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PLANO DE MANUTENÇÃO E OPERAÇÃO

POSTO DE REVENDA DE GÁS – GLP

CLASSE II – 2 plataformas de 120 botijões

Passa e Fica, março de 2022

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1. Dados do empreendimento

1.1RAZÃO SOCIAL MARIA LUCIANA FELISBERTO DE BRITO

1.2CNPJ: 36.124.827/0001-54

1.3NOME FANTASIA Passarinho Gás

1.4ENDEREÇO R VEREADOR MANOEL FELIX 217, BELA VISTA

1.5MUNICIPIO PASSA E FICA - 59.218-000

1.6RESPONSAVEL: empreendimento: Maria Luciana Felisberto de Brito

CPF DO RESP.: 040.301.774-25

1.7ATIVIDADE Comercio Varejista de revenda de Gás GLP

1.8AREA TERRENO (m²) 265,00 m²

1.9AREA CONSTRUIDA (m²) 77,50 m²

1.10 N. DE FUNCIONARIOS 2

1.12 Localização (Z.25- UTM) 207894.00 m E; 9287794.00 m S

2. Informações gerais

2.1. Este é um instrumento de avaliação periódica de desempenho do empreendimento ou atividade e


abrange aspectos normais de operação e de treinamento de pessoal.
2.2. Será formalizado por meio de relatórios, planilhas de acompanhamento, certificados e outros
documentos comprobatórios, devidamente identificados e apresentados ao IDEMA.
2.3. Descrição sucinta do funcionamento do empreendimento.
2.3.1.Trata o empreendimento um posto de revenda de gás (GLP) Classe II, duas plataformas
com capacidade para até 3.120 kg de GLP e capacidade de armazenamento equivalente em
botijões cheios com 13 kg de até 240 botijões.
2.3.2.O estabelecimento possui paredes resistentes ao fogo, é totalmente fechada (sem
aberturas) e construídas em alvenarias sólidas, com tempo de resistência ao fogo (TRF)
mínimo de 2 h, conforme ABNT NBR 10636
2.3.3.O estabelecimento se localiza a mais de 100 metros de Locais de reunião de público

2.4. Descrição da área de influência direta e indireta do empreendimento

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2.4.1.No raio de 100 metros, o empreendimento está numa área residencial.

1.1. Descrição dos procedimentos operacionais a serem adotados em condições normais de


operação

1.1.1.Basicamente o estabelecimento funciona na distribuição e revenda de botijões de 13 kg de


gás GLP, os quais ficam empilhados em lotes separados cheios e vazios. A entrega é feita
sob solicitação dos clientes (entrega a domicilio) ou adquiridos eventualmente no posto de
revenda.

1.2. Programa de treinamento de pessoal

Contemplando as práticas operacionais e a manutenção de equipamentos e sistemas

1.3. O estabelecimento deverá apresentar relatórios, planilhas de acompanhamento, certificados e


outros documentos comprobatórios dos resultados efetivamente verificados, medidos e
realizados no período em análise através do Relatório de Manutenção e Operação

3. Termos e definições

Para os efeitos desta Plano, aplicam-se os seguintes termos e definições:

3.1. Área de armazenamento

Local destinado para armazenamento de lote(s) de recipientes transportáveis de GLP, cheios,


parcialmente utilizados e vazios, compreendendo os corredores de circulação, quando existirem,
localizado dentro de um imóvel

3.2. Área de armazenamento de apoio

Local onde se armazenam recipientes transportáveis de GLP para efeito de comercialização direta ao
consumidor ou demonstração de aparelhos e equipamentos que utilizam GLP, situado dentro do
imóvel onde se encontra(m) a(s) área(s) de armazenamento de recipientes transportáveis de GLP

3.3. Autoridade competente

Órgão, repartição pública ou privada, pessoa jurídica ou física constituída de autoridade pela
legislação vigente, para examinar, aprovar, autorizar e/ou fiscalizar áreas de armazenamento de
recipientes transportáveis de GLP, com base em legislação específica

3.4. Balsa

Flutuantes fabricados em metal, usados para o armazenamento de recipientes transportáveis de GLP

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3.5. Botijão

Recipiente transportável, com massa líquida de GLP de até 13 kg (inclusive), fabricado conforme
ABNT NBR 8460

3.6. Centro de destroca de recipientes transportáveis de GLP

Local que se destina à destroca de recipientes transportáveis de GLP, entre as empresas


distribuidoras

3.7. Cilindro

Recipiente transportável, com massa líquida de GLP acima de 13 kg e até 90 kg (inclusive), fabricado
conforme ABNT NBR 8460

3.8. Corredor de circulação

Espaço totalmente desimpedido, destinado a circulação e evacuação de pessoas, localizado entre


lotes de recipientes contíguos e entre estes e os limites da área de armazenamento

3.9. Distância mínima de segurança

Distância mínima necessária para os limites do imóvel, passeios públicos, bombas de combustíveis,
equipamentos e máquinas que produzem calor, outras fontes de ignição, bocais e tubos de ventilação
de tanques de combustíveis e locais de reunião de público, para segurança dos usuários, dos
manipuladores dos recipientes, das edificações existentes no imóvel ou em imóveis vizinhos e do
público em geral, estabelecida a partir dos limites da(s) área(s) de armazenamento

3.10.Edificação

Construção localizada dentro dos limites do imóvel, feita de alvenaria, de caráter relativamente
permanente, que ocupa determinada área de um terreno, limitada por paredes e teto, que serve para
fins diversos como, por exemplo, depósito, garagens fechadas, moradia etc., onde existe permanência
e/ou circulação constante de pessoas

3.11.Empilhamento

Colocação, em posição vertical, de um botijão de GLP sobre o outro, desde que assegurada sua
estabilidade equipamento ou máquina que produz calor equipamento ou máquina construído com a
finalidade de produzir calor (caldeiras, fornos, boilers etc.), capaz de causar uma autoignição do GLP,
a uma temperatura situada entre 490 °C e 610 °C.

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NOTA Equipamentos ou máquinas que geram calor durante o seu funcionamento (bombas d'água,
aparelhos de ar-condicionado, pequenos motores etc.) não estão classificados na categoria de
equipamentos ou máquinas que produzem calor.

