a abril/2005; de junho/2005 a junho/2008; de janeiro/2009 a
junho/2012; e de julho/2012 até dezembro/2017. Além disso, recebeu benefício de auxílio-doença nos
períodos de 10/2/2006 a 31/12/2006 (NB 515.827.396-7) e de 12/7/2008 a 15/1/2009 (NB 531.191.248-7).
7. Esclareça-se que o contribuinte individual tem até o dia quinze do mês seguinte para efetuar o
recolhimento da contribuição, prorrogando-se para o dia útil seguinte quando não houver expediente
bancário. E, no caso, as contribuições de janeiro/2003 e fevereiro/2003 foram adimplidas no dia 17 do
mês seguinte, porque o dia 15 caiu num sábado. Assim, afasto a extemporaneidade, podendo os
recolhimentos ser computados para fins de carência. 8. Além disso, os períodos de auxílio-doença foram
intercalados com contribuições, e também podem ser considerados para implemento da carência.
Precedente do STF (RE 816470 AgR e ARE 746835 AgR) e Súmula 73 da TNU. 9. Quanto aos períodos
de recolhimento posteriores a abril/2007, a LC 123/06 possibilitou o recolhimento em alíquota reduzida
(11% sobre o salário mínimo) para o contribuinte individual que não preste serviço e nem possuam
relação de emprego com pessoa jurídica (art. 21, § 2º, I, da Lei n. 8.212/91).

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2ª TURMA RECURSAL

F1F74739A0C58D6C26BDC95D0968F0EC
10. Assim, a parte autora soma até a data do requerimento administrativo apenas 14 anos, 9 meses e 19
dias. Portanto, a recorrente não comprova que cumpriu o requisito mínimo da carência de 180
contribuições mensais (art. 373, I, do CPC/15). 11. Recurso da parte autora desprovido. Sentença
confirmada. 12. A instância revisora somente pode dispor sobre honorários, "levando em conta o trabalho
adicional realizado em grau recursal" (art. 85, § 11, CPC/15). Não havendo trabalho em grau recursal pela
parte recorrida, não há como condenar a parte recorrente em honorários advocatícios. 13. Quanto aos
honorários de sucumbência, vencido o Juiz Federal João Carlos Mayer Soares, que entendia pela
possibilidade de fixação dessa verba e a suspensão de sua execução, tendo em vista a gratuidade da
justiça. ACÓRDÃO Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao
recurso da autora. Brasília, 23 de outubro de 2019.

CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1

PROCESSO Nº : 0002468-24.2018.4.01.3400 RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO


CASTRO MARTINS RECORRENTE (S) : THAIS ALVES DE SOUZA ADVOGADO (S) : DF00036769 -
WELDER RODRIGUES LIMA E OUTRO(S) RECORRIDO (S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO
SOCIAL-INSS ADVOGADO (S) :

EMENTA

PREVIDENCIÁRIO. RENÚNCIA À APOSENTADORIA PARA OBTENÇÃO DE NOVO BENEFÍCIO COM


BASE EXCLUSIVAMENTE NOS RECOLHIMENTOS POSTERIORES À INATIVAÇÃO.
IMPOSSIBILIDADE. RATIO DECIDENDI DO PRECEDENTE DO STF. RE 661256 E RE 827833.
RECURSO DESPROVIDO. 1. Recurso da parte autora contra sentença que rejeitou o pedido de
“substituição” da aposentadoria por tempo de contribuição n. 084.008.311-4, com DIB em 7/8/1990, por
aposentadoria por idade a partir de 16/7/2018, por ser mais vantajosa. 2. A autora sustenta, em síntese,
262

que não se trata de desaposentação, pois pretende a concessão de novo benefício com base
exclusivamente nas contribuições posteriores à primeira aposentadoria. 3. Sem contrarrazões. 4.
Decisão. Ao julgar o RE nº 661.256/SC, sob a sistemática de repercussão geral, o STF fixou a seguinte
tese: “No âmbito do Regime Geral de Previdência Social - RGPS, somente lei pode criar benefícios e
vantagens previdenciárias, não havendo, por ora, previsão legal do direito à 'desaposentação', sendo
constitucional a regra do art. 18, § 2º, da Lei nº 8.213/91”. 5. A possibilidade de concessão de novo
benefício de aposentadoria com base exclusivamente no período contributivo posterior a concessão do
benefício original também foi analisada (especificamente no RE 827833, julgado em conjunto com o RE
661256), e considerada inviável, pelo STF no julgamento da desaposentação, em que a Corte entendeu
que não cabe nenhuma prestação aos segurados aposentados que permanecerem em atividade no

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
RGPS, ou a ele retornarem, exceto aquelas previstas no § 2° do art. 18 da Lei 8.213/91, declarado
constitucional. 6. A razão de decidir extraída do precedente formado a partir do julgamento do RE 661256
(julgado juntamente com o RE 381367 e o RE 827833) aplica-se à hipótese de aposentadoria pretendida
com base exclusivamente em período contributivo posterior à concessão do benefício original. 7. Recurso
do autor desprovido. Sentença confirmada. 8. A instância revisora somente pode dispor sobre honorários,
"levando em conta o trabalho adicional realizado em grau recursal" (art. 85, § 11, CPC/15). Não havendo
trabalho em grau recursal pela parte recorrida, não há como condenar a parte recorrente em honorários
advocatícios.

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2ª TURMA RECURSAL

837A01D9AFF635EF5EEB199877D04C6D
9. Quanto aos honorários de sucumbência, vencido o Juiz Federal João Carlos Mayer Soares, que
entendia pela possibilidade de fixação dessa verba e a suspensão de sua execução, tendo em vista a
gratuidade da justiça. ACÓRDÃO Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, NEGAR
PROVIMENTO ao recurso do autor. Brasília, 23 de outubro de 2019.

CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1

PROCESSO Nº : 0077770-30.2016.4.01.3400 RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO


CASTRO MARTINS RECORRENTE (S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS -
INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS ADVOGADO (S) : - HELIO MARCIO LOPES
CARNEIRODF00022393 - WANESSA ALDRIGUES CANDIDO E OUTRO(S) RECORRIDO (S) : JOSE
BRAZ FILHO - INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS ADVOGADO (S) : DF00022393 -
WANESSA ALDRIGUES CANDIDO E OUTRO(S) - HELIO MARCIO LOPES CARNEIRO

EMENTA

PREVIDENCIÁRIO. ATIVIDADE ESPECIAL. MOTORISTA. RUÍDO. NECESSIDADE DE


COMPROVAÇÃO DE EFETIVA EXPOSIÇÃO A AGENTES NOCIVOS A SAÚDE. FORMULÁRIOS
INCOMPLETOS. PROVA INIDÔNEA. APOSENTADORIA ESPECIAL. CARÊNCIA NÃO ALCANÇADA.
APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO A CONTAR DO AJUIZAMENTO DA AÇÃO.
JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA. LEI N. 11.960/09. INCONSTITUCIONALIDADE PARCIAL NO
TOCANTE A CORREÇÃO MONETÁRIA. RE 870947, RESP 1495146/MG, MCJF E ART. 41-A DA LEI N.
8.213/91. SENTENÇA REFORMADA, EM PARTE. 1. Recurso da parte autora e do INSS contra sentença
que assegurou ao autor o benefício de aposentadoria por tempo de contribuição, desde 30/11/2015,
mediante o reconhecimento como especial do período de 16/6/2003 a 10/11/2008, com pagamento dos
valores retroativos “de acordo o entendimento adotado pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento do
RE nº 870.947/SE e pelo Superior Tribunal de Justiça no julgamento do REsp nº 1.495.146/MG”. 2. O
INSS alega que o autor não preenche os requisitos legais para a concessão do benefício de
aposentadoria por tempo de contribuição, por não comprovar 35 anos de tempo de contribuição. Aduz
que o fator de conversão dos períodos especiais anteriores à 21/7/1992 seria de 1.2, em observância do
princípio do tempus regit actum. Afirma que o pedido de reconhecimento de atividade especial não
merecer ser atendido, pois não há prova de exposição habitual e permanente, não ocasional nem
intermitente, a agentes nocivos. Discorre sobre os agentes: poeira, ruído, calor, umidade e frio, bem como
sobre agentes químicos. Apresenta, ainda, considerações genéricas sobre a atividade urbana especial e
os meios de prova. Aponta para a eficácia dos equipamentos de proteção individual – EPI. E, por fim, traz
considerações sobre a atividade de motorista. Sucessivamente, requer seja aplicada a Lei n. 11.960/09,
quanto aos consectários legais, bem como seja observada a prescrição quinquenal. 3. Já o autor,
pretende ver reconhecido como especiais todos os períodos de 29/4/1995 a 10/2/2003; 1/6/2009 a
31/1/2014 e de 1/8/2014 a 25/10/2016, para fins de concessão de aposentadoria especial, alegando, em
suma, que os formulários (PP) apresentados são documentos hábeis a comprovação da atividade
263

especial. Ou, da aposentadoria por tempo de contribuição, mas com DIB na data do requerimento
administrativo em 21/8/2014.

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2ª TURMA RECURSAL

F7524746242D31B863FB0DEE4539F417
4. A parte autora apresentou resposta ao recurso do INSS. Sem contrarrazões da autarquia
previdenciária. 5. José Braz Filho, CPF n. 351.962.386-20, nascido em 3/2/1961, requereu
administrativamente o benefício de aposentadoria por tempo de contribuição em 4/7/2014 –

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REAFIRMADA PARA 21/8/2014 (NB 169.634.253-5), que restou indeferido pela falta de período de
carência mínimo. 6. Reconhecimento de tempo de serviço especial. O tempo de serviço é disciplinado
pela lei vigente à época em que efetivamente prestado. Quanto aos meios de prova, até a edição da Lei
nº 9.032/95, a comprovação do tempo de serviço prestado em atividade especial, poderia se dar de duas
maneiras: a) pelo mero enquadramento em categoria profissional elencada como perigosa, insalubre ou
penosa em rol expedido pelo Poder Executivo (Decretos 53.831/64 e 83.080/79); ou b) através da
comprovação de efetiva exposição a agentes nocivos constantes do rol dos aludidos decretos, mediante
quaisquer meios de prova. A partir dessa lei, a comprovação da atividade especial se dá através dos
formulários SB-40 e DSS-8030, expedidos pelo INSS e preenchidos pelo empregador, situação
modificada com a Lei n.º 9.528/1997, a partir de então, por meio de formulário embasado em laudo
técnico, ou por meio de perícia técnica. 7. Registre-se que para o agente ruído, considera-se especial a
atividade desenvolvida acima do limite de 80dB até 05/03/1997, quando foi editado o Decreto nº 2.172/97,
a partir de então deve-se considerar especial a atividade desenvolvida acima de 90dB. A partir da edição
do Decreto nº 4.882 em 18/11/2003, o limite passou a ser de 85dB (STJ, recurso repetitivo, REsp nº
1398260/PR). 8. Quanto aos meios de prova, recentemente o STJ se manifestou sobre o assunto:
PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA. PREVIDENCIÁRIO. COMPROVAÇÃO DE
TEMPO DE SERVIÇO ESPECIAL. RUÍDO. PERFIL PROFISSIOGRÁFICO PREVIDENCIÁRIO (PPP).
APRESENTAÇÃO SIMULTÂNEA DO RESPECTIVO LAUDO TÉCNICO DE CONDIÇÕES AMBIENTAIS
DE TRABALHO (LTCAT). DESNECESSIDADE QUANDO AUSENTE IDÔNEA IMPUGNAÇÃO AO
CONTEÚDO DO PPP. 1. Em regra, trazido aos autos o Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP),
dispensável se faz, para o reconhecimento e contagem do tempo de serviço especial do segurado, a
juntada do respectivo Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho (LTCAT), na medida
que o PPP já é elaborado com base nos dados existentes no LTCAT, ressalvando-se, entretanto, a
necessidade da também apresentação desse laudo quando idoneamente impugnado o conteúdo do
PPP. 2. No caso concreto, conforme destacado no escorreito acórdão da TNU, assim como no bem
lançado pronunciamento do Parquet, não foi suscitada pelo órgão previdenciário nenhuma objeção
específica às informações técnicas constantes do PPP anexado aos autos, não se podendo, por isso,
recusar-lhe validade como meio de prova apto à comprovação da exposição do trabalhador ao agente
nocivo "ruído". 3. Pedido de uniformização de jurisprudência improcedente. (Pet 10.262/RS, Rel. Ministro
SÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 08/02/2017, DJe 16/02/2017) 9. Inicialmente, observa-
se pela decisão administrativa que indeferiu o benefício de aposentadoria, que o INSS apresentou
impugnações específicas quanto aos formulários

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apresentados pelo segurado, deixando de considerar os períodos como especiais por apresentarem
falhas no preenchimento (cf. fls. 33/37 da documentação inicial 02). Valendo registrar que os documentos
são os mesmos juntados a presente ação. Portanto, é preciso uma análise acurada da documentação
apresentada. 10. O Perfil Profissiográfico Previdenciário – PPP será admitido como meio idôneo de prova
quando devidamente preenchido, destacando-se a necessidade de referência ao laudo técnico que o
embasou e ao profissional que o subscreveu no campo apropriado daquele formulário. 11. No caso
vertente, quanto ao período de 29/4/1995 a 11/2/2003 (Empresa São Cristovão Ltda.), o PPP apresentado
aponta para a exposição ao agente físico ruído no percentual de 88.5 decibéis. No entanto, o formulário
apresenta falha no preenchimento, pois não há referência ao profissional responsável pelos registros
ambientais em data anterior a 25/6/1997. Valendo destacar que a contar de 1995 não é possível mais o
enquadramento por mera atividade profissional e para o agente ruído sempre foi indispensável o laudo
técnico apontando a intensidade da exposição. Além disso, para o período a partir de março/1997 o
percentual está abaixo do estabelecido na legislação para a época que é de 90 decibéis (cf. fls. 19/24 da
documentação inicial 02). 12. Relativamente ao período de 1/6/2009 a 31/1/2014 (Alfa Luz Viação
Transporte Ltda. – EPP), apesar de o PPP informar a exposição ao agente ruído acima de 96 decibéis e
ao agente calor. O documento também apresenta falhas substanciais, como a ausência de referência ao
profissional responsável pelos registros ambientais e a não especificação quanto à intensidade com que
ocorrera a exposição ao agente calor (fls. 28/29 da documentação inicial 02). 13. No tocante ao período
de 1/8/2014 a 25/10/2016 (Michelon Transporte Turística Ltda. – ME), a prova é ainda mais precária, pois
o PPP juntado com a inicial não aponta sequer os fatores de risco a que o segurado estaria exposto (fls.
264

30/31 da documentação inicial 02). 14. Em relação ao período de 16/6/2003 a 10/11/2008 (Viação Valmir
Amaral Ltda.), o PPP encontra-se devidamente preenchido, com a indicação do responsável pelos
registros ambientais, bem como dos agentes nocivos. Todavia, para fins previdenciários, não é possível o
reconhecimento da atividade como especial, ante a ausência de habitualidade. Verifica-se que nas
observações do formulário apresentado consta a informação de que “O ruído a que se expõe o segurado
atinge o valor máximo de 91 decibéis. No entanto, a exposição a esse agente agressor ocorre de maneira
habitual e em níveis que não ultrapassam os limites de tolerância estabelecidos no Anexo I da NR-15 da
Portaria MTE n. 3214 de 8 de junho de 1978” (cf. fls. 25/27 da documentação inicial 02). Nesse particular,
merece reforma a sentença de primeiro grau. 15. Portanto, a parte autora não se desincumbiu do ônus
de comprovar os fatos constitutivos do seu direito, por meio de prova idônea e hígida (art. 373, I, do

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CPC/15). Assim, não restando devidamente demonstrada a exposição ao agente nocivo, de modo
habitual e permanente, não ocasional nem intermitente, os períodos apontados acima não podem ser
reconhecidos como de atividade especial. 16. Fator de conversão. Para os períodos reconhecidos
administrativamente pelo INSS como de atividade especial pelo enquadramento no código 2.4.4 do Anexo
III do Decreto n. 53831/64 (de 1/11/1978 a 4/11/1982 e de 20/9/1991 a 28/4/1995), utiliza-se o fator de
conversão previsto na legislação aplicada na data do requerimento administrativo (art. 70 do Decreto n.
3.048/99).

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Recursos repetitivos REsp 1.310.034/PR e REsp 1.151.363/MG. No caso, o fator de conversão a ser
aplicado é de 1.4, conforme consignado na sentença de primeiro grau. 17. Aposentadoria especial.
Ausência de carência. O autor não soma 25 anos de tempo de atividade especial para fins de concessão
da aposentadoria especial (art. 57 da Lei n. 8213/91). 18. Aposentadoria por tempo de contribuição.
Carência alcançada somente na data do ajuizamento da ação. Tendo em conta o CNIS e a CTPS, e
considerando ainda os períodos reconhecidos como de atividade especial pela autarquia previdenciária, o
autor soma: 1) Até o DER em 4/7/2014: 33 anos e 6 meses; 2) Até o DER reafirmado em 21/8/2014: 33
anos, 6 meses e 21 dias; 3) Até a data fixada na sentença em 30/11/2015: 34 anos e 10 meses 4) Até o
ajuizamento da ação em 19/12/2019: 35 anos, 8 meses e 25 dias. Empregador Período Documentos
Observação 1 Expresso União Ltda. 1/11/1978 a 4/11/1982 CNIS e CTPS PPP (fls. 14/15 DOC 02)
Reconhecimento administrativo como especial pelo enquadramento no código 2.4.4 do Anexo III do
Decreto n. 53831/64.

Conversão pelo fator 1.4 2 CMT Engenharia Ltda. 10/10/1983 a 14/12/1983 CNIS e CTPS 3 CMT
Engenharia Ltda. 20/1/1984 a 29/2/1984 CNIS e CTPS 4 Transportadora São Simão Ltda. 4/3/1985 a
7/7/1986 CNIS e CTPS 5 ABASE Assessoria Básica de Serviços Ltda. 24/3/1987 a 28/3/1989 CNIS e
CTPS 6 RODOBAN Transportes Terrestres e Aéreos Ltda. 4/4/1989 a 2/7/1990 CNIS e CTPS PPP (fls.
16/17, DOC 02)

7 Distribuidora de Peças Carvalho Ltda. – EPP


1/4/1991 a 30/4/1991 CNIS e CTPS
8 Empresa São Cristovão Ltda.
20/9/1991 a 11/2/2003 CNIS e CTPS PPP (fls. 19/24 DOC 02)
Reconhecimento administrativo como especial do período de 20/9/1991 a 28/4/1995 pelo enquadramento
no código 2.4.4 do Anexo III do Decreto n. 53831/64.

Conversão pelo fator 1.4

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9 Viação Valmir Amaral Ltda. 16/6/2003 a 10/11/2008 CNIS e CTPS PPP (fls. 25/27 DOC 02)
10 Alfa Luz Viação Transporte Ltda. – EPP 1/6/2009 a 31/1/2014 CNIS e CTPS PPP (fls. 28/29 DOC 02)
11 Michelon Transportadora Turística Ltda. - ME 1/8/2014 a 25/10/2016
1/9/2017 a set/2019 CNIS PPP (fls. 30/31 DOC 02)
19. Juros e correção monetária. Lei n. 11.960/09. Inconstitucionalidade parcial no tocante a correção
monetária. RE 870947, REsp 1495146/MG, MCJF e art. 41-A da Lei n. 8.213/91. 20. Juros moratórios. Os
juros de mora passam a contar da citação válida (art. 240 do CPC/15 e Súmula 204/STJ), tem-se que, ao
caso, incidirão os juros aplicados à caderneta de poupança: 0,5% ao mês até junho de 2012 e a partir daí
de acordo com as novas regras da poupança estabelecidas pela Lei nº 12.703/12. 21. Correção
monetária. No que se refere à correção monetária, no RE 870947 (j. 20/9/2017), o STF reconheceu a
inconstitucionalidade do uso da taxa de remuneração básica da caderneta de poupança (TR), instituída
265

pela Lei n. 11.960/09, para fins de correção de débitos do Poder Público, por não ser adequado para
recompor a perda do poder de compra. Desta feita, deve ser mantida a sentença de primeiro grau (REsp
1495146/MG e art. 41-A da Lei n. 8.213/91). 22. Registre-se, por oportuno, que o acórdão referente ao RE
870.947 já foi efetivamente publicado no DJe de 17/11/2017, tornado público em 20/11/2017. Demais
disso, a decisão proferida pelo STF possui efeito vinculante desde a data de publicação da ata de
julgamento e não da publicação do acórdão (STF, Rcl 3.632 AgR/AM, Rel. p/ acórdão Min. Eros Grau
DJU de 18.8.2006). 23. Vale consignar, ainda, que o STJ já decidiu que “(...) mostra-se descabida a
modulação em relação aos casos em que não ocorreu expedição ou pagamento de precatório” (REsp
1495146/MG, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Primeira Seção, julgado em 22/02/2018, DJe
02/03/2018). 24. E, recentemente, o STF entendeu que não cabe modulação de efeitos no RE 870947

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(embargos de declaração julgados em 3/10/2019). 25. Não provimento do recurso da parte autora.
Provimento parcial do recurso do INSS, para computar como tempo de serviço comum o período de
16/6/2003 a 10/11/2008 (Viação Valmir Amaral Ltda.); e, manter a condenação na obrigação de
implementar o benefício de aposentadoria por tempo de contribuição, mas com DIB a contar de
19/12/2016 (data do ajuizamento da ação). 26. Sem honorários por parte do INSS, pois não há, no
âmbito do JEF, previsão legal para arbitramento de verba honorária quando há provimento do recurso,
ainda que em parte (art. 55, caput, da Lei n. 9.099/95). 27. Honorários advocatícios pela parte autora
fixados em 10% (dez por cento) do valor atribuído à causa devidamente corrigido (art. 55, caput, da Lei n.
9.099/95). Condenação suspensa (art. 98, § 3º, do CPC/15).

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2ª TURMA RECURSAL

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ACÓRDÃO Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso da
parte autora; e DAR PROVIMENTO PARCIAL ao recurso do INSS. Brasília, 23 de outubro de 2019.

CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1

PROCESSO Nº : 0030304-06.2017.4.01.3400 RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO


CASTRO MARTINS RECORRENTE (S) : HELOISA CARNEIRO DE CAMPOS MOREIRA AMARAL
ADVOGADO (S) : DF00030598 - MAX ROBERT MELO E OUTRO(S) RECORRIDO (S) : INSTITUTO
NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS E OUTRO(S) ADVOGADO (S) :

EMENTA

ADMINISTRATIVO. ANISTIADO POLÍTICO. LEI Nº 8.878/94. READMISSÃO COM EFEITOS EX NUNC.


PERÍODO ENTRE A DISPENSA E A READMISSÃO. CÔMPUTO DE TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO.
IMPOSSIBILIDADE. RECURSO DESPROVIDO. 1. Recurso da parte autora contra sentença que rejeitou
o pedido inicial de condenação do INSS e da União na obrigação de computar o período entre a dispensa
e readmissão nos termos da Lei 8.878/1994 como tempo de serviço, nos moldes do art. 30, I, Lei
8.212/1991, com contribuições previdenciárias recolhidas pela União. 2. Razões recursais: (a) obrigação
do empregador de recolher aos cofres da previdência o período de afastamento do requerente para que
tenha direito ao cômputo do tempo de serviço; (b) demissão equivocada e sem o devido processo legal,
sendo todos ocupantes de cargos de provimento efetivo ou emprego permanente que lhe garantiam a
continuidade no emprego antes da criação do regime estatutário; e, (c) não deram causa aos fatos, de
maneira que não podem ser compelidos a recolherem contribuições. 3. A União apresentou
contrarrazões. 4. Decisão. A anistia somente concede ao beneficiado o direito à readmissão ao serviço,
não lhe alcançando direito à remuneração pretérita, progressões ou promoções durante o período de
afastamento, nem contagem deste tempo de serviço, para qualquer efeito. Ou seja, os efeitos do ato
discricionário de readmissão são ex nunc, considerando que a Lei nº 8.878/1994 veda expressamente a
atribuição de qualquer efeito financeiro retroativo à readmissão (art. 6º). 5. "A Lei 8.878/94 expressamente
vedou a retroação de efeitos financeiros e a contagem do período anterior à readmissão como tempo de
serviço, para qualquer efeito. A pretensão relativa ao pagamento de contribuições previdenciárias
relativas ao lapso temporal em que não houve efetiva prestação de serviço, para fins de aposentadoria,
implicaria, de forma oblíqua, conferir efeito financeiro retroativo ao benefício, sem respaldo legal" (AgRg
no AREsp 365.364/PE, Rel. Ministro OLINDO MENEZES (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TRF
1ª REGIÃO), PRIMEIRA TURMA, julgado em 02/02/2016, DJe 12/02/2016). 6. No mesmo sentido o TRF
da 1ª Região: "Anistia administrativa fundada na Lei Nº 8.878/94 consiste em favor legal a ser interpretado
restritivamente nas condições estabelecidas no regime jurídico, concedido ao interessado se preenchidos
266

os pressupostos legais, vedado efeito retroativo de qualquer natureza inclusive para reconhecimento de
tempo de serviço e consequente recolhimento da contribuição por vedação legal e ausência de lastro da
prestação

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2ª TURMA RECURSAL

CDA2A3719F4906E99DF764A8C45C07C6
do serviço/vinculo no período de afastamento" (TRF1, AC 0023775-88.2005.4.01.3400/DF, Rel. Juiz
Federal Antônio Francisco do Nascimento (conv.), 1ª Turma, e-DJF1 16/6/2016). 7. Com efeito, é assente

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que a readmissão, que é figura distinta da reintegração, não gera efeitos retroativos à data da dispensa,
visto que importa em novo vínculo com a Administração. Destarte, inviável o cômputo, para efeitos de
contagem de tempo de contribuição, do período pleiteado pelo anistiado, notadamente quando não houve
contribuição. 8. Precedentes desta Turma Recursal: Processo n. 0029491-13.2016.4.01.3400, Rel. Juiz
Federal David Wilson de Abreu Pardo, j. 11/10/2017, e-DJF1 de 20/10/2017; Processo n.
002943747.2016.4.01.3400, Rel. Juiz Federal Alexandre Vidigal de Oliveira, julgado 12/7/2017, e-DJF1 de
21/7/2017. 9. Recurso da parte autora desprovido. 10. Honorários advocatícios, pela parte recorrente, de
10% sobre o valor corrigido da causa. Condenação suspensa (art. 98, §3º, do CPC/15). ACÓRDÃO
Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso da parte autora.
Brasília, 23 de outubro de 2019.

CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1

PROCESSO Nº : 0021982-60.2018.4.01.3400 RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO


CASTRO MARTINS RECORRENTE (S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO (S) : - HELIO MARCIO LOPES CARNEIRO RECORRIDO (S) : RAIMUNDO MILTON DE
SOUSA SANTOS ADVOGADO (S) : DF00022393 - WANESSA ALDRIGUES CANDIDO E OUTRO(S)
EMENTA

PREVIDENCIÁRIO. CONCESSÃO DE APOSENTADORIA POR IDADE URBANA. VINCULOS


EMPREGATICIOS REGISTRADOS NA CARTEIRA DE TRABALHO - CTPS. PRESUNÇÃO RELATIVA
NÃO ILIDIDA. SÚMULA N. 75 DA TNU. BENEFÍCIO DEVIDO. DIB: DATA DO REQUERIMENTO
ADMINISTRATIVO. JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA. LEI N. 11.960/09. INCONSTITUCIONALIDADE
PARCIAL NO TOCANTE A CORREÇÃO MONETÁRIA. RE 870947, RESP 1495146/MG, MCJF E ART.
41-A DA LEI N. 8.213/91. SENTENÇA CONFIRMADA. 1. Recurso do INSS contra sentença que
assegurou a parte autora o benefício de aposentadoria por idade urbana, desde o requerimento
administrativo em 3/11/2010, com pagamento das diferenças atualizadas pelo INPC e juros de mora na
forma da Lei n. 11.960/09, observada a prescrição quinquenal. 2. O INSS alega que a autora não cumpriu
a carência de 180 contribuições mensais. Aduz, ainda, que as anotações da CTPS tem presunção
relativa. Sucessivamente, requer seja observada a prescrição quinquenal; a DIB fixada a partir da
sentença; e a correção monetária e os juros de mora fixados nos termos da Lei n. 11.960/09. 3. Com
contrarrazões. 4. Raimundo Milton de Souza Santos, CPF n. 130.625.063-34, nascido em 30/10/1945,
requereu administrativamente a aposentadoria por idade urbana em 3/11/2010 (NB 155.095.350-5), que
restou indeferida com fundamento na falta de período de carência mínimo. 5. O autor completou 65 anos
de idade em 2010 e, por ter se filiado ao RGPS antes de 25/7/1991, precisa comprovar 174 contribuições
mensais (art. 25, II, art. 48 e art. 142, da Lei n. 8.213/91, e Súmula 44 da TNU). 6. A carteira de trabalho e
o CNIS registram os seguintes vínculos empregatícios: EMPREGADOR PERIODOS DOCUMENTOS
Lanifício Pirituba S/A (São Paulo/SP) 1/11/1968 a 20/12/1969 CTPS n. 74492, emitida em 17/8/1967.
SOC. TEC. de Fundições Gerais Ltda. (São Paulo/SP) 24/11/1970 a 4/1/1971 CTPS n. 74492, emitida em
17/8/1967. Comercial Construtora Stecca S/A (Brasília/DF) 10/3/1971 a 23/4/1971 CTPS n. 06863,
emitida em 17/8/1970. Cavalcanti Junqueira S/A 9/8/1971 a 27/1/1972 CTPS n. 11631 (1ª via), emitida

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41DF232DD4CCE927DEFE6C81EEC9E8DD
(Brasília/DF) em 2/8/1971. Prefeitura Municipal de São João do Piauí 27/2/1974 a 8/7/1993 CTPS n.
11631 (1ª via), emitida em 2/8/1971. CNIS (consta o período de 27/2/1974 a dezembro/92) MCM
Administradora de Condomínios Ltda. (Brasília/DF) 16/3/1994 a 30/10/1994 CTPS n. 11.631 (2ª via),
emitida em 18/3/1994. CNIS Contribuinte individual Fevereiro/2001 e março/2001 Maio/2002 (pagamento
extemporâneo) CNIS 7. Os períodos de 1/11/1968 a 20/12/1969, de 24/11/1970 a 4/1/1971, de 10/3/1971
a 23/4/1971, de 9/8/1971 a 27/1/1972, de 27/2/1974 a 8/7/1993 e de 16/3/1994 a 30/10/1994 constam da
CTPS do autor. Apesar de deteriorado pelo tempo, o documento não apresenta rasuras e está na ordem
267

cronológica, sem qualquer defeito que comprometa a fidedignidade das anotações. 8. Prova material
plena (art. 55, § 3º, da Lei n. 8.213/91). Registro na CTPS. Presunção relativa não ilidida. Súmula 75 da
TNU. A anotação de vínculo empregatício na carteira profissional da parte autora consubstancia prova da
prestação de serviços, não se prestando para afastar sua eficácia probatória simples alegação de que tais
vínculos não constam de programas relacionados aos empregados, tais como FGTS, PIS, CNIS. O ônus
de ilidir as anotações registradas na CTPS incumbe ao INSS, mediante demonstração inequívoca da
incorreção ou falsidade das informações discriminadas (art. 373, II, do CPC/15). As conjecturas,
desprovidas de provas, acerca da existência de fraude ou erro na efetivação das anotações, não têm o
condão de infirmar a presunção de veracidade das informações registradas na CTPS (Súmula n. 75 da
TNU). 9. Comprovado o tempo de serviço urbano, por meio de prova material idônea, devem os períodos

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urbanos ser averbados previdenciariamente. 10. Aposentadoria por idade. Requisitos preenchidos.
Benefício devido. Infere-se do contexto probatório que o autor tem direito a aposentadoria por idade, pois
implementados os requisitos da idade e da carência (o autor soma mais de 15 anos de tempo de
contribuição), desde o requerimento administrativo em 3/11/2010 (DIB). 11. Não conheço do recurso do
INSS no tocante a prescrição quinquenal, pois a sentença de primeiro grau já a reconheceu. Demais
disso, comprovado que na data do requerimento administrativo o autor já atendia aos requisitos do
benefício, a DIB deve ser fixada a partir desse marco e não da sentença. 12. Juros e correção monetária.
Lei n. 11.960/09. Inconstitucionalidade parcial no tocante a correção monetária. RE 870947, REsp
1495146/MG, MCJF e art. 41-A da Lei n. 8.213/91. 13. Juros moratórios. Os juros de mora passam a
contar da citação válida (art. 240 do CPC/15 e Súmula 204/STJ), tem-se que, ao caso, incidirão os juros
aplicados à caderneta de poupança: 0,5% ao mês até junho de 2012 e a partir daí de acordo com as
novas regras da poupança estabelecidas pela Lei nº 12.703/12 (Lei n. 11.960/09). 14. Correção
monetária. No que se refere à correção monetária, no RE 870947 (j. 20/9/2017), o STF reconheceu a
inconstitucionalidade do uso da taxa de remuneração básica da caderneta de poupança (TR), instituída
pela Lei n. 11.960/09, para fins de correção de débitos do Poder

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2ª TURMA RECURSAL

41DF232DD4CCE927DEFE6C81EEC9E8DD
Público, por não ser adequado para recompor a perda do poder de compra. Desta feita, deve ser mantida
a sentença de primeiro grau que determinou a aplicação do INPC, por se tratar de benefício
previdenciário (REsp 1495146/MG e art. 41-A da Lei n. 8.213/91). 15. Registre-se, por oportuno, que o
acórdão referente ao RE 870.947 já foi efetivamente publicado no DJe de 17/11/2017, tornado público em
20/11/2017. Demais disso, a decisão proferida pelo STF possui efeito vinculante desde a data de
publicação da ata de julgamento e não da publicação do acórdão (STF, Rcl 3.632 AgR/AM, Rel. p/
acórdão Min. Eros Grau DJU de 18.8.2006). 16. Vale consignar, ainda, que o STJ decidiu que “(...)
mostra-se descabida a modulação em relação aos casos em que não ocorreu expedição ou pagamento
de precatório” (REsp 1495146/MG, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Primeira Seção, julgado em
22/02/2018, DJe 02/03/2018). 17. E, recentemente, o STF entendeu que não cabe modulação de efeitos
no RE 870947 (embargos de declaração julgados em 3/10/2019). 18. Recurso do INSS desprovido, na
parte conhecida. Sentença confirmada. 19. Honorários advocatícios pela parte recorrente fixados em
10% sobre o valor da condenação (art. 55, caput, da Lei n. 9.099/1995), mas respeitada a limitação
temporal imposta pelo enunciado da Súmula n. 111/STJ. ACORDÃO Decide a 2ª Turma Recursal do DF,
por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao recurso do INSS, na parte conhecida. Brasília, 23 de
outubro de 2019.

CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1

PROCESSO Nº : 0000188-74.2019.4.01.9340 RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO


CASTRO MARTINS RECORRENTE (S) : ARTUR RODRIGUES FILHO E OUTRO(S) ADVOGADO (S) :
DF0001672A - SOLANGE MARIA DE CARVALHO CAVALCANTE RECORRIDO (S) : UNIAO FEDERAL
ADVOGADO (S) :

EMENTA

PROCESSUAL. RECURSO NA FORMA DE AGRAVO DE INSTRUMENTO. LEVANTAMENTO DE


NUMERÁRIO ORIGINÁRIO DE REQUISIÇÃO DE PEQUENO VALOR – RPV. CONTAGEM DO PRAZO
PRESCRICIONAL A PARTIR DA DATA DA INTIMAÇÃO DA PARTE. AUSÊNCIA DE INTIMAÇÃO DO
DEPÓSITO DE SEU CRÉDITO. NÃO CONFIGURAÇÃO DA INÉRCIA. NÃO OCORRÊNCIA DA
PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. ASSEGURAMENTO DE REEXPEDIÇÃO DA RPV. PROVIMENTO
DO RECURSO. 1. Agravo de Instrumento interposto por CLAUDE ANDRADE DA PONTE em face de
decisão que negou a expedição de novo ofício requisitório, nos termos do art. 3º da Lei n. 13.463/17, por
entender que ocorreu a prescrição quinquenal intercorrente. A RPV anteriormente expedida fora
268

cancelada em razão do disposto no art. 2º da Lei n. 13.463/17: “Ficam cancelados os precatórios e as


RPV federais expedidos e cujos valores não tenham sido levantados pelo credor e estejam depositados
há mais de dois anos em instituição financeira oficial” (processo de origem n. 0054691-
37.2007.4.01.3400). 2. Razões recursais: (a) inexiste prescrição, pois não se está reabrindo a execução,
não havendo mais nada a ser debatido acerca do direito de crédito. Após o depósito da RPV os valores
passam a fazer parte do patrimônio jurídico do autor e o pedido de nova RPV é mero incidente
processual; (b) no caso remotíssimo de se entender pela prescrição, que seja contada a partir da vigência
da Lei n. 13.463/17, que instituiu o “confisco”, porquanto antes desse diploma normativo, os valores
permaneciam indefinidamente à disposição do exequente na instituição financeira; (c) defende a
inconstitucionalidade material e formal da Lei n. 13.463/17, mormente considerando que impõe “prazo de

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
validade” aos precatórios, limitação não prevista na Constituição Federal e que não poderia ser
estabelecida pelo legislador ordinário, sob pena de ofensa ao art. 100, caput e §5º, da CF; e (d) não seria
possível a aplicação do art. 924, V, do CPC/15 (prescrição intercorrente), pois o novo regramento, nos
termos do art. 1056, somente começa a contar a partir da vigência do novel códex, ocorrida em
17/3/2016. 3. Com contrarrazões. 4. Decisão. Como bem ressaltado pelo juízo a quo, no âmbito do
procedimento de cumprimento da obrigação de pagar, por meio de Requisições de Pequeno Valor -
RPVs, da Justiça Federal, foi-se instituído um procedimento de abertura de conta em nome do credor,
exclusivamente para crédito dos valores oriundos das RPVs. Assim, dispensa-se a lavratura de alvarás,
dado o grande volume de requisições e pelo fato de na maior parte das vezes não haver qualquer óbice
ao levantamento dos recursos financeiros. Todavia, a conta fica à

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2ª TURMA RECURSAL

06FF2A0C51392CFBD7BB7A7111B84B0D
disposição do juízo, que pode bloquear, retificar, gerir com a autonomia jurisdicional própria aquela conta.
Consigne-se que a sua natureza jurídica é a de ato do devedor em cumprimento da obrigação de pagar,
colocando à disposição do juízo o montante necessário à satisfação do débito. Nesse sentido, a conta
aberta em nome da parte é somente o meio mais célere para efetivar o cumprimento da obrigação, ao
invés do juízo expedir alvará de levantamento. Ou seja, mesmo a conta estando em nome da parte, os
recursos estão à disposição do juízo, não da parte. Assim, não se incorporou ao patrimônio jurídico da
parte o depósito lá efetuado. 5. Isso deixa claro que, mesmo sendo aberta a conta em nome do credor,
não há, desde logo, a transferência dos recursos para a sua titularidade, passando então a integrar o seu
patrimônio, hipótese em que a Lei 13.463/17 seria inconstitucional, por violação ao direito de propriedade.
A titularidade dos recursos só é adquirida com o levantamento, sem oposição, isso sem prejuízo de
questionamento a posteriori da sua regularidade. 6. Para que haja o efetivo cumprimento da obrigação,
exige-se do credor o ato processual executório subsequente, que é o levantamento. E, não o fazendo,
sofre as consequências processuais, previstas em lei, decorrentes da sua omissão. 7. Sobre a prescrição,
deve ser observada a disciplina dos artigos 1º e 5º do Decreto nº. 20.910/32, ao estabelecer que: "as
dívidas passivas da União, dos Estados e dos Municípios, bem assim todo e qualquer direito ou ação
contra a Fazenda Federal, Estadual ou Municipal, seja qual for a sua natureza, prescrevem em cinco anos
contados da data do ato ou fato do qual se originarem" e “não tem efeito de suspender a prescrição a
demora do titular do direito ou do crédito ou do seu representante em prestar os esclarecimentos que lhe
forem reclamados ou o fato de não promover o andamento do feito judicial ou do processo administrativo
durante os prazos respectivamente estabelecidos para extinção do seu direito à ação ou reclamação”.
Ressalte-se, por oportuno, a Súmula nº 150 do STF, que dispõe: "Prescreve a execução no mesmo prazo
da prescrição da ação". 8. Termo a quo do prazo prescricional. Uma vez depositado o valor, o prazo
prescricional, na forma dos art. 1º c/c art. 5º do Decreto 20.910/1932, deve ser contado a partir da data da
intimação do depósito, quando configurada a paralisação do feito pelo credor. No mesmo sentido,
precedente da 1ª TR, no recurso de Agravo nº 0000327-60.2018.4.01.9340, Relator Juiz Rui Costa
Gonçalves, julgado na sessão de 22/08/2019. 9. Com efeito, já dispunha o art. 48 da Resolução CJF n.
168/2011, que “o tribunal regional federal comunicará a efetivação do depósito ao juízo da execução, e
este cientificará as partes”. Com a obrigação do Juízo da execução de cientificar as partes sobre o
depósito dos valores, correto afirmar que apenas depois dessa ciência é que se pode iniciar a contagem
do prazo prescricional para o credor exercer a sua pretensão de levantamento dos valores depositados e
postos a sua disposição. 10. Tendo-se em visa que a Requisição de Pequeno Valor - RPV foi expedida
em abril/2013, há de ser verificado se ocorreu ou não a extinção, pelo advento da prescrição, do crédito
depositado pela parte ré, lembrando-se que o valor em comento se encontrava à disposição do Juízo da
execução, não integrando de imediato o patrimônio da parte autora até o momento de seu efetivo
levantamento. 11. No caso, deixou o Juízo de promover a necessária cientificação do credor de que
ocorrera o depósito da mencionada importância, motivo pelo qual não se iniciou a contagem do prazo da
prescrição intercorrente, dado que inércia não houve, na medida em que a parte credora

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2ª TURMA RECURSAL

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269

desconhecia a possibilidade concreta de fazer o levantamento do valor respectivo, em decorrência do que


a decisão recorrida merece reparo. 12. Provimento do recurso, na forma de agravo de instrumento,
interposto pela parte autora, para afastar a prescrição intercorrente pronunciada no âmbito do Juízo de
primeiro grau e, consequentemente, determinar a reexpedição de Requisição de Pequeno Valor,
conforme título executivo judicial constituído no processo de origem. 13. Oficie-se ao Juízo Federal de
origem para ciência e cumprimento da presente decisão, inclusive mediante o desarquivamento do
processo principal, se for o caso. ACÓRDÃO Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, DAR
PROVIMENTO ao agravo de instrumento da parte autora. Brasília, 23 de outubro de 2019.

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1

PROCESSO Nº : 0000287-44.2019.4.01.9340 RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO


CASTRO MARTINS RECORRENTE (S) : MARIA NEIDE FRANCA DE SA E OUTRO(S) ADVOGADO (S) :
DF0001672A - SOLANGE MARIA DE CARVALHO CAVALCANTE E OUTRO(S) E OUTRO(S)
RECORRIDO (S) : UNIAO FEDERAL ADVOGADO (S) :

EMENTA

PROCESSUAL. RECURSO NA FORMA DE AGRAVO DE INSTRUMENTO. LEVANTAMENTO DE


NUMERÁRIO ORIGINÁRIO DE REQUISIÇÃO DE PEQUENO VALOR – RPV. CONTAGEM DO PRAZO
PRESCRICIONAL A PARTIR DA DATA DA INTIMAÇÃO DA PARTE. AUSÊNCIA DE INTIMAÇÃO DO
DEPÓSITO DE SEU CRÉDITO. NÃO CONFIGURAÇÃO DA INÉRCIA. NÃO OCORRÊNCIA DA
PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. ASSEGURAMENTO DE REEXPEDIÇÃO DA RPV. PROVIMENTO
DO RECURSO. 1. Agravo de Instrumento interposto por RAIMUNDO RODRIGUES DE CARVALHO em
face de decisão que negou a expedição de novo ofício requisitório, nos termos do art. 3º da Lei n.
13.463/17, por entender que ocorreu a prescrição quinquenal intercorrente. A RPV anteriormente
expedida fora cancelada em razão do disposto no art. 2º da Lei n. 13.463/17: “Ficam cancelados os
precatórios e as RPV federais expedidos e cujos valores não tenham sido levantados pelo credor e
estejam depositados há mais de dois anos em instituição financeira oficial” (processo de origem n.
0019945-70.2012.4.01.3400). 2. Razões recursais: (a) inexiste prescrição, pois não se está reabrindo a
execução, não havendo mais nada a ser debatido acerca do direito de crédito. Após o depósito da RPV
os valores passam a fazer parte do patrimônio jurídico do autor e o pedido de nova RPV é mero incidente
processual; (b) no caso remotíssimo de se entender pela prescrição, que seja contada a partir da vigência
da Lei n. 13.463/17, que instituiu o “confisco”, porquanto antes desse diploma normativo, os valores
permaneciam indefinidamente à disposição do exequente na instituição financeira; (c) defende a
inconstitucionalidade material e formal da Lei n. 13.463/17, mormente considerando que impõe “prazo de
validade” aos precatórios, limitação não prevista na Constituição Federal e que não poderia ser
estabelecida pelo legislador ordinário, sob pena de ofensa ao art. 100, caput e §5º, da CF; e (d) não seria
possível a aplicação do art. 924, V, do CPC/15 (prescrição intercorrente), pois o novo regramento, nos
termos do art. 1056, somente começa a contar a partir da vigência do novel códex, ocorrida em
17/3/2016. 3. Com contrarrazões. 4. Decisão. Como bem ressaltado pelo juízo a quo, no âmbito do
procedimento de cumprimento da obrigação de pagar, por meio de Requisições de Pequeno Valor -
RPVs, da Justiça Federal, foi-se instituído um procedimento de abertura de conta em nome do credor,
exclusivamente para crédito dos valores oriundos das RPVs. Assim, dispensa-se a lavratura de alvarás,
dado o grande volume de requisições e pelo fato de na maior parte das vezes não haver qualquer óbice
ao levantamento dos recursos financeiros. Todavia, a conta fica à

PODER JUDICIÁRIO JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL


2ª TURMA RECURSAL

D66A187508D9140D613C24299FC4C4D6
disposição do juízo, que pode bloquear, retificar, gerir com a autonomia jurisdicional própria aquela conta.
Consigne-se que a sua natureza jurídica é a de ato do devedor em cumprimento da obrigação de pagar,
colocando à disposição do juízo o montante necessário à satisfação do débito. Nesse sentido, a conta
aberta em nome da parte é somente o meio mais célere para efetivar o cumprimento da obrigação, ao
invés do juízo expedir alvará de levantamento. Ou seja, mesmo a conta estando em nome da parte, os
recursos estão à disposição do juízo, não da parte. Assim, não se incorporou ao patrimônio jurídico da
parte o depósito lá efetuado. 5. Isso deixa claro que, mesmo sendo aberta a conta em nome do credor,
não há, desde logo, a transferência dos recursos para a sua titularidade, passando então a integrar o seu
patrimônio, hipótese em que a Lei 13.463/17 seria inconstitucional, por violação ao direito de propriedade.
A titularidade dos recursos só é adquirida com o levantamento, sem oposição, isso sem prejuízo de
questionamento a posteriori da sua regularidade. 6. Para que haja o efetivo cumprimento da obrigação,
270

exige-se do credor o ato processual executório subsequente, que é o levantamento. E, não o fazendo,
sofre as consequências processuais, previstas em lei, decorrentes da sua omissão. 7. Sobre a prescrição,
deve ser observada a disciplina dos artigos 1º e 5º do Decreto nº. 20.910/32, ao estabelecer que: "as
dívidas passivas da União, dos Estados e dos Municípios, bem assim todo e qualquer direito ou ação
contra a Fazenda Federal, Estadual ou Municipal, seja qual for a sua natureza, prescrevem em cinco anos
contados da data do ato ou fato do qual se originarem" e “não tem efeito de suspender a prescrição a
demora do titular do direito ou do crédito ou do seu representante em prestar os esclarecimentos que lhe
forem reclamados ou o fato de não promover o andamento do feito judicial ou do processo administrativo
durante os prazos respectivamente estabelecidos para extinção do seu direito à ação ou reclamação”.
Ressalte-se, por oportuno, a Súmula nº 150 do STF, que dispõe: "Prescreve a execução no mesmo prazo

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
da prescrição da ação". 8. Termo a quo do prazo prescricional. Uma vez depositado o valor, o prazo
prescricional, na forma dos art. 1º c/c art. 5º do Decreto 20.910/1932, deve ser contado a partir da data da
intimação do depósito, quando configurada a paralisação do feito pelo credor. No mesmo sentido,
precedente da 1ª TR, no recurso de Agravo nº 0000327-60.2018.4.01.9340, Relator Juiz Rui Costa
Gonçalves, julgado na sessão de 22/08/2019. 9. Com efeito, já dispunha o art. 48 da Resolução CJF n.
168/2011, que “o tribunal regional federal comunicará a efetivação do depósito ao juízo da execução, e
este cientificará as partes”. Com a obrigação do Juízo da execução de cientificar as partes sobre o
depósito dos valores, correto afirmar que apenas depois dessa ciência é que se pode iniciar a contagem
do prazo prescricional para o credor exercer a sua pretensão de levantamento dos valores depositados e
postos a sua disposição. 10. Tendo-se em visa que a Requisição de Pequeno Valor - RPV foi expedida
em março/2013, há de ser verificado se ocorreu ou não a extinção, pelo advento da prescrição, do crédito
depositado pela parte ré, lembrando-se que o valor em comento se encontrava à disposição do Juízo da
execução, não integrando de imediato o patrimônio da parte autora até o momento de seu efetivo
levantamento. 11. No caso, deixou o Juízo de promover a necessária cientificação do credor de que
ocorrera o depósito da mencionada importância, motivo pelo qual não se iniciou a contagem do prazo da
prescrição intercorrente, dado que inércia não houve, na medida em que a parte credora

PODER JUDICIÁRIO JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL


2ª TURMA RECURSAL

D66A187508D9140D613C24299FC4C4D6
desconhecia a possibilidade concreta de fazer o levantamento do valor respectivo, em decorrência do que
a decisão recorrida merece reparo. 12. Provimento do recurso, na forma de agravo de instrumento,
interposto pela parte autora, para afastar a prescrição intercorrente pronunciada no âmbito do Juízo de
primeiro grau e, consequentemente, determinar a reexpedição de Requisição de Pequeno Valor,
conforme título executivo judicial constituído no processo de origem. 13. Oficie-se ao Juízo Federal de
origem para ciência e cumprimento da presente decisão, inclusive mediante o desarquivamento do
processo principal, se for o caso. ACÓRDÃO Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, DAR
PROVIMENTO ao agravo de instrumento da parte autora. Brasília, 23 de outubro de 2019.

CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1

PROCESSO Nº : 0000198-21.2019.4.01.9340 RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO


CASTRO MARTINS RECORRENTE (S) : ADALGISA BOMFIM FERRAZIS E OUTRO(S) ADVOGADO (S)
: DF0001672A - SOLANGE MARIA DE CARVALHO CAVALCANTE RECORRIDO (S) : UNIAO FEDERAL
ADVOGADO (S) :
EMENTA

PROCESSUAL. RECURSO NA FORMA DE AGRAVO DE INSTRUMENTO. LEVANTAMENTO DE


NUMERÁRIO ORIGINÁRIO DE REQUISIÇÃO DE PEQUENO VALOR – RPV. CONTAGEM DO PRAZO
PRESCRICIONAL A PARTIR DA DATA DA INTIMAÇÃO DA PARTE. AUSÊNCIA DE INTIMAÇÃO DO
DEPÓSITO DE SEU CRÉDITO. NÃO CONFIGURAÇÃO DA INÉRCIA. NÃO OCORRÊNCIA DA
PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. ASSEGURAMENTO DE REEXPEDIÇÃO DA RPV. PROVIMENTO
DO RECURSO. 1. Agravo de Instrumento interposto por Ângela Maria de Moraes e outras em face de
decisão que declarou extinta a execução (art. 924, V, do CPC/15) e, consequentemente, negou a
expedição de novo ofício requisitório, nos termos do art. 3º da Lei n. 13.463/17, por entender que ocorreu
a prescrição quinquenal intercorrente. A RPV anteriormente expedida fora cancelada em razão do
disposto no art. 2º da Lei n. 13.463/17: “Ficam cancelados os precatórios e as RPV federais expedidos e
cujos valores não tenham sido levantados pelo credor e estejam depositados há mais de dois anos em
instituição financeira oficial” (processo de origem n. 0053110-50.2008.4.01.3400). 2. Razões recursais:
(a) inexiste prescrição, pois não se está reabrindo a execução, não havendo mais nada a ser debatido
acerca do direito de crédito. Após o depósito da RPV os valores passam a fazer parte do patrimônio
jurídico do autor e o pedido de nova RPV é mero incidente processual; (b) no caso remotíssimo de se
271

entender pela prescrição, que seja contada a partir da vigência da Lei n. 13.463/17, que instituiu o
“confisco”, porquanto antes desse diploma normativo, os valores permaneciam indefinidamente à
disposição do exequente na instituição financeira; (c) defende a inconstitucionalidade material e formal da
Lei n. 13.463/17, mormente considerando que impõe “prazo de validade” aos precatórios, limitação não
prevista na Constituição Federal e que não poderia ser estabelecida pelo legislador ordinário, sob pena de
ofensa ao art. 100, caput e §5º, da CF; e (d) não seria possível a aplicação do art. 924, V, do CPC/15
(prescrição intercorrente), pois o novo regramento, nos termos do art. 1056, somente começa a contar a
partir da vigência do novel códex, ocorrida em 17/3/2016. 3. Com contrarrazões. 4. Decisão. No âmbito
do procedimento de cumprimento da obrigação de pagar, por meio de Requisições de Pequeno Valor -
RPVs, da Justiça Federal, foi-se instituído um procedimento de abertura de conta em nome do credor,

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
exclusivamente para crédito dos valores oriundos das RPVs. Assim, dispensa-se a lavratura de alvarás,
dado o grande volume de requisições e pelo fato de na maior parte das vezes não haver qualquer óbice
ao levantamento dos recursos

PODER JUDICIÁRIO JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL


2ª TURMA RECURSAL

B7F6D73EAEC91C33E90AA1D32C64FD2D
financeiros. Todavia, a conta fica à disposição do juízo, que pode bloquear, retificar, gerir com a
autonomia jurisdicional própria aquela conta. Consigne-se que a sua natureza jurídica é a de ato do
devedor em cumprimento da obrigação de pagar, colocando à disposição do juízo o montante necessário
à satisfação do débito. Nesse sentido, a conta aberta em nome da parte é somente o meio mais célere
para efetivar o cumprimento da obrigação, ao invés do juízo expedir alvará de levantamento. Ou seja,
mesmo a conta estando em nome da parte, os recursos estão à disposição do juízo, não da parte. Assim,
não se incorporou ao patrimônio jurídico da parte o depósito lá efetuado. 5. Isso deixa claro que, mesmo
sendo aberta a conta em nome do credor, não há, desde logo, a transferência dos recursos para a sua
titularidade, passando então a integrar o seu patrimônio, hipótese em que a Lei 13.463/17 seria
inconstitucional, por violação ao direito de propriedade. A titularidade dos recursos só é adquirida com o
levantamento, sem oposição, isso sem prejuízo de questionamento a posteriori da sua regularidade. 6.
Para que haja o efetivo cumprimento da obrigação, exige-se do credor o ato processual executório
subsequente, que é o levantamento. E, não o fazendo, sofre as consequências processuais, previstas em
lei, decorrentes da sua omissão. 7. Sobre a prescrição, deve ser observada a disciplina dos artigos 1º e 5º
do Decreto nº. 20.910/32, ao estabelecer que: "as dívidas passivas da União, dos Estados e dos
Municípios, bem assim todo e qualquer direito ou ação contra a Fazenda Federal, Estadual ou Municipal,
seja qual for a sua natureza, prescrevem em cinco anos contados da data do ato ou fato do qual se
originarem" e “não tem efeito de suspender a prescrição a demora do titular do direito ou do crédito ou do
seu representante em prestar os esclarecimentos que lhe forem reclamados ou o fato de não promover o
andamento do feito judicial ou do processo administrativo durante os prazos respectivamente
estabelecidos para extinção do seu direito à ação ou reclamação”. Ressalte-se, por oportuno, a Súmula nº
150 do STF, que dispõe: "Prescreve a execução no mesmo prazo da prescrição da ação". 8. Termo a
quo do prazo prescricional. Uma vez depositado o valor, o prazo prescricional, na forma dos art. 1º c/c art.
5º do Decreto 20.910/1932, deve ser contado a partir da data da intimação do depósito, quando
configurada a paralisação do feito pelo credor. No mesmo sentido, precedente da 1ª TR, no recurso de
Agravo nº 0000327-60.2018.4.01.9340, Relator Juiz Rui Costa Gonçalves, julgado na sessão de
22/08/2019. 9. Com efeito, já dispunha o art. 48 da Resolução CJF n. 168/2011, que “o tribunal regional
federal comunicará a efetivação do depósito ao juízo da execução, e este cientificará as partes”. Com a
obrigação do Juízo da execução de cientificar as partes sobre o depósito dos valores, correto afirmar que
apenas depois dessa ciência é que se pode iniciar a contagem do prazo prescricional para o credor
exercer a sua pretensão de levantamento dos valores depositados e postos a sua disposição. 10. Tendo-
se em visa que a Requisição de Pequeno Valor - RPV foi expedida em outubro/2012, há de ser verificado
se ocorreu ou não a extinção, pelo advento da prescrição, do crédito depositado pela parte ré, lembrando-
se que o valor em comento se encontrava à disposição do Juízo da execução, não integrando de imediato
o patrimônio da parte autora até o momento de seu efetivo levantamento. 11. No caso, deixou o Juízo de
promover a necessária cientificação do credor de que ocorrera o depósito da mencionada importância,
motivo pelo qual não se iniciou a contagem do prazo da prescrição intercorrente, dado que inércia não
houve, na medida em que a parte credora

PODER JUDICIÁRIO JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL


2ª TURMA RECURSAL

B7F6D73EAEC91C33E90AA1D32C64FD2D
desconhecia a possibilidade concreta de fazer o levantamento do valor respectivo, em decorrência do que
a decisão recorrida merece reparo. 12. Provimento do recurso, na forma de agravo de instrumento,
interposto pela parte autora, para afastar a prescrição intercorrente pronunciada no âmbito do Juízo de
primeiro grau e, consequentemente, determinar a reexpedição de Requisição de Pequeno Valor,
conforme título executivo judicial constituído no processo de origem. 13. Oficie-se ao Juízo Federal de
origem para ciência e cumprimento da presente decisão, inclusive mediante o desarquivamento do
272

processo principal, se for o caso. ACÓRDÃO Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, DAR
PROVIMENTO ao agravo de instrumento da parte autora. Brasília, 23 de outubro de 2019.

CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1

PROCESSO Nº : 0000174-90.2019.4.01.9340 RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO


CASTRO MARTINS RECORRENTE (S) : MARIA DOS ANJOS DA SILVA E OUTRO(S) ADVOGADO (S) :

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
DF0001672A - SOLANGE MARIA DE CARVALHO CAVALCANTE E OUTRO(S) E OUTRO(S)
RECORRIDO (S) : UNIAO FEDERAL ADVOGADO (S) :

EMENTA

PROCESSUAL. RECURSO NA FORMA DE AGRAVO DE INSTRUMENTO. LEVANTAMENTO DE


NUMERÁRIO ORIGINÁRIO DE REQUISIÇÃO DE PEQUENO VALOR – RPV. CONTAGEM DO PRAZO
PRESCRICIONAL A PARTIR DA DATA DA INTIMAÇÃO DA PARTE. AUSÊNCIA DE INTIMAÇÃO DO
DEPÓSITO DE SEU CRÉDITO. NÃO CONFIGURAÇÃO DA INÉRCIA. NÃO OCORRÊNCIA DA
PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. ASSEGURAMENTO DE REEXPEDIÇÃO DA RPV. PROVIMENTO
DO RECURSO. 1. Agravo de Instrumento interposto por MARIA DOS ANJOS DA SILVA em face de
decisão que negou a expedição de novo ofício requisitório, nos termos do art. 3º da Lei n. 13.463/17, por
entender que ocorreu a prescrição quinquenal intercorrente. A RPV anteriormente expedida fora
cancelada em razão do disposto no art. 2º da Lei n. 13.463/17: “Ficam cancelados os precatórios e as
RPV federais expedidos e cujos valores não tenham sido levantados pelo credor e estejam depositados
há mais de dois anos em instituição financeira oficial” (processo de origem n. 0064575-
90.2007.4.01.3400). 2. Razões recursais: (a) inexiste prescrição, pois não se está reabrindo a execução,
não havendo mais nada a ser debatido acerca do direito de crédito. Após o depósito da RPV os valores
passam a fazer parte do patrimônio jurídico do autor e o pedido de nova RPV é mero incidente
processual; (b) no caso remotíssimo de se entender pela prescrição, que seja contada a partir da vigência
da Lei n. 13.463/17, que instituiu o “confisco”, porquanto antes desse diploma normativo, os valores
permaneciam indefinidamente à disposição do exequente na instituição financeira; (c) defende a
inconstitucionalidade material e formal da Lei n. 13.463/17, mormente considerando que impõe “prazo de
validade” aos precatórios, limitação não prevista na Constituição Federal e que não poderia ser
estabelecida pelo legislador ordinário, sob pena de ofensa ao art. 100, caput e §5º, da CF; e (d) não seria
possível a aplicação do art. 924, V, do CPC/15 (prescrição intercorrente), pois o novo regramento, nos
termos do art. 1056, somente começa a contar a partir da vigência do novel códex, ocorrida em
17/3/2016. 3. Com contrarrazões. 4. Decisão. Como bem ressaltado pelo juízo a quo, no âmbito do
procedimento de cumprimento da obrigação de pagar, por meio de Requisições de Pequeno Valor -
RPVs, da Justiça Federal, foi-se instituído um procedimento de abertura de conta em nome do credor,
exclusivamente para crédito dos valores oriundos das RPVs. Assim, dispensa-se a lavratura de alvarás,
dado o grande volume de requisições e pelo fato de na maior parte das vezes não haver qualquer óbice
ao levantamento dos recursos financeiros. Todavia, a conta fica à

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2ª TURMA RECURSAL

911CBAA03A8277679A561EDC1D4F343A
disposição do juízo, que pode bloquear, retificar, gerir com a autonomia jurisdicional própria aquela conta.
Consigne-se que a sua natureza jurídica é a de ato do devedor em cumprimento da obrigação de pagar,
colocando à disposição do juízo o montante necessário à satisfação do débito. Nesse sentido, a conta
aberta em nome da parte é somente o meio mais célere para efetivar o cumprimento da obrigação, ao
invés do juízo expedir alvará de levantamento. Ou seja, mesmo a conta estando em nome da parte, os
recursos estão à disposição do juízo, não da parte. Assim, não se incorporou ao patrimônio jurídico da
parte o depósito lá efetuado. 5. Isso deixa claro que, mesmo sendo aberta a conta em nome do credor,
não há, desde logo, a transferência dos recursos para a sua titularidade, passando então a integrar o seu
patrimônio, hipótese em que a Lei 13.463/17 seria inconstitucional, por violação ao direito de propriedade.
A titularidade dos recursos só é adquirida com o levantamento, sem oposição, isso sem prejuízo de
questionamento a posteriori da sua regularidade. 6. Para que haja o efetivo cumprimento da obrigação,
exige-se do credor o ato processual executório subsequente, que é o levantamento. E, não o fazendo,
sofre as consequências processuais, previstas em lei, decorrentes da sua omissão. 7. Sobre a prescrição,
deve ser observada a disciplina dos artigos 1º e 5º do Decreto nº. 20.910/32, ao estabelecer que: "as
dívidas passivas da União, dos Estados e dos Municípios, bem assim todo e qualquer direito ou ação
contra a Fazenda Federal, Estadual ou Municipal, seja qual for a sua natureza, prescrevem em cinco anos
contados da data do ato ou fato do qual se originarem" e “não tem efeito de suspender a prescrição a
demora do titular do direito ou do crédito ou do seu representante em prestar os esclarecimentos que lhe
273

forem reclamados ou o fato de não promover o andamento do feito judicial ou do processo administrativo
durante os prazos respectivamente estabelecidos para extinção do seu direito à ação ou reclamação”.
Ressalte-se, por oportuno, a Súmula nº 150 do STF, que dispõe: "Prescreve a execução no mesmo prazo
da prescrição da ação". 8. Termo a quo do prazo prescricional. Uma vez depositado o valor, o prazo
prescricional, na forma dos art. 1º c/c art. 5º do Decreto 20.910/1932, deve ser contado a partir da data da
intimação do depósito, quando configurada a paralisação do feito pelo credor. No mesmo sentido,
precedente da 1ª TR, no recurso de Agravo nº 0000327-60.2018.4.01.9340, Relator Juiz Rui Costa
Gonçalves, julgado na sessão de 22/08/2019. 9. Com efeito, já dispunha o art. 48 da Resolução CJF n.
168/2011, que “o tribunal regional federal comunicará a efetivação do depósito ao juízo da execução, e
este cientificará as partes”. Com a obrigação do Juízo da execução de cientificar as partes sobre o

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
depósito dos valores, correto afirmar que apenas depois dessa ciência é que se pode iniciar a contagem
do prazo prescricional para o credor exercer a sua pretensão de levantamento dos valores depositados e
postos a sua disposição. 10. Tendo-se em visa que a Requisição de Pequeno Valor - RPV foi expedida
em novembro/2012, há de ser verificado se ocorreu ou não a extinção, pelo advento da prescrição, do
crédito depositado pela parte ré, lembrando-se que o valor em comento se encontrava à disposição do
Juízo da execução, não integrando de imediato o patrimônio da parte autora até o momento de seu
efetivo levantamento. 11. No caso, deixou o Juízo de promover a necessária cientificação do credor de
que ocorrera o depósito da mencionada importância, motivo pelo qual não se iniciou a contagem do prazo
da prescrição intercorrente, dado que inércia não houve, na medida em que a parte credora

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2ª TURMA RECURSAL

911CBAA03A8277679A561EDC1D4F343A
desconhecia a possibilidade concreta de fazer o levantamento do valor respectivo, em decorrência do que
a decisão recorrida merece reparo. 12. Provimento do recurso, na forma de agravo de instrumento,
interposto pela parte autora, para afastar a prescrição intercorrente pronunciada no âmbito do Juízo de
primeiro grau e, consequentemente, determinar a reexpedição de Requisição de Pequeno Valor,
conforme título executivo judicial constituído no processo de origem. 13. Oficie-se ao Juízo Federal de
origem para ciência e cumprimento da presente decisão, inclusive mediante o desarquivamento do
processo principal, se for o caso. ACÓRDÃO Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, DAR
PROVIMENTO ao agravo de instrumento da parte autora. Brasília, 23 de outubro de 2019.

CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1

PROCESSO Nº : 0000368-27.2018.4.01.9340 RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO


CASTRO MARTINS RECORRENTE (S) : ANSELMO FRANCISCO MORAES ADVOGADO (S) :
DF00017717 - ALESSANDRA DAMIAN CAVALCANTI E OUTRO(S) RECORRIDO (S) : INSTITUTO
NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS ADVOGADO (S) :

EMENTA

AGRAVO INTERNO. JULGAMENTO MONOCRÁTICO. NÃO CONHECIMENTO DE AGRAVO DE


INSTRUMENTO CONTRA DECISÃO QUE INDEFERIU TUTELA DE URGÊNCIA. ALTERAÇÃO DE
ENTENDIMENTO PELAS TURMAS RECURSAIS. RECURSO PROVIDO. NECESSIDADE DE ANÁLISE
MAIS APROFUNDADA. REQUISITOS DO ART. 300 DO CPC/15 NÃO ATENDIDOS. 1. Agravo Interno
interposto pela parte autora para impugnar decisão monocrática que não conheceu do agravo de
instrumento contra decisum que indeferiu tutela de urgência. 2. A parte agravante objetiva a averbação de
tempo de serviço dos períodos de 1/10/1966 a 30/9/1969 (Country Clube Formiga) e 1/7/1991 a
31/12/1991 (IBGE), e a expedição da respectiva CTC, para fins de aposentadoria no RPPS (processo
originário n. 002756441.2018.4.01.3400). 3. Sem contrarrazões. 4. Decisão. As Turmas Recursais do DF,
em agosto de 2019, passaram a deliberar, conjuntamente, sobre os recursos admissíveis no
microssistema do Juizado Especial Federal, e firmaram entendimento pela uniformização no sentido de
que “É cabível recurso em face de decisão que defere ou indefere tutela provisória de urgência no curso
do processo, dirigido diretamente à Turma Recursal por meio de instrumento, no prazo de 10 dias”
(Enunciado 2 das Turmas Recursais do Juizado Especial Federal da Seção Judiciária do Distrito Federal).
5. Desta feita, passo a análise das razões recursais. 6. Os períodos que o autor pretende averbar não
estão anotados na CTPS e as declarações extemporâneas apresentadas constituem verdadeiras provas
testemunhais reduzidas a termo. Assim, diante das exigências previstas no art. 55, §3º da Lei n. 8.213/91
(início razoável de prova material), deve ser mantida a decisão no sentido da necessidade de análise
mais aprofundada quanto à constatação do direito vindicado. Ausentes, portanto, os requisitos do art. 300
do CPC/15. 7. Desta feita, conheço do agravo de instrumento interposto pela parte autora, para lhe negar
274

provimento no mérito. 8. Agravo Interno provido, para conhecer do agravo de instrumento e, no mérito,
negarlhe provimento.

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2ª TURMA RECURSAL

F533A679C21552996CD32BEE92D16465
ACÓRDÃO Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, DAR PROVIMENTO ao agravo interno.
Brasília, 23 de outubro de 2019.

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1

PROCESSO Nº : 0000164-46.2019.4.01.9340 RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO


CASTRO MARTINS RECORRENTE (S) : ARY FONTES DE OLIVEIRA E OUTRO(S) ADVOGADO (S) :
DF0001672A - SOLANGE MARIA DE CARVALHO CAVALCANTE E OUTRO(S) E OUTRO(S)
RECORRIDO (S) : UNIAO FEDERAL ADVOGADO (S) :

EMENTA

PROCESSUAL. RECURSO NA FORMA DE AGRAVO DE INSTRUMENTO. LEVANTAMENTO DE


NUMERÁRIO ORIGINÁRIO DE REQUISIÇÃO DE PEQUENO VALOR – RPV. CONTAGEM DO PRAZO
PRESCRICIONAL A PARTIR DA DATA DA INTIMAÇÃO DA PARTE. NÃO OCORRÊNCIA DA
PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. ASSEGURAMENTO DE REEXPEDIÇÃO DA RPV. PROVIMENTO
DO RECURSO. 1. Agravo de Instrumento interposto por ARY FONTES DE OLIVEIRA em face de decisão
que negou a expedição de novo ofício requisitório, nos termos do art. 3º da Lei n. 13.463/17, por entender
que ocorreu a prescrição quinquenal intercorrente. A RPV anteriormente expedida fora cancelada em
razão do disposto no art. 2º da Lei n. 13.463/17: “Ficam cancelados os precatórios e as RPV federais
expedidos e cujos valores não tenham sido levantados pelo credor e estejam depositados há mais de dois
anos em instituição financeira oficial” (processo de origem n. 0053874-02.2009.4.01.3400). 2. Razões
recursais: (a) inexiste prescrição, pois não se está reabrindo a execução, não havendo mais nada a ser
debatido acerca do direito de crédito. Após o depósito da RPV os valores passam a fazer parte do
patrimônio jurídico do autor e o pedido de nova RPV é mero incidente processual; (b) no caso
remotíssimo de se entender pela prescrição, que seja contada a partir da vigência da Lei n. 13.463/17,
que instituiu o “confisco”, porquanto antes desse diploma normativo, os valores permaneciam
indefinidamente à disposição do exequente na instituição financeira; (c) defende a inconstitucionalidade
material e formal da Lei n. 13.463/17, mormente considerando que impõe “prazo de validade” aos
precatórios, limitação não prevista na Constituição Federal e que não poderia ser estabelecida pelo
legislador ordinário, sob pena de ofensa ao art. 100, caput e §5º, da CF; e (d) não seria possível a
aplicação do art. 924, V, do CPC/15 (prescrição intercorrente), pois o novo regramento, nos termos do art.
1056, somente começa a contar a partir da vigência do novel códex, ocorrida em 17/3/2016. 3. Com
contrarrazões. 4. Decisão. Como bem ressaltado pelo juízo a quo, no âmbito do procedimento de
cumprimento da obrigação de pagar, por meio de Requisições de Pequeno Valor - RPVs, da Justiça
Federal, foi-se instituído um procedimento de abertura de conta em nome do credor, exclusivamente para
crédito dos valores oriundos das RPVs. Assim, dispensa-se a lavratura de alvarás, dado o grande volume
de requisições e pelo fato de na maior parte das vezes não haver qualquer óbice ao levantamento dos
recursos financeiros. Todavia, a conta fica à disposição do juízo, que pode bloquear, retificar, gerir com a
autonomia jurisdicional própria

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2ª TURMA RECURSAL

E9C55662E40820F73A0546D73367C879
aquela conta. Consigne-se que a sua natureza jurídica é a de ato do devedor em cumprimento da
obrigação de pagar, colocando à disposição do juízo o montante necessário à satisfação do débito. Nesse
sentido, a conta aberta em nome da parte é somente o meio mais célere para efetivar o cumprimento da
obrigação, ao invés do juízo expedir alvará de levantamento. Ou seja, mesmo a conta estando em nome
da parte, os recursos estão à disposição do juízo, não da parte. Assim, não se incorporou ao patrimônio
jurídico da parte o depósito lá efetuado. 5. Isso deixa claro que, mesmo sendo aberta a conta em nome
do credor, não há, desde logo, a transferência dos recursos para a sua titularidade, passando então a
integrar o seu patrimônio, hipótese em que a Lei 13.463/17 seria inconstitucional, por violação ao direito
de propriedade. A titularidade dos recursos só é adquirida com o levantamento, sem oposição, isso sem
prejuízo de questionamento a posteriori da sua regularidade. 6. Para que haja o efetivo cumprimento da
obrigação, exige-se do credor o ato processual executório subsequente, que é o levantamento. E, não o
275

fazendo, sofre as consequências processuais, previstas em lei, decorrentes da sua omissão. 7. Sobre a
prescrição, deve ser observada a disciplina dos artigos 1º e 5º do Decreto nº. 20.910/32, ao estabelecer
que: "as dívidas passivas da União, dos Estados e dos Municípios, bem assim todo e qualquer direito ou
ação contra a Fazenda Federal, Estadual ou Municipal, seja qual for a sua natureza, prescrevem em cinco
anos contados da data do ato ou fato do qual se originarem" e “não tem efeito de suspender a prescrição
a demora do titular do direito ou do crédito ou do seu representante em prestar os esclarecimentos que
lhe forem reclamados ou o fato de não promover o andamento do feito judicial ou do processo
administrativo durante os prazos respectivamente estabelecidos para extinção do seu direito à ação ou
reclamação”. Ressalte-se, por oportuno, a Súmula nº 150 do STF, que dispõe: "Prescreve a execução no
mesmo prazo da prescrição da ação". 8. Termo a quo do prazo prescricional. Uma vez depositado o

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
valor, o prazo prescricional, na forma dos art. 1º c/c art. 5º do Decreto 20.910/1932, deve ser contado a
partir da data da intimação do depósito, quando configurada a paralisação do feito pelo credor. No mesmo
sentido, precedente da 1ª TR, no recurso de Agravo nº 0000327-60.2018.4.01.9340, Relator Juiz Rui
Costa Gonçalves, julgado na sessão de 22/08/2019. 9. Com efeito, já dispunha o art. 48 da Resolução
CJF n. 168/2011, que “o tribunal regional federal comunicará a efetivação do depósito ao juízo da
execução, e este cientificará as partes”. Com a obrigação do Juízo da execução de cientificar as partes
sobre o depósito dos valores, correto afirmar que apenas depois dessa ciência é que se pode iniciar a
contagem do prazo prescricional para o credor exercer a sua pretensão de levantamento dos valores
depositados e postos a sua disposição. 10. Tendo-se em visa que a Requisição de Pequeno Valor - RPV
foi expedida em julho/2013, há de ser verificado se ocorreu ou não a extinção, pelo advento da
prescrição, do crédito depositado pela parte ré, lembrando-se que o valor em comento se encontrava à
disposição do Juízo da execução, não integrando de imediato o patrimônio da parte autora até o momento
de seu efetivo levantamento. 11. No caso, a parte autora foi intimada de que ocorrera o depósito dos
valores respectivos em 15/8/2014, por meio do E-CINT (cf. ato ordinatório e certidão registrados em
4/8/2014) e o pedido de reexpedição de RPV foi protocolado 25/1/2019 (cf. processo originário). Portanto,

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2ª TURMA RECURSAL

E9C55662E40820F73A0546D73367C879
não transcorreu o prazo de 5 (cinco) anos, não se configurando, desde modo, a prescrição intercorrente.
12. Provimento do recurso, na forma de agravo de instrumento, interposto pela parte autora, para afastar
a prescrição intercorrente pronunciada no âmbito do Juízo de primeiro grau e, consequentemente,
determinar a reexpedição de Requisição de Pequeno Valor, conforme título executivo judicial constituído
no processo de origem. 13. Oficie-se ao Juízo Federal de origem para ciência e cumprimento da presente
decisão, inclusive mediante o desarquivamento do processo principal, se for o caso. ACÓRDÃO Decide a
2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, DAR PROVIMENTO ao agravo de instrumento da parte
autora. Brasília, 23 de outubro de 2019.

CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1

PROCESSO Nº : 0000519-90.2018.4.01.9340 RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO


CASTRO MARTINS RECORRENTE (S) : UNIAO FEDERAL ADVOGADO (S) : DF00007779 - DANUSIA
LUCINDA FARAGE DE GOUVEIA E OUTRO(S) RECORRIDO (S) : DOUGLAS DOS SANTOS ANDRADE
ADVOGADO (S) : DF00017144 - MARCELA BRAGA DA SILVA FERREIRA
EMENTA

PROCESSUAL. RECURSO NA FORMA DE AGRAVO DE INSTRUMENTO. LEVANTAMENTO DE


NUMERÁRIO ORIGINÁRIO DE REQUISIÇÃO DE PEQUENO VALOR – RPV. CONTAGEM DO PRAZO
PRESCRICIONAL A PARTIR DA DATA DA INTIMAÇÃO DA PARTE. NO CASO, A PARTE AUTORA
MANIFESTOU CIENCIA DO DEPÓSITO DE SEU CRÉDITO. CONFIGURAÇÃO DA INÉRCIA.
OCORRÊNCIA DA PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. PROVIMENTO DO RECURSO. 1. Agravo de
Instrumento interposto pela União Federal contra decisão que deferiu o pedido de expedição de nova
RPV, em favor da parte autora Douglas dos Santos Andrade, com fundamento no art. 3º da Lei n.
13.463/2017 (processo originário n. 006217341.2004.4.01.3400). Esclareça-se que a RPV anteriormente
expedida, fora cancelada em razão do disposto no art. 2º da Lei n. 13.463/17: “Ficam cancelados os
precatórios e as RPV federais expedidos e cujos valores não tenham sido levantados pelo credor e
estejam depositados há mais de dois anos em instituição financeira oficial”. 2. Nas razões do agravo, a
União sustenta que entre a expedição da RPV cancelada e o pedido de reexpedição, transcorreram mais
de 5 anos, de modo que se operou a prescrição intercorrente (Súmula 150 do STF). Para reforçar sua
fundamentação, a ré cita decisões monocráticas proferidas pela 25ª e 27ª Vara Federal da SJDF. 3. Sem
contrarrazões. 4. Decisão. No âmbito do procedimento de cumprimento da obrigação de pagar, por meio
de Requisições de Pequeno Valor - RPVs, da Justiça Federal, foi-se instituído um procedimento de
abertura de conta em nome do credor, exclusivamente para crédito dos valores oriundos das RPVs.
276

Assim, dispensa-se a lavratura de alvarás, dado o grande volume de requisições e pelo fato de na maior
parte das vezes não haver qualquer óbice ao levantamento dos recursos financeiros. Todavia, a conta fica
à disposição do juízo, que pode bloquear, retificar, gerir com a autonomia jurisdicional própria aquela
conta. Consigne-se que a sua natureza jurídica é a de ato do devedor em cumprimento da obrigação de
pagar, colocando à disposição do juízo o montante necessário à satisfação do débito. Nesse sentido, a
conta aberta em nome da parte é somente o meio mais célere para efetivar o cumprimento da obrigação,
ao invés do juízo expedir alvará de levantamento. Ou seja, mesmo a conta estando em nome da parte, os
recursos estão à disposição do juízo, não da parte. Assim, não se incorporou ao patrimônio jurídico da
parte o depósito lá efetuado.

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
PODER JUDICIÁRIO JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
2ª TURMA RECURSAL

7AB4601F5921033FC03B19EEA9F9634C
5. Isso deixa claro que, mesmo sendo aberta a conta em nome do credor, não há, desde logo, a
transferência dos recursos para a sua titularidade, passando então a integrar o seu patrimônio, hipótese
em que a Lei 13.463/17 seria inconstitucional, por violação ao direito de propriedade. A titularidade dos
recursos só é adquirida com o levantamento, sem oposição, isso sem prejuízo de questionamento a
posteriori da sua regularidade. 6. Para que haja o efetivo cumprimento da obrigação, exige-se do credor
o ato processual executório subsequente, que é o levantamento. E, não o fazendo, sofre as
consequências processuais, previstas em lei, decorrentes da sua omissão. 7. Sobre a prescrição, deve
ser observada a disciplina dos artigos 1º e 5º do Decreto nº. 20.910/32, ao estabelecer que: "as dívidas
passivas da União, dos Estados e dos Municípios, bem assim todo e qualquer direito ou ação contra a
Fazenda Federal, Estadual ou Municipal, seja qual for a sua natureza, prescrevem em cinco anos
contados da data do ato ou fato do qual se originarem" e “não tem efeito de suspender a prescrição a
demora do titular do direito ou do crédito ou do seu representante em prestar os esclarecimentos que lhe
forem reclamados ou o fato de não promover o andamento do feito judicial ou do processo administrativo
durante os prazos respectivamente estabelecidos para extinção do seu direito à ação ou reclamação”.
Ressalte-se, por oportuno, a Súmula nº 150 do STF, que dispõe: "Prescreve a execução no mesmo prazo
da prescrição da ação". 8. Termo a quo do prazo prescricional. Uma vez depositado o valor, o prazo
prescricional, na forma dos art. 1º c/c art. 5º do Decreto 20.910/1932, deve ser contado a partir da data da
intimação do depósito, quando configurada a paralisação do feito pelo credor. No mesmo sentido,
precedente da 1ª TR, no recurso de Agravo nº 0000327-60.2018.4.01.9340, Relator Juiz Rui Costa
Gonçalves, julgado na sessão de 22/08/2019. 9. Com efeito, já dispunha o art. 48 da Resolução CJF n.
168/2011, que “o tribunal regional federal comunicará a efetivação do depósito ao juízo da execução, e
este cientificará as partes”. Com a obrigação do Juízo da execução de cientificar as partes sobre o
depósito dos valores, correto afirmar que apenas depois dessa ciência é que se pode iniciar a contagem
do prazo prescricional para o credor exercer a sua pretensão de levantamento dos valores depositados e
postos a sua disposição. 10. Tendo-se em visa que a Requisição de Pequeno Valor - RPV foi expedida
em maio/2009, há de ser verificado se ocorreu ou não a extinção, pelo advento da prescrição, do crédito
depositado pela parte ré, lembrando-se que o valor em comento se encontrava à disposição do Juízo da
execução, não integrando de imediato o patrimônio da parte autora até o momento de seu efetivo
levantamento. 11. No caso, deixou o Juízo de promover a necessária cientificação do credor de que
ocorrera o depósito da mencionada importância. Contudo, o autor, por sua advogada, em petição
registrada em 8/7/2009 (cf. processo originário), informa que “o valor já fora devidamente liberado”,
requerendo ainda o arquivamento do feito. 12. Ou seja, na situação em análise, o autor tinha
conhecimento da possibilidade concreta de fazer o levantamento dos valores respectivos desde
julho/2009. Mas, deixou transcorrer o prazo e somente em 11/6/2018 requereu a reexpedição da RPV.
13. Portanto, entendo que houve inércia no âmbito do procedimento executório a autorizar a aplicação da
prescrição intercorrente.

PODER JUDICIÁRIO JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL


2ª TURMA RECURSAL

7AB4601F5921033FC03B19EEA9F9634C
14. Recurso da União provido. Decisão reformada, para declarar extinta a execução pela ocorrência de
prescrição intercorrente. ACÓRDÃO Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, DAR
PROVIMENTO ao agravo da parte ré. Brasília, 23 de outubro de 2019.

CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1

PROCESSO Nº : 0000093-44.2019.4.01.9340 RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO


CASTRO MARTINS RECORRENTE (S) : ANTONIO GARCIA DO NASCIMENTO E OUTRO(S)
277

ADVOGADO (S) : DF0001672A - SOLANGE MARIA DE CARVALHO CAVALCANTE E OUTRO(S) E


OUTRO(S) RECORRIDO (S) : UNIAO FEDERAL ADVOGADO (S) :

EMENTA

AGRAVO DE INSTRUMENTO. DECISÃO INTERLOCUTÓRIA PROFERIDA NA FASE DE


CUMPRIMENTO DE TÍTULO JUDICIAL. SUSPENSÃO DO PROCESSO POR MORTE DA PARTE
CREDORA. HABILITAÇÃO DOS SUCESSORES. PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. NÃO
OCORRÊNCIA. RECURSO PROVIDO. 1. Agravo de instrumento interposto em face de decisão
interlocutória que indeferiu o pedido de habilitação dos herdeiros da parte autora Francisco Araújo Lima,

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ao fundamento de que “o cumprimento do título judicial formado neste processo, com a consequente
expedição de RPV, não deve ser acolhido, seja porque a parte interessada não promoveu os atos
necessários no prazo de 30 (trinta) dias, previsto no art. 51, da Lei nº 9.099/95, posteriormente ao óbito da
parte autora, seja porque entre o decurso desse prazo e a petição da parte requente objetivando a
habilitação e a consequente expedição do ofício requisitório transcorreu o prazo prescricional” (processo
originário n. 0064526-49.2007.4.01.3400). 2. Razões do agravo de instrumento interposto por ANTONIO
KLEBER LIMA, sucessor da parte autora FRANCISCO ARAÚJO LIMA: (a) o falecimento da parte autora
tem o condão de suspender o curso do processo nos termos do art. 313 do CPC, bem como obriga o
magistrado a intimar o espólio ou os sucessores para regularização do polo processual; e (b) os valores
não recebidos em vida por seus titulares serão pagos aos dependentes habilitados à pensão (Lei n.
6.858/80 e Decreto n. 85.845/81). 3. Com contrarrazões. 4. Decisão. A RPV em nome do autor
FRANCISCO ARAÚJO LIMA nem chegou a ser expedida, já em razão do seu falecimento e da pendência
quanto à habilitação de herdeiros (cf. certidão registrada em 10/2/2016, processo originário). 5.
Esclareça-se que o óbito da parte autora ocorreu em 17/12/2007 e, em 14/4/2011, o agravante solicitou
pela primeira vez sua habilitação nos autos. Devido a problemas na documentação apresentada, o
sucessor foi intimado para regularizar a situação, mas quedouse inerte quanto ao cumprimento da
diligência. Já no ano de 2013, foi realizada nova intimação para se manifestar sobre as pendências,
oportunidade em que o sucessor informou simplesmente que não tinha como cumprir o despacho, em
virtude da quantidade de herdeiros do de cujus. E, solicitou fosse retomada a tramitação do feito em
relação aos demais autores. Em 9/12/2016, o agravante renova o pedido de habilitação de herdeiros.
Inicialmente o sucessor fora novamente intimado para complementar à documentação apresentada e
mais uma vez alegou impossibilidade, agora com base nos “altíssimos custos”.

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6. Nesse contexto processual, não há que se falar em transcurso de prazo prescricional intercorrente, pois
os valores nem chegaram a ser disponibilizados à parte autora. Valendo registrar que desde 2011 o
sucessor tenta sem sucesso habilitar-se aos autos. 7. Além disso, o entendimento jurisprudencial do STJ
é de que não corre o prazo prescricional entre a data do óbito da parte autora e data de habilitação de
seus herdeiros. O óbito da parte suspende o processo, nos termos do art. 313, do CPC/15, e também o
prazo prescricional, até que seja providenciada a habilitação dos sucessores. 8. Nesse sentido:
“ADMINISTRATIVO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. SERVIDOR PÚBLICO
SUBSTITUIÇÃO DA PARTE. SUSPENSÃO DO PROCESSO. HABILITAÇÃO DOS HERDEIROS.
PRESCRIÇÃO NÃO CONSUMADA. AGRAVO INTERNO DA UNIÃO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1.
A morte de uma das partes é causa de imediata suspensão do processo (art. 265, I do CPC/1973),
não havendo previsão legal de prazo prescricional para a habilitação de seus sucessores, de modo que,
aplicando esse entendimento no caso concreto, constata-se que o processo deveria ter ficado suspenso
desde o momento do passamento da autora, ocorrido ainda na fase de conhecimento, não podendo ser
contado, a partir desse evento, nenhum lapso prescricional em prejuízo aos herdeiros, seja para a
habilitação deles, seja para a propositura da Ação de Execução (REsp. 1.707.423/RS, Rel. Ministro
GURGEL DE FARIA, DJe 22.2.2018). 2. Agravo Interno da União a que se nega provimento” (STJ -
AgInt no REsp 1508584 / PE, Primeira Turma, Rel. Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, DJe de
06/12/2018). 9. Quanto à alegação de que o processo deve ser extinto porque não houve habilitação em
30 dias da data do óbito, colha-se o seguinte precedente da Turma Recursal de Juiz de Fora/MG, que
bem expôs a questão da habilitação, no âmbito dos JEFs: “Diante desta realidade, entendo que não é
razoável exigir-se do patrono da parte autora - diante do longo prazo de espera para julgamento do
recurso, somado ao exíguo prazo legal para habilitação de sucessores - certificar-se a todo mês se houve
óbito de algum de seus clientes, para o fim de promover a habilitação dentro dos 30 dias que a lei prevê.
Aliás, o que se vê na maioria das vezes é que o advogado somente toma ciência do falecimento da parte
quando tal informação é trazida aos autos pela parte contrária. 6. Ademais, ainda que os Juizados
Especiais sejam regidos por procedimento mais célere, não se pode perder de vista que o processo não é
um fim em si mesmo; ao contrário, deve servir de instrumento para pôr fim aos conflitos sociais, o que não
ocorre quando se extingue de plano a lide pela falta de habilitação dos sucessores. 7. Assim, a
interpretação que melhor atende ao princípio da razoabilidade é no sentido de que o art. 51 da Lei n.
9.099/95 somente autoriza a extinção do processo quando, intimado o patrono da parte autora, este deixa
278

de promover a habilitação dos sucessores no prazo de 30 dias.” (Acórdão Número 0004065-


37.2015.4.01.3819 rel. Juíza Federal MARINA DE MATTOS SALLES – Diário Eletrônico de 01/03/2018).
10. Portanto, não há que se falar em prescrição da pretensão executória, visto que o falecimento da parte
abre oportunidade de habilitação dos herdeiros, sem que corra prazo prescricional, sendo a hipótese do
caso, em princípio, mera questão de se reconhecer aos herdeiros o direito de receber valores que já
haviam sido depositados. 11. Precedente dessa Turma Recursal: processo n. 0000291-
81.2019.4.01.9340, Rel. Juiz David Wilson de Abreu Pardo, julgado em 28/8/2019, e-DJF1 de 12/9/2019.
12. Provimento do agravo de instrumento interposto por ANTONIO KLEBER LIMA, sucessor da parte
autora FRANCISCO ARAÚJO LIMA, para afastar o pronunciamento de

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prescrição e de preclusão da faculdade de se proceder à habilitação, devendo o processo retornar ao
Juízo de origem, para efetiva apreciação e decisão acerca do pedido de habilitação, com a continuidade
da fase de cumprimento do julgado, quanto a essa autora. ACÓRDÃO Decide a 2ª Turma Recursal do
DF, por unanimidade, DAR PROVIMENTO ao agravo de instrumento. Brasília, 23 de outubro de 2019.

CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1

PROCESSO Nº : 0000147-10.2019.4.01.9340 RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO


CASTRO MARTINS RECORRENTE (S) : MARIA ISABEL FIDELIS E OUTRO(S) ADVOGADO (S) :
DF0001672A - SOLANGE MARIA DE CARVALHO CAVALCANTE E OUTRO(S) E OUTRO(S)
RECORRIDO (S) : UNIAO FEDERAL ADVOGADO (S) :

EMENTA

PROCESSUAL. RECURSO NA FORMA DE AGRAVO DE INSTRUMENTO. LEVANTAMENTO DE


NUMERÁRIO ORIGINÁRIO DE REQUISIÇÃO DE PEQUENO VALOR – RPV. CONTAGEM DO PRAZO
PRESCRICIONAL A PARTIR DA DATA DA INTIMAÇÃO DA PARTE. AUSÊNCIA DE INTIMAÇÃO DO
DEPÓSITO DE SEU CRÉDITO. NÃO CONFIGURAÇÃO DA INÉRCIA. NÃO OCORRÊNCIA DA
PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. ASSEGURAMENTO DE REEXPEDIÇÃO DA RPV. PROVIMENTO
DO RECURSO. 1. Agravo de Instrumento interposto por MARLY GAMA TASCA, PERPETUA LUIZ
MARIANO e RENATO PIRES em face de decisão que negou a expedição de novo ofício requisitório, nos
termos do art. 3º da Lei n. 13.463/17, por entender que ocorreu a prescrição quinquenal intercorrente. A
RPV anteriormente expedida fora cancelada em razão do disposto no art. 2º da Lei n. 13.463/17: “Ficam
cancelados os precatórios e as RPV federais expedidos e cujos valores não tenham sido levantados pelo
credor e estejam depositados há mais de dois anos em instituição financeira oficial” (processo originário n.
0053106-13.2008.4.01.3400). 2. Ressalte-se que quanto à autora MARIA ISABEL FIDELIS, a questão
tem sido tratada no processo n. 0000394-25.2018.4.01.9340 (2ª TR – Relator 3). 3. Razões recursais: (a)
inexiste prescrição, pois não se está reabrindo a execução, não havendo mais nada a ser debatido acerca
do direito de crédito. Após o depósito da RPV os valores passam a fazer parte do patrimônio jurídico do
autor e o pedido de nova RPV é mero incidente processual; (b) no caso remotíssimo de se entender pela
prescrição, que seja contada a partir da vigência da Lei n. 13.463/17, que instituiu o “confisco”, porquanto
antes desse diploma normativo, os valores permaneciam indefinidamente à disposição do exequente na
instituição financeira; (c) defende a inconstitucionalidade material e formal da Lei n. 13.463/17, mormente
considerando que impõe “prazo de validade” aos precatórios, limitação não prevista na Constituição
Federal e que não poderia ser estabelecida pelo legislador ordinário, sob pena de ofensa ao art. 100,
caput e §5º, da CF; e (d) não seria possível a aplicação do art. 924, V, do CPC/15 (prescrição
intercorrente), pois o novo regramento, nos termos do art. 1056, somente começa a contar a partir da
vigência do novel códex, ocorrida em 17/3/2016. 4. Com contrarrazões. 5. Decisão. Como bem
ressaltado pelo juízo a quo, no âmbito do procedimento de cumprimento da obrigação de pagar, por meio
de Requisições de Pequeno Valor - RPVs, da Justiça Federal, foi-se instituído um procedimento de
abertura de conta em nome do credor,

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80052D53B66BDFE321E3271BA3E970E5
exclusivamente para crédito dos valores oriundos das RPVs. Assim, dispensa-se a lavratura de alvarás,
dado o grande volume de requisições e pelo fato de na maior parte das vezes não haver qualquer óbice
ao levantamento dos recursos financeiros. Todavia, a conta fica à disposição do juízo, que pode bloquear,
279

retificar, gerir com a autonomia jurisdicional própria aquela conta. Consigne-se que a sua natureza jurídica
é a de ato do devedor em cumprimento da obrigação de pagar, colocando à disposição do juízo o
montante necessário à satisfação do débito. Nesse sentido, a conta aberta em nome da parte é somente
o meio mais célere para efetivar o cumprimento da obrigação, ao invés do juízo expedir alvará de
levantamento. Ou seja, mesmo a conta estando em nome da parte, os recursos estão à disposição do
juízo, não da parte. Assim, não se incorporou ao patrimônio jurídico da parte o depósito lá efetuado. 6.
Isso deixa claro que, mesmo sendo aberta a conta em nome do credor, não há, desde logo, a
transferência dos recursos para a sua titularidade, passando então a integrar o seu patrimônio, hipótese
em que a Lei 13.463/17 seria inconstitucional, por violação ao direito de propriedade. A titularidade dos
recursos só é adquirida com o levantamento, sem oposição, isso sem prejuízo de questionamento a

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
posteriori da sua regularidade. 7. Para que haja o efetivo cumprimento da obrigação, exige-se do credor
o ato processual executório subsequente, que é o levantamento. E, não o fazendo, sofre as
consequências processuais, previstas em lei, decorrentes da sua omissão. 8. Sobre a prescrição, deve
ser observada a disciplina dos artigos 1º e 5º do Decreto nº. 20.910/32, ao estabelecer que: "as dívidas
passivas da União, dos Estados e dos Municípios, bem assim todo e qualquer direito ou ação contra a
Fazenda Federal, Estadual ou Municipal, seja qual for a sua natureza, prescrevem em cinco anos
contados da data do ato ou fato do qual se originarem" e “não tem efeito de suspender a prescrição a
demora do titular do direito ou do crédito ou do seu representante em prestar os esclarecimentos que lhe
forem reclamados ou o fato de não promover o andamento do feito judicial ou do processo administrativo
durante os prazos respectivamente estabelecidos para extinção do seu direito à ação ou reclamação”.
Ressalte-se, por oportuno, a Súmula nº 150 do STF, que dispõe: "Prescreve a execução no mesmo prazo
da prescrição da ação". 9. Termo a quo do prazo prescricional. Uma vez depositado o valor, o prazo
prescricional, na forma dos art. 1º c/c art. 5º do Decreto 20.910/1932, deve ser contado a partir da data da
intimação do depósito, quando configurada a paralisação do feito pelo credor. No mesmo sentido,
precedente da 1ª TR, no recurso de Agravo nº 0000327-60.2018.4.01.9340, Relator Juiz Rui Costa
Gonçalves, julgado na sessão de 22/08/2019. 10. Com efeito, já dispunha o art. 48 da Resolução CJF n.
168/2011, que “o tribunal regional federal comunicará a efetivação do depósito ao juízo da execução, e
este cientificará as partes”. Com a obrigação do Juízo da execução de cientificar as partes sobre o
depósito dos valores, correto afirmar que apenas depois dessa ciência é que se pode iniciar a contagem
do prazo prescricional para o credor exercer a sua pretensão de levantamento dos valores depositados e
postos a sua disposição. 11. Tendo-se em visa que a Requisição de Pequeno Valor - RPV foi expedida
em junho/2012, há de ser verificado se ocorreu ou não a extinção, pelo advento da prescrição, do crédito
depositado pela parte ré, lembrando-se que o valor em comento se encontrava à disposição do Juízo da
execução, não integrando de imediato o patrimônio da parte autora até o momento de seu efetivo
levantamento.

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80052D53B66BDFE321E3271BA3E970E5
12. No caso, deixou o Juízo de promover a necessária cientificação do credor de que ocorrera o depósito
da mencionada importância, motivo pelo qual não se iniciou a contagem do prazo da prescrição
intercorrente, dado que inércia não houve, na medida em que a parte credora desconhecia a possibilidade
concreta de fazer o levantamento do valor respectivo, em decorrência do que a decisão recorrida merece
reparo. 13. Provimento do recurso, na forma de agravo de instrumento, interposto pela parte autora, para
afastar a prescrição intercorrente pronunciada no âmbito do Juízo de primeiro grau e, consequentemente,
determinar a reexpedição de Requisição de Pequeno Valor, conforme título executivo judicial constituído
no processo de origem. 14. Oficie-se ao Juízo Federal de origem para ciência e cumprimento da presente
decisão, inclusive mediante o desarquivamento do processo principal, se for o caso. ACÓRDÃO Decide a
2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, DAR PROVIMENTO ao agravo de instrumento da parte
autora. Brasília, 23 de outubro de 2019.

CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1

PROCESSO Nº : 0000172-23.2019.4.01.9340 RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO


CASTRO MARTINS RECORRENTE (S) : LORENA MARIA DE SOUZA GODINHO E OUTRO(S)
ADVOGADO (S) : DF0001672A - SOLANGE MARIA DE CARVALHO CAVALCANTE E OUTRO(S) E
OUTRO(S) RECORRIDO (S) : UNIAO FEDERAL ADVOGADO (S) :
EMENTA

PROCESSUAL. RECURSO NA FORMA DE AGRAVO DE INSTRUMENTO. LEVANTAMENTO DE


NUMERÁRIO ORIGINÁRIO DE REQUISIÇÃO DE PEQUENO VALOR – RPV. CONTAGEM DO PRAZO
PRESCRICIONAL A PARTIR DA DATA DA INTIMAÇÃO DA PARTE. AUSÊNCIA DE INTIMAÇÃO DO
DEPÓSITO DE SEU CRÉDITO. NÃO CONFIGURAÇÃO DA INÉRCIA. NÃO OCORRÊNCIA DA
280

PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. ASSEGURAMENTO DE REEXPEDIÇÃO DA RPV. PROVIMENTO


DO RECURSO. 1. Agravo de Instrumento interposto por MARIA ALFA GUIMARÃES GOMES em face de
decisão que negou a expedição de novo ofício requisitório, nos termos do art. 3º da Lei n. 13.463/17, por
entender que ocorreu a prescrição quinquenal intercorrente. A RPV anteriormente expedida fora
cancelada em razão do disposto no art. 2º da Lei n. 13.463/17: “Ficam cancelados os precatórios e as
RPV federais expedidos e cujos valores não tenham sido levantados pelo credor e estejam depositados
há mais de dois anos em instituição financeira oficial” (processo de origem n. 0055024-
86.2007.4.01.3400). 2. Razões recursais: (a) inexiste prescrição, pois não se está reabrindo a execução,
não havendo mais nada a ser debatido acerca do direito de crédito. Após o depósito da RPV os valores
passam a fazer parte do patrimônio jurídico do autor e o pedido de nova RPV é mero incidente

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
processual; (b) no caso remotíssimo de se entender pela prescrição, que seja contada a partir da vigência
da Lei n. 13.463/17, que instituiu o “confisco”, porquanto antes desse diploma normativo, os valores
permaneciam indefinidamente à disposição do exequente na instituição financeira; (c) defende a
inconstitucionalidade material e formal da Lei n. 13.463/17, mormente considerando que impõe “prazo de
validade” aos precatórios, limitação não prevista na Constituição Federal e que não poderia ser
estabelecida pelo legislador ordinário, sob pena de ofensa ao art. 100, caput e §5º, da CF; e (d) não seria
possível a aplicação do art. 924, V, do CPC/15 (prescrição intercorrente), pois o novo regramento, nos
termos do art. 1056, somente começa a contar a partir da vigência do novel códex, ocorrida em
17/3/2016. 3. Com contrarrazões. 4. Decisão. Como bem ressaltado pelo juízo a quo, no âmbito do
procedimento de cumprimento da obrigação de pagar, por meio de Requisições de Pequeno Valor -
RPVs, da Justiça Federal, foi-se instituído um procedimento de abertura de conta em nome do credor,
exclusivamente para crédito dos valores oriundos das RPVs. Assim, dispensa-se a lavratura de alvarás,
dado o grande volume de requisições e pelo fato de na maior parte das vezes não haver qualquer óbice
ao levantamento dos recursos financeiros. Todavia, a conta fica à

PODER JUDICIÁRIO JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL


2ª TURMA RECURSAL

B2C14FDC00B73B6DAC25309D76CF4CC3
disposição do juízo, que pode bloquear, retificar, gerir com a autonomia jurisdicional própria aquela conta.
Consigne-se que a sua natureza jurídica é a de ato do devedor em cumprimento da obrigação de pagar,
colocando à disposição do juízo o montante necessário à satisfação do débito. Nesse sentido, a conta
aberta em nome da parte é somente o meio mais célere para efetivar o cumprimento da obrigação, ao
invés do juízo expedir alvará de levantamento. Ou seja, mesmo a conta estando em nome da parte, os
recursos estão à disposição do juízo, não da parte. Assim, não se incorporou ao patrimônio jurídico da
parte o depósito lá efetuado. 5. Isso deixa claro que, mesmo sendo aberta a conta em nome do credor,
não há, desde logo, a transferência dos recursos para a sua titularidade, passando então a integrar o seu
patrimônio, hipótese em que a Lei 13.463/17 seria inconstitucional, por violação ao direito de propriedade.
A titularidade dos recursos só é adquirida com o levantamento, sem oposição, isso sem prejuízo de
questionamento a posteriori da sua regularidade. 6. Para que haja o efetivo cumprimento da obrigação,
exige-se do credor o ato processual executório subsequente, que é o levantamento. E, não o fazendo,
sofre as consequências processuais, previstas em lei, decorrentes da sua omissão. 7. Sobre a prescrição,
deve ser observada a disciplina dos artigos 1º e 5º do Decreto nº. 20.910/32, ao estabelecer que: "as
dívidas passivas da União, dos Estados e dos Municípios, bem assim todo e qualquer direito ou ação
contra a Fazenda Federal, Estadual ou Municipal, seja qual for a sua natureza, prescrevem em cinco anos
contados da data do ato ou fato do qual se originarem" e “não tem efeito de suspender a prescrição a
demora do titular do direito ou do crédito ou do seu representante em prestar os esclarecimentos que lhe
forem reclamados ou o fato de não promover o andamento do feito judicial ou do processo administrativo
durante os prazos respectivamente estabelecidos para extinção do seu direito à ação ou reclamação”.
Ressalte-se, por oportuno, a Súmula nº 150 do STF, que dispõe: "Prescreve a execução no mesmo prazo
da prescrição da ação". 8. Termo a quo do prazo prescricional. Uma vez depositado o valor, o prazo
prescricional, na forma dos art. 1º c/c art. 5º do Decreto 20.910/1932, deve ser contado a partir da data da
intimação do depósito, quando configurada a paralisação do feito pelo credor. No mesmo sentido,
precedente da 1ª TR, no recurso de Agravo nº 0000327-60.2018.4.01.9340, Relator Juiz Rui Costa
Gonçalves, julgado na sessão de 22/08/2019. 9. Com efeito, já dispunha o art. 48 da Resolução CJF n.
168/2011, que “o tribunal regional federal comunicará a efetivação do depósito ao juízo da execução, e
este cientificará as partes”. Com a obrigação do Juízo da execução de cientificar as partes sobre o
depósito dos valores, correto afirmar que apenas depois dessa ciência é que se pode iniciar a contagem
do prazo prescricional para o credor exercer a sua pretensão de levantamento dos valores depositados e
postos a sua disposição. 10. Tendo-se em visa que a Requisição de Pequeno Valor - RPV foi expedida
em novembro/2012, há de ser verificado se ocorreu ou não a extinção, pelo advento da prescrição, do
crédito depositado pela parte ré, lembrando-se que o valor em comento se encontrava à disposição do
Juízo da execução, não integrando de imediato o patrimônio da parte autora até o momento de seu
efetivo levantamento. 11. No caso, deixou o Juízo de promover a necessária cientificação do credor de
que ocorrera o depósito da mencionada importância, motivo pelo qual não se iniciou a contagem do prazo
da prescrição intercorrente, dado que inércia não houve, na medida em que a parte credora
281

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2ª TURMA RECURSAL

B2C14FDC00B73B6DAC25309D76CF4CC3
desconhecia a possibilidade concreta de fazer o levantamento do valor respectivo, em decorrência do que
a decisão recorrida merece reparo. 12. Provimento do recurso, na forma de agravo de instrumento,
interposto pela parte autora, para afastar a prescrição intercorrente pronunciada no âmbito do Juízo de
primeiro grau e, consequentemente, determinar a reexpedição de Requisição de Pequeno Valor,
conforme título executivo judicial constituído no processo de origem. 13. Oficie-se ao Juízo Federal de
origem para ciência e cumprimento da presente decisão, inclusive mediante o desarquivamento do

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
processo principal, se for o caso. ACÓRDÃO Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, DAR
PROVIMENTO ao agravo de instrumento da parte autora. Brasília, 23 de outubro de 2019.

CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1

PROCESSO Nº : 0000161-91.2019.4.01.9340 RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO


CASTRO MARTINS RECORRENTE (S) : MARIA IRECLY DE AZEVEDO ANDRADE E OUTRO(S)
ADVOGADO (S) : DF0001672A - SOLANGE MARIA DE CARVALHO CAVALCANTE E OUTRO(S) E
OUTRO(S) RECORRIDO (S) : UNIAO FEDERAL ADVOGADO (S) :

EMENTA

PROCESSUAL. RECURSO NA FORMA DE AGRAVO DE INSTRUMENTO. LEVANTAMENTO DE


NUMERÁRIO ORIGINÁRIO DE REQUISIÇÃO DE PEQUENO VALOR – RPV. CONTAGEM DO PRAZO
PRESCRICIONAL A PARTIR DA DATA DA INTIMAÇÃO DA PARTE. AUSÊNCIA DE INTIMAÇÃO DO
DEPÓSITO DE SEU CRÉDITO. NÃO CONFIGURAÇÃO DA INÉRCIA. NÃO OCORRÊNCIA DA
PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. ASSEGURAMENTO DE REEXPEDIÇÃO DA RPV. PROVIMENTO
DO RECURSO. 1. Agravo de Instrumento interposto por MARIA ISABEL SOUSA LEITE em face de
decisão que negou a expedição de novo ofício requisitório, nos termos do art. 3º da Lei n. 13.463/17, por
entender que ocorreu a prescrição quinquenal intercorrente. A RPV anteriormente expedida fora
cancelada em razão do disposto no art. 2º da Lei n. 13.463/17: “Ficam cancelados os precatórios e as
RPV federais expedidos e cujos valores não tenham sido levantados pelo credor e estejam depositados
há mais de dois anos em instituição financeira oficial” (processo de origem n. 0058025-
79.2007.4.01.3400). 2. Razões recursais: (a) inexiste prescrição, pois não se está reabrindo a execução,
não havendo mais nada a ser debatido acerca do direito de crédito. Após o depósito da RPV os valores
passam a fazer parte do patrimônio jurídico do autor e o pedido de nova RPV é mero incidente
processual; (b) no caso remotíssimo de se entender pela prescrição, que seja contada a partir da vigência
da Lei n. 13.463/17, que instituiu o “confisco”, porquanto antes desse diploma normativo, os valores
permaneciam indefinidamente à disposição do exequente na instituição financeira; (c) defende a
inconstitucionalidade material e formal da Lei n. 13.463/17, mormente considerando que impõe “prazo de
validade” aos precatórios, limitação não prevista na Constituição Federal e que não poderia ser
estabelecida pelo legislador ordinário, sob pena de ofensa ao art. 100, caput e §5º, da CF; e (d) não seria
possível a aplicação do art. 924, V, do CPC/15 (prescrição intercorrente), pois o novo regramento, nos
termos do art. 1056, somente começa a contar a partir da vigência do novel códex, ocorrida em
17/3/2016. 3. Com contrarrazões. 4. Decisão. Como bem ressaltado pelo juízo a quo, no âmbito do
procedimento de cumprimento da obrigação de pagar, por meio de Requisições de Pequeno Valor -
RPVs, da Justiça Federal, foi-se instituído um procedimento de abertura de conta em nome do credor,
exclusivamente para crédito dos valores oriundos das RPVs. Assim, dispensa-se a lavratura de alvarás,
dado o grande volume de requisições e pelo fato de na maior parte das vezes não haver qualquer óbice
ao levantamento dos recursos financeiros. Todavia, a conta fica à

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disposição do juízo, que pode bloquear, retificar, gerir com a autonomia jurisdicional própria aquela conta.
Consigne-se que a sua natureza jurídica é a de ato do devedor em cumprimento da obrigação de pagar,
colocando à disposição do juízo o montante necessário à satisfação do débito. Nesse sentido, a conta
aberta em nome da parte é somente o meio mais célere para efetivar o cumprimento da obrigação, ao
invés do juízo expedir alvará de levantamento. Ou seja, mesmo a conta estando em nome da parte, os
recursos estão à disposição do juízo, não da parte. Assim, não se incorporou ao patrimônio jurídico da
parte o depósito lá efetuado. 5. Isso deixa claro que, mesmo sendo aberta a conta em nome do credor,
não há, desde logo, a transferência dos recursos para a sua titularidade, passando então a integrar o seu
282

patrimônio, hipótese em que a Lei 13.463/17 seria inconstitucional, por violação ao direito de propriedade.
A titularidade dos recursos só é adquirida com o levantamento, sem oposição, isso sem prejuízo de
questionamento a posteriori da sua regularidade. 6. Para que haja o efetivo cumprimento da obrigação,
exige-se do credor o ato processual executório subsequente, que é o levantamento. E, não o fazendo,
sofre as consequências processuais, previstas em lei, decorrentes da sua omissão. 7. Sobre a prescrição,
deve ser observada a disciplina dos artigos 1º e 5º do Decreto nº. 20.910/32, ao estabelecer que: "as
dívidas passivas da União, dos Estados e dos Municípios, bem assim todo e qualquer direito ou ação
contra a Fazenda Federal, Estadual ou Municipal, seja qual for a sua natureza, prescrevem em cinco anos
contados da data do ato ou fato do qual se originarem" e “não tem efeito de suspender a prescrição a
demora do titular do direito ou do crédito ou do seu representante em prestar os esclarecimentos que lhe

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forem reclamados ou o fato de não promover o andamento do feito judicial ou do processo administrativo
durante os prazos respectivamente estabelecidos para extinção do seu direito à ação ou reclamação”.
Ressalte-se, por oportuno, a Súmula nº 150 do STF, que dispõe: "Prescreve a execução no mesmo prazo
da prescrição da ação". 8. Termo a quo do prazo prescricional. Uma vez depositado o valor, o prazo
prescricional, na forma dos art. 1º c/c art. 5º do Decreto 20.910/1932, deve ser contado a partir da data da
intimação do depósito, quando configurada a paralisação do feito pelo credor. No mesmo sentido,
precedente da 1ª TR, no recurso de Agravo nº 0000327-60.2018.4.01.9340, Relator Juiz Rui Costa
Gonçalves, julgado na sessão de 22/08/2019. 9. Com efeito, já dispunha o art. 48 da Resolução CJF n.
168/2011, que “o tribunal regional federal comunicará a efetivação do depósito ao juízo da execução, e
este cientificará as partes”. Com a obrigação do Juízo da execução de cientificar as partes sobre o
depósito dos valores, correto afirmar que apenas depois dessa ciência é que se pode iniciar a contagem
do prazo prescricional para o credor exercer a sua pretensão de levantamento dos valores depositados e
postos a sua disposição. 10. Tendo-se em visa que a Requisição de Pequeno Valor - RPV foi expedida
em setembro/2013, há de ser verificado se ocorreu ou não a extinção, pelo advento da prescrição, do
crédito depositado pela parte ré, lembrando-se que o valor em comento se encontrava à disposição do
Juízo da execução, não integrando de imediato o patrimônio da parte autora até o momento de seu
efetivo levantamento. 11. No caso, deixou o Juízo de promover a necessária cientificação do credor de
que ocorrera o depósito da mencionada importância, motivo pelo qual não se iniciou a contagem do prazo
da prescrição intercorrente, dado que inércia não houve, na medida em que a parte credora

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desconhecia a possibilidade concreta de fazer o levantamento do valor respectivo, em decorrência do que
a decisão recorrida merece reparo. 12. Provimento do recurso, na forma de agravo de instrumento,
interposto pela parte autora, para afastar a prescrição intercorrente pronunciada no âmbito do Juízo de
primeiro grau e, consequentemente, determinar a reexpedição de Requisição de Pequeno Valor,
conforme título executivo judicial constituído no processo de origem. 13. Oficie-se ao Juízo Federal de
origem para ciência e cumprimento da presente decisão, inclusive mediante o desarquivamento do
processo principal, se for o caso. ACÓRDÃO Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, DAR
PROVIMENTO ao agravo de instrumento da parte autora. Brasília, 23 de outubro de 2019.

CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1

PROCESSO Nº : 0000391-70.2018.4.01.9340 RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO


CASTRO MARTINS RECORRENTE (S) : JONAS SOMBRA RODRIGUES E OUTRO(S) ADVOGADO (S)
: DF0001672A - SOLANGE MARIA DE CARVALHO CAVALCANTE RECORRIDO (S) : UNIAO FEDERAL
ADVOGADO (S) :
EMENTA

PROCESSUAL. RECURSO NA FORMA DE AGRAVO DE INSTRUMENTO. LEVANTAMENTO DE


NUMERÁRIO ORIGINÁRIO DE REQUISIÇÃO DE PEQUENO VALOR – RPV. CONTAGEM DO PRAZO
PRESCRICIONAL A PARTIR DA DATA DA INTIMAÇÃO DA PARTE. AUSÊNCIA DE INTIMAÇÃO DO
DEPÓSITO DE SEU CRÉDITO. NÃO CONFIGURAÇÃO DA INÉRCIA. NÃO OCORRÊNCIA DA
PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. ASSEGURAMENTO DE REEXPEDIÇÃO DA RPV. PROVIMENTO
DO RECURSO. 1. Agravo de Instrumento interposto pela parte autora RAIMUNDA NONATA SOMBRA
em face de decisão que negou a expedição de novo ofício requisitório, nos termos do art. 3º da Lei n.
13.463/17, por entender que ocorreu a prescrição quinquenal intercorrente. A RPV anteriormente
expedida fora cancelada em razão do disposto no art. 2º da Lei n. 13.463/17: “Ficam cancelados os
precatórios e as RPV federais expedidos e cujos valores não tenham sido levantados pelo credor e
estejam depositados há mais de dois anos em instituição financeira oficial” (processo originário n.
0054787-52.2007.4.01.3400). 2. Razões recursais: (a) inexiste prescrição, pois não se está reabrindo a
283

execução, não havendo mais nada a ser debatido acerca do direito de crédito. Após o depósito da RPV
os valores passam a fazer parte do patrimônio jurídico do autor e o pedido de nova RPV é mero incidente
processual; (b) no caso remotíssimo de se entender pela prescrição, que seja contada a partir da vigência
da Lei n. 13.463/17, que instituiu o “confisco”, porquanto antes desse diploma normativo, os valores
permaneciam indefinidamente à disposição do exequente na instituição financeira; (c) defende a
inconstitucionalidade material e formal da Lei n. 13.463/17, mormente considerando que impõe “prazo de
validade” aos precatórios, limitação não prevista na Constituição Federal e que não poderia ser
estabelecida pelo legislador ordinário, sob pena de ofensa ao art. 100, caput e §5º, da CF; e (d) não seria
possível a aplicação do art. 924, V, do CPC/15 (prescrição intercorrente), pois o novo regramento, nos
termos do art. 1056, somente começa a contar a partir da vigência do novel códex, ocorrida em

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
17/3/2016. 3. Com contrarrazões. 4. Decisão. Como bem ressaltado pelo juízo a quo, no âmbito do
procedimento de cumprimento da obrigação de pagar, por meio de Requisições de Pequeno Valor -
RPVs, da Justiça Federal, foi-se instituído um procedimento de abertura de conta em nome do credor,
exclusivamente para crédito dos valores oriundos das RPVs. Assim, dispensa-se a lavratura de alvarás,
dado o grande volume de requisições e pelo fato de na maior parte das vezes não haver qualquer óbice
ao levantamento dos recursos financeiros. Todavia, a conta fica à

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disposição do juízo, que pode bloquear, retificar, gerir com a autonomia jurisdicional própria aquela conta.
Consigne-se que a sua natureza jurídica é a de ato do devedor em cumprimento da obrigação de pagar,
colocando à disposição do juízo o montante necessário à satisfação do débito. Nesse sentido, a conta
aberta em nome da parte é somente o meio mais célere para efetivar o cumprimento da obrigação, ao
invés do juízo expedir alvará de levantamento. Ou seja, mesmo a conta estando em nome da parte, os
recursos estão à disposição do juízo, não da parte. Assim, não se incorporou ao patrimônio jurídico da
parte o depósito lá efetuado. 5. Isso deixa claro que, mesmo sendo aberta a conta em nome do credor,
não há, desde logo, a transferência dos recursos para a sua titularidade, passando então a integrar o seu
patrimônio, hipótese em que a Lei 13.463/17 seria inconstitucional, por violação ao direito de propriedade.
A titularidade dos recursos só é adquirida com o levantamento, sem oposição, isso sem prejuízo de
questionamento a posteriori da sua regularidade. 6. Para que haja o efetivo cumprimento da obrigação,
exige-se do credor o ato processual executório subsequente, que é o levantamento. E, não o fazendo,
sofre as consequências processuais, previstas em lei, decorrentes da sua omissão. 7. Sobre a prescrição,
deve ser observada a disciplina dos artigos 1º e 5º do Decreto nº. 20.910/32, ao estabelecer que: "as
dívidas passivas da União, dos Estados e dos Municípios, bem assim todo e qualquer direito ou ação
contra a Fazenda Federal, Estadual ou Municipal, seja qual for a sua natureza, prescrevem em cinco anos
contados da data do ato ou fato do qual se originarem" e “não tem efeito de suspender a prescrição a
demora do titular do direito ou do crédito ou do seu representante em prestar os esclarecimentos que lhe
forem reclamados ou o fato de não promover o andamento do feito judicial ou do processo administrativo
durante os prazos respectivamente estabelecidos para extinção do seu direito à ação ou reclamação”.
Ressalte-se, por oportuno, a Súmula nº 150 do STF, que dispõe: "Prescreve a execução no mesmo prazo
da prescrição da ação". 8. Termo a quo do prazo prescricional. Uma vez depositado o valor, o prazo
prescricional, na forma dos art. 1º c/c art. 5º do Decreto 20.910/1932, deve ser contado a partir da data da
intimação do depósito, quando configurada a paralisação do feito pelo credor. No mesmo sentido,
precedente da 1ª TR, no recurso de Agravo nº 0000327-60.2018.4.01.9340, Relator Juiz Rui Costa
Gonçalves, julgado na sessão de 22/08/2019. 9. Com efeito, já dispunha o art. 48 da Resolução CJF n.
168/2011, que “o tribunal regional federal comunicará a efetivação do depósito ao juízo da execução, e
este cientificará as partes”. Com a obrigação do Juízo da execução de cientificar as partes sobre o
depósito dos valores, correto afirmar que apenas depois dessa ciência é que se pode iniciar a contagem
do prazo prescricional para o credor exercer a sua pretensão de levantamento dos valores depositados e
postos a sua disposição. 10. Tendo-se em visa que a Requisição de Pequeno Valor - RPV foi expedida
em abril/2012, há de ser verificado se ocorreu ou não a extinção, pelo advento da prescrição, do crédito
depositado pela parte ré, lembrando-se que o valor em comento se encontrava à disposição do Juízo da
execução, não integrando de imediato o patrimônio da parte autora até o momento de seu efetivo
levantamento. 11. No caso, deixou o Juízo de promover a necessária cientificação do credor de que
ocorrera o depósito da mencionada importância, motivo pelo qual não se iniciou a contagem do prazo da
prescrição intercorrente, dado que inércia não houve, na medida em que a parte credora

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2ª TURMA RECURSAL

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desconhecia a possibilidade concreta de fazer o levantamento do valor respectivo, em decorrência do que
a decisão recorrida merece reparo. 12. Provimento do recurso, na forma de agravo de instrumento,
interposto pela parte autora, para afastar a prescrição intercorrente pronunciada no âmbito do Juízo de
primeiro grau e, consequentemente, determinar a reexpedição de Requisição de Pequeno Valor,
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conforme título executivo judicial constituído no processo de origem. 13. Oficie-se ao Juízo Federal de
origem para ciência e cumprimento da presente decisão, inclusive mediante o desarquivamento do
processo principal, se for o caso. ACÓRDÃO Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, DAR
PROVIMENTO ao agravo de instrumento da parte autora. Brasília, 23 de outubro de 2019.

CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
PROCESSO Nº : 0000050-10.2019.4.01.9340 RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO
CASTRO MARTINS RECORRENTE (S) : UNIAO FEDERAL ADVOGADO (S) : - FABIO TESOLIN
RODRIGUES RECORRIDO (S) : IRENE ROZI FLIZICOSKI CRUZ ADVOGADO (S) : MG0095876A -
ERALDO LACERDA JUNIOR
EMENTA AGRAVO DE INSTRUMENTO. DECISÃO INTERLOCUTÓRIA PROFERIDA EM SEDE DE
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. HOMOLOGAÇÃO DE CÁLCULOS. TÍTULO INEXEQUIVEL.
RECURSO PROVIDO. DECISÃO REFORMADA. 1. Agravo de Instrumento interposto pela União contra
decisão que, em sede de cumprimento de sentença, homologou os cálculos apresentados pela
Contadoria Judicial (processo originário n. 0009688-78.2015.4.01.3400). 2. A ré alega, sucintamente, que
a decisão ofende a coisa julgada e os limites da lide, em manifesto excesso de execução. 3. Sem
contrarrazões. 4. Decisão. A parte autora Irene Rozi Flizicoski Cruz, pensionista do Ministério do
Trabalho desde 3/4/2012 (Mat. 05579953), ajuizou ação objetivando o direito à paridade remuneratória
com os servidores da ativa do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes - DNIT, para lhe
ser estendidas todas as vantagens financeiras decorrentes da Lei n. 11.171/2005. 5. Esclareça-se que o
instituidor da pensão, Manoel Juvenal da Cruz, era servidor aposentado do extinto Departamento de
Estrada e Rodagem – DNER, no cargo de motorista oficial. 6. No início do processo originário (n.
0009688-78.2015.4.01.3400) foi detectada prevenção em relação ao processo n. 0091994-
41.2014.4.01.3400 (17ª VF/SJDF – referido processo encontra-se em tramitação no JEF sob a numeração
0042920-47.2016.4.01.3400). Na oportunidade, a autora esclareceu que nos autos preventos os autores
“objetivam sim o reenquadramento na tabela remuneratória do DNIT, contudo, naquela demanda o que se
postula é o direito dos herdeiros na matrícula 0865713, referente a período diverso do postulado pela
pensionista na presente demanda, conforme comprova a inicial anexa”. 7. Portanto, nos autos em
epígrafe a lide está delimitada a condição da autora como pensionista. A sentença foi procedente e
transitou em julgado 26/5/2017. 8. Em sede de cumprimento de sentença, a União informou que a autora
já teria se beneficiado de título executivo judicial extraído da ação coletiva nº 0006542-44.2006.4.01.3400,
e requereu a extinção da fase executiva. 9. Diante das alegações, a Contadoria Judicial informou que a
obrigação de fazer consistente no reenquadramento funcional do instituidor da pensão nos Plano de
Cargos do DNIT foi cumprida a partir dez/2011; e posteriormente apresentou cálculos relativos às
parcelas pretéritas de fev/2010 a junho/2011, no valor de R$ 52.112,90.

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2F92AEAE118D079A256007CB0E5C2D67
10. Pois bem, se o reenquadramento funcional do instituidor da pensão nos Planos de Cargos do DNIT
ocorreu em dez/2011 e a pensão instituída somente a partir de 3/4/2012, a União tem razão ao afirmar
que não existem valores a serem executados na condição de pensionista (Mat. 05579953). 11. Por outro
lado, a planilha de cálculos elaborada pela SECAJ é referente ao período de fevereiro/2010 a junho/2011,
e diz respeito aos valores passíveis de serem reconhecidos e executados nos autos do processo n.
0042920-47.2016.4.01.3400, no qual a autora também figura como parte, mas na condição de herdeira do
servidor falecido (Mat. 0865713). O pagamento em duplicidade configuraria enriquecimento ilícito da
parte. 12. Recurso da parte ré provido. Decisão reformada para reconhecer a inexigibilidade do titulo
judicial constituído nos autos. ACÓRDÃO Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, DAR
PROVIMENTO ao agravo de instrumento interposto pela parte autora. Brasília, 9 de outubro de 2019.

CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1

PROCESSO Nº : 0000158-39.2019.4.01.9340 RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO


CASTRO MARTINS RECORRENTE (S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO (S) : RECORRIDO (S) : JOAO BATISTA BERNARDES ADVOGADO (S) : DF00035029 -
FABIO CORREA RIBEIRO
EMENTA AGRAVO DE INSTRUMENTO. VALOR DA ALÇADA. PRESTAÇÕES VENCIDAS À DATA DO
AJUIZAMENTO DA AÇÃO MAIS O MONTANTE DE 12 PRESTAÇÕES VINCENDAS, LIMITADA A SOMA
DAS PARCELAS A 60 SALÁRIOS MÍNIMOS. RECURSO PROVIDO. 1. Agravo de instrumento interposto
285

pelo INSS, com pedido de efeito suspensivo, contra decisão que ratificou decisão anterior de
homologação de cálculos, no valor de R$ 98.099,61, e determinou a expedição de precatório em favor da
parte autora. 2. O réu sustenta que o valor realmente devido seria de R$ 87.996,99. Aduz, em apertada
síntese, que não foram incluídas no valor de alçada do JEF (60 salários mínimos vigente à data do
ajuizamento da ação) as doze parcelas vincendas (processo de origem n. 006489477.2015.4.01.3400). 3.
Com contrarrazões. 4. Decisão. A parte autora teve reconhecido o direito à concessão do benefício de
aposentadoria por tempo de contribuição, desde 1/7/2015, com pagamento das parcelas retroativas
corrigidas pelo INPC e juros de mora em observância da Lei n. 11.960/09. 5. Segundo os cálculos
apresentado pelo INSS, as parcelas vencidas até o ajuizamento da ação representam R$ 13.989,53
(período de 1/7/2015 a 30/10/2015). Esse valor estaria dentro do limite de alçada do JEF de 60 (sessenta)

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salários mínimos vigente à época do ajuizamento da ação em 30/10/2015, qual seja R$ 47.280,00. Nessa
perspectiva, o autor teria a receber R$ 98.099,61. 6. Mas, se na apuração do valor de alçada forem
incluídas às doze parcelas vincendas, chegar-se-ia ao valor de R$ 55.759,85 (soma das parcelas
vencidas + as doze parcelas vincendas). Isso ficaria acima do limite de alçada do JEF á época do
ajuizamento (R$ 47.280,00). 7. Assim, com a inclusão das doze parcelas vincendas na apuração da
alçada e a limitação ao teto de 60 salários mínimos ao tempo do ajuizamento, o valor a ser executado
seria de R$ 87.996,99. Resumidamente: Ajuizamento 60 SM na data do ajuizamento Fórmula de cálculo
do valor de alçada Situação Valor a receber

30/10/2015

R$ 47.280,00

(salário mínimo no valor de R$


Somente as parcelas vencidas (1/7/2015 a 30/10/2015)

R$ 13.989,53
Abaixo do teto R$ 98.099,61

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2ª TURMA RECURSAL

0929F726971E696C3F2BF6B2A64A55F5
788,00) Soma das parcelas vencidas + as 12 vincendas

R$ 55.759,85
Acima do teto (limitação a 60 SM)
R$ 87.996,99
8. Alçada de 60 (sessenta) salários mínimos. Inclusão das 12 (doze) parcelas vincendas. Nas ações com
obrigações por tempo indeterminado, o valor da causa - que deverá corresponder ao efetivo proveito
econômico pretendido pelo autor - corresponderá à soma total das prestações vencidas à data do
ajuizamento mais o montante de 12 (doze) prestações vincendas (art. 292, §§ 1º e 2º, do NCPC/15). Para
fins de fixação da competência do JEF, esta soma fica limitada a 60 (sessenta) salários mínimos. 9.
Assim, para fins de corte de alçada/renúncia para fins de definição de competência do JEF deverá ser
considerada a soma das parcelas vencidas até o ajuizamento da ação e o montante correspondente a
doze parcelas vincendas nas obrigações de trato sucessivo (valor da causa), limitadas a sessenta salários
mínimos. 10. Esse entendimento já foi aplicado por essa 2ª Turma Recursal: processo n.
000020518.2016.4.01.9340; processo n. 0000063-82.2014.4.01.9340; processo n.
005209366.2014.4.01.3400; e, processo n. 0045244-78.2014.4.01.3400, todos dessa Relatoria. 11. No
mesmo sentido, os seguintes precedentes da TNU: (PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO DE
INTERPRETAÇÃO DE LEI FEDERAL 00088266220144013200, JUIZ FEDERAL FÁBIO CESAR DOS
SANTOS OLIVEIRA, DOU 27/01/2017 PÁG. 101/164); e, (PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO DE
INTERPRETAÇÃO DE LEI FEDERAL 00188647020134013200, JUIZ FEDERAL FÁBIO CESAR DOS
SANTOS OLIVEIRA, DOU 27/01/2017). 12. Vale destacar que “(...) Após a demanda, os valores
atrasados, ou seja, os valores da condenação, não se sujeitam à limitação dos 60 (sessenta) salários
mínimos, daí a redação cristalina do artigo 17, §4º da Lei nº 10.259/01. Foi nesse sentido a aprovação da
Súmula nº 17 da TNU: para que não se interprete o ingresso nos Juizados Especiais Federais, como
renúncia à execução de valores da condenação superiores a tal limite repita-se, pois diferente de valor da
causa. Igualmente importante consignar que, por outro lado, o que se consolidou não foi a possibilidade
do autor da demanda não renunciar ao excedente e, ao fim arguir, maliciosamente, a ausência de sua
renúncia para tudo receber, sem qualquer desconto, até mesmo porque estamos tratando de questão de
competência absoluta” (PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO DE INTERPRETAÇÃO DE LEI FEDERAL
00079844320054036304, JUIZ FEDERAL FÁBIO CESAR DOS SANTOS OLIVEIRA, DOU 10/06/2016
PÁGINAS 133/247). 13. Provimento do agravo de instrumento interposto pela parte ré, para acolher os
286

cálculos do INSS no valor de R$ 87.996,99 (oitenta e sete mil, novecentos e noventa e seis reais e
noventa em nove centavos), atualizados até 10/2018.

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Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
2ª TURMA RECURSAL

0929F726971E696C3F2BF6B2A64A55F5
ACÓRDÃO Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, DAR PROVIMENTO ao recurso da
parte ré. Brasília, 9 de outubro de 2019.

CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1

PROCESSO Nº : 0000103-88.2019.4.01.9340 RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO


CASTRO MARTINS RECORRENTE (S) : JOSE DOS ANJOS DA CUNHA LEITE ADVOGADO (S) :
DF00016858 - NILTON LAFUENTE E OUTRO(S) RECORRIDO (S) : INSTITUTO NACIONAL DE
SEGURO SOCIAL-INSS ADVOGADO (S) :

EMENTA AGRAVO DE INSTRUMENTO. DECISÃO INTERLOCUTÓRIA PROFERIDA EM FASE DE


CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. DIVERGENCIA QUANTO À OBRIGAÇÃO DE FAZER. VALOR DA
RMI. NECESSIDADE DE APURAR AS DIVERGÊNCIAS ENTRE O VALOR ENCONTRADO PELO REU E
AQUELE APRESENTADO PELO AUTOR. RECURSO PROVIDO. 1. Agravo de instrumento interposto
por JOSE DOS ANJOS DA CUNHA LEITE, com contra decisão que reconheceu o adimplemento das
obrigações constantes do título executivo judicial e determinou o arquivamento dos autos (processo
originário n. 0020778-83.2015.4.01.3400). 2. O autor alega (a) que obteve administrativamente o
benefício de aposentadoria por tempo de contribuição n. 169.507.589-4, em 15/7/2014 (DIB), com RMI
inicialmente fixada em R$ 1.174,13, devido à aplicação do fator previdenciário. Ajuizou demanda
objetivando a conversão do benefício inicial em aposentadoria especial, o que resultaria numa RMI em
100% do salário de benefício (sem fator previdenciário). Conforme o cálculo inicial do INSS, essa RMI
seria no valor de R$ 1.914,77; (b) a sentença julgou procedente o pedido do autor, e determinou a
conversão da aposentadoria por tempo de contribuição em aposentadoria especial, desde o requerimento
administrativo, em 15/7/2014; (c) acontece, que, quando foi implementada, por ordem judicial, a
aposentadoria especial (NB 173.703.189-0), a autarquia apresentou, para o mesmo período básico de
cálculos, uma nova memória de cálculo com RMI no valor de R$ 1.852,23. O autor impugnou a planilha
apresentada pelo INSS, fazendo menção expressa em relação à divergência quanto ao valor da RMI e
obteve êxito. Quando da expedição da RPV, referente à obrigação de pagar, o juízo a quo acatou os
cálculos do autor (decisão proferida em 11/6/2018, nos autos principais n. 0020778-83.2015.4.01.3400).
Todavia, ao ser discutida a obrigação de fazer, entendeu que a demanda seria de concessão de benefício
e não de revisão de RMI. Pretende o agravante que, quando do cumprimento da obrigação de fazer, seja
observada a RMI de 100% do valor inicialmente apurado pelo INSS que seria de R$ 1.914,77, e não R$
1.852,23. 3. Com contrarrazões. 4. Decisão. Observa-se que quando foi realizado o cálculo da
aposentadoria por tempo de contribuição n. 169.507.589-4, o INSS apurou 206 salários de contribuição
para o período básico de cálculo – PBC (julho/1994 a junho/2014). A média dos salários de contribuição –
MSC resultou no valor de R$ 1.914,77; e o salário de benefício - SB (MSC x fator previdenciário)/RMI
encontrado foi de R$ 1.174,13. 5. Quando da conversão do benefício inicial em aposentadoria especial,
em tese, deveria ter sido mantido os mesmos salários de contribuição, já que ficou mantida a DIB em
15/7/2014 e

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E3D1100DF2203543D2030804777255E9
os cálculos dos benefícios só divergem quanto à incidência do fator previdenciário. Contudo, observa-se
que o INSS encontrou para o mesmo período básico de cálculo – PBC (julho/1994 a junho/2014) 237
salários de contribuição, foram incluídas nesse segundo cálculo as competências de setembro/1994,
outubro/2000 a fevereiro/2002, abril/2002 e janeiro/2006 a dezembro/2006. O MSC/salário de benefício
287

encontrado foi de R$ 1.852,23. 6. Em consulta ao CNIS, não há registro de contribuições para as


competências de setembro/1994, outubro/2000 a fevereiro/2002 e abril/2002. E os salários considerados
pelo INSS nas competências de janeiro/2006 a dezembro/2006 divergem daqueles registrados no CNIS,
sugerindo que existe de fato erro na apuração da RMI da aposentadoria especial. 7. Como já ressaltado,
o autor teve reconhecido o direito a conversão da aposentadoria por tempo de contribuição em
aposentadoria especial, benefícios que divergem no cálculo somente em relação ao fator previdenciário.
Além disso, na obrigação de pagar fora considerada no cálculo à RMI de R$ 1.914,77, como apresentado
pelo autor (obrigação de pagar). 8. Assim, observa-se que a obrigação de fazer ainda não restou
completamente adimplida, devendo ser assegurado ao autor discutir os valores da RMI. 9. Provimento
parcial do agravo de instrumento interposto pela parte autora, para que os autos sejam desarquivados

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pelo juízo a quo e seja dada continuidade no cumprimento de sentença, para se examinar as divergências
das partes quanto ao cumprimento integral da obrigação de fazer, com a correta apuração do valor da
RMI do benefício de aposentadoria especial. ACÓRDÃO Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por
unanimidade, DAR PROVIMENTO PARCIAL ao agravo de instrumento da parte autora. Brasília, 9 de
outubro de 2019.

CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1

PROCESSO Nº : 0000185-22.2019.4.01.9340 RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO


CASTRO MARTINS RECORRENTE (S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO (S) : RECORRIDO (S) : CARLYANE STEFANY CAMPOS LUSTOSA ADVOGADO (S) :

EMENTA

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EMPREGADA PÚBLICA. SALÁRIO MATERNIDADE. FILHO


PREMATURO. PRORROGAÇÃO DO BENEFÍCIO PELO PERÍODO DE INTERNAÇÃO. POSSIBILIDADE.
A MÃE SÓ PASSOU A TER CONTATO FÍSICO COM OS FILHOS NO MOMENTO EM QUE OCORREU
A ALTA. EMBARAÇO À CONSTITUIÇÃO PLENA DA RELAÇÃO DE MATERNIDADE. RECURSO
DESPROVIDO. 1. Agravo de instrumento interposto pelo INSS, com pedido de efeito suspensivo, em
face de decisão que deferiu medida cautelar para determinar ao réu “que promova a prorrogação da
licença-maternidade da Autora pelo tempo que perdurar a internação de seu filho em Unidade de Terapia
Intensiva – UTI” (processo originário n. 0008495-86.2019.4.01.3400). 2. O réu alega (a) que não existe
previsão legal para a prorrogação de salário maternidade, além de doença de terceiro não ser fato gerado
do benefício; (b) que a decisão viola a Separação de Poderes, já que o Judiciário estaria exercendo a
função de legislador positivo; (c) que se estaria violando o princípio da legalidade estrita e da vinculação
dos recursos para o pagamento de benefícios previdenciários (prévia fonte de custeio e preservação do
equilíbrio financeiro atuarial); (d) que a decisão cria uma resposta fácil para um problema social complexo.
O filho não contribui, logo, não pode através da sua genitora perceber benefício previdenciário. A autora
pretende socializar um risco privado; (e) que há flagrante periculum in mora reverso, já que dificilmente o
INSS poderá cobrar os valores indevidamente pagos. 3. Foi deferido efeito suspensivo ao agravo de
instrumento, tendo em vista a decisão da TNU proferida nos autos do PEDILEF n. 0513797-
95.2016.4.05.8100 (Rel. Juiz Federal Fernando Moreira Gonçalves, j. 21/6/2018). 4. A parte autora,
assistida pela DPU, interpôs agravo interno, bem como apresentou contrarrazões ao agravo de
instrumento. 5. O MPF opinou pelo não provimento do recurso. 6. Decisão. A autora, Carlyane Stefany
Campos Lustoza, é mãe do menor Bernardo Miranda Campos, nascido prematuramente em 14/11/2018,
com vinte e oito semanas. Devido ao quadro grave de saúde, a criança foi submetida a diversos
procedimentos médicos e desde seu nascimento até 24/4/2019 ficou internada na UTI (161 dias),
necessitando do acompanhamento próximo da mãe. Acontece que o salário maternidade cessou em
12/3/2019 (depois de transcorridos os 120 dias contados da data do parto). Assim, a agravada moveu a
presente ação para assegurar a prorrogação do salário maternidade pelo tempo em que permanecer
acompanhando o filho internado na UTI ou, subsidiariamente, até que se complete 180 dias.

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7. Inicialmente, foi deferido efeito suspensivo a decisão de primeiro grau, com fundamento no precedente
da TNU firmado nos autos do PEDILEF n. 0513797-95.2016.4.05.8100 (Rel. Juiz Federal Fernando
Moreira Gonçalves, j. 21/6/2018), que entendeu ser incabível a prorrogação do benefício do salário
maternidade, ante a inexistência de previsão legal e de ausência de fonte de custeio para o pagamento
do benefício por prazo superior a 120 (cento e vinte) dias. 8. Mas, na sessão de 9/10/2019, no processo
n. 0000102-06.2019.4.01.9340 (Rel. Juiz David Wilson de Abreu Pardo), esta Turma Recursal manteve o
entendimento anterior, firmado no precedente n. 0000345-18.2017.4.01.9340 (Rel. Juíza Federal Cristiane
Pederzolli Rentzsch, j. 11/4/2018, e-DJF1 de 17/5/2018). Confira-se: 5. O fundamento da prorrogação do
288

benefício decorre do fato de ser a licençamaternidade um direito social, garantido constitucionalmente


(artigo 7º, XVIII da CR), interpretado sob a perspectiva da proteção integral da saúde e bem-estar da
criança, que, nascendo de forma prematura, apresentará fragilidade natural que demanda mais tempo de
atenção, carinho, cuidados e contato com sua mãe, o que impõe a contagem do prazo respectivo a partir
da alta médica recebida pelo recémnascido. 6. O artigo 227 da Constituição Federal diz que é dever da
família, da sociedade e do Estado assegurar prioritariamente os direitos das crianças. No caso, há
convergência de interesses do direito buscado pela mãe com os direitos da criança, pois, evidente o
direito fundamental da convivência que ampara pais e filhos. 7. A lei fixando o início da licença-
maternidade inapelavelmente a partir da data do parto do prematuro não está de acordo com a proteção
especial constitucional, considerando as graves circunstâncias em que ficam envolvidos os prematuros.

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Falha constitucionalmente a lei, ao não fazer qualquer consideração sobre o caráter distintivo da situação,
outorgando o mesmo tratamento que é dado ao caso do recém-nascido não prematuro saudável. 8. A
TR2/JEF/DF assim decidiu, em caso anterior, quanto à licença-maternidade mais elástica para servidora
estatuária cujo filho, nascido por parto prematuro, permaneceu internado em UTIN (UTI Neonatal), dada
sua fragilidade, postergando o início da relação saudável entre ambos. Com efeito, disse a Turma, no
julgamento do Recurso Inominado n. 0029996-04.2016.4.01.3400, Sessão de Julgamento de 9/5/2018: ...
12. Segundo informativos dados a conhecimento público, os recém-nascidos prematuros apresentam as
seguintes complicações: a) problemas respiratórios, pois nascem carentes de surfactante, proteína
produzida nos pulmões permitindo que eles se encham de ar, exigindo ventilação mecânica até que os
pulmões amadureçam, ou mesmo medicação; b) problemas cardíacos, como persistência do canal
arterial, que normalmente se fecha após nascimento do não prematuro, permitindo a este que o sangue
chegue aos pulmões - quando persiste o canal arterial, exigi-se medicação ou mesmo intervenção
cirúrgica; c) problema intestinais, como baixa tolerância à alimentação, distensão abdominal, a exigir
dieta, alimentação intravenosa, administração de antibióticos ou mesmo intervenção cirúrgica; d)
problema cerebral, pois pode ocorrer hemorragia cerebral intraventricular; e) retinopatia,

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mediante o crescimento desorganizado dos vasos sanguíneos que chegam à retina. 13. Diante dessas
complicações, os bebês prematuros costumam ter suas idades pós-parto, inclusive, clinicamente fixadas
levando em consideração as semanas faltantes para as 40 semanas completas. A assim chamada "Idade
Corrigida" é utilizada na prática médica para avaliar de forma mais adequada o desenvolvimento físico,
intelectual e comportamental do bebê prematuro, pelo menos nos primeiros meses de vida, que pode ser
diferente do padrão típico do bebê que nasceu de 40 semanas e veio saudável ao mundo. 14. A situação
distinta dos recém-nascidos prematuros, quando comparada à dos recém-nascidos não prematuros
saudáveis, joga luz sobre o conceito legal da licença-maternidade. Este termo é mais apropriado do que o
da "licença gestante", pois a gestação pode ter um sentido meramente biológico, definida como o período
de cerca de 40 semanas entre a concepção e o parto. Já a maternidade designa verdadeira relação de
prestação de cuidados, envolvimento afetivo, em medidas variáveis. Este último conceito está mais de
acordo com o tratamento jurídico que faz referência à criação de vínculos afetivos e o estímulo ao
desenvolvimento integral da criança (art. 8º, § 7º, ECA, na redação da Lei n. 13.257/2016). 15. É dizer, a
maternidade não é definida com os olhos voltados apenas para a mãe, e nem mesmo apenas para o
bebê. Pode melhor ser conceitualmente apreendida como a relação complexa e delicada entre mãe e
filho(a), que acarreta cuidados especiais de quem da à luz frente a um ser dependente desses cuidados
especiais dos adultos. O propósito, de novo, é o da criação de vínculos afetivos e o estímulo ao
desenvolvimento integral da criança. 16. Ora, pelas complicações enumeradas, os recém-nascidos
prematuros exigem cuidados ainda mais especiais, demandando, ainda, a participação direta de terceiros,
além dos pais, distinguindo-se essa condição da dos recém-nascidos não prematuros saudáveis. Decorre
de tais complicações a internação em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN). Pela Portaria n. 930
do Ministério da Saúde, de 10.5.2012, a UTIN constitui serviço hospitalar voltado para atendimento de
recém-nascido grave ou com risco de morte. Nele, necessário equipe multiprofissional especializada,
equipamentos específicos e tecnologia adequada ao diagnóstico e terapêutica dos recémnascidos graves
ou com risco de morte. 17. No âmbito de uma UTIN, portanto, a relação mãe/bebê encontra pesadas
barreiras para o seu pleno desenvolvimento, não existentes quando o recémnascido é um não prematuro
saudável que não precisa daquele serviço. A função desembaraçada da mãe pode propiciar um ambiente
em que o bebê pode evoluir e desenvolver seu potencial de crescimento e amadurecimento, ou, nas
palavras da legislação, a criação de vínculos afetivos e o estímulo ao desenvolvimento integral da criança.
Por essa concepção, a licençamaternidade tem o propósito de tornar possível a criação do ambiente
maternal apto a lidar com a fragilidade psicobiológica inicial do recémnascido. Plausível afirmar que,
durante o período de UTIN do recém-nascido prematuro, a possibilidade de criação de um genuíno
ambiente dessa

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natureza está materialmente comprometida, de um modo como não está quando o recém-nascido é um
não prematuro saudável que não precisa ser internado em UTIN. 18. O fato de a lei possibilitar o início da
licença-maternidade antes do parto não prematuro (1º dia do 9º mês de gestação), conforme art. 207, §
1º, Lei n. 8.112/1990, não desfaz essa interpretação. Como dito, a lei se refere ao parto não prematuro,
ao mencionar o 1º dia do 9º mês de gestação, e, na relação mãe/bebê saudável, as últimas semanas da
gestação e as primeiras após o parto formam um continuum (Winnicott). Aqui se está falando em tese de
recém-nascido não prematuro saudável, podendo a licença antes do parto ser compreendida com base
na própria relação de maternidade: a mãe se afasta do serviço antes do parto para melhor se cuidar para
tal ato e mais bem se preparar para criar o ambiente maternal apto a lidar com a fragilidade psicobiológica

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inicial do recém-nascido. 19. Por essa interpretação, ao fixar o início da licença-maternidade
inapelavelmente na data do parto, no caso de nascimento prematuro, a lei não tratou a situação
considerando toda a sua especificidade. Quando comprovadamente, como no caso sob julgamento, em
que há prova de internação em UTIN, está materialmente comprometida a possibilidade de criação de
logo de um genuíno ambiente maternal apto a lidar com a fragilidade psicobiológica inicial do recém-
nascido, então essa imposição legal inapelável do início da licença a partir do parto pode ser tomada
como violação da igualdade fática. 20. Destarte, entendendo que o princípio constitucional da isonomia
acolhe também a igualdade fática ("Não há outro modo de concretizar o valor constitucional da igualdade
senão pelo decidido combate aos fatores reais de desigualdade" - STF, ADI 3.330, rel. min. Ayres Britto,
DJE de 22.3.2013), então o dispositivo da Lei n. 8.112/1990 que fixa o início da licençamaternidade
inapelavelmente na data do parto, no caso de nascimento prematuro, ao não considerar sequer a
necessidade de avaliar a grave situação de maneira distinta, torna-se suspeito de não estar de acordo
com a Constituição. 21. Para se afastar da suspeita de violar o princípio constitucional da isonomia, no
caso sob julgamento, o início da licença-maternidade deve ser fixado a partir de quando a relação
desembaraçada entre a mãe e o bebê se torna mais viável. O marco razoavelmente objetivo é o da saída
do bebê da UTIN, quando, então, as pesadas restrições clínicas já se dissipam. Foi esse marco que o
Juízo sentenciante deste caso levou em conta, para estender o tempo da licença-maternidade, acolhendo
em parte o pedido inicial. 22. A propósito, a dificuldade de criação imediata do ambiente maternal
desembaraçado apto a lidar com a fragilidade psicobiológica do recémnascido prematuro torna ainda
mais urgente, quiçá mesmo dramática, a licença-maternidade ulterior. Além de a fragilidade psicobiológica
do recémnascido prematuro em princípio ser maior que a de um recém-nascido não prematuro saudável,
a exposição ao ambiente da UTIN pode comprometer ainda mais o início da evolução e do
desenvolvimento de seu potencial de

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crescimento e amadurecimento. Será preciso buscar o tempo perdido, se isso for possível! 23. No caso,
como relatado, a sentença prorrogou a licença-maternidade da parte Autora pelo período em que o
recém-nascido prematuro ficou internado na UTIN. Se, ao contrário, for considerado que a licença passou
a contar a partir da saída do recém-nascido da UTIN, o resultado efetivo é o de fazer cessar essa licença
na data em que a sentença o estabeleceu. Por isso, ainda que por fundamentos diversificados, é o caso
de ser mantida a sentença. 24. De outra banda, o período entre o parto prematuro e a data de saída do
bebê da UTIN não exigia o retorno da parte Autora mãe ao trabalho, sem prejuízo da sua remuneração.
Acontece que a mesma Lei 8.112/1990 institui no art. 83 licença de servidor por motivo de doença em
pessoa da família, inclusive filho, mantida remuneração. A situação de extrema fragilidade do recém-
nascido prematuro internado em UTIN, em grave estado e mesmo risco de morte, certamente justifica a
concessão dessa licença. Esse pode ser o padrão de tratamento a ser dispensado pela Administração
Pública à servidora sua que realiza parto prematuro: inicialmente, concessão formal da licença por motivo
de doença em pessoa da família, até a saída do bebê da UTIN, quando passa a contar a licença-
maternidade. 9. A decisão deste caso deve ser assemelhada, mas ao invés da contagem em momento
distinto do início da licença-maternidade, com cobertura do período anterior mediante o afastamento em
virtude de doença em pessoa da família, devese, simplesmente, manter-se a decisão recorrida, posto
haver relevância nos seus fundamentos. 10. Por outro lado, o perigo de dano ou o risco ao resultado útil
do processo não milita em favor da parte Agravante, pois, a extensão da licença, no caso, revela-se
essencial para garantir a saúde do bebê e o bem-estar da mãe. 9. Acompanhando a orientação firmada
pelo Colegiado, nego provimento ao agravo de instrumento do INSS. Decisão de primeiro grau mantida.
Agravo interno prejudicado. ACÓRDÃO Decide a 2ª Turma Recursal do DF, por unanimidade, NEGAR
PROVIMENTO ao agravo de instrumento do INSS e JULGAR PREJUDICADO o agravo interno da parte
autora. Brasília, 23 de outubro de 2019.

CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal


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2ª TURMA RECURSAL

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Relator 1

PROCESSO Nº : 0000092-59.2019.4.01.9340 RELATORA : JUÍZ FEDERAL CARLOS EDUARDO


CASTRO MARTINS RECORRENTE (S) : UNIAO FEDERAL ADVOGADO (S) : - SAMUEL LAGES

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
NEVES LOPES RECORRIDO (S) : FRANCISCO DAS CHAGAS DE OLIVEIRA CASTRO E OUTRO(S)
ADVOGADO (S) : DF00009948 - JOSE ALENCAR COSTA AIRES
EMENTA

AGRAVO DE INSTRUMENTO. TITULO EXIGIVEL. PRECEDENTE DO STF POSTERIOR AO TRANSITO


EM JULGADO DA DECISÃO EXEQUENDA. RECURSO DEPROVIDO. 1. Agravo de instrumento
interposto pela União contra decisão que não reconheceu a inexigibilidade do título judicial (processo
originário n. 0056272-77-2013.4.01.3400). 2. O réu alega que o título judicial contraria o entendimento do
STF, em repercussão geral nos RE 631880 e ARE 1052570, que considerou incompatível com a
Constituição Federal a extensão aos inativos da parcela institucional da GDPST após o primeiro ciclo de
avaliação de desempenho (art. 525, §§12 e 14, do CPC/15). 3. Sem contrarrazões. 4. Decisão. O
CPC/15, quanto ao cumprimento de sentença em face da Fazenda Pública, estabelece: Art. 535. A
Fazenda Pública será intimada na pessoa de seu representante judicial, por carga, remessa ou meio
eletrônico, para, querendo, no prazo de 30 (trinta) dias e nos próprios autos, impugnar a execução,
podendo arguir: (...) III - inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação; (...) § 5o Para efeito do
disposto no inciso III do caput deste artigo, considera-se também inexigível a obrigação reconhecida em
título executivo judicial fundado em lei ou ato normativo considerado inconstitucional pelo Supremo
Tribunal Federal, ou fundado em aplicação ou interpretação da lei ou do ato normativo tido pelo Supremo
Tribunal Federal como incompatível com a Constituição Federal, em controle de constitucionalidade
concentrado ou difuso. § 6o No caso do § 5o, os efeitos da decisão do Supremo Tribunal Federal poderão
ser modulados no tempo, de modo a favorecer a segurança jurídica. § 7o A decisão do Supremo Tribunal
Federal referida no § 5o deve ter sido proferida antes do trânsito em julgado da decisão exequenda. 5.
Portanto, o título executivo judicial somente será considerado inexigível quando a decisão do STF tiver
sido proferida antes do trânsito em julgado da decisão exequenda.

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2ª TURMA RECURSAL

87F21D365765ED652FA3C49999A2E687
6. No caso, a decisão exequenda transitou em julgado na data de 8/9/2014, nos seguintes termos:
JULGO PROCEDENTE o pedido, razão pela qual CONDENO a parte ré no pagamento à parte autora da
GDPST, no percentual de 80% do seu valor máximo, a partir de 1º. de março de 2008 e até a
competência do efetivo pagamento dos valores resultantes do primeiro ciclo de avaliação dos servidores
da ativa, a partir de quando fará jus à integralidade do percentual devido a título de avaliação institucional
(máximo de oitenta pontos, mas sujeito a futura alteração legislativa), tudo conforme a data da respectiva
aposentadoria ou início de percepção de pensão, devendo ser descontados os valores pagos sob as
mesmas rubricas, cessada a incidência na hipótese de percepção de gratificação incompatível,
respeitada, em todo caso, a proporcionalidade na percepção do benefício e a prescrição quinquenal das
parcelas vencidas antes da propositura da ação. 7. Os precedentes em repercussão geral apresentados
pela ré foram julgados somente em 4/12/2014 (RE 631880 RG-ED-ED, Relator(a): Min. RICARDO
LEWANDOWSKI (Presidente), Tribunal Pleno, julgado em 04/12/2014, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-
025 DIVULG 05-022015 PUBLIC 06-02-2015) e 15/2/2018 (ARE 1052570 RG, Relator(a): Min.
ALEXANDRE DE MORAES, julgado em 15/02/2018, PROCESSO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO
GERAL - MÉRITO DJe-042 DIVULG 05-03-2018 PUBLIC 06-03-2018). 8. Assim, não é possível
reconhecer automaticamente a inexigibilidade do título judicial com base na fundamentação apresentada
pela ré. 9. Recurso do réu desprovido. Decisão confirmada. ACÓRDÃO Decide a 2ª Turma Recursal do
DF, por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO ao agravo de instrumento do réu. Brasília, 9 de outubro de
2019.

CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS Juiz Federal – 2ª. Turma Recursal Relator 1

PROCESSO: 0000157-54.2019.4.01.9340 RECORRENTE: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO


SOCIAL-INSS ADVOGADO: RECORRIDO: MARIO ROBERTO VIEIRA DE ALENCAR ADVOGADO:
DF00022393 - WANESSA ALDRIGUES CANDIDO
EMENTA
291

PROCESSUAL. RECURSO INTERPOSTO NA FORMA DE AGRAVO DE INSTRUMENTO. SENTENÇA


TRANSITADA EM JULGADO. EXECUÇÃO. VALOR DA CAUSA NA DATA DA PROPOSITURA DA
AÇÃO. PRECLUSÃO. MATÉRIA NÃO LEVANTADA NA FASE DE CONHECIMENTO. EXECUÇÃO
SUPERIOR A 60 SALÁRIOS-MÍNIMOS. POSSIBILIDADE DE ELABORAÇÃO DA CONTA. NÃO
PROVIMENTO DO RECURSO. 1. Recurso na forma de agravo de instrumento interposto pelo INSS em
face de decisão proferida pelo Juízo a quo que manteve o cálculo da execução sem limitação ao teto do
JEF, pois não teria havido insurgência acerca disso na época adequada, pelo que preclusa a questão. 2.
Razões do recurso: a) não houve limitação ao teto do JEF na data da propositura da ação, violando o art.
3º e seu § 2º da Lei n. 10.259/2001; b) para tramitar no JEF, o valor da causa não pode ser superior a 60
salários mínimos; c) quando da execução da sentença, deve haver renúncia ao excedente a 60 salários

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mínimos, se o recebimento do crédito for por RPV. 3. A parte Autora ofereceu contraminuta ao recurso. 4.
Não se deferiu efeito suspensivo ao recurso, vez que, à primeira vista, tendo havido o trânsito em julgado
da sentença da qual resulta o valor a ser executado pela parte Autora, está preclusa a matéria a respeito
do valor a ser executado. 5. Não merecem acolhimento os argumentos de que não houve limitação ao
teto do JEF na data da propositura da ação e de que era preciso o valor da causa não exceder a 60
salários mínimos para a causa tramitar no âmbito dos Juizados Federais. A impugnação ao valor da
causa deve se dar em momento e forma processuais adequados, na fase de conhecimento, e não depois
de a sentença/acórdão transitar em julgado, passando a constituir título executivo. Há evidente preclusão
da matéria, quanto a esse ponto. 6. Ainda que não tenha havido controle judicial ou insurgência contra o
valor dado à causa na fase de conhecimento, se o montante da execução ultrapassar o estabelecido pelo
art. 17, § 1º, da Lei n. 10.259/2001 (60 salários-mínimos), “o pagamento far-se-á, sempre, por meio do
precatório, sendo facultado à parte exeqüente a renúncia ao crédito do valor excedente, para que possa
optar pelo pagamento do saldo sem o precatório, da forma lá prevista” (TNU, PEDILEF
200733007130723, DOU 25/11/2011). Mas, como dito, isso não impede a execução do valor. 7. Não
provimento do recurso interposto pelo INSS na forma de agravo de instrumento.

Turma Recursal
7DFBB10AE35CF9CFDD03B43DDF6E3F96
ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, à
unanimidade, negar provimento ao recurso. Brasília/DF, 9/10/2019.

Juiz David Wilson de Abreu Pardo 2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF RELATOR 3

PROCESSO: 0000320-34.2019.4.01.9340 RECORRENTE: UNIAO FEDERAL ADVOGADO: - ANNA


AMELIA LISBOA RECORRIDO: RUBENS FERREIRA DE LIMA E OUTRO(S) ADVOGADO: DF00009948
- JOSE ALENCAR COSTA AIRES
EMENTA
PROCESSUAL. RECURSO NA FORMA DE AGRAVO DE INSTRUMENTO. LEVANTAMENTO DE
NUMERÁRIO ORIGINÁRIO DE REQUISIÇÃO DE PEQUENO VALOR – RPV. CONTAGEM DO PRAZO
PRESCRICIONAL A PARTIR DA DATA DA INTIMAÇÃO DA PARTE. AUSÊNCIA DE INTIMAÇÃO DO
DEPÓSITO DE SEU CRÉDITO. NÃO CONFIGURAÇÃO DA INÉRCIA. NÃO OCORRÊNCIA DA
PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. ASSEGURAMENTO DE REEXPEDIÇÃO DA RPV. NÃO
PROVIMENTO DO RECURSO. 1. Recurso na forma de agravo de instrumento interposto pela União em
face de decisão que deferiu o pedido de reexpedição de Requisição de Pequeno Valor - RPV, formulado
com base no art. 1º, c/c art. 5º, do Decreto 20.910/1932, por considerar que o direito não estaria
fulminado pela prescrição, pois esta teria como marco inicial a data do o depósito da RPV original. 2. A
RPV anteriormente expedida, em favor do Autor RUBENS FERREIRA DE LIMA, fora cancelada em razão
do disposto no art. 2º da Lei n. 13.463/17 (processo originário n. 0009802-90.2010.4.01.3400). 3. Razões
do recurso interposto pela União: a) a ocorrência de prescrição intercorrente, uma vez que entre a
expedição/depósito da Requisição de Pequeno Valor - RPV e a petição da parte autora requerendo novo
ofício requisitório operou-se o transcurso de mais de 5 anos; b) o Decreto 20.910/30 estabeleceu, em seu
artigo 1º, o prazo prescricional, genérico, de cinco anos, para demandar contra a Fazenda Pública, o qual
se aplica à pretensão executória, consoante a inteligência da súmula 150 do Supremo Tribunal Federal; c)
a inércia da parte autora em promover os atos executórios é o bastante para ensejar a incidência da
prescrição em face da pretensão executória, a qual deve ser reconhecida, inclusive, de ofício pelo
magistrado, em razão de ser matéria de ordem pública. 4. A parte Autora não ofereceu contraminuta ao
recurso. 5. Não se deferiu efeito suspensivo ao agravo, vez que a parte Agravante não juntou prova de
que entre a efetiva disponibilidade dos valores e o pedido de reexpedição da RVP transcorreu
integralmente o prazo de 5 (cinco) anos. 6. No âmbito do procedimento de cumprimento da obrigação de
pagar, por meio de Requisições de Pequeno Valor - RPVs, da Justiça Federal, foi instituído um
procedimento de abertura de conta em nome do credor, exclusivamente para crédito dos valores oriundos
das RPVs. Assim, dispensa-se a lavratura de alvarás, dado o grande
292

Turma Recursal
63A271176BD8DEDAA2D68B4D2721EF98
volume de requisições e pelo fato de na maior parte das vezes não haver qualquer óbice ao levantamento
dos recursos financeiros. Todavia, a conta fica à disposição do Juízo, que pode bloquear, retificar, gerir
com a autonomia jurisdicional própria aquela conta. A sua natureza jurídica é a de ato do devedor em
cumprimento da obrigação de pagar, colocando à disposição do Juízo o montante necessário à satisfação
do débito. Nesse sentido, a conta aberta em nome da parte é somente o meio mais célere para efetivar o
cumprimento da obrigação, ao invés do Juízo expedir alvará de levantamento. Mera expedição de
requisição de pagamento não põe os valores, no mesmo momento, à disposição da parte Credora, pois é
preciso aguardar a liberação pelo Órgão Público competente, que oficia no processo informando a

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
respeito. 7. Isso deixa claro que, mesmo sendo aberta a conta em nome do credor, não há, desde logo, a
transferência dos recursos para a sua titularidade, passando então a integrar o seu patrimônio, hipótese
em que a Lei 13.463/2017 seria inconstitucional, por violação ao direito de propriedade. A titularidade dos
recursos só é adquirida com o levantamento, sem oposição, isso sem prejuízo de questionamento a
posteriori da sua regularidade. 8. Uma vez depositado o valor, o prazo prescricional, na forma dos art. 1º
c/c art. 5º do Decreto 20.910/1932, deve ser contado a partir da data da intimação do depósito, quando
configurada a paralisação do feito pelo credor. No mesmo sentido, precedente da 1ª TR, no recurso de
Agravo nº 0000327-60.2018.4.01.9340, Relator Juiz Rui Costa Gonçalves, julgado na sessão de
22/08/2019. 9. Com efeito, já dispunha o art. 48 da Resolução CJF n. 168/2011, que “o tribunal regional
federal comunicará a efetivação do depósito ao juízo da execução, e este cientificará as partes”. Com a
obrigação do Juízo da execução de cientificar as partes sobre o depósito dos valores, correto afirmar que
apenas depois dessa ciência é que se pode iniciar a contagem do prazo prescricional para o credor
exercer a sua pretensão de levantamento dos valores depositados e postos a sua disposição. 10. Tendo-
se em visa que a Requisição de Pequeno Valor - RPV foi expedida em 19/09/2014, há de ser verificado
se ocorreu ou não a extinção, pelo advento da prescrição, do crédito depositado pela parte Ré,
lembrando-se que o valor em comento se encontrava à disposição do Juízo da execução, não integrando
de imediato o patrimônio da parte Autora até o momento de seu efetivo levantamento. 11. No caso, a
parte Credora foi intimada da decisão que determinou a expedição da Requisição de Pequeno Valor pelos
Correios (AR entregue em 08/10/2014, registro em 16/10/2014, no processo originário), sem que fosse
explicitado a partir de que data ou dentro de que prazo exatamente seu crédito estaria disponível para fim
de levantamento e consequente extinção da execução. Deixou o Juízo, ainda, de promover sua
necessária cientificação acerca dessa circunstância, ou seja, de que ocorrera o depósito da mencionada
importância, motivo pelo qual não se iniciou a contagem do prazo da prescrição intercorrente, dado que
inércia não houve, na medida em que a parte Credora desconhecia a possibilidade concreta de fazer o
levantamento do valor respectivo, em decorrência do que a decisão recorrida merece reparo. 12. Não
provimento do recurso, na forma de agravo de instrumento, interposto pela União.

Turma Recursal
63A271176BD8DEDAA2D68B4D2721EF98
13. Oficie-se ao Juízo Federal de origem para ciência. ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos
Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade, negar provimento ao recurso.
Brasília/DF, 9/10/2019.

Juiz David Wilson de Abreu Pardo 2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF RELATOR 3

PROCESSO: 0000404-35.2019.4.01.9340 RECORRENTE: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO


SOCIAL-INSS ADVOGADO: RECORRIDO: JOSE SOARES ADVOGADO: DF00037905 - DIEGO
MONTEIRO CHERULLI
EMENTA
PROCESSUAL. RECURSO INTERPOSTO NA FORMA DE AGRAVO DE INSTRUMENTO. SENTENÇA
TRANSITADA EM JULGADO. EXECUÇÃO. VALOR DA CAUSA NA DATA DA PROPOSITURA DA
AÇÃO. PRECLUSÃO. MATÉRIA NÃO LEVANTADA NA FASE DE CONHECIMENTO. EXECUÇÃO
SUPERIOR A 60 SALÁRIOS-MÍNIMOS. POSSIBILIDADE DE ELABORAÇÃO DA CONTA. NÃO
PROVIMENTO DO RECURSO. 1. Recurso na forma de agravo de instrumento interposto pelo INSS em
face de decisão proferida pelo Juízo a quo que manteve o cálculo da execução sem limitação ao teto do
JEF, pois “a condenação poderá eventualmente superar esse montante, desde que por motivos
supervenientes ao ajuizamento da ação, tais como parcelas vencidas no curso da demanda, incidência de
atualização monetária e juros de mora, multas e honorários advocatícios”. 2. Razões do recurso: a) não
houve limitação ao teto do JEF na data da propositura da ação, violando o art. 3º e seu § 2º da Lei n.
10.259/2001; b) para tramitar no JEF, o valor da causa não pode ser superior a 60 salários mínimos; c)
quando da execução da sentença, deve haver renúncia ao excedente a 60 salários mínimos, se o
recebimento do crédito for por RPV. 3. A parte Autora ofereceu contraminuta ao recurso. 4. Não se deferiu
efeito suspensivo ao recurso, vez que, à primeira vista, tendo havido o trânsito em julgado da sentença da
qual resulta o valor a ser executado pela parte Autora, está preclusa a matéria a respeito do valor a ser
executado. 5. Não merecem acolhimento os argumentos de que não houve limitação ao teto do JEF na
293

data da propositura da ação e de que era preciso o valor da causa não exceder a 60 salários mínimos
para a causa tramitar no âmbito dos Juizados Federais. A impugnação ao valor da causa deve se dar em
momento e forma processuais adequados, na fase de conhecimento, e não depois de a sentença/acórdão
transitar em julgado, passando a constituir título executivo. Há evidente preclusão da matéria, quanto a
esse ponto. 6. Ainda que não tenha havido controle judicial ou insurgência contra o valor dado à causa na
fase de conhecimento, se o montante da execução ultrapassar o estabelecido pelo art. 17, § 1º, da Lei n.
10.259/2001 (60 salários-mínimos), “o pagamento far-se-á, sempre, por meio do precatório, sendo
facultado à parte exeqüente a renúncia ao crédito do valor excedente, para que possa optar pelo
pagamento do saldo sem o precatório, da forma lá prevista” (TNU, PEDILEF 200733007130723, DOU
25/11/2011). Mas, como dito, isso não impede a execução do valor.

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Turma Recursal
2A77C99C7A9FA89C81D259A20C11E89F
7. Não provimento do recurso interposto pelo INSS na forma de agravo de instrumento. ACÓRDÃO
Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, à unanimidade,
negar provimento ao recurso. Brasília/DF, 9/10/2019.

Juiz David Wilson de Abreu Pardo 2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF RELATOR 3

PROCESSO: 0000102-06.2019.4.01.9340 RECORRENTE: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO


SOCIAL-INSS ADVOGADO: RECORRIDO: SHEILA CONCEICAO SANTOS ADVOGADO:
EMENTA
PROCESSUAL E PREVIDENCIÁRIO. RECURSO NA FORMA DE AGRAVO DE INSTRUMENTO.
EMPREGADA PÚBLICA. LICENÇA-MATERNIDADE. FILHO PREMATURO. PERÍODO INTERNADO EM
UTIN. EMBARAÇO À CONSTITUIÇÃO PLENA DA RELAÇÃO DE MATERNIDADE. PRORROGAÇÃO DA
LICENÇA. NÃO PROVIMENTO DO RECURSO. 1. Recurso na forma de agravo de instrumento, com
pedido de efeito suspensivo, interposto pelo INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS, em
face da decisão (JUNTADA DE DOCUMENTOS EPROC N.º 21031952, registro em 04/04/2019) que, na
ação nº 0005300-93.2019.4.01.3400, concedeu a tutela de urgência para determinar que a parte
Recorrente prorrogue a licença-maternidade da parte Autora/Recorrida, por mais 59 (cinquenta e nove
dias) além daqueles inicialmente concedidos, até ulterior deliberação. 2. Razões do recurso interposto
pelo INSS: a) não há previsão legal para a prorrogação da licença, além de doença de terceiro não ser
fato gerador do benefício; b) violação à separação dos poderes; c) diante da existência de norma legal
disciplinadora da matéria em discussão (salário maternidade somente pelo prazo de 120 dias), a qual
estabelece os requisitos e limites objetivos e subjetivos do direito respectivo, não cabe ao Judiciário
modificá-la no exercício da interpretação e de sua função jurisdicional, porquanto isso implicaria violação
ao princípio da separação e independência dos Poderes; c) a pretensão viola frontalmente os princípios
da Prévia Fonte de Custeio (art. 195, §5°) e da Preservação do Equilíbrio Financeiro e Atuarial da
Previdência Social (art. 201, caput), sem olvidar da própria legalidade (arts. 5°, II, e 37); d) está
plenamente comprovada existência do requisito impeditivo à manutenção da decisão liminar conferida,
qual seja, o periculum in mora inverso, previsto no art. 300, §3º do NCPC. 3. A parte Autora ofereceu
contraminuta ao recurso. 4. O filho da parte Autora, contratada sob o regime celetista, nasceu
prematuramente em 01/11/2018 (cf. certidão de nascimento, p. 2/7 – EPROC DOCS MEDICOS E IND
MEDICO DOCUMENTOS), com idade gestacional de apenas 32 semanas e um dia (cf. relatório médico,
p. 7/7 – EPROC DOCS MEDICOS E IND MEDICO DOCUMENTOS). Permaneceu internado na UTI
durante 59 (cinqüenta e nove) dias, até 19/12/2018. 5. O fundamento da prorrogação do benefício decorre
do fato de ser a licençamaternidade um direito social, garantido constitucionalmente (artigo 7º, XVIII da
CR), interpretado sob a perspectiva da proteção integral da saúde e bem-estar da criança, que,

Turma Recursal
55AC4EEC2290EAAED38120B4BB441179
nascendo de forma prematura, apresentará fragilidade natural que demanda mais tempo de atenção,
carinho, cuidados e contato com sua mãe, o que impõe a contagem do prazo respectivo a partir da alta
médica recebida pelo recém-nascido. 6. O artigo 227 da Constituição Federal diz que é dever da família,
da sociedade e do Estado assegurar prioritariamente os direitos das crianças. No caso, há convergência
de interesses do direito buscado pela mãe com os direitos da criança, pois, evidente o direito fundamental
da convivência que ampara pais e filhos. 7. A lei fixando o início da licença-maternidade inapelavelmente
a partir da data do parto do prematuro não está de acordo com a proteção especial constitucional,
considerando as graves circunstâncias em que ficam envolvidos os prematuros. Falha
constitucionalmente a lei, ao não fazer qualquer consideração sobre o caráter distintivo da situação,
outorgando o mesmo tratamento que é dado ao caso do recém-nascido não prematuro saudável. 8. A
TR2/JEF/DF assim decidiu, em caso anterior, quanto à licença-maternidade mais elástica para servidora
estatuária cujo filho, nascido por parto prematuro, permaneceu internado em UTIN (UTI Neonatal), dada
sua fragilidade, postergando o início da relação saudável entre ambos. Com efeito, disse a Turma, no
294

julgamento do Recurso Inominado n. 0029996-04.2016.4.01.3400, Sessão de Julgamento de 9/5/2018: ...


12. Segundo informativos dados a conhecimento público, os recém-nascidos prematuros apresentam as
seguintes complicações: a) problemas respiratórios, pois nascem carentes de surfactante, proteína
produzida nos pulmões permitindo que eles se encham de ar, exigindo ventilação mecânica até que os
pulmões amadureçam, ou mesmo medicação; b) problemas cardíacos, como persistência do canal
arterial, que normalmente se fecha após nascimento do não prematuro, permitindo a este que o sangue
chegue aos pulmões - quando persiste o canal arterial, exigi-se medicação ou mesmo intervenção
cirúrgica; c) problema intestinais, como baixa tolerância à alimentação, distensão abdominal, a exigir
dieta, alimentação intravenosa, administração de antibióticos ou mesmo intervenção cirúrgica; d)
problema cerebral, pois pode ocorrer hemorragia cerebral intraventricular; e) retinopatia, mediante o

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
crescimento desorganizado dos vasos sanguíneos que chegam à retina. 13. Diante dessas complicações,
os bebês prematuros costumam ter suas idades pós-parto, inclusive, clinicamente fixadas levando em
consideração as semanas faltantes para as 40 semanas completas. A assim chamada "Idade Corrigida" é
utilizada na prática médica para avaliar de forma mais adequada o desenvolvimento físico, intelectual e
comportamental do bebê prematuro, pelo menos nos primeiros meses de vida, que pode ser diferente do
padrão típico do bebê que nasceu de 40 semanas e veio saudável ao mundo. 14. A situação distinta dos
recém-nascidos prematuros, quando comparada à dos recém-nascidos não prematuros saudáveis, joga
luz sobre o conceito

Turma Recursal
55AC4EEC2290EAAED38120B4BB441179
legal da licença-maternidade. Este termo é mais apropriado do que o da "licença gestante", pois a
gestação pode ter um sentido meramente biológico, definida como o período de cerca de 40 semanas
entre a concepção e o parto. Já a maternidade designa verdadeira relação de prestação de cuidados,
envolvimento afetivo, em medidas variáveis. Este último conceito está mais de acordo com o tratamento
jurídico que faz referência à criação de vínculos afetivos e o estímulo ao desenvolvimento integral da
criança (art. 8º, § 7º, ECA, na redação da Lei n. 13.257/2016). 15. É dizer, a maternidade não é definida
com os olhos voltados apenas para a mãe, e nem mesmo apenas para o bebê. Pode melhor ser
conceitualmente apreendida como a relação complexa e delicada entre mãe e filho(a), que acarreta
cuidados especiais de quem da à luz frente a um ser dependente desses cuidados especiais dos adultos.
O propósito, de novo, é o da criação de vínculos afetivos e o estímulo ao desenvolvimento integral da
criança. 16. Ora, pelas complicações enumeradas, os recém-nascidos prematuros exigem cuidados ainda
mais especiais, demandando, ainda, a participação direta de terceiros, além dos pais, distinguindo-se
essa condição da dos recém-nascidos não prematuros saudáveis. Decorre de tais complicações a
internação em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN). Pela Portaria n. 930 do Ministério da
Saúde, de 10.5.2012, a UTIN constitui serviço hospitalar voltado para atendimento de recém-nascido
grave ou com risco de morte. Nele, necessário equipe multiprofissional especializada, equipamentos
específicos e tecnologia adequada ao diagnóstico e terapêutica dos recém-nascidos graves ou com risco
de morte. 17. No âmbito de uma UTIN, portanto, a relação mãe/bebê encontra pesadas barreiras para o
seu pleno desenvolvimento, não existentes quando o recém-nascido é um não prematuro saudável que
não precisa daquele serviço. A função desembaraçada da mãe pode propiciar um ambiente em que o
bebê pode evoluir e desenvolver seu potencial de crescimento e amadurecimento, ou, nas palavras da
legislação, a criação de vínculos afetivos e o estímulo ao desenvolvimento integral da criança. Por essa
concepção, a licença-maternidade tem o propósito de tornar possível a criação do ambiente maternal apto
a lidar com a fragilidade psicobiológica inicial do recém-nascido. Plausível afirmar que, durante o período
de UTIN do recém-nascido prematuro, a possibilidade de criação de um genuíno ambiente dessa
natureza está materialmente comprometida, de um modo como não está quando o recém-nascido é um
não prematuro saudável que não precisa ser internado em UTIN. 18. O fato de a lei possibilitar o início da
licença-maternidade antes do parto não prematuro (1º dia do 9º mês de gestação), conforme art. 207, §
1º, Lei n. 8.112/1990, não desfaz essa interpretação. Como dito, a lei se refere ao parto não prematuro,
ao mencionar o 1º dia do 9º mês de gestação, e, na relação mãe/bebê saudável, as últimas semanas da
gestação

Turma Recursal
55AC4EEC2290EAAED38120B4BB441179
e as primeiras após o parto formam um continuum (Winnicott). Aqui se está falando em tese de recém-
nascido não prematuro saudável, podendo a licença antes do parto ser compreendida com base na
própria relação de maternidade: a mãe se afasta do serviço antes do parto para melhor se cuidar para tal
ato e mais bem se preparar para criar o ambiente maternal apto a lidar com a fragilidade psicobiológica
inicial do recém-nascido. 19. Por essa interpretação, ao fixar o início da licença-maternidade
inapelavelmente na data do parto, no caso de nascimento prematuro, a lei não tratou a situação
considerando toda a sua especificidade. Quando comprovadamente, como no caso sob julgamento, em
que há prova de internação em UTIN, está materialmente comprometida a possibilidade de criação de
logo de um genuíno ambiente maternal apto a lidar com a fragilidade psicobiológica inicial do recém-
nascido, então essa imposição legal inapelável do início da licença a partir do parto pode ser tomada
295

como violação da igualdade fática. 20. Destarte, entendendo que o princípio constitucional da isonomia
acolhe também a igualdade fática ("Não há outro modo de concretizar o valor constitucional da igualdade
senão pelo decidido combate aos fatores reais de desigualdade" - STF, ADI 3.330, rel. min. Ayres Britto,
DJE de 22.3.2013), então o dispositivo da Lei n. 8.112/1990 que fixa o início da licença-maternidade
inapelavelmente na data do parto, no caso de nascimento prematuro, ao não considerar sequer a
necessidade de avaliar a grave situação de maneira distinta, torna-se suspeito de não estar de acordo
com a Constituição. 21. Para se afastar da suspeita de violar o princípio constitucional da isonomia, no
caso sob julgamento, o início da licença-maternidade deve ser fixado a partir de quando a relação
desembaraçada entre a mãe e o bebê se torna mais viável. O marco razoavelmente objetivo é o da saída
do bebê da UTIN, quando, então, as pesadas restrições clínicas já se dissipam. Foi esse marco que o

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Juízo sentenciante deste caso levou em conta, para estender o tempo da licença-maternidade, acolhendo
em parte o pedido inicial. 22. A propósito, a dificuldade de criação imediata do ambiente maternal
desembaraçado apto a lidar com a fragilidade psicobiológica do recémnascido prematuro torna ainda
mais urgente, quiçá mesmo dramática, a licença-maternidade ulterior. Além de a fragilidade psicobiológica
do recém-nascido prematuro em princípio ser maior que a de um recémnascido não prematuro saudável,
a exposição ao ambiente da UTIN pode comprometer ainda mais o início da evolução e do
desenvolvimento de seu potencial de crescimento e amadurecimento. Será preciso buscar o tempo
perdido, se isso for possível! 23. No caso, como relatado, a sentença prorrogou a licença-maternidade da
parte Autora pelo período em que o recém-nascido prematuro ficou internado na UTIN. Se, ao contrário,
for considerado que a licença passou

Turma Recursal
55AC4EEC2290EAAED38120B4BB441179
a contar a partir da saída do recém-nascido da UTIN, o resultado efetivo é o de fazer cessar essa licença
na data em que a sentença o estabeleceu. Por isso, ainda que por fundamentos diversificados, é o caso
de ser mantida a sentença. 24. De outra banda, o período entre o parto prematuro e a data de saída do
bebê da UTIN não exigia o retorno da parte Autora mãe ao trabalho, sem prejuízo da sua remuneração.
Acontece que a mesma Lei 8.112/1990 institui no art. 83 licença de servidor por motivo de doença em
pessoa da família, inclusive filho, mantida remuneração. A situação de extrema fragilidade do recém-
nascido prematuro internado em UTIN, em grave estado e mesmo risco de morte, certamente justifica a
concessão dessa licença. Esse pode ser o padrão de tratamento a ser dispensado pela Administração
Pública à servidora sua que realiza parto prematuro: inicialmente, concessão formal da licença por motivo
de doença em pessoa da família, até a saída do bebê da UTIN, quando passa a contar a
licençamaternidade. 9. A decisão deste caso deve ser assemelhada, mas ao invés da contagem em
momento distinto do início da licença-maternidade, com cobertura do período anterior mediante o
afastamento em virtude de doença em pessoa da família, deve-se, simplesmente, manter-se a decisão
recorrida, posto haver relevância nos seus fundamentos. 10. Por outro lado, o perigo de dano ou o risco
ao resultado útil do processo não milita em favor da parte Agravante, pois, a extensão da licença, no
caso, revela-se essencial para garantir a saúde do bebê e o bem-estar da mãe. 11. Não provimento do
recurso, na forma de agravo de instrumento, interposto pelo INSS. ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma
Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade, negar provimento ao
recurso. Brasília/DF, 9/10/2019

Juiz David Wilson de Abreu Pardo 2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF RELATOR 3

PROCESSO: 0000412-12.2019.4.01.9340 RECORRENTE: UNIAO FEDERAL ADVOGADO: - FABIO


TESOLIN RODRIGUES RECORRIDO: MARYLIZE ROSANE RODRIGUES HANKE NUNES ADVOGADO:
DF00016619 - MARLUCIO LUSTOSA BONFIM
EMENTA
PROCESSUAL. RECURSO NA FORMA DE AGRAVO DE INSTRUMENTO. CUMPRIMENTO DE TÍTULO
JUDICIAL. DECISÃO DECLARANDO EXIGÍVEL TÍTULO EXECUTIVO JUDICIAL. INTERPRETAÇÃO OU
APLICAÇÃO DA LEI TIDA COMO INCOMPATÍVEL COM A CF. DECISÃO DO STF POSTERIOR À
DECISÃO EXEQUENDA. INAPLICABILIDADE DO INSTITUTO AO CASO. NÃO PROVIMENTO DO
RECURSO. 1. Recurso na forma de agravo de instrumento, com pedido de efeito suspensivo, interposto
pela União em face de decisão que proferida pelo Juízo da 23ª Vara Federal, que no processo n. 6633-
56.2014.4.01.3400, declarou exigível o título judicial (acórdão transitado em julgado) que condenou a
Agravante a pagar valor relativo à incorporação de quintos/décimos entre a edição da Lei nº 9.624/1998 e
vigência da Medida Provisória nº 2.225-45/2001. 2. Razões do recurso interposto pela União: a) deve ser
extinta a fase executiva do presente feito, tendo em vista que “independentemente das datas do trânsito
em julgado do processo originário e da decisão proferida pelo STF, deve ser aplicado o entendimento da
Corte Suprema, proferido no RE 638.115, em sede de repercussão geral”; b) o Supremo Tribunal Federal,
no julgamento do RE 638.115, submetido à sistemática da repercussão geral, julgou indevida a
incorporação de quintos decorrentes do exercício de funções comissionadas no período compreendido
entre a edição da Lei n. 9.624/1998 e MP n. 2.225-48/2001, cessada a ultra-atividade das incorporações
em qualquer hipótese; c) a simples menção, no texto da MP n° 2.225-45/01, dos arts. 3° e 10 da Lei n°
8.911/94, e do art. 3° da Lei n° 9.624/98, não tem o efeito de repristiná-los, ressuscitando vantagem
296

extinta desde 08.04.1998 (data de publicação da Lei n° 9.624/98). O fenômeno da repristinação, não
presumível, impõe suporte em cláusula normativa expressa, o que não ocorreu na espécie. 3. A parte
Autora ofereceu contraminuta ao recurso. 4. Não se deferiu efeito suspensivo ao recurso, considerando
que decisão do STF no RE 638.115 é posterior ao trânsito em julgado da decisão exequenda. 5. A
matéria debatida no presente feito diz respeito ao pagamento de valores, reconhecidos pela
Administração, relativos à incorporação de quinto/décimos no período de 1998 a 2001, tendo o acórdão
recorrido acolhido o pedido inicial. 6. Ora, o Supremo Tribunal Federal, em decisão do plenário proferida
em 18/03/2015, em Recurso Extraordinário com repercussão geral reconhecida (RE n. 638.115), decidiu
pela inconstitucionalidade, em face de violação ao princípio da legalidade, da

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Turma Recursal
943C4BDB93040C38523433890AEA3501
incorporação de quintos a partir da sua extinção pela Lei n. 9.527/1997. Com o intuito de preservar os
servidores que receberam as verbas de boa-fé, o Plenário modulou os efeitos da decisão para que não
haja a repetição do indébito. 7. Acontece que, dentre as regras para aplicação do instituto da
inexigibilidade de obrigação reconhecida em título judicial fundado em aplicação ou interpretação da lei ou
do ato normativo incompatível com a CF, encontra-se esta: "a decisão do Supremo Tribunal Federal
referida no § 12 deve ser anterior ao trânsito em julgado da decisão exequenda" (§ 14 do art. 525, NCPC).
Não é o que ocorre, no presente caso. 8. O acórdão proferido no Recurso Extraordinário 638.115, em
regime de repercussão geral, foi publicado em 03/08/2015. Já o trânsito em julgado da decisão
exequenda que condenou a União a pagar valor relativo à incorporação de quintos/décimos entre a
edição da Lei nº 9.624/1998 e vigência da Medida Provisória nº 2.225-45/2001 transitou em julgado em
15/10/2014 (TRANSITO EM JULGADO E BAIXA JEF, registro em 20/10/2014 – processo originário). 9.
Por isso, de acordo com as próprias regras processuais que preveem inexigibilidade de obrigação
reconhecida em título executivo judicial fundado em aplicação ou interpretação da lei ou do ato normativo
tido pelo STF como incompatível com a CF, esse instituto é manifestamente inaplicável no caso sob
julgamento, pois a decisão do STF no RE 638.115 é posterior ao trânsito em julgado da decisão
exequenda. 10. Não provimento do recurso, na forma de agravo de instrumento, interposto pela parte
Ré/Executada. ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do
Distrito Federal, por unanimidade, negar provimento ao recurso. Brasília/DF, 9/10/2019.

Juiz David Wilson de Abreu Pardo 2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF RELATOR 3


297

PODER JUDICIÁRIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
2ª. TURMA RECURSAL

PROCESSO: 0018865-27.2019.4.01.3400 RECORRENTE: CARLOS PACCA RIBEIRO E OUTRO(S)


ADVOGADO: DF00055589 - JOAO FRANCISCO DE CAMARGO E OUTRO(S) E OUTRO(S)
RECORRIDO: UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL) ADVOGADO: - CELIA FERREIRA TAVARES
DE LYRA

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
EMENTA
TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. PSS SOBRE JUROS DE MORA.
EXTINÇÃO SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO. LEGITIMIDADE AD CAUSAM. PESSOAS BENEFICIÁRIAS
DOS VALORES ANTERIORMENTE RECEBIDOS, SOBRE OS QUAIS FORAM FEITOS OS
DESCONTOS QUE SE PRETENDE REPETIR. AUSÊNCIA DE INVENTÁRIO. LEI 6.858/1980. DECRETO
85.845/1981. RECONHECIMENTO DA LEGITIMIDADE. SENTENÇA ANULADA. PROVIMENTO DO
RECURSO E RETORNO DO FEITO À ORIGEM. 1. Ação em que se pleiteia a devolução de contribuição
social (PSS) incidente sobre as parcelas relativas às competências anteriores à Lei 10.887/2004, bem
como sobre os juros de mora. Pede a parte Autora que a União seja compelida à prestação relacionada a
direito patrimonial de pessoa falecida (bem negado ao de cujus ainda em vida). 2. A sentença julgou
extinto o processo sem resolução do mérito por ilegitimidade da parte Autora. Reconheceu que, “[...] no
plano do direito processual, a parte legitimada a participar de ações que originariamente se dirigiriam ao
de cujus não é de seus herdeiros ou sucessores, mas sim de seu espólio. Segundo dispõe o art. 75, VII,
do CPC, o espólio é representado em juízo pelo inventariante. Mesmo que inexista inventário formalmente
constituído e o inventariante seja dativo, a parte legítima ainda será o espólio nos termos do § 1º do art.
75, não sendo cabível o litisconsórcio necessário de todos os herdeiros, que apenas serão intimados em
juízo para, querendo e se o rito permitir, ingressarem como assistentes”. 3. Razões do recurso interposto
pela parte Autora: a) quanto ao argumento de ilegitimidade das partes, os dependentes habilitados teriam
legitimidade para a ação, nos termos do art. 1º, inciso II e art. 5º do Decreto n. 85.845/1981; b) os
pagamentos impugnados não estariam condicionados ao inventário, nos termos do art. 666 do CPC; c) a
Lei 6.858/1980, que trata do pagamento de valores não recebidos por seus titulares, deixou expresso que
quaisquer valores devidos, incluindo os tributos, que sejam de pequeno valor, devem ser restituídos aos
dependentes habilitados, ou na falta destes, aos sucessores na forma da lei civil, independentemente de
inventário; d) não foi concedido prazo para a juntada de novos documentos, nos termos do art. 321, CPC;
e) a incidência de contribuição previdenciária deveria ser feita considerando os meses que originaram a
relação laboral entre o empregador e empregado - regime de competência -, para então ser verificado se
naquela época o servidor precisaria contribuir; f) quando do recebimento do crédito o servidor estiver na
condição de aposentado/pensionista até a

Turma Recursal
064DF1DAA214A53DA5BF74EF29A20781
data de vigência da Lei n. 10.887/04, todo o período anterior a 2004 que embasou a execução estaria
imune, em razão da inexistência de norma prevendo a contribuição antes da EC nº 41/03, que só foi
regulamentada no âmbito federal pela referida Lei; g) não incidiria do PSS sobre juros moratórios em face
do caráter indenizatório destes. 4. A União ofereceu resposta escrita ao recurso. 5. Quanto à
ilegitimidade, é certo que o Superior Tribunal de Justiça possui orientação de que a inexistência inventário
aberto não faz dos herdeiros, individualmente considerados, partes legítimas para responder pela
obrigação, pois, enquanto não há partilha, é a herança que responde por eventual obrigação deixada pelo
de cujus e é o espólio, como parte formal, que detém legitimidade passiva ad causam para integrar a lide
(REsp 1125510/RS, Rel. Min. Massami Uyeda, DJe 19/10/2011). 6. Ocorre que, não obstante a
existência de orientações gerais do Superior Tribunal de Justiça que reconheça a ilegitimidade ad causam
dos herdeiros quando ausente o inventário, não há como se furtar às especificidades abordadas pela Lei
n. 6.858/1980, regulamentada pelo Decreto n. 85.845/1981, que dispõem sobre o pagamento, aos
dependentes ou sucessores, de valores não recebidos em vida pelos respectivos titulares. 7. Nos termos
do art. 1°, caput, da Lei n. 6.858/1980, os valores de pequena monta não recebidos em vida pelos
respectivos titulares, poderiam ser pagos em quotas iguais aos dependentes habilitados perante a
Previdência Social e, na sua falta, aos sucessores previstos na lei civil, independentemente de inventário
ou arrolamento. Em interpretação ao dispositivo, faz-se mister conjugar suas orientações com o art. 1.797
do Código Civil, segundo o qual “até o compromisso do inventariante, a administração da herança caberá,
sucessivamente, ao cônjuge ou companheiro, ao herdeiro que estiver na posse e administração dos bens,
ao testamenteiro, ou à pessoa de confiança do juiz”. 8. Assim, importa reconhecer que, dentre outros
desígnios, a Lei n. 6.858/1980 teve a intenção de simplificar o recebimento de valores de pouca monta,
notadamente quando estes não tenham sido recebidos em vida pelos respectivos titulares. Nesses
termos, revelar-se-ia um verdadeiro paradoxo a simplificação de procedimentos sem a respectiva
atribuição de legitimidade para consecução de seus fins. Ora, para o reconhecimento de determinado fim,
faz-se necessária a atribuição dos meios indispensáveis à sua concretização. 9. Nessa lógica, impera o
298

reconhecimento da legitimidade ad causam da parte Autora, em especial no que concerne à devolução de


contribuição social (PSS) descontada sobre valores que ela própria já houvera recebido, por meio de
requisições judiciais. Destarte, no presente caso, a parte Autora juntou ao processo cópia da decisão
proferida nos autos do processo 0002367-28.2010.4.05.8000, que tramitou no na 1ª Vara Federal de
Alagoas, que deferiu o seu pedido de habilitação naquele processo (PETIÇÃO RECEBIDA – EPROC
SENTENA DE HABILITAÇÃO DOCUMENTOS DA INICIAL, registro em 05/09/2019). Ou seja, foi a parte
Autora quem recebeu os valores sobre os quais incidiram os descontos que pretende ver repetidos nesta
ação. Isso quer dizer que foi ela, parte Autora, que sofreu a alegada violação a direito, sendo, portanto,
legitimada ativamente para pleitear a respectiva reparação. 10. Provimento do recurso interposto pela
parte Autora para afirmar a sua

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Turma Recursal
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legitimidade ativa ad causam, declarando nula a sentença. Dissentiu, em parte, quanto à fundamentação,
o Juiz Federal João Carlos Mayer Soares, por considerar inaplicável a Lei 6.858/1980, que entende
dirigida apenas para recebimento de valores limitados e exclusivamente na esfera administrativa,
conforme entendimento do STJ. Mas acompanhou o voto pelo outro fundamento, qual seja, o de que a
parte Autora foi quem teve seu direito violado, ao receber os valores com a incidência da CPSS. 11.
Superada a questão da legitimidade, não é o caso de passar ao imediato julgamento da lide, nos termos
do art. 1.013, § 3º, NCPC, pois sequer houve citação da parte Requerida e as contrarrazões ao recurso
interposto pela parte Autora se limitaram a defender justamente a ilegitimidade ativa ad causam. Ante a
ausência de contraditório, o processo deve retornar à origem para regular processamento e julgamento,
com baixa da distribuição na Turma Recursal. 12. Honorários advocatícios incabíveis, por falta de
previsão legal para o arbitramento, quando há provimento do recurso julgado (art. 55, caput, da Lei n.
9.099/1995). ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito
Federal, por unanimidade: a) dar provimento ao recurso para afastar a ilegitimidade passiva ad causam
pronunciada na sentença; b) devolver o feito à origem para regular processamento e julgamento
Brasília/DF, 23/10/2019.

Juiz David Wilson de Abreu Pardo 2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF RELATOR 3

PROCESSO: 0036918-90.2018.4.01.3400 RECORRENTE: JOSE NILTON NUNES DE CARVALHO


ADVOGADO: GO00026506 - EVERTON BERNARDO CLEMENTE RECORRIDO: INSTITUTO
NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS ADVOGADO:
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. PROCESSUAL. PAGAMENTO DAS PARCELAS DECORRENTES DA REVISÃO
ADMINISTRATIVA DA RMI DE BENEFÍCIO. ACORDO ENTABULADO NA AÇÃO CIVIL PÚBLICA
000232059.2012.4.03.6183. PRESCRIÇÃO DA AÇÃO INDIVIDUAL VISANDO AO PAGAMENTO FORA
DO CRONOGRAMA. CONTAGEM A PARTIR DA SUA PROPOSITURA. SENTENÇA ANULADA.
PROVIMENTO DO RECURSO E RETORNO DO FEITO À ORIGEM. 1. Cuida-se de ação na qual a parte
Autora objetiva o pagamento imediato de valores decorrentes da revisão administrativa da RMI de
benefício previdenciário (art. 29, II, da Lei nº 8.213/1991), independentemente do cronograma de
pagamento fixado pelo INSS, decorrente de acordo celebrado na ação civil pública nº 0002320-
59.2012.4.03.6183, sob a fundamentação de que os valores que a parte Autora pretende que sejam
liberados em seu favor não estão disponíveis para pagamento imediato, pois consistem apenas numa
estimativa da quantia que será a ela paga, se for observado o cronograma estabelecido no acordo
celebrado nos autos da ação civil pública nº 000232059.2012.4.03.6183. 2. A sentença, reconhecendo a
prescrição da pretensão vindicada pela parte Autora, julgou extinto o processo, com resolução do mérito,
nos termos do art. 487, II, do NCPC, pois houve o transcurso de mais de 5 (cinco) anos entre a edição do
Memorando-Circular nº 21/DIRBEN/PFEINSS, de 15/4/2010 e a propositura da ação. 3. Razões do
recurso interposto pela parte Autora: a) ao reconhecer a prescrição da pretensão com base no
Memorando-Circular Conjunto nº 21/DIRBEN/PFEINSS, de 15 de abril de 2010, o douto julgador não
levou em consideração o ajuizamento da ação civil pública 0002320- 59.2012.4.03.6183/SP, pelo MPF
cujo objeto era garantir o pagamento dos valores especificados no Memorando-Circular Conjunto nº
21/DIRBEN/PFEINSS; b) os efeitos interruptivos se operam desde o ajuizamento da ação coletiva, em
22/03/2012, com citação válida em 17/04/2012, nos termos do art. 240, caput e parágrafo primeiro do
Código de Processo Civil, e a prescrição só retoma seu curso com o trânsito em julgado da decisão
correspondente, o que ainda não se deu, assim, consideram-se prescritas apenas as parcelas anteriores
a 17/04/2007. 4. O INSS não apresentou resposta escrita ao recurso. 5. Razão assiste à parte Autora.
Quanto à prescrição, na Sessão de Julgamento de 8.11.2017, a TR2/JEF/DF, ao julgar o Recurso
Inominado n. 000861690.2014.4.01.3400, Rel. Juiz Federal Márcio Flávio Mafra Leal, decidiu que "o
marco inicial para interrupção do prazo prescricional é a data de ajuizamento da ação civil
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Turma Recursal
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pública, e não da publicação do referido memorando (STJ REsp 1.388.000/PR, rel. Min. Og Fernandes,
DJe 26.8.2015). Contudo, a propositura de ação coletiva interrompe a prescrição apenas para a
propositura da ação individual. Em relação ao pagamento de parcelas vencidas, a prescrição quinquenal
tem como marco inicial o ajuizamento da ação individual. (STJ, AIRESP nº 201603232696, Rel. Min.
Mauro Campbell Marques, DJe de 12.6.2017). Portanto, correta a sentença de primeiro grau ao definir o
período de parcelas não abrangidos pela prescrição". 6. Nesse contexto, não tem aplicação ao caso o
quanto decidido pela TNU, PEDILEF 00129588520084036315, Relator Juiz Federal Gláucio Ferreira

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Maciel Gonçalves, DOU 14/03/2014, Seção1, p. 154/159. É que em tal precedente, e em diversos outros,
o pedido inicial visava a realização da própria revisão, hipótese em que o MemorandoCircular nº
21/DIRBEN/PFEINSS, editado em 15 de abril/2010, importou em renúncia à prescrição já consumada (da
pretensão de revisão). Todavia, quando o pedido, como no caso, é o de pagamento imediato de valores
reconhecidos administrativamente em virtude de acordo entabulado em ação coletiva, vigora o
entendimento estabelecido pelo STJ, no precedente colacionado no julgamento da TR2/JDF/DF em
8.11.2017, acima transcrito. 7. Aliás, no caso sob julgamento, a revisão na esfera administrativa foi
realizada antes da propositura da presente ação. Portanto, o termo inicial da incidência da prescrição
qüinqüenal deve ser a data de ajuizamento da ação civil pública e, não, da publicação do referido
memorando, como consignou a sentença, ainda que por ventura possa haver valores pendentes de
pagamento que, por isso mesmo, não poderão ser atingidos pela prescrição quinquenal pronunciada
neste julgamento. 8. Assim, a sentença deve ser reformada, salientando que a causa não está madura
para julgamento, pois não houve citação do INSS para resposta ao pedido inicial e tampouco este
apresentou contrarrazões ao recurso da parte Autora. Por essa razão, não se mostra possível a aplicação
do art. 1.013, § 4º, do NCPC. 9. Provimento do recurso interposto pela parte Autora para afastar a
prescrição pronunciada pela sentença. 10. Superada a questão da prescrição/decadência, inaplicável
regra prevista no art. 1.013, § 4º, do NCPC, uma vez que a parte Ré não foi citada e não apresentou
contrarrazões. Ante a ausência de contraditório, o processo deve retornar à origem para regular
processamento e julgamento, com baixa da distribuição na Turma Recursal. 11. Honorários advocatícios
incabíveis, por falta de previsão legal para o arbitramento, quando há provimento do recurso julgado (art.
55, caput, da Lei n. 9.099/1995).

Turma Recursal
1B8DC03AC9F07A526EFF299F2F98A516
ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por
unanimidade: a) dar provimento ao recurso para afastar a prescrição pronunciada na sentença; b)
devolver o feito à origem para regular processamento e julgamento. Brasília/DF, 23/10/2019.

Juiz David Wilson de Abreu Pardo 2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF RELATOR 3

PROCESSO: 0031142-12.2018.4.01.3400 RECORRENTE: JERUSA PRICINOTE PINHEIRO


ADVOGADO: GO00026506 - EVERTON BERNARDO CLEMENTE RECORRIDO: INSTITUTO
NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS ADVOGADO:
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO. PROCESSUAL. PAGAMENTO DAS PARCELAS DECORRENTES DA REVISÃO
ADMINISTRATIVA DA RMI DE BENEFÍCIO. ACORDO ENTABULADO NA AÇÃO CIVIL PÚBLICA
000232059.2012.4.03.6183. PRESCRIÇÃO DA AÇÃO INDIVIDUAL VISANDO AO PAGAMENTO FORA
DO CRONOGRAMA. CONTAGEM A PARTIR DA SUA PROPOSITURA. CONSECTÁRIOS LEGAIS.
PROVIMENTO DO RECURSO. 1. Cuida-se de ação na qual a parte Autora objetiva o pagamento
imediato de valores decorrentes da revisão administrativa da RMI de benefício previdenciário (art. 29, II,
da Lei nº 8.213/1991), independentemente do cronograma de pagamento fixado pelo INSS, decorrente de
acordo celebrado na ação civil pública nº 0002320-59.2012.4.03.6183, sob a fundamentação de que os
valores que a parte Autora pretende que sejam liberados em seu favor não estão disponíveis para
pagamento imediato, pois consistem apenas numa estimativa da quantia que será a ela paga, se for
observado o cronograma estabelecido no acordo celebrado nos autos da ação civil pública nº
000232059.2012.4.03.6183. 2. A sentença pronunciou a prescrição e extinguiu o processo com resolução
do mérito, nos termos do art. 487, II, do NCPC, pois houve o transcurso de mais de 5 (cinco) anos entre a
edição do Memorando-Circular nº 21/DIRBEN/PFEINSS, de 15/4/2010 e a propositura da ação. 3. Razões
300

do recurso interposto pela parte Autora: a) ao reconhecer a prescrição da pretensão com base no
Memorando-Circular Conjunto nº 21/DIRBEN/PFEINSS, de 15 de abril de 2010, o douto julgador não
levou em consideração o ajuizamento da ação civil pública 0002320- 59.2012.4.03.6183/SP, pelo MPF
cujo objeto era garantir o pagamento dos valores especificados no Memorando-Circular Conjunto nº
21/DIRBEN/PFEINSS; b) os efeitos interruptivos se operam desde o ajuizamento da ação coletiva, em
22/03/2012, com citação válida em 17/04/2012, nos termos do art. 240, caput e parágrafo primeiro do
Código de Processo Civil, e a prescrição só retoma seu curso com o trânsito em julgado da decisão
correspondente, o que ainda não se deu, assim, consideram-se prescritas apenas as parcelas anteriores
a 17/04/2007. 4. O INSS não apresentou resposta escrita ao recurso. 5. Razão assiste à parte Autora.
Quanto à prescrição, na Sessão de Julgamento de 8.11.2017, a TR2/JEF/DF, ao julgar o Recurso

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Inominado n. 000861690.2014.4.01.3400, Rel. Juiz Federal Márcio Flávio Mafra Leal, decidiu que "o
marco inicial para interrupção do prazo prescricional é a data de ajuizamento da ação civil pública, e não
da publicação do referido memorando (STJ REsp 1.388.000/PR, rel.

Turma Recursal
1D355F9791E252AFDE57913E41060B8A
Min. Og Fernandes, DJe 26.8.2015). Contudo, a propositura de ação coletiva interrompe a prescrição
apenas para a propositura da ação individual. Em relação ao pagamento de parcelas vencidas, a
prescrição quinquenal tem como marco inicial o ajuizamento da ação individual. (STJ, AIRESP nº
201603232696, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, DJe de 12.6.2017). Portanto, correta a sentença de
primeiro grau ao definir o período de parcelas não abrangidos pela prescrição". 6. Nesse contexto, não
tem aplicação ao caso o quanto decidido pela TNU, PEDILEF 00129588520084036315, Relator Juiz
Federal Gláucio Ferreira Maciel Gonçalves, DOU 14/03/2014, Seção1, p. 154/159. É que em tal
precedente, e em diversos outros, o pedido inicial visava a realização da própria revisão, hipótese em que
o MemorandoCircular nº 21/DIRBEN/PFEINSS, editado em 15 de abril/2010, importou em renúncia à
prescrição já consumada (da pretensão de revisão). Todavia, quando o pedido, como no caso, é o de
pagamento imediato de valores reconhecidos administrativamente em virtude de acordo entabulado em
ação coletiva, vigora o entendimento estabelecido pelo STJ, no precedente colacionado no julgamento da
TR2/JDF/DF em 8.11.2017, acima transcrito. 7. Aliás, no caso sob julgamento, a revisão na esfera
administrativa foi realizada antes da propositura da presente ação. Portanto, o termo inicial da incidência
da prescrição qüinqüenal deve ser a data de ajuizamento da ação civil pública e, não, da publicação do
referido memorando, como consignou a sentença, ainda que por ventura possa haver valores pendentes
de pagamento que, por isso mesmo, não poderão ser atingidos pela prescrição quinquenal pronunciada
neste julgamento. 8. Provimento do recurso interposto pela parte Autora para afastar a prescrição
pronunciada pela sentença. 9. Superada a questão da prescrição, aplicável regra prevista no art. 1.013, §
4º, NCPC, pelo qual, sendo possível, será julgado o mérito, examinando as demais questões, sem retorno
do processo ao Juízo de primeiro grau. 10. O pedido inicial encontra respaldo na jurisprudência da TNU
que no PEDILEF 05015488120134058306, julgamento em 11/09/2015, consignou que o procedimento
adotado pela autarquia previdenciária, quanto ao pagamento escalonado dos atrasados, é prejudicial ao
beneficiário, pois, dentre outros fundamentos, esse pagamento, em alguns casos, ocorreria apenas em
2022. Por isso, entendeu que havia pretensão resistida do INSS e interesse de agir na propositura da
ação diante da falta de razoabilidade no cronograma estabelecido para o pagamento dos valores
atrasados. 11. Acolhimento do pedido inicial para condenar o INSS a pagar as diferenças decorrentes da
revisão administrativa do seu benefício, objeto deste processo, respeitada a prescrição quinquenal a
contar da data da propositura desta ação individual, com incidência dos juros e atualização das parcelas
pretéritas conforme o MCJF e correção de acordo com o STF – RE 870.947, limitado ao teto do JEF (60
salários mínimos). 12. Honorários advocatícios incabíveis, por falta de previsão legal para o arbitramento,
quando há provimento do recurso julgado (art. 55, caput, da Lei n. 9.099/1995).

Turma Recursal
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ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por
unanimidade: a) dar provimento ao recurso para afastar a prescrição pronunciada na sentença; b)
julgando de logo o mérito, acolher o pedido inicial. Brasília/DF, 23/10/2019.

Juiz David Wilson de Abreu Pardo 2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF RELATOR 3

PROCESSO: 0051045-67.2017.4.01.3400 RECORRENTE: GENAIDE SOARES SANTOS MEIRINHO


ADVOGADO: GO00026506 - EVERTON BERNARDO CLEMENTE RECORRIDO: UNIAO FEDERAL
(FAZENDA NACIONAL) ADVOGADO: - CELIA FERREIRA TAVARES DE LYRA
301

EMENTA
TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. IMPOSTO DE RENDA. PLANO DE
PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR. CONTRIBUIÇÕES RECOLHIDAS NA VIGÊNCIA DA LEI 7.713/1988.
TRIBUTAÇÃO INDEVIDA. NÃO OCORRÊNCIA DA PRESCRIÇÃO. INCIDÊNCIA APENAS SOBRE AS
PARCELAS ANTERIORES AO QUINQUENIO QUE ANTECEDEU O AJUIZAMENTO DA AÇÃO. TAXA
SELIC A PARTIR DO PAGAMENTO INDEVIDO OU A MAIOR. PROVIMENTO DO RECURSO. 1. A parte
Autora pediu a condenação da União a pagar os valores indevidamente recolhidos, incidentes sobre a
complementação de proventos paga pela Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil –
PREVI (na proporção cujo ônus tenha sido do Autor (1/3), conforme apurado em liquidação de sentença),
considerando o critério de cálculo de correção constante do Manual de Orientação de Procedimentos para

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
os Cálculos na Justiça Federal. 2. A petição inicial indicou: a) durante todo o pacto laboral e associativo a
Autora efetuou mensalmente contribuições à PREVI, formando uma reserva de poupança que tinha por
objetivo a complementação da aposentadoria, além de outros benefícios assegurados pela entidade; b)
referido fundo previdenciário é formado por contribuições do empregador, Banco do Brasil (patrocinador)
e dos empregados (participantes) no transcorrer da relação de emprego; c) a operação de contribuição
para posterior fruição da complementação da aposentadoria, na perspectiva do participante/empregado e
na proporção a ser encargo (1/3 para o caso da PREVI), não pode, em nenhuma hipótese, ser
considerada acréscimo patrimonial, o que afasta a incidência do Imposto de Renda, eis que é patente a
natureza jurídica de poupança forçada a longo prazo; d) seja pela ausência de acréscimo patrimonial, seja
pela nova incidência do imposto sobre o patrimônio anteriormente tributado, o que caracteriza autêntico
bis in idem, devem ser restituídos os valores tributados sobre suas complementações de aposentadoria.
3. A sentença, reconhecendo a prescrição da pretensão vindicada pela parte Autora, julgou extinto o
processo, com resolução do mérito, nos termos do art. 487, II, do NCPC, pois houve o transcurso de mais
de 5 (cinco) anos entre data de início da aposentadoria da parte Autora (27/11/2001) e o ajuizamento da
ação. 4. Razões do recurso interposto pela parte Autora: a) requer assistência judiciária gratuita; b)
considerando que a ação foi proposta após 09/06/2005, está prescrita apenas a pretensão de
repetição/compensação dos tributos pagos antes do quinquênio que precedeu a data do ajuizamento da
demanda; c) a Lei n. 9.250, de 26 de dezembro de 1995, alterou a sistemática do Imposto de Renda, ao
estabelecer que as contribuições

Turma Recursal
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das pessoas físicas às entidades de previdência privada fechadas, passassem a incidir ao tempo do
recebimento do benefício pelo contribuinte; d) ocorre que a Lei n. 9.250/1995 omitiu-se quanto a situações
pré-existentes, em que as contribuições que ensejaram a formação do chamado fundo de reserva de
poupança já haviam sido tributadas ao momento do recebimento dos salários mensais, vez que anteriores
à edição da referida norma legal, com o que se afigura inconstitucional e ilegal a bi-tributação do imposto
federal, em decorrência da configuração do mesmo fato gerador; e) os recursos capitalizados pelos
beneficiários, entre 1989 e 1995, se forem novamente taxados quando do recebimento dos benefícios,
face à mudança de critérios do legislador ordinário, representarão bis in idem; f) o capital acumulado junto
a entidade privada tem natureza eminentemente patrimonial, tratando-se o pagamento dos benefícios, ou
o resgate dos valores investidos mera devolução do capital investido ao longo do tempo, atualizado
monetariamente, não havendo acréscimo patrimonial que justifique uma nova cobrança da exação fiscal
anunciada; g) a Primeira Seção do STJ nos autos do Recurso Especial nº 1.012.903, pacificou o
entendimento sobre a matéria objeto desta feito. 5. A União ofereceu resposta escrita ao recurso,
sustentando que o pagamento indevido surge no exato momento em que a parte passa a receber o
benefício previdenciário complementar sob a égide da Lei 9.250/1995. 6. A sentença já deferiu o pedido
de assistência judiciária gratuita, razão pela qual falece à parte Autora interesse recursal a tal título.
Recurso não conhecido nesse ponto. 7. Razão assiste à parte Autora. Quanto à incidência do prazo
prescricional sobre o seu direito de requerer a repetição do indébito, o Juízo singular pronunciou a
prescrição porque transcorreu mais de cinco anos entre a aposentadoria e a data da propositura da ação.
Quanto ao tema, tratando-se de ação ajuizada após 09.06.2005, pacificada se encontra a incidência da
prescrição quinquenal prevista na LC nº 118/2005 (STF - RE 566.621/RS, Rel. Min. Ellen Gracie,
Repercussão Geral, DJe 11/10/2011). 8. Entretanto, no que tange ao marco inicial da contagem do prazo
prescricional de cinco anos, a TNU possui posicionamento no sentido de que "O prazo prescricional, na
hipótese, não se inicia a partir do pagamento dos tributos recolhidos entre janeiro de 1989 a dezembro de
1995 ou na vigência da Lei n.º 9.250/95. É que o pagamento do imposto de renda incidente sobre as
contribuições vertidas a entidades de previdência privada no mencionado período não foi indevido ou
ilegal. Na verdade, o pagamento indevido e ilegítimo só se verifica no momento em que tributado o valor
proveniente da complementação da aposentadoria ou do resgate das contribuições, na proporção do que
já tributado sob a égide da Lei n.º 7.713/88, configurando indevido bis in idem. Logo, renova-se a
pretensão de repetição do indébito - e, portanto, o início do prazo prescricional - a cada incidência do
imposto de renda sobre a complementação percebida pelo autor ou sobre o resgate das contribuições, se
for o caso. Deste modo, a prescrição atinge apenas as parcelas de restituição vencidas antes do
quinquênio anterior à propositura da ação, incidindo a Súmula n.º 85 do STJ (...)" (TNU - PEDILEF
200683005146716, Rel. Juiz Federal Manoel Rolim Campbell Penna, DJ de 28/09/2012 – sem grifos
302

originais). Portanto, encontram-se prescritas apenas as parcelas anteriores ao quinquênio que antecedeu
o ajuizamento da ação e, não, da data da aposentadoria da parte Autora, como consignou a sentença.

Turma Recursal
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9. Provimento do recurso interposto pela parte Autora, na parte conhecida, para afastar a prescrição
pronunciada pela sentença. 10. Superada a questão da prescrição, aplicável regra prevista no art. 1.013,
§ 4º, NCPC, pelo qual, sendo possível, será julgado o mérito, examinando as demais questões, sem
retorno do processo ao Juízo de primeiro grau. 11. A 1ª Seção do STJ, quando do julgamento do REsp

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
1.012.903/RJ, sujeito ao regime dos "recursos repetitivos”, reafirmou o entendimento de que não incide
imposto de renda sobre o valor do benefício de complementação de aposentadoria e o do resgate de
contribuições que, proporcionalmente, corresponderem às parcelas de contribuições efetuadas no período
de 01.01.1989 a 31.12.1995, cujo ônus tenha sido exclusivamente do participante do plano de previdência
privada, por força da isenção concedida pelo artigo 6º, inciso VII, alínea "b", da Lei 7.713/88, na redação
anterior à que lhe foi dada pela Lei 9.250/95 (Relator Ministro Teori Albino Zavascki, DJe de 13.10.2008).
12. Conforme precedente, tanto no resgate quanto na complementação de aposentadoria, há bitributação
indevida. A Lei 9.250/1995 não determinou que fosse recolhido imposto de renda em dois momentos, no
recolhimento da contribuição e no seu recebimento. Apenas alterou o momento do desconto. Em outras
palavras, a legislação tributária continuou adotando a incidência em apenas um momento da operação. A
diferença é quanto ao momento, não mais na contribuição e sim no recebimento. 13. Assim, é devida a
restituição dos valores do imposto de renda incidente sobre a complementação de aposentadoria que a
parte Autora percebe da entidade de previdência privada, mas apenas na proporção da contribuição por
ela vertida (um terço) no período de 01.01.89 a 31.12.95. Já o critério de esgotamento no cálculo da
repetição do indébito é questão a ser decidida pelo Juízo da execução, no momento oportuno. 14. Incide
a taxa SELIC nos termos do art. 39, § 4.º, Lei 9.250/1995, ou seja, a partir do pagamento indevido ou a
maior até o mês anterior ao da compensação ou restituição. 15. Acolhimento do pedido inicial para
declarar a inexigibilidade do imposto de renda incidente sobre a parcela da aposentadoria complementar
correspondente às contribuições realizadas no período de 1º./01/1989 a 31/12/1995 exclusivamente pela
parte Autora e condenar a parte Ré na restituição do imposto indevidamente recolhido, acrescido
exclusivamente da taxa SELIC a contar das datas dos recolhimentos indevidos, respeitada a prescrição
quinquenal, a contar da data da propositura da ação. 16. Honorários advocatícios incabíveis, por falta de
previsão legal para seu arbitramento, no âmbito do JEF, quando há provimento do recurso julgado (artigo
55, caput, da Lei n. 9.099/1995). ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais
Federais do Distrito Federal, por unanimidade: a) dar provimento ao recurso, na parte conhecida, para
afastar a prescrição pronunciada na sentença; b) julgando de logo o mérito, acolher o pedido inicial.
Brasília/DF, 23/10/2019.

Turma Recursal
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Juiz David Wilson de Abreu Pardo 2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF RELATOR 3

PROCESSO: 0030302-41.2014.4.01.3400 RECORRENTE: MARIO PEIXOTO DE OLIVEIRA FILHO


ADVOGADO: DF00030598 - MAX ROBERT MELO E OUTRO(S) RECORRIDO: UNIAO FEDERAL
ADVOGADO: - KASSANDRA MARA MAFRA
EMENTA

PROCESSUAL. AGRAVO. NEGATIVA DE SEGUIMENTO A RECURSO EXTRAORDINÁRIO.


ADMINISTRATIVO. EMPREGADO ANISTIADO. CRÉDITO DE VERBA SALARIAL NÃO PAGA.
RECOMPOSIÇÃO REMUNERATÓRIA DE 16,40%. AUSÊNCIA DE RECONHECIMENTO
ADMINISTRATIVO POR PARTE DA ADMINISTRAÇÃO. TEMA APRECIADO PELO STF (RE 404.261
AGR / RJ). HIPÓTESE PREVISTA PELO ART. 1.030, I, NCPC. CONHECIMENTO DO RECURSO COMO
AGRAVO INTERNO, NOS TERMOS DO ART. 1.030, § 2º C/C O INCISO I, DO NCPC. NÃO
PROVIMENTO DO RECURSO CONHECIDO COMO AGRAVO INTERNO. 1. Agravo interposto pela parte
Autora, invocando como fundamento o art. 1.042, NCPC, em face de decisão da Coordenação das
Turmas Recursais que negou seguimento a Recurso Extraordinário que houvera interposto, em processo
no qual se discute se é devido o pagamento de valor devido sob a denominação de "exercícios
anteriores", correspondente à recomposição da remuneração original atualizada pelo índice do regime
geral da previdência social (Decreto nº 6.657/2008), em 16,40%. A parte Agravante requereu fosse o
processo remetido ao STF, para processamento e reapreciação da matéria. 2. A Coordenação das
Turmas Recursais, todavia, encaminhou o Agravo a esta Turma Recursal, tendo em vista o quanto
disposto no art. 1.030, I, c/c o seu § 2º, NCPC. 3. Destarte, o Supremo Tribunal Federal, ao julgar o RE
303

404.261 AgR / RJ, decidiu que a verificação dos níveis de carreira em que se inserem os anistiados e,
consequentemente, das diferenças de reajuste a que fariam jus demandaria a interpretação da legislação
infraconstitucional e o reexame dos fatos e das provas dos autos, o que é inviável em recurso
extraordinário. 4. Logo, o recurso de agravo interposto deve ser conhecido nesta sede como agravo
interno, nos termos do art. 1.030, § 2º, do NCPC. Aliás, esta tem sido a orientação expressa do STF, em
diversos outros processos enviados àquele Tribunal, os quais têm sido devolvidos com comando para
serem processados na forma do dispositivo supracitado, ou seja, na forma de agravo interno em face de
decisão negando seguimento a extraordinário. Com isso, a única forma legalmente prevista de
impugnação da decisão da Coordenação das Turmas é, de fato, a interposição de agravo interno,
segundo o art. 1.030, § 2º, NCPC.

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Turma Recursal
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5. Seja como for, não pode ser dado provimento ao agravo aqui recebido como interno, na forma da lei,
haja vista que a questão de mérito (pagamento do reajuste salarial no índice de 16,40% referente ao mês
de abril de 1992), como dito, já foi levada ao conhecimento do STF por meio de recurso extraordinário,
não tendo sido reconhecida a repercussão geral, conforme decisão anteriormente referida, amoldando-se
a situação à hipótese do art. 1.030, inciso I, do NCPC. Por isso, a decisão que negou seguimento ao
extraordinário merece ser mantida em todos os seus termos. 6. Conhecimento do recurso como agravo
interno, negando-lhe provimento. ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais
Federais do Distrito Federal, por unanimidade, conhecer do recurso como agravo interno, negando-lhe
provimento. Brasília/DF, 23/10/2019.

Juiz David Wilson de Abreu Pardo 2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF RELATOR 3

PROCESSO: 0051855-76.2016.4.01.3400 RECORRENTE: GEDION DIAS DA ROCHA ADVOGADO:


DF00030598 - MAX ROBERT MELO E OUTRO(S) RECORRIDO: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO
SOCIAL-INSS E OUTRO(S) ADVOGADO:
EMENTA
PROCESSUAL. AGRAVO. NEGATIVA DE SEGUIMENTO A RECURSO EXTRAORDINÁRIO.
EMPREGADO ANISTIADO. RETORNO AO SERVIÇO DE EMPREGADO PÚBLICO. ANISTIA COM
BASE NO ART. 2º, PARÁGRAFO ÚNICO, DA LEI N. 8.878/1994. SUBMISSÃO AO REGIME JURÍDICO
ÚNICO DOS SERVIDORES FEDERAIS. IMPOSSIBILIDADE. TEMA APRECIADO PELO STF (ARE
962.518-DF). HIPÓTESE PREVISTA PELO ART. 1.030, I, NCPC. CONHECIMENTO DO RECURSO
COMO AGRAVO INTERNO, NOS TERMOS DO ART. 1.030, § 2º C/C O INCISO I, DO NCPC. NÃO
PROVIMENTO DO RECURSO CONHECIDO COMO AGRAVO INTERNO. 1. Agravo interposto pela parte
Autora, invocando como fundamento o art. 1.042, NCPC, em face de decisão da Coordenação das
Turmas Recursais que negou seguimento a Recurso Extraordinário que houvera interposto em processo
no qual se discute se ex-empregado público regido pela CLT, beneficiado com a anistia promovida pela
Lei 8.878/1994, tem o direito ao cômputo do período entre a sua dispensa e a readmissão, nos termos da
Lei 8.878/1994. A parte Agravante requereu fosse o processo remetido ao STF, para processamento e
reapreciação da matéria. 2. A Coordenação das Turmas Recursais, todavia, encaminhou o Agravo a esta
Turma Recursal, tendo em vista o quanto disposto no art. 1.030, I, c/c o seu § 2º, NCPC. 3. Destarte, o
Supremo Tribunal Federal, ao julgar o ARE 811617 MG, em 24/06/2014, Relatoria do Ministro Gilmar
Mendes, reconheceu que a análise da matéria discutida nos autos ensejaria o reexame fático-probatório.
Julgando ainda o ARE 656.411 AgR, de Relatoria da Ministra Cármen Lúcia, que decidiu que o exame da
alegada ofensa ao texto constitucional envolve a reanalise da interpretação àquela norma pelo juízo a
quo. 4. Logo, o recurso de agravo interposto deve ser conhecido nesta sede como agravo interno, nos
termos do art. 1.030, § 2º, do NCPC. Aliás, esta tem sido a orientação expressa do STF, em diversos
outros processos enviados àquele Tribunal, os quais têm sido devolvidos com comando para serem
processados na forma do dispositivo supracitado, ou seja, na forma de agravo interno em face de decisão
negando seguimento a extraordinário. Com isso, a única forma legalmente prevista de impugnação da
decisão da Coordenação das Turmas é, de fato, a interposição de agravo interno, segundo o art. 1.030, §
2º, NCPC.

Turma Recursal
E121D5C94443D390902819265DA2B867
5. Seja como for, não pode ser dado provimento ao agravo aqui recebido como interno, na forma da lei,
haja vista que a questão de mérito (cômputo de tempo do período entre a dispensa e a readmissão, nos
termos da Lei 8.878/1994), como dito, já foi levada ao conhecimento do STF por meio de recurso
extraordinário, não tendo sido reconhecida a repercussão geral, conforme decisão anteriormente referida,
amoldando-se a situação à hipótese do art. 1.030, inciso I, do NCPC. Por isso, a decisão que negou
seguimento ao extraordinário merece ser mantida em todos os seus termos. 6. Conhecimento do recurso
304

como agravo interno, negando-lhe provimento. ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos
Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade, conhecer do recurso como agravo
interno, negando-lhe provimento. Brasília/DF, 23/10/2019.

Juiz David Wilson de Abreu Pardo 2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF RELATOR 3

PROCESSO: 0046651-17.2017.4.01.3400 RECORRENTE: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
SOCIAL-INSS ADVOGADO: RECORRIDO: MIGUEL DE JESUS ROCHA ADVOGADO: MA00016942 -
BRUNA IANE MENEZES DE AGUIAR E OUTRO(S)
EMENTA
ASSISTENCIAL E PROCESSUAL. BPC. HIPOSSUFICIÊNCIA COMPROVADA APÓS A ELABORAÇÃO
DO PARECER SOCIAL. DEFICIÊNCIA. PREENCHIMENTO DO REQUISITO LEGAL. ALTERAÇÃO DA
DIB. PROVIMENTO PARCIAL DO RECURSO. 1. A sentença julgou parcialmente procedente o pedido
inicial para condenar o INSS: a) no cumprimento da obrigação de fazer consistente na concessão mensal
de um benefício de amparo assistencial à pessoa com deficiência com DIP na data da própria sentença
(23 de abril de 2019); b) no cumprimento da obrigação de pagar os valores retroativos desde a DER –
20/06/2017, corrigidos de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo Manual de Cálculos da Justiça
Federal, o qual reflete o entendimento adotado pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento do RE nº
870.947/SE e pelo Superior Tribunal de Justiça no julgamento do REsp nº 1.495.146/MG, observada a
prescrição quinquenal e a compensação com eventual benefício pago à autora e que seja incompatível
como o LOAS. Foram antecipados os efeitos da tutela para determinar a implantação do benefício no
prazo de 15 dias, sob pena de multa. 2. Razões do recurso interposto pelo INSS: a) a incapacidade
temporária, por si só, não deve conduzir à concessão do benefício assistencial destinado às pessoas
portadoras de deficiência, pois não constitui campo de cobertura da incapacidade dos trabalhadores que
exercem suas atividades na informalidade, como no presente caso; b) para efeito de concessão do
benefício de prestação continuada, a incapacidade para o trabalho deve ser total e permanente, devendo,
além disso, a parte Autora provar incapacidade para atos da vida diária; c) a incapacidade do assistido
social, para a vida independente e para o trabalho, de que trata o art. 20, §2º, da Lei 8.742/1993, não se
confunde com a incapacidade que habilita o segurado da previdência social ao auxílio-doença ou à
aposentadoria por invalidez; d) as alegações de dificuldades financeiras e de recolocação profissional não
têm pertinência, pois para tais situações existe programa específico no âmbito da seguridade social; e)
existe programa próprio de inserção no mercado de trabalho que supre, ainda que parcialmente, a
dificuldade de recolocação; f) acaso entenda o Juízo pela concessão do benefício, a hipossuficiência
econômica somente restou demonstrada após ajuizamento da ação, pelo que seu termo inicial somente
poderá ser fixado na data do laudo social; e) em relação aos índices de correção monetária e juros de
mora, que sejam fixados nos termos do artigo 1º-F da Lei 9.494/1997, redação dada pela Lei
11.960/2009. 3. A parte Autora ofereceu resposta ao recurso.

