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A Mitzva (Mandamento) Do Amor Perfeito

Existe o amor condicional, que aparece como resultado de todo o bem recebido do
Criador, como resultado do qual o homem se funde com o Criador como todo o
coração e alma. No entanto, embora ele se funda com o Criador em perfeição
completa, esse amor é considerado imperfeito.
O amor perfeito é o maior e mais abrangente mandamento superior que os
Cabalistas nos falam, o qual é a principal exigência em relação a toda a criação que
devemos cumprir. Essa é a razão pela qual é chamado de Mitzva (Mandamento).
No amor condicional, quanto mais eu recebo, mais amo o doador. Acontece que eu
realmente não o amo, mas sim a fonte da qual todos os prazeres vêm. Se essa
fonte de prazer parar, eu vou perder a conexão com essa pessoa ou essa força. Isso
é chamado de amor condicional, pois depende do meu prazer.
Eu dependo desse amor, porque não posso me diferenciar do meu prazer, da parte
em mim que desfruta. Eu ainda não me divido em duas partes: no burro que
desfruta e no ser humano que diferencia, vê, percebe e sente isso. O burro e o ser
humano ainda estão conectados. Portanto, se eu me sinto bem, eu adoro a fonte
de prazer, e se me sinto mal, eu não a adoro.
É assim que todos nós amamos neste mundo, começando com crianças pequenas
que às vezes dizem que a mamãe é ruim se não faz o que elas gostam. Essa é uma
resposta natural e direta do ego e é natural para todos em relação a tudo na vida.
Esse tipo de amor é chamado de amor condicional, e, portanto, é imperfeito. Isso
está de acordo com o nível do nosso desenvolvimento, e não há nada que
possamos fazer sobre isso.
É claro que, quanto mais nos desenvolvermos, mais vamos exigir um amor mais
sublime, e não apenas alguma comida deliciosa, algum serviço ou alguns pequenos
prazeres, mas sentimentos mais sublimes e especiais. No entanto, esse amor ainda
depende de receber prazer. É com tal amor e de tal amor que nascemos, uma vez
que somos desejo de receber; todos nós somos como animais, e é aí que
começamos. Essa é a razão de amarmos o que desfrutamos, ou seja, a fonte do
prazer que sentimos.
Isso exige muito trabalho, um grande esforço e um presente do alto, a fim de
começar a se separar da fonte de prazer e se conectar a sua essência interior. Nós
devemos parar de depender de receber prazer em nosso burro e devemos preferir
a verdadeira fonte de prazer, Suas qualidades, sem trazer benefício direto para
mim, mas que são avaliados por seu próprio bem, na sua fonte. Será um amor não
condicional no qual eu recebo, mas que depende apenas do que me identifico por
minha impressão das qualidades sublimes da fonte, na Sua exaltação especial em
comparação com tudo o que posso imaginar. 

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