3.12.Expositor

Equipamento que pode ser removível, com capacidade máxima de armazenamento de 3.120 kg de
GLP, construído em metal ou outro material resistente ao fogo, destinado, exclusivamente, a
acondicionar recipientes transportáveis de GLP expostos para comercialização e os equipamentos
exigidos pela legislação, tais como

Balança, extintor(es), material para teste de vazamento e placa(s)

3.13. Fileira

Disposição em linha de recipientes transportáveis de GLP, um ao lado do outro e na posição vertical,


empilhados ou não

3.14.Fonte de ignição

Energia mínima necessária, introduzida na mistura combustível/comburente, que dá início ao


processo de combustão. As formas de ignição mais comuns são: chamas, superfícies aquecidas,
fagulhas, centelhas e arcos elétricos

3.15.Limite da área de armazenamento

Linha fixada pela fileira externa de recipientes transportáveis de GLP, em um lote externo de
recipientes, acrescida da largura do corredor de circulação, quando houver

3.16.Limite do lote de recipientes

Linha fixada pela fileira externa dos recipientes transportáveis de GLP, em um lote de recipientes

3.17.Locais de reunião de público

Espaço destinado ao agrupamento de pessoas, em imóvel de uso coletivo, público ou não, com
capacidade superior a 200 pessoas, tais como estádios, auditórios, ginásios, escolas, clubes, teatros,
cinemas, parques de diversão, hospitais, supermercados, cultos religiosos e salões de uso diverso

3.18.Lote de recipientes

Conjunto de recipientes transportáveis de GLP, sem que haja necessidade corredor de circulação
entre eles, com área máxima equivalente à superfície ocupada por 120 recipientes de massa líquida,
igual a 13 kg (até 20 m2)

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3.19.Massa líquida

Quantidade nominal preestabelecida, em quilogramas, para comercialização de GLP em recipientes


transportáveis, estampada em suas alças ou em seu corpo

3.20.Oficina de inutilização de recipientes transportáveis de GLP:

Local que se destina à inutilização de recipientes transportáveis de GLP, impróprios para uso

3.21.Oficina de requalificação e/ou de manutenção de recipientes transportáveis de GLP:

Local que se destina aos trabalhos de requalificação e/ou manutenção de recipientes transportáveis
de GLP

3.22.Paletes para recipientes transportáveis de GLP

Equipamento fabricado em metal ou outro material resistente ao fogo, usado para armazenamento,
movimentação e transporte de recipientes transportáveis de GLP, cheios, vazios, novos ou
parcialmente utilizados

3.23.Parede resistente ao fogo

Parede construída com o objetivo de proteger o público em geral e as edificações próximas de um


incêndio na área de armazenamento ou o(s) recipiente(s) da radiação térmica de fogo próximo

3.24.Passeio público

Calçada ou parte da pista de rolamento, neste último caso separada por pintura ou elemento físico,
livre de interferências, destinada à circulação exclusiva de pedestres e, excepcionalmente, de ciclistas

NOTA Recuos não são considerados passeio público, são áreas pertencentes ao imóvel.

3.25.Recipientes transportáveis de GLP

Recipientes para acondicionar GLP que podem ser transportados manualmente ou por qualquer outro
meio, com capacidade até 0,5 m3 (500 L), em conformidade com a ABNT NBR 8460

3.26.FAIXA DE EXPLOSIVIDADE OU INFLAMABILIDADE

É a faixa de valores de concentração dos gases entre os limites de inflamabilidade inferior e


superior expressado em porcentagem de volume de um vapor ou gás na atmosfera ambiente, onde
acima ou abaixo dos limites a propagação não ocorre.

3.27.COMBUSTÃO

É um processo rápido, de oxidação exotérmica acompanhado de uma produção Continua de


calor e normalmente de luz (chamas).
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3.28.TEMPERATURA DE EBULIÇÃO

É a temperatura em que um líquido se converte rapidamente em vapor, normalmente se


considera a pressão de uma atmosfera. No caso do GLP é de - 30°C.

1.1. TEMPERATURA DE COMBUSTÃO (FIRE POINT)

É a temperatura mínima requerida para iniciar uma combustão auto sustentada de um


material ou composto. É a temperatura a qual um combustível entra em ignição e a chama se auto
propaga.

3.29.TEMPERATURA DE IGNIÇÃO

É a temperatura mínima a qual um gás inflamável ou uma mistura entram em ignição sem
uma faísca ou chama. A temperatura de autoignição também pode modificar-se com a presença de
substâncias catalíticas.

3.30.TEMPERATURA CRÍTICA

É a temperatura acima da qual não é possível condensar-se em vapor, por maior que seja a
pressão nela aplicada.

3.31.DENSIDADE DE VAPOR

É a densidade relativa de um vapor comparada com o ar. Um valor menor que um indica que
o vapor é mais leve que o ar. Uma densidade superior a um indica um vapor que é mais pesado que
o ar. O GLP no estado gasoso é mais pesado que o ar e no estado liquido é mais leve que a água.

3.32.VENTILACÃO

Técnica para substituir uma atmosfera saturada de GLP por outra com concentração abaixo
do limite de inflamabilidade evitando assim o risco de explosão e permitindo o acesso das linhas a
posições efetivas para a extinção do incêndio.

2. PLANO DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO

2.1. O plano de manutenção abrange:

2.1.1.Equipamentos, máquinas, tubulações e acessórios, instrumentos;

2.2. Os equipamentos e máquinas serão inspecionados de acordo com manual do fabricante

2.3. Procedimentos de inspeção e manutenção

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2.3.1.Serão emitidos em formulários próprios, Relatórios específicos mantidos para inspeção e
fiscalização eventual do órgão fiscalizador

2.4. Identificação dos responsáveis;

2.4.1.O responsável pelo estabelecimento é o proprietário do Posto de Revenda ou pessoa


designada para a realização do Plano

2.5. Especialidade e capacitação do pessoal de inspeção e manutenção

2.5.1. O pessoal responsável pela manutenção possuirá capacidade compatível para o nível dos
serviços a ser realizado

2.5.2.Procedimentos específicos de segurança e saúde;

2.5.3.O responsável pelo plano deverá participar de treinamento especifico junto ao corpo de
bombeiros (Treinamento de Brigadista)

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2.5.4.Sistemas e equipamentos de proteção coletiva e individual.