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4. Uma vez intimado para intervir no feito, o MPF quedou-se inerte. 5. Parte Autora do sexo masculino,
menor impúbere, nascido em 26/03/2017 (2 anos), filho de Lenice de Jesus Rocha, genitor não declarado,
residente no Gama/DF. 6. A primeira perícia médica, registrada em 18/05/2018, realizada por médico
especialista em pediatria, após análise detalhada do caso, concluiu que a parte Autora é portadora de CID
P35.1 (infecção congênita por citomegalovirus) e “não há sinais de alterações neurológicas significativas
no momento. É possível que desenvolva atraso no desenvolvimento com o tempo, ou alterações de visão
ou audição”. 7. A segunda perícia, registrada em 20/09/2018, realizada por médica com especialidade em
medicina do trabalho e psiquiatria, constatou que a parte Autora é portadora de CID Q02 (microcefalia),
não tendo sido constatada alienação mental (p. 5 do laudo) devendo-se aguardar a evolução do quadro
para saber o prognóstico (p. 4 do laudo) e informa que o periciado apresenta incapacidade laboral
temporária, definitiva e omniprofissional. O perito emitiu o seguinte parecer conclusivo: “apresenta
incapacidade total e temporária por um período de 03 anos a partir da data pericial para avaliar a sequela
deixada pela citomegalovirose adquirida pela mãe durante a gestação do mesmo” (p. 5 do laudo). 8. O
laudo socioeconômico (registrado em 13/04/2018), elaborado em 02/04/2018, informa que a parte Autora
reside com sua genitora, solteira, e que esta não possui outros filhos. Faz acompanhamento na rede
pública de saúde, faz estimulação precoce no centro de ensino especial do Gama três vezes por semana
por indicação médica e faz uso de vitaminas. A genitora relata que o filho não usa medicação contínua e
que está bem de saúde. A genitora do periciado tem duas irmãs que moram na região, porém, não há
informação se estas prestam algum tipo de ajuda. Quanto à moradia, relata que a “família reside em casa
alugada no valor de 400,00 reais mensais já incluídos água e energia elétrica, mora no local há cerca de
um ano, casa que autor reside está em terreno murado, gradeado, com quatro unidades habitacionais
construída no mesmo lote, construções em área de ocupação regular possui infraestrutura completa, há
saber; rua com pavimentação asfáltica, rede escoto (sic), água potável, rede elétrica, coleta de lixo
305

regular, posto de saúde e escolas, autora diz que na região ocorre furtos e roubos regularmente,
segurança é precária. Casa onde família reside conta com sala, cozinha no mesmo cômodo, quarto e
banheiro e área de serviço, tem piso cerâmico, telhas de cerâmica, parede com pinturas em boas
condições, moveis e eletrodomésticos em bom estado de conservação, organização e higiene do
ambiente em boas condições” (p. 2 do laudo). Além disso, informa que seus móveis ou foram adquiridos
ao longo dos anos com a renda do seu trabalho. Quanto à renda (p. 3 do laudo), a genitora da parte
Autora afirma que recebe o valor bruto de R$ 1.161,00 e que possui despesas básicas de R$ 1.050,00,
sem contar outras despesas eventuais que não podem ser previstas. Diz que, às vezes, necessita de
auxílio dos colegas de trabalho. De acordo com a genitora da parte Autora, o pai do menor não paga a
prestação de alimentos e não dá qualquer assistência ao filho. O genitor da parte Autora é procedente do

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Rio Grande do Norte/RN e família não sabe do seu paradeiro. A despesa com aluguel, energia elétrica e
água tratada é de R$ 400,00, com cuidados com a parte Autora é de R$ 350,00 e com alimentação e
higiene é de R$ 300,00. Possui passe livre. A perita concluiu que a parte

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Autora está em situação de hipossuficiência econômica e vulnerabilidade social (p. 4). 9. Para efeito de
concessão do benefício de prestação continuada, “considera-se pessoa com deficiência aquela que tem
impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação
com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de
condições com as demais pessoas” (art. 20, § 2º, Lei n. 8.742/1993, com redação dada pela Lei n.
13.146/2015). Desde antes, já se entendia que “incapacidade para a vida independente não é só aquela
que impede as atividades mais elementares da pessoa, mas também a impossibilita de prover ao próprio
sustento” (Súmula 29/TNU). 10. A incapacidade total, mas temporária da parte Autora, indicada pela
perícia médica, não obsta a concessão do benefício assistencial, pois o requisito, exigido pela LOAS, que
deve ser observado para a configuração de deficiência é a presença do impedimento de longo prazo
(transcurso de 2 anos, no mínimo) de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em
interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em
igualdade de condições com as demais pessoas. Esse impedimento não necessariamente decorre de
incapacidade física, tendo em vista o que consigna o art. 2º, §1º, da Lei 13.146/2015 (Estatuto da Pessoa
com Deficiência): “A avaliação da deficiência, quando necessária, será biopsicossocial, realizada por
equipe multiprofissional e interdisciplinar e considerará: I - os impedimentos nas funções e nas estruturas
do corpo; II - os fatores socioambientais, psicológicos e pessoais; III - a limitação no desempenho de
atividades; e IV - a restrição de participação”. 11. No caso, o alcance da incapacidade temporária da parte
Autora, segundo o próprio laudo pericial, vai além dos dois anos. Além disso, para a aferição do
impedimento de longo prazo e das barreiras que eventualmente obstruem a sua participação plena e
efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas, a análise dos aspectos
biopsicossociais da parte Autora, como idade, escolaridade, vulnerabilidade social e saúde reforça o
preenchimento do requisito legal. 12. Além disso, para ter direito ao benefício, a pessoa com deficiência
precisa ter renda familiar mensal per capita inferior a 1/4 do salário-mínimo (art. 20, §3º, Lei 8.742/93).
13. Quanto a isso, o laudo pericial socioeconômico realizado em 02/04/2018 (registro de 13/04/2018)
atesta que a parte Autora reside apenas com sua genitora. Ainda, foi dito que a genitora está empregada
e, com a renda auferida no valor de R$ 1.161,00 (bruto) e custeia as despesas da família. Segundo o
relatório, a despesa com aluguel, energia elétrica e água tratada é de R$ 400,00, com cuidados com a
parte Autora é de R$ 350,00 e com alimentação e higiene é de R$ 300,00. Todavia, a genitora da parte
Autora informa que se encontra desempregada (petição registrada em 30/01/2019), fato que pode ser
corroborado pela cópia da CTPS (registro 30/01/2019) e pelo CNIS (registro em 09/10/2019). Sendo
assim, a renda per capita atualmente é inferior a ¼ do salário mínimo. Além disso, o laudo
socioeconômico confirma que a parte Autora é vítima de hipossuficiência econômica e vulnerabilidade
social (p. 4). 14. Ao cotejar as condições da parte Autora com os requisitos legais para configuração de
deficiência, é de se concluir que os mesmos estão devidamente preenchidos, no caso

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sob julgamento. Ou seja, outra não pode ser a conclusão senão a de que a parte Autora está impedida,
por longo prazo, de participar plena e efetivamente na sociedade, em igualdade de condições com as
demais pessoas. Por isso, a parte Autora faz jus ao BPC pleiteado, sob essa ótica. 15. De todo modo, a
sentença condenou o INSS ao pagamento das parcelas vencidas a partir da data da entrada do
requerimento administrativo em 20/06/2017. Pelo conjunto probatório, contudo, o período compreendido
entre a DER e a data do encerramento do vínculo empregatício da genitora da parte Autora, em
30/06/2018, a renda per capita ultrapassava ¼ do salário mínimo, afastando o estado de hipossuficiência.
16. Seja como for, a data de início da carência econômica é posterior ao requerimento administrativo, ao
ajuizamento da ação (esta foi proposta em 08/11/2017) e até ao laudo socioeconômico (elaborado em
02/04/2018 e registrado em 13/04/2018). A carência passou a se configurar somente a partir de
julho/2018, como já destacado, quando a mãe da parte Autora deixou de receber remuneração, de acordo
306

com o CNIS. Portanto, a DIB deve ser fixada após o término do vínculo empregatício (DIB 01/07/2018).
17. Quanto aos juros e correção monetária, o STF decidiu que “o artigo 1º-F da Lei 9.494/1997, com a
redação dada pela Lei 11.960/2009, na parte em que disciplina a atualização monetária das condenações
impostas à Fazenda Pública segundo a remuneração oficial da caderneta de poupança, revela-se
inconstitucional ao impor restrição desproporcional ao direito de propriedade (CRFB, art. 5º, XXII), uma
vez que não se qualifica como medida adequada a capturar a variação de preços da economia, sendo
inidônea a promover os fins a que se destina”. 18. O acórdão referente ao RE 870.947 já foi publicado no
DJe de 17/11/2917, tornado público em 20/11/2017. Outrossim, o STJ decidiu que “a modulação dos
efeitos da decisão que declarou inconstitucional a atualização monetária dos débitos da Fazenda Pública
com base no índice oficial de remuneração da caderneta de poupança, no âmbito do Supremo Tribunal

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Federal, objetivou reconhecer a validade dos precatórios expedidos ou pagos até 25 de março de 2015,
impedindo, desse modo, a rediscussão do débito baseada na aplicação de índices diversos. Assim,
mostra-se descabida a modulação em relação aos casos em que não ocorreu expedição ou pagamento
de precatório” (REsp 1495146/MG, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Primeira Seção, julgado em
22/02/2018, DJe 02/03/2018). 19. Por isso, não prejudica a conclusão deste julgamento, quanto aos
consectários legais, a pendência de embargos declaratórios, no RE 870.947, nem mesmo se a tais
embargos, excepcionalmente, foi deferido algum efeito suspensivo, pois aqui ainda se está na fase de
conhecimento da causa, longe do início da eventual fase de cumprimento do julgado, quanto aos valores
pretéritos a serem pagos, se for o caso. 20. Este acórdão abordou os argumentos levantados pelas
partes, significando que também foram considerados os elementos suscitados para fins de
prequestionamento. 21. Provimento parcial do recurso interposto pelo INSS, para fixar em 01/07/2018 a
DIB do BPC já concedido pela sentença. 22. Honorários advocatícios incabíveis, por falta de previsão
legal para arbitramento, no

Turma Recursal
106B3BFE3A7655A75DB2D016B1EF272F
âmbito do JEF, quando há provimento do recurso julgado, ainda que em parte (art. 55, caput, da Lei n.
9.099/1995). ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito
Federal, por unanimidade, dar provimento parcial ao recurso. Brasília/DF, 23/10/2019.

Juiz David Wilson de Abreu Pardo 2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF RELATOR 3

PROCESSO: 0052450-12.2015.4.01.3400 RECORRENTE: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO


SOCIAL-INSS ADVOGADO: - RENATA MARIA DE BRITO AZEVEDO RECORRIDO: SANDRA MARIA
DE MATOS ADVOGADO: - DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL. BENEFÍCIO POR INCAPACIDADE. QUALIDADE DE SEGURADO
NA DII. RESTABELECIMENTO DO AUXÍLIODOENÇA. DATA DE INÍCIO. CITAÇÃO. PROVIMENTO
PARCIAL DO RECURSO INTERPOSTO PELO INSS. 1. A sentença rejeitou o pedido da inicial de
pagamento das parcelas pretéritas a título de benefício de auxílio-doença referentes ao período
compreendido entre 24/07/2011 (data da cessação) e 03/01/2013, sob a justificativa de que o perito
concluiu que existe incapacidade laborativa total temporária e multiprofissional, a partir de 01/10/2015. 2.
Em sede de Embargos de Declaração à sentença, houve alegação de omissão, pois a decisão não
analisou o pedido de restabelecimento do benefício de auxílio- doença, requerido na petição de emenda à
inicial, registrada em 11/01/2016. 3. A sentença proferida em sede de embargos de declaração,
antecipando os efeitos da tutela, acolheu parcialmente do pedido para “condenar o INSS a restabelecer,
em favor da Autora, o benefício de auxílio-doença, desde 01/10/2015 (DIB), que deverá ser mantido por
trinta dias a contar da implantação (DCB), e a pagar-lhe os valores atrasados devidamente corrigidos”. 4.
Razões do recurso interposto pelo INSS: a) requer a imediata suspensão dos efeitos da tutela concedida
que determinou a concessão imediata do benefício; b) conforme informações constantes dos sistemas do
INSS, a parte Autora manteve vínculos com o RGPS somente até 07/2012; c) o período de graça previsto
em lei para a hipótese é de 12 (doze) meses (art. 15, II, da Lei nº 8.213/91), os quais devem ser contados
a partir da data da última contribuição. Encerrado o prazo, a manutenção da qualidade de segurado
depende da constituição de novo vínculo ou do reinício das contribuições no mês seguinte, sob pena de
que caduquem todos os direitos inerentes a essa qualidade; d) a CTPS até faz início de prova perante o
INSS, porém, deve ser analisado o conjunto probatório, e quando o registro gerar alguma suspeita, pode
e deve a Previdência exigir outras provas do vínculo, a teor do Decreto 3.048/99. Ademais, conforme
prevê o artigo 19, §2º do Decreto 3048/99, não havendo registro no CNIS, não devem ser considerados
os vínculos alegados como incontroversos; e) não merecem ser computados os períodos não registrados
no CNIS, não tendo havido contribuição previdenciária correspondente; f) no caso de preenchimento dos
requisitos necessários à obtenção do benefício, impõese que a data de início do benefício (DIB) seja
aquela em que juntado aos autos o imprescindível laudo pericial, quando posterior à citação; g) no que se
307

refere aos juros e correções monetárias nas condenações impostas à Fazenda Pública, deve se aplicar o
art. 1º-F da Lei 9.494/97, com a redação do art. 5º da Lei 11.960/2009, haja vista tratar

Turma Recursal
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se de atualização do quantum debeatur, situação acerca da qual ainda se desconhece o marco temporal
fixado pelo STF para fins de modulação dos efeitos. 5. A parte Autora ofereceu resposta escrita ao
recurso. 6. Parte Autora do sexo feminino, nascida em 19/10/1968 (51 anos de idade), reside com o
irmão, ensino médio incompleto, desempregada, residente em Brazlândia/DF. 7. A perícia médica, cujo

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laudo foi registrado em 09/03/2016, realizada por médico especialista em ortopedia e traumatologia,
constatou que a pericianda é portadora de doença, CID 10: M 25.5 (dor articular). A incapacidade da parte
Autora é total, temporária e multiprofissional, e DII fixada em 01/10/2015, concluindo que: “por falta de
elementos para fixar-se uma data precisa de início da incapacidade, devido ao caráter crônico e
progressivo das patologias, pode-se apenas informar que nesse exame já se encontra incapaz” (p. 3 do
laudo). 8. No caso, apesar do INSS alegar que a parte Autora manteve vínculos com o RGPS somente
até 07/2012, conforme cópia da CTPS juntada ao processo (documentação inicial, pp. 8/9), o vínculo com
a empresa Paulista Serviços e Transportes LTDA, iniciado em 01/09/2011, encontra-se sem a devida
baixa. Diante desse quadro, o Juízo de origem intimou a parte Autora, por meio do despacho registrado
em 19/10/2016, para que esta esclarecesse se o vínculo com a referida empresa ainda persistia.
Intimada, a parte Autora informou que foi desligada da empresa em 14/10/2016 e juntou a declaração da
empresa atestando tal fato (cf. petição incidental registrada em 24/11/2016, p. 3/3). 9. Ora, nesse
contexto, e conforme bem destacado pela sentença integrativa dos declaratórios, “no tocante ao requisito
da incapacidade para o trabalho, o perito nomeado, Dr. Saulo Morais Rodrigues de Castro, atestou em
seu laudo que a autora estava incapacitada, de forma total, temporária e multiprofissional. Por outro lado,
em resposta a intimação do juízo, a parte autora juntou, em 24/11/2016, declaração da empresa Paulista
Serviços e Transportes informando que a autora entrou em gozo de benefício junto ao INSS em
20/01/2012 e não mais retornou ao trabalho. E que somente foi desligada da empresa em 14/10/2016. A
autora, assim, entre a cessação do benefício em 24/07/2012 e o desligamento da empresa, em 2016, não
retornou ao trabalho, nem esteve em gozo de benefício. Contudo, mesmo não constando no CNIS o
recolhimento das contribuições, tendo a empresa informado que só a desligou em 2016, era seu dever
verter as contribuições. Mesmo não o tendo feito, pode-se assegurar que a autora não perdeu a qualidade
de segurado. Como já foi dito, na sentença embargada, não há nos autos elementos para determinar o
restabelecimento desde a cessação, em 2012. Mas como está demonstrado que não houve a perda da
qualidade de segurado e tendo sido reconhecida a incapacidade com DII em 01/10/2015, cabível o
restabelecimento a partir dessa data”. 10. Com efeito, a CTPS, acompanhada da declaração da empresa,
goza de presunção juris tantum de veracidade (Súmula 225 do STF) e tal presunção somente pode ser
desconstituída mediante prova em contrário. O ônus de ilidir anotações registradas na CTPS incumbe ao
INSS, mediante demonstração inequívoca da incorreção ou falsidade das informações discriminadas. No
caso, o INSS não impugna adequadamente o vínculo

Turma Recursal
D3133CB086C1DA791567FF8A551049CC
aludido, devendo o referido tempo ser computado para fins de carência. Isso porque, nos casos de
segurados obrigatórios, a responsabilidade pelo recolhimento da contribuição não é do trabalhador, mas
do empregador, conforme anuncia o art. 30, Lei 8.212/1991. Portanto, cabe ao INSS fiscalizar o
recolhimento das contribuições ao tempo da prestação de serviço, não podendo o segurado ser
prejudicado pela inércia da Autarquia Previdenciária. 11. Nesse contexto, não há que se falar em perda
da qualidade de segurado, tendo em vista que a incapacidade atestada (em 01/10/2015) é anterior à
cessação do vínculo da parte Autora com a empresa Paulista Serviços e Transportes LTDA em
14/10/2016, conforme demonstrado na declaração (registro em 24/11/2016), conjuntamente com a CTPS
(documentação inicial, pp. 8/9). 12. Já as regras para fixar termo inicial de benefícios
previdenciário/assistenciais por incapacidade/impedimento são estas: a) se não houve requerimento
administrativo e a incapacidade (ou impedimento, no caso de benefício assistencial) for estabelecida
antes da citação, o benefício será devido desde a citação válida (STJ, 1ª. Seção, RESp n. 1.369.165/SP,
rel. Min. Benedito Gonçalves, DJe 7.3.2014, sob o regime representativo de controvérsia); b) se houve
requerimento administrativo e a incapacidade (ou impedimento) estabelecida no laudo pericial for
preexistente àquele, o benefício será devido desde o requerimento administrativo (Súmula n° 22 da TNU:
se a prova pericial realizada em juízo dá conta de que a incapacidade já existia na data do requerimento
administrativo, esta é o termo inicial do benefício assistencial); c) se houve requerimento administrativo e
se a perícia judicial não precisar a data do início da incapacidade (ou impedimento), fixando-a na data da
perícia por ausência de provas, desde a data da citação (STJ RESp n. 1.311.665, rel. Min. Ari Pargendler,
DJe 17.10.2014); d) se houve requerimento administrativo e o laudo pericial judicial fixar a data de início
da incapacidade (ou impedimento) após o requerimento administrativo (legitimando a recusa do INSS),
mas antes do ajuizamento da ação, o benefício será devido desde a citação (STJ RESp n. 1.369.165/SP,
rel. Min. Benedito Gonçalves, DJe 7.3.2014, sob o regime representativo de controvérsia; TNU, PEDILEF
308

200971670022131, rel. Juiz Federal Adel Américo de Oliveira, DOU 11.5.2012). Em todos os casos,
privilegia-se o princípio do convencimento motivado, pelo qual a fixação da data de início do benefício
resulta da análise do conjunto probatório. 13. No caso, de todo modo, a parte Autora não se enquadra em
qualquer das alíneas constantes do item 10, pois a data de início da incapacidade (DII em 01/10/2015) é
posterior à data do requerimento administrativo (27/07/2012 – registro em doc. inicial, p. 5) e à propositura
da ação, que se deu em 08/09/2015. Assim, o benefício deveria ter sido concedido, em tese, a partir da
juntada do laudo pericial em 09/03/2016. Todavia, o laudo é anterior à citação do INSS, sendo o benefício
devido desde a citação e, não, desde o início da incapacidade, como consignou a sentença. 14. Quanto
aos juros e correção monetária, na Sessão de 20/09/2017, o STF concluiu o julgamento do RE 870.947
(repercussão geral), definindo que “o artigo 1º-F da Lei 9.494/1997, com a redação dada pela Lei

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11.960/2009, na parte em que disciplina a atualização monetária das condenações impostas à Fazenda
Pública segundo a remuneração oficial da caderneta de poupança, revela-se inconstitucional ao impor

Turma Recursal
D3133CB086C1DA791567FF8A551049CC
restrição desproporcional ao direito de propriedade (CRFB, art. 5º, XXII), uma vez que não se qualifica
como medida adequada a capturar a variação de preços da economia, sendo inidônea a promover os fins
a que se destina”. Portanto, não há razão quanto ao pleito de aplicação do critério previsto pelo art. 1º-F
da Lei n. 9.494/1997. 15. O acórdão referente ao RE 870.947 já foi publicado no DJe de 17/11/2917,
tornado público em 20/11/2017 Outrossim, o STJ decidiu que “a modulação dos efeitos da decisão que
declarou inconstitucional a atualização monetária dos débitos da Fazenda Pública com base no índice
oficial de remuneração da caderneta de poupança, no âmbito do Supremo Tribunal Federal, objetivou
reconhecer a validade dos precatórios expedidos ou pagos até 25 de março de 2015, impedindo, desse
modo, a rediscussão do débito baseada na aplicação de índices diversos. Assim, mostra-se descabida a
modulação em relação aos casos em que não ocorreu expedição ou pagamento de precatório” (REsp
1495146/MG, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Primeira Seção, julgado em 22/02/2018, DJe
02/03/2018). 16. Por isso, não prejudica a conclusão deste julgamento, quanto aos consectários legais, a
pendência de embargos declaratórios, no RE 870.947, nem mesmo se a tais embargos,
excepcionalmente, foi deferido algum efeito suspensivo, pois aqui ainda se está na fase de conhecimento
da causa, longe do início da eventual fase de cumprimento do julgado, quanto aos valores pretéritos a
serem pagos, se for o caso. 17. Provimento parcial do recurso interposto pelo INSS, para fixar a DIB do
auxíliodoença na data da citação, que se deu em 28/06/2017. 18. Honorários advocatícios incabíveis, por
falta de previsão legal para arbitramento, no âmbito do JEF, quando há provimento do recurso, ainda que
em parte (art. 55, caput, da Lei n. 9.099/1995). ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos
Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade, dar provimento parcial ao recurso.
Brasília/DF, 23/10/2019.

Juiz David Wilson de Abreu Pardo 2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF RELATOR 3

PROCESSO: 0017826-29.2018.4.01.3400 RECORRENTE: ADAIR GONCALVES DE FREITAS


ADVOGADO: DF00024667 - ADALBERTO BARBOSA MARQUES VERAS RECORRIDO: INSTITUTO
NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS ADVOGADO:
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO, ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL. BENEFÍCIO POR INCAPACIDADE. AUXÍLIO-
DOENÇA. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. INCAPACIDADE PARCIAL, AINDA QUE
PERMANENTE. CONCESSÃO DE AUXÍLIO DOENÇA, ATÉ QUE O SEGURADO SEJA REABILITADO,
OU APOSENTADO POR INVALIDEZ. PROVIMENTO PARCIAL DO RECURSO. 1. A sentença rejeitou o
pedido de restabelecimento do benefício de aposentadoria por invalidez, cessado pela parte Ré (INSS)
em 24/04/2018, sob o fundamento de que “o perito consignou no laudo pericial que há presença de
deficiência, mas não de incapacidade laborativa, pois pode exercer atividades que não exijam boa
audição”. 2. Razões do recurso interposto pela parte Autora: a) a sentença não sopesou os antecedentes
médicos e o fato de que esteve em gozo de aposentadoria por invalidez desde 2014 pelas mesmas
comorbidades e ainda mais agravadas, conforme se depreende da cronologia de farto dossiê médico
constantes do processo; b) o magistrado não está adstrito ao laudo pericial, podendo, a partir da farta
documentação a ele disponibilizada, ter decidido segundo o princípio “in dubio pro misero”; c) os relatórios
médicos já carreados ao processo, corroborados por novos elementos contemporâneos da impugnação,
demonstram seu quadro clínico incapacitante ensejador do restabelecimento da aposentadoria por
invalidez, senão da concessão do auxílio – doença, considerando seu quadro clínico incapacitante ainda
remanescente, insusceptível de recuperação e de reabilitação profissional; d) requer a realização de nova
perícia “em especialidade de pertinência, visando assim, aferir o verdadeiro quadro clínico incapacitante
do autor”. 3. O INSS não ofereceu resposta escrita ao recurso. 4. Parte Autora do sexo masculino,
309

nascido em 12/05/1968 (atualmente com 51 anos de idade), solteiro, cobrador de ônibus antes de receber
o benefício de aposentadoria por invalidez concedido judicialmente em 16/01/2010 (pp. 6/7 da
documentação inicial), residente e domiciliado em Águas Claras/DF. 5. Não houve cerceamento de
defesa, durante a instrução do processo. O laudo pericial foi produzido por médico especialista em
psiquiatria e em medicina do trabalho e perícias médicas, ou seja, especialidades habilitadas para periciar
a lesão/doença da parte Autora. Depois do seu exame pessoal, foi considerada a documentação juntada
ao feito, conforme dá conta o próprio laudo. Portanto, não há necessidade de nova perícia. 6. A perícia
registrada em 01/08/2018, realizada por médico especializado em medicina

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do trabalho, perícias médicas e psiquiatria, constatou que o periciando é portador de doença, CID: H 90.3
(perda auditiva bilateral neurossensorial) e F 41.2 (transtorno misto ansioso e depressivo). O perito
informou que a parte Autora “apresenta incapacidade parcial e definitiva para exercer atividades que
exijam boa acuidade auditiva a partir de 02/05/2005” (p. 4). O perito deixa claro que a incapacidade é
passível de recuperação/reabilitação para o exercício de outra atividade (p. 4, item ‘3.c’) Após exame
clínico detalhado, o mesmo laudo pericial concluiu: “Baseando-se no EMP (Exame Médico-Pericial), nos
documento(s) médico(s) e na Anamnese, concluo que o requerente, no momento, encontra-se INAPTO
PARCIAL E DEFINITIVAMENTE apenas para exercer atividade laborativa que exija boa acuidade
auditiva” (p. 6). 7. A produção da prova pericial em Juízo, de cunho médico, tem por fim esclarecer a
situação pessoal do segurado, quanto ao seu estado de saúde, no contexto de um procedimento em
contraditório e imparcial, devendo prevalecer sobre documentos unilateralmente juntados por uma das
partes. Somente no caso de a prova pericial judicial ser dúbia ou incompleta é que documentos juntados
unilateralmente podem ser usados para suprir falta ou dubiedade da prova pericial judicial, o que não é o
caso. Por isso, não é o caso de usar documentos juntados unilateralmente, para reconhecer que a parte
Autora possuiria incapacidade total e, simultaneamente, definitiva. 8. Em princípio, apenas quando se
trata de incapacidade total, ou afastamento de todas as atividades, justifica-se legalmente concessão do
benefício de aposentadoria por invalidez. Quando a hipótese for de incapacidade parcial, apesar de
permanente, ou seja, apenas para o trabalho ou para a atividade habitual do segurado, a legislação prevê
concessão do benefício previdenciário do auxílio-doença (art. 59, Lei n. 8.213/1991). 9. Aliás, é o que
determina o art. 62 da Lei n. 8.213/1991: “o segurado em gozo de auxílio-doença, insuscetível de
recuperação para sua atividade habitual, deverá submeter-se a processo de reabilitação profissional para
o exercício de outra atividade. Parágrafo único. O benefício a que se refere o caput deste artigo será
mantido até que o segurado seja considerado reabilitado para o desempenho de atividade que lhe
garanta a subsistência ou, quando considerado não recuperável, seja aposentado por invalidez” (redação
dada e incluído pela Lei n. 13.457/2017). 10. O INSS não pode abster-se de cumprir referida legislação
legal, pois é de sua responsabilidade o processo de reabilitação, tratando-se de garantia imprescindível
para que beneficiário obtenha nova oportunidade de emprego. Assim também estabelece a Lei da
Previdência: “art. 89 A habilitação e a reabilitação profissional e social deverão proporcionar ao
beneficiário incapacitado parcial ou totalmente para o trabalho, e às pessoas portadoras de deficiência, os
meios para a (re) educação e de (re) adaptação profissional e social indicados para participar do mercado
de trabalho e do contexto em que vive. [...] Art. 90. A prestação de que trata o artigo anterior é devida em
caráter obrigatório aos segurados, inclusive aposentados e, na medida das possibilidades do órgão da
Previdência Social, aos seus dependentes”. 11. A análise das condições pessoais e sociais envolvendo o
segurado pode sustentar presunção de que, na ausência de reabilitação efetiva, não há como algum
trabalho, ou atividade que garanta a subsistência, ser realizado. Mas se trata de presunção relativa,

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pois a legislação estabelece obrigação de o segurado, reconhecida a incapacidade parcial ou temporária,
ser submetido à reabilitação profissional. Em tese é possível que o segurado temporária ou parcialmente
incapaz, submetido à reabilitação, adquira condições para o desempenho de nova atividade que lhe
garanta a subsistência. 12. De acordo com as circunstâncias do caso, portanto, a regra aplicável é
aquela prevista no art. 62 da n. Lei 8.213/1991, e não a prevista no art. 60, § 8º, da mesma Lei, incluído
pela MP n. 739/2016, convertida na Lei n. 13.457/2017. Aliás, no caso sob julgamento, pode até mesmo
ser o caso de consignar que, não se obtendo sucesso na reabilitação estabelecida pela lei, é o caso de
aposentar por invalidez a parte Autora. 13. De acordo com a documentação anexa na inicial (pp. 6/7 da
documentação inicial), na DER administrativa, o segurado já estava incapacitado, pois a perícia médica
judicial fixou a DII no ano de 2005. É dizer, pela prova pericial produzida em Juízo, a própria cessação do
benefício em 2018, pelo INSS, foi indevida. Portanto, de acordo com o conjunto probatório, a DIB deve
ser realmente no dia seguinte à cessação indevida. 14. Provimento parcial do recurso interposto pela
parte Autora para condenar o INSS a lhe conceder o benefício de auxílio doença, com DIB a partir da data
da cessão da aposentadoria por invalidez, em 24/04/2018, devendo ser mantido o benefício “até que o
segurado seja considerado reabilitado para o desempenho de atividade que lhe garanta a subsistência
ou, quando considerado não recuperável, seja aposentado por invalidez”. Parcelas retroativas corrigidas e
310

com juros, de acordo com o MCJF. 15. Dado caráter alimentar do benefício e a certeza do direito da parte
Autora, em virtude do resultado do julgamento, antecipa-se a tutela e ordena-se ao INSS que implante a
prestação no prazo de 10 dias, a contar da intimação deste julgamento. 16. Honorários advocatícios
incabíveis, por falta de previsão legal para arbitramento, no âmbito do JEF, quando há provimento do
recurso, ainda que em parte (art. 55, caput, da Lei n. 9.099/1995). ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma
Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade, dar provimento parcial ao
recurso. Brasília/DF, 23/10/2019.

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Juiz David Wilson de Abreu Pardo 2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF RELATOR 3

PROCESSO: 0006694-72.2018.4.01.3400 RECORRENTE: UNIAO FEDERAL ADVOGADO: - DIEGO


EDUARDO FARIAS CAMBRAIA RECORRIDO: FRANCISCO DE ASSIS ARAUJO PASSOS ADVOGADO:
DF00025089 - GILBERTO SIEBRA MONTEIRO
EMENTA

ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL. SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL. AUXÍLIO-TRANSPORTE.


UTILIZAÇÃO DE MEIO DE TRANSPORTE DIVERSO DO TRANSPORTE COLETIVO. NECESSIDADE
DE APRESENTAÇÃO DE DECLARAÇÃO DAS DESPESAS COM TRANSPORTE PELA PARTE
AUTORA. DECLARAÇÃO NÃO APRESENTADA. DESCONTO DE SEIS POR CENTO. LEGALIDADE.
PROVIMETO PARCIAL DO RECURSO. CONSECTÁRIOS LEGAIS DAS PARCELAS EM ATRASO.
HOMOLOGAÇÃO DA AUTOCOMPOSIÇÃO DAS PARTES. 1. A sentença, afirmando a competência do
JEF e pronunciando a prescrição quinquenal, acolheu parcialmente o pedido para “assegurar a percepção
do auxíliotransporte devido pelo uso de veículo próprio e/ou outros meios utilizados para o fim de
deslocamento casa-trabalho, mediante comprovação da necessidade da despesa por meio de declaração
do beneficiário da vantagem remuneratória, sem a incidência de qualquer desconto. Outrossim, o
pagamento dos valores almejados serão devidos a partir do ajuizamento da presente demanda e
corrigidos de acordo com o decidido pelo STF no julgamento do RE nº 870.947 e pelo Superior Tribunal
de Justiça no julgamento do Resp nº 1.495.146/MG”. 2. Razões do recurso interposto pela União: a)
possibilidade de desconto de 6% para custeio do auxílio-transporte; b) aplicação do art. 1º-F, da Lei
9.494/1997, até 25/03/2015, data do julgamento da Questão de Ordem nas ADI´s 4.357 e 4.425. 3. A
parte Autora ofereceu resposta escrita ao recurso adverso, limitando-se a concordar expressamente
quanto à forma de correção monetária pleiteada pela União. 4. Por meio de despacho registrado em
03/12/2018, foi concedido prazo para que a parte Autora/Recorrida juntasse ao processo declaração
firmada na qual ateste a realização das despesas com transporte, na forma do art. 6º da MP n.
2.165/2001. A obrigatoriedade da apresentação da declaração ficou expressamente consignada naquele
despacho, verbis: “No presente processo, todavia, não foi juntada pela parte Autora a declaração de que
trata a lei, situação prima facie impeditiva da concessão do benefício pleiteado”. 5. Devidamente intimada,
a parte Autora requereu da dilação do prazo para cumprir a diligência (petição registrada em 30/01/2019),
o que restou deferido por meio do despacho registrado em 29/04/2019. Apesar de devidamente intimada,
a parte Autora quedou-se silente (certidão registrada em 01/10/2019), dentro do prazo adicional.

Turma Recursal
C82CEF16A7C806CE7634DAE4C073B903
6. No caso, não se pode afastar a incidência do desconto de 6% (seis por cento), porquanto “a intenção
da Medida Provisória 2.165-36/01 foi a de impedir que a remuneração dos servidores ficasse
comprometida em razão das despesas de deslocamento, que ultrapassassem a diferença entre os gastos
com o transporte coletivo e o desconto de seis por cento sobre o vencimento” (TRF/1ª Região, AC
003999728.2014.4.01.3300/BA, Rel. Desembargadora Federal Gilda Sigmaringa Seixas, Primeira Turma,
e-DJF1 de 27/09/2017). Trata-se, pois, de mecanismo fixado em lei para beneficiar o trabalhador de baixa
renda que gasta mais do que seis por cento de seu rendimento com despesas de transporte, não sendo o
caso de excluí-lo, pura e simplesmente. 7. Quanto aos juros e correção monetária, objeto do recurso da
União, houve, como relatado, concordância expressa da parte Autora sobre os critérios pleiteados pela
Fazenda Pública. Pela regra prevista no art. 932, I, parte final, NCPC, incumbe até mesmo ao relator do
recurso, “quando for o caso, homologar autocomposição das partes”. 8. A concordância expressa da parte
Autora quanto à pretensão recursal da União equivale a uma autocomposição. Uma das formas clássicas
da autocomposição apontada pela doutrina processual é exatamente a submissão (ao lado transação e
da desistência). Na submissão, ocorre a sujeição de uma das pretensões à outra, pela aquiescência do
direito, visando à celeridade processual. É bem o que se verifica, no caso sob julgamento, quanto aos
juros e à correção monetária das parcelas em atraso. A propósito, a procuração outorgada ao advogado
da causa sob julgamento atribui expressamente poderes para transigir, desistir, fazer acordo e renunciar.
9. A prolação da sentença e a interposição do recurso não prejudicam a autocomposição. O dispositivo
legal que prevê a incumbência do relator para homologar a autocomposição das partes somente faz
sentido se estas puderem autocompor sua lide depois da devolução do processo à segunda instância,
311

quando já proferida a sentença e processados o recurso e a resposta da parte adversa. Além disso, é
dever do juiz estimular a solução consensual dos conflitos, “inclusive no curso do processo judicial” (art.
3º, § 3º, NCPC). 10. Provimento parcial do recurso interposto pela União, quanto à incidência do desconto
obrigatório de 6% (seis por cento). 11. HOMOLOGAÇÃO da autocomposição das partes neste Juízo
recursal, nos termos propostos indicados pela União e aceitos pela parte Recorrida. 12. Incabíveis
honorários advocatícios pela União, por falta de previsão legal para arbitramento, no âmbito do JEF,
quando há provimento do recurso julgado, ainda que parcial (artigo 55, caput, da Lei n. 9.099/1995) e
dada a prevalência da pretensão veiculada em seu recurso, por meio do acordo homologado.

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Turma Recursal
C82CEF16A7C806CE7634DAE4C073B903
ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por
unanimidade, dar provimento parcial recurso e homologar a autocomposição das partes quanto aos juros
e a correção monetária das parcelas em atraso. Brasília/DF, 23/10/2019.

Juiz David Wilson de Abreu Pardo 2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF RELATOR 3

PROCESSO: 0034148-95.2016.4.01.3400 RECORRENTE: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO


SOCIAL-INSS ADVOGADO: RECORRIDO: HELENICE GOMES VIEIRA ADVOGADO:
EMENTA
PROCESSUAL. AGRAVO INTERNO CONTRA DECISÃO MONOCRÁTICA. JUROS E CORREÇÃO
MONETÁRIA. JULGAMENTO DO RE 870.947. PUBLICAÇÃO EM 20/11/2017. MODULAÇÃO DE
EFEITOS. NÃO CABIMENTO. SOBRESTAMENTO INDEFERIDO. NÃO PROVIMENTO DO AGRAVO. 1.
Agravo interno interposto pelo INSS contra decisão monocrática que negou provimento ao seu recurso
inominado, que se limitava a pleitear a aplicação do critério previsto pelo art. 1º-F da Lei n. 9.494/1997. 2.
Razões do recurso de agravo interno interposto pela parte Ré: a) o Relator aplicou o ainda precário
entendimento do STF no RE 870.947/SE, sem atentar para o fato de que o julgado em questão ainda não
foi concluído, sendo possível a modulação dos efeitos da decisão de inconstitucionalidade, bem como
alguma alteração no mérito do julgado; b) em virtude das recentes decisões do Supremo Tribunal Federal
(STF) que determinaram a devolução à origem de Recursos Extraordinários com Agravo para aguardar o
julgamento dos embargos de declaração opostos ao decisório do RE 870.947 (Tema 810), o INSS requer
o sobrestamento da presente demanda, de modo que também se aguarde o julgamento dos declaratórios;
c) que haja determinação da aplicação dos índices de juros e correção monetária previstos no art. 1º-F da
Lei 9.494/97, com redação dada pela Lei 11.960/2009. 3. A parte Agravada não ofereceu contrarrazões
ao agravo. 4. Irreparável o julgamento do recurso por meio de decisão monocrática. Com efeito, limitando-
se o recurso inominado a pleitear a aplicação do critério previsto pelo art. 1ºF da Lei n. 9.494/1997,
questão decidida no RE 870.947 em repercussão geral, incumbe ao relator decidir monocraticamente a
questão, conforme previsto no art. 932, IV, "b", NCPC. 5. O STF no julgamento do RE n. 870.947 decidiu
que “o artigo 1º-F da Lei 9.494/1997, com a redação dada pela Lei 11.960/2009, na parte em que
disciplina a atualização monetária das condenações impostas à Fazenda Pública segundo a remuneração
oficial da caderneta de poupança, revela-se inconstitucional ao impor restrição desproporcional ao direito
de propriedade (CRFB, art. 5º, XXII), uma vez que não se qualifica como medida adequada a capturar a
variação de preços da economia, sendo inidônea a promover os fins a que se destina”. 6. O acórdão
referente ao RE 870.947 já foi publicado no DJe de 17/11/2017, tornado público em 20/11/2017. Ainda, o
STJ decidiu que “a modulação dos efeitos da decisão

Turma Recursal
40228731319FA27BB7F99EA1D7EB32E2
que declarou inconstitucional a atualização monetária dos débitos da Fazenda Pública com base no
índice oficial de remuneração da caderneta de poupança, no âmbito do Supremo Tribunal Federal,
objetivou reconhecer a validade dos precatórios expedidos ou pagos até 25 de março de 2015,
impedindo, desse modo, a rediscussão do débito baseada na aplicação de índices diversos. Assim,
mostra-se descabida a modulação em relação aos casos em que não ocorreu expedição ou pagamento
de precatório” (REsp 1495146/MG, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Primeira Seção, julgado em
22/02/2018, DJe 02/03/2018). 7. Por isso, não prejudica a conclusão desde julgamento a pendência de
embargos declaratórios, no RE 870.947, nem mesmo se a tais embargos, excepcionalmente, foi deferido
algum efeito suspensivo, pois aqui ainda se está na fase de conhecimento da causa, longe do início da
eventual fase de cumprimento do julgado. Assim, deve ser mantida a decisão agravada. 8. Ademais, não
é o caso de deferir o pedido de sobrestamento, pois não se inclui dentre as atribuições do Relator, no
exercício da atividade tipicamente jurisdicional, determinar o sobrestamento do feito, antecipando-se às
partes, quanto ao interesse de apresentar impugnação contra o acórdão, mas sim ao Presidente da
312

Turma Recursal e/ou Coordenador das Turmas, quanto ao juízo de admissibilidade de eventual Incidente
de Uniformização ou Recurso Extraordinário. Precedente da Turma Recursal Única desta Seccional
(Embargos no Recurso nº 0001954-52.2010.4.01.3400, Relator Juiz Federal Rui Costa Gonçalves,
Julgado em 01/09/2011). Além do mais, a decisão da Turma Recursal somente resultará em coisa julgada
se a parte sucumbente não interpor os recursos ainda existentes no sistema processual dos JEF. 9. Não
provimento do agravo interno interposto pelo INSS. ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos
Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade, negar provimento ao agravo interno.
Brasília/DF, 23/10/2019.

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Juiz David Wilson de Abreu Pardo 2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF RELATOR 3

PROCESSO: 0003701-56.2018.4.01.3400 RECORRENTE: UNIAO FEDERAL ADVOGADO: - ROBERTO


ALVES GOMES RECORRIDO: LEONARDO VIEIRA ARRUDA ACHTSCHIN ADVOGADO: DF00022523 -
VANESSA ACHTSCHIN SOARES DA SILVA
EMENTA
PROCESSUAL. AGRAVO INTERNO CONTRA DECISÃO MONOCRÁTICA. JUROS E CORREÇÃO
MONETÁRIA. JULGAMENTO DO RE 870.947. PUBLICAÇÃO EM 20/11/2017. MODULAÇÃO DE
EFEITOS. NÃO CABIMENTO. NÃO PROVIMENTO DO AGRAVO. 1. Agravo interno interposto pela
União contra decisão monocrática que negou provimento ao seu recurso inominado, que se limitava a
pleitear a aplicação do critério previsto pelo art. 1º-F da Lei n. 9.494/1997. 2. Razões do recurso de
agravo interno interposto pela União: a) além de ter como propósito a reforma da decisão recorrida, busca
o esgotamento de instância para fins de interposição de recurso extraordinário, a ser julgado pelo STF,
caso o recurso não seja provido; b) a produção regular dos efeitos do acórdão proferido no Recurso
Extraordinário n° 870.947 depende da sua publicação, de forma que até os dias atuais, deve ser aplicado
os índices oficiais de remuneração básica da caderneta de poupança (Taxa Referencial - TR), como
preconiza o art. 1°-F da Lei n° 9.494/97; c) de mais a mais, é inquestionável que ainda não houve o
trânsito em julgado do recurso extraordinário mencionado, sendo provável que haja modulação dos seus
efeitos. 3. A parte Agravada ofereceu contrarrazões ao agravo. 4. Irreparável o julgamento do recurso por
meio de decisão monocrática. Com efeito, limitando-se o recurso inominado a pleitear a aplicação do
critério previsto pelo art. 1ºF da Lei n. 9.494/1997, questão decidida no RE 870.947 em repercussão geral,
incumbe ao relator decidir monocraticamente a questão, conforme previsto no art. 932, IV, "b", NCPC. 5.
O STF no julgamento do RE n. 870.947 decidiu que “o artigo 1º-F da Lei 9.494/1997, com a redação dada
pela Lei 11.960/2009, na parte em que disciplina a atualização monetária das condenações impostas à
Fazenda Pública segundo a remuneração oficial da caderneta de poupança, revela-se inconstitucional ao
impor restrição desproporcional ao direito de propriedade (CRFB, art. 5º, XXII), uma vez que não se
qualifica como medida adequada a capturar a variação de preços da economia, sendo inidônea a
promover os fins a que se destina”. 6. O acórdão referente ao RE 870.947 já foi publicado no DJe de
17/11/2017, tornado público em 20/11/2017. Ainda, o STJ decidiu que “a modulação dos efeitos da
decisão que declarou inconstitucional a atualização monetária dos débitos da Fazenda Pública com base
no índice oficial de remuneração da caderneta de poupança, no âmbito do

Turma Recursal
FF5D2C7D4D4E99B1CF94C9DFC9D57E10
Supremo Tribunal Federal, objetivou reconhecer a validade dos precatórios expedidos ou pagos até 25 de
março de 2015, impedindo, desse modo, a rediscussão do débito baseada na aplicação de índices
diversos. Assim, mostra-se descabida a modulação em relação aos casos em que não ocorreu expedição
ou pagamento de precatório” (REsp 1495146/MG, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Primeira
Seção, DJe 02/03/2018). 7. Por isso, não prejudica a conclusão deste julgamento a pendência de
embargos declaratórios, no RE 870.947, nem mesmo se a tais embargos, excepcionalmente, foi deferido
algum efeito suspensivo, pois aqui ainda se está na fase de conhecimento da causa, longe do início da
eventual fase de cumprimento do julgado. Assim, deve ser mantida a decisão agravada, integralmente. 8.
Este acórdão abordou os argumentos levantados pelas partes, significando que também foram
considerados os elementos suscitados para fins de prequestionamento. 9. Não provimento do agravo
interno interposto pela União. ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais
Federais do Distrito Federal, por unanimidade, negar provimento ao agravo interno. Brasília/DF,
23/10/2019.

Juiz David Wilson de Abreu Pardo 2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF RELATOR 3


313

PROCESSO: 0027669-18.2018.4.01.3400 RECORRENTE: DERMEVAL MUNIZ REGIS BARBOSA


ADVOGADO: DF00030598 - MAX ROBERT MELO E OUTRO(S) RECORRIDO: DEPARTAMENTO
NACIONAL DE PRODUCAO MINERAL - DNPM ADVOGADO: - PAULO FERNANDO AIRES DE
ALBUQUERQUE FILHO
EMENTA
ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL. EMPREGADO ANISTIADO. CRÉDITO DE VERBA SALARIAL NÃO
PAGA. RECOMPOSIÇÃO REMUNERATÓRIA DE 16,40%. AUSÊNCIA DE RECONHECIMENTO
ADMINISTRATIVO POR PARTE DA ADMINISTRAÇÃO. AUSÊNCIA DE PROVA DA FORMA DE
CÁLCULO DO SALÁRIO, NO RETORNO AO SERVIÇO. NÃO PROVIMENTO DO RECURSO. 1. A parte
Autora pediu a condenação da parte Ré no pagamento de valor devido sob a denominação de "exercícios

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
anteriores", correspondente à recomposição da remuneração original atualizada pelo índice do regime
geral da previdência social (Decreto nº 6.657/2008, ART. 2º e 3º, inciso I), no percentual de 16,40%, que
teria sido reconhecido administrativamente no valor de R$ 19.676,14 (dezenove mil seiscentos e setenta
e seis reais e quatorze centavos). 2. A sentença julgou improcedente o pedido formulado na petição
inicial, sob o fundamento de que “o autor alega que, apesar do reconhecimento de seu direito nos autos
do processo administrativo nº 21000.009444/2012-22, que regulamenta a concessão da recomposição
salarial no percentual de 16,40% aos servidores anistiados do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, a União não efetua o pagamento devido por falta de dotação orçamentária. Contudo,
compulsando os autos, verifico que o autor não foi readmitido no MAPA e, portanto, a decisão do
processo administrativo não o contempla. Além disso, a documentação juntada, por si só, não comprova
que o autor faz jus à recomposição nem que houve reconhecimento administrativo a seu favor. Portanto,
sendo o autor empregado público do Departamento Nacional de Produção Mineral, não faz jus ao
pagamento pleiteado”. 3. Razões do recurso interposto pela parte Autora: a) o próprio DNPM afirmou que
seu salário foi calculado com base nos índices de correção monetária adotados para atualização dos
benefícios do RGPS, um dos quais é o de 16,40%, que, entretanto, deixou de fazer parte da remuneração
no retorno, conforme reconhecido administrativamente; b) Nota Técnica do Ministério do Planejamento
confirmou que no cálculo da remuneração de retorno faltou um índice, de 16,40%, pelo que há de ser
determinado imediato pagamento. 4. O DEPARTAMENTO NACIONAL DE PRODUCAO MINERAL -
DNPM ofereceu resposta escrita ao recurso. 5. Não merece prosperar a pretensão autoral. A parte Autora
não comprovou, quanto à

Turma Recursal
DA2BE7D86FA36C3A9598F5E286872E00
sua situação específica, o reconhecimento administrativo por parte da Administração Pública ao
pagamento do reajuste salarial no índice de 16,40%. Ou seja, a parte Autora não se desincumbiu
efetivamente do ônus probatório que lhe impõe o art. 373, I, do NCPC, pois não provou que a vantagem
econômica cujo pagamento pleiteou já houvera sido reconhecida pela Administração. Não tendo se
desincumbido desse ônus, então há de ser mantida a sentença, por seus próprios fundamentos. 6.
Destarte, os documentos colacionados ao feito não demonstram o reconhecimento dos valores pleiteados
na esfera administrativa. Com efeito, há apenas planilha de cálculo feita por contador particular apontando
a existência de diferença salarial no valor de 37.452,74 (documentação inicial pp. 26/28). 7. Ademais, a
parte Autora não juntou ao processo certidão individualizada do órgão demonstrando o reconhecimento
da dívida. 8. Se isso não fosse o suficiente, o certo é que o empregado anistiado, no retorno ao serviço
público, teve sua remuneração fixada ou pela comprovação das parcelas às quais fazia jus antes do
desligamento (art. 310, caput, Lei 11.907/2009); ou de acordo com a área de atuação e o nível do
emprego ocupado (art. 310, §1º, da mesma Lei). No caso, a parte Autora invoca a aplicação do índice de
16,40%, atinente ao reajuste dos benefícios previdenciários no mês de abril/1992, o qual, em tese, é
aplicável somente ao empregado reintegrado com remuneração calculada na forma do art. 310, caput, da
Lei 11.907/2009. 9. Acontece que a parte Autora também não se desincumbiu do ônus de demonstrar ter
sido a sua remuneração calculada com fundamento em tal dispositivo legal. As fichas financeiras
(documentação inicial pp. 10/25), bem como a CTPS da parte Autora (documentação inicial pp. 8/9), por
sua vez, nada estabelecem a respeito. Finalmente, não é verdade que a União na contestação admitiu a
forma de cálculo da remuneração, no retorno da parte Autora ao serviço. Naquela resposta (registro em
11/2/2019), o DNPM resistiu ao pedido, tanto do ponto de vista processual, quanto de mérito. 11. Não
provimento do recurso interposto pela parte Autora. 12. Honorários advocatícios pela parte Recorrente em
10% sobre o valor corrigido da causa (art. 55 da Lei n. 9.099/1995), com suspensão do pagamento
enquanto a parte credora não demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos
que justificou o pedido de gratuidade de Justiça, extinguindo-se a dívida cinco anos após o trânsito em
julgado deste Acórdão (art. 98, § 3º, NCPC).
314

Turma Recursal
DA2BE7D86FA36C3A9598F5E286872E00
ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por
unanimidade, negar provimento ao recurso. Brasília/DF, 23/10/2019.

Juiz David Wilson de Abreu Pardo 2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF RELATOR 3

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
PROCESSO: 0007366-46.2019.4.01.3400 RECORRENTE: MARIA JOSE CARMO DA SILVA
ADVOGADO: DF00055573 - MYLENE QUITÉRIA CALDAS E OUTRO(S) RECORRIDO: UNIAO
FEDERAL (FAZENDA NACIONAL) ADVOGADO: - KELLY OTSUKA MIIKE
EMENTA
TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL. DESPACHO DE EMENDA À INICIAL. DETERMINAÇÃO PARA JUNTAR
INDEFERIMENTO ADMINISTRATIVO. INÉRCIA DA PARTE AUTORA. NÃO OBSERVÂNCIA DO PRAZO
PARA REALIZAÇÃO DA DILIGÊNCIA. NÃO PROVIMENTO DO RECURSO. 1. A sentença julgou extinto
o processo, sem resolução do mérito, nos termos do art. 485, IV e VI do NCPC, com fundamento na
inércia do Autor(a) em realizar diligência requerida pelo juízo a quo. 2. Razões do recurso interposto pela
parte Autora: a) há interresse de agir pelo simples fato de a matéria versada neste feito ser contestada
pela Fazenda Nacional em diversas ações semelhantes (incidência de cotribuição previdenciária sobre
juros de mora); b) não há previsão legal que condicione o ajuizamento da ação a requerimento
administrativo; c) o desconto de contribuição previdenciária independe de prévio requerimento
administrativo, em face do princípio da inafastabilidade da jurisdição; d) não cabe a incidência de PSS
sobre o montante referente a juros, visto que possuem natureza jurídica indenizatória e não
compensatória. 3. A parte Ré ofereceu resposta escrita ao recurso. 4. Consoante art. 320, NCPC, a
petição será instruída com documentos indispensáveis à propositura da ação, devendo haver
determinação de emenda em 15 (quinze) dias, quando o juiz verificar que a petição inicial não preenche
os requisitos legais. 5. No caso, foi determinada a emenda à inicial, para que fosse juntado o
comprovante de indeferimento administrativo, sob pena de extinção do processo sem julgamento de
mérito. Tal providência não foi adotada pela parte Recorrente, sob o argumento de que não há previsão
legal que condicione o ajuizamento da presente ação à juntada do referido indeferimento administrativo.
6. O Supremo Tribunal Federal já decidiu que a exigência de prévio requerimento administrativo não fere
a garantia de livre acesso ao Judiciário, previsto no art. 5º, XXXV, da CF e que o pedido administrativo
anterior indeferitório é que caracteriza lesão ou ameaça a direito. Assim, a ausência de prévio
requerimento administrativo constitui óbice ao processamento de ação judicial contra o INSS, exceto nos
seguintes casos: a) revisão de benefícios em que não exista matéria de fato a ser solucionada; b) casos
em que o entendimento da Administração for notório e reiteradamente contrário à postulação do segurado
e redundará, inevitavelmente, em indeferimento; c) quando a ação for proposta em juizados itinerantes; e
d) quando o INSS contestar o mérito da ação, vez que, nesse caso, configura-se o interesse de agir pela
resistência à pretensão. (RE nº 631.240, Repercussão Geral, Rel. Min. Luís Roberto Barroso, DJe
10.11.2014).

Turma Recursal
98176D024133A020113717A5C0220DDD
7. O Superior Tribunal de Justiça, chamado a se manifestar quanto à aplicação do referido entendimento
em demandas tributárias, reconheceu que a ratio decidendi utilizada quando do julgamento da exigência
ou não do prévio requerimento administrativo nos benefícios previdenciários pode ser adotada para os
pedidos concernentes às contribuições previdenciárias. 8. Colaciona-se, verbis, o entendimento
consolidado no âmbito daquela Corte de Justiça: “[...] Na esfera previdenciária, na área de benefícios do
Regime Geral de Previdência Social, o STJ, no julgamento do Recurso Especial Repetitivo 1.369.834/SP
(Tema 660), Relator Ministro Benedito Gonçalves, alinhando-se ao que foi firmado pelo Supremo
Tribunal Federal no RE 631.240/MG (Tema 350, Relator Ministro Roberto Barroso), entendeu pela
necessidade do prévio requerimento administrativo. Em matéria tributária a questão já foi apreciada no
âmbito do STJ que consolidou o entendimento da exigência do prévio requerimento administrativo nos
pedidos de compensação das contribuições previdenciárias. Vejam-se: AgRg nos EDcl no REsp
886.334/SP, Rel. Ministro Castro Meira, Segunda Turma, julgado em 10/8/2010, DJe 20/8/2010; REsp
952.419/SP, Rel. Ministro Castro Meira, Segunda Turma, julgado em 2/12/2008, DJe 18/12/2008;
REsp 888.729/SP, Rel. Ministro João Otávio de Noronha, Segunda Turma, julgado em 27/2/2007,
DJ 16/3/2007, p. 340; REsp 544.132/RJ, Rel. Ministra Denise Arruda, Primeira Turma, julgado em
23/5/2006, DJ 30/6/2006, p. 166. Como as matérias tributária e previdenciária relacionadas ao Regime
Geral de Previdência Social possuem natureza jurídica distinta, mas complementares, pois, em
verdade, tratam-se as relações jurídicas de custeio e de benefício (prestacional) titularizadas pela
União e pelo INSS, respectivamente, com o fim último de garantir a cobertura dos riscos sociais de
315

natureza previdenciária, entende-se que a razão de decidir utilizada quando do julgamento da exigência
ou não do prévio requerimento administrativo nos benefícios previdenciários pode também ser
adotada para os pedidos formulados à Secretaria da Receita Federal concernentes às contribuições
previdenciárias (REsp 1734733 / PE, Rel. Min. HERMAN BENJAMIN, publicado em DJe 28/11/2018). 9.
De se destacar que as manifestações da Fazenda Nacional são de que não há interesse processual, pela
ausência de requerimento administrativo, aduzindo, ainda, que Instrução Normativa da RFB estabelece
que não incide CPSS sobre a parcela referente aos juros de mora decorrente de valores pagos em
cumprimento de decisão judicial ou de acordo homologado, que é o objeto da ação proposta. 10. Nesse
contexto, as razões recursais apresentadas pela Recorrente não se adéquam ao entendimento
consolidado pelo Superior Tribunal de Justiça, notadamente quanto ao cumprimento de requisitos

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
indispensáveis ao regular prosseguimento da ação. Aplicável, no caso, a regra processual do art. 321,
parágrafo único, NCPC, na qual dispõe: “Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição
inicial”. A sentença, portanto, não merece qualquer reparo. 11. Não provimento do recurso interposto pela
parte Autora. 12. Honorários advocatícios pela parte Recorrente em 10% sobre o valor corrigido da causa
(art. 55 da Lei n. 9.099/1995).

Turma Recursal
98176D024133A020113717A5C0220DDD
ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, à
unanimidade, negar provimento ao recurso. Brasília/DF, 23/10/2019.

Juiz David Wilson de Abreu Pardo 2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF RELATOR 3

PROCESSO: 0030230-49.2017.4.01.3400 RECORRENTE: FRANCISCO SEVERINO FILHO


ADVOGADO: DF00025089 - GILBERTO SIEBRA MONTEIRO RECORRIDO: UNIAO FEDERAL E
OUTRO(S) ADVOGADO: - FABIO TESOLIN RODRIGUES
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL. SERVIDOR PÚBLICO. AGENTE DE SAÚDE. APOSENTADORIA
ESPECIAL. APLICABILIDADE DAS REGRAS PRÓPRIAS DOS TRABALHADORES EM GERAL.
CONDIÇÕES ESPECIAIS NÃO COMPROVADAS. ABONO DE PERMANÊNCIA PREJUDICADO. NÃO
PROVIMENTO DO RECURSO. 1. Cuida-se de ação proposta com o objetivo de se obter declaração de
que a parte Autora atende aos requisitos para concessão de aposentadoria especial e, assim, teria direito
a receber o Abono de Permanência, desde quando completou 25 anos de atividades laborais especiais,
sob a alegação de “laborar em condições insalubres/especiais". A sentença rejeitou o pedido, por
ausência de comprovação dos requisitos para a concessão da aposentadoria especial, a qual é condição
para conferir o abono de permanência. 2. Razões do recurso interposto pela parte Autora: a) até
28/04/1995 a legislação previu a presunção júris et de jure de exposição a agentes nocivos, sendo
desnecessária a prova da efetiva sujeição a tais condições de trabalho; b) o Autor teria comprovado o
exercício de atividade de modo “habitual e permanente, não ocasional nem intermitente, atividades de
combate e controle a endemias, no manuseio de venenos e organofosforados”; c) ineficácia dos
Equipamentos de Proteção Individual – EPIs, tendo sempre recebido adicional de insalubridade; c) o
período anterior a 1990(CLT) e/ou 01/12/1990 até dezembro/1998 deve ser reconhecido como especial,
independentemente de constar no PPP a informação acerca do EPI eficaz; d) no período de 29/04/1995 a
31/0/2010 embora o EPI conste como eficaz, no sítio do Ministério do Trabalho e Emprego, o
equipamento resumia-se em luvas a base de borracha natural, o que evidenciou não se mostrar apto a
neutralizar a nocividade, além disso, a Autarquia não apresentou PPP; e) no período de 01/09/2010 a
27/12/2017, embora o Ministério da Saúde também não tenha elaborado PPP, os documentos juntados
são suficientes para demonstrar que estava trabalhando em condições insalubres, devendo aplicar o
princípio da presunção, vez que o Ministério da Saúde também informa a inexistência de documentos
relativos a laudos LACTS, PPPS; f) alternativamente, seja anulada a sentença para realizar diligências
requeridas. 3. A União e a FUNASA ofereceram respostas escritas ao recurso. 4. Como se sabe, “o
Plenário do STF já adotou o entendimento de que, inexistente a disciplina específica da aposentadoria
especial do servidor, impõe-se a adoção, via pronunciamento judicial, daquela regra própria aos
trabalhadores em geral - artigo 57, § 1º, da Lei nº 8.213/91(STF, Pleno, Mandado de Injunção nº 721/DF,
Rel. Min.

Turma Recursal
22ADAEDA9F59A3F079BFB02414CCB511
MARCO AURÉLIO, 30/11/2007)” (Apelação 00436659820104013800, rel. Juiz Federal Antônio Francisco
do Nascimento, e-DJF1 de 16/06/2016). 5. Até 28/04/1995, o reconhecimento do exercício de atividade
especial poderia ser feito com base em dois critérios: a) por categoria profissional, considerando as
316

atividades constantes do Decreto nº 53.831/1964 e Decreto nº 83.080/1979; b) pela comprovação, por


qualquer meio de prova, da submissão do segurado aos agentes nocivos elencados no e no Anexo I do
Decreto nº 83.080/79. De 29/04/1995 a 05/03/97, o reconhecimento exige a comprovação da efetiva
submissão aos agentes nocivos, por intermédio dos formulários SB-40 e DSS-8030 ou PPP referente à
categoria profissional. A partir de 06/03/1997, a atividade desenvolvida sob condições especiais deve
estar comprovada por laudo técnico (ou, excepcionalmente, por PPP preenchido com base em laudo
técnico-pericial). 6. A parte Autora colacionou ao feito Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPP (cf.
registrado em 21/07/17). No entanto, a atividade descrita no documento, agente de saúde pública e
guarda de endemias, não está arrolada nos Decretos n. 53.831/1964 e n. 83.080/1979. Além disso, não
faz jus ao reconhecimento da especialidade do labor prestado anterior e posteriormente a 29/04/1995,

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porque o PPP não faz menção à efetiva exposição aos agentes nocivos, químicos, físicos ou biológicos
que justifiquem ou comprovem as condições especiais de trabalho durante o período delimitado na inicial.
7. Laudo pericial de terceira pessoa não autoriza a contagem especial do tempo de serviço. Nesse
sentido, confira-se o seguinte julgado do Tribunal Regional Federal da 1ª Região: “Ressalte-se, ainda, que
não bastaria somente a comprovação do cargo em si, neste hipótese, mas também precisaria o autor
comprovar sua exposição a tensão superior a 250 volts, na forma do item 1.1.8 do Decreto 53831/64, o
que não ocorreu. Some-se a isto o fato de autor ter juntado aos autos documentos de terceiros estranhos
à lide, a fim de comprovar sua alegada exposição a agentes nocivos, fato que fragiliza ainda mais o
reconhecimento desse período como especial” (AC 0002461-90.2008.4.01.3300/BA, Rel. Juiz Federal
Antonio Oswaldo Scarpa, 1ª Câmara Regional Previdenciária da Bahia, e-DJF1 p.1059 de 17/02/2016). 8.
As razões recursais não são suficientes para alterar as conclusões da sentença. Aliás, "a percepção de
adicional de insalubridade pelo segurado, por si só, não lhe confere o direito de ter o respectivo período
reconhecido como especial, porquanto os requisitos para a percepção do direito trabalhista são distintos
dos requisitos para o reconhecimento da especialidade do trabalho no âmbito da Previdência Social"
(STJ, RESP 201401541279, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, 2ª Turma, DJE de 16/03/2015). 9.
Entrementes, não é o caso de anulação da sentença para realizar diligências requeridas, pois a parte
Recorrente recebeu o PPP do Núcleo Estadual do Ministério da Saúde do Pernambuco (cf. registrado em
21/07/2017). 10. Seja como for, não demonstrado o trabalho prestado em condições especiais,
prejudicada fica a concessão do Abono de Permanência. A atividade exercida pela parte Autora, agente
de saúde pública/guarda de endemias, não se encontra enquadrada nos róis estabelecidos pelos
Decretos n. 53.831/1964 e n. 83.080/1979. Ademais, não faz jus

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ao reconhecimento da especialidade do labor prestado anterior e posteriormente a 29/04/1995, vez que
deixou de comprovar a efetiva exposição aos agentes nocivos, químicos, físicos ou biológicos, pois não
constam no formulário apresentado (Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPP), devidamente embasado
em laudo técnico, ônus seu, nos termos do art. 373, I do CPC. Os laudos técnicos relacionados a
terceiros, estranhos ao presente processo, não são aptos a demonstrar a especialidade do labor prestado
pela parte autora. Inclusive o § 4º do art. 15 da ON 16/13 do MPOG veda que documentos relacionados a
órgãos, atividades e pessoas diversos possam ser aceitos para fins de comprovação do tempo especial.
11. Finalmente, a parte Recorrente jamais protestou apropriadamente pela produção de prova pericial. E
talvez não o tenha feito porque se entende que, no âmbito do JEF, a perícia pertinente não pode ter lugar,
já que complexa, a exigir, por exemplo, a avaliação do ambiente laboral. A pessoa que figura como parte
Autora reside em município do interior do Ceará (cf. petição inicial), a inviabilizar a produção dessa prova.
Outrossim, essa prova apontaria para necessidade de aferir contextos ambientais não contemporâneos
do espaço laboral, a tornar ainda mais complexa a produção da prova. Em hipóteses tais, o TRF1 tem
entendido não caber ao JEF a produção de tal prova, conforme CC 0013151-72.2017.4.01.0000, Des.
Fed. Gilda Sigmaringa Seixas, 1ª Seção, e-DJF1 de 25/4/2018. 12. Certo é que, não demonstrado o
trabalho prestado em condições especiais, prejudicados ficam os demais pedidos, devendo ser mantida a
sentença. 13. Precedentes no mesmo sentido da TR2/JEF/DF, julgados nas Sessões de 25/10/2017, de
8/11/2017 e de 24/10/2018, dentre outros: 0007879-82.2017.4.01.3400, 0017849-09.2017.4.01.3400,
0008448-83.2017.4.01.3400, 0023118-29.2017.4.01.3400, 0006161-50.2017.4.01.3400. 14. Não
provimento do recurso interposto pela parte Autora. 15. Honorários advocatícios pela parte Recorrente em
10% sobre o valor da condenação (artigo 55 da Lei nº 9.099/1995), com suspensão do pagamento
enquanto a parte credora não demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos
que justificou a concessão da gratuidade da Justiça, extinguindo-se a dívida cinco anos após o trânsito
em julgado deste acórdão (art. 98, § 3º, NCPC). ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos
Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade, negar provimento ao recurso.
Brasília/DF, 23/10/2019.

Turma Recursal
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Juiz David Wilson de Abreu Pardo 2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF RELATOR 3
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PROCESSO: 0000658-77.2019.4.01.3400 RECORRENTE: LUIZ CRAVO DOREA ADVOGADO:


DF00038160 - ALESSANDRA CALDAS BEZERRA E OUTRO(S) RECORRIDO: UNIAO FEDERAL
(FAZENDA NACIONAL) ADVOGADO: - KELLY OTSUKA MIIKE
EMENTA
TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL. DESPACHO DE EMENDA À INICIAL. DETERMINAÇÃO PARA JUNTAR
INDEFERIMENTO ADMINISTRATIVO. INÉRCIA DA PARTE AUTORA. NÃO OBSERVÂNCIA DO PRAZO
PARA REALIZAÇÃO DA DILIGÊNCIA. NÃO PROVIMENTO DO RECURSO. 1. A sentença julgou extinto

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o processo, sem resolução do mérito, nos termos do art. 485, IV e VI do NCPC, sob os seguintes
fundamentos: “[...] a parte-autora foi intimada para juntar o indeferimento administrativo, e quedou-se
inerte, limitando-se a informar que não há previsão legal para a determinação judicial. Entendo que a
parte autora deverá comprovar a lide que impulsione o andamento do Poder Judiciário quando provocado,
o que não aconteceu no presente caso”. 2. Razões do recurso interposto pela parte Autora: a) há
interresse de agir pelo simples fato de a matéria versada neste feito ser contestada pela Fazenda
Nacional em diversas ações semelhantes (incidência de cotribuição previdenciária sobre juros de mora);
b) não há previsão legal que condicione o ajuizamento da ação a requerimento administrativo; c) o
desconto de contribuição previdenciária independe de prévio requerimento administrativo, em face do
princípio da inafastabilidade da jurisdição; d) não cabe a incidência de PSS sobre o montante referente a
juros, visto que possuem natureza jurídica indenizatória e não compensatória. 3. A parte Ré ofereceu
resposta escrita ao recurso. 4. Consoante art. 320, NCPC, a petição será instruída com documentos
indispensáveis à propositura da ação, devendo haver determinação de emenda em 15 (quinze) dias,
quando o juiz verificar que a petição inicial não preenche os requisitos legais. 5. No caso, foi determinada
a emenda à inicial, para que fosse juntado o comprovante de indeferimento administrativo, sob pena de
extinção do processo sem julgamento de mérito. Tal providência não foi adotada pela parte Recorrente,
sob o argumento de que não há previsão legal que condicione o ajuizamento da presente ação à juntada
do referido indeferimento administrativo. 6. O Supremo Tribunal Federal já decidiu que a exigência de
prévio requerimento administrativo não fere a garantia de livre acesso ao Judiciário, previsto no art. 5º,
XXXV, da CF e que o pedido administrativo anterior indeferitório é que caracteriza lesão ou ameaça a
direito. Assim, a ausência de prévio requerimento administrativo constitui óbice ao processamento de
ação judicial contra o INSS, exceto nos seguintes casos: a) revisão de benefícios em que não exista
matéria de fato a ser solucionada; b)

Turma Recursal
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casos em que o entendimento da Administração for notório e reiteradamente contrário à postulação do
segurado e redundará, inevitavelmente, em indeferimento; c) quando a ação for proposta em juizados
itinerantes; e d) quando o INSS contestar o mérito da ação, vez que, nesse caso, configura-se o interesse
de agir pela resistência à pretensão. (RE nº 631.240, Repercussão Geral, Rel. Min. Luís Roberto Barroso,
DJe 10.11.2014). 7. O Superior Tribunal de Justiça, chamado a se manifestar quanto à aplicação do
referido entendimento em demandas tributárias, reconheceu que a ratio decidendi utilizada quando do
julgamento da exigência ou não do prévio requerimento administrativo nos benefícios previdenciários
pode ser adotada para os pedidos concernentes às contribuições previdenciárias. 8. Colaciona-se, verbis,
o entendimento consolidado no âmbito daquela Corte de Justiça: “[...] Na esfera previdenciária, na área
de benefícios do Regime Geral de Previdência Social, o STJ, no julgamento do Recurso Especial
Repetitivo 1.369.834/SP (Tema 660), Relator Ministro Benedito Gonçalves, alinhando-se ao que foi
firmado pelo Supremo Tribunal Federal no RE 631.240/MG (Tema 350, Relator Ministro Roberto
Barroso), entendeu pela necessidade do prévio requerimento administrativo. Em matéria tributária a
questão já foi apreciada no âmbito do STJ que consolidou o entendimento da exigência do prévio
requerimento administrativo nos pedidos de compensação das contribuições previdenciárias.
Vejam-se: AgRg nos EDcl no REsp 886.334/SP, Rel. Ministro Castro Meira, Segunda Turma, julgado
em 10/8/2010, DJe 20/8/2010; REsp 952.419/SP, Rel. Ministro Castro Meira, Segunda Turma, julgado
em 2/12/2008, DJe 18/12/2008; REsp 888.729/SP, Rel. Ministro João Otávio de Noronha, Segunda
Turma, julgado em 27/2/2007, DJ 16/3/2007, p. 340; REsp 544.132/RJ, Rel. Ministra Denise Arruda,
Primeira Turma, julgado em 23/5/2006, DJ 30/6/2006, p. 166. Como as matérias tributária e
previdenciária relacionadas ao Regime Geral de Previdência Social possuem natureza jurídica
distinta, mas complementares, pois, em verdade, tratam-se as relações jurídicas de custeio e de
benefício (prestacional) titularizadas pela União e pelo INSS, respectivamente, com o fim último de
garantir a cobertura dos riscos sociais de natureza previdenciária, entende-se que a razão de decidir
utilizada quando do julgamento da exigência ou não do prévio requerimento administrativo nos benefícios
previdenciários pode também ser adotada para os pedidos formulados à Secretaria da Receita Federal
concernentes às contribuições previdenciárias (REsp 1734733 / PE, Rel. Min. HERMAN BENJAMIN,
publicado em DJe 28/11/2018). 9. De se destacar que as manifestações da Fazenda Nacional são de que
não há interesse processual, pela ausência de requerimento administrativo, aduzindo, ainda, que
Instrução Normativa da RFB estabelece que não incide CPSS sobre a parcela referente aos juros de
318

mora decorrente de valores pagos em cumprimento de decisão judicial ou de acordo homologado, que é o
objeto da ação proposta. 10. Nesse contexto, as razões recursais apresentadas pela Recorrente não se
adéquam ao entendimento consolidado pelo Superior Tribunal de Justiça, notadamente quanto ao
cumprimento de requisitos indispensáveis ao regular prosseguimento da ação. Aplicável, no caso, a regra
processual do art. 321, parágrafo único, NCPC, na qual dispõe: “Se o autor não cumprir a diligência, o juiz
indeferirá a petição inicial”. A

Turma Recursal
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Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
sentença, portanto, não merece qualquer reparo. 11. Não provimento do recurso interposto pela parte
Autora. 12. Honorários advocatícios pela parte Recorrente em 10% sobre o valor corrigido da causa (art.
55 da Lei n. 9.099/1995). ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais
do Distrito Federal, à unanimidade, negar provimento ao recurso. Brasília/DF, 23/10/2019.

Juiz David Wilson de Abreu Pardo 2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF RELATOR 3


PROCESSO: 0002388-26.2019.4.01.3400 RECORRENTE: DECIO LUCIO DE SOUZA ADVOGADO:
DF00005589 - JOSE LINEU DE FREITAS E OUTRO(S) RECORRIDO: UNIAO FEDERAL (FAZENDA
NACIONAL) ADVOGADO: - CELIA FERREIRA TAVARES DE LYRA
EMENTA
TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL. CPSS SOBRE JUROS DE MORA E REGIME DE COMPETÊNCIA.
RESISTÊNCIA PARCIAL DA PARTE RÉ AO MÉRITO DA PRETENSÃO AUTORAL. PRESENÇA DE
INTERESSE DE AGIR. PROVIMENTO DO RECURSO E RETORNO DO FEITO À ORIGEM. 1. A
sentença julgou extinto o processo, sem resolução do mérito, nos termos do art. 485, IV e VI do NCPC,
sob os seguintes fundamentos: “[...] a parte-autora foi intimada para juntar o indeferimento administrativo,
e quedou-se inerte, limitando-se a informar que não há previsão legal para a determinação judicial.
Entendo que a parte autora deverá comprovar a lide que impulsione o andamento do Poder Judiciário
quando provocado, o que não aconteceu no presente caso”. 2. Razões do recurso interposto pela parte
Autora: a) há interresse de agir pelo simples fato de a matéria versada neste feito ser contestada pela
Fazenda Nacional em diversas ações semelhantes (regime de competência e incidência de cotribuição
previdenciária sobre juros de mora); b) não há previsão legal que condicione o ajuizamento da ação a
requerimento administrativo; c) o desconto de contribuição previdenciária independe de prévio
requerimento administrativo, em face do princípio da inafastabilidade da jurisdição; d) não cabe a
incidência de PSS sobre o montante referente a juros, visto que possuem natureza jurídica indenizatória e
não compensatória. 3. A parte Ré ofereceu resposta escrita ao recurso. 4. No caso, foi determinada a
emenda à inicial, para que fosse juntado o comprovante de indeferimento administrativo, sob pena de
extinção do processo sem julgamento de mérito. Tal providência não foi adotada pela parte Recorrente,
sob o argumento de que não há previsão legal que condicione o ajuizamento da presente ação à juntada
do referido indeferimento administrativo. 5. O Supremo Tribunal Federal já decidiu que a exigência de
prévio requerimento administrativo não fere a garantia de livre acesso ao Judiciário, previsto no art. 5º,
XXXV, da CF e que o pedido administrativo anterior indeferitório é que caracteriza lesão ou ameaça a
direito. Assim, a ausência de prévio requerimento administrativo constitui óbice ao processamento de
ação judicial contra o INSS, exceto nos seguintes casos: a) revisão de benefícios em que não exista
matéria de fato a ser solucionada; b) casos em que o entendimento da Administração for notório e
reiteradamente contrário à postulação do segurado e redundará, inevitavelmente, em indeferimento; c)
quando a ação for proposta em juizados itinerantes; e d) quando o INSS contestar o mérito da ação, vez
que, nesse caso, configura-se o interesse de agir pela resistência à pretensão. (RE nº 631.240,
Repercussão Geral, Rel. Min. Luís Roberto Barroso, DJe 10.11.2014). 6. O Superior Tribunal de Justiça,
chamado a se manifestar quanto à aplicação do referido entendimento em demandas tributárias,
reconheceu que a ratio decidendi utilizada quando do julgamento da

Turma Recursal
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exigência ou não do prévio requerimento administrativo nos benefícios previdenciários pode ser adotada
para os pedidos concernentes às contribuições previdenciárias. 7. Colaciona-se, verbis, o entendimento
consolidado no âmbito daquela Corte de Justiça: “[...] Na esfera previdenciária, na área de benefícios do
Regime Geral de Previdência Social, o STJ, no julgamento do Recurso Especial Repetitivo 1.369.834/SP
(Tema 660), Relator Ministro Benedito Gonçalves, alinhando-se ao que foi firmado pelo Supremo
Tribunal Federal no RE 631.240/MG (Tema 350, Relator Ministro Roberto Barroso), entendeu pela
necessidade do prévio requerimento administrativo. Em matéria tributária a questão já foi apreciada no
âmbito do STJ que consolidou o entendimento da exigência do prévio requerimento administrativo nos
pedidos de compensação das contribuições previdenciárias. Vejam-se: AgRg nos EDcl no REsp
886.334/SP, Rel. Ministro Castro Meira, Segunda Turma, julgado em 10/8/2010, DJe 20/8/2010; REsp
952.419/SP, Rel. Ministro Castro Meira, Segunda Turma, julgado em 2/12/2008, DJe 18/12/2008;
REsp 888.729/SP, Rel. Ministro João Otávio de Noronha, Segunda Turma, julgado em 27/2/2007,
319

DJ 16/3/2007, p. 340; REsp 544.132/RJ, Rel. Ministra Denise Arruda, Primeira Turma, julgado em
23/5/2006, DJ 30/6/2006, p. 166. Como as matérias tributária e previdenciária relacionadas ao Regime
Geral de Previdência Social possuem natureza jurídica distinta, mas complementares, pois, em
verdade, tratam-se as relações jurídicas de custeio e de benefício (prestacional) titularizadas pela
União e pelo INSS, respectivamente, com o fim último de garantir a cobertura dos riscos sociais de
natureza previdenciária, entende-se que a razão de decidir utilizada quando do julgamento da exigência
ou não do prévio requerimento administrativo nos benefícios previdenciários pode também ser
adotada para os pedidos formulados à Secretaria da Receita Federal concernentes às contribuições
previdenciárias (REsp 1734733 / PE, Rel. Min. HERMAN BENJAMIN, publicado em DJe 28/11/2018). 8.
De todo modo, no caso presente, a manifestação da Fazenda Nacional, ao oferecer resposta escrita ao

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
recurso, resistiu ao mérito da pretensão, especialmente no que toca ao regime de competência. Somente
há Instrução Normativa da RFB no que toca à não incidência da CPSS sobre a parcela referente aos juros
de mora decorrente de valores pagos em cumprimento de decisão judicial ou de acordo homologado. Mas
aqui, como dito, o objeto da ação proposta não é apenas este, tendo a União (Fazenda Nacional) resistido
no mérito, quanto ao outro objeto (regime de competência). 9. Nesse contexto, as razões recursais
apresentadas pela parte Recorrente se adéquam ao entendimento consolidado pelo STF e pelo STJ, de
haver interesse de agir. 10. Provimento do recurso interposto pela parte Autora, para reconhecer a
presença do interesse de agir, anulando-se a sentença. Vencido, em parte, o Juiz Federal João Carlos
Mayer Soares, que deu provimento ao recurso em menos extensão, já que reconheceu o interesse de agir
apenas quanto à discussão sobre o regime de competência. Quanto ao pedido de restituição da CPSS
sobre os juros de mora, não tendo havido resistência da parte Ré, entendeu continuar havendo ausência
de interesse de agir, inclusive porque os pedidos são autônomos.

Turma Recursal
254C740F38A33B79514CFC9648967441
11. Superada a questão do interesse de agir, inaplicável regra prevista no art. 1.013, § 3º, I, do NCPC,
vez que a parte Ré não foi citada e não apresentou contestação inicial. Ante a ausência de contraditório
totalmente formalizado, o feito deve retornar à origem para regular processamento e julgamento, com
baixa da distribuição na Turma Recursal. 12. Honorários advocatícios incabíveis, por falta de previsão
legal para o arbitramento, quando há provimento do recurso julgado (art. 55, caput, da Lei n. 9.099/1995).
ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por
maioria, dar provimento ao recurso, nos termos do voto do Relator, vencido, em parte, o Juiz Federal
João Carlos Mayer Soares, que lhe deu provimento em menor extensão. Brasília/DF, 23/10/2019.

Juiz David Wilson de Abreu Pardo 2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF RELATOR 3

PROCESSO: 0028368-09.2018.4.01.3400 RECORRENTE: ANTONIO JOSE GARCIA ADVOGADO:


DF00055573 - MYLENE QUITÉRIA CALDAS E OUTRO(S) RECORRIDO: UNIAO FEDERAL (FAZENDA
NACIONAL) ADVOGADO: - CELIA FERREIRA TAVARES DE LYRA
EMENTA
TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL. DESPACHO DE EMENDA À INICIAL. DETERMINAÇÃO PARA JUNTAR
INDEFERIMENTO ADMINISTRATIVO. INÉRCIA DA PARTE AUTORA. NÃO OBSERVÂNCIA DO PRAZO
PARA REALIZAÇÃO DA DILIGÊNCIA. NÃO PROVIMENTO DO RECURSO. 1. A sentença julgou extinto
o processo, sem resolução do mérito, nos termos do art. 485, IV e VI do NCPC, sob os seguintes
fundamentos: “[...] a parte-autora foi intimada para juntar o indeferimento administrativo, e quedou-se
inerte, limitando-se a informar que não há previsão legal para a determinação judicial. Entendo que a
parte autora deverá comprovar a lide que impulsione o andamento do Poder Judiciário quando provocado,
o que não aconteceu no presente caso”. 2. Razões do recurso interposto pela parte Autora: a) há
interresse de agir pelo simples fato de a matéria versada neste feito ser contestada pela Fazenda
Nacional em diversas ações semelhantes (incidência de cotribuição previdenciária sobre juros de mora);
b) não há previsão legal que condicione o ajuizamento da ação a requerimento administrativo; c) o
desconto de contribuição previdenciária independe de prévio requerimento administrativo, em face do
princípio da inafastabilidade da jurisdição; d) não cabe a incidência de PSS sobre o montante referente a
juros, visto que possuem natureza jurídica indenizatória e não compensatória. 3. A parte Ré ofereceu
resposta escrita ao recurso. 4. Consoante art. 320, NCPC, a petição será instruída com documentos
indispensáveis à propositura da ação, devendo haver determinação de emenda em 15 (quinze) dias,
quando o juiz verificar que a petição inicial não preenche os requisitos legais. 5. No caso, foi determinada
a emenda à inicial, para que fosse juntado o comprovante de indeferimento administrativo, sob pena de
extinção do processo sem julgamento de mérito. Tal providência não foi adotada pela parte Recorrente,
sob o argumento de que não há previsão legal que condicione o ajuizamento da presente ação à juntada
do referido indeferimento administrativo. 6. O Supremo Tribunal Federal já decidiu que a exigência de
prévio requerimento administrativo não fere a garantia de livre acesso ao Judiciário, previsto no art. 5º,
XXXV, da CF e que o pedido administrativo anterior indeferitório é que caracteriza lesão ou ameaça a
direito. Assim, a ausência de prévio requerimento administrativo constitui óbice ao processamento de
320

ação judicial contra o INSS, exceto nos seguintes casos: a) revisão de benefícios em que não exista
matéria de fato a ser solucionada; b)

Turma Recursal
60B7DE6FB1A5B6990A0C4A49AE2737B9
casos em que o entendimento da Administração for notório e reiteradamente contrário à postulação do
segurado e redundará, inevitavelmente, em indeferimento; c) quando a ação for proposta em juizados
itinerantes; e d) quando o INSS contestar o mérito da ação, vez que, nesse caso, configura-se o interesse
de agir pela resistência à pretensão. (RE nº 631.240, Repercussão Geral, Rel. Min. Luís Roberto Barroso,

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
DJe 10.11.2014). 7. O Superior Tribunal de Justiça, chamado a se manifestar quanto à aplicação do
referido entendimento em demandas tributárias, reconheceu que a ratio decidendi utilizada quando do
julgamento da exigência ou não do prévio requerimento administrativo nos benefícios previdenciários
pode ser adotada para os pedidos concernentes às contribuições previdenciárias. 8. Colaciona-se, verbis,
o entendimento consolidado no âmbito daquela Corte de Justiça: “[...] Na esfera previdenciária, na área
de benefícios do Regime Geral de Previdência Social, o STJ, no julgamento do Recurso Especial
Repetitivo 1.369.834/SP (Tema 660), Relator Ministro Benedito Gonçalves, alinhando-se ao que foi
firmado pelo Supremo Tribunal Federal no RE 631.240/MG (Tema 350, Relator Ministro Roberto
Barroso), entendeu pela necessidade do prévio requerimento administrativo. Em matéria tributária a
questão já foi apreciada no âmbito do STJ que consolidou o entendimento da exigência do prévio
requerimento administrativo nos pedidos de compensação das contribuições previdenciárias.
Vejam-se: AgRg nos EDcl no REsp 886.334/SP, Rel. Ministro Castro Meira, Segunda Turma, julgado
em 10/8/2010, DJe 20/8/2010; REsp 952.419/SP, Rel. Ministro Castro Meira, Segunda Turma, julgado
em 2/12/2008, DJe 18/12/2008; REsp 888.729/SP, Rel. Ministro João Otávio de Noronha, Segunda
Turma, julgado em 27/2/2007, DJ 16/3/2007, p. 340; REsp 544.132/RJ, Rel. Ministra Denise Arruda,
Primeira Turma, julgado em 23/5/2006, DJ 30/6/2006, p. 166. Como as matérias tributária e
previdenciária relacionadas ao Regime Geral de Previdência Social possuem natureza jurídica
distinta, mas complementares, pois, em verdade, tratam-se as relações jurídicas de custeio e de
benefício (prestacional) titularizadas pela União e pelo INSS, respectivamente, com o fim último de
garantir a cobertura dos riscos sociais de natureza previdenciária, entende-se que a razão de decidir
utilizada quando do julgamento da exigência ou não do prévio requerimento administrativo nos benefícios
previdenciários pode também ser adotada para os pedidos formulados à Secretaria da Receita Federal
concernentes às contribuições previdenciárias (REsp 1734733 / PE, Rel. Min. HERMAN BENJAMIN,
publicado em DJe 28/11/2018). 9. De se destacar que as manifestações da Fazenda Nacional são de que
não há interesse processual, pela ausência de requerimento administrativo, aduzindo, ainda, que
Instrução Normativa da RFB estabelece que não incide CPSS sobre a parcela referente aos juros de
mora decorrente de valores pagos em cumprimento de decisão judicial ou de acordo homologado, que é o
objeto da ação proposta. 10. Nesse contexto, as razões recursais apresentadas pela Recorrente não se
adéquam ao entendimento consolidado pelo Superior Tribunal de Justiça, notadamente quanto ao
cumprimento de requisitos indispensáveis ao regular prosseguimento da ação. Aplicável, no caso, a regra
processual do art. 321, parágrafo único, NCPC, na qual dispõe: “Se o autor não cumprir a diligência, o juiz
indeferirá a petição inicial”. A

Turma Recursal
60B7DE6FB1A5B6990A0C4A49AE2737B9
sentença, portanto, não merece qualquer reparo. 11. Não provimento do recurso interposto pela parte
Autora. 12. Honorários advocatícios pela parte Recorrente em 10% sobre o valor corrigido da causa (art.
55 da Lei n. 9.099/1995). ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais
do Distrito Federal, à unanimidade, negar provimento ao recurso. Brasília/DF, 23/10/2019.

Juiz David Wilson de Abreu Pardo 2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF RELATOR 3

PROCESSO: 0004244-25.2019.4.01.3400 RECORRENTE: CARLOS ROBERTO FONTENLA BORGES


DOS SANTOS ADVOGADO: DF00055573 - MYLENE QUITÉRIA CALDAS E OUTRO(S) RECORRIDO:
UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL) ADVOGADO: - KELLY OTSUKA MIIKE
EMENTA
TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL. DESPACHO DE EMENDA À INICIAL. DETERMINAÇÃO PARA JUNTAR
INDEFERIMENTO ADMINISTRATIVO. INÉRCIA DA PARTE AUTORA. NÃO OBSERVÂNCIA DO PRAZO
PARA REALIZAÇÃO DA DILIGÊNCIA. NÃO PROVIMENTO DO RECURSO. 1. A sentença julgou extinto
o processo, sem resolução do mérito, nos termos do art. 485, IV e VI do NCPC, sob os seguintes
fundamentos: “[...] a parte-autora foi intimada para juntar o indeferimento administrativo, e quedou-se
inerte, limitando-se a informar que não há previsão legal para a determinação judicial. Entendo que a
parte autora deverá comprovar a lide que impulsione o andamento do Poder Judiciário quando provocado,
321

o que não aconteceu no presente caso”. 2. Razões do recurso interposto pela parte Autora: a) há
interresse de agir pelo simples fato de a matéria versada neste feito ser contestada pela Fazenda
Nacional em diversas ações semelhantes (incidência de cotribuição previdenciária sobre juros de mora);
b) não há previsão legal que condicione o ajuizamento da ação a requerimento administrativo; c) o
desconto de contribuição previdenciária independe de prévio requerimento administrativo, em face do
princípio da inafastabilidade da jurisdição; d) não cabe a incidência de PSS sobre o montante referente a
juros, visto que possuem natureza jurídica indenizatória e não compensatória. 3. A parte Ré ofereceu
resposta escrita ao recurso. 4. Consoante art. 320, NCPC, a petição será instruída com documentos
indispensáveis à propositura da ação, devendo haver determinação de emenda em 15 (quinze) dias,
quando o juiz verificar que a petição inicial não preenche os requisitos legais. 5. No caso, foi determinada

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
a emenda à inicial, para que fosse juntado o comprovante de indeferimento administrativo, sob pena de
extinção do processo sem julgamento de mérito. Tal providência não foi adotada pela parte Recorrente,
sob o argumento de que não há previsão legal que condicione o ajuizamento da presente ação à juntada
do referido indeferimento administrativo. 6. O Supremo Tribunal Federal já decidiu que a exigência de
prévio requerimento administrativo não fere a garantia de livre acesso ao Judiciário, previsto no art. 5º,
XXXV, da CF e que o pedido administrativo anterior indeferitório é que caracteriza lesão ou ameaça a
direito. Assim, a ausência de prévio requerimento administrativo constitui óbice ao processamento de
ação judicial contra o INSS, exceto nos seguintes casos: a) revisão de benefícios em que não exista
matéria de fato a ser solucionada; b) casos em que o entendimento da Administração for notório e
reiteradamente contrário à postulação do

Turma Recursal
A1D4F83D9C857831B7DC30F2DB0DCA6F
segurado e redundará, inevitavelmente, em indeferimento; c) quando a ação for proposta em juizados
itinerantes; e d) quando o INSS contestar o mérito da ação, vez que, nesse caso, configura-se o interesse
de agir pela resistência à pretensão. (RE nº 631.240, Repercussão Geral, Rel. Min. Luís Roberto Barroso,
DJe 10.11.2014). 7. O Superior Tribunal de Justiça, chamado a se manifestar quanto à aplicação do
referido entendimento em demandas tributárias, reconheceu que a ratio decidendi utilizada quando do
julgamento da exigência ou não do prévio requerimento administrativo nos benefícios previdenciários
pode ser adotada para os pedidos concernentes às contribuições previdenciárias. 8. Colaciona-se, verbis,
o entendimento consolidado no âmbito daquela Corte de Justiça: “[...] Na esfera previdenciária, na área
de benefícios do Regime Geral de Previdência Social, o STJ, no julgamento do Recurso Especial
Repetitivo 1.369.834/SP (Tema 660), Relator Ministro Benedito Gonçalves, alinhando-se ao que foi
firmado pelo Supremo Tribunal Federal no RE 631.240/MG (Tema 350, Relator Ministro Roberto
Barroso), entendeu pela necessidade do prévio requerimento administrativo. Em matéria tributária a
questão já foi apreciada no âmbito do STJ que consolidou o entendimento da exigência do prévio
requerimento administrativo nos pedidos de compensação das contribuições previdenciárias.
Vejam-se: AgRg nos EDcl no REsp 886.334/SP, Rel. Ministro Castro Meira, Segunda Turma, julgado
em 10/8/2010, DJe 20/8/2010; REsp 952.419/SP, Rel. Ministro Castro Meira, Segunda Turma, julgado
em 2/12/2008, DJe 18/12/2008; REsp 888.729/SP, Rel. Ministro João Otávio de Noronha, Segunda
Turma, julgado em 27/2/2007, DJ 16/3/2007, p. 340; REsp 544.132/RJ, Rel. Ministra Denise Arruda,
Primeira Turma, julgado em 23/5/2006, DJ 30/6/2006, p. 166. Como as matérias tributária e
previdenciária relacionadas ao Regime Geral de Previdência Social possuem natureza jurídica
distinta, mas complementares, pois, em verdade, tratam-se as relações jurídicas de custeio e de
benefício (prestacional) titularizadas pela União e pelo INSS, respectivamente, com o fim último de
garantir a cobertura dos riscos sociais de natureza previdenciária, entende-se que a razão de decidir
utilizada quando do julgamento da exigência ou não do prévio requerimento administrativo nos benefícios
previdenciários pode também ser adotada para os pedidos formulados à Secretaria da Receita Federal
concernentes às contribuições previdenciárias (REsp 1734733 / PE, Rel. Min. HERMAN BENJAMIN,
publicado em DJe 28/11/2018). 9. Nesse contexto, as razões recursais apresentadas pela Recorrente não
se adéquam ao entendimento consolidado pelo Superior Tribunal de Justiça, notadamente quanto ao
cumprimento de requisitos indispensáveis ao regular prosseguimento da ação. Aplicável, no caso, a regra
processual do art. 321, parágrafo único, NCPC, na qual dispõe: “Se o autor não cumprir a diligência, o juiz
indeferirá a petição inicial”. A sentença, portanto, não merece qualquer reparo. 10. Não provimento do
recurso interposto pela parte Autora. 11. Honorários advocatícios pela parte Recorrente em 10% sobre o
valor corrigido da causa (art. 55 da Lei n. 9.099/1995).

Turma Recursal
A1D4F83D9C857831B7DC30F2DB0DCA6F

ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, à
unanimidade, negar provimento ao recurso. Brasília/DF, 23/10/2019.
322

Juiz David Wilson de Abreu Pardo 2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF RELATOR 3

PROCESSO: 0016260-11.2019.4.01.3400 RECORRENTE: ILKA SOARES DA SILVA SARDINHA E


OUTRO(S) ADVOGADO: AL00006805 - JOAO FRANCISCO DE CAMARGO E OUTRO(S) E OUTRO(S)
RECORRIDO: UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL) ADVOGADO: - CELIA FERREIRA TAVARES
DE LYRA

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
EMENTA
TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL. DESPACHO DE EMENDA À INICIAL. DETERMINAÇÃO PARA JUNTAR
INDEFERIMENTO ADMINISTRATIVO. INÉRCIA DA PARTE AUTORA. NÃO OBSERVÂNCIA DO PRAZO
PARA REALIZAÇÃO DA DILIGÊNCIA. NÃO PROVIMENTO DO RECURSO. 1. A sentença julgou extinto
o processo, sem resolução do mérito, nos termos do art. 485, IV e VI do NCPC, sob os seguintes
fundamentos: “[...] Intimada para apresentar o indeferimento do pleito na via administrativa, a parte autora
quedou-se inerte. Não vislumbro interesse de agir da parte autora na presente demanda, eis que tal
interesse processual se caracteriza não apenas pela utilidade da medida judicial invocada, mas sim pelo
binômio necessidade/adequação, de modo que o caminho processual se mostre necessário ao alcance
do direito subjetivo pleiteado e adequado ao provimento efetivamente postulado. No caso, o ajuizamento
da ação não se mostra necessária, uma vez que o direito se encontra reconhecido no âmbito
administrativo”. 2. Razões do recurso interposto pela parte Autora: a) violação ao princípio da
inafastabilidade de jurisdição, ao fazer exigência não prevista em lei (juntada de requerimento
administrativo); b) correta aplicação do regime de competência nas situações em que se discute a
cobrança e ou devolução de um tributo ou contribuição cuja base de cálculo se refere a períodos
pretéritos; c) no valor da execução estariam incluídas parcelas relativas a juros de mora, sobre os quais
foram indevidamente retidas contribuições para o PSS quando do pagamento. 3. A parte Ré ofereceu
resposta escrita ao recurso. 4. Consoante art. 320, NCPC, a petição será instruída com documentos
indispensáveis à propositura da ação, devendo haver determinação de emenda em 15 (quinze) dias,
quando o juiz verificar que a petição inicial não preenche os requisitos legais. 5. No caso, foi determinada
a emenda à inicial, para que fosse juntado o comprovante de indeferimento administrativo, sob pena de
extinção do processo sem julgamento de mérito. Tal providência não foi adotada pela parte Recorrente,
sob o argumento de que não há previsão legal que condicione o ajuizamento da presente ação à juntada
do referido indeferimento administrativo. 6. O Supremo Tribunal Federal já decidiu que a exigência de
prévio requerimento administrativo não fere a garantia de livre acesso ao Judiciário, previsto no art. 5º,
XXXV, da CF e que o pedido administrativo anterior indeferitório é que caracteriza lesão ou ameaça a
direito. Assim, a ausência de prévio requerimento administrativo

Turma Recursal
CA693CC64FC5FF26764BF3038D9CA5CC
constitui óbice ao processamento de ação judicial contra o INSS, exceto nos seguintes casos: a) revisão
de benefícios em que não exista matéria de fato a ser solucionada; b) casos em que o entendimento da
Administração for notório e reiteradamente contrário à postulação do segurado e redundará,
inevitavelmente, em indeferimento; c) quando a ação for proposta em juizados itinerantes; e d) quando o
INSS contestar o mérito da ação, vez que, nesse caso, configura-se o interesse de agir pela resistência à
pretensão. (RE nº 631.240, Repercussão Geral, Rel. Min. Luís Roberto Barroso, DJe 10.11.2014). 7. O
Superior Tribunal de Justiça, chamado a se manifestar quanto à aplicação do referido entendimento em
demandas tributárias, reconheceu que a ratio decidendi utilizada quando do julgamento da exigência ou
não do prévio requerimento administrativo nos benefícios previdenciários pode ser adotada para os
pedidos concernentes às contribuições previdenciárias. 8. Colaciona-se, verbis, o entendimento
consolidado no âmbito daquela Corte de Justiça: “[...] Na esfera previdenciária, na área de benefícios do
Regime Geral de Previdência Social, o STJ, no julgamento do Recurso Especial Repetitivo 1.369.834/SP
(Tema 660), Relator Ministro Benedito Gonçalves, alinhando-se ao que foi firmado pelo Supremo
Tribunal Federal no RE 631.240/MG (Tema 350, Relator Ministro Roberto Barroso), entendeu pela
necessidade do prévio requerimento administrativo. Em matéria tributária a questão já foi apreciada no
âmbito do STJ que consolidou o entendimento da exigência do prévio requerimento administrativo nos
pedidos de compensação das contribuições previdenciárias. Vejam-se: AgRg nos EDcl no REsp
886.334/SP, Rel. Ministro Castro Meira, Segunda Turma, julgado em 10/8/2010, DJe 20/8/2010; REsp
952.419/SP, Rel. Ministro Castro Meira, Segunda Turma, julgado em 2/12/2008, DJe 18/12/2008;
REsp 888.729/SP, Rel. Ministro João Otávio de Noronha, Segunda Turma, julgado em 27/2/2007,
DJ 16/3/2007, p. 340; REsp 544.132/RJ, Rel. Ministra Denise Arruda, Primeira Turma, julgado em
23/5/2006, DJ 30/6/2006, p. 166. Como as matérias tributária e previdenciária relacionadas ao Regime
Geral de Previdência Social possuem natureza jurídica distinta, mas complementares, pois, em
verdade, tratam-se as relações jurídicas de custeio e de benefício (prestacional) titularizadas pela
União e pelo INSS, respectivamente, com o fim último de garantir a cobertura dos riscos sociais de
natureza previdenciária, entende-se que a razão de decidir utilizada quando do julgamento da exigência
323

ou não do prévio requerimento administrativo nos benefícios previdenciários pode também ser
adotada para os pedidos formulados à Secretaria da Receita Federal concernentes às contribuições
previdenciárias (REsp 1734733 / PE, Rel. Min. HERMAN BENJAMIN, publicado em DJe 28/11/2018). 9.
Nesse contexto, as razões recursais apresentadas pela Recorrente não se adéquam ao entendimento
consolidado pelo Superior Tribunal de Justiça, notadamente quanto ao cumprimento de requisitos
indispensáveis ao regular prosseguimento da ação. Aplicável, no caso, a regra processual do art. 321,
parágrafo único, NCPC, na qual dispõe: “Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição
inicial”. A sentença, portanto, não merece qualquer reparo. 10. Não provimento do recurso interposto pela
parte Autora.

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Turma Recursal
CA693CC64FC5FF26764BF3038D9CA5CC
11. Honorários advocatícios pela parte Recorrente em 10% sobre o valor corrigido da causa (art. 55 da
Lei n. 9.099/1995).

ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, à
unanimidade, negar provimento ao recurso. Brasília/DF, 23/10/2019.

Juiz David Wilson de Abreu Pardo 2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF RELATOR 3

PROCESSO: 0002382-19.2019.4.01.3400 RECORRENTE: LUCIANO DA COSTA LIMA VIEIRA


ADVOGADO: DF00055573 - MYLENE QUITÉRIA CALDAS E OUTRO(S) RECORRIDO: UNIAO
FEDERAL (FAZENDA NACIONAL) ADVOGADO: - KELLY OTSUKA MIIKE
EMENTA
TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL. DESPACHO DE EMENDA À INICIAL. DETERMINAÇÃO PARA JUNTAR
INDEFERIMENTO ADMINISTRATIVO. INÉRCIA DA PARTE AUTORA. NÃO OBSERVÂNCIA DO PRAZO
PARA REALIZAÇÃO DA DILIGÊNCIA. NÃO PROVIMENTO DO RECURSO. 1. A sentença julgou extinto
o processo, sem resolução do mérito, nos termos do art. 485, IV e VI do NCPC, sob os seguintes
fundamentos: “[...] a parte-autora foi intimada para juntar o indeferimento administrativo, e quedou-se
inerte, limitando-se a informar que não há previsão legal para a determinação judicial. Entendo que a
parte autora deverá comprovar a lide que impulsione o andamento do Poder Judiciário quando provocado,
o que não aconteceu no presente caso”. 2. Razões do recurso interposto pela parte Autora: a) há
interresse de agir pelo simples fato de a matéria versada neste feito ser contestada pela Fazenda
Nacional em diversas ações semelhantes (incidência de cotribuição previdenciária sobre juros de mora);
b) não há previsão legal que condicione o ajuizamento da ação a requerimento administrativo; c) o
desconto de contribuição previdenciária independe de prévio requerimento administrativo, em face do
princípio da inafastabilidade da jurisdição; d) não cabe a incidência de PSS sobre o montante referente a
juros, visto que possuem natureza jurídica indenizatória e não compensatória. 3. A parte Ré ofereceu
resposta escrita ao recurso. 4. Consoante art. 320, NCPC, a petição será instruída com documentos
indispensáveis à propositura da ação, devendo haver determinação de emenda em 15 (quinze) dias,
quando o juiz verificar que a petição inicial não preenche os requisitos legais. 5. No caso, foi determinada
a emenda à inicial, para que fosse juntado o comprovante de indeferimento administrativo, sob pena de
extinção do processo sem julgamento de mérito. Tal providência não foi adotada pela parte Recorrente,
sob o argumento de que não há previsão legal que condicione o ajuizamento da presente ação à juntada
do referido indeferimento administrativo. 6. O Supremo Tribunal Federal já decidiu que a exigência de
prévio requerimento administrativo não fere a garantia de livre acesso ao Judiciário, previsto no art. 5º,
XXXV, da CF e que o pedido administrativo anterior indeferitório é que caracteriza lesão ou ameaça a
direito. Assim, a ausência de prévio requerimento administrativo constitui óbice ao processamento de
ação judicial contra o INSS, exceto nos seguintes casos: a) revisão de benefícios em que não exista
matéria de fato a ser solucionada; b) casos em que o entendimento da Administração for notório e
reiteradamente contrário à postulação do segurado e redundará, inevitavelmente, em indeferimento; c)
quando a ação for proposta em juizados

Turma Recursal
5FF867920DCFA6A17705288E07E9952C
itinerantes; e d) quando o INSS contestar o mérito da ação, vez que, nesse caso, configura-se o interesse
de agir pela resistência à pretensão. (RE nº 631.240, Repercussão Geral, Rel. Min. Luís Roberto Barroso,
DJe 10.11.2014). 7. O Superior Tribunal de Justiça, chamado a se manifestar quanto à aplicação do
referido entendimento em demandas tributárias, reconheceu que a ratio decidendi utilizada quando do
324

julgamento da exigência ou não do prévio requerimento administrativo nos benefícios previdenciários


pode ser adotada para os pedidos concernentes às contribuições previdenciárias. 8. Colaciona-se, verbis,
o entendimento consolidado no âmbito daquela Corte de Justiça: “[...] Na esfera previdenciária, na área
de benefícios do Regime Geral de Previdência Social, o STJ, no julgamento do Recurso Especial
Repetitivo 1.369.834/SP (Tema 660), Relator Ministro Benedito Gonçalves, alinhando-se ao que foi
firmado pelo Supremo Tribunal Federal no RE 631.240/MG (Tema 350, Relator Ministro Roberto
Barroso), entendeu pela necessidade do prévio requerimento administrativo. Em matéria tributária a
questão já foi apreciada no âmbito do STJ que consolidou o entendimento da exigência do prévio
requerimento administrativo nos pedidos de compensação das contribuições previdenciárias.
Vejam-se: AgRg nos EDcl no REsp 886.334/SP, Rel. Ministro Castro Meira, Segunda Turma, julgado

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
em 10/8/2010, DJe 20/8/2010; REsp 952.419/SP, Rel. Ministro Castro Meira, Segunda Turma, julgado
em 2/12/2008, DJe 18/12/2008; REsp 888.729/SP, Rel. Ministro João Otávio de Noronha, Segunda
Turma, julgado em 27/2/2007, DJ 16/3/2007, p. 340; REsp 544.132/RJ, Rel. Ministra Denise Arruda,
Primeira Turma, julgado em 23/5/2006, DJ 30/6/2006, p. 166. Como as matérias tributária e
previdenciária relacionadas ao Regime Geral de Previdência Social possuem natureza jurídica
distinta, mas complementares, pois, em verdade, tratam-se as relações jurídicas de custeio e de
benefício (prestacional) titularizadas pela União e pelo INSS, respectivamente, com o fim último de
garantir a cobertura dos riscos sociais de natureza previdenciária, entende-se que a razão de decidir
utilizada quando do julgamento da exigência ou não do prévio requerimento administrativo nos benefícios
previdenciários pode também ser adotada para os pedidos formulados à Secretaria da Receita Federal
concernentes às contribuições previdenciárias (REsp 1734733 / PE, Rel. Min. HERMAN BENJAMIN,
publicado em DJe 28/11/2018). 9. Nesse contexto, as razões recursais apresentadas pela Recorrente não
se adéquam ao entendimento consolidado pelo Superior Tribunal de Justiça, notadamente quanto ao
cumprimento de requisitos indispensáveis ao regular prosseguimento da ação. Aplicável, no caso, a regra
processual do art. 321, parágrafo único, NCPC, na qual dispõe: “Se o autor não cumprir a diligência, o juiz
indeferirá a petição inicial”. A sentença, portanto, não merece qualquer reparo. 10. Não provimento do
recurso interposto pela parte Autora. 11. Honorários advocatícios pela parte Recorrente em 10% sobre o
valor corrigido da causa (art. 55 da Lei n. 9.099/1995).

Turma Recursal
5FF867920DCFA6A17705288E07E9952C
ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, à
unanimidade, negar provimento ao recurso. Brasília/DF, 23/10/2019.

Juiz David Wilson de Abreu Pardo 2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF RELATOR 3

PROCESSO: 0013710-43.2019.4.01.3400 RECORRENTE: PAULA PECANHA SEGADAS VIANNA


ADVOGADO: DF00055589 - JOAO FRANCISCO DE CAMARGO E OUTRO(S) RECORRIDO: UNIAO
FEDERAL (FAZENDA NACIONAL) ADVOGADO: - CELIA FERREIRA TAVARES DE LYRA

EMENTA
TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL. CPSS SOBRE JUROS DE MORA E REGIME DE COMPETÊNCIA.
RESISTÊNCIA PARCIAL DA PARTE RÉ AO MÉRITO DA PRETENSÃO AUTORAL. PRESENÇA DE
INTERESSE DE AGIR. PROVIMENTO DO RECURSO E RETORNO DO FEITO À ORIGEM. 1. A
sentença julgou extinto o processo, sem resolução do mérito, nos termos do art. 485, IV e VI do NCPC,
sob os seguintes fundamentos: “[...] a parte-autora foi intimada para juntar o indeferimento administrativo,
e quedou-se inerte, limitando-se a informar que não há previsão legal para a determinação judicial.
Entendo que a parte autora deverá comprovar a lide que impulsione o andamento do Poder Judiciário
quando provocado, o que não aconteceu no presente caso”. 2. Razões do recurso interposto pela parte
Autora: a) há interresse de agir pelo simples fato de a matéria versada neste feito ser contestada pela
Fazenda Nacional em diversas ações semelhantes (regime de competência e incidência de cotribuição
previdenciária sobre juros de mora); b) não há previsão legal que condicione o ajuizamento da ação a
requerimento administrativo; c) o desconto de contribuição previdenciária independe de prévio
requerimento administrativo, em face do princípio da inafastabilidade da jurisdição; d) não cabe a
incidência de PSS sobre o montante referente a juros, visto que possuem natureza jurídica indenizatória e
não compensatória. 3. A parte Ré ofereceu resposta escrita ao recurso. 4. No caso, foi determinada a
emenda à inicial, para que fosse juntado o comprovante de indeferimento administrativo, sob pena de
extinção do processo sem julgamento de mérito. Tal providência não foi adotada pela parte Recorrente,
sob o argumento de que não há previsão legal que condicione o ajuizamento da presente ação à juntada
do referido indeferimento administrativo. 5. O Supremo Tribunal Federal já decidiu que a exigência de
325

prévio requerimento administrativo não fere a garantia de livre acesso ao Judiciário, previsto no art. 5º,
XXXV, da CF e que o pedido administrativo anterior indeferitório é que caracteriza lesão ou ameaça a
direito. Assim, a ausência de prévio requerimento administrativo constitui óbice ao processamento de
ação judicial contra o INSS, exceto nos seguintes casos: a) revisão de benefícios em que não exista
matéria de fato a ser solucionada; b) casos em que o entendimento da Administração for notório e
reiteradamente contrário à postulação do segurado e redundará, inevitavelmente, em indeferimento; c)
quando a ação for proposta em juizados itinerantes; e d) quando o INSS contestar o mérito da ação, vez
que, nesse caso, configura-se o interesse de agir pela resistência à pretensão. (RE nº 631.240,
Repercussão Geral, Rel. Min. Luís Roberto Barroso, DJe 10.11.2014). 6. O Superior Tribunal de Justiça,
chamado a se manifestar quanto à aplicação do referido entendimento

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Turma Recursal
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em demandas tributárias, reconheceu que a ratio decidendi utilizada quando do julgamento da exigência
ou não do prévio requerimento administrativo nos benefícios previdenciários pode ser adotada para os
pedidos concernentes às contribuições previdenciárias. 7. Colaciona-se, verbis, o entendimento
consolidado no âmbito daquela Corte de Justiça: “[...] Na esfera previdenciária, na área de benefícios do
Regime Geral de Previdência Social, o STJ, no julgamento do Recurso Especial Repetitivo 1.369.834/SP
(Tema 660), Relator Ministro Benedito Gonçalves, alinhando-se ao que foi firmado pelo Supremo
Tribunal Federal no RE 631.240/MG (Tema 350, Relator Ministro Roberto Barroso), entendeu pela
necessidade do prévio requerimento administrativo. Em matéria tributária a questão já foi apreciada no
âmbito do STJ que consolidou o entendimento da exigência do prévio requerimento administrativo nos
pedidos de compensação das contribuições previdenciárias. Vejam-se: AgRg nos EDcl no REsp
886.334/SP, Rel. Ministro Castro Meira, Segunda Turma, julgado em 10/8/2010, DJe 20/8/2010; REsp
952.419/SP, Rel. Ministro Castro Meira, Segunda Turma, julgado em 2/12/2008, DJe 18/12/2008;
REsp 888.729/SP, Rel. Ministro João Otávio de Noronha, Segunda Turma, julgado em 27/2/2007,
DJ 16/3/2007, p. 340; REsp 544.132/RJ, Rel. Ministra Denise Arruda, Primeira Turma, julgado em
23/5/2006, DJ 30/6/2006, p. 166. Como as matérias tributária e previdenciária relacionadas ao Regime
Geral de Previdência Social possuem natureza jurídica distinta, mas complementares, pois, em
verdade, tratam-se as relações jurídicas de custeio e de benefício (prestacional) titularizadas pela
União e pelo INSS, respectivamente, com o fim último de garantir a cobertura dos riscos sociais de
natureza previdenciária, entende-se que a razão de decidir utilizada quando do julgamento da exigência
ou não do prévio requerimento administrativo nos benefícios previdenciários pode também ser
adotada para os pedidos formulados à Secretaria da Receita Federal concernentes às contribuições
previdenciárias (REsp 1734733 / PE, Rel. Min. HERMAN BENJAMIN, publicado em DJe 28/11/2018). 8.
De todo modo, no caso presente, a manifestação da Fazenda Nacional, ao oferecer resposta escrita ao
recurso, resistiu ao mérito da pretensão, especialmente no que toca ao regime de competência. Somente
há Instrução Normativa da RFB no que toca à não incidência da CPSS sobre a parcela referente aos juros
de mora decorrente de valores pagos em cumprimento de decisão judicial ou de acordo homologado. Mas
aqui, como dito, o objeto da ação proposta não é apenas este, tendo a União (Fazenda Nacional) resistido
no mérito, quanto ao outro objeto (regime de competência). 9. Nesse contexto, as razões recursais
apresentadas pela parte Recorrente se adéquam ao entendimento consolidado pelo STF e pelo STJ, de
haver interesse de agir. 10. Provimento do recurso interposto pela parte Autora, para reconhecer a
presença do interesse de agir, anulando-se a sentença. Vencido, em parte, o Juiz Federal João Carlos
Mayer Soares, que deu provimento ao recurso em menos extensão, já que reconheceu o interesse de agir
apenas quanto à discussão sobre o regime de competência. Quanto ao pedido de restituição da CPSS
sobre os juros de mora, não tendo havido resistência da parte Ré, entendeu continuar havendo ausência
de interesse de agir, inclusive porque os pedidos são autônomos.

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11. Superada a questão do interesse de agir, inaplicável regra prevista no art. 1.013, § 3º, I, do NCPC,
vez que a parte Ré não foi citada e não apresentou contestação inicial. Ante a ausência de contraditório
totalmente formalizado, o feito deve retornar à origem para regular processamento e julgamento, com
baixa da distribuição na Turma Recursal. 12. Honorários advocatícios incabíveis, por falta de previsão
legal para o arbitramento, quando há provimento do recurso julgado (art. 55, caput, da Lei n. 9.099/1995).
ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por
maioria, dar provimento ao recurso, nos termos do voto do Relator, vencido, em parte, o Juiz Federal
João Carlos Mayer Soares, que lhe deu provimento em menor extensão. Brasília/DF, 23/10/2019.

Juiz David Wilson de Abreu Pardo 2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF RELATOR 3


326

PROCESSO: 0000878-75.2019.4.01.3400 RECORRENTE: LUIZ DA CRUZ DE ARAUJO ADVOGADO:


MS0003415A - ISMAEL GONCALVES MENDES RECORRIDO: FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE
FUNASA ADVOGADO:
EMENTA
ADMINISTRATIVO. CONSTITUCIONAL. GRATIFICAÇÃO DE ATIVIDADE DE COMBATE E CONTROLE
DE ENDEMIAS - GACEN. NATUREZA PRO LABORE FACIENDO ESTABELECIDA PELA PRÓPRIA LEI
QUE A INSTITUIU (11.784/2008). EXTENSÃO AOS INATIVOS/PENSIONISTAS COM DIREITO À
PARIDADE NO MESMO VALOR PAGO AOS SERVIDORES DA ATIVA. LEI NOVA FACULTANDO
OPÇÃO PELA INCORPORAÇÃO DO VALOR INTEGRAL DA GACEN. NECESSIDADE DE

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ATENDIMENTO AOS REQUISITOS LEGALMENTE FIXADOS. IMPOSSIBILIDADE DE ACOLHER
JUDICIALMENTE O PEDIDO, TAL COMO FORMULADO. INCIDENTES DE UNIFORMIZAÇÃO
SUBMETIDOS À TNU PELA COORDENAÇÃO DAS TRS/DF. MANUTENÇÃO DO ENTENDIMENTO DA
TR2/JEF/DF, ATÉ QUE A TNU SE PRONUNCIE. NÃO PROVIMENTO DO RECURSO. 1. A sentença,
pronunciando a prescrição quinquenal, rejeitou o pedido de pagamento da GACEN, no mesmo patamar
em que é paga aos servidores em atividade e de implantação no contracheque da parte Autora no valor
integral da gratificação. 2. Razões do recurso interposto pela parte Autora: a) a atual orientação da TNU é
no sentido de reconhecer a natureza remuneratória da GACEN e deferir a sobredita gratificação aos
inativos no mesmo patamar em que é paga aos servidores em atividade; b) sendo remuneratória a
natureza jurídica da GACEN e, tendo a parte Autora direito adquirido à paridade de remuneração com os
servidores da ativa, vez que amparada por regras constitucioniais de transição, o reconhecimento do
direito à GACEN é medida que se impõe, eis que a natureza da vantagem é de gratificação genérica. 3. A
FUNASA ofereceu resposta escrita ao recurso. 4. A GACEN foi criada pelo art. 54, Lei 11.784/2008,
nesses termos: “Fica instituída, a partir de 1º de março de 2008, a Gratificação de Atividade de Combate e
Controle de Endemias - GACEN, devida aos ocupantes dos cargos de Agente Auxiliar de Saúde Pública,
Agente de Saúde Pública e Guarda de Endemias, do Quadro de Pessoal do Ministério da Saúde e do
Quadro de Pessoal da Fundação Nacional de Saúde - FUNASA, regidos pela Lei no 8.112, de 11 de
dezembro de 1990”. 5. Por sua vez, o art. 55, prescreve: “A Gecen e a Gacen serão devidas aos titulares
dos empregos e cargos públicos de que tratam os arts. 53 e 54 desta Lei, que, em caráter permanente,
realizarem atividades de combate e controle de endemias, em área urbana ou rural, inclusive em terras
indígenas e de remanescentes quilombolas, áreas extrativistas e ribeirinhas” (DESTACADO).

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6. Já o art. 284, Lei 11.907/2009, dispõe: “Aplica-se a Gratificação de Atividade de Combate e Controle de
Endemias - GACEN, de que trata o art. 54 da Lei nº 11.784, de 22 de setembro de 2008, aos servidores
do Quadro de Pessoal do Ministério da Saúde e do Quadro de Pessoal da Fundação Nacional de Saúde -
FUNASA, regidos pela Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, ocupantes dos seguintes cargos: I -
Agente de Saúde; II - Auxiliar de Laboratório; III - Auxiliar de Laboratório 8 (oito) horas; IV - Auxiliar de
Saneamento; V - Divulgador Sanitário; VI - Educador em Saúde; VII - Laboratorista; VIII - Laboratorista
Jornada 8 (oito) horas; IX - Microscopista; X - Orientador em Saúde; XI - Técnico de Laboratório; XII -
Visitador Sanitário; e XIII - Inspetor de Saneamento. Parágrafo único. O titular do cargo de Motorista ou
de Motorista Oficial que, em caráter permanente, realizar atividades de apoio e de transporte das equipes
e dos insumos necessários para o combate e controle das endemias fará jus à gratificação a que se
refere o caput deste artigo. 7. De acordo com a Lei 11.784/2008 (art. 54) e a Lei 11.907/2009 (art. 284),
para o recebimento da GACEN o servidor deve pertencer ao quadro de pessoal do Ministério da Saúde
ou ao quadro de pessoal da FUNASA e ser ocupante de um dos cargos especificados pelas leis em
referência, observando-se que a atividade deve ser exercida em caráter permanente, o que deixa claro
que nem todos os servidores do Ministério da Saúde ou da FUNASA estão aptos ao recebimento da
GACEN. 8. Isso quer dizer que não basta ocupar certos cargos daqueles Quadros, para ter direito ao
recebimento da GACEN. O decisivo é que os ocupantes de certos cargos daqueles Quadros, em caráter
permanente, realizem atividades de combate e controle de endemias, para terem direito a receber a
GACEN. Portanto, pela regulamentação em vigor, a GACEN ostenta nítida natureza pro labore faciendo,
ou propter oficium, ainda que seu pagamento independa da avaliação de desempenho do servidor
beneficiado. Ou seja, a GACEN é paga, segundo a letra da lei que a instituiu, em razão das condições
distintas em que se realiza o serviço (propter laborem). Uma vez não sendo realizadas atividades de
combate e controle de endemias, em caráter permanente, um ocupante de cargo daqueles Quadros não
pode continuar recebendo GACEN. Assim, a Gratificação

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apenas é paga com o vencimento, mas dele se desprende quando cessa a atividade do servidor. Por
isso, é realmente uma vantagem de função ou de serviço. 9. A propósito, no processo 0036000-
91.2015.4.01.3400, que tramitou no âmbito da TR2 da Seccional do DF, em resposta a diligência do
Juízo, a parte Ré apresentou o Ofício n. 646/2016/COLEP/CGESP/SAA/SE/MS, por meio do qual foram
327

prestadas as seguintes informações: a) “a GACEN é paga aos servidores combatentes de endemias do


Ministério da Saúde vinculados a todas as unidades federativas, desde que em efetivo exercício na
atividade de combate e controle de endemias, conforme estabelece o artigo 2º, da Portaria nº 484, de
01/04/2014, ora transcrito: ‘Art. 2º [...] a GACEN será paga aos servidores efetivos do Ministério da Saúde
e da FUNASA, ainda que descentralizados para Estados, Distrito Federal e Municípios, nos termos do
disposto no art. 20 da Lei nº 8.270, de 17 de dezembro de 1991, desde que em efetivo exercício na
atividade de combate e controle de endemias’”; (...); c) “a GACEN não é devida a todo servidor
combatente de endemias”. 10. Ora, como bem pontuado pela TNU, nos fundamentos de julgado que,
curiosamente, conduziu a um resultado inverso ao aqui adotado, “vantagens condicionais ou modais,
mesmo que auferidas por longo tempo em razão do preenchimento dos requisitos exigidos para sua

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percepção, não se incorporam ao vencimento, a não ser quando essa integração for determinada por lei.
(É que as vantagens condicionais ou modais) são vantagens pelo trabalho que está sendo feito (pro
labore faciendo) ou, por outras palavras, são adicionais de função (ex facto officii), ou são gratificações de
serviço (propter laborem), ou, finalmente, são gratificações em razão de condições pessoais do servidor
(propter personam). Daí por que, quando cessa o trabalho, ou quando desaparece o fato ou a situação
que lhes dá causa, deve cessar o pagamento de tais vantagens, sejam elas adicionais de função,
gratificações de serviço ou gratificação em razão das condições pessoais do servidor” (TNU, PEDILEF
05033027020134058302, Juiz Federal Ronaldo José da Silva, DOU de 05/02/2016). 11. Como se sabe,
no julgamento a TNU reafirmou a tese da natureza remuneratória da GACEN, acrescentando, então, seu
caráter geral, e com base nessas premissas concluiu que os servidores aposentados/pensionistas com
direito à paridade fazem jus a receber a gratificação no mesmo valor pago aos servidores da ativa. Mas é
possível perceber bem claramente em que momento o raciocínio desenvolvido pela TNU, no julgado,
começa a entrar em contradição com suas primeiras e corretas premissas. Se a GACEN é paga aos
ocupantes de cargos dos Quadros já referidos que efetivamente realizem atividades de combate e
controle de endemias, em caráter permanente, então constitui gratificação de serviço (propter laborem),
cujo pagamento deve cessar, quando cessa o trabalho. 12. Considere que a TNU chega a perceber tal
dimensão da GACEN, ao anotar no § 13 do seu julgado: “A Gratificação de Atividade de Combate e
Controle de Endemias (GACEN), instituída pela Lei nº 11.784/2008, tem natureza de gratificação de
atividade”. E, principalmente, ao repisar, no primeiro § 15 do seu julgado (o § seguinte da ementa
erroneamente também recebeu o número 15): “a GACEN não é devida para ressarcimento de despesas
do servidor em razão do desempenho de suas funções, mas sim em razão do próprio desempenho da
atividade (pro labore faciendo), consoante conformação legal da aludida gratificação contida no artigo 55
da Lei nº

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11.784/2008”. Enquanto assim argumentava, a TNU estava de acordo com as premissas iniciais do
julgamento, segundo as quais vantagens condicionais, mesmo que auferidas por longo tempo em razão
do preenchimento dos requisitos exigidos para percepção, não se incorporam ao vencimento, a não ser
quando determinado por lei. 13. Ocorre que, em seguida, no segundo § 15 do julgado, a TNU arremata
que, “dessa forma, a GACEN é gratificação desvinculada da efetiva produtividade dos servidores ativos
que ocupam os cargos e desempenham as atividades especificadas no artigo 54 da Lei nº 11.784/2008; e
é paga aos aposentados que ocupavam aqueles mesmos cargos e que tenham os benefícios concedidos
até 19/02/2004, ou com fundamento nos artigos 3º e 6º da Emenda Constitucional nº 41/2003 ou no artigo
3º da Emenda Constitucional nº 47/2005”. O fato, verdadeiro, de a GACEN ser paga desvinculada da
efetiva produtividade dos servidores ativos que a recebem é apresentado, sem qualquer justificativa,
como prova de que se trata de uma gratificação de caráter geral que deve ser estendida, no seu valor
total, aos aposentados/pensionistas com direito à paridade. 14. Confessadamente, a quebra abrupta da
linha argumentativa da TNU no julgado se deveu à tentativa de seguir entendimento do STF. Este
Tribunal, como se sabe, declarou inconstitucional o pagamento reduzido de gratificação a servidores
inativos/pensionistas com direito à paridade, quando a vantagem paga aos servidores da ativa tem um
caráter geral, pois desvinculada de avaliação de desempenho. Como a GACEN é paga em valor fixo,
independentemente de avaliação de desempenho, então ostentaria o mesmo caráter geral que, pelo
entendimento do STF, resulta no pagamento aos inativos/pensionistas com direito à paridade no mesmo
patamar pago aos servidores da ativa. 15. O problema é que o julgado da TNU deixa alguns pontos,
cruciais, por explicar. O primeiro já foi destacado: a quebra não justificada das premissas iniciais do
julgado. Ainda que fosse o caso de seguir entendimento do STF, exigível explicar se a mudança não
resulta, e porque não resulta, em contradição com os argumentos primeiros. Porém, o ponto principal é
que manter a linha argumentativa inicial, até final julgamento, com a improcedência do pedido, não levaria
a TNU a decidir contrariamente ao entendimento do STF. Como se sabe, a jurisprudência do STF, a que
a TNU se refere, foi firmada nos casos sobre as diversas gratificações de desempenho criadas ao longo
do tempo. E essas gratificações diferem da GACEN, vez que foram instituídas para serem pagas de
acordo com o desempenho ou produtividade do servidor da ativa, independentemente de serem outros,
distintos, anormais, os trabalhos ou os serviços realizados. 16. Com efeito, nas gratificações de
desempenho comuns criadas ao longo do tempo, os trabalhos ou serviços que ensejam o seu
recebimento são os mesmos que os servidores beneficiados já exerciam e continuam exercendo. O que
328

muda é apenas a produtividade. Havendo um aumento da produtividade, nos mesmos serviços e


trabalhos normalmente realizados, há aumento no valor da gratificação de desempenho. Nesse contexto,
quando a Administração passou a pagar a título de gratificação de desempenho valor indistinto e
independente de qualquer avaliação, a todos os servidores da ativa, obviamente deixou a gratificação de
ser pro labore faciendo, ostentando caráter geral e alcançando servidores inativos/pensionistas com o
direito à paridade. Não sendo pagas em virtude de trabalhos anormais, a natureza pro labore faciendo
das diversas gratificações de desempenho se mantém apenas enquanto pagas em virtude de avaliações
periódicas de produtividade.

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17. A situação jurídica é totalmente diferente, quando se trata da GACEN. Sua natureza pro labore
faciendo decorre do fato de ser paga pela realização de serviço em condições distintas. Como já se disse,
a GACEN é paga, segundo a letra da lei que a instituiu, em virtude do servidor da ativa realizar atividades
de combate e controle de endemias, em caráter permanente. Se o ocupante de cargo dos Quadros do
Ministério da Saúde ou da FUNASA não realizar mais tais atividades, não pode continuar recebendo a
GACEN. Por isso, não importa que o pagamento dessa gratificação prescinda de uma avaliação de
desempenho. Nem por isso deixa de ser pro labore faciendo, pois esta natureza decorre do serviço
distinto efetivamente realizado, e somente enquanto efetivamente realizado. As gratificações de
desempenho comuns criadas ao longo do tempo, por não exigirem a realização de serviço distinto para
serem pagas, precisam da produtividade diferenciada do mesmo serviço, para adquirirem natureza pro
labore faciendo. 18. Portanto, acolher todas as consequências de considerar a GACEN uma gratificação
pro labore faciendo não significa ir contra entendimento consolidado pelo STF sobre o caráter geral das
gratificações de desempenho, enquanto estas não tiverem realizadas as avaliações de produtividade.
Pelo contrário. Ao reconhecer que a GACEN tem natureza pro labore faciendo desde o nascedouro, é
dever também afirmar que essa gratificação jamais teve caráter geral, nunca tendo sido devida sua
extensão aos inativos/pensionistas com direito à paridade no mesmo valor pago a servidores da ativa. 19.
Aliás, a conclusão é a única de acordo com a própria jurisprudência do STF, pois este Tribunal, nos
mesmos casos, sempre decidiu que, uma vez consolidada a natureza pro labore faciendo das
gratificações de desempenho pela homologação dos resultados das respectivas avaliações, passaria a
ser devido o pagamento diferenciado entre os servidores da ativa e os inativos/pensionistas com direito à
paridade. Como a GACEN sempre teve natureza pro labore faciendo, não tem caráter geral e não deve
ser paga aos servidores da ativa e aos inativos/pensionistas com direito à paridade no mesmo valor. 20.
Essa interpretação começa a ter eco no STJ, como sinaliza a decisão monocrática tomada no REsp
1.599.139/CE, por meio da qual se negou provimento ao Especial, com a seguinte fundamentação em
destaque, que acolhe argumento do Tribunal do origem: “Assim sendo, não há previsão legal para que o
servidor aposentado receba a GACEN na mesma proporção que o servidor da ativa, mormente porque
essa gratificação é devida em razão da atividade desenvolvida, isto é, tem natureza pro labore faciendo,
segundo a legislação regente, verbis (fls. 480). 5. Dessa forma, o acórdão recorrido encontra-se em
consonância como entendimento adotado por esta Corte, de que nos casos em que a gratificação tem
caráter pro labore faciendo não é cabível a extensão aos inativos na mesma proporção dos Servidores
em atividade” (STJ, REsp 1.599.139/CE, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, DJE de 4/2/2019). 21. Se
algum valor a título de GACEN é pago a inativos/pensionistas, isso se dá apenas por liberalidade do
legislador. Como já foi colhido do próprio julgado da TNU, aqui escrutinado, “vantagens condicionais ou
modais, mesmo que auferidas por longo tempo em razão do preenchimento dos requisitos exigidos para
sua percepção, não se incorporam ao vencimento, a não ser quando essa integração for determinada por
lei”. No caso, a Lei n. 11.784/2008, no seu art. 55, § 3º, prevê a incorporação da GACEN aos proventos
de aposentadoria, distinguindo as situações dos servidores que têm direito, ou

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não, à paridade. Essa regulamentação deve ser aplicada estritamente, pois, no contexto de gratificação
que ordinariamente não se incorpora ao vencimento (por ter natureza pro labore faciendo), constitui, como
dito, mera liberalidade do legislador. 22. Assim, ainda que a parte Autora tenha direito à paridade, não é
por isso que não faria jus ao recebimento da GACEN no mesmo valor pago a servidores da ativa. Por
isso, não altera esse desfecho o novo regramento criado pela Lei 13.324/2016. As novas regras, na
verdade, confirmam a interpretação até aqui feita. 23. Destarte, a nova lei faculta ao servidor que tem
direito à integralidade e paridade incorporar até “o valor integral da gratificação”, desde que atendidos
certos requisitos (art. 93, III, c/c o art. 92). Dentre estes, prazo mínimo de recebimento e, portanto, de
contribuição sobre a GACEN, para servidores inativos e pensionistas com direito à integralidade e
paridade recebê-la integralmente. Não importa que o tempo mínimo fixado na lei não alcance o tempo de
contribuição para aposentadoria integral. É que o legislador continua fazendo uma liberalidade,
resolvendo a questão da melhor maneira possível, de acordo com o seu juízo político. O que não se pode
é acolher o pedido inicial, tal qual formulado, ainda que seja o caso de registrar que a parte Autora passou
a ter à sua disposição a opção criada pela Lei n. 13.324/2016. 24. Com a distinção interpretativa
329

apresentada para o caso sob julgamento, considera-se fundamentado o voto, de acordo com o art. 489, §
1º, inciso VI, do NCPC, ainda que divergente de jurisprudência da TNU invocada pela parte. Aliás,
reportando-se a essa fundamentação, a Coordenação das Turmas Recursais do DF admitiu incidentes
arguidos sobre a matéria nos Recursos Inominados 0039373-96.2016.4.01.3400 0039017-
67.2017.4.01.3400, dentre outros, submetendo-os à TNU. Portanto, pelo menos até haver
pronunciamento da TNU em tais incidentes, deve ser mantido o entendimento da TR2/JEF/DF, contrário
ao pleito da parte Autora. 25. Por sinal, em 28/2/2019, a Presidência da TNU admitiu novo PEDILEF para
discutir novamente a possibilidade de extensão, aos servidores inativos, da GACEN (PEDILEF 5006060-
68.2018.4.04.7001/PR, ainda pendente de conclusão). 26. Não provimento do recurso interposto pela
parte Autora. 27. Honorários advocatícios pela parte Recorrente em 10% sobre o valor corrigido da causa

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(artigo 55 da Lei n. 9.099/1995), com suspensão do pagamento enquanto a parte credora não demonstrar
que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão da Gratuidade de
Justiça, extinguindo-se a dívida cinco anos após o trânsito em julgado deste Acórdão (artigo 98, § 3º,
NCPC).

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ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por
unanimidade, negar provimento ao recurso. Brasília/DF, 23/10/2019.

Juiz David Wilson de Abreu Pardo 2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF RELATOR 3

PROCESSO: 0041301-14.2018.4.01.3400 RECORRENTE: ARNALDO LEITE DOS SANTOS


ADVOGADO: MS00017365 - VINICIUS DE MORAES GONCALVES MENDES E OUTRO(S)
RECORRIDO: FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA ADVOGADO: - CYNARA PADUA
OLIVEIRA
EMENTA

ADMINISTRATIVO. CONSTITUCIONAL. GRATIFICAÇÃO DE ATIVIDADE DE COMBATE E CONTROLE


DE ENDEMIAS - GACEN. NATUREZA PRO LABORE FACIENDO ESTABELECIDA PELA PRÓPRIA LEI
QUE A INSTITUIU (11.784/2008). EXTENSÃO AOS INATIVOS/PENSIONISTAS COM DIREITO À
PARIDADE NO MESMO VALOR PAGO AOS SERVIDORES DA ATIVA. LEI NOVA FACULTANDO
OPÇÃO PELA INCORPORAÇÃO DO VALOR INTEGRAL DA GACEN. NECESSIDADE DE
ATENDIMENTO AOS REQUISITOS LEGALMENTE FIXADOS. IMPOSSIBILIDADE DE ACOLHER
JUDICIALMENTE O PEDIDO, TAL COMO FORMULADO. INCIDENTES DE UNIFORMIZAÇÃO
SUBMETIDOS À TNU PELA COORDENAÇÃO DAS TRS/DF. MANUTENÇÃO DO ENTENDIMENTO DA
TR2/JEF/DF, ATÉ QUE A TNU SE PRONUNCIE. NÃO PROVIMENTO DO RECURSO. 1. A sentença,
pronunciando a prescrição quinquenal, rejeitou o pedido de pagamento da GACEN, no mesmo patamar
em que é paga aos servidores em atividade e de implantação no contracheque da parte Autora no valor
integral da gratificação. 2. Razões do recurso interposto pela parte Autora: a) a atual orientação da TNU é
no sentido de reconhecer a natureza remuneratória da GACEN e deferir a sobredita gratificação aos
inativos no mesmo patamar em que é paga aos servidores em atividade; b) sendo remuneratória a
natureza jurídica da GACEN e, tendo a parte Autora direito adquirido à paridade de remuneração com os
servidores da ativa, vez que amparada por regras constitucioniais de transição, o reconhecimento do
direito à GACEN é medida que se impõe, eis que a natureza da vantagem é de gratificação genérica. 3.
A União ofereceu resposta escrita ao recurso. 4. A GACEN foi criada pelo art. 54, Lei 11.784/2008,
nesses termos: “Fica instituída, a partir de 1º de março de 2008, a Gratificação de Atividade de Combate e
Controle de Endemias - GACEN, devida aos ocupantes dos cargos de Agente Auxiliar de Saúde Pública,
Agente de Saúde Pública e Guarda de Endemias, do Quadro de Pessoal do Ministério da Saúde e do
Quadro de Pessoal da Fundação Nacional de Saúde - FUNASA, regidos pela Lei no 8.112, de 11 de
dezembro de 1990”. 5. Por sua vez, o art. 55, prescreve: “A Gecen e a Gacen serão devidas aos titulares
dos empregos e cargos públicos de que tratam os arts. 53 e 54 desta Lei, que, em caráter permanente,
realizarem atividades de combate e controle de endemias, em área
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urbana ou rural, inclusive em terras indígenas e de remanescentes quilombolas, áreas extrativistas e
ribeirinhas” (DESTACADO). 6. Já o art. 284, Lei 11.907/2009, dispõe: “Aplica-se a Gratificação de
Atividade de Combate e Controle de Endemias - GACEN, de que trata o art. 54 da Lei nº 11.784, de 22 de
setembro de 2008, aos servidores do Quadro de Pessoal do Ministério da Saúde e do Quadro de Pessoal
da Fundação Nacional de Saúde - FUNASA, regidos pela Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990,
ocupantes dos seguintes cargos: I - Agente de Saúde; II - Auxiliar de Laboratório; III - Auxiliar de
Laboratório 8 (oito) horas; IV - Auxiliar de Saneamento; V - Divulgador Sanitário; VI - Educador em Saúde;
VII - Laboratorista; VIII - Laboratorista Jornada 8 (oito) horas; IX - Microscopista; X - Orientador em Saúde;

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XI - Técnico de Laboratório; XII - Visitador Sanitário; e XIII - Inspetor de Saneamento. Parágrafo único. O
titular do cargo de Motorista ou de Motorista Oficial que, em caráter permanente, realizar atividades de
apoio e de transporte das equipes e dos insumos necessários para o combate e controle das endemias
fará jus à gratificação a que se refere o caput deste artigo. 7. De acordo com a Lei 11.784/2008 (art. 54) e
a Lei 11.907/2009 (art. 284), para o recebimento da GACEN o servidor deve pertencer ao quadro de
pessoal do Ministério da Saúde ou ao quadro de pessoal da FUNASA e ser ocupante de um dos cargos
especificados pelas leis em referência, observando-se que a atividade deve ser exercida em caráter
permanente, o que deixa claro que nem todos os servidores do Ministério da Saúde ou da FUNASA estão
aptos ao recebimento da GACEN. 8. Isso quer dizer que não basta ocupar certos cargos daqueles
Quadros, para ter direito ao recebimento da GACEN. O decisivo é que os ocupantes de certos cargos
daqueles Quadros, em caráter permanente, realizem atividades de combate e controle de endemias, para
terem direito a receber a GACEN. Portanto, pela regulamentação em vigor, a GACEN ostenta nítida
natureza pro labore faciendo, ou propter oficium, ainda que seu pagamento independa da avaliação de
desempenho do servidor beneficiado. Ou seja, a GACEN é paga, segundo a letra da lei que a instituiu, em
razão das condições distintas em que se realiza o serviço (propter laborem). Uma vez não sendo
realizadas

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atividades de combate e controle de endemias, em caráter permanente, um ocupante de cargo daqueles
Quadros não pode continuar recebendo GACEN. Assim, a Gratificação apenas é paga com o vencimento,
mas dele se desprende quando cessa a atividade do servidor. Por isso, é realmente uma vantagem de
função ou de serviço. 9. A propósito, no processo 0036000-91.2015.4.01.3400, que tramitou no âmbito da
TR2 da Seccional do DF, em resposta a diligência do Juízo, a parte Ré apresentou o Ofício n.
646/2016/COLEP/CGESP/SAA/SE/MS, por meio do qual foram prestadas as seguintes informações: a) “a
GACEN é paga aos servidores combatentes de endemias do Ministério da Saúde vinculados a todas as
unidades federativas, desde que em efetivo exercício na atividade de combate e controle de endemias,
conforme estabelece o artigo 2º, da Portaria nº 484, de 01/04/2014, ora transcrito: ‘Art. 2º [...] a GACEN
será paga aos servidores efetivos do Ministério da Saúde e da FUNASA, ainda que descentralizados para
Estados, Distrito Federal e Municípios, nos termos do disposto no art. 20 da Lei nº 8.270, de 17 de
dezembro de 1991, desde que em efetivo exercício na atividade de combate e controle de endemias’”;
(...); c) “a GACEN não é devida a todo servidor combatente de endemias”. 10. Ora, como bem pontuado
pela TNU, nos fundamentos de julgado que, curiosamente, conduziu a um resultado inverso ao aqui
adotado, “vantagens condicionais ou modais, mesmo que auferidas por longo tempo em razão do
preenchimento dos requisitos exigidos para sua percepção, não se incorporam ao vencimento, a não ser
quando essa integração for determinada por lei. (É que as vantagens condicionais ou modais) são
vantagens pelo trabalho que está sendo feito (pro labore faciendo) ou, por outras palavras, são adicionais
de função (ex facto officii), ou são gratificações de serviço (propter laborem), ou, finalmente, são
gratificações em razão de condições pessoais do servidor (propter personam). Daí por que, quando cessa
o trabalho, ou quando desaparece o fato ou a situação que lhes dá causa, deve cessar o pagamento de
tais vantagens, sejam elas adicionais de função, gratificações de serviço ou gratificação em razão das
condições pessoais do servidor” (TNU, PEDILEF 05033027020134058302, Juiz Federal Ronaldo José da
Silva, DOU de 05/02/2016). 11. Como se sabe, no julgamento a TNU reafirmou a tese da natureza
remuneratória da GACEN, acrescentando, então, seu caráter geral, e com base nessas premissas
concluiu que os servidores aposentados/pensionistas com direito à paridade fazem jus a receber a
gratificação no mesmo valor pago aos servidores da ativa. Mas é possível perceber bem claramente em
que momento o raciocínio desenvolvido pela TNU, no julgado, começa a entrar em contradição com suas
primeiras e corretas premissas. Se a GACEN é paga aos ocupantes de cargos dos Quadros já referidos
que efetivamente realizem atividades de combate e controle de endemias, em caráter permanente, então
constitui gratificação de serviço (propter laborem), cujo pagamento deve cessar, quando cessa o trabalho.
12. Considere que a TNU chega a perceber tal dimensão da GACEN, ao anotar no § 13 do seu julgado:
“A Gratificação de Atividade de Combate e Controle de Endemias (GACEN), instituída pela Lei nº
11.784/2008, tem natureza de gratificação de atividade”. E, principalmente, ao repisar, no primeiro § 15 do
seu julgado (o § seguinte da ementa erroneamente também recebeu o número 15): “a GACEN não é
devida para ressarcimento de despesas do servidor em razão do desempenho de suas funções, mas
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sim em razão do próprio desempenho da atividade (pro labore faciendo), consoante conformação legal da
aludida gratificação contida no artigo 55 da Lei nº 11.784/2008”. Enquanto assim argumentava, a TNU
estava de acordo com as premissas iniciais do julgamento, segundo as quais vantagens condicionais,
mesmo que auferidas por longo tempo em razão do preenchimento dos requisitos exigidos para
percepção, não se incorporam ao vencimento, a não ser quando determinado por lei. 13. Ocorre que, em
seguida, no segundo § 15 do julgado, a TNU arremata que, “dessa forma, a GACEN é gratificação
desvinculada da efetiva produtividade dos servidores ativos que ocupam os cargos e desempenham as

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atividades especificadas no artigo 54 da Lei nº 11.784/2008; e é paga aos aposentados que ocupavam
aqueles mesmos cargos e que tenham os benefícios concedidos até 19/02/2004, ou com fundamento nos
artigos 3º e 6º da Emenda Constitucional nº 41/2003 ou no artigo 3º da Emenda Constitucional nº
47/2005”. O fato, verdadeiro, de a GACEN ser paga desvinculada da efetiva produtividade dos servidores
ativos que a recebem é apresentado, sem qualquer justificativa, como prova de que se trata de uma
gratificação de caráter geral que deve ser estendida, no seu valor total, aos aposentados/pensionistas
com direito à paridade. 14. Confessadamente, a quebra abrupta da linha argumentativa da TNU no
julgado se deveu à tentativa de seguir entendimento do STF. Este Tribunal, como se sabe, declarou
inconstitucional o pagamento reduzido de gratificação a servidores inativos/pensionistas com direito à
paridade, quando a vantagem paga aos servidores da ativa tem um caráter geral, pois desvinculada de
avaliação de desempenho. Como a GACEN é paga em valor fixo, independentemente de avaliação de
desempenho, então ostentaria o mesmo caráter geral que, pelo entendimento do STF, resulta no
pagamento aos inativos/pensionistas com direito à paridade no mesmo patamar pago aos servidores da
ativa. 15. O problema é que o julgado da TNU deixa alguns pontos, cruciais, por explicar. O primeiro já foi
destacado: a quebra não justificada das premissas iniciais do julgado. Ainda que fosse o caso de seguir
entendimento do STF, exigível explicar se a mudança não resulta, e porque não resulta, em contradição
com os argumentos primeiros. Porém, o ponto principal é que manter a linha argumentativa inicial, até
final julgamento, com a improcedência do pedido, não levaria a TNU a decidir contrariamente ao
entendimento do STF. Como se sabe, a jurisprudência do STF, a que a TNU se refere, foi firmada nos
casos sobre as diversas gratificações de desempenho criadas ao longo do tempo. E essas gratificações
diferem da GACEN, vez que foram instituídas para serem pagas de acordo com o desempenho ou
produtividade do servidor da ativa, independentemente de serem outros, distintos, anormais, os trabalhos
ou os serviços realizados. 16. Com efeito, nas gratificações de desempenho comuns criadas ao longo do
tempo, os trabalhos ou serviços que ensejam o seu recebimento são os mesmos que os servidores
beneficiados já exerciam e continuam exercendo. O que muda é apenas a produtividade. Havendo um
aumento da produtividade, nos mesmos serviços e trabalhos normalmente realizados, há aumento no
valor da gratificação de desempenho. Nesse contexto, quando a Administração passou a pagar a título de
gratificação de desempenho valor indistinto e independente de qualquer avaliação, a todos os servidores
da ativa, obviamente deixou a gratificação de ser pro labore faciendo, ostentando caráter geral e
alcançando servidores inativos/pensionistas com o direito à paridade. Não sendo pagas em virtude de
trabalhos

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anormais, a natureza pro labore faciendo das diversas gratificações de desempenho se mantém apenas
enquanto pagas em virtude de avaliações periódicas de produtividade. 17. A situação jurídica é totalmente
diferente, quando se trata da GACEN. Sua natureza pro labore faciendo decorre do fato de ser paga pela
realização de serviço em condições distintas. Como já se disse, a GACEN é paga, segundo a letra da lei
que a instituiu, em virtude do servidor da ativa realizar atividades de combate e controle de endemias, em
caráter permanente. Se o ocupante de cargo dos Quadros do Ministério da Saúde ou da FUNASA não
realizar mais tais atividades, não pode continuar recebendo a GACEN. Por isso, não importa que o
pagamento dessa gratificação prescinda de uma avaliação de desempenho. Nem por isso deixa de ser
pro labore faciendo, pois esta natureza decorre do serviço distinto efetivamente realizado, e somente
enquanto efetivamente realizado. As gratificações de desempenho comuns criadas ao longo do tempo,
por não exigirem a realização de serviço distinto para serem pagas, precisam da produtividade
diferenciada do mesmo serviço, para adquirirem natureza pro labore faciendo. 18. Portanto, acolher todas
as consequências de considerar a GACEN uma gratificação pro labore faciendo não significa ir contra
entendimento consolidado pelo STF sobre o caráter geral das gratificações de desempenho, enquanto
estas não tiverem realizadas as avaliações de produtividade. Pelo contrário. Ao reconhecer que a GACEN
tem natureza pro labore faciendo desde o nascedouro, é dever também afirmar que essa gratificação
jamais teve caráter geral, nunca tendo sido devida sua extensão aos inativos/pensionistas com direito à
paridade no mesmo valor pago a servidores da ativa. 19. Aliás, a conclusão é a única de acordo com a
própria jurisprudência do STF, pois este Tribunal, nos mesmos casos, sempre decidiu que, uma vez
consolidada a natureza pro labore faciendo das gratificações de desempenho pela homologação dos
resultados das respectivas avaliações, passaria a ser devido o pagamento diferenciado entre os
servidores da ativa e os inativos/pensionistas com direito à paridade. Como a GACEN sempre teve
332

natureza pro labore faciendo, não tem caráter geral e não deve ser paga aos servidores da ativa e aos
inativos/pensionistas com direito à paridade no mesmo valor. 20. Essa interpretação começa a ter eco no
STJ, como sinaliza a decisão monocrática tomada no REsp 1.599.139/CE, por meio da qual se negou
provimento ao Especial, com a seguinte fundamentação em destaque, que acolhe argumento do Tribunal
do origem: “Assim sendo, não há previsão legal para que o servidor aposentado receba a GACEN na
mesma proporção que o servidor da ativa, mormente porque essa gratificação é devida em razão da
atividade desenvolvida, isto é, tem natureza pro labore faciendo, segundo a legislação regente, verbis (fls.
480). 5. Dessa forma, o acórdão recorrido encontra-se em consonância como entendimento adotado por
esta Corte, de que nos casos em que a gratificação tem caráter pro labore faciendo não é cabível a
extensão aos inativos na mesma proporção dos Servidores em atividade” (STJ, REsp 1.599.139/CE, Rel.

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Min. Napoleão Nunes Maia Filho, DJE de 4/2/2019). 21. Se algum valor a título de GACEN é pago a
inativos/pensionistas, isso se dá apenas por liberalidade do legislador. Como já foi colhido do próprio
julgado da TNU, aqui escrutinado, “vantagens condicionais ou modais, mesmo que auferidas por longo
tempo em razão do preenchimento dos requisitos exigidos para sua percepção, não se

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incorporam ao vencimento, a não ser quando essa integração for determinada por lei”. No caso, a Lei n.
11.784/2008, no seu art. 55, § 3º, prevê a incorporação da GACEN aos proventos de aposentadoria,
distinguindo as situações dos servidores que têm direito, ou não, à paridade. Essa regulamentação deve
ser aplicada estritamente, pois, no contexto de gratificação que ordinariamente não se incorpora ao
vencimento (por ter natureza pro labore faciendo), constitui, como dito, mera liberalidade do legislador. 22.
Assim, ainda que a parte Autora tenha direito à paridade, não é por isso que não faria jus ao recebimento
da GACEN no mesmo valor pago a servidores da ativa. Por isso, não altera esse desfecho o novo
regramento criado pela Lei 13.324/2016. As novas regras, na verdade, confirmam a interpretação até aqui
feita. 23. Destarte, a nova lei faculta ao servidor que tem direito à integralidade e paridade incorporar até
“o valor integral da gratificação”, desde que atendidos certos requisitos (art. 93, III, c/c o art. 92). Dentre
estes, prazo mínimo de recebimento e, portanto, de contribuição sobre a GACEN, para servidores inativos
e pensionistas com direito à integralidade e paridade recebê-la integralmente. Não importa que o tempo
mínimo fixado na lei não alcance o tempo de contribuição para aposentadoria integral. É que o legislador
continua fazendo uma liberalidade, resolvendo a questão da melhor maneira possível, de acordo com o
seu juízo político. O que não se pode é acolher o pedido inicial, tal qual formulado, ainda que seja o caso
de registrar que a parte Autora passou a ter à sua disposição a opção criada pela Lei n. 13.324/2016. 24.
Com a distinção interpretativa apresentada para o caso sob julgamento, considera-se fundamentado o
voto, de acordo com o art. 489, § 1º, inciso VI, do NCPC, ainda que divergente de jurisprudência da TNU
invocada pela parte. Aliás, reportando-se a essa fundamentação, a Coordenação das Turmas Recursais
do DF admitiu incidentes arguidos sobre a matéria nos Recursos Inominados 0039373-96.2016.4.01.3400
0039017-67.2017.4.01.3400, dentre outros, submetendo-os à TNU. Portanto, pelo menos até haver
pronunciamento da TNU em tais incidentes, deve ser mantido o entendimento da TR2/JEF/DF, contrário
ao pleito da parte Autora. 25. Por sinal, em 28/2/2019, a Presidência da TNU admitiu novo PEDILEF para
discutir novamente a possibilidade de extensão, aos servidores inativos, da GACEN (PEDILEF 5006060-
68.2018.4.04.7001/PR, ainda pendente de conclusão). 26. Não provimento do recurso interposto pela
parte Autora. 27. Honorários advocatícios pela parte Recorrente em 10% sobre o valor corrigido da causa
(artigo 55 da Lei n. 9.099/1995), com suspensão do pagamento enquanto a parte credora não demonstrar
que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão da Gratuidade de
Justiça, extinguindo-se a dívida cinco anos após o trânsito em julgado deste Acórdão (artigo 98, § 3º,
NCPC).

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ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por
unanimidade, negar provimento ao recurso. Brasília/DF, 23/10/2019.

Juiz David Wilson de Abreu Pardo 2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF RELATOR 3


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PROCESSO: 0037594-38.2018.4.01.3400 RECORRENTE: STAINE TAVARES DE BARROS E


OUTRO(S) ADVOGADO: DF00018577 - BRUNO AUGUSTO PRENHOLATO RECORRIDO: UNIAO
FEDERAL ADVOGADO: CE00024102 - DIEGO EDUARDO FARIAS CAMBRAIA
EMENTA
CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. AGENTE PENITENCIÁRIO FEDERAL.
JORNADA DE TRABALHO. PLANTÃO DE 24H POR 72H. PAGAMENTO DE HORAS EXTRAS.
IMPOSSIBILIDADE. CARGA HORÁRIA DE TRABALHO NÃO SUPERIOR AOS LIMITES FIXADOS PELA
LEI N. 11.907/2009. NÃO PROVIMENTO DO RECURSO. 1. Trata-se ação na qual a parte Autora,
ocupante do cargo de agente penitenciário federal, objetiva o pagamento de horas extras por labor sob o
regime de 24 horas de trabalho por 72 horas de descanso. 2. A sentença, reconhecendo em parte a

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prejudicial de prescrição, rejeitou o pedido inicial ao fundamento de que “não houve violação à garantia
constitucional da irredutibilidade de vencimentos, uma vez que, por ocasião da vigência da lei nº.
11.907/09, não houve redução do valor nominal dos vencimentos pagos à parte autora, muito menos
decréscimo do valor do salário-hora em razão de eventual aumento da jornada de trabalho, uma vez que
a referida lei promoveu, inclusive, a recomposição de vencimentos em favor da carreira, de modo que
houve a correspondente retribuição remuneratória. Ademais, verifico que os autores, sujeitam-se a uma
escala de 24 (vinte e quatro) horas trabalhadas por 72 (setenta e duas) horas de descanso, num total de
07 (sete) ou 08 (oito) plantões por mês, o que resulta numa jornada de trabalho mensal de no máximo
192 (cento e noventa e duas) horas. Dessa forma, não restou extrapolada a jornada máxima fixada em lei,
de modo que improspera a pretensão de retribuição pecuniária pela Administração”. 3. Razões do recurso
interposto pela parte Autora: a) é servidor público federal da carreira de agente penitenciário federal,
atualmente denominada de Agente Federal de Execução Penal, nos termos da alteração promovida pela
Lei 13.327/2016; b) a atividade desempenhada pelos agentes se espelhava na Lei 8.112/1990 quanto ao
estabelecimento da carga de trabalho mensal que, nos termos do art. 19 da Lei 8.112/1990 estabelecia o
critério de 40 horas semanais ou 160 horas mensais, sendo este o parâmetro estabelecido no sistema
para o desempenho da função criada pela norma originária; c) valendo-se da Lei 11.907/2009,
recentemente, o DEPEN tem cobrado dos agentes federais em questão jornada de trabalho superior ao
estabelecido na Lei 8.112/1990, tendo como fundamento o disposto na própria Lei 11.907/2009, ao
argumento da previsão contida junto ao parágrafo único do artigo 143, nas hipóteses em que o servidor
labora sob o regime de plantão; d) o regime da carga horária atual dos agentes (plantões) é da ordem de
192 horas mensais, ao passo que em outros modelos de atividade, o regime seria de 40 horas semanais
ou o equivalente a 160 horas, sem, no

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entanto, haver a justa contrapartida remuneratória decorrente do aumento significativo de carga horária;
e) a lei 11.907/2009 acresce carga de trabalho, sem, contudo, haver qualquer contraprestação pecuniária;
f) a majoração da jornada de trabalho sem o correspondente acréscimo na remuneração constitui redução
salarial indireta. 4. A União ofereceu resposta escrita ao recurso. 5. A Constituição Federal em seu art. 7º,
inciso XIII prevê duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro
semanais. Além disso, a Lei n. 8.112/1990, invocada pelo Recorrente, estabelece em seu art. 19 a
duração máxima do trabalho semanal de quarenta horas para os servidores. De todo modo, esta última lei
não pode ser aplicada ao caso sob julgamento, tendo em vista que o § 2º do artigo diz que o ali disposto
não se aplica a duração de trabalho estabelecida em leis especiais. 6. Como a parte Autora ocupa o
cargo de Agente Penitenciário Federal, tem sua duração de jornada de trabalho fixada pela Lei
11.907/2009, que no art. 143, parágrafo único, determina: “Nos casos aos quais se aplique o regime de
trabalho por plantões, a jornada de trabalho dos integrantes das Carreiras de Especialista em Assistência
Penitenciária, Técnico de Apoio à Assistência Penitenciária e Agente Penitenciário Federal será de até
192 (cento e noventa e duas) horas mensais”. 7. A jornada máxima de trabalho de 192 horas mensais não
atenta contra o disposto na Constituição Federal, art. 7º, inciso, XIII. Ao dispor o texto constitucional que a
duração máxima do trabalho normal pode ser de até 44 horas semanais, é possível se chegar ao teto de
192 horas de serviço, dentro de um mesmo mês. Acontece que um mês nem sempre se limita a 4
semanas. Quando um mês de 30 dias tem seu dia 1º em uma segunda-feira, sua extensão irá alcançar 4
semanas e mais dois dias úteis da 5ª semana. Em tal hipótese, a jornada de trabalho normal de um
trabalhador pode alcançar 192 horas mensais, pois é o que resulta de 44 horas por semana mais as 16
horas dos dois dias úteis da 5ª semana. 8. Sendo assim, em tese, não há inconstitucionalidade no teor do
art. 143, parágrafo único, da Lei n. 11.907/2009, inclusive porque dispõe apenas que a jornada de
trabalho mensal é de, no máximo, 192 horas, não estabelecendo, portanto, que sempre alcance
necessariamente o patamar aludido. Seria preciso, então, provar que a cada mês de trabalho do servidor
sua jornada normal concretamente ultrapassou o limite estabelecido pela Constituição, para que se
pudesse falar de pagamento de horas extras. Mas não há essa prova no processo. 9. O certo é que,
mesmo que em uma semana o servidor possa ter trabalhado mais de 44 horas, o total de horas
trabalhadas no mês não ultrapassa o limite constitucional fixado, que pode chegar a 192 horas. E a
ultrapassagem das 44 horas de trabalho dentro de uma mesma semana não gera direito a horas extras
porque, como implementado o sistema de trabalho em regime de turnos alternados já tem como
consequência a compensação de horários, sem ultrapassar a carga horária máxima constitucionalmente
334

permitida. Como se sabe, no mesmo dispositivo que limita a duração do trabalho normal em 44 horas
semanais, a Constituição faculta compensação de horários. No caso, o regime realizado concretamente
pela Administração já resulta nessa compensação dentro do próprio mês, não sendo necessária
compensação adicional.

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10. Ademais, o agente penitenciário federal desempenha atividade peculiar que deve ser regida por
normas específicas que buscam harmonizar o interesse do servidor com o interesse público. Por isso foi

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criada a jornada especial de 24 horas de trabalho por 72 horas de descanso, justamente para compensar
o servidor público do desgaste exigido pela jornada contínua de 24 horas, tendo ainda sido instituído,
ainda, o pagamento de gratificação (GDAPEF), como forma de compensar a inexistência do pagamento
de horas extras. Nesse contexto, impertinente a alegação de que haveria violação ao princípio da
isonomia, quando se comparam Agentes que não cumprem regime de plantão com aqueles que o
cumprem. Estes últimos têm tratamento diferenciado em virtude da tarefa distinta a ser executada. A
mesma observação vale para a comparação com os servidores públicos em geral, com carga horária
regida pela Lei 8.112/1990. 11. Assim, “a previsão constitucional de limitação da jornada de trabalho, com
o pagamento adicional para as horas extras, não exclui a possibilidade de a legislação infraconstitucional
estabelecer regime próprio de cumprimento de jornada, em razão da natureza do serviço e das
peculiaridades da função desenvolvida pelo servidor” e, além disso, “a lei específica dos agentes
penitenciários federais não prevê o pagamento de horas extras, sendo certo que naturalmente haverá
meses, por ter quantidade de dias a menos ou saldos de horas dos meses anteriores, que haverá menos
plantões, e existirá mês, com dias a mais ou em decorrência de saldo de horas do mês anteriores, em
que haverá mais plantões, havendo a devida compensação na elaboração da escala nos meses
subsequentes. Evidente que se houver inobservância à disciplina própria (regime de trabalho de turno
ininterrupto, com intervalo espaçado para descanso – atualmente, de 24 por 72 horas – o que pode variar
administrativamente, na conformidade do normativo interno), haverá azo ao pagamento de adicional
extraordinário. Mas, não é isso que aqui se alega ou se prova. 8. Assinale-se que a própria Lei n.
11.907/2009, no art. 126, prevê forma específica de remunerar o desempenho do agente, ao estabelecer
a GDAPEF – Gratificação de Desempenho de Atividade de Agente Penitenciário Federal, pelo que, mais
ainda, diante da peculiaridade do regime de plantão e da natureza da atividade desenvolvida, é
incompatível com o recebimento de horas-extras. Acerca dessa incompatibilidade, a TNU, ao apreciar
pretensão de policial rodoviário federal, "A Gratificação por Operações Especiais e a Gratificação de
Atividade Policial Rodoviário Federal, instituídas para remunerar a integral e exclusiva dedicação das
atividades do cargo, não são passíveis de cumulação com o pagamento de horas extraordinárias, de
forma os policiais rodoviários federais são sujeitos a eventuais sobrejornadas motivadas pelo exercício de
suas funções, sem acréscimo de remuneração (PEDILEF 05026426820074058308, rel. Juiz Federal
Janilson Bezerra de Siqueira, DJ 31/08/2012)” (Primeira Turma Recursal/DF, Rel. Carlos Wagner Dias
Ferreira, Creta - 21/06/2017 - Página N/I). 12. Precedente da TR2/JEF/DF em igual sentido: Recurso
0047185-34.2012.4.01.3400, Relator Juiz Federal David Wilson de Abreu Pardo, Sessão de 23/8/2017.
13. Não provimento do recurso interposto pela parte Autora. 14. Honorários advocatícios pela parte
Recorrente em 10% sobre o valor corrigido da causa (art. 55 da Lei n. 9.099/1995).

Turma Recursal
BA94B79C601FFBF8B20C4123490941AC

ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por
unanimidade, negar provimento ao recurso. Brasília/DF, 23/10/2019.

Juiz David Wilson de Abreu Pardo 2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF RELATOR 3

PROCESSO: 0001125-56.2019.4.01.3400 RECORRENTE: UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)


ADVOGADO: - MAURO HENRIQUE PEREIRA DOS SANTOS RECORRIDO: ZAEL LOPES BATALHA
ADVOGADO: DF00055573 - MYLENE QUITÉRIA CALDAS E OUTRO(S)

EMENTA
TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. CPSS. PRECATÓRIO/RPV.
CRÉDITOS RELATIVOS AOS PERÍODOS DE NOVEMBRO DE 1989 A DEZEMBRO DE 1990.
SERVIDOR ATIVO/INATIVO. REGIME DE COMPETÊNCIA. NÃO PROVIMENTO DO RECURSO. 1. A
sentença acolheu o pedido inicial para “[...] declarar que a contribuição previdenciária, no processo judicial
destacado na petição inicial, deve observar o regime de competência, de forma que incida a alíquota
335

conforme a legislação vigente à época em que as diferenças deveriam ter sido pagas ao servidor. Ainda,
declaro que não deve haver incidência de contribuição para o PSS sobre os juros de mora. Condeno a ré,
portanto, a restituir à parte autora eventual valor excedente de PSS recolhido nos citados processos,
corrigidos exclusivamente pela Taxa SELIC a teor da Lei nº 9.250/95, que afasta a correção monetária e
os juros, desde os recolhimentos indevidos (Precedente: STJ, Resp 1.111.175/SP)”. 2. Razões do recurso
interposto pela União: a) nulidade da sentença por julgamento extra petita, na medida em que acabou por
decidir matéria não requerida na inicial; b) manifesta a ausência de interesse no prosseguimento do feito
quanto à incidência da contribuição previdenciária do servidor público sobre a parcela referente aos juros
de mora, haja vista tratar-se de tema acerca do qual a União possui dispensa de apresentar contestação
e recurso; c) quanto à incidência de contribuição previdenciária sobre precatórios/RPV, informa que desde

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
1993, os servidores ativos contribuem para o RPPS, sendo que os servidores inativos somente passaram
a contribuir a partir de 2004, com a edição da Lei 10.887/04, que regulamentou a Emenda Constitucional
n. 41/2003. Desse modo, para que a parte autora faça jus a restituição pleiteada, os valores recebidos,
além de se referirem a período anterior a vigência da Lei 10.887/04, devem ser relativos a pensão ou
aposentadoria. Caso contrário, deverá incidir a contribuição, em razão do disposto na Emenda
Constitucional nº 03/1993, que determinou a contribuição dos servidores ativos. Assim, não haveria de
prosperar a presente demanda, uma vez que a parte autora não comprovou que os valores recebidos se
referem à aposentadoria ou pensão; d) inaplicabilidade do regime de competência. 3. A parte Autora não
ofereceu resposta escrita ao recurso. 4. Preliminarmente, importa salientar a impropriedade das razões
recursais utilizadas pela União, notadamente quanto à nulidade da sentença por julgamento extra petita.
O dispositivo da sentença não afasta a incidência de contribuição previdenciária sobre valores recebidos
a título de precatório/RPV, como outrora sustenta pela parte

Turma Recursal
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Recorrente. Limita-se, o juízo a quo, a julgar procedente o pedido da parte Autora para declarar, verbis:
“[...] a contribuição previdenciária, no processo judicial destacado na petição inicial, deve observar o
regime de competência, de forma que incida a alíquota conforme a legislação vigente à época em que as
diferenças deveriam ter sido pagas ao servidor. Ainda, declaro que não deve haver incidência de
contribuição para o PSS sobre os juros de mora. Condeno a ré, portanto, a restituir à parte autora
eventual valor excedente de PSS recolhido nos citados processos, corrigidos exclusivamente pela Taxa
SELIC a teor da Lei nº 9.250/95, que afasta a correção monetária e os juros, desde os recolhimentos
indevidos”. Assim, não se sustenta, nesse ponto, a impugnação da parte Recorrente. 5. Não há, aliás, que
se falar em prescrição quinquenal, pois não se passaram cinco anos entre o levantamento do valor
requisitado pela via do precatório, em 11/12/2015 (cf. EPROC DECLARAÇÃO EXRETRATO E
PORTARIA, registrada em 11/01/2019), e o ajuizamento da ação, datado em 11/01/2019. 6. No mérito,
deve ser mantida a sentença em que determinou a inexigibilidade de contribuição para o PSS sobre os
juros de mora, assim como a aplicação do regime de competência. Vejamos. 7. É de se dizer que “a
retenção do PSS sobre o principal deve observar as tabelas e alíquotas vigentes à época em que
deveriam ter sido pagos (regime de competência). Precedentes deste TRF1” (AC 0011973-
54.2010.4.01.4100/RO, Rel. Des. Fed. Novély Vilanova, Oitava Turma, e-DJF1 p.807 de 05/09/2014). 8.
Cuidando a espécie de créditos relativos às competências de novembro de 1989 a dezembro de 1990 (cf.
EPROC 4 PLAN DE CALCULO DOCUMENTOS, registrada em 11/01/2019, p. 3/3), ainda não se
encontrava vigente a incidência da alíquota de 11% da contribuição ao PSS, fixada pela Lei nº
10.887/2004. 9. Embora a retenção de valores devidos a título de contribuição ao Plano de Seguridade
Social decorra de imposição legal, sendo devida a dedução no momento do recebimento dos valores por
meio de precatório/RPV, deve-se observar o regime de competência, vez que o Superior Tribunal de
Justiça tem o entendimento de que a incidência de tributos sobre as verbas devidas a servidores públicos
deve observar a legislação tributária vigente à época em que os pagamentos deveriam ter sido efetuados.
STJ, AgRg no Ag 766.896/SC, 1.ªTurma, Rel. Ministro JOSÉ DELGADO, DJ de 19/03/2007; STJ, AgRg
no REsp 1224230, Rel. Min. BENEDITO GONÇALVES, DJe 01/03/2012; STJ, AgRg no REsp
1168539/RS, Rel. Min. LAURITA VAZ, DJe 08/11/2011. 10. Assim, deve ser aplicada a lei vigente à época
em que a verba deveria ter sido recebida, inclusive quanto à situação de (in)atividade da pessoa. Nesse
sentido, o entendimento da TNU: “PEDIDO NACIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA.
CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. PSS. INCIDÊNCIA SOBRE APOSENTADORIAS E PENSÕES.
LIMITE DE INCIDÊNCIA: O TETO DO RGPS. AGRAVAMENTO DA SITUAÇÃO DO RECORRENTE, EM
CASO DE PROVIMENTO. INCIDENTE CONHECIDO E IMPROVIDO. (…)5. Assim, nos casos em que se
refere ao período anterior à edição da Emenda Constitucional nº 41/2003,

Turma Recursal
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não são devidos os descontos em referência, porquanto o fato gerador da obrigação previdenciária
guarda correspondência com a época em que a verba era devida, razão pela qual não se pode admitir a
exação sobre valores que deveriam ter sido pagos em período anterior à taxação dos inativos e
pensionistas. 6. Quanto ao período posterior à edição da EC nº 41/03, mesmo tendo o fato gerador do
336

tributo ocorrido em momento no qual era possível a sua incidência, o desconto deve obedecer ao
requisito expresso no art. 5º da Lei 10.887/2004, ou seja, somente poderá incidir o PSS sobre os valores
que ultrapassarem o teto estabelecido pelo RGPS.(...)” (TNU, PEDILEF 05028736620144058400, DJ
13/10/2015). 11. Assim, correta a sentença em determinar observância ao regime de competência e
afastar a incidência da CPSS sobre os juros moratórios, já que ela não incide sobre os juros de mora
pagos em execução de sentença judicial, ainda que esta inclua diferenças de natureza exclusivamente
salarial (REsp 1.239.203/PR, representativo da controvérsia, rel. Min. Mauro Campbell Marques, 1ª
Seção/STJ em 12.12.2012). No mesmo sentido, (AG 0064653-60.2011.4.01.0000/MG, Rel. Des. Fed.
Gilda Sigmaringa Seixas, Primeira Turma, e-DJF1 de 23/11/2017). 12. Este acórdão abordou os
argumentos levantados pelas partes, significando que também foram considerados os elementos

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suscitados para fins de prequestionamento. 13. Não provimento do recurso interposto pela União. 14.
Sem condenação em honorários advocatícios. A instância revisora somente pode dispor sobre
honorários, "levando em conta o trabalho adicional realizado em grau recursal" (art. 85, § 11, NCPC). Não
havendo trabalho em grau recursal pela parte Recorrida, não há como condenar a parte Recorrente em
honorários advocatícios. Vencido, no ponto, o Juiz Federal João Carlos Mayres Soares, que condenou a
parte Recorrente vencida em honorários, no patamar de 10% sobre o valor da causa. Isso porque
entende que a disposição legal se aplica apenas aos casos de majoração dos honorários, devendo haver
cominação originária destes em grau recursal, quando cabíveis, conforme entendimento do STJ.
ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por
unanimidade, negar provimento ao recurso. Brasília/DF, 23/10/2019.

Juiz David Wilson de Abreu Pardo

Turma Recursal
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2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF RELATOR 3

PROCESSO: 0002817-90.2019.4.01.3400 RECORRENTE: UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)


ADVOGADO: - CELIA FERREIRA TAVARES DE LYRA RECORRIDO: ANTONIA MARIA MENDES DE
VASCONCELOS ADVOGADO: DF00315416 - MAURO LEMOS ADVOCACIASOCIEDADE INDIVIDUAL
DA ADVOCACIA
EMENTA
TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. CPSS. PRECATÓRIO/RPV.
CRÉDITOS RELATIVOS AOS PERÍODOS DE NOVEMBRO DE 1989 A DEZEMBRO DE 1990 E DE
OUTUBRO DE 1995 A SETEMBRO DE 2005. GOE. SERVIDOR ATIVO/INATIVO. REGIME DE
COMPETÊNCIA. NÃO PROVIMENTO DO RECURSO. 1. A sentença acolheu parcialmente o pedido
inicial para “[...] declarar a inexistência de relação jurídico/tributária que obrigue a parte autora ao
pagamento de contribuição previdenciária para o regime próprio de previdência social (PSS) retido por
ocasião do pagamento do precatório/RPV sobre o valor principal e a correção monetária de vantagem
remuneratória e/ou diferenças salariais de servidor público exclusivamente da seguinte forma: 1) é
ilegítima a incidência de PSS sobre as competências mensais até 30/04/1999; 2) a partir de 1º/05/1999 é
válida a incidência de PSS sobre as competências mensais somente para os servidores ativos,
continuando ilegítima a incidência de PSS para os aposentados e pensionistas até 19/05/2004; 3) a partir
de 20/05/2004 é válida a incidência de PSS sobre as competências mensais tanto para os servidores
ativos como para aposentados e pensionistas; e declarar a inexistência de relação jurídico/tributária que
obrigue a parte autora ao pagamento de contribuição previdenciária para o regime próprio de previdência
social (PSS) retido por ocasião do pagamento do precatório/RPV sobre os juros de mora de vantagem
remuneratória e/ou diferenças salariais de servidor público”. 2. Em face da referida decisão, a parte
Autora opôs Embargos Declaratórios para suprir eventual omissão quanto ao limite da alíquota a ser
cobrada a título de precatório (GOE). Ressaltou, por outro lado, que, no tocante à URV/3,17%, o direito a
verba ocorreu no interstício de outubro de 1995 a setembro de 2005, época em que o embargante não
descontava para a previdência, vez que já se encontrava aposentado. Assim, deveriam ser devolvidos
todos os valores descontados a título de previdência. 3. O Juízo a quo acolheu a manifestação da parte
Embargante e, diante da ocorrência de vícios/erros materiais, anulou a sentença anteriormente registrada.
4. Consignou-se, para tanto: “[...] julgo parcialmente procedente os pedidos formulados, nos termos do
art. 487, I do CPC, para: a) declarar a inexistência de relação jurídico/tributária que obrigue a parte autora
ao pagamento de contribuição previdenciária para o regime próprio de previdência social (PSS) retido por
ocasião do pagamento do precatório/RPV sobre o valor principal e a correção monetária de vantagem
remuneratória e/ou diferenças salariais de servidor público que superem o

Turma Recursal
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PSS que seria devido à luz da lei de regência à época, ou seja, a tributação pelo PSS deve seguir o
regime de competência, segundo a fundamentação desta sentença; b) declarar a inexistência de relação
jurídico/tributária que obrigue a parte autora ao pagamento de contribuição previdenciária para o regime
próprio de previdência social (PSS) retido por ocasião do pagamento do precatório/RPV sobre os juros de
mora de vantagem remuneratória e/ou diferenças salariais de servidor público”. 5. Razões do recurso
interposto pela União: a) nulidade da sentença por julgamento extra petita, na medida em que acabou por
decidir matéria não requerida na inicia (a parte Autora não teria requerido a aplicação do regime de
competência); b) na eventual hipótese de devolução de valores, haveria que se reconhecer a prescrição
das parcelas anteriores ao quinquênio que precede o ajuizamento da presente ação, com fulcro no
entendimento consolidado pelo STF; c) a retenção na fonte da contribuição do PSS, incidente sobre

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valores pagos em cumprimento de decisão judicial, constitui uma obrigação ex lege, de forma que
independe de autorização prevista no título judicial; d) inaplicabilidade do regime de competência, ante a
violação de norma cogente que determina, expressamente, a incidência da contribuição sobre o montante
recebido, no momento do recebimento. 6. A parte Autora ofereceu resposta escrita ao recurso. 7.
Preliminarmente, importa salientar a impropriedade das razões recursais utilizadas pela União,
notadamente quanto à nulidade da sentença por julgamento extra petita. A inicial (p. 6/10) impugna
expressamente o modo de cálculo das referidas verbas, consignando a necessidade de o calculo ser
realizado de acordo com as tabelas e alíquotas vigente à época em que os valores deveriam ter sido
adimplidos. Assim, não se sustenta, nesse ponto, a impugnação da parte Recorrente. 8. Não há, aliás,
que se falar em prescrição quinquenal, pois não se passaram cinco anos entre o levantamento dos
valores requisitados pela via do precatório, em 11/11/2016 e 29/11/2016 (cf. PETIÇÃO RECEBIDA –
EPROC BANCARIO GOE e cf. PETIÇÃO RECEBIDA – EPROC BANCARIO 3,17) e o ajuizamento da
ação, em 29/01/2019. 9. No mérito, deve ser mantida a sentença em que determinou a inexigibilidade de
contribuição para o PSS sobre os juros de mora, assim como a aplicação do regime de competência. É
dizer, a retenção do PSS sobre o principal deve observar as tabelas e alíquotas vigentes à época em que
deveriam ter sido pagos (regime de competência). Precedentes deste TRF1” (AC 0011973-
54.2010.4.01.4100/RO, Rel. Des. Fed. Novély Vilanova, Oitava Turma, e-DJF1 p.807 de 05/09/2014). 10.
Cuidando de créditos relativos às competências de novembro de 1989 a dezembro de 1990 (cf. PETIÇÃO
RECEBIDA – EPROC PLANILHA GOE, registrada em 29/01/2019), ainda não se encontrava vigente a
incidência da alíquota de 11% da contribuição ao PSS, fixada pela Lei nº 10.887/2004. 11. Embora a
retenção de valores devidos a título de contribuição ao Plano de Seguridade Social decorra de imposição
legal, sendo devida a dedução no momento do recebimento dos valores por meio de precatório/RPV,
deve-se observar o regime de competência, vez que o STJ tem o entendimento de que a incidência de
tributos sobre as verbas devidas a servidores públicos deve observar a legislação tributária vigente à

Turma Recursal
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época em que os pagamentos deveriam ter sido efetuados. STJ, AgRg no Ag 766.896/SC, 1.ªTurma, Rel.
Ministro JOSÉ DELGADO, DJ de 19/03/2007; STJ, AgRg no REsp 1224230, Rel. Min. BENEDITO
GONÇALVES, DJe 01/03/2012; STJ, AgRg no REsp 1168539/RS, Rel. Min. LAURITA VAZ, DJe
08/11/2011. 12. Deve ser aplicada a lei vigente à época em que a verba deveria ter sido recebida,
inclusive quanto à situação de (in)atividade da pessoa. Nesse sentido, o entendimento da TNU: “PEDIDO
NACIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. PSS.
INCIDÊNCIA SOBRE APOSENTADORIAS E PENSÕES. LIMITE DE INCIDÊNCIA: O TETO DO RGPS.
AGRAVAMENTO DA SITUAÇÃO DO RECORRENTE, EM CASO DE PROVIMENTO. INCIDENTE
CONHECIDO E IMPROVIDO. (…)5. Assim, nos casos em que se refere ao período anterior à edição da
Emenda Constitucional nº 41/2003, não são devidos os descontos em referência, porquanto o fato
gerador da obrigação previdenciária guarda correspondência com a época em que a verba era devida,
razão pela qual não se pode admitir a exação sobre valores que deveriam ter sido pagos em período
anterior à taxação dos inativos e pensionistas. 6. Quanto ao período posterior à edição da EC nº 41/03,
mesmo tendo o fato gerador do tributo ocorrido em momento no qual era possível a sua incidência, o
desconto deve obedecer ao requisito expresso no art. 5º da Lei 10.887/2004, ou seja, somente poderá
incidir o PSS sobre os valores que ultrapassarem o teto estabelecido pelo RGPS.(...)” (TNU, PEDILEF
05028736620144058400, DJ 13/10/2015). 13. Assim, correta a sentença em determinar observância ao
regime de competência e afastar a incidência da CPSS sobre os juros moratórios, já que ela não incide
sobre os juros de mora pagos em execução de sentença judicial, ainda que esta inclua diferenças de
natureza exclusivamente salarial (REsp 1.239.203/PR, representativo da controvérsia, rel. Min. Mauro
Campbell Marques, 1ª Seção/STJ em 12.12.2012). No mesmo sentido, (AG 0064653-
60.2011.4.01.0000/MG, Rel. Des. Fed. Gilda Sigmaringa Seixas, Primeira Turma, e-DJF1 de 23/11/2017).
14. De igual modo se reconhece quanto à retenção do PSS sobre o reajuste de 3,17%. Cuidando a
espécie de créditos relativos às competências de outubro de 1995 a setembro de 2005 (cf. PETIÇÃO
RECEBIDA – EPROC PLANILHA 3,17), ainda não se encontrava vigente a obrigatoriedade da incidência
da alíquota de 11% da contribuição ao PSS, fixada no art. 16-A da Lei nº 10.887/2004. 15. Seja como for,
fica ressalvada a aplicabilidade do art. 6º da Lei n. 10.887/2004, em consonância com o art. 4º, II, da EC
nº 41/2003, no sentido de que somente poderá incidir o PSS sobre os valores que superarem 60% do
limite máximo do RGPS, quando se tratar de benefício de aposentadoria ou pensão anterior à data de
338

publicação da emenda (TNU PEDILEF 05028736620144058400, data da publicação em 13.10.2015). 16.


Este acórdão abordou os argumentos levantados pelas partes, significando que também foram
considerados os elementos suscitados para fins de prequestionamento. 17. Não provimento do recurso
interposto pela União. 18. Honorários advocatícios pela parte Recorrente em 10% sobre o valor da
condenação (art. 55, caput, da Lei n. 9.099/95).

Turma Recursal
714A4DDB22E68476A010ED9966329C5C
ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
unanimidade, negar provimento ao recurso. Brasília/DF, 23/10/2019.

Juiz David Wilson de Abreu Pardo 2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF RELATOR 3

PROCESSO: 0009676-25.2019.4.01.3400 RECORRENTE: UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)


ADVOGADO: - CELIA FERREIRA TAVARES DE LYRA RECORRIDO: LILIAN MARINA TAVARES
HODGSON ADVOGADO: DF00029438 - HUMBERTO VINICIUS NICOLI ARGUELLO
EMENTA

TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL. IMPOSTO DE RENDA. AUXÍLIO-CRECHE E/OU PRÉ-ESCOLAR.


NATUREZA INDENIZATÓRIA. INCIDÊNCIA INDEVIDA. ENTENDIMENTO DO STJ E DA TNU.
COMPROVAÇÃO DE DESPESAS. DESNECESSIDADE. NÃO PROVIMENTO DO RECURSO. 1. A
sentença, pronunciando a prescrição quinquenal, acolheu o pedido e declarou a inexistência de relação
jurídica que obrigue a parte Autora a recolher o imposto de renda relativamente à parcela denominada
auxílio pré-escolar e condenou a União a restituir os valores das quantias indevidamente recolhidas a tal a
título. 2. Razões do recurso interposto pela União: a) a dispensa de contestação e recurso está
objetivamente delimitada aos processos judiciais em que estiverem efetivamente comprovadas as
despesas realizadas a título de auxílio-creche; b) ausência da necessária comprovação da realização de
despesas com creche ou pré-escola em favor de filhos até cinco anos de idade; c) os documentos
juntados aos autos indicam que a parte Autora efetivamente recebeu valores a título de auxílio-creche.
Todavia, a parte Autora não provou a utilização desses recursos para o efetivo custeio de creche ou
educação préescolar, o que deveria ter sido feito mediante a exibição dos correspondentes recibos; d)
apenas nos casos em que a parte autora comprovar que os valores recebidos a título de auxílio-creche,
no período de 0 a 05 anos de idade da criança, foram utilizados naquilo a que se destinavam, a verba
será considerada indenizatória não passível de incidência de imposto de renda. 3. A parte Autora
ofereceu resposta escrita ao recurso. 4. O auxílio-creche, e as verbas de mesma natureza, como o auxílio
pré-escolar, por exemplo, constitui benefício previsto expressamente no art. 54, IV, da Lei n. 8.069/1990 e
tem, por objetivo, indenizar os servidores públicos pela inexistência de local apropriado para as crianças
de zero a seis anos de idade enquanto os pais trabalham. Cuida-se de aplicação dos dispositivos
constitucionais que mandam dar proteção especial à infância (art. 6º, caput; 24, inciso XV; 203, inciso I; e
227). 5. O STJ tem entendimento consolidado sobre o tema. Dentre outros, confira-se: "a percepção de
auxilio pré-escolar (ou auxílio-creche) não se ajusta à hipótese de incidência tributária do imposto de
renda consistente na obtenção de acréscimo patrimonial decorrente da aquisição de disponibilidade
econômica ou jurídica de renda ou proventos de qualquer natureza (CTN, art. 43). Precedente: REsp
1.019.017/PI, Rel.

Turma Recursal
B4E5E4D15F632B360FBD0830398A9D85
Ministro Teori Albino Zavascki, Primeira Turma, DJe 29/4/2009. O auxílio pré-escolar, longe de
incrementar o patrimônio de quem o recebe, refere-se à compensação (reembolso) efetuada pelo
empregador com vistas a efetivar um direito que já se encontrava na esfera patrimonial do trabalhador,
qual seja, o direito à assistência em creches e pré-escolas (CF, art. 7º, XXV)" (REsp 1.416.409/PB, Rel.
Ministro OG FERNANDES, SEGUNDA TURMA, julgado em 5/3/2015, DJe 12/3/2015). 6. Assim, tendo
natureza indenizatória, o auxílio-creche não é rendimento tributável, já que não se subsume no disposto
em quaisquer dos incisos do art. 43 do CTN, razão pela qual a exigência tributária não poderia ser
lançada contra os trabalhadores públicos. Alias, assim relatou a Juíza Federal Vanessa Vieira de Mello,
no PEDILEF 2008.70.50.025460-7, da TNU: “(...) nos termos do artigo 43 do Código Tributário Nacional, o
imposto de renda tem como fato gerador o 'acréscimo patrimonial', assim entendido o acréscimo ao
patrimônio material do contribuinte, o quê (...) não se encaixa na definição do auxílio-creche, que constitui
simples reembolso de despesas efetuadas pelos servidores (...)”. 7. Outrossim, a destinação dada ao
valor recebido a título de auxílio pré-escolar não desnatura seu caráter indenizatório. Não há exigência
legal de comprovação dos gastos para o seu efetivo pagamento. No mais, as certidões de nascimento
demonstram que a parte Autora possui um filho nascido em 14/04/2015 (PETIÇÃO RECEBIDA – EPROC
339

CERTIDÃO DE NASCIMENTO FILHO MENOR) e uma filha nascida em 12/12/2011 (PETIÇÃO


RECEBIDA – EPROC CERTIDÃO DE NASCIMENTO FILHA MENOR), de forma que a parte Autora faz
jus ao recebimento do auxílio-creche. 8. Não provimento do recurso interposto pela parte Ré. 9.
Honorários advocatícios pela parte Recorrente em 10% sobre o valor da condenação (art. 55, caput, da
Lei n. 9.099/95). ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do
Distrito Federal, por unanimidade, negar provimento ao recurso. Brasília/DF, 23/10/2019.

Juiz David Wilson de Abreu Pardo 2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF RELATOR 3

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
PROCESSO: 0046884-14.2017.4.01.3400 RECORRENTE: JOSE EDNILSON SILVEIRA ADVOGADO:
DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO RECORRIDO: UNIAO FEDERAL ADVOGADO: - LETICIA
MACHADO SALGADO
EMENTA
CONSTITUCIONAL, ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL. GRATIFICAÇÃO DE DESEMPENHO.
APOSENTADORIA. INCORPORAÇÃO TOTAL AOS PROVENTOS. IMPOSSIBILIDADE. NATUREZA
PRO LABORE FACIENDO. PRECEDENTES VINCULANTES DO STF. NÃO CABIMENTO NO JEF DA
PERÍCIA TÉCNICA SUGERIDA EM SEDE RECURSAL. COMPLEXIDADE DA MATÉRIA (E, ASSIM, DA
PROVA) RECONHECIDA PELA PRÓPRIA PARTE AUTORA/RECORRENTE. NÃO PROVIMENTO DO
RECURSO. 1. A sentença rejeitou o pedido da parte Autora de incorporação da gratificação GDM-PST,
na mesma pontuação da gratificação anterior GDPST, em 100 pontos, sob o fundamento de
impossibilidade da extensão paritária entre servidores ativo e inativos de vantagens propter laborem. 2.
Razões do recurso interposto pela parte Autora: a) deveria estar recebendo a mesma pontuação da
GDPST (antecessora da GDM-PST atribuída aos servidores ativos desde julho/2011, retroativamente a
novembro de 2010, quando teve início o pagamento de 100 pontos aos servidores da carreira da
Previdência Saúde e Trabalho; b) a GDM-PST faz parte da remuneração fixa da parte autora e cuja
totalidade é irredutível, conforme Estatuto do Servidor e Constituição Federal. d) “a questão central é a
demonstração de que a GDPST, antecessora da GDM-PST foi paga no Ministério da Saúde,
INDISTINTAMENTE, a todos servidores ativos, em regra com a mesma pontuação, 100 PONTOS, desde
NOV/2010”; d) dado o caráter genérico dessa gratificação requer a incorporação dos 100 pontos e,
alternativamente, “diante da complexidade da matéria, requer-se a realização de perícia técnica, por
perito credenciado junto ao TRF1, apta a instruir o processo na determinação da natureza jurídica da
GDM-PST paga aos servidores do Ministério da Saúde, desde MAR/2008, se como Vantagem Pecuniária
Permanente, GENÉRICA, ou Vantagem pro labore faciendo”. 3. A União ofereceu resposta escrita ao
recurso suscitando as preliminares de impugnação do valor atribuído à causa e de ausência dos
requisitos necessários à concessão do benefício da justiça gratuita; a prejudicial de prescrição e no,
mérito, requer seja julgado improcedente o pedido. Eventualmente, pede que o direito à incorporação seja
reconhecido a contar do ajuizamento da ação, considerando a ausência do termo de opção; que se
estabeleça qual a média que deva ser calculado os pontos para fins de incorporação e que sejam
observados os termos dos arts. 88 e 89 da Lei 13.324/2016. 4. Rejeita-se a preliminar de impugnação ao
valor da causa arguida pela União, vez que

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deveria ter apresentado o valor que entende devido como proveito econômico na demanda e não apenas
arguir de forma genérica a incompatibilidade do valor atribuído. 5. Rejeita-se a preliminar de impugnação
à assistência judiciária, como levantada, pois feita sem contraprova dos elementos que levaram o Juízo
originário a conceder o benefício. O novo CPC estabelece que "Presume-se verdadeira a alegação de
insuficiência deduzida exclusivamente por pessoa natural" (art. 99, § 3º, do NCPC). Assim, tendo o Juízo
a quo verificado a presença dos requisitos para a concessão do benefício, apenas através de contraprova
suficiente sobre a situação específica poderia ser indeferido o pedido. 6. Rejeita-se a prejudicial de
prescrição suscitada pela União, vez que não ocorreu a prescrição do fundo de direito, mas apenas das
parcelas que antecederam aos cinco anos a contar da data da propositura da ação. 7. O pedido da parte
Autora é realmente distinto daqueles recorrentemente julgados pelos JEFs e pelas TRs do Distrito Federal
ao longo do tempo. Neste caso, cuida-se de aferir se a Gratificação de Desempenho referida no processo
não deixou de efetivamente ser genérica, mesmo depois de formalmente iniciados os ciclos de avaliação
pela Administração, pois, ainda que iniciados tais ciclos, não correspondem aos requisitos estabelecidos
pela lei para tornar a Gratificação uma parcela pro labore faciendo. Segundo as razões de recurso, tendo
a parte Autora recebido invariavelmente o patamar máximo da Gratificação durante o seu período de
atividade, na passagem para a inatividade haveria de permanecer o mesmo valor máximo, em virtude da
paridade e da integralidade. 8. Como se sabe, Gratificações de Desempenho são parcelas autônomas
pagas de maneira destacada e não cumulativa, em função do desempenho individual do servidor e, ainda,
do alcance de metas de desempenho institucional do respectivo órgão e da entidade de lotação. Não
servem de base de cálculo para quaisquer outros benefícios, ou parcelas remuneratórias ou vantagens, e
340

costumam ter previsão legal para o seu reajuste na mesma proporção da revisão geral da remuneração
dos servidores públicos federais. 9. Porém, em relação ao termo inicial para pagamento diferenciado, o
STF decidiu em sede de repercussão geral no RE 662406: “O termo inicial do pagamento diferenciado
das gratificações de desempenho entre servidores ativos e inativos é o da data da homologação do
resultado das avaliações, após a conclusão do primeiro ciclo de avaliações, não podendo a Administração
retroagir os efeitos financeiros a data anterior”. (RE 662406, Relator Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal
Pleno, julgado em 11/12/2014, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-031 DIVULG 13-02-2015 PUBLIC 1802-
2015). 10. A regra foi novamente reafirmada pelo STF, com importante acréscimo, para todas as
Gratificações de Desempenho, ao julgar o Tema 983, cujo Processo Paradigma foi o ARE 1.052.570, com
a publicação do acórdão no DJE de 6.3.2018 e trânsito em julgado em 16/5/2018. No julgado, as Teses

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Firmadas foram as seguintes, verbis: "I - O termo inicial do pagamento diferenciado das gratificações de
desempenho entre servidores ativos e inativos é o da data da homologação do resultado das avaliações,
após a conclusão do primeiro ciclo; II - A redução, após a homologação do resultado das

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avaliações, do valor da gratificação de desempenho paga aos inativos e pensionistas não configura
ofensa ao princípio da irredutibilidade de vencimentos". 11. Nas Gratificações de Desempenho criadas ao
longo do tempo, os trabalhos ou serviços que ensejam o recebimento podem ser e até são os mesmos
que os servidores beneficiados já exerciam e continuam exercendo. O que muda é o desempenho e a
produtividade. Sendo mais elevados, nos mesmos serviços e/ou trabalhos normalmente realizados, há
aumento no valor da Gratificação de Desempenho. Assim, quando a Administração passou a pagar a
título de Gratificação de Desempenho valores indistintos e independentes de qualquer avaliação, a todos
os servidores da ativa, deixou a gratificação de ser pro labore faciendo, ostentando caráter geral e
alcançando servidores inativos e/ou pensionistas com o direito à paridade. Todavia, não sendo pagas em
virtude de trabalhos anormais, a natureza pro labore faciendo das diversas Gratificações de Desempenho
se mantém apenas enquanto pagas em virtude de avaliações periódicas de produtividade. 12. Regra
geral, portanto, de acordo com o entendimento do STF, é legítimo o pagamento diferenciado das
Gratificações de Desempenho, a menor para os servidores inativos, depois da homologação do resultado
das avaliações. 13. E é acertada a posição do STF. Como já bem pontuou a TNU, “vantagens
condicionais ou modais, mesmo que auferidas por longo tempo em razão do preenchimento dos
requisitos exigidos para sua percepção, não se incorporam ao vencimento, a não ser quando essa
integração for determinada por lei. (É que as vantagens condicionais ou modais) são vantagens pelo
trabalho que está sendo feito (pro labore faciendo) ou, por outras palavras, são adicionais de função (ex
facto officii), ou são gratificações de serviço (propter laborem), ou, finalmente, são gratificações em razão
de condições pessoais do servidor (propter personam). Daí por que, quando cessa o trabalho, ou quando
desaparece o fato ou a situação que lhes dá causa, deve cessar o pagamento de tais vantagens, sejam
elas adicionais de função, gratificações de serviço ou gratificação em razão das condições pessoais do
servidor” (TNU, PEDILEF 05033027020134058302, Juiz Federal Ronaldo José da Silva, DOU de
05/02/2016). 14. Nesse contexto, não é verdade que a gratificação de desempenho constitui, na prática,
simples vantagem inerente ao cargo, integrando a estrutura remuneratória da Carreira e maneira ardilosa
de o Poder Público conceder um reajuste setorial por vias transversas. Segundo as definições do §
precedente, uma vantagem pro labore faciendo pode ser na modalidade propter laborem, quer dizer, em
razão de serviço. Se a gratificação estivesse sendo paga apenas porque se estava ocupando certo cargo,
então teria razão a parte Autora/Recorrente. Todavia, como é paga em virtude da "quantidade" e da
"qualidade" do serviço efetivamente (institucionalmente e pessoalmente) desenvolvido pelo(a) servidor(a),
então a sua natureza pro labore faciendo surge e se destaca juridicamente, tornando-se inegável. 15. Por
outro lado, não há prova de que pagamentos da gratificação estão sendo feitos na pontuação máxima
para os servidores ativos, mediante avaliação por "ficção jurídica", caracterizando um aumento disfarçado
de remuneração. Ainda que

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eventualmente servidores possam estar sendo avaliados com pontuação máxima, isso não implica que
todos estejam sendo. Aliás, mesmo que vários servidores ativos estivessem sendo avaliados com a
pontuação máxima, isso decorreria dos critérios de avaliação já estabelecidos e executados, ou seja,
decorreria da realização dos ciclos de avaliação feitos com os servidores atualmente em atividade. Ou
seja, resultados são obtidos com base no desempenho dos servidores em atividade. Mesmo a parcela
institucional, depois de realizada a avaliação, leva em conta a produtividade do conjunto daqueles que
estão na ativa, não podendo ser estendida aos que já se encontravam inativos e que, por essa situação,
não contribuíram para o desempenho institucional. 16. É dizer, a circunstância de a parte
Autora/Recorrente ter recebido, segundo argumenta, sempre o mesmo patamar máximo da Gratificação,
durante período de atividade, não retira o caráter pro labore faciendo. Se assim recebia, isso se dava
como resultado dos processos de avaliação individual e institucional, nos termos da lei. Ou seja,
felizmente, para a parte Autora, seus resultados avaliativos devem ter sido sempre amplamente
341

favoráveis, levando ao pagamento no patamar máximo, mesmo depois de a Gratificação passar a ter
natureza pro labore faciendo. Mas essa circunstância não desfaz tal natureza nem outorga à gratificação
de desempenho um caráter genérico a implicar incorporação automática do patamar máximo aos
proventos de aposentadoria do servidor beneficiado pelas avaliações. 17. Por sua vez, não há prova
efetiva de que os critérios de avaliação são inadequados. Em princípio, nem mesmo é possível dizer que
se está premiando o baixo desempenho, ao se atribuir pontuação máxima a quem individualmente
cumpre apenas 75% da meta. Uma tal conclusão apenas seria possível pela demonstração clara de que o
patamar estabelecido não está de acordo com o contexto produtivo dos servidores ao longo do tempo. É
dizer, apenas numa escala comparativa alongada seria possível avaliar a inadequação da meta adotada.
A grandeza da meta ganha sentido numa análise comparativa ou relacional, não em si mesma. Isso

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porque, em um contexto de produtividade histórica de até 50%, a meta de 75% pode ser um patamar
importante para a Administração Pública. 18. Aliás, a circunstância denota que a fixação das metas a
serem alcançadas deve ser um ato privativo da Administração Pública, passível de exame judicial apenas
de claramente demonstrado seu desacerto legal. Mesmo que um ato discricionário possa ser
judicialmente fiscalizável, do ponto de vista da sua legalidade, somente pode sofrer a intervenção judicial
quando o vício é manifesto. Não é o que se verifica no presente caso, conforme as razões dos §§
antecedentes, pelo que deve haver uma deferência do Judiciário ao Administrador. 19. Portanto,
considerando as circunstâncias relevantes da situação, a tese formulada na inicial não tem lugar, sem que
se fale de violação ao direito à integralidade/paridade. E a propósito, novo regramento criado pela Lei
13.324/2016 veio a confirmar esse raciocínio. A nova lei faculta ao servidor que tem direito à integralidade
e paridade incorporar “valor integral da média dos pontos da gratificação de desempenho recebidos nos
últimos sessenta meses de atividade” (art. 88, III, c/c o art. 87, XV). Com isso, o legislador decidiu fixar
prazo mínimo de recebimento e, ainda, de contribuição previdenciária sobre Gratificações de
Desempenho, para o servidor público com direito

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à integralidade e paridade recebê-la integralmente, quando passar à inatividade. 20. Seja como for,
observe que o valor integral é da média dos pontos recebidos em lapso de tempo determinado. Não
poderia ser diferente, pois, os valores da gratificação podem variar, dependendo dos resultados das
avaliações procedidas. Outrossim, não importa que o tempo mínimo fixado na lei não alcance o tempo de
contribuição para aposentadoria integral. No fundo, o legislador agiu por meio de um critério de
liberalidade e continua resolvendo a questão da melhor maneira possível, de acordo com o seu juízo
político. O que não se pode é acolher o pedido inicial, tal qual formulado, valendo registrar que a parte
Autora passou a ter à sua disposição a opção criada pela Lei n. 13.324/2016, para receber valores mais
elevados da Gratificação de Desempenho, devendo, por óbvio, observar todos os requisitos ali
estabelecidos para tanto. 21. Assim, gratificação de desempenho não deriva da garantia de paridade e
integralidade remuneratória e a sua extensão aos servidores inativos viola o princípio da legalidade e da
reserva legal (art. 37, X, da CF). Enfim, a partir da data da homologação do resultado das avaliações,
após conclusão do primeiro ciclo de avaliações, passou a valer o pagamento diferenciado da Gratificação
entre servidores ativos e os inativos, conforme a jurisprudência do STF aqui colacionada. 22. Por fim, a
parte Autora/Recorrente não requereu a produção de prova pericial, na petição inicial. E quando pleiteia
produção de tal prova, na petição de recurso, literalmente justifica o pleito “diante da complexidade da
matéria”. A par de não precisar a forma da prova pericial requerida, tem razão a parte Autora/Recorrente
sobre a complexidade da matéria e, assim, sobre a própria complexidade da prova pericial que pleiteia.
Seria preciso definir o(s) profissional(ais) habilitado(s) ao exame e, ainda, os contextos funcionais para a
coleta dos dados, a tornar ainda mais complexa a produção da prova. Em hipóteses tais, o TRF1 tem
entendido não caber ao JEF a produção de tal prova, conforme CC 0013151-72.2017.4.01.0000, Des.
Fed. Gilda Sigmaringa Seixas, 1ª Seção, e-DJF1 de 25/4/2018. 23. Não provimento do recurso interposto
pela parte Autora. Dissentiu, em parte, o Juiz Federal João Carlos Mayer Soares, quanto ao fundamento
do § 22 da ementa, ressaltando sua desnecessidade e implicação de indicar incompetência do JEF. 24.
Honorários advocatícios pela parte Recorrente em 10% sobre o valor corrigido da causa (artigo 55 da Lei
n. 9.099/1995), com suspensão do pagamento enquanto a parte credora não demonstrar que deixou de
existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão da Gratuidade de Justiça,
extinguindo-se a dívida cinco anos após o trânsito em julgado deste Acórdão (artigo 98, § 3º, NCPC).

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ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por
unanimidade, negar provimento ao recurso. Brasília/DF, 23/10/2019.

Juiz David Wilson de Abreu Pardo 2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF RELATOR 3

PROCESSO: 0002238-45.2019.4.01.3400 RECORRENTE: MARCIO ALEXANDRE ASSUMPCAO


CORCIONE ADVOGADO: DF00055573 - MYLENE QUITÉRIA CALDAS E OUTRO(S) RECORRIDO:

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UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL) ADVOGADO: - KELLY OTSUKA MIIKE
EMENTA
TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL. DESPACHO DE EMENDA À INICIAL. DETERMINAÇÃO PARA JUNTAR
INDEFERIMENTO ADMINISTRATIVO. INÉRCIA DA PARTE AUTORA. NÃO OBSERVÂNCIA DO PRAZO
PARA REALIZAÇÃO DA DILIGÊNCIA. NÃO PROVIMENTO DO RECURSO. 1. A sentença julgou extinto
o processo, sem resolução do mérito, nos termos do art. 485, IV e VI do NCPC, sob os seguintes
fundamentos: “[...] a parte-autora foi intimada para juntar o indeferimento administrativo, e quedou-se
inerte, limitando-se a informar que não há previsão legal para a determinação judicial. Entendo que a
parte autora deverá comprovar a lide que impulsione o andamento do Poder Judiciário quando provocado,
o que não aconteceu no presente caso”. 2. Razões do recurso interposto pela parte Autora: a) há
interresse de agir pelo simples fato de a matéria versada neste feito ser contestada pela Fazenda
Nacional em diversas ações semelhantes (incidência de cotribuição previdenciária sobre juros de mora);
b) não há previsão legal que condicione o ajuizamento da ação a requerimento administrativo; c) o
desconto de contribuição previdenciária independe de prévio requerimento administrativo, em face do
princípio da inafastabilidade da jurisdição; d) não cabe a incidência de PSS sobre o montante referente a
juros, visto que possuem natureza jurídica indenizatória e não compensatória. 3. A parte Ré ofereceu
resposta escrita ao recurso. 4. Consoante art. 320, NCPC, a petição será instruída com documentos
indispensáveis à propositura da ação, devendo haver determinação de emenda em 15 (quinze) dias,
quando o juiz verificar que a petição inicial não preenche os requisitos legais. 5. No caso, foi determinada
a emenda à inicial, para que fosse juntado o comprovante de indeferimento administrativo, sob pena de
extinção do processo sem julgamento de mérito. Tal providência não foi adotada pela parte Recorrente,
sob o argumento de que não há previsão legal que condicione o ajuizamento da presente ação à juntada
do referido indeferimento administrativo. 6. O Supremo Tribunal Federal já decidiu que a exigência de
prévio requerimento administrativo não fere a garantia de livre acesso ao Judiciário, previsto no art. 5º,
XXXV, da CF e que o pedido administrativo anterior indeferitório é que caracteriza lesão ou ameaça a
direito. Assim, a ausência de prévio requerimento administrativo constitui óbice ao processamento de
ação judicial contra o INSS, exceto nos seguintes casos: a) revisão de benefícios em que não exista
matéria de fato a ser solucionada; b) casos em que o entendimento da Administração for notório e
reiteradamente contrário à postulação do segurado e redundará, inevitavelmente, em indeferimento; c)
quando a ação for proposta em juizados

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itinerantes; e d) quando o INSS contestar o mérito da ação, vez que, nesse caso, configura-se o interesse
de agir pela resistência à pretensão. (RE nº 631.240, Repercussão Geral, Rel. Min. Luís Roberto Barroso,
DJe 10.11.2014). 7. O Superior Tribunal de Justiça, chamado a se manifestar quanto à aplicação do
referido entendimento em demandas tributárias, reconheceu que a ratio decidendi utilizada quando do
julgamento da exigência ou não do prévio requerimento administrativo nos benefícios previdenciários
pode ser adotada para os pedidos concernentes às contribuições previdenciárias. 8. Colaciona-se, verbis,
o entendimento consolidado no âmbito daquela Corte de Justiça: “[...] Na esfera previdenciária, na área
de benefícios do Regime Geral de Previdência Social, o STJ, no julgamento do Recurso Especial
Repetitivo 1.369.834/SP (Tema 660), Relator Ministro Benedito Gonçalves, alinhando-se ao que foi
firmado pelo Supremo Tribunal Federal no RE 631.240/MG (Tema 350, Relator Ministro Roberto
Barroso), entendeu pela necessidade do prévio requerimento administrativo. Em matéria tributária a
questão já foi apreciada no âmbito do STJ que consolidou o entendimento da exigência do prévio
requerimento administrativo nos pedidos de compensação das contribuições previdenciárias.
Vejam-se: AgRg nos EDcl no REsp 886.334/SP, Rel. Ministro Castro Meira, Segunda Turma, julgado
em 10/8/2010, DJe 20/8/2010; REsp 952.419/SP, Rel. Ministro Castro Meira, Segunda Turma, julgado
em 2/12/2008, DJe 18/12/2008; REsp 888.729/SP, Rel. Ministro João Otávio de Noronha, Segunda
Turma, julgado em 27/2/2007, DJ 16/3/2007, p. 340; REsp 544.132/RJ, Rel. Ministra Denise Arruda,
Primeira Turma, julgado em 23/5/2006, DJ 30/6/2006, p. 166. Como as matérias tributária e
previdenciária relacionadas ao Regime Geral de Previdência Social possuem natureza jurídica
distinta, mas complementares, pois, em verdade, tratam-se as relações jurídicas de custeio e de
benefício (prestacional) titularizadas pela União e pelo INSS, respectivamente, com o fim último de
garantir a cobertura dos riscos sociais de natureza previdenciária, entende-se que a razão de decidir
utilizada quando do julgamento da exigência ou não do prévio requerimento administrativo nos benefícios
343

previdenciários pode também ser adotada para os pedidos formulados à Secretaria da Receita Federal
concernentes às contribuições previdenciárias (REsp 1734733 / PE, Rel. Min. HERMAN BENJAMIN,
publicado em DJe 28/11/2018). 9. Nesse contexto, as razões recursais apresentadas pela Recorrente não
se adéquam ao entendimento consolidado pelo Superior Tribunal de Justiça, notadamente quanto ao
cumprimento de requisitos indispensáveis ao regular prosseguimento da ação. Aplicável, no caso, a regra
processual do art. 321, parágrafo único, NCPC, na qual dispõe: “Se o autor não cumprir a diligência, o juiz
indeferirá a petição inicial”. A sentença, portanto, não merece qualquer reparo. 10. Não provimento do
recurso interposto pela parte Autora. 11. Honorários advocatícios pela parte Recorrente em 10% sobre o
valor corrigido da causa (art. 55 da Lei n. 9.099/1995).

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ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, à
unanimidade, negar provimento ao recurso. Brasília/DF, 23/10/2019.

Juiz David Wilson de Abreu Pardo 2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF RELATOR 3

PROCESSO: 0040975-54.2018.4.01.3400 RECORRENTE: MILTON REGINO DA SILVA ADVOGADO:


DF00040698 - JOAQUIM FAVRETTO RECORRIDO: FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA
ADVOGADO:
EMENTA
ADMINISTRATIVO. CONSTITUCIONAL. GRATIFICAÇÃO DE ATIVIDADE DE COMBATE E CONTROLE
DE ENDEMIAS - GACEN. NATUREZA PRO LABORE FACIENDO ESTABELECIDA PELA PRÓPRIA LEI
QUE A INSTITUIU (11.784/2008). EXTENSÃO AOS INATIVOS/PENSIONISTAS COM DIREITO À
PARIDADE NO MESMO VALOR PAGO AOS SERVIDORES DA ATIVA. LEI NOVA FACULTANDO
OPÇÃO PELA INCORPORAÇÃO DO VALOR INTEGRAL DA GACEN. NECESSIDADE DE
ATENDIMENTO AOS REQUISITOS LEGALMENTE FIXADOS. IMPOSSIBILIDADE DE ACOLHER
JUDICIALMENTE O PEDIDO, TAL COMO FORMULADO. INCIDENTES DE UNIFORMIZAÇÃO
SUBMETIDOS À TNU PELA COORDENAÇÃO DAS TRS/DF. MANUTENÇÃO DO ENTENDIMENTO DA
TR2/JEF/DF, ATÉ QUE A TNU SE PRONUNCIE. NÃO PROVIMENTO DO RECURSO. 1. A sentença,
pronunciando a prescrição quinquenal, rejeitou o pedido de pagamento da GACEN, no mesmo patamar
em que é paga aos servidores em atividade e de implantação no contracheque da parte Autora no valor
integral da gratificação. 2. Razões do recurso interposto pela parte Autora: a) a atual orientação da TNU é
no sentido de reconhecer a natureza remuneratória da GACEN e deferir a sobredita gratificação aos
inativos no mesmo patamar em que é paga aos servidores em atividade; b) sendo remuneratória a
natureza jurídica da GACEN e, tendo a parte Autora direito adquirido à paridade de remuneração com os
servidores da ativa, vez que amparada por regras constitucioniais de transição, o reconhecimento do
direito à GACEN é medida que se impõe, eis que a natureza da vantagem é de gratificação genérica.3. A
parte Autora ofereceu resposta escrita ao recurso. 3. A União ofereceu resposta escrita ao recurso. 4. A
GACEN foi criada pelo art. 54, Lei 11.784/2008, nesses termos: “Fica instituída, a partir de 1º de março de
2008, a Gratificação de Atividade de Combate e Controle de Endemias - GACEN, devida aos ocupantes
dos cargos de Agente Auxiliar de Saúde Pública, Agente de Saúde Pública e Guarda de Endemias, do
Quadro de Pessoal do Ministério da Saúde e do Quadro de Pessoal da Fundação Nacional de Saúde -
FUNASA, regidos pela Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990”. 5. Por sua vez, o art. 55, prescreve: “A
Gecen e a Gacen serão devidas aos titulares dos empregos e cargos públicos de que tratam os arts. 53 e
54 desta Lei, que, em caráter permanente, realizarem atividades de combate e controle de endemias, em
área urbana ou rural, inclusive em terras indígenas e de remanescentes quilombolas, áreas

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extrativistas e ribeirinhas” (DESTACADO). 6. Já o art. 284, Lei 11.907/2009, dispõe: “Aplica-se a
Gratificação de Atividade de Combate e Controle de Endemias - GACEN, de que trata o art. 54 da Lei nº
11.784, de 22 de setembro de 2008, aos servidores do Quadro de Pessoal do Ministério da Saúde e do
Quadro de Pessoal da Fundação Nacional de Saúde - FUNASA, regidos pela Lei nº 8.112, de 11 de
dezembro de 1990, ocupantes dos seguintes cargos: I - Agente de Saúde; II - Auxiliar de Laboratório; III -
Auxiliar de Laboratório 8 (oito) horas; IV - Auxiliar de Saneamento; V - Divulgador Sanitário; VI - Educador
em Saúde; VII - Laboratorista; VIII - Laboratorista Jornada 8 (oito) horas; IX - Microscopista; X - Orientador
em Saúde; XI - Técnico de Laboratório; XII - Visitador Sanitário; e XIII - Inspetor de Saneamento.
Parágrafo único. O titular do cargo de Motorista ou de Motorista Oficial que, em caráter permanente,
344

realizar atividades de apoio e de transporte das equipes e dos insumos necessários para o combate e
controle das endemias fará jus à gratificação a que se refere o caput deste artigo. 7. De acordo com a Lei
11.784/2008 (art. 54) e a Lei 11.907/2009 (art. 284), para o recebimento da GACEN o servidor deve
pertencer ao quadro de pessoal do Ministério da Saúde ou ao quadro de pessoal da FUNASA e ser
ocupante de um dos cargos especificados pelas leis em referência, observando-se que a atividade deve
ser exercida em caráter permanente, o que deixa claro que nem todos os servidores do Ministério da
Saúde ou da FUNASA estão aptos ao recebimento da GACEN. 8. Isso quer dizer que não basta ocupar
certos cargos daqueles Quadros, para ter direito ao recebimento da GACEN. O decisivo é que os
ocupantes de certos cargos daqueles Quadros, em caráter permanente, realizem atividades de combate e
controle de endemias, para terem direito a receber a GACEN. Portanto, pela regulamentação em vigor, a

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
GACEN ostenta nítida natureza pro labore faciendo, ou propter oficium, ainda que seu pagamento
independa da avaliação de desempenho do servidor beneficiado. Ou seja, a GACEN é paga, segundo a
letra da lei que a instituiu, em razão das condições distintas em que se realiza o serviço (propter laborem).
Uma vez não sendo realizadas atividades de combate e controle de endemias, em caráter permanente,
um ocupante de

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cargo daqueles Quadros não pode continuar recebendo GACEN. Assim, a Gratificação apenas é paga
com o vencimento, mas dele se desprende quando cessa a atividade do servidor. Por isso, é realmente
uma vantagem de função ou de serviço. 9. A propósito, no processo 0036000-91.2015.4.01.3400, que
tramitou no âmbito da TR2 da Seccional do DF, em resposta a diligência do Juízo, a parte Ré apresentou
o Ofício n. 646/2016/COLEP/CGESP/SAA/SE/MS, por meio do qual foram prestadas as seguintes
informações: a) “a GACEN é paga aos servidores combatentes de endemias do Ministério da Saúde
vinculados a todas as unidades federativas, desde que em efetivo exercício na atividade de combate e
controle de endemias, conforme estabelece o artigo 2º, da Portaria nº 484, de 01/04/2014, ora transcrito:
‘Art. 2º [...] a GACEN será paga aos servidores efetivos do Ministério da Saúde e da FUNASA, ainda que
descentralizados para Estados, Distrito Federal e Municípios, nos termos do disposto no art. 20 da Lei nº
8.270, de 17 de dezembro de 1991, desde que em efetivo exercício na atividade de combate e controle de
endemias’”; (...); c) “a GACEN não é devida a todo servidor combatente de endemias”. 10. Ora, como bem
pontuado pela TNU, nos fundamentos de julgado que, curiosamente, conduziu a um resultado inverso ao
aqui adotado, “vantagens condicionais ou modais, mesmo que auferidas por longo tempo em razão do
preenchimento dos requisitos exigidos para sua percepção, não se incorporam ao vencimento, a não ser
quando essa integração for determinada por lei. (É que as vantagens condicionais ou modais) são
vantagens pelo trabalho que está sendo feito (pro labore faciendo) ou, por outras palavras, são adicionais
de função (ex facto officii), ou são gratificações de serviço (propter laborem), ou, finalmente, são
gratificações em razão de condições pessoais do servidor (propter personam). Daí por que, quando cessa
o trabalho, ou quando desaparece o fato ou a situação que lhes dá causa, deve cessar o pagamento de
tais vantagens, sejam elas adicionais de função, gratificações de serviço ou gratificação em razão das
condições pessoais do servidor” (TNU, PEDILEF 05033027020134058302, Juiz Federal Ronaldo José da
Silva, DOU de 05/02/2016). 11. Como se sabe, no julgamento a TNU reafirmou a tese da natureza
remuneratória da GACEN, acrescentando, então, seu caráter geral, e com base nessas premissas
concluiu que os servidores aposentados/pensionistas com direito à paridade fazem jus a receber a
gratificação no mesmo valor pago aos servidores da ativa. Mas é possível perceber bem claramente em
que momento o raciocínio desenvolvido pela TNU, no julgado, começa a entrar em contradição com suas
primeiras e corretas premissas. Se a GACEN é paga aos ocupantes de cargos dos Quadros já referidos
que efetivamente realizem atividades de combate e controle de endemias, em caráter permanente, então
constitui gratificação de serviço (propter laborem), cujo pagamento deve cessar, quando cessa o trabalho.
12. Considere que a TNU chega a perceber tal dimensão da GACEN, ao anotar no § 13 do seu julgado:
“A Gratificação de Atividade de Combate e Controle de Endemias (GACEN), instituída pela Lei nº
11.784/2008, tem natureza de gratificação de atividade”. E, principalmente, ao repisar, no primeiro § 15 do
seu julgado (o § seguinte da ementa erroneamente também recebeu o número 15): “a GACEN não é
devida para ressarcimento de despesas do servidor em razão do desempenho de suas funções, mas sim
em razão do próprio desempenho da atividade (pro labore faciendo), consoante

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conformação legal da aludida gratificação contida no artigo 55 da Lei nº 11.784/2008”. Enquanto assim
argumentava, a TNU estava de acordo com as premissas iniciais do julgamento, segundo as quais
vantagens condicionais, mesmo que auferidas por longo tempo em razão do preenchimento dos
requisitos exigidos para percepção, não se incorporam ao vencimento, a não ser quando determinado por
lei. 13. Ocorre que, em seguida, no segundo § 15 do julgado, a TNU arremata que, “dessa forma, a
GACEN é gratificação desvinculada da efetiva produtividade dos servidores ativos que ocupam os cargos
e desempenham as atividades especificadas no artigo 54 da Lei nº 11.784/2008; e é paga aos
aposentados que ocupavam aqueles mesmos cargos e que tenham os benefícios concedidos até
345

19/02/2004, ou com fundamento nos artigos 3º e 6º da Emenda Constitucional nº 41/2003 ou no artigo 3º


da Emenda Constitucional nº 47/2005”. O fato, verdadeiro, de a GACEN ser paga desvinculada da efetiva
produtividade dos servidores ativos que a recebem é apresentado, sem qualquer justificativa, como prova
de que se trata de uma gratificação de caráter geral que deve ser estendida, no seu valor total, aos
aposentados/pensionistas com direito à paridade. 14. Confessadamente, a quebra abrupta da linha
argumentativa da TNU no julgado se deveu à tentativa de seguir entendimento do STF. Este Tribunal,
como se sabe, declarou inconstitucional o pagamento reduzido de gratificação a servidores
inativos/pensionistas com direito à paridade, quando a vantagem paga aos servidores da ativa tem um
caráter geral, pois desvinculada de avaliação de desempenho. Como a GACEN é paga em valor fixo,
independentemente de avaliação de desempenho, então ostentaria o mesmo caráter geral que, pelo

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entendimento do STF, resulta no pagamento aos inativos/pensionistas com direito à paridade no mesmo
patamar pago aos servidores da ativa. 15. O problema é que o julgado da TNU deixa alguns pontos,
cruciais, por explicar. O primeiro já foi destacado: a quebra não justificada das premissas iniciais do
julgado. Ainda que fosse o caso de seguir entendimento do STF, exigível explicar se a mudança não
resulta, e porque não resulta, em contradição com os argumentos primeiros. Porém, o ponto principal é
que manter a linha argumentativa inicial, até final julgamento, com a improcedência do pedido, não levaria
a TNU a decidir contrariamente ao entendimento do STF. Como se sabe, a jurisprudência do STF, a que
a TNU se refere, foi firmada nos casos sobre as diversas gratificações de desempenho criadas ao longo
do tempo. E essas gratificações diferem da GACEN, vez que foram instituídas para serem pagas de
acordo com o desempenho ou produtividade do servidor da ativa, independentemente de serem outros,
distintos, anormais, os trabalhos ou os serviços realizados. 16. Com efeito, nas gratificações de
desempenho comuns criadas ao longo do tempo, os trabalhos ou serviços que ensejam o seu
recebimento são os mesmos que os servidores beneficiados já exerciam e continuam exercendo. O que
muda é apenas a produtividade. Havendo um aumento da produtividade, nos mesmos serviços e
trabalhos normalmente realizados, há aumento no valor da gratificação de desempenho. Nesse contexto,
quando a Administração passou a pagar a título de gratificação de desempenho valor indistinto e
independente de qualquer avaliação, a todos os servidores da ativa, obviamente deixou a gratificação de
ser pro labore faciendo, ostentando caráter geral e alcançando servidores inativos/pensionistas com o
direito à paridade. Não sendo pagas em virtude de trabalhos

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anormais, a natureza pro labore faciendo das diversas gratificações de desempenho se mantém apenas
enquanto pagas em virtude de avaliações periódicas de produtividade. 17. A situação jurídica é totalmente
diferente, quando se trata da GACEN. Sua natureza pro labore faciendo decorre do fato de ser paga pela
realização de serviço em condições distintas. Como já se disse, a GACEN é paga, segundo a letra da lei
que a instituiu, em virtude do servidor da ativa realizar atividades de combate e controle de endemias, em
caráter permanente. Se o ocupante de cargo dos Quadros do Ministério da Saúde ou da FUNASA não
realizar mais tais atividades, não pode continuar recebendo a GACEN. Por isso, não importa que o
pagamento dessa gratificação prescinda de uma avaliação de desempenho. Nem por isso deixa de ser
pro labore faciendo, pois esta natureza decorre do serviço distinto efetivamente realizado, e somente
enquanto efetivamente realizado. As gratificações de desempenho comuns criadas ao longo do tempo,
por não exigirem a realização de serviço distinto para serem pagas, precisam da produtividade
diferenciada do mesmo serviço, para adquirirem natureza pro labore faciendo. 18. Portanto, acolher todas
as consequências de considerar a GACEN uma gratificação pro labore faciendo não significa ir contra
entendimento consolidado pelo STF sobre o caráter geral das gratificações de desempenho, enquanto
estas não tiverem realizadas as avaliações de produtividade. Pelo contrário. Ao reconhecer que a GACEN
tem natureza pro labore faciendo desde o nascedouro, é dever também afirmar que essa gratificação
jamais teve caráter geral, nunca tendo sido devida sua extensão aos inativos/pensionistas com direito à
paridade no mesmo valor pago a servidores da ativa. 19. Aliás, a conclusão é a única de acordo com a
própria jurisprudência do STF, pois este Tribunal, nos mesmos casos, sempre decidiu que, uma vez
consolidada a natureza pro labore faciendo das gratificações de desempenho pela homologação dos
resultados das respectivas avaliações, passaria a ser devido o pagamento diferenciado entre os
servidores da ativa e os inativos/pensionistas com direito à paridade. Como a GACEN sempre teve
natureza pro labore faciendo, não tem caráter geral e não deve ser paga aos servidores da ativa e aos
inativos/pensionistas com direito à paridade no mesmo valor. 20. Essa interpretação começa a ter eco no
STJ, como sinaliza a decisão monocrática tomada no REsp 1.599.139/CE, por meio da qual se negou
provimento ao Especial, com a seguinte fundamentação em destaque, que acolhe argumento do Tribunal
do origem: “Assim sendo, não há previsão legal para que o servidor aposentado receba a GACEN na
mesma proporção que o servidor da ativa, mormente porque essa gratificação é devida em razão da
atividade desenvolvida, isto é, tem natureza pro labore faciendo, segundo a legislação regente, verbis (fls.
480). 5. Dessa forma, o acórdão recorrido encontra-se em consonância como entendimento adotado por
esta Corte, de que nos casos em que a gratificação tem caráter pro labore faciendo não é cabível a
extensão aos inativos na mesma proporção dos Servidores em atividade” (STJ, REsp 1.599.139/CE, Rel.
Min. Napoleão Nunes Maia Filho, DJE de 4/2/2019). 21. Se algum valor a título de GACEN é pago a
inativos/pensionistas, isso se dá apenas por liberalidade do legislador. Como já foi colhido do próprio
346

julgado da TNU, aqui escrutinado, “vantagens condicionais ou modais, mesmo que auferidas por longo
tempo em razão do preenchimento dos requisitos exigidos para sua percepção, não se

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incorporam ao vencimento, a não ser quando essa integração for determinada por lei”. No caso, a Lei n.
11.784/2008, no seu art. 55, § 3º, prevê a incorporação da GACEN aos proventos de aposentadoria,
distinguindo as situações dos servidores que têm direito, ou não, à paridade. Essa regulamentação deve
ser aplicada estritamente, pois, no contexto de gratificação que ordinariamente não se incorpora ao

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vencimento (por ter natureza pro labore faciendo), constitui, como dito, mera liberalidade do legislador. 22.
Assim, ainda que a parte Autora tenha direito à paridade, não é por isso que não faria jus ao recebimento
da GACEN no mesmo valor pago a servidores da ativa. Por isso, não altera esse desfecho o novo
regramento criado pela Lei 13.324/2016. As novas regras, na verdade, confirmam a interpretação até aqui
feita. 23. Destarte, a nova lei faculta ao servidor que tem direito à integralidade e paridade incorporar até
“o valor integral da gratificação”, desde que atendidos certos requisitos (art. 93, III, c/c o art. 92). Dentre
estes, prazo mínimo de recebimento e, portanto, de contribuição sobre a GACEN, para servidores inativos
e pensionistas com direito à integralidade e paridade recebê-la integralmente. Não importa que o tempo
mínimo fixado na lei não alcance o tempo de contribuição para aposentadoria integral. É que o legislador
continua fazendo uma liberalidade, resolvendo a questão da melhor maneira possível, de acordo com o
seu juízo político. O que não se pode é acolher o pedido inicial, tal qual formulado, ainda que seja o caso
de registrar que a parte Autora passou a ter à sua disposição a opção criada pela Lei n. 13.324/2016. 24.
Com a distinção interpretativa apresentada para o caso sob julgamento, considera-se fundamentado o
voto, de acordo com o art. 489, § 1º, inciso VI, do NCPC, ainda que divergente de jurisprudência da TNU
invocada pela parte. Aliás, reportando-se a essa fundamentação, a Coordenação das Turmas Recursais
do DF admitiu incidentes arguidos sobre a matéria nos Recursos Inominados 0039373-96.2016.4.01.3400
0039017-67.2017.4.01.3400, dentre outros, submetendo-os à TNU. Portanto, pelo menos até haver
pronunciamento da TNU em tais incidentes, deve ser mantido o entendimento da TR2/JEF/DF, contrário
ao pleito da parte Autora. 25. Por sinal, em 28/2/2019, a Presidência da TNU admitiu novo PEDILEF para
discutir novamente a possibilidade de extensão, aos servidores inativos, da GACEN (PEDILEF 5006060-
68.2018.4.04.7001/PR, ainda pendente de conclusão). 26. Não provimento do recurso interposto pela
parte Autora. 27. Honorários advocatícios pela parte Recorrente em 10% sobre o valor corrigido da causa
(artigo 55 da Lei n. 9.099/1995), com suspensão do pagamento enquanto a parte credora não demonstrar
que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão da Gratuidade de
Justiça, extinguindo-se a dívida cinco anos após o trânsito em julgado deste Acórdão (artigo 98, § 3º,
NCPC).