EPI DESCRIÇÃO

Luva de proteção (EPI)

Confeccionada em fio misto de algodão e


poliéster Indicada para serviços leves na área
industrial (serviços gerais, madeireiras,
armazéns, etc.) e na área de transportes

Colete de Sinalização (EPI)

Para o entregador (motoboy) ser melhor


identificado em ambientes de risco com pouca
luminosidade

Placas de sinalização (EPC)

Produto de Comunicação visual com o objetivo


de alertar espaço de trabalho área restrita ou
especifica

Sinalização de solo (EPC)

Indicados para demarcação dos extintores


(vermelho e amarelo) e da área do lote de
botijões (amarelo)

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Sinalização de extintores (EPC)

Indicados para sinalização dos extintores nas


paredes

Equipamentos proteção motoboy

Motoboy: (quem faz entrega de botijões a


domicilio)

Coletes: faixa refletora;

Capacete: viseira e faixa refletora;

Antena: proteção contra linha de pipa

Protetor (mata cachorro) protetor de perna e


motor:

Baú (bagaceiro de botijões): deve ter faixa


refletora (deve possuir autorização do órgão
fiscalizador de transito)

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Motoboy (quem faz entrega de botijões a
domicilio)

Coletes: faixa refletora;

Capacete: viseira e faixa refletora;

Antena: proteção contra linha de pipa

Protetor (mata cachorro) protetor de perna e


motor:

Triciclo conforme mostra a figura

2.5.5.O plano será periodicamente revisado e atualizado, considerando o previsto nas Normas
Regulamentadoras, nas normas técnicas nacionais e, na ausência ou omissão destas, nas
normas internacionais, nos manuais de inspeção, bem como nos manuais fornecidos pelos
fabricantes.

2.5.6.Todos os manuais serão disponibilizados em língua portuguesa.

2.5.7.A fixação da periodicidade das inspeções e das intervenções de manutenção deve


considerar:

a) O previsto nas Normas Regulamentadoras e normas técnicas nacionais e, na ausência ou


omissão destas, nas normas internacionais;
b) As recomendações do fabricante, em especial dos itens críticos à segurança e saúde do
trabalhador;
c) As recomendações dos relatórios de inspeções de segurança e de análise de acidentes e
incidentes do trabalho, elaborados pela CIPA ou SESMT, Técnico do Trabalho ou
Engenheiro de Segurança do Trabalho
d) As recomendações decorrentes das análises de riscos;
e) A existência de condições ambientais agressivas.

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2.5.8.O plano de inspeção e manutenção e suas respectivas atividades serão documentados em
formulário próprio ou sistema informatizado.

2.5.9.As atividades de inspeção e manutenção serão realizadas por trabalhadores capacitados e


com apropriada supervisão.

2.5.10. As recomendações decorrentes das inspeções e manutenções serão registradas e


implementadas, com a determinação de prazos e de responsáveis pela execução.

2.5.11. A não implementação da recomendação no prazo definido será justificada e documentada.

2.5.12. Será elaborada permissão de trabalho para atividades não rotineiras de intervenção nos
equipamentos, baseada em análise de risco, nos trabalhos:

a) Que possam gerar chamas, calor, centelhas ou ainda que envolvam o seu uso;

b) Em espaços confinados, conforme Norma Regulamentadora n.º 33;

c) Envolvendo isolamento de equipamentos e bloqueio/etiquetagem;

d) Em locais elevados com risco de queda;

e) Com equipamentos elétricos, conforme Norma Regulamentadora n.º 10;

f) Cujas boas práticas de segurança e saúde recomendem.

2.6. As atividades rotineiras de inspeção e manutenção serão precedidas de instrução de trabalho. O


planejamento e a execução de paradas para manutenção de uma instalação devem incorporar os
aspectos relativos à segurança e saúde no trabalho.

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2.7. Inspeção em Segurança e Saúde no Ambiente de Trabalho

2.7.1.As instalações classes I, II e III para extração, produção, armazenamento, transferência,


manuseio e manipulação de inflamáveis e líquidos combustíveis serão periodicamente
inspecionadas com enfoque na segurança e saúde no ambiente de trabalho.

2.7.2.As inspeções serão documentadas e as respectivas recomendações implementadas, com


estabelecimento de prazos e de responsáveis pela sua execução.

2.7.3.A não implementação da recomendação no prazo definido será justificada e documentada.

2.7.4.Os relatórios de inspeção devem ficar disponíveis às autoridades competentes e aos


trabalhadores.

2.8. Análise de Riscos

2.8.1.O empregador deve elaborar e documentar as análises de riscos das operações que
envolvam processo ou processamento nas atividades, armazenamento, transferência,
manuseio e manipulação de inflamáveis e de líquidos combustíveis.

2.8.2.As análises de riscos da instalação serão estruturadas com base em metodologias


apropriadas, escolhidas em função dos propósitos da análise, das características e
complexidade da instalação.

2.8.3.As análises de riscos serão coordenadas por profissional habilitado.

2.8.4.Nas instalações classe I, será elaborada Análise Preliminar de Perigos/Riscos (APP/APR).

2.9. Capacitação dos trabalhadores

2.9.1.Toda capacitação prevista NESTE PLANO será realizada a cargo e custo do empregador e
durante o expediente normal da empresa.

2.9.2.Os trabalhadores que laboram em instalações classes I, II ou III e adentram na área ou local
de extração, produção, armazenamento, transferência, manuseio e manipulação de
inflamáveis e líquidos combustíveis, mas não mantêm contato direto com o processo ou
processamento, devem realizar o curso de Integração.

2.9.3.Os trabalhadores que realizaram o curso Básico, caso venham a necessitar do curso
Intermediário, devem fazer complementação com carga horária de 8 horas, nos conteúdos
estabelecidos pelos itens 6, 7 e 8 do curso Intermediário, incluindo a parte prática.

2.9.4.O trabalhador deve participar de curso de Atualização, cujo conteúdo será estabelecido pelo
empregador e com a seguinte periodicidade:
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a) Curso Básico: a cada 3 anos com carga horária de 4 horas;
b) Curso Intermediário: a cada 2 anos com carga horária de 4 horas;
c) Cursos Avançado I e II: a cada ano com carga horária de 4 horas.

2.9.5.Os instrutores da capacitação dos cursos de Integração, Básico, Intermediário, Avançados I


e II e Específico devem ter proficiência no assunto.

2.9.6.Os cursos de Integração, Básico e Intermediário devem ter um responsável por sua
organização técnica, devendo ser um dos instrutores.

2.9.7.Os cursos Avançados I e II e Específico devem ter um profissional habilitado como


responsável técnico.

2.9.8.A emissão do certificado se dará para os trabalhadores que, após avaliação, tenham obtido
aproveitamento satisfatório.

2.9.8.1. O certificado deve conter o nome do trabalhador, conteúdo programático, carga


horária, data, local, nome do(s) instrutor(es), nome e assinatura do responsável técnico
ou do responsável pela organização técnica do curso.

2.9.8.2. O certificado será fornecido ao trabalhador, mediante recibo, e uma cópia


arquivada na empresa.

2.9.9.Os participantes da capacitação devem receber material didático, que pode ser em meio
impresso, eletrônico ou similar.

2.9.10. O empregador deve estabelecer e manter sistema de identificação que permita conhecer a
capacitação de cada trabalhador, cabendo a este a obrigação de utilização visível do meio
identificador.

2.10.Prevenção e controle de vazamentos, derramamentos, incêndios, explosões e emissões fugitivas

2.10.1. O empregador deve elaborar plano que contemple a prevenção e controle de vazamentos,
derramamentos, incêndios e explosões e, nos locais sujeitos à atividade de trabalhadores, a
identificação das fontes de emissões fugitivas.

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2.10.2. O plano deve contemplar todos os meios e ações necessárias para minimizar os riscos de
ocorrência de vazamento, derramamento, incêndio e explosão, bem como para reduzir suas
consequências em caso de falha nos sistemas de prevenção e controle.

2.10.3. Para emissões fugitivas, após a identificação das fontes nos locais sujeitos à atividade de
trabalhadores, o plano deve incluir ações para minimização dos riscos, de acordo com
viabilidade técnica.

2.11.Controle de fontes de ignição

2.11.1. Todas as instalações elétricas e equipamentos elétricos fixos, móveis e portáteis,


equipamentos de comunicação, ferramentas e similares utilizados em áreas classificadas,
assim como os equipamentos de controle de descargas atmosféricas, devem estar em
conformidade com a Norma Regulamentadora n.º 10.

2.11.2. O empregador deve implementar medidas específicas para controle da geração, acúmulo
e descarga de eletricidade estática em áreas sujeitas à existência de atmosferas inflamáveis.

2.11.3. Os trabalhos envolvendo o uso de equipamentos que possam gerar chamas, calor ou
centelhas, nas áreas sujeitas à existência de atmosferas inflamáveis, serão precedidos de
permissão de trabalho.

2.11.4. O empregador deve sinalizar a proibição do uso de fontes de ignição nas áreas sujeitas à
existência de atmosferas inflamáveis.

2.11.5. Os veículos que circulem nas áreas sujeitas à existência de atmosferas inflamáveis devem
possuir características apropriadas ao local e ser mantidos em perfeito estado de
conservação.

2.12.PLANO DE RISCO DE INCENDIO (ver anexo)

2.12.1. O empregador deve elaborar e implementar Plano de Risco e emergências que contemple
ações específicas a serem adotadas na ocorrência de vazamentos ou derramamentos de
inflamáveis e líquidos combustíveis, incêndios ou explosões.

2.12.2. O Plano de Risco e emergências das instalações classe I, II e III considerando as


características e a complexidade da instalação e contem, no mínimo:

d) Nome e função do responsável técnico pela elaboração e revisão do plano;


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e) Nome e função do responsável pelo gerenciamento, coordenação e implementação
do plano;
f) Designação dos integrantes da equipe de emergência, responsáveis pela execução
de cada ação e seus respectivos substitutos;
g) Estabelecimento dos possíveis cenários de emergências, com base nas análises de
riscos;
h) Descrição dos recursos necessários para resposta a cada cenário contemplado;
i) Descrição dos meios de comunicação;
j) Procedimentos de resposta à emergência para cada cenário contemplado;
k) Procedimentos para comunicação e acionamento das autoridades públicas e
desencadeamento da ajuda mútua, caso exista;
l) Procedimentos para orientação de visitantes, quanto aos riscos existentes e como
proceder em situações de emergência;
m) Cronograma, metodologia e registros de realização de exercícios simulados.

2.12.3. Nos casos em que os resultados das análises de riscos indiquem a possibilidade de
ocorrência de um acidente cujas consequências ultrapassem os limites da instalação, o
empregador deve incorporar no plano de emergência ações que visem à proteção da
comunidade circunvizinha, estabelecendo mecanismos de comunicação e alerta, de
isolamento da área atingida e de acionamento das autoridades públicas.

2.12.4. O Plano de Risco e emergências será avaliado após a realização de exercícios simulados
e/ou na ocorrência de situações reais, com o objetivo de testar a sua eficácia, detectar
possíveis falhas e proceder aos ajustes necessários.

2.12.5. Os exercícios simulados serão realizados durante o horário de trabalho, com


periodicidade, no mínimo, anual, podendo ser reduzida em função das falhas detectadas ou
se assim recomendar a análise de riscos.

2.12.6. Os trabalhadores na empresa devem estar envolvidos nos exercícios simulados, que
devem retratar, o mais fielmente possível, a rotina de trabalho.

2.12.7. O empregador deve estabelecer critérios para avaliação dos resultados dos exercícios
simulados.

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2.12.8. Os integrantes da equipe de resposta a emergências serão submetidos a exames médicos
específicos para a função que irão desempenhar, conforme estabelece a Norma
Regulamentadora n.º 7, incluindo os fatores de riscos psicossociais, com a emissão do
respectivo atestado de saúde ocupacional.

2.12.9. A participação do trabalhador nas equipes de resposta a emergências é voluntária, salvo


nos casos em que a natureza da função assim o determine.

2.12.10. Comunicação de Ocorrências

2.12.11. O empregador deve comunicar ao órgão regional do Ministério do Trabalho e


Emprego e ao sindicato da categoria profissional predominante no estabelecimento a
ocorrência de vazamento, incêndio ou explosão envolvendo inflamáveis e líquidos
combustíveis que tenha como consequência qualquer das possibilidades a seguir:

a) Morte de trabalhador(es);

b) Ferimentos em decorrência de explosão e/ou queimaduras de 2º ou 3º grau, que


implicaram em necessidade de internação hospitalar;

c) Acionamento do Plano de Risco que tenha requerido medidas de intervenção e


controle.

2.12.12. A comunicação será encaminhada até o segundo dia útil após a ocorrência e deve
conter:

a) Nome da empresa, endereço, local, data e hora da ocorrência;

b) Descrição da ocorrência, incluindo informações sobre os inflamáveis, líquidos


combustíveis e outros produtos envolvidos;

c) Nome e função da vítima;

d) Procedimentos de investigação adotados;

e) Consequências;

f) Medidas emergenciais adotadas.

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3. Condições gerais de armazenagem

3.1. Os recipientes transportáveis de GLP podem ser classificados como:

3.1.1.Novos

Quando ainda não receberam nenhuma carga de GLP.

3.1.2.Cheios

Quando contêm quantidade de GLP igual à massa líquida, observadas as tolerâncias da legislação
metrológica vigente.

3.1.3.Parcialmente utilizados

Quando contêm quantidade de GLP abaixo da massa líquida.