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ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por
unanimidade, negar provimento ao recurso. Brasília/DF, 23/10/2019.

PROCESSO: 0039041-61.2018.4.01.3400 RECORRENTE: JOAQUIM BARBOSA DE SOUZA


ADVOGADO: DF00040698 - JOAQUIM FAVRETTO RECORRIDO: FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE
FUNASA ADVOGADO: - HELENA MARIE DA CUNHA FISH
EMENTA
ADMINISTRATIVO. CONSTITUCIONAL. GRATIFICAÇÃO DE ATIVIDADE DE COMBATE E CONTROLE
DE ENDEMIAS - GACEN. NATUREZA PRO LABORE FACIENDO ESTABELECIDA PELA PRÓPRIA LEI
QUE A INSTITUIU (11.784/2008). EXTENSÃO AOS INATIVOS/PENSIONISTAS COM DIREITO À
PARIDADE NO MESMO VALOR PAGO AOS SERVIDORES DA ATIVA. LEI NOVA FACULTANDO
OPÇÃO PELA INCORPORAÇÃO DO VALOR INTEGRAL DA GACEN. NECESSIDADE DE
ATENDIMENTO AOS REQUISITOS LEGALMENTE FIXADOS. IMPOSSIBILIDADE DE ACOLHER
JUDICIALMENTE O PEDIDO, TAL COMO FORMULADO. INCIDENTES DE UNIFORMIZAÇÃO
SUBMETIDOS À TNU PELA COORDENAÇÃO DAS TRS/DF. MANUTENÇÃO DO ENTENDIMENTO DA
TR2/JEF/DF, ATÉ QUE A TNU SE PRONUNCIE. NÃO PROVIMENTO DO RECURSO. 1. A sentença,
pronunciando a prescrição quinquenal, rejeitou o pedido de pagamento da GACEN, no mesmo patamar
em que é paga aos servidores em atividade e de implantação no contracheque da parte Autora no valor
integral da gratificação. 2. Razões do recurso interposto pela parte Autora: a) a atual orientação da TNU é
no sentido de reconhecer a natureza remuneratória da GACEN e deferir a sobredita gratificação aos
347

inativos no mesmo patamar em que é paga aos servidores em atividade; b) sendo remuneratória a
natureza jurídica da GACEN e, tendo a parte Autora direito adquirido à paridade de remuneração com os
servidores da ativa, vez que amparada por regras constitucioniais de transição, o reconhecimento do
direito à GACEN é medida que se impõe, eis que a natureza da vantagem é de gratificação genérica.3. A
parte Autora ofereceu resposta escrita ao recurso. 3. A União ofereceu resposta escrita ao recurso. 4. A
GACEN foi criada pelo art. 54, Lei 11.784/2008, nesses termos: “Fica instituída, a partir de 1º de março de
2008, a Gratificação de Atividade de Combate e Controle de Endemias - GACEN, devida aos ocupantes
dos cargos de Agente Auxiliar de Saúde Pública, Agente de Saúde Pública e Guarda de Endemias, do
Quadro de Pessoal do Ministério da Saúde e do Quadro de Pessoal da Fundação Nacional de Saúde -
FUNASA, regidos pela Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990”. 5. Por sua vez, o art. 55, prescreve: “A

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Gecen e a Gacen serão devidas aos titulares dos empregos e cargos públicos de que tratam os arts. 53 e
54 desta Lei, que, em caráter permanente, realizarem atividades de combate e controle de endemias, em
área urbana ou rural, inclusive em terras indígenas e de remanescentes quilombolas, áreas

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extrativistas e ribeirinhas” (DESTACADO). 6. Já o art. 284, Lei 11.907/2009, dispõe: “Aplica-se a
Gratificação de Atividade de Combate e Controle de Endemias - GACEN, de que trata o art. 54 da Lei nº
11.784, de 22 de setembro de 2008, aos servidores do Quadro de Pessoal do Ministério da Saúde e do
Quadro de Pessoal da Fundação Nacional de Saúde - FUNASA, regidos pela Lei nº 8.112, de 11 de
dezembro de 1990, ocupantes dos seguintes cargos: I - Agente de Saúde; II - Auxiliar de Laboratório; III -
Auxiliar de Laboratório 8 (oito) horas; IV - Auxiliar de Saneamento; V - Divulgador Sanitário; VI - Educador
em Saúde; VII - Laboratorista; VIII - Laboratorista Jornada 8 (oito) horas; IX - Microscopista; X - Orientador
em Saúde; XI - Técnico de Laboratório; XII - Visitador Sanitário; e XIII - Inspetor de Saneamento.
Parágrafo único. O titular do cargo de Motorista ou de Motorista Oficial que, em caráter permanente,
realizar atividades de apoio e de transporte das equipes e dos insumos necessários para o combate e
controle das endemias fará jus à gratificação a que se refere o caput deste artigo. 7. De acordo com a Lei
11.784/2008 (art. 54) e a Lei 11.907/2009 (art. 284), para o recebimento da GACEN o servidor deve
pertencer ao quadro de pessoal do Ministério da Saúde ou ao quadro de pessoal da FUNASA e ser
ocupante de um dos cargos especificados pelas leis em referência, observando-se que a atividade deve
ser exercida em caráter permanente, o que deixa claro que nem todos os servidores do Ministério da
Saúde ou da FUNASA estão aptos ao recebimento da GACEN. 8. Isso quer dizer que não basta ocupar
certos cargos daqueles Quadros, para ter direito ao recebimento da GACEN. O decisivo é que os
ocupantes de certos cargos daqueles Quadros, em caráter permanente, realizem atividades de combate e
controle de endemias, para terem direito a receber a GACEN. Portanto, pela regulamentação em vigor, a
GACEN ostenta nítida natureza pro labore faciendo, ou propter oficium, ainda que seu pagamento
independa da avaliação de desempenho do servidor beneficiado. Ou seja, a GACEN é paga, segundo a
letra da lei que a instituiu, em razão das condições distintas em que se realiza o serviço (propter laborem).
Uma vez não sendo realizadas atividades de combate e controle de endemias, em caráter permanente,
um ocupante de

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cargo daqueles Quadros não pode continuar recebendo GACEN. Assim, a Gratificação apenas é paga
com o vencimento, mas dele se desprende quando cessa a atividade do servidor. Por isso, é realmente
uma vantagem de função ou de serviço. 9. A propósito, no processo 0036000-91.2015.4.01.3400, que
tramitou no âmbito da TR2 da Seccional do DF, em resposta a diligência do Juízo, a parte Ré apresentou
o Ofício n. 646/2016/COLEP/CGESP/SAA/SE/MS, por meio do qual foram prestadas as seguintes
informações: a) “a GACEN é paga aos servidores combatentes de endemias do Ministério da Saúde
vinculados a todas as unidades federativas, desde que em efetivo exercício na atividade de combate e
controle de endemias, conforme estabelece o artigo 2º, da Portaria nº 484, de 01/04/2014, ora transcrito:
‘Art. 2º [...] a GACEN será paga aos servidores efetivos do Ministério da Saúde e da FUNASA, ainda que
descentralizados para Estados, Distrito Federal e Municípios, nos termos do disposto no art. 20 da Lei nº
8.270, de 17 de dezembro de 1991, desde que em efetivo exercício na atividade de combate e controle de
endemias’”; (...); c) “a GACEN não é devida a todo servidor combatente de endemias”. 10. Ora, como bem
pontuado pela TNU, nos fundamentos de julgado que, curiosamente, conduziu a um resultado inverso ao
aqui adotado, “vantagens condicionais ou modais, mesmo que auferidas por longo tempo em razão do
preenchimento dos requisitos exigidos para sua percepção, não se incorporam ao vencimento, a não ser
quando essa integração for determinada por lei. (É que as vantagens condicionais ou modais) são
vantagens pelo trabalho que está sendo feito (pro labore faciendo) ou, por outras palavras, são adicionais
de função (ex facto officii), ou são gratificações de serviço (propter laborem), ou, finalmente, são
gratificações em razão de condições pessoais do servidor (propter personam). Daí por que, quando cessa
o trabalho, ou quando desaparece o fato ou a situação que lhes dá causa, deve cessar o pagamento de
tais vantagens, sejam elas adicionais de função, gratificações de serviço ou gratificação em razão das
condições pessoais do servidor” (TNU, PEDILEF 05033027020134058302, Juiz Federal Ronaldo José da
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Silva, DOU de 05/02/2016). 11. Como se sabe, no julgamento a TNU reafirmou a tese da natureza
remuneratória da GACEN, acrescentando, então, seu caráter geral, e com base nessas premissas
concluiu que os servidores aposentados/pensionistas com direito à paridade fazem jus a receber a
gratificação no mesmo valor pago aos servidores da ativa. Mas é possível perceber bem claramente em
que momento o raciocínio desenvolvido pela TNU, no julgado, começa a entrar em contradição com suas
primeiras e corretas premissas. Se a GACEN é paga aos ocupantes de cargos dos Quadros já referidos
que efetivamente realizem atividades de combate e controle de endemias, em caráter permanente, então
constitui gratificação de serviço (propter laborem), cujo pagamento deve cessar, quando cessa o trabalho.
12. Considere que a TNU chega a perceber tal dimensão da GACEN, ao anotar no § 13 do seu julgado:
“A Gratificação de Atividade de Combate e Controle de Endemias (GACEN), instituída pela Lei nº

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11.784/2008, tem natureza de gratificação de atividade”. E, principalmente, ao repisar, no primeiro § 15 do
seu julgado (o § seguinte da ementa erroneamente também recebeu o número 15): “a GACEN não é
devida para ressarcimento de despesas do servidor em razão do desempenho de suas funções, mas sim
em razão do próprio desempenho da atividade (pro labore faciendo), consoante

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conformação legal da aludida gratificação contida no artigo 55 da Lei nº 11.784/2008”. Enquanto assim
argumentava, a TNU estava de acordo com as premissas iniciais do julgamento, segundo as quais
vantagens condicionais, mesmo que auferidas por longo tempo em razão do preenchimento dos
requisitos exigidos para percepção, não se incorporam ao vencimento, a não ser quando determinado por
lei. 13. Ocorre que, em seguida, no segundo § 15 do julgado, a TNU arremata que, “dessa forma, a
GACEN é gratificação desvinculada da efetiva produtividade dos servidores ativos que ocupam os cargos
e desempenham as atividades especificadas no artigo 54 da Lei nº 11.784/2008; e é paga aos
aposentados que ocupavam aqueles mesmos cargos e que tenham os benefícios concedidos até
19/02/2004, ou com fundamento nos artigos 3º e 6º da Emenda Constitucional nº 41/2003 ou no artigo 3º
da Emenda Constitucional nº 47/2005”. O fato, verdadeiro, de a GACEN ser paga desvinculada da efetiva
produtividade dos servidores ativos que a recebem é apresentado, sem qualquer justificativa, como prova
de que se trata de uma gratificação de caráter geral que deve ser estendida, no seu valor total, aos
aposentados/pensionistas com direito à paridade. 14. Confessadamente, a quebra abrupta da linha
argumentativa da TNU no julgado se deveu à tentativa de seguir entendimento do STF. Este Tribunal,
como se sabe, declarou inconstitucional o pagamento reduzido de gratificação a servidores
inativos/pensionistas com direito à paridade, quando a vantagem paga aos servidores da ativa tem um
caráter geral, pois desvinculada de avaliação de desempenho. Como a GACEN é paga em valor fixo,
independentemente de avaliação de desempenho, então ostentaria o mesmo caráter geral que, pelo
entendimento do STF, resulta no pagamento aos inativos/pensionistas com direito à paridade no mesmo
patamar pago aos servidores da ativa. 15. O problema é que o julgado da TNU deixa alguns pontos,
cruciais, por explicar. O primeiro já foi destacado: a quebra não justificada das premissas iniciais do
julgado. Ainda que fosse o caso de seguir entendimento do STF, exigível explicar se a mudança não
resulta, e porque não resulta, em contradição com os argumentos primeiros. Porém, o ponto principal é
que manter a linha argumentativa inicial, até final julgamento, com a improcedência do pedido, não levaria
a TNU a decidir contrariamente ao entendimento do STF. Como se sabe, a jurisprudência do STF, a que
a TNU se refere, foi firmada nos casos sobre as diversas gratificações de desempenho criadas ao longo
do tempo. E essas gratificações diferem da GACEN, vez que foram instituídas para serem pagas de
acordo com o desempenho ou produtividade do servidor da ativa, independentemente de serem outros,
distintos, anormais, os trabalhos ou os serviços realizados. 16. Com efeito, nas gratificações de
desempenho comuns criadas ao longo do tempo, os trabalhos ou serviços que ensejam o seu
recebimento são os mesmos que os servidores beneficiados já exerciam e continuam exercendo. O que
muda é apenas a produtividade. Havendo um aumento da produtividade, nos mesmos serviços e
trabalhos normalmente realizados, há aumento no valor da gratificação de desempenho. Nesse contexto,
quando a Administração passou a pagar a título de gratificação de desempenho valor indistinto e
independente de qualquer avaliação, a todos os servidores da ativa, obviamente deixou a gratificação de
ser pro labore faciendo, ostentando caráter geral e alcançando servidores inativos/pensionistas com o
direito à paridade. Não sendo pagas em virtude de trabalhos

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anormais, a natureza pro labore faciendo das diversas gratificações de desempenho se mantém apenas
enquanto pagas em virtude de avaliações periódicas de produtividade. 17. A situação jurídica é totalmente
diferente, quando se trata da GACEN. Sua natureza pro labore faciendo decorre do fato de ser paga pela
realização de serviço em condições distintas. Como já se disse, a GACEN é paga, segundo a letra da lei
que a instituiu, em virtude do servidor da ativa realizar atividades de combate e controle de endemias, em
caráter permanente. Se o ocupante de cargo dos Quadros do Ministério da Saúde ou da FUNASA não
realizar mais tais atividades, não pode continuar recebendo a GACEN. Por isso, não importa que o
pagamento dessa gratificação prescinda de uma avaliação de desempenho. Nem por isso deixa de ser
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pro labore faciendo, pois esta natureza decorre do serviço distinto efetivamente realizado, e somente
enquanto efetivamente realizado. As gratificações de desempenho comuns criadas ao longo do tempo,
por não exigirem a realização de serviço distinto para serem pagas, precisam da produtividade
diferenciada do mesmo serviço, para adquirirem natureza pro labore faciendo. 18. Portanto, acolher todas
as consequências de considerar a GACEN uma gratificação pro labore faciendo não significa ir contra
entendimento consolidado pelo STF sobre o caráter geral das gratificações de desempenho, enquanto
estas não tiverem realizadas as avaliações de produtividade. Pelo contrário. Ao reconhecer que a GACEN
tem natureza pro labore faciendo desde o nascedouro, é dever também afirmar que essa gratificação
jamais teve caráter geral, nunca tendo sido devida sua extensão aos inativos/pensionistas com direito à
paridade no mesmo valor pago a servidores da ativa. 19. Aliás, a conclusão é a única de acordo com a

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
própria jurisprudência do STF, pois este Tribunal, nos mesmos casos, sempre decidiu que, uma vez
consolidada a natureza pro labore faciendo das gratificações de desempenho pela homologação dos
resultados das respectivas avaliações, passaria a ser devido o pagamento diferenciado entre os
servidores da ativa e os inativos/pensionistas com direito à paridade. Como a GACEN sempre teve
natureza pro labore faciendo, não tem caráter geral e não deve ser paga aos servidores da ativa e aos
inativos/pensionistas com direito à paridade no mesmo valor. 20. Essa interpretação começa a ter eco no
STJ, como sinaliza a decisão monocrática tomada no REsp 1.599.139/CE, por meio da qual se negou
provimento ao Especial, com a seguinte fundamentação em destaque, que acolhe argumento do Tribunal
do origem: “Assim sendo, não há previsão legal para que o servidor aposentado receba a GACEN na
mesma proporção que o servidor da ativa, mormente porque essa gratificação é devida em razão da
atividade desenvolvida, isto é, tem natureza pro labore faciendo, segundo a legislação regente, verbis (fls.
480). 5. Dessa forma, o acórdão recorrido encontra-se em consonância como entendimento adotado por
esta Corte, de que nos casos em que a gratificação tem caráter pro labore faciendo não é cabível a
extensão aos inativos na mesma proporção dos Servidores em atividade” (STJ, REsp 1.599.139/CE, Rel.
Min. Napoleão Nunes Maia Filho, DJE de 4/2/2019). 21. Se algum valor a título de GACEN é pago a
inativos/pensionistas, isso se dá apenas por liberalidade do legislador. Como já foi colhido do próprio
julgado da TNU, aqui escrutinado, “vantagens condicionais ou modais, mesmo que auferidas por longo
tempo em razão do preenchimento dos requisitos exigidos para sua percepção, não se

Turma Recursal
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incorporam ao vencimento, a não ser quando essa integração for determinada por lei”. No caso, a Lei n.
11.784/2008, no seu art. 55, § 3º, prevê a incorporação da GACEN aos proventos de aposentadoria,
distinguindo as situações dos servidores que têm direito, ou não, à paridade. Essa regulamentação deve
ser aplicada estritamente, pois, no contexto de gratificação que ordinariamente não se incorpora ao
vencimento (por ter natureza pro labore faciendo), constitui, como dito, mera liberalidade do legislador. 22.
Assim, ainda que a parte Autora tenha direito à paridade, não é por isso que não faria jus ao recebimento
da GACEN no mesmo valor pago a servidores da ativa. Por isso, não altera esse desfecho o novo
regramento criado pela Lei 13.324/2016. As novas regras, na verdade, confirmam a interpretação até aqui
feita. 23. Destarte, a nova lei faculta ao servidor que tem direito à integralidade e paridade incorporar até
“o valor integral da gratificação”, desde que atendidos certos requisitos (art. 93, III, c/c o art. 92). Dentre
estes, prazo mínimo de recebimento e, portanto, de contribuição sobre a GACEN, para servidores inativos
e pensionistas com direito à integralidade e paridade recebê-la integralmente. Não importa que o tempo
mínimo fixado na lei não alcance o tempo de contribuição para aposentadoria integral. É que o legislador
continua fazendo uma liberalidade, resolvendo a questão da melhor maneira possível, de acordo com o
seu juízo político. O que não se pode é acolher o pedido inicial, tal qual formulado, ainda que seja o caso
de registrar que a parte Autora passou a ter à sua disposição a opção criada pela Lei n. 13.324/2016. 24.
Com a distinção interpretativa apresentada para o caso sob julgamento, considera-se fundamentado o
voto, de acordo com o art. 489, § 1º, inciso VI, do NCPC, ainda que divergente de jurisprudência da TNU
invocada pela parte. Aliás, reportando-se a essa fundamentação, a Coordenação das Turmas Recursais
do DF admitiu incidentes arguidos sobre a matéria nos Recursos Inominados 0039373-96.2016.4.01.3400
0039017-67.2017.4.01.3400, dentre outros, submetendo-os à TNU. Portanto, pelo menos até haver
pronunciamento da TNU em tais incidentes, deve ser mantido o entendimento da TR2/JEF/DF, contrário
ao pleito da parte Autora. 25. Por sinal, em 28/2/2019, a Presidência da TNU admitiu novo PEDILEF para
discutir novamente a possibilidade de extensão, aos servidores inativos, da GACEN (PEDILEF 5006060-
68.2018.4.04.7001/PR, ainda pendente de conclusão). 26. Não provimento do recurso interposto pela
parte Autora. 27. Honorários advocatícios pela parte Recorrente em 10% sobre o valor corrigido da causa
(artigo 55 da Lei n. 9.099/1995), com suspensão do pagamento enquanto a parte credora não demonstrar
que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão da Gratuidade de
Justiça, extinguindo-se a dívida cinco anos após o trânsito em julgado deste Acórdão (artigo 98, § 3º,
NCPC).
350

Turma Recursal
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ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por
unanimidade, negar provimento ao recurso. Brasília/DF, 23/10/2019.

Juiz David Wilson de Abreu Pardo 2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF RELATOR 3

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
PROCESSO: 0002309-47.2019.4.01.3400 RECORRENTE: ORONDINO CARNEIRO ADVOGADO:
MS0003415A - ISMAEL GONCALVES MENDES RECORRIDO: FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE
ADVOGADO: - CYNARA PADUA OLIVEIRA
EMENTA
ADMINISTRATIVO. CONSTITUCIONAL. GRATIFICAÇÃO DE ATIVIDADE DE COMBATE E CONTROLE
DE ENDEMIAS - GACEN. NATUREZA PRO LABORE FACIENDO ESTABELECIDA PELA PRÓPRIA LEI
QUE A INSTITUIU (11.784/2008). EXTENSÃO AOS INATIVOS/PENSIONISTAS COM DIREITO À
PARIDADE NO MESMO VALOR PAGO AOS SERVIDORES DA ATIVA. LEI NOVA FACULTANDO
OPÇÃO PELA INCORPORAÇÃO DO VALOR INTEGRAL DA GACEN. NECESSIDADE DE
ATENDIMENTO AOS REQUISITOS LEGALMENTE FIXADOS. IMPOSSIBILIDADE DE ACOLHER
JUDICIALMENTE O PEDIDO, TAL COMO FORMULADO. INCIDENTES DE UNIFORMIZAÇÃO
SUBMETIDOS À TNU PELA COORDENAÇÃO DAS TRS/DF. MANUTENÇÃO DO ENTENDIMENTO DA
TR2/JEF/DF, ATÉ QUE A TNU SE PRONUNCIE. NÃO PROVIMENTO DO RECURSO. 1. A sentença,
pronunciando a prescrição quinquenal, rejeitou o pedido de pagamento da GACEN, no mesmo patamar
em que é paga aos servidores em atividade e de implantação no contracheque da parte Autora no valor
integral da gratificação. 2. Razões do recurso interposto pela parte Autora: a) a atual orientação da TNU é
no sentido de reconhecer a natureza remuneratória da GACEN e deferir a sobredita gratificação aos
inativos no mesmo patamar em que é paga aos servidores em atividade; b) sendo remuneratória a
natureza jurídica da GACEN e, tendo a parte Autora direito adquirido à paridade de remuneração com os
servidores da ativa, vez que amparada por regras constitucioniais de transição, o reconhecimento do
direito à GACEN é medida que se impõe, eis que a natureza da vantagem é de gratificação genérica. 3. A
FUNASA ofereceu resposta escrita ao recurso. 4. A GACEN foi criada pelo art. 54, Lei 11.784/2008,
nesses termos: “Fica instituída, a partir de 1º de março de 2008, a Gratificação de Atividade de Combate e
Controle de Endemias - GACEN, devida aos ocupantes dos cargos de Agente Auxiliar de Saúde Pública,
Agente de Saúde Pública e Guarda de Endemias, do Quadro de Pessoal do Ministério da Saúde e do
Quadro de Pessoal da Fundação Nacional de Saúde - FUNASA, regidos pela Lei no 8.112, de 11 de
dezembro de 1990”. 5. Por sua vez, o art. 55, prescreve: “A Gecen e a Gacen serão devidas aos titulares
dos empregos e cargos públicos de que tratam os arts. 53 e 54 desta Lei, que, em caráter permanente,
realizarem atividades de combate e controle de endemias, em área urbana ou rural, inclusive em terras
indígenas e de remanescentes quilombolas, áreas extrativistas e ribeirinhas” (DESTACADO).

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6. Já o art. 284, Lei 11.907/2009, dispõe: “Aplica-se a Gratificação de Atividade de Combate e Controle de
Endemias - GACEN, de que trata o art. 54 da Lei nº 11.784, de 22 de setembro de 2008, aos servidores
do Quadro de Pessoal do Ministério da Saúde e do Quadro de Pessoal da Fundação Nacional de Saúde -
FUNASA, regidos pela Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, ocupantes dos seguintes cargos: I -
Agente de Saúde; II - Auxiliar de Laboratório; III - Auxiliar de Laboratório 8 (oito) horas; IV - Auxiliar de
Saneamento; V - Divulgador Sanitário; VI - Educador em Saúde; VII - Laboratorista; VIII - Laboratorista
Jornada 8 (oito) horas; IX - Microscopista; X - Orientador em Saúde; XI - Técnico de Laboratório; XII -
Visitador Sanitário; e XIII - Inspetor de Saneamento. Parágrafo único. O titular do cargo de Motorista ou
de Motorista Oficial que, em caráter permanente, realizar atividades de apoio e de transporte das equipes
e dos insumos necessários para o combate e controle das endemias fará jus à gratificação a que se
refere o caput deste artigo. 7. De acordo com a Lei 11.784/2008 (art. 54) e a Lei 11.907/2009 (art. 284),
para o recebimento da GACEN o servidor deve pertencer ao quadro de pessoal do Ministério da Saúde
ou ao quadro de pessoal da FUNASA e ser ocupante de um dos cargos especificados pelas leis em
referência, observando-se que a atividade deve ser exercida em caráter permanente, o que deixa claro
que nem todos os servidores do Ministério da Saúde ou da FUNASA estão aptos ao recebimento da
GACEN. 8. Isso quer dizer que não basta ocupar certos cargos daqueles Quadros, para ter direito ao
recebimento da GACEN. O decisivo é que os ocupantes de certos cargos daqueles Quadros, em caráter
permanente, realizem atividades de combate e controle de endemias, para terem direito a receber a
GACEN. Portanto, pela regulamentação em vigor, a GACEN ostenta nítida natureza pro labore faciendo,
ou propter oficium, ainda que seu pagamento independa da avaliação de desempenho do servidor
351

beneficiado. Ou seja, a GACEN é paga, segundo a letra da lei que a instituiu, em razão das condições
distintas em que se realiza o serviço (propter laborem). Uma vez não sendo realizadas atividades de
combate e controle de endemias, em caráter permanente, um ocupante de cargo daqueles Quadros não
pode continuar recebendo GACEN. Assim, a Gratificação

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apenas é paga com o vencimento, mas dele se desprende quando cessa a atividade do servidor. Por
isso, é realmente uma vantagem de função ou de serviço. 9. A propósito, no processo 0036000-

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91.2015.4.01.3400, que tramitou no âmbito da TR2 da Seccional do DF, em resposta a diligência do
Juízo, a parte Ré apresentou o Ofício n. 646/2016/COLEP/CGESP/SAA/SE/MS, por meio do qual foram
prestadas as seguintes informações: a) “a GACEN é paga aos servidores combatentes de endemias do
Ministério da Saúde vinculados a todas as unidades federativas, desde que em efetivo exercício na
atividade de combate e controle de endemias, conforme estabelece o artigo 2º, da Portaria nº 484, de
01/04/2014, ora transcrito: ‘Art. 2º [...] a GACEN será paga aos servidores efetivos do Ministério da Saúde
e da FUNASA, ainda que descentralizados para Estados, Distrito Federal e Municípios, nos termos do
disposto no art. 20 da Lei nº 8.270, de 17 de dezembro de 1991, desde que em efetivo exercício na
atividade de combate e controle de endemias’”; (...); c) “a GACEN não é devida a todo servidor
combatente de endemias”. 10. Ora, como bem pontuado pela TNU, nos fundamentos de julgado que,
curiosamente, conduziu a um resultado inverso ao aqui adotado, “vantagens condicionais ou modais,
mesmo que auferidas por longo tempo em razão do preenchimento dos requisitos exigidos para sua
percepção, não se incorporam ao vencimento, a não ser quando essa integração for determinada por lei.
(É que as vantagens condicionais ou modais) são vantagens pelo trabalho que está sendo feito (pro
labore faciendo) ou, por outras palavras, são adicionais de função (ex facto officii), ou são gratificações de
serviço (propter laborem), ou, finalmente, são gratificações em razão de condições pessoais do servidor
(propter personam). Daí por que, quando cessa o trabalho, ou quando desaparece o fato ou a situação
que lhes dá causa, deve cessar o pagamento de tais vantagens, sejam elas adicionais de função,
gratificações de serviço ou gratificação em razão das condições pessoais do servidor” (TNU, PEDILEF
05033027020134058302, Juiz Federal Ronaldo José da Silva, DOU de 05/02/2016). 11. Como se sabe,
no julgamento a TNU reafirmou a tese da natureza remuneratória da GACEN, acrescentando, então, seu
caráter geral, e com base nessas premissas concluiu que os servidores aposentados/pensionistas com
direito à paridade fazem jus a receber a gratificação no mesmo valor pago aos servidores da ativa. Mas é
possível perceber bem claramente em que momento o raciocínio desenvolvido pela TNU, no julgado,
começa a entrar em contradição com suas primeiras e corretas premissas. Se a GACEN é paga aos
ocupantes de cargos dos Quadros já referidos que efetivamente realizem atividades de combate e
controle de endemias, em caráter permanente, então constitui gratificação de serviço (propter laborem),
cujo pagamento deve cessar, quando cessa o trabalho. 12. Considere que a TNU chega a perceber tal
dimensão da GACEN, ao anotar no § 13 do seu julgado: “A Gratificação de Atividade de Combate e
Controle de Endemias (GACEN), instituída pela Lei nº 11.784/2008, tem natureza de gratificação de
atividade”. E, principalmente, ao repisar, no primeiro § 15 do seu julgado (o § seguinte da ementa
erroneamente também recebeu o número 15): “a GACEN não é devida para ressarcimento de despesas
do servidor em razão do desempenho de suas funções, mas sim em razão do próprio desempenho da
atividade (pro labore faciendo), consoante conformação legal da aludida gratificação contida no artigo 55
da Lei nº

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11.784/2008”. Enquanto assim argumentava, a TNU estava de acordo com as premissas iniciais do
julgamento, segundo as quais vantagens condicionais, mesmo que auferidas por longo tempo em razão
do preenchimento dos requisitos exigidos para percepção, não se incorporam ao vencimento, a não ser
quando determinado por lei. 13. Ocorre que, em seguida, no segundo § 15 do julgado, a TNU arremata
que, “dessa forma, a GACEN é gratificação desvinculada da efetiva produtividade dos servidores ativos
que ocupam os cargos e desempenham as atividades especificadas no artigo 54 da Lei nº 11.784/2008; e
é paga aos aposentados que ocupavam aqueles mesmos cargos e que tenham os benefícios concedidos
até 19/02/2004, ou com fundamento nos artigos 3º e 6º da Emenda Constitucional nº 41/2003 ou no artigo
3º da Emenda Constitucional nº 47/2005”. O fato, verdadeiro, de a GACEN ser paga desvinculada da
efetiva produtividade dos servidores ativos que a recebem é apresentado, sem qualquer justificativa,
como prova de que se trata de uma gratificação de caráter geral que deve ser estendida, no seu valor
total, aos aposentados/pensionistas com direito à paridade. 14. Confessadamente, a quebra abrupta da
linha argumentativa da TNU no julgado se deveu à tentativa de seguir entendimento do STF. Este
Tribunal, como se sabe, declarou inconstitucional o pagamento reduzido de gratificação a servidores
inativos/pensionistas com direito à paridade, quando a vantagem paga aos servidores da ativa tem um
caráter geral, pois desvinculada de avaliação de desempenho. Como a GACEN é paga em valor fixo,
independentemente de avaliação de desempenho, então ostentaria o mesmo caráter geral que, pelo
entendimento do STF, resulta no pagamento aos inativos/pensionistas com direito à paridade no mesmo
352

patamar pago aos servidores da ativa. 15. O problema é que o julgado da TNU deixa alguns pontos,
cruciais, por explicar. O primeiro já foi destacado: a quebra não justificada das premissas iniciais do
julgado. Ainda que fosse o caso de seguir entendimento do STF, exigível explicar se a mudança não
resulta, e porque não resulta, em contradição com os argumentos primeiros. Porém, o ponto principal é
que manter a linha argumentativa inicial, até final julgamento, com a improcedência do pedido, não levaria
a TNU a decidir contrariamente ao entendimento do STF. Como se sabe, a jurisprudência do STF, a que
a TNU se refere, foi firmada nos casos sobre as diversas gratificações de desempenho criadas ao longo
do tempo. E essas gratificações diferem da GACEN, vez que foram instituídas para serem pagas de
acordo com o desempenho ou produtividade do servidor da ativa, independentemente de serem outros,
distintos, anormais, os trabalhos ou os serviços realizados. 16. Com efeito, nas gratificações de

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desempenho comuns criadas ao longo do tempo, os trabalhos ou serviços que ensejam o seu
recebimento são os mesmos que os servidores beneficiados já exerciam e continuam exercendo. O que
muda é apenas a produtividade. Havendo um aumento da produtividade, nos mesmos serviços e
trabalhos normalmente realizados, há aumento no valor da gratificação de desempenho. Nesse contexto,
quando a Administração passou a pagar a título de gratificação de desempenho valor indistinto e
independente de qualquer avaliação, a todos os servidores da ativa, obviamente deixou a gratificação de
ser pro labore faciendo, ostentando caráter geral e alcançando servidores inativos/pensionistas com o
direito à paridade. Não sendo pagas em virtude de trabalhos anormais, a natureza pro labore faciendo
das diversas gratificações de desempenho se mantém apenas enquanto pagas em virtude de avaliações
periódicas de produtividade.

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17. A situação jurídica é totalmente diferente, quando se trata da GACEN. Sua natureza pro labore
faciendo decorre do fato de ser paga pela realização de serviço em condições distintas. Como já se disse,
a GACEN é paga, segundo a letra da lei que a instituiu, em virtude do servidor da ativa realizar atividades
de combate e controle de endemias, em caráter permanente. Se o ocupante de cargo dos Quadros do
Ministério da Saúde ou da FUNASA não realizar mais tais atividades, não pode continuar recebendo a
GACEN. Por isso, não importa que o pagamento dessa gratificação prescinda de uma avaliação de
desempenho. Nem por isso deixa de ser pro labore faciendo, pois esta natureza decorre do serviço
distinto efetivamente realizado, e somente enquanto efetivamente realizado. As gratificações de
desempenho comuns criadas ao longo do tempo, por não exigirem a realização de serviço distinto para
serem pagas, precisam da produtividade diferenciada do mesmo serviço, para adquirirem natureza pro
labore faciendo. 18. Portanto, acolher todas as consequências de considerar a GACEN uma gratificação
pro labore faciendo não significa ir contra entendimento consolidado pelo STF sobre o caráter geral das
gratificações de desempenho, enquanto estas não tiverem realizadas as avaliações de produtividade.
Pelo contrário. Ao reconhecer que a GACEN tem natureza pro labore faciendo desde o nascedouro, é
dever também afirmar que essa gratificação jamais teve caráter geral, nunca tendo sido devida sua
extensão aos inativos/pensionistas com direito à paridade no mesmo valor pago a servidores da ativa. 19.
Aliás, a conclusão é a única de acordo com a própria jurisprudência do STF, pois este Tribunal, nos
mesmos casos, sempre decidiu que, uma vez consolidada a natureza pro labore faciendo das
gratificações de desempenho pela homologação dos resultados das respectivas avaliações, passaria a
ser devido o pagamento diferenciado entre os servidores da ativa e os inativos/pensionistas com direito à
paridade. Como a GACEN sempre teve natureza pro labore faciendo, não tem caráter geral e não deve
ser paga aos servidores da ativa e aos inativos/pensionistas com direito à paridade no mesmo valor. 20.
Essa interpretação começa a ter eco no STJ, como sinaliza a decisão monocrática tomada no REsp
1.599.139/CE, por meio da qual se negou provimento ao Especial, com a seguinte fundamentação em
destaque, que acolhe argumento do Tribunal do origem: “Assim sendo, não há previsão legal para que o
servidor aposentado receba a GACEN na mesma proporção que o servidor da ativa, mormente porque
essa gratificação é devida em razão da atividade desenvolvida, isto é, tem natureza pro labore faciendo,
segundo a legislação regente, verbis (fls. 480). 5. Dessa forma, o acórdão recorrido encontra-se em
consonância como entendimento adotado por esta Corte, de que nos casos em que a gratificação tem
caráter pro labore faciendo não é cabível a extensão aos inativos na mesma proporção dos Servidores
em atividade” (STJ, REsp 1.599.139/CE, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, DJE de 4/2/2019). 21. Se
algum valor a título de GACEN é pago a inativos/pensionistas, isso se dá apenas por liberalidade do
legislador. Como já foi colhido do próprio julgado da TNU, aqui escrutinado, “vantagens condicionais ou
modais, mesmo que auferidas por longo tempo em razão do preenchimento dos requisitos exigidos para
sua percepção, não se incorporam ao vencimento, a não ser quando essa integração for determinada por
lei”. No caso, a Lei n. 11.784/2008, no seu art. 55, § 3º, prevê a incorporação da GACEN aos proventos
de aposentadoria, distinguindo as situações dos servidores que têm direito, ou

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não, à paridade. Essa regulamentação deve ser aplicada estritamente, pois, no contexto de gratificação
que ordinariamente não se incorpora ao vencimento (por ter natureza pro labore faciendo), constitui, como
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dito, mera liberalidade do legislador. 22. Assim, ainda que a parte Autora tenha direito à paridade, não é
por isso que não faria jus ao recebimento da GACEN no mesmo valor pago a servidores da ativa. Por
isso, não altera esse desfecho o novo regramento criado pela Lei 13.324/2016. As novas regras, na
verdade, confirmam a interpretação até aqui feita. 23. Destarte, a nova lei faculta ao servidor que tem
direito à integralidade e paridade incorporar até “o valor integral da gratificação”, desde que atendidos
certos requisitos (art. 93, III, c/c o art. 92). Dentre estes, prazo mínimo de recebimento e, portanto, de
contribuição sobre a GACEN, para servidores inativos e pensionistas com direito à integralidade e
paridade recebê-la integralmente. Não importa que o tempo mínimo fixado na lei não alcance o tempo de
contribuição para aposentadoria integral. É que o legislador continua fazendo uma liberalidade,
resolvendo a questão da melhor maneira possível, de acordo com o seu juízo político. O que não se pode

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é acolher o pedido inicial, tal qual formulado, ainda que seja o caso de registrar que a parte Autora passou
a ter à sua disposição a opção criada pela Lei n. 13.324/2016. 24. Com a distinção interpretativa
apresentada para o caso sob julgamento, considera-se fundamentado o voto, de acordo com o art. 489, §
1º, inciso VI, do NCPC, ainda que divergente de jurisprudência da TNU invocada pela parte. Aliás,
reportando-se a essa fundamentação, a Coordenação das Turmas Recursais do DF admitiu incidentes
arguidos sobre a matéria nos Recursos Inominados 0039373-96.2016.4.01.3400 0039017-
67.2017.4.01.3400, dentre outros, submetendo-os à TNU. Portanto, pelo menos até haver
pronunciamento da TNU em tais incidentes, deve ser mantido o entendimento da TR2/JEF/DF, contrário
ao pleito da parte Autora. 25. Por sinal, em 28/2/2019, a Presidência da TNU admitiu novo PEDILEF para
discutir novamente a possibilidade de extensão, aos servidores inativos, da GACEN (PEDILEF 5006060-
68.2018.4.04.7001/PR, ainda pendente de conclusão). 26. Não provimento do recurso interposto pela
parte Autora. 27. Honorários advocatícios pela parte Recorrente em 10% sobre o valor corrigido da causa
(artigo 55 da Lei n. 9.099/1995), com suspensão do pagamento enquanto a parte credora não demonstrar
que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão da Gratuidade de
Justiça, extinguindo-se a dívida cinco anos após o trânsito em julgado deste Acórdão (artigo 98, § 3º,
NCPC).

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ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por
unanimidade, negar provimento ao recurso. Brasília/DF, 23/10/2019.

Juiz David Wilson de Abreu Pardo 2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF RELATOR 3

PROCESSO: 0002851-65.2019.4.01.3400 RECORRENTE: EVERARDO LEITE GONCALVES


ADVOGADO: DF00025089 - GILBERTO SIEBRA MONTEIRO RECORRIDO: UNIAO FEDERAL
ADVOGADO: - JACIRA DE ALENCAR ROCHA
EMENTA

CONSTITUCIONAL, ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL. SERVIDOR PÚBLICO DO MINISTÉRIO DA


SAÚDE. DATA ÚNICA PARA PROGRESSÃO NA CARREIRA. VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA
ISONOMIA. NÃO OCORRÊNCIA. NÃO PROVIMENTO DO RECURSO. 1. Ação proposta com a finalidade
de afastar a data única para início da contagem do interstício para a progressão funcional de servidor
público do Ministério da Saúde, conforme estabelecido nos arts. 1º e 2º, do Decreto 84.669/1980, sob o
argumento de que a imposição de data única para progressão funcional sem levar em conta o tempo de
efetivo exercício do cargo a data de ingresso, bem como estabelecendo uma data fixa para início dos
efeitos financeiros, afronta os princípios da razoabilidade e da isonomia. 2. A sentença afastou a
preliminar de incompetência absoluta do Juizado Especial Federal e rejeitou a prescrição do fundo de
direito. Ainda, deixou de reconhecer a prescrição quinquenal, nos termos da Súmula 85 do STJ, uma vez
que a parte Autora já limitou o seu pedido aos últimos cinco anos que antecederam a data da propositura
da ação. Quanto ao mérito, rejeitou o pedido “por não estar configurada, no caso, afronta ao princípio da
isonomia, devem prevalecer, para fins de progressão funcional dos membros da carreira da Previdência,
da Saúde e do Trabalho, as regras previstas no Decreto 84.669/80”. 3. Razões do recurso interposto pela
parte Autora: a) a data única para progressão é ilegal; b) decisões em processos idênticos vêm julgando
procedente referida ação, bem como nas decisões dos Tribunais Superiores há determinação para que a
progressão funcional dos servidores seja a partir da data de ingresso no órgão; c) o regulamento não é
354

um ato administrativo totalmente livre para estipular os requisitos e condições da progressão funcional,
pois devem ser respeitados direitos e garantias constitucionais, hierarquicamente superiores, pelo que o
Decreto nº 84.669/80 ofende o princípio da isonomia, uma vez que contraria o art. 5ª, caput, da Carta
Constitucional brasileira. 4. A União ofereceu resposta escrita ao recurso suscitando a preliminar de
incompetência absoluta do Juizado Especial Federal para a anulação ou cancelamento de ato
administrativo federal e a prejudicial de prescrição. No mérito, pugna pela improcedência do pedido. 5.
Rejeita-se a arguição de incompetência absoluta em razão de anulação de ato administrativo. Com efeito,
nos termos do art. 3º, § 1º, III, da Lei nº 10.259/2001, não se incluem na competência do Juizado Especial
Federal as causas que visem à anulação ou

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a cancelamento de ato administrativo federal, salvo o de natureza previdenciária e/ou de lançamento
fiscal. Contudo, no caso, a parte Autora não requer anulação ou cancelamento de ato administrativo, mas
apenas pleiteia a declaração de direito à progressão funcional desde a data em que completados os
requisitos legais e o consequente pagamento das diferenças salariais decorrentes de tal reconhecimento.
6. Não se conhece da questão alusiva à prescrição quinquenal, pois a sentença já a pronunciou,
conforme requerido. 7. O tema jurídico objeto do pedido rejeitado vinha sendo decidida pela TR2/JEF/DF
em conformidade com entendimento anterior da TNU, PEDILEF n. 05014601520144058401, Relator Juiz
Federal Gerson Luiz Rocha, DOU 19/02/2016, no sentido de que "a imposição de uma data única como
marco inicial das progressões e/ ou promoções funcionais afronta o princípio da isonomia, na medida em
que desconsidera a data de investidura do servidor no cargo, conferindo tratamento igual a indivíduos que
se encontram em situações diferentes". 8. Ocorre que a TNU reviu seu entendimento, passando a adotar
o posicionamento do STJ, conforme se observa na seguinte ementa: DIREITO ADMINISTRATIVO.
SERVIDOR PÚBLICO. CARREIRA DA POLÍCIA FEDERAL. PROGRESSÃO FUNCIONAL. REQUISITOS.
CUMPRIMENTO. EFEITOS FINANCEIROS. LEI N. 9.266/96 E DECRETO N. 2.565/98. MUDANÇA DE
ENTENDIMENTO, COM O OBJETIVO DE ALINHAR ESTA TURMA NACIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO
COM A JURISPRUDÊNCIA DOMINANTE DO E. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. INCIDENTE
CONHECIDO E PROVIDO. 6. (....) não obstante esta Turma Nacional de Uniformização já tenha adotado
entendimento no sentido do aresto recorrido, é de rigor observar que recentemente a matéria foi objeto de
análise pelo e. Superior Tribunal de Justiça, o qual vem adotando o posicionamento segundo o qual deve
ser aplicada a legislação que regulamenta a progressão funcional dos policiais federais, qual seja, o art.
2º, parágrafo único, da Lei 9266/96 e o art. 5º do Decreto 2.565/98, segundo o qual a progressão dos
autores deve se dar no mês de março do ano subsequente, quando implementados os requisitos para a
referida promoção. 7. Diversos julgados confirmam aludido entendimento, in verbis: ... (AGRESP
201202292790, BENEDITO GONÇALVES, STJ - PRIMEIRA TURMA, DJE DATA:11/05/2016 ..DTPB:.) ...)
(AGRESP 201202292790, BENEDITO GONÇALVES, STJ - PRIMEIRA TURMA, DJE DATA:11/05/2016
..DTPB:.) ...) (AGRESP 201300965413, ASSUSETE MAGALHÃES, STJ - SEGUNDA TURMA, DJE
DATA:16/03/2016 ..DTPB:.) 8. Assim, visando uniformizar a jurisprudência das Turmas Recursais com o
entendimento que vem sendo adotado pelo Superior Tribunal de Justiça, tenho que o incidente deve ser
conhecido e provido para, alinhando o entendimento desta Turma Nacional de Uniformização, firmar a
tese de que: “a progressão dos servidores da carreira de policial federal deve ter seus efeitos financeiros
a partir de março do ano subsequente, nos termos do

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disposto na Lei n. 9.266/96 e no Decreto n. 2.565/98.” 9. Incidente conhecido e provido. (TNU, PEDILEF
201050500054126, Juiz Federal Fernando Moreira Gonçalves, Data da Publicação: 12/09/2017). 9. Com
efeito, esse de fato é o entendimento do STJ: ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL. SERVIDOR
PÚBLICO. POLICIAL FEDERAL. PROGRESSÃO FUNCIONAL. EFEITOS FINANCEIROS. LEI N.
9.266/1996. 1. A progressão dos servidores da carreira de policial federal deve ter seus efeitos financeiros
a partir de março do ano subsequente ao das últimas avaliações funcionais, nos termos do disposto na
Lei n. 9.266/1996 e no Decreto n. 2.565/1998. 2. Recurso especial provido. (REsp 1690116/SP, Rel.
Ministro OG FERNANDES, SEGUNDA TURMA, julgado em 05/12/2017, DJe 13/12/2017). No mesmo
sentido: REsp 1649269/RJ, Rel. Ministra REGINA HELENA COSTA, PRIMEIRA TURMA, julgado em
16/05/2017, DJe 22/05/2017; AgInt no REsp 1613907/RJ, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES,
SEGUNDA TURMA, julgado em 17/11/2016, DJe 23/11/2016. 10. Dado esse novo contexto
jurisprudencial, a TR2/JEF/DF passou a seguir o novo posicionamento, no julgamento do processo n.
0010193-98.2017.4.01.3400, de relatoria da Juíza Federal Cristiane Pederzolli Rentzsch, Sessão de
7/3/2018, reafirmando e adotando como sua a tese de que “a progressão dos servidores da carreira de
policial federal deve ter seus efeitos financeiros a partir de março do ano subsequente, nos termos do
disposto na Lei n. 9.266/96 e no Decreto n. 2.565/98”. 11. Semelhantemente, ou seja, pelas mesmas
razões, deve ser mantida a data única para início da contagem do interstício para a progressão funcional
dos servidores do Ministério da Saúde, conforme estabelecido nos arts. 1º e 2º do Decreto 84.669/1980.
Assim, não merece acolhimento o pedido para se reconhecer o direito da parte Autora em ter a
355

progressão e a promoção funcionais desde a data de seu ingresso no órgão. 12. Não provimento do
recurso interposto pela parte Autora. 13. Honorários advocatícios pela parte Recorrente em 10% sobre o
valor corrigido da causa (artigo 55 da Lei n. 9.099/1995), com suspensão do pagamento enquanto a parte
credora não demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a
concessão da Gratuidade de Justiça, extinguindo-se a dívida cinco anos após o trânsito em julgado deste
Acórdão (artigo 98, § 3º, NCPC).

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ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por
unanimidade, negar provimento ao recurso. Brasília - DF, 23/10/2019.

Juiz David Wilson de Abreu Pardo 2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF RELATOR 3

PROCESSO: 0003509-89.2019.4.01.3400 RECORRENTE: EDVALDO VILAS BOAS DA SILVA


ADVOGADO: MS00017365 - VINICIUS DE MORAES GONCALVES MENDES E OUTRO(S)
RECORRIDO: FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA ADVOGADO:

EMENTA
ADMINISTRATIVO. CONSTITUCIONAL. GRATIFICAÇÃO DE ATIVIDADE DE COMBATE E CONTROLE
DE ENDEMIAS - GACEN. NATUREZA PRO LABORE FACIENDO ESTABELECIDA PELA PRÓPRIA LEI
QUE A INSTITUIU (11.784/2008). EXTENSÃO AOS INATIVOS/PENSIONISTAS COM DIREITO À
PARIDADE NO MESMO VALOR PAGO AOS SERVIDORES DA ATIVA. LEI NOVA FACULTANDO
OPÇÃO PELA INCORPORAÇÃO DO VALOR INTEGRAL DA GACEN. NECESSIDADE DE
ATENDIMENTO AOS REQUISITOS LEGALMENTE FIXADOS. IMPOSSIBILIDADE DE ACOLHER
JUDICIALMENTE O PEDIDO, TAL COMO FORMULADO. INCIDENTES DE UNIFORMIZAÇÃO
SUBMETIDOS À TNU PELA COORDENAÇÃO DAS TRS/DF. MANUTENÇÃO DO ENTENDIMENTO DA
TR2/JEF/DF, ATÉ QUE A TNU SE PRONUNCIE. NÃO PROVIMENTO DO RECURSO. 1. A sentença,
pronunciando a prescrição quinquenal, rejeitou o pedido de pagamento da GACEN, no mesmo patamar
em que é paga aos servidores em atividade e de implantação no contracheque da parte Autora no valor
integral da gratificação. 2. Razões do recurso interposto pela parte Autora: a) a atual orientação da TNU é
no sentido de reconhecer a natureza remuneratória da GACEN e deferir a sobredita gratificação aos
inativos no mesmo patamar em que é paga aos servidores em atividade; b) sendo remuneratória a
natureza jurídica da GACEN e, tendo a parte Autora direito adquirido à paridade de remuneração com os
servidores da ativa, vez que amparada por regras constitucioniais de transição, o reconhecimento do
direito à GACEN é medida que se impõe, eis que a natureza da vantagem é de gratificação genérica. 3.
A União não ofereceu resposta escrita ao recurso. 4. A GACEN foi criada pelo art. 54, Lei 11.784/2008,
nesses termos: “Fica instituída, a partir de 1º de março de 2008, a Gratificação de Atividade de Combate e
Controle de Endemias - GACEN, devida aos ocupantes dos cargos de Agente Auxiliar de Saúde Pública,
Agente de Saúde Pública e Guarda de Endemias, do Quadro de Pessoal do Ministério da Saúde e do
Quadro de Pessoal da Fundação Nacional de Saúde - FUNASA, regidos pela Lei no 8.112, de 11 de
dezembro de 1990”. 5. Por sua vez, o art. 55, prescreve: “A Gecen e a Gacen serão devidas aos titulares
dos empregos e cargos públicos de que tratam os arts. 53 e 54 desta Lei, que, em caráter permanente,
realizarem atividades de combate e controle de endemias, em área urbana ou rural, inclusive em terras
indígenas e de remanescentes quilombolas, áreas

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extrativistas e ribeirinhas” (DESTACADO). 6. Já o art. 284, Lei 11.907/2009, dispõe: “Aplica-se a
Gratificação de Atividade de Combate e Controle de Endemias - GACEN, de que trata o art. 54 da Lei nº
11.784, de 22 de setembro de 2008, aos servidores do Quadro de Pessoal do Ministério da Saúde e do
Quadro de Pessoal da Fundação Nacional de Saúde - FUNASA, regidos pela Lei nº 8.112, de 11 de
dezembro de 1990, ocupantes dos seguintes cargos: I - Agente de Saúde; II - Auxiliar de Laboratório; III -
Auxiliar de Laboratório 8 (oito) horas; IV - Auxiliar de Saneamento; V - Divulgador Sanitário; VI - Educador
em Saúde; VII - Laboratorista; VIII - Laboratorista Jornada 8 (oito) horas; IX - Microscopista; X - Orientador
em Saúde; XI - Técnico de Laboratório; XII - Visitador Sanitário; e XIII - Inspetor de Saneamento.
356

Parágrafo único. O titular do cargo de Motorista ou de Motorista Oficial que, em caráter permanente,
realizar atividades de apoio e de transporte das equipes e dos insumos necessários para o combate e
controle das endemias fará jus à gratificação a que se refere o caput deste artigo. 7. De acordo com a Lei
11.784/2008 (art. 54) e a Lei 11.907/2009 (art. 284), para o recebimento da GACEN o servidor deve
pertencer ao quadro de pessoal do Ministério da Saúde ou ao quadro de pessoal da FUNASA e ser
ocupante de um dos cargos especificados pelas leis em referência, observando-se que a atividade deve
ser exercida em caráter permanente, o que deixa claro que nem todos os servidores do Ministério da
Saúde ou da FUNASA estão aptos ao recebimento da GACEN. 8. Isso quer dizer que não basta ocupar
certos cargos daqueles Quadros, para ter direito ao recebimento da GACEN. O decisivo é que os
ocupantes de certos cargos daqueles Quadros, em caráter permanente, realizem atividades de combate e

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controle de endemias, para terem direito a receber a GACEN. Portanto, pela regulamentação em vigor, a
GACEN ostenta nítida natureza pro labore faciendo, ou propter oficium, ainda que seu pagamento
independa da avaliação de desempenho do servidor beneficiado. Ou seja, a GACEN é paga, segundo a
letra da lei que a instituiu, em razão das condições distintas em que se realiza o serviço (propter laborem).
Uma vez não sendo realizadas atividades de combate e controle de endemias, em caráter permanente,
um ocupante de

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cargo daqueles Quadros não pode continuar recebendo GACEN. Assim, a Gratificação apenas é paga
com o vencimento, mas dele se desprende quando cessa a atividade do servidor. Por isso, é realmente
uma vantagem de função ou de serviço. 9. A propósito, no processo 0036000-91.2015.4.01.3400, que
tramitou no âmbito da TR2 da Seccional do DF, em resposta a diligência do Juízo, a parte Ré apresentou
o Ofício n. 646/2016/COLEP/CGESP/SAA/SE/MS, por meio do qual foram prestadas as seguintes
informações: a) “a GACEN é paga aos servidores combatentes de endemias do Ministério da Saúde
vinculados a todas as unidades federativas, desde que em efetivo exercício na atividade de combate e
controle de endemias, conforme estabelece o artigo 2º, da Portaria nº 484, de 01/04/2014, ora transcrito:
‘Art. 2º [...] a GACEN será paga aos servidores efetivos do Ministério da Saúde e da FUNASA, ainda que
descentralizados para Estados, Distrito Federal e Municípios, nos termos do disposto no art. 20 da Lei nº
8.270, de 17 de dezembro de 1991, desde que em efetivo exercício na atividade de combate e controle de
endemias’”; (...); c) “a GACEN não é devida a todo servidor combatente de endemias”. 10. Ora, como bem
pontuado pela TNU, nos fundamentos de julgado que, curiosamente, conduziu a um resultado inverso ao
aqui adotado, “vantagens condicionais ou modais, mesmo que auferidas por longo tempo em razão do
preenchimento dos requisitos exigidos para sua percepção, não se incorporam ao vencimento, a não ser
quando essa integração for determinada por lei. (É que as vantagens condicionais ou modais) são
vantagens pelo trabalho que está sendo feito (pro labore faciendo) ou, por outras palavras, são adicionais
de função (ex facto officii), ou são gratificações de serviço (propter laborem), ou, finalmente, são
gratificações em razão de condições pessoais do servidor (propter personam). Daí por que, quando cessa
o trabalho, ou quando desaparece o fato ou a situação que lhes dá causa, deve cessar o pagamento de
tais vantagens, sejam elas adicionais de função, gratificações de serviço ou gratificação em razão das
condições pessoais do servidor” (TNU, PEDILEF 05033027020134058302, Juiz Federal Ronaldo José da
Silva, DOU de 05/02/2016). 11. Como se sabe, no julgamento a TNU reafirmou a tese da natureza
remuneratória da GACEN, acrescentando, então, seu caráter geral, e com base nessas premissas
concluiu que os servidores aposentados/pensionistas com direito à paridade fazem jus a receber a
gratificação no mesmo valor pago aos servidores da ativa. Mas é possível perceber bem claramente em
que momento o raciocínio desenvolvido pela TNU, no julgado, começa a entrar em contradição com suas
primeiras e corretas premissas. Se a GACEN é paga aos ocupantes de cargos dos Quadros já referidos
que efetivamente realizem atividades de combate e controle de endemias, em caráter permanente, então
constitui gratificação de serviço (propter laborem), cujo pagamento deve cessar, quando cessa o trabalho.
12. Considere que a TNU chega a perceber tal dimensão da GACEN, ao anotar no § 13 do seu julgado:
“A Gratificação de Atividade de Combate e Controle de Endemias (GACEN), instituída pela Lei nº
11.784/2008, tem natureza de gratificação de atividade”. E, principalmente, ao repisar, no primeiro § 15 do
seu julgado (o § seguinte da ementa erroneamente também recebeu o número 15): “a GACEN não é
devida para ressarcimento de despesas do servidor em razão do desempenho de suas funções, mas sim
em razão do próprio desempenho da atividade (pro labore faciendo), consoante

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conformação legal da aludida gratificação contida no artigo 55 da Lei nº 11.784/2008”. Enquanto assim
argumentava, a TNU estava de acordo com as premissas iniciais do julgamento, segundo as quais
vantagens condicionais, mesmo que auferidas por longo tempo em razão do preenchimento dos
requisitos exigidos para percepção, não se incorporam ao vencimento, a não ser quando determinado por
lei. 13. Ocorre que, em seguida, no segundo § 15 do julgado, a TNU arremata que, “dessa forma, a
GACEN é gratificação desvinculada da efetiva produtividade dos servidores ativos que ocupam os cargos
e desempenham as atividades especificadas no artigo 54 da Lei nº 11.784/2008; e é paga aos
357

aposentados que ocupavam aqueles mesmos cargos e que tenham os benefícios concedidos até
19/02/2004, ou com fundamento nos artigos 3º e 6º da Emenda Constitucional nº 41/2003 ou no artigo 3º
da Emenda Constitucional nº 47/2005”. O fato, verdadeiro, de a GACEN ser paga desvinculada da efetiva
produtividade dos servidores ativos que a recebem é apresentado, sem qualquer justificativa, como prova
de que se trata de uma gratificação de caráter geral que deve ser estendida, no seu valor total, aos
aposentados/pensionistas com direito à paridade. 14. Confessadamente, a quebra abrupta da linha
argumentativa da TNU no julgado se deveu à tentativa de seguir entendimento do STF. Este Tribunal,
como se sabe, declarou inconstitucional o pagamento reduzido de gratificação a servidores
inativos/pensionistas com direito à paridade, quando a vantagem paga aos servidores da ativa tem um
caráter geral, pois desvinculada de avaliação de desempenho. Como a GACEN é paga em valor fixo,

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independentemente de avaliação de desempenho, então ostentaria o mesmo caráter geral que, pelo
entendimento do STF, resulta no pagamento aos inativos/pensionistas com direito à paridade no mesmo
patamar pago aos servidores da ativa. 15. O problema é que o julgado da TNU deixa alguns pontos,
cruciais, por explicar. O primeiro já foi destacado: a quebra não justificada das premissas iniciais do
julgado. Ainda que fosse o caso de seguir entendimento do STF, exigível explicar se a mudança não
resulta, e porque não resulta, em contradição com os argumentos primeiros. Porém, o ponto principal é
que manter a linha argumentativa inicial, até final julgamento, com a improcedência do pedido, não levaria
a TNU a decidir contrariamente ao entendimento do STF. Como se sabe, a jurisprudência do STF, a que
a TNU se refere, foi firmada nos casos sobre as diversas gratificações de desempenho criadas ao longo
do tempo. E essas gratificações diferem da GACEN, vez que foram instituídas para serem pagas de
acordo com o desempenho ou produtividade do servidor da ativa, independentemente de serem outros,
distintos, anormais, os trabalhos ou os serviços realizados. 16. Com efeito, nas gratificações de
desempenho comuns criadas ao longo do tempo, os trabalhos ou serviços que ensejam o seu
recebimento são os mesmos que os servidores beneficiados já exerciam e continuam exercendo. O que
muda é apenas a produtividade. Havendo um aumento da produtividade, nos mesmos serviços e
trabalhos normalmente realizados, há aumento no valor da gratificação de desempenho. Nesse contexto,
quando a Administração passou a pagar a título de gratificação de desempenho valor indistinto e
independente de qualquer avaliação, a todos os servidores da ativa, obviamente deixou a gratificação de
ser pro labore faciendo, ostentando caráter geral e alcançando servidores inativos/pensionistas com o
direito à paridade. Não sendo pagas em virtude de trabalhos

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anormais, a natureza pro labore faciendo das diversas gratificações de desempenho se mantém apenas
enquanto pagas em virtude de avaliações periódicas de produtividade. 17. A situação jurídica é totalmente
diferente, quando se trata da GACEN. Sua natureza pro labore faciendo decorre do fato de ser paga pela
realização de serviço em condições distintas. Como já se disse, a GACEN é paga, segundo a letra da lei
que a instituiu, em virtude do servidor da ativa realizar atividades de combate e controle de endemias, em
caráter permanente. Se o ocupante de cargo dos Quadros do Ministério da Saúde ou da FUNASA não
realizar mais tais atividades, não pode continuar recebendo a GACEN. Por isso, não importa que o
pagamento dessa gratificação prescinda de uma avaliação de desempenho. Nem por isso deixa de ser
pro labore faciendo, pois esta natureza decorre do serviço distinto efetivamente realizado, e somente
enquanto efetivamente realizado. As gratificações de desempenho comuns criadas ao longo do tempo,
por não exigirem a realização de serviço distinto para serem pagas, precisam da produtividade
diferenciada do mesmo serviço, para adquirirem natureza pro labore faciendo. 18. Portanto, acolher todas
as consequências de considerar a GACEN uma gratificação pro labore faciendo não significa ir contra
entendimento consolidado pelo STF sobre o caráter geral das gratificações de desempenho, enquanto
estas não tiverem realizadas as avaliações de produtividade. Pelo contrário. Ao reconhecer que a GACEN
tem natureza pro labore faciendo desde o nascedouro, é dever também afirmar que essa gratificação
jamais teve caráter geral, nunca tendo sido devida sua extensão aos inativos/pensionistas com direito à
paridade no mesmo valor pago a servidores da ativa. 19. Aliás, a conclusão é a única de acordo com a
própria jurisprudência do STF, pois este Tribunal, nos mesmos casos, sempre decidiu que, uma vez
consolidada a natureza pro labore faciendo das gratificações de desempenho pela homologação dos
resultados das respectivas avaliações, passaria a ser devido o pagamento diferenciado entre os
servidores da ativa e os inativos/pensionistas com direito à paridade. Como a GACEN sempre teve
natureza pro labore faciendo, não tem caráter geral e não deve ser paga aos servidores da ativa e aos
inativos/pensionistas com direito à paridade no mesmo valor. 20. Essa interpretação começa a ter eco no
STJ, como sinaliza a decisão monocrática tomada no REsp 1.599.139/CE, por meio da qual se negou
provimento ao Especial, com a seguinte fundamentação em destaque, que acolhe argumento do Tribunal
do origem: “Assim sendo, não há previsão legal para que o servidor aposentado receba a GACEN na
mesma proporção que o servidor da ativa, mormente porque essa gratificação é devida em razão da
atividade desenvolvida, isto é, tem natureza pro labore faciendo, segundo a legislação regente, verbis (fls.
480). 5. Dessa forma, o acórdão recorrido encontra-se em consonância como entendimento adotado por
esta Corte, de que nos casos em que a gratificação tem caráter pro labore faciendo não é cabível a
extensão aos inativos na mesma proporção dos Servidores em atividade” (STJ, REsp 1.599.139/CE, Rel.
Min. Napoleão Nunes Maia Filho, DJE de 4/2/2019). 21. Se algum valor a título de GACEN é pago a
358

inativos/pensionistas, isso se dá apenas por liberalidade do legislador. Como já foi colhido do próprio
julgado da TNU, aqui escrutinado, “vantagens condicionais ou modais, mesmo que auferidas por longo
tempo em razão do preenchimento dos requisitos exigidos para sua percepção, não se

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incorporam ao vencimento, a não ser quando essa integração for determinada por lei”. No caso, a Lei n.
11.784/2008, no seu art. 55, § 3º, prevê a incorporação da GACEN aos proventos de aposentadoria,
distinguindo as situações dos servidores que têm direito, ou não, à paridade. Essa regulamentação deve

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ser aplicada estritamente, pois, no contexto de gratificação que ordinariamente não se incorpora ao
vencimento (por ter natureza pro labore faciendo), constitui, como dito, mera liberalidade do legislador. 22.
Assim, ainda que a parte Autora tenha direito à paridade, não é por isso que não faria jus ao recebimento
da GACEN no mesmo valor pago a servidores da ativa. Por isso, não altera esse desfecho o novo
regramento criado pela Lei 13.324/2016. As novas regras, na verdade, confirmam a interpretação até aqui
feita. 23. Destarte, a nova lei faculta ao servidor que tem direito à integralidade e paridade incorporar até
“o valor integral da gratificação”, desde que atendidos certos requisitos (art. 93, III, c/c o art. 92). Dentre
estes, prazo mínimo de recebimento e, portanto, de contribuição sobre a GACEN, para servidores inativos
e pensionistas com direito à integralidade e paridade recebê-la integralmente. Não importa que o tempo
mínimo fixado na lei não alcance o tempo de contribuição para aposentadoria integral. É que o legislador
continua fazendo uma liberalidade, resolvendo a questão da melhor maneira possível, de acordo com o
seu juízo político. O que não se pode é acolher o pedido inicial, tal qual formulado, ainda que seja o caso
de registrar que a parte Autora passou a ter à sua disposição a opção criada pela Lei n. 13.324/2016. 24.
Com a distinção interpretativa apresentada para o caso sob julgamento, considera-se fundamentado o
voto, de acordo com o art. 489, § 1º, inciso VI, do NCPC, ainda que divergente de jurisprudência da TNU
invocada pela parte. Aliás, reportando-se a essa fundamentação, a Coordenação das Turmas Recursais
do DF admitiu incidentes arguidos sobre a matéria nos Recursos Inominados 0039373-96.2016.4.01.3400
0039017-67.2017.4.01.3400, dentre outros, submetendo-os à TNU. Portanto, pelo menos até haver
pronunciamento da TNU em tais incidentes, deve ser mantido o entendimento da TR2/JEF/DF, contrário
ao pleito da parte Autora. 25. Por sinal, em 28/2/2019, a Presidência da TNU admitiu novo PEDILEF para
discutir novamente a possibilidade de extensão, aos servidores inativos, da GACEN (PEDILEF 5006060-
68.2018.4.04.7001/PR, ainda pendente de conclusão). 26. Não provimento do recurso interposto pela
parte Autora. 27. Sem honorários advocatícios. A instância revisora somente pode dispor sobre
honorários, “levando em conta o trabalho adicional realizado em grau recursal” (art. 85, § 11, NCPC). Não
havendo trabalho em grau recursal da parte Recorrida, não há como condenar a parte Recorrente em
honorários advocatícios. Além disso, a parte Autora é beneficiária da gratuidade de justiça. Vencido, no
ponto, o Juiz Federal João Carlos Mayres Soares, que condenou a parte Recorrente vencida em
honorários, no patamar de 10% sobre o valor da causa, com suspensão do pagamento, em virtude da
gratuidade de justiça. Isso porque entende que a disposição legal se aplica apenas aos casos de
majoração dos honorários, devendo haver cominação originária destes em grau recursal, quando
cabíveis, conforme entendimento do STJ.

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ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por
unanimidade, negar provimento ao recurso. Brasília/DF, 23/10/2019.

Juiz David Wilson de Abreu Pardo 2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF RELATOR 3

PROCESSO: 0004630-55.2019.4.01.3400 RECORRENTE: FRANCISCA DE FATIMA SILVA CARMO


ADVOGADO: DF00025089 - GILBERTO SIEBRA MONTEIRO RECORRIDO: UNIAO FEDERAL
ADVOGADO:
EMENTA

CONSTITUCIONAL, ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL. SERVIDOR PÚBLICO DO MINISTÉRIO DA


SAÚDE. DATA ÚNICA PARA PROGRESSÃO NA CARREIRA. VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA
ISONOMIA. NÃO OCORRÊNCIA. NÃO PROVIMENTO DO RECURSO. 1. Ação proposta com a finalidade
de afastar a data única para início da contagem do interstício para a progressão funcional de servidor
público do Ministério da Saúde, conforme estabelecido nos arts. 1º e 2º, do Decreto 84.669/1980, sob o
argumento de que a imposição de data única para progressão funcional sem levar em conta o tempo de
efetivo exercício do cargo a data de ingresso, bem como estabelecendo uma data fixa para início dos
359

efeitos financeiros, afronta os princípios da razoabilidade e da isonomia. 2. A sentença, reconhecendo a


prescrição, rejeitou o pedido ao fundamento de que a TNU já se manifestou sobre a questão e
reconheceu que é válido um marco único para progressão na carreira, pois não fere a razoabilidade e a
isonomia, já que a Administração Pública pode regular os direitos concedidos aos servidores da forma
que gere mais eficiência aos trabalhos do órgão. 3. Razões do recurso interposto pela parte Autora: a) a
data única para progressão é ilegal; b) decisões em processos idênticos vêm julgando procedente referida
ação, bem como nas decisões dos Tribunais Superiores há determinação para que a progressão
funcional dos servidores seja a partir da data de ingresso no órgão; c) o regulamento não é um ato
administrativo totalmente livre para estipular os requisitos e condições da progressão funcional, pois
devem ser respeitados direitos e garantias constitucionais, hierarquicamente superiores, pelo que o

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Decreto nº 84.669/80 ofende o princípio da isonomia, uma vez que contraria o art. 5ª, caput, da Carta
Constitucional brasileira. 4. A União ofereceu resposta escrita ao recurso impugnando a gratuidade de
justiça deferida e a prejudicial de prescrição e, no mérito, pugna pela improcedência do pedido. 5. Rejeita-
se a preliminar de impugnação à assistência judiciária, como levantada, pois feita sem a contraprova dos
elementos que levaram o Juízo originário a conceder o benefício. O novo CPC estabelece que se
presume "verdadeira a alegação de insuficiência deduzida exclusivamente por pessoa natural" (art. 99, §
3º, do NCPC). Assim, tendo o Juízo a quo verificado a presença dos requisitos para a concessão do
benefício, apenas através de contraprova suficiente sobre a situação específica poderia ser indeferido o
pedido. 6. Não se conhece da questão alusiva à prescrição quinquenal, pois a sentença já a

Turma Recursal
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pronunciou, conforme requerido. 7. O tema jurídico objeto do pedido rejeitado vinha sendo decidida pela
TR2/JEF/DF em conformidade com entendimento anterior da TNU, PEDILEF n. 05014601520144058401,
Relator Juiz Federal Gerson Luiz Rocha, DOU 19/02/2016, no sentido de que "a imposição de uma data
única como marco inicial das progressões e/ ou promoções funcionais afronta o princípio da isonomia, na
medida em que desconsidera a data de investidura do servidor no cargo, conferindo tratamento igual a
indivíduos que se encontram em situações diferentes". 8. Ocorre que a TNU reviu seu entendimento,
passando a adotar o posicionamento do STJ, conforme se observa na seguinte ementa: DIREITO
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. CARREIRA DA POLÍCIA FEDERAL. PROGRESSÃO
FUNCIONAL. REQUISITOS. CUMPRIMENTO. EFEITOS FINANCEIROS. LEI N. 9.266/96 E DECRETO
N. 2.565/98. MUDANÇA DE ENTENDIMENTO, COM O OBJETIVO DE ALINHAR ESTA TURMA
NACIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO COM A JURISPRUDÊNCIA DOMINANTE DO E. SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIÇA. INCIDENTE CONHECIDO E PROVIDO. 6. (....) não obstante esta Turma
Nacional de Uniformização já tenha adotado entendimento no sentido do aresto recorrido, é de rigor
observar que recentemente a matéria foi objeto de análise pelo e. Superior Tribunal de Justiça, o qual
vem adotando o posicionamento segundo o qual deve ser aplicada a legislação que regulamenta a
progressão funcional dos policiais federais, qual seja, o art. 2º, parágrafo único, da Lei 9266/96 e o art. 5º
do Decreto 2.565/98, segundo o qual a progressão dos autores deve se dar no mês de março do ano
subsequente, quando implementados os requisitos para a referida promoção. 7. Diversos julgados
confirmam aludido entendimento, in verbis: ... (AGRESP 201202292790, BENEDITO GONÇALVES, STJ -
PRIMEIRA TURMA, DJE DATA:11/05/2016 ..DTPB:.) ...) (AGRESP 201202292790, BENEDITO
GONÇALVES, STJ - PRIMEIRA TURMA, DJE DATA:11/05/2016 ..DTPB:.) ...) (AGRESP 201300965413,
ASSUSETE MAGALHÃES, STJ - SEGUNDA TURMA, DJE DATA:16/03/2016 ..DTPB:.) 8. Assim, visando
uniformizar a jurisprudência das Turmas Recursais com o entendimento que vem sendo adotado pelo
Superior Tribunal de Justiça, tenho que o incidente deve ser conhecido e provido para, alinhando o
entendimento desta Turma Nacional de Uniformização, firmar a tese de que: “a progressão dos servidores
da carreira de policial federal deve ter seus efeitos financeiros a partir de março do ano subsequente, nos
termos do disposto na Lei n. 9.266/96 e no Decreto n. 2.565/98.” 9. Incidente conhecido e provido. (TNU,
PEDILEF 201050500054126, Juiz Federal Fernando Moreira Gonçalves, Data da Publicação:
12/09/2017). 9. Com efeito, esse de fato é o entendimento do STJ: ADMINISTRATIVO. RECURSO
ESPECIAL. SERVIDOR PÚBLICO.

Turma Recursal
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POLICIAL FEDERAL. PROGRESSÃO FUNCIONAL. EFEITOS FINANCEIROS. LEI N. 9.266/1996. 1. A
progressão dos servidores da carreira de policial federal deve ter seus efeitos financeiros a partir de
março do ano subsequente ao das últimas avaliações funcionais, nos termos do disposto na Lei n.
9.266/1996 e no Decreto n. 2.565/1998. 2. Recurso especial provido. (REsp 1690116/SP, Rel. Ministro
OG FERNANDES, SEGUNDA TURMA, julgado em 05/12/2017, DJe 13/12/2017). No mesmo sentido:
REsp 1649269/RJ, Rel. Ministra REGINA HELENA COSTA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 16/05/2017,
DJe 22/05/2017; AgInt no REsp 1613907/RJ, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA
TURMA, julgado em 17/11/2016, DJe 23/11/2016. 10. Dado esse novo contexto jurisprudencial, a
TR2/JEF/DF passou a seguir o novo posicionamento, no julgamento do processo n. 0010193-
98.2017.4.01.3400, de relatoria da Juíza Federal Cristiane Pederzolli Rentzsch, Sessão de 7/3/2018,
360

reafirmando e adotando como sua a tese de que “a progressão dos servidores da carreira de policial
federal deve ter seus efeitos financeiros a partir de março do ano subsequente, nos termos do disposto na
Lei n. 9.266/96 e no Decreto n. 2.565/98”. 11. Semelhantemente, ou seja, pelas mesmas razões, deve ser
mantida a data única para início da contagem do interstício para a progressão funcional dos servidores do
Ministério da Saúde, conforme estabelecido nos arts. 1º e 2º do Decreto 84.669/1980. Assim, não merece
acolhimento o pedido para se reconhecer o direito da parte Autora em ter a progressão e a promoção
funcionais desde a data de seu ingresso no órgão. 12. Não provimento do recurso interposto pela parte
Autora. 13. Honorários advocatícios pela parte Recorrente em 10% sobre o valor corrigido da causa
(artigo 55 da Lei n. 9.099/1995), com suspensão do pagamento enquanto a parte credora não demonstrar
que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão da Gratuidade de

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Justiça, extinguindo-se a dívida cinco anos após o trânsito em julgado deste Acórdão (artigo 98, § 3º,
NCPC). ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito
Federal, por unanimidade, negar provimento ao recurso. Brasília - DF, 23/10/2019.

Juiz David Wilson de Abreu Pardo 2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF

Turma Recursal
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RELATOR 3

PROCESSO: 0001880-80.2019.4.01.3400 RECORRENTE: WILLISSES JORGE DOS ANJOS COSTA


ADVOGADO: DF00055573 - MYLENE QUITÉRIA CALDAS E OUTRO(S) RECORRIDO: UNIAO
FEDERAL (FAZENDA NACIONAL) ADVOGADO: - KELLY OTSUKA MIIKE
EMENTA
TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL. DESPACHO DE EMENDA À INICIAL. DETERMINAÇÃO PARA JUNTAR
INDEFERIMENTO ADMINISTRATIVO. INÉRCIA DA PARTE AUTORA. NÃO OBSERVÂNCIA DO PRAZO
PARA REALIZAÇÃO DA DILIGÊNCIA. NÃO PROVIMENTO DO RECURSO. 1. A sentença julgou extinto
o processo, sem resolução do mérito, nos termos do art. 485, IV e VI do NCPC, sob os seguintes
fundamentos: “[...] a parte-autora foi intimada para juntar o indeferimento administrativo, e quedou-se
inerte, limitando-se a informar que não há previsão legal para a determinação judicial. Entendo que a
parte autora deverá comprovar a lide que impulsione o andamento do Poder Judiciário quando provocado,
o que não aconteceu no presente caso”. 2. Razões do recurso interposto pela parte Autora: a) há
interresse de agir pelo simples fato de a matéria versada neste feito ser contestada pela Fazenda
Nacional em diversas ações semelhantes (incidência de cotribuição previdenciária sobre juros de mora);
b) não há previsão legal que condicione o ajuizamento da ação a requerimento administrativo; c) o
desconto de contribuição previdenciária independe de prévio requerimento administrativo, em face do
princípio da inafastabilidade da jurisdição; d) não cabe a incidência de PSS sobre o montante referente a
juros, visto que possuem natureza jurídica indenizatória e não compensatória. 3. A parte Ré ofereceu
resposta escrita ao recurso. 4. Consoante art. 320, NCPC, a petição será instruída com documentos
indispensáveis à propositura da ação, devendo haver determinação de emenda em 15 (quinze) dias,
quando o juiz verificar que a petição inicial não preenche os requisitos legais. 5. No caso, foi determinada
a emenda à inicial, para que fosse juntado o comprovante de indeferimento administrativo, sob pena de
extinção do processo sem julgamento de mérito. Tal providência não foi adotada pela parte Recorrente,
sob o argumento de que não há previsão legal que condicione o ajuizamento da presente ação à juntada
do referido indeferimento administrativo. 6. O Supremo Tribunal Federal já decidiu que a exigência de
prévio requerimento administrativo não fere a garantia de livre acesso ao Judiciário, previsto no art. 5º,
XXXV, da CF e que o pedido administrativo anterior indeferitório é que caracteriza lesão ou ameaça a
direito. Assim, a ausência de prévio requerimento administrativo constitui óbice ao processamento de
ação judicial contra o INSS, exceto nos seguintes casos: a) revisão de benefícios em que não exista
matéria de fato a ser solucionada; b) casos em que o entendimento da Administração for notório e
reiteradamente contrário à postulação do segurado e redundará, inevitavelmente, em indeferimento; c)
quando a ação for proposta em juizados

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itinerantes; e d) quando o INSS contestar o mérito da ação, vez que, nesse caso, configura-se o interesse
de agir pela resistência à pretensão. (RE nº 631.240, Repercussão Geral, Rel. Min. Luís Roberto Barroso,
DJe 10.11.2014). 7. O Superior Tribunal de Justiça, chamado a se manifestar quanto à aplicação do
referido entendimento em demandas tributárias, reconheceu que a ratio decidendi utilizada quando do
julgamento da exigência ou não do prévio requerimento administrativo nos benefícios previdenciários
pode ser adotada para os pedidos concernentes às contribuições previdenciárias. 8. Colaciona-se, verbis,
o entendimento consolidado no âmbito daquela Corte de Justiça: “[...] Na esfera previdenciária, na área
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de benefícios do Regime Geral de Previdência Social, o STJ, no julgamento do Recurso Especial


Repetitivo 1.369.834/SP (Tema 660), Relator Ministro Benedito Gonçalves, alinhando-se ao que foi
firmado pelo Supremo Tribunal Federal no RE 631.240/MG (Tema 350, Relator Ministro Roberto
Barroso), entendeu pela necessidade do prévio requerimento administrativo. Em matéria tributária a
questão já foi apreciada no âmbito do STJ que consolidou o entendimento da exigência do prévio
requerimento administrativo nos pedidos de compensação das contribuições previdenciárias.
Vejam-se: AgRg nos EDcl no REsp 886.334/SP, Rel. Ministro Castro Meira, Segunda Turma, julgado
em 10/8/2010, DJe 20/8/2010; REsp 952.419/SP, Rel. Ministro Castro Meira, Segunda Turma, julgado
em 2/12/2008, DJe 18/12/2008; REsp 888.729/SP, Rel. Ministro João Otávio de Noronha, Segunda
Turma, julgado em 27/2/2007, DJ 16/3/2007, p. 340; REsp 544.132/RJ, Rel. Ministra Denise Arruda,

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Primeira Turma, julgado em 23/5/2006, DJ 30/6/2006, p. 166. Como as matérias tributária e
previdenciária relacionadas ao Regime Geral de Previdência Social possuem natureza jurídica
distinta, mas complementares, pois, em verdade, tratam-se as relações jurídicas de custeio e de
benefício (prestacional) titularizadas pela União e pelo INSS, respectivamente, com o fim último de
garantir a cobertura dos riscos sociais de natureza previdenciária, entende-se que a razão de decidir
utilizada quando do julgamento da exigência ou não do prévio requerimento administrativo nos benefícios
previdenciários pode também ser adotada para os pedidos formulados à Secretaria da Receita Federal
concernentes às contribuições previdenciárias (REsp 1734733 / PE, Rel. Min. HERMAN BENJAMIN,
publicado em DJe 28/11/2018). 9. Nesse contexto, as razões recursais apresentadas pela Recorrente não
se adéquam ao entendimento consolidado pelo Superior Tribunal de Justiça, notadamente quanto ao
cumprimento de requisitos indispensáveis ao regular prosseguimento da ação. Aplicável, no caso, a regra
processual do art. 321, parágrafo único, NCPC, na qual dispõe: “Se o autor não cumprir a diligência, o juiz
indeferirá a petição inicial”. A sentença, portanto, não merece qualquer reparo. 10. Não provimento do
recurso interposto pela parte Autora. 11. Honorários advocatícios pela parte Recorrente em 10% sobre o
valor corrigido da causa (art. 55 da Lei n. 9.099/1995).

Turma Recursal
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ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, à
unanimidade, negar provimento ao recurso. Brasília/DF, 23/10/2019.

Juiz David Wilson de Abreu Pardo 2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF RELATOR 3

PROCESSO: 0051761-65.2015.4.01.3400 RECORRENTE: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO


SOCIAL-INSS ADVOGADO: - HELIO MARCIO LOPES CARNEIRO RECORRIDO: MARIA JOSE
TEIXEIRA DA SILVA ADVOGADO: - DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO

EMENTA
ASSISTENCIAL E PROCESSUAL. BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA. IDOSO. CARÊNCIA
ECONÔMICA. EXCLUSÃO RENDA MAIOR DE 65 ANOS. IMPACTO ECONÔMICO NO GRUPO
FAMILIAR. MISERABILIDADE. JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA. 1. A sentença acolheu o pedido
inicial para: a) implantar o benefício assistencial de prestação continuada de amparo assistencial ao idoso
em favor da parte Autora, com fundamento no art. 20 e seguintes da Lei n.º 8.742/1993; b) determinar o
pagamento dos respectivos valores atrasados, devidos desde a DER (21.03.2015); c) reconhecer que a
correção monetária deve observar o novo regramento estabelecido pelo Supremo Tribunal Federal, em
sede de repercussão geral, no julgamento do RE 870.947/SE, no qual fixou o IPCA-E como índice de
atualização monetária a ser aplicado a todas as condenações judiciais impostas à Fazenda Pública. Juros
moratórios conforme Manual de Orientação de Procedimentos para os Cálculos na Justiça Federal; d)
antecipar os efeitos da tutela para a implantação do no prazo de 15 dias, sob pena de multa diária. 2.
Razões do recurso interposto pelo INSS: a) a parte Autora não preenche os requisitos legais necessários
ao deferimento do benefício, mormente a renda auferida pelo grupo familiar; b) não há critério razoável
para se afastar a regra constante do art. 20, §3° da Lei Orgânica de Assistência Social, motivo que torna
legítima a adoção do critério de renda per capita inferior a ¼ do salário mínimo para a concessão de
benefícios assistenciais; c) a natureza jurídica do benefício de amparo assistencial não permite a mera
complementação da renda familiar; d) os juros moratórios, acaso se mantenha a condenação, deve
observar os parâmetros estipulados pela Lei n. 11.960/2009. 3. A parte Autora ofereceu resposta escrita
ao recurso. 4. Parte Autora do sexo feminino, atualmente com 68 anos de idade, divorciada,
desempregada, ensino fundamental incompleto, residente no Riacho Fundo I/DF. 5. O laudo pericial
econômico, registrado em 16/11/2015, atesta que a parte Autora declarou renda familiar superior a ¼ do
salário mínimo, sendo, todavia, insuficiente para o sustento de cinco pessoas. Dessas, duas são idosas
que precisam de remédios e alimentação. No que tange ao requisito da renda familiar por integrante, em
362

que o total da remuneração totaliza R$ 1.688,00, auferida pela filha da parte Autora (vendedora), assim
como pela sogra da filha (aposentada), a renda per capita indica uma média mensal de R$ 337,60, já que
são cinco as pessoas compondo o núcleo familiar. Diante das informações prestadas, concluiu a perícia
socioeconômica que a parte Autora deve ser considerada vitima da vulnerabilidade social e
hipossuficiência econômica,

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necessitando do Benefício Assistencial (BPC- Benefício de Prestação Continuada) para sua própria

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subsistência. 6. Em contestação ao laudo pericial econômico, o Instituto Nacional do Seguro Social –
INSS reconheceu a necessidade de esclarecimento quanto à ausência do cônjuge de uma das
integrantes do grupo familiar no cômputo total da renda auferida. Requer maiores esclarecimentos,
ademais, quanto ao valor do aluguel informado pela Autora, o que representa dois terços da renda total
da família. Em resposta, registrada em 10/11/2016, consignou-se que “[...] segundo informações da
autora, seu genro Fabiano Cardoso da Silva, já é falecido, devido à doença de câncer no Pâncreas, por
esta questão não compõe o grupo familiar”. Ainda de acordo com a manifestação, “segundo informações
da autora a família reside no imóvel, o qual ocorreu à visita social, de aluguel a mais de cinco anos, que
era o seu genro quem os sustentavam, que na falta do mesmo, recorrem a ajuda de parentes, os citados
acima”. 7. Como se sabe, “o benefício previdenciário no valor de um salário mínimo recebido por maior de
65 anos deve ser afastado para fins de apuração da renda mensal per capita objetivando a concessão de
benefício de prestação continuada. O entendimento de que somente o benefício assistencial não é
considerado no cômputo da renda mensal per capita desprestigia o segurado que contribuiu para a
Previdência Social e, por isso, faz jus a uma aposentadoria de valor mínimo, na medida em que este tem
de compartilhar esse valor com seu grupo familiar” [STJ, Petição n. 7.203-PE (Incidente de
Uniformização), Terceira Seção, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, DJe 11.10.2011]. No mesmo
sentido: TNU, PEDILEF 200870530000132, Rel. Juiz Federal Ronivon de Aragão, DJ 25.05.2010; TRF 1ª
Região, AC 2009.01.99.062501-2, Segunda Turma, Rel. Juiz Federal Cleberson José Rocha (conv.),
eDJF1 19.10.2012, p. 769. 8. O próprio STF, ao julgar o RE 580.963/PR, declarou a inconstitucionalidade
parcial, sem pronúncia de nulidade, do art. 34, parágrafo único, da Lei n. 10.741/2003 (Estatuto do Idoso),
pela "inexistência de justificativa plausível para discriminação dos portadores de deficiência em relação
aos idosos, bem como dos idosos beneficiários da assistência social em relação aos idosos titulares de
benefícios previdenciários no valor de até um salário mínimo" (STF, RE 580.963/PR, rel. Min. Gilmar
Mendes, Plenário, DJE 14/11/2013). Isso quer dizer que se um idoso (a partir de 65 anos de idade, como
prescreve o art. 34, caput, do Estatuto do Idoso) do grupo familiar receber benefício previdenciário no
valor de até um salário mínimo, tal valor deve ser desconsiderado, para apuração da renda familiar. 9. No
caso, uma das integrantes do grupo familiar (sogra da filha), possui, atualmente, idade superior a 65 anos,
enquadrando-se na regra prevista pelo caput do art. 34 do Estatuto do Idoso e, por isso, sendo alcançada
pelo precedente do STF. Assim, é possível desconsiderar a respectiva aposentadoria no valor de um
salário mínimo, para fins de apuração da renda mensal per capita do grupo familiar, o qual, de acordo
com o laudo socioeconômico, é constituído pela parte Autora, sua filha, um neto, um enteado, assim
como a sogra da filha. Consideradas as circunstâncias, a renda per capita familiar revela-se inferior a 1/4
do salário mínimo definido pela legislação. In casu, a entidade familiar, composta por cinco pessoas,
passa a deter renda total de R$ 900,00 (novecentos reais), o que corresponde à R$ 180,00 (cento e
oitenta reais) por integrante. 10. É certo que o Supremo Tribunal Federal, ao julgar a Reclamação n.
4.374, declarou a inconstitucionalidade do § 3° do art. 20 da LOAS, por entender que o critério objetivo,
renda per capita de ¼ do salário mínimo, é insuficiente para aferição da carência familiar socioeconômica,
além de que tal critério tornou-se defasado diante dos mais recentes e diversos programas de assistência
social que se baseiam em ½ salário mínimo

Turma Recursal
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per capita, para atestar a situação dessa carência. Todavia, de acordo com o relator, min. Gilmar Mendes,
a declaração de inconstitucionalidade do dispositivo normativo foi feita sem pronúncia de nulidade, de
modo que o texto da norma declarada inconstitucional persiste no ordenamento jurídico. O critério da
norma passou, então, a ser conjugado com outros elementos, específicos de cada caso avaliado. 11.
Aliás, a própria legislação acabou por ser reformada, fazendo constar previsão expressa de que "poderão
ser utilizados outros elementos probatórios da condição de miserabilidade do grupo familiar e da situação
de vulnerabilidade" (art. 20, § 11, da Lei n. 8.742/1993, incluído pela Lei n. 13.146/2015). 12. Analisando-
se as peculiaridades do caso concreto, observa-se que além do cumprimento de renda mensal per capita
inferior a ¼ do salário mínimo, o laudo socioeconômico reconhece a vulnerabilidade social e
hipossuficiência econômica da parte Autora. Nesses termos, verbis: “Diante dos fatos apresentados,
entende esta perita que a autora deve ser considerada vitima da vulnerabilidade social e hipossuficiência
econômica, precariedade. Necessitando do Benefício Assistencial (BPC- Benefício de Prestação
Continuada) para sua própria subsistência”. 13. Ademais, no quesito despesa familiar, constante do laudo
socioeconômico, registra-se que a parte Autora possui o seguinte gasto mensal: aluguel, R$ 1.030,00;
363

alimentação, R$ 250,00; energia elétrica, R$ 145,65; condomínio e água, R$ 300,00; gás R$ 60,00.
Totalizando R$ 1.785,65 (p. 8/10 do laudo socioeconômico, registrado em 16/11/2015). É dizer, o próprio
laudo socioeconômico aponta despesas superiores à renda familiar de R$ 900,00, o que ressalta a
carência socioeconômica. 14. Quanto aos juros e correção monetária, na Sessão de 20/09/2017, o STF
concluiu o julgamento do RE 870.947 (repercussão geral), definindo que “o artigo 1º-F da Lei 9.494/1997,
com a redação dada pela Lei 11.960/2009, na parte em que disciplina a atualização monetária das
condenações impostas à Fazenda Pública segundo a remuneração oficial da caderneta de poupança,
revela-se inconstitucional ao impor restrição desproporcional ao direito de propriedade (CRFB, art. 5º,
XXII), uma vez que não se qualifica como medida adequada a capturar a variação de preços da
economia, sendo inidônea a promover os fins a que se destina”. Portanto, não há razão quanto ao pleito

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de aplicação do critério previsto pelo art. 1º-F da Lei n. 9.494/1997. 15. O acórdão referente ao RE
870.947 já foi publicado no DJe de 17/11/2917, tornado público em 20/11/2017 Outrossim, o STJ decidiu
que “a modulação dos efeitos da decisão que declarou inconstitucional a atualização monetária dos
débitos da Fazenda Pública com base no índice oficial de remuneração da caderneta de poupança, no
âmbito do Supremo Tribunal Federal, objetivou reconhecer a validade dos precatórios expedidos ou
pagos até 25 de março de 2015, impedindo, desse modo, a rediscussão do débito baseada na aplicação
de índices diversos. Assim, mostra-se descabida a modulação em relação aos casos em que não ocorreu
expedição ou pagamento de precatório” (REsp 1495146/MG, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques,
Primeira Seção, julgado em 22/02/2018, DJe 02/03/2018). 16. Por isso, não prejudica a conclusão deste
julgamento, quanto aos consectários legais, a pendência de embargos declaratórios, no RE 870.947, nem
mesmo se a tais embargos, excepcionalmente, foi deferido algum efeito suspensivo, pois aqui ainda se

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está na fase de conhecimento da causa, longe do início da eventual fase de cumprimento do julgado,
quanto aos valores pretéritos a serem pagos, se for o caso. 17. Não provimento do recurso interposto pelo
INSS. 18. Incabível condenação em honorários advocatícios, tendo em vista que a parte Autora está
assistida pela Defensoria Pública da União (enunciado da Súmula 421/STJ). ACÓRDÃO Decide a
Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade, negar
provimento ao recurso. Brasília/DF, 23/10/2019.

Juiz David Wilson de Abreu Pardo 2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF RELATOR 3

PROCESSO: 0013702-66.2019.4.01.3400 RECORRENTE: SANDRA REGINA COELHO DA ROCHA


BRAGA ADVOGADO: DF00055589 - JOAO FRANCISCO DE CAMARGO E OUTRO(S) RECORRIDO:
UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL) ADVOGADO: - CELIA FERREIRA TAVARES DE LYRA

EMENTA
TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL. CPSS SOBRE JUROS DE MORA E REGIME DE COMPETÊNCIA.
RESISTÊNCIA PARCIAL DA PARTE RÉ AO MÉRITO DA PRETENSÃO AUTORAL. PRESENÇA DE
INTERESSE DE AGIR. PROVIMENTO DO RECURSO E RETORNO DO FEITO À ORIGEM. 1. A
sentença julgou extinto o processo, sem resolução do mérito, nos termos do art. 485, IV e VI do NCPC,
sob os seguintes fundamentos: “[...] a parte-autora foi intimada para juntar o indeferimento administrativo,
e quedou-se inerte, limitando-se a informar que não há previsão legal para a determinação judicial.
Entendo que a parte autora deverá comprovar a lide que impulsione o andamento do Poder Judiciário
quando provocado, o que não aconteceu no presente caso”. 2. Razões do recurso interposto pela parte
Autora: a) há interresse de agir pelo simples fato de a matéria versada neste feito ser contestada pela
Fazenda Nacional em diversas ações semelhantes (regime de competência e incidência de cotribuição
previdenciária sobre juros de mora); b) não há previsão legal que condicione o ajuizamento da ação a
requerimento administrativo; c) o desconto de contribuição previdenciária independe de prévio
requerimento administrativo, em face do princípio da inafastabilidade da jurisdição; d) não cabe a
incidência de PSS sobre o montante referente a juros, visto que possuem natureza jurídica indenizatória e
não compensatória. 3. A parte Ré ofereceu resposta escrita ao recurso. 4. No caso, foi determinada a
emenda à inicial, para que fosse juntado o comprovante de indeferimento administrativo, sob pena de
extinção do processo sem julgamento de mérito. Tal providência não foi adotada pela parte Recorrente,
sob o argumento de que não há previsão legal que condicione o ajuizamento da presente ação à juntada
do referido indeferimento administrativo. 5. O Supremo Tribunal Federal já decidiu que a exigência de
prévio requerimento administrativo não fere a garantia de livre acesso ao Judiciário, previsto no art. 5º,
XXXV, da CF e que o pedido administrativo anterior indeferitório é que caracteriza lesão ou ameaça a
direito. Assim, a ausência de prévio requerimento administrativo constitui óbice ao processamento de
ação judicial contra o INSS, exceto nos seguintes casos: a) revisão de benefícios em que não exista
matéria de fato a ser solucionada; b) casos em que o entendimento da Administração for notório e
reiteradamente contrário à postulação do segurado e redundará, inevitavelmente, em indeferimento; c)
364

quando a ação for proposta em juizados itinerantes; e d) quando o INSS contestar o mérito da ação, vez
que, nesse caso, configura-se o interesse de agir pela resistência à pretensão. (RE nº 631.240,
Repercussão Geral, Rel. Min. Luís Roberto Barroso, DJe 10.11.2014). 6. O Superior Tribunal de Justiça,
chamado a se manifestar quanto à aplicação do referido entendimento

Turma Recursal
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em demandas tributárias, reconheceu que a ratio decidendi utilizada quando do julgamento da exigência
ou não do prévio requerimento administrativo nos benefícios previdenciários pode ser adotada para os

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pedidos concernentes às contribuições previdenciárias. 7. Colaciona-se, verbis, o entendimento
consolidado no âmbito daquela Corte de Justiça: “[...] Na esfera previdenciária, na área de benefícios do
Regime Geral de Previdência Social, o STJ, no julgamento do Recurso Especial Repetitivo 1.369.834/SP
(Tema 660), Relator Ministro Benedito Gonçalves, alinhando-se ao que foi firmado pelo Supremo
Tribunal Federal no RE 631.240/MG (Tema 350, Relator Ministro Roberto Barroso), entendeu pela
necessidade do prévio requerimento administrativo. Em matéria tributária a questão já foi apreciada no
âmbito do STJ que consolidou o entendimento da exigência do prévio requerimento administrativo nos
pedidos de compensação das contribuições previdenciárias. Vejam-se: AgRg nos EDcl no REsp
886.334/SP, Rel. Ministro Castro Meira, Segunda Turma, julgado em 10/8/2010, DJe 20/8/2010; REsp
952.419/SP, Rel. Ministro Castro Meira, Segunda Turma, julgado em 2/12/2008, DJe 18/12/2008;
REsp 888.729/SP, Rel. Ministro João Otávio de Noronha, Segunda Turma, julgado em 27/2/2007,
DJ 16/3/2007, p. 340; REsp 544.132/RJ, Rel. Ministra Denise Arruda, Primeira Turma, julgado em
23/5/2006, DJ 30/6/2006, p. 166. Como as matérias tributária e previdenciária relacionadas ao Regime
Geral de Previdência Social possuem natureza jurídica distinta, mas complementares, pois, em
verdade, tratam-se as relações jurídicas de custeio e de benefício (prestacional) titularizadas pela
União e pelo INSS, respectivamente, com o fim último de garantir a cobertura dos riscos sociais de
natureza previdenciária, entende-se que a razão de decidir utilizada quando do julgamento da exigência
ou não do prévio requerimento administrativo nos benefícios previdenciários pode também ser
adotada para os pedidos formulados à Secretaria da Receita Federal concernentes às contribuições
previdenciárias (REsp 1734733 / PE, Rel. Min. HERMAN BENJAMIN, publicado em DJe 28/11/2018). 8.
De todo modo, no caso presente, a manifestação da Fazenda Nacional, ao oferecer resposta escrita ao
recurso, resistiu ao mérito da pretensão, especialmente no que toca ao regime de competência. Somente
há Instrução Normativa da RFB no que toca à não incidência da CPSS sobre a parcela referente aos juros
de mora decorrente de valores pagos em cumprimento de decisão judicial ou de acordo homologado. Mas
aqui, como dito, o objeto da ação proposta não é apenas este, tendo a União (Fazenda Nacional) resistido
no mérito, quanto ao outro objeto (regime de competência). 9. Nesse contexto, as razões recursais
apresentadas pela parte Recorrente se adéquam ao entendimento consolidado pelo STF e pelo STJ, de
haver interesse de agir. 10. Provimento do recurso interposto pela parte Autora, para reconhecer a
presença do interesse de agir, anulando-se a sentença. Vencido, em parte, o Juiz Federal João Carlos
Mayer Soares, que deu provimento ao recurso em menos extensão, já que reconheceu o interesse de agir
apenas quanto à discussão sobre o regime de competência. Quanto ao pedido de restituição da CPSS
sobre os juros de mora, não tendo havido resistência da parte Ré, entendeu continuar havendo ausência
de interesse de agir, inclusive porque os pedidos são autônomos.

Turma Recursal
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11. Superada a questão do interesse de agir, inaplicável regra prevista no art. 1.013, § 3º, I, do NCPC,
vez que a parte Ré não foi citada e não apresentou contestação inicial. Ante a ausência de contraditório
totalmente formalizado, o feito deve retornar à origem para regular processamento e julgamento, com
baixa da distribuição na Turma Recursal. 12. Honorários advocatícios incabíveis, por falta de previsão
legal para o arbitramento, quando há provimento do recurso julgado (art. 55, caput, da Lei n. 9.099/1995).
ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por
maioria, dar provimento ao recurso, nos termos do voto do Relator, vencido, em parte, o Juiz Federal
João Carlos Mayer Soares, que lhe deu provimento em menor extensão. Brasília/DF, 23/10/2019.

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PROCESSO: 0022025-94.2018.4.01.3400 RECORRENTE: CARLIM DA SILVA ADVOGADO: -
NPJ/UNICEUB RECORRIDO: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS ADVOGADO:
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL. BENEFÍCIO POR INCAPACIDADE. APOSENTADORIA POR
INVALIDEZ/AUXÍLIO-DOENÇA. INEXISTÊNCIA DE INCAPACIDADE LABORATIVA. PREVALÊNCIA DO
LAUDO PERICIAL PRODUZIDO EM JUÍZO. NÃO PROVIMENTO DO RECURSO. 1. A sentença rejeitou
o pedido de aposentadoria por invalidez/auxílio-doença, sob a fundamentação de ausência de
incapacidade laborativa, conforme laudo pericial. 2. Razões do recurso interposto pela parte Autora: a) a
365

conclusão o exame pericial pela ausência de incapacidade não reflete a sua realidade vivenciada, além
de serem alegações contraditórias, haja vista que há relatórios médicos já acostados ao processo que
indicam a incapacidade laborativa; b) ausência de sensibilidade ao analisar o processo, afinal os sintomas
e efeitos perversos de sua doença (aspecto físico) incidem e tem no cerne de sua atividade cotidiana e no
Princípio da Dignidade Humana e das Liberdades Fundamentais; c) necessidade de nova perícia na
especialidade requerida na Inicial e reiterada na impugnação ao laudo pericial; d) insuficiência da prova
pericial; e) princípios do in dúbio pro misero e da função social da previdência; f) os documentos
apresentados que comprovam a incapacidade; g) prequestionamento. 3. O INSS não ofereceu resposta
escrita ao recurso. 4. Parte Autora do sexo masculino, nascido em 03/08/1987 (atualmente com 32 anos
de idade), casado, declara-se semi-analfabeto, Soldador por cerca de cinco anos (p. 2, do laudo),

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residente e domiciliado em Planaltina/DF. 5. O laudo pericial foi produzido por médico especialista em
ortopedia e traumatologia e com subespecialização em coluna vertebral, ou seja, especialidade habilitada
para periciar a lesão/doença da parte Autora. Depois do seu exame pessoal, foi considerada a
documentação juntada ao feito, conforme dá conta o próprio laudo, o qual faz referência à ressonância
magnética da coluna cervical de 25/10/17 com “pequena herniação discal posterior, sem estenose do
canal C6-C7”, bem como os exames datados em 11/04/2018 realizado pelo Dr. Wesley Lôbo e
19/07/2018 pelo Dr. Alex Vaz da Silva, pelo que sem razão a parte Autora, quanto à necessidade de
produção de novo laudo. 6. O certo é que a perícia registrada em 19/12/2018, realizada por médico
especializado em ortopedia e traumatologia e com subespecialização em coluna vertebral, constatou que
o periciando é portador de doença CID: M51.3 (outra degeneração especificada de disco intervertebral),
fixando a data de início da doença em 25/10/2017. Contudo, a doença não a incapacita para o exercício
de atividade que garanta a subsistência. Após exame clínico detalhado, o mesmo laudo pericial concluiu:
“Trata-se de transtorno degenerativo cervical sem sinais de conflito neural e sem importante limitação
funcional. (...) Não foi identificada incapacidade laboral neste periciado”.

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7. A prova pericial foi taxativa em concluir pela ausência de incapacidade laborativa da parte Autora. A
produção da prova pericial em Juízo, de cunho médico, tem por fim esclarecer a situação funcional da
pessoa, quanto à saúde, no contexto de um procedimento em contraditório e imparcial, devendo
prevalecer sobre documentos unilateralmente juntados por uma das partes. Somente no caso de a prova
pericial judicial ser dúbia ou incompleta é que documentos juntados unilateralmente podem ser usados
para suprir a falta ou a dubiedade da prova pericial judicial, o que não é o caso. Por isso, não é o caso de
usar os documentos médicos juntados unilateralmente, para reconhecer a incapacidade laboral da parte
Autora. 8. Como se sabe, ser portador de doença ou lesão não é a mesma coisa que ser portador de
incapacidade, conforme disciplinado pela legislação previdenciária. Como a incapacidade pode variar ao
longo do tempo, não obstante as doenças ou as lesões se mantenham, então não se pode derivar
automaticamente aquela destas. Por isso, não se pode presumir continuidade do estado incapacitante. Há
de prevalecer, no caso, a conclusão expressa do laudo pericial, assim não sendo necessária a realização
de nova perícia médica, pelo menos no âmbito deste processo. 9. De outra banda, nas demandas de
benefícios por incapacidade, as avaliações são feitas secundum eventum litis e rebus sic stantibus, ou
seja, apenas nas condições e circunstâncias fáticas dadas. Assim, se o laudo dá conta que a parte Autora
possui condições de exercer atividade laborativa neste momento, não há óbice à concessão futura do
benefício, se a avaliação médica assim indicar, ainda que em virtude da mesma enfermidade. Afinal, uma
enfermidade pode ou não resultar em incapacidade. A situação variável desta configura mudança dos
fatos, da causa de pedir. 10. Não provimento do recurso interposto pela parte Autora. 11. Sem
condenação em honorários advocatícios. A instância revisora somente pode dispor sobre honorários,
"levando em conta o trabalho adicional realizado em grau recursal" (art. 85, § 11, NCPC). Não havendo
trabalho em grau recursal pela parte Recorrida, não há como condenar a parte Recorrente em honorários
advocatícios. Além disso, a parte Autora é beneficiária da gratuidade de justiça. Vencido, no ponto, o Juiz
Federal João Carlos Mayres Soares, que condenou a parte Recorrente vencida em honorários, no
patamar de 10% sobre o valor da causa, com suspensão do pagamento, em virtude da gratuidade de
justiça. Isso porque entende que a disposição legal se aplica apenas aos casos de majoração dos
honorários, devendo haver cominação originária destes em grau recursal, quando cabíveis, conforme
entendimento do STJ. ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais
do Distrito Federal, por unanimidade, negar provimento ao recurso. Brasília/DF, 23/10/2019.

Turma Recursal
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Juiz David Wilson de Abreu Pardo 2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF RELATOR 3
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PROCESSO: 0048460-42.2017.4.01.3400 RECORRENTE: ISAIAS PEREIRA DA SILVA NETO


ADVOGADO: DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO RECORRIDO: UNIAO FEDERAL
ADVOGADO:
EMENTA

CONSTITUCIONAL, ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL. GRATIFICAÇÃO DE DESEMPENHO.


APOSENTADORIA. INCORPORAÇÃO TOTAL AOS PROVENTOS. IMPOSSIBILIDADE. NATUREZA
PRO LABORE FACIENDO. PRECEDENTES VINCULANTES DO STF. NÃO CABIMENTO NO JEF DA
PERÍCIA TÉCNICA SUGERIDA EM SEDE RECURSAL. COMPLEXIDADE DA MATÉRIA (E, ASSIM, DA
PROVA) RECONHECIDA PELA PRÓPRIA PARTE AUTORA/RECORRENTE. NÃO PROVIMENTO DO

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RECURSO. 1. A sentença rejeitou o pedido da parte Autora de incorporação da gratificação GDM-PST,
na mesma pontuação da gratificação anterior GDPST, em 100 pontos, sob o fundamento de
impossibilidade da extensão paritária entre servidores ativo e inativos de vantagens propter laborem. 2.
Razões do recurso interposto pela parte Autora: a) deveria estar recebendo a mesma pontuação da
GDPST (antecessora da GDM-PST atribuída aos servidores ativos desde julho/2011, retroativamente a
novembro de 2010, quando teve início o pagamento de 100 pontos aos servidores da carreira da
Previdência Saúde e Trabalho; b) a GDM-PST faz parte da remuneração fixa da parte autora e cuja
totalidade é irredutível, conforme Estatuto do Servidor e Constituição Federal. d) “a questão central é a
demonstração de que a GDPST, antecessora da GDM-PST foi paga no Ministério da Saúde,
INDISTINTAMENTE, a todos servidores ativos, em regra com a mesma pontuação, 100 PONTOS, desde
NOV/2010”; d) dado o caráter genérico dessa gratificação requer a incorporação dos 100 pontos e,
alternativamente, “diante da complexidade da matéria, requer-se a realização de perícia técnica, por
perito credenciado junto ao TRF1, apta a instruir o processo na determinação da natureza jurídica da
GDM-PST paga aos servidores do Ministério da Saúde, desde MAR/2008, se como Vantagem Pecuniária
Permanente, GENÉRICA, ou Vantagem pro labore faciendo”. 3. A União ofereceu resposta escrita ao
recurso suscitando as preliminares de impugnação do valor atribuído à causa e de ausência dos
requisitos necessários à concessão do benefício da justiça gratuita; a prejudicial de prescrição e no,
mérito, requer seja julgado improcedente o pedido. Eventualmente, pede que o direito à incorporação seja
reconhecido a contar do ajuizamento da ação, considerando a ausência do termo de opção; que se
estabeleça qual a média que deva ser calculado os pontos para fins de incorporação e que sejam
observados os termos dos arts. 88 e 89 da Lei 13.324/2016.

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4. Rejeita-se a preliminar de impugnação ao valor da causa arguida pela União, vez que deveria ter
apresentado o valor que entende devido como proveito econômico na demanda e não apenas arguir de
forma genérica a incompatibilidade do valor atribuído. 5. Rejeita-se a preliminar de impugnação à
assistência judiciária, como levantada, pois feita sem contraprova dos elementos que levaram o Juízo
originário a conceder o benefício. O novo CPC estabelece que "Presume-se verdadeira a alegação de
insuficiência deduzida exclusivamente por pessoa natural" (art. 99, § 3º, do NCPC). Assim, tendo o Juízo
a quo verificado a presença dos requisitos para a concessão do benefício, apenas através de contraprova
suficiente sobre a situação específica poderia ser indeferido o pedido. 6. Rejeita-se a prejudicial de
prescrição suscitada pela União, vez que não ocorreu a prescrição do fundo de direito, mas apenas das
parcelas que antecederam aos cinco anos a contar da data da propositura da ação. 7. O pedido da parte
Autora é realmente distinto daqueles recorrentemente julgados pelos JEFs e pelas TRs do Distrito Federal
ao longo do tempo. Neste caso, cuida-se de aferir se a Gratificação de Desempenho referida no processo
não deixou de efetivamente ser genérica, mesmo depois de formalmente iniciados os ciclos de avaliação
pela Administração, pois, ainda que iniciados tais ciclos, não correspondem aos requisitos estabelecidos
pela lei para tornar a Gratificação uma parcela pro labore faciendo. Segundo as razões de recurso, tendo
a parte Autora recebido invariavelmente o patamar máximo da Gratificação durante o seu período de
atividade, na passagem para a inatividade haveria de permanecer o mesmo valor máximo, em virtude da
paridade e da integralidade. 8. Como se sabe, Gratificações de Desempenho são parcelas autônomas
pagas de maneira destacada e não cumulativa, em função do desempenho individual do servidor e, ainda,
do alcance de metas de desempenho institucional do respectivo órgão e da entidade de lotação. Não
servem de base de cálculo para quaisquer outros benefícios, ou parcelas remuneratórias ou vantagens, e
costumam ter previsão legal para o seu reajuste na mesma proporção da revisão geral da remuneração
dos servidores públicos federais. 9. Porém, em relação ao termo inicial para pagamento diferenciado, o
STF decidiu em sede de repercussão geral no RE 662406: “O termo inicial do pagamento diferenciado
das gratificações de desempenho entre servidores ativos e inativos é o da data da homologação do
resultado das avaliações, após a conclusão do primeiro ciclo de avaliações, não podendo a Administração
retroagir os efeitos financeiros a data anterior”. (RE 662406, Relator Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal
Pleno, julgado em 11/12/2014, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-031 DIVULG 13-02-2015 PUBLIC 1802-
2015). 10. A regra foi novamente reafirmada pelo STF, com importante acréscimo, para todas as
Gratificações de Desempenho, ao julgar o Tema 983, cujo Processo Paradigma foi o ARE 1.052.570, com
a publicação do acórdão no DJE de 6.3.2018 e trânsito em julgado em 16/5/2018. No julgado, as Teses
Firmadas foram as seguintes, verbis: "I - O termo inicial do pagamento diferenciado das gratificações de
367

desempenho entre servidores ativos e inativos é o da data da homologação do resultado das avaliações,
após a

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conclusão do primeiro ciclo; II - A redução, após a homologação do resultado das avaliações, do valor da
gratificação de desempenho paga aos inativos e pensionistas não configura ofensa ao princípio da
irredutibilidade de vencimentos". 11. Nas Gratificações de Desempenho criadas ao longo do tempo, os
trabalhos ou serviços que ensejam o recebimento podem ser e até são os mesmos que os servidores

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beneficiados já exerciam e continuam exercendo. O que muda é o desempenho e a produtividade. Sendo
mais elevados, nos mesmos serviços e/ou trabalhos normalmente realizados, há aumento no valor da
Gratificação de Desempenho. Assim, quando a Administração passou a pagar a título de Gratificação de
Desempenho valores indistintos e independentes de qualquer avaliação, a todos os servidores da ativa,
deixou a gratificação de ser pro labore faciendo, ostentando caráter geral e alcançando servidores
inativos e/ou pensionistas com o direito à paridade. Todavia, não sendo pagas em virtude de trabalhos
anormais, a natureza pro labore faciendo das diversas Gratificações de Desempenho se mantém apenas
enquanto pagas em virtude de avaliações periódicas de produtividade. 12. Regra geral, portanto, de
acordo com o entendimento do STF, é legítimo o pagamento diferenciado das Gratificações de
Desempenho, a menor para os servidores inativos, depois da homologação do resultado das avaliações.
13. E é acertada a posição do STF. Como já bem pontuou a TNU, “vantagens condicionais ou modais,
mesmo que auferidas por longo tempo em razão do preenchimento dos requisitos exigidos para sua
percepção, não se incorporam ao vencimento, a não ser quando essa integração for determinada por lei.
(É que as vantagens condicionais ou modais) são vantagens pelo trabalho que está sendo feito (pro
labore faciendo) ou, por outras palavras, são adicionais de função (ex facto officii), ou são gratificações de
serviço (propter laborem), ou, finalmente, são gratificações em razão de condições pessoais do servidor
(propter personam). Daí por que, quando cessa o trabalho, ou quando desaparece o fato ou a situação
que lhes dá causa, deve cessar o pagamento de tais vantagens, sejam elas adicionais de função,
gratificações de serviço ou gratificação em razão das condições pessoais do servidor” (TNU, PEDILEF
05033027020134058302, Juiz Federal Ronaldo José da Silva, DOU de 05/02/2016). 14. Nesse contexto,
não é verdade que a gratificação de desempenho constitui, na prática, simples vantagem inerente ao
cargo, integrando a estrutura remuneratória da Carreira e maneira ardilosa de o Poder Público conceder
um reajuste setorial por vias transversas. Segundo as definições do § precedente, uma vantagem pro
labore faciendo pode ser na modalidade propter laborem, quer dizer, em razão de serviço. Se a
gratificação estivesse sendo paga apenas porque se estava ocupando certo cargo, então teria razão a
parte Autora/Recorrente. Todavia, como é paga em virtude da "quantidade" e da "qualidade" do serviço
efetivamente (institucionalmente e pessoalmente) desenvolvido pelo(a) servidor(a), então a sua natureza
pro labore faciendo surge e se destaca juridicamente, tornando-se inegável. 15. Por outro lado, não há
prova de que pagamentos da gratificação estão sendo feitos na pontuação máxima para os servidores
ativos, mediante avaliação por "ficção

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jurídica", caracterizando um aumento disfarçado de remuneração. Ainda que eventualmente servidores
possam estar sendo avaliados com pontuação máxima, isso não implica que todos estejam sendo. Aliás,
mesmo que vários servidores ativos estivessem sendo avaliados com a pontuação máxima, isso
decorreria dos critérios de avaliação já estabelecidos e executados, ou seja, decorreria da realização dos
ciclos de avaliação feitos com os servidores atualmente em atividade. Ou seja, resultados são obtidos
com base no desempenho dos servidores em atividade. Mesmo a parcela institucional, depois de
realizada a avaliação, leva em conta a produtividade do conjunto daqueles que estão na ativa, não
podendo ser estendida aos que já se encontravam inativos e que, por essa situação, não contribuíram
para o desempenho institucional. 16. É dizer, a circunstância de a parte Autora/Recorrente ter recebido,
segundo argumenta, sempre o mesmo patamar máximo da Gratificação, durante período de atividade,
não retira o caráter pro labore faciendo. Se assim recebia, isso se dava como resultado dos processos de
avaliação individual e institucional, nos termos da lei. Ou seja, felizmente, para a parte Autora, seus
resultados avaliativos devem ter sido sempre amplamente favoráveis, levando ao pagamento no patamar
máximo, mesmo depois de a Gratificação passar a ter natureza pro labore faciendo. Mas essa
circunstância não desfaz tal natureza nem outorga à gratificação de desempenho um caráter genérico a
implicar incorporação automática do patamar máximo aos proventos de aposentadoria do servidor
beneficiado pelas avaliações. 17. Por sua vez, não há prova efetiva de que os critérios de avaliação são
inadequados. Em princípio, nem mesmo é possível dizer que se está premiando o baixo desempenho, ao
se atribuir pontuação máxima a quem individualmente cumpre apenas 75% da meta. Uma tal conclusão
apenas seria possível pela demonstração clara de que o patamar estabelecido não está de acordo com o
contexto produtivo dos servidores ao longo do tempo. É dizer, apenas numa escala comparativa alongada
seria possível avaliar a inadequação da meta adotada. A grandeza da meta ganha sentido numa análise
368

comparativa ou relacional, não em si mesma. Isso porque, em um contexto de produtividade histórica de


até 50%, a meta de 75% pode ser um patamar importante para a Administração Pública. 18. Aliás, a
circunstância denota que a fixação das metas a serem alcançadas deve ser um ato privativo da
Administração Pública, passível de exame judicial apenas de claramente demonstrado seu desacerto
legal. Mesmo que um ato discricionário possa ser judicialmente fiscalizável, do ponto de vista da sua
legalidade, somente pode sofrer a intervenção judicial quando o vício é manifesto. Não é o que se verifica
no presente caso, conforme as razões dos §§ antecedentes, pelo que deve haver uma deferência do
Judiciário ao Administrador. 19. Portanto, considerando as circunstâncias relevantes da situação, a tese
formulada na inicial não tem lugar, sem que se fale de violação ao direito à integralidade/paridade. E a
propósito, novo regramento criado pela Lei 13.324/2016 veio a confirmar esse raciocínio. A nova lei

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faculta ao servidor que tem direito à integralidade e paridade incorporar “valor integral da média dos
pontos da gratificação de desempenho recebidos nos últimos sessenta meses de atividade” (art. 88, III,
c/c o art. 87, XV). Com isso, o legislador decidiu fixar prazo mínimo de recebimento e, ainda, de
contribuição

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previdenciária sobre Gratificações de Desempenho, para o servidor público com direito à integralidade e
paridade recebê-la integralmente, quando passar à inatividade. 20. Seja como for, observe que o valor
integral é da média dos pontos recebidos em lapso de tempo determinado. Não poderia ser diferente,
pois, os valores da gratificação podem variar, dependendo dos resultados das avaliações procedidas.
Outrossim, não importa que o tempo mínimo fixado na lei não alcance o tempo de contribuição para
aposentadoria integral. No fundo, o legislador agiu por meio de um critério de liberalidade e continua
resolvendo a questão da melhor maneira possível, de acordo com o seu juízo político. O que não se pode
é acolher o pedido inicial, tal qual formulado, valendo registrar que a parte Autora passou a ter à sua
disposição a opção criada pela Lei n. 13.324/2016, para receber valores mais elevados da Gratificação de
Desempenho, devendo, por óbvio, observar todos os requisitos ali estabelecidos para tanto. 21. Assim,
gratificação de desempenho não deriva da garantia de paridade e integralidade remuneratória e a sua
extensão aos servidores inativos viola o princípio da legalidade e da reserva legal (art. 37, X, da CF).
Enfim, a partir da data da homologação do resultado das avaliações, após conclusão do primeiro ciclo de
avaliações, passou a valer o pagamento diferenciado da Gratificação entre servidores ativos e os inativos,
conforme a jurisprudência do STF aqui colacionada. 22. Por fim, a parte Autora/Recorrente não requereu
a produção de prova pericial, na petição inicial. E quando pleiteia produção de tal prova, na petição de
recurso, literalmente justifica o pleito “diante da complexidade da matéria”. A par de não precisar a forma
da prova pericial requerida, tem razão a parte Autora/Recorrente sobre a complexidade da matéria e,
assim, sobre a própria complexidade da prova pericial que pleiteia. Seria preciso definir o(s)
profissional(ais) habilitado(s) ao exame e, ainda, os contextos funcionais para a coleta dos dados, a tornar
ainda mais complexa a produção da prova. Em hipóteses tais, o TRF1 tem entendido não caber ao JEF a
produção de tal prova, conforme CC 0013151-72.2017.4.01.0000, Des. Fed. Gilda Sigmaringa Seixas, 1ª
Seção, e-DJF1 de 25/4/2018. 23. Não provimento do recurso interposto pela parte Autora. Dissentiu, em
parte, o Juiz Federal João Carlos Mayer Soares, quanto ao fundamento do § 22 da ementa, ressaltando
sua desnecessidade e implicação de indicar incompetência do JEF. 24. Honorários advocatícios pela
parte Recorrente em 10% sobre o valor corrigido da causa (artigo 55 da Lei n. 9.099/1995), com
suspensão do pagamento enquanto a parte credora não demonstrar que deixou de existir a situação de
insuficiência de recursos que justificou a concessão da Gratuidade de Justiça, extinguindo-se a dívida
cinco anos após o trânsito em julgado deste Acórdão (artigo 98, § 3º, NCPC).

Turma Recursal
E2C1C1535668D2B95C869A5103BA4BF8

ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por
unanimidade, negar provimento ao recurso. Brasília/DF, 23/10/2019.

Juiz David Wilson de Abreu Pardo 2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF RELATOR 3

PROCESSO: 0048320-08.2017.4.01.3400 RECORRENTE: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO


SOCIAL-INSS - INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS ADVOGADO: DF00032692 - ANA
369

FABIA CEDRO DE OLIVEIRA DINIZ RECORRIDO: ANA LUCIA DOS SANTOS - INSTITUTO NACIONAL
DE SEGURO SOCIAL-INSS ADVOGADO: DF00032692 - ANA FABIA CEDRO DE OLIVEIRA DINIZ
EMENTA

PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL. BENEFÍCIO POR INCAPACIDADE. AUXÍLIO DOENÇA. LAUDO


PERICIAL TAXATIVO DE INCAPACIDADE TEMPORÁRIA, COM A FIXAÇÃO DO PERÍODO PARA
PAGAMENTO DO BENEFÍCIO. NÃO OCORRÊNCIA DE DANO MORAL. NÃO PROVIMENTO DOS
RECURSOS INTERPOSTOS POR AMBAS AS PARTES. 1. A sentença, antecipando a tutela, acolheu
parcialmente parte o pedido inicial formulado para determinar que o INSS “conceda o benefício de auxílio
doença em favor da parte autora, desde a data do requerimento administrativo (27/10/2017), com o

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
pagamento das parcelas vencidas, desde esta data, corrigidas monetariamente, a partir do vencimento, e
acrescidas de juros de mora, a partir da citação, tudo em conformidade com o Manual de Cálculos da
Justiça Federal, compensadas as parcelas eventualmente pagas a título de auxílio-doença a partir da
data fixada”. A tutela de urgência foi concedida. 2. Razões do recurso interposto pela parte Autora: a) a
administração feriu os princípios da eficiência, dignidade da pessoa humana, e valores sociais do
trabalho; b) houve inobservância pelo juiz a quo, na sentença, quanto aos danos morais; c) é inegável a
ocorrência de lesão aos direitos de personalidade, pelo que requer a condenação do INSS a indenizar os
prejuízos sofridos, os danos causados, em decorrência da má prestação do serviço público que acarretou
lesão não somente na esfera patrimonial, mas acima de tudo na esfera moral, constituindo assim,
verdadeira afronta ao princípio da dignidade humana e valores sociais do trabalho; d) fixar a indenização
em valores não inferiores ao dobro do montante que se deve para si. 3. Razões do recurso interposto pelo
INSS: a) requer a suspensão dos efeitos da tutela concedida; b) apesar de o laudo ter considerado que a
parte Autora está incapacitada para o trabalho, observa-se que ela exerceu regularmente suas atividades
laborais habituais, com recebimento integral de suas remunerações entre 12/2017 e 09/2018, conforme
comprova o CNIS; c) o período concedido pela sentença a parte autora estava exercendo atividades
laborais; d) neste período não estava incapacitado apesar de ser portadora de doença; e) mudança da
DIB para a data que parte autora realmente não trabalhava mais, após a cessação administrativa em
19/02/2019; f) subsidiariamente requer a autorização dos descontos dos meses trabalhados do valor a ser
recebido de

Turma Recursal
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retroativos; g) aplicação integral dos critérios de juros e correção monetária previstos no art. 1º-F da Lei
n.º 9.494/97, até o trânsito em julgado do acórdão proferido no RE 870.947, ou, ao menos, a
determinação de sobrestamento do feito para até a publicação da decisão sobre a modulação dos efeitos;
h) prequestionamento. 4. A parte Autora ofereceu resposta escrita ao recurso interposto pelo INSS. 5. O
INSS não ofereceu resposta escrita ao recurso interposto pela parte Autora. 6. Parte Autora do sexo
feminino, nascida em 13/10/1987 (atualmente com 32 anos de idade), Auxiliar de limpeza (trabalhando
atualmente), superior incompleto, (cf. p. 1 do laudo) residente em Planaltina/DF. 7. Os fatos narrados não
resultam em danos morais, pois não envolvem lesão a direito que protege a honra da pessoa ou a direito
da personalidade. Pelo menos a parte Autora não justificou convincentemente que algum direito dessa
ordem teria sido violado, na conduta própria do INSS de avaliar e, no caso, rejeitar ou limitar
administrativamente a concessão de benefício. Ou seja, mesmo que depois o benefício tenha sido
concedido, ainda pela via administrativa, ou mesmo judicial, os transtornos eventualmente suportados em
razão disso não consistem em prejuízos passíveis de indenização moral. 8. Aliás, quando ocorre de uma
pretensão ser rejeitada pela Administração, de acordo com o seu juízo de valor, a pessoa tem à sua
disposição propor ação visando a alcançar aquele desiderato, comprovando no respectivo processo o fato
constitutivo do direito. É o que ocorre recorrentemente, quanto às questões previdenciárias. E
dependendo do que resultar provado no processo judicial, o ganho obtido pelo segurado geralmente
alcança o período em que o INSS não pagou o benefício, sendo isso suficiente para a reparação. 9. De
todo modo, não é possível estabelecer uma camisa de força para a Administração, quanto ao seu juízo de
apreciação e decisão dos atos que lhe são próprios. Ademais, o fato de o segurado contar com elementos
médicos favoráveis não pode inevitavelmente resultar na concessão do benefício pleiteado, sem a
avaliação pelo procedimento próprio do INSS, ou do órgão jurisdicional. Afinal, opiniões médicas
costumam divergir e não é incomum a pretensão ser indeferida inclusive no âmbito jurisdicional, ainda
que a parte colacione com a inicial elementos médicos em seu favor. 10. O certo é que "não há falar em
indenização por danos morais quando o INSS indefere a concessão de benefício previdenciário, tendo em
vista que a Administração tem o poder-dever de decidir os assuntos de sua competência e de rever seus
atos, pautada sempre nos princípios que regem a atividade administrativa, sem que a demora não
prolongada no exame do pedido, a sua negativa ou a adoção de entendimento diverso do interessado,
com razoável fundamentação, importe em dano moral ao administrado, de que possam decorrer dor,
humilhação ou sofrimento, suficientes a justificar a indenização pretendida" (TRF 1ª Região: AC
00224483020124019199, Rel. Des. Fed. João Luiz de Sousa, 1ª Câmara Regional Previdenciária da
Bahia, e-DJF1 de 28/7/2017; AC 00063926020114013700, Rel. Des. Fed. Jamil Rosa de Jesus Oliveira,
1ª Turma, e-DJF1 de 12/7/2017). 11. Enfim, não basta falar de "frustração da justa expectativa", para
algum direito da personalidade ter sido afetado. Como se diz na jurisprudência, meros aborrecimentos
370

Turma Recursal
385EED07E77C295AD5DB55E0613EB5A9
não justificam indenização por danos morais. 12. Precedentes no mesmo sentido da TR2/JEF/DF,
julgados nas Sessões de 31/08/2018, de 29/11/2017 e de 11/10/2017, dentre outros: 0074422-
38.2015.4.01.3400, 0021473-03.2016.4.01.3400, 0029883-50.2016.4.01.3400, 0037160-
20.2016.4.01.3400 e 0012854-84.2016.4.01.3400. 13. Quanto ao recurso interposto pelo INSS, há perícia
médica judicial, registrada em 10/04/2018, realizada por médico especialista em Reumatologia no dia
14/03/2018. Segundo a história da moléstia atual (p.2), a parte Autora “em julho/2017 iniciou quadro de

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
fenômeno de Raynaud em mãos, associado a sensação de rigidez articular, além de edema e calor local.
Chegou a ficar internada por um período, mas não foi identificada causa. Em agosto foi encaminhada a
reumatologia e, após realizar exames laboratoriais, definido diagnóstico de doença mista do tecido
conjuntivo. No momento, relata estar trabalhando com bastante artralgia em pés e joelhos. Além disso,
queixa-se de fadiga e cansaço”. É portadora de doença/lesão de CID M 32.1 (Lúpus eritematoso
disseminado (sistêmico) com comprometimento de outros órgãos e sistemas), tendo a DID sido fixada em
julho de 2017 e a DII em 04/12/2017. O documento atesta que há incapacidade laborativa temporária,
total e multiprofissional. Em suas considerações finais concluiu que “foi constatado que o paciente é
portador de Lúpus eritematoso disseminado (CID: M 32.1), foram evidenciados elementos médicos que
indicam Incapacidade Laboral Total e Temporária Multiprofissional por 4 meses, a partir da data da perícia
devido às peculiaridades da patologia, para melhor acompanhamento clínico e prognóstico da doença, do
ponto de vista reumatológico. (...) Há necessidade mudança de função por restrições próprias da
patologia apresentada. Paciente cursando pedagogia, podendo ser readaptada em outra função”. 14. A
prova pericial foi taxativa em concluir pela incapacidade laborativa da parte Autora. A produção da prova
pericial em Juízo, de cunho médico, tem por fim esclarecer a situação funcional da pessoa, quanto à
saúde, no contexto de procedimento em contraditório e imparcial, devendo prevalecer sobre os
documentos unilateralmente juntados por uma das partes, inclusive perícia administrativa pelo INSS. 15.
A Súmula 72/TNU admite ser "possível o recebimento de benefício por incapacidade durante período em
que houve exercício de atividade remunerada, quando comprovado que o segurado estava incapaz para
as atividades habituais na época em que trabalhou". No caso, o benefício deverá ser mantido, já que há a
comprovação de incapacidade pela perícia médica judicial que a parte Autora esteve incapacitada desde
04/12/2017 e por até 04 (quatro) meses da data de realização do exame, devendo receber o benefício
correspondente a esse período. 16. Com efeito, diante da negativa da repartição administrativa (p. 11 da
doc inicial), não restou outra opção à parte Autora a não ser permanecer no labor, enquanto aguardava o
desfecho do julgamento deste processo, independentemente da situação em que se encontrava, como
pode ser observado pelo CNIS (registro em 14/10/2019). Não lhe conceder o benefício correspondente ao
período comprovado de incapacidade significa dupla punição ao segurado, pois haveria negativa
administrativa do benefício, obrigando o incapacitado a buscar fonte de renda em estado de necessidade,
e,

Turma Recursal
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posteriormente, usar-se-ia a atividade laboral em estado de necessidade para se negar o benefício,
quando referida atividade se deu em decorrência da negativa administrativa. 17. Quanto aos juros e
correção monetária, na Sessão de 20/09/2017, o STF concluiu o julgamento do RE 870.947 (repercussão
geral), definindo que “o artigo 1º-F da Lei 9.494/1997, com a redação dada pela Lei 11.960/2009, na parte
em que disciplina a atualização monetária das condenações impostas à Fazenda Pública segundo a
remuneração oficial da caderneta de poupança, revela-se inconstitucional ao impor restrição
desproporcional ao direito de propriedade (CRFB, art. 5º, XXII), uma vez que não se qualifica como
medida adequada a capturar a variação de preços da economia, sendo inidônea a promover os fins a que
se destina”. 18. O acórdão referente ao RE 870.947 já foi publicado no DJe de 17/11/2917, tornado
público em 20/11/2017. Outrossim, o STJ decidiu que “a modulação dos efeitos da decisão que declarou
inconstitucional a atualização monetária dos débitos da Fazenda Pública com base no índice oficial de
remuneração da caderneta de poupança, no âmbito do Supremo Tribunal Federal, objetivou reconhecer a
validade dos precatórios expedidos ou pagos até 25 de março de 2015, impedindo, desse modo, a
rediscussão do débito baseada na aplicação de índices diversos. Assim, mostra-se descabida a
modulação em relação aos casos em que não ocorreu expedição ou pagamento de precatório” (REsp
1495146/MG, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Primeira Seção, julgado em 22/02/2018, DJe
02/03/2018). 19. Por isso, não prejudica a conclusão deste julgamento, quanto aos consectários legais, a
pendência de embargos declaratórios, no RE 870.947, nem mesmo se a tais embargos,
excepcionalmente, foi deferido efeito suspensivo, pois aqui ainda se está na fase de conhecimento da
causa, longe do início da eventual fase de cumprimento do julgado, quanto aos valores pretéritos a serem
pagos, se for o caso. 20. Este acórdão abordou os argumentos levantados pelas partes, pelo que foram
considerados todos os elementos suscitados para fins de prequestionamento. 21. Não provimento dos
recursos. 22. Honorários advocatícios pelo INSS em favor da parte Autora em 10% sobre o valor da
condenação (art. 55, caput, da Lei 9.099/1995), mas respeitada a limitação temporal imposta pelo
371

enunciado da Súmula n. 111/STJ. 23. Sem honorários advocatícios pela parte Autora em favor do INSS.
A instância revisora somente pode dispor sobre honorários, “levando em conta o trabalho adicional
realizado em grau recursal” (art. 85, § 11, NCPC). Não havendo trabalho em grau recursal pelo INSS, não
há como condenar a parte Autora em honorários advocatícios. Além disso, a parte Autora é beneficiária
da gratuidade de justiça. Vencido, no ponto, o Juiz Federal João Carlos Mayres Soares, que condenou a
parte Autora/Recorrente vencida em honorários, no patamar de 10% sobre o valor da causa, com
suspensão do pagamento, em virtude da gratuidade de justiça. Isso porque entende que a disposição
legal se aplica apenas aos casos de majoração dos honorários, devendo haver cominação originária
destes em grau recursal, quando cabíveis, conforme entendimento do STJ.

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Turma Recursal
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ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por
unanimidade, negar provimento aos recursos. Brasília/DF, 23/10/2019.

Juiz David Wilson de Abreu Pardo 2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF RELATOR 3

PROCESSO: 0004756-42.2018.4.01.3400 RECORRENTE: IZABEL CONCEICAO DE ASSIS


ADVOGADO: DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO RECORRIDO: UNIAO FEDERAL
ADVOGADO: - DIEGO EDUARDO FARIAS CAMBRAIA
EMENTA
CONSTITUCIONAL, ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL. GRATIFICAÇÃO DE DESEMPENHO.
APOSENTADORIA. INCORPORAÇÃO TOTAL AOS PROVENTOS. IMPOSSIBILIDADE. NATUREZA
PRO LABORE FACIENDO. PRECEDENTES VINCULANTES DO STF. NÃO CABIMENTO NO JEF DA
PERÍCIA TÉCNICA SUGERIDA EM SEDE RECURSAL. COMPLEXIDADE DA MATÉRIA (E, ASSIM, DA
PROVA) RECONHECIDA PELA PRÓPRIA PARTE AUTORA/RECORRENTE. NÃO PROVIMENTO DO
RECURSO. 1. A sentença rejeitou o pedido da parte Autora de incorporação da gratificação GDM-PST,
na mesma pontuação da gratificação anterior GDPST, em 100 pontos, sob o fundamento de
impossibilidade da extensão paritária entre servidores ativo e inativos de vantagens propter laborem. 2.
Razões do recurso interposto pela parte Autora: a) deveria estar recebendo a mesma pontuação da
GDPST (antecessora da GDM-PST atribuída aos servidores ativos desde julho/2011, retroativamente a
novembro de 2010, quando teve início o pagamento de 100 pontos aos servidores da carreira da
Previdência Saúde e Trabalho; b) a GDM-PST faz parte da remuneração fixa da parte autora e cuja
totalidade é irredutível, conforme Estatuto do Servidor e Constituição Federal. d) “a questão central é a
demonstração de que a GDPST, antecessora da GDM-PST foi paga no Ministério da Saúde,
INDISTINTAMENTE, a todos servidores ativos, em regra com a mesma pontuação, 100 PONTOS, desde
NOV/2010”; d) dado o caráter genérico dessa gratificação requer a incorporação dos 100 pontos e,
alternativamente, “diante da complexidade da matéria, requer-se a realização de perícia técnica, por
perito credenciado junto ao TRF1, apta a instruir o processo na determinação da natureza jurídica da
GDM-PST paga aos servidores do Ministério da Saúde, desde MAR/2008, se como Vantagem Pecuniária
Permanente, GENÉRICA, ou Vantagem pro labore faciendo”. 3. A União ofereceu resposta escrita ao
recurso suscitando a prejudicial de prescrição e no, mérito, requer seja julgado improcedente o pedido.
Eventualmente, pede que o direito à incorporação seja reconhecido a contar do ajuizamento da ação,
considerando a ausência do termo de opção; que se estabeleça qual a média que deva ser calculado os
pontos para fins de incorporação e que sejam observados os termos dos arts. 88 e 89 da Lei
13.324/2016. 4. Rejeita-se a prejudicial de prescrição suscitada pela União, vez que não ocorreu a
prescrição do fundo de direito, mas apenas das parcelas que antecederam aos cinco anos a contar da
data da propositura da ação.

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5. O pedido da parte Autora é realmente distinto daqueles recorrentemente julgados pelos JEFs e pelas
TRs do Distrito Federal ao longo do tempo. Neste caso, cuida-se de aferir se a Gratificação de
Desempenho referida no processo não deixou de efetivamente ser genérica, mesmo depois de
formalmente iniciados os ciclos de avaliação pela Administração, pois, ainda que iniciados tais ciclos, não
correspondem aos requisitos estabelecidos pela lei para tornar a Gratificação uma parcela pro labore
faciendo. Segundo as razões de recurso, tendo a parte Autora recebido invariavelmente o patamar
máximo da Gratificação durante o seu período de atividade, na passagem para a inatividade haveria de
permanecer o mesmo valor máximo, em virtude da paridade e da integralidade. 6. Como se sabe,
Gratificações de Desempenho são parcelas autônomas pagas de maneira destacada e não cumulativa,
em função do desempenho individual do servidor e, ainda, do alcance de metas de desempenho
372

institucional do respectivo órgão e da entidade de lotação. Não servem de base de cálculo para quaisquer
outros benefícios, ou parcelas remuneratórias ou vantagens, e costumam ter previsão legal para o seu
reajuste na mesma proporção da revisão geral da remuneração dos servidores públicos federais. 7.
Porém, em relação ao termo inicial para pagamento diferenciado, o STF decidiu em sede de repercussão
geral no RE 662406: “O termo inicial do pagamento diferenciado das gratificações de desempenho entre
servidores ativos e inativos é o da data da homologação do resultado das avaliações, após a conclusão
do primeiro ciclo de avaliações, não podendo a Administração retroagir os efeitos financeiros a data
anterior”. (RE 662406, Relator Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal Pleno, julgado em 11/12/2014,
PROCESSO ELETRÔNICO DJe-031 DIVULG 13-02-2015 PUBLIC 1802-2015). 8. A regra foi novamente
reafirmada pelo STF, com importante acréscimo, para todas as Gratificações de Desempenho, ao julgar o

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Tema 983, cujo Processo Paradigma foi o ARE 1.052.570, com a publicação do acórdão no DJE de
6.3.2018 e trânsito em julgado em 16/5/2018. No julgado, as Teses Firmadas foram as seguintes, verbis:
"I - O termo inicial do pagamento diferenciado das gratificações de desempenho entre servidores ativos e
inativos é o da data da homologação do resultado das avaliações, após a conclusão do primeiro ciclo; II -
A redução, após a homologação do resultado das avaliações, do valor da gratificação de desempenho
paga aos inativos e pensionistas não configura ofensa ao princípio da irredutibilidade de vencimentos". 9.
Nas Gratificações de Desempenho criadas ao longo do tempo, os trabalhos ou serviços que ensejam o
recebimento podem ser e até são os mesmos que os servidores beneficiados já exerciam e continuam
exercendo. O que muda é o desempenho e a produtividade. Sendo mais elevados, nos mesmos serviços
e/ou trabalhos normalmente realizados, há aumento no valor da Gratificação de Desempenho. Assim,
quando a Administração passou a pagar a título de Gratificação de Desempenho valores indistintos e
independentes de qualquer avaliação, a todos os servidores da ativa, deixou a gratificação de ser pro
labore faciendo, ostentando caráter geral e alcançando servidores inativos e/ou pensionistas com o direito
à paridade. Todavia, não sendo pagas em virtude de trabalhos anormais, a natureza pro labore faciendo
das diversas Gratificações de Desempenho se mantém apenas enquanto pagas em virtude de

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avaliações periódicas de produtividade. 10. Regra geral, portanto, de acordo com o entendimento do STF,
é legítimo o pagamento diferenciado das Gratificações de Desempenho, a menor para os servidores
inativos, depois da homologação do resultado das avaliações. 11. E é acertada a posição do STF. Como
já bem pontuou a TNU, “vantagens condicionais ou modais, mesmo que auferidas por longo tempo em
razão do preenchimento dos requisitos exigidos para sua percepção, não se incorporam ao vencimento, a
não ser quando essa integração for determinada por lei. (É que as vantagens condicionais ou modais) são
vantagens pelo trabalho que está sendo feito (pro labore faciendo) ou, por outras palavras, são adicionais
de função (ex facto officii), ou são gratificações de serviço (propter laborem), ou, finalmente, são
gratificações em razão de condições pessoais do servidor (propter personam). Daí por que, quando cessa
o trabalho, ou quando desaparece o fato ou a situação que lhes dá causa, deve cessar o pagamento de
tais vantagens, sejam elas adicionais de função, gratificações de serviço ou gratificação em razão das
condições pessoais do servidor” (TNU, PEDILEF 05033027020134058302, Juiz Federal Ronaldo José da
Silva, DOU de 05/02/2016). 12. Nesse contexto, não é verdade que a gratificação de desempenho
constitui, na prática, simples vantagem inerente ao cargo, integrando a estrutura remuneratória da
Carreira e maneira ardilosa de o Poder Público conceder um reajuste setorial por vias transversas.
Segundo as definições do § precedente, uma vantagem pro labore faciendo pode ser na modalidade
propter laborem, quer dizer, em razão de serviço. Se a gratificação estivesse sendo paga apenas porque
se estava ocupando certo cargo, então teria razão a parte Autora/Recorrente. Todavia, como é paga em
virtude da "quantidade" e da "qualidade" do serviço efetivamente (institucionalmente e pessoalmente)
desenvolvido pelo(a) servidor(a), então a sua natureza pro labore faciendo surge e se destaca
juridicamente, tornando-se inegável. 13. Por outro lado, não há prova de que pagamentos da gratificação
estão sendo feitos na pontuação máxima para os servidores ativos, mediante avaliação por "ficção
jurídica", caracterizando um aumento disfarçado de remuneração. Ainda que eventualmente servidores
possam estar sendo avaliados com pontuação máxima, isso não implica que todos estejam sendo. Aliás,
mesmo que vários servidores ativos estivessem sendo avaliados com a pontuação máxima, isso
decorreria dos critérios de avaliação já estabelecidos e executados, ou seja, decorreria da realização dos
ciclos de avaliação feitos com os servidores atualmente em atividade. Ou seja, resultados são obtidos
com base no desempenho dos servidores em atividade. Mesmo a parcela institucional, depois de
realizada a avaliação, leva em conta a produtividade do conjunto daqueles que estão na ativa, não
podendo ser estendida aos que já se encontravam inativos e que, por essa situação, não contribuíram
para o desempenho institucional. 14. É dizer, a circunstância de a parte Autora/Recorrente ter recebido,
segundo argumenta, sempre o mesmo patamar máximo da Gratificação, durante período de atividade,
não retira o caráter pro labore faciendo. Se assim recebia, isso se dava como resultado dos processos de
avaliação individual e institucional, nos termos da lei. Ou

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373

seja, felizmente, para a parte Autora, seus resultados avaliativos devem ter sido sempre amplamente
favoráveis, levando ao pagamento no patamar máximo, mesmo depois de a Gratificação passar a ter
natureza pro labore faciendo. Mas essa circunstância não desfaz tal natureza nem outorga à gratificação
de desempenho um caráter genérico a implicar incorporação automática do patamar máximo aos
proventos de aposentadoria do servidor beneficiado pelas avaliações. 15. Por sua vez, não há prova
efetiva de que os critérios de avaliação são inadequados. Em princípio, nem mesmo é possível dizer que
se está premiando o baixo desempenho, ao se atribuir pontuação máxima a quem individualmente
cumpre apenas 75% da meta. Uma tal conclusão apenas seria possível pela demonstração clara de que o
patamar estabelecido não está de acordo com o contexto produtivo dos servidores ao longo do tempo. É
dizer, apenas numa escala comparativa alongada seria possível avaliar a inadequação da meta adotada.

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A grandeza da meta ganha sentido numa análise comparativa ou relacional, não em si mesma. Isso
porque, em um contexto de produtividade histórica de até 50%, a meta de 75% pode ser um patamar
importante para a Administração Pública. 16. Aliás, a circunstância denota que a fixação das metas a
serem alcançadas deve ser um ato privativo da Administração Pública, passível de exame judicial apenas
de claramente demonstrado seu desacerto legal. Mesmo que um ato discricionário possa ser
judicialmente fiscalizável, do ponto de vista da sua legalidade, somente pode sofrer a intervenção judicial
quando o vício é manifesto. Não é o que se verifica no presente caso, conforme as razões dos §§
antecedentes, pelo que deve haver uma deferência do Judiciário ao Administrador. 17. Portanto,
considerando as circunstâncias relevantes da situação, a tese formulada na inicial não tem lugar, sem que
se fale de violação ao direito à integralidade/paridade. E a propósito, novo regramento criado pela Lei
13.324/2016 veio a confirmar esse raciocínio. A nova lei faculta ao servidor que tem direito à integralidade
e paridade incorporar “valor integral da média dos pontos da gratificação de desempenho recebidos nos
últimos sessenta meses de atividade” (art. 88, III, c/c o art. 87, XV). Com isso, o legislador decidiu fixar
prazo mínimo de recebimento e, ainda, de contribuição previdenciária sobre Gratificações de
Desempenho, para o servidor público com direito à integralidade e paridade recebê-la integralmente,
quando passar à inatividade. 18. Seja como for, observe que o valor integral é da média dos pontos
recebidos em lapso de tempo determinado. Não poderia ser diferente, pois, os valores da gratificação
podem variar, dependendo dos resultados das avaliações procedidas. Outrossim, não importa que o
tempo mínimo fixado na lei não alcance o tempo de contribuição para aposentadoria integral. No fundo, o
legislador agiu por meio de um critério de liberalidade e continua resolvendo a questão da melhor maneira
possível, de acordo com o seu juízo político. O que não se pode é acolher o pedido inicial, tal qual
formulado, valendo registrar que a parte Autora passou a ter à sua disposição a opção criada pela Lei n.
13.324/2016, para receber valores mais elevados da Gratificação de Desempenho, devendo, por óbvio,
observar todos os requisitos ali estabelecidos para tanto. 19. Assim, gratificação de desempenho não
deriva da garantia de paridade e

Turma Recursal
AAC37C51D8464270F023536816DD63F6
integralidade remuneratória e a sua extensão aos servidores inativos viola o princípio da legalidade e da
reserva legal (art. 37, X, da CF). Enfim, a partir da data da homologação do resultado das avaliações,
após conclusão do primeiro ciclo de avaliações, passou a valer o pagamento diferenciado da Gratificação
entre servidores ativos e os inativos, conforme a jurisprudência do STF aqui colacionada. 20. Por fim, a
parte Autora/Recorrente não requereu a produção de prova pericial, na petição inicial. E quando pleiteia
produção de tal prova, na petição de recurso, literalmente justifica o pleito “diante da complexidade da
matéria”. A par de não precisar a forma da prova pericial requerida, tem razão a parte Autora/Recorrente
sobre a complexidade da matéria e, assim, sobre a própria complexidade da prova pericial que pleiteia.
Seria preciso definir o(s) profissional(ais) habilitado(s) ao exame e, ainda, os contextos funcionais para a
coleta dos dados, a tornar ainda mais complexa a produção da prova. Em hipóteses tais, o TRF1 tem
entendido não caber ao JEF a produção de tal prova, conforme CC 0013151-72.2017.4.01.0000, Des.
Fed. Gilda Sigmaringa Seixas, 1ª Seção, e-DJF1 de 25/4/2018. 21. Não provimento do recurso interposto
pela parte Autora. Dissentiu, em parte, o Juiz Federal João Carlos Mayer Soares, quanto ao fundamento
do § 20 da ementa, ressaltando sua desnecessidade e implicação de indicar incompetência do JEF. 222.
Honorários advocatícios pela parte Recorrente em 10% sobre o valor corrigido da causa (artigo 55 da Lei
n. 9.099/1995), com suspensão do pagamento enquanto a parte credora não demonstrar que deixou de
existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão da Gratuidade de Justiça,
extinguindo-se a dívida cinco anos após o trânsito em julgado deste Acórdão (artigo 98, § 3º, NCPC).
ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por
unanimidade, negar provimento ao recurso. Brasília/DF, 23/10/2019.

Juiz David Wilson de Abreu Pardo 2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF RELATOR 3


374

PROCESSO: 0012740-43.2019.4.01.3400 RECORRENTE: CLEA MARIA DE VASCONCELLOS


ADVOGADO: DF00055573 - MYLENE QUITÉRIA CALDAS E OUTRO(S) RECORRIDO: UNIAO
FEDERAL (FAZENDA NACIONAL) ADVOGADO: - CELIA FERREIRA TAVARES DE LYRA
EMENTA
TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL. CPSS SOBRE JUROS DE MORA E REGIME DE COMPETÊNCIA.
RESISTÊNCIA PARCIAL DA PARTE RÉ AO MÉRITO DA PRETENSÃO AUTORAL. PRESENÇA DE
INTERESSE DE AGIR. PROVIMENTO DO RECURSO E RETORNO DO FEITO À ORIGEM. 1. A
sentença julgou extinto o processo, sem resolução do mérito, nos termos do art. 485, IV e VI do NCPC,
sob os seguintes fundamentos: “[...] a parte-autora foi intimada para juntar o indeferimento administrativo,
e quedou-se inerte, limitando-se a informar que não há previsão legal para a determinação judicial.

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Entendo que a parte autora deverá comprovar a lide que impulsione o andamento do Poder Judiciário
quando provocado, o que não aconteceu no presente caso”. 2. Razões do recurso interposto pela parte
Autora: a) há interresse de agir pelo simples fato de a matéria versada neste feito ser contestada pela
Fazenda Nacional em diversas ações semelhantes (regime de competência e incidência de cotribuição
previdenciária sobre juros de mora); b) não há previsão legal que condicione o ajuizamento da ação a
requerimento administrativo; c) o desconto de contribuição previdenciária independe de prévio
requerimento administrativo, em face do princípio da inafastabilidade da jurisdição; d) não cabe a
incidência de PSS sobre o montante referente a juros, visto que possuem natureza jurídica indenizatória e
não compensatória. 3. A parte Ré ofereceu resposta escrita ao recurso. 4. No caso, foi determinada a
emenda à inicial, para que fosse juntado o comprovante de indeferimento administrativo, sob pena de
extinção do processo sem julgamento de mérito. Tal providência não foi adotada pela parte Recorrente,
sob o argumento de que não há previsão legal que condicione o ajuizamento da presente ação à juntada
do referido indeferimento administrativo. 5. O Supremo Tribunal Federal já decidiu que a exigência de
prévio requerimento administrativo não fere a garantia de livre acesso ao Judiciário, previsto no art. 5º,
XXXV, da CF e que o pedido administrativo anterior indeferitório é que caracteriza lesão ou ameaça a
direito. Assim, a ausência de prévio requerimento administrativo constitui óbice ao processamento de
ação judicial contra o INSS, exceto nos seguintes casos: a) revisão de benefícios em que não exista
matéria de fato a ser solucionada; b) casos em que o entendimento da Administração for notório e
reiteradamente contrário à postulação do segurado e redundará, inevitavelmente, em indeferimento; c)
quando a ação for proposta em juizados itinerantes; e d) quando o INSS contestar o mérito da ação, vez
que, nesse caso, configura-se o interesse de agir pela resistência à pretensão. (RE nº 631.240,
Repercussão Geral, Rel. Min. Luís Roberto Barroso, DJe 10.11.2014). 6. O Superior Tribunal de Justiça,
chamado a se manifestar quanto à aplicação do referido entendimento

Turma Recursal
31649263AFF56BA9481A7A18D57139F5
em demandas tributárias, reconheceu que a ratio decidendi utilizada quando do julgamento da exigência
ou não do prévio requerimento administrativo nos benefícios previdenciários pode ser adotada para os
pedidos concernentes às contribuições previdenciárias. 7. Colaciona-se, verbis, o entendimento
consolidado no âmbito daquela Corte de Justiça: “[...] Na esfera previdenciária, na área de benefícios do
Regime Geral de Previdência Social, o STJ, no julgamento do Recurso Especial Repetitivo 1.369.834/SP
(Tema 660), Relator Ministro Benedito Gonçalves, alinhando-se ao que foi firmado pelo Supremo
Tribunal Federal no RE 631.240/MG (Tema 350, Relator Ministro Roberto Barroso), entendeu pela
necessidade do prévio requerimento administrativo. Em matéria tributária a questão já foi apreciada no
âmbito do STJ que consolidou o entendimento da exigência do prévio requerimento administrativo nos
pedidos de compensação das contribuições previdenciárias. Vejam-se: AgRg nos EDcl no REsp
886.334/SP, Rel. Ministro Castro Meira, Segunda Turma, julgado em 10/8/2010, DJe 20/8/2010; REsp
952.419/SP, Rel. Ministro Castro Meira, Segunda Turma, julgado em 2/12/2008, DJe 18/12/2008;
REsp 888.729/SP, Rel. Ministro João Otávio de Noronha, Segunda Turma, julgado em 27/2/2007,
DJ 16/3/2007, p. 340; REsp 544.132/RJ, Rel. Ministra Denise Arruda, Primeira Turma, julgado em
23/5/2006, DJ 30/6/2006, p. 166. Como as matérias tributária e previdenciária relacionadas ao Regime
Geral de Previdência Social possuem natureza jurídica distinta, mas complementares, pois, em
verdade, tratam-se as relações jurídicas de custeio e de benefício (prestacional) titularizadas pela
União e pelo INSS, respectivamente, com o fim último de garantir a cobertura dos riscos sociais de
natureza previdenciária, entende-se que a razão de decidir utilizada quando do julgamento da exigência
ou não do prévio requerimento administrativo nos benefícios previdenciários pode também ser
adotada para os pedidos formulados à Secretaria da Receita Federal concernentes às contribuições
previdenciárias (REsp 1734733 / PE, Rel. Min. HERMAN BENJAMIN, publicado em DJe 28/11/2018). 8.
De todo modo, no caso presente, a manifestação da Fazenda Nacional, ao oferecer resposta escrita ao
recurso, resistiu ao mérito da pretensão, especialmente no que toca ao regime de competência. Somente
há Instrução Normativa da RFB no que toca à não incidência da CPSS sobre a parcela referente aos juros
de mora decorrente de valores pagos em cumprimento de decisão judicial ou de acordo homologado. Mas
aqui, como dito, o objeto da ação proposta não é apenas este, tendo a União (Fazenda Nacional) resistido
no mérito, quanto ao outro objeto (regime de competência). 9. Nesse contexto, as razões recursais
apresentadas pela parte Recorrente se adéquam ao entendimento consolidado pelo STF e pelo STJ, de
haver interesse de agir. 10. Provimento do recurso interposto pela parte Autora, para reconhecer a
375

presença do interesse de agir, anulando-se a sentença. Vencido, em parte, o Juiz Federal João Carlos
Mayer Soares, que deu provimento ao recurso em menos extensão, já que reconheceu o interesse de agir
apenas quanto à discussão sobre o regime de competência. Quanto ao pedido de restituição da CPSS
sobre os juros de mora, não tendo havido resistência da parte Ré, entendeu continuar havendo ausência
de interesse de agir, inclusive porque os pedidos são autônomos.

Turma Recursal
31649263AFF56BA9481A7A18D57139F5
11. Superada a questão do interesse de agir, inaplicável regra prevista no art. 1.013, § 3º, I, do NCPC,

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
vez que a parte Ré não foi citada e não apresentou contestação inicial. Ante a ausência de contraditório
totalmente formalizado, o feito deve retornar à origem para regular processamento e julgamento, com
baixa da distribuição na Turma Recursal. 12. Honorários advocatícios incabíveis, por falta de previsão
legal para o arbitramento, quando há provimento do recurso julgado (art. 55, caput, da Lei n. 9.099/1995).
ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por
maioria, dar provimento ao recurso, nos termos do voto do Relator, vencido, em parte, o Juiz Federal
João Carlos Mayer Soares, que lhe deu provimento em menor extensão. Brasília/DF, 23/10/2019.

Juiz David Wilson de Abreu Pardo 2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF RELATOR 3

PROCESSO: 0026396-04.2018.4.01.3400 RECORRENTE: FRANCISVALDO VIANA DOS SANTOS


ADVOGADO: - DEFENSORIA PUBLICA DA UNIÃO - DPU RECORRIDO: INSTITUTO NACIONAL DE
SEGURO SOCIAL-INSS ADVOGADO:
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL. BENEFÍCIO POR INCAPACIDADE. APOSENTADORIA POR
INVALIDEZ/AUXÍLIO-DOENÇA. INEXISTÊNCIA DE INCAPACIDADE LABORATIVA. PREVALÊNCIA DO
LAUDO PERICIAL PRODUZIDO EM JUÍZO. NÃO PROVIMENTO DO RECURSO. 1. A sentença rejeitou
o pedido de aposentadoria por invalidez/auxílio-doença, sob a fundamentação de ausência de
incapacidade laborativa, conforme laudo pericial. 2. Razões do recurso interposto pela parte Autora: a)
nulidade da sentença, pois fundamentou a decisão tão somente no laudo pericial judicial, homologando
suas conclusões, bem como não enfrentou todos os argumentos deduzidos no processo; b) o Juízo, ao
apreciar a prova pericial, não indicou os motivos que o levaram a considerar ou a deixar de considerar as
conclusões do laudo, levando em conta o método utilizado pelo perito, nem as cotejou com as conclusões
contrárias dos médicos responsáveis pelo acompanhamento ao recorrente; c) o Juízo não enfrentou as
razões expostas na inicial e na impugnação ao laudo pericial; d) o perito concluiu que não estava incapaz
para o trabalho, embora todo o acervo probatório acostado aos autos prove o contrário; e) a inadequação
da avaliação pericial pode resultar da falta de formação específica do perito, pois psiquiatria não é a
especialidade principal do perito; f) o laudo é genérico, pois não apresenta informações relevantes sobre
a queixa principal do recorrente, que é a incapacidade por crises epilépticas relacionadas com grânulos
calciformes em ambos os hemisférios cerebrais; g) a desconsideração pelo perito dos relatórios do
médico responsável pelo acompanhamento ao requerente, tornam o laudo comparável ainda às decisões
a que falta fundamentação; h) as provas constantes dos autos bastam à comprovação de que está
incapaz para o trabalho, de modo total e definitivo, desde a data do requerimento do benefício; i) que os
autos sejam baixados em diligência, ao juízo de origem, para a realização de nova perícia, com médico
cuja especialidade principal seja em Neurologia ou, subsidiariamente, em Psiquiatria. 3. O INSS não
ofereceu resposta escrita ao recurso. 4. Parte Autora do sexo masculino, nascido em 03/07/1967
(atualmente com 52 anos de idade), solteiro, ensino fundamental, motorista de caminhão por 16 anos (p.
2, do laudo), residente e domiciliado em São Sebastião/DF. 5. Não há que se falar em nulidade do
julgado, vez que o Juízo a quo explicitou os motivos do convencimento, fundamentando-se devidamente
no laudo pericial, para concluir pela inexistência dos requisitos necessários à concessão do benefício
previdenciário por incapacidade. Se o laudo tem vício, será apreciado em seguida.

Turma Recursal
4A2C6A1FD6570B3327AE83871A891106
6. Não houve cerceamento de defesa, durante a instrução do processo. O laudo pericial foi produzido por
médico especialista em medicina do trabalho, perícias médicas, psiquiatria, ou seja, especialidade
habilitada para periciar a lesão/doença da parte Autora. Depois do seu exame pessoal, foi considerada a
documentação juntada ao feito, conforme dá conta o próprio laudo, o qual faz referência à tomografia do
crânio (de 23/10/2018): “evidenciando focos de calcificação granulomatosos” bem como ao relatório
médico do Dr. Gilmar Pereira (de 22/10/2018): “portador de epilepsia não especificada” pelo que sem
razão a parte Autora, quanto a esse ponto. 7. O certo é que a perícia registrada em 19/12/2018, realizada
por médico especializado em medicina do trabalho, perícias médicas, psiquiatria, constatou que o
periciando é portador de doença CID: G40.9 ( epilepsia não especificada), e ainda que “não é possível
precisar a data de início da patologia, porém periciando apresentou documentaçõa médica datada a partir
376

de abril de 2018”, assim apesar de não fixar uma data precisa estipulou, com base nas documentações
apresentadas desde quando iniciou a doença. Contudo, a doença não a incapacita para o exercício de
atividade que garanta a subsistência. Após exame clínico detalhado, o mesmo laudo pericial concluiu:
“Baseando-se no EMP (Exame Médico-Pericial), nos documento(s) médico(s) e na Anamnese, concluo
que o requerente, no momento, encontra-se APTO para exercer atividade laborativa, de acordo com sua
condição etária e educacional. Não há elementos médicos pertinentes que sustentem a alegação de
incapacidade laboral”. 8. A prova pericial foi taxativa em concluir pela ausência de incapacidade laborativa
da parte Autora. A produção da prova pericial em Juízo, de cunho médico, tem por fim esclarecer a
situação funcional da pessoa, quanto à saúde, no contexto de um procedimento em contraditório e
imparcial, devendo prevalecer sobre documentos unilateralmente juntados por uma das partes. Somente

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
no caso de a prova pericial judicial ser dúbia ou incompleta é que documentos juntados unilateralmente
podem ser usados para suprir a falta ou a dubiedade da prova pericial judicial, o que não é o caso. Por
isso, não é o caso de usar os documentos médicos juntados unilateralmente, para reconhecer a
incapacidade laboral da parte Autora. 9. Como se sabe, ser portador de doença ou lesão não é a mesma
coisa que ser portador de incapacidade, conforme disciplinado pela legislação previdenciária. Como a
incapacidade pode variar ao longo do tempo, não obstante as doenças ou as lesões se mantenham,
então não se pode derivar automaticamente aquela destas. Há de prevalecer, no caso, a conclusão
expressa do laudo pericial, assim não sendo necessária a realização de nova perícia médica, pelo menos
no âmbito deste processo. 10. De outra banda, nas demandas de benefícios por incapacidade, as
avaliações são feitas secundum eventum litis e rebus sic stantibus, ou seja, apenas nas condições e
circunstâncias fáticas dadas. Assim, se o laudo dá conta que a parte Autora possui condições de exercer
atividade laborativa neste momento, não há óbice à concessão futura do benefício, se a avaliação médica
assim indicar, ainda que em virtude da mesma enfermidade. Afinal, uma enfermidade pode ou não
resultar em incapacidade. A situação variável desta configura mudança dos fatos, da causa de pedir. 11.
Não provimento do recurso interposto pela parte Autora. 12. Sem condenação em honorários
advocatícios. A instância revisora somente pode dispor sobre honorários, "levando em conta o trabalho
adicional realizado em grau

Turma Recursal
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recursal" (art. 85, § 11, NCPC). Não havendo trabalho em grau recursal pela parte Recorrida, não há
como condenar a parte Recorrente em honorários advocatícios. Além disso, a parte Autora é beneficiária
da gratuidade de justiça. Vencido, no ponto, o Juiz Federal João Carlos Mayres Soares, que condenou a
parte Recorrente vencida em honorários, no patamar de 10% sobre o valor da causa, com suspensão do
pagamento, em virtude da gratuidade de justiça. Isso porque entende que a disposição legal se aplica
apenas aos casos de majoração dos honorários, devendo haver cominação originária destes em grau
recursal, quando cabíveis, conforme entendimento do STJ. ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma
Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade, negar provimento ao
recurso. Brasília/DF, 23/10/2019.

Juiz David Wilson de Abreu Pardo 2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF RELATOR 3

PROCESSO: 0050960-81.2017.4.01.3400 RECORRENTE: ELIZABETH TOLEDO BIDU ADVOGADO: -


DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO RECORRIDO: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVOGADO:

EMENTA
PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL. BENEFÍCIO POR INCAPACIDADE. APOSENTADORIA POR
INVALIDEZ/AUXÍLIO-DOENÇA. INEXISTÊNCIA DE INCAPACIDADE LABORATIVA. PREVALÊNCIA DO
LAUDO PERICIAL PRODUZIDO EM JUÍZO. NÃO PROVIMENTO DO RECURSO. 1. A sentença rejeitou
o pedido de aposentadoria por invalidez/auxílio-doença, sob a fundamentação de ausência de
incapacidade laborativa, conforme laudo pericial. 2. Razões do recurso interposto pela parte Autora: a) a
sentença fundou-se unicamente nos laudos médicos periciais, os quais concluíram pela ausência de
incapacidade ortopédica e psiquiátrica, esta última feita, apenas, com base nos documentos médicos
apresentados; b) a perícia médica psiquiátrica foi realizada apenas por meio de história detalhada do
caso, relatórios apresentados e na Amnese. Dessa forma, é notória a discrepância entre o documento
médico apresentado e a perícia médica realizada pelo perito; c) a documentação carreada comprova que
a incapacidade persiste, de forma ininterrupta, inclusive confirmando a incapacidade definitiva para o
trabalho merecendo a sentença ser totalmente reformada para garantir o pagamento do auxílio doença
desde a data em que o benefício foi indevidamente cessado; d) labor usual de empregada
doméstica/faxineira é excessivamente gravoso e implica esforço físico e atenção, o que só pode ser bem
desempenhado por alguém plenamente saudável; e) mostra-se insensato concluir que poderá ser
reinserida em outras atividades compatíveis com as restrições impostas, já que possui pouca instrução
377

intelectual e as doenças que a acometem a impedem de laborar; f) requer seja deferida a tutela de
urgência. 3. O INSS não ofereceu resposta escrita ao recurso. 4. Parte Autora do sexo feminino, nascida
em 29/09/1968 (atualmente com 51 anos de idade), divorciada, ensino fundamental, camareira/diarista,
residente e domiciliada em Ceilândia/DF. 5. A primeira perícia registrada em 18/04/2018, realizada por
médico especializado em ortopedia e traumatologia, constatou que a pericianda é portadora de doença,
CID: M 79.7 (fibromialgia), afirmou que não existe DID (Data de Início da Doença) do ponto de vista
ortopédico. Após exame clínico detalhado, o mesmo laudo pericial concluiu: “No caso periciado, conforme
acima exposto, segundo a história da doença, sua evolução, relatórios médicos, exames de imagem e
exame físico, todos esses harmônicos entre si, foram evidenciados elementos médicos que indicam a
AUSÊNCIA DE INCAPACIDADE ORTOPÉDICA DEVE REALIZAR PERÍCIA PSIQUIÁTRICA.

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
APRESENTA INCAPACIDADE INDEFINIDA TOTAL”.

Turma Recursal
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6. Diante das ponderações feitas pelo médico perito especializado em ortopedia e traumatologia, no
sentido que a parte Autora deveria ser avaliada por profissional da área de psiquiatria, foi realizada uma
segunda perícia (registro em 26/11/2018), desta feita por médico especializado em psiquiatria, que
constatou que a pericianda é portadora de doença, CID: M 54.2 (cervicalgia), M 54.5 (dor lombar baixa) e
F 32 (episódios depressivos), não fixando a Data de Início da Doença. Contudo a doença não o
incapacitava para o exercício de atividade que garanta a subsistência. Após exame clínico detalhado, o
mesmo laudo pericial concluiu: “Baseando-se no EMP (Exame Médico-Pericial), nos documento(s)
médico(s) e na Anamnese, concluo que a requerente, no momento, encontra- se APTA para exercer
atividade laborativa, de acordo com sua condição etária e educacional. Não há elementos médicos
pertinentes que sustentem a alegação de incapacidade laboral” (p. 7). 7. A prova pericial foi taxativa em
concluir pela ausência de incapacidade laborativa da parte Autora. A produção da prova pericial em Juízo,
de cunho médico, tem por fim esclarecer a situação funcional da pessoa, quanto à saúde, no contexto de
um procedimento em contraditório e imparcial, devendo prevalecer sobre documentos unilateralmente
juntados por uma das partes. Somente no caso de a prova pericial judicial ser dúbia ou incompleta é que
documentos juntados unilateralmente podem ser usados para suprir a falta ou a dubiedade da prova
pericial judicial, o que não é o caso. Por isso, não é o caso de usar os documentos médicos juntados
unilateralmente, para reconhecer a incapacidade laboral da parte Autora. 8. Ora, como se sabe, ser
portador de doença ou lesão não é a mesma coisa que ser portador de incapacidade, conforme
disciplinado pela legislação previdenciária. Como a incapacidade pode variar ao longo do tempo, não
obstante as doenças ou as lesões se mantenham, então não se pode derivar automaticamente aquela
destas. Por isso, não se pode presumir continuidade do estado incapacitante. Há de prevalecer, no caso,
a conclusão expressa do laudo pericial. 9. De outra banda, nas demandas de benefícios por
incapacidade, as avaliações são feitas secundum eventum litis e rebus sic stantibus, ou seja, apenas nas
condições e circunstâncias fáticas dadas. Assim, se o laudo dá conta que a parte Autora possui condições
de exercer atividade laborativa neste momento, não há óbice à concessão futura do benefício, se a
avaliação médica assim indicar, ainda que em virtude da mesma enfermidade. Afinal, uma enfermidade
pode ou não resultar em incapacidade. A situação variável desta configura mudança dos fatos, da causa
de pedir. 10. Certo é que as perícias médicas judiciais são pela capacidade, independentemente de as
enfermidades existirem, afinal, ser portador de doença ou lesão não é a mesma coisa que ser portador de
incapacidade, conforme disciplinado pela lei previdenciária. 11. Não provimento do recurso interposto pela
parte Autora. 12. Sem condenação em honorários advocatícios. A instância revisora somente pode dispor
sobre honorários, "levando em conta o trabalho adicional realizado em grau recursal" (art. 85, § 11,
NCPC). Não havendo trabalho em grau recursal pela parte Recorrida, não há como condenar a parte
Recorrente em honorários advocatícios. Além disso, a parte Autora é beneficiária da gratuidade de justiça.
Vencido, no ponto, o Juiz Federal João Carlos Mayres Soares, que condenou a parte Recorrente vencida
em honorários, no patamar de 10% sobre o valor da causa, com suspensão do pagamento,

Turma Recursal
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em virtude da gratuidade de justiça. Isso porque entende que a disposição legal se aplica apenas aos
casos de majoração dos honorários, devendo haver cominação originária destes em grau recursal,
quando cabíveis, conforme entendimento do STJ. ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos
Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade, negar provimento ao recurso.
Brasília/DF, 23/10/2019.

Juiz David Wilson de Abreu Pardo 2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF RELATOR 3


378

PROCESSO: 0054635-52.2017.4.01.3400 RECORRENTE: MARIA LUCIA MOSCON ZIMMER


ADVOGADO: DF00038991 - MAISA LOPES CORNELIUS NUNES RECORRIDO: INSTITUTO NACIONAL
DE SEGURO SOCIAL-INSS ADVOGADO:
EMENTA
ASSISTENCIAL E PROCESSUAL. BPC A IDOSO. CONFIGURAÇÃO DO REQUISITO
SOCIOECONÔMICO APÓS A DER. LEGITIMIDADE DA DIB FIXADA NA DATA DA JUNTADA DO
LAUDO SOCIOECONÔMICO. NÃO PROVIMENTO DO RECURSO INTERPOSTO PELA PARTE
AUTORA. 1. A sentença, antecipando os efeitos da tutela, julgou parcialmente procedente o pedido inicial
para condenar o INSS a: “a) implementar em prol da parte Autora o benefício assistencial ao idoso, no
valor de um salário mínimo por mês, assinalandolhe para esse fim o prazo de 60 dias, a contar da

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
publicação da sentença; b) efetuar o pagamento das parcelas vencidas desde a data da juntada do laudo
pericial socioeconômico aos autos (DIB – 07/06/2018), devendo incidir nesses cálculos, juros e correção
monetária nos termos do Manual de Cálculos da Justiça Federal; c) a implantação do benefício (DIP)
deverá ser feita a partir de 01.10.2018”. 2. Razões do recurso interposto pela parte Autora: a) se fazia
imperiosa a concessão do benefício desde a DER (data de entrada do requerimento) do benefício
pleiteado, qual seja, 16/01/2017, de modo que resta imperativa a reforma da sentença a quo; b) ocorre
que a DIB deveria ter sido fixada na DER do benefício pleiteado, vez que as condições socioeconômicas
identificadas na perícia realizada são as mesmas de quando pleiteou o benefício administrativamente; c)
conforme evidenciado pela perícia, reside de favor em uma casa locada por sua filha, a qual reside em
outro endereço, e a única renda percebida pelos membros da família é proveniente do salário do marido,
no valor de um salário mínimo. d) a aposentadoria de seu marido não é suficiente para arcar com os
gastos da família e eles dependem de ajuda alheia para sobreviver; e) tal fundamentação encontra-se
amparada, também, na súmula 22 da TNU, a qual traz a seguinte redação: “Seguridade social. Benefício
assistencial. Termo inicial. Prova pericial. Constatação da incapacidade na data do requerimento
administrativo. Se a prova pericial realizada em juízo dá conta de que a incapacidade já existia na data do
requerimento administrativo, esta é o termo inicial do benefício assistencial.”; f) subsidiariamente, caso
não seja dado provimento ao pedido anterior, a retroação da DIB para a data do ajuizamento da ação,
19/12/2017, e a condenação da parte ré ao pagamento das parcelas vencidas monetariamente corrigidas
desde o respectivo vencimento e acrescidas de juros legais e moratórios, incidentes até a data do
pagamento. 3. O INSS não ofereceu resposta escrita ao recurso. 4. Por meio de despacho registrado em
10/05/2019, foi concedido prazo para que a parte Autora/Recorrente juntasse ao processo prova
documental sobre a DER, a fim de se estabelecer a DIB. Em cumprimento ao despacho registrado em
10/05/2019, a parte

Turma Recursal
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Autora apresentou tela do Sistema PLENUS, informando a data de entrada do requerimento
administrativo (DER) em 07/12/2016 (registro em 06/06/2019). 5. Parte Autora do sexo feminino, nascida
em 14/05/1950, casada, 5º série do ensino fundamental, do lar, residente e domiciliada em Sobradinho
DF. Há contrato de aluguel do imóvel que remete ao ano de 2015 (registro em Doc. Inicial, p.9). 6. O
laudo socioeconômico (registro em 07/06/2018) indicou que a renda familiar era suficiente para suprir as
necessidades básicas da família, não se verificando condição de vulnerabilidade social. No entanto, como
bem consignou a sentença “deve ser desconsiderado, no cálculo da renda per capita familiar, o benefício
recebido por outro membro do grupo, quando também no valor mínimo. In casu, por receber o esposo da
autora o valor de um salário mínimo a título de aposentadoria, desconsidero o benefício por ele recebido”.
Além disso, “observo que o laudo econômico-social confirma que a despesa familiar é custeada pela filha
que não mora no mesmo domicílio da autora. Daí encontra-se satisfeito o requisito da miserabilidade, já
que, com as exclusões e adequações feitas tem-se a miserabilidade in concreto com uma renda per
capita na quantia aquém do mínimo legal exigido - ¼ do salário mínimo”. 7. A sentença concedeu o
Benefício de Prestação Continuada – BPC à parte Autora, não tendo o INSS interposto recurso. A parte
Autora, nas suas razões recursais, se insurge apenas quanto à DIB, devendo-se partir para sua análise.
8. Ora, as regras para fixar termo inicial de benefícios previdenciário/assistenciais por
incapacidade/impedimento são estas: a) se não houve requerimento administrativo e a incapacidade (ou
impedimento, no caso de benefício assistencial) for estabelecida antes da citação, o benefício será devido
desde a citação válida (STJ, 1ª. Seção, REsp nº 1.369.165/SP, rel. Min. Benedito Gonçalves, DJe
7.3.2014, sob o regime representativo de controvérsia); b) se houve requerimento administrativo e a
incapacidade (ou impedimento) estabelecida no laudo pericial for preexistente àquele, o benefício será
devido desde o requerimento administrativo (Súmula n° 22 da TNU: se a prova pericial realizada em juízo
dá conta de que a incapacidade já existia na data do requerimento administrativo, esta é o termo inicial do
benefício assistencial); c) se houve requerimento administrativo e se a perícia judicial não precisar a data
do início da incapacidade (ou impedimento), fixando-a na data da perícia por ausência de provas, desde a
data da citação (STJ RESp 1.311.665, Min. Ari Pargendler, DJe 17.10.2014); d) se houve requerimento
administrativo e o laudo pericial judicial fixar a data de início da incapacidade (ou impedimento) após o
requerimento administrativo (legitimando a recusa do INSS), mas antes do ajuizamento da ação, o
benefício será devido desde a citação (STJ RESp 1.369.165/SP, Min. Benedito Gonçalves, DJe 7.3.2014,
sob regime representativo de controvérsia; TNU, PEDILEF 200971670022131, rel. Juiz Federal Adel
379

Américo de Oliveira, DOU 11.5.2012). Em todo caso, vale o princípio do convencimento motivado que
permite ao magistrado fixar a data de início do benefício mediante análise do conjunto probatório. (TNU
PEDILEF 05017231720094058500, rel. Juíza Federal Simone dos Santos Lemos Fernandes, DOU
23.9.2011). 9. No caso, a parte Autora comprovou requerimento administrativo no dia 07/12/2016 (cf.
JUNTADA DE DOCUMENTOS – EPROC N.º 21361299, registro em 06/06/2019).

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De todo modo, a data do impedimento, tendo em vista o laudo socioeconômico não ter concluído pela

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hipossuficiência da parte Autora, tem como resultado a análise do conjunto probatório, a fim de motivar o
convencimento. Esse impedimento, então, deve se reportar não mais além que a data da juntada da
perícia socioeconômica (07/06/2018), pois não é possível comprovar que aquelas condições eram as
mesmas desde o requerimento administrativo. 10. Assim, o impedimento é posterior tanto ao
requerimento administrativo (07/12/2016) quanto ao ajuizamento da ação (10/01/2018). Por isso, deve ser
mantida a sentença para que a DIB permaneça na data da juntada do laudo socioeconômico
(07/06/2018). 11. Este acórdão abordou os argumentos levantados pelas partes, significando que também
foram considerados os elementos suscitados para fins de prequestionamento. 12. Não provimento do
recurso interposto pela parte Autora. 13. Sem condenação em honorários advocatícios, pois a parte
Recorrida não ofereceu resposta escrita ao recurso interposto. A instância revisora somente pode dispor
sobre honorários, "levando em conta o trabalho adicional realizado em grau recursal" (art. 85, § 11,
NCPC). Não havendo trabalho em grau recursal pela parte Recorrida, não há como condenar a parte
Recorrente em honorários advocatícios. Além disso, a parte Autora é beneficiária da gratuidade de justiça.
Vencido, no ponto, o Juiz Federal João Carlos Mayres Soares, que condenou a parte Recorrente vencida
em honorários, no patamar de 10% sobre o valor da causa, com suspensão do pagamento, em virtude da
gratuidade de justiça. Isso porque entende que a disposição legal se aplica apenas aos casos de
majoração dos honorários, devendo haver cominação originária destes em grau recursal, quando
cabíveis, conforme entendimento do STJ. ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados
Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade, negar provimento ao recurso. Brasília/DF,
23/10/2019.

Juiz David Wilson de Abreu Pardo 2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF RELATOR 3

PROCESSO: 0030249-55.2017.4.01.3400 RECORRENTE: NEIDE GUEDES ADVOGADO: DF00001441 -


JOSE EYMARD LOGUERCIO E OUTRO(S) RECORRIDO: UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVOGADO: - KELLY OTSUKA MIIKE
EMENTA
TRIBUTÁRIO. IMPOSTO DE RENDA PESSOA FÍSICA. RETIFICAÇÃO DA DECLARAÇÃO, MEDIANTE
ALTERAÇÃO DO FORMULÁRIO DO MODELO SIMPLIFICADO PARA O MODELO COMPLETO.
VEDAÇÃO LEGAL DA MUDANÇA DE MODELO, DEPOIS DO FIM DO PRAZO DE DECLARAÇÃO.
PRECEDENTES DO STJ E DO TRF1. NÃO PROVIMENTO DO RECURSO. 1. A sentença rejeitou o
pedido de condenação da União/Fazenda Nacional em acolher a retificação de declaração do Imposto de
Renda, exercício 2017, ano base 2016, do modelo simples para o modelo completo, apresentada em
maio daquele ano, depois do prazo final, em abril, retificação esta apresentada ao fundamento de que a
declaração completa lhe beneficiaria mais que a simplificada, já que se esquecera de declarar despesas
com tratamento médico odontológico no valor de R$ 37.039,15. O esquecimento se dera pelas diversas
crises por que passara, em razão da descoberta de doença renal e tratamento. 2. Razões do recurso
interposto pela parte Autora: a) o Juízo a quo indeferiu o pleito sob o fundamento da decisão proferida no
REsp nº 1.213.714/PR, de relatoria do Min. Mauro Campbell Marques, de 22/03/2011, afirmando que era
entendimento da Corte Especial a impossibilidade de mudança do modelo de declaração após o fim do
prazo para entrega da declaração; b) contudo, naquele caso se chegou ao entendimento de
impossibilidade de mudança tendo em vista o fundamento exclusivo de que um modelo seria mais
favorável que o outro; c) a jurisprudência do TRF1 é favorável à mudança do modelo de declaração desde
que seja constatado que ocorreu erro na declaração pelo contribuinte, acrescido da ausência de má-fé; d)
deixou de declarar seus gastos com procedimentos odontológicos no valor de R$ 37.039,15 em razão de
problemas de saúde e descontrole emocional, ante a constatação de doença grave, o que claramente
demonstra o equivoco no preenchimento e ausência de má-fé; e) o normativo da Receita Federal, IN RFB
1690/2017, que proíbe a retificação da declaração por erro antes da ocorrência de lançamento e
notificação pelo Fisco vai de encontro com o disposto no artigo 147, §1º do Código Tributário Nacional. 3.
A União/Fazenda Nacional ofereceu resposta escrita ao recurso. 4. No caso, a parte Autora formula
pretensão que tem duas implicações que podem ser distinguidas uma da outra. Uma, incluir em sua
Declaração do Imposto de Renda, exercício 2017, despesa com tratamento odontológico, que houvera
esquecido em virtude de crises decorrentes da descoberta de doença renal e seu tratamento. Outra, de
que a retificação, com a inclusão da despesa com tratamento odontológico, seja
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processada por meio de uma declaração completa, e não simplificada, a fim de que possa haver
restituição, no período. 5. Quando assim se distingue a pretensão formulada em Juízo, a primeira até que
poderia ser acolhida, posto que o art. 147, § 1º, CTN, assim dispõe, in verbis: a declaração retificada por
iniciativa do próprio declarante, quando vise a reduzir ou a excluir tributo, só é admissível mediante
comprovação do erro em que se funde, e antes de notificado o lançamento. Como o requerimento
administrativo com a retificação foi apresentado poucos dias após o prazo da declaração de ajuste anual,

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mais precisamente em 09/05/2017 (p. 14 da doc inicial), não havia ainda notificação de lançamento,
sendo que o erro decorre da omissão em declarar despesas médicas odontológicas feitas em 2016 (pp.
4/12 doc inicial). 6. Todavia, quando a parte Autora vincula a retificação à troca de modelo da declaração,
do simples para o completo, então há vedação legal expressa para sua realização. Com efeito, o art. 19
da Medida Provisória n. 1.990-26/1999, sucessivamente reeditada, não convertida em lei, cuja redação
atualmente em vigor corresponde ao art. 18 da Medida Provisória n. 2.189-49/2001, estabelece que a
retificação de declarações de impostos e contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal,
nas hipóteses em que admitida, terá a mesma natureza da declaração originariamente apresentada,
independentemente de autorização pela autoridade administrativa. 7. Com base nessa disposição legal é
que o STJ decidiu, conforme ementa transcrita no corpo da sentença recorrida: TRIBUTÁRIO. RECURSO
ESPECIAL. RETIFICAÇÃO DA DECLARAÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA. MUDANÇA DE MODELO.
IMPOSSIBILIDADE. 1. O art. 19 da Medida Provisória n. 1.990-26/99, sucessivamente reeditada, não
convertida em lei, cuja redação atualmente em vigor corresponde ao art. 18 da Medida Provisória n.
2.189-49/2001, estabelece que a retificação de declarações de impostos e contribuições administrados
pela Secretaria da Receita Federal, nas hipóteses em que admitida, terá a mesma natureza da
declaração originariamente apresentada, independentemente de autorização pela autoridade
administrativa. O parágrafo único do art. 18 da referida Medida Provisória abre caminho para que a
Receita Federal, mediante ato normativo, estabeleça as hipóteses de admissibilidade e os procedimentos
aplicáveis à retificação de declaração, uniformizando assim os procedimentos das suas unidades. 2.
Consoante decidiu esta Turma, ao julgar o REsp 860.596/CE (Rel. Min. Eliana Calmon, DJe 21.10.2008),
a opção pela declaração na forma completa ou simplificada é exclusiva do contribuinte, sendo possível
alterar a escolha até o fim do prazo para entrega da declaração. Ultrapassado esse prazo, a escolha
menos favorável não constitui motivo para a retificação. 3. No caso, o Tribunal de origem não contrariou
os arts. 97, incisos II, III, IV e VI, e 114, do Código Tributário Nacional, e 8º, caput e incisos I e II, alíneas
a, b e f, da Lei n. 9.250/95, ao decidir que, nos termos dos arts. 18 da MP n. 2.189-49/2001, 54 da IN/SRF
n. 15/2001 e 5º da IN/SRF n. 185/2002, o contribuinte que opta por apresentar a declaração de imposto
de renda pelo modelo simplificado não pode, após o prazo de entrega, retificála através do modelo
completo. 4. Recurso especial conhecido e não provido (STJ, REsp n. 1213714 PR 2010/0179758-7, STJ,
Segunda Turma, Relator Ministro Mauro Campbell Marques, DJe 22/03/2011).

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8. Assim também já decidiu o TRF da 1ª Região: TRIBUTÁRIO. IMPOSTO DE RENDA PESSOA FÍSICA.
ALTERAÇÃO DO MODELO SIMPLIFICADO PARA O COMPLETO APÓS NOTIFICAÇÃO.
IMPOSSIBILIDADE. LEGALIDADE DO AUTO DE INFRAÇÃO. OMISSÃO DE RENDIMENTOS
DECLARADA PELO FISCO. MULTA ELEVADA. CONFISCO PATRIMONIAL VEDADO. ART. 150, IV DA
CF. APELAÇÃO PARCIALMENTE PROVIDA. 1. O contribuinte, ao encaminhar a declaração pelo
modelosimplificado, na forma do art. 10 da Lei 9.250/95, exerceu uma opção que a legislação lhe
conferia, não cabendo à Receita Federal alterá-la de ofício, ainda que o contribuinte tenha adotado a
opção menos favorável. 2. "Consoante decidiu esta Turma, ao julgar o REsp 860.596/CE (Rel. Min. Eliana
Calmon, DJe 21.10.2008), a opção pela declaração na forma completa ou simplificada é exclusiva do
contribuinte, sendo possível alterar a escolha até o fim do prazo para entrega da declaração.
Ultrapassado esse prazo, a escolha menos favorável não constitui motivo para a retificação." (REsp
1213714/PR, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 15/03/2011,
DJe 22/03/2011) 3. Ainda que a MP 1.990-26, de 14 de dezembro de 1999, tenha sido editada após os
exercícios ora impugnados (1997/1998), resta incontroverso não ser possível efetuar qualquer retificação
depois da notificação de lançamento, conforme dispõe o art. 147, § 1º, do CTN. 4. Quanto à multa
aplicada pela omissão de rendimentos e lançamento de ofício no percentual de 75%, em que pese seu
caráter "educativo", como forma de sanção objetivando desestimular a sonegação, ofende os princípios
da razoabilidade e proporcionalidade, pois demonstra ser desmedida, elevada, e assume contornos de
confisco patrimonial, violando o art. 150, IV da CF. Sendo assim, em observância ao disposto no art. 59
da Lei n. 8.383/91, razoável a redução da multa de 75% para 20%. 5. Nos termos do art. 21, parágrafo
único, do CPC/73, aplicável à espécie, ficam mantidos os honorários de sucumbência fixados na sentença
(R$ 2.000,00), em favor da Fazenda Nacional. 6. Apelação parcialmente provida. (TRF 1ª Região, AC
001855954.2002.4.01.3400, Relator Juiz Federal Marcel Peres de Oliveira, Sétima Turma, eDJF1
15/06/2018). 9. Não provimento do recurso interposto pela parte Autora. 10. Honorários advocatícios pela
381

parte Recorrente em 10% sobre o valor corrigido da causa (art. 55 da Lei n. 9.099/1995). ACÓRDÃO
Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade,
negar provimento ao recurso. Brasília/DF, 23/10/2019.

Turma Recursal
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Juiz David Wilson de Abreu Pardo 2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF RELATOR 3

PROCESSO: 0009447-02.2018.4.01.3400 RECORRENTE: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO


SOCIAL-INSS ADVOGADO: - NEFERTITI SACRAMENTO FERREIRA MARMUND RECORRIDO:
MAURO SOUZA DA SILVA ADVOGADO: - NPJ/FACIPLAC
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO, ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL. BENEFÍCIO POR INCAPACIDADE. AUXÍLIO-
DOENÇA. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. INCAPACIDADE PARCIAL, AINDA QUE
PERMANENTE. PREVISÃO LEGAL DE SUBMISSÃO DO SEGURADO À REABILITAÇÃO PELO INSS.
POSSIBILIDADE DE DEFLAGRAÇÃO JUDICIAL DO PROCEDIMENTO. TEMA 177/TNU.
MANUTENÇÃO DO AUXÍLIO DOENÇA, DURANTE O PROCESSO DE REABILITAÇÃO. NÃO
PROVIMENTO DO RECURSO. 1. A sentença acolheu parcialmente o pedido para “condenar o INSS a
restabelecer, em favor da parte autora, o benefício de auxílio-doença desde 22/03/2018 (NB 618.885.152-
5), devendo a parte autora ser encaminhada ao processo de reabilitação profissional e o benefício
mantido até que a mesma seja efetivamente reabilitada para o desempenho de nova atividade que lhe
garanta a subsistência (art. 62, parágrafo único, da Lei nº 8.213/91)”. Concedeu a medida cautelar para
que o benefício fosse restabelecido imediatamente. Quanto as diferenças pretéritas determinou que
sejam corrigidas monetariamente mediante a variação do INPC e acrescidas de juros de mora. 2. Razões
do recurso interposto pelo INSS: a) impossibilidade de condicionar a cessação do benefício à reabilitação
profissional; b) a TNU, através do PEDILEF 0506698-72.2015.4.05.8500/SE, fixou a tese (tema 177) no
sentido de que não é possível o judiciário determinar a reabilitação profissional propriamente dita, mas
apenas o início do processo, através da perícia de elegibilidade; c) pela inexistência de perícia
multidisciplinar nos autos (tão somente médica), a decisão em análise careceu de elementos concretos de
aferição da elegibilidade ao processo de reabilitação; d) caso haja a recuperação da capacidade
laborativa para a mesma função antes exercida o auxílio-doença deve ser cessado, independente da
submissão do segurado ao processo de reabilitação; e) obrigatoriedade de fixação de DCB e atribui ao
segurado a iniciativa de solicitar a prorrogação do benefício com data prevista de cessação; f) os
requisitos da carência e qualidade de segurado não podem ser tidos por incontroversos, devendo ser
analisados conforme a prova dos autos, a partir da data de início da incapacidade (DII) considerada na via
judicial; g) aplicação integral dos critérios de juros e correção monetária previstos no art. 1º-F da Lei n.º
9.494/97 até o trânsito em julgado do acórdão proferido no RE 870.947, ou, ao menos, a determinação de
sobrestamento do feito para até a publicação da decisão sobre a modulação dos efeitos; h)
prequestionamento. 3. A parte Autora ofereceu resposta escrita ao recurso. 4. Parte Autora do sexo
masculino, nascido em 12/05/1967 (atualmente com 52 anos de idade) ensino até o nível fundamental,
Vigilante por 22 anos, porteiro, encarregado (cf.

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p. 2 do laudo), residente no Recanto das Emas/DF. 5. O laudo pericial, registrado em 05/06/2018,
produzido por médico especialista em Oftalmologia, atestou que a parte Autora é portadora de glaucoma
crônico de ângulo aberto em ambos os olhos (CID: H40.1), não fixou a data de início da incapacidade.
Conforme conclusão do laudo “existe incapacidade parcial, permanente e multiprofissional para a
atividade laborativa” e ainda que “Com base nos exames realizados por mim no periciando, aliado a
relatórios e exames prévios, foi constatado acuidade visual com correção de 20/50 em ambos os olhos e
glaucoma crônico de ângulo aberto”. No entanto, é passível de recuperação ou reabilitação para o
exercício de outra atividade. 6. Apesar de não fixar a DII no laudo, é possível constatar que essa mesma
incapacidade gerou a concessão de benefício de auxílio-doença anterior (cf. registro em 30/07/2018, p. 4
do EPROC LAUDOS DO SABI DOCUMNETOS). Consta ainda que a data de início da incapacidade se
deu em 14/11/2014 e conforme o CNIS (registro em 21/03/2019) houve a concessão do benefício de
auxílio-doença de 14/11/2014 a 10/06/2015 e de 25/09/2015 a 21/03/2018. Dessa forma não deve se falar
em perda de qualidade de segurado. 7. Ora, no caso sob julgamento, não se trata de se aguardar com o
passar do tempo a simples recuperação da incapacidade do beneficiário para a atividade que exercia
(operador de máquinas pesadas), haja vista a parte Autora ser incapaz parcial e definitivamente. Portanto,
a reabilitação profissional (que visa a reinserir o beneficiário da Previdência Social no mercado de
trabalho através da capacitação profissional ao exercício de outra ou da mesma atividade laborativa) é o
382

meio adequado para possibilitar à parte Autora a subsistir por conta própria, com manutenção do
benefício de auxílio doença, enquanto esse objetivo não é alcançado. 8. É o que determina o art. 62 da
Lei n. 8.213/1991: “o segurado em gozo de auxíliodoença, insuscetível de recuperação para sua atividade
habitual, deverá submeter-se a processo de reabilitação profissional para o exercício de outra atividade.
Parágrafo único. O benefício a que se refere o caput deste artigo será mantido até que o segurado seja
considerado reabilitado para o desempenho de atividade que lhe garanta a subsistência ou, quando
considerado não recuperável, seja aposentado por invalidez” (redação dada e incluído pela Lei n.
13.457/2017). 9. Por isso, o INSS não pode abster-se de cumprir referida legislação legal, pois é de sua
responsabilidade o processo de reabilitação, tratando-se de garantia imprescindível para que beneficiário
obtenha nova oportunidade de emprego. Assim também estabelece a Lei da Previdência: “art. 89 A

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habilitação e a reabilitação profissional e social deverão proporcionar ao beneficiário incapacitado parcial
ou totalmente para o trabalho, e às pessoas portadoras de deficiência, os meios para a (re) educação e
de (re) adaptação profissional e social indicados para participar do mercado de trabalho e do contexto em
que vive. [...] Art. 90. A prestação de que trata o artigo anterior é devida em caráter obrigatório aos
segurados, inclusive aposentados e, na medida das possibilidades do órgão da Previdência Social, aos
seus dependentes”. 10. De acordo com as circunstâncias do caso, portanto, a regra aplicável à DCB é
aquela

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prevista no art. 62 da n. Lei 8.213/1991, e não a prevista no art. 60, § 8º, da mesma Lei, incluído pela MP
n. 739/2016, convertida na Lei n. 13.457/2017. Aliás, no caso sob julgamento, correta a sentença, pois
apenas condicionou a cessação do benefício do auxílio doença à efetiva reabilitação da parte Autora, sem
antecipadamente ordenar que, não se obtendo sucesso na reabilitação estabelecida pela lei, é o caso de
aposentadoria. O Tema 177 da TNU veda essa antecipação, não presente no caso, mas não veda que se
deflagre judicialmente o procedimento de reabilitação, como ordenado pela sentença. 11. Quanto aos
juros e correção monetária, na Sessão de 20/09/2017, o STF concluiu o julgamento do RE 870.947
(repercussão geral), definindo que “o artigo 1º-F da Lei 9.494/1997, com a redação dada pela Lei
11.960/2009, na parte em que disciplina a atualização monetária das condenações impostas à Fazenda
Pública segundo a remuneração oficial da caderneta de poupança, revela-se inconstitucional ao impor
restrição desproporcional ao direito de propriedade (CRFB, art. 5º, XXII), uma vez que não se qualifica
como medida adequada a capturar a variação de preços da economia, sendo inidônea a promover os fins
a que se destina”. 12. Portanto, sem razão o INSS, quanto ao pleito de aplicação do critério previsto pelo
art. 1º-F da Lei n. 9.494/1997. 13. O acórdão referente ao RE 870.947 já foi publicado no DJe de
17/11/2017, tornado público em 20/11/2017. Outrossim, o STJ decidiu que “a modulação dos efeitos da
decisão que declarou inconstitucional a atualização monetária dos débitos da Fazenda Pública com base
no índice oficial de remuneração da caderneta de poupança, no âmbito do Supremo Tribunal Federal,
objetivou reconhecer a validade dos precatórios expedidos ou pagos até 25 de março de 2015,
impedindo, desse modo, a rediscussão do débito baseada na aplicação de índices diversos. Assim,
mostra-se descabida a modulação em relação aos casos em que não ocorreu expedição ou pagamento
de precatório” (REsp 1495146/MG, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Primeira Seção, julgado em
22/02/2018, DJe 02/03/2018). 14. Por isso, não prejudica a conclusão deste julgamento, quanto aos
consectários legais, a pendência de embargos declaratórios, no RE 870.947, nem mesmo se a tais
embargos, excepcionalmente, foi deferido efeito suspensivo, pois aqui ainda se está na fase de
conhecimento da causa, longe do início da eventual fase de cumprimento do julgado, quanto aos valores
pretéritos a serem pagos, se for o caso. 15. Este acórdão abordou os argumentos levantados pelas
partes, significando que também foram considerados os elementos suscitados para fins de
prequestionamento. 16. Não provimento do recurso interposto pelo INSS. 17. Honorários advocatícios
pela parte Recorrente em 10% sobre o valor da condenação (art. 55, caput, da Lei n. 9.099/1995), mas
respeitada a limitação temporal imposta pelo enunciado da Súmula n. 111/STJ.

Turma Recursal
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ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por
unanimidade, negar provimento ao recurso. Brasília/DF, 23/10/2019.

Juiz David Wilson de Abreu Pardo 2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF RELATOR 3


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PROCESSO: 0041436-60.2017.4.01.3400 RECORRENTE: VERA LUCIA GOMES DE MATOS


ADVOGADO: - DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO RECORRIDO: INSTITUTO NACIONAL DE
SEGURO SOCIAL-INSS ADVOGADO:
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL. BENEFÍCIO POR INCAPACIDADE. APOSENTADORIA POR
INVALIDEZ/AUXÍLIO-DOENÇA. INEXISTÊNCIA DE INCAPACIDADE LABORATIVA. PREVALÊNCIA DO
LAUDO PERICIAL PRODUZIDO EM JUÍZO. NÃO PROVIMENTO DO RECURSO. 1. A sentença rejeitou
o pedido de aposentadoria por invalidez/auxílio-doença, sob a fundamentação de ausência de
incapacidade laborativa, conforme laudo pericial. 2. Razões do recurso interposto pela parte Autora: a)
nulidade da sentença e baixa do feito para que seja realizada audiência de instrução e julgamento, com

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verificação das características reais das suas condições de trabalho; b) é portadora de traumatismo
superficial do tornozelo e do pé não especificado (CID S90.9), recebeu benefício de auxílio-doença no
período de 12.05.2015 a 31.08.2016; c) a perícia médica realizada com especialista em
ortopedia/traumatologia, em 07.02.2018, referiu que não há incapacidade laborativa levando em conta a
atividade exercida; c) realizada nova perícia com médico do trabalho, em sede de esclarecimentos,
novamente foi posto que a sua moléstia não a impede de exerce a sua atividade laborativa de auxiliar
administrativa; d) não obstante na CPTS conste a função de auxiliar administrativa de consultório de
odontologia, trabalhava a maior parte do tempo em pé, deslocava-se com bastante frequência e que
realizava a limpeza do consultório que tinha 2 andares; e) foi solicitado declaração do empregador de
declaração detalhada das atividades exercidas para ser juntar ao presente feito, porém este recusou-se; f)
não obstante os peritos judiciais atestarem a capacidade laborativa para o exercício da atividade de
auxiliar administrativa, os documentos médicos colacionados aos autos são suficientes para comprovar a
incapacidade laboral; g) necessidade de nova perícia médica. 3. O INSS não ofereceu resposta escrita
ao recurso. 4. As perícias médicas foram devidamente realizadas por peritos nomeados pelo Juízo a quo,
motivo pelo qual não merece prosperar o pedido de realização de nova prova pericial. O laudo encontra-
se devidamente fundamentado e com respostas claras e objetivas, sendo despicienda a realização do
novo exame por profissional especializado na moléstia alegada pela parte Autora. Ademais,
desnecessária realização de audiência, tendo em vista que a comprovação da alegada deficiência
demanda prova pericial, a qual foi devidamente produzida, conforme o disposto no art. 443, inc. II, do
NCPC. 5. Parte Autora do sexo feminino, nascida em 26/08/1978 (atualmente com 41 anos de idade),
solteira, ensino médio, auxiliar-administrativa, residente e domiciliada em Ceilândia/DF.

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6. A primeira perícia registrada em 26/02/2018, realizada por médico especializado em ortopedia e
traumatologia, constatou que a pericianda é portadora de doença, CID: 10: Z54.0 (convalescença após
cirurgia) de S 82.3 (fratura da extremidade distal da tíbia), fixando a Data de Início da Doença em
12/04/2015, data do acidente que ocasionou a Fratura ao nível do tornozelo direito (p. 2 do laudo).
Contudo a doença não o incapacitava para o exercício de atividade que garanta a subsistência. Após
exame clínico detalhado, o mesmo laudo pericial concluiu: “A Fratura do tornozelo direito foi tratada
cirurgicamente (osteossíntese com parafusos), e após avaliação dos exames de imagem (Radiografias) e
do exame físico, conclui-se que a referida fratura encontra-se consolidada, no entanto, ainda permanece
uma rigidez articular residual que aguarda resolução cirúrgica na rede Pública de Saúde (SUS), conforme
laudos médicos trazidos pela Parte Autora. No entanto, a mesma pode desempenhar a sua atividade
laborativa (Auxiliar Administrativa), enquanto aguarda a realização do tratamento cirúrgico acima citado,
pois na referida atividade, não há exigência biomecânica para ortostatismo (postura de pé) estático ou
dinâmico prolongado, levantamento, sustentação, carregamento ou tração manual de carga (peso) ou
movimentos contínuos em aclive ou declive (subir e descer escadas, rampas ou terrenos irregulares), que
poderiam causar risco de agravamento da referida patologia ou prejuízo à sua saúde”. (sem grifos
originais) 7. A segunda perícia registrada em 24/10/2018, realizada por médico especializado em
medicina do trabalho constatou que a pericianda é portadora de doença, CID: S 82.3 (fratura da
extremidade distal da tíbia) e E11 (Diabetes mellitus não-insulinodependente), fixando a Data de Início da
Doença em 12/04/2015. Contudo a doença não o incapacitava para o exercício de atividade que garanta
a subsistência. Após exame clínico detalhado, o mesmo laudo pericial concluiu: “A periciada sofreu
acidente com fratura do maléolo medial em 2015; Evoluiu com limitação significativa de movimentos do
tornozelo direito, porém este quadro é compatível com sua atividade habitual de auxiliar administrativa em
clínica de odontologia; Ao exame objetivo, não há sinais de incapacidade laborativa para a função
habitual no momento”. 8. A prova pericial foi taxativa em concluir pela ausência de incapacidade
laborativa da parte Autora. A produção da prova pericial em Juízo, de cunho médico, tem por fim
esclarecer a situação funcional da pessoa, quanto à saúde, no contexto de um procedimento em
contraditório e imparcial, devendo prevalecer sobre documentos unilateralmente juntados por uma das
partes. Somente no caso de a prova pericial judicial ser dúbia ou incompleta é que documentos juntados
unilateralmente podem ser usados para suprir a falta ou a dubiedade da prova pericial judicial, o que não
é o caso. Por isso, não é o caso de usar os documentos médicos juntados unilateralmente, para
reconhecer a incapacidade laboral da parte Autora. 9. Ora, como se sabe, ser portador de doença ou
lesão não é a mesma coisa que ser portador de incapacidade, conforme disciplinado pela legislação
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previdenciária. Como a incapacidade pode variar ao longo do tempo, não obstante as doenças ou as
lesões se mantenham, então não se pode derivar automaticamente aquela destas. Por isso, não se pode
presumir continuidade do estado incapacitante. Há de prevalecer, no caso, a conclusão expressa do
laudo pericial, assim não sendo necessária a realização de nova perícia médica. 10. De outra banda, nas
demandas de benefícios por incapacidade, as avaliações são

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feitas secundum eventum litis e rebus sic stantibus, ou seja, apenas nas condições e circunstâncias

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fáticas dadas. Assim, se o laudo dá conta que a parte Autora possui condições de exercer atividade
laborativa neste momento, não há óbice à concessão futura do benefício, se a avaliação médica assim
indicar, ainda que em virtude da mesma enfermidade. Afinal, uma enfermidade pode ou não resultar em
incapacidade. A situação variável desta configura mudança dos fatos, da causa de pedir. 11. Certo é que
a perícia médica judicial é pela capacidade, independentemente de as enfermidades existirem, afinal, ser
portador de doença ou lesão não é a mesma coisa que ser portador de incapacidade, conforme
disciplinado pela lei previdenciária. 12. Não provimento do recurso interposto pela parte Autora. 13. Sem
condenação em honorários advocatícios. A instância revisora somente pode dispor sobre honorários,
"levando em conta o trabalho adicional realizado em grau recursal" (art. 85, § 11, NCPC). Não havendo
trabalho em grau recursal pela parte Recorrida, não há como condenar a parte Recorrente em honorários
advocatícios. Além disso, a parte Autora é beneficiária da gratuidade de justiça. Vencido, no ponto, o Juiz
Federal João Carlos Mayres Soares, que condenou a parte Recorrente vencida em honorários, no
patamar de 10% sobre o valor da causa, com suspensão do pagamento, em virtude da gratuidade de
justiça. Isso porque entende que a disposição legal se aplica apenas aos casos de majoração dos
honorários, devendo haver cominação originária destes em grau recursal, quando cabíveis, conforme
entendimento do STJ. ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais
do Distrito Federal, por unanimidade, negar provimento ao recurso. Brasília/DF, 23/10/2019.

Juiz David Wilson de Abreu Pardo 2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF RELATOR 3

PROCESSO: 0006816-51.2019.4.01.3400 RECORRENTE: RAIMUNDA AMELIA MALHEIROS NUNES


ADVOGADO: DF00025089 - GILBERTO SIEBRA MONTEIRO RECORRIDO: UNIAO FEDERAL
ADVOGADO: - FABIO TESOLIN RODRIGUES

EMENTA
CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. REAJUSTES CONCEDIDOS A SERVIDORES DOS PODERES
LEGISLATIVO E EXECUTIVO. LEIS NºS 13.302/2016, 13.323/2016 E 13.327/2016. PERCENTUAL DE
21,3%. EXTENSÃO A SERVIDORES DO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL. IMPOSSIBILIDADE.
REVISÃO GERAL ANUAL NÃO CARACTERIZADA. 1. A sentença rejeitou preliminarmente o pedido de
reajuste de 21,3%, formulado por servidor do Ministério da Saúde, sob o fundamento de que as Leis
13.302/2016, 13.323/2016 e 13.327/2016, não podem ser consideradas como de revisão geral, já que
tratam apenas de algumas carreiras da Administração Pública Federal, além de configurar afronta à
Súmula 339 do STF. 2. Razões do recurso interposto pela parte Autora: a) o reajuste concedido possui
todas as características de revisão geral de remuneração, nos exatos termos do inciso X, art. 37 da
CF/88, não obstante a forma de concessão ter ocorrido por diversas leis ordinárias; b) ao dissimular a
revisão geral de remuneração travestindo-a em reajustamento salarial setorizado o Poder Executivo deixa
de conferir todas as naturais consequências da revisão geral de remuneração, violando a um só tempo o
texto da Constituição em mais de um dispositivo (art. 37, X, XV c/c art. 40, §8º e 201) e diversos
dispositivos da legislação federal dos quais são exemplo o artigo 62-A, parágrafo único da Lei nº
8.112/90, art. 5º da Lei nº 9655/98, artigo 2º da Lei nº 10.698/2003; c) o reconhecimento do direito
pleiteado não importa em ofensa à Súmula Vinculante n. 37 do STF (Súmula 339), pois o Judiciário não
está legislando acerca de aumento de remuneração, mas assegurando a aplicação dos princípios
constitucionais, notadamente o da isonomia; d) que seja reformada a sentença para reconhecer o direito à
revisão geral de sua remuneração no percentual de 21,3%, com reflexos na sua Vantagem Pessoal
Nominalmente Identificada – VPNI, todos com efeitos financeiros desde a publicação das Leis
13.302/2016, 13.323/2016 e 13.327/2016. 3. A União ofereceu resposta escrita ao recurso impugnando,
preliminarmente, a concessão do benefício da justiça gratuita e suscitando a prejudicial de prescrição. No
mérito, requer seja negado provimento ao recurso. 4. Rejeita-se a preliminar de impugnação à assistência
judiciária, como levantada, pois feita sem contraprova dos elementos que levaram o Juízo originário a
conceder o benefício. O novo CPC estabelece que se presume "verdadeira a alegação de insuficiência
deduzida exclusivamente por pessoa natural" (art. 99, § 3º, do NCPC). Assim, tendo o Juízo a quo
verificado a presença dos requisitos para a concessão do benefício, apenas através de contraprova
suficiente sobre a situação específica poderia
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ser indeferido o pedido. 5. De acordo com a Súmula 85 do Superior Tribunal de Justiça, nas relações
jurídicas de trato sucessivo em que a Fazenda Pública figure como devedora, quando não tiver sido
negado o próprio direito reclamado, a prescrição atinge apenas as prestações vencidas antes do
quinquênio anterior à propositura da ação. Assim, estão prescritos a parcelas anteriores aos cinco anos
da propositura da ação (19/12/2018). 6. As alterações remuneratórias instituídas pelas Leis 13.302/2016,
13.323/2016 e 13.327/2016 não possuem natureza de revisão geral de remuneração. Na verdade, tais

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alterações trataram de reestruturação e/ou reajuste da remuneração de carreiras e cargos específicos dos
poderes Legislativo e Executivo, dentro de certos cargos e/ou carreiras, não de todo o funcionalismo,
conforme explicitado do preâmbulo de cada uma das leis. 7. Ora, a RGA é uma alteração da remuneração
dos servidores públicos e serve para se rever o valor nominal dos pagamentos a partir de critérios
previstos no art. 2º, Lei n. 10.331/2001. É uma alteração uniforme, pois a Constituição Federal prescreve
que deve ser implementada "sem distinção de índices". Essa forma de alteração da remuneração deve
ser compreendida e aplicada distintamente, segundo critérios específicos, em relação a outras formas de
alteração da remuneração dos servidores. Propicia uma forma de "reajustamento" da remuneração, mas
na sua especificidade não há de ser confundida com o reajuste dos salários comumente conhecido e
praticado. Este, nas palavras da Ministra Carmem Lúcia, tem o propósito de "ajustar de novo, uma
categoria defasada, a um patamar escolhido pelo legislador que a tem como imprópria" (manifestação
durante o julgamento da Rcl 14872/DF, STF, Segunda Turma, em 31/05/2016). 8. Por certo, a própria
Constituição Federal estabelece que o sistema remuneratório observará a determinados critérios, tais
como a natureza e as peculiaridades do cargo, bem como os requisitos de investidura (art. 39, § 1º).
Assim, não há qualquer óbice para estabelecimento, por lei específica, de tabelas e reajustes
diferenciados para os diversos cargos e carreiras de servidores públicos. Na verdade, esse tipo de
equiparação é vedada pelo inciso XIII, do art. 37 da Constituição da República ("é vedada a vinculação ou
equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço
público"). Apenas no caso da RGA é preciso haver identidade de índice para todos os servidores públicos.
9. Não caracterizada a natureza de revisão geral das Leis 13.302/2016, 13.323/2016 e 13.327/2016, não
há falar-se em sua extensão a outros cargos não abrangidos na citada legislação, não havendo, ainda,
indenização por omissão. No final das contas, a situação assim interpretada resulta na aplicação ao caso
sob julgamento do conteúdo do Enunciado da Súmula n. 339/STF, convertida na Súmula Vinculante 37:
“Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores
públicos, sob fundamento de isonomia”. 10. Não provimento do recurso interposto pela parte Autora. 11.
Honorários advocatícios pela parte Autora em 10% sobre o valor corrigido da causa (art. 55 da Lei n.
9.099/1995), com suspensão do pagamento enquanto a parte credora não demonstrar que deixou de
existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão da Gratuidade de Justiça,
extinguindo-se a dívida cinco anos após

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o trânsito em julgado deste Acórdão (art. 98, § 3º, NCPC). ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal
dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade, negar provimento ao recurso.
Brasília/DF, 23/10/2019.

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PROCESSO: 0012205-51.2018.4.01.3400 RECORRENTE: ORLANDO LINS CARNEIRO JUNIOR


ADVOGADO: DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO RECORRIDO: INSTITUTO
NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS ADVOGADO:
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL. BENEFÍCIO POR INCAPACIDADE. APOSENTADORIA POR
INVALIDEZ/AUXÍLIO-DOENÇA. INEXISTÊNCIA DE INCAPACIDADE LABORATIVA. PREVALÊNCIA DO
LAUDO PERICIAL PRODUZIDO EM JUÍZO. NÃO PROVIMENTO DO RECURSO. 1. A sentença rejeitou
o pedido de aposentadoria por invalidez/auxílio-doença, sob a fundamentação de ausência de
incapacidade laborativa, conforme laudo pericial. 2. Razões do recurso interposto pela parte Autora: a)
restabelecimento do auxíliodoença, sendo comprovando a incapacidade total e permanente, conforme
relatório elaborado pelo Médico Oncologista Doutor Pedro Henrique Maia N. Silva, CRM/DF 24.777; b) os
relatórios médicos de Hospital Público (Hospital Regional de Taguatinga) atestam sua incapacidade
laborativa, com apresentação de sequelas motoras por complicações cirúrgicas, lesão de plexo branquial
do lado direito e hiperparatireodismo, que não foram impugnados; c) vem tomando medicações, o que
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resulta em redução de qualidade para o exercício da vigilância armada conforme relatórios médicos
juntados. 3. O INSS não ofereceu resposta escrita ao recurso. 4. Parte Autora do sexo masculino, nascido
em 09/04/1972 (atualmente com 47 anos de idade), casado, ensino fundamental, vigilante, atualmente
desempregado, residente e domiciliado em Samambaia/DF. 5. A perícia registrada em 25/07/2018,
realizada por médico especializado em cirurgia oncológica e mastologia e pós-graduada em auditoria
médica e gestão hospitalar, constatou que o periciando é portador de doença, CID 10: C 73 (neoplasia
maligna da glândula tireóide), I 10 (hipertensão essencial), G 62.9 (polineuropatia não especificada) e 66
(obesidade). Contudo, as doenças não o incapacitam para o exercício de atividade que garanta a
subsistência. 6. Foi determinada a complementação do laudo pericial (registro em 19/12/2018), tendo a
perita esclarecido que a parte Autora “ao ser abordado sobre as profissões exercidas, informou ser

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vigilante, leiturista da CEB e porteiro de prédio. Em nenhum dos atestados apresentados, foi informado
incapacidade laboral, apenas que está em acompanhamento clínico e limitação em ombro direito e que ao
exame físico nesta perícia, não foi constatado incapacidade para o labor, sendo observado preservação
completa de força e tenesmo muscular de todo o corpo, inclusive do membro superior direito, ora
questionado como limitador laboral. Em avaliação ao atual relatório médico datado de 03.09.2018,
assinada pela Dra. Fernanda Tavares CRM 11630-DF é constatado a cirurgia realizada que foi
tireotectomia em 2003 e complementado em

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2008 com esvaziamento cervical direito, informa que há necessidade de seguimento e exames
laboratoriais e comprometimento do plexo braquial direito com restrição motora, mas não há nenhuma
informação que reforce a incapacidade laboral ou limitação laboral parcial, até mesmo pelas atividades
exercidas pelo periciado”. 7. O certo é que o laudo pericial foi produzido por médico especialista em
neurologia, ou seja, especialidade habilitada para periciar a lesão/doença da parte Autora. Depois, do seu
exame pessoal, foi considerada a documentação juntada ao feito, conforme dá conta o próprio laudo, o
qual faz referência à ressonância magnética do encéfalo de 07/05/2018, bem como aos relatórios
médicos datados em 06/11/2002, 15/05/2018 e 15/08/2018, pelo que sem razão a parte Autora, quanto à
alegação de existência de provas suficientemente fortes para desconsiderar a prova produzida
judicialmente. 8. A prova pericial foi taxativa em concluir pela ausência de incapacidade laborativa da
parte Autora. A produção da prova pericial em Juízo, de cunho médico, tem por fim esclarecer a situação
funcional da pessoa, quanto à saúde, no contexto de um procedimento em contraditório e imparcial,
devendo prevalecer sobre documentos unilateralmente juntados por uma das partes. Somente no caso de
a prova pericial judicial ser dúbia ou incompleta é que documentos juntados unilateralmente podem ser
usados para suprir a falta ou a dubiedade da prova pericial judicial, o que não é o caso. Por isso, não é o
caso de usar os documentos médicos juntados unilateralmente, para reconhecer a incapacidade laboral
da parte Autora. 9. Ora, como se sabe, ser portador de doença ou lesão não é a mesma coisa que ser
portador de incapacidade, conforme disciplinado pela legislação previdenciária. Como a incapacidade
pode variar ao longo do tempo, não obstante as doenças ou as lesões se mantenham, então não se pode
derivar automaticamente aquela destas. Por isso, não se pode presumir continuidade do estado
incapacitante. Há de prevalecer, no caso, a conclusão expressa do laudo pericial. 10. De outra banda, nas
demandas de benefícios por incapacidade, as avaliações são feitas secundum eventum litis e rebus sic
stantibus, ou seja, apenas nas condições e circunstâncias fáticas dadas. Assim, se o laudo dá conta que
a parte Autora possui condições de exercer atividade laborativa neste momento, não há óbice à
concessão futura do benefício, se a avaliação médica assim indicar, ainda que em virtude da mesma
enfermidade. Afinal, uma enfermidade pode ou não resultar em incapacidade. A situação variável desta
configura mudança dos fatos, da causa de pedir. 11. Certo é que as perícias médicas judiciais são pela
capacidade, independentemente de as enfermidades existirem, afinal, ser portador de doença ou lesão
não é a mesma coisa que ser portador de incapacidade, conforme disciplinado pela lei previdenciária. 12.
Não provimento do recurso interposto pela parte Autora. 13. Sem condenação em honorários
advocatícios. A instância revisora somente pode dispor sobre honorários, "levando em conta o trabalho
adicional realizado em grau recursal" (art. 85, § 11, NCPC). Não havendo trabalho em grau recursal pela
parte Recorrida, não há como condenar a parte Recorrente em honorários advocatícios. Além disso, a
parte Autora é beneficiária da gratuidade de justiça. Vencido, no ponto, o Juiz Federal João Carlos
Mayres Soares, que condenou a parte Recorrente vencida em honorários, no patamar de 10% sobre o
valor da causa, com suspensão do pagamento,

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em virtude da gratuidade de justiça. Isso porque entende que a disposição legal se aplica apenas aos
casos de majoração dos honorários, devendo haver cominação originária destes em grau recursal,
quando cabíveis, conforme entendimento do STJ. ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos
Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade, negar provimento ao recurso.
Brasília/DF, 23/10/2019.
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Juiz David Wilson de Abreu Pardo 2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF RELATOR 3

PROCESSO: 0010678-64.2018.4.01.3400 RECORRENTE: UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)


ADVOGADO: - CELIA FERREIRA TAVARES DE LYRA RECORRIDO: MAURO DE MIRANDA
MONTENEGRO MARTINS ADVOGADO: DF00038160 - ALESSANDRA CALDAS BEZERRA E
OUTRO(S)

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
EMENTA
TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. CPSS. PRECATÓRIO/RPV.
CRÉDITOS RELATIVOS AOS PERÍODOS DE NOVEMBRO DE 1989 A DEZEMBRO DE 1990. GOE.
SERVIDOR ATIVO/INATIVO. REGIME DE COMPETÊNCIA. NÃO PROVIMENTO DO RECURSO. 1. A
sentença julgou procedente a pretensão deduzida pela parte Autora para “[...] condenar a UNIÃO na
obrigação de pagar à parte autora o valor descontado a título de PSS sobre a parcela correspondente a
juros de mora pagos em decorrência de decisão judicial proferida nos autos do processo de execução nº
000205283.1999.4.05.8000, corrigidos pela Taxa Selic”. 2. Em face da referida decisão, a parte Autora
opôs Embargos Declaratórios para suprir eventual omissão quanto ao limite da alíquota a ser cobrada a
título de precatório (GOE). Ressaltou, assim, que a incidência da Contribuição Social do Servidor Público
deve ser feita considerando-se os meses que originaram a relação laboral entre o empregador e
empregado, para então ser verificado se naquela época o servidor precisaria contribuir, sendo a cobrança
da alíquota limitada a 6% em razão do regime de competência. 3. O Juízo a quo acolheu a manifestação
da parte Embargante e, diante da ocorrência de vícios/erros materiais, anulou a sentença anteriormente
registrada. 4. Consignou-se, para tanto: “[...] julgo PROCEDENTE a pretensão, resolvendo o mérito da
demanda (artigo 487, inciso I, do CPC), para declarar que o cálculo do PSS relativo ao valor recebido pela
parte autora nos autos nº 00020528319994058000, 2ª Vara, SJAL, por meio de requisição de pagamento
judicial, deve observar as tabelas e alíquotas vigentes à época em que os valores deveriam ter sido
adimplidos (regime de competência mensal), devendo incidir à alíquota de 6% (seis por cento), com a
consequente restituição dos valores recolhidos indevidamente a maior, bem como condenar a UNIÃO na
obrigação de pagar à parte autora o valor descontado a título de PSS sobre a parcela correspondente a
juros de mora, pagos em decorrência de decisão judicial proferida nos autos supracitados, tudo corrigido
pela Taxa Selic, desde a data do recolhimento a maior”. 5. Razões do recurso interposto pela União: a) na
eventual hipótese de devolução de valores, haveria que se reconhecer a prescrição das parcelas
anteriores ao quinquênio que precede o ajuizamento da presente ação, com fulcro no entendimento
consolidado

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pelo STF; b) a retenção na fonte da contribuição do PSS, incidente sobre valores pagos em cumprimento
de decisão judicial, constitui uma obrigação ex lege, de forma que independe de autorização prevista no
título judicial; c) inaplicabilidade do regime de competência, ante a violação de norma cogente que
determina, expressamente, a incidência da contribuição sobre o montante recebido, no momento do
recebimento. 6. A parte Autora ofereceu resposta escrita ao recurso. 7. Preliminarmente, importa salientar
a impropriedade das razões recursais utilizadas pela União, notadamente quanto ao prazo prescricional.
Ora, não se passaram cinco anos entre o levantamento dos valores requisitados pela via do precatório,
em 02/01/2015 (cf. PETIÇÃO RECEBIDA – EPROC 6 EXTRATO GOE, p 6/8) e o ajuizamento da ação,
em 27/03/2018. 8. No mérito, deve ser mantida a sentença em que determinou a inexigibilidade de
contribuição para o PSS sobre os juros de mora, assim como a aplicação do regime de competência. É
dizer, a retenção do PSS sobre o principal deve observar as tabelas e alíquotas vigentes à época em que
deveriam ter sido pagos (regime de competência). Precedentes deste TRF1” (AC 0011973-
54.2010.4.01.4100/RO, Rel. Des. Fed. Novély Vilanova, Oitava Turma, e-DJF1 p.807 de 05/09/2014). 9.
Cuidando de créditos relativos às competências de novembro de 1989 a dezembro de 1990 (cf. PETIÇÃO
RECEBIDA – EPROC 9 PLAN, registrada em 27/03/2018), ainda não se encontrava vigente a incidência
da alíquota de 11% da contribuição ao PSS, fixada pela Lei nº 10.887/2004. 10. Embora a retenção de
valores devidos a título de contribuição ao Plano de Seguridade Social decorra de imposição legal, sendo
devida a dedução no momento do recebimento dos valores por meio de precatório/RPV, deve-se observar
o regime de competência, vez que o STJ tem o entendimento de que a incidência de tributos sobre as
verbas devidas a servidores públicos deve observar a legislação tributária vigente à época em que os
pagamentos deveriam ter sido efetuados. STJ, AgRg no Ag 766.896/SC, 1.ªTurma, Rel. Ministro JOSÉ
DELGADO, DJ de 19/03/2007; STJ, AgRg no REsp 1224230, Rel. Min. BENEDITO GONÇALVES, DJe
01/03/2012; STJ, AgRg no REsp 1168539/RS, Rel. Min. LAURITA VAZ, DJe 08/11/2011. 11. Deve ser
aplicada a lei vigente à época em que a verba deveria ter sido recebida, inclusive quanto à situação de
(in)atividade da pessoa. Nesse sentido, o entendimento da TNU: “PEDIDO NACIONAL DE
UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. PSS. INCIDÊNCIA
SOBRE APOSENTADORIAS E PENSÕES. LIMITE DE INCIDÊNCIA: O TETO DO RGPS.
388

AGRAVAMENTO DA SITUAÇÃO DO RECORRENTE, EM CASO DE PROVIMENTO. INCIDENTE


CONHECIDO E IMPROVIDO. (…)5. Assim, nos casos em que se refere ao período anterior à edição da
Emenda Constitucional nº 41/2003, não são devidos os descontos em referência, porquanto o fato
gerador da obrigação previdenciária guarda correspondência com a época em que a verba era devida,
razão pela qual não se pode admitir a exação sobre valores que deveriam ter sido pagos em período
anterior à taxação dos inativos e pensionistas. 6. Quanto ao período posterior à edição da EC nº 41/03,
mesmo tendo o fato gerador do tributo ocorrido em momento no qual era

Turma Recursal

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
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possível a sua incidência, o desconto deve obedecer ao requisito expresso no art. 5º da Lei 10.887/2004,
ou seja, somente poderá incidir o PSS sobre os valores que ultrapassarem o teto estabelecido pelo
RGPS.(...)” (TNU, PEDILEF 05028736620144058400, DJ 13/10/2015). 12. Assim, correta a sentença em
determinar observância ao regime de competência e afastar a incidência da CPSS sobre os juros
moratórios, já que ela não incide sobre os juros de mora pagos em execução de sentença judicial, ainda
que esta inclua diferenças de natureza exclusivamente salarial (REsp 1.239.203/PR, representativo da
controvérsia, rel. Min. Mauro Campbell Marques, 1ª Seção/STJ em 12.12.2012). No mesmo sentido, (AG
0064653-60.2011.4.01.0000/MG, Rel. Des. Fed. Gilda Sigmaringa Seixas, Primeira Turma, e-DJF1 de
23/11/2017). 13. Este acórdão abordou os argumentos levantados pelas partes, significando que também
foram considerados os elementos suscitados para fins de prequestionamento. 14. Não provimento do
recurso interposto pela União. 15. Honorários advocatícios pela parte Recorrente em 10% sobre o valor
da condenação (art. 55, caput, da Lei n. 9.099/95). ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos
Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade, negar provimento ao recurso.
Brasília/DF, 23/10/2019.