3.1.4.Em uso

Quando apresentam em sua válvula de saída de GLP qualquer conexão diferente do lacre da
distribuidora, tampão, plugue ou protetor de rosca.

3.1.5.Vazios

Quando os recipientes, depois de utilizados, não contêm GLP ou contêm quantidade residual de GLP
sem condições de sair dos recipientes por pressão interna

Para locais que armazenem, para consumo próprio, cinco ou menos recipientes transportáveis, com
massa líquida de até 13 kg de GLP, cheios, parcialmente cheios ou vazios, serão observados os
seguintes requisitos: Possuir ventilação natural;

Preferencialmente protegido do sol, da chuva e da umidade;

Estar afastado de outros produtos inflamáveis, de fontes de calor e de faíscas;

Estar afastado no mínimo 1,5 m ralos, caixas de gordura e de esgotos, bem como de galerias
subterrâneas e similares.

As áreas de armazenamento de recipientes transportáveis de GLP serão classificadas pela


capacidade de armazenamento, em quilogramas de GLP, conforme Tabela 1.

A capacidade de armazenamento, em quilogramas de GLP, de uma área será limitada pela soma da
massa líquida total dos recipientes transportáveis cheios, parcialmente utilizados e vazios.

Os recipientes transportáveis de GLP serão armazenados sobre piso plano e nivelado, concretado ou
pavimentado, de modo a permitir uma superfície que suporte carga e descarga, em local ventilado, ao
ar livre, podendo ou não a (s) área (s) de armazenamento ser encoberta (s).
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A área de armazenamento, quando coberta, deve ter no mínimo 2,60 m de pé-direito e possuir um
espaço livre, permanente de no mínimo 1,20 m entre o topo da pilha de botijões cheios e a cobertura.
A estrutura e a cobertura serão construídas com produto resistente ao fogo, tendo a cobertura menor
resistência mecânica do que a estrutura que a suporta.

Não é permitida a armazenagem de outros materiais na área de armazenamento dos recipientes


transportáveis de GLP, excetuando-se aqueles exigidos pela legislação vigente, tais como: balança,
material para teste de vazamento, extintor (es) e placa (s).

Tabela 1 — Classificação das áreas de armazenamento


Capacidade de armazenamento
Capacidade de armazenamento
Classe (Equivalente em botijões cheios
(kg de GLP)
com 13 kg de GLP) *
I Até 520 Até 40
II Até 1 560 Até 120
III Até 6 240 Até 480
IV Até 12 480 Até 960
V Até 24 960 Até 1920
VI Até 49 920 Até 3840
VII Até 99 840 Até 7680
Especial Mais de 99 840 Mais de 7680
* Apenas para referência. A capacidade de armazenamento deve sempre ser medida em
quilogramas de GLP.

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3.2. Os recipientes transportáveis de GLP armazenados sobre plataforma elevada, será construída
com materiais resistentes ao fogo, deve possuir ventilação natural, podendo ser coberta ou não.

3.3. As operações de carga e descarga de recipientes transportáveis de GLP serão realizadas com
cuidado, evitando-se que esses recipientes sejam jogados contra o solo ou a plataforma elevada,
para que não sejam danificados, constituindo-se risco potencial para a área de armazenamento,
a construção no imóvel ou nos imóveis vizinhos e o público em geral.

3.4. A delimitação da área de armazenamento será através de pintura no piso ou por meio de cerca
de tela metálica, gradil metálico ou elemento vazado de concreto, cerâmica ou outro material
resistente ao fogo, para assegurar ampla ventilação. Para áreas de armazenamento superiores à
CLASSE IVI, também demarcar com pintura no piso, o local para os lotes de recipientes.

3.5. Os recipientes transportáveis de GLP cheios serão armazenados dentro da(s) área(s) de
armazenamento, separados dos recipientes parcialmente utilizados ou vazios.

3.6. Os expositores que delimitam uma área de armazenamento de recipientes transportáveis de GLP
somente podem ser classificados como Classe II, duas plataformas ou II, ainda que no mesmo
lote.

3.7. Fica limitada a uma única área de armazenamento, Classe II, duas plataformas ou II, quando
instalada em Postos Revendedores de combustíveis líquidos-PR.

3.8. As áreas de armazenamento classes I, II e III, quando delimitadas por cerca de tela metálica,
gradil metálico, elemento vazado de concreto, cerâmica ou outro material resistente ao fogo,
devem possuir acesso através de uma ou mais aberturas de no mínimo 1,20 m de largura e 2,10
m de altura, que abram de dentro para fora. As áreas de armazenamento classe IV ou superior,
quando delimitadas pelos mesmos tipos de materiais citados neste item, devem possuir acesso
através de duas ou mais aberturas de no mínimo 1,20 m de largura e 2,10 m de altura, que
abram de dentro para fora e fiquem localizadas no mesmo lado nas extremidades ou em lados
adjacentes ou opostos.

3.9. As áreas de armazenamento de qualquer classe, quando não delimitadas por cerca de tela
metálica, gradil metálico, elemento vazado de concreto, cerâmica ou outro material resistente ao
fogo, devem estar situadas em imóveis cercados de muros ou qualquer outro tipo de cercamento.
O imóvel deve possuir no mínimo uma abertura, com dimensões mínimas de 1,20 m de largura e
2,10 m de altura, abrindo de dentro para fora, para permitir a evasão de pessoas em caso de
acidentes. Adicionalmente, o imóvel pode possuir outros acessos com dimensões quaisquer e
com qualquer tipo de abertura, com passagens totalmente desobstruídas.
20
3.10.Não é permitida a circulação de pessoas estranhas ao manuseio dos recipientes transportáveis
de GLP na área de armazenamento.

3.11.A distância máxima a ser percorrida, de qualquer ponto dentro da área de armazenamento,
quando cercada, até uma das aberturas, não pode ser superior a 25 m, conforme ABNT NBR
9441.

3.12.Na área de armazenamento somente é permitido o empilhamento de recipientes transportáveis


de GLP, com massa líquida igual ou inferior a 13 kg de GLP.

3.13.O armazenamento de recipientes transportáveis de GLP, em pilhas, deve obedecer aos limites da
Tabela 2.

Tabela 2 — Empilhamento de recipientes transportáveis de GLP

Massa líquida dos recipientes Recipientes cheios Recipientes vazios ou


parcialmente utilizados

Inferior a 5 kg Altura máxima da pilha = 1,5 m Altura máxima da pilha = 1,5 m

Igual ou superior a 5 kg até Até cinco recipientes Até cinco recipientes


inferior a 13 kg

Igual a 13 kg Até quatro recipientes Até cinco recipientes

21
3.14.Recipientes de massa líquida superior a 13 kg devem obrigatoriamente ser armazenados na
posição vertical, não podendo ser empilhados.

3.15.Os recipientes de GLP cheios, vazios ou parcialmente utilizados serão dispostos em lotes. Os
lotes de recipientes cheios podem conter até 480 recipientes de massa líquida igual a 13 kg, em
pilhas de até quatro unidades e os lotes de recipientes vazios ou parcialmente utilizados até 600
recipientes de massa líquida igual a 13 kg, em pilhas de até cinco unidades. Entre os lotes de
recipientes e entre esses lotes e os limites da área de armazenamento deve haver corredores de
circulação com no mínimo 1,00 m de largura. Somente as áreas de armazenamento classes I e II
não necessitam de corredores de circulação.

3.16.As áreas de armazenamento definidas nesta Plano devem obedecer às distâncias mínimas de
segurança, em relação aos seus limites, estabelecidas na Tabela 3.

Tabela 3 — Distâncias mínimas de segurança


Bombas de
Limite do Limite do
combustíveis,
imóvel imóvel
Limite do imóvel descargas de
inclusive com exceto com
com passeios motores à explosão
passeios passeios Equipamentos
públicos (sem não instalados em Locais DE
públicos públicos e máquinas
Classe muros ou com veículos, bocais e reunião de Edificação- m
(com muros (sem muros que produzam
muros de menos tubos de ventilação público -M
de, no ou com muros calor - m
de 1,80 m de de tanques de
mínimo, 1,80 de menos de
altura) m combustíveis e
m de altura) 1,80 m de
outras fontes de
m altura) m
ignição - m

I 1,0 1,5 1,3 5,0 1,5 10,0 1,0


II 2,0 3,0 2,5 7,5 3,0 15,0 2,0
III 3,0 4,5 3,5 14,0 3,0 40,0 3,0
IV 3,5 5,0 4,0 14,0 3,0 45,0 3,0
V 4,0 6,0 5,0 14,0 3,0 50,0 3,0
VI 5,0 7,5 6,0 14,0 3,0 75,0 3,0
VII 7,0 10,0 8,0 14,0 3,0 90,0 3,0
Especial 10,0 15,0 15,0 15,0 3,0 90,0 3,0

22
3.17. Com a construção de paredes resistentes ao fogo, as distâncias mínimas de segurança definidas
na Tabela 3 podem ser reduzidas pela metade. A distância da área de armazenamento às
aberturas para captação de águas pluviais, canaletas, ralos, rebaixos ou similares será de no
mínimo 1,5 m.

3.18.Os recipientes transportáveis de GLP cheios, parcialmente utilizados ou vazios não podem ser
armazenados fora da área de armazenamento.

3.19.Na entrada do imóvel onde está localizada a área de armazenamento de recipientes


transportáveis de GLP, será exibida placa que indique no mínimo a classe de armazenamento
existente e a capacidade de armazenamento de GLP, em quilogramas, de cada classe.

3.20.Exibir placas em locais visíveis, a uma altura de 1,80 m, medida do piso acabado à base da
placa, distribuídas ao longo do perímetro da área de armazenamento, com os seguintes dizeres:

3.20.1. PERIGO-INFLAMÁVEL

3.20.2. PROIBIDO O USO DE FOGO E DE QUALQUER INSTRUMENTO QUE PRODUZA


FAÍSCA

3.20.3. E, nas seguintes quantidades mínimas:

3.20.3.1. Classes I e II - uma placa

3.20.3.2. Classes III e superiores - duas placas (adotar duas placas)

As dimensões das placas serão tais que a uma distância mínima de 3,0 m sejam possíveis a
visualização e a identificação da sinalização. As placas devem estar distanciadas entre si em no
máximo 15 m.

Manter no imóvel líquido, equipamento e/ou outro material necessário para teste de vazamento de
GLP dos recipientes.

As áreas de armazenamento de recipientes transportáveis de GLP não podem estar situadas em


locais fechados sem ventilação natural.

Os recipientes transportáveis de GLP que apresentem defeitos ou vazamentos serão armazenados


separadamente, dentro da área de armazenamento, em local ventilado, devidamente identificado,
sendo obrigatória a sua remoção imediata pelo distribuidor ou revendedor responsável pela
comercialização, para a base do distribuidor detentor da marca.

Para que mais de uma área de armazenamento de recipientes transportáveis de GLP localizadas
num mesmo imóvel sejam consideradas separadas, para efeito de aplicação dos limites de distâncias
23
mínimas de segurança previstos na Tabela 3, estas devem estar afastadas entre si da soma das
distâncias mínimas de segurança, previstas para os limites do imóvel, com ou sem muros,
dependendo da situação. O somatório da capacidade de armazenamento de todas as áreas de
armazenamento não pode ser superior à capacidade da classe imediatamente superior à da maior
classe existente no imóvel.

Área de armazenamento de apoio O local utilizado como área de armazenamento de apoio à área
de armazenamento de recipientes transportáveis de GLP existente no imóvel deve observar uma das
seguintes condições:

Ser considerada uma área de armazenamento de recipientes transportáveis de GLP independente,


devendo, neste caso, obedecer ao descrito em 4.30, além de todos os demais critérios de segurança
e distanciamentos previstos nesta Plano;

ser considerada como complemento da área de armazenamento de recipientes transportáveis de


GLP existente(s) no imóvel, devendo, neste caso, armazenar uma quantidade máxima de recipientes
transportáveis de GLP, de tal forma que a capacidade de armazenamento não ultrapasse o limite de
uma área de armazenamento Classe II, duas plataformas e obedecer a todos os critérios de
segurança e distanciamentos exigidos nesta Plano para uma área de armazenamento classe I. Além
disso, tais recipientes serão parte integrante da capacidade de armazenamento da(s) área(s)
existente(s) no imóvel.

Veículos transportadores de recipientes de GLP e outros veículos de apoio

Devem ter acesso restrito e controlado ao imóvel, podendo se aproximar da(s) área(s) de
armazenamento para as operações de carga e/ou descarga, sendo obrigatório que durante essas
operações o motor do veículo e seus equipamentos elétricos auxiliares (rádio etc.) estejam
desligados e a com a chave de partida na ignição.

Quando os veículos necessitarem permanecer estacionados no interior do imóvel, não podem estar a
uma distância menor do que 3,0 m, contada a partir do bocal de descarga do motor aos limites da (s)
área (s) de armazenamento.