Juiz David Wilson de Abreu Pardo 2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF RELATOR 3

PROCESSO: 0015813-57.2018.4.01.3400 RECORRENTE: MARIA DAS NEVES BRAGA DUARTE


ADVOGADO: - DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO RECORRIDO: INSTITUTO NACIONAL DE
SEGURO SOCIAL-INSS ADVOGADO:
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL. BENEFÍCIO POR INCAPACIDADE. APOSENTADORIA POR
INVALIDEZ/AUXÍLIO-DOENÇA. INEXISTÊNCIA DE INCAPACIDADE LABORATIVA. PREVALÊNCIA DO
LAUDO PERICIAL. NÃO PROVIMENTO DO RECURSO. 1. A sentença rejeitou o pedido de
aposentadoria por invalidez/auxílio-doença, sob a fundamentação de ausência de incapacidade
laborativa, conforme laudo pericial. 2. Razões do recurso interposto pela parte Autora: a)
imprescindibilidade de realização de nova perícia; b) laudo médico contemporâneo relata que diversas
situações impedem de exercer atividade laboral; c) nulidade da sentença por não se ater ao conjunto
probatório apresentado na ação; d) ausência de análise dos fatores biossociais e da desconsideração das
sequelas do câncer de mama; e) suas condições a impedem de voltar ao mercado de trabalho em
condições competitivas, comprometendo, portanto, a sua subsistência; f) concessão da tutela de
urgência, nos temos do art. 300 do CPC. 3. O INSS não ofereceu resposta escrita ao recurso. 4. Parte
Autora do sexo feminino, nascida em 08/08/1969 (atualmente com 50 anos de idade), casada, primeiro
grau completo, última função: merendeira (p. 2, do laudo), residente e domiciliada em Taguatinga Sul/DF.
5. A perícia, registrada em 01/10/2018, realizada por médico especializado em Medicina do Trabalho –
Cardiologia, constatou que, segundo a história da doença, sua evolução, relatórios médicos, exames de
imagem e exame físico, não há elementos objetivos que justifiquem incapacidade laboral no momento. 6.
A avaliação da fundamentação técnica do laudo pericial pode ser feita neste Juízo recursal, próprio para
reanálise do conjunto probatório e fático. Como reconhecido pela própria parte Recorrente, houve regular
intimação do laudo pericial. E como suas alegações recursais abrangem os elementos do laudo, a
apreciação em sede recursal desses elementos supre eventual interrupção do prazo inicial para
manifestação. 7. Quanto a isso, de se destacar que a prova pericial foi taxativa em concluir pela ausência
de incapacidade laborativa da parte Autora. A produção da prova pericial em Juízo, de cunho médico, tem
por fim esclarecer a situação funcional da pessoa, quanto à saúde, no contexto de um procedimento em
contraditório e imparcial, devendo prevalecer sobre documentos unilateralmente juntados por uma das
partes. Somente no caso de a prova pericial judicial ser dúbia ou incompleta é que documentos juntados
unilateralmente podem ser usados para suprir a falta ou a dubiedade da prova pericial, o que não é o
caso. Assim, não é o caso de usar os documentos médicos juntados

Turma Recursal
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unilateralmente ou a realização de nova perícia, conforme requerido pela parte Autora. 8. Ora, como se
sabe, ser portador de doença ou lesão não é a mesma coisa que ser portador de incapacidade, conforme
389

disciplinado pela legislação previdenciária. Como a incapacidade pode variar ao longo do tempo, não
obstante as doenças ou as lesões se mantenham, então não se pode derivar automaticamente aquela
destas. Por isso, não se pode presumir continuidade do estado incapacitante. Há de prevalecer, no caso,
a conclusão expressa do laudo pericial. 9. De outra banda, nas demandas de benefícios por
incapacidade, as avaliações são feitas secundum eventum litis e rebus sic stantibus, ou seja, apenas nas
condições e circunstâncias fáticas dadas. Assim, se o laudo dá conta que a parte Autora possui condições
de exercer atividade laborativa neste momento, não há óbice à concessão futura do benefício, se a
avaliação médica assim indicar, ainda que em virtude da mesma enfermidade. Afinal, uma enfermidade
pode ou não resultar em incapacidade. A situação variável desta configura mudança dos fatos, da causa
de pedir. 10. Certo é que a perícia médica judicial é pela capacidade, independentemente de as

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enfermidades existirem, afinal, ser portador de doença ou lesão não é a mesma coisa que ser portador de
incapacidade, conforme disciplinado pela lei previdenciária. 11. Não provimento do recurso interposto pela
parte Autora. 12. Considerando o não provimento do recurso interposto pela parte Autora, fica prejudicado
o pedido de tutela de urgência por ela requerido. 13. Sem condenação em honorários advocatícios. A
instância revisora somente pode dispor sobre honorários, "levando em conta o trabalho adicional
realizado em grau recursal" (art. 85, § 11, NCPC). Não havendo trabalho em grau recursal pela parte
Recorrida, não há como condenar a parte Recorrente em honorários advocatícios. Além disso, a parte
Autora é beneficiária da gratuidade de justiça. Vencido, no ponto, o Juiz Federal João Carlos Mayres
Soares, que condenou a parte Recorrente vencida em honorários, no patamar de 10% sobre o valor da
causa, com suspensão do pagamento, em virtude da gratuidade de justiça. Isso porque entende que a
disposição legal se aplica apenas aos casos de majoração dos honorários, devendo haver cominação
originária destes em grau recursal, quando cabíveis, conforme entendimento do STJ. ACÓRDÃO Decide
a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade, negar
provimento ao recurso. Brasília/DF, 23/10/2019.

Turma Recursal
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Juiz David Wilson de Abreu Pardo 2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF RELATOR 3

PROCESSO: 0046177-46.2017.4.01.3400 RECORRENTE: FRANCISCO LUCIANO DA ROCHA


ADVOGADO: DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO RECORRIDO: UNIAO FEDERAL
ADVOGADO: - SAMUEL LAGES NEVES LOPES
EMENTA
CONSTITUCIONAL, ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL. GRATIFICAÇÃO DE DESEMPENHO.
APOSENTADORIA. INCORPORAÇÃO TOTAL AOS PROVENTOS. IMPOSSIBILIDADE. NATUREZA
PRO LABORE FACIENDO. PRECEDENTES VINCULANTES DO STF. NÃO CABIMENTO NO JEF DA
PERÍCIA TÉCNICA SUGERIDA EM SEDE RECURSAL. COMPLEXIDADE DA MATÉRIA (E, ASSIM, DA
PROVA) RECONHECIDA PELA PRÓPRIA PARTE AUTORA/RECORRENTE. NÃO PROVIMENTO DO
RECURSO. 1. A sentença rejeitou o pedido da parte Autora de incorporação da gratificação GDPST em
100 pontos (80 a título da avaliação institucional e 20 pontos a título de avaliação individual), com
pagamento retroativo a novembro de 2010, sob o fundamento de que, após as avaliações de
desempenho, pode haver pagamento diferenciado entre servidores ativos e inativos, sem que reste
configurada afronta ao princípio da irredutibilidade de vencimentos, segundo o STF. 2. Razões do recurso
interposto pela parte Autora: a) deveria estar recebendo a mesma pontuação da GDPST atribuída aos
servidores ativos desde julho/2011, retroativamente a novembro de 2010, quando teve início o pagamento
de 100 pontos aos servidores da carreira da Previdência Saúde e Trabalho; b) a decisão recorrida não se
manifestou expressamente sobre as graves ilegalidades e inconstitucionalidades apontadas; c)
inaplicabilidade da Súmula Vinculante 37 do STF ao caso concreto, especialmente diante da Súmula
vinculante 34, fundamentada nos votos do RE 572.052, onde se determinou a extensão aos inativos com
direito à paridade de vantagens pagas pelo só exercício das funções normais e próprias do cargo; d) “a
questão central é a demonstração de que a GDPST foi paga no Ministério da Saúde,
INDISTINTAMENTE, a todos servidores ativos, em regra com a mesma pontuação, 100 PONTOS, desde
NOV/2010”; d) dado o caráter genérico dessa gratificação requer a incorporação dos 100 pontos e,
alternativamente, “diante da complexidade da matéria”, a realização de perícia técnica por perito
credenciado junto a TRF1, para fins de definir se referida gratificação é genérica ou vantagem pro labore
faciendo. 3. A União ofereceu resposta escrita ao recurso suscitando as preliminares de impugnação do
valor atribuído à causa e de ausência dos requisitos necessários à concessão do benefício da justiça
gratuita; a prejudicial de prescrição e no, mérito, requer seja julgado improcedente o pedido.
Eventualmente, pede que o direito à incorporação seja reconhecido a contar do ajuizamento da ação,
considerando a ausência do termo de opção; que se estabeleça qual a média que deva ser calculado os
pontos para fins de incorporação e que sejam observados os termos dos arts. 88 e 89 da
390

Turma Recursal
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Lei 13.324/2016. Por fim, por cautela, suscita a impossibilidade de aplicação às condenações impostas à
União de correção monetária e juros de mora superior ao estabelecido no art. 1º F da Lei n.º 9.494/97. 4.
Rejeita-se a preliminar de impugnação ao valor da causa arguida pela União, vez que deveria ter
apresentado o valor que entende devido como proveito econômico na demanda e não apenas arguir de
forma genérica a incompatibilidade do valor atribuído. 5. Rejeita-se a preliminar de impugnação à
assistência judiciária, como levantada, pois feita sem contraprova dos elementos que levaram o Juízo
originário a conceder o benefício. O novo CPC estabelece que "Presume-se verdadeira a alegação de
insuficiência deduzida exclusivamente por pessoa natural" (art. 99, § 3º, do NCPC). Assim, tendo o Juízo

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a quo verificado a presença dos requisitos para a concessão do benefício, apenas através de contraprova
suficiente sobre a situação específica poderia ser indeferido o pedido. 6. Rejeita-se a prejudicial de
prescrição suscitada pela União, vez que não ocorreu a prescrição do fundo de direito, mas apenas das
parcelas que antecederam aos cinco anos a contar da data da propositura da ação. 7. O pedido da parte
Autora é realmente distinto daqueles recorrentemente julgados pelos JEFs e pelas TRs do Distrito Federal
ao longo do tempo. Neste caso, cuida-se de aferir se a Gratificação de Desempenho referida no processo
não deixou de efetivamente ser genérica, mesmo depois de formalmente iniciados os ciclos de avaliação
pela Administração, pois, ainda que iniciados tais ciclos, não correspondem aos requisitos estabelecidos
pela lei para tornar a Gratificação uma parcela pro labore faciendo. Segundo as razões de recurso, tendo
a parte Autora recebido invariavelmente o patamar máximo da Gratificação durante o seu período de
atividade, na passagem para a inatividade haveria de permanecer o mesmo valor máximo, em virtude da
paridade e da integralidade. 8. Como se sabe, Gratificações de Desempenho são parcelas autônomas
pagas de maneira destacada e não cumulativa, em função do desempenho individual do servidor e, ainda,
do alcance de metas de desempenho institucional do respectivo órgão e da entidade de lotação. Não
servem de base de cálculo para quaisquer outros benefícios, ou parcelas remuneratórias ou vantagens, e
costumam ter previsão legal para o seu reajuste na mesma proporção da revisão geral da remuneração
dos servidores públicos federais. 9. Porém, em relação ao termo inicial para pagamento diferenciado, o
STF decidiu em sede de repercussão geral no RE 662406: “O termo inicial do pagamento diferenciado
das gratificações de desempenho entre servidores ativos e inativos é o da data da homologação do
resultado das avaliações, após a conclusão do primeiro ciclo de avaliações, não podendo a Administração
retroagir os efeitos financeiros a data anterior”. (RE 662406, Relator Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal
Pleno, julgado em 11/12/2014, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-031 DIVULG 13-02-2015 PUBLIC 1802-
2015). 10. A regra foi novamente reafirmada pelo STF, com importante acréscimo, para todas as
Gratificações de Desempenho, ao julgar o Tema 983, cujo Processo Paradigma foi o ARE 1.052.570, com
a publicação do acórdão no DJE de 6.3.2018 e trânsito em julgado

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em 16/5/2018. No julgado, as Teses Firmadas foram as seguintes, verbis: "I - O termo inicial do
pagamento diferenciado das gratificações de desempenho entre servidores ativos e inativos é o da data
da homologação do resultado das avaliações, após a conclusão do primeiro ciclo; II - A redução, após a
homologação do resultado das avaliações, do valor da gratificação de desempenho paga aos inativos e
pensionistas não configura ofensa ao princípio da irredutibilidade de vencimentos". 11. Nas Gratificações
de Desempenho criadas ao longo do tempo, os trabalhos ou serviços que ensejam o recebimento podem
ser e até são os mesmos que os servidores beneficiados já exerciam e continuam exercendo. O que
muda é o desempenho e a produtividade. Sendo mais elevados, nos mesmos serviços e/ou trabalhos
normalmente realizados, há aumento no valor da Gratificação de Desempenho. Assim, quando a
Administração passou a pagar a título de Gratificação de Desempenho valores indistintos e
independentes de qualquer avaliação, a todos os servidores da ativa, deixou a gratificação de ser pro
labore faciendo, ostentando caráter geral e alcançando servidores inativos e/ou pensionistas com o direito
à paridade. Todavia, não sendo pagas em virtude de trabalhos anormais, a natureza pro labore faciendo
das diversas Gratificações de Desempenho se mantém apenas enquanto pagas em virtude de avaliações
periódicas de produtividade. 12. Regra geral, portanto, de acordo com o entendimento do STF, é legítimo
o pagamento diferenciado das Gratificações de Desempenho, a menor para os servidores inativos, depois
da homologação do resultado das avaliações. 13. E é acertada a posição do STF. Como já bem pontuou
a TNU, “vantagens condicionais ou modais, mesmo que auferidas por longo tempo em razão do
preenchimento dos requisitos exigidos para sua percepção, não se incorporam ao vencimento, a não ser
quando essa integração for determinada por lei. (É que as vantagens condicionais ou modais) são
vantagens pelo trabalho que está sendo feito (pro labore faciendo) ou, por outras palavras, são adicionais
de função (ex facto officii), ou são gratificações de serviço (propter laborem), ou, finalmente, são
gratificações em razão de condições pessoais do servidor (propter personam). Daí por que, quando cessa
o trabalho, ou quando desaparece o fato ou a situação que lhes dá causa, deve cessar o pagamento de
tais vantagens, sejam elas adicionais de função, gratificações de serviço ou gratificação em razão das
condições pessoais do servidor” (TNU, PEDILEF 05033027020134058302, Juiz Federal Ronaldo José da
Silva, DOU de 05/02/2016). 14. Nesse contexto, não é verdade que a gratificação de desempenho
constitui, na prática, simples vantagem inerente ao cargo, integrando a estrutura remuneratória da
391

Carreira e maneira ardilosa de o Poder Público conceder um reajuste setorial por vias transversas.
Segundo as definições do § precedente, uma vantagem pro labore faciendo pode ser na modalidade
propter laborem, quer dizer, em razão de serviço. Se a gratificação estivesse sendo paga apenas porque
se estava ocupando certo cargo, então teria razão a parte Autora/Recorrente. Todavia, como é paga em
virtude da "quantidade" e da "qualidade" do serviço efetivamente (institucionalmente e pessoalmente)
desenvolvido pelo(a) servidor(a), então a sua natureza pro labore faciendo surge e se destaca
juridicamente, tornando-se inegável.

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15. Por outro lado, não há prova de que pagamentos da gratificação estão sendo feitos na pontuação
máxima para os servidores ativos, mediante avaliação por "ficção jurídica", caracterizando um aumento
disfarçado de remuneração. Ainda que eventualmente servidores possam estar sendo avaliados com
pontuação máxima, isso não implica que todos estejam sendo. Aliás, mesmo que vários servidores ativos
estivessem sendo avaliados com a pontuação máxima, isso decorreria dos critérios de avaliação já
estabelecidos e executados, ou seja, decorreria da realização dos ciclos de avaliação feitos com os
servidores atualmente em atividade. Ou seja, resultados são obtidos com base no desempenho dos
servidores em atividade. Mesmo a parcela institucional, depois de realizada a avaliação, leva em conta a
produtividade do conjunto daqueles que estão na ativa, não podendo ser estendida aos que já se
encontravam inativos e que, por essa situação, não contribuíram para o desempenho institucional. 16. É
dizer, a circunstância de a parte Autora/Recorrente ter recebido, segundo argumenta, sempre o mesmo
patamar máximo da Gratificação, durante período de atividade, não retira o caráter pro labore faciendo.
Se assim recebia, isso se dava como resultado dos processos de avaliação individual e institucional, nos
termos da lei. Ou seja, felizmente, para a parte Autora, seus resultados avaliativos devem ter sido sempre
amplamente favoráveis, levando ao pagamento no patamar máximo, mesmo depois de a Gratificação
passar a ter natureza pro labore faciendo. Mas essa circunstância não desfaz tal natureza nem outorga à
gratificação de desempenho um caráter genérico a implicar incorporação automática do patamar máximo
aos proventos de aposentadoria do servidor beneficiado pelas avaliações. 17. Por sua vez, não há prova
efetiva de que os critérios de avaliação são inadequados. Em princípio, nem mesmo é possível dizer que
se está premiando o baixo desempenho, ao se atribuir pontuação máxima a quem individualmente
cumpre apenas 75% da meta. Uma tal conclusão apenas seria possível pela demonstração clara de que o
patamar estabelecido não está de acordo com o contexto produtivo dos servidores ao longo do tempo. É
dizer, apenas numa escala comparativa alongada seria possível avaliar a inadequação da meta adotada.
A grandeza da meta ganha sentido numa análise comparativa ou relacional, não em si mesma. Isso
porque, em um contexto de produtividade histórica de até 50%, a meta de 75% pode ser um patamar
importante para a Administração Pública. 18. Aliás, a circunstância denota que a fixação das metas a
serem alcançadas deve ser um ato privativo da Administração Pública, passível de exame judicial apenas
de claramente demonstrado seu desacerto legal. Mesmo que um ato discricionário possa ser
judicialmente fiscalizável, do ponto de vista da sua legalidade, somente pode sofrer a intervenção judicial
quando o vício é manifesto. Não é o que se verifica no presente caso, conforme as razões dos §§
antecedentes, pelo que deve haver uma deferência do Judiciário ao Administrador. 19. Portanto,
considerando as circunstâncias relevantes da situação, a tese formulada na inicial não tem lugar, sem que
se fale de violação ao direito à integralidade/paridade. E a propósito, novo regramento criado pela Lei
13.324/2016 veio a confirmar esse raciocínio. A nova lei faculta ao servidor que tem direito à integralidade
e paridade incorporar “valor integral da média dos pontos da gratificação de desempenho recebidos

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nos últimos sessenta meses de atividade” (art. 88, III, c/c o art. 87, XV). Com isso, o legislador decidiu
fixar prazo mínimo de recebimento e, ainda, de contribuição previdenciária sobre Gratificações de
Desempenho, para o servidor público com direito à integralidade e paridade recebê-la integralmente,
quando passar à inatividade. 20. Seja como for, observe que o valor integral é da média dos pontos
recebidos em lapso de tempo determinado. Não poderia ser diferente, pois, os valores da gratificação
podem variar, dependendo dos resultados das avaliações procedidas. Outrossim, não importa que o
tempo mínimo fixado na lei não alcance o tempo de contribuição para aposentadoria integral. No fundo, o
legislador agiu por meio de um critério de liberalidade e continua resolvendo a questão da melhor maneira
possível, de acordo com o seu juízo político. O que não se pode é acolher o pedido inicial, tal qual
formulado, valendo registrar que a parte Autora passou a ter à sua disposição a opção criada pela Lei n.
13.324/2016, para receber valores mais elevados da Gratificação de Desempenho, devendo, por óbvio,
observar todos os requisitos ali estabelecidos para tanto. 21. Assim, gratificação de desempenho não
deriva da garantia de paridade e integralidade remuneratória e a sua extensão aos servidores inativos
viola o princípio da legalidade e da reserva legal (art. 37, X, da CF). Enfim, a partir da data da
homologação do resultado das avaliações, após conclusão do primeiro ciclo de avaliações, passou a valer
o pagamento diferenciado da Gratificação entre servidores ativos e os inativos, conforme a jurisprudência
do STF aqui colacionada. 22. Por fim, a parte Autora/Recorrente não requereu a produção de prova
392

pericial, na petição inicial. E quando pleiteia produção de tal prova, na petição de recurso, literalmente
justifica o pleito “diante da complexidade da matéria”. A par de não precisar a forma da prova pericial
requerida, tem razão a parte Autora/Recorrente sobre a complexidade da matéria e, assim, sobre a
própria complexidade da prova pericial que pleiteia. Seria preciso definir o(s) profissional(ais) habilitado(s)
ao exame e, ainda, os contextos funcionais para a coleta dos dados, a tornar ainda mais complexa a
produção da prova. Em hipóteses tais, o TRF1 tem entendido não caber ao JEF a produção de tal prova,
conforme CC 0013151-72.2017.4.01.0000, Des. Fed. Gilda Sigmaringa Seixas, 1ª Seção, e-DJF1 de
25/4/2018. 23. Não provimento do recurso interposto pela parte Autora. Dissentiu, em parte, o Juiz
Federal João Carlos Mayer Soares, quanto ao fundamento do § 22 da ementa, ressaltando sua
desnecessidade e implicação de indicar incompetência do JEF. 24. Honorários advocatícios pela parte

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Recorrente em 10% sobre o valor corrigido da causa (artigo 55 da Lei n. 9.099/1995), com suspensão do
pagamento enquanto a parte credora não demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de
recursos que justificou a concessão da Gratuidade de Justiça, extinguindo-se a dívida cinco anos após o
trânsito em julgado deste Acórdão (artigo 98, § 3º, NCPC).

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unanimidade, negar provimento ao recurso. Brasília/DF, 23/10/2019.

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PROCESSO: 0037346-72.2018.4.01.3400 RECORRENTE: GILBERTO PINHEIRO ADVOGADO:


DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO RECORRIDO: UNIAO FEDERAL ADVOGADO: - LETICIA
MACHADO SALGADO
EMENTA
CONSTITUCIONAL, ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL. GRATIFICAÇÃO DE DESEMPENHO.
APOSENTADORIA. INCORPORAÇÃO TOTAL AOS PROVENTOS. IMPOSSIBILIDADE. NATUREZA
PRO LABORE FACIENDO. PRECEDENTES VINCULANTES DO STF. NÃO CABIMENTO NO JEF DA
PERÍCIA TÉCNICA SUGERIDA EM SEDE RECURSAL. COMPLEXIDADE DA MATÉRIA (E, ASSIM, DA
PROVA) RECONHECIDA PELA PRÓPRIA PARTE AUTORA/RECORRENTE. NÃO PROVIMENTO DO
RECURSO. 1. A sentença rejeitou o pedido da parte Autora de incorporação da gratificação GDPST em
100 pontos (80 a título da avaliação institucional e 20 pontos a título de avaliação individual), com
pagamento retroativo a novembro de 2010, sob o fundamento de que, após as avaliações de
desempenho, pode haver pagamento diferenciado entre servidores ativos e inativos, sem que reste
configurada afronta ao princípio da irredutibilidade de vencimentos, segundo o STF. 2. Razões do recurso
interposto pela parte Autora: a) deveria estar recebendo a mesma pontuação da GDPST atribuída aos
servidores ativos desde julho/2011, retroativamente a novembro de 2010, quando teve início o pagamento
de 100 pontos aos servidores da carreira da Previdência Saúde e Trabalho; b) a decisão recorrida não se
manifestou expressamente sobre as graves ilegalidades e inconstitucionalidades apontadas; c)
inaplicabilidade da Súmula Vinculante 37 do STF ao caso concreto, especialmente diante da Súmula
vinculante 34, fundamentada nos votos do RE 572.052, onde se determinou a extensão aos inativos com
direito à paridade de vantagens pagas pelo só exercício das funções normais e próprias do cargo; d) “a
questão central é a demonstração de que a GDPST foi paga no Ministério da Saúde,
INDISTINTAMENTE, a todos servidores ativos, em regra com a mesma pontuação, 100 PONTOS, desde
NOV/2010”; d) dado o caráter genérico dessa gratificação requer a incorporação dos 100 pontos e,
alternativamente, “diante da complexidade da matéria”, a realização de perícia técnica por perito
credenciado junto a TRF1, para fins de definir se referida gratificação é genérica ou vantagem pro labore
faciendo. 3. A União ofereceu resposta escrita ao recurso suscitando as preliminares de impugnação do
valor atribuído à causa e de ausência dos requisitos necessários à concessão do benefício da justiça
gratuita; a prejudicial de prescrição e no, mérito, requer seja julgado improcedente o pedido.
Eventualmente, pede que o direito à incorporação seja reconhecido a contar do ajuizamento da ação,
considerando a ausência do termo de opção; que se estabeleça qual a média que deva ser calculado os
pontos para fins de incorporação e que sejam observados os termos dos arts. 88 e 89 da

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393

Lei 13.324/2016. 4. Rejeita-se a preliminar de impugnação ao valor da causa arguida pela União, vez que
deveria ter apresentado o valor que entende devido como proveito econômico na demanda e não apenas
arguir de forma genérica a incompatibilidade do valor atribuído. 5. Rejeita-se a preliminar de impugnação
à assistência judiciária, como levantada, pois feita sem contraprova dos elementos que levaram o Juízo
originário a conceder o benefício. O novo CPC estabelece que "Presume-se verdadeira a alegação de
insuficiência deduzida exclusivamente por pessoa natural" (art. 99, § 3º, do NCPC). Assim, tendo o Juízo
a quo verificado a presença dos requisitos para a concessão do benefício, apenas através de contraprova
suficiente sobre a situação específica poderia ser indeferido o pedido. 6. Rejeita-se a prejudicial de
prescrição suscitada pela União, vez que não ocorreu a prescrição do fundo de direito, mas apenas das
parcelas que antecederam aos cinco anos a contar da data da propositura da ação. 7. O pedido da parte

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Autora é realmente distinto daqueles recorrentemente julgados pelos JEFs e pelas TRs do Distrito Federal
ao longo do tempo. Neste caso, cuida-se de aferir se a Gratificação de Desempenho referida no processo
não deixou de efetivamente ser genérica, mesmo depois de formalmente iniciados os ciclos de avaliação
pela Administração, pois, ainda que iniciados tais ciclos, não correspondem aos requisitos estabelecidos
pela lei para tornar a Gratificação uma parcela pro labore faciendo. Segundo as razões de recurso, tendo
a parte Autora recebido invariavelmente o patamar máximo da Gratificação durante o seu período de
atividade, na passagem para a inatividade haveria de permanecer o mesmo valor máximo, em virtude da
paridade e da integralidade. 8. Como se sabe, Gratificações de Desempenho são parcelas autônomas
pagas de maneira destacada e não cumulativa, em função do desempenho individual do servidor e, ainda,
do alcance de metas de desempenho institucional do respectivo órgão e da entidade de lotação. Não
servem de base de cálculo para quaisquer outros benefícios, ou parcelas remuneratórias ou vantagens, e
costumam ter previsão legal para o seu reajuste na mesma proporção da revisão geral da remuneração
dos servidores públicos federais. 9. Porém, em relação ao termo inicial para pagamento diferenciado, o
STF decidiu em sede de repercussão geral no RE 662406: “O termo inicial do pagamento diferenciado
das gratificações de desempenho entre servidores ativos e inativos é o da data da homologação do
resultado das avaliações, após a conclusão do primeiro ciclo de avaliações, não podendo a Administração
retroagir os efeitos financeiros a data anterior”. (RE 662406, Relator Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal
Pleno, julgado em 11/12/2014, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-031 DIVULG 13-02-2015 PUBLIC 1802-
2015). 10. A regra foi novamente reafirmada pelo STF, com importante acréscimo, para todas as
Gratificações de Desempenho, ao julgar o Tema 983, cujo Processo Paradigma foi o ARE 1.052.570, com
a publicação do acórdão no DJE de 6.3.2018 e trânsito em julgado em 16/5/2018. No julgado, as Teses
Firmadas foram as seguintes, verbis: "I - O termo inicial do pagamento diferenciado das gratificações de
desempenho entre servidores

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ativos e inativos é o da data da homologação do resultado das avaliações, após a conclusão do primeiro
ciclo; II - A redução, após a homologação do resultado das avaliações, do valor da gratificação de
desempenho paga aos inativos e pensionistas não configura ofensa ao princípio da irredutibilidade de
vencimentos". 11. Nas Gratificações de Desempenho criadas ao longo do tempo, os trabalhos ou serviços
que ensejam o recebimento podem ser e até são os mesmos que os servidores beneficiados já exerciam
e continuam exercendo. O que muda é o desempenho e a produtividade. Sendo mais elevados, nos
mesmos serviços e/ou trabalhos normalmente realizados, há aumento no valor da Gratificação de
Desempenho. Assim, quando a Administração passou a pagar a título de Gratificação de Desempenho
valores indistintos e independentes de qualquer avaliação, a todos os servidores da ativa, deixou a
gratificação de ser pro labore faciendo, ostentando caráter geral e alcançando servidores inativos e/ou
pensionistas com o direito à paridade. Todavia, não sendo pagas em virtude de trabalhos anormais, a
natureza pro labore faciendo das diversas Gratificações de Desempenho se mantém apenas enquanto
pagas em virtude de avaliações periódicas de produtividade. 12. Regra geral, portanto, de acordo com o
entendimento do STF, é legítimo o pagamento diferenciado das Gratificações de Desempenho, a menor
para os servidores inativos, depois da homologação do resultado das avaliações. 13. E é acertada a
posição do STF. Como já bem pontuou a TNU, “vantagens condicionais ou modais, mesmo que auferidas
por longo tempo em razão do preenchimento dos requisitos exigidos para sua percepção, não se
incorporam ao vencimento, a não ser quando essa integração for determinada por lei. (É que as
vantagens condicionais ou modais) são vantagens pelo trabalho que está sendo feito (pro labore
faciendo) ou, por outras palavras, são adicionais de função (ex facto officii), ou são gratificações de
serviço (propter laborem), ou, finalmente, são gratificações em razão de condições pessoais do servidor
(propter personam). Daí por que, quando cessa o trabalho, ou quando desaparece o fato ou a situação
que lhes dá causa, deve cessar o pagamento de tais vantagens, sejam elas adicionais de função,
gratificações de serviço ou gratificação em razão das condições pessoais do servidor” (TNU, PEDILEF
05033027020134058302, Juiz Federal Ronaldo José da Silva, DOU de 05/02/2016). 14. Nesse contexto,
não é verdade que a gratificação de desempenho constitui, na prática, simples vantagem inerente ao
cargo, integrando a estrutura remuneratória da Carreira e maneira ardilosa de o Poder Público conceder
um reajuste setorial por vias transversas. Segundo as definições do § precedente, uma vantagem pro
labore faciendo pode ser na modalidade propter laborem, quer dizer, em razão de serviço. Se a
gratificação estivesse sendo paga apenas porque se estava ocupando certo cargo, então teria razão a
394

parte Autora/Recorrente. Todavia, como é paga em virtude da "quantidade" e da "qualidade" do serviço


efetivamente (institucionalmente e pessoalmente) desenvolvido pelo(a) servidor(a), então a sua natureza
pro labore faciendo surge e se destaca juridicamente, tornando-se inegável. 15. Por outro lado, não há
prova de que pagamentos da gratificação estão sendo feitos

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na pontuação máxima para os servidores ativos, mediante avaliação por "ficção jurídica", caracterizando
um aumento disfarçado de remuneração. Ainda que eventualmente servidores possam estar sendo

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avaliados com pontuação máxima, isso não implica que todos estejam sendo. Aliás, mesmo que vários
servidores ativos estivessem sendo avaliados com a pontuação máxima, isso decorreria dos critérios de
avaliação já estabelecidos e executados, ou seja, decorreria da realização dos ciclos de avaliação feitos
com os servidores atualmente em atividade. Ou seja, resultados são obtidos com base no desempenho
dos servidores em atividade. Mesmo a parcela institucional, depois de realizada a avaliação, leva em
conta a produtividade do conjunto daqueles que estão na ativa, não podendo ser estendida aos que já se
encontravam inativos e que, por essa situação, não contribuíram para o desempenho institucional. 16. É
dizer, a circunstância de a parte Autora/Recorrente ter recebido, segundo argumenta, sempre o mesmo
patamar máximo da Gratificação, durante período de atividade, não retira o caráter pro labore faciendo.
Se assim recebia, isso se dava como resultado dos processos de avaliação individual e institucional, nos
termos da lei. Ou seja, felizmente, para a parte Autora, seus resultados avaliativos devem ter sido sempre
amplamente favoráveis, levando ao pagamento no patamar máximo, mesmo depois de a Gratificação
passar a ter natureza pro labore faciendo. Mas essa circunstância não desfaz tal natureza nem outorga à
gratificação de desempenho um caráter genérico a implicar incorporação automática do patamar máximo
aos proventos de aposentadoria do servidor beneficiado pelas avaliações. 17. Por sua vez, não há prova
efetiva de que os critérios de avaliação são inadequados. Em princípio, nem mesmo é possível dizer que
se está premiando o baixo desempenho, ao se atribuir pontuação máxima a quem individualmente
cumpre apenas 75% da meta. Uma tal conclusão apenas seria possível pela demonstração clara de que o
patamar estabelecido não está de acordo com o contexto produtivo dos servidores ao longo do tempo. É
dizer, apenas numa escala comparativa alongada seria possível avaliar a inadequação da meta adotada.
A grandeza da meta ganha sentido numa análise comparativa ou relacional, não em si mesma. Isso
porque, em um contexto de produtividade histórica de até 50%, a meta de 75% pode ser um patamar
importante para a Administração Pública. 18. Aliás, a circunstância denota que a fixação das metas a
serem alcançadas deve ser um ato privativo da Administração Pública, passível de exame judicial apenas
de claramente demonstrado seu desacerto legal. Mesmo que um ato discricionário possa ser
judicialmente fiscalizável, do ponto de vista da sua legalidade, somente pode sofrer a intervenção judicial
quando o vício é manifesto. Não é o que se verifica no presente caso, conforme as razões dos §§
antecedentes, pelo que deve haver uma deferência do Judiciário ao Administrador. 19. Portanto,
considerando as circunstâncias relevantes da situação, a tese formulada na inicial não tem lugar, sem que
se fale de violação ao direito à integralidade/paridade. E a propósito, novo regramento criado pela Lei
13.324/2016 veio a confirmar esse raciocínio. A nova lei faculta ao servidor que tem direito à integralidade
e paridade incorporar “valor integral da média dos pontos da gratificação de desempenho recebidos nos
últimos sessenta meses de atividade” (art. 88, III, c/c o art. 87, XV). Com isso, o

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legislador decidiu fixar prazo mínimo de recebimento e, ainda, de contribuição previdenciária sobre
Gratificações de Desempenho, para o servidor público com direito à integralidade e paridade recebê-la
integralmente, quando passar à inatividade. 20. Seja como for, observe que o valor integral é da média
dos pontos recebidos em lapso de tempo determinado. Não poderia ser diferente, pois, os valores da
gratificação podem variar, dependendo dos resultados das avaliações procedidas. Outrossim, não importa
que o tempo mínimo fixado na lei não alcance o tempo de contribuição para aposentadoria integral. No
fundo, o legislador agiu por meio de um critério de liberalidade e continua resolvendo a questão da melhor
maneira possível, de acordo com o seu juízo político. O que não se pode é acolher o pedido inicial, tal
qual formulado, valendo registrar que a parte Autora passou a ter à sua disposição a opção criada pela
Lei n. 13.324/2016, para receber valores mais elevados da Gratificação de Desempenho, devendo, por
óbvio, observar todos os requisitos ali estabelecidos para tanto. 21. Assim, gratificação de desempenho
não deriva da garantia de paridade e integralidade remuneratória e a sua extensão aos servidores inativos
viola o princípio da legalidade e da reserva legal (art. 37, X, da CF). Enfim, a partir da data da
homologação do resultado das avaliações, após conclusão do primeiro ciclo de avaliações, passou a valer
o pagamento diferenciado da Gratificação entre servidores ativos e os inativos, conforme a jurisprudência
do STF aqui colacionada. 22. Por fim, a parte Autora/Recorrente não requereu a produção de prova
pericial, na petição inicial. E quando pleiteia produção de tal prova, na petição de recurso, literalmente
justifica o pleito “diante da complexidade da matéria”. A par de não precisar a forma da prova pericial
requerida, tem razão a parte Autora/Recorrente sobre a complexidade da matéria e, assim, sobre a
própria complexidade da prova pericial que pleiteia. Seria preciso definir o(s) profissional(ais) habilitado(s)
395

ao exame e, ainda, os contextos funcionais para a coleta dos dados, a tornar ainda mais complexa a
produção da prova. Em hipóteses tais, o TRF1 tem entendido não caber ao JEF a produção de tal prova,
conforme CC 0013151-72.2017.4.01.0000, Des. Fed. Gilda Sigmaringa Seixas, 1ª Seção, e-DJF1 de
25/4/2018. 23. Não provimento do recurso interposto pela parte Autora. Dissentiu, em parte, o Juiz
Federal João Carlos Mayer Soares, quanto ao fundamento do § 22 da ementa, ressaltando sua
desnecessidade e implicação de indicar incompetência do JEF. 24. Honorários advocatícios pela parte
Recorrente em 10% sobre o valor corrigido da causa (artigo 55 da Lei n. 9.099/1995), com suspensão do
pagamento enquanto a parte credora não demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de
recursos que justificou a concessão da Gratuidade de Justiça, extinguindo-se a dívida cinco anos após o
trânsito em julgado deste Acórdão (artigo 98, § 3º, NCPC).

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ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por
unanimidade, negar provimento ao recurso. Brasília/DF, 23/10/2019.

Juiz David Wilson de Abreu Pardo 2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF RELATOR 3

PROCESSO: 0047043-98.2010.4.01.3400 RECORRENTE: CARLOS ROBERTO DE SOUZA


ADVOGADO: RO00001793 - ANA PAULA MORAIS DA ROSA RECORRIDO: UNIAO FEDERAL
ADVOGADO: - MICHELE GOEBEL PILLON
EMENTA
PROCESSUAL. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. CORREÇÃO MONETÁRIA. REAJUSTE DE
28,86%. PRESCRIÇÃO. INOCORRÊNCIA. TERMO A QUO. PAGAMENTO DA ÚLTIMA PARCELA.
JURISPRUDÊNCIA DO STJ E DA TNU. NÃO PROVIMENTO DO RECURSO. 1. A sentença, rejeitando a
prejudicial de prescrição, acolheu o pedido inicial para “determinar que a ré pague à parte autora as
diferenças relativas à correção monetária, devida desde a data de cada parcela vencimental paga com
atraso em virtude do reconhecimento tardio ao reajuste de 28,86%, além dos juros de mora, a partir da
citação, tudo nos termos da fundamentação acima, que deverão incidir sobre o valor principal”. 2. Razões
do recurso interposto pela União: a) preliminarmente requer que o recurso seja recebido no duplo efeito;
b) seja acolhida a argüição de prescrição total, extinguindo-se o processo com julgamento de mérito; c)
inexiste lei determinando a aplicação de juros e correção monetária sobre os valores pagos aos
servidores públicos, a título de parcelas remuneratórias em atraso, relativamente a fatos geradores
ocorridos a partir de 01 de julho de 1994; d) se a correção monetária é a reposição do valor real da
moeda, corroído pela inflação, inexistente esta, não há o que corrigir, uma vez que o poder de compra da
moeda restou preservado; e) visando a uniformizar os procedimentos para pagamento de parcelas
remuneratórias em atraso, no âmbito da administração direta, autárquica e fundacional, foi editado o
Ofício Circular n. 44, de 21 de outubro de 1996, por meio do qual se esclareceu que para os pagamentos
com fato gerador ocorrido em período posterior a 30 de junho de 1994 não há correção monetária,
porquanto o valor já vem expresso em Real, sendo este o valor devido; f) não cabe a incidência de juros
moratórios, em função da inexistência de norma disciplinadora, bem como da comprovação de que não
houve mora da Administração; g) na eventualidade de ser mantida a condenação no que tange à correção
monetária, requer a aplicação da Súmula da AGU nº 38 de 16/09/2008, dando oportunidade para o
Departamento de Cálculos e Perícias da Procuradoria-Geral da União apresentar Parecer Técnico fixando
o montante porventura ainda devido. 3. A parte Autora ofereceu resposta escrita ao recurso. 4. A
diferença dos 28,86%, e que deveria reajustar os salários de em janeiro de 1993, somente foi reconhecida
como devida em junho de 1998, pela MP 1704, de 30/06/298, convertida definitivamente depois de
reiteras reedições, na MP 2.169-43, DE 24/08/2001, e correspondente ao período de 1º/01/93 a 30/06/98,
com pagamento em 7 (sete) anos, nos meses fevereiro e agosto, a partir de 1999, mediante acordo
firmado

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individualmente pelo servidor até 30 de dezembro de 1998. 5. No caso, não há que se falar em prescrição
de qualquer parcela vencida anteriormente aos 05 (cinco) anos da data do ajuizamento da demanda, uma
vez que o início do prazo prescricional para a cobrança de correção monetária quando celebrado acordo
396

para pagamento parcelado se dará a partir da data do pagamento da última parcela. Portanto, somente
após a quitação da obrigação, que ocorreu com o pagamento da última parcela, é que a parte Autora se
tornou credor da diferença apurada entre o valor devido e o que foi efetivamente pago, surgindo daí o
direito/interesse de pleitear a incidência da correção monetária oficial não computada. 6. A sentença já
decidiu de acordo com o entendimento firmado pela TNU, no julgamento do PEDILEF n. 0051752-
79.2010.4.01.3400; Rel. Juiz Federal Gerson Luiz Rocha, julgado em 22/06/2017 e acórdão publicado em
08/04/2016, no qual restou declarado que o prazo prescricional para recebimento judicial da correção
monetária referente ao pagamento administrativo das diferenças remuneratórias decorrentes da MP nº
1.704/98 (28,86%), pagas parceladamente, é de cinco anos e tem seu termo inicial no pagamento da
última parcela. 7. No mais, a TNU vem reiterando esse entendimento, tornando-o dominante, inclusive

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nem mais conhecendo de incidentes interpostos com o mesmo tema, como pode ser ilustrado pelo
PEDILEF 0000459-65.2013.4.01.3400, assim como pelo PEDILEF 0055275-31.2012.4.01.3400. Portanto,
considerando que a última parcela do acordo venceu em dezembro de 2005 e que a presente ação foi
proposta em setembro de 2010, não há prescrição a ser declarada. 8. A correção monetária não
representa acréscimo no quantum devido, tão-somente preserva o poder aquisitivo da moeda,
desvalorizada em razão do processo inflacionário. É pacifica a jurisprudência consubstanciada na Súmula
nº 19 do TRF da 1ª Região e Súmula nº 9 do TRF da 4ª Região no sentido de incidir correção monetária
sobre os valores pagos com atraso da via administrativa a título de vencimentos, proventos ou benefícios
previdenciários, tendo em vista sua natureza alimentar. Registre-se ainda que a correção monetária tem
como termo inicial a data em que o pagamento deveria ter sido efetuado. Entendimento do Superior
Tribunal de Justiça (AgRg no AREsp 127550 / RS, 2ª Turma, Relator Ministro Humberto Martins, DJe de
19/04/2012). 8. Quanto ao pedido de aplicação da Súmula da AGU 38/, 16/09/2008, o valor do quantum
debeatur será apurado na fase de cumprimento do julgado, pelo juízo da execução, após a parte ré
apresentar planilhas com o valor que entende devido. Por fim, na atualização monetária dos débitos
contraídos pela Fazenda Pública devem incidir os juros de mora. 9. Não provimento do recurso interposto
pela União. 10. Honorários advocatícios pela parte Recorrente em 10% sobre o valor corrigido da causa
(art. 55 da Lei n. 9.099/1995).

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unanimidade, negar provimento ao recurso. Brasília/DF, 23/10/2019.

Juiz David Wilson de Abreu Pardo 2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF RELATOR 3

PROCESSO: 0037132-81.2018.4.01.3400 RECORRENTE: CICERO RODRIGUES ALVES ADVOGADO:


- NPJ/UNICEUB RECORRIDO: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS ADVOGADO:
EMENTA
PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL. BENEFÍCIO POR INCAPACIDADE. APOSENTADORIA POR
INVALIDEZ/AUXÍLIO-DOENÇA. INEXISTÊNCIA DE INCAPACIDADE LABORATIVA. PREVALÊNCIA DO
LAUDO PERICIAL PRODUZIDO EM JUÍZO. NÃO PROVIMENTO DO RECURSO. 1. A sentença rejeitou
o pedido de aposentadoria por invalidez/auxílio-doença, sob a fundamentação de ausência de
incapacidade laborativa, conforme laudo pericial. 2. Razões do recurso interposto pela parte Autora: a)
preenche todos os requisitos previstos na Lei nº 8.213/91 necessários à concessão da aposentadoria por
invalidez, quais sejam, qualidade de segurado, cumprimento da carência de 12 contribuições, o que se
encontra previsto no art. 25 da Lei nº 8213/91, e incapacidade total e insuscetível de reabilitação para o
exercício de atividade que lhe garanta subsistência; b) há necessidade de que seja examinado todo o
conjunto de provas anexo aos autos, e não apenas aquelas provas eleitas pelo magistrado tento em vista
sua discricionariedade; c) pode-se afirmar que tem sido pacífico tanto na doutrina, quanto na
jurisprudência, que, com fundamento no livre convencimento motivado, é possível que o magistrado
desconsidere uma prova judicialmente produzida havendo prova robusta nos autos para tanto, como é o
caso da presente lide; d) o magistrado não está necessariamente vinculado ao laudo proferido pelo perito
judicial, no qual foi afirmado que é portador de cefaleia (R51), doença de Alzheimer de início precoce
(G30), neurossífilis sintomática (A52.1), sem, no entanto, ser incapaz para realizar atividade laborativa
que garanta sua subsistência; e) foram juntadas aos autos diversos laudos médicos, emitidos por médicos
distintos e realizados desde 2002 até 2018, consoantes acerca do afastamento por prazo indeterminado
das atividades laborativas devido ao quadro de saúde, que vem se agravando desde que sofreu o AVC
isquêmico em 23/04/2002: hemiparesia direita completa (CID R31), vasculite (CID H83.0), síndrome
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demencial associada a neurolues (CID G30) e neurossífilis sintomática. Portanto, há provas


suficientemente fortes para desconsiderar a prova produzida judicialmente; f) “nota-se que em 25/05/2018
foi realizado, pelo próprio Recorrido, exame pericial médico revisional de aposentadoria por invalidez do
Recorrente, concluindo pela não constatação de persistência da invalidez, o que gerou a cessação do
benefício. No entanto, apenas 3 meses depois, o Recorrente entrou com um novo pedido de auxílio-
doença, e a partir de nova perícia realizada pelo INSS, foi concedido um novo auxílio-doença (NB
623.716.944-3), uma vez que foi “constatada incapacidade para o trabalho”. Dessa forma, fica evidente
que há divergência inclusive entre os laudos periciais realizados pelo INSS”. 3. O INSS não ofereceu
resposta escrita ao recurso.

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4. Parte Autora do sexo feminino, nascida em 12/07/1967 (atualmente com 52 anos de idade), solteira,
ensino médio, ajudante, atualmente desempregada, residente e domiciliada em Ceilândia/DF. 5. A perícia
registrada em 10/01/2019, realizada por médico especializado em neurocirurgia, constatou que a
pericianda é portadora de doença, CID: R 51 (cefaleia), G 30 (Alzheimer) e A 52.1 (neurossífilis
sintomática), fixando a data de início da doença em abril/2002. Contudo, a doença não a incapacita para o
exercício de atividade que garanta a subsistência. Após exame clínico detalhado, o mesmo laudo pericial
concluiu: “não constatei incapacidade laboral”. 6. O certo é que o laudo pericial foi produzido por médico
especialista em neurologia, ou seja, especialidade habilitada para periciar a lesão/doença da parte Autora.
Depois, do seu exame pessoal, foi considerada a documentação juntada ao feito, conforme dá conta o
próprio laudo, o qual faz referência à ressonância magnética do encéfalo de 07/05/2018, bem como aos
relatórios médicos datados em 06/11/2002, 15/05/2018 e 15/08/2018, pelo que sem razão a parte Autora,
quanto à alegação de existência de provas suficientemente fortes para desconsiderar a prova produzida
judicialmente. 7. A prova pericial foi taxativa em concluir pela ausência de incapacidade laborativa da
parte Autora. A produção da prova pericial em Juízo, de cunho médico, tem por fim esclarecer a situação
funcional da pessoa, quanto à saúde, no contexto de um procedimento em contraditório e imparcial,
devendo prevalecer sobre documentos unilateralmente juntados por uma das partes. Somente no caso de
a prova pericial judicial ser dúbia ou incompleta é que documentos juntados unilateralmente podem ser
usados para suprir a falta ou a dubiedade da prova pericial judicial, o que não é o caso. Por isso, não é o
caso de usar os documentos médicos juntados unilateralmente, para reconhecer a incapacidade laboral
da parte Autora. 8. Ora, como se sabe, ser portador de doença ou lesão não é a mesma coisa que ser
portador de incapacidade, conforme disciplinado pela legislação previdenciária. Como a incapacidade
pode variar ao longo do tempo, não obstante as doenças ou as lesões se mantenham, então não se pode
derivar automaticamente aquela destas. Por isso, não se pode presumir continuidade do estado
incapacitante. Há de prevalecer, no caso, a conclusão expressa do laudo pericial. 9. De outra banda, nas
demandas de benefícios por incapacidade, as avaliações são feitas secundum eventum litis e rebus sic
stantibus, ou seja, apenas nas condições e circunstâncias fáticas dadas. Assim, se o laudo dá conta que
a parte Autora possui condições de exercer atividade laborativa neste momento, não há óbice à
concessão futura do benefício, se a avaliação médica assim indicar, ainda que em virtude da mesma
enfermidade. Afinal, uma enfermidade pode ou não resultar em incapacidade. A situação variável desta
configura mudança dos fatos, da causa de pedir. 10. Certo é que as perícias médicas judiciais são pela
capacidade, independentemente de as enfermidades existirem, afinal, ser portador de doença ou lesão
não é a mesma coisa que ser portador de incapacidade, conforme disciplinado pela lei previdenciária. 11.
Não provimento do recurso interposto pela parte Autora. 12. Sem condenação em honorários
advocatícios. A instância revisora somente pode dispor sobre honorários, "levando em conta o trabalho
adicional realizado em grau

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AF6059E6E89842D2FC90CCEA53945036
recursal" (art. 85, § 11, NCPC). Não havendo trabalho em grau recursal pela parte Recorrida, não há
como condenar a parte Recorrente em honorários advocatícios. Além disso, a parte Autora é beneficiária
da gratuidade de justiça. Vencido, no ponto, o Juiz Federal João Carlos Mayres Soares, que condenou a
parte Recorrente vencida em honorários, no patamar de 10% sobre o valor da causa, com suspensão do
pagamento, em virtude da gratuidade de justiça. Isso porque entende que a disposição legal se aplica
apenas aos casos de majoração dos honorários, devendo haver cominação originária destes em grau
recursal, quando cabíveis, conforme entendimento do STJ. ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma
Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade, negar provimento ao
recurso. Brasília/DF, 23/10/2019.

Juiz David Wilson de Abreu Pardo 2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF RELATOR 3


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PROCESSO: 0037492-16.2018.4.01.3400 RECORRENTE: JOAO CARLOS MENEGHINI ADVOGADO:


DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO RECORRIDO: UNIAO FEDERAL ADVOGADO: -
EDUARDO JORGE PEREIRA ALVES
EMENTA
CONSTITUCIONAL, ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL. GRATIFICAÇÃO DE DESEMPENHO.
APOSENTADORIA. INCORPORAÇÃO TOTAL AOS PROVENTOS. IMPOSSIBILIDADE. NATUREZA
PRO LABORE FACIENDO. PRECEDENTES VINCULANTES DO STF. NÃO CABIMENTO NO JEF DA
PERÍCIA TÉCNICA SUGERIDA EM SEDE RECURSAL. COMPLEXIDADE DA MATÉRIA (E, ASSIM, DA
PROVA) RECONHECIDA PELA PRÓPRIA PARTE AUTORA/RECORRENTE. NÃO PROVIMENTO DO
RECURSO. 1. A sentença rejeitou o pedido da parte Autora de incorporação da gratificação GDPST em

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100 pontos (80 a título da avaliação institucional e 20 pontos a título de avaliação individual), com
pagamento retroativo a novembro de 2010, sob o fundamento de que, após as avaliações de
desempenho, pode haver pagamento diferenciado entre servidores ativos e inativos, sem que reste
configurada afronta ao princípio da irredutibilidade de vencimentos, segundo o STF. 2. Razões do recurso
interposto pela parte Autora: a) deveria estar recebendo a mesma pontuação da GDPST atribuída aos
servidores ativos desde julho/2011, retroativamente a novembro de 2010, quando teve início o pagamento
de 100 pontos aos servidores da carreira da Previdência Saúde e Trabalho; b) a decisão recorrida não se
manifestou expressamente sobre as graves ilegalidades e inconstitucionalidades apontadas; c)
inaplicabilidade da Súmula Vinculante 37 do STF ao caso concreto, especialmente diante da Súmula
vinculante 34, fundamentada nos votos do RE 572.052, onde se determinou a extensão aos inativos com
direito à paridade de vantagens pagas pelo só exercício das funções normais e próprias do cargo; d) “a
questão central é a demonstração de que a GDPST foi paga no Ministério da Saúde,
INDISTINTAMENTE, a todos servidores ativos, em regra com a mesma pontuação, 100 PONTOS, desde
NOV/2010”; d) dado o caráter genérico dessa gratificação requer a incorporação dos 100 pontos e,
alternativamente, “diante da complexidade da matéria”, a realização de perícia técnica por perito
credenciado junto a TRF1, para fins de definir se referida gratificação é genérica ou vantagem pro labore
faciendo. 3. A União ofereceu resposta escrita ao recurso suscitando a prejudicial de prescrição e no,
mérito, requer seja julgado improcedente o pedido. Eventualmente, pede que sejam utilizados como
índices de juros de mora e de correção monetária os previstos no art. 1ºF da Lei nº 9.494/97, com
redação dada pela Lei nº 11.960, de junho de 2009. 4. Rejeita-se a prejudicial de prescrição suscitada
pela União, vez que não ocorreu a prescrição do fundo de direito, mas apenas das parcelas que
antecederam aos cinco anos a contar da data da propositura da ação.

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5. O pedido da parte Autora é realmente distinto daqueles recorrentemente julgados pelos JEFs e pelas
TRs do Distrito Federal ao longo do tempo. Neste caso, cuida-se de aferir se a Gratificação de
Desempenho referida no processo não deixou de efetivamente ser genérica, mesmo depois de
formalmente iniciados os ciclos de avaliação pela Administração, pois, ainda que iniciados tais ciclos, não
correspondem aos requisitos estabelecidos pela lei para tornar a Gratificação uma parcela pro labore
faciendo. Segundo as razões de recurso, tendo a parte Autora recebido invariavelmente o patamar
máximo da Gratificação durante o seu período de atividade, na passagem para a inatividade haveria de
permanecer o mesmo valor máximo, em virtude da paridade e da integralidade. 6. Como se sabe,
Gratificações de Desempenho são parcelas autônomas pagas de maneira destacada e não cumulativa,
em função do desempenho individual do servidor e, ainda, do alcance de metas de desempenho
institucional do respectivo órgão e da entidade de lotação. Não servem de base de cálculo para quaisquer
outros benefícios, ou parcelas remuneratórias ou vantagens, e costumam ter previsão legal para o seu
reajuste na mesma proporção da revisão geral da remuneração dos servidores públicos federais. 7.
Porém, em relação ao termo inicial para pagamento diferenciado, o STF decidiu em sede de repercussão
geral no RE 662406: “O termo inicial do pagamento diferenciado das gratificações de desempenho entre
servidores ativos e inativos é o da data da homologação do resultado das avaliações, após a conclusão
do primeiro ciclo de avaliações, não podendo a Administração retroagir os efeitos financeiros a data
anterior”. (RE 662406, Relator Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal Pleno, julgado em 11/12/2014,
PROCESSO ELETRÔNICO DJe-031 DIVULG 13-02-2015 PUBLIC 1802-2015). 8. A regra foi novamente
reafirmada pelo STF, com importante acréscimo, para todas as Gratificações de Desempenho, ao julgar o
Tema 983, cujo Processo Paradigma foi o ARE 1.052.570, com a publicação do acórdão no DJE de
6.3.2018 e trânsito em julgado em 16/5/2018. No julgado, as Teses Firmadas foram as seguintes, verbis:
"I - O termo inicial do pagamento diferenciado das gratificações de desempenho entre servidores ativos e
inativos é o da data da homologação do resultado das avaliações, após a conclusão do primeiro ciclo; II -
A redução, após a homologação do resultado das avaliações, do valor da gratificação de desempenho
paga aos inativos e pensionistas não configura ofensa ao princípio da irredutibilidade de vencimentos". 9.
Nas Gratificações de Desempenho criadas ao longo do tempo, os trabalhos ou serviços que ensejam o
recebimento podem ser e até são os mesmos que os servidores beneficiados já exerciam e continuam
exercendo. O que muda é o desempenho e a produtividade. Sendo mais elevados, nos mesmos serviços
e/ou trabalhos normalmente realizados, há aumento no valor da Gratificação de Desempenho. Assim,
quando a Administração passou a pagar a título de Gratificação de Desempenho valores indistintos e
399

independentes de qualquer avaliação, a todos os servidores da ativa, deixou a gratificação de ser pro
labore faciendo, ostentando caráter geral e alcançando servidores inativos e/ou pensionistas com o direito
à paridade. Todavia, não sendo pagas em virtude de trabalhos anormais, a natureza pro labore faciendo
das diversas Gratificações de Desempenho se mantém apenas enquanto pagas em virtude de

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avaliações periódicas de produtividade. 10. Regra geral, portanto, de acordo com o entendimento do STF,
é legítimo o pagamento diferenciado das Gratificações de Desempenho, a menor para os servidores

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inativos, depois da homologação do resultado das avaliações. 11. E é acertada a posição do STF. Como
já bem pontuou a TNU, “vantagens condicionais ou modais, mesmo que auferidas por longo tempo em
razão do preenchimento dos requisitos exigidos para sua percepção, não se incorporam ao vencimento, a
não ser quando essa integração for determinada por lei. (É que as vantagens condicionais ou modais) são
vantagens pelo trabalho que está sendo feito (pro labore faciendo) ou, por outras palavras, são adicionais
de função (ex facto officii), ou são gratificações de serviço (propter laborem), ou, finalmente, são
gratificações em razão de condições pessoais do servidor (propter personam). Daí por que, quando cessa
o trabalho, ou quando desaparece o fato ou a situação que lhes dá causa, deve cessar o pagamento de
tais vantagens, sejam elas adicionais de função, gratificações de serviço ou gratificação em razão das
condições pessoais do servidor” (TNU, PEDILEF 05033027020134058302, Juiz Federal Ronaldo José da
Silva, DOU de 05/02/2016). 12. Nesse contexto, não é verdade que a gratificação de desempenho
constitui, na prática, simples vantagem inerente ao cargo, integrando a estrutura remuneratória da
Carreira e maneira ardilosa de o Poder Público conceder um reajuste setorial por vias transversas.
Segundo as definições do § precedente, uma vantagem pro labore faciendo pode ser na modalidade
propter laborem, quer dizer, em razão de serviço. Se a gratificação estivesse sendo paga apenas porque
se estava ocupando certo cargo, então teria razão a parte Autora/Recorrente. Todavia, como é paga em
virtude da "quantidade" e da "qualidade" do serviço efetivamente (institucionalmente e pessoalmente)
desenvolvido pelo(a) servidor(a), então a sua natureza pro labore faciendo surge e se destaca
juridicamente, tornando-se inegável. 13. Por outro lado, não há prova de que pagamentos da gratificação
estão sendo feitos na pontuação máxima para os servidores ativos, mediante avaliação por "ficção
jurídica", caracterizando um aumento disfarçado de remuneração. Ainda que eventualmente servidores
possam estar sendo avaliados com pontuação máxima, isso não implica que todos estejam sendo. Aliás,
mesmo que vários servidores ativos estivessem sendo avaliados com a pontuação máxima, isso
decorreria dos critérios de avaliação já estabelecidos e executados, ou seja, decorreria da realização dos
ciclos de avaliação feitos com os servidores atualmente em atividade. Ou seja, resultados são obtidos
com base no desempenho dos servidores em atividade. Mesmo a parcela institucional, depois de
realizada a avaliação, leva em conta a produtividade do conjunto daqueles que estão na ativa, não
podendo ser estendida aos que já se encontravam inativos e que, por essa situação, não contribuíram
para o desempenho institucional. 14. É dizer, a circunstância de a parte Autora/Recorrente ter recebido,
segundo argumenta, sempre o mesmo patamar máximo da Gratificação, durante período de atividade,
não retira o caráter pro labore faciendo. Se assim recebia, isso se dava como resultado dos processos de
avaliação individual e institucional, nos termos da lei. Ou

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seja, felizmente, para a parte Autora, seus resultados avaliativos devem ter sido sempre amplamente
favoráveis, levando ao pagamento no patamar máximo, mesmo depois de a Gratificação passar a ter
natureza pro labore faciendo. Mas essa circunstância não desfaz tal natureza nem outorga à gratificação
de desempenho um caráter genérico a implicar incorporação automática do patamar máximo aos
proventos de aposentadoria do servidor beneficiado pelas avaliações. 15. Por sua vez, não há prova
efetiva de que os critérios de avaliação são inadequados. Em princípio, nem mesmo é possível dizer que
se está premiando o baixo desempenho, ao se atribuir pontuação máxima a quem individualmente
cumpre apenas 75% da meta. Uma tal conclusão apenas seria possível pela demonstração clara de que o
patamar estabelecido não está de acordo com o contexto produtivo dos servidores ao longo do tempo. É
dizer, apenas numa escala comparativa alongada seria possível avaliar a inadequação da meta adotada.
A grandeza da meta ganha sentido numa análise comparativa ou relacional, não em si mesma. Isso
porque, em um contexto de produtividade histórica de até 50%, a meta de 75% pode ser um patamar
importante para a Administração Pública. 16. Aliás, a circunstância denota que a fixação das metas a
serem alcançadas deve ser um ato privativo da Administração Pública, passível de exame judicial apenas
de claramente demonstrado seu desacerto legal. Mesmo que um ato discricionário possa ser
judicialmente fiscalizável, do ponto de vista da sua legalidade, somente pode sofrer a intervenção judicial
quando o vício é manifesto. Não é o que se verifica no presente caso, conforme as razões dos §§
antecedentes, pelo que deve haver uma deferência do Judiciário ao Administrador. 17. Portanto,
considerando as circunstâncias relevantes da situação, a tese formulada na inicial não tem lugar, sem que
se fale de violação ao direito à integralidade/paridade. E a propósito, novo regramento criado pela Lei
13.324/2016 veio a confirmar esse raciocínio. A nova lei faculta ao servidor que tem direito à integralidade
400

e paridade incorporar “valor integral da média dos pontos da gratificação de desempenho recebidos nos
últimos sessenta meses de atividade” (art. 88, III, c/c o art. 87, XV). Com isso, o legislador decidiu fixar
prazo mínimo de recebimento e, ainda, de contribuição previdenciária sobre Gratificações de
Desempenho, para o servidor público com direito à integralidade e paridade recebê-la integralmente,
quando passar à inatividade. 18. Seja como for, observe que o valor integral é da média dos pontos
recebidos em lapso de tempo determinado. Não poderia ser diferente, pois, os valores da gratificação
podem variar, dependendo dos resultados das avaliações procedidas. Outrossim, não importa que o
tempo mínimo fixado na lei não alcance o tempo de contribuição para aposentadoria integral. No fundo, o
legislador agiu por meio de um critério de liberalidade e continua resolvendo a questão da melhor maneira
possível, de acordo com o seu juízo político. O que não se pode é acolher o pedido inicial, tal qual

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formulado, valendo registrar que a parte Autora passou a ter à sua disposição a opção criada pela Lei n.
13.324/2016, para receber valores mais elevados da Gratificação de Desempenho, devendo, por óbvio,
observar todos os requisitos ali estabelecidos para tanto. 19. Assim, gratificação de desempenho não
deriva da garantia de paridade e

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integralidade remuneratória e a sua extensão aos servidores inativos viola o princípio da legalidade e da
reserva legal (art. 37, X, da CF). Enfim, a partir da data da homologação do resultado das avaliações,
após conclusão do primeiro ciclo de avaliações, passou a valer o pagamento diferenciado da Gratificação
entre servidores ativos e os inativos, conforme a jurisprudência do STF aqui colacionada. 20. Por fim, a
parte Autora/Recorrente não requereu a produção de prova pericial, na petição inicial. E quando pleiteia
produção de tal prova, na petição de recurso, literalmente justifica o pleito “diante da complexidade da
matéria”. A par de não precisar a forma da prova pericial requerida, tem razão a parte Autora/Recorrente
sobre a complexidade da matéria e, assim, sobre a própria complexidade da prova pericial que pleiteia.
Seria preciso definir o(s) profissional(ais) habilitado(s) ao exame e, ainda, os contextos funcionais para a
coleta dos dados, a tornar ainda mais complexa a produção da prova. Em hipóteses tais, o TRF1 tem
entendido não caber ao JEF a produção de tal prova, conforme CC 0013151-72.2017.4.01.0000, Des.
Fed. Gilda Sigmaringa Seixas, 1ª Seção, e-DJF1 de 25/4/2018. 21. Não provimento do recurso interposto
pela parte Autora. Dissentiu, em parte, o Juiz Federal João Carlos Mayer Soares, quanto ao fundamento
do § 20 da ementa, ressaltando sua desnecessidade e implicação de indicar incompetência do JEF. 22.
Honorários advocatícios pela parte Recorrente em 10% sobre o valor corrigido da causa (artigo 55 da Lei
n. 9.099/1995), com suspensão do pagamento enquanto a parte credora não demonstrar que deixou de
existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão da Gratuidade de Justiça,
extinguindo-se a dívida cinco anos após o trânsito em julgado deste Acórdão (artigo 98, § 3º, NCPC).
ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por
unanimidade, negar provimento ao recurso. Brasília/DF, 23/10/2019.

Juiz David Wilson de Abreu Pardo 2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF RELATOR 3

PROCESSO: 0037172-63.2018.4.01.3400 RECORRENTE: CLARICE AUREGLIETTI TREVIZAN


ADVOGADO: DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO RECORRIDO: UNIAO FEDERAL
ADVOGADO: - EDUARDO JORGE PEREIRA ALVES
EMENTA
CONSTITUCIONAL, ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL. GRATIFICAÇÃO DE DESEMPENHO.
APOSENTADORIA. INCORPORAÇÃO TOTAL AOS PROVENTOS. IMPOSSIBILIDADE. NATUREZA
PRO LABORE FACIENDO. PRECEDENTES VINCULANTES DO STF. NÃO CABIMENTO NO JEF DA
PERÍCIA TÉCNICA SUGERIDA EM SEDE RECURSAL. COMPLEXIDADE DA MATÉRIA (E, ASSIM, DA
PROVA) RECONHECIDA PELA PRÓPRIA PARTE AUTORA/RECORRENTE. NÃO PROVIMENTO DO
RECURSO. 1. A sentença rejeitou o pedido da parte Autora de incorporação da gratificação GDPST em
100 pontos (80 a título da avaliação institucional e 20 pontos a título de avaliação individual), com
pagamento retroativo a novembro de 2010, sob o fundamento de que, após as avaliações de
desempenho, pode haver pagamento diferenciado entre servidores ativos e inativos, sem que reste
configurada afronta ao princípio da irredutibilidade de vencimentos, segundo o STF. 2. Razões do recurso
interposto pela parte Autora: a) deveria estar recebendo a mesma pontuação da GDPST atribuída aos
servidores ativos desde julho/2011, retroativamente a novembro de 2010, quando teve início o pagamento
de 100 pontos aos servidores da carreira da Previdência Saúde e Trabalho; b) a decisão recorrida não se
manifestou expressamente sobre as graves ilegalidades e inconstitucionalidades apontadas; c)
inaplicabilidade da Súmula Vinculante 37 do STF ao caso concreto, especialmente diante da Súmula
vinculante 34, fundamentada nos votos do RE 572.052, onde se determinou a extensão aos inativos com
direito à paridade de vantagens pagas pelo só exercício das funções normais e próprias do cargo; d) “a
questão central é a demonstração de que a GDPST foi paga no Ministério da Saúde,
INDISTINTAMENTE, a todos servidores ativos, em regra com a mesma pontuação, 100 PONTOS, desde
NOV/2010”; d) dado o caráter genérico dessa gratificação requer a incorporação dos 100 pontos e,
alternativamente, “diante da complexidade da matéria”, a realização de perícia técnica por perito
401

credenciado junto a TRF1, para fins de definir se referida gratificação é genérica ou vantagem pro labore
faciendo. 3. A União ofereceu resposta escrita ao recurso suscitando a prejudicial de prescrição e no,
mérito, requer seja julgado improcedente o pedido. Eventualmente, pede que sejam utilizados como
índices de juros de mora e de correção monetária os previstos no art. 1ºF da Lei nº 9.494/97, com
redação dada pela Lei nº 11.960, de junho de 2009. 4. Rejeita-se a prejudicial de prescrição suscitada
pela União, vez que não ocorreu a prescrição do fundo de direito, mas apenas das parcelas que
antecederam aos cinco anos a contar da data da propositura da ação.

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5. O pedido da parte Autora é realmente distinto daqueles recorrentemente julgados pelos JEFs e pelas
TRs do Distrito Federal ao longo do tempo. Neste caso, cuida-se de aferir se a Gratificação de
Desempenho referida no processo não deixou de efetivamente ser genérica, mesmo depois de
formalmente iniciados os ciclos de avaliação pela Administração, pois, ainda que iniciados tais ciclos, não
correspondem aos requisitos estabelecidos pela lei para tornar a Gratificação uma parcela pro labore
faciendo. Segundo as razões de recurso, tendo a parte Autora recebido invariavelmente o patamar
máximo da Gratificação durante o seu período de atividade, na passagem para a inatividade haveria de
permanecer o mesmo valor máximo, em virtude da paridade e da integralidade. 6. Como se sabe,
Gratificações de Desempenho são parcelas autônomas pagas de maneira destacada e não cumulativa,
em função do desempenho individual do servidor e, ainda, do alcance de metas de desempenho
institucional do respectivo órgão e da entidade de lotação. Não servem de base de cálculo para quaisquer
outros benefícios, ou parcelas remuneratórias ou vantagens, e costumam ter previsão legal para o seu
reajuste na mesma proporção da revisão geral da remuneração dos servidores públicos federais. 7.
Porém, em relação ao termo inicial para pagamento diferenciado, o STF decidiu em sede de repercussão
geral no RE 662406: “O termo inicial do pagamento diferenciado das gratificações de desempenho entre
servidores ativos e inativos é o da data da homologação do resultado das avaliações, após a conclusão
do primeiro ciclo de avaliações, não podendo a Administração retroagir os efeitos financeiros a data
anterior”. (RE 662406, Relator Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal Pleno, julgado em 11/12/2014,
PROCESSO ELETRÔNICO DJe-031 DIVULG 13-02-2015 PUBLIC 1802-2015). 8. A regra foi novamente
reafirmada pelo STF, com importante acréscimo, para todas as Gratificações de Desempenho, ao julgar o
Tema 983, cujo Processo Paradigma foi o ARE 1.052.570, com a publicação do acórdão no DJE de
6.3.2018 e trânsito em julgado em 16/5/2018. No julgado, as Teses Firmadas foram as seguintes, verbis:
"I - O termo inicial do pagamento diferenciado das gratificações de desempenho entre servidores ativos e
inativos é o da data da homologação do resultado das avaliações, após a conclusão do primeiro ciclo; II -
A redução, após a homologação do resultado das avaliações, do valor da gratificação de desempenho
paga aos inativos e pensionistas não configura ofensa ao princípio da irredutibilidade de vencimentos". 9.
Nas Gratificações de Desempenho criadas ao longo do tempo, os trabalhos ou serviços que ensejam o
recebimento podem ser e até são os mesmos que os servidores beneficiados já exerciam e continuam
exercendo. O que muda é o desempenho e a produtividade. Sendo mais elevados, nos mesmos serviços
e/ou trabalhos normalmente realizados, há aumento no valor da Gratificação de Desempenho. Assim,
quando a Administração passou a pagar a título de Gratificação de Desempenho valores indistintos e
independentes de qualquer avaliação, a todos os servidores da ativa, deixou a gratificação de ser pro
labore faciendo, ostentando caráter geral e alcançando servidores inativos e/ou pensionistas com o direito
à paridade. Todavia, não sendo pagas em virtude de trabalhos anormais, a natureza pro labore faciendo
das diversas Gratificações de Desempenho se mantém apenas enquanto pagas em virtude de

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avaliações periódicas de produtividade. 10. Regra geral, portanto, de acordo com o entendimento do STF,
é legítimo o pagamento diferenciado das Gratificações de Desempenho, a menor para os servidores
inativos, depois da homologação do resultado das avaliações. 11. E é acertada a posição do STF. Como
já bem pontuou a TNU, “vantagens condicionais ou modais, mesmo que auferidas por longo tempo em
razão do preenchimento dos requisitos exigidos para sua percepção, não se incorporam ao vencimento, a
não ser quando essa integração for determinada por lei. (É que as vantagens condicionais ou modais) são
vantagens pelo trabalho que está sendo feito (pro labore faciendo) ou, por outras palavras, são adicionais
de função (ex facto officii), ou são gratificações de serviço (propter laborem), ou, finalmente, são
gratificações em razão de condições pessoais do servidor (propter personam). Daí por que, quando cessa
o trabalho, ou quando desaparece o fato ou a situação que lhes dá causa, deve cessar o pagamento de
tais vantagens, sejam elas adicionais de função, gratificações de serviço ou gratificação em razão das
condições pessoais do servidor” (TNU, PEDILEF 05033027020134058302, Juiz Federal Ronaldo José da
Silva, DOU de 05/02/2016). 12. Nesse contexto, não é verdade que a gratificação de desempenho
constitui, na prática, simples vantagem inerente ao cargo, integrando a estrutura remuneratória da
Carreira e maneira ardilosa de o Poder Público conceder um reajuste setorial por vias transversas.
Segundo as definições do § precedente, uma vantagem pro labore faciendo pode ser na modalidade
propter laborem, quer dizer, em razão de serviço. Se a gratificação estivesse sendo paga apenas porque
402

se estava ocupando certo cargo, então teria razão a parte Autora/Recorrente. Todavia, como é paga em
virtude da "quantidade" e da "qualidade" do serviço efetivamente (institucionalmente e pessoalmente)
desenvolvido pelo(a) servidor(a), então a sua natureza pro labore faciendo surge e se destaca
juridicamente, tornando-se inegável. 13. Por outro lado, não há prova de que pagamentos da gratificação
estão sendo feitos na pontuação máxima para os servidores ativos, mediante avaliação por "ficção
jurídica", caracterizando um aumento disfarçado de remuneração. Ainda que eventualmente servidores
possam estar sendo avaliados com pontuação máxima, isso não implica que todos estejam sendo. Aliás,
mesmo que vários servidores ativos estivessem sendo avaliados com a pontuação máxima, isso
decorreria dos critérios de avaliação já estabelecidos e executados, ou seja, decorreria da realização dos
ciclos de avaliação feitos com os servidores atualmente em atividade. Ou seja, resultados são obtidos

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
com base no desempenho dos servidores em atividade. Mesmo a parcela institucional, depois de
realizada a avaliação, leva em conta a produtividade do conjunto daqueles que estão na ativa, não
podendo ser estendida aos que já se encontravam inativos e que, por essa situação, não contribuíram
para o desempenho institucional. 14. É dizer, a circunstância de a parte Autora/Recorrente ter recebido,
segundo argumenta, sempre o mesmo patamar máximo da Gratificação, durante período de atividade,
não retira o caráter pro labore faciendo. Se assim recebia, isso se dava como resultado dos processos de
avaliação individual e institucional, nos termos da lei. Ou

Turma Recursal
FF44D705B18110D3AD4FA6B9560606AB
seja, felizmente, para a parte Autora, seus resultados avaliativos devem ter sido sempre amplamente
favoráveis, levando ao pagamento no patamar máximo, mesmo depois de a Gratificação passar a ter
natureza pro labore faciendo. Mas essa circunstância não desfaz tal natureza nem outorga à gratificação
de desempenho um caráter genérico a implicar incorporação automática do patamar máximo aos
proventos de aposentadoria do servidor beneficiado pelas avaliações. 15. Por sua vez, não há prova
efetiva de que os critérios de avaliação são inadequados. Em princípio, nem mesmo é possível dizer que
se está premiando o baixo desempenho, ao se atribuir pontuação máxima a quem individualmente
cumpre apenas 75% da meta. Uma tal conclusão apenas seria possível pela demonstração clara de que o
patamar estabelecido não está de acordo com o contexto produtivo dos servidores ao longo do tempo. É
dizer, apenas numa escala comparativa alongada seria possível avaliar a inadequação da meta adotada.
A grandeza da meta ganha sentido numa análise comparativa ou relacional, não em si mesma. Isso
porque, em um contexto de produtividade histórica de até 50%, a meta de 75% pode ser um patamar
importante para a Administração Pública. 16. Aliás, a circunstância denota que a fixação das metas a
serem alcançadas deve ser um ato privativo da Administração Pública, passível de exame judicial apenas
de claramente demonstrado seu desacerto legal. Mesmo que um ato discricionário possa ser
judicialmente fiscalizável, do ponto de vista da sua legalidade, somente pode sofrer a intervenção judicial
quando o vício é manifesto. Não é o que se verifica no presente caso, conforme as razões dos §§
antecedentes, pelo que deve haver uma deferência do Judiciário ao Administrador. 17. Portanto,
considerando as circunstâncias relevantes da situação, a tese formulada na inicial não tem lugar, sem que
se fale de violação ao direito à integralidade/paridade. E a propósito, novo regramento criado pela Lei
13.324/2016 veio a confirmar esse raciocínio. A nova lei faculta ao servidor que tem direito à integralidade
e paridade incorporar “valor integral da média dos pontos da gratificação de desempenho recebidos nos
últimos sessenta meses de atividade” (art. 88, III, c/c o art. 87, XV). Com isso, o legislador decidiu fixar
prazo mínimo de recebimento e, ainda, de contribuição previdenciária sobre Gratificações de
Desempenho, para o servidor público com direito à integralidade e paridade recebê-la integralmente,
quando passar à inatividade. 18. Seja como for, observe que o valor integral é da média dos pontos
recebidos em lapso de tempo determinado. Não poderia ser diferente, pois, os valores da gratificação
podem variar, dependendo dos resultados das avaliações procedidas. Outrossim, não importa que o
tempo mínimo fixado na lei não alcance o tempo de contribuição para aposentadoria integral. No fundo, o
legislador agiu por meio de um critério de liberalidade e continua resolvendo a questão da melhor maneira
possível, de acordo com o seu juízo político. O que não se pode é acolher o pedido inicial, tal qual
formulado, valendo registrar que a parte Autora passou a ter à sua disposição a opção criada pela Lei n.
13.324/2016, para receber valores mais elevados da Gratificação de Desempenho, devendo, por óbvio,
observar todos os requisitos ali estabelecidos para tanto. 19. Assim, gratificação de desempenho não
deriva da garantia de paridade e

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integralidade remuneratória e a sua extensão aos servidores inativos viola o princípio da legalidade e da
reserva legal (art. 37, X, da CF). Enfim, a partir da data da homologação do resultado das avaliações,
após conclusão do primeiro ciclo de avaliações, passou a valer o pagamento diferenciado da Gratificação
entre servidores ativos e os inativos, conforme a jurisprudência do STF aqui colacionada. 20. Por fim, a
parte Autora/Recorrente não requereu a produção de prova pericial, na petição inicial. E quando pleiteia
produção de tal prova, na petição de recurso, literalmente justifica o pleito “diante da complexidade da
matéria”. A par de não precisar a forma da prova pericial requerida, tem razão a parte Autora/Recorrente
403

sobre a complexidade da matéria e, assim, sobre a própria complexidade da prova pericial que pleiteia.
Seria preciso definir o(s) profissional(ais) habilitado(s) ao exame e, ainda, os contextos funcionais para a
coleta dos dados, a tornar ainda mais complexa a produção da prova. Em hipóteses tais, o TRF1 tem
entendido não caber ao JEF a produção de tal prova, conforme CC 0013151-72.2017.4.01.0000, Des.
Fed. Gilda Sigmaringa Seixas, 1ª Seção, e-DJF1 de 25/4/2018. 21. Não provimento do recurso interposto
pela parte Autora. Dissentiu, em parte, o Juiz Federal João Carlos Mayer Soares, quanto ao fundamento
do § 20 da ementa, ressaltando sua desnecessidade e implicação de indicar incompetência do JEF. 22.
Honorários advocatícios pela parte Recorrente em 10% sobre o valor corrigido da causa (artigo 55 da Lei
n. 9.099/1995), com suspensão do pagamento enquanto a parte credora não demonstrar que deixou de
existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão da Gratuidade de Justiça,

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extinguindo-se a dívida cinco anos após o trânsito em julgado deste Acórdão (artigo 98, § 3º, NCPC).
ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por
unanimidade, negar provimento ao recurso. Brasília/DF, 23/10/2019.

Juiz David Wilson de Abreu Pardo 2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF RELATOR 3

PROCESSO: 0006881-80.2018.4.01.3400 RECORRENTE: UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)


ADVOGADO: - CELIA FERREIRA TAVARES DE LYRA RECORRIDO: PAULO ROBERTO FFAGUNDES
ADVOGADO: DF00027446 - MAURO LEMOS DA SILVA E OUTRO(S)
EMENTA
TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. CPSS. PRECATÓRIO/RPV.
SERVIDOR ATIVO/INATIVO. REGIME DE COMPETÊNCIA. REAJUSTE 3,17%. RELATIVOS AOS
PERÍODOS DE OUTUBRO DE 1995 A SETEMBRO DE 2005. REAJUSTE DE 28,86%. RELATIVOS AO
PERÍODO DE JULHO 1998 A JUNHO 2006. NÃO PROVIMENTO DO RECURSO. 1. A sentença acolheu
parcialmente o pedido inicial para “[...] condenar a União (Fazenda Nacional) a restituir à parte autora o
valor retido a título de PSS incidente sobre os valores pagos por meio de RPV/Precatório, cuja soma dos
proventos mensais com os atrasados mensais da ação judicial que a(o) originou não tiver superado o teto
estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social, considerando o regime de
competência, assim como restituir o valor retido a título de PSS incidente sobre juros moratórios pagos
mediante RPV/PRECATÓRIO”. 2. Razões do recurso interposto pela União: a) nulidade da sentença por
contradição entre a fundamentação e o dispositivo, em razão de todas as verbas se referirem a período
em que a parte Autora se encontrava em atividade; b) a retenção na fonte da contribuição do PSS,
incidente sobre valores pagos em cumprimento de decisão judicial, constitui uma obrigação ex lege, de
forma que independe de autorização prevista no título judicial; c) inaplicabilidade do regime de
competência, ante a violação de norma cogente que determina, expressamente, a incidência da
contribuição sobre o montante recebido, no momento do recebimento. 3. A parte Autora ofereceu
resposta escrita ao recurso. 4. Em análise à preliminar de nulidade, certifica-se que os argumentos
apontados pela Recorrente não devem prosperar. Ainda que o juízo sentenciante tenha reconhecido que
a “a parte autora, servidor público inativo, aposentado em 20/11/2012, recebeu o montante devido relativo
aos períodos de julho/1998 a junho/2006 e novembro/1995 a setembro/1995, anteriores à sua
aposentadoria”, há de assegurar que somente o dispositivo da sentença é apto a fazer coisa julgada. A
fundamentação, composta pelos motivos de fato e de direito, não é atingida pela coisa julgada material,
ainda que determinante e imprescindível para demonstrar o conteúdo da parte dispositiva da sentença. À
vista disso, aliás, o Supremo Tribunal Federal rechaçou a aplicação da teoria da transcendência dos
motivos determinantes, ao reconhecer que apenas o dispositivo da decisão produz efeito vinculante
(Informativo n. 808/STF). 5. Ademais, importa reconhecer que a superação de eventual contradição dar-
se-á pela

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oposição de embargos declaratórios, via adequada de que não se utilizou a Recorrente. 6. No mérito,
deve ser mantida a sentença em que determinou a inexigibilidade de contribuição para o PSS sobre os
juros de mora, assim como a aplicação do regime de competência. É dizer, a retenção do PSS sobre o
principal deve observar as tabelas e alíquotas vigentes à época em que deveriam ter sido pagos (regime
de competência). Precedentes deste TRF1” (AC 0011973-54.2010.4.01.4100/RO, Rel. Des. Fed. Novély
Vilanova, Oitava Turma, e-DJF1 p.807 de 05/09/2014). 7. Embora a retenção de valores devidos a título
de contribuição ao Plano de Seguridade Social decorra de imposição legal, sendo devida a dedução no
momento do recebimento dos valores por meio de precatório/RPV, deve-se observar o regime de
competência, vez que o Superior Tribunal de Justiça tem o entendimento de que a incidência de tributos
sobre as verbas devidas a servidores públicos deve observar a legislação tributária vigente à época em
que os pagamentos deveriam ter sido efetuados. STJ, AgRg no Ag 766.896/SC, 1.ªTurma, Rel. Ministro
JOSÉ DELGADO, DJ de 19/03/2007; STJ, AgRg no REsp 1224230, Rel. Min. BENEDITO GONÇALVES,
DJe 01/03/2012; STJ, AgRg no REsp 1168539/RS, Rel. Min. LAURITA VAZ, DJe 08/11/2011. 8. Deve ser
404

aplicada a lei vigente à época em que a verba deveria ter sido recebida, inclusive quanto à situação de
(in)atividade da pessoa. Nesse sentido, o entendimento da TNU: “PEDIDO NACIONAL DE
UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. PSS. INCIDÊNCIA
SOBRE APOSENTADORIAS E PENSÕES. LIMITE DE INCIDÊNCIA: O TETO DO RGPS.
AGRAVAMENTO DA SITUAÇÃO DO RECORRENTE, EM CASO DE PROVIMENTO. INCIDENTE
CONHECIDO E IMPROVIDO. (…)5. Assim, nos casos em que se refere ao período anterior à edição da
Emenda Constitucional nº 41/2003, não são devidos os descontos em referência, porquanto o fato
gerador da obrigação previdenciária guarda correspondência com a época em que a verba era devida,
razão pela qual não se pode admitir a exação sobre valores que deveriam ter sido pagos em período
anterior à taxação dos inativos e pensionistas. 6. Quanto ao período posterior à edição da EC nº 41/03,

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mesmo tendo o fato gerador do tributo ocorrido em momento no qual era possível a sua incidência, o
desconto deve obedecer ao requisito expresso no art. 5º da Lei 10.887/2004, ou seja, somente poderá
incidir o PSS sobre os valores que ultrapassarem o teto estabelecido pelo RGPS.(...)” (TNU, PEDILEF
05028736620144058400, DJ 13/10/2015). 9. Assim, correta a sentença em determinar observância ao
regime de competência e afastar a incidência da CPSS sobre os juros moratórios, já que ela não incide
sobre os juros de mora pagos em execução de sentença judicial, ainda que esta inclua diferenças de
natureza exclusivamente salarial (REsp 1.239.203/PR, representativo da controvérsia, rel. Min. Mauro
Campbell Marques, 1ª Seção/STJ em 12.12.2012). No mesmo sentido, (AG 0064653-
60.2011.4.01.0000/MG, Rel. Des. Fed. Gilda Sigmaringa Seixas, Primeira Turma, e-DJF1 de 23/11/2017).
10. De igual modo se reconhece quanto à retenção do PSS sobre o reajuste de 3,17% e 28,86. Cuidando
a espécie de créditos relativos às competências de outubro de 1995 a setembro de 2005 (cf. PETIÇÃO
RECEBIDA – EPROC PLANILHA DE CALCULOS) e de julho de 1998 a junho de 2006 – referentes a
28,86% (cf. PETIÇÃO RECEBIDA –

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EPROC PLANILHA DE CALCULOS), em grande parte do período ainda não se encontrava vigente a
obrigatoriedade da incidência da alíquota de 11% da contribuição ao PSS, fixada no art. 16-A da Lei nº
10.887/2004. 11. Embora a retenção de valores devidos a título de contribuição ao Plano de Seguridade
Social decorra de imposição legal, sendo devida a dedução no momento do recebimento dos valores por
meio de precatório/RPV, deve-se observar o regime de competência, vez que o Superior Tribunal de
Justiça tem o entendimento de que a incidência de tributos sobre as verbas devidas a servidores públicos
deve observar a legislação tributária vigente à época em que os pagamentos deveriam ter sido efetuados.
STJ, AgRg no Ag 766.896/SC, 1.ªTurma, Rel. Ministro JOSÉ DELGADO, DJ de 19/03/2007; STJ, AgRg
no REsp 1224230, Rel. Min. BENEDITO GONÇALVES, DJe 01/03/2012; STJ, AgRg no REsp
1168539/RS, Rel. Min. LAURITA VAZ, DJe 08/11/2011. 12. Assim, deve ser aplicada a lei vigente à época
em que a verba deveria ter sido recebida, inclusive quanto à situação de (in)atividade da pessoa. Nesse
sentido, o entendimento da TNU: “PEDIDO NACIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA.
CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. PSS. INCIDÊNCIA SOBRE APOSENTADORIAS E PENSÕES.
LIMITE DE INCIDÊNCIA: O TETO DO RGPS. AGRAVAMENTO DA SITUAÇÃO DO RECORRENTE, EM
CASO DE PROVIMENTO. INCIDENTE CONHECIDO E IMPROVIDO. (…)5. Assim, nos casos em que se
refere ao período anterior à edição da Emenda Constitucional nº 41/2003, não são devidos os descontos
em referência, porquanto o fato gerador da obrigação previdenciária guarda correspondência com a
época em que a verba era devida, razão pela qual não se pode admitir a exação sobre valores que
deveriam ter sido pagos em período anterior à taxação dos inativos e pensionistas. 6. Quanto ao período
posterior à edição da EC nº 41/03, mesmo tendo o fato gerador do tributo ocorrido em momento no qual
era possível a sua incidência, o desconto deve obedecer ao requisito expresso no art. 5º da Lei
10.887/2004, ou seja, somente poderá incidir o PSS sobre os valores que ultrapassarem o teto
estabelecido pelo RGPS.(...)” (TNU, PEDILEF 05028736620144058400, DJ 13/10/2015). 13. O certo é
que a sentença está de acordo com a legislação e a jurisprudência, não tendo sido a União específica em
relação aos pontos centrais do seu recurso, além de levantá-los de maneira quase sempre genérica. Por
isso, a sentença merece ser mantida. 14. Este acórdão abordou os argumentos levantados pelas partes,
significando que também foram considerados os elementos suscitados para fins de prequestionamento.
15. Não provimento do recurso interposto pela União. 16. Honorários advocatícios pela parte Recorrente
em 10% sobre o valor da condenação (art. 55, caput, da Lei n. 9.099/95).

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ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por
unanimidade, negar provimento ao recurso. Brasília/DF, 23/10/2019.
405

Juiz David Wilson de Abreu Pardo 2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF RELATOR 3

PROCESSO: 0037152-72.2018.4.01.3400 RECORRENTE: LUIZA AUGUSTA DA CUNHA ADVOGADO:


DF00018822 - SYULLA NARA LUNA DE MEDEIROS DE SOUZA E OUTRO(S) RECORRIDO: UNIAO
FEDERAL ADVOGADO: - EDUARDO JORGE PEREIRA ALVES
EMENTA
CONSTITUCIONAL, ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL. GRATIFICAÇÃO DE DESEMPENHO.

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APOSENTADORIA. INCORPORAÇÃO TOTAL AOS PROVENTOS. IMPOSSIBILIDADE. NATUREZA
PRO LABORE FACIENDO. PRECEDENTES VINCULANTES DO STF. NÃO CABIMENTO NO JEF DA
PERÍCIA TÉCNICA SUGERIDA EM SEDE RECURSAL. COMPLEXIDADE DA MATÉRIA (E, ASSIM, DA
PROVA) RECONHECIDA PELA PRÓPRIA PARTE AUTORA/RECORRENTE. NÃO PROVIMENTO DO
RECURSO. 1. A sentença rejeitou o pedido da parte Autora de incorporação da gratificação GDPST em
100 pontos (80 a título da avaliação institucional e 20 pontos a título de avaliação individual), com
pagamento retroativo a novembro de 2010, sob o fundamento de que, após as avaliações de
desempenho, pode haver pagamento diferenciado entre servidores ativos e inativos, sem que reste
configurada afronta ao princípio da irredutibilidade de vencimentos, segundo o STF. 2. Razões do recurso
interposto pela parte Autora: a) deveria estar recebendo a mesma pontuação da GDPST atribuída aos
servidores ativos desde julho/2011, retroativamente a novembro de 2010, quando teve início o pagamento
de 100 pontos aos servidores da carreira da Previdência Saúde e Trabalho; b) a decisão recorrida não se
manifestou expressamente sobre as graves ilegalidades e inconstitucionalidades apontadas; c)
inaplicabilidade da Súmula Vinculante 37 do STF ao caso concreto, especialmente diante da Súmula
vinculante 34, fundamentada nos votos do RE 572.052, onde se determinou a extensão aos inativos com
direito à paridade de vantagens pagas pelo só exercício das funções normais e próprias do cargo; d) “a
questão central é a demonstração de que a GDPST foi paga no Ministério da Saúde,
INDISTINTAMENTE, a todos servidores ativos, em regra com a mesma pontuação, 100 PONTOS, desde
NOV/2010”; d) dado o caráter genérico dessa gratificação requer a incorporação dos 100 pontos e,
alternativamente, “diante da complexidade da matéria”, a realização de perícia técnica por perito
credenciado junto a TRF1, para fins de definir se referida gratificação é genérica ou vantagem pro labore
faciendo. 3. A União ofereceu resposta escrita ao recurso suscitando a prejudicial de prescrição e no,
mérito, requer seja julgado improcedente o pedido. Eventualmente, pede que sejam utilizados como
índices de juros de mora e de correção monetária os previstos no art. 1ºF da Lei nº 9.494/97, com
redação dada pela Lei nº 11.960, de junho de 2009. 4. Rejeita-se a prejudicial de prescrição suscitada
pela União, vez que não ocorreu a prescrição do fundo de direito, mas apenas das parcelas que
antecederam aos cinco anos

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a contar da data da propositura da ação. 5. O pedido da parte Autora é realmente distinto daqueles
recorrentemente julgados pelos JEFs e pelas TRs do Distrito Federal ao longo do tempo. Neste caso,
cuida-se de aferir se a Gratificação de Desempenho referida no processo não deixou de efetivamente ser
genérica, mesmo depois de formalmente iniciados os ciclos de avaliação pela Administração, pois, ainda
que iniciados tais ciclos, não correspondem aos requisitos estabelecidos pela lei para tornar a
Gratificação uma parcela pro labore faciendo. Segundo as razões de recurso, tendo a parte Autora
recebido invariavelmente o patamar máximo da Gratificação durante o seu período de atividade, na
passagem para a inatividade haveria de permanecer o mesmo valor máximo, em virtude da paridade e da
integralidade. 6. Como se sabe, Gratificações de Desempenho são parcelas autônomas pagas de
maneira destacada e não cumulativa, em função do desempenho individual do servidor e, ainda, do
alcance de metas de desempenho institucional do respectivo órgão e da entidade de lotação. Não servem
de base de cálculo para quaisquer outros benefícios, ou parcelas remuneratórias ou vantagens, e
costumam ter previsão legal para o seu reajuste na mesma proporção da revisão geral da remuneração
dos servidores públicos federais. 7. Porém, em relação ao termo inicial para pagamento diferenciado, o
STF decidiu em sede de repercussão geral no RE 662406: “O termo inicial do pagamento diferenciado
das gratificações de desempenho entre servidores ativos e inativos é o da data da homologação do
resultado das avaliações, após a conclusão do primeiro ciclo de avaliações, não podendo a Administração
retroagir os efeitos financeiros a data anterior”. (RE 662406, Relator Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal
Pleno, julgado em 11/12/2014, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-031 DIVULG 13-02-2015 PUBLIC 1802-
2015). 8. A regra foi novamente reafirmada pelo STF, com importante acréscimo, para todas as
Gratificações de Desempenho, ao julgar o Tema 983, cujo Processo Paradigma foi o ARE 1.052.570, com
a publicação do acórdão no DJE de 6.3.2018 e trânsito em julgado em 16/5/2018. No julgado, as Teses
Firmadas foram as seguintes, verbis: "I - O termo inicial do pagamento diferenciado das gratificações de
desempenho entre servidores ativos e inativos é o da data da homologação do resultado das avaliações,
após a conclusão do primeiro ciclo; II - A redução, após a homologação do resultado das avaliações, do
valor da gratificação de desempenho paga aos inativos e pensionistas não configura ofensa ao princípio
406

da irredutibilidade de vencimentos". 9. Nas Gratificações de Desempenho criadas ao longo do tempo, os


trabalhos ou serviços que ensejam o recebimento podem ser e até são os mesmos que os servidores
beneficiados já exerciam e continuam exercendo. O que muda é o desempenho e a produtividade. Sendo
mais elevados, nos mesmos serviços e/ou trabalhos normalmente realizados, há aumento no valor da
Gratificação de Desempenho. Assim, quando a Administração passou a pagar a título de Gratificação de
Desempenho valores indistintos e independentes de qualquer avaliação, a todos os servidores da ativa,
deixou a gratificação de ser pro labore faciendo, ostentando caráter geral e alcançando servidores
inativos e/ou pensionistas com o direito à paridade. Todavia, não sendo

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pagas em virtude de trabalhos anormais, a natureza pro labore faciendo das diversas Gratificações de
Desempenho se mantém apenas enquanto pagas em virtude de avaliações periódicas de produtividade.
10. Regra geral, portanto, de acordo com o entendimento do STF, é legítimo o pagamento diferenciado
das Gratificações de Desempenho, a menor para os servidores inativos, depois da homologação do
resultado das avaliações. 11. E é acertada a posição do STF. Como já bem pontuou a TNU, “vantagens
condicionais ou modais, mesmo que auferidas por longo tempo em razão do preenchimento dos
requisitos exigidos para sua percepção, não se incorporam ao vencimento, a não ser quando essa
integração for determinada por lei. (É que as vantagens condicionais ou modais) são vantagens pelo
trabalho que está sendo feito (pro labore faciendo) ou, por outras palavras, são adicionais de função (ex
facto officii), ou são gratificações de serviço (propter laborem), ou, finalmente, são gratificações em razão
de condições pessoais do servidor (propter personam). Daí por que, quando cessa o trabalho, ou quando
desaparece o fato ou a situação que lhes dá causa, deve cessar o pagamento de tais vantagens, sejam
elas adicionais de função, gratificações de serviço ou gratificação em razão das condições pessoais do
servidor” (TNU, PEDILEF 05033027020134058302, Juiz Federal Ronaldo José da Silva, DOU de
05/02/2016). 12. Nesse contexto, não é verdade que a gratificação de desempenho constitui, na prática,
simples vantagem inerente ao cargo, integrando a estrutura remuneratória da Carreira e maneira ardilosa
de o Poder Público conceder um reajuste setorial por vias transversas. Segundo as definições do §
precedente, uma vantagem pro labore faciendo pode ser na modalidade propter laborem, quer dizer, em
razão de serviço. Se a gratificação estivesse sendo paga apenas porque se estava ocupando certo cargo,
então teria razão a parte Autora/Recorrente. Todavia, como é paga em virtude da "quantidade" e da
"qualidade" do serviço efetivamente (institucionalmente e pessoalmente) desenvolvido pelo(a) servidor(a),
então a sua natureza pro labore faciendo surge e se destaca juridicamente, tornando-se inegável. 13. Por
outro lado, não há prova de que pagamentos da gratificação estão sendo feitos na pontuação máxima
para os servidores ativos, mediante avaliação por "ficção jurídica", caracterizando um aumento disfarçado
de remuneração. Ainda que eventualmente servidores possam estar sendo avaliados com pontuação
máxima, isso não implica que todos estejam sendo. Aliás, mesmo que vários servidores ativos estivessem
sendo avaliados com a pontuação máxima, isso decorreria dos critérios de avaliação já estabelecidos e
executados, ou seja, decorreria da realização dos ciclos de avaliação feitos com os servidores atualmente
em atividade. Ou seja, resultados são obtidos com base no desempenho dos servidores em atividade.
Mesmo a parcela institucional, depois de realizada a avaliação, leva em conta a produtividade do conjunto
daqueles que estão na ativa, não podendo ser estendida aos que já se encontravam inativos e que, por
essa situação, não contribuíram para o desempenho institucional. 14. É dizer, a circunstância de a parte
Autora/Recorrente ter recebido, segundo argumenta, sempre o mesmo patamar máximo da Gratificação,
durante período de

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atividade, não retira o caráter pro labore faciendo. Se assim recebia, isso se dava como resultado dos
processos de avaliação individual e institucional, nos termos da lei. Ou seja, felizmente, para a parte
Autora, seus resultados avaliativos devem ter sido sempre amplamente favoráveis, levando ao
pagamento no patamar máximo, mesmo depois de a Gratificação passar a ter natureza pro labore
faciendo. Mas essa circunstância não desfaz tal natureza nem outorga à gratificação de desempenho um
caráter genérico a implicar incorporação automática do patamar máximo aos proventos de aposentadoria
do servidor beneficiado pelas avaliações. 15. Por sua vez, não há prova efetiva de que os critérios de
avaliação são inadequados. Em princípio, nem mesmo é possível dizer que se está premiando o baixo
desempenho, ao se atribuir pontuação máxima a quem individualmente cumpre apenas 75% da meta.
Uma tal conclusão apenas seria possível pela demonstração clara de que o patamar estabelecido não
está de acordo com o contexto produtivo dos servidores ao longo do tempo. É dizer, apenas numa escala
comparativa alongada seria possível avaliar a inadequação da meta adotada. A grandeza da meta ganha
sentido numa análise comparativa ou relacional, não em si mesma. Isso porque, em um contexto de
produtividade histórica de até 50%, a meta de 75% pode ser um patamar importante para a Administração
Pública. 16. Aliás, a circunstância denota que a fixação das metas a serem alcançadas deve ser um ato
privativo da Administração Pública, passível de exame judicial apenas de claramente demonstrado seu
desacerto legal. Mesmo que um ato discricionário possa ser judicialmente fiscalizável, do ponto de vista
407

da sua legalidade, somente pode sofrer a intervenção judicial quando o vício é manifesto. Não é o que se
verifica no presente caso, conforme as razões dos §§ antecedentes, pelo que deve haver uma deferência
do Judiciário ao Administrador. 17. Portanto, considerando as circunstâncias relevantes da situação, a
tese formulada na inicial não tem lugar, sem que se fale de violação ao direito à integralidade/paridade. E
a propósito, novo regramento criado pela Lei 13.324/2016 veio a confirmar esse raciocínio. A nova lei
faculta ao servidor que tem direito à integralidade e paridade incorporar “valor integral da média dos
pontos da gratificação de desempenho recebidos nos últimos sessenta meses de atividade” (art. 88, III,
c/c o art. 87, XV). Com isso, o legislador decidiu fixar prazo mínimo de recebimento e, ainda, de
contribuição previdenciária sobre Gratificações de Desempenho, para o servidor público com direito à
integralidade e paridade recebê-la integralmente, quando passar à inatividade. 18. Seja como for, observe

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
que o valor integral é da média dos pontos recebidos em lapso de tempo determinado. Não poderia ser
diferente, pois, os valores da gratificação podem variar, dependendo dos resultados das avaliações
procedidas. Outrossim, não importa que o tempo mínimo fixado na lei não alcance o tempo de
contribuição para aposentadoria integral. No fundo, o legislador agiu por meio de um critério de
liberalidade e continua resolvendo a questão da melhor maneira possível, de acordo com o seu juízo
político. O que não se pode é acolher o pedido inicial, tal qual formulado, valendo registrar que a parte
Autora passou a ter à sua disposição a opção criada pela Lei n. 13.324/2016, para receber valores mais
elevados da Gratificação de Desempenho, devendo, por óbvio, observar todos os requisitos ali
estabelecidos para tanto.

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19. Assim, gratificação de desempenho não deriva da garantia de paridade e integralidade remuneratória
e a sua extensão aos servidores inativos viola o princípio da legalidade e da reserva legal (art. 37, X, da
CF). Enfim, a partir da data da homologação do resultado das avaliações, após conclusão do primeiro
ciclo de avaliações, passou a valer o pagamento diferenciado da Gratificação entre servidores ativos e os
inativos, conforme a jurisprudência do STF aqui colacionada. 20. Por fim, a parte Autora/Recorrente não
requereu a produção de prova pericial, na petição inicial. E quando pleiteia produção de tal prova, na
petição de recurso, literalmente justifica o pleito “diante da complexidade da matéria”. A par de não
precisar a forma da prova pericial requerida, tem razão a parte Autora/Recorrente sobre a complexidade
da matéria e, assim, sobre a própria complexidade da prova pericial que pleiteia. Seria preciso definir o(s)
profissional(ais) habilitado(s) ao exame e, ainda, os contextos funcionais para a coleta dos dados, a tornar
ainda mais complexa a produção da prova. Em hipóteses tais, o TRF1 tem entendido não caber ao JEF a
produção de tal prova, conforme CC 0013151-72.2017.4.01.0000, Des. Fed. Gilda Sigmaringa Seixas, 1ª
Seção, e-DJF1 de 25/4/2018. 21. Não provimento do recurso interposto pela parte Autora. Dissentiu, em
parte, o Juiz Federal João Carlos Mayer Soares, quanto ao fundamento do § 20 da ementa, ressaltando
sua desnecessidade e implicação de indicar incompetência do JEF. 22. Honorários advocatícios pela
parte Recorrente em 10% sobre o valor corrigido da causa (artigo 55 da Lei n. 9.099/1995), com
suspensão do pagamento enquanto a parte credora não demonstrar que deixou de existir a situação de
insuficiência de recursos que justificou a concessão da Gratuidade de Justiça, extinguindo-se a dívida
cinco anos após o trânsito em julgado deste Acórdão (artigo 98, § 3º, NCPC). ACÓRDÃO Decide a
Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade, negar
provimento ao recurso. Brasília/DF, 23/10/2019.

Juiz David Wilson de Abreu Pardo 2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF RELATOR 3

PROCESSO: 0010411-58.2019.4.01.3400 RECORRENTE: EUNICE JOSEFA DA SILVA ADVOGADO:


DF00055573 - MYLENE QUITÉRIA CALDAS E OUTRO(S) RECORRIDO: UNIAO FEDERAL (FAZENDA
NACIONAL) ADVOGADO: - KELLY OTSUKA MIIKE
EMENTA
TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. PSS SOBRE JUROS DE MORA.
EXTINÇÃO SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO. LEGITIMIDADE AD CAUSAM. PESSOA BENEFICIÁRIA
DE PENSÃO. AUSÊNCIA DE INVENTÁRIO. LEI 6.858/1980. DECRETO 85.845/1981.
RECONHECIMENTO DA LEGITIMIDADE. AUSÊNCIA DE PRÉVIO REQUERIMENTO
ADMINISTRATIVO. FALTA DE INTERESSE DE AGIR. MANUTENÇÃO DA EXTINÇÃO DO PROCESSO,
POR OUTRO MOTIVO. 1. Ação em que se pleiteia a devolução de contribuição social (PSS) incidente
sobre juros de mora. Pede a parte Autora que a União seja compelida à prestação relacionada a direito
patrimonial de pessoa falecida (bem negado ao de cujus ainda em vida). 2. A sentença julgou extinto o
processo sem resolução do mérito por ilegitimidade da parte Autora. Reconheceu que, “[...] no plano do
direito processual, a parte legitimada a participar de ações que originariamente se dirigiriam ao de cujus
não é de seus herdeiros ou sucessores, mas sim de seu espólio. Segundo dispõe o art. 75, VII, do CPC, o
espólio é representado em juízo pelo inventariante. Mesmo que inexista inventário formalmente
constituído e o inventariante seja dativo, a parte legítima ainda será o espólio nos termos do § 1º do art.
75, não sendo cabível o litisconsórcio necessário de todos os herdeiros, que apenas serão intimados em
408

juízo para, querendo e se o rito permitir, ingressarem como assistentes”. 3. Razões do recurso interposto
pela parte Autora: a) quanto ao argumento de ilegitimidade das partes, os dependentes habilitados teriam
legitimidade para a ação, nos termos do art. 1º, inciso II e art. 5º do Decreto n. 85.845/1981; b) os
pagamentos impugnados não estariam condicionados ao inventário, nos termos do art. 666 do CPC; c) a
Lei 6.858/1980, que trata do pagamento de valores não recebidos por seus titulares, deixou expresso que
quaisquer valores devidos, incluindo os tributos, que sejam de pequeno valor, devem ser restituídos aos
dependentes habilitados, ou na falta destes, aos sucessores na forma da lei civil, independentemente de
inventário; d) não foi concedido prazo para a juntada de novos documentos, nos termos do art. 321, CPC;
e) a incidência de contribuição previdenciária deveria ser feita considerando os meses que originaram a
relação laboral entre o empregador e empregado - regime de competência -, para então ser verificado se

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
naquela época o servidor precisaria contribuir; f) quando do recebimento do crédito o servidor estiver na
condição de aposentado/pensionista até a data de vigência da Lei n. 10.887/04, todo o período anterior a
2004 que embasou a execução estaria imune, em razão da inexistência de norma prevendo a
contribuição

Turma Recursal
9A45B76F6D1F7725851A394F72FC0D83
antes da EC nº 41/03, que só foi regulamentada no âmbito federal pela referida Lei; g) não incidiria do
PSS sobre juros moratórios em face do caráter indenizatório destes. 4. A União ofereceu resposta escrita
ao recurso. 5. Quanto à ilegitimidade, é certo que o Superior Tribunal de Justiça possui orientação de que
a inexistência inventário aberto não faz dos herdeiros, individualmente considerados, partes legítimas
para responder pela obrigação, pois, enquanto não há partilha, é a herança que responde por eventual
obrigação deixada pelo de cujus e é o espólio, como parte formal, que detém legitimidade passiva ad
causam para integrar a lide (REsp 1125510/RS, Rel. Min. Massami Uyeda, DJe 19/10/2011). 6. Ocorre
que, não obstante a existência de orientações gerais do Superior Tribunal de Justiça que reconheça a
ilegitimidade ad causam dos herdeiros quando ausente o inventário, não há como se furtar às
especificidades abordadas pela Lei n. 6.858/1980, regulamentada pelo Decreto n. 85.845/1981, que
dispõem sobre o pagamento, aos dependentes ou sucessores, de valores não recebidos em vida pelos
respectivos titulares. 7. Nos termos do art. 1°, caput, da Lei n. 6.858/1980, os valores de pequena monta
não recebidos em vida pelos respectivos titulares, poderiam ser pagos em quotas iguais aos dependentes
habilitados perante a Previdência Social e, na sua falta, aos sucessores previstos na lei civil,
independentemente de inventário ou arrolamento. Em interpretação ao dispositivo, faz-se mister conjugar
suas orientações com o art. 1.797 do Código Civil, segundo o qual “até o compromisso do inventariante, a
administração da herança caberá, sucessivamente, ao cônjuge ou companheiro, ao herdeiro que estiver
na posse e administração dos bens, ao testamenteiro, ou à pessoa de confiança do juiz”. 8. Assim,
importa reconhecer que, dentre outros desígnios, a Lei n. 6.858/1980 teve a intenção de simplificar o
recebimento de valores de pouca monta, notadamente quando estes não tenham sido recebidos em vida
pelos respectivos titulares. Nesses termos, revelar-se-ia um verdadeiro paradoxo a simplificação de
procedimentos sem a respectiva atribuição de legitimidade para consecução de seus fins. Ora, para o
reconhecimento de determinado fim, faz-se necessária a atribuição dos meios indispensáveis à sua
concretização. 9. Nessa lógica, impera o reconhecimento da legitimidade ad causam da parte Autora, em
especial no que concerne à devolução de contribuição social (PSS) descontada sobre juros de mora,
incidente sobre valores que ela própria já houvera recebido, por meio de precatórios judiciais. Assim,
apesar de a habilitação realizada em processo pretérito não fazer surgir, in re ipsa, a legitimidade da parte
Autora para esta demanda, o seu reconhecimento, in casu, encontra suporte no art. 1°, caput, da Lei n.
6.858/1980. 10. Superada a questão da legitimidade, aplicável regra prevista no art. 1.013, § 3º, I, NCPC,
pelo qual, sendo possível, serão examinadas as demais questões, sem retorno do processo ao Juízo de
primeiro grau. E, ao fazê-lo, o processo merece continuar com sua extinção declarada, ainda que por
outro motivo. 11. O Supremo Tribunal Federal já decidiu que a exigência de prévio requerimento
administrativo não fere a garantia de livre acesso ao Judiciário, previsto no art. 5º, XXXV, da CF e que o
pedido administrativo anterior indeferitório é que caracteriza lesão ou ameaça a direito. Assim, a ausência
de prévio requerimento administrativo constitui óbice ao processamento de ação judicial contra o INSS,

Turma Recursal
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exceto nos seguintes casos: a) revisão de benefícios em que não exista matéria de fato a ser
solucionada; b) casos em que o entendimento da Administração for notório e reiteradamente contrário à
postulação do segurado e redundará, inevitavelmente, em indeferimento; c) quando a ação for proposta
em juizados itinerantes; e d) quando o INSS contestar o mérito da ação, vez que, nesse caso, configura-
se o interesse de agir pela resistência à pretensão. (RE nº 631.240, Repercussão Geral, Rel. Min. Luís
Roberto Barroso, DJe 10.11.2014). 12. O Superior Tribunal de Justiça, chamado a se manifestar quanto à
aplicação do referido entendimento em demandas tributárias, reconheceu que a ratio decidendi utilizada
quando do julgamento da exigência ou não do prévio requerimento administrativo nos benefícios
previdenciários pode ser adotada para os pedidos concernentes às contribuições previdenciárias. 13.
Colaciona-se, verbis, o entendimento consolidado no âmbito daquela Corte de Justiça: “[...] Na esfera
409

previdenciária, na área de benefícios do Regime Geral de Previdência Social, o STJ, no julgamento do


Recurso Especial Repetitivo 1.369.834/SP (Tema 660), Relator Ministro Benedito Gonçalves,
alinhando-se ao que foi firmado pelo Supremo Tribunal Federal no RE 631.240/MG (Tema 350,
Relator Ministro Roberto Barroso), entendeu pela necessidade do prévio requerimento administrativo. Em
matéria tributária a questão já foi apreciada no âmbito do STJ que consolidou o entendimento da
exigência do prévio requerimento administrativo nos pedidos de compensação das contribuições
previdenciárias. Vejam-se: AgRg nos EDcl no REsp 886.334/SP, Rel. Ministro Castro Meira, Segunda
Turma, julgado em 10/8/2010, DJe 20/8/2010; REsp 952.419/SP, Rel. Ministro Castro Meira, Segunda
Turma, julgado em 2/12/2008, DJe 18/12/2008; REsp 888.729/SP, Rel. Ministro João Otávio de
Noronha, Segunda Turma, julgado em 27/2/2007, DJ 16/3/2007, p. 340; REsp 544.132/RJ, Rel.

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Ministra Denise Arruda, Primeira Turma, julgado em 23/5/2006, DJ 30/6/2006, p. 166. Como as
matérias tributária e previdenciária relacionadas ao Regime Geral de Previdência Social possuem
natureza jurídica distinta, mas complementares, pois, em verdade, tratam-se as relações jurídicas
de custeio e de benefício (prestacional) titularizadas pela União e pelo INSS, respectivamente, com o
fim último de garantir a cobertura dos riscos sociais de natureza previdenciária, entende-se que a
razão de decidir utilizada quando do julgamento da exigência ou não do prévio requerimento
administrativo nos benefícios previdenciários pode também ser adotada para os pedidos formulados
à Secretaria da Receita Federal concernentes às contribuições previdenciárias (REsp 1734733 / PE, Rel.
Min. HERMAN BENJAMIN, publicado em DJe 28/11/2018). 14. De se destacar que as manifestações da
Fazenda Nacional são de que não há interesse processual, pela ausência de requerimento administrativo,
aduzindo, ainda, que Instrução Normativa da RFB estabelece que não incide CPSS sobre a parcela
referente aos juros de mora decorrente de valores pagos em cumprimento de decisão judicial ou de
acordo homologado, que é o único objeto da ação proposta. 15. Nesse contexto, não há interesse
processual apto a justificar a manutenção da lide em Juízo, valendo destacar que a parte Autora, já na
sua petição inicial, reconhece que não apresentou prévio pedido administrativo perante a repartição, ao
argumentar que seria dispensada desse encargo, conforme jurisprudência anterior a 2014. 16.
Provimento parcial do recurso interposto pela parte Autora, para reconhecer sua legitimidade ativa para a
causa, mas mantendo-se a extinção do processo sem

Turma Recursal
9A45B76F6D1F7725851A394F72FC0D83
resolução do mérito, ainda que por outro fundamento. Vencido, em parte, o Juiz Federal João Carlos
Mayer Soares, por considerar inaplicável ao caso a Lei 6.858/1980, que entende dirigida apenas para
recebimento de valores limitados e exclusivamente na esfera administrativa, conforme entendimento do
STJ, acompanhando o voto, todavia, quanto à ausência de interesse de agir. 17. Honorários advocatícios
incabíveis, por falta de previsão legal para o arbitramento, quando há provimento do recurso julgado (art.
55, caput, da Lei n. 9.099/1995), ainda que parcialmente. ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal
dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por maioria, dar provimento parcial do recurso,
vencido, em parte, o Juiz Federal João Carlos Mayer Soares, que lhe negou provimento, quanto à
legitimidade. Brasília/DF, 23/10/2019.

Juiz David Wilson de Abreu Pardo 2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF RELATOR 3

PROCESSO: 0022217-27.2018.4.01.3400 RECORRENTE: ELESBAO MARIA TEIXEIRA DE MACEDO


ADVOGADO: DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA SILVA RECORRIDO: UNIAO
FEDERAL ADVOGADO:
EMENTA
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. EFEITOS INFRINGENTES. NECESSIDADE DE DEMONSTRAÇÃO DE
OMISSÃO, OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO. VÍCIOS INEXISTENTES. REJEIÇÃO DOS
EMBARGOS. 1. A parte Autora opôs embargos de declaração contra acórdão que rejeitou seu pedido de
enquadramento no Plano de Carreira da Área de Ciência e Tecnologia. 2. Diz a parte Embargante que
houve omissão, pois foi demonstrada a violação ao princípio da isonomia, mas o entendimento contrário é
carecedor de fundamentação legal e jurisprudencial, o que afronta o art. 93, IX da CF. Que também não
houve manifestação acerca da violação ao dispositivo encartado no art. 7º, XXX, CF, que veda a proibição
de diferenças de salários, de exercício de funções e de critérios de admissão e art. 39, § 1º, da Carta da
República. Ainda, alega que não houve manifestação sobre o pedido de declaração de
inconstitucionalidade do § 3º, do art. 1º, da Lei 8.691/1993, com redação dada pela Lei 12.823/2013, pelo
que pede manifestação expressa acerca dos dispositivos constitucionais invocados, claramente violados,
quais sejam caput, do art. 5º, no tocante à isonomia; art. 7º, XXX; e art. 39, § 1º, para prequestionamento.
3. A parte Ré ofereceu resposta aos embargos de declaração. 4. A parte embargante não demonstra
omissão, contradição, obscuridade ou erro material que conduza à modificação do julgado. Na verdade,
os argumentos apresentados nos embargos de declaração constituem mero inconformismo quanto à
410

solução de mérito dada ao caso. 5. Não cabe reapreciação de matéria em sede de embargos de
declaração, porquanto não são via adequada para esgotamento da discussão acerca da matéria julgada,
podendo a parte submeter a questão à apreciação da Corte Superior em recurso próprio. 6. Ora, os
embargos declaratórios não são via adequada para corrigir suposto error in judicando, ainda que
demonstrado, não sendo possível atribuir eficácia infringente se ausentes erro material, omissão,
obscuridade ou contradição. Nesse sentido: EDcl nos EREsp 1.035.444/AM, Rel. Ministro Mauro
Campbell Marques, Primeira Seção, DJe 19.5.2015; EDcl nos EDcl no MS 14.117/DF, Rel. Ministro
Napoleão Nunes Maia Filho, Terceira Seção, DJe 1º.8.2011; EDcl no AgRg no AREsp 438.306/RS, Rel.
Ministro Og Fernandes, Segunda Turma, DJe 20.5.2014; EDcl no AgRg no AREsp 335.533/MG, Rel.
Ministra Regina Helena Costa, Quinta Turma, DJe 2.4.2014; EDcl no AgRg nos EAg 1.118.017/RJ, Rel.

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Ministro Castro Meira, Corte Especial, DJe 14.5.2012; e EDcl no AgRg nos EAg 1.229.612/DF, Rel.
Ministro Castro Meira, Corte

Turma Recursal
F60B373C2533269FECDE50C6D5DF0F40
Especial, DJe 13/6/2012. 7. De outra banda, se o acórdão embargado abordou os argumentos levantados
pelas partes Recorrente/Recorrida, significa isso que também já foram expressamente considerados os
elementos suscitados para fins de prequestionamento. 8. Além disso, pela regra prevista no art. 1.025,
NCPC, "consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-
questionamento, ainda que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal
superior considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade". 9. Rejeição dos embargos de
declaração opostos pela parte Autora. ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados
Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração. Brasília/DF,
23/10/2019.

Juiz David Wilson de Abreu Pardo 2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF RELATOR 3

PROCESSO: 0036441-04.2017.4.01.3400 RECORRENTE: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO


SOCIAL-INSS ADVOGADO: RECORRIDO: JEMIMA LIMA DE FIGUEREDO SILVA ADVOGADO:
EMENTA

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. EFEITOS INFRINGENTES. NECESSIDADE DE DEMONSTRAÇÃO DE


OMISSÃO, OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO. VÍCIOS INEXISTENTES. REJEIÇÃO DOS
EMBARGOS. 1. Embargos de declaração opostos pela DPU contra acórdão que rejeitou o recurso
interposto pelo INSS, afastando a condenação da parte Ré em honorários advocatícios. 2. Diz a DPU que
o acórdão “deixou de se manifestar sobre o pedido de condenação do INSS ao pagamento de
sucumbenciais à Defensoria Pública da União, à luz dos dispositivos legais e constitucionais que versam
sobre o tema, em especial as Emendas Constitucionais nº 74/13 e nº 80/14, o inciso XXI do artigo 4º da
Lei Complementar nº 80/1994 e o artigo 85 do Código de Processo Civil de 2015.” Aduz, ainda, que “em
acórdão publicado em 10.8.2018, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a repercussão geral do tema,
asseverando que as Emendas Constitucionais nº 74/13 e nº 80/14 representam relevante alteração no
quadro normativo, a justificar a rediscussão da questão”. 3. A parte Ré não ofereceu resposta aos
embargos de declaração. 4. A parte Embargante pretende o simples reexame da causa através dos
embargos de declaração. Além de não haver quaisquer dos vícios que ensejam o seu cabimento, os
pontos alegados pela Autora foram devidamente ventilados pelo acórdão embargado. 5. Não se
desconhece a repercussão geral reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal, no RE 1.140.005. Todavia,
além de a questão ainda pender de julgamento, o STF não se manifestou quanto ao sobrestamento dos
processos que se referem à temática, pelo menos no momento da tramitação ordinária. Por isso, pelo
menos por enquanto, deve ser mantido o entendimento constante do acórdão embargado, no sentido de
ser “incabível condenação em honorários advocatícios, tendo em vista que a parte Autora está assistida
pela Defensoria Pública da União (enunciado da Súmula 421/STJ)”. 6. O certo é que a parte Embargante
não demonstra omissão, contradição, obscuridade ou erro material que conduza à modificação do
julgado. Pretende o simples reexame da causa através dos embargos de declaração, com dito. Além de
não haver quaisquer dos vícios que ensejam o respectivo cabimento, todos os pontos alegados pela parte
Autora foram devidamente ventilados pelo acórdão embargado. 7. Ora, embargos declaratórios não são
via adequada para corrigir suposto error in judicando, ainda que demonstrado, não sendo possível atribuir
eficácia infringente se

Turma Recursal
F59EAB9D3AC23E74D3B93680696BCAB8
ausentes erro material, omissão, obscuridade ou contradição. Nesse sentido: EDcl nos EREsp
1.035.444/AM, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Primeira Seção, DJe 19.5.2015; EDcl nos EDcl no
MS 14.117/DF, Rel. Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, Terceira Seção, DJe 1º.8.2011; EDcl no AgRg
no AREsp 438.306/RS, Rel. Ministro Og Fernandes, Segunda Turma, DJe 20.5.2014; EDcl no AgRg no
411

AREsp 335.533/MG, Rel. Ministra Regina Helena Costa, Quinta Turma, DJe 2.4.2014; EDcl no AgRg nos
EAg 1.118.017/RJ, Rel. Ministro Castro Meira, Corte Especial, DJe 14.5.2012; e EDcl no AgRg nos EAg
1.229.612/DF, Rel. Ministro Castro Meira, Corte Especial, DJe 13/6/2012. 8. Rejeição dos embargos de
declaração opostos pela DPU. ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais
Federais do Distrito Federal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração. Brasília/DF,
23/10/2019.

Juiz David Wilson de Abreu Pardo 2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF RELATOR 3

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
PROCESSO: 0012010-03.2017.4.01.3400 RECORRENTE: RAIMUNDO LUIZ NASCIMENTO DE
CARVALHO ADVOGADO: DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA SILVA RECORRIDO:
UNIAO FEDERAL ADVOGADO:
EMENTA
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. EFEITOS INFRINGENTES. NECESSIDADE DE DEMONSTRAÇÃO DE
OMISSÃO, OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO. VÍCIOS INEXISTENTES. REJEIÇÃO DOS
EMBARGOS. 1. A parte Autora opôs embargos de declaração contra acórdão que rejeitou seu pedido de
enquadramento no Plano de Carreira da Área de Ciência e Tecnologia. 2. Diz a parte Embargante que
houve omissão, pois foi demonstrada a violação ao princípio da isonomia, mas o entendimento contrário é
carecedor de fundamentação legal e jurisprudencial, o que afronta o art. 93, IX da CF. Que também não
houve manifestação acerca da violação ao dispositivo encartado no art. 7º, XXX, CF, que veda a proibição
de diferenças de salários, de exercício de funções e de critérios de admissão e art. 39, § 1º, da Carta da
República. Ainda, alega que não houve manifestação sobre o pedido de declaração de
inconstitucionalidade do § 3º, do art. 1º, da Lei 8.691/1993, com redação dada pela Lei 12.823/2013, pelo
que pede manifestação expressa acerca dos dispositivos constitucionais invocados, claramente violados,
quais sejam caput, do art. 5º, no tocante à isonomia; art. 7º, XXX; e art. 39, § 1º, para prequestionamento.
3. A parte Ré ofereceu resposta aos embargos de declaração. 4. A parte embargante não demonstra
omissão, contradição, obscuridade ou erro material que conduza à modificação do julgado. Na verdade,
os argumentos apresentados nos embargos de declaração constituem mero inconformismo quanto à
solução de mérito dada ao caso. 5. Não cabe reapreciação de matéria em sede de embargos de
declaração, porquanto não são via adequada para esgotamento da discussão acerca da matéria julgada,
podendo a parte submeter a questão à apreciação da Corte Superior em recurso próprio. 6. Ora, os
embargos declaratórios não são via adequada para corrigir suposto error in judicando, ainda que
demonstrado, não sendo possível atribuir eficácia infringente se ausentes erro material, omissão,
obscuridade ou contradição. Nesse sentido: EDcl nos EREsp 1.035.444/AM, Rel. Ministro Mauro
Campbell Marques, Primeira Seção, DJe 19.5.2015; EDcl nos EDcl no MS 14.117/DF, Rel. Ministro
Napoleão Nunes Maia Filho, Terceira Seção, DJe 1º.8.2011; EDcl no AgRg no AREsp 438.306/RS, Rel.
Ministro Og Fernandes, Segunda Turma, DJe 20.5.2014; EDcl no AgRg no AREsp 335.533/MG, Rel.
Ministra Regina Helena Costa, Quinta Turma, DJe 2.4.2014; EDcl no AgRg nos EAg 1.118.017/RJ, Rel.
Ministro Castro Meira, Corte Especial, DJe 14.5.2012; e EDcl no AgRg nos EAg 1.229.612/DF, Rel.
Ministro Castro Meira, Corte

Turma Recursal
E2076B45552332F5C8FD02D5B7BF11F7
Especial, DJe 13/6/2012. 7. De outra banda, se o acórdão embargado abordou os argumentos levantados
pelas partes Recorrente/Recorrida, significa isso que também já foram expressamente considerados os
elementos suscitados para fins de prequestionamento. 8. Além disso, pela regra prevista no art. 1.025,
NCPC, "consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-
questionamento, ainda que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal
superior considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade". 9. Rejeição dos embargos de
declaração opostos pela parte Autora. ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados
Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração. Brasília/DF,
23/10/2019.

Juiz David Wilson de Abreu Pardo 2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF RELATOR 3

PROCESSO: 0046596-66.2017.4.01.3400 RECORRENTE: DORALUCIA DE SOUZA LEANDRO


ADVOGADO: DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA SILVA RECORRIDO: UNIAO
FEDERAL ADVOGADO:
EMENTA
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. EFEITOS INFRINGENTES. NECESSIDADE DE DEMONSTRAÇÃO DE
OMISSÃO, OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO. VÍCIOS INEXISTENTES. REJEIÇÃO DOS
EMBARGOS. 1. A parte Autora opôs embargos de declaração contra acórdão que rejeitou seu pedido de
enquadramento no Plano de Carreira da Área de Ciência e Tecnologia. 2. Diz a parte Embargante que
412

houve omissão, pois foi demonstrada a violação ao princípio da isonomia, mas o entendimento contrário é
carecedor de fundamentação legal e jurisprudencial, o que afronta o art. 93, IX da CF. Que também não
houve manifestação acerca da violação ao dispositivo encartado no art. 7º, XXX, CF, que veda a proibição
de diferenças de salários, de exercício de funções e de critérios de admissão e art. 39, § 1º, da Carta da
República. Ainda, alega que não houve manifestação sobre o pedido de declaração de
inconstitucionalidade do § 3º, do art. 1º, da Lei 8.691/1993, com redação dada pela Lei 12.823/2013, pelo
que pede manifestação expressa acerca dos dispositivos constitucionais invocados, claramente violados,
quais sejam caput, do art. 5º, no tocante à isonomia; art. 7º, XXX; e art. 39, § 1º, para prequestionamento.
3. A parte Ré ofereceu resposta aos embargos de declaração. 4. A parte embargante não demonstra
omissão, contradição, obscuridade ou erro material que conduza à modificação do julgado. Na verdade,

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
os argumentos apresentados nos embargos de declaração constituem mero inconformismo quanto à
solução de mérito dada ao caso. 5. Não cabe reapreciação de matéria em sede de embargos de
declaração, porquanto não são via adequada para esgotamento da discussão acerca da matéria julgada,
podendo a parte submeter a questão à apreciação da Corte Superior em recurso próprio. 6. Ora, os
embargos declaratórios não são via adequada para corrigir suposto error in judicando, ainda que
demonstrado, não sendo possível atribuir eficácia infringente se ausentes erro material, omissão,
obscuridade ou contradição. Nesse sentido: EDcl nos EREsp 1.035.444/AM, Rel. Ministro Mauro
Campbell Marques, Primeira Seção, DJe 19.5.2015; EDcl nos EDcl no MS 14.117/DF, Rel. Ministro
Napoleão Nunes Maia Filho, Terceira Seção, DJe 1º.8.2011; EDcl no AgRg no AREsp 438.306/RS, Rel.
Ministro Og Fernandes, Segunda Turma, DJe 20.5.2014; EDcl no AgRg no AREsp 335.533/MG, Rel.
Ministra Regina Helena Costa, Quinta Turma, DJe 2.4.2014; EDcl no AgRg nos EAg 1.118.017/RJ, Rel.
Ministro Castro Meira, Corte Especial, DJe 14.5.2012; e EDcl no AgRg nos EAg 1.229.612/DF, Rel.
Ministro Castro Meira, Corte

Turma Recursal
F40DCC7838590EA378F8410B92D39C47
Especial, DJe 13/6/2012. 7. De outra banda, se o acórdão embargado abordou os argumentos levantados
pelas partes Recorrente/Recorrida, significa isso que também já foram expressamente considerados os
elementos suscitados para fins de prequestionamento. 8. Além disso, pela regra prevista no art. 1.025,
NCPC, "consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-
questionamento, ainda que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal
superior considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade". 9. Rejeição dos embargos de
declaração opostos pela parte Autora. ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados
Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração. Brasília/DF,
23/10/2019.

Juiz David Wilson de Abreu Pardo 2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF RELATOR 3

PROCESSO: 0012036-69.2015.4.01.3400 RECORRENTE: UNIAO FEDERAL ADVOGADO: - JACIRA


DE ALENCAR ROCHA RECORRIDO: IGOR MICHAEL ALMEIDA VELUDO GOUVEIA ADVOGADO:
DF00017717 - ALESSANDRA DAMIAN CAVALCANTI E OUTRO(S)
EMENTA
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. EFEITOS INFRINGENTES. NECESSIDADE DE DEMONSTRAÇÃO DE
OMISSÃO, OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO. VÍCIOS INEXISTENTES. REJEIÇÃO DOS
EMBARGOS. 1. Embargos de declaração opostos pela parte Autora contra acórdão que deu provimento
ao recurso interposto pela parte Ré, na parte conhecida, para julgar improcedente os pedidos iniciais
referentes à contagem de interstícios de progressões funcionais, considerando como marco inicial a data
de ingresso no cargo público. 2. Alega a parte Embargante que o julgado incorreu em
omissão/contradição em sua argumentação quanto à mudança de entendimento da TNU, seguindo
entendimento do STJ em relação à contagem dos interstícios de progressão funcional e aos efeitos
financeiros. Sustenta que a questão debatida diz respeito à Carreira da Polícia Federal, que tem lei e
regulamentações próprias, totalmente diferentes daquelas discutidas no presente processo, em que para
os servidores públicos civis a Embargada estipulou data única para começar a contagem do interstício
para progressão funcional, como se depreende do art. 10, §§ 1º e 2º do Decreto n. 84.699/1980. Por fim,
diz que o entendimento que deve prevalecer é o de que a data única estipulada para início da contagem
do interstício para progressão funcional ofende o princípio da isonomia. 3. A parte Ré não ofereceu
resposta aos embargos de declaração. 4. O objetivo da parte Embargante não é suprir omissão, afastar
obscuridade ou eliminar contradição, mas reformar o julgado pela via inadequada, o que não se admite,
tendo em vista que embargos de declaração não são instrumento processual idôneo para o esgotamento
da discussão acerca da matéria. 5. Ora, os embargos declaratórios não são via adequada para corrigir
suposto error in judicando, ainda que demonstrado, não sendo possível atribuir eficácia infringente se
ausentes erro material, omissão, obscuridade ou contradição. Nesse sentido: EDcl nos EREsp
1.035.444/AM, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Primeira Seção, DJe 19.5.2015; EDcl nos EDcl no
MS 14.117/DF, Rel. Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, Terceira Seção, DJe 1º.8.2011; EDcl no AgRg
no AREsp 438.306/RS, Rel. Ministro Og Fernandes, Segunda Turma, DJe 20.5.2014; EDcl no AgRg no
413

AREsp 335.533/MG, Rel. Ministra Regina Helena Costa, Quinta Turma, DJe 2.4.2014; EDcl no AgRg nos
EAg 1.118.017/RJ, Rel. Ministro Castro Meira, Corte Especial, DJe 14.5.2012; e EDcl no AgRg nos EAg
1.229.612/DF, Rel. Ministro Castro Meira, Corte Especial, DJe 13/6/2012.

Turma Recursal
15891B7C85D0181448BC5714CC086F46
6. Destarte, não cabe reapreciação de matéria em sede de embargos de declaração, porquanto não são
via adequada para rever a discussão acerca do tema julgado, podendo a parte submeter a questão à
apreciação da Corte Superior em recurso próprio. 7. Rejeição dos embargos de declaração opostos pela

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
parte Autora. ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito
Federal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração. Brasília/DF, 23/10/2019.

Juiz David Wilson de Abreu Pardo 2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF RELATOR 3

PROCESSO: 0048152-06.2017.4.01.3400 RECORRENTE: UNIAO FEDERAL ADVOGADO: - FABIO


TESOLIN RODRIGUES RECORRIDO: GILTON FERNANDES CIRILO ADVOGADO: DF0001599A -
GERALDO MAGELA HERMOGENES DA SILVA
EMENTA
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. EFEITOS INFRINGENTES. NECESSIDADE DE DEMONSTRAÇÃO DE
OMISSÃO, OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO. VÍCIOS INEXISTENTES. REJEIÇÃO DOS
EMBARGOS. 1. A parte Autora opôs embargos de declaração contra acórdão que rejeitou seu pedido de
enquadramento no Plano de Carreira da Área de Ciência e Tecnologia. 2. Diz a parte Embargante que
houve omissão, pois foi demonstrada a violação ao princípio da isonomia, mas o entendimento contrário é
carecedor de fundamentação legal e jurisprudencial, o que afronta o art. 93, IX da CF. Que também não
houve manifestação acerca da violação ao dispositivo encartado no art. 7º, XXX, CF, que veda a proibição
de diferenças de salários, de exercício de funções e de critérios de admissão e art. 39, § 1º, da Carta da
República. Ainda, alega que não houve manifestação sobre o pedido de declaração de
inconstitucionalidade do § 3º, do art. 1º, da Lei 8.691/1993, com redação dada pela Lei 12.823/2013, pelo
que pede manifestação expressa acerca dos dispositivos constitucionais invocados, claramente violados,
quais sejam caput, do art. 5º, no tocante à isonomia; art. 7º, XXX; e art. 39, § 1º, para prequestionamento.
3. A parte Ré ofereceu resposta aos embargos de declaração. 4. A parte embargante não demonstra
omissão, contradição, obscuridade ou erro material que conduza à modificação do julgado. Na verdade,
os argumentos apresentados nos embargos de declaração constituem mero inconformismo quanto à
solução de mérito dada ao caso. 5. Não cabe reapreciação de matéria em sede de embargos de
declaração, porquanto não são via adequada para esgotamento da discussão acerca da matéria julgada,
podendo a parte submeter a questão à apreciação da Corte Superior em recurso próprio. 6. Ora, os
embargos declaratórios não são via adequada para corrigir suposto error in judicando, ainda que
demonstrado, não sendo possível atribuir eficácia infringente se ausentes erro material, omissão,
obscuridade ou contradição. Nesse sentido: EDcl nos EREsp 1.035.444/AM, Rel. Ministro Mauro
Campbell Marques, Primeira Seção, DJe 19.5.2015; EDcl nos EDcl no MS 14.117/DF, Rel. Ministro
Napoleão Nunes Maia Filho, Terceira Seção, DJe 1º.8.2011; EDcl no AgRg no AREsp 438.306/RS, Rel.
Ministro Og Fernandes, Segunda Turma, DJe 20.5.2014; EDcl no AgRg no AREsp 335.533/MG, Rel.
Ministra Regina Helena Costa, Quinta Turma, DJe 2.4.2014; EDcl no AgRg nos EAg 1.118.017/RJ, Rel.
Ministro Castro Meira, Corte Especial, DJe 14.5.2012; e EDcl no AgRg nos EAg 1.229.612/DF, Rel.
Ministro Castro Meira, Corte

Turma Recursal
6145CA2BC9906CCF04E4337C9195E4F4
Especial, DJe 13/6/2012. 7. De outra banda, se o acórdão embargado abordou os argumentos levantados
pelas partes Recorrente/Recorrida, significa isso que também já foram expressamente considerados os
elementos suscitados para fins de prequestionamento. 8. Além disso, pela regra prevista no art. 1.025,
NCPC, "consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-
questionamento, ainda que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal
superior considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade". 9. Rejeição dos embargos de
declaração opostos pela parte Autora. ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados
Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração. Brasília/DF,
23/10/2019.

Juiz David Wilson de Abreu Pardo 2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF RELATOR 3


414

PROCESSO: 0029692-34.2018.4.01.3400 RECORRENTE: WASHINGTON LUIZ SANTOS ADVOGADO:


DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA SILVA RECORRIDO: UNIAO FEDERAL
ADVOGADO: - SAMUEL LAGES NEVES LOPES
EMENTA
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. EFEITOS INFRINGENTES. NECESSIDADE DE DEMONSTRAÇÃO DE
OMISSÃO, OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO. VÍCIOS INEXISTENTES. REJEIÇÃO DOS
EMBARGOS. 1. A parte Autora opôs embargos de declaração contra acórdão que rejeitou seu pedido de
enquadramento no Plano de Carreira da Área de Ciência e Tecnologia. 2. Diz a parte Embargante que
houve omissão, pois foi demonstrada a violação ao princípio da isonomia, mas o entendimento contrário é

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
carecedor de fundamentação legal e jurisprudencial, o que afronta o art. 93, IX da CF. Que também não
houve manifestação acerca da violação ao dispositivo encartado no art. 7º, XXX, CF, que veda a proibição
de diferenças de salários, de exercício de funções e de critérios de admissão e art. 39, § 1º, da Carta da
República. Ainda, alega que não houve manifestação sobre o pedido de declaração de
inconstitucionalidade do § 3º, do art. 1º, da Lei 8.691/1993, com redação dada pela Lei 12.823/2013, pelo
que pede manifestação expressa acerca dos dispositivos constitucionais invocados, claramente violados,
quais sejam caput, do art. 5º, no tocante à isonomia; art. 7º, XXX; e art. 39, § 1º, para prequestionamento.
3. A parte Ré ofereceu resposta aos embargos de declaração. 4. A parte embargante não demonstra
omissão, contradição, obscuridade ou erro material que conduza à modificação do julgado. Na verdade,
os argumentos apresentados nos embargos de declaração constituem mero inconformismo quanto à
solução de mérito dada ao caso. 5. Não cabe reapreciação de matéria em sede de embargos de
declaração, porquanto não são via adequada para esgotamento da discussão acerca da matéria julgada,
podendo a parte submeter a questão à apreciação da Corte Superior em recurso próprio. 6. Ora, os
embargos declaratórios não são via adequada para corrigir suposto error in judicando, ainda que
demonstrado, não sendo possível atribuir eficácia infringente se ausentes erro material, omissão,
obscuridade ou contradição. Nesse sentido: EDcl nos EREsp 1.035.444/AM, Rel. Ministro Mauro
Campbell Marques, Primeira Seção, DJe 19.5.2015; EDcl nos EDcl no MS 14.117/DF, Rel. Ministro
Napoleão Nunes Maia Filho, Terceira Seção, DJe 1º.8.2011; EDcl no AgRg no AREsp 438.306/RS, Rel.
Ministro Og Fernandes, Segunda Turma, DJe 20.5.2014; EDcl no AgRg no AREsp 335.533/MG, Rel.
Ministra Regina Helena Costa, Quinta Turma, DJe 2.4.2014; EDcl no AgRg nos EAg 1.118.017/RJ, Rel.
Ministro Castro Meira, Corte Especial, DJe 14.5.2012; e EDcl no AgRg nos EAg 1.229.612/DF, Rel.
Ministro Castro Meira, Corte

Turma Recursal
DF19CAA78A57B4102700C39D473062D0
Especial, DJe 13/6/2012. 7. De outra banda, se o acórdão embargado abordou os argumentos levantados
pelas partes Recorrente/Recorrida, significa isso que também já foram expressamente considerados os
elementos suscitados para fins de prequestionamento. 8. Além disso, pela regra prevista no art. 1.025,
NCPC, "consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-
questionamento, ainda que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal
superior considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade". 9. Rejeição dos embargos de
declaração opostos pela parte Autora. ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados
Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração. Brasília/DF,
23/10/2019.

Juiz David Wilson de Abreu Pardo 2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF RELATOR 3

PROCESSO: 0037130-14.2018.4.01.3400 RECORRENTE: DALVA DE CASTILHO BARBOSA


ADVOGADO: DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO RECORRIDO: UNIAO FEDERAL
ADVOGADO: CE00024102 - DIEGO EDUARDO FARIAS CAMBRAIA
EMENTA
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. EFEITOS INFRINGENTES. NECESSIDADE DE DEMONSTRAÇÃO DE
OMISSÃO, OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO. VÍCIOS INEXISTENTES. REJEIÇÃO DOS
EMBARGOS. 1. Embargos de declaração opostos pela parte Autora contra acórdão que rejeitou o pedido
de incorporação nos proventos de aposentadoria da integralidade da gratificação GDPST (100 pontos). 2.
A parte Autora/Embargante diz que pretende esclarecer omissão/contradição, mas reapresenta
argumentos de mérito em seu favor, reafirmando que a gratificação GDPST possui caráter genérico.
Ainda, sustenta que o pagamento retroativo e anterior à publicação da portaria afasta a possibilidade de
atribuir natureza pro labore faciendo da GDPST aos pagamentos realizados pelo Ministério da Saúde.
Também alega que após o término do primeiro ciclo de avaliação em 30/06/2011, o Ministério da Saúde
continuou o pagamento da GDPST nos meses e anos subsequentes sem relação com o resultado do
efetivo desempenho individual, ou de condições especiais ou excepcionais de trabalho. Por fim, requer a
mesma pontuação que foi atribuída ao servidor ativo pelo só exercício das funções normais e próprias do
415

cargo, desde julho/2011, retroativo a novembro/2010 porquanto está recebendo com redução de 50
pontos. 3. A parte Ré ofereceu resposta aos embargos de declaração. 4. Os argumentos tecidos nos
presentes embargos têm como pano de fundo a alegação de comprovação da persistência da natureza
genérica da gratificação GDPST. 5. Com isso, o objetivo da parte Embargante não é suprir omissão,
afastar obscuridade ou eliminar contradição, mas reformar o julgado pela via inadequada, o que não se
admite, tendo em vista que embargos de declaração não são instrumento processual idôneo para o
esgotamento da discussão acerca da matéria. 6. Com efeito, os embargos declaratórios não são via
adequada para corrigir suposto error in judicando, ainda que demonstrado, não sendo possível atribuir
eficácia infringente se ausentes erro material, omissão, obscuridade ou contradição. Nesse sentido: EDcl
nos EREsp 1.035.444/AM, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Primeira Seção, DJe 19.5.2015; EDcl

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
nos EDcl no MS 14.117/DF, Rel. Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, Terceira Seção, DJe 1º.8.2011;
EDcl no AgRg no AREsp 438.306/RS, Rel. Ministro Og Fernandes, Segunda Turma, DJe 20.5.2014; EDcl
no AgRg no AREsp 335.533/MG, Rel. Ministra Regina Helena Costa, Quinta Turma, DJe 2.4.2014; EDcl
no AgRg nos EAg 1.118.017/RJ, Rel. Ministro Castro Meira, Corte Especial, DJe 14.5.2012; e EDcl no
AgRg nos EAg 1.229.612/DF, Rel. Ministro Castro

Turma Recursal
63571005CE4BDF1AE59834E33F53243B
Meira, Corte Especial, DJe 13/6/2012. 7. Rejeição dos embargos de declaração opostos pela parte
Autora. ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito
Federal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração. Brasília/DF, 23/10/2019.

Juiz David Wilson de Abreu Pardo 2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF RELATOR 3

PROCESSO: 0034220-14.2018.4.01.3400 RECORRENTE: MANOEL FRANCISCO DO NASCIMENTO


ADVOGADO: DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA SILVA RECORRIDO: UNIAO
FEDERAL ADVOGADO: - ANNA AMELIA LISBOA
EMENTA
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. EFEITOS INFRINGENTES. NECESSIDADE DE DEMONSTRAÇÃO DE
OMISSÃO, OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO. VÍCIOS INEXISTENTES. REJEIÇÃO DOS
EMBARGOS. 1. A parte Autora opôs embargos de declaração contra acórdão que rejeitou seu pedido de
enquadramento no Plano de Carreira da Área de Ciência e Tecnologia. 2. Diz a parte Embargante que
houve omissão, pois foi demonstrada a violação ao princípio da isonomia, mas o entendimento contrário é
carecedor de fundamentação legal e jurisprudencial, o que afronta o art. 93, IX da CF. Que também não
houve manifestação acerca da violação ao dispositivo encartado no art. 7º, XXX, CF, que veda a proibição
de diferenças de salários, de exercício de funções e de critérios de admissão e art. 39, § 1º, da Carta da
República. Ainda, alega que não houve manifestação sobre o pedido de declaração de
inconstitucionalidade do § 3º, do art. 1º, da Lei 8.691/1993, com redação dada pela Lei 12.823/2013, pelo
que pede manifestação expressa acerca dos dispositivos constitucionais invocados, claramente violados,
quais sejam caput, do art. 5º, no tocante à isonomia; art. 7º, XXX; e art. 39, § 1º, para prequestionamento.
3. A parte Ré não ofereceu resposta aos embargos de declaração. 4. A parte embargante não demonstra
omissão, contradição, obscuridade ou erro material que conduza à modificação do julgado. Na verdade,
os argumentos apresentados nos embargos de declaração constituem mero inconformismo quanto à
solução de mérito dada ao caso. 5. Não cabe reapreciação de matéria em sede de embargos de
declaração, porquanto não são via adequada para esgotamento da discussão acerca da matéria julgada,
podendo a parte submeter a questão à apreciação da Corte Superior em recurso próprio. 6. Ora, os
embargos declaratórios não são via adequada para corrigir suposto error in judicando, ainda que
demonstrado, não sendo possível atribuir eficácia infringente se ausentes erro material, omissão,
obscuridade ou contradição. Nesse sentido: EDcl nos EREsp 1.035.444/AM, Rel. Ministro Mauro
Campbell Marques, Primeira Seção, DJe 19.5.2015; EDcl nos EDcl no MS 14.117/DF, Rel. Ministro
Napoleão Nunes Maia Filho, Terceira Seção, DJe 1º.8.2011; EDcl no AgRg no AREsp 438.306/RS, Rel.
Ministro Og Fernandes, Segunda Turma, DJe 20.5.2014; EDcl no AgRg no AREsp 335.533/MG, Rel.
Ministra Regina Helena Costa, Quinta Turma, DJe 2.4.2014; EDcl no AgRg nos EAg 1.118.017/RJ, Rel.
Ministro Castro Meira, Corte Especial, DJe 14.5.2012; e EDcl no AgRg nos EAg 1.229.612/DF, Rel.
Ministro Castro Meira, Corte

Turma Recursal
64C6F9CB6B992D43326E7EAD013549DA
Especial, DJe 13/6/2012. 7. De outra banda, se o acórdão embargado abordou os argumentos levantados
pelas partes Recorrente/Recorrida, significa isso que também já foram expressamente considerados os
elementos suscitados para fins de prequestionamento. 8. Além disso, pela regra prevista no art. 1.025,
416

NCPC, "consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-
questionamento, ainda que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal
superior considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade". 9. Rejeição dos embargos de
declaração opostos pela parte Autora. ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados
Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração. Brasília/DF,
23/10/2019.

Juiz David Wilson de Abreu Pardo 2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF RELATOR 3

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
PROCESSO: 0037343-20.2018.4.01.3400 RECORRENTE: ILENIZA FERREIRA DE ALVARENGA
ADVOGADO: DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO RECORRIDO: UNIAO FEDERAL
ADVOGADO: - DIEGO EDUARDO FARIAS CAMBRAIA
EMENTA
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. EFEITOS INFRINGENTES. NECESSIDADE DE DEMONSTRAÇÃO DE
OMISSÃO, OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO. VÍCIOS INEXISTENTES. REJEIÇÃO DOS
EMBARGOS. 1. Embargos de declaração opostos pela parte Autora contra acórdão que rejeitou o pedido
de incorporação nos proventos de aposentadoria da integralidade da gratificação GDPST (100 pontos). 2.
A parte Autora/Embargante diz que pretende esclarecer omissão/contradição, mas reapresenta
argumentos de mérito em seu favor, reafirmando que a gratificação GDPST possui caráter genérico.
Ainda, sustenta que o pagamento retroativo e anterior à publicação da portaria afasta a possibilidade de
atribuir natureza pro labore faciendo da GDPST aos pagamentos realizados pelo Ministério da Saúde.
Também alega que após o término do primeiro ciclo de avaliação em 30/06/2011, o Ministério da Saúde
continuou o pagamento da GDPST nos meses e anos subsequentes sem relação com o resultado do
efetivo desempenho individual, ou de condições especiais ou excepcionais de trabalho. Por fim, requer a
mesma pontuação que foi atribuída ao servidor ativo pelo só exercício das funções normais e próprias do
cargo, desde julho/2011, retroativo a novembro/2010 porquanto está recebendo com redução de 50
pontos. 3. A parte Ré ofereceu resposta aos embargos de declaração. 4. Os argumentos tecidos nos
presentes embargos têm como pano de fundo a alegação de comprovação da persistência da natureza
genérica da gratificação GDPST. 5. Com isso, o objetivo da parte Embargante não é suprir omissão,
afastar obscuridade ou eliminar contradição, mas reformar o julgado pela via inadequada, o que não se
admite, tendo em vista que embargos de declaração não são instrumento processual idôneo para o
esgotamento da discussão acerca da matéria. 6. Com efeito, os embargos declaratórios não são via
adequada para corrigir suposto error in judicando, ainda que demonstrado, não sendo possível atribuir
eficácia infringente se ausentes erro material, omissão, obscuridade ou contradição. Nesse sentido: EDcl
nos EREsp 1.035.444/AM, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Primeira Seção, DJe 19.5.2015; EDcl
nos EDcl no MS 14.117/DF, Rel. Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, Terceira Seção, DJe 1º.8.2011;
EDcl no AgRg no AREsp 438.306/RS, Rel. Ministro Og Fernandes, Segunda Turma, DJe 20.5.2014; EDcl
no AgRg no AREsp 335.533/MG, Rel. Ministra Regina Helena Costa, Quinta Turma, DJe 2.4.2014; EDcl
no AgRg nos EAg 1.118.017/RJ, Rel. Ministro Castro Meira, Corte Especial, DJe 14.5.2012; e EDcl no
AgRg nos EAg 1.229.612/DF, Rel. Ministro Castro

Turma Recursal
74F6DF3CC0E9F7E6F4F9AAB5DDD17918
Meira, Corte Especial, DJe 13/6/2012. 7. Rejeição dos embargos de declaração opostos pela parte
Autora. ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito
Federal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração. Brasília/DF, 23/10/2019.

Juiz David Wilson de Abreu Pardo 2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF RELATOR 3

PROCESSO: 0033559-35.2018.4.01.3400 RECORRENTE: JOSE CARLOS TELES COSTA ADVOGADO:


DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA SILVA RECORRIDO: UNIAO FEDERAL
ADVOGADO: - ANNA AMELIA LISBOA DA CAMARA
EMENTA
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. EFEITOS INFRINGENTES. NECESSIDADE DE DEMONSTRAÇÃO DE
OMISSÃO, OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO. VÍCIOS INEXISTENTES. REJEIÇÃO DOS
EMBARGOS. 1. A parte Autora opôs embargos de declaração contra acórdão que rejeitou seu pedido de
enquadramento no Plano de Carreira da Área de Ciência e Tecnologia. 2. Diz a parte Embargante que
houve omissão, pois foi demonstrada a violação ao princípio da isonomia, mas o entendimento contrário é
carecedor de fundamentação legal e jurisprudencial, o que afronta o art. 93, IX da CF. Que também não
houve manifestação acerca da violação ao dispositivo encartado no art. 7º, XXX, CF, que veda a proibição
de diferenças de salários, de exercício de funções e de critérios de admissão e art. 39, § 1º, da Carta da
417

República. Ainda, alega que não houve manifestação sobre o pedido de declaração de
inconstitucionalidade do § 3º, do art. 1º, da Lei 8.691/1993, com redação dada pela Lei 12.823/2013, pelo
que pede manifestação expressa acerca dos dispositivos constitucionais invocados, claramente violados,
quais sejam caput, do art. 5º, no tocante à isonomia; art. 7º, XXX; e art. 39, § 1º, para prequestionamento.
3. A parte Ré não ofereceu resposta aos embargos de declaração. 4. A parte embargante não demonstra
omissão, contradição, obscuridade ou erro material que conduza à modificação do julgado. Na verdade,
os argumentos apresentados nos embargos de declaração constituem mero inconformismo quanto à
solução de mérito dada ao caso. 5. Não cabe reapreciação de matéria em sede de embargos de
declaração, porquanto não são via adequada para esgotamento da discussão acerca da matéria julgada,
podendo a parte submeter a questão à apreciação da Corte Superior em recurso próprio. 6. Ora, os

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
embargos declaratórios não são via adequada para corrigir suposto error in judicando, ainda que
demonstrado, não sendo possível atribuir eficácia infringente se ausentes erro material, omissão,
obscuridade ou contradição. Nesse sentido: EDcl nos EREsp 1.035.444/AM, Rel. Ministro Mauro
Campbell Marques, Primeira Seção, DJe 19.5.2015; EDcl nos EDcl no MS 14.117/DF, Rel. Ministro
Napoleão Nunes Maia Filho, Terceira Seção, DJe 1º.8.2011; EDcl no AgRg no AREsp 438.306/RS, Rel.
Ministro Og Fernandes, Segunda Turma, DJe 20.5.2014; EDcl no AgRg no AREsp 335.533/MG, Rel.
Ministra Regina Helena Costa, Quinta Turma, DJe 2.4.2014; EDcl no AgRg nos EAg 1.118.017/RJ, Rel.
Ministro Castro Meira, Corte Especial, DJe 14.5.2012; e EDcl no AgRg nos EAg 1.229.612/DF, Rel.
Ministro Castro Meira, Corte

Turma Recursal
B3B3162AA9EA209BE072B7D7114AC49B
Especial, DJe 13/6/2012. 7. De outra banda, se o acórdão embargado abordou os argumentos levantados
pelas partes Recorrente/Recorrida, significa isso que também já foram expressamente considerados os
elementos suscitados para fins de prequestionamento. 8. Além disso, pela regra prevista no art. 1.025,
NCPC, "consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-
questionamento, ainda que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal
superior considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade". 9. Rejeição dos embargos de
declaração opostos pela parte Autora. ACÓRDÃO Decide a Segunda Turma Recursal dos Juizados
Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração. Brasília/DF,
23/10/2019.

Juiz David Wilson de Abreu Pardo 2ª TURMA RECURSAL - JEF/DF RELATOR 3


418

PODER JUDICIÁRIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
1ª. TURMA RECURSAL

PROCESSO N. 0049447-78.2017.4.01.3400 RECORRENTE: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO


SOCIAL-INSS - INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS ADVOGADO : DF00044469 -
MAYRA COSMO DA SILVA E OUTRO(S) RECORRIDO: VALDIR DE OLIVEIRA SANTOS - INSTITUTO
NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS ADVOGADO: DF00044469 - MAYRA COSMO DA SILVA E

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
OUTRO(S) RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA

PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO DOENÇA. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO OPOSTOS PELO INSS.


ALEGAÇÃO DE ERRO MATERIAL QUANTO À FIXAÇÃO DA DATA DO INÍCIO DO BENEFÍCIO - DIB,
POR SER ESSA ANTERIOR A DATA DO ÚLTIMO REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO.
REQUERIMENTO FORMULADO NO CURSO DA AÇÃO, APÓS A REALIZAÇÃO DO EXAME PERICIAL
EM QUE FOI CONSTATADA A INCAPACIDADE LABORATIVA DO SEGURADO A PARTIR DE
MOMENTO POSTERIOR À CESSAÇÃO DO BENEFÍCIO POR INCAPACIDADE QUESTIONADA
JUDICIALMENTE. ERRO MATERIAL INEXISTENTE, MAS NECESSIDADE DE ADEQUAÇÃO, POR
CONTRADIÇÃO NO JULGADO, DA DIB À DATA DO NOVO REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO.
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO ACOLHIDOS, COM FUNDAMENTO DIVERSO. ACÓRDÃO
RETIFICADO PARCIALMENTE. 1. Trata-se de Embargos de Declaração, opostos pelo Instituto Nacional
do Seguro Social - INSS, contra Acórdão que conheceu do Recurso Inominado interposto pela parte
autora, mas para lhe negar provimento e, por outro lado, conheceu em parte do recurso inominado
interposto pela Autarquia Previdenciária, para ao mesmo dar provimento, reformando parcialmente a
sentença recorrida. 2. O Embargante requer, em síntese, seja dado provimento recurso, de forma a ser
sanado alegado erro material constante do Acórdão, alterando-se a Data do Início do Benefício da data
do Laudo Pericial (17/07/2017) para a data do último requerimento administrativo (27/04/2017). 3. Os
Embargos de Declaração, previstos no art. 48 da Lei nº 9.099/1995, têm por fito esclarecer ou integrar
decisão judicial, notadamente sentenças e acórdãos que contenham alguma obscuridade, contradição,
omissão ou dúvida. Não se prestam, porém, para a rediscussão da causa, ou como instrumento para
reiteração de argumentos já apreciados, ou mesmo para serem levantadas novas teses visando à solução
do litígio. 4. No caso vertente, os Embargos de Declaração opostos merecem acolhimento, mas por
fundamento diverso do alegado na peça recursal. 5. A parte autora, ora Embargada, ingressou com a
presente ação visando ao restabelecimento do Auxílio Doença cessado em 30.09.2016, sob o argumento
de que ainda se encontrava incapacitada para o trabalho naquela oportunidade, requerendo, inclusive, o
recebimento das parcelas mensais a partir da mencionada data. Entretanto, a Perícia Judicial, realizada
no curso da instrução processual, concluiu que a parte autora apresenta incapacidade a partir de
17.04.2017 (data do laudo), dada a inexistência de elementos de convicção que sustentem a alegação
formulada na peça vestibular, significando, então, que a cessação questionada judicialmente foi correta,
na medida em que, àquela altura,
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
não havia incapacidade laborativa, segundo a conclusão apresentada pelo(a) Perito(a) Judicial. 6. No
curso da ação, logo após de submeter a exame pericial determinado pelo Juízo de origem, a parte autora
ingressou, em 27.04.2017, com novo pedido administrativo objetivando a concessão do mesmo Benefício
por Incapacidade, data em que indubitavelmente se encontrava incapaz para o labor, também indeferido,
motivo pelo qual somente a partir desse momento faz jus ao recebimento de Auxílio Doença, na medida
em que, no caso concreto, a concessão não pode retroceder a momento anterior ao pleito formulado
administrativamente, considerando-se que, como já registrado acima, houve recuperação, pela parte
Embargada, de capacidade para o trabalho, em decorrência do que não se trata de erro material, como
alegado pela parte Embargante, a fixação da DIB em 17.04.2017, mas de contradição, passível de ser
sanada pela via em curso, vez que houve reconhecimento, no julgado embargado, de ausência de
incapacidade à época da cessação questionada, porém sendo fixado o início do novo Auxílio Doença na
data do Laudo Pericial, 10 (dez) dias antes de ser apresentado o requerimento administrativo nesse
sentido, pela parte autora. 7. Ante o exposto, conheço dos Embargos de Declaração opostos pelo INSS,
para ACOLHÊ-LOS, porém com fundamento diverso do apresentado pelo Embargante, para o fim de
retificar parcialmente o Acórdão embargado, fixando a Data do Início do Benefício devido ao Embargado
em 27/04/2017, data do último requerimento administrativo formulado. 8. Sem honorários advocatícios e
custas processuais, considerando-se o acolhimento parcial do recurso da parte ré, em decorrência do
provimento dos presentes Embargos de Declaração. ACÓRDÃO
419

Decide a Primeira Turma Recursal, à unanimidade, conhecer dos Embargos de Declaração opostos pela
parte Ré, para ACOLHÊ-LOS, nos termos do voto do Juiz Relator. 1ª Turma Recursal, Juizado Especial
Federal/SJDF – 10/10/2019.

JUIZ RUI COSTA GONÇALVES Relator

PROCESSO N. 0032958-29.2018.4.01.3400 RECORRENTE: RAFAEL DE JESUS CARVALHO


ADVOGADO : DF00038160 - ALESSANDRA CALDAS BEZERRA E OUTRO(S) RECORRIDO: UNIAO
FEDERAL (FAZENDA NACIONAL) ADVOGADO: - CELIA FERREIRA TAVARES DE LYRA RELATOR:
RUI COSTA GONÇALVES

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
EMENTA
TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. AUSÊNCIA DE REQUERIMENTO
ADMINISTRATIVO. CPSS SOBRE JUROS DE MORA RECEBIDOS EM AÇÃO JUDICIAL. IN RFB N.
1332/2013, ALTERADA PELA IN RFB 1643/2016, RECONHECENDO A NÃO INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA.
NECESSIDADE DE REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO PARA O FIM DE AJUSTE DE CONTAS
RELATIVAS AO CONTRIBUINTE, TRATANDO-SE DE PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
INDISPENSÁVEL, SOB A RESPONSABILIDADE DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL. AUSÊNCIA DE
INTERESSE DE AGIR JUDICIALMENTE DIANTE DA INEXISTÊNCIA DE RESISTÊNCIA DA
ADMINISTRAÇÃO FAZENDÁRIA. SENTENÇA EXTINTIVA MANTIDA. RECURSO IMPROVIDO. 1. Trata-
se de recurso interposto pela parte Autora em face de sentença no bojo da qual foi julgado extinto o
processo sem resolução do mérito por carência de ação por falta de interesse de agir em virtude da
ausência de prévio requerimento administrativo visando à repetição de valores decorrentes da incidência
de Contribuição para o PSS sobre a parcela de juros de mora de passivo desembolsado no decorrer de
execução de sentença judicial. 2. A parte ré postula a manutenção da sentença recorrida, acrescentando
que a matéria, por se encontrar pacificada no âmbito da Receita Federal do Brasil (Instrução Normativa n.
1643, de 23 de maio de 2016), não tem sido mais objeto de contestação ou interposição de recurso pela
PGFN, nos termos do art. 2º, item 93 (da lista respectiva), da Portaria n. 502/2016/AGU/PGFN. 3. De fato,
o art. 9º, § 8º, da Instrução Normativa RFB n. 1332/2013, acrescentado pela Instrução Normativa RFB
1643/2016, estabelece de forma expressa que "não incide CPSS sobre a parcela referente aos juros de
mora decorrente de valores pagos em cumprimento de decisão judicial ou de acordo homologado". 4.
Aplica-se, então, o disposto no § 7º do art. 9º do mesmo ato administrativo regulador, segundo o qual "na
hipótese de retenção indevida ou a maior sobre valores pagos por intermédio de precatório ou requisição
de pequeno valor, o pedido de restituição deverá ser apresentado à unidade da RFB do domicílio
tributário do sujeito passivo, devendo o valor restituído ser incluído como rendimento tributável na
Declaração de Ajuste Anual (DAA) da pessoa física correspondente ao ano-calendário em que se efetivou
a restituição". 5. No caso, a medida é indispensável, vez que os valores retidos indevidamente, objeto do
pleito autoral, foram apresentados ao Fisco como parcela dedutível em decorrência da incidência
tributária questionada no bojo dos presentes autos, sendo incluída no cálculo do valor da restituição em
Declaração de Ajuste Anual referente ao exercício tributário respectivo, de apresentação
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
obrigatória no ano seguinte àquele em que se deu recebimento dos valores desembolsados pela
Administração por intermédio de Requisição de Pequeno Valor - RPV, motivo pelo qual, dada a
reconhecida procedência do pedido formulado judicialmente pela parte autora (art. 9º,§ 8º, INRFB
1332/2013), tem-se como necessária a realização de ajuste de contas relativo a(o) contribuinte em relevo,
procedimento esse de natureza administrativa, sob a responsabilidade da Receita Federal do Brasil. 6.
De se concluir, então, que a parte autora, por não haver formulado ainda o requerimento administrativo,
na forma do art. 9º, § 7º, da referida Instrução Normativa, carece de interesse de agir em Juízo, dada a
ausência de resistência, por parte da Administração, quanto ao pleito em comento, em decorrência do
que a sentença extintiva não merece reparo. 7. O autor, recorrente vencido, pagará honorários
advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da causa, ficando a condenação suspensa enquanto perdurar
o estado de carência que justificou a concessão da justiça gratuita, prescrevendo a dívida cinco anos
após a sentença final, nos termos do art. 98, §3º, do Código de Processo Civil/2015. ACÓRDÃO Decide a
Primeira Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do DF, à unanimidade, negar provimento ao
recurso da parte Autora. 1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF. Brasília-DF, 10/10/2019.

JUIZ RUI COSTA GONÇALVES Relator

PROCESSO N. 0032374-59.2018.4.01.3400 RECORRENTE: JORGE AUGUSTO MORAIS DE LIMA


ADVOGADO : DF00038160 - ALESSANDRA CALDAS BEZERRA E OUTRO(S) RECORRIDO: UNIAO
FEDERAL (FAZENDA NACIONAL) ADVOGADO: - CELIA FERREIRA TAVARES DE LYRA RELATOR:
RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. AUSÊNCIA DE
REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO. CPSS SOBRE JUROS DE MORA RECEBIDOS EM AÇÃO
420

JUDICIAL. IN RFB N. 1332/2013, ALTERADA PELA IN RFB 1643/2016, RECONHECENDO A NÃO


INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA. NECESSIDADE DE REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO PARA O FIM DE
AJUSTE DE CONTAS RELATIVAS AO CONTRIBUINTE, TRATANDO-SE DE PROCEDIMENTO
ADMINISTRATIVO INDISPENSÁVEL, SOB A RESPONSABILIDADE DA RECEITA FEDERAL DO
BRASIL. AUSÊNCIA DE INTERESSE DE AGIR JUDICIALMENTE DIANTE DA INEXISTÊNCIA DE
RESISTÊNCIA DA ADMINISTRAÇÃO FAZENDÁRIA. SENTENÇA EXTINTIVA MANTIDA. RECURSO
IMPROVIDO. 1. Trata-se de recurso interposto pela parte Autora em face de sentença no bojo da qual foi
julgado extinto o processo sem resolução do mérito por carência de ação por falta de interesse de agir em
virtude da ausência de prévio requerimento administrativo visando à repetição de valores decorrentes da
incidência de Contribuição para o PSS sobre a parcela de juros de mora de passivo desembolsado no

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
decorrer de execução de sentença judicial. 2. A parte ré postula a manutenção da sentença recorrida,
acrescentando que a matéria, por se encontrar pacificada no âmbito da Receita Federal do Brasil
(Instrução Normativa n. 1643, de 23 de maio de 2016), não tem sido mais objeto de contestação ou
interposição de recurso pela PGFN, nos termos do art. 2º, item 93 (da lista respectiva), da Portaria n.
502/2016/AGU/PGFN. 3. De fato, o art. 9º, § 8º, da Instrução Normativa RFB n. 1332/2013, acrescentado
pela Instrução Normativa RFB 1643/2016, estabelece de forma expressa que "não incide CPSS sobre a
parcela referente aos juros de mora decorrente de valores pagos em cumprimento de decisão judicial ou
de acordo homologado". 4. Aplica-se, então, o disposto no § 7º do art. 9º do mesmo ato administrativo
regulador, segundo o qual "na hipótese de retenção indevida ou a maior sobre valores pagos por
intermédio de precatório ou requisição de pequeno valor, o pedido de restituição deverá ser apresentado
à unidade da RFB do domicílio tributário do sujeito passivo, devendo o valor restituído ser incluído como
rendimento tributável na Declaração de Ajuste Anual (DAA) da pessoa física correspondente ao ano-
calendário em que se efetivou a restituição". 5. No caso, a medida é indispensável, vez que os valores
retidos indevidamente, objeto do pleito autoral, foram apresentados ao Fisco como parcela dedutível em
decorrência da incidência tributária questionada no bojo dos presentes autos, sendo incluída no cálculo
do valor da restituição em Declaração de Ajuste Anual referente ao exercício tributário respectivo, de
apresentação obrigatória no ano seguinte àquele em que se deu recebimento dos valores desembolsados
pela Administração por intermédio de Requisição de Pequeno
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
Valor - RPV, motivo pelo qual, dada a reconhecida procedência do pedido formulado judicialmente pela
parte autora (art. 9º,§ 8º, INRFB 1332/2013), tem-se como necessária a realização de ajuste de contas
relativo a(o) contribuinte em relevo, procedimento esse de natureza administrativa, sob a
responsabilidade da Receita Federal do Brasil. 6. De se concluir, então, que a parte autora, por não
haver formulado ainda o requerimento administrativo, na forma do art. 9º, § 7º, da referida Instrução
Normativa, carece de interesse de agir em Juízo, dada a ausência de resistência, por parte da
Administração, quanto ao pleito em comento, em decorrência do que a sentença extintiva não merece
reparo. 7. O autor, recorrente vencido, pagará honorários advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da
causa, ficando a condenação suspensa enquanto perdurar o estado de carência que justificou a
concessão da justiça gratuita, prescrevendo a dívida cinco anos após a sentença final, nos termos do art.
98, §3º, do Código de Processo Civil/2015. ACÓRDÃO Decide a Primeira Turma Recursal dos Juizados
Especiais Federais do DF, à unanimidade, negar provimento ao recurso da parte Autora. 1ª Turma
Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF. Brasília-DF, 10/10/2019.

JUIZ RUI COSTA GONÇALVES Relator

PROCESSO N. 0004644-39.2019.4.01.3400 RECORRENTE: GENESIO RODRIGUES ROSA


ADVOGADO : DF00038160 - ALESSANDRA CALDAS BEZERRA E OUTRO(S) RECORRIDO: UNIAO
FEDERAL (FAZENDA NACIONAL) ADVOGADO: - KELLY OTSUKA MIIKE RELATOR: RUI COSTA
GONÇALVES
EMENTA TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. AUSÊNCIA DE
REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO. CPSS SOBRE JUROS DE MORA RECEBIDOS EM AÇÃO
JUDICIAL. IN RFB N. 1332/2013, ALTERADA PELA IN RFB 1643/2016, RECONHECENDO A NÃO
INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA. NECESSIDADE DE REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO PARA O FIM DE
AJUSTE DE CONTAS RELATIVAS AO CONTRIBUINTE, TRATANDO-SE DE PROCEDIMENTO
ADMINISTRATIVO INDISPENSÁVEL, SOB A RESPONSABILIDADE DA RECEITA FEDERAL DO
BRASIL. AUSÊNCIA DE INTERESSE DE AGIR JUDICIALMENTE DIANTE DA INEXISTÊNCIA DE
RESISTÊNCIA DA ADMINISTRAÇÃO FAZENDÁRIA. SENTENÇA EXTINTIVA MANTIDA. RECURSO
IMPROVIDO. 1. Trata-se de recurso interposto pela parte Autora em face de sentença no bojo da qual foi
julgado extinto o processo sem resolução do mérito por carência de ação por falta de interesse de agir em
virtude da ausência de prévio requerimento administrativo visando à repetição de valores decorrentes da
incidência de Contribuição para o PSS sobre a parcela de juros de mora de passivo desembolsado no
decorrer de execução de sentença judicial. 2. A parte ré postula a manutenção da sentença recorrida,
acrescentando que a matéria, por se encontrar pacificada no âmbito da Receita Federal do Brasil
421

(Instrução Normativa n. 1643, de 23 de maio de 2016), não tem sido mais objeto de contestação ou
interposição de recurso pela PGFN, nos termos do art. 2º, item 93 (da lista respectiva), da Portaria n.
502/2016/AGU/PGFN. 3. De fato, o art. 9º, § 8º, da Instrução Normativa RFB n. 1332/2013, acrescentado
pela Instrução Normativa RFB 1643/2016, estabelece de forma expressa que "não incide CPSS sobre a
parcela referente aos juros de mora decorrente de valores pagos em cumprimento de decisão judicial ou
de acordo homologado". 4. Aplica-se, então, o disposto no § 7º do art. 9º do mesmo ato administrativo
regulador, segundo o qual "na hipótese de retenção indevida ou a maior sobre valores pagos por
intermédio de precatório ou requisição de pequeno valor, o pedido de restituição deverá ser apresentado
à unidade da RFB do domicílio tributário do sujeito passivo, devendo o valor restituído ser incluído como
rendimento tributável na Declaração de Ajuste Anual (DAA) da pessoa física correspondente ao ano-

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
calendário em que se efetivou a restituição". 5. No caso, a medida é indispensável, vez que os valores
retidos indevidamente, objeto do pleito autoral, foram apresentados ao Fisco como parcela dedutível em
decorrência da incidência tributária questionada no bojo dos presentes autos, sendo incluída no cálculo
do valor da restituição em Declaração de Ajuste Anual referente ao exercício tributário respectivo, de
apresentação obrigatória no ano seguinte àquele em que se deu recebimento dos valores desembolsados
pela Administração por intermédio de Requisição de Pequeno
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
2
Valor - RPV, motivo pelo qual, dada a reconhecida procedência do pedido formulado judicialmente pela
parte autora (art. 9º,§ 8º, INRFB 1332/2013), tem-se como necessária a realização de ajuste de contas
relativo a(o) contribuinte em relevo, procedimento esse de natureza administrativa, sob a
responsabilidade da Receita Federal do Brasil. 6. De se concluir, então, que a parte autora, por não
haver formulado ainda o requerimento administrativo, na forma do art. 9º, § 7º, da referida Instrução
Normativa, carece de interesse de agir em Juízo, dada a ausência de resistência, por parte da
Administração, quanto ao pleito em comento, em decorrência do que a sentença extintiva não merece
reparo. 7. O autor, recorrente vencido, pagará honorários advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da
causa, ficando a condenação suspensa enquanto perdurar o estado de carência que justificou a
concessão da justiça gratuita, prescrevendo a dívida cinco anos após a sentença final, nos termos do art.
98, §3º, do Código de Processo Civil/2015. ACÓRDÃO Decide a Primeira Turma Recursal dos Juizados
Especiais Federais do DF, à unanimidade, negar provimento ao recurso da parte Autora. 1ª Turma
Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF. Brasília-DF, 10/10/2019.

JUIZ RUI COSTA GONÇALVES Relator

PROCESSO N. 0032452-53.2018.4.01.3400 RECORRENTE: JOSE PORTELA DE ARAUJO


ADVOGADO : DF00038160 - ALESSANDRA CALDAS BEZERRA E OUTRO(S) RECORRIDO: UNIAO
FEDERAL (FAZENDA NACIONAL) ADVOGADO: - KELLY OTSUKA MIIKE RELATOR: RUI COSTA
GONÇALVES
EMENTA
TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. EXTINÇÃO POR CARÊNCIA DE
AÇÃO POR AUSÊNCIA DE PRÉVIO REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO. CONTRIBUIÇÃO PARA O
PSS INCIDENTE SOBRE VALORES RECEBIDOS JUDICIALMENTE. RESISTÊNCIA AO
ACOLHIMENTO DO PLEITO AUTORAL APRESENTADA, DE FORMA INEQUÍVOCA, PELA PARTE RÉ,
AO SE MANIFESTAR NOS AUTOS. INTERESSE DE AGIR CARACTERIZADO. INUTILIDADE DE
PRÉVIO REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO, VEZ QUE FADADO AO INSUCESSO. RECURSO
AUTORAL PROVIDO. SENTENÇA EXTINTIVA REFORMADA. 1. Trata-se de recurso interposto pela
parte Autora em face de sentença no bojo da qual foi julgado extinto o processo sem resolução do mérito
por carência de ação por falta de interesse de agir em virtude da ausência de prévio requerimento
administrativo visando à repetição de valores decorrentes da incidência de contribuição previdenciária
sobre juros de mora e alíquota acima de 6% (seis por cento) sobre a totalidade do passivo desembolsado
no decorrer de execução de sentença judicial, referente a diferenças reconhecidas como devidas da
Gratificação de Operação Especial - GOE, no período de novembro de 1989 a dezembro de 1990. 2. Em
contrarrazões, a parte Ré postulou a manutenção da sentença, sustentando que, realmente, "não houve
nenhum pedido no âmbito administrativo, ou mesmo prova de sua denegação", acrescentando que "nos
termos da Instrução Normativa da RFB n. 1.332/01, o contribuinte tem a possibilidade de obter a
restituição dos valores recolhidos indevidamente por meio de pedido de restituição direcionado à Receita
Federal, nos casos em que os valores recebidos por meio de precatório se refiram a data anterior a 20 de
maio de 2004 e a parcela de aposentadoria ou pensão". Porém, avançando diretamente contra a
pretensão autoral, alega ausência de comprovação do direito alegado, prescrição quinquenal, bem como,
no mérito propriamente dito, contesta a alegação de que a contribuição a incidir sobre o passivo
desembolsado deveria ter sido de 6% (seis por cento), e não de 11% (onze por cento), vigente à data do
pagamento dos mencionados valores, não se aplicando o regime de competência. Enfim,
indubitavelmente contestou a pretensão autoral quanto ao pedido de repetição de valor correspondente à
422

diferença entre a alíquota de 11% (onze por cento), aplicada no momento do pagamento do passivo pela
via judicial, e 6% (seis) por cento, aplicável se observado o regime de competência. Silenciou, porém,
quanto ao pedido de repetição do valor resultando da incidência de contribuição previdenciária sobre
juros de mora.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

08A58AA4D8F3C53D45518FA562EC832D TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


2
3. Registre-se, de plano, que a extinção do presente feito ocorreu sem que a parte Ré tivesse sido
chamada a se defender contra a pretensão autoral, restando evidente, pelo teor das contrarrazões

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
apresentadas, que efetivamente se opõe ao acolhimento do pleito formulado, de sorte que a formulação
de requerimento administrativo, no caso concreto, seria inútil, dado que a Administração, na primeira
oportunidade em que se manifestou em Juízo a respeito, posicionou-se contra o seu acolhimento de
forma expressa no tocante à devolução do valor cobrado a mais, por conta da inobservância do regime de
competência quando do pagamento do passivo devido à parte Autora, na fase de execução do julgado no
âmbito do Juízo que processou e julgou a respectiva ação ordinária. 4. No pertinente ao pedido de
devolução do valor resultante da incidência do tributo em relevo sobre a parcela dos juros de mora,
embora a parte Ré não tenha se manifestado expressamente a respeito, fez consignar claramente em
suas contrarrazões pleito no sentido de "ser julgado improcedente o pedido da autora quanto à pretensão
de recálculo da contribuição ao PSS sobre as parcelas recebidas", compreendendo, assim, a totalidade
da pretensão autoral. 5. Assim sendo, caracterizada a resistência da parte Ré, sem qualquer ressalva, ao
acolhimento do pleito autoral, caracterizada está seu interesse de agir na esfera judicial, motivo pelo qual
a sentença de primeiro grau deve ser reformada, seguindo-se o retorno dos autos ao Juízo de origem
para regular processamento do feito, culminando com a solução da lide exposta nos presentes autos. 6.
Sem honorários advocatícios e custas processuais.

ACÓRDÃO

Decide a Primeira Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do DF, à unanimidade, dar
provimento ao recurso da parte Autora, nos termos do voto do Juiz Federal relator.

1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF. Brasília-DF, 10/10/2019.


JUIZ RUI COSTA GONÇALVES Relator

PROCESSO N. 0043543-14.2016.4.01.3400 RECORRENTE: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO


SOCIAL-INSS ADVOGADO : RECORRIDO: EDILZA SANTOS DO NASCIMENTO ADVOGADO:
DF00016414 - CESAR ODAIR WELZEL RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO OPOSTOS PELA PARTE RÉ. REJEITADA POSSIBILIDADE DE


HOMOLOGAÇÃO DE ACORDO ENTRE AS PARTES SOBRE A MATÉRIA TRATADA NOS EMBARGOS
DE DECLARAÇÃO EM FACE DO JULGAMENTO PELO STF DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO QUE
ESTAVAM PENDENTES NO RE 870.947. RATIFICADA PELO STF TESE CONTRÁRIA À SUSTENTADA
PELO INSS. IMPOSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO DO ART. 1º-F DA LEI Nº 9.494/97 PARA FINS DE
INCIDÊNCIA DA CORREÇÃO MONETÁRIA. OMISSÃO NÃO CONFIGURADA. REDISCUSSÃO DA
CAUSA. IMPOSSIBILIDADE. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO DO INSS REJEITADOS. 1. Trata-se de
Embargos de Declaração para fins de prequestionamento, opostos pela parte ré (INSS), em face do
acórdão lavrado em 14/12/2018, que conheceu do recurso inominado interposto pelo INSS, para lhe dar
parcial provimento, reformando-se em parte a sentença de primeiro grau de jurisdição, para condenar o
INSS a: a) reconhecer como tendo sido trabalhado pela parte autora o período de 01/09/1987 a
19/06/1992, na condição de tempo comum, junto à empresa SITRAN INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA;
b) reconhecer como tempo especial o período de 25/11/1992 a 11/12/2015, laborado pela parte autora
junto à empresa IPANEMA EMPRESA DE SERVIÇOS GERAIS E TRANSPORTES LTDA e a convertê-lo
para tempo comum, sob o fator 1.2; c) conceder à parte autora o Benefício de Aposentadoria por Tempo
de Contribuição Integral desde a data da entrada do requerimento administrativo (DER), ou seja, desde
11/12/2015. Consequentemente, cancelar o benefício de Aposentadoria Especial, deferido na sentença
em sede de antecipação de tutela, devendo promover a compensação dos valores já recebidos pela parte
autora a título de Aposentadoria Especial com àqueles que deve receber a título de Aposentadoria por
Tempo de Contribuição, evitando-se, pois, o pagamento em duplicidade de benefícios e, portanto, o
enriquecimento ilícito. Eventuais valores recebidos a maior mensalmente pela parte autora, em face do
auferimento do benefício de Aposentadoria Especial, deferido a título de tutela antecipada na sentença,
não precisam ser devolvidos, em face do caráter alimentar e da boa-fé da parte autora, nos termos da
fundamentação; d) as parcelas vencidas devem ser corrigidas monetariamente pelo índice do INPC, no
que se refere ao período posterior à vigência da Lei nº 11.430/2006, que incluiu o art. 41-A na Lei nº
8.213/91. Já quanto aos juros de mora, incidem segundo a remuneração oficial da caderneta de
poupança (art. 1ºF da Lei 9.494/97, com redação dada pela Lei nº 11.960/95). 2. Requer, o INSS, em
suas razões recursais que sejam providos os Embargos de Declaração para, sanando a omissão, se
423

digne o Colegiado enfrentar a interpretação quanto à modulação dos efeitos no RE 870.947, à luz da
decisão
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

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2
proferida pelo Exmo. Min. Relator Luiz Fux em 24.09.2018, suspendendo a eficácia da declaração de
inconstitucionalidade, nos termos do art. 1.026, § 1º do CPC. Requereu, assim, a atribuição de efeitos
infringentes ao remédio, com o provimento do recurso do INSS, haja vista que suspensa a declaração de
inconstitucionalidade ou subsidiariamente, a suspensão do feito até a conclusão do julgamento pelo STF.

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Outrossim, requereu que a Turma se pronuncie expressamente sobre os dispositivos constitucionais
apontados para fins de préquestionamento explícito. Por fim, pediu que seja intimada a parte autora, para
conhecimento e manifestação sobre os Embargos de Declaração, declarando o INSS que, acaso haja
concordância desta na utilização dos critérios de atualização do 1º-F da Lei nº 9.494/97, desistirá dos
declaratórios e não interporá outros recursos. 3. Os embargos de declaração, previstos no art. 48 da Lei
nº 9.099/95, têm por fito esclarecer ou integrar decisão judicial, notadamente sentenças e acórdãos, que
contenham alguma obscuridade, contradição, omissão ou dúvida. Não se prestam, porém, para a
rediscussão da causa, ou para que o embargante reitere argumentos já apreciados, ou mesmo para que,
em caráter inovador, traga novas teses à discussão. 4. Registre-se que consta dos autos petição da parte
autora, em que manifesta a sua concordância sobre a proposta de acordo de pagamento dos valores em
atraso, conforme o disposto no artigo 1º-F da Lei nº 9.494/97. 5. Quanto à proposta de acordo suscitada
pelo INSS quanto ao objeto dos Embargos de Declaração opostos por aquela autarquia previdenciária,
afasta-se a possibilidade de sua homologação, uma vez que o STF julgou os Embargos de Declaração
que estavam pendentes no RE 870.947, ratificando, pois, tese contrária àquela sustentada pelo INSS de
que, em relação à correção monetária, nos processos previdenciários, deveria incidir os índices fixados
no art. 1º-F da Lei nº 9.494/97. Com a decisão proferida, o STF rejeitou os Embargos de Declaração
opostos no RE 870.947 e, consequentemente, manteve a tese julgada, sem efeitos prospectivos, nos
seguintes termos:

1) O art. 1º-F da Lei nº 9.494/97, com a redação dada pela Lei nº 11.960/09, na parte em que disciplina os
juros moratórios aplicáveis a condenações da Fazenda Pública, é inconstitucional ao incidir sobre débitos
oriundos de relação jurídicotributária, aos quais devem ser aplicados os mesmos juros de mora pelos
quais a Fazenda Pública remunera seu crédito tributário, em respeito ao princípio constitucional da
isonomia (CRFB, art. 5º, caput); quanto às condenações oriundas de relação jurídica não-tributária, a
fixação dos juros moratórios segundo o índice de remuneração da caderneta de poupança é
constitucional, permanecendo hígido, nesta extensão, o disposto no art. 1º-F da Lei nº 9.494/97 com a
redação dada pela Lei nº 11.960/09; e 2) O art. 1º-F da Lei nº 9.494/97, com a redação dada pela Lei nº
11.960/09, na parte em que disciplina a atualização monetária das condenações impostas à Fazenda
Pública segundo a remuneração oficial da caderneta de poupança, revela-se inconstitucional ao impor
restrição desproporcional ao direito de propriedade (CRFB, art. 5º, XXII), uma vez que não se qualifica
como medida adequada a capturar a variação de preços da economia, sendo inidônea a promover os fins
a que se destina. Dessa forma, em face dessa nova realidade jurídica, afasta-se a possibilidade de
eventual homologação de acordo entre as partes no que tange à referida matéria. 6. No mais, em face da
decisão do STF proferida nos Embargos de Declaração opostos no RE 870.947, acima mencionada,
constata-se não estar configurada qualquer das hipóteses que autorizam a oposição dos Embargos de
Declaração, conforme alega a Embargante. É caso apenas de manutenção do acórdão no ponto, ou seja,
incidência do INPC para fins de correção monetária e, quanto aos
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

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juros de mora, incidem segundo a remuneração oficial da caderneta de poupança (art. 1º-F da Lei nº
9.494/97, com redação dada pela Lei nº 11.960/2009). 7. Assim, verifica-se que a embargante, na
verdade, não se conformou com a decisão proferida, pretendendo rediscutir o julgado, o que não é
permitido em sede de embargos de declaração. 8. O julgado embargado indicou fundamentos suficientes
para a compreensão das razões de decidir, sendo desnecessária a expressa menção aos dispositivos
legais e constitucionais para se configurar o prequestionamento, eis que “para se atender ao requisito do
prequestionamento, irrelevante a referência explícita ou expressa ao dispositivo de lei tido por violado, por
isso que suficiente a discussão e apreciação da matéria” (TRF1 6ª Turma, EDAG 2006.01.00.006614-
3/PI, Rel. Desembargador Federal Daniel Paes Ribeiro, e-DJF1 de 15.12.2008). 9. Por oportuno, registre-
se que, remanescendo o interesse recursal, pode a parte interpor o Recurso Extraordinário, posto que a
oposição de embargos de declaração satisfaz a exigência estabelecida pelo enunciado nº 356 da Súmula
do STF ainda que a omissão, a contradição e/ou a obscuridade não venha(m) a ser suprida(s) pelo
Tribunal a quo. Nesse sentido: (AI 553928 ED, Relator Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, julgado em
15/12/2009, DJ-e 035, Divulgado no dia 25/02/2010 e Publicado no dia 26/02/2010). 10. Ante o exposto,
conhece-se dos embargos de declaração opostos pelo INSS, mas para REJEITÁ-LOS e, ainda, para
rejeitar a homologação de acordo entre as partes no que tange à matéria tratada nos Embargos de
424

Declaração pelo INSS, nos termos da fundamentação supra. 11. Acórdão lavrado nos moldes do artigo
46 da Lei nº 9.099/95.

ACÓRDÃO

Decide a Primeira Turma Recursal, à unanimidade, conhecer dos embargos de declaração opostos pela
parte ré (INSS), mas para REJEITÁ-LOS e, ainda, para rejeitar a homologação de acordo entre as partes
no que tange à matéria tratada nos Embargos de Declaração pelo INSS, nos termos da fundamentação
supra. 1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF - 24/10/2019.

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES Relator

PROCESSO N. 0034178-62.2018.4.01.3400 RECORRENTE: ELISIO MUNIZ DE ECA ADVOGADO :


DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA SILVA RECORRIDO: UNIAO FEDERAL E
OUTRO(S) ADVOGADO: RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA

ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL LOTADO NA COMISSÃO EXECUTIVO DO PLANO


DA LAVOURA CACAUEIRA - CEPLAC. LEI N. 12.702/2012. DIREITO DE OPÇÃO POR NOVA
CARREIRA DE CIÊNCIA E TENOLOGIA. IMPOSSIBILIDADE. EXIGÊNCIA DE PRÉVIA APROVAÇÃO
EM CONCURSO PÚBLICO. DIREITO DE OPÇÃO INEXISTENTE NA LEGISLAÇÃO DE REGÊNCIA.
PEDIDO IMPROCEDENTE. RECURSO PROVIDO. 1. Trata-se de Recurso Inominado interposto pela
parte ré, insurgindo-se contra sentença de procedência do pedido visando a lhe assegurar o direito de
opção pela nova carreira de Ciência e Tecnologia, instituída pela Lei n. 12.702/2012, tendo sido acolhida
a alegação de que essa norma legal alterou a Lei n. 8.691/1993, incluindo a CEPLAC entre as instituições
que integram a carreira de Ciência e Tecnologia, porém, por força da Lei n. 12.833/2013, excluindo os
servidores desse órgão federal das tabelas de remuneração correspondentes, violando, assim, a
isonomia entre servidores novos e os mais antigos. 2. Não se conhece da questão alusiva à prescrição
quinquenal, pois a sentença já a pronunciou, conforme requerido. 3. Rejeita-se o pedido de suspensão
do feito formulado pela parte Ré, tendo em vista que a existência de ação coletiva não obsta o
ajuizamento de ação individual pelo titular do direito material, ainda que idêntico o pedido. Isso porque, de
acordo com o art. 104 do CDC, não induz litispendência, sendo que, na hipótese de procedência da ação
coletiva, os seus efeitos não se estenderão ao Autor da ação individual. 4. O art. 37, inciso II, da
Constituição Federal, estabelece que "a investidura em cargo ou emprego público dependente de
aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a
complexidade do cargo ou emprego, na forma da lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão
declaro em lei de livre nomeação e exoneração". 5. O art. 6º, § 1º, inciso XXXI, da Lei n. 8.691/1993, com
a redação dada pela Lei n. 12.702/2012, incluiu a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira -
CEPLAC, além de outros órgãos federais, entre os integrantes da chamada carreira de Ciência e
Tecnologia. Com o advento da Lei n. 12.823/2013, foi dada nova redação ao § 3º, do art. 6º, da referida
Lei n. 8.691/1993, restando vedada a aplicação da regras previstas nos arts. 26, 27 e 28 aos servidores
lotados nos órgãos públicos enumerados no art. 6º, § 1º, incisos XXXI a XXXVI, dessa norma legal, à data
da publicação da Lei n. 12.702/2012, situação em que se encontra a parte autora. 6. A parte autora foi
efetivada na CEPLAC especificamente por conta da edição da Medida Provisória n. 568/2012, convertida
na Lei n. 12.702/2012, norma essa que não previa o direito de opção reclamada no bojo dos presentes
autos, em decorrência do que não há que se falar em violação de direito incorporado em seu
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

D795ED6467E83DEF1FD14B3654D66B15 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


2
patrimônio, quando da edição da Lei n. 12.823/2013, mormente porque a demandante sequer ocupava
cargo que tivesse correspondência com a nova carreira de Ciência e Tecnologia, para a qual deseja
migrar, ao arrepio do art. 37, inciso II, da Constituição Federal, e da Súmula Vinculante n. 43/STF (É
inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investirse, sem prévia aprovação
em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira na qual
anteriormente investido). 7. Assim, é de se concluir que a Lei n. 12.823/2013, que alterou o art. 6º, § 3º,
da Lei n. 8.691/1993, mesmo sendo posterior à Lei n. 12.702/2012, se ajusta perfeitamente ao art. 37,
inciso II, da Carta Magna, motivo pelo qual a sentença de primeiro grau deve ser reformada. 8. Recurso
Inominado interposto CONHECIDO e PROVIDO. Sentença reformada. 9. Sem honorários advocatícios e
custas processuais.

ACÓRDÃO DECIDE a Primeira Turma Recursal, à unanimidade, conhecer e dar provimento ao recurso
interposto, nos termos do voto do Juiz Federal Relator. Sala de Sessões das Turmas Recursais – SJDF,
24/10/2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES Relator
425

PROCESSO N. 0025324-79.2018.4.01.3400 RECORRENTE: UNIAO FEDERAL ADVOGADO : - DIEGO


EDUARDO FARIAS CAMBRAIA RECORRIDO: ALEXANDRE GONCALVES ASPAHAN ADVOGADO:
DF00030598 - MAX ROBERT MELO E OUTRO(S) RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA

ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL LOTADO NA COMISSÃO EXECUTIVO DO PLANO


DA LAVOURA CACAUEIRA - CEPLAC. LEI N. 12.702/2012. DIREITO DE OPÇÃO POR NOVA
CARREIRA DE CIÊNCIA E TENOLOGIA. IMPOSSIBILIDADE. EXIGÊNCIA DE PRÉVIA APROVAÇÃO
EM CONCURSO PÚBLICO. DIREITO DE OPÇÃO INEXISTENTE NA LEGISLAÇÃO DE REGÊNCIA.

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
PEDIDO IMPROCEDENTE. RECURSO PROVIDO. 1. Trata-se de Recurso Inominado interposto pela
parte ré, insurgindo-se contra sentença de procedência do pedido visando a lhe assegurar o direito de
opção pela nova carreira de Ciência e Tecnologia, instituída pela Lei n. 12.702/2012, tendo sido acolhida
a alegação de que essa norma legal alterou a Lei n. 8.691/1993, incluindo a CEPLAC entre as instituições
que integram a carreira de Ciência e Tecnologia, porém, por força da Lei n. 12.833/2013, excluindo os
servidores desse órgão federal das tabelas de remuneração correspondentes, violando, assim, a
isonomia entre servidores novos e os mais antigos. 2. Não se conhece da questão alusiva à prescrição
quinquenal, pois a sentença já a pronunciou, conforme requerido. 3. Rejeita-se o pedido de suspensão
do feito formulado pela parte Ré, tendo em vista que a existência de ação coletiva não obsta o
ajuizamento de ação individual pelo titular do direito material, ainda que idêntico o pedido. Isso porque, de
acordo com o art. 104 do CDC, não induz litispendência, sendo que, na hipótese de procedência da ação
coletiva, os seus efeitos não se estenderão ao Autor da ação individual. 4. O art. 37, inciso II, da
Constituição Federal, estabelece que "a investidura em cargo ou emprego público dependente de
aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a
complexidade do cargo ou emprego, na forma da lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão
declaro em lei de livre nomeação e exoneração". 5. O art. 6º, § 1º, inciso XXXI, da Lei n. 8.691/1993, com
a redação dada pela Lei n. 12.702/2012, incluiu a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira -
CEPLAC, além de outros órgãos federais, entre os integrantes da chamada carreira de Ciência e
Tecnologia. Com o advento da Lei n. 12.823/2013, foi dada nova redação ao § 3º, do art. 6º, da referida
Lei n. 8.691/1993, restando vedada a aplicação da regras previstas nos arts. 26, 27 e 28 aos servidores
lotados nos órgãos públicos enumerados no art. 6º, § 1º, incisos XXXI a XXXVI, dessa norma legal, à data
da publicação da Lei n. 12.702/2012, situação em que se encontra a parte autora. 6. A parte autora foi
efetivada na CEPLAC especificamente por conta da edição da Medida Provisória n. 568/2012, convertida
na Lei n. 12.702/2012, norma essa que não previa o direito de opção reclamada no bojo dos presentes
autos, em decorrência do que não há que se falar em violação de direito incorporado em seu
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BBA709E4D40F349630EF2E4039366352 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


2
patrimônio, quando da edição da Lei n. 12.823/2013, mormente porque a demandante sequer ocupava
cargo que tivesse correspondência com a nova carreira de Ciência e Tecnologia, para a qual deseja
migrar, ao arrepio do art. 37, inciso II, da Constituição Federal, e da Súmula Vinculante n. 43/STF (É
inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investirse, sem prévia aprovação
em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira na qual
anteriormente investido). 7. Assim, é de se concluir que a Lei n. 12.823/2013, que alterou o art. 6º, § 3º,
da Lei n. 8.691/1993, mesmo sendo posterior à Lei n. 12.702/2012, se ajusta perfeitamente ao art. 37,
inciso II, da Carta Magna, motivo pelo qual a sentença de primeiro grau deve ser reformada. 8. Recurso
Inominado interposto CONHECIDO e PROVIDO. Sentença reformada. 9. Sem honorários advocatícios e
custas processuais.

ACÓRDÃO DECIDE a Primeira Turma Recursal, à unanimidade, conhecer e dar provimento ao recurso
interposto, nos termos do voto do Juiz Federal Relator. Sala de Sessões das Turmas Recursais – SJDF,
24/10/2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES Relator

PROCESSO N. 0047547-60.2017.4.01.3400 RECORRENTE: UNIAO FEDERAL ADVOGADO : - FABIO


TESOLIN RODRIGUES RECORRIDO: SUELY SAKIS ADVOGADO: DF00026817 - TERESA CRISTINA
AMORIM PERES DA SILVA RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA

ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. ATUALIZAÇÃO DO PASSIVO A


SER APURADO PELA AUTARQUIA PREVIDENCIÁRIA. JULGADO NO MESMO SENTIDO DO
ENTENDIMENTO FIRMADO NO RE 870.947-SE (EMBARGOS DE DECLARAÇÃO) E NO RESP N.
1.495.146 - MG - RECURSO REPETITIVO. RECURSO IMPROVIDO. ACÓRDÃO MANTIDO. 1. Trata-se
de recurso de Embargos de Declaração opostos pela parte ré contra Acórdão deste Colegiado, no ponto
em que assegurou a atualização do passivo da parte Embargada, a ser apurado na fase de execução do
julgado, em conformidade com os critérios estabelecidos no RE 870.947/SE. 2. A parte embargante
426

sustentou, em sua peça recursal, que o Recurso Extraordinário em relevo ainda aguarda exame de
Embargos de Declaração, com potencial mudança no entendimento firmado pela Excelsa Corte, para o
fim de ser adotada a TR como índice de atualização monetária. 3. O Supremo Tribunal Federal, em
sessão plenária ocorrida em 03.10.2019, finalizou o julgamento dos Embargos de Declaração opostos no
bojo do Recurso Extraordinário n. 870.974/SE, firmando a seguinte tese: 1) o art. 1º-F da Lei n.
9.494/1997, com a redação dada pela Lei n. 11.960/2009, na parte em que disciplina os juros de mora
aplicáveis a condenações da Fazenda Pública, é inconstitucional ao incidir sobre débitos oriundos de
relação jurídico-tributária, aos quais devem ser aplicados os mesmos juros de mora pelos quais a
Fazenda Pública remunera seu crédito tributário, em respeito ao princípio constitucional da isonomia
(CRFB, art. 5º, caput); quanto às condenações oriundas de relação jurídica não-tributária, a fixação dos

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
juros moratórios segundo o índice de remuneração da caderneta de poupança é constitucional,
permanecendo hígido, nesta extensão, o disposto no art. 1º-F da Lei n. 9.494/1997 com redação dada
pela Lei n. 11.960/2009; e 2) o art. 1º-F da Lei n. 9.494/1997, com a redação dada pela Lei n.
11.960/2009, na parte em que disciplina a atualização monetária das condenações impostas à Fazenda
Pública segundo a remuneração oficial da caderneta de poupança, revela-se inconstitucional ao impor
restrição desproporcional ao direito de propriedade (CRFB, art. 5º, XXII), uma vez que não se qualifica
como medida adequada a capturar a variação de preços da economia, sendo inindônea a promover os
finais a que se destina. 4. No mesmo sentido o RESP N. 1.495.146 - MG - RECURSO REPETITIVO, rel.
Min. Mauro Campbell Marques, , j. 22.02.2018, DJe 02.03.2018. 5. Desse modo, o Acórdão recorrido não
merece reparos. 6. Ante o exposto, conheço Embargos de Declaração opostos, mas para lhes negar
provimento.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

97D460819D4F2C103CA4F794E4F4841D TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


2
7. Honorários advocatícios e custas processuais tratados no acórdão embargado.

ACÓRDÃO

Decide a 1ª Turma Recursal, à unanimidade, conhecer e negar provimento aos Embargos de Declaração
opostos pela parte Ré, nos termos do voto do Juiz Relator. 1ª Turma Recursal, Juizado Especial
Federal/SJDF, 24.10.2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES Relator

PROCESSO N. 0054691-22.2016.4.01.3400 RECORRENTE: UNIAO FEDERAL ADVOGADO : - LUIZ


FELIPE CARDOSO DE MORAES FILHO RECORRIDO: MARIA DO CARMO DO NASCIMENTO DE
AZEVEDO ADVOGADO: DF00777777 - NPJ/CATOLICA RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA

ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. ATUALIZAÇÃO DO PASSIVO A


SER APURADO PELA AUTARQUIA PREVIDENCIÁRIA. JULGADO NO MESMO SENTIDO DO
ENTENDIMENTO FIRMADO NO RE 870.947-SE (EMBARGOS DE DECLARAÇÃO) E NO RESP N.
1.495.146 - MG - RECURSO REPETITIVO. RECURSO IMPROVIDO. ACÓRDÃO MANTIDO. 1. Trata-se
de recurso de Embargos de Declaração opostos pela parte ré contra Acórdão deste Colegiado, no ponto
em que assegurou a atualização do passivo da parte Embargada, a ser apurado na fase de execução do
julgado, em conformidade com os critérios estabelecidos no RE 870.947/SE. 2. A parte embargante
sustentou, em sua peça recursal, que o Recurso Extraordinário em relevo ainda aguarda exame de
Embargos de Declaração, com potencial mudança no entendimento firmado pela Excelsa Corte, para o
fim de ser adotada a TR como índice de atualização monetária. 3. O Supremo Tribunal Federal, em
sessão plenária ocorrida em 03.10.2019, finalizou o julgamento dos Embargos de Declaração opostos no
bojo do Recurso Extraordinário n. 870.974/SE, firmando a seguinte tese: 1) o art. 1º-F da Lei n.
9.494/1997, com a redação dada pela Lei n. 11.960/2009, na parte em que disciplina os juros de mora
aplicáveis a condenações da Fazenda Pública, é inconstitucional ao incidir sobre débitos oriundos de
relação jurídico-tributária, aos quais devem ser aplicados os mesmos juros de mora pelos quais a
Fazenda Pública remunera seu crédito tributário, em respeito ao princípio constitucional da isonomia
(CRFB, art. 5º, caput); quanto às condenações oriundas de relação jurídica não-tributária, a fixação dos
juros moratórios segundo o índice de remuneração da caderneta de poupança é constitucional,
permanecendo hígido, nesta extensão, o disposto no art. 1º-F da Lei n. 9.494/1997 com redação dada
pela Lei n. 11.960/2009; e 2) o art. 1º-F da Lei n. 9.494/1997, com a redação dada pela Lei n.
11.960/2009, na parte em que disciplina a atualização monetária das condenações impostas à Fazenda
Pública segundo a remuneração oficial da caderneta de poupança, revela-se inconstitucional ao impor
restrição desproporcional ao direito de propriedade (CRFB, art. 5º, XXII), uma vez que não se qualifica
como medida adequada a capturar a variação de preços da economia, sendo inindônea a promover os
finais a que se destina. 4. No mesmo sentido o RESP N. 1.495.146 - MG - RECURSO REPETITIVO, rel.
Min. Mauro Campbell Marques, , j. 22.02.2018, DJe 02.03.2018. 5. Desse modo, o Acórdão recorrido não
427

merece reparos. 6. Ante o exposto, conheço Embargos de Declaração opostos, mas para lhes negar
provimento.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

55B516513199AE43139BFCA872681543 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


2
7. Honorários advocatícios e custas processuais tratados no acórdão embargado.

ACÓRDÃO

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Decide a 1ª Turma Recursal, à unanimidade, conhecer e negar provimento aos Embargos de Declaração
opostos pela parte Ré, nos termos do voto do Juiz Relator. 1ª Turma Recursal, Juizado Especial
Federal/SJDF, 24.10.2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES Relator

PROCESSO N. 0054159-14.2017.4.01.3400 RECORRENTE: UNIAO FEDERAL ADVOGADO :


PEOOO30884 - EDUARDO JORGE PEREIRA ALVES RECORRIDO: HELENA MARIA OLIVEIRA
GERHARDT ADVOGADO: DF00017717 - ALESSANDRA DAMIAN CAVALCANTI E OUTRO(S)
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA

ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. ATUALIZAÇÃO DO PASSIVO A


SER APURADO PELA AUTARQUIA PREVIDENCIÁRIA. JULGADO NO MESMO SENTIDO DO
ENTENDIMENTO FIRMADO NO RE 870.947-SE (EMBARGOS DE DECLARAÇÃO) E NO RESP N.
1.495.146 - MG - RECURSO REPETITIVO. RECURSO IMPROVIDO. ACÓRDÃO MANTIDO. 1. Trata-se
de recurso de Embargos de Declaração opostos pela parte ré contra Acórdão deste Colegiado, no ponto
em que assegurou a atualização do passivo da parte Embargada, a ser apurado na fase de execução do
julgado, em conformidade com os critérios estabelecidos no RE 870.947/SE. 2. A parte embargante
sustentou, em sua peça recursal, que o Recurso Extraordinário em relevo ainda aguarda exame de
Embargos de Declaração, com potencial mudança no entendimento firmado pela Excelsa Corte, para o
fim de ser adotada a TR como índice de atualização monetária. 3. O Supremo Tribunal Federal, em
sessão plenária ocorrida em 03.10.2019, finalizou o julgamento dos Embargos de Declaração opostos no
bojo do Recurso Extraordinário n. 870.974/SE, firmando a seguinte tese: 1) o art. 1º-F da Lei n.
9.494/1997, com a redação dada pela Lei n. 11.960/2009, na parte em que disciplina os juros de mora
aplicáveis a condenações da Fazenda Pública, é inconstitucional ao incidir sobre débitos oriundos de
relação jurídico-tributária, aos quais devem ser aplicados os mesmos juros de mora pelos quais a
Fazenda Pública remunera seu crédito tributário, em respeito ao princípio constitucional da isonomia
(CRFB, art. 5º, caput); quanto às condenações oriundas de relação jurídica não-tributária, a fixação dos
juros moratórios segundo o índice de remuneração da caderneta de poupança é constitucional,
permanecendo hígido, nesta extensão, o disposto no art. 1º-F da Lei n. 9.494/1997 com redação dada
pela Lei n. 11.960/2009; e 2) o art. 1º-F da Lei n. 9.494/1997, com a redação dada pela Lei n.
11.960/2009, na parte em que disciplina a atualização monetária das condenações impostas à Fazenda
Pública segundo a remuneração oficial da caderneta de poupança, revela-se inconstitucional ao impor
restrição desproporcional ao direito de propriedade (CRFB, art. 5º, XXII), uma vez que não se qualifica
como medida adequada a capturar a variação de preços da economia, sendo inindônea a promover os
finais a que se destina. 4. No mesmo sentido o RESP N. 1.495.146 - MG - RECURSO REPETITIVO, rel.
Min. Mauro Campbell Marques, , j. 22.02.2018, DJe 02.03.2018. 5. Desse modo, o Acórdão recorrido não
merece reparos. 6. Ante o exposto, conheço Embargos de Declaração opostos, mas para lhes negar
provimento.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

DAAF1782E2922282B16D2EB70E10B173 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


2
7. Honorários advocatícios e custas processuais tratados no acórdão embargado.

ACÓRDÃO

Decide a 1ª Turma Recursal, à unanimidade, conhecer e negar provimento aos Embargos de Declaração
opostos pela parte Ré, nos termos do voto do Juiz Relator. 1ª Turma Recursal, Juizado Especial
Federal/SJDF, 24.10.2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES Relator

PROCESSO N. 0064735-37.2015.4.01.3400 RECORRENTE: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO


SOCIAL-INSS ADVOGADO : RECORRIDO: EDSON RIBEIRO DE SOUSA ADVOGADO: DF00024667 -
ADALBERTO BARBOSA MARQUES VERAS RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
428

PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. ATUALIZAÇÃO DO PASSIVO A


SER APURADO PELA AUTARQUIA PREVIDENCIÁRIA. JULGADO NO MESMO SENTIDO DO
ENTENDIMENTO FIRMADO NO RE 870.947-SE (EMBARGOS DE DECLARAÇÃO) E NO RESP N.
1.495.146 - MG - RECURSO REPETITIVO. RECURSO IMPROVIDO. ACÓRDÃO MANTIDO. 1. Trata-se
de recurso de Embargos de Declaração opostos pela parte ré contra Acórdão deste Colegiado, no ponto
em que assegurou a atualização do passivo da parte Embargada, a ser apurado na fase de execução do
julgado, em conformidade com os critérios estabelecidos no RE 870.947/SE. 2. A parte embargante
sustentou, em sua peça recursal, que o Recurso Extraordinário em relevo ainda aguarda exame de
Embargos de Declaração, com potencial mudança no entendimento firmado pela Excelsa Corte, para o
fim de ser adotada a TR como índice de atualização monetária. 3. O Supremo Tribunal Federal, em

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
sessão plenária ocorrida em 03.10.2019, finalizou o julgamento dos Embargos de Declaração opostos no
bojo do Recurso Extraordinário n. 870.974/SE, firmando a seguinte tese: 1) o art. 1º-F da Lei n.
9.494/1997, com a redação dada pela Lei n. 11.960/2009, na parte em que disciplina os juros de mora
aplicáveis a condenações da Fazenda Pública, é inconstitucional ao incidir sobre débitos oriundos de
relação jurídico-tributária, aos quais devem ser aplicados os mesmos juros de mora pelos quais a
Fazenda Pública remunera seu crédito tributário, em respeito ao princípio constitucional da isonomia
(CRFB, art. 5º, caput); quanto às condenações oriundas de relação jurídica não-tributária, a fixação dos
juros moratórios segundo o índice de remuneração da caderneta de poupança é constitucional,
permanecendo hígido, nesta extensão, o disposto no art. 1º-F da Lei n. 9.494/1997 com redação dada
pela Lei n. 11.960/2009; e 2) o art. 1º-F da Lei n. 9.494/1997, com a redação dada pela Lei n.
11.960/2009, na parte em que disciplina a atualização monetária das condenações impostas à Fazenda
Pública segundo a remuneração oficial da caderneta de poupança, revela-se inconstitucional ao impor
restrição desproporcional ao direito de propriedade (CRFB, art. 5º, XXII), uma vez que não se qualifica
como medida adequada a capturar a variação de preços da economia, sendo inindônea a promover os
finais a que se destina. 4. No mesmo sentido o RESP N. 1.495.146 - MG - RECURSO REPETITIVO, rel.
Min. Mauro Campbell Marques, , j. 22.02.2018, DJe 02.03.2018. 5. Desse modo, o Acórdão recorrido não
merece reparos. 6. Ante o exposto, conheço Embargos de Declaração opostos, mas para lhes negar
provimento. 7. Honorários advocatícios e custas processuais tratados no acórdão embargado.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

45FB97B359873E52AC9D1B09DD7D0A80 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


2

ACÓRDÃO

Decide a 1ª Turma Recursal, à unanimidade, conhecer e negar provimento aos Embargos de Declaração
opostos pela parte Ré, nos termos do voto do Juiz Relator. 1ª Turma Recursal, Juizado Especial
Federal/SJDF, 24.10.2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES Relator

PROCESSO N. 0009329-31.2015.4.01.3400 RECORRENTE: UNIAO FEDERAL ADVOGADO :


PEOOO30884 - EDUARDO JORGE PEREIRA ALVES RECORRIDO: CARLA CHRISTINA SANCHES
MOTA ADVOGADO: GO00026998 - ALDO FRANCISCO GUEDES LEITE RELATOR: RUI COSTA
GONÇALVES
EMENTA

ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. ATUALIZAÇÃO DO PASSIVO A


SER APURADO PELA AUTARQUIA PREVIDENCIÁRIA. JULGADO NO MESMO SENTIDO DO
ENTENDIMENTO FIRMADO NO RE 870.947-SE (EMBARGOS DE DECLARAÇÃO) E NO RESP N.
1.495.146 - MG - RECURSO REPETITIVO. RECURSO IMPROVIDO. ACÓRDÃO MANTIDO. 1. Trata-se
de recurso de Embargos de Declaração opostos pela parte ré contra Acórdão deste Colegiado, no ponto
em que assegurou a atualização do passivo da parte Embargada, a ser apurado na fase de execução do
julgado, em conformidade com os critérios estabelecidos no RE 870.947/SE. 2. A parte embargante
sustentou, em sua peça recursal, que o Recurso Extraordinário em relevo ainda aguarda exame de
Embargos de Declaração, com potencial mudança no entendimento firmado pela Excelsa Corte, para o
fim de ser adotada a TR como índice de atualização monetária. 3. O Supremo Tribunal Federal, em
sessão plenária ocorrida em 03.10.2019, finalizou o julgamento dos Embargos de Declaração opostos no
bojo do Recurso Extraordinário n. 870.974/SE, firmando a seguinte tese: 1) o art. 1º-F da Lei n.
9.494/1997, com a redação dada pela Lei n. 11.960/2009, na parte em que disciplina os juros de mora
aplicáveis a condenações da Fazenda Pública, é inconstitucional ao incidir sobre débitos oriundos de
relação jurídico-tributária, aos quais devem ser aplicados os mesmos juros de mora pelos quais a
Fazenda Pública remunera seu crédito tributário, em respeito ao princípio constitucional da isonomia
(CRFB, art. 5º, caput); quanto às condenações oriundas de relação jurídica não-tributária, a fixação dos
juros moratórios segundo o índice de remuneração da caderneta de poupança é constitucional,
permanecendo hígido, nesta extensão, o disposto no art. 1º-F da Lei n. 9.494/1997 com redação dada
pela Lei n. 11.960/2009; e 2) o art. 1º-F da Lei n. 9.494/1997, com a redação dada pela Lei n.
11.960/2009, na parte em que disciplina a atualização monetária das condenações impostas à Fazenda
429

Pública segundo a remuneração oficial da caderneta de poupança, revela-se inconstitucional ao impor


restrição desproporcional ao direito de propriedade (CRFB, art. 5º, XXII), uma vez que não se qualifica
como medida adequada a capturar a variação de preços da economia, sendo inindônea a promover os
finais a que se destina. 4. No mesmo sentido o RESP N. 1.495.146 - MG - RECURSO REPETITIVO, rel.
Min. Mauro Campbell Marques, , j. 22.02.2018, DJe 02.03.2018. 5. Desse modo, o Acórdão recorrido não
merece reparos. 6. Ante o exposto, conheço Embargos de Declaração opostos, mas para lhes negar
provimento.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

B3C624420EDBADE7596FBA0756576A5C TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
2
7. Honorários advocatícios e custas processuais tratados no acórdão embargado.

ACÓRDÃO

Decide a 1ª Turma Recursal, à unanimidade, conhecer e negar provimento aos Embargos de Declaração
opostos pela parte Ré, nos termos do voto do Juiz Relator. 1ª Turma Recursal, Juizado Especial
Federal/SJDF, 24.10.2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES Relator

PROCESSO N. 0024883-35.2017.4.01.3400 RECORRENTE: UNIAO FEDERAL ADVOGADO : - LUIZ


FELIPE CARDOSO DE MORAES FILHO RECORRIDO: EUGENIO DE OLIVEIRA FRAGA ADVOGADO:
DF00033301 - MARIANA LELES BARBOSA RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES

EMENTA

ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. ATUALIZAÇÃO DO PASSIVO A


SER APURADO PELA AUTARQUIA PREVIDENCIÁRIA. JULGADO NO MESMO SENTIDO DO
ENTENDIMENTO FIRMADO NO RE 870.947-SE (EMBARGOS DE DECLARAÇÃO) E NO RESP N.
1.495.146 - MG - RECURSO REPETITIVO. RECURSO IMPROVIDO. ACÓRDÃO MANTIDO. 1. Trata-se
de recurso de Embargos de Declaração opostos pela parte ré contra Acórdão deste Colegiado, no ponto
em que assegurou a atualização do passivo da parte Embargada, a ser apurado na fase de execução do
julgado, em conformidade com os critérios estabelecidos no RE 870.947/SE. 2. A parte embargante
sustentou, em sua peça recursal, que o Recurso Extraordinário em relevo ainda aguarda exame de
Embargos de Declaração, com potencial mudança no entendimento firmado pela Excelsa Corte, para o
fim de ser adotada a TR como índice de atualização monetária. 3. O Supremo Tribunal Federal, em
sessão plenária ocorrida em 03.10.2019, finalizou o julgamento dos Embargos de Declaração opostos no
bojo do Recurso Extraordinário n. 870.974/SE, firmando a seguinte tese: 1) o art. 1º-F da Lei n.
9.494/1997, com a redação dada pela Lei n. 11.960/2009, na parte em que disciplina os juros de mora
aplicáveis a condenações da Fazenda Pública, é inconstitucional ao incidir sobre débitos oriundos de
relação jurídico-tributária, aos quais devem ser aplicados os mesmos juros de mora pelos quais a
Fazenda Pública remunera seu crédito tributário, em respeito ao princípio constitucional da isonomia
(CRFB, art. 5º, caput); quanto às condenações oriundas de relação jurídica não-tributária, a fixação dos
juros moratórios segundo o índice de remuneração da caderneta de poupança é constitucional,
permanecendo hígido, nesta extensão, o disposto no art. 1º-F da Lei n. 9.494/1997 com redação dada
pela Lei n. 11.960/2009; e 2) o art. 1º-F da Lei n. 9.494/1997, com a redação dada pela Lei n.
11.960/2009, na parte em que disciplina a atualização monetária das condenações impostas à Fazenda
Pública segundo a remuneração oficial da caderneta de poupança, revela-se inconstitucional ao impor
restrição desproporcional ao direito de propriedade (CRFB, art. 5º, XXII), uma vez que não se qualifica
como medida adequada a capturar a variação de preços da economia, sendo inindônea a promover os
finais a que se destina. 4. No mesmo sentido o RESP N. 1.495.146 - MG - RECURSO REPETITIVO, rel.
Min. Mauro Campbell Marques, , j. 22.02.2018, DJe 02.03.2018. 5. Desse modo, o Acórdão recorrido não
merece reparos. 6. Ante o exposto, conheço Embargos de Declaração opostos, mas para lhes negar
provimento.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

EFCD9DF0E673C2CF966C364686109AF0 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


2
7. Honorários advocatícios e custas processuais tratados no acórdão embargado.

ACÓRDÃO

Decide a 1ª Turma Recursal, à unanimidade, conhecer e negar provimento aos Embargos de Declaração
opostos pela parte Ré, nos termos do voto do Juiz Relator. 1ª Turma Recursal, Juizado Especial
Federal/SJDF, 24.10.2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES Relator
430

PROCESSO N. 0032150-29.2015.4.01.3400 RECORRENTE: UNIAO FEDERAL ADVOGADO :


CE00024102 - DIEGO EDUARDO FARIAS CAMBRAIA RECORRIDO: JAIR SOARES DO AMARAL
ADVOGADO: DF00028982 - VINICIUS GILLI HIPOLITO RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES

EMENTA

ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. ATUALIZAÇÃO DO PASSIVO A


SER APURADO PELA AUTARQUIA PREVIDENCIÁRIA. JULGADO NO MESMO SENTIDO DO
ENTENDIMENTO FIRMADO NO RE 870.947-SE (EMBARGOS DE DECLARAÇÃO) E NO RESP N.
1.495.146 - MG - RECURSO REPETITIVO. RECURSO IMPROVIDO. ACÓRDÃO MANTIDO. 1. Trata-se

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
de recurso de Embargos de Declaração opostos pela parte ré contra Acórdão deste Colegiado, no ponto
em que assegurou a atualização do passivo da parte Embargada, a ser apurado na fase de execução do
julgado, em conformidade com os critérios estabelecidos no RE 870.947/SE. 2. A parte embargante
sustentou, em sua peça recursal, que o Recurso Extraordinário em relevo ainda aguarda exame de
Embargos de Declaração, com potencial mudança no entendimento firmado pela Excelsa Corte, para o
fim de ser adotada a TR como índice de atualização monetária. 3. O Supremo Tribunal Federal, em
sessão plenária ocorrida em 03.10.2019, finalizou o julgamento dos Embargos de Declaração opostos no
bojo do Recurso Extraordinário n. 870.974/SE, firmando a seguinte tese: 1) o art. 1º-F da Lei n.
9.494/1997, com a redação dada pela Lei n. 11.960/2009, na parte em que disciplina os juros de mora
aplicáveis a condenações da Fazenda Pública, é inconstitucional ao incidir sobre débitos oriundos de
relação jurídico-tributária, aos quais devem ser aplicados os mesmos juros de mora pelos quais a
Fazenda Pública remunera seu crédito tributário, em respeito ao princípio constitucional da isonomia
(CRFB, art. 5º, caput); quanto às condenações oriundas de relação jurídica não-tributária, a fixação dos
juros moratórios segundo o índice de remuneração da caderneta de poupança é constitucional,
permanecendo hígido, nesta extensão, o disposto no art. 1º-F da Lei n. 9.494/1997 com redação dada
pela Lei n. 11.960/2009; e 2) o art. 1º-F da Lei n. 9.494/1997, com a redação dada pela Lei n.
11.960/2009, na parte em que disciplina a atualização monetária das condenações impostas à Fazenda
Pública segundo a remuneração oficial da caderneta de poupança, revela-se inconstitucional ao impor
restrição desproporcional ao direito de propriedade (CRFB, art. 5º, XXII), uma vez que não se qualifica
como medida adequada a capturar a variação de preços da economia, sendo inindônea a promover os
finais a que se destina. 4. No mesmo sentido o RESP N. 1.495.146 - MG - RECURSO REPETITIVO, rel.
Min. Mauro Campbell Marques, , j. 22.02.2018, DJe 02.03.2018. 5. Desse modo, o Acórdão recorrido não
merece reparos. 6. Ante o exposto, conheço Embargos de Declaração opostos, mas para lhes negar
provimento.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

B0712AF827B01F0D128DA49639A27034 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


2
7. Honorários advocatícios e custas processuais tratados no acórdão embargado.

ACÓRDÃO

Decide a 1ª Turma Recursal, à unanimidade, conhecer e negar provimento aos Embargos de Declaração
opostos pela parte Ré, nos termos do voto do Juiz Relator. 1ª Turma Recursal, Juizado Especial
Federal/SJDF, 24.10.2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES Relator

PROCESSO N. 0024877-33.2014.4.01.3400 RECORRENTE: UNIAO FEDERAL ADVOGADO : - LUIZ


FELIPE CARDOSO DE MORAES FILHO RECORRIDO: WALLACE SOUZA DA SILVA ADVOGADO:
DF00019461 - RITA DE CASSIA DA COSTA KANEKO RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA

ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. ATUALIZAÇÃO DO PASSIVO A


SER APURADO PELA AUTARQUIA PREVIDENCIÁRIA. JULGADO NO MESMO SENTIDO DO
ENTENDIMENTO FIRMADO NO RE 870.947-SE (EMBARGOS DE DECLARAÇÃO) E NO RESP N.
1.495.146 - MG - RECURSO REPETITIVO. RECURSO IMPROVIDO. ACÓRDÃO MANTIDO. 1. Trata-se
de recurso de Embargos de Declaração opostos pela parte ré contra Acórdão deste Colegiado, no ponto
em que assegurou a atualização do passivo da parte Embargada, a ser apurado na fase de execução do
julgado, em conformidade com os critérios estabelecidos no RE 870.947/SE. 2. A parte embargante
sustentou, em sua peça recursal, que o Recurso Extraordinário em relevo ainda aguarda exame de
Embargos de Declaração, com potencial mudança no entendimento firmado pela Excelsa Corte, para o
fim de ser adotada a TR como índice de atualização monetária. 3. O Supremo Tribunal Federal, em
sessão plenária ocorrida em 03.10.2019, finalizou o julgamento dos Embargos de Declaração opostos no
bojo do Recurso Extraordinário n. 870.974/SE, firmando a seguinte tese: 1) o art. 1º-F da Lei n.
9.494/1997, com a redação dada pela Lei n. 11.960/2009, na parte em que disciplina os juros de mora
aplicáveis a condenações da Fazenda Pública, é inconstitucional ao incidir sobre débitos oriundos de
431

relação jurídico-tributária, aos quais devem ser aplicados os mesmos juros de mora pelos quais a
Fazenda Pública remunera seu crédito tributário, em respeito ao princípio constitucional da isonomia
(CRFB, art. 5º, caput); quanto às condenações oriundas de relação jurídica não-tributária, a fixação dos
juros moratórios segundo o índice de remuneração da caderneta de poupança é constitucional,
permanecendo hígido, nesta extensão, o disposto no art. 1º-F da Lei n. 9.494/1997 com redação dada
pela Lei n. 11.960/2009; e 2) o art. 1º-F da Lei n. 9.494/1997, com a redação dada pela Lei n.
11.960/2009, na parte em que disciplina a atualização monetária das condenações impostas à Fazenda
Pública segundo a remuneração oficial da caderneta de poupança, revela-se inconstitucional ao impor
restrição desproporcional ao direito de propriedade (CRFB, art. 5º, XXII), uma vez que não se qualifica
como medida adequada a capturar a variação de preços da economia, sendo inindônea a promover os

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
finais a que se destina. 4. No mesmo sentido o RESP N. 1.495.146 - MG - RECURSO REPETITIVO, rel.
Min. Mauro Campbell Marques, , j. 22.02.2018, DJe 02.03.2018. 5. Desse modo, o Acórdão recorrido não
merece reparos. 6. Ante o exposto, conheço Embargos de Declaração opostos, mas para lhes negar
provimento.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

4730A6F455479BE2D89B29F75CA61AE6 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


2
7. Honorários advocatícios e custas processuais tratados no acórdão embargado.