Parede resistente ao fogo

As paredes resistentes ao fogo serão totalmente fechadas (sem aberturas) e construídas em


alvenarias sólidas, concretos ou construção similar, com tempo de resistência ao fogo (TRF) mínimo
de 2 h, conforme ABNT NBR 10636.

As paredes resistentes ao fogo, devem possuir no mínimo 2,6 m de altura.

24
As paredes resistentes ao fogo, quando existentes, serão construídas e posicionadas de maneira que
se interponham entre o(s) recipiente(s) de GLP e o ponto considerado, isolando o risco entre estes e
podendo reduzir pela metade os afastamentos constantes da Tabela 3, observando sempre a
garantia de ambiente Ventilado. A distância mínima entre as paredes resistentes ao fogo e o limite
dos lotes de recipientes é de 1,0 m.

As paredes resistentes ao fogo não podem ser construídas entre os lotes de recipientes.

Quando a área de armazenamento de recipientes transportáveis de GLP for parcialmente cercada


por paredes resistentes ao fogo, essas não podem ser adjacentes e o comprimento total dessas
paredes não deve ultrapassar 60 % do perímetro da área de armazenamento, de forma a permitir
ampla ventilação. O restante do perímetro que delimita a área de armazenamento deve obedecer ao
que determina o descrito em 4.10.

O comprimento total da parede resistente ao fogo será igual ao comprimento do lado paralelo da área
de armazenamento, acrescido de no mínimo 1 m ou no máximo de 3 m em cada extremidade.

4. Classificação de área perigosa para equipamentos elétricos

4.1. As áreas de armazenamento de recipientes transportáveis de GLP e seu entorno até uma
distância de 3,0 m, medidos a partir dos limites do lote de recipientes e do topo das pilhas de
armazenamento, serão classificadas como zona 2, e os equipamentos elétricos instalados dentro
desta zona devem estar em conformidade com as ABNT NBR 5410 e ABNT NBR 5418.

5. Sistema de combate a incêndio

5.1. Os equipamentos utilizados no combate a emergências serão locados de forma a garantir acesso
rápido e seguro. Estes equipamentos destinam-se exclusivamente a combater princípio de
incêndio, protegendo os recipientes de radiações térmicas provenientes de fogo próximo.

5.2. As áreas de armazenamento de recipientes transportáveis de GLP, das classes de I até VII,
inclusive, devem dispor de extintor(es) de carga de pó com capacidade extintora mínima do tipo
B, de acordo com a Tabela 4.

Tabela 4 — Extintores e capacidade


Classe da área de Quantidade mínima Capacidade extintora individual
armazenamento mínima
I 2 Extintor de 10-B
II 2 Extintor de 10-B
III 3 Extintor de 20-B
IV 3 Extintor de 20-B
25
V 4 Extintor de 20-B
VI 6 Extintor de 20-B
VII 6 Extintor de 20-B
5.3. Extintores de incêndio com carga de pó que se encontram dentro do mesmo imóvel e em locais
diferentes, porém num raio máximo de 10 m da área de armazenamento, também serão
considerados unidades extintoras desta área.

5.4. A localização e a distância entre os extintores de incêndio devem obedecer ao projeto aprovado
pelo Corpo de Bombeiros ou Autoridade Competente.

6. Armazenamento de recipientes transportáveis de GLP em centro de destroca, oficina de requalificação


e/ou manutenção e oficina de inutilização de recipientes transportáveis de GLP

6.1. Os centros de destroca, oficinas de requalificação e/ou manutenção e de inutilização de


recipientes transportáveis de GLP não podem armazenar recipientes cheios de GLP. Distribuidor
que também possua oficina de requalificação em seu estabelecimento não poderá armazenar
recipientes cheios de GLP na área onde serão realizados os serviços de requalificação.

6.2. Pelo fato de estes locais não armazenarem e/ou movimentarem recipientes cheios de GLP, os
critérios mínimos de segurança adotados para os centros de destroca serão aqueles
estabelecidos para a CLASSE IVI, determinados nesta Plano, e para as oficinas de requalificação
e/ou manutenção e de inutilização serão os estabelecidos para a CLASSE IV caso receba os
recipientes já decantados e desgaseificados ou para a CLASSE IVI caso tenha que decantar e
desgaseificar os recipientes.

6.3. Nos centros de destroca, oficinas de requalificação e/ou manutenção e oficinas de inutilização de
recipientes transportáveis de GLP, é permitido que o piso seja apenas compactado, obedecendo
critérios acima citados

7. Armazenamento e movimentação de recipientes transportáveis de GLP em paletes

7.1. A quantidade de máxima de recipientes em paletes bem como o empilhamento dos paletes no
armazenamento e transporte devem estar de acordo com a Tabela 5.

Tabela 5 — Recipientes em Paletes

Massa líquida de GLP dos recipientes 5 kg 13 kg 20 kg 45 kg

Número máximo de paletes empilhados no 2 paletes 6 paletes 2 paletes 2


armazenamento paletes
26
Número máximo de paletes no transporte e na 1 palete 4 paletes 1 palete 1 palete
movimentação
Número máximo de recipientes cheios, vazios 240 35 42 29
ou parcialmente utilizados por palete

27
8. Armazenamento de recipientes transportáveis de GLP em balsas ou pontões
8.1. A área de armazenamento dos recipientes transportáveis de GLP não pode ter paredes ou
similares que impeçam a ampla ventilação.

8.2. A fileira externa do lote de recipientes deve distar no mínimo 1 m da borda do flutuante.

8.3. Quando da instalação em pontão, os recipientes de GLP serão armazenados em uma única área
de armazenamento, Classe II, duas plataformas ou II, e sempre em expositor para proteção dos
recipientes.

8.4. As áreas de armazenamento de recipientes transportáveis de GLP situadas sobre balsa ou


pontão devem obedecer às condições de segurança e afastamento descritas nesta Plano, não se
aplicando àqueles referentes aos limites do imóvel e a passeios públicos.

9. Características físico químicas do GLP- Gás Liquefeito de Petróleo

9.1. O gás de cozinha é combustível formado pela mistura de hidrocarbonetos com três ou quatro
átomos de carbono (propano 50% e butano 50%) extraídos do petróleo, podendo apresentar-se
em mistura entre si e com pequenas frações de outros hidrocarbonetos. Ele tem a característica
de ficar sempre em estado líquido quando submetido a uma certa pressão, sendo por isto
chamado de gás liquefeito de petróleo (GLP).

9.2. De fácil combustão, o GLP é inodoro mas, por motivo de segurança, uma substância do grupo
MERCAPTAN é adicionada ainda nas refinarias. Ela produz o cheiro característico percebido
quando há algum vazamento de gás. O GLP não é corrosivo, poluente e nem tóxico, mas se
inalado em grande quantidade produz efeito anestésico. 

28
 

9.3. GÁS NATURAL

9.3.1.Gás inflamável e combustível, mais leve que o ar, composto principalmente de metano com
uma quantidade menor de etano, propano e butano, tem os mesmos usos do GLP. Possui
risco de explosão por combustão e incêndio quando escapa para o ambiente. Após vários
testes constataram-se que os vazamentos de gás natural não estão expostos a explosões a
céu aberto.

9.4. Extração de GLP

9.4.1.O GLP é um dos muitos derivados do petróleo. Por ser o mais leve deles, é o último produto
comercial resultante da cadeia de extração. Antes dele são produzidos os óleos
combustíveis, a gasolina, o querosene, o diesel, a nafta e, finalmente, o gás liquefeito de
petróleo. Depois de produzido, o GLP é mandado para as companhias de gás por
caminhões e gasodutos. Nelas, o GLP é engarrafado nas diversas embalagens, sendo a de
13 quilos a mais famosa, e segue para o consumo final. Para a indústria, o GLP é vendido a
granel.

Este esquema de produção é o mais flexível e moderno de todos por incorporar o processo de
hidrotratamento de frações médias geradas no coqueamento, possibilitando o aumento da oferta de
óleo diesel de boa qualidade. Ele permite um maior equilíbrio na oferta de gasolina e de óleo diesel
de uma refinaria, pois desloca parte da carga que ia do coqueamento para o FCC (processo
marcantemente produtor de gasolina) e a envia para o hidrotratamento, gerando, então, mais óleo
diesel e menos gasolina do que as configurações anteriores.
29
9.5. CARACTERÍSTICAS DOS GASES DERIVADOS DE PETRÓEO

Na pressão atmosférica, a temperatura de ebulição do GLP b de -30° C em estado gasoso é mais


pesado que o ar: 1 m3 de GLP pesa 2,2 kg. Com isso, em eventuais vazamentos, acumula-se a partir do
chão, expulsa o oxigênio e preenche o ambiente. Em estado líquido o GLP é mais leve que a água,
pesando 0,54 kg por litro.

ESTADO GASOSO ESTADO LÍQUIDO


1m3 de ar = 1,22 kg 1 litro de água = 1kg
1m3 de GLP = 2,2 kg 1 litro de GLP = 0,54kg
 

10. VANTAGENS DO GLP

Comparado a outros combustíveis, o GLP apresenta vantagens técnicas e econômicas,


associando a superioridade dos gases na hora da queima com a facilidade de transporte e
armazenamento dos líquidos. Como gás, sua mistura com o ar é mais simples e completa, o que permite
uma combustão limpa, não poluente e de maior rendimento Liquefeito, sob suave pressão na temperatura
ambiente, pode ser armazenado e transportado com facilidade, inclusive em grandes quantidades.

O rendimento do GLP e seu poder calorifico também é comparativamente mais elevado.

1kg de GLP corresponde a cerca de:


4 Kg de lenha seca 1,8 Kg de coque 1,3 litro de óleo diesel
3 Kg de bagaço de cana 1,4 litro de gasolina 3 m3 de gás de rua
2 Kg de carvão de lenha 1,4 litro de querosene 14 KW/h
Poder Calorífico do GLP em Relação a Outros Combustíveis
QUANTIDADE COMBUSTÍVEL PODER CALORÍFICO
1Kg GLP 11.500 kcal
1kg Óleo diesel 10.200 kcal
1kg Carvão 5.000 kcal
1kw Energia elétrica 860 kcal
1m³ Nafta 4.200 kcal
1m³ Gás natural 9.400 kcal

11. ARMAZENAMENTO DE GLP

11.1.RECIPIENTES TRANSPORTÁVEIS

São os recipientes com capacidade até 0,25 metros cúbicos, que podem ser transportados
manualmente ou por qualquer outro meio, não estando incluídos nesta classificação, os recipientes
utilizados coma tanque de combustível de veículos automotores.

Recipientes Estacionários - Recipientes fixos, com capacidade superior a 0,25 metros cúbicos.

30
A escolha do tipo de recipiente e da estrutura das instalações depende do uso que se pretende dar
ao GLP. Os diferentes conjuntos técnicos são definidos por normas técnicas e de segurança, que orientam
tanto a fabricação de seus componentes como sua instalação.

Os botijões são fabricados com chapas de aço, capazes de suportar altas


pressões e segundo normas técnicas de segurança da Associação
Brasileira de Normas Técnica (ABNT). O gás dentro dos botijões
encontra-se no estado líquido e no de vapor. Do volume do botijão, 85% é
de gás em fase líquida e 15% em fase de vapor, o que constitui um
espaço de segurança que evita uma pressão elevada dentro do botijão.

11.2.TIPOS DE RECIPIENTES TRANSPORTÁVEIS

A escolha do tipo de recipiente e da estrutura das instalações depende do uso que se pretende dar
ao GLP

P-2               

         

As botijas de 2 kg (P-2) foram concebidas para operar sem regulador de pressão. São indicados
para fogareiros de acampamentos, lampiões a gás e maçaricos para pequenas soldagens. A válvula de
saída de gás é acionada por uma mola, que retoma automaticamente quando da desconexão.
31
P-13 e P5

                               

12. O perigo de explosões causadas por botijões de gás GLP

12.1.Vários acidentes com botijões de gás de GLP demonstram o real risco que eles representam.
Apesar de o gás ser artificialmente odorizado, a prática tem provado que só este fator não é o
suficiente para evitar os acidentes quem têm sido registrados. O uso de gás em botijões em
aplicações domésticas deve seguir normas específicas de segurança e o equipamento será
rotineiramente submetido à revisão e manutenção, principalmente em mangueiras, reguladores e
válvulas.

13. Referências Normativas

Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para


referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-
se as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).

ABNT NBR 5410: 2004, Instalações elétricas de baixa tensão

ABNT NBR 8460: 2003, Recipiente transportável de aço para gás liquefeito de petróleo (GLP) -
Requisitos e métodos de ensaios

ABNT NBR 9441: 1998, Execução de sistemas de detecção e alarme de incêndio

ABNT NBR 10636: 1989, Paredes divisórias sem função estrutural - Determinação da resistência ao
fogo

ABNT NBR 15186: 2005, Base de armazenamento, envasamento e distribuição de GLP - Projeto e
construção

ABNT NBR IEC 60079-14, Equipamentos elétricos para atmosferas explosivas - Parte 14: Instalação
elétrica em áreas classificadas (exceto minas)

32
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