ACÓRDÃO

Decide a 1ª Turma Recursal, à unanimidade, conhecer e negar provimento aos Embargos de Declaração
opostos pela parte Ré, nos termos do voto do Juiz Relator. 1ª Turma Recursal, Juizado Especial
Federal/SJDF, 24.10.2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES Relator

PROCESSO N. 0067140-12.2016.4.01.3400 RECORRENTE: MARIA APARECIDA DOS ANJOS


LIMEIRA ADVOGADO : DF00024667 - ADALBERTO BARBOSA MARQUES VERAS RECORRIDO:
INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS ADVOGADO: RELATOR: RUI COSTA
GONÇALVES
EMENTA

PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. ATUALIZAÇÃO DO PASSIVO A


SER APURADO PELA AUTARQUIA PREVIDENCIÁRIA. JULGADO NO MESMO SENTIDO DO
ENTENDIMENTO FIRMADO NO RE 870.947-SE (EMBARGOS DE DECLARAÇÃO) E NO RESP N.
1.495.146 - MG - RECURSO REPETITIVO. RECURSO IMPROVIDO. ACÓRDÃO MANTIDO. 1. Trata-se
de recurso de Embargos de Declaração opostos pela parte ré contra Acórdão deste Colegiado, no ponto
em que assegurou a atualização do passivo da parte Embargada, a ser apurado na fase de execução do
julgado, em conformidade com os critérios estabelecidos no RE 870.947/SE. 2. A parte embargante
sustentou, em sua peça recursal, que o Recurso Extraordinário em relevo ainda aguarda exame de
Embargos de Declaração, com potencial mudança no entendimento firmado pela Excelsa Corte, para o
fim de ser adotada a TR como índice de atualização monetária. 3. O Supremo Tribunal Federal, em
sessão plenária ocorrida em 03.10.2019, finalizou o julgamento dos Embargos de Declaração opostos no
bojo do Recurso Extraordinário n. 870.974/SE, firmando a seguinte tese: 1) o art. 1º-F da Lei n.
9.494/1997, com a redação dada pela Lei n. 11.960/2009, na parte em que disciplina os juros de mora
aplicáveis a condenações da Fazenda Pública, é inconstitucional ao incidir sobre débitos oriundos de
relação jurídico-tributária, aos quais devem ser aplicados os mesmos juros de mora pelos quais a
Fazenda Pública remunera seu crédito tributário, em respeito ao princípio constitucional da isonomia
(CRFB, art. 5º, caput); quanto às condenações oriundas de relação jurídica não-tributária, a fixação dos
juros moratórios segundo o índice de remuneração da caderneta de poupança é constitucional,
permanecendo hígido, nesta extensão, o disposto no art. 1º-F da Lei n. 9.494/1997 com redação dada
pela Lei n. 11.960/2009; e 2) o art. 1º-F da Lei n. 9.494/1997, com a redação dada pela Lei n.
11.960/2009, na parte em que disciplina a atualização monetária das condenações impostas à Fazenda
Pública segundo a remuneração oficial da caderneta de poupança, revela-se inconstitucional ao impor
restrição desproporcional ao direito de propriedade (CRFB, art. 5º, XXII), uma vez que não se qualifica
como medida adequada a capturar a variação de preços da economia, sendo inindônea a promover os
finais a que se destina. 4. No mesmo sentido o RESP N. 1.495.146 - MG - RECURSO REPETITIVO, rel.
Min. Mauro Campbell Marques, , j. 22.02.2018, DJe 02.03.2018. 5. Desse modo, o Acórdão recorrido não
merece reparos. 6. Ante o exposto, conheço Embargos de Declaração opostos, mas para lhes negar
provimento. 7. Honorários advocatícios e custas processuais tratados no acórdão embargado.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

7FF5B3438C73E3E1A4C85B035D47DEEF TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


2

ACÓRDÃO
432

Decide a 1ª Turma Recursal, à unanimidade, conhecer e negar provimento aos Embargos de Declaração
opostos pela parte Ré, nos termos do voto do Juiz Relator. 1ª Turma Recursal, Juizado Especial
Federal/SJDF, 24.10.2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES Relator

PROCESSO N. 0026969-76.2017.4.01.3400 RECORRENTE: INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO


SOCIAL-INSS ADVOGADO : RECORRIDO: NUBIA FOGACA DOS SANTOS CAMARGO ADVOGADO:
- DEFENSORIA PUBLICA RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. ATUALIZAÇÃO DO PASSIVO A
SER APURADO PELA AUTARQUIA PREVIDENCIÁRIA. JULGADO NO MESMO SENTIDO DO
ENTENDIMENTO FIRMADO NO RE 870.947-SE (EMBARGOS DE DECLARAÇÃO) E NO RESP N.
1.495.146 - MG - RECURSO REPETITIVO. RECURSO IMPROVIDO. ACÓRDÃO MANTIDO. 1. Trata-se
de recurso de Embargos de Declaração opostos pela parte ré contra Acórdão deste Colegiado, no ponto
em que assegurou a atualização do passivo da parte Embargada, a ser apurado na fase de execução do
julgado, em conformidade com os critérios estabelecidos no RE 870.947/SE. 2. A parte embargante
sustentou, em sua peça recursal, que o Recurso Extraordinário em relevo ainda aguarda exame de
Embargos de Declaração, com potencial mudança no entendimento firmado pela Excelsa Corte, para o
fim de ser adotada a TR como índice de atualização monetária. 3. O Supremo Tribunal Federal, em
sessão plenária ocorrida em 03.10.2019, finalizou o julgamento dos Embargos de Declaração opostos no
bojo do Recurso Extraordinário n. 870.974/SE, firmando a seguinte tese: 1) o art. 1º-F da Lei n.
9.494/1997, com a redação dada pela Lei n. 11.960/2009, na parte em que disciplina os juros de mora
aplicáveis a condenações da Fazenda Pública, é inconstitucional ao incidir sobre débitos oriundos de
relação jurídico-tributária, aos quais devem ser aplicados os mesmos juros de mora pelos quais a
Fazenda Pública remunera seu crédito tributário, em respeito ao princípio constitucional da isonomia
(CRFB, art. 5º, caput); quanto às condenações oriundas de relação jurídica não-tributária, a fixação dos
juros moratórios segundo o índice de remuneração da caderneta de poupança é constitucional,
permanecendo hígido, nesta extensão, o disposto no art. 1º-F da Lei n. 9.494/1997 com redação dada
pela Lei n. 11.960/2009; e 2) o art. 1º-F da Lei n. 9.494/1997, com a redação dada pela Lei n.
11.960/2009, na parte em que disciplina a atualização monetária das condenações impostas à Fazenda
Pública segundo a remuneração oficial da caderneta de poupança, revela-se inconstitucional ao impor
restrição desproporcional ao direito de propriedade (CRFB, art. 5º, XXII), uma vez que não se qualifica
como medida adequada a capturar a variação de preços da economia, sendo inindônea a promover os
finais a que se destina. 4. No mesmo sentido o RESP N. 1.495.146 - MG - RECURSO REPETITIVO, rel.
Min. Mauro Campbell Marques, , j. 22.02.2018, DJe 02.03.2018. 5. Desse modo, o Acórdão recorrido não
merece reparos. 6. Ante o exposto, conheço Embargos de Declaração opostos, mas para lhes negar
provimento. 7. Honorários advocatícios e custas processuais tratados no acórdão embargado.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

04D6CA249C856E90D22BFFECDA4698DD TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


2

ACÓRDÃO

Decide a 1ª Turma Recursal, à unanimidade, conhecer e negar provimento aos Embargos de Declaração
opostos pela parte Ré, nos termos do voto do Juiz Relator. 1ª Turma Recursal, Juizado Especial
Federal/SJDF, 24.10.2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES Relator

PROCESSO N. 0051696-70.2015.4.01.3400 RECORRENTE: UNIAO FEDERAL ADVOGADO : -


EDUARDO JORGE PEREIRA ALVES RECORRIDO: JOSE RODRIGUES DA SILVA ADVOGADO:
PI00001984 - JOSE DO EGITO FIGUEIREDO BARBOSA RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA

ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. ATUALIZAÇÃO DO PASSIVO A


SER APURADO PELA AUTARQUIA PREVIDENCIÁRIA. JULGADO NO MESMO SENTIDO DO
ENTENDIMENTO FIRMADO NO RE 870.947-SE (EMBARGOS DE DECLARAÇÃO) E NO RESP N.
1.495.146 - MG - RECURSO REPETITIVO. RECURSO IMPROVIDO. ACÓRDÃO MANTIDO. 1. Trata-se
de recurso de Embargos de Declaração opostos pela parte ré contra Acórdão deste Colegiado, no ponto
em que assegurou a atualização do passivo da parte Embargada, a ser apurado na fase de execução do
julgado, em conformidade com os critérios estabelecidos no RE 870.947/SE. 2. A parte embargante
sustentou, em sua peça recursal, que o Recurso Extraordinário em relevo ainda aguarda exame de
Embargos de Declaração, com potencial mudança no entendimento firmado pela Excelsa Corte, para o
fim de ser adotada a TR como índice de atualização monetária. 3. O Supremo Tribunal Federal, em
sessão plenária ocorrida em 03.10.2019, finalizou o julgamento dos Embargos de Declaração opostos no
433

bojo do Recurso Extraordinário n. 870.974/SE, firmando a seguinte tese: 1) o art. 1º-F da Lei n.
9.494/1997, com a redação dada pela Lei n. 11.960/2009, na parte em que disciplina os juros de mora
aplicáveis a condenações da Fazenda Pública, é inconstitucional ao incidir sobre débitos oriundos de
relação jurídico-tributária, aos quais devem ser aplicados os mesmos juros de mora pelos quais a
Fazenda Pública remunera seu crédito tributário, em respeito ao princípio constitucional da isonomia
(CRFB, art. 5º, caput); quanto às condenações oriundas de relação jurídica não-tributária, a fixação dos
juros moratórios segundo o índice de remuneração da caderneta de poupança é constitucional,
permanecendo hígido, nesta extensão, o disposto no art. 1º-F da Lei n. 9.494/1997 com redação dada
pela Lei n. 11.960/2009; e 2) o art. 1º-F da Lei n. 9.494/1997, com a redação dada pela Lei n.
11.960/2009, na parte em que disciplina a atualização monetária das condenações impostas à Fazenda

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Pública segundo a remuneração oficial da caderneta de poupança, revela-se inconstitucional ao impor
restrição desproporcional ao direito de propriedade (CRFB, art. 5º, XXII), uma vez que não se qualifica
como medida adequada a capturar a variação de preços da economia, sendo inindônea a promover os
finais a que se destina. 4. No mesmo sentido o RESP N. 1.495.146 - MG - RECURSO REPETITIVO, rel.
Min. Mauro Campbell Marques, , j. 22.02.2018, DJe 02.03.2018. 5. Desse modo, o Acórdão recorrido não
merece reparos. 6. Ante o exposto, conheço Embargos de Declaração opostos, mas para lhes negar
provimento.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

A199A5ADF9999BAF275504FB93CFE36A TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


2
7. Honorários advocatícios e custas processuais tratados no acórdão embargado.

ACÓRDÃO

Decide a 1ª Turma Recursal, à unanimidade, conhecer e negar provimento aos Embargos de Declaração
opostos pela parte Ré, nos termos do voto do Juiz Relator. 1ª Turma Recursal, Juizado Especial
Federal/SJDF, 24.10.2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES Relator

PROCESSO N. 0036732-67.2018.4.01.3400 RECORRENTE: UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)


ADVOGADO : - CELIA FERREIRA TAVARES DE LYRA RECORRIDO: IVENISY OLIVEIRA GOMES
ADVOGADO: DF00019275 - RENATO BORGES BARROS RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
ADMINISTRATIVO E TRIBUTÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO DO QUADRO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA
DO DISTRITO FEDERAL. RAMO INTEGRANTE DO PODER JUDICIÁRIO DA UNIÃO. VINCULO
ESTATUTÁRIO MANTIDO COM A UNIÃO FEDERAL. LEGITIMIDADE PASSIVA DO ENTE FEDERAL
CONFIGURADA. PRELIMINAR DE INCOMPETÊNCIA REJEITADA. AUXÍLIO PRÉ-ESCOLAR.
INCIDÊNCIA DE IMPOSTO DE RENDA. PRESCRIÇÃO QUINQUENAL. PEDIDO ADMINISTRATIVO
VISANDO À RESTITUIÇÃO REFERENTE AOS EXERCÍCIOS DE 2008 A 2012. SUPOSTO
RECONHECIMENTO ADMINISTRATIVO DA NÃO-INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA COMO CAUSA
INTERRUPTIVA DO LAPSO PRESCRICIONAL. MERA FUNDAMENTAÇÃO DA DECISÃO PROFERIDA
ADMINISTRATIVAMENTE. ENTENDIMENTO DA ADMINISTRAÇÃO QUE RESULTOU, INCLUSIVE, NA
CESSAÇÃO DA TRIBUTAÇÃO A PARTIR DOS EXERCÍCIOS SEGUINTES ÀQUELES
COMPREENDIDOS NO PEDIDO DE RESTITUIÇÃO. PLEITO FULMINADO PELA PRESCRIÇÃO
QUINQUENAL. RECURSO DA PARTE RÉ PARCIALMENTE PROVIDO. SENTENÇA REFORMADA. 1.
Trata-se de recurso interposto pela parte Ré em face da sentença que julgou procedente pedido autoral
visando à repetição de valores decorrentes da incidência de Imposto de Renda sobre Auxílio-Creche,
retidos no decorrer dos exercícios de 2008 a 2012. 2. Nas suas razões recursais, a parte Ré alega, em
preliminar, incompetência da Justiça Federal para conhecer da lide por supostamente a parte autora
manter vínculo com o Governo do Distrito Federal, e, como prejudicial de mérito, que não houve
reconhecimento administrativo do direito à restituição de Imposto de Renda sobre Auxílio Pré-Escolar
retido nos exercícios financeiros de 2008 a 2012, encontrando-se a pretensão autoral fulminada pela
prescrição quinquenal. 3. O Tribunal de Justiça do Distrito Federal integra o Poder Judiciário da União, em
decorrência do que seu quadro funcional é formado por servidores públicos federais, cujo vínculo é regido
pela Lei n. 8.112/1990, motivo pelo qual a pretensão visando à repetição de indébito deve ser formulada
contra a União Federal/Fazenda Nacional, como no caso sob exame, e não contra o Governo do Distrito
Federal, dado se tratar de terceiro estranho à relação jurídica mantida entre as partes litigantes nos
presentes autos. Preliminar de incompetência rejeitada. 4. O pedido da parte autora se refere à
restituição de imposto de renda que foram recolhidos entre o período de 2008 a 2012, por conta de
incidência sobre valores pagos pela Administração como Auxílio-Creche. 5. Acompanhando a petição
inicial, a parte autora apresentou cópias das peças do Processo Administrativo TJDFT n. 19.502/2016,
iniciado a parte de requerimento formulado pela ASEJUS - Associação dos Servidores da Justiça do
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

320B63C5C2EAD18C3A5D7455E9E53B88 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


434

2
Distrito Federal, protocolado no dia 14.10.2016, objetivando, no ponto que interessa ao deslinde da
presente demanda, a "restituição do Imposto de Renda retido na fonte, incidente sobre os valores pagos a
título de auxílio creche ou préescolar, com efeitos retroativos aos últimos cinco anos contados da decisão
exarada no PA n. 21.441/2012, efetivando seu adequado adimplemento, mediante alteração das
Declarações do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte - DIRF". 6. Conforme elucidado pela parte
autora, na petição inicial, o pedido de restituição de valores em comento restou indeferido pela Autoridade
destinatária do pleito, tendo sido acolhido somente o pleito destinado à emissão de novas DIRF´s, sem
que isso tenha importado em reconhecimento quanto à procedência daquela outra pretensão, vez que tal
documento se destina especificamente ao Fisco Federal, cabendo ao contribuinte, se for o caso,

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
apresentar a respectiva Declaração Anual de Ajuste retificada, sem que haja qualquer vinculação quanto
à Administração Tributária, como pretendido pela demandante, no que diz respeito a promover devolução
de tributos incidentes sobre os valores registrados nos novos documentos expedidos. 7. Assim,
apresenta-se como juridicamente insustentável a alegação no sentido de que a decisão proferida no
aludido Processo Administrativo, em 22 de fevereiro de 2017, dando como improcedente o pedido de
restituição de tributo demandado por Entidade Associativa da qual a parte autora é filiada, renovado nos
presentes autos, tenha importado em reconhecimento do pedido e, assim, gerado interrupção do prazo
prescricional. Na verdade, ocorreu o contrário do alegado pela ora recorrente, conforme explicitado acima.
8. Diante do exposto, conclui-se que a sentença recorrida deve ser reformada, vez que a presente ação
proposta em 2018, quando a pretensão levada ao conhecimento do Juízo de primeiro grau já se
encontrava fulminada pela prescrição quinquenal. 9. Recurso da ré parcialmente provido. Sentença de
primeiro grau reformada. 10. Sem honorários advocatícios e custas processuais. ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal do DF, por unanimidade, dar parcial provimento ao recurso da parte
Ré, nos termos do voto do Juiz Federal relator. 1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal. Brasília –
DF, 24.10.2019.

JUIZ RUI COSTA GONÇALVES Relator

PROCESSO N. 0011780-87.2019.4.01.3400 RECORRENTE: TASSYANA TEREZA FLORIO DE ROSIS


PORTUGAL E OUTRO(S) ADVOGADO : DF00055573 - MYLENE QUITÉRIA CALDAS E OUTRO(S) E
OUTRO(S) RECORRIDO: UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL) ADVOGADO: - KELLY OTSUKA
MIIKE RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. EXTINÇÃO POR CARÊNCIA DE
AÇÃO POR AUSÊNCIA DE PRÉVIO REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO. CONTRIBUIÇÃO PARA O
PSS INCIDENTE SOBRE VALORES RECEBIDOS JUDICIALMENTE. RESISTÊNCIA AO
ACOLHIMENTO DO PLEITO AUTORAL APRESENTADA, DE FORMA INEQUÍVOCA, PELA PARTE RÉ,
AO SE MANIFESTAR NOS AUTOS. INTERESSE DE AGIR CARACTERIZADO. INUTILIDADE DE
PRÉVIO REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO, VEZ QUE FADADO AO INSUCESSO. RECURSO
AUTORAL PROVIDO. SENTENÇA EXTINTIVA REFORMADA.
1. Trata-se de recurso interposto pela parte Autora em face de sentença no bojo da qual foi julgado extinto
o processo sem resolução do mérito por carência de ação por falta de interesse de agir em virtude da
ausência de prévio requerimento administrativo visando a devolução de contribuição social (PSS)
descontada sobre os juros moratórios e crédito principal, em razão do pagamento de débitos judiciais, no
percentual de 11% (onze por cento), decorrente da aplicação do art. 16-A da Lei 10.887/04.
2. Em contrarrazões, a parte Ré postulou a manutenção da sentença, sustentando que, realmente, "não
houve nenhum pedido no âmbito administrativo, ou mesmo prova de sua denegação", acrescentando que
"nos termos da Instrução Normativa da RFB n. 1.332/01, o contribuinte tem a possibilidade de obter a
restituição dos valores recolhidos indevidamente por meio de pedido de restituição direcionado à Receita
Federal, nos casos em que os valores recebidos por meio de precatório se refiram a data anterior a 20 de
maio de 2004 e a parcela de aposentadoria ou pensão". Porém, avançando diretamente contra a
pretensão autoral, alega ausência de comprovação do direito alegado, prescrição quinquenal, bem como,
no mérito propriamente dito, contesta a alegação de que a contribuição a incidir sobre o passivo
desembolsado deveria ter sido de 6% (seis por cento), e não de 11% (onze por cento), vigente à data do
pagamento dos mencionados valores, não se aplicando o regime de competência. Enfim,
indubitavelmente contestou a pretensão autoral quanto ao pedido de repetição de valor correspondente à
diferença entre a alíquota de 11% (onze por cento), aplicada no momento do pagamento do passivo pela
via judicial, e 6% (seis) por cento, aplicável se observado o regime de competência. Silenciou, porém,
quanto ao pedido de repetição do valor resultando da incidência de contribuição previdenciária sobre
juros de mora.
3. Registre-se, de plano, que a extinção do presente feito ocorreu sem que a parte Ré tivesse sido
chamada a se defender contra a pretensão autoral, restando evidente, pelo teor das contrarrazões
apresentadas, que efetivamente se opõe ao acolhimento do pleito formulado, de sorte que a formulação
de requerimento administrativo, no caso concreto, seria inútil, dado que a Administração, na primeira
oportunidade em que se manifestou em Juízo a respeito, posicionou-se contra o seu acolhimento de
forma expressa no tocante à devolução do valor cobrado a mais, por conta da inobservância do regime de
competência quando do pagamento do
435

PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

44DC6D36E35CCED5B51B04C1B0ED5E97 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


2
passivo devido à parte Autora, na fase de execução do julgado no âmbito do Juízo que processou e
julgou a respectiva ação ordinária.
4. No pertinente ao pedido de devolução do valor resultante da incidência do tributo em relevo sobre a
parcela dos juros de mora, embora a parte Ré não tenha se manifestado expressamente a respeito, fez
consignar claramente em suas contrarrazões pleito no sentido de "ser julgado improcedente o pedido da
autora quanto à pretensão de recálculo da contribuição ao PSS sobre as parcelas recebidas",

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
compreendendo, assim, a totalidade da pretensão autoral.
5. Assim sendo, caracterizada a resistência da parte Ré, sem qualquer ressalva, ao acolhimento do pleito
autoral, caracterizada está seu interesse de agir na esfera judicial, motivo pelo qual a sentença de
primeiro grau deve ser reformada, seguindo-se o retorno dos autos ao Juízo de origem para regular
processamento do feito, culminando com a solução da lide exposta nos presentes autos.
6. Sem honorários advocatícios e custas processuais.
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do DF, à unanimidade, dar
provimento ao recurso da parte Autora, nos termos do voto do Juiz Federal relator.
1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF. Brasília-DF, 24/10/2019.

JUIZ RUI COSTA GONÇALVES Relator

PROCESSO N. 0013351-93.2019.4.01.3400 RECORRENTE: HELENA SEVERINO DE OLIVEIRA


ADVOGADO : DF00315416 - MAURO LEMOS ADVOCACIA-SOCIEDADE INDIVIDUAL DA ADVOCACIA
RECORRIDO: UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL) ADVOGADO: - CELIA FERREIRA TAVARES
DE LYRA RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. EXTINÇÃO POR CARÊNCIA DE
AÇÃO POR AUSÊNCIA DE PRÉVIO REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO. CONTRIBUIÇÃO PARA O
PSS INCIDENTE SOBRE VALORES RECEBIDOS JUDICIALMENTE. RESISTÊNCIA AO
ACOLHIMENTO DO PLEITO AUTORAL APRESENTADA, DE FORMA INEQUÍVOCA, PELA PARTE RÉ,
AO SE MANIFESTAR NOS AUTOS. INTERESSE DE AGIR CARACTERIZADO. INUTILIDADE DE
PRÉVIO REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO, VEZ QUE FADADO AO INSUCESSO. RECURSO
AUTORAL PROVIDO. SENTENÇA EXTINTIVA REFORMADA. 1. Trata-se de recurso interposto pela
parte Autora em face de sentença no bojo da qual foi julgado extinto o processo sem resolução do mérito
por carência de ação por falta de interesse de agir em virtude da ausência de prévio requerimento
administrativo visando o recebimento dos resíduos de reajustes dos índices, da ação dos 28,86%%,
Gratificação de incentivo e dos 3,17%, apurados sobre a remuneração dos servidores do DPF, que se
transformou em direito e tramitou na Justiça Federal de Alagoas. 2. Em contrarrazões, a parte Ré
postulou a manutenção da sentença, sustentando que, realmente, "não houve nenhum pedido no âmbito
administrativo, ou mesmo prova de sua denegação", acrescentando que "nos termos da Instrução
Normativa da RFB n. 1.332/01, o contribuinte tem a possibilidade de obter a restituição dos valores
recolhidos indevidamente por meio de pedido de restituição direcionado à Receita Federal, nos casos em
que os valores recebidos por meio de precatório se refiram a data anterior a 20 de maio de 2004 e a
parcela de aposentadoria ou pensão". Porém, avançando diretamente contra a pretensão autoral, alega
ausência de comprovação do direito alegado, prescrição quinquenal, bem como, no mérito propriamente
dito, contesta a alegação de que a contribuição a incidir sobre o passivo desembolsado deveria ter sido
de 6% (seis por cento), e não de 11% (onze por cento), vigente à data do pagamento dos mencionados
valores, não se aplicando o regime de competência. Enfim, indubitavelmente contestou a pretensão
autoral quanto ao pedido de repetição de valor correspondente à diferença entre a alíquota de 11% (onze
por cento), aplicada no momento do pagamento do passivo pela via judicial, e 6% (seis) por cento,
aplicável se observado o regime de competência. Silenciou, porém, quanto ao pedido de repetição do
valor resultando da incidência de contribuição previdenciária sobre juros de mora. 3. Registre-se, de
plano, que a extinção do presente feito ocorreu sem que a parte Ré tivesse sido chamada a se defender
contra a pretensão autoral, restando evidente, pelo teor das contrarrazões apresentadas, que
efetivamente se opõe ao acolhimento do pleito formulado, de sorte que a formulação de
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

EFEB2A643FCBE400A4027224FF8B1ABC TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


2
requerimento administrativo, no caso concreto, seria inútil, dado que a Administração, na primeira
oportunidade em que se manifestou em Juízo a respeito, posicionou-se contra o seu acolhimento de
forma expressa no tocante à devolução do valor cobrado a mais, por conta da inobservância do regime de
competência quando do pagamento do passivo devido à parte Autora, na fase de execução do julgado no
âmbito do Juízo que processou e julgou a respectiva ação ordinária. 4. No pertinente ao pedido de
devolução do valor resultante da incidência do tributo em relevo sobre a parcela dos juros de mora,
436

embora a parte Ré não tenha se manifestado expressamente a respeito, fez consignar claramente em
suas contrarrazões pleito no sentido de "ser julgado improcedente o pedido da autora quanto à pretensão
de recálculo da contribuição ao PSS sobre as parcelas recebidas", compreendendo, assim, a totalidade
da pretensão autoral. 5. Assim sendo, caracterizada a resistência da parte Ré, sem qualquer ressalva, ao
acolhimento do pleito autoral, caracterizada está seu interesse de agir na esfera judicial, motivo pelo qual
a sentença de primeiro grau deve ser reformada, seguindo-se o retorno dos autos ao Juízo de origem
para regular processamento do feito, culminando com a solução da lide exposta nos presentes autos. 6.
Sem honorários advocatícios e custas processuais.

ACÓRDÃO

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Decide a Primeira Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do DF, à unanimidade, dar
provimento ao recurso da parte Autora, nos termos do voto do Juiz Federal relator.

1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF. Brasília-DF, 24/10/2019.

JUIZ RUI COSTA GONÇALVES

PROCESSO N. 0037441-05.2018.4.01.3400 RECORRENTE: MARIA RAIMUNDA DE JESUS FERREIRA


ADVOGADO : DF00040698 - JOAQUIM FAVRETTO RECORRIDO: FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE
FUNASA ADVOGADO: RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
ADMINISTRATIVO. GRATIFICAÇÃO DE ATIVIDADE DE COMBATE E CONTROLE DE ENDEMIAS -
GACEN. NATUREZA REMUNERATÓRIA. PAGAMENTO NÃO DEPENDE DE AVALIAÇÃO DE
DESEMPENHO. EXTENSÃO AOS INATIVOS. PRECEDENTE DA TNU. RECURSO DA PARTE AUTORA
PROVIDO. SENTENÇA REFORMADA. 1. Trata-se de recurso interposto pela parte autora contra
sentença que julgou improcedente o pedido para reconhecimento do direito da parte autora à percepção
da GACEN nos mesmos valores dos pagos aos ativos. 2. Argumenta a parte Autora que a GACEN tem
natureza remuneratória, importando em acréscimo patrimonial em favor do servidor, conforme vem sido
reiteradamente reconhecido pela jurisprudência, motivo pelo qual faz jus ao recebimento, em simetria com
os servidores que se encontram ainda no serviço ativo. 3. As ações propostas pelos servidores para
obtenção de revisão remuneratória subordinam-se ao Decreto n. 20.910/1932 para fins de aferição da
prescrição. Assim, é aplicável ao caso o Enunciado 85 da Súmula do STJ, pelo que estariam prescritas as
parcelas vencidas antes do quinquênio que antecedeu à propositura da ação. 4. A GACEN foi criada pelo
art. 54, da Lei 11.784/2008, nesses termos: “Fica instituída, a partir de 1º de março de 2008, a
Gratificação de Atividade de Combate e Controle de Endemias - GACEN, devida aos ocupantes dos
cargos de Agente Auxiliar de Saúde Pública, Agente de Saúde Pública e Guarda de Endemias, do Quadro
de Pessoal do Ministério da Saúde e do Quadro de Pessoal da Fundação Nacional de Saúde - FUNASA,
regidos pela Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990”. 5. Por sua vez, o art. 55, diz que: “A Gecen e a
Gacen serão devidas aos titulares dos empregos e cargos públicos de que tratam os arts. 53 e 54 desta
Lei, que, em caráter permanente, realizarem atividades de combate e controle de endemias, em área
urbana ou rural, inclusive em terras indígenas e de remanescentes quilombolas, áreas extrativistas e
ribeirinhas”. 6. Já o art. 284, da Lei 11.907/2009, dispõe que: “Aplica-se a Gratificação de Atividade de
Combate e Controle de Endemias - GACEN, de que trata o art. 54 da Lei nº 11.784, de 22 de setembro de
2008, aos servidores do Quadro de Pessoal do Ministério da Saúde e do Quadro de Pessoal da Fundação
Nacional de Saúde FUNASA, regidos pela Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, ocupantes dos
seguintes cargos: I - Agente de Saúde; II - Auxiliar de Laboratório; III - Auxiliar de Laboratório 8 (oito)
horas; IV - Auxiliar de Saneamento;
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V - Divulgador Sanitário; VI - Educador em Saúde; VII - Laboratorista; VIII - Laboratorista Jornada 8 (oito)
horas; IX - Microscopista; X - Orientador em Saúde; XI - Técnico de Laboratório; XII - Visitador Sanitário;
e XIII - Inspetor de Saneamento. Parágrafo único. O titular do cargo de Motorista ou de Motorista Oficial
que, em caráter permanente, realizar atividades de apoio e de transporte das equipes e dos insumos
necessários para o combate e controle das endemias fará jus à gratificação a que se refere o caput deste
artigo.

7. De acordo com a Lei 11.784/2008 (art. 54) e a Lei 11.907/2009 (art. 284), para o recebimento da
GACEN o servidor deve pertencer ao quadro de pessoal do Ministério da Saúde ou ao quadro de pessoal
da Fundação Nacional de Saúde – FUNASA e seja ocupante de um dos cargos especificados pelas leis
em referência, observando-se que, para os ocupantes dos cargos de Agente Auxiliar de Saúde Pública,
Agente de Saúde Pública e Guarda de Endemias, do Quadro de Pessoal do Ministério da Saúde e do
Quadro de Pessoal da Fundação Nacional de Saúde – FUNASA, a atividade deve ser exercida em caráter
permanente (art. 55, Lei 11.784/2008), o que deixa claro que nem todos os servidores do Ministério da
Saúde ou da FUNASA estão aptos ao recebimento da GACEN. 8. De todo modo, evidencia-se o caráter
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geral em relação aos ocupantes dos cargos que as leis discriminam, uma vez que seu recebimento não
está condicionado a qualquer avaliação de desempenho individual. Contudo, para o servidor inativo ter
direito ao recebimento da GACEN no mesmo valor em que é paga aos servidores ativos, há necessidade
de se comprovar aposentadoria com direito à paridade e que seja ocupante de um dos cargos que as leis
discriminam. 9. No caso, a parte Autora se inativou (como aposentado e/ou pensionista) com vinculação
direta a cargo público do Ministério da Saúde que dá direito à percepção da Gratificação de Atividade de
Combate e Controle de Endemias – GACEN. E, note-se bem, sua inativação se deu até 19 de fevereiro
de 2004, sendo, pois, detentora do direito à paridade de remuneração com os servidores da ativa. 10.
Acerca do tema, a TNU decidiu “reafirmando a tese da natureza remuneratória da GACEN, acrescendo-
se, agora, o seu caráter geral, bem como o direito à paridade da parte autora, pois aposentada

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anteriormente à EC 41/2003, que extinguiu tal direito”. PEDILEF 05033027020134058302, Juiz Federal
Ronaldo José da Silva, TNU, DOU 05/02/2016 PÁGINAS 221/329. 11. Recurso interposto pela parte
Autora provido para reformar a sentença e acolher os pedidos iniciais, determinando-se que a parte Ré
pague as diferenças decorrentes do percentual pago a menor (50%), bem como incorpore o valor integral
da GACEN, na forma que é paga aos servidores ativos, ou seja, 100%. 12. Incabíveis honorários
advocatícios, pois não há, no âmbito do JEF, previsão legal para arbitramento de verba honorária quando
há provimento do recurso, ainda que em parte mínima (art. 55, caput, da Lei n. 9.099/1995).

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ACÓRDÃO

Decide a Primeira Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade,
dar provimento ao recurso da parte Autora.

1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal. Brasília – DF, 24/10/2019.

JUIZ RUI COSTA GONÇALVES Relator

PROCESSO N. 0022283-41.2017.4.01.3400 RECORRENTE: BENEDITO JUSTINO DA SILVA


ADVOGADO : DF00010081 - CLAUDIO SANTOS DA SILVA RECORRIDO: UNIAO FEDERAL
RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. GRATIFICAÇÃO DE APOIO À EXECUÇÃO DE ATIVIDADES
DA COMISSÃO EXECUTIVA DO PLANO DA LAVOURA CACAUEIRA – GECEPLAC. CARÁTER
GENÉRICO, QUANTO A TODOS OS SERVIDORES LOTADOS E EM EXERCÍCIO NA CEPLAC.
EXTENSÃO AOS APOSENTADOS E PENSIONISTAS COM DIREITO À PARIDADE, QUE TENHAM SE
APOSENTADO, OU CUJOS INSTITUIDORES TENHAM SE APOSENTADO, NO ÂMBITO DA CEPLAC.
1. Trata-se de recurso da parte autora em face de sentença no bojo da qual foi julgado procedente o
pedido inicial “para condenar a UNIAO FEDERAL a pagar a Gratificação de Execução de Atividades da
Comissão Executiva do Plano de Lavoura Cacaueira - GECEPLAC à parte autora, respeitada a prescrição
quinquenal, nos mesmos moldes em que concedida aos servidores ativos.”
2. Nas razões recursais, a parte autora alega, em síntese, a obrigação de fazer, por parte da ré, no
sentido de INCORPORAR aos proventos de aposentadoria da parte autora os valores relativos à
GECEPLAC. A parte Autora argumenta que deixou de ser apreciado o pedido de incorporação em folha
de pagamento, incluise após haver sido embargada a sentencça quanto à esse ponto.
3. Com contrarrazões.
4. Mérito. A Gratificação de Apoio à Execução de Atividades da Comissão Executiva do Plano Da Lavoura
Cacaueira – GECEPLAC foi instituída pela Lei 12.702, de 07 de agosto de 2012, fruto da conversão da
Medida Provisória n. 568, de 11 de maio de 2012, nos seguintes termos:
Art. 2o Fica instituída a Gratificação de Apoio à Execução de Atividades da Comissão Executiva do Plano
da Lavoura Cacaueira - GECEPLAC, devida aos titulares de cargos de provimento efetivo regidos pela Lei
nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, integrantes do Plano Geral de Cargos do Poder Executivo - PGPE,
de que trata a Lei nº 11.357, de 19 de outubro de 2006, ou do Plano de Carreira dos Cargos de Atividades
Técnicas e Auxiliares de Fiscalização Agropecuária - PCTAF, lotados e em efetivo exercício na Ceplac,
enquanto permanecerem nessa condição. § 1o Os valores da GECEPLAC são os constantes do Anexo II
desta Lei, com efeitos financeiros a partir das datas nele estabelecidas. § 2o Os servidores que fizerem
jus à GECEPLAC que cumprirem jornada de trabalho inferior a 40 (quarenta) horas semanais perceberão
a gratificação proporcional a sua jornada de trabalho.
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§ 3o A Geceplac será paga em conjunto com a Gratificação de Desempenho do Plano Geral de Cargos
do Poder Executivo - GDPGPE ou com a Gratificação de Desempenho de Atividade Técnica e Auxiliar em
Fiscalização Agropecuária - GDTAF, e não servirá de base de cálculo para quaisquer outros benefícios ou
vantagens. (Redação dada pela Lei n º 13.324, de 2016) § 4o A GECEPLAC somente
integrará os proventos da aposentadoria e as pensões se houver sido percebida pelo servidor que a ela
fizer jus por mais de 60 (sessenta) meses. § 5o A GECEPLAC não será devida nas hipóteses de cessão.
5. De acordo com os dispositivos transcritos, a GECEPLAC constitui uma gratificação paga a todos os
servidores que estão lotados e em efetivo exercício na CEPLAC. Isso quer dizer que basta essa condição,

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para se ter direito ao recebimento da GECEPLAC. O decisivo é que os ocupantes de cargos efetivos
estejam lotados e em efetivo exercício, naquele órgão, sem necessidade de realização de atividades
distintas, no próprio órgão, para recebimento da gratificação. Por isso, a GECEPLAC se converte em
gratificação de natureza genérica, quanto a todos os servidores lotados e em exercício na CEPLAC.
6. Nisso, a GECEPLAC se diferencia da GACEN, esta devida àqueles que, em caráter permanente,
realizem atividades de combate e controle de endemias. Pela regulamentação em vigor, a TR2/JEF/DF
concluiu que a GACEN ostenta nítida natureza pro labore faciendo, ou propter oficium, ainda que o seu
pagamento independa da avaliação de desempenho do servidor beneficiado. Isso porque a GACEN é
paga, segundo a letra da lei que a instituiu, em razão das condições distintas em que se realiza o serviço
(propter laborem). Uma vez não sendo realizadas atividades de combate e controle de endemias, em
caráter permanente, um ocupante de cargo dos Quadros respectivos não pode continuar recebendo
GACEN. Assim, essa Gratificação apenas é paga com o vencimento, mas dele se desprende quando
cessa a atividade do servidor. Por isso, é uma vantagem de função ou de serviço, não tendo caráter geral.
7. A condição para pagamento da GACEN (exercício de certas atividades, distintas) não ocorre na
GECEPLAC, cujo fato gerador se resume à lotação e exercício das atribuições no âmbito da CEPLAC.
Com tal desenho legal, todos que estiverem lotados e exercendo suas atribuições, e apenas por isso,
passam a receber a GECEPLAC. Por isso, quando a Administração paga a GECEPLAC em valor
indistinto e independente de qualquer avaliação, a todos os servidores da ativa ali lotados, obviamente tal
gratificação não tem como ostentar natureza pro labore faciendo para tais servidores, tendo um caráter
geral (novamente, para tais servidores lotados e em efetivo exercício no âmbito da CEPLAC).
8. Ora, como se sabe a jurisprudência do STF é no sentido de que toda gratificação que ostentar o caráter
genérico e impessoal deve ser estendida aos servidores inativos e pensionistas, de acordo com os
mesmos critérios e nas mesmas proporções utilizadas para o pessoal da ativa, conforme RE n. 476579 e
RE n. 476390, segundo os quais as gratificações que não apresentarem concretamente caráter específico
original ostentam caráter genérico e, por consequência, devem ser estendidas a todos os servidores
inclusive inativos e pensionistas, amparados pela paridade.
9. Considere, todavia, que a natureza genérica da GECEPLAC se restringe ao âmbito dos servidores
lotados na CEPLAC, não alcançando servidores lotados em outros órgãos, ainda que oriundos dos
mesmos quadros. Como dito, se todos os servidores lotados e em exercício
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na CEPLAC recebem aquela gratificação apenas por essa situação, o seu caráter genérico se restringe
ao âmbito daquela Comissão. Isso é importante para o julgamento da causa porque é necessário que a
parte Autora tenha se aposentado, ou seja titular de pensão instituída por aposentado, cujos atos de
aposentações tenham se dado no âmbito daquela Comissão. Apenas assim a paridade poderá ter o efeito
pretendido pela pretensão autoral.
10. No caso, os documentos acostados ao processo indicam que a parte Autora, ou o instituidor da sua
pensão, exerceu atividades no âmbito da CEPLAC e ali se aposentou, antes da EC 41/2003, que pôs fim
à paridade. Assim, a parte Autora tem direito ao recebimento da GECEPLAC, nos mesmos valores pagos
aos servidores ativos.
11. Por fim, não incide a vedação da SV 37/STF, pois este julgamento apenas aplica o entendimento
consolidado do próprio STF, que declarou inconstitucional o pagamento reduzido (que dirá o seu não
pagamento, pura e simplesmente!) de gratificação a servidores inativos/pensionistas com direito à
paridade, quando a vantagem paga aos servidores da ativa tem um caráter geral.
12. Precedente do STJ: AgRg no Mandado de Segurança 21.601 - DF (2015/0033856-5), Rel. Min.
Herman Benjamim, Primeira Seção, DJe de 1/9/2016: “A GECEPLAC por ser uma gratificação paga a
todos os servidores que estão lotados e em efetivo exercício na CEPLAC, indistintamente, conforme a Lei
12.702/2012, converte-se em gratificação de natureza genérica extensível a todos os aposentados e
pensionistas”. A propósito, essa ação mandamental foi impetrada pela Associação dos Aposentados da
CEPLAC, a confirmar que o caráter genérico da GECEPLAC vale para os servidores que ali são ou foram
lotados, neste último caso aposentando-se no âmbito do órgão.
13. Provimento do recurso interposto pela parte autora para julgar totalmente procedente o pedido inicial,
inclusive no que pertine ao direito à incorporação postulado, mantido o seu julgado em seus demais
termos, corroborando o que diz respeito à atualização do passivo..
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14. Não há, no âmbito do JEF, previsão legal para arbitramento de verba honorária quando há provimento
do recurso (art. 55, caput, da Lei n. 9.099/95).
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade,
dar provimento ao recurso da parte autora.
1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal. Brasília – DF, 24/10/2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES Relator

PROCESSO N. 0037557-11.2018.4.01.3400 RECORRENTE: CLEIDE APARECIDA DA SILVA


ADVOGADO : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO RECORRIDO: UNIAO FEDERAL

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
ADVOGADO: - ANNA AMELIA LISBOA RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. EFEITOS INFRINGENTES. NECESSIDADE DE
DEMONSTRAÇÃO DE OMISSÃO, OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO. VÍCIOS INEXISTENTES.
REJEIÇÃO DOS EMBARGOS. 1. Trata-se de Embargos de declaração opostos pela parte Autora contra
acórdão que rejeitou o pedido de incorporação nos proventos de aposentadoria da integralidade da
gratificação GDPST (100 pontos). 2. A parte Autora/Embargante diz que pretende esclarecer
omissão/contradição, mas reapresenta argumentos de mérito em seu favor, reafirmando que a
gratificação GDPST possui caráter genérico. Ainda, sustenta que o pagamento retroativo e anterior à
publicação da portaria afasta a possibilidade de atribuir natureza pro labore faciendo da GDPST aos
pagamentos realizados pelo Ministério da Saúde. Também alega que após o término do primeiro ciclo de
avaliação em 30/06/2011, o Ministério da Saúde continuou o pagamento da GDPST nos meses e anos
subsequentes sem relação com o resultado do efetivo desempenho individual, ou de condições especiais
ou excepcionais de trabalho. Por fim, requer a mesma pontuação que foi atribuída ao servidor ativo pelo
só exercício das funções normais e próprias do cargo, desde julho/2011, retroativo a novembro/2010
porquanto está recebendo com redução de 50 pontos. 3. A parte Ré ofereceu resposta aos embargos de
declaração. 4. Embargos apresentados em mesa, na forma do art. 1.024, § 1º, NCPC, porque foram
conclusos ao Relator após a data limite para publicação da pauta relativa à Sessão seguinte de
Julgamento. Porém, o dispositivo legal ordena que os embargos sejam levados a julgamento na sessão
subsequente, obviamente depois de sua conclusão, quando então são apresentados em mesa, como ora
se faz. 5. Os argumentos tecidos nos presentes embargos têm como pano de fundo a alegação de
comprovação da persistência da natureza genérica da gratificação GDPST. 6. Com isso, o objetivo da
parte Embargante não é suprir omissão, afastar obscuridade ou eliminar contradição, mas reformar o
julgado pela via inadequada, o que não se admite, tendo em vista que embargos de declaração não são
instrumento processual idôneo para o esgotamento da discussão acerca da matéria. 7. Com efeito, os
embargos declaratórios não são via adequada para corrigir suposto error in judicando, ainda que
demonstrado, não sendo possível atribuir eficácia infringente se ausentes erro material, omissão,
obscuridade ou contradição. Nesse sentido: EDcl nos EREsp 1.035.444/AM, Rel. Ministro Mauro
Campbell Marques, Primeira Seção, DJe 19.5.2015; EDcl nos EDcl no MS 14.117/DF, Rel. Ministro
Napoleão Nunes Maia Filho, Terceira Seção, DJe 1º.8.2011; EDcl no AgRg no AREsp 438.306/RS, Rel.
Ministro Og Fernandes, Segunda Turma, DJe 20.5.2014; EDcl no AgRg no AREsp 335.533/MG, Rel.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

329F735073E5DA622292B6F06F7D126B TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


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Ministra Regina Helena Costa, Quinta Turma, DJe 2.4.2014; EDcl no AgRg nos EAg 1.118.017/RJ, Rel.
Ministro Castro Meira, Corte Especial, DJe 14.5.2012; e EDcl no AgRg nos EAg 1.229.612/DF, Rel.
Ministro Castro Meira, Corte Especial, DJe 13/6/2012. 8. Rejeição dos embargos de declaração opostos
pela parte Autora. ACÓRDÃO Decide a Primeira Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do
Distrito Federal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração. 1ª Turma Recursal, Juizado
Especial Federal/SJDF – 24/10/2019.

JUIZ RUI COSTA GONÇALVES Relator

PROCESSO N. 0037246-20.2018.4.01.3400 RECORRENTE: ANA ISABEL RENNO ADVOGADO :


DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO RECORRIDO: UNIAO FEDERAL ADVOGADO: - DIEGO
EDUARDO FARIAS CAMBRAIA RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. EFEITOS INFRINGENTES. NECESSIDADE DE
DEMONSTRAÇÃO DE OMISSÃO, OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO. VÍCIOS INEXISTENTES.
REJEIÇÃO DOS EMBARGOS. 1. Trata-se de Embargos de declaração opostos pela parte Autora contra
acórdão que rejeitou o pedido de incorporação nos proventos de aposentadoria da integralidade da
gratificação GDPST (100 pontos). 2. A parte Autora/Embargante diz que pretende esclarecer
omissão/contradição, mas reapresenta argumentos de mérito em seu favor, reafirmando que a
gratificação GDPST possui caráter genérico. Ainda, sustenta que o pagamento retroativo e anterior à
publicação da portaria afasta a possibilidade de atribuir natureza pro labore faciendo da GDPST aos
pagamentos realizados pelo Ministério da Saúde. Também alega que após o término do primeiro ciclo de
avaliação em 30/06/2011, o Ministério da Saúde continuou o pagamento da GDPST nos meses e anos
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subsequentes sem relação com o resultado do efetivo desempenho individual, ou de condições especiais
ou excepcionais de trabalho. Por fim, requer a mesma pontuação que foi atribuída ao servidor ativo pelo
só exercício das funções normais e próprias do cargo, desde julho/2011, retroativo a novembro/2010
porquanto está recebendo com redução de 50 pontos. 3. A parte Ré ofereceu resposta aos embargos de
declaração. 4. Embargos apresentados em mesa, na forma do art. 1.024, § 1º, NCPC, porque foram
conclusos ao Relator após a data limite para publicação da pauta relativa à Sessão seguinte de
Julgamento. Porém, o dispositivo legal ordena que os embargos sejam levados a julgamento na sessão
subsequente, obviamente depois de sua conclusão, quando então são apresentados em mesa, como ora
se faz. 5. Os argumentos tecidos nos presentes embargos têm como pano de fundo a alegação de
comprovação da persistência da natureza genérica da gratificação GDPST. 6. Com isso, o objetivo da

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
parte Embargante não é suprir omissão, afastar obscuridade ou eliminar contradição, mas reformar o
julgado pela via inadequada, o que não se admite, tendo em vista que embargos de declaração não são
instrumento processual idôneo para o esgotamento da discussão acerca da matéria. 7. Com efeito, os
embargos declaratórios não são via adequada para corrigir suposto error in judicando, ainda que
demonstrado, não sendo possível atribuir eficácia infringente se ausentes erro material, omissão,
obscuridade ou contradição. Nesse sentido: EDcl nos EREsp 1.035.444/AM, Rel. Ministro Mauro
Campbell Marques, Primeira Seção, DJe 19.5.2015; EDcl nos EDcl no MS 14.117/DF, Rel. Ministro
Napoleão Nunes Maia Filho, Terceira Seção, DJe 1º.8.2011; EDcl no AgRg no AREsp 438.306/RS, Rel.
Ministro Og Fernandes, Segunda Turma, DJe 20.5.2014; EDcl no AgRg no AREsp 335.533/MG, Rel.
Ministra Regina Helena Costa, Quinta Turma, DJe 2.4.2014; EDcl no AgRg nos
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

DF52628B14F9079F2704B8AAEAFED379 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


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EAg 1.118.017/RJ, Rel. Ministro Castro Meira, Corte Especial, DJe 14.5.2012; e EDcl no AgRg nos EAg
1.229.612/DF, Rel. Ministro Castro Meira, Corte Especial, DJe 13/6/2012. 8. Rejeição dos embargos de
declaração opostos pela parte Autora.

ACÓRDÃO Decide a Primeira Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por
unanimidade, rejeitar os embargos de declaração. 1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF –
24/10/2019.

JUIZ RUI COSTA GONÇALVES Relator

PROCESSO N. 0035484-03.2017.4.01.3400 RECORRENTE: SERGIO RENATO BARBOSA MOTTA


ADVOGADO : BA00019557 - JOSE CARLOS RIBEIRO DOS SANTOS RECORRIDO: UNIAO FEDERAL
ADVOGADO: RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL. PROGRESSÃO E PROMOÇÃO FUNCIONAL.
ANALOGIA À CARREIRA DA POLÍCIA FEDERAL. PRECEDENTES DO STJ E DA TNU. AUSÊNCIA DE
RECONHECIMENTO ADMINISTRATIVO. RECURSO IMPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA. 1. Trata-se
de recurso interposto pela parte autora em face de sentença de improcedência proferida em ação
ajuizada objetivando o pagamento das diferenças decorrentes de progressões funcionais quando
completados os interstícios de 12 ou 18 meses. 2. A Turma Nacional de Uniformização, em caso análogo
ao dos autos – progressão dos policiais federais, reviu sua jurisprudência para alinhar-se ao entendimento
firmado pelo Superior Tribunal de Justiça, verbis:
DIREITO ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. CARREIRA DA POLÍCIA FEDERAL.
PROGRESSÃO FUNCIONAL. REQUISITOS. CUMPRIMENTO. EFEITOS FINANCEIROS. LEI N.
9.266/96 E DECRETO N. 2.565/98. MUDANÇA DE ENTENDIMENTO, COM O OBJETIVO DE ALINHAR
ESTA TURMA NACIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO COM A JURISPRUDÊNCIA DOMINANTE DO E.
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. INCIDENTE CONHECIDO E PROVIDO. 1. Trata-se de pedido de
uniformização de jurisprudência interposto pela União em face de acórdão proferido pela Turma Recursal
do Espírito Santo que manteve a sentença de parcial procedência do pedido, reconhecendo o direito do
autor, servidor da Policia Federal, à progressão para a Primeira Classe na data em que preencheu os
requisitos necessários, adotando o entendimento de que a imposição de data única para início dos efeitos
financeiros da progressão funcional, prevista no art. 5º do Decreto 2.565/1998, viola o princípio da
isonomia. 2. A recorrente sustenta divergência com o Superior Tribunal de Justiça que adotaria o
entendimento segundo o qual é devida a progressão funcional da Segunda para Primeira classe, quando
o servidor preenche os seguintes requisitos cumulativos: lapso temporal de cinco anos, a partir do
ingresso na carreira por meio de concurso público, e avaliação de desempenho satisfatório. Inteligência
do artigo 2º, da Lei n.° 9.266/96. 3. O aresto recorrido restou vazado no seguinte sentido: DIREITO
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. CARREIRA DA POLÍCIA FEDERAL. PROGRESSÃO
FUNCIONAL. 1. A União Federal interpôs recurso da sentença que declarou o direito da autora à
progressão funcional e a seus efeitos financeiros desde a data de preenchimento dos requisitos legais
para ascensão na carreira, e que a condenou ao pagamento das parcelas atrasadas referentes à
diferença entre as remunerações das classes no período de
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02.06.2007 a 29.02.2008. Em suas razões, argui a preliminar de incompetência absoluta e, no mérito,
alega que a autora não faz jus à progressão funcional e que a procedência de seu pedido implicaria
ofensa ao princípio da separação dos poderes e à Súmula 339 do STF. Contrarrazões às fls. 62/68. I –
PRELIMINAR DE INCOMPETÊNCIA 1. A autora não pretende anular ou cancelar ato administrativo.
Pretende que lhe seja assegurado o direito à progressão funcional e ao gozo de seus efeitos financeiros a
partir da data em que reuniu as condições exigidas para tanto . Afastada a alegação de incompetência
dos Juizados Especiais Federais, uma vez que não há violação ao art. 3º, III, da Lei 10.259/2001. II –

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MÉRITO 1. A TNU já se posicionou acerca do tema sob exame adotando o entendimento de que a
imposição de data única para início dos efeitos financeiros da progressão funcional, prevista no art. 5º do
Decreto 2.565/1998, viola o princípio da isonomia. Além disso, acolheu a tese de que os efeitos
financeiros da progressão funcional da carreira de Policial Federal iniciam-se a partir da data de
preenchimento dos requisitos legais (PEDILEF 05019994820094058500). 2. Não há ofensa ao princípio
da separação dos poderes (art. 2º da CRFB/1988) nem inobservância à Súmula 339 do STF, pois o
provimento jurisdicional limitou-se a aplicar o princípio da isonomia à legislação em vigor para assegurar o
direito da autora à progressão funcional e a seus efeitos financeiros. 3. No caso presente, em 02.06.1977,
a autora tomou posse e entrou em exercício no cargo de Agente de Polícia Federal, Segunda Classe. Em
02.06.2002, progrediu da Segunda para a Primeira Classe, mas com efeitos financeiros a partir de
01.03.2003. Em 02.06.2007, progrediu da Primeira Classe para a Classe Especial, com efeitos financeiros
a partir de 01.03.2008. Isso significa dizer que embora a autor a tenha cumprido as condições exigidas
para progredir funcionalmente em 02.06.2002 e 02.06.2007, os efeitos financeiros decorrentes de sua
ascensão na carreira entraram em vigor somente a partir de 1º de março dos anos subseqüentes, nos
termos do art. 5º do Decreto 2.562/1998 (revogado pelo Decreto 7.014/2009), o que contraria o
entendimento firmado pela TNU. III - Recurso da União Federal conhecido e desprovido. Sem custas.
Condenação da recorrente vencida ao pagamento de honorários sucumbenciais de 10% sobre o valor da
condenação (art. 55, caput, da Lei 9.099/1995). 5. Reputo configurada a divergência. Prossigo quanto à
análise meritória. 6. Com efeito, não obstante esta Turma Nacional de Uniformização já tenha adotado
entendimento no sentido do aresto recorrido, é de rigor observar que recentemente a matéria foi objeto de
análise pelo e. Superior Tribunal de Justiça, o qual vem adotando o posicionamento segundo o qual deve
ser aplicada a legislação que regulamenta a progressão funcional dos policiais federais, qual seja, o art.
2º, parágrafo único, da Lei 9266/96 e o art. 5º do Decreto 2.565/98, segundo o qual a progressão dos
autores deve se dar no mês de março do ano subsequente, quando implementados os requisitos para a
referida promoção. 7. Diversos julgados confirmam aludido entendimento, in verbis: EMENTA:
PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL.
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POLICIAL FEDERAL. PROGRESSÃO NA CARREIRA. REQUISITOS. CUMPRIMENTO. EFEITOS
FINANCEIROS. LEI N. 9.266/96 E DECRETO N. 2.565/98. 1. O cerne da controvérsia reside na
possibilidade de se condenar a União a conceder progressão funcional da Segunda para a Primeira
Classe na Carreira Policial Federal, contada do ingresso na carreira, com as devidas repercussões
financeiras e registro funcional. 2. A progressão dos servidores da carreira de policial federal deve ter
seus efeitos financeiros a partir de março do ano subsequente, nos termos do disposto na Lei n. 9.266/96
e no Decreto n. 2.565/98. Precedentes: AgRg no REsp 1.373.344/SC, Rel. Ministra Assusete Magalhães,
Segunda Turma, DJe 16/3/2016; AgRg no REsp 1.470.626/PE, Rel. Ministro Humberto Martins, Segunda
Turma, DJe 8/3/2016; AgRg nos EDcl no REsp 1.258.142/PE, Rel. Ministro Sérgio Kukina, Primeira
Turma, DJe 15/2/2016. 3. Agravo regimental não provido. ..EMEN: (AGRESP 201202292790, BENEDITO
GONÇALVES, STJ - PRIMEIRA TURMA, DJE DATA:11/05/2016 ..DTPB:.) EMENTA: PROCESSUAL
CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. POLICIAL FEDERAL.
PROGRESSÃO NA CARREIRA. REQUISITOS. CUMPRIMENTO. EFEITOS FINANCEIROS. LEI N.
9.266/96 E DECRETO N. 2.565/98. 1. O cerne da controvérsia reside na possibilidade de se condenar a
União a conceder progressão funcional da Segunda para a Primeira Classe na Carreira Policial Federal,
contada do ingresso na carreira, com as devidas repercussões financeiras e registro funcional. 2. A
progressão dos servidores da carreira de policial federal deve ter seus efeitos financeiros a partir de
março do ano subsequente, nos termos do disposto na Lei n. 9.266/96 e no Decreto n. 2.565/98.
Precedentes: AgRg no REsp 1.373.344/SC, Rel. Ministra Assusete Magalhães, Segunda Turma, DJe
16/3/2016; AgRg no REsp 1.470.626/PE, Rel. Ministro Humberto Martins, Segunda Turma, DJe 8/3/2016;
AgRg nos EDcl no REsp 1.258.142/PE, Rel. Ministro Sérgio Kukina, Primeira Turma, DJe 15/2/2016. 3.
Agravo regimental não provido. ..EMEN: (AGRESP 201202292790, BENEDITO GONÇALVES, STJ -
PRIMEIRA TURMA, DJE DATA:11/05/2016 ..DTPB:.) EMENTA: ADMINISTRATIVO. AGRAVO
REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. POLICIAL FEDERAL. PROGRESSÃO NA CARREIRA.
EFEITOS FINANCEIROS. ART. 2º DA LEI 9.266/96 E ART. 5º DO DECRETO 2.565/98. ACÓRDÃO
IMPUGNADO EM HARMONIA COM A JURISPRUDÊNCIA DO STJ. AGRAVO REGIMENTAL
IMPROVIDO. I. Cinge-se a controvérsia em saber se a progressão funcional dos servidores da carreira de
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Policial Federal deve, ou não, ter seus efeitos financeiros a partir de março do ano subsequente ao
preenchimento dos requisitos para a referida progressão, nos termos do art. 5º do Decreto 2.565/98. II.
Consoante a jurisprudência desta Corte, em casos análogos, "a progressão dos servidores da carreira de
policial federal deve ter seus efeitos financeiros a partir de março do ano subsequente, nos termos do
disposto na Lei n. 9.266/96 e no Decreto n. 2.565/98" (STJ, REsp 1.533.937/CE, Rel. Ministro MAURO
CAMPBELL MARQUES, DJe de 02/06/2015). No mesmo sentido: STJ, AgRg nos EDcl no REsp
1.258.142/PE, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA,
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PRIMEIRA TURMA, DJe de 15/02/2016; AgRg nos EDcl no REsp 1.394.089/PB, Rel. Ministro HERMAN
BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, DJe de 22/05/2014. III. Assim, é de se reconhecer que - tal como
constou do aresto combatido - a progressão do ora agravante deve ocorrer no mês de março do ano
subsequente, desde que implementados os requisitos para a referida promoção. IV. Agravo Regimental
improvido. ..EMEN: (AGRESP 201300965413, ASSUSETE MAGALHÃES, STJ - SEGUNDA TURMA, DJE
DATA:16/03/2016 ..DTPB:.) 8. Assim, visando uniformizar a jurisprudência das Turmas Recursais com o
entendimento que vem sendo adotado pelo Superior Tribunal de Justiça, tenho que o incidente deve ser
conhecido e provido para, alinhando o entendimento desta Turma Nacional de Uniformização, firmar a
tese de que: “a progressão dos servidores da carreira de policial federal deve ter seus efeitos financeiros
a partir de março do ano subsequente, nos termos do disposto na Lei n. 9.266/96 e no Decreto n.
2.565/98.” 9. Incidente conhecido e provido. Acordam os membros da TNU - Turma Nacional de
Uniformização CONHECER E DAR PROVIMENTO ao Incidente de Uniformização de Jurisprudência
interposto, nos termos do voto-ementa do Juiz Federal Relator. (PEDILEF 201050500054126, JUIZ
FEDERAL FERNANDO MOREIRA GONÇALVES, TNU, DOU 12/09/2017 PÁG. 49/58.) 3. Assim, não há
que se falar em não recepção constitucional dos art. 10 e 19 do Decreto nº 84.669/80. 4. Recurso
improvido. Sentença mantida. 5. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº 9.099/95. 6. A parte
autora, recorrente vencida, pagará honorários advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da causa,
ficando a condenação suspensa enquanto perdurar o estado de carência que justificou a concessão da
justiça gratuita, prescrevendo a dívida cinco anos após a sentença final, nos termos do art. 98, §3º, do
CPC/15.
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso da parte autora.
1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.

JUIZ RUI COSTA GONÇALVES Relator

PROCESSO N. 0016348-20.2017.4.01.3400 RECORRENTE: JOSE ROBERTO MONTEIRO


ADVOGADO : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA SILVA RECORRIDO: UNIAO
FEDERAL ADVOGADO: RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. EFEITOS INFRINGENTES. NECESSIDADE DE
DEMONSTRAÇÃO DE OMISSÃO, OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO. VÍCIOS INEXISTENTES.
REJEIÇÃO DOS EMBARGOS. 1. A parte Autora opôs embargos de declaração contra acórdão que
rejeitou seu pedido de enquadramento no Plano de Carreira da Área de Ciência e Tecnologia. 2. Diz a
parte Embargante que houve omissão, pois foi demonstrada a violação ao princípio da isonomia, mas o
entendimento contrário é carecedor de fundamentação legal e jurisprudencial, o que afronta o art. 93, IX
da CF. Que também não houve manifestação acerca da violação ao dispositivo encartado no art. 7º, XXX,
que veda a proibição de diferenças de salários, de exercício de funções e de critérios de admissão e art.
39, § 1º, da Carta da República. Ainda, alega que não houve manifestação sobre o pedido de declaração
de inconstitucionalidade do § 3º, do art. 1º, da Lei 8.691/1993, com redação dada pela Lei 12.823/2013,
pelo que pede manifestação expressa acerca dos dispositivos constitucionais invocados, claramente
violados, quais sejam caput, do art. 5º, no tocante à isonomia; art. 7º, XXX; e art. 39, § 1º, para fins de
prequestionamento. 3. A parte Ré ofereceu resposta aos embargos de declaração. 4. A parte embargante
não demonstra omissão, contradição, obscuridade ou erro material que conduza à modificação do
julgado. Na verdade, o que se verifica dos argumentos apresentados nos embargos de declaração é mero
inconformismo quanto à solução de mérito dada ao caso. 5. Não cabe reapreciação de matéria em sede
de embargos de declaração, porquanto não são via adequada para esgotamento da discussão acerca da
matéria julgada, podendo a parte submeter a questão à apreciação da Corte Superior em recurso próprio.
6. Ora, os embargos declaratórios não são via adequada para corrigir suposto error in judicando, ainda
que demonstrado, não sendo possível atribuir eficácia infringente se ausentes erro material, omissão,
obscuridade ou contradição. Nesse sentido: EDcl nos EREsp 1.035.444/AM, Rel. Ministro Mauro
Campbell Marques, Primeira Seção, DJe 19.5.2015; EDcl nos EDcl no MS 14.117/DF, Rel. Ministro
Napoleão Nunes Maia Filho, Terceira Seção, DJe 1º.8.2011; EDcl no AgRg no AREsp 438.306/RS, Rel.
Ministro Og Fernandes, Segunda Turma, DJe 20.5.2014; EDcl no AgRg no AREsp 335.533/MG, Rel.
Ministra Regina Helena Costa, Quinta Turma, DJe 2.4.2014; EDcl no AgRg nos EAg 1.118.017/RJ, Rel.
Ministro Castro Meira, Corte Especial, DJe 14.5.2012; e EDcl no AgRg nos EAg 1.229.612/DF, Rel.
Ministro Castro Meira, Corte Especial, DJe 13/6/2012. 7. De outra banda, se o acórdão embargado
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abordou os argumentos levantados pelas partes Recorrente/Recorrida, significa isso que também já foram
expressamente considerados os elementos suscitados para fins de prequestionamento.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

DD532F35A4B5675AE11B91B40683EDE8 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


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8. Além disso, pela regra prevista no art. 1.025, NCPC, "consideram-se incluídos no acórdão os
elementos que o embargante suscitou, para fins de préquestionamento, ainda que os embargos de
declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão,
contradição ou obscuridade". 9. Rejeição dos embargos de declaração opostos pela parte Autora.

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
ACÓRDÃO Decide a Primeira Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por
unanimidade, rejeitar os embargos de declaração. 1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF,
24/10/2019.

JUIZ RUI COSTA GONÇALVES Relator

PROCESSO N. 0045082-78.2017.4.01.3400 RECORRENTE: JOSE RAIMUNDO GONCALVES DE


SOUZA ADVOGADO : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA SILVA RECORRIDO:
UNIAO FEDERAL ADVOGADO: RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. EFEITOS INFRINGENTES. NECESSIDADE DE
DEMONSTRAÇÃO DE OMISSÃO, OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO. VÍCIOS INEXISTENTES.
REJEIÇÃO DOS EMBARGOS. 1. A parte Autora opôs embargos de declaração contra acórdão que
rejeitou seu pedido de enquadramento no Plano de Carreira da Área de Ciência e Tecnologia. 2. Diz a
parte Embargante que houve omissão, pois foi demonstrada a violação ao princípio da isonomia, mas o
entendimento contrário é carecedor de fundamentação legal e jurisprudencial, o que afronta o art. 93, IX
da CF. Que também não houve manifestação acerca da violação ao dispositivo encartado no art. 7º, XXX,
que veda a proibição de diferenças de salários, de exercício de funções e de critérios de admissão e art.
39, § 1º, da Carta da República. Ainda, alega que não houve manifestação sobre o pedido de declaração
de inconstitucionalidade do § 3º, do art. 1º, da Lei 8.691/1993, com redação dada pela Lei 12.823/2013,
pelo que pede manifestação expressa acerca dos dispositivos constitucionais invocados, claramente
violados, quais sejam caput, do art. 5º, no tocante à isonomia; art. 7º, XXX; e art. 39, § 1º, para fins de
prequestionamento. 3. A parte Ré ofereceu resposta aos embargos de declaração. 4. A parte embargante
não demonstra omissão, contradição, obscuridade ou erro material que conduza à modificação do
julgado. Na verdade, o que se verifica dos argumentos apresentados nos embargos de declaração é mero
inconformismo quanto à solução de mérito dada ao caso. 5. Não cabe reapreciação de matéria em sede
de embargos de declaração, porquanto não são via adequada para esgotamento da discussão acerca da
matéria julgada, podendo a parte submeter a questão à apreciação da Corte Superior em recurso próprio.
6. Ora, os embargos declaratórios não são via adequada para corrigir suposto error in judicando, ainda
que demonstrado, não sendo possível atribuir eficácia infringente se ausentes erro material, omissão,
obscuridade ou contradição. Nesse sentido: EDcl nos EREsp 1.035.444/AM, Rel. Ministro Mauro
Campbell Marques, Primeira Seção, DJe 19.5.2015; EDcl nos EDcl no MS 14.117/DF, Rel. Ministro
Napoleão Nunes Maia Filho, Terceira Seção, DJe 1º.8.2011; EDcl no AgRg no AREsp 438.306/RS, Rel.
Ministro Og Fernandes, Segunda Turma, DJe 20.5.2014; EDcl no AgRg no AREsp 335.533/MG, Rel.
Ministra Regina Helena Costa, Quinta Turma, DJe 2.4.2014; EDcl no AgRg nos EAg 1.118.017/RJ, Rel.
Ministro Castro Meira, Corte Especial, DJe 14.5.2012; e EDcl no AgRg nos EAg 1.229.612/DF, Rel.
Ministro Castro Meira, Corte Especial, DJe 13/6/2012. 7. De outra banda, se o acórdão embargado
abordou os argumentos levantados pelas partes Recorrente/Recorrida, significa isso que também já foram
expressamente considerados os elementos suscitados para fins de prequestionamento.
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8. Além disso, pela regra prevista no art. 1.025, NCPC, "consideram-se incluídos no acórdão os
elementos que o embargante suscitou, para fins de préquestionamento, ainda que os embargos de
declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão,
contradição ou obscuridade". 9. Rejeição dos embargos de declaração opostos pela parte Autora.
ACÓRDÃO Decide a Primeira Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por
unanimidade, rejeitar os embargos de declaração. 1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF,
24/10/2019.

JUIZ RUI COSTA GONÇALVES Relator

PROCESSO N. 0012473-71.2019.4.01.3400 RECORRENTE: FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE


FUNASA ADVOGADO : - CYNARA PADUA OLIVEIRA RECORRIDO: ANTONIO REINALDO DE SOUSA
ADVOGADO: MS00017365 - VINICIUS DE MORAES GONCALVES MENDES RELATOR: RUI COSTA
GONÇALVES
EMENTA
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ADMINISTRATIVO. GRATIFICAÇÃO DE ATIVIDADE DE COMBATE E CONTROLE DE ENDEMIAS -


GACEN. NATUREZA REMUNERATÓRIA. PAGAMENTO NÃO DEPENDE DE AVALIAÇÃO DE
DESEMPENHO. EXTENSÃO AOS INATIVOS. PRECEDENTE DA TNU. RECURSO IMPROVIDO.
SENTENÇA MANTIDA. 1. Trata-se de recurso interposto pela Ré contra sentença no bojo da qual foi
julgado parcialmente procedente o pedido “para que a GACEN seja deferida à parte autora em valor
idêntico àquele pago aos servidores em atividade, a partir de 12/12/2012 (tendo em vista a prescrição das
parcelas anteriores). Extingo o processo, com julgamento do mérito (art. 487, I, do NCPC).” 2. A GACEN
foi criada pelo art. 54, da Lei 11.784/2008, nesses termos: “Fica instituída, a partir de 1º de março de
2008, a Gratificação de Atividade de Combate e Controle de Endemias - GACEN, devida aos ocupantes
dos cargos de Agente Auxiliar de Saúde Pública, Agente de Saúde Pública e Guarda de Endemias, do

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Quadro de Pessoal do Ministério da Saúde e do Quadro de Pessoal da Fundação Nacional de Saúde -
FUNASA, regidos pela Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990”. 3. Por sua vez, o art. 55, diz que: “A
Gecen e a Gacen serão devidas aos titulares dos empregos e cargos públicos de que tratam os arts. 53 e
54 desta Lei, que, em caráter permanente, realizarem atividades de combate e controle de endemias, em
área urbana ou rural, inclusive em terras indígenas e de remanescentes quilombolas, áreas extrativistas e
ribeirinhas”. 4. Já o art. 284, da Lei 11.907/2009, dispõe que: “Aplica-se a Gratificação de Atividade de
Combate e Controle de Endemias - GACEN, de que trata o art. 54 da Lei nº 11.784, de 22 de setembro de
2008, aos servidores do Quadro de Pessoal do Ministério da Saúde e do Quadro de Pessoal da Fundação
Nacional de Saúde FUNASA, regidos pela Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, ocupantes dos
seguintes cargos: I - Agente de Saúde; II - Auxiliar de Laboratório; III - Auxiliar de Laboratório 8 (oito)
horas; IV - Auxiliar de Saneamento; V - Divulgador Sanitário; VI - Educador em Saúde; VII - Laboratorista;
VIII - Laboratorista Jornada 8 (oito) horas; IX - Microscopista; X - Orientador em Saúde; XI - Técnico de
Laboratório; XII - Visitador Sanitário; e
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XIII - Inspetor de Saneamento. Parágrafo único. O titular do cargo de Motorista ou de Motorista Oficial
que, em caráter permanente, realizar atividades de apoio e de transporte das equipes e dos insumos
necessários para o combate e controle das endemias fará jus à gratificação a que se refere o caput deste
artigo.

5. De acordo com a Lei 11.784/2008 (art. 54) e a Lei 11.907/2009 (art. 284), para o recebimento da
GACEN o servidor deve pertencer ao quadro de pessoal do Ministério da Saúde ou ao quadro de pessoal
da Fundação Nacional de Saúde – FUNASA e seja ocupante de um dos cargos especificados pelas leis
em referência, observando-se que, para os ocupantes dos cargos de Agente Auxiliar de Saúde Pública,
Agente de Saúde Pública e Guarda de Endemias, do Quadro de Pessoal do Ministério da Saúde e do
Quadro de Pessoal da Fundação Nacional de Saúde – FUNASA, a atividade deve ser exercida em caráter
permanente (art. 55, Lei 11.784/2008), o que deixa claro que nem todos os servidores do Ministério da
Saúde ou da FUNASA estão aptos ao recebimento da GACEN. 6. De todo modo, evidencia-se o caráter
geral em relação aos ocupantes dos cargos que as leis discriminam, uma vez que seu recebimento não
está condicionado a qualquer avaliação de desempenho individual. Contudo, para o servidor inativo ter
direito ao recebimento da GACEN no mesmo valor em que é paga aos servidores ativos, há necessidade
de se comprovar aposentadoria com direito à paridade e que seja ocupante de um dos cargos que as leis
discriminam. 7. No caso, o autor é servidor público federal aposentado dos quadros da FUNASA,
integrante da Carreira da Previdência, da Saúde e do Trabalho nos termos da Lei nº 11.784/2008, e
exercia a função de agente de saúde, que dá direito à percepção da Gratificação de Atividade de
Combate e Controle de Endemias – GACEN. E, note-se bem, sua inativação se deu até 19 de fevereiro
de 2004, sendo, pois, detentora do direito à paridade de remuneração com os servidores da ativa. 8.
Acerca do tema, a TNU decidiu “reafirmando a tese da natureza remuneratória da GACEN, acrescendo-
se, agora, o seu caráter geral, bem como o direito à paridade da parte autora, pois aposentada
anteriormente à EC 41/2003, que extinguiu tal direito”. PEDILEF 05033027020134058302, Juiz Federal
Ronaldo José da Silva, TNU, DOU 05/02/2016 PÁGINAS 221/329. 9. Recurso improvido. Sentença
mantida. 10. Honorários advocatícios pagos pela parte recorrente em 10% sobre o valor da condenação
(art. 55, caput, da Lei n. 9.099/1995).

ACÓRDÃO

Decide a Primeira Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade,
negar provimento ao recurso da Ré.

1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal. Brasília – DF, 24/10/2019.

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JUIZ RUI COSTA GONÇALVES Relator

PROCESSO N. 0032587-65.2018.4.01.3400 RECORRENTE: ESPEDITO SOARES DA SILVA


ADVOGADO : DF00020462 - CARLOS LEONARDO SOUZA DOS SANTOS RECORRIDO: UNIAO
FEDERAL (FAZENDA NACIONAL) ADVOGADO: - KELLY OTSUKA MIIKE RELATOR: RUI COSTA
GONÇALVES
EMENTA
TRIBUTÁRIO E PREVIDENCIÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. INCIDÊNCIA SOBRE OS
RENDIMENTOS DO TRABALHO. APOSENTADO QUE PERMANECEU OU RETORNOU À ATIVIDADE.

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
INCIDÊNCIA LEGÍTIMA. PRECEDENTE DO STF. RECURSO IMPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA. 1.
Trata-se de recurso inominado interposto pela parte autora em face de sentença de improcedência
proferida em ação ajuizada objetivando a declaração de inexigibilidade de contribuição previdenciária
incidente sobre os rendimentos/salários auferidos por aposentado, que permaneceu ou retornou ao
mercado de trabalho, bem como a repetição dos valores recolhidos a tal título. 2. O Supremo Tribunal
Federal, em recente decisão, reconheceu a repercussão geral da matéria e reafirmou a sua jurisprudência
no sentido de ser constitucional a incidência de contribuição previdenciária incidente sobre os
rendimentos do trabalho auferidos por aposentado, submetido ao RGPS, que permaneça ou retorne à
atividade no mercado de trabalho (ARE 1224327, acórdão pendente de publicação). 3. Desse modo, ante
a necessidade de observância dos precedentes firmados pelo Supremo Tribunal Federal nos julgamentos
com repercussão geral, há de ser mantida a sentença de improcedência. 4. Recurso improvido. Sentença
mantida. 5. Acórdão lavrado nos moldes do art. 46 da Lei nº 9.099/95. 6. Honorários advocatícios pela
parte recorrente, fixados em 10% sobre o valor corrigido da causa, suspensa, entretanto, a presente
condenação em virtude da concessão dos benefícios da justiça gratuita, nos termos do art. 98, §3º, do
CPC/15. A C Ó R D Ã O Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao
recurso da parte autora. 1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.

JUIZ RUI COSTA GONÇALVES Relator

PROCESSO N. 0004348-17.2019.4.01.3400 RECORRENTE: UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)


ADVOGADO : - CELIA FERREIRA TAVARES DE LYRA RECORRIDO: EVERTON MONTEIRO SILVA
ADVOGADO: DF00038160 - ALESSANDRA CALDAS BEZERRA E OUTRO(S) RELATOR: RUI COSTA
GONÇALVES

EMENTA
TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. CPSS. PRECATÓRIO/RPV. SERVIDOR PÚBLICO.
CRÉDITO RELATIVO AO PERÍODO ANTERIOR À EC 41/2003 E À LEI N. 10.887/04. REGIME DE
COMPETÊNCIA. EXAÇÃO CALCULADA SOBRE O ÍNDICE EM VIGOR NO MOMENTO DO
INADIMPLEMENTO. RECURSO IMPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA. 1. Trata-se de recurso interposto
em face de sentença no bojo da qual foi julgado procedente o pedido “para declarar que a contribuição
previdenciária, no processo judicial destacado na petição inicial, deve observar o regime de competência,
de forma que incida a alíquota conforme a legislação vigente à época em que as diferenças deveriam ter
sido pagas ao servidor. Ainda, declaro que não deve haver incidência de contribuição para o PSS sobre
os juros de mora.” 2. Inicialmente, rejeito a preliminar de inépcia da inicial, uma vez que, ao contrário do
que alega a União, a ação foi ajuizada com os documentos necessários para o julgamento do feito, não
sendo verificado nenhum tipo de vício capaz de obstar a prestação jurisdicional ou dificultar a defesa da
ré. 3. O fato gerador da contribuição para o PSS se deu dentro dos cinco anos anteriores ao ajuizamento
da presente ação, motivo pelo qual rejeito a preliminar de prescrição. 4. Nas razões recursais, a União
alega, e suma, a falta documentação apta a comprovar o direito alegado, bem como a inaplicabilidade do
regime de competência em relação à incidência da contribuição do Plano de Seguridade do Servidor
Público Inativo, devendo o lançamento ser feito na data da ocorrência do fato gerador, que neste caso é a
data da percepção da remuneração mediante o precatório/RPV. 5. Mérito. A retenção de valores devidos
a título de Contribuição ao Plano de Seguridade Social - CPSS decorre de imposição legal, sendo devida
a dedução em tela no momento do recebimento dos valores por meio de precatório/RPV. É o que se
extrai do texto do artigo 16-A da Lei n.º 10.887/04, com a redação dada pela Lei n.º 11.941, de 27 de maio
de 2009. 6. Sobre o tema, o STJ, em análise de recurso submetido à sistemática do artigo 543-C do
CPC, pacificou que a retenção na fonte da Contribuição do Plano de Seguridade do Servidor Público -
CPSS, incidente sobre valores pagos em cumprimento de decisão judicial, prevista no artigo 16-A da Lei
n.º 10.887/04, constitui obrigação ex lege e como tal deve ser promovida independentemente de
condenação ou de prévia autorização no título executivo (Resp 1.196.777). 7. O artigo 144 do CTN prevê
que “o lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então
vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada”. Neste caso, a parte autora recebeu verba
judicial em decorrência da ação ordinária 000372-34.1999..4.05.8000
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

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2
446

(Seção Judiciária de Alagoas), em relação a verbas atrasadas a título de Gratificação operação Especial –
GOE, referente ao período de novembro de 1989 a dezembro de 1990, recebidas por meio de precatório
judicial em 24/11/2015. 8. Nesse período, a parte autora ainda estava na ativa, devendo ser aplicada a lei
vigente à época. 9. A contribuição previdenciária dos servidores públicos era regida pela legislação
anterior à atual Constituição Federal, regulamentada pelo Decreto n.º 83.081/79 (Art. 95), com a redação
dada pelo Decreto n.º 90.817/85, em que a exigência é fixada em alíquota única de 6% (seis por cento).
Posteriormente, a matéria passou a ser regulamentada pela Lei n.º 8.688, de 21.07.1993, com incidência
até 30 de junho de 1994, que estabeleceu alíquotas progressivas que alcançavam até 12% (doze por
cento). Esgotado aquele prazo, e não tendo o Poder Executivo observado a determinação imposta pela
aludida Lei, para que apresentasse projeto de lei dispondo sobre o Plano de Seguridade Social do

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
servidor, foi editada a Medida Provisória n.º 560, de 26 de julho de 1994, que fixou alíquotas que
deveriam ser observadas a partir de 1º de julho de 1994. 10. Dessa forma, devem ser restituídos os
valores cobrados além da alíquota de 6% no curso da vigência da Lei nº. 8.161/91 e até 26.10.1994, com
o advento dos noventa dias a partir da publicação da MP 560/94. 11. No presente caso, a parte autora,
servidora pública ajuizou ação judicial pleiteando pagamento de diferenças salariais e, em decorrência,
recebeu o montante devido relativo ao período de novembro/1989 a dezembro/1990. 12. Verifico, assim,
que os valores sobre os quais incidiram o percentual de 11% remontam ao período anterior a 1994.
Portanto, é devida a repetição da diferença a titulo de contribuição previdenciária. 13. Sobre o assunto,
confira-se o seguinte precedente da TNU:

PEDIDO NACIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA. CONTRIBUIÇÃO


PREVIDENCIÁRIA. PSS. INCIDÊNCIA SOBRE APOSENTADORIAS E PENSÕES. LIMITE DE
INCIDÊNCIA: O TETO DO RGPS. AGRAVAMENTO DA SITUAÇÃO DO RECORRENTE, EM CASO DE
PROVIMENTO. INCIDENTE CONHECIDO E IMPROVIDO. (…)5. Assim, nos casos em que se refere ao
período anterior à edição da Emenda Constitucional nº 41/2003, não são devidos os descontos em
referência, porquanto o fato gerador da obrigação previdenciária guarda correspondência com a época
em que a verba era devida, razão pela qual não se pode admitir a exação sobre valores que deveriam ter
sido pagos em período anterior à taxação dos inativos e pensionistas. 6. Quanto ao período posterior à
edição da EC nº 41/03, mesmo tendo o fato gerador do tributo ocorrido em momento no qual era possível
a sua incidência, o desconto deve obedecer ao requisito expresso no art. 5º da Lei 10.887/2004, ou seja,
somente poderá incidir o PSS sobre os valores que ultrapassarem o teto estabelecido pelo RGPS.(...)
(TNU, PEDILEF 05028736620144058400, DJ. 13/10/2015). 14. Assim, está correto o entendimento da
sentença ao reconhecer que a base de cálculo do tributo deve ser considerada no momento em que era
devida, mas não fora adimplida. Nesse sentido, vejamos: “é desinfluente, para fins de incidência da
contribuição previdenciária sobre verbas recebidas em Execução de Sentença por servidores públicos
inativos (instituída pela EC n. 41, de 19 DEZ 2003, e regulamentada pela Lei n. 10.887, de 18 JUN 2004),
a data do
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

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alvará de levantamento da quantia depositada em razão de precatório. A regra jurídica aplicável é a
vigente quando de cada pagamento mensal sem o índice do reajuste judicialmente reconhecido devido
(no caso, resíduo de 3,17%). Neste sentido: REsp 491.605/PR, Rel. Min. ELIANA CALMON, T2, julg.
19/12/2003, DJ 15/03/2004; AG 00098444620104050000, Des. Fed. EMILIANO ZAPATA LEITÃO,
T4/TRF5, DJE 16/09/2010; AGA 200901000709761, Juiz MARCOS AUGUSTO DE SOUSA (CONV.),
T1/TRF1, 13/10/2010. 5. Se acolhida a tese a FN de que o fato gerador do tributo é o efetivo pagamento
do valor da condenação, os servidores substituídos estariam sofrendo dupla penalização: não receber as
parcelas devidas na época própria e auferi-las posteriormente com incidência de exação que inexistia até
então" (ACORDAO 00000454320094014100, DESEMBARGADOR FEDERAL LUCIANO TOLENTINO
AMARAL, TRF1 - SÉTIMA TURMA, e-DJF1 DATA:23/09/2011 PAGINA:327). 15. Desse modo,
considerando que a alíquota do PSS quando do surgimento dos fatos geradores do tributo (novembro de
1989 a dezembro de 1990) era de 6% (seis por cento), mantenho a sentença que determina a restituição
à parte Autora, pela União, de eventual valor excedente de PSS recolhido nos citados processos, ou seja,
da diferença entre a alíquota de 11% e a alíquota de 6%. 16. Recurso improvido. Sentença mantida. 17.
Honorários advocatícios pagos pelo recorrente vencido, fixados em 10% (dez por cento sobre o valor da
condenação (art. 55, caput, da Lei n. 9.099/95).
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso da Ré.
1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF. Brasília-DF, 24/10/2019.

JUIZ RUI COSTA GONÇALVES Relator

PROCESSO N. 0042038-17.2018.4.01.3400 RECORRENTE: MILTON XAVIER ROCHA ADVOGADO :


DF00019275 - RENATO BORGES BARROS RECORRIDO: UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVOGADO: - CELIA FERREIRA TAVARES DE LYRA RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
447

EMENTA
ADMINISTRATIVO E TRIBUTÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO. AUXÍLIO PRÉESCOLAR. INCIDÊNCIA DE
IMPOSTO DE RENDA. PRESCRIÇÃO QUINQUENAL. PEDIDO ADMINISTRATIVO VISANDO À
RESTITUIÇÃO REFERENTE AOS EXERCÍCIOS DE 2008 A 2012. SUPOSTO RECONHECIMENTO
ADMINISTRATIVO DA NÃO-INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA COMO CAUSA INTERRUPTIVA DO LAPSO
PRESCRICIONAL. MERA FUNDAMENTAÇÃO DA DECISÃO PROFERIDA ADMINISTRATIVAMENTE.
ENTENDIMENTO DA ADMINISTRAÇÃO QUE RESULTOU, INCLUSIVE, NA CESSAÇÃO DA
TRIBUTAÇÃO A PARTIR DOS EXERCÍCIOS SEGUINTES ÀQUELES COMPREENDIDOS NO PEDIDO
DE RESTITUIÇÃO. PLEITO FULMINADO PELA PRESCRIÇÃO QUINQUENAL. RECURSO IMPROVIDO.

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
SENTENÇA MANTIDA. 1. Trata-se de recurso interposto pela parte autora em face da sentença que
reconheceu a prescrição quinquenal e julgou extinto o processo, com exame do mérito, com base no art.
487, inciso II, do Código de Processo Civil/2015. 2. Nas suas razões recursais, a parte autora alega que
houve reconhecimento administrativo do direito à restituição de Imposto de Renda sobre Auxílio
PréEscolar retido nos exercícios financeiros de 2008 a 2012, conforme Parecer do NUJUR/TJDFT de fls.
100/104 do PA 19.502/2016, emitindo declaração contemplando os valores recolhidos por conta da
incidência do tributo mencionado. Afirma, ainda, que não houve prescrição do fundo de direito, uma vez
que o prazo prescricional ficou interrompido até a data da negativa do pagamento na esfera
administrativa, em 22/02/2017. 3. Foram apresentadas contrarrazões. 4. O pedido da parte autora se
refere à restituição de imposto de renda que foram recolhidos entre o período de 2008 a 2012, por conta
de incidência sobre valores pagos pela Administração como Auxílio-Creche. 5. Acompanhando a petição
inicial, a parte autora apresentou cópias das peças do Processo Administrativo TJDFT n. 19.502/2016,
iniciado a parte de requerimento formulado pela ASEJUS - Associação dos Servidores da Justiça do
Distrito Federal, protocolado no dia 14.10.2016, objetivando, no ponto que interessa ao deslinde da
presente demanda, a "restituição do Imposto de Renda retido na fonte, incidente sobre os valores pagos a
título de auxílio creche ou préescolar, com efeitos retroativos aos últimos cinco anos contados da decisão
exarada no PA n. 21.441/2012, efetivando seu adequado adimplemento, mediante alteração das
Declarações do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte - DIRF". 6. Conforme elucidado pela parte
autora, na petição inicial, o pedido de restituição de valores em comento restou indeferido pela Autoridade
destinatária do pleito, tendo sido acolhimento somente o pleito destinado à emissão de novas DIRF´s,
sem que isso tenha importado em reconhecimento quanto à procedência
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

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daquela outra pretensão, vez que tal documento se destina especificamente ao Fisco Federal, cabendo
ao contribuinte, se for o caso, apresentar a respectiva Declaração Anual de Ajuste retificada, sem que
haja qualquer vinculação quanto à Administração Tributária, como pretendido pela demandante, no que
diz respeito a promover devolução de tributos incidentes sobre os valores registrados nos novos
documentos expedidos. 7. Assim, apresenta-se como juridicamente insustentável a alegação no sentido
de que a decisão proferida no aludido Processo Administrativo, em 22 de fevereiro de 2017, dando como
improcedente o pedido de restituição de tributo demandado por Entidade Associativa da qual a parte
autora é filiada, renovado nos presentes autos, tenha importado em reconhecimento do pedido e, assim,
gerado interrupção do prazo prescricional. Na verdade, ocorreu o contrário do alegado pela ora
recorrente, conforme explicitado acima. 8. Diante do exposto, conclui-se que a sentença recorrida não
merece qualquer reparo, vez que a presente ação foi proposta em 2018, quando a pretensão levada ao
conhecimento do Juízo de primeiro grau já se encontrava fulminada pela prescrição quinquenal. 9.
Recurso da autora improvido. Sentença de primeiro grau mantida. 10. Honorários advocatícios, fixados
em 10% (dez por cento) sobre o valor atribuído à causa, e custas processuais devidos pela parte autora.
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal do DF, por unanimidade, negar provimento ao recurso da parte
Autora, nos termos do voto do Juiz Federal relator. 1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal. Brasília
– DF, 24.10.2019.

JUIZ RUI COSTA GONÇALVES Relator

PROCESSO N. 0021824-39.2017.4.01.3400 RECORRENTE: FRANCISCO DIMAS DA SILVA


ADVOGADO : DF00025089 - GILBERTO SIEBRA MONTEIRO RECORRIDO: UNIAO FEDERAL E
OUTRO(S) ADVOGADO: - FABIO TESOLIN RODRIGUES RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA

ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. AGENTE DE SAÚDE PÚBLICA. ATIVIDADE INSALUBRE.


APOSENTADORIA ESPECIAL. APLICAÇÃO DA LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA DO RGPS (LEI
8.213/91). ABONO DE PERMANÊNCIA. REQUISITOS NÃO COMPROVADOS. RECURSO IMPROVIDO.
SENTENÇA MANTIDA. 1. Trata-se de recurso da parte autora contra sentença que julgou improcedente o
pedido de pagamento de abono de permanência em razão do cumprimento dos requisitos necessários à
aposentadoria especial. 2. Alega a parte autora, em suma, que faz jus à aposentadoria especial, em razão
448

do exercício da atividade de agente de saúde pública por tempo superior a 25 (vinte e cinco) anos. Não
tendo optado pela aposentadoria, pede o pagamento do abono de permanência. 3. A aposentadoria
especial do servidor público, prevista no art. 40, §4º, III, da CF/88, enquanto não editada a legislação
específica, deve respeitar as regras estabelecidas no art. 57 e seguintes da Lei nº 8.213/91 (Súmula
Vinculante nº 33: Aplicam-se ao servidor público, no que couber, as regras do Regime Geral de
Previdência Social sobre aposentadoria especial de que trata o artigo 40, parágrafo 4º, inciso III, da
Constituição Federal, até edição de lei complementar específica.). 4. No âmbito do Regime Geral da
Previdência Social - RGPS, o segurado que presta serviços sob condições especiais faz jus ao cômputo
do tempo nos moldes da legislação previdenciária vigente à época em que realizada a atividade e
efetivamente prestado o serviço. É a consagração do princípio lex tempus regit actum, segundo o qual o

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
deslinde da questão deve levar em conta a lei vigente à época dos fatos. Assim, na verificação de tempo
de serviço especial, em decorrência de exposição a agentes prejudiciais à saúde, há de se observar a
legislação vigente à época da aquisição do direito, conforme pacífica orientação jurisprudencial. 5. Quanto
aos meios de prova, tem-se que: (1) até 28.04.1995, bastava, para fins de reconhecimento do tempo de
serviço especial, que a atividade profissional fosse elencada nos decretos previdenciários regulamentares
(Decreto 53.831, de 25/3/64, e Decreto 83.080, de 24/1/79) ou a exposição aos agentes nocivos
relacionados no Código 1.0.0 do Quadro Anexo ao Decreto 53.831/64 e no Anexo I do Decreto 83.080/79;
(2) de 29.04.1995 a 05.03.1997, a lei torna necessária a comprovação da efetiva submissão aos agentes
perniciosos, por intermédio dos formulários SB-40 e DSS-8030 ou PPP (Perfil Profissiográfico
Previdenciário) referente à categoria profissional; e, (3) a partir de 06.03.1997, o sistema legal exige a
exposição aos agentes nocivos relacionados nos Decretos 2.172/97 e 3.048/99, com alterações pelo
Decreto 8.123/13, que devem ser comprovados mediante laudo técnico específico. 6. No caso, não há
provas de que a parte autora exerceu a função de agente de
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

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saúde pública por tempo superior a 25 anos, nem tampouco que esteve submetido a agentes nocivos por
igual período, de forma a cumprir os requisitos à aposentadoria especial. Portanto, a manutenção da
sentença de improcedência é medida que se impõe. 7. Recurso improvido. Sentença mantida. 8.
Honorários advocatícios fixados em 10% (dez por cento) do valor atribuído à causa devidamente
corrigido. Condenação suspensa (Artigo 98, § 3º do NCPC/2015). ACÓRDÃO

Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso da parte autora.

1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF. Brasília-DF, 24/10/2019.


JUIZ RUI COSTA GONÇALVES Relator

PROCESSO N. 0030164-69.2017.4.01.3400 RECORRENTE: ROBERTO LUIZ SOUSA ARRUDA


ADVOGADO : DF00025089 - GILBERTO SIEBRA MONTEIRO RECORRIDO: UNIAO FEDERAL E
OUTRO(S) ADVOGADO: - FABIO TESOLIN RODRIGUES E OUTRO(S) RELATOR: RUI COSTA
GONÇALVES
EMENTA

ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. AGENTE DE SAÚDE PÚBLICA. ATIVIDADE INSALUBRE.


APOSENTADORIA ESPECIAL. APLICAÇÃO DA LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA DO RGPS (LEI
8.213/91). ABONO DE PERMANÊNCIA. REQUISITOS NÃO COMPROVADOS. RECURSO IMPROVIDO.
SENTENÇA MANTIDA. 1. Trata-se de recurso da parte autora contra sentença que julgou improcedente o
pedido de pagamento de abono de permanência em razão do cumprimento dos requisitos necessários à
aposentadoria especial. 2. Alega a parte autora, em suma, que faz jus à aposentadoria especial, em razão
do exercício da atividade de agente de saúde pública por tempo superior a 25 (vinte e cinco) anos. Não
tendo optado pela aposentadoria, pede o pagamento do abono de permanência. 3. A aposentadoria
especial do servidor público, prevista no art. 40, §4º, III, da CF/88, enquanto não editada a legislação
específica, deve respeitar as regras estabelecidas no art. 57 e seguintes da Lei nº 8.213/91 (Súmula
Vinculante nº 33: Aplicam-se ao servidor público, no que couber, as regras do Regime Geral de
Previdência Social sobre aposentadoria especial de que trata o artigo 40, parágrafo 4º, inciso III, da
Constituição Federal, até edição de lei complementar específica.). 4. No âmbito do Regime Geral da
Previdência Social - RGPS, o segurado que presta serviços sob condições especiais faz jus ao cômputo
do tempo nos moldes da legislação previdenciária vigente à época em que realizada a atividade e
efetivamente prestado o serviço. É a consagração do princípio lex tempus regit actum, segundo o qual o
deslinde da questão deve levar em conta a lei vigente à época dos fatos. Assim, na verificação de tempo
de serviço especial, em decorrência de exposição a agentes prejudiciais à saúde, há de se observar a
legislação vigente à época da aquisição do direito, conforme pacífica orientação jurisprudencial. 5. Quanto
aos meios de prova, tem-se que: (1) até 28.04.1995, bastava, para fins de reconhecimento do tempo de
serviço especial, que a atividade profissional fosse elencada nos decretos previdenciários regulamentares
(Decreto 53.831, de 25/3/64, e Decreto 83.080, de 24/1/79) ou a exposição aos agentes nocivos
relacionados no Código 1.0.0 do Quadro Anexo ao Decreto 53.831/64 e no Anexo I do Decreto 83.080/79;
449

(2) de 29.04.1995 a 05.03.1997, a lei torna necessária a comprovação da efetiva submissão aos agentes
perniciosos, por intermédio dos formulários SB-40 e DSS-8030 ou PPP (Perfil Profissiográfico
Previdenciário) referente à categoria profissional; e, (3) a partir de 06.03.1997, o sistema legal exige a
exposição aos agentes nocivos relacionados nos Decretos 2.172/97 e 3.048/99, com alterações pelo
Decreto 8.123/13, que devem ser comprovados mediante laudo técnico específico. 6. No caso, não há
provas de que a parte autora exerceu a função de agente de
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

194E1D641E73F8196ABECE5F5F2DEE0D TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


2

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
saúde pública por tempo superior a 25 anos, nem tampouco que esteve submetido a agentes nocivos por
igual período, de forma a cumprir os requisitos à aposentadoria especial. Portanto, a manutenção da
sentença de improcedência é medida que se impõe. 7. Recurso improvido. Sentença mantida. 8.
Honorários advocatícios fixados em 10% (dez por cento) do valor atribuído à causa devidamente
corrigido. Condenação suspensa (Artigo 98, § 3º do NCPC/2015). ACÓRDÃO

Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso da parte autora.

1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF. Brasília-DF, 24/10/2019.


JUIZ RUI COSTA GONÇALVES Relator

PROCESSO N. 0032688-05.2018.4.01.3400 RECORRENTE: LUIZ GUSTAVO MEIRELES ADVOGADO :


DF00055573 - MYLENE QUITÉRIA CALDAS E OUTRO(S) RECORRIDO: UNIAO FEDERAL (FAZENDA
NACIONAL) ADVOGADO: - CELIA FERREIRA TAVARES DE LYRA RELATOR: RUI COSTA
GONÇALVES
EMENTA
TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. AUSÊNCIA DE REQUERIMENTO
ADMINISTRATIVO. CPSS SOBRE JUROS DE MORA RECEBIDOS EM AÇÃO JUDICIAL. IN RFB N.
1332/2013, ALTERADA PELA IN RFB 1643/2016, RECONHECENDO A NÃO INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA.
NECESSIDADE DE REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO PARA O FIM DE AJUSTE DE CONTAS
RELATIVAS AO CONTRIBUINTE, TRATANDO-SE DE PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
INDISPENSÁVEL, SOB A RESPONSABILIDADE DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL. AUSÊNCIA DE
INTERESSE DE AGIR JUDICIALMENTE DIANTE DA INEXISTÊNCIA DE RESISTÊNCIA DA
ADMINISTRAÇÃO FAZENDÁRIA. SENTENÇA EXTINTIVA MANTIDA. RECURSO IMPROVIDO. 1. Trata-
se de recurso interposto pela parte Autora em face de sentença no bojo da qual foi julgado extinto o
processo sem resolução do mérito por carência de ação por falta de interesse de agir em virtude da
ausência de prévio requerimento administrativo visando à repetição de valores decorrentes da incidência
de Contribuição para o PSS sobre a parcela de juros de mora de passivo desembolsado no decorrer de
execução de sentença judicial. 2. A parte ré postula a manutenção da sentença recorrida, acrescentando
que a matéria, por se encontrar pacificada no âmbito da Receita Federal do Brasil (Instrução Normativa n.
1643, de 23 de maio de 2016), não tem sido mais objeto de contestação ou interposição de recurso pela
PGFN, nos termos do art. 2º, item 93 (da lista respectiva), da Portaria n. 502/2016/AGU/PGFN. 3. De fato,
o art. 9º, § 8º, da Instrução Normativa RFB n. 1332/2013, acrescentado pela Instrução Normativa RFB
1643/2016, estabelece de forma expressa que "não incide CPSS sobre a parcela referente aos juros de
mora decorrente de valores pagos em cumprimento de decisão judicial ou de acordo homologado". 4.
Aplica-se, então, o disposto no § 7º do art. 9º do mesmo ato administrativo regulador, segundo o qual "na
hipótese de retenção indevida ou a maior sobre valores pagos por intermédio de precatório ou requisição
de pequeno valor, o pedido de restituição deverá ser apresentado à unidade da RFB do domicílio
tributário do sujeito passivo, devendo o valor restituído ser incluído como rendimento tributável na
Declaração de Ajuste Anual (DAA) da pessoa física correspondente ao ano-calendário em que se efetivou
a restituição". 5. No caso, a medida é indispensável, vez que os valores retidos indevidamente, objeto do
pleito autoral, foram apresentados ao Fisco como parcela dedutível em decorrência da incidência
tributária questionada no bojo dos presentes autos, sendo incluída no cálculo do valor da restituição em
Declaração de Ajuste Anual referente ao exercício tributário respectivo, de apresentação obrigatória no
ano seguinte àquele em que se deu recebimento dos valores
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

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2
desembolsados pela Administração por intermédio de Requisição de Pequeno Valor - RPV, motivo pelo
qual, dada a reconhecida procedência do pedido formulado judicialmente pela parte autora (art. 9º,§ 8º,
INRFB 1332/2013), tem-se como necessária a realização de ajuste de contas relativo a(o) contribuinte em
relevo, procedimento esse de natureza administrativa, sob a responsabilidade da Receita Federal do
Brasil. 6. De se concluir, então, que a parte autora, por não haver formulado ainda o requerimento
administrativo, na forma do art. 9º, § 7º, da referida Instrução Normativa, carece de interesse de agir em
Juízo, dada a ausência de resistência, por parte da Administração, quanto ao pleito em comento, em
decorrência do que a sentença extintiva não merece reparo. 7. O autor, recorrente vencido, pagará
450

honorários advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da causa, ficando a condenação suspensa
enquanto perdurar o estado de carência que justificou a concessão da justiça gratuita, prescrevendo a
dívida cinco anos após a sentença final, nos termos do art. 98, §3º, do Código de Processo Civil/2015.

ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do DF, à unanimidade, negar
provimento ao recurso da parte Autora.
1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF. Brasília-DF, 24/10/2019.

JUIZ RUI COSTA GONÇALVES Relator

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
PROCESSO N. 0046138-49.2017.4.01.3400 RECORRENTE: ANA MARIA RECK HAINZENREDER
ADVOGADO : DF00017717 - ALESSANDRA DAMIAN CAVALCANTI E OUTRO(S) RECORRIDO:
UNIAO FEDERAL ADVOGADO: - JACIRA DE ALENCAR ROCHA RELATOR: RUI COSTA
GONÇALVES
EMENTA
CONSTITUCIONAL, ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL. SERVIDOR PÚBLICO. ANALISTA
TRIBUTÁRIO. DATA ÚNICA PARA PROGRESSÃO NA CARREIRA. VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA
ISONOMIA. NÃO OCORRÊNCIA. LEI 13.464/2017. INTERSTÍCIO DE 12 (DOZE) MESES. PEDIDO
DEPENDENTE. ELEMENTO PROBATÓRIO INDICANDO OBSERVÂNCIA DO INTERSTÍCIO. RECURSO
IMPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA. 1. Trata-se de recurso interposto pela parte Autora em face de
sentença no bojo da qual foi julgado improcedente o pedido com a finalidade de que seja declarado como
marco inicial para a contagem dos interstícios das suas progressões e promoções funcionais a data de
ingresso no órgão, devendo essa data ser utilizada em todas as progressões até o final da carreira, bem
como o pagamento das diferenças então decorrentes. 2. O tema jurídico objeto do pedido rejeitado vinha
sendo decidida pela TR2/JEF/DF em conformidade com entendimento anterior da TNU, PEDILEF n.
05014601520144058401, Relator Juiz Federal Gerson Luiz Rocha, DOU 19/02/2016, no sentido de que "a
imposição de uma data única como marco inicial das progressões e/ ou promoções funcionais afronta o
princípio da isonomia, na medida em que desconsidera a data de investidura do servidor no cargo,
conferindo tratamento igual a indivíduos que se encontram em situações diferentes". 3. Ocorre que a TNU
reviu seu entendimento, passando a adotar o posicionamento do STJ, conforme se observa na seguinte
ementa: DIREITO ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. CARREIRA DA POLÍCIA FEDERAL.
PROGRESSÃO FUNCIONAL. REQUISITOS. CUMPRIMENTO. EFEITOS FINANCEIROS. LEI N.
9.266/96 E DECRETO N. 2.565/98. MUDANÇA DE ENTENDIMENTO, COM O OBJETIVO DE ALINHAR
ESTA TURMA NACIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO COM A JURISPRUDÊNCIA DOMINANTE DO E.
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. INCIDENTE CONHECIDO E PROVIDO. 6. (....) não obstante esta
Turma Nacional de Uniformização já tenha adotado entendimento no sentido do aresto recorrido, é de
rigor observar que recentemente a matéria foi objeto de análise pelo e. Superior Tribunal de Justiça, o
qual vem adotando o posicionamento segundo o qual deve ser aplicada a legislação que regulamenta a
progressão funcional dos policiais federais, qual seja, o art. 2º, parágrafo único, da Lei 9266/96 e o art. 5º
do Decreto 2.565/98, segundo o qual a progressão dos autores deve se dar no mês de março do ano
subsequente, quando implementados os requisitos para a referida promoção. 7. Diversos julgados
confirmam aludido
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

B93D33937F894C2EBB593DB7F60FDA7C TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


2
entendimento, in verbis: ... (AGRESP 201202292790, BENEDITO GONÇALVES, STJ - PRIMEIRA
TURMA, DJE DATA:11/05/2016 ..DTPB:.) ...) (AGRESP 201202292790, BENEDITO GONÇALVES, STJ -
PRIMEIRA TURMA, DJE DATA:11/05/2016 ..DTPB:.) ...) (AGRESP 201300965413, ASSUSETE
MAGALHÃES, STJ - SEGUNDA TURMA, DJE DATA:16/03/2016 ..DTPB:.) 8. Assim, visando uniformizar
a jurisprudência das Turmas Recursais com o entendimento que vem sendo adotado pelo Superior
Tribunal de Justiça, tenho que o incidente deve ser conhecido e provido para, alinhando o entendimento
desta Turma Nacional de Uniformização, firmar a tese de que: “a progressão dos servidores da carreira
de policial federal deve ter seus efeitos financeiros a partir de março do ano subsequente, nos termos do
disposto na Lei n. 9.266/96 e no Decreto n. 2.565/98.” 9. Incidente conhecido e provido. (TNU, PEDILEF
201050500054126, Juiz Federal Fernando Moreira Gonçalves, Data da Publicação: 12/09/2017). 4. Com
efeito, esse de fato é o entendimento do STJ: ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL. SERVIDOR
PÚBLICO. POLICIAL FEDERAL. PROGRESSÃO FUNCIONAL. EFEITOS FINANCEIROS. LEI N.
9.266/1996. 1. A progressão dos servidores da carreira de policial federal deve ter seus efeitos financeiros
a partir de março do ano subsequente ao das últimas avaliações funcionais, nos termos do disposto na
Lei n. 9.266/1996 e no Decreto n. 2.565/1998. 2. Recurso especial provido. (REsp 1690116/SP, Rel.
Ministro OG FERNANDES, SEGUNDA TURMA, julgado em 05/12/2017, DJe 13/12/2017). No mesmo
sentido: REsp 1649269/RJ, Rel. Ministra REGINA HELENA COSTA, PRIMEIRA TURMA, julgado em
16/05/2017, DJe 22/05/2017; AgInt no REsp 1613907/RJ, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES,
SEGUNDA TURMA, julgado em 17/11/2016, DJe 23/11/2016. 5. Dado esse novo contexto jurisprudencial,
a TR2/JEF/DF passou a seguir o novo posicionamento, no julgamento do processo n.
451

001019398.2017.4.01.3400, de relatoria da Juíza Federal Cristiane Pederzolli Rentzsch, Sessão de


7/3/2018, reafirmando e adotando como sua a tese de que “a progressão dos servidores da carreira de
policial federal deve ter seus efeitos financeiros a partir de março do ano subsequente, nos termos do
disposto na Lei n. 9.266/96 e no Decreto n. 2.565/98”. 6. Semelhantemente, ou seja, pelas mesmas
razões, deve ser mantida a data única para início da contagem do interstício para a progressão funcional
na carreira de Analista Tributário, conforme estabelecido nos arts. 10, §§ 1º e 2º, e 19 do Decreto
84.669/1980. Assim, não merece acolhimento o pedido principal para se reconhecer o direito da parte
Autora em ter a progressão e a promoção funcionais desde a data de seu ingresso no órgão. 7. Por outro
lado, o interstício de 12 meses inaugurado pela Lei 13.464/2017 não poderá atingir aquelas progressões e
promoções realizadas de acordo com critérios existentes antes de sua vigência, já que vige o princípio

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
tempus regit actum. 8. Além disso, a parte Autora/Recorrente propôs a ação não muito tempo depois da
edição da Lei 13.464/2017, quanto ao interstício de 12 meses. E o pedido de declaração de que tal
período seja imediatamente considerado, assim como formulado, tem a ver com o pleito de condenação
da parte Ré/Recorrida a pagar
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

B93D33937F894C2EBB593DB7F60FDA7C TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


3
diferenças salariais decorrentes do novo marco de progressões (pedido principal), "desde quando deveria
ter tido sua primeira progressão funcional, em virtude de não ter progredido na data correta, ou seja,
quando completou o interstício de 12 ou 18 meses após sua data de nomeação no cargo de Analista-
Tributário da Receita Federal do Brasil" e reflexos. 9. Ora, não sendo acolhido o pedido central, aquele
decorrente fica prejudicado. Ademais, a parte Autora não colacionou qualquer elemento probatório a
respeito da não observância do interstício de 12 meses inaugurado pela Lei 13.464/2017. Aliás, não há
elemento indicativo no processo de que tenha havido alguma violação de direito da parte Autora. 10.
Sentença mantida. Recurso interposto pela parte Autora improvido. 11. Honorários advocatícios pela
parte Recorrente em 10% sobre o valor corrigido da causa (artigo 55 da Lei n. 9.099/1995). ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade,
negar provimento ao recurso da parte Autora. 1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF.
Brasília-DF, 24/10/2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES Relator

PROCESSO N. 0048180-71.2017.4.01.3400 RECORRENTE: SERGIO FONSECA LIMA ADVOGADO :


DF00017717 - ALESSANDRA DAMIAN CAVALCANTI E OUTRO(S) RECORRIDO: UNIAO FEDERAL
ADVOGADO: - JACIRA DE ALENCAR ROCHA RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
CONSTITUCIONAL, ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL. SERVIDOR PÚBLICO. ANALISTA
TRIBUTÁRIO. DATA ÚNICA PARA PROGRESSÃO NA CARREIRA. VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA
ISONOMIA. NÃO OCORRÊNCIA. LEI 13.464/2017. INTERSTÍCIO DE 12 (DOZE) MESES. PEDIDO
DEPENDENTE. ELEMENTO PROBATÓRIO INDICANDO OBSERVÂNCIA DO INTERSTÍCIO. RECURSO
IMPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA. 1. Trata-se de recurso interposto pela parte Autora em face de
sentença no bojo da qual foi julgado improcedente o pedido com a finalidade de que seja declarado como
marco inicial para a contagem dos interstícios das suas progressões e promoções funcionais a data de
ingresso no órgão, devendo essa data ser utilizada em todas as progressões até o final da carreira, bem
como o pagamento das diferenças então decorrentes. 2. O tema jurídico objeto do pedido rejeitado vinha
sendo decidida pela TR2/JEF/DF em conformidade com entendimento anterior da TNU, PEDILEF n.
05014601520144058401, Relator Juiz Federal Gerson Luiz Rocha, DOU 19/02/2016, no sentido de que "a
imposição de uma data única como marco inicial das progressões e/ ou promoções funcionais afronta o
princípio da isonomia, na medida em que desconsidera a data de investidura do servidor no cargo,
conferindo tratamento igual a indivíduos que se encontram em situações diferentes". 3. Ocorre que a TNU
reviu seu entendimento, passando a adotar o posicionamento do STJ, conforme se observa na seguinte
ementa: DIREITO ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. CARREIRA DA POLÍCIA FEDERAL.
PROGRESSÃO FUNCIONAL. REQUISITOS. CUMPRIMENTO. EFEITOS FINANCEIROS. LEI N.
9.266/96 E DECRETO N. 2.565/98. MUDANÇA DE ENTENDIMENTO, COM O OBJETIVO DE ALINHAR
ESTA TURMA NACIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO COM A JURISPRUDÊNCIA DOMINANTE DO E.
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. INCIDENTE CONHECIDO E PROVIDO. 6. (....) não obstante esta
Turma Nacional de Uniformização já tenha adotado entendimento no sentido do aresto recorrido, é de
rigor observar que recentemente a matéria foi objeto de análise pelo e. Superior Tribunal de Justiça, o
qual vem adotando o posicionamento segundo o qual deve ser aplicada a legislação que regulamenta a
progressão funcional dos policiais federais, qual seja, o art. 2º, parágrafo único, da Lei 9266/96 e o art. 5º
do Decreto 2.565/98, segundo o qual a progressão dos autores deve se dar no mês de março do ano
subsequente, quando implementados os requisitos para a referida promoção. 7. Diversos julgados
confirmam aludido
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

7966C9782C10DBCAAAC99286F5DA49B7 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


2
452

entendimento, in verbis: ... (AGRESP 201202292790, BENEDITO GONÇALVES, STJ - PRIMEIRA


TURMA, DJE DATA:11/05/2016 ..DTPB:.) ...) (AGRESP 201202292790, BENEDITO GONÇALVES, STJ -
PRIMEIRA TURMA, DJE DATA:11/05/2016 ..DTPB:.) ...) (AGRESP 201300965413, ASSUSETE
MAGALHÃES, STJ - SEGUNDA TURMA, DJE DATA:16/03/2016 ..DTPB:.) 8. Assim, visando uniformizar
a jurisprudência das Turmas Recursais com o entendimento que vem sendo adotado pelo Superior
Tribunal de Justiça, tenho que o incidente deve ser conhecido e provido para, alinhando o entendimento
desta Turma Nacional de Uniformização, firmar a tese de que: “a progressão dos servidores da carreira
de policial federal deve ter seus efeitos financeiros a partir de março do ano subsequente, nos termos do
disposto na Lei n. 9.266/96 e no Decreto n. 2.565/98.” 9. Incidente conhecido e provido. (TNU, PEDILEF
201050500054126, Juiz Federal Fernando Moreira Gonçalves, Data da Publicação: 12/09/2017). 4. Com

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
efeito, esse de fato é o entendimento do STJ: ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL. SERVIDOR
PÚBLICO. POLICIAL FEDERAL. PROGRESSÃO FUNCIONAL. EFEITOS FINANCEIROS. LEI N.
9.266/1996. 1. A progressão dos servidores da carreira de policial federal deve ter seus efeitos financeiros
a partir de março do ano subsequente ao das últimas avaliações funcionais, nos termos do disposto na
Lei n. 9.266/1996 e no Decreto n. 2.565/1998. 2. Recurso especial provido. (REsp 1690116/SP, Rel.
Ministro OG FERNANDES, SEGUNDA TURMA, julgado em 05/12/2017, DJe 13/12/2017). No mesmo
sentido: REsp 1649269/RJ, Rel. Ministra REGINA HELENA COSTA, PRIMEIRA TURMA, julgado em
16/05/2017, DJe 22/05/2017; AgInt no REsp 1613907/RJ, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES,
SEGUNDA TURMA, julgado em 17/11/2016, DJe 23/11/2016. 5. Dado esse novo contexto jurisprudencial,
a TR2/JEF/DF passou a seguir o novo posicionamento, no julgamento do processo n.
001019398.2017.4.01.3400, de relatoria da Juíza Federal Cristiane Pederzolli Rentzsch, Sessão de
7/3/2018, reafirmando e adotando como sua a tese de que “a progressão dos servidores da carreira de
policial federal deve ter seus efeitos financeiros a partir de março do ano subsequente, nos termos do
disposto na Lei n. 9.266/96 e no Decreto n. 2.565/98”. 6. Semelhantemente, ou seja, pelas mesmas
razões, deve ser mantida a data única para início da contagem do interstício para a progressão funcional
na carreira de Analista Tributário, conforme estabelecido nos arts. 10, §§ 1º e 2º, e 19 do Decreto
84.669/1980. Assim, não merece acolhimento o pedido principal para se reconhecer o direito da parte
Autora em ter a progressão e a promoção funcionais desde a data de seu ingresso no órgão. 7. Por outro
lado, o interstício de 12 meses inaugurado pela Lei 13.464/2017 não poderá atingir aquelas progressões e
promoções realizadas de acordo com critérios existentes antes de sua vigência, já que vige o princípio
tempus regit actum. 8. Além disso, a parte Autora/Recorrente propôs a ação não muito tempo depois da
edição da Lei 13.464/2017, quanto ao interstício de 12 meses. E o pedido de declaração de que tal
período seja imediatamente considerado, assim como formulado, tem a ver com o pleito de condenação
da parte Ré/Recorrida a pagar
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

7966C9782C10DBCAAAC99286F5DA49B7 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


3
diferenças salariais decorrentes do novo marco de progressões (pedido principal), "desde quando deveria
ter tido sua primeira progressão funcional, em virtude de não ter progredido na data correta, ou seja,
quando completou o interstício de 12 ou 18 meses após sua data de nomeação no cargo de Analista-
Tributário da Receita Federal do Brasil" e reflexos. 9. Ora, não sendo acolhido o pedido central, aquele
decorrente fica prejudicado. Ademais, a parte Autora não colacionou qualquer elemento probatório a
respeito da não observância do interstício de 12 meses inaugurado pela Lei 13.464/2017. Aliás, não há
elemento indicativo no processo de que tenha havido alguma violação de direito da parte Autora. 10.
Sentença mantida. Recurso interposto pela parte Autora improvido. 11. Honorários advocatícios pela
parte Recorrente em 10% sobre o valor corrigido da causa (artigo 55 da Lei n. 9.099/1995). ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade,
negar provimento ao recurso da parte Autora. 1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF.
Brasília-DF, 24/10/2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES Relator

PROCESSO N. 0015081-42.2019.4.01.3400 RECORRENTE: ROBERVAL ALVES DE CARVALHO


ADVOGADO : DF00025089 - GILBERTO SIEBRA MONTEIRO RECORRIDO: UNIAO FEDERAL
ADVOGADO: - REGINALDO DE CASTRO CERQUEIRA FILHO RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL. PROGRESSÃO E PROMOÇÃO FUNCIONAL.
ANALOGIA À CARREIRA DA POLÍCIA FEDERAL. PRECEDENTES DO STJ E DA TNU. AUSÊNCIA DE
RECONHECIMENTO ADMINISTRATIVO. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO IMPROVIDO 1. Trata-se
de recurso interposto pela parte autora em face de sentença de improcedência proferida em ação
ajuizada objetivando o pagamento das diferenças decorrentes de progressões funcionais quando
completados os interstícios de 12 ou 18 meses. 2. A Turma Nacional de Uniformização, em caso análogo
ao dos autos – progressão dos policiais federais, reviu sua jurisprudência para alinhar-se ao entendimento
firmado pelo Superior Tribunal de Justiça, verbis:
DIREITO ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. CARREIRA DA POLÍCIA FEDERAL.
PROGRESSÃO FUNCIONAL. REQUISITOS. CUMPRIMENTO. EFEITOS FINANCEIROS. LEI N.
453

9.266/96 E DECRETO N. 2.565/98. MUDANÇA DE ENTENDIMENTO, COM O OBJETIVO DE ALINHAR


ESTA TURMA NACIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO COM A JURISPRUDÊNCIA DOMINANTE DO E.
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. INCIDENTE CONHECIDO E PROVIDO. 1. Trata-se de pedido de
uniformização de jurisprudência interposto pela União em face de acórdão proferido pela Turma Recursal
do Espírito Santo que manteve a sentença de parcial procedência do pedido, reconhecendo o direito do
autor, servidor da Policia Federal, à progressão para a Primeira Classe na data em que preencheu os
requisitos necessários, adotando o entendimento de que a imposição de data única para início dos efeitos
financeiros da progressão funcional, prevista no art. 5º do Decreto 2.565/1998, viola o princípio da
isonomia. 2. A recorrente sustenta divergência com o Superior Tribunal de Justiça que adotaria o
entendimento segundo o qual é devida a progressão funcional da Segunda para Primeira classe, quando

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
o servidor preenche os seguintes requisitos cumulativos: lapso temporal de cinco anos, a partir do
ingresso na carreira por meio de concurso público, e avaliação de desempenho satisfatório. Inteligência
do artigo 2º, da Lei n.° 9.266/96. 3. O aresto recorrido restou vazado no seguinte sentido: DIREITO
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. CARREIRA DA POLÍCIA FEDERAL. PROGRESSÃO
FUNCIONAL. 1. A União Federal interpôs recurso da sentença que declarou o direito da autora à
progressão funcional e a seus efeitos financeiros desde a data de preenchimento dos requisitos legais
para ascensão na carreira, e que a condenou ao pagamento das parcelas atrasadas referentes à
diferença entre as remunerações das classes no período de
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

13A32888B71819E2B803759B84803829 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


2
02.06.2007 a 29.02.2008. Em suas razões, argui a preliminar de incompetência absoluta e, no mérito,
alega que a autora não faz jus à progressão funcional e que a procedência de seu pedido implicaria
ofensa ao princípio da separação dos poderes e à Súmula 339 do STF. Contrarrazões às fls. 62/68. I –
PRELIMINAR DE INCOMPETÊNCIA 1. A autora não pretende anular ou cancelar ato administrativo.
Pretende que lhe seja assegurado o direito à progressão funcional e ao gozo de seus efeitos financeiros a
partir da data em que reuniu as condições exigidas para tanto . Afastada a alegação de incompetência
dos Juizados Especiais Federais, uma vez que não há violação ao art. 3º, III, da Lei 10.259/2001. II –
MÉRITO 1. A TNU já se posicionou acerca do tema sob exame adotando o entendimento de que a
imposição de data única para início dos efeitos financeiros da progressão funcional, prevista no art. 5º do
Decreto 2.565/1998, viola o princípio da isonomia. Além disso, acolheu a tese de que os efeitos
financeiros da progressão funcional da carreira de Policial Federal iniciam-se a partir da data de
preenchimento dos requisitos legais (PEDILEF 05019994820094058500). 2. Não há ofensa ao princípio
da separação dos poderes (art. 2º da CRFB/1988) nem inobservância à Súmula 339 do STF, pois o
provimento jurisdicional limitou-se a aplicar o princípio da isonomia à legislação em vigor para assegurar o
direito da autora à progressão funcional e a seus efeitos financeiros. 3. No caso presente, em 02.06.1977,
a autora tomou posse e entrou em exercício no cargo de Agente de Polícia Federal, Segunda Classe. Em
02.06.2002, progrediu da Segunda para a Primeira Classe, mas com efeitos financeiros a partir de
01.03.2003. Em 02.06.2007, progrediu da Primeira Classe para a Classe Especial, com efeitos financeiros
a partir de 01.03.2008. Isso significa dizer que embora a autor a tenha cumprido as condições exigidas
para progredir funcionalmente em 02.06.2002 e 02.06.2007, os efeitos financeiros decorrentes de sua
ascensão na carreira entraram em vigor somente a partir de 1º de março dos anos subseqüentes, nos
termos do art. 5º do Decreto 2.562/1998 (revogado pelo Decreto 7.014/2009), o que contraria o
entendimento firmado pela TNU. III - Recurso da União Federal conhecido e desprovido. Sem custas.
Condenação da recorrente vencida ao pagamento de honorários sucumbenciais de 10% sobre o valor da
condenação (art. 55, caput, da Lei 9.099/1995). 5. Reputo configurada a divergência. Prossigo quanto à
análise meritória. 6. Com efeito, não obstante esta Turma Nacional de Uniformização já tenha adotado
entendimento no sentido do aresto recorrido, é de rigor observar que recentemente a matéria foi objeto de
análise pelo e. Superior Tribunal de Justiça, o qual vem adotando o posicionamento segundo o qual deve
ser aplicada a legislação que regulamenta a progressão funcional dos policiais federais, qual seja, o art.
2º, parágrafo único, da Lei 9266/96 e o art. 5º do Decreto 2.565/98, segundo o qual a progressão dos
autores deve se dar no mês de março do ano subsequente, quando implementados os requisitos para a
referida promoção. 7. Diversos julgados confirmam aludido entendimento, in verbis: EMENTA:
PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

13A32888B71819E2B803759B84803829 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


3
POLICIAL FEDERAL. PROGRESSÃO NA CARREIRA. REQUISITOS. CUMPRIMENTO. EFEITOS
FINANCEIROS. LEI N. 9.266/96 E DECRETO N. 2.565/98. 1. O cerne da controvérsia reside na
possibilidade de se condenar a União a conceder progressão funcional da Segunda para a Primeira
Classe na Carreira Policial Federal, contada do ingresso na carreira, com as devidas repercussões
financeiras e registro funcional. 2. A progressão dos servidores da carreira de policial federal deve ter
seus efeitos financeiros a partir de março do ano subsequente, nos termos do disposto na Lei n. 9.266/96
e no Decreto n. 2.565/98. Precedentes: AgRg no REsp 1.373.344/SC, Rel. Ministra Assusete Magalhães,
Segunda Turma, DJe 16/3/2016; AgRg no REsp 1.470.626/PE, Rel. Ministro Humberto Martins, Segunda
454

Turma, DJe 8/3/2016; AgRg nos EDcl no REsp 1.258.142/PE, Rel. Ministro Sérgio Kukina, Primeira
Turma, DJe 15/2/2016. 3. Agravo regimental não provido. ..EMEN: (AGRESP 201202292790, BENEDITO
GONÇALVES, STJ - PRIMEIRA TURMA, DJE DATA:11/05/2016 ..DTPB:.) EMENTA: PROCESSUAL
CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. POLICIAL FEDERAL.
PROGRESSÃO NA CARREIRA. REQUISITOS. CUMPRIMENTO. EFEITOS FINANCEIROS. LEI N.
9.266/96 E DECRETO N. 2.565/98. 1. O cerne da controvérsia reside na possibilidade de se condenar a
União a conceder progressão funcional da Segunda para a Primeira Classe na Carreira Policial Federal,
contada do ingresso na carreira, com as devidas repercussões financeiras e registro funcional. 2. A
progressão dos servidores da carreira de policial federal deve ter seus efeitos financeiros a partir de
março do ano subsequente, nos termos do disposto na Lei n. 9.266/96 e no Decreto n. 2.565/98.

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Precedentes: AgRg no REsp 1.373.344/SC, Rel. Ministra Assusete Magalhães, Segunda Turma, DJe
16/3/2016; AgRg no REsp 1.470.626/PE, Rel. Ministro Humberto Martins, Segunda Turma, DJe 8/3/2016;
AgRg nos EDcl no REsp 1.258.142/PE, Rel. Ministro Sérgio Kukina, Primeira Turma, DJe 15/2/2016. 3.
Agravo regimental não provido. ..EMEN: (AGRESP 201202292790, BENEDITO GONÇALVES, STJ -
PRIMEIRA TURMA, DJE DATA:11/05/2016 ..DTPB:.) EMENTA: ADMINISTRATIVO. AGRAVO
REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. POLICIAL FEDERAL. PROGRESSÃO NA CARREIRA.
EFEITOS FINANCEIROS. ART. 2º DA LEI 9.266/96 E ART. 5º DO DECRETO 2.565/98. ACÓRDÃO
IMPUGNADO EM HARMONIA COM A JURISPRUDÊNCIA DO STJ. AGRAVO REGIMENTAL
IMPROVIDO. I. Cinge-se a controvérsia em saber se a progressão funcional dos servidores da carreira de
Policial Federal deve, ou não, ter seus efeitos financeiros a partir de março do ano subsequente ao
preenchimento dos requisitos para a referida progressão, nos termos do art. 5º do Decreto 2.565/98. II.
Consoante a jurisprudência desta Corte, em casos análogos, "a progressão dos servidores da carreira de
policial federal deve ter seus efeitos financeiros a partir de março do ano subsequente, nos termos do
disposto na Lei n. 9.266/96 e no Decreto n. 2.565/98" (STJ, REsp 1.533.937/CE, Rel. Ministro MAURO
CAMPBELL MARQUES, DJe de 02/06/2015). No mesmo sentido: STJ, AgRg nos EDcl no REsp
1.258.142/PE, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA,
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

13A32888B71819E2B803759B84803829 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


4
PRIMEIRA TURMA, DJe de 15/02/2016; AgRg nos EDcl no REsp 1.394.089/PB, Rel. Ministro HERMAN
BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, DJe de 22/05/2014. III. Assim, é de se reconhecer que - tal como
constou do aresto combatido - a progressão do ora agravante deve ocorrer no mês de março do ano
subsequente, desde que implementados os requisitos para a referida promoção. IV. Agravo Regimental
improvido. ..EMEN: (AGRESP 201300965413, ASSUSETE MAGALHÃES, STJ - SEGUNDA TURMA, DJE
DATA:16/03/2016 ..DTPB:.) 8. Assim, visando uniformizar a jurisprudência das Turmas Recursais com o
entendimento que vem sendo adotado pelo Superior Tribunal de Justiça, tenho que o incidente deve ser
conhecido e provido para, alinhando o entendimento desta Turma Nacional de Uniformização, firmar a
tese de que: “a progressão dos servidores da carreira de policial federal deve ter seus efeitos financeiros
a partir de março do ano subsequente, nos termos do disposto na Lei n. 9.266/96 e no Decreto n.
2.565/98.” 9. Incidente conhecido e provido. Acordam os membros da TNU - Turma Nacional de
Uniformização CONHECER E DAR PROVIMENTO ao Incidente de Uniformização de Jurisprudência
interposto, nos termos do voto-ementa do Juiz Federal Relator. (PEDILEF 201050500054126, JUIZ
FEDERAL FERNANDO MOREIRA GONÇALVES, TNU, DOU 12/09/2017 PÁG. 49/58.) 3. Assim, não há
que se falar em não recepção constitucional dos art. 10 e 19 do Decreto nº 84.669/80. 4. Recurso
improvido. Sentença mantida. 5. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº 9.099/95. 6. A parte
autora, recorrente vencida, pagará honorários advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da causa,
ficando a condenação suspensa enquanto perdurar o estado de carência que justificou a concessão da
justiça gratuita, prescrevendo a dívida cinco anos após a sentença final, nos termos do art. 98, §3º, do
CPC/15.
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso da parte autora.
1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES Relator

PROCESSO N. 0002919-15.2019.4.01.3400 RECORRENTE: FRANCISCA EDNA DE ALMEIDA LIMA


ADVOGADO : DF00025089 - GILBERTO SIEBRA MONTEIRO RECORRIDO: UNIAO FEDERAL
ADVOGADO: RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL. PROGRESSÃO E PROMOÇÃO FUNCIONAL.
ANALOGIA À CARREIRA DA POLÍCIA FEDERAL. PRECEDENTES DO STJ E DA TNU. AUSÊNCIA DE
RECONHECIMENTO ADMINISTRATIVO. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO IMPROVIDO 1. Trata-se
de recurso interposto pela parte autora em face de sentença de improcedência proferida em ação
ajuizada objetivando o pagamento das diferenças decorrentes de progressões funcionais quando
completados os interstícios de 12 ou 18 meses. 2. A Turma Nacional de Uniformização, em caso análogo
ao dos autos – progressão dos policiais federais, reviu sua jurisprudência para alinhar-se ao entendimento
firmado pelo Superior Tribunal de Justiça, verbis:
455

DIREITO ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. CARREIRA DA POLÍCIA FEDERAL.


PROGRESSÃO FUNCIONAL. REQUISITOS. CUMPRIMENTO. EFEITOS FINANCEIROS. LEI N.
9.266/96 E DECRETO N. 2.565/98. MUDANÇA DE ENTENDIMENTO, COM O OBJETIVO DE ALINHAR
ESTA TURMA NACIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO COM A JURISPRUDÊNCIA DOMINANTE DO E.
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. INCIDENTE CONHECIDO E PROVIDO. 1. Trata-se de pedido de
uniformização de jurisprudência interposto pela União em face de acórdão proferido pela Turma Recursal
do Espírito Santo que manteve a sentença de parcial procedência do pedido, reconhecendo o direito do
autor, servidor da Policia Federal, à progressão para a Primeira Classe na data em que preencheu os
requisitos necessários, adotando o entendimento de que a imposição de data única para início dos efeitos
financeiros da progressão funcional, prevista no art. 5º do Decreto 2.565/1998, viola o princípio da

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
isonomia. 2. A recorrente sustenta divergência com o Superior Tribunal de Justiça que adotaria o
entendimento segundo o qual é devida a progressão funcional da Segunda para Primeira classe, quando
o servidor preenche os seguintes requisitos cumulativos: lapso temporal de cinco anos, a partir do
ingresso na carreira por meio de concurso público, e avaliação de desempenho satisfatório. Inteligência
do artigo 2º, da Lei n.° 9.266/96. 3. O aresto recorrido restou vazado no seguinte sentido: DIREITO
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. CARREIRA DA POLÍCIA FEDERAL. PROGRESSÃO
FUNCIONAL. 1. A União Federal interpôs recurso da sentença que declarou o direito da autora à
progressão funcional e a seus efeitos financeiros desde a data de preenchimento dos requisitos legais
para ascensão na carreira, e que a condenou ao pagamento das parcelas atrasadas referentes à
diferença entre as remunerações das classes no período de
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

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2
02.06.2007 a 29.02.2008. Em suas razões, argui a preliminar de incompetência absoluta e, no mérito,
alega que a autora não faz jus à progressão funcional e que a procedência de seu pedido implicaria
ofensa ao princípio da separação dos poderes e à Súmula 339 do STF. Contrarrazões às fls. 62/68. I –
PRELIMINAR DE INCOMPETÊNCIA 1. A autora não pretende anular ou cancelar ato administrativo.
Pretende que lhe seja assegurado o direito à progressão funcional e ao gozo de seus efeitos financeiros a
partir da data em que reuniu as condições exigidas para tanto . Afastada a alegação de incompetência
dos Juizados Especiais Federais, uma vez que não há violação ao art. 3º, III, da Lei 10.259/2001. II –
MÉRITO 1. A TNU já se posicionou acerca do tema sob exame adotando o entendimento de que a
imposição de data única para início dos efeitos financeiros da progressão funcional, prevista no art. 5º do
Decreto 2.565/1998, viola o princípio da isonomia. Além disso, acolheu a tese de que os efeitos
financeiros da progressão funcional da carreira de Policial Federal iniciam-se a partir da data de
preenchimento dos requisitos legais (PEDILEF 05019994820094058500). 2. Não há ofensa ao princípio
da separação dos poderes (art. 2º da CRFB/1988) nem inobservância à Súmula 339 do STF, pois o
provimento jurisdicional limitou-se a aplicar o princípio da isonomia à legislação em vigor para assegurar o
direito da autora à progressão funcional e a seus efeitos financeiros. 3. No caso presente, em 02.06.1977,
a autora tomou posse e entrou em exercício no cargo de Agente de Polícia Federal, Segunda Classe. Em
02.06.2002, progrediu da Segunda para a Primeira Classe, mas com efeitos financeiros a partir de
01.03.2003. Em 02.06.2007, progrediu da Primeira Classe para a Classe Especial, com efeitos financeiros
a partir de 01.03.2008. Isso significa dizer que embora a autor a tenha cumprido as condições exigidas
para progredir funcionalmente em 02.06.2002 e 02.06.2007, os efeitos financeiros decorrentes de sua
ascensão na carreira entraram em vigor somente a partir de 1º de março dos anos subseqüentes, nos
termos do art. 5º do Decreto 2.562/1998 (revogado pelo Decreto 7.014/2009), o que contraria o
entendimento firmado pela TNU. III - Recurso da União Federal conhecido e desprovido. Sem custas.
Condenação da recorrente vencida ao pagamento de honorários sucumbenciais de 10% sobre o valor da
condenação (art. 55, caput, da Lei 9.099/1995). 5. Reputo configurada a divergência. Prossigo quanto à
análise meritória. 6. Com efeito, não obstante esta Turma Nacional de Uniformização já tenha adotado
entendimento no sentido do aresto recorrido, é de rigor observar que recentemente a matéria foi objeto de
análise pelo e. Superior Tribunal de Justiça, o qual vem adotando o posicionamento segundo o qual deve
ser aplicada a legislação que regulamenta a progressão funcional dos policiais federais, qual seja, o art.
2º, parágrafo único, da Lei 9266/96 e o art. 5º do Decreto 2.565/98, segundo o qual a progressão dos
autores deve se dar no mês de março do ano subsequente, quando implementados os requisitos para a
referida promoção. 7. Diversos julgados confirmam aludido entendimento, in verbis: EMENTA:
PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

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POLICIAL FEDERAL. PROGRESSÃO NA CARREIRA. REQUISITOS. CUMPRIMENTO. EFEITOS
FINANCEIROS. LEI N. 9.266/96 E DECRETO N. 2.565/98. 1. O cerne da controvérsia reside na
possibilidade de se condenar a União a conceder progressão funcional da Segunda para a Primeira
Classe na Carreira Policial Federal, contada do ingresso na carreira, com as devidas repercussões
financeiras e registro funcional. 2. A progressão dos servidores da carreira de policial federal deve ter
seus efeitos financeiros a partir de março do ano subsequente, nos termos do disposto na Lei n. 9.266/96
456

e no Decreto n. 2.565/98. Precedentes: AgRg no REsp 1.373.344/SC, Rel. Ministra Assusete Magalhães,
Segunda Turma, DJe 16/3/2016; AgRg no REsp 1.470.626/PE, Rel. Ministro Humberto Martins, Segunda
Turma, DJe 8/3/2016; AgRg nos EDcl no REsp 1.258.142/PE, Rel. Ministro Sérgio Kukina, Primeira
Turma, DJe 15/2/2016. 3. Agravo regimental não provido. ..EMEN: (AGRESP 201202292790, BENEDITO
GONÇALVES, STJ - PRIMEIRA TURMA, DJE DATA:11/05/2016 ..DTPB:.) EMENTA: PROCESSUAL
CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. POLICIAL FEDERAL.
PROGRESSÃO NA CARREIRA. REQUISITOS. CUMPRIMENTO. EFEITOS FINANCEIROS. LEI N.
9.266/96 E DECRETO N. 2.565/98. 1. O cerne da controvérsia reside na possibilidade de se condenar a
União a conceder progressão funcional da Segunda para a Primeira Classe na Carreira Policial Federal,
contada do ingresso na carreira, com as devidas repercussões financeiras e registro funcional. 2. A

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progressão dos servidores da carreira de policial federal deve ter seus efeitos financeiros a partir de
março do ano subsequente, nos termos do disposto na Lei n. 9.266/96 e no Decreto n. 2.565/98.
Precedentes: AgRg no REsp 1.373.344/SC, Rel. Ministra Assusete Magalhães, Segunda Turma, DJe
16/3/2016; AgRg no REsp 1.470.626/PE, Rel. Ministro Humberto Martins, Segunda Turma, DJe 8/3/2016;
AgRg nos EDcl no REsp 1.258.142/PE, Rel. Ministro Sérgio Kukina, Primeira Turma, DJe 15/2/2016. 3.
Agravo regimental não provido. ..EMEN: (AGRESP 201202292790, BENEDITO GONÇALVES, STJ -
PRIMEIRA TURMA, DJE DATA:11/05/2016 ..DTPB:.) EMENTA: ADMINISTRATIVO. AGRAVO
REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. POLICIAL FEDERAL. PROGRESSÃO NA CARREIRA.
EFEITOS FINANCEIROS. ART. 2º DA LEI 9.266/96 E ART. 5º DO DECRETO 2.565/98. ACÓRDÃO
IMPUGNADO EM HARMONIA COM A JURISPRUDÊNCIA DO STJ. AGRAVO REGIMENTAL
IMPROVIDO. I. Cinge-se a controvérsia em saber se a progressão funcional dos servidores da carreira de
Policial Federal deve, ou não, ter seus efeitos financeiros a partir de março do ano subsequente ao
preenchimento dos requisitos para a referida progressão, nos termos do art. 5º do Decreto 2.565/98. II.
Consoante a jurisprudência desta Corte, em casos análogos, "a progressão dos servidores da carreira de
policial federal deve ter seus efeitos financeiros a partir de março do ano subsequente, nos termos do
disposto na Lei n. 9.266/96 e no Decreto n. 2.565/98" (STJ, REsp 1.533.937/CE, Rel. Ministro MAURO
CAMPBELL MARQUES, DJe de 02/06/2015). No mesmo sentido: STJ, AgRg nos EDcl no REsp
1.258.142/PE, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA,
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

727BD885021E5C4BFE2EDE73D5D49592 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


4
PRIMEIRA TURMA, DJe de 15/02/2016; AgRg nos EDcl no REsp 1.394.089/PB, Rel. Ministro HERMAN
BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, DJe de 22/05/2014. III. Assim, é de se reconhecer que - tal como
constou do aresto combatido - a progressão do ora agravante deve ocorrer no mês de março do ano
subsequente, desde que implementados os requisitos para a referida promoção. IV. Agravo Regimental
improvido. ..EMEN: (AGRESP 201300965413, ASSUSETE MAGALHÃES, STJ - SEGUNDA TURMA, DJE
DATA:16/03/2016 ..DTPB:.) 8. Assim, visando uniformizar a jurisprudência das Turmas Recursais com o
entendimento que vem sendo adotado pelo Superior Tribunal de Justiça, tenho que o incidente deve ser
conhecido e provido para, alinhando o entendimento desta Turma Nacional de Uniformização, firmar a
tese de que: “a progressão dos servidores da carreira de policial federal deve ter seus efeitos financeiros
a partir de março do ano subsequente, nos termos do disposto na Lei n. 9.266/96 e no Decreto n.
2.565/98.” 9. Incidente conhecido e provido. Acordam os membros da TNU - Turma Nacional de
Uniformização CONHECER E DAR PROVIMENTO ao Incidente de Uniformização de Jurisprudência
interposto, nos termos do voto-ementa do Juiz Federal Relator. (PEDILEF 201050500054126, JUIZ
FEDERAL FERNANDO MOREIRA GONÇALVES, TNU, DOU 12/09/2017 PÁG. 49/58.) 3. Assim, não há
que se falar em não recepção constitucional dos art. 10 e 19 do Decreto nº 84.669/80. 4. Recurso
improvido. Sentença mantida. 5. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº 9.099/95. 6. A parte
autora, recorrente vencida, pagará honorários advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da causa,
ficando a condenação suspensa enquanto perdurar o estado de carência que justificou a concessão da
justiça gratuita, prescrevendo a dívida cinco anos após a sentença final, nos termos do art. 98, §3º, do
CPC/15.
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso da parte autora.
1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES Relator

PROCESSO N. 0001135-03.2019.4.01.3400 RECORRENTE: AGAMENON ALVES DE OLIVEIRA


ADVOGADO : DF00025089 - GILBERTO SIEBRA MONTEIRO RECORRIDO: UNIAO FEDERAL
ADVOGADO: RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL. PROGRESSÃO E PROMOÇÃO FUNCIONAL.
ANALOGIA À CARREIRA DA POLÍCIA FEDERAL. PRECEDENTES DO STJ E DA TNU. AUSÊNCIA DE
RECONHECIMENTO ADMINISTRATIVO. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO IMPROVIDO 1. Trata-se
de recurso interposto pela parte autora em face de sentença de improcedência proferida em ação
ajuizada objetivando o pagamento das diferenças decorrentes de progressões funcionais quando
completados os interstícios de 12 ou 18 meses. 2. A Turma Nacional de Uniformização, em caso análogo
457

ao dos autos – progressão dos policiais federais, reviu sua jurisprudência para alinhar-se ao entendimento
firmado pelo Superior Tribunal de Justiça, verbis:
DIREITO ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. CARREIRA DA POLÍCIA FEDERAL.
PROGRESSÃO FUNCIONAL. REQUISITOS. CUMPRIMENTO. EFEITOS FINANCEIROS. LEI N.
9.266/96 E DECRETO N. 2.565/98. MUDANÇA DE ENTENDIMENTO, COM O OBJETIVO DE ALINHAR
ESTA TURMA NACIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO COM A JURISPRUDÊNCIA DOMINANTE DO E.
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. INCIDENTE CONHECIDO E PROVIDO. 1. Trata-se de pedido de
uniformização de jurisprudência interposto pela União em face de acórdão proferido pela Turma Recursal
do Espírito Santo que manteve a sentença de parcial procedência do pedido, reconhecendo o direito do
autor, servidor da Policia Federal, à progressão para a Primeira Classe na data em que preencheu os

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
requisitos necessários, adotando o entendimento de que a imposição de data única para início dos efeitos
financeiros da progressão funcional, prevista no art. 5º do Decreto 2.565/1998, viola o princípio da
isonomia. 2. A recorrente sustenta divergência com o Superior Tribunal de Justiça que adotaria o
entendimento segundo o qual é devida a progressão funcional da Segunda para Primeira classe, quando
o servidor preenche os seguintes requisitos cumulativos: lapso temporal de cinco anos, a partir do
ingresso na carreira por meio de concurso público, e avaliação de desempenho satisfatório. Inteligência
do artigo 2º, da Lei n.° 9.266/96. 3. O aresto recorrido restou vazado no seguinte sentido: DIREITO
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. CARREIRA DA POLÍCIA FEDERAL. PROGRESSÃO
FUNCIONAL. 1. A União Federal interpôs recurso da sentença que declarou o direito da autora à
progressão funcional e a seus efeitos financeiros desde a data de preenchimento dos requisitos legais
para ascensão na carreira, e que a condenou ao pagamento das parcelas atrasadas referentes à
diferença entre as remunerações das classes no período de
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

357BEFD116CE0670E888FB75CC25BE8A TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


2
02.06.2007 a 29.02.2008. Em suas razões, argui a preliminar de incompetência absoluta e, no mérito,
alega que a autora não faz jus à progressão funcional e que a procedência de seu pedido implicaria
ofensa ao princípio da separação dos poderes e à Súmula 339 do STF. Contrarrazões às fls. 62/68. I –
PRELIMINAR DE INCOMPETÊNCIA 1. A autora não pretende anular ou cancelar ato administrativo.
Pretende que lhe seja assegurado o direito à progressão funcional e ao gozo de seus efeitos financeiros a
partir da data em que reuniu as condições exigidas para tanto . Afastada a alegação de incompetência
dos Juizados Especiais Federais, uma vez que não há violação ao art. 3º, III, da Lei 10.259/2001. II –
MÉRITO 1. A TNU já se posicionou acerca do tema sob exame adotando o entendimento de que a
imposição de data única para início dos efeitos financeiros da progressão funcional, prevista no art. 5º do
Decreto 2.565/1998, viola o princípio da isonomia. Além disso, acolheu a tese de que os efeitos
financeiros da progressão funcional da carreira de Policial Federal iniciam-se a partir da data de
preenchimento dos requisitos legais (PEDILEF 05019994820094058500). 2. Não há ofensa ao princípio
da separação dos poderes (art. 2º da CRFB/1988) nem inobservância à Súmula 339 do STF, pois o
provimento jurisdicional limitou-se a aplicar o princípio da isonomia à legislação em vigor para assegurar o
direito da autora à progressão funcional e a seus efeitos financeiros. 3. No caso presente, em 02.06.1977,
a autora tomou posse e entrou em exercício no cargo de Agente de Polícia Federal, Segunda Classe. Em
02.06.2002, progrediu da Segunda para a Primeira Classe, mas com efeitos financeiros a partir de
01.03.2003. Em 02.06.2007, progrediu da Primeira Classe para a Classe Especial, com efeitos financeiros
a partir de 01.03.2008. Isso significa dizer que embora a autor a tenha cumprido as condições exigidas
para progredir funcionalmente em 02.06.2002 e 02.06.2007, os efeitos financeiros decorrentes de sua
ascensão na carreira entraram em vigor somente a partir de 1º de março dos anos subseqüentes, nos
termos do art. 5º do Decreto 2.562/1998 (revogado pelo Decreto 7.014/2009), o que contraria o
entendimento firmado pela TNU. III - Recurso da União Federal conhecido e desprovido. Sem custas.
Condenação da recorrente vencida ao pagamento de honorários sucumbenciais de 10% sobre o valor da
condenação (art. 55, caput, da Lei 9.099/1995). 5. Reputo configurada a divergência. Prossigo quanto à
análise meritória. 6. Com efeito, não obstante esta Turma Nacional de Uniformização já tenha adotado
entendimento no sentido do aresto recorrido, é de rigor observar que recentemente a matéria foi objeto de
análise pelo e. Superior Tribunal de Justiça, o qual vem adotando o posicionamento segundo o qual deve
ser aplicada a legislação que regulamenta a progressão funcional dos policiais federais, qual seja, o art.
2º, parágrafo único, da Lei 9266/96 e o art. 5º do Decreto 2.565/98, segundo o qual a progressão dos
autores deve se dar no mês de março do ano subsequente, quando implementados os requisitos para a
referida promoção. 7. Diversos julgados confirmam aludido entendimento, in verbis: EMENTA:
PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

357BEFD116CE0670E888FB75CC25BE8A TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


3
POLICIAL FEDERAL. PROGRESSÃO NA CARREIRA. REQUISITOS. CUMPRIMENTO. EFEITOS
FINANCEIROS. LEI N. 9.266/96 E DECRETO N. 2.565/98. 1. O cerne da controvérsia reside na
possibilidade de se condenar a União a conceder progressão funcional da Segunda para a Primeira
Classe na Carreira Policial Federal, contada do ingresso na carreira, com as devidas repercussões
458

financeiras e registro funcional. 2. A progressão dos servidores da carreira de policial federal deve ter
seus efeitos financeiros a partir de março do ano subsequente, nos termos do disposto na Lei n. 9.266/96
e no Decreto n. 2.565/98. Precedentes: AgRg no REsp 1.373.344/SC, Rel. Ministra Assusete Magalhães,
Segunda Turma, DJe 16/3/2016; AgRg no REsp 1.470.626/PE, Rel. Ministro Humberto Martins, Segunda
Turma, DJe 8/3/2016; AgRg nos EDcl no REsp 1.258.142/PE, Rel. Ministro Sérgio Kukina, Primeira
Turma, DJe 15/2/2016. 3. Agravo regimental não provido. ..EMEN: (AGRESP 201202292790, BENEDITO
GONÇALVES, STJ - PRIMEIRA TURMA, DJE DATA:11/05/2016 ..DTPB:.) EMENTA: PROCESSUAL
CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. POLICIAL FEDERAL.
PROGRESSÃO NA CARREIRA. REQUISITOS. CUMPRIMENTO. EFEITOS FINANCEIROS. LEI N.
9.266/96 E DECRETO N. 2.565/98. 1. O cerne da controvérsia reside na possibilidade de se condenar a

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União a conceder progressão funcional da Segunda para a Primeira Classe na Carreira Policial Federal,
contada do ingresso na carreira, com as devidas repercussões financeiras e registro funcional. 2. A
progressão dos servidores da carreira de policial federal deve ter seus efeitos financeiros a partir de
março do ano subsequente, nos termos do disposto na Lei n. 9.266/96 e no Decreto n. 2.565/98.
Precedentes: AgRg no REsp 1.373.344/SC, Rel. Ministra Assusete Magalhães, Segunda Turma, DJe
16/3/2016; AgRg no REsp 1.470.626/PE, Rel. Ministro Humberto Martins, Segunda Turma, DJe 8/3/2016;
AgRg nos EDcl no REsp 1.258.142/PE, Rel. Ministro Sérgio Kukina, Primeira Turma, DJe 15/2/2016. 3.
Agravo regimental não provido. ..EMEN: (AGRESP 201202292790, BENEDITO GONÇALVES, STJ -
PRIMEIRA TURMA, DJE DATA:11/05/2016 ..DTPB:.) EMENTA: ADMINISTRATIVO. AGRAVO
REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. POLICIAL FEDERAL. PROGRESSÃO NA CARREIRA.
EFEITOS FINANCEIROS. ART. 2º DA LEI 9.266/96 E ART. 5º DO DECRETO 2.565/98. ACÓRDÃO
IMPUGNADO EM HARMONIA COM A JURISPRUDÊNCIA DO STJ. AGRAVO REGIMENTAL
IMPROVIDO. I. Cinge-se a controvérsia em saber se a progressão funcional dos servidores da carreira de
Policial Federal deve, ou não, ter seus efeitos financeiros a partir de março do ano subsequente ao
preenchimento dos requisitos para a referida progressão, nos termos do art. 5º do Decreto 2.565/98. II.
Consoante a jurisprudência desta Corte, em casos análogos, "a progressão dos servidores da carreira de
policial federal deve ter seus efeitos financeiros a partir de março do ano subsequente, nos termos do
disposto na Lei n. 9.266/96 e no Decreto n. 2.565/98" (STJ, REsp 1.533.937/CE, Rel. Ministro MAURO
CAMPBELL MARQUES, DJe de 02/06/2015). No mesmo sentido: STJ, AgRg nos EDcl no REsp
1.258.142/PE, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA,
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

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4
PRIMEIRA TURMA, DJe de 15/02/2016; AgRg nos EDcl no REsp 1.394.089/PB, Rel. Ministro HERMAN
BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, DJe de 22/05/2014. III. Assim, é de se reconhecer que - tal como
constou do aresto combatido - a progressão do ora agravante deve ocorrer no mês de março do ano
subsequente, desde que implementados os requisitos para a referida promoção. IV. Agravo Regimental
improvido. ..EMEN: (AGRESP 201300965413, ASSUSETE MAGALHÃES, STJ - SEGUNDA TURMA, DJE
DATA:16/03/2016 ..DTPB:.) 8. Assim, visando uniformizar a jurisprudência das Turmas Recursais com o
entendimento que vem sendo adotado pelo Superior Tribunal de Justiça, tenho que o incidente deve ser
conhecido e provido para, alinhando o entendimento desta Turma Nacional de Uniformização, firmar a
tese de que: “a progressão dos servidores da carreira de policial federal deve ter seus efeitos financeiros
a partir de março do ano subsequente, nos termos do disposto na Lei n. 9.266/96 e no Decreto n.
2.565/98.” 9. Incidente conhecido e provido. Acordam os membros da TNU - Turma Nacional de
Uniformização CONHECER E DAR PROVIMENTO ao Incidente de Uniformização de Jurisprudência
interposto, nos termos do voto-ementa do Juiz Federal Relator. (PEDILEF 201050500054126, JUIZ
FEDERAL FERNANDO MOREIRA GONÇALVES, TNU, DOU 12/09/2017 PÁG. 49/58.) 3. Assim, não há
que se falar em não recepção constitucional dos art. 10 e 19 do Decreto nº 84.669/80. 4. Recurso
improvido. Sentença mantida. 5. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº 9.099/95. 6. A parte
autora, recorrente vencida, pagará honorários advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da causa,
ficando a condenação suspensa enquanto perdurar o estado de carência que justificou a concessão da
justiça gratuita, prescrevendo a dívida cinco anos após a sentença final, nos termos do art. 98, §3º, do
CPC/15.
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso da parte autora.
1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES Relator

PROCESSO N. 0002913-08.2019.4.01.3400 RECORRENTE: ODECI MARTINS DA COSTA


ADVOGADO : DF00025089 - GILBERTO SIEBRA MONTEIRO RECORRIDO: UNIAO FEDERAL
ADVOGADO: RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL. PROGRESSÃO E PROMOÇÃO FUNCIONAL.
ANALOGIA À CARREIRA DA POLÍCIA FEDERAL. PRECEDENTES DO STJ E DA TNU. AUSÊNCIA DE
RECONHECIMENTO ADMINISTRATIVO. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO IMPROVIDO 1. Trata-se
459

de recurso interposto pela parte autora em face de sentença de improcedência proferida em ação
ajuizada objetivando o pagamento das diferenças decorrentes de progressões funcionais quando
completados os interstícios de 12 ou 18 meses. 2. A Turma Nacional de Uniformização, em caso análogo
ao dos autos – progressão dos policiais federais, reviu sua jurisprudência para alinhar-se ao entendimento
firmado pelo Superior Tribunal de Justiça, verbis:
DIREITO ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. CARREIRA DA POLÍCIA FEDERAL.
PROGRESSÃO FUNCIONAL. REQUISITOS. CUMPRIMENTO. EFEITOS FINANCEIROS. LEI N.
9.266/96 E DECRETO N. 2.565/98. MUDANÇA DE ENTENDIMENTO, COM O OBJETIVO DE ALINHAR
ESTA TURMA NACIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO COM A JURISPRUDÊNCIA DOMINANTE DO E.
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. INCIDENTE CONHECIDO E PROVIDO. 1. Trata-se de pedido de

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uniformização de jurisprudência interposto pela União em face de acórdão proferido pela Turma Recursal
do Espírito Santo que manteve a sentença de parcial procedência do pedido, reconhecendo o direito do
autor, servidor da Policia Federal, à progressão para a Primeira Classe na data em que preencheu os
requisitos necessários, adotando o entendimento de que a imposição de data única para início dos efeitos
financeiros da progressão funcional, prevista no art. 5º do Decreto 2.565/1998, viola o princípio da
isonomia. 2. A recorrente sustenta divergência com o Superior Tribunal de Justiça que adotaria o
entendimento segundo o qual é devida a progressão funcional da Segunda para Primeira classe, quando
o servidor preenche os seguintes requisitos cumulativos: lapso temporal de cinco anos, a partir do
ingresso na carreira por meio de concurso público, e avaliação de desempenho satisfatório. Inteligência
do artigo 2º, da Lei n.° 9.266/96. 3. O aresto recorrido restou vazado no seguinte sentido: DIREITO
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. CARREIRA DA POLÍCIA FEDERAL. PROGRESSÃO
FUNCIONAL. 1. A União Federal interpôs recurso da sentença que declarou o direito da autora à
progressão funcional e a seus efeitos financeiros desde a data de preenchimento dos requisitos legais
para ascensão na carreira, e que a condenou ao pagamento das parcelas atrasadas referentes à
diferença entre as remunerações das classes no período de
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2
02.06.2007 a 29.02.2008. Em suas razões, argui a preliminar de incompetência absoluta e, no mérito,
alega que a autora não faz jus à progressão funcional e que a procedência de seu pedido implicaria
ofensa ao princípio da separação dos poderes e à Súmula 339 do STF. Contrarrazões às fls. 62/68. I –
PRELIMINAR DE INCOMPETÊNCIA 1. A autora não pretende anular ou cancelar ato administrativo.
Pretende que lhe seja assegurado o direito à progressão funcional e ao gozo de seus efeitos financeiros a
partir da data em que reuniu as condições exigidas para tanto . Afastada a alegação de incompetência
dos Juizados Especiais Federais, uma vez que não há violação ao art. 3º, III, da Lei 10.259/2001. II –
MÉRITO 1. A TNU já se posicionou acerca do tema sob exame adotando o entendimento de que a
imposição de data única para início dos efeitos financeiros da progressão funcional, prevista no art. 5º do
Decreto 2.565/1998, viola o princípio da isonomia. Além disso, acolheu a tese de que os efeitos
financeiros da progressão funcional da carreira de Policial Federal iniciam-se a partir da data de
preenchimento dos requisitos legais (PEDILEF 05019994820094058500). 2. Não há ofensa ao princípio
da separação dos poderes (art. 2º da CRFB/1988) nem inobservância à Súmula 339 do STF, pois o
provimento jurisdicional limitou-se a aplicar o princípio da isonomia à legislação em vigor para assegurar o
direito da autora à progressão funcional e a seus efeitos financeiros. 3. No caso presente, em 02.06.1977,
a autora tomou posse e entrou em exercício no cargo de Agente de Polícia Federal, Segunda Classe. Em
02.06.2002, progrediu da Segunda para a Primeira Classe, mas com efeitos financeiros a partir de
01.03.2003. Em 02.06.2007, progrediu da Primeira Classe para a Classe Especial, com efeitos financeiros
a partir de 01.03.2008. Isso significa dizer que embora a autor a tenha cumprido as condições exigidas
para progredir funcionalmente em 02.06.2002 e 02.06.2007, os efeitos financeiros decorrentes de sua
ascensão na carreira entraram em vigor somente a partir de 1º de março dos anos subseqüentes, nos
termos do art. 5º do Decreto 2.562/1998 (revogado pelo Decreto 7.014/2009), o que contraria o
entendimento firmado pela TNU. III - Recurso da União Federal conhecido e desprovido. Sem custas.
Condenação da recorrente vencida ao pagamento de honorários sucumbenciais de 10% sobre o valor da
condenação (art. 55, caput, da Lei 9.099/1995). 5. Reputo configurada a divergência. Prossigo quanto à
análise meritória. 6. Com efeito, não obstante esta Turma Nacional de Uniformização já tenha adotado
entendimento no sentido do aresto recorrido, é de rigor observar que recentemente a matéria foi objeto de
análise pelo e. Superior Tribunal de Justiça, o qual vem adotando o posicionamento segundo o qual deve
ser aplicada a legislação que regulamenta a progressão funcional dos policiais federais, qual seja, o art.
2º, parágrafo único, da Lei 9266/96 e o art. 5º do Decreto 2.565/98, segundo o qual a progressão dos
autores deve se dar no mês de março do ano subsequente, quando implementados os requisitos para a
referida promoção. 7. Diversos julgados confirmam aludido entendimento, in verbis: EMENTA:
PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL.
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3
460

POLICIAL FEDERAL. PROGRESSÃO NA CARREIRA. REQUISITOS. CUMPRIMENTO. EFEITOS


FINANCEIROS. LEI N. 9.266/96 E DECRETO N. 2.565/98. 1. O cerne da controvérsia reside na
possibilidade de se condenar a União a conceder progressão funcional da Segunda para a Primeira
Classe na Carreira Policial Federal, contada do ingresso na carreira, com as devidas repercussões
financeiras e registro funcional. 2. A progressão dos servidores da carreira de policial federal deve ter
seus efeitos financeiros a partir de março do ano subsequente, nos termos do disposto na Lei n. 9.266/96
e no Decreto n. 2.565/98. Precedentes: AgRg no REsp 1.373.344/SC, Rel. Ministra Assusete Magalhães,
Segunda Turma, DJe 16/3/2016; AgRg no REsp 1.470.626/PE, Rel. Ministro Humberto Martins, Segunda
Turma, DJe 8/3/2016; AgRg nos EDcl no REsp 1.258.142/PE, Rel. Ministro Sérgio Kukina, Primeira
Turma, DJe 15/2/2016. 3. Agravo regimental não provido. ..EMEN: (AGRESP 201202292790, BENEDITO

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GONÇALVES, STJ - PRIMEIRA TURMA, DJE DATA:11/05/2016 ..DTPB:.) EMENTA: PROCESSUAL
CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. POLICIAL FEDERAL.
PROGRESSÃO NA CARREIRA. REQUISITOS. CUMPRIMENTO. EFEITOS FINANCEIROS. LEI N.
9.266/96 E DECRETO N. 2.565/98. 1. O cerne da controvérsia reside na possibilidade de se condenar a
União a conceder progressão funcional da Segunda para a Primeira Classe na Carreira Policial Federal,
contada do ingresso na carreira, com as devidas repercussões financeiras e registro funcional. 2. A
progressão dos servidores da carreira de policial federal deve ter seus efeitos financeiros a partir de
março do ano subsequente, nos termos do disposto na Lei n. 9.266/96 e no Decreto n. 2.565/98.
Precedentes: AgRg no REsp 1.373.344/SC, Rel. Ministra Assusete Magalhães, Segunda Turma, DJe
16/3/2016; AgRg no REsp 1.470.626/PE, Rel. Ministro Humberto Martins, Segunda Turma, DJe 8/3/2016;
AgRg nos EDcl no REsp 1.258.142/PE, Rel. Ministro Sérgio Kukina, Primeira Turma, DJe 15/2/2016. 3.
Agravo regimental não provido. ..EMEN: (AGRESP 201202292790, BENEDITO GONÇALVES, STJ -
PRIMEIRA TURMA, DJE DATA:11/05/2016 ..DTPB:.) EMENTA: ADMINISTRATIVO. AGRAVO
REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. POLICIAL FEDERAL. PROGRESSÃO NA CARREIRA.
EFEITOS FINANCEIROS. ART. 2º DA LEI 9.266/96 E ART. 5º DO DECRETO 2.565/98. ACÓRDÃO
IMPUGNADO EM HARMONIA COM A JURISPRUDÊNCIA DO STJ. AGRAVO REGIMENTAL
IMPROVIDO. I. Cinge-se a controvérsia em saber se a progressão funcional dos servidores da carreira de
Policial Federal deve, ou não, ter seus efeitos financeiros a partir de março do ano subsequente ao
preenchimento dos requisitos para a referida progressão, nos termos do art. 5º do Decreto 2.565/98. II.
Consoante a jurisprudência desta Corte, em casos análogos, "a progressão dos servidores da carreira de
policial federal deve ter seus efeitos financeiros a partir de março do ano subsequente, nos termos do
disposto na Lei n. 9.266/96 e no Decreto n. 2.565/98" (STJ, REsp 1.533.937/CE, Rel. Ministro MAURO
CAMPBELL MARQUES, DJe de 02/06/2015). No mesmo sentido: STJ, AgRg nos EDcl no REsp
1.258.142/PE, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA,
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

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4
PRIMEIRA TURMA, DJe de 15/02/2016; AgRg nos EDcl no REsp 1.394.089/PB, Rel. Ministro HERMAN
BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, DJe de 22/05/2014. III. Assim, é de se reconhecer que - tal como
constou do aresto combatido - a progressão do ora agravante deve ocorrer no mês de março do ano
subsequente, desde que implementados os requisitos para a referida promoção. IV. Agravo Regimental
improvido. ..EMEN: (AGRESP 201300965413, ASSUSETE MAGALHÃES, STJ - SEGUNDA TURMA, DJE
DATA:16/03/2016 ..DTPB:.) 8. Assim, visando uniformizar a jurisprudência das Turmas Recursais com o
entendimento que vem sendo adotado pelo Superior Tribunal de Justiça, tenho que o incidente deve ser
conhecido e provido para, alinhando o entendimento desta Turma Nacional de Uniformização, firmar a
tese de que: “a progressão dos servidores da carreira de policial federal deve ter seus efeitos financeiros
a partir de março do ano subsequente, nos termos do disposto na Lei n. 9.266/96 e no Decreto n.
2.565/98.” 9. Incidente conhecido e provido. Acordam os membros da TNU - Turma Nacional de
Uniformização CONHECER E DAR PROVIMENTO ao Incidente de Uniformização de Jurisprudência
interposto, nos termos do voto-ementa do Juiz Federal Relator. (PEDILEF 201050500054126, JUIZ
FEDERAL FERNANDO MOREIRA GONÇALVES, TNU, DOU 12/09/2017 PÁG. 49/58.) 3. Assim, não há
que se falar em não recepção constitucional dos art. 10 e 19 do Decreto nº 84.669/80. 4. Recurso
improvido. Sentença mantida. 5. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº 9.099/95. 6. A parte
autora, recorrente vencida, pagará honorários advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da causa,
ficando a condenação suspensa enquanto perdurar o estado de carência que justificou a concessão da
justiça gratuita, prescrevendo a dívida cinco anos após a sentença final, nos termos do art. 98, §3º, do
CPC/15.
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso da parte autora.
1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES Relator

PROCESSO N. 0035247-03.2016.4.01.3400 RECORRENTE: EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E


TELEGRAFOS ADVOGADO : DF00056447 - NADJA COSTA DOS SANTOS LEITE RECORRIDO: ELIAS
ALVES DE ALMEIDA SOUZA ADVOGADO: RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
461

CIVIL. EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS – ECT. EXTRAVIO DE ENCOMENDA.


DANOS MORAIS CONFIGURADOS. RECURSO IMPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA. 1. Recurso
interposto pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos – ECT em face de sentença no bojo da qual
foi julgada parcialmente procedente o pedido “para condenar a Empresa Brasileira de Correios e
Telégrafos a indenizar o autor: (a) por danos materiais, no valor de R$ 36,10 (trinta e seis reais e dez
centavos), referentes ao serviço postal, com correção monetária desde o efetivo prejuízo (Súmula no
43/STJ) e juros de mora desde a citação, conforme os índices do Manual de Cálculos da Justiça Federal;
e (b) por danos morais, no valor de R$ 1.000,00 (mil reais), com correção monetária desde a publicação
desta sentença (Súmula nº 362/STJ) e juros de mora desde a citação, consoante os índices previstos no

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Manual de Cálculos da Justiça Federal.” 2. A parte autora comprovou, em sua inicial, a remessa e
extravio da encomenda (CTPS de seu irmão para fins de perícia médica), consoante comprovante
acostado na documentação inicial, configurando, na espécie, a falha na prestação de serviço pela
Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. 3. No tocante ao conteúdo da encomenda extraviada, o
autor comprovou a postagem do objeto no DJ135836834BR via SEDEX e o extravio dessa encomenda
(fls. 4-6 da documentação inicial). Embora não haja comprovação cabal de que o conteúdo da postagem
era, de fato, a CTPS do seu irmão, são verossímeis as alegações autorais, pois registrou ocorrência
policial (fls. 8-9), e o peso da remessa (65 gramas) é condizente com o do referido documento. Afora isso,
a ré não produziu nenhuma prova capaz de refutar essa conclusão, já que não apresentou documentos,
tampouco negou o extravio da encomenda, limitando-se a argumentar, de forma genérica, no sentido da
exclusão de sua responsabilidade. 4. Dessa forma, restam incontroversos a má prestação do serviço
pela ECT e o dano material causado ao autor, de R$ 36,10 (trinta e seis reais e dez centavos),
correspondente ao serviço defeituoso. 5. A questão objeto da divergência não é de direito processual,
mas de direito material, porque respeita, fundamentalmente, aos efeitos jurídicos do extravio de
correspondência confiada à ECT, que detém o monopólio do serviço postal e tem responsabilidade
objetiva pela falha em sua prestação (CF, art. 37, § 6º; CDC, art. 14). 6. No que tange aos danos morais,
a discussão implica em saber se o fato do extravio, por si só, os torna indenizáveis ou se, para essa
consequência, há necessidade de se comprovar repercussão negativa do evento em relação à imagem,
ao equilíbrio psicológico ou à tranquilidade do usuário.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

FD52ACDE63237D42A253E204C0B69697 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


2
7. Quanto à matéria, a Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), no julgamento do Recurso
Especial 1.097.266/PB, decidiu que “O extravio de correspondência registrada acarreta dano moral in re
ipsa” (DJe de 23/08/2013). 8. Na mesma linha, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região já manifestou
que “A Jurisprudência deste Tribunal é pacífica no sentido de que o extravio de correspondência pela
ECT prescinde de comprovação de prejuízo explícito ou de ridicularização a que tenha sido submetida a
vítima, pois a dor que se indeniza na espécie é íntima e via de regra não pode ser reposta
financeiramente, funcionando a recomposição financeira como alento e forma de punição ao agressor (...)
Caracterizado o defeito na prestação do serviço postal pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos –
ECT consistente no extravio de encomenda, é devida indenização por danos materiais e morais, incidindo
o disposto no art. 37, § 6º, da Constituição (...)” (AC 2007.38.01.0006884/MG, rel. Des. Federal Jirair
Aram Meguerian, e-DJF1 de 27/05/2013, p. 831). 9. Essa orientação deve prevalecer porque o extravio
frustra a legítima expectativa do usuário de saber que a correspondência ou a encomenda chegou
regularmente ao destinatário e, assim, legitima a presunção de dor, vexame ou sofrimento, que, fugindo à
normalidade, interfere negativamente no comportamento psicológico e no bem-estar do indivíduo, o que,
conforme a melhor jurisprudência, implica na configuração de dano moral. 10. No caso concreto,
considerando que a remessa da CTPS por SEDEX não chegou ao seu destino e que, em razão disso, o
irmão da parte Autora não pôde realizar a perícia médica junto ao INSS, é devida a indenização por dano
moral arbitrada pelo Juiz. Isso porque, além da perda do documento ter trazido grandes aborrecimentos e
preocupações para o Autor, cabe ao Judiciário desestimular a prática da conduta que deu origem ao
dano. 11. Dadas as peculiaridades e os aspectos fáticos do caso em questão, e que o valor da
indenização por dano moral não pode ser exorbitante, a configurar enriquecimento sem causa da vítima,
nem irrisório, insuficiente para inibir as ações praticadas pela ré, mantenho o valor da indenização em R$
1.000,00 (hum mil reais), que reputo suficientes para o fim pretendido. 12. Recurso improvido. Sentença
mantida integralmente. 13. A ECT, recorrente vencida, pagará honorários advocatícios de 10% sobre o
valor da condenação, conforme dispõe o artigo 55 da Lei nº 9.099/95.
ACÓRDÃO

Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso da parte ré.

1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.

JUIZ RUI COSTA GONÇALVES Relator


462

PROCESSO N. 0022239-85.2018.4.01.3400 RECORRENTE: RICARDO APOLONIO ALVES PINTO


ADVOGADO : DF00001599 - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA SILVA RECORRIDO: UNIAO
FEDERAL ADVOGADO: - SONIA RABINOVICH TARANTO RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA

ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL LOTADO NA COMISSÃO EXECUTIVA DO PLANO


DA LAVOURA CACAUEIRA - CEPLAC. LEI N. 12.702/2012. DIREITO DE OPÇÃO POR NOVA
CARREIRA DE CIÊNCIA E TENOLOGIA. IMPOSSIBILIDADE. EXIGÊNCIA DE PRÉVIA APROVAÇÃO
EM CONCURSO PÚBLICO. DIREITO DE OPÇÃO INEXISTENTE NA LEGISLAÇÃO DE REGÊNCIA.
PEDIDO IMPROCEDENTE. RECURSO IMPROVIDO. 1. Trata-se de Recurso Inominado interposto pela

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
parte autora, insurgindo-se contra sentença de improcedência do pedido visando a lhe assegurar o direito
de opção pela nova carreira de Ciência e Tecnologia, instituída pela Lei n. 12.702/2012, sob a alegação
de que essa norma legal alterou a Lei n. 8.691/1993, incluindo a CEPLAC entre as instituições que
integram a carreira de Ciência e Tecnologia, porém, por força da Lei n. 12.833/2013, excluindo os
servidores desse órgão federal das tabelas de remuneração correspondentes, violando, assim, a
isonomia entre servidores novos e os mais antigos. 2. O art. 37, inciso II, da Constituição Federal,
estabelece que "a investidura em cargo ou emprego público dependente de aprovação prévia em
concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo
ou emprego, na forma da lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declaro em lei de livre
nomeação e exoneração". 3. O art. 6º, § 1º, inciso XXXI, da Lei n. 8.691/1993, com a redação dada pela
Lei n. 12.702/2012, incluiu a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira - CEPLAC, além de
outros órgãos federais, entre os integrantes da chamada carreira de Ciência e Tecnologia. Com o advento
da Lei n. 12.823/2013, foi dada nova redação ao § 3º, do art. 6º, da referida Lei n. 8.691/1993, restando
vedada a aplicação da regras previstas nos arts. 26, 27 e 28 aos servidores lotados nos órgãos públicos
enumerados no art. 6º, § 1º, incisos XXXI a XXXVI, dessa norma legal, à data da publicação da Lei n.
12.702/2012, situação em que se encontra a parte autora. 4. A parte autora foi efetivada na CEPLAC
especificamente por conta da edição da Medida Provisória n. 568/2012, convertida na Lei n. 12.702/2012,
norma essa que não previa o direito de opção reclamada no bojo dos presentes autos, em decorrência do
que não há que se falar em violação de direito incorporado em seu patrimônio, quando da edição da Lei n.
12.823/2013, mormente porque a demandante sequer ocupava cargo que tivesse correspondência com a
nova carreira de Ciência e Tecnologia, para a qual deseja migrar, ao arrepio do art. 37, inciso II, da
Constituição Federal, e da Súmula Vinculante n. 43/STF (É inconstitucional toda modalidade de
provimento que propicie ao servidor investirse, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao
seu provimento, em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido). 5. Assim, é de se
concluir que a Lei n. 12.823/2013, que alterou o art. 6º, § 3º,
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

B4F18B0AA3BFF7D3D88896E5301B3F33 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


2
da Lei n. 8.691/1993, mesmo sendo posterior à Lei n. 12.702/2012, se ajusta perfeitamente ao art. 37,
inciso II, da Carta Magna, motivo pelo qual a sentença de primeiro grau não merece reparos. 6. Recurso
Inominado interposto CONHECIDO, mas IMPROVIDO. Sentença mantida. 7. Honorários advocatícios,
fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor atribuído à causa, e custas processuais devidos pela parte
autora, porém como exigibilidade suspensa por 5 (cinco) anos, por se tratar de beneficiária da prestação
jurisdicional gratuita. ACÓRDÃO DECIDE a Primeira Turma Recursal, à unanimidade, conhecer, mas
negar provimento ao recurso interposto, nos termos do voto do Juiz Federal Relator. Sala de Sessões
das Turmas Recursais – SJDF, 24/10/2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES Relator

PROCESSO N. 0041223-54.2017.4.01.3400 RECORRENTE: MIGUEL MATOS DE OLIVEIRA


ADVOGADO : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA SILVA RECORRIDO: UNIAO
FEDERAL ADVOGADO: - SAMUEL LAGES NEVES LOPES RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA

ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL LOTADO NA COMISSÃO EXECUTIVA DO PLANO


DA LAVOURA CACAUEIRA - CEPLAC. LEI N. 12.702/2012. DIREITO DE OPÇÃO POR NOVA
CARREIRA DE CIÊNCIA E TENOLOGIA. IMPOSSIBILIDADE. EXIGÊNCIA DE PRÉVIA APROVAÇÃO
EM CONCURSO PÚBLICO. DIREITO DE OPÇÃO INEXISTENTE NA LEGISLAÇÃO DE REGÊNCIA.
PEDIDO IMPROCEDENTE. RECURSO IMPROVIDO. 1. Trata-se de Recurso Inominado interposto pela
parte autora, insurgindo-se contra sentença de improcedência do pedido visando a lhe assegurar o direito
de opção pela nova carreira de Ciência e Tecnologia, instituída pela Lei n. 12.702/2012, sob a alegação
de que essa norma legal alterou a Lei n. 8.691/1993, incluindo a CEPLAC entre as instituições que
integram a carreira de Ciência e Tecnologia, porém, por força da Lei n. 12.833/2013, excluindo os
servidores desse órgão federal das tabelas de remuneração correspondentes, violando, assim, a
isonomia entre servidores novos e os mais antigos. 2. O art. 37, inciso II, da Constituição Federal,
estabelece que "a investidura em cargo ou emprego público dependente de aprovação prévia em
concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo
463

ou emprego, na forma da lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declaro em lei de livre
nomeação e exoneração". 3. O art. 6º, § 1º, inciso XXXI, da Lei n. 8.691/1993, com a redação dada pela
Lei n. 12.702/2012, incluiu a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira - CEPLAC, além de
outros órgãos federais, entre os integrantes da chamada carreira de Ciência e Tecnologia. Com o advento
da Lei n. 12.823/2013, foi dada nova redação ao § 3º, do art. 6º, da referida Lei n. 8.691/1993, restando
vedada a aplicação da regras previstas nos arts. 26, 27 e 28 aos servidores lotados nos órgãos públicos
enumerados no art. 6º, § 1º, incisos XXXI a XXXVI, dessa norma legal, à data da publicação da Lei n.
12.702/2012, situação em que se encontra a parte autora. 4. A parte autora foi efetivada na CEPLAC
especificamente por conta da edição da Medida Provisória n. 568/2012, convertida na Lei n. 12.702/2012,
norma essa que não previa o direito de opção reclamada no bojo dos presentes autos, em decorrência do

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
que não há que se falar em violação de direito incorporado em seu patrimônio, quando da edição da Lei n.
12.823/2013, mormente porque a demandante sequer ocupava cargo que tivesse correspondência com a
nova carreira de Ciência e Tecnologia, para a qual deseja migrar, ao arrepio do art. 37, inciso II, da
Constituição Federal, e da Súmula Vinculante n. 43/STF (É inconstitucional toda modalidade de
provimento que propicie ao servidor investirse, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao
seu provimento, em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido). 5. Assim, é de se
concluir que a Lei n. 12.823/2013, que alterou o art. 6º, § 3º,
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

B79F69DBACA1314E4A8DF021B5A9D55E TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


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da Lei n. 8.691/1993, mesmo sendo posterior à Lei n. 12.702/2012, se ajusta perfeitamente ao art. 37,
inciso II, da Carta Magna, motivo pelo qual a sentença de primeiro grau não merece reparos. 6. Recurso
Inominado interposto CONHECIDO, mas IMPROVIDO. Sentença mantida. 7. Honorários advocatícios,
fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor atribuído à causa, e custas processuais devidos pela parte
autora, porém como exigibilidade suspensa por 5 (cinco) anos, por se tratar de beneficiária da prestação
jurisdicional gratuita. ACÓRDÃO DECIDE a Primeira Turma Recursal, à unanimidade, conhecer, mas
negar provimento ao recurso interposto, nos termos do voto do Juiz Federal Relator. Sala de Sessões
das Turmas Recursais – SJDF, 24/10/2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES Relator
PROCESSO N. 0049135-05.2017.4.01.3400 RECORRENTE: MARCOS MATOSINHO MACHADO
ADVOGADO : DF00016634 - EDEN LINO CASTRO DE CARVALHO E OUTRO(S) RECORRIDO: UNIAO
FEDERAL ADVOGADO: - SONIA RABINOVICH TARANTO RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA

ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL LOTADO NA COMISSÃO EXECUTIVA DO PLANO


DA LAVOURA CACAUEIRA - CEPLAC. LEI N. 12.702/2012. DIREITO DE OPÇÃO POR NOVA
CARREIRA DE CIÊNCIA E TENOLOGIA. IMPOSSIBILIDADE. EXIGÊNCIA DE PRÉVIA APROVAÇÃO
EM CONCURSO PÚBLICO. DIREITO DE OPÇÃO INEXISTENTE NA LEGISLAÇÃO DE REGÊNCIA.
PEDIDO IMPROCEDENTE. RECURSO IMPROVIDO. 1. Trata-se de Recurso Inominado interposto pela
parte autora, insurgindo-se contra sentença de improcedência do pedido visando a lhe assegurar o direito
de opção pela nova carreira de Ciência e Tecnologia, instituída pela Lei n. 12.702/2012, sob a alegação
de que essa norma legal alterou a Lei n. 8.691/1993, incluindo a CEPLAC entre as instituições que
integram a carreira de Ciência e Tecnologia, porém, por força da Lei n. 12.833/2013, excluindo os
servidores desse órgão federal das tabelas de remuneração correspondentes, violando, assim, a
isonomia entre servidores novos e os mais antigos. 2. O art. 37, inciso II, da Constituição Federal,
estabelece que "a investidura em cargo ou emprego público dependente de aprovação prévia em
concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo
ou emprego, na forma da lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declaro em lei de livre
nomeação e exoneração". 3. O art. 6º, § 1º, inciso XXXI, da Lei n. 8.691/1993, com a redação dada pela
Lei n. 12.702/2012, incluiu a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira - CEPLAC, além de
outros órgãos federais, entre os integrantes da chamada carreira de Ciência e Tecnologia. Com o advento
da Lei n. 12.823/2013, foi dada nova redação ao § 3º, do art. 6º, da referida Lei n. 8.691/1993, restando
vedada a aplicação da regras previstas nos arts. 26, 27 e 28 aos servidores lotados nos órgãos públicos
enumerados no art. 6º, § 1º, incisos XXXI a XXXVI, dessa norma legal, à data da publicação da Lei n.
12.702/2012, situação em que se encontra a parte autora. 4. A parte autora foi efetivada na CEPLAC
especificamente por conta da edição da Medida Provisória n. 568/2012, convertida na Lei n. 12.702/2012,
norma essa que não previa o direito de opção reclamada no bojo dos presentes autos, em decorrência do
que não há que se falar em violação de direito incorporado em seu patrimônio, quando da edição da Lei n.
12.823/2013, mormente porque a demandante sequer ocupava cargo que tivesse correspondência com a
nova carreira de Ciência e Tecnologia, para a qual deseja migrar, ao arrepio do art. 37, inciso II, da
Constituição Federal, e da Súmula Vinculante n. 43/STF (É inconstitucional toda modalidade de
provimento que propicie ao servidor investirse, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao
seu provimento, em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido). 5. Assim, é de se
concluir que a Lei n. 12.823/2013, que alterou o art. 6º, § 3º,
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
464

1FAB5E823A012DFBB4EA8553ABC689BA TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


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da Lei n. 8.691/1993, mesmo sendo posterior à Lei n. 12.702/2012, se ajusta perfeitamente ao art. 37,
inciso II, da Carta Magna, motivo pelo qual a sentença de primeiro grau não merece reparos. 6. Recurso
Inominado interposto CONHECIDO, mas IMPROVIDO. Sentença mantida. 7. Honorários advocatícios,
fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor atribuído à causa, e custas processuais devidos pela parte
autora, porém como exigibilidade suspensa por 5 (cinco) anos, por se tratar de beneficiária da prestação
jurisdicional gratuita. ACÓRDÃO DECIDE a Primeira Turma Recursal, à unanimidade, conhecer, mas
negar provimento ao recurso interposto, nos termos do voto do Juiz Federal Relator. Sala de Sessões
das Turmas Recursais – SJDF, 24/10/2019.

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES Relator

PROCESSO N. 0020257-36.2018.4.01.3400 RECORRENTE: ALAIDE SOUZA DOS SANTOS


ADVOGADO : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA SILVA RECORRIDO: UNIAO
FEDERAL ADVOGADO: - LETICIA MACHADO SALGADO RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA

ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL LOTADO NA COMISSÃO EXECUTIVA DO PLANO


DA LAVOURA CACAUEIRA - CEPLAC. LEI N. 12.702/2012. DIREITO DE OPÇÃO POR NOVA
CARREIRA DE CIÊNCIA E TENOLOGIA. IMPOSSIBILIDADE. EXIGÊNCIA DE PRÉVIA APROVAÇÃO
EM CONCURSO PÚBLICO. DIREITO DE OPÇÃO INEXISTENTE NA LEGISLAÇÃO DE REGÊNCIA.
PEDIDO IMPROCEDENTE. RECURSO IMPROVIDO. 1. Trata-se de Recurso Inominado interposto pela
parte autora, insurgindo-se contra sentença de improcedência do pedido visando a lhe assegurar o direito
de opção pela nova carreira de Ciência e Tecnologia, instituída pela Lei n. 12.702/2012, sob a alegação
de que essa norma legal alterou a Lei n. 8.691/1993, incluindo a CEPLAC entre as instituições que
integram a carreira de Ciência e Tecnologia, porém, por força da Lei n. 12.833/2013, excluindo os
servidores desse órgão federal das tabelas de remuneração correspondentes, violando, assim, a
isonomia entre servidores novos e os mais antigos. 2. O art. 37, inciso II, da Constituição Federal,
estabelece que "a investidura em cargo ou emprego público dependente de aprovação prévia em
concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo
ou emprego, na forma da lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declaro em lei de livre
nomeação e exoneração". 3. O art. 6º, § 1º, inciso XXXI, da Lei n. 8.691/1993, com a redação dada pela
Lei n. 12.702/2012, incluiu a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira - CEPLAC, além de
outros órgãos federais, entre os integrantes da chamada carreira de Ciência e Tecnologia. Com o advento
da Lei n. 12.823/2013, foi dada nova redação ao § 3º, do art. 6º, da referida Lei n. 8.691/1993, restando
vedada a aplicação da regras previstas nos arts. 26, 27 e 28 aos servidores lotados nos órgãos públicos
enumerados no art. 6º, § 1º, incisos XXXI a XXXVI, dessa norma legal, à data da publicação da Lei n.
12.702/2012, situação em que se encontra a parte autora. 4. A parte autora foi efetivada na CEPLAC
especificamente por conta da edição da Medida Provisória n. 568/2012, convertida na Lei n. 12.702/2012,
norma essa que não previa o direito de opção reclamada no bojo dos presentes autos, em decorrência do
que não há que se falar em violação de direito incorporado em seu patrimônio, quando da edição da Lei n.
12.823/2013, mormente porque a demandante sequer ocupava cargo que tivesse correspondência com a
nova carreira de Ciência e Tecnologia, para a qual deseja migrar, ao arrepio do art. 37, inciso II, da
Constituição Federal, e da Súmula Vinculante n. 43/STF (É inconstitucional toda modalidade de
provimento que propicie ao servidor investirse, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao
seu provimento, em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido). 5. Assim, é de se
concluir que a Lei n. 12.823/2013, que alterou o art. 6º, § 3º,
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

7CE6DF4DFB46872D030AB43B3C90557B TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


2
da Lei n. 8.691/1993, mesmo sendo posterior à Lei n. 12.702/2012, se ajusta perfeitamente ao art. 37,
inciso II, da Carta Magna, motivo pelo qual a sentença de primeiro grau não merece reparos. 6. Recurso
Inominado interposto CONHECIDO, mas IMPROVIDO. Sentença mantida. 7. Honorários advocatícios,
fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor atribuído à causa, e custas processuais devidos pela parte
autora, porém como exigibilidade suspensa por 5 (cinco) anos, por se tratar de beneficiária da prestação
jurisdicional gratuita. ACÓRDÃO DECIDE a Primeira Turma Recursal, à unanimidade, conhecer, mas
negar provimento ao recurso interposto, nos termos do voto do Juiz Federal Relator. Sala de Sessões
das Turmas Recursais – SJDF, 24/10/2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES Relator
465

PROCESSO N. 0040607-45.2018.4.01.3400 RECORRENTE: UNIAO FEDERAL ADVOGADO : -


JACIRA DE ALENCAR ROCHA RECORRIDO: RAIMUNDA SOUZA SANTOS ADVOGADO:
DF00018841 - LINO DE CARVALHO CAVALCANTE RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
ADMINISTRATIVO. SERVIDORES APOSENTADOS E PENSIONISTAS. GRATIFICAÇÃO DE APOIO À
EXECUÇÃO DE ATIVIDADES DA COMISSÃO EXECUTIVA DO PLANO DA LAVOURA CACAUEIRA -
GECEPLAC. LEI 12.702/2012. SERVIDOR APOSENTADO ANTES DA EC 41/2003. DIREITO À
PARIDADE E À INTEGRALIDADE REMUNERATÓRIAS. GRATIFICAÇÃO DE CARÁTER GENÉRICO.
RECURSO IMPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA. 1. Trata-se de recurso interposto pela União em face de
sentença no bojo da qual foi julgado procedente o pedido, “para determinar que a parte ré conceda ao (à)

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
autor(a) a Gratificação de Apoio à Execução de Atividades da Comissão Executiva do Plano da Lavoura
Cacaueira – GECEPLAC, com o consequente pagamento das diferenças remuneratórias vencidas, desde
a sua instituição e observada a prescrição quinquenal.” 2. A recorrente alega prescrição quinquenal. No
mérito, sustenta que a GECEPLAC deve ser paga apenas aos servidores lotados e em efetivo exercício
na CEPLAC, enquanto permanecerem nessa condição, ou ainda, ao aposentado ou pensionista quando a
gratificação houver sido percebida por mais de 60 meses. Argumenta inexistência de paridade
remuneratória após o advento da EC 41/2003. Requer aplicação do art. 1º F da Lei nº 9.494/97, com
redação dada pela Lei nº 11.960/2009. 3. Ausência de interesse recursal no tocante à prescrição, uma
vez que a sentença determinou expressamente a incidência do prazo quinquenal. 4. No mérito, consoante
a Lei 12.702/2012, a GECEPLAC é uma gratificação paga a todos os servidores lotados e em efetivo
exercício na CEPLAC de forma indistinta, pelo que se apresenta como gratificação de natureza genérica
extensível a todos os aposentados e pensionistas que tenham direito à paridade remuneratória. 5. Nesse
sentido, é a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça:
PROCESSUAL CIVIL. MANDADO DE SEGURANÇA. GRATIFICAÇÃO DE APOIO À EXECUÇÃO DE
ATIVIDADES DA COMISSÃO EXECUTIVA DO PLANO DA LAVOURA CACAUEIRA - GECEPLAC.
GRATIFICAÇÃO GENÉRICA. EXTENSÃO AOS APOSENTADOS E PENSIONISTAS. EXISTÊNCIA DE
DIREITO LÍQUIDO E CERTO. AGRAVO REGIMENTAL NÃO PROVIDO. 1. Conforme se depreende da
síntese dos fundamentos da impetração, a requerente serve-se da expedita via do mandamus para
incorporar a Gratificação de Apoio à Execução de Atividades da Comissão Executiva do Plano da Lavoura
Cacaueira - GCEPLAC, na mesma proporção e nos
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

E1070373CBE64516510F500C4AB41625 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


2
mesmos moldes em que concedida aos servidores ativos, aos seus substituídos. 2. A GECEPLAC por
ser uma gratificação paga aos todos os servidores que estão lotados e em efetivo exercício na CEPLAC,
indistintamente, conforme a Lei 12.702/2012, converte-se em gratificação de natureza genérica
extensíveis a todos os aposentados e pensionistas. 3. Nesse sentido: "estende-se aos servidores inativos
a gratificação extensiva, em caráter genérico, a todos os servidores em atividade, independentemente da
natureza da função exercida ou do local onde o serviço é prestado (art. 40, § 8º, da Constituição)." (RMS
23.665/SC, Rel. Ministro Nefi Cordeiro, Sexta Turma, DJe 27/04/2015). 4. Ademais, a própria Lei
12.702/2012, dispõe que a GECEPLAC integrará os proventos da aposentadoria e as pensões se houver
sido percebida pelo servidor que a ela fizer jus por mais de 60 (sessenta) meses. 5. Assim, há direito
líquido e certo a ser amparado pelo Mandado de Segurança. 6. Agravo Regimental não provido. (AGRMS
201301800771, RELATOR HERMAN BENJAMIN, PRIMEIRA SEÇÃO, DJE DATA: 10/02/2016) 6. Além
disso, o artigo 2º, § 4º, da Lei 12.702/2012 dispõe que a GECEPLAC integrará os proventos da
aposentadoria e as pensões, se houver sido percebida pelo servidor que a ela fizer jus por mais de 60
(sessenta) meses. 7. Quanto à paridade remuneratória entre servidores ativos e inativos, o entendimento
do Supremo Tribunal Federal, consubstanciado no RE 631.389, pressupõe sua ocorrência somente nas
hipóteses expressamente previstas nas EC 41/03, art. 7°, e EC 47/05, arts. 2° e 3°. No caso concreto, a
documentação inicial comprova que a Autora aposentou-se antes da EC 41/2003 (31/03/1995 –
documentação inicial fls. 7/8), fato que lhe concede o direito à paridade e à integralidade. 8. Registre-se,
por oportuno, que, (1) tanto nas aposentadorias quanto nas pensões concedidas antes da EC 41/03, (2)
como nas aposentadorias concedidas após a EC 41/03, nas quais o servidor já havia implementado os
requisitos para a inatividade antes do seu advento, há direito à paridade de proventos e pensões em
relação à remuneração dos servidores em atividade de forma integral, é dizer, há direito à paridade e à
integralidade. Todavia, (3) os aposentados após a EC 41/03 e os pensionistas cujo instituidor da pensão
somente preencheu os requisitos para a inatividade após a edição da referida emenda, bem como
aqueles pensionistas nos quais o óbito lhe é posterior, não possuem direito à paridade retromencionada.
Atente-se, por evidente, que, ainda que o instituidor da pensão tenha preenchido os requisitos para a
aposentação antes da edição da EC 41/03, e, portanto, seu pensionista tenha direito à paridade
remuneratória, quando o óbito for posterior à EC 41/03, não terá o pensionista direito à integralidade,
apesar do eventual direito à paridade, i.e., o pensionista terá direito à paridade, mas não à integralidade.
(Processo nº 004749103.2012.4.01.3400/DF, Juiz Federal Antônio Cláudio Macedo da Silva, julgado em
07/07/2015).
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
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E1070373CBE64516510F500C4AB41625 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


3
9. Os juros de mora são devidos, desde a citação válida, nos termos do Manual de Cálculos da Justiça
Federal, atualizado de acordo com a Lei nº 11.960/09, não reputada inconstitucional pelo Supremo
Tribunal Federal nesse ponto (RE 870.947). No tocante à correção monetária, deve ser observado, a
partir do vencimento de cada parcela, o índice estabelecido pelo STF no julgamento do mencionado RE
870.947, ante o afastamento da TR, como critério de atualização monetária das condenações impostas à
Fazenda Pública. 10. Sentença mantida. Recurso improvido. 11. Honorários advocatícios devidos pelo
(a) recorrente, fixados em 10% (dez por cento) do valor da condenação, nos termos do artigo 55 da Lei nº
9.099/95. 12. Acórdão lavrado nos termos do artigo 46 da Lei 9.099/95.

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso. 1ª Turma Recursal,
Juizado Especial Federal. Brasília – DF, 24/10/2019.

JUIZ RUI COSTA GONÇALVES Relator

PROCESSO N. 0037162-19.2018.4.01.3400 RECORRENTE: JANETE FERREIRA DA SILVA


ADVOGADO : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO RECORRIDO: UNIAO FEDERAL
ADVOGADO: - ANNA AMELIA LISBOA MARTINS RAPOSO DA CAMARA RELATOR: RUI COSTA
GONÇALVES
EMENTA EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. EFEITOS INFRINGENTES. NECESSIDADE DE
DEMONSTRAÇÃO DE OMISSÃO, OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO. VÍCIOS INEXISTENTES.
REJEIÇÃO DOS EMBARGOS. 1. Trata-se de Embargos de declaração opostos pela parte Autora contra
acórdão que rejeitou o pedido de incorporação nos proventos de aposentadoria da integralidade da
gratificação GDPST (100 pontos). 2. A parte Autora/Embargante diz que pretende esclarecer
omissão/contradição, mas reapresenta argumentos de mérito em seu favor, reafirmando que a
gratificação GDPST possui caráter genérico. Ainda, sustenta que o pagamento retroativo e anterior à
publicação da portaria afasta a possibilidade de atribuir natureza pro labore faciendo da GDPST aos
pagamentos realizados pelo Ministério da Saúde. Também alega que após o término do primeiro ciclo de
avaliação em 30/06/2011, o Ministério da Saúde continuou o pagamento da GDPST nos meses e anos
subsequentes sem relação com o resultado do efetivo desempenho individual, ou de condições especiais
ou excepcionais de trabalho. Por fim, requer a mesma pontuação que foi atribuída ao servidor ativo pelo
só exercício das funções normais e próprias do cargo, desde julho/2011, retroativo a novembro/2010
porquanto está recebendo com redução de 50 pontos. 3. A parte Ré ofereceu resposta aos embargos de
declaração. 4. Embargos apresentados em mesa, na forma do art. 1.024, § 1º, NCPC, porque foram
conclusos ao Relator após a data limite para publicação da pauta relativa à Sessão seguinte de
Julgamento. Porém, o dispositivo legal ordena que os embargos sejam levados a julgamento na sessão
subsequente, obviamente depois de sua conclusão, quando então são apresentados em mesa, como ora
se faz. 5. Os argumentos tecidos nos presentes embargos têm como pano de fundo a alegação de
comprovação da persistência da natureza genérica da gratificação GDPST. 6. Com isso, o objetivo da
parte Embargante não é suprir omissão, afastar obscuridade ou eliminar contradição, mas reformar o
julgado pela via inadequada, o que não se admite, tendo em vista que embargos de declaração não são
instrumento processual idôneo para o esgotamento da discussão acerca da matéria. 7. Com efeito, os
embargos declaratórios não são via adequada para corrigir suposto error in judicando, ainda que
demonstrado, não sendo possível atribuir eficácia infringente se ausentes erro material, omissão,
obscuridade ou contradição. Nesse sentido: EDcl nos EREsp 1.035.444/AM, Rel. Ministro Mauro
Campbell Marques, Primeira Seção, DJe 19.5.2015; EDcl nos EDcl no MS 14.117/DF, Rel. Ministro
Napoleão Nunes Maia Filho, Terceira Seção, DJe 1º.8.2011; EDcl no AgRg no AREsp 438.306/RS, Rel.
Ministro Og Fernandes, Segunda Turma, DJe 20.5.2014; EDcl no AgRg no AREsp 335.533/MG, Rel.
Ministra Regina Helena Costa, Quinta Turma, DJe 2.4.2014; EDcl no AgRg nos
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

39F9234BE11F3347985833412ECF084D TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


2
EAg 1.118.017/RJ, Rel. Ministro Castro Meira, Corte Especial, DJe 14.5.2012; e EDcl no AgRg nos EAg
1.229.612/DF, Rel. Ministro Castro Meira, Corte Especial, DJe 13/6/2012. 8. Rejeição dos embargos de
declaração opostos pela parte Autora. ACÓRDÃO Decide a Primeira Turma Recursal dos Juizados
Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração. 1ª Turma
Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF – 24/10/2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES Relator

PROCESSO N. 0020259-06.2018.4.01.3400 RECORRENTE: OSVALDO PEREIRA ADVOGADO :


DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA SILVA RECORRIDO: UNIAO FEDERAL
ADVOGADO: RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
467

EMENTA EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. EFEITOS INFRINGENTES. NECESSIDADE DE


DEMONSTRAÇÃO DE OMISSÃO, OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO. VÍCIOS INEXISTENTES.
REJEIÇÃO DOS EMBARGOS. 1. A parte Autora opôs embargos de declaração contra acórdão que
rejeitou seu pedido de enquadramento no Plano de Carreira da Área de Ciência e Tecnologia. 2. Diz a
parte Embargante que houve omissão, pois foi demonstrada a violação ao princípio da isonomia, mas o
entendimento contrário é carecedor de fundamentação legal e jurisprudencial, o que afronta o art. 93, IX
da CF. Que também não houve manifestação acerca da violação ao dispositivo encartado no art. 7º, XXX,
que veda a proibição de diferenças de salários, de exercício de funções e de critérios de admissão e art.
39, § 1º, da Carta da República. Ainda, alega que não houve manifestação sobre o pedido de declaração
de inconstitucionalidade do § 3º, do art. 1º, da Lei 8.691/1993, com redação dada pela Lei 12.823/2013,

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
pelo que pede manifestação expressa acerca dos dispositivos constitucionais invocados, claramente
violados, quais sejam caput, do art. 5º, no tocante à isonomia; art. 7º, XXX; e art. 39, § 1º, para fins de
prequestionamento. 3. A parte Ré ofereceu resposta aos embargos de declaração. 4. A parte embargante
não demonstra omissão, contradição, obscuridade ou erro material que conduza à modificação do
julgado. Na verdade, o que se verifica dos argumentos apresentados nos embargos de declaração é mero
inconformismo quanto à solução de mérito dada ao caso. 5. Não cabe reapreciação de matéria em sede
de embargos de declaração, porquanto não são via adequada para esgotamento da discussão acerca da
matéria julgada, podendo a parte submeter a questão à apreciação da Corte Superior em recurso próprio.
6. Ora, os embargos declaratórios não são via adequada para corrigir suposto error in judicando, ainda
que demonstrado, não sendo possível atribuir eficácia infringente se ausentes erro material, omissão,
obscuridade ou contradição. Nesse sentido: EDcl nos EREsp 1.035.444/AM, Rel. Ministro Mauro
Campbell Marques, Primeira Seção, DJe 19.5.2015; EDcl nos EDcl no MS 14.117/DF, Rel. Ministro
Napoleão Nunes Maia Filho, Terceira Seção, DJe 1º.8.2011; EDcl no AgRg no AREsp 438.306/RS, Rel.
Ministro Og Fernandes, Segunda Turma, DJe 20.5.2014; EDcl no AgRg no AREsp 335.533/MG, Rel.
Ministra Regina Helena Costa, Quinta Turma, DJe 2.4.2014; EDcl no AgRg nos EAg 1.118.017/RJ, Rel.
Ministro Castro Meira, Corte Especial, DJe 14.5.2012; e EDcl no AgRg nos EAg 1.229.612/DF, Rel.
Ministro Castro Meira, Corte Especial, DJe 13/6/2012. 7. De outra banda, se o acórdão embargado
abordou os argumentos levantados pelas partes Recorrente/Recorrida, significa isso que também já foram
expressamente considerados os elementos suscitados para fins de prequestionamento.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

E16D0A88A81491BD12BBE6055F39A4B5 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


2
8. Além disso, pela regra prevista no art. 1.025, NCPC, "consideram-se incluídos no acórdão os
elementos que o embargante suscitou, para fins de préquestionamento, ainda que os embargos de
declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão,
contradição ou obscuridade". 9. Rejeição dos embargos de declaração opostos pela parte Autora.
ACÓRDÃO Decide a Primeira Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por
unanimidade, rejeitar os embargos de declaração. 1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF,
24/10/2019.

JUIZ RUI COSTA GONÇALVES Relator

PROCESSO N. 0037342-35.2018.4.01.3400 RECORRENTE: CLOVIS APARECIDO TRALDI


ADVOGADO : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO RECORRIDO: UNIAO FEDERAL
ADVOGADO: - JACIRA DE ALENCAR ROCHA RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. EFEITOS INFRINGENTES. NECESSIDADE DE
DEMONSTRAÇÃO DE OMISSÃO, OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO. VÍCIOS INEXISTENTES.
REJEIÇÃO DOS EMBARGOS. 1. Trata-se de Embargos de declaração opostos pela parte Autora contra
acórdão que rejeitou o pedido de incorporação nos proventos de aposentadoria da integralidade da
gratificação GDPST (100 pontos). 2. A parte Autora/Embargante diz que pretende esclarecer
omissão/contradição, mas reapresenta argumentos de mérito em seu favor, reafirmando que a
gratificação GDPST possui caráter genérico. Ainda, sustenta que o pagamento retroativo e anterior à
publicação da portaria afasta a possibilidade de atribuir natureza pro labore faciendo da GDPST aos
pagamentos realizados pelo Ministério da Saúde. Também alega que após o término do primeiro ciclo de
avaliação em 30/06/2011, o Ministério da Saúde continuou o pagamento da GDPST nos meses e anos
subsequentes sem relação com o resultado do efetivo desempenho individual, ou de condições especiais
ou excepcionais de trabalho. Por fim, requer a mesma pontuação que foi atribuída ao servidor ativo pelo
só exercício das funções normais e próprias do cargo, desde julho/2011, retroativo a novembro/2010
porquanto está recebendo com redução de 50 pontos. 3. A parte Ré ofereceu resposta aos embargos de
declaração. 4. Embargos apresentados em mesa, na forma do art. 1.024, § 1º, NCPC, porque foram
conclusos ao Relator após a data limite para publicação da pauta relativa à Sessão seguinte de
Julgamento. Porém, o dispositivo legal ordena que os embargos sejam levados a julgamento na sessão
subsequente, obviamente depois de sua conclusão, quando então são apresentados em mesa, como ora
se faz. 5. Os argumentos tecidos nos presentes embargos têm como pano de fundo a alegação de
468

comprovação da persistência da natureza genérica da gratificação GDPST. 6. Com isso, o objetivo da


parte Embargante não é suprir omissão, afastar obscuridade ou eliminar contradição, mas reformar o
julgado pela via inadequada, o que não se admite, tendo em vista que embargos de declaração não são
instrumento processual idôneo para o esgotamento da discussão acerca da matéria. 7. Com efeito, os
embargos declaratórios não são via adequada para corrigir suposto error in judicando, ainda que
demonstrado, não sendo possível atribuir eficácia infringente se ausentes erro material, omissão,
obscuridade ou contradição. Nesse sentido: EDcl nos EREsp 1.035.444/AM, Rel. Ministro Mauro
Campbell Marques, Primeira Seção, DJe 19.5.2015; EDcl nos EDcl no MS 14.117/DF, Rel. Ministro
Napoleão Nunes Maia Filho, Terceira Seção, DJe 1º.8.2011; EDcl no AgRg no AREsp 438.306/RS, Rel.
Ministro Og Fernandes, Segunda Turma, DJe 20.5.2014; EDcl no AgRg no AREsp 335.533/MG, Rel.

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Ministra Regina Helena Costa, Quinta Turma, DJe 2.4.2014; EDcl no AgRg nos
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

BB918398849547D820F4A55A4E8718C7 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


2
EAg 1.118.017/RJ, Rel. Ministro Castro Meira, Corte Especial, DJe 14.5.2012; e EDcl no AgRg nos EAg
1.229.612/DF, Rel. Ministro Castro Meira, Corte Especial, DJe 13/6/2012. 8. Rejeição dos embargos de
declaração opostos pela parte Autora. ACÓRDÃO Decide a Primeira Turma Recursal dos Juizados
Especiais Federais do Distrito Federal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração. 1ª Turma
Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF – 24/10/2019.
JUIZ RUI COSTA GONÇALVES Relator

PROCESSO N. 0017737-06.2018.4.01.3400 RECORRENTE: VERA LUCIA SOARES SANTOS


ADVOGADO : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA SILVA RECORRIDO: UNIAO
FEDERAL ADVOGADO: RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. EFEITOS INFRINGENTES. NECESSIDADE DE
DEMONSTRAÇÃO DE OMISSÃO, OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO. VÍCIOS INEXISTENTES.
REJEIÇÃO DOS EMBARGOS. 1. A parte Autora opôs embargos de declaração contra acórdão que
rejeitou seu pedido de enquadramento no Plano de Carreira da Área de Ciência e Tecnologia. 2. Diz a
parte Embargante que houve omissão, pois foi demonstrada a violação ao princípio da isonomia, mas o
entendimento contrário é carecedor de fundamentação legal e jurisprudencial, o que afronta o art. 93, IX
da CF. Que também não houve manifestação acerca da violação ao dispositivo encartado no art. 7º, XXX,
que veda a proibição de diferenças de salários, de exercício de funções e de critérios de admissão e art.
39, § 1º, da Carta da República. Ainda, alega que não houve manifestação sobre o pedido de declaração
de inconstitucionalidade do § 3º, do art. 1º, da Lei 8.691/1993, com redação dada pela Lei 12.823/2013,
pelo que pede manifestação expressa acerca dos dispositivos constitucionais invocados, claramente
violados, quais sejam caput, do art. 5º, no tocante à isonomia; art. 7º, XXX; e art. 39, § 1º, para fins de
prequestionamento. 3. A parte Ré ofereceu resposta aos embargos de declaração. 4. A parte embargante
não demonstra omissão, contradição, obscuridade ou erro material que conduza à modificação do
julgado. Na verdade, o que se verifica dos argumentos apresentados nos embargos de declaração é mero
inconformismo quanto à solução de mérito dada ao caso. 5. Não cabe reapreciação de matéria em sede
de embargos de declaração, porquanto não são via adequada para esgotamento da discussão acerca da
matéria julgada, podendo a parte submeter a questão à apreciação da Corte Superior em recurso próprio.
6. Ora, os embargos declaratórios não são via adequada para corrigir suposto error in judicando, ainda
que demonstrado, não sendo possível atribuir eficácia infringente se ausentes erro material, omissão,
obscuridade ou contradição. Nesse sentido: EDcl nos EREsp 1.035.444/AM, Rel. Ministro Mauro
Campbell Marques, Primeira Seção, DJe 19.5.2015; EDcl nos EDcl no MS 14.117/DF, Rel. Ministro
Napoleão Nunes Maia Filho, Terceira Seção, DJe 1º.8.2011; EDcl no AgRg no AREsp 438.306/RS, Rel.
Ministro Og Fernandes, Segunda Turma, DJe 20.5.2014; EDcl no AgRg no AREsp 335.533/MG, Rel.
Ministra Regina Helena Costa, Quinta Turma, DJe 2.4.2014; EDcl no AgRg nos EAg 1.118.017/RJ, Rel.
Ministro Castro Meira, Corte Especial, DJe 14.5.2012; e EDcl no AgRg nos EAg 1.229.612/DF, Rel.
Ministro Castro Meira, Corte Especial, DJe 13/6/2012. 7. De outra banda, se o acórdão embargado
abordou os argumentos levantados pelas partes Recorrente/Recorrida, significa isso que também já foram
expressamente considerados os elementos suscitados para fins de prequestionamento.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

6BFF2F1E0BE7B9DBAECE9A8EB4BBAC23

6BFF2F1E0BE7B9DBAECE9A8EB4BBAC23 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


2
8. Além disso, pela regra prevista no art. 1.025, NCPC, "consideram-se incluídos no acórdão os
elementos que o embargante suscitou, para fins de préquestionamento, ainda que os embargos de
declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão,
contradição ou obscuridade". 9. Rejeição dos embargos de declaração opostos pela parte Autora.
ACÓRDÃO Decide a Primeira Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Distrito Federal, por
469

unanimidade, rejeitar os embargos de declaração. 1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF,
24/10/2019.

JUIZ RUI COSTA GONÇALVES

PROCESSO N. 0037497-38.2018.4.01.3400 RECORRENTE: JOSE ROBERTO FERREIRA ADVOGADO


: DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO RECORRIDO: UNIAO FEDERAL ADVOGADO: -
DIEGO EDUARDO FARIAS CAMBRAIA RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. ART. 1022 DO CPC/15. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, CONTRADIÇÃO
OU OBSCURIDADE. EMBARGOS REJEITADOS. 1. A parte autora apresentou embargos de declaração,
alegando a existência de contradição/omissão no acórdão, uma vez que “O pedido autoral foi para
INCORPORAÇÃO DA GDM-PST com FUNDAMENTO JURÍDICO em previsão constitucional de paridade
contida no art. 40, III, “c” da CF/88 e art. 7º da EC 41/2003 e Art. 147, §1º, da Lei 11.355/2006 (Súmula
359 do STF), e NÃO NOS MOLDES da Lei 13.324/2016, como constou do Relatório da respeitável
SENTENÇA, equivocadamente, salvo melhor juízo.” 2. Com contrarrazões. 3. Decisão. No item 5 da
petição inicial, verifica-se o seguinte pedido: “Que seja deferida a incorporação aos proventos da parte
autora, dos 100% DOS PONTOS da GDM-PST que FORAM atribuídos aos servidores ativos desde
AGOSTO/2012, RETROATIVOS a Julho/2012, PELO SÓ EXERCÍCIO DAS FUNÇÕES NORMAIS e
próprias do cargo (vantagem GENÉRICA/VENCIMENTAL) e que a autora deveria estar recebendo na
MESMA PROPORÇÃO E NA MESMA DATA, conforme regras legais e constitucionais em vigor,
especialmente quanto AO art. 40, inciso lll, alínea “c” da CF/88, a Súmula Vinculante nº 20, e nº 34; RE
476.279, 572.052, 662.406 e 775.857, com repercussão geral.” 4. Desse modo, verifica-se que ainda que
a parte autora tenha fundamentado seu pedido com base na paridade constitucional a partir do artigo 3º
da EC 47/05, não se verifica contradição no acórdão, uma vez que este fundamentou suas razões de
decidir analisando o pedido à luz da paridade constitucional. 5. Entendeu este juízo, portanto, que “a partir
da data da homologação do resultado das avaliações, após conclusão do primeiro ciclo de avaliações,
passou a valer o pagamento diferenciado da Gratificação entre servidores ativos e os inativos, conforme a
jurisprudência do STF”, que no caso dos servidores vinculados ao Ministério da Saúde, a conclusão do
primeiro ciclo de avaliações da GDPST se consolidou efetivamente com a publicação da Portaria CGESP,
de 30/01/2012, data em que se divulgou o resultado das avaliações de desempenho individual (Boletim de
Serviço n.º 7, Ano 27, de 13/02/2012). Nesse momento a gratificação perdeu a sua natureza geral e
adquiriu o caráter pro labore faciendo. 6. A parte autora aposentou-se após a conclusão do primeiro ciclo
de avaliações, portanto quando a gratificação já havia perdido a sua natureza genérica. 7. Embargos
rejeitados.

PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

C03C8C1A0CFD0C3B9ABC7DD220D6E78A TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


2
ACÓRDÃO Decide a Primeira Turma Recursal do DF, por unanimidade, rejeitar os Embargos de
Declaração. 1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal. Brasília – DF, 24/10/2019.

JUIZ RUI COSTA GONÇALVES Relator

PROCESSO N. 0037513-89.2018.4.01.3400 RECORRENTE: VITAL JACQUES BENUZIO ADVOGADO :


DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO RECORRIDO: UNIAO FEDERAL ADVOGADO: - DIEGO
EDUARDO FARIAS CAMBRAIA RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. ART. 1022 DO CPC/15. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, CONTRADIÇÃO
OU OBSCURIDADE. EMBARGOS REJEITADOS. 1. A parte autora apresentou embargos de declaração,
alegando a existência de contradição/omissão no acórdão, uma vez que “O pedido autoral foi para
INCORPORAÇÃO DA GDM-PST com FUNDAMENTO JURÍDICO em previsão constitucional de paridade
contida no art. 40, III, “c” da CF/88; art. 186, IIII, “c”, art. 3º da EC 20/98 e art. 7º da EC 41/2003 e Art. 147,
§1º, da Lei 11.355/2006 (Súmula 359 do STF), e NÃO NOS MOLDES da Lei 13.324/2016, como constou
do Relatório da respeitável SENTENÇA, equivocadamente, salvo melhor juízo.” 2. Com contrarrazões. 3.
Decisão. No item 5 da petição inicial, verifica-se o seguinte pedido: “Que seja deferida a incorporação aos
proventos da parte autora, nos SIAPE 6.637.303 e SIAPE 637.303, dos 100% DOS PONTOS da GDM-
PST que FORAM atribuídos aos servidores ativos desde AGOSTO/2012, RETROATIVOS a Julho/2012,
PELO SÓ EXERCÍCIO DAS FUNÇÕES NORMAIS e próprias do cargo (vantagem
GENÉRICA/VENCIMENTAL) e que a autora deveria estar recebendo na MESMA PROPORÇÃO E NA
MESMA DATA, conforme regras legais e constitucionais em vigor, especialmente quanto aos art. 186,
470

inciso III, alínea “c” da Lei 8.112/90 e art. 3º da EC 20/98, a Súmula Vinculante nº 20, e nº 34; RE
476.279, 572.052, 662.406 e 775.857, com repercussão geral.” 4. Desse modo, verifica-se que ainda que
a parte autora tenha fundamentado seu pedido com base na paridade constitucional a partir do artigo 3º
da EC 47/05, não se verifica contradição no acórdão, uma vez que este fundamentou suas razões de
decidir analisando o pedido à luz da paridade constitucional. 5. Entendeu este juízo, portanto, que “a partir
da data da homologação do resultado das avaliações, após conclusão do primeiro ciclo de avaliações,
passou a valer o pagamento diferenciado da Gratificação entre servidores ativos e os inativos, conforme a
jurisprudência do STF”, que no caso dos servidores vinculados ao Ministério da Saúde, a conclusão do
primeiro ciclo de avaliações da GDPST se consolidou efetivamente com a publicação da Portaria CGESP,
de 30/01/2012, data em que se divulgou o resultado das avaliações de desempenho individual (Boletim de

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Serviço n.º 7, Ano 27, de 13/02/2012). Nesse momento a gratificação perdeu a sua natureza geral e
adquiriu o caráter pro labore faciendo. 6. A parte autora aposentou-se após a conclusão do primeiro ciclo
de avaliações, portanto quando a gratificação já havia perdido a sua natureza genérica. 7. Embargos
rejeitados.

PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

44B61F07D86BE3756E7843F8B3A214C2 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


2
ACÓRDÃO Decide a Primeira Turma Recursal do DF, por unanimidade, rejeitar os Embargos de
Declaração. 1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal. Brasília – DF, 24/10/2019.

JUIZ RUI COSTA GONÇALVES Relator

PROCESSO N. 0037490-46.2018.4.01.3400 RECORRENTE: DANIEL RIBEIRO DOS SANTOS


ADVOGADO : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO RECORRIDO: UNIAO FEDERAL
ADVOGADO: - DIEGO EDUARDO FARIAS CAMBRAIA RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. ART. 1022 DO CPC/15. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, CONTRADIÇÃO
OU OBSCURIDADE. EMBARGOS REJEITADOS. 1. A parte autora apresentou embargos de declaração,
alegando a existência de contradição/omissão no acórdão, uma vez que “O pedido autoral foi para
INCORPORAÇÃO DA GDM-PST com FUNDAMENTO JURÍDICO em previsão constitucional de paridade
contida no art. 40, III, “d” da CF/88 e art. 186, III, “d” da Lei 8.112/90 e art. 7º da EC 41/2003 e Art. 147,
§1º, da Lei 11.355/2006 (Súmula 359 do STF), e NÃO NOS MOLDES da Lei 13.324/2016, como constou
do Relatório da respeitável SENTENÇA, equivocadamente, salvo melhor juízo.” 2. Com contrarrazões. 3.
Decisão. No item 5 da petição inicial, verifica-se o seguinte pedido: “Que seja deferida a incorporação aos
proventos da parte autora, dos 100% DOS PONTOS da GDM-PST que FORAM atribuídos aos servidores
ativos desde AGOSTO/2012, , RETROATIVOS a Julho/2012, PELO SÓ EXERCÍCIO DAS FUNÇÕES
NORMAIS e próprias do cargo (vantagem GENÉRICA/VENCIMENTAL) e que a autora deveria estar
recebendo na MESMA PROPORÇÃO E NA MESMA DATA, conforme regras legais e constitucionais em
vigor, especialmente quanto aos artigos art. 40, inciso lll, alínea “d” da CF/88 e art. 186, inciso lll, alínea
“d” da Lei 8.112/90, a Súmula Vinculante nº 20, e nº 34; RE 476.279, 572.052, 662.406 e 775.857, com
repercussão geral.” 4. Desse modo, verifica-se que ainda que a parte autora tenha fundamentado seu
pedido com base na paridade constitucional a partir do artigo 3º da EC 47/05, não se verifica contradição
no acórdão, uma vez que este fundamentou suas razões de decidir analisando o pedido à luz da paridade
constitucional. 5. Entendeu este juízo, portanto, que “a partir da data da homologação do resultado das
avaliações, após conclusão do primeiro ciclo de avaliações, passou a valer o pagamento diferenciado da
Gratificação entre servidores ativos e os inativos, conforme a jurisprudência do STF”, que no caso dos
servidores vinculados ao Ministério da Saúde, a conclusão do primeiro ciclo de avaliações da GDPST se
consolidou efetivamente com a publicação da Portaria CGESP, de 30/01/2012, data em que se divulgou o
resultado das avaliações de desempenho individual (Boletim de Serviço n.º 7, Ano 27, de 13/02/2012).
Nesse momento a gratificação perdeu a sua natureza geral e adquiriu o caráter pro labore faciendo. 6. A
parte autora aposentou-se após a conclusão do primeiro ciclo de avaliações, portanto quando a
gratificação já havia perdido a sua natureza genérica. 7. Embargos rejeitados.

PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

595AFB81EBC2D4CF453765E27898D1BA TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


2

ACÓRDÃO Decide a Primeira Turma Recursal do DF, por unanimidade, rejeitar os Embargos de
Declaração. 1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF – 24/10/2019.
471

JUIZ RUI COSTA GONÇALVES Relator

PROCESSO N. 0037443-72.2018.4.01.3400 RECORRENTE: REINALDO SALETI ADVOGADO :


DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO RECORRIDO: UNIAO FEDERAL ADVOGADO: - DIEGO
EDUARDO FARIAS CAMBRAIA RELATOR: RUI COSTA GONÇALVES
EMENTA
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. ART. 1022 DO CPC/15. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, CONTRADIÇÃO
OU OBSCURIDADE. EMBARGOS REJEITADOS. 1. A parte autora apresentou embargos de declaração,
alegando a existência de contradição/omissão no acórdão, uma vez que “O pedido autoral foi para

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
INCORPORAÇÃO DA GDM-PST com FUNDAMENTO JURÍDICO em previsão constitucional de paridade
contida no art. 6º e art. 7º da EC 41/2003 e Art. 147, §1º, da Lei 11.355/2006 (Súmula 359 do STF), e
NÃO NOS MOLDES da Lei 13.324/2016, como constou do Relatório da respeitável SENTENÇA,
equivocadamente, salvo melhor juízo.” 2. Com contrarrazões. 3. Decisão. No item 5 da petição inicial,
verifica-se o seguinte pedido: “Que seja deferida a incorporação aos proventos da parte autora, dos 100%
DOS PONTOS da GDM-PST que estava recebendo antes de sua aposentadoria, 05/11/2012, conforme
regras legais e constitucionais em vigor, especialmente quanto ao artigo 6º da EC 41/03, a Súmula
Vinculante nº 20, e nº 34; RE 476.279, 572.052, 662.406 e 775.857, com repercussão geral.” 4. Desse
modo, verifica-se que ainda que a parte autora tenha fundamentado seu pedido com base na paridade
constitucional a partir do artigo 3º da EC 47/05, não se verifica contradição no acórdão, uma vez que este
fundamentou suas razões de decidir analisando o pedido à luz da paridade constitucional. 5. Entendeu
este juízo, portanto, que “a partir da data da homologação do resultado das avaliações, após conclusão
do primeiro ciclo de avaliações, passou a valer o pagamento diferenciado da Gratificação entre servidores
ativos e os inativos, conforme a jurisprudência do STF”, que no caso dos servidores vinculados ao
Ministério da Saúde, a conclusão do primeiro ciclo de avaliações da GDPST se consolidou efetivamente
com a publicação da Portaria CGESP, de 30/01/2012, data em que se divulgou o resultado das
avaliações de desempenho individual (Boletim de Serviço n.º 7, Ano 27, de 13/02/2012). Nesse momento
a gratificação perdeu a sua natureza geral e adquiriu o caráter pro labore faciendo. 6. A parte autora
aposentou-se após a conclusão do primeiro ciclo de avaliações, portanto quando a gratificação já havia
perdido a sua natureza genérica. 7. Embargos rejeitados.

PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

AD035FE0D49161E0F91120299E0BEB21 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


2

ACÓRDÃO Decide a Primeira Turma Recursal do DF, por unanimidade, rejeitar os Embargos de
Declaração. 1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal. Brasília – DF, 24/10/2019.

JUIZ RUI COSTA GONÇALVES Relator


472

PODER JUDICIÁRIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
1ª. TURMA RECURSAL

RECURSO Nº 0006857-52.2018.4.01.3400 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA


BRITO RECORRENTE(S) : UBIRAJARA BLEY ADVG/PROC. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL
NETO RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL ADVG/PROC. : - SAMUEL LAGES NEVES LOPES

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
E M E N T A PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. HIPÓTESES DE CABIMENTO.
ART. 1.022 DO NCPC. REDISCUSSÃO DA CAUSA. INEXISTÊNCIA DE ERRO MATERIAL, OMISSÃO,
CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE. PREQUESTIONAMENTO. ART. 1.025 DO NCPC. EMBARGOS
REJEITADOS. Embargos de declaração opostos pela parte autora em face de acórdão que desproveu
recurso inominado para manter a sentença de improcedência proferida em ação ajuizada objetivando a
declaração de inconstitucionalidade incidental do parágrafo único do art. 87, dos incisos I, II e III do art. 88
e do Anexo XCVI da Lei nº 13.324/2016; a declaração da natureza genérica de gratificação de
desempenho; e o pagamento das diferenças correspondentes. Afirma, em suma, a parte embargante: 2 –
O pedido autoral foi para INCORPORAÇÃO DA GDM-PST com FUNDAMENTO JURÍDICO em previsão
constitucional de paridade contida no art. 40, III, “a” da CF/88, art. 7º da EC 41/2003 e Art. 147, §1º, da
Lei 11.355/2006 (Súmula 359 do STF), e NÃO NOS MOLDES da Lei 13.324/2016, como constou do
Relatório da respeitável SENTENÇA, equivocadamente, salvo melhor juízo. A respeitável decisão está
OMISSA NESTE PONTO. (...) 4 – O órgão jurisdicional fundamentou sua decisão na premissa de que a
GDM-PST vem sendo paga no Ministério da Saúde com as características de Vantagem pro labore
faciendo/propter laborem. 5 – Assim, OMITIU-SE QUANTO AO FATO DE QUE o Ministério da Saúde
SEMPRE pagou a GDPST RETROATIVAMENTE e INDEPENDENTEMENTE DA PUBLICAÇÃO DO
RESULTADO dos chamados “ciclos de avaliação”, pelo SÓ FATO DO EXERCÍCIO DAS FUNÇÕES
NORMAIS DO CARGO , situação análoga à descrita no RE 476.279 e Súmula Vinculante nº 20 e
inúmeros REs com repercussão geral. Observa-se, ainda, da petição inicial, os seguintes pedidos: 2) Que
seja declarada incidentalmente a inconstitucionalidade ou a ineficácia dos seguintes dispositivos:
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

C7FA4D70906F02BFEF90A93DB3CB02DE TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


2
2.1) do Art. 87, parágrafo único, da Lei 13.324, por incompatibilidade com o disposto na EC 41/2003, Art.
3º, 6º, 6º-A e 7º e Art. 3º da EC 47/2005; 2.2) dos incisos I, II e III do Art. 88 da Lei 13.324, sob o mesmo
fundamento; 2.3) do Anexo XCVI da Lei 13.324, por violar o direito de petição e estabelecer obrigação
não prevista em lei, conforme Art. 5º, II e XXXV , CF 88; Os embargos de declaração têm por objetivo a
integração de acórdão que contenha erro material, omissão, contradição ou obscuridade (e art. 48 da Lei
nº 9.099/95 - art. 1.022, I e II, do novo Código de Processo Civil), sendo rejeitados os recursos opostos
para se obter o reexame da matéria ou com o único objetivo de que o colegiado manifeste-se
expressamente acerca de dispositivos legais ou constitucionais invocados a título de prequestionamento.
Assim, não se prestam a reexaminar, em regra, atos decisórios alegadamente equivocados ou a incluir,
no debate, novos argumentos jurídicos, uma vez que o efeito infringente não é de sua natureza, salvo em
situações excepcionais. Jurisprudência da Segunda Turma Recursal de Minas Gerais:
2003.38.00.735500-9, Rel. Juiz Federal JOÃO CARLOS COSTA MAYER SOARES, julgado em
12/11/2004, DJ-MG de 27/11/2004. Fica óbvio, no presente caso, que a intenção da parte embargante é
rediscutir matéria já decidida, uma vez que o acórdão indicou os fundamentos suficientes para a
compreensão das razões de decidir. Portanto, ausente no acórdão vergastado qualquer ponto obscuro,
contraditório ou omisso, rejeitam-se os presentes embargos declaratórios. Remanescendo o interesse
recursal, pode a parte interpor o pertinente recurso, posto que a oposição de embargos de declaração
satisfaz a exigência estabelecida pelo enunciado nº 356 da Súmula do STF ainda que a omissão, a
contradição e/ou a obscuridade não venha(m) a ser suprida(s) pelo Tribunal a quo. Nesse sentido: (AI
553928 ED, Relator Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, julgado em 15/12/2009, DJ-e-035 DIVULG 25-
02-2010 PUBLIC 26-02-2010 EMENT VOL-02391-08 PP-01841). De igual modo, o disposto no art. 1.025
do novo CPC (Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou,
para fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados,
caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade.). Embargos
rejeitados. Acórdão lavrado nos moldes do art. 46 da Lei nº 9.099/95. A C Ó R D Ã O Decide a Turma
Recursal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração opostos pela parte autora. Turma
Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.

JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF


PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

C7FA4D70906F02BFEF90A93DB3CB02DE TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


473

RECURSO Nº 0016774-95.2018.4.01.3400 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA


BRITO RECORRENTE(S) : FUNDACAO UNIVERSIDADE DE BRASILIA - FUB ADVG/PROC. :
RECORRIDO(S) : CARLOS DIOGO SALVIANO DE MORAIS ADVG/PROC. : DF00001634 - ANTONIO
BRAZ DE ALMEIDA E OUTRO(S)

E M E N T A PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.


CONTRADIÇÃO SANADA. EMBARGOS ACOLHIDOS. Embargos de declaração opostos por CARLOS
DIOGO SALVIANO DE MORAIS em face de acórdão que negou provimento ao recurso inominado

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
interposto pela parte ré, para manter a sentença de procedência proferida em ação ajuizada objetivando o
pagamento de valores relativos aos depósitos do FGTS correspondentes ao período de 08/2006 a
06/2015. A parte embargante aduz, em suma, a existência de contradição, no tocante à ausência de
condenação da parte ré, recorrente vencida, no pagamento de honorários de sucumbência. A decisão
embargada, de fato, incorreu em contradição, visto que a despeito de negar provimento ao recurso da
Fundação Universidade de Brasília – FUB, deixou de condená-la no pagamento de honorários
advocatícios. Assim, faz-se necessário o acolhimento dos embargos para a correção da omissão e
contradição apontada. No acórdão, onde se lê “Incabíveis honorários advocatícios (art. 55 da Lei nº
9.099/95).” leia-se: “A FUB, recorrente vencida, pagará honorários advocatícios fixados em 10% (dez por
cento) sobre o valor da condenação (art. 55 da Lei nº 9.099/95).” Embargos acolhidos. Acórdão lavrado
nos termos do art. 46 da Lei nº 9.099/95. A C Ó R D Ã O Decide a Turma Recursal, por unanimidade,
acolher os embargos de declaração opostos pela parte autora. Turma Recursal, Juizado Especial Federal
– SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.

JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº 0032444-76.2018.4.01.3400 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA


BRITO RECORRENTE(S) : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL) ADVG/PROC. : - CELIA
FERREIRA TAVARES DE LYRA RECORRIDO(S) : ANNELISE CAVALCANTE DE ARAUJO GOUVEIA
ADVG/PROC. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS

E M E N T A EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. TRIBUTÁRIO. IMPOSTO DE RENDA. AUXÍLIO PRÉ-


ESCOLAR. PERÍODO DE 2008 A 2012. AUSÊNCIA DE RECONHECIMENTO ADMINISTRATIVO.
PRETENSÃO PRESCRITA. OMISSÃO SANADA. EMBARGOS ACOLHIDOS. Embargos de declaração
opostos pela UNIÃO em face de acórdão que manteve a sentença de parcial procedência proferida em
ação ajuizada objetivando o repetição de indébito e a declaração de inexigibilidade de imposto de renda
sobre auxílio-creche/assistência pré-escolar. A parte embargante aduz, em suma, a existência de
omissão tendo em vista que [...] os valores os quais se pretende restituir ocorreram entre os anos de 2008
e 2013 e o pleito de restituição foi apresentado apenas em 2018. Afirma ainda a existência de [...]
CONTRADIÇÃO no bojo da r. sentença recorrida, haja vista que reconheceu a prescrição qüinqüenal da
pretensão da parte autora, mas julgou parcialmente procedente o pedido inicial, quando deveria ter
julgado totalmente improcedente o pedido inicial. Compulsando-se nos autos, nota-se de fato a ausência
reconhecimento administrativo do direito à restituição do imposto de renda relativo ao auxílio-creche retido
no período de 2008 a 2012. Com efeito, a decisão administrativa proferida pelo presidente do TJDFT (fls.
28 EPROC PAD 19502 - 2016 – OUTROS DOCUMENTOS – registro em 06.09.2018) indeferiu os
pedidos de retificação das declarações de IR, bem como o de reconhecimento do direito à restituição,
com fundamento no Parecer do NUJUR, fls. 100/104. Por seu turno, deferiu tão somente o pedido de
emissão de declaração/certidão, contendo os valores retidos a título de IRPF sobra o auxíliocreche dos
associados da ASSEJUS dos 05 (cinco) anos anteriores à decisão do PA 21.441/2012. Assim,
considerando-se que a causa de pedir da presente demanda funda-se em inexistente reconhecimento
administrativo; que a restituição pretendida diz respeito ao período de 2008 a 2012; que não houve
requerimento de repetição de indébito junto à Administração Tributária; e, por fim, a data de ajuizamento
da presente ação, a pretensão em análise encontra-se fulminada pela prescrição. Embargos devem ser
acolhidos, para reconhecer a prescrição da pretensão deduzida no presente feito, extinguindo-o com
resolução de mérito. Embargos de declaração acolhidos para suprir a omissão com efeito modificativo do
julgado. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº 9.099/95. Revogada a condenação no
pagamento de honorários advocatícios.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

F6EBEB87978C459CC80D9A294443483D TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


2
A C Ó R D Ã O Decide a Turma Recursal, por unanimidade, acolher os embargos de declaração opostos
pela União para suprir a omissão com efeito modificativo do julgado. Turma Recursal, Juizado Especial
Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.
474

JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº 0039205-26.2018.4.01.3400 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA


BRITO RECORRENTE(S) : UNIAO FEDERAL ADVG/PROC. : - LETICIA MACHADO SALGADO
RECORRIDO(S) : JOSELIA GONCALVES ALVES OLIVEIRA ADVG/PROC. : DF0001599A - GERALDO
MAGELA HERMOGENES DA SILVA
E M E N T A ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. INMET. DIREITO AO ENQUADRAMENTO NO
PLANO DE CARREIRA ESPECÍFICO DA ÁREA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA. IMPOSSIBILIDADE.

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
SENTENÇA REFORMADA. Recurso inominado interposto pela União em face de sentença de
procedência proferida em ação ajuizada objetivando o reconhecimento do direito de opção à estrutura
remuneratória da Carreira de Ciência e Tecnologia, instituída pela Lei nº 12.702/2012. A parte recorrente
argúi a prescrição quinquenal. Quanto ao mérito, pugna pela improcedência do pedido inicial. Por fim,
pede a reforma da sentença no tocante aos critérios de fixação de correção monetária. Ausente o
interesse recursal quanto à prejudicial de prescrição quinquenal, visto que acolhida expressamente pela
sentença recorrida. Compulsando-se os autos, verifica-se que a parte autora, integrante do quadro de
servidores do Instituto Nacional de Meteorologia - INMET, vinculado ao Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento, atualmente enquadrado no plano geral de cargos do poder executivo - PGPE, busca o
enquadramento no plano de carreira da Ciência e Tecnologia, em razão da Lei nº 12.702/2012, que
incluiu o INMET entre os órgãos e entidades integrantes da área de Ciência e Tecnologia (art. 1º, §1º,
XXXII, da Lei nº 8.691/93). Observa-se, ainda, a existência de expressa vedação legal de transposição
dos servidores em exercício no INMET, na data de vigência da Lei nº 12.702/2012, para o plano de
carreira da Ciência e Tecnologia (art. 1º, § 3°, da Lei nº 8.691/93, na atual redação dada pela Lei nº
12.823/2013). Estabelecidas tais premissas, denota-se que a pretensão da parte autora encontra óbice
no teor da Súmula Vinculante nº 43 do STF: É inconstitucional toda modalidade de provimento que
propicie ao servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento,
em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido. Registre-se que o autor não se
desincumbiu do ônus de demonstrar que o cargo por ele ocupado corresponde a qualquer cargo previsto
no plano de carreira da Ciência e Tecnologia. Não provou também qualquer isonomia no tocante às
atribuições de seu cargo em relação às previstas no referido plano de carreira.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

F3EC1968E8FCDFB8A208D15348362FBC TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


2
Ademais, a Súmula Vinculante nº 37 prevê expressamente que Não cabe ao Poder Judiciário, que não
tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos sob o fundamento de isonomia. Por
fim, destaque-se que é assente na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal o entendimento de que
não há direito adquirido a regime jurídico. Ante o exposto, não há que se falar em inconstitucionalidade do
art. 1º, §3º, da Lei nº 8.691/93, na atual redação dada pela Lei nº 12.823/2013, razão pela qual há de ser
julgado improcedente do pedido inicial. Recurso conhecido em parte e, na parte conhecida, provido em
parte. Sentença reformada. Pedido inicial improcedente. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº
9.099/95. Incabíveis honorários advocatícios. A C Ó R D Ã O Decide a Turma Recursal, por unanimidade,
conhecer em parte o recurso interposto pela parte ré, para dar-lhe provimento. Turma Recursal, Juizado
Especial Federal/SJDF, 24/10/2019.

JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº 0015202-70.2019.4.01.3400 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA


BRITO RECORRENTE(S) : CARLOS PEREIRA DE OLIVEIRA ADVG/PROC. : DF00315416 - MAURO
LEMOS ADVOCACIA-SOCIEDADE INDIVIDUAL DA ADVOCACIA RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL
(FAZENDA NACIONAL) ADVG/PROC. : - CELIA FERREIRA TAVARES DE LYRA
E M E N T A PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. VERBA
PRINCIPAL RECEBIDA EM PROCESSO JUDICIAL. APLICAÇÃO DO REGIME DE COMPETÊNCIA.
NÃO RECONHECIMENTO DO DIREITO NA ESFERA ADMINISTRATIVA. INTERESSE DE AGIR
CONFIGURADO. RECURSO PROVIDO EM PARTE. Recurso inominado interposto pela parte autora em
face de sentença extintiva proferida em ação ajuizada objetivando a declaração de inexigibilidade de
contribuição previdenciária incidente sobre os valores recebidos judicialmente, bem como sobre os juros
moratórios. A sentença consignou em sua fundamentação a ausência de interesse de agir, visto que o
direito postulado encontra-se reconhecido no âmbito administrativo. Compulsando-se os autos, nota-se
que o objeto da demanda diz respeito à incidência de contribuição previdenciária sobre a verba principal
(reajuste de 3,17% e/ou 28,86%) e os acessórios (juros de mora), recebidos no âmbito de processo
judicial. O pedido sobre a verba principal tem por fundamento a aplicação, na tributação em questão, do
regime de competência, tese essa que encontra resistência da Administração tanto na esfera
administrativa quanto judicial. Desse modo, presente o interesse de agir, a extinção do feito mostra-se
equivocada. Sentença reformada. Recurso da parte autora provido em parte. Retorno dos autos à origem
475

para o prosseguimento regular do feito. Acórdão proferido nos moldes do art. 46 da Lei nº 9.099/95.
Incabíveis honorários advocatícios. A C Ó R D Ã O Decide a Turma Recursal, por unanimidade, dar
parcial provimento ao recurso da parte autora. Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF,
24/10/2019.

JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF


PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
RECURSO Nº 0029140-69.2018.4.01.3400 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA
BRITO RECORRENTE(S) : PERPETUA DE ARAUJO ROGERIO DE BRITO ADVG/PROC. : DF00047935
- CLAUDIONOR MACIEL RODRIGUES DE ALMEIDA RECORRIDO(S) : INSTITUTO NACIONAL DE
SEGURO SOCIAL-INSS ADVG/PROC. :

E M E N T A PREVIDENCIÁRIO. BENEFÍCIO POR INCAPACIDADE. INCAPACIDADE ATUAL.


INEXISTÊNCIA. INCAPACIDADE PRETÉRITA APONTADA EM PERÍCIA ADMINISTRATIVA.
BENEFÍCIO DEVIDO NO PERÍODO ENTRE A DER E A DCB. RECURSO PROVIDO EM PARTE. Trata-
se de recurso interposto por PERPETUA DE ARAÚJO ROGÉRIO DE BRITO em face de sentença que
julgou improcedente o pedido inicial de concessão do benefício de auxílio-doença com a posterior
conversão em aposentadoria por invalidez. A sentença consignou em sua fundamentação a inexistência
de incapacidade laboral. A recorrente argumenta que [...] embora não tenha sido reconhecida a
incapacidade laboral da recorrente atualmente, persiste o direito da Recorrente em perceber o benefício
de auxíliodoença de forma indenizada, visto que constatada a incapacidade laboral reconhecida pelo
próprio INSS no período de 05/07/2017 a 13/07/2017. Aduz, ainda, a existência de cerceamento de
defesa, visto que a sentença tem por fundamento tão somente o laudo pericial produzido em juízo. Argui
que [...] a omissão do Perito quanto aos quesitos da Recorrente caracteriza grave violação do direito à
prova, ampla defesa e ao contraditório, de maneira que torna o laudo absolutamente inutilizável. Sustenta
a necessidade de realização de nova perícia. Com efeito, o benefício de auxílio-doença é devido ao
segurado que, cumprido o prazo de carência, ficar incapacitado para a sua atividade habitual, por mais de
15 dias consecutivos (art. 71 do Decreto nº 3.048/99). A aposentadoria por invalidez, por seu turno, será
devida ao segurado que, respeitado o período de carência supra, for considerado incapaz e insuscetível
de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência. O exame técnico, realizado
em 10/10/2018, após os procedimentos periciais pertinentes aponta que a autora, idade à época de 30
(trinta) anos, escolaridade ensino fundamental completo e última atividade realizada de operadora de
caixa em supermercado, é portadora de espondilodiscopatia de segmento lombar associada à estenose
parcial de canal neural, sem menção de compressão significativa de estruturas nervosas e/ou
instabilidade vertebral e, sem sinais clínicos atuais de déficit neurológico (CID: 10 M51), que não a
incapacita para o exercício de atividade laborativa habitual. Em suas conclusões, o médico perito afirma:
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

E547FD26FC74E8FD55D7AC5EFE327E81 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


2
CONSIDERANDO que se trata de espondilodiscopatia de segmento lombar associada à estenose parcial
de canal neural, sem menção de compressão significativa de estruturas nervosas e/ou instabilidade
vertebral e, sem sinais clínicos atuais de déficit neurológico, CONSIDERANDO que se constatou apenas
sinais clínicos subjetivos, em detrimento de sinais objetivos de prova, que caracterizassem limitação
funcional significante, CONSIDERANDO que, apesar da existência de sobrecarga biomecânica do tipo
moderada, exigida pela sua última função declarada, não se pode afirmar que haverá agravamento da
sua doença de base, se houver a permanência na atividade, haja vista o exame físico realizado, o exame
complementar analisado e o cumprimento das recomendações da NR-17da Portaria GM nº 3.214/78 que
trata da prevenção dos desajustes ergonômicos e sobrecargas no trabalho, CONCLUI-SE que a Autora
se apresenta CAPAZ para a sua última função declarada. Registre-se que havendo divergência entre as
conclusões de laudo pericial do INSS e laudos médicos particulares, no tocante à capacidade laborativa
do requerente, cabe, em regra, à perícia médica oficial proceder ao deslinde da questão. Nesse sentido,
julgado do TRF da 1ª Região: AC 2006.35.01.004237-3/GO, Rel. Desembargadora Federal Neuza Maria
Alves da Silva, Segunda Turma, e-DJF1 p.202 de 27/04/2009. Desse modo, a prova produzida pela parte
demandante deve ser robusta, a ponto de o magistrado formar seu convencimento em sentido contrário à
perícia administrativa feita pelo INSS e à perícia judicial a cargo do perito nomeado pelo juízo, não
bastando a simples descrição de moléstias e conclusão pela existência de incapacidade. Nesse contexto,
inexistindo relatos médicos devidamente fundamentados, indicando de forma pormenorizada as
implicações das moléstias alegadas em relação à capacidade laboral atual da parte recorrente, inviável é
o restabelecimento/concessão de benefício previdenciário por incapacidade. Quanto ao pedido de
realização de nova perícia, cabe ao Juiz da causa, como destinatário principal da prova, verificar a
necessidade e o cabimento da realização de nova perícia ou de complementação da perícia já realizada,
476

o que dependerá de a matéria parecer suficientemente esclarecida (art. 480 do CPC/15). Entendendo que
o estado de saúde da parte autora foi efetivamente esclarecido pelo perito judicial, pode deixar de
determinar a complementação da instrução e firmar seu convencimento na prova pericial já realizada.
Especificamente quanto aos quesitos apresentados pela autora, repute-se que os seus conteúdos em
nada se diferem dos quesitos apresentados pelo Juízo, de sorte que restaram devidamente respondidos.
Por seu turno, da análise da documentação acostada aos autos, constata-se que o INSS reconheceu a
incapacidade da autora no período de 14/06/2017 a 13/07/2017, em razão de dor lombar baixa (fls. 03 –
JUNTADA DE DOCUMENTOS, registrada em 17/09/2018). Negou o benefício, todavia, em razão de a
data de início do benefício (DIB) ser maior que a data de cessação (DCB), o que se mostra equivocado,
considerando-se que a autora requereu o benefício administrativamente em 05/07/2017.

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

E547FD26FC74E8FD55D7AC5EFE327E81 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


3
Verificada que a incapacidade apontada no período é superior aos 15 (quinze) dias, exigidos no art. 59,
caput, da Lei nº 8.213/91, faz jus a autora ao pagamento do benefício de auxílio-doença entre a data do
requerimento administrativo (05/07/2017) e a data de cessação apontada administrativamente
(13/07/2017). Juros de mora e correção monetária nos termos do Manual de Cálculos da Justiça Federal,
que se encontra em consonância com os precedentes vinculantes firmados sobre a matéria pelo STF (RE
870.947) e pelo STJ (REsp 1.495.146). Assevere-se, por fim, que a coisa julgada material em matéria de
benefício previdenciário por incapacidade submete-se a cláusula rebus sic stantibus, nada impedindo,
portanto, que a parte autora tenha, em caso de alteração, o seu quadro clínico reavaliado pela autarquia
previdenciária, e, se for o caso, pelo próprio Poder Judiciário. Sentença reformada em parte. Recurso
parcialmente provido. Acórdão proferido nos moldes do art. 46 da Lei nº 9.099/95. Incabíveis honorários
advocatícios. A C Ó R D Ã O Decide a Turma Recursal, por unanimidade, dar parcial provimento ao
recurso da parte autora. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.

JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº 0004634-92.2019.4.01.3400 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA


BRITO RECORRENTE(S) : MANOEL SERRANO LOPES ADVG/PROC. : DF00038160 - ALESSANDRA
CALDAS BEZERRA E OUTRO(S) RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVG/PROC. : - KELLY OTSUKA MIIKE
E M E N T A PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. VERBA
PRINCIPAL RECEBIDA EM PROCESSO JUDICIAL. APLICAÇÃO DO REGIME DE COMPETÊNCIA.
NÃO RECONHECIMENTO DO DIREITO NA ESFERA ADMINISTRATIVA. INTERESSE DE AGIR
CONFIGURADO. RECURSO PROVIDO EM PARTE. Recurso inominado interposto pela parte autora em
face de sentença extintiva proferida em ação ajuizada objetivando a declaração de inexigibilidade de
contribuição previdenciária incidente sobre os valores recebidos judicialmente, bem como sobre os juros
moratórios. A sentença consignou em sua fundamentação a ausência de interesse de agir, visto que o
direito postulado encontra-se reconhecido no âmbito administrativo. Compulsando-se os autos, nota-se
que o objeto da demanda diz respeito à incidência de contribuição previdenciária sobre a verba principal
(reajuste de 3,17% e/ou 28,86%) e os acessórios (juros de mora), recebidos no âmbito de processo
judicial. O pedido sobre a verba principal tem por fundamento a aplicação, na tributação em questão, do
regime de competência, tese essa que encontra resistência da Administração tanto na esfera
administrativa quanto judicial. Desse modo, presente o interesse de agir, a extinção do feito mostra-se
equivocada. Sentença reformada. Recurso da parte autora provido em parte. Retorno dos autos à origem
para o prosseguimento regular do feito. Acórdão proferido nos moldes do art. 46 da Lei nº 9.099/95.
Incabíveis honorários advocatícios. A C Ó R D Ã O Decide a Turma Recursal, por unanimidade, dar
parcial provimento ao recurso da parte autora. Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF,
24/10/2019.

JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF


PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ

RECURSO Nº 0003326-21.2019.4.01.3400 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA


BRITO RECORRENTE(S) : FRANCISCO MARCELO MERCELINO CASTELO DA SILVA ADVG/PROC. :
DF00055573 - MYLENE QUITÉRIA CALDAS E OUTRO(S) RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL
(FAZENDA NACIONAL) ADVG/PROC. : - KELLY OTSUKA MIIKE
E M E N T A PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. VERBA
PRINCIPAL RECEBIDA EM PROCESSO JUDICIAL. APLICAÇÃO DO REGIME DE COMPETÊNCIA.
NÃO RECONHECIMENTO DO DIREITO NA ESFERA ADMINISTRATIVA. INTERESSE DE AGIR
CONFIGURADO. RECURSO PROVIDO EM PARTE. Recurso inominado interposto pela parte autora em
477

face de sentença extintiva proferida em ação ajuizada objetivando a aplicação do regime de competência
à tributação (contribuição previdenciária) de valores recebidos via precatório judicial, visto que tais valores
são atinentes aos anos de 1989 e 1990, época em que a alíquota vigente era de 6% (seis por cento), bem
como a declaração de inexigibilidade do tributo sobre os juros moratórios. A sentença consignou em sua
fundamentação a ausência de interesse de agir, visto que o direito postulado encontra-se reconhecido no
âmbito administrativo. O pedido de repetição do indébito em razão da apontada diferença entre a alíquota
vigente à época em que a verba era devida e a alíquota vigente quando do recebimento efetivo dos
valores tem por fundamento a aplicação do regime de competência, tese essa que encontra resistência
da Administração tanto na esfera administrativa, quanto judicial. Desse modo, presente o interesse de
agir, a extinção do feito mostra-se equivocada. Sentença reformada. Recurso da parte autora provido em

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
parte. Retorno dos autos à origem para o prosseguimento regular do feito. Acórdão proferido nos moldes
do art. 46 da Lei nº 9.099/95. Incabíveis honorários advocatícios. A C Ó R D Ã O Decide a Turma
Recursal, por unanimidade, dar parcial provimento ao recurso da parte autora. Turma Recursal, Juizado
Especial Federal/SJDF, 24/10/2019.

JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº 0003298-53.2019.4.01.3400 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA


BRITO RECORRENTE(S) : CLAUDIO LIMA NEPOMUCENO ADVG/PROC. : DF00055573 - MYLENE
QUITÉRIA CALDAS E OUTRO(S) RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVG/PROC. : - KELLY OTSUKA MIIKE
E M E N T A PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. VERBA
PRINCIPAL RECEBIDA EM PROCESSO JUDICIAL. APLICAÇÃO DO REGIME DE COMPETÊNCIA.
NÃO RECONHECIMENTO DO DIREITO NA ESFERA ADMINISTRATIVA. INTERESSE DE AGIR
CONFIGURADO. RECURSO PROVIDO EM PARTE. Recurso inominado interposto pela parte autora em
face de sentença extintiva proferida em ação ajuizada objetivando a aplicação do regime de competência
à tributação (contribuição previdenciária) de valores recebidos via precatório judicial, visto que tais valores
são atinentes aos anos de 1989 e 1990, época em que a alíquota vigente era de 6% (seis por cento), bem
como a declaração de inexigibilidade do tributo sobre os juros moratórios. A sentença consignou em sua
fundamentação a ausência de interesse de agir, visto que o direito postulado encontra-se reconhecido no
âmbito administrativo. O pedido de repetição do indébito em razão da apontada diferença entre a alíquota
vigente à época em que a verba era devida e a alíquota vigente quando do recebimento efetivo dos
valores tem por fundamento a aplicação do regime de competência, tese essa que encontra resistência
da Administração tanto na esfera administrativa, quanto judicial. Desse modo, presente o interesse de
agir, a extinção do feito mostra-se equivocada. Sentença reformada. Recurso da parte autora provido em
parte. Retorno dos autos à origem para o prosseguimento regular do feito. Acórdão proferido nos moldes
do art. 46 da Lei nº 9.099/95. Incabíveis honorários advocatícios. A C Ó R D Ã O Decide a Turma
Recursal, por unanimidade, dar parcial provimento ao recurso da parte autora. Turma Recursal, Juizado
Especial Federal/SJDF, 24/10/2019.

JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº 0000920-27.2019.4.01.3400 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA


BRITO RECORRENTE(S) : CELIO LOPES DE ARAUJO ADVG/PROC. : DF00038160 - ALESSANDRA
CALDAS BEZERRA E OUTRO(S) RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVG/PROC. : - KELLY OTSUKA MIIKE

E M E N T A PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. VERBA


PRINCIPAL RECEBIDA EM PROCESSO JUDICIAL. APLICAÇÃO DO REGIME DE COMPETÊNCIA.
NÃO RECONHECIMENTO DO DIREITO NA ESFERA ADMINISTRATIVA. INTERESSE DE AGIR
CONFIGURADO. RECURSO PROVIDO EM PARTE. Recurso inominado interposto pela parte autora em
face de sentença extintiva proferida em ação ajuizada objetivando a aplicação do regime de competência
à tributação (contribuição previdenciária) de valores recebidos via precatório judicial, visto que tais valores
são atinentes aos anos de 1989 e 1990, época em que a alíquota vigente era de 6% (seis por cento), bem
como a declaração de inexigibilidade do tributo sobre os juros moratórios. A sentença consignou em sua
fundamentação a ausência de interesse de agir, visto que o direito postulado encontra-se reconhecido no
âmbito administrativo. O pedido de repetição do indébito em razão da apontada diferença entre a alíquota
vigente à época em que a verba era devida e a alíquota vigente quando do recebimento efetivo dos
valores tem por fundamento a aplicação do regime de competência, tese essa que encontra resistência
da Administração tanto na esfera administrativa, quanto judicial. Desse modo, presente o interesse de
agir, a extinção do feito mostra-se equivocada. Sentença reformada. Recurso da parte autora provido em
parte. Retorno dos autos à origem para o prosseguimento regular do feito. Acórdão proferido nos moldes
do art. 46 da Lei nº 9.099/95. Incabíveis honorários advocatícios. A C Ó R D Ã O Decide a Turma
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Recursal, por unanimidade, dar parcial provimento ao recurso da parte autora. Turma Recursal, Juizado
Especial Federal/SJDF, 24/10/2019.

JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº 0037814-70.2017.4.01.3400 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA


BRITO RECORRENTE(S) : BANCO CENTRAL DO BRASIL - BACEN ADVG/PROC. : DF00016409 -
MARCUS VINICIUS SARAIVA MATOS E OUTRO(S) RECORRIDO(S) : SERGIO DE CASTRO
ADVG/PROC. : DF00017966 - VERA MIRNA SCHMORANTZ E OUTRO(S)

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
E M E N T A ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. BANCO CENTRAL DO BRASIL. REGIME
ESTATUTÁRIO. ENQUADRAMENTO RETROATIVO. ADI Nº 449. REGIMES PREVIDENCIÁRIOS.
ACERTO DE CONTAS. LEI Nº 9.650/98. PRETENSÃO DE COBRANÇA PELA ADMINISTRAÇÃO.
PRESCRIÇÃO. INOCORRÊNCIA. RECURSO PROVIDO EM PARTE. Recurso interposto pelo Banco
Central do Brasil - BACEN contra sentença que julgou procedente o pedido inicial, para declarar a
inexistência do débito indevidamente constituído em desfavor da parte autora e, consequentemente, para
desobrigá-la de promover o ressarcimento ao erário do valor cobrado pela autarquia ré por meio do Ofício
nº. 9998/2017-BCB/Depes, de 09 de junho de 2017, com valor total originário de R$ 15.725,66 (quinze
mil, setecentos e vinte e cinco reais, e sessenta e seis centavos). A sentença consignou em sua
fundamentação: Conforme exposto na exordial, o Supremo Tribunal Federal – STF, no julgamento da
Ação Direta de Inconstitucionalidade – ADI nº 449-2, determinou o enquadramento dos servidores do
Banco Central do Brasil no Regime Jurídico Único estabelecido pela lei nº 8.112/90, retroativamente a 1º
de janeiro de 1991, razão pela qual houve o reconhecimento de que tais servidores deveriam ter
contribuído para o Plano de Seguridade Social do Servidor - PSS desde 1º de janeiro de 1991, data de
entrada em vigor da Lei nº 8.112, de 1990, e não para o Regime Geral de Previdência Social - RGPS.
Com vistas ao acerto de contas decorrente do cumprimento da referida decisão, foi editada a Medida
Provisória nº. 1.535-7/97, que, após sucessivas reedições, foi convertida na lei nº. 9.650/98,
posteriormente regulamentada pelo Decreto nº. 2.273/97, cujo art. 1º determinou que o Banco Central do
Brasil deveria promover, até 31 de julho de 1997, os acertos previstos na MP em comento, inclusive em
relação aos valores “das contribuições pessoais que deveriam ter sido recolhidas em nome de seus
servidores ao Plano de Seguridade Social do Servidor - PSS, desde 1º de janeiro de 1991”. No que tange
à prescrição, importa observar que, consoante inclusive ratificação da parte ré, nos termos do art. 1º do
Decreto nº 20.910/32, o prazo prescricional da pretensão de cobrança pela Administração contra o
administrado/servidor é de cinco anos, - igualmente aplicável às autarquias e
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fundações públicas federais, como o BACEN, em face do disposto no art. 2º do Decreto-lei nº 4.597/1942,
segundo o qual o “Decreto nº 20.910, de 6 de janeiro de 1932, que regula a prescrição quinquenal,
abrange as dívidas passivas das autarquias, ou entidades e órgãos paraestatais, criados por lei e
mantidos mediante impostos, taxas ou quaisquer contribuições, exigidas em virtude de lei federal,
estadual ou municipal, bem como a todo e qualquer direito e ação contra os mesmos”. Quanto ao ponto
assim estabelece o Decreto nº 20.910 no que tange à interrupção do prazo prescricional: “Art. 9º A
prescrição interrompida recomeça a correr, pela metade do prazo, da data do ato que a interrompeu ou do
último ato ou termo do respectivo processo.” Nessa perspectiva, do que consta dos autos observa-se que
inicialmente, em junho/1998, foi comunicado aos servidores do Banco Central (Informativo – Depes de
junho) que, a partir de julho/1998, estes passariam a pagar, via parcelamento, mediante desconto direto
em folha de salários, os valores devidos em razão do julgamento da ADI nº 449-2, que determinou o
enquadramento dos servidores do Banco Central do Brasil no Regime Jurídico Único estabelecido pela lei
nº 8.112/90, retroativamente a 1º de janeiro de 1991, e ensejou o pagamento, por parte do BACEN de
ajustes previdenciários relativos à diferença entre o Regime Geral de Previdência Social e o Plano de
Previdência Social dos Servidores públicos. Sucessivamente, depois de cobradas três parcelas, foram
ajuizadas ações coletivas (MS 1998.34.00.020704-2 e 1998.34.00.026008-7) pelos sindicatos SINAL e
SINDISEP respectivamente, sendo que no mandamus impetrado por este último sindicato, logrou a
categoria o deferimento de liminar, por intermédio da qual foram suspensos os descontos em folha
relativos ao ressarcimento ora combatido. Em 18 de outubro de 2013, o Mandado de Segurança nº
1998.34.00.026008-7 impetrado pelo SINDSEP foi definitivamente julgado, ocasião em que foi revogada a
liminar anteriormente concedida e proclamada a regularidade do acerto de contas/cobrança realizada pelo
BACEN. O trânsito em julgado da demanda mandamental ocorreu em 21/11/2013. Decorre daí que, a
partir do trânsito em julgado da sentença definitiva do Mandado de Segurança nº 1998.34.00.026008-7,
ou seja, a partir de 21/11/2013, cessou a interrupção do prazo prescritivo para o BACEN - já que
transcorrido o último ato ou termo do processo (artigo 9º do Decreto nº 20.910), que recomeçou a correr,
pela metade do prazo, a partir de então (dois anos e meio). Assim, em 21/05/2016, a pretensão de
cobrança foi afastada pela ocorrência da prescrição da ação. Portanto, tendo sido a cobrança levada à
cabo por meio do Ofício nº. 9998/2017-BCB/Depes, de 09 de junho de 2017, na data da cobrança
administrativa do débito apurado já havia transcorrido o prazo prescricional, o que torna inexequível a
479

cobrança discutida nestes autos; impondo, assim, o reconhecimento da inexistência de dívida da Autora
para com o BACEN, de
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que trata a Notificação / Ofício nº. 9998/2017-BCB/Depes, de 09 de junho de 2017. Por tais fundamentos,
reputo ilícita a exigência de ressarcimento ao erário feita pelo réu, ante a evidente prescrição da
pretensão. A parte recorrente aduz a preliminar de incompetência absoluta do JEF, visto que a demanda
visa anular ato administrativo federal em desacordo com o disposto no art. 3º, §1º, III, da Lei nº

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
10.259/2001. Afirma, ainda, a inocorrência da prescrição pronunciada pela sentença. Rejeitada a
preliminar de incompetência absoluta do Juizado Especial Federal, visto que a demanda visa a anular ato
administrativo federal. De fato, nos termos do art. 3º, § 1º, III, da Lei nº 10.259/2001, não se inclui na
competência do Juizado Especial Federal as causas que visem à anulação ou a cancelamento de ato
administrativo federal, salvo o de natureza previdenciária e de lançamento fiscal. Contudo, no caso, a
parte autora não requer a anulação ou cancelamento de ato administrativo, mas apenas pleiteia o
reconhecimento da prescrição da pretensão da Administração de promover o acerto de contas previsto na
ADI nº 449 e Lei nº 9.650/98. Além disso, de acordo com o art. 98, I, da Constituição Federal, as causas
de menor complexidade são da competência dos Juizados Especiais Federais, razão pela qual se deve
dar interpretação ao art. 3°, §1°, III, da Lei n° 10.259/2001 que o harmonize com o referido dispositivo
constitucional. Quanto à inocorrência da prescrição pronunciada pela sentença, é necessário estabelecer
um histórico acerca da pretensão administrativa. Estabelecia o art. 251 da Lei nº 8.112/90: Art. 251.
Enquanto não for editada a Lei Complementar de que trata o art. 192 da Constituição Federal, os
servidores do Banco Central do Brasil continuarão regidos pela legislação em vigor à data da publicação
desta lei. Os servidores do Banco Central do Brasil até então eram regidos pela Consolidação das Leis
Trabalhistas – CLT, submetidos, portanto, ao Regime Geral da Previdência Social – RGPS. O Supremo
Tribunal Federal, no julgamento da ADI nº 449, declarou, com efeitos ex tunc, a inconstitucionalidade do
art. 251 em questão, verbis: EMENTA: CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO.
BANCO CENTRAL DO BRASIL: AUTARQUIA: REGIME JURÍDICO DO SEU PESSOAL. Lei 8.112, de
1990, art. 251: INCONSTITUCIONALIDADE. I. - O Banco Central do Brasil é uma autarquia de direito
público, que exerce serviço público, desempenhando parcela do poder de polícia da União, no setor
financeiro. Aplicabilidade, ao seu pessoal, por força do disposto no art. 39 da Constituição, do regime
jurídico da Lei 8.112, de 1990. II. - As normas da Lei 4.595, de 1964, que dizem respeito ao pessoal do
Banco Central do Brasil, foram recebidas, pela CF/88, como normas ordinárias e não como lei
complementar. Inteligência do disposto no art. 192, IV, da Constituição. III. - O art. 251 da Lei 8.112, de
1990, é incompatível com o art. 39 da Constituição Federal, pelo que é inconstitucional. IV. - ADIn julgada
procedente.

(ADI 449, Relator(a): Min. CARLOS VELLOSO, Tribunal Pleno, julgado em 29/08/1996, DJ 22-11-1996
PP-45683 EMENT VOL-01851-01 PP-00060 RTJ VOL-00162-02 PP-00420)
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A referida decisão teve o seu trânsito em julgado em 04/12/1996. Enquadrados os servidores do Bacen,
que até então continuavam a contribuir para o RGPS, de forma retroativa à entrada em vigor da Lei nº
8.112/90, verificou-se a necessidade de realizar um acerto de contas, ante o fato de que a contribuição
para o Regime Próprio de Previdência Social - RPPS, em razão da ausência de teto máximo, ter uma
base de cálculo maior que as contribuições vertidas para o RGPS. De forma a instrumentalizar o
necessário acerto de contas, a Lei nº 9.650/98 (fruto da conversão da MP nº 1.535/97), que dispõe sobre
o plano de carreira dos servidores do BCB, estabeleceu em seu art. 21, verbis: Art. 21. O Banco Central
do Brasil, até 31 de julho de 1997, apurará o valor dos recolhimentos e pagamentos efetuados por uma ou
ambas as partes a título de contribuição para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS, Instituto
Nacional de Seguro Social - INSS e para entidades de previdência complementar, e os não recolhidos ao
Plano de Seguridade Social do Servidor, para efeito de acerto de contas entre as Instituições e entre
estas e o servidor, na forma que dispuser o regulamento. O regulamento acima previsto foi editado na
forma do Decreto nº 2.273, de 14 de julho de 1997, que previu: Art. 1º O Banco Central do Brasil
promoverá, até 31 de julho de 1997, na forma deste Decreto, os acertos previstos no art. 21 da Medida
Provisória nº 1.535-7, de 11 de julho de 1997, com base nos levantamentos por ele realizados, referentes
aos valores: I - dos depósitos efetuados a título de recolhimento para o Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço - FGTS, relativos ao período de 1º de janeiro 1991 a 5 de setembro de 1996, nas contas
vinculadas de seus servidores; II - das contribuições pessoais efetuadas em nome de seus servidores ao
Instituto Nacional do Seguro Social - INSS e às entidades de previdência privada, relativas ao período de
1º de janeiro de 1991 a 5 de setembro de 1996; III - dos pagamentos efetivamente realizados a título de
cotas patronais ao Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, relativos ao período de 1º de janeiro de
1991 a 5 de setembro de 1996, e às entidades de previdência privada, desde 1º de janeiro de 1991,
excetuados os referentes aos servidores aposentados, até 31 de dezembro de 1990, pelo Regime Geral
480

de Previdência Social; IV - das contribuições pessoais que deveriam ter sido recolhidas em nome de seus
servidores ao Plano de Seguridade Social do Servidor - PSS, desde 1º de janeiro de 1991; V - das cotas
patronais que deveriam ter sido recolhidas ao Plano de Seguridade Social do Servidor - PSS, desde 1º de
janeiro de 1991; VI - dos pagamentos de benefícios efetivamente realizados pelo Instituto Nacional do
Seguro Social - INSS a seus servidores aposentados, a partir de 1º de janeiro de 1991, pelo Regime
Geral de Previdência Social e a seus pensionistas;
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Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
VII - dos pagamentos de benefícios, a título de aposentadorias e pensões concedidas sob o Regime Geral
de Previdência Social a partir de 1º de janeiro de 1991, efetivamente realizados pelas entidades de
previdência privada a seus servidores e pensionistas. § 1º Todos os valores apurados na forma prevista
neste artigo serão atualizados até a efetivação dos respectivos acertos, em conformidade com a
legislação e a regulamentação específicas vigentes durante o período. § 2º O Banco Central do Brasil
apresentará a cada entidade a documentação comprobatória dos valores de responsabilidade de cada
uma. Art. 2º Os servidores ativos e inativos, nos valores de responsabilidade de cada um, indenizarão o
Banco Central do Brasil, na forma prevista no § 1º do art. 46 da Lei nº 8.112, de 1990, pela diferença
entre os montantes dos recolhimentos não efetuados para o Plano de Seguridade Social do Servidor -
PSS e os efetivamente realizados para o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, apurados de acordo
com os incisos II e IV do art. 1º deste Decreto. Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se aos ex-
servidores do Banco Central do Brasil que tenham sido exonerados ou demitidos após 1º de janeiro de
1991. Art. 3º O Banco Central do Brasil recolherá ao Plano de Seguridade Social do Servidor - PSS o
valor das contribuições pessoais de seus servidores e o das cotas patronais de sua responsabilidade,
apurados na forma dos incisos IV e V do art. 1º deste Decreto. Art. 4º O Banco Central do Brasil
ressarcirá o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS dos pagamentos apurados de acordo com o inciso
VI do art. 1º deste Decreto. Art. 5º O Instituto Nacional do Seguro Social - INSS repassará ao Plano de
Seguridade Social do Servidor - PSS o montante das contribuições pessoais dos servidores e o das cotas
patronais recolhidas pelo Banco Central do Brasil, apurados na forma dos incisos II e III do art. 1º deste
Decreto. Art. 6º O Banco Central do Brasil ficará dispensado do recolhimento e do ressarcimento previstos
nos arts. 3º e 4º, caso a soma de seus valores seja inferior ou igual ao valor do repasse determinado pelo
art. 5º, todos deste Decreto, ficando o saldo, se houver, como crédito junto ao Plano de Seguridade Social
do Servidor - PSS, a ser compensado em cotas patronais futuras, até sua plena quitação. Parágrafo
único. Se inferior o valor do repasse, caberá ao Banco Central do Brasil efetuar o ressarcimento do saldo
apurado ao Plano de Seguridade Social do Servidor - PSS. Art. 7º Do montante da devolução prevista na
alínea “a” do § 3º do art. 14 da Medida Provisória nº 1.535-7, de 11 de julho de 1997, será descontado o
valor dos benefícios comprovadamente pagos pela entidade de previdência privada aos seus
participantes, servidores e pensionistas do Banco Central do Brasil, apurado na forma do inciso VII do art.
1º deste Decreto. Parágrafo único. Se o valor dos benefícios pagos pela entidade de previdência privada
for superior ao montante da devolução referida neste artigo, caberá
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ao Banco Central do Brasil o aporte, àquela entidade, de recursos suficientes para a liquidação do saldo
apurado. Art. 8º Os casos omissos serão resolvidos por atos dos titulares dos ministérios envolvidos. Art.
9º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Promoveu então o Bacen o referido acerto de
contas entre os regimes previdenciários (art. 3º e 4º), motivo pelo qual deveria ser indenizadas as
diferenças devidas pelos servidores e ex-servidores, na forma do art. 2º. A cobrança em questão iniciou-
se, conforme o Informativo-Depes, de 18 de junho de 1998, em julho daquele ano, com o desconto em
folha dos servidores para o necessário acerto de contas. Com o objetivo de impedir o acerto de contas, foi
impetrado, em 15/10/1998 pelo SINDSEP, o Mandado de Segurança Coletivo nº 1998.34.00.026008-7, no
bojo do qual foi concedida medida liminar, obstando os descontos em folha dos servidores. Esclareça-se,
neste ponto, que todos os servidores foram beneficiados com referida medida, independentemente de
filiação ao sindicato impetrante. Nesse ponto, ressalte-se que a cobrança estava obstada em face de
determinação judicial. Assim, não há que se cogitar que a União pudesse descumpri-la. A sentença que
concedeu a segurança foi reformada em parte pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, nos seguintes
termos: EMENTA PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. SERVIDORES DO BACEN. MUDANÇA
DO REGIME JURÍDICO. LEGITIMIDADE DO SINDICATO. INCONSTITUCIONALIDADE DO ART. 251 DA
LEI 8112/91. LEGALIDADE DO ART. 21 DA LEI 9650/98. ACERTO DE CONTAS. REMESSA OFICIAL
PROVIDA. APELAÇÃO PARCIALMENTE PROVIDA. SENTENÇA REFORMADA. 1 - Trata-se de remessa
necessária e de apelação interposta pelo BANCO CENTRAL DO BRASIL contra a sentença de fls.
376/381, que concedeu a segurança, determinando à autoridade impetrada que se abstenha de proceder
a qualquer desconto em folha de pagamento dos substituídos do sindicatoimpetrante, relativamente às
contribuições criadas no bojo do acerto de contas instituído pelo artigo 21 da Lei n. 9.650/98. Em suas
razões, fls. 389/399, o BACEN alega, em síntese, ilegitimidade ativa do Sindicato dos servidores do
BACEN; constitucionalidade do acerto de contas, sustentando que se os representados foram
481

considerados servidores públicos desde 1º de janeiro de 1991, desde essa data, devem contribuir com a
totalidade de seus vencimentos para o PSS. 2 - Preliminar de litispendência indeferida, vez que a parte
autora não se confunde com a outra que motivou a preliminar. 2.1 – Não prospera a preliminar de
ilegitimidade ativa arguida pelo BACEN. “O artigo 8º, III da Constituição Federal estabelece a legitimidade
extraordinária dos sindicatos para defender em juízo os direitos e interesses coletivos ou individuais dos
integrantes da categoria que representam. Essa legitimidade extraordinária é ampla, abrangendo a
liquidação e a execução
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dos créditos reconhecidos aos trabalhadores. Por se tratar de típica hipótese de substituição processual,
é desnecessária qualquer autorização dos substituídos.(RE 210029, Relator(a): Min. CARLOS VELLOSO,
Tribunal Pleno, julgado em 12/06/2006, DJe-082 DIVULG 16-08-2007 PUBLIC 17-082007 DJ 17-08-2007
PP-00025 EMENT VOL-02285-05 PP-00900. Apelação do BACEN não provida nesse ponto. 3 - “1. A
alteração do §2º do art. 202 da Constituição Federal pela EC 20/98, no qual se funda a ação, não
caracteriza automática perda superveniente do objeto da ação nos termos dos arts. 5º. XXXVI e 60, IV da
CF, pois as emendas constitucionais devem respeitar "direitos adquiridos, os atos jurídicos perfeitos e a
coisa julgada, que são direitos individuais igualmente preservados da ação do constituinte reformador"
(Luís Roberto Barroso, Interpretação e aplicação da Constituição. Saraiva, 6ª. edição, fl.66). Importa,
portanto, verificar se o impetrante possui direito adquirido em face da referida norma constitucional e se
este é líquido e certo. 2. "I.O Banco Central do Brasil é uma autarquia de direito público, que exerce
serviço público, desempenhando parcela do poder de polícia da União, no setor financeiro. Aplicabilidade,
ao seu pessoal, por força do disposto no art. 39 da Constituição, do regime jurídico da Lei 8.112, de
1990.(...)III. - O art. 251 da Lei 8.112, de 1990, é incompatível com o art. 39 da Constituição Federal, pelo
que é inconstitucional. IV. - ADIn julgada procedente. (ADI 449, Relator(a): Min. CARLOS VELLOSO,
Tribunal Pleno, julgado em 29/08/1996, DJ 22-111996 PP-45683 EMENT VOL-01851-01 PP-00060 RTJ
VOL-00162-02 PP00420) 3. Dispõe o art. 21 da Lei 9650/98: "O Banco Central do Brasil, até 31 de julho
de 1997, apurará o valor dos recolhimentos e pagamentos efetuados por uma ou ambas as partes a título
de contribuição para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS, Instituto Nacional de Seguro
Social - INSS e para entidades de previdência complementar, e os não recolhidos ao Plano de
Seguridade Social do Servidor, para efeito de acerto de contas entre as Instituições e entre estas e o
servidor, na forma que dispuser o regulamento. 4. Não se vislumbra, na via estreita do mandado de
segurança, qualquer vício no art. 21 da Lei 9650/98, nem no Decreto 2273/97, regulamentador, devendo
os servidores do BACEN, em face dos efeitos ex tunc da ADI 449, recolherem, via descontos, a diferença
entre o que deviam recolher ao plano de seguridade do servidor e o que recolheram ao INSS, sem a
correção monetária posterior a 01/07/94, como bem apontou o Parquet (fl.202). 5. A mútua compensação
financeira entre os sistemas previdenciários prevista na redação original do §2º. do art. 202 da CF de
1988, alterado pela EC 20/98, e do que disposto no art. 94 da Lei 9.528/97 não se aplica ao caso
concreto, pois aqui não se trata contagem recíproca de tempo de serviço de indivíduos que eram
celetistas, mas que, por exemplo, por concurso, tornaram-se estatutários, mas sim de um acerto de
contas em face fulminação ex tunc, isto é, da nulidade do art. 251 da Lei 8112/90. Isto é, juridicamente, os
indivíduos do Banco Central sempre estiveram sob regime jurídico da Lei 8112/90. 6. Em sede de
mandado de segurança, considerando que o art. 21 da Lei 9850/98 não ofende o princípio da
razoabilidade (art. 5º., LIV da CF), nem muito menos o art. 202, §2º. (em sua redação original - alterado
pela EC 20/98) da Constituição Federal, não se verifica in casu a existência de direito líquido e certo, ou
seja, direito demonstrável de plano sem a necessidade de instrução probatória, a ser
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garantido pelo writ. 7. Apelação não provida.(AC 0020669-65.1998.4.01.3400 / DF, Rel. JUIZ FEDERAL
ALEXANDRE BUCK MEDRADO SAMPAIO, 1ª TURMA SUPLEMENTAR, e-DJF1 p.787 de 19/04/2013). 4
– O STF entendeu que os servidores da Autarquia estavam submetidos ao Regime Jurídico Único desde
o início da vigência da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990. Ou seja, a partir de janeiro de 1991
trocariam o regime “celetista” pelo regime “estatutário”. Ressalto que o julgado do STF se fez com efeitos
ex tunc, razão pela qual, devem os servidores do BACEN recolherem, via descontos, a diferença entre o
que deviam recolher ao plano de seguridade do servidor e o que recolheram ao INSS. 5 - No caso em
tela, portanto, não há qualquer vício no art. 21 da Lei 9650/98, nem no decreto regulamentador, devendo
os servidores do BACEN, em face dos efeitos ex tunc da ADI 449, recolherem, via descontos, a diferença
entre o que deviam recolher ao plano de seguridade do servidor e o que recolheram ao INSS. 6 –
Remessa oficial provida. Apelação parcialmente provida. A decisão em tela transitou em julgado em
21/11/2013, oportunidade em que deixou de existir o óbice à cobrança dos servidores. Por sua vez, a
cobrança foi retomada por meio do Ofício nº 9998/2017- BCB/Depes, de 09 de junho de 2017.
Estabelecidas tais premissas, constata-se, na presente hipótese, a inocorrência da prescrição
pronunciada pela sentença. A prescrição aplicável aos créditos da Fazenda Pública, que abrange as
autarquias como o Banco Central, é quinquenal, nos termos do art. 1º Decreto nº 20.910/32. Com efeito,
482

declarada pelo STF a inconstitucionalidade do art. 251 da Lei nº 8.112/90, o acerto de contas somente se
tornou exeqüível com a edição da MP nº 1.535/97, reeditadas diversas vezes até que convertida na Lei nº
9.650/98, a edição do Decreto nº 2.273/97 e, por fim, do Informativo/Depes, de 18 de junho de 1998, que
informou aos servidores a aprovação do voto BCB nº 179/98, no qual restou determinada a cobrança dos
servidores. Registre-se que o art. 4º do citado Decreto, aplicável tanto ao administrado quanto à
Administração Pública, dispõe: Art. 4º Não corre a prescrição durante a demora que, no estudo, ao
reconhecimento ou no pagamento da dívida, considerada líquida, tiverem as repartições ou funcionários
encarregados de estudar e apurá-la. Assim, o marco inicial do prazo prescricional para cobrança pela
Administração iniciou-se somente quando o valor devido por cada servidor tornou-se líquido, o que
somente ocorreu com o mencionado Informativo/Depes, de 18 de junho de 1998. Interrompido o prazo

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prescricional, em 15/10/1998, com a impetração do MS coletivo nº 1998.34.00.026008-7, o lustro
prescricional voltou a correr em 21/11/2013, com o trânsito em julgado do acórdão proferido no referido
MS, nos termos do art. 9º do Decreto nº 20.910/32 (Art. 9º A prescrição interrompida recomeça a correr,
pela metade do prazo, da data do ato que a interrompeu ou do último ato ou termo do respectivo
processo). Considerando a aludida interrupção, criaram-se, em torno das datas citadas, duas situações:
se antes do marco interruptivo já tiver transcorrido mais de dois anos e meio do prazo prescricional
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de cinco anos, o citado prescricional recomeça a correr por dois anos e meio; caso, na data do marco
interruptivo, tenha transcorrido menos de dois anos e meio, a prescrição também recomeça a correr,
porém, pelo prazo que faltava para completar os cinco anos. No sentido ora exposto, o Enunciado nº 383
da Súmula do Supremo Tribunal Federal, verbis: “A prescrição em favor da Fazenda Pública recomeça a
correr, por dois anos e meio, a partir do ato interruptivo, mas não fica aquém de cinco anos, embora o
titular do direito a interrompa durante a primeira metade do prazo.” Pela clareza, vale trazer à baila a
explanação do processualista pernambucano Leonardo José Carneiro da Cunha acerca da matéria:
“Assim, se o prazo transcorrido, antes do momento interruptivo da prescrição, tiver sido inferior a dois
anos e meio, a interrupção faz recomeçar o resto do lapso temporal pela diferença que faltava para os 5
(cinco) anos. Tome-se como exemplo a hipótese em que a interrupção se operou quando somente se
tinha passado 1(um) ano. Nesse caso, interrompida a prescrição, recomeça a correr pelo prazo de 4
(quatro) anos, computando-se, no total, 5 (cinco) anos.” (In A Fazenda Pública em Juízo. 8ª Ed. revista,
ampliada e atualizada. São Paulo: Dialética, 2010, p. 84). Continua o ilustre professor: “Caso, entretanto,
a interrupção tenha ocorrido quando já ultrapassados mais de dois anos e meio, aí recomeça a correr
pelo prazo de dois anos e meio. Imagine-se, por exemplo, que, no momento interruptivo, já se passaram 3
(três) anos ou 4 (quatro) anos. Nessa hipótese, a interrupção faz com que se volte a correr a prescrição
pelo prazo de dois anos e meio;” (Op. cit., p. 84). No caso concreto, a interrupção da prescrição ocorreu
em 15/10/1998, quando transcurso 3 (três) meses e 28 (vinte e oito) dias, contados de 18/06/1998, razão
pela qual o prazo prescricional voltou correr, em 21/11/2013, pelo tempo necessário para completar os 5
(cinco) anos previstos no art. 1º do Decreto nº 20.910/32 – 4 (quatro) anos, 8 (oito) meses e 2 (dois) dias.
Destarte, em 09/06/2017, quando retomada a cobrança por meio do Ofício nº 9998/2017- BCB/Depes,
não havia transcorrido o prazo remanescente, motivo pelo qual não há que se falar em prescrição da
pretensão de cobrança por parte da Administração. Por seu turno, quanto ao pedido inicial subsidiário, de
declaração do direito de adesão ao programa de regularização de débitos não tributários, instituído pela
Portaria nº 94.301/2017, repute-se não haver na exordial qualquer fundamento delineado apto a amparar
a pretensão, de sorte que é inviável o seu conhecimento. Recurso provido em parte. Sentença reformada.
Pedido inicial improcedente. Acórdão proferido com fundamento no art. 46 da Lei nº 9.099/95. Incabíveis
honorários advocatícios (art. 55 da Lei nº 9.099/95). A C Ó R D Ã O Decide a Turma Recursal, à
unanimidade, dar parcial provimento ao recurso da parte ré. Turma Recursal, Juizado Especial Federal –
SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.

RECURSO Nº 0005654-26.2016.4.01.3400 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA


BRITO RECORRENTE(S) : JESSE MARTINS DA SILVA ADVG/PROC. : DF00022388 - TERESA
CRISTINA SOUSA FERNANDES RECORRIDO(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVG/PROC. :

E M E N T A PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. DESEMPENHO DE ATIVIDADE


LABORAL CONCOMITANTE A PERÍODO DE INCAPACIDADE. INCIDÊNCIA DO ENUNCIADO N.
72/TNU. INEXISTÊNCIA DE INCAPACIDADE. BENEFÍCIO INDEVIDO. RECURSO PROVIDO EM
PARTE. SENTENÇA REFORMADA. Recurso interposto pelo INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
SOCIAL - INSS em face de sentença que julgou procedente o pedido inicial, para condenar a autarquia
previdenciária na concessão do benefício de aposentadoria por invalidez, com o termo inicial fixado em
17.06.2013 (data de início da incapacidade). A sentença consignou em sua fundamentação: No caso
concreto, a incapacidade TOTAL e PERMANENTE da parte autora foi constatada pela perícia produzida e
registrada nos autos em 20/05/2016. Quanto a tal aspecto, não cabe tecer maiores considerações
jurídicas. De outro turno, também considero preenchidos os requisitos da qualidade de segurado e da
carência, tendo em vista que no contexto da DII – 17/06/2013 a parte autora estava em gozo de auxílio-
483

doença (NB 608.428.987-1), conforme CNIS registrado nos autos em 25/04/2016. Preenchidos os
requisitos legais, faz jus a parte autora à concessão do benefício de aposentadoria por invalidez, sendo
certo que a DIB do benefício de aposentadoria por invalidez deve ser fixada na DII – 25/04/2016. No
mais, reputo pertinente, ante as circunstâncias, a antecipação de tutela de urgência, nos termos do artigo
300 do NCPC e do artigo 4º da Lei 10.259/2001. Subsiste, de um lado, prova inequívoca quanto ao direito
da parte autora. Existe, de igual modo, fundado receio de dano irreparável, ante a própria natureza do
benefício postulado, e o manifesto caráter alimentar da aposentadoria por invalidez. Em suas razões
recursais, a recorrente argúi a preliminar de coisa julgada, aduzindo que a parte autora ajuizou a presente
demanda em 28/01/2016 buscando a conversão do benefício de auxíliodoença n. 6084289871, concedido
no processo 005056446.2013.4.01.3400 através de antecipação dos efeitos da tutela, em aposentadoria

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por invalidez. Ocorre que, da análise dos autos do referido processo, verifica-se que a Turma Recursal,
em 11/05/2017, deu provimento ao recurso do INSS, reconhecendo que o auxílio-doença em questão era
devido tão somente até
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12/12/2013. Assim, inviável a discussão acerca da conversão do NB 6084289871 em aposentadoria por
invalidez, uma vez que o acórdão, prolatado em data posterior ao ajuizamento da presente ação e já
transitado em julgado, reconheceu que a parte fazia jus ao benefício objeto desta demanda até
12/12/2013. No mérito, afirma que a parte autora trabalhou por longo período após a DII fixada pelo perito
judicial (e até mesmo após a perícia judicial), o que evidencia que não há incapacidade, ou que esta, se
existente, não é total e permanente. Em acórdão prolatado no processo 005056446.2013.4.01.3400 (em
anexo), a Turma Recursal do Distrito Federal reconheceu que os vínculos mantidos pelo autor afastavam
a aplicação da Súmula 72 da TNU. Refere, ainda, que, havendo o exercício de atividade durante o
período em que se alega estar incapaz, afastada está não apenas a incapacidade, mas o próprio objetivo
dos benefícios por incapacidade. Ressalta, também, que, em consulta ao INFOSEG, verificou-se que o
autor renovou sua CNH (categoria E) em janeiro de 2016, ou seja, após a DII. (...) Ao obter a renovação
da CNH, na categoria “E”, em janeiro de 2016, o autor precisou submeter-se a exame médico, ocasião em
que ficou comprovada sua capacidade para conduzir veículos de grande porte. (...) Portanto, tem-se que
a renovação da CNH, em categoria “E”, é incompatível com o quadro descrito pelo perito judicial, na
medida em que a condução de veículo de grande porte exige força dos membros inferiores e superiores,
além de exigir experiência e exames mais rigorosos (considerando a responsabilidade pelo transporte de
maior número de passageiros, em relação a veículos de passeio – categoria B). Quanto à fixação da DIB,
a recorrente aduz que na ação n. 0050564-46.2013.4.01.3400, cuja sentença acolheu o pedido autoral,
houve recurso do INSS buscando a sua reforma, o qual restou provido pela Turma Recursal, cujo acórdão
reconheceu que o auxílio doença seria devido tão somente até 12.12.2013, transitando em julgado em
26.09.2017. Desse modo, registra a recorrente ser inviável a concessão de benefício por incapacidade
desde 17/06/2013, como determinado na sentença ora recorrida, vez que o acórdão prolatado em
processo anterior expressamente reconheceu que o autor só tinha direito ao recebimento de auxílio-
doença até 12/12/2013. Quanto aos critérios de correção monetária fixados pela sentença recorrida, a ré
concluiu que devem ser enfrentadas as modulações dos efeitos do RE 870.947 e, acaso se entenda pelo
acatamento da decisão com efeito de repercussão geral do STF, adequar a sentença para, no máximo,
fixar a aplicação do IPCA-E para atualização do RPV/PRECATÓRIO, eis que já havia declaração do
próprio STF quanto à constitucionalidade da TR para atualização da condenação “antes da formalização
do RPV/PRECATÓRIO. Pugna pela necessidade de revogação da tutela antecipada concedida. Por fim,
requer o provimento integral para reformar a sentença, bem como seja determinada a devolução dos
valores pagos à parte autora em decorrência da antecipação dos efeitos da tutela, tendo em vista o
entendimento firmado pelo STJ no REsp 1401560/MT. Quanto à preliminar de coisa julgada, de fato, o
acórdão desta Turma Recursal, datado de 11.05.2017, deu provimento ao recurso do INSS para
determinar que o benefício de auxílio doença, concedido nos autos do processo nº
005056446.2013.4.01.3400, fosse cessado em 12.12.2013, data em que o autor voltou a exercer
atividade laboral, conforme CNIS. Observa-se, ainda, que o acórdão proferido nestes autos, aos
24.05.2018, deu parcial provimento ao recurso inominado interposto pela parte autora, no sentido de
cassar a sentença proferida pelo juízo de primeiro grau, que reconhecia a litispendência destes autos com
os apontados pela recorrente, processo nº 005056446.2013.4.01.3400, ante a inexistência de identidade
da causa de pedir e do pedido.
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Todavia, a despeito do afastamento da litispendência, não poderia a sentença conceder o benefício de
aposentadoria por invalidez com data de início anterior a fevereiro de 2017, visto que ofende a coisa
julgada formada no processo nº 005056446.2013.4.01.3400, que assentou, em sua parte dispositiva, o
direito ao auxílio-doença somente até 12.12.2013. Consigne-se que a coisa julgada material em matéria
de benefício previdenciário por incapacidade submeter-se a cláusula rebus sic stantibus, nada impedindo,
portanto, que a parte autora tenha, em caso de alteração do estado de saúde, o seu quadro clínico
484

reavaliado pela autarquia previdenciária e, se for o caso, pelo próprio Poder Judiciário. Assim, foi dado
provimento ao recurso do INSS, na sessão de 11/05/2017 (acórdão proferido no processo nº
005056446.2013.4.01.3400), em que foi negado o benefício no período posterior a 12/12/2013. Não foi
reconhecida a incapacidade da parte autora no período, em face de que voltou a trabalhar em
12.12.2013, permanecendo em atividade até 02/2017, razão pelas quais somente é possível a análise, no
presente feito, do quadro de saúde do autor no período posterior a fevereiro de 2017. Preliminar de coisa
julgada acolhida em parte tão somente para afastar o direito a benefício previdenciário por invalidez em
período anterior a fevereiro de 2017. Quanto ao mérito, verifica-se do cnis que houve novo pedido de
benefício em 04/09/2017, o qual deve pautar a análise do presente feito. O benefício de auxílio-doença é
devido ao segurado que, cumprido o prazo de carência, ficar incapacitado para a sua atividade habitual,

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por mais de 15 dias consecutivos (art. 71 do Decreto nº 3.048/99). A aposentadoria por invalidez, por seu
turno, será devida ao segurado que, respeitado o período de carência supra, for considerado incapaz e
insuscetível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência. O exame
técnico, realizado em 11/04/2016, após os procedimentos periciais pertinentes, aponta que a parte autora,
idade na época de 54 (cinquenta e quatro) anos, ensino médio incompleto e atividade declarada de
motorista de ônibus coletivo, é portadora de várias enfermidades, que a incapacita de forma definitiva,
total e multiprofissional, desde 17.06.2013. Relata, ainda, o médico perito, em relação às enfermidades
atestadas: Portador de: Espondilodiscoartrose de segmento cervical e lombar associada à estenose
parcial de canal neural, à síndrome facetaria (artrose), sem instabilidade vértebro-vertebral (fratura
alinhada do terço posterior dos processos espinhosos de C7 e T1, em decorrência de acidente por PAF,
em Dez/2012), sem sinais clínicos atuais de déficit neurológico (M50, M51) Síndrome do impacto do
ombro direito associada à artrose acromioclavicular ipsilateral (mesmo lado) (M75.4, M19) Hipertensão
arterial sistêmica sem menção documental de lesão em órgão alvo (I10) Perda auditiva neurossensorial
leve bilateral, conforme Audiometria Tonal de 06/10/2015 (H90.3) Insuficiência renal não especificada,
conforme Relatório Médico de 12/12/2015, sem menção atual de tratamento dialítico
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Em consulta ao CNIS, verifica-se que, de fato, a parte autora laborou para a empresa AUTO VIAÇÃO
MARECHAL LTDA, como empregada, no período de 15.02.2014 a 11.05.2017, inclusive, com percepção
de remunerações mensais, encerrando-se o vínculo em 11/05/2017,conforme se observa:

Destarte, considerando-se que o autor exerceu atividades como motorista de ônibus por quase todo o
período em que o perito do juízo constatou sua incapacidade total e definitiva para exercer tal profissão;
levando-se em conta, ainda, que, após a realização da perícia, o autor manteve o mesmo vínculo
empregatício por mais de 12 (doze) meses, resta evidenciado que a parte autora estava apta para exercer
sua atividade laborativa, não preenchendo os requisitos para a concessão de qualquer benefício
previdenciário por invalidez. Registre-se que a existência de contribuições, que pressupõe o exercício de
atividade econômica por longo período, torna inaplicável o Enunciado nº 72 da TNU, visto que não
caracterizada a situação de que a atividade laboral foi desenvolvida em sacrifício da saúde do
trabalhador. Por fim, consigne-se que a primeira perícia, elaborada no outro processo, reconheceu
apenas incapacidade temporária por quatro semanas. Destarte, no tocante ao mérito, dá-se provimento
ao recurso da parte ré, para afastar o laudo médico pericial produzido nestes autos e julgar improcedente
o pedido inicial. Sentença reformada. Recurso provido em parte. Revogada a antecipação de tutela, sem
a necessidade de devolução dos valores a tal título recebidos, ficando vencida a Juíza Relatora no ponto,
conforme precedente desta Turma Recursal: Processo nº 0056432-73.2011.4.01.3400, Rel. Juiz
Alexandre Vidigal de Oliveira, julgado em 27/07/2017, assentado em julgados do STF: ARE 734242
AgR/DF, Relator: Min. Roberto Barroso, 1ª Turma, julg. 04/08/2015, publ. DJe-175, divulg. 04/9/2015,
publ. 08/9/2015; ARE 734199 AgR, Relatora Min. Rosa Weber, 1ª Turma, julg. 09/9/2014, publ. DJe-184,
divulg. 22/9/2014, publ. 23/9/2014. Acórdão proferido nos moldes do art. 46 da Lei 9.099/95. Incabíveis
honorários advocatícios.

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439C8234DCAE1E38FD31AEF8EEDD14B3 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


5
A C Ó R D Ã O Decide a Turma Recursal, por unanimidade, dar parcial provimento ao recurso da parte ré.
Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.

JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF


485

RECURSO Nº 0002762-76.2018.4.01.3400 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA


BRITO RECORRENTE(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS ADVG/PROC. : -
HELIO MARCIO LOPES CARNEIRO RECORRIDO(S) : JAIME ZACONETA VALENCIA ADVG/PROC. :
DF00047935 - CLAUDIONOR MACIEL RODRIGUES DE ALMEIDA
E M E N T A PREVIDENCIÁRIO. REVISÃO DE RENDA MENSAL INICIAL. ART. 29, II, DA LEI Nº
8.213/91. VALOR DA CAUSA. PROVEITO ECONOMICO. PRELIMINAR DE INCOMPETÊNCIA DO JEF
ACOLHIDA. Trata-se de recurso interposto pelo INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL- INSS em

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
face de sentença de procedência proferida em ação ajuizada objetivando o pagamento de valores
decorrentes da revisão de renda mensal inicial de benefício previdenciário, com fundamento no art. 29, II,
da Lei nº 8.213/91. A parte ré argúi a preliminar de incompetência do Juizado Especial Federal em razão
do valor atribuído à causa. Sustenta, ainda, a nulidade da sentença, eis que não analisou a matéria
deduzida em contestação. Afirma, quanto ao mérito, a inexistência de valores a receber em razão da
revisão com fundamento no art. 29, II, da Lei nº 8.213/91. Inicialmente, quanto à preliminar de
incompetência, registre-se que o valor da causa deve corresponder ao proveito econômico pretendido
com o ajuizamento da ação. Nesse aspecto, o autor afirma que lhe é devido, em razão da revisão do art.
29, II, da Lei nº 8.213/91, o valor de R$ 83.569,96 (oitenta e três mil quinhentos e sessenta e nove reais e
noventa e seis centavos), que deveria ter sido pago na competência 03/2013. Atribuiu, então, o valor de
R$ 110.493,18 (cento e dez mil quatrocentos e noventa e três reais e dezoito centavos) à causa. Desse
modo, resta patente a incompetência deste Juizado Especial Federal, visto que o valor em questão, ao
tempo do ajuizamento da ação, supera o limite de 60 (sessenta) salários mínimos, estatuído no art. 3º da
Lei nº 10.259/2001. Preliminar acolhida. Recurso provido. Sentença reformada. Processo extinto sem
resolução de mérito. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº 9.099/95. Incabíveis honorários
advocatícios.

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F35BAF2B6829A45E24DF0336B27F69E3 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


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A C Ó R D Ã O Decide a Turma Recursal, por unanimidade, dar provimento ao recurso da parte ré. Turma
Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF, 24/10/2019.

JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº 0000982-67.2019.4.01.3400 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA


BRITO RECORRENTE(S) : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL) ADVG/PROC. : - LUIZA EUNICE
B G DE VASCONCELOS RECORRIDO(S) : ELMO PALMARES DOS SANTOS ADVG/PROC. :
DF00055573 - MYLENE QUITÉRIA CALDAS E OUTRO(S)

E M E N T A TRIBUTÁRIO. INATIVOS. VERBAS REMUNERATÓRIAS. PAGAMENTO JUDICIAL.


INCIDÊNCIA DE CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. SENTENÇA GENÉRICA QUE NÃO APRECIA O
CASO CONCRETO. NULIDADE. RECURSO PREJUDICADO. Recurso interposto pela parte ré em face
de sentença que julgou parcialmente procedente o pedido inicial para: 1) declarar a inexigibilidade de
contribuição previdenciária sobre parcelas referentes às competências anteriores à instituição da
contribuição previdenciária dos inativos, ou seja, antes de 20 de maio de 2004, mas apenas a partir da
data da aposentadoria da parte autora, recebidos por meio de precatório/RPV decorrente de decisão
judicial. 2) no que tange as parcelas referentes às competências posteriores à instituição da Contribuição
Previdenciária dos inativos, 21/05/2004, deverá ser observado mês a mês se as importâncias sofreriam a
incidência de PSS em razão do limite máximo aplicado para os benefícios do RGPS, ou seja, apenas
sobre o que exceder o teto do RGPS, nos termos da EC 41 § 18. 3) declarar que não deve haver
incidência de contribuição para o PSS sobre os juros de mora. 4) condenar a ré a restituir à parte autora
os valores indevidamente retidos a título de contribuição previdenciária incidentes sobre os citados
valores, ressalvas as parcelas já restituídas administrativamente, corrigidos exclusivamente pela Taxa
SELIC a teor da Lei nº 9.250/95, que afasta a correção monetária e os juros, desde os recolhimentos
indevidos (Precedente: STJ, Resp 1.111.175/SP). A parte autora pede na inicial que lhe sejam restituídos
integralmente os valores retidos a título de PSS em relação ao crédito principal e relativos aos juros de
mora, em razão da expedição de precatório em processo (nº 080005223.2012.4.05.8000), no qual se
discutia as diferenças relativas ao percentual de 28,86%, referentes ao período de 07.1998 a 06.2006. A
sentença analisou de forma genérica a não incidência de PSS sobre os valores principais recebidos
486

judicialmente por inativo, sem apreciar o caso concreto disposto na ação, não se aferindo a situação da
parte autora (servidora ativa ou inativa) e o período de competência dos valores em discussão.
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Repute-se, nesse aspecto, que a sentença que apresenta solução genérica à demanda proposta, sem
especificar o objeto da condenação, inviabiliza o exercício efetivo do contraditório e da ampla defesa, eis
que dificulta a delimitação da matéria a ser devolvida para julgamento pela instância revisora. Tal
sistemática viola também o princípio da eficiência e propicia prática de atos desnecessários. Destarte,

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
deve a sentença ser declarada nula, determinando-se a devolução dos autos para que nova decisão seja
proferida, observando-se os limites da demanda delineados na peça inicial, assim como, procedendo à
efetiva e concreta apreciação do feito. Sentença nula. Recurso prejudicado. Acórdão lavrado nos termos
do art. 46 da Lei nº 9.099/95. Incabíveis honorários advocatícios. A C Ó R D Ã O Decide a 1ª Turma
Recursal, por unanimidade, de ofício, declarar a nulidade da sentença e julgar prejudicado o recurso
interposto pela parte ré. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.

JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº 0023664-50.2018.4.01.3400 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA


BRITO RECORRENTE(S) : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL) ADVG/PROC. : - CELIA
FERREIRA TAVARES DE LYRA RECORRIDO(S) : JOSE ERCIDIO NUNES ADVG/PROC. : DF00315416
- MAURO LEMOS ADVOCACIA-SOCIEDADE INDIVIDUAL DA ADVOCACIA
E M E N T A TRIBUTÁRIO. INATIVOS. VERBAS REMUNERATÓRIAS. PAGAMENTO JUDICIAL.
INCIDÊNCIA DE CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. SENTENÇA GENÉRICA QUE NÃO APRECIA O
CASO CONCRETO. NULIDADE. RECURSO PREJUDICADO. Recurso interposto pela parte ré em face
de sentença que julgou parcialmente procedente os pedidos formulados, nos termos do art. 487, I do
CPC, para: a) declarar a inexistência de relação jurídico/tributária que obrigue a parte autora ao
pagamento de contribuição previdenciária para o regime próprio de previdência social (PSS) retido por
ocasião do pagamento do precatório/RPV sobre o valor principal e a correção monetária de vantagem
remuneratória e/ou diferenças salariais de servidor público exclusivamente da seguinte forma: 1) é
ilegítima a incidência de PSS sobre as competências mensais até 30/04/1999; 2) a partir de 1º/05/1999 é
válida a incidência de PSS sobre as competências mensais somente para os servidores ativos,
continuando ilegítima a incidência de PSS para os aposentados e pensionistas até 19/05/2004; 3) a partir
de 20/05/2004 é válida a incidência de PSS sobre as competências mensais tanto para os servidores
ativos como para aposentados e pensionistas; b) declarar a inexistência de relação jurídico/tributária que
obrigue a parte autora ao pagamento de contribuição previdenciária para o regime próprio de previdência
social (PSS) retido por ocasião do pagamento do precatório/RPV sobre os juros de mora de vantagem
remuneratória e/ou diferenças salariais de servidor público; c) anular o crédito tributário já constituído por
eventuais lançamentos tributários realizados até a data de prolação desta sentença, abarcando o fato
gerador do tributo, multa, juros e correção monetária, com base no art. 493 do CPC. d) condenar a parte
ré a restituir os valores já recolhidos indevidamente até a data de prolação desta sentença, com base no
art. 493 do CPC e na Súmula 461 do STJ, devidamente corrigidos nos termos do Manual de Cálculos da
Justiça Federal e respeitado o valor de alçada dos Juizados à época da propositura da ação, ressalvado o
direito da parte ré de abater eventuais valores restituídos na via administrativa de contribuição
previdenciária para o
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C9E66F6A25F9DFC2B206E08DA5804126 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


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regime próprio de previdência social (PSS) e parcelas atingidas pela prescrição quinquenal. A parte
autora pede na inicial que lhe sejam restituídos integralmente os valores retidos a título de PSS em razão
da expedição de precatório em processos, nos quais se discutiam as diferenças relativas ao percentual de
3,17% e ao pagamento da GOE. A sentença analisou de forma genérica a não incidência de PSS sobre
os valores principais recebidos judicialmente, sem apreciar o caso concreto disposto na ação, não se
aferindo a situação da parte autora e o período de competência dos valores em discussão. Repute-se,
nesse aspecto, que a sentença que apresenta solução genérica à demanda proposta, sem especificar o
objeto da condenação, inviabiliza o exercício efetivo do contraditório e da ampla defesa, eis que dificulta a
delimitação da matéria a ser devolvida para julgamento pela instância revisora. Tal sistemática viola
também o princípio da eficiência e propicia prática de atos desnecessários. Destarte, deve a sentença ser
declarada nula, determinando-se a devolução dos autos para que nova decisão seja proferida,
observando-se os limites da demanda delineados na peça inicial, assim como, procedendo à efetiva e
concreta apreciação do feito. Sentença nula. Recurso prejudicado. Acórdão lavrado nos termos do art. 46
da Lei nº 9.099/95. Incabíveis honorários advocatícios. A C Ó R D Ã O Decide a 1ª Turma Recursal, por
487

unanimidade, de ofício, declarar a nulidade da sentença e julgar prejudicado o recurso interposto pela
parte ré. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.

JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº 0069113-36.2015.4.01.3400 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA


BRITO RECORRENTE(S) : LAURA BATISTA MAXIMO MOREIRA ADVG/PROC. : DF00028518 - MARIA

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
FERREIRA MAIA TEIXEIRA E OUTRO(S) RECORRIDO(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO
SOCIAL-INSS ADVG/PROC. :
E M E N T A PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. TERMO INICIAL E FIXAÇÃO DOS
JUROS DE MORA E DA CORREÇÃO MONETÁRIA. AUSÊNCIA DE OMISSÃO. IMPLANTAÇÃO DO
BENEFÍCIO. EMBARGOS ACOLHIDOS PARCIALMENTE. Embargos de declaração opostos por LAURA
BATISTA MAXIMO MOREIRA em face de acórdão que deu provimento ao recurso interposto pela
embargante, para condenar o INSS a implantar o benefício de pensão por morte. Aduz, em suma, que a
decisão embargada foi omissa no tocante a fixação da DIB do benefício concedido que deverá ser o
mesmo da DER (05/08/2015), fixação da DIP, A condenação do INSS para que pague os valores
atrasados com correção monetária e juros de mora; o deferimento da Tutela antecipada para determinar a
implantação imediata do benefício, devendo o Réu comprovar o cumprimento do presente acórdão no
prazo de 30 (trinta) dias, sob pena de caracterização de crime de desobediência; Isentar a Autora de
custas na forma legal. Inicialmente, quanto à fixação do termo inicial e aos critérios de juros e
correção monetária, inexiste a omissão apontada, uma vez que o acórdão fixou tanto a DIB quanto os
critérios de fixação dos juros de mora e da correção monetária, verbis: [...] de sorte que é devida a
concessão de pensão por morte na hipótese, desde a data do requerimento administrativo. Juros de
mora e correção monetária nos termos do Manual de Cálculos da Justiça Federal, ressalvada a aplicação
na fase de cumprimento de sentença do índice de correção monetária a ser definido no ED no RE
870947, ainda pendente de julgamento. Em relação ao pedido de tutela antecipada, anote-se que é
inviável se falar em antecipação de tutela neste momento processual. Todavia, considerando-se que
eventual recurso contra decisão embargada não possui, em regra, efeito suspensivo, o INSS deve
implantar o benefício de pensão por morte em favor da parte autora no prazo máximo de 10 (dez) dias
úteis contados da intimação do presente acórdão. Embargos acolhidos parcialmente. Acórdão lavrado
nos moldes do art. 46 da Lei nº 9.099/95.

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EA0CB83949BF9133F9C1B6BF92E175A7 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


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A C Ó R D Ã O Decide a Turma Recursal, por unanimidade, acolher parcialmente os embargos de
declaração opostos pela parte autora. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF,
24/10/2019.

JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº 0056085-98.2015.4.01.3400 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA


BRITO RECORRENTE(S) : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL) ADVG/PROC. : - KELLY
OTSUKA MIIKE RECORRIDO(S) : MARIA JOSE DE ALMEIDA ROSA ADVG/PROC. : DF00017390 -
WALTER JOSE FAIAD DE MOURA E OUTRO(S)
E M E N T A TRIBUTÁRIO. IMPOSTO DE RENDA. DEDUÇÃO DE DESPESAS MÉDICAS.
BENEFICIÁRIO DE PROGRAMA DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE. NÃO DEPENDENTE PARA EFEITO DE
IMPOSTO DE RENDA. GLOSA LEGÍTIMA EM PARTE. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. Cuida-
se de recurso inominado interposto pela UNIÃO em face de sentença que julgou procedente o pedido
inicial para ANULAR o crédito tributário referido na peça inicial, devendo ser realizado, em consequência,
o reprocessamento da declaração de Imposto de Renda da parte autora referente ao ano-
calendário/exercício 2010/2011, com a consideração da legalidade das deduções realizadas pela
contribuinte relativas às despesas médicas/odontológicas e de pensão alimentícia do seu pai, nos valores
respectivos de R$ 10.792,41 e de R$ 14.074,02, inclusive com eventual restituição de valores decorrentes
do acerto, acrescidos da taxa SELIC (...). A sentença recorrida consignou em sua fundamentação: De
fato, o provimento jurisdicional pretendido pela parte autora está em consonância com o art. 8º, inciso II,
da Lei nº. 9.250/95, tendo em vista há autorização legal para a dedução da base de cálculo do imposto de
renda dos valores pagos a título de pensão alimentícia, despesas médicas e odontológicas, dentro dos
488

limites fixados. Ora, a Lei nº. 9.250/95 que alterou a legislação do imposto de renda das pessoas físicas
autoriza a dedução da base de cálculo do referido imposto dos valores pagos a título de pensão
alimentícia quando oriundas de decisão ou acordo judicial, como no caso em tela, haja vista a
documentação acostada à peça inicial. Além disso, a referida norma autoriza em seu art. 8º, inciso II,
alíneas “a” e “f”, as deduções relativas às despesas médicas e odontológicas dentro de limites anuais
estabelecidos, conforme documentação inicial. No caso concreto, os documentos anexados aos autos
demonstram que a parte autora foi autuada pela Secretaria da Receita Federal (Notificação de
Lançamento 2011/901928838894500 e Processo nº 10166.602774/2015-25), com fundamentação legal
na dedução indevida de pensão alimentícia judicial referente ao seu pai, José Lopes de Almeida (fls. 26 e
27 do ofício registrado em 11/01/2016), além de despesas médicas e odontológicas, no valor de R$

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
10.792,41, no ano-calendário 2010 exercício 2011, enquanto o “comprovante de rendimentos pagos e de
retenção de imposto de renda na fonte - Ano - Calendário 2010” e o ofício requisitório de desconto de
pensão alimentícia da 1ª. Vara de Família de Brasília/DF, de 13/06/97 comprovam a determinação de
desconto mensal de “10% (dez por cento)” dos “rendimentos brutos” da parte autora, “a
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0F29D3402BAA338E32117F94C28F98AB TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


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título de pensão alimentícia fixada” pelo Juízo “do Proc. nº. 9140/97” (cf. documentos registrados em
18/09/2015). Logo, entendo patente a legitimidade da dedução decorrente dos pagamentos da pensão
alimentícia ao pai da parte autora, que representam a quantia total de R$ 14.074,02 dos seus
rendimentos, daí porque a glosa por falta de comprovação efetuada pela Receita Federal é simplesmente
indevida. Com relação às despesas médicas e odontológicas no valor de R$ 10.792,41, a parte autora
juntou aos autos os devidos comprovantes em relação aos gastos efetuados, daí porque a glosa por falta
de comprovação efetuada pela Receita Federal também é simplesmente indevida. Efetivamente, a parte
autora comprova o pagamento ao Pró-Ser, Plano de Saúde do seu próprio Órgão de trabalho: STJ, no
valor de R$ 5.115,91 (comprovante de rendimentos STJ ano 2010 registrado em 18/09/2015). Somando-
se a esse valor, também constam dos autos os correspondentes recibos e/ou notas fiscais com as
despesas médicas/odontológicas, assim relacionados (cf. notas-recibos méd-odont com data de registro
em 18/09/2015):  ao Centro Ortodôntico Asa Norte Sociedade Simples Ltda: R$ 255,00, em 13/12/2010,
R$ 520,00, em 18/03/2010, R$ 235,00, em 26/04/2010, R$ 235,00, em 24/05/2010, R$ 205,00, em
21/06/2010, R$ 225,00, em 16/07/2010, R$ 205,00, em 13/08/2010, R$ 185,00, em 06/09/2010, R$
185,00, em 29/10/2010;  à médica Isa M. Mello: R$ 400,00, em 01/02/2010, R$ 300,00, em 16/03/2010,
 ao dentista Eduardo C. Costa: R$ 120,00;  ao Centro Gastroenterologia e Endoscopia Ltda.-Gastro
Centro: R$ 250,00, em 24/05/2010,  à Clínica Previni: R$ 300,00, em 29/09/2010;  à Clínica Janice
Lamas: R$ 335,00, em 18/10/2010;  ao médico Maurício Cariello: R$ 880,00, em 02/12/2010;  ao
Centro Especializado em Periodontia e Implante S/S Ltda, no valor de R$ 1.695,00, cuja parcela não
dedutível foi de R$ 1.053,50, devido ao reembolso parcial de seu Plano de Saúde Pró-Ser;  à médica
Lenora Gandolfi, no valor de R$ 200,00, em 04/02/2010. A recorrente argumenta, em suma, que em
relação Pensão Alimentícia Judicial paga em favor de seu pai, José Lopes de Almeida, CPF 127.206.901
-04, a parcela correspondente ao décimo terceiro salário - R$ 1.063,90-, não se sujeita ao ajuste anual,
mas ao regime da tributação exclusiva pela fonte, de forma que o valor correto para fins de dedução é de
R$ 13.010,12 (R$ 14.074,02 - R$ 1.063,90) e não de R$ 14.074,02. Afirma, ainda, que no que se refere
às despesas de R$ 5.115,91 que a parte autora discriminou como pagamentos de Plano de Saúde do
Programa de Assistência aos Servidores do STJ, apenas R$ 3.134,90 podem ser deduzidos, uma vez que
o valor de R$ 351,30 refere-se a Jeú Rosa da Silva Almeida, que não é dependente da autora, razão pela
qual seus gastos não podem ser abatidos no ajuste daquela. Sustenta no que se refere às despesas de
R$ 5.115,91, a parcela de R$ 1.629,71 não é passível de dedução, pois apresentada como "contribuição
voluntária" ao Pró-Ser, de forma que não restou
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comprovado tratar-se efetivamente de pagamento de plano de saúde ou de contribuição assistencial.
Pede a reforma da sentença. Inicialmente, nota-se que a notificação de lançamento nº
2011/901928838894500, constante da documentação inicial, aponta como fundamento para o lançamento
do imposto de renda suplementar em questão a dedução indevida de despesas médicas, assim como de
pensão alimentícia paga pela autora ao seu genitor, em face de determinação judicial, razão pela qual foi
glosado o valor de R$ 24.866,43. Quanto à dedução referente à pensão alimentícia paga ao genitor em
face de decisão judicial, indevida a glosa, eis que a parcela dedutível está devidamente comprovada nos
autos. No que tange à parcela de pensão incidente sobre o décimo terceiro salário, esta verba não se
refere ao décimo terceiro a ensejar tributação exclusiva na fonte, mas tem natureza jurídica própria
desvinculada daquele. Assim, não há que se deixar de deduzir o valor integral de pensão
comprovadamente paga no exercício. No que se refere à impugnação deduzida na peça recursal atinente
às despesas com saúde, a contribuição voluntária ao Pró-Ser (programa de assistência aos servidores do
Superior Tribunal de Justiça) corresponde ao valor fixo pago mensalmente pelo inscrito no programa de
saúde, não se tratando, portanto, de mera liberalidade do beneficiário. As despesas com custeio, por seu
489

turno, são aquelas devidas em razão da utilização efetiva dos serviços médicos cobertos pelo programa.
Em se tratando, portanto, de despesa médica, é legítima a sua dedução. Todavia, quanto à dedução dos
valores pagos a título de despesa médica de JEÚ ROSA DA SILVA DE ALMEIDA – R$ 351,30 (trezentos
e cinqüenta e um reais e trinta centavos) pagos a título de custeio ao Pró-Ser, objeto do recurso da ré, é
lícita a glosa, visto que o beneficiário não consta como dependente na declaração de imposto de renda da
autora. Assim, a sentença há de ser reformada em parte, tão somente para que seja reconhecida a
legitimidade da glosa das despesas médicas deduzidas relativas a JEÚ ROSA DA SILVA DE ALMEIDA,
no valor de R$ 351,30 (trezentos e cinqüenta e um reais e trinta centavos). Recurso provido em parte.
Sentença parcialmente reformada. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº 9.099/95. Incabíveis
honorários advocatícios. A C Ó R D Ã O Decide a Turma Recursal, à unanimidade, dar parcial provimento

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
ao recurso. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.

JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº 0024860-89.2017.4.01.3400 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA


BRITO RECORRENTE(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS - INSTITUTO
NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS ADVG/PROC. : DF00045718 - EMERSON ALVES DOS
SANTOS RECORRIDO(S) : ADEMILTON MOREIRA DE ABREU - INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO
SOCIAL-INSS ADVG/PROC. : DF00045718 - EMERSON ALVES DOS SANTOS

E M E N T A EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. INEXISTÊNCIA DE ERRO MATERIAL, OMISSÃO,


CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE. EMBARGOS REJEITADOS. AGRAVO INTERNO. DECISÃO
COLEGIADA. NÃO CABIMENTO. AGRAVO NÃO CONHECIDO. Embargos de declaração opostos pelo
INSS e Agravo Regimental interposto pela parte autora em face de acórdão que deu provimento ao
recurso da parte ré e julgou prejudicado o recurso da parte autora, para reformar a sentença de
procedência proferida em ação ajuizada objetivando a concessão do benefício assistencial LOAS previsto
no art. 203, V, da CF e art. 20 da Lei nº 8.742/93, no valor de 01 (um) salário mínimo. Aduz, em suma, a
parte embargante, a existência de omissão na decisão embargada, no tocante à devolução dos valores
recebidos a título de tutela posteriormente revogada. Por seu turno, a parte agravante argumenta que no
caso específico dos autos, restou clara a existência de incapacidade para o trabalho e mesmo para os
atos da vida independente, pois, conforme se verifica nos autos, o recorrente é portador de deficiência
física e mental, faz uso constante de medicamentos, e necessita de auxílio de terceiros para atos da vida
diária (incapacidade laboral total e omniprofissional permanente por quadro de CID 10: F 20.0/
esquizofrenia paranóide, alienação mental). Desse modo, requer a concessão do benefício assistencial,
em razão de ter comprovado estado de vulnerabilidade econômica. No tocante ao agravo regimental
interposto pela parte autora, há de se pontuar, diferentemente do quanto afirmado pela agravante, que a
decisão impugnada não é monocrática. É incabível agravo interno/regimental em face decisão proferida
por órgão colegiado, conforme o disposto no art. 1.021 do NCPC. Impossibilidade de conhecimento do
recurso como embargos de declaração, eis que não configurada qualquer das hipóteses de cabimento do
mencionado recurso. Quanto aos embargos opostos pelo INSS, consigne-se que esta Turma Recursal
tem-se posicionado, de forma majoritária, vencida a relatora no ponto, no sentido da irrepetibilidade dos
valores alimentares recebidos em razão de antecipação de tutela posteriormente revogada, conforme
precedentes do Supremo Tribunal Federal (STF, ARE 734242 AgR/DF, Relator: Min. Roberto Barroso, 1ª
Turma, julg. 04/08/2015, publ. DJe-175, divulg. 04/9/2015, publ. 08/9/2015; ARE 734199 AgR, Relatora
Min. Rosa Weber, 1ª Turma, julg. 09/9/2014, publ. DJe-184, divulg.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

676D8BC20F3CD9738DAFBC98B67EBC88 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


2
22/9/2014, publ. 23/9/2014). Precedente desta Turma Recursal: Processo nº 005643273.2011.4.01.3400,
Rel. Juiz Alexandre Vidigal de Oliveira, julgado em 27/07/2017. Desse modo, inexiste o vício apontado.
Remanescendo o interesse recursal, pode a parte interpor o pertinente recurso, posto que a oposição de
embargos de declaração satisfaz a exigência estabelecida pelo enunciado nº 356 da Súmula do STF
ainda que a omissão, a contradição e/ou a obscuridade não venha(m) a ser suprida(s) pelo Tribunal a
quo. Nesse sentido: (AI 553928 ED, Relator Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, julgado em 15/12/2009,
DJ-e-035 DIVULG 25-02-2010 PUBLIC 26-02-2010 EMENT VOL-02391-08 PP-01841). De igual modo, o
disposto no art. 1.025 do novo CPC (Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o
embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de declaração sejam
inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão, contradição ou
obscuridade.). Agravo interno não conhecido. Embargos declaratórios rejeitados. Acórdão lavrado nos
termos do art. 46 da Lei nº 9.099/95. A C Ó R D Ã O Decide a Turma Recursal, por unanimidade, não
conhecer do agravo interno interposto pela parte autora e rejeitar os embargos de declaração opostos
pelo INSS. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.
490

JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº 0019479-42.2013.4.01.3400 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA


BRITO RECORRENTE(S) : RICARDO ALEXANDRE WISNIEVSKI ADVG/PROC. : PR00027649 -
VIVIANE KARINA TEIXEIRA RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL ADVG/PROC. : - ANNA AMELIA
LISBOA MARTINS RAPOSO DA CAMARA
E M E N T A PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AUSÊNCIA DE CAPACIDADE
POSTULATÓRIA. EMBARGOS NÃO CONHECIDOS. Embargos de declaração opostos por RICARDO

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
ALEXANDRE WISNIEVSKI em face de acórdão que negou provimento ao recurso do embargante, para
manter a sentença de improcedência proferida em ação ajuizada objetivando o direito à indenização por
dano moral, em razão de publicação no boletim de serviço, do nome, matrícula e síntese dos fatos
imputados ao autor em PAD. Compulsando-se os autos, verifica-se que a peça recursal foi assinada pelo
próprio autor. Ressalte-se que, em grau de recurso, há necessidade de representação por profissional
habilitado - advogado, conforme dispõe o art. 41, § 2º, da Lei nº 9.099/95. Nesse sentido, a ausência de
capacidade postulatória do embargante, pressuposto de validade e regularidade processual, não se
conhece dos embargos de declaração. Acórdão lavrado nos moldes do art. 46 da Lei nº 9.099/95. A C Ó
R D Ã O Decide a Turma Recursal, por unanimidade, não conhecer dos embargos de declaração opostos
pela parte autora. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.

JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº 0015736-48.2018.4.01.3400 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA


BRITO RECORRENTE(S) : ROSINETE DIAS MEDEIROS ADVG/PROC. : DF00043620 - LUCINETE
MARIA NASCIMENTO RODRIGUES RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL ADVG/PROC. :
E M E N T A PROCESSUAL CIVIL. DANO MORAL. ERRO. DECISÃO JUDICIAL. NÃO
CONFIGURAÇÃO. RECURSO DESPROVIDO. Trata-se de recurso inominado interposto pela parte
autora em face de sentença que indeferiu a petição inicial e julgou extinto o feito, sem resolução de
mérito, nos termos dos art. 330, § 1º, III, e 385, I, ambos do NCPC. A sentença consignou em sua
fundamentação: A peça inicial está a merecer imediata rejeição por parte deste Juízo. De fato, eventual
equívoco de decisão judicial há de ser corrigido por meio do recurso cabível. Tendo sido rejeitados os
recursos interpostos pela parte autora, segue-se que houve a formação de coisa julgada, a qual não pode
ser desconstituída no âmbito dos JEF’s, já que não cabe a ação rescisória nesta sede. Logo, o mero
inconformismo da parte autora com uma decisão judicial transitada em julgado evidentemente não é
causa de ação de cunho indenizatório, incorrendo a peça inicial no vício previsto no art. 330, § 1º., inciso
III, do NCPC. Em apertada síntese, a recorrente alega que a Magna Carta acolhe a teoria da
responsabilidade objetiva da Administração por atos de seus agentes. Aduz que como a questão recorrida
se trata da extinção precoce com base no mérito da ação e não nas condições dela e pressupostos
processuais, merece imediatamente ser anulada. Por fim, pugna seja o presente recurso conhecido e
provido para anular a sentença e determinar prosseguimento no feito. Deixe a magistrada para julgar o
mérito no mérito, não nas condições da ação e pressupostos processuais. No caso, sem razão à
recorrente. De fato, a petição inicial é inepta, pois se presta, em suma, a transcrever fatos ocorridos nos
autos de processos que tramitaram no 2º Juizado Especial Cível e na 1ª Turma Recursal do TJDFT, sem,
no entanto, apontar de forma clara e precisa as razões e fundamentos de seu pedido. Ademais, a peça
inicial alicerça-se tão somente na narrativa de ocorrência de danos morais praticados pela ré por erro
grotesco e não corrigido pela Turma Recursal-DF no agravo de instrumento contra decisão na fase
executória da sentença. Ora, se foram cometidos erros na
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517B101B645E1145B736E00F8B496218 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


2
condução dos processos apontados pela recorrente, a parte prejudicada dispunha de todos os meios
legais para buscar infirmá-los, tanto que foram, por ela, apresentados embargos de declaração, recurso
inominado, recurso extraordinário e agravo de instrumento, naqueles autos. Não cabe a esse juízo rever
decisão judicial, notadamente quando de outro tribunal. Com efeito, como bem registrado pela sentença
recorrida, em regra não cabe ação rescisória no âmbito dos Juizados Especiais. Notadamente no caso
em análise, registre-se que não é cabível a revisão de ato judicial, ainda que por via transversa ou reflexa,
perante outro tribunal de diferente competência. Assim, realmente dos fatos narrados não decorre
logicamente o pedido. Dessa forma, nega-se provimento ao recurso da parte autora, mantendo-se a
sentença recorrida. Recurso desprovido. Sentença mantida. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei
nº 9.099/95. A parte autora, recorrente vencida, pagará honorários advocatícios de 10% sobre o valor
corrigido da causa, ficando a condenação suspensa enquanto perdurar o estado de carência para a
concessão da justiça gratuita, ora deferida, prescrevendo a dívida cinco anos após a sentença final, nos
491

termos do art. 98, §3º, do CPC/15. A C Ó R D Ã O Decide a Turma Recursal, à unanimidade, negar
provimento ao recurso da parte autora. Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF – 24/10/2019.

JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº 0037365-20.2014.4.01.3400 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA


BRITO RECORRENTE(S) : LUCIA KOBAYASHI ADVG/PROC. : DF00026778 - VALMIR FLORIANO

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
VIEIRA DE ANDRADE E OUTRO(S) RECORRIDO(S) : FUB FUNDACAO UNIVERSIDADE DE BRASILIA
ADVG/PROC. :

E M E N T A PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. HIPÓTESES DE CABIMENTO.


ART. 1.022 DO NCPC. INEXISTÊNCIA DE ERRO MATERIAL, OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU
OBSCURIDADE. PREQUESTIONAMENTO. ART. 1.025 DO NCPC. EMBARGOS REJEITADOS.
Embargos de declaração opostos por LÚCIA KOBAYASHI em face de acórdão que negou provimento ao
recurso da parte autora, para manter a sentença de improcedência proferida em ação ajuizada
objetivando o pagamento adicional de insalubridade no seu percentual máximo de 20%. Aduz, em suma,
a parte embargante que A C. Turma julgadora, ao negar provimento ao recurso inominado da parte
autora, restou omissa quanto às razões postas no recurso em relação à alegação de cerceamento de
defesa, razão pela qual se faz necessária a manifestação quanto aos fundamentos a seguir dispostos.
Afirma que justamente pelo fato de a servidora não concordar com a motivação dada pela FUB para
indeferir o pedido de adicional de insalubridade em grau máximo, embasado no laudo pericial
administrativo, é que ajuizou a presente demanda. Ou seja, indeferir a prova pleiteada é negar, de plano,
o direito da embargante. Sustenta que é incompatível com os princípios processuais, em especial o da
efetividade da prestação jurisdicional, o indeferimento da realização da prova técnica, sob pena de
completo comprometimento da prova, com grave violação ao devido processo legal e à ampla defesa (art.
5º, LIV e LV, da Constituição Federal). Requer seja declarada a nulidade da r. sentença, a fim de que os
autos retornem ao juízo a quo para a produção de prova pericial. Os embargos de declaração têm por
objetivo a integração de acórdão que contenha erro material, omissão, contradição ou obscuridade (art.
48 da Lei nº 9.099/95 - art. 1.022, I e II, do novo Código de Processo Civil), sendo rejeitados os recursos
opostos para se obter o reexame da matéria ou com o único objetivo de que o colegiado manifeste-se
expressamente acerca de dispositivos legais ou constitucionais invocados a título de prequestionamento.
Assim, não se prestam a reexaminar, em regra, atos decisórios alegadamente equivocados ou a incluir,
no debate, novos argumentos jurídicos, uma vez que o efeito infringente não é de sua natureza, salvo em
situações excepcionais. Jurisprudência da Segunda Turma Recursal de Minas Gerais:
2003.38.00.735500-9, Rel. Juiz Federal JOÃO CARLOS COSTA MAYER SOARES, julgado em
12/11/2004, DJ-MG de 27/11/2004.
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921AB397CDB62D8CD11E91BCFAD45CB2 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


2
Fica óbvio, no presente caso, que a intenção da parte embargante é rediscutir matéria já decidida, uma
vez que o acórdão indicou os fundamentos suficientes para a compreensão das razões de decidir, não
tendo se omitido sobre os pontos suscitados, conforme se vê do acórdão: (...) O direito ao adicional de
insalubridade é regulado pelas disposições da Lei nº 8.112/90, que em seu art. 68 estabelece que os
servidores que trabalhem com habitualidade em locais insalubres ou em contato com permanente com
substâncias tóxicas, radioativas ou com risco de vida, fazem jus a um adicional sobre o vencimento do
cargo efetivo. Por seu turno, o art. 12 da Lei nº 8.270/91 estabeleceu a gradação dos percentuais devidos
a tal de título, de acordo com o grau de insalubridade ao qual é submetido o servidor, aferido mediante a
realização de perícia no local de trabalho. Da análise dos autos, constata-se, conforme exposto pela
sentença, que o laudo técnico realizado no local de trabalho da parte recorrente assentou a inexistência
de elementos aptos a justificar o pagamento do adicional em seu grau máximo - Ofício FEF n. 002/2016,
registrado em 12/04/2016. Destarte, inviável se falar em cerceamento de defesa, quando a prova técnica
necessária ao deslinde do feito preexiste ao ajuizamento da ação, sendo plenamente possível a sua
apresentação por ocasião da judicialização da questão em exame. Ressalte-se que o laudo pericial é
dotado de presunção de regularidade e legitimidade de que foi produzido em conformidade com as
normas técnicas pertinentes. Nesse sentido, seria imprescindível que a parte autora, pelo menos, tivesse
apontado irregularidades e/ou inconsistências no laudo pericial já realizado na esfera administrativa, o
que não ocorreu no caso dos autos. Portanto, ausente no acórdão vergastado qualquer ponto obscuro,
contraditório ou omisso, rejeitam-se os presentes embargos declaratórios. Remanescendo o interesse
recursal, pode a parte interpor o pertinente recurso, posto que a oposição de embargos de declaração
satisfaz a exigência estabelecida pelo enunciado nº 356 da Súmula do STF ainda que a omissão, a
contradição e/ou a obscuridade não venha(m) a ser suprida(s) pelo Tribunal a quo. Nesse sentido: (AI
553928 ED, Relator Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, julgado em 15/12/2009, DJ-e-035 DIVULG 25-
02-2010 PUBLIC 26-02-2010 EMENT VOL-02391-08 PP-01841). De igual modo, o disposto no art. 1.025
492

do novo CPC (Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou,
para fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados,
caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade.). Embargos
rejeitados. Acórdão lavrado nos moldes do art. 46 da Lei nº 9.099/95.

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Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
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A C Ó R D Ã O Decide a Turma Recursal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração opostos
pela parte autora. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.

JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº 0046948-24.2017.4.01.3400 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA


BRITO RECORRENTE(S) : TIAGO AFONSO PIOVANI ADVG/PROC. : DF00017717 - ALESSANDRA
DAMIAN CAVALCANTI E OUTRO(S) RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL ADVG/PROC. : - EDUARDO
JORGE PEREIRA ALVES
E M E N T A ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL. PROGRESSÃO E PROMOÇÃO
FUNCIONAL. ANALOGIA À CARREIRA DA POLÍCIA FEDERAL. PRECEDENTES DO STJ E DA TNU.
AUSÊNCIA DE RECONHECIMENTO ADMINISTRATIVO. RECURSO DESPROVIDO Recurso interposto
pela parte autora em face de sentença de improcedência proferida em ação ajuizada objetivando o
pagamento das diferenças decorrentes de progressões funcionais quando completados os interstícios de
12 ou 18 meses. Quanto à prejudicial de prescrição alegada em contrarrazões pela União, ausente o seu
interesse recursal, visto que já acolhida pela sentença. A Turma Nacional de Uniformização, em caso
análogo ao dos autos – progressão dos policiais federais, reviu sua jurisprudência para alinhar-se ao
entendimento firmado pelo Superior Tribunal de Justiça, verbis: DIREITO ADMINISTRATIVO. SERVIDOR
PÚBLICO. CARREIRA DA POLÍCIA FEDERAL. PROGRESSÃO FUNCIONAL. REQUISITOS.
CUMPRIMENTO. EFEITOS FINANCEIROS. LEI N. 9.266/96 E DECRETO N. 2.565/98. MUDANÇA DE
ENTENDIMENTO, COM O OBJETIVO DE ALINHAR ESTA TURMA NACIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO
COM A JURISPRUDÊNCIA DOMINANTE DO E. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. INCIDENTE
CONHECIDO E PROVIDO. 1. Trata-se de pedido de uniformização de jurisprudência interposto pela
União em face de acórdão proferido pela Turma Recursal do Espírito Santo que manteve a sentença de
parcial procedência do pedido, reconhecendo o direito do autor, servidor da Policia Federal, à progressão
para a Primeira Classe na data em que preencheu os requisitos necessários, adotando o entendimento de
que a imposição de data única para início dos efeitos financeiros da progressão funcional, prevista no art.
5º do Decreto 2.565/1998, viola o princípio da isonomia. 2. A recorrente sustenta divergência com o
Superior Tribunal de Justiça que adotaria o entendimento segundo o qual é devida a progressão funcional
da Segunda para Primeira classe, quando o servidor preenche os seguintes requisitos cumulativos: lapso
temporal de cinco anos, a partir do ingresso na carreira por meio de concurso público, e avaliação de
desempenho
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2
satisfatório. Inteligência do artigo 2º, da Lei n.° 9.266/96. 3. O aresto recorrido restou vazado no seguinte
sentido: DIREITO ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. CARREIRA DA POLÍCIA FEDERAL.
PROGRESSÃO FUNCIONAL. 1. A União Federal interpôs recurso da sentença que declarou o direito da
autora à progressão funcional e a seus efeitos financeiros desde a data de preenchimento dos requisitos
legais para ascensão na carreira, e que a condenou ao pagamento das parcelas atrasadas referentes à
diferença entre as remunerações das classes no período de 02.06.2007 a 29.02.2008. Em suas razões,
argui a preliminar de incompetência absoluta e, no mérito, alega que a autora não faz jus à progressão
funcional e que a procedência de seu pedido implicaria ofensa ao princípio da separação dos poderes e à
Súmula 339 do STF. Contrarrazões às fls. 62/68. I – PRELIMINAR DE INCOMPETÊNCIA 1. A autora não
pretende anular ou cancelar ato administrativo. Pretende que lhe seja assegurado o direito à progressão
funcional e ao gozo de seus efeitos financeiros a partir da data em que reuniu as condições exigidas para
tanto . Afastada a alegação de incompetência dos Juizados Especiais Federais, uma vez que não há
violação ao art. 3º, III, da Lei 10.259/2001. II – MÉRITO 1. A TNU já se posicionou acerca do tema sob
exame adotando o entendimento de que a imposição de data única para início dos efeitos financeiros da
progressão funcional, prevista no art. 5º do Decreto 2.565/1998, viola o princípio da isonomia. Além disso,
acolheu a tese de que os efeitos financeiros da progressão funcional da carreira de Policial Federal
493

iniciam-se a partir da data de preenchimento dos requisitos legais (PEDILEF 05019994820094058500). 2.


Não há ofensa ao princípio da separação dos poderes (art. 2º da CRFB/1988) nem inobservância à
Súmula 339 do STF, pois o provimento jurisdicional limitou-se a aplicar o princípio da isonomia à
legislação em vigor para assegurar o direito da autora à progressão funcional e a seus efeitos financeiros.
3. No caso presente, em 02.06.1977, a autora tomou posse e entrou em exercício no cargo de Agente de
Polícia Federal, Segunda Classe. Em 02.06.2002, progrediu da Segunda para a Primeira Classe, mas
com efeitos financeiros a partir de 01.03.2003. Em 02.06.2007, progrediu da Primeira Classe para a
Classe Especial, com efeitos financeiros a partir de 01.03.2008. Isso significa dizer que embora a autor a
tenha cumprido as condições exigidas para progredir funcionalmente em 02.06.2002 e 02.06.2007, os
efeitos financeiros decorrentes de sua ascensão na carreira entraram em vigor somente a partir de 1º de

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
março dos anos subseqüentes, nos termos do art. 5º do Decreto 2.562/1998 (revogado pelo Decreto
7.014/2009), o que contraria o entendimento firmado pela TNU. III - Recurso da União Federal conhecido
e desprovido. Sem custas. Condenação da recorrente vencida ao pagamento de honorários
sucumbenciais de 10% sobre o valor da condenação (art. 55, caput, da Lei 9.099/1995). 5. Reputo
configurada a divergência. Prossigo quanto à análise meritória. 6. Com efeito, não obstante esta Turma
Nacional de Uniformização já tenha adotado entendimento no sentido do aresto recorrido, é de rigor
observar que recentemente a matéria foi objeto de análise pelo e. Superior Tribunal de Justiça, o qual
vem adotando o posicionamento segundo o qual deve ser aplicada a legislação que regulamenta a
progressão funcional dos policiais federais, qual seja, o art. 2º, parágrafo único, da Lei 9266/96 e o art. 5º
do Decreto 2.565/98, segundo o qual a progressão dos autores deve se dar no mês de março do ano
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3
subsequente, quando implementados os requisitos para a referida promoção. 7. Diversos julgados
confirmam aludido entendimento, in verbis: EMENTA: PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO.
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. POLICIAL FEDERAL. PROGRESSÃO NA
CARREIRA. REQUISITOS. CUMPRIMENTO. EFEITOS FINANCEIROS. LEI N. 9.266/96 E DECRETO N.
2.565/98. 1. O cerne da controvérsia reside na possibilidade de se condenar a União a conceder
progressão funcional da Segunda para a Primeira Classe na Carreira Policial Federal, contada do
ingresso na carreira, com as devidas repercussões financeiras e registro funcional. 2. A progressão dos
servidores da carreira de policial federal deve ter seus efeitos financeiros a partir de março do ano
subsequente, nos termos do disposto na Lei n. 9.266/96 e no Decreto n. 2.565/98. Precedentes: AgRg no
REsp 1.373.344/SC, Rel. Ministra Assusete Magalhães, Segunda Turma, DJe 16/3/2016; AgRg no REsp
1.470.626/PE, Rel. Ministro Humberto Martins, Segunda Turma, DJe 8/3/2016; AgRg nos EDcl no REsp
1.258.142/PE, Rel. Ministro Sérgio Kukina, Primeira Turma, DJe 15/2/2016. 3. Agravo regimental não
provido. ..EMEN: (AGRESP 201202292790, BENEDITO GONÇALVES, STJ - PRIMEIRA TURMA, DJE
DATA:11/05/2016 ..DTPB:.) EMENTA: PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO
REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. POLICIAL FEDERAL. PROGRESSÃO NA CARREIRA.
REQUISITOS. CUMPRIMENTO. EFEITOS FINANCEIROS. LEI N. 9.266/96 E DECRETO N. 2.565/98. 1.
O cerne da controvérsia reside na possibilidade de se condenar a União a conceder progressão funcional
da Segunda para a Primeira Classe na Carreira Policial Federal, contada do ingresso na carreira, com as
devidas repercussões financeiras e registro funcional. 2. A progressão dos servidores da carreira de
policial federal deve ter seus efeitos financeiros a partir de março do ano subsequente, nos termos do
disposto na Lei n. 9.266/96 e no Decreto n. 2.565/98. Precedentes: AgRg no REsp 1.373.344/SC, Rel.
Ministra Assusete Magalhães, Segunda Turma, DJe 16/3/2016; AgRg no REsp 1.470.626/PE, Rel.
Ministro Humberto Martins, Segunda Turma, DJe 8/3/2016; AgRg nos EDcl no REsp 1.258.142/PE, Rel.
Ministro Sérgio Kukina, Primeira Turma, DJe 15/2/2016. 3. Agravo regimental não provido. ..EMEN:
(AGRESP 201202292790, BENEDITO GONÇALVES, STJ - PRIMEIRA TURMA, DJE DATA:11/05/2016
..DTPB:.) EMENTA: ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. POLICIAL
FEDERAL. PROGRESSÃO NA CARREIRA. EFEITOS FINANCEIROS. ART. 2º DA LEI 9.266/96 E ART.
5º DO DECRETO 2.565/98. ACÓRDÃO IMPUGNADO EM HARMONIA COM A JURISPRUDÊNCIA DO
STJ. AGRAVO REGIMENTAL IMPROVIDO. I. Cinge-se a controvérsia em saber se a progressão
funcional dos servidores da carreira de Policial Federal deve, ou não, ter seus efeitos financeiros a partir
de março do ano subsequente ao preenchimento dos requisitos para a referida progressão, nos termos do
art. 5º do Decreto 2.565/98. II. Consoante a jurisprudência desta Corte, em casos análogos, "a progressão
dos servidores da carreira de policial federal deve ter seus efeitos financeiros a partir de março do ano
subsequente, nos termos do disposto na Lei n. 9.266/96 e no Decreto n. 2.565/98" (STJ, REsp
1.533.937/CE, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, DJe de 02/06/2015). No mesmo sentido:
STJ, AgRg nos EDcl no REsp 1.258.142/PE, Rel. Ministro SÉRGIO
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

AD205D3FC20A3DC01D68D5082B3522D8 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


4
KUKINA, PRIMEIRA TURMA, DJe de 15/02/2016; AgRg nos EDcl no REsp 1.394.089/PB, Rel. Ministro
HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, DJe de 22/05/2014. III. Assim, é de se reconhecer que - tal
como constou do aresto combatido - a progressão do ora agravante deve ocorrer no mês de março do
494

ano subsequente, desde que implementados os requisitos para a referida promoção. IV. Agravo
Regimental improvido. ..EMEN: (AGRESP 201300965413, ASSUSETE MAGALHÃES, STJ - SEGUNDA
TURMA, DJE DATA:16/03/2016 ..DTPB:.) 8. Assim, visando uniformizar a jurisprudência das Turmas
Recursais com o entendimento que vem sendo adotado pelo Superior Tribunal de Justiça, tenho que o
incidente deve ser conhecido e provido para, alinhando o entendimento desta Turma Nacional de
Uniformização, firmar a tese de que: “a progressão dos servidores da carreira de policial federal deve ter
seus efeitos financeiros a partir de março do ano subsequente, nos termos do disposto na Lei n. 9.266/96
e no Decreto n. 2.565/98.” 9. Incidente conhecido e provido. Acordam os membros da TNU - Turma
Nacional de Uniformização CONHECER E DAR PROVIMENTO ao Incidente de Uniformização de
Jurisprudência interposto, nos termos do votoementa do Juiz Federal Relator. (PEDILEF

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
201050500054126, JUIZ FEDERAL FERNANDO MOREIRA GONÇALVES, TNU, DOU 12/09/2017 PÁG.
49/58.) Assim, não há que se falar em não recepção constitucional dos art. 10 e 19 do Decreto nº
84.669/80. Recurso desprovido. Sentença mantida. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº
9.099/95. Honorários advocatícios fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor da condenação, nos
termos do art. 55 da Lei nº 9.099/95. A C Ó R D Ã O Decide a Turma Recursal, por unanimidade, negar
provimento ao recurso da parte autora. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF,
24/10/2019.

JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº 0046504-88.2017.4.01.3400 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA


BRITO RECORRENTE(S) : JOSE MARIA DOS SANTOS ADVG/PROC. : DF00036821 - COQUELIN
AIRES LEAL NETO RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL ADVG/PROC. : - SAMUEL LAGES NEVES
LOPES
E M E N T A PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. HIPÓTESES DE CABIMENTO.
ART. 1.022 DO NCPC. REDISCUSSÃO DA CAUSA. INEXISTÊNCIA DE ERRO MATERIAL, OMISSÃO,
CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE. PREQUESTIONAMENTO. ART. 1.025 DO NCPC. EMBARGOS
REJEITADOS. Embargos de declaração opostos pela parte autora em face de acórdão que desproveu
recurso inominado para manter a sentença de improcedência proferida em ação ajuizada objetivando a
declaração de inconstitucionalidade incidental do parágrafo único do art. 87, dos incisos I, II e III do art. 88
e do Anexo XCVI da Lei nº 13.324/2016; a declaração da natureza genérica de gratificação de
desempenho; e o pagamento das diferenças correspondentes. Afirma, em suma, a parte embargante: 2 –
O pedido autoral foi para INCORPORAÇÃO DA GDPST com FUNDAMENTO JURÍDICO em previsão
constitucional de paridade contida no art. 40, III, “a” da CF/88, art. 7º da EC 41/2003 e Art. 147, §1º, da
Lei 11.355/2006 (Súmula 359 do STF), e NÃO NOS MOLDES da Lei 13.324/2016, como constou do
Relatório da respeitável SENTENÇA, equivocadamente, salvo melhor juízo. A respeitável decisão está
OMISSA NESTE PONTO. (...) 4 – O órgão jurisdicional fundamentou sua decisão na premissa de que a
GDPST vem sendo paga no Ministério da Saúde com as características de Vantagem pro labore
faciendo/propter laborem. 5 – Assim, OMITIU-SE QUANTO AO FATO DE QUE o Ministério da Saúde
SEMPRE pagou a GDPST RETROATIVAMENTE e INDEPENDENTEMENTE DA PUBLICAÇÃO DO
RESULTADO dos chamados “ciclos de avaliação”, pelo SÓ FATO DO EXERCÍCIO DAS FUNÇÕES
NORMAIS DO CARGO , situação análoga à descrita no RE 476.279 e Súmula Vinculante nº 20 e
inúmeros REs com repercussão geral. Observa-se, ainda, da petição inicial, os seguintes pedidos: 2) Que
seja declarada incidentalmente a inconstitucionalidade ou a ineficácia dos seguintes dispositivos: 2.1) do
Art. 87, parágrafo único, da Lei 13.324, por incompatibilidade com o disposto na EC 41/2003, Art. 3º, 6º,
6º-A e 7º e Art. 3º da EC 47/2005;
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

0712D42F5C8307454F74A99D6923D203 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


2
2.2) dos incisos I, II e III do Art. 88 da Lei 13.324, sob o mesmo fundamento; 2.3) do Anexo XCVI da Lei
13.324, por violar o direito de petição e estabelecer obrigação não prevista em lei, conforme Art. 5º, II e
XXXV , CF 88; Os embargos de declaração têm por objetivo a integração de acórdão que contenha erro
material, omissão, contradição ou obscuridade (e art. 48 da Lei nº 9.099/95 - art. 1.022, I e II, do novo
Código de Processo Civil), sendo rejeitados os recursos opostos para se obter o reexame da matéria ou
com o único objetivo de que o colegiado manifeste-se expressamente acerca de dispositivos legais ou
constitucionais invocados a título de prequestionamento. Assim, não se prestam a reexaminar, em regra,
atos decisórios alegadamente equivocados ou a incluir, no debate, novos argumentos jurídicos, uma vez
que o efeito infringente não é de sua natureza, salvo em situações excepcionais. Jurisprudência da
Segunda Turma Recursal de Minas Gerais: 2003.38.00.735500-9, Rel. Juiz Federal JOÃO CARLOS
COSTA MAYER SOARES, julgado em 12/11/2004, DJ-MG de 27/11/2004. Fica óbvio, no presente caso,
que a intenção da parte embargante é rediscutir matéria já decidida, uma vez que o acórdão indicou os
fundamentos suficientes para a compreensão das razões de decidir. Portanto, ausente no acórdão
495

vergastado qualquer ponto obscuro, contraditório ou omisso, rejeitam-se os presentes embargos


declaratórios. Remanescendo o interesse recursal, pode a parte interpor o pertinente recurso, posto que a
oposição de embargos de declaração satisfaz a exigência estabelecida pelo enunciado nº 356 da Súmula
do STF ainda que a omissão, a contradição e/ou a obscuridade não venha(m) a ser suprida(s) pelo
Tribunal a quo. Nesse sentido: (AI 553928 ED, Relator Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, julgado em
15/12/2009, DJ-e-035 DIVULG 25-02-2010 PUBLIC 26-02-2010 EMENT VOL-02391-08 PP-01841). De
igual modo, o disposto no art. 1.025 do novo CPC (Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os
elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de
declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão,
contradição ou obscuridade.). Embargos rejeitados. Acórdão lavrado nos moldes do art. 46 da Lei nº

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
9.099/95. A C Ó R D Ã O Decide a Turma Recursal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração
opostos pela parte autora. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.

JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº 0046326-42.2017.4.01.3400 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA


BRITO RECORRENTE(S) : CREUZA DO ROSARIO SIQUEIRA DOS SANTOS ADVG/PROC. :
DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL ADVG/PROC. : -
SONIA RABINOVICH TARANTO
E M E N T A PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. HIPÓTESES DE CABIMENTO.
ART. 1.022 DO NCPC. REDISCUSSÃO DA CAUSA. INEXISTÊNCIA DE ERRO MATERIAL, OMISSÃO,
CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE. PREQUESTIONAMENTO. ART. 1.025 DO NCPC. EMBARGOS
REJEITADOS. Embargos de declaração opostos pela parte autora em face de acórdão que desproveu
recurso inominado para manter a sentença de improcedência proferida em ação ajuizada objetivando a
declaração de inconstitucionalidade incidental do parágrafo único do art. 87, dos incisos I, II e III do art. 88
e do Anexo XCVI da Lei nº 13.324/2016; a declaração da natureza genérica de gratificação de
desempenho; e o pagamento das diferenças correspondentes. Afirma, em suma, a parte embargante: 2 –
O pedido autoral foi para INCORPORAÇÃO DA GDPST com FUNDAMENTO JURÍDICO em previsão
constitucional de paridade contida no art. 40, III, “a” da CF/88, art. 7º da EC 41/2003 e Art. 147, §1º, da
Lei 11.355/2006 (Súmula 359 do STF), e NÃO NOS MOLDES da Lei 13.324/2016, como constou do
Relatório da respeitável SENTENÇA, equivocadamente, salvo melhor juízo. A respeitável decisão está
OMISSA NESTE PONTO. (...) 4 – O órgão jurisdicional fundamentou sua decisão na premissa de que a
GDPST vem sendo paga no Ministério da Saúde com as características de Vantagem pro labore
faciendo/propter laborem. 5 – Assim, OMITIU-SE QUANTO AO FATO DE QUE o Ministério da Saúde
SEMPRE pagou a GDPST RETROATIVAMENTE e INDEPENDENTEMENTE DA PUBLICAÇÃO DO
RESULTADO dos chamados “ciclos de avaliação”, pelo SÓ FATO DO EXERCÍCIO DAS FUNÇÕES
NORMAIS DO CARGO , situação análoga à descrita no RE 476.279 e Súmula Vinculante nº 20 e
inúmeros REs com repercussão geral. Observa-se, ainda, da petição inicial, os seguintes pedidos: 2) Que
seja declarada incidentalmente a inconstitucionalidade ou a ineficácia dos seguintes dispositivos: 2.1) do
Art. 87, parágrafo único, da Lei 13.324, por incompatibilidade com o disposto na EC 41/2003, Art. 3º, 6º,
6º-A e 7º e Art. 3º da EC 47/2005;
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

AC54A4CBA1A2A3674A9C71B853ED88A2 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


2
2.2) dos incisos I, II e III do Art. 88 da Lei 13.324, sob o mesmo fundamento; 2.3) do Anexo XCVI da Lei
13.324, por violar o direito de petição e estabelecer obrigação não prevista em lei, conforme Art. 5º, II e
XXXV , CF 88; Os embargos de declaração têm por objetivo a integração de acórdão que contenha erro
material, omissão, contradição ou obscuridade (e art. 48 da Lei nº 9.099/95 - art. 1.022, I e II, do novo
Código de Processo Civil), sendo rejeitados os recursos opostos para se obter o reexame da matéria ou
com o único objetivo de que o colegiado manifeste-se expressamente acerca de dispositivos legais ou
constitucionais invocados a título de prequestionamento. Assim, não se prestam a reexaminar, em regra,
atos decisórios alegadamente equivocados ou a incluir, no debate, novos argumentos jurídicos, uma vez
que o efeito infringente não é de sua natureza, salvo em situações excepcionais. Jurisprudência da
Segunda Turma Recursal de Minas Gerais: 2003.38.00.735500-9, Rel. Juiz Federal JOÃO CARLOS
COSTA MAYER SOARES, julgado em 12/11/2004, DJ-MG de 27/11/2004. Fica óbvio, no presente caso,
que a intenção da parte embargante é rediscutir matéria já decidida, uma vez que o acórdão indicou os
fundamentos suficientes para a compreensão das razões de decidir. Portanto, ausente no acórdão
vergastado qualquer ponto obscuro, contraditório ou omisso, rejeitam-se os presentes embargos
declaratórios. Remanescendo o interesse recursal, pode a parte interpor o pertinente recurso, posto que a
oposição de embargos de declaração satisfaz a exigência estabelecida pelo enunciado nº 356 da Súmula
do STF ainda que a omissão, a contradição e/ou a obscuridade não venha(m) a ser suprida(s) pelo
Tribunal a quo. Nesse sentido: (AI 553928 ED, Relator Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, julgado em
15/12/2009, DJ-e-035 DIVULG 25-02-2010 PUBLIC 26-02-2010 EMENT VOL-02391-08 PP-01841). De
igual modo, o disposto no art. 1.025 do novo CPC (Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os
elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de
496

declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão,
contradição ou obscuridade.). Embargos rejeitados. Acórdão lavrado nos moldes do art. 46 da Lei nº
9.099/95. A C Ó R D Ã O Decide a Turma Recursal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração
opostos pela parte autora. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.

JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº 0029221-18.2018.4.01.3400 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
BRITO RECORRENTE(S) : UNIAO FEDERAL ADVG/PROC. : - LUIZ FELIPE CARDOSO DE MORAES
FILHO RECORRIDO(S) : JURACI SOUZA GUIMARAES ADVG/PROC. : DF0001599A - GERALDO
MAGELA HERMOGENES DA SILVA
E M E N T A PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. HIPÓTESES DE CABIMENTO.
1.022 DO NCPC. REDISCUSSÃO DA CAUSA. INEXISTÊNCIA DE ERRO MATERIAL, OMISSÃO,
CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE. PREQUESTIONAMENTO. ART. 1.025 DO NCPC. EMBARGOS
REJEITADOS. Embargos de declaração opostos pela parte autora em face de acórdão que deu parcial
provimento ao recurso da parte ré, para reformar a sentença de procedência proferida em ação ajuizada,
objetivando o reconhecimento do direito de opção à estrutura remuneratória da Carreira de Ciência e
Tecnologia, instituída pela Lei nº 12.702/2012. A embargante alega, em suma, que o acórdão foi omisso
em não se manifestar sobre o pedido de declaração de inconstitucionalidade incidenter tantum do §3º, do
art. 1º, da Lei 8.691/93, com redação dada pela Lei 12.823/13. Os embargos de declaração têm por
objetivo a integração de acórdão que contenha erro material, omissão, contradição ou obscuridade (art.
535, I e II do antigo CPC - e art. 48 da Lei nº 9.099/95 - art. 1.022, incisos I e II do novo Código de
Processo Civil ), sendo rejeitados os recursos opostos para se obter o reexame da matéria ou com o
único objetivo de que o colegiado manifeste-se expressamente acerca de dispositivos legais ou
constitucionais invocados a título de prequestionamento. Assim, não se prestam a reexaminar, em regra,
atos decisórios alegadamente equivocados ou a incluir, no debate, novos argumentos jurídicos, uma vez
que o efeito infringente não é de sua natureza, salvo em situações excepcionais. Jurisprudência da
Segunda Turma Recursal de Minas Gerais: 2003.38.00.735500-9, Rel. Juiz Federal JOÃO CARLOS
COSTA MAYER SOARES, julgado em 12/11/2004, DJ-MG de 27/11/2004. Na hipótese dos autos, fica
óbvio que a intenção da parte embargante é rediscutir matéria já decidida, uma vez que o acórdão indicou
os fundamentos suficientes para a compreensão das razões de decidir: (...) Compulsando-se os autos,
verifica-se que a parte autora, integrante do quadro de servidores da Comissão Executiva do Plano da
Lavoura Cacaueira (CEPLAC), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,
atualmente enquadrado no plano geral de cargos do poder executivo - PGPE, busca o enquadramento no
plano de carreira da Ciência e Tecnologia, em razão da Lei nº 12.702/2012, que incluiu a CEPLAC entre
os órgãos e
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

8F3E6725D8ADDD11C60478DA4EE41E24 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


2
entidades integrantes da área de Ciência e Tecnologia (art. 1º, §1º, XXXI, da Lei nº 8.691/93). Observa-
se, ainda, a existência de expressa vedação legal de transposição dos servidores em exercício na
CEPLAC, na data de vigência da Lei nº 12.702/2012, para o plano de carreira da Ciência e Tecnologia
(art. 1º, § 3°, da Lei nº 8.691/93, na atual redação dada pela Lei nº 12.823/2013). Estabelecidas tais
premissas, denota-se que a pretensão da parte autora encontra óbice no teor da Súmula Vinculante nº 43
do STF: É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prévia
aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira na
qual anteriormente investido. Registre-se que o autor não se desincumbiu do ônus de demonstrar que o
cargo por ele ocupado corresponde a qualquer cargo previsto no plano de carreira da Ciência e
Tecnologia. Não provou também qualquer isonomia no tocante às atribuições de seu cargo em relação às
previstas no referido plano de carreira. Ademais, a Súmula Vinculante nº 37 prevê expressamente que
Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores
públicos sob o fundamento de isonomia. Por fim, destaque-se que é assente na jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal o entendimento de que não há direito adquirido a regime jurídico. Ante o
exposto, não se verifica a inconstitucionalidade do art. 1º, §3º, da Lei nº 8.691/93, na atual redação dada
pela Lei nº 12.823/2013, razão pela qual há de ser julgado improcedente o pedido inicial. Desse modo,
ausente no acórdão vergastado qualquer ponto obscuro, contraditório ou omisso, rejeitam-se os
presentes embargos declaratórios. Remanescendo o interesse recursal, pode a parte interpor o pertinente
recurso, posto que a oposição de embargos de declaração satisfaz a exigência estabelecida pelo
enunciado nº 356 da Súmula do STF ainda que a omissão, a contradição e/ou a obscuridade não
venha(m) a ser suprida(s) pelo Tribunal a quo. Nesse sentido: (AI 553928 ED, Relator Min. DIAS
TOFFOLI, Primeira Turma, julgado em 15/12/2009, DJ-e-035 DIVULG 25-02-2010 PUBLIC 26-02-2010
EMENT VOL-02391-08 PP-01841). De igual modo, o disposto no art. 1.025 do novo CPC (Art. 1.025.
Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-
questionamento, ainda que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal
497

superior considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade.). Embargos rejeitados. Acórdão
lavrado nos moldes do art. 46 da Lei nº 9.099/95. A C Ó R D Ã O Decide a Turma Recursal, por
unanimidade, rejeitar os embargos de declaração opostos pela parte autora. Turma Recursal, Juizado
Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

8F3E6725D8ADDD11C60478DA4EE41E24 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


3

JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
RECURSO Nº 0021887-30.2018.4.01.3400 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA
BRITO RECORRENTE(S) : UNIAO FEDERAL ADVG/PROC. : - SAMUEL LAGES NEVES LOPES
RECORRIDO(S) : WILDE FONSECA CABRAL ADVG/PROC. : DF0001599A - GERALDO MAGELA
HERMOGENES DA SILVA
E M E N T A PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. HIPÓTESES DE CABIMENTO.
1.022 DO NCPC. REDISCUSSÃO DA CAUSA. INEXISTÊNCIA DE ERRO MATERIAL, OMISSÃO,
CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE. PREQUESTIONAMENTO. ART. 1.025 DO NCPC. EMBARGOS
REJEITADOS. Embargos de declaração opostos pela parte autora em face de acórdão que deu parcial
provimento ao recurso da parte ré, para reformar a sentença de procedência proferida em ação ajuizada,
objetivando o reconhecimento do direito de opção à estrutura remuneratória da Carreira de Ciência e
Tecnologia, instituída pela Lei nº 12.702/2012. A embargante alega, em suma, que o acórdão foi omisso
em não se manifestar sobre o pedido de declaração de inconstitucionalidade incidenter tantum do §3º, do
art. 1º, da Lei 8.691/93, com redação dada pela Lei 12.823/13. Os embargos de declaração têm por
objetivo a integração de acórdão que contenha erro material, omissão, contradição ou obscuridade (art.
535, I e II do antigo CPC - e art. 48 da Lei nº 9.099/95 - art. 1.022, incisos I e II do novo Código de
Processo Civil ), sendo rejeitados os recursos opostos para se obter o reexame da matéria ou com o
único objetivo de que o colegiado manifeste-se expressamente acerca de dispositivos legais ou
constitucionais invocados a título de prequestionamento. Assim, não se prestam a reexaminar, em regra,
atos decisórios alegadamente equivocados ou a incluir, no debate, novos argumentos jurídicos, uma vez
que o efeito infringente não é de sua natureza, salvo em situações excepcionais. Jurisprudência da
Segunda Turma Recursal de Minas Gerais: 2003.38.00.735500-9, Rel. Juiz Federal JOÃO CARLOS
COSTA MAYER SOARES, julgado em 12/11/2004, DJ-MG de 27/11/2004. Na hipótese dos autos, fica
óbvio que a intenção da parte embargante é rediscutir matéria já decidida, uma vez que o acórdão indicou
os fundamentos suficientes para a compreensão das razões de decidir: (...) Compulsando-se os autos,
verifica-se que a parte autora, integrante do quadro de servidores da Comissão Executiva do Plano da
Lavoura Cacaueira (CEPLAC), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,
atualmente enquadrado no plano geral de cargos do poder executivo - PGPE, busca o enquadramento no
plano de carreira da Ciência e Tecnologia, em razão da Lei nº 12.702/2012, que incluiu a CEPLAC entre
os órgãos e
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

24E0A327EB4F5A8803EAE4A80B4F8B43 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


2
entidades integrantes da área de Ciência e Tecnologia (art. 1º, §1º, XXXI, da Lei nº 8.691/93). Observa-
se, ainda, a existência de expressa vedação legal de transposição dos servidores em exercício na
CEPLAC, na data de vigência da Lei nº 12.702/2012, para o plano de carreira da Ciência e Tecnologia
(art. 1º, § 3°, da Lei nº 8.691/93, na atual redação dada pela Lei nº 12.823/2013). Estabelecidas tais
premissas, denota-se que a pretensão da parte autora encontra óbice no teor da Súmula Vinculante nº 43
do STF: É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prévia
aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira na
qual anteriormente investido. Registre-se que o autor não se desincumbiu do ônus de demonstrar que o
cargo por ele ocupado corresponde a qualquer cargo previsto no plano de carreira da Ciência e
Tecnologia. Não provou também qualquer isonomia no tocante às atribuições de seu cargo em relação às
previstas no referido plano de carreira. Ademais, a Súmula Vinculante nº 37 prevê expressamente que
Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores
públicos sob o fundamento de isonomia. Por fim, destaque-se que é assente na jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal o entendimento de que não há direito adquirido a regime jurídico. Ante o
exposto, não se verifica a inconstitucionalidade do art. 1º, §3º, da Lei nº 8.691/93, na atual redação dada
pela Lei nº 12.823/2013, razão pela qual há de ser julgado improcedente o pedido inicial. Desse modo,
ausente no acórdão vergastado qualquer ponto obscuro, contraditório ou omisso, rejeitam-se os
presentes embargos declaratórios. Remanescendo o interesse recursal, pode a parte interpor o pertinente
recurso, posto que a oposição de embargos de declaração satisfaz a exigência estabelecida pelo
enunciado nº 356 da Súmula do STF ainda que a omissão, a contradição e/ou a obscuridade não
venha(m) a ser suprida(s) pelo Tribunal a quo. Nesse sentido: (AI 553928 ED, Relator Min. DIAS
TOFFOLI, Primeira Turma, julgado em 15/12/2009, DJ-e-035 DIVULG 25-02-2010 PUBLIC 26-02-2010
498

EMENT VOL-02391-08 PP-01841). De igual modo, o disposto no art. 1.025 do novo CPC (Art. 1.025.
Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-
questionamento, ainda que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal
superior considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade.). Embargos rejeitados. Acórdão
lavrado nos moldes do art. 46 da Lei nº 9.099/95. A C Ó R D Ã O Decide a Turma Recursal, por
unanimidade, rejeitar os embargos de declaração opostos pela parte autora. Turma Recursal, Juizado
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JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº 0046564-61.2017.4.01.3400 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA


BRITO RECORRENTE(S) : UNIAO FEDERAL ADVG/PROC. : - ANNA AMELIA LISBOA
RECORRIDO(S) : SEBASTIANA PINTO DE OLIVEIRA ADVG/PROC. : DF0001599A - GERALDO
MAGELA HERMOGENES DA SILVA
E M E N T A PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. HIPÓTESES DE CABIMENTO.
1.022 DO NCPC. REDISCUSSÃO DA CAUSA. INEXISTÊNCIA DE ERRO MATERIAL, OMISSÃO,
CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE. PREQUESTIONAMENTO. ART. 1.025 DO NCPC. EMBARGOS
REJEITADOS. Embargos de declaração opostos pela parte autora em face de acórdão que deu parcial
provimento ao recurso da parte ré, para reformar a sentença de procedência proferida em ação ajuizada,
objetivando o reconhecimento do direito de opção à estrutura remuneratória da Carreira de Ciência e
Tecnologia, instituída pela Lei nº 12.702/2012. A embargante alega, em suma, que o acórdão foi omisso
em não se manifestar sobre o pedido de declaração de inconstitucionalidade incidenter tantum do §3º, do
art. 1º, da Lei 8.691/93, com redação dada pela Lei 12.823/13. Os embargos de declaração têm por
objetivo a integração de acórdão que contenha erro material, omissão, contradição ou obscuridade (art.
535, I e II do antigo CPC - e art. 48 da Lei nº 9.099/95 - art. 1.022, incisos I e II do novo Código de
Processo Civil ), sendo rejeitados os recursos opostos para se obter o reexame da matéria ou com o
único objetivo de que o colegiado manifeste-se expressamente acerca de dispositivos legais ou
constitucionais invocados a título de prequestionamento. Assim, não se prestam a reexaminar, em regra,
atos decisórios alegadamente equivocados ou a incluir, no debate, novos argumentos jurídicos, uma vez
que o efeito infringente não é de sua natureza, salvo em situações excepcionais. Jurisprudência da
Segunda Turma Recursal de Minas Gerais: 2003.38.00.735500-9, Rel. Juiz Federal JOÃO CARLOS
COSTA MAYER SOARES, julgado em 12/11/2004, DJ-MG de 27/11/2004. Na hipótese dos autos, fica
óbvio que a intenção da parte embargante é rediscutir matéria já decidida, uma vez que o acórdão indicou
os fundamentos suficientes para a compreensão das razões de decidir: (...) Compulsando-se os autos,
verifica-se que a parte autora, integrante do quadro de servidores da Comissão Executiva do Plano da
Lavoura Cacaueira (CEPLAC), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,
atualmente enquadrado no plano geral de cargos do poder executivo - PGPE, busca o enquadramento no
plano de carreira da Ciência e Tecnologia, em razão da Lei nº 12.702/2012, que incluiu a CEPLAC entre
os órgãos e
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entidades integrantes da área de Ciência e Tecnologia (art. 1º, §1º, XXXI, da Lei nº 8.691/93). Observa-
se, ainda, a existência de expressa vedação legal de transposição dos servidores em exercício na
CEPLAC, na data de vigência da Lei nº 12.702/2012, para o plano de carreira da Ciência e Tecnologia
(art. 1º, § 3°, da Lei nº 8.691/93, na atual redação dada pela Lei nº 12.823/2013). Estabelecidas tais
premissas, denota-se que a pretensão da parte autora encontra óbice no teor da Súmula Vinculante nº 43
do STF: É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prévia
aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira na
qual anteriormente investido. Registre-se que o autor não se desincumbiu do ônus de demonstrar que o
cargo por ele ocupado corresponde a qualquer cargo previsto no plano de carreira da Ciência e
Tecnologia. Não provou também qualquer isonomia no tocante às atribuições de seu cargo em relação às
previstas no referido plano de carreira. Ademais, a Súmula Vinculante nº 37 prevê expressamente que
Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores
públicos sob o fundamento de isonomia. Por fim, destaque-se que é assente na jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal o entendimento de que não há direito adquirido a regime jurídico. Ante o
exposto, não se verifica a inconstitucionalidade do art. 1º, §3º, da Lei nº 8.691/93, na atual redação dada
pela Lei nº 12.823/2013, razão pela qual há de ser julgado improcedente o pedido inicial. Desse modo,
ausente no acórdão vergastado qualquer ponto obscuro, contraditório ou omisso, rejeitam-se os
presentes embargos declaratórios. Remanescendo o interesse recursal, pode a parte interpor o pertinente
499

recurso, posto que a oposição de embargos de declaração satisfaz a exigência estabelecida pelo
enunciado nº 356 da Súmula do STF ainda que a omissão, a contradição e/ou a obscuridade não
venha(m) a ser suprida(s) pelo Tribunal a quo. Nesse sentido: (AI 553928 ED, Relator Min. DIAS
TOFFOLI, Primeira Turma, julgado em 15/12/2009, DJ-e-035 DIVULG 25-02-2010 PUBLIC 26-02-2010
EMENT VOL-02391-08 PP-01841). De igual modo, o disposto no art. 1.025 do novo CPC (Art. 1.025.
Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-
questionamento, ainda que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal
superior considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade.). Embargos rejeitados. Acórdão
lavrado nos moldes do art. 46 da Lei nº 9.099/95. A C Ó R D Ã O Decide a Turma Recursal, por
unanimidade, rejeitar os embargos de declaração opostos pela parte autora. Turma Recursal, Juizado

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JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº 0008709-77.2019.4.01.3400 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA


BRITO RECORRENTE(S) : HENRIQUE SANTOS DUMONT ADVG/PROC. : DF00015121 - ADAO
NEVES DE OLIVEIRA RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL) ADVG/PROC. : -
KELLY OTSUKA MIIKE

E M E N T A PROCESSUAL CIVIL. JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS. ART. 42, § 1°, DA LEI Nº


9.099/95. AUSÊNCIA DE PREPARO. RECURSO DESERTO. SENTENÇA MANTIDA. Cuida-se de
recurso inominado interposto pela parte autora em face de sentença de improcedência proferida em ação
ajuizada objetivando o reconhecimento do direito à isenção de imposto de renda, em razão da existência
de moléstia grave. Compulsando-se os autos, verifica-se que a parte autora, ora recorrente, não requereu
no curso processual os benefícios da justiça gratuita, nem tampouco realizou o preparo recursal, no prazo
de 48 (quarenta e oito) horas. Desse modo, o recurso é deserto, nos termos do art. 42, §1º, da Lei nº
9.099/95. Impende ressaltar que a inexigibilidade do recolhimento das custas, no âmbito dos Juizados
Especiais Federais, restringe-se aos processos em trâmite no primeiro grau de jurisdição, em
conformidade com o art. 54 da Lei nº 9.099/95. Recurso não conhecido. Sentença mantida. Acórdão
lavrado com fundamento no art. 46 da Lei nº 9.099/95. A parte autora, recorrente vencida, fica condenada
no pagamento de honorários advocatícios, arbitrados em 10% sobre o valor corrigido da causa (art. 55 da
Lei nº 9.099/95). A C Ó R D Ã O Decide a Turma Recursal, por unanimidade, não conhecer do recurso.
Turma Recursal, Juizado Especial Federal- SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.

RECURSO Nº 0026085-18.2015.4.01.3400 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA


BRITO RECORRENTE(S) : EUBA DE CASTRO WANDERLEI ADVG/PROC. : DF00021368 - ANA PAULA
DA SILVA MACHADO MELLO E OUTRO(S) RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL ADVG/PROC. : -
FABIO TESOLIN RODRIGUES
E M E N T A PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO. ART. 15, §2º DO RI DA TNU. MATÉRIA
PROCESSUAL. INTERPOSIÇÃO DE INCIDENTE DE UNIFORMIZAÇÃO. INVIABILIDADE. AGRAVO
DESPROVIDO. Autos recebidos da Coordenação das Turmas Recursais dos Juizados Especiais
Federais, nos termos do art. 15, §2º, do Regimento Interno da Turma Nacional de Uniformização dos
Juizados Especiais Federais. A decisão agravada inadmitiu o incidente de uniformização interposto pela
parte autora em face de acórdão que reconheceu a ilegitimidade passiva da União em ação ajuizada
objetivando o pagamento da GIFA retroativo ao mês julho de 2004. Em sua fundamentação, a decisão
agravada consignou ser inviável a interposição de incidente de uniformização para tratar de matéria
processual. Compulsando-se os autos, constata-se que a decisão agravada guarda consonância com o
Enunciado nº 43 da TNU, verbis: Não cabe incidente de uniformização que verse sobre matéria
processual. Assim, escorreita a decisão da Coordenação das Turmas Recursais desta Seção Judiciária
no sentido de inadmitir o incidente de uniformização interposto pela parte autora. Agravo desprovido.
Decisão agravada mantida. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº 9.099/95. A C Ó R D Ã O
Decide a Turma Recursal, à unanimidade, negar provimento ao agravo interno interposto pela parte ré.
Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF – 24/10/2019.

JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO


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500

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Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº 0045828-43.2017.4.01.3400 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA


BRITO RECORRENTE(S) : JORGE DOS SANTOS ADVG/PROC. : - DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO
RECORRIDO(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS ADVG/PROC. :

E M E N T A PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. ATIVIDADE DE


EMENDADOR DE CABOS TELEFÔNICOS. ITEM 1.1.8 DO QUADRO ANEXO AO DECRETO N.

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
53.831/64. PERÍODO POSTERIOR A 05.03.1997. EXCLUSÃO DA ATIVIDADE. INVIABILIDADE DE
ENQUADRAMENTO. RECURSO DESPROVIDO. Recurso interposto pela parte autora em face de
sentença de improcedência proferida em ação ajuizada objetivando o reconhecimento como tempo de
serviço laborado em condições especiais como emendador de cabos telefônicos, para a empresa
Telemont Engenharia de Telecomunicações S.A., no período de 21/07/2010 e 21/05/2013. A sentença
consignou em sua fundamentação: O autor pretende ver reconhecido como especial o tempo de serviço
de 21/07/2010 a 21/05/2013 desempenhado na função de emendador de cabos telefônicos A1, sob o
argumento de que estava, no ambiente de trabalho, sujeito a agentes agressivos. Consoante legislação
acima fundamentada, o enquadramento por categoria profissional ocorreu somente até a promulgação da
Lei 9.032/95, de 28 de abril de 1995, sendo necessária, após essa data, a comprovação da exposição aos
agentes agressivos considerados insalubres ou penosos, nos termos legais, não sendo mais possível o
enquadramento presumido. No caso em exame, a parte autora apresentou Perfil Profissiográfico
Previdenciário, todavia, esse documento não atesta contato com nenhum agente agressivo o que impede
o reconhecimento do tempo de serviço como especial. Esclareço, por oportuno, que o exercício do ofício
de eletricista e congêneres até o advento da Lei n. 9.032/95, mostrava-se passível de reconhecimento
como especial pelo simples enquadramento da categoria profissional, conforme item 1.1.8 do Anexo do
Decreto n. 53.831/64, que se refere a "Trabalhos permanentes em instalações ou equipamentos elétricos
com riscos de acidentes - Eletricistas, cabistas, montadores e outros", desde que a tensão seja acima de
250 volts e que ocorra de forma habitual e permanente. Portanto, o autor não logrou comprovar o
exercício de labor especial no período pretendido.
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Da aposentadoria por tempo de contribuição A concessão do beneficio de aposentadoria por tempo de
contribuição, para homem, pressupõe: a) 35 anos de tempo de serviço (art. 201, § 7º, I, da CF). No caso
em apreço, a parte autora não cumpriu o requisito mencionado acima. De fato, somando o tempo de
contribuição constante nas CTPS e CNIS, observa-se que até a data do requerimento administrativo
(14/01/2014), descontados os períodos concomitantes, chega-se a um total de 30 (trinta) anos, 08 (oito)
meses e 27 (vinte e sete) dias de serviço, tempo este insuficiente para a concessão do benefício de
aposentadoria integral (cf. contagem de tempo de contribuição registrada em 26/11/2018). Mesmo
computando o tempo de contribuição posterior ao requerimento administrativo a parte autora também não
alcança o tempo mínimo exigido nem na data de prolação dessa sentença (cf. tempo de contribuição 2
registrado em 26/11/2018). Esse o cenário, a improcedência do pedido é medida que se impõe. O
recorrente pede, em suma, o enquadramento como especial do período posterior a 05.03.1997, laborado
na condição de emendador de cabos telefônicos e, por consequência, a concessão de aposentadoria por
tempo de contribuição. O segurado que presta serviços sob condições especiais faz jus ao cômputo do
tempo nos moldes da legislação previdenciária vigente à época em que realizada a atividade e
efetivamente prestado o serviço. É a consagração do princípio lex tempus regit actum, segundo o qual o
deslinde da questão deve levar em conta a lei vigente à época dos fatos. Até 28.04.95, os requisitos para
comprovação da atividade especial estavam definidos no Decreto nº 53.831/64, o qual não determinava a
apresentação de laudo pericial para comprovação do exercício de atividade especial. Com o advento das
Leis nº 9.032/95 e nº 9.528/97 – que alteraram sobremaneira os dispositivos da Lei nº 8.213/91 sobre a
matéria, a concessão da aposentadoria especial passou a depender de comprovação da efetiva
exposição do segurado aos agentes nocivos, primeiro, mediante a apresentação dos formulários SB-40
ou DSS-8030 e, depois, mediante formulário, na forma estabelecida pelo Instituto Nacional do Seguro
Social, emitido pela empresa ou por seu preposto, com base em laudo técnico de condições ambientais
do trabalho expedido por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho. Assim, de forma
resumida, podemos estabelecer: até 28.04.1995 é possível o reconhecimento com base na categoria
profissional; de 29.04.1995 a 05.03.97, necessidade de comprovação da efetiva submissão aos agentes
perniciosos, por intermédio dos formulários SB-40 e DSS-8030 ou PPP referente à categoria profissional;
a partir de 06.03.97, necessidade de comprovação por intermédio de laudo técnico. Na espécie, constata-
se que a atividade exercida pelo autor, no período de 21/07/2010 a 21/05/2013 (emendador de cabos
telefônicos), antes enquadrada no item 1.1.8 do quadro anexo ao Decreto n. 53.831/64 (trabalhos
permanentes em instalações ou equipamentos elétricos com risco de acidentes – eletricistas, cabistas,
montadores e outros. Jornada normal ou especial fixada em lei em serviços expostos a tensão superior à
250 volts), não está mais abrangida como atividade especial.
501

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Há de se ressaltar a impossibilidade de reconhecimento das atividades de cabista, montadores e outros
como especial, após a edição do Decreto nº 2.172/97, eis que excluídas do rol de atividades especiais.
Ressalte-se que a exclusão das atividades perigosas do decreto regulamentador está em consonância
com a Constituição (após a EC nº 20/98). A Constituição não prevê a atividade de risco para efeito de
cômputo diferenciado no RGPS (art. 201, §1º da CR), ao contrário do que estabelece no regime próprio
dos servidores (art. 40, §4º, II). Assim, tendo havido diferenciação expressa na Constituição, esta deve

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
ser observada pela legislação ordinária ou regulamentar, sob pena de inconstitucionalidade. Nesse
sentido, é inadmissível a interpretação extensiva dada pela sentença recorrida, em face do confronto com
a Constituição. Dessa forma, não faz jus o autor ao enquadramento do período mencionado. Sentença
mantida. Recurso desprovido. Acórdão lavrado com fundamento no art. 46 da Lei nº 9.099/95. A parte
autora pagará honorários advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da causa, ficando a condenação
suspensa enquanto perdurar o estado de carência que justificou a concessão da justiça gratuita,
prescrevendo a dívida cinco anos após a sentença final, nos termos do art. 98, §3º, do CPC/15. A C Ó R
D Ã O Decide a Turma Recursal, à unanimidade, negar provimento ao recurso da parte autora. Turma
Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.

JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº 0029534-76.2018.4.01.3400 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA


BRITO RECORRENTE(S) : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA ADVG/PROC. : -
HANDERSON OLIVEIRA DAS MERCES RECORRIDO(S) : JOAQUIM GONCALVES ADVG/PROC. :
DF00040698 - JOAQUIM FAVRETTO

E M E N T A ADMINISTRATIVO E CONSTITUCIONAL. GRATIFICAÇÃO DE ATIVIDADE DE COMBATE


E CONTROLE DE ENDEMIAS – GACEN. NATUREZA GENÉRICA. SERVIDORES
INATIVOS/PENSIONISTAS. DIREITO À PARIDADE. AUSÊNCIA DE AVALIAÇÃO. RECURSO
DESPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA Recurso interposto pela FUNASA em face de sentença de
procedência proferida em ação ajuizada por servidor inativo/pensionista objetivando a percepção da
Gratificação de Atividade de Combate e Controle de Endemias – GACEN em paridade com os servidores
ativos. Inicialmente, registre-se que deve ser mantido o benefício da justiça gratuita deferido à parte
autora, eis que constatado que a renda do autor é inferior a 10 (dez) salários mínimos, ao tempo do
ajuizamento da ação (EPROC FICHA FINANCEIRA DOCUMENTOS). No que tange à arguição de
prescrição quinquenal, assevere-se que não há interesse recursal, eis que a sentença já reconheceu a
prescrição das parcelas anteriores ao quinquênio do ajuizamento da ação. A GACEN é uma gratificação
paga a todos os servidores que exercem as funções de fiscalização de campo dispostas na Lei nº
11.784/2008. É devida, a partir de 01º de março de 2008, aos ocupantes dos cargos de Agente Auxiliar de
Saúde de Saúde Pública, Agente de Saúde Pública e Guarda de Endemias, do Quadro de Pessoal do
Ministério da Saúde e do Quadro de Pessoal da Fundação Nacional de Saúde – FUNASA, regidos pela
Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990 (art. 54 da citada Lei). A referida gratificação foi fixada em valor
certo e determinado, independentemente de qualquer aferição de critério individual ou institucional ou
localidade de lotação do servidor. Nesse prisma, a gratificação não é pro labore faciendo, eis que não
guarda relação com qualquer fator de desempenho individual do servidor ou institucional do órgão a que
está vinculado, assim como não é decorrente do local de trabalho. Tem natureza genérica, sendo uma
gratificação concedida a todos os servidores em atividade que exercem as atribuições estabelecidas na
Lei nº 11.784/2008. Assim, a sua extensão aos inativos é imperativa, eis que indispensável para preservar
a integralidade assegurada constitucionalmente. Em igual sentido, precedente da TNU: PEDILEF
05033027020134058302, Juiz Federal Ronaldo José da Silva, julgamento em 19/11/2015, DOU
05/02/2016. A sentença, no tocante aos juros de mora e à correção monetária, determinou os seguintes
parâmetros:
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Os valores devidos deverão ser corrigidos monetariamente, desde o momento em que se tornaram
devidos, mediante aplicação da variação do IPCA-E, e acrescidos de juros de mora, a partir da citação,
conforme o art. 1º-F da Lei nº 9.494/1997, com a redação dada pela Lei nº 11.960/2009 (STJ, REsp
1495146/MG, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 22/02/2018,
DJe 02/03/2018). O Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE 870947, submetido ao regime de
repercussão geral, assentou as seguintes teses: 1) O art. 1º-F da Lei nº 9.494/97, com a redação dada
pela Lei nº 11.960/09, na parte em que disciplina os juros moratórios aplicáveis a condenações da
Fazenda Pública, é inconstitucional ao incidir sobre débitos oriundos de relação jurídico-tributária, aos
502

quais devem ser aplicados os mesmos juros de mora pelos quais a Fazenda Pública remunera seu
crédito tributário, em respeito ao princípio constitucional da isonomia (CRFB, art. 5º, caput); quanto às
condenações oriundas de relação jurídica não-tributária, a fixação dos juros moratórios segundo o índice
de remuneração da caderneta de poupança é constitucional, permanecendo hígido, nesta extensão, o
disposto no art. 1º-F da Lei nº 9.494/97 com a redação dada pela Lei nº 11.960/09; e 2) O art. 1º-F da Lei
nº 9.494/97, com a redação dada pela Lei nº 11.960/09, na parte em que disciplina a atualização
monetária das condenações impostas à Fazenda Pública segundo a remuneração oficial da caderneta de
poupança, revela-se inconstitucional ao impor restrição desproporcional ao direito de propriedade (CRFB,
art. 5º, XXII), uma vez que não se qualifica como medida adequada a capturar a variação de preços da
economia, sendo inidônea a promover os fins a que se destina. Por sua vez, o Superior Tribunal de

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Justiça, em julgamento de recurso repetitivo já transitado em julgado (REsp 1495146/MG, Rel. Ministro
MAURO CAMPBELL MARQUES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 22/02/2018, DJe 02/03/2018), após o
julgamento do RE 870.947, estabeleceu os seguintes critérios no tocante às causas que envolvem
servidor público: 3.1.1 Condenações judiciais referentes a servidores e empregados públicos. As
condenações judiciais referentes a servidores e empregados públicos, sujeitam-se aos seguintes
encargos: (a) até julho/2001: juros de mora: 1% ao mês (capitalização simples); correção monetária:
índices previstos no Manual de Cálculos da Justiça Federal, com destaque para a incidência do IPCA-E a
partir de janeiro/2001; (b) agosto/2001 a junho/2009: juros de mora: 0,5% ao mês; correção monetária:
IPCA-E; (c) a partir de julho/2009: juros de mora: remuneração oficial da caderneta de poupança;
correção monetária: IPCA-E. Verifica-se que os parâmetros consignados pela sentença recorrida
encontram-se em consonância com os critérios ora delineados, razão pela qual improcede a impugnação
da recorrente. Registrese que os embargos de declaração no RE 870947 já foram julgados sem
modulação de efeitos. Recurso desprovido. Sentença mantida. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da
Lei nº 9.099/95. Honorários advocatícios pela recorrente vencida, fixados em 10% (dez por cento) sobre o
valor da condenação, conforme preceitua o art. 55 da Lei nº 9.099/95.

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3
A C Ó R D Ã O Decide a Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso da parte ré.
Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.

JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº 0025419-46.2017.4.01.3400 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA


BRITO RECORRENTE(S) : FRANCISCO ERNESTO COELHO ADVG/PROC. : DF00039232 -
LEONARDO DA COSTA RECORRIDO(S) : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA ADVG/PROC.
:
E M E N T A ADMINISTRATIVO E CONSTITUCIONAL. GRATIFICAÇÃO DE ATIVIDADE DE COMBATE
E CONTROLE DE ENDEMIAS - GACEN. NATUREZA GENÉRICA. SERVIDOR INATIVO/. DIREITO À
PARIDADE VERIFICADO NO CASO CONCRETO. RECURSO PROVIDO. Recurso interposto pela parte
autora em face de sentença de improcedência proferida em ação ajuizada por servidor inativo/pensionista
objetivando a percepção da Gratificação de Atividade de Combate e Controle de Endemias - GACEN em
paridade com os servidores ativos. A GACEN é uma gratificação paga a todos os servidores que exercem
as funções de fiscalização de campo dispostas na Lei nº 11.784/2008. É devida, a partir de 01º de março
de 2008, aos ocupantes dos cargos de Agente Auxiliar de Saúde de Saúde Pública, Agente de Saúde
Pública e Guarda de Endemias, do Quadro de Pessoal do Ministério da Saúde e do Quadro de Pessoal
da Fundação Nacional de Saúde – FUNASA, regidos pela Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990 (art.
54 da citada Lei). A referida gratificação foi fixada em valor certo e determinado, independentemente de
qualquer aferição de critério individual ou institucional ou localidade de lotação do servidor. Nesse prisma,
a gratificação não é pro labore faciendo, eis que não guarda relação com qualquer fator de desempenho
individual do servidor ou institucional do órgão a que está vinculado, assim como não é decorrente do
local de trabalho. Tem natureza genérica, sendo uma gratificação concedida a todos os servidores em
atividade que exercem as atribuições estabelecidas na Lei nº 11.784/2008. Assim, a sua extensão aos
inativos é imperativa, eis que indispensável para preservar a integralidade assegurada
constitucionalmente. Em igual sentido, precedente da TNU: PEDILEF 05033027020134058302, Juiz
Federal Ronaldo José da Silva, julgamento em 19/11/2015, DOU 05/02/2016. Na hipótese, constata-se
que a parte autora já era aposentada quando da edição da EC 41/03, possuindo, portanto, o direito à
paridade em relação aos servidores ativos. Recurso provido, para condenar a parte ré a pagar à parte
autora a GACEN, em paridade com os servidores ativos, bem como adimplir as diferenças pretéritas,
respeitada a prescrição quinquenal. Juros de mora e atualização monetária nos termos do Manual de
Cálculos da Justiça Federal. Recurso provido. Sentença reformada. Acórdão lavrado nos termos do art.
503

46 da Lei nº 9.099/95. Incabíveis honorários advocatícios (art. 55 da Lei nº 9.099/95). A C Ó R D Ã O


Decide a Turma Recursal, por unanimidade, dar provimento ao recurso da parte autora. Turma
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2
Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.

JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
RECURSO Nº 0003320-48.2018.4.01.3400 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA
BRITO RECORRENTE(S) : HELENA ALVES SANTANA ADVG/PROC. : DF00017183 - JOSE LUIS
WAGNER E OUTRO(S) RECORRIDO(S) : FUNDACAO UNIVERSIDADE DE BRASILIA E OUTRO(S)
ADVG/PROC. :

E M E N T A ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. PLANO DE CARREIRA DOS CARGOS


TÉCNICO-ADMINISTRATIVOS EM EDUCAÇÃO - PCCTAE. DIREITO AO ENQUADRAMENTO NO
PLANO DE CARREIRA. IMPOSSIBILIDADE. PENDÊNCIA DE REGULAMENTAÇÃO. RECURSO
DESPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA Recurso inominado interposto pela parte autora em face de
sentença de improcedência proferida em ação ajuizada objetivando o reconhecimento do direito de opção
ao enquadramento de seu cargo de auxiliar de enfermagem, vinculada à Fundação Universidade de
Brasília – FUB, no nível de classificação D, bem como as diferenças remuneratórias dela decorrentes. A
sentença consignou em sua fundamentação: (...) Conforme os dados constantes na ficha funcional,
verifico que a parte autora ocupa o cargo de Auxiliar de Enfermagem (código 171040), cargo que exige o
nível de escolaridade correspondente ao ensino médio completo e a conclusão de curso profissionalizante
(COREN), denominado pelo anexo VII da norma em comento também como Auxiliar de Enfermagem,
nível intermediário, subgrupo 3, enquadrada no Nível de Classificação C, nos termos dos Anexos II e VII
da lei nº. 11.091/05. O art. 18 da lei, por sua vez, estabeleceu que: “Art. 18. O Poder Executivo
promoverá, mediante decreto, a racionalização dos cargos integrantes do Plano de Carreira, observados
os seguintes critérios e requisitos: I - unificação, em cargos de mesma denominação e nível de
escolaridade, dos cargos de denominações distintas, oriundos do Plano Único de Classificação e
Retribuição de Cargos e Empregos, do Plano de Classificação de Cargos - PCC e de planos correlatos,
cujas atribuições, requisitos de qualificação, escolaridade, habilitação profissional ou especialização
exigidos para ingresso sejam idênticos ou essencialmente iguais aos cargos de destino; II - transposição
aos respectivos cargos, e inclusão dos servidores na nova situação, obedecida a correspondência,
identidade e similaridade de atribuições entre o cargo de origem e o cargo em que for enquadrado; e III -
posicionamento do servidor ocupante dos cargos unificados em nível de classificação e nível de
capacitação e padrão de vencimento básico do cargo
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de destino, observados os critérios de enquadramento estabelecidos por esta Lei”. Vê-se que a lei em
comento, entretanto, não estabeleceu todos os requisitos e condições para a unificação, transposição,
posicionamento e enquadramento dos cargos integrantes do PCCTAE, atribuindo ao regulamento a tarefa
de promover a racionalização dos cargos referidos, mediante decreto, ainda não editado. Reputo
insuperável a referida exigência, eis que lidimamente estabelecida pela norma citada e em absoluta
consonância com o art. 84, IV da Constituição Federal, que estabelece a competência privativa do
Presidente da República para “sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e
regulamentos para sua fiel execução”. A propósito, confirase: “SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL.
GRATIFICAÇÃO DE QUALIFICAÇÃO EM NÍVEL II E III. CONCESSÃO DESDE A ENTRADA EM VIGOR
DA LEI 11.907/2009. NORMA NÃO AUTOEXECUTÁVEL. EXERCÍCIO DO PODER REGULAMENTAR.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. JUSTIÇA GRATUITA. 1. Cinge-se a controvérsia à possibilidade de ser
deferida à parte autora, servidora pública federal do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), a
gratificação de qualificação em nível III (ou subsidiariamente em nível II), desde a data da vigência da Lei
11.907/2009. 2. O caput do art. 56 da Lei 11.907/2009 dispõe sobre a concessão da gratificação de
qualificação aos titulares de cargos de provimento efetivo de níveis intermediário e auxiliar integrantes das
Carreiras de Desenvolvimento Tecnológico e de Gestão, Planejamento e Infra-Estrutura em Ciência e
Tecnologia, "em retribuição ao cumprimento de requisitos técnico-funcionais, acadêmicos e
organizacionais necessários ao desempenho das atividades de níveis intermediário e auxiliar de
desenvolvimento tecnológico, gestão, planejamento e infra-estrutura". 3. O § 5º do mesmo dispositivo
legal é expresso ao estabelecer que para fazer jus aos níveis II e III da gratificação de qualificação, os
servidores deveriam comprovar a participação em cursos de formação acadêmica, "na forma disposta em
regulamento". 4. Caberá ao regulamento executivo indicar quais os cursos que, relacionados com a
atividade desenvolvida no órgão em que os serviços são prestados, darão ensejo à percepção da
504

gratificação em apreço. Conclui-se, portanto, que a Lei 11.907/2009, neste particular, não é
autoexecutável, demandando complementação por meio de regulamento executivo, a fim de garantir-lhe
aplicabilidade. 5. A execução da Lei instituidora da gratificação de qualificação demanda ulterior atuação
administrativa, conferindo-se certa margem de discricionariedade ao Chefe do Poder Executivo na
determinação dos cursos que ensejarão a percepção da parcela. A regulamentação do dispositivo legal
invocado é atribuição da competência privativa do Presidente da República, nos estritos termos do art. 84,
IV, da Constituição Federal, não sendo dado ao Poder Judiciário, por meio desta ação de rito ordinário,
substituir-se ao Chefe do Poder Executivo na regulamentação de direito subjetivo não objeto de fruição
imediata. Precedentes dos Tribunais Superiores e dos Tribunais Regionais Federais. 6. Sendo necessária
a edição de regulamento executivo para definir os requisitos para a percepção da GQ em níveis II e III (o

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
que só veio a ocorrer em 2012, com a edição do Decreto nº 7.876, substituído, atualmente, pelo Decreto

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7.922/2013), não há direito subjetivo à sua percepção desde a data da entrada em vigor da Lei
11.907/2009. 7. Apelação da União e reexame necessário providos” (TRF 3ª Região, ApReeNec
00076317720124036103, JUÍZA CONVOCADA LOUISE FILGUEIRAS, TRF3 - QUINTA TURMA, e-DJF3
Judicial 1 DATA:28/09/2017 ..FONTE_REPUBLICACAO). Assim, enquanto não editado o ato
regulamentar pelo Poder Executivo, ilídima a pretensão de reclassificação ou enquadramento do cargo
ocupado pela parte autora. Insta observar que a parte autora embasa sua pretensão no Relatório da
Comissão Nacional de Supervisão do PCCTAE, que supostamente concluiu, em relação ao cargo
ocupado pela parte autora, que a elevação da escolaridade já estabelecida pela lei nº. 11.091/05 justifica
o seu posicionamento no nível de classificação D. Entretanto, ressalto que o referido documento contém
apenas uma proposta geral de racionalização, sem qualquer normatividade, a fim de amparar a futura
regulamentação da lei em comento. Apenas a título argumentativo, importante ressaltar que se o relatório
em questão tivesse regulamentado a referida lei, o teria feito de forma flagrantemente inconstitucional, por
invasão de competência atribuída privativamente ao chefe do Poder Executivo federal pela Constituição
Federal. A propósito, confira-se: (...) Por fim, a pretensão esbarra também na Súmula Vinculante nº. 37,
oriunda da conversão da Súmula nº. 339 do Supremo Tribunal Federal – STF, segundo a qual “não cabe
ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos sob o
fundamento de isonomia”. A parte recorrente argui, em suma, que, passados longos 12 (doze) anos da
edição da citada lei, diversas reuniões entre o MEC e entidades Sindicais representantes dos servidores
técnicoadministrativos, o Ministério da Educação discordou de cumprir com sua obrigação e realizar a dita
racionalização. Porém, o Relatório da Comissão Nacional de Supervisão do PCCTAE demonstra de
maneira inequívoca a necessidade de se promover a racionalização dos cargos, inclusive registrando
expressamente, quanto aos auxiliares de enfermagem, que a elevação da escolaridade já estabelecida na
Lei 11.091 justifica o seu posicionamento no nível de classificação D. Alega, ainda, que o equívoco
cometido ainda na criação dos cargos para a Carreira dos Técnicos Administrativos em Educação deve
ser corrigido quando da racionalização dos cargos amparada pela Lei nº 11.091/2005, eis que a parte
Recorrente atende a todos os requisitos exigidos. Nada obstante, cumpre destacar que a Lei nº
11.091/2005, criou, entre outros benefícios, percentuais de incentivo à qualificação para os servidores que
tiverem nível de escolaridade formal superior ao previsto para o exercício do cargo e, como a Recorrente
foi enquadrada na Classificação C, além de estarem sendo impedidos de receber percentuais de incentivo
da Classe D, também se encontram posicionados em um padrão de vencimentos substancialmente
menor. Reforça a recorrente que mais de 12 (doze) anos se passaram e o Poder Executivo se mantém
omisso em regulamentar o artigo 18 da Lei nº 11.091. Diante disso, em muito ultrapassou o razoável
prazo de regulamentação sem a edição do respectivo decreto a fim de tornar a lei
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exequível, sendo que os titulares dos direitos previstos no mencionado artigo 18 intentam obter, por meio
da tutela jurisdicional aqui exposta, decisão que lhes permita exercê-los, suprindo a ausência de
regulamento para que a vontade do legislador não se afigure inócua e eternamente condicionada à
vontade do administrador. Por fim, pugna pela atuação imediata do Poder Judiciário, para corrigir a
distorção causada, bem como condenar a parte Recorrida a pagar aquilo que é devido à parte Recorrente
nos últimos 05 (cinco) anos, respeitada a prescrição quinquenal. Registre-se, por oportuno, que não foram
apresentadas contrarrazões. O cerne da controvérsia está em inferir se as mudanças elencadas na Lei n.
11.091, de 12/01/2005, que trata da estrutura do Plano de Carreira dos Cargos de Técnico-
Administrativos em Educação, no âmbito das Instituições Federais de Ensino vinculadas ao Ministério da
Educação, podem ser aplicadas ao caso em comento ou se a referida lei necessita de regulamentação
para surtir os efeitos nela dispostos. Estabelecidas tais premissas, denota-se que a pretensão da parte
autora encontra óbice em critérios estabelecidos pela própria lei, conforme se observa de seus art. 15, §
4º, e 18, os quais dispõem: Art. 15. O enquadramento previsto nesta Lei será efetuado de acordo com a
Tabela de Correlação, constante do Anexo VII desta Lei. § 4º O enquadramento do servidor no nível de
505

capacitação correspondente às certificações que possua será feito conforme regulamento específico,
observado o disposto no art. 26, inciso III, e no Anexo III desta Lei, bem como a adequação das
certificações ao Plano de Desenvolvimento dos Integrantes da Carreira dos Cargos Técnico-
Administrativos em Educação, previsto no art. 24 desta Lei. Art. 18. O Poder Executivo promoverá,
mediante decreto, a racionalização dos cargos integrantes do Plano de Carreira, observados os seguintes
critérios e requisitos: I - unificação, em cargos de mesma denominação e nível de escolaridade, dos
cargos de denominações distintas, oriundos do Plano Único de Classificação e Retribuição de Cargos e
Empregos, do Plano de Classificação de Cargos - PCC e de planos correlatos, cujas atribuições,
requisitos de qualificação, escolaridade, habilitação profissional ou especialização exigidos para ingresso
sejam idênticos ou essencialmente iguais aos cargos de destino; II - transposição aos respectivos cargos,

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
e inclusão dos servidores na nova situação, obedecida a correspondência, identidade e similaridade de
atribuições entre o cargo de origem e o cargo em que for enquadrado; e III - posicionamento do servidor
ocupante dos cargos unificados em nível de classificação e nível de capacitação e padrão de vencimento
básico do cargo de destino, observados os critérios de enquadramento estabelecidos por esta Lei. Na
espécie, não restou demonstrado dos autos que a autoridade competente tenha editado o aludido ato
regulamentar referido na Lei n. 11.091/05, conquanto tenha-se passado mais de uma década de sua
publicação, como bem destacou a recorrente.
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Com efeito, a despeito de constar da documentação inicial relatório da Comissão Nacional de Supervisão
do PCCTAE, observa-se da referida lei, em seu art. 22, que a dita Comissão foi criada com competências
exclusivas de assessoramento para a implementação do então Plano de Carreira, não lhe sendo
atribuídos atos normativos ou regulamentares, como se depreende: Art. 22. Fica criada a Comissão
Nacional de Supervisão do Plano de Carreira, vinculada ao Ministério da Educação, com a finalidade de
acompanhar, assessorar e avaliar a implementação do Plano de Carreira, cabendo-lhe, em especial: I -
propor normas regulamentadoras desta Lei relativas às diretrizes gerais, ingresso, progressão,
capacitação e avaliação de desempenho; II - acompanhar a implementação e propor alterações no Plano
de Carreira; III - avaliar, anualmente, as propostas de lotação das Instituições Federais de Ensino,
conforme inciso I do § 1º do art. 24 desta Lei; e IV - examinar os casos omissos referentes ao Plano de
Carreira, encaminhando-os à apreciação dos órgãos competentes. Ademais, a Súmula Vinculante nº 37
prevê expressamente que Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar
vencimentos de servidores públicos sob o fundamento de isonomia. Destarte, nega-se provimento ao
recurso da parte autora, devendo a sentença ser mantida pelos seus próprios fundamentos. Recurso
desprovido. Sentença mantida. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº 9.099/95. A parte autora,
recorrente vencida, pagará honorários advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da causa, ficando a
condenação suspensa enquanto perdurar o estado de carência que justificou a concessão da justiça
gratuita, prescrevendo a dívida cinco anos após a sentença final, nos termos do art. 98,§3º, do CPC/15. A
C Ó R D Ã O Decide a Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso da parte autora.
Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF, 24/10/2019.

JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº 0046766-38.2017.4.01.3400 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA


BRITO RECORRENTE(S) : FUNASA - FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE ADVG/PROC. : -
HANDERSON OLIVEIRA DAS MERCES RECORRIDO(S) : VERA MARIA DE OLIVEIRA SANTOS
ADVG/PROC. : BA00019557 - JOSE CARLOS RIBEIRO DOS SANTOS

E M E N T A ADMINISTRATIVO E CONSTITUCIONAL. GRATIFICAÇÃO DE ATIVIDADE DE COMBATE


E CONTROLE DE ENDEMIAS – GACEN. NATUREZA GENÉRICA. SERVIDORES
INATIVOS/PENSIONISTAS. DIREITO À PARIDADE. AUSÊNCIA DE AVALIAÇÃO. RECURSO
DESPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA Recurso interposto pela FUNASA em face de sentença de
procedência proferida em ação ajuizada por servidor inativo/pensionista objetivando a percepção da
Gratificação de Atividade de Combate e Controle de Endemias – GACEN em paridade com os servidores
ativos. Inicialmente, registre-se que deve ser mantido o benefício da justiça gratuita deferido à parte
autora, eis que constatado que a renda do autor é inferior a 10 (dez) salários mínimos, ao tempo do
ajuizamento da ação (EPROC DOCS PESSOAIS, fl. 04). No que tange à arguição de prescrição
quinquenal, assevere-se que não há interesse recursal, eis que a sentença já reconheceu a prescrição
das parcelas anteriores ao quinquênio do ajuizamento da ação. A GACEN é uma gratificação paga a
todos os servidores que exercem as funções de fiscalização de campo dispostas na Lei nº 11.784/2008. É
devida, a partir de 01º de março de 2008, aos ocupantes dos cargos de Agente Auxiliar de Saúde de
Saúde Pública, Agente de Saúde Pública e Guarda de Endemias, do Quadro de Pessoal do Ministério da
Saúde e do Quadro de Pessoal da Fundação Nacional de Saúde – FUNASA, regidos pela Lei nº 8.112, de
11 de dezembro de 1990 (art. 54 da citada Lei). A referida gratificação foi fixada em valor certo e
506

determinado, independentemente de qualquer aferição de critério individual ou institucional ou localidade


de lotação do servidor. Nesse prisma, a gratificação não é pro labore faciendo, eis que não guarda
relação com qualquer fator de desempenho individual do servidor ou institucional do órgão a que está
vinculado, assim como não é decorrente do local de trabalho. Tem natureza genérica, sendo uma
gratificação concedida a todos os servidores em atividade que exercem as atribuições estabelecidas na
Lei nº 11.784/2008. Assim, a sua extensão aos inativos é imperativa, eis que indispensável para preservar
a integralidade assegurada constitucionalmente. Em igual sentido, precedente da TNU: PEDILEF
05033027020134058302, Juiz Federal Ronaldo José da Silva, julgamento em 19/11/2015, DOU
05/02/2016. A sentença no tocante aos juros de mora e à correção monetária determinou a observância
do Manual de Cálculos da Justiça Federal.

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

022A20AB8C6B08472988236B8A7F2D9C TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


2
O Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE 870947, submetido ao regime de repercussão geral,
assentou as seguintes teses: 1) O art. 1º-F da Lei nº 9.494/97, com a redação dada pela Lei nº 11.960/09,
na parte em que disciplina os juros moratórios aplicáveis a condenações da Fazenda Pública, é
inconstitucional ao incidir sobre débitos oriundos de relação jurídico-tributária, aos quais devem ser
aplicados os mesmos juros de mora pelos quais a Fazenda Pública remunera seu crédito tributário, em
respeito ao princípio constitucional da isonomia (CRFB, art. 5º, caput); quanto às condenações oriundas
de relação jurídica não-tributária, a fixação dos juros moratórios segundo o índice de remuneração da
caderneta de poupança é constitucional, permanecendo hígido, nesta extensão, o disposto no art. 1º-F da
Lei nº 9.494/97 com a redação dada pela Lei nº 11.960/09; e 2) O art. 1º-F da Lei nº 9.494/97, com a
redação dada pela Lei nº 11.960/09, na parte em que disciplina a atualização monetária das condenações
impostas à Fazenda Pública segundo a remuneração oficial da caderneta de poupança, revela-se
inconstitucional ao impor restrição desproporcional ao direito de propriedade (CRFB, art. 5º, XXII), uma
vez que não se qualifica como medida adequada a capturar a variação de preços da economia, sendo
inidônea a promover os fins a que se destina. Por sua vez, o Superior Tribunal de Justiça, em julgamento
de recurso repetitivo já transitado em julgado (REsp 1495146/MG, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL
MARQUES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 22/02/2018, DJe 02/03/2018), após o julgamento do RE
870.947, estabeleceu os seguintes critérios no tocante às causas que envolvem servidor público: 3.1.1
Condenações judiciais referentes a servidores e empregados públicos. As condenações judiciais
referentes a servidores e empregados públicos, sujeitam-se aos seguintes encargos: (a) até julho/2001:
juros de mora: 1% ao mês (capitalização simples); correção monetária: índices previstos no Manual de
Cálculos da Justiça Federal, com destaque para a incidência do IPCA-E a partir de janeiro/2001; (b)
agosto/2001 a junho/2009: juros de mora: 0,5% ao mês; correção monetária: IPCA-E; (c) a partir de
julho/2009: juros de mora: remuneração oficial da caderneta de poupança; correção monetária: IPCA-E.
Verifica-se que o Manual de Cálculos da Justiça Federal encontra-se em consonância com os critérios ora
delineados, razão pela qual improcede a impugnação da recorrente. Registre-se, ainda, que a modulação
de efeitos de julgados proferidos no âmbito do STF é exceção e não a regra, conforme se depreende do
art. 27 da Lei nº 9.868/99 e art. 927, §3º, do NCPC, não impedindo, assim, a aplicação das teses firmadas
pela Suprema Corte. Registre-se que os embargos de declaração no RE 870947 já foram julgados sem
modulação de efeitos. Recurso desprovido. Sentença mantida. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da
Lei nº 9.099/95. Honorários advocatícios pela recorrente vencida, fixados em 10% (dez por cento) sobre o
valor da condenação, conforme preceitua o art. 55 da Lei nº 9.099/95.

PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

022A20AB8C6B08472988236B8A7F2D9C TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


3
A C Ó R D Ã O Decide a Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso da parte ré.
Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.

JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº 0033729-07.2018.4.01.3400 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA


BRITO RECORRENTE(S) : UNIAO FEDERAL ADVG/PROC. : - FABIO TESOLIN RODRIGUES
RECORRIDO(S) : JOSE IDAEL DA COSTA ADVG/PROC. : DF00040698 - JOAQUIM FAVRETTO

E M E N T A ADMINISTRATIVO E CONSTITUCIONAL. GRATIFICAÇÃO DE ATIVIDADE DE COMBATE


E CONTROLE DE ENDEMIAS – GACEN. NATUREZA GENÉRICA. SERVIDORES
INATIVOS/PENSIONISTAS. DIREITO À PARIDADE. AUSÊNCIA DE AVALIAÇÃO. RECURSO
507

DESPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA Recurso interposto pela UNIÃO em face de sentença de


procedência parcial proferida em ação ajuizada por servidor inativo/pensionista objetivando a percepção
da Gratificação de Atividade de Combate e Controle de Endemias – GACEN em paridade com os
servidores ativos. No que tange à arguição de prescrição quinquenal, assevere-se que não há interesse
recursal, eis que a sentença já reconheceu a prescrição das parcelas anteriores ao quinquênio do
ajuizamento da ação. A GACEN é uma gratificação paga a todos os servidores que exercem as funções
de fiscalização de campo dispostas na Lei nº 11.784/2008. É devida, a partir de 01º de março de 2008,
aos ocupantes dos cargos de Agente Auxiliar de Saúde de Saúde Pública, Agente de Saúde Pública e
Guarda de Endemias, do Quadro de Pessoal do Ministério da Saúde e do Quadro de Pessoal da
Fundação Nacional de Saúde – FUNASA, regidos pela Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990 (art. 54

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da citada Lei). A referida gratificação foi fixada em valor certo e determinado, independentemente de
qualquer aferição de critério individual ou institucional ou localidade de lotação do servidor. Nesse prisma,
a gratificação não é pro labore faciendo, eis que não guarda relação com qualquer fator de desempenho
individual do servidor ou institucional do órgão a que está vinculado, assim como não é decorrente do
local de trabalho. Tem natureza genérica, sendo uma gratificação concedida a todos os servidores em
atividade que exercem as atribuições estabelecidas na Lei nº 11.784/2008. Assim, a sua extensão aos
inativos é imperativa, eis que indispensável para preservar a integralidade assegurada
constitucionalmente. Em igual sentido, precedente da TNU: PEDILEF 05033027020134058302, Juiz
Federal Ronaldo José da Silva, julgamento em 19/11/2015, DOU 05/02/2016. A sentença no tocante à
correção monetária determinou a observância do Manual de Cálculos da Justiça Federal. O Supremo
Tribunal Federal, no julgamento do RE 870947, submetido ao regime de repercussão geral, assentou as
seguintes teses:
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

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2
1) O art. 1º-F da Lei nº 9.494/97, com a redação dada pela Lei nº 11.960/09, na parte em que disciplina os
juros moratórios aplicáveis a condenações da Fazenda Pública, é inconstitucional ao incidir sobre débitos
oriundos de relação jurídico-tributária, aos quais devem ser aplicados os mesmos juros de mora pelos
quais a Fazenda Pública remunera seu crédito tributário, em respeito ao princípio constitucional da
isonomia (CRFB, art. 5º, caput); quanto às condenações oriundas de relação jurídica não-tributária, a
fixação dos juros moratórios segundo o índice de remuneração da caderneta de poupança é
constitucional, permanecendo hígido, nesta extensão, o disposto no art. 1º-F da Lei nº 9.494/97 com a
redação dada pela Lei nº 11.960/09; e 2) O art. 1º-F da Lei nº 9.494/97, com a redação dada pela Lei nº
11.960/09, na parte em que disciplina a atualização monetária das condenações impostas à Fazenda
Pública segundo a remuneração oficial da caderneta de poupança, revela-se inconstitucional ao impor
restrição desproporcional ao direito de propriedade (CRFB, art. 5º, XXII), uma vez que não se qualifica
como medida adequada a capturar a variação de preços da economia, sendo inidônea a promover os fins
a que se destina. Por sua vez, o Superior Tribunal de Justiça, em julgamento de recurso repetitivo já
transitado em julgado (REsp 1495146/MG, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, PRIMEIRA
SEÇÃO, julgado em 22/02/2018, DJe 02/03/2018), após o julgamento do RE 870.947, estabeleceu os
seguintes critérios no tocante às causas que envolvem servidor público: 3.1.1 Condenações judiciais
referentes a servidores e empregados públicos. As condenações judiciais referentes a servidores e
empregados públicos, sujeitam-se aos seguintes encargos: (a) até julho/2001: juros de mora: 1% ao mês
(capitalização simples); correção monetária: índices previstos no Manual de Cálculos da Justiça Federal,
com destaque para a incidência do IPCA-E a partir de janeiro/2001; (b) agosto/2001 a junho/2009: juros
de mora: 0,5% ao mês; correção monetária: IPCA-E; (c) a partir de julho/2009: juros de mora:
remuneração oficial da caderneta de poupança; correção monetária: IPCA-E. Verifica-se que o Manual de
Cálculos da Justiça Federal encontra-se em consonância com os critérios ora delineados, razão pela qual
improcede a impugnação da recorrente. Registre-se que os embargos de declaração no RE 870947 já
foram julgados sem modulação de efeitos. Recurso desprovido. Sentença mantida. Acórdão lavrado nos
termos do art. 46 da Lei nº 9.099/95. Honorários advocatícios pela recorrente vencida, fixados em 10%
(dez por cento) sobre o valor da condenação, conforme preceitua o art. 55 da Lei nº 9.099/95. A C Ó R D
à O Decide a Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso da parte ré. Turma
Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.

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3
JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº 0039729-57.2017.4.01.3400 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA


BRITO RECORRENTE(S) : LUIZ FELIPE CARVALHO LOYOLA ADVG/PROC. : DF00017717 -
508

ALESSANDRA DAMIAN CAVALCANTI E OUTRO(S) RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL ADVG/PROC.


: - ANNA AMELIA LISBOA MARTINS RAPOSO DA CAMARA

E M E N T A ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL. PROGRESSÃO E PROMOÇÃO


FUNCIONAL. ANALOGIA À CARREIRA DA POLÍCIA FEDERAL. PRECEDENTES DO STJ E DA TNU.
AUSÊNCIA DE RECONHECIMENTO ADMINISTRATIVO. RECURSO DESPROVIDO Recurso interposto
pela parte autora em face de sentença de improcedência proferida em ação ajuizada objetivando o
pagamento das diferenças decorrentes de progressões funcionais quando completados os interstícios de
12 ou 18 meses. A Turma Nacional de Uniformização, em caso análogo ao dos autos – progressão dos

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policiais federais, reviu sua jurisprudência para alinhar-se ao entendimento firmado pelo Superior Tribunal
de Justiça, verbis: DIREITO ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. CARREIRA DA POLÍCIA
FEDERAL. PROGRESSÃO FUNCIONAL. REQUISITOS. CUMPRIMENTO. EFEITOS FINANCEIROS. LEI
N. 9.266/96 E DECRETO N. 2.565/98. MUDANÇA DE ENTENDIMENTO, COM O OBJETIVO DE
ALINHAR ESTA TURMA NACIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO COM A JURISPRUDÊNCIA DOMINANTE
DO E. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. INCIDENTE CONHECIDO E PROVIDO. 1. Trata-se de
pedido de uniformização de jurisprudência interposto pela União em face de acórdão proferido pela Turma
Recursal do Espírito Santo que manteve a sentença de parcial procedência do pedido, reconhecendo o
direito do autor, servidor da Policia Federal, à progressão para a Primeira Classe na data em que
preencheu os requisitos necessários, adotando o entendimento de que a imposição de data única para
início dos efeitos financeiros da progressão funcional, prevista no art. 5º do Decreto 2.565/1998, viola o
princípio da isonomia. 2. A recorrente sustenta divergência com o Superior Tribunal de Justiça que
adotaria o entendimento segundo o qual é devida a progressão funcional da Segunda para Primeira
classe, quando o servidor preenche os seguintes requisitos cumulativos: lapso temporal de cinco anos, a
partir do ingresso na carreira por meio de concurso público, e avaliação de desempenho satisfatório.
Inteligência do artigo 2º, da Lei n.° 9.266/96. 3. O aresto recorrido restou vazado no seguinte sentido:
DIREITO ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. CARREIRA DA POLÍCIA FEDERAL.
PROGRESSÃO FUNCIONAL. 1. A União Federal interpôs recurso da sentença que declarou o
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2
direito da autora à progressão funcional e a seus efeitos financeiros desde a data de preenchimento dos
requisitos legais para ascensão na carreira, e que a condenou ao pagamento das parcelas atrasadas
referentes à diferença entre as remunerações das classes no período de 02.06.2007 a 29.02.2008. Em
suas razões, argui a preliminar de incompetência absoluta e, no mérito, alega que a autora não faz jus à
progressão funcional e que a procedência de seu pedido implicaria ofensa ao princípio da separação dos
poderes e à Súmula 339 do STF. Contrarrazões às fls. 62/68. I – PRELIMINAR DE INCOMPETÊNCIA 1.
A autora não pretende anular ou cancelar ato administrativo. Pretende que lhe seja assegurado o direito à
progressão funcional e ao gozo de seus efeitos financeiros a partir da data em que reuniu as condições
exigidas para tanto . Afastada a alegação de incompetência dos Juizados Especiais Federais, uma vez
que não há violação ao art. 3º, III, da Lei 10.259/2001. II – MÉRITO 1. A TNU já se posicionou acerca do
tema sob exame adotando o entendimento de que a imposição de data única para início dos efeitos
financeiros da progressão funcional, prevista no art. 5º do Decreto 2.565/1998, viola o princípio da
isonomia. Além disso, acolheu a tese de que os efeitos financeiros da progressão funcional da carreira de
Policial Federal iniciam-se a partir da data de preenchimento dos requisitos legais (PEDILEF
05019994820094058500). 2. Não há ofensa ao princípio da separação dos poderes (art. 2º da
CRFB/1988) nem inobservância à Súmula 339 do STF, pois o provimento jurisdicional limitou-se a aplicar
o princípio da isonomia à legislação em vigor para assegurar o direito da autora à progressão funcional e
a seus efeitos financeiros. 3. No caso presente, em 02.06.1977, a autora tomou posse e entrou em
exercício no cargo de Agente de Polícia Federal, Segunda Classe. Em 02.06.2002, progrediu da Segunda
para a Primeira Classe, mas com efeitos financeiros a partir de 01.03.2003. Em 02.06.2007, progrediu da
Primeira Classe para a Classe Especial, com efeitos financeiros a partir de 01.03.2008. Isso significa dizer
que embora a autor a tenha cumprido as condições exigidas para progredir funcionalmente em
02.06.2002 e 02.06.2007, os efeitos financeiros decorrentes de sua ascensão na carreira entraram em
vigor somente a partir de 1º de março dos anos subseqüentes, nos termos do art. 5º do Decreto
2.562/1998 (revogado pelo Decreto 7.014/2009), o que contraria o entendimento firmado pela TNU. III -
Recurso da União Federal conhecido e desprovido. Sem custas. Condenação da recorrente vencida ao
pagamento de honorários sucumbenciais de 10% sobre o valor da condenação (art. 55, caput, da Lei
9.099/1995). 5. Reputo configurada a divergência. Prossigo quanto à análise meritória. 6. Com efeito, não
obstante esta Turma Nacional de Uniformização já tenha adotado entendimento no sentido do aresto
recorrido, é de rigor observar que recentemente a matéria foi objeto de análise pelo e. Superior Tribunal
de Justiça, o qual vem adotando o posicionamento segundo o qual deve ser aplicada a legislação que
regulamenta a progressão funcional dos policiais federais, qual seja, o art. 2º, parágrafo único, da Lei
9266/96 e o art. 5º do Decreto 2.565/98, segundo o qual a progressão dos autores deve se dar no mês de
março do ano subsequente, quando implementados os requisitos para a referida promoção. 7. Diversos
julgados confirmam aludido entendimento, in verbis: EMENTA: PROCESSUAL CIVIL E
509

ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. POLICIAL FEDERAL.


PROGRESSÃO NA
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3
CARREIRA. REQUISITOS. CUMPRIMENTO. EFEITOS FINANCEIROS. LEI N. 9.266/96 E DECRETO N.
2.565/98. 1. O cerne da controvérsia reside na possibilidade de se condenar a União a conceder
progressão funcional da Segunda para a Primeira Classe na Carreira Policial Federal, contada do
ingresso na carreira, com as devidas repercussões financeiras e registro funcional. 2. A progressão dos

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
servidores da carreira de policial federal deve ter seus efeitos financeiros a partir de março do ano
subsequente, nos termos do disposto na Lei n. 9.266/96 e no Decreto n. 2.565/98. Precedentes: AgRg no
REsp 1.373.344/SC, Rel. Ministra Assusete Magalhães, Segunda Turma, DJe 16/3/2016; AgRg no REsp
1.470.626/PE, Rel. Ministro Humberto Martins, Segunda Turma, DJe 8/3/2016; AgRg nos EDcl no REsp
1.258.142/PE, Rel. Ministro Sérgio Kukina, Primeira Turma, DJe 15/2/2016. 3. Agravo regimental não
provido. ..EMEN: (AGRESP 201202292790, BENEDITO GONÇALVES, STJ - PRIMEIRA TURMA, DJE
DATA:11/05/2016 ..DTPB:.) EMENTA: PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO
REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. POLICIAL FEDERAL. PROGRESSÃO NA CARREIRA.
REQUISITOS. CUMPRIMENTO. EFEITOS FINANCEIROS. LEI N. 9.266/96 E DECRETO N. 2.565/98. 1.
O cerne da controvérsia reside na possibilidade de se condenar a União a conceder progressão funcional
da Segunda para a Primeira Classe na Carreira Policial Federal, contada do ingresso na carreira, com as
devidas repercussões financeiras e registro funcional. 2. A progressão dos servidores da carreira de
policial federal deve ter seus efeitos financeiros a partir de março do ano subsequente, nos termos do
disposto na Lei n. 9.266/96 e no Decreto n. 2.565/98. Precedentes: AgRg no REsp 1.373.344/SC, Rel.
Ministra Assusete Magalhães, Segunda Turma, DJe 16/3/2016; AgRg no REsp 1.470.626/PE, Rel.
Ministro Humberto Martins, Segunda Turma, DJe 8/3/2016; AgRg nos EDcl no REsp 1.258.142/PE, Rel.
Ministro Sérgio Kukina, Primeira Turma, DJe 15/2/2016. 3. Agravo regimental não provido. ..EMEN:
(AGRESP 201202292790, BENEDITO GONÇALVES, STJ - PRIMEIRA TURMA, DJE DATA:11/05/2016
..DTPB:.) EMENTA: ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. POLICIAL
FEDERAL. PROGRESSÃO NA CARREIRA. EFEITOS FINANCEIROS. ART. 2º DA LEI 9.266/96 E ART.
5º DO DECRETO 2.565/98. ACÓRDÃO IMPUGNADO EM HARMONIA COM A JURISPRUDÊNCIA DO
STJ. AGRAVO REGIMENTAL IMPROVIDO. I. Cinge-se a controvérsia em saber se a progressão
funcional dos servidores da carreira de Policial Federal deve, ou não, ter seus efeitos financeiros a partir
de março do ano subsequente ao preenchimento dos requisitos para a referida progressão, nos termos do
art. 5º do Decreto 2.565/98. II. Consoante a jurisprudência desta Corte, em casos análogos, "a progressão
dos servidores da carreira de policial federal deve ter seus efeitos financeiros a partir de março do ano
subsequente, nos termos do disposto na Lei n. 9.266/96 e no Decreto n. 2.565/98" (STJ, REsp
1.533.937/CE, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, DJe de 02/06/2015). No mesmo sentido:
STJ, AgRg nos EDcl no REsp 1.258.142/PE, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA TURMA, DJe de
15/02/2016; AgRg nos EDcl no REsp 1.394.089/PB, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA
TURMA, DJe de 22/05/2014. III. Assim, é de se reconhecer que - tal como constou do aresto combatido -
a progressão do ora agravante deve ocorrer no mês de março do
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ano subsequente, desde que implementados os requisitos para a referida promoção. IV. Agravo
Regimental improvido. ..EMEN: (AGRESP 201300965413, ASSUSETE MAGALHÃES, STJ - SEGUNDA
TURMA, DJE DATA:16/03/2016 ..DTPB:.) 8. Assim, visando uniformizar a jurisprudência das Turmas
Recursais com o entendimento que vem sendo adotado pelo Superior Tribunal de Justiça, tenho que o
incidente deve ser conhecido e provido para, alinhando o entendimento desta Turma Nacional de
Uniformização, firmar a tese de que: “a progressão dos servidores da carreira de policial federal deve ter
seus efeitos financeiros a partir de março do ano subsequente, nos termos do disposto na Lei n. 9.266/96
e no Decreto n. 2.565/98.” 9. Incidente conhecido e provido. Acordam os membros da TNU - Turma
Nacional de Uniformização CONHECER E DAR PROVIMENTO ao Incidente de Uniformização de
Jurisprudência interposto, nos termos do votoementa do Juiz Federal Relator. (PEDILEF
201050500054126, JUIZ FEDERAL FERNANDO MOREIRA GONÇALVES, TNU, DOU 12/09/2017 PÁG.
49/58.) Assim, não há que se falar em não recepção constitucional dos art. 10 e 19 do Decreto nº
84.669/80. Recurso desprovido. Sentença mantida. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº
9.099/95. Honorários advocatícios fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor da condenação, nos
termos do art. 55 da Lei nº 9.099/95. A C Ó R D Ã O Decide a Turma Recursal, por unanimidade, negar
provimento ao recurso da parte autora. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF,
24/10/2019.

JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF


510

RECURSO Nº 0033454-58.2018.4.01.3400 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA


BRITO RECORRENTE(S) : FUNASA - FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE ADVG/PROC. : - CYNARA
PADUA OLIVEIRA RECORRIDO(S) : SEBASTIANA EUSTAQUIA PEREIRA ADVG/PROC. : DF00040698
- JOAQUIM FAVRETTO

E M E N T A ADMINISTRATIVO E CONSTITUCIONAL. GRATIFICAÇÃO DE ATIVIDADE DE COMBATE


E CONTROLE DE ENDEMIAS – GACEN. NATUREZA GENÉRICA. SERVIDORES
INATIVOS/PENSIONISTAS. DIREITO À PARIDADE. AUSÊNCIA DE AVALIAÇÃO. RECURSO

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
DESPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA Recurso interposto pela FUNASA em face de sentença de
procedência proferida em ação ajuizada por servidor inativo/pensionista objetivando a percepção da
Gratificação de Atividade de Combate e Controle de Endemias – GACEN em paridade com os servidores
ativos. Inicialmente, registre-se que deve ser mantido o benefício da justiça gratuita deferido à parte
autora, eis que constatado que a renda do autor é inferior a 10 (dez) salários mínimos, ao tempo do
ajuizamento da ação (EPROC FICHA FINANCEIRA DOCUMENTOS). No que tange à arguição de
prescrição quinquenal, assevere-se que não há interesse recursal, eis que a sentença já reconheceu a
prescrição das parcelas anteriores ao quinquênio do ajuizamento da ação. A GACEN é uma gratificação
paga a todos os servidores que exercem as funções de fiscalização de campo dispostas na Lei nº
11.784/2008. É devida, a partir de 01º de março de 2008, aos ocupantes dos cargos de Agente Auxiliar de
Saúde de Saúde Pública, Agente de Saúde Pública e Guarda de Endemias, do Quadro de Pessoal do
Ministério da Saúde e do Quadro de Pessoal da Fundação Nacional de Saúde – FUNASA, regidos pela
Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990 (art. 54 da citada Lei). A referida gratificação foi fixada em valor
certo e determinado, independentemente de qualquer aferição de critério individual ou institucional ou
localidade de lotação do servidor. Nesse prisma, a gratificação não é pro labore faciendo, eis que não
guarda relação com qualquer fator de desempenho individual do servidor ou institucional do órgão a que
está vinculado, assim como não é decorrente do local de trabalho. Tem natureza genérica, sendo uma
gratificação concedida a todos os servidores em atividade que exercem as atribuições estabelecidas na
Lei nº 11.784/2008. Assim, a sua extensão aos inativos é imperativa, eis que indispensável para preservar
a integralidade assegurada constitucionalmente. Em igual sentido, precedente da TNU: PEDILEF
05033027020134058302, Juiz Federal Ronaldo José da Silva, julgamento em 19/11/2015, DOU
05/02/2016. A sentença, no tocante aos juros de mora e à correção monetária, determinou os seguintes
parâmetros:
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

C66510DE4AFB83F8556173DBC2FA22E0 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


2
Os valores devidos deverão ser corrigidos monetariamente, desde o momento em que se tornaram
devidos, mediante aplicação da variação do IPCA-E, e acrescidos de juros de mora, a partir da citação,
conforme o art. 1º-F da Lei nº 9.494/1997, com a redação dada pela Lei nº 11.960/2009 (STJ, REsp
1495146/MG, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 22/02/2018,
DJe 02/03/2018). O Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE 870947, submetido ao regime de
repercussão geral, assentou as seguintes teses: 1) O art. 1º-F da Lei nº 9.494/97, com a redação dada
pela Lei nº 11.960/09, na parte em que disciplina os juros moratórios aplicáveis a condenações da
Fazenda Pública, é inconstitucional ao incidir sobre débitos oriundos de relação jurídico-tributária, aos
quais devem ser aplicados os mesmos juros de mora pelos quais a Fazenda Pública remunera seu
crédito tributário, em respeito ao princípio constitucional da isonomia (CRFB, art. 5º, caput); quanto às
condenações oriundas de relação jurídica não-tributária, a fixação dos juros moratórios segundo o índice
de remuneração da caderneta de poupança é constitucional, permanecendo hígido, nesta extensão, o
disposto no art. 1º-F da Lei nº 9.494/97 com a redação dada pela Lei nº 11.960/09; e 2) O art. 1º-F da Lei
nº 9.494/97, com a redação dada pela Lei nº 11.960/09, na parte em que disciplina a atualização
monetária das condenações impostas à Fazenda Pública segundo a remuneração oficial da caderneta de
poupança, revela-se inconstitucional ao impor restrição desproporcional ao direito de propriedade (CRFB,
art. 5º, XXII), uma vez que não se qualifica como medida adequada a capturar a variação de preços da
economia, sendo inidônea a promover os fins a que se destina. Por sua vez, o Superior Tribunal de
Justiça, em julgamento de recurso repetitivo já transitado em julgado (REsp 1495146/MG, Rel. Ministro
MAURO CAMPBELL MARQUES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 22/02/2018, DJe 02/03/2018), após o
julgamento do RE 870.947, estabeleceu os seguintes critérios no tocante às causas que envolvem
servidor público: 3.1.1 Condenações judiciais referentes a servidores e empregados públicos. As
condenações judiciais referentes a servidores e empregados públicos, sujeitam-se aos seguintes
encargos: (a) até julho/2001: juros de mora: 1% ao mês (capitalização simples); correção monetária:
índices previstos no Manual de Cálculos da Justiça Federal, com destaque para a incidência do IPCA-E a
partir de janeiro/2001; (b) agosto/2001 a junho/2009: juros de mora: 0,5% ao mês; correção monetária:
IPCA-E; (c) a partir de julho/2009: juros de mora: remuneração oficial da caderneta de poupança;
correção monetária: IPCA-E. Verifica-se que os parâmetros consignados pela sentença recorrida
encontram-se em consonância com os critérios ora delineados, razão pela qual improcede a impugnação
da recorrente. Registrese que os embargos de declaração no RE 870947 já foram julgados sem
511

modulação de efeitos. Recurso desprovido. Sentença mantida. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da
Lei nº 9.099/95. Honorários advocatícios pela recorrente vencida, fixados em 10% (dez por cento) sobre o
valor da condenação, conforme preceitua o art. 55 da Lei nº 9.099/95.

PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

C66510DE4AFB83F8556173DBC2FA22E0 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


3

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
A C Ó R D Ã O Decide a Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso da parte ré.
Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.

JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº 0040826-58.2018.4.01.3400 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA


BRITO RECORRENTE(S) : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL) ADVG/PROC. : - CELIA
FERREIRA TAVARES DE LYRA RECORRIDO(S) : JOSE VERINALDO PEREIRA ADVG/PROC. :
DF00055573 - MYLENE QUITÉRIA CALDAS E OUTRO(S)

E M E N T A TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. INCIDÊNCIA SOBRE PAGAMENTOS


DE VALORES EM ATRASO. REGIME DE COMPETÊNCIA. RECURSO DESPROVIDO. Recurso
interposto pela UNIÃO em face de sentença que julgou PROCEDENTE O PEDIDO, com fulcro no art.
487, I, do CPC, para declarar que a contribuição previdenciária, no processo judicial destacado na petição
inicial, deve observar o regime de competência, de forma que incida a alíquota conforme a legislação
vigente à época em que as diferenças deveriam ter sido pagas ao servidor. Ainda, declaro que não deve
haver incidência de contribuição para o PSS sobre os juros de mora. Condeno a ré, portanto, a restituir à
parte autora eventual valor excedente de PSS recolhido nos citados processos, corrigidos exclusivamente
pela Taxa SELIC a teor da Lei nº 9.250/95, que afasta a correção monetária e os juros, desde os
recolhimentos indevidos (Precedente: STJ, Resp 1.111.175/SP). A recorrente aduz a preliminar de
ausência de comprovação do direito alegado. Argui a prejudicial de prescrição quinquenal. Em relação ao
mérito, afirma a inaplicabilidade do regime de competência. Quanto à alegação de ausência de
comprovação do direito alegado, constata-se de documentos anexados à inicial (EPROC 4 DOCS EXEC,
fls. 11-13) que o PSS em discussão decorre de precatório expedido para pagamento de valores devidos a
título de GOE. Rejeitada a prejudicial de prescrição, visto que entre a tributação questionada e o
ajuizamento da presente ação não transcorreu o interregno de 5 (cinco) anos. No tocante ao mérito
propriamente dito, a jurisprudência dos Tribunais Regionais Federais é pacífica no sentido de que a
retenção da contribuição previdenciária (PSS) do servidor público federal deve respeitar o regime de
competência, conforme julgado do Tribunal Regional Federal da 2ª Região assim ementado: Ementa:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE SENTENÇA. RETENÇÃO DE CONTRIBUIÇÃO AO PSS.
REGIME DE COMPETÊNCIA. APLICAÇÃO DA ALÍQUOTA VIGENTE NO MOMENTO EM QUE O
PAGAMENTO DEVERIA TER SIDO EFETUADO. 1- Trata-se de agravo de instrumento interposto em
face de decisão que determinou que o desconto da contribuição ao Plano de Seguridade do Servidor -
PSS fosse efetuado no percentual vigente quando o pagamento das diferenças pleiteadas deveriam ter
ocorrido, e não na alíquota atual de 11%. 2- Não obstante o Superior Tribunal de Justiça tenha decidido
no REsp 1196777/RS, julgado em regime de recurso
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

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repetitivo, que a retenção da contribuição previdenciária, prevista no art. 16-A da Lei 10.887/2004 incidiria
sobre os pagamentos judiciais ainda que estes se referissem a créditos anteriores à referida lei, foi
expressamente ressalvado que esta não incidiria se tratasse de servidores aposentados e pensionistas,
no período anterior a 2004. 3- Com efeito, a contribuição dos inativos e pensionistas ao regime de
previdência próprio do servidor público foi instituída pela Emenda Constitucional n° 41, de 19 de
dezembro de 2003, que, por sua vez, foi regulamentada pela Lei 10.887/04, cujo art. 16 expressamente
dispôs que tal contribuição só passaria a ser exigível a partir de 20 de maio de 2004. Desse modo, antes
desse período não poderia incidir a contribuição previdenciária por falta de previsão legal. Precedentes
desta E. Corte nesse sentido. 4- Extrai-se, a partir dessa ressalva, a conclusão de que a contribuição
previdenciária deve observar o regime de competência, sendo calculada de acordo com a legislação
vigente à época em que as diferenças deveriam ter sido pagas aos servidores. Precedentes: TRF4, AG
000015534.2012.404.0000, Quarta Turma, Rel. Des. Fed. JOÃO PEDRO GEBRAN NETO, E-DJF1
14/03/2012; TRF5, AC 200105000323725, Terceira Turma, Rel. Des. Fed. VLADIMIR CARVALHO, DJe
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08/06/2010; TRF2, AG 201102010082882, Oitava Turma Especializada, Rel. Juíza Fed. Conv. FÁTIMA
MARIA NOVELINO SEQUEIRA, E-DJF2R 31/05/2012. 5- No caso em tela, a servidora pública está
executando diferenças de correção monetária de valores atrasados pagos administrativamente em 1991,
sem atualização, devendo ser aplicado aqui o mesmo raciocínio utilizado nos casos dos servidores
inativos e pensionistas. 6- Entender pela aplicação da alíquota ora vigente seria onerar a Autora
duplamente, na medida em que além de não ter recebido o que lhe era devido no momento oportuno,
ainda terá que arcar com um tributo maior, em razão da inércia da Agravante. 7- Ressalte-se que o
Superior Tribunal de Justiça tem ratificado o entendimento de que a incidência de tributos sobre as verbas
devidas a servidores públicos em virtude de decisões judiciais deve observar a legislação tributária
vigente à época em que os pagamentos deveriam ter sido efetuados. Precedentes: STJ, AgRg no Ag

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766.896/SC, 1.ªTurma, Rel. Ministro JOSÉ DELGADO, DJ de 19/03/2007; STJ, AgRg no REsp 1224230,
Rel. Min. BENEDITO GONÇALVES, DJe 01/03/2012; STJ, AgRg no REsp 1168539/RS, Rel. Min.
LAURITA VAZ, DJe 08/11/2011. 8- Agravo de instrumento desprovido. (TRF2 - AG: 201202010157746,
Relator Desembargador Federal Marcus Abraham, Quinta Turma Especializada. julgado em 18/02/2014,
publicado em 06/03/2014). Nesses termos, não merece reparo a sentença recorrida. Recurso desprovido.
Sentença mantida. Acórdão lavrado com fundamento no art. 46 da Lei nº 9.099/95. A União, recorrente
vencida, pagará honorários advocatícios fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor da condenação
(art. 55 da Lei nº 9.099/95).

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A C Ó R D Ã O Decide a Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso da parte ré.
Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.

JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº 0005772-94.2019.4.01.3400 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA


BRITO RECORRENTE(S) : MARCO ANTONIO CASIMIRO DA SILVA ADVG/PROC. : DF00055573 -
MYLENE QUITÉRIA CALDAS E OUTRO(S) RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVG/PROC. : - CELIA FERREIRA TAVARES DE LYRA
E M E N T A PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. JUROS
MORATÓRIOS. AUSÊNCIA DE INTERESSE DE AGIR. RECURSO DESPROVIDO. Recurso inominado
interposto pela parte autora em face de sentença extintiva proferida em ação ajuizada objetivando a
declaração de inexigibilidade de contribuição previdenciária incidente sobre os valores recebidos
judicialmente a título de juros moratórios. A sentença consignou, em sua fundamentação, o não
cumprimento de diligência, consistente na comprovação do indeferimento administrativo do direito
pleiteado. Com efeito, em se tratando de direito, cujo conteúdo não é objeto de impugnação pela
Administração Pública e inexistindo no feito qualquer prova de resistência por parte da ré na esfera
administrativa, ante a ausência de comprovação de requerimento junto à Administração Tributária, há de
ser mantida a sentença extintiva. Sentença mantida. Recurso da parte autora desprovido. Acórdão
proferido nos moldes do art. 46 da Lei nº 9.099/95. A parte autora, recorrente vencida, pagará honorários
advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da causa (art. 55 da Lei nº 9.099/95). A C Ó R D Ã O Decide
a Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso da parte autora. Turma Recursal,
Juizado Especial Federal/SJDF, 24/10/2019.

JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº 0000293-23.2019.4.01.3400 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA


BRITO RECORRENTE(S) : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL) ADVG/PROC. : - THAIS
MAGNAVITA OLIVEIRA FALCON RECORRIDO(S) : JORGE DE CAMPOS ROLINO ADVG/PROC. :
DF00055573 - MYLENE QUITÉRIA CALDAS E OUTRO(S)
E M E N T A TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. INCIDÊNCIA SOBRE PAGAMENTOS
DE VALORES EM ATRASO. REGIME DE COMPETÊNCIA. RECURSO DESPROVIDO. Recurso
interposto pela UNIÃO em face de sentença que julgou PROCEDENTE O PEDIDO, com fulcro no art.
487, I, do CPC, para declarar que a contribuição previdenciária, no processo judicial destacado na petição
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inicial, deve observar o regime de competência, de forma que incida a alíquota conforme a legislação
vigente à época em que as diferenças deveriam ter sido pagas ao servidor. Ainda, declaro que não deve
haver incidência de contribuição para o PSS sobre os juros de mora. Condeno a ré, portanto, a restituir à
parte autora eventual valor excedente de PSS recolhido nos citados processos, corrigidos exclusivamente
pela Taxa SELIC a teor da Lei nº 9.250/95, que afasta a correção monetária e os juros, desde os
recolhimentos indevidos (Precedente: STJ, Resp 1.111.175/SP). A recorrente alega, em suma, a
inaplicabilidade do regime de competência. A parte autora pede na inicial que seja aplicado o regime de
competência à tributação (contribuição previdenciária) de valores recebidos via precatório judicial, visto
que tais valores são atinentes aos anos de 1989 e 1990, época em que a alíquota vigente era de 6% (seis
por cento). No tocante ao mérito propriamente dito, a jurisprudência dos Tribunais Regionais Federais é

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
pacífica no sentido de que a retenção da contribuição previdenciária (PSS) do servidor público federal
deve respeitar o regime de competência, conforme julgado do Tribunal Regional Federal da 2ª Região
assim ementado: Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE SENTENÇA. RETENÇÃO DE
CONTRIBUIÇÃO AO PSS. REGIME DE COMPETÊNCIA. APLICAÇÃO DA ALÍQUOTA VIGENTE NO
MOMENTO EM QUE O PAGAMENTO DEVERIA TER SIDO EFETUADO. 1- Trata-se de agravo de
instrumento interposto em face de decisão que determinou que o desconto da contribuição ao Plano de
Seguridade do Servidor - PSS fosse efetuado no percentual vigente quando o pagamento das diferenças
pleiteadas deveriam ter ocorrido, e não na alíquota atual de 11%. 2- Não obstante o Superior Tribunal de
Justiça tenha decidido no REsp 1196777/RS, julgado em regime de recurso repetitivo, que a retenção da
contribuição previdenciária, prevista no art. 16-A da Lei 10.887/2004 incidiria sobre os pagamentos
judiciais ainda que estes se referissem a créditos anteriores à referida lei, foi expressamente ressalvado
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que esta não incidiria se tratasse de servidores aposentados e pensionistas, no período anterior a 2004.
3- Com efeito, a contribuição dos inativos e pensionistas ao regime de previdência próprio do servidor
público foi instituída pela Emenda Constitucional n° 41, de 19 de dezembro de 2003, que, por sua vez, foi
regulamentada pela Lei 10.887/04, cujo art. 16 expressamente dispôs que tal contribuição só passaria a
ser exigível a partir de 20 de maio de 2004. Desse modo, antes desse período não poderia incidir a
contribuição previdenciária por falta de previsão legal. Precedentes desta E. Corte nesse sentido. 4-
Extrai-se, a partir dessa ressalva, a conclusão de que a contribuição previdenciária deve observar o
regime de competência, sendo calculada de acordo com a legislação vigente à época em que as
diferenças deveriam ter sido pagas aos servidores. Precedentes: TRF4, AG 000015534.2012.404.0000,
Quarta Turma, Rel. Des. Fed. JOÃO PEDRO GEBRAN NETO, E-DJF1 14/03/2012; TRF5, AC
200105000323725, Terceira Turma, Rel. Des. Fed. VLADIMIR CARVALHO, DJe 08/06/2010; TRF2, AG
201102010082882, Oitava Turma Especializada, Rel. Juíza Fed. Conv. FÁTIMA MARIA NOVELINO
SEQUEIRA, E-DJF2R 31/05/2012. 5- No caso em tela, a servidora pública está executando diferenças de
correção monetária de valores atrasados pagos administrativamente em 1991, sem atualização, devendo
ser aplicado aqui o mesmo raciocínio utilizado nos casos dos servidores inativos e pensionistas. 6-
Entender pela aplicação da alíquota ora vigente seria onerar a Autora duplamente, na medida em que
além de não ter recebido o que lhe era devido no momento oportuno, ainda terá que arcar com um tributo
maior, em razão da inércia da Agravante. 7- Ressalte-se que o Superior Tribunal de Justiça tem ratificado
o entendimento de que a incidência de tributos sobre as verbas devidas a servidores públicos em virtude
de decisões judiciais deve observar a legislação tributária vigente à época em que os pagamentos
deveriam ter sido efetuados. Precedentes: STJ, AgRg no Ag 766.896/SC, 1.ªTurma, Rel. Ministro JOSÉ
DELGADO, DJ de 19/03/2007; STJ, AgRg no REsp 1224230, Rel. Min. BENEDITO GONÇALVES, DJe
01/03/2012; STJ, AgRg no REsp 1168539/RS, Rel. Min. LAURITA VAZ, DJe 08/11/2011. 8- Agravo de
instrumento desprovido. (TRF2 - AG: 201202010157746, Relator Desembargador Federal Marcus
Abraham, Quinta Turma Especializada. julgado em 18/02/2014, publicado em 06/03/2014). Nesses
termos, não merece reparo a sentença recorrida. Recurso desprovido. Sentença mantida. Acórdão
lavrado com fundamento no art. 46 da Lei nº 9.099/95. A União, recorrente vencida, pagará honorários
advocatícios fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor da condenação (art. 55 da Lei nº 9.099/95). A
C Ó R D Ã O Decide a Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso da parte ré.
Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.

PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

3E7C5BF88D35AE416DEBBDA764DB653E TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


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JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF


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RECURSO Nº 0011065-79.2018.4.01.3400 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA


BRITO RECORRENTE(S) : TIAGO ALVES MARTINS LEMOS ADVG/PROC. : DF00222222 -
NPJ/FACIPLAC RECORRIDO(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS ADVG/PROC. :

E M E N T A PREVIDENCIÁRIO. AUSÊNCIA DE INCAPACIDADE. QUALIDADE DE SEGURADO. NÃO


COMPROVAÇÃO. BENEFÍCIO INDEVIDO. RECURSO DESPROVIDO. Trata-se de recurso interposto por
TIAGO ALVES MARTINS LEMOS em face de sentença que julgou improcedente o pedido inicial de
restabelecimento do benefício de auxílio-doença com a posterior conversão em aposentadoria por
invalidez com adicional de 25%. A sentença consignou em sua fundamentação a inexistência de

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incapacidade laboral. A recorrente reafirma, em suma, a sua incapacidade para o labor. Aduz ainda, que
a r. sentença limitou-se ao laudo pericial, tampouco se prestou a analisar os demais documentos médicos
juntados aos autos. Por fim, sustenta a necessidade de realização de nova perícia médica com
especialista em reumatologia a fim de que sejam esclarecidas as dúvidas em relação à incapacidade
apontada. Com efeito, o benefício de auxílio-doença é devido ao segurado que, cumprido o prazo de
carência, ficar incapacitado para a sua atividade habitual, por mais de 15 dias consecutivos (art. 71 do
Decreto nº 3.048/99). A aposentadoria por invalidez, por seu turno, será devida ao segurado que,
respeitado o período de carência supra, for considerado incapaz e insuscetível de reabilitação para o
exercício de atividade que lhe garanta a subsistência. O exame técnico, realizado em 18/06/2018, após os
procedimentos periciais pertinentes aponta que o autor, idade à época de 34 (trinta e quatro) anos,
escolaridade ensino médio completo e última atividade realizada de técnico de informática, é portador de
sequela de fratura exposta em perna (CID 10: T93.8), que não o incapacita para o exercício de atividade
laborativa. Em suas considerações finais, o médico perito afirma: Trata-se de perícia médica para avaliar
se o periciando tem direito ao benefício previdenciário ora requerido. No caso periciado, conforme acima
exposto, segundo a história da doença, sua evolução e exame físico, todos esses harmônicos entre si,
não foram evidenciados elementos médicos ortopédicos que indicassem a presença de incapacidade
laboral ortopédica atual. Não apresenta elementos concretos que comprovem incapacidade laboral por
conta da patologia apresentada (sequela de fratura exposta em perna - CID10: T93.8) Periciando
consegue desempenhar todas as funções laborais que já desempenhou.
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Registre-se que havendo divergência entre as conclusões de laudo pericial do INSS e laudos médicos
particulares, no tocante à capacidade laborativa do requerente, cabe, em regra, à perícia médica oficial
proceder ao deslinde da questão. Nesse sentido, julgado do TRF da 1ª Região: AC 2006.35.01.004237-
3/GO, Rel. Desembargadora Federal Neuza Maria Alves da Silva, Segunda Turma, e-DJF1 p.202 de
27/04/2009. Desse modo, a prova produzida pela parte demandante deve ser robusta, a ponto de o
magistrado formar seu convencimento em sentido contrário à perícia administrativa feita pelo INSS e à
perícia judicial a cargo do perito nomeado pelo juízo, não bastando a simples descrição de moléstias e
conclusão pela existência de incapacidade. Nesse contexto, inexistindo relatos médicos devidamente
fundamentados, indicando de forma pormenorizada as implicações das moléstias alegadas em relação à
capacidade laboral da parte recorrente, inviável é o restabelecimento/concessão de benefício
previdenciário por incapacidade. Ressalte-se, por importante, que o indeferimento administrativo baseou-
se na ausência do cumprimento de carência. Em consulta ao CNIS, verifica-se que o último vínculo do
autor encerrou-se em 18/03/2015. Desse modo, a sua qualidade de segurado perdurou, a priori, até
15/05/2016. Por seu turno, o acidente que ocasionou a seqüela de fratura exposta ocorreu em 06/02/2017
(fls. 22 da documentação inicial). Não restou demonstrada, ainda, a ocorrência de qualquer das causas
de prorrogação do período de graça, previstas no art. 15 da Lei nº 8.213/91. Assim, é lícito concluir que,
além de não ter sido demonstrada a existência de incapacidade, não restou comprovada a necessária
qualidade de segurado por ocasião do acidente, que causou a alegada incapacidade. Por fim, assevere-
se que a concessão do benefício de auxílio-doença em fevereiro 2017 é irrelevante para a controvérsia
travada nos autos, por se tratar de mero erro administrativo, corrigível tanto na esfera administrativa
(autotutela) quanto na órbita judicial, incapaz de infirmar a conclusão acima delineada. Sentença mantida.
Recurso desprovido. Acórdão proferido nos moldes do art. 46 da Lei nº 9.099/95. A parte autora,
recorrente vencida, pagará honorários advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da causa, ficando a
condenação suspensa enquanto perdurar o estado de carência que justificou a concessão da justiça
gratuita, prescrevendo a dívida cinco anos após a sentença final, nos termos do art. 98, §3º, do CPC/15. A
C Ó R D Ã O Decide a Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso da parte autora.
Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.

JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF


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RECURSO Nº 0041271-76.2018.4.01.3400 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA


BRITO RECORRENTE(S) : WILLIAM DIAS GOMES ADVG/PROC. : DF00025438 - JOAO PAULO DE
CARVALHO BIMBATO RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL) ADVG/PROC. : -
CELIA FERREIRA TAVARES DE LYRA

E M E N T A TRIBUTÁRIO. IMPOSTO DE RENDA. MOLÉSTIA GRAVE. ISENÇÃO. SERVIDOR ATIVO.


IMPOSSIBILIDADE. RECURSO DESPROVIDO. Cuida-se de recurso inominado interposto pela parte

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
autora em face de sentença de improcedência proferida em ação ajuizada objetivando o reconhecimento
do direito à isenção de imposto de renda, em razão da existência de moléstia grave. A sentença
fundamentou-se no fato de a parte autora não se encontrar inativa (aposentada). Dispõe o art. 6º, XIV, da
Lei nº 7.713/88, que os proventos de aposentadoria ou reforma motivada por acidente em serviço e os
percebidos pelos portadores de moléstia profissional, tuberculose ativa, alienação mental, esclerose
múltipla, neoplasia maligna, cegueira, hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave,
doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, hepatopatia grave, estados
avançados da doença de Paget (osteíte deformante), contaminação por radiação, síndrome da
imunodeficiência adquirida, com base em conclusão da medicina especializada, mesmo que a doença
tenha sido contraída depois da aposentadoria ou reforma. O Superior Tribunal de Justiça assentou, em
sede de julgamento de recursos repetitivos, o entendimento pela impossibilidade de interpretação
extensiva quanto à abrangência da isenção prevista no art. 6º da Lei nº 7.713/88, verbis: TRIBUTÁRIO.
RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. ART. 543-C, DO CPC. IMPOSTO DE
RENDA. ISENÇÃO. SERVIDOR PÚBLICO PORTADOR DE MOLÉSTIA GRAVE. ART. 6º DA LEI
7.713/88 COM ALTERAÇÕES POSTERIORES. ROL TAXATIVO. ART. 111 DO CTN. VEDAÇÃO À
INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA. 1. A concessão de isenções reclama a edição de lei formal, no afã de
verificarse o cumprimento de todos os requisitos estabelecidos para o gozo do favor fiscal. 2. O conteúdo
normativo do art. 6º, XIV, da Lei 7.713/88, com as alterações promovidas pela Lei 11.052/2004, é explícito
em conceder o benefício fiscal em favor dos aposentados portadores das seguintes moléstias graves:
moléstia profissional, tuberculose ativa, alienação mental, esclerose múltipla, neoplasia maligna, cegueira,
hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson,
espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, hepatopatia grave, estados avançados da doença de
Paget
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(osteíte deformante), contaminação por radiação, síndrome da imunodeficiência adquirida, com base em
conclusão da medicina especializada, mesmo que a doença tenha sido contraída depois da
aposentadoria ou reforma. Por conseguinte, o rol contido no referido dispositivo legal é taxativo (numerus
clausus), vale dizer, restringe a concessão de isenção às situações nele enumeradas. 3.
Consectariamente, revela-se interditada a interpretação das normas concessivas de isenção de forma
analógica ou extensiva, restando consolidado entendimento no sentido de ser incabível interpretação
extensiva do aludido benefício à situação que não se enquadre no texto expresso da lei, em conformidade
com o estatuído pelo art. 111, II, do CTN. (Precedente do STF: RE 233652 / DF - Relator(a): Min.
MAURÍCIO CORRÊA, Segunda Turma, DJ 18-10-2002. Precedentes do STJ: EDcl no AgRg no REsp
957.455/RS, Rel. Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA TURMA, julgado em 18/05/2010, DJe 09/06/2010;REsp
1187832/RJ, Rel. Ministro CASTRO MEIRA, SEGUNDA TURMA, julgado em 06/05/2010, DJe
17/05/2010; REsp 1035266/PR, Rel. Ministra ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA, julgado em
21/05/2009, DJe 04/06/2009; AR 4.071/CE, Rel. Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI, PRIMEIRA SEÇÃO,
julgado em 22/04/2009, DJe 18/05/2009; REsp 1007031/RS, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN,
SEGUNDA TURMA, julgado em 12/02/2008, DJe 04/03/2009; REsp 819.747/CE, Rel. Ministro JOÃO
OTÁVIO DE NORONHA, SEGUNDA TURMA, julgado em 27/06/2006, DJ 04/08/2006) 4. In casu, a
recorrida é portadora de distonia cervical (patologia neurológica incurável, de causa desconhecida, que se
caracteriza por dores e contrações musculares involuntárias - fls. 178/179), sendo certo tratar-se de
moléstia não encartada no art. 6º, XIV, da Lei 7.713/88. 5. Recurso especial provido. Acórdão submetido
ao regime do art. 543-C do CPC e da Resolução STJ 08/2008. (REsp 1116620/BA, Rel. Ministro LUIZ
FUX, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 09/08/2010, DJe 25/08/2010) Nesse aspecto, considerando-se que
a autora é servidora ativa, percebendo, desse modo, remuneração e não proventos, inviável o
reconhecimento da isenção prevista no art. 6º, XIV, da Lei nº 7.713/88. Nesse sentido, julgado também do
Superior Tribunal de Justiça: TRIBUTÁRIO. IMPOSTO DE RENDA PESSOA FÍSICA. ISENÇÃO. ART. 6º,
XIV, DA LEI N. 7.713/88. PORTADOR DE PARALISIA INCAPACITANTE. MARCO INICIAL. DATA DA
APOSENTADORIA. INTERPRETAÇÃO RESTRITIVA CONFORME O ART. 111, II, DO CTN.
PRECEDENTES. 1. No caso dos autos, o recorrido, servidor público, foi acometido por paralisia
incapacitante, que foi constatada por perícia médica em 22.12.2002, tendo se aposentado em 15.9.2005.
O Tribunal a quo concedeu a isenção pleiteada retroagindo seus efeitos à data da constatação da
doença. 2. À vista do art. 111, II, do CTN, a norma tributária concessiva de isenção deve ser interpretada
516

literalmente, sendo que, na hipótese, ao conceder a isenção do imposto de renda a partir da data da
comprovação da doença, a Corte a quo isentou a remuneração do servidor, o que vai de encontro à
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interpretação do art. 6º, XIV, da Lei n. 7.713/88, que prevê que a isenção se dá sobre os proventos de
aposentadoria e não sobre a remuneração. 3. Recurso especial provido. (REsp 1059290/AL, Rel. Ministro
MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 04/11/2008, DJe 01/12/2008) Recurso
desprovido. Sentença mantida. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº 9.099/95. A parte autora,

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recorrente vencida, pagará honorários advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da causa, ficando a
condenação suspensa enquanto perdurar o estado de carência que justificou a concessão da justiça
gratuita, prescrevendo a dívida cinco anos após a sentença final, nos termos do art. 98, §3º, do CPC/15. A
C Ó R D Ã O Decide a Turma Recursal, à unanimidade, negar provimento ao recurso da parte ré. Turma
Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.

JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº 0001468-52.2019.4.01.3400 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA


BRITO RECORRENTE(S) : NILTON PEDRO DA SILVA ADVG/PROC. : CE00006004 - GILBERTO
SIEBRA MONTEIRO E OUTRO(S) RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL ADVG/PROC. :

E M E N T A ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL. PROGRESSÃO E PROMOÇÃO


FUNCIONAL. ANALOGIA À CARREIRA DA POLÍCIA FEDERAL. PRECEDENTES DO STJ E DA TNU.
AUSÊNCIA DE RECONHECIMENTO ADMINISTRATIVO. RECURSO DESPROVIDO Recurso interposto
pela parte autora em face de sentença de improcedência proferida em ação ajuizada objetivando o
pagamento das diferenças decorrentes de progressões funcionais quando completados os interstícios de
12 ou 18 meses. A Turma Nacional de Uniformização, em caso análogo ao dos autos – progressão dos
policiais federais, reviu sua jurisprudência para alinhar-se ao entendimento firmado pelo Superior Tribunal
de Justiça, verbis: DIREITO ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. CARREIRA DA POLÍCIA
FEDERAL. PROGRESSÃO FUNCIONAL. REQUISITOS. CUMPRIMENTO. EFEITOS FINANCEIROS. LEI
N. 9.266/96 E DECRETO N. 2.565/98. MUDANÇA DE ENTENDIMENTO, COM O OBJETIVO DE
ALINHAR ESTA TURMA NACIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO COM A JURISPRUDÊNCIA DOMINANTE
DO E. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. INCIDENTE CONHECIDO E PROVIDO. 1. Trata-se de
pedido de uniformização de jurisprudência interposto pela União em face de acórdão proferido pela Turma
Recursal do Espírito Santo que manteve a sentença de parcial procedência do pedido, reconhecendo o
direito do autor, servidor da Policia Federal, à progressão para a Primeira Classe na data em que
preencheu os requisitos necessários, adotando o entendimento de que a imposição de data única para
início dos efeitos financeiros da progressão funcional, prevista no art. 5º do Decreto 2.565/1998, viola o
princípio da isonomia. 2. A recorrente sustenta divergência com o Superior Tribunal de Justiça que
adotaria o entendimento segundo o qual é devida a progressão funcional da Segunda para Primeira
classe, quando o servidor preenche os seguintes requisitos cumulativos: lapso temporal de cinco anos, a
partir do ingresso na carreira por meio de concurso público, e avaliação de desempenho satisfatório.
Inteligência do artigo 2º, da Lei n.° 9.266/96. 3. O aresto recorrido restou vazado no seguinte sentido:
DIREITO ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. CARREIRA DA POLÍCIA FEDERAL.
PROGRESSÃO FUNCIONAL. 1. A União Federal interpôs recurso da sentença que declarou o direito da
autora à progressão funcional e a seus efeitos financeiros desde a
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data de preenchimento dos requisitos legais para ascensão na carreira, e que a condenou ao pagamento
das parcelas atrasadas referentes à diferença entre as remunerações das classes no período de
02.06.2007 a 29.02.2008. Em suas razões, argui a preliminar de incompetência absoluta e, no mérito,
alega que a autora não faz jus à progressão funcional e que a procedência de seu pedido implicaria
ofensa ao princípio da separação dos poderes e à Súmula 339 do STF. Contrarrazões às fls. 62/68. I –
PRELIMINAR DE INCOMPETÊNCIA 1. A autora não pretende anular ou cancelar ato administrativo.
Pretende que lhe seja assegurado o direito à progressão funcional e ao gozo de seus efeitos financeiros a
partir da data em que reuniu as condições exigidas para tanto . Afastada a alegação de incompetência
dos Juizados Especiais Federais, uma vez que não há violação ao art. 3º, III, da Lei 10.259/2001. II –
MÉRITO 1. A TNU já se posicionou acerca do tema sob exame adotando o entendimento de que a
imposição de data única para início dos efeitos financeiros da progressão funcional, prevista no art. 5º do
Decreto 2.565/1998, viola o princípio da isonomia. Além disso, acolheu a tese de que os efeitos
financeiros da progressão funcional da carreira de Policial Federal iniciam-se a partir da data de
517

preenchimento dos requisitos legais (PEDILEF 05019994820094058500). 2. Não há ofensa ao princípio


da separação dos poderes (art. 2º da CRFB/1988) nem inobservância à Súmula 339 do STF, pois o
provimento jurisdicional limitou-se a aplicar o princípio da isonomia à legislação em vigor para assegurar o
direito da autora à progressão funcional e a seus efeitos financeiros. 3. No caso presente, em 02.06.1977,
a autora tomou posse e entrou em exercício no cargo de Agente de Polícia Federal, Segunda Classe. Em
02.06.2002, progrediu da Segunda para a Primeira Classe, mas com efeitos financeiros a partir de
01.03.2003. Em 02.06.2007, progrediu da Primeira Classe para a Classe Especial, com efeitos financeiros
a partir de 01.03.2008. Isso significa dizer que embora a autor a tenha cumprido as condições exigidas
para progredir funcionalmente em 02.06.2002 e 02.06.2007, os efeitos financeiros decorrentes de sua
ascensão na carreira entraram em vigor somente a partir de 1º de março dos anos subseqüentes, nos

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termos do art. 5º do Decreto 2.562/1998 (revogado pelo Decreto 7.014/2009), o que contraria o
entendimento firmado pela TNU. III - Recurso da União Federal conhecido e desprovido. Sem custas.
Condenação da recorrente vencida ao pagamento de honorários sucumbenciais de 10% sobre o valor da
condenação (art. 55, caput, da Lei 9.099/1995). 5. Reputo configurada a divergência. Prossigo quanto à
análise meritória. 6. Com efeito, não obstante esta Turma Nacional de Uniformização já tenha adotado
entendimento no sentido do aresto recorrido, é de rigor observar que recentemente a matéria foi objeto de
análise pelo e. Superior Tribunal de Justiça, o qual vem adotando o posicionamento segundo o qual deve
ser aplicada a legislação que regulamenta a progressão funcional dos policiais federais, qual seja, o art.
2º, parágrafo único, da Lei 9266/96 e o art. 5º do Decreto 2.565/98, segundo o qual a progressão dos
autores deve se dar no mês de março do ano subsequente, quando implementados os requisitos para a
referida promoção. 7. Diversos julgados confirmam aludido entendimento, in verbis: EMENTA:
PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL.
POLICIAL FEDERAL. PROGRESSÃO NA CARREIRA. REQUISITOS. CUMPRIMENTO. EFEITOS
FINANCEIROS. LEI
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N. 9.266/96 E DECRETO N. 2.565/98. 1. O cerne da controvérsia reside na possibilidade de se condenar
a União a conceder progressão funcional da Segunda para a Primeira Classe na Carreira Policial Federal,
contada do ingresso na carreira, com as devidas repercussões financeiras e registro funcional. 2. A
progressão dos servidores da carreira de policial federal deve ter seus efeitos financeiros a partir de
março do ano subsequente, nos termos do disposto na Lei n. 9.266/96 e no Decreto n. 2.565/98.
Precedentes: AgRg no REsp 1.373.344/SC, Rel. Ministra Assusete Magalhães, Segunda Turma, DJe
16/3/2016; AgRg no REsp 1.470.626/PE, Rel. Ministro Humberto Martins, Segunda Turma, DJe 8/3/2016;
AgRg nos EDcl no REsp 1.258.142/PE, Rel. Ministro Sérgio Kukina, Primeira Turma, DJe 15/2/2016. 3.
Agravo regimental não provido. ..EMEN: (AGRESP 201202292790, BENEDITO GONÇALVES, STJ -
PRIMEIRA TURMA, DJE DATA:11/05/2016 ..DTPB:.) EMENTA: PROCESSUAL CIVIL E
ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. POLICIAL FEDERAL.
PROGRESSÃO NA CARREIRA. REQUISITOS. CUMPRIMENTO. EFEITOS FINANCEIROS. LEI N.
9.266/96 E DECRETO N. 2.565/98. 1. O cerne da controvérsia reside na possibilidade de se condenar a
União a conceder progressão funcional da Segunda para a Primeira Classe na Carreira Policial Federal,
contada do ingresso na carreira, com as devidas repercussões financeiras e registro funcional. 2. A
progressão dos servidores da carreira de policial federal deve ter seus efeitos financeiros a partir de
março do ano subsequente, nos termos do disposto na Lei n. 9.266/96 e no Decreto n. 2.565/98.
Precedentes: AgRg no REsp 1.373.344/SC, Rel. Ministra Assusete Magalhães, Segunda Turma, DJe
16/3/2016; AgRg no REsp 1.470.626/PE, Rel. Ministro Humberto Martins, Segunda Turma, DJe 8/3/2016;
AgRg nos EDcl no REsp 1.258.142/PE, Rel. Ministro Sérgio Kukina, Primeira Turma, DJe 15/2/2016. 3.
Agravo regimental não provido. ..EMEN: (AGRESP 201202292790, BENEDITO GONÇALVES, STJ -
PRIMEIRA TURMA, DJE DATA:11/05/2016 ..DTPB:.) EMENTA: ADMINISTRATIVO. AGRAVO
REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. POLICIAL FEDERAL. PROGRESSÃO NA CARREIRA.
EFEITOS FINANCEIROS. ART. 2º DA LEI 9.266/96 E ART. 5º DO DECRETO 2.565/98. ACÓRDÃO
IMPUGNADO EM HARMONIA COM A JURISPRUDÊNCIA DO STJ. AGRAVO REGIMENTAL
IMPROVIDO. I. Cinge-se a controvérsia em saber se a progressão funcional dos servidores da carreira de
Policial Federal deve, ou não, ter seus efeitos financeiros a partir de março do ano subsequente ao
preenchimento dos requisitos para a referida progressão, nos termos do art. 5º do Decreto 2.565/98. II.
Consoante a jurisprudência desta Corte, em casos análogos, "a progressão dos servidores da carreira de
policial federal deve ter seus efeitos financeiros a partir de março do ano subsequente, nos termos do
disposto na Lei n. 9.266/96 e no Decreto n. 2.565/98" (STJ, REsp 1.533.937/CE, Rel. Ministro MAURO
CAMPBELL MARQUES, DJe de 02/06/2015). No mesmo sentido: STJ, AgRg nos EDcl no REsp
1.258.142/PE, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA TURMA, DJe de 15/02/2016; AgRg nos EDcl
no REsp 1.394.089/PB, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, DJe de 22/05/2014. III.
Assim, é de se reconhecer que - tal como constou do aresto combatido - a progressão do ora agravante
deve ocorrer no mês de março do ano subsequente, desde que implementados os requisitos para a
referida
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promoção. IV. Agravo Regimental improvido. ..EMEN: (AGRESP 201300965413, ASSUSETE
MAGALHÃES, STJ - SEGUNDA TURMA, DJE DATA:16/03/2016 ..DTPB:.) 8. Assim, visando uniformizar
a jurisprudência das Turmas Recursais com o entendimento que vem sendo adotado pelo Superior
Tribunal de Justiça, tenho que o incidente deve ser conhecido e provido para, alinhando o entendimento
desta Turma Nacional de Uniformização, firmar a tese de que: “a progressão dos servidores da carreira
de policial federal deve ter seus efeitos financeiros a partir de março do ano subsequente, nos termos do
disposto na Lei n. 9.266/96 e no Decreto n. 2.565/98.” 9. Incidente conhecido e provido. Acordam os
membros da TNU - Turma Nacional de Uniformização CONHECER E DAR PROVIMENTO ao Incidente

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
de Uniformização de Jurisprudência interposto, nos termos do votoementa do Juiz Federal Relator.
(PEDILEF 201050500054126, JUIZ FEDERAL FERNANDO MOREIRA GONÇALVES, TNU, DOU
12/09/2017 PÁG. 49/58.) Assim, não há que se falar em não recepção constitucional dos art. 10 e 19 do
Decreto nº 84.669/80. Recurso desprovido. Sentença mantida. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da
Lei nº 9.099/95. A parte autora, recorrente vencida, pagará honorários advocatícios de 10% sobre o valor
corrigido da causa, ficando a condenação suspensa enquanto perdurar o estado de carência que
justificou a concessão da justiça gratuita, prescrevendo a dívida cinco anos após a sentença final, nos
termos do art. 98,§3º, do CPC/15. A C Ó R D Ã O Decide a Turma Recursal, por unanimidade, negar
provimento ao recurso da parte autora. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF,
24/10/2019.

JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº 0036715-65.2017.4.01.3400 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA


BRITO RECORRENTE(S) : DIVINA DE FATIMA VAZ ADVG/PROC. : - NUCLEO DE ASSISTENCIA
JURIDICA - NAJ/FACIPLAC RECORRIDO(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVG/PROC. :

E M E N T A PREVIDENCIÁRIO. BENEFÍCIO POR INCAPACIDADE. AUSÊNCIA DE INCAPACIDADE


LABORAL. RECURSO DESPROVIDO. Trata-se de recurso inominado interposto por DIVINA DE FÁTIMA
VAZ em face de sentença de improcedência proferida em ação ajuizada objetivando o restabelecimento
do benefício de auxílio-doença ou a concessão de aposentadoria por invalidez. A sentença consignou em
sua fundamentação a inexistência de incapacidade laboral. Em suas razões recursais, a autora
argumenta, em síntese, que o MMº Juízo considerou apenas o laudo médico pericial, descartando os
laudos juntados pela autora, ou seja, a considerou apta para o trabalho, contradizendo laudos dos outros
médicos que atestam que a autora possui incapacidade laboral. Aduz, ainda, que possui idade avançada,
além de ser inviável o seu retorno ao mercado de trabalho. Pede a reforma da sentença. Com efeito, o
benefício de auxílio-doença é devido ao segurado que, cumprido o prazo de carência, ficar incapacitado
para a sua atividade habitual, por mais de 15 dias consecutivos (art. 71 do Decreto nº 3.048/99). A
aposentadoria por invalidez, por seu turno, será devida ao segurado que, respeitado o período de
carência supra, for considerado incapaz e insuscetível de reabilitação para o exercício de atividade que
lhe garanta a subsistência. Na hipótese, foram realizados dois exames periciais no curso processual. O
primeiro exame técnico, datado de 12/12/2017, realizado por médico ortopedista, após a realização dos
procedimentos periciais pertinentes, aponta que a autora, idade à época de 57 (cinquenta e sete) anos,
escolaridade ensino médio completo e última atividade de auxiliar administrativo é portadora de
Espondiloartrose lombar e cervical e Fibromialgia, que não a incapacitam para o desempenho de sua
atividade habitual. Em sua conclusão, o médico perito afirma: Trata-se perícia médica para avaliar se o
Periciando tem direito ao Benefício Previdenciário ora requerido. No caso periciado, conforme acima
exposto, segundo a história da doença, sua evolução, relatórios médicos, exames de imagem e exame
físico, não foram evidenciados elementos médicos que indicam a presença de incapacidade laboral por
quadro de Espondiloartrose lombar e cervical (CID 10: M51.0 e M50.0) e Fibromialgia (CID 10: M79.7). A
Espondiloartrose lombar e cervical têm caráter degenerativo, sendo o tratamento conservador realizado
na maioria dos casos, incluindo medicamentos anti-inflamatórios e a realização de fisioterapia motora, o
que
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vem sendo feito pela Parte Autora. No entanto, não há necessidade de afastamento da sua atividade
laborativa enquanto realiza o tratamento acima citado. A Fibromialgia é uma doença crónica, que
predomina no sexo feminino caracterizada por dor generalizada, fadiga, sono não reparador e
hipersensibilidade dolorosa. O tratamento é Multidisciplinar, constando na maioria das vezes, de
medicamentos, psicoterapia e exercícios físicos, preferencialmente natação e caminhada. Na maioria dos
casos, o doente pode e deve trabalhar, respeitando períodos de repouso e em ambientes sem pressão ou
519

stress. Apesar das patologias acima citadas, no momento da realização desta pericia medica, não foram
encontrados, no exame físico e na análise dos laudos médicos e dos exames complementares, elementos
suficientes que justifiquem o afastamento das suas atividades laborativas (Secretária). Não há
incapacidade para a realização de atividades laborativas. Estas patologias não têm origem traumática e
não podem ser atribuída a acidente de trabalho ou doença profissional ou doença do trabalho. DID:
10/10/2008. DII: Não se aplica. O segundo exame pericial, realizado em 11/04/2018, por médica
reumatologista, aponta que a autora é portadora de fibromialgia, que não a incapacita para o exercício de
atividade laboral. Registre-se, por oportuno, que havendo divergência entre as conclusões de laudo
pericial do INSS e laudos médicos particulares, no tocante à capacidade laborativa do requerente, cabe,
em regra, à perícia médica oficial proceder ao deslinde da questão. Nesse sentido, julgado do TRF da 1ª

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Região: AC 2006.35.01.004237-3/GO, Rel. Desembargadora Federal Neuza Maria Alves da Silva,
Segunda Turma, e-DJF1 p.202 de 27/04/2009. Desse modo, a prova produzida pela parte demandante
deve ser robusta, a ponto de o magistrado formar seu convencimento em sentido contrário à perícia
administrativa feita pelo INSS e à perícia judicial a cargo do perito nomeado pelo juízo, não bastando a
simples descrição de moléstias e conclusão pela existência de incapacidade. Também não há que se
falar na análise de sua (in)viabilidade de reinserção no mercado de trabalho, visto que tal discussão
restringe-se ao caso de o laudo médico atestar a incapacidade definitiva e parcial, não verificada na
hipótese. Consigne-se, todavia, que a coisa julgada material em matéria de benefício previdenciário por
incapacidade submete-se a cláusula rebus sic stantibus, nada impedindo, portanto, que a parte autora
tenha, em caso de alteração do estado de saúde, o seu quadro clínico reavaliado pela autarquia
previdenciária e, se for o caso, pelo próprio Poder Judiciário. Sentença mantida. Recurso desprovido.
Acórdão proferido nos moldes do art. 46 da Lei nº 9.099/95. A parte autora, recorrente vencida, pagará
honorários advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da causa, ficando a condenação suspensa
enquanto perdurar o estado de carência que justificou a concessão da justiça gratuita, prescrevendo a
dívida cinco anos após a sentença final, nos termos do art. 98, §3º, do CPC/15.

PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

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A C Ó R D Ã O Decide a Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso da parte autora.
Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.

JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº 0074909-08.2015.4.01.3400 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA


BRITO RECORRENTE(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS ADVG/PROC. : -
RAISSA VASCONCELOS CHAVES RECORRIDO(S) : JOSE MARIA VIANA DA SILVA ADVG/PROC. :
DF00022393 - WANESSA ALDRIGUES CANDIDO E OUTRO(S)
E M E N T A PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA ESPECIAL. REQUISITOS LEGAIS.
COMPROVAÇÃO. BENEFÍCIO DEVIDO. RECURSO DESPROVIDO. Cuida-se de recurso inominado
interposto pelo INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL – INSS em face de sentença cuja parte
dispositiva restou assim proferida: Face ao exposto, quanto ao pedido de reconhecimento do tempo de
serviço especial de 01/11/1976 a 06/03/1978, 01/03/1978 a 31/01/1980, 12/01/1981 a 01/10/1981,
01/06/1982 a 09/09/1983, 24/06/1985 a 13/08/1986, 15/08/1986 a 12/11/1986, 21/04/1988 a 03/05/1991 e
01/10/1991 a 01/10/1993 EXTINGO O PROCESSO sem resolução do mérito, em face da falta de
interesse processual da parte autora, nos termos do art. 485, VI do CPC. No mais, JULGO
PROCEDENTE o pedido formulado, nos termos do art. 487, I, do CPC, para condenar o INSS: (a) na
obrigação de reconhecer como especial o tempo de serviço desenvolvido pela parte autora de 02/06/1980
a 30/06/1980, 20/09/1983 a 03/03/1985, 01/03/1985 a 19/04/1985, 01/08/1987 a 08/04/1988, 01/10/1994
a 03/01/2002 e 03/01/2005 a 13/01/2013; (b) a efetuar a conversão do benefício de aposentadoria por
tempo de contribuição (NB: 162.165.045-3) em aposentadoria especial, a partir da DER da aposentadoria
por tempo de contribuição (13/01/2013), bem com a efetuar o recálculo do valor do benefício em função
da aposentadoria especial; (c) na obrigação de pagar eventuais diferenças entre o valor dos benefícios
desde a data da conversão até o efetivo pagamento, descontados valores pagos na via administrativa. A
sentença consignou em sua fundamentação: De fato, assiste razão ao ente autárquico no que tange a
ausência de interesse processual para alguns períodos pretendidos. Observo por meio do processo
concessório registrado em 27/04/2018 que o INSS já enquadrou como especiais os períodos: 01/11/1976
a 06/03/1978, 01/03/1978 a 31/01/1980, 12/01/1981 a 01/10/1981, 01/06/1982 a 09/09/1983, 24/06/1985
a 13/08/1986, 15/08/1986 a 12/11/1986, 21/04/1988 a 03/05/1991 e 01/10/1991 a 01/10/1993. (cf.
processo administrativo “Eproc Parte 3” fls. 9/16), os quais
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foram devidamente computados com o acréscimo legal no cálculo do tempo de contribuição da
aposentadoria ativa, sendo patente a falta de interesse processual quanto a esses períodos citados. Em
virtude disso, em relação a esses pedidos reconheço in casu ausente o interesse de agir na demanda
devendo o processo ser extinto sem resolução do mérito. Sendo assim, o interesse de agir persiste
quantos aos períodos: 01/02/1980 a 30/04/1980, 02/06/1980 a 30/06/1980, 20/09/1983 a 03/03/1985,
01/03/1985 a 19/04/1985, 01/08/1987 a 08/04/1988, 01/10/1994 a 03/01/2002 e 03/01/2005 até a DER,
bem como em relação à conversão da aposentadoria por tempo de contribuição em aposentadoria
especial. (...) Quanto ao tempo de labor compreendido entre 01/02/1980 a 30/04/1980, a CTPS

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incorporada aos autos não traz a descrição do cargo exercido pelo autor na “Nonato Lopes Ltda.”
indústria gráfica. Tal fato impede a análise da possibilidade de enquadramento do tempo de serviço como
especial por categoria profissional. Ademais, não constam nos autos formulários nem laudos que
demonstrem a sujeição a qualquer fator de risco. Nos intervalos de 02/06/1980 a 30/06/1980, 20/09/1983
a 03/03/1985, 01/03/1985 a 19/04/1985 e 01/08/1987 a 08/04/1988 o segurado desempenhou em
indústria gráfica, de acordo com a CTPS, as profissões de compositor, chapista, tipógrafo e chapista
respectivamente. Com efeito, o item 2.5.8 do anexo II do Decreto n° 83.080/79 e o item 2.5.5 do Decreto
nº 53.831/64 arrolam o trabalho na indústria gráfica e editorial como insalubre, apontando as funções:
“INDÚSTRIA GRÁFICA E EDITORIAL Monotipistas, linotipistas, fundidores de monotipo, fundidores de
linotipo, fundidores de estereotipia, eletrotipistas, estereotipistas, galvanotipistas, titulistas, compositores,
biqueiros, chapistas, tipógrafos, caixistas, distribuidores, paginadores, emendadores, impressores,
minervistas, prelistas, ludistas, litógrafos e fotogravadores”, como presumidamente submetidas a agentes
nocivos à saúde. Assim, entendo que as profissões de compositor, chapista e tipógrafo deve ser
presumidas especiais, por serem exercidas em indústria gráfica. (...) No tocante ao intervalo de
01/10/1994 a 03/01/2002 em que parte do período (01/10/1994 a 28/04/1995) admite enquadramento em
categoria profissional, nota-se da CTPS que a parte autora exerceu o ofício de chapista na “Gráfica
Canaã Ltda-ME”. Sendo assim, reconheço como especial o lapso de (01/10/1994 a 28/04/1995) pelos
motivos já expostos acima com fulcro no item 2.5.8 do anexo II do Decreto n° 83.080/79 e no item 2.5.5
do Decreto nº 53.831/64. (...) Quanto ao período posterior (28/04/1995 a 03/01/2002) em que o autor
continuou a trabalhar como chapista para a Gráfica Canaã ele apresentou o laudo Técnico de condições
ambientais do trabalho e formulário de PPP os quais atestam a exposição habitual e permanente a
agentes químicos (hidrocarbonetos aromáticos, ácidos, tintas, graxa, reveladores, thinner,
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solventes e óleos lubrificantes), substâncias com subsunção nos Códigos 1.0.3 e 1.0.17 do Anexo IV dos
Decretos 2.172/97 e 3048/99. Portanto, merece enquadramento como especial. Quanto ao período de
03/01/2005 a 30/11/2014 prestados a Editora Gráfica Vera Cruz Ltda., o autor se desincumbiu de
apresentar o laudo técnico também indicando a sujeição habitual e permanente a agentes químicos
(hidrocarbonetos aromáticos, ácidos, tintas, graxa, reveladores, thinner, solventes e óleos lubrificantes)
substâncias com previsão nos Códigos 1.0.3 e 1.0.17 do Anexo IV dos Decretos 2.172/97 e 3048/99, o
que enseja a caracterização desse tempo de labor como sendo especial. Registro que o laudo não
esclarece o que foi determinado no despacho registrado em 05/06/2018, contudo, a parte autora já obteve
o reconhecimento como especial em razão do contato com os agentes químicos mencionados. (...) Em
sendo assim, o autor logrou comprovar o exercício de atividade especial: 02/06/1980 a 30/06/1980,
20/09/1983 a 03/03/1985, 01/03/1985 a 19/04/1985, 01/08/1987 a 08/04/1988, 01/10/1994 a 03/01/2002 e
03/01/2005 até 13/01/2013 (DER). Esclareça-se, por oportuno, que a aposentadoria especial somente é
devida aos segurados que tenham trabalhado, exclusivamente, em atividades insalubres ou prejudicais
durante um período de 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos. A atividade exercida pelo autor,
de acordo com os Decretos nºs 53.831/64 e 83.080/79, exige 25 anos para a aposentadoria. No caso dos
autos, resta comprovado que o autor trabalhou em atividades nocivas no período compreendido entre
02/06/1980 a 30/06/1980, 20/09/1983 a 03/03/1985, 01/03/1985 a 19/04/1985, 01/08/1987 a 08/04/1988,
01/10/1994 a 03/01/2002 e 03/01/2005 até 13/01/2013 que devem ser acrescidos ao tempo reconhecido
pelo INSS na seara administrativa, (01/11/1976 a 06/03/1978, 01/03/1978 a 31/01/1980, 12/01/1981 a
01/10/1981, 01/06/1982 a 09/09/1983, 24/06/1985 a 13/08/1986, 15/08/1986 a 12/11/1986, 21/04/1988 a
03/05/1991 e 01/10/1991 a 01/10/1993). Dessa forma, averbando como especial o período reconhecido
nesta demanda, juntamente com o tempo reconhecido na esfera administrativa, o requerente alcança, até
a data do requerimento administrativo, 29 (vinte e nove) anos, 03 (três) meses e 22 (vinte e dois) dias de
atividade insalubre, o que lhe dá o direito à aposentadoria especial (cf. tempo de contribuição registrado
em 09/11/2018). A parte recorrente argumenta, em suma: (...) Saliente-se que, quanto aos períodos de
01/02/1980 a 30/04/1980, 02/06/1980 a 30/06/1980, CONFORME JÁ NARRADO NA CONTESTAÇÃO, a
CTPS NÃO traz a descrição do cargo, quanto ao primeiro, bem como indica a atividade de compositor,
quanto ao segundo. Portanto, INEXISTE qualquer comprovação de exercício de atividade especial pelo
autor nos períodos de 01/02/1980 a 30/04/1980 e de 02/06/1980 a
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30/06/1980. No que tange ao período de 01/10/1994 a 03/01/2002, O AUTOR NÃO APRESENTOU
QUALQUER FORMULÁRIO OU LAUDO TÉCNICO, restando obstada qualquer análise acerca da suposta
especialidade do labor. Quanto ao período de 03/01/2005 até a DER (13/01/2013), por sua vez, o PPP
apresentado não trouxe as técnicas de apuração das medidas de pressão sonora e também não foi
apresentado laudo técnico, conforme indeferimento administrativo, SENDO A DECISÃO AMPARADA NA
ANÁLISE TÉCNICA DA PERÍCIA MÉDICA DO INSS. (...) Conforme se verifica na documentação
apresentada pelo autor, não foram apresentados formulários CONTEMPORÂNEOS aos contratos de
trabalho que façam presumir, ou que sirvam de prova de que as atividades eram de insalubre e que

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estava o autor, nos termos da legislação vertente, exposto de forma habitual e permanente a agentes
nocivos. Como se vê, não existe comprovação do exercício de labor em condições especiais no período
que a parte autora pretende comprovar. O pedido, assim, deve ser julgado improcedente. Dessa forma,
verifica-se que o autor NÃO POSSUI 25 ANOS DE ATIVIDADE ESPECIAL, o que determina a
improcedência do pedido de aposentadoria especial. Diante do exposto, ante ao não preenchimento dos
requisitos legais, impõe-se o decreto de improcedência dos pedidos. O segurado que presta serviços sob
condições especiais faz jus ao cômputo do tempo nos moldes da legislação previdenciária vigente à
época em que realizada a atividade e efetivamente prestado o serviço. É a consagração do princípio lex
tempus regit actum, segundo o qual o deslinde da questão deve levar em conta a lei vigente à época dos
fatos. Até 28/04/1995, os requisitos para comprovação da atividade especial estavam definidos no
Decreto nº 53.831/64 e no Decreto nº 83.080/79, o qual não determinava a apresentação de laudo pericial
para comprovação do exercício de atividade especial. Com o advento das Leis nº 9.032/95 e nº 9.528/97
– que alteraram sobremaneira os dispositivos da Lei nº 8.213/91 sobre a matéria, a concessão da
aposentadoria especial passou a depender de comprovação da efetiva exposição do segurado aos
agentes nocivos, primeiro, mediante a apresentação dos formulários SB-40 ou DSS-8030 e, depois,
mediante formulário, na forma estabelecida pelo Instituto Nacional do Seguro Social, emitido pela
empresa ou por seu preposto, com base em laudo técnico de condições ambientais do trabalho expedido
por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho. Assim, de forma resumida, podemos
estabelecer: até 28/04/1995 é possível o reconhecimento com base na categoria profissional; de
29/04/1995 a 05/03/97, necessidade de comprovação da efetiva submissão aos agentes perniciosos, por
intermédio dos formulários SB-40 e DSS-8030 ou PPP referente à categoria profissional; a partir de
06/03/97, necessidade de comprovação por intermédio de laudo técnico. Em relação ao período de
01/02/1980 a 30/04/1980, ausente o interesse recursal, eis que a sentença rejeitou o reconhecimento da
especialidade da atividade desenvolvida no referido período.
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Quanto ao período de 02/06/1980 a 30/06/1980, a anotação em CTPS indica o exercício da atividade
compositor na empresa COPAGRAF EDITORA LTDA (fls. 09 – EPROC DOC04 DOCUMENTOS DA
INICIAL). Conforme bem observado pela sentença, a atividade de compositor está prevista no item 2.5.5
do Decreto nº 53.831/64, sendo legítimo, portanto, o reconhecimento de sua especialidade em razão de
enquadramento profissional. No tocante ao período de 01/10/1994 a 03/01/2002, o autor laborou na
empresa GRÁFICA CANAÃ, na função de chapista, conforme anotação em CTPS (fls. 19 EPROC DOC02
DOCUMENTOS DA INICIAL). Tal anotação é suficiente para o enquadramento da atividade como
especial até 28/04/1995 - item 2.5.5 do Decreto nº 53.831/64. Em relação ao período posterior (até
03/01/2002), a parte autora colacionou PPP (EPROC PETIÇÃO INCIDENTAL registrada em 01/08/2018),
o qual aponta que a atividade desenvolvida estava submetida a agentes nocivos químicos
(hidrocarbonetos aromáticos, ácidos, tintas, graxa, reveladores, thinner, solventes e óleos lubrificantes).
Assim, mostra-se correto também o enquadramento do período posterior a 28/04/1995. Em relação ao
período de 03/01/2005 até 13/01/2013 (DER), o autor apresentou PPP acompanhado de laudo técnico
(fls. 08 e seguintes EPROC DOC01 DOCUMENTOS DA INICIAL), que aponta o exercício da atividade de
chapista impressor submetido a ruído e a produtos químicos (anti corrosivo WD), além de óleo corrosivo.
Ressalte-se, neste ponto, que a submissão ao agente químico já se mostra suficiente ao enquadramento
do período em tela como especial. Assevere-se, por fim, a desnecessidade de contemporaneidade do
laudo que ateste o exercício de atividade especial, nos termos do Enunciado nº 68 da TNU, verbis: O
laudo pericial não contemporâneo ao período trabalhado é apto à comprovação da atividade especial do
segurado. Desse modo, a sentença há de ser mantida em sua integralidade. Recurso desprovido.
Sentença mantida. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº 9.099/95. Honorários advocatícios
pelo recorrente vencido, fixados em 10% (dez por cento) do valor da condenação, excluídas as parcelas
vencidas após a prolação da sentença (Súmula nº 111/STJ). A C Ó R D Ã O Decide a 1ª Turma
Recursal, por unanimidade, negar provimento ao recurso. Turma Recursal, Juizado Especial Federal –
SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.

JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF


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RECURSO Nº 0037158-79.2018.4.01.3400 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA


BRITO RECORRENTE(S) : MARLENE FABBRO SAMPAIO ADVG/PROC. : DF00036821 - COQUELIN
AIRES LEAL NETO RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL ADVG/PROC. : - EDUARDO JORGE PEREIRA
ALVES
E M E N T A ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO INATIVO. GRATIFICAÇÃO DE DESEMPENHO.
DIREITO À PARIDADE. TERMO FINAL. PRECEDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. LEI Nº
13.324/2016. INCONSTITUCIONALIDADE. INOCORRÊNCIA. DIREITO À INCORPORAÇÃO E
PAGAMENTO RETROATIVO. INEXISTÊNCIA. RECURSO DESPROVIDO. Trata-se de recurso interposto
pela parte autora contra sentença de improcedência proferida em ação ajuizada objetivando à declaração

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de inconstitucionalidade incidental do parágrafo único do art. 87, dos incisos I, II e III do art. 88 e do
Anexo XCVI da Lei nº 13.324/2016; à declaração da natureza genérica de gratificação de desempenho; e
o pagamento das diferenças correspondentes. O Supremo Tribunal Federal possui pacífico entendimento
no sentido de que o direito à paridade relativo às gratificações de desempenho tem como marco final a
homologação do primeiro ciclo avaliativo, verbis: Ementa: CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. GRATIFICAÇÕES FEDERAIS DE DESEMPENHO.
TERMO FINAL DO PAGAMENTO EQUIPARADO ENTRE ATIVOS E INATIVOS. REDUÇÃO DO VALOR
PAGO AOS APOSENTADOS E PENSIONISTAS E PRINCÍPIO DA IRREDUTIBILIDADE DE
VENCIMENTOS. 1. Revelam especial relevância, na forma do art. 102, § 3º, da Constituição, duas
questões concernentes às chamadas gratificações federais de desempenho: (I) qual o exato momento em
que as gratificações deixam de ter feição genérica e assumem o caráter pro labore faciendo, legitimando
o pagamento diferenciado entre servidores ativos e inativos; (II) a redução do valor pago aos aposentados
e pensionistas, decorrente da supressão, total ou parcial, da gratificação, ofende, ou não, o princípio da
irredutibilidade de vencimentos. 2. Reafirma-se a jurisprudência dominante desta Corte nos termos da
seguinte tese de repercussão geral: (I) O termo inicial do pagamento diferenciado das gratificações de
desempenho entre servidores ativos e inativos é o da data da homologação do resultado das avaliações,
após a conclusão do primeiro ciclo; (II) A redução, após a homologação do resultado das avaliações, do
valor da gratificação de desempenho paga aos inativos e pensionistas não configura ofensa ao princípio
da irredutibilidade de vencimentos. 3. Essas diretrizes aplicam-se a todas as gratificações federais de
desempenho que exibem perfil normativo semelhante ao da Gratificação de Desempenho da Carreira da
Previdência, da Saúde e do Trabalho (GDPST), discutida nestes autos. A título meramente
exemplificativo, citam-se: Gratificação de Desempenho de Atividade do Seguro
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Social - GDASS; Gratificação de Desempenho de Atividade de Apoio TécnicoAdministrativo à Polícia
Rodoviária Federal – GDATPRF; Gratificação de Desempenho de Atividade Médico-Pericial - GDAMP;
Gratificação de Desempenho de Atividade de Perícia Médica Previdenciária - GDAPMP; Gratificação de
Desempenho de Atividade Técnica de Fiscalização Agropecuária – GDATFA; Gratificação de Efetivo
Desempenho em Regulação - GEDR; Gratificação de Desempenho do Plano Geral de Cargos do Poder
Executivo – GDPGPE; Gratificação de Desempenho de Atividade Previdenciária - GDAP ; Gratificação de
Desempenho de Atividade TécnicoAdministrativa - GDATA; Gratificação de Desempenho de Atividade
Fazendária - GDAFAZ. 4. Repercussão geral da matéria reconhecida, nos termos do art. 1.035 do CPC.
Jurisprudência do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL reafirmada, nos termos do art. 323-A do Regimento
Interno.

(ARE 1052570 RG, Relator(a): Min. ALEXANDRE DE MORAES, julgado em 15/02/2018, PROCESSO
ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-042 DIVULG 05-03-2018 PUBLIC 06-03-2018 )
Dessa forma, efetivado o primeiro ciclo avaliativo, não há que se falar em continuidade do pagamento
paritário em relação aos servidores ativos, nem tampouco em ofensa ao princípio da irredutibilidade dos
vencimentos. Ressalte-se que a previsão em lei, concernente aos servidores ativos, de retroação dos
efeitos financeiros do 1º ciclo de avaliação à data da regulamentação das avaliações ou à data de
implementação da gratificação não autoriza o pagamento complementar aos inativos, para além da
parcela genérica, visto que não submetidos a qualquer avaliação, não se demonstrando, dessa forma,
qualquer violação ao direito constitucional da paridade. Registre-se, também, que as leis que autorizam a
incorporação das gratificações de desempenho pelos servidores ativos condicionam-na a requisitos
específicos, a exemplo da data da inatividade e à média das pontuações recebidas nos últimos sessenta
meses de inatividade, conforme o art. 87 e o art. 88 da Lei nº 13.324/16, verbis: Art. 87. É facultado aos
servidores, aos aposentados e aos pensionistas que estejam sujeitos ao disposto nos arts. 3º, 6º ou 6º-A
da Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003, ou no art. 3º da Emenda Constitucional nº
47, de 5 de julho de 2005,optar pela incorporação de gratificações de desempenho aos proventos de
aposentadoria ou de pensão, nos termos dos arts. 88 e 89, relativamente aos seguintes cargos, planos e
carreiras: I - Plano de Carreiras para a área de Ciência e Tecnologia, de que trata a Lei nº 8.691, de 28 de
julho de 1993; II - Plano de Carreira dos Cargos de Tecnologia Militar, de que trata a Lei nº 9.657, de 3 de
junho de 1998; III - Carreira Previdenciária, de que trata a Lei no 10.355, de 26 de dezembro de 2001; IV -
523

Plano de Classificação de Cargos, de que trata a Lei no 5.645, de 10 de dezembro de 1970; V - Carreira
da Seguridade Social e do Trabalho, de que trata a Lei no 10.483, de 3 de julho de 2002;
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VI - cargos de atividades técnicas da fiscalização federal agropecuária, de que tratam as Leis nºs 10.484,
de 3 de julho de 2002, 11.090, de 7 de janeiro de 2005, e 11.344, de 8 de setembro de 2006; VII - Grupo
DACTA, de que trata a Lei nº 10.551, de 13 de novembro de 2002; VIII - Carreira do Seguro Social, de
que trata a Lei nº 10.855, de 1º de abril de 2004; IX - Carreiras e Plano Especial de Cargos do DNPM, de

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que trata a Lei no 11.046, de 27 de dezembro de 2004; X - Plano Especial de Cargos do Departamento de
Polícia Rodoviária Federal, de que trata a Lei no 11.095, de 13 de janeiro de 2005; XI - cargos dos
Quadros de Pessoal do Ministério do Meio Ambiente, do Ibama e do Instituto Chico Mendes, de que trata
a Lei no 11.156, de 29 de julho de 2005; XII - Carreira de Especialista em Meio Ambiente, de que trata a
Lei no 11.156, de 29 de julho de 2005; XIII - Carreira da Previdência, da Saúde e do Trabalho, de que
trata a Lei no 11.355, de 19 de outubro de 2006; XIV - Plano Especial de Cargos da Embratur, de que
trata a Lei no 11.356, de 19 de outubro de 2006; XV - Plano Geral de Cargos do Poder Executivo, de que
trata a Lei nº 11.357, de 19 de outubro de 2006; XVI - Plano Especial de Cargos do Ministério do Meio
Ambiente e do Ibama, de que trata a Lei nº 11.357, de 19 de outubro de 2006; XVII - Agente Auxiliar de
Saúde Pública, Agente de Saúde Pública e Guarda de Endemias, do Quadro de Pessoal do Ministério da
Saúde e do Quadro de Pessoal da Funasa, de que trata a Lei no 11.784, de 22 de setembro de 2008;
XVIII - Plano de Carreiras e Cargos do Hospital das Forças Armadas - PCCHFA, de que trata a Lei no
11.784, de 22 de setembro de 2008; XIX - Quadro de Pessoal da Funai, de que trata o art. 110 da Lei no
11.907, de 2 de fevereiro de 2009; XX - Plano de Carreiras e Cargos de Pesquisa e Investigação
Biomédica em Saúde Pública, de que trata a Lei nº 11.907, de 2 de fevereiro de 2009; XXI - Plano
Especial de Cargos do Ministério da Fazenda - PECFAZ, de que trata a Lei nº 11.907, de 2 de fevereiro
de 2009; XXII - cargos de que trata o art. 22 da Lei no 12.277, de 30 de junho de 2010; XXIII - cargos do
Departamento Nacional de Auditoria do Sistema Único de Saúde - DENASUS de que trata o art. 30 da
Lei no 11.344, de 8 de setembro de 2006; e XXIV - PCTAF, de que trata esta Lei.
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4
Parágrafo único. A opção de que trata o caput somente poderá ser exercida se o servidor tiver percebido
gratificações de desempenho por, no mínimo, sessenta meses, antes da data da aposentadoria ou da
instituição da pensão. Art. 88. Os servidores de que trata o art. 87 podem optar, em caráter irretratável,
pela incorporação de gratificações de desempenho aos proventos de aposentadoria ou de pensão, nos
seguintes termos: I - a partir de 1o de janeiro de 2017: 67% (sessenta e sete por cento) do valor referente
à média dos pontos da gratificação de desempenho recebidos nos últimos sessenta meses de atividade; II
- a partir de 1o de janeiro de 2018: 84% (oitenta e quatro por cento) do valor referente à média dos pontos
da gratificação de desempenho recebidos nos últimos sessenta meses de atividade; e III - a partir de 1o
de janeiro de 2019: o valor integral da média dos pontos da gratificação de desempenho recebidos nos
últimos sessenta meses de atividade. Verifica-se, assim, que a incorporação facultada em lei não altera a
natureza da gratificação, que não ostenta caráter genérico, a ser extensível a todos os servidores ativos.
Não se evidencia, desse modo, a inconstitucionalidade apontada pela parte autora, porquanto não resta
configurada ofensa à paridade. Sentença mantida. Recurso desprovido. Acórdão lavrado com fundamento
no art. 46 da Lei nº 9.099/95. A parte autora, recorrente vencida, pagará honorários advocatícios de 10%
sobre o valor corrigido da causa, ficando a condenação suspensa enquanto perdurar o estado de carência
que justificou a concessão da justiça gratuita, prescrevendo a dívida cinco anos após a sentença final, nos
termos do art. 98, §3º, do CPC/15. A C Ó R D Ã O Decide a Turma Recursal, por unanimidade, negar
provimento ao recurso da parte autora. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF,
24/10/2019.

JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº 0029979-31.2017.4.01.3400 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA


BRITO RECORRENTE(S) : ANTONIO ROQUIM FILHO ADVG/PROC. : DF00000968 - ULISSES RIEDEL
DE RESENDE E OUTRO(S) RECORRIDO(S) : CAIXA ECONOMICA FEDERAL ADVG/PROC. :
DF00009482 - MAURO JOSE GARCIA PEREIRA

E M E N T A FGTS. DEPÓSITO EM AÇÃO TRABALHISTA. PEDIDO DE LEVANTAMENTO.


COMPETÊNCIA. JUSTIÇA DO TRABALHO. RECURSO DESPROVIDO. Cuida-se de recurso inominado
interposto por ANTONIO ROQUIM FILHO em face de sentença extintiva proferida em ação ajuizada
objetivando o levantamento de saldo de conta vinculada do FGTS. A sentença consignou em sua
fundamentação: Não obstante a induvidosa competência ordinária da Justiça Federal para julgamento das
ações que envolvam a Caixa Econômica Federal (art. 109, I, da CRFB/88), é de ver que o presente caso,
524

em verdadeira exceção à norma paradigma geral, reclama atuação diversa da estabelecida pela Magna
Carta. Isso porque o saldo da conta de FGTS em questão – relativa ao vínculo trabalhista mantido com a
Fundação Hospitalar do Distrito Federal – teve origem em depósito recursal realizado perante a Justiça do
Trabalho. Portanto, é de se reconhecer a competência da Justiça do Trabalho para o julgamento do
pedido de levantamento alusivo à referida conta, pouco importando o fato de a sentença trabalhista ter ou
não transitado em julgado. (...) Não há, portanto, como afastar a incompetência da Justiça Federal para
processar e julgar o presente feito. Com efeito, o Superior Tribunal de Justiça já se manifestou sobre o
tema, fixando a competência da Justiça do Trabalho, nas causas em que a controvérsia é atinente ao
levantamento de valores depositados de forma a possibilitar a interposição de recurso em reclamatória
trabalhista, verbis: CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. ALVARÁ JUDICIAL QUE BUSCA O

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
LEVANTAMENTO DE QUANTIA DEPOSITADA NOS AUTOS DE RECLAMAÇÃO TRABALHISTA.
COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. 1. Compete à Justiça do Trabalho apreciar pedido de
alvará judicial que busca o levantamento de valores depositados em conta de FGTS, a título de preparo
de recurso interposto nos autos de reclamação trabalhista. 2. Conflito conhecido para declarar
competente o Juízo da 12ª Vara do Trabalho de Goiânia - GO, o suscitante.
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2FF14D11E5CB36523C9934C3C358AB17 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


2
(CC 54.230/GO, Rel. Ministra ELIANA CALMON, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 09/05/2007, DJ
28/05/2007, p. 273) De igual modo, o teor da Súmula nº 82 daquele egrégio Tribunal: Compete à Justiça
Federal, excluídas as reclamações trabalhistas, processar e julgar os feitos relativos a movimentação do
FGTS. (grifo nosso) Assim, por se tratar de conta recursal (fls. 03 – EPROC DOCS PESSOAIS –
documentação inicial), escorreita a sentença recorrida. Recurso desprovido. Sentença mantida. Acórdão
lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº 9.099/95. A parte autora, recorrente vencida, pagará honorários
advocatícios de 10% sobre o valor corrigido da causa, ficando a condenação suspensa enquanto perdurar
o estado de carência que justificou a concessão da justiça gratuita, prescrevendo a dívida cinco anos
após a sentença final, nos termos do art. 98, §3º, do CPC/15. A C Ó R D Ã O Decide a Turma Recursal, à
unanimidade, negar provimento ao recurso da parte autora. Turma Recursal, Juizado Especial Federal –
SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.

JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº 0046337-71.2017.4.01.3400 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA


BRITO RECORRENTE(S) : EVANGIVALDO PINTO NASCIMENTO ADVG/PROC. : DF00036821 -
COQUELIN AIRES LEAL NETO RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL ADVG/PROC. : - SONIA
RABINOVICH TARANTO

E M E N T A ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO INATIVO. GRATIFICAÇÃO DE DESEMPENHO.


DIREITO À PARIDADE. TERMO FINAL. PRECEDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. LEI Nº
13.324/2016. INCONSTITUCIONALIDADE. INOCORRÊNCIA. DIREITO À INCORPORAÇÃO E
PAGAMENTO RETROATIVO. INEXISTÊNCIA. RECURSO DESPROVIDO. Trata-se de recurso interposto
pela parte autora contra sentença de improcedência proferida em ação ajuizada objetivando à declaração
de inconstitucionalidade incidental do parágrafo único do art. 87, dos incisos I, II e III do art. 88 e do
Anexo XCVI da Lei nº 13.324/2016; à declaração da natureza genérica de gratificação de desempenho; e
o pagamento das diferenças correspondentes. O Supremo Tribunal Federal possui pacífico entendimento
no sentido de que o direito à paridade relativo às gratificações de desempenho tem como marco final a
homologação do primeiro ciclo avaliativo, verbis: Ementa: CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. GRATIFICAÇÕES FEDERAIS DE DESEMPENHO.
TERMO FINAL DO PAGAMENTO EQUIPARADO ENTRE ATIVOS E INATIVOS. REDUÇÃO DO VALOR
PAGO AOS APOSENTADOS E PENSIONISTAS E PRINCÍPIO DA IRREDUTIBILIDADE DE
VENCIMENTOS. 1. Revelam especial relevância, na forma do art. 102, § 3º, da Constituição, duas
questões concernentes às chamadas gratificações federais de desempenho: (I) qual o exato momento em
que as gratificações deixam de ter feição genérica e assumem o caráter pro labore faciendo, legitimando
o pagamento diferenciado entre servidores ativos e inativos; (II) a redução do valor pago aos aposentados
e pensionistas, decorrente da supressão, total ou parcial, da gratificação, ofende, ou não, o princípio da
irredutibilidade de vencimentos. 2. Reafirma-se a jurisprudência dominante desta Corte nos termos da
seguinte tese de repercussão geral: (I) O termo inicial do pagamento diferenciado das gratificações de
desempenho entre servidores ativos e inativos é o da data da homologação do resultado das avaliações,
após a conclusão do primeiro ciclo; (II) A redução, após a homologação do resultado das avaliações, do
valor da gratificação de desempenho paga aos inativos e pensionistas não configura ofensa ao princípio
da irredutibilidade de vencimentos. 3. Essas diretrizes aplicam-se a todas as gratificações federais de
desempenho que exibem perfil normativo semelhante ao da Gratificação de Desempenho da Carreira da
525

Previdência, da Saúde e do Trabalho (GDPST), discutida nestes autos. A título meramente


exemplificativo, citam-se: Gratificação de Desempenho de Atividade do Seguro
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2
Social - GDASS; Gratificação de Desempenho de Atividade de Apoio TécnicoAdministrativo à Polícia
Rodoviária Federal – GDATPRF; Gratificação de Desempenho de Atividade Médico-Pericial - GDAMP;
Gratificação de Desempenho de Atividade de Perícia Médica Previdenciária - GDAPMP; Gratificação de
Desempenho de Atividade Técnica de Fiscalização Agropecuária – GDATFA; Gratificação de Efetivo

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Desempenho em Regulação - GEDR; Gratificação de Desempenho do Plano Geral de Cargos do Poder
Executivo – GDPGPE; Gratificação de Desempenho de Atividade Previdenciária - GDAP ; Gratificação de
Desempenho de Atividade TécnicoAdministrativa - GDATA; Gratificação de Desempenho de Atividade
Fazendária - GDAFAZ. 4. Repercussão geral da matéria reconhecida, nos termos do art. 1.035 do CPC.
Jurisprudência do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL reafirmada, nos termos do art. 323-A do Regimento
Interno.

(ARE 1052570 RG, Relator(a): Min. ALEXANDRE DE MORAES, julgado em 15/02/2018, PROCESSO
ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-042 DIVULG 05-03-2018 PUBLIC 06-03-2018 )
Dessa forma, efetivado o primeiro ciclo avaliativo, não há que se falar em continuidade do pagamento
paritário em relação aos servidores ativos, nem tampouco em ofensa ao princípio da irredutibilidade dos
vencimentos. Ressalte-se que a previsão em lei, concernente aos servidores ativos, de retroação dos
efeitos financeiros do 1º ciclo de avaliação à data da regulamentação das avaliações ou à data de
implementação da gratificação não autoriza o pagamento complementar aos inativos, para além da
parcela genérica, visto que não submetidos a qualquer avaliação, não se demonstrando, dessa forma,
qualquer violação ao direito constitucional da paridade. Registre-se, também, que as leis que autorizam a
incorporação das gratificações de desempenho pelos servidores ativos condicionam-na a requisitos
específicos, a exemplo da data da inatividade e à média das pontuações recebidas nos últimos sessenta
meses de inatividade, conforme o art. 87 e o art. 88 da Lei nº 13.324/16, verbis: Art. 87. É facultado aos
servidores, aos aposentados e aos pensionistas que estejam sujeitos ao disposto nos arts. 3º, 6º ou 6º-A
da Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003, ou no art. 3º da Emenda Constitucional nº
47, de 5 de julho de 2005,optar pela incorporação de gratificações de desempenho aos proventos de
aposentadoria ou de pensão, nos termos dos arts. 88 e 89, relativamente aos seguintes cargos, planos e
carreiras: I - Plano de Carreiras para a área de Ciência e Tecnologia, de que trata a Lei nº 8.691, de 28 de
julho de 1993; II - Plano de Carreira dos Cargos de Tecnologia Militar, de que trata a Lei nº 9.657, de 3 de
junho de 1998; III - Carreira Previdenciária, de que trata a Lei no 10.355, de 26 de dezembro de 2001; IV -
Plano de Classificação de Cargos, de que trata a Lei no 5.645, de 10 de dezembro de 1970; V - Carreira
da Seguridade Social e do Trabalho, de que trata a Lei no 10.483, de 3 de julho de 2002;
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3
VI - cargos de atividades técnicas da fiscalização federal agropecuária, de que tratam as Leis nºs 10.484,
de 3 de julho de 2002, 11.090, de 7 de janeiro de 2005, e 11.344, de 8 de setembro de 2006; VII - Grupo
DACTA, de que trata a Lei nº 10.551, de 13 de novembro de 2002; VIII - Carreira do Seguro Social, de
que trata a Lei nº 10.855, de 1º de abril de 2004; IX - Carreiras e Plano Especial de Cargos do DNPM, de
que trata a Lei no 11.046, de 27 de dezembro de 2004; X - Plano Especial de Cargos do Departamento de
Polícia Rodoviária Federal, de que trata a Lei no 11.095, de 13 de janeiro de 2005; XI - cargos dos
Quadros de Pessoal do Ministério do Meio Ambiente, do Ibama e do Instituto Chico Mendes, de que trata
a Lei no 11.156, de 29 de julho de 2005; XII - Carreira de Especialista em Meio Ambiente, de que trata a
Lei no 11.156, de 29 de julho de 2005; XIII - Carreira da Previdência, da Saúde e do Trabalho, de que
trata a Lei no 11.355, de 19 de outubro de 2006; XIV - Plano Especial de Cargos da Embratur, de que
trata a Lei no 11.356, de 19 de outubro de 2006; XV - Plano Geral de Cargos do Poder Executivo, de que
trata a Lei nº 11.357, de 19 de outubro de 2006; XVI - Plano Especial de Cargos do Ministério do Meio
Ambiente e do Ibama, de que trata a Lei nº 11.357, de 19 de outubro de 2006; XVII - Agente Auxiliar de
Saúde Pública, Agente de Saúde Pública e Guarda de Endemias, do Quadro de Pessoal do Ministério da
Saúde e do Quadro de Pessoal da Funasa, de que trata a Lei no 11.784, de 22 de setembro de 2008;
XVIII - Plano de Carreiras e Cargos do Hospital das Forças Armadas - PCCHFA, de que trata a Lei no
11.784, de 22 de setembro de 2008; XIX - Quadro de Pessoal da Funai, de que trata o art. 110 da Lei no
11.907, de 2 de fevereiro de 2009; XX - Plano de Carreiras e Cargos de Pesquisa e Investigação
Biomédica em Saúde Pública, de que trata a Lei nº 11.907, de 2 de fevereiro de 2009; XXI - Plano
Especial de Cargos do Ministério da Fazenda - PECFAZ, de que trata a Lei nº 11.907, de 2 de fevereiro
de 2009; XXII - cargos de que trata o art. 22 da Lei no 12.277, de 30 de junho de 2010; XXIII - cargos do
Departamento Nacional de Auditoria do Sistema Único de Saúde - DENASUS de que trata o art. 30 da
Lei no 11.344, de 8 de setembro de 2006; e XXIV - PCTAF, de que trata esta Lei.
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526

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4
Parágrafo único. A opção de que trata o caput somente poderá ser exercida se o servidor tiver percebido
gratificações de desempenho por, no mínimo, sessenta meses, antes da data da aposentadoria ou da
instituição da pensão. Art. 88. Os servidores de que trata o art. 87 podem optar, em caráter irretratável,
pela incorporação de gratificações de desempenho aos proventos de aposentadoria ou de pensão, nos
seguintes termos: I - a partir de 1o de janeiro de 2017: 67% (sessenta e sete por cento) do valor referente
à média dos pontos da gratificação de desempenho recebidos nos últimos sessenta meses de atividade; II
- a partir de 1o de janeiro de 2018: 84% (oitenta e quatro por cento) do valor referente à média dos pontos
da gratificação de desempenho recebidos nos últimos sessenta meses de atividade; e III - a partir de 1o

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
de janeiro de 2019: o valor integral da média dos pontos da gratificação de desempenho recebidos nos
últimos sessenta meses de atividade. Verifica-se, assim, que a incorporação facultada em lei não altera a
natureza da gratificação, que não ostenta caráter genérico, a ser extensível a todos os servidores ativos.
Não se evidencia, desse modo, a inconstitucionalidade apontada pela parte autora, porquanto não resta
configurada ofensa à paridade. Sentença mantida. Recurso desprovido. Acórdão lavrado com fundamento
no art. 46 da Lei nº 9.099/95. A parte autora, recorrente vencida, pagará honorários advocatícios de 10%
sobre o valor corrigido da causa, ficando a condenação suspensa enquanto perdurar o estado de carência
que justificou a concessão da justiça gratuita, prescrevendo a dívida cinco anos após a sentença final, nos
termos do art. 98, §3º, do CPC/15. A C Ó R D Ã O Decide a Turma Recursal, por unanimidade, negar
provimento ao recurso da parte autora. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF,
24/10/2019.

JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº 0028398-44.2018.4.01.3400 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA


BRITO RECORRENTE(S) : ALDEIR MILEN DA SILVA ADVG/PROC. : DF00055573 - MYLENE
QUITÉRIA CALDAS E OUTRO(S) RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVG/PROC. : - CELIA FERREIRA TAVARES DE LYRA
E M E N T A PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. JUROS
MORATÓRIOS. AUSÊNCIA DE INTERESSE DE AGIR. RECURSO DESPROVIDO. Recurso inominado
interposto pela parte autora em face de sentença extintiva proferida em ação ajuizada objetivando a
declaração de inexigibilidade de contribuição previdenciária incidente sobre os valores recebidos
judicialmente a título de juros moratórios. A sentença consignou em sua fundamentação a ausência de
interesse de agir, visto que o direito postulado encontra-se reconhecido no âmbito administrativo. Com
efeito, em se tratando de direito, cujo conteúdo não é objeto de impugnação pela Administração Pública e
inexistindo no feito qualquer prova de resistência por parte da ré na esfera administrativa, ante a ausência
de comprovação de requerimento junto à Administração Tributária, há de ser mantida a sentença
extintiva. Sentença mantida. Recurso da parte autora desprovido. Acórdão proferido nos moldes do art. 46
da Lei nº 9.099/95. A parte autora, recorrente vencida, pagará honorários advocatícios de 10% sobre o
valor corrigido da causa (art. 55 da Lei nº 9.099/95). A C Ó R D Ã O Decide a Turma Recursal, por
unanimidade, negar provimento ao recurso da parte autora. Turma Recursal, Juizado Especial
Federal/SJDF, 24/10/2019.

JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº 0014874-43.2019.4.01.3400 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA


BRITO RECORRENTE(S) : MARLENE ALVES DA SILVA ADVG/PROC. : AL00006805 - JOAO
FRANCISCO DE CAMARGO E OUTRO(S) RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVG/PROC. : - CELIA FERREIRA TAVARES DE LYRA
E M E N T A PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. JUROS
MORATÓRIOS. AUSÊNCIA DE INTERESSE DE AGIR. RECURSO DESPROVIDO. Recurso inominado
interposto pela parte autora em face de sentença extintiva proferida em ação ajuizada objetivando a
declaração de inexigibilidade de contribuição previdenciária incidente sobre os valores recebidos
judicialmente a título de juros moratórios. A sentença consignou em sua fundamentação a ausência de
interesse de agir, visto que o direito postulado encontra-se reconhecido no âmbito administrativo. Com
efeito, em se tratando de direito, cujo conteúdo não é objeto de impugnação pela Administração Pública e
inexistindo no feito qualquer prova de resistência por parte da ré na esfera administrativa, ante a ausência
de comprovação de requerimento junto à Administração Tributária, há de ser mantida a sentença
extintiva. Sentença mantida. Recurso da parte autora desprovido. Acórdão proferido nos moldes do art. 46
da Lei nº 9.099/95. A parte autora, recorrente vencida, pagará honorários advocatícios de 10% sobre o
valor corrigido da causa (art. 55 da Lei nº 9.099/95). A C Ó R D Ã O Decide a Turma Recursal, por
unanimidade, negar provimento ao recurso da parte autora. Turma Recursal, Juizado Especial
Federal/SJDF, 24/10/2019.
527

JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº 0009778-47.2019.4.01.3400 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA


BRITO RECORRENTE(S) : JURACI NOBRE MELO ADVG/PROC. : DF00055573 - MYLENE QUITÉRIA
CALDAS E OUTRO(S) RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL) ADVG/PROC. : -
KELLY OTSUKA MIIKE
E M E N T A PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. JUROS

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
MORATÓRIOS. AUSÊNCIA DE INTERESSE DE AGIR. RECURSO DESPROVIDO. Recurso inominado
interposto pela parte autora em face de sentença extintiva proferida em ação ajuizada objetivando a
declaração de inexigibilidade de contribuição previdenciária incidente sobre os valores recebidos
judicialmente a título de juros moratórios. A sentença consignou em sua fundamentação a ausência de
interesse de agir, visto que o direito postulado encontra-se reconhecido no âmbito administrativo. Com
efeito, em se tratando de direito, cujo conteúdo não é objeto de impugnação pela Administração Pública e
inexistindo no feito qualquer prova de resistência por parte da ré na esfera administrativa, ante a ausência
de comprovação de requerimento junto à Administração Tributária, há de ser mantida a sentença
extintiva. Sentença mantida. Recurso da parte autora desprovido. Acórdão proferido nos moldes do art. 46
da Lei nº 9.099/95. A parte autora, recorrente vencida, pagará honorários advocatícios de 10% sobre o
valor corrigido da causa (art. 55 da Lei nº 9.099/95). A C Ó R D Ã O Decide a Turma Recursal, por
unanimidade, negar provimento ao recurso da parte autora. Turma Recursal, Juizado Especial
Federal/SJDF, 24/10/2019.

JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº 0005214-25.2019.4.01.3400 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA


BRITO RECORRENTE(S) : LILYANE FERREIRA LIMA ADVG/PROC. : DF00055573 - MYLENE
QUITÉRIA CALDAS E OUTRO(S) RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVG/PROC. : - KELLY OTSUKA MIIKE
E M E N T A PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. JUROS
MORATÓRIOS. AUSÊNCIA DE INTERESSE DE AGIR. RECURSO DESPROVIDO. Recurso inominado
interposto pela parte autora em face de sentença extintiva proferida em ação ajuizada objetivando a
declaração de inexigibilidade de contribuição previdenciária incidente sobre os valores recebidos
judicialmente a título de juros moratórios. A sentença consignou em sua fundamentação a ausência de
interesse de agir, visto que o direito postulado encontra-se reconhecido no âmbito administrativo. Com
efeito, em se tratando de direito, cujo conteúdo não é objeto de impugnação pela Administração Pública e
inexistindo no feito qualquer prova de resistência por parte da ré na esfera administrativa, ante a ausência
de comprovação de requerimento junto à Administração Tributária, há de ser mantida a sentença
extintiva. Sentença mantida. Recurso da parte autora desprovido. Acórdão proferido nos moldes do art. 46
da Lei nº 9.099/95. A parte autora, recorrente vencida, pagará honorários advocatícios de 10% sobre o
valor corrigido da causa (art. 55 da Lei nº 9.099/95). A C Ó R D Ã O Decide a Turma Recursal, por
unanimidade, negar provimento ao recurso da parte autora. Turma Recursal, Juizado Especial
Federal/SJDF, 24/10/2019.

JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº 0005272-28.2019.4.01.3400 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA


BRITO RECORRENTE(S) : MAURO PEREIRA BARBOSA ADVG/PROC. : DF00027446 - MAURO
LEMOS DA SILVA RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL) ADVG/PROC. : - CELIA
FERREIRA TAVARES DE LYRA
E M E N T A PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. JUROS
MORATÓRIOS. AUSÊNCIA DE INTERESSE DE AGIR. RECURSO DESPROVIDO. Recurso inominado
interposto pela parte autora em face de sentença extintiva proferida em ação ajuizada objetivando a
declaração de inexigibilidade de contribuição previdenciária incidente sobre os valores recebidos
judicialmente a título de juros moratórios. A sentença consignou em sua fundamentação a ausência de
interesse de agir, visto que o direito postulado encontra-se reconhecido no âmbito administrativo. Com
efeito, em se tratando de direito, cujo conteúdo não é objeto de impugnação pela Administração Pública e
inexistindo no feito qualquer prova de resistência por parte da ré na esfera administrativa, ante a ausência
de comprovação de requerimento junto à Administração Tributária, há de ser mantida a sentença
extintiva. Sentença mantida. Recurso da parte autora desprovido. Acórdão proferido nos moldes do art. 46
da Lei nº 9.099/95. A parte autora, recorrente vencida, pagará honorários advocatícios de 10% sobre o
valor corrigido da causa (art. 55 da Lei nº 9.099/95). A C Ó R D Ã O Decide a Turma Recursal, por
528

unanimidade, negar provimento ao recurso da parte autora. Turma Recursal, Juizado Especial
Federal/SJDF, 24/10/2019.

JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº 0011714-10.2019.4.01.3400 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA


BRITO RECORRENTE(S) : DADSON BATISTA FERREIRA ADVG/PROC. : DF00055573 - MYLENE
QUITÉRIA CALDAS E OUTRO(S) RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
ADVG/PROC. : - CELIA FERREIRA TAVARES DE LYRA

E M E N T A PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. JUROS


MORATÓRIOS. AUSÊNCIA DE INTERESSE DE AGIR. RECURSO DESPROVIDO. Recurso inominado
interposto pela parte autora em face de sentença extintiva proferida em ação ajuizada objetivando a
declaração de inexigibilidade de contribuição previdenciária incidente sobre os valores recebidos
judicialmente a título de juros moratórios. A sentença consignou em sua fundamentação a ausência de
interesse de agir, visto que o direito postulado encontra-se reconhecido no âmbito administrativo. Com
efeito, em se tratando de direito, cujo conteúdo não é objeto de impugnação pela Administração Pública e
inexistindo no feito qualquer prova de resistência por parte da ré na esfera administrativa, ante a ausência
de comprovação de requerimento junto à Administração Tributária, há de ser mantida a sentença
extintiva. Sentença mantida. Recurso da parte autora desprovido. Acórdão proferido nos moldes do art. 46
da Lei nº 9.099/95. A parte autora, recorrente vencida, pagará honorários advocatícios de 10% sobre o
valor corrigido da causa (art. 55 da Lei nº 9.099/95). A C Ó R D Ã O Decide a Turma Recursal, por
unanimidade, negar provimento ao recurso da parte autora. Turma Recursal, Juizado Especial
Federal/SJDF, 24/10/2019.

JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº 0018023-18.2017.4.01.3400 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA


BRITO RECORRENTE(S) : LEA GONCALVES ANDRADE ADVG/PROC. : DF00021718 - ALBERT
RABELO LIMOEIRO E OUTRO(S) RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL ADVG/PROC. :
E M E N T A TRIBUTÁRIO. IMPOSTO DE RENDA. LANÇAMENTO FISCAL. NOTIFICAÇÃO POR
EDITAL. REGULARIDADE. ATUALIZAÇÃO DE ENDEREÇO. NÃO COMPROVAÇÃO. PARCELAMENTO
FISCAL. DISCUSSÃO JUDICIAL. POSSIBILIDADE. RECURSO ESPECIAL N. 1133027/SP
(REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA-ART. 543-C, § 1º, DO CPC). VÍCIO DE VONTADE NÃO
CONSTATADO. RECURSO DESPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA. Recurso interposto pela parte autora
em face de sentença que julgou improcedente o pedido da parte autora objetivando a anulação de débito
fiscal constante do Processo Administrativo n. 101.664.01792/2010-87, bem como o levantamento dos
valores depositados em juízo. A sentença consignou, em sua fundamentação: Rejeito a prejudicial de
prescrição, uma vez que a autora foi notificada por edital, com vencimento em 09/10/2008, tendo ajuizado
a presente ação em 27/05/2011 perante a 17ª Vara Federal/DF. Consoante se infere da Notificação
Fiscal nº 2005/601445376453113, o Fisco apurou imposto de renda suplementar em razão de glosa de
deduções com médicos e com instrução efetivadas na Declaração de Ajuste Anual da autora (nº
01/35.176.373), Exercício 2005, Ano-Calendário 2004. Desse modo, urge ressaltar que a autora, ao
passo em que reconhece ter aderido ao parcelamento previsto na Lei nº 11.941/2009, requer a anulação
dos débitos fiscais correlatos, decorrentes de lançamento suplementar do imposto de renda pessoa física
por não terem sido comprovadas as despesas realizadas com médicos (R$ 21.943,18) e com instrução
(R$ 1.998,00). Nesse passo, é de se ressaltar que a confissão irretratável e irrevogável da dívida
constitui condição indispensável para obtenção do parcelamento. A adesão ao parcelamento, portanto,
impede a discussão judicial em relação à situação de fato sobre a qual incide a norma tributária.
Entretanto, o Superior Tribunal de Justiça firmou entendimento, por ocasião do julgamento do REsp
1.133.027/SP, submetido à sistemática dos recursos repetitivos, no sentido de ser possível o
questionamento judicial da obrigação tributária, mesmo após a adesão a parcelamento, no que diz
respeito aos seus aspectos jurídicos e, ainda, quanto aos seus aspectos fáticos quando ocorre defeito
causador de nulidade do ato jurídico (erro, dolo, simulação e fraude). Confira-se, pois, o teor do referido
julgado:
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2
PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. Recurso Especial representativo de controvérsia (art. 543-C, § 1º,
do CPC). AUTO DE INFRAÇÃO LAVRADO COM BASE EM DECLARAÇÃO EMITIDA COM ERRO DE
FATO NOTICIADO AO FISCO E NÃO CORRIGIDO. VÍCIO QUE MACULA A POSTERIOR CONFISSÃO
DE DÉBITOS PARA EFEITO DE PARCELAMENTO. POSSIBILIDADE DE REVISÃO JUDICIAL. 1. A
529

Administração Tributária tem o poder/dever de revisar de ofício o lançamento quando se comprove erro
de fato quanto a qualquer elemento definido na legislação tributária como sendo de declaração obrigatória
(art. 145, III, c/c art. 149, IV, do CTN). 2. A este poder/dever corresponde o direito do contribuinte de
retificar e ver retificada pelo Fisco a informação fornecida com erro de fato, quando dessa retificação
resultar a redução do tributo devido. 3. Caso em que a Administração Tributária Municipal, ao invés de
corrigir o erro de ofício, ou a pedido do administrado, como era o seu dever, optou pela lavratura de cinco
autos de infração eivados de nulidade, o que forçou o contribuinte a confessar o débito e pedir
parcelamento diante da necessidade premente de obtenção de certidão negativa. 4. Situação em que o
vício contido nos autos de infração (erro de fato) foi transportado para a confissão de débitos feita por
ocasião do pedido de parcelamento, ocasionando a invalidade da confissão. 5. A confissão da dívida não

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inibe o questionamento judicial da obrigação tributária, no que se refere aos seus aspectos jurídicos.
Quanto aos aspectos fáticos sobre os quais incide a norma tributária, a regra é que não se pode rever
judicialmente a confissão de dívida efetuada com o escopo de obter parcelamento de débitos tributários.
No entanto, como na situação presente, a matéria de fato constante de confissão de dívida pode ser
invalidada quando ocorre defeito causador de nulidade do ato jurídico (v.g. erro, dolo, simulação e
fraude). Precedentes: REsp. n. 927.097/RS, Primeira Turma, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, julgado em
8.5.2007; REsp 948.094/PE, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, Primeira Turma, julgado em 06/09/2007;
REsp 947.233/RJ, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, julgado em 23/06/2009; REsp 1.074.186/RS, Rel.
Min. Denise Arruda, Primeira Turma, julgado em 17/11/2009; REsp 1.065.940/SP, Rel. Min. Francisco
Falcão, Primeira Turma, julgado em 18/09/2008. 6. Divirjo do relator para negar provimento ao recurso
especial. Acórdão submetido ao regime do art. 543-C, do CPC, e da Resolução STJ n. 8/2008. (STJ,
REsp 1133027/SP, Rel. Ministro LUIZ FUX, Rel. p/ Acórdão Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES,
PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 13/10/2010, DJe 16/03/2011) No caso concreto, a autora foi intimada
para comprovar as despesas efetuadas com médicos e com instrução e declaradas na declaração de
imposto de renda do exercício 2005, ano-calendário 2004. Contudo, não atendeu à intimação no prazo
fixado. Por tal razão, foi lançado imposto de renda suplementar por glosa dos valores deduzidos com
médicos (R$ 21.943,18) e com instrução (R$ 1.998,00). Após, a autora resolveu aderiu ao parcelamento
previsto na Lei nº 11.941/2009, firmando, assim, confissão irretratável da dívida. Nesse caso, não há
possibilidade de se discutir judicialmente o débito, uma vez que a discussão cinge-se aos aspectos fáticos
sobre os quais incide a norma
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tributária, não havendo qualquer alegação de que houve defeito causador da nulidade da referida
confissão. Noutras palavras, ao aderir ao parcelamento, a autora reconheceu/confessou ter deduzido
indevidamente os valores acima mencionados na declaração de imposto de renda do exercício 2005, ano-
calendário 2004. Tais as circunstâncias, não há possibilidade de discussão judicial acerca do débito
confessado. Por fim, cumpre ressaltar que, por ocasião da execução, deverão ser apurados os valores
pagos pela autora em razão do parcelamento, bem como os valores depositados judicialmente e que
ficaram à disposição do juízo da 17ª Vara Federal desta Seção Judiciária a fim de se verificar se ainda há
valores a serem adimplidos pela parte autora. A recorrente argumenta, em suma, que SEMPRE cumpriu
com todas as suas obrigações tributárias, sendo que até aquele momento nunca teve nenhum
contratempo dessa espécie, sendo anualmente restituída e/ou pagando o imposto devido complementar
de forma intergral. Afirma que foi induzida a erro pela Receita Federal do Brasil, no que diz respeito à
ciência da Notificação de Lançamento e, consequentemente, o prazo para apresentação de impugnação
acabou sendo como intempestiva (Doc. 06 – fls. 122/123). Com base na indução ao erro pela RFB, a
ausência de suspensão da exigibilidade do suposto crédito tributário e a necessidade de obtenção de
Certidão Negativa de Débito pela Recorrente, esta se viu compelida a fazer, por própria indução
equivocada da RFB, o parcelamento da dívida que não é procedente (nulo), junto a Receita Federal do
Brasil, haja vista que as deduções existem efetivamente e foram feitas com base na legislação de
regência. Aduz, ainda, que as alegações de irretratabilidade e irrevogabilidade do parcelamento não
merecem guarida, haja vista que, em que pese nos dispositivos normativos do parcelamento existir tais
institutos, não pode o Estado, sob pena de enterrar a LEGALIDADE, prever de forma equivocada a
possibilidade de não reversão do parcelamento mesmo sendo ilegal, devendo, assim, ser revista a r
Sentença proferida quanto a esse ponto. Registra, também, que a Receita Federal ao invés de enviar a
correspondência de notificação para o endereço correto (fls. 01 da inicial) o fez em endereço diverso do
informado nas próprias Declarações de Imposto de Renda – DIRPF dos exercícios futuros ao exercício de
2005 – ano calendário 2004. Aponta no mesmo sentido que a intimação foi feita por edital, sem nenhuma
necessidade para tanto, posto que a própria Receita Federal tentou mandar para o endereço antigo (fls.
110), sendo que em seus registros já constava o novo. Foi daí que houve a publicação desnecessária do
Edital n.º 21/2008 (fls. 113) o que ocasionou a apresentação da impugnação por parte da Recorrente.
Refere, desse modo, que tendo em vista que a dedutibilidade na Declaração do Imposto de Renda de
Pessoa Física foi feita com base em documentos hábeis e idôneos, bem como que a Recorrente se
utilizou da legislação e não fez nada mais do que utilizar-se de um direito a título de dedução, justo,
requerer, seja julgada improcedente a glosa que consubstanciou a Notificação de Lançamento ora trazida
a apreciação do Poder Judiciário, ou seja, referida glosa deverá ser julgada nula, pelo que o débito fiscal
530

não merece subsistir. Argumenta, ainda, que, ainda que tivesse enviado para o endereço correto, a
recorrente tem o pleno direito de se socorrer do manto do Poder Judiciário para coibir atos de
enriquecimento
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sem causa, como é o caso dos autos, em que mesmo a Recorrente tendo os comprovantes das deduções
com despesas médicas e de instrução, está sendo cobrada de tributo que não é devido, e mais, está
sendo cobrada por algo que afeta diretamente a Regra Matriz de Incidência Tributária (RMINT), na

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medida em que se os valores pagos são admitidos para dedução de imposto, pelo que conclui-se que não
há que se falar em qualquer tipo de pagamento de tributo. Declara a recorrente que ao aderir ao
parcelamento não reconheceu/confessou ter deduzido indevidamente, confessou, por indução de forma
incorreta da RFB, a necessidade de pagamento do tributo para fins de extinção e/ou suspensão da
exigibilidade do crédito tributário, onde após a verificação de que havia sido induzida a erro procurou o
manto do Poder Judiciário com intuito de afastar a referida ilegalidade da Administração Pública. Assim,
conclui-se que a confissão da dívida no caso presente, por ter sido feita mediante indução em erro da
própria RFB, pode ser revista pelo manto do Poder Judiciário, na medida em que no caso presente as
normas e as provas de dedução se amoldam no caso presente e, sendo dessa forma, não há que se falar
em pagamento de qualquer tipo de tributo. Por fim, pugna seja anulado o débito parcelado nos autos do
Processo Administrativo n.º 10166.401792/2010-87, tendo em vista a legalidade da dedução das
despesas suportadas, bem como seja condenada a União Federal (Fazenda Nacional) a restituir, via
Requisição de Pequeno Valor – RPV, as quantias glosadas e autuadas pela Receita Federal do Brasil
(“RFB”), bem como seja determinado o imediato levantamento dos valores já depósitos em Juízo na conta
vinculada n.º 3911.635.965213-4 da Caixa Econômica Federal (“CEF”). Registre-se, por oportuno, que
foram apresentadas contrarrazões, em 11.01.2019. A sentença recorrida afirma em sua fundamentação
que não há possibilidade de se discutir judicialmente o débito, uma vez que a discussão cinge-se aos
aspectos fáticos sobre os quais incide a norma tributária, não havendo qualquer alegação de que houve
defeito causador da nulidade da referida confissão. Noutras palavras, ao aderir ao parcelamento, a autora
reconheceu/confessou ter deduzido indevidamente os valores acima mencionados na declaração de
imposto de renda do exercício 2005, ano-calendário 2004. Tais as circunstâncias, não há possibilidade de
discussão judicial acerca do débito confessado. Desse modo, é possível depreender que a sentença
alicerçou-se no ponto em que afirma não ser possível discutir judicialmente o débito, visto que houve
parcelamento da dívida junto à ré, referindo como embasamento da fundamentação o REsp. n.
1.133.027/SP. Registre-se que o aludido REsp dispõe sobre a possibilidade de aferição acerca de
eventual nulidade do parcelamento, em face de vício no ato jurídico, estabelecendo que a matéria de fato
constante de confissão de dívida pode ser invalidada quando ocorre defeito causador de nulidade do ato
jurídico. Ressalte-se que o ato jurídico pode ser invalidado caso haja vício de vontade, como erro ou
dolo. O erro é a falsa noção da realidade; do real estado ou situação das coisas. A pessoa supõe que é
uma coisa, mas na verdade se trata de outra. Há manifestação da vontade sem corresponder com o seu
íntimo e verdadeiro querer. O dolo ocorre quando o erro é induzido ou causado por uma das partes (por
ação ou omissão). É caracterizado pela falsa imagem que o declarante tem acerca do objeto da
declaração, ou acerca da natureza do próprio negócio, da existência, ou do significado jurídico de uma lei.
Esta imagem equivocada poderia ter sido formada por qualquer pessoa com atenção mediana. Conforme
o art. 138 do CC, “são anuláveis os negócios jurídicos, quando as declarações de vontade emanarem de
erro substancial que poderia ser percebido por pessoa de diligência normal, em face das circunstâncias
do negócio." No caso concreto, não assiste razão à recorrente.
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Depreende-se da documentação acostada aos autos do processo físico depositado na Secretaria do
Juízo a quo, processo n. 0030316-30.2011.4.01.3400 (objeto de virtualização), que houve, inicialmente,
tentativa frustrada de Notificação de Lançamento da parte autora, pelos Correios, em 1º.04.2008, para o
endereço na QI 23, conjunto 08, casa 13, Lago Sul, Brasília-DF, a qual restou devolvida ao remetente, em
09.04.2008, sob a alegação de “mudou-se”. Diante da informação dos Correios, a ré expediu Edital n.
00021/2008, afixado em 25.08.2008, com data de vencimento em 09.10.2008 e cobrança amigável até
10.11.2008, cujo prazo transcorreu in albis. Em 28.11.2008, a parte autora apresentou petição de
Impugnação, em face da Notificação de Lançamento lavrada pela Secretaria da Receita Federal do Brasil,
devidamente representada por advogado constituído aos 25.11.2008, da qual se extrai não haver
qualquer menção ao ponto em que a recorrente alega ter sido prejudicada quanto ao ato de notificação
por edital. Consigne-se, ainda, que a referida Impugnação foi considerada intempestiva pela ré, em
despacho administrativo proferido (fl. 71, processo físico n. 0030316-30.2011.4.01.3400). Após a decisão
administrativa, a autora aderiu ao parcelamento ofertado pela ré, em 60 (sessenta) parcelas mensais,
sendo a primeira paga em 30.07.2010, conforme se observa de tela anexada ao processo físico, a fls.
124. Em 22.06.2011, a autora, devidamente assistida por advogados outorgados, ingressou com Ação
Anulatória c/c com Repetição de Indébito, cujo processo foi distribuído à 17ª Vara Federal do DF e
531

posteriormente remetido para o JEF. Nesse ponto, deve ser destacado que não se observa da petição
inicial qualquer referência à nulidade da intimação por edital, assim como na ocasião em que impugnou a
mencionada notificação. Por seu turno, apenas na oportunidade em que a autora apresentou Réplica à
Contestação da União, aos 18.10.2011, houve alegação no sentido de que a intimação realizada por
edital teria sido encaminhada para endereço diverso do cadastrado junto à ré. Nesse ponto, ainda que a
alegação de nulidade da notificação houvesse sido referida nas primeiras oportunidades em que a autora
manifestou-se nos autos do processo administrativo ou do judicial, não foram trazidos aos autos qualquer
prova de que a recorrente atualizou o seu endereço de correspondência junto à ré antes de expedida a
notificação pelos Correios, em 1º.04.2008, tampouco antes da fixação do edital, ocorrida em 25.08.2008.
Registre-se, por oportuno, que há dos autos apenas uma tela da SRF (VIC – visão integrada contribuinte),

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datada de 04.09.2009, da qual se observa constar o alegado endereço atualizado da autora, qual seja,
Condomínio Vila de Montagne, quadra 07, casa 21, Lago Sul, Brasília-DF. Nesse contexto,
considerando-se que a parte autora estava devidamente assistida por advogado, desde 25.11.2008, e
que, um dia antes da realização do parcelamento, o mesmo causídico teve vista dos autos do processo
administrativo, em 05.07.2010, vindo a autora a aderir ao parcelamento da dívida tributária em
06.07.2010, não há como acolher a tese recursal de que a recorrente foi compelida e induzida,
equivocadamente, pela ré a realizar o aludido parcelamento da dívida e que, em razão disso, tal ato seria
nulo. Não se constata a ocorrência de erro ou dolo. Não se verifica que a adesão deu-se em face de
ausência de conhecimento ou falsa noção da realidade; ou, ainda, em face da falta de conhecimento
sobre qualquer questão que ensejasse a irregularidade do lançamento. A parte autora, assistida por
advogado, dotado de conhecimento jurídico, tinha plena possibilidade de analisar o quadro posto após a
lavratura do auto de infração e respectivo lançamento tributário
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para celebrar ou não o ato jurídico questionado. Nesse prisma, não se pode afirmar que houve vício de
consentimento, de modo que se afigura íntegro o parcelamento perpetrado. Destarte, nega-se provimento
ao recurso da parte autora, devendo ser mantida a sentença que não reconheceu a possibilidade de
discussão acerca do débito tributário objeto do parcelamento. Com o trânsito em julgado, os valores
depositados na conta judicial n. 3911 635 00965213-4 (EPROC DOCUMENTOS, cadastro de 08.10.2019)
devem ser revertidos ao tesouro nacional para a liquidação do crédito tributário. Quanto à informação
trazida pela recorrente (EPROC PETIÇÃO INICIAL, cadastro de 08.10.2019) de que a ré protestou-a
indevidamente, em 28.08.2019, no valor de R$23.938,23 (vinte e três mil e novecentos e trinta e oito reais
e vinte e três centavos), apesar de haver depósito em conta vinculada a estes autos, no valor de
R$24.815,34 (vinte e quatro mil e oitocentos e quinze reais e trinta e quatro centavos), em razão de
deferimento de antecipação dos efeitos da tutela, o qual autorizou fosse realizado depósito judicial em
conta vinculada àquele juízo, com suspensão da exigibilidade do crédito tributário, intime-se a parte ré,
com urgência, para que proceda ao cancelamento do referido protesto (EPROC DOCUMENTOS,
cadastro de 08.10.2019), no prazo de 05 (cinco) dias, sob pena de multa diária no valor de R$100,00
(cem reais). Recurso desprovido. Sentença mantida. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei n.
9.099/95. Honorários advocatícios fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor da causa,
consubstanciado no valor consolidado do parcelamento em discussão (repercussão econômica do
pedido), nos termos do art. 55 da Lei nº 9.099/95. A C Ó R D Ã O Decide a Turma Recursal, à
unanimidade, negar provimento ao recurso da parte autora. Brasília – DF, Brasília – DF, 24/10/2019.

JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº 0057326-10.2015.4.01.3400 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA


BRITO RECORRENTE(S) : JOSE VANDERLAN TEIXEIRA CASTRO ADVG/PROC. : DF00025089 -
GILBERTO SIEBRA MONTEIRO RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL ADVG/PROC. : - RODRIGO
PIMENTEL DE CARVALHO
E M E N T A CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL. REAJUSTE DE
13,23%. ADEQUAÇÃO DE ACÓRDÃO AO ENTENDIMENTO DA TURMA NACIONAL DE
UNIFORMIZAÇÃO, DO STJ E DO STF. PEDIDO INICIAL IMPROCEDENTE. AGRAVOS
DESPROVIDOS. Autos recebidos da Coordenação das Turmas Recursais dos Juizados Especiais
Federais para análise de agravos internos interpostos pela parte autora contra a decisão que inadmitiu o
incidente de uniformização e/ou negou seguimento a recurso extraordinário interpostos pela parte ré em
face de acórdão proferido em ação ajuizada por servidor público federal objetivando o reajuste de
13,23%, determinando, ainda, o retorno dos autos a esta Turma de origem para juízo de adequação. A
Turma Nacional de Uniformização decidiu a matéria no PEDILEF nº 051211746.2014.4.05.8100, o qual
considerou assentada a inexistência do direito ao reajuste de 13,23%, nos seguintes termos: INCIDENTE
DE UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA. REPRESENTATIVO DA CONTROVÉRSIA (RI/TNU, ART.
17, VII). ADMINISTRATIVO. SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS. VANTAGEM PECUNIÁRIA
532

INDIVIDUAL (R$ 59,87). LEI Nº 10.698/2003. ENTENDIMENTO CONSOLIDADO NA TNU. NATUREZA


JURÍDICA DE REAJUSTE GERAL AFASTADA. INEXISTENTE O DIREITO DE REAJUSTE DE
VENCIMENTOS NO PERCENTUAL DE 13,23%. DECISÃO DA 2ª TURMA DO STF NA RECLAMAÇÃO
Nº 14.872 NO MESMO SENTIDO. INCIDENTE. CONHECIDO E DESPROVIDO. A TNU considerou,
ainda, "que a 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal, em recente decisão (31/05/2016), confirmou a
decisão monocrática proferida pelo Ministro Gilmar Mendes na Reclamação nº 14.872, que suspendeu a
decisão prolatada pela 1ª Turma do Tribunal Regional Federal da Primeira Região, nos autos do Processo
n. 2007.34.00.041467-0, que havia reconhecido o direito ao reajuste de vencimentos objeto do presente
incidente, entendendo que a decisão do Regional afrontaria as Súmulas Vinculantes nºs 10 e 37 daquela
Corte. Além disso, registrou o relator que a 2ª Turma do STF, por ocasião do julgamento do ARE 649212

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
AgR/PB (DJE 13/08/2012), já havia se manifestado sobre o tema, afastando o reajuste pretendido. Dessa
forma, concluiu o juiz federal relator que, diante do entendimento contrário à pretensão do requerente
manifestado pela Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça, e, especialmente, ante a clara
sinalização do STF no sentido do entendimento que está assentado na TNU, não haveria, por ora, razão
para modificá-lo." (Processo nº 0512117-46.2014.4.05.8100, julgado em 16/06/2016).
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

5919C4BD0DEEF384FC6C96EC1CF06637 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


2
O Superior Tribunal de Justiça tem decidido, in verbis: PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. SERVIDOR PÚBLICO
FEDERAL. VPI INSTITUÍDA PELA LEI 10.698/2003. CUMPRIMENTO À DECISÃO DO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL PROFERIDA NA RECLAMAÇÃO 25.528/RS. OBSERVÂNCIA À SÚMULA
VINCULANTE 37/STF. EMBARGOS DA UNIÃO ACOLHIDOS, COM EFEITOS MODIFICATIVOS. 1. A
teor do disposto no art. 1.022 do Código Fux (CPC/2015), os Embargos de Declaração destinam-se a
suprir omissão, afastar obscuridade, eliminar contradição ou sanar erro material existentes no julgado. 2.
Na hipótese, essa egrégia 1a. Turma reconheceu que a Vantagem Pecuniária Individual (VPI) possui
natureza jurídica de Revisão Geral Anual, devendo ser estendida aos Servidores Públicos Federais o
índice de aproximadamente 13,23%, decorrente do percentual mais benéfico proveniente do aumento
impróprio instituído pelas Leis 10.697/2003 e 10.698/2003. 3. Entretanto, após o referido julgado, o
colendo Supremo Tribunal Federal julgou procedente a Reclamação proposta pelo Ente Público
sucumbente, autuada sob o número 25.528/RS, considerando que, nos termos da Súmula Vinculante
37/STF, não cabe ao Poder Judiciário atuar em função típica legislativa, a fim de conceder aumento na
remuneração de Servidor Público, com base no princípio constitucional da isonomia. Decidiu-se, por
conseguinte, cassar a decisão proferida nos presentes autos, a fim de que outra seja proferida em
observância à Súmula Vinculante 37. 4. Logo, em cumprimento à decisão emanada na Reclamação
25.528/RS, declara-se indevida a extensão, pelo Poder Judiciário, do reajuste de 13,23% incidente sobre
o vencimento dos Servidores Públicos filiados ao Sindicato dos Servidores Federais do Rio Grande do
Sul-SINDSERF/RS, sob pena de afronta à Súmula Vinculante 37/STF. 5. Embargos de Declaração da
União acolhidos, com efeitos modificativos, a fim de reconhecer ser indevida a concessão do reajuste de
12,23% incidente sobre a remuneração dos Servidores substituídos. Ressalva do ponto de vista pessoal
do Relator. (EDcl no AgRg no REsp 1293208/RS, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO,
PRIMEIRA TURMA, julgado em 20/06/2017, DJe 28/06/2017) Por fim, em recente decisão, o Supremo
Tribunal Federal reafirmou, após reconhecer a repercussão geral da matéria, a ausência do direito ao
reajuste de 13,23%, verbis: EMENTA Recurso extraordinário com agravo. Constitucional e Administrativo.
Instituição de Vantagem Pecuniária Individual (VPI). Lei nº 10.698/03. Direito ao reajuste de 13,23%.
Orientação de ausência de repercussão geral firmada no julgamento do ARE nº 800.721-RG/PE (Tema nº
719). Exame do mérito da controvérsia em sede de reclamação. Súmula Vinculante nº 37 do Supremo
Tribunal Federal. Revisão do Tema nº 719. Repercussão geral reconhecida. Reafirmação da
jurisprudência consolidada no STF. Concessão de reajuste pelo Poder Judiciário com base no princípio
de isonomia. Impossibilidade.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

5919C4BD0DEEF384FC6C96EC1CF06637 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


3
(ARE 1208032 RG, Relator(a): Min. MINISTRO PRESIDENTE, julgado em 29/08/2019, PROCESSO
ELETRÔNICO DJe-210 DIVULG 25-09-2019 PUBLIC 26-09-2019 ) Desse modo, ante a necessidade de
observância dos precedentes firmados pela Turma Nacional de Uniformização, pelo Superior Tribunal de
Justiça e pelo Supremo Tribunal Federal, o pedido inicial há de ser julgado improcedente. Assim,
considerando que a decisão agravada está em consonância com os precedentes citados, os agravos
devem ser desprovidos e o acórdão proferido por esta Turma há de ser adequado, para negar provimento
ao recurso da parte autora, julgando improcedente o pedido inicial. Acórdão lavrado nos termos do art. 46
da Lei nº 9.099/95. A C Ó R D Ã O Decide a Turma Recursal, à unanimidade, negar provimento aos
agravos da parte autora e adequar o acórdão proferido por esta turma, para julgar improcedente o pedido
inicial, ante o entendimento firmado pela Turma Nacional de Uniformização, pelo STJ e pelo STF. Turma
Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF – 24/10/2019.
533

JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº 0061882-55.2015.4.01.3400 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA


BRITO RECORRENTE(S) : JOSE MARIA DE OLIVEIRA ADVG/PROC. : DF00025089 - GILBERTO
SIEBRA MONTEIRO RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL ADVG/PROC. : - JACIRA DE ALENCAR
ROCHA
E M E N T A CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL. REAJUSTE DE
13,23%. ADEQUAÇÃO DE ACÓRDÃO AO ENTENDIMENTO DA TURMA NACIONAL DE

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
UNIFORMIZAÇÃO, DO STJ E DO STF. PEDIDO INICIAL IMPROCEDENTE. AGRAVOS
DESPROVIDOS. Autos recebidos da Coordenação das Turmas Recursais dos Juizados Especiais
Federais para análise de agravos internos interpostos pela parte autora contra a decisão que inadmitiu o
incidente de uniformização e/ou negou seguimento a recurso extraordinário interpostos pela parte ré em
face de acórdão proferido em ação ajuizada por servidor público federal objetivando o reajuste de
13,23%, determinando, ainda, o retorno dos autos a esta Turma de origem para juízo de adequação. A
Turma Nacional de Uniformização decidiu a matéria no PEDILEF nº 051211746.2014.4.05.8100, o qual
considerou assentada a inexistência do direito ao reajuste de 13,23%, nos seguintes termos: INCIDENTE
DE UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA. REPRESENTATIVO DA CONTROVÉRSIA (RI/TNU, ART.
17, VII). ADMINISTRATIVO. SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS. VANTAGEM PECUNIÁRIA
INDIVIDUAL (R$ 59,87). LEI Nº 10.698/2003. ENTENDIMENTO CONSOLIDADO NA TNU. NATUREZA
JURÍDICA DE REAJUSTE GERAL AFASTADA. INEXISTENTE O DIREITO DE REAJUSTE DE
VENCIMENTOS NO PERCENTUAL DE 13,23%. DECISÃO DA 2ª TURMA DO STF NA RECLAMAÇÃO
Nº 14.872 NO MESMO SENTIDO. INCIDENTE. CONHECIDO E DESPROVIDO. A TNU considerou,
ainda, "que a 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal, em recente decisão (31/05/2016), confirmou a
decisão monocrática proferida pelo Ministro Gilmar Mendes na Reclamação nº 14.872, que suspendeu a
decisão prolatada pela 1ª Turma do Tribunal Regional Federal da Primeira Região, nos autos do Processo
n. 2007.34.00.041467-0, que havia reconhecido o direito ao reajuste de vencimentos objeto do presente
incidente, entendendo que a decisão do Regional afrontaria as Súmulas Vinculantes nºs 10 e 37 daquela
Corte. Além disso, registrou o relator que a 2ª Turma do STF, por ocasião do julgamento do ARE 649212
AgR/PB (DJE 13/08/2012), já havia se manifestado sobre o tema, afastando o reajuste pretendido. Dessa
forma, concluiu o juiz federal relator que, diante do entendimento contrário à pretensão do requerente
manifestado pela Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça, e, especialmente, ante a clara
sinalização do STF no sentido do entendimento que está assentado na TNU, não haveria, por ora, razão
para modificá-lo." (Processo nº 0512117-46.2014.4.05.8100, julgado em 16/06/2016).
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

B3D599BE501DDF24EB6321B714619FFE TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


2
O Superior Tribunal de Justiça tem decidido, in verbis: PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. SERVIDOR PÚBLICO
FEDERAL. VPI INSTITUÍDA PELA LEI 10.698/2003. CUMPRIMENTO À DECISÃO DO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL PROFERIDA NA RECLAMAÇÃO 25.528/RS. OBSERVÂNCIA À SÚMULA
VINCULANTE 37/STF. EMBARGOS DA UNIÃO ACOLHIDOS, COM EFEITOS MODIFICATIVOS. 1. A
teor do disposto no art. 1.022 do Código Fux (CPC/2015), os Embargos de Declaração destinam-se a
suprir omissão, afastar obscuridade, eliminar contradição ou sanar erro material existentes no julgado. 2.
Na hipótese, essa egrégia 1a. Turma reconheceu que a Vantagem Pecuniária Individual (VPI) possui
natureza jurídica de Revisão Geral Anual, devendo ser estendida aos Servidores Públicos Federais o
índice de aproximadamente 13,23%, decorrente do percentual mais benéfico proveniente do aumento
impróprio instituído pelas Leis 10.697/2003 e 10.698/2003. 3. Entretanto, após o referido julgado, o
colendo Supremo Tribunal Federal julgou procedente a Reclamação proposta pelo Ente Público
sucumbente, autuada sob o número 25.528/RS, considerando que, nos termos da Súmula Vinculante
37/STF, não cabe ao Poder Judiciário atuar em função típica legislativa, a fim de conceder aumento na
remuneração de Servidor Público, com base no princípio constitucional da isonomia. Decidiu-se, por
conseguinte, cassar a decisão proferida nos presentes autos, a fim de que outra seja proferida em
observância à Súmula Vinculante 37. 4. Logo, em cumprimento à decisão emanada na Reclamação
25.528/RS, declara-se indevida a extensão, pelo Poder Judiciário, do reajuste de 13,23% incidente sobre
o vencimento dos Servidores Públicos filiados ao Sindicato dos Servidores Federais do Rio Grande do
Sul-SINDSERF/RS, sob pena de afronta à Súmula Vinculante 37/STF. 5. Embargos de Declaração da
União acolhidos, com efeitos modificativos, a fim de reconhecer ser indevida a concessão do reajuste de
12,23% incidente sobre a remuneração dos Servidores substituídos. Ressalva do ponto de vista pessoal
do Relator. (EDcl no AgRg no REsp 1293208/RS, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO,
PRIMEIRA TURMA, julgado em 20/06/2017, DJe 28/06/2017) Por fim, em recente decisão, o Supremo
Tribunal Federal reafirmou, após reconhecer a repercussão geral da matéria, a ausência do direito ao
reajuste de 13,23%, verbis: EMENTA Recurso extraordinário com agravo. Constitucional e Administrativo.
Instituição de Vantagem Pecuniária Individual (VPI). Lei nº 10.698/03. Direito ao reajuste de 13,23%.
Orientação de ausência de repercussão geral firmada no julgamento do ARE nº 800.721-RG/PE (Tema nº
534

719). Exame do mérito da controvérsia em sede de reclamação. Súmula Vinculante nº 37 do Supremo


Tribunal Federal. Revisão do Tema nº 719. Repercussão geral reconhecida. Reafirmação da
jurisprudência consolidada no STF. Concessão de reajuste pelo Poder Judiciário com base no princípio
de isonomia. Impossibilidade.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

B3D599BE501DDF24EB6321B714619FFE TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


3
(ARE 1208032 RG, Relator(a): Min. MINISTRO PRESIDENTE, julgado em 29/08/2019, PROCESSO
ELETRÔNICO DJe-210 DIVULG 25-09-2019 PUBLIC 26-09-2019 ) Desse modo, ante a necessidade de

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
observância dos precedentes firmados pela Turma Nacional de Uniformização, pelo Superior Tribunal de
Justiça e pelo Supremo Tribunal Federal, o pedido inicial há de ser julgado improcedente. Assim,
considerando que a decisão agravada está em consonância com os precedentes citados, os agravos
devem ser desprovidos e o acórdão proferido por esta Turma há de ser adequado, para negar provimento
ao recurso da parte autora, julgando improcedente o pedido inicial. Acórdão lavrado nos termos do art. 46
da Lei nº 9.099/95. A C Ó R D Ã O Decide a Turma Recursal, à unanimidade, negar provimento aos
agravos da parte autora e adequar o acórdão proferido por esta turma, para julgar improcedente o pedido
inicial, ante o entendimento firmado pela Turma Nacional de Uniformização, pelo STJ e pelo STF. Turma
Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF – 24/10/2019.

JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº 0039747-49.2015.4.01.3400 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA


BRITO RECORRENTE(S) : MARIA DO CARMO PAES DE OLIVEIRA MELO E OUTRO(S) ADVG/PROC.
: DF00025089 - GILBERTO SIEBRA MONTEIRO RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL ADVG/PROC. : -
JACIRA DE ALENCAR ROCHA
E M E N T A CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL. REAJUSTE DE
13,23%. ADEQUAÇÃO DE ACÓRDÃO AO ENTENDIMENTO DA TURMA NACIONAL DE
UNIFORMIZAÇÃO, DO STJ E DO STF. PEDIDO INICIAL IMPROCEDENTE. AGRAVOS
DESPROVIDOS. Autos recebidos da Coordenação das Turmas Recursais dos Juizados Especiais
Federais para análise de agravos internos interpostos pela parte autora contra a decisão que inadmitiu o
incidente de uniformização e/ou negou seguimento a recurso extraordinário interpostos pela parte ré em
face de acórdão proferido em ação ajuizada por servidor público federal objetivando o reajuste de
13,23%, determinando, ainda, o retorno dos autos a esta Turma de origem para juízo de adequação. A
Turma Nacional de Uniformização decidiu a matéria no PEDILEF nº 051211746.2014.4.05.8100, o qual
considerou assentada a inexistência do direito ao reajuste de 13,23%, nos seguintes termos: INCIDENTE
DE UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA. REPRESENTATIVO DA CONTROVÉRSIA (RI/TNU, ART.
17, VII). ADMINISTRATIVO. SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS. VANTAGEM PECUNIÁRIA
INDIVIDUAL (R$ 59,87). LEI Nº 10.698/2003. ENTENDIMENTO CONSOLIDADO NA TNU. NATUREZA
JURÍDICA DE REAJUSTE GERAL AFASTADA. INEXISTENTE O DIREITO DE REAJUSTE DE
VENCIMENTOS NO PERCENTUAL DE 13,23%. DECISÃO DA 2ª TURMA DO STF NA RECLAMAÇÃO
Nº 14.872 NO MESMO SENTIDO. INCIDENTE. CONHECIDO E DESPROVIDO. A TNU considerou,
ainda, "que a 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal, em recente decisão (31/05/2016), confirmou a
decisão monocrática proferida pelo Ministro Gilmar Mendes na Reclamação nº 14.872, que suspendeu a
decisão prolatada pela 1ª Turma do Tribunal Regional Federal da Primeira Região, nos autos do Processo
n. 2007.34.00.041467-0, que havia reconhecido o direito ao reajuste de vencimentos objeto do presente
incidente, entendendo que a decisão do Regional afrontaria as Súmulas Vinculantes nºs 10 e 37 daquela
Corte. Além disso, registrou o relator que a 2ª Turma do STF, por ocasião do julgamento do ARE 649212
AgR/PB (DJE 13/08/2012), já havia se manifestado sobre o tema, afastando o reajuste pretendido. Dessa
forma, concluiu o juiz federal relator que, diante do entendimento contrário à pretensão do requerente
manifestado pela Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça, e, especialmente, ante a clara
sinalização do STF no sentido do entendimento que está assentado na TNU, não haveria, por ora, razão
para modificá-lo." (Processo nº 0512117-46.2014.4.05.8100, julgado em 16/06/2016).
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

12335305E087838EDE949F7EC578D17A TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


2
O Superior Tribunal de Justiça tem decidido, in verbis: PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. SERVIDOR PÚBLICO
FEDERAL. VPI INSTITUÍDA PELA LEI 10.698/2003. CUMPRIMENTO À DECISÃO DO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL PROFERIDA NA RECLAMAÇÃO 25.528/RS. OBSERVÂNCIA À SÚMULA
VINCULANTE 37/STF. EMBARGOS DA UNIÃO ACOLHIDOS, COM EFEITOS MODIFICATIVOS. 1. A
teor do disposto no art. 1.022 do Código Fux (CPC/2015), os Embargos de Declaração destinam-se a
suprir omissão, afastar obscuridade, eliminar contradição ou sanar erro material existentes no julgado. 2.
Na hipótese, essa egrégia 1a. Turma reconheceu que a Vantagem Pecuniária Individual (VPI) possui
natureza jurídica de Revisão Geral Anual, devendo ser estendida aos Servidores Públicos Federais o
535

índice de aproximadamente 13,23%, decorrente do percentual mais benéfico proveniente do aumento


impróprio instituído pelas Leis 10.697/2003 e 10.698/2003. 3. Entretanto, após o referido julgado, o
colendo Supremo Tribunal Federal julgou procedente a Reclamação proposta pelo Ente Público
sucumbente, autuada sob o número 25.528/RS, considerando que, nos termos da Súmula Vinculante
37/STF, não cabe ao Poder Judiciário atuar em função típica legislativa, a fim de conceder aumento na
remuneração de Servidor Público, com base no princípio constitucional da isonomia. Decidiu-se, por
conseguinte, cassar a decisão proferida nos presentes autos, a fim de que outra seja proferida em
observância à Súmula Vinculante 37. 4. Logo, em cumprimento à decisão emanada na Reclamação
25.528/RS, declara-se indevida a extensão, pelo Poder Judiciário, do reajuste de 13,23% incidente sobre
o vencimento dos Servidores Públicos filiados ao Sindicato dos Servidores Federais do Rio Grande do

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Sul-SINDSERF/RS, sob pena de afronta à Súmula Vinculante 37/STF. 5. Embargos de Declaração da
União acolhidos, com efeitos modificativos, a fim de reconhecer ser indevida a concessão do reajuste de
12,23% incidente sobre a remuneração dos Servidores substituídos. Ressalva do ponto de vista pessoal
do Relator. (EDcl no AgRg no REsp 1293208/RS, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO,
PRIMEIRA TURMA, julgado em 20/06/2017, DJe 28/06/2017) Por fim, em recente decisão, o Supremo
Tribunal Federal reafirmou, após reconhecer a repercussão geral da matéria, a ausência do direito ao
reajuste de 13,23%, verbis: EMENTA Recurso extraordinário com agravo. Constitucional e Administrativo.
Instituição de Vantagem Pecuniária Individual (VPI). Lei nº 10.698/03. Direito ao reajuste de 13,23%.
Orientação de ausência de repercussão geral firmada no julgamento do ARE nº 800.721-RG/PE (Tema nº
719). Exame do mérito da controvérsia em sede de reclamação. Súmula Vinculante nº 37 do Supremo
Tribunal Federal. Revisão do Tema nº 719. Repercussão geral reconhecida. Reafirmação da
jurisprudência consolidada no STF. Concessão de reajuste pelo Poder Judiciário com base no princípio
de isonomia. Impossibilidade.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

12335305E087838EDE949F7EC578D17A TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


3
(ARE 1208032 RG, Relator(a): Min. MINISTRO PRESIDENTE, julgado em 29/08/2019, PROCESSO
ELETRÔNICO DJe-210 DIVULG 25-09-2019 PUBLIC 26-09-2019 ) Desse modo, ante a necessidade de
observância dos precedentes firmados pela Turma Nacional de Uniformização, pelo Superior Tribunal de
Justiça e pelo Supremo Tribunal Federal, o pedido inicial há de ser julgado improcedente. Assim,
considerando que a decisão agravada está em consonância com os precedentes citados, os agravos
devem ser desprovidos e o acórdão proferido por esta Turma há de ser adequado, para negar provimento
ao recurso da parte autora, julgando improcedente o pedido inicial. Acórdão lavrado nos termos do art. 46
da Lei nº 9.099/95. A C Ó R D Ã O Decide a Turma Recursal, à unanimidade, negar provimento aos
agravos da parte autora e adequar o acórdão proferido por esta turma, para julgar improcedente o pedido
inicial, ante o entendimento firmado pela Turma Nacional de Uniformização, pelo STJ e pelo STF. Turma
Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF – 24/10/2019.

JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº 0037904-49.2015.4.01.3400 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA


BRITO RECORRENTE(S) : PAULO NARCISIO DE OLIVEIRA E OUTRO(S) ADVG/PROC. : DF00025089
- GILBERTO SIEBRA MONTEIRO RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL ADVG/PROC. : - JACIRA DE
ALENCAR ROCHA
E M E N T A CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL. REAJUSTE DE
13,23%. ADEQUAÇÃO DE ACÓRDÃO AO ENTENDIMENTO DA TURMA NACIONAL DE
UNIFORMIZAÇÃO, DO STJ E DO STF. PEDIDO INICIAL IMPROCEDENTE. AGRAVOS
DESPROVIDOS. Autos recebidos da Coordenação das Turmas Recursais dos Juizados Especiais
Federais para análise de agravos internos interpostos pela parte autora contra a decisão que inadmitiu o
incidente de uniformização e/ou negou seguimento a recurso extraordinário interpostos pela parte ré em
face de acórdão proferido em ação ajuizada por servidor público federal objetivando o reajuste de
13,23%, determinando, ainda, o retorno dos autos a esta Turma de origem para juízo de adequação. A
Turma Nacional de Uniformização decidiu a matéria no PEDILEF nº 051211746.2014.4.05.8100, o qual
considerou assentada a inexistência do direito ao reajuste de 13,23%, nos seguintes termos: INCIDENTE
DE UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA. REPRESENTATIVO DA CONTROVÉRSIA (RI/TNU, ART.
17, VII). ADMINISTRATIVO. SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS. VANTAGEM PECUNIÁRIA
INDIVIDUAL (R$ 59,87). LEI Nº 10.698/2003. ENTENDIMENTO CONSOLIDADO NA TNU. NATUREZA
JURÍDICA DE REAJUSTE GERAL AFASTADA. INEXISTENTE O DIREITO DE REAJUSTE DE
VENCIMENTOS NO PERCENTUAL DE 13,23%. DECISÃO DA 2ª TURMA DO STF NA RECLAMAÇÃO
Nº 14.872 NO MESMO SENTIDO. INCIDENTE. CONHECIDO E DESPROVIDO. A TNU considerou,
ainda, "que a 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal, em recente decisão (31/05/2016), confirmou a
decisão monocrática proferida pelo Ministro Gilmar Mendes na Reclamação nº 14.872, que suspendeu a
decisão prolatada pela 1ª Turma do Tribunal Regional Federal da Primeira Região, nos autos do Processo
n. 2007.34.00.041467-0, que havia reconhecido o direito ao reajuste de vencimentos objeto do presente
incidente, entendendo que a decisão do Regional afrontaria as Súmulas Vinculantes nºs 10 e 37 daquela
536

Corte. Além disso, registrou o relator que a 2ª Turma do STF, por ocasião do julgamento do ARE 649212
AgR/PB (DJE 13/08/2012), já havia se manifestado sobre o tema, afastando o reajuste pretendido. Dessa
forma, concluiu o juiz federal relator que, diante do entendimento contrário à pretensão do requerente
manifestado pela Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça, e, especialmente, ante a clara
sinalização do STF no sentido do entendimento que está assentado na TNU, não haveria, por ora, razão
para modificá-lo." (Processo nº 0512117-46.2014.4.05.8100, julgado em 16/06/2016).
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

CF216234CD7C68E485BF1E2C587A6DA2 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


2

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
O Superior Tribunal de Justiça tem decidido, in verbis: PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. SERVIDOR PÚBLICO
FEDERAL. VPI INSTITUÍDA PELA LEI 10.698/2003. CUMPRIMENTO À DECISÃO DO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL PROFERIDA NA RECLAMAÇÃO 25.528/RS. OBSERVÂNCIA À SÚMULA
VINCULANTE 37/STF. EMBARGOS DA UNIÃO ACOLHIDOS, COM EFEITOS MODIFICATIVOS. 1. A
teor do disposto no art. 1.022 do Código Fux (CPC/2015), os Embargos de Declaração destinam-se a
suprir omissão, afastar obscuridade, eliminar contradição ou sanar erro material existentes no julgado. 2.
Na hipótese, essa egrégia 1a. Turma reconheceu que a Vantagem Pecuniária Individual (VPI) possui
natureza jurídica de Revisão Geral Anual, devendo ser estendida aos Servidores Públicos Federais o
índice de aproximadamente 13,23%, decorrente do percentual mais benéfico proveniente do aumento
impróprio instituído pelas Leis 10.697/2003 e 10.698/2003. 3. Entretanto, após o referido julgado, o
colendo Supremo Tribunal Federal julgou procedente a Reclamação proposta pelo Ente Público
sucumbente, autuada sob o número 25.528/RS, considerando que, nos termos da Súmula Vinculante
37/STF, não cabe ao Poder Judiciário atuar em função típica legislativa, a fim de conceder aumento na
remuneração de Servidor Público, com base no princípio constitucional da isonomia. Decidiu-se, por
conseguinte, cassar a decisão proferida nos presentes autos, a fim de que outra seja proferida em
observância à Súmula Vinculante 37. 4. Logo, em cumprimento à decisão emanada na Reclamação
25.528/RS, declara-se indevida a extensão, pelo Poder Judiciário, do reajuste de 13,23% incidente sobre
o vencimento dos Servidores Públicos filiados ao Sindicato dos Servidores Federais do Rio Grande do
Sul-SINDSERF/RS, sob pena de afronta à Súmula Vinculante 37/STF. 5. Embargos de Declaração da
União acolhidos, com efeitos modificativos, a fim de reconhecer ser indevida a concessão do reajuste de
12,23% incidente sobre a remuneração dos Servidores substituídos. Ressalva do ponto de vista pessoal
do Relator. (EDcl no AgRg no REsp 1293208/RS, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO,
PRIMEIRA TURMA, julgado em 20/06/2017, DJe 28/06/2017) Por fim, em recente decisão, o Supremo
Tribunal Federal reafirmou, após reconhecer a repercussão geral da matéria, a ausência do direito ao
reajuste de 13,23%, verbis: EMENTA Recurso extraordinário com agravo. Constitucional e Administrativo.
Instituição de Vantagem Pecuniária Individual (VPI). Lei nº 10.698/03. Direito ao reajuste de 13,23%.
Orientação de ausência de repercussão geral firmada no julgamento do ARE nº 800.721-RG/PE (Tema nº
719). Exame do mérito da controvérsia em sede de reclamação. Súmula Vinculante nº 37 do Supremo
Tribunal Federal. Revisão do Tema nº 719. Repercussão geral reconhecida. Reafirmação da
jurisprudência consolidada no STF. Concessão de reajuste pelo Poder Judiciário com base no princípio
de isonomia. Impossibilidade.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

CF216234CD7C68E485BF1E2C587A6DA2 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


3
(ARE 1208032 RG, Relator(a): Min. MINISTRO PRESIDENTE, julgado em 29/08/2019, PROCESSO
ELETRÔNICO DJe-210 DIVULG 25-09-2019 PUBLIC 26-09-2019 ) Desse modo, ante a necessidade de
observância dos precedentes firmados pela Turma Nacional de Uniformização, pelo Superior Tribunal de
Justiça e pelo Supremo Tribunal Federal, o pedido inicial há de ser julgado improcedente. Assim,
considerando que a decisão agravada está em consonância com os precedentes citados, os agravos
devem ser desprovidos e o acórdão proferido por esta Turma há de ser adequado, para negar provimento
ao recurso da parte autora, julgando improcedente o pedido inicial. Acórdão lavrado nos termos do art. 46
da Lei nº 9.099/95. A C Ó R D Ã O Decide a Turma Recursal, à unanimidade, negar provimento aos
agravos da parte autora e adequar o acórdão proferido por esta turma, para julgar improcedente o pedido
inicial, ante o entendimento firmado pela Turma Nacional de Uniformização, pelo STJ e pelo STF. Turma
Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF – 24/10/2019.

JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº 0050631-40.2015.4.01.3400 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA


BRITO RECORRENTE(S) : FLAVIO PEREIRA RISSATO ADVG/PROC. : DF00015682 - VICTOR
MENDONCA NEIVA E OUTRO(S) RECORRIDO(S) : CAIXA ECONOMICA FEDERAL ADVG/PROC. :
537

E M E N T A PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. HIPÓTESES DE CABIMENTO.


ART. 1.022 DO NCPC. INEXISTÊNCIA DE ERRO MATERIAL, OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU
OBSCURIDADE. PREQUESTIONAMENTO. ART. 1.025 DO NCPC. EMBARGOS REJEITADOS.
Embargos de declaração opostos por FLÁVIO PEREIRA RISSATO contra acórdão de embargos de
declaração. A decisão impugnada rejeitou os embargos de declaração opostos em face de acórdão, que
manteve a sentença de improcedência proferida em ação ajuizada objetivando a indenização por danos
materiais e morais, em razão de não liberação de financiamento habitacional. A parte embargante aduz,
em suma, que [...] o acórdão foi omisso em não apreciar a questão de fundo dos embargos que é o
documento acostado e suas características, veja que o respeitável acórdão diz tratar-se de simulação e
não indica, em momento algum, porque tal documento seria uma simulação quando, de outro lado, o que

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
temos é a própria intitulação de proposta aprovada. Os embargos de declaração têm por objetivo a
integração de acórdão que contenha erro material, omissão, contradição ou obscuridade (art. 48 da Lei nº
9.099/95 - art. 1.022, I e II, do novo Código de Processo Civil), sendo rejeitados os recursos opostos para
se obter o reexame da matéria ou com o único objetivo de que o colegiado manifeste-se expressamente
acerca de dispositivos legais ou constitucionais invocados a título de prequestionamento. Assim, não se
prestam a reexaminar, em regra, atos decisórios alegadamente equivocados ou a incluir, no debate,
novos argumentos jurídicos, uma vez que o efeito infringente não é de sua natureza, salvo em situações
excepcionais. Jurisprudência da Segunda Turma Recursal de Minas Gerais: 2003.38.00.735500-9, Rel.
Juiz Federal JOÃO CARLOS COSTA MAYER SOARES, julgado em 12/11/2004, DJ-MG de 27/11/2004.
Fica óbvio, no presente caso, que a intenção da embargante é rediscutir matéria já decidida, uma vez que
o acórdão indicou os fundamentos suficientes para a compreensão das razões de decidir. Portanto,
ausente no acórdão vergastado qualquer ponto obscuro, contraditório ou omisso, rejeitam-se os
presentes embargos declaratórios. Remanescendo o interesse recursal, pode a parte interpor o
pertinente recurso, posto que a oposição de embargos de declaração satisfaz a exigência estabelecida
pelo enunciado nº 356 da Súmula do STF ainda que a omissão, a contradição e/ou a obscuridade não
venha(m) a ser suprida(s) pelo Tribunal a quo. Nesse sentido: (AI 553928 ED, Relator Min. DIAS
TOFFOLI,
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

16C2479EEDBF8DF09F8B560E3C71D6F8 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


2
Primeira Turma, julgado em 15/12/2009, DJ-e-035 DIVULG 25-02-2010 PUBLIC 26-02-2010 EMENT
VOL-02391-08 PP-01841). De igual modo, o disposto no art. 1.025 do novo CPC (Art. 1.025. Consideram-
se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda
que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere
existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade). Embargos rejeitados. Acórdão lavrado nos moldes
do art. 46 da Lei nº 9.099/95. A C Ó R D Ã O Decide a Turma Recursal, por unanimidade, rejeitar os
embargos de declaração opostos pela parte autora. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF.
Brasília – DF, 24/10/2019.

JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº 0065451-64.2015.4.01.3400 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA


BRITO RECORRENTE(S) : EDVAN DO VALE ADVG/PROC. : DF00066666 - NPJ/UNICEUB
RECORRIDO(S) : CAIXA ECONOMICA FEDERAL ADVG/PROC. :
E M E N T A PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. HIPÓTESES DE CABIMENTO.
ART. 1.022 DO NCPC. INEXISTÊNCIA DE ERRO MATERIAL, OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU
OBSCURIDADE. PREQUESTIONAMENTO. ART. 1.025 DO NCPC. EMBARGOS REJEITADOS.
Embargos de declaração opostos por EDVAN DO VALE em face de acórdão que manteve a sentença de
improcedência proferida em ação ajuizada objetivando a declaração de inexistência da dívida, bem como
a condenação da ré no pagamento de danos morais, e, ainda, a retirada de anotação nos cadastros
restritivos de crédito. A parte embargante aduz, em suma, que tal como afirmado no recurso inominado
supracitado, o embargante entrou em contato com a embargada por meio do protocolo nº 150901155164-
4. Ocorre que a instituição financeira permaneceu inerte ante a solicitação de transferência do pagamento
efetuado, erroneamente, no cartão de bandeira Elo, quando o pagamento que se desejava adimplir era o
do cartão bandeira Visa. Argúi, ainda, que [...] apesar de tratar de parte dos argumentos endereçados
pelo Recurso Inominado apresentado por esta embargante, observa-se que o juízo não se posiciona ante
a alegação da falha de prestação de serviço por parte da Caixa Econômica Federal – CEF – Protocolo nº
150901155164-4. Os embargos de declaração têm por objetivo a integração de acórdão que contenha
erro material, omissão, contradição ou obscuridade (art. 48 da Lei nº 9.099/95 - art. 1.022, I e II, do novo
Código de Processo Civil), sendo rejeitados os recursos opostos para se obter o reexame da matéria ou
com o único objetivo de que o colegiado manifeste-se expressamente acerca de dispositivos legais ou
constitucionais invocados a título de prequestionamento. Assim, não se prestam a reexaminar, em regra,
atos decisórios alegadamente equivocados ou a incluir, no debate, novos argumentos jurídicos, uma vez
538

que o efeito infringente não é de sua natureza, salvo em situações excepcionais. Jurisprudência da
Segunda Turma Recursal de Minas Gerais: 2003.38.00.735500-9, Rel. Juiz Federal JOÃO CARLOS
COSTA MAYER SOARES, julgado em 12/11/2004, DJ-MG de 27/11/2004. Fica óbvio, no presente caso,
que a intenção da embargante é rediscutir matéria já decidida, uma vez que o acórdão indicou os
fundamentos suficientes para a compreensão das razões de decidir: (...) Na espécie, a recorrente alega
que teve o seu nome inscrito indevidamente nos órgãos de proteção ao crédito, e que foi cobrada
indevidamente, pela
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

DB6C47BC5232548ACF8AD74A53D26150 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
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recorrida, por dívida inexistente, uma vez que afirma ter efetuado o pagamento da parcela referente ao
mês de agosto/2015, só que em outro cartão. De fato, observa-se do comprovante de pagamento avulso
de cartão de crédito, anexado à documentação inicial, fl. 07, que houve o recolhimento do valor de
R$380,00 (trezentos e oitenta reais), em 20.08.2015, para pagamento do cartão de final 6723 (Bandeira
Elo). No entanto, segundo afirma o recorrente, o pagamento deveria ter sido realizado no cartão de final
8664 (Bandeira Visa), sendo que tal equívoco deve ser imputado à funcionária da agência da Lotérica que
processou o pagamento. Faz-se oportuno destacar que, apesar dos fatos aduzidos pela recorrente, não
se observa dos autos comprovação de que o cartão Elo, na data do pagamento indevido, 20.08.2015,
estava cancelado ou quitado, sendo possível que tenha havido absorção do valor depositado pelo autor
para cobrir débito, porventura, existente no referido cartão. Nesse ínterim, também não se comprova dos
autos que o equívoco no pagamento da fatura tenha sido causado pela Casa Lotérica, o que é pouco
provável, visto que os dados (visa ou elo) para pagamento da parcela devida do cartão de crédito são
repassados pelo cliente à atendente. Nesse prisma, não é razoável concluir que a funcionária da Lotérica
tivesse consigo as informações do cartão de crédito (bandeira Elo) do recorrente, ocasionando na troca
do número do cartão (Visa por Elo), no momento do processamento do pagamento da fatura. De igual
modo, não há provas de que o nome do recorrente foi incluído indevidamente nos órgãos de proteção ao
crédito, na medida em que é inequívoco que havia uma parcela em aberto no cartão Visa; tampouco se
comprova que houve requerimento junto à ré para que fosse realizada a transferência do valor pago no
cartão de crédito Elo para o cartão Visa e que tal pedido não foi atendido pela recorrida. Na verdade, o
que se verifica dos autos é que a parte autora teve o seu nome cadastrado no SERASA EXPERIAN, em
razão de pendências bancárias, sendo elas: - Caixa Econômica Federal, vencimento: 21.08.2015, valor:
R$3.719,66; - Caixa Econômica Federal, vencimento: 06.09.2015, valor: R$21.453,32. Segundo se
depreende do protocolo de atendimento solicitado pelo autor à ré, datado de 29.09.2015, houve pedido de
informações acerca de desbloqueio do nome da recorrente junto aos órgãos de proteção ao crédito, uma
vez que se encontrava em atraso com uma prestação do acordo de parcelamento de dívida de cartão de
crédito e atraso no pagamento do financiamento de um veículo, realizado junto ao Banco Pan e
repassado à Caixa Econômica Federal (DOCUMENTO INICIAL, fls. 08/09). Assim, resta claro que a
inserção do nome do autor junto ao SERASA, conforme se vê do extrato anexado à documentação inicial,
fl. 08, deve-se a dois débitos em atraso, sendo que um deles se refere à dívida não discutida nestes
autos, afeta a financiamento de um automóvel, o que por si só já seria suficiente para a negativa do
pedido indenizatório formulado (súmula 385/STJ).
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

DB6C47BC5232548ACF8AD74A53D26150 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


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Assim, não se desincumbiu o recorrente de comprovar o direito alegado para subsidiar os pedidos
formulados, razão pela qual se nega provimento ao recurso. Portanto, ausente no acórdão vergastado
qualquer ponto obscuro, contraditório ou omisso, rejeitam-se os presentes embargos declaratórios.
Remanescendo o interesse recursal, pode a parte interpor o pertinente recurso, posto que a oposição de
embargos de declaração satisfaz a exigência estabelecida pelo enunciado nº 356 da Súmula do STF
ainda que a omissão, a contradição e/ou a obscuridade não venha(m) a ser suprida(s) pelo Tribunal a
quo. Nesse sentido: (AI 553928 ED, Relator Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, julgado em 15/12/2009,
DJ-e-035 DIVULG 25-02-2010 PUBLIC 26-02-2010 EMENT VOL-02391-08 PP-01841). De igual modo, o
disposto no art. 1.025 do novo CPC (Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o
embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de declaração sejam
inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão, contradição ou
obscuridade). Embargos rejeitados. Acórdão lavrado nos moldes do art. 46 da Lei nº 9.099/95. A C Ó R D
à O Decide a Turma Recursal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração opostos pela parte
autora. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.

JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº 0002513-28.2018.4.01.3400 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA


BRITO RECORRENTE(S) : JAMILE FREITAS VIRGINIO ADVG/PROC. : RS00061848 - PRISCILA
539

BUHLER RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL) ADVG/PROC. : - FABIO


TESOLIN RODRIGUES
E M E N T A PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. INEXISTÊNCIA DE OMISSÃO.
EMBARGOS REJEITADOS. Embargos de declaração opostos por JAMILE FREITAS VIRGÍLIO em face
de acórdão que negou provimento ao recurso inominado interposto pela embargante, para manter a
sentença de improcedência proferida em ação ajuizada objetivando o pagamento das diferenças
decorrentes de progressões funcionais quando completados os interstícios de 12 ou 18 meses. A
embargante aduz, em suma, a existência de omissão na decisão embargada visto que a Turma Nacional
de Uniformização determinou o SOBRESTAMENTO no âmbito dos Juizados Especiais Federais de todas
os processos que tratam do direito à progressão funcional no interstício de 12 meses, a contar do seu

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
ingresso na carreira, afastando a aplicação dos artigos 10, §§1º e 2º e 19 do Decreto nº 84.669/80, com o
pagamento de todas as diferenças remuneratórias. Afirma que a decisão do Presidente da TNU foi
proferida nos processos Nº 052079209.2016.4.05.8300/PE e Nº 0501981-82.2017.4.05.8100/CE, os quais
foram afetados como representativos da controvérsia. In casu, verifica-se que as matérias tratadas nos
incidentes delineados pela parte embargante, a despeito de guardarem similitude fática com a matéria
decidida no presente feito, não são idênticas. No PEDILEF nº 0520792-09.2016.4.05.8300 (Tema 189),
que já foi julgado pela TNU, restou firmada a seguinte tese: O marco inicial para contagem dos interstícios
das progressões e promoções funcionais dos servidores públicos integrantes do quadro da Defensoria
Pública da União é a data de início do exercício do servidor na respectiva carreira. No PEDILEF nº
0501981-82.2017.4.05.8100 (Tema 190), também já julgado, a TNU firmou tese semelhante, verbis: O
marco inicial para contagem dos interstícios das progressões e promoções funcionais dos servidores
públicos integrantes do quadro da Advocacia Geral da União deve ser fixado na data da entrada em
efetivo exercício na carreira. Os processos em questão tratam, portanto, das carreiras de servidores da
DPU e da AGU, que não se confundem com a carreira da Auditoria Fiscal do Trabalho, da qual é
integrante a embargante. Ademais, julgados os referidos recursos, não há mais razão para o
sobrestamento do presente feito. De outro lado, o recurso foi julgado conforme precedente do Superior
Tribunal de Justiça, estando configurada a superação das teses da TNU citadas.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

9A7B43FABC173641DFC4B11F85CE2FA7 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


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Portanto, ausente no acórdão vergastado qualquer ponto omisso, rejeitam-se os presentes embargos
declaratórios. Embargos rejeitados. Acórdão lavrado nos moldes do art. 46 da Lei nº 9.099/95. A C Ó R D
à O Decide a Turma Recursal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração opostos pela parte
autora. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.

JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº 0012618-35.2016.4.01.3400 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA


BRITO RECORRENTE(S) : CF FILTROS EIRELI - EPP E OUTRO(S) ADVG/PROC. : SP00208351 -
DANIEL BETTAMIO TESSER E OUTRO(S) E OUTRO(S) RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL
(FAZENDA NACIONAL) ADVG/PROC. : - RHAINA ELLERY HULAND
E M E N T A PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. HIPÓTESES DE CABIMENTO.
ART. 1.022 DO NCPC. INEXISTÊNCIA DE ERRO MATERIAL, OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU
OBSCURIDADE. PREQUESTIONAMENTO. ART. 1.025 DO NCPC. EMBARGOS REJEITADOS.
Embargos de declaração opostos pela CF FILTROS EIRELI – EPP E OUTROS em face de acórdão que
manteve a sentença de improcedência proferida em ação ajuizada objetivando a declaração de nulidade
do Processo Administrativo Fiscal nº 10111.720.287/2013-17. Aduzem, em suma, as partes embargantes
a existência de contradição na decisão embargada, na medida em que se ignorou o fato que os
Embargantes não possuem qualquer relação, para além da comercial no âmbito nacional, com as
empresas PRIME e UTILIDAD, não sendo crível que se pretenda exigir que a empresa CF FILTROS,
alheia às atividades de tais terceiros, pudesse manifestar-se sobre a capacidade de operação no
comércio exterior, que foi ou deveria ter sido aferida pela Ré, ao lhes outorgar a habilitação no
SISCOMEX-RADAR. Sustentam que os argumentos relacionados à alegada baixa capacidade financeira
da UTILIDAD, inconsistências verificadas em sua contabilidade e em relação a integralização de seu
capital social, utilizados para afirmar que suas operações seriam, em tese, financiadas pelos “reais
intervenientes”, não poderiam ser-lhes oponíveis. Afirma que não é possível certificar que a decisão
realmente alcançou o fato de que a Autora da lide é a empresa CF FILTROS e não UTILIDAD, pois a
impressão que se tem, com base em trechos da decisão abaixo destacada é que houve uma “confusão”
por parte do Juízo. Arguem, ainda, que o ônus da prova em se tratando de acusação de ocultação de
real adquirente não é do contribuinte, mas exclusivamente do Fisco, de sorte que não pode se presumir a
ocorrência de fraude. Alegam a existência de omissão no tocante a prestação de caução feita nos autos,
a fim de suspender a exigibilidade do crédito, conforme prevê o art. 151 do Código Tributário Nacional,
bem como não se manifestou sobre a exclusão da empresa do Regime Unificado de Arrecadação de
540

Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte – Simples


Nacional. Argumentam a ausência de manifestação acerca dos esclarecimentos sobre o modelo de
negócios adotado e a impossibilidade de se atender à expectativa fiscal, eis que o próprio sistema
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Siscomex não permite que se insiram informações sobre o “adquirente do adquirente”, tendo restringindo-
se a Turma a afirmar que o modelo de negócios não seria lícito. Por fim, asseveram que em relação ao
Embargante EDMAR MOTHÉ, não é crível que se pretenda alegar que sua responsabilidade decorre do

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
fato de ter participação em empresas que atuam com a marca Mundo dos Filtros, exclusivamente, sem a
delineação de qualquer conduta irregular. Os embargos de declaração têm por objetivo a integração de
acórdão que contenha erro material, omissão, contradição ou obscuridade (art. 48 da Lei nº 9.099/95 - art.
1.022, I e II, do novo Código de Processo Civil), sendo rejeitados os recursos opostos para se obter o
reexame da matéria ou com o único objetivo de que o colegiado manifeste-se expressamente acerca de
dispositivos legais ou constitucionais invocados a título de prequestionamento. Assim, não se prestam a
reexaminar, em regra, atos decisórios alegadamente equivocados ou a incluir, no debate, novos
argumentos jurídicos, uma vez que o efeito infringente não é de sua natureza, salvo em situações
excepcionais. Jurisprudência da Segunda Turma Recursal de Minas Gerais: 2003.38.00.735500-9, Rel.
Juiz Federal JOÃO CARLOS COSTA MAYER SOARES, julgado em 12/11/2004, DJ-MG de 27/11/2004.
Fica óbvio, no presente caso, que a intenção da parte embargante é rediscutir matéria já decidida, uma
vez que o acórdão indicou os fundamentos suficientes para a compreensão das razões de decidir: (...)
Compulsando-se os autos, notadamente os documentos colacionados na exordial, constata-se o acórdão
da 2ª Turma da DRJ/FNS, o qual manteve o crédito tributário, ora discutido, em razão do reconhecimento
da interposição fraudulenta de terceiros em operações de importação de mercadorias. Com efeito, o
acórdão em questão assenta que a PRIME HOLDING e a UTILIDAD COMÉRCIO DE MÓVEIS E
ELETRO são dos mesmos sócios e funcionam no mesmo endereço, configurando, portanto, uma única
empresa, com atuação em dois níveis de operações (um como importador e outro como adquirente),
objetivando a ocultação do verdadeiro adquirente na operação de importação das mercadorias. O
acórdão trata, ainda, das inconsistências verificadas na contabilidade da UTILIDAD, bem como o papel do
Sr. Edmar Mothé como seu financiador, ainda que dono de diversas empresas que se utilizam da marca
MUNDO DOS FILTROS. Assevera, em seu relatório (fls. 22 da documentação inicial), que cotejando
várias DI para demonstrar que Utilidad adquire, por conta e ordem, diversos eletrodomésticos,
repassando as mercadorias para empresas do grupo Mundos dos Filtros (incluindo a Casa dos Filtros),
normalmente no mesmo dia ou poucos dias após e com baixa agregação de valor (por vezes negativa),
sendo que os preços praticados para um dos adquirentes sob a bandeira Mundos dos Filtros são os
mesmos, independente de quantidades adquiridas. Fundamenta-se, notadamente, na citada baixa
capacidade financeira da UTILIDAD bem como nas inconsistências verificadas na integralização de seu
capital social, para demonstrar que em verdade a atividade da empresa era
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financiada, de fato, pelos reais adquirentes dos produtos importados. Tal fato ocasionou, inclusive, a
determinação da baixa de seu CNPJ. O acórdão, quanto ao reconhecimento da interposição fraudulenta,
foi mantido pelo CARF, que apenas excluiu a responsabilidade pessoal da Sra. Maria Alves Rosa (fls. 10
e seguintes da documentação inicial – complemento). Nota-se, por seu turno, que as partes recorrentes
não se desincumbiram do ônus de infirmar os fundamentos ora delineados. Não colacionam qualquer
documento hábil à prova da capacidade financeira da UTILIDAD, bem como a ausência de irregularidade
na constituição e integralização do seu capital social. Ressalte-se, ainda, que, apesar da alegação na
peça recursal de que "a distribuidora UTILIDAD fornecia para diversas empresas, grandes magazines e
não apenas para a Recorrente ou para outras empresas que atuam com a marca Mundo dos Filtros", a
recorrente não produz qualquer elemento de prova nesse sentido, tampouco notas fiscais que
comprovassem as alegadas operações com outras empresas, não obstante tratar de documento
obrigatório para as operações. Desse modo, não procede a alegação de que o modelo de negócios
adotado é lícito. Assevere-se que a ausência de capacidade financeira da empresa adquirente (no caso a
UTILIDAD) é causa suficiente à configuração da interposição fraudulenta. Nesse sentido, julgado do TRF
da 4ª Região: EMENTA: TRIBUTÁRIO. ADUANEIRO. AÇÃO ANULATÓRIA. INTERPOSIÇÃO
FRAUDULENTA DE TERCEIROS. OCULTAÇÃO DO SUJEITO PASSIVO NA IMPORTAÇÃO.
COMPROVAÇÃO. PENA DE PERDIMENTO. 1. A legislação aduaneira admite a atuação dos
importadores em três diferentes modalidades de operações: a) importação direta ou por conta própria; b)
importação por conta e ordem de terceiros; c) importação para revenda a encomendante predeterminado
(Lei nº 11.281/06, IN SRF nº 634/06). 2. No caso da importação por conta e ordem de terceiros, a
empresa importadora promove, em seu nome, o despacho aduaneiro de importação de mercadorias
adquiridas por outra empresa - a adquirente -, em razão de contrato previamente firmado, que pode
compreender ainda a prestação de outros serviços relacionados com a transação comercial, como a
realização de cotação de preços e a intermediação comercial (art. 1º da IN SRF nº 225/02 e art. 12, § 1°,
541

I, da IN SRF nº 247/02). 3. Não atendidos os requisitos legais para importação por conta e ordem de
terceiros, resta configurada a situação de ocultação do sujeito passivo, do real vendedor, comprador ou
de responsável pela operação, mediante simulação ou fraude, inclusive interposição fraudulenta de
terceiro, prevista como hipótese de dano ao Erário, sujeita à pena de perdimento, nos termos do artigo 23,
inciso V, §§1º e 2, do Decreto-Lei nº 1.455/1976 (redação dada pelas Leis nº 10.637/2002 e 12.350/2010).
4. No caso dos autos, no curso de procedimento especial de controle aduaneiro, a empresa autuada não
conseguiu comprovar quando ingressaram em sua conta corrente os recursos necessários à
integralização de
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seu capital social, bem como não pode demonstrar que tinha condições de operar no comércio
internacional com recursos próprios. 5. Outrossim, restou devidamente comprovado que os sujeitos
simularam importação por contra própria em nome da empresa autora e, posteriormente, por encomenda,
uma vez que a real adquirente das mercadorias não poderia registrar a operação como própria ou por sua
conta e ordem, pois extrapolaria seu limite semestral de importações, conforme habilitação do RADAR. 6.
A ausência de prejuízo fiscal monetário é irrelevante para a caracterização da interposição fraudulenta.
Embora a situação possa gerar dano material ao erário, o perdimento das mercadorias, no caso, é sanção
do ilícito, e não ressarcimento pelos eventuais tributos não recolhidos. (TRF4, AC
500275327.2014.4.04.7008, PRIMEIRA TURMA, Relator ROGER RAUPP RIOS, juntado aos autos em
09/11/2017) Quanto ao reconhecimento da responsabilidade solidária dos sócios, a sentença encontra-se
em consonância com o art. 135, III, do Código Tributário Nacional: Art. 135. São pessoalmente
responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com
excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos: I - as pessoas referidas no artigo
anterior; II - os mandatários, prepostos e empregados; III - os diretores, gerentes ou representantes de
pessoas jurídicas de direito privado. Registre-se que é irrefutável o fundamento de que a interposição
fraudulenta de terceiro em operação de importação implica em infração de lei, atraindo a responsabilidade
pessoal dos administradores da pessoa jurídica beneficiada, na hipótese, a Casa dos Filtros. Esclareça-se
que o acórdão é bastante claro ao delinear, conforme amplamente demonstrado na esfera administrativa,
que a UTILIDAD foi utlizada de forma fraudulenta para ocultar os verdadeiros sujeitos passivos da
operação de importação, dentre os quais, a CF FILTROS, ora embargante. Quanto ao embargante
EDMAR MOTHE, restou devidamente demonstrado pelas provas no âmbito administrativo e sem qualquer
prova apresentada na esfera judicial apta a infirmar a conclusão do procedimento administrativo, ser o
embargante o verdadeiro financiador das atividades da UTILIDAD, ainda que tenha permanecido por
curto espaço de tempo em seu quadro societário, ante a baixa capacidade financeira da referida empresa
e as irregularidades constatadas na constituição de seu capital social. Portanto, ausente no acórdão
vergastado qualquer ponto obscuro, contraditório ou omisso, rejeitam-se os presentes embargos
declaratórios. Remanescendo o interesse recursal, pode a parte interpor o pertinente recurso, posto que
a oposição de embargos de declaração satisfaz a exigência estabelecida pelo enunciado nº 356 da
Súmula do STF ainda que a omissão, a contradição e/ou a obscuridade não venha(m) a ser suprida(s)
pelo Tribunal a quo. Nesse sentido: (AI 553928 ED, Relator Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, julgado
em 15/12/2009, DJ-e-035 DIVULG 25-02-2010 PUBLIC 26-02-2010 EMENT VOL-02391-08 PP-01841).
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

24412B855F266035C724739A8E9C154C TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


5
De igual modo, o disposto no art. 1.025 do novo CPC (Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os
elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de
declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão,
contradição ou obscuridade). Embargos rejeitados. Acórdão lavrado nos moldes do art. 46 da Lei nº
9.099/95. A C Ó R D Ã O Decide a Turma Recursal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração
opostos pelos autores. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.

JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº 0057682-68.2016.4.01.3400 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA


BRITO RECORRENTE(S) : UNIAO FEDERAL E OUTRO(S) ADVG/PROC. : RECORRIDO(S) : MARIA
CONCEICAO DA CRUZ ADVG/PROC. : DF00002256 - RUDI MEIRA CASSEL
E M E N T A PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. HIPÓTESES DE CABIMENTO.
ART. 1.022 DO NCPC. INEXISTÊNCIA DE ERRO MATERIAL, OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU
OBSCURIDADE. PREQUESTIONAMENTO. ART. 1.025 DO NCPC. EMBARGOS REJEITADOS.
Embargos de declaração opostos pela parte autora em face de acórdão que reformou a sentença, para
julgar improcedente o pedido inicial de reconhecimento do exercício de atividade especial e a sua
averbação no regime próprio, em razão de atividade desenvolvida no INAMPS, sob o regime celetista. A
542

parte embargante aduz, em suma, a existência de [...] omissão, na medida em que desconsiderou a plena
possibilidade da averbação do tempo de serviço especial laborado no INAMPS, computando-se os 20%
de adicional de efetivo exercício em atividade insalubre da autora, razão pela qual opõem-se os presentes
aclaratórios, que merecem ser acolhidos. Os embargos de declaração têm por objetivo a integração de
acórdão que contenha erro material, omissão, contradição ou obscuridade (art. 48 da Lei nº 9.099/95 - art.
1.022, I e II, do novo Código de Processo Civil), sendo rejeitados os recursos opostos para se obter o
reexame da matéria ou com o único objetivo de que o colegiado manifeste-se expressamente acerca de
dispositivos legais ou constitucionais invocados a título de prequestionamento. Assim, não se prestam a
reexaminar, em regra, atos decisórios alegadamente equivocados ou a incluir, no debate, novos
argumentos jurídicos, uma vez que o efeito infringente não é de sua natureza, salvo em situações

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
excepcionais. Jurisprudência da Segunda Turma Recursal de Minas Gerais: 2003.38.00.735500-9, Rel.
Juiz Federal JOÃO CARLOS COSTA MAYER SOARES, julgado em 12/11/2004, DJ-MG de 27/11/2004.
Fica óbvio, no presente caso, que a intenção da embargante é rediscutir matéria já decidida, uma vez que
o acórdão indicou os fundamentos suficientes para a compreensão das razões de decidir: (...) Na espécie,
alega a autora que é titular de cargo efetivo (analista judiciária do TRF da 1ª Região) e que laborou em
condições especiais, enquanto titular de emprego público, no período de 08.10.1985 a 22.11.1989, no
INAMPS, submetida ao regime celetista e ao regime geral da previdência social – RGPS. Passou a
ocupar cargo efetivo no serviço público federal em 28.11.1994.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

92AAC85F18E2BE4CC7E334DCD5B6BE96 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


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Constata-se, assim, que a hipótese ora tratada é diversa da situação de servidor titular de emprego
público, que em razão da lei nº 8.112/90, que adotou o regime jurídico único, passa a titularizar cargo
efetivo. Destarte, não demonstrada a transposição do regime geral para o regime próprio em virtude da
edição da Lei nº 8.112/90, não faz jus a autora à contagem recíproca, na forma como pleiteada na inicial,
visto a vedação contida no art. 40, §4º da Constituição Federal, que impossibilita a contagem de tempo de
serviço/contribuição ficto para fins de concessão de aposentadoria voluntária no regime próprio. Nesse
sentido, os seguintes julgados do Superior Tribunal de Justiça: PREVIDENCIÁRIO E ADMINISTRATIVO -
TEMPO DE SERVIÇO - CONTAGEM RECÍPROCA - ATIVIDADE INSALUBRE PRESTADA NA
INICIATIVA PRIVADA - CONTAGEM ESPECIAL PARA FINS DE CONCESSÃO DE APOSENTADORIA
NO SERVIÇO PÚBLICO - IMPOSSIBILIDADE - EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA ACOLHIDOS. 1. O
REsp n. 534.638/PR, relatado pelo Excelentíssimo Ministro Félix Fischer, indicado como paradigma pela
Autarquia Previdenciária, espelha a jurisprudência sedimentada desta Corte no sentido de que,
objetivando a contagem recíproca de tempo de serviço, vale dizer, a soma do tempo de serviço de
atividade privada (urbana ou rural) ao serviço público, não se admite a conversão do tempo de serviço
especial em comum, ante a expressa proibição legal (artigo 4º, I, da Lei n. 6.226/75 e o artigo 96, I, da Lei
n. 8.213/91). Precedentes. 2. Embargos de divergência acolhidos para dar-se provimento ao recurso
especial do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, reformando-se o acórdão recorrido para denegar-
se a segurança. (EREsp 524.267/PB, Rel. Ministro JORGE MUSSI, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em
12/02/2014, DJe 24/03/2014) PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL.
TEMPO DE SERVIÇO. CONTAGEM RECÍPROCA. ATIVIDADE INSALUBRE PRESTADA NA INICIATIVA
PRIVADA. CONTAGEM ESPECIAL PARA FINS DE CONCESSÃO DE APOSENTADORIA NO SERVIÇO
PÚBLICO. IMPOSSIBILIDADE 1. A 3ª Seção, ao julgar o EREsp 524.267/PB, espelhando a jurisprudência
sedimentada desta Corte, decidiu que, objetivando a contagem recíproca de tempo de serviço, vale dizer,
a soma do tempo de serviço de atividade privada (urbana ou rural) ao serviço público, não se admite a
conversão do tempo de serviço especial em comum, ante a expressa proibição legal (artigo 4º, I, da Lei n.
6.226/75 e o artigo 96, I, da Lei n. 8.213/91). 2. Agravo Regimental improvido. (AgRg no REsp
1082452/PB, Rel. Ministro NEFI CORDEIRO, SEXTA TURMA, julgado em 09/12/2014, DJe 19/12/2014)
Assim, não comprovado pelo autor o desempenho no serviço público de atividade em condições especiais
por prazo superior ao exigido para a concessão de aposentadoria especial, inviável a emissão da CTC
pretendida, para fins de contagem recíproca no regime próprio do tempo de serviço
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

92AAC85F18E2BE4CC7E334DCD5B6BE96 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


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especial desempenhado sob a égide do regime celetista e regime geral da previdência social – RGPS.
Por seu turno, não provou a autora, através de meios de prova adequados a especialidade da atividade
desenvolvida no INAMPS, sendo insuficiente para tanto o mero recebimento de adicional de
insalubridade, de sorte que também se mostra indevido o reconhecimento de labor especial levado a
efeito pela sentença recorrida. Portanto, ausente no acórdão vergastado qualquer ponto obscuro,
contraditório ou omisso, rejeitam-se os presentes embargos declaratórios. Remanescendo o interesse
recursal, pode a parte interpor o pertinente recurso, posto que a oposição de embargos de declaração
satisfaz a exigência estabelecida pelo enunciado nº 356 da Súmula do STF ainda que a omissão, a
contradição e/ou a obscuridade não venha(m) a ser suprida(s) pelo Tribunal a quo. Nesse sentido: (AI
553928 ED, Relator Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, julgado em 15/12/2009, DJ-e-035 DIVULG 25-
02-2010 PUBLIC 26-02-2010 EMENT VOL-02391-08 PP-01841). De igual modo, o disposto no art. 1.025
543

do novo CPC (Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou,
para fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados,
caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade). Embargos
rejeitados. Acórdão lavrado nos moldes do art. 46 da Lei nº 9.099/95. A C Ó R D Ã O Decide a Turma
Recursal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração opostos pela parte autora. Turma
Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.

JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
RECURSO Nº 0018624-24.2017.4.01.3400 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA
BRITO RECORRENTE(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS - INSTITUTO
NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS ADVG/PROC. : DF00022256 - RUDI MEIRA CASSEL
RECORRIDO(S) : ILSON VIEIRA DA SILVA - INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVG/PROC. : DF00022256 - RUDI MEIRA CASSEL
E M E N T A PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. HIPÓTESES DE CABIMENTO.
ART. 1.022 DO NCPC. INEXISTÊNCIA DE ERRO MATERIAL, OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU
OBSCURIDADE. PREQUESTIONAMENTO. ART. 1.025 DO NCPC. EMBARGOS REJEITADOS.
Embargos de declaração opostos por ILSON VIEIRA DA SILVA em face de acórdão que manteve a
sentença de improcedência proferida em ação ajuizada objetivando o reconhecimento do exercício de
atividade especial e a sua conversão em tempo de serviço comum para efeitos de contagem recíproca. A
parte embargante aduz, em suma, [...] omissão e contradição na sentença, uma vez que o decisum não
se manifestou sobre pedido de condenação do réu à expedição de nova CTC, bem como acerca do
período que também deve ser considerado como tempo especial laborado na atividade de motorista entre
30/06/1986 a 25/11/1986. Afirma que a atividade então exercida pelo recorrente enquadra-se na redação
do caput do art. 57, porque sujeitas a condições especiais que prejudicam a saúde ou a integridade física,
o que é inquestionável diante de sua inclusão dentre aquelas previstas no Decreto nº 53.831/64, sendo-
lhe devida a aposentadoria especial, se completasse o período de carência exigido, razão pela qual não
há que se falar em incidência da Súmula Vinculante n° 33. Sustenta que é inconteste o direito do
recorrente de converter o tempo de serviço em atividade penosa em tempo de serviço comum, de acordo
com a tabela e as disposições transcritas. Por isso, é exigível a expedição da respectiva Certidão de
Tempo de Contribuição, anotada a devida conversão, para que ao recorrente seja possível averbar esse
tempo em seu atual regime previdenciário. Os embargos de declaração têm por objetivo a integração de
acórdão que contenha erro material, omissão, contradição ou obscuridade (art. 48 da Lei nº 9.099/95 - art.
1.022, I e II, do novo Código de Processo Civil), sendo rejeitados os recursos opostos para se obter o
reexame da matéria ou com o único objetivo de que o colegiado manifeste-se expressamente acerca de
dispositivos legais ou constitucionais invocados a título de prequestionamento. Assim, não se prestam a
reexaminar, em regra, atos decisórios alegadamente equivocados ou a incluir, no debate, novos
argumentos jurídicos, uma vez que o efeito infringente não é de sua natureza, salvo em situações
excepcionais. Jurisprudência da Segunda Turma Recursal de Minas
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

5AB8F5D84FB0A037E14CF08A957EEEC3 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


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Gerais: 2003.38.00.735500-9, Rel. Juiz Federal JOÃO CARLOS COSTA MAYER SOARES, julgado em
12/11/2004, DJ-MG de 27/11/2004. Fica óbvio, no presente caso, que a intenção da embargante é
rediscutir matéria já decidida, uma vez que o acórdão indicou os fundamentos suficientes para a
compreensão das razões de decidir: (...) Na espécie, alega o autor que é titular de cargo efetivo e que
antes de ingressar no serviço público laborou em condições especiais, nos períodos de 12.09.80 a
27.05.82, de 27.09.82 a 17.04.85, de 30.07.86 a 25.11.86, e de 10.11.86 a 05.01.92, enquanto titular de
emprego submetido ao regime celetista e ao regime geral da previdência social – RGPS. Constata-se,
assim, que a hipótese ora tratada é diversa da situação de servidor titular de emprego público, que em
razão da lei nº 8.112/90, que adotou o regime jurídico único, passou a titularizar cargo efetivo. Destarte,
não demonstrada a transposição do regime geral para o regime próprio em virtude da edição da Lei nº
8.112/90, não faz jus o autor à contagem recíproca, na forma como pleiteada na inicial, visto a vedação
contida no art. 40, §4º da Constituição Federal, que impossibilita a contagem de tempo de
serviço/contribuição ficto para fins de concessão de aposentadoria voluntária no regime próprio. Nesse
sentido, julgados do Superior Tribunal de Justiça: PREVIDENCIÁRIO E ADMINISTRATIVO - TEMPO DE
SERVIÇO - CONTAGEM RECÍPROCA - ATIVIDADE INSALUBRE PRESTADA NA INICIATIVA PRIVADA
- CONTAGEM ESPECIAL PARA FINS DE CONCESSÃO DE APOSENTADORIA NO SERVIÇO PÚBLICO
- IMPOSSIBILIDADE - EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA ACOLHIDOS. 1. O REsp n. 534.638/PR,
relatado pelo Excelentíssimo Ministro Félix Fischer, indicado como paradigma pela Autarquia
Previdenciária, espelha a jurisprudência sedimentada desta Corte no sentido de que, objetivando a
contagem recíproca de tempo de serviço, vale dizer, a soma do tempo de serviço de atividade privada
(urbana ou rural) ao serviço público, não se admite a conversão do tempo de serviço especial em comum,
ante a expressa proibição legal (artigo 4º, I, da Lei n. 6.226/75 e o artigo 96, I, da Lei n. 8.213/91).
Precedentes. 2. Embargos de divergência acolhidos para dar-se provimento ao recurso especial do
544

Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, reformando-se o acórdão recorrido para denegar-se a
segurança. (EREsp 524.267/PB, Rel. Ministro JORGE MUSSI, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em
12/02/2014, DJe 24/03/2014) PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL.
TEMPO DE SERVIÇO. CONTAGEM RECÍPROCA. ATIVIDADE INSALUBRE PRESTADA NA INICIATIVA
PRIVADA. CONTAGEM ESPECIAL PARA FINS DE CONCESSÃO DE APOSENTADORIA NO SERVIÇO
PÚBLICO. IMPOSSIBILIDADE 1. A 3ª Seção, ao julgar o EREsp 524.267/PB, espelhando a jurisprudência
sedimentada desta Corte, decidiu que, objetivando a contagem recíproca de tempo de serviço, vale dizer,
a soma do tempo de
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
5AB8F5D84FB0A037E14CF08A957EEEC3 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ
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serviço de atividade privada (urbana ou rural) ao serviço público, não se admite a conversão do tempo de
serviço especial em comum, ante a expressa proibição legal (artigo 4º, I, da Lei n. 6.226/75 e o artigo 96,
I, da Lei n. 8.213/91). 2. Agravo Regimental improvido. (AgRg no REsp 1082452/PB, Rel. Ministro NEFI
CORDEIRO, SEXTA TURMA, julgado em 09/12/2014, DJe 19/12/2014) Assim, inviável a emissão da CTC
pretendida, para fins de contagem recíproca no regime próprio do tempo de serviço especial
desempenhado sob a égide do regime celetista e regime geral da previdência social – RGPS. Registre-
se, por fim, inexistir qualquer determinação de sobrestamento do feito em razão do reconhecimento da
repercussão geral da matéria tratada no RE 1.014.286. Portanto, ausente no acórdão vergastado
qualquer ponto obscuro, contraditório ou omisso, rejeitam-se os presentes embargos declaratórios.
Remanescendo o interesse recursal, pode a parte interpor o pertinente recurso, posto que a oposição de
embargos de declaração satisfaz a exigência estabelecida pelo enunciado nº 356 da Súmula do STF
ainda que a omissão, a contradição e/ou a obscuridade não venha(m) a ser suprida(s) pelo Tribunal a
quo. Nesse sentido: (AI 553928 ED, Relator Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, julgado em 15/12/2009,
DJ-e-035 DIVULG 25-02-2010 PUBLIC 26-02-2010 EMENT VOL-02391-08 PP-01841). De igual modo, o
disposto no art. 1.025 do novo CPC (Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o
embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de declaração sejam
inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão, contradição ou
obscuridade.). Embargos rejeitados. Acórdão lavrado nos moldes do art. 46 da Lei nº 9.099/95. A C Ó R D
à O Decide a Turma Recursal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração opostos pela parte
autora. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.

JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº 0037264-41.2018.4.01.3400 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA


BRITO RECORRENTE(S) : ELY CARDOSO BERNARDO ADVG/PROC. : DF00036821 - COQUELIN
AIRES LEAL NETO RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL ADVG/PROC. : - ANNA AMELIA LISBOA
E M E N T A PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. HIPÓTESES DE CABIMENTO.
ART. 1.022 DO NCPC. REDISCUSSÃO DA CAUSA. INEXISTÊNCIA DE ERRO MATERIAL, OMISSÃO,
CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE. PREQUESTIONAMENTO. ART. 1.025 DO NCPC. EMBARGOS
REJEITADOS. Embargos de declaração opostos pela parte autora em face de acórdão que desproveu
recurso inominado para manter a sentença de improcedência proferida em ação ajuizada objetivando a
declaração de inconstitucionalidade incidental do parágrafo único do art. 87, dos incisos I, II e III do art. 88
e do Anexo XCVI da Lei nº 13.324/2016; a declaração da natureza genérica de gratificação de
desempenho; e o pagamento das diferenças correspondentes. Afirma, em suma, a parte embargante: 2 –
O pedido autoral foi para INCORPORAÇÃO DA GDPST com FUNDAMENTO JURÍDICO em previsão
constitucional de paridade contida no art. 40, III, “a” da CF/88, art. 7º da EC 41/2003 e Art. 147, §1º, da
Lei 11.355/2006 (Súmula 359 do STF), e NÃO NOS MOLDES da Lei 13.324/2016, como constou do
Relatório da respeitável SENTENÇA, equivocadamente, salvo melhor juízo. A respeitável decisão está
OMISSA NESTE PONTO. (...) 4 – O órgão jurisdicional fundamentou sua decisão na premissa de que a
GDPST vem sendo paga no Ministério da Saúde com as características de Vantagem pro labore
faciendo/propter laborem. 5 – Assim, OMITIU-SE QUANTO AO FATO DE QUE o Ministério da Saúde
SEMPRE pagou a GDPST RETROATIVAMENTE e INDEPENDENTEMENTE DA PUBLICAÇÃO DO
RESULTADO dos chamados “ciclos de avaliação”, pelo SÓ FATO DO EXERCÍCIO DAS FUNÇÕES
NORMAIS DO CARGO , situação análoga à descrita no RE 476.279 e Súmula Vinculante nº 20 e
inúmeros REs com repercussão geral. Observa-se, ainda, da petição inicial, os seguintes pedidos: 2) Que
seja declarada incidentalmente a inconstitucionalidade ou a ineficácia dos seguintes dispositivos: 2.1) do
Art. 87, parágrafo único, da Lei 13.324, por incompatibilidade com o disposto na EC 41/2003, Art. 3º, 6º,
6º-A e 7º e Art. 3º da EC 47/2005;
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

579114EFC4090873173E990151F346D2 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


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545

2.2) dos incisos I, II e III do Art. 88 da Lei 13.324, sob o mesmo fundamento; 2.3) do Anexo XCVI da Lei
13.324, por violar o direito de petição e estabelecer obrigação não prevista em lei, conforme Art. 5º, II e
XXXV , CF 88; Os embargos de declaração têm por objetivo a integração de acórdão que contenha erro
material, omissão, contradição ou obscuridade (e art. 48 da Lei nº 9.099/95 - art. 1.022, I e II, do novo
Código de Processo Civil), sendo rejeitados os recursos opostos para se obter o reexame da matéria ou
com o único objetivo de que o colegiado manifeste-se expressamente acerca de dispositivos legais ou
constitucionais invocados a título de prequestionamento. Assim, não se prestam a reexaminar, em regra,
atos decisórios alegadamente equivocados ou a incluir, no debate, novos argumentos jurídicos, uma vez
que o efeito infringente não é de sua natureza, salvo em situações excepcionais. Jurisprudência da
Segunda Turma Recursal de Minas Gerais: 2003.38.00.735500-9, Rel. Juiz Federal JOÃO CARLOS

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
COSTA MAYER SOARES, julgado em 12/11/2004, DJ-MG de 27/11/2004. Fica óbvio, no presente caso,
que a intenção da parte embargante é rediscutir matéria já decidida, uma vez que o acórdão indicou os
fundamentos suficientes para a compreensão das razões de decidir. Portanto, ausente no acórdão
vergastado qualquer ponto obscuro, contraditório ou omisso, rejeitam-se os presentes embargos
declaratórios. Remanescendo o interesse recursal, pode a parte interpor o pertinente recurso, posto que a
oposição de embargos de declaração satisfaz a exigência estabelecida pelo enunciado nº 356 da Súmula
do STF ainda que a omissão, a contradição e/ou a obscuridade não venha(m) a ser suprida(s) pelo
Tribunal a quo. Nesse sentido: (AI 553928 ED, Relator Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, julgado em
15/12/2009, DJ-e-035 DIVULG 25-02-2010 PUBLIC 26-02-2010 EMENT VOL-02391-08 PP-01841). De
igual modo, o disposto no art. 1.025 do novo CPC (Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os
elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de
declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão,
contradição ou obscuridade.). Embargos rejeitados. Acórdão lavrado nos moldes do art. 46 da Lei nº
9.099/95. A C Ó R D Ã O Decide a Turma Recursal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração
opostos pela parte autora. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.

JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº 0037498-23.2018.4.01.3400 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA


BRITO RECORRENTE(S) : EDISON TADEU FERREIRA AMARAL WESTARB ADVG/PROC. :
DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL ADVG/PROC. :
CE00024102 - DIEGO EDUARDO FARIAS CAMBRAIA
E M E N T A PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. HIPÓTESES DE CABIMENTO.
ART. 1.022 DO NCPC. REDISCUSSÃO DA CAUSA. INEXISTÊNCIA DE ERRO MATERIAL, OMISSÃO,
CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE. PREQUESTIONAMENTO. ART. 1.025 DO NCPC. EMBARGOS
REJEITADOS. Embargos de declaração opostos pela parte autora em face de acórdão que desproveu
recurso inominado para manter a sentença de improcedência proferida em ação ajuizada objetivando a
declaração de inconstitucionalidade incidental do parágrafo único do art. 87, dos incisos I, II e III do art. 88
e do Anexo XCVI da Lei nº 13.324/2016; a declaração da natureza genérica de gratificação de
desempenho; e o pagamento das diferenças correspondentes. Afirma, em suma, a parte embargante: 2 –
O pedido autoral foi para INCORPORAÇÃO DA GDM-PST com FUNDAMENTO JURÍDICO em previsão
constitucional de paridade contida no art. 40, III, “a” da CF/88, art. 7º da EC 41/2003 e Art. 147, §1º, da
Lei 11.355/2006 (Súmula 359 do STF), e NÃO NOS MOLDES da Lei 13.324/2016, como constou do
Relatório da respeitável SENTENÇA, equivocadamente, salvo melhor juízo. A respeitável decisão está
OMISSA NESTE PONTO. (...) 4 – O órgão jurisdicional fundamentou sua decisão na premissa de que a
GDM-PST vem sendo paga no Ministério da Saúde com as características de Vantagem pro labore
faciendo/propter laborem. 5 – Assim, OMITIU-SE QUANTO AO FATO DE QUE o Ministério da Saúde
SEMPRE pagou a GDPST RETROATIVAMENTE e INDEPENDENTEMENTE DA PUBLICAÇÃO DO
RESULTADO dos chamados “ciclos de avaliação”, pelo SÓ FATO DO EXERCÍCIO DAS FUNÇÕES
NORMAIS DO CARGO , situação análoga à descrita no RE 476.279 e Súmula Vinculante nº 20 e
inúmeros REs com repercussão geral. Observa-se, ainda, da petição inicial, os seguintes pedidos: 2) Que
seja declarada incidentalmente a inconstitucionalidade ou a ineficácia dos seguintes dispositivos:
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

32B55FA656673BFFB5BFA6A10794AFC2 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


2
2.1) do Art. 87, parágrafo único, da Lei 13.324, por incompatibilidade com o disposto na EC 41/2003, Art.
3º, 6º, 6º-A e 7º e Art. 3º da EC 47/2005; 2.2) dos incisos I, II e III do Art. 88 da Lei 13.324, sob o mesmo
fundamento; 2.3) do Anexo XCVI da Lei 13.324, por violar o direito de petição e estabelecer obrigação
não prevista em lei, conforme Art. 5º, II e XXXV , CF 88; Os embargos de declaração têm por objetivo a
integração de acórdão que contenha erro material, omissão, contradição ou obscuridade (e art. 48 da Lei
nº 9.099/95 - art. 1.022, I e II, do novo Código de Processo Civil), sendo rejeitados os recursos opostos
para se obter o reexame da matéria ou com o único objetivo de que o colegiado manifeste-se
expressamente acerca de dispositivos legais ou constitucionais invocados a título de prequestionamento.
Assim, não se prestam a reexaminar, em regra, atos decisórios alegadamente equivocados ou a incluir,
no debate, novos argumentos jurídicos, uma vez que o efeito infringente não é de sua natureza, salvo em
546

situações excepcionais. Jurisprudência da Segunda Turma Recursal de Minas Gerais:


2003.38.00.735500-9, Rel. Juiz Federal JOÃO CARLOS COSTA MAYER SOARES, julgado em
12/11/2004, DJ-MG de 27/11/2004. Fica óbvio, no presente caso, que a intenção da parte embargante é
rediscutir matéria já decidida, uma vez que o acórdão indicou os fundamentos suficientes para a
compreensão das razões de decidir. Portanto, ausente no acórdão vergastado qualquer ponto obscuro,
contraditório ou omisso, rejeitam-se os presentes embargos declaratórios. Remanescendo o interesse
recursal, pode a parte interpor o pertinente recurso, posto que a oposição de embargos de declaração
satisfaz a exigência estabelecida pelo enunciado nº 356 da Súmula do STF ainda que a omissão, a
contradição e/ou a obscuridade não venha(m) a ser suprida(s) pelo Tribunal a quo. Nesse sentido: (AI
553928 ED, Relator Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, julgado em 15/12/2009, DJ-e-035 DIVULG 25-

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
02-2010 PUBLIC 26-02-2010 EMENT VOL-02391-08 PP-01841). De igual modo, o disposto no art. 1.025
do novo CPC (Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou,
para fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados,
caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade.). Embargos
rejeitados. Acórdão lavrado nos moldes do art. 46 da Lei nº 9.099/95. A C Ó R D Ã O Decide a Turma
Recursal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração opostos pela parte autora. Turma
Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.

JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF


PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

32B55FA656673BFFB5BFA6A10794AFC2 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


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RECURSO Nº 0037462-78.2018.4.01.3400 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA


BRITO RECORRENTE(S) : NEIVA REGINA ROSA MILANI ADVG/PROC. : DF00036821 - COQUELIN
AIRES LEAL NETO RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL ADVG/PROC. : CE00024102 - DIEGO
EDUARDO FARIAS CAMBRAIA
E M E N T A PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. HIPÓTESES DE CABIMENTO.
ART. 1.022 DO NCPC. REDISCUSSÃO DA CAUSA. INEXISTÊNCIA DE ERRO MATERIAL, OMISSÃO,
CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE. PREQUESTIONAMENTO. ART. 1.025 DO NCPC. EMBARGOS
REJEITADOS. Embargos de declaração opostos pela parte autora em face de acórdão que desproveu
recurso inominado para manter a sentença de improcedência proferida em ação ajuizada objetivando a
declaração de inconstitucionalidade incidental do parágrafo único do art. 87, dos incisos I, II e III do art. 88
e do Anexo XCVI da Lei nº 13.324/2016; a declaração da natureza genérica de gratificação de
desempenho; e o pagamento das diferenças correspondentes. Afirma, em suma, a parte embargante: 2 –
O pedido autoral foi para INCORPORAÇÃO DA GDPST com FUNDAMENTO JURÍDICO em previsão
constitucional de paridade contida no art. 40, III, “a” da CF/88, art. 7º da EC 41/2003 e Art. 147, §1º, da
Lei 11.355/2006 (Súmula 359 do STF), e NÃO NOS MOLDES da Lei 13.324/2016, como constou do
Relatório da respeitável SENTENÇA, equivocadamente, salvo melhor juízo. A respeitável decisão está
OMISSA NESTE PONTO. (...) 4 – O órgão jurisdicional fundamentou sua decisão na premissa de que a
GDPST vem sendo paga no Ministério da Saúde com as características de Vantagem pro labore
faciendo/propter laborem. 5 – Assim, OMITIU-SE QUANTO AO FATO DE QUE o Ministério da Saúde
SEMPRE pagou a GDPST RETROATIVAMENTE e INDEPENDENTEMENTE DA PUBLICAÇÃO DO
RESULTADO dos chamados “ciclos de avaliação”, pelo SÓ FATO DO EXERCÍCIO DAS FUNÇÕES
NORMAIS DO CARGO , situação análoga à descrita no RE 476.279 e Súmula Vinculante nº 20 e
inúmeros REs com repercussão geral. Observa-se, ainda, da petição inicial, os seguintes pedidos: 2) Que
seja declarada incidentalmente a inconstitucionalidade ou a ineficácia dos seguintes dispositivos: 2.1) do
Art. 87, parágrafo único, da Lei 13.324, por incompatibilidade com o disposto na EC 41/2003, Art. 3º, 6º,
6º-A e 7º e Art. 3º da EC 47/2005;
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F5135641E34924ABD85B9278048C1027 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


2
2.2) dos incisos I, II e III do Art. 88 da Lei 13.324, sob o mesmo fundamento; 2.3) do Anexo XCVI da Lei
13.324, por violar o direito de petição e estabelecer obrigação não prevista em lei, conforme Art. 5º, II e
XXXV , CF 88; Os embargos de declaração têm por objetivo a integração de acórdão que contenha erro
material, omissão, contradição ou obscuridade (e art. 48 da Lei nº 9.099/95 - art. 1.022, I e II, do novo
Código de Processo Civil), sendo rejeitados os recursos opostos para se obter o reexame da matéria ou
com o único objetivo de que o colegiado manifeste-se expressamente acerca de dispositivos legais ou
constitucionais invocados a título de prequestionamento. Assim, não se prestam a reexaminar, em regra,
atos decisórios alegadamente equivocados ou a incluir, no debate, novos argumentos jurídicos, uma vez
que o efeito infringente não é de sua natureza, salvo em situações excepcionais. Jurisprudência da
Segunda Turma Recursal de Minas Gerais: 2003.38.00.735500-9, Rel. Juiz Federal JOÃO CARLOS
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COSTA MAYER SOARES, julgado em 12/11/2004, DJ-MG de 27/11/2004. Fica óbvio, no presente caso,
que a intenção da parte embargante é rediscutir matéria já decidida, uma vez que o acórdão indicou os
fundamentos suficientes para a compreensão das razões de decidir. Portanto, ausente no acórdão
vergastado qualquer ponto obscuro, contraditório ou omisso, rejeitam-se os presentes embargos
declaratórios. Remanescendo o interesse recursal, pode a parte interpor o pertinente recurso, posto que a
oposição de embargos de declaração satisfaz a exigência estabelecida pelo enunciado nº 356 da Súmula
do STF ainda que a omissão, a contradição e/ou a obscuridade não venha(m) a ser suprida(s) pelo
Tribunal a quo. Nesse sentido: (AI 553928 ED, Relator Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, julgado em
15/12/2009, DJ-e-035 DIVULG 25-02-2010 PUBLIC 26-02-2010 EMENT VOL-02391-08 PP-01841). De
igual modo, o disposto no art. 1.025 do novo CPC (Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de
declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão,
contradição ou obscuridade.). Embargos rejeitados. Acórdão lavrado nos moldes do art. 46 da Lei nº
9.099/95. A C Ó R D Ã O Decide a Turma Recursal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração
opostos pela parte autora. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.

JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº 0054555-88.2017.4.01.3400 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA


BRITO RECORRENTE(S) : UNIAO FEDERAL ADVG/PROC. : - EDUARDO JORGE PEREIRA ALVES
RECORRIDO(S) : GIULIANA CAMBAUVA ORLANDI CASSIANO ADVG/PROC. : DF00036069 - PABLO
ROBERTO CABRAL

E M E N T A PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. HIPÓTESES DE CABIMENTO.


ART. 1.022 DO NCPC. INEXISTÊNCIA DE ERRO MATERIAL, OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU
OBSCURIDADE. PREQUESTIONAMENTO. ART. 1.025 DO NCPC. EMBARGOS REJEITADOS.
Embargos de declaração opostos por GUILIANA CAMBAUVA ORLANDI CASSIANO em face de acórdão
que julgou improcedente o pedido inicial de fixação do marco inicial para progressão/promoção funcional
na data de ingresso no órgão e, consequentemente, o pagamento das diferenças decorrentes de
progressões funcionais quando completados os interstícios de 12 ou 18 meses. Os embargos de
declaração têm por objetivo a integração de acórdão que contenha erro material, omissão, contradição ou
obscuridade (art. 48 da Lei nº 9.099/95 - art. 1.022, I e II, do novo Código de Processo Civil), sendo
rejeitados os recursos opostos para se obter o reexame da matéria ou com o único objetivo de que o
colegiado manifeste-se expressamente acerca de dispositivos legais ou constitucionais invocados a título
de prequestionamento. Assim, não se prestam a reexaminar, em regra, atos decisórios alegadamente
equivocados ou a incluir, no debate, novos argumentos jurídicos, uma vez que o efeito infringente não é
de sua natureza, salvo em situações excepcionais. Jurisprudência da Segunda Turma Recursal de Minas
Gerais: 2003.38.00.735500-9, Rel. Juiz Federal JOÃO CARLOS COSTA MAYER SOARES, julgado em
12/11/2004, DJ-MG de 27/11/2004. Fica óbvio, no presente caso, que a intenção da parte embargante é
rediscutir matéria já decidida, uma vez que o acórdão indicou os fundamentos suficientes para a
compreensão das razões de decidir conforme precedente da Turma Nacional de Uniformização: (PEDIDO
DE UNIFORMIZAÇÃO DE INTERPRETAÇÃO DE LEI FEDERAL 201050500054126, Juiz Federal
Fernando Moreira Gonçalves, DOU 12/09/2017, pág. 49/58). Portanto, ausente no acórdão vergastado
qualquer ponto obscuro, contraditório ou omisso, rejeitam-se os presentes embargos declaratórios.
Remanescendo o interesse recursal, pode a parte interpor o pertinente recurso, posto que a oposição de
embargos de declaração satisfaz a exigência estabelecida pelo enunciado nº 356 da Súmula do STF
ainda que a omissão, a contradição e/ou a obscuridade não venha(m) a ser suprida(s) pelo Tribunal a
quo. Nesse sentido: (AI 553928 ED, Relator Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, julgado em 15/12/2009,
DJ-e-035 DIVULG 25-02-2010 PUBLIC 26-02-2010 EMENT VOL-02391-08 PP-01841).
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78DF620172A54E855C4383AC89572E29 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


2
De igual modo, o disposto no art. 1.025 do novo CPC (Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os
elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de
declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão,
contradição ou obscuridade). Embargos rejeitados. Acórdão lavrado nos moldes do art. 46 da Lei nº
9.099/95. A C Ó R D Ã O Decide a Turma Recursal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração
opostos pela parte autora. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.

JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF


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RECURSO Nº 0008913-97.2014.4.01.3400 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA


BRITO RECORRENTE(S) : ELEUZA MARIA DE JESUS CASTRO ADVG/PROC. : DF00013461 - LUIS
ANTONIO WINCKLER ANNES RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL ADVG/PROC. : - DIEGO EDUARDO
FARIAS CAMBRAIA
E M E N T A PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. HIPÓTESES DE CABIMENTO.
ART. 1.022 DO NCPC. INEXISTÊNCIA DE ERRO MATERIAL. OMISSÃO. CONTRADIÇÃO OU
OBSCURIDADE. PREQUESTIONAMENTO. ART. 1.025 DO NCPC. EMBARGOS REJEITADOS.
Embargos de declaração opostos por ELEUZA MARIA DE JESUS CASTRO, em face de acórdão que
manteve a sentença de improcedência, em ação ajuizada objetivando a reinclusão definitiva da mãe da
autora, Sra. Alzira Maria de Jesus Castro, como sua dependente no programa Pró-Social. A parte

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
embargante aduz, em suma, a existência de omissão no acórdão embargado, visto que sua mãe é sua
dependente para todos os efeitos, que seu estado de saúde inspira constantes cuidados médicos, que
sua mãe esteve filiada como sua dependente no programa Pró-Social por mais de 20 (vinte) anos e,
ainda, a impossibilidade de contratação de novo plano de saúde, em razão de sua idade avançada. Os
embargos de declaração têm por objetivo a integração de acórdão que contenha erro material, omissão,
contradição ou obscuridade (art. 48 da Lei nº 9.099/95 - art. 1.022, I e II, do novo Código de Processo
Civil), sendo rejeitados os recursos opostos para se obter o reexame da matéria ou com o único objetivo
de que o colegiado manifeste-se expressamente acerca de dispositivos legais ou constitucionais
invocados a título de prequestionamento. Assim, não se prestam a reexaminar, em regra, atos decisórios
alegadamente equivocados ou a incluir, no debate, novos argumentos jurídicos, uma vez que o efeito
infringente não é de sua natureza, salvo em situações excepcionais. Jurisprudência da Segunda Turma
Recursal de Minas Gerais: 2003.38.00.735500-9, Rel. Juiz Federal JOÃO CARLOS COSTA MAYER
SOARES, julgado em 12/11/2004, DJ-MG de 27/11/2004. Fica óbvio, no presente caso, que a intenção da
embargante é rediscutir matéria já decidida, uma vez que o acórdão indicou os fundamentos suficientes
para a compreensão das razões de decidir: (...) O cerne da controvérsia está na aferição dos requisitos
para a permanência da mãe da autora como sua dependente no Pro-Social, uma vez que as Resoluções
que regulamentaram o programa estabelecem critério de limite de renda de até 02 (dois) salários mínimos
para inclusão de genitores como dependente, como se observa das Resoluções PRESI/SECBE n. 6, de
30.04.2013 e 31, de 18.12.2013. Por seu turno, restou comprovado que a renda da mãe da recorrente é
superior ao teto fixado. Ressalte-se, ainda, que essa previsão de renda máxima
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dos genitores não é nova, já existia no regulamento anterior do programa. No caso, ocorreu que a mãe da
autora obteve mais uma pensão em razão do falecimento do seu filho, servidor público. Nesse sentido, é
possível inferir que era dele dependente economicamente. Nesse prisma, verifica-se que a mãe da
autora é dependente do ex-cônjuge e ao mesmo tempo do filho falecido. Sustenta a recorrente - titular do
programa de benefícios em questão – Pro- Social - que ainda é sua dependente. As regras do programa
qualificam como condição para inclusão de dependente especial a renda máxima de dois salários
mínimos. Assim, há que ser aferido esse requisito. Ressalte-se que, após ter requerido e obtido pensão,
como dependente do seu filho falecido, a situação da mãe da autora não comporta a sua permanência no
programa. Apesar de ter sido beneficiária do Pro-Social por vinte anos, como alega na inicial, esta
situação ocorreu enquanto não recebia pensão de mais de quatro salários mínimos. Na verdade, a mãe
da autora poderia ter optado em permanecer dependente da filha, ora autora, e não do filho falecido, o
que lhe garantiria a permanência no Pro-Social. Almeja, assim, a combinação de rendas e de benefícios,
incompatíveis entre si. É importante registrar que se trata de programa em benefício dos servidores e
magistrados do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, custeado pelas contribuições de todos, os quais
suportarão os ônus e os custos da inclusão de um dependente fora dos parâmetros permitidos no
programa. Deve ser avaliado o programa como um todo e não apenas a situação individual da mãe da
autora, sob pena de tratamento diferenciado dos demais integrantes. Desse modo, a Sra. Alzira Maria de
Jesus Castro não cumpre um dos requisitos dispostos nas referidas Resoluções para ser readmitida como
dependente de sua filha, titular do programa Portanto, ausente no acórdão vergastado qualquer ponto
obscuro, contraditório ou omisso, rejeitam-se os presentes embargos declaratórios. Remanescendo o
interesse recursal, pode a parte interpor o pertinente recurso, posto que a oposição de embargos de
declaração satisfaz a exigência estabelecida pelo enunciado nº 356 da Súmula do STF ainda que a
omissão, a contradição e/ou a obscuridade não venha(m) a ser suprida(s) pelo Tribunal a quo. Nesse
sentido: (AI 553928 ED, Relator Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, julgado em 15/12/2009, DJ-e-035
DIVULG 25-02-2010 PUBLIC 26-02-2010 EMENT VOL-02391-08 PP-01841). De igual modo, o disposto
no art. 1.025 do novo CPC (Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o
embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de declaração sejam
inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão, contradição ou
obscuridade). Embargos rejeitados. Acórdão lavrado nos moldes do art. 46 da Lei nº 9.099/95.
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PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

FCBD6FBEBEBC22951A9147125849E8F2 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


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A C Ó R D Ã O Decide a Turma Recursal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração opostos


pela parte autora. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº 0023475-77.2015.4.01.3400 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA


BRITO RECORRENTE(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS ADVG/PROC. :
RECORRIDO(S) : BENICIO GOMES PINHO ADVG/PROC. : DF00022393 - WANESSA ALDRIGUES
CANDIDO
E M E N T A PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. APOSENTADORIA POR TEMPO
DE CONTRIBUIÇÃO. AFETAÇÃO DO RECURSO ESPECIAL AO RITO DOS REPETITIVOS.
REAFIRMAÇÃO DA DER. MATÉRIA DISTINTA DA ANALISADA E JULGADA. JUROS DE MORA E
CORREÇÃO MONETÁRIA. AUSÊNCIA DE MODULAÇÃO DE EFEITOS. IMPLANTAÇÃO DO
BENEFÍCIO. EMBARGOS DA PARTE RÉ REJEITADOS. EMBARGOS DA PARTE AUTORA
PARCIALMENTE ACOLHIDOS. Embargos de declaração opostos por BENÍCIO GOMES PINHO e pelo
INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL – INSS em face de acórdão que reformou em parte
sentença de parcial procedência para dar provimento ao recurso da parte autora e negar provimento ao
recurso da parte ré, em ação ajuizada objetivando a concessão de aposentadoria por tempo de
contribuição, mediante o reconhecimento de atividade rural desempenhada em período anterior à vigência
da Lei 8.213/91. O INSS aduz que [...] a 1ª Seção do Superior Tribunal de Justiça, seguindo por
unanimidade o voto do Ministro Mauro Campbell Marques, decidiu afetar os Recursos Especiais n.
1.727.062/SP, 1.727.069/SP e 1.727.064/SP, como representativos de controvérsia, a fim de pacificar a
questão relativa à reafirmação da DER. Afirma que o tema nº 995 foi delimitado nos seguintes termos:
Possibilidade de se considerar o tempo de contribuição posterior ao ajuizamento da ação, reafirmando-se
a data de entrada do requerimento-DER- para o momento de implementação dos requisitos necessários à
concessão de benefício previdenciário: (i) aplicação do artigo 493 do CPC/2015 (artigo 462 do
CPC/1973); (ii) delimitação do momento processual oportuno para se requerer a reafirmação da DER,
bem assim para apresentar provas ou requerer a sua produção. Afirma, ainda, a existência de omissão no
tocante à ausência de modulação dos efeitos da decisão do STF no RE 870.947. A parte autora aduz a
existência de omissão no tocante ao cumprimento da decisão que deferiu a antecipação de tutela de
urgência em sede de sentença. Os embargos de declaração têm por objetivo a integração de acórdão que
contenha erro material, omissão, contradição ou obscuridade (art. 48 da Lei nº 9.099/95 - art. 1.022, I e II,
do novo Código de Processo Civil), sendo rejeitados os recursos opostos para se obter o reexame da
matéria ou com o único objetivo de que o colegiado manifeste-se expressamente acerca de dispositivos
legais ou constitucionais invocados a título de prequestionamento.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

BF11AF1A749F08FDAD055B8F7A3AC3CC TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


2
Assim, não se prestam a reexaminar, em regra, atos decisórios alegadamente equivocados ou a incluir,
no debate, novos argumentos jurídicos, uma vez que o efeito infringente não é de sua natureza, salvo em
situações excepcionais. Jurisprudência da Segunda Turma Recursal de Minas Gerais:
2003.38.00.735500-9, Rel. Juiz Federal JOÃO CARLOS COSTA MAYER SOARES, julgado em
12/11/2004, DJ-MG de 27/11/2004. Primeiramente, quanto aos embargos da parte autora, acerca do não
cumprimento da tutela antecipada deferida na sentença, anote-se que considerando que eventual recurso
contra a decisão embargada não possui, em regra, efeito suspensivo, o INSS deve implantar o benefício
de aposentadoria por tempo de contribuição em favor da parte autora, no prazo máximo de 10 (dez) dias
úteis contados da intimação do presente acórdão. No tocante aos embargos opostos pelo INSS, a
matéria em análise não é idêntica a ventilada nos Recursos Especiais nº 1.727.062/SP, 1.727.069/SP e
1.727.064/SP, tendo em conta que na presente hipótese o autor cumprira os requisitos necessários à
aposentação antes mesmo do ajuizamento da presente ação. Note-se, nos termos da fundamentação do
acórdão embargado, que o autor possuía, na data da citação válida, 30/07/2015, 36 (trinta e seis) anos,
04 (quatro) meses e 17 (dezessete) dias de tempo de serviço/contribuição. A presente ação foi ajuizada
em 20/04/2015, quando já possuía o autor mais de 35 (trinta e cinco) anos de tempo de
serviço/contribuição, contando-se tempo posterior à data do requerimento administrativo. Desse modo, foi
fixado o termo inicial do benefício na data da citação válida, quando constituída a mora da parte ré, nos
termos do art. 240 do CPC/2015. Em relação aos critérios de juros de mora e de atualização monetária,
registre-se que em sessão realizada em 03/10/2019, o Supremo Tribunal Federal julgou os embargos de
550

declaração opostos no RE 870947, oportunidade em que rejeitou a modulação de efeitos, fixando em


definitivo as seguintes teses: 1) O art. 1º-F da Lei nº 9.494/97, com a redação dada pela Lei nº 11.960/09,
na parte em que disciplina os juros moratórios aplicáveis a condenações da Fazenda Pública, é
inconstitucional ao incidir sobre débitos oriundos de relação jurídico-tributária, aos quais devem ser
aplicados os mesmos juros de mora pelos quais a Fazenda Pública remunera seu crédito tributário, em
respeito ao princípio constitucional da isonomia (CRFB, art. 5º, caput); quanto às condenações oriundas
de relação jurídica não-tributária, a fixação dos juros moratórios segundo o índice de remuneração da
caderneta de poupança é constitucional, permanecendo hígido, nesta extensão, o disposto no art. 1º-F da
Lei nº 9.494/97 com a redação dada pela Lei nº 11.960/09; e 2) O art. 1º-F da Lei nº 9.494/97, com a
redação dada pela Lei nº 11.960/09, na parte em que disciplina a atualização monetária das condenações

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
impostas à Fazenda Pública segundo a remuneração oficial da caderneta de poupança, revela-se
inconstitucional ao impor restrição desproporcional ao direito de propriedade (CRFB, art. 5º, XXII), uma
vez que não se qualifica como medida adequada a capturar a variação de preços da economia, sendo
inidônea a promover os fins a que se destina. Remanescendo o interesse recursal, pode a parte interpor o
pertinente recurso, posto que a oposição de embargos de declaração satisfaz a exigência estabelecida
pelo enunciado nº 356 da Súmula do STF ainda que a omissão, a contradição e/ou a obscuridade não
venha(m) a ser
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BF11AF1A749F08FDAD055B8F7A3AC3CC TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


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suprida(s) pelo Tribunal a quo. Nesse sentido: (AI 553928 ED, Relator Min. DIAS TOFFOLI, Primeira
Turma, julgado em 15/12/2009, DJ-e-035 DIVULG 25-02-2010 PUBLIC 26-02-2010 EMENT VOL-02391-
08 PP-01841). De igual modo, o disposto no art. 1.025 do novo CPC (Art. 1.025. Consideram-se incluídos
no acórdão os elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os
embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes
erro, omissão, contradição ou obscuridade.). Embargos rejeitados. Embargos da parte autora acolhidos
parcialmente. Sentença mantida. Acórdão lavrado nos moldes do art. 46 da Lei nº 9.099/95. A C Ó R D Ã
O Decide a Turma Recursal, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração opostos pela parte ré,
acolher em parte os embargos da parte autora. Turma Recursal, Juizado Especial Federal – SJDF.
Brasília – DF, 24/10/2019.

JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº 0034561-11.2016.4.01.3400 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA


BRITO RECORRENTE(S) : GILVANETE OLIVEIRA DO NASCIMENTO ADVG/PROC. : DF00040244 -
WANDER GUALBERTO FONTENELE RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVG/PROC. : - KELLY OTSUKA MIIKE
E M E N T A PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. HIPÓTESES DE CABIMENTO.
ART. 1.022 DO NCPC. INEXISTÊNCIA DE ERRO MATERIAL, OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU
OBSCURIDADE. PREQUESTIONAMENTO. ART. 1.025 DO NCPC. EMBARGOS REJEITADOS.
Embargos de declaração opostos pela União em face de acórdão que deu parcial provimento ao recurso
da parte autora, para reformar a sentença de improcedência proferida, em ação ajuizada objetivando o
pagamento de restituições do imposto de renda pessoa física. A parte embargante aduz, em suma, a
existência de omissão e contradição na decisão embargada, visto que [...]conforme relatórios cuja juntada
ora se requer (ao qual requer seja observado o sigilo fiscal), considerando a apuração do imposto nas
declarações de ajuste fiscal da parte autora, bem como a existência de débito em seu nome passíveis de
compensação (inscrição nº 10 1 11 004174-19 em anexo), não há que se falar em restituição. Os
embargos de declaração têm por objetivo a integração de acórdão que contenha erro material, omissão,
contradição ou obscuridade (art. 48 da Lei nº 9.099/95 - art. 1.022, I e II, do novo Código de Processo
Civil), sendo rejeitados os recursos opostos para se obter o reexame da matéria ou com o único objetivo
de que o colegiado manifeste-se expressamente acerca de dispositivos legais ou constitucionais
invocados a título de prequestionamento. Assim, não se prestam a reexaminar, em regra, atos decisórios
alegadamente equivocados ou a incluir, no debate, novos argumentos jurídicos, uma vez que o efeito
infringente não é de sua natureza, salvo em situações excepcionais. Jurisprudência da Segunda Turma
Recursal de Minas Gerais: 2003.38.00.735500-9, Rel. Juiz Federal JOÃO CARLOS COSTA MAYER
SOARES, julgado em 12/11/2004, DJ-MG de 27/11/2004. Fica óbvio, no presente caso, que a intenção da
embargante é rediscutir matéria já decidida, uma vez que o acórdão indicou os fundamentos suficientes
para a compreensão das razões de decidir: (...) A Receita Federal do Brasil, antes de proceder à
restituição ou ao ressarcimento de tributos, deverá verificar se o contribuinte é devedor da Fazenda
Nacional, de acordo com o art. 7º, §1º, do Decreto-Lei nº 2.287/86, o qual afirma que existindo débito em
nome do contribuinte, o valor da restituição ou ressarcimento será compensado, total ou parcialmente,
com o valor do débito. Verifica-se da análise dos documentos que compõem o acervo probatório, que as
restituições pretendidas pela recorrente não foram efetivadas em razão das
551

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declarações anuais de ajustes, encaminhadas à Receita Federal no período de 2007 a 2015,
encontrarem-se em malha débito. Esclareça-se que a própria ré afirma que a malha débito ocorre quando
o contribuinte tem alguma dívida com a Receita Federal de períodos anteriores e que para ser excluído de
tal malha, o contribuinte pode optar por compensar a dívida com a restituição por meio de um Pedido
Eletrônico (PER/DCOMP), ou então pagar a dívida para receber a restituição. Ressalte-se que a parte
autora não refuta a existência do débito alegado em contestação, apenas sustenta que a restituição de

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
imposto de renda é verba alimentar impenhorável. Assim, o débito da parte autora é matéria incontroversa
nos autos. Desse modo, é regular a retenção da restituição apurada no ajuste. Todavia, a União não traz
documento comprobatório do débito, ao passo que a parte autora, no recurso, registra que o suposto
débito seria de valor bem inferior ao crédito a ser restituído, pugnando pela restituição da diferença. Por
sua vez, a União, em contrarrazões, não refuta tal alegação. Assim, é devida a restituição imediata do
imposto apurado em declarações de ajuste que se encontram na condição malha débito (declarações de
ajuste 2008 a 2014), abatido o valor integral do débito da parte autora. A diferença deve ser apurada após
a devida correção monetária de ambas as parcelas (créditos e débitos) pela taxa SELIC. Portanto,
ausente no acórdão vergastado qualquer ponto obscuro, contraditório ou omisso, rejeitam-se os
presentes embargos declaratórios. Remanescendo o interesse recursal, pode a parte interpor o
pertinente recurso, posto que a oposição de embargos de declaração satisfaz a exigência estabelecida
pelo enunciado nº 356 da Súmula do STF ainda que a omissão, a contradição e/ou a obscuridade não
venha(m) a ser suprida(s) pelo Tribunal a quo. Nesse sentido: (AI 553928 ED, Relator Min. DIAS
TOFFOLI, Primeira Turma, julgado em 15/12/2009, DJ-e-035 DIVULG 25-02-2010 PUBLIC 26-02-2010
EMENT VOL-02391-08 PP-01841). De igual modo, o disposto no art. 1.025 do novo CPC (Art. 1.025.
Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-
questionamento, ainda que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal
superior considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade.). Embargos rejeitados. Acórdão
lavrado nos moldes do art. 46 da Lei nº 9.099/95. A C Ó R D Ã O Decide a Turma Recursal, por
unanimidade, rejeitar os embargos de declaração opostos pela União Federal. Turma Recursal, Juizado
Especial Federal – SJDF. Brasília – DF, 24/10/2019.

JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF


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PROCESSO N. 0000205-13.2019.4.01.9340 RECORRENTE: UNIAO FEDERAL ADVOGADO : -


LETICIA MACHADO SALGADO RECORRIDO: CICERA ARGENTINA DA SILVA E OUTRO(S)
ADVOGADO: DF0001672A - SOLANGE MARIA DE CARVALHO CAVALCANTE RELATOR: RUI
COSTA GONÇALVES
EMENTA

AGRAVO. REEXPEDIÇÃO DE REQUISIÇÃO DE PEQUENO VALOR. CRÉDITO DA PARTE AUTORA


TRANSFERIDO PARA O TESOURO NACIONAL. PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. FALECIMENTO DA
AGRAVADA. SUSPENSÃO AUTOMÁTICA DOS PRAZOS PROCESSUAIS, SOBRETUDO OS
EXTINTIVOS DE DIREITO. PRESCRIÇÃO INEXISTENTE. RECURSO IMPROVIDO. 1. Trata-se de
Agravo interposto pela União Federal em face de decisão do Juízo da 26ª Vara Federal/DF, que
determinou a reexpedição da Requisição de Pequeno Valor - RPV em favor da parte autora litisconsorcial
Cícera Argentina da Silva, refutando a ocorrência de prescrição quinquenal, por entender que, no tocante
a pretensão visando à nova expedição de ofício requisitório prevista no art. 3º da Lei nº 13.463/17, o lapso
extintivo deve ser contado a partir da data do cancelamento do ofício original. 2. Em seu voto, a eminente
Juíza Federal Relatora original assim se manifestou: "VOTO VENCIDO PROCESSUAL CIVIL. FASE DE
CUMPRIMENTO DO JULGADO. DEPÓSITO À DISPOSIÇÃO DO JUÍZO. NÃO INCORPORAÇÃO AO
PATRIMÓNIO DO CREDOR. REEXPEDIÇÃO DE RPV. LEI Nº 13.463/17. PRESCRIÇÃO. INÉRCIA POR
PRAZO DE CINCO ANOS DA DATA DA INTIMAÇÃO DO DEPÓSITO. OCORRÊNCIA. AGRAVO
PROVIDO. Agravo de instrumento interposto pela UNIÃO em face de decisão que deferiu o pedido de
expedição de nova RPV, deduzido com fundamento na Lei nº 13.463/17. A agravante afirma, em suma, a
ocorrência da prescrição. Inicialmente, cumpre-se registrar que no âmbito do procedimento de
cumprimento da obrigação de pagar, por meio de Requisições de Pequeno Valor - RPVs, da Justiça
Federal, foi-se instituído um procedimento de abertura de conta em nome do credor, exclusivamente para
crédito dos valores oriundos das RPVs. Assim, dispensa-se a lavratura de alvarás, dado o grande volume
de requisições e pelo fato de na maior parte das vezes não haver qualquer óbice ao levantamento dos
recursos financeiros. Todavia, a conta fica à disposição do juízo, que pode bloquear, retificar, gerir com a
552

autonomia jurisdicional própria aquela conta. Consigne-se que a sua natureza jurídica é a de ato do
devedor em cumprimento da obrigação de pagar, colocando à disposição do juízo o montante necessário
à satisfação do débito. Nesse sentido, a conta aberta em nome da parte é somente o meio mais célere
para efetivar o cumprimento da obrigação, ao invés do juízo expedir alvará de levantamento. Ou seja,
mesmo a conta estando em nome da parte, os recursos estão à disposição do juízo, não da parte. Assim,
não se incorporou ao patrimônio jurídico da parte o depósito lá efetuado.
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Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Isso deixa claro que, mesmo sendo aberta a conta em nome do credor, não há, desde logo, a
transferência dos recursos para a sua titularidade, passando então a integrar o seu patrimônio, hipótese
em que a Lei 13.463/17 seria inconstitucional, por violação ao direito de propriedade. A titularidade dos
recursos só é adquirida com o levantamento, sem oposição, isso sem prejuízo de questionamento a
posteriori da sua regularidade. Uma vez depositado o valor, o prazo prescricional, na forma dos art. 1º c/c
art. 5º do Decreto 20.910/32, deve ser contado a partir da data da intimação do depósito, quando
configurada a paralisação do feito pelo credor. (alteração de entendimento firmado, por maioria, na 1ª TR,
na sessão de 22/08/2019 - Recurso de Agravo nº 0000327-60.2018.4.01.9340, Relator Juiz Rui Costa
Gonçalves). Assim, se da data da intimação do depósito até o requerimento de nova expedição de RPV
decorreu mais de 5 (cinco) anos, está prescrita a obrigação judicial incorporada no título. (Art. 5º Não tem
efeito de suspender a prescrição a demora do titular do direito ou do crédito ou do seu representante em
prestar os esclarecimentos que lhe forem reclamados ou o fato de não promover o andamento do feito
judicial ou do processo administrativo durante os prazos respectivamente estabelecidos para extinção do
seu direito à ação ou reclamação.) Por fim, registre-se que a execução prescreve no mesmo prazo da
ação, conforme o disposto na Súmula nº 150 do STF. Assim, uma vez efetivada a intimação do depósito
dos valores requisitados, inicia-se o prazo prescricional para que o credor exerça sua pretensão de
levantamento dos valores depositados e postos a sua disposição. Ressalva do entendimento da relatora
pela contagem desde o depósito. Na hipótese, há de ser reformada a decisão agravada, visto que entre a
data da intimação do depósito da RPV e o pedido de sua reexpedição transcorreu o prazo de 05 (cinco)
anos, configurando-se, desse modo, a prescrição. Ressalte-se que a despeito do pedido de habilitação
de herdeiros deduzido no feito originário após a interposição do presente agravo, informando que a
autora, ora agravada, faleceu durante o trâmite processual (em 2010), o valor constante da RPV ficou
disponível para a representante do espólio desde maio de 2012, conforme informações prestadas nos
autos originários. Agravo provido. Decisão agravada reformada. É como voto." 3. No caso em tela,
constata-se que houve determinação pelo Juízo de primeiro grau de reexpedição de Requisição de
Pequeno Valor - RPV em favor da parte autora litisconsorcial CÍCERA ARGENTINA DA SILVA, todavia
condicionada à apresentação de procuração atualizada, outorgada pela demandante, por conta do longo
decurso de prazo de tramitação do feito. Na sequência, consta, nos autos originários, petição subscrita
pela Advogada da parte autora, registrada em 02/04/2019, informando que, ao tentar contactar com esta,
tomou conhecimento do seu falecimento. Posteriormente, em 08/05/2019, foi juntada aos autos originários
a petição de habilitação dos herdeiros, acompanhada da documentação respectiva, inclusive Certidão de
Óbito da demandante, registrando seu falecimento em 17/09/2010. 4. Verifica-se, entretanto, que o
aludido pedido de habilitação ainda não foi deliberado pelo Juízo a quo, não tendo sido sequer intimada a
parte ré, ora agravante, acerca do pleito. 5. Diante dessa constatação, tem-se que a decisão agravada,
de rigor, deveria ser declarada nula de pleno direito, vez que nenhum prazo, sobretudo extintivo,
efetivamente fluiu nos autos a partir de 17/09/2010, conforme se depreende do art. 265, inciso I, do
Código de Processo Civil então vigente (art. 313, inciso I, Código de Processo Civil atual), desfecho esse,
porém, que se demonstra estéril, na medida em que, por via de consequência, no caso sob exame não se
consumou
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1136C5352576C5929ABFEA65825FDCC7
a prescrição intercorrente, ao contrário do alegado pela Agravante, independentemente da manifestação
judicial impugnada através do agravo ora sob exame. 6. Ante o exposto, acompanho a Relatora no
tocante ao conhecimento do Agravo interposto, mas divirjo de Sua Excelência, para ao mesmo negar
provimento, determinando de ofício o sobrestamento do curso do feito principal até que o Juízo de
primeiro grau se manifeste acerca do pedido de habilitação de sucessor(es) formulado nos autos. 7. Sem
honorários advocatícios e custas processuais. 8. Acórdão lavrado nos moldes do artigo 46 da Lei nº
9.099/95.

ACÓRDÃO

Decide a Primeira Turma Recursal, por unanimidade, conhecer do recurso interposto e, vencida a Juíza
Relatora, ao mesmo negar provimento, nos termos do voto divergente do Juiz Rui Costa Gonçalves.
553

1ª Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF- 26/09/2019.

RECURSO Nº 0000353-58.2018.4.01.9340 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA


BRITO RECORRENTE(S) : AGENOR ANTONIO DE OLIVEIRA E OUTRO(S) ADVG/PROC. :
BA00019557 - JOSE CARLOS RIBEIRO DOS SANTOS RECORRIDO(S) : UNIAO FEDERAL
ADVG/PROC. :
E M E N T A AGRAVO. ÍNDICE DE CORREÇÃO MONETÁRIA. SENTENÇA TRANSITADA EM
JULGADO. SURPEVENIÊNCIA DO JULGAMENTO DO RE 870.947/STF. MODIFICAÇÃO.
IMPOSSIBILIDADE. AGRAVO DESPROVIDO. Trata-se de agravo de instrumento interposto pela por
ALOISIO SOARES DA SILVA E OUTRO em face de decisão do Juízo da 24ª Vara Federal, proferida nos

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
seguintes termos: 1. Acolho as conclusões do parecer contábil, registrado em 01/12/2017 e, portanto,
HOMOLOGO o cálculo de liquidação apresentado pela Contadoria Judicial no valor de R$ 16.364,89
(dezesseis mil, trezentos e sessenta e quatro reais e oitenta e nove centavos), atualizado até a
competência 12/2017. 2. Defiro seja destacado do ofício requisitório o valor referente aos honorários
contratuais, com fulcro no art. 22, §4º, do Estatuto da OAB, conforme contrato juntado. 3. O valor devido
não excede a 60 (sessenta) salários mínimos, pelo que determino a expedição da RPV. As partes devem
ser intimadas para conhecimento do teor do ofício requisitório, como dispõe o art. 11 da Resolução n.º
458/2017 do CJF. Prazo: 10 (dez) dias. Transcorrido o prazo acima mencionado, não havendo
impugnação quanto à expedição das requisições de pagamento, aguarde-se a disponibilização do crédito
pelo TRF. 4. Após a efetivação do depósito, intime(m)-se a(s) parte(s) interessada(s) para ciência,
consoante o art. 41 da Resolução n.º 458/2017 do CJF. 5. Certificada a intimação ora determinada ou
comprovado o respectivo pagamento, arquive-se o processo eletrônico com baixa na distribuição. Aduz,
em suma, a parte agravante que existe um ponto crucial de equívoco da decisão do magistrado, que ao
homologar o cálculo da Contadoria, acolheu a aplicação da TR como índice de correção monetária,
enquanto que a Turma Recursal no acórdão tinha remetido para a aplicação do IPCA, quando ocorresse
o julgamento do RE 870947, que determinou a aplicação do IPCA. Compulsando-se os autos originários
(processo nº 0006774-46.2012.4.01.3400), constata-se que a sentença de improcedência foi reformada
por esta Turma Recursal, em acórdão prolatado em 17.12.2012, que no tocante aos critérios de fixação
dos juros de mora e da atualização monetária, determinou a observância do Manual de Cálculos da
Justiça Federal, especificando mais adiante a incidência uma única vez, até o efetivo pagamento, dos
índices oficiais de remuneração básica e juros aplicados à caderneta de poupança, nos termos artigo 1º-F
da Lei nº 9.494, de 10 de setembro de 1997.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

F4846AA6FA1B532B0A811968CF829339 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


2
Foram opostos embargos de declaração pela parte ré. Julgados os embargos, foi certificado o trânsito em
julgado, ocorrido em 12.06.2015. Assim, diferentemente do quanto pontuado pelos agravantes, não há no
título executivo judicial qualquer menção ao julgamento do RE 870.947, ocorrido somente em 20.09.2017.
Ressalte-se, ainda, que se mostra inviável a modificação do título executivo judicial, em razão do
superveniente julgamento do RE 870.947, ante a observância da coisa julgada material. Nesse sentido,
pela impossibilidade de modificação dos critérios correção monetária e juros de mora após o trânsito em
julgado, precedente do Superior Tribunal de Justiça, verbis: TRIBUTÁRIO. IMPOSTO DE RENDA.
CORREÇÃO MONETÁRIA. TAXA SELIC. APLICAÇÃO. FALTA DE INDICAÇÃO DE ÍNDICES. 1. A Taxa
Selic é composta de taxa de juros e correção monetária, não podendo ser cumulada, a partir de sua
incidência, com qualquer outro índice de atualização. 2. Mostra-se inviável a inclusão da Taxa Selic após
o trânsito em julgado de sentença que determinou a incidência de juros de mora em 1%, após o trânsito
em julgado, sob pena de violação do princípio da coisa julgada. 3. Embargos de divergência improvidos.
(EREsp 779.266/DF, Rel. Ministro CASTRO MEIRA, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 14/02/2007, DJ
05/03/2007, p. 258) Agrado desprovido. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº 9.099/95 A C Ó
R D Ã O Decide a Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao agravo. Turma Recursal,
Juizado Especial Federal/SJDF – 24/10/2019.

JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº 0000005-40.2018.4.01.9340 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA


BRITO RECORRENTE(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS ADVG/PROC. :
RECORRIDO(S) : ANTONIO OLIVEIRA NETO ADVG/PROC. : DF00010053 - JOSEFINA SERRA DOS
SANTOS
E M E N T A AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. SUPERVENIÊNCIA DE SENTENÇA
DE MÉRITO. PERDA DO OBJETO. AGRAVO PREJUDICADO. Cuida-se de agravo de instrumento
interposto pelo INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS em face de decisão do Juízo da 25ª
Vara Federal, que antecipou os efeitos da tutela, para determinar ao INSS que implante na presente
competência mensal (DIB e DIP 01/12/2017) o benefício de auxílio-doença, assinando para cumprimento
desse fim com prazo de 10 dias, sob pena da incidência de multa diária. Pedido de efeito suspensivo
deferido. Constata-se que sobreveio sentença de improcedência no feito originário (processo nº
554

003364710.2017.4.01.3400), transitada em julgado em 20/10/2018. Nesse sentido, declara-se prejudicado


o presente recurso pela perda superveniente do objeto. Agravo prejudicado. Acórdão lavrado nos termos
do art. 46 da Lei nº 9.099/95. A C Ó R D Ã O Decide a Turma Recursal, à unanimidade, julgar prejudicado
o agravo interposto pela UNIÃO. Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF – 24/10/2019.

JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF

RECURSO Nº 0000480-93.2018.4.01.9340 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA


BRITO RECORRENTE(S) : VENINA DIAS DE SOUZA ADVG/PROC. : - DEFEENSORIA PUBLICA DO

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
DISTRITO FEDERAL RECORRIDO(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
ADVG/PROC. :
E M E N T A AGRAVO. ÍNDICE DE CORREÇÃO MONETÁRIA. SENTENÇA TRANSITADA EM
JULGADO. SURPEVENIÊNCIA DO JULGAMENTO DO RE 870.947/STF. MODIFICAÇÃO.
IMPOSSIBILIDADE. AGRAVO DESPROVIDO. Trata-se de agravo de instrumento com pedido de tutela
de urgência interposto pela VENINA DIAS DE SOUZA em face de decisão do Juízo da 23ª Vara Federal,
proferida nos seguintes termos: 1. Rejeito a impugnação apresentada pela parte autora contra os cálculos
do INSS (cf. petição registrada em 14/05/2018), tendo em vista que não procede a sua alegação no
sentido de que, no caso, para a atualização monetária dos atrasados devidos, deveria ter sido aplicado o
IPCA-e, nos termos da decisão proferida pelo STF no RE 870.947/SE. 2. Ressalto que, na parte
dispositiva da sentença proferida nos autos, que transitou em julgado antes da decisão proferida pelo STF
no RE 870.947/SE, esta Magistrada determinou que os valores atrasados devidos à parte autora fossem
corrigidos “pelos índices oficiais de remuneração básica e juros aplicados à caderneta de poupança (art.
1º- F da Lei nº 9.494/97, na redação dada pela Lei nº 11.960, de 29 de junho de 2009)”. 3. Saliento que,
não tendo a Turma Recursal reformado a sentença quanto à correção monetária, ela transitou em julgado
inclusive nessa parte, não sendo possível, agora, a sua alteração, no tocante a esse ponto, sob pena de
afronta à coisa julgada (nesse sentido: STJ, EDcl no AgRg no AgRg no AgRg no REsp 779.382/DF, Rel.
Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA TURMA, julgado em 17/11/2009, DJe 03/12/2009). 4. Sendo assim,
homologo os cálculos elaborados pelo INSS (cf. planilha registrada em 10/11/2017), uma vez que estão
em conformidade com a sentença que fora mantida pelo acórdão da Turma Recursal. 5. Intime-se a parte
autora. 6. Não havendo recurso, expeça-se RPV, no valor de R$ 37.550,57, atualizado até 09/2017. 7.
Após ter sido expedida a requisição, intime-se a parte autora para que tome ciência dos documentos que
comprovam a implantação de benefício previdenciário em seu favor, bem como da expedição da RPV,
esclarecendo que ela deverá aguardar o prazo de até 60 (sessenta) dias, a partir da data da expedição,
para a liberação do valor na instituição financeira indicada.
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14D227F7B39D5B95B8ED4681135E2FF9 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


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8. Em seguida, intime-se a parte ré. 9. Comprovado o depósito bancário dos valores relativos à RPV
expedida nos autos, intime-se novamente a parte autora e arquivem-se. Aduz, em suma, a parte
agravante que o valor correto da condenação, após o julgamento do RE 870.947 pelo Supremo Tribunal
Federal, que determinou a aplicação do IPCA-E em lugar da TR como índice de atualização monetária é
de R$ 54.314,03. Afirma, com supedâneo em julgados do STJ, que o entendimento firmado pelo STF
deve ser aplicado aos processos em curso, inclusive naqueles em que já houve o trânsito em julgado.
Pedido de tutela de urgência indeferido em decisão registrada em 19.12.2018. Compulsando-se os autos
originários (processo nº 0019351-27.2010.4.01.3400), constata-se que a sentença, proferida em
14.12.2012, determinou, quanto aos juros de mora e à correção monetária, a aplicação do art. 1º-F da Lei
nº 9.494/97, na redação dada pela Lei nº 11.960/2009. A citada sentença restou mantida em sua
integralidade por esta Turma Recursal, em julgamento realizado em 29.10.2015. Foram opostos
embargos de declaração pela autora. Julgados os embargos, foi certificado o trânsito em julgado, ocorrido
em 02.03.2017. Estabelecidas tais premissas, mostra-se inviável a modificação do título executivo
judicial, em razão do julgamento do RE 870.947, ocorrido em 20.09.2017, ante a observância da coisa
julgada material. Nesse sentido, pela impossibilidade de modificação dos critérios correção monetária e
juros de mora após o trânsito em julgado, precedente do Superior Tribunal de Justiça, verbis:
TRIBUTÁRIO. IMPOSTO DE RENDA. CORREÇÃO MONETÁRIA. TAXA SELIC. APLICAÇÃO. FALTA DE
INDICAÇÃO DE ÍNDICES. 1. A Taxa Selic é composta de taxa de juros e correção monetária, não
podendo ser cumulada, a partir de sua incidência, com qualquer outro índice de atualização. 2. Mostra-se
inviável a inclusão da Taxa Selic após o trânsito em julgado de sentença que determinou a incidência de
juros de mora em 1%, após o trânsito em julgado, sob pena de violação do princípio da coisa julgada. 3.
Embargos de divergência improvidos. (EREsp 779.266/DF, Rel. Ministro CASTRO MEIRA, PRIMEIRA
SEÇÃO, julgado em 14/02/2007, DJ 05/03/2007, p. 258) Agrado desprovido. Acórdão lavrado nos termos
do art. 46 da Lei nº 9.099/95
555

PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

14D227F7B39D5B95B8ED4681135E2FF9 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


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A C Ó R D Ã O Decide a Turma Recursal, por unanimidade, negar provimento ao agravo. Turma
Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF – 24/10/2019.

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF
RECURSO Nº 0000113-35.2019.4.01.9340 /DF RELATORA : JUÍZA FEDERAL LÍLIA BOTELHO NEIVA
BRITO RECORRENTE(S) : UNIAO FEDERAL ADVG/PROC. : RECORRIDO(S) : RICARDO MEYER
FONTENELLE ADVG/PROC. : DF00025089 - GILBERTO SIEBRA MONTEIRO
E M E N T A AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. REAJUSTE DE 13,23%. POSTERIOR
REESTRUTURAÇÃO DA CARREIRA. LIMITAÇÃO DEVIDA. INEXISTÊNCIA DE OFENSA À COISA
JULGADA. AGRAVO PROVIDO. Agravo de instrumento interposto pela UNIÃO em face de decisão
proferida em fase de cumprimento do julgado, a qual não limitou o direito ao reajuste de 13,23%,
reconhecido pelo título executivo judicial, às posteriores reestruturações da carreira da parte agravada. A
decisão agravada (processo originário nº 0062670-40.2013.4.01.3400) consignou em sua fundamentação:
Chamo o feito à ordem. Não há determinação de absorção/limitação relativas a reestruturação de carreira
no julgamento realizado pela instância recursal. Assim, determino que a União seja novamente intimada
para cumprir a obrigação de fazer nos exatos termos da Ementa/Acórdão transitada em julgado,
desconsiderando qualquer absorção/limitação/reestruturação, não prevista no julgamento, sob pena de
pagamento de multa diária de R$ 1.000,00 (um mil reais), a incidir a partir do dia subsequente ao decurso
do prazo. Prazo: 10(dez) dias. Argumenta, em suma, a agravante que o Juízo a quo, em fase de
execução, determinou que o comando condenatório extraído da decisão judicial concessiva do reajuste
de 13,23% gerasse efeitos mesmo após a restruturação da carreira a que pertence a parte autora, a qual
implicou a incorporação do referido percentual aos vencimentos dos respectivos integrantes. Aduz que
em janeiro de 2009 houve a absorção integral do reajuste de 13,23%, com a reestruturação da carreira da
parte autora. Tal fato torna incompatível, portanto, a concessão de reajuste no percentual de 13,23% para
além desse marco, sob pena de caracterizar reajuste sobre reajuste. Afirma que Não se trata, aqui, de
pedido a implicar inovação no título executivo judicial, com ofensa à coisa julgada, mas de requerimento
para a declaração de impossibilidade do prolongamento dos efeitos de condenação judicial em razão de
situação jurídica (restruturação da carreira) que se concretizou após o fato que, segundo entendimento
judicial, gerou o direito reconhecido no processo (a edição das Leis n. 10.697 e n. 10.698). É que a
perpetuação do pagamento do reajuste representaria violação à legislação que instituiu a restruturação da
carreira, em razão da quebra da nova lógica vencimental por ela inaugurada. Compulsando-se os autos,
constata-se, de fato, que o título judicial é silente a respeito da limitação temporal do direito ao reajuste de
13,23%.
PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

B258249BFA25D5B6969D28368F8F4989 TRF 1 REGIÃO/IMP.15-01-04-SJ


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Com efeito, a concessão judicial de reajuste salarial tem como parâmetro a remuneração e a lei vigentes
à época controversa, de sorte que a reestruturação posterior, mediante a edição de lei, que importa no
estabelecimento de uma nova remuneração, quebrando-se o liame até então existente no tocante à
remuneração da carreira do servidor, que ensejou o reajuste em questão. Assim, é decorrência lógica e
implícita da condenação que o reconhecimento do direito ao reajuste de 13,23% tem como limite a
posterior reestruturação da carreira, que inaugurou um novo vínculo jurídico atinente à remuneração da
parte agravada. Nesse sentido, não ofende a coisa julgada a limitação do direito reconhecido à posterior
reestruturação da carreira do servidor público. Pelo exposto, a decisão agravada há de ser reformada
para limitar o direito reconhecido à reestruturação da carreira a qual vinculada a parte autora. Agravo
provido. Decisão agravada reformada. Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei nº 9.099/95. A C Ó R
D Ã O Decide a Turma Recursal, à unanimidade, dar provimento ao agravo interposto pela parte ré.
Turma Recursal, Juizado Especial Federal/SJDF – 24/10/2019.

JUÍZA LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO Relatora 2 – 1ª Turma Recursal/SJDF


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JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
2ª TR - RELATOR 1 - BRASÍLIA

Expediente do dia 25 de Outubro de 2019

Atos do(a) : ANTONIO CLAUDIO MACEDO DA SILVA


Exmo(a)

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Autos com Decisão

No(s) processo(s) abaixo relacionado(s) :

0042241-52.2013.4.01.3400
201334000094545
Recurso Inominado
Recdo : EVANDRO VARELA BRAZ
Advg. : DF00041818 - FERNANDES FERREIRA DOS SANTOS
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0042772-41.2013.4.01.3400
201334000096014
Recurso Inominado
Recte : ALBETIZA COSTA DOS SANTOS
Advg. : DF00041818 - FERNANDES FERREIRA DOS SANTOS
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0014127-98.2016.4.01.3400
201634000371635
Recurso Inominado
Recte : LEISE PROTTA LANNA
Advg. : DF00041954 - MARCELA CARVALHO BOCAYUVA
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Assim, em observância da determinação contida naquele ProAfR no REsp


1799305/PE, e tendo em vista os princípios da simplicidade e economia processual,
que norteiam os feitos que tramitam nos Juizados Especiais Federais (art. 2º da Lei
9.099/1995), SOBRESTE-SE o presente feito, com base no art. 14, § 6º, da Lei
10.259/2001, até o trânsito em julgado do ProAfR no REsp 1799305/PE – Tema
1011. Anote-se e acompanhe-se atentamente o desfecho do julgamento acima
aludido. Uma vez transitado em julgado no STJ o acórdão, nova conclusão.
Publique-se. Intime-se.
557
PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
2ª TR - RELATOR 1 - BRASÍLIA

Expediente do dia 25 de Outubro de 2019

Atos do(a) : CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS


Exmo(a)

Autos com Decisão

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
No(s) processo(s) abaixo relacionado(s) :

0030521-49.2017.4.01.3400
201734000808644
Recurso Inominado
Recte : JOSE RIBAMAR DE MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0010844-96.2018.4.01.3400
201834001025307
Recurso Inominado
Recte : ANTONIO LIMA SALES
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0012229-79.2018.4.01.3400
201834001036255
Recurso Inominado
Recte : ROSE MARQUES DE NORONHA
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0019325-14.2019.4.01.3400
201934001361335
Recurso Inominado
Recte : MARCOS DONIZETTI DE MOURA
Advg. : DF00026982 - EDUARDO RODRIGUES DA SILVA
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
Advg. : DF0001640A - SAMIR NACIM FRANCISCO

0021938-07.2019.4.01.3400
201934001379759
Recurso Inominado
Recte : TAURIDE GIACOMETTI FILHO
Advg. : DF00049313 - RODRIGO LOPES VIEIRA
Advg. : DF00035013 - RAUL HENRIQUE RODRIGUES
FERREIRA
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
Advg. : DF0001640A - SAMIR NACIM FRANCISCO

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

DECISÃO
Considerando que na ADI 5090 houve determinação para suspensão de todos os
processos que versem sobre a rentabilidade do FGTS (decisão publicada no DJE n.
196, divulgado em 9/9/2019), SUSPENDO o julgamento nesta instância, até que
sobrevenha decisão final quanto ao objeto discutido no recurso.

0049526-57.2017.4.01.3400
201734000918274
Recurso Inominado
Recdo : PAULO ALVES DA SILVA
Advg. : DF00022393 - WANESSA ALDRIGUES CANDIDO
Advg. : DF00052380 - LARYSSA DIAS REGO
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

DECISÃO
558
Considerando que no Resp n. 1.831.371 houve determinação para suspensão de
todos os processos que versem sobre a “possibilidade de reconhecimento da
especialidade da atividade de vigilante, exercida após a edição da Lei 9.032/1995 e
do Decreto 2.172/1997, com ou sem o uso de arma de fogo”, SUSPENDO o
julgamento nesta instância, até que sobrevenha decisão final quanto ao objeto
discutido no recurso.
Intimem-se.

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
559
PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
1ª TR - RELATOR 1 - BRASÍLIA

Expediente do dia 25 de Outubro de 2019

Atos do(a) : DAVID WILSON DE ABREU PARDO


Exmo(a)

Autos com Decisão

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
No(s) processo(s) abaixo relacionado(s) :

0055185-23.2012.4.01.3400
201234009483690
Recurso Inominado
Recte : JOSE MARIA DE SOUSA CHAGAS
Advg. : DF00123456 - DEFENSORIA PUBLICA DA UNIAO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Diante do exposto, com fundamento no art. 15, da Resolução 345/2015, NÃO


ADMITO o Incidente de Uniformização. Transcorrido o prazo legal, certifique-se e
devolva-se à Vara de origem. Publique-se. Intime-se.

PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
1ª TR - RELATOR 2 - BRASÍLIA

Juiz(a) Federal : ITAGIBA CATTA PRETA NETO


Diretor do Foro
Diretor(a) da : ÉRICO DE SOUZA SANTOS
Secretaria
Administrativa

Juiz(a) Titular : DR.RUI COSTA GONÇALVES

0019406-36.2014.4.01.3400
201434000063068
Recurso Inominado
Recte : ANTONIO JUSTINO VASCONCELOS VIEIRA
Advg. : DF00018577 - BRUNO AUGUSTO PRENHOLATO
Recte : CARLOS HENRIQUE DA SILVA
Recdo : UNIAO FEDERAL
Advg. : PE00030884 - EDUARDO JORGE PEREIRA ALVES

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Por isso, SOBRESTE-SE a tramitação do presente feito, até o trânsito em julgado do


Incidente de Uniformização admitido pela TNU no processo 0091349-
16.2014.4.01.3400 (originário de TR desta Seccional) (art. 14, II, Regimento Interno
da TNU e art. 1.030, III, NCPC). Anote-se e acompanhe-se o desfecho do
julgamento do Incidente de Uniformização supramencionado, fazendo conclusão
quando do trânsito em julgado, oportunidade em que o Incidente de Uniformização
será avaliado de forma integral. Publique-se. Intime-se.

0043926-65.2011.4.01.3400
201134009272767
Recurso Inominado
Recdo : CLEIRENE PRADO DE SOUZA PEREIRA
Advg. : DF00029565 - DAMIANA M. SANTOS SILVA
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Assim, diante da pendência de julgamento do PUIL n.º 240, no âmbito do Superior


Tribunal de Justiça, e tendo em vista os princípios da simplicidade e economia
processual, que norteiam os feitos que tramitam nos Juizados Especiais Federais
(art. 2º da Lei 9.099/1995), SOBRESTE-SE o presente feito, com base no art. 14, §
560
6º, da Lei 10.259/2001, até o transito em julgado do PUIL n.º 240, Rel. Min. OG
Fernandes, interposto nos autos do PU n.º 503107637.2012.4.04.7000. Anote-se e
acompanhe-se atentamente o desfecho do julgamento acima aludido. Uma vez
transitado em julgado no STJ o acórdão, nova conclusão. Publique-se. Intime-se.

0010594-97.2017.4.01.3400
201734000712364
Recurso Inominado
Recdo : IDALICIO FERREIRA DE CARVALHO
Advg. : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA
SILVA
Recte : UNIAO FEDERAL

0018090-80.2017.4.01.3400

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
201734000736435
Recurso Inominado
Recte : ANTONIO BARBOSA DOS SANTOS
Advg. : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA
SILVA
Recdo : UNIAO FEDERAL

0026249-12.2017.4.01.3400
201734000779300
Recurso Inominado
Recte : OSVALDO DOS SANTOS SOUZA
Advg. : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA
SILVA
Recdo : UNIAO FEDERAL

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Por isso, SOBRESTE-SE a tramitação do presente feito, até o trânsito em julgado do


Recurso Extraordinário admitido pelo STF no processo 0009260-28.2017.4.01.3400
(originário de TR desta Seccional), com base no art. 14, II, da Resolução CJF 586,
de 30 de Setembro de 2019 e art. 1.030, III, NCPC. Anote-se e acompanhe-se o
desfecho do julgamento dos recursos acima indicados, fazendo conclusão quando
do trânsito em julgado dos respectivos acórdãos, oportunidade em que o Incidente
Regional será avaliado em sua inteireza.

0004705-31.2018.4.01.3400
201834000990534
Recurso Inominado
Recdo : FRANCISCO GILTON DE SOUZA
Advg. : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA
SILVA
Recte : UNIAO FEDERAL

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Por isso, SOBRESTE-SE a tramitação do presente feito, até o trânsito em julgado do


Recurso Extraordinário admitido pelo STF no processo 0009260-28.2017.4.01.3400
(originário de TR desta Seccional), com base no art. 14, II, da Resolução CJF 586,
de 30 de Setembro de 2019 e art. 1.030, III, NCPC. Anote-se e acompanhe-se o
desfecho do julgamento dos recursos acima indicados, fazendo conclusão quando
do trânsito em julgado dos respectivos acórdãos, oportunidade em que o Incidente
Regional será avaliado em sua inteireza.

PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
1ª TR - RELATOR 3 - BRASÍLIA

Juiz(a) Federal : ITAGIBA CATTA PRETA NETO


Diretor do Foro
Diretor(a) da : ÉRICO DE SOUZA SANTOS
Secretaria
Administrativa

Juiz(a) Titular : DR.RUI COSTA GONÇALVES

0074639-81.2015.4.01.3400
201534000314796
Recurso Inominado
Recdo : JOAO BOSCO DE OLIVEIRA
Recte : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
561
Advg. : RN00005096 - ANDRESSA GOMES RODRIGUES

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Diante do exposto, NÃO CONHEÇO do Incidente de Uniformização apresentado.


Transcorrido o prazo legal, certifique-se e devolva-se à Vara de origem. Publique-se.
Intime-se.

0004009-73.2010.4.01.3400
201034009008670
Recurso Inominado
Recdo : POLIANE MARIANO AMADO DA SILVA
Advg. : GO00012230 - IVANILDO LISBOA PEREIRA
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Diante do exposto, com fundamento no art. 15, da Resolução 345/2015, NÃO


ADMITO o Incidente de Uniformização. Transcorrido o prazo legal, certifique-se e
devolva-se à Vara de origem. Publique-se. Intime-se.

0046314-67.2013.4.01.3400
201334000113634
Recurso Inominado
Recte : MARIA DIVINA SOARES LINO
Advg. : DF00023681 - CAROLINA SIMAO ODISIO HISSA
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Assim, em observância da determinação contida naquele PUIL 293, e tendo em vista


os princípios da simplicidade e economia processual, que norteiam os feitos que
tramitam nos Juizados Especiais Federais (art. 2º da Lei 9.099/1995), SOBRESTE-
SE o presente feito, com base no art. 14, § 6º, da Lei 10.259/2001, até o trânsito em
julgado do PUIL 293 – Tema 152. Anote-se e acompanhe-se atentamente o
desfecho do julgamento acima aludido. Uma vez transitado em julgado no STJ o
acórdão, nova conclusão. Publique-se. Intime-se.

0021664-19.2014.4.01.3400
201434000070080
Recurso Inominado
Recdo : JORDAN FERNANDO DO VALLE
Advg. : DF00022388 - TERESA CRISTINA SOUSA FERNANDES
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Diante do exposto, NÃO CONHEÇO do Incidente de Uniformização apresentado.


Transcorrido o prazo legal, certifique-se e devolva-se à Vara de origem.

0077894-81.2014.4.01.3400
201434000276624
Recurso Inominado
Recte : LUCIMAR ANTUNES DE MORAIS PAIVA
Advg. : DF00011341 - JOSE RODRIGUES
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Diante do exposto, com fundamento no art. 15, da Resolução 345/2015, NÃO


ADMITO o Incidente de Uniformização. Transcorrido o prazo legal, certifique-se e
devolva-se à Vara de origem. Publique-se. Intime-se.

PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
2ª TR - RELATOR 1 - BRASÍLIA

Juiz(a) Federal : ITAGIBA CATTA PRETA NETO


Diretor do Foro
Diretor(a) da : ÉRICO DE SOUZA SANTOS
Secretaria
Administrativa

Juiz(a) Titular : DR.RUI COSTA GONÇALVES


562
0112418-22.2005.4.01.3400
200534009179910
Recurso Inominado
Recte : DENIS BUENO DA SILVA
Advg. : DF00011997 - JOSILMA BATISTA SARAIVA
Recdo : UNIAO FEDERAL
Advg. : DF00007779 - DANUSIA LUCINDA FARAGE DE
GOUVEIA

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Diante do exposto, com fundamento no art. 14, III, da Resolução CJF 586/ 2019,
NEGO SEGUIMENTO ao Incidente de Uniformização. Transcorrido o prazo legal,

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
certifique-se e devolva-se à Vara de origem. Publiquem-se. Intimem-se.

0032832-18.2014.4.01.3400
201434000110588
Recurso Inominado
Recte : TANIA MARIA PESSOA RIBEIRO
Advg. : DF00022388 - TERESA CRISTINA SOUSA FERNANDES
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
Recdo : TEREZINHA MARIA XAVIER FILHA

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Assim, com fundamento no art. 14, caput, Lei n° 10.259/2001, NÃO ADMITO o
Incidente de Uniformização de Jurisprudência arguido pelo INSS. Transcorrido o
prazo legal, certifique-se e devolva-se à Vara de origem. Publique-se. Intime-se.

0063849-04.2016.4.01.3400
201634000620324
Recurso Inominado
Recdo : MARIA APARECIDA SANTANA DA COSTA
Advg. : DF00018841 - LINO DE CARVALHO CAVALCANTE
Recte : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Pelo exposto, com base no art. 55, XXII, c/c o seu § 2º, da Resolução Presi TRF1
17/2014, SOBRESTE-SE a tramitação do presente feito até o desfecho do
julgamento do novo processo sobre o mesmo tema enviado à TNU. Anote-se e
acompanhe-se o desfecho do julgamento do incidente acima indicado, fazendo nova
conclusão quando for publicado o respectivo acórdão. Publique-se. Intime-se.

0026351-34.2017.4.01.3400
201734000780384
Recurso Inominado
Recte : RONALDO WILLIAM BARRETTO PEREIRA
Advg. : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA
SILVA
Recdo : UNIAO FEDERAL

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Por isso, SOBRESTE-SE a tramitação do presente feito, até o trânsito em julgado do


Recurso Extraordinário admitido pelo STF no processo 0009260-28.2017.4.01.3400
(originário de TR desta Seccional), com base no art. 14, II, da Resolução CJF 586,
de 30 de Setembro de 2019 e art. 1.030, III, NCPC. Anote-se e acompanhe-se o
desfecho do julgamento dos recursos acima indicados, fazendo conclusão quando
do trânsito em julgado dos respectivos acórdãos, oportunidade em que o Incidente
Regional será avaliado em sua inteireza.

0009268-05.2017.4.01.3400
201734000705965
Recurso Inominado
Recdo : ARISTOTELES DE OLIVEIRA REIS
Advg. : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA
SILVA
Recte : UNIAO FEDERAL

0044807-32.2017.4.01.3400
201734000889122
Recurso Inominado
Recdo : OMAR ANDRADE DA SILVA
Advg. : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA
SILVA
563
Recte : UNIAO FEDERAL

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Por isso, SOBRESTE-SE a tramitação do presente feito, até o trânsito em julgado do


Recurso Extraordinário admitido pelo STF no processo 0009260-28.2017.4.01.3400
(originário de TR desta Seccional), com base no art. 14, II, da Resolução CJF 586,
de 30 de Setembro de 2019 e art. 1.030, III, NCPC. Anote-se e acompanhe-se o
desfecho do julgamento dos recursos acima indicados, fazendo conclusão quando
do trânsito em julgado dos respectivos acórdãos, oportunidade em que o Incidente
Regional será avaliado em sua inteireza.

PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
2ª TR - RELATOR 2 - BRASÍLIA

Juiz(a) Federal : ITAGIBA CATTA PRETA NETO


Diretor do Foro
Diretor(a) da : ÉRICO DE SOUZA SANTOS
Secretaria
Administrativa

Juiz(a) Titular : DR.RUI COSTA GONÇALVES

0056442-88.2009.4.01.3400
200934009173379
Recurso Inominado
Recdo : ANTONIO GOMES DE OLIVEIRA FILHO
Advg. : DF00019623 - FLAVIA NAVES SANTOS PENA
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Diante do exposto, com fundamento no art. 14, V, da Resolução CJF 586, de 30 de


setembro de 2019, NÃO ADMITO o Incidente de Uniformização apresentado pela
parte Autora. Transcorrido o prazo legal, certifique-se e devolva-se à Vara de
origem. Publique-se. Intime-se.

PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
2ª TR - RELATOR 3 - BRASÍLIA

Juiz(a) Federal : ITAGIBA CATTA PRETA NETO


Diretor do Foro
Diretor(a) da : ÉRICO DE SOUZA SANTOS
Secretaria
Administrativa

Juiz(a) Titular : DR.RUI COSTA GONÇALVES

0061155-62.2016.4.01.3400
201634000606618
Recurso Inominado
Recdo : FRANCISCA LEAO VIEIRA
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Por isso, SOBRESTE-SE a tramitação do presente feito, até o trânsito em julgado do


Recurso Extraordinário admitido pelo STF no processo 0038018-61.2010.4.01.3400
(originário de TR desta Seccional) e/ou revisão do tema 692 pelo STJ (art. 16, III,
Regimento Interno da TNU e art. 1.030, III, NCPC). Anote-se e acompanhe-se o
desfecho do julgamento dos recursos acima indicados, fazendo conclusão quando
do trânsito em julgado dos respectivos acórdãos, oportunidade em que o Incidente
Nacional será avaliado em sua inteireza.

0065604-39.2011.4.01.3400
201134009330800
Recurso Inominado
Recdo : MARIA DE FATIMA SOUSA DA SILVA
564
Advg. : DF00034220 - JOAO FELIPE MELO DE CARVALHO
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Diante do exposto, com fundamento no art. 15, da Resolução 345/2015, NÃO


ADMITO o Incidente de Uniformização. Transcorrido o prazo legal, certifique-se e
devolva-se à Vara de origem. Publique-se. Intime-se.

0013704-80.2012.4.01.3400
201234009369761
Recurso Inominado
Recte : MARIO CESAR BARBOSA DELGADO
Advg. : MT00012544 - GILMAR PEREIRA ROSA

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Recte : FERNANDO VAGNER DOS SANTOS
Recte : JAQUELINE COELHO SOBRINHO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0014346-53.2012.4.01.3400
201234009370749
Recurso Inominado
Recdo : ROGERIO SANTOS DE SOUZA
Advg. : MT00012544 - GILMAR PEREIRA ROSA
Recdo : CAROLINE RODRIGUES BOEHME
Recte : UNIAO FEDERAL

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Diante do exposto, com fundamento no art. 15, da Resolução 345/2015, NÃO


ADMITO o Incidente de Uniformização. Transcorrido o prazo legal, certifique-se e
devolva-se à Vara de origem. Publique-se. Intime-se.

0017916-71.2017.4.01.3400
201734000734949
Recurso Inominado
Recte : LICIA MARIA SANTOS ARAUJO
Advg. : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA
SILVA
Recdo : UNIAO FEDERAL

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Por isso, SOBRESTE-SE a tramitação do presente feito, até o trânsito em julgado do


Recurso Extraordinário admitido pelo STF no processo 0009260-28.2017.4.01.3400
(originário de TR desta Seccional), com base no art. 14, II, da Resolução CJF 586,
de 30 de Setembro de 2019 e art. 1.030, III, NCPC. Anote-se e acompanhe-se o
desfecho do julgamento dos recursos acima indicados, fazendo conclusão quando
do trânsito em julgado dos respectivos acórdãos, oportunidade em que o Incidente
Regional será avaliado em sua inteireza.

0025481-86.2017.4.01.3400
201734000773570
Recurso Inominado
Recdo : AMADIO LOPES DA FONSECA
Advg. : DF00039232 - LEONARDO DA COSTA
Recte : UNIAO FEDERAL
Recte : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Diante do exposto, tendo em vista os princípios que norteiam os feitos que tramitam
nos Juizados Especiais Federais (art. 2º da Lei nº 9.099/1995), SOBRESTE-SE a
tramitação do presente feito, com base no art. 55, XXII, c/c o seu § 2º, da Resolução
Presi TRF1 17/2014, até o desfecho do julgamento do novo processo sobre o
mesmo tema enviado à TNU. Anote-se e acompanhe-se o desfecho do julgamento
do incidente acima indicado, fazendo nova conclusão quando for publicado o
respectivo acórdão. Publique-se. Intime-se.

0073294-46.2016.4.01.3400
201634000658873
Recurso Inominado
Recdo : DEUZELINA JOSE MOREIRA
Advg. : DF00033783 - CHRISTIANE PASTORA PINHEIRO
OLIVEIRA
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:


565
Por isso, SOBRESTE-SE a tramitação do presente feito, até o trânsito em julgado do
Recurso Extraordinário admitido pelo STF no processo 0038018-61.2010.4.01.3400
(originário de TR desta Seccional) e/ou revisão do tema 692 pelo STJ (art. 16, III,
Regimento Interno da TNU e art. 1.030, III, NCPC). Anote-se e acompanhe-se o
desfecho do julgamento dos recursos acima indicados, fazendo conclusão quando
do trânsito em julgado dos respectivos acórdãos, oportunidade em que o Incidente
Nacional será avaliado em sua inteireza.

0027756-47.2013.4.01.3400
201334000037528
Recurso Inominado
Recdo : ANTONIO RIBEIRO DA SILVA NETO

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Advg. : DF00031347 - MARIANA MACHADO
Advg. : DF00666666 - CENTRO DE ENSINO UNIFICADO DE
BRASILIA CEUB - NPJ
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Por isso, SOBRESTE-SE o presente feito, até o trânsito em julgado do Recurso


Extraordinário admitido pelo STF no processo 0038018-61.2010.4.01.3400
(originário de TR desta Seccional) e/ou revisão do tema 692 pelo STJ (art. 16, III,
Regimento Interno da TNU e art. 1.030, III, NCPC). Anote-se e acompanhe-se o
desfecho do julgamento dos incidentes acima indicados, fazendo conclusão quando
do trânsito em julgado dos respectivos acórdãos, oportunidade em que o Incidente
será avaliado em sua inteireza.

0066803-28.2013.4.01.3400
201334000193110
Recurso Inominado
Recdo : ANTONIO CARNEIRO DA SILVA
Advg. : DF00013750 - ALESSANDRA CAMARANO MARTINS
Advg. : DF00027968 - IARA JANAINA DO VALE BARBOSA
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Por isso, SOBRESTE-SE o presente feito, até o trânsito em julgado do Recurso


Extraordinário admitido pelo STF no processo 0038018-61.2010.4.01.3400
(originário de TR desta Seccional) e/ou revisão do tema 692 pelo STJ (art. 16, III,
Regimento Interno da TNU e art. 1.030, III, NCPC). Anote-se e acompanhe-se o
desfecho do julgamento dos incidentes acima indicados, fazendo conclusão quando
do trânsito em julgado dos respectivos acórdãos, oportunidade em que o Incidente
será avaliado em sua inteireza.

PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
3ª TR - RELATOR 3 - BRASÍLIA

Juiz(a) Federal : ITAGIBA CATTA PRETA NETO


Diretor do Foro
Diretor(a) da : ÉRICO DE SOUZA SANTOS
Secretaria
Administrativa

Juiz(a) Titular : DR.RUI COSTA GONÇALVES

0047618-62.2017.4.01.3400
201734000907820
Recurso Inominado
Recte : DION JUNIOR PEINADO DA SILVA
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : UNIAO FEDERAL

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Diante do exposto, com fundamento no art. 14, V da Resolução CJF 586, de 30 de


Setembro de 2019, NÃO ADMITO o Incidente Nacional de Uniformização de
Jurisprudência arguido pela parte Autora. Transcorrido o prazo legal, certifique-se e
devolva-se à Vara de origem. Publique-se. Intime-se
566
Autos com Ordinatório

No(s) processo(s) abaixo relacionado(s) :

0047705-57.2013.4.01.3400
201334000121172
Recurso Inominado
Recte : ROSANE DE FATIMA OLIVEIRA LINS
Advg. : DF00039910 - LUIZ PHILIPE GEREMIAS BENINCA
Recdo : UNIAO FEDERAL

0061796-21.2014.4.01.3400
201434000217411
Recurso Inominado

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Recdo : LOURDES DE BRITTO LIMA
Advg. : MG0095876A - ERALDO LACERDA JUNIOR
Recte : UNIAO FEDERAL

0000780-32.2015.4.01.3400
201534000000800
Recurso Inominado
Recte : ZILCLEIDE GERMANO DA SILVA
Advg. : MG0095876A - ERALDO LACERDA JUNIOR
Recdo : UNIAO FEDERAL

0006618-53.2015.4.01.3400
201534000021729
Recurso Inominado
Recdo : ALCEBIADES DE ALMEIDA JUNIOR
Advg. : DF00026379 - CARLOS DAUTON NUNES DE OLIVEIRA
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0020404-67.2015.4.01.3400
201534000088518
Recurso Inominado
Recdo/recte : ADRIANO DUELME DE SOUZA
Advg. : MG0095876A - ERALDO LACERDA JUNIOR
Recdo/recte : APARECIDA CONCEICAO GOMES DE SOUZA
Recdo/recte : ALINE FERNANDA DE SOUZA NAKATA
Recte/recdo : UNIAO FEDERAL

0028518-92.2015.4.01.3400
201534000122644
Recurso Inominado
Recdo : ALCIMAR DUARTE DE MOURA
Advg. : MG0095876A - ERALDO LACERDA JUNIOR
Recte : UNIAO FEDERAL

0046548-78.2015.4.01.3400
201534000213720
Recurso Inominado
Recdo : CARLOS EDUARDO PINHEIRO LUCIO
Advg. : PI00198489 - JOSE DO EGITO FIGUEIREDO BARBOSA
Recte : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA

0049567-92.2015.4.01.3400
201534000222033
Recurso Inominado
Recdo : AYRES PEREIRA DA COSTA NETO
Advg. : AL00007434 - DANIEL WANDERLEY DE SANTA RITA
Advg. : AL00007706 - VANESSA ALVES COSTA CAVALCANTI
Recte : UNIAO FEDERAL

0015420-06.2016.4.01.3400
201634000378196
Recurso Inominado
Recte : JOSE PAULO GONCALVES DE ANDRADE
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0016178-82.2016.4.01.3400
201634000382299
Recurso Inominado
Recdo : MARCOS GONCALVES DA SILVA
Advg. : DF00040934 - KARINA VIEIRA GALANTE
Advg. : DF00666666 - CENTRO DE ENSINO UNIFICADO DE
BRASILIA CEUB - NPJ
567
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0018370-85.2016.4.01.3400
201634000388879
Recurso Inominado
Recdo : MARIA JOYCE CESAR DE CARVALHO
Advg. : DF00000968 - ULISSES RIEDEL DE RESENDE
Recte : UNIAO FEDERAL

0023074-44.2016.4.01.3400
201634000405635
Recurso Inominado
Recdo : PAULO ROBERTO CAMARGO
Advg. : DF00032585 - ANDREZA DA SILVA FERREIRA

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Recte : UNIAO FEDERAL

0037045-96.2016.4.01.3400
201634000487091
Recurso Inominado
Recdo : CLIDENOR SOARES DE BRITO
Advg. : DF00054598 - MICKAIL SILVA BRAGA
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0040835-88.2016.4.01.3400
201634000504317
Recurso Inominado
Recdo : LUCY AMARAL MESQUITA DE FREITAS
Advg. : DF00023752 - JOSE HENRIQUE DE BARROS FRANCO
Recte : UNIAO FEDERAL

0044113-97.2016.4.01.3400
201634000525012
Recurso Inominado
Recte : JOSE WAGNER DA COSTA MELO
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0054705-06.2016.4.01.3400
201634000580410
Recurso Inominado
Recdo : LUANA DA SILVA OLIVEIRA
Recte : UNIAO FEDERAL

0076578-62.2016.4.01.3400
201634000670291
Recurso Inominado
Recte : GILBERTO SAMPAIO MARQUES
Advg. : DF00036769 - WELDER RODRIGUES LIMA
Recdo : INFRAERO- EMPRESA BRASILEIRA DE
INFRAESTRUTURA AEROPORTUARIA

0010003-38.2017.4.01.3400
201734000709407
Recurso Inominado
Recdo : JOSEMAM LUIZ DA SILVA
Advg. : DF00259715 - JOSE ALENCAR COSTA AIRES
ADVOCACIA
Recte : UNIAO FEDERAL

0012245-67.2017.4.01.3400
201734000719946
Recurso Inominado
Recte : JORGE MIGUEL CURY
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0016906-89.2017.4.01.3400
201734000730095
Recurso Inominado
Recdo : MARY ANNE DE SOUSA FEITOSA
Advg. : PI00198489 - JOSE DO EGITO FIGUEIREDO BARBOSA
Recte : UNIAO FEDERAL

0018713-47.2017.4.01.3400
201734000739698
Recurso Inominado
Recte : MARLI XAVIER DE OLIVEIRA FERREIRA
568
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0023147-79.2017.4.01.3400
201734000758859
Recurso Inominado
Recdo : ISRAEL CALEBE CESARION SANTOS
Advg. : GO00035241 - ANDRE AMENO TEIXEIRA DE MACEDO
Recte : UNIAO FEDERAL

0023754-92.2017.4.01.3400
201734000765018
Recurso Inominado

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Recdo : BRASILINO SANTOS CORREA
Advg. : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA
SILVA
Recte : UNIAO FEDERAL

0032522-07.2017.4.01.3400
201734000819280
Recurso Inominado
Recdo : LUIZ FELIPE CARDOSO DE MORAES FILHO
Recte : UNIAO FEDERAL

0053821-40.2017.4.01.3400
201734000939771
Recurso Inominado
Recte : ROSANA CARLA DE MELO LIMA SOARES
Advg. : DF00025089 - GILBERTO SIEBRA MONTEIRO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0054104-63.2017.4.01.3400
201734000942632
Recurso Inominado
Recdo : VALDECI RODRIGUES DA SILVA
Advg. : GO00026506 - EVERTON BERNARDO CLEMENTE
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

ATO ORDINATÓRIO (Portaria n° 6, de 14 de novembro de 2018)

Fica a parte autora intimada para, no prazo 15 (quinze) dias, apresentar


contrarrazões ao Recurso Extraordinário interposto pelo INSS.

PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
1ª TR - RELATOR 2 - BRASÍLIA

Juiz(a) Federal : ITAGIBA CATTA PRETA NETO


Diretor do Foro
Diretor(a) da : ÉRICO DE SOUZA SANTOS
Secretaria
Administrativa

Juiz(a) Titular : DR.RUI COSTA GONÇALVES

0024561-88.2012.4.01.3400
201234009394717
Recurso Inominado
Recte : REGINALDO MACEDO DE MEDEIROS
Advg. : DF00027985 - TIAGO DA SILVA VASCONCELOS
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
Recdo : TAINA GINO DE MEDEIROS(REPRESENTADA GENITOR
REGINALDO MACEDO DE MEDEIROS)

0001095-94.2014.4.01.3400
201434000004064
Recurso Inominado
Recdo : MARGARIDA DE SOUSA MARTINS CHAVES
Advg. : GO00030728 - WATSON HENRIQUE MARQUES
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
569
0082184-42.2014.4.01.3400
201434000284635
Recurso Inominado
Recdo : OLIMPIA NELMA MARIANA
Advg. : DF00024667 - ADALBERTO BARBOSA MARQUES
VERAS
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0044357-60.2015.4.01.3400
201534000203242
Recurso Inominado
Recdo : JOSE ROBERTO FREDERICO
Advg. : DF00040701 - LUCIANA RODRIGUES DA SILVA

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0052531-58.2015.4.01.3400
201534000233245
Recurso Inominado
Recdo : ADALBERTO LOPES PEREIRA
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0039496-94.2016.4.01.3400
201634000499350
Recurso Inominado
Recte : DILMA MARIA SERAFIM LOPES
Advg. : BA00046141 - LEONARDO DA COSTA
Recdo : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA

0039498-64.2016.4.01.3400
201634000499377
Recurso Inominado
Recte : JOAO BATISTA GOMES
Advg. : BA00046141 - LEONARDO DA COSTA
Recdo : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA

0042660-67.2016.4.01.3400
201634000515306
Recurso Inominado
Recte : GEVALDO HERCULANO DOS SANTOS
Advg. : DF00039232 - LEONARDO DA COSTA
Recdo : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA

0051845-32.2016.4.01.3400
201634000561646
Recurso Inominado
Recte : JOSEFA CLIMACO MONTEIRO
Advg. : DF00039232 - LEONARDO DA COSTA
Recdo : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA

0052353-75.2016.4.01.3400
201634000565260
Recurso Inominado
Recdo : AGAMENON ALVINO DE SOUZA
Advg. : DF00016414 - CESAR ODAIR WELZEL
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0055343-39.2016.4.01.3400
201634000583847
Recurso Inominado
Recte : OLETE VIEIRA CHAVES
Advg. : DF00018841 - LINO DE CARVALHO CAVALCANTE
Recdo : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA

0068894-86.2016.4.01.3400
201634000639126
Recurso Inominado
Recdo : DURVALINA PEREIRA DE OLIVEIRA
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0070834-86.2016.4.01.3400
201634000643126
Recurso Inominado
Recdo : DOMINGAS DA SILVA DE SOUZA
Advg. : DF00037718 - ENAZIO NASCIMENTO NOGUEIRA
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
570
0074950-38.2016.4.01.3400
201634000664623
Recurso Inominado
Recdo : MARIA DO CARMO NEVES DA SILVA
Advg. : DF00030525 - GILBERTO CONCEICAO DO AMARAL
Advg. : DF00030579 - JOSE ABEL DO NASCIMENTO DIAS
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0005735-38.2017.4.01.3400
201734000688465
Recurso Inominado
Recte : IRINEU NASCIMENTO DA SILVA
Advg. : DF00039232 - LEONARDO DA COSTA

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Recdo : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA
Recdo : UNIAO FEDERAL

0010112-52.2017.4.01.3400
201734000710494
Recurso Inominado
Recdo : JOVINIANO MOREIRA SANTOS
Advg. : DF00049421 - MARIA MARGARETE DE QUEIROZ
BEZERRA
Advg. : DF00039573 - REJANE ALVES DOS SANTOS
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0011337-10.2017.4.01.3400
201734000715846
Recurso Inominado
Recte : JOSE RAIMUNDO PEREIRA DOS SANTOS
Advg. : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA
SILVA
Recdo : UNIAO FEDERAL

0011972-88.2017.4.01.3400
201734000717199
Recurso Inominado
Recdo : RONALDO SOUZA FONSECA
Advg. : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA
SILVA
Recte : UNIAO FEDERAL

0012098-41.2017.4.01.3400
201734000718468
Recurso Inominado
Recdo : MARIA ANGELICA SANTOS MENDONCA
Advg. : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA
SILVA
Recte : UNIAO FEDERAL

0012216-17.2017.4.01.3400
201734000719651
Recurso Inominado
Recte : JOSE ADERNOEL D ANUNCIACAO SANTOS
Advg. : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA
SILVA
Recdo : UNIAO FEDERAL

0012266-43.2017.4.01.3400
201734000720152
Recurso Inominado
Recte : JOSE FRANCA SOUZA
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0012878-78.2017.4.01.3400
201734000721870
Recurso Inominado
Recdo : PAULO ROBERTO SANTOS DE LIMA
Advg. : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA
SILVA
Recte : UNIAO FEDERAL

0016922-43.2017.4.01.3400
201734000730256
Recurso Inominado
Recdo : EDVALDO SOUZA DE OLIVEIRA
571
Advg. : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA
SILVA
Recte : UNIAO FEDERAL

0023222-21.2017.4.01.3400
201734000759415
Recurso Inominado
Recdo : CLAUDINEI LOPES DOS SANTOS
Advg. : DF00051019 - MARCOS AGUIAR MATOS
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0025884-55.2017.4.01.3400
201734000775646
Recurso Inominado

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Recdo : IRACEMA DA ASSUNCAO TAVARES SILVA
Advg. : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA
SILVA
Recte : UNIAO FEDERAL

0026055-12.2017.4.01.3400
201734000777355
Recurso Inominado
Recte : EDSON INACIO PERADELES
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0026268-18.2017.4.01.3400
201734000779496
Recurso Inominado
Recdo : MARIA DAS GRACAS BARBOSA DE PAULA
Advg. : DF00053908 - ANDERSON ANTONIO MAIA DE
CARVALHO VIANA
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0047380-43.2017.4.01.3400
201734000905932
Recurso Inominado
Recte : YONNE PIMENTA RIBEIRO DOS SANTOS
Advg. : DF00036650 - MARIA MANUELLA JEHA TERROSO
Advg. : DF00052648 - NATANAEL CLEBERSON MONTEIRO
RAMOS
Advg. : DF00020379 - THATYANNA MYCHELLE GOMES DE
CARVALHO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0048968-85.2017.4.01.3400
201734000913405
Recurso Inominado
Recdo : MARIA NILZA MOURA
Advg. : DF00030525 - GILBERTO CONCEICAO DO AMARAL
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0051034-38.2017.4.01.3400
201734000928419
Recurso Inominado
Recte : MARCONI DE ASSIS SOUZA COSTA
Advg. : GO00026506 - EVERTON BERNARDO CLEMENTE
Recdo : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

0003402-79.2018.4.01.3400
201834000977775
Recurso Inominado
Recte : DENISE FERREIRA IGREJA DE FREITAS
Advg. : DF00020379 - THATYANNA MYCHELLE GOMES DE
CARVALHO
Advg. : DF00052648 - NATANAEL CLEBERSON MONTEIRO
RAMOS
Advg. : DF00036650 - MARIA MANUELLA JEHA TERROSO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0006251-24.2018.4.01.3400
201834000998261
Recurso Inominado
Recte : CARLOS DOS SANTOS CARDOSO
Advg. : DF00020153 - GERALDO RODRIGUES PRADO JUNIOR
Recdo : UNIAO FEDERAL
572
O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

ATO ORDINATÓRIO (Portaria n° 6, de 14 de novembro de 2018)

Fica a parte autora intimada para, no prazo 15 (quinze) dias, apresentar


contrarrazões ao Incidente de Uniformização interposto pela PRF1.

PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
3ª TR - RELATOR 1 - BRASÍLIA

Juiz(a) Federal : ITAGIBA CATTA PRETA NETO

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Diretor do Foro
Diretor(a) da : ÉRICO DE SOUZA SANTOS
Secretaria
Administrativa

Juiz(a) Titular : DR.RUI COSTA GONÇALVES

0011163-98.2017.4.01.3400
201734000714100
Recurso Inominado
Recdo : ANTONIO CARLOS ALVES SENA
Advg. : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA
SILVA
Recte : UNIAO FEDERAL

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

ATO ORDINATÓRIO (ART.203, §4o, DO CPC) PORTARIA 06 DE 14/11/2018

Fica(m) o(a)(s) PARTE AUTORA INTIMADO(A)(S) para no prazo de 05 (CINCO)


dias oferecer(em) RESPOSTA AOS EMBARGOS DA UNIAO FEDERAL BRASÍLIA
(DF), 28 de outubro de 2019.

PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
3ª TR - RELATOR 3 - BRASÍLIA

Juiz(a) Federal : ITAGIBA CATTA PRETA NETO


Diretor do Foro
Diretor(a) da : ÉRICO DE SOUZA SANTOS
Secretaria
Administrativa

Juiz(a) Titular : DR.RUI COSTA GONÇALVES

0009028-79.2018.4.01.3400
201834001009957
Recurso Inominado
Recdo : ANDREA DA SILVA PEREIRA
Advg. : DF00017441 - SERGIO LINDOSO BAUMANN DAS
NEVES PIETROLUONGO
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

ATO ORDINATÓRIO (ART.203, §4o, DO CPC) PORTARIA 06 DE 14/11/2018

Fica(m) o(a)(s) PARTE AUTORA INTIMADO(A)(S) para no prazo de 05 (CINCO)


dias oferecer(em) RESPOSTA AOS EMBARGOS DO INSS BRASÍLIA (DF), 30 de
outubro de 2019.

Autos com Decisão

No(s) processo(s) abaixo relacionado(s) :

0013502-35.2014.4.01.3400
201434000047241
573
Recurso Inominado
Recte : APARECIDO TEIXEIRA GOMES
Advg. : DF0039232A - LEONARDO DA COSTA
Advg. : MS00004114 - JOSE SEBASTIAO ESPINDOLA
Recdo : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA
Recdo : UNIAO FEDERAL

0052164-97.2016.4.01.3400
201634000563338
Recurso Inominado
Recte : WLADMIR PEREIRA SOUTO
Advg. : DF00039232 - LEONARDO DA COSTA
Recdo : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
0009098-96.2018.4.01.3400
201834001010670
Recurso Inominado
Recte : ELIZEU CELES
Advg. : PI00198489 - JOSE DO EGITO FIGUEIREDO BARBOSA
Recdo : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

0009140-48.2018.4.01.3400
201834001011093
Recurso Inominado
Recte : VANDO ALVES BARBOSA
Advg. : DF00055567 - FRANCISCO ESTEVAO ALMEIDA
CAVALCANTI DE SOUZA
Advg. : PE00029426 - FRANCISCO AUGUSTO MELO DE
FREITAS
Recdo : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Diante do exposto, tendo em vista os princípios que norteiam os feitos que tramitam
nos Juizados Especiais Federais (art. 2º da Lei nº 9.099/1995), SOBRESTE-SE a
tramitação do presente feito, com base no artigo 16, III da Res. 345/2015, até o
retorno dos processos remetidos àquela Corte/Colegiado. Anote-se e acompanhe-se
atentamente o retorno dos processos admitidos por esta Coordenação das Turmas
Recursais. Uma vez publicada a decisão pelo STF, nova conclusão quanto às
indagações formuladas. Publique-se. Intime-se.

PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
2ª TR - RELATOR 3 - BRASÍLIA

Juiz(a) Federal : ITAGIBA CATTA PRETA NETO


Diretor do Foro
Diretor(a) da : ÉRICO DE SOUZA SANTOS
Secretaria
Administrativa

Juiz(a) Titular : DR.RUI COSTA GONÇALVES

0068181-48.2015.4.01.3400
201534000289552
Recurso Inominado
Recdo : JOAO RODRIGUES DE CERQUEIRA
Advg. : DF00026873 - ELAINE CRISTINA GOMES
Recte : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Diante do exposto, como dito, não se conhece do recurso inominado interposto pela
União/Fazenda Nacional, na forma do art. 932, III, 3ª parte, do NCPC. 9. Embora o
recurso não tenha sido conhecido, a parte Recorrente não deve ser isentada dos
ônus da sucumbência, pois o recurso foi processado. Logo, pagará a título de
honorários advocatícios 10% sobre o valor da condenação (art. 55, caput, da Lei n.
9.099/95). 10. Após o transcurso do prazo legal, certifique-se e devolva-se à origem.
11. Publique-se. Intimem-se.

Autos com Despacho


574
No(s) processo(s) abaixo relacionado(s) :

0009606-42.2018.4.01.3400
201834001015875
Recurso Inominado
Recte : VERUSKA LACROIX AIRES
Advg. : DF00054598 - MICKAIL SILVA BRAGA
Recdo : UNIAO FEDERAL

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

DESPACHO
Vista à parte Autora para se manifestar sobre a documentação juntada pela parte
Ré (registro em 15/7/2019).

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Prazo de 10 (dez) dias.

Após o transcurso do prazo e/ou manifestação da parte Autora, conclusão para


preparar o processo para julgamento colegiado.

0021125-53.2014.4.01.3400
201434000067870
Recurso Inominado
Recte : JUAREZ TOMAZ DOS SANTOS
Advg. : DF00030079 - THIAGO MACHADO
Advg. : DF00033357 - KEYLA DO NASCIMENTO ROCHA
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0050896-76.2014.4.01.3400
201434000183113
Recurso Inominado
Recte : CLOVES RODRIGUES DOS SANTOS
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0056796-40.2014.4.01.3400
201434000204792
Recurso Inominado
Recte : ELIDIA VALERIA MELLO SANTANA DE ANDRADE
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0061140-64.2014.4.01.3400
201434000212251
Recurso Inominado
Recte : ORQUIDEA LOBO FONTES
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0084100-14.2014.4.01.3400
201434000292200
Recurso Inominado
Recte : MARIA DE FATIMA FERREIRA DE CARVALHO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0084215-35.2014.4.01.3400
201434000293353
Recurso Inominado
Recte : NASSIR CONSOLI FILHO
Advg. : DF00038961 - VITOR JOSE BORGES ALVES
Recte : RENATO SOARES ESPINDOLA
Recte : ROQUE ALVES GUIMARAES
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0092206-62.2014.4.01.3400
201434000322131
Recurso Inominado
Recte : ITAMAR GOMES PEREIRA
Advg. : DF00020219 - RAPHAEL MESQUITA CARNEIRO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0092247-29.2014.4.01.3400
201434000322550
Recurso Inominado
Recte : BENICIO DIAS DA COSTA
575
Advg. : DF00020219 - RAPHAEL MESQUITA CARNEIRO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0092256-88.2014.4.01.3400
201434000322649
Recurso Inominado
Recte : WASHINGTON LUIZ PEREIRA
Advg. : DF00020219 - RAPHAEL MESQUITA CARNEIRO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0092269-87.2014.4.01.3400
201434000322786
Recurso Inominado
Recte : GENIVALDO DE OLIVEIRA FREIRE

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Advg. : DF00020219 - RAPHAEL MESQUITA CARNEIRO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0092271-57.2014.4.01.3400
201434000322800
Recurso Inominado
Recte : JOSE ADRIANO DE FREITAS
Advg. : DF00020219 - RAPHAEL MESQUITA CARNEIRO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0006645-36.2015.4.01.3400
201534000021990
Recurso Inominado
Recte : LUIZ AMARO DA SILVA
Advg. : DF00019371 - LUISA DE PINHO VALLE
Advg. : DF00021675 - ANDRESSA MIRELLA CASTRO DIAS
Advg. : DF00025560 - PATRICIA QUEIROZ ARAUJO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0010625-88.2015.4.01.3400
201534000046226
Recurso Inominado
Recte : ALCINEI ALVES DE SOUZA
Advg. : DF00019764 - RAFAEL AUGUSTO BRAGA DE BRITO
Advg. : DF00034727 - TIAGO AUGUSTO BRAGA DE BRITO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0010629-28.2015.4.01.3400
201534000046260
Recurso Inominado
Recte : REGIA MARA ROSA NEVES
Advg. : DF00034727 - TIAGO AUGUSTO BRAGA DE BRITO
Advg. : DF00019764 - RAFAEL AUGUSTO BRAGA DE BRITO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0024483-89.2015.4.01.3400
201534000101801
Recurso Inominado
Recte : ISOLINA MARIA DE MORAIS DE CRUZ
Recte : MARCOS ANTONIO DA SILVA
Recte : LENITA JUSTINO
Recte : SERGIO ARLINDO COSTA
Recte : PEDRO ALVES DA SILVA
Recte : JOAO BATISTA BARROS MARTINS
Recte : FLAVIO DA SILVA CARVALHO
Recte : CICERO VIEIRA QUERUBIM
Advg. : DF00041686 - FERNANDO ANTONIO MUNIZ LIMA
Advg. : DF00024775 - LUIZ FELIPE BUAIZ ANDRADE
Advg. : DF00021675 - ANDRESSA MIRELLA CASTRO DIAS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0040544-25.2015.4.01.3400
201534000186616
Recurso Inominado
Recte : RAQUEL SOUSA GALVAO
Advg. : DF00041686 - FERNANDO ANTONIO MUNIZ LIMA
Recte : GERALDO ALVIM ROSA
Recte : RAQUEL SOUSA GALVAO
Advg. : DF00021675 - ANDRESSA MIRELLA CASTRO DIAS
Recte : JUARAN ALVES DOS SANTOS
Recte : SIDNEI FERREIRA DA SILVA
Recte : RAQUEL SOUSA GALVAO
Advg. : DF00024775 - LUIZ FELIPE BUAIZ ANDRADE
576
Recte : GLEIDSON SILVA GOMES
Recte : CINTHIA SOARES DE ALMEIDA
Recte : WELEI DE SOUZA FRANCA
Recte : NEUMA MARQUES DE ARAUJO
Recte : IVO DE OLIVEIRA SANTOS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0041453-67.2015.4.01.3400
201534000191964
Recurso Inominado
Recte : MEIRE GRAND DE JESUS SOUZA
Recte : HELEN PEREIRA DA SILVA
Recte : ARMANDO AIRES BARBOSA
Recte : SIMONE RODRIGUES PEREIRA

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Recte : GISLENE APARECIDA GONCALVES DE ANDRADE
Recte : JOSENILDO OLIVEIRA DA SILVA
Recte : AGNALDO FRANCISCO DA SILVA FILHO
Recte : ANTONIO FRANCISCO FERREIRA DE LIMA FILHO
Advg. : DF00041686 - FERNANDO ANTONIO MUNIZ LIMA
Advg. : DF0013575E - ALEXIA ANDRADE DIAS
Recte : MARCOS PAULO RAMOS PEREIRA
Recte : ANTONIO FRANCISCO FERREIRA DE LIMA FILHO
Advg. : DF00000968 - ULISSES RIEDEL DE RESENDE
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0043387-60.2015.4.01.3400
201534000200980
Recurso Inominado
Recte : LUCIANO MARCOS AFONSO DE OLIVEIRA
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00030810 - PRISCILA DE ALMEIDA JULIANO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0027103-40.2016.4.01.3400
201634000423191
Recurso Inominado
Recte : CREMILDA MARTINS DA ROCHA
Advg. : DF00021675 - ANDRESSA MIRELLA CASTRO DIAS
Advg. : DF00024775 - LUIZ FELIPE BUAIZ ANDRADE
Advg. : DF00000968 - ULISSES RIEDEL DE RESENDE
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0027143-22.2016.4.01.3400
201634000423592
Recurso Inominado
Recte : RICARDO DE ANDRADE ARAGAO
Advg. : DF00036694 - LEONNARDO VIEIRA MORAIS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0043644-51.2016.4.01.3400
201634000520219
Recurso Inominado
Recte : MARCOS AURELIO DE ABREU
Advg. : DF00014982 - PAULO ROBERTO DE OLIVEIRA JUNIOR
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0022313-76.2017.4.01.3400
201734000755538
Recurso Inominado
Recte : SIRLENE ARAUJO DE ALENCAR MORAIS
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0028153-67.2017.4.01.3400
201734000793260
Recurso Inominado
Recte : LUIS COSTA DE SOUSA FILHO
Advg. : DF00046517 - RUBENS FERNANDES GOMES
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0010872-64.2018.4.01.3400
201834001025581
Recurso Inominado
Recte : DANEI LUIZ TARTARI
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
577
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

DESPACHO
Considerando a decisão exarada pelo Ministro Luís Roberto Barroso, em sede de
medida cautelar na ADI 5090, que determinou a suspensão do trâmite de todas as
causas que versam sobre a correção dos depósitos vinculados ao Fundo de
Garantia por Tempo de Serviço – FGTS pela Taxa Referencial – TR, matéria objeto
deste processo, SUSPENDA-SE a tramitação do feito nesta instância sem seu
julgamento, até que sobrevenha decisão final naquele processo quanto ao objeto
discutido no recurso. Intimem-se e cumpra-se, certificando-se a causa da suspensão
e tendo-se o cuidado de acompanhar o desfecho da ADI 5090 na qual se ordenou a

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
suspensão da tramitação dos feitos da espécie.

0020740-32.2019.4.01.3400
201934001369655
Recurso Inominado
Recte : JEAN PETER FERREIRA LEITAO
Advg. : DF00055989 - JOAO PAULO RODRIGUES RIBEIRO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
Advg. : DF0001640A - SAMIR NACIM FRANCISCO

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

DESPACHO
Considerando a decisão exarada pelo Ministro Luís Roberto Barroso, em sede de
medida cautelar na ADI 5090, que determinou a suspensão do trâmite de todas as
causas que versam sobre a correção dos depósitos vinculados ao Fundo de
Garantia por Tempo de Serviço – FGTS pela Taxa Referencial – TR, matéria objeto
deste processo, SUSPENDA-SE a tramitação do feito nesta instância sem seu
julgamento, até que sobrevenha decisão final naquele processo quanto ao objeto
discutido no recurso. Intimem-se e cumpra-se, certificando-se a causa da suspensão
e tendo-se o cuidado de acompanhar o desfecho da ADI 5090 na qual se ordenou a
suspensão da tramitação dos feitos da espécie.

Autos com Ordinatório

No(s) processo(s) abaixo relacionado(s) :

0009267-20.2017.4.01.3400
201734000705951
Recurso Inominado
Recte : RICARDO ANTONIO DE JESUS
Advg. : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA
SILVA
Recdo : UNIAO FEDERAL
Advg. : RJ00112636 - SONIA RABINOVICH TARANTO

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

ATO ORDINATÓRIO (ART.203, §4o, DO CPC) PORTARIA 06 DE 14/11/2018

Fica(m) o(a)(s) PARTE AUTORA INTIMADO(A)(S) para no prazo de 05 (CINCO)


dias oferecer(em) RESPOSTA AOS EMBARGOS DA UNIAO FEDERAL BRASÍLIA
(DF), 28 de outubro de 2019.

Autos com Despacho

No(s) processo(s) abaixo relacionado(s) :

0006094-22.2016.4.01.3400
201634000337770
Recurso Inominado
Recte : ZENILDA SOUZA LEAO CAJAZEIRAS
Advg. : DF00211613 - PEDRO MOREIRA ADVOGADOS
Recdo : UNIAO FEDERAL

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Diante do exposto, HOMOLOGO a desistência do Incidente apresentado pela União


(Fazenda Nacional). Preclusas as vias impugnatórias, certifique-se o trânsito em
578
julgado e remeta-se o feito à Vara de origem. Publique-se. Intimem-se.

Autos com Despacho

No(s) processo(s) abaixo relacionado(s) :

0006094-22.2016.4.01.3400
201634000337770
Recurso Inominado
Recte : ZENILDA SOUZA LEAO CAJAZEIRAS
Advg. : DF00211613 - PEDRO MOREIRA ADVOGADOS
Recdo : UNIAO FEDERAL

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Diante do exposto, HOMOLOGO a desistência do Incidente apresentado pela União


(Fazenda Nacional). Preclusas as vias impugnatórias, certifique-se o trânsito em
julgado e remeta-se o feito à Vara de origem. Publique-se. Intimem-se.

Autos com Decisão

No(s) processo(s) abaixo relacionado(s) :

0006628-63.2016.4.01.3400
201634000340110
Recurso Inominado
Recte : ELIZABETH PALMEIRA DA SILVEIRA
Advg. : DF00018841 - LINO DE CARVALHO CAVALCANTE
Recdo : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE - FUNASA

0040994-31.2016.4.01.3400
201634000505901
Recurso Inominado
Recdo : JULIETA BARROS SANTANA
Advg. : DF00018841 - LINO DE CARVALHO CAVALCANTE
Recte : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA

0046430-68.2016.4.01.3400
201634000539250
Recurso Inominado
Recte : GIZOMAR DA SILVA LUCENA
Advg. : DF00018841 - LINO DE CARVALHO CAVALCANTE
Recdo : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA

0007933-48.2017.4.01.3400
201734000698555
Recurso Inominado
Recte : MARILENA PIRES BARBOSA
Advg. : DF00018841 - LINO DE CARVALHO CAVALCANTE
Recdo : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Diante do exposto, com base no artigo 1.030, III, do CPC, SOBRESTE-SE a


tramitação do presente feito até o trânsito em julgado do RE 870.947/SE - Tema nº
810. Anote-se e acompanhe-se o desfecho do julgamento do recurso acima
indicado, fazendo conclusão quando do trânsito em julgado do respectivo acórdão,
oportunidade em que o Recurso Extraordinário será avaliado em sua inteireza.

PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
2ª TR - RELATOR 3 - BRASÍLIA

Juiz(a) : ITAGIBA CATTA PRETA NETO


Federal
Diretor do
Foro
Diretor(a) : ÉRICO DE SOUZA SANTOS
da
Secretari
a
Administr
ativa
579
Juiz(a) : DR.RUI COSTA GONÇALVES
Titular

0030104-67.2015.4.01.3400
201534000132587
Recurso Inominado
Recdo : MILTON PERES
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recte : UNIAO FEDERAL

0045787-76.2017.4.01.3400
201734000893451

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Recurso Inominado
Recte : RIVADAVEL ARNALDO BORBA
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0046171-39.2017.4.01.3400
201734000897311
Recurso Inominado
Recte : EDITE SANTOS MACHADO
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0046183-53.2017.4.01.3400
201734000897431
Recurso Inominado
Recte : RONALDO RODRIGUES DE LIMA
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0046207-81.2017.4.01.3400
201734000897671
Recurso Inominado
Recte : ALDIR FURQUIM DE FREITAS
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0046325-57.2017.4.01.3400
201734000898851
Recurso Inominado
Recte : MARIA ANTONIA DE JESUS PRASERES DIAS
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0046368-91.2017.4.01.3400
201734000899288
Recurso Inominado
Recte : JOAO BATISTA GOMES DE MORAES
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0046370-61.2017.4.01.3400
201734000899301
Recurso Inominado
Recte : ANTONIO JOSE DE JESUS SANTOS
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0046606-13.2017.4.01.3400
201734000901668
Recurso Inominado
Recte : MARCOS LUCIO STEMLER DA VEIGA
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0046777-67.2017.4.01.3400
201734000902882
Recurso Inominado
Recte : JOAO RIBEIRO DA SILVA
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0046781-07.2017.4.01.3400
201734000902923
580
Recurso Inominado
Recte : NANCI GOULART ROCHA
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0046901-50.2017.4.01.3400
201734000904125
Recurso Inominado
Recte : ADELSON ALVES DO NASCIMENTO
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0048464-79.2017.4.01.3400
201734000911299

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Recurso Inominado
Recte : MILTON PERES
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0048468-19.2017.4.01.3400
201734000911330
Recurso Inominado
Recte : AGENOR PORTO MOUSINHO
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0003787-27.2018.4.01.3400
201834000981669
Recurso Inominado
Recte : SEVERINO JOSE DA SILVA
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0004625-67.2018.4.01.3400
201834000989721
Recurso Inominado
Recte : NEURIZA APARECIDA BARBOSA DE LIMA
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0004724-37.2018.4.01.3400
201834000990726
Recurso Inominado
Recte : GERALDO ROSA LOPES
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0006195-88.2018.4.01.3400
201834000997691
Recurso Inominado
Recte : THEREZA CHRISTINA PEREIRA LEAL
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0006568-22.2018.4.01.3400
201834000998419
Recurso Inominado
Recte : ELCI PEREIRA DIAS
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0006682-58.2018.4.01.3400
201834000999602
Recurso Inominado
Recte : LUIZ CARLOS DA SILVA CUNHA
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0006699-94.2018.4.01.3400
201834000999770
Recurso Inominado
Recte : MARIA APARECIDA FERRO DO LAGO
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0006707-71.2018.4.01.3400
201834000999856
581
Recurso Inominado
Recte : RAIMUNDA LUIZA BRITO FURTADO
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0006839-31.2018.4.01.3400
201834001001178
Recurso Inominado
Recte : MARIA ARAUJO DE OLIVEIRA
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0023192-49.2018.4.01.3400
201834001088284

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Recurso Inominado
Recte : SERGIO ROBERTO NASSAR
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0023646-29.2018.4.01.3400
201834001092846
Recurso Inominado
Recte : SADDIKA SAID ASSAF
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Diante do exposto, com fundamento no 1.030, I, “a”, do CPC, NEGO SEGUIMENTO


ao Recurso Extraordinário. Transcorrido o prazo legal, certifique-se e devolva-se à
Vara de origem. Publique-se. Intime-se.

Autos com Decisão

No(s) processo(s) abaixo relacionado(s) :

0027611-88.2013.4.01.3400
201334000036067
Recurso Inominado
Recte : ANTONIO CESAR MENDES LIMA
Advg. : DF00025089 - GILBERTO SIEBRA MONTEIRO
Recdo : UNIAO FEDERAL

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Por isso, na decisão agravada neste feito a Coordenação das Turmas negou
seguimento ao Recurso Extraordinário expressamente com base no art. 1.030, I, “a”,
NCPC. Em consequência, a forma legal para impugnação da decisão é aquela
prevista pelo art. 1.030, § 2º, NCPC, ou seja, por meio de agravo interno, e não por
agravo de instrumento ou daquele que tratam o art. 1.042 e o art. 1.030, § 1º, ambos
do NCPC. Por sua vez, o julgamento do agravo interno deve ser feito pelo órgão
jurisdicional de que faz parte aquele que proferiu a decisão agravada, conforme
regulamentado pela lei processual em vigor. Ou seja, pela Turma Recursal de
origem. Por isso, mantendo-se a decisão agravada por seus próprios fundamentos,
encaminhe-se o processo à Relatoria da Turma Recursal de Origem, tendo em vista
a regulamentação do recurso de agravo interno. Encaminhe-se.

0050885-57.2008.4.01.3400
200834009096726
Recurso Inominado
Recte : MANOEL CARDOSO DE MORAIS
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Diante do exposto, SOBRESTE-SE o Incidente Regional de Uniformização, arguido


pela parte Autora, até o trânsito em julgado do RESP 1831371/SP, com base no art.
14, II, “a” da Resolução CJF 586, de 30 de Setembro de 2019. Anote-se e
acompanhe-se o desfecho do julgamento do recurso acima indicado, fazendo
conclusão quando do trânsito em julgado do respectivo acórdão, oportunidade em
que o Incidente Nacional será avaliado em sua inteireza. Publique-se. Intime-se.

PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
582
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
1ª TR - RELATOR 2 - BRASÍLIA

Juiz(a) Federal : ITAGIBA CATTA PRETA NETO


Diretor do Foro
Diretor(a) da : ÉRICO DE SOUZA SANTOS
Secretaria
Administrativa

Juiz(a) Titular : DR.RUI COSTA GONÇALVES

0052620-62.2007.4.01.3400

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
200734009067886
Recurso Inominado
Recdo : NANCY COELHO DE MOURA SILVA
Advg. : DF00035466 - TATIANA DE MORAIS HOLLANDA
Recte : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
Advg. : DF00019983 - JOSE CARLOS IZIDRO MACHADO

0043091-48.2009.4.01.3400
200934009033393
Recurso Inominado
Recdo : MARY ONEIDE NUNES IORIO ARANHA OLIVEIRA
Recte : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
Advg. : DF00019983 - JOSE CARLOS IZIDRO MACHADO

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Tendo em vista a manifestação de ambas as partes, HOMOLOGO o acordo firmado


para todos os efeitos legais, julgado extinto o processo com resolução do mérito, na
forma do art. 487, III, b, NCPC. Prejudicado o recurso extraordinário interposto.
Remeta-se o feito à Secretaria para que certifique o respectivo trânsito em julgado
com a posterior e consequente baixa à Vara de origem, Juízo competente para
processar o cumprimento do acordo ora homologado, se for o caso, com suas
consequências, como ordem para levantamento dos valores, se assim se fizer
necessário. Publique-se. Intime-se.

PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
2ª TR - RELATOR 1 - BRASÍLIA

Juiz(a) Federal : ITAGIBA CATTA PRETA NETO


Diretor do Foro
Diretor(a) da : ÉRICO DE SOUZA SANTOS
Secretaria
Administrativa

Juiz(a) Titular : DR.RUI COSTA GONÇALVES

0047067-24.2013.4.01.3400
201334000117680
Recurso Inominado
Recte : ANTONIO JOSE AIRES DA SILVA
Advg. : PI00001984 - JOSE DO EGITO FIGUEIREDO BARBOSA
Recdo : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

0048274-58.2013.4.01.3400
201334000123861
Recurso Inominado
Recte : LUIZ GONZAGA FONSECA FILHO
Advg. : PI00001984 - JOSE DO EGITO FIGUEIREDO BARBOSA
Recdo : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

0049976-39.2013.4.01.3400
201334000128710
Recurso Inominado
Recte : CLOVES JOSE DE SOUSA DIAS
Advg. : PI00001984 - JOSE DO EGITO FIGUEIREDO BARBOSA
Recdo : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

0052240-29.2013.4.01.3400
201334000137962
583
Recurso Inominado
Recte : JOSE DE RIBAMAR SANTOS CASTRO
Advg. : PI00001984 - JOSE DO EGITO FIGUEIREDO BARBOSA
Recdo : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Diante do exposto, com fundamento no art. 14, III, da Resolução 58/2019, NEGO
SEGUIMENTO ao Incidente de Uniformização de Jurisprudência. Transcorrido o
prazo legal, certifique-se e devolva-se à Vara de origem. Publique-se. Intime-se.

PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
2ª TR - RELATOR 2 - BRASÍLIA

Juiz(a) Federal : ITAGIBA CATTA PRETA NETO


Diretor do Foro
Diretor(a) da : ÉRICO DE SOUZA SANTOS
Secretaria
Administrativa

Juiz(a) Titular : DR.RUI COSTA GONÇALVES

0026066-12.2015.4.01.3400
201534000108167
Recurso Inominado
Recdo : AMALIA DE OLIVEIRA BARROS SOARES
Advg. : DF00023794 - ALINE CRISTINA DE MELO FRANCO E
OLIVEIRA
Recte : UNIAO FEDERAL

0026467-11.2015.4.01.3400
201534000109810
Recurso Inominado
Recdo : MARIA DA PENHA ALMEIDA
Advg. : DF00023794 - ALINE CRISTINA DE MELO FRANCO E
OLIVEIRA
Recte : UNIAO FEDERAL

0040949-61.2015.4.01.3400
201534000187861
Recurso Inominado
Recdo : ALCIDES GENTIL SOBRINHO
Advg. : DF00023794 - ALINE CRISTINA DE MELO FRANCO E
OLIVEIRA
Recte : UNIAO FEDERAL

0041148-83.2015.4.01.3400
201534000188894
Recurso Inominado
Recdo : LUANA HELLMEISTER
Advg. : DF00023794 - ALINE CRISTINA DE MELO FRANCO E
OLIVEIRA
Recdo : GLAUCO DE VASCONCELOS REIS PEREIRA JUNIOR
Advg. : DF00023794 - ALINE CRISTINA DE MELO FRANCO E
OLIVEIRA
Recte : UNIAO FEDERAL
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0041359-22.2015.4.01.3400
201534000191008
Recurso Inominado
Recdo : JAIME DE ARAUJO LIMA
Advg. : DF00023794 - ALINE CRISTINA DE MELO FRANCO E
OLIVEIRA
Recte : UNIAO FEDERAL

0048479-19.2015.4.01.3400
201534000218612
Recurso Inominado
Recdo : MARIA PEDRITA DOS SANTOS
Advg. : DF00023794 - ALINE CRISTINA DE MELO FRANCO E
OLIVEIRA
Recte : UNIAO FEDERAL
584
Recte : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL

0048545-96.2015.4.01.3400
201534000218804
Recurso Inominado
Recdo : MEIRE DE FATIMA FARIA
Advg. : DF00023794 - ALINE CRISTINA DE MELO FRANCO E
OLIVEIRA
Recte : UNIAO FEDERAL

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Assim sendo, com fundamento no art. 14, caput, Lei n° 10.259/2001, NÃO ADMITO
o Incidente de Uniformização de Jurisprudência arguido pela União. Transcorrido o

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
prazo legal, certifique-se e devolva-se à Vara de origem. Publique-se. Intime-se.

0003090-16.2012.4.01.3400
201234009346243
Recurso Inominado
Recte : RAIMUNDO PEREIRA GOMES
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

DECISÃO

Agravo interposto pela parte Autora, em face de decisão da Coordenação das


Turmas Recursais que, com base no art. 88 da Resolução PRESI 17, de 19 de
setembro de 2014, não conheceu do Recurso Especial interposto pela Agravante.
De fato, observa-se a inadmissibilidade de Recurso Especial no âmbito dos Juizados
Especiais, consoante deixa entrever o Verbete Sumular n. 203/STJ, verbis: “Não
cabe recurso especial contra decisão proferida por órgão de segundo grau dos
juizados especiais”. Esse fato, assim como o fez a Coordenação das Turmas
Recursais, é suficiente para não conhecer do Recurso Especial. Diante da situação
apresentada, demonstra-se a impossibilidade de remeter o feito ao Superior Tribunal
de Justiça, ante a ausência de previsão legal que sustente a interposição do
presente Agravo. Inviável, ademais, a fungibilidade entre as espécies recursais. Ora,
não há divergência que justifique a interposição de Recurso Especial no âmbito dos
Juizados, tampouco agravo contra o referido recurso. Assim sendo, mantendo-se a
decisão agravada por seus próprios fundamentos. Conforme requerido na peça de
agravo, encaminhe-se ao STJ. Publique-se. Intime-se.

0048983-69.2008.4.01.3400
200834009077219
Recurso Inominado
Recdo : MARIA DE FATIMA TRAVASSOS
Recdo : MARIA DE LOURDES DA SILVA
Recdo : MARIA DE FATIMA TRAVASSOS
Recdo : MARGARIDA DE OLIVEIRA SILVA
Advg. : DF00018841 - LINO DE CARVALHO CAVALCANTE
Recdo : CLEA MARIA DE MORAES
Recdo : MARIA DE LOURDES DA SILVA
Recdo : CLEA MARIA DE MORAES
Recdo : MARGARIDA DE OLIVEIRA SILVA
Recte : UNIAO FEDERAL
Recte : UNIAO FEDERAL

0011975-48.2014.4.01.3400
201434000040965
Recurso Inominado
Recte : JOSE GABRIEL FILHO
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0049470-29.2014.4.01.3400
201434000175339
Recurso Inominado
Recdo : JOACIR RODRIGUES DA CRUZ
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0054827-87.2014.4.01.3400
201434000196034
Recurso Inominado
Recdo : RUTE LEONIZA ALVES
Advg. : SP00320490 - THIAGO GUARDABASSI GUERRERO
585
Recte : UNIAO FEDERAL

0056692-48.2014.4.01.3400
201434000203756
Recurso Inominado
Recdo : JANE MARA DA SILVEIRA
Advg. : SP00320490 - THIAGO GUARDABASSI GUERRERO
Recte : UNIAO FEDERAL

0066471-27.2014.4.01.3400
201434000240809
Recurso Inominado
Recdo : MARIA DE LOURDES FERREIRA
Advg. : DF00017777 - SIRNELANGE FRANCA DE OLIVEIRA

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0069176-95.2014.4.01.3400
201434000251013
Recurso Inominado
Recdo : ACRISIO MACHADO DE OLIVEIRA
Advg. : PR00033955 - FABRICIO FONTANA
Recte : UNIAO FEDERAL

0005013-72.2015.4.01.3400
201534000014559
Recurso Inominado
Recdo : IRANI FERREIRA DE SOUZA
Advg. : SP00124703 - EVANDRO RUI DA SILVA COELHO
Recte : UNIAO FEDERAL
Advg. : MG0001024A - WALDIR SANTOS DIAS

0008168-83.2015.4.01.3400
201534000029696
Recurso Inominado
Recdo : ODETE DA SILVA RIBEIRO DE FARIA
Advg. : DF0044797A - THIAGO GUARDABASSI GUERRERO
Recte : UNIAO FEDERAL

0016492-62.2015.4.01.3400
201534000074242
Recurso Inominado
Recdo : VALMIR BISPO DA SILVA
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0017736-26.2015.4.01.3400
201534000077707
Recurso Inominado
Recdo : MATHEUS CASTILHO DE SOUZA
Advg. : DF00018841 - LINO DE CARVALHO CAVALCANTE
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0037731-25.2015.4.01.3400
201534000170765
Recurso Inominado
Recdo/recte : MARLENE TAVARES DE ARAUJO
Advg. : DF0001672A - SOLANGE MARIA DE CARVALHO
CAVALCANTE
Recte/recdo : UNIAO FEDERAL

0039750-04.2015.4.01.3400
201534000181158
Recurso Inominado
Recte : MARIA FERNANDES SOARES
Advg. : DF00025089 - GILBERTO SIEBRA MONTEIRO
Recte : ARTENE LIMA
Recdo : UNIAO FEDERAL

0051681-04.2015.4.01.3400
201534000227700
Recurso Inominado
Recdo : JOSILENE DE CARVALHO SOARES LIARTH
Advg. : PI00198489 - JOSE DO EGITO FIGUEIREDO BARBOSA
Recte : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA

0045073-53.2016.4.01.3400
201634000531643
586
Recurso Inominado
Recdo : DELINDA VIEIRA DE ARAUJO
Advg. : DF00021106 - BENIGNA ARAUJO TEIXEIRA
Recte : UNIAO FEDERAL

0047494-16.2016.4.01.3400
201634000542019
Recurso Inominado
Recdo : MARIA LUCIA RODRIGUES DE OLIVEIRA
Advg. : DF00040568 - JEAN CLAUDIO DOS SANTOS SOUZA
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
Recte : ANNA DEBORA RODRIGUES DE OLIVEIRA

0077526-04.2016.4.01.3400

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
201634000671766
Recurso Inominado
Recdo : ROGERIO VALSECHY KARL
Advg. : DF00053635 - BARBARA GOUVEIA E SILVA
Recte : UNIAO FEDERAL

0028899-32.2017.4.01.3400
201734000797792
Recurso Inominado
Recdo : ORISMILDE PAULO DO NASCIMENTO
Advg. : DF00026980 - AELSON ROCHA SARAIVA
Advg. : DF00041241 - JOAO EDSON PEREIRA SERTAO
Recte : UNIAO FEDERAL

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Diante do exposto, e tendo em vista os princípios da simplicidade e economia


processual, que norteiam os feitos que tramitam nos Juizados Especiais Federais
(art. 2º da Lei nº 9.099/95), determino o SOBRESTAMENTO do presente feito, com
base no artigo 1.030, III, do CPC, na redação da Lei 12.356/16, até o trânsito em
julgado do RE 870.947/SE. Anote-se e acompanhe-se atentamente o desfecho do
julgamento dos embargos no Supremo. Uma vez transitado em julgado e publicado
pelo STF o acórdão resolvendo os declaratórios, nova conclusão. Publique-se.
Intime-se.

PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
2ª TR - RELATOR 3 - BRASÍLIA

Juiz(a) Federal : ITAGIBA CATTA PRETA NETO


Diretor do Foro
Diretor(a) da : ÉRICO DE SOUZA SANTOS
Secretaria
Administrativa

Juiz(a) Titular : DR.RUI COSTA GONÇALVES

0007275-63.2013.4.01.3400
201334009526065
Recurso Inominado
Recdo : AURENI DE ARAUJO LIMA SALAO
Advg. : DF00036399 - KELLY CRISTINA DOMINGOS ASSUNCAO
Recte : DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA
DE TRANSPORTES -DNIT
Advg. : AL00007729 - AGELIO NOVAES DE MIRANDA

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Por isso, SOBRESTE-SE a tramitação do presente feito, até o trânsito em julgado do


Incidente de Uniformização admitido pela TNU no processo 0025610-
04.2011.4.01.3400 (originário de TR desta Seccional) (art. 16, III, Regimento Interno
da TNU e art. 1.030, III, NCPC). Anote-se e acompanhe-se o desfecho do
julgamento dos recursos acima indicados, fazendo conclusão quando do trânsito em
julgado dos respectivos acórdãos, oportunidade em que o Incidente Regional será
avaliado em sua inteireza. Publique-se. Intime-se.

0041873-72.2015.4.01.3400
201534000192832
Recurso Inominado
Recte : DIOMERCINO ALVES BARBOSA
587
Advg. : DF00018841 - LINO DE CARVALHO CAVALCANTE
Recdo : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE - FUNASA

0068567-78.2015.4.01.3400
201534000290930
Recurso Inominado
Recdo : RAIMUNDA BORGES DE ASSIS
Advg. : DF00018841 - LINO DE CARVALHO CAVALCANTE
Recte : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA

0038054-93.2016.4.01.3400
201634000493328
Recurso Inominado
Recte : JOSE MARQUES NUNES

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Advg. : DF00018841 - LINO DE CARVALHO CAVALCANTE
Recdo : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA

0068861-96.2016.4.01.3400
201634000638796
Recurso Inominado
Recte : MARIA ZELIA DA SILVA DOS SANTOS
Advg. : DF00018841 - LINO DE CARVALHO CAVALCANTE
Recdo : UNIAO FEDERAL

0071429-85.2016.4.01.3400
201634000644145
Recurso Inominado
Recte : SANDRA REGINA GAMA
Advg. : DF00018841 - LINO DE CARVALHO CAVALCANTE
Recdo : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA

0075845-96.2016.4.01.3400
201634000668336
Recurso Inominado
Recte : VILZA PEIXOTO DA FONSECA
Advg. : DF00018841 - LINO DE CARVALHO CAVALCANTE
Recdo : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Diante do exposto, com fundamento no art. 1.030, I, “a” do Código de Processo Civil,
NEGO SEGUIMENTO ao Recurso Extraordinário. Transcorrido o prazo legal,
certifique-se e devolva-se à Vara de origem. Publique-se. Intime-se.

PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
3ª TR - RELATOR 2 - BRASÍLIA

Juiz(a) Federal : ITAGIBA CATTA PRETA NETO


Diretor do Foro
Diretor(a) da : ÉRICO DE SOUZA SANTOS
Secretaria
Administrativa

Juiz(a) Titular : DR.RUI COSTA GONÇALVES

0050788-91.2007.4.01.3400
200734009049460
Recurso Inominado
Recte : CLOVES DA COSTA PEREIRA
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0044582-27.2008.4.01.3400
200834009032901
Recurso Inominado
Recte : LUIS MACHADO DOS SANTOS
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0049632-34.2008.4.01.3400
200834009083720
Recurso Inominado
Recte : MESSIAS MODESTO DA SILVA
588
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0058614-03.2009.4.01.3400
200934009195850
Recurso Inominado
Recte : SIDNEY RODRIGUES DE PAULA
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0067498-50.2011.4.01.3400
201134009333257
Recurso Inominado
Recdo/recte : JOSE DE MIRANDA BARRENSE

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recte/recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0077017-44.2014.4.01.3400
201434000274799
Recurso Inominado
Recte : VANDERLEI MOREIRA TAVARES
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Diante do exposto, tendo em vista os princípios que norteiam os feitos que tramitam
nos Juizados Especiais Federais (art. 2º da Lei nº 9.099/1995), SOBRESTE-SE a
tramitação do presente feito, até o trânsito em julgado do RESP 1831371/SP com
base no artigo 1.030, III, do CPC, na redação da Lei n° 13.256/2016. Anote-se e
acompanhe-se o desfecho do julgamento do recurso acima indicado, fazendo
conclusão quando do trânsito em julgado do respectivo acórdão, oportunidade em
que o Recurso Extraordinário será avaliado em sua inteireza. Publique-se. Intime-se.

0041871-05.2015.4.01.3400
201534000192815
Recurso Inominado
Recdo : LOURIVALDO PEREIRA ROCHA
Advg. : DF00018841 - LINO DE CARVALHO CAVALCANTE
Recte : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA

0034195-69.2016.4.01.3400
201634000469936
Recurso Inominado
Recte : GUILHERME GONCALVES BARRETO
Advg. : DF00018841 - LINO DE CARVALHO CAVALCANTE
Recdo : FUNASA - FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE

0053210-24.2016.4.01.3400
201634000571366
Recurso Inominado
Recte : JAILSON JOSE GOMES DE SA
Advg. : DF00039232 - LEONARDO DA COSTA
Recdo : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA
Recdo : UNIAO FEDERAL

0064462-24.2016.4.01.3400
201634000621463
Recurso Inominado
Recte : ANTONIO RAMOS DO AMPARO
Advg. : DF00018841 - LINO DE CARVALHO CAVALCANTE
Recdo : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA

0066150-21.2016.4.01.3400
201634000627389
Recurso Inominado
Recte : IVONETE VITORIANO DE MENEZES
Advg. : DF00018841 - LINO DE CARVALHO CAVALCANTE
Recdo : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA

0073266-78.2016.4.01.3400
201634000658589
Recurso Inominado
Recdo : MARIA DA CONCEICAO BARROS NERY
Advg. : GO00026506 - EVERTON BERNARDO CLEMENTE
Recte : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA
589
0074034-04.2016.4.01.3400
201634000660804
Recurso Inominado
Recte : MARIA JOSE PEREIRA
Advg. : DF00018841 - LINO DE CARVALHO CAVALCANTE
Recdo : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA

0025414-24.2017.4.01.3400
201734000772904
Recurso Inominado
Recte : MARIA ASSUNTA SERZEDELO
Advg. : DF00039232 - LEONARDO DA COSTA
Recdo : UNIAO FEDERAL
Recdo : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
0032211-79.2018.4.01.3400
201834001145342
Recurso Inominado
Recte : ANTONIO DAMASCENA LIMA
Advg. : MS00017365 - VINICIUS DE MORAES GONCALVES
MENDES
Recdo : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Diante do exposto, com base no art. 55, XXII, c/c o seu § 2º, da Resolução Presi
TRF1 17/2014 SOBRESTE-SE a tramitação do presente feito até o trânsito em
julgado do Processo 0020016-33.2016.4-01.3400. Anote-se e acompanhe-se
atentamente o desfecho do julgamento supramencionado, fazendo nova conclusão
quando da publicação dos respectivo acórdão. Publique-se. Intime-se.

PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
3ª TR - RELATOR 3 - BRASÍLIA

Juiz(a) Federal : ITAGIBA CATTA PRETA NETO


Diretor do Foro
Diretor(a) da : ÉRICO DE SOUZA SANTOS
Secretaria
Administrativa

Juiz(a) Titular : DR.RUI COSTA GONÇALVES

0038418-41.2011.4.01.3400
201134009260286
Recurso Inominado
Recte : RAIMUNDO JOAO DE SOUZA
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Diante do exposto, tendo em vista os princípios que norteiam os feitos que tramitam
nos Juizados Especiais Federais (art. 2º da Lei nº 9.099/1995), SOBRESTE-SE a
tramitação do presente feito, até o trânsito em julgado do RESP 1831371/SP com
base no artigo 1.030, III, do CPC, na redação da Lei n° 13.256/2016. Anote-se e
acompanhe-se o desfecho do julgamento do recurso acima indicado, fazendo
conclusão quando do trânsito em julgado do respectivo acórdão, oportunidade em
que o Recurso Extraordinário será avaliado em sua inteireza. Publique-se. Intime-se.

0052864-15.2012.4.01.3400
201234009477370
Recurso Inominado
Recte : VALDECIRA FIRMINO DO NASCIMENTO
Advg. : DF0001672A - SOLANGE MARIA DE CARVALHO
CAVALCANTE
Recdo : UNIAO FEDERAL

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Diante do exposto, NEGO SEGUIMENTO ao Recurso Extraordinário com


fundamento no art. 1.030, I, do NCPC e NEGO SEGUIMENTO ao Pedido de
590
Uniformização com fundamento no art. 14, III da Resolução 586 de 30 de Setembro
de 2019. Transcorrido o prazo legal, certifique-se e devolva-se à Vara de origem.
Publique-se. Intime-se.

0068759-74.2016.4.01.3400
201634000637777
Recurso Inominado
Recdo : EDMILSON DA CRUZ RIBEIRO FIUSA
Advg. : DF00045192 - EDNA CONCEICAO DOS SANTOS E
SOUZA
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Pelo exposto, ACOLHO os embargos declaratórios opostos pela parte Autora, para
HOMOLOGAR a autocomposição das partes neste Juízo recursal, no sentido de que
os juros e a correção monetária das parcelas em atraso, reconhecidas pela sentença
neste feito, sejam aplicados nos termos do art. 1º-F da Lei nº 9.494/1997. Em sendo
assim, revogo a decisão registrada em 09/10/2019. Ademais, em sendo a única
matéria devolvida pelo recurso extraordinário, há de ser declarado prejudicado, ante
a superveniente perda do objeto. Transcorrido o prazo legal, remessa à Vara de
origem, para prosseguimento, competente para processar o cumprimento do acordo,
obviamente observando-se, no cumprimento do julgado, o conteúdo da
autocomposição homologada. Publique-se. Intime-se.

Autos com Despacho

No(s) processo(s) abaixo relacionado(s) :

0016612-42.2014.4.01.3400
201434000054648
Recurso Inominado
Recdo : HILMA GUIMARAES SOBRAL
Advg. : DF00011555 - IBANEIS ROCHA BARROS JUNIOR
Advg. : DF00033208 - CARLOS ALBERTO ARANTES JUNIOR
Recte : UNIAO FEDERAL

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

DESPACHO
Considerando que a decisão do Supremo Tribunal Federal, no Recurso
Extraordinário nº 638.115/CE, que trata sobre a “incorporação de quintos decorrente
do exercício de funções comissionadas no período compreendido entre a edição da
Lei 9.624/1998 e a MP 2.225-48/2001”, que reconheceu a existência de repercussão
geral da questão constitucional suscitada, ainda se encontra pendente de trânsito
em julgado, haja vista a apreciação pelo STF de Embargos Declaratórios,
SUSPENDA-SE a tramitação do feito nesta instância, sem julgamento, até que
sobrevenha decisão final naquele Recurso Extraordinário quanto ao objeto discutido,
com trânsito em julgado. Intimem-se e cumpra-se, certificando-se a causa da
suspensão e tendo-se o cuidado de acompanhar o desfecho do aludido Recurso
Extraordinário, fazendo nova conclusão depois do trânsito em julgado da Decisão
final.

0021985-54.2014.4.01.3400
201434000072396
Recurso Inominado
Recte : MARCELO GUERREIRO CALDAS
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0021986-39.2014.4.01.3400
201434000072406
Recurso Inominado
Recte : RAIMUNDO BATISTA FERRO
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0021996-83.2014.4.01.3400
201434000072509
Recurso Inominado
Recte : EMILIO CLAUDIO CARVALHO DE MIRANDA
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0028735-72.2014.4.01.3400
201434000096511
591
Recurso Inominado
Recte : VICENTE COELHO DA SILVA
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0044229-74.2014.4.01.3400
201434000153467
Recurso Inominado
Recte : FABIO GUTTEMBERG DA CRUZ
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0046600-11.2014.4.01.3400

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
201434000162020
Recurso Inominado
Recte : CECILIO MENDES NASCIMENTO
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0050886-32.2014.4.01.3400
201434000183010
Recurso Inominado
Recte : EUSTAQUIO FERREIRA DOS SANTOS
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0050895-91.2014.4.01.3400
201434000183100
Recurso Inominado
Recte : ALMINDA EVARISTO DA SILVA
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0050913-15.2014.4.01.3400
201434000183281
Recurso Inominado
Recte : RIZA MARIA DOS SANTOS VIANA COELHO BASSO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00030810 - PRISCILA DE ALMEIDA JULIANO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0050925-29.2014.4.01.3400
201434000183408
Recurso Inominado
Recte : FERNANDO ANTONIO LOPES PIMENTEL ROSA
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00030810 - PRISCILA DE ALMEIDA JULIANO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0053916-75.2014.4.01.3400
201434000193889
Recurso Inominado
Recdo : MARIA EDITE FREITAS
Recdo : CICERO FULGENCIO NETO
Recdo : AIRTON BRILHANTE FILHO
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recdo : JOSELITO MOURA DA SILVA
Recdo : MARIA MARLI DE SOUSA
Recte : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0053920-15.2014.4.01.3400
201434000193920
Recurso Inominado
Recdo : CLAUDIA DIONISIA BRITO DE JESUS
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recdo : FRANCISCO FIRMINO DE ARAUJO
Recdo : CLAUDIA LIMA BRITO
Recdo : MARCIO SANTOS DO ROSARIO
Recdo : FABRICIO SOARES AGUIAR
Recte : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0053922-82.2014.4.01.3400
201434000193947
Recurso Inominado
592
Recte : GILSON FARIAS DE SOUSA
Recte : ORISSON DA SILVA
Recte : MARCO ANTONIO BEZERRA CARDOSO
Recte : EUDES MOURA DA SILVA
Recte : CELIO NILVALDO DE SOUSA JUNIOR
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0053925-37.2014.4.01.3400
201434000193978
Recurso Inominado
Recte : MARLENE JANUARIO DA SILVA
Recte : JOSE LUIZ ALVES DA SILVA
Recte : DJENANE BRITO LUIZ

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recte : JUAREZ RIBEIRO DE SOUZA JUNIOR
Recte : MEIRE BARBOSA DE MORAIS GOMES
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0056792-03.2014.4.01.3400
201434000204758
Recurso Inominado
Recte : AMARILDO QUEIROZ DE SOUZA
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0056797-25.2014.4.01.3400
201434000204802
Recurso Inominado
Recte : RUBENS KLINK DE SOUZA
Advg. : DF00030810 - PRISCILA DE ALMEIDA JULIANO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0061130-20.2014.4.01.3400
201434000212159
Recurso Inominado
Recte : CARLOS DA SILVA DIAS
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0061739-03.2014.4.01.3400
201434000216841
Recurso Inominado
Recte : JULIO FERREIRA DE AZARA
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0062744-60.2014.4.01.3400
201434000221158
Recurso Inominado
Recte : REGINALDO TEIXEIRA
Recte : PETRONIO GOMES DA SILVA
Recte : LUCAS NASCENTES DA CUNHA
Recte : FRANCISCO DE ASSIS GOMES DA SILVA
Advg. : DF00041686 - FERNANDO ANTONIO MUNIZ LIMA
Recte : MARCIA MARIA ROCHA TAVARES
Recte : MARCIA MACHADO MATTOS
Recte : FRANCISCO DE ASSIS GOMES DA SILVA
Advg. : DF00038961 - VITOR JOSE BORGES ALVES
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0064924-49.2014.4.01.3400
201434000232462
Recurso Inominado
Recte : MAYKON VIEIRA
Recte : MARCELO ASSIS GOMES
Recte : ANA FELIX PEREIRA DE OLIVEIRA
Recte : ADAIL BEZERRA CUNHA
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recte : CLEITON VIEIRA SILVA
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0065994-04.2014.4.01.3400
201434000237814
593
Recurso Inominado
Recdo : LUCIA VALERIA FONSECA MARQUES
Recdo : ADAIL DE OLIVEIRA LIMA
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recdo : GILSON MACHADO TORRES
Recdo : EDINA REGINA MOUSINHO GOMES
Recdo : DIVINA DE BRITO ARAUJO
Recte : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0065995-86.2014.4.01.3400
201434000237828
Recurso Inominado
Recte : JOSE PEDROSA CHAVES
Recte : KELLY CRISTINA OLIVEIRA JORGE

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Recte : APARECIDA GLORIA DE SALES
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recte : DANIEL PEREIRA DOS SANTOS ROCHA
Recte : FRANCISCO NEUDO PESSOA
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0066003-63.2014.4.01.3400
201434000237903
Recurso Inominado
Recte : AMANDA KELLY BRITTO DE ALMEIDA
Recte : ANTONIO FERREIRA DA COSTA
Recte : HELENA ROSA DA SILVA
Recte : ALESSANDRO DE JESUS DA CONCEICAO
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recte : MARIA APARECIDA DE DEUS GODINHO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0068580-14.2014.4.01.3400
201434000244926
Recurso Inominado
Recte : VIRGINIO FELICIANO DE OLIVEIRA
Recte : ANTONIO BRAS BEZERRA
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recte : JOSE ARAUJO RIBEIRO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0070263-86.2014.4.01.3400
201434000256101
Recurso Inominado
Recte : HANDER GLEISSON BRAGA
Recte : IVONETE SANTOS DE LIMA
Recte : ANA ZITA FERNADES
Recte : JOAQUIM ALVES SOBRINHO
Recte : JACKSON ALBERTO TEIXEIRA DE ARAUJO
Recte : ANTONIO LUIZ DE OLIVEIRA CORREA DA SILVA
Recte : HENRIQUE SILVA CASTILHO
Advg. : DF00038961 - VITOR JOSE BORGES ALVES
Advg. : DF00021675 - ANDRESSA MIRELLA CASTRO DIAS
Recte : IVANEIDE PEREIRA RAMOS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0070811-14.2014.4.01.3400
201434000256581
Recurso Inominado
Recte : FABIO ALVES SANTOS SILVA
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0072018-48.2014.4.01.3400
201434000260516
Recurso Inominado
Recte : WELLINGTON SILVA DE ALMEIDA
Recte : LUIZ FABIO SOBRINHO
Recte : JULIO CESAR RODRIGUES DOS SANTOS
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0074912-94.2014.4.01.3400
201434000266579
Recurso Inominado
Recte : ROBERTO DIAS DAVID
Recte : JORGE ALBERTO DE CARVALHO
Recte : ANA CRISTINA DA SILVA NASCIMENTO
594
Recte : JOSE NIVALDO DE OLIVEIRA
Recte : RENATO DE AGUIAR ATTUCH
Recte : VERA LUCIA BUENO DE MORAES
Advg. : DF00038961 - VITOR JOSE BORGES ALVES
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0074926-78.2014.4.01.3400
201434000266712
Recurso Inominado
Recte : MARCIO LUIZ ALVES DE ALMEIDA
Advg. : DF00041686 - FERNANDO ANTONIO MUNIZ LIMA
Advg. : DF00038961 - VITOR JOSE BORGES ALVES
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
0078218-71.2014.4.01.3400
201434000277078
Recurso Inominado
Recte : CELIA FERREIRA PRADO CARVALHO
Advg. : DF00019371 - LUISA DE PINHO VALLE
Advg. : DF00021675 - ANDRESSA MIRELLA CASTRO DIAS
Advg. : DF00038961 - VITOR JOSE BORGES ALVES
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0080590-90.2014.4.01.3400
201434000280820
Recurso Inominado
Recte : MARIO SERGIO DE JESUS PEREIRA
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0083714-81.2014.4.01.3400
201434000291346
Recurso Inominado
Recte : JOAO YOSIKAZU MAEDA
Recte : ALOISIO REIS BRANDAO
Advg. : DF00021675 - ANDRESSA MIRELLA CASTRO DIAS
Advg. : DF00019371 - LUISA DE PINHO VALLE
Recte : EDSON PEREIRA DOS SANTOS
Recte : JOSELIA CINTHYA QUINTAO PENA FRADE
Recte : DOUGLAS SOUSA DE ANDRADE
Recte : ALOISIO REIS BRANDAO
Advg. : DF00038961 - VITOR JOSE BORGES ALVES
Recte : IRAN SANTOS NUNES
Recte : JOANIRA FERREIRA DE SOUZA
Recte : DENISE DOS REIS SOARES
Recte : CLAUDIA SERAFIN
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0083715-66.2014.4.01.3400
201434000291350
Recurso Inominado
Recte : VALERIA RESENDE FARIA
Recte : PAULO SERGIO LOPES DA SILVA
Recte : EDILSON BATISTA DE MAGALHAES
Recte : ANA MARIA CARIS
Advg. : DF00041686 - FERNANDO ANTONIO MUNIZ LIMA
Advg. : DF00038961 - VITOR JOSE BORGES ALVES
Advg. : DF00019371 - LUISA DE PINHO VALLE
Recte : JOSE DE PAULO COSTA COUTINHO
Recte : MONIK CASTRO ELESBAO
Recte : JOSE ISMAR ARAUJO DA SILVA
Recte : MARIA MACHADO AGUIAR VIEIRA
Recte : DOMINGOS CARDOSO DA SILVA
Recte : JOSE MARIA VASCONCELLOS DE SOUSA
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0084109-73.2014.4.01.3400
201434000292293
Recurso Inominado
Recte : RICARDO ALBERTO PROENCA OTHECHAR
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0084228-34.2014.4.01.3400
201434000293487
Recurso Inominado
Recte : BENITO JUAREZ SOUTO NETTO
595
Advg. : DF00038961 - VITOR JOSE BORGES ALVES
Recte : JOSE BATISTA DE OLIVEIRA FILHO
Recte : IRIA CASTRO MARIN
Recte : BENITO JUAREZ SOUTO NETTO
Advg. : DF00019371 - LUISA DE PINHO VALLE
Recte : EDSON CARLOS DE REZENDE
Recte : ANTONIO GABRIEL GUEDES DE SOUZA
Recte : MARCOS AURELIO CAMBRAIA NOGUEIRA
Recte : VANESSA NAVARRO DE MIRANDA
Recte : BENITO JUAREZ SOUTO NETTO
Advg. : DF00021675 - ANDRESSA MIRELLA CASTRO DIAS
Recte : PATRICK FABIANO MARCELINO DOS SANTOS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
0084230-04.2014.4.01.3400
201434000293500
Recurso Inominado
Recte : ALBERTO JADER SANTOS DE OLIVEIRA
Advg. : DF00019371 - LUISA DE PINHO VALLE
Advg. : DF00021675 - ANDRESSA MIRELLA CASTRO DIAS
Advg. : DF00038961 - VITOR JOSE BORGES ALVES
Recte : EURINALVA PEREIRA DE SOUZA
Recte : JUSSARA DE FATIMA PEREIRA
Recte : VALERIA TELES DA SILVA
Recte : ELIZETH PIRES GUIMARAES SIMOES
Recte : MARIA DIVINA SEVILHA MAGALHAES
Recte : MARIA LUCIA DE CARVALHO ARAUJO
Recte : ERINALDO PEREIRA DE SOUSA
Recte : WILLIAN COSTA MAX
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0086852-56.2014.4.01.3400
201434000298424
Recurso Inominado
Recte : NEIRE APARECIDA DA COSTA SOUZA
Recte : ROMELIA DIAS RODRIGUES DOURADO
Recte : SIDNEY ALVES DOS SANTOS
Recte : VERONICA MARIA ENRICH MONTEIRO
Recte : VERUSKA NARIKAWA GONDIM
Recte : PAULO WILSON OLIVEIRA DE BARROS
Recte : RICARDO CEZAR DE MEDEIROS FERREIRA DA SILVA
Recte : MARILENE ROSA MONTEIRO
Advg. : DF00000968 - ULISSES RIEDEL DE RESENDE
Recte : NUBIA RICARDO BRAZAO
Recte : REJANIO DE ARAUJO SILVA
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0086854-26.2014.4.01.3400
201434000298441
Recurso Inominado
Recte : DIRCEU GOMES DA SILVA JUNIOR
Recte : DEBORA MELO DE MEDEIROS
Recte : HERICA PEIXOTO SACRAMENTO LEITE
Recte : FLAVIO DAMASCENO ARAGAO
Recte : LUIZ ALVES DA SILVA
Recte : AUGUSTO ALMEIDA DE MORAES
Recte : ANDERSON VIANA DA SILVA
Recte : ALDO RODRIGUES DE LIMA
Advg. : DF00019371 - LUISA DE PINHO VALLE
Advg. : DF00038961 - VITOR JOSE BORGES ALVES
Recte : JORGE ANDRE RODRIGUES
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0087555-84.2014.4.01.3400
201434000300451
Recurso Inominado
Recte : MARIA GOMES RODRIGUES
Recte : JOSEFA MESSIAS PAES DE MIRANDA
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recte : JOSE MORENO PACHECO
Recte : JOSENAIDE ALENCAR MOTA VIANA
Recte : TIAGO PEREIRA DIAS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0087715-12.2014.4.01.3400
201434000301779
Recurso Inominado
596
Recte : VERA LUCIA LOPES FERNANDES
Recte : SYLVIO ROBERTO PEREIRA BARBOSA
Recte : TILMA NASIRA RODRIGUES MOTA TOGASHI
Recte : MILZABETE MARIA PINHATE
Recte : LAURINALDO BERNARDO DE BARCELOS
Recte : MARIA ROSE DE OLIVEIRA E SILVA
Recte : MARINA ESTER FALEIRO PARENTE
Recte : JOSE GERARDO DE MESQUITA
Advg. : DF00025560 - PATRICIA QUEIROZ ARAUJO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0088150-83.2014.4.01.3400
201434000303426
Recurso Inominado

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Recte : JANICE NUNES DE CARVALHO DOS SANTOS
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Advg. : DF00014753 - PATRICIA PINHEIRO MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0090548-03.2014.4.01.3400
201434000313461
Recurso Inominado
Recte : JOANA LIMA PEREIRA
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recte : MAURO EUGENIO DE OLIVEIRA
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0090551-55.2014.4.01.3400
201434000313492
Recurso Inominado
Recte : LUIZ ALEXANDRE PEREIRA
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0091490-35.2014.4.01.3400
201434000317962
Recurso Inominado
Recte : LUCILENE PEREIRA PASSOS
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0091922-54.2014.4.01.3400
201434000321798
Recurso Inominado
Recte : RAFAEL NOVAIS DE MELO
Advg. : DF00020219 - RAPHAEL MESQUITA CARNEIRO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0092204-92.2014.4.01.3400
201434000322114
Recurso Inominado
Recte : ROSANE BATISTA DE ANDRADE CRISPIM
Advg. : DF00020219 - RAPHAEL MESQUITA CARNEIRO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0092209-17.2014.4.01.3400
201434000322162
Recurso Inominado
Recte : TELMA DE LIRA MATOS
Advg. : DF00020219 - RAPHAEL MESQUITA CARNEIRO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0092211-84.2014.4.01.3400
201434000322180
Recurso Inominado
Recte : ILZA MARIA PIMENTA AMARAL
Advg. : DF00020219 - RAPHAEL MESQUITA CARNEIRO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0092215-24.2014.4.01.3400
201434000322220
Recurso Inominado
Recte : RODRIGO ENEAS SILVA
Advg. : DF00020219 - RAPHAEL MESQUITA CARNEIRO
Recte : MARCELA PALHANO DE SALLES
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
597
0092216-09.2014.4.01.3400
201434000322234
Recurso Inominado
Recte : LUIS CARLOS DOS SANTOS
Advg. : DF00020219 - RAPHAEL MESQUITA CARNEIRO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0092217-91.2014.4.01.3400
201434000322248
Recurso Inominado
Recte : ADEVILSON PIRES MARTINS
Advg. : DF00020219 - RAPHAEL MESQUITA CARNEIRO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
0092218-76.2014.4.01.3400
201434000322251
Recurso Inominado
Recte : ANA RITA MACHADO PEREIRA
Advg. : DF00020219 - RAPHAEL MESQUITA CARNEIRO
Recte : CLAUDIANE DE OLIVEIRA CINTRA
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0092230-90.2014.4.01.3400
201434000322371
Recurso Inominado
Recte : JULIO PIO DE MELO
Recte : TIAGO ANDRE DIAZ PEREIRA
Advg. : DF00020219 - RAPHAEL MESQUITA CARNEIRO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0092232-60.2014.4.01.3400
201434000322399
Recurso Inominado
Recte : PEDRO HENRIQUE COSTA BRANDAO
Advg. : DF00020219 - RAPHAEL MESQUITA CARNEIRO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0092237-82.2014.4.01.3400
201434000322457
Recurso Inominado
Recte : FRANCISCO BORGES PORTO JUNIOR
Advg. : DF00020219 - RAPHAEL MESQUITA CARNEIRO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0092255-06.2014.4.01.3400
201434000322635
Recurso Inominado
Recte : VIVIANE COSTA GOMES
Advg. : DF00020219 - RAPHAEL MESQUITA CARNEIRO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0092258-58.2014.4.01.3400
201434000322666
Recurso Inominado
Recte : SONIA CABIDO NUNES VIEIRA
Advg. : DF00020219 - RAPHAEL MESQUITA CARNEIRO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0092261-13.2014.4.01.3400
201434000322697
Recurso Inominado
Recte : JOAO HONORIO GONCALVES
Advg. : DF00020219 - RAPHAEL MESQUITA CARNEIRO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0092270-72.2014.4.01.3400
201434000322790
Recurso Inominado
Recte : ANTONIO FERREIRA DA COSTA
Advg. : DF00020219 - RAPHAEL MESQUITA CARNEIRO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0092274-12.2014.4.01.3400
201434000322830
Recurso Inominado
Recte : VALDEMIRO FRANCISCO DE CASTRO
Advg. : DF00020219 - RAPHAEL MESQUITA CARNEIRO
598
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0092275-94.2014.4.01.3400
201434000322844
Recurso Inominado
Recte : WAGNER LUCIO DE SA BANDEIRA
Advg. : DF00020219 - RAPHAEL MESQUITA CARNEIRO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0092276-79.2014.4.01.3400
201434000322858
Recurso Inominado
Recte : MARIA INES MELO NEVES
Advg. : DF00020219 - RAPHAEL MESQUITA CARNEIRO

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0092828-44.2014.4.01.3400
201434000325898
Recurso Inominado
Recte : MARIA DE LOURDES RIBEIRO
Recte : EDMUNDO ALVES DE MEDEIROS
Advg. : DF00041686 - FERNANDO ANTONIO MUNIZ LIMA
Recte : HELIO MACHADO VIEIRA
Recte : MAURO BARBOZA
Recte : EDMUNDO ALVES DE MEDEIROS
Advg. : DF00038961 - VITOR JOSE BORGES ALVES
Recte : MARIA APARECIDA DA SILVA ROSA
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0004630-94.2015.4.01.3400
201534000010668
Recurso Inominado
Recte : ALEXANDRE ARANTES CERESA
Advg. : DF00025560 - PATRICIA QUEIROZ ARAUJO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0004719-20.2015.4.01.3400
201534000011570
Recurso Inominado
Recte : PAULO ROBERTO NOBREGA ROMEU
Recte : SEBASTIAO DA CONCEICAO DE ARAUJO
Recte : JOSE ALBERTO BARROS
Recte : SELMA DE OLIVEIRA SILVA
Recte : JOSIMAR JOSE DE LIMA
Recte : CELIO VELOZO
Advg. : DF00019371 - LUISA DE PINHO VALLE
Advg. : DF00021675 - ANDRESSA MIRELLA CASTRO DIAS
Advg. : DF00025560 - PATRICIA QUEIROZ ARAUJO
Recte : LUSIMAR JOSE DE LIMA
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0009677-49.2015.4.01.3400
201534000039131
Recurso Inominado
Recte : ALICE MOCHEL
Recte : CLERIS ANTONIO CASAGRANDE
Advg. : DF00038961 - VITOR JOSE BORGES ALVES
Advg. : DF00021675 - ANDRESSA MIRELLA CASTRO DIAS
Recte : DANIELA GUSMAO DE ARAUJO BATISTA
Recte : CLERIS ANTONIO CASAGRANDE
Advg. : DF00019371 - LUISA DE PINHO VALLE
Recte : GUSTAVO DA ROCHA VELLOSO
Recte : CLERIS ANTONIO CASAGRANDE
Advg. : DF00041686 - FERNANDO ANTONIO MUNIZ LIMA
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0010201-46.2015.4.01.3400
201534000041899
Recurso Inominado
Recte : ROSILEA DA SILVA
Recte : ALEXANDRE LEOPOLDO CURADO
Recte : JOSINEIDE OLINDINA DE LIMA PEREIRA
Advg. : DF00038961 - VITOR JOSE BORGES ALVES
Advg. : DF00019371 - LUISA DE PINHO VALLE
Advg. : DF00021675 - ANDRESSA MIRELLA CASTRO DIAS
Recte : LUIZA GOMES DA SILVA
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
599
0010351-27.2015.4.01.3400
201534000043443
Recurso Inominado
Recte : GETULIO VITURINO DA SILVA
Advg. : DF00041686 - FERNANDO ANTONIO MUNIZ LIMA
Advg. : DF0013575E - ALEXIA ANDRADE DIAS
Advg. : DF00038961 - VITOR JOSE BORGES ALVES
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0020217-59.2015.4.01.3400
201534000086648
Recurso Inominado
Recte : JOSE EUSTAQUIO DOS REIS

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0020766-69.2015.4.01.3400
201534000091640
Recurso Inominado
Recte : GERALDO MAGELA ALVES
Advg. : DF00020219 - RAPHAEL MESQUITA CARNEIRO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0023934-79.2015.4.01.3400
201534000099301
Recurso Inominado
Recte : JOAO DE OLIVEIRA
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030810 - PRISCILA DE ALMEIDA JULIANO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0023949-48.2015.4.01.3400
201534000099452
Recurso Inominado
Recte : EXPEDITO ANDRADE MAGDALON
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0024882-21.2015.4.01.3400
201534000102290
Recurso Inominado
Recte : ANTONIO GOMES PEREIRA
Advg. : DF00022799 - RAFAEL TEIXEIRA MORETI
Advg. : DF00038961 - VITOR JOSE BORGES ALVES
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0025413-10.2015.4.01.3400
201534000104632
Recurso Inominado
Recte : CLEONICE MARIA CAMILO CARVALHO
Recte : EDSON LUIS SOARES DA SILVA
Recte : FRANCISCA NUNES DA SILVA
Recte : EMIL LEMOS GONCALVES
Recte : CLEITON ROGERIO DE SOUZA
Recte : ANTONIO FRANCISCO TAVEIRA
Advg. : DF00038961 - VITOR JOSE BORGES ALVES
Advg. : DF00041686 - FERNANDO ANTONIO MUNIZ LIMA
Recte : FABIO PEREIRA VARGAS
Recte : ANTONIO CARLOS RODRIGUES SILVA
Recte : ANTONIO WILSON DE MELO MATOS
Recte : AFONSO HENRIQUE LIMA
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0033763-84.2015.4.01.3400
201534000146777
Recurso Inominado
Recte : PAULO CESAR PEREIRA DE SOUZA
Recte : SERGIO ROCHA FERNANDES
Recte : SERGIO ANTONIO GARCIA ALVES
Recte : ZENETH FERREIRA DE SOUZA
Recte : RENATA OLIVEIRA DE ABREU
Recte : LADISMARIA ROSA DE SOUSA
Recte : JULIANO AUGUSTO DE PADUA MONTANDON
Recte : ALESSANDRO CARVALHO DE OLIVEIRA
Advg. : DF00000968 - ULISSES RIEDEL DE RESENDE
600
Recte : JOAO BENEDITO TAVARES MIRANDA
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0042556-12.2015.4.01.3400
201534000195663
Recurso Inominado
Recte : CARLOS CEZAR FARIA DE MESQUITA
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00030810 - PRISCILA DE ALMEIDA JULIANO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0042601-16.2015.4.01.3400
201534000196113

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Recurso Inominado
Recte : JOSE ANTONIO CARDOSO NETO
Advg. : DF00030810 - PRISCILA DE ALMEIDA JULIANO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0043348-63.2015.4.01.3400
201534000200593
Recurso Inominado
Recte : JANIO ANTONIO CARDOSO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030810 - PRISCILA DE ALMEIDA JULIANO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0043364-17.2015.4.01.3400
201534000200754
Recurso Inominado
Recte : PEDRO EDUARDO MONTEIRO
Advg. : DF00030810 - PRISCILA DE ALMEIDA JULIANO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0043761-76.2015.4.01.3400
201534000202254
Recurso Inominado
Recte : SIMONE TELES LEOCADIO
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0043762-61.2015.4.01.3400
201534000202268
Recurso Inominado
Recte : GERALDO LEONARDO COSTA
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0048572-79.2015.4.01.3400
201534000219070
Recurso Inominado
Recte : NELCIDES CARDOSO
Advg. : DF00022388 - TERESA CRISTINA SOUSA FERNANDES
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0050720-63.2015.4.01.3400
201534000225087
Recurso Inominado
Recte : ELEDON PEREIRA DE OLIVEIRA
Recte : ANTONIO BESERRA DE MENEZES
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recte : LENIR CRUZ DA SILVA
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0058944-87.2015.4.01.3400
201534000250714
Recurso Inominado
Recte : ELIETE NOROES MENEZES
Advg. : DF00021675 - ANDRESSA MIRELLA CASTRO DIAS
Advg. : DF00041686 - FERNANDO ANTONIO MUNIZ LIMA
Advg. : DF00024775 - LUIZ FELIPE BUAIZ ANDRADE
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
601
0060374-74.2015.4.01.3400
201534000254163
Recurso Inominado
Recte : LUCIANA NARIMATSU RIBEIRO
Advg. : DF00041686 - FERNANDO ANTONIO MUNIZ LIMA
Recte : MARCOS ANTONIO DAS NEVES DE OLIVEIRA
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0061562-05.2015.4.01.3400
201534000260081
Recurso Inominado
Recte : VALDIVINO FURTADO DE ASSUNCAO
Advg. : DF00041686 - FERNANDO ANTONIO MUNIZ LIMA

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Advg. : DF0013575E - ALEXIA ANDRADE DIAS
Recte : HILDA DE FATIMA GOMES DUARTE
Recte : MOACIR JOSE DA ROSA
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0062236-80.2015.4.01.3400
201534000263707
Recurso Inominado
Recte : VALDETE RODRIGUES DA SILVA
Recte : REGINA CELIA SOUTO DAS VIRGENS
Recte : ANTONIO MARTINIANO DA SILVA
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0062465-40.2015.4.01.3400
201534000265700
Recurso Inominado
Recte : CARLOS ROBERTO DA COSTA
Advg. : DF00000968 - ULISSES RIEDEL DE RESENDE
Advg. : RJ00024775 - LUIZ FELIPE BUAIZ ANDRADE
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0063036-11.2015.4.01.3400
201534000268456
Recurso Inominado
Recte : JOSE BENILDO FERREIRA LIMA
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0066373-08.2015.4.01.3400
201534000282800
Recurso Inominado
Recte : CARLOS CESAR PEREIRA
Advg. : DF00038961 - VITOR JOSE BORGES ALVES
Advg. : DF00041686 - FERNANDO ANTONIO MUNIZ LIMA
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0068664-78.2015.4.01.3400
201534000291901
Recurso Inominado
Recte : GEIZA HELENA LIMA
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0069590-59.2015.4.01.3400
201534000295155
Recurso Inominado
Recte : MARIA FRANCILENIA DE MEDEIROS GOMES
Advg. : DF00041686 - FERNANDO ANTONIO MUNIZ LIMA
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0070252-23.2015.4.01.3400
201534000298339
Recurso Inominado
Recte : ARNALDO DE OLIVEIRA BORBA
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0070271-29.2015.4.01.3400
201534000298520
Recurso Inominado
Recte : IVAN CESAR SOARES
602
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0070279-06.2015.4.01.3400
201534000298606
Recurso Inominado
Recte : JOSE CARLOS WATANABE DA SILVA
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0070292-05.2015.4.01.3400
201534000298730

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Recurso Inominado
Recte : ABELARDO DIAS COELHO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0070294-72.2015.4.01.3400
201534000298757
Recurso Inominado
Recte : PEDRO FERREIRA DE LIMA NETO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0070825-61.2015.4.01.3400
201534000300860
Recurso Inominado
Recte : PEDRO LUIZ DE QUEIROZ
Advg. : DF00024775 - LUIZ FELIPE BUAIZ ANDRADE
Advg. : DF00021675 - ANDRESSA MIRELLA CASTRO DIAS
Advg. : DF00041686 - FERNANDO ANTONIO MUNIZ LIMA
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0070881-94.2015.4.01.3400
201534000301460
Recurso Inominado
Recte : ROBSON CLAUDIO FIAES PINTO
Advg. : DF00030810 - PRISCILA DE ALMEIDA JULIANO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0071022-16.2015.4.01.3400
201534000302788
Recurso Inominado
Recte : LUCIENE MOREIRA OLIVEIRA
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0004265-06.2016.4.01.3400
201634000330657
Recurso Inominado
Recte : JORGE LUIZ PRADO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0005216-97.2016.4.01.3400
201634000334654
Recurso Inominado
Recte : SIOMARA LOPES DE ANDRADE MONCAO
Advg. : DF00000968 - ULISSES RIEDEL DE RESENDE
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0012133-35.2016.4.01.3400
201634000361007
Recurso Inominado
Recte : SUZANA MARIA FERNANDES ALIPAZ
Advg. : DF00020219 - RAPHAEL MESQUITA CARNEIRO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0012636-56.2016.4.01.3400
201634000363583
Recurso Inominado
603
Recte : IZABEL VIRGINIA DA SILVA
Advg. : DF00041686 - FERNANDO ANTONIO MUNIZ LIMA
Advg. : DF00038961 - VITOR JOSE BORGES ALVES
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0014058-66.2016.4.01.3400
201634000370914
Recurso Inominado
Recte : JOSE ALMEIDA GALINDO
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0016106-95.2016.4.01.3400
201634000381578

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Recurso Inominado
Recte : REGISON BRAGANCA SIQUEIRA
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0016143-25.2016.4.01.3400
201634000381948
Recurso Inominado
Recte : MARA SANDRA MAGALHAES GUEDES
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0016180-52.2016.4.01.3400
201634000382312
Recurso Inominado
Recte : KAMILA DE ABREU NEGREIROS GUIMARAES
Advg. : DF00041686 - FERNANDO ANTONIO MUNIZ LIMA
Advg. : DF00038961 - VITOR JOSE BORGES ALVES
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0018384-69.2016.4.01.3400
201634000389017
Recurso Inominado
Recte : JURANDY MOURAO DA CUNHA
Advg. : DF00004103 - ANA PAULA DE VASCONCELOS
Advg. : MG00145814 - RICARDO PACHECO MESQUITA DE
FREITAS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0019031-64.2016.4.01.3400
201634000389483
Recurso Inominado
Recte : PEDRO RAIMUNDO LOPES DA CRUZ
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0019038-56.2016.4.01.3400
201634000389555
Recurso Inominado
Recte : VALDIVINO DE OLIVEIRA PAIS
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0019043-78.2016.4.01.3400
201634000389600
Recurso Inominado
Recte : JOSE GONCALVES DE ALMEIDA
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0026523-10.2016.4.01.3400
201634000420415
Recurso Inominado
Recte : LUIZ PAULO DE ALENCAR NOGUEIRA
Advg. : DF00038961 - VITOR JOSE BORGES ALVES
Advg. : DF00041686 - FERNANDO ANTONIO MUNIZ LIMA
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0026570-81.2016.4.01.3400
201634000420881
Recurso Inominado
604
Recte : EDSON PIRES
Advg. : DF00038961 - VITOR JOSE BORGES ALVES
Advg. : DF00041686 - FERNANDO ANTONIO MUNIZ LIMA
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0026577-73.2016.4.01.3400
201634000420953
Recurso Inominado
Recte : IVY CHRISTINE SEIXO LOPES DE OLIVEIRA
Advg. : DF00041686 - FERNANDO ANTONIO MUNIZ LIMA
Advg. : DF00038961 - VITOR JOSE BORGES ALVES
Advg. : DF00021675 - ANDRESSA MIRELLA CASTRO DIAS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
0027115-54.2016.4.01.3400
201634000423318
Recurso Inominado
Recte : SIRLEI APARECIDA BRANDAO
Advg. : DF00021675 - ANDRESSA MIRELLA CASTRO DIAS
Advg. : DF00044242 - MARIZA DIAS MARUM JORGE
Advg. : DF00000968 - ULISSES RIEDEL DE RESENDE
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0027719-15.2016.4.01.3400
201634000424354
Recurso Inominado
Recte : JOSE ANTONIO DE OLIVEIRA
Advg. : DF00041686 - FERNANDO ANTONIO MUNIZ LIMA
Advg. : DF00038961 - VITOR JOSE BORGES ALVES
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0027869-93.2016.4.01.3400
201634000425894
Recurso Inominado
Recte : CELIA CHRISTINA XAVIER CORREA DA SILVA
Advg. : DF00038961 - VITOR JOSE BORGES ALVES
Advg. : DF00041686 - FERNANDO ANTONIO MUNIZ LIMA
Advg. : DF00022799 - RAFAEL TEIXEIRA MORETI
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0027872-48.2016.4.01.3400
201634000425921
Recurso Inominado
Recte : CLEBER DIVINO DE SOUSA SERRA
Advg. : DF00041686 - FERNANDO ANTONIO MUNIZ LIMA
Advg. : DF00038961 - VITOR JOSE BORGES ALVES
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0029435-77.2016.4.01.3400
201634000437779
Recurso Inominado
Recte : ROGERIO JOSE MARIA
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0029864-44.2016.4.01.3400
201634000439060
Recurso Inominado
Recte : WESLEY LOPES DA SILVA
Advg. : DF00022898 - MATHEUS BANDEIRA RAMOS COELHO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0030271-50.2016.4.01.3400
201634000443337
Recurso Inominado
Recte : MARIA ALVES DE ARAUJO SISTEROLLI
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0032470-45.2016.4.01.3400
201634000458604
Recurso Inominado
Recte : SERGIO DIAS DE AZEVEDO
Advg. : DF00036694 - LEONNARDO VIEIRA MORAIS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
605
0036349-60.2016.4.01.3400
201634000482894
Recurso Inominado
Recte : MARIO EMIDIO LOPES DA SILVA
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0036462-14.2016.4.01.3400
201634000484048
Recurso Inominado
Recte : JOAO FRANCISCO GOMES DE SOUSA
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
0038531-19.2016.4.01.3400
201634000495112
Recurso Inominado
Recte : OSANAN PRADO CATUNDA
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0039323-70.2016.4.01.3400
201634000497596
Recurso Inominado
Recte : JOSE ABADIA NUNES
Advg. : DF00024775 - LUIZ FELIPE BUAIZ ANDRADE
Advg. : DF00000968 - ULISSES RIEDEL DE RESENDE
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0039491-72.2016.4.01.3400
201634000499301
Recurso Inominado
Recte : VALDINEIA DE SOUSA PARGA
Advg. : DF00038961 - VITOR JOSE BORGES ALVES
Advg. : DF00041686 - FERNANDO ANTONIO MUNIZ LIMA
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0041104-30.2016.4.01.3400
201634000507031
Recurso Inominado
Recte : JOSE NEVES LOPES
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0041986-89.2016.4.01.3400
201634000511360
Recurso Inominado
Recte : CLAUDIO ROBERTO MENEZES DE ARAUJO
Advg. : DF00021675 - ANDRESSA MIRELLA CASTRO DIAS
Advg. : DF00022799 - RAFAEL TEIXEIRA MORETI
Advg. : DF00000968 - ULISSES RIEDEL DE RESENDE
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0042020-64.2016.4.01.3400
201634000511833
Recurso Inominado
Recte : JULIANA OLIVEIRA DE FREITAS
Advg. : DF00041686 - FERNANDO ANTONIO MUNIZ LIMA
Advg. : DF00038961 - VITOR JOSE BORGES ALVES
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0044045-50.2016.4.01.3400
201634000524336
Recurso Inominado
Recte : MARIA DA PAIXAO DE OLIVEIRA
Advg. : DF00046459 - STEPHANY STASIAK RODRIGUES DE
LIMA MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0048250-25.2016.4.01.3400
201634000543384
Recurso Inominado
Recte : EDILANIA PEREIRA DA SILVA
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0048259-84.2016.4.01.3400
606
201634000543473
Recurso Inominado
Recte : IDAMAR TEIXEIRA DE ARAGAO
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0055864-81.2016.4.01.3400
201634000586068
Recurso Inominado
Recte : SIRLENE PEREIRA DA SILVA
Advg. : DF00047102 - DANIEL SOUZA CRUZ
Advg. : DF00047128 - ISAIAS ALVES DE MENEZES SILVA
Advg. : DF00047154 - LUCAS BRANDAO DOS SANTOS
Advg. : DF00046644 - GUILHERME GOMES DO PRADO

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0058681-21.2016.4.01.3400
201634000598343
Recurso Inominado
Recte : ALZENY ARAUJO DA SILVA
Advg. : DF00000968 - ULISSES RIEDEL DE RESENDE
Advg. : DF00021675 - ANDRESSA MIRELLA CASTRO DIAS
Advg. : DF00044242 - MARIZA DIAS MARUM JORGE
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0061209-28.2016.4.01.3400
201634000607164
Recurso Inominado
Recte : EDIVALDO DA SILVA MACHADO
Advg. : DF00000968 - ULISSES RIEDEL DE RESENDE
Advg. : DF00024775 - LUIZ FELIPE BUAIZ ANDRADE
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0064957-68.2016.4.01.3400
201634000625426
Recurso Inominado
Recte : ANTONIO ROCHA NETO
Advg. : DF00021675 - ANDRESSA MIRELLA CASTRO DIAS
Advg. : DF00044242 - MARIZA DIAS MARUM JORGE
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0066921-96.2016.4.01.3400
201634000629259
Recurso Inominado
Recte : ANDREA LOBATO DIAS
Advg. : DF0013606E - STHEPANY MARQUES MONTEIRO
Advg. : DF00024775 - LUIZ FELIPE BUAIZ ANDRADE
Advg. : DF00022799 - RAFAEL TEIXEIRA MORETI
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0067073-47.2016.4.01.3400
201634000630801
Recurso Inominado
Recte : MARCOS WILLIAN DE SOUZA
Advg. : DF00000968 - ULISSES RIEDEL DE RESENDE
Advg. : DF00044242 - MARIZA DIAS MARUM JORGE
Advg. : DF00021675 - ANDRESSA MIRELLA CASTRO DIAS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0075904-84.2016.4.01.3400
201634000668830
Recurso Inominado
Recte : CRISTIANO DE SOUZA SAMPAIO
Advg. : DF00024775 - LUIZ FELIPE BUAIZ ANDRADE
Advg. : DF0013606E - STHEPANY MARQUES MONTEIRO
Advg. : DF00022799 - RAFAEL TEIXEIRA MORETI
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0002610-62.2017.4.01.3400
201734000676488
Recurso Inominado
Recte : RAQUEL DOS SANTOS PEREIRA
Advg. : DF00000968 - ULISSES RIEDEL DE RESENDE
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0002656-51.2017.4.01.3400
201734000676947
607
Recurso Inominado
Recte : JOSE MATEUS ALVES
Advg. : DF00021675 - ANDRESSA MIRELLA CASTRO DIAS
Advg. : DF00031660 - ANA CAROLINA FERNANDES ALTOE T.
SEIXAS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0002658-21.2017.4.01.3400
201734000676964
Recurso Inominado
Recte : MANUEL DE JESUS CESAR
Advg. : DF00044242 - MARIZA DIAS MARUM JORGE
Advg. : DF00021675 - ANDRESSA MIRELLA CASTRO DIAS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
0002659-06.2017.4.01.3400
201734000676978
Recurso Inominado
Recte : EDUARDO SHOJI UEMURA
Advg. : DF00031660 - ANA CAROLINA FERNANDES ALTOE T.
SEIXAS
Advg. : DF00021675 - ANDRESSA MIRELLA CASTRO DIAS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0002663-43.2017.4.01.3400
201734000677013
Recurso Inominado
Recte : TANIA MARIA SALVADOR FERRAZ PAIVA
Advg. : DF00021675 - ANDRESSA MIRELLA CASTRO DIAS
Advg. : DF00044242 - MARIZA DIAS MARUM JORGE
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0006839-65.2017.4.01.3400
201734000693573
Recurso Inominado
Recte : SANELANDIA PINHEIRO DA SILVA
Advg. : DF00024775 - LUIZ FELIPE BUAIZ ANDRADE
Advg. : DF00021675 - ANDRESSA MIRELLA CASTRO DIAS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0008694-79.2017.4.01.3400
201734000703200
Recurso Inominado
Recte : GERSON SIMOES DOS SANTOS
Advg. : DF00029359 - ALESSANDRO MARTINS MENEZES
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0009878-70.2017.4.01.3400
201734000708138
Recurso Inominado
Recte : LAILA SIMAAN
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0012222-24.2017.4.01.3400
201734000719710
Recurso Inominado
Recte : MARIA DA CONCEICAO DA SILVA
Advg. : DF00010434 - JOAO AMERICO PINHEIRO MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0012788-70.2017.4.01.3400
201734000720971
Recurso Inominado
Recte : WALTER BORGES DOS SANTOS
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0014343-25.2017.4.01.3400
201734000726554
Recurso Inominado
Recte : JOSE CARLOS DA SILVA
Advg. : DF00021675 - ANDRESSA MIRELLA CASTRO DIAS
Advg. : DF00000968 - ULISSES RIEDEL DE RESENDE
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
608
0014344-10.2017.4.01.3400
201734000726568
Recurso Inominado
Recte : JOAO BATISTA LOPES FERREIRA
Advg. : DF00021675 - ANDRESSA MIRELLA CASTRO DIAS
Advg. : DF00044242 - MARIZA DIAS MARUM JORGE
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0023412-81.2017.4.01.3400
201734000761024
Recurso Inominado
Recte : PAULO AFONSO DE MELO
Advg. : DF00044242 - MARIZA DIAS MARUM JORGE

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Advg. : DF0016245E - GABRIEL FERNANDO DA SILVA
NASCIMENTO
Advg. : DF00020001 - THAIS MARIA RIEDEL DE RESENDE
ZUBA
Advg. : DF00021249 - JULIANA ALMEIDA BARROSO MORETI
Advg. : DF00021675 - ANDRESSA MIRELLA CASTRO DIAS
Advg. : DF00024775 - LUIZ FELIPE BUAIZ ANDRADE
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0023413-66.2017.4.01.3400
201734000761041
Recurso Inominado
Recte : IBANEIS GOMES DA SILVA
Advg. : DF00024775 - LUIZ FELIPE BUAIZ ANDRADE
Advg. : DF00000968 - ULISSES RIEDEL DE RESENDE
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0027534-40.2017.4.01.3400
201734000789435
Recurso Inominado
Recte : JOAO BATISTA PORTES DA CUNHA
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0049284-98.2017.4.01.3400
201734000916356
Recurso Inominado
Recte : VANDA PAIVA NOGUEIRA DA GAMA
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0052753-55.2017.4.01.3400
201734000934220
Recurso Inominado
Recte : ROGERIA PINHEIRO MENECHINI
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0007798-02.2018.4.01.3400
201834001006030
Recurso Inominado
Recte : MARCO ANTONIO DE CASTRO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0010216-10.2018.4.01.3400
201834001018990
Recurso Inominado
Recte : WALDIR PEREIRA DOS SANTOS
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0010863-05.2018.4.01.3400
201834001025492
Recurso Inominado
Recte : MARIA ESTELA MELO E VALE
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
609
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0010895-10.2018.4.01.3400
201834001025814
Recurso Inominado
Recte : VITOR HUGO RAMPININI DA ROSA
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0014292-77.2018.4.01.3400
201834001043175
Recurso Inominado
Recte : FRANKSON ASSIS MOREIRA DE OLIVEIRA

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Advg. : DF00035467 - MARCOS MARTINS COSTA
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Diante do exposto, tendo em vista os princípios que norteiam os feitos que tramitam
nos Juizados Especiais Federais (art. 2º da Lei nº 9.099/1995), determino o
SOBRESTAMENTO do presente feito, com base no artigo 1.030, III, do CPC, na
redação da Lei n° 13.256/2016, até o trânsito em julgado da ADI 5090. Anote-se e
acompanhe-se atentamente o desfecho do julgamento da ADI 5090, no Supremo
Tribunal Federal. Uma vez transitado em julgado o acórdão, nova conclusão.
Publique-se. Intime-se.

0006740-66.2015.4.01.3400
201534000022440
Recurso Inominado
Recdo : KLEBER RENATO DA PAIXAO ATAIDE
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00030810 - PRISCILA DE ALMEIDA JULIANO
Recte : UNIAO FEDERAL

0006744-06.2015.4.01.3400
201534000022484
Recurso Inominado
Recdo : ALBERTO GONCALVES FERRAZ
Advg. : DF00030810 - PRISCILA DE ALMEIDA JULIANO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recte : UNIAO FEDERAL

0006746-73.2015.4.01.3400
201534000022508
Recurso Inominado
Recdo : EDUARDO ALMEIDA DE OLIVEIRA
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030810 - PRISCILA DE ALMEIDA JULIANO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recte : UNIAO FEDERAL

0006748-43.2015.4.01.3400
201534000022525
Recurso Inominado
Recdo : IVANOR RIBEIRO DE OLIVEIRA
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030810 - PRISCILA DE ALMEIDA JULIANO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recte : UNIAO FEDERAL

0006749-28.2015.4.01.3400
201534000022539
Recurso Inominado
Recte : RAIMUNDO WELLINGTON COELHO DE OLIVEIRA
Advg. : DF00030810 - PRISCILA DE ALMEIDA JULIANO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0006756-20.2015.4.01.3400
201534000022600
Recurso Inominado
Recte : ANTONIO GONCALO DA SILVA
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
610
Advg. : DF00030810 - PRISCILA DE ALMEIDA JULIANO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0006757-05.2015.4.01.3400
201534000022614
Recurso Inominado
Recte : FABRICIO DANIEL DOS SANTOS SILVA
Advg. : DF00030810 - PRISCILA DE ALMEIDA JULIANO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0006758-87.2015.4.01.3400

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
201534000022628
Recurso Inominado
Recdo : WAGNER DE ARAGAO BEZERRA
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00030810 - PRISCILA DE ALMEIDA JULIANO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recte : UNIAO FEDERAL

0006759-72.2015.4.01.3400
201534000022631
Recurso Inominado
Recte : MOZAR DE ARAUJO SALVADOR
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00030810 - PRISCILA DE ALMEIDA JULIANO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0006760-57.2015.4.01.3400
201534000022645
Recurso Inominado
Recte : LUIZ ANDRE RODRIGUES DOS SANTOS
Advg. : DF00030810 - PRISCILA DE ALMEIDA JULIANO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0006761-42.2015.4.01.3400
201534000022659
Recurso Inominado
Recte : DANIELLE BARROS FERREIRA
Advg. : DF00030810 - PRISCILA DE ALMEIDA JULIANO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0006762-27.2015.4.01.3400
201534000022662
Recurso Inominado
Recte : JOSEFA MORGANA VITURINO DE ALMEIDA
Advg. : DF00030810 - PRISCILA DE ALMEIDA JULIANO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0006763-12.2015.4.01.3400
201534000022676
Recurso Inominado
Recte : ODETE MARLENE CHIESA
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00030810 - PRISCILA DE ALMEIDA JULIANO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0011225-12.2015.4.01.3400
201534000049221
Recurso Inominado
Recdo : CECILIA MARIA SOUZA GOMES
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recte : UNIAO FEDERAL(INMET)

0011226-94.2015.4.01.3400
201534000049235
Recurso Inominado
611
Recdo : EDMUNDO WALLACE MONTEIRO LUCAS
Advg. : DF00053238 - FERNANDA MEIRELES FENELON
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recte : UNIAO FEDERAL(INMET)

0011229-49.2015.4.01.3400
201534000049266
Recurso Inominado
Recte : JORGE EMILIO RODRIGUES
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : UNIAO FEDERAL(INMET)

0011230-34.2015.4.01.3400

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
201534000049270
Recurso Inominado
Recte : FRANCISCO ALVES DO NASCIMENTO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : UNIAO FEDERAL(INMET)

0011231-19.2015.4.01.3400
201534000049283
Recurso Inominado
Recte : MANOEL RANGEL DE FARIAS NETO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : UNIAO FEDERAL(INMET)

0013000-62.2015.4.01.3400
201534000058087
Recurso Inominado
Recdo : REGINALDO VIEIRA DOS SANTOS
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recte : UNIAO FEDERAL (INMET)

0062351-04.2015.4.01.3400
201534000264551
Recurso Inominado
Recte : ALUISIO LOPES FERREIRA
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0062363-18.2015.4.01.3400
201534000264671
Recurso Inominado
Recte : BERNADETE LIRA DOS ANJOS
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0062405-67.2015.4.01.3400
201534000265094
Recurso Inominado
Recte : EDNALDO CORREIA DE ARAUJO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0062423-88.2015.4.01.3400
201534000265272
Recurso Inominado
Recte : ELADIO BARROS DA SILVA
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0062438-57.2015.4.01.3400
201534000265420
Recurso Inominado
Recdo : GILSANDRA LEITE DE ARRUDA
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recte : UNIAO FEDERAL

0062505-22.2015.4.01.3400
612
201534000266096
Recurso Inominado
Recdo : FRANCO NADAL JUNQUEIRA VILLELA
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recte : UNIAO FEDERAL

0062518-21.2015.4.01.3400
201534000266226
Recurso Inominado
Recte : JOAO DE OLIVEIRA LOUREIRO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : UNIAO FEDERAL

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
0062525-13.2015.4.01.3400
201534000266291
Recurso Inominado
Recte : LUIZ RIVADAVIA PRESTES ALMEIDA
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0062900-14.2015.4.01.3400
201534000267098
Recurso Inominado
Recdo : NEIDE MARIA FERNANDES DE OLIVEIRA
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recte : UNIAO FEDERAL

0068596-31.2015.4.01.3400
201534000291220
Recurso Inominado
Recdo : ZENILDA ARAUJO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recte : UNIAO FEDERAL

0068598-98.2015.4.01.3400
201534000291247
Recurso Inominado
Recte : MARIA JOSE MOREIRA VILAS BOAS
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0068599-83.2015.4.01.3400
201534000291250
Recurso Inominado
Recte : VALESKA OLIVEIRA MARQUES
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0068604-08.2015.4.01.3400
201534000291305
Recurso Inominado
Recte : MOEMA DE SOUZA WADIH
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0068614-52.2015.4.01.3400
201534000291408
Recurso Inominado
Recte : SUELI JOSE DA COSTA
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0074668-34.2015.4.01.3400
201534000315085
Recurso Inominado
Recdo : ANTONIA DA SILVA DIAS
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
613
Recte : UNIAO FEDERAL

0074686-55.2015.4.01.3400
201534000315263
Recurso Inominado
Recte : NAPOLEAO PEREIRA MOTTA
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0074695-17.2015.4.01.3400
201534000315352
Recurso Inominado
Recdo : AGNALDO CORREIA DOS SANTOS

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recte : UNIAO FEDERAL

0074697-84.2015.4.01.3400
201534000315370
Recurso Inominado
Recte : SHAKESPEARE MADEIRA CASARA
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0074701-24.2015.4.01.3400
201534000315410
Recurso Inominado
Recte : MARILEUSA CUSTODIO GONCALVES
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0074719-45.2015.4.01.3400
201534000315592
Recurso Inominado
Recte : ROQUE WILMAR ZIMMERMANN
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0074726-37.2015.4.01.3400
201534000315664
Recurso Inominado
Recdo : ROSAURA LOURENCO DE ALMEIDA
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recte : UNIAO FEDERAL

0074727-22.2015.4.01.3400
201534000315678
Recurso Inominado
Recdo : MARIA BERNADETTE FERREIRA RIBEIRO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recte : UNIAO FEDERAL

0074729-89.2015.4.01.3400
201534000315695
Recurso Inominado
Recte : TELMA ALVES BENDICTO TEIXEIRA
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0074731-59.2015.4.01.3400
201534000315719
Recurso Inominado
Recte : RAIMUNDA MARIA BARROSO DE ALMEIDA
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0074743-73.2015.4.01.3400
201534000315839
Recurso Inominado
Recte : PAULO CHRISPIM ANTUNES BRITO
614
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0074744-58.2015.4.01.3400
201534000315842
Recurso Inominado
Recte : CEZAR MARQUES DA SILVA
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0074762-79.2015.4.01.3400
201534000316025

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Recurso Inominado
Recdo : MAMEDES LUIZ MELO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recte : UNIAO FEDERAL

0074764-49.2015.4.01.3400
201534000316042
Recurso Inominado
Recdo : MARILENE DE CARVALHO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recte : UNIAO FEDERAL

0074765-34.2015.4.01.3400
201534000316056
Recurso Inominado
Recdo : ARNALDETE MENDES SODRE
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recte : UNIAO FEDERAL
Advg. : BA00018121 - CARLOS MANOEL PEREIRA DA SILVA

0074766-19.2015.4.01.3400
201534000316060
Recurso Inominado
Recte : MARIA JOSE VILAS BOAS
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : UNIAO FEDERAL
Advg. : AL00004883 - ANNA AMELIA LISBOA DA CAMARA

0074780-03.2015.4.01.3400
201534000316203
Recurso Inominado
Recdo : AUGUSTO BRANCO DOS SANTOS
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recte : UNIAO FEDERAL

0074781-85.2015.4.01.3400
201534000316217
Recurso Inominado
Recte : JOSE PIO SOBRINHO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0074782-70.2015.4.01.3400
201534000316220
Recurso Inominado
Recdo : MARIA TERESA GVOZDANOVIC DA SILVA
Advg. : DF00053238 - FERNANDA MEIRELES FENELON
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recte : UNIAO FEDERAL

0074786-10.2015.4.01.3400
201534000316265
Recurso Inominado
Recte : ALFREDO DE SOUSA MACHADO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : UNIAO FEDERAL
615
0074788-77.2015.4.01.3400
201534000316282
Recurso Inominado
Recte : HILDEBRANDO RAMOS COMEDIO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0074789-62.2015.4.01.3400
201534000316296
Recurso Inominado
Recte : JOSE RIBAMAR DA ROCHA
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0074804-31.2015.4.01.3400
201534000316443
Recurso Inominado
Recte : PEDRO JOAQUIM PIRES
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0004087-57.2016.4.01.3400
201634000328860
Recurso Inominado
Recdo : LUIZ CLEMENTE LADEIA
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recte : UNIAO FEDERAL
Advg. : BA00018121 - CARLOS MANOEL PEREIRA DA SILVA

0004098-86.2016.4.01.3400
201634000328976
Recurso Inominado
Recdo : IVAN ALVES DA SILVA
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recte : UNIAO FEDERAL

0004099-71.2016.4.01.3400
201634000328980
Recurso Inominado
Recte : OSCAR PINTO FILHO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0016111-20.2016.4.01.3400
201634000381622
Recurso Inominado
Recdo : EDIGAR TEIXEIRA DA SILVA
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recte : UNIAO FEDERAL

0020919-68.2016.4.01.3400
201634000396369
Recurso Inominado
Recdo : PEDRO BONETH GOMES
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recte : UNIAO FEDERAL

0020921-38.2016.4.01.3400
201634000396386
Recurso Inominado
Recte : NORA LUCIA GURGEL CAMPOS
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : UNIAO FEDERAL
Advg. : RJ00112636 - SONIA RABINOVICH TARANTO

0020936-07.2016.4.01.3400
201634000396533
616
Recurso Inominado
Recte : ROBERTO ALVES DOS SANTOS
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0020945-66.2016.4.01.3400
201634000396622
Recurso Inominado
Recte : JOSE BARBOSA DE OLIVEIRA
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0020947-36.2016.4.01.3400
201634000396640

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Recurso Inominado
Recte : VANDERLY CARPINA FARIAS CASARA
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0020952-58.2016.4.01.3400
201634000396698
Recurso Inominado
Recte : CRISTOVAO CARLOS DE NAZARE
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0021524-14.2016.4.01.3400
201634000399542
Recurso Inominado
Recdo : LUIZ CARLOS PEREIRA REMIGIO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recte : UNIAO FEDERAL

0026085-81.2016.4.01.3400
201634000419006
Recurso Inominado
Recte : LUIZ NOGUEIRA COSTA
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0026101-35.2016.4.01.3400
201634000419160
Recurso Inominado
Recdo : NEUSA MARIA SALVADOR MACHADO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recte : UNIAO FEDERAL

0026108-27.2016.4.01.3400
201634000419232
Recurso Inominado
Recdo : ROSAEL GOMES DE QUEIROZ
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recte : UNIAO FEDERAL

0026110-94.2016.4.01.3400
201634000419250
Recurso Inominado
Recte : FRANCISCO GILDEMES CHAVES SOLON
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0026122-11.2016.4.01.3400
201634000419370
Recurso Inominado
Recte : SILVINO LOPES DOS SANTOS FILHO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : UNIAO FEDERAL
Advg. : PE00030884 - EDUARDO JORGE PEREIRA ALVES

0026124-78.2016.4.01.3400
201634000419397
Recurso Inominado
Recte : ADEILTON MARTINS GODOY
617
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0026129-03.2016.4.01.3400
201634000419441
Recurso Inominado
Recdo : EUDE BATISTA DE MOURA
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recte : UNIAO FEDERAL

0026131-70.2016.4.01.3400
201634000419469
Recurso Inominado
Recte : IGLAURE SOLANGE LIRA ALMEIDA

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0038056-63.2016.4.01.3400
201634000493345
Recurso Inominado
Recdo : ANTONIO FERNANDES VIEIRA DA CRUZ
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recte : UNIAO FEDERAL

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

DESPACHO

Agravo interposto pela parte Autora em face de decisão da Coordenação das


Turmas Recursais que não admitiu o Recurso Extraordinário por intempestividade.
Mantenho a decisão agravada pelos seus próprios fundamentos. Na forma do art.
1030, V, e § 1°, NCPC, cabe ao Supremo Tribunal Federal o julgamento de Agravo
contra decisão de inadmissão de Recurso Extraordinário. Desta forma, remeta-se o
processo ao Supremo Tribunal Federal, nos termos do art. 1.042, § 4º, NCPC.
Publique-se. Intimem-se.

Autos com Ordinatório

No(s) processo(s) abaixo relacionado(s) :

0009267-20.2017.4.01.3400
201734000705951
Recurso Inominado
Recte : RICARDO ANTONIO DE JESUS
Advg. : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA
SILVA
Recdo : UNIAO FEDERAL
Advg. : RJ00112636 - SONIA RABINOVICH TARANTO

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

ATO ORDINATÓRIO (ART.203, §4o, DO CPC) PORTARIA 06 DE 14/11/2018

Fica(m) o(a)(s) PARTE AUTORA INTIMADO(A)(S) para no prazo de 05 (CINCO)


dias oferecer(em) RESPOSTA AOS EMBARGOS DA UNIAO FEDERAL BRASÍLIA
(DF), 28 de outubro de 2019.

0009267-20.2017.4.01.3400
201734000705951
Recurso Inominado
Recte : RICARDO ANTONIO DE JESUS
Advg. : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA
SILVA
Recdo : UNIAO FEDERAL
Advg. : RJ00112636 - SONIA RABINOVICH TARANTO

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

ATO ORDINATÓRIO (ART.203, §4o, DO CPC) PORTARIA 06 DE 14/11/2018

Fica(m) o(a)(s) PARTE AUTORA INTIMADO(A)(S) para no prazo de 05 (CINCO)


618
dias oferecer(em) RESPOSTA AOS EMBARGOS DA UNIAO FEDERAL BRASÍLIA
(DF), 28 de outubro de 2019.

Autos com Decisão

No(s) processo(s) abaixo relacionado(s) :

0012518-56.2011.4.01.3400
201134009192057
Recurso Inominado
Recdo/recte : SYLVIO LUIZ FONSECA SANTOS
Advg. : RS00036699 - ALEXANDRE OLTRAMARI
Recte/recdo : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
0038666-70.2012.4.01.3400
201234009433366
Recurso Inominado
Recdo/recte : ADRIANO CARNEIRO
Advg. : DF00033563 - ALEXANDRE OLTRAMARI
Recte/recdo : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

0040630-98.2012.4.01.3400
201234009440598
Recurso Inominado
Recdo : CELIA AGUILAR
Advg. : DF00033563 - ALEXANDRE OLTRAMARI
Recte : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Considerando a situação apresentada, SOBRESTE-SE o presente feito, com base


no art. 1.030, III do NCPC, até o trânsito em julgado do RE 855.091/SC, Rel. Min.
Dias Toffoli, ante os princípios da simplicidade e economia processual, que norteiam
os feitos que tramitam nos Juizados Especiais Federais (art. 2º da Lei 9.099/1995).
Publique-se. Intime-se.

0011652-48.2011.4.01.3400
201134009190293
Recurso Inominado
Recte : OLIMPIO ALVES BARBOSA JUNIOR
Advg. : DF00014192 - MARIA APARECIDA GUIMARAES
SANTOS
Recdo : UNIAO FEDERAL

0012247-47.2011.4.01.3400
201134009191442
Recurso Inominado
Recte : EUSTAQUIO ALVES LINS
Advg. : DF00014192 - MARIA APARECIDA GUIMARAES
SANTOS
Recdo : UNIAO FEDERAL

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Diante do exposto, com fundamento no art. 1.030, I, do Código de Processo Civil,


NEGO SEGUIMENTO ao Recurso Extraordinário. Transcorrido o prazo legal,
certifique-se e devolva-se à Vara de origem. Publique-se. Intime-se.

0011652-48.2011.4.01.3400
201134009190293
Recurso Inominado
Recte : OLIMPIO ALVES BARBOSA JUNIOR
Advg. : DF00014192 - MARIA APARECIDA GUIMARAES
SANTOS
Recdo : UNIAO FEDERAL

0012247-47.2011.4.01.3400
201134009191442
Recurso Inominado
Recte : EUSTAQUIO ALVES LINS
Advg. : DF00014192 - MARIA APARECIDA GUIMARAES
SANTOS
Recdo : UNIAO FEDERAL

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:


619
Diante do exposto, com fundamento no art. 1.030, I, do Código de Processo Civil,
NEGO SEGUIMENTO ao Recurso Extraordinário. Transcorrido o prazo legal,
certifique-se e devolva-se à Vara de origem. Publique-se. Intime-se.

0052622-61.2009.4.01.3400
200934009133063
Recurso Inominado
Recdo : JUSTINO MOREIRA PONTES
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Por isso, SOBRESTE-SE o presente feito, até o julgamento do Recurso

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Extraordinário admitido pelo STF no processo 0038018-61.2010.4.01.3400
(originário de TR desta Seccional) e/ou revisão do tema 692 pelo STJ. Anote-se e
acompanhe-se o desfecho do julgamento dos incidentes acima indicados, fazendo
conclusão quando da publicação dos respectivos acórdãos, oportunidade em que o
Incidente será avaliado em sua inteireza. Publique-se. Intime-se.

PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
1ª TR - RELATOR 2 - BRASÍLIA

Juiz(a) Federal : ITAGIBA CATTA PRETA NETO


Diretor do Foro
Diretor(a) da : ÉRICO DE SOUZA SANTOS
Secretaria
Administrativa

Juiz(a) Titular : DR.RUI COSTA GONÇALVES

0048409-65.2016.4.01.3400
201634000545031
Recurso Inominado
Recte : MARCIA MEGALE BERNARDES DE OLIVEIRA
Advg. : GO00026506 - EVERTON BERNARDO CLEMENTE
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0058241-25.2016.4.01.3400
201634000593910
Recurso Inominado
Recte : MARCIA APARECIDA GOMES DE FREITAS
Advg. : GO00026506 - EVERTON BERNARDO CLEMENTE
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0062727-53.2016.4.01.3400
201634000612269
Recurso Inominado
Recte : MARILENE RODRIGUES DA CUNHA
Advg. : GO00026506 - EVERTON BERNARDO CLEMENTE
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0012256-96.2017.4.01.3400
201734000720050
Recurso Inominado
Recte : MARIA LUCIENE PARREIRA MACHADO
Advg. : GO00026506 - EVERTON BERNARDO CLEMENTE
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Assim, em observância da determinação contida naquele ProAfR no REsp


1799305/PE, e tendo em vista os princípios da simplicidade e economia processual,
que norteiam os feitos que tramitam nos Juizados Especiais Federais (art. 2º da Lei
9.099/1995), SOBRESTE-SE o presente feito, com base no art. 14, § 6º, da Lei
10.259/2001, até o trânsito em julgado do ProAfR no REsp 1799305/PE – Tema
1011. Anote-se e acompanhe-se atentamente o desfecho do julgamento acima
aludido. Uma vez transitado em julgado no STJ o acórdão, nova conclusão para
análise do Incidente de Uniformização e do Recurso Extraordinário. Publique-se.
Intime-se.

0043454-69.2008.4.01.3400
200834009021511
620
Recurso Inominado
Recdo : JOSE REIS VIEIRA DE SOUSA
Advg. : DF00004595 - ULISSES BORGES DE RESENDE
Recte : UNIAO FEDERAL
Advg. : DF00007779 - DANUSIA LUCINDA FARAGE DE
GOUVEIA

0043877-29.2008.4.01.3400
200834009025762
Recurso Inominado
Recdo : FRANCISCO ALBERTO DE ALBUQUERQUE
CAVALCANTE
Advg. : DF00022898 - MATHEUS BANDEIRA RAMOS COELHO
Recte : UNIAO FEDERAL

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Advg. : DF00007779 - DANUSIA LUCINDA FARAGE DE
GOUVEIA

0045115-83.2008.4.01.3400
200834009038337
Recurso Inominado
Recdo : ALMIRO MACHADO DOS SANTOS
Advg. : DF00022898 - MATHEUS BANDEIRA RAMOS COELHO
Recte : UNIAO FEDERAL
Advg. : DF00007779 - DANUSIA LUCINDA FARAGE DE
GOUVEIA

0045729-88.2008.4.01.3400
200834009044495
Recurso Inominado
Recdo : TANIA MARA DE LIMA MOURA
Recte : UNIAO FEDERAL - FAZENDA NACIONAL
Advg. : DF00022699 - JULIO CESAR FARIA

0032091-12.2013.4.01.3400
201334000052360
Recurso Inominado
Recdo : PATRICIA MEIRA DE SOUZA
Advg. : DF00024231 - LUCIANA MEIRA DE SOUZA
Recte : UNIAO FEDERAL

0032291-19.2013.4.01.3400
201334000053937
Recurso Inominado
Recdo : FILIPE NOGUEIRA DA GAMA
Advg. : DF00020744 - CARLOS HENRIQUE VIEIRA BARBOSA
Advg. : DF00022201 - MARCO ANTONIO ALVARES DA SILVA
CAMPOS
Advg. : DF00033842 - LUDMILA ABOUDIB CAMPOS
Recte : UNIAO FEDERAL

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Pelo exposto, JULGO PREJUDICADOS os embargos de declaração opostos pela


União (Fazenda Nacional), quanto à incidência da contribuição previdenciária PSS
sobre verbas recebidas a título de terço constitucional de férias, e, ainda, NÃO OS
CONHEÇO, quanto ao tema da prescrição quinquenal, pelo que resta exaurida a
prestação jurisdicional, na fase de conhecimento. Transcorrido o prazo legal,
certifique-se e encaminhe-se o feito à Vara de Origem. Publique-se. Intime-se.

0076503-23.2016.4.01.3400
201634000669845
Recurso Inominado
Recte : MARIA DA GLORIA SANTOS MODESTO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0030313-65.2017.4.01.3400
201734000806565
Recurso Inominado
Recte : SEBASTIAO MORAIS DE JESUS
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0030335-26.2017.4.01.3400
201734000806788
621
Recurso Inominado
Recte : ELVIO PITANCA EVANGELISTA DA COSTA
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0038367-20.2017.4.01.3400
201734000854881
Recurso Inominado
Recte : HELOISA CARNEIRO DE CAMPOS MOREIRA AMARAL
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : UNIAO FEDERAL

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
0047616-92.2017.4.01.3400
201734000907802
Recurso Inominado
Recte : EVANDRO BALSAN
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0052756-10.2017.4.01.3400
201734000934251
Recurso Inominado
Recte : OSCAR FERREIRA COSTA FILHO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0007788-55.2018.4.01.3400
201834001005932
Recurso Inominado
Recte : RONAN PINTO DE ARAUJO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : UNIAO FEDERAL

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Diante do exposto, com fundamento no art. 14, I, da Resolução CJF 586, de 30 de


Setembro de 2019, NÃO CONHEÇO do Incidente de Uniformização de
Jurisprudência. Transcorrido o prazo legal, certifique-se e devolva-se à Vara de
origem. Publique-se. Intime-se.

0032967-59.2016.4.01.3400
201634000460600
Recurso Inominado
Recte : PEDRO DOS SANTOS MENDES
Advg. : BA00019557 - JOSE CARLOS RIBEIRO DOS SANTOS
Recdo : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA

0033219-62.2016.4.01.3400
201634000463147
Recurso Inominado
Recte : NATANAEL DA SILVA FERREIRA
Advg. : BA00019557 - JOSE CARLOS RIBEIRO DOS SANTOS
Recdo : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Diante do exposto, com base no artigo 1.030, III, do CPC, SOBRESTE-SE a


tramitação do presente feito até o trânsito em julgado do RE 870.947/SE - Tema nº
810. Anote-se e acompanhe-se o desfecho do julgamento do recurso acima
indicado, fazendo conclusão quando do trânsito em julgado do respectivo acórdão,
oportunidade em que o Recurso Extraordinário será avaliado em sua inteireza.

PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
1ª TR - RELATOR 3 - BRASÍLIA

Juiz(a) Federal : ITAGIBA CATTA PRETA NETO


Diretor do Foro
Diretor(a) da : ÉRICO DE SOUZA SANTOS
Secretaria
Administrativa
622
Juiz(a) Titular : DR.RUI COSTA GONÇALVES

0056179-17.2013.4.01.3400
201334000155381
Recurso Inominado
Recte : GERALDO LOBATO DE ARAUJO
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0003313-56.2018.4.01.3400
201834000976876
Recurso Inominado

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Recte : JOAO LOPES CONDE
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Diante do exposto, tendo em vista os princípios que norteiam os feitos que tramitam
nos Juizados Especiais Federais (art. 2º da Lei nº 9.099/1995), SOBRESTE-SE a
tramitação do presente feito, até o trânsito em julgado do RESP 1831371/SP com
base no artigo 1.030, III, do CPC, na redação da Lei n° 13.256/2016. Anote-se e
acompanhe-se o desfecho do julgamento do recurso acima indicado, fazendo
conclusão quando do trânsito em julgado do respectivo acórdão, oportunidade em
que o Incidente Regional será avaliado em sua inteireza. Publique-se. Intime-se.

0056179-17.2013.4.01.3400
201334000155381
Recurso Inominado
Recte : GERALDO LOBATO DE ARAUJO
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0003313-56.2018.4.01.3400
201834000976876
Recurso Inominado
Recte : JOAO LOPES CONDE
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Diante do exposto, tendo em vista os princípios que norteiam os feitos que tramitam
nos Juizados Especiais Federais (art. 2º da Lei nº 9.099/1995), SOBRESTE-SE a
tramitação do presente feito, até o trânsito em julgado do RESP 1831371/SP com
base no artigo 1.030, III, do CPC, na redação da Lei n° 13.256/2016. Anote-se e
acompanhe-se o desfecho do julgamento do recurso acima indicado, fazendo
conclusão quando do trânsito em julgado do respectivo acórdão, oportunidade em
que o Incidente Regional será avaliado em sua inteireza. Publique-se. Intime-se.

0014823-47.2010.4.01.3400
201034009041445
Recurso Inominado
Recte : ALDENORA FERREIRA DE SANTANA
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0016456-25.2012.4.01.3400
201234009377323
Recurso Inominado
Recdo/recte : ANTONIO VICENTE DE LIMA
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recte/recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0092975-70.2014.4.01.3400
201434000327158
Recurso Inominado
Recte : JOSE PEREIRA DA SILVA
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0028708-55.2015.4.01.3400
201534000124531
Recurso Inominado
Recte : MANOEL SOARES ALVES
623
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0072578-53.2015.4.01.3400
201534000307578
Recurso Inominado
Recte : DIVINO NUNES DO NASCIMENTO
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0044537-42.2016.4.01.3400
201634000526268
Recurso Inominado
Recte : JOAO RODRIGUES GOMES

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0044819-80.2016.4.01.3400
201634000529099
Recurso Inominado
Recte : MARCIO DO NASCIMENTO
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0053390-40.2016.4.01.3400
201634000573150
Recurso Inominado
Recte : CID DAMASCENO
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0053397-32.2016.4.01.3400
201634000573222
Recurso Inominado
Recdo : JAMIL JOSE LOBATO
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0053398-17.2016.4.01.3400
201634000573236
Recurso Inominado
Recdo : RAIMUNDO DA COSTA MEDEIROS
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0061114-95.2016.4.01.3400
201634000606203
Recurso Inominado
Recte : ERIOMAR ALVES DOS SANTOS
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0071521-63.2016.4.01.3400
201634000644563
Recurso Inominado
Recte : JOAO FERREIRA DE SOUSA
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0003157-05.2017.4.01.3400
201734000680501
Recurso Inominado
Recte : DANIEL BERTO DA SILVA
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0011935-61.2017.4.01.3400
201734000716820
Recurso Inominado
Recte : GERMANO MENDES DA SILVA
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0012244-82.2017.4.01.3400
201734000719932
Recurso Inominado
Recte : GERSON SOARES DE MENEZES
624
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0012250-89.2017.4.01.3400
201734000719994
Recurso Inominado
Recte : JOSE FELIX DE OLIVEIRA FILHO
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0012253-44.2017.4.01.3400
201734000720029
Recurso Inominado
Recte : WALDOMIRO MONTEIRO DO NASCIMENTO

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0020998-13.2017.4.01.3400
201734000748889
Recurso Inominado
Recdo/recte : VAMILDO PEREIRA DE LIMA
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recte/recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0026307-15.2017.4.01.3400
201734000779883
Recurso Inominado
Recte : ANTONIO ALCI MARTINS DA SILVA
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0029782-76.2017.4.01.3400
201734000801700
Recurso Inominado
Recte : ANTONIO LUIZ DA SILVA
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0039692-30.2017.4.01.3400
201734000858180
Recurso Inominado
Recdo : ORLANDO BARBOSA
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0041367-28.2017.4.01.3400
201734000869494
Recurso Inominado
Recdo : ANTONIO EVALDO MATIAS SIQUEIRA
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0044236-61.2017.4.01.3400
201734000886353
Recurso Inominado
Recdo/recte : ROBERTO MARQUES DA CRUZ
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recte/recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Diante do exposto, tendo em vista os princípios que norteiam os feitos que tramitam
nos Juizados Especiais Federais (art. 2º da Lei nº 9.099/1995), SOBRESTE-SE a
tramitação do presente feito, até o trânsito em julgado do RESP 1831371/SP com
base no artigo 1.030, III, do CPC, na redação da Lei n° 13.256/2016. Anote-se e
acompanhe-se o desfecho do julgamento do recurso acima indicado, fazendo
conclusão quando do trânsito em julgado do respectivo acórdão, oportunidade em
que o Incidente Regional será avaliado em sua inteireza.

0023588-60.2017.4.01.3400
201734000763093
Recurso Inominado
Recdo : ANDRE NUNES DA SILVA
Advg. : PB00010927 - MARTSUNG FORMIGA CAVALCANTE E
RODOVALHO DE ALENCAR
Recte : UNIAO FEDERAL
625
O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Diante do exposto, com fundamento no art. 14, III, da Resolução CJF 586, de 30 de
Setembro de 2019, NEGO SEGUIMENTO ao Incidente de Uniformização de
Jurisprudência. Transcorrido o prazo legal, certifique-se e devolva-se à Vara de
origem. Publique-se. Intime-se.

PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
2ª TR - RELATOR 1 - BRASÍLIA

Juiz(a) Federal : ITAGIBA CATTA PRETA NETO

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Diretor do Foro
Diretor(a) da : ÉRICO DE SOUZA SANTOS
Secretaria
Administrativa

Juiz(a) Titular : DR.RUI COSTA GONÇALVES

0043263-09.2017.4.01.3400
201734000882178
Recurso Inominado
Recte : MARIA DE LOURDES DO AMARAL
Advg. : DF00020379 - THATYANNA MYCHELLE GOMES DE
CARVALHO
Advg. : DF00036650 - MARIA MANUELLA JEHA TERROSO
Advg. : DF00052648 - NATANAEL CLEBERSON MONTEIRO
RAMOS
Recdo : UNIAO FEDERAL

0048248-21.2017.4.01.3400
201734000909124
Recurso Inominado
Recte : SILVIA MARIA DE OLIVEIRA
Advg. : DF00020379 - THATYANNA MYCHELLE GOMES DE
CARVALHO
Advg. : DF00036650 - MARIA MANUELLA JEHA TERROSO
Advg. : DF00052648 - NATANAEL CLEBERSON MONTEIRO
RAMOS
Recdo : UNIAO FEDERAL

0048250-88.2017.4.01.3400
201734000909141
Recurso Inominado
Recte : MARIA JOSE DE ALBUQUERQUE BARROS
Advg. : DF00020379 - THATYANNA MYCHELLE GOMES DE
CARVALHO
Advg. : DF00036650 - MARIA MANUELLA JEHA TERROSO
Advg. : DF00052648 - NATANAEL CLEBERSON MONTEIRO
RAMOS
Recdo : UNIAO FEDERAL

0049098-75.2017.4.01.3400
201734000914232
Recurso Inominado
Recte : MARIA CLENIRA RODRIGUES DE MACEDO
Advg. : DF00052648 - NATANAEL CLEBERSON MONTEIRO
RAMOS
Advg. : DF00036650 - MARIA MANUELLA JEHA TERROSO
Advg. : DF00020379 - THATYANNA MYCHELLE GOMES DE
CARVALHO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0049099-60.2017.4.01.3400
201734000914246
Recurso Inominado
Recte : LEA NONATA NERY
Advg. : DF00036650 - MARIA MANUELLA JEHA TERROSO
Advg. : DF00052648 - NATANAEL CLEBERSON MONTEIRO
RAMOS
Advg. : DF00020379 - THATYANNA MYCHELLE GOMES DE
CARVALHO
Recdo : UNIAO FEDERAL
626
0049107-37.2017.4.01.3400
201734000914321
Recurso Inominado
Recte : FRANCISCO CESAR TRINDADE REGO
Advg. : DF00020379 - THATYANNA MYCHELLE GOMES DE
CARVALHO
Advg. : DF00036650 - MARIA MANUELLA JEHA TERROSO
Advg. : DF00052648 - NATANAEL CLEBERSON MONTEIRO
RAMOS
Recdo : UNIAO FEDERAL

0049111-74.2017.4.01.3400
201734000914366

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Recurso Inominado
Recte : NORMA SANTOS GUIMARAES
Advg. : DF00052648 - NATANAEL CLEBERSON MONTEIRO
RAMOS
Advg. : DF00036650 - MARIA MANUELLA JEHA TERROSO
Advg. : DF00020379 - THATYANNA MYCHELLE GOMES DE
CARVALHO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0049116-96.2017.4.01.3400
201734000914410
Recurso Inominado
Recte : ZELIA DA SILVA SANTOS
Advg. : DF00020379 - THATYANNA MYCHELLE GOMES DE
CARVALHO
Advg. : DF00052648 - NATANAEL CLEBERSON MONTEIRO
RAMOS
Advg. : DF00036650 - MARIA MANUELLA JEHA TERROSO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0049117-81.2017.4.01.3400
201734000914424
Recurso Inominado
Recte : LUCIANA VILLELA DE SOUZA SCHETTINI
Advg. : DF00052648 - NATANAEL CLEBERSON MONTEIRO
RAMOS
Advg. : DF00020379 - THATYANNA MYCHELLE GOMES DE
CARVALHO
Advg. : DF00036650 - MARIA MANUELLA JEHA TERROSO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0053459-38.2017.4.01.3400
201734000936300
Recurso Inominado
Recdo : MARISE CARDOSO COSTA
Advg. : DF00027847 - THATYELLE GOMES DE CARVALHO
Advg. : DF00020379 - THATYANNA MYCHELLE GOMES DE
CARVALHO
Recte : UNIAO FEDERAL

0003377-66.2018.4.01.3400
201834000977521
Recurso Inominado
Recdo : ADALZIRA FRANCA SOARES DE LUCCA
Advg. : DF00020379 - THATYANNA MYCHELLE GOMES DE
CARVALHO
Advg. : DF00036650 - MARIA MANUELLA JEHA TERROSO
Advg. : DF00052648 - NATANAEL CLEBERSON MONTEIRO
RAMOS
Recte : UNIAO FEDERAL

0003393-20.2018.4.01.3400
201834000977686
Recurso Inominado
Recte : FREDERICO DE MELLO TUDE
Advg. : DF00052648 - NATANAEL CLEBERSON MONTEIRO
RAMOS
Advg. : DF00036650 - MARIA MANUELLA JEHA TERROSO
Advg. : DF00020379 - THATYANNA MYCHELLE GOMES DE
CARVALHO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0003395-87.2018.4.01.3400
627
201834000977700
Recurso Inominado
Recte : MARINA LANDIM FERREIRA
Advg. : DF00020379 - THATYANNA MYCHELLE GOMES DE
CARVALHO
Advg. : DF00052648 - NATANAEL CLEBERSON MONTEIRO
RAMOS
Advg. : DF00036650 - MARIA MANUELLA JEHA TERROSO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0003397-57.2018.4.01.3400
201834000977727
Recurso Inominado
Recdo : FATIMA DA SILVA TEIXEIRA

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Advg. : DF00052648 - NATANAEL CLEBERSON MONTEIRO
RAMOS
Advg. : DF00020379 - THATYANNA MYCHELLE GOMES DE
CARVALHO
Advg. : DF00036650 - MARIA MANUELLA JEHA TERROSO
Recte : UNIAO FEDERAL

0003403-64.2018.4.01.3400
201834000977789
Recurso Inominado
Recte : ISABEL CRISTINA PINTO VAN GROL
Advg. : DF00052648 - NATANAEL CLEBERSON MONTEIRO
RAMOS
Advg. : DF00036650 - MARIA MANUELLA JEHA TERROSO
Advg. : DF00020379 - THATYANNA MYCHELLE GOMES DE
CARVALHO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0009254-84.2018.4.01.3400
201834001012300
Recurso Inominado
Recdo : MARIA JOSE PENHA SILVA DOMINGUES
Advg. : DF00020379 - THATYANNA MYCHELLE GOMES DE
CARVALHO
Advg. : DF00052648 - NATANAEL CLEBERSON MONTEIRO
RAMOS
Advg. : DF00036650 - MARIA MANUELLA JEHA TERROSO
Recte : UNIAO FEDERAL

0010736-67.2018.4.01.3400
201834001024220
Recurso Inominado
Recte : MARISTELA DE SOUZA FERRAZ CALANDRA
Advg. : DF00052648 - NATANAEL CLEBERSON MONTEIRO
RAMOS
Advg. : DF00036650 - MARIA MANUELLA JEHA TERROSO
Advg. : DF00020379 - THATYANNA MYCHELLE GOMES DE
CARVALHO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0020529-30.2018.4.01.3400
201834001064240
Recurso Inominado
Recte : TEREZINHA HELENA KAUFMANN
Advg. : DF00036650 - MARIA MANUELLA JEHA TERROSO
Advg. : DF00020379 - THATYANNA MYCHELLE GOMES DE
CARVALHO
Advg. : DF00052648 - NATANAEL CLEBERSON MONTEIRO
RAMOS
Recdo : UNIAO FEDERAL

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Deste modo, indefiro o pedido de reconsideração e mantenho a decisão de


sobrestamento do feito até o trânsito em julgado do processo remetido para a Turma
Nacional de Uniformização (Processo n° 0043261- 39.2017.4.01.3400), conforme a
determinação do art. 14, II, da Resolução 586/2019, do Conselho da Justiça Federal.
Publique-se. Intime-se.

0026397-91.2015.4.01.3400
201534000108972
Recurso Inominado
Recte : JOSE AVELINO DA SILVA NETO
628
Advg. : DF00023794 - ALINE CRISTINA DE MELO FRANCO E
OLIVEIRA
Advg. : DF00021368 - ANA PAULA DA SILVA MACHADO MELLO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0041069-07.2015.4.01.3400
201534000188565
Recurso Inominado
Recdo : DALVA SOARES DE ARAUJO
Advg. : DF00021368 - ANA PAULA DA SILVA MACHADO MELLO
Advg. : DF00023794 - ALINE CRISTINA DE MELO FRANCO E
OLIVEIRA
Recte : UNIAO FEDERAL

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
0048559-80.2015.4.01.3400
201534000218941
Recurso Inominado
Recte : OZAIR DALVA DA SILVA
Advg. : DF00023794 - ALINE CRISTINA DE MELO FRANCO E
OLIVEIRA
Advg. : DF00021368 - ANA PAULA DA SILVA MACHADO MELLO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0012909-35.2016.4.01.3400
201634000364328
Recurso Inominado
Recdo : MARIA SONIA SANTOS DE OLIVEIRA
Advg. : DF00023794 - ALINE CRISTINA DE MELO FRANCO E
OLIVEIRA
Recte : UNIAO FEDERAL
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0012935-33.2016.4.01.3400
201634000364585
Recurso Inominado
Recte : MARIA DA CONCEICAO ALVES CAVALCANTI
Advg. : DF00021368 - ANA PAULA DA SILVA MACHADO MELLO
Advg. : DF00023794 - ALINE CRISTINA DE MELO FRANCO E
OLIVEIRA
Recdo : UNIAO FEDERAL

0018491-79.2017.4.01.3400
201734000737454
Recurso Inominado
Recdo : MAURO BRITO CALONGA
Advg. : DF00039232 - LEONARDO DA COSTA
Recte : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Assim sendo, com fundamento no art. 14, caput, Lei n° 10.259/2001, NÃO ADMITO
o Incidente de Uniformização de Jurisprudência arguido pela União. Transcorrido o
prazo legal, certifique-se e devolva-se à Vara de origem. Publique-se. Intime-se.

0046973-37.2017.4.01.3400
201734000904855
Recurso Inominado
Recte : MARIA ELIZABETH CAJATY MARTINS
Advg. : DF00052648 - NATANAEL CLEBERSON MONTEIRO
RAMOS
Advg. : DF00036650 - MARIA MANUELLA JEHA TERROSO
Advg. : DF00020379 - THATYANNA MYCHELLE GOMES DE
CARVALHO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0046977-74.2017.4.01.3400
201734000904890
Recurso Inominado
Recdo : SONIA TERESINHA STUMPF
Advg. : DF00036650 - MARIA MANUELLA JEHA TERROSO
Advg. : DF00052648 - NATANAEL CLEBERSON MONTEIRO
RAMOS
Advg. : DF00020379 - THATYANNA MYCHELLE GOMES DE
CARVALHO
Recte : UNIAO FEDERAL

0047369-14.2017.4.01.3400
629
201734000905826
Recurso Inominado
Recdo : MENANDRO LOBAO BARROSO
Advg. : DF00020379 - THATYANNA MYCHELLE GOMES DE
CARVALHO
Advg. : DF00036650 - MARIA MANUELLA JEHA TERROSO
Advg. : DF00052648 - NATANAEL CLEBERSON MONTEIRO
RAMOS
Recte : UNIAO FEDERAL

0048240-44.2017.4.01.3400
201734000909049
Recurso Inominado
Recte : MARIA AMALIA ROSA SOTER DA SILVEIRA

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Advg. : DF00052648 - NATANAEL CLEBERSON MONTEIRO
RAMOS
Advg. : DF00036650 - MARIA MANUELLA JEHA TERROSO
Advg. : DF00020379 - THATYANNA MYCHELLE GOMES DE
CARVALHO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0048253-43.2017.4.01.3400
201734000909172
Recurso Inominado
Recte : FELINTO CESAR SAMPAIO NETO
Advg. : DF00020379 - THATYANNA MYCHELLE GOMES DE
CARVALHO
Advg. : DF00036650 - MARIA MANUELLA JEHA TERROSO
Advg. : DF00052648 - NATANAEL CLEBERSON MONTEIRO
RAMOS
Recdo : UNIAO FEDERAL
Recdo : CAROLINA VIGARIO SAMPAIO

0050741-68.2017.4.01.3400
201734000925458
Recurso Inominado
Recte : TEREZINHA DE SOUSA OLIVEIRA
Advg. : DF00052648 - NATANAEL CLEBERSON MONTEIRO
RAMOS
Advg. : DF00020379 - THATYANNA MYCHELLE GOMES DE
CARVALHO
Advg. : DF00036650 - MARIA MANUELLA JEHA TERROSO
Recdo : UNIAO FEDERAL

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Deste modo, indefiro o pedido de reconsideração e mantenho a decisão de


sobrestamento do feito até o trânsito em julgado do processo remetido para a Turma
Nacional de Uniformização (Processo n° 0043261- 39.2017.4.01.3400), conforme a
determinação do art. 14, II, da Resolução 586/2019, do Conselho da Justiça Federal.
Publique-se. Intime-se.

0073044-18.2013.4.01.3400
201334000217675
Recurso Inominado
Recte : JOAO BATISTA DE ANDRADE GARCIA
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0065200-80.2014.4.01.3400
201434000234870
Recurso Inominado
Recte : ELIAS BATISTA DE ARAUJO
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0012938-22.2015.4.01.3400
201534000057469
Recurso Inominado
Recdo : IVANILSON BATISTA LEITE
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0062394-38.2015.4.01.3400
201534000264983
Recurso Inominado
Recte : ANA ALVES MADUREIRA
630
Advg. : DF00028679 - TEREZINHA BORGES KARLSON
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0074246-59.2015.4.01.3400
201534000310977
Recurso Inominado
Recdo : ARNALDO PEREIRA FILHO
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0030624-90.2016.4.01.3400
201634000446942
Recurso Inominado
Recdo : IRIS ALMEIDA DE MATOS

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0057597-82.2016.4.01.3400
201634000592462
Recurso Inominado
Recte : NATIVIDADE DE MIRANDA SILVA
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0057674-91.2016.4.01.3400
201634000593238
Recurso Inominado
Recte : WILLIAMAR GODINHO PINHEIRO
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0061125-27.2016.4.01.3400
201634000606310
Recurso Inominado
Recte : EDVALDO GALDINO BERNARDO
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0008756-22.2017.4.01.3400
201734000703838
Recurso Inominado
Recte : GERSON LUSTOSA FILHO
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0016973-54.2017.4.01.3400
201734000730777
Recurso Inominado
Recte : REMILTON DIAS CAMARA
Advg. : DF00016414 - CESAR ODAIR WELZEL
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0021036-25.2017.4.01.3400
201734000748964
Recurso Inominado
Recdo : LEYS FERREIRA DE SOUZA
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Diante do exposto, tendo em vista os princípios que norteiam os feitos que tramitam
nos Juizados Especiais Federais (art. 2º da Lei nº 9.099/1995), SOBRESTE-SE a
tramitação do presente feito, até o trânsito em julgado do RESP 1831371/SP com
base no artigo 1.030, III, do CPC, na redação da Lei n° 13.256/2016. Anote-se e
acompanhe-se o desfecho do julgamento do recurso acima indicado, fazendo
conclusão quando do trânsito em julgado do respectivo acórdão, oportunidade em
que o Incidente Regional será avaliado em sua inteireza. Publique-se. Intime-se.

PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
2ª TR - RELATOR 2 - BRASÍLIA

Juiz(a) Federal : ITAGIBA CATTA PRETA NETO


Diretor do Foro
Diretor(a) da : ÉRICO DE SOUZA SANTOS
631
Secretaria
Administrativa

Juiz(a) Titular : DR.RUI COSTA GONÇALVES

0032133-90.2015.4.01.3400
201534000139411
Recurso Inominado
Recte : EDVALDO GOMES DE SOUZA
Advg. : DF00039232 - LEONARDO DA COSTA
Recdo : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
0051517-39.2015.4.01.3400
201534000227063
Recurso Inominado
Recte : HILDEBERTO JURUMENHA RIBEIRO
Advg. : DF00039232 - LEONARDO DA COSTA
Recdo : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

0072985-59.2015.4.01.3400
201534000308940
Recurso Inominado
Recte : JOSIMAR SEBASTIAO TEIXEIRA
Advg. : DF00039232 - LEONARDO DA COSTA
Recdo : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

0030046-30.2016.4.01.3400
201634000440955
Recurso Inominado
Recdo : ASVAGRIO JOSE RABELO
Advg. : DF00039232 - LEONARDO DA COSTA
Recte : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Diante do exposto, tendo em vista os princípios que norteiam os feitos que tramitam
nos Juizados Especiais Federais (art. 2º da Lei nº 9.099/1995), SOBRESTE-SE a
tramitação do presente feito, com base no artigo 1.030, III, do CPC, na redação da
Lei n° 13.256/2016, até o retorno dos processos remetidos àquela Corte. Anote-se e
acompanhe-se atentamente o retorno dos processos remetidos ao Supremo Tribunal
Federal. Uma vez publicada a decisão pelo STF, nova conclusão quanto às
indagações formuladas. Publique-se. Intime-se.

PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
3ª TR - RELATOR 1 - BRASÍLIA

Juiz(a) Federal : ITAGIBA CATTA PRETA NETO


Diretor do Foro
Diretor(a) da : ÉRICO DE SOUZA SANTOS
Secretaria
Administrativa

Juiz(a) Titular : DR.RUI COSTA GONÇALVES

0032992-72.2016.4.01.3400
201634000460854
Recurso Inominado
Recdo : JOSE ALIRIO REIS DA CRUZ
Advg. : BA00019557 - JOSE CARLOS RIBEIRO DOS SANTOS
Recte : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Diante do exposto, com base no art. 55, XXII, c/c o seu § 2º, da Resolução Presi
TRF1 17/2014 SOBRESTE-SE a tramitação do presente feito até o trânsito em
julgado do Processo 0020016-33.2016.4-01.3400. Anote-se e acompanhe-se
atentamente o desfecho do julgamento supramencionado, fazendo nova conclusão
quando da publicação do respectivo acórdão. Publique-se. Intime-se.

0026728-05.2017.4.01.3400
201734000783729
632
Recurso Inominado
Recte : WALTER JOSE RUFINO
Advg. : DF00039232 - LEONARDO DA COSTA
Recdo : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA
Recdo : UNIAO FEDERAL

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Diante do exposto, tendo em vista os princípios que norteiam os feitos que tramitam
nos Juizados Especiais Federais (art. 2º da Lei nº 9.099/1995), SOBRESTE-SE a
tramitação do presente feito, com base no art. 14, II, Resolução CJF 586, de 30 de
setembro de 2019. Anote-se e acompanhe-se o desfecho do julgamento do incidente
acima indicado, fazendo nova conclusão quando for publicado o respectivo acórdão.
Publique-se. Intime-se.

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
0032992-72.2016.4.01.3400
201634000460854
Recurso Inominado
Recdo : JOSE ALIRIO REIS DA CRUZ
Advg. : BA00019557 - JOSE CARLOS RIBEIRO DOS SANTOS
Recte : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Diante do exposto, com base no art. 55, XXII, c/c o seu § 2º, da Resolução Presi
TRF1 17/2014 SOBRESTE-SE a tramitação do presente feito até o trânsito em
julgado do Processo 0020016-33.2016.4-01.3400. Anote-se e acompanhe-se
atentamente o desfecho do julgamento supramencionado, fazendo nova conclusão
quando da publicação do respectivo acórdão. Publique-se. Intime-se.

0027199-55.2016.4.01.3400
201634000424159
Recurso Inominado
Recte : FERNANDA MARIA BUARQUE DE GUSMAO
Advg. : DF00018566 - WESLEY RICARDO BENTO DA SILVA
Recdo : UNIAO FEDERAL
Recdo : INSTITUTO DO PATRIMONIO HISTORICO E ARTISTICO
NACIONAL IPHAN

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Diante do exposto, tendo em vista os princípios que norteiam os feitos que tramitam
nos Juizados Especiais Federais (art. 2º da Lei nº 9.099/1995) e, ainda, o fato de
que a parte adversa não se manifestou pela composição a respeito dos consectários
legais na forma preconizada pela Fazenda Pública (como ocorreu em diversos
outros casos, cuja composição fora homologada e os processos, que continham
apenas essa controvérsia, já foram devolvidos para cumprimento do julgado, dada a
composição), SOBRESTE-SE o presente feito, com base no artigo 1.030, III, do
CPC, na redação da Lei n° 13.256/2016, até o trânsito em julgado do RE
870.947/SE - Tema nº 810. Anote-se e acompanhe-se atentamente o desfecho do
julgamento dos embargos no Supremo. Uma vez transitado em julgado e publicado
pelo STF o acórdão resolvendo os declaratórios, nova conclusão. Publique-se.
Intime-se.

PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
3ª TR - RELATOR 2 - BRASÍLIA

Juiz(a) Federal : ITAGIBA CATTA PRETA NETO


Diretor do Foro
Diretor(a) da : ÉRICO DE SOUZA SANTOS
Secretaria
Administrativa

Juiz(a) Titular : DR.RUI COSTA GONÇALVES

0045036-31.2013.4.01.3400
201334000107541
Recurso Inominado
Recdo : FRANCISCO PAULO MENDES
Advg. : PI00001984 - JOSE DO EGITO FIGUEIREDO BARBOSA
Recte : UNIAO FEDERAL
Recte : FUNASA
633
O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Assim, em observância da determinação contida naquele PUIL 60, e tendo em vista


os princípios da simplicidade e economia processual, que norteiam os feitos que
tramitam nos Juizados Especiais Federais (art. 2º da Lei 9.099/1995), SOBRESTE-
SE o presente feito, com base no art. 14, § 6º, da Lei 10.259/2001, até o trânsito em
julgado do PUIL nº 60/RE e/ou o desfecho da Proposta de Súmula Vinculante nº
128/DF. Anote-se e acompanhe-se atentamente o desfecho dos julgamentos acima
aludidos. Uma vez transitado em julgado a decisão, nova conclusão quanto às
indagações formuladas. Publique-se. Intime-se.

PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
3ª TR - RELATOR 3 - BRASÍLIA

Juiz(a) Federal : ITAGIBA CATTA PRETA NETO


Diretor do Foro
Diretor(a) da : ÉRICO DE SOUZA SANTOS
Secretaria
Administrativa

Juiz(a) Titular : DR.RUI COSTA GONÇALVES

0007790-25.2018.4.01.3400
201834001005950
Recurso Inominado
Recte : RONAN PINTO DE ARAUJO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
Recdo : UNIAO FEDERAL

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Diante do exposto, com fundamento no art. 15, da Resolução CJF 345, de 2 de


junho de 2015, NÃO ADMITO o Incidente Nacional de Uniformização de
Jurisprudência arguido pela parte Autora. Transcorrido o prazo legal, certifique-se e
devolva-se à Vara de origem. Publique-se. Intime-se.

Autos com Despacho

No(s) processo(s) abaixo relacionado(s) :

0018297-11.2019.4.01.3400
201934001352830
Recurso Inominado
Recte : WELLINGTON GILBERTO DA SILVA
Advg. : DF00041327 - SHEILA DIAS DA SILVA
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
Advg. : DF0001640A - SAMIR NACIM FRANCISCO

0019962-62.2019.4.01.3400
201934001365822
Recurso Inominado
Recte : JASONIR ROCHA DA SILVA
Advg. : DF00055989 - JOAO PAULO RODRIGUES RIBEIRO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
Advg. : DF0001640A - SAMIR NACIM FRANCISCO

0023639-03.2019.4.01.3400
201934001394004
Recurso Inominado
Recte : JOSE ERIVALDO BARBOSA DOS SANTOS
Advg. : DF00055989 - JOAO PAULO RODRIGUES RIBEIRO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
Advg. : DF0001640A - SAMIR NACIM FRANCISCO

0023771-60.2019.4.01.3400
201934001395321
Recurso Inominado
Recte : HUDSON HENRIQUE RODRIGUES CAETANO
Advg. : DF00055989 - JOAO PAULO RODRIGUES RIBEIRO
634
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
Advg. : DF0001640A - SAMIR NACIM FRANCISCO

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

DESPACHO
Considerando a decisão exarada pelo Ministro Luís Roberto Barroso, em sede de
medida cautelar na ADI 5090, que determinou a suspensão do trâmite de todas as
causas que versam sobre a correção dos depósitos vinculados ao Fundo de
Garantia por Tempo de Serviço – FGTS pela Taxa Referencial – TR, matéria objeto
deste processo, SUSPENDA-SE a tramitação do feito nesta instância sem seu
julgamento, até que sobrevenha decisão final naquele processo quanto ao objeto
discutido no recurso. Intimem-se e cumpra-se, certificando-se a causa da suspensão
e tendo-se o cuidado de acompanhar o desfecho da ADI 5090 na qual se ordenou a

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
suspensão da tramitação dos feitos da espécie.

0063103-73.2015.4.01.3400
201534000269129
Recurso Inominado
Recte : LUCIANI DA SILVA ROCHA
Advg. : DF00039686 - FABRICIO VIEIRA DA COSTA
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

DESPACHO
Considerando a decisão do Supremo Tribunal Federal, no Recurso Extraordinário n.
639.856/RS, que trata “se deve incidir o fator previdenciário (Lei 9.876/99) ou as
regras de transição trazidas pela EC 20/98 aos benefícios concedidos a segurados
filiados ao Regime Geral até 16.12.98”, que reconheceu a existência de repercussão
geral da questão constitucional suscitada, SUSPENDA-SE a tramitação do feito
nesta instância, sem julgamento, até que sobrevenha decisão final naquele Recurso
Extraordinário quanto ao objeto discutido. Intimem-se e cumpra-se, certificando-se a
causa da suspensão e tendo-se o cuidado de acompanhar o desfecho do Recurso
Extraordinário no qual se ordenou a suspensão dos feitos da espécie.

Autos com Ordinatório

No(s) processo(s) abaixo relacionado(s) :

0051674-85.2010.4.01.3400
201034009135913
Recurso Inominado
Recte : MARIA EUNIDES DE ARAUJO
Advg. : DF00033645 - ANA PAULA MORAIS DA ROSA
Recdo : UNIAO FEDERAL

0032496-09.2017.4.01.3400
201734000819006
Recurso Inominado
Recdo : ANTONIO LEANDRO DA COSTA
Recte : UNIAO FEDERAL

0048318-38.2017.4.01.3400
201734000909837
Recurso Inominado
Recte : EULER WAGNER RIBEIRO
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0024330-51.2018.4.01.3400
201834001098624
Recurso Inominado
Recte : MARIA VERONICA DOS SANTOS
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0024346-05.2018.4.01.3400
201834001098789
Recurso Inominado
Recte : LEOCADIO JULIO VIANA
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0030524-67.2018.4.01.3400
201834001139407
635
Recurso Inominado
Recdo : NAILMA CRISTINA GONCALVES DOS SANTOS SOUZA
Advg. : DF00018841 - LINO DE CARVALHO CAVALCANTE
Recte : UNIAO FEDERAL
Advg. : PEOOO30884 - EDUARDO JORGE PEREIRA ALVES

0037160-49.2018.4.01.3400
201834001184358
Recurso Inominado
Recte : JOAO CARREIRO CHAVES
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0037166-56.2018.4.01.3400

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
201834001184416
Recurso Inominado
Recte : IRENICE PEREIRA DE ANDRADE DE OLIVEIRA
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0037214-15.2018.4.01.3400
201834001184910
Recurso Inominado
Recte : ELIZA MARIA BARBOSA PRIMO
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0037219-37.2018.4.01.3400
201834001184968
Recurso Inominado
Recte : IRCEU CAMPOS DA SILVA
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0037356-19.2018.4.01.3400
201834001186694
Recurso Inominado
Recte : HILDA DA SILVA LOPES
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0037404-75.2018.4.01.3400
201834001187189
Recurso Inominado
Recte : JOAO LEITAO NETO
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0037470-55.2018.4.01.3400
201834001187857
Recurso Inominado
Recte : JOSE ROBERTO NUNO
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0037476-62.2018.4.01.3400
201834001187915
Recurso Inominado
Recte : ZULMAR SANCHO MOREIRA FILHO
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL
Advg. : CE00024102 - DIEGO EDUARDO FARIAS CAMBRAIA

0037516-44.2018.4.01.3400
201834001188310
Recurso Inominado
Recte : FRANKLIN TOMAS MATISSEK
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL

0037520-81.2018.4.01.3400
201834001188355
Recurso Inominado
Recte : CARLOS ALBERTO GERALDO
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL
636
0037521-66.2018.4.01.3400
201834001188369
Recurso Inominado
Recte : ANTONIO FERNANDO
Advg. : DF00036821 - COQUELIN AIRES LEAL NETO
Recdo : UNIAO FEDERAL

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

ATO ORDINATÓRIO (Portaria n° 6, de 14 de novembro de 2018)

Ficam a parte autora e a União Federal intimadas para, no prazo de 05(cinco) dias,
responderem aos embargos de declaração interpostos por ambas as partes.

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
0040973-55.2016.4.01.3400
201634000505696
Recurso Inominado
Recte : FRANCISCO RODRIGUES DE AMORIM
Advg. : BA00046141 - LEONARDO DA COSTA
Recdo : UNIAO FEDERAL
Recdo : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA

0023583-38.2017.4.01.3400
201734000762951
Recurso Inominado
Recte : ARNALDO OLIVEIRA DE ALMEIDA
Advg. : DF00039232 - LEONARDO DA COSTA
Recdo : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA
Recdo : UNIAO FEDERAL

0023743-63.2017.4.01.3400
201734000764907
Recurso Inominado
Recte : IUBERTO FELICIO FEITOSA
Advg. : DF00039232 - LEONARDO DA COSTA
Recdo : UNIAO FEDERAL
Recdo : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA

0048295-92.2017.4.01.3400
201734000909590
Recurso Inominado
Recte : ROGERIO GOMES BARBOSA
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

ATO ORDINATÓRIO (Portaria n° 6, de 14 de novembro de 2018)

Fica a parte autora intimada para, no prazo 15 (quinze) dias, apresentar


contrarrazões aos Incidentes de Uniformização interpostos pela UNIÃO e FUNASA.

0060392-95.2015.4.01.3400
201534000254341
Recurso Inominado
Recte : PEDRO GAMA NETO
Advg. : PB00017228 - ADILIA DANIELLA NOBREGA FLOR
Advg. : PB00010927 - MARTSUNG FORMIGA CAVALCANTE E
RODOVALHO DE ALENCAR
Recdo : UNIAO FEDERAL

0039513-33.2016.4.01.3400
201634000499524
Recurso Inominado
Recte : SEVERINO ALVES DA SILVA
Advg. : DF00039232 - LEONARDO DA COSTA
Recdo : UNIAO FEDERAL
Recdo : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA

0047453-49.2016.4.01.3400
201634000541600
Recurso Inominado
Recte : VALMIR DE FREITAS LIMA
Advg. : DF00039232 - LEONARDO DA COSTA
Recdo : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA
Recdo : UNIAO FEDERAL
637
O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

ATO ORDINATÓRIO (Portaria n° 6, de 14 de novembro de 2018)

Fica a parte autora intimada para, no prazo de 15 (quinze) dias, oferecer


contrarrazões ao Incidente de Uniformização e Recurso Extraordinário interpostos
pela União Federal.

PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
1ª TR - RELATOR 2 - BRASÍLIA

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Juiz(a) Federal : ITAGIBA CATTA PRETA NETO
Diretor do Foro
Diretor(a) da : ÉRICO DE SOUZA SANTOS
Secretaria
Administrativa

Juiz(a) Titular : DR.RUI COSTA GONÇALVES

0028467-86.2012.4.01.3400
201234009406390
Recurso Inominado
Recte : SONIA MARIA SOARES CHAVES
Advg. : DF00026414 - JUDSON DE ARAUJO GURGEL
Recdo : UNIAO FEDERAL

0060425-85.2015.4.01.3400
201534000254670
Recurso Inominado
Recte : TASSO CORDEIRO DE ARAUJO
Advg. : PB00017228 - ADILIA DANIELLA NOBREGA FLOR
Advg. : PB00010927 - MARTSUNG FORMIGA CAVALCANTE E
RODOVALHO DE ALENCAR
Recdo : UNIAO FEDERAL

0015232-13.2016.4.01.3400
201634000376247
Recurso Inominado
Recte : ANA MARIA DE BRITO
Advg. : DF00018841 - LINO DE CARVALHO CAVALCANTE
Recdo : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA

0049702-70.2016.4.01.3400
201634000548010
Recurso Inominado
Recdo : ASSIS MANOEL DA SILVA
Advg. : DF00039232 - LEONARDO DA COSTA
Recte : UNIAO FEDERAL
Advg. : CE00024102 - DIEGO EDUARDO FARIAS CAMBRAIA

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

ATO ORDINATÓRIO (Portaria n° 6, de 14 de novembro de 2018)

Fica a parte autora intimada para, no prazo 15 (quinze) dias, apresentar


contrarrazões ao Incidente de Uniformização interposto pela União Federal.

0009458-12.2010.4.01.3400
201034009023540
Recurso Inominado
Recdo : AMERICO IASUO HIGA
Advg. : DF00027766 - PEDRO ALVES MOREIRA
Recdo : JOSE MARIA SIMON MOSIMANN
Recdo : DULCE TIMOTEO SOARES DA MATTA
Recdo : ELDEMIR ARAUJO BARBOSA
Recte : UNIAO FEDERAL

0023250-62.2012.4.01.3400
201234009391009
Recurso Inominado
638
Recdo : ONDINA SILVESTRE DE CARVALHO
Advg. : MG00046932 - ANTONIO MARCOS SANTOS
RODRIGUES
Recte : UNIAO FEDERAL

0074990-88.2014.4.01.3400
201434000267361
Recurso Inominado
Recdo : JURANDIR PEREIRA DOS SANTOS
Advg. : MG00095876 - ERALDO LACERDA JUNIOR
Recte : UNIAO FEDERAL

0082543-89.2014.4.01.3400
201434000288293

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Recurso Inominado
Recdo/recte : ALFREDO JOSE DE SOUZA GUIMARAES
Advg. : MG0095876A - ERALDO LACERDA JUNIOR
Recdo/recte : EDNA DE SOUZA GUIMARAES
Recdo/recte : RENE DE SOUZA GUIMARAES
Recdo/recte : RICARDO DE SOUZA GUIMARAES
Recdo/recte : SURAMA DE SOUZA GUIMARAES
Recte/recdo : UNIAO FEDERAL

0043836-81.2016.4.01.3400
201634000522137
Recurso Inominado
Recdo : REGIMAR ALVES MACEDO
Advg. : DF00040244 - WANDER GUALBERTO FONTENELE
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0073964-84.2016.4.01.3400
201634000660105
Recurso Inominado
Recdo/recte : AIRTON FERREIRA
Advg. : DF00040244 - WANDER GUALBERTO FONTENELE
Recte/recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0016132-59.2017.4.01.3400
201734000727347
Recurso Inominado
Recdo : GABRIEL BORGES MATOS
Advg. : DF00030525 - GILBERTO CONCEICAO DO AMARAL
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0022539-81.2017.4.01.3400
201734000757679
Recurso Inominado
Recte : MANOEL AUGUSTO BOMFIM
Advg. : GO00026506 - EVERTON BERNARDO CLEMENTE
Recdo : UNIAO FEDERAL

0023627-57.2017.4.01.3400
201734000763607
Recurso Inominado
Recte : SEBASTIAO CESAR LOPES
Advg. : DF00039232 - LEONARDO DA COSTA
Recdo : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA
Recdo : UNIAO FEDERAL

0025216-84.2017.4.01.3400
201734000770825
Recurso Inominado
Recdo : IRAN MIRANDA LIMA
Advg. : DF00010962 - CELIA MARCELINO DA SILVA SALGADO
Recte : UNIAO FEDERAL

0033673-08.2017.4.01.3400
201734000822419
Recurso Inominado
Recte : JOAO JOAQUIM DE CAIRES
Advg. : DF00040484 - SHIRLEY ALVES DANTAS
Advg. : DF0014925E - WESLEY GOMES COELHO
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0052795-07.2017.4.01.3400
201734000934649
Recurso Inominado
639
Recdo : GEOVANE DA SILVA MARTINS BORTONE
Advg. : DF00027177 - ANDRE VIEIRA DE GODOI PITALUGA
Advg. : DF00017717 - ALESSANDRA DAMIAN CAVALCANTI
Advg. : DF00018026 - DAVID ODISIO HISSA
Advg. : DF00022523 - VANESSA ACHTSCHIN SOARES DA
SILVA
Advg. : DF00022802 - ALINE RODRIGUES DE ALARCAO
LISBOA RAMOS
Advg. : DF00026055 - PAULO CUNHA DE CARVALHO
Advg. : DF00041874 - POLLYANNA DO NASCIMENTO SILVA
Advg. : DF00051656 - CHRISCIANE VIEIRA SOUSA
Recte : UNIAO FEDERAL

0029224-70.2018.4.01.3400

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
201834001129334
Recurso Inominado
Recte : ANA ZULEIDE FERREIRA DE OLIVEIRA
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Recdo : UNIAO FEDERAL

0033097-78.2018.4.01.3400
201834001154338
Recurso Inominado
Recdo : ADIMILSON CANDIDO DA SILVA
Advg. : MG00097756 - JARBAS AREDES JUNIOR
Recte : UNIAO FEDERAL

0033402-62.2018.4.01.3400
201834001157422
Recurso Inominado
Recdo/recte : ARNALDO BORGES MARRECO
Advg. : DF0001599A - GERALDO MAGELA HERMOGENES DA
SILVA
Recte/recdo : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
Recte/recdo : UNIAO FEDERAL

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

ATO ORDINATÓRIO (Portaria n° 6, de 14 de novembro de 2018)

Fica a parte autora intimada para, no prazo de 05(cinco) dias, responder aos
embargos de declaração interpostos pela União Federal.

0043188-53.2006.4.01.3400
200634009005626
Recurso Inominado
Recdo : ZELIA ELENA ASSUNCAO DE BESSAS
Advg. : DF00015123 - SEBASTIAO MORAES DA CUNHA
Recte : BANCO CENTRAL DO BRASIL
Recte : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
Advg. : DF00021674 - ANDREIA CRISTINA MONTALVAO DA
CUNHA

0041519-18.2013.4.01.3400
201334000090311
Recurso Inominado
Recte : JOSE RODRIGUES FILHO
Advg. : PI00198489 - JOSE DO EGITO FIGUEIREDO BARBOSA
Recdo : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA
Recdo : UNIAO FEDERAL

0041555-60.2013.4.01.3400
201334000090671
Recurso Inominado
Recte : ARMANDO JOSE GOMES FIGUEIREDO
Advg. : PI00198489 - JOSE DO EGITO FIGUEIREDO BARBOSA
Recdo : UNIAO FEDERAL
Recdo : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE FUNASA

0044222-82.2014.4.01.3400
201434000153395
Recurso Inominado
Recdo : PLINIO DE SOUZA GOMES
Advg. : DF00013398 - VALERIO ALVARENGA MONTEIRO DE
CASTRO
Advg. : DF00023016 - HENRIQUE DE MELLO FRANCO
Recdo : WASHINGTON LUIZ ALVES DA COSTA LIMA
640
Recdo : THEONES ROBERTO LOURENCO JUNIOR
Recdo : JOAQUIM JOSE DOS SANTOS NETO
Recdo : SOLANGE BRAGA DE OLIVEIRA MILHOMEM
Recdo : FRANCISCO CELSO DE LIMA
Recdo : ILDETE DE ALMEIDA BRANCO VERAS
Recdo : DIVALDI MIRANDA NEVES
Recdo : AROLDO SOARES DE MATOS
Recdo : LILIAM OLIVEIRA SANTOS
Recte : DISTRITO FEDERAL*
Advg. : DF00012469 - DEIRDRE DE AQUINO NEIVA CRUZ
Recte : UNIAO FEDERAL

0045573-56.2015.4.01.3400
201534000209452

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Recurso Inominado
Recte : FLAVIO GOMES BORGES
Advg. : DF00040512 - JACINTO DE SOUSA
Advg. : DF00039396 - BRUNO LEONARDO FERREIRA DE
MATOS
Recdo : INCORPORACAO GARDEN LTDA
Advg. : DF00044227 - EDJANICE MARCELINO PEREIRA
Advg. : DF00014294 - CLAUDIO AUGUSTO SAMPAIO PINTO
Advg. : DF00032313 - BRUNO DELA COLETA MACEDO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0065525-84.2016.4.01.3400
201634000626102
Recurso Inominado
Recte : MARISE BERMUDES SOUZA PAVAN
Advg. : DF00018841 - LINO DE CARVALHO CAVALCANTE
Recdo : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

0004861-53.2017.4.01.3400
201734000684766
Recurso Inominado
Recdo : ADAO FERREIRA LOPES
Advg. : DF00012284 - FERNANDO FREIRE DIAS
Advg. : DF00056114 - RONISSON COSTA SILVA
Recte : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

0008316-89.2018.4.01.3400
201834001007816
Recurso Inominado
Recdo/recte : JOSE ROBERTO DE CARVALHO
Advg. : PB00014285 - CYNTHIA ELIZABETH CABRAL
SANTIAGO
Advg. : PB00008432 - CARMEN RACHEL DANTAS MAYER
Recte/recdo : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

0028277-16.2018.4.01.3400
201834001119748
Recurso Inominado
Recdo : ANA CAROLINA LEMOS OLIVEIRA FERREIRA
Advg. : DF00031578 - RODRIGO MARCAL ROCHA
Recte : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

0029914-02.2018.4.01.3400
201834001136237
Recurso Inominado
Recdo : ALEXANDRE EDUARDO BORGES
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Recte : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

0032313-04.2018.4.01.3400
201834001146361
Recurso Inominado
Recdo : ANDRE GUEDES DE SOUSA
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Recte : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

0033231-08.2018.4.01.3400
201834001155690
Recurso Inominado
Recdo : DAVI DE OLIVEIRA BOTELHO
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Recte : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
641
0033234-60.2018.4.01.3400
201834001155727
Recurso Inominado
Recdo : DEBORA SOARES MARQUES XAVIER
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Recte : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

0036383-64.2018.4.01.3400
201834001176258
Recurso Inominado
Recdo : ELAINE CRISTINA MARINS AMARAL
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Recte : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
0036471-05.2018.4.01.3400
201834001177188
Recurso Inominado
Recdo : EMISLEI SOARES DE SOUSA
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Recte : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

0036710-09.2018.4.01.3400
201834001179671
Recurso Inominado
Recdo : INES MARIA FILIZOLA SALMITO
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Recte : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

0036718-83.2018.4.01.3400
201834001179757
Recurso Inominado
Recdo : IVANEIDE FRANCA RIBEIRO
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Recte : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

0036739-59.2018.4.01.3400
201834001179970
Recurso Inominado
Recdo : JACIRA DOS SANTOS MOURA
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Recte : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

0036915-38.2018.4.01.3400
201834001181873
Recurso Inominado
Recdo : JEOVANA REZENDE DE MORAIS ROSA
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Recte : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

0037043-58.2018.4.01.3400
201834001183178
Recurso Inominado
Recdo : LUCAS HENRIQUE DIAS CARRIJO
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Recte : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

0037053-05.2018.4.01.3400
201834001183284
Recurso Inominado
Recdo : LUCIANA BERNARDES DE FARIA GUTERRES
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Recte : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

0037608-22.2018.4.01.3400
201834001189237
Recurso Inominado
Recdo : PAULA DE CASSIA BENTO LINO
Advg. : DF00055669 - GABRIEL ALVES SOARES
Advg. : DF00052352 - EDUARDO CORSINO DE OLIVEIRA
Recte : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

0037706-07.2018.4.01.3400
201834001190214
Recurso Inominado
Recdo : RODRIGO PEREIRA RODRIGUES
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Recte : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
642
0038076-83.2018.4.01.3400
201834001190930
Recurso Inominado
Recdo : SOCORRO PEREIRA DE SANTANA
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Recte : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

0041310-73.2018.4.01.3400
201834001219096
Recurso Inominado
Recdo : GEIZA GARCIA LOPES GONZAGA
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Recte : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
0006521-14.2019.4.01.3400
201934001270678
Recurso Inominado
Recdo : HENRIQUE DA CONCEICAO
Advg. : RJ00116636 - LEONARDO DE CARVALHO BARBOZA
Recte : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

ATO ORDINATÓRIO (Portaria n° 6, de 14 de novembro de 2018)

Fica a parte autora intimada para, no prazo de 05(cinco) dias, responder aos
embargos de declaração interpostos pela Fazenda Nacional.
643
PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
1ª TR - RELATOR 3 - BRASÍLIA

Expediente do dia 25 de Outubro de 2019

Atos do(a) : RUI COSTA GONÇALVES


Exmo(a)

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Autos com Decisão

No(s) processo(s) abaixo relacionado(s) :

0006056-73.2017.4.01.3400
201734000690684
Recurso Inominado
Recdo : CARLINDA GONCALVES DE ALMEIDA ALVES
Advg. : DF00025326 - JOSE ODAR MOURA JUNIOR
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Ante o exposto, nego provimento ao Recurso Inominado, mantendo a sentença de


primeiro grau em todos os seus termos. 7. Honorários advocatícios, fixados em 10%
(dez por cento) sobre o valor da condenação, devidos pela parte recorrente. Sem
custas processuais. 8. Preclusas as vias impugnatórias, certifique a Secretaria o
trânsito em julgado, devolvendo, em seguida, os autos à Vara Federal de origem.
Publique-se. Intimem-se.

PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
3ª TR - RELATOR 3 - BRASÍLIA

Juiz(a) Federal : ITAGIBA CATTA PRETA NETO


Diretor do Foro
Diretor(a) da : ÉRICO DE SOUZA SANTOS
Secretaria
Administrativa

Juiz(a) Titular : DR.RUI COSTA GONÇALVES

0020826-37.2018.4.01.3400
201834001067304
Recurso Inominado
Recte : FRANCISCA DE SOUZA LIMA
Advg. : DF00025089 - GILBERTO SIEBRA MONTEIRO
Recdo : UNIAO FEDERAL

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

DECISÃO

Tendo em vista o reconhecimento de Repercussão Geral pelo STF nos autos do


Recurso Extraordinário n. 1.023.750-SC, em que se discute o Tema n. 951/STF que
trata do direito dos servidores federais às diferenças relacionadas ao reajuste de
47,11% sobre a parcela denominada adiantamento do PCCS (adiantamento
pecuniário) após a mudança para o regime estatutário, em 23/06/2017, tema do
presente feito, e, em cumprimento ao disposto no art. 1.039 e 1040 do novo Código
de Processo Civil, SUSPENDO o julgamento nesta instância, até que sobrevenha
decisão final quanto ao objeto discutido no recurso. Publique-se. Intimem-se.

Autos com Despacho

No(s) processo(s) abaixo relacionado(s) :

0009534-55.2018.4.01.3400
201834001015145
Recurso Inominado
644
Recte : MARIA DIZANETE DE SOUZA MATIAS
Advg. : DF00020379 - THATYANNA MYCHELLE GOMES DE
CARVALHO
Advg. : DF00052648 - NATANAEL CLEBERSON MONTEIRO RAMOS
Advg. : DF00036650 - MARIA MANUELLA JEHA TERROSO
Recdo : UNIAO FEDERAL

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

DESPACHO
Vistos etc. Declaro presente a situação contemplada no art. 145, § 1º, do Código de
Processo Civil em vigor. Redistribuam-se os autos na forma regimental. Intimem-se.

0077626-56.2016.4.01.3400

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
201634000672768
Recurso Inominado
Recte : LUIZ DE JESUS BARBOSA
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
Advg. : DF0001640A - SAMIR NACIM FRANCISCO

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

DESPACHO
Cuida-se de processo no bojo do qual se discute a questão da atualização de saldo
de conta vinculada do FGTS pelo INPC/IPCA.
Assim, tendo em vista que o Ministro Roberto Barroso, do Supremo Tribunal
Federal, determinou a suspensão, até o julgamento do mérito da matéria pelo
Plenário, de todos os processos que tratem da correção dos depósitos vinculados do
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) pela Taxa Referencial (TR), por
meio do deferimento da medica cautelar na ADI 5090, determino o sobrestamento
do presente feito até ulterior deliberação daquele egrégio Tribunal. Publique-se.
Intimem-se.

Autos com Decisão

No(s) processo(s) abaixo relacionado(s) :

0044567-77.2016.4.01.3400
201634000526566
Recurso Inominado
Recdo/recte : MARISA GONCALVES MENDES
Advg. : GO00034463 - ROCHAEL VAZ DA SILVA JÚNIOR
Recte/recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Ante o exposto, nego provimento ao Recurso Inominado, mantendo a sentença de


primeiro grau em todos os seus termos. Honorários advocatícios, fixados em 10%
(dez por cento) sobre o valor da condenação, devidos pela parte recorrente. Sem
custas processuais. Preclusas as vias impugnatórias, certifique a Secretaria o
trânsito em julgado, devolvendo, em seguida, os autos à Vara Federal de origem.
Publique-se. Intimem-se.

Autos com Decisão

No(s) processo(s) abaixo relacionado(s) :

0042064-30.2009.4.01.3400
200934009022596
Recurso Inominado
Recdo : FERNANDO CESAR LEONE POTZERNEHIM
Recte : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Desta feita, HOMOLOGO O ACORDO FIRMADO entre as partes e extingo o feito


com resolução de mérito, nos termos do art. 487, III, alínea “b”, do CPC/15.

Autos com Despacho

No(s) processo(s) abaixo relacionado(s) :


645
0052366-74.2016.4.01.3400
201634000565393
Recurso Inominado
Recte : OTAVIO ROQUE TEIXEIRA DE SOUZA
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0048491-62.2017.4.01.3400
201734000911566
Recurso Inominado
Recte : TEOBALDO SOLINO FILHO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0049287-53.2017.4.01.3400
201734000916387
Recurso Inominado
Recte : CEZARIO BEZERRA DE SOUZA
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

DESPACHO Cuida-se de Recurso Inominado em cujos autos a parte autora visa à


substituição da Taxa Referencial - TR por índice oficial destinado a aferir a inflação,
para o fim de correção do saldo de conta(s) vinculada(s) do FGTS. Mantenha-se o
curso do processo sobrestado, em acatamento à medida cautelar deferida na ADI
5090, rel. Min. Luís Roberto Barroso (d. 06.09.2019). Intimem-se.
646
PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
3ª TR - RELATOR 3 - BRASÍLIA

Expediente do dia 30 de Outubro de 2019

Atos do(a) : DENISE DIAS DUTRA DRUMOND


Exmo(a)

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Autos com Decisão

No(s) processo(s) abaixo relacionado(s) :

0050942-65.2014.4.01.3400
201434000183576
Recurso Inominado
Recte : VALDIR FERREIRA BISPO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0050946-05.2014.4.01.3400
201434000183617
Recurso Inominado
Recte : JORGE LUIZ BRONZERI
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0056778-19.2014.4.01.3400
201434000204610
Recurso Inominado
Recdo : REGINA CELIA DA SILVA BAPTISTA
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recte : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0084110-58.2014.4.01.3400
201434000292303
Recurso Inominado
Recte : FRANCISCO PEREIRA
Advg. : DF00030810 - PRISCILA DE ALMEIDA JULIANO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0084120-05.2014.4.01.3400
201434000292406
Recurso Inominado
Recte : LOURDES MARIA NOGUEIRA ALVES
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030810 - PRISCILA DE ALMEIDA JULIANO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0092200-55.2014.4.01.3400
201434000322073
Recurso Inominado
Recte : ELISABETH YARA KONIG
Advg. : DF00020219 - RAPHAEL MESQUITA CARNEIRO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0092228-23.2014.4.01.3400
201434000322354
Recurso Inominado
Recte : SEVERINO LOPES DE FRANCA FILHO
Advg. : DF00020219 - RAPHAEL MESQUITA CARNEIRO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0044874-65.2015.4.01.3400
201534000205424
Recurso Inominado
Recte : HELCIO MARTINS DA SILVA
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
647
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0070246-16.2015.4.01.3400
201534000298270
Recurso Inominado
Recte : JOSE DE LIMA NAZARIO FILHO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0029406-27.2016.4.01.3400
201634000437484
Recurso Inominado
Recte : TANIA MAGDALENA DE OLIVEIRA SANTOS

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0034610-52.2016.4.01.3400
201634000473570
Recurso Inominado
Recte : ELISDAN SILVA BARROS
Advg. : DF00046459 - STEPHANY STASIAK RODRIGUES DE
LIMA MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0035078-16.2016.4.01.3400
201634000476201
Recurso Inominado
Recte : VALERIA GOMES DAS CHAGAS
Advg. : DF00046459 - STEPHANY STASIAK RODRIGUES DE
LIMA MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0038422-05.2016.4.01.3400
201634000494018
Recurso Inominado
Recte : BRUNNA LUIZA FEITOSA FONSECA
Advg. : DF00046459 - STEPHANY STASIAK RODRIGUES DE
LIMA MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0041696-74.2016.4.01.3400
201634000509899
Recurso Inominado
Recte : CLAUDIO SILVEIRA CANDIDO
Advg. : DF00046459 - STEPHANY STASIAK RODRIGUES DE
LIMA MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0042667-59.2016.4.01.3400
201634000515371
Recurso Inominado
Recte : ADRIANA PAULA LINS FERREIRA
Advg. : DF00046459 - STEPHANY STASIAK RODRIGUES DE
LIMA MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0042706-56.2016.4.01.3400
201634000515786
Recurso Inominado
Recte : NOEMIA INOHAN VIEIRA DA CRUZ SANTOS
Advg. : DF00046459 - STEPHANY STASIAK RODRIGUES DE
LIMA MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0048347-25.2016.4.01.3400
201634000544390
Recurso Inominado
Recte : RUSEVANDER LUIZ SANTOS
Advg. : DF00032739 - PAULA CAROLINE REIS MOTA DOS
SANTOS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0022303-32.2017.4.01.3400
201734000755435
Recurso Inominado
Recte : CEZAR ROBERTO GRANADO
648
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

DECISÃO Considerando que na ADI 5090 (decisão proferida em 06/09/2019) houve


determinação para a suspensão dos processos em que se discute a correção dos
depósitos vinculados do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) pela Taxa
Referencial (TR), e em cumprimento ao disposto no art. 1.037, inciso II, do novel
Código de Processo Civil, SUSPENDO o julgamento nesta instância, até que
sobrevenha decisão final quanto ao objeto discutido no recurso.

0048310-66.2014.4.01.3400

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
201434000168676
Recurso Inominado
Recte : JOAREZ RODRIGUES DE SOUZA
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0050921-89.2014.4.01.3400
201434000183367
Recurso Inominado
Recte : ANTONIO SERGIO DE FREITAS
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030810 - PRISCILA DE ALMEIDA JULIANO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0050928-81.2014.4.01.3400
201434000183439
Recurso Inominado
Recte : EMMANUEL DUQUE DOS SANTOS
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00030810 - PRISCILA DE ALMEIDA JULIANO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0061152-78.2014.4.01.3400
201434000212371
Recurso Inominado
Recte : FRANCISCO DE ASSIS DE BRAGANCA PIMENTEL
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0092214-39.2014.4.01.3400
201434000322217
Recurso Inominado
Recte : IVALDA DE BRITO CAMPOS
Advg. : DF00020219 - RAPHAEL MESQUITA CARNEIRO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0092233-45.2014.4.01.3400
201434000322409
Recurso Inominado
Recte : LUCIRENE PEREIRA JACOBINA
Advg. : DF00020219 - RAPHAEL MESQUITA CARNEIRO
Recte : MAGDA SOARES LEITE
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0035173-46.2016.4.01.3400
201634000477159
Recurso Inominado
Recte : EDILSON CASTRO SANTOS
Advg. : DF00045122 - DIOGO NAVA SILVESTRE
Advg. : DF00016367 - SHAYLA BICALHO FERREIRA
Advg. : DF00050224 - PRISCILLA BICALHO FERREIRA DELFINO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0037471-11.2016.4.01.3400
201634000490439
Recurso Inominado
Recte : SOLANGE MARIA SOARES DE SOUSA
Advg. : DF00046459 - STEPHANY STASIAK RODRIGUES DE
LIMA MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
649
0038449-85.2016.4.01.3400
201634000494292
Recurso Inominado
Recte : MARLINA PIRES MELONIO DA SILVA
Advg. : DF00016367 - SHAYLA BICALHO FERREIRA
Advg. : DF00045122 - DIOGO NAVA SILVESTRE
Advg. : DF00050224 - PRISCILLA BICALHO FERREIRA DELFINO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0058660-45.2016.4.01.3400
201634000598134
Recurso Inominado
Recte : FRANCISCO SOARES DE SILVA

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Advg. : DF00054009 - KEITTY LORRANE ALVES DA SILVA
Advg. : DF00042784 - BRUNO MOREIRA DE BRITO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0025513-57.2018.4.01.3400
201834001104320
Recurso Inominado
Recte : HAROLDO SABINO MOREIRA
Advg. : DF00011746 - GENESCO RESENDE SANTIAGO
Advg. : DF00011056 - REGIS CAJATY BARBOSA BRAGA
Advg. : PB00015262 - VICTOR BRUNO ROCHA ARAUJO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
Advg. : DF00020885 - WELISANGELA CARDOSO MENEZES

0027454-42.2018.4.01.3400
201834001116516
Recurso Inominado
Recte : LILIANA SALES MARTINS
Advg. : DF00034056 - FERNANDA REBELO ALVES FERREIRA
Advg. : DF00058514 - IZABELLA DE OLIVEIRA DE ALMEIDA
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0001657-30.2019.4.01.3400
201934001236960
Recurso Inominado
Recte : IDELFONSO LINO DE SOUSA
Advg. : DF00026547 - ROBERTO ARRUDA DA TRINDADE
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
Advg. : DF00010482 - ISABELLA GOMES MACHADO

0008577-20.2019.4.01.3400
201934001281341
Recurso Inominado
Recte : BIRATAN SANTOS DE AZEVEDO
Advg. : DF00040007 - VALÉRIA NUNES GUIMARAES
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
Advg. : DF0001640A - SAMIR NACIM FRANCISCO

0020436-33.2019.4.01.3400
201934001366588
Recurso Inominado
Recte : ARNALDO CORREA DE OLIVEIRA
Advg. : DF00055989 - JOAO PAULO RODRIGUES RIBEIRO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
Advg. : DF0001640A - SAMIR NACIM FRANCISCO

0020730-85.2019.4.01.3400
201934001369552
Recurso Inominado
Recte : CARLOS BORBA
Advg. : DF00055989 - JOAO PAULO RODRIGUES RIBEIRO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
Advg. : DF0001640A - SAMIR NACIM FRANCISCO

0022810-22.2019.4.01.3400
201934001385588
Recurso Inominado
Recte : JOSE ALCIDES DE SOUZA
Advg. : DF00035320 - REBECCA SALIBA NASCIMENTO
VALENTE
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
Advg. : DF0001640A - SAMIR NACIM FRANCISCO
650
0023864-23.2019.4.01.3400
201934001396296
Recurso Inominado
Recte : ANTONIA CARLA LIMA DE FREITAS
Advg. : DF00055989 - JOAO PAULO RODRIGUES RIBEIRO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

DECISÃO Considerando que na ADI 5090 (decisão proferida em 06/09/2019) houve


determinação para a suspensão dos processos em que se discute a correção dos
depósitos vinculados do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) pela Taxa
Referencial (TR), e em cumprimento ao disposto no art. 1.037, inciso II, do novel
Código de Processo Civil, SUSPENDO o julgamento nesta instância, até que

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
sobrevenha decisão final quanto ao objeto discutido no recurso.

Publique-se. Intimem-se.

Autos com Despacho

No(s) processo(s) abaixo relacionado(s) :

0011990-46.2016.4.01.3400
201634000359535
Recurso Inominado
Recdo/recte : CARLOS ROBERTO DOS SANTOS
Advg. : DF00016858 - NILTON LAFUENTE
Advg. : DF00028261 - LUCIANE BORGES MARTINS BUENO
Recte/recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0003981-27.2018.4.01.3400
201834000983614
Recurso Inominado
Recte : ORLANDO FRANCISCO DA SILVA
Advg. : DF00044097 - ADRIANO DIAS MOREIRA
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0005217-14.2018.4.01.3400
201834000993650
Recurso Inominado
Recdo : OSVALDO ANDRE DE SOUZA
Advg. : DF00051917 - ADRIANO GOMES PINTO DA SILVA
Advg. : DF00055139 - ADELSON JUNIOR DE SOUZA CAMARA
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0016817-32.2018.4.01.3400
201834001050674
Recurso Inominado
Recdo : JOVANDO GABRIEL DA CRUZ
Advg. : DF00022393 - WANESSA ALDRIGUES CANDIDO
Advg. : DF00052380 - LARYSSA DIAS REGO
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

DESPACHO O Superior Tribuna de Justiça, nos autos do REsp 1.831.371, REsp


1.831.377 e REsp 180.508 ( Tema 1031), determinou a suspensão do trâmite de
todas as causas relativas a possibilidade de reconhecimento da especialidade da
atividade de vigilante, exercida após a edição da Lei 9.032/95 e do Decreto
2.172/97, com ou sem o uso de arma de fogo, portanto, aguarde-se a decisão
daquela Corte Especial, pelo prazo legal.

Publique-se. Intimem-se.
651
PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
1ª TR - RELATOR 1 - BRASÍLIA

Expediente do dia 25 de Outubro de 2019

Atos do(a) : ALEXANDRE JORGE FONTES LARANJEIRA


Exmo(a)

Autos com Despacho

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
No(s) processo(s) abaixo relacionado(s) :

0028077-77.2016.4.01.3400
201634000428111
Recurso Inominado
Recte : IRACI DOMINGOS DOS SANTOS
Advg. : DF00044544 - JESILENE RODRIGUES DE LIMA MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Assim, determino o SOBRESTAMENTO do presente feito até ulterior deliberação do STF.

Autos com Despacho

No(s) processo(s) abaixo relacionado(s) :

0023494-78.2018.4.01.3400
201834001091310
Recurso Inominado
Recdo : MARIA ARAUJO PEREIRA
Advg. : DF00035029 - FABIO CORREA RIBEIRO
Advg. : DF00050512 - MARCUS VINICIUS DE SOUZA MORAIS
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

DESPACHO

Tendo em vista que sentenciei o processo em tela em primeiro grau de jurisdição, DECLARO-ME IMPEDIDO para atuar no
presente feito, o qual deverá ser redistribuído, mediante compensação, nos termos do art. 144, inciso II, do CPC/2015 e do art.
57 do Regimento Interno das Turmas Recursais.

Publique-se. Intimem-se.

0050941-80.2014.4.01.3400
201434000183562
Recurso Inominado
Recte : JOSE RODARTI DA COSTA BARROS
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Assim, determino o SOBRESTAMENTO do presente feito até ulterior deliberação do STF.

0049508-36.2017.4.01.3400
201734000918096
Recurso Inominado
Recte : CONCEICAO DE MARIA BUTHEM BARBOSA LAMAR
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

DESPACHO

Tendo em vista que sentenciei o processo em tela em primeiro grau de jurisdição, DECLARO-ME IMPEDIDO para atuar no
652
presente feito, o qual deverá ser redistribuído, mediante compensação, nos termos do art. 144, inciso II, do CPC/2015 e do art.
57 do Regimento Interno das Turmas Recursais.

Publique-se. Intimem-se.

0048068-15.2011.4.01.3400
201134009285198
Recurso Inominado
Recte : HILTON JOSE LANA
Advg. : DF00020833 - FABIO DE SOUZA LEME
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0068546-39.2014.4.01.3400
201434000244573

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Recurso Inominado
Recdo/recte : JOSE GOMES BATISTA DE SOUZA
Advg. : DF00027024 - SERGIO RODRIGUES MARINHO FILHO
Recte/recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0024385-07.2015.4.01.3400
201534000100827
Recurso Inominado
Recdo/recte : DEUSDETH CARVALHO LIMA
Advg. : DF00024482 - LORENA RESENDE DE OLIVEIRA LORENTZ
Recte/recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0031480-54.2016.4.01.3400
201634000452682
Recurso Inominado
Recte : JOSE DIOGO MAGALHAES DE SOUZA
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : UNIAO FEDERAL
Recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0042705-71.2016.4.01.3400
201634000515772
Recurso Inominado
Recte : CLEIDE DE ALENCAR ALVES
Advg. : DF00046459 - STEPHANY STASIAK RODRIGUES DE LIMA MARTINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0012795-62.2017.4.01.3400
201734000721048
Recurso Inominado
Recte : JOSE CANDIDO VIEIRA
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0026976-68.2017.4.01.3400
201734000786279
Recurso Inominado
Recte : JOAO FERNANDES FILHO
Advg. : DF00046517 - RUBENS FERNANDES GOMES
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0028687-11.2017.4.01.3400
201734000795665
Recurso Inominado
Recte : MARCOS ANTONIO DE BRITO COSTA
Advg. : DF00046517 - RUBENS FERNANDES GOMES
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0043138-41.2017.4.01.3400
201734000880914
Recurso Inominado
Recte : NEUZA MARIA DE ALCANTARA
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0043140-11.2017.4.01.3400
201734000880931
Recurso Inominado
653
Recte : MARIA JOSE DA SILVA MOREIRA
Advg. : DF00036420 - THAYNARA CLAUDIA BENEDITO
Advg. : DF00030598 - MAX ROBERT MELO
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0024020-11.2019.4.01.3400
201934001397863
Recurso Inominado
Recte : ELIAS DA SILVA BATISTA
Advg. : DF00035320 - REBECCA SALIBA NASCIMENTO VALENTE
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
Advg. : DF0001640A - SAMIR NACIM FRANCISCO

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Assim, determino o SOBRESTAMENTO do presente feito até ulterior deliberação do STF.

Publique-se. Intimem-se.

0008459-44.2019.4.01.3400
201934001280144
Recurso Inominado
Recte : POLLYANNA MACEDO DE MATOS MONTEIRO
Advg. : DF00035626 - RONALDO LUIZ DA SILVA
Recdo : POLICIA MILITAR DO DISTRITO FEDERAL
Recdo : UNIAO FEDERAL

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Intime-se a parte autora, ora recorrente, para proceder ao pagamento em dobro do preparo do recurso inominado no prazo de
05 (cinco) dias, sob pena de deserção.

5) Publique-se. Intimem-se.

0032344-24.2018.4.01.3400
201834001146673
Recurso Inominado
Recte : ANDREIA AMORIM DE SOUSA
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Recdo : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

DESPACHO

Tendo em vista que houve pedido de Justiça Gratuita em sede de Recurso Inominado, intime-se a parte autora para o fim de
juntar aos autos Declaração de Hipossuficiência e os três últimos contracheques, no prazo de 10 (dez) dias, sob pena de
indeferimento do pedido e deserção do recurso.

Após, voltem-me conclusos para julgamento do recurso interposto.

Publique-se. Intimem-se.

0064376-87.2015.4.01.3400
201534000275897
Recurso Inominado
Recte : CLOVIS MARQUES DOURADO
Advg. : DF00013372 - ERYKA FARIAS DE NEGRI
Advg. : DF00040672 - RENATO RIBEIRO DE OLIVEIRA
Advg. : DF00049007 - MARGARA BEZERRA DO NASCIMENTO
Recte : ZENILSON GOUVEIA LINS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

0021476-50.2019.4.01.3400
201934001375083
Recurso Inominado
Recte : SEVERINO ALVES
Advg. : DF00018565 - TATIANA FREIRE ALVES MAESTRI
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
Advg. : DF0001640A - SAMIR NACIM FRANCISCO

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:


654
Assim, determino o SOBRESTAMENTO do presente feito até ulterior deliberação do STF.

Publique-se. Intimem-se.

0000001-38.2019.4.01.3400
201934001226612
Recurso Inominado
Recte : KATIANA GERMANIA PEREIRA GOMES
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Recdo : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
DESPACHO

Tendo em vista que houve pedido de Justiça Gratuita em sede de Recurso Inominado, intime-se a parte autora para o fim de
juntar aos autos Declaração de Hipossuficiência firmada de próprio punho e os três últimos contracheques, no prazo de 10
(dez) dias, sob pena de indeferimento do pedido e deserção do recurso.

Após, voltem-me conclusos para julgamento do recurso interposto.

Publique-se. Intimem-se.

Autos com Despacho

No(s) processo(s) abaixo relacionado(s) :

0049502-97.2015.4.01.3400
201534000221374
Recurso Inominado
Recdo : MANOEL FRANCISCO DE CARVALHO NETO
Advg. : DF00040512 - JACINTO DE SOUSA
Advg. : DF00039396 - BRUNO LEONARDO FERREIRA DE MATOS
Recte : INCORPORACAO GARDEN LTDA
Advg. : DF00032466 - RHANY VICTOR BACELAR WAGNER
Advg. : DF00044227 - EDJANICE MARCELINO PEREIRA
Recte : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
Recte : INCORPORACAO GARDEN LTDA
Advg. : DF00014294 - CLAUDIO AUGUSTO SAMPAIO PINTO
Advg. : DF00032313 - BRUNO DELA COLETA MACEDO

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Assim, determino o SOBRESTAMENTO do presente feito pelo prazo de 180 (cento e oitenta) dias corridos, nos termos do
AgInt no REsp nº. 1774998/MG (julgado aos 19/09/2019).

0064937-77.2016.4.01.3400
201634000625220
Recurso Inominado
Recte : SAULO DINIZ LISBOA
Advg. : DF00034163 - FABIO FONTES ESTILLAC GOMEZ
Recdo : UNIAO FEDERAL

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

DESPACHO

Tendo em vista que, por duas vezes (conforme petições registradas aos 23/07/2019 e 27/09/2019), a parte autora afirma que o
feito perdeu seu objeto em virtude do reconhecimento administrativo de sua pretensão, sem todavia demonstrar tal alegação, já
que não há nos autos documentos comprobatórios de tal fato, intime-se novamente a parte autora para que, no prazo de 10
(dez) dias, promova a juntada do documento comprobatório da satisfação de sua pretensão em sede administrativa, sob pena
de condenação nas penas da litigância de má-fé.

Publique-se. Intimem-se.

Autos com Decisão

No(s) processo(s) abaixo relacionado(s) :

0006931-43.2017.4.01.3400
201734000694500
Recurso Inominado
655
Recte : MARIA DIONNE DE ARAUJO FELIPE
Advg. : DF00008060 - AUGUSTO CESAR DE LIMA SANTOS
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Em face do exposto, JULGO EXTINTO o feito, com fundamento no art. 487, inciso III, alínea "c", do CPC/2015 (renúncia à
pretensão formulada na ação), ficando prejudicada a análise do recurso interposto pela parte autora.

Publique-se. Intimem-se.

Transitada em julgado, baixem-se os autos à vara de origem.

Autos com Decisão

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
No(s) processo(s) abaixo relacionado(s) :

497-95.2019.4.01.9340
MANDADO DE SEGURANÇA CIVEL/TR
Recte : ATAIDE FRANCISCO DE OLIVEIRA
Advg. : DF 59.159 – JOSE SEBASTIÃO DE OLIVEIRA
Recdo : JUIZO DA 25ª VARA FEDERAL/JEF
Terceiro interessado : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

“Em face do exposto, NEGO SEGUIMENTO AO MANDADO DE SEGURANÇA , E, POR CONSEGUINTE, INDEFIRO A
INICIAL com fundamento nos arts 485, I, e 932, III e IV, “a” do CPC/2015, e no art.10 da Lei 12.016/2009 (Lei do Mandado de
Segurança)”

Autos com Decisão

No(s) processo(s) abaixo relacionado(s) :

0045123-79.2016.4.01.3400
201634000532141
Recurso Inominado
Recdo : MARIA DE FATIMA DA SILVA BARBOSA
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Em face do exposto, INDEFIRO o pedido de intimação do INSS, haja vista que não restou comprovado o cumprimento da
determinação de regularização do mandato da representante legal da parte autora.

Autos com Despacho

No(s) processo(s) abaixo relacionado(s) :

0026612-62.2018.4.01.3400
201834001111431
Recurso Inominado
Recte : ALIOMAR NERI TEIXEIRA FILHO
Advg. : DF00042511 - KATIUSCIA PEREIRA DE ALVIM
Recdo : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

0042096-20.2018.4.01.3400
201834001224187
Recurso Inominado
Recte : MARCO AURELIO RODRIGUES CASADO
Advg. : RJ00116636 - LEONARDO DE CARVALHO BARBOZA
Recdo : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Converto o julgamento em diligência.

2) Nos termos do art. 1.007, § 4º., do CPC/2015, "... o recorrente que não comprovar, no ato de interposição do recurso, o
recolhimento do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, será intimado, na pessoa de seu advogado, para realizar o
recolhimento em dobro, sob pena de deserção".

3) Assim, tendo em vista que a parte autora não requereu assistência judiciária gratuita na petição inicial, deveria ter
comprovado o pagamento do preparo.
656
4) Intime-se a parte autora, ora recorrente, para proceder ao pagamento em dobro do preparo do recurso inominado no prazo
de 05 (cinco) dias, sob pena de deserção.

5) Publique-se. Intimem-se.

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
657
PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
1ª TR - RELATOR 2 - BRASÍLIA

Expediente do dia 30 de Outubro de 2019

Atos do(a) : LÍLIA BOTELHO NEIVA BRITO


Exmo(a)

Autos com Despacho

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
No(s) processo(s) abaixo relacionado(s) :

0019470-41.2017.4.01.3400
201734000743684
Recurso Inominado
Recdo : MARIA IRENICE SILVA FREITAS
Advg. : DF00051917 - ADRIANO GOMES PINTO DA SILVA
Advg. : DF00055139 - ADELSON JUNIOR DE SOUZA CAMARA
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

DESPACHO Converto o julgamento em diligência. Intime-se a parte autora para, no


prazo de 10 (dez) dias, juntar aos autos cópia de comprovantes de endereço em seu
nome e em nome do pretenso instituidor da pensão, de cujus Fernando Nicolau
Pereira, até a data do óbito, ocorrido em 28.05.2015, tais como: cópia de
correspondência bancária; conta de água, energia, telefone, TV a cabo, IPTU,
contrato de aluguel, dentre outros, a fim de que se possa aferir a alegada residência
em comum do casal, até a data do óbito. Decorrido o prazo, devolvam-se os autos a
esta Relatoria, com urgência. Intime-se.

0052231-62.2016.4.01.3400
201634000564045
Recurso Inominado
Recdo : LILIAN MARLY CAMPOS CALDAS
Advg. : DF00020379 - THATYANNA MYCHELLE GOMES DE
CARVALHO
Advg. : DF00036650 - MARIA MANUELLA JEHA TERROSO
Advg. : DF00052648 - NATANAEL CLEBERSON MONTEIRO
RAMOS
Recte : UNIAO FEDERAL

0071414-19.2016.4.01.3400
201634000643959
Recurso Inominado
Recdo : JOSE DELCIDE EVANGELISTA MARTISN
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Assim, considerando-se o acolhimento da proposta de revisão de entendimento com


o encaminhamento, constante do voto condutor, de sobrestamento das ações
coletivas e individuais que tratem de igual tema, determino o sobrestamento do
presente feito até ulterior deliberação daquela egrégia Corte superior. Publique-se.
Intimem-se.

0064825-45.2015.4.01.3400
201534000277263
Recurso Inominado
Recdo : LOURIVAL CLAUDIO DA SILVA
Advg. : DF00035029 - FABIO CORREA RIBEIRO
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

D E S P A C H O Convertido o julgamento em diligência. Intime-se a parte autora


para manifestar, no prazo máximo de 5 (cinco) dias úteis, se mantém a concordância
com os termos propostos pela parte ré, no tocante aos critérios de fixação dos juros
de mora e da atualização monetária, considerando-se que os embargos de
declaração opostos no RE 870.947 foram julgados pelo Supremo Tribunal Federal
no dia 03.10.2019.
658

Autos com Decisão

No(s) processo(s) abaixo relacionado(s) :

0021326-06.2018.4.01.3400
201834001072337
Recurso Inominado
Recte : CARLOS ALBERTO QUARESMA LOPES
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Recdo : UNIAO FEDERAL

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
0029222-03.2018.4.01.3400
201834001129317
Recurso Inominado
Recte : ANITTO INACIO DA SILVA
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Recdo : UNIAO FEDERAL

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

D E C I S Ã O Indefiro o pedido de concessão do benefício da justiça gratuita, visto


que o recorrente apresenta renda suficiente para contemplar o pagamento das
despesas processuais decorrentes do ajuizamento da presente demanda, sem
prejuízo para a sua subsistência. Desse modo, intime-se a parte recorrente para
realizar o preparo recursal, no prazo máximo de 48 (quarenta e oito) horas, sob pena
de deserção. Publique-se.

Autos com Despacho

No(s) processo(s) abaixo relacionado(s) :

0064261-66.2015.4.01.3400
201534000274727
Recurso Inominado
Recdo : FRANCISCO DA ROCHA FIGUEREDO
Advg. : DF00037072 - MARIA DORCILIA LIRA MOREIRA
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0014553-13.2016.4.01.3400
201634000372356
Recurso Inominado
Recdo/recte : LUIZ GONZAGA OLIVEIRA ARAGAO
Advg. : DF00022810 - DENISE MAGALHAES DA SILVA QUIRINO
Advg. : DF00077777 - NPJ DA UNIVERSIDADE CATOLICA DE
BRASILIA - UCB
Recte/recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0054625-08.2017.4.01.3400
201734000947734
Recurso Inominado
Recdo : RAFAEL BORGES LEAL DA SILVA
Advg. : DF00044469 - MAYRA COSMO DA SILVA
Advg. : DF00055146 - BRUNO SANTOS SILVA
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0009389-96.2018.4.01.3400
201834001013680
Recurso Inominado
Recdo/recte : DEODATO MARINHO DE MIRANDA
Advg. : DF00028261 - LUCIANE BORGES MARTINS BUENO
Advg. : DF00028679 - TEREZINHA BORGES KARLSON
Recte/recdo : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0022039-78.2018.4.01.3400
201834001079254
Recurso Inominado
Recdo : VALTER JOSE DE MESQUITA
Advg. : DF00028261 - LUCIANE BORGES MARTINS BUENO
Advg. : DF00028679 - TEREZINHA BORGES KARLSON
Recte : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:


659
Assim, considerando-se o encaminhamento, constante do voto condutor, de
sobrestamento das ações coletivas e individuais que tratem de igual tema, determino
o sobrestamento do presente feito até ulterior deliberação daquela egrégia Corte
superior. Publique-se. Intimem-se.

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
660
PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
3ª TR - RELATOR 2 - BRASÍLIA

Expediente do dia 30 de Outubro de 2019

Atos do(a) : ROSIMAYRE GONÇALVES DE CARVALHO


Exmo(a)

Autos com Despacho

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
No(s) processo(s) abaixo relacionado(s) :

0027134-89.2018.4.01.3400
201834001113702
Recurso Inominado
Recte : EISANGELA GORDIANO SILVA WALNERES
Advg. : DF00026547 - ROBERTO ARRUDA DA TRINDADE
Recdo : CAIXA ECONOMICA FEDERAL

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Por consequência, em sendo a matéria versada no presente processo, deve ser


cumprida a determinação da Suprema Corte. Publique-se. Intimem-se.

Autos com Decisão

No(s) processo(s) abaixo relacionado(s) :

0063738-98.2008.4.01.3400
200834009230104
Recurso Inominado
Recdo : YOSHIO ANNO
Advg. : PR00015789 - MARIO CAMPOS DE OLIVEIRA JUNIOR
Recte : CAIXA ECONOMICA FEDERAL
Advg. : MG00094799 - LUCIANO CAIXETA AMANCIO

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

Intimada a se manifestar sobre o pedido de extinção, a parte autora requereu


expedição de alvará judicial para levantamento dos valores depositados nas contas
judiciais e a extinção do feito. HOMOLOGO o acordo firmado por seus próprios
termos, com fundamento no art. 10, parágrafo único da Lei nº 10.259/2001 c/c art.
22, parágrafo único da Lei nº 9.099/95, e extingo o feito, com resolução do mérito,
nos termos do art. 487, III, b, do CPC. À Secretaria da Turma para certificar o
trânsito em julgado e remeter à Vara de origem para expedição do alvará respectivo.
661

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Diário Eletrônico da Justiça Federal da 1ª Região - eDJF1

Seção Judiciária do Distrito Federal


Lei 13.105, de 16 de março de 2015. Art. 224 Salvo disposição em contrário, os prazos serão contados excluindo o dia do começo e incluindo o dia do vencimento.
§ 1º Os dias do começo e do vencimento do prazo serão protraídos para o primeiro dia útil seguinte, se coincidirem com dia em que o expediente
forense for encerrado antes ou iniciado depois da hora normal ou houver indisponibilidade da comunicação eletrônica.
§ 2º Considera-se como data de publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico.
§ 3º A contagem do prazo terá início no primeiro dia útil que seguir ao da publicação.

e-DJF1 Ano XI / N. 210 Caderno Judicial Disponibilização: 07/11/2019

NUCOD - Núcleo de Apoio à Coordenação dos JEFs - SJDF


662
PODER JUDICIARIO
JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
25ª Vara JEF - BRASÍLIA

Juiz(a) Federal : ITAGIBA CATTA PRETA NETO


Diretor do
Foro
Diretor(a) da : ÉRICO DE SOUZA SANTOS
Secretaria
Administrativa

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Expediente do dia 06 de Novembro de 2019

Atos do(a) : GUILHERME JORGE DE RESENDE BRITO


Exmo(a)

Autos com Vista

No(s) processo(s) abaixo relacionado(s) :

0018561-96.2017.4.01.3400
201734000738158
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : ADAILTON MOREIRA MENDES
Advg. : DF00020017 - LISANGELA DE MACEDO REIS MOREIRA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0030969-22.2017.4.01.3400
201734000810164
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : MARIA APARECIDA GOMES
Advg. : DF00022388 - TERESA CRISTINA SOUSA FERNANDES
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS
Invent. : RODRIGO GOMES

0017797-76.2018.4.01.3400
201834001052650
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : ATILIO FERREIRA SOARES
Advg. : DF00016107 - THIAGO MEIRELLES PATTI
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0020535-37.2018.4.01.3400
201834001064309
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : ENEMITA ALVES DE ARAUJO GUIMARAES
Advg. : DF00030525 - GILBERTO CONCEICAO DO AMARAL
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0023826-45.2018.4.01.3400
201834001094154
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : LAURIENE DA SILVA DOS SANTOS
Advg. : DF00021547 - ANTONIO FRANCISCO VIERA DA SILVA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0032379-81.2018.4.01.3400
201834001147079
Cível / Serviço Público / Jef
Autor : JOSE AUCELIO VALIM
Advg. : DF00019275 - RENATO BORGES BARROS
Advg. : DF00030848 - KAUE DE BARROS MACHADO
Reu : FAZENDA NACIONAL

0037033-14.2018.4.01.3400
201834001183075
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : TIAGO XAVIER DE SOUZA
663
Advg. : DF00048463 - VALMIR RIBEIRO DE SANTANA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0037047-95.2018.4.01.3400
201834001183222
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : HUMBERTO ALEX DE OLIVEIRA
Advg. : DF00034020 - ADEILSON ALVES DOS SANTOS
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0038081-08.2018.4.01.3400
201834001190989
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Autor : GILVAN VIEIRA DA SILVA
Advg. : DF00024298 - LEANDRO MADUREIRA SILVA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0040078-26.2018.4.01.3400
201834001206367
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : ELOISA MARIA DA CONCEICAO
Advg. : DF00016831 - MARTEVAL ALVES RIBEIRO
Advg. : DF00047298 - BIANCA CIRIACO RIBEIRO
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0000024-81.2019.4.01.3400
201934001226849
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : JOSEFA RITA DE ALMEIDA
Advg. : DF00049969 - JAIRO CARDOSO DE BRITO FILHO
Advg. : DF00032246 - FERNANDO JOSE FEROLDI GONCALVES
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0000667-39.2019.4.01.3400
201934001228839
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : MARINEZ ARAUJO DA SILVA
Advg. : DF00041810 - BEATRIZ PEREIRA CARVALHO
Advg. : DF00027907 - ADAO RONILDO ALVES
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0002279-12.2019.4.01.3400
201934001241245
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : ANA MARIA CARLOS RODRIGUES
Advg. : DF00027236 - BRUNO ULISSES DA SILVA CARNEIRO
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0002992-84.2019.4.01.3400
201934001245403
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : VALDINEIDE FELIX DOS SANTOS
Advg. : DF00032246 - FERNANDO JOSE FEROLDI GONCALVES
Advg. : DF00049969 - JAIRO CARDOSO DE BRITO FILHO
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0003083-77.2019.4.01.3400
201934001246333
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : JOSE ALBERTO SILVA DE SOUSA
Advg. : DF00040587 - PATRICIA SILVA PRATA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0004142-03.2019.4.01.3400
201934001254170
Cível / Previdenciário / Outros / Jef
Autor : SANDRA MARIA DE PAULA
Advg. : DF00015665 - MONICA ARANTES SILVA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0006672-77.2019.4.01.3400
201934001272205
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : CANDIDA DE OLIVEIRA BRAGA
Advg. : DF00034966 - ALEANDRO SOARES FERNANDES DE SOUSA REIS
664
Advg. : DF00026064 - ROMULO GONCALVES DE LIMA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0007752-76.2019.4.01.3400
201934001276069
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : LOIDE SOUSA LIMA
Advg. : DF00058845 - GABRIELLA LEONEL DE SOUZA VENANCIO
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0007819-41.2019.4.01.3400
201934001276737
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Autor : WAGNER ALVES DA SILVA
Advg. : DF00022985 - ADRIANA RICARDO LEONARDE AGUIAR
Advg. : DF00033453 - FABIANA DA SILVA NERY
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0008317-40.2019.4.01.3400
201934001278713
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : FRANCISCO HENRIQUE PEREIRA SILVA
Advg. : DF00041409 - EDINAURA ABADIA RODRIGUES CARDOSO MATOS
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0009716-07.2019.4.01.3400
201934001286193
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : DENNES MESSIAS MELO DA SILVA
Advg. : DF00030525 - GILBERTO CONCEICAO DO AMARAL
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0009828-73.2019.4.01.3400
201934001287325
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : GESON MAGALHAES
Advg. : SP00185583 - ALEX SANDRO DE OLIVEIRA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0011865-73.2019.4.01.3400
201934001302359
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : MARCO AURELIO DE SOUZA
Advg. : DF00041928 - GRAZIELE DA SILVA DA PALMAS LOPES
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0012340-29.2019.4.01.3400
201934001304112
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : ALUIZIO JOAO DA SILVA
Advg. : DF00030525 - GILBERTO CONCEICAO DO AMARAL
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0012685-92.2019.4.01.3400
201934001307584
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : JULIANA ALVES ANSELMO
Advg. : DF00040484 - SHIRLEY ALVES DANTAS
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0013761-54.2019.4.01.3400
201934001318871
Cível / Previdenciário / Outros / Jef
Autor : EDLEUDA DO NASCIMENTO LIMA
Advg. : DF00031636 - JOSE PEREIRA FILHO
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0013807-43.2019.4.01.3400
201934001319335
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : CROMAR LOPES DOS SANTOS
Advg. : DF00053290 - ADERVAL CARLOS DE ANDRADE
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0014462-15.2019.4.01.3400
665
201934001322960
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : MARIA APARECIDA PINTO
Advg. : DF00026937 - LIVIA CARVALHO GOUVEIA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0014719-40.2019.4.01.3400
201934001325610
Cível / Tributário / Jef
Autor : MARIA DE FATIMA PONCE DE SOUSA
Advg. : DF00006702 - MARILIA CARLOS DOS SANTOS GARCIA LEAO
Reu : UNIAO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
0014817-25.2019.4.01.3400
201934001326611
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : FRANCISCO ANTONIO RODRIGUES SILVA
Advg. : DF00048188 - FRANCISCO SILVA DE SOUZA
Advg. : DF00041138 - LEANDRO DE SOUZA FEITOSA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0015197-48.2019.4.01.3400
201934001330447
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : OSMARINO CARDOSO DA SILVA
Advg. : DF00033070 - ADELSON ATAIDES DE OLIVEIRA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0015346-44.2019.4.01.3400
201934001331942
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : MARIA DAS DORES PIRES MACIEL
Advg. : DF00030525 - GILBERTO CONCEICAO DO AMARAL
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0015812-38.2019.4.01.3400
201934001335309
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : JOAO ALEXANDRE DO CARMO
Advg. : DF00030525 - GILBERTO CONCEICAO DO AMARAL
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0017787-95.2019.4.01.3400
201934001347615
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : MARCIO CAIXETA ROCHA
Advg. : DF00041423 - GABRIELA CHAVES DE CASTRO
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0018296-26.2019.4.01.3400
201934001352812
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : IEDA FERNANDES SANTOS
Advg. : DF00023338 - ALINE SILVA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0018478-12.2019.4.01.3400
201934001354761
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : LETICIA KATHLEEN ARAUJO BARBOSA
Advg. : DF00056878 - SUELLEN PEREIRA COSMO
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0019788-53.2019.4.01.3400
201934001364063
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : ORLANDO FRANCISCO DE SOUZA BORGES
Advg. : DF00058456 - FELIPE DOUGLAS MOREIRA CARVALHO
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0020392-14.2019.4.01.3400
201934001366142
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : PRESILINA RODRIGUES VIANA ANDRADE
Advg. : DF00040484 - SHIRLEY ALVES DANTAS
666
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0021789-11.2019.4.01.3400
201934001378240
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : ALESSANDRA PEREIRA TAVARES
Advg. : DF00025325 - JOAO BATISTA MENEZES LIMA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0022481-10.2019.4.01.3400
201934001382222
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : GLADSON GOMES DE ARAUJO MIRANDA

Diário da Justiça Federal da 1ª Região/DF - Ano XI N. 210 - Caderno Judicial - Disponibilizado em 07/11/2019
Advg. : DF00047939 - DAIANE FERREIRA DE OLIVEIRA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0022811-07.2019.4.01.3400
201934001385591
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : JOSEFA JOAQUINA FIALHO BRITO
Advg. : DF00059104 - ANTONIO CARLOS GONCALVES PEREIRA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0023003-37.2019.4.01.3400
201934001387520
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : CLORINDA MARIA CANHIZARES RODRIGUES
Advg. : DF00048441 - ROCHELE KOENIGKAN PEIXOTO
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0024834-23.2019.4.01.3400
201934001402478
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : CLAUDIO SANTOS SILVA
Advg. : DF00034475 - CELSO DANIEL LELIS VIEIRA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0025356-50.2019.4.01.3400
201934001407878
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : CLEMILTON COSTA DE SOUSA
Advg. : DF00025816 - RODRIGO FRATTARI GOMES SILVA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

0030921-92.2019.4.01.3400
201934001454699
Cível / Previdenciário / Concessão De Benefício / Jef
Autor : REGINA CELIA FEIJAO
Advg. : DF00060782 - JOSÉ CARLOS DE MOURA
Reu : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL-INSS

O Exmo(a). Sr.(a) Juiz(a) exarou:

" INTIME-SE A PARTE AUTORA PARA TER VISTA DE LAUDO, ESCLARECIMENTO DE LAUDO E/OU PROPOSTA DE
ACORDO. PRAZO: VIDE DECISÃO."

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